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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMAS DE GESTÃO MARIO DOS SANTOS SOARES UMA METODOLOGIA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE UM SISTEMA DE APROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS E ÁGUAS RESIDUAIS DE UNIDADES EVAPORADORAS Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Sistema de Gestão pela Qualidade Total. Orientador: Prof. Luís Perez Zotes, D.Sc. Universidade Federal Fluminense Niterói 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUCcedilAtildeO LABORATOacuteRIO DE TECNOLOGIA GESTAtildeO DE NEGOacuteCIOS E MEIO AMBIENTE

MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMAS DE GESTAtildeO

MARIO DOS SANTOS SOARES

UMA METODOLOGIA PARA ANAacuteLISE DE VIABILIDADE DE UM SISTEMA DE

APROVEITAMENTO DE AacuteGUAS PLUVIAIS E AacuteGUAS RESIDUAIS DE UNIDADES

EVAPORADORAS

Dissertaccedilatildeo apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestatildeo da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Grau de Mestre em Sistemas de Gestatildeo Aacuterea de Concentraccedilatildeo Organizaccedilotildees e Estrateacutegia Linha de Pesquisa Sistema de Gestatildeo pela Qualidade Total

Orientador

Prof Luiacutes Perez Zotes DSc Universidade Federal Fluminense

Niteroacutei

2017

2

CefetRJ ndash Sistema de Bibliotecas campus Petroacutepolis

Elaborada por Luciana de Souza Castro CRB74812

S676 Soares Mario dos Santos

Uma metodologia para anaacutelise de viabilidade de um sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais de unidades evaporadorasMario dos Santos Soares ndash Niteroacutei RJ 2017

135f il grafs tabs

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Escola de Engenharia Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo Laboratoacuterio de Tecnologia Gestatildeo de Negoacutecios e Meio Ambiente 2017 Orientador Luis Perez Zotes

1 Aacuteguas ndash Reuso 2 Aacuteguas residuais 3 Aacuteguas pluviais 4

Desenvolvimento Sustentaacutevel I Tiacutetulo

CDD 3637284

3

4

AGRADECIMENTOS

A elaboraccedilatildeo da presente dissertaccedilatildeo natildeo teria sido possiacutevel sem o apoio de diversas

pessoas Gostaria de manifestar minha gratidatildeo a todos agravequeles que direta ou

indiretamente contribuiacuteram para a conclusatildeo desta tarefa A todos manifesto meus

sinceros agradecimentos

Ao Professor orientador Luiz Peacuteres Zotes DSc pelas orientaccedilotildees incentivo e apoio

para a conclusatildeo do presente trabalho aqui quero manifestar meus agradecimentos

A todos os amigos de curso que de forma direta ou indireta contribuiacuteram incentivando

para a conclusatildeo do curso

Agradeccedilo a todos aqueles que se dispuseram a responder os questionaacuterios que foram

fundamentais para a determinaccedilatildeo da demanda por aacutegua natildeo potaacutevel Por isso muito

obrigado a todos

5

Pensamento

ldquoFaccedila o bem fale o bem pense o bem Perceba que

cada ser que encontramos eacute iluminado disfarccedilado a

nos mostrar o caminho Alguns nos mostram como natildeo

devemos ser outros como devemos serrdquo

Monja Coen

6

RESUMO

O aproveitamento de aacuteguas pluviais e o reaproveitamento de aacuteguas residuais demonstram que a minimizaccedilatildeo dos custos dos usuaacuterios com abastecimento de aacutegua eacute alcanccedilada e ainda gera valor agregado aos empreendimentos que optam por atender aos requisitos de sustentabilidade Esta atitude tem gerado o aumento da implantaccedilatildeo de sistemas de reutilizaccedilatildeo de aacutegua nos grandes centros urbanos O resultado econocircmico esperado na adoccedilatildeo dos sistemas de reaproveitamento de aacuteguas e utilizaccedilatildeo de aacutegua da chuva eacute influenciado pelo tipo de aplicaccedilatildeo ou seja em que ambiente esta medida seraacute adotada e que cuidados adicionais seratildeo necessaacuterios na concepccedilatildeo dos projetos Percebe-se com a pesquisa que o maior investimento para instalaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua da chuva estaacute relacionado ao reservatoacuterio que seraacute implantado e ao processo de instalaccedilatildeo o qual precisa ser analisado desde o seu dimensionamento e construccedilatildeo ateacute o atendimento aos padrotildees teacutecnicos e ambientais Esta dissertaccedilatildeo contempla o desenvolvimento de uma proposta metodoloacutegica para o estudo da viabilidade do aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais provenientes de evaporadoras de aparelhos de ar condicionado para uso natildeo potaacutevel A metodologia desenvolvida foi aplicada para validaccedilatildeo em uma instituiccedilatildeo de ensino com localizaccedilatildeo na cidade do Rio de Janeiro Na metodologia utilizada quantificaram-se as demandas de uso para bacias sanitaacuterias mictoacuterios limpeza e jardinagem Estimou-se o potencial de captaccedilatildeo de aacuteguas pluviais atraveacutes da cobertura de uma edificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e dimensionamento dos reservatoacuterios inferior e superior de acordo com a norma ABNT NBR 15527 A aplicaccedilatildeo permitiu verificar que atraveacutes de levantamento de dados equipamentos necessaacuterios e os custos para a implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais que acenaram para um investimento da ordem de R$9582817 (Noventa e cinco mil oitocentos e vinte e oito reais e dezessete centavos) O periacuteodo constatado para o retorno do investimento foi de 24 (vinte e quatro) meses para um payback simples e 28 (vinte e oito) meses para um payback descontado com utilizaccedilatildeo de taxa de 1 (um por cento) o que demonstrou um tempo de retorno do investimento curto comprovando a viabilidade econocircmica da implantaccedilatildeo do sistema sugerido por esta pesquisa Palavras-chave Aacuteguas pluviais Reservatoacuterio Reaproveitamento Custo Sustentabilidade

7

ABSTRACT The utilization of rainwater and the reuse of wastewater demonstrate that minimizing the costs of users with water supply is achieved and still generates added value to the projects that choose to meet sustainability requirements This attitude has led to an increase in the implementation of water reuse systems in large urban centers The expected economic result in the adoption of water reuse and rainwater utilization systems is influenced by the type of application that is in what environment this measure will be adopted and what additional care will be required in the design of the projects The research shows that the largest investment for the installation of the rainwater harvesting system is related to the reservoir to be implanted and to the installation process which needs to be analyzed from its design and construction to meeting the technical standards and environmental issues This dissertation contemplates the development of a methodological proposal for the study of the feasibility of the use of rainwater and wastewater coming from evaporators of air conditioners for non-potable use The methodology developed was applied for validation in an educational institution located in the city of Rio de Janeiro In the methodology used were quantified the demands of use for sanitary basins urinals cleaning and gardening The potential of rainwater harvesting was estimated by covering a building evaluating and designing the lower and upper reservoirs in accordance with ABNT NBR 15527 The application made it possible to verify that through data collection necessary equipment and the costs for the implantation of the system of use of rainwater that waved for an investment in the order of R $ 9582817 (Ninety-five thousand eight hundred and twenty-eight reais and seventeen cents) The payback period was 24 (twenty-four) months for a simple payback and 28 (twenty-eight) months for a discounted payback using a 1 (one percent) rate which time of return of the short investment proving the economic viability of the implementation of the system suggested by this research Key words Rainwater Reservoir Reuse Cost Sustainability

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LISTA DE SIGLAS

ABES ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia sanitaacuteria e Ambiental

ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro)

ANA ndash Agecircncia Nacional de Aacuteguas

ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

BTUs - (British termal Units- Unidade Teacutermica Britacircnica)

CEDAE - Companhia Estadual de Aguas e Esgotos

CEFET RJ- Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca

CNRH - Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

CONFEA ndash Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

EEE ndash Estaccedilatildeo Elevatoacuteria de Esgotos

EIA ndash Estudo de Impacto ambiental

EPA ndash Enviromental Protection Agency

ETA ndash Estaccedilatildeo de Tratamento de Aacutegua

ETE ndash Estaccedilatildeo de Tratamento de Esgotos

FIESP - Federaccedilatildeo das Industrias do Estado de Satildeo Paulo

IBGE - Instituto Brasileiro de geografia e Estatiacutestica

LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

NBR ndash Norma Brasileira

RIMA ndash Relatoacuterio de Impacto Ambiental

PCA ndash Programa de Conservaccedilatildeo de Aacutegua

PNCDA ndash Programa Nacional de Combate ao Desperdiacutecio de Aacutegua

PNRH - Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

PURA ndash Programa de Uso Racional da Aacutegua

PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional ()

SABESP ndash Companhia de Saneamento Baacutesico do Estado de Satildeo Paulo

SAAP - Sistema de Aproveitamento de Aguas Pluviais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura

9

ONU ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

LEED - Leadership in Energy and Environmental

USGBC - US Green building Council

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social

SINAPI ndash Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Iacutendices da Construccedilatildeo Civil

CEF ndash Caixa Econocircmica Federal

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo 24

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014 26

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais 38

Figura 4 - Reservatoacuterios 39

Figura 5 - Reservatoacuterios 39

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural 41

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva 41

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua 46

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva 51

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra 65

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo 67

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora 70

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ 70

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs 80

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP 83

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E 84

Figura 17 - Planta baixa 95

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior 99

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais 99

11

GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria 90

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia 91

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio 92

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio 93

12

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro 35

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro 36

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo 52

Quadro 4- Fluxo do processo 62

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca 81

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores 82

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento 82

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E 84

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff 85

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua 87

Quadro 11 - Populaccedilao 88

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria 95

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio 97

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha 98

13

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis 52

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio 55

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica 85

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais 102

Tabela 5 - Payback simples 104

Tabela 6 - Payback descontado 105

14

SUMAacuteRIO

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO 16

11 - CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 16

12 - QUESTAtildeO PROBLEMA 21

13 ndash QUESTOtildeES DA PESQUISA 21

14 - OBJETIVO GERAL 22

15 - OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 22

16 ndash ESTRUTURA METODOLOacuteGICA 22

17 ndash DELIMITACcedilAtildeO DA PESQUISA 25

18 ndash JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 25

19 ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO ESTUDO 27

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA 28

21 A SUSTENTABILIDADE E AS QUESTOtildeES QUANTO A CONSERVACcedilAtildeO

REAPROVEITAMENTO E REDUCcedilAtildeO DO CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 28

211 EXEMPLOS RECENTES DE ATITUDE SUSTENTAacuteVEIS ADOTADAS NO BRASIL 29

212 MEDIDAS SUSTENTAacuteVEIS PARA CONSERVACcedilAtildeO REAPROVEITAMENTO DE AacuteGUA E REDUCcedilAtildeO DO

CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 30

22 HISTOacuteRICO DO REUSO DE AacuteGUAS 37

221 ASPECTOS HISTOacuteRICOS DA CAPTACcedilAtildeO DAS AacuteGUAS PLUVIAIS NO BRASIL 40

23 UTILIZACcedilOtildeES DA AacuteGUA COLETADA E O SEU CONSUMO 42

24 O REUSO DE AacuteGUAS 43

241- AacuteGUAS RESIDUAacuteRIAS 43

242 AacuteGUAS CINZENTAS 46

25 FORMAS DE REUSO DE AacuteGUAS 47

251 REUSO URBANO 47

252 REUSO INDUSTRIAL 48

253 REUSO AGRIacuteCOLA 48

254 REUSO NO MEIO AMBIENTE 48

26 A PRAacuteTICA DE RECARGA DE AQUIacuteFEROS 48

27 O ARMAZENAMENTO DE AGUAacuteS 49

28 LEGISLACcedilAtildeO SOBRE O USO DE AacuteGUAS 56

3 - METODOLOGIA 62

31 ESTRATEacuteGIA DA PESQUISA 63

32 UNIDADE DE ANAacuteLISE 68

33 JUSTIFICATIVA DA ESTRATEacuteGIA DE PESQUISA 68

34 PESQUISA EXPLORATOacuteRIA 68

35 LEVANTAMENTO 69

15

36 OBJETO DE ESTUDO 70

361 APARELHOS EXISTENTES 71

37 ENTREVISTAS COM OS USUAacuteRIOS 71

38 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA 72

381 O CAacuteLCULO DE CONSUMO MEacuteDIO DIAacuteRIO DE AacuteGUA PER CAPITA POR APARELHOS 72

O CAacuteLCULO FOI REALIZADO COM BASE NO SOMATOacuteRIO DA MULTIPLICACcedilAtildeO DA FREQUEcircNCIA E TEMPO DE USO

OBTIDO NAS ENTREVISTAS E VAZAtildeO DO APARELHO DIVIDIDO PELO NUacuteMERO DE PESSOAS ENTREVISTADAS

72

382 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA EM ATIVIDADES DE LIMPEZA E JARDINAGEM 73

383 AVALIACcedilAtildeO DO POTENCIAL DE ECONOMIA DE AacuteGUA POTAacuteVEL 73

384 PERCENTUAL DE AacuteGUA POTAacuteVEL QUE PODERIA SER SUBSTITUIacuteDO POR AacuteGUA PLUVIAL 73

39 RESERVATOacuteRIOS DE AacuteGUA PLUVIAL 74

310 ANAacuteLISE ECONOcircMICA 74

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA 75

41 HISTOacuteRICO DO CEFET-RJ 75

411 DEFINICcedilAtildeO DE INSTITUICcedilOtildeES DE ENSINO SUPERIOR 75

412 - PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL (PDI) 76

413 - O PDI DO CEFETRJ 78

414 - FILOSOFIA MISSAtildeO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS 78

42 SOBRE O POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AGUAS DE RESIDUAIS 80

43 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS DAS ENTREVISTAS REALIZADAS 88

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 106

51 PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 107

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAFICAS 108

16

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO

11 - Consideraccedilotildees Iniciais

A aacutegua jaacute foi considerada um recurso infinito mas atualmente a sua

disponibilidade eacute um dos grandes problemas do nosso planeta decorrente de

inuacutemeros fatores tais como o aquecimento global as alteraccedilotildees climaacuteticas o

crescimento populacional acentuado o consumo cada vez maior dos recursos

hiacutedricos o mau uso desta fonte de energia e sobretudo a falta de poliacuteticas puacuteblicas

que estimulem o uso sustentaacutevel da aacutegua

Neste contexto segundo Kibert (2008) a adoccedilatildeo de medidas ecologicamente

corretas eacute fundamental tais como teacutecnicas de conservaccedilatildeo controle do desperdiacutecio

reaproveitamento da aacutegua de chuva reciclagem de aacutegua e recuperaccedilatildeo dos solos

Diante da possibilidade de racionamento ou ateacute mesmo escassez da aacutegua doce

no mundo eacute necessaacuterio que a sociedade e as poliacuteticas puacuteblicas busquem novas

tecnologias e alternativas sustentaacuteveis para a reduccedilatildeo do consumo

Diniz (2013) afirma que vaacuterios paiacuteses encaram hoje o problema de escassez

da aacutegua em consequecircncia do crescimento desordenado da poluiccedilatildeo dos recursos

hiacutedricos do aumento populacional e industrial que geram um aumento na demanda

pela aacutegua provocando o esgotamento deste recurso

Inobstante a urbanizaccedilatildeo das cidades e as tecnologias de abastecimento

puacuteblico de aacutegua contribuiacuteram para a desativaccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento da

aacutegua de chuva Entretanto atualmente no contexto do paradigma da conservaccedilatildeo da

aacutegua as praacuteticas de aproveitamento da aacutegua de chuva estatildeo sendo incorporadas aos

sistemas de gestatildeo urbana dos recursos hiacutedricos de diversos paiacuteses Portanto natildeo

se trata de inserir um novo conceito de gestatildeo de recursos hiacutedricos apenas resgatar

os fundamentos deste e adaptaacute-lo agrave realidade atual (ALADENOLA ADEBOYE 2009)

A UNESCO emitiu no ano de 2005 a resoluccedilatildeo Ares58217 proclamando o

periacuteodo de 2005 a 2015 como sendo a Deacutecada Internacional para Accedilatildeo ldquoAacutegua Fonte

de vidardquo iniciando-se o dia mundial da aacutegua no dia 22 de Marccedilo de

2005(UNESCO2013d) A iniciativa teve como objetivo de alerta para a importacircncia

de melhor administrar as fontes de aacutegua em funccedilatildeo do aumento de consumo ou pelo

uso desequilibrado deste recurso indispensaacutevel agrave vida humana Com perspectivas

preocupantes a ONU apresenta a estimativa que se natildeo houver alteraccedilotildees nas

17

poliacuteticas em relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos 18 bilhatildeo de pessoas estaratildeo vivendo em

zonas de secas e dois terccedilos da humanidade estaratildeo sujeitos a alguma restriccedilatildeo no

acesso agrave aacutegua em 2025

Haacute diversos pontos no mundo em que a falta de aacutegua tem sido o principal motivo de ecircxodo de populaccedilotildees tal como acontece no Nordeste brasileiro Em termos globais o risco de crise hiacutedrica acontece pelo crescimento demograacutefico mudanccedilas climaacuteticas desperdiacutecio e contaminaccedilatildeo das fontes Afetando natildeo soacute a sauacutede humana mas o desenvolvimento soacutecio econocircmico das populaccedilotildees e o rumo das relaccedilotildees entre paiacuteses (UNESCO2013d)

Nesse caso Fawell amp Miller (1992) afirmam que a provisatildeo de uma aacutegua

potaacutevel ldquosegurardquo e ldquoesteticamente aceitaacutevelrdquo eacute assegurada em muitos paiacuteses por uma

seacuterie de padrotildees obrigatoacuterios ou largamente advertidos (domiacutenio puacuteblico)

Se na atualidade os paiacuteses continuam concentrados na prospecccedilatildeo e busca de

novas tecnologias para auto-suficiecircncia em petroacuteleo natildeo estaraacute longe o dia em que a

aacutegua seraacute reconhecida como o bem mais precioso a vida do ser humano

Segundo Craig e Dale (2008) a definiccedilatildeo mais adotada e mais citada da

sustentabilidade foi feita no Relatoacuterio de Brundland que definiu o conceito de

sustentabilidade da seguinte forma ldquoaquele que satisfaz as necessidades do presente

sem comprometer a capacidade das futuras geraccedilotildees satisfazerem suas proacuteprias

necessidadesrdquo (BRUNDTLAND 1988 p 46)

O uso da aacutegua com consciecircncia eacute a soluccedilatildeo mais sustentaacutevel para o

enfrentamento da crise a que tem sido observada em diversos estados do paiacutes O

aproveitamento de aacutegua de chuva e reuso natildeo eacute um conceito novo mas com o

aumento da demanda tornou-se um tema atual e de suma importacircncia que eacute praticado

ao longo dos anos em diversos paiacuteses devendo ser uma atividade mais abrangente

que eacute o uso racional englobando a reduccedilatildeo de perdas e desperdiacutecios e a minimizaccedilatildeo

da produccedilatildeo de efluentes e do consumo de aacutegua potaacutevel

A utilizaccedilatildeo da aacutegua da chuva aleacutem de trazer o benefiacutecio da conservaccedilatildeo da

aacutegua e reduzir a dependecircncia excessiva das fontes superficiais de abastecimento

reduz o escoamento superficial minimizando os problemas com enchentes buscando

garantir a sustentabilidade urbana que segundo Dixon Butler e Fewkes (1999) soacute

seraacute possiacutevel atraveacutes da mobilizaccedilatildeo da sociedade em busca do uso apropriado e

eficiente da aacutegua

18

Segundo Petry e Boeriu (2000) nos uacuteltimos anos tem-se observado o

desenvolvimento de novas tecnologias referentes ao manejo de recursos hiacutedricos

Com isso observa-se novas expansotildees no uso de teacutecnicas de aproveitamento de

aacutegua de chuva tanto em regiotildees onde jaacute eram utilizadas como em locais onde eram

desconhecidas

Para Dixon et al(1999) a existecircncia da sociedade e de sua malha urbana no

futuro estaacute condicionada ao uso adequado da aacutegua considerando o seu reuacuteso e

aproveitamento da aacutegua pluvial em todo o ciclo desde a captaccedilatildeo passando pelo

tratamento e armazenagem

Veloso e Mendes (2014) afirmam que a maioria das experiecircncias brasileiras

de aproveitamento de aacutegua de chuva se concentra na regiatildeo do semiaacuterido brasileiro

promovida pela ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro) que eacute formada por mil

organizaccedilotildees da sociedade civil que atua na gestatildeo e no desenvolvimento de poliacuteticas

de convivecircncia com a regiatildeo semiaacuterida

Esta iniciativa contribui para equacionar os graves problemas de escassez de

aacutegua que a populaccedilatildeo e refeacutem Nesse sentido destaca-se o Programa Um Milhatildeo de

Cisternas (P1MC) uma das accedilotildees de mobilizaccedilatildeo promovidas pela ASA que objetiva

possibilitar ao nordestino o acesso a aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de

cisternas de placas Desde 2003 aproximadamente 499387 mil foram construiacutedas

beneficiando mais de 2 milhotildees de pessoas (ASA 2015)

Segundo Gould and Nissen-Petersen (1990) A colheita de aacuteguas pluviais eacute uma

teacutecnica antiga que possui um renome na popularidade devido agrave qualidade inerente da

aacutegua da chuva e ao interesse em reduzir o consumo de aacutegua tratada A aacutegua da chuva

eacute valorizada por sua pureza e suavidade Tem um pH quase neutro e estaacute livre de

subprodutos de desinfecccedilatildeo sais minerais e outros contaminantes naturais e

artificiais As plantas prosperam sob irrigaccedilatildeo com aacutegua de chuva armazenada Os

aparelhos duram mais quando satildeo livres dos efeitos corrosivos ou em escala de aacutegua

dura

Os usuaacuterios com sistemas potaacuteveis preferem o gosto superior e as

propriedades de limpeza da aacutegua da chuva Evidecircncias arqueoloacutegicas atestam a

captura da aacutegua da chuva haacute mais de 4000 anos e o conceito de colheita de aacutegua da

chuva na China pode chegar a mais de 6000 anos Ruiacutenas de cisternas construiacutedas

jaacute em 2000 aC para armazenar o escoamento das encostas para fins agriacutecolas e

domeacutesticos ainda estatildeo em Israel

19

A reutilizaccedilatildeo ou reuso de aacutegua ou ainda em outra forma de expressatildeo o uso

de aacuteguas residuaacuterias natildeo eacute um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo

haacute muitos anos Haacute relatos de sua praacutetica na Greacutecia Antiga com a disposiccedilatildeo de

esgotos e sua utilizaccedilatildeo na irrigaccedilatildeo Contudo a demanda crescente por aacutegua tem

feito do reuso planejado da aacutegua um tema atual e de grande importacircncia (SANTOS

1993)

O elevado desenvolvimento demograacutefico associado agraves transformaccedilotildees

econocircmicas reflete-se notavelmente no uso dos recursos hiacutedricos principalmente no

que se refere agrave qualidade e quantidade das aacuteguas superficiais e subterracircneas

(RAMOS 2000)

O uso de fontes alternativas e de estrateacutegias de uso racional de aacutegua em

edificaccedilotildees eacute uma forma de amenizar os problemas de disponibilidade de aacutegua

potaacutevel e diminuir a sua demanda

Dentre estas estrateacutegias pode-se citar o aproveitamento de aacutegua pluvial o

reuso de aacuteguas cinzas (ABNT NBR 155272007) O aproveitamento de aacutegua pluvial eacute

uma praacutetica milenar empregada no mundo todo Essa teacutecnica tem se difundido e se

consolidado como uma forma de mitigar os diversos problemas ambientais causados

pelo aumento da demanda de aacutegua pela falta de medidas de controle da poluiccedilatildeo e

de gestatildeo ambiental em aacutereas urbanas e rurais (BARROS 2000)

O reaproveitamento eficiente da aacutegua da chuva natildeo tem misteacuterios mas satildeo

necessaacuterios alguns pequenos cuidados que tornam os sistemas mais seguros e de

faacutecil manutenccedilatildeo (AQUASTOCK 2008)

De acordo com Diniz (2013) as teacutecnicas para operar um sistema de utilizaccedilatildeo

das aacuteguas pluviais seguem as seguintes etapas

Coletar aacuteguas pluviais atraveacutes de calhas em telhados coberturas

Armazenar essa aacutegua em reservatoacuterios cisternas

Abastecer o local onde seratildeo utilizadas as aacuteguas pluviais

Eliminar as primeiras aacuteguas de chuva preservando a qualidade dessa aacutegua

20

Relevacircncia da Pesquisa

O foco dos sistemas de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva estatildeo mais atrelados aos

problemas que o meio ambiente enfrenta de forma global ou seja estatildeo voltados para

o coletivo e natildeo individualmente Embora se pense em sistemas que sejam

desenvolvidos para a preservaccedilatildeo da aacutegua doce e da aacutegua da chuva para que natildeo

sejam desperdiccediladas eacute preciso tambeacutem pensar no investimento econocircmico de longo

prazo ou seja a economia na conta da aacutegua que seria uma forma de se pensar

tambeacutem individualmente

A relevacircncia deste trabalho aponta para os resultados levados agrave

sustentabilidade utilizando o aproveitamento de aacuteguas pluviais e de aacuteguas residuais

de evaporadoras de aparelhos de ar condicionado para fins natildeo potaacuteveis

Justificativa da Pesquisa

O sucesso das accedilotildees que devem conduzir ao reuso de aacutegua dependeraacute em

grande parte da influecircncia da comunidade do CEFET-RJ do comportamento das

pessoas e de suas decisotildees individuais Mesmo considerando que existe certo

interesse pelas questotildees ambientais haacute que se reconhecer a falta de informaccedilatildeo e

conhecimento dos problemas ambientais

Logo a educaccedilatildeo ambiental que tenha por objetivo informar e sensibilizar as

pessoas sobre os problemas (e possiacuteveis soluccedilotildees) existentes em sua comunidade

buscando transformar estas pessoas em indiviacuteduos que participem das decisotildees

sobre seus futuros exercendo desse modo o direito aacute cidadania tornando-se

instrumento indispensaacutevel ao processo

O CEFET-RJ possui duas entradas de abastecimento de aacutegua com

fornecimento atraveacutes da CEDAE perfazendo um consumo anual na ordem de

294039 m3 que abastecem blocos independentes atraveacutes de 02 castelos drsquoaacutegua com

alimentaccedilatildeo dos blocos por gravidade Tendo em vista o grande nuacutemero de blocos

com aacuterea construiacuteda de 3927050 m2 e grande aacutereas de paacutetios jardins e quadras

esportivas tendo alto consumo de aacutegua para limpeza

Estaacute sendo pesquisada a viabilidade do aproveitamento das aacuteguas pluviais

coletadas atraveacutes dos telhados de uma edificaccedilotildees bem como a aacutegua residual

proveniente dos evaporadores de unidades condensadoras e aparelhos de ar

condicionado de janela no campus do Maracanatilde em funccedilatildeo do grande nuacutemero de

ambientes com refrigeraccedilatildeo com a finalidade de reuso em aacutereas e atividades menos

nobres como lavagem de paacutetios quadras poliesportivas uso em bacias sanitaacuterias

21

irrigaccedilatildeo de jardins que com adoccedilatildeo destas medidas obter-se-aacute reduccedilatildeo do consumo

de aacutegua potaacutevel tratada fornecida pela concessionaria CEDAE

Como consequecircncias reduccedilatildeo dos custos reduccedilatildeo do incocircmodo de poccedilas de

aacuteguas residuais geradas por unidades condensadoras contribuiraacute na reduccedilatildeo de

enchentes tendo em vista a localizaccedilatildeo geograacutefica do CEFET-RJ proacutexima ao Rio

Maracanatilde estimulando a educaccedilatildeo ambiental e a sustentabilidade atraveacutes dos

multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo de aacutegua por membros da comunidade de

docentes discentes e teacutecnicos administrativos servindo como exemplo de uma

postura ambientalmente correta para o enfrentamento dos problemas de ocupaccedilatildeo e

impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos grandes centros urbanos

12 - Questatildeo Problema

Analisar a viabilidade de promover o desenvolvimento de um sistema de

captaccedilatildeo de aacutegua da chuva e aacuteguas residuais de evaporadoras de aparelhos de ar

condicionado do CEFETRJ para utilizaacute-la em fins natildeo potaacuteveis agregando valor agrave

sustentabilidade e gerando economia na conta da aacutegua

13 ndash Questotildees da Pesquisa

Nesta conjuntura surgem as questotildees que orientaratildeo este trabalho

Como implantar e implementar um sistema de aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Como verificar viabilidade teacutecnica para a adaptaccedilatildeo de instalaccedilotildees do preacutedio

estudado no CEFETRJ Campus Maracanatilde para aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Pesquisar os segmentos que se ajustem ao uso da aacutegua natildeo potaacutevel e calcular

suas demandas

Quantificaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas remanescentes

provenientes de Unidades Evaporadoras de aparelhos de ar condicionado do

preacutedio estudado

22

14 - Objetivo Geral

O objetivo geral da dissertaccedilatildeo eacute apresentaccedilatildeo de uma proposta metodoloacutegica

para analisar a viabilidade teacutecnica de um sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais

e aacuteguas residuais de evaporadoras de unidades evaporadores para uso com fins natildeo

potaacuteveis no Campus Maracanatilde do CEFET-RJ

15 - Objetivos Especiacuteficos

Desenvolvimento da metodologia proposta

Dimensionar o sistema de armazenamento das aacuteguas pluviais e

residuais coletadas para reuso

Buscar tecnologias para implantaccedilatildeo de sistema de aproveitamento de

agua pluviais

Avaliar viabilidade econocircmica da implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais

16 ndash Estrutura Metodoloacutegica

A metodologia utilizada no presente trabalho considerou o bloco E para se

analisar a viabilidade de aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

provenientes de unidade evaporadoras de aparelhos de ar condicionado Com

aplicaccedilatildeo de questionaacuterio para os usuaacuterios das instalaccedilotildees para quantificaccedilatildeo da

demanda de aacutegua nos ambientes estudados

Ywashima (2005) ressalta a importacircncia de campanhas de conscientizaccedilatildeo

para utilizaccedilatildeo racional da aacutegua nas escolas Segundo a pesquisadora a conta natildeo e

paga de forma direta pelos usuaacuterios consequentemente natildeo haacute motivaccedilatildeo financeira

A autora apresenta como sugestatildeo tecnologias economizadoras onde se obteacutem

reduccedilatildeo de consumo independente da mudanccedila de comportamento pelos usuaacuterios

Tomando como premissa o atual consumo desordenado de aacutegua consumo

este que proporciona uma grande margem para que no futuro este liacutequido precioso

para a vida na terra venha a faltar caso natildeo seja criado mecanismos que possam

contornar essa situaccedilatildeo o desenvolvimento deste presente projeto apresenta-se

como uma alternativa para compor estes mecanismos

23

Atraveacutes de pesquisas foi constatado que as aacuteguas pluviais devem ser utilizadas

para amenizar a situaccedilatildeo Desse modo o presente trabalho contempla a possibilidade

de uso de recursos tecnoloacutegicos a fim de que se possa reduzir o consumo e diminuir

o desperdiacutecio de aacutegua atraveacutes da captaccedilatildeo armazenamento e reaproveitamento das

aacuteguas pluviais

Este sistema de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial permite usar as aacutereas de coberturas

da edificaccedilatildeo para captar a aacutegua da chuva apoacutes passar por um filtro ou mecanismo

de retenccedilatildeo de impurezas conduzi-la a um reservatoacuterio onde seraacute armazenada e

utilizada na edificaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis tais como lavagem de pisos irrigaccedilatildeo

de jardins mictoacuterios e bacias sanitaacuterias

No que diz respeito a implementaccedilatildeo da metodologia foi realizado um

levantamento das coberturas da edificaccedilatildeo escolhidas com analise dos dados

meteoroloacutegicos da regiatildeo que permitiram avaliaccedilatildeo dos paracircmetros necessaacuterios para

os caacutelculos dos reservatoacuterios de aacuteguas pluviais

O trabalho foi dividido em trecircs etapas

A primeira etapa desenvolveu-se atraveacutes de pesquisas referecircncias

bibliograacuteficas dados teacutecnicos e projetos semelhantes referentes ao tema para obter

um melhor embasamento teoacuterico sobre o assunto com auxilio da internet pesquisas

literaacuterias artigos cientiacuteficos informaccedilotildees pessoais de profissionais e obtivemos

informaccedilotildees necessaacuterias favoraacuteveis que possibilitaram a execuccedilatildeo do presente

trabalho em unidade de ensino adequando agraves edificaccedilotildees do campus onde houvesse

o menor nuacutemero de intervenccedilotildees

A segunda etapa foi direcionada ao programa de necessidades considerando

o consumo da edificaccedilatildeo e o potencial de captaccedilatildeo atraveacutes de aacuterea de coberturas

evaporadores de ar condicionado levantamento dos iacutendices pluviomeacutetricos da regiatildeo

preacute-dimensionamento para os reservatoacuterios superior e inferior e uma estimativa de

custos para implantaccedilatildeo

A terceira e uacuteltima etapa foi direcionada ao anteprojeto arquitetocircnico para

construccedilatildeo do reservatoacuterio prevendo no sistema a captaccedilatildeo tanto de aacuteguas pluviais

quanto de aacuteguas residuais provenientes dos evaporadores de ar condicionado

levantamento dos custos referentes a implantaccedilatildeo dos reservatoacuterios com avaliaccedilatildeo

do tempo de retorno (payback) do investimento

24

A Figura 01 ilustra de forma simplificada a abordagem utilizada durante a

realizaccedilatildeo desta pesquisa

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho(2017)

DISSERTACcedilAtildeO

VERTENTE TEacuteCNICA

EMPIacuteRICA

COLETA DE DADOS

FLUXO DO PROCESSO

DIMENSIONAMENTO

CONCEPCcedilAtildeO EMPIacuteRICA

CONCLUSAtildeO DISSERTACcedilAtildeO

HISTOacuteRICO REUSO DAS

AacuteGUAS

LEGISLACcedilAtildeO

SUSTENTABILIDADE

BASE TEOacuteRICA

CONCEPCcedilAtildeO TEOacuteRICA

25

17 ndash Delimitaccedilatildeo da Pesquisa

A realizaccedilatildeo do presente trabalho ocorreraacute atraveacutes de levantamento de dados

referente ao abastecimento e equipamentos instalados do bloco E do campus

Maracanatilde com estudo de consumo de aacutegua da edificaccedilatildeo levando em consideraccedilatildeo

o nuacutemero de usuaacuterios

A capacidade de captaccedilatildeo seraacute realizada atraveacutes das aacutereas de cobertura e

utilizaccedilatildeo dos iacutendices de precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica da regiatildeo estudada de anos

anteriores para caacutelculo e dimensionamento de reservatoacuterios inferior e superior bem

como avaliaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas residuais produzidas pelas

evaporadoras instaladas no preacutedio

Avaliando as adaptaccedilotildees necessaacuterias ao sistema de abastecimento existente

para o atendimento das bacias sanitaacuterias e lavagem de paacutetios quadras esportivas

regas de jardim e levantando e propondo utilizaccedilatildeo de novas tecnologias existentes

para instalaccedilatildeo do sistema e verificando a necessidade de utilizaccedilatildeo de

abastecimento com aacutegua potaacutevel em casos de grande estiagem para manutenccedilatildeo

das atividades sem prejuiacutezos agrave aacuterea acadecircmica

Desta forma nesta pesquisa seratildeo avaliados os dados obtidos atraveacutes de

levantamentos arquitetocircnicos e das instalaccedilotildees hidro sanitaacuterias existentes no

CEFETRJ - Unidade Maracanatilde aleacutem de documentaccedilatildeo e pesquisa em projetos

similares que jaacute possam existir relacionados agrave questatildeo da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Como objetivo de fundamentar a implantaccedilatildeo do estudo e desenvolvimento do

mesmo seraacute apresentado levantamento e resultado necessaacuterios para implementaccedilatildeo

da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais com base nos dados coletados e revisatildeo bibliograacutefica

em artigos e perioacutedicos que versam sobre as tecnologias mais indicadas para a

utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

18 ndash Justificativa da Pesquisa

Como prevecirc a constituiccedilatildeo em seu Art 225 caput ndash ldquoTodos tecircm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial agrave sadia

qualidade de vida impondo-se ao Poder Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-

lo e preservaacute-lo para presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo (Brasil 2004)

No atendimento a constituiccedilatildeo e as legislaccedilotildees pertinentes levar o CEFET- RJ

26

ao cumprimento de accedilotildees e objetivos visando a sustentabilidade nas suas

dependecircncias e atraveacutes de sua comunidade discente docente e teacutecnicos

administrativos atuar como multiplicadores de accedilotildees de preservaccedilatildeo do meio

ambiente atraveacutes do reuso de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais oriundas de

evaporadores e aparelhos de ar condicionado de janela

Em funccedilatildeo do alto consumo como pode ser observado na figura 2 faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de equipamentos de maior tecnologia e o aproveitamento de

aacuteguas pluviais para uso menos nobre conforme determina a norma ABNT ndash NBR

15527 de 24102007 e contribuir de forma efetiva para reduccedilatildeo de custo

possibilidade de racionamento e reduccedilatildeo per capta do consumo nos oacutergatildeos puacuteblicos

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014

Entrada Volume faturado (msup3)

nordm jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez total 2014

485 17310 18230 13160 22110 19640 16890 20010 19070 25430 22670 25060 28430 248010

681 3706 3580 6560 5394 6170 2800 3310 2650 3069 2580 2890 3320 46029

Total

mensal 21016 21810 19720 27504 25810 19690 23320 21720 28499 25250 27950 31750 294039

Fonte Contas CEDAE exerciacutecio 2014

00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Vo

l f

atu

rad

o (

msup3)

Mecircs

Consumo mensal de aacutegua em 2014

485

27

19 ndash Organizaccedilatildeo do Estudo

O Capiacutetulo 01 desta pesquisa estaacute organizado com a introduccedilatildeo composta pela

situaccedilatildeo-problema questotildees de pesquisa objetivos estrateacutegia delimitaccedilatildeo e

justificativa da pesquisa A finalidade preciacutepua da leitura deste capiacutetulo eacute harmonizar

a compreensatildeo do contexto e a importacircncia da pesquisa

O Capitulo 02 estaacute organizado com os fundamentos teoacutericos com base em

sustentabilidade histoacuterico de reuso da aacutegua e legislaccedilatildeo

O Capitulo 03 trata da metodologia e tipo de pesquisa a ser empregado

informando a forma da obtenccedilatildeo dos dados e como seratildeo feitos o tratamento e anaacutelise

dos dados

No Capiacutetulo 4 seratildeo interpretados os resultados referentes agraves demandas de

aacuteguas menos nobres a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacutegua proveniente de unidades

evaporadoras e aacuteguas pluviais com avaliaccedilatildeo de viabilidade econocircmica para

implantaccedilatildeo do sistema

No Capiacutetulo 05 seraacute apresentada a anaacutelise dos resultados e sugestotildees para

estudos futuros e complementares

28

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA

No presente capitulo seraacute apresentada a vertente teacutecnica com os fundamentos

teoacutericos que forneceratildeo o suporte para o desenvolvimento da pesquisa

21 A Sustentabilidade e as questotildees quanto a conservaccedilatildeo reaproveitamento e

reduccedilatildeo do consumo de aacuteguas pluviais

A Comissatildeo Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento denominada

Comissatildeo de Brundtland (1988) define o desenvolvimento sustentaacutevel como aquele

que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das

geraccedilotildees futuras atenderem as suas proacuteprias necessidades

Surgido na deacutecada de 1990 o tripeacute da sustentabilidade tem crescido em seu

conceito em todo o planeta refletindo uma seacuterie de processos valores e objetivos de

forma que uma gestatildeo deveraacute orientar aos trecircs pilares econocircmico social e ambiental

podendo este conceito ser aplicado de forma macro para um paiacutes ou ateacute para o

planeta ou micro podendo ser uma escola um vilarejo ou empresa (DIAS2011)

A concepccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel orienta a discussatildeo sobre o tema

em qualquer segmento das atividades do ser humano Os objetivos tecircm como base

na perspectiva de utilizaccedilatildeo dos recursos naturais desde que sejam preservados para

as futuras geraccedilotildees Dias ( 2011) Poreacutem parte das dificuldades apresenta-se porque

as geraccedilotildees natildeo tecircm participaccedilatildeo nas decisotildees atuais Desta forma somente a

conscientizaccedilatildeo da preservaccedilatildeo da vida e da espeacutecie eacute que motiva o ser humano o

que natildeo acontece na maioria das vezes com os gestores e poliacuteticos dos dias atuais

(MOURA 2011)

Muito embora para alguns o desenvolvimento sustentaacutevel eacute um projeto social e

poliacutetico que serve como ferramenta para combate a pobreza satisfaccedilatildeo das

necessidades baacutesicas da humanidade de maneira a elevar a qualidade de vida dos

indiviacuteduos fornece princiacutepios para que o desenvolvimento seja harmonioso levando

em conta a transformaccedilatildeo dos recursos do ambiente deste modo para estes sugerem

atitudes novas das quais pela edificaccedilatildeo de uma nova racionalidade De forma

contraria agrave maioria que se preocupa em compatibilizar o meio ambiente a um

crescimento econocircmico de forma continua (DIAS 2011)

Acreditava-se que o crescimento econocircmico desenvolveria de forma natural o

29

desenvolvimento sustentaacutevel Veiga (2005) Somente uma gestatildeo com

responsabilidade ambiental eacute capaz de conciliar uma melhor qualidade de vida com

necessidade de crescimento econocircmico (MOURA 2011)

A passagem de um sistema baseado no consumo a um sistema sustentaacutevel

tem diversas implicaccedilotildees Necessita abrir a visatildeo da relaccedilatildeo da sociedade ao meio

ambiente transformar a organizaccedilatildeo social produtiva que gera a desigualdade e a

pobreza Atraveacutes de novas relaccedilotildees sociais onde o eixo natildeo seraacute somente a

perspectiva da lucratividade e praacuteticas de produccedilatildeo predatoacuterias do meio ambiente

mas o bem-estar da humanidade O que daacute margem a diferentes pontos de vistas

com base de modo geral na busca do produto de equiliacutebrio entre os trecircs eixos da

sustentabilidade crescimento econocircmico igualdade social e a preservaccedilatildeo ao meio

ambiente (DIAS 2011)

De acordo com Alledi (2006) a grande preocupaccedilatildeo das melhores empresas

do mundo hoje em dia eacute com a sustentabilidade dos seus negoacutecios um movimento

que se fundamentou em questotildees ambientais mas que atualmente eacute visto de um

modo mais amplo passando a incorporar os temas dos movimentos empresariais

anteriores pela qualidade pela sauacutede e seguranccedila do trabalho pela proacutepria

preservaccedilatildeo do meio ambiente e mais recentemente pela responsabilidade social

corporativa

211 Exemplos recentes de atitude sustentaacuteveis adotadas no Brasil

O recebimento da certificaccedilatildeo LEED (Leadership in Energy and Environmental

concedido pelo US Green building Council (USGBC) para certificaccedilotildees em 07 estaacutedios

construiacutedos para a Copa 2014 cuja adoccedilatildeo de medidas sustentaacuteveis foi requisito para

que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social (BNDES) liberasse o

financiamento para as obras das arenas da Copa preacute-requisito este que seraacute adotado

pela FIFA para as proacuteximas eleiccedilotildees do mundial (wwwcopa2014govbr)

Dentre as diversas arenas pode ser ressaltada a economia conseguida pela

Arena da Amazocircnia de cerca de 40 de aacutegua potaacutevel atraveacutes da captaccedilatildeo da aacutegua

de chuva em um volume de 140000 litros para irrigaccedilatildeo do gramado e utilizaccedilatildeo nos

sanitaacuterios ABES (observatoacuterio do terceiro setor)

Foram diversas medidas sustentaacuteveis para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo LEED

destacando a abertura das portas para educaccedilatildeo ambiental desde o inicio das obras

30

Foram desenvolvidas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo das accedilotildees de

sustentabilidade que foram implementadas nos estaacutedios para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

LEED com utilizaccedilatildeo de paineacuteis ilustrados nas aacutereas de circulaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de

panfletos aos visitantes Accedilotildees voltadas para conscientizaccedilatildeo da certificaccedilatildeo e

tambeacutem para manutenccedilatildeo apoacutes a realizaccedilatildeo do evento (wwwcopa2014govbr)

212 Medidas sustentaacuteveis para conservaccedilatildeo reaproveitamento de aacutegua e reduccedilatildeo

do consumo de aacuteguas pluviais

A conservaccedilatildeo de aacutegua pode ser definida como um conjunto de praacuteticas

teacutecnicas e tecnologias que propiciam a melhoria da eficiecircncia do seu uso incidindo de

maneira sistecircmica sobre a demanda e a oferta de aacuteguas As iniciativas de

racionalizaccedilatildeo do uso e de reuso de aacutegua constituem-se em elementos fundamentais

para a ampliaccedilatildeo da eficiecircncia do uso da aacutegua (PROSAB 2011) resultando em

Aumento da disponibilidade para os demais usuaacuterios

Flexibilizaccedilatildeo dos suprimentos existentes para outros fins

Atendimento ao crescimento populacional

Suporte agrave implantaccedilatildeo de novas induacutestrias

Preservaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do meio ambiente

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

31

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo A reutilizaccedilatildeo de

aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que permite maiores volumes

de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica

por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes (BRASIL 2010)

Mota OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenada

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Observaccedilotildees sobre Gestatildeo das aacuteguas pluviais A gestatildeo de aacutegua pluvial visa

reduzir o consumo de aacutegua potaacutevel por meio de aproveitamento das aacuteguas de chuvas

contribuindo inclusive para a reduccedilatildeo de inundaccedilotildees ou de poluiccedilotildees difusas Uma

das medidas que vem sendo amplamente desenvolvida como forma de economizar

as aacuteguas potaacuteveis e evitar o risco de inundaccedilotildees em regiotildees com alto iacutendice de

impermeabilizaccedilatildeo do solo eacute a retenccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Este sistema coligado a um sistema de reaproveitamento destas aacuteguas

configura-se como uma das mais eficientes formas de renovaccedilatildeo de um insumo finito

aacutegua As aacuteguas pluviais entretanto natildeo apresentam qualidade necessaacuteria para o

consumo Mesmo quando a captaccedilatildeo destas aacuteguas extravasam para o esgotamento

natildeo se deve permitir que elas sejam lanccediladas in natura para o lenccedilol freaacutetico pela

possibilidade de carga poluidora As aacuteguas pluviais quando utilizadas diretamente por

pontos na edificaccedilatildeo estes devem ser separados do sistema de aacutegua do restante do

preacutedio e deve conter indicativo visual de que a aacutegua natildeo eacute potaacutevel portanto improacutepria

para o consumo preparo de alimentos e banho

No caso da utilizaccedilatildeo deste sistema de reaproveitamento de aacuteguas pluviais

dois cuidados fundamentais devem ser observados primeiramente com relaccedilatildeo ao

caacutelculo do volume do reservatoacuterio que considera o IP (iacutendice pluviomeacutetrico) local A

Caixa Econocircmica recomenda a utilizaccedilatildeo do caacutelculo na Lei Estadual nordm 1252607

(SAtildeO PAULO 2007)

A segunda observaccedilatildeo refere-se ao volume do escoamento de aacuteguas pluviais

no solo de forma controlada a fim de prevenir inundaccedilotildees reduzir a poluiccedilatildeo difusa

e propiciar a recarga do lenccedilol freaacutetico Um projeto como este para ser aprovado

32

depende de um memorial de caacutelculo detalhado apresentando o niacutevel do lenccedilol freaacutetico

do local caacutelculo da vazatildeo de aacuteguas a serem lanccediladas na rede puacuteblica elaboraccedilatildeo de

um manual de operaccedilatildeo do sistema e indicaccedilatildeo de toda a documentaccedilatildeo teacutecnica tal

como projeto memoriais descritivos planilhas de custos e outros (CEF 2010)

Apesar de que o reaproveitamento de aacuteguas pluviais no Brasil jaacute ocorrer haacute

muito tempo em algumas regiotildees somente em 2007 entrou em vigor a NBR 15527

que estabelece as condiccedilotildees para o aproveitamento de aacuteguas de chuva em coberturas

de aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

O objetivo desta accedilatildeo eacute reduzir o consumo de aacutegua independentemente da

accedilatildeo do usuaacuterio ou da sua disposiccedilatildeo em mudar de comportamento para reduzir o

consumo de aacutegua Ela deve ser implementada quando o sistema estiver totalmente

estaacutevel ou seja sem nenhuma perda de aacutegua por vazamento (ANA 2005)

A situaccedilatildeo do Brasil eacute muito favoraacutevel pois deteacutem cerca de 12 de toda aacutegua

doce do planeta poreacutem 685 encontra-se na regiatildeo norte na qual vivem apenas

74 dos brasileiros (CONFEA 2011)

A limitaccedilatildeo de reservas de agua doce no planeta aumentou a demanda para

atendimento principalmente a prioridade dos recursos para o consumo humano

agriacutecola e industrial a prioridade de utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis para

abastecimento puacuteblico e as restriccedilotildees que vecircm sendo impostas em relaccedilatildeo ao

lanccedilamento de efluentes no meio ambiente torna necessaacuteria a adoccedilatildeo de estrateacutegias

que visem racionalizar a utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos e mitigar os impactos

negativos relativos agrave geraccedilatildeo de efluentes pelas induacutestrias (FIESP 2011)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

33

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo

A reutilizaccedilatildeo de aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que

permite maiores volumes de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode

diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes

(BRASIL 2010)

Melhado et al (2013) frisam a importacircncia das accedilotildees de cunho poliacutetico teacutecnico

e social na busca de soluccedilotildees praacuteticas visando a reduccedilatildeo do consumo da aacutegua e

descrevem as mais importantes

Economia e valorizaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo objetivando o uso racional da aacutegua

Manutenccedilatildeo das redes puacuteblicas e privadas para verificaccedilatildeo de desperdiacutecios

e vazamentos

Minimizaccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo do solo urbano e da vazatildeo de

escoamento do terreno objetivando favorecer a permeabilidade da aacutegua

Captaccedilatildeo e armazenamento em reservatoacuterios especiacuteficos das aacuteguas

pluviais e demais aacuteguas natildeo potaacuteveis para usos que natildeo necessitam de

potabilidade como irrigaccedilatildeo reserva de incecircndio lavagem de piso

veiacuteculos em geral e ruas Se necessaacuterio para algum uso especiacutefico a aacutegua

deveraacute passar por unidades de tratamento para atingir os niacuteveis de

qualidade correspondente Quanto mais eficiente for a gestatildeo das aacuteguas

pluviais por retenccedilatildeo ou reuso menor seraacute o volume de aacutegua destinado agraves

redes puacuteblicas

Embora a aacutegua doce existente no planeta esteja sempre em renovaccedilatildeo haacute uma

tendecircncia de sua deterioraccedilatildeo em funccedilatildeo do seu uso indiscriminado devido ao

aumento populacional comprometendo consequentemente sua qualidade ficando

esta em quantidade cada vez menor em determinadas localidades disponiacutevel para

consumo As mudanccedilas climaacuteticas globais tambeacutem vecircm contribuindo para o aumento

na demanda dos recursos hiacutedricos

Devido ao ciclo hidroloacutegico que eacute fechado sabe-se que a quantidade de aacutegua

disponiacutevel no planeta eacute sempre a mesma Sabe-se tambeacutem que este ciclo constitui-

se basicamente do transporte das massas de aacutegua dos oceanos para a atmosfera

34

pelo fenocircmeno da evaporaccedilatildeo e da atmosfera para os oceanos atraveacutes dos

fenocircmenos das precipitaccedilotildees escoamentos superficiais e subterracircneos influenciando

diretamente na distribuiccedilatildeo dos corpos hiacutedricos Muitas regiotildees vem sofrendo

alteraccedilotildees resultantes das diferentes formas antroacutepicas de interferecircncia sobre o

ambiente Hespanhol e Mierwa (2013) O surgimento das Metroacutepoles

desmatamentos obras de dragagens assim como construccedilotildees de represas satildeo

exemplos concretos disto

Sabe-se que menos de 1 de toda a aacutegua existente no planeta eacute doce e que

aproximadamente metade deste percentual corresponde a aacuteguas subterracircneas

enquanto o restante encontra-se nos oceanos Aacute medida que a populaccedilatildeo vem

crescendo a deterioraccedilatildeo dos mananciais vai se acentuando surgindo problemas nos

abastecimentos drsquoaacutegua que atualmente vem merecendo a atenccedilatildeo e preocupaccedilatildeo de

populaccedilotildees e autoridades de todo o mundo Eacute necessaacuterio que haja uma gestatildeo

integrada dos recursos drsquoaacutegua racionalizando o seu uso favorecendo o

desenvolvimento de sistemas sustentaacuteveis como forma de prevenccedilatildeo contra a

escassez

Apesar de a aacutegua doce estar distribuiacuteda de forma desigual sobre o planeta a

disponibilidade deste recurso no Brasil eacute significativa poreacutem distribuiacuteda tambeacutem de

forma desigual sobre o nosso territoacuterio sendo na regiatildeo Amazocircnica 69 e nas

demais regiotildees 31 nas quais se concentram 95 da populaccedilatildeo do Paiacutes

Confrontando estes dados com os do ANEEL- Departamento Nacional de Aacuteguas e

Energia Eleacutetrica pode-se afirmar que em quanto na regiatildeo amazocircnica com 69 da

aacutegua e 685 dos recursos hiacutedricos para uma populaccedilatildeo de 5 do paiacutes nas demais

regiotildees temos 31 das aacuteguas com 315 dos mesmos recursos para 95 da

populaccedilatildeo Eacute certo que se tem uma enorme diferenccedila regional

35

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

MUNICIacutePIOS

VALORES OBSERVADOS

1970 1975 1980 1995 2000 2005 2010 2014

1 Caxias

2 Itaboraiacute

3 Itaguaiacute

4 Mageacute

5 Mangaratiba

6 Maricaacute

7 Niloacutepolis

8 Niteroacutei

9 Nova Iguaccedilu

10 Paracambi

11 Petroacutepolis

12 Satildeo Gonccedilalo

13 SJ de Meriti

14 Rio de

Janeiro

404 496

14 072

17 468

83 841

6 125

6 500

128 011

292 180

724 326

22 149

154 612

430 271

302 394

4251

918

554 935

23 652

76 267

163 906

8 094

19 602

151 700

400 140

1091 702

27 434

202 146

614 688

398 686

5093 232

661 578

31 919

101 048

198 471

10 136

22 677

160 434

439 596

1247

614

32 347

239 899

733 791

436 234

5474

597

780 964

42 668

129 867

235 894

12 454

26 188

169 031

480 981

1410

116

37 686

277 620

871 361

474 149

5585

289

916 278

55 469

163 800

277 069

15 111

30 226

177 585

525 061

1583 658

43 484

318 764

1035 991

513 025

6245 537

1071728

71 096

204 326

323 382

18 191

34 902

186 193

573 014

1773 705

49 787

363 819

1239 963

553 550

6638 213

1252 875

90 205

253 441

376 692

21 820

40 349

194 942

626 596

1986 378

56 660

413 381

1500 984

596 414

7038 605

1467033

113 697

313 856

439 389

26 149

46 734

203 913

688 395

2228600

64 190

468 169

1844983

642 305

7449231

TOTAL A RMRJ 683836

3

8826184 9790341 10807268 11901058 13101869 14449342 15996644

Fonte IBGE 2010

Na cidade do Rio de Janeiro constitui-se de 950 msup3s de vazatildeo meacutedia de aacutegua

doce disponiacutevel proporcionando 2080msup3 de aacutegua por ano para 144 milhotildees de

habitantes numa meacutedia desconsiderando as perdas de aproximadamente

57m3dia suficiente para atender a atual demanda de consumo Entretanto trabalhos

sobre a projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

evidenciam um crescente aumento populacional IBGE (2010) como observa-se no

Quadro 2

Segundo estudos socioeconocircmicos e de demanda de aacutegua para a regiatildeo

metropolitana do Rio de Janeiro Rios (2011) deveraacute ser feita uma ampla campanha

de educaccedilatildeo ambiental atraveacutes da miacutedia visando o controle dos desperdiacutecios de aacutegua

nas induacutestrias comeacutercio e domiciacutelios tendo em vista o perigo de uma crise de

racionamento de aacutegua semelhante agrave crise energeacutetica ocorrida entre 2001 e 2002 No

36

Quadro 2 eacute demonstrada a evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a

Regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro

Com base nas projeccedilotildees demograacuteficas estabelecidas em termos indicativos

para o ano de 2035 procedeu-se a uma estimativa da demanda de aacutegua Tal

estimativa supotildee que a relaccedilatildeo entre demanda de aacutegua e populaccedilatildeo residente

admitida para o ano de 2014 continue vaacutelida para 2035 Rios(2011) Levando-se em

consideraccedilatildeo o demonstrado nos Quadros 1 e 2 o aumento populacional para a

regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro em 2010 tomando-se por base o ano de 2000

foi de 2208

A demanda atendida tanto com os niacuteveis de perdas mantidos quanto com a

reduccedilatildeo das perdas em 20 seraacute de 2739 O fato da demanda prevista ser maior

do que o crescimento populacional pode ser explicado devido ao esperado aumento

de educaccedilatildeo para a sauacutede na populaccedilatildeo a qual necessitaria de mais aacutegua para suas

atividades

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro

DISCRIMINACcedilAtildeO

1980

1985

1990

1995

2005

2010

2014

Demanda total exclusive perdas (1) 3255 3624 4120 4624 5188 5839 6609

Demanda atendida Exclusive

perdas (2)

2213 2935 3914 4532 5188 5839 6609

Demanda atendida Inclusive perdas

(3) Hipoacutetese I

3952 5241 6889 8093 9264 10427 11802

Demanda atendida Inclusive perdas

(4) Hipoacutetese II

3952 4515 4893 5665 6485 7289 8261

Fonte Rios 2011

Para Monteiro et al(2010) o reuso de aacutegua exige que padrotildees adequados de

potabilidade sejam adotados tendo em conta questotildees de sauacutede puacuteblica como

acontece em diversas partes do mundo sendo no Brasil uma praacutetica ainda incipiente

Reiteram os autores que esta eacute uma estrateacutegia correta para diminuiccedilatildeo da captaccedilatildeo

e mitigaccedilatildeo no lanccedilamento de dejetos no ambiente natural

37

A Cacircmara Teacutecnica de Ciecircncia e Tecnologia do Conselho Nacional de Recursos

Hiacutedricos apontou para a necessidade de uma ampla discussatildeo sobre o tema reuso

natildeo potaacutevel Foram elaborados dois termos de referecircncia O primeiro referente agrave

elaboraccedilatildeo de resoluccedilatildeo contemplando os aspectos poliacuteticos legais e institucionais e

o segundo relativo agraves diretrizes gerais para a praacutetica do reuso Eacute necessaacuterio que se

leve em consideraccedilatildeo o tipo de reuso que se deseja e o niacutevel de tratamento para que

os padrotildees sejam alcanccedilados

O reuso operacionalmente permite substituir grandes volumes de aacutegua

destinados a usos nos quais a potabilidade natildeo eacute fator preponderante O reuso de

aacutegua jaacute vem sendo amplamente empregado na induacutestria principalmente em torres de

resfriamento caldeiras construccedilatildeo civil irrigaccedilatildeo de aacutereas verdes e em alguns

processos industriais onde a utilizaccedilatildeo de aacutegua com menor padratildeo de qualidade natildeo

ocasione maiores problemas Desta forma o reuso de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis

deve ser considerado como primeira opccedilatildeo para reuso (HESPANHOL amp MIERZWA

2013)

22 Histoacuterico do Reuso de Aacuteguas

O aproveitamento de aacuteguas pluviais para o consumo das populaccedilotildees jaacute existe

ao longo das civilizaccedilotildees como pocircde ser observado em diversas construccedilotildees antigas

em vaacuterios pontos do mundo Reservatoacuterios escavados na rocha como pode ser

observado em Israel o que confirma o costume de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Em Roma encontram-se diversos reservatoacuterios utilizados para o abastecimento da

populaccedilatildeo (TOMAZ2013)

De acordo com Jarus(2012) em Massada (ldquofortalezardquo em hebraico) situa-se

um dos mais conhecidos sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais em Israel

onde Herodes no ano de 36 a c como forma de se precaver contra tempos difiacuteceis

construiu uma fortaleza com cavernas escavadas na rocha com capacidade de

armazenamento de 40 milhotildees de litros Estes reservatoacuterios possuiacuteam interligaccedilatildeo

atraveacutes de canalizaccedilotildees e aquedutos para abastecimento das habitaccedilotildees da fortaleza

38

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Fonte httpwwwgeocitieswspaz_israelmassadahtm

Na cidade de Toacutequio com a finalidade de prevenir a falta de aacutegua e reduzir

inundaccedilotildees foi intensificada a construccedilatildeo de diversos reservatoacuterios por toda a cidade

bem como motivou os proprietaacuterios de edifiacutecios e residenciais a construiacuterem seus

reservatoacuterios com incentivo a cada litro de aacutegua pluvial captado (AMARAL 2007)

A Alemanha era abastecida em mais de 70 por aquiacuteferos subterracircneos em

funccedilatildeo da poluiccedilatildeo de seus rios e grande industrializaccedilatildeo do paiacutes E recentemente

com o rebaixamento dos aquiacuteferos tornou-se um paiacutes liacuteder na execuccedilatildeo dos sistemas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva tanto para fins domeacutesticos como comerciais

(AMARAL 2007)

O Meacutexico desde a eacutepoca dos Astecas e Maias eacute rico em tradiccedilotildees tecnoloacutegicas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva Ainda na data atual na Peniacutensula de Yucatan pode

ser visto as chamadas Chultuns cisternas do seacuteculo X com capacidade variando de

20000 a 45000 litros utilizadas pelo povo Maia para captaccedilatildeo e abastecimento das

populaccedilotildees que viviam nas encostas As cisternas eram escavadas no subsolo

calcaacuterio e revestidas com emboccedilo impermeaacutevel tendo na sua parte superior uma aacuterea

de 100 a 200 m2 destinada a captaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica Nos vales eram

usadas as aacuteguas dos (reservatoacuterios com capacidade de 10 a 150 milhotildees de litros) e

aquaditas (reservatoacuterios com capacidade de 100 a 50000 litros) - (GNADLINGER

2000)

39

Figura 4 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

Figura 5 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

O desaparecimento do uso de SAAP na peniacutensula de Yucatan deveu-se aos

colonizadores espanhoacuteis por ocasiatildeo da invasatildeo espanhola seacuteculo XVI quando foram

introduzidos novos sistemas de agricultura e meacutetodos de construccedilatildeo europeia

40

diferentes da cultura local Tendo acontecido o mesmo na Iacutendia com o sistema colonial

britacircnico que gerou colapso nos SAAP centenaacuterios (GNADLINGER 2000)

O Japatildeo promove diversos estudos e pesquisas na aacuterea de SAAP Em Toacutequio

a regulamentos para que os terrenos de aacutereas superiores a 10000m2 e os edifiacutecios

com mais de 3000m2utilizem o SAAP Os edifiacutecios com uma aacuterea superior a 30000m2

e que tenham consumo na ordem de 100m3dia de aacutegua para fins natildeo potaacuteveisaleacutem

da utilizaccedilatildeo de SAAP satildeo obrigados a tratar as aacuteguas cinzas(TOMAZ 2009)

No planalto de Loess norte da china tem elevada escassez de aacuteguas

subterracircneas e baixa precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica diante destes fatos o governo local

da Proviacutencia de Gansu colocou em praacutetica desde 1997 um projeto de captaccedilatildeo de

aacutegua da chuva denominado121uml que consiste em auxiliar cada famiacutelia a construir uma

(1) aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua dois (2) reservatoacuterios de armazenamento de aacutegua e um

(1) lote para plantaccedilatildeo de culturas comercializaacuteveis Solucionando o problema de

aacutegua potaacutevel a cerca de 13 milhotildees de pessoas (260000 famiacutelias) (JIANG et al

2013)

221 Aspectos histoacutericos da captaccedilatildeo das aacuteguas pluviais no Brasil

O aproveitamento da aacutegua das chuvas natildeo eacute uma inovaccedilatildeo dos dias de hoje

O primeiro relato do uso da aacutegua da chuva que se tem conhecimento em nosso paiacutes

segundo Hagemann (2009) eacute de um sistema construiacutedo na Ilha de Fernando de

Noronha pelo exeacutercito norte-americano em 1943

Hagemann (2009) afirma que a utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais tem sido praticada

em maior escala principalmente na regiatildeo Nordeste em decorrecircncia do problema de

escassez hiacutedrica caracteriacutestica da regiatildeo Teve iniacutecio em julho de 2003 o Programa

de Formaccedilatildeo e Mobilizaccedilatildeo Social para a Convivecircncia com o Semiaacuterido um Milhatildeo

de Cisternas Rurais (P1MC) visando beneficiar aproximadamente 5 milhotildees de

pessoas na regiatildeo semiaacuterida com aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de cisternas

(Figura 6)

41

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural

Fonte Annencchini 2005

A seguir a figura 7 apresenta um modelo mais simples para casas populares

podendo atender quase 100 da aacutegua de um lar (CUNHA et al 2011)

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva

Fonte wwwportalsaofranciscocombr 2016

42

23 Utilizaccedilotildees da aacutegua coletada e o seu consumo

A aacutegua da chuva pode ser usada de diferentes maneiras como jaacute mencionado

descarga de sanitaacuterios limpeza de vasos sanitaacuterios e mictoacuterios lavagem de roupas

lavagem de pavimentos e veiacuteculos rega de jardins irrigaccedilatildeo de parques escolas

praccedilas estacionamentos condomiacutenios usos industriais e preacutedios comerciais

(climatizaccedilatildeo resfriamento de maacutequinas lavagem industrial de roupas lavagem de

veiacuteculos como carros ocircnibus e caminhotildees limpeza industrial redes de incecircndio)

(GOLDENFUM 2006 RODRIGUES 2010 OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

Segundo Krishna (2003) existem diversas vantagens e benefiacutecios da aacutegua da

chuva a aacutegua eacute gratuita o uacutenico custo eacute para coleta e uso o uso final da aacutegua colhida

eacute localizado perto da fonte eliminando a necessidade de sistemas de distribuiccedilatildeo

dispendiosos eacute isenta de soacutedio eacute superior para a irrigaccedilatildeo da paisagem a coleta

reduz o fluxo para drenagens de aacuteguas pluviais e tambeacutem reduz poluiccedilatildeo da fonte natildeo

pontual aleacutem de ajudar nos serviccedilos puacuteblicos com a reduccedilatildeo da demanda no veratildeo

e economizando a utilizaccedilatildeo da aacutegua existente resultabdo assim tambeacutem na

reduccedilatildeo das contas de serviccedilos puacuteblicos dos consumidores

Segundo o Texas Guide to Rainwater Harvestingrdquo [1997] a aacutegua da chuva eacute

a aacutegua natural mais macia com dureza zero para todos os fins praacuteticos Quase natildeo

apresentam minerais nem sais dissolvidos e a sua qualidade eacute proacutexima da qualidade

da aacutegua destilada

Iwanami (1985) descreve a importacircncia de fazer o planejamento da utilizaccedilatildeo

do sistema de aproveitamento de aacutegua de chuva para verificar a quantidade de aacutegua

que poderaacute ser coletada e armazenada e verificar a necessidade de tratamento da

aacutegua de chuva Certamente eacute preciso que a aacutegua coletada seja devidamente

armazenada filtrada tratada e que garanta uma qualidade compatiacutevel com os usos

previstos

A aacutegua da chuva obtida por meio de processos sem qualquer desinfecccedilatildeo ou

filtragem complexa natildeo serve normalmente para consumo humano eacute considerada

como aacutegua de segunda qualidade Este tipo de aacutegua deve ser empregado em algumas

tarefas domeacutesticas jaacute exemplificadas anteriormente Rodrigues (2010) afirma que em

meacutedia um indiviacuteduo utiliza o vaso sanitaacuterio entre sete e oito vezes por dia das quais

aproximadamente seis vezes para urinar e as demais para defecar se em cada

43

descarga forem usados dez litros verifica-se que ao fim de um dia um indiviacuteduo gastou

entre setenta e oitenta litros de aacutegua

O uso eficiente da aacutegua implica que natildeo haja desperdiacutecios quer por motivos

ambientais quer por motivos econocircmicos jaacute que a aacutegua desperdiccedilada envolve gastos

desnecessaacuterios Nos campos por exemplo as plantas satildeo organizadas e distribuiacutedas

conforme suas necessidades de aacutegua que segundo essa loacutegica os sistemas de rega

deveriam ser organizados de acordo com as necessidades das plantas isto eacute as

plantas com distintas necessidades satildeo regadas de modo separado podendo tomar

como exemplo a grama que deve ser regada separadamente dos arbustos e flores

Sabe-se que a rega eacute muito importante para o desenvolvimento das vegetaccedilotildees e eacute

usada quando o niacutevel de umidade no solo eacute insatisfatoacuterio (RODRIGUES 2010)

No entendimento de Rodrigues (2010) independente das intervenccedilotildees

excepcionais de reparaccedilatildeo e na falta de condiccedilotildees que sugerem intervenccedilotildees em

periacuteodos mais curtos a manutenccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento de aacuteguas

pluviais deve ser realizada em conformidade com as frequecircncias miacutenimas

24 O Reuso De Aacuteguas

241- Aacuteguas Residuaacuterias

Na visatildeo de Asano et al (2007) a aacutegua recuperada eacute definida como um

efluente convenientemente tratado numa Estaccedilatildeo de Tratamento para uma

determinada reutilizaccedilatildeo da aacutegua pretendida Aleacutem disso a reutilizaccedilatildeo da aacutegua

diretamente requer a existecircncia de um sistema de bombeamento ou de outras

facilidades de transporte para o fornecimento da aacutegua

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

(CNRH) dispotildee que o reuso da aacutegua constitui-se de racionalizaccedilatildeo e de conservaccedilatildeo

de recursos hiacutedricos de acordo com os princiacutepios determinados na Agenda 21 Esta

praacutetica diminui a descarga de poluentes em corpos receptores conservando os

recursos hiacutedricos para o abastecimento puacuteblico e outros usos mais exigentes

relacionados agrave qualidade diminui os custos associados agrave poluiccedilatildeo e ajuda na proteccedilatildeo

do meio ambiente e da sauacutede puacuteblica (BRASIL 2005)

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do CNRH em seu art 2ordm traz as seguintes

definiccedilotildees sobre o reuso da aacutegua e a aacutegua residuaacuteria

44

I - aacutegua residuaacuteria esgoto aacutegua descartada efluentes liacutequidos de edificaccedilotildees

induacutestrias agroinduacutestrias e agropecuaacuteria tratados ou natildeo

II - reuso de aacutegua utilizaccedilatildeo de aacutegua residuaacuteria

III - aacutegua de reuso aacutegua residuaacuteria que se encontra dentro dos padrotildees

exigidos para sua utilizaccedilatildeo nas modalidades pretendidas

IV - reuso direto de aacutegua uso planejado de aacutegua de reuso conduzida ao local

de utilizaccedilatildeo sem lanccedilamento ou diluiccedilatildeo preacutevia em corpos hiacutedricos

superficiais ou subterracircneos

V - produtor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que produz aacutegua de reuso

VI - distribuidor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico

ou privado que distribui aacutegua de reuso e

VII - usuaacuterio de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que utiliza aacutegua de reuso (BRASIL 2005)

O reuso eacute definido por Cunha et al (2011) como o uso de aacutegua residuaacuteria ou

aacutegua de qualidade inferior tratada ou natildeo Para Blum (2007) as aacuteguas residuais ou

residuaacuterias satildeo todos os tipos de aacuteguas descartadas resultantes da utilizaccedilatildeo de

vaacuterios processos Como exemplos podem ser citados aacuteguas residuais domeacutesticas

provenientes de banhos cozinhas lavagens de pavimentos domeacutesticos aacuteguas de

infiltraccedilatildeo resultante das infiltraccedilotildees nos coletores de aacutegua existentes nos terrenos ou

de tubulaccedilotildees puacuteblicas entre outros

Muitas pessoas querem aumentar a reutilizaccedilatildeo de aacutegua em seus

empreendimentos como parte de uma mudanccedila geral para o desenvolvimento

sustentaacutevel da terra e gestatildeo de aacutegua Mas Carvalho et al (2014) Marccedilo p 3164 -

3171 3170 haacute poucas informaccedilotildees sobre a aacutegua reutilizada e tecnologias que possam

ser adotadas para cada situaccedilatildeo (HOLT e JAMES 2006)

Filho e Mancuso (2013) entendem o reuso da aacutegua como sendo uma

tecnologia desenvolvida em menor ou maior escala depende da finalidade ao qual se

destina a aacutegua e de como a aacutegua foi usada anteriormente

Hespanhol (2002) enfatiza que a aacutegua eacute um recurso renovaacutevel que quando

reciclada por meio de sistemas naturais torna-se um recurso limpo e seguro pode ter

sua qualidade comprometida devido agrave accedilatildeo antroacutepica Uma vez poluiacuteda a aacutegua pode

ser recuperada e reusada para diversas finalidades A qualidade da aacutegua usada e o

propoacutesito do reuso determinam os niacuteveis de tratamento recomendados os criteacuterios de

45

seguranccedila a serem adotados e os custos associados As possibilidades e formas

potenciais de reuso dependeratildeo de caracteriacutesticas condiccedilotildees e fatores locais

Nessa mesma corrente Cunha et al (2011) sinalizam que um aspecto

relevante para o desenvolvimento de qualquer atividade humana eacute a disponibilidade

de aacutegua em quantidade e qualidade Em situaccedilotildees de escassez emerge a

necessidade e a possibilidade de substituiccedilatildeo das fontes para abastecimento usando

aacutegua residuaacuteria que apresenta qualidade inferior mas disponibilidade assegurada

OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenadas

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Rodrigues (2005) e Goldenfum (2006) classificam o reuso da aacutegua quanto ao

meacutetodo e quanto ao uso final

Quanto ao meacutetodo a reutilizaccedilatildeo da aacutegua pode ser direta ou indireta que

resultam de accedilotildees planejadas ou natildeo O reuso indireto natildeo planejado ocorre quando

a aacutegua servida eacute descarregada no meio ambiente ficando exposta agraves accedilotildees naturais

do ciclo hidroloacutegico (diluiccedilatildeo autodepuraccedilatildeo) e reutilizada a jusante de modo natildeo

intencional e natildeo controlada Em relaccedilatildeo ao reuso indireto planejado ocorre quando

os efluentes depois de tratados satildeo descarregados de maneira planejada nos corpos

drsquoaacutegua para serem usados a jusante de forma controlada (RODRIGUES 2005

GOLDENFUM 2006)

O reuso direto planejado ocorre quando os efluentes depois de tratados satildeo

levados diretamente ao local de reuso (geralmente induacutestria ou irrigaccedilatildeo) O reuso

direto natildeo planejado ocorre quando a aacutegua servida eacute descarregada sem nenhum tipo

de tratamento sendo reaproveitada diretamente no seu ponto de descarga (situaccedilotildees

irregulares pois natildeo tem controle algum sobre os paracircmetros de qualidade)

(GOLDENFUM 2006)

Goldenfum (2006) ressalta que normalmente natildeo eacute possiacutevel reutilizar uma

aacutegua residuaacuteria completa ou indefinidamente O reuso de um efluente tratado atraveacutes

de meacutetodos diretos ou indiretos eacute um meio de disposiccedilatildeo que complementa outros

existentes A quantidade de efluente que se pode reutilizar vai depender da

46

disponibilidade e o custo da aacutegua doce custos de transporte e tratamento diretrizes

sobre a qualidade da aacutegua e o potencial de reuso da aacutegua residuaacuteria

Quanto ao uso final as aacuteguas podem ser aproveitadas de diversas formas e

os tipos de reuso satildeo classificados em urbano industrial agriacutecola ambiental e recarga

de aquiacutefero (HESPANHOL 2002 GOLDENFUM 2006)

Os tipos baacutesicos de usos potenciais de esgotos tratados segundo Hespanhol

(2002) podem ser implantados tanto em aacutereas urbanas como aacutereas rurais e satildeo

ilustrados pelo esquema da figura 6

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua

Fonte Hespanhol 2002

242 Aacuteguas Cinzentas

As aacuteguas cinzentas satildeo as aacuteguas residuais domeacutesticas oriundas de enxaacutegue

de maacutequina de lavar aacutegua de chuveiro e outros Para Blum (2007) eacute importante

quando se projeta um sistema de reuso de aacuteguas cinzentas o dimensionamento dos

reservatoacuterios Deve-se ter em conta o volume que seraacute usado nas descargas de

47

sanitaacuterios ateacute no maacuteximo 48 horas para evitar estocagem por muito tempo pois

ocasionaraacute odores desagradaacuteveis

Nos sistemas de reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas de acordo com Boehm e

Oliveira (2015) deve-se levar em consideraccedilatildeo o comprometimento de todos os

usuaacuterios sendo que o volume e a concentraccedilatildeo de contaminantes podem variar

depende do tipo de edificaccedilatildeo da localidade do niacutevel de ocupaccedilatildeo da residecircncia da

faixa etaacuteria do estilo de vida da classe social da cultura e dos costumes dos

residentes

Neves e Afonso (2010) entendem que as aacuteguas cinzentas satildeo aacuteguas residuais

domeacutesticas sem aacuteguas fecais provenientes geralmente de banheiros duchas

lavatoacuterios lavagem de roupas e cozinha

No reuso dessas aacuteguas que podem ser usadas com ou sem tratamento

dependeraacute da qualidade exigiacutevel para os usos O sistema predial de reciclagem de

aacuteguas cinzentas propicia o tratamento das mesmas e a sua reentrada no ciclo do

preacutedio O uso mais frequente eacute na limpeza de bacias de retrete (NEVES e AFONSO

2010)

25 Formas de Reuso de Aacuteguas

251 Reuso Urbano

Com base nas diretrizes relacionadas ao reuso da aacutegua emitida pela Agecircncia

de Proteccedilatildeo ao Meio Ambiente dos Estados Unidos (United States Environmental

Protection Agency (US EPA) eacute apresentado muitas opccedilotildees para o reuso urbano natildeo

potaacutevel em que se destacam irrigaccedilatildeo de parques e jardins puacuteblicos centros

esportivos campos de futebol gramados aacutervores e arbustos decorativos ao longo de

ruas e rodovias aacutereas ajardinadas ao redor de edifiacutecios puacuteblicos residenciais e

industriais reserva de proteccedilatildeo contra incecircndios sistemas decorativos aquaacuteticos

como fontes chafarizes espelhos e quedas drsquoaacutegua descarga sanitaacuteria lavagem de

veiacuteculos (GOLDENFUM 2006)

Deve-se enfatizar que o uso que requer aacutegua de qualidade elevada podeter

custos incompatiacuteveis com as vantagens devido ao baixo custo da aacutegua para os

usuaacuterios urbanos Dessa forma o reuso urbano com finalidade potaacutevel eacute tida como

uma alternativa dispendiosa e riscos muito altos tornando-o praticamente inviaacutevel

48

Enquanto para finalidades natildeo potaacuteveis envolve riscos menores e eacute considerada

como uma boa opccedilatildeo para o reuso urbano (GOLDENFUM 2006)

252 Reuso industrial

O reuso industrial pode ser utilizado na produccedilatildeo de aacutegua para caldeiras em

sistemas de resfriamento como por exemplo aacutegua de reposiccedilatildeo em lavadores de

gases e aacutegua de processos (CETESB 2014) No mundo as usinas de geraccedilatildeo de

energia refinarias de petroacuteleo unidades quiacutemicas e metaluacutergicas se beneficiam do

reuso de aacutegua tanto para resfriamento quanto para processos industriais

(GOLDENFUM 2006)

253 Reuso agriacutecola

Em conformidade com o Centro Internacional de Referecircncia em Reuso de Aacutegua

(CIRRA 2014) entidade vinculada agrave Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo

(USP) os efluentes devidamente tratados podem ser utilizados na agricultura para

aplicaccedilatildeo em culturas de alimentos natildeo processados comercialmente (irrigaccedilatildeo

superficial de qualquer cultura alimentiacutecia) culturas de alimentos processados

comercialmente (irrigaccedilatildeo de pomares e vinhas) culturas natildeo alimentiacutecias (pastos

forragens fibras e gratildeos) dessedentaccedilatildeo de animais

254 Reuso no meio ambiente

O reuso no meio ambiente engloba aplicaccedilotildees em wetlands habitats naturais

aumento do fluxo de aacutegua estabelecimentos recreacionais contato acidental (pesca

e canoagem) e contato integral com a aacutegua autorizado represas e lagos lagoas

esteacuteticas em que o contato com o puacuteblico natildeo eacute autorizado (CIRRA 2014)

26 A Praacutetica de Recarga de Aquiacuteferos

A recarga artificial de aquiacuteferos com efluentes tratados pode ser usada para

fins diversos englobando o aumento de disponibilidade e armazenamento de aacutegua

controle de salinizaccedilatildeo em aquiacuteferos costeiros controle de subsidecircncia de solos Cirra

(2014) Esta praacutetica pode ser importante para alguns municiacutepios abastecidos por

49

aacutegua subterracircnea onde a recarga natural de aquiacuteferos vem sendo diminuiacutedas em

funccedilatildeo do aumento de aacutereas impermeabilizadas

Hespanhol (2002) comenta que eacute realizada de modo inadequado a retirada das

aacuteguas dos lenccediloacuteis subterracircneos para consumo o que compromete a disponibilidade

hiacutedrica O uso de esgotos tratados para evitar ou diminuir tais efeitos eacute uma

possibilidade

27 O Armazenamento de Aguaacutes

Em aacutereas para captaccedilatildeo de aacutegua de chuva comumente utiliza-se materiais

como telhas galvanizadas pintadas ou esmaltadas com tintas natildeo toacutexicas superfiacutecies

de concreto ceracircmicas policarbonato e fibra de vidro As calhas tambeacutem devem ser

fabricadas com materiais inertes como PVC ou outros tipos de plaacutesticos evitando

assim que partiacuteculas toacutexicas provenientes destes dispositivos venham a ser levadas

para os tanques de armazenagem (MACOMBER 2001)

Segundo Brown et al (2005) o volume do primeiro fluxo de aacutegua de chuva a

ser descartado varia conforme a quantidade de poeira acumulada na superfiacutecie do

telhado que eacute uma funccedilatildeo do nuacutemero de dias secos da quantidade e tipo de resiacuteduos

e da estaccedilatildeo do ano Outras variaacuteveis a serem consideradas satildeo a inclinaccedilatildeo e as

superfiacutecies dos telhados a intensidade das chuvas e o periacuteodo de tempo que ocorrem

Aleacutem disso salienta-se que natildeo haacute nenhum caacutelculo exato para definir o volume inicial

de aacutegua pluvial que necessita ser desviado devido agraves muitas variaacuteveis que

determinam a eficaacutecia da lavagem das aacutereas de captaccedilatildeo

Jaacute o reservatoacuterio eacute um dos componentes mais relevantes do SAAP eacute um fator

que influencia na qualidade da aacutegua e tambeacutem elemento mais caro do investimento

ou fator de otimizaccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel versus necessidades de abastecimento

(RODRIGUES 2010)

O reservatoacuterio de armazenamento tem a funccedilatildeo de reter e acumular a aacutegua

coletada pelo telhado que eacute levada pelo sistema atraveacutes da calha para filtragem e

armazenada em cisternas ou caixas drsquoaacutegua ficando armazenada ao abrigo da luz e

do calor e eacute bombeada para uma caixa drsquoaacutegua superior que pode abastecer o

banheiro a lavanderia e outros ambientes (OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

50

May (2009) acredita que para o sistema ser viaacutevel vai depender de trecircs

elementos precipitaccedilatildeo aacuterea de coleta e demanda O reservatoacuterio de aacutegua da chuva

por ser o componente mais caro do sistema deve ser projetado em conformidade com

as necessidades do usuaacuterio e com a disponibilidade pluviomeacutetrica local para

dimensionaacute-lo adequadamente sem inviabilizar o sistema Com base nos resultados

das anaacutelises realizadas e no uso do sistema de coleta e aproveitamento de aacutegua da

chuva a utilizaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis deve ser estimulada A figura 9 ilustra o

processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Para Boehm e Oliveira (2015) antes da implantaccedilatildeo de um sistema de

reaproveitamento de aacuteguas pluviais devem ser verificadas as condiccedilotildees do local de

instalaccedilotildees e quais os tipos de elementos podem interferir na qualidade da aacutegua

captada

Segundo Macomber (2001) o escoamento de aacutegua natildeo deve entrar em

campos seacutepticos de drenagem do sistema e qualquer tanque o excesso e a drenagem

devem ser roteados de modo que natildeo afetar a base dos tanques ou de quaisquer

outras estruturas

A cisterna pode ser apoiada semi-apoiada enterrada ou elevada e ser

construiacuteda com vaacuterios tipos de materiais como concreto armado blocos de concreto

alvenaria de tijolos plaacutestico polieacutester polietileno accedilo entre outros (OLIVEIRA

CHRISTMANN e PIEREZAN 2014)

51

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Fonte wwwrhasaambientalcombr 2013

Dentre os conceitos da NORMA 155272007 podemos citar

aacutegua de chuva aacutegua resultante de precipitaccedilotildees atmosfeacutericas coletadas

em coberturas telhados onde natildeo haja circulaccedilatildeo de pessoas veiacuteculos e

animais

aacutegua natildeo potaacutevel aacutegua que natildeo atende agrave Portaria nordm 518 do Ministeacuterio da

Sauacutede

aacuterea de captaccedilatildeo aacuterea em metros quadrados projetada na horizontal da

superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde a aacutegua eacute captada

coeficiente de escoamento superficial coeficiente de runnoff que

representa a relaccedilatildeo entre o volume total de escoamento superficial e ao

volume total precipitado variando conforme a superfiacutecie

conexatildeo cruzada qualquer ligaccedilatildeo fiacutesica atraveacutes de peccedila dispositivo ou

outro arranjo que conecte duas tubulaccedilotildees das quais um conduz aacutegua

potaacutevel e a outra aacutegua de qualidade desconhecida ou natildeo potaacutevel

demanda consumo meacutedio (mensal ou diaacuterio) a ser atendido para fins natildeo

potaacuteveis

escoamento inicial aacutegua suficiente da aacuterea de captaccedilatildeo suficiente para

carregar a poeira fuligem folhas galhos e detritos

52

suprimento fonte alternativa de aacutegua para complementar o reservatoacuterio

de aacutegua de chuva

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis

Paracircmetro

Anaacutelise Faixa

Coliformes totais Semanal Ausecircncia em 100mL

Coliformes termotolerantes Semanal Ausecircncia em 100mL

Cloro residual livre Mensal 05 a 30 mgL

Turbidez Mensal lt20uT para menos

restritivos lt50 uT lt15 uH

Cor aparente (caso natildeo seja

utilizado nenhum corante ou

antes da sua utilizaccedilatildeo)

Mensal

Deve prever ajuste do pH para

proteccedilatildeo das redes de distribuiccedilatildeo

caso necessaacuterio

Mensal pH de 60 a 8p no caso

de tubulaccedilatildeo de accedilo

carbono ou galvanizado

Fonte ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas NBR 155252007

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo do sistema de coleta e aproveitamento de aacuteguas

pluviais de acordo com o Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva

do FNDE

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Componente

Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Cobertura e telhados Miacutenimo 3 vezes ao ano

