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IHERINGIA, Sér. Bot., Porto Alegre, v. 64, n. 2, p. 43-78, jul./dez. 2009 Catálogo de pólens, esporos e demais palinomorfos em sedimentos holocênicos de Santo Antônio da Patrulha, Rio Grande do Sul, Brasil 1 Renato Backes Macedo 2 , Paulo Alves de Souza 2 & Soraia Girardi Bauermann 3 1 Parte da dissertação de mestrado do primeiro autor, Programa de Pós-graduação em Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2 Laboratório de Palinologia, Depto. de Paleontologia e Estratigrafia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Av. Bento Gonçalves 9500, CEP 91.540/900, Porto Alegre, RS, Brasil. [email protected] 3 Laboratório de Palinologia, Universidade Luterana do Brasil. Av. Farroupilha 8001, CEP 92.425/900, Canoas, RS, Brasil. Recebido em 06.II.2009. Aceito em 19.X.2009 RESUMO – Neste trabalho são apresentados resultados qualitativos das análises palinológicas realizadas em uma seção sedimentar turfácea depositada na Encosta Inferior do Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, município de Santo Antônio da Patrulha. Um total de 35 unidades amostrais foram retiradas, em intervalos de 3 cm, do testemunho de sondagem, cuja profundidade máxima atingiu 115 cm, com amostra basal datada em ( 14 C) 4730 ± 50 anos A.P. Palinofloras diversificadas, abundantes e bem preservadas foram identificadas, sendo aqui descritos e ilustrados 95 palinomorfos, incluindo fungos (18), algas (5), esporos de briófitas (3) e pteridófitas (10), grãos de pólen de gimnospermas (4) e angiospermas (55), além de fragmentos de animais. As descrições são acompanhadas, quando pertinentes, de informações ecológicas. Este trabalho objetiva contribuir para o conhecimento da palinoflora quaternária deste setor do continente, como referência em comparações e no entendimento da sucessão vegetacional. Palavras-chave: Palinologia, Quaternário, Angiospermas, Gimnospermas. ABSTRACT – Catalogue of pollen, spores and other palynomorphs from Holocene sediments of the Santo Antônio da Patrulha, Rio Grande do Sul, Brazil. This paper presents the qualitative results of palynological analyses undertaken on a peat bog sedimentar section in the Lower Slope of northeastern Rio Grande do Sul State, Santo Antônio da Patrulha municipality. A total of 35 sampling units were collected, spaced in intervals of 3 cm, within 115 cm of the sedimentar section, whose basal level was dated as ( 14 C) 4730 ± 50 years B.P. Diversified, abundant and well preserved palynofloras were recognized, represented by 95 palynomorphs, which are described and illustrated herein, including Fungi (18), Algae (5), spores of mosses (3) and ferns (10), pollen grains of gymnosperms (4) and angiosperms (55), as well as fragments of animal. Descriptions are accompanied by ecological information when relevant. This paper aims to contribute to the knowledge of the Quaternary palynoflora in this portion of South America, as reference in comparisons and for the understanding of the vegetation succession. Key words: Palynology, Quaternary, Angiospermae, Gimnospermae. INTRODUÇÃO O conhecimento da vegetação terrestre de tempos pretéritos é advinda dos estudos paleobotânicos e palinológicos, cujos registros fósseis são de significativa importância nas interpretações paleoecológicas, paleoambientais, paleogeográficas e na datação relativa dos estratos portadores. Para o Quaternário, esporos e grãos de pólen fósseis são relacionados diretamente com plantas viventes (Salgado-Labouriau, 2007). Esta tarefa é realizada a partir de comparações morfológicas entre espécimes fossilizados e os esporomorfos da flora atual circunvizinha aos sítios deposicionais

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IHERINGIA, Sér. Bot., Porto Alegre, v. 64, n. 2, p. 43-78, jul./dez. 2009

Catálogo de pólens, esporos e demais palinomorfos ... 43

Catálogo de pólens, esporos e demais palinomorfos em

sedimentos holocênicos de Santo Antônio da Patrulha, Rio

Grande do Sul, Brasil1

Renato Backes Macedo2, Paulo Alves de Souza2 & Soraia Girardi Bauermann3

1Parte da dissertação de mestrado do primeiro autor, Programa de Pós-graduação em Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2Laboratório de Palinologia, Depto. de Paleontologia e Estratigrafi a, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Av. Bento Gonçalves 9500,

CEP 91.540/900, Porto Alegre, RS, [email protected]

3Laboratório de Palinologia, Universidade Luterana do Brasil. Av. Farroupilha 8001, CEP 92.425/900, Canoas, RS, Brasil.

Recebido em 06.II.2009. Aceito em 19.X.2009

RESUMO – Neste trabalho são apresentados resultados qualitativos das análises palinológicas realizadas em uma seção sedimentar turfácea depositada na Encosta Inferior do Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, município de Santo Antônio da Patrulha. Um total de 35 unidades amostrais foram retiradas, em intervalos de 3 cm, do testemunho de sondagem, cuja profundidade máxima atingiu 115 cm, com amostra basal datada em (14C) 4730 ± 50 anos A.P. Palinofl oras diversifi cadas, abundantes e bem preservadas foram identifi cadas, sendo aqui descritos e ilustrados 95 palinomorfos, incluindo fungos (18), algas (5), esporos de briófi tas (3) e pteridófi tas (10), grãos de pólen de gimnospermas (4) e angiospermas (55), além de fragmentos de animais. As descrições são acompanhadas, quando pertinentes, de informações ecológicas. Este trabalho objetiva contribuir para o conhecimento da palinofl ora quaternária deste setor do continente, como referência em comparações e no entendimento da sucessão vegetacional.

Palavras-chave: Palinologia, Quaternário, Angiospermas, Gimnospermas.

ABSTRACT – Catalogue of pollen, spores and other palynomorphs from Holocene sediments

of the Santo Antônio da Patrulha, Rio Grande do Sul, Brazil. This paper presents the qualitative results of palynological analyses undertaken on a peat bog sedimentar section in the Lower Slope of northeastern Rio Grande do Sul State, Santo Antônio da Patrulha municipality. A total of 35 sampling units were collected, spaced in intervals of 3 cm, within 115 cm of the sedimentar section, whose basal level was dated as (14C) 4730 ± 50 years B.P. Diversifi ed, abundant and well preserved palynofl oras were recognized, represented by 95 palynomorphs, which are described and illustrated herein, including Fungi (18), Algae (5), spores of mosses (3) and ferns (10), pollen grains of gymnosperms (4) and angiosperms (55), as well as fragments of animal. Descriptions are accompanied by ecological information when relevant. This paper aims to contribute to the knowledge of the Quaternary palynofl ora in this portion of South America, as reference in comparisons and for the understanding of the vegetation succession.

Key words: Palynology, Quaternary, Angiospermae, Gimnospermae.

INTRODUÇÃO

O conhecimento da vegetação terrestre de tempos pretéritos é advinda dos estudos paleobotânicos e palinológicos, cujos registros fósseis são de signifi cativa importância nas interpretações paleoecológicas, paleoambientais, paleogeográfi cas

e na datação relativa dos estratos portadores. Para o Quaternário, esporos e grãos de pólen fósseis são relacionados diretamente com plantas viventes (Salgado-Labouriau, 2007). Esta tarefa é realizada a partir de comparações morfológicas entre espécimes fossilizados e os esporomorfos da fl ora atual circunvizinha aos sítios deposicionais

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analisados e obtidas por levantamento fl orístico. A realização de catálogos contendo descrição e ilustração dos materiais fossilizados contribui na análise paleoecológica dos sítios deposicionais e na determinação taxonômica das diferentes formas encerradas em sedimentos e rochas sedimentares de distintas localidades. Além disso, constitui formas de preservação da memória da diversidade biológica nos últimos milhares de anos.

Para o Estado do Rio Grande do Sul, principalmente nas últimas décadas, o número de publicações de catálogos de palinomorfos do período Quaternário tem aumentado de forma signifi cativa, dentre os quais: Lorscheitter (1988, 1989), Neves & Lorscheitter (1992, 1995), Lorscheitter et al. (1998, 1999, 2001, 2002, 2005), Neves & Bauermann (2003, 2004), Leal & Lorscheitter (2006), Medeanic (2006), Neves & Cancelli (2006), Leonhardt & Lorscheitter (2007), Roth & Lorscheitter (2008) e Scherer & Lorscheitter (2008). Neste contexto, este trabalho visa apresentar os palinomorfos identifi cados a partir do estudo de 35 unidades amostrais de uma perfuração realizada na Encosta Inferior do Nordeste do Rio Grande do Sul, através de descrições morfológicas

e respectiva documentação fotomicrográfi ca. Dessa forma, objetiva contribuir como material de referência para futuros estudos palinológicos na região Sul do Brasil durante os últimos milênios.

Adicionalmente, informações sobre os paleoclimas relacionados, bem como sobre a dinâmica vegetacional, serão apresentadas pelos autores em contribuição à parte.

Área do estudo

A seção sedimentar turfácea estudada localiza-se no município de Santo Antônio da Patrulha a qual dista aproximadamente 76 km de Porto Alegre e 48 km do Oceano Atlântico. O acesso ao local de perfuração, coordenadas 29°44’45’’S - 50°32’56’’W, se dá a partir de Porto Alegre, pela rodovia RS - 474 e posteriormente através de acessos secundários (Fig. 1).

A vegetação atual é classifi cada como Floresta Estacional Semidecidual sendo constituída por uma fl ora diversifi cada com elementos amplamente distribuídos no Estado (Leite & Klein, 1990). O clima da região é caracterizado como subtropical úmido (Cfa) na classifi cação de Koppen,

Fig. 1. Mapa de localização da área estudada. A. Estado do Rio Grande do Sul, mostrando região fi siográfi ca da Encosta Inferior do NE. B. Ponto de coleta do testemunho de sondagem. C. Imagem do deposito turfáceo.

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apresentando temperatura média anual superior a 18°C e precipitação média anual entre 1.500 a 1.700 mm (Moreno, 1961).

MATERIAL E MÉTODOS

A coleta do testemunho de sondagem foi realizada na porção central do pequeno pacote sedimentar turfáceo afl orante na localidade citada. Para sua retirada foi utilizado o amostrador “Russian Peat Borer”, atingindo uma profundidade total de 115 cm. Em laboratório foram retiradas 35 unidades amostrais ao longo do testemunho, com volume de 1 cm3 de sedimento fresco cada, em intervalos regulares de 3 cm. A recuperação dos palinomorfos a partir dos sedimentos foi realizada seguindo as técnicas usuais para análises palinológicas do Quaternário, conforme Faegri & Iversen (1989), utilizando-se HF, HCl, KOH, acetólise e concentração por fi ltragem em malha de 250 µm. Para montagem das lâminas palinológicas permanentes foi utilizada gelatina glicerinada (Salgado-Labouriau, 1973).

O perfi l sedimentar com a indicação dos níveis sedimentares amostrados é apresentado pelos autores em contribuição à parte. A datação radiocarbônica do nível basal foi obtida através do método “Accelerator Mass Spectrometry” (AMS), realizada no Center for Applied Isotope Studies (CAIS), University of Georgia, USA, indicando a idade de 4730 ± 50 anos antes do presente.

As análises palinológicas qualitativas foram realizadas sob microscopia óptica em aumentos de 400 e 1.000x, utilizando-se microscópios ópticos Olympus CX-31 e BX-51 do Laboratório de Palinologia do IG/UFRGS. A identifi cação dos palinomorfos foi realizada por comparações dos materiais fósseis com seus equivalentes modernos através de consultas à coleção de referência do Laboratório de Palinologia da ULBRA, à qual foram incorporados grãos de pólen e esporos recuperados a partir do levantamento in loco, além de literaturas especializadas tais como atlas e catálogos polínicos, relacionados na introdução, e outros mais regionais tais como: Heusser (1971), Markgraf & D’ Antoni (1978), Van Geel (1978), Van Geel & Van Der Hammen (1978), Hooghiemstra (1984), Roubik & Moreno (1991), Behling (1993) e Colinvaux et al. (1999).