Calhas condutores verticais e horizontais Miacutenimo 3 vezes ao ano

Filtro removedor de detritos A cada 3 meses

Reservatoacuterio inferior ndash enterrado A cada 2 anos

Filtro flutuante Mensalmente

Bombas Mensalmente

Filtro cartucho Semestralmente

Clorador Mensalmente

Reservatoacuterio superior ndash intermediaacuterio Limpeza e desinfecccedilatildeo anual

Fonte Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva FNDE

53

As inspeccedilotildees podem ser feitas pelos utilizadores poreacutem as manutenccedilotildees dos

sistemas de bombas e tratamento devem ser feitas por teacutecnicos especializados

Quando satildeo utilizados nas operaccedilotildees de higienizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produtos nocivos

para os humanos ou para o ambiente devem ser adotadas medidas que impeccedilam o

lanccedilamento dos efluentes resultantes destas operaccedilotildees no ciclo pluvial natural ou na

rede de drenagem de aacuteguas residuais com a necessaacuteria checagem de compatibilidade

com os componentes naturais canalizaccedilotildees e dispositivos de tratamento a jusante

realizando preacute-tratamento quando necessaacuterio (RODRIGUES 2010)

Eacute importante destacar o conjunto de normas que fornecem os requisitos para o

aproveitamento de aacutegua de chuva de coberturas em aacutereas urbanas para fins natildeo

potaacuteveis

NBR 56261998 Instalaccedilatildeo predial de aacutegua fria que tem exigecircncias e

recomendaccedilotildees para o projeto assim como sua execuccedilatildeo e

manutenccedilatildeo da rede

NBR 108441989 Instalaccedilatildeo prediais de aacuteguas pluviais que tem o

caacutelculo de aacuterea de contribuiccedilatildeo e caacutelculo de condutores horizontais e

verticais e de calhas

ABNT NBR 122131992 Projeto de captaccedilatildeo de aacutegua de superfiacutecie para

abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122141992 Projeto de sistema de bombeamento de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122171994 Projeto de reservatoacuterio de distribuiccedilatildeo de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

A RESOLUCcedilAtildeO CONAMA Nordm 20 de 18 de junho de 1986 publicada no DOU

de 300786 foi estabelecida a classificaccedilatildeo das aacuteguas doces salobras e salinas do

Territoacuterio Nacional Na Classe 2 estatildeo incluiacutedas as aacuteguas destinadas ao

abastecimento domeacutestico apoacutes tratamento convencional agrave proteccedilatildeo das

comunidades aquaacuteticas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio (esqui aquaacutetico nataccedilatildeo e

mergulho) agrave irrigaccedilatildeo de hortaliccedilas e plantas frutiacuteferas agrave criaccedilatildeo natural eou

intensiva (aquicultura) de espeacutecies destinadas agrave alimentaccedilatildeo humana

Para as aacuteguas de Classe 2 satildeo estabelecidos os mesmos limites ou condiccedilotildees

da Classe 1 agrave exceccedilatildeo dos seguintes

54

i Natildeo seraacute permitida a presenccedila de corantes artificiais que natildeo sejam

removiacuteveis por processo de coagulaccedilatildeo sedimentaccedilatildeo e filtraccedilatildeo

convencional

ii Coliformes para uso de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio deveraacute ser

obedecido o Art 26 desta Resoluccedilatildeo Para os demais usos natildeo deveraacute ser

excedido um limite de 1000 coliformes fecais por 100 mililitros em 80 ou

mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em qualquer mecircs no

caso de natildeo haver na regiatildeo meios disponiacuteveis para o exame de

coliformes fecais o iacutendice limite seraacute de ateacute 5000 coliformes totais por 100

mililitros em 80 ou mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em

qualquer mecircs

iii Cor ateacute 75 mg Ptl

iv Turbidez ateacute 100 UNT

v DBO5 dias a 20degC ateacute 5 mgl O2

vi OD em qualquer amostra natildeo inferior a 5 mgl O2

No art 26 (Balneabilidade) - As aacuteguas doces salobras e salinas destinadas a

balneabilidade (recreaccedilatildeo de contato primaacuterio) seratildeo enquadradas e teratildeo sua

condiccedilatildeo avaliada nas categorias EXCELENTE MUITO BOA SATISFATOcircRIA e

IMPROacutePRIA da seguinte forma

1) EXCELENTE (3 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 250 coliformes fecais por l00 mililitros ou 1250

coliformes totais por 100 mililitros

2) MUITO BOA (2 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de amostras

obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo local

houver no maacuteximo 500 coliformes fecais por 100 mililitros ou 2500 coliformes

totais por 100 mililitros

3) SATISFATOacuteRIA (1 estrela) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 1000 coliformes fecais por 100 mililitros ou 5000

coliformes totais por 100 mililitros

55

4) IMPROacutePRIA Natildeo atendimento aos criteacuterios estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Os mais recentes padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo

de contato primaacuterio estatildeo definidos na resoluccedilatildeo CONAMA 2742000 como

demonstrado na Tabela 2que jaacute inclui Enterococos Ecoli

Segundo Jordatildeo amp Pessoa (2014) o desenvolvimento dos padrotildees para banho

ou para aacuteguas de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio tem evoluiacutedo com loacutegica Primeiro

foram adotados paracircmetros relativos a melhor tecnologia de controle disponiacutevel que

entretanto natildeo representavam o risco de contrair enfermidades devido a presenccedila de

poluentes Foi o caso dos Coliformes totais Depois considerou-se a relaccedilatildeo entre o

risco possiacutevel ou detectaacutevel e presenccedila de poluentes Neste caso os Coliformes fecais

eram mais representativos

Uma terceira etapa foi a identificaccedilatildeo de risco aceitaacutevel para o qual deveria

existir uma quantidade de dados epidemioloacutegicos correspondendo a mediccedilotildees de

qualidade do corpo drsquoaacutegua Os estudos indicaram que Enterococos eram os mais

representativos seguidos por Ecoli e por uacuteltimo coliformes totais(Desinfecccedilatildeo de

efluentes sanitaacuterios) Sendo assim os Enterococos atualmente representam o melhor

indicador entre os analisados sem que se deva considerar erro o controle por outros

organismos

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio

Balneabilidade-

categoria

Qualidade

Padrotildees para o corpo daacutegua

Proacutepria Excelente Maacuteximo de 250 CF100ml ou

200EC100ml ou 25 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Muito boa Maacuteximo de 500 CF100ml ou

400EC100ml ou 50 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Satisfatoacuteria Maacuteximo de 1000 CF100ml ou

800EC100ml ou 100 Enterococos100ml

56

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Improacutepria Natildeo atendimento aos criteacuterios

estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Incidecircncia elevada ou anormal

de enfermidades transmissiacuteveis

por via hiacutedrica Valor obtido na

uacuteltima amostragem for superior a

2500CF100ml ou 2000

EC100ml ou 400

enterococos100ml Presenccedila de

resiacuteduos ou despejos pHlt6ou

gt9 Floraccedilatildeo de algas outros

fatores que contra -indiquem o

contato primaacuterio

Fonte- CONAMA 2742000

28 Legislaccedilatildeo Sobre o Uso de Aacuteguas

ASPECTOS LEGAIS PARA O USO DE AacuteGUAS

Em 1973 o decreto federal nordm 24643 conhecido como o Coacutedigo das Aacuteguas

consubstanciou a base da legislaccedilatildeo voltada para a temaacutetica aacutegua O instrumento

legisla inclusive sobre o conceito de aacuteguas pluviais e acerca do direito de uso

atribuindo ao dono do preacutedio onde caiacuterem diretamente sua propriedade No seu artigo

118 chega ateacute mesmo a comentar superficialmente sobre a construccedilatildeo de

reservatoacuterios para aproveitamento da aacutegua da chuva em aacutereas puacuteblicas

Em termos de poliacutetica ambiental voltada aos recursos hiacutedricos destaca-se a

promulgaccedilatildeo da lei 9433 que em 1997 instituiu a Poliacutetica Nacional de Recursos

Hiacutedricos ndash PNRH criando o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos Conhecida como Lei das Aacuteguas o normativo fornece instrumentos que

possibilitam a melhoria da gestatildeo sistemaacutetica do recurso

57

A captaccedilatildeo de aacutegua de chuva tem uma relaccedilatildeo indireta com os objetivos dessa Poliacutetica jaacute que estimula o uso racional e ao mesmo tempo previne contra os eventos hidroloacutegicos criacuteticos tanto agraves secas devido agrave promoccedilatildeo da reserva quanto agraves inundaccedilotildees devido agrave diminuiccedilatildeo do escoamento superficial A inclusatildeo da captaccedilatildeo de aacutegua de chuva no Plano indica o esforccedilo da poliacutetica de recursos hiacutedricos na busca da transversalidade e no gerenciamento integrado das aacuteguas (SENRA BRONZATTO VENDRUSCOLO 2007)

A Lei nordm 943397 criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos e no art 1ordm disciplina

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e

a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do

Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades (BRASIL 1997)

O art 5ordm da Lei nordm 943397 trata dos instrumentos da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos (BRASIL 1997)

Nacionalmente natildeo haacute um ordenamento juriacutedico que discipline

especificamente sobre o uso das aacuteguas pluviais Como as citadas anteriormente a

lei nordm 114452007 conhecida como lei do Saneamento Baacutesico indiretamente

estabelece alguns criteacuterios para o manejo de aacutegua pluvial Em seu artigo 3ordm define a

drenagem e manejo das aacuteguas pluviais urbanas como

Conjunto de atividades infraestruturas e instalaccedilotildees operacionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais de transporte detenccedilatildeo ou retenccedilatildeo para o amortecimento de vazotildees de cheias tratamento e

58

disposiccedilatildeo final das aacuteguas pluviais drenadas nas aacutereas urbanas (BRASIL 2007)

Seu decreto regulamentador nordm 72172010 admitiu como forma de viabilizar o

manejo da aacutegua da chuva a alimentaccedilatildeo da instalaccedilatildeo hidraacuteulica predial ligada agrave rede

puacuteblica de abastecimento de aacutegua via aproveitamento de aacutegua da chuva desde que

devidamente autorizadas pela autoridade competente

Quanto agraves leis sobre o tema reuso de aacutegua vigentes no Brasil pode-se

destacar a lei 693881 que institui a poliacutetica nacional do meio ambiente que menciona

o incentivo ao estudo e pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a

proteccedilatildeo dos recursos ambientais

No Estado do Rio de Janeiro a Lei Nordm 6034 de 08 de setembro de 2011 dispotildee

sobre a obrigatoriedade dos postos de combustiacuteveis lava-raacutepidos transportadoras e

empresas de ocircnibus urbanos intermunicipais e interestaduais localizados no Estado

do Rio de janeiro a instalarem equipamentos de tratamento e reutilizaccedilatildeo da aacutegua

usada na lavagem de veiacuteculos

Na cidade de Satildeo Paulo por exemplo atraveacutes da Lei nordm 13276 e o Decreto nordm

41814 que regulamenta esta lei determinam-se a obrigatoriedade da execuccedilatildeo de

reservatoacuterio de aacuteguas pluviais coletadas de cobertas e pavimentos nos lotes

construiacutedos ou natildeo que possuem uma aacuterea impermeabilizada superior a 500m2

Trata-se de providecircncias para evitar as inundaccedilotildees urbanas uma vez que incentiva

soluccedilotildees para a infiltraccedilatildeo da aacutegua de chuva no solo e a utilizaccedilatildeo da mesma quando

armazenada para fins natildeo potaacuteveis

DECRETO Nordm 23940 de 30 de Janeiro de 2004 da cidade do Rio de Janeiro

Torna obrigatoacuterio nos casos previstos a adoccedilatildeo de reservatoacuterios que permitam o

retardo do escoamento das aacuteguas pluviais para a rede de drenagem Visando a

necessidade de ajudar a prevenir inundaccedilotildees atraveacutes da retenccedilatildeo temporaacuteria de

aacuteguas pluviais em reservatoacuterios especialmente criados com esta finalidade e

considerando as possibilidades de reaproveitamento de aacuteguas pluviais para usos natildeo

potaacuteveis como lavagem de veiacuteculos e partes comuns jardinagem e outras Sendo

obrigatoacuterio para imoacuteveis com aacuterea de cobertura superior a 50000 m2 e em caso de

novas edificaccedilotildees residecircncias multifamiliares e industriais fica obrigatoacuterio o uso de

aguas pluviais para uso natildeo potaacutevel atendendo as normas sanitaacuterias vigentes ficando

o habite-se ou alvaraacute de obras condicionado ao atendimento ao decreto

59

A Agenda 21 capiacutetulo 18 dedicou importacircncia especial ao reuso de aacutegua

recomendando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas de gestatildeo dirigidas para o uso e

reciclagem de efluentes Segundo Hespanhol (2012) embora natildeo haja menccedilatildeo ao

tema lsquoreusorsquo na poliacutetica nacional de recursos hiacutedricos existe uma vontade poliacutetica

direcionada para esta questatildeo Segundo a Conferecircncia Interparlamentar sobre o

desenvolvimento do Meio Ambiente realizada em Brasiacutelia em Dezembro de 1992 no

paraacutegrafo 64B recomenda esforccedilos a niacutevel nacional para institucionalizar a

reciclagem e reuso sempre que possiacutevel promovendo o tratamento e a disposiccedilatildeo de

esgotos de modo a natildeo poluir o meio ambiente

A portaria nordm 23 de 12 de fevereiro de 2015 do Ministro de Estado do

Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo estabelece boas praacuteticas de gestatildeo e uso de

Energia Eleacutetrica e de Aacutegua nos oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal

direta autaacuterquica e fundacional e dispotildee sobre o monitoramento de consumo destes

bens e serviccedilos Devendo os oacutergatildeos adotar as providencias necessaacuterias para

implementaccedilatildeo de boas praacuteticas de gestatildeo e inclusive elaborando campanhas de

conscientizaccedilatildeo por meio presencial e eletrocircnico e fornecendo mensalmente o

consumo de energia eleacutetrica e aacutegua por meio do Sistema Projeto Esplanada

Sustentaacutevel

O reuso de aacutegua pode ser classificado em reuso indireto ou direto O reuso

direto eacute aquele onde ocorre a conexatildeo direta dos efluentes de uma estaccedilatildeo de

tratamento de esgotos a uma estaccedilatildeo de tratamento de aacutegua e em seguida ao sistema

de distribuiccedilatildeo O reuso indireto eacute a diluiccedilatildeo do esgoto apoacutes tratamento em um corpo

hiacutedrico no qual apoacutes algum tempo de detenccedilatildeo eacute efetuada a captaccedilatildeo seguida de

tratamento adequado e posterior distribuiccedilatildeo Filho (1987) sugere a seguinte

terminologia para diversas formas de reuso

Reuso indireto natildeo planejado da aacutegua Eacute aquele em que a aacutegua utilizada

em alguma atividade humana eacute descarregada no meio ambiente e

novamente utilizada agrave jusante em sua forma diluiacuteda de maneira natildeo

intencional e natildeo controlada

Reuso indireto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes depois de

tratados satildeo descarregados de forma planejada para serem reutilizados a

jusante

Reuso direto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes apoacutes

convenientemente tratados satildeo encaminhados diretamente do seu ponto

60

de descarga ateacute o local do reuso sofrendo em seu percurso os tratamentos

necessaacuterios mas natildeo sendo descarregados no meio

Reciclagem de aacutegua Eacute o reuso interno da aacutegua antes da sua descarga

em um sistema geral de tratamento ou outro local de disposiccedilatildeo para servir

como fonte suplementar de abastecimento do uso original Eacute um caso

particular de reuso direto

Segundo jaacute destacava Westerhoff (1984)o reuso de aacutegua eacute classificado em

duas categorias Reuso potaacutevel e Reuso natildeo potaacutevel e esta classificaccedilatildeo foi adotada

pela Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental de Satildeo Paulo e

divulgada nos Cadernos de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental Sendo considerado um

bem econocircmico porque eacute finita e essencial para conservaccedilatildeo da vida e do meio

ambiente consequentemente sua escassez impede o desenvolvimento de diversas

regiotildees na medida em que aleacutem da necessidade humana a aacutegua eacute essencial no

processo produtivo de diversas empresas

Reuso potaacutevel

Direto

Indireto

Reuso natildeo potaacutevel

Para fins agriacutecolas

Para fins industriais

Para fins recreacionais

Para fins domeacutesticos

Para manutenccedilatildeo de vazotildees de cursos drsquoaacutegua

Para aquacultura

Recarga de aquiacuteferos subterracircneos

Pode-se destacar alternativas que vem sendo propostas para racionalizaccedilatildeo

do consumo de aacutegua domiciliar Satildeo elas

Identificaccedilatildeo e eliminaccedilatildeo de vazamentos e perdas

Instalaccedilatildeo de equipamentos hidraacuteulicos sanitaacuterios de baixo consumo e alta

eficiecircncia

Reuso de aacuteguas cinzas

Aperfeiccediloamento dos procedimentos de mediccedilatildeo e cobranccedila

61

Os processos e tratamentos para fins potaacuteveis satildeo complexos e de custo

elevado Desta forma o reuso para fins natildeo potaacuteveis deve ser sempre avaliado

preferencialmente Aparentemente o principal problema decorrente da accedilatildeo de

reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas com objetivos de economizar aacutegua seria o aumento

do custo decorrente da instalaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de sistemas duplos de distribuiccedilatildeo

O principal destino destas aacuteguas deve ser a utilizaccedilatildeo sanitaacuteria e o uso agriacutecola

(HESPANHOL amp MIERZWA 2011)

Pesquisas sobre a viabilidade econocircmica de projetos de aproveitamento de

aacutegua de chuva indicam que o item preponderante nesta anaacutelise eacute o custo do

reservatoacuterio que varia em funccedilatildeo da sua dimensatildeo A NBR 15527(ABNT 2007)

apresenta 6 metodologias de caacutelculo do volume do reservatoacuterio que resultam em

valores muito discrepantes gerando a necessidade do usuaacuterio decidirem funccedilatildeo das

condiccedilotildees especiacuteficas do projeto qual metodologia seguir A maioria das

aplicaccedilotildeestrabalha com uma demanda fixa visando o consumo em vasos sanitaacuterios

(MORUZZI e OLIVEIRA2010 DORNELLES et al 2010 COUTINHO et al 2011

GHISI e SCHONDERMARK 2013)

Em relaccedilatildeo a NBR 155272007 aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas

em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis fornece as caracteriacutesticas para o reuso de

aacutegua em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis compreendendo calhas e condutores

instalaccedilotildees prediais qualidade da aacutegua bombeamento manutenccedilatildeo e principalmente

os meacutetodos de caacutelculo de dimensionamento de reservatoacuterios

Os meacutetodos de dimensionamento dispostos nesta norma satildeo

Meacutetodo de Rippl

Meacutetodo de Simulaccedilatildeo

Meacutetodo Azevedo Neto

Meacutetodo praacutetico alematildeo

Meacutetodo praacutetico inglecircs

Meacutetodo praacutetico australiano

62

3 - METODOLOGIA

Conforme Sabbatini (1989) metodologia eacute um ldquoconjunto de preceitos que

estabelece uma orientaccedilatildeo para o direcionamento e conduccedilatildeo de uma dada

investigaccedilatildeordquo tendo esta orientaccedilatildeo dois niacuteveis de doutrina e de estrateacutegia que

geram os princiacutepios de tomada de decisatildeo e permitem a operacionalizaccedilatildeo da

pesquisa que consiste no plano de accedilatildeo

A metodologia para anaacutelise do uso de sistema para aproveitamento de aacutegua

pluvial deve ser entendida como input do processo de pesquisa seus princiacutepios

devem ser balizadores das estrateacutegias adotadas para sua racionalidade

Esta dissertaccedilatildeo objetiva a importacircncia na utilizaccedilatildeo de metodologia e

aplicaccedilatildeo de procedimentos e meacutetodos nas atividades relacionadas ao uso de aacutegua

pluvial em instituiccedilatildeo federal de ensino onde o avanccedilo tecnoloacutegico deve ter como

escopo uma metodologia especiacutefica para seu desenvolvimento

Os atributos e alcance da pesquisa aplicada e de desenvolvimento tecnoloacutegico

constitui a estrutura essencial para obter novos meacutetodos construtivos e modernizaccedilatildeo

de processos e sistemas de uso consolidado e na soluccedilatildeo sistemaacutetica de problemas

Fluxo do processo adotado

O meacutetodo adotado envolve vaacuterias etapas conforme quadro 4 para a validaccedilatildeo

da metodologia de aproveitamento de aacutegua pluvial

Quadro 4- Fluxo do processo

Atividade Procedimentos

Visita teacutecnicas

Foram selecionadas duas tipologias de edificaccedilotildees no sentido de ampliar

o entendimento das teacutecnicas construtivas para a implantaccedilatildeo de

sistema de coleta e uso de aacutegua pluvial

Normas teacutecnicas

NBR 155272007 Aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas em

aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis - Requisitos

Precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rioque foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca

63

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho

31 Estrateacutegia da Pesquisa

A pesquisa em questatildeo tem caraacuteter exploratoacuterio de projeto uacutenico com

abordagem quantitativa por meio de estudo de caso uacutenico que tem como modelo

cientiacutefico a concepccedilatildeo de Robson (2011) o qual disserta sobre os meacutetodos de

pesquisa do mundo real

A estaccedilatildeoestaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm89 67 longitude

43ordm22 67

Reservatoacuterios

detalhes teacutecnicos

construtivos e

controle sanitaacuterio

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo de

dimensionamento onde o volume do reservatoacuterio seraacute o menor valor

entre 6 do volume de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial anual e 6 da

demanda anual de aacutegua natildeo potaacutevel

Foi utilizado o meacutetodo da simulaccedilatildeo previsto na NBR 15527 2007

Para ratificar o dimensionamento do reservatoacuterio feito pelo meacutetodo

praacutetico alematildeo

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR

152227 recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgle

30 mgl em qualquer ponto do sistema de abastecimento

Para controle sanitaacuterio foi utilizado Clorador com funcionamento em

circuito fechado com proteccedilatildeo contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo

interno 320 pastilhas variando de 0640 kg com vazatildeo de operaccedilatildeo

lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Equipamentos Verificou-se que equipamentos utilizados em sistema de captaccedilatildeo e uso

de aacutegua pluvial eacute uma tecnologia de fabricantes internacionais com

representantes locais

Demanda de uso

natildeo potaacutevel

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com

base nos dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos

atraveacutes dos questionaacuterios e o nuacutemero de pessoas que efetivamente

utilizam cada aparelho Tambeacutem se utilizaram no caacutelculo do consumo

diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR 56261998

Viabilidade

econocircmica de

implantaccedilatildeo do

sistema

Foi realizada a anaacutelise econocircmica utilizando-se o meacutetodo do payback

simples e descontado considerando taxa mensal de 1 para validaccedilatildeo e

verificaccedilatildeo da viabilidade econocircmica do sistema

64

Adota o presente trabalho a verificaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo exitosas de sistemas de

aproveitamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees de diversas tipologias criando um

paracircmetro de anaacutelise e consolidaccedilatildeo de praacuteticas sustentaacuteveis e novas tecnologias

VISITAS REALIZADAS

Estaacutedio do Maracanatilde

Maior estaacutedio sendo sede da Copa do Mundo de Futebol 2014 no rio de

Janeiro Inaugurado em junho de 1950 sendo iniciada a obra de recuperaccedilatildeo e retrofit

no ano de 2010 sendo concluiacuteda em 2013 Sua capacidade de puacuteblico passou de

87101 para 78639 lugares

Realizada a visita as instalaccedilotildees do Estaacutedio do Maracanatilde que recebeu a

certificaccedilatildeo LEED1 (Leadership in Energy and Environmental Design) For New

Construction na categoria Silver versatildeo 30 concedida pela USGBC (United States

Building Concil) conforme fig 10 que reconhece soluccedilotildees de novas tecnologias

sustentaacuteveis utilizadas nas construccedilotildees com o objetivo de reduccedilatildeo de impactos ao

meio ambiente durante a vida uacutetil da edificaccedilatildeo certificaccedilatildeo voltada para construccedilotildees

sustentaacuteveis e ambientalmente eficientes

1 Lideranccedila em Energia e Desig Ambiental eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para

edificaccedilotildeesUtilizada em 143 paiacuteses a certificaccedilatildeo foi criada em 2000 pela USGreen Building Council (USGBC)

65

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Pereira et al (2015)

A alta performance ambiental do maracanatilde apoacutes a implantaccedilatildeo do sistema de

aacuteguas pluviais contribuiu para sua certificaccedilatildeo onde cabe ressaltar que houve reduccedilatildeo

de 7114 do consumo de agua potaacutevel que representa da demanda de bacias e

mictoacuterios como tambeacutem todo o volume de agua necessaacuterio para irrigaccedilatildeo do

gramado e Conforme Pereira et al (2015) a reduccedilatildeo de uso de aacutegua potaacutevel eacute de

50 (cinquenta por cento)

Com o retrofit o estaacutedio do Maracanatilde teve acreacutescimo de 50000m2 na aacuterea de

cobertura construiacuteda em membrana tensionada por cabos de accedilo que permitiu a

viabilidade de implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo acrescida da aacuterea de drenagem

do campo que atende a irrigaccedilatildeo e descargas O estaacutedio no seu sistema de captaccedilatildeo

e reaproveitamento de aacuteguas pluviais conta com reservatoacuterio de 5 milhotildees de litros

volume capaz de suprir as demandas de usos por um periacuteodo de ateacute trecircs meses em

caso de estiagem

66

Leroy Merlin

Empresa de comeacutercio varejista voltada para materiais de construccedilatildeo e

bricolagem desde os anos de 1988 A concepccedilatildeo de seus projetos de lojas passaram

a ser voltada para questotildees de sustentabilidade agrave partir da construccedilatildeo da loja na

cidade de Niteroi inaugurada em 2007 iniciando um ciclo de novas unidades com o

mesmo caraacuteter tendo em um de seus conceitos o aproveitamento de aacuteguas pluviais

A Leroy Merlin foi a primeira empresa agrave receber o selo HQE2 em 2009

empresa situada em Niteroacutei no Estado do Rio de Janeiro na atividade de comeacutercio de

materiais de construccedilatildeo Adotou como meta a certificaccedilatildeo AQUA em funccedilatildeo de sua

adaptabilidade as condiccedilotildees de uso no Brasil avaliando aspectos da gestatildeo

ambiental nas obras de arquitetura

Recebeu a empresa por ocasiatildeo de sua construccedilatildeo recebeu a certificaccedilatildeo

ACQUA-Alta Qualidade Ambiental tendo sido avaliada pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

entidade vinculada a USP (Universidade de Satildeo Paulo) tendo atendido as exigecircncias

para a certificaccedilatildeo nas etapas do programa concepccedilatildeo do projeto e realizaccedilatildeo da

obra

Foram utilizados no tratamento daacute aacutegua captada trecircs filtros tipo Vortex WWF

300 com capacidade de filtragem para aacuterea de cobertura de ateacute 3000m2 com potencial

de ateacute 90 da aacutegua precipitada e com retenccedilatildeo de partiacuteculas de 028mmFoi utilizado

reservatoacuterio apresentado na foto abaixo com capacidade de 150000 litros com

extravasor para poccedilos de infiltraccedilatildeo conforme figura 11 em caso de alto iacutendice de

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica contribuindo para a alimentaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico e

reduzindo a possibilidade de enchentes

2 HQE A primeira certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios a ser adaptada para a realidade brasileira foi a AQUA (hoje AQUA-

HQE) Com base no selo francecircs Haute Qualiteacute Environnementale professores da Universidade de Satildeo Paulo (USP) criaram a versatildeo brasileira e formaram a instituiccedilatildeo responsaacutevel por ela a Fundaccedilatildeo Vanzolini

67

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

Foto da Construccedilatildeo do reservatoacuterio de 150000 litros

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

68

32 Unidade de anaacutelise

Esta pesquisa se limita a estudar a viabilidade de uso de aguas pluviais

calculando a demanda de uso natildeo potaacutevel a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacuteguas

residuais provenientes de evaporadoras de ar condicionado com determinaccedilatildeo do

volume do reservatoacuterio e posterior analise de viabilidade econocircmica Yin (2001)

afirma que a unidade de anaacutelise estaacute relacionada com o problema fundamental de

definir o que eacute o ldquocasordquo

Segundo Yin (2001) o estudo de caso representa uma investigaccedilatildeo empiacuterica e

compreende um meacutetodo abrangente com a loacutegica do planejamento da coleta e da

anaacutelise de dados Pode incluir tanto estudos de caso uacutenico quanto de muacuteltiplos assim

como abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa

Aleacutem da coleta de dados por meio dos questionaacuterios outro importante processo

que seraacute usado neste estudo eacute anaacutelise documental considerada como a teacutecnica que

abrange tanto a anaacutelise qualitativa quanto a quantitativa Segundo Gil (2010 p121)

ldquoA consulta a fontes documentais eacute imprescindiacutevel em qualquer estudo de casordquo

Portanto a anaacutelise destes dados torna-se fundamental para que se possa identificar

demanda de consumo de aacutegua natildeo potaacutevel o potencial para aproveitamento de aacuteguas

dos evaporadores de aparelhos de ar condicionado

33 Justificativa da estrateacutegia de pesquisa

A escolha do meacutetodo de pesquisa orientaraacute as etapas necessaacuterias para a coleta

de informaccedilotildees anaacutelise destes dados e demonstraccedilatildeo da confiabilidade e validade

das descobertas (ROBSON 2011)

34 Pesquisa Exploratoacuteria

A pesquisa exploratoacuteria utilizaraacute fontes documentais como perioacutedicos

dissertaccedilotildees e teses sobre os temas sustentabilidade histoacuterico de reuso e

reaproveitamento de aacuteguas pluviais e legislaccedilatildeo traccedilando conexotildees entre estes

elementos de forma a propiciar confiabilidade para o embasamento da pesquisa

69

35 Levantamento

O presente trabalho visa o aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

de evaporadores de unidades condensadoras para reuso no Campus Maracanatilde do

CEFET-RJ

Desta forma o trabalho foi estruturado da forma relacionada abaixo

Levantamento das caracteriacutesticas pluviomeacutetricas da regiatildeo estudada para

determinaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica media atraveacutes das analises de

dados fornecida do sistema Alerta Rio referente ao periacuteodo de 2001 a 2015

Levantamento das caracteriacutesticas de 01(uma) edificaccedilatildeo existente no

campus maracanatilde bloco E e considerando seu potencial de captaccedilatildeo

atraveacutes exclusivamente de suas coberturas bem como o dimensionamento

de reaproveitamento das aacuteguas provenientes de condensadores de ar

condicionado existentes no referido bloco por contemplar maior nuacutemero de

equipamentos citados e maior nuacutemero de horas de uso

Avaliaccedilatildeo dos resultados obtidos com determinaccedilatildeo do reservatoacuterio de

armazenamento sendo realizado atraveacutes da NBR 15527 ndash Aacutegua da Chuva

Aproveitamento das aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis (ABNT 2007)

Tambeacutem seratildeo realizados estudos utilizando teacutecnicas de matemaacutetica

financeira pelo meacutetodo de anaacutelise de payback simples que fornece uma

estimativa de faacutecil compreensatildeo dos benefiacutecios gerados para determinar o

tempo de retorno do investimento atraveacutes dos custos de implantaccedilatildeo do

sistema

70

Aacuterea de Estudo

O CEFET-RJ ocupa uma aacuterea de terreno de 3438200 m2 com 6481800 m2

construiacutedos e distribuiacutedos em 06 pavilhotildees e diversos blocos nomeados de ldquoArdquo a ldquoLrdquo

tendo como objeto para estudo de caso o Bloco E que e abastecido atraveacutes do

hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 conforme figura 10

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora

Fonte Realizada pelo autor 2017

36 Objeto de Estudo

O preacutedio objeto do estudo eacute o Bloco E sendo utilizado pela comunidade

docente discente e teacutecnicos administrativos

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ

Fonte site wwwcefet-rjbr

71

As coberturas do preacutedio satildeo compostas por telhas trapezoidais em accedilo

galvanizado tendo calhas em concreto impermeabilizado para a coleta de aacuteguas

pluviais com tubos de queda em PVC de 100 mm com condutores horizontais

interligando as caixas de passagem e estas ao coletor puacuteblico

361 Aparelhos Existentes

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados quais eram os tipos de aparelhos

sanitaacuterios torneiras mictoacuterios existentes no CEFET-RJ Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua

37 Entrevistas com os Usuaacuterios

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

CEFET-RJ a fim de descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho Nos

questionaacuterios foram feitas perguntas que demonstrassem o tempo e a quantidade de

vezes que cada aparelho era utilizado no periacuteodo de ocupaccedilatildeo

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como um certo desinteresse na participaccedilatildeo por alguns membros da comunidade

Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com utilizaccedilatildeo

da foacutermula de caacutelculo amostral

72

Foacutermula de caacutelculo

Onde

n - amostra calculada N ndash populaccedilatildeo Z - variaacutevel normal padronizada associada ao niacutevel de confianccedila p - verdadeira probabilidade do evento e - erro amostral Erro amostral de 5 Niacutevel de confianccedila de 95

Foram aplicados questionaacuterios para funcionaacuterios professores e alunos com as

mesmas perguntas Os questionaacuterios utilizados nas entrevistas estatildeo apresentados

no Apecircndice A B e C

Para os funcionaacuterios da limpeza interna externa foram aplicados questionaacuterios

direcionados em funccedilatildeo das atividades desenvolvidas

Os resultados obtidos atraveacutes das entrevistas permitiram obter valores que

representam a frequecircncia e o tempo de utilizaccedilatildeo de cada tipo de aparelho sanitaacuterio

para o total geral da edificaccedilatildeo e por pessoa

38 Estimativa do Consumo de Aacutegua

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com base nos

dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos atraveacutes dos questionaacuterios

e o nuacutemero de pessoas que efetivamente utilizam cada aparelho Tambeacutem se

utilizaram no caacutelculo do consumo diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR

56261998

381 O caacutelculo de consumo meacutedio diaacuterio de aacutegua per capita por aparelhos

O Caacutelculo foi realizado com base no somatoacuterio da multiplicaccedilatildeo da frequecircncia

e tempo de uso obtido nas entrevistas e vazatildeo do aparelho dividido pelo nuacutemero de

pessoas entrevistadas

73

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

C meacutedio = consumo meacutedio por aparelho

fi=numero de vezes de utilizaccedilatildeo

ti= tempo em segundos de uso diaacuterio

n= amostras de pessoas entrevistadas

Q= vazatildeo do aparelho (litros por segundo)

382 Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

A estimativa dos consumos de aacutegua referentes agrave limpeza do preacutedio (que inclui

tambeacutem lavaccedilatildeo de paacutetios corredores sanitaacuterios e irrigaccedilatildeo de jardins) foi calculada

com base em entrevistas com os responsaacuteveis por tais atividades e natildeo por amostra

Consumo Atividade limpeza = Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega de

jardim

383 Avaliaccedilatildeo do Potencial de Economia de Aacutegua Potaacutevel

A fim de se estimar o potencial de economia proveniente da implantaccedilatildeo de um

sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial foi verificado o percentual de aacutegua potaacutevel

utilizado em fins natildeo potaacuteveis quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de agua residual pelas

evaporadoras de ar condicionado e tambeacutem foi estimado o volume ideal de

reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial

384 Percentual de Aacutegua Potaacutevel que Poderia Ser Substituiacutedo por Aacutegua Pluvial

Neste estudo considerou-se a utilizaccedilatildeo de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis em

descargas de vaso sanitaacuterio mictoacuterios irrigaccedilatildeo de jardins torneiras de usadas para

limpeza do preacutedio que tambeacutem inclui lavaccedilatildeo dos pavimentos

Atraveacutes da soma dos valores de consumo de aacutegua nas atividades consideradas

para fins natildeo potaacuteveis foi verificada a quantidade total de aacutegua potaacutevel que poderia

ser substituiacutedo por aacutegua pluvial

74

39 Reservatoacuterios de Aacutegua Pluvial

O reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial eacute um dos componentes mais

importantes de um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial o qual deve ser

dimensionado principalmente considerando os seguintes fatores demanda de aacutegua

pluvial aacutereas de captaccedilatildeo precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica e custos totais de implantaccedilatildeo

Para estimar o volume ideal do reservatoacuterio de aacutegua pluvial para o presente

estudo baseou-se nas aacutereas de cobertura da edificaccedilatildeo no consumo diaacuterio de aacutegua

em sanitaacuterios e mictoacuterios e atividades de limpeza na precipitaccedilatildeo da regiatildeo no

coeficiente de perdas e no total de aacutegua potaacutevel usada para fins natildeo potaacuteveis que

poderia ser substituiacuteda por aacutegua pluvial

310 Anaacutelise Econocircmica

Depois de verificado o potencial de economia de aacutegua potaacutevel seratildeo

verificados os custos para a implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento

de aacutegua pluvial e tambeacutem analisada sua viabilidade econocircmica

Esta anaacutelise econocircmica seraacute uma estimativa de custos que poderaacute servir como

referecircncia para novas instituiccedilotildees de ensino com padrotildees semelhantes que desejam

implantar um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial

Natildeo se tem um indicativo de que este sistema possa ser implantado no objeto

de estudo Os custos de implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de

aacutegua pluvial resumem-se em custos com obra de construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior

materiais e equipamentos necessaacuterios agrave implantaccedilatildeo

Deste modo fez-se uma planilha de quantitativos e custos dos valores

referentes a obra atraveacutes de preccedilos coletados no SINAPICEF e de materiais e

equipamentos necessaacuterios com empresas representantes e ou fabricantes

75

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA

Conforme abordado no capiacutetulo correspondente a metodologia optou-se

como um dos meios de aplicaccedilatildeo a validaccedilatildeo e investigaccedilatildeo desta metodologia

desenvolvida para uma Instituiccedilatildeo Federal de Ensino

41 Histoacuterico do Cefet-RJ

Atraveacutes de uma parceria entre o governo da Uniatildeo e o da Prefeitura do Distrito

Federal foi criada a Escola Normal de Artes e Ofiacutecios Wenceslau Braz versatildeo

primaacuteria do que vem a ser o CEFETRJ contemporaneamente Segundo CEFETRJ

(2007 paacuteg 14) os principais objetivos da escola eram de criar professores mestre e

contramestres para as instituiccedilotildees e escolas profissionais do Distrito Federal e entatildeo

Rio de Janeiro aleacutem de professores de trabalhos manuais para escolas primaacuterias do

Municiacutepio

De acordo com Maruyama (2013) apoacutes criaccedilatildeo de sua primeira forma teve

seus objetivos e estrutura atualizada transformando-se em Escola Teacutecnica Nacional

(ETN) em 1942 Jaacute em 1965 a Escola recebe nome Escola Teacutecnica Federal da

Guanabara poreacutem foi apenas em 1967 que a Escola passa a ser chamada de Escola

Teacutecnica Federal Celso Suckow da Fonseca

Hoje atraveacutes de seu histoacuterico de reconhecimento pela sociedade a Escola

Teacutecnica obteve expansatildeo geograacutefica passando a atuar com sede matriz a Unidade

Maracanatilde e demais seis outras Unidades descentralizadas pelo Rio e Janeiro (Nova

Iguaccedilu Maria da Graccedila Petroacutepolis Nova Friburgo Angra dos Reis e Itaguaiacute) e

educacional ofertando cursos regulares de ensino meacutedio educaccedilatildeo profissional

teacutecnica graduaccedilatildeo poacutes-graduaccedilatildeo aleacutem de atividades de pesquisa e de extensatildeo

411 Definiccedilatildeo de Instituiccedilotildees de Ensino Superior

De acordo com o artigo 21 da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo

Nacional (939496) a educaccedilatildeo escolar eacute formada por duas etapas principais

educaccedilatildeo baacutesica formada pela educaccedilatildeo infantil ensino fundamental e ensino meacutedio

II - educaccedilatildeo superior etapa posterior a educaccedilatildeo baacutesica cujo objetivo global eacute formal

76

profissionais e cidadatildeos aptos a exercerem suas funccedilotildees e promover o

desenvolvimento do paiacutes

A LDB (Lei 93941996) assume a coexistecircncia de instituiccedilotildees puacuteblicas e

privadas para a oferta de cursos superiores dizendo no Artigo 45 que a educaccedilatildeo

superior poderaacute ser ministrada em instituiccedilotildees de ensino superior de caraacuteter puacuteblico

ou privada com variados graus de abrangecircncia e particularizaccedilatildeo Visando

complementar a LDB e a esse artigo 7ordm do Decreto 38602001 classifica as instituiccedilotildees

de ensino superior quanto agrave sua organizaccedilatildeo acadecircmica em

Universidades - Satildeo caracterizadas pela oferta regular de atividades que

articulam trecircs principais pilares ensino de pesquisa e de extensatildeo

Centros Universitaacuterios - Os centros universitaacuterios satildeo instituiccedilotildees de

ensino superior pluri-curriculares comprovada pelo desempenho nos

cursos nas avaliaccedilotildees do MEC e que devem atender a comunidade

Centros Federais de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica - Satildeo instituiccedilotildees de ensino

superior especializados na oferta de educaccedilatildeo tecnoloacutegica nos

diferentes niacuteveis e modalidades de ensino O Centro Federal de

Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) seraacute a

instituiccedilatildeo alvo do presente estudo e se encaixa nessa classificaccedilatildeo

Faculdades Integradas faculdades institutos ou escolas superiores -

superiores orientados basicamente para o ensino satildeo voltadas para a

formaccedilatildeo de profissionais para o mercado de trabalho e natildeo se exigiratildeo

produccedilatildeo cientiacutefica e natildeo haacute exigecircncia de oferta cursos de poacutes-

graduaccedilatildeo

Por fim todas as instituiccedilotildees de ensino superior independente de sua

classificaccedilatildeo e dos cursos ofertados por estar diretamente submetidas as decisotildees do

MEC deve acatar com seus decretos e determinaccedilotildees pois estatildeo sob uma mesma

legislaccedilatildeo e regime Dentro das obrigatoriedades das IES pode ser destacado o

documento de caraacuteter estrateacutegico conhecido como Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI)

412 - Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) eacute um documento institucional

exigido pelo Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) e apresenta as principais estrateacutegicas e

77

posicionamento que a instituiccedilatildeo de ensino superior (IES) iraacute adotar em um periacuteodo

de tempo preacute-definido Eacute anaacutelogo ao Planejamento Estrateacutegico das empresas

privadas poreacutem com foco em resultados no sistema educacional processos internos

e desempenho dentro do cenaacuterio mutaacutevel da educaccedilatildeo no periacuteodo de vigecircncia

O Plano de Desenvolvimento Institucional ndash PDI eacute um documento elaborado para um periacuteodo de 5 (cinco) anos que identifica a Instituiccedilatildeo de Ensino Superior (IES) no que diz respeito agrave sua filosofia de trabalho agrave missatildeo a que se propotildee agraves diretrizes pedagoacutegicas que orientam suas accedilotildees agrave sua estrutura organizacional e agraves atividades acadecircmicas que desenvolve eou que pretende desenvolver (SAPIEnS 2007)

A lei 10861 (2004) instituiu o Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo

Superior (SINAES) Este sistema tem como objetivo buscar a melhoria da qualidade

da educaccedilatildeo superior monitorar a expansatildeo da oferta e aumento da eficiecircncia e

eficaacutecia institucional no acircmbito de ensino e impacto na sociedade Deve ser ainda um

sistema supervisor das IES no cumprimento de seus deveres institucionais como

identidade respeito a diversidade e afirmaccedilatildeo da autonomia Esta lei promoveu em

2006 a ediccedilatildeo do decreto Nordm 5773 que legitima a relevacircncia e obrigatoriedade do PDI

nas IES

O decreto Nordm 5773 (2006) descreve sobre as funccedilotildees de regulamentaccedilatildeo

acompanhamento e avaliaccedilatildeo das IES e cursos superiores de graduaccedilatildeo e

sequenciais no sistema de ensino federal No Art 15 satildeo descritas as exigecircncias para

uma instituiccedilatildeo ser credenciada ao MEC Eacute responsabilidade da IES possuir aleacutem de

documentos padratildeo como cumprimento de exigecircncias fiscais legais e regimento ou

estatuto o PDI eacute exigido devido ao seu caraacuteter de avaliaccedilatildeo de potencial capacidade

e objetivos de longo prazo como instituiccedilatildeo provedora de ensino superior O Art 16

apresenta ainda um roteiro de subsiacutedio na elaboraccedilatildeo do PDI com as exigecircncias que

o MEC determina

Neste contexto eacute possiacutevel identificar uma importante instituiccedilatildeo de ensino

superior do estado do Rio de Janeiro o Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica

Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) Uma instituiccedilatildeo com grande tradiccedilatildeo que ao

longo dos anos se diversificou alterou o escopo de ensino para ofertar de cursos de

cursos de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo direcionados para tecnologia e inovaccedilatildeo Eacute

necessaacuterio conhecer aacutes origens histoacutericos e fatores que influenciaram a consolidaccedilatildeo

do CEFETRJ para entender seu papel no cenaacuterio atual

78

413 - O PDI do CefetRJ

O Estatuto do CEFETRJ foi aprovado em 2005 pelo ministro da educaccedilatildeo

Fernando Haddad e instaurou a portaria nordm 3796 No capiacutetulo III sobre a Estrutura

Organizacional na Subseccedilatildeo VIII do Estatuto do CEFETRJ eacute estabelecida a criaccedilatildeo

da Diretoria de Gestatildeo Estrateacutegica (DIGES)oacutergatildeo responsaacutevel por conduzir o

processo de elaboraccedilatildeo validaccedilatildeo e publicaccedilatildeo dos DPI a cada quatro anos bem

como acompanhar a execuccedilatildeo dos planos e projetos definidos e ser o principal

fornecedor de informaccedilotildees sobre o desempenho da instituiccedilatildeo perante sociedade

ministeacuterio da educaccedilatildeo Uniatildeo e demais oacutergatildeos puacuteblicos a que a IES estaacute submetida

A construccedilatildeo do PDI eacute feita de maneira colaborativa e participativa por todos

os departamentos e secretarias que integram a instituiccedilatildeo Os entendimentos entre

todas as partes e consensos provisoacuterios devem ser estabelecidos para definir

objetivos comuns a todos que deveratildeo ser registrado e amplamente divulgado e

cascateado a todos os niacuteveis da instituiccedilatildeo Com isso o PDI deve ser apresentado

pela DIGES em um prazo de 150 a 60 dias agrave Comissatildeo para validar o produto final

conforme estabelecido no documento O processo deve ser concluiacutedo dentro do ano

anterior ao periacuteodo de vigecircncia do PDI em elaboraccedilatildeo

414 - Filosofia Missatildeo e Objetivos Institucionais

Os princiacutepios norteadores da filosofia satildeo expressos atraveacutes de seu Projeto

Pedagoacutegico integrando

A defesa das condiccedilotildees garantidoras de qualidade social para a educaccedilatildeo

puacuteblica viabilizada pela Rede Federal de Educaccedilatildeo Profissional Cientiacutefica e

Tecnoloacutegica em sua diversidade institucional reafirmaccedilatildeo da identidade institucional

vinculada agrave formaccedilatildeo de profissionais de diferentes niacuteveis no projeto de transformaccedilatildeo

de Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica em Universidade Tecnoloacutegica Federal

adoccedilatildeo de projetos de verticalizaccedilatildeo e integraccedilatildeo das atividades de ensino pesquisa

e extensatildeo da educaccedilatildeo baacutesica agrave poacutes-graduaccedilatildeo como caracteriacutestica metodoloacutegica

de formaccedilatildeo na aacuterea tecnoloacutegica middot consolidaccedilatildeo de poliacuteticas de ensino pesquisa e

extensatildeo que compromissadas com o desenvolvimento nacional e regional a

disseminaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimento a formaccedilatildeo de pessoas e a

responsabilidade social e eacutetica continuem a legitimar a atuaccedilatildeo institucional junto agrave

79

sociedade preservaccedilatildeo e sustentaccedilatildeo da autonomia institucional definida em lei

aperfeiccediloamento permanente dos processos de gestatildeo democraacutetica e

descentralizaccedilatildeo gerencial nas instacircncias acadecircmicas e administrativas mediante

adoccedilatildeo de estruturas colegiadas mecanismos de participaccedilatildeo de todos os segmentos

da comunidade interna socializaccedilatildeo de informaccedilotildees e transparecircncia na utilizaccedilatildeo de

recursos middot observacircncia de aspectos inerentes ao caraacuteter puacuteblico e de identidade

formadora da Instituiccedilatildeo valorizaccedilatildeo do ser humano e do trabalho respeito agrave

pluralidade e divergecircncias de ideacuteias sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza adesatildeo

agrave tecnologia a serviccedilo da promoccedilatildeo humana compromisso social diaacutelogo constante

e parcerias com instituiccedilotildeesentidades representativas da sociedade

responsabilidade funcional e eacutetica (PDI 2010)

No que se refere a sua missatildeo institucional levando-se em consideraccedilatildeo agrave RS

assumida perante a sociedade cabe ao CEFETRJ

Promover a educaccedilatildeo mediante atividades de ensino pesquisa e extensatildeo que

propiciem de modo reflexivo e criacutetico na interaccedilatildeo com a sociedade a formaccedilatildeo

integral (humaniacutestica cientiacutefica e tecnoloacutegica eacutetica poliacutetica e social) de profissionais

capazes de contribuir para o desenvolvimento cultural tecnoloacutegico e econocircmico dessa

mesma sociedade (PDI 2010)

Neste sentido seus principais objetivos satildeo

ministrar educaccedilatildeo profissional teacutecnica de niacutevel meacutedio de forma

articulada com o ensino meacutedio destinada a proporcionar habilitaccedilatildeo

profissional para diferentes setores da economia

ministrar ensino superior de graduaccedilatildeo e de poacutes-graduaccedilatildeo lato sensu

e stricto sensu visando agrave formaccedilatildeo de profissionais e especialistas na

aacuterea tecnoloacutegica

ministrar cursos de licenciatura bem como programas especiais de

formaccedilatildeo pedagoacutegica nas aacutereas cientiacutefica e tecnoloacutegica

ofertar educaccedilatildeo continuada por diferentes mecanismos visando agrave

atualizaccedilatildeo ao aperfeiccediloamento e agrave especializaccedilatildeo de profissionais na

aacuterea tecnoloacutegica

realizar pesquisa estimulando o desenvolvimento de soluccedilotildees

tecnoloacutegicas de forma criativa e estendendo seus benefiacutecios agrave

comunidade

80

promover a extensatildeo mediante integraccedilatildeo com a comunidade

contribuindo para o seu desenvolvimento e melhoria da qualidade de

vida desenvolvendo accedilotildees interativas que concorram para a

transferecircncia e o aprimoramento dos benefiacutecios e conquistas auferidos

na atividade acadecircmica e na pesquisa aplicada

estimular a produccedilatildeo cultural o empreendedorismo o desenvolvimento

cientiacutefico e tecnoloacutegico o pensamento reflexivo com responsabilidade

social (PDI 2010)

As Instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) e Meacutedio Teacutecnico satildeo autarquias

vinculadas ao Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que tem como atividade fim prover

educaccedilatildeo de qualidade e desenvolver a sociedade como um todo sempre em

consonacircncia com poliacuteticas leis e decretos vigentes As IES devem a cada quatro anos

apresentar o seu Planejamento Institucional (PDI) que eacute anaacutelogo ao Planejamento

Estrateacutegico empresarial e documento obrigatoacuterio exigido pelo MEC

Em suma o CEFETRJ eacute uma Instituiccedilatildeo que atua nos diferentes niacuteveis da

educaccedilatildeo e tem por objetivo a formaccedilatildeo de profissionais capazes de atuar intervir e

aplicar conhecimentos teacutecnicos e cientiacuteficos sem desconsiderar a dinacircmica

econocircmica e social bem como o desenvolvimento das regiotildees onde suas unidades

estatildeo inseridas

42 Sobre o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais

Para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais que satildeo produzidas

pelas unidades evaporadoras de ar condicionado foi realizado ensaios em aparelhos

com capacidades variadas utilizando uma proveta graduada para coleta com

mangueira interligada a saiacuteda do dreno da unidade evaporadora de forma a

quantificar a produccedilatildeo a cada hora para obtenccedilatildeo da media de produccedilatildeo admitindo

um padratildeo modular de 12000 BTUsh conforme figuras x

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs

81

Fonte Autor deste trabalho 2017

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca

Equipamento Split 24000 BTUs -Elgin

Hora Temperatura

( Graus Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

1230h 27 0

1330hr 23 500

1430hr 21 650

1530hr 21 630

1630hr 21 590

1730hr 21 610

1830hr 21 585

MEacuteDIA 50929

Fonte autor deste trabalho 2017

82

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores

Equipamento Split 12000 BTUs -Komeco

Hora Temperatura( Graus

Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

800h 30 0

900h 27 190

1000hr 23 250

1100hr 21 340

1200hr 21 290

1300hr 21 310

1400hr 21 285

MEacuteDIA 23786

Fonte autor deste trabalho 2017

Diferentemente do que foi encontrado na literatura obteve- se uma

media de 24905 mlhora para cada 12000 BTUs hora (British termal Units-

Unidade Teacutermica Britacircnica) variaccedilatildeo explicada pelas condiccedilotildees

psicomeacutetricas ou seja o processo de condensaccedilatildeo estaacute diretamente

relacionado a as condiccedilotildees climaacuteticas externas quanto maior a umidade

maior seraacute a quantidade de aacutegua gerada pelo processo De acordo com Mota

et al(2011) em meacutedia um ar com 12000 BTUs apresentou produccedilatildeo de

300mlhora valor proacuteximo ao encontrado por Fortes et al (2015) meacutedia de

309mlhora para unidade de mesma capacidade

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento

PAV CAPTOTAL EM BTUh

FUNCIONAMENTO

(hrdia)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(lhr)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(ldia)

T 18000 12 037 448

1ordm 650000 10 1349 13490

2ordm 676000 8 1403 11224

3ordm 806000 14 1673 23419

4ordm 786000 12 1631 19575

5ordm 676000 12 1403 16836

SOMA 3612000

84992 litros dia

Fonte Setor de manutenccedilatildeo

83

Tendo em vista a diversidade de utilizaccedilatildeo do Preacutedio Bloco E

(Bibliotecas Coordenaccedilotildees Salas de aula e Ambientes administrativos) foram

atribuiacutedos tempos de uso compatiacuteveis com o funcionamento de cada

ambiente

O reuso das aguas de condensaccedilatildeo que seriam desperdiccediladas

apresentam potencial de reuso com custo relativamente baixo cabendo

somente a interligaccedilatildeo dos drenos a rede de captaccedilatildeo de aguas pluviais

conforme pode ser observado na figura 15 e reservatoacuterio para que esta seja

usada para fins natildeo potaacuteveis

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP

84

Aacuterea de Coleta de agua de chuva

Para estimar o volume do reservatoacuterio foi necessaacuterio o calculo da aacuterea que seraacute

utilizada para captaccedilatildeo das aguas pluviais que foi considerada a aacuterea de cobertura do

bloco E figura 16 que e composta de telhas trapezoidais em accedilo galvanizado

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E

De acordo com a NBR 15527 a aacuterea de captaccedilatildeo para dimensionamentos eacute a

aacuterea em metros projetada na horizontal da superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde

a aacutegua da chuva eacute captada (ABNT 2007)

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E

PREacuteDIO AacuteREA ( msup2 )

BLOCO E 134670

TOTAL 134670

Fonte Autor do presente trabalho

Segundo Tomaz (2015) haacute uma variaccedilatildeo entre o volume de aacutegua precipitado e

o volume que seraacute coletado O coeficiente de Runoff ou coeficiente de escoamento

superficial eacute a relaccedilatildeo entre o volume de aacutegua de chuva que escoa superficialmente

e o volume total de aacutegua precipitada no telhado que iraacute variar de acordo com a

superfiacutecie conforme quadro 9

85

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff

Tipo de telha Coeficiente de Runoff

Ceracircmica 08 a 09

Ceracircmica esmaltada 09 a 095

Corrugada metaacutelica 08 a 09

Cimento amianto 08 a 09

Plaacutestico 09 a 095 Fonte TOMAZ (2015)

Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rio que foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca A estaccedilatildeo

estaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm57 185S longitude 43ordm14 538W A

escolha desta estaccedilatildeo meteoroloacutegica se deu pela proximidade do CEFET-RJ e por

possuir grande volume de informaccedilatildeo armazenado pelo Sistema Alerta Rio Os dados

fornecidos incluem informaccedilotildees sobre precipitaccedilotildees no periacuteodo de 01012007 a

31122015 Conforme pode ser observado na tabela x

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

REGIME DE CHUVA

Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica_ Jan 2007Dezembro 2015 (ml)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 MEacuteDIA

JAN 127 1856 2724 2202 1036 180 3538 288 788 19378

FEV 1176 1248 1222 624 874 144 834 304 848 9093

MAR 142 2466 944 3386 1496 91 358 986 1368 19098

ABR 1182 2186 2372 4962 3174 1008 85 177 1184 23360

MAI 202 736 552 898 1714 996 1692 458 40 11833

JUN 67 62 732 712 398 1478 426 106 1312 9260

JUL 166 448 1098 127 466 466 1718 1006 134 10333

AGO 178 1458 582 328 362 206 222 484 104 4905

86

Fonte Sistema Alerta Rio

Potencial de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Para a determinaccedilatildeo do volume que pode ser aproveitado foi utilizado a aacuterea

de cobertura do preacutedio estudado a meacutedia das precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de

janeiro de 2007 a dezembro de 2015 bem como o coeficiente de runoff de 090 em

funccedilatildeo do material existente na cobertura utilizou-se a metodologia aplicada por Ghisi

et al (2017) e Lina et al (2011) desta forma foi calculado atraveacutes da equaccedilatildeo abaixo

e demonstrado no quadro 10

V= PAC1000

Onde V= volume mensal de chuva em m3

A=aacuterea total de captaccedilatildeo em m3

C= coeficiente de runoff

1000= fator de conversatildeo para m3

SET 394 1118 1322 582 572 1246 75 474 130 9698

OUT 2076 92 2256 1756 1382 744 888 542 32 13605

NOV 2202 2048 1292 1082 33 1198 1384 822 1974 15415

DEZ 2506 1284 4622 2876 1726 282 221 404 804 20893

15476 16388 19718 20678 1353 10478 18092 8598 10536

87

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua

POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AacuteGUA DE CHUVA

BLOCO E

MEcircS PRECIPITACcedilAtildeO MEacuteDIA

MENSAL AacuteREA COBERTURA

COEFICIENTE DE RUNOFF

VOLUME APROVEITAacuteVEL (m sup3)

JAN 19378 13467 09 23486

FEV 90925 13467 09 1102

MAR 19098 13467 09 23147

ABR 2336 13467 09 28313

MAI 118325 13467 09 14341

JUN 926 13467 09 11223

JUL 103325 13467 09 12523

AGO 4905 13467 09 5945

SET 96975 13467 09 11754

OUT 13605 13467 09 1649

NOV 15415 13467 09 18683

DEZ 208925 13467 09 25322 TOTAL ANUAL 202248

Fonte O autor do presente trabalho

Foram utilizadas as meacutedias de precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de 2007 a

2015 e observa-se que o mecircs de agosto com menor iacutendice de precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica para a seacuterie histoacuterica

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados todos os banheiros existentes no

preacutedio estudado verificando vazamentos tipos de torneira vasos sanitaacuterios e

mictoacuterios e foram identificadas torneiras temporizadas nos lavatoacuterios e mictoacuterios que

apresentavam tempo excessivo para fechamento as mesmas foram reguladas pela

equipe de manutenccedilatildeo e instalados redutores de vazatildeo Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua que poderiam ser substituiacutedas por

agua natildeo potaacutevel

88

Definiccedilatildeo da populaccedilatildeo do preacutedio estudado

Para definiccedilatildeo da demanda do preacutedio estudado se fez necessaacuterio determinar a

populaccedilatildeo que utiliza o bloco E objeto do estudo de caso quantificando a meacutedia diaacuteria

de docentes teacutecnicos administrativos discente e tercerizados conforme quadro 11

Quadro 11 - Populaccedilao

POPULACcedilAtildeO BLOCO E

POPULACcedilAtildeO DIAS DA SEMANA

TOTAL SEG TERCcedilA QUARTA QUINTA SEXTA

Professores 75 75 75 75 75 375

Teacutecnicos Administrativo 135 135 135 135 135 675

Alunos 1150 1150 1150 1150 1150 5750

Visitantes da Biblioteca 80 80 80 80 80 400

Terceirizados 10 10 10 10 10 50

TOTAL 1450 1450 1450 1450 1450

Fonte O autor do presente trabalho

Com a determinaccedilatildeo da meacutedia de utilizaccedilatildeo da populaccedilatildeo foi verificado na

literatura as demanda encontradas por diversos autores

Segundo Gonccedilalves (2002 ) apud Silva (2004) edifiacutecios puacuteblicos e escolas tipo

externato possuem demanda diaacuteria na ordem de 50lpessoa dia

Kamers (2004) em seu estudo de 10 edifiacutecios puacuteblicos na cidade de

Florianoacutepolis encontrou demanda de 367 lpessoa dia

Marinoski (2008) obteve demanda de 155 lpessoa dia para fins natildeo potaacuteveis

em uma instituiccedilatildeo de niacutevel superior na cidade de Florianopolis-SC

Salla et al(2013)encontrou demanda de 20 a 30 laluno dia em um bloco de

salas de aula da UFU

Em funccedilatildeo das variaccedilotildees apresentadas na literatura e pelo preacutedio objeto do

estudo natildeo apresentar micromediccedilatildeo ou seja a entrada da concessionaacuteria CEDAE

atende diversas edificaccedilotildees na instituiccedilatildeo adotou-se questionaacuterio de forma a

quantificar a demanda dos equipamentos sanitaacuterios possiacuteveis de acordo com a

legislaccedilatildeo de utilizaccedilatildeo de aguas pluviais

43 Anaacutelise dos Resultados das entrevistas realizadas

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

89

CEFET-RJ questionaacuterios que se encontram no apecircndice A B e C com a finalidade de

descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho de forma a quantificar o consumo de

agua potaacutevel nos equipamentos

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com

utilizaccedilatildeo da foacutermula de caacutelculo amostral Chegou-se a uma amostra de 304 Foram

distribuiacutedos 400 questionaacuterios dos quais retornaram 320 o que gerou os graacuteficos

abaixo para determinaccedilatildeo do numero de vezes e tempo de uso dos equipamentos

sanitaacuterios

Caacutelculo de utilizaccedilatildeo da bacia sanitaacuteria

Foi considerado a utilizaccedilatildeo por cinco dias semanais no caso adotado 20 dias

uteis e utilizada a vazatildeo de 170 litros segundo no caso das bacias sanitaacuterias e 015

litrossegundo para mictoacuterios segundo a NBR 56261998

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

Onde

C Meacutedio = consumo meacutedio

Fi = nuacutemero de vezes de utilizaccedilatildeo

Ti = tempo em segundos por acionamento

Q = vazatildeo de acordo com a norma

90

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Populaccedilatildeo diaacuteria 1450

Nuacutemero de acionamentos descarga bacia sanitaacuteria

1 vez 16 1450 usuaacuterios 1 vez = 232 vezes

2 vezes 16 1450 usuaacuterios 2 vezes = 464 vezes

3 vezes 30 1450 usuaacuterios 3 vezes = 1305 vezes

4 vezes 14 1450 usuaacuterios 4 vezes = 802 vezes

5 vezes 5 1450 usuaacuterios 5 vezes = 362 vezes

6 vezes 4 1450 usuaacuterios 6 vezes = 348 vezes

7 vezes 5 1450 usuaacuterios 7 vezes = 507 vezes

Total de acionamentos 4031

91

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de bacia sanitaacuteriadia

1 seg 5 4031 1 17 = 342

2 seg 12 4031 2 17 = 822

3 seg 13 4031 3 17 = 890

4 seg 12 4301 4 17 = 822

5 seg 22 4031 5 17 = 150

6 seg 11 4031 6 17 = 753

7 seg 4 4031 7 17 = 274

8 seg 8 4031 8 17 = 548

9 seg 5 4031 9 17 = 342

10 seg 3 4031 10 17 = 205

Logo o consumo meacutedio das bacias sanitaacuterias foi de 6510dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 130200Lmecircs ou 1302m3

92

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Nuacutemero de acionamentos de descarga mictoacuterio

1 vez 14 870 usuaacuterios 1 vez = 121

2 vezes 10 870 usuaacuterios 2 vezes = 174

3 vezes 21 870 usuaacuterios 3 vezes = 548

4 vezes 26 870 usuaacuterios 4 vezes = 904

5 vezes 12 870 usuaacuterios 5 vezes = 522

6 vezes 2 870 usuaacuterios 6 vezes = 174

7 vezes 2 870 usuaacuterios 7 vezes = 121

8 vezes 3 870 usuaacuterios 8 vezes = 208

Total de acionamentos 2772

93

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de mictoacuteriodia

1 seg 5 2772 1 015 = 20

2 seg 12 2772 2 015 = 99

3 seg 13 2772 3 015 = 162

4 seg 12 2772 4 015 = 99

5 seg 22 2772 5 015 = 457

6 seg 11 2772 6 015 = 274

7 seg 4 2772 7 015 = 116

8 seg 8 2772 8 015 = 260

9 seg 9 2772 9 015 = 187

10 seg 3 2772 10 015 = 124

Logo o consumo meacutedio de mictoacuteriodia foi de 1804dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 36080mecircs ou 3608m3

Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

As informaccedilotildees foram prestadas pelos responsaacuteveis pela limpeza interna e

externa atraveacutes dos questionaacuterios aplicados

Consumo Atividade de limpeza=Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega

de jardim

Consumo de atividades de limpeza = 1104 m3 mensal

94

Consumo per capta de uso natildeo potaacutevel 86821450 = 598 litrosdia

Dimensionamento do reservatoacuterio de aguas pluviais

Segundo a Norma Brasileira NBR 155272007 satildeo apresentados 6 meacutetodos

de dimensionamento de reservatoacuterios cabendo ao projetista a escolha do meacutetodo

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo onde o volume do

reservatoacuterio seraacute o menor valor entre 6 do volume de captaccedilatildeo de agua pluvial anual

e 6 da demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Vx006

V adotado = miacutenimo Dx006

Onde

V adotado= volume do reservatoacuterio

V= volume aproveitaacutevel anual de agua de chuva

D= demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Demanda anual por agua natildeo potaacutevel

Limpeza 1104 m3mecircs x 12= 13248 m3

Vaso sanitaacuterio 1302 m3mecircs x 12 = 156240m3

Mictoacuterio 3608m3mesx12 = 43296 m3

Total 17732 m3mecircs 12= 212784 m3

Volume aproveitaacutevel de aguas pluviais = 202248 m3

V adotado= V x006 = (202248x006) = 12134m3

V adotado= D x006= (212784x006) = 12767m3

Tendo em vista os resultados apresentados adotou-se um reservatoacuterio inferior

com capacidade de 120000 litros em concreto armado conforme projeto no apecircndice

D tendo como base a Planta Baixa apresentado na figura 17 E de acordo com a

demanda diaacuteria foi definido reservatoacuterio superior em polietileno com capacidade de

5000 litros

95

Figura 17 - Planta baixa

FonteO autor do presente trabalho

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria

Fonte Adaptada pelo autor do presente trabalho do Sistema Orccedila fascio

96

Item Coacutedigo Banco Descriccedilatildeo Tipo Und Quant Valor

Unit

Valor Unit

com BDI

Total

1 Movimento de Terra 190190

11 72917 SINAPI

ESCAVACAO MECANICA DE VALA EM MATERIAL 2A

CATEGORIA DE 201 ATE 400 M DE PROFUNDIDADE COM

UTILIZACAO DE ESCAVADEIRA HIDRAULICA

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 13000 1198 1463 190190

2 Remoccedilotildees 862616

21 72897 SINAPICARGA MANUAL DE ENTULHO EM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 23800 2346 2864 681632

22 72900 SINAPI

TRANSPORTE DE ENTULHO COM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3 RODOVIA PAVIMENTADA DMT 05 A

10 KM

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 16800 535 653 109704

23 93377 SINAPI

REATERRO MECANIZADO DE VALA COM

RETROESCAVADEIRA (CAPACIDADE DA CACcedilAMBA DA

RETRO 026 Msup3 POTEcircNCIA 88 HP) LARGURA DE 08 A

15 M PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M COM SOLO (SEM

SUBSTITUICcedilAtildeO) DE 1ordf CATEGORIA EM LOCAIS COM ALTO

NIacuteVEL DE INTERFEREcircNCIA AF_042016

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 7200 811 990 71280

3 Estrutura 6177729

31 95241 SINAPI

LASTRO DE CONCRETO E = 5 CM PREPARO

MECAcircNICO INCLUSOS LANCcedilAMENTO E ADENSAMENTO

AF_07_2016

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 5000 2404 2935 146750

32 5970 SINAPIFORMA TABUA PARA CONCRETO EM FUNDACAO C

REAPROVEITAMENTO 2X

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 22000 6684 8161 1795420

33 94052 SINAPI

ESCORAMENTO DE VALA TIPO DESCONTIacuteNUO COM

PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M LARGURA MAIOR OU

IGUAL A 15 M E MENOR QUE 25 M EM LOCAL COM NIacuteVEL

ALTO DE INTERFEREcircNCIA AF_062016

ESCO -

ESCORAMENTOmsup2 7000 3602 4398 307860

34 83515 SINAPI

ESCORAMENTO FORMAS DE H=330 A 350 M COM

MADEIRA 3A QUALIDADE NAO APARELHADA

APROVEITAMENTO TABUAS 3X E PRUMOS 4X

ESCO -

ESCORAMENTOmsup3 12000 1500 1832 219840

35 90861 SINAPI

CONCRETAGEM DE EDIFICACcedilOtildeES (PAREDES E LAJES)

FEITAS COM SISTEMA DE FOcircRMAS MANUSEAacuteVEIS COM

CONCRETO USINADO BOMBEAacuteVEL FCK 20 MPA

LANCcedilADO COM BOMBA LANCcedilA - LANCcedilAMENTO

ADENSAMENTO E ACABAMENTO AF_062015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup3 3050 40775 49786 1518473

36 92921 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 125 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 15300 779 951 145503

37 92919 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 100 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 2800 976 1192 33376

38 92917 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 80 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 68700 1217 1486 1020882

39 92916 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 63 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 60900 1331 1625 989625

Descriccedilatildeo do Orccedilamento Bancos Utilizados BDI Encargos Sociais

CONSTRUCcedilAtildeO DE CISTERNA SINAPI - 072017 - RJ

ORSE - 062017 - SE

SEDOP - 042017 - PA

SEINFRA - 024 - CE

SICRO2 - 112016 - RJ

SETOP - 072017 - MG

IOPES - 052017 - ES

SIURB - 012017 - SP

SUDECAP - 032017 - MG

FDE - 042017 - SP

CPOS - 072017 - SP

AGETOP CIVIL - 102016 -

GO

CAEMA - 052016 - MA

2210 00 - Natildeo Desonerada

Total Geral R$ 7230535

Planilha Orccedilamentaacuteria Sinteacutetica

Total sem

BDI

R$ 5921991

Total do BDI R$ 1308544

97

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio

Fonte O autor do presente trabalho

ANAacuteLISE DE SIMULACcedilAtildeO DO RESERVATOacuteRIO

Coeficiente de runoff (CR) = 09

Volume do reservatoacuterio (msup3) = 120

Meses Chuva meacutedia mensal

Demanda mensal

Aacuterea de captaccedilatildeo

Volume de chuva

mensal

Volume do reservatoacuterio

fixado

Volume do reservatoacuterio

no tempo (t-1)

Volume do reservatoacuterio no tempo (t)

Overflow Suprimento de aacutegua externo

(mm) (msup3) (msup2) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3)

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7 Coluna 8 Coluna 9 Coluna 10

Janeiro 19378 17732 13467 235 120 0 120 0 0

Fevereiro 9093 17732 13467 110 120 120 5268 0 0

Marccedilo 19098 17732 13467 231 120 5268 10636 0 0

Abril 2336 17732 13467 283 120 10636 120 9204 0

Maio 11833 17732 13467 143 120 120 8568 0 0

Junho 926 17732 13467 112 120 8568 2036 0 0

Julho 10332 17732 13467 125 120 2036 -3196 0 3196

Agosto 4905 17732 13467 59 120 0 -11832 0 11832

Setembro 9698 17732 13467 118 120 0 -5932 0 5932

Outubro 13605 17732 13467 165 120 0 -1232 0 1232

Novembro 15415 17732 13467 187 120 0 968 0 0

Dezembro 20893 17732 13467 253 120 968 8536 0 0

Total 16687 212784 2021 9204 22192

98

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo na conta como pode ser

observado no apendice E pois satildeo realizadosdiversas atividades como lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de feacuterias

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha

Fonte O autor do presente trabalho 2017

Foi realizada analise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio com base na capacidade

encontrada atraveacutes do metodo praacutetico alematildeo 12000 m3 onde pode-se observar

overflow (transbordamento) de 9204 m3 para o mecircs de abril e necessidade de

suprimento de agua externo da concessionaria CEDAE para os meses julho a outubro

perfazendo um total 22192m3 Tendo em vista um uacutenico mecircs de transbordamento e

4 meses de necessidade de abastecimento externo verificou-se que o aumento do

reservatoacuterio para evitar o transbordamento poderia inviabilizar o projeto com o

aumento do custo de construccedilatildeo e o reservatorio ficaria ocioso tendo em vista a

precipitaccedilatildeo pluviometrica insuficiente para o atendimento pleno da demanda nos

meses de julho a outubro

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo significativa no consumo

como pode ser observado no apecircndice E pois satildeo realizados lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de ferias

Coluna 1 = Meses

Coluna 2 = Intensidade pluviomeacutetrica mensal

Coluna 3 = Demanda mensal de aacutegua pluvial da edificaccedilatildeo

Coluna 4 = Aacuterea de captaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Coluna 5 = (Coluna 2) x (Coluna 4) x (Coeficiente de runoff) (100)

Coluna 6 = Corresponde ao volume definido para o reservatoacuterio

Coluna 7 = Se (Coluna 8 mecircs anterior) for menor que zero adotar zero

Se (Coluna 8 mecircs anterior) for maior ou igual a zero adotar o valor

Valor de janeiro igual a zero

Coluna 8 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for maior que (Coluna 6) adotar o valor da (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3)

Valor de janeiro igual o volume do reservatoacuterio

Coluna 9 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for maior que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna3) - (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar zero

Coluna 10 = Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for menor que zero adotar -((Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3))

Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for igual ou maior que zero adotar zero

Descriccedilatildeo da planilha

99

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior

A localizaccedilatildeo para construccedilatildeo do reservatoacuterio de aguas pluviais foi realizada

com base no menor nuacutemero de intervenccedilotildees uma vez que as caixas de inspeccedilotildees jaacute

se encontram instaladas e houve apenas a interceptaccedilatildeo para o reservatoacuterio e desvio

de interligaccedilatildeo a rede publica para recebimento do excedente e material dispensado

pelo filtro e ou sifatildeo ladratildeo

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais

Elaborado pelo autor deste trabalho com base equipamentos 3p tecnickacquasave

100

Equipamentos utilizados com suas funccedilotildees e caracteriacutesticas

Filtro FV 6 Filtro de aacutegua da chuva para aacutereas de captaccedilatildeo maiores Precisa

ser instalado dentro um poccedilo teacutecnico (Oslash 1200 mm) Graccedilas a seu sistema duplo de

limpeza (peneira grossa depois fina) ele possui uma significativa eficaacutecia em funccedilatildeo

da forte inclinaccedilatildeo do miolo filtrante a sujeira separada eacute continuamente encaminhada

para a galeria pluvial A saiacuteda para a galeria eacute conectada ao poccedilo teacutecnico

A sujeira cai no fundo do poccedilo e eacute carregada quando chove mais forte

Capacidade relativa de processamento conforme norma DIN 1986 de ateacute 2433 msup2

com uma precipitaccedilatildeo de 300 litros (seg x ha)Conexatildeo Entrada 2 x DN 250 Conexatildeo

p cisterna DN 200 Saiacuteda para a galeria DN 250 Desniacutevel da entrada para a saiacuteda da

aacutegua 320 mm Frequecircncia de manutenccedilatildeo conforme a incidecircncia de sujeira 2 a 4

vezes ao ano Trama da tela 0390 x 0980 mm Peacutes hastes roscadas com porcas de

accedilo inox medindo 250 mm Peso 395 kg

Conjunto mangueira boia 1rdquo por estar flutuando proporciona a captaccedilatildeo da

aacutegua no ponto do reservatoacuterio em que estaacute mais limpa evitando a captaccedilatildeo de

resiacuteduos decantados no fundo da cisterna ou em suspensatildeo na superfiacutecie da aacutegua

Possui uma segunda peneira em sua extremidade garantindo assim que nenhum

resiacuteduo existente possa ser sugado e enviado para o reservatoacuterio superior Diacircmetro

da boia 200 mm Comprimento 25 metros Conexatildeo 1 Peso 32 kg

Realimentador 1-12 - Industrial O realimentador tem por finalidade manter o

abastecimento de aacutegua do sistema pluvial quando natildeo houver aacutegua de chuva Uma

vaacutelvula solenoide unidirecional comandada por uma boia de niacutevel libera a entrada de

aacutegua da rede para que o sistema natildeo entre em colapso A boia de niacutevel deve ser

regulada de modo a liberar a entrada de aacutegua somente num niacutevel baixo da cisterna

natildeo interferindo no funcionamento regular do sistema de aacutegua de chuva ou seja sua

regulagem deve ser ajustada para funcionamento somente quando a caixa ou a

cisterna estiver em niacuteveis baixos quando a bomba que recalca a aacutegua de chuva natildeo

eacute mais acionada

Sifatildeo ladratildeo industrial 200 mm Sifatildeo com barreira contra odores e succcedilatildeo da

aacutegua na superfiacutecie sem invasatildeo de roedores que satildeo barrados pela chapa perfurada

de accedilo inox Para a qualidade constante da aacutegua eacute importante que a cisterna

transborde regularmente o sifatildeo ind DN 200 eacute conectado por um tubo plaacutestico de 200

101

mmconexatildeo 200 mmmaterial polietilenobarreira antirroedores accedilo inox dimensotildees

375 x 659 x 765 mm Peso 75 kg

Freio Drsquoaacutegua Industrial 200 mm O produto serve para frear e inverter o fluxo da

aacutegua que entra na cisterna Partiacuteculas finas de sujeira que ficaram retidas na aacutegua

lentamente descem para o fundo e uma camada de sedimentos se cria que exerce

uma influecircncia positiva sobre a aacutegua de chuva armazenada Cisternas com uma

camada de sedimentos apresentam uma aacutegua mais liacutempida

Clorador acquanova com funcionamento em circuito fechado com proteccedilatildeo

contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo interno 320 pastilhas variando de 0640 kg

com vazatildeo de operaccedilatildeo lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Conjunto de 02 bombas centrifugas monoestaacutegio BC 91- rotor fechado em

atendimento a altura manomeacutetrica total de 20 metros e vazatildeo de 53 m3h compatiacutevel

com o reservatoacuterio superior de 5000 litros

Tratamento quiacutemico mensal da agua pluvial

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR 152227

recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgl e 30 mgl em qualquer

ponto do sistema de abastecimento neste estudo de caso foi previsto dosador de

cloro em pastilhas que apresenta consumo de 9 gramasm3 com estimativa de

consumo mensal de de 1742 gramasmecircs para a quantidade de agua a ser recalcada

de 8800 litros dia sendo os ajustes de vazatildeo a serem realizados atraveacutes da equipe

de manutenccedilatildeo de forma manual atraveacutes dos ajustes de registros que seratildeo

realizados em funccedilatildeo dos valores aferidos pelo kit de dosagem de cloro residual e

comparados a norma citada

Avaliaccedilatildeo do percentual de economia de agua potaacutevel nas atividades de

limpeza jardinagem bacias sanitaacuterias e mictoacuterios

Potencial de captaccedilatildeo de agua de chuva + potencial de produccedilatildeo de agua por

condensaccedilatildeo das unidades evaporadores- overflow= total de aguas utilizaveis em

usos menos nobres

202248m3 + 19200m3 - 9204 m3 = 212244 m3 total utilizavel

Demanda anual para uso natildeo potavel = 212784 m3

Percentual de economia de agua potavel = 9974

Os valores abaixo apresentam o custo por m3 do preccedilo cobrado pela

concessionaria CEDAE para o consumo de agua da rede publica

102

Custo de agua por faixa de consumo categoria publica

Consumo m3 valor

0 a 15 51036364

gt 15 11289924

Beneficio mensal com reduccedilatildeo de custo na conta de agua

A instituiccedilatildeo em estudo estaacute ligada agrave rede puacutebica de coleta de

esgoto portanto o custo de aacutegua tratada foi acrescido com o custo de

coleta de esgoto O custo de coleta de esgoto e idecircntico ao custo da agua

potaacutevel conforme pode ser observado no apecircndice F

total utilizavel ano12= 212234 m3 12 = 17686 m3

17686x 11289924 x 2= R$ 399347 mensal

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais

Equipamentos Quant Custo Vida Uacutetil

Reservatoacuterio Inferior 120000L Reservatoacuterio Superior 5000L Filtro Aquasave VF6 250mm Conjunto Flutuante de succcedilatildeo (Mangueira e boia) Realimentador 1 12rsquorsquo Sifatildeo ladratildeo 200mm Freio drsquoaacutegua 200mm Automaacuteticos superior e inferior Moto Bomba 1 cv Conexotildees pvc fios e disjuntores referente as instalaccedilotildees das bombas e prumadas de abastecimento (custo estimado 5) Clorador

01

01

Cj

02

02

Cj

01

R$ 7230535 R$ 179000 R$ 1414958 R$ 4800 R$ 198200 R$ 456324 R$ 99000

ge 50 anos 5 anos 10 anos 1 ano 2 anos 20 a 25 2 anos

Total R$ 9582817

Os custos de implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial para

posterior anaacutelise de viabilidade econocircmica Estes custos satildeo relativos aos gastos para

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior aquisiccedilatildeo de materiais equipamentos

Dentre os custos apresentados foi considerado somente matildeo de obra na

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior conforme pode ser observado na planilha

orccedilamentaria sinteacutetica na instalaccedilatildeo dos demais equipamentos e manutenccedilatildeo foi

103

considerada matildeo de obra da proacutepria da instituiccedilatildeo uma vez que a mesma conta com

equipe de manutenccedilatildeo hidraacuteulica e eleacutetrica bem como natildeo foi considerado custo de

energia eleacutetrica pois a altura de recalque e semelhante a da agua tratada

consequentemente natildeo implicando em acreacutescimos a conta de energia

Anaacutelise econocircmica

A anaacutelise econocircmica procura determinar as possibilidades de sucesso em

funccedilatildeo do tempo de retorno do investimento econocircmico e financeiro quanto maior o

payback maior o tempo necessaacuterio para que o investimento retorne e maiores os

riscos envolvidos

Tempo de retorno do investimento

Com base nos dados das estimativas de custos de implantaccedilatildeo foi possiacutevel

estimar o tempo de retorno do investimento inicial

Subtraindo a economia mensal acumulada resultante da implantaccedilatildeo do

sistema de aproveitamento de aacutegua da chuva dos custos de implantaccedilatildeo obteve-se

o balanccedilo financeiro mensal

De acordo com o balanccedilo financeiro em 24 meses corridos o total economizado

iraacute se equipara ao total investido utilizando do Payback Simples pode ser observado

para o Payback descontado um retorno em 28 meses considerando uma taxa mensal

de 1 que na atualidade eacute utilizada para remuneraccedilatildeo de fundos de renda fixa

104

Tabela 5 - Payback simples

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Meses Investimento Fluxo de caixa Retorno Acumulado

0 9582817R$

1 399347R$ 41673 41673

2 399347R$ 41673 83346

3 399347R$ 41673 125020

4 399347R$ 41673 166693

5 399347R$ 41673 208366

6 399347R$ 41673 250039

7 399347R$ 41673 291713

8 399347R$ 41673 333386

9 399347R$ 41673 375059

10 399347R$ 41673 416732

11 399347R$ 41673 458406

12 399347R$ 41673 500079

13 399347R$ 41673 541752

14 399347R$ 41673 583425

15 399347R$ 41673 625099

16 399347R$ 41673 666772

17 399347R$ 41673 708445

18 399347R$ 41673 750118

19 399347R$ 41673 791791

20 399347R$ 41673 833465

21 399347R$ 41673 875138

22 399347R$ 41673 916811

23 399347R$ 41673 958484

24 399347R$ 41673 1000158

Payback Simples

105

Tabela 6 - Payback descontado

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Tx Fundo Renda Fixa 1

Meses Investimento Fluxo de caixa VP VP VP ACUMULADO

0 9582817R$

1 399347R$ 395393R$ 41261 41261

2 399347R$ 391478R$ 40852 82113

3 399347R$ 387602R$ 40448 122560

4 399347R$ 383765R$ 40047 162608

5 399347R$ 379965R$ 39651 202258

6 399347R$ 376203R$ 39258 241516

7 399347R$ 372478R$ 38869 280386

8 399347R$ 368790R$ 38485 318870

9 399347R$ 365139R$ 38103 356974

10 399347R$ 361524R$ 37726 394700

11 399347R$ 357944R$ 37353 432053

12 399347R$ 354400R$ 36983 469036

13 399347R$ 350891R$ 36617 505652

14 399347R$ 347417R$ 36254 541906

15 399347R$ 343977R$ 35895 577802

16 399347R$ 340572R$ 35540 613341

17 399347R$ 337200R$ 35188 648529

18 399347R$ 333861R$ 34840 683369

19 399347R$ 330555R$ 34495 717864

20 399347R$ 327283R$ 34153 752017

21 399347R$ 324042R$ 33815 785832

22 399347R$ 320834R$ 33480 819312

23 399347R$ 317657R$ 33149 852460

24 399347R$ 314512R$ 32820 885281

25 399347R$ 311398R$ 32495 917776

26 399347R$ 308315R$ 32174 949950

27 399347R$ 305262R$ 31855 981805

28 399347R$ 302240R$ 31540 1013345

Payback Descontado

106

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na metodologia adotada conclui-se que a utilizaccedilatildeo de aguas pluviais para fins

natildeo potaacuteveis atraveacutes da captaccedilatildeo da cobertura do bloco E e de aguas residuais

provenientes de condensadores de aparelhos de ar condicionado gerou uma

economia mensal R$ 399347 mecircs (Trecircs mil novecentos e noventa e trecircs reais e

quarenta e sete centavos) de reduccedilatildeo na conta de aacutegua

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos custos referentes a implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais foi realizado o Payback Simples e descontado com

utilizaccedilatildeo da taxa de 1 am obtendo-se periacuteodo de retorno do investimento de 24

meses e 28 meses respectivamente periacuteodo relativamente curto e no desenvolvimento

do presente trabalho ficou comprovada a viabilidade teacutecnica e econocircmica

Foi verificado no desenvolvimento do presente projeto que as teacutecnicas para

aproveitamento de aguas pluviais podem ser associadas ao aproveitamento de aguas

cinzas e possiacuteveis de serem adotadas pela populaccedilatildeo de modo geral atraveacutes de

poliacuteticas puacuteblicas reduzindo-se os custos dos equipamentos necessaacuterios de forma a

incentivar o uso

A adoccedilatildeo de tecnologias de reaproveitamento ou reuso ao serem utilizadas em

instituiccedilotildees de ensino servem como exemplo de postura ambientalmente correta para

os problemas de ocupaccedilatildeo e impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos centros

urbanos aleacutem de estimular a educaccedilatildeo ambiental e os conceitos de sustentabilidade

criando multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo do meio ambiente

A pesquisa bibliograacutefica na parte que trata do histoacuterico de reuso demonstrou

que o aproveitamento de aguas pluviais era utilizado por civilizaccedilotildees anteriores a

nossa era e que diversos paiacuteses do mundo na atualidade continuam a utilizar e

incentivar a populaccedilatildeo atraveacutes de poliacuteticas puacuteblicas

Dentre os custos referentes a implantaccedilatildeo do SAAP pode ser observado que o

reservatoacuterio inferior apresenta maior investimento cabendo ao projetista avaliar

atraveacutes de anaacutelise de simulaccedilatildeo o volume de transbordamento e volume de

suprimento externo de agua de forma a otimizar a utilizaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica da regiatildeo sem contudo inviabilizar o projeto financeiramente atraveacutes

do superdimensionamento do reservatoacuterio

Finalmente em caso de utilizaccedilatildeo do SAAP como alternativa a rede de

abastecimento da concessionaria cabe ao gestor a orientaccedilatildeo aos usuaacuterios bem

107

como a identificaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e pontos de uso por meio de pintura na cor roxa

das tubulaccedilotildees e placas indicativas nos pontos de uso

51 Propostas para trabalhos futuros

Apoacutes a conclusatildeo do presente trabalho seguem as sugestotildees para trabalhos

futuros abaixo relacionados

Realizar estudos referentes aos diversos meacutetodos de dimensionamento de

reservatoacuterio citados segundo a Norma Brasileira NBR 155272007ABNT e avaliar o

meacutetodo que apresenta melhor desempenho em funccedilatildeo do iacutendice de precipitaccedilatildeo do

Estado do Rio de Janeiro

Elaborar estudos para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas residuais que

satildeo produzidas pelas unidades evaporadoras de ar condicionado com ensaios em

todas as estaccedilotildees do ano de forma a verificar a variaccedilatildeo de produccedilatildeo de condensaccedilatildeo

em diversas condiccedilotildees climaacuteticas externas

Produzir estudos de aproveitamento de aacuteguas pluviais verificando todas as

coberturas existentes na instituiccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzas

Realizar analise da qualidade da aacutegua pluvial e estudo de possiacuteveis

tratamentos para utilizaccedilatildeo como agua potaacutevel com verificaccedilatildeo de viabilidade

financeira

108

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121

APEcircNDICE A

Questionaacuterio 1

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bloco E

( ) Alunos ( ) Servidores ( ) Professores ( ) Teacutecnico Administrativo

Gecircnero ( ) Masculino ( ) Feminino

1) Nuacutemero de vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza a descarga do vaso sanitaacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

2) Estime um tempo em segundos de cada vez que vocecirc pressiona a descarga sanitaacuteria

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg ( ) 12 seg

3) Nuacutemero em vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza o mictoacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

4) Estime um tempo em segundos que vocecirc pressiona a descarga dos mictoacuterios

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg

122

APEcircNDICE B

Questionaacuterio 2

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E

Encarregado de limpeza Interna

1) Nuacutemero de vezes por semana que as circulaccedilotildees e escadas dos pavimentos satildeo

lavados

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que o paacutetio do teacuterreo eacute lavado

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

3) Tempo de duraccedilatildeo que a torneira fica aberta

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

4) Nuacutemero de baldes (considerar balde com capacidade de 10 Lt) necessaacuterios a limpeza

das circulaccedilotildees por pavimento utilizando apenas pano molhado

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

5) Nuacutemero de vezes por semana que eacute passado pano molhado nas circulaccedilotildees dos

pavimentos

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

123

APEcircNDICE C

Questionaacuterio 3

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E e Academia

Encarregado de limpeza Externa

1) Nuacutemero de vezes por mecircs que as vidraccedilas satildeo lavadas

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que eacute realizada a rega do jardim

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes ( ) 6 vezes

3) Tempo estimado da utilizaccedilatildeo da torneira para rega do jardim

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

( ) 75 minutos

124

APEcircNDICE D

125

126

127

128

APEcircNDICE E

Consumo de agua potaacutevel

CONSUMO 2014 A 2016

Mecircs

2014 2015 2016

Meacutedia Total

Vol Faturado

(msup3)

nordm dias

m3dia Vol

faturado (msup3)

nordm dias

m3dia Vol

Faturado (msup3)

nordm dias

m3dia

JAN 173100 29 5969 168000 30 5600 234100 32 7316 6295

FEV 182300 30 6077 181600 2900 6262 192900 34 5674 6004

MAR 131600 29 4538 212000 3100 6839 305500 28 10911 7429

ABR 221100 34 6503 264600 2900 9124 323100 29 11141 8923

MAI 196400 31 6335 253100 3300 7670 251800 31 8123 7376

JUN 168900 34 4968 210900 2800 7532 242200 29 8352 6951

JUL 200100 30 6670 213000 3400 6265 188700 28 6739 6558

AGO 190700 31 6152 220100 2800 7861 223100 29 7693 7235

SET 254300 28 9082 183200 3300 5552 178300 33 5403 6679

OUT 226700 31 7313 322500 2800 11518 197200 29 6800 8544

NOV 250600 32 7831 242200 2900 8352 254700 31 8216 8133

DEZ 284300 30 9477 286600 3100 9245 290400 31 9368 9363

Fonte contas CEDAE

129

APEcircNDICE F

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA … · 2019. 7. 30. · 1 universidade federal fluminense escola de engenharia departamento de engenharia de produÇÃo laboratÓrio

2

CefetRJ ndash Sistema de Bibliotecas campus Petroacutepolis

Elaborada por Luciana de Souza Castro CRB74812

S676 Soares Mario dos Santos

Uma metodologia para anaacutelise de viabilidade de um sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais de unidades evaporadorasMario dos Santos Soares ndash Niteroacutei RJ 2017

135f il grafs tabs

Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Sistemas de Gestatildeo) ndash Universidade Federal Fluminense Escola de Engenharia Departamento de Engenharia de Produccedilatildeo Laboratoacuterio de Tecnologia Gestatildeo de Negoacutecios e Meio Ambiente 2017 Orientador Luis Perez Zotes

1 Aacuteguas ndash Reuso 2 Aacuteguas residuais 3 Aacuteguas pluviais 4

Desenvolvimento Sustentaacutevel I Tiacutetulo

CDD 3637284

3

4

AGRADECIMENTOS

A elaboraccedilatildeo da presente dissertaccedilatildeo natildeo teria sido possiacutevel sem o apoio de diversas

pessoas Gostaria de manifestar minha gratidatildeo a todos agravequeles que direta ou

indiretamente contribuiacuteram para a conclusatildeo desta tarefa A todos manifesto meus

sinceros agradecimentos

Ao Professor orientador Luiz Peacuteres Zotes DSc pelas orientaccedilotildees incentivo e apoio

para a conclusatildeo do presente trabalho aqui quero manifestar meus agradecimentos

A todos os amigos de curso que de forma direta ou indireta contribuiacuteram incentivando

para a conclusatildeo do curso

Agradeccedilo a todos aqueles que se dispuseram a responder os questionaacuterios que foram

fundamentais para a determinaccedilatildeo da demanda por aacutegua natildeo potaacutevel Por isso muito

obrigado a todos

5

Pensamento

ldquoFaccedila o bem fale o bem pense o bem Perceba que

cada ser que encontramos eacute iluminado disfarccedilado a

nos mostrar o caminho Alguns nos mostram como natildeo

devemos ser outros como devemos serrdquo

Monja Coen

6

RESUMO

O aproveitamento de aacuteguas pluviais e o reaproveitamento de aacuteguas residuais demonstram que a minimizaccedilatildeo dos custos dos usuaacuterios com abastecimento de aacutegua eacute alcanccedilada e ainda gera valor agregado aos empreendimentos que optam por atender aos requisitos de sustentabilidade Esta atitude tem gerado o aumento da implantaccedilatildeo de sistemas de reutilizaccedilatildeo de aacutegua nos grandes centros urbanos O resultado econocircmico esperado na adoccedilatildeo dos sistemas de reaproveitamento de aacuteguas e utilizaccedilatildeo de aacutegua da chuva eacute influenciado pelo tipo de aplicaccedilatildeo ou seja em que ambiente esta medida seraacute adotada e que cuidados adicionais seratildeo necessaacuterios na concepccedilatildeo dos projetos Percebe-se com a pesquisa que o maior investimento para instalaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua da chuva estaacute relacionado ao reservatoacuterio que seraacute implantado e ao processo de instalaccedilatildeo o qual precisa ser analisado desde o seu dimensionamento e construccedilatildeo ateacute o atendimento aos padrotildees teacutecnicos e ambientais Esta dissertaccedilatildeo contempla o desenvolvimento de uma proposta metodoloacutegica para o estudo da viabilidade do aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais provenientes de evaporadoras de aparelhos de ar condicionado para uso natildeo potaacutevel A metodologia desenvolvida foi aplicada para validaccedilatildeo em uma instituiccedilatildeo de ensino com localizaccedilatildeo na cidade do Rio de Janeiro Na metodologia utilizada quantificaram-se as demandas de uso para bacias sanitaacuterias mictoacuterios limpeza e jardinagem Estimou-se o potencial de captaccedilatildeo de aacuteguas pluviais atraveacutes da cobertura de uma edificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e dimensionamento dos reservatoacuterios inferior e superior de acordo com a norma ABNT NBR 15527 A aplicaccedilatildeo permitiu verificar que atraveacutes de levantamento de dados equipamentos necessaacuterios e os custos para a implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais que acenaram para um investimento da ordem de R$9582817 (Noventa e cinco mil oitocentos e vinte e oito reais e dezessete centavos) O periacuteodo constatado para o retorno do investimento foi de 24 (vinte e quatro) meses para um payback simples e 28 (vinte e oito) meses para um payback descontado com utilizaccedilatildeo de taxa de 1 (um por cento) o que demonstrou um tempo de retorno do investimento curto comprovando a viabilidade econocircmica da implantaccedilatildeo do sistema sugerido por esta pesquisa Palavras-chave Aacuteguas pluviais Reservatoacuterio Reaproveitamento Custo Sustentabilidade

7

ABSTRACT The utilization of rainwater and the reuse of wastewater demonstrate that minimizing the costs of users with water supply is achieved and still generates added value to the projects that choose to meet sustainability requirements This attitude has led to an increase in the implementation of water reuse systems in large urban centers The expected economic result in the adoption of water reuse and rainwater utilization systems is influenced by the type of application that is in what environment this measure will be adopted and what additional care will be required in the design of the projects The research shows that the largest investment for the installation of the rainwater harvesting system is related to the reservoir to be implanted and to the installation process which needs to be analyzed from its design and construction to meeting the technical standards and environmental issues This dissertation contemplates the development of a methodological proposal for the study of the feasibility of the use of rainwater and wastewater coming from evaporators of air conditioners for non-potable use The methodology developed was applied for validation in an educational institution located in the city of Rio de Janeiro In the methodology used were quantified the demands of use for sanitary basins urinals cleaning and gardening The potential of rainwater harvesting was estimated by covering a building evaluating and designing the lower and upper reservoirs in accordance with ABNT NBR 15527 The application made it possible to verify that through data collection necessary equipment and the costs for the implantation of the system of use of rainwater that waved for an investment in the order of R $ 9582817 (Ninety-five thousand eight hundred and twenty-eight reais and seventeen cents) The payback period was 24 (twenty-four) months for a simple payback and 28 (twenty-eight) months for a discounted payback using a 1 (one percent) rate which time of return of the short investment proving the economic viability of the implementation of the system suggested by this research Key words Rainwater Reservoir Reuse Cost Sustainability

8

LISTA DE SIGLAS

ABES ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia sanitaacuteria e Ambiental

ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro)

ANA ndash Agecircncia Nacional de Aacuteguas

ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

BTUs - (British termal Units- Unidade Teacutermica Britacircnica)

CEDAE - Companhia Estadual de Aguas e Esgotos

CEFET RJ- Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca

CNRH - Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

CONFEA ndash Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

EEE ndash Estaccedilatildeo Elevatoacuteria de Esgotos

EIA ndash Estudo de Impacto ambiental

EPA ndash Enviromental Protection Agency

ETA ndash Estaccedilatildeo de Tratamento de Aacutegua

ETE ndash Estaccedilatildeo de Tratamento de Esgotos

FIESP - Federaccedilatildeo das Industrias do Estado de Satildeo Paulo

IBGE - Instituto Brasileiro de geografia e Estatiacutestica

LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

NBR ndash Norma Brasileira

RIMA ndash Relatoacuterio de Impacto Ambiental

PCA ndash Programa de Conservaccedilatildeo de Aacutegua

PNCDA ndash Programa Nacional de Combate ao Desperdiacutecio de Aacutegua

PNRH - Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

PURA ndash Programa de Uso Racional da Aacutegua

PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional ()

SABESP ndash Companhia de Saneamento Baacutesico do Estado de Satildeo Paulo

SAAP - Sistema de Aproveitamento de Aguas Pluviais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura

9

ONU ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

LEED - Leadership in Energy and Environmental

USGBC - US Green building Council

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social

SINAPI ndash Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Iacutendices da Construccedilatildeo Civil

CEF ndash Caixa Econocircmica Federal

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo 24

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014 26

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais 38

Figura 4 - Reservatoacuterios 39

Figura 5 - Reservatoacuterios 39

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural 41

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva 41

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua 46

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva 51

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra 65

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo 67

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora 70

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ 70

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs 80

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP 83

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E 84

Figura 17 - Planta baixa 95

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior 99

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais 99

11

GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria 90

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia 91

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio 92

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio 93

12

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro 35

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro 36

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo 52

Quadro 4- Fluxo do processo 62

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca 81

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores 82

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento 82

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E 84

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff 85

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua 87

Quadro 11 - Populaccedilao 88

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria 95

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio 97

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha 98

13

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis 52

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio 55

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica 85

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais 102

Tabela 5 - Payback simples 104

Tabela 6 - Payback descontado 105

14

SUMAacuteRIO

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO 16

11 - CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 16

12 - QUESTAtildeO PROBLEMA 21

13 ndash QUESTOtildeES DA PESQUISA 21

14 - OBJETIVO GERAL 22

15 - OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 22

16 ndash ESTRUTURA METODOLOacuteGICA 22

17 ndash DELIMITACcedilAtildeO DA PESQUISA 25

18 ndash JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 25

19 ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO ESTUDO 27

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA 28

21 A SUSTENTABILIDADE E AS QUESTOtildeES QUANTO A CONSERVACcedilAtildeO

REAPROVEITAMENTO E REDUCcedilAtildeO DO CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 28

211 EXEMPLOS RECENTES DE ATITUDE SUSTENTAacuteVEIS ADOTADAS NO BRASIL 29

212 MEDIDAS SUSTENTAacuteVEIS PARA CONSERVACcedilAtildeO REAPROVEITAMENTO DE AacuteGUA E REDUCcedilAtildeO DO

CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 30

22 HISTOacuteRICO DO REUSO DE AacuteGUAS 37

221 ASPECTOS HISTOacuteRICOS DA CAPTACcedilAtildeO DAS AacuteGUAS PLUVIAIS NO BRASIL 40

23 UTILIZACcedilOtildeES DA AacuteGUA COLETADA E O SEU CONSUMO 42

24 O REUSO DE AacuteGUAS 43

241- AacuteGUAS RESIDUAacuteRIAS 43

242 AacuteGUAS CINZENTAS 46

25 FORMAS DE REUSO DE AacuteGUAS 47

251 REUSO URBANO 47

252 REUSO INDUSTRIAL 48

253 REUSO AGRIacuteCOLA 48

254 REUSO NO MEIO AMBIENTE 48

26 A PRAacuteTICA DE RECARGA DE AQUIacuteFEROS 48

27 O ARMAZENAMENTO DE AGUAacuteS 49

28 LEGISLACcedilAtildeO SOBRE O USO DE AacuteGUAS 56

3 - METODOLOGIA 62

31 ESTRATEacuteGIA DA PESQUISA 63

32 UNIDADE DE ANAacuteLISE 68

33 JUSTIFICATIVA DA ESTRATEacuteGIA DE PESQUISA 68

34 PESQUISA EXPLORATOacuteRIA 68

35 LEVANTAMENTO 69

15

36 OBJETO DE ESTUDO 70

361 APARELHOS EXISTENTES 71

37 ENTREVISTAS COM OS USUAacuteRIOS 71

38 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA 72

381 O CAacuteLCULO DE CONSUMO MEacuteDIO DIAacuteRIO DE AacuteGUA PER CAPITA POR APARELHOS 72

O CAacuteLCULO FOI REALIZADO COM BASE NO SOMATOacuteRIO DA MULTIPLICACcedilAtildeO DA FREQUEcircNCIA E TEMPO DE USO

OBTIDO NAS ENTREVISTAS E VAZAtildeO DO APARELHO DIVIDIDO PELO NUacuteMERO DE PESSOAS ENTREVISTADAS

72

382 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA EM ATIVIDADES DE LIMPEZA E JARDINAGEM 73

383 AVALIACcedilAtildeO DO POTENCIAL DE ECONOMIA DE AacuteGUA POTAacuteVEL 73

384 PERCENTUAL DE AacuteGUA POTAacuteVEL QUE PODERIA SER SUBSTITUIacuteDO POR AacuteGUA PLUVIAL 73

39 RESERVATOacuteRIOS DE AacuteGUA PLUVIAL 74

310 ANAacuteLISE ECONOcircMICA 74

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA 75

41 HISTOacuteRICO DO CEFET-RJ 75

411 DEFINICcedilAtildeO DE INSTITUICcedilOtildeES DE ENSINO SUPERIOR 75

412 - PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL (PDI) 76

413 - O PDI DO CEFETRJ 78

414 - FILOSOFIA MISSAtildeO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS 78

42 SOBRE O POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AGUAS DE RESIDUAIS 80

43 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS DAS ENTREVISTAS REALIZADAS 88

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 106

51 PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 107

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAFICAS 108

16

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO

11 - Consideraccedilotildees Iniciais

A aacutegua jaacute foi considerada um recurso infinito mas atualmente a sua

disponibilidade eacute um dos grandes problemas do nosso planeta decorrente de

inuacutemeros fatores tais como o aquecimento global as alteraccedilotildees climaacuteticas o

crescimento populacional acentuado o consumo cada vez maior dos recursos

hiacutedricos o mau uso desta fonte de energia e sobretudo a falta de poliacuteticas puacuteblicas

que estimulem o uso sustentaacutevel da aacutegua

Neste contexto segundo Kibert (2008) a adoccedilatildeo de medidas ecologicamente

corretas eacute fundamental tais como teacutecnicas de conservaccedilatildeo controle do desperdiacutecio

reaproveitamento da aacutegua de chuva reciclagem de aacutegua e recuperaccedilatildeo dos solos

Diante da possibilidade de racionamento ou ateacute mesmo escassez da aacutegua doce

no mundo eacute necessaacuterio que a sociedade e as poliacuteticas puacuteblicas busquem novas

tecnologias e alternativas sustentaacuteveis para a reduccedilatildeo do consumo

Diniz (2013) afirma que vaacuterios paiacuteses encaram hoje o problema de escassez

da aacutegua em consequecircncia do crescimento desordenado da poluiccedilatildeo dos recursos

hiacutedricos do aumento populacional e industrial que geram um aumento na demanda

pela aacutegua provocando o esgotamento deste recurso

Inobstante a urbanizaccedilatildeo das cidades e as tecnologias de abastecimento

puacuteblico de aacutegua contribuiacuteram para a desativaccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento da

aacutegua de chuva Entretanto atualmente no contexto do paradigma da conservaccedilatildeo da

aacutegua as praacuteticas de aproveitamento da aacutegua de chuva estatildeo sendo incorporadas aos

sistemas de gestatildeo urbana dos recursos hiacutedricos de diversos paiacuteses Portanto natildeo

se trata de inserir um novo conceito de gestatildeo de recursos hiacutedricos apenas resgatar

os fundamentos deste e adaptaacute-lo agrave realidade atual (ALADENOLA ADEBOYE 2009)

A UNESCO emitiu no ano de 2005 a resoluccedilatildeo Ares58217 proclamando o

periacuteodo de 2005 a 2015 como sendo a Deacutecada Internacional para Accedilatildeo ldquoAacutegua Fonte

de vidardquo iniciando-se o dia mundial da aacutegua no dia 22 de Marccedilo de

2005(UNESCO2013d) A iniciativa teve como objetivo de alerta para a importacircncia

de melhor administrar as fontes de aacutegua em funccedilatildeo do aumento de consumo ou pelo

uso desequilibrado deste recurso indispensaacutevel agrave vida humana Com perspectivas

preocupantes a ONU apresenta a estimativa que se natildeo houver alteraccedilotildees nas

17

poliacuteticas em relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos 18 bilhatildeo de pessoas estaratildeo vivendo em

zonas de secas e dois terccedilos da humanidade estaratildeo sujeitos a alguma restriccedilatildeo no

acesso agrave aacutegua em 2025

Haacute diversos pontos no mundo em que a falta de aacutegua tem sido o principal motivo de ecircxodo de populaccedilotildees tal como acontece no Nordeste brasileiro Em termos globais o risco de crise hiacutedrica acontece pelo crescimento demograacutefico mudanccedilas climaacuteticas desperdiacutecio e contaminaccedilatildeo das fontes Afetando natildeo soacute a sauacutede humana mas o desenvolvimento soacutecio econocircmico das populaccedilotildees e o rumo das relaccedilotildees entre paiacuteses (UNESCO2013d)

Nesse caso Fawell amp Miller (1992) afirmam que a provisatildeo de uma aacutegua

potaacutevel ldquosegurardquo e ldquoesteticamente aceitaacutevelrdquo eacute assegurada em muitos paiacuteses por uma

seacuterie de padrotildees obrigatoacuterios ou largamente advertidos (domiacutenio puacuteblico)

Se na atualidade os paiacuteses continuam concentrados na prospecccedilatildeo e busca de

novas tecnologias para auto-suficiecircncia em petroacuteleo natildeo estaraacute longe o dia em que a

aacutegua seraacute reconhecida como o bem mais precioso a vida do ser humano

Segundo Craig e Dale (2008) a definiccedilatildeo mais adotada e mais citada da

sustentabilidade foi feita no Relatoacuterio de Brundland que definiu o conceito de

sustentabilidade da seguinte forma ldquoaquele que satisfaz as necessidades do presente

sem comprometer a capacidade das futuras geraccedilotildees satisfazerem suas proacuteprias

necessidadesrdquo (BRUNDTLAND 1988 p 46)

O uso da aacutegua com consciecircncia eacute a soluccedilatildeo mais sustentaacutevel para o

enfrentamento da crise a que tem sido observada em diversos estados do paiacutes O

aproveitamento de aacutegua de chuva e reuso natildeo eacute um conceito novo mas com o

aumento da demanda tornou-se um tema atual e de suma importacircncia que eacute praticado

ao longo dos anos em diversos paiacuteses devendo ser uma atividade mais abrangente

que eacute o uso racional englobando a reduccedilatildeo de perdas e desperdiacutecios e a minimizaccedilatildeo

da produccedilatildeo de efluentes e do consumo de aacutegua potaacutevel

A utilizaccedilatildeo da aacutegua da chuva aleacutem de trazer o benefiacutecio da conservaccedilatildeo da

aacutegua e reduzir a dependecircncia excessiva das fontes superficiais de abastecimento

reduz o escoamento superficial minimizando os problemas com enchentes buscando

garantir a sustentabilidade urbana que segundo Dixon Butler e Fewkes (1999) soacute

seraacute possiacutevel atraveacutes da mobilizaccedilatildeo da sociedade em busca do uso apropriado e

eficiente da aacutegua

18

Segundo Petry e Boeriu (2000) nos uacuteltimos anos tem-se observado o

desenvolvimento de novas tecnologias referentes ao manejo de recursos hiacutedricos

Com isso observa-se novas expansotildees no uso de teacutecnicas de aproveitamento de

aacutegua de chuva tanto em regiotildees onde jaacute eram utilizadas como em locais onde eram

desconhecidas

Para Dixon et al(1999) a existecircncia da sociedade e de sua malha urbana no

futuro estaacute condicionada ao uso adequado da aacutegua considerando o seu reuacuteso e

aproveitamento da aacutegua pluvial em todo o ciclo desde a captaccedilatildeo passando pelo

tratamento e armazenagem

Veloso e Mendes (2014) afirmam que a maioria das experiecircncias brasileiras

de aproveitamento de aacutegua de chuva se concentra na regiatildeo do semiaacuterido brasileiro

promovida pela ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro) que eacute formada por mil

organizaccedilotildees da sociedade civil que atua na gestatildeo e no desenvolvimento de poliacuteticas

de convivecircncia com a regiatildeo semiaacuterida

Esta iniciativa contribui para equacionar os graves problemas de escassez de

aacutegua que a populaccedilatildeo e refeacutem Nesse sentido destaca-se o Programa Um Milhatildeo de

Cisternas (P1MC) uma das accedilotildees de mobilizaccedilatildeo promovidas pela ASA que objetiva

possibilitar ao nordestino o acesso a aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de

cisternas de placas Desde 2003 aproximadamente 499387 mil foram construiacutedas

beneficiando mais de 2 milhotildees de pessoas (ASA 2015)

Segundo Gould and Nissen-Petersen (1990) A colheita de aacuteguas pluviais eacute uma

teacutecnica antiga que possui um renome na popularidade devido agrave qualidade inerente da

aacutegua da chuva e ao interesse em reduzir o consumo de aacutegua tratada A aacutegua da chuva

eacute valorizada por sua pureza e suavidade Tem um pH quase neutro e estaacute livre de

subprodutos de desinfecccedilatildeo sais minerais e outros contaminantes naturais e

artificiais As plantas prosperam sob irrigaccedilatildeo com aacutegua de chuva armazenada Os

aparelhos duram mais quando satildeo livres dos efeitos corrosivos ou em escala de aacutegua

dura

Os usuaacuterios com sistemas potaacuteveis preferem o gosto superior e as

propriedades de limpeza da aacutegua da chuva Evidecircncias arqueoloacutegicas atestam a

captura da aacutegua da chuva haacute mais de 4000 anos e o conceito de colheita de aacutegua da

chuva na China pode chegar a mais de 6000 anos Ruiacutenas de cisternas construiacutedas

jaacute em 2000 aC para armazenar o escoamento das encostas para fins agriacutecolas e

domeacutesticos ainda estatildeo em Israel

19

A reutilizaccedilatildeo ou reuso de aacutegua ou ainda em outra forma de expressatildeo o uso

de aacuteguas residuaacuterias natildeo eacute um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo

haacute muitos anos Haacute relatos de sua praacutetica na Greacutecia Antiga com a disposiccedilatildeo de

esgotos e sua utilizaccedilatildeo na irrigaccedilatildeo Contudo a demanda crescente por aacutegua tem

feito do reuso planejado da aacutegua um tema atual e de grande importacircncia (SANTOS

1993)

O elevado desenvolvimento demograacutefico associado agraves transformaccedilotildees

econocircmicas reflete-se notavelmente no uso dos recursos hiacutedricos principalmente no

que se refere agrave qualidade e quantidade das aacuteguas superficiais e subterracircneas

(RAMOS 2000)

O uso de fontes alternativas e de estrateacutegias de uso racional de aacutegua em

edificaccedilotildees eacute uma forma de amenizar os problemas de disponibilidade de aacutegua

potaacutevel e diminuir a sua demanda

Dentre estas estrateacutegias pode-se citar o aproveitamento de aacutegua pluvial o

reuso de aacuteguas cinzas (ABNT NBR 155272007) O aproveitamento de aacutegua pluvial eacute

uma praacutetica milenar empregada no mundo todo Essa teacutecnica tem se difundido e se

consolidado como uma forma de mitigar os diversos problemas ambientais causados

pelo aumento da demanda de aacutegua pela falta de medidas de controle da poluiccedilatildeo e

de gestatildeo ambiental em aacutereas urbanas e rurais (BARROS 2000)

O reaproveitamento eficiente da aacutegua da chuva natildeo tem misteacuterios mas satildeo

necessaacuterios alguns pequenos cuidados que tornam os sistemas mais seguros e de

faacutecil manutenccedilatildeo (AQUASTOCK 2008)

De acordo com Diniz (2013) as teacutecnicas para operar um sistema de utilizaccedilatildeo

das aacuteguas pluviais seguem as seguintes etapas

Coletar aacuteguas pluviais atraveacutes de calhas em telhados coberturas

Armazenar essa aacutegua em reservatoacuterios cisternas

Abastecer o local onde seratildeo utilizadas as aacuteguas pluviais

Eliminar as primeiras aacuteguas de chuva preservando a qualidade dessa aacutegua

20

Relevacircncia da Pesquisa

O foco dos sistemas de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva estatildeo mais atrelados aos

problemas que o meio ambiente enfrenta de forma global ou seja estatildeo voltados para

o coletivo e natildeo individualmente Embora se pense em sistemas que sejam

desenvolvidos para a preservaccedilatildeo da aacutegua doce e da aacutegua da chuva para que natildeo

sejam desperdiccediladas eacute preciso tambeacutem pensar no investimento econocircmico de longo

prazo ou seja a economia na conta da aacutegua que seria uma forma de se pensar

tambeacutem individualmente

A relevacircncia deste trabalho aponta para os resultados levados agrave

sustentabilidade utilizando o aproveitamento de aacuteguas pluviais e de aacuteguas residuais

de evaporadoras de aparelhos de ar condicionado para fins natildeo potaacuteveis

Justificativa da Pesquisa

O sucesso das accedilotildees que devem conduzir ao reuso de aacutegua dependeraacute em

grande parte da influecircncia da comunidade do CEFET-RJ do comportamento das

pessoas e de suas decisotildees individuais Mesmo considerando que existe certo

interesse pelas questotildees ambientais haacute que se reconhecer a falta de informaccedilatildeo e

conhecimento dos problemas ambientais

Logo a educaccedilatildeo ambiental que tenha por objetivo informar e sensibilizar as

pessoas sobre os problemas (e possiacuteveis soluccedilotildees) existentes em sua comunidade

buscando transformar estas pessoas em indiviacuteduos que participem das decisotildees

sobre seus futuros exercendo desse modo o direito aacute cidadania tornando-se

instrumento indispensaacutevel ao processo

O CEFET-RJ possui duas entradas de abastecimento de aacutegua com

fornecimento atraveacutes da CEDAE perfazendo um consumo anual na ordem de

294039 m3 que abastecem blocos independentes atraveacutes de 02 castelos drsquoaacutegua com

alimentaccedilatildeo dos blocos por gravidade Tendo em vista o grande nuacutemero de blocos

com aacuterea construiacuteda de 3927050 m2 e grande aacutereas de paacutetios jardins e quadras

esportivas tendo alto consumo de aacutegua para limpeza

Estaacute sendo pesquisada a viabilidade do aproveitamento das aacuteguas pluviais

coletadas atraveacutes dos telhados de uma edificaccedilotildees bem como a aacutegua residual

proveniente dos evaporadores de unidades condensadoras e aparelhos de ar

condicionado de janela no campus do Maracanatilde em funccedilatildeo do grande nuacutemero de

ambientes com refrigeraccedilatildeo com a finalidade de reuso em aacutereas e atividades menos

nobres como lavagem de paacutetios quadras poliesportivas uso em bacias sanitaacuterias

21

irrigaccedilatildeo de jardins que com adoccedilatildeo destas medidas obter-se-aacute reduccedilatildeo do consumo

de aacutegua potaacutevel tratada fornecida pela concessionaria CEDAE

Como consequecircncias reduccedilatildeo dos custos reduccedilatildeo do incocircmodo de poccedilas de

aacuteguas residuais geradas por unidades condensadoras contribuiraacute na reduccedilatildeo de

enchentes tendo em vista a localizaccedilatildeo geograacutefica do CEFET-RJ proacutexima ao Rio

Maracanatilde estimulando a educaccedilatildeo ambiental e a sustentabilidade atraveacutes dos

multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo de aacutegua por membros da comunidade de

docentes discentes e teacutecnicos administrativos servindo como exemplo de uma

postura ambientalmente correta para o enfrentamento dos problemas de ocupaccedilatildeo e

impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos grandes centros urbanos

12 - Questatildeo Problema

Analisar a viabilidade de promover o desenvolvimento de um sistema de

captaccedilatildeo de aacutegua da chuva e aacuteguas residuais de evaporadoras de aparelhos de ar

condicionado do CEFETRJ para utilizaacute-la em fins natildeo potaacuteveis agregando valor agrave

sustentabilidade e gerando economia na conta da aacutegua

13 ndash Questotildees da Pesquisa

Nesta conjuntura surgem as questotildees que orientaratildeo este trabalho

Como implantar e implementar um sistema de aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Como verificar viabilidade teacutecnica para a adaptaccedilatildeo de instalaccedilotildees do preacutedio

estudado no CEFETRJ Campus Maracanatilde para aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Pesquisar os segmentos que se ajustem ao uso da aacutegua natildeo potaacutevel e calcular

suas demandas

Quantificaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas remanescentes

provenientes de Unidades Evaporadoras de aparelhos de ar condicionado do

preacutedio estudado

22

14 - Objetivo Geral

O objetivo geral da dissertaccedilatildeo eacute apresentaccedilatildeo de uma proposta metodoloacutegica

para analisar a viabilidade teacutecnica de um sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais

e aacuteguas residuais de evaporadoras de unidades evaporadores para uso com fins natildeo

potaacuteveis no Campus Maracanatilde do CEFET-RJ

15 - Objetivos Especiacuteficos

Desenvolvimento da metodologia proposta

Dimensionar o sistema de armazenamento das aacuteguas pluviais e

residuais coletadas para reuso

Buscar tecnologias para implantaccedilatildeo de sistema de aproveitamento de

agua pluviais

Avaliar viabilidade econocircmica da implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais

16 ndash Estrutura Metodoloacutegica

A metodologia utilizada no presente trabalho considerou o bloco E para se

analisar a viabilidade de aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

provenientes de unidade evaporadoras de aparelhos de ar condicionado Com

aplicaccedilatildeo de questionaacuterio para os usuaacuterios das instalaccedilotildees para quantificaccedilatildeo da

demanda de aacutegua nos ambientes estudados

Ywashima (2005) ressalta a importacircncia de campanhas de conscientizaccedilatildeo

para utilizaccedilatildeo racional da aacutegua nas escolas Segundo a pesquisadora a conta natildeo e

paga de forma direta pelos usuaacuterios consequentemente natildeo haacute motivaccedilatildeo financeira

A autora apresenta como sugestatildeo tecnologias economizadoras onde se obteacutem

reduccedilatildeo de consumo independente da mudanccedila de comportamento pelos usuaacuterios

Tomando como premissa o atual consumo desordenado de aacutegua consumo

este que proporciona uma grande margem para que no futuro este liacutequido precioso

para a vida na terra venha a faltar caso natildeo seja criado mecanismos que possam

contornar essa situaccedilatildeo o desenvolvimento deste presente projeto apresenta-se

como uma alternativa para compor estes mecanismos

23

Atraveacutes de pesquisas foi constatado que as aacuteguas pluviais devem ser utilizadas

para amenizar a situaccedilatildeo Desse modo o presente trabalho contempla a possibilidade

de uso de recursos tecnoloacutegicos a fim de que se possa reduzir o consumo e diminuir

o desperdiacutecio de aacutegua atraveacutes da captaccedilatildeo armazenamento e reaproveitamento das

aacuteguas pluviais

Este sistema de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial permite usar as aacutereas de coberturas

da edificaccedilatildeo para captar a aacutegua da chuva apoacutes passar por um filtro ou mecanismo

de retenccedilatildeo de impurezas conduzi-la a um reservatoacuterio onde seraacute armazenada e

utilizada na edificaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis tais como lavagem de pisos irrigaccedilatildeo

de jardins mictoacuterios e bacias sanitaacuterias

No que diz respeito a implementaccedilatildeo da metodologia foi realizado um

levantamento das coberturas da edificaccedilatildeo escolhidas com analise dos dados

meteoroloacutegicos da regiatildeo que permitiram avaliaccedilatildeo dos paracircmetros necessaacuterios para

os caacutelculos dos reservatoacuterios de aacuteguas pluviais

O trabalho foi dividido em trecircs etapas

A primeira etapa desenvolveu-se atraveacutes de pesquisas referecircncias

bibliograacuteficas dados teacutecnicos e projetos semelhantes referentes ao tema para obter

um melhor embasamento teoacuterico sobre o assunto com auxilio da internet pesquisas

literaacuterias artigos cientiacuteficos informaccedilotildees pessoais de profissionais e obtivemos

informaccedilotildees necessaacuterias favoraacuteveis que possibilitaram a execuccedilatildeo do presente

trabalho em unidade de ensino adequando agraves edificaccedilotildees do campus onde houvesse

o menor nuacutemero de intervenccedilotildees

A segunda etapa foi direcionada ao programa de necessidades considerando

o consumo da edificaccedilatildeo e o potencial de captaccedilatildeo atraveacutes de aacuterea de coberturas

evaporadores de ar condicionado levantamento dos iacutendices pluviomeacutetricos da regiatildeo

preacute-dimensionamento para os reservatoacuterios superior e inferior e uma estimativa de

custos para implantaccedilatildeo

A terceira e uacuteltima etapa foi direcionada ao anteprojeto arquitetocircnico para

construccedilatildeo do reservatoacuterio prevendo no sistema a captaccedilatildeo tanto de aacuteguas pluviais

quanto de aacuteguas residuais provenientes dos evaporadores de ar condicionado

levantamento dos custos referentes a implantaccedilatildeo dos reservatoacuterios com avaliaccedilatildeo

do tempo de retorno (payback) do investimento

24

A Figura 01 ilustra de forma simplificada a abordagem utilizada durante a

realizaccedilatildeo desta pesquisa

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho(2017)

DISSERTACcedilAtildeO

VERTENTE TEacuteCNICA

EMPIacuteRICA

COLETA DE DADOS

FLUXO DO PROCESSO

DIMENSIONAMENTO

CONCEPCcedilAtildeO EMPIacuteRICA

CONCLUSAtildeO DISSERTACcedilAtildeO

HISTOacuteRICO REUSO DAS

AacuteGUAS

LEGISLACcedilAtildeO

SUSTENTABILIDADE

BASE TEOacuteRICA

CONCEPCcedilAtildeO TEOacuteRICA

25

17 ndash Delimitaccedilatildeo da Pesquisa

A realizaccedilatildeo do presente trabalho ocorreraacute atraveacutes de levantamento de dados

referente ao abastecimento e equipamentos instalados do bloco E do campus

Maracanatilde com estudo de consumo de aacutegua da edificaccedilatildeo levando em consideraccedilatildeo

o nuacutemero de usuaacuterios

A capacidade de captaccedilatildeo seraacute realizada atraveacutes das aacutereas de cobertura e

utilizaccedilatildeo dos iacutendices de precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica da regiatildeo estudada de anos

anteriores para caacutelculo e dimensionamento de reservatoacuterios inferior e superior bem

como avaliaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas residuais produzidas pelas

evaporadoras instaladas no preacutedio

Avaliando as adaptaccedilotildees necessaacuterias ao sistema de abastecimento existente

para o atendimento das bacias sanitaacuterias e lavagem de paacutetios quadras esportivas

regas de jardim e levantando e propondo utilizaccedilatildeo de novas tecnologias existentes

para instalaccedilatildeo do sistema e verificando a necessidade de utilizaccedilatildeo de

abastecimento com aacutegua potaacutevel em casos de grande estiagem para manutenccedilatildeo

das atividades sem prejuiacutezos agrave aacuterea acadecircmica

Desta forma nesta pesquisa seratildeo avaliados os dados obtidos atraveacutes de

levantamentos arquitetocircnicos e das instalaccedilotildees hidro sanitaacuterias existentes no

CEFETRJ - Unidade Maracanatilde aleacutem de documentaccedilatildeo e pesquisa em projetos

similares que jaacute possam existir relacionados agrave questatildeo da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Como objetivo de fundamentar a implantaccedilatildeo do estudo e desenvolvimento do

mesmo seraacute apresentado levantamento e resultado necessaacuterios para implementaccedilatildeo

da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais com base nos dados coletados e revisatildeo bibliograacutefica

em artigos e perioacutedicos que versam sobre as tecnologias mais indicadas para a

utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

18 ndash Justificativa da Pesquisa

Como prevecirc a constituiccedilatildeo em seu Art 225 caput ndash ldquoTodos tecircm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial agrave sadia

qualidade de vida impondo-se ao Poder Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-

lo e preservaacute-lo para presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo (Brasil 2004)

No atendimento a constituiccedilatildeo e as legislaccedilotildees pertinentes levar o CEFET- RJ

26

ao cumprimento de accedilotildees e objetivos visando a sustentabilidade nas suas

dependecircncias e atraveacutes de sua comunidade discente docente e teacutecnicos

administrativos atuar como multiplicadores de accedilotildees de preservaccedilatildeo do meio

ambiente atraveacutes do reuso de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais oriundas de

evaporadores e aparelhos de ar condicionado de janela

Em funccedilatildeo do alto consumo como pode ser observado na figura 2 faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de equipamentos de maior tecnologia e o aproveitamento de

aacuteguas pluviais para uso menos nobre conforme determina a norma ABNT ndash NBR

15527 de 24102007 e contribuir de forma efetiva para reduccedilatildeo de custo

possibilidade de racionamento e reduccedilatildeo per capta do consumo nos oacutergatildeos puacuteblicos

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014

Entrada Volume faturado (msup3)

nordm jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez total 2014

485 17310 18230 13160 22110 19640 16890 20010 19070 25430 22670 25060 28430 248010

681 3706 3580 6560 5394 6170 2800 3310 2650 3069 2580 2890 3320 46029

Total

mensal 21016 21810 19720 27504 25810 19690 23320 21720 28499 25250 27950 31750 294039

Fonte Contas CEDAE exerciacutecio 2014

00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Vo

l f

atu

rad

o (

msup3)

Mecircs

Consumo mensal de aacutegua em 2014

485

27

19 ndash Organizaccedilatildeo do Estudo

O Capiacutetulo 01 desta pesquisa estaacute organizado com a introduccedilatildeo composta pela

situaccedilatildeo-problema questotildees de pesquisa objetivos estrateacutegia delimitaccedilatildeo e

justificativa da pesquisa A finalidade preciacutepua da leitura deste capiacutetulo eacute harmonizar

a compreensatildeo do contexto e a importacircncia da pesquisa

O Capitulo 02 estaacute organizado com os fundamentos teoacutericos com base em

sustentabilidade histoacuterico de reuso da aacutegua e legislaccedilatildeo

O Capitulo 03 trata da metodologia e tipo de pesquisa a ser empregado

informando a forma da obtenccedilatildeo dos dados e como seratildeo feitos o tratamento e anaacutelise

dos dados

No Capiacutetulo 4 seratildeo interpretados os resultados referentes agraves demandas de

aacuteguas menos nobres a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacutegua proveniente de unidades

evaporadoras e aacuteguas pluviais com avaliaccedilatildeo de viabilidade econocircmica para

implantaccedilatildeo do sistema

No Capiacutetulo 05 seraacute apresentada a anaacutelise dos resultados e sugestotildees para

estudos futuros e complementares

28

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA

No presente capitulo seraacute apresentada a vertente teacutecnica com os fundamentos

teoacutericos que forneceratildeo o suporte para o desenvolvimento da pesquisa

21 A Sustentabilidade e as questotildees quanto a conservaccedilatildeo reaproveitamento e

reduccedilatildeo do consumo de aacuteguas pluviais

A Comissatildeo Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento denominada

Comissatildeo de Brundtland (1988) define o desenvolvimento sustentaacutevel como aquele

que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das

geraccedilotildees futuras atenderem as suas proacuteprias necessidades

Surgido na deacutecada de 1990 o tripeacute da sustentabilidade tem crescido em seu

conceito em todo o planeta refletindo uma seacuterie de processos valores e objetivos de

forma que uma gestatildeo deveraacute orientar aos trecircs pilares econocircmico social e ambiental

podendo este conceito ser aplicado de forma macro para um paiacutes ou ateacute para o

planeta ou micro podendo ser uma escola um vilarejo ou empresa (DIAS2011)

A concepccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel orienta a discussatildeo sobre o tema

em qualquer segmento das atividades do ser humano Os objetivos tecircm como base

na perspectiva de utilizaccedilatildeo dos recursos naturais desde que sejam preservados para

as futuras geraccedilotildees Dias ( 2011) Poreacutem parte das dificuldades apresenta-se porque

as geraccedilotildees natildeo tecircm participaccedilatildeo nas decisotildees atuais Desta forma somente a

conscientizaccedilatildeo da preservaccedilatildeo da vida e da espeacutecie eacute que motiva o ser humano o

que natildeo acontece na maioria das vezes com os gestores e poliacuteticos dos dias atuais

(MOURA 2011)

Muito embora para alguns o desenvolvimento sustentaacutevel eacute um projeto social e

poliacutetico que serve como ferramenta para combate a pobreza satisfaccedilatildeo das

necessidades baacutesicas da humanidade de maneira a elevar a qualidade de vida dos

indiviacuteduos fornece princiacutepios para que o desenvolvimento seja harmonioso levando

em conta a transformaccedilatildeo dos recursos do ambiente deste modo para estes sugerem

atitudes novas das quais pela edificaccedilatildeo de uma nova racionalidade De forma

contraria agrave maioria que se preocupa em compatibilizar o meio ambiente a um

crescimento econocircmico de forma continua (DIAS 2011)

Acreditava-se que o crescimento econocircmico desenvolveria de forma natural o

29

desenvolvimento sustentaacutevel Veiga (2005) Somente uma gestatildeo com

responsabilidade ambiental eacute capaz de conciliar uma melhor qualidade de vida com

necessidade de crescimento econocircmico (MOURA 2011)

A passagem de um sistema baseado no consumo a um sistema sustentaacutevel

tem diversas implicaccedilotildees Necessita abrir a visatildeo da relaccedilatildeo da sociedade ao meio

ambiente transformar a organizaccedilatildeo social produtiva que gera a desigualdade e a

pobreza Atraveacutes de novas relaccedilotildees sociais onde o eixo natildeo seraacute somente a

perspectiva da lucratividade e praacuteticas de produccedilatildeo predatoacuterias do meio ambiente

mas o bem-estar da humanidade O que daacute margem a diferentes pontos de vistas

com base de modo geral na busca do produto de equiliacutebrio entre os trecircs eixos da

sustentabilidade crescimento econocircmico igualdade social e a preservaccedilatildeo ao meio

ambiente (DIAS 2011)

De acordo com Alledi (2006) a grande preocupaccedilatildeo das melhores empresas

do mundo hoje em dia eacute com a sustentabilidade dos seus negoacutecios um movimento

que se fundamentou em questotildees ambientais mas que atualmente eacute visto de um

modo mais amplo passando a incorporar os temas dos movimentos empresariais

anteriores pela qualidade pela sauacutede e seguranccedila do trabalho pela proacutepria

preservaccedilatildeo do meio ambiente e mais recentemente pela responsabilidade social

corporativa

211 Exemplos recentes de atitude sustentaacuteveis adotadas no Brasil

O recebimento da certificaccedilatildeo LEED (Leadership in Energy and Environmental

concedido pelo US Green building Council (USGBC) para certificaccedilotildees em 07 estaacutedios

construiacutedos para a Copa 2014 cuja adoccedilatildeo de medidas sustentaacuteveis foi requisito para

que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social (BNDES) liberasse o

financiamento para as obras das arenas da Copa preacute-requisito este que seraacute adotado

pela FIFA para as proacuteximas eleiccedilotildees do mundial (wwwcopa2014govbr)

Dentre as diversas arenas pode ser ressaltada a economia conseguida pela

Arena da Amazocircnia de cerca de 40 de aacutegua potaacutevel atraveacutes da captaccedilatildeo da aacutegua

de chuva em um volume de 140000 litros para irrigaccedilatildeo do gramado e utilizaccedilatildeo nos

sanitaacuterios ABES (observatoacuterio do terceiro setor)

Foram diversas medidas sustentaacuteveis para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo LEED

destacando a abertura das portas para educaccedilatildeo ambiental desde o inicio das obras

30

Foram desenvolvidas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo das accedilotildees de

sustentabilidade que foram implementadas nos estaacutedios para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

LEED com utilizaccedilatildeo de paineacuteis ilustrados nas aacutereas de circulaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de

panfletos aos visitantes Accedilotildees voltadas para conscientizaccedilatildeo da certificaccedilatildeo e

tambeacutem para manutenccedilatildeo apoacutes a realizaccedilatildeo do evento (wwwcopa2014govbr)

212 Medidas sustentaacuteveis para conservaccedilatildeo reaproveitamento de aacutegua e reduccedilatildeo

do consumo de aacuteguas pluviais

A conservaccedilatildeo de aacutegua pode ser definida como um conjunto de praacuteticas

teacutecnicas e tecnologias que propiciam a melhoria da eficiecircncia do seu uso incidindo de

maneira sistecircmica sobre a demanda e a oferta de aacuteguas As iniciativas de

racionalizaccedilatildeo do uso e de reuso de aacutegua constituem-se em elementos fundamentais

para a ampliaccedilatildeo da eficiecircncia do uso da aacutegua (PROSAB 2011) resultando em

Aumento da disponibilidade para os demais usuaacuterios

Flexibilizaccedilatildeo dos suprimentos existentes para outros fins

Atendimento ao crescimento populacional

Suporte agrave implantaccedilatildeo de novas induacutestrias

Preservaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do meio ambiente

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

31

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo A reutilizaccedilatildeo de

aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que permite maiores volumes

de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica

por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes (BRASIL 2010)

Mota OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenada

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Observaccedilotildees sobre Gestatildeo das aacuteguas pluviais A gestatildeo de aacutegua pluvial visa

reduzir o consumo de aacutegua potaacutevel por meio de aproveitamento das aacuteguas de chuvas

contribuindo inclusive para a reduccedilatildeo de inundaccedilotildees ou de poluiccedilotildees difusas Uma

das medidas que vem sendo amplamente desenvolvida como forma de economizar

as aacuteguas potaacuteveis e evitar o risco de inundaccedilotildees em regiotildees com alto iacutendice de

impermeabilizaccedilatildeo do solo eacute a retenccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Este sistema coligado a um sistema de reaproveitamento destas aacuteguas

configura-se como uma das mais eficientes formas de renovaccedilatildeo de um insumo finito

aacutegua As aacuteguas pluviais entretanto natildeo apresentam qualidade necessaacuteria para o

consumo Mesmo quando a captaccedilatildeo destas aacuteguas extravasam para o esgotamento

natildeo se deve permitir que elas sejam lanccediladas in natura para o lenccedilol freaacutetico pela

possibilidade de carga poluidora As aacuteguas pluviais quando utilizadas diretamente por

pontos na edificaccedilatildeo estes devem ser separados do sistema de aacutegua do restante do

preacutedio e deve conter indicativo visual de que a aacutegua natildeo eacute potaacutevel portanto improacutepria

para o consumo preparo de alimentos e banho

No caso da utilizaccedilatildeo deste sistema de reaproveitamento de aacuteguas pluviais

dois cuidados fundamentais devem ser observados primeiramente com relaccedilatildeo ao

caacutelculo do volume do reservatoacuterio que considera o IP (iacutendice pluviomeacutetrico) local A

Caixa Econocircmica recomenda a utilizaccedilatildeo do caacutelculo na Lei Estadual nordm 1252607

(SAtildeO PAULO 2007)

A segunda observaccedilatildeo refere-se ao volume do escoamento de aacuteguas pluviais

no solo de forma controlada a fim de prevenir inundaccedilotildees reduzir a poluiccedilatildeo difusa

e propiciar a recarga do lenccedilol freaacutetico Um projeto como este para ser aprovado

32

depende de um memorial de caacutelculo detalhado apresentando o niacutevel do lenccedilol freaacutetico

do local caacutelculo da vazatildeo de aacuteguas a serem lanccediladas na rede puacuteblica elaboraccedilatildeo de

um manual de operaccedilatildeo do sistema e indicaccedilatildeo de toda a documentaccedilatildeo teacutecnica tal

como projeto memoriais descritivos planilhas de custos e outros (CEF 2010)

Apesar de que o reaproveitamento de aacuteguas pluviais no Brasil jaacute ocorrer haacute

muito tempo em algumas regiotildees somente em 2007 entrou em vigor a NBR 15527

que estabelece as condiccedilotildees para o aproveitamento de aacuteguas de chuva em coberturas

de aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

O objetivo desta accedilatildeo eacute reduzir o consumo de aacutegua independentemente da

accedilatildeo do usuaacuterio ou da sua disposiccedilatildeo em mudar de comportamento para reduzir o

consumo de aacutegua Ela deve ser implementada quando o sistema estiver totalmente

estaacutevel ou seja sem nenhuma perda de aacutegua por vazamento (ANA 2005)

A situaccedilatildeo do Brasil eacute muito favoraacutevel pois deteacutem cerca de 12 de toda aacutegua

doce do planeta poreacutem 685 encontra-se na regiatildeo norte na qual vivem apenas

74 dos brasileiros (CONFEA 2011)

A limitaccedilatildeo de reservas de agua doce no planeta aumentou a demanda para

atendimento principalmente a prioridade dos recursos para o consumo humano

agriacutecola e industrial a prioridade de utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis para

abastecimento puacuteblico e as restriccedilotildees que vecircm sendo impostas em relaccedilatildeo ao

lanccedilamento de efluentes no meio ambiente torna necessaacuteria a adoccedilatildeo de estrateacutegias

que visem racionalizar a utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos e mitigar os impactos

negativos relativos agrave geraccedilatildeo de efluentes pelas induacutestrias (FIESP 2011)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

33

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo

A reutilizaccedilatildeo de aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que

permite maiores volumes de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode

diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes

(BRASIL 2010)

Melhado et al (2013) frisam a importacircncia das accedilotildees de cunho poliacutetico teacutecnico

e social na busca de soluccedilotildees praacuteticas visando a reduccedilatildeo do consumo da aacutegua e

descrevem as mais importantes

Economia e valorizaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo objetivando o uso racional da aacutegua

Manutenccedilatildeo das redes puacuteblicas e privadas para verificaccedilatildeo de desperdiacutecios

e vazamentos

Minimizaccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo do solo urbano e da vazatildeo de

escoamento do terreno objetivando favorecer a permeabilidade da aacutegua

Captaccedilatildeo e armazenamento em reservatoacuterios especiacuteficos das aacuteguas

pluviais e demais aacuteguas natildeo potaacuteveis para usos que natildeo necessitam de

potabilidade como irrigaccedilatildeo reserva de incecircndio lavagem de piso

veiacuteculos em geral e ruas Se necessaacuterio para algum uso especiacutefico a aacutegua

deveraacute passar por unidades de tratamento para atingir os niacuteveis de

qualidade correspondente Quanto mais eficiente for a gestatildeo das aacuteguas

pluviais por retenccedilatildeo ou reuso menor seraacute o volume de aacutegua destinado agraves

redes puacuteblicas

Embora a aacutegua doce existente no planeta esteja sempre em renovaccedilatildeo haacute uma

tendecircncia de sua deterioraccedilatildeo em funccedilatildeo do seu uso indiscriminado devido ao

aumento populacional comprometendo consequentemente sua qualidade ficando

esta em quantidade cada vez menor em determinadas localidades disponiacutevel para

consumo As mudanccedilas climaacuteticas globais tambeacutem vecircm contribuindo para o aumento

na demanda dos recursos hiacutedricos

Devido ao ciclo hidroloacutegico que eacute fechado sabe-se que a quantidade de aacutegua

disponiacutevel no planeta eacute sempre a mesma Sabe-se tambeacutem que este ciclo constitui-

se basicamente do transporte das massas de aacutegua dos oceanos para a atmosfera

34

pelo fenocircmeno da evaporaccedilatildeo e da atmosfera para os oceanos atraveacutes dos

fenocircmenos das precipitaccedilotildees escoamentos superficiais e subterracircneos influenciando

diretamente na distribuiccedilatildeo dos corpos hiacutedricos Muitas regiotildees vem sofrendo

alteraccedilotildees resultantes das diferentes formas antroacutepicas de interferecircncia sobre o

ambiente Hespanhol e Mierwa (2013) O surgimento das Metroacutepoles

desmatamentos obras de dragagens assim como construccedilotildees de represas satildeo

exemplos concretos disto

Sabe-se que menos de 1 de toda a aacutegua existente no planeta eacute doce e que

aproximadamente metade deste percentual corresponde a aacuteguas subterracircneas

enquanto o restante encontra-se nos oceanos Aacute medida que a populaccedilatildeo vem

crescendo a deterioraccedilatildeo dos mananciais vai se acentuando surgindo problemas nos

abastecimentos drsquoaacutegua que atualmente vem merecendo a atenccedilatildeo e preocupaccedilatildeo de

populaccedilotildees e autoridades de todo o mundo Eacute necessaacuterio que haja uma gestatildeo

integrada dos recursos drsquoaacutegua racionalizando o seu uso favorecendo o

desenvolvimento de sistemas sustentaacuteveis como forma de prevenccedilatildeo contra a

escassez

Apesar de a aacutegua doce estar distribuiacuteda de forma desigual sobre o planeta a

disponibilidade deste recurso no Brasil eacute significativa poreacutem distribuiacuteda tambeacutem de

forma desigual sobre o nosso territoacuterio sendo na regiatildeo Amazocircnica 69 e nas

demais regiotildees 31 nas quais se concentram 95 da populaccedilatildeo do Paiacutes

Confrontando estes dados com os do ANEEL- Departamento Nacional de Aacuteguas e

Energia Eleacutetrica pode-se afirmar que em quanto na regiatildeo amazocircnica com 69 da

aacutegua e 685 dos recursos hiacutedricos para uma populaccedilatildeo de 5 do paiacutes nas demais

regiotildees temos 31 das aacuteguas com 315 dos mesmos recursos para 95 da

populaccedilatildeo Eacute certo que se tem uma enorme diferenccedila regional

35

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

MUNICIacutePIOS

VALORES OBSERVADOS

1970 1975 1980 1995 2000 2005 2010 2014

1 Caxias

2 Itaboraiacute

3 Itaguaiacute

4 Mageacute

5 Mangaratiba

6 Maricaacute

7 Niloacutepolis

8 Niteroacutei

9 Nova Iguaccedilu

10 Paracambi

11 Petroacutepolis

12 Satildeo Gonccedilalo

13 SJ de Meriti

14 Rio de

Janeiro

404 496

14 072

17 468

83 841

6 125

6 500

128 011

292 180

724 326

22 149

154 612

430 271

302 394

4251

918

554 935

23 652

76 267

163 906

8 094

19 602

151 700

400 140

1091 702

27 434

202 146

614 688

398 686

5093 232

661 578

31 919

101 048

198 471

10 136

22 677

160 434

439 596

1247

614

32 347

239 899

733 791

436 234

5474

597

780 964

42 668

129 867

235 894

12 454

26 188

169 031

480 981

1410

116

37 686

277 620

871 361

474 149

5585

289

916 278

55 469

163 800

277 069

15 111

30 226

177 585

525 061

1583 658

43 484

318 764

1035 991

513 025

6245 537

1071728

71 096

204 326

323 382

18 191

34 902

186 193

573 014

1773 705

49 787

363 819

1239 963

553 550

6638 213

1252 875

90 205

253 441

376 692

21 820

40 349

194 942

626 596

1986 378

56 660

413 381

1500 984

596 414

7038 605

1467033

113 697

313 856

439 389

26 149

46 734

203 913

688 395

2228600

64 190

468 169

1844983

642 305

7449231

TOTAL A RMRJ 683836

3

8826184 9790341 10807268 11901058 13101869 14449342 15996644

Fonte IBGE 2010

Na cidade do Rio de Janeiro constitui-se de 950 msup3s de vazatildeo meacutedia de aacutegua

doce disponiacutevel proporcionando 2080msup3 de aacutegua por ano para 144 milhotildees de

habitantes numa meacutedia desconsiderando as perdas de aproximadamente

57m3dia suficiente para atender a atual demanda de consumo Entretanto trabalhos

sobre a projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

evidenciam um crescente aumento populacional IBGE (2010) como observa-se no

Quadro 2

Segundo estudos socioeconocircmicos e de demanda de aacutegua para a regiatildeo

metropolitana do Rio de Janeiro Rios (2011) deveraacute ser feita uma ampla campanha

de educaccedilatildeo ambiental atraveacutes da miacutedia visando o controle dos desperdiacutecios de aacutegua

nas induacutestrias comeacutercio e domiciacutelios tendo em vista o perigo de uma crise de

racionamento de aacutegua semelhante agrave crise energeacutetica ocorrida entre 2001 e 2002 No

36

Quadro 2 eacute demonstrada a evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a

Regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro

Com base nas projeccedilotildees demograacuteficas estabelecidas em termos indicativos

para o ano de 2035 procedeu-se a uma estimativa da demanda de aacutegua Tal

estimativa supotildee que a relaccedilatildeo entre demanda de aacutegua e populaccedilatildeo residente

admitida para o ano de 2014 continue vaacutelida para 2035 Rios(2011) Levando-se em

consideraccedilatildeo o demonstrado nos Quadros 1 e 2 o aumento populacional para a

regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro em 2010 tomando-se por base o ano de 2000

foi de 2208

A demanda atendida tanto com os niacuteveis de perdas mantidos quanto com a

reduccedilatildeo das perdas em 20 seraacute de 2739 O fato da demanda prevista ser maior

do que o crescimento populacional pode ser explicado devido ao esperado aumento

de educaccedilatildeo para a sauacutede na populaccedilatildeo a qual necessitaria de mais aacutegua para suas

atividades

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro

DISCRIMINACcedilAtildeO

1980

1985

1990

1995

2005

2010

2014

Demanda total exclusive perdas (1) 3255 3624 4120 4624 5188 5839 6609

Demanda atendida Exclusive

perdas (2)

2213 2935 3914 4532 5188 5839 6609

Demanda atendida Inclusive perdas

(3) Hipoacutetese I

3952 5241 6889 8093 9264 10427 11802

Demanda atendida Inclusive perdas

(4) Hipoacutetese II

3952 4515 4893 5665 6485 7289 8261

Fonte Rios 2011

Para Monteiro et al(2010) o reuso de aacutegua exige que padrotildees adequados de

potabilidade sejam adotados tendo em conta questotildees de sauacutede puacuteblica como

acontece em diversas partes do mundo sendo no Brasil uma praacutetica ainda incipiente

Reiteram os autores que esta eacute uma estrateacutegia correta para diminuiccedilatildeo da captaccedilatildeo

e mitigaccedilatildeo no lanccedilamento de dejetos no ambiente natural

37

A Cacircmara Teacutecnica de Ciecircncia e Tecnologia do Conselho Nacional de Recursos

Hiacutedricos apontou para a necessidade de uma ampla discussatildeo sobre o tema reuso

natildeo potaacutevel Foram elaborados dois termos de referecircncia O primeiro referente agrave

elaboraccedilatildeo de resoluccedilatildeo contemplando os aspectos poliacuteticos legais e institucionais e

o segundo relativo agraves diretrizes gerais para a praacutetica do reuso Eacute necessaacuterio que se

leve em consideraccedilatildeo o tipo de reuso que se deseja e o niacutevel de tratamento para que

os padrotildees sejam alcanccedilados

O reuso operacionalmente permite substituir grandes volumes de aacutegua

destinados a usos nos quais a potabilidade natildeo eacute fator preponderante O reuso de

aacutegua jaacute vem sendo amplamente empregado na induacutestria principalmente em torres de

resfriamento caldeiras construccedilatildeo civil irrigaccedilatildeo de aacutereas verdes e em alguns

processos industriais onde a utilizaccedilatildeo de aacutegua com menor padratildeo de qualidade natildeo

ocasione maiores problemas Desta forma o reuso de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis

deve ser considerado como primeira opccedilatildeo para reuso (HESPANHOL amp MIERZWA

2013)

22 Histoacuterico do Reuso de Aacuteguas

O aproveitamento de aacuteguas pluviais para o consumo das populaccedilotildees jaacute existe

ao longo das civilizaccedilotildees como pocircde ser observado em diversas construccedilotildees antigas

em vaacuterios pontos do mundo Reservatoacuterios escavados na rocha como pode ser

observado em Israel o que confirma o costume de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Em Roma encontram-se diversos reservatoacuterios utilizados para o abastecimento da

populaccedilatildeo (TOMAZ2013)

De acordo com Jarus(2012) em Massada (ldquofortalezardquo em hebraico) situa-se

um dos mais conhecidos sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais em Israel

onde Herodes no ano de 36 a c como forma de se precaver contra tempos difiacuteceis

construiu uma fortaleza com cavernas escavadas na rocha com capacidade de

armazenamento de 40 milhotildees de litros Estes reservatoacuterios possuiacuteam interligaccedilatildeo

atraveacutes de canalizaccedilotildees e aquedutos para abastecimento das habitaccedilotildees da fortaleza

38

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Fonte httpwwwgeocitieswspaz_israelmassadahtm

Na cidade de Toacutequio com a finalidade de prevenir a falta de aacutegua e reduzir

inundaccedilotildees foi intensificada a construccedilatildeo de diversos reservatoacuterios por toda a cidade

bem como motivou os proprietaacuterios de edifiacutecios e residenciais a construiacuterem seus

reservatoacuterios com incentivo a cada litro de aacutegua pluvial captado (AMARAL 2007)

A Alemanha era abastecida em mais de 70 por aquiacuteferos subterracircneos em

funccedilatildeo da poluiccedilatildeo de seus rios e grande industrializaccedilatildeo do paiacutes E recentemente

com o rebaixamento dos aquiacuteferos tornou-se um paiacutes liacuteder na execuccedilatildeo dos sistemas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva tanto para fins domeacutesticos como comerciais

(AMARAL 2007)

O Meacutexico desde a eacutepoca dos Astecas e Maias eacute rico em tradiccedilotildees tecnoloacutegicas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva Ainda na data atual na Peniacutensula de Yucatan pode

ser visto as chamadas Chultuns cisternas do seacuteculo X com capacidade variando de

20000 a 45000 litros utilizadas pelo povo Maia para captaccedilatildeo e abastecimento das

populaccedilotildees que viviam nas encostas As cisternas eram escavadas no subsolo

calcaacuterio e revestidas com emboccedilo impermeaacutevel tendo na sua parte superior uma aacuterea

de 100 a 200 m2 destinada a captaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica Nos vales eram

usadas as aacuteguas dos (reservatoacuterios com capacidade de 10 a 150 milhotildees de litros) e

aquaditas (reservatoacuterios com capacidade de 100 a 50000 litros) - (GNADLINGER

2000)

39

Figura 4 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

Figura 5 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

O desaparecimento do uso de SAAP na peniacutensula de Yucatan deveu-se aos

colonizadores espanhoacuteis por ocasiatildeo da invasatildeo espanhola seacuteculo XVI quando foram

introduzidos novos sistemas de agricultura e meacutetodos de construccedilatildeo europeia

40

diferentes da cultura local Tendo acontecido o mesmo na Iacutendia com o sistema colonial

britacircnico que gerou colapso nos SAAP centenaacuterios (GNADLINGER 2000)

O Japatildeo promove diversos estudos e pesquisas na aacuterea de SAAP Em Toacutequio

a regulamentos para que os terrenos de aacutereas superiores a 10000m2 e os edifiacutecios

com mais de 3000m2utilizem o SAAP Os edifiacutecios com uma aacuterea superior a 30000m2

e que tenham consumo na ordem de 100m3dia de aacutegua para fins natildeo potaacuteveisaleacutem

da utilizaccedilatildeo de SAAP satildeo obrigados a tratar as aacuteguas cinzas(TOMAZ 2009)

No planalto de Loess norte da china tem elevada escassez de aacuteguas

subterracircneas e baixa precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica diante destes fatos o governo local

da Proviacutencia de Gansu colocou em praacutetica desde 1997 um projeto de captaccedilatildeo de

aacutegua da chuva denominado121uml que consiste em auxiliar cada famiacutelia a construir uma

(1) aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua dois (2) reservatoacuterios de armazenamento de aacutegua e um

(1) lote para plantaccedilatildeo de culturas comercializaacuteveis Solucionando o problema de

aacutegua potaacutevel a cerca de 13 milhotildees de pessoas (260000 famiacutelias) (JIANG et al

2013)

221 Aspectos histoacutericos da captaccedilatildeo das aacuteguas pluviais no Brasil

O aproveitamento da aacutegua das chuvas natildeo eacute uma inovaccedilatildeo dos dias de hoje

O primeiro relato do uso da aacutegua da chuva que se tem conhecimento em nosso paiacutes

segundo Hagemann (2009) eacute de um sistema construiacutedo na Ilha de Fernando de

Noronha pelo exeacutercito norte-americano em 1943

Hagemann (2009) afirma que a utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais tem sido praticada

em maior escala principalmente na regiatildeo Nordeste em decorrecircncia do problema de

escassez hiacutedrica caracteriacutestica da regiatildeo Teve iniacutecio em julho de 2003 o Programa

de Formaccedilatildeo e Mobilizaccedilatildeo Social para a Convivecircncia com o Semiaacuterido um Milhatildeo

de Cisternas Rurais (P1MC) visando beneficiar aproximadamente 5 milhotildees de

pessoas na regiatildeo semiaacuterida com aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de cisternas

(Figura 6)

41

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural

Fonte Annencchini 2005

A seguir a figura 7 apresenta um modelo mais simples para casas populares

podendo atender quase 100 da aacutegua de um lar (CUNHA et al 2011)

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva

Fonte wwwportalsaofranciscocombr 2016

42

23 Utilizaccedilotildees da aacutegua coletada e o seu consumo

A aacutegua da chuva pode ser usada de diferentes maneiras como jaacute mencionado

descarga de sanitaacuterios limpeza de vasos sanitaacuterios e mictoacuterios lavagem de roupas

lavagem de pavimentos e veiacuteculos rega de jardins irrigaccedilatildeo de parques escolas

praccedilas estacionamentos condomiacutenios usos industriais e preacutedios comerciais

(climatizaccedilatildeo resfriamento de maacutequinas lavagem industrial de roupas lavagem de

veiacuteculos como carros ocircnibus e caminhotildees limpeza industrial redes de incecircndio)

(GOLDENFUM 2006 RODRIGUES 2010 OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

Segundo Krishna (2003) existem diversas vantagens e benefiacutecios da aacutegua da

chuva a aacutegua eacute gratuita o uacutenico custo eacute para coleta e uso o uso final da aacutegua colhida

eacute localizado perto da fonte eliminando a necessidade de sistemas de distribuiccedilatildeo

dispendiosos eacute isenta de soacutedio eacute superior para a irrigaccedilatildeo da paisagem a coleta

reduz o fluxo para drenagens de aacuteguas pluviais e tambeacutem reduz poluiccedilatildeo da fonte natildeo

pontual aleacutem de ajudar nos serviccedilos puacuteblicos com a reduccedilatildeo da demanda no veratildeo

e economizando a utilizaccedilatildeo da aacutegua existente resultabdo assim tambeacutem na

reduccedilatildeo das contas de serviccedilos puacuteblicos dos consumidores

Segundo o Texas Guide to Rainwater Harvestingrdquo [1997] a aacutegua da chuva eacute

a aacutegua natural mais macia com dureza zero para todos os fins praacuteticos Quase natildeo

apresentam minerais nem sais dissolvidos e a sua qualidade eacute proacutexima da qualidade

da aacutegua destilada

Iwanami (1985) descreve a importacircncia de fazer o planejamento da utilizaccedilatildeo

do sistema de aproveitamento de aacutegua de chuva para verificar a quantidade de aacutegua

que poderaacute ser coletada e armazenada e verificar a necessidade de tratamento da

aacutegua de chuva Certamente eacute preciso que a aacutegua coletada seja devidamente

armazenada filtrada tratada e que garanta uma qualidade compatiacutevel com os usos

previstos

A aacutegua da chuva obtida por meio de processos sem qualquer desinfecccedilatildeo ou

filtragem complexa natildeo serve normalmente para consumo humano eacute considerada

como aacutegua de segunda qualidade Este tipo de aacutegua deve ser empregado em algumas

tarefas domeacutesticas jaacute exemplificadas anteriormente Rodrigues (2010) afirma que em

meacutedia um indiviacuteduo utiliza o vaso sanitaacuterio entre sete e oito vezes por dia das quais

aproximadamente seis vezes para urinar e as demais para defecar se em cada

43

descarga forem usados dez litros verifica-se que ao fim de um dia um indiviacuteduo gastou

entre setenta e oitenta litros de aacutegua

O uso eficiente da aacutegua implica que natildeo haja desperdiacutecios quer por motivos

ambientais quer por motivos econocircmicos jaacute que a aacutegua desperdiccedilada envolve gastos

desnecessaacuterios Nos campos por exemplo as plantas satildeo organizadas e distribuiacutedas

conforme suas necessidades de aacutegua que segundo essa loacutegica os sistemas de rega

deveriam ser organizados de acordo com as necessidades das plantas isto eacute as

plantas com distintas necessidades satildeo regadas de modo separado podendo tomar

como exemplo a grama que deve ser regada separadamente dos arbustos e flores

Sabe-se que a rega eacute muito importante para o desenvolvimento das vegetaccedilotildees e eacute

usada quando o niacutevel de umidade no solo eacute insatisfatoacuterio (RODRIGUES 2010)

No entendimento de Rodrigues (2010) independente das intervenccedilotildees

excepcionais de reparaccedilatildeo e na falta de condiccedilotildees que sugerem intervenccedilotildees em

periacuteodos mais curtos a manutenccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento de aacuteguas

pluviais deve ser realizada em conformidade com as frequecircncias miacutenimas

24 O Reuso De Aacuteguas

241- Aacuteguas Residuaacuterias

Na visatildeo de Asano et al (2007) a aacutegua recuperada eacute definida como um

efluente convenientemente tratado numa Estaccedilatildeo de Tratamento para uma

determinada reutilizaccedilatildeo da aacutegua pretendida Aleacutem disso a reutilizaccedilatildeo da aacutegua

diretamente requer a existecircncia de um sistema de bombeamento ou de outras

facilidades de transporte para o fornecimento da aacutegua

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

(CNRH) dispotildee que o reuso da aacutegua constitui-se de racionalizaccedilatildeo e de conservaccedilatildeo

de recursos hiacutedricos de acordo com os princiacutepios determinados na Agenda 21 Esta

praacutetica diminui a descarga de poluentes em corpos receptores conservando os

recursos hiacutedricos para o abastecimento puacuteblico e outros usos mais exigentes

relacionados agrave qualidade diminui os custos associados agrave poluiccedilatildeo e ajuda na proteccedilatildeo

do meio ambiente e da sauacutede puacuteblica (BRASIL 2005)

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do CNRH em seu art 2ordm traz as seguintes

definiccedilotildees sobre o reuso da aacutegua e a aacutegua residuaacuteria

44

I - aacutegua residuaacuteria esgoto aacutegua descartada efluentes liacutequidos de edificaccedilotildees

induacutestrias agroinduacutestrias e agropecuaacuteria tratados ou natildeo

II - reuso de aacutegua utilizaccedilatildeo de aacutegua residuaacuteria

III - aacutegua de reuso aacutegua residuaacuteria que se encontra dentro dos padrotildees

exigidos para sua utilizaccedilatildeo nas modalidades pretendidas

IV - reuso direto de aacutegua uso planejado de aacutegua de reuso conduzida ao local

de utilizaccedilatildeo sem lanccedilamento ou diluiccedilatildeo preacutevia em corpos hiacutedricos

superficiais ou subterracircneos

V - produtor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que produz aacutegua de reuso

VI - distribuidor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico

ou privado que distribui aacutegua de reuso e

VII - usuaacuterio de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que utiliza aacutegua de reuso (BRASIL 2005)

O reuso eacute definido por Cunha et al (2011) como o uso de aacutegua residuaacuteria ou

aacutegua de qualidade inferior tratada ou natildeo Para Blum (2007) as aacuteguas residuais ou

residuaacuterias satildeo todos os tipos de aacuteguas descartadas resultantes da utilizaccedilatildeo de

vaacuterios processos Como exemplos podem ser citados aacuteguas residuais domeacutesticas

provenientes de banhos cozinhas lavagens de pavimentos domeacutesticos aacuteguas de

infiltraccedilatildeo resultante das infiltraccedilotildees nos coletores de aacutegua existentes nos terrenos ou

de tubulaccedilotildees puacuteblicas entre outros

Muitas pessoas querem aumentar a reutilizaccedilatildeo de aacutegua em seus

empreendimentos como parte de uma mudanccedila geral para o desenvolvimento

sustentaacutevel da terra e gestatildeo de aacutegua Mas Carvalho et al (2014) Marccedilo p 3164 -

3171 3170 haacute poucas informaccedilotildees sobre a aacutegua reutilizada e tecnologias que possam

ser adotadas para cada situaccedilatildeo (HOLT e JAMES 2006)

Filho e Mancuso (2013) entendem o reuso da aacutegua como sendo uma

tecnologia desenvolvida em menor ou maior escala depende da finalidade ao qual se

destina a aacutegua e de como a aacutegua foi usada anteriormente

Hespanhol (2002) enfatiza que a aacutegua eacute um recurso renovaacutevel que quando

reciclada por meio de sistemas naturais torna-se um recurso limpo e seguro pode ter

sua qualidade comprometida devido agrave accedilatildeo antroacutepica Uma vez poluiacuteda a aacutegua pode

ser recuperada e reusada para diversas finalidades A qualidade da aacutegua usada e o

propoacutesito do reuso determinam os niacuteveis de tratamento recomendados os criteacuterios de

45

seguranccedila a serem adotados e os custos associados As possibilidades e formas

potenciais de reuso dependeratildeo de caracteriacutesticas condiccedilotildees e fatores locais

Nessa mesma corrente Cunha et al (2011) sinalizam que um aspecto

relevante para o desenvolvimento de qualquer atividade humana eacute a disponibilidade

de aacutegua em quantidade e qualidade Em situaccedilotildees de escassez emerge a

necessidade e a possibilidade de substituiccedilatildeo das fontes para abastecimento usando

aacutegua residuaacuteria que apresenta qualidade inferior mas disponibilidade assegurada

OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenadas

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Rodrigues (2005) e Goldenfum (2006) classificam o reuso da aacutegua quanto ao

meacutetodo e quanto ao uso final

Quanto ao meacutetodo a reutilizaccedilatildeo da aacutegua pode ser direta ou indireta que

resultam de accedilotildees planejadas ou natildeo O reuso indireto natildeo planejado ocorre quando

a aacutegua servida eacute descarregada no meio ambiente ficando exposta agraves accedilotildees naturais

do ciclo hidroloacutegico (diluiccedilatildeo autodepuraccedilatildeo) e reutilizada a jusante de modo natildeo

intencional e natildeo controlada Em relaccedilatildeo ao reuso indireto planejado ocorre quando

os efluentes depois de tratados satildeo descarregados de maneira planejada nos corpos

drsquoaacutegua para serem usados a jusante de forma controlada (RODRIGUES 2005

GOLDENFUM 2006)

O reuso direto planejado ocorre quando os efluentes depois de tratados satildeo

levados diretamente ao local de reuso (geralmente induacutestria ou irrigaccedilatildeo) O reuso

direto natildeo planejado ocorre quando a aacutegua servida eacute descarregada sem nenhum tipo

de tratamento sendo reaproveitada diretamente no seu ponto de descarga (situaccedilotildees

irregulares pois natildeo tem controle algum sobre os paracircmetros de qualidade)

(GOLDENFUM 2006)

Goldenfum (2006) ressalta que normalmente natildeo eacute possiacutevel reutilizar uma

aacutegua residuaacuteria completa ou indefinidamente O reuso de um efluente tratado atraveacutes

de meacutetodos diretos ou indiretos eacute um meio de disposiccedilatildeo que complementa outros

existentes A quantidade de efluente que se pode reutilizar vai depender da

46

disponibilidade e o custo da aacutegua doce custos de transporte e tratamento diretrizes

sobre a qualidade da aacutegua e o potencial de reuso da aacutegua residuaacuteria

Quanto ao uso final as aacuteguas podem ser aproveitadas de diversas formas e

os tipos de reuso satildeo classificados em urbano industrial agriacutecola ambiental e recarga

de aquiacutefero (HESPANHOL 2002 GOLDENFUM 2006)

Os tipos baacutesicos de usos potenciais de esgotos tratados segundo Hespanhol

(2002) podem ser implantados tanto em aacutereas urbanas como aacutereas rurais e satildeo

ilustrados pelo esquema da figura 6

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua

Fonte Hespanhol 2002

242 Aacuteguas Cinzentas

As aacuteguas cinzentas satildeo as aacuteguas residuais domeacutesticas oriundas de enxaacutegue

de maacutequina de lavar aacutegua de chuveiro e outros Para Blum (2007) eacute importante

quando se projeta um sistema de reuso de aacuteguas cinzentas o dimensionamento dos

reservatoacuterios Deve-se ter em conta o volume que seraacute usado nas descargas de

47

sanitaacuterios ateacute no maacuteximo 48 horas para evitar estocagem por muito tempo pois

ocasionaraacute odores desagradaacuteveis

Nos sistemas de reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas de acordo com Boehm e

Oliveira (2015) deve-se levar em consideraccedilatildeo o comprometimento de todos os

usuaacuterios sendo que o volume e a concentraccedilatildeo de contaminantes podem variar

depende do tipo de edificaccedilatildeo da localidade do niacutevel de ocupaccedilatildeo da residecircncia da

faixa etaacuteria do estilo de vida da classe social da cultura e dos costumes dos

residentes

Neves e Afonso (2010) entendem que as aacuteguas cinzentas satildeo aacuteguas residuais

domeacutesticas sem aacuteguas fecais provenientes geralmente de banheiros duchas

lavatoacuterios lavagem de roupas e cozinha

No reuso dessas aacuteguas que podem ser usadas com ou sem tratamento

dependeraacute da qualidade exigiacutevel para os usos O sistema predial de reciclagem de

aacuteguas cinzentas propicia o tratamento das mesmas e a sua reentrada no ciclo do

preacutedio O uso mais frequente eacute na limpeza de bacias de retrete (NEVES e AFONSO

2010)

25 Formas de Reuso de Aacuteguas

251 Reuso Urbano

Com base nas diretrizes relacionadas ao reuso da aacutegua emitida pela Agecircncia

de Proteccedilatildeo ao Meio Ambiente dos Estados Unidos (United States Environmental

Protection Agency (US EPA) eacute apresentado muitas opccedilotildees para o reuso urbano natildeo

potaacutevel em que se destacam irrigaccedilatildeo de parques e jardins puacuteblicos centros

esportivos campos de futebol gramados aacutervores e arbustos decorativos ao longo de

ruas e rodovias aacutereas ajardinadas ao redor de edifiacutecios puacuteblicos residenciais e

industriais reserva de proteccedilatildeo contra incecircndios sistemas decorativos aquaacuteticos

como fontes chafarizes espelhos e quedas drsquoaacutegua descarga sanitaacuteria lavagem de

veiacuteculos (GOLDENFUM 2006)

Deve-se enfatizar que o uso que requer aacutegua de qualidade elevada podeter

custos incompatiacuteveis com as vantagens devido ao baixo custo da aacutegua para os

usuaacuterios urbanos Dessa forma o reuso urbano com finalidade potaacutevel eacute tida como

uma alternativa dispendiosa e riscos muito altos tornando-o praticamente inviaacutevel

48

Enquanto para finalidades natildeo potaacuteveis envolve riscos menores e eacute considerada

como uma boa opccedilatildeo para o reuso urbano (GOLDENFUM 2006)

252 Reuso industrial

O reuso industrial pode ser utilizado na produccedilatildeo de aacutegua para caldeiras em

sistemas de resfriamento como por exemplo aacutegua de reposiccedilatildeo em lavadores de

gases e aacutegua de processos (CETESB 2014) No mundo as usinas de geraccedilatildeo de

energia refinarias de petroacuteleo unidades quiacutemicas e metaluacutergicas se beneficiam do

reuso de aacutegua tanto para resfriamento quanto para processos industriais

(GOLDENFUM 2006)

253 Reuso agriacutecola

Em conformidade com o Centro Internacional de Referecircncia em Reuso de Aacutegua

(CIRRA 2014) entidade vinculada agrave Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo

(USP) os efluentes devidamente tratados podem ser utilizados na agricultura para

aplicaccedilatildeo em culturas de alimentos natildeo processados comercialmente (irrigaccedilatildeo

superficial de qualquer cultura alimentiacutecia) culturas de alimentos processados

comercialmente (irrigaccedilatildeo de pomares e vinhas) culturas natildeo alimentiacutecias (pastos

forragens fibras e gratildeos) dessedentaccedilatildeo de animais

254 Reuso no meio ambiente

O reuso no meio ambiente engloba aplicaccedilotildees em wetlands habitats naturais

aumento do fluxo de aacutegua estabelecimentos recreacionais contato acidental (pesca

e canoagem) e contato integral com a aacutegua autorizado represas e lagos lagoas

esteacuteticas em que o contato com o puacuteblico natildeo eacute autorizado (CIRRA 2014)

26 A Praacutetica de Recarga de Aquiacuteferos

A recarga artificial de aquiacuteferos com efluentes tratados pode ser usada para

fins diversos englobando o aumento de disponibilidade e armazenamento de aacutegua

controle de salinizaccedilatildeo em aquiacuteferos costeiros controle de subsidecircncia de solos Cirra

(2014) Esta praacutetica pode ser importante para alguns municiacutepios abastecidos por

49

aacutegua subterracircnea onde a recarga natural de aquiacuteferos vem sendo diminuiacutedas em

funccedilatildeo do aumento de aacutereas impermeabilizadas

Hespanhol (2002) comenta que eacute realizada de modo inadequado a retirada das

aacuteguas dos lenccediloacuteis subterracircneos para consumo o que compromete a disponibilidade

hiacutedrica O uso de esgotos tratados para evitar ou diminuir tais efeitos eacute uma

possibilidade

27 O Armazenamento de Aguaacutes

Em aacutereas para captaccedilatildeo de aacutegua de chuva comumente utiliza-se materiais

como telhas galvanizadas pintadas ou esmaltadas com tintas natildeo toacutexicas superfiacutecies

de concreto ceracircmicas policarbonato e fibra de vidro As calhas tambeacutem devem ser

fabricadas com materiais inertes como PVC ou outros tipos de plaacutesticos evitando

assim que partiacuteculas toacutexicas provenientes destes dispositivos venham a ser levadas

para os tanques de armazenagem (MACOMBER 2001)