Na palinologia sistemática procurou-se alcançar a categoria taxonômica de menor nível hierárquico. A terminologia descritiva seguiu, na medida do possível, Barth & Melhem (1988) e Punt

et al. (2007). Para espécimes que apresentaram semelhanças morfológicas com determinados táxons não sendo possível distingui-los, optou-se por utilizar a denominação “tipo” precedida de nomes consagrados na literatura, p. ex.: “tipo Baccharis L.”; “tipo Amaranthus L. – Chenopodiaceae”, conforme Erdtman (1952), Salgado-Labouriau (1973) e Traverse (1988). Para os palinomorfos indeterminados pertencentes a uma mesma categoria taxonômica e que apresentam morfologias distintas, utilizou-se numeração seqüencial (p. ex.: Esporo 1, Esporo 2, Esporo 3, etc.). As descrições morfológicas foram feitas de forma sucinta ressaltando-se os caracteres básicos e diagnósticos de cada táxon. Quando possível, procurou-se medir, tamanho, ornamentação e aberturas de diferentes palinomorfos pertencentes à mesma categoria taxonômica. Ao término de cada descrição foram apresentadas observações dos táxons, quando relevantes e, à medida do possível, respectivas informações ecológicas.

Os palinomorfos são apresentados em ordenação evolutiva, utilizando-se Alexopoulos et al. (1996) e International Index Fungorum (2009) para fungos, Bold et al. (1987) e Guiry & Dhonncha (2004) para algas, briófi tos e gimnospermas, Tryon & Tryon (1982) para pteridófi tos, Cronquist (1981) e APG-II (2003) para angiospermas e, Ruppert & Barnes (1996) para os fragmentos de animais. A nomenclatura botânica e os respectivos autores está de acordo com as bases de dados internacionais (International Plant Names Index, 2009 e Missouri Botanical Garden, 2009). As fotomicrografi as foram realizadas em microscopia óptica em aumentos de 1000x, com máquina digital Olympus modelo Evolt €330 acoplada aos microscópios ópticos citados. As imagens foram processadas e melhoradas nos softwares Corel DRAW e Corel PHOTO-PAINT versões 12.0. A apresentação das fi guras seguiu a ordenação sistemática. Nas legendas foram adotadas as terminologias: VP = vista polar; VE = vista equatorial; PL = plano; PP = pólo proximal; PD = pólo distal. A listagem dos táxons é apresentada no Quadro 1, com informações sobre os respectivos números de lâmina e as coordenadas England Finder de cada táxon utilizado como ilustração.

RESULTADOS

Inventário fl orístico

O levantamento fl orístico expedito, pelo método de caminhamento, permitiu o reconhecimento da composição fl orística local, destacando-se na

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vegetação de banhado Eryngium pandanifolium Cham. & Schltdl. (Apiaceae), Ludwigia L. (Onagraceae), Panicum prionitis Nees (Poaceae) e Senecio bonariensis Hook. & Arn. (Asteraceae).

No fragmento de mata, situado no entorno do ambiente paludial, destacam-se, dentre as espécies arbóreas, Campomanesia xanthocarpa O. Berg. (Myrtaceae), Casearia sylvestris Sw. (Flacourtiaceae), Erythrina crista-galli L. (Fabaceae), Erythroxylum argentinum O. E. Schulz. (Erythroxylaceae), Eugenia unifl ora L. (Myrtaceae), Ilex dumosa Reiss., I. pseudobuxus Reiss. (Aquifoliaceae), Lithraea brasiliensis March. (Anacardiaceae), Myrsine ferruginea (R. & P.) Mez., M. lorentziana (Mez) Arechav. (Myrsinaceae), Sebastiania commersoniana (Baill.) L. B. Smith & R. J. Downs., S. brasiliensis Spreng., S. serrata Müll. Arg. (Euphorbiaceae), Syagrus romanzoffi ana Cham. (Arecaceae), Tabebuia Gomes ex DC. (Bignoniaceae) e Verbenoxylum reitzii (Mold.) Tronc. (Verbenaceae).

Na borda da mata, destacam-se, predominantemente, dentre os vegetais herbáceos, Baccharis L. (Asteraceae), Blechnum L. (Blechnaceae), Calea serrata Less. (Asteraceae), Cuphea P. Browne (Lythraceae), Daphnopsis racemosa Griseb. (Thymelaeaceae), Diodia alata Nees & Mart. (Rubiaceae), Doryopteris J. Sm. (Adiantaceae), Elephantopus mollis H. B. & K. (Asteraceae), Erechtites hieracifolia (L.) Rafi n. (Asteraceae), Eupatorium inulaefolium H. B. & K., E. tweedianum Hook & Arn. (Asteraceae), Eryngium pandanifolium Cham. & Schultdl. (Apiaceae), Hypericum L. (Clusiaceae), Hyptis mutabilis Briq. (Lamiaceae), Leandra australis Cong. (Melastomataceae), Miconia cinerascens Miq., M. hyemalis A. St. Hil. & Naud., M. sellowiana Naud. (Melastomataceae), Mikania micrantha H. B. & K. (Asteraceae), Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze., M. pilulifera Benth. (Mimosaceae), Passifl ora suberosa L. (Passifl oraceae), Paullinia trigonia Vell. (Sapindaceae), Phyllanthus L. (Phylanthaceae), Randia armata (Sw.) DC. (Rubiaceae), Smilax L. (Smilacaceae), Tibouchina Aubl. (Melastomataceae), Triunffeta semitriloba Jacq. (Malvaceae), Vernonia tweedieana Baker. (Asteraceae), Xyris L. (Xyridaceae).

Na vegetação sobre formação rochosa destacam-se, Anemia Sw. (Schizaeaceae), Baccharis semiserrata DC. (Asteraceae), Begonia cucullata Willd (Begoniaceae), Dodonaea viscosa Jacq. (Sapindaceae), Eugenia hyemalis Cambess.,

E. unifl ora L. (Myrtaceae), Glechon Spreng. (Lamiaceae), Lithraea brasiliensis March. (Anacardiaceae), Manettia Mutis ex L. (Rubiaceae), Microgramma C. Presl (Polypodiaceae) e Selaginella P. Beauv. (Selaginellaceae).

No interior da mata foram registradas, Anemia phyllitidis (L.) Sw. (Schizaeaceae), Antiacantha Bertol. (Bromeliaceae), Calea serrata Less. (Asteraceae), Chiococca alba Hitchc. (Rubiaceae), Lantana camara L. (Verbenaceae), Macfadyena unguis-cati (L.) A.H. Gentry (Bignoniaceae), Microgramma C. Presl (Polypodiaceae), Peperomia Ruiz & Pav. (Piperaceae), Psychotria carthagenensis Jacq. (Rubiaceae) e Tillandsia L. (Bromeliaceae),

Na borda da estrada próxima ao local ocorrem Allophylus edulis Radlk. ex Warm., Cupania vernalis Camb. (Sapindaceae), Hydrocotyle bonariensis Lam. (Apiaceae), Ipomea L. (Convolvulaceae), Lonicera japonica Thumb ex Murray (Caprifoliaceae); Myrsine ferruginea (R. & P.) Spreng. (Myrsinaceae), Ocotea pulchella Mart. (Lauraceae), Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan. (Mimosaceae), Petunia Juss. (Solanaceae). Cabe salientar a ocorrência da espécie exótica Pinus elliotti Engel. na região.

Descrições taxonômicas

FungosFilo GlomeromycotaClasse GlomeromycetesOrdem GlomeralesFamília Glomeraceae

Glomus Tus. & C. Tus.(Fig. 2)

Clamidósporos elipsoidais a esferoidais, de coloração amarelo claro a escuro, apresentando superfície psilada e presas a um fi lamento de hifas cenocíticas formando um micélio ramifi cado. Parede celular das vesículas variando de fi na a espessa. Dimensões: diâmetro das vesículas: entre 15 - 55 µm.Observações: palinomorfos anteriormente citados no Estado do Rio Grande do Sul como Rhizophagites Rosendahl (Lorscheitter, 1989) e Rhizophagus Dang (Neves & Lorscheitter, 1992; Neves & Bauermann, 2003).Dados ecológicos: mais comum entre os fungos micorrízicos arbusculares, ocorrendo em solos como endossimbionte em raízes de plantas vasculares, (Schüβler et al., 2001).

Filo AscomycotaClasse Ascomycetes

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Ordem SordarialesFamília Sordariaceae

Gelasinospora calospora (Mouton) C. Moreau & M. Moreau

(Fig. 3)Ascósporos elipsoidais, asseptados, de coloração

castanho escuro e superfície psilada a qual apresenta inúmeros poros circulares de pequenas dimensões distribuídos uniformemente. Dimensões: eixo maior do ascósporo: cerca de 30 µm, eixo menor: aproximadamente 20 µm.Observação: palinomorfos também citados em pesquisas palinológicas do Quaternário com a sinonímia de Gelasinospora adjunta Cain.Dados ecológicos: Van Geel (1978) cita esta espécie como decompositora de excrementos de animais, madeiras carbonizadas e lignina.

Gelasinospora cf. reticulispora (Greis & Greis-Dengler) C. Moreau & M. Moreau

(Fig. 4)Ascósporos elipsoidais, asseptados, de coloração

castanho escuro e superfície psilada a qual apresenta inúmeros poros poliédricos. Dimensões: eixo maior do ascósporo: cerca de 40 µm, eixo menor: aproximadamente 28 µm.Observações: palinomorfo semelhante ao “Tipo G. retispora” citado em Hooghiemstra (1984). Dados ecológicos: segundo Leal & Lorscheitter (2006), estes apresentam mesmos aspectos ecológicos de G. calospora.

Ordem DothidealesFamília Microthyriaceae

tipo Microthyrium Desm.(Fig. 5)

Ascósporos discóides, de coloração castanho escuro, apresentando margens estriadas com tonalidade clara na porção externa e ostíolo de contorno irregular com tonalidade escura na zona central. Dimensões: diâmetro da estrutura: entre 55 - 85 µm, diâmetro do ostíolo: em torno de 4 µm. Dados ecológicos: representantes da família Microthyriaceae ocorrem como epífi tos com ampla distribuição nas regiões tropicais (Van Geel, 1978; Dilcher, 1965).

Ordem HelotialesFamília Helotiaceae

Bryophytomyces sphagni (Navashin) Cif.(Fig. 6)

Esporos esferoidais, hialinos, apresentando superfície psilada providas de placas poligonais. Dimensões: diâmetro do esporo: cerca de 20 µm, diâmetro das placas: em torno de 5 µm. Observações: palinomorfos citados em Palinologia do Quaternário como sinonímia de Tilletia sphagnii Navashin.Dados ecológicos: conforme Van Geel (1978) ocorre como parasitas do gênero Sphagnum (Dill.) Hedw.

Ordem MagnaporthalesFamília Magnaporthaceae

tipo Gaeumannomyces cf. caricis J. Walker(Fig. 7)

Esporângios discóides, de coloração castanho escuro, apresentando superfície psilada com margens irregularmente lobadas e tênue poro central. Dimensões: diâmetro do esporângio: entre 17 - 20 µm.Observações: palinomorfo semelhante é descrito em Van Geel (1978) como “cf. Enthophlyctis lobata” Willoughby & Townley.Dados ecológicos: conforme Von Arx (1974) ocorre como parasitas ou saprófi tas de caules e raízes de Poaceae.

Filo BasydiomycotaClasse BasydiomycetesOrdem AphyllophoralesFamília Corticiaceae

tipo Athelia Pers.(Fig. 8)

Estrutura de aspecto circular a elipsoidal, de coloração castanha escuro, constituída por inúmeras células de tamanho pequeno, densamente agrupadas e superfície psilada. Dimensões: diâmetro das estruturas: entre 30 - 50 µm, diâmetro das células: entre 5 - 10 µm.Observações: material descrito por Hooghiemstra (1984) como “tipo cf. Athelia”.Dados ecológicos: segundo Kirk et al. (2001), espécies deste gênero podem ser relacionadas como patógenos de líquens e algas.

Classe DeuteromycetesOrdem MonilialesFamília Dematiaceae

Tetraploa aristata Berk. & Br.(Fig. 9)

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Conídios verrucosos, de coloração castanho escuro, providos de quatro apêndices septados e psilados. Dimensões: diâmetro dos conídios: entre 20 - 35 µm.Dados ecológicos: conforme Van Geel (1978) é comum sobre folhas de serrapilheira.

tipo Nigrospora Zimm.(Fig. 10)

Conídios elípticos, de coloração castanho escuro, apresentando superfície espessa, psilada e com uma fenda característica. Dimensões: eixo maior dos conídios: entre 15 - 18 µm, eixo menor: entre 10 - 13 µm.Dados ecológicos: segundo Domsch et al. (1980), representantes de Nigrospora são relacionados a regiões quentes, onde ocorrem como fungos de solos de fl orestas, pastagens, manguezais, solos arenosos, além de serem decompositores de excrementos de Chiroptera.