Segundo Brown et al (2005) o volume do primeiro fluxo de aacutegua de chuva a

ser descartado varia conforme a quantidade de poeira acumulada na superfiacutecie do

telhado que eacute uma funccedilatildeo do nuacutemero de dias secos da quantidade e tipo de resiacuteduos

e da estaccedilatildeo do ano Outras variaacuteveis a serem consideradas satildeo a inclinaccedilatildeo e as

superfiacutecies dos telhados a intensidade das chuvas e o periacuteodo de tempo que ocorrem

Aleacutem disso salienta-se que natildeo haacute nenhum caacutelculo exato para definir o volume inicial

de aacutegua pluvial que necessita ser desviado devido agraves muitas variaacuteveis que

determinam a eficaacutecia da lavagem das aacutereas de captaccedilatildeo

Jaacute o reservatoacuterio eacute um dos componentes mais relevantes do SAAP eacute um fator

que influencia na qualidade da aacutegua e tambeacutem elemento mais caro do investimento

ou fator de otimizaccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel versus necessidades de abastecimento

(RODRIGUES 2010)

O reservatoacuterio de armazenamento tem a funccedilatildeo de reter e acumular a aacutegua

coletada pelo telhado que eacute levada pelo sistema atraveacutes da calha para filtragem e

armazenada em cisternas ou caixas drsquoaacutegua ficando armazenada ao abrigo da luz e

do calor e eacute bombeada para uma caixa drsquoaacutegua superior que pode abastecer o

banheiro a lavanderia e outros ambientes (OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

50

May (2009) acredita que para o sistema ser viaacutevel vai depender de trecircs

elementos precipitaccedilatildeo aacuterea de coleta e demanda O reservatoacuterio de aacutegua da chuva

por ser o componente mais caro do sistema deve ser projetado em conformidade com

as necessidades do usuaacuterio e com a disponibilidade pluviomeacutetrica local para

dimensionaacute-lo adequadamente sem inviabilizar o sistema Com base nos resultados

das anaacutelises realizadas e no uso do sistema de coleta e aproveitamento de aacutegua da

chuva a utilizaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis deve ser estimulada A figura 9 ilustra o

processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Para Boehm e Oliveira (2015) antes da implantaccedilatildeo de um sistema de

reaproveitamento de aacuteguas pluviais devem ser verificadas as condiccedilotildees do local de

instalaccedilotildees e quais os tipos de elementos podem interferir na qualidade da aacutegua

captada

Segundo Macomber (2001) o escoamento de aacutegua natildeo deve entrar em

campos seacutepticos de drenagem do sistema e qualquer tanque o excesso e a drenagem

devem ser roteados de modo que natildeo afetar a base dos tanques ou de quaisquer

outras estruturas

A cisterna pode ser apoiada semi-apoiada enterrada ou elevada e ser

construiacuteda com vaacuterios tipos de materiais como concreto armado blocos de concreto

alvenaria de tijolos plaacutestico polieacutester polietileno accedilo entre outros (OLIVEIRA

CHRISTMANN e PIEREZAN 2014)

51

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Fonte wwwrhasaambientalcombr 2013

Dentre os conceitos da NORMA 155272007 podemos citar

aacutegua de chuva aacutegua resultante de precipitaccedilotildees atmosfeacutericas coletadas

em coberturas telhados onde natildeo haja circulaccedilatildeo de pessoas veiacuteculos e

animais

aacutegua natildeo potaacutevel aacutegua que natildeo atende agrave Portaria nordm 518 do Ministeacuterio da

Sauacutede

aacuterea de captaccedilatildeo aacuterea em metros quadrados projetada na horizontal da

superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde a aacutegua eacute captada

coeficiente de escoamento superficial coeficiente de runnoff que

representa a relaccedilatildeo entre o volume total de escoamento superficial e ao

volume total precipitado variando conforme a superfiacutecie

conexatildeo cruzada qualquer ligaccedilatildeo fiacutesica atraveacutes de peccedila dispositivo ou

outro arranjo que conecte duas tubulaccedilotildees das quais um conduz aacutegua

potaacutevel e a outra aacutegua de qualidade desconhecida ou natildeo potaacutevel

demanda consumo meacutedio (mensal ou diaacuterio) a ser atendido para fins natildeo

potaacuteveis

escoamento inicial aacutegua suficiente da aacuterea de captaccedilatildeo suficiente para

carregar a poeira fuligem folhas galhos e detritos

52

suprimento fonte alternativa de aacutegua para complementar o reservatoacuterio

de aacutegua de chuva

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis

Paracircmetro

Anaacutelise Faixa

Coliformes totais Semanal Ausecircncia em 100mL

Coliformes termotolerantes Semanal Ausecircncia em 100mL

Cloro residual livre Mensal 05 a 30 mgL

Turbidez Mensal lt20uT para menos

restritivos lt50 uT lt15 uH

Cor aparente (caso natildeo seja

utilizado nenhum corante ou

antes da sua utilizaccedilatildeo)

Mensal

Deve prever ajuste do pH para

proteccedilatildeo das redes de distribuiccedilatildeo

caso necessaacuterio

Mensal pH de 60 a 8p no caso

de tubulaccedilatildeo de accedilo

carbono ou galvanizado

Fonte ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas NBR 155252007

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo do sistema de coleta e aproveitamento de aacuteguas

pluviais de acordo com o Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva

do FNDE

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Componente

Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Cobertura e telhados Miacutenimo 3 vezes ao ano

Calhas condutores verticais e horizontais Miacutenimo 3 vezes ao ano

Filtro removedor de detritos A cada 3 meses

Reservatoacuterio inferior ndash enterrado A cada 2 anos

Filtro flutuante Mensalmente

Bombas Mensalmente

Filtro cartucho Semestralmente

Clorador Mensalmente

Reservatoacuterio superior ndash intermediaacuterio Limpeza e desinfecccedilatildeo anual

Fonte Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva FNDE

53

As inspeccedilotildees podem ser feitas pelos utilizadores poreacutem as manutenccedilotildees dos

sistemas de bombas e tratamento devem ser feitas por teacutecnicos especializados

Quando satildeo utilizados nas operaccedilotildees de higienizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produtos nocivos

para os humanos ou para o ambiente devem ser adotadas medidas que impeccedilam o

lanccedilamento dos efluentes resultantes destas operaccedilotildees no ciclo pluvial natural ou na

rede de drenagem de aacuteguas residuais com a necessaacuteria checagem de compatibilidade

com os componentes naturais canalizaccedilotildees e dispositivos de tratamento a jusante

realizando preacute-tratamento quando necessaacuterio (RODRIGUES 2010)

Eacute importante destacar o conjunto de normas que fornecem os requisitos para o

aproveitamento de aacutegua de chuva de coberturas em aacutereas urbanas para fins natildeo

potaacuteveis

NBR 56261998 Instalaccedilatildeo predial de aacutegua fria que tem exigecircncias e

recomendaccedilotildees para o projeto assim como sua execuccedilatildeo e

manutenccedilatildeo da rede

NBR 108441989 Instalaccedilatildeo prediais de aacuteguas pluviais que tem o

caacutelculo de aacuterea de contribuiccedilatildeo e caacutelculo de condutores horizontais e

verticais e de calhas

ABNT NBR 122131992 Projeto de captaccedilatildeo de aacutegua de superfiacutecie para

abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122141992 Projeto de sistema de bombeamento de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122171994 Projeto de reservatoacuterio de distribuiccedilatildeo de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

A RESOLUCcedilAtildeO CONAMA Nordm 20 de 18 de junho de 1986 publicada no DOU

de 300786 foi estabelecida a classificaccedilatildeo das aacuteguas doces salobras e salinas do

Territoacuterio Nacional Na Classe 2 estatildeo incluiacutedas as aacuteguas destinadas ao

abastecimento domeacutestico apoacutes tratamento convencional agrave proteccedilatildeo das

comunidades aquaacuteticas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio (esqui aquaacutetico nataccedilatildeo e

mergulho) agrave irrigaccedilatildeo de hortaliccedilas e plantas frutiacuteferas agrave criaccedilatildeo natural eou

intensiva (aquicultura) de espeacutecies destinadas agrave alimentaccedilatildeo humana

Para as aacuteguas de Classe 2 satildeo estabelecidos os mesmos limites ou condiccedilotildees

da Classe 1 agrave exceccedilatildeo dos seguintes

54

i Natildeo seraacute permitida a presenccedila de corantes artificiais que natildeo sejam

removiacuteveis por processo de coagulaccedilatildeo sedimentaccedilatildeo e filtraccedilatildeo

convencional

ii Coliformes para uso de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio deveraacute ser

obedecido o Art 26 desta Resoluccedilatildeo Para os demais usos natildeo deveraacute ser

excedido um limite de 1000 coliformes fecais por 100 mililitros em 80 ou

mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em qualquer mecircs no

caso de natildeo haver na regiatildeo meios disponiacuteveis para o exame de

coliformes fecais o iacutendice limite seraacute de ateacute 5000 coliformes totais por 100

mililitros em 80 ou mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em

qualquer mecircs

iii Cor ateacute 75 mg Ptl

iv Turbidez ateacute 100 UNT

v DBO5 dias a 20degC ateacute 5 mgl O2

vi OD em qualquer amostra natildeo inferior a 5 mgl O2

No art 26 (Balneabilidade) - As aacuteguas doces salobras e salinas destinadas a

balneabilidade (recreaccedilatildeo de contato primaacuterio) seratildeo enquadradas e teratildeo sua

condiccedilatildeo avaliada nas categorias EXCELENTE MUITO BOA SATISFATOcircRIA e

IMPROacutePRIA da seguinte forma

1) EXCELENTE (3 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 250 coliformes fecais por l00 mililitros ou 1250

coliformes totais por 100 mililitros

2) MUITO BOA (2 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de amostras

obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo local

houver no maacuteximo 500 coliformes fecais por 100 mililitros ou 2500 coliformes

totais por 100 mililitros

3) SATISFATOacuteRIA (1 estrela) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 1000 coliformes fecais por 100 mililitros ou 5000

coliformes totais por 100 mililitros

55

4) IMPROacutePRIA Natildeo atendimento aos criteacuterios estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Os mais recentes padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo

de contato primaacuterio estatildeo definidos na resoluccedilatildeo CONAMA 2742000 como

demonstrado na Tabela 2que jaacute inclui Enterococos Ecoli

Segundo Jordatildeo amp Pessoa (2014) o desenvolvimento dos padrotildees para banho

ou para aacuteguas de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio tem evoluiacutedo com loacutegica Primeiro

foram adotados paracircmetros relativos a melhor tecnologia de controle disponiacutevel que

entretanto natildeo representavam o risco de contrair enfermidades devido a presenccedila de

poluentes Foi o caso dos Coliformes totais Depois considerou-se a relaccedilatildeo entre o

risco possiacutevel ou detectaacutevel e presenccedila de poluentes Neste caso os Coliformes fecais

eram mais representativos

Uma terceira etapa foi a identificaccedilatildeo de risco aceitaacutevel para o qual deveria

existir uma quantidade de dados epidemioloacutegicos correspondendo a mediccedilotildees de

qualidade do corpo drsquoaacutegua Os estudos indicaram que Enterococos eram os mais

representativos seguidos por Ecoli e por uacuteltimo coliformes totais(Desinfecccedilatildeo de

efluentes sanitaacuterios) Sendo assim os Enterococos atualmente representam o melhor

indicador entre os analisados sem que se deva considerar erro o controle por outros

organismos

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio

Balneabilidade-

categoria

Qualidade

Padrotildees para o corpo daacutegua

Proacutepria Excelente Maacuteximo de 250 CF100ml ou

200EC100ml ou 25 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Muito boa Maacuteximo de 500 CF100ml ou

400EC100ml ou 50 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Satisfatoacuteria Maacuteximo de 1000 CF100ml ou

800EC100ml ou 100 Enterococos100ml

56

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Improacutepria Natildeo atendimento aos criteacuterios

estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Incidecircncia elevada ou anormal

de enfermidades transmissiacuteveis

por via hiacutedrica Valor obtido na

uacuteltima amostragem for superior a

2500CF100ml ou 2000

EC100ml ou 400

enterococos100ml Presenccedila de

resiacuteduos ou despejos pHlt6ou

gt9 Floraccedilatildeo de algas outros

fatores que contra -indiquem o

contato primaacuterio

Fonte- CONAMA 2742000

28 Legislaccedilatildeo Sobre o Uso de Aacuteguas

ASPECTOS LEGAIS PARA O USO DE AacuteGUAS

Em 1973 o decreto federal nordm 24643 conhecido como o Coacutedigo das Aacuteguas

consubstanciou a base da legislaccedilatildeo voltada para a temaacutetica aacutegua O instrumento

legisla inclusive sobre o conceito de aacuteguas pluviais e acerca do direito de uso

atribuindo ao dono do preacutedio onde caiacuterem diretamente sua propriedade No seu artigo

118 chega ateacute mesmo a comentar superficialmente sobre a construccedilatildeo de

reservatoacuterios para aproveitamento da aacutegua da chuva em aacutereas puacuteblicas

Em termos de poliacutetica ambiental voltada aos recursos hiacutedricos destaca-se a

promulgaccedilatildeo da lei 9433 que em 1997 instituiu a Poliacutetica Nacional de Recursos

Hiacutedricos ndash PNRH criando o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos Conhecida como Lei das Aacuteguas o normativo fornece instrumentos que

possibilitam a melhoria da gestatildeo sistemaacutetica do recurso

57

A captaccedilatildeo de aacutegua de chuva tem uma relaccedilatildeo indireta com os objetivos dessa Poliacutetica jaacute que estimula o uso racional e ao mesmo tempo previne contra os eventos hidroloacutegicos criacuteticos tanto agraves secas devido agrave promoccedilatildeo da reserva quanto agraves inundaccedilotildees devido agrave diminuiccedilatildeo do escoamento superficial A inclusatildeo da captaccedilatildeo de aacutegua de chuva no Plano indica o esforccedilo da poliacutetica de recursos hiacutedricos na busca da transversalidade e no gerenciamento integrado das aacuteguas (SENRA BRONZATTO VENDRUSCOLO 2007)

A Lei nordm 943397 criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos e no art 1ordm disciplina

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e

a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do

Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades (BRASIL 1997)

O art 5ordm da Lei nordm 943397 trata dos instrumentos da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos (BRASIL 1997)

Nacionalmente natildeo haacute um ordenamento juriacutedico que discipline

especificamente sobre o uso das aacuteguas pluviais Como as citadas anteriormente a

lei nordm 114452007 conhecida como lei do Saneamento Baacutesico indiretamente

estabelece alguns criteacuterios para o manejo de aacutegua pluvial Em seu artigo 3ordm define a

drenagem e manejo das aacuteguas pluviais urbanas como

Conjunto de atividades infraestruturas e instalaccedilotildees operacionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais de transporte detenccedilatildeo ou retenccedilatildeo para o amortecimento de vazotildees de cheias tratamento e

58

disposiccedilatildeo final das aacuteguas pluviais drenadas nas aacutereas urbanas (BRASIL 2007)

Seu decreto regulamentador nordm 72172010 admitiu como forma de viabilizar o

manejo da aacutegua da chuva a alimentaccedilatildeo da instalaccedilatildeo hidraacuteulica predial ligada agrave rede

puacuteblica de abastecimento de aacutegua via aproveitamento de aacutegua da chuva desde que

devidamente autorizadas pela autoridade competente

Quanto agraves leis sobre o tema reuso de aacutegua vigentes no Brasil pode-se

destacar a lei 693881 que institui a poliacutetica nacional do meio ambiente que menciona

o incentivo ao estudo e pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a

proteccedilatildeo dos recursos ambientais

No Estado do Rio de Janeiro a Lei Nordm 6034 de 08 de setembro de 2011 dispotildee

sobre a obrigatoriedade dos postos de combustiacuteveis lava-raacutepidos transportadoras e

empresas de ocircnibus urbanos intermunicipais e interestaduais localizados no Estado

do Rio de janeiro a instalarem equipamentos de tratamento e reutilizaccedilatildeo da aacutegua

usada na lavagem de veiacuteculos

Na cidade de Satildeo Paulo por exemplo atraveacutes da Lei nordm 13276 e o Decreto nordm

41814 que regulamenta esta lei determinam-se a obrigatoriedade da execuccedilatildeo de

reservatoacuterio de aacuteguas pluviais coletadas de cobertas e pavimentos nos lotes

construiacutedos ou natildeo que possuem uma aacuterea impermeabilizada superior a 500m2

Trata-se de providecircncias para evitar as inundaccedilotildees urbanas uma vez que incentiva

soluccedilotildees para a infiltraccedilatildeo da aacutegua de chuva no solo e a utilizaccedilatildeo da mesma quando

armazenada para fins natildeo potaacuteveis

DECRETO Nordm 23940 de 30 de Janeiro de 2004 da cidade do Rio de Janeiro

Torna obrigatoacuterio nos casos previstos a adoccedilatildeo de reservatoacuterios que permitam o

retardo do escoamento das aacuteguas pluviais para a rede de drenagem Visando a

necessidade de ajudar a prevenir inundaccedilotildees atraveacutes da retenccedilatildeo temporaacuteria de

aacuteguas pluviais em reservatoacuterios especialmente criados com esta finalidade e

considerando as possibilidades de reaproveitamento de aacuteguas pluviais para usos natildeo

potaacuteveis como lavagem de veiacuteculos e partes comuns jardinagem e outras Sendo

obrigatoacuterio para imoacuteveis com aacuterea de cobertura superior a 50000 m2 e em caso de

novas edificaccedilotildees residecircncias multifamiliares e industriais fica obrigatoacuterio o uso de

aguas pluviais para uso natildeo potaacutevel atendendo as normas sanitaacuterias vigentes ficando

o habite-se ou alvaraacute de obras condicionado ao atendimento ao decreto

59

A Agenda 21 capiacutetulo 18 dedicou importacircncia especial ao reuso de aacutegua

recomendando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas de gestatildeo dirigidas para o uso e

reciclagem de efluentes Segundo Hespanhol (2012) embora natildeo haja menccedilatildeo ao

tema lsquoreusorsquo na poliacutetica nacional de recursos hiacutedricos existe uma vontade poliacutetica

direcionada para esta questatildeo Segundo a Conferecircncia Interparlamentar sobre o

desenvolvimento do Meio Ambiente realizada em Brasiacutelia em Dezembro de 1992 no

paraacutegrafo 64B recomenda esforccedilos a niacutevel nacional para institucionalizar a

reciclagem e reuso sempre que possiacutevel promovendo o tratamento e a disposiccedilatildeo de

esgotos de modo a natildeo poluir o meio ambiente

A portaria nordm 23 de 12 de fevereiro de 2015 do Ministro de Estado do

Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo estabelece boas praacuteticas de gestatildeo e uso de

Energia Eleacutetrica e de Aacutegua nos oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal

direta autaacuterquica e fundacional e dispotildee sobre o monitoramento de consumo destes

bens e serviccedilos Devendo os oacutergatildeos adotar as providencias necessaacuterias para

implementaccedilatildeo de boas praacuteticas de gestatildeo e inclusive elaborando campanhas de

conscientizaccedilatildeo por meio presencial e eletrocircnico e fornecendo mensalmente o

consumo de energia eleacutetrica e aacutegua por meio do Sistema Projeto Esplanada

Sustentaacutevel

O reuso de aacutegua pode ser classificado em reuso indireto ou direto O reuso

direto eacute aquele onde ocorre a conexatildeo direta dos efluentes de uma estaccedilatildeo de

tratamento de esgotos a uma estaccedilatildeo de tratamento de aacutegua e em seguida ao sistema

de distribuiccedilatildeo O reuso indireto eacute a diluiccedilatildeo do esgoto apoacutes tratamento em um corpo

hiacutedrico no qual apoacutes algum tempo de detenccedilatildeo eacute efetuada a captaccedilatildeo seguida de

tratamento adequado e posterior distribuiccedilatildeo Filho (1987) sugere a seguinte

terminologia para diversas formas de reuso

Reuso indireto natildeo planejado da aacutegua Eacute aquele em que a aacutegua utilizada

em alguma atividade humana eacute descarregada no meio ambiente e

novamente utilizada agrave jusante em sua forma diluiacuteda de maneira natildeo

intencional e natildeo controlada

Reuso indireto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes depois de

tratados satildeo descarregados de forma planejada para serem reutilizados a

jusante

Reuso direto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes apoacutes

convenientemente tratados satildeo encaminhados diretamente do seu ponto

60

de descarga ateacute o local do reuso sofrendo em seu percurso os tratamentos

necessaacuterios mas natildeo sendo descarregados no meio

Reciclagem de aacutegua Eacute o reuso interno da aacutegua antes da sua descarga

em um sistema geral de tratamento ou outro local de disposiccedilatildeo para servir

como fonte suplementar de abastecimento do uso original Eacute um caso

particular de reuso direto

Segundo jaacute destacava Westerhoff (1984)o reuso de aacutegua eacute classificado em

duas categorias Reuso potaacutevel e Reuso natildeo potaacutevel e esta classificaccedilatildeo foi adotada

pela Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental de Satildeo Paulo e

divulgada nos Cadernos de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental Sendo considerado um

bem econocircmico porque eacute finita e essencial para conservaccedilatildeo da vida e do meio

ambiente consequentemente sua escassez impede o desenvolvimento de diversas

regiotildees na medida em que aleacutem da necessidade humana a aacutegua eacute essencial no

processo produtivo de diversas empresas

Reuso potaacutevel

Direto

Indireto

Reuso natildeo potaacutevel

Para fins agriacutecolas

Para fins industriais

Para fins recreacionais

Para fins domeacutesticos

Para manutenccedilatildeo de vazotildees de cursos drsquoaacutegua

Para aquacultura

Recarga de aquiacuteferos subterracircneos

Pode-se destacar alternativas que vem sendo propostas para racionalizaccedilatildeo

do consumo de aacutegua domiciliar Satildeo elas

Identificaccedilatildeo e eliminaccedilatildeo de vazamentos e perdas

Instalaccedilatildeo de equipamentos hidraacuteulicos sanitaacuterios de baixo consumo e alta

eficiecircncia

Reuso de aacuteguas cinzas

Aperfeiccediloamento dos procedimentos de mediccedilatildeo e cobranccedila

61

Os processos e tratamentos para fins potaacuteveis satildeo complexos e de custo

elevado Desta forma o reuso para fins natildeo potaacuteveis deve ser sempre avaliado

preferencialmente Aparentemente o principal problema decorrente da accedilatildeo de

reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas com objetivos de economizar aacutegua seria o aumento

do custo decorrente da instalaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de sistemas duplos de distribuiccedilatildeo

O principal destino destas aacuteguas deve ser a utilizaccedilatildeo sanitaacuteria e o uso agriacutecola

(HESPANHOL amp MIERZWA 2011)

Pesquisas sobre a viabilidade econocircmica de projetos de aproveitamento de

aacutegua de chuva indicam que o item preponderante nesta anaacutelise eacute o custo do

reservatoacuterio que varia em funccedilatildeo da sua dimensatildeo A NBR 15527(ABNT 2007)

apresenta 6 metodologias de caacutelculo do volume do reservatoacuterio que resultam em

valores muito discrepantes gerando a necessidade do usuaacuterio decidirem funccedilatildeo das

condiccedilotildees especiacuteficas do projeto qual metodologia seguir A maioria das

aplicaccedilotildeestrabalha com uma demanda fixa visando o consumo em vasos sanitaacuterios

(MORUZZI e OLIVEIRA2010 DORNELLES et al 2010 COUTINHO et al 2011

GHISI e SCHONDERMARK 2013)

Em relaccedilatildeo a NBR 155272007 aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas

em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis fornece as caracteriacutesticas para o reuso de

aacutegua em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis compreendendo calhas e condutores

instalaccedilotildees prediais qualidade da aacutegua bombeamento manutenccedilatildeo e principalmente

os meacutetodos de caacutelculo de dimensionamento de reservatoacuterios

Os meacutetodos de dimensionamento dispostos nesta norma satildeo

Meacutetodo de Rippl

Meacutetodo de Simulaccedilatildeo

Meacutetodo Azevedo Neto

Meacutetodo praacutetico alematildeo

Meacutetodo praacutetico inglecircs

Meacutetodo praacutetico australiano

62

3 - METODOLOGIA

Conforme Sabbatini (1989) metodologia eacute um ldquoconjunto de preceitos que

estabelece uma orientaccedilatildeo para o direcionamento e conduccedilatildeo de uma dada

investigaccedilatildeordquo tendo esta orientaccedilatildeo dois niacuteveis de doutrina e de estrateacutegia que

geram os princiacutepios de tomada de decisatildeo e permitem a operacionalizaccedilatildeo da

pesquisa que consiste no plano de accedilatildeo

A metodologia para anaacutelise do uso de sistema para aproveitamento de aacutegua

pluvial deve ser entendida como input do processo de pesquisa seus princiacutepios

devem ser balizadores das estrateacutegias adotadas para sua racionalidade

Esta dissertaccedilatildeo objetiva a importacircncia na utilizaccedilatildeo de metodologia e

aplicaccedilatildeo de procedimentos e meacutetodos nas atividades relacionadas ao uso de aacutegua

pluvial em instituiccedilatildeo federal de ensino onde o avanccedilo tecnoloacutegico deve ter como

escopo uma metodologia especiacutefica para seu desenvolvimento

Os atributos e alcance da pesquisa aplicada e de desenvolvimento tecnoloacutegico

constitui a estrutura essencial para obter novos meacutetodos construtivos e modernizaccedilatildeo

de processos e sistemas de uso consolidado e na soluccedilatildeo sistemaacutetica de problemas

Fluxo do processo adotado

O meacutetodo adotado envolve vaacuterias etapas conforme quadro 4 para a validaccedilatildeo

da metodologia de aproveitamento de aacutegua pluvial

Quadro 4- Fluxo do processo

Atividade Procedimentos

Visita teacutecnicas

Foram selecionadas duas tipologias de edificaccedilotildees no sentido de ampliar

o entendimento das teacutecnicas construtivas para a implantaccedilatildeo de

sistema de coleta e uso de aacutegua pluvial

Normas teacutecnicas

NBR 155272007 Aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas em

aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis - Requisitos

Precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rioque foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca

63

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho

31 Estrateacutegia da Pesquisa

A pesquisa em questatildeo tem caraacuteter exploratoacuterio de projeto uacutenico com

abordagem quantitativa por meio de estudo de caso uacutenico que tem como modelo

cientiacutefico a concepccedilatildeo de Robson (2011) o qual disserta sobre os meacutetodos de

pesquisa do mundo real

A estaccedilatildeoestaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm89 67 longitude

43ordm22 67

Reservatoacuterios

detalhes teacutecnicos

construtivos e

controle sanitaacuterio

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo de

dimensionamento onde o volume do reservatoacuterio seraacute o menor valor

entre 6 do volume de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial anual e 6 da

demanda anual de aacutegua natildeo potaacutevel

Foi utilizado o meacutetodo da simulaccedilatildeo previsto na NBR 15527 2007

Para ratificar o dimensionamento do reservatoacuterio feito pelo meacutetodo

praacutetico alematildeo

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR

152227 recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgle

30 mgl em qualquer ponto do sistema de abastecimento

Para controle sanitaacuterio foi utilizado Clorador com funcionamento em

circuito fechado com proteccedilatildeo contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo

interno 320 pastilhas variando de 0640 kg com vazatildeo de operaccedilatildeo

lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Equipamentos Verificou-se que equipamentos utilizados em sistema de captaccedilatildeo e uso

de aacutegua pluvial eacute uma tecnologia de fabricantes internacionais com

representantes locais

Demanda de uso

natildeo potaacutevel

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com

base nos dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos

atraveacutes dos questionaacuterios e o nuacutemero de pessoas que efetivamente

utilizam cada aparelho Tambeacutem se utilizaram no caacutelculo do consumo

diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR 56261998

Viabilidade

econocircmica de

implantaccedilatildeo do

sistema

Foi realizada a anaacutelise econocircmica utilizando-se o meacutetodo do payback

simples e descontado considerando taxa mensal de 1 para validaccedilatildeo e

verificaccedilatildeo da viabilidade econocircmica do sistema

64

Adota o presente trabalho a verificaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo exitosas de sistemas de

aproveitamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees de diversas tipologias criando um

paracircmetro de anaacutelise e consolidaccedilatildeo de praacuteticas sustentaacuteveis e novas tecnologias

VISITAS REALIZADAS

Estaacutedio do Maracanatilde

Maior estaacutedio sendo sede da Copa do Mundo de Futebol 2014 no rio de

Janeiro Inaugurado em junho de 1950 sendo iniciada a obra de recuperaccedilatildeo e retrofit

no ano de 2010 sendo concluiacuteda em 2013 Sua capacidade de puacuteblico passou de

87101 para 78639 lugares

Realizada a visita as instalaccedilotildees do Estaacutedio do Maracanatilde que recebeu a

certificaccedilatildeo LEED1 (Leadership in Energy and Environmental Design) For New

Construction na categoria Silver versatildeo 30 concedida pela USGBC (United States

Building Concil) conforme fig 10 que reconhece soluccedilotildees de novas tecnologias

sustentaacuteveis utilizadas nas construccedilotildees com o objetivo de reduccedilatildeo de impactos ao

meio ambiente durante a vida uacutetil da edificaccedilatildeo certificaccedilatildeo voltada para construccedilotildees

sustentaacuteveis e ambientalmente eficientes

1 Lideranccedila em Energia e Desig Ambiental eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para

edificaccedilotildeesUtilizada em 143 paiacuteses a certificaccedilatildeo foi criada em 2000 pela USGreen Building Council (USGBC)

65

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Pereira et al (2015)

A alta performance ambiental do maracanatilde apoacutes a implantaccedilatildeo do sistema de

aacuteguas pluviais contribuiu para sua certificaccedilatildeo onde cabe ressaltar que houve reduccedilatildeo

de 7114 do consumo de agua potaacutevel que representa da demanda de bacias e

mictoacuterios como tambeacutem todo o volume de agua necessaacuterio para irrigaccedilatildeo do

gramado e Conforme Pereira et al (2015) a reduccedilatildeo de uso de aacutegua potaacutevel eacute de

50 (cinquenta por cento)

Com o retrofit o estaacutedio do Maracanatilde teve acreacutescimo de 50000m2 na aacuterea de

cobertura construiacuteda em membrana tensionada por cabos de accedilo que permitiu a

viabilidade de implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo acrescida da aacuterea de drenagem

do campo que atende a irrigaccedilatildeo e descargas O estaacutedio no seu sistema de captaccedilatildeo

e reaproveitamento de aacuteguas pluviais conta com reservatoacuterio de 5 milhotildees de litros

volume capaz de suprir as demandas de usos por um periacuteodo de ateacute trecircs meses em

caso de estiagem

66

Leroy Merlin

Empresa de comeacutercio varejista voltada para materiais de construccedilatildeo e

bricolagem desde os anos de 1988 A concepccedilatildeo de seus projetos de lojas passaram

a ser voltada para questotildees de sustentabilidade agrave partir da construccedilatildeo da loja na

cidade de Niteroi inaugurada em 2007 iniciando um ciclo de novas unidades com o

mesmo caraacuteter tendo em um de seus conceitos o aproveitamento de aacuteguas pluviais

A Leroy Merlin foi a primeira empresa agrave receber o selo HQE2 em 2009

empresa situada em Niteroacutei no Estado do Rio de Janeiro na atividade de comeacutercio de

materiais de construccedilatildeo Adotou como meta a certificaccedilatildeo AQUA em funccedilatildeo de sua

adaptabilidade as condiccedilotildees de uso no Brasil avaliando aspectos da gestatildeo

ambiental nas obras de arquitetura

Recebeu a empresa por ocasiatildeo de sua construccedilatildeo recebeu a certificaccedilatildeo

ACQUA-Alta Qualidade Ambiental tendo sido avaliada pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

entidade vinculada a USP (Universidade de Satildeo Paulo) tendo atendido as exigecircncias

para a certificaccedilatildeo nas etapas do programa concepccedilatildeo do projeto e realizaccedilatildeo da

obra

Foram utilizados no tratamento daacute aacutegua captada trecircs filtros tipo Vortex WWF

300 com capacidade de filtragem para aacuterea de cobertura de ateacute 3000m2 com potencial

de ateacute 90 da aacutegua precipitada e com retenccedilatildeo de partiacuteculas de 028mmFoi utilizado

reservatoacuterio apresentado na foto abaixo com capacidade de 150000 litros com

extravasor para poccedilos de infiltraccedilatildeo conforme figura 11 em caso de alto iacutendice de

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica contribuindo para a alimentaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico e

reduzindo a possibilidade de enchentes

2 HQE A primeira certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios a ser adaptada para a realidade brasileira foi a AQUA (hoje AQUA-

HQE) Com base no selo francecircs Haute Qualiteacute Environnementale professores da Universidade de Satildeo Paulo (USP) criaram a versatildeo brasileira e formaram a instituiccedilatildeo responsaacutevel por ela a Fundaccedilatildeo Vanzolini

67

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

Foto da Construccedilatildeo do reservatoacuterio de 150000 litros

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

68

32 Unidade de anaacutelise

Esta pesquisa se limita a estudar a viabilidade de uso de aguas pluviais

calculando a demanda de uso natildeo potaacutevel a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacuteguas

residuais provenientes de evaporadoras de ar condicionado com determinaccedilatildeo do

volume do reservatoacuterio e posterior analise de viabilidade econocircmica Yin (2001)

afirma que a unidade de anaacutelise estaacute relacionada com o problema fundamental de

definir o que eacute o ldquocasordquo

Segundo Yin (2001) o estudo de caso representa uma investigaccedilatildeo empiacuterica e

compreende um meacutetodo abrangente com a loacutegica do planejamento da coleta e da

anaacutelise de dados Pode incluir tanto estudos de caso uacutenico quanto de muacuteltiplos assim

como abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa

Aleacutem da coleta de dados por meio dos questionaacuterios outro importante processo

que seraacute usado neste estudo eacute anaacutelise documental considerada como a teacutecnica que

abrange tanto a anaacutelise qualitativa quanto a quantitativa Segundo Gil (2010 p121)

ldquoA consulta a fontes documentais eacute imprescindiacutevel em qualquer estudo de casordquo

Portanto a anaacutelise destes dados torna-se fundamental para que se possa identificar

demanda de consumo de aacutegua natildeo potaacutevel o potencial para aproveitamento de aacuteguas

dos evaporadores de aparelhos de ar condicionado

33 Justificativa da estrateacutegia de pesquisa

A escolha do meacutetodo de pesquisa orientaraacute as etapas necessaacuterias para a coleta

de informaccedilotildees anaacutelise destes dados e demonstraccedilatildeo da confiabilidade e validade

das descobertas (ROBSON 2011)

34 Pesquisa Exploratoacuteria

A pesquisa exploratoacuteria utilizaraacute fontes documentais como perioacutedicos

dissertaccedilotildees e teses sobre os temas sustentabilidade histoacuterico de reuso e

reaproveitamento de aacuteguas pluviais e legislaccedilatildeo traccedilando conexotildees entre estes

elementos de forma a propiciar confiabilidade para o embasamento da pesquisa

69

35 Levantamento

O presente trabalho visa o aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

de evaporadores de unidades condensadoras para reuso no Campus Maracanatilde do

CEFET-RJ

Desta forma o trabalho foi estruturado da forma relacionada abaixo

Levantamento das caracteriacutesticas pluviomeacutetricas da regiatildeo estudada para

determinaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica media atraveacutes das analises de

dados fornecida do sistema Alerta Rio referente ao periacuteodo de 2001 a 2015

Levantamento das caracteriacutesticas de 01(uma) edificaccedilatildeo existente no

campus maracanatilde bloco E e considerando seu potencial de captaccedilatildeo

atraveacutes exclusivamente de suas coberturas bem como o dimensionamento

de reaproveitamento das aacuteguas provenientes de condensadores de ar

condicionado existentes no referido bloco por contemplar maior nuacutemero de

equipamentos citados e maior nuacutemero de horas de uso

Avaliaccedilatildeo dos resultados obtidos com determinaccedilatildeo do reservatoacuterio de

armazenamento sendo realizado atraveacutes da NBR 15527 ndash Aacutegua da Chuva

Aproveitamento das aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis (ABNT 2007)

Tambeacutem seratildeo realizados estudos utilizando teacutecnicas de matemaacutetica

financeira pelo meacutetodo de anaacutelise de payback simples que fornece uma

estimativa de faacutecil compreensatildeo dos benefiacutecios gerados para determinar o

tempo de retorno do investimento atraveacutes dos custos de implantaccedilatildeo do

sistema

70

Aacuterea de Estudo

O CEFET-RJ ocupa uma aacuterea de terreno de 3438200 m2 com 6481800 m2

construiacutedos e distribuiacutedos em 06 pavilhotildees e diversos blocos nomeados de ldquoArdquo a ldquoLrdquo

tendo como objeto para estudo de caso o Bloco E que e abastecido atraveacutes do

hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 conforme figura 10

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora

Fonte Realizada pelo autor 2017

36 Objeto de Estudo

O preacutedio objeto do estudo eacute o Bloco E sendo utilizado pela comunidade

docente discente e teacutecnicos administrativos

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ

Fonte site wwwcefet-rjbr

71

As coberturas do preacutedio satildeo compostas por telhas trapezoidais em accedilo

galvanizado tendo calhas em concreto impermeabilizado para a coleta de aacuteguas

pluviais com tubos de queda em PVC de 100 mm com condutores horizontais

interligando as caixas de passagem e estas ao coletor puacuteblico

361 Aparelhos Existentes

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados quais eram os tipos de aparelhos

sanitaacuterios torneiras mictoacuterios existentes no CEFET-RJ Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua

37 Entrevistas com os Usuaacuterios

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

CEFET-RJ a fim de descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho Nos

questionaacuterios foram feitas perguntas que demonstrassem o tempo e a quantidade de

vezes que cada aparelho era utilizado no periacuteodo de ocupaccedilatildeo

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como um certo desinteresse na participaccedilatildeo por alguns membros da comunidade

Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com utilizaccedilatildeo

da foacutermula de caacutelculo amostral

72

Foacutermula de caacutelculo

Onde

n - amostra calculada N ndash populaccedilatildeo Z - variaacutevel normal padronizada associada ao niacutevel de confianccedila p - verdadeira probabilidade do evento e - erro amostral Erro amostral de 5 Niacutevel de confianccedila de 95

Foram aplicados questionaacuterios para funcionaacuterios professores e alunos com as

mesmas perguntas Os questionaacuterios utilizados nas entrevistas estatildeo apresentados

no Apecircndice A B e C

Para os funcionaacuterios da limpeza interna externa foram aplicados questionaacuterios

direcionados em funccedilatildeo das atividades desenvolvidas

Os resultados obtidos atraveacutes das entrevistas permitiram obter valores que

representam a frequecircncia e o tempo de utilizaccedilatildeo de cada tipo de aparelho sanitaacuterio

para o total geral da edificaccedilatildeo e por pessoa

38 Estimativa do Consumo de Aacutegua

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com base nos

dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos atraveacutes dos questionaacuterios

e o nuacutemero de pessoas que efetivamente utilizam cada aparelho Tambeacutem se

utilizaram no caacutelculo do consumo diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR

56261998

381 O caacutelculo de consumo meacutedio diaacuterio de aacutegua per capita por aparelhos

O Caacutelculo foi realizado com base no somatoacuterio da multiplicaccedilatildeo da frequecircncia

e tempo de uso obtido nas entrevistas e vazatildeo do aparelho dividido pelo nuacutemero de

pessoas entrevistadas

73

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

C meacutedio = consumo meacutedio por aparelho

fi=numero de vezes de utilizaccedilatildeo

ti= tempo em segundos de uso diaacuterio

n= amostras de pessoas entrevistadas

Q= vazatildeo do aparelho (litros por segundo)

382 Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

A estimativa dos consumos de aacutegua referentes agrave limpeza do preacutedio (que inclui

tambeacutem lavaccedilatildeo de paacutetios corredores sanitaacuterios e irrigaccedilatildeo de jardins) foi calculada

com base em entrevistas com os responsaacuteveis por tais atividades e natildeo por amostra

Consumo Atividade limpeza = Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega de

jardim

383 Avaliaccedilatildeo do Potencial de Economia de Aacutegua Potaacutevel

A fim de se estimar o potencial de economia proveniente da implantaccedilatildeo de um

sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial foi verificado o percentual de aacutegua potaacutevel

utilizado em fins natildeo potaacuteveis quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de agua residual pelas

evaporadoras de ar condicionado e tambeacutem foi estimado o volume ideal de

reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial

384 Percentual de Aacutegua Potaacutevel que Poderia Ser Substituiacutedo por Aacutegua Pluvial

Neste estudo considerou-se a utilizaccedilatildeo de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis em

descargas de vaso sanitaacuterio mictoacuterios irrigaccedilatildeo de jardins torneiras de usadas para

limpeza do preacutedio que tambeacutem inclui lavaccedilatildeo dos pavimentos

Atraveacutes da soma dos valores de consumo de aacutegua nas atividades consideradas

para fins natildeo potaacuteveis foi verificada a quantidade total de aacutegua potaacutevel que poderia

ser substituiacutedo por aacutegua pluvial

74

39 Reservatoacuterios de Aacutegua Pluvial

O reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial eacute um dos componentes mais

importantes de um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial o qual deve ser

dimensionado principalmente considerando os seguintes fatores demanda de aacutegua

pluvial aacutereas de captaccedilatildeo precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica e custos totais de implantaccedilatildeo

Para estimar o volume ideal do reservatoacuterio de aacutegua pluvial para o presente

estudo baseou-se nas aacutereas de cobertura da edificaccedilatildeo no consumo diaacuterio de aacutegua

em sanitaacuterios e mictoacuterios e atividades de limpeza na precipitaccedilatildeo da regiatildeo no

coeficiente de perdas e no total de aacutegua potaacutevel usada para fins natildeo potaacuteveis que

poderia ser substituiacuteda por aacutegua pluvial

310 Anaacutelise Econocircmica

Depois de verificado o potencial de economia de aacutegua potaacutevel seratildeo

verificados os custos para a implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento

de aacutegua pluvial e tambeacutem analisada sua viabilidade econocircmica

Esta anaacutelise econocircmica seraacute uma estimativa de custos que poderaacute servir como

referecircncia para novas instituiccedilotildees de ensino com padrotildees semelhantes que desejam

implantar um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial

Natildeo se tem um indicativo de que este sistema possa ser implantado no objeto

de estudo Os custos de implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de

aacutegua pluvial resumem-se em custos com obra de construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior

materiais e equipamentos necessaacuterios agrave implantaccedilatildeo

Deste modo fez-se uma planilha de quantitativos e custos dos valores

referentes a obra atraveacutes de preccedilos coletados no SINAPICEF e de materiais e

equipamentos necessaacuterios com empresas representantes e ou fabricantes

75

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA

Conforme abordado no capiacutetulo correspondente a metodologia optou-se

como um dos meios de aplicaccedilatildeo a validaccedilatildeo e investigaccedilatildeo desta metodologia

desenvolvida para uma Instituiccedilatildeo Federal de Ensino

41 Histoacuterico do Cefet-RJ

Atraveacutes de uma parceria entre o governo da Uniatildeo e o da Prefeitura do Distrito

Federal foi criada a Escola Normal de Artes e Ofiacutecios Wenceslau Braz versatildeo

primaacuteria do que vem a ser o CEFETRJ contemporaneamente Segundo CEFETRJ

(2007 paacuteg 14) os principais objetivos da escola eram de criar professores mestre e

contramestres para as instituiccedilotildees e escolas profissionais do Distrito Federal e entatildeo

Rio de Janeiro aleacutem de professores de trabalhos manuais para escolas primaacuterias do

Municiacutepio

De acordo com Maruyama (2013) apoacutes criaccedilatildeo de sua primeira forma teve

seus objetivos e estrutura atualizada transformando-se em Escola Teacutecnica Nacional

(ETN) em 1942 Jaacute em 1965 a Escola recebe nome Escola Teacutecnica Federal da

Guanabara poreacutem foi apenas em 1967 que a Escola passa a ser chamada de Escola

Teacutecnica Federal Celso Suckow da Fonseca

Hoje atraveacutes de seu histoacuterico de reconhecimento pela sociedade a Escola

Teacutecnica obteve expansatildeo geograacutefica passando a atuar com sede matriz a Unidade

Maracanatilde e demais seis outras Unidades descentralizadas pelo Rio e Janeiro (Nova

Iguaccedilu Maria da Graccedila Petroacutepolis Nova Friburgo Angra dos Reis e Itaguaiacute) e

educacional ofertando cursos regulares de ensino meacutedio educaccedilatildeo profissional

teacutecnica graduaccedilatildeo poacutes-graduaccedilatildeo aleacutem de atividades de pesquisa e de extensatildeo

411 Definiccedilatildeo de Instituiccedilotildees de Ensino Superior

De acordo com o artigo 21 da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo

Nacional (939496) a educaccedilatildeo escolar eacute formada por duas etapas principais

educaccedilatildeo baacutesica formada pela educaccedilatildeo infantil ensino fundamental e ensino meacutedio

II - educaccedilatildeo superior etapa posterior a educaccedilatildeo baacutesica cujo objetivo global eacute formal

76

profissionais e cidadatildeos aptos a exercerem suas funccedilotildees e promover o

desenvolvimento do paiacutes

A LDB (Lei 93941996) assume a coexistecircncia de instituiccedilotildees puacuteblicas e

privadas para a oferta de cursos superiores dizendo no Artigo 45 que a educaccedilatildeo

superior poderaacute ser ministrada em instituiccedilotildees de ensino superior de caraacuteter puacuteblico

ou privada com variados graus de abrangecircncia e particularizaccedilatildeo Visando

complementar a LDB e a esse artigo 7ordm do Decreto 38602001 classifica as instituiccedilotildees

de ensino superior quanto agrave sua organizaccedilatildeo acadecircmica em

Universidades - Satildeo caracterizadas pela oferta regular de atividades que

articulam trecircs principais pilares ensino de pesquisa e de extensatildeo

Centros Universitaacuterios - Os centros universitaacuterios satildeo instituiccedilotildees de

ensino superior pluri-curriculares comprovada pelo desempenho nos

cursos nas avaliaccedilotildees do MEC e que devem atender a comunidade

Centros Federais de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica - Satildeo instituiccedilotildees de ensino

superior especializados na oferta de educaccedilatildeo tecnoloacutegica nos

diferentes niacuteveis e modalidades de ensino O Centro Federal de

Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) seraacute a

instituiccedilatildeo alvo do presente estudo e se encaixa nessa classificaccedilatildeo

Faculdades Integradas faculdades institutos ou escolas superiores -

superiores orientados basicamente para o ensino satildeo voltadas para a

formaccedilatildeo de profissionais para o mercado de trabalho e natildeo se exigiratildeo

produccedilatildeo cientiacutefica e natildeo haacute exigecircncia de oferta cursos de poacutes-

graduaccedilatildeo

Por fim todas as instituiccedilotildees de ensino superior independente de sua

classificaccedilatildeo e dos cursos ofertados por estar diretamente submetidas as decisotildees do

MEC deve acatar com seus decretos e determinaccedilotildees pois estatildeo sob uma mesma

legislaccedilatildeo e regime Dentro das obrigatoriedades das IES pode ser destacado o

documento de caraacuteter estrateacutegico conhecido como Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI)

412 - Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) eacute um documento institucional

exigido pelo Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) e apresenta as principais estrateacutegicas e

77

posicionamento que a instituiccedilatildeo de ensino superior (IES) iraacute adotar em um periacuteodo

de tempo preacute-definido Eacute anaacutelogo ao Planejamento Estrateacutegico das empresas

privadas poreacutem com foco em resultados no sistema educacional processos internos

e desempenho dentro do cenaacuterio mutaacutevel da educaccedilatildeo no periacuteodo de vigecircncia

O Plano de Desenvolvimento Institucional ndash PDI eacute um documento elaborado para um periacuteodo de 5 (cinco) anos que identifica a Instituiccedilatildeo de Ensino Superior (IES) no que diz respeito agrave sua filosofia de trabalho agrave missatildeo a que se propotildee agraves diretrizes pedagoacutegicas que orientam suas accedilotildees agrave sua estrutura organizacional e agraves atividades acadecircmicas que desenvolve eou que pretende desenvolver (SAPIEnS 2007)

A lei 10861 (2004) instituiu o Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo

Superior (SINAES) Este sistema tem como objetivo buscar a melhoria da qualidade

da educaccedilatildeo superior monitorar a expansatildeo da oferta e aumento da eficiecircncia e

eficaacutecia institucional no acircmbito de ensino e impacto na sociedade Deve ser ainda um

sistema supervisor das IES no cumprimento de seus deveres institucionais como

identidade respeito a diversidade e afirmaccedilatildeo da autonomia Esta lei promoveu em

2006 a ediccedilatildeo do decreto Nordm 5773 que legitima a relevacircncia e obrigatoriedade do PDI

nas IES

O decreto Nordm 5773 (2006) descreve sobre as funccedilotildees de regulamentaccedilatildeo

acompanhamento e avaliaccedilatildeo das IES e cursos superiores de graduaccedilatildeo e

sequenciais no sistema de ensino federal No Art 15 satildeo descritas as exigecircncias para

uma instituiccedilatildeo ser credenciada ao MEC Eacute responsabilidade da IES possuir aleacutem de

documentos padratildeo como cumprimento de exigecircncias fiscais legais e regimento ou

estatuto o PDI eacute exigido devido ao seu caraacuteter de avaliaccedilatildeo de potencial capacidade

e objetivos de longo prazo como instituiccedilatildeo provedora de ensino superior O Art 16

apresenta ainda um roteiro de subsiacutedio na elaboraccedilatildeo do PDI com as exigecircncias que

o MEC determina

Neste contexto eacute possiacutevel identificar uma importante instituiccedilatildeo de ensino

superior do estado do Rio de Janeiro o Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica

Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) Uma instituiccedilatildeo com grande tradiccedilatildeo que ao

longo dos anos se diversificou alterou o escopo de ensino para ofertar de cursos de

cursos de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo direcionados para tecnologia e inovaccedilatildeo Eacute

necessaacuterio conhecer aacutes origens histoacutericos e fatores que influenciaram a consolidaccedilatildeo

do CEFETRJ para entender seu papel no cenaacuterio atual

78

413 - O PDI do CefetRJ

O Estatuto do CEFETRJ foi aprovado em 2005 pelo ministro da educaccedilatildeo

Fernando Haddad e instaurou a portaria nordm 3796 No capiacutetulo III sobre a Estrutura

Organizacional na Subseccedilatildeo VIII do Estatuto do CEFETRJ eacute estabelecida a criaccedilatildeo

da Diretoria de Gestatildeo Estrateacutegica (DIGES)oacutergatildeo responsaacutevel por conduzir o

processo de elaboraccedilatildeo validaccedilatildeo e publicaccedilatildeo dos DPI a cada quatro anos bem

como acompanhar a execuccedilatildeo dos planos e projetos definidos e ser o principal

fornecedor de informaccedilotildees sobre o desempenho da instituiccedilatildeo perante sociedade

ministeacuterio da educaccedilatildeo Uniatildeo e demais oacutergatildeos puacuteblicos a que a IES estaacute submetida

A construccedilatildeo do PDI eacute feita de maneira colaborativa e participativa por todos

os departamentos e secretarias que integram a instituiccedilatildeo Os entendimentos entre

todas as partes e consensos provisoacuterios devem ser estabelecidos para definir

objetivos comuns a todos que deveratildeo ser registrado e amplamente divulgado e

cascateado a todos os niacuteveis da instituiccedilatildeo Com isso o PDI deve ser apresentado

pela DIGES em um prazo de 150 a 60 dias agrave Comissatildeo para validar o produto final

conforme estabelecido no documento O processo deve ser concluiacutedo dentro do ano

anterior ao periacuteodo de vigecircncia do PDI em elaboraccedilatildeo

414 - Filosofia Missatildeo e Objetivos Institucionais

Os princiacutepios norteadores da filosofia satildeo expressos atraveacutes de seu Projeto

Pedagoacutegico integrando

A defesa das condiccedilotildees garantidoras de qualidade social para a educaccedilatildeo

puacuteblica viabilizada pela Rede Federal de Educaccedilatildeo Profissional Cientiacutefica e

Tecnoloacutegica em sua diversidade institucional reafirmaccedilatildeo da identidade institucional

vinculada agrave formaccedilatildeo de profissionais de diferentes niacuteveis no projeto de transformaccedilatildeo

de Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica em Universidade Tecnoloacutegica Federal

adoccedilatildeo de projetos de verticalizaccedilatildeo e integraccedilatildeo das atividades de ensino pesquisa

e extensatildeo da educaccedilatildeo baacutesica agrave poacutes-graduaccedilatildeo como caracteriacutestica metodoloacutegica

de formaccedilatildeo na aacuterea tecnoloacutegica middot consolidaccedilatildeo de poliacuteticas de ensino pesquisa e

extensatildeo que compromissadas com o desenvolvimento nacional e regional a

disseminaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimento a formaccedilatildeo de pessoas e a

responsabilidade social e eacutetica continuem a legitimar a atuaccedilatildeo institucional junto agrave

79

sociedade preservaccedilatildeo e sustentaccedilatildeo da autonomia institucional definida em lei

aperfeiccediloamento permanente dos processos de gestatildeo democraacutetica e

descentralizaccedilatildeo gerencial nas instacircncias acadecircmicas e administrativas mediante

adoccedilatildeo de estruturas colegiadas mecanismos de participaccedilatildeo de todos os segmentos

da comunidade interna socializaccedilatildeo de informaccedilotildees e transparecircncia na utilizaccedilatildeo de

recursos middot observacircncia de aspectos inerentes ao caraacuteter puacuteblico e de identidade

formadora da Instituiccedilatildeo valorizaccedilatildeo do ser humano e do trabalho respeito agrave

pluralidade e divergecircncias de ideacuteias sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza adesatildeo

agrave tecnologia a serviccedilo da promoccedilatildeo humana compromisso social diaacutelogo constante

e parcerias com instituiccedilotildeesentidades representativas da sociedade

responsabilidade funcional e eacutetica (PDI 2010)

No que se refere a sua missatildeo institucional levando-se em consideraccedilatildeo agrave RS

assumida perante a sociedade cabe ao CEFETRJ

Promover a educaccedilatildeo mediante atividades de ensino pesquisa e extensatildeo que

propiciem de modo reflexivo e criacutetico na interaccedilatildeo com a sociedade a formaccedilatildeo

integral (humaniacutestica cientiacutefica e tecnoloacutegica eacutetica poliacutetica e social) de profissionais

capazes de contribuir para o desenvolvimento cultural tecnoloacutegico e econocircmico dessa

mesma sociedade (PDI 2010)

Neste sentido seus principais objetivos satildeo

ministrar educaccedilatildeo profissional teacutecnica de niacutevel meacutedio de forma

articulada com o ensino meacutedio destinada a proporcionar habilitaccedilatildeo

profissional para diferentes setores da economia

ministrar ensino superior de graduaccedilatildeo e de poacutes-graduaccedilatildeo lato sensu

e stricto sensu visando agrave formaccedilatildeo de profissionais e especialistas na

aacuterea tecnoloacutegica

ministrar cursos de licenciatura bem como programas especiais de

formaccedilatildeo pedagoacutegica nas aacutereas cientiacutefica e tecnoloacutegica

ofertar educaccedilatildeo continuada por diferentes mecanismos visando agrave

atualizaccedilatildeo ao aperfeiccediloamento e agrave especializaccedilatildeo de profissionais na

aacuterea tecnoloacutegica

realizar pesquisa estimulando o desenvolvimento de soluccedilotildees

tecnoloacutegicas de forma criativa e estendendo seus benefiacutecios agrave

comunidade

80

promover a extensatildeo mediante integraccedilatildeo com a comunidade

contribuindo para o seu desenvolvimento e melhoria da qualidade de

vida desenvolvendo accedilotildees interativas que concorram para a

transferecircncia e o aprimoramento dos benefiacutecios e conquistas auferidos

na atividade acadecircmica e na pesquisa aplicada

estimular a produccedilatildeo cultural o empreendedorismo o desenvolvimento

cientiacutefico e tecnoloacutegico o pensamento reflexivo com responsabilidade

social (PDI 2010)

As Instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) e Meacutedio Teacutecnico satildeo autarquias

vinculadas ao Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que tem como atividade fim prover

educaccedilatildeo de qualidade e desenvolver a sociedade como um todo sempre em

consonacircncia com poliacuteticas leis e decretos vigentes As IES devem a cada quatro anos

apresentar o seu Planejamento Institucional (PDI) que eacute anaacutelogo ao Planejamento

Estrateacutegico empresarial e documento obrigatoacuterio exigido pelo MEC

Em suma o CEFETRJ eacute uma Instituiccedilatildeo que atua nos diferentes niacuteveis da

educaccedilatildeo e tem por objetivo a formaccedilatildeo de profissionais capazes de atuar intervir e

aplicar conhecimentos teacutecnicos e cientiacuteficos sem desconsiderar a dinacircmica

econocircmica e social bem como o desenvolvimento das regiotildees onde suas unidades

estatildeo inseridas

42 Sobre o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais

Para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais que satildeo produzidas

pelas unidades evaporadoras de ar condicionado foi realizado ensaios em aparelhos

com capacidades variadas utilizando uma proveta graduada para coleta com

mangueira interligada a saiacuteda do dreno da unidade evaporadora de forma a

quantificar a produccedilatildeo a cada hora para obtenccedilatildeo da media de produccedilatildeo admitindo

um padratildeo modular de 12000 BTUsh conforme figuras x

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs

81

Fonte Autor deste trabalho 2017

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca

Equipamento Split 24000 BTUs -Elgin

Hora Temperatura

( Graus Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

1230h 27 0

1330hr 23 500

1430hr 21 650

1530hr 21 630

1630hr 21 590

1730hr 21 610

1830hr 21 585

MEacuteDIA 50929

Fonte autor deste trabalho 2017

82

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores

Equipamento Split 12000 BTUs -Komeco

Hora Temperatura( Graus

Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

800h 30 0

900h 27 190

1000hr 23 250

1100hr 21 340

1200hr 21 290

1300hr 21 310

1400hr 21 285

MEacuteDIA 23786

Fonte autor deste trabalho 2017

Diferentemente do que foi encontrado na literatura obteve- se uma

media de 24905 mlhora para cada 12000 BTUs hora (British termal Units-

Unidade Teacutermica Britacircnica) variaccedilatildeo explicada pelas condiccedilotildees

psicomeacutetricas ou seja o processo de condensaccedilatildeo estaacute diretamente

relacionado a as condiccedilotildees climaacuteticas externas quanto maior a umidade

maior seraacute a quantidade de aacutegua gerada pelo processo De acordo com Mota

et al(2011) em meacutedia um ar com 12000 BTUs apresentou produccedilatildeo de

300mlhora valor proacuteximo ao encontrado por Fortes et al (2015) meacutedia de

309mlhora para unidade de mesma capacidade

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento

PAV CAPTOTAL EM BTUh

FUNCIONAMENTO

(hrdia)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(lhr)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(ldia)

T 18000 12 037 448

1ordm 650000 10 1349 13490

2ordm 676000 8 1403 11224

3ordm 806000 14 1673 23419

4ordm 786000 12 1631 19575

5ordm 676000 12 1403 16836

SOMA 3612000

84992 litros dia

Fonte Setor de manutenccedilatildeo

83

Tendo em vista a diversidade de utilizaccedilatildeo do Preacutedio Bloco E

(Bibliotecas Coordenaccedilotildees Salas de aula e Ambientes administrativos) foram

atribuiacutedos tempos de uso compatiacuteveis com o funcionamento de cada

ambiente

O reuso das aguas de condensaccedilatildeo que seriam desperdiccediladas

apresentam potencial de reuso com custo relativamente baixo cabendo

somente a interligaccedilatildeo dos drenos a rede de captaccedilatildeo de aguas pluviais

conforme pode ser observado na figura 15 e reservatoacuterio para que esta seja

usada para fins natildeo potaacuteveis

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP

84

Aacuterea de Coleta de agua de chuva

Para estimar o volume do reservatoacuterio foi necessaacuterio o calculo da aacuterea que seraacute

utilizada para captaccedilatildeo das aguas pluviais que foi considerada a aacuterea de cobertura do

bloco E figura 16 que e composta de telhas trapezoidais em accedilo galvanizado

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E

De acordo com a NBR 15527 a aacuterea de captaccedilatildeo para dimensionamentos eacute a

aacuterea em metros projetada na horizontal da superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde

a aacutegua da chuva eacute captada (ABNT 2007)

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E

PREacuteDIO AacuteREA ( msup2 )

BLOCO E 134670

TOTAL 134670

Fonte Autor do presente trabalho

Segundo Tomaz (2015) haacute uma variaccedilatildeo entre o volume de aacutegua precipitado e

o volume que seraacute coletado O coeficiente de Runoff ou coeficiente de escoamento

superficial eacute a relaccedilatildeo entre o volume de aacutegua de chuva que escoa superficialmente

e o volume total de aacutegua precipitada no telhado que iraacute variar de acordo com a

superfiacutecie conforme quadro 9

85

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff

Tipo de telha Coeficiente de Runoff

Ceracircmica 08 a 09

Ceracircmica esmaltada 09 a 095

Corrugada metaacutelica 08 a 09

Cimento amianto 08 a 09

Plaacutestico 09 a 095 Fonte TOMAZ (2015)

Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rio que foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca A estaccedilatildeo

estaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm57 185S longitude 43ordm14 538W A

escolha desta estaccedilatildeo meteoroloacutegica se deu pela proximidade do CEFET-RJ e por

possuir grande volume de informaccedilatildeo armazenado pelo Sistema Alerta Rio Os dados

fornecidos incluem informaccedilotildees sobre precipitaccedilotildees no periacuteodo de 01012007 a

31122015 Conforme pode ser observado na tabela x

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

REGIME DE CHUVA

Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica_ Jan 2007Dezembro 2015 (ml)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 MEacuteDIA

JAN 127 1856 2724 2202 1036 180 3538 288 788 19378

FEV 1176 1248 1222 624 874 144 834 304 848 9093

MAR 142 2466 944 3386 1496 91 358 986 1368 19098

ABR 1182 2186 2372 4962 3174 1008 85 177 1184 23360

MAI 202 736 552 898 1714 996 1692 458 40 11833

JUN 67 62 732 712 398 1478 426 106 1312 9260

JUL 166 448 1098 127 466 466 1718 1006 134 10333

AGO 178 1458 582 328 362 206 222 484 104 4905

86

Fonte Sistema Alerta Rio

Potencial de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Para a determinaccedilatildeo do volume que pode ser aproveitado foi utilizado a aacuterea

de cobertura do preacutedio estudado a meacutedia das precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de

janeiro de 2007 a dezembro de 2015 bem como o coeficiente de runoff de 090 em

funccedilatildeo do material existente na cobertura utilizou-se a metodologia aplicada por Ghisi

et al (2017) e Lina et al (2011) desta forma foi calculado atraveacutes da equaccedilatildeo abaixo

e demonstrado no quadro 10

V= PAC1000

Onde V= volume mensal de chuva em m3

A=aacuterea total de captaccedilatildeo em m3

C= coeficiente de runoff

1000= fator de conversatildeo para m3

SET 394 1118 1322 582 572 1246 75 474 130 9698

OUT 2076 92 2256 1756 1382 744 888 542 32 13605

NOV 2202 2048 1292 1082 33 1198 1384 822 1974 15415

DEZ 2506 1284 4622 2876 1726 282 221 404 804 20893

15476 16388 19718 20678 1353 10478 18092 8598 10536

87

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua

POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AacuteGUA DE CHUVA

BLOCO E

MEcircS PRECIPITACcedilAtildeO MEacuteDIA

MENSAL AacuteREA COBERTURA

COEFICIENTE DE RUNOFF

VOLUME APROVEITAacuteVEL (m sup3)

JAN 19378 13467 09 23486

FEV 90925 13467 09 1102

MAR 19098 13467 09 23147

ABR 2336 13467 09 28313

MAI 118325 13467 09 14341

JUN 926 13467 09 11223

JUL 103325 13467 09 12523

AGO 4905 13467 09 5945

SET 96975 13467 09 11754

OUT 13605 13467 09 1649

NOV 15415 13467 09 18683

DEZ 208925 13467 09 25322 TOTAL ANUAL 202248

Fonte O autor do presente trabalho

Foram utilizadas as meacutedias de precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de 2007 a

2015 e observa-se que o mecircs de agosto com menor iacutendice de precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica para a seacuterie histoacuterica

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados todos os banheiros existentes no

preacutedio estudado verificando vazamentos tipos de torneira vasos sanitaacuterios e

mictoacuterios e foram identificadas torneiras temporizadas nos lavatoacuterios e mictoacuterios que

apresentavam tempo excessivo para fechamento as mesmas foram reguladas pela

equipe de manutenccedilatildeo e instalados redutores de vazatildeo Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua que poderiam ser substituiacutedas por

agua natildeo potaacutevel

88

Definiccedilatildeo da populaccedilatildeo do preacutedio estudado

Para definiccedilatildeo da demanda do preacutedio estudado se fez necessaacuterio determinar a

populaccedilatildeo que utiliza o bloco E objeto do estudo de caso quantificando a meacutedia diaacuteria

de docentes teacutecnicos administrativos discente e tercerizados conforme quadro 11

Quadro 11 - Populaccedilao

POPULACcedilAtildeO BLOCO E

POPULACcedilAtildeO DIAS DA SEMANA

TOTAL SEG TERCcedilA QUARTA QUINTA SEXTA

Professores 75 75 75 75 75 375

Teacutecnicos Administrativo 135 135 135 135 135 675

Alunos 1150 1150 1150 1150 1150 5750

Visitantes da Biblioteca 80 80 80 80 80 400

Terceirizados 10 10 10 10 10 50

TOTAL 1450 1450 1450 1450 1450

Fonte O autor do presente trabalho

Com a determinaccedilatildeo da meacutedia de utilizaccedilatildeo da populaccedilatildeo foi verificado na

literatura as demanda encontradas por diversos autores

Segundo Gonccedilalves (2002 ) apud Silva (2004) edifiacutecios puacuteblicos e escolas tipo

externato possuem demanda diaacuteria na ordem de 50lpessoa dia

Kamers (2004) em seu estudo de 10 edifiacutecios puacuteblicos na cidade de

Florianoacutepolis encontrou demanda de 367 lpessoa dia

Marinoski (2008) obteve demanda de 155 lpessoa dia para fins natildeo potaacuteveis

em uma instituiccedilatildeo de niacutevel superior na cidade de Florianopolis-SC

Salla et al(2013)encontrou demanda de 20 a 30 laluno dia em um bloco de

salas de aula da UFU

Em funccedilatildeo das variaccedilotildees apresentadas na literatura e pelo preacutedio objeto do

estudo natildeo apresentar micromediccedilatildeo ou seja a entrada da concessionaacuteria CEDAE

atende diversas edificaccedilotildees na instituiccedilatildeo adotou-se questionaacuterio de forma a

quantificar a demanda dos equipamentos sanitaacuterios possiacuteveis de acordo com a

legislaccedilatildeo de utilizaccedilatildeo de aguas pluviais

43 Anaacutelise dos Resultados das entrevistas realizadas

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

89

CEFET-RJ questionaacuterios que se encontram no apecircndice A B e C com a finalidade de

descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho de forma a quantificar o consumo de

agua potaacutevel nos equipamentos

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com

utilizaccedilatildeo da foacutermula de caacutelculo amostral Chegou-se a uma amostra de 304 Foram

distribuiacutedos 400 questionaacuterios dos quais retornaram 320 o que gerou os graacuteficos

abaixo para determinaccedilatildeo do numero de vezes e tempo de uso dos equipamentos

sanitaacuterios

Caacutelculo de utilizaccedilatildeo da bacia sanitaacuteria

Foi considerado a utilizaccedilatildeo por cinco dias semanais no caso adotado 20 dias

uteis e utilizada a vazatildeo de 170 litros segundo no caso das bacias sanitaacuterias e 015

litrossegundo para mictoacuterios segundo a NBR 56261998

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

Onde

C Meacutedio = consumo meacutedio

Fi = nuacutemero de vezes de utilizaccedilatildeo

Ti = tempo em segundos por acionamento

Q = vazatildeo de acordo com a norma

90

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Populaccedilatildeo diaacuteria 1450

Nuacutemero de acionamentos descarga bacia sanitaacuteria

1 vez 16 1450 usuaacuterios 1 vez = 232 vezes

2 vezes 16 1450 usuaacuterios 2 vezes = 464 vezes

3 vezes 30 1450 usuaacuterios 3 vezes = 1305 vezes

4 vezes 14 1450 usuaacuterios 4 vezes = 802 vezes

5 vezes 5 1450 usuaacuterios 5 vezes = 362 vezes

6 vezes 4 1450 usuaacuterios 6 vezes = 348 vezes

7 vezes 5 1450 usuaacuterios 7 vezes = 507 vezes

Total de acionamentos 4031

91

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de bacia sanitaacuteriadia

1 seg 5 4031 1 17 = 342

2 seg 12 4031 2 17 = 822

3 seg 13 4031 3 17 = 890

4 seg 12 4301 4 17 = 822

5 seg 22 4031 5 17 = 150

6 seg 11 4031 6 17 = 753

7 seg 4 4031 7 17 = 274

8 seg 8 4031 8 17 = 548

9 seg 5 4031 9 17 = 342

10 seg 3 4031 10 17 = 205

Logo o consumo meacutedio das bacias sanitaacuterias foi de 6510dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 130200Lmecircs ou 1302m3

92

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Nuacutemero de acionamentos de descarga mictoacuterio

1 vez 14 870 usuaacuterios 1 vez = 121

2 vezes 10 870 usuaacuterios 2 vezes = 174

3 vezes 21 870 usuaacuterios 3 vezes = 548

4 vezes 26 870 usuaacuterios 4 vezes = 904

5 vezes 12 870 usuaacuterios 5 vezes = 522

6 vezes 2 870 usuaacuterios 6 vezes = 174

7 vezes 2 870 usuaacuterios 7 vezes = 121

8 vezes 3 870 usuaacuterios 8 vezes = 208

Total de acionamentos 2772

93

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de mictoacuteriodia

1 seg 5 2772 1 015 = 20

2 seg 12 2772 2 015 = 99

3 seg 13 2772 3 015 = 162

4 seg 12 2772 4 015 = 99

5 seg 22 2772 5 015 = 457

6 seg 11 2772 6 015 = 274

7 seg 4 2772 7 015 = 116

8 seg 8 2772 8 015 = 260

9 seg 9 2772 9 015 = 187

10 seg 3 2772 10 015 = 124

Logo o consumo meacutedio de mictoacuteriodia foi de 1804dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 36080mecircs ou 3608m3

Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

As informaccedilotildees foram prestadas pelos responsaacuteveis pela limpeza interna e

externa atraveacutes dos questionaacuterios aplicados

Consumo Atividade de limpeza=Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega

de jardim

Consumo de atividades de limpeza = 1104 m3 mensal

94

Consumo per capta de uso natildeo potaacutevel 86821450 = 598 litrosdia

Dimensionamento do reservatoacuterio de aguas pluviais

Segundo a Norma Brasileira NBR 155272007 satildeo apresentados 6 meacutetodos

de dimensionamento de reservatoacuterios cabendo ao projetista a escolha do meacutetodo

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo onde o volume do

reservatoacuterio seraacute o menor valor entre 6 do volume de captaccedilatildeo de agua pluvial anual

e 6 da demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Vx006

V adotado = miacutenimo Dx006

Onde

V adotado= volume do reservatoacuterio

V= volume aproveitaacutevel anual de agua de chuva

D= demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Demanda anual por agua natildeo potaacutevel

Limpeza 1104 m3mecircs x 12= 13248 m3

Vaso sanitaacuterio 1302 m3mecircs x 12 = 156240m3

Mictoacuterio 3608m3mesx12 = 43296 m3

Total 17732 m3mecircs 12= 212784 m3

Volume aproveitaacutevel de aguas pluviais = 202248 m3

V adotado= V x006 = (202248x006) = 12134m3

V adotado= D x006= (212784x006) = 12767m3

Tendo em vista os resultados apresentados adotou-se um reservatoacuterio inferior

com capacidade de 120000 litros em concreto armado conforme projeto no apecircndice

D tendo como base a Planta Baixa apresentado na figura 17 E de acordo com a

demanda diaacuteria foi definido reservatoacuterio superior em polietileno com capacidade de

5000 litros

95

Figura 17 - Planta baixa

FonteO autor do presente trabalho

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria

Fonte Adaptada pelo autor do presente trabalho do Sistema Orccedila fascio

96

Item Coacutedigo Banco Descriccedilatildeo Tipo Und Quant Valor

Unit

Valor Unit

com BDI

Total

1 Movimento de Terra 190190

11 72917 SINAPI

ESCAVACAO MECANICA DE VALA EM MATERIAL 2A

CATEGORIA DE 201 ATE 400 M DE PROFUNDIDADE COM

UTILIZACAO DE ESCAVADEIRA HIDRAULICA

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 13000 1198 1463 190190

2 Remoccedilotildees 862616

21 72897 SINAPICARGA MANUAL DE ENTULHO EM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 23800 2346 2864 681632

22 72900 SINAPI

TRANSPORTE DE ENTULHO COM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3 RODOVIA PAVIMENTADA DMT 05 A

10 KM

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 16800 535 653 109704

23 93377 SINAPI

REATERRO MECANIZADO DE VALA COM

RETROESCAVADEIRA (CAPACIDADE DA CACcedilAMBA DA

RETRO 026 Msup3 POTEcircNCIA 88 HP) LARGURA DE 08 A

15 M PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M COM SOLO (SEM

SUBSTITUICcedilAtildeO) DE 1ordf CATEGORIA EM LOCAIS COM ALTO

NIacuteVEL DE INTERFEREcircNCIA AF_042016

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 7200 811 990 71280

3 Estrutura 6177729

31 95241 SINAPI

LASTRO DE CONCRETO E = 5 CM PREPARO

MECAcircNICO INCLUSOS LANCcedilAMENTO E ADENSAMENTO

AF_07_2016

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 5000 2404 2935 146750

32 5970 SINAPIFORMA TABUA PARA CONCRETO EM FUNDACAO C

REAPROVEITAMENTO 2X

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 22000 6684 8161 1795420

33 94052 SINAPI

ESCORAMENTO DE VALA TIPO DESCONTIacuteNUO COM

PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M LARGURA MAIOR OU

IGUAL A 15 M E MENOR QUE 25 M EM LOCAL COM NIacuteVEL

ALTO DE INTERFEREcircNCIA AF_062016

ESCO -

ESCORAMENTOmsup2 7000 3602 4398 307860

34 83515 SINAPI

ESCORAMENTO FORMAS DE H=330 A 350 M COM

MADEIRA 3A QUALIDADE NAO APARELHADA

APROVEITAMENTO TABUAS 3X E PRUMOS 4X

ESCO -

ESCORAMENTOmsup3 12000 1500 1832 219840

35 90861 SINAPI

CONCRETAGEM DE EDIFICACcedilOtildeES (PAREDES E LAJES)

FEITAS COM SISTEMA DE FOcircRMAS MANUSEAacuteVEIS COM

CONCRETO USINADO BOMBEAacuteVEL FCK 20 MPA

LANCcedilADO COM BOMBA LANCcedilA - LANCcedilAMENTO

ADENSAMENTO E ACABAMENTO AF_062015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup3 3050 40775 49786 1518473

36 92921 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 125 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 15300 779 951 145503

37 92919 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 100 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 2800 976 1192 33376

38 92917 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 80 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 68700 1217 1486 1020882

39 92916 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 63 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 60900 1331 1625 989625

Descriccedilatildeo do Orccedilamento Bancos Utilizados BDI Encargos Sociais

CONSTRUCcedilAtildeO DE CISTERNA SINAPI - 072017 - RJ

ORSE - 062017 - SE

SEDOP - 042017 - PA

SEINFRA - 024 - CE

SICRO2 - 112016 - RJ

SETOP - 072017 - MG

IOPES - 052017 - ES

SIURB - 012017 - SP

SUDECAP - 032017 - MG

FDE - 042017 - SP

CPOS - 072017 - SP

AGETOP CIVIL - 102016 -

GO

CAEMA - 052016 - MA

2210 00 - Natildeo Desonerada

Total Geral R$ 7230535

Planilha Orccedilamentaacuteria Sinteacutetica

Total sem

BDI

R$ 5921991

Total do BDI R$ 1308544

97

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio

Fonte O autor do presente trabalho

ANAacuteLISE DE SIMULACcedilAtildeO DO RESERVATOacuteRIO

Coeficiente de runoff (CR) = 09

Volume do reservatoacuterio (msup3) = 120

Meses Chuva meacutedia mensal

Demanda mensal

Aacuterea de captaccedilatildeo

Volume de chuva

mensal

Volume do reservatoacuterio

fixado

Volume do reservatoacuterio

no tempo (t-1)

Volume do reservatoacuterio no tempo (t)

Overflow Suprimento de aacutegua externo

(mm) (msup3) (msup2) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3)

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7 Coluna 8 Coluna 9 Coluna 10

Janeiro 19378 17732 13467 235 120 0 120 0 0

Fevereiro 9093 17732 13467 110 120 120 5268 0 0

Marccedilo 19098 17732 13467 231 120 5268 10636 0 0

Abril 2336 17732 13467 283 120 10636 120 9204 0

Maio 11833 17732 13467 143 120 120 8568 0 0

Junho 926 17732 13467 112 120 8568 2036 0 0

Julho 10332 17732 13467 125 120 2036 -3196 0 3196

Agosto 4905 17732 13467 59 120 0 -11832 0 11832

Setembro 9698 17732 13467 118 120 0 -5932 0 5932

Outubro 13605 17732 13467 165 120 0 -1232 0 1232

Novembro 15415 17732 13467 187 120 0 968 0 0

Dezembro 20893 17732 13467 253 120 968 8536 0 0

Total 16687 212784 2021 9204 22192

98

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo na conta como pode ser

observado no apendice E pois satildeo realizadosdiversas atividades como lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de feacuterias

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha

Fonte O autor do presente trabalho 2017

Foi realizada analise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio com base na capacidade

encontrada atraveacutes do metodo praacutetico alematildeo 12000 m3 onde pode-se observar

overflow (transbordamento) de 9204 m3 para o mecircs de abril e necessidade de

suprimento de agua externo da concessionaria CEDAE para os meses julho a outubro

perfazendo um total 22192m3 Tendo em vista um uacutenico mecircs de transbordamento e

4 meses de necessidade de abastecimento externo verificou-se que o aumento do

reservatoacuterio para evitar o transbordamento poderia inviabilizar o projeto com o

aumento do custo de construccedilatildeo e o reservatorio ficaria ocioso tendo em vista a

precipitaccedilatildeo pluviometrica insuficiente para o atendimento pleno da demanda nos

meses de julho a outubro

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo significativa no consumo

como pode ser observado no apecircndice E pois satildeo realizados lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de ferias

Coluna 1 = Meses

Coluna 2 = Intensidade pluviomeacutetrica mensal

Coluna 3 = Demanda mensal de aacutegua pluvial da edificaccedilatildeo

Coluna 4 = Aacuterea de captaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Coluna 5 = (Coluna 2) x (Coluna 4) x (Coeficiente de runoff) (100)

Coluna 6 = Corresponde ao volume definido para o reservatoacuterio

Coluna 7 = Se (Coluna 8 mecircs anterior) for menor que zero adotar zero

Se (Coluna 8 mecircs anterior) for maior ou igual a zero adotar o valor

Valor de janeiro igual a zero

Coluna 8 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for maior que (Coluna 6) adotar o valor da (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3)

Valor de janeiro igual o volume do reservatoacuterio

Coluna 9 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for maior que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna3) - (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar zero

Coluna 10 = Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for menor que zero adotar -((Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3))

Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for igual ou maior que zero adotar zero

Descriccedilatildeo da planilha

99

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior

A localizaccedilatildeo para construccedilatildeo do reservatoacuterio de aguas pluviais foi realizada

com base no menor nuacutemero de intervenccedilotildees uma vez que as caixas de inspeccedilotildees jaacute

se encontram instaladas e houve apenas a interceptaccedilatildeo para o reservatoacuterio e desvio

de interligaccedilatildeo a rede publica para recebimento do excedente e material dispensado

pelo filtro e ou sifatildeo ladratildeo

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais

Elaborado pelo autor deste trabalho com base equipamentos 3p tecnickacquasave

100

Equipamentos utilizados com suas funccedilotildees e caracteriacutesticas

Filtro FV 6 Filtro de aacutegua da chuva para aacutereas de captaccedilatildeo maiores Precisa

ser instalado dentro um poccedilo teacutecnico (Oslash 1200 mm) Graccedilas a seu sistema duplo de

limpeza (peneira grossa depois fina) ele possui uma significativa eficaacutecia em funccedilatildeo

da forte inclinaccedilatildeo do miolo filtrante a sujeira separada eacute continuamente encaminhada

para a galeria pluvial A saiacuteda para a galeria eacute conectada ao poccedilo teacutecnico

A sujeira cai no fundo do poccedilo e eacute carregada quando chove mais forte

Capacidade relativa de processamento conforme norma DIN 1986 de ateacute 2433 msup2

com uma precipitaccedilatildeo de 300 litros (seg x ha)Conexatildeo Entrada 2 x DN 250 Conexatildeo

p cisterna DN 200 Saiacuteda para a galeria DN 250 Desniacutevel da entrada para a saiacuteda da

aacutegua 320 mm Frequecircncia de manutenccedilatildeo conforme a incidecircncia de sujeira 2 a 4

vezes ao ano Trama da tela 0390 x 0980 mm Peacutes hastes roscadas com porcas de

accedilo inox medindo 250 mm Peso 395 kg

Conjunto mangueira boia 1rdquo por estar flutuando proporciona a captaccedilatildeo da

aacutegua no ponto do reservatoacuterio em que estaacute mais limpa evitando a captaccedilatildeo de

resiacuteduos decantados no fundo da cisterna ou em suspensatildeo na superfiacutecie da aacutegua

Possui uma segunda peneira em sua extremidade garantindo assim que nenhum

resiacuteduo existente possa ser sugado e enviado para o reservatoacuterio superior Diacircmetro

da boia 200 mm Comprimento 25 metros Conexatildeo 1 Peso 32 kg

Realimentador 1-12 - Industrial O realimentador tem por finalidade manter o

abastecimento de aacutegua do sistema pluvial quando natildeo houver aacutegua de chuva Uma

vaacutelvula solenoide unidirecional comandada por uma boia de niacutevel libera a entrada de

aacutegua da rede para que o sistema natildeo entre em colapso A boia de niacutevel deve ser

regulada de modo a liberar a entrada de aacutegua somente num niacutevel baixo da cisterna

natildeo interferindo no funcionamento regular do sistema de aacutegua de chuva ou seja sua

regulagem deve ser ajustada para funcionamento somente quando a caixa ou a

cisterna estiver em niacuteveis baixos quando a bomba que recalca a aacutegua de chuva natildeo

eacute mais acionada

Sifatildeo ladratildeo industrial 200 mm Sifatildeo com barreira contra odores e succcedilatildeo da

aacutegua na superfiacutecie sem invasatildeo de roedores que satildeo barrados pela chapa perfurada

de accedilo inox Para a qualidade constante da aacutegua eacute importante que a cisterna

transborde regularmente o sifatildeo ind DN 200 eacute conectado por um tubo plaacutestico de 200

101

mmconexatildeo 200 mmmaterial polietilenobarreira antirroedores accedilo inox dimensotildees

375 x 659 x 765 mm Peso 75 kg

Freio Drsquoaacutegua Industrial 200 mm O produto serve para frear e inverter o fluxo da

aacutegua que entra na cisterna Partiacuteculas finas de sujeira que ficaram retidas na aacutegua

lentamente descem para o fundo e uma camada de sedimentos se cria que exerce

uma influecircncia positiva sobre a aacutegua de chuva armazenada Cisternas com uma

camada de sedimentos apresentam uma aacutegua mais liacutempida

Clorador acquanova com funcionamento em circuito fechado com proteccedilatildeo

contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo interno 320 pastilhas variando de 0640 kg

com vazatildeo de operaccedilatildeo lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Conjunto de 02 bombas centrifugas monoestaacutegio BC 91- rotor fechado em

atendimento a altura manomeacutetrica total de 20 metros e vazatildeo de 53 m3h compatiacutevel

com o reservatoacuterio superior de 5000 litros

Tratamento quiacutemico mensal da agua pluvial

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR 152227

recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgl e 30 mgl em qualquer

ponto do sistema de abastecimento neste estudo de caso foi previsto dosador de

cloro em pastilhas que apresenta consumo de 9 gramasm3 com estimativa de

consumo mensal de de 1742 gramasmecircs para a quantidade de agua a ser recalcada

de 8800 litros dia sendo os ajustes de vazatildeo a serem realizados atraveacutes da equipe

de manutenccedilatildeo de forma manual atraveacutes dos ajustes de registros que seratildeo

realizados em funccedilatildeo dos valores aferidos pelo kit de dosagem de cloro residual e

comparados a norma citada

Avaliaccedilatildeo do percentual de economia de agua potaacutevel nas atividades de

limpeza jardinagem bacias sanitaacuterias e mictoacuterios

Potencial de captaccedilatildeo de agua de chuva + potencial de produccedilatildeo de agua por

condensaccedilatildeo das unidades evaporadores- overflow= total de aguas utilizaveis em

usos menos nobres

202248m3 + 19200m3 - 9204 m3 = 212244 m3 total utilizavel

Demanda anual para uso natildeo potavel = 212784 m3

Percentual de economia de agua potavel = 9974

Os valores abaixo apresentam o custo por m3 do preccedilo cobrado pela

concessionaria CEDAE para o consumo de agua da rede publica

102

Custo de agua por faixa de consumo categoria publica

Consumo m3 valor

0 a 15 51036364

gt 15 11289924

Beneficio mensal com reduccedilatildeo de custo na conta de agua

A instituiccedilatildeo em estudo estaacute ligada agrave rede puacutebica de coleta de

esgoto portanto o custo de aacutegua tratada foi acrescido com o custo de

coleta de esgoto O custo de coleta de esgoto e idecircntico ao custo da agua

potaacutevel conforme pode ser observado no apecircndice F

total utilizavel ano12= 212234 m3 12 = 17686 m3

17686x 11289924 x 2= R$ 399347 mensal

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais

Equipamentos Quant Custo Vida Uacutetil

Reservatoacuterio Inferior 120000L Reservatoacuterio Superior 5000L Filtro Aquasave VF6 250mm Conjunto Flutuante de succcedilatildeo (Mangueira e boia) Realimentador 1 12rsquorsquo Sifatildeo ladratildeo 200mm Freio drsquoaacutegua 200mm Automaacuteticos superior e inferior Moto Bomba 1 cv Conexotildees pvc fios e disjuntores referente as instalaccedilotildees das bombas e prumadas de abastecimento (custo estimado 5) Clorador

01

01

Cj

02

02

Cj

01

R$ 7230535 R$ 179000 R$ 1414958 R$ 4800 R$ 198200 R$ 456324 R$ 99000

ge 50 anos 5 anos 10 anos 1 ano 2 anos 20 a 25 2 anos

Total R$ 9582817

Os custos de implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial para

posterior anaacutelise de viabilidade econocircmica Estes custos satildeo relativos aos gastos para

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior aquisiccedilatildeo de materiais equipamentos