Esporo indeterminado 1(Fig. 11)

Ascósporos monoseptados, de coloração castanho escuro, com duas células estriadas longitudinalmente e afi ladas nas extremidades. Dimensões: eixo maior dos ascósporos: entre 50 - 65 µm, eixo menor: aproximadamente 20 µm.

Esporo indeterminado 2(Fig. 12)

Ascósporos fusiformes, de coloração castanho escuro, apresentando números variáveis de septos e envoltório hialino com dobras irregulares por toda a superfície. Dimensões: eixo maior dos ascósporos: entre 30 - 35 µm, eixo menor: entre 10 - 13 µm.

Esporo indeterminado 3(Fig. 13)

Ascósporos elipsoidais, hialinos, apresentando estrias helicoidais. Dimensões: eixo maior dos ascósporos: entre 15 - 20 µm, eixo menor: entre 5 - 10 µm.

Esporo indeterminado 4(Fig. 14)

Esporos esferoidais, de coloração amarelo escuro, provido de protuberâncias tuberculadas de tamanho uniforme e ápice truncado. Dimensões: diâmetro do esporo: entre 45 - 50 µm.

Esporo indeterminado 5(Fig. 15)

Ascósporos monoseptados, de coloração castanho escuro e superfície psilada. Dimensões: eixo maior dos ascósporos: cerca de 40 µm, eixo menor: entre 17 - 24 µm.

Esporo indeterminado 6(Fig. 16)

Ascósporos esféricos, de coloração castanho escuro, radiossimétricos, monoporados (com espessamento característico), cobertos por espinescências fi nas e alongadas. Dimensões: diâmetro dos ascósporos: em torno de 8 µm.

Esporo indeterminado 7 (Fig. 17)

Ascósporos lenticulares afi lando nas extremidades, hialinos com superfície espessada. Dimensões: eixo maior dos ascósporos: cerca de 20 µm, eixo menor: aproximadamente 10 µm.

Esporo indeterminado 8(Fig. 18)

Esporo tétrade (tetragonal), de coloração castanho escuro e superfície psilada. Dimensões: diâmetro da tétrade: aproximadamente 15 µm, diâmetro dos esporos: em torno de 8 µm.

Hifas(Fig. 19)

Filamentos simples ou ramifi cados, celulares ou cenocíticos, de coloração castanho claro a escuro, fragmentados. Dimensões: variáveis.

AlgasDivisão ChlorophytaClasse ChlorophyceaeOrdem ChlorococcalesFamília Dyctyosphaeriaceae

Botryococcus Kützing(Fig. 20)

Colônias irregularmente lobadas, de coloração amarelo a castanho escuro, com superfície psilada formada por inúmeros indivíduos unicelulares concentricamente dispostos. Dimensões: diâmetro das colônias: entre 30 - 50 µm.Observações: a má preservação e o número reduzido de espécimes impedem atribuição taxonômica mais precisa e comparações com outras formas do gênero, tais como aquelas identifi cadas por Medeanic (2006).Dados ecológicos: gênero atribuído a ambientes dulciaqüícolas encontrados em poças ou lagos (Torgan et al., 2001; Medeanic, 2006).

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Classe EuchloropyceaeOrdem ChlorococcalesFamília Hydrodictyaceae

Pediastrum Meyen(Fig. 21)

Colônias cenobiais circulares, hialinas, formada por células poligonais e superfície levemente granulada. Células marginais providas de bifurcação característica, alongadas. Dimensões: diâmetro das colônias: entre 70 - 95 µm.Dados ecológicos: gênero atribuído a ambientes de água doce, nos corpos lacustres de pouca profundidade podendo ser encontradas em zonas próximas a deltas (Lorscheitter, 1989; Medeanic, 2006).

Classe ZygnemaphyceaeOrdem ZygnemalesFamília Zygnemataceae

Debarya (De Bary) Wittrock(Fig. 22)

Zigósporos formados por dois hemisférios radialmente simétricos, hialinos, providos de estrias fi nas, pouco perceptíveis e dispostas radialmente no centro e, outras, mais evidentes na periferia. Dimensões: diâ metro equatorial dos zigósporos: entre 45 - 50 µm.Observações: zigósporos encontrados com apenas um dos hemisférios.Dados ecológicos: gênero atribuído a ambiente de água doce, estagnadas e pouco profundas (Van Geel & Van Der Hammen, 1978).

Zygnema C. A. Agardh(Fig. 23)

Zigósporos esferoidais a elipsoidais, hialinos, apresentando superfície psilada com uma série de cavidades circulares regularmente distribuídas. Dimensões: eixo maior dos zigósporos: entre 35 - 40 µm, diâmetro das cavidades: cerca de 5 µm.Dados ecológicos: gênero atribuído a ambientes de água doce e solos úmidos com pouca profundidade (Van Geel & Van Der Hammen, 1978; Joly, 2002).

Alga Incertae sedis

Pseudoschizaea rubina Rossignol ex Christopher(Fig. 24)

Estruturas circulares (em vista polar) e elípticas (em vista equatorial), hialinas, inaperturadas,

apresentando estrias fi nas e concêntricas dispostas paralelamente em vista equatorial. Dimensões: diâmetro das estruturas (em vista polar): entre 30 - 40 µm.Observações: material anteriormente citado como “Concentricystes rubinus, forma A” Rossignol (1962). Posteriormente, Christopher (1976) incluiu a espécie em um grupo incerto dentro das algas.Dados ecológicos: organismo de afi nidade botânica incerta, provavelmente, originado de algas dulciaqüícolas (Rossignol, op. cit.).

Briófi tasDivisão AnthocerotophytaClasse AnthocerotopsidaOrdem AnthocerotalesFamília Anthocerotaceae

Anthoceros punctatus L.(Fig. 25)

Esporos triletes com bifurcações nas extremidades (padrão triqueto), grandes, heteropolares, radiossimétricos, circulares a subtriangulares (em vista polar). Exospório levemente reticulado a equinado no pólo distal e, psilado no proximal. Espinhos alongados podendo apresentar padrão dicotômico ou tricotômico. Dimensões: diâmetro equatorial dos esporos: entre 50 - 55 µm.Dados ecológicos: segundo Menéndez (1962) são plantas anuais, em campos e pântanos sombreados com apenas uma espécie, A. punctatus, ocorrente na América do Sul.

Phaeoceros laevis (L.) Prosk.(Fig. 26)

Esporos triletes, com bifurcações nas extremidades (padrão triqueto), grandes, heteropolares, radiossimétricos, circulares a subtriangulares (em vista polar). Exospório microequinado a inteiramente psilado. Espinhos fi nos e pequenos, quando presentes. Dimensões: diâmetro equatorial dos esporos: entre 55 - 70 µm.Dados ecológicos: ocorrem sobre solos úmidos em locais abrigados necessitando de cobertura vegetal para evitar o ressecamento. Comuns em margens de arroios, rios, vertentes e campos úmidos (Menéndez, 1962).

Sphagnum (Dill.) Hedw(Fig. 27)

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50 MACEDO, R. B.; SOUZA, P. A. DE & BAUERMANN, S. G.

Esporos triletes com bifurcações nas extremidades (padrão triqueto), grandes, heteropolares, radiossimétricos, subtriangulares (em vista polar), hialinos, com superfície psilada. Exospório com característico espessamento trilobado no pólo distal, irregularmente dispostos. Dimensões: diâmetro equatorial dos esporos: entre 50 - 55 µm.Dados ecológicos: segundo Irgang & Gastal Jr. (1996) as espécies de Sphagnum ocorrem em ambientes ácidos vivendo como plantas emergentes e fl utuantes nas turfeiras da Planície Costeira do Rio Grande do Sul.

Pteridófi tasDivisão PteridophytaClasse FilicopsidaSubclasse PolypodiidaeOrdem PolypodialesSubordem PolypodiineaeFamília Dicksoniaceae

Dicksonia sellowiana Hook(Fig. 28)

Esporos triletes, grandes, heteropolares, radiossimétricos, subtriangulares a triangulares (em vista polar), ângulo - truncados onde o exospório é nitidamente mais espesso. Espessamentos largos e irregulares no pólo distal, psilado no proximal. Dimensões: diâmetro equatorial dos esporos: em torno de 75 µm.Dados ecológicos: espécie de hábito arborescente, freqüente em ambientes sombreados em matas úmidas de montanha e fl orestas nebulares da América tropical, também encontrado em regiões de encostas e matas de galeria (Tryon & Tryon 1982; Lorscheitter et al., 1999). Espécie típica da composição fl orística da Floresta Ombrófi la Mista (mata com araucária). No Rio Grande do Sul é encontrada em altitudes entre 60 a 1.200 m de altitude (Lorscheitter et al., op. cit.).

Família Schizaeaceae

Anemia phyllitidis (L.) Sw. (Fig. 29)

Esporos triletes, grandes, heteropolares, radiossimétricos, subtriangulares (em vista polar). Exospório cicatricoso, apresentando estrias grosseiras e paralelas ornamentado com báculas desenvolvidas. Dimensões: diâmetro equatorial dos esporos: entre 65 - 75 µm, comprimento das báculas: em torno de 7 µm.

Dados ecológicos: plantas terrícolas com ocorrência em vários habitats no Rio Grande do Sul, preferencialmente em locais sombreados (Lorscheitter et al., 1998).

Anemia Sw.(Fig. 30)

Esporos triletes, grandes, heteropolares, radiossimétricos, subtriangulares (em vista polar). Exospório cicatricoso apresentando estrias proeminentes, não baculada. Dimensões: diâmetro equatorial dos esporos: cerca de 110 µm.Dados ecológicos: plantas terrícolas amplamente distribuídas no Rio Grande do Sul. Ocorrem em locais sombreados, encostas e margens de estradas (Lorscheitter et al., 1998).

Família Cyatheaceae

Cyatheaceae(Fig. 31)

Esporos triletes, grandes, heteropolares, radiossimétricos, subtriangulares a triangulares (em vista polar), psilados. Exospório apresentando espessamentos uniformes. Dimensões: diâmetro equatorial dos esporos: entre 50 - 65 µm.Observações: segundo Pereira (1999), no Rio Grande do Sul a família Cyatheaceae é representada por três gêneros: Alsophila R. Br., Cyathea Sm. e Nephelea Tryon. Devido à semelhança dos esporomorfos, optou-se pela designação apenas em nível de família.Dados ecológicos: plantas terrícolas de aspecto arborescentes (Tryon & Tryon, 1982). Conforme Lorscheitter et al. (1999) ocorrem em fl orestas tropicais de montanhas, fl orestas úmidas de montanha ou fl orestas nebulares.

Família Pteridaceae

Pteris L.(Fig. 32)

Esporos triletes, grandes, heteropolares, radiossimétricos, subtriangulares (em vista polar), exospório verrucado a rugulado no pólo distal e, psilado no proximal. Dimensões: diâmetro equatorial dos esporos: entre 50 - 65 µm.Dados ecológicos: plantas terrícolas ocorrendo no interior de matas e em formações secundárias Lorscheitter et al. (2001).

Família Blechnaceae

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Catálogo de pólens, esporos e demais palinomorfos ... 51

tipo Blechnum L.(Fig. 33)

Esporos monoletes, grandes, heteropolares, com simetria bilateral, elípticos (em vista polar) e, plano - convexo (em vista equatorial), de coloração amarelo claro a escuro com exospório psilado. Dimensões: diâmetro polar dos esporos: entre 30 - 45 µm, diâmetro equatorial: entre 35 - 55 µm.Dados ecológicos: conforme Tryon & Tryon (1982), são plantas terrestres, rupestres, raramente epífi tas, amplamente distribuídas na América tropical, ocorrendo em pântanos, interior de matas paludosas, bordas fl orestais e áreas antropizadas.

Família Polypodiaceae

tipo Microgramma vacciniifolia (Langst & Fisch.) Copel.

(Figs. 34, 35)Esporos monoletes, grandes, heteropolares, com

simetria bilateral, elípticos (em vista polar) e, plano-convexo (em vista equatorial), apresentando exospório verrucado. Verrugas robustas, irregularmente distribuídas por toda superfície com decréscimo de dimensões em direção ao pólo proximal. Dimensões: diâmetro polar dos esporos: entre 40 - 45 µm, diâmetro equatorial: entre 65 - 70 µm.Dados ecológicos: segundo Waechter (1990), é uma espécie epifítica, de palmares e butiazais, ocorrendo em partes mais altas dos morros, fora da infl uência direta da salinidade oceânica. Lorscheitter et al. (2005) relacionam estas a ambientes sombreados e abertos com ampla distribuição no Rio Grande do Sul sendo encontrada em quase todas as regiões do Estado, desde fl orestas de baixas altitudes até fl orestas nebulares.

Polypodium L. (Fig. 36)

Esporo monoletes, grandes, heteropolares, com simetria bilateral, elípticos (em vista polar) e, plano-convexo (em vista equatorial) com exospório verrucado distribuído uniformemente sobre a superfície. Dimensões: diâmetro polar dos esporos: entre 45 - 50 µm, diâmetro equatorial: entre 55 - 56 µm.Observações: conforme Leal & Lorscheitter (2006), Leonhardt & Lorscheitter (2007) e Scherer & Lorscheitter (2008), diferencia-se do tipo M. vacciniifolia por apresentar verrugas uniformes por toda superfície.Dados ecológicos: plantas terrícolas, rupestres ou epifíticas. Conforme Tryon & Tryon (1982), na

América tropical as espécies do gênero crescem em áreas baixas de fl orestas tropicais, fl orestas de montanha ou fl orestas nebulares. No Rio Grande do Sul ocorrem geralmente como epifíticas, em fl orestas (Lorscheitter et al., 2005).

Classe LycopodiopsidaOrdem LycopodialesFamília Lycopodiaceae

Lycopodium clavatum L.(Fig. 37)

Esporos triletes, médios, heteropolares, radiossimétricos, subtriangulares (em vista polar) e exospório reticulado. Retículo grosseiro no pólo distal, diminuindo no pólo proximal onde a superfície torna-se psilada. Dimensões: diâmetro equatorial dos esporos: cerca de 40 µm.Observações: diferencia-se dos esporos de L. clavatum adicionados nas amostras, para cálculos de concentração polínica, por apresentarem coloração mais clara.Dados ecológicos: Segundo Tryon & Tryon (1982), são plantas terrícolas atribuídas à ambientes semi-abertos. Lorscheitter et al. (1998) mencionam que estas possuem ampla distribuição no Rio Grande do Sul ocorrendo em todas regiões fi siográfi cas.

Ordem SelaginellalesFamília Selaginellaceae

Selaginella P. Beauv(Fig. 38)

Esporos triletes, médios, heteropolares, radiossimétricos, subtriangulares a circulares (em vista polar) com exospório baculado. Dimensões: diâmetro equatorial dos esporos: cerca de 30 µm, comprimento das báculas: em torno de 3 µm.Dados ecológicos: de acordo com Lorscheitter et al. (1998), são plantas terrícolas encontradas em ambientes úmidos, comuns no Rio Grande do Sul.

GimnospermasDivisão ConiferophytaClasse ConiferopsidaOrdem ConiferalesFamília Pinaceae

Pinus L.(Figs. 39, 40)

Grãos de pólen mônades, vesiculados (bissacados), grandes, heteropolares, com simetria

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52 MACEDO, R. B.; SOUZA, P. A. DE & BAUERMANN, S. G.

bilateral, corpo central aproximadamente esferoidal com leptoma no pólo distal. Sacos aéreos com retículo de malhas irregulares. Dimensões: comprimento total (incluindo sacos) cerca de 90 µm, diâmetro do corpo central: em torno de 65 µm, altura dos sacos aéreos: aproximadamente 40 µm.Dados ecológicos: árvores. Espécie exótica extensamente utilizada no Rio Grande do Sul para refl orestamentos e produção de resina. Cresce bem em áreas arenosa propagando-se autonomamente a ponto de ser considerado um invasor perigoso nos ecossistemas naturais (Lorenzi, 2003; Backes & Irgang, 2004a).

Família Araucariaceae

Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze(Fig. 41)

Grãos de pólen mônades, grandes, isopolares, esféricos, âmbito circular, inaperturados e ornamentação levemente escabrada. Dimensões: diâmetro dos grãos: em torno de 65 µm.Dados ecológicos: árvores. Espécie característica da Floresta Ombrófi la Mista (mata com araucária), considerada pioneira possibilitando a expansão das fl orestas sobre os campos do Planalto (Backes & Irgang, 2002).

Família Podocarpaceae

Podocarpus L’ Hér. ex Pers.(Figs. 42, 43)

Grãos de pólen vesiculados (bissacados), grandes, heteropolares com simetria bilateral. Corpo central aproximadamente elipsoidal com leptoma no pólo distal. Sacos aéreos com retículo de malhas irregulares. Dimensões: comprimento total (incluindo sacos): entre 50 - 65 µm, diâmetro polar do corpo central: cerca de 20 µm, diâmetro equatorial do corpo central: em torno de 35 µm, altura dos sacos aéreos: aproximadamente 25 µm.Dados ecológicos: árvores. No Rio Grande do Sul ocorrem apenas duas espécies P. lambertii Klotzsch ex Endl. e P. sellowii Klotzsch ex Endl. Segundo Backes & Irgang (2002), Carvalho (2003) e Marchiori (2005), P. lambertii apresenta distribuição na Floresta Ombrófi la Mista e na Serra do Sudeste, sendo considerada uma espécie pioneira precursora em campos e orlas de bosques com excelente regeneração natural em vegetação secundária, preferencialmente em encostas de morros, ravinas e outros sítios úmidos. Por outro lado, a espécie P.

sellowii apresenta distribuição na Floresta Ombrófi la Densa, sendo considerada uma espécie secundária tardia não tolerando baixas temperaturas (Reitz et al., 1988; Carvalho, 2006).

Divisão GnetophytaClasse GnetopsidaOrdem EphedralesFamília Ephedraceae

Ephedra tweediana C. A. Meyer(Fig. 44)

Grãos de pólen atremados, isopolares, com simetria bilateral, inaperturados, apresentando exina psilada com dobras paralelas ao diâmetro equatorial maior, convergindo nas extremidades. Dimensões: diâmetro equatorial dos grãos: entre 55 - 60 µm.Dados ecológicos: arbustos trepadores. A família Ephedraceae é representada por uma única espécie no Rio Grande do Sul, E. tweediana, sendo esta originária no Sul do Brasil, Uruguai e Argentina (Marchiori, 2005). Segundo Waechter (1990), a espécie vive nas restingas arenosas das margens ocidental, setentrional da Laguna dos Patos e freqüente na Serra do Sudeste e arredores de Porto Alegre.

AngiospermasDicotiledôneasSubclasse Magnoliidae Ordem MagnolialesFamília Winteraceae

Drimys brasiliensis Miers.(Fig. 45)

Grãos de pólen tétrades (tetraédricas), compostas por grãos de tamanho médio, heteropolares, radiossimétricos, subprolatos, elípticos, monoporados e ornamentação reticulada. Dimensões: diâmetro maior das tétrades: entre 55 - 70 µm, diâmetro polar dos grãos: cerca de 40 µm, diâmetro equatorial: em torno de 34 µm.Dados ecológicos: árvores. Espécie pioneira heliófi la e seletiva higrófi la. No Sul do Brasil acompanha o domínio da Floresta Ombrófi la Mista na interface campo - fl oresta (Marchiori, 1997; Backes & Irgang, 2002).

Subclasse HamamelidaeOrdem UrticalesFamília Ulmaceae

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Catálogo de pólens, esporos e demais palinomorfos ... 53

Celtis L.(Fig. 46)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, âmbito circular, triporados (poros circulares com espessamento anelar característico), exina tectada, columelas nem sempre evidentes e ornamentação psilada a levemente escabrada. Dimensões: diâmetro equatorial dos grãos: entre 30 - 35 µm.Dados ecológicos: árvores e arbustos. O gênero Celtis é o mais numeroso da família Ulmaceae reunindo cerca de 70 espécies, incluindo diversas árvores e arbustos nativos do Rio Grande do Sul (Marchiori, 1997). Segundo Rambo (1956), Waechter (1990) e Backes & Nardino (1998), as espécies deste gênero habitam matas de restinga interiorizadas da Planície Costeira do Estado.

Trema micrantha (L.) Blume.(Fig. 47)

Grãos de pólen mônades, pequenos, isopolares, com simetria bilateral, oblato - esferoidais, biporados, exina tectada (columelas nem sempre evidentes) e ornamentação psilada a levemente escabrada. Elíptico nas vistas polares e equatoriais. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: entre 15 - 20 µm, diâmetro equatorial: entre 17 - 22 µm.Dados ecológicos: árvores. A espécie apresenta ampla distribuição geográfi ca na região tropical e subtropical do continente americano (Marchiori, 1997). No Brasil, ocorre em diferentes formações fl orestais (Backes & Nardino, 1998). No Sul do Brasil é uma das pioneiras mais importantes, característica das formações secundárias da Floresta Estacional Semidecidual e da Floresta Ombrófi la Densa (Reitz et al., 1988; Backes & Irgang, 2002; Lorenzi, 2002; Carvalho, 2003).

Família Cecropiaceae

Cecropia Loefl .(Fig. 48)

Grãos de pólen mônades, pequenos, isopolares, com simetria bilateral, subprolatos, circulares, biporados (poros diminutos) e ornamentação psilada a levemente escabrada. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: em torno de 15 µm, diâmetro equatorial: entre 10 - 12 µm.Dados ecológicos: árvores. Pioneiras de crescimento rápido, em geral presente em vegetação secundária (Backes & Irgang, 2002).

Ordem Fagales Família Betulaceae

Alnus Mill.(Figs. 49, 50)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, suboblatos, circulares (poligonais em vista polar), estefanoporados (cinco poros proeminentes com espessamento anelar), exina com espessamento em forma de arco conectando os poros e ornamentação psilada a levemente escabrada. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: em torno de 25 µm, diâmetro equatorial: entre 25 - 30 µm.Dados ecológicos: árvores. Este gênero não ocorre naturalmente no Brasil, sua distribuição é citada para Florestas Andinas tropicais e subtropicais (Markgraf & D’ Antoni, 1978; Joly, 2002). No Rio Grande do Sul diversos estudos paleopalinológicos realizados em sedimentos quaternários continentais registraram a presença deste gênero o qual se atribui a dispersão anemófi la a longas distâncias.

Subclasse Caryophyllidae Ordem CaryophyllalesFamília Amaranthaceae - Chenopodiaceae

tipo Amaranthus L. - Chenopodiaceae(Fig. 51)

Grãos de pólen mônades, médios, apolares, radiossimétricos, esféricos, circulares, pantoporados (poros próximos e numerosos), columelas evidentes e ornamentação fi namente granulada. Dimensões: diâmetro dos grãos: entre 25 - 28 µm.Observações: grãos de pólen do gênero Amaranthus e da família Chenopodiaceae apresentam características morfológicas muito semelhantes não sendo possível assegurar determinação taxonômica.Dados ecológicos: No Rio Grande do Sul representantes do gênero Amaranthus são ervas geralmente anuais habitando terrenos alterados e ruderais (Vasconcellos, 1973). A família Chenopodiaceae, em sua maioria, é composta por plantas herbáceas anuais ou subarbustos, ainda, muitas são ruderais ou halófi tas (Schultz, 1980; Joly, 2002). Estudos recentes de fi logenia revelam que estas duas famílias, Amaranthaceae e Chenopodiaceae, deveriam ser reunidas (Souza & Lorenzi, 2005).

Família Amaranthaceae

Alternanthera Forsk.(Fig. 52)

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54 MACEDO, R. B.; SOUZA, P. A. DE & BAUERMANN, S. G.

Grãos de pólen mônades, pequenos, apolares, radiossimétricos, esféricos, circulares, pantoporados (cada poro situado em um lúmen do retículo), exina tectada a qual apresenta columelas evidentes sustentando o muro e ornamentação reticulada a microequinada. A presença do retículo espesso dá uma aparência poliédrica aos grãos. Dimensões: diâmetro dos grãos: entre 15 - 18 µm, diâmetro dos lumens: cerca de 10 µm.Dados ecológicos: ervas mais raramente arbustos. No Rio Grande do Sul ocorrem sete espécies encontradas em geral em campos secos, mas também ocorrendo em terrenos alagadiços em interior de mato e como ruderais (Vasconcellos, 1973).