Dentre os custos apresentados foi considerado somente matildeo de obra na

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior conforme pode ser observado na planilha

orccedilamentaria sinteacutetica na instalaccedilatildeo dos demais equipamentos e manutenccedilatildeo foi

103

considerada matildeo de obra da proacutepria da instituiccedilatildeo uma vez que a mesma conta com

equipe de manutenccedilatildeo hidraacuteulica e eleacutetrica bem como natildeo foi considerado custo de

energia eleacutetrica pois a altura de recalque e semelhante a da agua tratada

consequentemente natildeo implicando em acreacutescimos a conta de energia

Anaacutelise econocircmica

A anaacutelise econocircmica procura determinar as possibilidades de sucesso em

funccedilatildeo do tempo de retorno do investimento econocircmico e financeiro quanto maior o

payback maior o tempo necessaacuterio para que o investimento retorne e maiores os

riscos envolvidos

Tempo de retorno do investimento

Com base nos dados das estimativas de custos de implantaccedilatildeo foi possiacutevel

estimar o tempo de retorno do investimento inicial

Subtraindo a economia mensal acumulada resultante da implantaccedilatildeo do

sistema de aproveitamento de aacutegua da chuva dos custos de implantaccedilatildeo obteve-se

o balanccedilo financeiro mensal

De acordo com o balanccedilo financeiro em 24 meses corridos o total economizado

iraacute se equipara ao total investido utilizando do Payback Simples pode ser observado

para o Payback descontado um retorno em 28 meses considerando uma taxa mensal

de 1 que na atualidade eacute utilizada para remuneraccedilatildeo de fundos de renda fixa

104

Tabela 5 - Payback simples

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Meses Investimento Fluxo de caixa Retorno Acumulado

0 9582817R$

1 399347R$ 41673 41673

2 399347R$ 41673 83346

3 399347R$ 41673 125020

4 399347R$ 41673 166693

5 399347R$ 41673 208366

6 399347R$ 41673 250039

7 399347R$ 41673 291713

8 399347R$ 41673 333386

9 399347R$ 41673 375059

10 399347R$ 41673 416732

11 399347R$ 41673 458406

12 399347R$ 41673 500079

13 399347R$ 41673 541752

14 399347R$ 41673 583425

15 399347R$ 41673 625099

16 399347R$ 41673 666772

17 399347R$ 41673 708445

18 399347R$ 41673 750118

19 399347R$ 41673 791791

20 399347R$ 41673 833465

21 399347R$ 41673 875138

22 399347R$ 41673 916811

23 399347R$ 41673 958484

24 399347R$ 41673 1000158

Payback Simples

105

Tabela 6 - Payback descontado

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Tx Fundo Renda Fixa 1

Meses Investimento Fluxo de caixa VP VP VP ACUMULADO

0 9582817R$

1 399347R$ 395393R$ 41261 41261

2 399347R$ 391478R$ 40852 82113

3 399347R$ 387602R$ 40448 122560

4 399347R$ 383765R$ 40047 162608

5 399347R$ 379965R$ 39651 202258

6 399347R$ 376203R$ 39258 241516

7 399347R$ 372478R$ 38869 280386

8 399347R$ 368790R$ 38485 318870

9 399347R$ 365139R$ 38103 356974

10 399347R$ 361524R$ 37726 394700

11 399347R$ 357944R$ 37353 432053

12 399347R$ 354400R$ 36983 469036

13 399347R$ 350891R$ 36617 505652

14 399347R$ 347417R$ 36254 541906

15 399347R$ 343977R$ 35895 577802

16 399347R$ 340572R$ 35540 613341

17 399347R$ 337200R$ 35188 648529

18 399347R$ 333861R$ 34840 683369

19 399347R$ 330555R$ 34495 717864

20 399347R$ 327283R$ 34153 752017

21 399347R$ 324042R$ 33815 785832

22 399347R$ 320834R$ 33480 819312

23 399347R$ 317657R$ 33149 852460

24 399347R$ 314512R$ 32820 885281

25 399347R$ 311398R$ 32495 917776

26 399347R$ 308315R$ 32174 949950

27 399347R$ 305262R$ 31855 981805

28 399347R$ 302240R$ 31540 1013345

Payback Descontado

106

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na metodologia adotada conclui-se que a utilizaccedilatildeo de aguas pluviais para fins

natildeo potaacuteveis atraveacutes da captaccedilatildeo da cobertura do bloco E e de aguas residuais

provenientes de condensadores de aparelhos de ar condicionado gerou uma

economia mensal R$ 399347 mecircs (Trecircs mil novecentos e noventa e trecircs reais e

quarenta e sete centavos) de reduccedilatildeo na conta de aacutegua

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos custos referentes a implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais foi realizado o Payback Simples e descontado com

utilizaccedilatildeo da taxa de 1 am obtendo-se periacuteodo de retorno do investimento de 24

meses e 28 meses respectivamente periacuteodo relativamente curto e no desenvolvimento

do presente trabalho ficou comprovada a viabilidade teacutecnica e econocircmica

Foi verificado no desenvolvimento do presente projeto que as teacutecnicas para

aproveitamento de aguas pluviais podem ser associadas ao aproveitamento de aguas

cinzas e possiacuteveis de serem adotadas pela populaccedilatildeo de modo geral atraveacutes de

poliacuteticas puacuteblicas reduzindo-se os custos dos equipamentos necessaacuterios de forma a

incentivar o uso

A adoccedilatildeo de tecnologias de reaproveitamento ou reuso ao serem utilizadas em

instituiccedilotildees de ensino servem como exemplo de postura ambientalmente correta para

os problemas de ocupaccedilatildeo e impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos centros

urbanos aleacutem de estimular a educaccedilatildeo ambiental e os conceitos de sustentabilidade

criando multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo do meio ambiente

A pesquisa bibliograacutefica na parte que trata do histoacuterico de reuso demonstrou

que o aproveitamento de aguas pluviais era utilizado por civilizaccedilotildees anteriores a

nossa era e que diversos paiacuteses do mundo na atualidade continuam a utilizar e

incentivar a populaccedilatildeo atraveacutes de poliacuteticas puacuteblicas

Dentre os custos referentes a implantaccedilatildeo do SAAP pode ser observado que o

reservatoacuterio inferior apresenta maior investimento cabendo ao projetista avaliar

atraveacutes de anaacutelise de simulaccedilatildeo o volume de transbordamento e volume de

suprimento externo de agua de forma a otimizar a utilizaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica da regiatildeo sem contudo inviabilizar o projeto financeiramente atraveacutes

do superdimensionamento do reservatoacuterio

Finalmente em caso de utilizaccedilatildeo do SAAP como alternativa a rede de

abastecimento da concessionaria cabe ao gestor a orientaccedilatildeo aos usuaacuterios bem

107

como a identificaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e pontos de uso por meio de pintura na cor roxa

das tubulaccedilotildees e placas indicativas nos pontos de uso

51 Propostas para trabalhos futuros

Apoacutes a conclusatildeo do presente trabalho seguem as sugestotildees para trabalhos

futuros abaixo relacionados

Realizar estudos referentes aos diversos meacutetodos de dimensionamento de

reservatoacuterio citados segundo a Norma Brasileira NBR 155272007ABNT e avaliar o

meacutetodo que apresenta melhor desempenho em funccedilatildeo do iacutendice de precipitaccedilatildeo do

Estado do Rio de Janeiro

Elaborar estudos para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas residuais que

satildeo produzidas pelas unidades evaporadoras de ar condicionado com ensaios em

todas as estaccedilotildees do ano de forma a verificar a variaccedilatildeo de produccedilatildeo de condensaccedilatildeo

em diversas condiccedilotildees climaacuteticas externas

Produzir estudos de aproveitamento de aacuteguas pluviais verificando todas as

coberturas existentes na instituiccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzas

Realizar analise da qualidade da aacutegua pluvial e estudo de possiacuteveis

tratamentos para utilizaccedilatildeo como agua potaacutevel com verificaccedilatildeo de viabilidade

financeira

108

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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121

APEcircNDICE A

Questionaacuterio 1

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bloco E

( ) Alunos ( ) Servidores ( ) Professores ( ) Teacutecnico Administrativo

Gecircnero ( ) Masculino ( ) Feminino

1) Nuacutemero de vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza a descarga do vaso sanitaacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

2) Estime um tempo em segundos de cada vez que vocecirc pressiona a descarga sanitaacuteria

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg ( ) 12 seg

3) Nuacutemero em vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza o mictoacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

4) Estime um tempo em segundos que vocecirc pressiona a descarga dos mictoacuterios

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg

122

APEcircNDICE B

Questionaacuterio 2

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E

Encarregado de limpeza Interna

1) Nuacutemero de vezes por semana que as circulaccedilotildees e escadas dos pavimentos satildeo

lavados

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que o paacutetio do teacuterreo eacute lavado

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

3) Tempo de duraccedilatildeo que a torneira fica aberta

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

4) Nuacutemero de baldes (considerar balde com capacidade de 10 Lt) necessaacuterios a limpeza

das circulaccedilotildees por pavimento utilizando apenas pano molhado

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

5) Nuacutemero de vezes por semana que eacute passado pano molhado nas circulaccedilotildees dos

pavimentos

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

123

APEcircNDICE C

Questionaacuterio 3

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E e Academia

Encarregado de limpeza Externa

1) Nuacutemero de vezes por mecircs que as vidraccedilas satildeo lavadas

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que eacute realizada a rega do jardim

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes ( ) 6 vezes

3) Tempo estimado da utilizaccedilatildeo da torneira para rega do jardim

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

( ) 75 minutos

124

APEcircNDICE D

125

126

127

128

APEcircNDICE E

Consumo de agua potaacutevel

CONSUMO 2014 A 2016

Mecircs

2014 2015 2016

Meacutedia Total

Vol Faturado

(msup3)

nordm dias

m3dia Vol

faturado (msup3)

nordm dias

m3dia Vol

Faturado (msup3)

nordm dias

m3dia

JAN 173100 29 5969 168000 30 5600 234100 32 7316 6295

FEV 182300 30 6077 181600 2900 6262 192900 34 5674 6004

MAR 131600 29 4538 212000 3100 6839 305500 28 10911 7429

ABR 221100 34 6503 264600 2900 9124 323100 29 11141 8923

MAI 196400 31 6335 253100 3300 7670 251800 31 8123 7376

JUN 168900 34 4968 210900 2800 7532 242200 29 8352 6951

JUL 200100 30 6670 213000 3400 6265 188700 28 6739 6558

AGO 190700 31 6152 220100 2800 7861 223100 29 7693 7235

SET 254300 28 9082 183200 3300 5552 178300 33 5403 6679

OUT 226700 31 7313 322500 2800 11518 197200 29 6800 8544

NOV 250600 32 7831 242200 2900 8352 254700 31 8216 8133

DEZ 284300 30 9477 286600 3100 9245 290400 31 9368 9363

Fonte contas CEDAE

129

APEcircNDICE F

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA … · 2019. 7. 30. · 1 universidade federal fluminense escola de engenharia departamento de engenharia de produÇÃo laboratÓrio

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AGRADECIMENTOS

A elaboraccedilatildeo da presente dissertaccedilatildeo natildeo teria sido possiacutevel sem o apoio de diversas

pessoas Gostaria de manifestar minha gratidatildeo a todos agravequeles que direta ou

indiretamente contribuiacuteram para a conclusatildeo desta tarefa A todos manifesto meus

sinceros agradecimentos

Ao Professor orientador Luiz Peacuteres Zotes DSc pelas orientaccedilotildees incentivo e apoio

para a conclusatildeo do presente trabalho aqui quero manifestar meus agradecimentos

A todos os amigos de curso que de forma direta ou indireta contribuiacuteram incentivando

para a conclusatildeo do curso

Agradeccedilo a todos aqueles que se dispuseram a responder os questionaacuterios que foram

fundamentais para a determinaccedilatildeo da demanda por aacutegua natildeo potaacutevel Por isso muito

obrigado a todos

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Pensamento

ldquoFaccedila o bem fale o bem pense o bem Perceba que

cada ser que encontramos eacute iluminado disfarccedilado a

nos mostrar o caminho Alguns nos mostram como natildeo

devemos ser outros como devemos serrdquo

Monja Coen

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RESUMO

O aproveitamento de aacuteguas pluviais e o reaproveitamento de aacuteguas residuais demonstram que a minimizaccedilatildeo dos custos dos usuaacuterios com abastecimento de aacutegua eacute alcanccedilada e ainda gera valor agregado aos empreendimentos que optam por atender aos requisitos de sustentabilidade Esta atitude tem gerado o aumento da implantaccedilatildeo de sistemas de reutilizaccedilatildeo de aacutegua nos grandes centros urbanos O resultado econocircmico esperado na adoccedilatildeo dos sistemas de reaproveitamento de aacuteguas e utilizaccedilatildeo de aacutegua da chuva eacute influenciado pelo tipo de aplicaccedilatildeo ou seja em que ambiente esta medida seraacute adotada e que cuidados adicionais seratildeo necessaacuterios na concepccedilatildeo dos projetos Percebe-se com a pesquisa que o maior investimento para instalaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua da chuva estaacute relacionado ao reservatoacuterio que seraacute implantado e ao processo de instalaccedilatildeo o qual precisa ser analisado desde o seu dimensionamento e construccedilatildeo ateacute o atendimento aos padrotildees teacutecnicos e ambientais Esta dissertaccedilatildeo contempla o desenvolvimento de uma proposta metodoloacutegica para o estudo da viabilidade do aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais provenientes de evaporadoras de aparelhos de ar condicionado para uso natildeo potaacutevel A metodologia desenvolvida foi aplicada para validaccedilatildeo em uma instituiccedilatildeo de ensino com localizaccedilatildeo na cidade do Rio de Janeiro Na metodologia utilizada quantificaram-se as demandas de uso para bacias sanitaacuterias mictoacuterios limpeza e jardinagem Estimou-se o potencial de captaccedilatildeo de aacuteguas pluviais atraveacutes da cobertura de uma edificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e dimensionamento dos reservatoacuterios inferior e superior de acordo com a norma ABNT NBR 15527 A aplicaccedilatildeo permitiu verificar que atraveacutes de levantamento de dados equipamentos necessaacuterios e os custos para a implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais que acenaram para um investimento da ordem de R$9582817 (Noventa e cinco mil oitocentos e vinte e oito reais e dezessete centavos) O periacuteodo constatado para o retorno do investimento foi de 24 (vinte e quatro) meses para um payback simples e 28 (vinte e oito) meses para um payback descontado com utilizaccedilatildeo de taxa de 1 (um por cento) o que demonstrou um tempo de retorno do investimento curto comprovando a viabilidade econocircmica da implantaccedilatildeo do sistema sugerido por esta pesquisa Palavras-chave Aacuteguas pluviais Reservatoacuterio Reaproveitamento Custo Sustentabilidade

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ABSTRACT The utilization of rainwater and the reuse of wastewater demonstrate that minimizing the costs of users with water supply is achieved and still generates added value to the projects that choose to meet sustainability requirements This attitude has led to an increase in the implementation of water reuse systems in large urban centers The expected economic result in the adoption of water reuse and rainwater utilization systems is influenced by the type of application that is in what environment this measure will be adopted and what additional care will be required in the design of the projects The research shows that the largest investment for the installation of the rainwater harvesting system is related to the reservoir to be implanted and to the installation process which needs to be analyzed from its design and construction to meeting the technical standards and environmental issues This dissertation contemplates the development of a methodological proposal for the study of the feasibility of the use of rainwater and wastewater coming from evaporators of air conditioners for non-potable use The methodology developed was applied for validation in an educational institution located in the city of Rio de Janeiro In the methodology used were quantified the demands of use for sanitary basins urinals cleaning and gardening The potential of rainwater harvesting was estimated by covering a building evaluating and designing the lower and upper reservoirs in accordance with ABNT NBR 15527 The application made it possible to verify that through data collection necessary equipment and the costs for the implantation of the system of use of rainwater that waved for an investment in the order of R $ 9582817 (Ninety-five thousand eight hundred and twenty-eight reais and seventeen cents) The payback period was 24 (twenty-four) months for a simple payback and 28 (twenty-eight) months for a discounted payback using a 1 (one percent) rate which time of return of the short investment proving the economic viability of the implementation of the system suggested by this research Key words Rainwater Reservoir Reuse Cost Sustainability

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LISTA DE SIGLAS

ABES ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia sanitaacuteria e Ambiental

ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro)

ANA ndash Agecircncia Nacional de Aacuteguas

ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

BTUs - (British termal Units- Unidade Teacutermica Britacircnica)

CEDAE - Companhia Estadual de Aguas e Esgotos

CEFET RJ- Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca

CNRH - Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

CONFEA ndash Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

EEE ndash Estaccedilatildeo Elevatoacuteria de Esgotos

EIA ndash Estudo de Impacto ambiental

EPA ndash Enviromental Protection Agency

ETA ndash Estaccedilatildeo de Tratamento de Aacutegua

ETE ndash Estaccedilatildeo de Tratamento de Esgotos

FIESP - Federaccedilatildeo das Industrias do Estado de Satildeo Paulo

IBGE - Instituto Brasileiro de geografia e Estatiacutestica

LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

NBR ndash Norma Brasileira

RIMA ndash Relatoacuterio de Impacto Ambiental

PCA ndash Programa de Conservaccedilatildeo de Aacutegua

PNCDA ndash Programa Nacional de Combate ao Desperdiacutecio de Aacutegua

PNRH - Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

PURA ndash Programa de Uso Racional da Aacutegua

PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional ()

SABESP ndash Companhia de Saneamento Baacutesico do Estado de Satildeo Paulo

SAAP - Sistema de Aproveitamento de Aguas Pluviais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura

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ONU ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

LEED - Leadership in Energy and Environmental

USGBC - US Green building Council

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social

SINAPI ndash Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Iacutendices da Construccedilatildeo Civil

CEF ndash Caixa Econocircmica Federal

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo 24

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014 26

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais 38

Figura 4 - Reservatoacuterios 39

Figura 5 - Reservatoacuterios 39

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural 41

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva 41

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua 46

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva 51

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra 65

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo 67

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora 70

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ 70

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs 80

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP 83

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E 84

Figura 17 - Planta baixa 95

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior 99

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais 99

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GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria 90

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia 91

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio 92

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio 93

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro 35

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro 36

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo 52

Quadro 4- Fluxo do processo 62

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca 81

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores 82

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento 82

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E 84

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff 85

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua 87

Quadro 11 - Populaccedilao 88

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria 95

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio 97

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha 98

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis 52

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio 55

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica 85

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais 102

Tabela 5 - Payback simples 104

Tabela 6 - Payback descontado 105

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SUMAacuteRIO

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO 16

11 - CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 16

12 - QUESTAtildeO PROBLEMA 21

13 ndash QUESTOtildeES DA PESQUISA 21

14 - OBJETIVO GERAL 22

15 - OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 22

16 ndash ESTRUTURA METODOLOacuteGICA 22

17 ndash DELIMITACcedilAtildeO DA PESQUISA 25

18 ndash JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 25

19 ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO ESTUDO 27

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA 28

21 A SUSTENTABILIDADE E AS QUESTOtildeES QUANTO A CONSERVACcedilAtildeO

REAPROVEITAMENTO E REDUCcedilAtildeO DO CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 28

211 EXEMPLOS RECENTES DE ATITUDE SUSTENTAacuteVEIS ADOTADAS NO BRASIL 29

212 MEDIDAS SUSTENTAacuteVEIS PARA CONSERVACcedilAtildeO REAPROVEITAMENTO DE AacuteGUA E REDUCcedilAtildeO DO

CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 30

22 HISTOacuteRICO DO REUSO DE AacuteGUAS 37

221 ASPECTOS HISTOacuteRICOS DA CAPTACcedilAtildeO DAS AacuteGUAS PLUVIAIS NO BRASIL 40

23 UTILIZACcedilOtildeES DA AacuteGUA COLETADA E O SEU CONSUMO 42

24 O REUSO DE AacuteGUAS 43

241- AacuteGUAS RESIDUAacuteRIAS 43

242 AacuteGUAS CINZENTAS 46

25 FORMAS DE REUSO DE AacuteGUAS 47

251 REUSO URBANO 47

252 REUSO INDUSTRIAL 48

253 REUSO AGRIacuteCOLA 48

254 REUSO NO MEIO AMBIENTE 48

26 A PRAacuteTICA DE RECARGA DE AQUIacuteFEROS 48

27 O ARMAZENAMENTO DE AGUAacuteS 49

28 LEGISLACcedilAtildeO SOBRE O USO DE AacuteGUAS 56

3 - METODOLOGIA 62

31 ESTRATEacuteGIA DA PESQUISA 63

32 UNIDADE DE ANAacuteLISE 68

33 JUSTIFICATIVA DA ESTRATEacuteGIA DE PESQUISA 68

34 PESQUISA EXPLORATOacuteRIA 68

35 LEVANTAMENTO 69

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36 OBJETO DE ESTUDO 70

361 APARELHOS EXISTENTES 71

37 ENTREVISTAS COM OS USUAacuteRIOS 71

38 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA 72

381 O CAacuteLCULO DE CONSUMO MEacuteDIO DIAacuteRIO DE AacuteGUA PER CAPITA POR APARELHOS 72

O CAacuteLCULO FOI REALIZADO COM BASE NO SOMATOacuteRIO DA MULTIPLICACcedilAtildeO DA FREQUEcircNCIA E TEMPO DE USO

OBTIDO NAS ENTREVISTAS E VAZAtildeO DO APARELHO DIVIDIDO PELO NUacuteMERO DE PESSOAS ENTREVISTADAS

72

382 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA EM ATIVIDADES DE LIMPEZA E JARDINAGEM 73

383 AVALIACcedilAtildeO DO POTENCIAL DE ECONOMIA DE AacuteGUA POTAacuteVEL 73

384 PERCENTUAL DE AacuteGUA POTAacuteVEL QUE PODERIA SER SUBSTITUIacuteDO POR AacuteGUA PLUVIAL 73

39 RESERVATOacuteRIOS DE AacuteGUA PLUVIAL 74

310 ANAacuteLISE ECONOcircMICA 74

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA 75

41 HISTOacuteRICO DO CEFET-RJ 75

411 DEFINICcedilAtildeO DE INSTITUICcedilOtildeES DE ENSINO SUPERIOR 75

412 - PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL (PDI) 76

413 - O PDI DO CEFETRJ 78

414 - FILOSOFIA MISSAtildeO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS 78

42 SOBRE O POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AGUAS DE RESIDUAIS 80

43 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS DAS ENTREVISTAS REALIZADAS 88

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 106

51 PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 107

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAFICAS 108

16

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO

11 - Consideraccedilotildees Iniciais

A aacutegua jaacute foi considerada um recurso infinito mas atualmente a sua

disponibilidade eacute um dos grandes problemas do nosso planeta decorrente de

inuacutemeros fatores tais como o aquecimento global as alteraccedilotildees climaacuteticas o

crescimento populacional acentuado o consumo cada vez maior dos recursos

hiacutedricos o mau uso desta fonte de energia e sobretudo a falta de poliacuteticas puacuteblicas

que estimulem o uso sustentaacutevel da aacutegua

Neste contexto segundo Kibert (2008) a adoccedilatildeo de medidas ecologicamente

corretas eacute fundamental tais como teacutecnicas de conservaccedilatildeo controle do desperdiacutecio

reaproveitamento da aacutegua de chuva reciclagem de aacutegua e recuperaccedilatildeo dos solos

Diante da possibilidade de racionamento ou ateacute mesmo escassez da aacutegua doce

no mundo eacute necessaacuterio que a sociedade e as poliacuteticas puacuteblicas busquem novas

tecnologias e alternativas sustentaacuteveis para a reduccedilatildeo do consumo

Diniz (2013) afirma que vaacuterios paiacuteses encaram hoje o problema de escassez

da aacutegua em consequecircncia do crescimento desordenado da poluiccedilatildeo dos recursos

hiacutedricos do aumento populacional e industrial que geram um aumento na demanda

pela aacutegua provocando o esgotamento deste recurso

Inobstante a urbanizaccedilatildeo das cidades e as tecnologias de abastecimento

puacuteblico de aacutegua contribuiacuteram para a desativaccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento da

aacutegua de chuva Entretanto atualmente no contexto do paradigma da conservaccedilatildeo da

aacutegua as praacuteticas de aproveitamento da aacutegua de chuva estatildeo sendo incorporadas aos

sistemas de gestatildeo urbana dos recursos hiacutedricos de diversos paiacuteses Portanto natildeo

se trata de inserir um novo conceito de gestatildeo de recursos hiacutedricos apenas resgatar

os fundamentos deste e adaptaacute-lo agrave realidade atual (ALADENOLA ADEBOYE 2009)

A UNESCO emitiu no ano de 2005 a resoluccedilatildeo Ares58217 proclamando o

periacuteodo de 2005 a 2015 como sendo a Deacutecada Internacional para Accedilatildeo ldquoAacutegua Fonte

de vidardquo iniciando-se o dia mundial da aacutegua no dia 22 de Marccedilo de

2005(UNESCO2013d) A iniciativa teve como objetivo de alerta para a importacircncia

de melhor administrar as fontes de aacutegua em funccedilatildeo do aumento de consumo ou pelo

uso desequilibrado deste recurso indispensaacutevel agrave vida humana Com perspectivas

preocupantes a ONU apresenta a estimativa que se natildeo houver alteraccedilotildees nas

17

poliacuteticas em relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos 18 bilhatildeo de pessoas estaratildeo vivendo em

zonas de secas e dois terccedilos da humanidade estaratildeo sujeitos a alguma restriccedilatildeo no

acesso agrave aacutegua em 2025

Haacute diversos pontos no mundo em que a falta de aacutegua tem sido o principal motivo de ecircxodo de populaccedilotildees tal como acontece no Nordeste brasileiro Em termos globais o risco de crise hiacutedrica acontece pelo crescimento demograacutefico mudanccedilas climaacuteticas desperdiacutecio e contaminaccedilatildeo das fontes Afetando natildeo soacute a sauacutede humana mas o desenvolvimento soacutecio econocircmico das populaccedilotildees e o rumo das relaccedilotildees entre paiacuteses (UNESCO2013d)

Nesse caso Fawell amp Miller (1992) afirmam que a provisatildeo de uma aacutegua

potaacutevel ldquosegurardquo e ldquoesteticamente aceitaacutevelrdquo eacute assegurada em muitos paiacuteses por uma

seacuterie de padrotildees obrigatoacuterios ou largamente advertidos (domiacutenio puacuteblico)

Se na atualidade os paiacuteses continuam concentrados na prospecccedilatildeo e busca de

novas tecnologias para auto-suficiecircncia em petroacuteleo natildeo estaraacute longe o dia em que a

aacutegua seraacute reconhecida como o bem mais precioso a vida do ser humano

Segundo Craig e Dale (2008) a definiccedilatildeo mais adotada e mais citada da

sustentabilidade foi feita no Relatoacuterio de Brundland que definiu o conceito de

sustentabilidade da seguinte forma ldquoaquele que satisfaz as necessidades do presente

sem comprometer a capacidade das futuras geraccedilotildees satisfazerem suas proacuteprias

necessidadesrdquo (BRUNDTLAND 1988 p 46)

O uso da aacutegua com consciecircncia eacute a soluccedilatildeo mais sustentaacutevel para o

enfrentamento da crise a que tem sido observada em diversos estados do paiacutes O

aproveitamento de aacutegua de chuva e reuso natildeo eacute um conceito novo mas com o

aumento da demanda tornou-se um tema atual e de suma importacircncia que eacute praticado

ao longo dos anos em diversos paiacuteses devendo ser uma atividade mais abrangente

que eacute o uso racional englobando a reduccedilatildeo de perdas e desperdiacutecios e a minimizaccedilatildeo

da produccedilatildeo de efluentes e do consumo de aacutegua potaacutevel

A utilizaccedilatildeo da aacutegua da chuva aleacutem de trazer o benefiacutecio da conservaccedilatildeo da

aacutegua e reduzir a dependecircncia excessiva das fontes superficiais de abastecimento

reduz o escoamento superficial minimizando os problemas com enchentes buscando

garantir a sustentabilidade urbana que segundo Dixon Butler e Fewkes (1999) soacute

seraacute possiacutevel atraveacutes da mobilizaccedilatildeo da sociedade em busca do uso apropriado e

eficiente da aacutegua

18

Segundo Petry e Boeriu (2000) nos uacuteltimos anos tem-se observado o

desenvolvimento de novas tecnologias referentes ao manejo de recursos hiacutedricos

Com isso observa-se novas expansotildees no uso de teacutecnicas de aproveitamento de

aacutegua de chuva tanto em regiotildees onde jaacute eram utilizadas como em locais onde eram

desconhecidas

Para Dixon et al(1999) a existecircncia da sociedade e de sua malha urbana no

futuro estaacute condicionada ao uso adequado da aacutegua considerando o seu reuacuteso e

aproveitamento da aacutegua pluvial em todo o ciclo desde a captaccedilatildeo passando pelo

tratamento e armazenagem

Veloso e Mendes (2014) afirmam que a maioria das experiecircncias brasileiras

de aproveitamento de aacutegua de chuva se concentra na regiatildeo do semiaacuterido brasileiro

promovida pela ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro) que eacute formada por mil

organizaccedilotildees da sociedade civil que atua na gestatildeo e no desenvolvimento de poliacuteticas

de convivecircncia com a regiatildeo semiaacuterida

Esta iniciativa contribui para equacionar os graves problemas de escassez de

aacutegua que a populaccedilatildeo e refeacutem Nesse sentido destaca-se o Programa Um Milhatildeo de

Cisternas (P1MC) uma das accedilotildees de mobilizaccedilatildeo promovidas pela ASA que objetiva

possibilitar ao nordestino o acesso a aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de

cisternas de placas Desde 2003 aproximadamente 499387 mil foram construiacutedas

beneficiando mais de 2 milhotildees de pessoas (ASA 2015)

Segundo Gould and Nissen-Petersen (1990) A colheita de aacuteguas pluviais eacute uma

teacutecnica antiga que possui um renome na popularidade devido agrave qualidade inerente da

aacutegua da chuva e ao interesse em reduzir o consumo de aacutegua tratada A aacutegua da chuva

eacute valorizada por sua pureza e suavidade Tem um pH quase neutro e estaacute livre de

subprodutos de desinfecccedilatildeo sais minerais e outros contaminantes naturais e

artificiais As plantas prosperam sob irrigaccedilatildeo com aacutegua de chuva armazenada Os

aparelhos duram mais quando satildeo livres dos efeitos corrosivos ou em escala de aacutegua

dura

Os usuaacuterios com sistemas potaacuteveis preferem o gosto superior e as

propriedades de limpeza da aacutegua da chuva Evidecircncias arqueoloacutegicas atestam a

captura da aacutegua da chuva haacute mais de 4000 anos e o conceito de colheita de aacutegua da

chuva na China pode chegar a mais de 6000 anos Ruiacutenas de cisternas construiacutedas

jaacute em 2000 aC para armazenar o escoamento das encostas para fins agriacutecolas e

domeacutesticos ainda estatildeo em Israel

19

A reutilizaccedilatildeo ou reuso de aacutegua ou ainda em outra forma de expressatildeo o uso

de aacuteguas residuaacuterias natildeo eacute um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo

haacute muitos anos Haacute relatos de sua praacutetica na Greacutecia Antiga com a disposiccedilatildeo de

esgotos e sua utilizaccedilatildeo na irrigaccedilatildeo Contudo a demanda crescente por aacutegua tem

feito do reuso planejado da aacutegua um tema atual e de grande importacircncia (SANTOS

1993)

O elevado desenvolvimento demograacutefico associado agraves transformaccedilotildees

econocircmicas reflete-se notavelmente no uso dos recursos hiacutedricos principalmente no

que se refere agrave qualidade e quantidade das aacuteguas superficiais e subterracircneas

(RAMOS 2000)

O uso de fontes alternativas e de estrateacutegias de uso racional de aacutegua em

edificaccedilotildees eacute uma forma de amenizar os problemas de disponibilidade de aacutegua

potaacutevel e diminuir a sua demanda

Dentre estas estrateacutegias pode-se citar o aproveitamento de aacutegua pluvial o

reuso de aacuteguas cinzas (ABNT NBR 155272007) O aproveitamento de aacutegua pluvial eacute

uma praacutetica milenar empregada no mundo todo Essa teacutecnica tem se difundido e se

consolidado como uma forma de mitigar os diversos problemas ambientais causados

pelo aumento da demanda de aacutegua pela falta de medidas de controle da poluiccedilatildeo e

de gestatildeo ambiental em aacutereas urbanas e rurais (BARROS 2000)

O reaproveitamento eficiente da aacutegua da chuva natildeo tem misteacuterios mas satildeo

necessaacuterios alguns pequenos cuidados que tornam os sistemas mais seguros e de

faacutecil manutenccedilatildeo (AQUASTOCK 2008)

De acordo com Diniz (2013) as teacutecnicas para operar um sistema de utilizaccedilatildeo

das aacuteguas pluviais seguem as seguintes etapas

Coletar aacuteguas pluviais atraveacutes de calhas em telhados coberturas

Armazenar essa aacutegua em reservatoacuterios cisternas

Abastecer o local onde seratildeo utilizadas as aacuteguas pluviais

Eliminar as primeiras aacuteguas de chuva preservando a qualidade dessa aacutegua

20

Relevacircncia da Pesquisa

O foco dos sistemas de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva estatildeo mais atrelados aos

problemas que o meio ambiente enfrenta de forma global ou seja estatildeo voltados para

o coletivo e natildeo individualmente Embora se pense em sistemas que sejam

desenvolvidos para a preservaccedilatildeo da aacutegua doce e da aacutegua da chuva para que natildeo

sejam desperdiccediladas eacute preciso tambeacutem pensar no investimento econocircmico de longo

prazo ou seja a economia na conta da aacutegua que seria uma forma de se pensar

tambeacutem individualmente

A relevacircncia deste trabalho aponta para os resultados levados agrave

sustentabilidade utilizando o aproveitamento de aacuteguas pluviais e de aacuteguas residuais

de evaporadoras de aparelhos de ar condicionado para fins natildeo potaacuteveis

Justificativa da Pesquisa

O sucesso das accedilotildees que devem conduzir ao reuso de aacutegua dependeraacute em

grande parte da influecircncia da comunidade do CEFET-RJ do comportamento das

pessoas e de suas decisotildees individuais Mesmo considerando que existe certo

interesse pelas questotildees ambientais haacute que se reconhecer a falta de informaccedilatildeo e

conhecimento dos problemas ambientais

Logo a educaccedilatildeo ambiental que tenha por objetivo informar e sensibilizar as

pessoas sobre os problemas (e possiacuteveis soluccedilotildees) existentes em sua comunidade

buscando transformar estas pessoas em indiviacuteduos que participem das decisotildees

sobre seus futuros exercendo desse modo o direito aacute cidadania tornando-se

instrumento indispensaacutevel ao processo

O CEFET-RJ possui duas entradas de abastecimento de aacutegua com

fornecimento atraveacutes da CEDAE perfazendo um consumo anual na ordem de

294039 m3 que abastecem blocos independentes atraveacutes de 02 castelos drsquoaacutegua com

alimentaccedilatildeo dos blocos por gravidade Tendo em vista o grande nuacutemero de blocos

com aacuterea construiacuteda de 3927050 m2 e grande aacutereas de paacutetios jardins e quadras

esportivas tendo alto consumo de aacutegua para limpeza

Estaacute sendo pesquisada a viabilidade do aproveitamento das aacuteguas pluviais

coletadas atraveacutes dos telhados de uma edificaccedilotildees bem como a aacutegua residual

proveniente dos evaporadores de unidades condensadoras e aparelhos de ar

condicionado de janela no campus do Maracanatilde em funccedilatildeo do grande nuacutemero de

ambientes com refrigeraccedilatildeo com a finalidade de reuso em aacutereas e atividades menos

nobres como lavagem de paacutetios quadras poliesportivas uso em bacias sanitaacuterias

21

irrigaccedilatildeo de jardins que com adoccedilatildeo destas medidas obter-se-aacute reduccedilatildeo do consumo

de aacutegua potaacutevel tratada fornecida pela concessionaria CEDAE

Como consequecircncias reduccedilatildeo dos custos reduccedilatildeo do incocircmodo de poccedilas de

aacuteguas residuais geradas por unidades condensadoras contribuiraacute na reduccedilatildeo de

enchentes tendo em vista a localizaccedilatildeo geograacutefica do CEFET-RJ proacutexima ao Rio

Maracanatilde estimulando a educaccedilatildeo ambiental e a sustentabilidade atraveacutes dos

multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo de aacutegua por membros da comunidade de

docentes discentes e teacutecnicos administrativos servindo como exemplo de uma

postura ambientalmente correta para o enfrentamento dos problemas de ocupaccedilatildeo e

impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos grandes centros urbanos

12 - Questatildeo Problema

Analisar a viabilidade de promover o desenvolvimento de um sistema de

captaccedilatildeo de aacutegua da chuva e aacuteguas residuais de evaporadoras de aparelhos de ar

condicionado do CEFETRJ para utilizaacute-la em fins natildeo potaacuteveis agregando valor agrave

sustentabilidade e gerando economia na conta da aacutegua

13 ndash Questotildees da Pesquisa

Nesta conjuntura surgem as questotildees que orientaratildeo este trabalho

Como implantar e implementar um sistema de aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Como verificar viabilidade teacutecnica para a adaptaccedilatildeo de instalaccedilotildees do preacutedio

estudado no CEFETRJ Campus Maracanatilde para aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Pesquisar os segmentos que se ajustem ao uso da aacutegua natildeo potaacutevel e calcular

suas demandas

Quantificaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas remanescentes

provenientes de Unidades Evaporadoras de aparelhos de ar condicionado do

preacutedio estudado

22

14 - Objetivo Geral

O objetivo geral da dissertaccedilatildeo eacute apresentaccedilatildeo de uma proposta metodoloacutegica

para analisar a viabilidade teacutecnica de um sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais

e aacuteguas residuais de evaporadoras de unidades evaporadores para uso com fins natildeo

potaacuteveis no Campus Maracanatilde do CEFET-RJ

15 - Objetivos Especiacuteficos

Desenvolvimento da metodologia proposta

Dimensionar o sistema de armazenamento das aacuteguas pluviais e

residuais coletadas para reuso

Buscar tecnologias para implantaccedilatildeo de sistema de aproveitamento de

agua pluviais

Avaliar viabilidade econocircmica da implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais

16 ndash Estrutura Metodoloacutegica

A metodologia utilizada no presente trabalho considerou o bloco E para se

analisar a viabilidade de aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

provenientes de unidade evaporadoras de aparelhos de ar condicionado Com

aplicaccedilatildeo de questionaacuterio para os usuaacuterios das instalaccedilotildees para quantificaccedilatildeo da

demanda de aacutegua nos ambientes estudados

Ywashima (2005) ressalta a importacircncia de campanhas de conscientizaccedilatildeo

para utilizaccedilatildeo racional da aacutegua nas escolas Segundo a pesquisadora a conta natildeo e

paga de forma direta pelos usuaacuterios consequentemente natildeo haacute motivaccedilatildeo financeira

A autora apresenta como sugestatildeo tecnologias economizadoras onde se obteacutem

reduccedilatildeo de consumo independente da mudanccedila de comportamento pelos usuaacuterios

Tomando como premissa o atual consumo desordenado de aacutegua consumo

este que proporciona uma grande margem para que no futuro este liacutequido precioso

para a vida na terra venha a faltar caso natildeo seja criado mecanismos que possam

contornar essa situaccedilatildeo o desenvolvimento deste presente projeto apresenta-se

como uma alternativa para compor estes mecanismos

23

Atraveacutes de pesquisas foi constatado que as aacuteguas pluviais devem ser utilizadas

para amenizar a situaccedilatildeo Desse modo o presente trabalho contempla a possibilidade

de uso de recursos tecnoloacutegicos a fim de que se possa reduzir o consumo e diminuir

o desperdiacutecio de aacutegua atraveacutes da captaccedilatildeo armazenamento e reaproveitamento das

aacuteguas pluviais

Este sistema de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial permite usar as aacutereas de coberturas

da edificaccedilatildeo para captar a aacutegua da chuva apoacutes passar por um filtro ou mecanismo

de retenccedilatildeo de impurezas conduzi-la a um reservatoacuterio onde seraacute armazenada e

utilizada na edificaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis tais como lavagem de pisos irrigaccedilatildeo

de jardins mictoacuterios e bacias sanitaacuterias

No que diz respeito a implementaccedilatildeo da metodologia foi realizado um

levantamento das coberturas da edificaccedilatildeo escolhidas com analise dos dados

meteoroloacutegicos da regiatildeo que permitiram avaliaccedilatildeo dos paracircmetros necessaacuterios para

os caacutelculos dos reservatoacuterios de aacuteguas pluviais

O trabalho foi dividido em trecircs etapas

A primeira etapa desenvolveu-se atraveacutes de pesquisas referecircncias

bibliograacuteficas dados teacutecnicos e projetos semelhantes referentes ao tema para obter

um melhor embasamento teoacuterico sobre o assunto com auxilio da internet pesquisas

literaacuterias artigos cientiacuteficos informaccedilotildees pessoais de profissionais e obtivemos

informaccedilotildees necessaacuterias favoraacuteveis que possibilitaram a execuccedilatildeo do presente

trabalho em unidade de ensino adequando agraves edificaccedilotildees do campus onde houvesse

o menor nuacutemero de intervenccedilotildees

A segunda etapa foi direcionada ao programa de necessidades considerando

o consumo da edificaccedilatildeo e o potencial de captaccedilatildeo atraveacutes de aacuterea de coberturas

evaporadores de ar condicionado levantamento dos iacutendices pluviomeacutetricos da regiatildeo

preacute-dimensionamento para os reservatoacuterios superior e inferior e uma estimativa de

custos para implantaccedilatildeo

A terceira e uacuteltima etapa foi direcionada ao anteprojeto arquitetocircnico para

construccedilatildeo do reservatoacuterio prevendo no sistema a captaccedilatildeo tanto de aacuteguas pluviais

quanto de aacuteguas residuais provenientes dos evaporadores de ar condicionado

levantamento dos custos referentes a implantaccedilatildeo dos reservatoacuterios com avaliaccedilatildeo

do tempo de retorno (payback) do investimento

24

A Figura 01 ilustra de forma simplificada a abordagem utilizada durante a

realizaccedilatildeo desta pesquisa

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho(2017)

DISSERTACcedilAtildeO

VERTENTE TEacuteCNICA

EMPIacuteRICA

COLETA DE DADOS

FLUXO DO PROCESSO

DIMENSIONAMENTO

CONCEPCcedilAtildeO EMPIacuteRICA

CONCLUSAtildeO DISSERTACcedilAtildeO

HISTOacuteRICO REUSO DAS

AacuteGUAS

LEGISLACcedilAtildeO

SUSTENTABILIDADE

BASE TEOacuteRICA

CONCEPCcedilAtildeO TEOacuteRICA

25

17 ndash Delimitaccedilatildeo da Pesquisa

A realizaccedilatildeo do presente trabalho ocorreraacute atraveacutes de levantamento de dados

referente ao abastecimento e equipamentos instalados do bloco E do campus

Maracanatilde com estudo de consumo de aacutegua da edificaccedilatildeo levando em consideraccedilatildeo

o nuacutemero de usuaacuterios

A capacidade de captaccedilatildeo seraacute realizada atraveacutes das aacutereas de cobertura e

utilizaccedilatildeo dos iacutendices de precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica da regiatildeo estudada de anos

anteriores para caacutelculo e dimensionamento de reservatoacuterios inferior e superior bem

como avaliaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas residuais produzidas pelas

evaporadoras instaladas no preacutedio

Avaliando as adaptaccedilotildees necessaacuterias ao sistema de abastecimento existente

para o atendimento das bacias sanitaacuterias e lavagem de paacutetios quadras esportivas

regas de jardim e levantando e propondo utilizaccedilatildeo de novas tecnologias existentes

para instalaccedilatildeo do sistema e verificando a necessidade de utilizaccedilatildeo de

abastecimento com aacutegua potaacutevel em casos de grande estiagem para manutenccedilatildeo

das atividades sem prejuiacutezos agrave aacuterea acadecircmica

Desta forma nesta pesquisa seratildeo avaliados os dados obtidos atraveacutes de

levantamentos arquitetocircnicos e das instalaccedilotildees hidro sanitaacuterias existentes no

CEFETRJ - Unidade Maracanatilde aleacutem de documentaccedilatildeo e pesquisa em projetos

similares que jaacute possam existir relacionados agrave questatildeo da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Como objetivo de fundamentar a implantaccedilatildeo do estudo e desenvolvimento do

mesmo seraacute apresentado levantamento e resultado necessaacuterios para implementaccedilatildeo

da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais com base nos dados coletados e revisatildeo bibliograacutefica

em artigos e perioacutedicos que versam sobre as tecnologias mais indicadas para a

utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

18 ndash Justificativa da Pesquisa

Como prevecirc a constituiccedilatildeo em seu Art 225 caput ndash ldquoTodos tecircm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial agrave sadia

qualidade de vida impondo-se ao Poder Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-

lo e preservaacute-lo para presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo (Brasil 2004)

No atendimento a constituiccedilatildeo e as legislaccedilotildees pertinentes levar o CEFET- RJ

26

ao cumprimento de accedilotildees e objetivos visando a sustentabilidade nas suas

dependecircncias e atraveacutes de sua comunidade discente docente e teacutecnicos

administrativos atuar como multiplicadores de accedilotildees de preservaccedilatildeo do meio

ambiente atraveacutes do reuso de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais oriundas de

evaporadores e aparelhos de ar condicionado de janela

Em funccedilatildeo do alto consumo como pode ser observado na figura 2 faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de equipamentos de maior tecnologia e o aproveitamento de

aacuteguas pluviais para uso menos nobre conforme determina a norma ABNT ndash NBR

15527 de 24102007 e contribuir de forma efetiva para reduccedilatildeo de custo

possibilidade de racionamento e reduccedilatildeo per capta do consumo nos oacutergatildeos puacuteblicos

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014

Entrada Volume faturado (msup3)

nordm jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez total 2014

485 17310 18230 13160 22110 19640 16890 20010 19070 25430 22670 25060 28430 248010

681 3706 3580 6560 5394 6170 2800 3310 2650 3069 2580 2890 3320 46029

Total

mensal 21016 21810 19720 27504 25810 19690 23320 21720 28499 25250 27950 31750 294039

Fonte Contas CEDAE exerciacutecio 2014

00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Vo

l f

atu

rad

o (

msup3)

Mecircs

Consumo mensal de aacutegua em 2014

485

27

19 ndash Organizaccedilatildeo do Estudo

O Capiacutetulo 01 desta pesquisa estaacute organizado com a introduccedilatildeo composta pela

situaccedilatildeo-problema questotildees de pesquisa objetivos estrateacutegia delimitaccedilatildeo e

justificativa da pesquisa A finalidade preciacutepua da leitura deste capiacutetulo eacute harmonizar

a compreensatildeo do contexto e a importacircncia da pesquisa

O Capitulo 02 estaacute organizado com os fundamentos teoacutericos com base em

sustentabilidade histoacuterico de reuso da aacutegua e legislaccedilatildeo

O Capitulo 03 trata da metodologia e tipo de pesquisa a ser empregado

informando a forma da obtenccedilatildeo dos dados e como seratildeo feitos o tratamento e anaacutelise

dos dados

No Capiacutetulo 4 seratildeo interpretados os resultados referentes agraves demandas de

aacuteguas menos nobres a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacutegua proveniente de unidades

evaporadoras e aacuteguas pluviais com avaliaccedilatildeo de viabilidade econocircmica para

implantaccedilatildeo do sistema

No Capiacutetulo 05 seraacute apresentada a anaacutelise dos resultados e sugestotildees para

estudos futuros e complementares

28

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA

No presente capitulo seraacute apresentada a vertente teacutecnica com os fundamentos

teoacutericos que forneceratildeo o suporte para o desenvolvimento da pesquisa

21 A Sustentabilidade e as questotildees quanto a conservaccedilatildeo reaproveitamento e

reduccedilatildeo do consumo de aacuteguas pluviais

A Comissatildeo Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento denominada

Comissatildeo de Brundtland (1988) define o desenvolvimento sustentaacutevel como aquele

que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das

geraccedilotildees futuras atenderem as suas proacuteprias necessidades

Surgido na deacutecada de 1990 o tripeacute da sustentabilidade tem crescido em seu

conceito em todo o planeta refletindo uma seacuterie de processos valores e objetivos de

forma que uma gestatildeo deveraacute orientar aos trecircs pilares econocircmico social e ambiental

podendo este conceito ser aplicado de forma macro para um paiacutes ou ateacute para o

planeta ou micro podendo ser uma escola um vilarejo ou empresa (DIAS2011)

A concepccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel orienta a discussatildeo sobre o tema

em qualquer segmento das atividades do ser humano Os objetivos tecircm como base

na perspectiva de utilizaccedilatildeo dos recursos naturais desde que sejam preservados para

as futuras geraccedilotildees Dias ( 2011) Poreacutem parte das dificuldades apresenta-se porque

as geraccedilotildees natildeo tecircm participaccedilatildeo nas decisotildees atuais Desta forma somente a

conscientizaccedilatildeo da preservaccedilatildeo da vida e da espeacutecie eacute que motiva o ser humano o

que natildeo acontece na maioria das vezes com os gestores e poliacuteticos dos dias atuais

(MOURA 2011)

Muito embora para alguns o desenvolvimento sustentaacutevel eacute um projeto social e

poliacutetico que serve como ferramenta para combate a pobreza satisfaccedilatildeo das

necessidades baacutesicas da humanidade de maneira a elevar a qualidade de vida dos

indiviacuteduos fornece princiacutepios para que o desenvolvimento seja harmonioso levando

em conta a transformaccedilatildeo dos recursos do ambiente deste modo para estes sugerem

atitudes novas das quais pela edificaccedilatildeo de uma nova racionalidade De forma

contraria agrave maioria que se preocupa em compatibilizar o meio ambiente a um

crescimento econocircmico de forma continua (DIAS 2011)

Acreditava-se que o crescimento econocircmico desenvolveria de forma natural o

29

desenvolvimento sustentaacutevel Veiga (2005) Somente uma gestatildeo com

responsabilidade ambiental eacute capaz de conciliar uma melhor qualidade de vida com

necessidade de crescimento econocircmico (MOURA 2011)

A passagem de um sistema baseado no consumo a um sistema sustentaacutevel

tem diversas implicaccedilotildees Necessita abrir a visatildeo da relaccedilatildeo da sociedade ao meio

ambiente transformar a organizaccedilatildeo social produtiva que gera a desigualdade e a

pobreza Atraveacutes de novas relaccedilotildees sociais onde o eixo natildeo seraacute somente a

perspectiva da lucratividade e praacuteticas de produccedilatildeo predatoacuterias do meio ambiente

mas o bem-estar da humanidade O que daacute margem a diferentes pontos de vistas

com base de modo geral na busca do produto de equiliacutebrio entre os trecircs eixos da

sustentabilidade crescimento econocircmico igualdade social e a preservaccedilatildeo ao meio

ambiente (DIAS 2011)

De acordo com Alledi (2006) a grande preocupaccedilatildeo das melhores empresas

do mundo hoje em dia eacute com a sustentabilidade dos seus negoacutecios um movimento

que se fundamentou em questotildees ambientais mas que atualmente eacute visto de um

modo mais amplo passando a incorporar os temas dos movimentos empresariais

anteriores pela qualidade pela sauacutede e seguranccedila do trabalho pela proacutepria

preservaccedilatildeo do meio ambiente e mais recentemente pela responsabilidade social

corporativa

211 Exemplos recentes de atitude sustentaacuteveis adotadas no Brasil

O recebimento da certificaccedilatildeo LEED (Leadership in Energy and Environmental

concedido pelo US Green building Council (USGBC) para certificaccedilotildees em 07 estaacutedios

construiacutedos para a Copa 2014 cuja adoccedilatildeo de medidas sustentaacuteveis foi requisito para

que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social (BNDES) liberasse o

financiamento para as obras das arenas da Copa preacute-requisito este que seraacute adotado

pela FIFA para as proacuteximas eleiccedilotildees do mundial (wwwcopa2014govbr)

Dentre as diversas arenas pode ser ressaltada a economia conseguida pela

Arena da Amazocircnia de cerca de 40 de aacutegua potaacutevel atraveacutes da captaccedilatildeo da aacutegua

de chuva em um volume de 140000 litros para irrigaccedilatildeo do gramado e utilizaccedilatildeo nos

sanitaacuterios ABES (observatoacuterio do terceiro setor)

Foram diversas medidas sustentaacuteveis para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo LEED

destacando a abertura das portas para educaccedilatildeo ambiental desde o inicio das obras

30

Foram desenvolvidas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo das accedilotildees de

sustentabilidade que foram implementadas nos estaacutedios para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

LEED com utilizaccedilatildeo de paineacuteis ilustrados nas aacutereas de circulaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de

panfletos aos visitantes Accedilotildees voltadas para conscientizaccedilatildeo da certificaccedilatildeo e

tambeacutem para manutenccedilatildeo apoacutes a realizaccedilatildeo do evento (wwwcopa2014govbr)

212 Medidas sustentaacuteveis para conservaccedilatildeo reaproveitamento de aacutegua e reduccedilatildeo

do consumo de aacuteguas pluviais

A conservaccedilatildeo de aacutegua pode ser definida como um conjunto de praacuteticas

teacutecnicas e tecnologias que propiciam a melhoria da eficiecircncia do seu uso incidindo de

maneira sistecircmica sobre a demanda e a oferta de aacuteguas As iniciativas de

racionalizaccedilatildeo do uso e de reuso de aacutegua constituem-se em elementos fundamentais

para a ampliaccedilatildeo da eficiecircncia do uso da aacutegua (PROSAB 2011) resultando em

Aumento da disponibilidade para os demais usuaacuterios

Flexibilizaccedilatildeo dos suprimentos existentes para outros fins

Atendimento ao crescimento populacional

Suporte agrave implantaccedilatildeo de novas induacutestrias

Preservaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do meio ambiente

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

31

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo A reutilizaccedilatildeo de

aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que permite maiores volumes

de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica

por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes (BRASIL 2010)

Mota OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenada

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Observaccedilotildees sobre Gestatildeo das aacuteguas pluviais A gestatildeo de aacutegua pluvial visa

reduzir o consumo de aacutegua potaacutevel por meio de aproveitamento das aacuteguas de chuvas

contribuindo inclusive para a reduccedilatildeo de inundaccedilotildees ou de poluiccedilotildees difusas Uma

das medidas que vem sendo amplamente desenvolvida como forma de economizar

as aacuteguas potaacuteveis e evitar o risco de inundaccedilotildees em regiotildees com alto iacutendice de

impermeabilizaccedilatildeo do solo eacute a retenccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Este sistema coligado a um sistema de reaproveitamento destas aacuteguas

configura-se como uma das mais eficientes formas de renovaccedilatildeo de um insumo finito

aacutegua As aacuteguas pluviais entretanto natildeo apresentam qualidade necessaacuteria para o

consumo Mesmo quando a captaccedilatildeo destas aacuteguas extravasam para o esgotamento

natildeo se deve permitir que elas sejam lanccediladas in natura para o lenccedilol freaacutetico pela

possibilidade de carga poluidora As aacuteguas pluviais quando utilizadas diretamente por

pontos na edificaccedilatildeo estes devem ser separados do sistema de aacutegua do restante do

preacutedio e deve conter indicativo visual de que a aacutegua natildeo eacute potaacutevel portanto improacutepria

para o consumo preparo de alimentos e banho

No caso da utilizaccedilatildeo deste sistema de reaproveitamento de aacuteguas pluviais

dois cuidados fundamentais devem ser observados primeiramente com relaccedilatildeo ao

caacutelculo do volume do reservatoacuterio que considera o IP (iacutendice pluviomeacutetrico) local A

Caixa Econocircmica recomenda a utilizaccedilatildeo do caacutelculo na Lei Estadual nordm 1252607

(SAtildeO PAULO 2007)

A segunda observaccedilatildeo refere-se ao volume do escoamento de aacuteguas pluviais

no solo de forma controlada a fim de prevenir inundaccedilotildees reduzir a poluiccedilatildeo difusa

e propiciar a recarga do lenccedilol freaacutetico Um projeto como este para ser aprovado

32

depende de um memorial de caacutelculo detalhado apresentando o niacutevel do lenccedilol freaacutetico

do local caacutelculo da vazatildeo de aacuteguas a serem lanccediladas na rede puacuteblica elaboraccedilatildeo de

um manual de operaccedilatildeo do sistema e indicaccedilatildeo de toda a documentaccedilatildeo teacutecnica tal

como projeto memoriais descritivos planilhas de custos e outros (CEF 2010)

Apesar de que o reaproveitamento de aacuteguas pluviais no Brasil jaacute ocorrer haacute

muito tempo em algumas regiotildees somente em 2007 entrou em vigor a NBR 15527

que estabelece as condiccedilotildees para o aproveitamento de aacuteguas de chuva em coberturas

de aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

O objetivo desta accedilatildeo eacute reduzir o consumo de aacutegua independentemente da

accedilatildeo do usuaacuterio ou da sua disposiccedilatildeo em mudar de comportamento para reduzir o

consumo de aacutegua Ela deve ser implementada quando o sistema estiver totalmente

estaacutevel ou seja sem nenhuma perda de aacutegua por vazamento (ANA 2005)

A situaccedilatildeo do Brasil eacute muito favoraacutevel pois deteacutem cerca de 12 de toda aacutegua

doce do planeta poreacutem 685 encontra-se na regiatildeo norte na qual vivem apenas

74 dos brasileiros (CONFEA 2011)

A limitaccedilatildeo de reservas de agua doce no planeta aumentou a demanda para

atendimento principalmente a prioridade dos recursos para o consumo humano

agriacutecola e industrial a prioridade de utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis para

abastecimento puacuteblico e as restriccedilotildees que vecircm sendo impostas em relaccedilatildeo ao

lanccedilamento de efluentes no meio ambiente torna necessaacuteria a adoccedilatildeo de estrateacutegias

que visem racionalizar a utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos e mitigar os impactos

negativos relativos agrave geraccedilatildeo de efluentes pelas induacutestrias (FIESP 2011)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

33

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo

A reutilizaccedilatildeo de aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que

permite maiores volumes de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode

diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes

(BRASIL 2010)

Melhado et al (2013) frisam a importacircncia das accedilotildees de cunho poliacutetico teacutecnico

e social na busca de soluccedilotildees praacuteticas visando a reduccedilatildeo do consumo da aacutegua e

descrevem as mais importantes

Economia e valorizaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo objetivando o uso racional da aacutegua

Manutenccedilatildeo das redes puacuteblicas e privadas para verificaccedilatildeo de desperdiacutecios

e vazamentos

Minimizaccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo do solo urbano e da vazatildeo de

escoamento do terreno objetivando favorecer a permeabilidade da aacutegua

Captaccedilatildeo e armazenamento em reservatoacuterios especiacuteficos das aacuteguas

pluviais e demais aacuteguas natildeo potaacuteveis para usos que natildeo necessitam de

potabilidade como irrigaccedilatildeo reserva de incecircndio lavagem de piso

veiacuteculos em geral e ruas Se necessaacuterio para algum uso especiacutefico a aacutegua

deveraacute passar por unidades de tratamento para atingir os niacuteveis de

qualidade correspondente Quanto mais eficiente for a gestatildeo das aacuteguas

pluviais por retenccedilatildeo ou reuso menor seraacute o volume de aacutegua destinado agraves

redes puacuteblicas

Embora a aacutegua doce existente no planeta esteja sempre em renovaccedilatildeo haacute uma

tendecircncia de sua deterioraccedilatildeo em funccedilatildeo do seu uso indiscriminado devido ao

aumento populacional comprometendo consequentemente sua qualidade ficando

esta em quantidade cada vez menor em determinadas localidades disponiacutevel para

consumo As mudanccedilas climaacuteticas globais tambeacutem vecircm contribuindo para o aumento

na demanda dos recursos hiacutedricos

Devido ao ciclo hidroloacutegico que eacute fechado sabe-se que a quantidade de aacutegua

disponiacutevel no planeta eacute sempre a mesma Sabe-se tambeacutem que este ciclo constitui-

se basicamente do transporte das massas de aacutegua dos oceanos para a atmosfera

34

pelo fenocircmeno da evaporaccedilatildeo e da atmosfera para os oceanos atraveacutes dos

fenocircmenos das precipitaccedilotildees escoamentos superficiais e subterracircneos influenciando

diretamente na distribuiccedilatildeo dos corpos hiacutedricos Muitas regiotildees vem sofrendo

alteraccedilotildees resultantes das diferentes formas antroacutepicas de interferecircncia sobre o

ambiente Hespanhol e Mierwa (2013) O surgimento das Metroacutepoles

desmatamentos obras de dragagens assim como construccedilotildees de represas satildeo

exemplos concretos disto

Sabe-se que menos de 1 de toda a aacutegua existente no planeta eacute doce e que

aproximadamente metade deste percentual corresponde a aacuteguas subterracircneas

enquanto o restante encontra-se nos oceanos Aacute medida que a populaccedilatildeo vem

crescendo a deterioraccedilatildeo dos mananciais vai se acentuando surgindo problemas nos

abastecimentos drsquoaacutegua que atualmente vem merecendo a atenccedilatildeo e preocupaccedilatildeo de

populaccedilotildees e autoridades de todo o mundo Eacute necessaacuterio que haja uma gestatildeo

integrada dos recursos drsquoaacutegua racionalizando o seu uso favorecendo o

desenvolvimento de sistemas sustentaacuteveis como forma de prevenccedilatildeo contra a

escassez

Apesar de a aacutegua doce estar distribuiacuteda de forma desigual sobre o planeta a

disponibilidade deste recurso no Brasil eacute significativa poreacutem distribuiacuteda tambeacutem de

forma desigual sobre o nosso territoacuterio sendo na regiatildeo Amazocircnica 69 e nas

demais regiotildees 31 nas quais se concentram 95 da populaccedilatildeo do Paiacutes

Confrontando estes dados com os do ANEEL- Departamento Nacional de Aacuteguas e

Energia Eleacutetrica pode-se afirmar que em quanto na regiatildeo amazocircnica com 69 da

aacutegua e 685 dos recursos hiacutedricos para uma populaccedilatildeo de 5 do paiacutes nas demais

regiotildees temos 31 das aacuteguas com 315 dos mesmos recursos para 95 da

populaccedilatildeo Eacute certo que se tem uma enorme diferenccedila regional

35

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

MUNICIacutePIOS

VALORES OBSERVADOS

1970 1975 1980 1995 2000 2005 2010 2014

1 Caxias

2 Itaboraiacute

3 Itaguaiacute

4 Mageacute

5 Mangaratiba

6 Maricaacute

7 Niloacutepolis

8 Niteroacutei

9 Nova Iguaccedilu

10 Paracambi

11 Petroacutepolis

12 Satildeo Gonccedilalo

13 SJ de Meriti

14 Rio de

Janeiro

404 496

14 072

17 468

83 841

6 125

6 500

128 011

292 180

724 326

22 149

154 612

430 271

302 394

4251

918

554 935

23 652

76 267

163 906

8 094

19 602

151 700

400 140

1091 702

27 434

202 146

614 688

398 686

5093 232

661 578

31 919

101 048

198 471

10 136

22 677

160 434

439 596

1247

614

32 347

239 899

733 791

436 234

5474

597

780 964

42 668

129 867

235 894

12 454

26 188

169 031

480 981

1410

116

37 686

277 620

871 361

474 149

5585

289

916 278

55 469

163 800

277 069

15 111

30 226

177 585

525 061

1583 658

43 484

318 764

1035 991

513 025

6245 537

1071728

71 096

204 326

323 382

18 191

34 902

186 193

573 014

1773 705

49 787

363 819

1239 963

553 550

6638 213

1252 875

90 205

253 441

376 692

21 820

40 349

194 942

626 596

1986 378

56 660

413 381

1500 984

596 414

7038 605

1467033

113 697

313 856

439 389

26 149

46 734

203 913

688 395

2228600

64 190

468 169

1844983

642 305

7449231

TOTAL A RMRJ 683836

3

8826184 9790341 10807268 11901058 13101869 14449342 15996644

Fonte IBGE 2010

Na cidade do Rio de Janeiro constitui-se de 950 msup3s de vazatildeo meacutedia de aacutegua

doce disponiacutevel proporcionando 2080msup3 de aacutegua por ano para 144 milhotildees de

habitantes numa meacutedia desconsiderando as perdas de aproximadamente

57m3dia suficiente para atender a atual demanda de consumo Entretanto trabalhos

sobre a projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

evidenciam um crescente aumento populacional IBGE (2010) como observa-se no

Quadro 2

Segundo estudos socioeconocircmicos e de demanda de aacutegua para a regiatildeo

metropolitana do Rio de Janeiro Rios (2011) deveraacute ser feita uma ampla campanha

de educaccedilatildeo ambiental atraveacutes da miacutedia visando o controle dos desperdiacutecios de aacutegua

nas induacutestrias comeacutercio e domiciacutelios tendo em vista o perigo de uma crise de

racionamento de aacutegua semelhante agrave crise energeacutetica ocorrida entre 2001 e 2002 No

36

Quadro 2 eacute demonstrada a evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a

Regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro

Com base nas projeccedilotildees demograacuteficas estabelecidas em termos indicativos

para o ano de 2035 procedeu-se a uma estimativa da demanda de aacutegua Tal

estimativa supotildee que a relaccedilatildeo entre demanda de aacutegua e populaccedilatildeo residente

admitida para o ano de 2014 continue vaacutelida para 2035 Rios(2011) Levando-se em

consideraccedilatildeo o demonstrado nos Quadros 1 e 2 o aumento populacional para a

regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro em 2010 tomando-se por base o ano de 2000

foi de 2208

A demanda atendida tanto com os niacuteveis de perdas mantidos quanto com a

reduccedilatildeo das perdas em 20 seraacute de 2739 O fato da demanda prevista ser maior

do que o crescimento populacional pode ser explicado devido ao esperado aumento

de educaccedilatildeo para a sauacutede na populaccedilatildeo a qual necessitaria de mais aacutegua para suas

atividades

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro

DISCRIMINACcedilAtildeO

1980

1985

1990

1995

2005

2010

2014

Demanda total exclusive perdas (1) 3255 3624 4120 4624 5188 5839 6609

Demanda atendida Exclusive

perdas (2)

2213 2935 3914 4532 5188 5839 6609

Demanda atendida Inclusive perdas

(3) Hipoacutetese I

3952 5241 6889 8093 9264 10427 11802

Demanda atendida Inclusive perdas

(4) Hipoacutetese II

3952 4515 4893 5665 6485 7289 8261

Fonte Rios 2011

Para Monteiro et al(2010) o reuso de aacutegua exige que padrotildees adequados de

potabilidade sejam adotados tendo em conta questotildees de sauacutede puacuteblica como

acontece em diversas partes do mundo sendo no Brasil uma praacutetica ainda incipiente

Reiteram os autores que esta eacute uma estrateacutegia correta para diminuiccedilatildeo da captaccedilatildeo

e mitigaccedilatildeo no lanccedilamento de dejetos no ambiente natural

37

A Cacircmara Teacutecnica de Ciecircncia e Tecnologia do Conselho Nacional de Recursos

Hiacutedricos apontou para a necessidade de uma ampla discussatildeo sobre o tema reuso

natildeo potaacutevel Foram elaborados dois termos de referecircncia O primeiro referente agrave

elaboraccedilatildeo de resoluccedilatildeo contemplando os aspectos poliacuteticos legais e institucionais e

o segundo relativo agraves diretrizes gerais para a praacutetica do reuso Eacute necessaacuterio que se

leve em consideraccedilatildeo o tipo de reuso que se deseja e o niacutevel de tratamento para que

os padrotildees sejam alcanccedilados

O reuso operacionalmente permite substituir grandes volumes de aacutegua

destinados a usos nos quais a potabilidade natildeo eacute fator preponderante O reuso de

aacutegua jaacute vem sendo amplamente empregado na induacutestria principalmente em torres de

resfriamento caldeiras construccedilatildeo civil irrigaccedilatildeo de aacutereas verdes e em alguns

processos industriais onde a utilizaccedilatildeo de aacutegua com menor padratildeo de qualidade natildeo

ocasione maiores problemas Desta forma o reuso de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis

deve ser considerado como primeira opccedilatildeo para reuso (HESPANHOL amp MIERZWA

2013)

22 Histoacuterico do Reuso de Aacuteguas

O aproveitamento de aacuteguas pluviais para o consumo das populaccedilotildees jaacute existe

ao longo das civilizaccedilotildees como pocircde ser observado em diversas construccedilotildees antigas

em vaacuterios pontos do mundo Reservatoacuterios escavados na rocha como pode ser

observado em Israel o que confirma o costume de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Em Roma encontram-se diversos reservatoacuterios utilizados para o abastecimento da

populaccedilatildeo (TOMAZ2013)

De acordo com Jarus(2012) em Massada (ldquofortalezardquo em hebraico) situa-se

um dos mais conhecidos sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais em Israel

onde Herodes no ano de 36 a c como forma de se precaver contra tempos difiacuteceis

construiu uma fortaleza com cavernas escavadas na rocha com capacidade de

armazenamento de 40 milhotildees de litros Estes reservatoacuterios possuiacuteam interligaccedilatildeo

atraveacutes de canalizaccedilotildees e aquedutos para abastecimento das habitaccedilotildees da fortaleza

38

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Fonte httpwwwgeocitieswspaz_israelmassadahtm

Na cidade de Toacutequio com a finalidade de prevenir a falta de aacutegua e reduzir

inundaccedilotildees foi intensificada a construccedilatildeo de diversos reservatoacuterios por toda a cidade

bem como motivou os proprietaacuterios de edifiacutecios e residenciais a construiacuterem seus

reservatoacuterios com incentivo a cada litro de aacutegua pluvial captado (AMARAL 2007)

A Alemanha era abastecida em mais de 70 por aquiacuteferos subterracircneos em

funccedilatildeo da poluiccedilatildeo de seus rios e grande industrializaccedilatildeo do paiacutes E recentemente

com o rebaixamento dos aquiacuteferos tornou-se um paiacutes liacuteder na execuccedilatildeo dos sistemas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva tanto para fins domeacutesticos como comerciais

(AMARAL 2007)

O Meacutexico desde a eacutepoca dos Astecas e Maias eacute rico em tradiccedilotildees tecnoloacutegicas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva Ainda na data atual na Peniacutensula de Yucatan pode

ser visto as chamadas Chultuns cisternas do seacuteculo X com capacidade variando de

20000 a 45000 litros utilizadas pelo povo Maia para captaccedilatildeo e abastecimento das

populaccedilotildees que viviam nas encostas As cisternas eram escavadas no subsolo

calcaacuterio e revestidas com emboccedilo impermeaacutevel tendo na sua parte superior uma aacuterea

de 100 a 200 m2 destinada a captaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica Nos vales eram

usadas as aacuteguas dos (reservatoacuterios com capacidade de 10 a 150 milhotildees de litros) e

aquaditas (reservatoacuterios com capacidade de 100 a 50000 litros) - (GNADLINGER

2000)

39

Figura 4 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

Figura 5 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

O desaparecimento do uso de SAAP na peniacutensula de Yucatan deveu-se aos

colonizadores espanhoacuteis por ocasiatildeo da invasatildeo espanhola seacuteculo XVI quando foram

introduzidos novos sistemas de agricultura e meacutetodos de construccedilatildeo europeia

40

diferentes da cultura local Tendo acontecido o mesmo na Iacutendia com o sistema colonial

britacircnico que gerou colapso nos SAAP centenaacuterios (GNADLINGER 2000)

O Japatildeo promove diversos estudos e pesquisas na aacuterea de SAAP Em Toacutequio

a regulamentos para que os terrenos de aacutereas superiores a 10000m2 e os edifiacutecios

com mais de 3000m2utilizem o SAAP Os edifiacutecios com uma aacuterea superior a 30000m2

e que tenham consumo na ordem de 100m3dia de aacutegua para fins natildeo potaacuteveisaleacutem

da utilizaccedilatildeo de SAAP satildeo obrigados a tratar as aacuteguas cinzas(TOMAZ 2009)

No planalto de Loess norte da china tem elevada escassez de aacuteguas

subterracircneas e baixa precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica diante destes fatos o governo local

da Proviacutencia de Gansu colocou em praacutetica desde 1997 um projeto de captaccedilatildeo de

aacutegua da chuva denominado121uml que consiste em auxiliar cada famiacutelia a construir uma

(1) aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua dois (2) reservatoacuterios de armazenamento de aacutegua e um

(1) lote para plantaccedilatildeo de culturas comercializaacuteveis Solucionando o problema de

aacutegua potaacutevel a cerca de 13 milhotildees de pessoas (260000 famiacutelias) (JIANG et al

2013)

221 Aspectos histoacutericos da captaccedilatildeo das aacuteguas pluviais no Brasil

O aproveitamento da aacutegua das chuvas natildeo eacute uma inovaccedilatildeo dos dias de hoje

O primeiro relato do uso da aacutegua da chuva que se tem conhecimento em nosso paiacutes

segundo Hagemann (2009) eacute de um sistema construiacutedo na Ilha de Fernando de

Noronha pelo exeacutercito norte-americano em 1943

Hagemann (2009) afirma que a utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais tem sido praticada

em maior escala principalmente na regiatildeo Nordeste em decorrecircncia do problema de

escassez hiacutedrica caracteriacutestica da regiatildeo Teve iniacutecio em julho de 2003 o Programa

de Formaccedilatildeo e Mobilizaccedilatildeo Social para a Convivecircncia com o Semiaacuterido um Milhatildeo

de Cisternas Rurais (P1MC) visando beneficiar aproximadamente 5 milhotildees de

pessoas na regiatildeo semiaacuterida com aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de cisternas

(Figura 6)

41

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural

Fonte Annencchini 2005

A seguir a figura 7 apresenta um modelo mais simples para casas populares

podendo atender quase 100 da aacutegua de um lar (CUNHA et al 2011)

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva

Fonte wwwportalsaofranciscocombr 2016

42

23 Utilizaccedilotildees da aacutegua coletada e o seu consumo

A aacutegua da chuva pode ser usada de diferentes maneiras como jaacute mencionado

descarga de sanitaacuterios limpeza de vasos sanitaacuterios e mictoacuterios lavagem de roupas

lavagem de pavimentos e veiacuteculos rega de jardins irrigaccedilatildeo de parques escolas

praccedilas estacionamentos condomiacutenios usos industriais e preacutedios comerciais

(climatizaccedilatildeo resfriamento de maacutequinas lavagem industrial de roupas lavagem de

veiacuteculos como carros ocircnibus e caminhotildees limpeza industrial redes de incecircndio)

(GOLDENFUM 2006 RODRIGUES 2010 OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

Segundo Krishna (2003) existem diversas vantagens e benefiacutecios da aacutegua da

chuva a aacutegua eacute gratuita o uacutenico custo eacute para coleta e uso o uso final da aacutegua colhida

eacute localizado perto da fonte eliminando a necessidade de sistemas de distribuiccedilatildeo

dispendiosos eacute isenta de soacutedio eacute superior para a irrigaccedilatildeo da paisagem a coleta

reduz o fluxo para drenagens de aacuteguas pluviais e tambeacutem reduz poluiccedilatildeo da fonte natildeo

pontual aleacutem de ajudar nos serviccedilos puacuteblicos com a reduccedilatildeo da demanda no veratildeo

e economizando a utilizaccedilatildeo da aacutegua existente resultabdo assim tambeacutem na

reduccedilatildeo das contas de serviccedilos puacuteblicos dos consumidores

Segundo o Texas Guide to Rainwater Harvestingrdquo [1997] a aacutegua da chuva eacute

a aacutegua natural mais macia com dureza zero para todos os fins praacuteticos Quase natildeo

apresentam minerais nem sais dissolvidos e a sua qualidade eacute proacutexima da qualidade

da aacutegua destilada

Iwanami (1985) descreve a importacircncia de fazer o planejamento da utilizaccedilatildeo

do sistema de aproveitamento de aacutegua de chuva para verificar a quantidade de aacutegua

que poderaacute ser coletada e armazenada e verificar a necessidade de tratamento da

aacutegua de chuva Certamente eacute preciso que a aacutegua coletada seja devidamente

armazenada filtrada tratada e que garanta uma qualidade compatiacutevel com os usos

previstos

A aacutegua da chuva obtida por meio de processos sem qualquer desinfecccedilatildeo ou

filtragem complexa natildeo serve normalmente para consumo humano eacute considerada

como aacutegua de segunda qualidade Este tipo de aacutegua deve ser empregado em algumas

tarefas domeacutesticas jaacute exemplificadas anteriormente Rodrigues (2010) afirma que em

meacutedia um indiviacuteduo utiliza o vaso sanitaacuterio entre sete e oito vezes por dia das quais

aproximadamente seis vezes para urinar e as demais para defecar se em cada

43

descarga forem usados dez litros verifica-se que ao fim de um dia um indiviacuteduo gastou

entre setenta e oitenta litros de aacutegua

O uso eficiente da aacutegua implica que natildeo haja desperdiacutecios quer por motivos

ambientais quer por motivos econocircmicos jaacute que a aacutegua desperdiccedilada envolve gastos

desnecessaacuterios Nos campos por exemplo as plantas satildeo organizadas e distribuiacutedas

conforme suas necessidades de aacutegua que segundo essa loacutegica os sistemas de rega

deveriam ser organizados de acordo com as necessidades das plantas isto eacute as

plantas com distintas necessidades satildeo regadas de modo separado podendo tomar

como exemplo a grama que deve ser regada separadamente dos arbustos e flores

Sabe-se que a rega eacute muito importante para o desenvolvimento das vegetaccedilotildees e eacute

usada quando o niacutevel de umidade no solo eacute insatisfatoacuterio (RODRIGUES 2010)

No entendimento de Rodrigues (2010) independente das intervenccedilotildees

excepcionais de reparaccedilatildeo e na falta de condiccedilotildees que sugerem intervenccedilotildees em

periacuteodos mais curtos a manutenccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento de aacuteguas

pluviais deve ser realizada em conformidade com as frequecircncias miacutenimas

24 O Reuso De Aacuteguas

241- Aacuteguas Residuaacuterias

Na visatildeo de Asano et al (2007) a aacutegua recuperada eacute definida como um

efluente convenientemente tratado numa Estaccedilatildeo de Tratamento para uma

determinada reutilizaccedilatildeo da aacutegua pretendida Aleacutem disso a reutilizaccedilatildeo da aacutegua

diretamente requer a existecircncia de um sistema de bombeamento ou de outras

facilidades de transporte para o fornecimento da aacutegua

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

(CNRH) dispotildee que o reuso da aacutegua constitui-se de racionalizaccedilatildeo e de conservaccedilatildeo

de recursos hiacutedricos de acordo com os princiacutepios determinados na Agenda 21 Esta

praacutetica diminui a descarga de poluentes em corpos receptores conservando os

recursos hiacutedricos para o abastecimento puacuteblico e outros usos mais exigentes

relacionados agrave qualidade diminui os custos associados agrave poluiccedilatildeo e ajuda na proteccedilatildeo

do meio ambiente e da sauacutede puacuteblica (BRASIL 2005)

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do CNRH em seu art 2ordm traz as seguintes

definiccedilotildees sobre o reuso da aacutegua e a aacutegua residuaacuteria

44

I - aacutegua residuaacuteria esgoto aacutegua descartada efluentes liacutequidos de edificaccedilotildees

induacutestrias agroinduacutestrias e agropecuaacuteria tratados ou natildeo

II - reuso de aacutegua utilizaccedilatildeo de aacutegua residuaacuteria

III - aacutegua de reuso aacutegua residuaacuteria que se encontra dentro dos padrotildees

exigidos para sua utilizaccedilatildeo nas modalidades pretendidas

IV - reuso direto de aacutegua uso planejado de aacutegua de reuso conduzida ao local

de utilizaccedilatildeo sem lanccedilamento ou diluiccedilatildeo preacutevia em corpos hiacutedricos

superficiais ou subterracircneos

V - produtor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que produz aacutegua de reuso

VI - distribuidor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico

ou privado que distribui aacutegua de reuso e

VII - usuaacuterio de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que utiliza aacutegua de reuso (BRASIL 2005)

O reuso eacute definido por Cunha et al (2011) como o uso de aacutegua residuaacuteria ou

aacutegua de qualidade inferior tratada ou natildeo Para Blum (2007) as aacuteguas residuais ou

residuaacuterias satildeo todos os tipos de aacuteguas descartadas resultantes da utilizaccedilatildeo de

vaacuterios processos Como exemplos podem ser citados aacuteguas residuais domeacutesticas

provenientes de banhos cozinhas lavagens de pavimentos domeacutesticos aacuteguas de

infiltraccedilatildeo resultante das infiltraccedilotildees nos coletores de aacutegua existentes nos terrenos ou

de tubulaccedilotildees puacuteblicas entre outros

Muitas pessoas querem aumentar a reutilizaccedilatildeo de aacutegua em seus

empreendimentos como parte de uma mudanccedila geral para o desenvolvimento

sustentaacutevel da terra e gestatildeo de aacutegua Mas Carvalho et al (2014) Marccedilo p 3164 -

3171 3170 haacute poucas informaccedilotildees sobre a aacutegua reutilizada e tecnologias que possam

ser adotadas para cada situaccedilatildeo (HOLT e JAMES 2006)

Filho e Mancuso (2013) entendem o reuso da aacutegua como sendo uma

tecnologia desenvolvida em menor ou maior escala depende da finalidade ao qual se

destina a aacutegua e de como a aacutegua foi usada anteriormente

Hespanhol (2002) enfatiza que a aacutegua eacute um recurso renovaacutevel que quando

reciclada por meio de sistemas naturais torna-se um recurso limpo e seguro pode ter

sua qualidade comprometida devido agrave accedilatildeo antroacutepica Uma vez poluiacuteda a aacutegua pode

ser recuperada e reusada para diversas finalidades A qualidade da aacutegua usada e o

propoacutesito do reuso determinam os niacuteveis de tratamento recomendados os criteacuterios de

45

seguranccedila a serem adotados e os custos associados As possibilidades e formas

potenciais de reuso dependeratildeo de caracteriacutesticas condiccedilotildees e fatores locais

Nessa mesma corrente Cunha et al (2011) sinalizam que um aspecto

relevante para o desenvolvimento de qualquer atividade humana eacute a disponibilidade

de aacutegua em quantidade e qualidade Em situaccedilotildees de escassez emerge a

necessidade e a possibilidade de substituiccedilatildeo das fontes para abastecimento usando

aacutegua residuaacuteria que apresenta qualidade inferior mas disponibilidade assegurada

OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenadas

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Rodrigues (2005) e Goldenfum (2006) classificam o reuso da aacutegua quanto ao

meacutetodo e quanto ao uso final

Quanto ao meacutetodo a reutilizaccedilatildeo da aacutegua pode ser direta ou indireta que

resultam de accedilotildees planejadas ou natildeo O reuso indireto natildeo planejado ocorre quando

a aacutegua servida eacute descarregada no meio ambiente ficando exposta agraves accedilotildees naturais

do ciclo hidroloacutegico (diluiccedilatildeo autodepuraccedilatildeo) e reutilizada a jusante de modo natildeo

intencional e natildeo controlada Em relaccedilatildeo ao reuso indireto planejado ocorre quando

os efluentes depois de tratados satildeo descarregados de maneira planejada nos corpos

drsquoaacutegua para serem usados a jusante de forma controlada (RODRIGUES 2005

GOLDENFUM 2006)

O reuso direto planejado ocorre quando os efluentes depois de tratados satildeo

levados diretamente ao local de reuso (geralmente induacutestria ou irrigaccedilatildeo) O reuso

direto natildeo planejado ocorre quando a aacutegua servida eacute descarregada sem nenhum tipo

de tratamento sendo reaproveitada diretamente no seu ponto de descarga (situaccedilotildees

irregulares pois natildeo tem controle algum sobre os paracircmetros de qualidade)

(GOLDENFUM 2006)

Goldenfum (2006) ressalta que normalmente natildeo eacute possiacutevel reutilizar uma

aacutegua residuaacuteria completa ou indefinidamente O reuso de um efluente tratado atraveacutes

de meacutetodos diretos ou indiretos eacute um meio de disposiccedilatildeo que complementa outros

existentes A quantidade de efluente que se pode reutilizar vai depender da

46

disponibilidade e o custo da aacutegua doce custos de transporte e tratamento diretrizes

sobre a qualidade da aacutegua e o potencial de reuso da aacutegua residuaacuteria

Quanto ao uso final as aacuteguas podem ser aproveitadas de diversas formas e

os tipos de reuso satildeo classificados em urbano industrial agriacutecola ambiental e recarga

de aquiacutefero (HESPANHOL 2002 GOLDENFUM 2006)

Os tipos baacutesicos de usos potenciais de esgotos tratados segundo Hespanhol

(2002) podem ser implantados tanto em aacutereas urbanas como aacutereas rurais e satildeo

ilustrados pelo esquema da figura 6

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua

Fonte Hespanhol 2002

242 Aacuteguas Cinzentas

As aacuteguas cinzentas satildeo as aacuteguas residuais domeacutesticas oriundas de enxaacutegue

de maacutequina de lavar aacutegua de chuveiro e outros Para Blum (2007) eacute importante

quando se projeta um sistema de reuso de aacuteguas cinzentas o dimensionamento dos

reservatoacuterios Deve-se ter em conta o volume que seraacute usado nas descargas de

47

sanitaacuterios ateacute no maacuteximo 48 horas para evitar estocagem por muito tempo pois

ocasionaraacute odores desagradaacuteveis

Nos sistemas de reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas de acordo com Boehm e

Oliveira (2015) deve-se levar em consideraccedilatildeo o comprometimento de todos os

usuaacuterios sendo que o volume e a concentraccedilatildeo de contaminantes podem variar

depende do tipo de edificaccedilatildeo da localidade do niacutevel de ocupaccedilatildeo da residecircncia da

faixa etaacuteria do estilo de vida da classe social da cultura e dos costumes dos

residentes

Neves e Afonso (2010) entendem que as aacuteguas cinzentas satildeo aacuteguas residuais

domeacutesticas sem aacuteguas fecais provenientes geralmente de banheiros duchas

lavatoacuterios lavagem de roupas e cozinha

No reuso dessas aacuteguas que podem ser usadas com ou sem tratamento

dependeraacute da qualidade exigiacutevel para os usos O sistema predial de reciclagem de

aacuteguas cinzentas propicia o tratamento das mesmas e a sua reentrada no ciclo do

preacutedio O uso mais frequente eacute na limpeza de bacias de retrete (NEVES e AFONSO

2010)

25 Formas de Reuso de Aacuteguas

251 Reuso Urbano

Com base nas diretrizes relacionadas ao reuso da aacutegua emitida pela Agecircncia

de Proteccedilatildeo ao Meio Ambiente dos Estados Unidos (United States Environmental

Protection Agency (US EPA) eacute apresentado muitas opccedilotildees para o reuso urbano natildeo

potaacutevel em que se destacam irrigaccedilatildeo de parques e jardins puacuteblicos centros

esportivos campos de futebol gramados aacutervores e arbustos decorativos ao longo de

ruas e rodovias aacutereas ajardinadas ao redor de edifiacutecios puacuteblicos residenciais e

industriais reserva de proteccedilatildeo contra incecircndios sistemas decorativos aquaacuteticos

como fontes chafarizes espelhos e quedas drsquoaacutegua descarga sanitaacuteria lavagem de

veiacuteculos (GOLDENFUM 2006)