Gomphrena L.(Figs. 53, 54)

Grãos de pólen mônades, pequenos, apolares, radiossimétricos, esféricos, circulares, pantoporados (cada poro situado no centro de um lúmen), fenestrado, exina tectada, columelas evidentes e ornamentação reticulada. Retículos formando fi guras hexagonais. Dimensões: diâmetro dos grãos: entre 12 - 17 µm.Dados ecológicos: ervas ou subarbustos. No Rio Grande do Sul são citadas seis espécies nativas onde ocorrem em campos secos, regiões arenosas, clareiras de mato e como ruderais (Vasconcellos, 1973).

Família Caryophyllaceae

Caryophyllaceae(Fig. 55)

Grãos de pólen mônades, médios, apolares, radiossimétricos, esféricos, circulares, pantoporados (poros distanciados com espessamento anelar), exina tectada, columelada e ornamentação microrreticulada, punctada. Dimensões: diâmetro dos grãos: em torno de 35 µm.Dados ecológicos: ervas. Família de distribuição cosmopolita. No Brasil ocorrem 10 gêneros e aproximadamente 20 espécies sendo estas mais comuns em áreas de altitude do Sul do Brasil (Schultz, 1980; Joly 2002; Souza & Lorenzi, 2005). No Rio Grande do Sul, espécies da família ocorrem em matas, barrancos, campos, encostas, regiões pedregosas, habitando solos úmidos à secos e arenosos (Ceroni, 1973).

Ordem PolygonalesFamília Polygonaceae

Polygonum L.(Fig. 56)

Grãos de pólen mônades, grandes, apolares, radiossimétricos, esféricos, circulares, pantoporados, tectados, columelados e ornamentação reticulada. Retículos com muros altos formando fi guras poliédricas irregulares. Dimensões: diâmetro dos grãos: cerca de 50 µm.Dados ecológicos: ervas ou arbustos. Gênero atribuído a locais alagáveis ocorrendo como invasoras daninhas (Cronquist, 1981; Souza & Lorenzi, 2005).

Subclasse DilleniidaeOrdem MalvalesFamília MalvaceaeMalvaceae

(Fig. 57)Grãos de pólen mônades, grandes, apolares,

radiossimétricos, esféricos, circulares, triporados, columelados e ornamentação equinada (espinhos desenvolvidos). Dimensões: diâmetro dos grãos: entre 55 - 70 µm.Dados ecológicos: ervas, arbustos ou árvores. Apresentam distribuição predominantemente pantropical e ambientes variados (Joly, 2002; Souza & Lorenzi, 2005).

Ordem EbenalesFamília Sapotaceae

Chrysophyllum L.(Fig. 58)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, prolatos, circulares, tricolporados, exina tectada, columelas evidentes e ornamentação microrreticulada. Exina mais espessa nas regiões polares e sexina nitidamente mais espessa do que a nexina. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: cerca de 30 µm, diâmetro equatorial: em torno de 15 µm.Dados ecológicos: árvores. Segundo Sobral et al. (2006), ocorrem quatro espécies do gênero no Rio Grande do Sul: C. inornatum Mart., de ocorrência na Floresta Nebular e na Floresta Ombrófi la Densa, C. viride Mart.& Eichler., restrita a Floresta Ombrófi la Densa, C. gonocarpum (Mart. & Eichler) Engl., e C. marginatum (Hook. & Arn.) Radlk., distribuídas em todas formações fl orestais do Estado.

Ordem PrimulalesFamília Myrsinaceae

Myrsine L.(Fig. 59)

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Catálogo de pólens, esporos e demais palinomorfos ... 55

Grãos de pólen mônades, pequenos, isopolares, radiossimétricos, circulares a irregularmente quadrangulares, tetracolpados, exina tectada, columelas evidentes e ornamentação psilada a levemente escabrada. Dimensões: diâmetro equatorial dos grãos: em torno de 25 µm.Dados ecológicos: árvores. No Rio Grande do Sul o gênero está representado por espécies de hábito arbóreo e arbustivos sendo citadas nove espécies (Sobral et al. 2006). Na região em estudo são citadas: M. ferruginea Spreng., M. umbelellata Mart. ex. DC. e M. lorentiana (Mez) Arechav., as quais apresentam ampla distribuição no Estado (Reitz et al., 1988; Carvalho, 2003; Sobral et al., op. cit.). Constituem espécies pioneiras, formadoras de fl orestas, diretamente sobre o campo, com boa regeneração em vegetação secundária desenvolvendo-se em qualquer tipo de solo (Backes & Irgang, 2002).

Subclasse RosidaeOrdem FabalesFamília Mimosaceae

Mimosa série Lepidotae Benth.(Fig. 60)

Grãos de pólen tétrades (tetragonais), compostas por grãos pequenos, heteropolares, radiossimétricos, suboblatos, circulares (em vista polar) e ornamentação escabrada. Poros observados na zona de contato entre os grãos da tétrade. Dimensões: diâmetro maior da tétrade: em torno de 25 µm, diâmetro polar dos grãos: aproximadamente 12 µm, diâmetro equatorial dos grãos: em torno de 15 µm.Dados ecológicos: árvores ou arbustos. Plantas ocorrentes em locais úmidos a pantanosos, sobretudo em populações monoespecífi cas (Lins & Baptista, 1990).

Mimosa L. (Fig. 61)

Grãos de pólen tétrades (tetraédricas), compostas por grãos pequenos, heteropolares, radiossimétricos, oblatos, circulares a elípticos, apresentando ornamentação psilada. Poros não evidenciados. Dimensões: diâmetro maior da tétrade: entre 12 -15 µm, diâmetro polar dos grãos: em torno de 5 µm, diâmetro equatorial: aproximadamente 8 µm.Dados ecológicos: idem a Mimosa série Lepidotae.

tipo Acacia Mill.(Fig. 62)

Grãos de pólen em políades, compostas por grãos médios (em torno de 12 grãos em vista

polar) heteropolares, radiossimétricos, suboblatos, circulares e ornamentação levemente escabrada. Poros não evidenciados. Dimensões: diâmetro maior das políades: cerca de 40 µm, diâmetro polar dos grãos: aproximadamente 10 µm, diâmetro equatorial dos grãos: em torno de 13 µm. Observações: devido à grande semelhança morfológica entre representantes do gênero Acacia e Inga Mill. preferiu-se manter a designação apenas como morfotipo.Dados ecológicos: árvores, arbustos ou lianas. Conforme Burkart (1979), as mimosáceas são plantas heliófi tas ou seletivas higrófi las, de solos úmidos, rochosos e arenosos, ocorrendo em capoeiras, interior e orlas de matas. Rambo (1956) menciona a ocorrência de algumas espécies de Acacia como plantas escandentes arbóreas nas matas da Encosta da Serra Geral do Rio Grande do Sul.

tipo Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan(Fig. 63)

Grãos de pólen em políades, compostas por grãos pequenos (16 grãos) dispostos irregularmente, heteropolares, radiossimétricos, suboblatos, elipsoidais e ornamentação psilada. Aberturas não evidenciadas. Dimensões: diâmetro maior da políade: em torno de 25 µm, diâmetro menor da políade: cerca de 20 µm, diâmetro polar dos grãos: aproximadamente 8 µm, diâmetro equatorial dos grãos: cerca de 10 µm.Dados ecológicos: árvores. Segundo Marchiori (1997), esta espécie ocorre naturalmente desde Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, até Uruguai, Mesopotâmia Argentina e Paraguai. Trata-se de uma das árvores mais abundantes da Floresta Estacional Sul- brasileiras, sendo uma das espécies dominantes em matas de galeria ou de várzea. Possui importância ecológica, pois é uma pioneira agressiva crescendo espontaneamente ao longo das estradas, beiras de rios ou capoeiras (Backes & Irgang, 2004b).

Família Fabaceae

Fabaceae(Fig. 64)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, circulares, tricolporados (poros grandes) apresentando “ós” circulares característicos, exina tectada e ornamentação reticulada. Dimensões: diâmetro equatorial dos grãos: em torno de 37 µm.Dados ecológicos: ervas, menos freqüentes árvores e arbustos. Esta família possui ampla distribuição

IHERINGIA, Sér. Bot., Porto Alegre, v. 64, n. 2, p. 43-78, jul./dez. 2009

56 MACEDO, R. B.; SOUZA, P. A. DE & BAUERMANN, S. G.

ocorrendo em distintas latitudes, desde áreas tropicais até temperadas e frias (Cronquist, 1981).

tipo Erythrina L.(Fig. 65)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, subtriangulares (em vista polar) com zonas interangulares levemente convexas, triporados, exina tectada, columelada e ornamentação psilada a fi namente reticulada. Dimensões: diâmetro equatorial dos grãos: cerca de 30 µm.Dados ecológicos: árvores. No Rio Grande do Sul são citadas duas espécies: E. crista-galli L., que habita locais muito úmidos em fl orestas ribeirinhas e várzeas inundáveis e, E. falcata Benth., que ocorre em fl orestas da metade norte do Estado e na Encosta da Serra do Sudeste (Reitz et al., 1988; Marchiori, 1997 e Sobral et al., 2006).

Ordem ProtealesFamília Proteaceae

tipo Roupala Aubl.(Fig. 66)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, triangulares, zonas interangulares retas, triporados, exina tectada, columelada e ornamentação psilada a fi namente reticulada. Dimensões: diâmetro equatorial: cerca de 30 µm. Dados ecológicos: árvores. No Rio Grande do Sul, segundo Sobral et al. (2006), ocorrem três espécies do gênero: R. asplenioides Sleumer com ocorrência na Floresta Ombrófi la Mista e Floresta Nebular, R. rhombifolia Mart. ex Meisn, com ocorrência restrita a Floresta Nebular e, R. brasiliensis, com ampla distribuição no Estado ocorrendo em todas formações fl orestais.

Ordem MyrtalesFamília Lythraceae

Cuphea carunculata Koehne(Fig. 67)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, triangulares, tricolporados (proeminências salientes na região das aberturas), exina tectada e ornamentação psilada. Dimensões: diâmetro equatorial dos grãos: entre 20 - 25 µm. Dados ecológicos: ervas e arbustos. Ocorrem em campos secos ou úmidos, borda de mata, em clareiras e banhados (Lourteig, 1969).

Cuphea Koehne(Fig. 68)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, triangulares, tricolporados (proeminências salientes na região das aberturas), exina tectada, columelada e ornamentação estriada. Dimensões: diâmetro equatorial dos grãos: em torno de 25 µm.Dados ecológicos: idem ao descrito para C. carunculata.

Família Thymelaeaceae

Daphnopsis racemosa Griseb.(Fig. 69)

Grãos de pólen mônades, médios, apolares, radiossimétricos, esferoidais, circulares, pantoporados e ornamentado como padrão Cróton. Dimensões: diâmetro dos grãos: em torno 25 µm.Dados ecológicos: árvores. No Rio Grande do Sul ocorrem duas espécies. D. racemosa, muito comuns nas formações fl orestais da Depressão Central e Serra do Sudeste (espécie identifi cada na região em estudo) e, D. fasciculata (Meisn.) Nevling, com distribuição na Floresta Ombrófi la Mista e eventualmente na Floresta Ombrófi la Densa. (Sobral et al. 2006).

Família Myrtaceae

Myrtaceae(Fig. 70)

Grãos de pólen mônades, pequenos, isopolares, radiossimétricos, triangulares, tricolporados, sincolporados, exina tectada, columelas nem sempre evidentes e ornamentação psilada a levemente escabrada. Dimensões: diâmetro equatorial dos grãos: em torno de 25 µm. Dados ecológicos: árvores e arbustos. No Rio Grande do Sul, segundo Sobral (2003), é a família que apresenta maior número de espécies na fl ora arbórea, destacando-se também pela grande densidade em que ocorrem nas diferentes formações fl orestais (Reitz et al., 1988; Sobral et al., 2006).

Família Onagraceae

Ludwigia L.(Fig. 71)

Grãos de pólen mônades, grandes, isopolares, radiossimétricos, subtriangulares (em vista polar), triporados (poros com espessamento anelar característico), endoaberturas desenvolvidas, exina

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tectada, columelas evidentes e ornamentação com verrugas diminutas dando aspecto crenulado. Dimensões: diâmetro equatorial dos grãos: entre 50 - 65 µm.Dados ecológicos: ervas. No Rio Grande do Sul ocorrem 11 espécies, sendo que, nove destas ocorrem como anfíbias em beiras de rios, banhados e lagoas (Irgang & Gastal Jr.1996).

Família Melastomataceae - Combretaceae

Melastomataceae(Fig. 72)

Grãos de pólen mônades, pequenos, isopolares, radiossimétricos, subprolatos, circulares, hexa-lobulado, tricolporados (três pseudocolpos intercalados aos colporos) e ornamentação psilada. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: em torno de 15 µm, diâmetro equatorial: entre 10 - 13 µm.Dados ecológicos: árvores e arbustos. Espécies distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais principalmente na América do Sul (Joly, 2002; Souza & Lorenzi, 2005). No Rio Grande do Sul são citadas 15 espécies as quais ocorrem em campos, brejos e muito comum em orlas de matas (Sobral et al., 2006).

Ordem SantalalesFamília Loranthaceae

Tripodanthus acutifolius Thieg.(Fig. 73)

Grãos de pólen mônades, pequenos, isopolares, radiossimétricos, subtriangulares (lados côncavos), tricolporados, sincolpados, exina tectada (tegilada), columelados e ornamentação psilada. Dimensões: diâmetro equatorial dos grãos: cerca de 20 µm. Dados ecológicos: lianas. Conforme Rizzini (1968), T. acutifolius é uma planta hemiparasita heliófi ta que ocupa os andares superiores das matas.

Ordem CelastralesFamília Aquifoliaceae

Ilex L.(Figs. 74, 75)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, prolatos, circulares a subtriangulares, tricolporados e ornamentação clavada. Clavas de diferentes tamanhos e densamente distribuídas pela superfície dos grãos de pólen. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: em torno de 35 µm, diâmetro equatorial: aproximadamente 22 µm.

Dados ecológicos: árvores. No Rio Grande do Sul são citadas sete espécies deste gênero, sendo que, I. brevicuspis Reissek; I. dumosa Reissek; , I. paraguariensis A. St.-Hil.; I. pseudobuxus Reissek; I. theezans Mart. ex Reissek, ocorrem na Floresta Ombrófi la Densa e nas matas de restinga do Estado (Reitz et al., 1988; Backes & Irgang, 2004b; Sobral et al., 2006).

Ordem EuphorbialesFamília Euphorbiaceae

Acalypha L.(Fig. 76)

Grãos de pólen mônades, pequenos, isopolares, radiossimétricos, circulares, esféricos, tricolporados, exina tectada, columelada e ornamentação escabrada. Dimensões: diâmetro dos grãos: cerca de 20 µm.Dados ecológicos: arbustos. No Rio Grande do Sul, segundo Backes & Nardino (1998), ocorrem duas espécies nativas: A. brasiliensis Muell. Arg. e A. variabilis Klotzsch ex Baill. Diversas plantas deste gênero são utilizadas como ornamentais no Sul do Brasil (Marchiori, 2000).

Alchornea Sw.(Figs. 77, 78, 79)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, prolato - esferoidais, subtrian-gulares, tricolporados (opérculo característico), exina espessa, columelados e ornamentação psilada a escabrada. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: aproximadamente 30 µm, diâmetro equatorial: em torno de 27 µm. Dados ecológicos: árvores. No Rio Grande do Sul, conforme Sobral et al. (2006), são citadas três espécies: A. glandulosa Poepp. & Endl., A. sidifolia Müll. Arg. e A. triplinervia (Spreng.) Müll. Arg., todas com ocorrência na Floresta Ombrófi la Densa. Estas são espécies são consideradas pioneiras, ocorrendo em áreas abertas, clareiras ou ambientes alterados (Reitz et al., 1988; Backes & Irgang, 2004b).

Sebastiania Spreng.(Fig. 80)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, perprolatos, circulares, tricolporados (colpos longos e estreitos) e ornamentação reticulada. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: em torno de 65 µm, diâmetro equatorial: cerca de 30 µm.Dados ecológicos: árvores ou arbustos. No Rio Grande do Sul, conforme Reitz et al. (1988) e Sobral et al. (2006), são citadas cinco espécies, sendo que, S.

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argutidens Pax & K. Hoffm., S. brasiliensis Spreng., S. commersoniana (Baill.) L. B. Sm. & Downs e S. schottiana (Müll. Arg.) Müll. Arg., ocorrem na Floresta Ombrófi la Densa e nas matas de restinga do Estado.

Ordem PolygalalesFamília Polygalaceae

Polygala L.(Fig. 81)

Grãos de pólen mônades, pequeno a médios, isopolares, radiossimétricos, prolato – esferoidais, circulares, estefanocolporado (formando endocíngulo), columelas evidentes e ornamentação psilada. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: cerca de 30 µm, diâmetro equatorial: aproximadamente 20 µm.Dados ecológicos: ervas, arbustos ou lianas. No Rio Grande do Sul representantes deste gênero possuem ampla distribuição sendo encontrados em solos secos e úmidos, banhados, turfeiras, bordas de mata, dunas e margens de estrada (Lüdtke, 2004).

Ordem SapindalesFamília Sapindaceae

Allophylus edulis (St. Hil.) Radlk. ex Warm.(Fig. 82)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, quadrangulares (em vista polar), zonas interangulares retas, ângulo - aperturados, tetraporados e ornamentação microrreticulada. Dimensões: diâmetro equatorial dos grãos: em torno de 25 µm.Dados ecológicos: árvores. Espécie considerada pioneira a qual apresenta ampla distribuição no Brasil e, no Rio Grande do Sul, ocorrendo em todas as formações fl orestais (Backes & Irgang, 2002; Sobral et al., 2006).

Sapindaceae(Fig. 83)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, triangulares, tricolporados, sincolporados e ornamentação microrreticulada. Dimensões: diâmetro equatorial dos grãos: cerca de 40 µm.Dados ecológicos: No Rio Grande do Sul, conforme Backes & Nardino (1998), a família está representada pelos gêneros Paullinia L., Serjania Vell., Thinouia Planch. & Triana e Urvillea H.B. & K. ocorrendo como cipós e, Allophylus L., Cardiospermum L., Cupania L., Diatenopteryx Radlk., Dodonaea Mill.

e Matayba Aubl., ocorrendo com hábito arbóreo e/ou herbáceo.

Família Anacardiaceae

Anacardiaceae(Fig. 84)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, prolato - esferoidais a subprolatos, circulares, tricolporados, columelas evidentes e ornamentação reticulo - estriada. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: entre 28 - 35 µm, diâmetro equatorial: entre 25 - 30 µm.Dados ecológicos: árvores ou arbustos, raramente lianas ou ervas. No Rio Grande do Sul, segundo Sobral et al. (2006), ocorrem oito espécies para família, sendo que, Lithraea brasilesiensis Marchand, Schinus polygamus (Cav.) Cabrera e Schinus terebinthifolius Mart. ex. Engl., ocorrem de forma comum na região do estudo. Estas possuem hábitat muito variado sendo encontradas no interior e bordas de mata das formações de restinga, da Floresta Ombrófi la Densa, capões dos campos e ambientes alterados (Fleig, 1987; Reitz et al., 1988; Backes & Nardino, 1998).

Família Meliaceae

Meliaceae(Fig. 85)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, prolatos, circulares, tetracolporados e ornamentação levemente reticulada. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: em torno de 35 µm, diâmetro equatorial: entre 20 - 25 µm.Dados ecológicos: arbustos ou árvores. A família possui distribuição pantropical (Souza & Lorenzi, 2005). No Rio Grande do Sul, conforme Sobral et al. (2006), ocorrem 10 espécies distribuídas nos gêneros Cabralea A. Jussieu, Cedrela P. Browne, Guarea F. Allam ex L. e Trichilia P. Browne.

Ordem ApialesFamília Apiaceae

Eryngium L.(Fig. 86)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, prolato a perprolatos, circulares, tricolporados (colporos longos apresentando endocíngulo), exina tectada, columelas evidentes e ornamentação psilada. Dimensões: diâmetro polar

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dos grãos: cerca de 50 µm, diâmetro equatorial: entre 20 - 25 µm.Dados ecológicos: ervas. A família Apiaceae apresenta distribuição cosmopolita constituindo uma das maiores famílias de angiospermas (Souza & Lorenzi, 2005). No Rio Grande do Sul estão representadas amplamente pelo gênero Eryngium, o qual inclui 29 espécies, ocorrendo desde campos secos a úmidos, comuns em capoeiras, pântanos, lagoas e turfeiras (Irgang, 1974).

Ordem GentianalesFamília Apocynaceae

Apocynaceae(Fig. 87)

Grãos de pólen mônades, grandes, isopolares, radiossimétricos, circulares, estefanoporados (com 4 - 5 poros), tectados, columelas não evidentes e ornamentação psilada. Dimensões: diâmetro dos grãos: cerca de 60 µm; diâmetro dos poros: aproximadamente 3 µm.Observações: as dimensões apresentadas por estes palinomorfos assemelham-se a “Mandevilla - Type” descrito por Behling (1993).Dados ecológicos: lianas, em grande maioria, ocorrendo também árvores e arbusto. No Rio Grande do Sul, segundo Backes & Nardino (1998), ocorrem oito gêneros: Aspidosperma Mart. & Zucc., Condylocarpon Desf., Forsteronia G. Mey, Mandevilla Lindl., Tabernaemontana L., Prestonia R. Br., Rauwolfi a Ruiz & Pav., Temnadenia Miers.

Ordem LamialesFamília Lamiaceae

Lamiaceae(Figs. 88, 89)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, ra diossimétricos, subprolatos, circulares, estefa-nocolpado (com 6 - 8 colpos longos), tectados com columelas evidentes e ornamentação reticulada (retículos fi nos). Dimensões: diâmetro polar dos grãos: em torno de 28 µm, diâmetro equatorial: aproximadamente 22 µm.Dados ecológicos: ervas ou arbustos, menos freqüente árvores. A família possui distribuição cosmopolita sendo representadas no Brasil por aproximadamente 26 gêneros e 350 espécies (Souza & Lorenzi, 2005), tratando-se de plantas heliófi tas e higrófi tas de campos e matas. Na região da Planície Costeira do Rio Grande do Sul são citadas diversas espécies de Hyptis Jacq., as quais ocorrem como

anfíbias ou emergentes em lagoas, açudes, margens cursos d’água, banhados, várzeas e matas paludosas (Bordignon, 1990; Irgang & Gastal Jr., 1996).

Ordem ScrophularialesFamília Lentibulariaceae

Utricularia L.(Fig. 90)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, suboblatos, circulares, estefa-nocolporados e ornamentação psilada. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: cerca de 30 µm, diâmetro equatorial: aproximadamente 40 µm.Dados ecológicos: ervas. No Rio Grande do Sul, segundo Irgang e Gastal Jr. (1996), ocorrem oito espécies as quais habitam banhados, turfeiras, locais úmidos vivendo como plantas emergentes, anfíbias, submersas ou fl utuantes.

Ordem RubialesFamília Rubiaceae

Spermacoce L .(Fig. 91)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, circulares, estefanocolporados (cerca de 9 colporos), exina tectada, columelas evidentes e ornamentação reticulada. Dimensões: diâmetro equatorial dos grãos: entre 30 - 45 µm.Observações: palinomorfo citado em Palinologia do Quaternário como Borreria G. Mey., antigo nome do gênero. Dados ecológicos: ervas anual ou perene. Segundo Miotto (1975), as espécies deste gênero são componentes característicos das formações campestres do Rio Grande do Sul.