Deve-se enfatizar que o uso que requer aacutegua de qualidade elevada podeter

custos incompatiacuteveis com as vantagens devido ao baixo custo da aacutegua para os

usuaacuterios urbanos Dessa forma o reuso urbano com finalidade potaacutevel eacute tida como

uma alternativa dispendiosa e riscos muito altos tornando-o praticamente inviaacutevel

48

Enquanto para finalidades natildeo potaacuteveis envolve riscos menores e eacute considerada

como uma boa opccedilatildeo para o reuso urbano (GOLDENFUM 2006)

252 Reuso industrial

O reuso industrial pode ser utilizado na produccedilatildeo de aacutegua para caldeiras em

sistemas de resfriamento como por exemplo aacutegua de reposiccedilatildeo em lavadores de

gases e aacutegua de processos (CETESB 2014) No mundo as usinas de geraccedilatildeo de

energia refinarias de petroacuteleo unidades quiacutemicas e metaluacutergicas se beneficiam do

reuso de aacutegua tanto para resfriamento quanto para processos industriais

(GOLDENFUM 2006)

253 Reuso agriacutecola

Em conformidade com o Centro Internacional de Referecircncia em Reuso de Aacutegua

(CIRRA 2014) entidade vinculada agrave Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo

(USP) os efluentes devidamente tratados podem ser utilizados na agricultura para

aplicaccedilatildeo em culturas de alimentos natildeo processados comercialmente (irrigaccedilatildeo

superficial de qualquer cultura alimentiacutecia) culturas de alimentos processados

comercialmente (irrigaccedilatildeo de pomares e vinhas) culturas natildeo alimentiacutecias (pastos

forragens fibras e gratildeos) dessedentaccedilatildeo de animais

254 Reuso no meio ambiente

O reuso no meio ambiente engloba aplicaccedilotildees em wetlands habitats naturais

aumento do fluxo de aacutegua estabelecimentos recreacionais contato acidental (pesca

e canoagem) e contato integral com a aacutegua autorizado represas e lagos lagoas

esteacuteticas em que o contato com o puacuteblico natildeo eacute autorizado (CIRRA 2014)

26 A Praacutetica de Recarga de Aquiacuteferos

A recarga artificial de aquiacuteferos com efluentes tratados pode ser usada para

fins diversos englobando o aumento de disponibilidade e armazenamento de aacutegua

controle de salinizaccedilatildeo em aquiacuteferos costeiros controle de subsidecircncia de solos Cirra

(2014) Esta praacutetica pode ser importante para alguns municiacutepios abastecidos por

49

aacutegua subterracircnea onde a recarga natural de aquiacuteferos vem sendo diminuiacutedas em

funccedilatildeo do aumento de aacutereas impermeabilizadas

Hespanhol (2002) comenta que eacute realizada de modo inadequado a retirada das

aacuteguas dos lenccediloacuteis subterracircneos para consumo o que compromete a disponibilidade

hiacutedrica O uso de esgotos tratados para evitar ou diminuir tais efeitos eacute uma

possibilidade

27 O Armazenamento de Aguaacutes

Em aacutereas para captaccedilatildeo de aacutegua de chuva comumente utiliza-se materiais

como telhas galvanizadas pintadas ou esmaltadas com tintas natildeo toacutexicas superfiacutecies

de concreto ceracircmicas policarbonato e fibra de vidro As calhas tambeacutem devem ser

fabricadas com materiais inertes como PVC ou outros tipos de plaacutesticos evitando

assim que partiacuteculas toacutexicas provenientes destes dispositivos venham a ser levadas

para os tanques de armazenagem (MACOMBER 2001)

Segundo Brown et al (2005) o volume do primeiro fluxo de aacutegua de chuva a

ser descartado varia conforme a quantidade de poeira acumulada na superfiacutecie do

telhado que eacute uma funccedilatildeo do nuacutemero de dias secos da quantidade e tipo de resiacuteduos

e da estaccedilatildeo do ano Outras variaacuteveis a serem consideradas satildeo a inclinaccedilatildeo e as

superfiacutecies dos telhados a intensidade das chuvas e o periacuteodo de tempo que ocorrem

Aleacutem disso salienta-se que natildeo haacute nenhum caacutelculo exato para definir o volume inicial

de aacutegua pluvial que necessita ser desviado devido agraves muitas variaacuteveis que

determinam a eficaacutecia da lavagem das aacutereas de captaccedilatildeo

Jaacute o reservatoacuterio eacute um dos componentes mais relevantes do SAAP eacute um fator

que influencia na qualidade da aacutegua e tambeacutem elemento mais caro do investimento

ou fator de otimizaccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel versus necessidades de abastecimento

(RODRIGUES 2010)

O reservatoacuterio de armazenamento tem a funccedilatildeo de reter e acumular a aacutegua

coletada pelo telhado que eacute levada pelo sistema atraveacutes da calha para filtragem e

armazenada em cisternas ou caixas drsquoaacutegua ficando armazenada ao abrigo da luz e

do calor e eacute bombeada para uma caixa drsquoaacutegua superior que pode abastecer o

banheiro a lavanderia e outros ambientes (OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

50

May (2009) acredita que para o sistema ser viaacutevel vai depender de trecircs

elementos precipitaccedilatildeo aacuterea de coleta e demanda O reservatoacuterio de aacutegua da chuva

por ser o componente mais caro do sistema deve ser projetado em conformidade com

as necessidades do usuaacuterio e com a disponibilidade pluviomeacutetrica local para

dimensionaacute-lo adequadamente sem inviabilizar o sistema Com base nos resultados

das anaacutelises realizadas e no uso do sistema de coleta e aproveitamento de aacutegua da

chuva a utilizaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis deve ser estimulada A figura 9 ilustra o

processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Para Boehm e Oliveira (2015) antes da implantaccedilatildeo de um sistema de

reaproveitamento de aacuteguas pluviais devem ser verificadas as condiccedilotildees do local de

instalaccedilotildees e quais os tipos de elementos podem interferir na qualidade da aacutegua

captada

Segundo Macomber (2001) o escoamento de aacutegua natildeo deve entrar em

campos seacutepticos de drenagem do sistema e qualquer tanque o excesso e a drenagem

devem ser roteados de modo que natildeo afetar a base dos tanques ou de quaisquer

outras estruturas

A cisterna pode ser apoiada semi-apoiada enterrada ou elevada e ser

construiacuteda com vaacuterios tipos de materiais como concreto armado blocos de concreto

alvenaria de tijolos plaacutestico polieacutester polietileno accedilo entre outros (OLIVEIRA

CHRISTMANN e PIEREZAN 2014)

51

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Fonte wwwrhasaambientalcombr 2013

Dentre os conceitos da NORMA 155272007 podemos citar

aacutegua de chuva aacutegua resultante de precipitaccedilotildees atmosfeacutericas coletadas

em coberturas telhados onde natildeo haja circulaccedilatildeo de pessoas veiacuteculos e

animais

aacutegua natildeo potaacutevel aacutegua que natildeo atende agrave Portaria nordm 518 do Ministeacuterio da

Sauacutede

aacuterea de captaccedilatildeo aacuterea em metros quadrados projetada na horizontal da

superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde a aacutegua eacute captada

coeficiente de escoamento superficial coeficiente de runnoff que

representa a relaccedilatildeo entre o volume total de escoamento superficial e ao

volume total precipitado variando conforme a superfiacutecie

conexatildeo cruzada qualquer ligaccedilatildeo fiacutesica atraveacutes de peccedila dispositivo ou

outro arranjo que conecte duas tubulaccedilotildees das quais um conduz aacutegua

potaacutevel e a outra aacutegua de qualidade desconhecida ou natildeo potaacutevel

demanda consumo meacutedio (mensal ou diaacuterio) a ser atendido para fins natildeo

potaacuteveis

escoamento inicial aacutegua suficiente da aacuterea de captaccedilatildeo suficiente para

carregar a poeira fuligem folhas galhos e detritos

52

suprimento fonte alternativa de aacutegua para complementar o reservatoacuterio

de aacutegua de chuva

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis

Paracircmetro

Anaacutelise Faixa

Coliformes totais Semanal Ausecircncia em 100mL

Coliformes termotolerantes Semanal Ausecircncia em 100mL

Cloro residual livre Mensal 05 a 30 mgL

Turbidez Mensal lt20uT para menos

restritivos lt50 uT lt15 uH

Cor aparente (caso natildeo seja

utilizado nenhum corante ou

antes da sua utilizaccedilatildeo)

Mensal

Deve prever ajuste do pH para

proteccedilatildeo das redes de distribuiccedilatildeo

caso necessaacuterio

Mensal pH de 60 a 8p no caso

de tubulaccedilatildeo de accedilo

carbono ou galvanizado

Fonte ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas NBR 155252007

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo do sistema de coleta e aproveitamento de aacuteguas

pluviais de acordo com o Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva

do FNDE

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Componente

Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Cobertura e telhados Miacutenimo 3 vezes ao ano

Calhas condutores verticais e horizontais Miacutenimo 3 vezes ao ano

Filtro removedor de detritos A cada 3 meses

Reservatoacuterio inferior ndash enterrado A cada 2 anos

Filtro flutuante Mensalmente

Bombas Mensalmente

Filtro cartucho Semestralmente

Clorador Mensalmente

Reservatoacuterio superior ndash intermediaacuterio Limpeza e desinfecccedilatildeo anual

Fonte Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva FNDE

53

As inspeccedilotildees podem ser feitas pelos utilizadores poreacutem as manutenccedilotildees dos

sistemas de bombas e tratamento devem ser feitas por teacutecnicos especializados

Quando satildeo utilizados nas operaccedilotildees de higienizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produtos nocivos

para os humanos ou para o ambiente devem ser adotadas medidas que impeccedilam o

lanccedilamento dos efluentes resultantes destas operaccedilotildees no ciclo pluvial natural ou na

rede de drenagem de aacuteguas residuais com a necessaacuteria checagem de compatibilidade

com os componentes naturais canalizaccedilotildees e dispositivos de tratamento a jusante

realizando preacute-tratamento quando necessaacuterio (RODRIGUES 2010)

Eacute importante destacar o conjunto de normas que fornecem os requisitos para o

aproveitamento de aacutegua de chuva de coberturas em aacutereas urbanas para fins natildeo

potaacuteveis

NBR 56261998 Instalaccedilatildeo predial de aacutegua fria que tem exigecircncias e

recomendaccedilotildees para o projeto assim como sua execuccedilatildeo e

manutenccedilatildeo da rede

NBR 108441989 Instalaccedilatildeo prediais de aacuteguas pluviais que tem o

caacutelculo de aacuterea de contribuiccedilatildeo e caacutelculo de condutores horizontais e

verticais e de calhas

ABNT NBR 122131992 Projeto de captaccedilatildeo de aacutegua de superfiacutecie para

abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122141992 Projeto de sistema de bombeamento de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122171994 Projeto de reservatoacuterio de distribuiccedilatildeo de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

A RESOLUCcedilAtildeO CONAMA Nordm 20 de 18 de junho de 1986 publicada no DOU

de 300786 foi estabelecida a classificaccedilatildeo das aacuteguas doces salobras e salinas do

Territoacuterio Nacional Na Classe 2 estatildeo incluiacutedas as aacuteguas destinadas ao

abastecimento domeacutestico apoacutes tratamento convencional agrave proteccedilatildeo das

comunidades aquaacuteticas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio (esqui aquaacutetico nataccedilatildeo e

mergulho) agrave irrigaccedilatildeo de hortaliccedilas e plantas frutiacuteferas agrave criaccedilatildeo natural eou

intensiva (aquicultura) de espeacutecies destinadas agrave alimentaccedilatildeo humana

Para as aacuteguas de Classe 2 satildeo estabelecidos os mesmos limites ou condiccedilotildees

da Classe 1 agrave exceccedilatildeo dos seguintes

54

i Natildeo seraacute permitida a presenccedila de corantes artificiais que natildeo sejam

removiacuteveis por processo de coagulaccedilatildeo sedimentaccedilatildeo e filtraccedilatildeo

convencional

ii Coliformes para uso de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio deveraacute ser

obedecido o Art 26 desta Resoluccedilatildeo Para os demais usos natildeo deveraacute ser

excedido um limite de 1000 coliformes fecais por 100 mililitros em 80 ou

mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em qualquer mecircs no

caso de natildeo haver na regiatildeo meios disponiacuteveis para o exame de

coliformes fecais o iacutendice limite seraacute de ateacute 5000 coliformes totais por 100

mililitros em 80 ou mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em

qualquer mecircs

iii Cor ateacute 75 mg Ptl

iv Turbidez ateacute 100 UNT

v DBO5 dias a 20degC ateacute 5 mgl O2

vi OD em qualquer amostra natildeo inferior a 5 mgl O2

No art 26 (Balneabilidade) - As aacuteguas doces salobras e salinas destinadas a

balneabilidade (recreaccedilatildeo de contato primaacuterio) seratildeo enquadradas e teratildeo sua

condiccedilatildeo avaliada nas categorias EXCELENTE MUITO BOA SATISFATOcircRIA e

IMPROacutePRIA da seguinte forma

1) EXCELENTE (3 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 250 coliformes fecais por l00 mililitros ou 1250

coliformes totais por 100 mililitros

2) MUITO BOA (2 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de amostras

obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo local

houver no maacuteximo 500 coliformes fecais por 100 mililitros ou 2500 coliformes

totais por 100 mililitros

3) SATISFATOacuteRIA (1 estrela) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 1000 coliformes fecais por 100 mililitros ou 5000

coliformes totais por 100 mililitros

55

4) IMPROacutePRIA Natildeo atendimento aos criteacuterios estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Os mais recentes padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo

de contato primaacuterio estatildeo definidos na resoluccedilatildeo CONAMA 2742000 como

demonstrado na Tabela 2que jaacute inclui Enterococos Ecoli

Segundo Jordatildeo amp Pessoa (2014) o desenvolvimento dos padrotildees para banho

ou para aacuteguas de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio tem evoluiacutedo com loacutegica Primeiro

foram adotados paracircmetros relativos a melhor tecnologia de controle disponiacutevel que

entretanto natildeo representavam o risco de contrair enfermidades devido a presenccedila de

poluentes Foi o caso dos Coliformes totais Depois considerou-se a relaccedilatildeo entre o

risco possiacutevel ou detectaacutevel e presenccedila de poluentes Neste caso os Coliformes fecais

eram mais representativos

Uma terceira etapa foi a identificaccedilatildeo de risco aceitaacutevel para o qual deveria

existir uma quantidade de dados epidemioloacutegicos correspondendo a mediccedilotildees de

qualidade do corpo drsquoaacutegua Os estudos indicaram que Enterococos eram os mais

representativos seguidos por Ecoli e por uacuteltimo coliformes totais(Desinfecccedilatildeo de

efluentes sanitaacuterios) Sendo assim os Enterococos atualmente representam o melhor

indicador entre os analisados sem que se deva considerar erro o controle por outros

organismos

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio

Balneabilidade-

categoria

Qualidade

Padrotildees para o corpo daacutegua

Proacutepria Excelente Maacuteximo de 250 CF100ml ou

200EC100ml ou 25 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Muito boa Maacuteximo de 500 CF100ml ou

400EC100ml ou 50 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Satisfatoacuteria Maacuteximo de 1000 CF100ml ou

800EC100ml ou 100 Enterococos100ml

56

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Improacutepria Natildeo atendimento aos criteacuterios

estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Incidecircncia elevada ou anormal

de enfermidades transmissiacuteveis

por via hiacutedrica Valor obtido na

uacuteltima amostragem for superior a

2500CF100ml ou 2000

EC100ml ou 400

enterococos100ml Presenccedila de

resiacuteduos ou despejos pHlt6ou

gt9 Floraccedilatildeo de algas outros

fatores que contra -indiquem o

contato primaacuterio

Fonte- CONAMA 2742000

28 Legislaccedilatildeo Sobre o Uso de Aacuteguas

ASPECTOS LEGAIS PARA O USO DE AacuteGUAS

Em 1973 o decreto federal nordm 24643 conhecido como o Coacutedigo das Aacuteguas

consubstanciou a base da legislaccedilatildeo voltada para a temaacutetica aacutegua O instrumento

legisla inclusive sobre o conceito de aacuteguas pluviais e acerca do direito de uso

atribuindo ao dono do preacutedio onde caiacuterem diretamente sua propriedade No seu artigo

118 chega ateacute mesmo a comentar superficialmente sobre a construccedilatildeo de

reservatoacuterios para aproveitamento da aacutegua da chuva em aacutereas puacuteblicas

Em termos de poliacutetica ambiental voltada aos recursos hiacutedricos destaca-se a

promulgaccedilatildeo da lei 9433 que em 1997 instituiu a Poliacutetica Nacional de Recursos

Hiacutedricos ndash PNRH criando o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos Conhecida como Lei das Aacuteguas o normativo fornece instrumentos que

possibilitam a melhoria da gestatildeo sistemaacutetica do recurso

57

A captaccedilatildeo de aacutegua de chuva tem uma relaccedilatildeo indireta com os objetivos dessa Poliacutetica jaacute que estimula o uso racional e ao mesmo tempo previne contra os eventos hidroloacutegicos criacuteticos tanto agraves secas devido agrave promoccedilatildeo da reserva quanto agraves inundaccedilotildees devido agrave diminuiccedilatildeo do escoamento superficial A inclusatildeo da captaccedilatildeo de aacutegua de chuva no Plano indica o esforccedilo da poliacutetica de recursos hiacutedricos na busca da transversalidade e no gerenciamento integrado das aacuteguas (SENRA BRONZATTO VENDRUSCOLO 2007)

A Lei nordm 943397 criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos e no art 1ordm disciplina

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e

a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do

Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades (BRASIL 1997)

O art 5ordm da Lei nordm 943397 trata dos instrumentos da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos (BRASIL 1997)

Nacionalmente natildeo haacute um ordenamento juriacutedico que discipline

especificamente sobre o uso das aacuteguas pluviais Como as citadas anteriormente a

lei nordm 114452007 conhecida como lei do Saneamento Baacutesico indiretamente

estabelece alguns criteacuterios para o manejo de aacutegua pluvial Em seu artigo 3ordm define a

drenagem e manejo das aacuteguas pluviais urbanas como

Conjunto de atividades infraestruturas e instalaccedilotildees operacionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais de transporte detenccedilatildeo ou retenccedilatildeo para o amortecimento de vazotildees de cheias tratamento e

58

disposiccedilatildeo final das aacuteguas pluviais drenadas nas aacutereas urbanas (BRASIL 2007)

Seu decreto regulamentador nordm 72172010 admitiu como forma de viabilizar o

manejo da aacutegua da chuva a alimentaccedilatildeo da instalaccedilatildeo hidraacuteulica predial ligada agrave rede

puacuteblica de abastecimento de aacutegua via aproveitamento de aacutegua da chuva desde que

devidamente autorizadas pela autoridade competente

Quanto agraves leis sobre o tema reuso de aacutegua vigentes no Brasil pode-se

destacar a lei 693881 que institui a poliacutetica nacional do meio ambiente que menciona

o incentivo ao estudo e pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a

proteccedilatildeo dos recursos ambientais

No Estado do Rio de Janeiro a Lei Nordm 6034 de 08 de setembro de 2011 dispotildee

sobre a obrigatoriedade dos postos de combustiacuteveis lava-raacutepidos transportadoras e

empresas de ocircnibus urbanos intermunicipais e interestaduais localizados no Estado

do Rio de janeiro a instalarem equipamentos de tratamento e reutilizaccedilatildeo da aacutegua

usada na lavagem de veiacuteculos

Na cidade de Satildeo Paulo por exemplo atraveacutes da Lei nordm 13276 e o Decreto nordm

41814 que regulamenta esta lei determinam-se a obrigatoriedade da execuccedilatildeo de

reservatoacuterio de aacuteguas pluviais coletadas de cobertas e pavimentos nos lotes

construiacutedos ou natildeo que possuem uma aacuterea impermeabilizada superior a 500m2

Trata-se de providecircncias para evitar as inundaccedilotildees urbanas uma vez que incentiva

soluccedilotildees para a infiltraccedilatildeo da aacutegua de chuva no solo e a utilizaccedilatildeo da mesma quando

armazenada para fins natildeo potaacuteveis

DECRETO Nordm 23940 de 30 de Janeiro de 2004 da cidade do Rio de Janeiro

Torna obrigatoacuterio nos casos previstos a adoccedilatildeo de reservatoacuterios que permitam o

retardo do escoamento das aacuteguas pluviais para a rede de drenagem Visando a

necessidade de ajudar a prevenir inundaccedilotildees atraveacutes da retenccedilatildeo temporaacuteria de

aacuteguas pluviais em reservatoacuterios especialmente criados com esta finalidade e

considerando as possibilidades de reaproveitamento de aacuteguas pluviais para usos natildeo

potaacuteveis como lavagem de veiacuteculos e partes comuns jardinagem e outras Sendo

obrigatoacuterio para imoacuteveis com aacuterea de cobertura superior a 50000 m2 e em caso de

novas edificaccedilotildees residecircncias multifamiliares e industriais fica obrigatoacuterio o uso de

aguas pluviais para uso natildeo potaacutevel atendendo as normas sanitaacuterias vigentes ficando

o habite-se ou alvaraacute de obras condicionado ao atendimento ao decreto

59

A Agenda 21 capiacutetulo 18 dedicou importacircncia especial ao reuso de aacutegua

recomendando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas de gestatildeo dirigidas para o uso e

reciclagem de efluentes Segundo Hespanhol (2012) embora natildeo haja menccedilatildeo ao

tema lsquoreusorsquo na poliacutetica nacional de recursos hiacutedricos existe uma vontade poliacutetica

direcionada para esta questatildeo Segundo a Conferecircncia Interparlamentar sobre o

desenvolvimento do Meio Ambiente realizada em Brasiacutelia em Dezembro de 1992 no

paraacutegrafo 64B recomenda esforccedilos a niacutevel nacional para institucionalizar a

reciclagem e reuso sempre que possiacutevel promovendo o tratamento e a disposiccedilatildeo de

esgotos de modo a natildeo poluir o meio ambiente

A portaria nordm 23 de 12 de fevereiro de 2015 do Ministro de Estado do

Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo estabelece boas praacuteticas de gestatildeo e uso de

Energia Eleacutetrica e de Aacutegua nos oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal

direta autaacuterquica e fundacional e dispotildee sobre o monitoramento de consumo destes

bens e serviccedilos Devendo os oacutergatildeos adotar as providencias necessaacuterias para

implementaccedilatildeo de boas praacuteticas de gestatildeo e inclusive elaborando campanhas de

conscientizaccedilatildeo por meio presencial e eletrocircnico e fornecendo mensalmente o

consumo de energia eleacutetrica e aacutegua por meio do Sistema Projeto Esplanada

Sustentaacutevel

O reuso de aacutegua pode ser classificado em reuso indireto ou direto O reuso

direto eacute aquele onde ocorre a conexatildeo direta dos efluentes de uma estaccedilatildeo de

tratamento de esgotos a uma estaccedilatildeo de tratamento de aacutegua e em seguida ao sistema

de distribuiccedilatildeo O reuso indireto eacute a diluiccedilatildeo do esgoto apoacutes tratamento em um corpo

hiacutedrico no qual apoacutes algum tempo de detenccedilatildeo eacute efetuada a captaccedilatildeo seguida de

tratamento adequado e posterior distribuiccedilatildeo Filho (1987) sugere a seguinte

terminologia para diversas formas de reuso

Reuso indireto natildeo planejado da aacutegua Eacute aquele em que a aacutegua utilizada

em alguma atividade humana eacute descarregada no meio ambiente e

novamente utilizada agrave jusante em sua forma diluiacuteda de maneira natildeo

intencional e natildeo controlada

Reuso indireto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes depois de

tratados satildeo descarregados de forma planejada para serem reutilizados a

jusante

Reuso direto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes apoacutes

convenientemente tratados satildeo encaminhados diretamente do seu ponto

60

de descarga ateacute o local do reuso sofrendo em seu percurso os tratamentos

necessaacuterios mas natildeo sendo descarregados no meio

Reciclagem de aacutegua Eacute o reuso interno da aacutegua antes da sua descarga

em um sistema geral de tratamento ou outro local de disposiccedilatildeo para servir

como fonte suplementar de abastecimento do uso original Eacute um caso

particular de reuso direto

Segundo jaacute destacava Westerhoff (1984)o reuso de aacutegua eacute classificado em

duas categorias Reuso potaacutevel e Reuso natildeo potaacutevel e esta classificaccedilatildeo foi adotada

pela Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental de Satildeo Paulo e

divulgada nos Cadernos de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental Sendo considerado um

bem econocircmico porque eacute finita e essencial para conservaccedilatildeo da vida e do meio

ambiente consequentemente sua escassez impede o desenvolvimento de diversas

regiotildees na medida em que aleacutem da necessidade humana a aacutegua eacute essencial no

processo produtivo de diversas empresas

Reuso potaacutevel

Direto

Indireto

Reuso natildeo potaacutevel

Para fins agriacutecolas

Para fins industriais

Para fins recreacionais

Para fins domeacutesticos

Para manutenccedilatildeo de vazotildees de cursos drsquoaacutegua

Para aquacultura

Recarga de aquiacuteferos subterracircneos

Pode-se destacar alternativas que vem sendo propostas para racionalizaccedilatildeo

do consumo de aacutegua domiciliar Satildeo elas

Identificaccedilatildeo e eliminaccedilatildeo de vazamentos e perdas

Instalaccedilatildeo de equipamentos hidraacuteulicos sanitaacuterios de baixo consumo e alta

eficiecircncia

Reuso de aacuteguas cinzas

Aperfeiccediloamento dos procedimentos de mediccedilatildeo e cobranccedila

61

Os processos e tratamentos para fins potaacuteveis satildeo complexos e de custo

elevado Desta forma o reuso para fins natildeo potaacuteveis deve ser sempre avaliado

preferencialmente Aparentemente o principal problema decorrente da accedilatildeo de

reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas com objetivos de economizar aacutegua seria o aumento

do custo decorrente da instalaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de sistemas duplos de distribuiccedilatildeo

O principal destino destas aacuteguas deve ser a utilizaccedilatildeo sanitaacuteria e o uso agriacutecola

(HESPANHOL amp MIERZWA 2011)

Pesquisas sobre a viabilidade econocircmica de projetos de aproveitamento de

aacutegua de chuva indicam que o item preponderante nesta anaacutelise eacute o custo do

reservatoacuterio que varia em funccedilatildeo da sua dimensatildeo A NBR 15527(ABNT 2007)

apresenta 6 metodologias de caacutelculo do volume do reservatoacuterio que resultam em

valores muito discrepantes gerando a necessidade do usuaacuterio decidirem funccedilatildeo das

condiccedilotildees especiacuteficas do projeto qual metodologia seguir A maioria das

aplicaccedilotildeestrabalha com uma demanda fixa visando o consumo em vasos sanitaacuterios

(MORUZZI e OLIVEIRA2010 DORNELLES et al 2010 COUTINHO et al 2011

GHISI e SCHONDERMARK 2013)

Em relaccedilatildeo a NBR 155272007 aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas

em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis fornece as caracteriacutesticas para o reuso de

aacutegua em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis compreendendo calhas e condutores

instalaccedilotildees prediais qualidade da aacutegua bombeamento manutenccedilatildeo e principalmente

os meacutetodos de caacutelculo de dimensionamento de reservatoacuterios

Os meacutetodos de dimensionamento dispostos nesta norma satildeo

Meacutetodo de Rippl

Meacutetodo de Simulaccedilatildeo

Meacutetodo Azevedo Neto

Meacutetodo praacutetico alematildeo

Meacutetodo praacutetico inglecircs

Meacutetodo praacutetico australiano

62

3 - METODOLOGIA

Conforme Sabbatini (1989) metodologia eacute um ldquoconjunto de preceitos que

estabelece uma orientaccedilatildeo para o direcionamento e conduccedilatildeo de uma dada

investigaccedilatildeordquo tendo esta orientaccedilatildeo dois niacuteveis de doutrina e de estrateacutegia que

geram os princiacutepios de tomada de decisatildeo e permitem a operacionalizaccedilatildeo da

pesquisa que consiste no plano de accedilatildeo

A metodologia para anaacutelise do uso de sistema para aproveitamento de aacutegua

pluvial deve ser entendida como input do processo de pesquisa seus princiacutepios

devem ser balizadores das estrateacutegias adotadas para sua racionalidade

Esta dissertaccedilatildeo objetiva a importacircncia na utilizaccedilatildeo de metodologia e

aplicaccedilatildeo de procedimentos e meacutetodos nas atividades relacionadas ao uso de aacutegua

pluvial em instituiccedilatildeo federal de ensino onde o avanccedilo tecnoloacutegico deve ter como

escopo uma metodologia especiacutefica para seu desenvolvimento

Os atributos e alcance da pesquisa aplicada e de desenvolvimento tecnoloacutegico

constitui a estrutura essencial para obter novos meacutetodos construtivos e modernizaccedilatildeo

de processos e sistemas de uso consolidado e na soluccedilatildeo sistemaacutetica de problemas

Fluxo do processo adotado

O meacutetodo adotado envolve vaacuterias etapas conforme quadro 4 para a validaccedilatildeo

da metodologia de aproveitamento de aacutegua pluvial

Quadro 4- Fluxo do processo

Atividade Procedimentos

Visita teacutecnicas

Foram selecionadas duas tipologias de edificaccedilotildees no sentido de ampliar

o entendimento das teacutecnicas construtivas para a implantaccedilatildeo de

sistema de coleta e uso de aacutegua pluvial

Normas teacutecnicas

NBR 155272007 Aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas em

aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis - Requisitos

Precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rioque foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca

63

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho

31 Estrateacutegia da Pesquisa

A pesquisa em questatildeo tem caraacuteter exploratoacuterio de projeto uacutenico com

abordagem quantitativa por meio de estudo de caso uacutenico que tem como modelo

cientiacutefico a concepccedilatildeo de Robson (2011) o qual disserta sobre os meacutetodos de

pesquisa do mundo real

A estaccedilatildeoestaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm89 67 longitude

43ordm22 67

Reservatoacuterios

detalhes teacutecnicos

construtivos e

controle sanitaacuterio

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo de

dimensionamento onde o volume do reservatoacuterio seraacute o menor valor

entre 6 do volume de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial anual e 6 da

demanda anual de aacutegua natildeo potaacutevel

Foi utilizado o meacutetodo da simulaccedilatildeo previsto na NBR 15527 2007

Para ratificar o dimensionamento do reservatoacuterio feito pelo meacutetodo

praacutetico alematildeo

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR

152227 recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgle

30 mgl em qualquer ponto do sistema de abastecimento

Para controle sanitaacuterio foi utilizado Clorador com funcionamento em

circuito fechado com proteccedilatildeo contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo

interno 320 pastilhas variando de 0640 kg com vazatildeo de operaccedilatildeo

lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Equipamentos Verificou-se que equipamentos utilizados em sistema de captaccedilatildeo e uso

de aacutegua pluvial eacute uma tecnologia de fabricantes internacionais com

representantes locais

Demanda de uso

natildeo potaacutevel

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com

base nos dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos

atraveacutes dos questionaacuterios e o nuacutemero de pessoas que efetivamente

utilizam cada aparelho Tambeacutem se utilizaram no caacutelculo do consumo

diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR 56261998

Viabilidade

econocircmica de

implantaccedilatildeo do

sistema

Foi realizada a anaacutelise econocircmica utilizando-se o meacutetodo do payback

simples e descontado considerando taxa mensal de 1 para validaccedilatildeo e

verificaccedilatildeo da viabilidade econocircmica do sistema

64

Adota o presente trabalho a verificaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo exitosas de sistemas de

aproveitamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees de diversas tipologias criando um

paracircmetro de anaacutelise e consolidaccedilatildeo de praacuteticas sustentaacuteveis e novas tecnologias

VISITAS REALIZADAS

Estaacutedio do Maracanatilde

Maior estaacutedio sendo sede da Copa do Mundo de Futebol 2014 no rio de

Janeiro Inaugurado em junho de 1950 sendo iniciada a obra de recuperaccedilatildeo e retrofit

no ano de 2010 sendo concluiacuteda em 2013 Sua capacidade de puacuteblico passou de

87101 para 78639 lugares

Realizada a visita as instalaccedilotildees do Estaacutedio do Maracanatilde que recebeu a

certificaccedilatildeo LEED1 (Leadership in Energy and Environmental Design) For New

Construction na categoria Silver versatildeo 30 concedida pela USGBC (United States

Building Concil) conforme fig 10 que reconhece soluccedilotildees de novas tecnologias

sustentaacuteveis utilizadas nas construccedilotildees com o objetivo de reduccedilatildeo de impactos ao

meio ambiente durante a vida uacutetil da edificaccedilatildeo certificaccedilatildeo voltada para construccedilotildees

sustentaacuteveis e ambientalmente eficientes

1 Lideranccedila em Energia e Desig Ambiental eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para

edificaccedilotildeesUtilizada em 143 paiacuteses a certificaccedilatildeo foi criada em 2000 pela USGreen Building Council (USGBC)

65

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Pereira et al (2015)

A alta performance ambiental do maracanatilde apoacutes a implantaccedilatildeo do sistema de

aacuteguas pluviais contribuiu para sua certificaccedilatildeo onde cabe ressaltar que houve reduccedilatildeo

de 7114 do consumo de agua potaacutevel que representa da demanda de bacias e

mictoacuterios como tambeacutem todo o volume de agua necessaacuterio para irrigaccedilatildeo do

gramado e Conforme Pereira et al (2015) a reduccedilatildeo de uso de aacutegua potaacutevel eacute de

50 (cinquenta por cento)

Com o retrofit o estaacutedio do Maracanatilde teve acreacutescimo de 50000m2 na aacuterea de

cobertura construiacuteda em membrana tensionada por cabos de accedilo que permitiu a

viabilidade de implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo acrescida da aacuterea de drenagem

do campo que atende a irrigaccedilatildeo e descargas O estaacutedio no seu sistema de captaccedilatildeo

e reaproveitamento de aacuteguas pluviais conta com reservatoacuterio de 5 milhotildees de litros

volume capaz de suprir as demandas de usos por um periacuteodo de ateacute trecircs meses em

caso de estiagem

66

Leroy Merlin

Empresa de comeacutercio varejista voltada para materiais de construccedilatildeo e

bricolagem desde os anos de 1988 A concepccedilatildeo de seus projetos de lojas passaram

a ser voltada para questotildees de sustentabilidade agrave partir da construccedilatildeo da loja na

cidade de Niteroi inaugurada em 2007 iniciando um ciclo de novas unidades com o

mesmo caraacuteter tendo em um de seus conceitos o aproveitamento de aacuteguas pluviais

A Leroy Merlin foi a primeira empresa agrave receber o selo HQE2 em 2009

empresa situada em Niteroacutei no Estado do Rio de Janeiro na atividade de comeacutercio de

materiais de construccedilatildeo Adotou como meta a certificaccedilatildeo AQUA em funccedilatildeo de sua

adaptabilidade as condiccedilotildees de uso no Brasil avaliando aspectos da gestatildeo

ambiental nas obras de arquitetura

Recebeu a empresa por ocasiatildeo de sua construccedilatildeo recebeu a certificaccedilatildeo

ACQUA-Alta Qualidade Ambiental tendo sido avaliada pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

entidade vinculada a USP (Universidade de Satildeo Paulo) tendo atendido as exigecircncias

para a certificaccedilatildeo nas etapas do programa concepccedilatildeo do projeto e realizaccedilatildeo da

obra

Foram utilizados no tratamento daacute aacutegua captada trecircs filtros tipo Vortex WWF

300 com capacidade de filtragem para aacuterea de cobertura de ateacute 3000m2 com potencial

de ateacute 90 da aacutegua precipitada e com retenccedilatildeo de partiacuteculas de 028mmFoi utilizado

reservatoacuterio apresentado na foto abaixo com capacidade de 150000 litros com

extravasor para poccedilos de infiltraccedilatildeo conforme figura 11 em caso de alto iacutendice de

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica contribuindo para a alimentaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico e

reduzindo a possibilidade de enchentes

2 HQE A primeira certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios a ser adaptada para a realidade brasileira foi a AQUA (hoje AQUA-

HQE) Com base no selo francecircs Haute Qualiteacute Environnementale professores da Universidade de Satildeo Paulo (USP) criaram a versatildeo brasileira e formaram a instituiccedilatildeo responsaacutevel por ela a Fundaccedilatildeo Vanzolini

67

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

Foto da Construccedilatildeo do reservatoacuterio de 150000 litros

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

68

32 Unidade de anaacutelise

Esta pesquisa se limita a estudar a viabilidade de uso de aguas pluviais

calculando a demanda de uso natildeo potaacutevel a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacuteguas

residuais provenientes de evaporadoras de ar condicionado com determinaccedilatildeo do

volume do reservatoacuterio e posterior analise de viabilidade econocircmica Yin (2001)

afirma que a unidade de anaacutelise estaacute relacionada com o problema fundamental de

definir o que eacute o ldquocasordquo

Segundo Yin (2001) o estudo de caso representa uma investigaccedilatildeo empiacuterica e

compreende um meacutetodo abrangente com a loacutegica do planejamento da coleta e da

anaacutelise de dados Pode incluir tanto estudos de caso uacutenico quanto de muacuteltiplos assim

como abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa

Aleacutem da coleta de dados por meio dos questionaacuterios outro importante processo

que seraacute usado neste estudo eacute anaacutelise documental considerada como a teacutecnica que

abrange tanto a anaacutelise qualitativa quanto a quantitativa Segundo Gil (2010 p121)

ldquoA consulta a fontes documentais eacute imprescindiacutevel em qualquer estudo de casordquo

Portanto a anaacutelise destes dados torna-se fundamental para que se possa identificar

demanda de consumo de aacutegua natildeo potaacutevel o potencial para aproveitamento de aacuteguas

dos evaporadores de aparelhos de ar condicionado

33 Justificativa da estrateacutegia de pesquisa

A escolha do meacutetodo de pesquisa orientaraacute as etapas necessaacuterias para a coleta

de informaccedilotildees anaacutelise destes dados e demonstraccedilatildeo da confiabilidade e validade

das descobertas (ROBSON 2011)

34 Pesquisa Exploratoacuteria

A pesquisa exploratoacuteria utilizaraacute fontes documentais como perioacutedicos

dissertaccedilotildees e teses sobre os temas sustentabilidade histoacuterico de reuso e

reaproveitamento de aacuteguas pluviais e legislaccedilatildeo traccedilando conexotildees entre estes

elementos de forma a propiciar confiabilidade para o embasamento da pesquisa

69

35 Levantamento

O presente trabalho visa o aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

de evaporadores de unidades condensadoras para reuso no Campus Maracanatilde do

CEFET-RJ

Desta forma o trabalho foi estruturado da forma relacionada abaixo

Levantamento das caracteriacutesticas pluviomeacutetricas da regiatildeo estudada para

determinaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica media atraveacutes das analises de

dados fornecida do sistema Alerta Rio referente ao periacuteodo de 2001 a 2015

Levantamento das caracteriacutesticas de 01(uma) edificaccedilatildeo existente no

campus maracanatilde bloco E e considerando seu potencial de captaccedilatildeo

atraveacutes exclusivamente de suas coberturas bem como o dimensionamento

de reaproveitamento das aacuteguas provenientes de condensadores de ar

condicionado existentes no referido bloco por contemplar maior nuacutemero de

equipamentos citados e maior nuacutemero de horas de uso

Avaliaccedilatildeo dos resultados obtidos com determinaccedilatildeo do reservatoacuterio de

armazenamento sendo realizado atraveacutes da NBR 15527 ndash Aacutegua da Chuva

Aproveitamento das aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis (ABNT 2007)

Tambeacutem seratildeo realizados estudos utilizando teacutecnicas de matemaacutetica

financeira pelo meacutetodo de anaacutelise de payback simples que fornece uma

estimativa de faacutecil compreensatildeo dos benefiacutecios gerados para determinar o

tempo de retorno do investimento atraveacutes dos custos de implantaccedilatildeo do

sistema

70

Aacuterea de Estudo

O CEFET-RJ ocupa uma aacuterea de terreno de 3438200 m2 com 6481800 m2

construiacutedos e distribuiacutedos em 06 pavilhotildees e diversos blocos nomeados de ldquoArdquo a ldquoLrdquo

tendo como objeto para estudo de caso o Bloco E que e abastecido atraveacutes do

hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 conforme figura 10

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora

Fonte Realizada pelo autor 2017

36 Objeto de Estudo

O preacutedio objeto do estudo eacute o Bloco E sendo utilizado pela comunidade

docente discente e teacutecnicos administrativos

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ

Fonte site wwwcefet-rjbr

71

As coberturas do preacutedio satildeo compostas por telhas trapezoidais em accedilo

galvanizado tendo calhas em concreto impermeabilizado para a coleta de aacuteguas

pluviais com tubos de queda em PVC de 100 mm com condutores horizontais

interligando as caixas de passagem e estas ao coletor puacuteblico

361 Aparelhos Existentes

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados quais eram os tipos de aparelhos

sanitaacuterios torneiras mictoacuterios existentes no CEFET-RJ Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua

37 Entrevistas com os Usuaacuterios

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

CEFET-RJ a fim de descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho Nos

questionaacuterios foram feitas perguntas que demonstrassem o tempo e a quantidade de

vezes que cada aparelho era utilizado no periacuteodo de ocupaccedilatildeo

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como um certo desinteresse na participaccedilatildeo por alguns membros da comunidade

Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com utilizaccedilatildeo

da foacutermula de caacutelculo amostral

72

Foacutermula de caacutelculo

Onde

n - amostra calculada N ndash populaccedilatildeo Z - variaacutevel normal padronizada associada ao niacutevel de confianccedila p - verdadeira probabilidade do evento e - erro amostral Erro amostral de 5 Niacutevel de confianccedila de 95

Foram aplicados questionaacuterios para funcionaacuterios professores e alunos com as

mesmas perguntas Os questionaacuterios utilizados nas entrevistas estatildeo apresentados

no Apecircndice A B e C

Para os funcionaacuterios da limpeza interna externa foram aplicados questionaacuterios

direcionados em funccedilatildeo das atividades desenvolvidas

Os resultados obtidos atraveacutes das entrevistas permitiram obter valores que

representam a frequecircncia e o tempo de utilizaccedilatildeo de cada tipo de aparelho sanitaacuterio

para o total geral da edificaccedilatildeo e por pessoa

38 Estimativa do Consumo de Aacutegua

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com base nos

dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos atraveacutes dos questionaacuterios

e o nuacutemero de pessoas que efetivamente utilizam cada aparelho Tambeacutem se

utilizaram no caacutelculo do consumo diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR

56261998

381 O caacutelculo de consumo meacutedio diaacuterio de aacutegua per capita por aparelhos

O Caacutelculo foi realizado com base no somatoacuterio da multiplicaccedilatildeo da frequecircncia

e tempo de uso obtido nas entrevistas e vazatildeo do aparelho dividido pelo nuacutemero de

pessoas entrevistadas

73

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

C meacutedio = consumo meacutedio por aparelho

fi=numero de vezes de utilizaccedilatildeo

ti= tempo em segundos de uso diaacuterio

n= amostras de pessoas entrevistadas

Q= vazatildeo do aparelho (litros por segundo)

382 Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

A estimativa dos consumos de aacutegua referentes agrave limpeza do preacutedio (que inclui

tambeacutem lavaccedilatildeo de paacutetios corredores sanitaacuterios e irrigaccedilatildeo de jardins) foi calculada

com base em entrevistas com os responsaacuteveis por tais atividades e natildeo por amostra

Consumo Atividade limpeza = Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega de

jardim

383 Avaliaccedilatildeo do Potencial de Economia de Aacutegua Potaacutevel

A fim de se estimar o potencial de economia proveniente da implantaccedilatildeo de um

sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial foi verificado o percentual de aacutegua potaacutevel

utilizado em fins natildeo potaacuteveis quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de agua residual pelas

evaporadoras de ar condicionado e tambeacutem foi estimado o volume ideal de

reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial

384 Percentual de Aacutegua Potaacutevel que Poderia Ser Substituiacutedo por Aacutegua Pluvial

Neste estudo considerou-se a utilizaccedilatildeo de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis em

descargas de vaso sanitaacuterio mictoacuterios irrigaccedilatildeo de jardins torneiras de usadas para

limpeza do preacutedio que tambeacutem inclui lavaccedilatildeo dos pavimentos

Atraveacutes da soma dos valores de consumo de aacutegua nas atividades consideradas

para fins natildeo potaacuteveis foi verificada a quantidade total de aacutegua potaacutevel que poderia

ser substituiacutedo por aacutegua pluvial

74

39 Reservatoacuterios de Aacutegua Pluvial

O reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial eacute um dos componentes mais

importantes de um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial o qual deve ser

dimensionado principalmente considerando os seguintes fatores demanda de aacutegua

pluvial aacutereas de captaccedilatildeo precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica e custos totais de implantaccedilatildeo

Para estimar o volume ideal do reservatoacuterio de aacutegua pluvial para o presente

estudo baseou-se nas aacutereas de cobertura da edificaccedilatildeo no consumo diaacuterio de aacutegua

em sanitaacuterios e mictoacuterios e atividades de limpeza na precipitaccedilatildeo da regiatildeo no

coeficiente de perdas e no total de aacutegua potaacutevel usada para fins natildeo potaacuteveis que

poderia ser substituiacuteda por aacutegua pluvial

310 Anaacutelise Econocircmica

Depois de verificado o potencial de economia de aacutegua potaacutevel seratildeo

verificados os custos para a implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento

de aacutegua pluvial e tambeacutem analisada sua viabilidade econocircmica

Esta anaacutelise econocircmica seraacute uma estimativa de custos que poderaacute servir como

referecircncia para novas instituiccedilotildees de ensino com padrotildees semelhantes que desejam

implantar um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial

Natildeo se tem um indicativo de que este sistema possa ser implantado no objeto

de estudo Os custos de implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de

aacutegua pluvial resumem-se em custos com obra de construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior

materiais e equipamentos necessaacuterios agrave implantaccedilatildeo

Deste modo fez-se uma planilha de quantitativos e custos dos valores

referentes a obra atraveacutes de preccedilos coletados no SINAPICEF e de materiais e

equipamentos necessaacuterios com empresas representantes e ou fabricantes

75

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA

Conforme abordado no capiacutetulo correspondente a metodologia optou-se

como um dos meios de aplicaccedilatildeo a validaccedilatildeo e investigaccedilatildeo desta metodologia

desenvolvida para uma Instituiccedilatildeo Federal de Ensino

41 Histoacuterico do Cefet-RJ

Atraveacutes de uma parceria entre o governo da Uniatildeo e o da Prefeitura do Distrito

Federal foi criada a Escola Normal de Artes e Ofiacutecios Wenceslau Braz versatildeo

primaacuteria do que vem a ser o CEFETRJ contemporaneamente Segundo CEFETRJ

(2007 paacuteg 14) os principais objetivos da escola eram de criar professores mestre e

contramestres para as instituiccedilotildees e escolas profissionais do Distrito Federal e entatildeo

Rio de Janeiro aleacutem de professores de trabalhos manuais para escolas primaacuterias do

Municiacutepio

De acordo com Maruyama (2013) apoacutes criaccedilatildeo de sua primeira forma teve

seus objetivos e estrutura atualizada transformando-se em Escola Teacutecnica Nacional

(ETN) em 1942 Jaacute em 1965 a Escola recebe nome Escola Teacutecnica Federal da

Guanabara poreacutem foi apenas em 1967 que a Escola passa a ser chamada de Escola

Teacutecnica Federal Celso Suckow da Fonseca

Hoje atraveacutes de seu histoacuterico de reconhecimento pela sociedade a Escola

Teacutecnica obteve expansatildeo geograacutefica passando a atuar com sede matriz a Unidade

Maracanatilde e demais seis outras Unidades descentralizadas pelo Rio e Janeiro (Nova

Iguaccedilu Maria da Graccedila Petroacutepolis Nova Friburgo Angra dos Reis e Itaguaiacute) e

educacional ofertando cursos regulares de ensino meacutedio educaccedilatildeo profissional

teacutecnica graduaccedilatildeo poacutes-graduaccedilatildeo aleacutem de atividades de pesquisa e de extensatildeo

411 Definiccedilatildeo de Instituiccedilotildees de Ensino Superior

De acordo com o artigo 21 da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo

Nacional (939496) a educaccedilatildeo escolar eacute formada por duas etapas principais

educaccedilatildeo baacutesica formada pela educaccedilatildeo infantil ensino fundamental e ensino meacutedio

II - educaccedilatildeo superior etapa posterior a educaccedilatildeo baacutesica cujo objetivo global eacute formal

76

profissionais e cidadatildeos aptos a exercerem suas funccedilotildees e promover o

desenvolvimento do paiacutes

A LDB (Lei 93941996) assume a coexistecircncia de instituiccedilotildees puacuteblicas e

privadas para a oferta de cursos superiores dizendo no Artigo 45 que a educaccedilatildeo

superior poderaacute ser ministrada em instituiccedilotildees de ensino superior de caraacuteter puacuteblico

ou privada com variados graus de abrangecircncia e particularizaccedilatildeo Visando

complementar a LDB e a esse artigo 7ordm do Decreto 38602001 classifica as instituiccedilotildees

de ensino superior quanto agrave sua organizaccedilatildeo acadecircmica em

Universidades - Satildeo caracterizadas pela oferta regular de atividades que

articulam trecircs principais pilares ensino de pesquisa e de extensatildeo

Centros Universitaacuterios - Os centros universitaacuterios satildeo instituiccedilotildees de

ensino superior pluri-curriculares comprovada pelo desempenho nos

cursos nas avaliaccedilotildees do MEC e que devem atender a comunidade

Centros Federais de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica - Satildeo instituiccedilotildees de ensino

superior especializados na oferta de educaccedilatildeo tecnoloacutegica nos

diferentes niacuteveis e modalidades de ensino O Centro Federal de

Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) seraacute a

instituiccedilatildeo alvo do presente estudo e se encaixa nessa classificaccedilatildeo

Faculdades Integradas faculdades institutos ou escolas superiores -

superiores orientados basicamente para o ensino satildeo voltadas para a

formaccedilatildeo de profissionais para o mercado de trabalho e natildeo se exigiratildeo

produccedilatildeo cientiacutefica e natildeo haacute exigecircncia de oferta cursos de poacutes-

graduaccedilatildeo

Por fim todas as instituiccedilotildees de ensino superior independente de sua

classificaccedilatildeo e dos cursos ofertados por estar diretamente submetidas as decisotildees do

MEC deve acatar com seus decretos e determinaccedilotildees pois estatildeo sob uma mesma

legislaccedilatildeo e regime Dentro das obrigatoriedades das IES pode ser destacado o

documento de caraacuteter estrateacutegico conhecido como Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI)

412 - Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) eacute um documento institucional

exigido pelo Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) e apresenta as principais estrateacutegicas e

77

posicionamento que a instituiccedilatildeo de ensino superior (IES) iraacute adotar em um periacuteodo

de tempo preacute-definido Eacute anaacutelogo ao Planejamento Estrateacutegico das empresas

privadas poreacutem com foco em resultados no sistema educacional processos internos

e desempenho dentro do cenaacuterio mutaacutevel da educaccedilatildeo no periacuteodo de vigecircncia

O Plano de Desenvolvimento Institucional ndash PDI eacute um documento elaborado para um periacuteodo de 5 (cinco) anos que identifica a Instituiccedilatildeo de Ensino Superior (IES) no que diz respeito agrave sua filosofia de trabalho agrave missatildeo a que se propotildee agraves diretrizes pedagoacutegicas que orientam suas accedilotildees agrave sua estrutura organizacional e agraves atividades acadecircmicas que desenvolve eou que pretende desenvolver (SAPIEnS 2007)

A lei 10861 (2004) instituiu o Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo

Superior (SINAES) Este sistema tem como objetivo buscar a melhoria da qualidade

da educaccedilatildeo superior monitorar a expansatildeo da oferta e aumento da eficiecircncia e

eficaacutecia institucional no acircmbito de ensino e impacto na sociedade Deve ser ainda um

sistema supervisor das IES no cumprimento de seus deveres institucionais como

identidade respeito a diversidade e afirmaccedilatildeo da autonomia Esta lei promoveu em

2006 a ediccedilatildeo do decreto Nordm 5773 que legitima a relevacircncia e obrigatoriedade do PDI

nas IES

O decreto Nordm 5773 (2006) descreve sobre as funccedilotildees de regulamentaccedilatildeo

acompanhamento e avaliaccedilatildeo das IES e cursos superiores de graduaccedilatildeo e

sequenciais no sistema de ensino federal No Art 15 satildeo descritas as exigecircncias para

uma instituiccedilatildeo ser credenciada ao MEC Eacute responsabilidade da IES possuir aleacutem de

documentos padratildeo como cumprimento de exigecircncias fiscais legais e regimento ou

estatuto o PDI eacute exigido devido ao seu caraacuteter de avaliaccedilatildeo de potencial capacidade

e objetivos de longo prazo como instituiccedilatildeo provedora de ensino superior O Art 16

apresenta ainda um roteiro de subsiacutedio na elaboraccedilatildeo do PDI com as exigecircncias que

o MEC determina

Neste contexto eacute possiacutevel identificar uma importante instituiccedilatildeo de ensino

superior do estado do Rio de Janeiro o Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica

Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) Uma instituiccedilatildeo com grande tradiccedilatildeo que ao

longo dos anos se diversificou alterou o escopo de ensino para ofertar de cursos de

cursos de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo direcionados para tecnologia e inovaccedilatildeo Eacute

necessaacuterio conhecer aacutes origens histoacutericos e fatores que influenciaram a consolidaccedilatildeo

do CEFETRJ para entender seu papel no cenaacuterio atual

78

413 - O PDI do CefetRJ

O Estatuto do CEFETRJ foi aprovado em 2005 pelo ministro da educaccedilatildeo

Fernando Haddad e instaurou a portaria nordm 3796 No capiacutetulo III sobre a Estrutura

Organizacional na Subseccedilatildeo VIII do Estatuto do CEFETRJ eacute estabelecida a criaccedilatildeo

da Diretoria de Gestatildeo Estrateacutegica (DIGES)oacutergatildeo responsaacutevel por conduzir o

processo de elaboraccedilatildeo validaccedilatildeo e publicaccedilatildeo dos DPI a cada quatro anos bem

como acompanhar a execuccedilatildeo dos planos e projetos definidos e ser o principal

fornecedor de informaccedilotildees sobre o desempenho da instituiccedilatildeo perante sociedade

ministeacuterio da educaccedilatildeo Uniatildeo e demais oacutergatildeos puacuteblicos a que a IES estaacute submetida

A construccedilatildeo do PDI eacute feita de maneira colaborativa e participativa por todos

os departamentos e secretarias que integram a instituiccedilatildeo Os entendimentos entre

todas as partes e consensos provisoacuterios devem ser estabelecidos para definir

objetivos comuns a todos que deveratildeo ser registrado e amplamente divulgado e

cascateado a todos os niacuteveis da instituiccedilatildeo Com isso o PDI deve ser apresentado

pela DIGES em um prazo de 150 a 60 dias agrave Comissatildeo para validar o produto final

conforme estabelecido no documento O processo deve ser concluiacutedo dentro do ano

anterior ao periacuteodo de vigecircncia do PDI em elaboraccedilatildeo

414 - Filosofia Missatildeo e Objetivos Institucionais

Os princiacutepios norteadores da filosofia satildeo expressos atraveacutes de seu Projeto

Pedagoacutegico integrando

A defesa das condiccedilotildees garantidoras de qualidade social para a educaccedilatildeo

puacuteblica viabilizada pela Rede Federal de Educaccedilatildeo Profissional Cientiacutefica e

Tecnoloacutegica em sua diversidade institucional reafirmaccedilatildeo da identidade institucional

vinculada agrave formaccedilatildeo de profissionais de diferentes niacuteveis no projeto de transformaccedilatildeo

de Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica em Universidade Tecnoloacutegica Federal

adoccedilatildeo de projetos de verticalizaccedilatildeo e integraccedilatildeo das atividades de ensino pesquisa

e extensatildeo da educaccedilatildeo baacutesica agrave poacutes-graduaccedilatildeo como caracteriacutestica metodoloacutegica

de formaccedilatildeo na aacuterea tecnoloacutegica middot consolidaccedilatildeo de poliacuteticas de ensino pesquisa e

extensatildeo que compromissadas com o desenvolvimento nacional e regional a

disseminaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimento a formaccedilatildeo de pessoas e a

responsabilidade social e eacutetica continuem a legitimar a atuaccedilatildeo institucional junto agrave

79

sociedade preservaccedilatildeo e sustentaccedilatildeo da autonomia institucional definida em lei

aperfeiccediloamento permanente dos processos de gestatildeo democraacutetica e

descentralizaccedilatildeo gerencial nas instacircncias acadecircmicas e administrativas mediante

adoccedilatildeo de estruturas colegiadas mecanismos de participaccedilatildeo de todos os segmentos

da comunidade interna socializaccedilatildeo de informaccedilotildees e transparecircncia na utilizaccedilatildeo de

recursos middot observacircncia de aspectos inerentes ao caraacuteter puacuteblico e de identidade

formadora da Instituiccedilatildeo valorizaccedilatildeo do ser humano e do trabalho respeito agrave

pluralidade e divergecircncias de ideacuteias sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza adesatildeo

agrave tecnologia a serviccedilo da promoccedilatildeo humana compromisso social diaacutelogo constante

e parcerias com instituiccedilotildeesentidades representativas da sociedade

responsabilidade funcional e eacutetica (PDI 2010)

No que se refere a sua missatildeo institucional levando-se em consideraccedilatildeo agrave RS

assumida perante a sociedade cabe ao CEFETRJ

Promover a educaccedilatildeo mediante atividades de ensino pesquisa e extensatildeo que

propiciem de modo reflexivo e criacutetico na interaccedilatildeo com a sociedade a formaccedilatildeo

integral (humaniacutestica cientiacutefica e tecnoloacutegica eacutetica poliacutetica e social) de profissionais

capazes de contribuir para o desenvolvimento cultural tecnoloacutegico e econocircmico dessa

mesma sociedade (PDI 2010)

Neste sentido seus principais objetivos satildeo

ministrar educaccedilatildeo profissional teacutecnica de niacutevel meacutedio de forma

articulada com o ensino meacutedio destinada a proporcionar habilitaccedilatildeo

profissional para diferentes setores da economia

ministrar ensino superior de graduaccedilatildeo e de poacutes-graduaccedilatildeo lato sensu

e stricto sensu visando agrave formaccedilatildeo de profissionais e especialistas na

aacuterea tecnoloacutegica

ministrar cursos de licenciatura bem como programas especiais de

formaccedilatildeo pedagoacutegica nas aacutereas cientiacutefica e tecnoloacutegica

ofertar educaccedilatildeo continuada por diferentes mecanismos visando agrave

atualizaccedilatildeo ao aperfeiccediloamento e agrave especializaccedilatildeo de profissionais na

aacuterea tecnoloacutegica

realizar pesquisa estimulando o desenvolvimento de soluccedilotildees

tecnoloacutegicas de forma criativa e estendendo seus benefiacutecios agrave

comunidade

80

promover a extensatildeo mediante integraccedilatildeo com a comunidade

contribuindo para o seu desenvolvimento e melhoria da qualidade de

vida desenvolvendo accedilotildees interativas que concorram para a

transferecircncia e o aprimoramento dos benefiacutecios e conquistas auferidos

na atividade acadecircmica e na pesquisa aplicada

estimular a produccedilatildeo cultural o empreendedorismo o desenvolvimento

cientiacutefico e tecnoloacutegico o pensamento reflexivo com responsabilidade

social (PDI 2010)

As Instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) e Meacutedio Teacutecnico satildeo autarquias

vinculadas ao Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que tem como atividade fim prover

educaccedilatildeo de qualidade e desenvolver a sociedade como um todo sempre em

consonacircncia com poliacuteticas leis e decretos vigentes As IES devem a cada quatro anos

apresentar o seu Planejamento Institucional (PDI) que eacute anaacutelogo ao Planejamento

Estrateacutegico empresarial e documento obrigatoacuterio exigido pelo MEC

Em suma o CEFETRJ eacute uma Instituiccedilatildeo que atua nos diferentes niacuteveis da

educaccedilatildeo e tem por objetivo a formaccedilatildeo de profissionais capazes de atuar intervir e

aplicar conhecimentos teacutecnicos e cientiacuteficos sem desconsiderar a dinacircmica

econocircmica e social bem como o desenvolvimento das regiotildees onde suas unidades

estatildeo inseridas

42 Sobre o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais

Para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais que satildeo produzidas

pelas unidades evaporadoras de ar condicionado foi realizado ensaios em aparelhos

com capacidades variadas utilizando uma proveta graduada para coleta com

mangueira interligada a saiacuteda do dreno da unidade evaporadora de forma a

quantificar a produccedilatildeo a cada hora para obtenccedilatildeo da media de produccedilatildeo admitindo

um padratildeo modular de 12000 BTUsh conforme figuras x

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs

81

Fonte Autor deste trabalho 2017

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca

Equipamento Split 24000 BTUs -Elgin

Hora Temperatura

( Graus Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

1230h 27 0

1330hr 23 500

1430hr 21 650

1530hr 21 630

1630hr 21 590

1730hr 21 610

1830hr 21 585

MEacuteDIA 50929

Fonte autor deste trabalho 2017

82

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores

Equipamento Split 12000 BTUs -Komeco

Hora Temperatura( Graus

Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

800h 30 0

900h 27 190

1000hr 23 250

1100hr 21 340

1200hr 21 290

1300hr 21 310

1400hr 21 285

MEacuteDIA 23786

Fonte autor deste trabalho 2017

Diferentemente do que foi encontrado na literatura obteve- se uma

media de 24905 mlhora para cada 12000 BTUs hora (British termal Units-

Unidade Teacutermica Britacircnica) variaccedilatildeo explicada pelas condiccedilotildees

psicomeacutetricas ou seja o processo de condensaccedilatildeo estaacute diretamente

relacionado a as condiccedilotildees climaacuteticas externas quanto maior a umidade

maior seraacute a quantidade de aacutegua gerada pelo processo De acordo com Mota

et al(2011) em meacutedia um ar com 12000 BTUs apresentou produccedilatildeo de

300mlhora valor proacuteximo ao encontrado por Fortes et al (2015) meacutedia de

309mlhora para unidade de mesma capacidade

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento

PAV CAPTOTAL EM BTUh

FUNCIONAMENTO

(hrdia)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(lhr)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(ldia)

T 18000 12 037 448

1ordm 650000 10 1349 13490

2ordm 676000 8 1403 11224

3ordm 806000 14 1673 23419

4ordm 786000 12 1631 19575

5ordm 676000 12 1403 16836

SOMA 3612000

84992 litros dia

Fonte Setor de manutenccedilatildeo

83

Tendo em vista a diversidade de utilizaccedilatildeo do Preacutedio Bloco E

(Bibliotecas Coordenaccedilotildees Salas de aula e Ambientes administrativos) foram

atribuiacutedos tempos de uso compatiacuteveis com o funcionamento de cada

ambiente

O reuso das aguas de condensaccedilatildeo que seriam desperdiccediladas

apresentam potencial de reuso com custo relativamente baixo cabendo

somente a interligaccedilatildeo dos drenos a rede de captaccedilatildeo de aguas pluviais

conforme pode ser observado na figura 15 e reservatoacuterio para que esta seja

usada para fins natildeo potaacuteveis

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP

84

Aacuterea de Coleta de agua de chuva

Para estimar o volume do reservatoacuterio foi necessaacuterio o calculo da aacuterea que seraacute

utilizada para captaccedilatildeo das aguas pluviais que foi considerada a aacuterea de cobertura do

bloco E figura 16 que e composta de telhas trapezoidais em accedilo galvanizado

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E

De acordo com a NBR 15527 a aacuterea de captaccedilatildeo para dimensionamentos eacute a

aacuterea em metros projetada na horizontal da superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde

a aacutegua da chuva eacute captada (ABNT 2007)

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E

PREacuteDIO AacuteREA ( msup2 )

BLOCO E 134670

TOTAL 134670

Fonte Autor do presente trabalho

Segundo Tomaz (2015) haacute uma variaccedilatildeo entre o volume de aacutegua precipitado e

o volume que seraacute coletado O coeficiente de Runoff ou coeficiente de escoamento

superficial eacute a relaccedilatildeo entre o volume de aacutegua de chuva que escoa superficialmente

e o volume total de aacutegua precipitada no telhado que iraacute variar de acordo com a

superfiacutecie conforme quadro 9

85

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff

Tipo de telha Coeficiente de Runoff

Ceracircmica 08 a 09

Ceracircmica esmaltada 09 a 095

Corrugada metaacutelica 08 a 09

Cimento amianto 08 a 09

Plaacutestico 09 a 095 Fonte TOMAZ (2015)

Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rio que foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca A estaccedilatildeo

estaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm57 185S longitude 43ordm14 538W A

escolha desta estaccedilatildeo meteoroloacutegica se deu pela proximidade do CEFET-RJ e por

possuir grande volume de informaccedilatildeo armazenado pelo Sistema Alerta Rio Os dados

fornecidos incluem informaccedilotildees sobre precipitaccedilotildees no periacuteodo de 01012007 a

31122015 Conforme pode ser observado na tabela x

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

REGIME DE CHUVA

Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica_ Jan 2007Dezembro 2015 (ml)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 MEacuteDIA

JAN 127 1856 2724 2202 1036 180 3538 288 788 19378

FEV 1176 1248 1222 624 874 144 834 304 848 9093

MAR 142 2466 944 3386 1496 91 358 986 1368 19098

ABR 1182 2186 2372 4962 3174 1008 85 177 1184 23360

MAI 202 736 552 898 1714 996 1692 458 40 11833

JUN 67 62 732 712 398 1478 426 106 1312 9260

JUL 166 448 1098 127 466 466 1718 1006 134 10333

AGO 178 1458 582 328 362 206 222 484 104 4905

86

Fonte Sistema Alerta Rio

Potencial de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Para a determinaccedilatildeo do volume que pode ser aproveitado foi utilizado a aacuterea

de cobertura do preacutedio estudado a meacutedia das precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de

janeiro de 2007 a dezembro de 2015 bem como o coeficiente de runoff de 090 em

funccedilatildeo do material existente na cobertura utilizou-se a metodologia aplicada por Ghisi

et al (2017) e Lina et al (2011) desta forma foi calculado atraveacutes da equaccedilatildeo abaixo

e demonstrado no quadro 10

V= PAC1000

Onde V= volume mensal de chuva em m3

A=aacuterea total de captaccedilatildeo em m3

C= coeficiente de runoff

1000= fator de conversatildeo para m3

SET 394 1118 1322 582 572 1246 75 474 130 9698

OUT 2076 92 2256 1756 1382 744 888 542 32 13605

NOV 2202 2048 1292 1082 33 1198 1384 822 1974 15415

DEZ 2506 1284 4622 2876 1726 282 221 404 804 20893

15476 16388 19718 20678 1353 10478 18092 8598 10536

87

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua

POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AacuteGUA DE CHUVA

BLOCO E

MEcircS PRECIPITACcedilAtildeO MEacuteDIA

MENSAL AacuteREA COBERTURA

COEFICIENTE DE RUNOFF

VOLUME APROVEITAacuteVEL (m sup3)

JAN 19378 13467 09 23486

FEV 90925 13467 09 1102

MAR 19098 13467 09 23147

ABR 2336 13467 09 28313

MAI 118325 13467 09 14341

JUN 926 13467 09 11223

JUL 103325 13467 09 12523

AGO 4905 13467 09 5945

SET 96975 13467 09 11754

OUT 13605 13467 09 1649

NOV 15415 13467 09 18683

DEZ 208925 13467 09 25322 TOTAL ANUAL 202248

Fonte O autor do presente trabalho

Foram utilizadas as meacutedias de precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de 2007 a

2015 e observa-se que o mecircs de agosto com menor iacutendice de precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica para a seacuterie histoacuterica

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados todos os banheiros existentes no

preacutedio estudado verificando vazamentos tipos de torneira vasos sanitaacuterios e

mictoacuterios e foram identificadas torneiras temporizadas nos lavatoacuterios e mictoacuterios que

apresentavam tempo excessivo para fechamento as mesmas foram reguladas pela

equipe de manutenccedilatildeo e instalados redutores de vazatildeo Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua que poderiam ser substituiacutedas por

agua natildeo potaacutevel

88

Definiccedilatildeo da populaccedilatildeo do preacutedio estudado

Para definiccedilatildeo da demanda do preacutedio estudado se fez necessaacuterio determinar a

populaccedilatildeo que utiliza o bloco E objeto do estudo de caso quantificando a meacutedia diaacuteria

de docentes teacutecnicos administrativos discente e tercerizados conforme quadro 11

Quadro 11 - Populaccedilao

POPULACcedilAtildeO BLOCO E

POPULACcedilAtildeO DIAS DA SEMANA

TOTAL SEG TERCcedilA QUARTA QUINTA SEXTA

Professores 75 75 75 75 75 375

Teacutecnicos Administrativo 135 135 135 135 135 675

Alunos 1150 1150 1150 1150 1150 5750

Visitantes da Biblioteca 80 80 80 80 80 400

Terceirizados 10 10 10 10 10 50

TOTAL 1450 1450 1450 1450 1450

Fonte O autor do presente trabalho

Com a determinaccedilatildeo da meacutedia de utilizaccedilatildeo da populaccedilatildeo foi verificado na

literatura as demanda encontradas por diversos autores

Segundo Gonccedilalves (2002 ) apud Silva (2004) edifiacutecios puacuteblicos e escolas tipo

externato possuem demanda diaacuteria na ordem de 50lpessoa dia

Kamers (2004) em seu estudo de 10 edifiacutecios puacuteblicos na cidade de

Florianoacutepolis encontrou demanda de 367 lpessoa dia

Marinoski (2008) obteve demanda de 155 lpessoa dia para fins natildeo potaacuteveis

em uma instituiccedilatildeo de niacutevel superior na cidade de Florianopolis-SC

Salla et al(2013)encontrou demanda de 20 a 30 laluno dia em um bloco de

salas de aula da UFU

Em funccedilatildeo das variaccedilotildees apresentadas na literatura e pelo preacutedio objeto do

estudo natildeo apresentar micromediccedilatildeo ou seja a entrada da concessionaacuteria CEDAE

atende diversas edificaccedilotildees na instituiccedilatildeo adotou-se questionaacuterio de forma a

quantificar a demanda dos equipamentos sanitaacuterios possiacuteveis de acordo com a

legislaccedilatildeo de utilizaccedilatildeo de aguas pluviais

43 Anaacutelise dos Resultados das entrevistas realizadas

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

89

CEFET-RJ questionaacuterios que se encontram no apecircndice A B e C com a finalidade de

descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho de forma a quantificar o consumo de

agua potaacutevel nos equipamentos

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com

utilizaccedilatildeo da foacutermula de caacutelculo amostral Chegou-se a uma amostra de 304 Foram

distribuiacutedos 400 questionaacuterios dos quais retornaram 320 o que gerou os graacuteficos

abaixo para determinaccedilatildeo do numero de vezes e tempo de uso dos equipamentos

sanitaacuterios

Caacutelculo de utilizaccedilatildeo da bacia sanitaacuteria

Foi considerado a utilizaccedilatildeo por cinco dias semanais no caso adotado 20 dias

uteis e utilizada a vazatildeo de 170 litros segundo no caso das bacias sanitaacuterias e 015

litrossegundo para mictoacuterios segundo a NBR 56261998

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

Onde

C Meacutedio = consumo meacutedio

Fi = nuacutemero de vezes de utilizaccedilatildeo

Ti = tempo em segundos por acionamento

Q = vazatildeo de acordo com a norma

90

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Populaccedilatildeo diaacuteria 1450

Nuacutemero de acionamentos descarga bacia sanitaacuteria

1 vez 16 1450 usuaacuterios 1 vez = 232 vezes

2 vezes 16 1450 usuaacuterios 2 vezes = 464 vezes

3 vezes 30 1450 usuaacuterios 3 vezes = 1305 vezes

4 vezes 14 1450 usuaacuterios 4 vezes = 802 vezes

5 vezes 5 1450 usuaacuterios 5 vezes = 362 vezes

6 vezes 4 1450 usuaacuterios 6 vezes = 348 vezes

7 vezes 5 1450 usuaacuterios 7 vezes = 507 vezes

Total de acionamentos 4031

91

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de bacia sanitaacuteriadia

1 seg 5 4031 1 17 = 342

2 seg 12 4031 2 17 = 822

3 seg 13 4031 3 17 = 890

4 seg 12 4301 4 17 = 822

5 seg 22 4031 5 17 = 150

6 seg 11 4031 6 17 = 753

7 seg 4 4031 7 17 = 274

8 seg 8 4031 8 17 = 548

9 seg 5 4031 9 17 = 342

10 seg 3 4031 10 17 = 205

Logo o consumo meacutedio das bacias sanitaacuterias foi de 6510dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 130200Lmecircs ou 1302m3

92

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Nuacutemero de acionamentos de descarga mictoacuterio

1 vez 14 870 usuaacuterios 1 vez = 121

2 vezes 10 870 usuaacuterios 2 vezes = 174

3 vezes 21 870 usuaacuterios 3 vezes = 548

4 vezes 26 870 usuaacuterios 4 vezes = 904

5 vezes 12 870 usuaacuterios 5 vezes = 522

6 vezes 2 870 usuaacuterios 6 vezes = 174

7 vezes 2 870 usuaacuterios 7 vezes = 121

8 vezes 3 870 usuaacuterios 8 vezes = 208

Total de acionamentos 2772

93

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de mictoacuteriodia

1 seg 5 2772 1 015 = 20

2 seg 12 2772 2 015 = 99

3 seg 13 2772 3 015 = 162

4 seg 12 2772 4 015 = 99

5 seg 22 2772 5 015 = 457

6 seg 11 2772 6 015 = 274

7 seg 4 2772 7 015 = 116

8 seg 8 2772 8 015 = 260

9 seg 9 2772 9 015 = 187

10 seg 3 2772 10 015 = 124

Logo o consumo meacutedio de mictoacuteriodia foi de 1804dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 36080mecircs ou 3608m3

Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

As informaccedilotildees foram prestadas pelos responsaacuteveis pela limpeza interna e

externa atraveacutes dos questionaacuterios aplicados

Consumo Atividade de limpeza=Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega

de jardim

Consumo de atividades de limpeza = 1104 m3 mensal

94

Consumo per capta de uso natildeo potaacutevel 86821450 = 598 litrosdia

Dimensionamento do reservatoacuterio de aguas pluviais

Segundo a Norma Brasileira NBR 155272007 satildeo apresentados 6 meacutetodos

de dimensionamento de reservatoacuterios cabendo ao projetista a escolha do meacutetodo

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo onde o volume do

reservatoacuterio seraacute o menor valor entre 6 do volume de captaccedilatildeo de agua pluvial anual

e 6 da demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Vx006

V adotado = miacutenimo Dx006

Onde

V adotado= volume do reservatoacuterio

V= volume aproveitaacutevel anual de agua de chuva

D= demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Demanda anual por agua natildeo potaacutevel

Limpeza 1104 m3mecircs x 12= 13248 m3

Vaso sanitaacuterio 1302 m3mecircs x 12 = 156240m3

Mictoacuterio 3608m3mesx12 = 43296 m3

Total 17732 m3mecircs 12= 212784 m3

Volume aproveitaacutevel de aguas pluviais = 202248 m3

V adotado= V x006 = (202248x006) = 12134m3

V adotado= D x006= (212784x006) = 12767m3

Tendo em vista os resultados apresentados adotou-se um reservatoacuterio inferior

com capacidade de 120000 litros em concreto armado conforme projeto no apecircndice

D tendo como base a Planta Baixa apresentado na figura 17 E de acordo com a

demanda diaacuteria foi definido reservatoacuterio superior em polietileno com capacidade de

5000 litros

95

Figura 17 - Planta baixa

FonteO autor do presente trabalho

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria

Fonte Adaptada pelo autor do presente trabalho do Sistema Orccedila fascio

96

Item Coacutedigo Banco Descriccedilatildeo Tipo Und Quant Valor

Unit

Valor Unit

com BDI

Total

1 Movimento de Terra 190190

11 72917 SINAPI

ESCAVACAO MECANICA DE VALA EM MATERIAL 2A

CATEGORIA DE 201 ATE 400 M DE PROFUNDIDADE COM

UTILIZACAO DE ESCAVADEIRA HIDRAULICA

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 13000 1198 1463 190190

2 Remoccedilotildees 862616

21 72897 SINAPICARGA MANUAL DE ENTULHO EM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 23800 2346 2864 681632

22 72900 SINAPI

TRANSPORTE DE ENTULHO COM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3 RODOVIA PAVIMENTADA DMT 05 A

10 KM

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 16800 535 653 109704

23 93377 SINAPI

REATERRO MECANIZADO DE VALA COM

RETROESCAVADEIRA (CAPACIDADE DA CACcedilAMBA DA

RETRO 026 Msup3 POTEcircNCIA 88 HP) LARGURA DE 08 A

15 M PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M COM SOLO (SEM

SUBSTITUICcedilAtildeO) DE 1ordf CATEGORIA EM LOCAIS COM ALTO

NIacuteVEL DE INTERFEREcircNCIA AF_042016

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 7200 811 990 71280

3 Estrutura 6177729

31 95241 SINAPI

LASTRO DE CONCRETO E = 5 CM PREPARO

MECAcircNICO INCLUSOS LANCcedilAMENTO E ADENSAMENTO

AF_07_2016

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 5000 2404 2935 146750

32 5970 SINAPIFORMA TABUA PARA CONCRETO EM FUNDACAO C

REAPROVEITAMENTO 2X

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 22000 6684 8161 1795420

33 94052 SINAPI

ESCORAMENTO DE VALA TIPO DESCONTIacuteNUO COM

PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M LARGURA MAIOR OU

IGUAL A 15 M E MENOR QUE 25 M EM LOCAL COM NIacuteVEL

ALTO DE INTERFEREcircNCIA AF_062016

ESCO -

ESCORAMENTOmsup2 7000 3602 4398 307860

34 83515 SINAPI

ESCORAMENTO FORMAS DE H=330 A 350 M COM

MADEIRA 3A QUALIDADE NAO APARELHADA

APROVEITAMENTO TABUAS 3X E PRUMOS 4X

ESCO -

ESCORAMENTOmsup3 12000 1500 1832 219840

35 90861 SINAPI

CONCRETAGEM DE EDIFICACcedilOtildeES (PAREDES E LAJES)

FEITAS COM SISTEMA DE FOcircRMAS MANUSEAacuteVEIS COM

CONCRETO USINADO BOMBEAacuteVEL FCK 20 MPA

LANCcedilADO COM BOMBA LANCcedilA - LANCcedilAMENTO

ADENSAMENTO E ACABAMENTO AF_062015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup3 3050 40775 49786 1518473

36 92921 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 125 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 15300 779 951 145503

37 92919 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 100 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 2800 976 1192 33376

38 92917 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 80 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 68700 1217 1486 1020882

39 92916 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 63 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 60900 1331 1625 989625

Descriccedilatildeo do Orccedilamento Bancos Utilizados BDI Encargos Sociais

CONSTRUCcedilAtildeO DE CISTERNA SINAPI - 072017 - RJ

ORSE - 062017 - SE

SEDOP - 042017 - PA

SEINFRA - 024 - CE

SICRO2 - 112016 - RJ

SETOP - 072017 - MG

IOPES - 052017 - ES

SIURB - 012017 - SP

SUDECAP - 032017 - MG

FDE - 042017 - SP

CPOS - 072017 - SP

AGETOP CIVIL - 102016 -

GO

CAEMA - 052016 - MA

2210 00 - Natildeo Desonerada

Total Geral R$ 7230535

Planilha Orccedilamentaacuteria Sinteacutetica

Total sem

BDI

R$ 5921991

Total do BDI R$ 1308544

97

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio

Fonte O autor do presente trabalho

ANAacuteLISE DE SIMULACcedilAtildeO DO RESERVATOacuteRIO

Coeficiente de runoff (CR) = 09

Volume do reservatoacuterio (msup3) = 120

Meses Chuva meacutedia mensal

Demanda mensal

Aacuterea de captaccedilatildeo

Volume de chuva

mensal

Volume do reservatoacuterio

fixado

Volume do reservatoacuterio

no tempo (t-1)

Volume do reservatoacuterio no tempo (t)

Overflow Suprimento de aacutegua externo

(mm) (msup3) (msup2) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3)

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7 Coluna 8 Coluna 9 Coluna 10

Janeiro 19378 17732 13467 235 120 0 120 0 0

Fevereiro 9093 17732 13467 110 120 120 5268 0 0

Marccedilo 19098 17732 13467 231 120 5268 10636 0 0

Abril 2336 17732 13467 283 120 10636 120 9204 0

Maio 11833 17732 13467 143 120 120 8568 0 0

Junho 926 17732 13467 112 120 8568 2036 0 0

Julho 10332 17732 13467 125 120 2036 -3196 0 3196

Agosto 4905 17732 13467 59 120 0 -11832 0 11832

Setembro 9698 17732 13467 118 120 0 -5932 0 5932

Outubro 13605 17732 13467 165 120 0 -1232 0 1232

Novembro 15415 17732 13467 187 120 0 968 0 0

Dezembro 20893 17732 13467 253 120 968 8536 0 0

Total 16687 212784 2021 9204 22192

98

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo na conta como pode ser

observado no apendice E pois satildeo realizadosdiversas atividades como lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de feacuterias

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha

Fonte O autor do presente trabalho 2017

Foi realizada analise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio com base na capacidade

encontrada atraveacutes do metodo praacutetico alematildeo 12000 m3 onde pode-se observar

overflow (transbordamento) de 9204 m3 para o mecircs de abril e necessidade de

suprimento de agua externo da concessionaria CEDAE para os meses julho a outubro

perfazendo um total 22192m3 Tendo em vista um uacutenico mecircs de transbordamento e

4 meses de necessidade de abastecimento externo verificou-se que o aumento do

reservatoacuterio para evitar o transbordamento poderia inviabilizar o projeto com o

aumento do custo de construccedilatildeo e o reservatorio ficaria ocioso tendo em vista a

precipitaccedilatildeo pluviometrica insuficiente para o atendimento pleno da demanda nos

meses de julho a outubro

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo significativa no consumo

como pode ser observado no apecircndice E pois satildeo realizados lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de ferias

Coluna 1 = Meses

Coluna 2 = Intensidade pluviomeacutetrica mensal

Coluna 3 = Demanda mensal de aacutegua pluvial da edificaccedilatildeo

Coluna 4 = Aacuterea de captaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Coluna 5 = (Coluna 2) x (Coluna 4) x (Coeficiente de runoff) (100)

Coluna 6 = Corresponde ao volume definido para o reservatoacuterio

Coluna 7 = Se (Coluna 8 mecircs anterior) for menor que zero adotar zero

Se (Coluna 8 mecircs anterior) for maior ou igual a zero adotar o valor

Valor de janeiro igual a zero

Coluna 8 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for maior que (Coluna 6) adotar o valor da (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3)

Valor de janeiro igual o volume do reservatoacuterio

Coluna 9 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for maior que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna3) - (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar zero

Coluna 10 = Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for menor que zero adotar -((Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3))

Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for igual ou maior que zero adotar zero

Descriccedilatildeo da planilha

99

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior

A localizaccedilatildeo para construccedilatildeo do reservatoacuterio de aguas pluviais foi realizada

com base no menor nuacutemero de intervenccedilotildees uma vez que as caixas de inspeccedilotildees jaacute

se encontram instaladas e houve apenas a interceptaccedilatildeo para o reservatoacuterio e desvio

de interligaccedilatildeo a rede publica para recebimento do excedente e material dispensado

pelo filtro e ou sifatildeo ladratildeo

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais

Elaborado pelo autor deste trabalho com base equipamentos 3p tecnickacquasave

100

Equipamentos utilizados com suas funccedilotildees e caracteriacutesticas

Filtro FV 6 Filtro de aacutegua da chuva para aacutereas de captaccedilatildeo maiores Precisa

ser instalado dentro um poccedilo teacutecnico (Oslash 1200 mm) Graccedilas a seu sistema duplo de

limpeza (peneira grossa depois fina) ele possui uma significativa eficaacutecia em funccedilatildeo

da forte inclinaccedilatildeo do miolo filtrante a sujeira separada eacute continuamente encaminhada

para a galeria pluvial A saiacuteda para a galeria eacute conectada ao poccedilo teacutecnico

A sujeira cai no fundo do poccedilo e eacute carregada quando chove mais forte

Capacidade relativa de processamento conforme norma DIN 1986 de ateacute 2433 msup2

com uma precipitaccedilatildeo de 300 litros (seg x ha)Conexatildeo Entrada 2 x DN 250 Conexatildeo

p cisterna DN 200 Saiacuteda para a galeria DN 250 Desniacutevel da entrada para a saiacuteda da

aacutegua 320 mm Frequecircncia de manutenccedilatildeo conforme a incidecircncia de sujeira 2 a 4

vezes ao ano Trama da tela 0390 x 0980 mm Peacutes hastes roscadas com porcas de

accedilo inox medindo 250 mm Peso 395 kg

Conjunto mangueira boia 1rdquo por estar flutuando proporciona a captaccedilatildeo da

aacutegua no ponto do reservatoacuterio em que estaacute mais limpa evitando a captaccedilatildeo de

resiacuteduos decantados no fundo da cisterna ou em suspensatildeo na superfiacutecie da aacutegua

Possui uma segunda peneira em sua extremidade garantindo assim que nenhum

resiacuteduo existente possa ser sugado e enviado para o reservatoacuterio superior Diacircmetro

da boia 200 mm Comprimento 25 metros Conexatildeo 1 Peso 32 kg

Realimentador 1-12 - Industrial O realimentador tem por finalidade manter o

abastecimento de aacutegua do sistema pluvial quando natildeo houver aacutegua de chuva Uma

vaacutelvula solenoide unidirecional comandada por uma boia de niacutevel libera a entrada de

aacutegua da rede para que o sistema natildeo entre em colapso A boia de niacutevel deve ser

regulada de modo a liberar a entrada de aacutegua somente num niacutevel baixo da cisterna

natildeo interferindo no funcionamento regular do sistema de aacutegua de chuva ou seja sua

regulagem deve ser ajustada para funcionamento somente quando a caixa ou a

cisterna estiver em niacuteveis baixos quando a bomba que recalca a aacutegua de chuva natildeo

eacute mais acionada

Sifatildeo ladratildeo industrial 200 mm Sifatildeo com barreira contra odores e succcedilatildeo da

aacutegua na superfiacutecie sem invasatildeo de roedores que satildeo barrados pela chapa perfurada

de accedilo inox Para a qualidade constante da aacutegua eacute importante que a cisterna

transborde regularmente o sifatildeo ind DN 200 eacute conectado por um tubo plaacutestico de 200

101

mmconexatildeo 200 mmmaterial polietilenobarreira antirroedores accedilo inox dimensotildees