Ordem AsteralesFamília Asteraceae

tipo Baccharis L.(Fig. 92)

Grãos de pólen mônades, pequenos a médios, isopolares, radiossimétricos, prolatos, subtriangulares, tricolporados, exina cavada aumentando na região do mesocolpo, columelas evidentes e ornamentação equinada. Espinhos grandes em forma cônica (base e altura equivalentes). Dimensões: diâmetro polar dos grãos: entre 20 - 35 µm, diâmetro equatorial: entre 15 - 25 µm.Observações: conforme Cancelli (2008), em estudo detalhado a respeito da morfologia polínica

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de diversos gêneros da família Asteraceae no Rio Grande do Sul, “tipo Baccharis” inclui, além de diversas espécies do próprio gênero, as seguintes espécies: Conyza blakei (Cabr.) Cabr., Eupatorium tweedieana Hook & Arn., Mikania cordifolia (L.) Wild. e M. micrantha Kunth. Ainda, devido à grande semelhança morfológica apresentada por outros tipos polínicos também pertencentes ao “grupo 4” sensu Cancelli (op. cit.) e, levando-se em conta muitas vezes o grau de preservação dos palinomorfos, preferiu-se manter de forma mais ampla a caracterização de “tipo Baccharis” podendo eventualmente ter sido incorporado outros gêneros.Dados ecológicos: ervas. Devido à grande adaptação ambiental do gênero, podem ser encontradas nos mais diversos habitats, preferencialmente em ambientes campestres (Cabrera & Klein, 1989).

tipo Gnaphalium L. (Fig. 93)

Grãos de pólen mônades, pequenos, isopolares, radiossimétricos, prolatos, subtriangulares a circulares, tricolporados e ornamentação microequinada. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: aproximadamente 17 µm, diâmetro equatorial: em torno de 11 µm.Dados ecológicos: ervas. Conforme Joly (2002), o gênero é comum em regiões litorâneas e terrenos alterados.

tipo Vernonia Schreb.(Fig. 94, 95)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, esféricos, tricolporados e ornamentação reticulada com muros altos sobre os quais desenvolvem espinescências. Dimensões: diâmetro dos grãos: em torno de 45 µm.Dados ecológicos: ervas, arbustos ou árvores. Ocorrem e diversos ambientes, campos, banhados, capoeiras, borda e interior de matas, margens de estrada e rios (Matzenbacher & Mafi oleti, 1994).

tipo Holocheilus Cass.(Fig. 96)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, perprolatos, subtriangulares, tricolporados, exina tectada, columelas evidentes e ornamentação microequinada. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: em torno de 35 µm, diâmetro equatorial: em torno de 17 µm.Observações: Segundo Cancelli (2008), este tipo polínico inclui espécies de dois gêneros, sendo estas: Holocheilus brasiliensis (L.) Cabr., H. illustris (Vell.)

Cabr. e H. monocephalus Mondin, bem como Jungia fl oribunda Less. e J. sellowii Less.Dados ecológicos: ervas e arbustos. O gênero Holocheilus ocorre em regiões subtropicais de ambientes secos ou úmidos, desde planícies baixas até regiões montanhosas. Para o Rio Grande do Sul são citadas quatro espécies (Mondin & Vasques, 2004). O gênero Jungia é representado apenas por duas espécies no Rio Grande do Sul, ocorrendo de forma comum em orlas das matas de pinhais e das matas latifoliadas, clareiras ou matas abertas e em solos alterados (Cabrera & Klein, 1973).

tipo Senecio L.(Fig. 97)

Grãos de pólen mônades, médios, prolato - esferoidais, subtriangulares, tricolporados e ornamentação equinada. Espinhos columelados e de forma cônica (base e altura equivalentes). Dimensões: diâmetro polar dos grãos: aproximadamente 27 µm, diâmetro equatorial: em torno de 25 µm.Observações: Cancelli (2008) cita diversas espécies para o Rio Grande do Sul com mesmas características morfológicas ao pólen do “tipo Senecio”.Dados ecológicos: ervas anuais ou perenes, subarbustos, arbustos ou arvoretas de porte variado (Cabrera & Klein, 1975).

tipo Ambrosia L.(Fig. 98)

Grãos de pólen mônades, médios, sub-triangulares, tricolporados, colpos curtos e or-namentação microequinada. Espículas distribuídas uniformemente por toda a superfície da exina. Dimensões: diâmetro equatorial dos grãos: cerca de 30 µm.Dados ecológicos: ervas anuais ou perenes, invasoras de culturas e ruderais (Mondin, 2004). Para o Rio Grande do Sul são citadas quatro espécies conforme autor (op. cit.).

Tribo Heliantheae

tipo Heliantheae (Fig. 99)

Grãos de pólen mônades, médios, prolato - esferoidais, subtriangulares, tricolporados e ornamentação equinada. Espinhos médios a grandes, columelados, onde a base é menor que a altura e apresentando ápice muito aguçado. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: em torno de 26 µm, diâmetro equatorial: aproximadamente 25 µm.

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Dados ecológicos: ervas. No Rio Grande do Sul, segundo Mondin (2004), a tribo Helianthe é bem representada pelos gêneros Acanthospermum Schrank, Acmella Rich., Aspilia Thourars, Bidens L., Blainvillea Cass., Calea L., Conyza Hill. e Wedelia Jacq.

tipo Trixis P. Browne(Fig. 100)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, subprolatos, subtriangulares, tricolporados e ornamentação microequinada. Apresentam exina biestratifi cada e ectosexina com o dobro da espessura na região polar e endosexina mais espessa na região equatorial. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: em torno de 45 µm, diâmetro equatorial: aproximadamente 35 µm.Dados ecológicos: ervas perenes ou arbustos (Bremer, 1994). No Rio Grande do Sul, segundo Mondin (1996), são citadas seis espécies: Trixis stricta Less., Trixis lessingii DC., Trixis pallida Less., Trixis thyrsoidea Dusén ex Malme, Trixis verbasciformis Less. e Trixis praestans (Vell.) Cabr.

tipo Elephantopus L.(Fig. 101)

Grãos de pólen mônades, médios, esféricos, circulares, equinolofados, exina reticulada (com aspecto poligonal).Observações: Conforme Cancelli (2008), a ornamentação é constituída por espinescências em fi la única sobre os muros. Dimensões: diâmetro dos grãos: aproximadamente 35 µm.Dados ecológicos: ervas perenes com distribuição pantropical ocorrendo principalmente na América do Sul, com cerca de 30 espécies (Bremer, 1994).

AngiospermasMonocotiledôneasSubclasse ArecidaeOrdem ArecalesFamília Arecaceae

Arecaceae(Fig. 102)

Grãos de pólen mônades, médios, heteropolares, simetria bilateral, elípticos (em vista polar), apresentando uma das extremidades mais afi lada, monossulcados e ornamentação psilada a escabrada. Sulcos estreitos e tão longo quanto os grãos. Dimensões: diâmetro equatorial maior: entre 50 - 55 µm, diâmetro equatorial menor: aproximadamente 20 µm.

Observação: Segundo Evaldt et al. (2008), pequenas diferenças morfológicas no tamanho e ornamentação permitem a separação de alguns tipos polínicos desta família no Rio Grande do Sul. Entretanto, neste trabalho, ainda manteve-se hierarquia taxonômica de modo mais amplo. Material muito semelhante ao “Tipo Syagrus” descrito por Leal & Lorscheitter (2006).Dados ecológicos: árvores. A família apresenta distribuição predominantemente pantropical. No Brasil ocorrem cerca de 40 gêneros e aproximadamente 200 espécies (Souza & Lorenzi 2005). Para o Rio Grande do Sul são citadas nove espécies, dentre estas, Butia capitata (Mart.) Becc., Euterpe edulis Mart., Geonoma schottiana Mart. e Syagrus romanzoffi ana (Cham.) Glassman ocorrem na região Litorânea e Depressão Central (Backes & Irgang, 2004b; Lorenzi et al., 2004; Sobral et al., 2006). Além disso, ocorre esporadicamente na região do Litoral Norte do Estado (município de Torres) a espécie Trithrinax brasiliensis Mart. (Sobral op. cit.).

Subclasse CommelinidaeOrdem EriocaulalesFamília Eriocaulaceae

tipo Eriocaulaceae - Paepalanthus Kunth.(Fig. 103)

Grãos de pólen mônades, médios, isopolares, radiossimétricos, esferoidais, espiro - aperturados, exina tectada e ornamentação microequinada (espinhos distanciados). Dimensões: diâmetro: em torno de 23 µm.Dados ecológicos: ervas. Segundo Cronquist (1981) e Schultz (1984) são vegetais heliófi tos e higrófi los que ocorrem em banhados e campos úmidos.

Ordem CyperalesFamília Cyperaceae

Cyperaceae(Fig. 104)

Grãos de pólen mônades, médios, heteropolares, radiossimétricos, prolato - esferoidais, aberturas em sulcos, exina tectada, columelas pouco evidentes e ornamentação granulada a escabrada. Pólo distal geralmente mais largo que o pólo proximal e alguns grãos apresentando sulcos paralelos ao eixo polar. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: entre 30 - 45 µm, diâmetro equatorial: entre 25 - 40 µm.Dados ecológicos: ervas. Segundo Joly (2002), os representantes da família habitam terrenos brejosos

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e alagadiços. Algumas espécies ocorrem em terrenos secos e arenosos, entretanto, a maior parte prefere locais úmidos. No Rio Grande do Sul são citadas14 gêneros e 55 espécies como macrófi tas da Planície Costeira do Rio Grande do Sul (Irgang e Gastal Jr., 1996).

Família Poaceae

Poaceae(Fig. 105)

Grãos de pólen mônades, pequeno a médios, heteropolares, radiossimétricos, esferoidais, circulares, monoporados (poro no pólo distal com ânulo), exina tectada, columelada e ornamentação psilada a levemente scabrada. Dimensões: diâmetro polar dos grãos: entre 30 - 48 µm, diâmetro equatorial: entre 25 - 45 µm.Dados ecológicos: ervas. A família possui distribuição cosmopolita. No Brasil ocorrem cerca de 180 gêneros e aproximadamente 1500 espécies (Souza & Lorenzi, 2005). Plantas características de formações campestres como os Pampas da América do Sul. Representantes desta família apresentam hábito muito variado ocorrendo em campos secos pedregosos, úmidos, dunas e banhados, matos e capões (Araújo, 1971; Irgang & Gastal, 1996; Joly, 2002; Boldrini et al., 2005).

Zea mays L.(Fig. 106)

Grãos de pólen mônades, grandes, heteropolares radiossimétricos, esferoidais, circulares, mo-noporados, exina tectada, columelada e ornamentação psilada a levemente scabrada. Dimensões: diâmetro dos grãos: cerca de 90 µm, abertura do poro aproximadamente 5 µm. Dados ecológicos: ervas. Planta cultivada, anuais, cespitosas, eretas, monóicas, de origem americana, cultígena (Boldrini et al., 2005).

Fragmentos de animaisFilo Platyelminthes

Ovo de Platielmintes(Fig. 107)

Estruturas alongadas, hialinas, apresentando abertura proeminente numa extremidade e apêndice apical na extremidade oposta. Parede psilada. Dimensões: comprimento (sem apêndice apical): entre 100 - 150 µm.Dados ecológicos: Este fi lo abrange formas parasitas quanto de vida livre, marinha ou de água doce. Algumas espécies terrícolas podem ser limitadas a ambientes úmidos (Ruppert & Barnes, 1996).

Filo ArthropodaSubfi lo CrustaceaClasse Copepoda

Pêlos de Artrópodes(Fig. 108)

Formas fi lamentosas, alongadas, apresentado aspecto de estruturas pilosas. Dimensões: comprimento variável.Dados ecológicos: conforme Van Geel (1978), estas formas podem estar associadas a fragmentos de invertebrados uma vez que estruturas similares foram observadas em aracnídeos viventes.

Mandíbulas de Artrópodes(Fig. 109)

Estruturas dentiformes, robustas com pequenas projeções (cerca de 8 a 15). Dimensões: tamanho da estrutura: entre 45 - 60 µm, projeções apresentando tamanho aproximado de 8 µm.Observações: forma semelhante ao “tipo 71” descrito em Van Geel (1978).Dados ecológicos: estruturas associadas a mandíbulas de aracnídeos, segundo autor anteriormente mencionado.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à CAPES pela bolsa de estudos concedida ao primeiro autor, a Sérgio Augusto de Loreto Bordignon pela identifi cação dos vegetais em campo e pelo auxilio fi nanceiro para realização deste, através do projeto ULBRA (Processo 431), a Adriana Schmidt Dias pelo fi nanciamento da datação radiocarbônica, através de projeto do CNPq (Processo 474630/2004-8), a Paulo César Pereira das Neves, Hermann Behling pela revisão de alguns táxons, e a Rodrigo Rodrigues Cancelli pela revisão dos táxons da família Asteraceae.

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66 MACEDO, R. B.; SOUZA, P. A. DE & BAUERMANN, S. G.

Figs. 2 - 12. Fungos. 2. Glomus; 3. Gelasinospora calospora; 4. Gelasinospora cf. reticulispora; 5. tipo Microthyrium; 6. Bryophytomyces sphagni; 7. tipo Gaeumannomyces cf. caricis; 8. tipo Athelia; 9. Tetraploa aristata; 10. tipo Nigrospora; 11. Esporo indeterminado 1; 12. Esporo indeterminado 2. Barras: 20 µm.

IHERINGIA, Sér. Bot., Porto Alegre, v. 64, n. 2, p. 43-78, jul./dez. 2009

Catálogo de pólens, esporos e demais palinomorfos ... 67

Figs. 13 - 18. Fungos. 13. Esporo indeterminado 3; 14. Esporo indeterminado 4; 15. Esporo indeterminado 5; 16. Esporo indeterminado 6; 17. Esporo indeterminado 7; 18. Esporo indeterminado 8; 19. Hifas. 20 - 23. Algas. 20. Botryococcus; 21. Pediastrum (fragmentado); 22. Debarya; 23. Zygnema. 24. Incertae sedis. 24. Pseudoschizaea rubina. 25 - 26 Briófi tas. 25. Anthoceros punctatus (PP); 26. Phaeoceros laevis (PP). Barras: 20 µm.

IHERINGIA, Sér. Bot., Porto Alegre, v. 64, n. 2, p. 43-78, jul./dez. 2009

68 MACEDO, R. B.; SOUZA, P. A. DE & BAUERMANN, S. G.

Figs. 27. Briófi tas. 27. Sphagnum (PP). 28 - 31. Pteridófi tas. 28. Dicksonia sellowiana (PP); 29. Anemia phyllitidis (PD); 30. Anemia (PP); 31. Cyatheaceae (PP). Barras: 20 µm.

IHERINGIA, Sér. Bot., Porto Alegre, v. 64, n. 2, p. 43-78, jul./dez. 2009

Catálogo de pólens, esporos e demais palinomorfos ... 69

Figs. 32 - 38. Pteridófi tas. 32. Pteris (PP); 33. tipo Blechnum (VE); 34, 35. tipo Microgramma vacciniifolia (VE e PP); 36. Polypodium (VE); 37. Lycopodium clavatum (PP); 38. Selaginella (PD). 39. Gimnospermas. 39. Pinus (PD). Barras: 20 µm.

IHERINGIA, Sér. Bot., Porto Alegre, v. 64, n. 2, p. 43-78, jul./dez. 2009

70 MACEDO, R. B.; SOUZA, P. A. DE & BAUERMANN, S. G.

Figs. 40 - 43. Gimnospermas. 40. Pinus (PP); 41. Araucaria angustifolia; 42, 43. Podocarpus (PD e PP); 44. Ephedra. 45. Angiospermas - Dicotiledôneas. 45. Drymis brasiliensis. Barras: 20 µm.

IHERINGIA, Sér. Bot., Porto Alegre, v. 64, n. 2, p. 43-78, jul./dez. 2009

Catálogo de pólens, esporos e demais palinomorfos ... 71

Figs. 46 - 60. Angiospermas - Dicotiledôneas. 46. Celtis (VP); 47. Trema micrantha; 48. Cecropia; 49, 50. Alnus (VP); 51. tipo Amaranthus - Chenopodiaceae; 52. Alternanthera; 53, 54. Gomphrena (1º e 2° PL); 55. Caryophyllaceae; 56. Polygonum; 57. Malvaceae; 58. Chrysophyllum ; 59. Myrsine (VP); 60. Mimosa série Lepidotae. Barras: 20 µm.

IHERINGIA, Sér. Bot., Porto Alegre, v. 64, n. 2, p. 43-78, jul./dez. 2009

72 MACEDO, R. B.; SOUZA, P. A. DE & BAUERMANN, S. G.

Figs. 61 - 76. Angiospermas - Dicotiledôneas. 61. Mimosa; 62. tipo Acacia; 63. tipo Parapiptadenia rigida; 64. Fabaceae (VP); 65. tipo Erythrina (VP); 66. tipo Roupala (VP); 67. Cuphea carunculata (VP); 68. Cuphea (VP); 69. Daphnopsis racemosa; 70. Myrtaceae (VP); 71. Ludwigia (VP); 72. Melastomataceae (VP); 73. Tripodanthus acutifolius (VP); 74, 75. Ilex (VP e VE); 76. Acalypha (VP). Barras: 20 µm.

IHERINGIA, Sér. Bot., Porto Alegre, v. 64, n. 2, p. 43-78, jul./dez. 2009

Catálogo de pólens, esporos e demais palinomorfos ... 73

Figs. 77- 92. Angiospermas - Dicotiledôneas. 77, 78, 79. Alchornea (VP, vista oblíqua, VE); 80. Sebastiania (VE); 81. Polygala (VE); 82. Allophylus edulis (VP); 83. Sapindaceae (VP); 84. Anacardiaceae (vista oblíqua); 85. Meliaceae (VE); 86. Eryngium (VE); 87. Apocynaceae; 88, 89. Lamiaceae (VP e EQ); 90. Utricularia (VE); 91. Spermacoce (VP); 92. tipo Baccharis (VP). Barras: 20 µm.

IHERINGIA, Sér. Bot., Porto Alegre, v. 64, n. 2, p. 43-78, jul./dez. 2009

74 MACEDO, R. B.; SOUZA, P. A. DE & BAUERMANN, S. G.

Figs. 93 - 101. Angiospermas - Dicotiledôneas. 93. tipo Gnaphalium (VE); 94, 95. tipo Vernonia (VE); 96. tipo Holocheilus (VE); 97. tipo Senecio (VP); 98. tipo Ambrosia (VP); 99. tipo Helianthe (VP); 100. tipo Trixis (VE); 101. tipo Elephantopus (VE). 102 - 108. Angiospermas - Monocotiledôneas. 102. Arecaceae ; 103. tipo Eriocaulaceae -Paepalanthus (VE); 104. Cyperaceae (VE); 105. Poaceae; 106. Zea mays. Barras: 20 µm.

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Catálogo de pólens, esporos e demais palinomorfos ... 75

Figs. 107 - 109. Fragmentos de animais. 107. Ovo de Platielmintes, 108. Pêlos de Artrópode; 109. Mandíbulas de Artrópode. Escalas: 20 µm.

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76 MACEDO, R. B.; SOUZA, P. A. DE & BAUERMANN, S. G.

Táxons Lâminas Coordenadas Figuras

Fungos

Bryophytomyces sphagni 554c O54 Fig. 6

Esporo indeterminado 1 555d S66-4 Fig. 11

Esporo indeterminado 2 583b S39 Fig. 12

Esporo indeterminado 3 578c T45 Fig. 13

Esporo indeterminado 4 565a V44 Fig. 14

Esporo indeterminado 5 567d P56 Fig. 15

Esporo indeterminado 6 554a Q61-1 Fig. 16

Esporo indeterminado 7 557a X55 Fig. 17

Esporo indeterminado 8 572d W36-1 Fig. 18

Gelasinospora calospora 578c H52 Fig. 3

Gelasinospora cf. reticulispora 574d W56-3 Fig. 4

Glomus 565a J27 Fig. 2

Hifas 561d D55-4 Fig. 19

Tetraploa aristata 559c M45-1 Fig. 9

tipo Athelia 558b J51 Fig. 8

tipo Gaeumannomyces cf. caricis 557a T56-3 Fig. 7

tipo Microthyrium 560d R36 Fig. 5

tipo Nigrospora 555c G56-4 Fig. 10

Algas

Botryococcus 556d W49-2 Fig. 20

Debarya 572a X18-3 Fig. 22

Pediastrum 562c K52 Fig. 21

Zygnema 579b T34 Fig. 23

Alga Incertae sedis

Pseudoschizaea rubina 568b X31-3 Fig. 24

Briófi tas

Anthoceros punctatus 570b Y41 Fig. 25

Phaeoceros laevis 567a Z26 Fig. 26

Sphagnum 567a G27-1 Fig. 27

Pteridófi tas

Anemia 587b L34-3 Fig. 30

Anemia phyllitidis 555d R56 Fig. 29

(continua)

QUADRO 1 - Lista dos táxons registrados, com identifi cação das lâminas (Codifi cação da Palinoteca da ULBRA) e coordenadas England Finder das espécimes ilustradas.

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Catálogo de pólens, esporos e demais palinomorfos ... 77

QUADRO 1 - Continuação

Táxons Lâminas Coordenadas Figuras

Cyatheaceae 559c P48-2 Fig. 31

Dicksonia sellowiana 562c Y32-4 Fig. 28

Lycopodium clavatum 559c X37 Fig. 37

Polypodium 574a W24 Fig. 36

Pteris 562a O29 Fig. 32

Selaginella 561b C58 Fig. 38

tipo Blechnum 557b P58-1 Fig. 33

tipo Microgramma vacciniifolia 573b F49, W33-3 Figs. 34, 35

Gimnospermas

Araucaria angustifolia 577c T72 Fig. 41

Ephedra tweediana 565a R51 Fig. 44

Pinus 554a, 554b R47-4, O47 Figs. 39, 40

Podocarpus 567a V31 Figs. 42, 43

Angiospermas (Dicotiledôneas)

Acalypha 570b N50 Fig. 76

Alchornea 571a, 574a V66-2, Q30, K31-3 Figs. 77, 78, 79

Allophylus edulis 586a S35 Fig. 82

Alnus 577b, 571a O37, O43 Fig. 49, 50

Alternanthera 572a O43 Fig. 52

Anacardiaceae 557a T38 Fig. 84

Apocynaceae 572d F33 Fig. 87

Caryophyllaceae 559d V57-4 Fig. 55

Cecropia 559d R57 Fig. 48

Celtis 559d X62 Fig. 46

Chrysophyllum 572d W54 Fig. 58

Cuphea 555b J61 Fig. 68

Cuphea carunculata 576c X34 Fig. 67

Daphnopsis racemosa 568b Y59-3 Fig. 69

Drymis brasiliensis 571a G56 Fig. 45

Eryngium 561a U41 Fig. 86

Fabaceae 559b Y50 Fig. 64

Gomphrena 577a, 574d N35, H51-2 Figs. 53, 54

Ilex 579a, 574c H32-2, V42-2 Figs. 74, 75

Lamiaceae 574a, 570b N49-4, M36-2 Figs. 88, 89

Ludwigia 559b R31 Fig. 71

Malvaceae 564c F37 Fig. 57

Melastomataceae 576b Z49 Fig. 72

Meliaceae 582a H54 Fig. 85

Mimosa 554d W36 Fig. 61

Mimosa série Lepidotae 554a J63 Fig. 62

(continua)

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78 MACEDO, R. B.; SOUZA, P. A. DE & BAUERMANN, S. G.

Táxons Lâminas Coordenadas Figuras

Myrsine 558b O50 Fig. 59

Myrtaceae 554d O39 Fig. 70

Polygala 571a D25 Fig. 81

Polygonum 554d H43-2 Fig. 56

Sapindaceae 561d L58-3 Fig. 83

Sebastiania 573c K52-2 Fig. 80

Spermacoce 569b R29-3 Fig. 91

tipo Acacia 566c F38 Fig. 62

tipo Amaranthus - Chenopodiaceae 555b J56 Fig. 51

tipo Ambrosia 569a X49-2 Fig. 98

tipo Baccharis 557a F55 Fig. 92

tipo Elephantopus 588a P34 Fig. 101

tipo Erythrina 569b G52 Fig. 65

tipo Gnaphalium 574a F45 Fig. 93

tipo Helianthe 554d O59 Fig. 99

tipo Holocheilus 584a P43 Fig. 96

tipo Parapiptadenia rigida 554d H43 Fig. 63

tipo Roupala 577b O24 Fig. 66

tipo Senecio 554d W54-1 Fig. 97

tipo Trixis 588a U35-2 Fig. 100

tipo Vernonia 574b, 587d U-31-3, P46 Figs. 94, 95

Trema micrantha 577b N35-1 Fig. 47

Tripodanthus acutifolius 587b Q-36 Fig. 73

Utricularia 561d P-29-4 Fig. 90

Angiospermas (Monocotiledôneas)

Arecaceae 566c O29 Fig. 102

Cyperaceae 554a X31-2 Fig. 104

Poaceae 560d V24-2 Fig. 105

tipo Eriocaulaceae - Paepalanthus 574b O48 Fig. 103

Zea mays 555b Y55 Fig. 106

Fragmentos de animais

Mandíbulas de Artrópodes 564d W31-3 Fig. 109

Ovo de Platielmintes 587b E52 Fig. 107

Pêlos de Artrópodes 565b K36 Fig. 108

QUADRO 1 - Continuação