375 x 659 x 765 mm Peso 75 kg

Freio Drsquoaacutegua Industrial 200 mm O produto serve para frear e inverter o fluxo da

aacutegua que entra na cisterna Partiacuteculas finas de sujeira que ficaram retidas na aacutegua

lentamente descem para o fundo e uma camada de sedimentos se cria que exerce

uma influecircncia positiva sobre a aacutegua de chuva armazenada Cisternas com uma

camada de sedimentos apresentam uma aacutegua mais liacutempida

Clorador acquanova com funcionamento em circuito fechado com proteccedilatildeo

contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo interno 320 pastilhas variando de 0640 kg

com vazatildeo de operaccedilatildeo lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Conjunto de 02 bombas centrifugas monoestaacutegio BC 91- rotor fechado em

atendimento a altura manomeacutetrica total de 20 metros e vazatildeo de 53 m3h compatiacutevel

com o reservatoacuterio superior de 5000 litros

Tratamento quiacutemico mensal da agua pluvial

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR 152227

recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgl e 30 mgl em qualquer

ponto do sistema de abastecimento neste estudo de caso foi previsto dosador de

cloro em pastilhas que apresenta consumo de 9 gramasm3 com estimativa de

consumo mensal de de 1742 gramasmecircs para a quantidade de agua a ser recalcada

de 8800 litros dia sendo os ajustes de vazatildeo a serem realizados atraveacutes da equipe

de manutenccedilatildeo de forma manual atraveacutes dos ajustes de registros que seratildeo

realizados em funccedilatildeo dos valores aferidos pelo kit de dosagem de cloro residual e

comparados a norma citada

Avaliaccedilatildeo do percentual de economia de agua potaacutevel nas atividades de

limpeza jardinagem bacias sanitaacuterias e mictoacuterios

Potencial de captaccedilatildeo de agua de chuva + potencial de produccedilatildeo de agua por

condensaccedilatildeo das unidades evaporadores- overflow= total de aguas utilizaveis em

usos menos nobres

202248m3 + 19200m3 - 9204 m3 = 212244 m3 total utilizavel

Demanda anual para uso natildeo potavel = 212784 m3

Percentual de economia de agua potavel = 9974

Os valores abaixo apresentam o custo por m3 do preccedilo cobrado pela

concessionaria CEDAE para o consumo de agua da rede publica

102

Custo de agua por faixa de consumo categoria publica

Consumo m3 valor

0 a 15 51036364

gt 15 11289924

Beneficio mensal com reduccedilatildeo de custo na conta de agua

A instituiccedilatildeo em estudo estaacute ligada agrave rede puacutebica de coleta de

esgoto portanto o custo de aacutegua tratada foi acrescido com o custo de

coleta de esgoto O custo de coleta de esgoto e idecircntico ao custo da agua

potaacutevel conforme pode ser observado no apecircndice F

total utilizavel ano12= 212234 m3 12 = 17686 m3

17686x 11289924 x 2= R$ 399347 mensal

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais

Equipamentos Quant Custo Vida Uacutetil

Reservatoacuterio Inferior 120000L Reservatoacuterio Superior 5000L Filtro Aquasave VF6 250mm Conjunto Flutuante de succcedilatildeo (Mangueira e boia) Realimentador 1 12rsquorsquo Sifatildeo ladratildeo 200mm Freio drsquoaacutegua 200mm Automaacuteticos superior e inferior Moto Bomba 1 cv Conexotildees pvc fios e disjuntores referente as instalaccedilotildees das bombas e prumadas de abastecimento (custo estimado 5) Clorador

01

01

Cj

02

02

Cj

01

R$ 7230535 R$ 179000 R$ 1414958 R$ 4800 R$ 198200 R$ 456324 R$ 99000

ge 50 anos 5 anos 10 anos 1 ano 2 anos 20 a 25 2 anos

Total R$ 9582817

Os custos de implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial para

posterior anaacutelise de viabilidade econocircmica Estes custos satildeo relativos aos gastos para

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior aquisiccedilatildeo de materiais equipamentos

Dentre os custos apresentados foi considerado somente matildeo de obra na

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior conforme pode ser observado na planilha

orccedilamentaria sinteacutetica na instalaccedilatildeo dos demais equipamentos e manutenccedilatildeo foi

103

considerada matildeo de obra da proacutepria da instituiccedilatildeo uma vez que a mesma conta com

equipe de manutenccedilatildeo hidraacuteulica e eleacutetrica bem como natildeo foi considerado custo de

energia eleacutetrica pois a altura de recalque e semelhante a da agua tratada

consequentemente natildeo implicando em acreacutescimos a conta de energia

Anaacutelise econocircmica

A anaacutelise econocircmica procura determinar as possibilidades de sucesso em

funccedilatildeo do tempo de retorno do investimento econocircmico e financeiro quanto maior o

payback maior o tempo necessaacuterio para que o investimento retorne e maiores os

riscos envolvidos

Tempo de retorno do investimento

Com base nos dados das estimativas de custos de implantaccedilatildeo foi possiacutevel

estimar o tempo de retorno do investimento inicial

Subtraindo a economia mensal acumulada resultante da implantaccedilatildeo do

sistema de aproveitamento de aacutegua da chuva dos custos de implantaccedilatildeo obteve-se

o balanccedilo financeiro mensal

De acordo com o balanccedilo financeiro em 24 meses corridos o total economizado

iraacute se equipara ao total investido utilizando do Payback Simples pode ser observado

para o Payback descontado um retorno em 28 meses considerando uma taxa mensal

de 1 que na atualidade eacute utilizada para remuneraccedilatildeo de fundos de renda fixa

104

Tabela 5 - Payback simples

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Meses Investimento Fluxo de caixa Retorno Acumulado

0 9582817R$

1 399347R$ 41673 41673

2 399347R$ 41673 83346

3 399347R$ 41673 125020

4 399347R$ 41673 166693

5 399347R$ 41673 208366

6 399347R$ 41673 250039

7 399347R$ 41673 291713

8 399347R$ 41673 333386

9 399347R$ 41673 375059

10 399347R$ 41673 416732

11 399347R$ 41673 458406

12 399347R$ 41673 500079

13 399347R$ 41673 541752

14 399347R$ 41673 583425

15 399347R$ 41673 625099

16 399347R$ 41673 666772

17 399347R$ 41673 708445

18 399347R$ 41673 750118

19 399347R$ 41673 791791

20 399347R$ 41673 833465

21 399347R$ 41673 875138

22 399347R$ 41673 916811

23 399347R$ 41673 958484

24 399347R$ 41673 1000158

Payback Simples

105

Tabela 6 - Payback descontado

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Tx Fundo Renda Fixa 1

Meses Investimento Fluxo de caixa VP VP VP ACUMULADO

0 9582817R$

1 399347R$ 395393R$ 41261 41261

2 399347R$ 391478R$ 40852 82113

3 399347R$ 387602R$ 40448 122560

4 399347R$ 383765R$ 40047 162608

5 399347R$ 379965R$ 39651 202258

6 399347R$ 376203R$ 39258 241516

7 399347R$ 372478R$ 38869 280386

8 399347R$ 368790R$ 38485 318870

9 399347R$ 365139R$ 38103 356974

10 399347R$ 361524R$ 37726 394700

11 399347R$ 357944R$ 37353 432053

12 399347R$ 354400R$ 36983 469036

13 399347R$ 350891R$ 36617 505652

14 399347R$ 347417R$ 36254 541906

15 399347R$ 343977R$ 35895 577802

16 399347R$ 340572R$ 35540 613341

17 399347R$ 337200R$ 35188 648529

18 399347R$ 333861R$ 34840 683369

19 399347R$ 330555R$ 34495 717864

20 399347R$ 327283R$ 34153 752017

21 399347R$ 324042R$ 33815 785832

22 399347R$ 320834R$ 33480 819312

23 399347R$ 317657R$ 33149 852460

24 399347R$ 314512R$ 32820 885281

25 399347R$ 311398R$ 32495 917776

26 399347R$ 308315R$ 32174 949950

27 399347R$ 305262R$ 31855 981805

28 399347R$ 302240R$ 31540 1013345

Payback Descontado

106

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na metodologia adotada conclui-se que a utilizaccedilatildeo de aguas pluviais para fins

natildeo potaacuteveis atraveacutes da captaccedilatildeo da cobertura do bloco E e de aguas residuais

provenientes de condensadores de aparelhos de ar condicionado gerou uma

economia mensal R$ 399347 mecircs (Trecircs mil novecentos e noventa e trecircs reais e

quarenta e sete centavos) de reduccedilatildeo na conta de aacutegua

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos custos referentes a implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais foi realizado o Payback Simples e descontado com

utilizaccedilatildeo da taxa de 1 am obtendo-se periacuteodo de retorno do investimento de 24

meses e 28 meses respectivamente periacuteodo relativamente curto e no desenvolvimento

do presente trabalho ficou comprovada a viabilidade teacutecnica e econocircmica

Foi verificado no desenvolvimento do presente projeto que as teacutecnicas para

aproveitamento de aguas pluviais podem ser associadas ao aproveitamento de aguas

cinzas e possiacuteveis de serem adotadas pela populaccedilatildeo de modo geral atraveacutes de

poliacuteticas puacuteblicas reduzindo-se os custos dos equipamentos necessaacuterios de forma a

incentivar o uso

A adoccedilatildeo de tecnologias de reaproveitamento ou reuso ao serem utilizadas em

instituiccedilotildees de ensino servem como exemplo de postura ambientalmente correta para

os problemas de ocupaccedilatildeo e impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos centros

urbanos aleacutem de estimular a educaccedilatildeo ambiental e os conceitos de sustentabilidade

criando multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo do meio ambiente

A pesquisa bibliograacutefica na parte que trata do histoacuterico de reuso demonstrou

que o aproveitamento de aguas pluviais era utilizado por civilizaccedilotildees anteriores a

nossa era e que diversos paiacuteses do mundo na atualidade continuam a utilizar e

incentivar a populaccedilatildeo atraveacutes de poliacuteticas puacuteblicas

Dentre os custos referentes a implantaccedilatildeo do SAAP pode ser observado que o

reservatoacuterio inferior apresenta maior investimento cabendo ao projetista avaliar

atraveacutes de anaacutelise de simulaccedilatildeo o volume de transbordamento e volume de

suprimento externo de agua de forma a otimizar a utilizaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica da regiatildeo sem contudo inviabilizar o projeto financeiramente atraveacutes

do superdimensionamento do reservatoacuterio

Finalmente em caso de utilizaccedilatildeo do SAAP como alternativa a rede de

abastecimento da concessionaria cabe ao gestor a orientaccedilatildeo aos usuaacuterios bem

107

como a identificaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e pontos de uso por meio de pintura na cor roxa

das tubulaccedilotildees e placas indicativas nos pontos de uso

51 Propostas para trabalhos futuros

Apoacutes a conclusatildeo do presente trabalho seguem as sugestotildees para trabalhos

futuros abaixo relacionados

Realizar estudos referentes aos diversos meacutetodos de dimensionamento de

reservatoacuterio citados segundo a Norma Brasileira NBR 155272007ABNT e avaliar o

meacutetodo que apresenta melhor desempenho em funccedilatildeo do iacutendice de precipitaccedilatildeo do

Estado do Rio de Janeiro

Elaborar estudos para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas residuais que

satildeo produzidas pelas unidades evaporadoras de ar condicionado com ensaios em

todas as estaccedilotildees do ano de forma a verificar a variaccedilatildeo de produccedilatildeo de condensaccedilatildeo

em diversas condiccedilotildees climaacuteticas externas

Produzir estudos de aproveitamento de aacuteguas pluviais verificando todas as

coberturas existentes na instituiccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzas

Realizar analise da qualidade da aacutegua pluvial e estudo de possiacuteveis

tratamentos para utilizaccedilatildeo como agua potaacutevel com verificaccedilatildeo de viabilidade

financeira

108

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SABBATINI FH Desenvolvimento de meacutetodos processos e sistemas construtivos ndash Formulaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de uma metodologia Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo tese(doutorado) 1989

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Acesso em 13 de dezembro de 2016

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Austin Texas 1997 65p

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YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos 2a ed Porto Alegre Bookman

2001

121

APEcircNDICE A

Questionaacuterio 1

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bloco E

( ) Alunos ( ) Servidores ( ) Professores ( ) Teacutecnico Administrativo

Gecircnero ( ) Masculino ( ) Feminino

1) Nuacutemero de vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza a descarga do vaso sanitaacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

2) Estime um tempo em segundos de cada vez que vocecirc pressiona a descarga sanitaacuteria

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg ( ) 12 seg

3) Nuacutemero em vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza o mictoacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

4) Estime um tempo em segundos que vocecirc pressiona a descarga dos mictoacuterios

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg

122

APEcircNDICE B

Questionaacuterio 2

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E

Encarregado de limpeza Interna

1) Nuacutemero de vezes por semana que as circulaccedilotildees e escadas dos pavimentos satildeo

lavados

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que o paacutetio do teacuterreo eacute lavado

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

3) Tempo de duraccedilatildeo que a torneira fica aberta

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

4) Nuacutemero de baldes (considerar balde com capacidade de 10 Lt) necessaacuterios a limpeza

das circulaccedilotildees por pavimento utilizando apenas pano molhado

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

5) Nuacutemero de vezes por semana que eacute passado pano molhado nas circulaccedilotildees dos

pavimentos

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

123

APEcircNDICE C

Questionaacuterio 3

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E e Academia

Encarregado de limpeza Externa

1) Nuacutemero de vezes por mecircs que as vidraccedilas satildeo lavadas

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que eacute realizada a rega do jardim

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes ( ) 6 vezes

3) Tempo estimado da utilizaccedilatildeo da torneira para rega do jardim

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

( ) 75 minutos

124

APEcircNDICE D

125

126

127

128

APEcircNDICE E

Consumo de agua potaacutevel

CONSUMO 2014 A 2016

Mecircs

2014 2015 2016

Meacutedia Total

Vol Faturado

(msup3)

nordm dias

m3dia Vol

faturado (msup3)

nordm dias

m3dia Vol

Faturado (msup3)

nordm dias

m3dia

JAN 173100 29 5969 168000 30 5600 234100 32 7316 6295

FEV 182300 30 6077 181600 2900 6262 192900 34 5674 6004

MAR 131600 29 4538 212000 3100 6839 305500 28 10911 7429

ABR 221100 34 6503 264600 2900 9124 323100 29 11141 8923

MAI 196400 31 6335 253100 3300 7670 251800 31 8123 7376

JUN 168900 34 4968 210900 2800 7532 242200 29 8352 6951

JUL 200100 30 6670 213000 3400 6265 188700 28 6739 6558

AGO 190700 31 6152 220100 2800 7861 223100 29 7693 7235

SET 254300 28 9082 183200 3300 5552 178300 33 5403 6679

OUT 226700 31 7313 322500 2800 11518 197200 29 6800 8544

NOV 250600 32 7831 242200 2900 8352 254700 31 8216 8133

DEZ 284300 30 9477 286600 3100 9245 290400 31 9368 9363

Fonte contas CEDAE

129

APEcircNDICE F

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA … · 2019. 7. 30. · 1 universidade federal fluminense escola de engenharia departamento de engenharia de produÇÃo laboratÓrio

4

AGRADECIMENTOS

A elaboraccedilatildeo da presente dissertaccedilatildeo natildeo teria sido possiacutevel sem o apoio de diversas

pessoas Gostaria de manifestar minha gratidatildeo a todos agravequeles que direta ou

indiretamente contribuiacuteram para a conclusatildeo desta tarefa A todos manifesto meus

sinceros agradecimentos

Ao Professor orientador Luiz Peacuteres Zotes DSc pelas orientaccedilotildees incentivo e apoio

para a conclusatildeo do presente trabalho aqui quero manifestar meus agradecimentos

A todos os amigos de curso que de forma direta ou indireta contribuiacuteram incentivando

para a conclusatildeo do curso

Agradeccedilo a todos aqueles que se dispuseram a responder os questionaacuterios que foram

fundamentais para a determinaccedilatildeo da demanda por aacutegua natildeo potaacutevel Por isso muito

obrigado a todos

5

Pensamento

ldquoFaccedila o bem fale o bem pense o bem Perceba que

cada ser que encontramos eacute iluminado disfarccedilado a

nos mostrar o caminho Alguns nos mostram como natildeo

devemos ser outros como devemos serrdquo

Monja Coen

6

RESUMO

O aproveitamento de aacuteguas pluviais e o reaproveitamento de aacuteguas residuais demonstram que a minimizaccedilatildeo dos custos dos usuaacuterios com abastecimento de aacutegua eacute alcanccedilada e ainda gera valor agregado aos empreendimentos que optam por atender aos requisitos de sustentabilidade Esta atitude tem gerado o aumento da implantaccedilatildeo de sistemas de reutilizaccedilatildeo de aacutegua nos grandes centros urbanos O resultado econocircmico esperado na adoccedilatildeo dos sistemas de reaproveitamento de aacuteguas e utilizaccedilatildeo de aacutegua da chuva eacute influenciado pelo tipo de aplicaccedilatildeo ou seja em que ambiente esta medida seraacute adotada e que cuidados adicionais seratildeo necessaacuterios na concepccedilatildeo dos projetos Percebe-se com a pesquisa que o maior investimento para instalaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua da chuva estaacute relacionado ao reservatoacuterio que seraacute implantado e ao processo de instalaccedilatildeo o qual precisa ser analisado desde o seu dimensionamento e construccedilatildeo ateacute o atendimento aos padrotildees teacutecnicos e ambientais Esta dissertaccedilatildeo contempla o desenvolvimento de uma proposta metodoloacutegica para o estudo da viabilidade do aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais provenientes de evaporadoras de aparelhos de ar condicionado para uso natildeo potaacutevel A metodologia desenvolvida foi aplicada para validaccedilatildeo em uma instituiccedilatildeo de ensino com localizaccedilatildeo na cidade do Rio de Janeiro Na metodologia utilizada quantificaram-se as demandas de uso para bacias sanitaacuterias mictoacuterios limpeza e jardinagem Estimou-se o potencial de captaccedilatildeo de aacuteguas pluviais atraveacutes da cobertura de uma edificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e dimensionamento dos reservatoacuterios inferior e superior de acordo com a norma ABNT NBR 15527 A aplicaccedilatildeo permitiu verificar que atraveacutes de levantamento de dados equipamentos necessaacuterios e os custos para a implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais que acenaram para um investimento da ordem de R$9582817 (Noventa e cinco mil oitocentos e vinte e oito reais e dezessete centavos) O periacuteodo constatado para o retorno do investimento foi de 24 (vinte e quatro) meses para um payback simples e 28 (vinte e oito) meses para um payback descontado com utilizaccedilatildeo de taxa de 1 (um por cento) o que demonstrou um tempo de retorno do investimento curto comprovando a viabilidade econocircmica da implantaccedilatildeo do sistema sugerido por esta pesquisa Palavras-chave Aacuteguas pluviais Reservatoacuterio Reaproveitamento Custo Sustentabilidade

7

ABSTRACT The utilization of rainwater and the reuse of wastewater demonstrate that minimizing the costs of users with water supply is achieved and still generates added value to the projects that choose to meet sustainability requirements This attitude has led to an increase in the implementation of water reuse systems in large urban centers The expected economic result in the adoption of water reuse and rainwater utilization systems is influenced by the type of application that is in what environment this measure will be adopted and what additional care will be required in the design of the projects The research shows that the largest investment for the installation of the rainwater harvesting system is related to the reservoir to be implanted and to the installation process which needs to be analyzed from its design and construction to meeting the technical standards and environmental issues This dissertation contemplates the development of a methodological proposal for the study of the feasibility of the use of rainwater and wastewater coming from evaporators of air conditioners for non-potable use The methodology developed was applied for validation in an educational institution located in the city of Rio de Janeiro In the methodology used were quantified the demands of use for sanitary basins urinals cleaning and gardening The potential of rainwater harvesting was estimated by covering a building evaluating and designing the lower and upper reservoirs in accordance with ABNT NBR 15527 The application made it possible to verify that through data collection necessary equipment and the costs for the implantation of the system of use of rainwater that waved for an investment in the order of R $ 9582817 (Ninety-five thousand eight hundred and twenty-eight reais and seventeen cents) The payback period was 24 (twenty-four) months for a simple payback and 28 (twenty-eight) months for a discounted payback using a 1 (one percent) rate which time of return of the short investment proving the economic viability of the implementation of the system suggested by this research Key words Rainwater Reservoir Reuse Cost Sustainability

8

LISTA DE SIGLAS

ABES ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia sanitaacuteria e Ambiental

ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro)

ANA ndash Agecircncia Nacional de Aacuteguas

ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

BTUs - (British termal Units- Unidade Teacutermica Britacircnica)

CEDAE - Companhia Estadual de Aguas e Esgotos

CEFET RJ- Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca

CNRH - Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

CONFEA ndash Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

EEE ndash Estaccedilatildeo Elevatoacuteria de Esgotos

EIA ndash Estudo de Impacto ambiental

EPA ndash Enviromental Protection Agency

ETA ndash Estaccedilatildeo de Tratamento de Aacutegua

ETE ndash Estaccedilatildeo de Tratamento de Esgotos

FIESP - Federaccedilatildeo das Industrias do Estado de Satildeo Paulo

IBGE - Instituto Brasileiro de geografia e Estatiacutestica

LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

NBR ndash Norma Brasileira

RIMA ndash Relatoacuterio de Impacto Ambiental

PCA ndash Programa de Conservaccedilatildeo de Aacutegua

PNCDA ndash Programa Nacional de Combate ao Desperdiacutecio de Aacutegua

PNRH - Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

PURA ndash Programa de Uso Racional da Aacutegua

PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional ()

SABESP ndash Companhia de Saneamento Baacutesico do Estado de Satildeo Paulo

SAAP - Sistema de Aproveitamento de Aguas Pluviais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura

9

ONU ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

LEED - Leadership in Energy and Environmental

USGBC - US Green building Council

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social

SINAPI ndash Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Iacutendices da Construccedilatildeo Civil

CEF ndash Caixa Econocircmica Federal

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo 24

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014 26

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais 38

Figura 4 - Reservatoacuterios 39

Figura 5 - Reservatoacuterios 39

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural 41

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva 41

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua 46

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva 51

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra 65

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo 67

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora 70

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ 70

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs 80

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP 83

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E 84

Figura 17 - Planta baixa 95

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior 99

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais 99

11

GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria 90

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia 91

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio 92

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio 93

12

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro 35

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro 36

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo 52

Quadro 4- Fluxo do processo 62

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca 81

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores 82

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento 82

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E 84

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff 85

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua 87

Quadro 11 - Populaccedilao 88

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria 95

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio 97

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha 98

13

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis 52

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio 55

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica 85

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais 102

Tabela 5 - Payback simples 104

Tabela 6 - Payback descontado 105

14

SUMAacuteRIO

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO 16

11 - CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 16

12 - QUESTAtildeO PROBLEMA 21

13 ndash QUESTOtildeES DA PESQUISA 21

14 - OBJETIVO GERAL 22

15 - OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 22

16 ndash ESTRUTURA METODOLOacuteGICA 22

17 ndash DELIMITACcedilAtildeO DA PESQUISA 25

18 ndash JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 25

19 ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO ESTUDO 27

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA 28

21 A SUSTENTABILIDADE E AS QUESTOtildeES QUANTO A CONSERVACcedilAtildeO

REAPROVEITAMENTO E REDUCcedilAtildeO DO CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 28

211 EXEMPLOS RECENTES DE ATITUDE SUSTENTAacuteVEIS ADOTADAS NO BRASIL 29

212 MEDIDAS SUSTENTAacuteVEIS PARA CONSERVACcedilAtildeO REAPROVEITAMENTO DE AacuteGUA E REDUCcedilAtildeO DO

CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 30

22 HISTOacuteRICO DO REUSO DE AacuteGUAS 37

221 ASPECTOS HISTOacuteRICOS DA CAPTACcedilAtildeO DAS AacuteGUAS PLUVIAIS NO BRASIL 40

23 UTILIZACcedilOtildeES DA AacuteGUA COLETADA E O SEU CONSUMO 42

24 O REUSO DE AacuteGUAS 43

241- AacuteGUAS RESIDUAacuteRIAS 43

242 AacuteGUAS CINZENTAS 46

25 FORMAS DE REUSO DE AacuteGUAS 47

251 REUSO URBANO 47

252 REUSO INDUSTRIAL 48

253 REUSO AGRIacuteCOLA 48

254 REUSO NO MEIO AMBIENTE 48

26 A PRAacuteTICA DE RECARGA DE AQUIacuteFEROS 48

27 O ARMAZENAMENTO DE AGUAacuteS 49

28 LEGISLACcedilAtildeO SOBRE O USO DE AacuteGUAS 56

3 - METODOLOGIA 62

31 ESTRATEacuteGIA DA PESQUISA 63

32 UNIDADE DE ANAacuteLISE 68

33 JUSTIFICATIVA DA ESTRATEacuteGIA DE PESQUISA 68

34 PESQUISA EXPLORATOacuteRIA 68

35 LEVANTAMENTO 69

15

36 OBJETO DE ESTUDO 70

361 APARELHOS EXISTENTES 71

37 ENTREVISTAS COM OS USUAacuteRIOS 71

38 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA 72

381 O CAacuteLCULO DE CONSUMO MEacuteDIO DIAacuteRIO DE AacuteGUA PER CAPITA POR APARELHOS 72

O CAacuteLCULO FOI REALIZADO COM BASE NO SOMATOacuteRIO DA MULTIPLICACcedilAtildeO DA FREQUEcircNCIA E TEMPO DE USO

OBTIDO NAS ENTREVISTAS E VAZAtildeO DO APARELHO DIVIDIDO PELO NUacuteMERO DE PESSOAS ENTREVISTADAS

72

382 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA EM ATIVIDADES DE LIMPEZA E JARDINAGEM 73

383 AVALIACcedilAtildeO DO POTENCIAL DE ECONOMIA DE AacuteGUA POTAacuteVEL 73

384 PERCENTUAL DE AacuteGUA POTAacuteVEL QUE PODERIA SER SUBSTITUIacuteDO POR AacuteGUA PLUVIAL 73

39 RESERVATOacuteRIOS DE AacuteGUA PLUVIAL 74

310 ANAacuteLISE ECONOcircMICA 74

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA 75

41 HISTOacuteRICO DO CEFET-RJ 75

411 DEFINICcedilAtildeO DE INSTITUICcedilOtildeES DE ENSINO SUPERIOR 75

412 - PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL (PDI) 76

413 - O PDI DO CEFETRJ 78

414 - FILOSOFIA MISSAtildeO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS 78

42 SOBRE O POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AGUAS DE RESIDUAIS 80

43 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS DAS ENTREVISTAS REALIZADAS 88

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 106

51 PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 107

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAFICAS 108

16

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO

11 - Consideraccedilotildees Iniciais

A aacutegua jaacute foi considerada um recurso infinito mas atualmente a sua

disponibilidade eacute um dos grandes problemas do nosso planeta decorrente de

inuacutemeros fatores tais como o aquecimento global as alteraccedilotildees climaacuteticas o

crescimento populacional acentuado o consumo cada vez maior dos recursos

hiacutedricos o mau uso desta fonte de energia e sobretudo a falta de poliacuteticas puacuteblicas

que estimulem o uso sustentaacutevel da aacutegua

Neste contexto segundo Kibert (2008) a adoccedilatildeo de medidas ecologicamente

corretas eacute fundamental tais como teacutecnicas de conservaccedilatildeo controle do desperdiacutecio

reaproveitamento da aacutegua de chuva reciclagem de aacutegua e recuperaccedilatildeo dos solos

Diante da possibilidade de racionamento ou ateacute mesmo escassez da aacutegua doce

no mundo eacute necessaacuterio que a sociedade e as poliacuteticas puacuteblicas busquem novas

tecnologias e alternativas sustentaacuteveis para a reduccedilatildeo do consumo

Diniz (2013) afirma que vaacuterios paiacuteses encaram hoje o problema de escassez

da aacutegua em consequecircncia do crescimento desordenado da poluiccedilatildeo dos recursos

hiacutedricos do aumento populacional e industrial que geram um aumento na demanda

pela aacutegua provocando o esgotamento deste recurso

Inobstante a urbanizaccedilatildeo das cidades e as tecnologias de abastecimento

puacuteblico de aacutegua contribuiacuteram para a desativaccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento da

aacutegua de chuva Entretanto atualmente no contexto do paradigma da conservaccedilatildeo da

aacutegua as praacuteticas de aproveitamento da aacutegua de chuva estatildeo sendo incorporadas aos

sistemas de gestatildeo urbana dos recursos hiacutedricos de diversos paiacuteses Portanto natildeo

se trata de inserir um novo conceito de gestatildeo de recursos hiacutedricos apenas resgatar

os fundamentos deste e adaptaacute-lo agrave realidade atual (ALADENOLA ADEBOYE 2009)

A UNESCO emitiu no ano de 2005 a resoluccedilatildeo Ares58217 proclamando o

periacuteodo de 2005 a 2015 como sendo a Deacutecada Internacional para Accedilatildeo ldquoAacutegua Fonte

de vidardquo iniciando-se o dia mundial da aacutegua no dia 22 de Marccedilo de

2005(UNESCO2013d) A iniciativa teve como objetivo de alerta para a importacircncia

de melhor administrar as fontes de aacutegua em funccedilatildeo do aumento de consumo ou pelo

uso desequilibrado deste recurso indispensaacutevel agrave vida humana Com perspectivas

preocupantes a ONU apresenta a estimativa que se natildeo houver alteraccedilotildees nas

17

poliacuteticas em relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos 18 bilhatildeo de pessoas estaratildeo vivendo em

zonas de secas e dois terccedilos da humanidade estaratildeo sujeitos a alguma restriccedilatildeo no

acesso agrave aacutegua em 2025

Haacute diversos pontos no mundo em que a falta de aacutegua tem sido o principal motivo de ecircxodo de populaccedilotildees tal como acontece no Nordeste brasileiro Em termos globais o risco de crise hiacutedrica acontece pelo crescimento demograacutefico mudanccedilas climaacuteticas desperdiacutecio e contaminaccedilatildeo das fontes Afetando natildeo soacute a sauacutede humana mas o desenvolvimento soacutecio econocircmico das populaccedilotildees e o rumo das relaccedilotildees entre paiacuteses (UNESCO2013d)

Nesse caso Fawell amp Miller (1992) afirmam que a provisatildeo de uma aacutegua

potaacutevel ldquosegurardquo e ldquoesteticamente aceitaacutevelrdquo eacute assegurada em muitos paiacuteses por uma

seacuterie de padrotildees obrigatoacuterios ou largamente advertidos (domiacutenio puacuteblico)

Se na atualidade os paiacuteses continuam concentrados na prospecccedilatildeo e busca de

novas tecnologias para auto-suficiecircncia em petroacuteleo natildeo estaraacute longe o dia em que a

aacutegua seraacute reconhecida como o bem mais precioso a vida do ser humano

Segundo Craig e Dale (2008) a definiccedilatildeo mais adotada e mais citada da

sustentabilidade foi feita no Relatoacuterio de Brundland que definiu o conceito de

sustentabilidade da seguinte forma ldquoaquele que satisfaz as necessidades do presente

sem comprometer a capacidade das futuras geraccedilotildees satisfazerem suas proacuteprias

necessidadesrdquo (BRUNDTLAND 1988 p 46)

O uso da aacutegua com consciecircncia eacute a soluccedilatildeo mais sustentaacutevel para o

enfrentamento da crise a que tem sido observada em diversos estados do paiacutes O

aproveitamento de aacutegua de chuva e reuso natildeo eacute um conceito novo mas com o

aumento da demanda tornou-se um tema atual e de suma importacircncia que eacute praticado

ao longo dos anos em diversos paiacuteses devendo ser uma atividade mais abrangente

que eacute o uso racional englobando a reduccedilatildeo de perdas e desperdiacutecios e a minimizaccedilatildeo

da produccedilatildeo de efluentes e do consumo de aacutegua potaacutevel

A utilizaccedilatildeo da aacutegua da chuva aleacutem de trazer o benefiacutecio da conservaccedilatildeo da

aacutegua e reduzir a dependecircncia excessiva das fontes superficiais de abastecimento

reduz o escoamento superficial minimizando os problemas com enchentes buscando

garantir a sustentabilidade urbana que segundo Dixon Butler e Fewkes (1999) soacute

seraacute possiacutevel atraveacutes da mobilizaccedilatildeo da sociedade em busca do uso apropriado e

eficiente da aacutegua

18

Segundo Petry e Boeriu (2000) nos uacuteltimos anos tem-se observado o

desenvolvimento de novas tecnologias referentes ao manejo de recursos hiacutedricos

Com isso observa-se novas expansotildees no uso de teacutecnicas de aproveitamento de

aacutegua de chuva tanto em regiotildees onde jaacute eram utilizadas como em locais onde eram

desconhecidas

Para Dixon et al(1999) a existecircncia da sociedade e de sua malha urbana no

futuro estaacute condicionada ao uso adequado da aacutegua considerando o seu reuacuteso e

aproveitamento da aacutegua pluvial em todo o ciclo desde a captaccedilatildeo passando pelo

tratamento e armazenagem

Veloso e Mendes (2014) afirmam que a maioria das experiecircncias brasileiras

de aproveitamento de aacutegua de chuva se concentra na regiatildeo do semiaacuterido brasileiro

promovida pela ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro) que eacute formada por mil

organizaccedilotildees da sociedade civil que atua na gestatildeo e no desenvolvimento de poliacuteticas

de convivecircncia com a regiatildeo semiaacuterida

Esta iniciativa contribui para equacionar os graves problemas de escassez de

aacutegua que a populaccedilatildeo e refeacutem Nesse sentido destaca-se o Programa Um Milhatildeo de

Cisternas (P1MC) uma das accedilotildees de mobilizaccedilatildeo promovidas pela ASA que objetiva

possibilitar ao nordestino o acesso a aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de

cisternas de placas Desde 2003 aproximadamente 499387 mil foram construiacutedas

beneficiando mais de 2 milhotildees de pessoas (ASA 2015)

Segundo Gould and Nissen-Petersen (1990) A colheita de aacuteguas pluviais eacute uma

teacutecnica antiga que possui um renome na popularidade devido agrave qualidade inerente da

aacutegua da chuva e ao interesse em reduzir o consumo de aacutegua tratada A aacutegua da chuva

eacute valorizada por sua pureza e suavidade Tem um pH quase neutro e estaacute livre de

subprodutos de desinfecccedilatildeo sais minerais e outros contaminantes naturais e

artificiais As plantas prosperam sob irrigaccedilatildeo com aacutegua de chuva armazenada Os

aparelhos duram mais quando satildeo livres dos efeitos corrosivos ou em escala de aacutegua

dura

Os usuaacuterios com sistemas potaacuteveis preferem o gosto superior e as

propriedades de limpeza da aacutegua da chuva Evidecircncias arqueoloacutegicas atestam a

captura da aacutegua da chuva haacute mais de 4000 anos e o conceito de colheita de aacutegua da

chuva na China pode chegar a mais de 6000 anos Ruiacutenas de cisternas construiacutedas

jaacute em 2000 aC para armazenar o escoamento das encostas para fins agriacutecolas e

domeacutesticos ainda estatildeo em Israel

19

A reutilizaccedilatildeo ou reuso de aacutegua ou ainda em outra forma de expressatildeo o uso

de aacuteguas residuaacuterias natildeo eacute um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo

haacute muitos anos Haacute relatos de sua praacutetica na Greacutecia Antiga com a disposiccedilatildeo de

esgotos e sua utilizaccedilatildeo na irrigaccedilatildeo Contudo a demanda crescente por aacutegua tem

feito do reuso planejado da aacutegua um tema atual e de grande importacircncia (SANTOS

1993)

O elevado desenvolvimento demograacutefico associado agraves transformaccedilotildees

econocircmicas reflete-se notavelmente no uso dos recursos hiacutedricos principalmente no

que se refere agrave qualidade e quantidade das aacuteguas superficiais e subterracircneas

(RAMOS 2000)

O uso de fontes alternativas e de estrateacutegias de uso racional de aacutegua em

edificaccedilotildees eacute uma forma de amenizar os problemas de disponibilidade de aacutegua

potaacutevel e diminuir a sua demanda

Dentre estas estrateacutegias pode-se citar o aproveitamento de aacutegua pluvial o

reuso de aacuteguas cinzas (ABNT NBR 155272007) O aproveitamento de aacutegua pluvial eacute

uma praacutetica milenar empregada no mundo todo Essa teacutecnica tem se difundido e se

consolidado como uma forma de mitigar os diversos problemas ambientais causados

pelo aumento da demanda de aacutegua pela falta de medidas de controle da poluiccedilatildeo e

de gestatildeo ambiental em aacutereas urbanas e rurais (BARROS 2000)

O reaproveitamento eficiente da aacutegua da chuva natildeo tem misteacuterios mas satildeo

necessaacuterios alguns pequenos cuidados que tornam os sistemas mais seguros e de

faacutecil manutenccedilatildeo (AQUASTOCK 2008)

De acordo com Diniz (2013) as teacutecnicas para operar um sistema de utilizaccedilatildeo

das aacuteguas pluviais seguem as seguintes etapas

Coletar aacuteguas pluviais atraveacutes de calhas em telhados coberturas

Armazenar essa aacutegua em reservatoacuterios cisternas

Abastecer o local onde seratildeo utilizadas as aacuteguas pluviais

Eliminar as primeiras aacuteguas de chuva preservando a qualidade dessa aacutegua

20

Relevacircncia da Pesquisa

O foco dos sistemas de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva estatildeo mais atrelados aos

problemas que o meio ambiente enfrenta de forma global ou seja estatildeo voltados para

o coletivo e natildeo individualmente Embora se pense em sistemas que sejam

desenvolvidos para a preservaccedilatildeo da aacutegua doce e da aacutegua da chuva para que natildeo

sejam desperdiccediladas eacute preciso tambeacutem pensar no investimento econocircmico de longo

prazo ou seja a economia na conta da aacutegua que seria uma forma de se pensar

tambeacutem individualmente

A relevacircncia deste trabalho aponta para os resultados levados agrave

sustentabilidade utilizando o aproveitamento de aacuteguas pluviais e de aacuteguas residuais

de evaporadoras de aparelhos de ar condicionado para fins natildeo potaacuteveis

Justificativa da Pesquisa

O sucesso das accedilotildees que devem conduzir ao reuso de aacutegua dependeraacute em

grande parte da influecircncia da comunidade do CEFET-RJ do comportamento das

pessoas e de suas decisotildees individuais Mesmo considerando que existe certo

interesse pelas questotildees ambientais haacute que se reconhecer a falta de informaccedilatildeo e

conhecimento dos problemas ambientais

Logo a educaccedilatildeo ambiental que tenha por objetivo informar e sensibilizar as

pessoas sobre os problemas (e possiacuteveis soluccedilotildees) existentes em sua comunidade

buscando transformar estas pessoas em indiviacuteduos que participem das decisotildees

sobre seus futuros exercendo desse modo o direito aacute cidadania tornando-se

instrumento indispensaacutevel ao processo

O CEFET-RJ possui duas entradas de abastecimento de aacutegua com

fornecimento atraveacutes da CEDAE perfazendo um consumo anual na ordem de

294039 m3 que abastecem blocos independentes atraveacutes de 02 castelos drsquoaacutegua com

alimentaccedilatildeo dos blocos por gravidade Tendo em vista o grande nuacutemero de blocos

com aacuterea construiacuteda de 3927050 m2 e grande aacutereas de paacutetios jardins e quadras

esportivas tendo alto consumo de aacutegua para limpeza

Estaacute sendo pesquisada a viabilidade do aproveitamento das aacuteguas pluviais

coletadas atraveacutes dos telhados de uma edificaccedilotildees bem como a aacutegua residual

proveniente dos evaporadores de unidades condensadoras e aparelhos de ar

condicionado de janela no campus do Maracanatilde em funccedilatildeo do grande nuacutemero de

ambientes com refrigeraccedilatildeo com a finalidade de reuso em aacutereas e atividades menos

nobres como lavagem de paacutetios quadras poliesportivas uso em bacias sanitaacuterias

21

irrigaccedilatildeo de jardins que com adoccedilatildeo destas medidas obter-se-aacute reduccedilatildeo do consumo

de aacutegua potaacutevel tratada fornecida pela concessionaria CEDAE

Como consequecircncias reduccedilatildeo dos custos reduccedilatildeo do incocircmodo de poccedilas de

aacuteguas residuais geradas por unidades condensadoras contribuiraacute na reduccedilatildeo de

enchentes tendo em vista a localizaccedilatildeo geograacutefica do CEFET-RJ proacutexima ao Rio

Maracanatilde estimulando a educaccedilatildeo ambiental e a sustentabilidade atraveacutes dos

multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo de aacutegua por membros da comunidade de

docentes discentes e teacutecnicos administrativos servindo como exemplo de uma

postura ambientalmente correta para o enfrentamento dos problemas de ocupaccedilatildeo e

impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos grandes centros urbanos

12 - Questatildeo Problema

Analisar a viabilidade de promover o desenvolvimento de um sistema de

captaccedilatildeo de aacutegua da chuva e aacuteguas residuais de evaporadoras de aparelhos de ar

condicionado do CEFETRJ para utilizaacute-la em fins natildeo potaacuteveis agregando valor agrave

sustentabilidade e gerando economia na conta da aacutegua

13 ndash Questotildees da Pesquisa

Nesta conjuntura surgem as questotildees que orientaratildeo este trabalho

Como implantar e implementar um sistema de aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Como verificar viabilidade teacutecnica para a adaptaccedilatildeo de instalaccedilotildees do preacutedio

estudado no CEFETRJ Campus Maracanatilde para aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Pesquisar os segmentos que se ajustem ao uso da aacutegua natildeo potaacutevel e calcular

suas demandas

Quantificaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas remanescentes

provenientes de Unidades Evaporadoras de aparelhos de ar condicionado do

preacutedio estudado

22

14 - Objetivo Geral

O objetivo geral da dissertaccedilatildeo eacute apresentaccedilatildeo de uma proposta metodoloacutegica

para analisar a viabilidade teacutecnica de um sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais

e aacuteguas residuais de evaporadoras de unidades evaporadores para uso com fins natildeo

potaacuteveis no Campus Maracanatilde do CEFET-RJ

15 - Objetivos Especiacuteficos

Desenvolvimento da metodologia proposta

Dimensionar o sistema de armazenamento das aacuteguas pluviais e

residuais coletadas para reuso

Buscar tecnologias para implantaccedilatildeo de sistema de aproveitamento de

agua pluviais

Avaliar viabilidade econocircmica da implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais

16 ndash Estrutura Metodoloacutegica

A metodologia utilizada no presente trabalho considerou o bloco E para se

analisar a viabilidade de aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

provenientes de unidade evaporadoras de aparelhos de ar condicionado Com

aplicaccedilatildeo de questionaacuterio para os usuaacuterios das instalaccedilotildees para quantificaccedilatildeo da

demanda de aacutegua nos ambientes estudados

Ywashima (2005) ressalta a importacircncia de campanhas de conscientizaccedilatildeo

para utilizaccedilatildeo racional da aacutegua nas escolas Segundo a pesquisadora a conta natildeo e

paga de forma direta pelos usuaacuterios consequentemente natildeo haacute motivaccedilatildeo financeira

A autora apresenta como sugestatildeo tecnologias economizadoras onde se obteacutem

reduccedilatildeo de consumo independente da mudanccedila de comportamento pelos usuaacuterios

Tomando como premissa o atual consumo desordenado de aacutegua consumo

este que proporciona uma grande margem para que no futuro este liacutequido precioso

para a vida na terra venha a faltar caso natildeo seja criado mecanismos que possam

contornar essa situaccedilatildeo o desenvolvimento deste presente projeto apresenta-se

como uma alternativa para compor estes mecanismos

23

Atraveacutes de pesquisas foi constatado que as aacuteguas pluviais devem ser utilizadas

para amenizar a situaccedilatildeo Desse modo o presente trabalho contempla a possibilidade

de uso de recursos tecnoloacutegicos a fim de que se possa reduzir o consumo e diminuir

o desperdiacutecio de aacutegua atraveacutes da captaccedilatildeo armazenamento e reaproveitamento das

aacuteguas pluviais

Este sistema de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial permite usar as aacutereas de coberturas

da edificaccedilatildeo para captar a aacutegua da chuva apoacutes passar por um filtro ou mecanismo

de retenccedilatildeo de impurezas conduzi-la a um reservatoacuterio onde seraacute armazenada e

utilizada na edificaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis tais como lavagem de pisos irrigaccedilatildeo

de jardins mictoacuterios e bacias sanitaacuterias

No que diz respeito a implementaccedilatildeo da metodologia foi realizado um

levantamento das coberturas da edificaccedilatildeo escolhidas com analise dos dados

meteoroloacutegicos da regiatildeo que permitiram avaliaccedilatildeo dos paracircmetros necessaacuterios para

os caacutelculos dos reservatoacuterios de aacuteguas pluviais

O trabalho foi dividido em trecircs etapas

A primeira etapa desenvolveu-se atraveacutes de pesquisas referecircncias

bibliograacuteficas dados teacutecnicos e projetos semelhantes referentes ao tema para obter

um melhor embasamento teoacuterico sobre o assunto com auxilio da internet pesquisas

literaacuterias artigos cientiacuteficos informaccedilotildees pessoais de profissionais e obtivemos

informaccedilotildees necessaacuterias favoraacuteveis que possibilitaram a execuccedilatildeo do presente

trabalho em unidade de ensino adequando agraves edificaccedilotildees do campus onde houvesse

o menor nuacutemero de intervenccedilotildees

A segunda etapa foi direcionada ao programa de necessidades considerando

o consumo da edificaccedilatildeo e o potencial de captaccedilatildeo atraveacutes de aacuterea de coberturas

evaporadores de ar condicionado levantamento dos iacutendices pluviomeacutetricos da regiatildeo

preacute-dimensionamento para os reservatoacuterios superior e inferior e uma estimativa de

custos para implantaccedilatildeo

A terceira e uacuteltima etapa foi direcionada ao anteprojeto arquitetocircnico para

construccedilatildeo do reservatoacuterio prevendo no sistema a captaccedilatildeo tanto de aacuteguas pluviais

quanto de aacuteguas residuais provenientes dos evaporadores de ar condicionado

levantamento dos custos referentes a implantaccedilatildeo dos reservatoacuterios com avaliaccedilatildeo

do tempo de retorno (payback) do investimento

24

A Figura 01 ilustra de forma simplificada a abordagem utilizada durante a

realizaccedilatildeo desta pesquisa

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho(2017)

DISSERTACcedilAtildeO

VERTENTE TEacuteCNICA

EMPIacuteRICA

COLETA DE DADOS

FLUXO DO PROCESSO

DIMENSIONAMENTO

CONCEPCcedilAtildeO EMPIacuteRICA

CONCLUSAtildeO DISSERTACcedilAtildeO

HISTOacuteRICO REUSO DAS

AacuteGUAS

LEGISLACcedilAtildeO

SUSTENTABILIDADE

BASE TEOacuteRICA

CONCEPCcedilAtildeO TEOacuteRICA

25

17 ndash Delimitaccedilatildeo da Pesquisa

A realizaccedilatildeo do presente trabalho ocorreraacute atraveacutes de levantamento de dados

referente ao abastecimento e equipamentos instalados do bloco E do campus

Maracanatilde com estudo de consumo de aacutegua da edificaccedilatildeo levando em consideraccedilatildeo

o nuacutemero de usuaacuterios

A capacidade de captaccedilatildeo seraacute realizada atraveacutes das aacutereas de cobertura e

utilizaccedilatildeo dos iacutendices de precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica da regiatildeo estudada de anos

anteriores para caacutelculo e dimensionamento de reservatoacuterios inferior e superior bem

como avaliaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas residuais produzidas pelas

evaporadoras instaladas no preacutedio

Avaliando as adaptaccedilotildees necessaacuterias ao sistema de abastecimento existente

para o atendimento das bacias sanitaacuterias e lavagem de paacutetios quadras esportivas

regas de jardim e levantando e propondo utilizaccedilatildeo de novas tecnologias existentes

para instalaccedilatildeo do sistema e verificando a necessidade de utilizaccedilatildeo de

abastecimento com aacutegua potaacutevel em casos de grande estiagem para manutenccedilatildeo

das atividades sem prejuiacutezos agrave aacuterea acadecircmica

Desta forma nesta pesquisa seratildeo avaliados os dados obtidos atraveacutes de

levantamentos arquitetocircnicos e das instalaccedilotildees hidro sanitaacuterias existentes no

CEFETRJ - Unidade Maracanatilde aleacutem de documentaccedilatildeo e pesquisa em projetos

similares que jaacute possam existir relacionados agrave questatildeo da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Como objetivo de fundamentar a implantaccedilatildeo do estudo e desenvolvimento do

mesmo seraacute apresentado levantamento e resultado necessaacuterios para implementaccedilatildeo

da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais com base nos dados coletados e revisatildeo bibliograacutefica

em artigos e perioacutedicos que versam sobre as tecnologias mais indicadas para a

utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

18 ndash Justificativa da Pesquisa

Como prevecirc a constituiccedilatildeo em seu Art 225 caput ndash ldquoTodos tecircm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial agrave sadia

qualidade de vida impondo-se ao Poder Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-

lo e preservaacute-lo para presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo (Brasil 2004)

No atendimento a constituiccedilatildeo e as legislaccedilotildees pertinentes levar o CEFET- RJ

26

ao cumprimento de accedilotildees e objetivos visando a sustentabilidade nas suas

dependecircncias e atraveacutes de sua comunidade discente docente e teacutecnicos

administrativos atuar como multiplicadores de accedilotildees de preservaccedilatildeo do meio

ambiente atraveacutes do reuso de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais oriundas de

evaporadores e aparelhos de ar condicionado de janela

Em funccedilatildeo do alto consumo como pode ser observado na figura 2 faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de equipamentos de maior tecnologia e o aproveitamento de

aacuteguas pluviais para uso menos nobre conforme determina a norma ABNT ndash NBR

15527 de 24102007 e contribuir de forma efetiva para reduccedilatildeo de custo

possibilidade de racionamento e reduccedilatildeo per capta do consumo nos oacutergatildeos puacuteblicos

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014

Entrada Volume faturado (msup3)

nordm jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez total 2014

485 17310 18230 13160 22110 19640 16890 20010 19070 25430 22670 25060 28430 248010

681 3706 3580 6560 5394 6170 2800 3310 2650 3069 2580 2890 3320 46029

Total

mensal 21016 21810 19720 27504 25810 19690 23320 21720 28499 25250 27950 31750 294039

Fonte Contas CEDAE exerciacutecio 2014

00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Vo

l f

atu

rad

o (

msup3)

Mecircs

Consumo mensal de aacutegua em 2014

485

27

19 ndash Organizaccedilatildeo do Estudo

O Capiacutetulo 01 desta pesquisa estaacute organizado com a introduccedilatildeo composta pela

situaccedilatildeo-problema questotildees de pesquisa objetivos estrateacutegia delimitaccedilatildeo e

justificativa da pesquisa A finalidade preciacutepua da leitura deste capiacutetulo eacute harmonizar

a compreensatildeo do contexto e a importacircncia da pesquisa

O Capitulo 02 estaacute organizado com os fundamentos teoacutericos com base em

sustentabilidade histoacuterico de reuso da aacutegua e legislaccedilatildeo

O Capitulo 03 trata da metodologia e tipo de pesquisa a ser empregado

informando a forma da obtenccedilatildeo dos dados e como seratildeo feitos o tratamento e anaacutelise

dos dados

No Capiacutetulo 4 seratildeo interpretados os resultados referentes agraves demandas de

aacuteguas menos nobres a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacutegua proveniente de unidades

evaporadoras e aacuteguas pluviais com avaliaccedilatildeo de viabilidade econocircmica para

implantaccedilatildeo do sistema

No Capiacutetulo 05 seraacute apresentada a anaacutelise dos resultados e sugestotildees para

estudos futuros e complementares

28

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA

No presente capitulo seraacute apresentada a vertente teacutecnica com os fundamentos

teoacutericos que forneceratildeo o suporte para o desenvolvimento da pesquisa

21 A Sustentabilidade e as questotildees quanto a conservaccedilatildeo reaproveitamento e

reduccedilatildeo do consumo de aacuteguas pluviais

A Comissatildeo Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento denominada

Comissatildeo de Brundtland (1988) define o desenvolvimento sustentaacutevel como aquele

que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das

geraccedilotildees futuras atenderem as suas proacuteprias necessidades

Surgido na deacutecada de 1990 o tripeacute da sustentabilidade tem crescido em seu

conceito em todo o planeta refletindo uma seacuterie de processos valores e objetivos de

forma que uma gestatildeo deveraacute orientar aos trecircs pilares econocircmico social e ambiental

podendo este conceito ser aplicado de forma macro para um paiacutes ou ateacute para o

planeta ou micro podendo ser uma escola um vilarejo ou empresa (DIAS2011)

A concepccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel orienta a discussatildeo sobre o tema

em qualquer segmento das atividades do ser humano Os objetivos tecircm como base

na perspectiva de utilizaccedilatildeo dos recursos naturais desde que sejam preservados para

as futuras geraccedilotildees Dias ( 2011) Poreacutem parte das dificuldades apresenta-se porque

as geraccedilotildees natildeo tecircm participaccedilatildeo nas decisotildees atuais Desta forma somente a

conscientizaccedilatildeo da preservaccedilatildeo da vida e da espeacutecie eacute que motiva o ser humano o

que natildeo acontece na maioria das vezes com os gestores e poliacuteticos dos dias atuais

(MOURA 2011)

Muito embora para alguns o desenvolvimento sustentaacutevel eacute um projeto social e

poliacutetico que serve como ferramenta para combate a pobreza satisfaccedilatildeo das

necessidades baacutesicas da humanidade de maneira a elevar a qualidade de vida dos

indiviacuteduos fornece princiacutepios para que o desenvolvimento seja harmonioso levando

em conta a transformaccedilatildeo dos recursos do ambiente deste modo para estes sugerem

atitudes novas das quais pela edificaccedilatildeo de uma nova racionalidade De forma

contraria agrave maioria que se preocupa em compatibilizar o meio ambiente a um

crescimento econocircmico de forma continua (DIAS 2011)

Acreditava-se que o crescimento econocircmico desenvolveria de forma natural o

29

desenvolvimento sustentaacutevel Veiga (2005) Somente uma gestatildeo com

responsabilidade ambiental eacute capaz de conciliar uma melhor qualidade de vida com

necessidade de crescimento econocircmico (MOURA 2011)

A passagem de um sistema baseado no consumo a um sistema sustentaacutevel

tem diversas implicaccedilotildees Necessita abrir a visatildeo da relaccedilatildeo da sociedade ao meio

ambiente transformar a organizaccedilatildeo social produtiva que gera a desigualdade e a

pobreza Atraveacutes de novas relaccedilotildees sociais onde o eixo natildeo seraacute somente a

perspectiva da lucratividade e praacuteticas de produccedilatildeo predatoacuterias do meio ambiente

mas o bem-estar da humanidade O que daacute margem a diferentes pontos de vistas

com base de modo geral na busca do produto de equiliacutebrio entre os trecircs eixos da

sustentabilidade crescimento econocircmico igualdade social e a preservaccedilatildeo ao meio

ambiente (DIAS 2011)

De acordo com Alledi (2006) a grande preocupaccedilatildeo das melhores empresas

do mundo hoje em dia eacute com a sustentabilidade dos seus negoacutecios um movimento

que se fundamentou em questotildees ambientais mas que atualmente eacute visto de um

modo mais amplo passando a incorporar os temas dos movimentos empresariais

anteriores pela qualidade pela sauacutede e seguranccedila do trabalho pela proacutepria

preservaccedilatildeo do meio ambiente e mais recentemente pela responsabilidade social

corporativa

211 Exemplos recentes de atitude sustentaacuteveis adotadas no Brasil

O recebimento da certificaccedilatildeo LEED (Leadership in Energy and Environmental

concedido pelo US Green building Council (USGBC) para certificaccedilotildees em 07 estaacutedios

construiacutedos para a Copa 2014 cuja adoccedilatildeo de medidas sustentaacuteveis foi requisito para

que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social (BNDES) liberasse o

financiamento para as obras das arenas da Copa preacute-requisito este que seraacute adotado

pela FIFA para as proacuteximas eleiccedilotildees do mundial (wwwcopa2014govbr)

Dentre as diversas arenas pode ser ressaltada a economia conseguida pela

Arena da Amazocircnia de cerca de 40 de aacutegua potaacutevel atraveacutes da captaccedilatildeo da aacutegua

de chuva em um volume de 140000 litros para irrigaccedilatildeo do gramado e utilizaccedilatildeo nos

sanitaacuterios ABES (observatoacuterio do terceiro setor)

Foram diversas medidas sustentaacuteveis para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo LEED

destacando a abertura das portas para educaccedilatildeo ambiental desde o inicio das obras

30

Foram desenvolvidas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo das accedilotildees de

sustentabilidade que foram implementadas nos estaacutedios para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

LEED com utilizaccedilatildeo de paineacuteis ilustrados nas aacutereas de circulaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de

panfletos aos visitantes Accedilotildees voltadas para conscientizaccedilatildeo da certificaccedilatildeo e

tambeacutem para manutenccedilatildeo apoacutes a realizaccedilatildeo do evento (wwwcopa2014govbr)

212 Medidas sustentaacuteveis para conservaccedilatildeo reaproveitamento de aacutegua e reduccedilatildeo

do consumo de aacuteguas pluviais

A conservaccedilatildeo de aacutegua pode ser definida como um conjunto de praacuteticas

teacutecnicas e tecnologias que propiciam a melhoria da eficiecircncia do seu uso incidindo de

maneira sistecircmica sobre a demanda e a oferta de aacuteguas As iniciativas de

racionalizaccedilatildeo do uso e de reuso de aacutegua constituem-se em elementos fundamentais

para a ampliaccedilatildeo da eficiecircncia do uso da aacutegua (PROSAB 2011) resultando em

Aumento da disponibilidade para os demais usuaacuterios

Flexibilizaccedilatildeo dos suprimentos existentes para outros fins

Atendimento ao crescimento populacional

Suporte agrave implantaccedilatildeo de novas induacutestrias

Preservaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do meio ambiente

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

31

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo A reutilizaccedilatildeo de

aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que permite maiores volumes

de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica

por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes (BRASIL 2010)

Mota OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenada

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Observaccedilotildees sobre Gestatildeo das aacuteguas pluviais A gestatildeo de aacutegua pluvial visa

reduzir o consumo de aacutegua potaacutevel por meio de aproveitamento das aacuteguas de chuvas

contribuindo inclusive para a reduccedilatildeo de inundaccedilotildees ou de poluiccedilotildees difusas Uma

das medidas que vem sendo amplamente desenvolvida como forma de economizar

as aacuteguas potaacuteveis e evitar o risco de inundaccedilotildees em regiotildees com alto iacutendice de

impermeabilizaccedilatildeo do solo eacute a retenccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Este sistema coligado a um sistema de reaproveitamento destas aacuteguas

configura-se como uma das mais eficientes formas de renovaccedilatildeo de um insumo finito

aacutegua As aacuteguas pluviais entretanto natildeo apresentam qualidade necessaacuteria para o

consumo Mesmo quando a captaccedilatildeo destas aacuteguas extravasam para o esgotamento

natildeo se deve permitir que elas sejam lanccediladas in natura para o lenccedilol freaacutetico pela

possibilidade de carga poluidora As aacuteguas pluviais quando utilizadas diretamente por

pontos na edificaccedilatildeo estes devem ser separados do sistema de aacutegua do restante do

preacutedio e deve conter indicativo visual de que a aacutegua natildeo eacute potaacutevel portanto improacutepria

para o consumo preparo de alimentos e banho

No caso da utilizaccedilatildeo deste sistema de reaproveitamento de aacuteguas pluviais

dois cuidados fundamentais devem ser observados primeiramente com relaccedilatildeo ao

caacutelculo do volume do reservatoacuterio que considera o IP (iacutendice pluviomeacutetrico) local A

Caixa Econocircmica recomenda a utilizaccedilatildeo do caacutelculo na Lei Estadual nordm 1252607

(SAtildeO PAULO 2007)

A segunda observaccedilatildeo refere-se ao volume do escoamento de aacuteguas pluviais

no solo de forma controlada a fim de prevenir inundaccedilotildees reduzir a poluiccedilatildeo difusa

e propiciar a recarga do lenccedilol freaacutetico Um projeto como este para ser aprovado

32

depende de um memorial de caacutelculo detalhado apresentando o niacutevel do lenccedilol freaacutetico

do local caacutelculo da vazatildeo de aacuteguas a serem lanccediladas na rede puacuteblica elaboraccedilatildeo de

um manual de operaccedilatildeo do sistema e indicaccedilatildeo de toda a documentaccedilatildeo teacutecnica tal

como projeto memoriais descritivos planilhas de custos e outros (CEF 2010)

Apesar de que o reaproveitamento de aacuteguas pluviais no Brasil jaacute ocorrer haacute

muito tempo em algumas regiotildees somente em 2007 entrou em vigor a NBR 15527

que estabelece as condiccedilotildees para o aproveitamento de aacuteguas de chuva em coberturas

de aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

O objetivo desta accedilatildeo eacute reduzir o consumo de aacutegua independentemente da

accedilatildeo do usuaacuterio ou da sua disposiccedilatildeo em mudar de comportamento para reduzir o

consumo de aacutegua Ela deve ser implementada quando o sistema estiver totalmente

estaacutevel ou seja sem nenhuma perda de aacutegua por vazamento (ANA 2005)

A situaccedilatildeo do Brasil eacute muito favoraacutevel pois deteacutem cerca de 12 de toda aacutegua

doce do planeta poreacutem 685 encontra-se na regiatildeo norte na qual vivem apenas

74 dos brasileiros (CONFEA 2011)

A limitaccedilatildeo de reservas de agua doce no planeta aumentou a demanda para

atendimento principalmente a prioridade dos recursos para o consumo humano

agriacutecola e industrial a prioridade de utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis para

abastecimento puacuteblico e as restriccedilotildees que vecircm sendo impostas em relaccedilatildeo ao

lanccedilamento de efluentes no meio ambiente torna necessaacuteria a adoccedilatildeo de estrateacutegias

que visem racionalizar a utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos e mitigar os impactos

negativos relativos agrave geraccedilatildeo de efluentes pelas induacutestrias (FIESP 2011)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

33

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo

A reutilizaccedilatildeo de aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que

permite maiores volumes de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode

diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes

(BRASIL 2010)

Melhado et al (2013) frisam a importacircncia das accedilotildees de cunho poliacutetico teacutecnico

e social na busca de soluccedilotildees praacuteticas visando a reduccedilatildeo do consumo da aacutegua e

descrevem as mais importantes

Economia e valorizaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo objetivando o uso racional da aacutegua

Manutenccedilatildeo das redes puacuteblicas e privadas para verificaccedilatildeo de desperdiacutecios

e vazamentos

Minimizaccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo do solo urbano e da vazatildeo de

escoamento do terreno objetivando favorecer a permeabilidade da aacutegua

Captaccedilatildeo e armazenamento em reservatoacuterios especiacuteficos das aacuteguas

pluviais e demais aacuteguas natildeo potaacuteveis para usos que natildeo necessitam de

potabilidade como irrigaccedilatildeo reserva de incecircndio lavagem de piso

veiacuteculos em geral e ruas Se necessaacuterio para algum uso especiacutefico a aacutegua

deveraacute passar por unidades de tratamento para atingir os niacuteveis de

qualidade correspondente Quanto mais eficiente for a gestatildeo das aacuteguas

pluviais por retenccedilatildeo ou reuso menor seraacute o volume de aacutegua destinado agraves

redes puacuteblicas

Embora a aacutegua doce existente no planeta esteja sempre em renovaccedilatildeo haacute uma

tendecircncia de sua deterioraccedilatildeo em funccedilatildeo do seu uso indiscriminado devido ao

aumento populacional comprometendo consequentemente sua qualidade ficando

esta em quantidade cada vez menor em determinadas localidades disponiacutevel para

consumo As mudanccedilas climaacuteticas globais tambeacutem vecircm contribuindo para o aumento

na demanda dos recursos hiacutedricos

Devido ao ciclo hidroloacutegico que eacute fechado sabe-se que a quantidade de aacutegua

disponiacutevel no planeta eacute sempre a mesma Sabe-se tambeacutem que este ciclo constitui-

se basicamente do transporte das massas de aacutegua dos oceanos para a atmosfera

34

pelo fenocircmeno da evaporaccedilatildeo e da atmosfera para os oceanos atraveacutes dos

fenocircmenos das precipitaccedilotildees escoamentos superficiais e subterracircneos influenciando

diretamente na distribuiccedilatildeo dos corpos hiacutedricos Muitas regiotildees vem sofrendo

alteraccedilotildees resultantes das diferentes formas antroacutepicas de interferecircncia sobre o

ambiente Hespanhol e Mierwa (2013) O surgimento das Metroacutepoles

desmatamentos obras de dragagens assim como construccedilotildees de represas satildeo

exemplos concretos disto

Sabe-se que menos de 1 de toda a aacutegua existente no planeta eacute doce e que

aproximadamente metade deste percentual corresponde a aacuteguas subterracircneas

enquanto o restante encontra-se nos oceanos Aacute medida que a populaccedilatildeo vem

crescendo a deterioraccedilatildeo dos mananciais vai se acentuando surgindo problemas nos

abastecimentos drsquoaacutegua que atualmente vem merecendo a atenccedilatildeo e preocupaccedilatildeo de

populaccedilotildees e autoridades de todo o mundo Eacute necessaacuterio que haja uma gestatildeo

integrada dos recursos drsquoaacutegua racionalizando o seu uso favorecendo o

desenvolvimento de sistemas sustentaacuteveis como forma de prevenccedilatildeo contra a

escassez

Apesar de a aacutegua doce estar distribuiacuteda de forma desigual sobre o planeta a

disponibilidade deste recurso no Brasil eacute significativa poreacutem distribuiacuteda tambeacutem de

forma desigual sobre o nosso territoacuterio sendo na regiatildeo Amazocircnica 69 e nas

demais regiotildees 31 nas quais se concentram 95 da populaccedilatildeo do Paiacutes

Confrontando estes dados com os do ANEEL- Departamento Nacional de Aacuteguas e

Energia Eleacutetrica pode-se afirmar que em quanto na regiatildeo amazocircnica com 69 da

aacutegua e 685 dos recursos hiacutedricos para uma populaccedilatildeo de 5 do paiacutes nas demais

regiotildees temos 31 das aacuteguas com 315 dos mesmos recursos para 95 da

populaccedilatildeo Eacute certo que se tem uma enorme diferenccedila regional

35

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

MUNICIacutePIOS

VALORES OBSERVADOS

1970 1975 1980 1995 2000 2005 2010 2014

1 Caxias

2 Itaboraiacute

3 Itaguaiacute

4 Mageacute

5 Mangaratiba

6 Maricaacute

7 Niloacutepolis

8 Niteroacutei

9 Nova Iguaccedilu

10 Paracambi

11 Petroacutepolis

12 Satildeo Gonccedilalo

13 SJ de Meriti

14 Rio de

Janeiro

404 496

14 072

17 468

83 841

6 125

6 500

128 011

292 180

724 326

22 149

154 612

430 271

302 394

4251

918

554 935

23 652

76 267

163 906

8 094

19 602

151 700

400 140

1091 702

27 434

202 146

614 688

398 686

5093 232

661 578

31 919

101 048

198 471

10 136

22 677

160 434

439 596

1247

614

32 347

239 899

733 791

436 234

5474

597

780 964

42 668

129 867

235 894

12 454

26 188

169 031

480 981

1410

116

37 686

277 620

871 361

474 149

5585

289

916 278

55 469

163 800

277 069

15 111

30 226

177 585

525 061

1583 658

43 484

318 764

1035 991

513 025

6245 537

1071728

71 096

204 326

323 382

18 191

34 902

186 193

573 014

1773 705

49 787

363 819

1239 963

553 550

6638 213

1252 875

90 205

253 441

376 692

21 820

40 349

194 942

626 596

1986 378

56 660

413 381

1500 984

596 414

7038 605

1467033

113 697

313 856

439 389

26 149

46 734

203 913

688 395

2228600

64 190

468 169

1844983

642 305

7449231

TOTAL A RMRJ 683836

3

8826184 9790341 10807268 11901058 13101869 14449342 15996644

Fonte IBGE 2010

Na cidade do Rio de Janeiro constitui-se de 950 msup3s de vazatildeo meacutedia de aacutegua

doce disponiacutevel proporcionando 2080msup3 de aacutegua por ano para 144 milhotildees de

habitantes numa meacutedia desconsiderando as perdas de aproximadamente

57m3dia suficiente para atender a atual demanda de consumo Entretanto trabalhos

sobre a projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

evidenciam um crescente aumento populacional IBGE (2010) como observa-se no

Quadro 2

Segundo estudos socioeconocircmicos e de demanda de aacutegua para a regiatildeo

metropolitana do Rio de Janeiro Rios (2011) deveraacute ser feita uma ampla campanha

de educaccedilatildeo ambiental atraveacutes da miacutedia visando o controle dos desperdiacutecios de aacutegua

nas induacutestrias comeacutercio e domiciacutelios tendo em vista o perigo de uma crise de

racionamento de aacutegua semelhante agrave crise energeacutetica ocorrida entre 2001 e 2002 No

36

Quadro 2 eacute demonstrada a evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a

Regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro

Com base nas projeccedilotildees demograacuteficas estabelecidas em termos indicativos

para o ano de 2035 procedeu-se a uma estimativa da demanda de aacutegua Tal

estimativa supotildee que a relaccedilatildeo entre demanda de aacutegua e populaccedilatildeo residente

admitida para o ano de 2014 continue vaacutelida para 2035 Rios(2011) Levando-se em

consideraccedilatildeo o demonstrado nos Quadros 1 e 2 o aumento populacional para a

regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro em 2010 tomando-se por base o ano de 2000

foi de 2208

A demanda atendida tanto com os niacuteveis de perdas mantidos quanto com a

reduccedilatildeo das perdas em 20 seraacute de 2739 O fato da demanda prevista ser maior

do que o crescimento populacional pode ser explicado devido ao esperado aumento

de educaccedilatildeo para a sauacutede na populaccedilatildeo a qual necessitaria de mais aacutegua para suas

atividades

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro

DISCRIMINACcedilAtildeO

1980

1985

1990

1995

2005

2010

2014

Demanda total exclusive perdas (1) 3255 3624 4120 4624 5188 5839 6609

Demanda atendida Exclusive

perdas (2)

2213 2935 3914 4532 5188 5839 6609

Demanda atendida Inclusive perdas

(3) Hipoacutetese I

3952 5241 6889 8093 9264 10427 11802

Demanda atendida Inclusive perdas

(4) Hipoacutetese II

3952 4515 4893 5665 6485 7289 8261

Fonte Rios 2011

Para Monteiro et al(2010) o reuso de aacutegua exige que padrotildees adequados de

potabilidade sejam adotados tendo em conta questotildees de sauacutede puacuteblica como

acontece em diversas partes do mundo sendo no Brasil uma praacutetica ainda incipiente

Reiteram os autores que esta eacute uma estrateacutegia correta para diminuiccedilatildeo da captaccedilatildeo

e mitigaccedilatildeo no lanccedilamento de dejetos no ambiente natural

37

A Cacircmara Teacutecnica de Ciecircncia e Tecnologia do Conselho Nacional de Recursos

Hiacutedricos apontou para a necessidade de uma ampla discussatildeo sobre o tema reuso

natildeo potaacutevel Foram elaborados dois termos de referecircncia O primeiro referente agrave

elaboraccedilatildeo de resoluccedilatildeo contemplando os aspectos poliacuteticos legais e institucionais e

o segundo relativo agraves diretrizes gerais para a praacutetica do reuso Eacute necessaacuterio que se

leve em consideraccedilatildeo o tipo de reuso que se deseja e o niacutevel de tratamento para que

os padrotildees sejam alcanccedilados

O reuso operacionalmente permite substituir grandes volumes de aacutegua

destinados a usos nos quais a potabilidade natildeo eacute fator preponderante O reuso de

aacutegua jaacute vem sendo amplamente empregado na induacutestria principalmente em torres de

resfriamento caldeiras construccedilatildeo civil irrigaccedilatildeo de aacutereas verdes e em alguns

processos industriais onde a utilizaccedilatildeo de aacutegua com menor padratildeo de qualidade natildeo

ocasione maiores problemas Desta forma o reuso de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis

deve ser considerado como primeira opccedilatildeo para reuso (HESPANHOL amp MIERZWA

2013)

22 Histoacuterico do Reuso de Aacuteguas

O aproveitamento de aacuteguas pluviais para o consumo das populaccedilotildees jaacute existe

ao longo das civilizaccedilotildees como pocircde ser observado em diversas construccedilotildees antigas

em vaacuterios pontos do mundo Reservatoacuterios escavados na rocha como pode ser

observado em Israel o que confirma o costume de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Em Roma encontram-se diversos reservatoacuterios utilizados para o abastecimento da

populaccedilatildeo (TOMAZ2013)

De acordo com Jarus(2012) em Massada (ldquofortalezardquo em hebraico) situa-se

um dos mais conhecidos sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais em Israel

onde Herodes no ano de 36 a c como forma de se precaver contra tempos difiacuteceis

construiu uma fortaleza com cavernas escavadas na rocha com capacidade de

armazenamento de 40 milhotildees de litros Estes reservatoacuterios possuiacuteam interligaccedilatildeo

atraveacutes de canalizaccedilotildees e aquedutos para abastecimento das habitaccedilotildees da fortaleza

38

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Fonte httpwwwgeocitieswspaz_israelmassadahtm

Na cidade de Toacutequio com a finalidade de prevenir a falta de aacutegua e reduzir

inundaccedilotildees foi intensificada a construccedilatildeo de diversos reservatoacuterios por toda a cidade

bem como motivou os proprietaacuterios de edifiacutecios e residenciais a construiacuterem seus

reservatoacuterios com incentivo a cada litro de aacutegua pluvial captado (AMARAL 2007)

A Alemanha era abastecida em mais de 70 por aquiacuteferos subterracircneos em

funccedilatildeo da poluiccedilatildeo de seus rios e grande industrializaccedilatildeo do paiacutes E recentemente

com o rebaixamento dos aquiacuteferos tornou-se um paiacutes liacuteder na execuccedilatildeo dos sistemas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva tanto para fins domeacutesticos como comerciais

(AMARAL 2007)

O Meacutexico desde a eacutepoca dos Astecas e Maias eacute rico em tradiccedilotildees tecnoloacutegicas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva Ainda na data atual na Peniacutensula de Yucatan pode

ser visto as chamadas Chultuns cisternas do seacuteculo X com capacidade variando de

20000 a 45000 litros utilizadas pelo povo Maia para captaccedilatildeo e abastecimento das

populaccedilotildees que viviam nas encostas As cisternas eram escavadas no subsolo

calcaacuterio e revestidas com emboccedilo impermeaacutevel tendo na sua parte superior uma aacuterea

de 100 a 200 m2 destinada a captaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica Nos vales eram

usadas as aacuteguas dos (reservatoacuterios com capacidade de 10 a 150 milhotildees de litros) e

aquaditas (reservatoacuterios com capacidade de 100 a 50000 litros) - (GNADLINGER

2000)

39

Figura 4 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

Figura 5 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

O desaparecimento do uso de SAAP na peniacutensula de Yucatan deveu-se aos

colonizadores espanhoacuteis por ocasiatildeo da invasatildeo espanhola seacuteculo XVI quando foram

introduzidos novos sistemas de agricultura e meacutetodos de construccedilatildeo europeia

40

diferentes da cultura local Tendo acontecido o mesmo na Iacutendia com o sistema colonial

britacircnico que gerou colapso nos SAAP centenaacuterios (GNADLINGER 2000)

O Japatildeo promove diversos estudos e pesquisas na aacuterea de SAAP Em Toacutequio

a regulamentos para que os terrenos de aacutereas superiores a 10000m2 e os edifiacutecios

com mais de 3000m2utilizem o SAAP Os edifiacutecios com uma aacuterea superior a 30000m2

e que tenham consumo na ordem de 100m3dia de aacutegua para fins natildeo potaacuteveisaleacutem

da utilizaccedilatildeo de SAAP satildeo obrigados a tratar as aacuteguas cinzas(TOMAZ 2009)

No planalto de Loess norte da china tem elevada escassez de aacuteguas

subterracircneas e baixa precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica diante destes fatos o governo local

da Proviacutencia de Gansu colocou em praacutetica desde 1997 um projeto de captaccedilatildeo de

aacutegua da chuva denominado121uml que consiste em auxiliar cada famiacutelia a construir uma

(1) aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua dois (2) reservatoacuterios de armazenamento de aacutegua e um

(1) lote para plantaccedilatildeo de culturas comercializaacuteveis Solucionando o problema de

aacutegua potaacutevel a cerca de 13 milhotildees de pessoas (260000 famiacutelias) (JIANG et al

2013)

221 Aspectos histoacutericos da captaccedilatildeo das aacuteguas pluviais no Brasil

O aproveitamento da aacutegua das chuvas natildeo eacute uma inovaccedilatildeo dos dias de hoje

O primeiro relato do uso da aacutegua da chuva que se tem conhecimento em nosso paiacutes

segundo Hagemann (2009) eacute de um sistema construiacutedo na Ilha de Fernando de

Noronha pelo exeacutercito norte-americano em 1943

Hagemann (2009) afirma que a utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais tem sido praticada

em maior escala principalmente na regiatildeo Nordeste em decorrecircncia do problema de

escassez hiacutedrica caracteriacutestica da regiatildeo Teve iniacutecio em julho de 2003 o Programa

de Formaccedilatildeo e Mobilizaccedilatildeo Social para a Convivecircncia com o Semiaacuterido um Milhatildeo

de Cisternas Rurais (P1MC) visando beneficiar aproximadamente 5 milhotildees de

pessoas na regiatildeo semiaacuterida com aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de cisternas

(Figura 6)

41

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural

Fonte Annencchini 2005

A seguir a figura 7 apresenta um modelo mais simples para casas populares

podendo atender quase 100 da aacutegua de um lar (CUNHA et al 2011)

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva

Fonte wwwportalsaofranciscocombr 2016

42

23 Utilizaccedilotildees da aacutegua coletada e o seu consumo

A aacutegua da chuva pode ser usada de diferentes maneiras como jaacute mencionado

descarga de sanitaacuterios limpeza de vasos sanitaacuterios e mictoacuterios lavagem de roupas

lavagem de pavimentos e veiacuteculos rega de jardins irrigaccedilatildeo de parques escolas

praccedilas estacionamentos condomiacutenios usos industriais e preacutedios comerciais

(climatizaccedilatildeo resfriamento de maacutequinas lavagem industrial de roupas lavagem de

veiacuteculos como carros ocircnibus e caminhotildees limpeza industrial redes de incecircndio)

(GOLDENFUM 2006 RODRIGUES 2010 OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

Segundo Krishna (2003) existem diversas vantagens e benefiacutecios da aacutegua da

chuva a aacutegua eacute gratuita o uacutenico custo eacute para coleta e uso o uso final da aacutegua colhida

eacute localizado perto da fonte eliminando a necessidade de sistemas de distribuiccedilatildeo

dispendiosos eacute isenta de soacutedio eacute superior para a irrigaccedilatildeo da paisagem a coleta

reduz o fluxo para drenagens de aacuteguas pluviais e tambeacutem reduz poluiccedilatildeo da fonte natildeo

pontual aleacutem de ajudar nos serviccedilos puacuteblicos com a reduccedilatildeo da demanda no veratildeo

e economizando a utilizaccedilatildeo da aacutegua existente resultabdo assim tambeacutem na

reduccedilatildeo das contas de serviccedilos puacuteblicos dos consumidores

Segundo o Texas Guide to Rainwater Harvestingrdquo [1997] a aacutegua da chuva eacute

a aacutegua natural mais macia com dureza zero para todos os fins praacuteticos Quase natildeo

apresentam minerais nem sais dissolvidos e a sua qualidade eacute proacutexima da qualidade

da aacutegua destilada

Iwanami (1985) descreve a importacircncia de fazer o planejamento da utilizaccedilatildeo

do sistema de aproveitamento de aacutegua de chuva para verificar a quantidade de aacutegua

que poderaacute ser coletada e armazenada e verificar a necessidade de tratamento da

aacutegua de chuva Certamente eacute preciso que a aacutegua coletada seja devidamente

armazenada filtrada tratada e que garanta uma qualidade compatiacutevel com os usos

previstos

A aacutegua da chuva obtida por meio de processos sem qualquer desinfecccedilatildeo ou

filtragem complexa natildeo serve normalmente para consumo humano eacute considerada

como aacutegua de segunda qualidade Este tipo de aacutegua deve ser empregado em algumas

tarefas domeacutesticas jaacute exemplificadas anteriormente Rodrigues (2010) afirma que em

meacutedia um indiviacuteduo utiliza o vaso sanitaacuterio entre sete e oito vezes por dia das quais

aproximadamente seis vezes para urinar e as demais para defecar se em cada

43

descarga forem usados dez litros verifica-se que ao fim de um dia um indiviacuteduo gastou

entre setenta e oitenta litros de aacutegua

O uso eficiente da aacutegua implica que natildeo haja desperdiacutecios quer por motivos

ambientais quer por motivos econocircmicos jaacute que a aacutegua desperdiccedilada envolve gastos

desnecessaacuterios Nos campos por exemplo as plantas satildeo organizadas e distribuiacutedas

conforme suas necessidades de aacutegua que segundo essa loacutegica os sistemas de rega

deveriam ser organizados de acordo com as necessidades das plantas isto eacute as

plantas com distintas necessidades satildeo regadas de modo separado podendo tomar

como exemplo a grama que deve ser regada separadamente dos arbustos e flores

Sabe-se que a rega eacute muito importante para o desenvolvimento das vegetaccedilotildees e eacute

usada quando o niacutevel de umidade no solo eacute insatisfatoacuterio (RODRIGUES 2010)

No entendimento de Rodrigues (2010) independente das intervenccedilotildees

excepcionais de reparaccedilatildeo e na falta de condiccedilotildees que sugerem intervenccedilotildees em

periacuteodos mais curtos a manutenccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento de aacuteguas

pluviais deve ser realizada em conformidade com as frequecircncias miacutenimas

24 O Reuso De Aacuteguas

241- Aacuteguas Residuaacuterias

Na visatildeo de Asano et al (2007) a aacutegua recuperada eacute definida como um

efluente convenientemente tratado numa Estaccedilatildeo de Tratamento para uma

determinada reutilizaccedilatildeo da aacutegua pretendida Aleacutem disso a reutilizaccedilatildeo da aacutegua

diretamente requer a existecircncia de um sistema de bombeamento ou de outras

facilidades de transporte para o fornecimento da aacutegua

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

(CNRH) dispotildee que o reuso da aacutegua constitui-se de racionalizaccedilatildeo e de conservaccedilatildeo

de recursos hiacutedricos de acordo com os princiacutepios determinados na Agenda 21 Esta

praacutetica diminui a descarga de poluentes em corpos receptores conservando os

recursos hiacutedricos para o abastecimento puacuteblico e outros usos mais exigentes

relacionados agrave qualidade diminui os custos associados agrave poluiccedilatildeo e ajuda na proteccedilatildeo

do meio ambiente e da sauacutede puacuteblica (BRASIL 2005)

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do CNRH em seu art 2ordm traz as seguintes

definiccedilotildees sobre o reuso da aacutegua e a aacutegua residuaacuteria

44

I - aacutegua residuaacuteria esgoto aacutegua descartada efluentes liacutequidos de edificaccedilotildees

induacutestrias agroinduacutestrias e agropecuaacuteria tratados ou natildeo

II - reuso de aacutegua utilizaccedilatildeo de aacutegua residuaacuteria

III - aacutegua de reuso aacutegua residuaacuteria que se encontra dentro dos padrotildees

exigidos para sua utilizaccedilatildeo nas modalidades pretendidas

IV - reuso direto de aacutegua uso planejado de aacutegua de reuso conduzida ao local

de utilizaccedilatildeo sem lanccedilamento ou diluiccedilatildeo preacutevia em corpos hiacutedricos

superficiais ou subterracircneos

V - produtor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que produz aacutegua de reuso

VI - distribuidor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico

ou privado que distribui aacutegua de reuso e

VII - usuaacuterio de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que utiliza aacutegua de reuso (BRASIL 2005)

O reuso eacute definido por Cunha et al (2011) como o uso de aacutegua residuaacuteria ou

aacutegua de qualidade inferior tratada ou natildeo Para Blum (2007) as aacuteguas residuais ou

residuaacuterias satildeo todos os tipos de aacuteguas descartadas resultantes da utilizaccedilatildeo de

vaacuterios processos Como exemplos podem ser citados aacuteguas residuais domeacutesticas

provenientes de banhos cozinhas lavagens de pavimentos domeacutesticos aacuteguas de

infiltraccedilatildeo resultante das infiltraccedilotildees nos coletores de aacutegua existentes nos terrenos ou

de tubulaccedilotildees puacuteblicas entre outros

Muitas pessoas querem aumentar a reutilizaccedilatildeo de aacutegua em seus

empreendimentos como parte de uma mudanccedila geral para o desenvolvimento

sustentaacutevel da terra e gestatildeo de aacutegua Mas Carvalho et al (2014) Marccedilo p 3164 -

3171 3170 haacute poucas informaccedilotildees sobre a aacutegua reutilizada e tecnologias que possam

ser adotadas para cada situaccedilatildeo (HOLT e JAMES 2006)

Filho e Mancuso (2013) entendem o reuso da aacutegua como sendo uma

tecnologia desenvolvida em menor ou maior escala depende da finalidade ao qual se

destina a aacutegua e de como a aacutegua foi usada anteriormente

Hespanhol (2002) enfatiza que a aacutegua eacute um recurso renovaacutevel que quando

reciclada por meio de sistemas naturais torna-se um recurso limpo e seguro pode ter

sua qualidade comprometida devido agrave accedilatildeo antroacutepica Uma vez poluiacuteda a aacutegua pode

ser recuperada e reusada para diversas finalidades A qualidade da aacutegua usada e o

propoacutesito do reuso determinam os niacuteveis de tratamento recomendados os criteacuterios de

45

seguranccedila a serem adotados e os custos associados As possibilidades e formas

potenciais de reuso dependeratildeo de caracteriacutesticas condiccedilotildees e fatores locais

Nessa mesma corrente Cunha et al (2011) sinalizam que um aspecto

relevante para o desenvolvimento de qualquer atividade humana eacute a disponibilidade

de aacutegua em quantidade e qualidade Em situaccedilotildees de escassez emerge a

necessidade e a possibilidade de substituiccedilatildeo das fontes para abastecimento usando

aacutegua residuaacuteria que apresenta qualidade inferior mas disponibilidade assegurada

OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenadas

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Rodrigues (2005) e Goldenfum (2006) classificam o reuso da aacutegua quanto ao

meacutetodo e quanto ao uso final

Quanto ao meacutetodo a reutilizaccedilatildeo da aacutegua pode ser direta ou indireta que

resultam de accedilotildees planejadas ou natildeo O reuso indireto natildeo planejado ocorre quando

a aacutegua servida eacute descarregada no meio ambiente ficando exposta agraves accedilotildees naturais

do ciclo hidroloacutegico (diluiccedilatildeo autodepuraccedilatildeo) e reutilizada a jusante de modo natildeo

intencional e natildeo controlada Em relaccedilatildeo ao reuso indireto planejado ocorre quando

os efluentes depois de tratados satildeo descarregados de maneira planejada nos corpos

drsquoaacutegua para serem usados a jusante de forma controlada (RODRIGUES 2005

GOLDENFUM 2006)

O reuso direto planejado ocorre quando os efluentes depois de tratados satildeo

levados diretamente ao local de reuso (geralmente induacutestria ou irrigaccedilatildeo) O reuso

direto natildeo planejado ocorre quando a aacutegua servida eacute descarregada sem nenhum tipo

de tratamento sendo reaproveitada diretamente no seu ponto de descarga (situaccedilotildees

irregulares pois natildeo tem controle algum sobre os paracircmetros de qualidade)

(GOLDENFUM 2006)

Goldenfum (2006) ressalta que normalmente natildeo eacute possiacutevel reutilizar uma

aacutegua residuaacuteria completa ou indefinidamente O reuso de um efluente tratado atraveacutes

de meacutetodos diretos ou indiretos eacute um meio de disposiccedilatildeo que complementa outros

existentes A quantidade de efluente que se pode reutilizar vai depender da

46

disponibilidade e o custo da aacutegua doce custos de transporte e tratamento diretrizes

sobre a qualidade da aacutegua e o potencial de reuso da aacutegua residuaacuteria

Quanto ao uso final as aacuteguas podem ser aproveitadas de diversas formas e

os tipos de reuso satildeo classificados em urbano industrial agriacutecola ambiental e recarga

de aquiacutefero (HESPANHOL 2002 GOLDENFUM 2006)

Os tipos baacutesicos de usos potenciais de esgotos tratados segundo Hespanhol

(2002) podem ser implantados tanto em aacutereas urbanas como aacutereas rurais e satildeo

ilustrados pelo esquema da figura 6

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua

Fonte Hespanhol 2002

242 Aacuteguas Cinzentas

As aacuteguas cinzentas satildeo as aacuteguas residuais domeacutesticas oriundas de enxaacutegue

de maacutequina de lavar aacutegua de chuveiro e outros Para Blum (2007) eacute importante

quando se projeta um sistema de reuso de aacuteguas cinzentas o dimensionamento dos

reservatoacuterios Deve-se ter em conta o volume que seraacute usado nas descargas de

47

sanitaacuterios ateacute no maacuteximo 48 horas para evitar estocagem por muito tempo pois

ocasionaraacute odores desagradaacuteveis

Nos sistemas de reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas de acordo com Boehm e

Oliveira (2015) deve-se levar em consideraccedilatildeo o comprometimento de todos os

usuaacuterios sendo que o volume e a concentraccedilatildeo de contaminantes podem variar

depende do tipo de edificaccedilatildeo da localidade do niacutevel de ocupaccedilatildeo da residecircncia da

faixa etaacuteria do estilo de vida da classe social da cultura e dos costumes dos

residentes

Neves e Afonso (2010) entendem que as aacuteguas cinzentas satildeo aacuteguas residuais

domeacutesticas sem aacuteguas fecais provenientes geralmente de banheiros duchas

lavatoacuterios lavagem de roupas e cozinha

No reuso dessas aacuteguas que podem ser usadas com ou sem tratamento

dependeraacute da qualidade exigiacutevel para os usos O sistema predial de reciclagem de

aacuteguas cinzentas propicia o tratamento das mesmas e a sua reentrada no ciclo do

preacutedio O uso mais frequente eacute na limpeza de bacias de retrete (NEVES e AFONSO

2010)

25 Formas de Reuso de Aacuteguas

251 Reuso Urbano

Com base nas diretrizes relacionadas ao reuso da aacutegua emitida pela Agecircncia

de Proteccedilatildeo ao Meio Ambiente dos Estados Unidos (United States Environmental

Protection Agency (US EPA) eacute apresentado muitas opccedilotildees para o reuso urbano natildeo

potaacutevel em que se destacam irrigaccedilatildeo de parques e jardins puacuteblicos centros

esportivos campos de futebol gramados aacutervores e arbustos decorativos ao longo de

ruas e rodovias aacutereas ajardinadas ao redor de edifiacutecios puacuteblicos residenciais e

industriais reserva de proteccedilatildeo contra incecircndios sistemas decorativos aquaacuteticos

como fontes chafarizes espelhos e quedas drsquoaacutegua descarga sanitaacuteria lavagem de

veiacuteculos (GOLDENFUM 2006)

Deve-se enfatizar que o uso que requer aacutegua de qualidade elevada podeter

custos incompatiacuteveis com as vantagens devido ao baixo custo da aacutegua para os

usuaacuterios urbanos Dessa forma o reuso urbano com finalidade potaacutevel eacute tida como

uma alternativa dispendiosa e riscos muito altos tornando-o praticamente inviaacutevel

48

Enquanto para finalidades natildeo potaacuteveis envolve riscos menores e eacute considerada

como uma boa opccedilatildeo para o reuso urbano (GOLDENFUM 2006)

252 Reuso industrial

O reuso industrial pode ser utilizado na produccedilatildeo de aacutegua para caldeiras em

sistemas de resfriamento como por exemplo aacutegua de reposiccedilatildeo em lavadores de

gases e aacutegua de processos (CETESB 2014) No mundo as usinas de geraccedilatildeo de

energia refinarias de petroacuteleo unidades quiacutemicas e metaluacutergicas se beneficiam do

reuso de aacutegua tanto para resfriamento quanto para processos industriais

(GOLDENFUM 2006)

253 Reuso agriacutecola

Em conformidade com o Centro Internacional de Referecircncia em Reuso de Aacutegua

(CIRRA 2014) entidade vinculada agrave Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo

(USP) os efluentes devidamente tratados podem ser utilizados na agricultura para

aplicaccedilatildeo em culturas de alimentos natildeo processados comercialmente (irrigaccedilatildeo

superficial de qualquer cultura alimentiacutecia) culturas de alimentos processados

comercialmente (irrigaccedilatildeo de pomares e vinhas) culturas natildeo alimentiacutecias (pastos

forragens fibras e gratildeos) dessedentaccedilatildeo de animais

254 Reuso no meio ambiente

O reuso no meio ambiente engloba aplicaccedilotildees em wetlands habitats naturais

aumento do fluxo de aacutegua estabelecimentos recreacionais contato acidental (pesca

e canoagem) e contato integral com a aacutegua autorizado represas e lagos lagoas

esteacuteticas em que o contato com o puacuteblico natildeo eacute autorizado (CIRRA 2014)

26 A Praacutetica de Recarga de Aquiacuteferos

A recarga artificial de aquiacuteferos com efluentes tratados pode ser usada para

fins diversos englobando o aumento de disponibilidade e armazenamento de aacutegua

controle de salinizaccedilatildeo em aquiacuteferos costeiros controle de subsidecircncia de solos Cirra

(2014) Esta praacutetica pode ser importante para alguns municiacutepios abastecidos por

49

aacutegua subterracircnea onde a recarga natural de aquiacuteferos vem sendo diminuiacutedas em

funccedilatildeo do aumento de aacutereas impermeabilizadas

Hespanhol (2002) comenta que eacute realizada de modo inadequado a retirada das

aacuteguas dos lenccediloacuteis subterracircneos para consumo o que compromete a disponibilidade

hiacutedrica O uso de esgotos tratados para evitar ou diminuir tais efeitos eacute uma

possibilidade

27 O Armazenamento de Aguaacutes

Em aacutereas para captaccedilatildeo de aacutegua de chuva comumente utiliza-se materiais

como telhas galvanizadas pintadas ou esmaltadas com tintas natildeo toacutexicas superfiacutecies

de concreto ceracircmicas policarbonato e fibra de vidro As calhas tambeacutem devem ser

fabricadas com materiais inertes como PVC ou outros tipos de plaacutesticos evitando

assim que partiacuteculas toacutexicas provenientes destes dispositivos venham a ser levadas

para os tanques de armazenagem (MACOMBER 2001)

Segundo Brown et al (2005) o volume do primeiro fluxo de aacutegua de chuva a

ser descartado varia conforme a quantidade de poeira acumulada na superfiacutecie do

telhado que eacute uma funccedilatildeo do nuacutemero de dias secos da quantidade e tipo de resiacuteduos

e da estaccedilatildeo do ano Outras variaacuteveis a serem consideradas satildeo a inclinaccedilatildeo e as

superfiacutecies dos telhados a intensidade das chuvas e o periacuteodo de tempo que ocorrem

Aleacutem disso salienta-se que natildeo haacute nenhum caacutelculo exato para definir o volume inicial

de aacutegua pluvial que necessita ser desviado devido agraves muitas variaacuteveis que

determinam a eficaacutecia da lavagem das aacutereas de captaccedilatildeo

Jaacute o reservatoacuterio eacute um dos componentes mais relevantes do SAAP eacute um fator

que influencia na qualidade da aacutegua e tambeacutem elemento mais caro do investimento

ou fator de otimizaccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel versus necessidades de abastecimento

(RODRIGUES 2010)

O reservatoacuterio de armazenamento tem a funccedilatildeo de reter e acumular a aacutegua

coletada pelo telhado que eacute levada pelo sistema atraveacutes da calha para filtragem e

armazenada em cisternas ou caixas drsquoaacutegua ficando armazenada ao abrigo da luz e

do calor e eacute bombeada para uma caixa drsquoaacutegua superior que pode abastecer o

banheiro a lavanderia e outros ambientes (OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

50

May (2009) acredita que para o sistema ser viaacutevel vai depender de trecircs

elementos precipitaccedilatildeo aacuterea de coleta e demanda O reservatoacuterio de aacutegua da chuva

por ser o componente mais caro do sistema deve ser projetado em conformidade com

as necessidades do usuaacuterio e com a disponibilidade pluviomeacutetrica local para

dimensionaacute-lo adequadamente sem inviabilizar o sistema Com base nos resultados

das anaacutelises realizadas e no uso do sistema de coleta e aproveitamento de aacutegua da

chuva a utilizaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis deve ser estimulada A figura 9 ilustra o

processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Para Boehm e Oliveira (2015) antes da implantaccedilatildeo de um sistema de

reaproveitamento de aacuteguas pluviais devem ser verificadas as condiccedilotildees do local de

instalaccedilotildees e quais os tipos de elementos podem interferir na qualidade da aacutegua

captada

Segundo Macomber (2001) o escoamento de aacutegua natildeo deve entrar em

campos seacutepticos de drenagem do sistema e qualquer tanque o excesso e a drenagem

devem ser roteados de modo que natildeo afetar a base dos tanques ou de quaisquer

outras estruturas

A cisterna pode ser apoiada semi-apoiada enterrada ou elevada e ser

construiacuteda com vaacuterios tipos de materiais como concreto armado blocos de concreto

alvenaria de tijolos plaacutestico polieacutester polietileno accedilo entre outros (OLIVEIRA

CHRISTMANN e PIEREZAN 2014)

51

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Fonte wwwrhasaambientalcombr 2013

Dentre os conceitos da NORMA 155272007 podemos citar

aacutegua de chuva aacutegua resultante de precipitaccedilotildees atmosfeacutericas coletadas

em coberturas telhados onde natildeo haja circulaccedilatildeo de pessoas veiacuteculos e

animais

aacutegua natildeo potaacutevel aacutegua que natildeo atende agrave Portaria nordm 518 do Ministeacuterio da

Sauacutede

aacuterea de captaccedilatildeo aacuterea em metros quadrados projetada na horizontal da

superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde a aacutegua eacute captada

coeficiente de escoamento superficial coeficiente de runnoff que

representa a relaccedilatildeo entre o volume total de escoamento superficial e ao

volume total precipitado variando conforme a superfiacutecie

conexatildeo cruzada qualquer ligaccedilatildeo fiacutesica atraveacutes de peccedila dispositivo ou

outro arranjo que conecte duas tubulaccedilotildees das quais um conduz aacutegua

potaacutevel e a outra aacutegua de qualidade desconhecida ou natildeo potaacutevel

demanda consumo meacutedio (mensal ou diaacuterio) a ser atendido para fins natildeo

potaacuteveis

escoamento inicial aacutegua suficiente da aacuterea de captaccedilatildeo suficiente para

carregar a poeira fuligem folhas galhos e detritos

52

suprimento fonte alternativa de aacutegua para complementar o reservatoacuterio

de aacutegua de chuva

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis

Paracircmetro

Anaacutelise Faixa

Coliformes totais Semanal Ausecircncia em 100mL

Coliformes termotolerantes Semanal Ausecircncia em 100mL

Cloro residual livre Mensal 05 a 30 mgL

Turbidez Mensal lt20uT para menos

restritivos lt50 uT lt15 uH

Cor aparente (caso natildeo seja

utilizado nenhum corante ou

antes da sua utilizaccedilatildeo)

Mensal

Deve prever ajuste do pH para

proteccedilatildeo das redes de distribuiccedilatildeo

caso necessaacuterio

Mensal pH de 60 a 8p no caso

de tubulaccedilatildeo de accedilo

carbono ou galvanizado

Fonte ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas NBR 155252007

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo do sistema de coleta e aproveitamento de aacuteguas

pluviais de acordo com o Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva

do FNDE

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Componente

Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Cobertura e telhados Miacutenimo 3 vezes ao ano

Calhas condutores verticais e horizontais Miacutenimo 3 vezes ao ano

Filtro removedor de detritos A cada 3 meses

Reservatoacuterio inferior ndash enterrado A cada 2 anos

Filtro flutuante Mensalmente

Bombas Mensalmente

Filtro cartucho Semestralmente

Clorador Mensalmente

Reservatoacuterio superior ndash intermediaacuterio Limpeza e desinfecccedilatildeo anual

Fonte Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva FNDE

53

As inspeccedilotildees podem ser feitas pelos utilizadores poreacutem as manutenccedilotildees dos

sistemas de bombas e tratamento devem ser feitas por teacutecnicos especializados

Quando satildeo utilizados nas operaccedilotildees de higienizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produtos nocivos

para os humanos ou para o ambiente devem ser adotadas medidas que impeccedilam o

lanccedilamento dos efluentes resultantes destas operaccedilotildees no ciclo pluvial natural ou na

rede de drenagem de aacuteguas residuais com a necessaacuteria checagem de compatibilidade

com os componentes naturais canalizaccedilotildees e dispositivos de tratamento a jusante

realizando preacute-tratamento quando necessaacuterio (RODRIGUES 2010)

Eacute importante destacar o conjunto de normas que fornecem os requisitos para o

aproveitamento de aacutegua de chuva de coberturas em aacutereas urbanas para fins natildeo

potaacuteveis

NBR 56261998 Instalaccedilatildeo predial de aacutegua fria que tem exigecircncias e

recomendaccedilotildees para o projeto assim como sua execuccedilatildeo e

manutenccedilatildeo da rede

NBR 108441989 Instalaccedilatildeo prediais de aacuteguas pluviais que tem o

caacutelculo de aacuterea de contribuiccedilatildeo e caacutelculo de condutores horizontais e

verticais e de calhas

ABNT NBR 122131992 Projeto de captaccedilatildeo de aacutegua de superfiacutecie para

abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122141992 Projeto de sistema de bombeamento de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122171994 Projeto de reservatoacuterio de distribuiccedilatildeo de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

A RESOLUCcedilAtildeO CONAMA Nordm 20 de 18 de junho de 1986 publicada no DOU

de 300786 foi estabelecida a classificaccedilatildeo das aacuteguas doces salobras e salinas do

Territoacuterio Nacional Na Classe 2 estatildeo incluiacutedas as aacuteguas destinadas ao

abastecimento domeacutestico apoacutes tratamento convencional agrave proteccedilatildeo das

comunidades aquaacuteticas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio (esqui aquaacutetico nataccedilatildeo e

mergulho) agrave irrigaccedilatildeo de hortaliccedilas e plantas frutiacuteferas agrave criaccedilatildeo natural eou

intensiva (aquicultura) de espeacutecies destinadas agrave alimentaccedilatildeo humana

Para as aacuteguas de Classe 2 satildeo estabelecidos os mesmos limites ou condiccedilotildees

da Classe 1 agrave exceccedilatildeo dos seguintes

54

i Natildeo seraacute permitida a presenccedila de corantes artificiais que natildeo sejam

removiacuteveis por processo de coagulaccedilatildeo sedimentaccedilatildeo e filtraccedilatildeo

convencional

ii Coliformes para uso de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio deveraacute ser

obedecido o Art 26 desta Resoluccedilatildeo Para os demais usos natildeo deveraacute ser

excedido um limite de 1000 coliformes fecais por 100 mililitros em 80 ou

mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em qualquer mecircs no

caso de natildeo haver na regiatildeo meios disponiacuteveis para o exame de

coliformes fecais o iacutendice limite seraacute de ateacute 5000 coliformes totais por 100

mililitros em 80 ou mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em

qualquer mecircs

iii Cor ateacute 75 mg Ptl

iv Turbidez ateacute 100 UNT

v DBO5 dias a 20degC ateacute 5 mgl O2

vi OD em qualquer amostra natildeo inferior a 5 mgl O2

No art 26 (Balneabilidade) - As aacuteguas doces salobras e salinas destinadas a

balneabilidade (recreaccedilatildeo de contato primaacuterio) seratildeo enquadradas e teratildeo sua

condiccedilatildeo avaliada nas categorias EXCELENTE MUITO BOA SATISFATOcircRIA e

IMPROacutePRIA da seguinte forma

1) EXCELENTE (3 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 250 coliformes fecais por l00 mililitros ou 1250

coliformes totais por 100 mililitros

2) MUITO BOA (2 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de amostras

obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo local

houver no maacuteximo 500 coliformes fecais por 100 mililitros ou 2500 coliformes

totais por 100 mililitros

3) SATISFATOacuteRIA (1 estrela) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 1000 coliformes fecais por 100 mililitros ou 5000

coliformes totais por 100 mililitros

55

4) IMPROacutePRIA Natildeo atendimento aos criteacuterios estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Os mais recentes padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo

de contato primaacuterio estatildeo definidos na resoluccedilatildeo CONAMA 2742000 como

demonstrado na Tabela 2que jaacute inclui Enterococos Ecoli

Segundo Jordatildeo amp Pessoa (2014) o desenvolvimento dos padrotildees para banho

ou para aacuteguas de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio tem evoluiacutedo com loacutegica Primeiro

foram adotados paracircmetros relativos a melhor tecnologia de controle disponiacutevel que

entretanto natildeo representavam o risco de contrair enfermidades devido a presenccedila de

poluentes Foi o caso dos Coliformes totais Depois considerou-se a relaccedilatildeo entre o

risco possiacutevel ou detectaacutevel e presenccedila de poluentes Neste caso os Coliformes fecais

eram mais representativos

Uma terceira etapa foi a identificaccedilatildeo de risco aceitaacutevel para o qual deveria

existir uma quantidade de dados epidemioloacutegicos correspondendo a mediccedilotildees de

qualidade do corpo drsquoaacutegua Os estudos indicaram que Enterococos eram os mais

representativos seguidos por Ecoli e por uacuteltimo coliformes totais(Desinfecccedilatildeo de

efluentes sanitaacuterios) Sendo assim os Enterococos atualmente representam o melhor

indicador entre os analisados sem que se deva considerar erro o controle por outros

organismos

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio

Balneabilidade-

categoria

Qualidade

Padrotildees para o corpo daacutegua

Proacutepria Excelente Maacuteximo de 250 CF100ml ou

200EC100ml ou 25 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Muito boa Maacuteximo de 500 CF100ml ou

400EC100ml ou 50 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Satisfatoacuteria Maacuteximo de 1000 CF100ml ou

800EC100ml ou 100 Enterococos100ml

56

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Improacutepria Natildeo atendimento aos criteacuterios

estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Incidecircncia elevada ou anormal

de enfermidades transmissiacuteveis

por via hiacutedrica Valor obtido na

uacuteltima amostragem for superior a

2500CF100ml ou 2000

EC100ml ou 400

enterococos100ml Presenccedila de

resiacuteduos ou despejos pHlt6ou

gt9 Floraccedilatildeo de algas outros

fatores que contra -indiquem o

contato primaacuterio

Fonte- CONAMA 2742000

28 Legislaccedilatildeo Sobre o Uso de Aacuteguas

ASPECTOS LEGAIS PARA O USO DE AacuteGUAS

Em 1973 o decreto federal nordm 24643 conhecido como o Coacutedigo das Aacuteguas

consubstanciou a base da legislaccedilatildeo voltada para a temaacutetica aacutegua O instrumento

legisla inclusive sobre o conceito de aacuteguas pluviais e acerca do direito de uso

atribuindo ao dono do preacutedio onde caiacuterem diretamente sua propriedade No seu artigo

118 chega ateacute mesmo a comentar superficialmente sobre a construccedilatildeo de

reservatoacuterios para aproveitamento da aacutegua da chuva em aacutereas puacuteblicas

Em termos de poliacutetica ambiental voltada aos recursos hiacutedricos destaca-se a

promulgaccedilatildeo da lei 9433 que em 1997 instituiu a Poliacutetica Nacional de Recursos

Hiacutedricos ndash PNRH criando o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos Conhecida como Lei das Aacuteguas o normativo fornece instrumentos que

possibilitam a melhoria da gestatildeo sistemaacutetica do recurso

57

A captaccedilatildeo de aacutegua de chuva tem uma relaccedilatildeo indireta com os objetivos dessa Poliacutetica jaacute que estimula o uso racional e ao mesmo tempo previne contra os eventos hidroloacutegicos criacuteticos tanto agraves secas devido agrave promoccedilatildeo da reserva quanto agraves inundaccedilotildees devido agrave diminuiccedilatildeo do escoamento superficial A inclusatildeo da captaccedilatildeo de aacutegua de chuva no Plano indica o esforccedilo da poliacutetica de recursos hiacutedricos na busca da transversalidade e no gerenciamento integrado das aacuteguas (SENRA BRONZATTO VENDRUSCOLO 2007)

A Lei nordm 943397 criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos e no art 1ordm disciplina

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e

a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do

Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades (BRASIL 1997)

O art 5ordm da Lei nordm 943397 trata dos instrumentos da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos (BRASIL 1997)

Nacionalmente natildeo haacute um ordenamento juriacutedico que discipline

especificamente sobre o uso das aacuteguas pluviais Como as citadas anteriormente a

lei nordm 114452007 conhecida como lei do Saneamento Baacutesico indiretamente

estabelece alguns criteacuterios para o manejo de aacutegua pluvial Em seu artigo 3ordm define a

drenagem e manejo das aacuteguas pluviais urbanas como

Conjunto de atividades infraestruturas e instalaccedilotildees operacionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais de transporte detenccedilatildeo ou retenccedilatildeo para o amortecimento de vazotildees de cheias tratamento e

58

disposiccedilatildeo final das aacuteguas pluviais drenadas nas aacutereas urbanas (BRASIL 2007)

Seu decreto regulamentador nordm 72172010 admitiu como forma de viabilizar o

manejo da aacutegua da chuva a alimentaccedilatildeo da instalaccedilatildeo hidraacuteulica predial ligada agrave rede

puacuteblica de abastecimento de aacutegua via aproveitamento de aacutegua da chuva desde que

devidamente autorizadas pela autoridade competente

Quanto agraves leis sobre o tema reuso de aacutegua vigentes no Brasil pode-se

destacar a lei 693881 que institui a poliacutetica nacional do meio ambiente que menciona

o incentivo ao estudo e pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a

proteccedilatildeo dos recursos ambientais

No Estado do Rio de Janeiro a Lei Nordm 6034 de 08 de setembro de 2011 dispotildee

sobre a obrigatoriedade dos postos de combustiacuteveis lava-raacutepidos transportadoras e

empresas de ocircnibus urbanos intermunicipais e interestaduais localizados no Estado

do Rio de janeiro a instalarem equipamentos de tratamento e reutilizaccedilatildeo da aacutegua

usada na lavagem de veiacuteculos

Na cidade de Satildeo Paulo por exemplo atraveacutes da Lei nordm 13276 e o Decreto nordm

41814 que regulamenta esta lei determinam-se a obrigatoriedade da execuccedilatildeo de

reservatoacuterio de aacuteguas pluviais coletadas de cobertas e pavimentos nos lotes

construiacutedos ou natildeo que possuem uma aacuterea impermeabilizada superior a 500m2

Trata-se de providecircncias para evitar as inundaccedilotildees urbanas uma vez que incentiva

soluccedilotildees para a infiltraccedilatildeo da aacutegua de chuva no solo e a utilizaccedilatildeo da mesma quando

armazenada para fins natildeo potaacuteveis

DECRETO Nordm 23940 de 30 de Janeiro de 2004 da cidade do Rio de Janeiro

Torna obrigatoacuterio nos casos previstos a adoccedilatildeo de reservatoacuterios que permitam o

retardo do escoamento das aacuteguas pluviais para a rede de drenagem Visando a

necessidade de ajudar a prevenir inundaccedilotildees atraveacutes da retenccedilatildeo temporaacuteria de

aacuteguas pluviais em reservatoacuterios especialmente criados com esta finalidade e

considerando as possibilidades de reaproveitamento de aacuteguas pluviais para usos natildeo

potaacuteveis como lavagem de veiacuteculos e partes comuns jardinagem e outras Sendo

obrigatoacuterio para imoacuteveis com aacuterea de cobertura superior a 50000 m2 e em caso de

novas edificaccedilotildees residecircncias multifamiliares e industriais fica obrigatoacuterio o uso de

aguas pluviais para uso natildeo potaacutevel atendendo as normas sanitaacuterias vigentes ficando

o habite-se ou alvaraacute de obras condicionado ao atendimento ao decreto

59

A Agenda 21 capiacutetulo 18 dedicou importacircncia especial ao reuso de aacutegua

recomendando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas de gestatildeo dirigidas para o uso e

reciclagem de efluentes Segundo Hespanhol (2012) embora natildeo haja menccedilatildeo ao

tema lsquoreusorsquo na poliacutetica nacional de recursos hiacutedricos existe uma vontade poliacutetica

direcionada para esta questatildeo Segundo a Conferecircncia Interparlamentar sobre o

desenvolvimento do Meio Ambiente realizada em Brasiacutelia em Dezembro de 1992 no

paraacutegrafo 64B recomenda esforccedilos a niacutevel nacional para institucionalizar a

reciclagem e reuso sempre que possiacutevel promovendo o tratamento e a disposiccedilatildeo de

esgotos de modo a natildeo poluir o meio ambiente

A portaria nordm 23 de 12 de fevereiro de 2015 do Ministro de Estado do

Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo estabelece boas praacuteticas de gestatildeo e uso de

Energia Eleacutetrica e de Aacutegua nos oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal

direta autaacuterquica e fundacional e dispotildee sobre o monitoramento de consumo destes

bens e serviccedilos Devendo os oacutergatildeos adotar as providencias necessaacuterias para

implementaccedilatildeo de boas praacuteticas de gestatildeo e inclusive elaborando campanhas de

conscientizaccedilatildeo por meio presencial e eletrocircnico e fornecendo mensalmente o

consumo de energia eleacutetrica e aacutegua por meio do Sistema Projeto Esplanada

Sustentaacutevel

O reuso de aacutegua pode ser classificado em reuso indireto ou direto O reuso

direto eacute aquele onde ocorre a conexatildeo direta dos efluentes de uma estaccedilatildeo de

tratamento de esgotos a uma estaccedilatildeo de tratamento de aacutegua e em seguida ao sistema

de distribuiccedilatildeo O reuso indireto eacute a diluiccedilatildeo do esgoto apoacutes tratamento em um corpo

hiacutedrico no qual apoacutes algum tempo de detenccedilatildeo eacute efetuada a captaccedilatildeo seguida de

tratamento adequado e posterior distribuiccedilatildeo Filho (1987) sugere a seguinte

terminologia para diversas formas de reuso

Reuso indireto natildeo planejado da aacutegua Eacute aquele em que a aacutegua utilizada

em alguma atividade humana eacute descarregada no meio ambiente e

novamente utilizada agrave jusante em sua forma diluiacuteda de maneira natildeo

intencional e natildeo controlada

Reuso indireto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes depois de

tratados satildeo descarregados de forma planejada para serem reutilizados a

jusante

Reuso direto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes apoacutes

convenientemente tratados satildeo encaminhados diretamente do seu ponto

60

de descarga ateacute o local do reuso sofrendo em seu percurso os tratamentos

necessaacuterios mas natildeo sendo descarregados no meio

Reciclagem de aacutegua Eacute o reuso interno da aacutegua antes da sua descarga

em um sistema geral de tratamento ou outro local de disposiccedilatildeo para servir

como fonte suplementar de abastecimento do uso original Eacute um caso

particular de reuso direto

Segundo jaacute destacava Westerhoff (1984)o reuso de aacutegua eacute classificado em

duas categorias Reuso potaacutevel e Reuso natildeo potaacutevel e esta classificaccedilatildeo foi adotada

pela Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental de Satildeo Paulo e

divulgada nos Cadernos de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental Sendo considerado um

bem econocircmico porque eacute finita e essencial para conservaccedilatildeo da vida e do meio

ambiente consequentemente sua escassez impede o desenvolvimento de diversas

regiotildees na medida em que aleacutem da necessidade humana a aacutegua eacute essencial no

processo produtivo de diversas empresas

Reuso potaacutevel

Direto

Indireto

Reuso natildeo potaacutevel

Para fins agriacutecolas

Para fins industriais

Para fins recreacionais

Para fins domeacutesticos

Para manutenccedilatildeo de vazotildees de cursos drsquoaacutegua

Para aquacultura

Recarga de aquiacuteferos subterracircneos

Pode-se destacar alternativas que vem sendo propostas para racionalizaccedilatildeo

do consumo de aacutegua domiciliar Satildeo elas

Identificaccedilatildeo e eliminaccedilatildeo de vazamentos e perdas

Instalaccedilatildeo de equipamentos hidraacuteulicos sanitaacuterios de baixo consumo e alta

eficiecircncia

Reuso de aacuteguas cinzas

Aperfeiccediloamento dos procedimentos de mediccedilatildeo e cobranccedila

61

Os processos e tratamentos para fins potaacuteveis satildeo complexos e de custo

elevado Desta forma o reuso para fins natildeo potaacuteveis deve ser sempre avaliado

preferencialmente Aparentemente o principal problema decorrente da accedilatildeo de

reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas com objetivos de economizar aacutegua seria o aumento

do custo decorrente da instalaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de sistemas duplos de distribuiccedilatildeo

O principal destino destas aacuteguas deve ser a utilizaccedilatildeo sanitaacuteria e o uso agriacutecola

(HESPANHOL amp MIERZWA 2011)

Pesquisas sobre a viabilidade econocircmica de projetos de aproveitamento de

aacutegua de chuva indicam que o item preponderante nesta anaacutelise eacute o custo do

reservatoacuterio que varia em funccedilatildeo da sua dimensatildeo A NBR 15527(ABNT 2007)

apresenta 6 metodologias de caacutelculo do volume do reservatoacuterio que resultam em

valores muito discrepantes gerando a necessidade do usuaacuterio decidirem funccedilatildeo das

condiccedilotildees especiacuteficas do projeto qual metodologia seguir A maioria das

aplicaccedilotildeestrabalha com uma demanda fixa visando o consumo em vasos sanitaacuterios

(MORUZZI e OLIVEIRA2010 DORNELLES et al 2010 COUTINHO et al 2011

GHISI e SCHONDERMARK 2013)

Em relaccedilatildeo a NBR 155272007 aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas

em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis fornece as caracteriacutesticas para o reuso de

aacutegua em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis compreendendo calhas e condutores

instalaccedilotildees prediais qualidade da aacutegua bombeamento manutenccedilatildeo e principalmente

os meacutetodos de caacutelculo de dimensionamento de reservatoacuterios

Os meacutetodos de dimensionamento dispostos nesta norma satildeo

Meacutetodo de Rippl

Meacutetodo de Simulaccedilatildeo

Meacutetodo Azevedo Neto

Meacutetodo praacutetico alematildeo

Meacutetodo praacutetico inglecircs

Meacutetodo praacutetico australiano

62

3 - METODOLOGIA

Conforme Sabbatini (1989) metodologia eacute um ldquoconjunto de preceitos que

estabelece uma orientaccedilatildeo para o direcionamento e conduccedilatildeo de uma dada

investigaccedilatildeordquo tendo esta orientaccedilatildeo dois niacuteveis de doutrina e de estrateacutegia que

geram os princiacutepios de tomada de decisatildeo e permitem a operacionalizaccedilatildeo da

pesquisa que consiste no plano de accedilatildeo

A metodologia para anaacutelise do uso de sistema para aproveitamento de aacutegua

pluvial deve ser entendida como input do processo de pesquisa seus princiacutepios

devem ser balizadores das estrateacutegias adotadas para sua racionalidade

Esta dissertaccedilatildeo objetiva a importacircncia na utilizaccedilatildeo de metodologia e

aplicaccedilatildeo de procedimentos e meacutetodos nas atividades relacionadas ao uso de aacutegua

pluvial em instituiccedilatildeo federal de ensino onde o avanccedilo tecnoloacutegico deve ter como

escopo uma metodologia especiacutefica para seu desenvolvimento

Os atributos e alcance da pesquisa aplicada e de desenvolvimento tecnoloacutegico

constitui a estrutura essencial para obter novos meacutetodos construtivos e modernizaccedilatildeo

de processos e sistemas de uso consolidado e na soluccedilatildeo sistemaacutetica de problemas

Fluxo do processo adotado

O meacutetodo adotado envolve vaacuterias etapas conforme quadro 4 para a validaccedilatildeo

da metodologia de aproveitamento de aacutegua pluvial

Quadro 4- Fluxo do processo

Atividade Procedimentos

Visita teacutecnicas

Foram selecionadas duas tipologias de edificaccedilotildees no sentido de ampliar

o entendimento das teacutecnicas construtivas para a implantaccedilatildeo de

sistema de coleta e uso de aacutegua pluvial

Normas teacutecnicas

NBR 155272007 Aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas em

aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis - Requisitos

Precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rioque foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca

63

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho

31 Estrateacutegia da Pesquisa

A pesquisa em questatildeo tem caraacuteter exploratoacuterio de projeto uacutenico com

abordagem quantitativa por meio de estudo de caso uacutenico que tem como modelo

cientiacutefico a concepccedilatildeo de Robson (2011) o qual disserta sobre os meacutetodos de

pesquisa do mundo real

A estaccedilatildeoestaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm89 67 longitude

43ordm22 67

Reservatoacuterios

detalhes teacutecnicos

construtivos e

controle sanitaacuterio

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo de

dimensionamento onde o volume do reservatoacuterio seraacute o menor valor

entre 6 do volume de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial anual e 6 da

demanda anual de aacutegua natildeo potaacutevel

Foi utilizado o meacutetodo da simulaccedilatildeo previsto na NBR 15527 2007

Para ratificar o dimensionamento do reservatoacuterio feito pelo meacutetodo

praacutetico alematildeo

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR

152227 recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgle

30 mgl em qualquer ponto do sistema de abastecimento

Para controle sanitaacuterio foi utilizado Clorador com funcionamento em

circuito fechado com proteccedilatildeo contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo

interno 320 pastilhas variando de 0640 kg com vazatildeo de operaccedilatildeo

lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Equipamentos Verificou-se que equipamentos utilizados em sistema de captaccedilatildeo e uso

de aacutegua pluvial eacute uma tecnologia de fabricantes internacionais com

representantes locais

Demanda de uso

natildeo potaacutevel

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com

base nos dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos

atraveacutes dos questionaacuterios e o nuacutemero de pessoas que efetivamente

utilizam cada aparelho Tambeacutem se utilizaram no caacutelculo do consumo

diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR 56261998

Viabilidade

econocircmica de

implantaccedilatildeo do

sistema

Foi realizada a anaacutelise econocircmica utilizando-se o meacutetodo do payback

simples e descontado considerando taxa mensal de 1 para validaccedilatildeo e

verificaccedilatildeo da viabilidade econocircmica do sistema

64

Adota o presente trabalho a verificaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo exitosas de sistemas de

aproveitamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees de diversas tipologias criando um

paracircmetro de anaacutelise e consolidaccedilatildeo de praacuteticas sustentaacuteveis e novas tecnologias

VISITAS REALIZADAS

Estaacutedio do Maracanatilde

Maior estaacutedio sendo sede da Copa do Mundo de Futebol 2014 no rio de

Janeiro Inaugurado em junho de 1950 sendo iniciada a obra de recuperaccedilatildeo e retrofit

no ano de 2010 sendo concluiacuteda em 2013 Sua capacidade de puacuteblico passou de

87101 para 78639 lugares

Realizada a visita as instalaccedilotildees do Estaacutedio do Maracanatilde que recebeu a

certificaccedilatildeo LEED1 (Leadership in Energy and Environmental Design) For New

Construction na categoria Silver versatildeo 30 concedida pela USGBC (United States

Building Concil) conforme fig 10 que reconhece soluccedilotildees de novas tecnologias

sustentaacuteveis utilizadas nas construccedilotildees com o objetivo de reduccedilatildeo de impactos ao

meio ambiente durante a vida uacutetil da edificaccedilatildeo certificaccedilatildeo voltada para construccedilotildees

sustentaacuteveis e ambientalmente eficientes

1 Lideranccedila em Energia e Desig Ambiental eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para

edificaccedilotildeesUtilizada em 143 paiacuteses a certificaccedilatildeo foi criada em 2000 pela USGreen Building Council (USGBC)

65

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Pereira et al (2015)

A alta performance ambiental do maracanatilde apoacutes a implantaccedilatildeo do sistema de

aacuteguas pluviais contribuiu para sua certificaccedilatildeo onde cabe ressaltar que houve reduccedilatildeo

de 7114 do consumo de agua potaacutevel que representa da demanda de bacias e

mictoacuterios como tambeacutem todo o volume de agua necessaacuterio para irrigaccedilatildeo do

gramado e Conforme Pereira et al (2015) a reduccedilatildeo de uso de aacutegua potaacutevel eacute de

50 (cinquenta por cento)

Com o retrofit o estaacutedio do Maracanatilde teve acreacutescimo de 50000m2 na aacuterea de

cobertura construiacuteda em membrana tensionada por cabos de accedilo que permitiu a

viabilidade de implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo acrescida da aacuterea de drenagem

do campo que atende a irrigaccedilatildeo e descargas O estaacutedio no seu sistema de captaccedilatildeo

e reaproveitamento de aacuteguas pluviais conta com reservatoacuterio de 5 milhotildees de litros

volume capaz de suprir as demandas de usos por um periacuteodo de ateacute trecircs meses em

caso de estiagem

66

Leroy Merlin

Empresa de comeacutercio varejista voltada para materiais de construccedilatildeo e

bricolagem desde os anos de 1988 A concepccedilatildeo de seus projetos de lojas passaram

a ser voltada para questotildees de sustentabilidade agrave partir da construccedilatildeo da loja na

cidade de Niteroi inaugurada em 2007 iniciando um ciclo de novas unidades com o

mesmo caraacuteter tendo em um de seus conceitos o aproveitamento de aacuteguas pluviais

A Leroy Merlin foi a primeira empresa agrave receber o selo HQE2 em 2009

empresa situada em Niteroacutei no Estado do Rio de Janeiro na atividade de comeacutercio de

materiais de construccedilatildeo Adotou como meta a certificaccedilatildeo AQUA em funccedilatildeo de sua

adaptabilidade as condiccedilotildees de uso no Brasil avaliando aspectos da gestatildeo

ambiental nas obras de arquitetura

Recebeu a empresa por ocasiatildeo de sua construccedilatildeo recebeu a certificaccedilatildeo

ACQUA-Alta Qualidade Ambiental tendo sido avaliada pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

entidade vinculada a USP (Universidade de Satildeo Paulo) tendo atendido as exigecircncias

para a certificaccedilatildeo nas etapas do programa concepccedilatildeo do projeto e realizaccedilatildeo da

obra

Foram utilizados no tratamento daacute aacutegua captada trecircs filtros tipo Vortex WWF

300 com capacidade de filtragem para aacuterea de cobertura de ateacute 3000m2 com potencial

de ateacute 90 da aacutegua precipitada e com retenccedilatildeo de partiacuteculas de 028mmFoi utilizado

reservatoacuterio apresentado na foto abaixo com capacidade de 150000 litros com

extravasor para poccedilos de infiltraccedilatildeo conforme figura 11 em caso de alto iacutendice de

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica contribuindo para a alimentaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico e

reduzindo a possibilidade de enchentes

2 HQE A primeira certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios a ser adaptada para a realidade brasileira foi a AQUA (hoje AQUA-

HQE) Com base no selo francecircs Haute Qualiteacute Environnementale professores da Universidade de Satildeo Paulo (USP) criaram a versatildeo brasileira e formaram a instituiccedilatildeo responsaacutevel por ela a Fundaccedilatildeo Vanzolini

67

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

Foto da Construccedilatildeo do reservatoacuterio de 150000 litros

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

68

32 Unidade de anaacutelise

Esta pesquisa se limita a estudar a viabilidade de uso de aguas pluviais

calculando a demanda de uso natildeo potaacutevel a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacuteguas

residuais provenientes de evaporadoras de ar condicionado com determinaccedilatildeo do

volume do reservatoacuterio e posterior analise de viabilidade econocircmica Yin (2001)

afirma que a unidade de anaacutelise estaacute relacionada com o problema fundamental de

definir o que eacute o ldquocasordquo

Segundo Yin (2001) o estudo de caso representa uma investigaccedilatildeo empiacuterica e

compreende um meacutetodo abrangente com a loacutegica do planejamento da coleta e da

anaacutelise de dados Pode incluir tanto estudos de caso uacutenico quanto de muacuteltiplos assim

como abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa

Aleacutem da coleta de dados por meio dos questionaacuterios outro importante processo

que seraacute usado neste estudo eacute anaacutelise documental considerada como a teacutecnica que

abrange tanto a anaacutelise qualitativa quanto a quantitativa Segundo Gil (2010 p121)

ldquoA consulta a fontes documentais eacute imprescindiacutevel em qualquer estudo de casordquo

Portanto a anaacutelise destes dados torna-se fundamental para que se possa identificar

demanda de consumo de aacutegua natildeo potaacutevel o potencial para aproveitamento de aacuteguas

dos evaporadores de aparelhos de ar condicionado

33 Justificativa da estrateacutegia de pesquisa

A escolha do meacutetodo de pesquisa orientaraacute as etapas necessaacuterias para a coleta

de informaccedilotildees anaacutelise destes dados e demonstraccedilatildeo da confiabilidade e validade

das descobertas (ROBSON 2011)

34 Pesquisa Exploratoacuteria

A pesquisa exploratoacuteria utilizaraacute fontes documentais como perioacutedicos

dissertaccedilotildees e teses sobre os temas sustentabilidade histoacuterico de reuso e

reaproveitamento de aacuteguas pluviais e legislaccedilatildeo traccedilando conexotildees entre estes

elementos de forma a propiciar confiabilidade para o embasamento da pesquisa

69

35 Levantamento

O presente trabalho visa o aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

de evaporadores de unidades condensadoras para reuso no Campus Maracanatilde do

CEFET-RJ

Desta forma o trabalho foi estruturado da forma relacionada abaixo

Levantamento das caracteriacutesticas pluviomeacutetricas da regiatildeo estudada para

determinaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica media atraveacutes das analises de

dados fornecida do sistema Alerta Rio referente ao periacuteodo de 2001 a 2015

Levantamento das caracteriacutesticas de 01(uma) edificaccedilatildeo existente no

campus maracanatilde bloco E e considerando seu potencial de captaccedilatildeo

atraveacutes exclusivamente de suas coberturas bem como o dimensionamento

de reaproveitamento das aacuteguas provenientes de condensadores de ar

condicionado existentes no referido bloco por contemplar maior nuacutemero de

equipamentos citados e maior nuacutemero de horas de uso

Avaliaccedilatildeo dos resultados obtidos com determinaccedilatildeo do reservatoacuterio de

armazenamento sendo realizado atraveacutes da NBR 15527 ndash Aacutegua da Chuva

Aproveitamento das aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis (ABNT 2007)

Tambeacutem seratildeo realizados estudos utilizando teacutecnicas de matemaacutetica

financeira pelo meacutetodo de anaacutelise de payback simples que fornece uma

estimativa de faacutecil compreensatildeo dos benefiacutecios gerados para determinar o

tempo de retorno do investimento atraveacutes dos custos de implantaccedilatildeo do

sistema

70

Aacuterea de Estudo

O CEFET-RJ ocupa uma aacuterea de terreno de 3438200 m2 com 6481800 m2

construiacutedos e distribuiacutedos em 06 pavilhotildees e diversos blocos nomeados de ldquoArdquo a ldquoLrdquo

tendo como objeto para estudo de caso o Bloco E que e abastecido atraveacutes do

hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 conforme figura 10

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora

Fonte Realizada pelo autor 2017

36 Objeto de Estudo

O preacutedio objeto do estudo eacute o Bloco E sendo utilizado pela comunidade

docente discente e teacutecnicos administrativos

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ

Fonte site wwwcefet-rjbr

71

As coberturas do preacutedio satildeo compostas por telhas trapezoidais em accedilo

galvanizado tendo calhas em concreto impermeabilizado para a coleta de aacuteguas

pluviais com tubos de queda em PVC de 100 mm com condutores horizontais

interligando as caixas de passagem e estas ao coletor puacuteblico

361 Aparelhos Existentes

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados quais eram os tipos de aparelhos

sanitaacuterios torneiras mictoacuterios existentes no CEFET-RJ Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua

37 Entrevistas com os Usuaacuterios

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

CEFET-RJ a fim de descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho Nos

questionaacuterios foram feitas perguntas que demonstrassem o tempo e a quantidade de

vezes que cada aparelho era utilizado no periacuteodo de ocupaccedilatildeo

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como um certo desinteresse na participaccedilatildeo por alguns membros da comunidade

Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com utilizaccedilatildeo

da foacutermula de caacutelculo amostral

72

Foacutermula de caacutelculo

Onde

n - amostra calculada N ndash populaccedilatildeo Z - variaacutevel normal padronizada associada ao niacutevel de confianccedila p - verdadeira probabilidade do evento e - erro amostral Erro amostral de 5 Niacutevel de confianccedila de 95

Foram aplicados questionaacuterios para funcionaacuterios professores e alunos com as

mesmas perguntas Os questionaacuterios utilizados nas entrevistas estatildeo apresentados

no Apecircndice A B e C

Para os funcionaacuterios da limpeza interna externa foram aplicados questionaacuterios

direcionados em funccedilatildeo das atividades desenvolvidas

Os resultados obtidos atraveacutes das entrevistas permitiram obter valores que

representam a frequecircncia e o tempo de utilizaccedilatildeo de cada tipo de aparelho sanitaacuterio

para o total geral da edificaccedilatildeo e por pessoa

38 Estimativa do Consumo de Aacutegua

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com base nos

dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos atraveacutes dos questionaacuterios

e o nuacutemero de pessoas que efetivamente utilizam cada aparelho Tambeacutem se

utilizaram no caacutelculo do consumo diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR

56261998

381 O caacutelculo de consumo meacutedio diaacuterio de aacutegua per capita por aparelhos

O Caacutelculo foi realizado com base no somatoacuterio da multiplicaccedilatildeo da frequecircncia

e tempo de uso obtido nas entrevistas e vazatildeo do aparelho dividido pelo nuacutemero de

pessoas entrevistadas

73

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

C meacutedio = consumo meacutedio por aparelho

fi=numero de vezes de utilizaccedilatildeo

ti= tempo em segundos de uso diaacuterio

n= amostras de pessoas entrevistadas

Q= vazatildeo do aparelho (litros por segundo)

382 Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

A estimativa dos consumos de aacutegua referentes agrave limpeza do preacutedio (que inclui

tambeacutem lavaccedilatildeo de paacutetios corredores sanitaacuterios e irrigaccedilatildeo de jardins) foi calculada

com base em entrevistas com os responsaacuteveis por tais atividades e natildeo por amostra

Consumo Atividade limpeza = Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega de

jardim

383 Avaliaccedilatildeo do Potencial de Economia de Aacutegua Potaacutevel

A fim de se estimar o potencial de economia proveniente da implantaccedilatildeo de um

sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial foi verificado o percentual de aacutegua potaacutevel

utilizado em fins natildeo potaacuteveis quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de agua residual pelas

evaporadoras de ar condicionado e tambeacutem foi estimado o volume ideal de

reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial

384 Percentual de Aacutegua Potaacutevel que Poderia Ser Substituiacutedo por Aacutegua Pluvial

Neste estudo considerou-se a utilizaccedilatildeo de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis em

descargas de vaso sanitaacuterio mictoacuterios irrigaccedilatildeo de jardins torneiras de usadas para

limpeza do preacutedio que tambeacutem inclui lavaccedilatildeo dos pavimentos

Atraveacutes da soma dos valores de consumo de aacutegua nas atividades consideradas

para fins natildeo potaacuteveis foi verificada a quantidade total de aacutegua potaacutevel que poderia

ser substituiacutedo por aacutegua pluvial

74

39 Reservatoacuterios de Aacutegua Pluvial

O reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial eacute um dos componentes mais

importantes de um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial o qual deve ser

dimensionado principalmente considerando os seguintes fatores demanda de aacutegua

pluvial aacutereas de captaccedilatildeo precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica e custos totais de implantaccedilatildeo

Para estimar o volume ideal do reservatoacuterio de aacutegua pluvial para o presente

estudo baseou-se nas aacutereas de cobertura da edificaccedilatildeo no consumo diaacuterio de aacutegua

em sanitaacuterios e mictoacuterios e atividades de limpeza na precipitaccedilatildeo da regiatildeo no

coeficiente de perdas e no total de aacutegua potaacutevel usada para fins natildeo potaacuteveis que

poderia ser substituiacuteda por aacutegua pluvial

310 Anaacutelise Econocircmica

Depois de verificado o potencial de economia de aacutegua potaacutevel seratildeo

verificados os custos para a implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento

de aacutegua pluvial e tambeacutem analisada sua viabilidade econocircmica

Esta anaacutelise econocircmica seraacute uma estimativa de custos que poderaacute servir como

referecircncia para novas instituiccedilotildees de ensino com padrotildees semelhantes que desejam

implantar um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial

Natildeo se tem um indicativo de que este sistema possa ser implantado no objeto

de estudo Os custos de implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de

aacutegua pluvial resumem-se em custos com obra de construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior

materiais e equipamentos necessaacuterios agrave implantaccedilatildeo

Deste modo fez-se uma planilha de quantitativos e custos dos valores

referentes a obra atraveacutes de preccedilos coletados no SINAPICEF e de materiais e

equipamentos necessaacuterios com empresas representantes e ou fabricantes

75

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA

Conforme abordado no capiacutetulo correspondente a metodologia optou-se

como um dos meios de aplicaccedilatildeo a validaccedilatildeo e investigaccedilatildeo desta metodologia

desenvolvida para uma Instituiccedilatildeo Federal de Ensino

41 Histoacuterico do Cefet-RJ

Atraveacutes de uma parceria entre o governo da Uniatildeo e o da Prefeitura do Distrito

Federal foi criada a Escola Normal de Artes e Ofiacutecios Wenceslau Braz versatildeo

primaacuteria do que vem a ser o CEFETRJ contemporaneamente Segundo CEFETRJ

(2007 paacuteg 14) os principais objetivos da escola eram de criar professores mestre e

contramestres para as instituiccedilotildees e escolas profissionais do Distrito Federal e entatildeo

Rio de Janeiro aleacutem de professores de trabalhos manuais para escolas primaacuterias do

Municiacutepio

De acordo com Maruyama (2013) apoacutes criaccedilatildeo de sua primeira forma teve

seus objetivos e estrutura atualizada transformando-se em Escola Teacutecnica Nacional

(ETN) em 1942 Jaacute em 1965 a Escola recebe nome Escola Teacutecnica Federal da

Guanabara poreacutem foi apenas em 1967 que a Escola passa a ser chamada de Escola

Teacutecnica Federal Celso Suckow da Fonseca

Hoje atraveacutes de seu histoacuterico de reconhecimento pela sociedade a Escola

Teacutecnica obteve expansatildeo geograacutefica passando a atuar com sede matriz a Unidade

Maracanatilde e demais seis outras Unidades descentralizadas pelo Rio e Janeiro (Nova

Iguaccedilu Maria da Graccedila Petroacutepolis Nova Friburgo Angra dos Reis e Itaguaiacute) e

educacional ofertando cursos regulares de ensino meacutedio educaccedilatildeo profissional

teacutecnica graduaccedilatildeo poacutes-graduaccedilatildeo aleacutem de atividades de pesquisa e de extensatildeo

411 Definiccedilatildeo de Instituiccedilotildees de Ensino Superior

De acordo com o artigo 21 da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo

Nacional (939496) a educaccedilatildeo escolar eacute formada por duas etapas principais

educaccedilatildeo baacutesica formada pela educaccedilatildeo infantil ensino fundamental e ensino meacutedio

II - educaccedilatildeo superior etapa posterior a educaccedilatildeo baacutesica cujo objetivo global eacute formal

76

profissionais e cidadatildeos aptos a exercerem suas funccedilotildees e promover o

desenvolvimento do paiacutes

A LDB (Lei 93941996) assume a coexistecircncia de instituiccedilotildees puacuteblicas e

privadas para a oferta de cursos superiores dizendo no Artigo 45 que a educaccedilatildeo

superior poderaacute ser ministrada em instituiccedilotildees de ensino superior de caraacuteter puacuteblico

ou privada com variados graus de abrangecircncia e particularizaccedilatildeo Visando

complementar a LDB e a esse artigo 7ordm do Decreto 38602001 classifica as instituiccedilotildees

de ensino superior quanto agrave sua organizaccedilatildeo acadecircmica em

Universidades - Satildeo caracterizadas pela oferta regular de atividades que

articulam trecircs principais pilares ensino de pesquisa e de extensatildeo

Centros Universitaacuterios - Os centros universitaacuterios satildeo instituiccedilotildees de

ensino superior pluri-curriculares comprovada pelo desempenho nos

cursos nas avaliaccedilotildees do MEC e que devem atender a comunidade

Centros Federais de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica - Satildeo instituiccedilotildees de ensino

superior especializados na oferta de educaccedilatildeo tecnoloacutegica nos

diferentes niacuteveis e modalidades de ensino O Centro Federal de

Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) seraacute a

instituiccedilatildeo alvo do presente estudo e se encaixa nessa classificaccedilatildeo

Faculdades Integradas faculdades institutos ou escolas superiores -

superiores orientados basicamente para o ensino satildeo voltadas para a

formaccedilatildeo de profissionais para o mercado de trabalho e natildeo se exigiratildeo

produccedilatildeo cientiacutefica e natildeo haacute exigecircncia de oferta cursos de poacutes-

graduaccedilatildeo

Por fim todas as instituiccedilotildees de ensino superior independente de sua

classificaccedilatildeo e dos cursos ofertados por estar diretamente submetidas as decisotildees do

MEC deve acatar com seus decretos e determinaccedilotildees pois estatildeo sob uma mesma

legislaccedilatildeo e regime Dentro das obrigatoriedades das IES pode ser destacado o

documento de caraacuteter estrateacutegico conhecido como Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI)

412 - Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) eacute um documento institucional

exigido pelo Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) e apresenta as principais estrateacutegicas e

77

posicionamento que a instituiccedilatildeo de ensino superior (IES) iraacute adotar em um periacuteodo

de tempo preacute-definido Eacute anaacutelogo ao Planejamento Estrateacutegico das empresas

privadas poreacutem com foco em resultados no sistema educacional processos internos

e desempenho dentro do cenaacuterio mutaacutevel da educaccedilatildeo no periacuteodo de vigecircncia

O Plano de Desenvolvimento Institucional ndash PDI eacute um documento elaborado para um periacuteodo de 5 (cinco) anos que identifica a Instituiccedilatildeo de Ensino Superior (IES) no que diz respeito agrave sua filosofia de trabalho agrave missatildeo a que se propotildee agraves diretrizes pedagoacutegicas que orientam suas accedilotildees agrave sua estrutura organizacional e agraves atividades acadecircmicas que desenvolve eou que pretende desenvolver (SAPIEnS 2007)

A lei 10861 (2004) instituiu o Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo

Superior (SINAES) Este sistema tem como objetivo buscar a melhoria da qualidade

da educaccedilatildeo superior monitorar a expansatildeo da oferta e aumento da eficiecircncia e

eficaacutecia institucional no acircmbito de ensino e impacto na sociedade Deve ser ainda um

sistema supervisor das IES no cumprimento de seus deveres institucionais como

identidade respeito a diversidade e afirmaccedilatildeo da autonomia Esta lei promoveu em

2006 a ediccedilatildeo do decreto Nordm 5773 que legitima a relevacircncia e obrigatoriedade do PDI

nas IES

O decreto Nordm 5773 (2006) descreve sobre as funccedilotildees de regulamentaccedilatildeo

acompanhamento e avaliaccedilatildeo das IES e cursos superiores de graduaccedilatildeo e

sequenciais no sistema de ensino federal No Art 15 satildeo descritas as exigecircncias para

uma instituiccedilatildeo ser credenciada ao MEC Eacute responsabilidade da IES possuir aleacutem de

documentos padratildeo como cumprimento de exigecircncias fiscais legais e regimento ou

estatuto o PDI eacute exigido devido ao seu caraacuteter de avaliaccedilatildeo de potencial capacidade

e objetivos de longo prazo como instituiccedilatildeo provedora de ensino superior O Art 16

apresenta ainda um roteiro de subsiacutedio na elaboraccedilatildeo do PDI com as exigecircncias que

o MEC determina

Neste contexto eacute possiacutevel identificar uma importante instituiccedilatildeo de ensino

superior do estado do Rio de Janeiro o Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica

Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) Uma instituiccedilatildeo com grande tradiccedilatildeo que ao

longo dos anos se diversificou alterou o escopo de ensino para ofertar de cursos de

cursos de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo direcionados para tecnologia e inovaccedilatildeo Eacute

necessaacuterio conhecer aacutes origens histoacutericos e fatores que influenciaram a consolidaccedilatildeo

do CEFETRJ para entender seu papel no cenaacuterio atual

78

413 - O PDI do CefetRJ

O Estatuto do CEFETRJ foi aprovado em 2005 pelo ministro da educaccedilatildeo

Fernando Haddad e instaurou a portaria nordm 3796 No capiacutetulo III sobre a Estrutura

Organizacional na Subseccedilatildeo VIII do Estatuto do CEFETRJ eacute estabelecida a criaccedilatildeo

da Diretoria de Gestatildeo Estrateacutegica (DIGES)oacutergatildeo responsaacutevel por conduzir o

processo de elaboraccedilatildeo validaccedilatildeo e publicaccedilatildeo dos DPI a cada quatro anos bem

como acompanhar a execuccedilatildeo dos planos e projetos definidos e ser o principal

fornecedor de informaccedilotildees sobre o desempenho da instituiccedilatildeo perante sociedade

ministeacuterio da educaccedilatildeo Uniatildeo e demais oacutergatildeos puacuteblicos a que a IES estaacute submetida

A construccedilatildeo do PDI eacute feita de maneira colaborativa e participativa por todos

os departamentos e secretarias que integram a instituiccedilatildeo Os entendimentos entre

todas as partes e consensos provisoacuterios devem ser estabelecidos para definir

objetivos comuns a todos que deveratildeo ser registrado e amplamente divulgado e

cascateado a todos os niacuteveis da instituiccedilatildeo Com isso o PDI deve ser apresentado

pela DIGES em um prazo de 150 a 60 dias agrave Comissatildeo para validar o produto final

conforme estabelecido no documento O processo deve ser concluiacutedo dentro do ano

anterior ao periacuteodo de vigecircncia do PDI em elaboraccedilatildeo

414 - Filosofia Missatildeo e Objetivos Institucionais

Os princiacutepios norteadores da filosofia satildeo expressos atraveacutes de seu Projeto

Pedagoacutegico integrando

A defesa das condiccedilotildees garantidoras de qualidade social para a educaccedilatildeo

puacuteblica viabilizada pela Rede Federal de Educaccedilatildeo Profissional Cientiacutefica e

Tecnoloacutegica em sua diversidade institucional reafirmaccedilatildeo da identidade institucional

vinculada agrave formaccedilatildeo de profissionais de diferentes niacuteveis no projeto de transformaccedilatildeo

de Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica em Universidade Tecnoloacutegica Federal

adoccedilatildeo de projetos de verticalizaccedilatildeo e integraccedilatildeo das atividades de ensino pesquisa

e extensatildeo da educaccedilatildeo baacutesica agrave poacutes-graduaccedilatildeo como caracteriacutestica metodoloacutegica

de formaccedilatildeo na aacuterea tecnoloacutegica middot consolidaccedilatildeo de poliacuteticas de ensino pesquisa e

extensatildeo que compromissadas com o desenvolvimento nacional e regional a

disseminaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimento a formaccedilatildeo de pessoas e a

responsabilidade social e eacutetica continuem a legitimar a atuaccedilatildeo institucional junto agrave

79

sociedade preservaccedilatildeo e sustentaccedilatildeo da autonomia institucional definida em lei

aperfeiccediloamento permanente dos processos de gestatildeo democraacutetica e

descentralizaccedilatildeo gerencial nas instacircncias acadecircmicas e administrativas mediante

adoccedilatildeo de estruturas colegiadas mecanismos de participaccedilatildeo de todos os segmentos

da comunidade interna socializaccedilatildeo de informaccedilotildees e transparecircncia na utilizaccedilatildeo de

recursos middot observacircncia de aspectos inerentes ao caraacuteter puacuteblico e de identidade

formadora da Instituiccedilatildeo valorizaccedilatildeo do ser humano e do trabalho respeito agrave

pluralidade e divergecircncias de ideacuteias sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza adesatildeo

agrave tecnologia a serviccedilo da promoccedilatildeo humana compromisso social diaacutelogo constante

e parcerias com instituiccedilotildeesentidades representativas da sociedade

responsabilidade funcional e eacutetica (PDI 2010)

No que se refere a sua missatildeo institucional levando-se em consideraccedilatildeo agrave RS

assumida perante a sociedade cabe ao CEFETRJ

Promover a educaccedilatildeo mediante atividades de ensino pesquisa e extensatildeo que

propiciem de modo reflexivo e criacutetico na interaccedilatildeo com a sociedade a formaccedilatildeo

integral (humaniacutestica cientiacutefica e tecnoloacutegica eacutetica poliacutetica e social) de profissionais

capazes de contribuir para o desenvolvimento cultural tecnoloacutegico e econocircmico dessa

mesma sociedade (PDI 2010)

Neste sentido seus principais objetivos satildeo

ministrar educaccedilatildeo profissional teacutecnica de niacutevel meacutedio de forma

articulada com o ensino meacutedio destinada a proporcionar habilitaccedilatildeo

profissional para diferentes setores da economia

ministrar ensino superior de graduaccedilatildeo e de poacutes-graduaccedilatildeo lato sensu

e stricto sensu visando agrave formaccedilatildeo de profissionais e especialistas na

aacuterea tecnoloacutegica

ministrar cursos de licenciatura bem como programas especiais de

formaccedilatildeo pedagoacutegica nas aacutereas cientiacutefica e tecnoloacutegica

ofertar educaccedilatildeo continuada por diferentes mecanismos visando agrave

atualizaccedilatildeo ao aperfeiccediloamento e agrave especializaccedilatildeo de profissionais na

aacuterea tecnoloacutegica

realizar pesquisa estimulando o desenvolvimento de soluccedilotildees

tecnoloacutegicas de forma criativa e estendendo seus benefiacutecios agrave

comunidade

80

promover a extensatildeo mediante integraccedilatildeo com a comunidade

contribuindo para o seu desenvolvimento e melhoria da qualidade de

vida desenvolvendo accedilotildees interativas que concorram para a

transferecircncia e o aprimoramento dos benefiacutecios e conquistas auferidos

na atividade acadecircmica e na pesquisa aplicada

estimular a produccedilatildeo cultural o empreendedorismo o desenvolvimento

cientiacutefico e tecnoloacutegico o pensamento reflexivo com responsabilidade

social (PDI 2010)

As Instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) e Meacutedio Teacutecnico satildeo autarquias

vinculadas ao Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que tem como atividade fim prover

educaccedilatildeo de qualidade e desenvolver a sociedade como um todo sempre em

consonacircncia com poliacuteticas leis e decretos vigentes As IES devem a cada quatro anos

apresentar o seu Planejamento Institucional (PDI) que eacute anaacutelogo ao Planejamento

Estrateacutegico empresarial e documento obrigatoacuterio exigido pelo MEC

Em suma o CEFETRJ eacute uma Instituiccedilatildeo que atua nos diferentes niacuteveis da

educaccedilatildeo e tem por objetivo a formaccedilatildeo de profissionais capazes de atuar intervir e

aplicar conhecimentos teacutecnicos e cientiacuteficos sem desconsiderar a dinacircmica

econocircmica e social bem como o desenvolvimento das regiotildees onde suas unidades

estatildeo inseridas

42 Sobre o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais

Para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais que satildeo produzidas

pelas unidades evaporadoras de ar condicionado foi realizado ensaios em aparelhos

com capacidades variadas utilizando uma proveta graduada para coleta com

mangueira interligada a saiacuteda do dreno da unidade evaporadora de forma a

quantificar a produccedilatildeo a cada hora para obtenccedilatildeo da media de produccedilatildeo admitindo

um padratildeo modular de 12000 BTUsh conforme figuras x

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs

81

Fonte Autor deste trabalho 2017

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca

Equipamento Split 24000 BTUs -Elgin

Hora Temperatura

( Graus Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

1230h 27 0

1330hr 23 500

1430hr 21 650

1530hr 21 630

1630hr 21 590

1730hr 21 610

1830hr 21 585

MEacuteDIA 50929

Fonte autor deste trabalho 2017

82

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores

Equipamento Split 12000 BTUs -Komeco

Hora Temperatura( Graus

Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

800h 30 0

900h 27 190

1000hr 23 250

1100hr 21 340

1200hr 21 290

1300hr 21 310

1400hr 21 285

MEacuteDIA 23786

Fonte autor deste trabalho 2017

Diferentemente do que foi encontrado na literatura obteve- se uma

media de 24905 mlhora para cada 12000 BTUs hora (British termal Units-

Unidade Teacutermica Britacircnica) variaccedilatildeo explicada pelas condiccedilotildees

psicomeacutetricas ou seja o processo de condensaccedilatildeo estaacute diretamente

relacionado a as condiccedilotildees climaacuteticas externas quanto maior a umidade

maior seraacute a quantidade de aacutegua gerada pelo processo De acordo com Mota

et al(2011) em meacutedia um ar com 12000 BTUs apresentou produccedilatildeo de

300mlhora valor proacuteximo ao encontrado por Fortes et al (2015) meacutedia de

309mlhora para unidade de mesma capacidade

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento

PAV CAPTOTAL EM BTUh

FUNCIONAMENTO

(hrdia)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(lhr)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(ldia)

T 18000 12 037 448

1ordm 650000 10 1349 13490

2ordm 676000 8 1403 11224

3ordm 806000 14 1673 23419

4ordm 786000 12 1631 19575

5ordm 676000 12 1403 16836

SOMA 3612000

84992 litros dia

Fonte Setor de manutenccedilatildeo

83

Tendo em vista a diversidade de utilizaccedilatildeo do Preacutedio Bloco E

(Bibliotecas Coordenaccedilotildees Salas de aula e Ambientes administrativos) foram

atribuiacutedos tempos de uso compatiacuteveis com o funcionamento de cada

ambiente

O reuso das aguas de condensaccedilatildeo que seriam desperdiccediladas

apresentam potencial de reuso com custo relativamente baixo cabendo

somente a interligaccedilatildeo dos drenos a rede de captaccedilatildeo de aguas pluviais

conforme pode ser observado na figura 15 e reservatoacuterio para que esta seja

usada para fins natildeo potaacuteveis

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP

84

Aacuterea de Coleta de agua de chuva

Para estimar o volume do reservatoacuterio foi necessaacuterio o calculo da aacuterea que seraacute

utilizada para captaccedilatildeo das aguas pluviais que foi considerada a aacuterea de cobertura do

bloco E figura 16 que e composta de telhas trapezoidais em accedilo galvanizado

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E

De acordo com a NBR 15527 a aacuterea de captaccedilatildeo para dimensionamentos eacute a

aacuterea em metros projetada na horizontal da superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde

a aacutegua da chuva eacute captada (ABNT 2007)

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E

PREacuteDIO AacuteREA ( msup2 )

BLOCO E 134670

TOTAL 134670

Fonte Autor do presente trabalho

Segundo Tomaz (2015) haacute uma variaccedilatildeo entre o volume de aacutegua precipitado e

o volume que seraacute coletado O coeficiente de Runoff ou coeficiente de escoamento

superficial eacute a relaccedilatildeo entre o volume de aacutegua de chuva que escoa superficialmente

e o volume total de aacutegua precipitada no telhado que iraacute variar de acordo com a

superfiacutecie conforme quadro 9

85

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff

Tipo de telha Coeficiente de Runoff

Ceracircmica 08 a 09

Ceracircmica esmaltada 09 a 095

Corrugada metaacutelica 08 a 09

Cimento amianto 08 a 09

Plaacutestico 09 a 095 Fonte TOMAZ (2015)

Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rio que foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca A estaccedilatildeo

estaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm57 185S longitude 43ordm14 538W A

escolha desta estaccedilatildeo meteoroloacutegica se deu pela proximidade do CEFET-RJ e por

possuir grande volume de informaccedilatildeo armazenado pelo Sistema Alerta Rio Os dados

fornecidos incluem informaccedilotildees sobre precipitaccedilotildees no periacuteodo de 01012007 a

31122015 Conforme pode ser observado na tabela x

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

REGIME DE CHUVA

Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica_ Jan 2007Dezembro 2015 (ml)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 MEacuteDIA

JAN 127 1856 2724 2202 1036 180 3538 288 788 19378

FEV 1176 1248 1222 624 874 144 834 304 848 9093

MAR 142 2466 944 3386 1496 91 358 986 1368 19098

ABR 1182 2186 2372 4962 3174 1008 85 177 1184 23360

MAI 202 736 552 898 1714 996 1692 458 40 11833

JUN 67 62 732 712 398 1478 426 106 1312 9260

JUL 166 448 1098 127 466 466 1718 1006 134 10333

AGO 178 1458 582 328 362 206 222 484 104 4905

86

Fonte Sistema Alerta Rio

Potencial de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Para a determinaccedilatildeo do volume que pode ser aproveitado foi utilizado a aacuterea

de cobertura do preacutedio estudado a meacutedia das precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de

janeiro de 2007 a dezembro de 2015 bem como o coeficiente de runoff de 090 em

funccedilatildeo do material existente na cobertura utilizou-se a metodologia aplicada por Ghisi

et al (2017) e Lina et al (2011) desta forma foi calculado atraveacutes da equaccedilatildeo abaixo

e demonstrado no quadro 10

V= PAC1000

Onde V= volume mensal de chuva em m3

A=aacuterea total de captaccedilatildeo em m3

C= coeficiente de runoff

1000= fator de conversatildeo para m3

SET 394 1118 1322 582 572 1246 75 474 130 9698

OUT 2076 92 2256 1756 1382 744 888 542 32 13605

NOV 2202 2048 1292 1082 33 1198 1384 822 1974 15415

DEZ 2506 1284 4622 2876 1726 282 221 404 804 20893

15476 16388 19718 20678 1353 10478 18092 8598 10536

87

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua

POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AacuteGUA DE CHUVA

BLOCO E

MEcircS PRECIPITACcedilAtildeO MEacuteDIA

MENSAL AacuteREA COBERTURA

COEFICIENTE DE RUNOFF

VOLUME APROVEITAacuteVEL (m sup3)

JAN 19378 13467 09 23486

FEV 90925 13467 09 1102

MAR 19098 13467 09 23147

ABR 2336 13467 09 28313

MAI 118325 13467 09 14341

JUN 926 13467 09 11223

JUL 103325 13467 09 12523

AGO 4905 13467 09 5945

SET 96975 13467 09 11754

OUT 13605 13467 09 1649

NOV 15415 13467 09 18683

DEZ 208925 13467 09 25322 TOTAL ANUAL 202248

Fonte O autor do presente trabalho

Foram utilizadas as meacutedias de precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de 2007 a

2015 e observa-se que o mecircs de agosto com menor iacutendice de precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica para a seacuterie histoacuterica

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados todos os banheiros existentes no

preacutedio estudado verificando vazamentos tipos de torneira vasos sanitaacuterios e

mictoacuterios e foram identificadas torneiras temporizadas nos lavatoacuterios e mictoacuterios que

apresentavam tempo excessivo para fechamento as mesmas foram reguladas pela

equipe de manutenccedilatildeo e instalados redutores de vazatildeo Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua que poderiam ser substituiacutedas por

agua natildeo potaacutevel

88

Definiccedilatildeo da populaccedilatildeo do preacutedio estudado

Para definiccedilatildeo da demanda do preacutedio estudado se fez necessaacuterio determinar a

populaccedilatildeo que utiliza o bloco E objeto do estudo de caso quantificando a meacutedia diaacuteria

de docentes teacutecnicos administrativos discente e tercerizados conforme quadro 11

Quadro 11 - Populaccedilao

POPULACcedilAtildeO BLOCO E

POPULACcedilAtildeO DIAS DA SEMANA

TOTAL SEG TERCcedilA QUARTA QUINTA SEXTA

Professores 75 75 75 75 75 375

Teacutecnicos Administrativo 135 135 135 135 135 675

Alunos 1150 1150 1150 1150 1150 5750

Visitantes da Biblioteca 80 80 80 80 80 400

Terceirizados 10 10 10 10 10 50

TOTAL 1450 1450 1450 1450 1450

Fonte O autor do presente trabalho

Com a determinaccedilatildeo da meacutedia de utilizaccedilatildeo da populaccedilatildeo foi verificado na

literatura as demanda encontradas por diversos autores

Segundo Gonccedilalves (2002 ) apud Silva (2004) edifiacutecios puacuteblicos e escolas tipo

externato possuem demanda diaacuteria na ordem de 50lpessoa dia

Kamers (2004) em seu estudo de 10 edifiacutecios puacuteblicos na cidade de

Florianoacutepolis encontrou demanda de 367 lpessoa dia

Marinoski (2008) obteve demanda de 155 lpessoa dia para fins natildeo potaacuteveis

em uma instituiccedilatildeo de niacutevel superior na cidade de Florianopolis-SC

Salla et al(2013)encontrou demanda de 20 a 30 laluno dia em um bloco de

salas de aula da UFU

Em funccedilatildeo das variaccedilotildees apresentadas na literatura e pelo preacutedio objeto do

estudo natildeo apresentar micromediccedilatildeo ou seja a entrada da concessionaacuteria CEDAE

atende diversas edificaccedilotildees na instituiccedilatildeo adotou-se questionaacuterio de forma a

quantificar a demanda dos equipamentos sanitaacuterios possiacuteveis de acordo com a

legislaccedilatildeo de utilizaccedilatildeo de aguas pluviais

43 Anaacutelise dos Resultados das entrevistas realizadas

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

89

CEFET-RJ questionaacuterios que se encontram no apecircndice A B e C com a finalidade de

descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho de forma a quantificar o consumo de

agua potaacutevel nos equipamentos

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com

utilizaccedilatildeo da foacutermula de caacutelculo amostral Chegou-se a uma amostra de 304 Foram

distribuiacutedos 400 questionaacuterios dos quais retornaram 320 o que gerou os graacuteficos

abaixo para determinaccedilatildeo do numero de vezes e tempo de uso dos equipamentos

sanitaacuterios

Caacutelculo de utilizaccedilatildeo da bacia sanitaacuteria

Foi considerado a utilizaccedilatildeo por cinco dias semanais no caso adotado 20 dias

uteis e utilizada a vazatildeo de 170 litros segundo no caso das bacias sanitaacuterias e 015

litrossegundo para mictoacuterios segundo a NBR 56261998

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

Onde

C Meacutedio = consumo meacutedio

Fi = nuacutemero de vezes de utilizaccedilatildeo

Ti = tempo em segundos por acionamento

Q = vazatildeo de acordo com a norma

90

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Populaccedilatildeo diaacuteria 1450

Nuacutemero de acionamentos descarga bacia sanitaacuteria

1 vez 16 1450 usuaacuterios 1 vez = 232 vezes

2 vezes 16 1450 usuaacuterios 2 vezes = 464 vezes

3 vezes 30 1450 usuaacuterios 3 vezes = 1305 vezes

4 vezes 14 1450 usuaacuterios 4 vezes = 802 vezes

5 vezes 5 1450 usuaacuterios 5 vezes = 362 vezes

6 vezes 4 1450 usuaacuterios 6 vezes = 348 vezes

7 vezes 5 1450 usuaacuterios 7 vezes = 507 vezes

Total de acionamentos 4031

91

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de bacia sanitaacuteriadia

1 seg 5 4031 1 17 = 342

2 seg 12 4031 2 17 = 822

3 seg 13 4031 3 17 = 890

4 seg 12 4301 4 17 = 822

5 seg 22 4031 5 17 = 150

6 seg 11 4031 6 17 = 753

7 seg 4 4031 7 17 = 274

8 seg 8 4031 8 17 = 548

9 seg 5 4031 9 17 = 342

10 seg 3 4031 10 17 = 205

Logo o consumo meacutedio das bacias sanitaacuterias foi de 6510dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 130200Lmecircs ou 1302m3

92

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Nuacutemero de acionamentos de descarga mictoacuterio

1 vez 14 870 usuaacuterios 1 vez = 121

2 vezes 10 870 usuaacuterios 2 vezes = 174

3 vezes 21 870 usuaacuterios 3 vezes = 548

4 vezes 26 870 usuaacuterios 4 vezes = 904

5 vezes 12 870 usuaacuterios 5 vezes = 522

6 vezes 2 870 usuaacuterios 6 vezes = 174

7 vezes 2 870 usuaacuterios 7 vezes = 121

8 vezes 3 870 usuaacuterios 8 vezes = 208

Total de acionamentos 2772

93

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de mictoacuteriodia

1 seg 5 2772 1 015 = 20

2 seg 12 2772 2 015 = 99

3 seg 13 2772 3 015 = 162

4 seg 12 2772 4 015 = 99

5 seg 22 2772 5 015 = 457

6 seg 11 2772 6 015 = 274

7 seg 4 2772 7 015 = 116

8 seg 8 2772 8 015 = 260

9 seg 9 2772 9 015 = 187

10 seg 3 2772 10 015 = 124

Logo o consumo meacutedio de mictoacuteriodia foi de 1804dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 36080mecircs ou 3608m3

Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

As informaccedilotildees foram prestadas pelos responsaacuteveis pela limpeza interna e

externa atraveacutes dos questionaacuterios aplicados

Consumo Atividade de limpeza=Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega

de jardim

Consumo de atividades de limpeza = 1104 m3 mensal

94

Consumo per capta de uso natildeo potaacutevel 86821450 = 598 litrosdia

Dimensionamento do reservatoacuterio de aguas pluviais

Segundo a Norma Brasileira NBR 155272007 satildeo apresentados 6 meacutetodos

de dimensionamento de reservatoacuterios cabendo ao projetista a escolha do meacutetodo

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo onde o volume do

reservatoacuterio seraacute o menor valor entre 6 do volume de captaccedilatildeo de agua pluvial anual

e 6 da demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Vx006

V adotado = miacutenimo Dx006

Onde

V adotado= volume do reservatoacuterio

V= volume aproveitaacutevel anual de agua de chuva

D= demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Demanda anual por agua natildeo potaacutevel

Limpeza 1104 m3mecircs x 12= 13248 m3

Vaso sanitaacuterio 1302 m3mecircs x 12 = 156240m3

Mictoacuterio 3608m3mesx12 = 43296 m3

Total 17732 m3mecircs 12= 212784 m3

Volume aproveitaacutevel de aguas pluviais = 202248 m3

V adotado= V x006 = (202248x006) = 12134m3

V adotado= D x006= (212784x006) = 12767m3

Tendo em vista os resultados apresentados adotou-se um reservatoacuterio inferior

com capacidade de 120000 litros em concreto armado conforme projeto no apecircndice

D tendo como base a Planta Baixa apresentado na figura 17 E de acordo com a

demanda diaacuteria foi definido reservatoacuterio superior em polietileno com capacidade de

5000 litros

95

Figura 17 - Planta baixa

FonteO autor do presente trabalho

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria

Fonte Adaptada pelo autor do presente trabalho do Sistema Orccedila fascio

96

Item Coacutedigo Banco Descriccedilatildeo Tipo Und Quant Valor

Unit

Valor Unit

com BDI

Total

1 Movimento de Terra 190190

11 72917 SINAPI

ESCAVACAO MECANICA DE VALA EM MATERIAL 2A

CATEGORIA DE 201 ATE 400 M DE PROFUNDIDADE COM

UTILIZACAO DE ESCAVADEIRA HIDRAULICA

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 13000 1198 1463 190190

2 Remoccedilotildees 862616

21 72897 SINAPICARGA MANUAL DE ENTULHO EM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 23800 2346 2864 681632

22 72900 SINAPI

TRANSPORTE DE ENTULHO COM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3 RODOVIA PAVIMENTADA DMT 05 A

10 KM

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 16800 535 653 109704

23 93377 SINAPI

REATERRO MECANIZADO DE VALA COM

RETROESCAVADEIRA (CAPACIDADE DA CACcedilAMBA DA

RETRO 026 Msup3 POTEcircNCIA 88 HP) LARGURA DE 08 A

15 M PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M COM SOLO (SEM

SUBSTITUICcedilAtildeO) DE 1ordf CATEGORIA EM LOCAIS COM ALTO

NIacuteVEL DE INTERFEREcircNCIA AF_042016

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 7200 811 990 71280

3 Estrutura 6177729

31 95241 SINAPI

LASTRO DE CONCRETO E = 5 CM PREPARO

MECAcircNICO INCLUSOS LANCcedilAMENTO E ADENSAMENTO

AF_07_2016

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 5000 2404 2935 146750

32 5970 SINAPIFORMA TABUA PARA CONCRETO EM FUNDACAO C

REAPROVEITAMENTO 2X

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 22000 6684 8161 1795420

33 94052 SINAPI

ESCORAMENTO DE VALA TIPO DESCONTIacuteNUO COM

PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M LARGURA MAIOR OU

IGUAL A 15 M E MENOR QUE 25 M EM LOCAL COM NIacuteVEL

ALTO DE INTERFEREcircNCIA AF_062016

ESCO -

ESCORAMENTOmsup2 7000 3602 4398 307860

34 83515 SINAPI

ESCORAMENTO FORMAS DE H=330 A 350 M COM

MADEIRA 3A QUALIDADE NAO APARELHADA

APROVEITAMENTO TABUAS 3X E PRUMOS 4X

ESCO -

ESCORAMENTOmsup3 12000 1500 1832 219840

35 90861 SINAPI

CONCRETAGEM DE EDIFICACcedilOtildeES (PAREDES E LAJES)

FEITAS COM SISTEMA DE FOcircRMAS MANUSEAacuteVEIS COM

CONCRETO USINADO BOMBEAacuteVEL FCK 20 MPA

LANCcedilADO COM BOMBA LANCcedilA - LANCcedilAMENTO

ADENSAMENTO E ACABAMENTO AF_062015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup3 3050 40775 49786 1518473

36 92921 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 125 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 15300 779 951 145503

37 92919 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 100 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 2800 976 1192 33376

38 92917 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 80 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 68700 1217 1486 1020882

39 92916 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 63 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 60900 1331 1625 989625

Descriccedilatildeo do Orccedilamento Bancos Utilizados BDI Encargos Sociais

CONSTRUCcedilAtildeO DE CISTERNA SINAPI - 072017 - RJ

ORSE - 062017 - SE

SEDOP - 042017 - PA

SEINFRA - 024 - CE

SICRO2 - 112016 - RJ

SETOP - 072017 - MG

IOPES - 052017 - ES

SIURB - 012017 - SP

SUDECAP - 032017 - MG

FDE - 042017 - SP

CPOS - 072017 - SP

AGETOP CIVIL - 102016 -

GO

CAEMA - 052016 - MA

2210 00 - Natildeo Desonerada

Total Geral R$ 7230535

Planilha Orccedilamentaacuteria Sinteacutetica

Total sem

BDI

R$ 5921991

Total do BDI R$ 1308544

97

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio

Fonte O autor do presente trabalho

ANAacuteLISE DE SIMULACcedilAtildeO DO RESERVATOacuteRIO

Coeficiente de runoff (CR) = 09

Volume do reservatoacuterio (msup3) = 120

Meses Chuva meacutedia mensal

Demanda mensal

Aacuterea de captaccedilatildeo

Volume de chuva

mensal

Volume do reservatoacuterio

fixado

Volume do reservatoacuterio

no tempo (t-1)

Volume do reservatoacuterio no tempo (t)

Overflow Suprimento de aacutegua externo

(mm) (msup3) (msup2) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3)

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7 Coluna 8 Coluna 9 Coluna 10

Janeiro 19378 17732 13467 235 120 0 120 0 0

Fevereiro 9093 17732 13467 110 120 120 5268 0 0

Marccedilo 19098 17732 13467 231 120 5268 10636 0 0

Abril 2336 17732 13467 283 120 10636 120 9204 0

Maio 11833 17732 13467 143 120 120 8568 0 0

Junho 926 17732 13467 112 120 8568 2036 0 0

Julho 10332 17732 13467 125 120 2036 -3196 0 3196

Agosto 4905 17732 13467 59 120 0 -11832 0 11832

Setembro 9698 17732 13467 118 120 0 -5932 0 5932

Outubro 13605 17732 13467 165 120 0 -1232 0 1232

Novembro 15415 17732 13467 187 120 0 968 0 0

Dezembro 20893 17732 13467 253 120 968 8536 0 0

Total 16687 212784 2021 9204 22192

98

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo na conta como pode ser

observado no apendice E pois satildeo realizadosdiversas atividades como lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de feacuterias

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha

Fonte O autor do presente trabalho 2017

Foi realizada analise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio com base na capacidade

encontrada atraveacutes do metodo praacutetico alematildeo 12000 m3 onde pode-se observar

overflow (transbordamento) de 9204 m3 para o mecircs de abril e necessidade de

suprimento de agua externo da concessionaria CEDAE para os meses julho a outubro

perfazendo um total 22192m3 Tendo em vista um uacutenico mecircs de transbordamento e

4 meses de necessidade de abastecimento externo verificou-se que o aumento do

reservatoacuterio para evitar o transbordamento poderia inviabilizar o projeto com o

aumento do custo de construccedilatildeo e o reservatorio ficaria ocioso tendo em vista a

precipitaccedilatildeo pluviometrica insuficiente para o atendimento pleno da demanda nos

meses de julho a outubro

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo significativa no consumo

como pode ser observado no apecircndice E pois satildeo realizados lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de ferias

Coluna 1 = Meses

Coluna 2 = Intensidade pluviomeacutetrica mensal

Coluna 3 = Demanda mensal de aacutegua pluvial da edificaccedilatildeo

Coluna 4 = Aacuterea de captaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Coluna 5 = (Coluna 2) x (Coluna 4) x (Coeficiente de runoff) (100)

Coluna 6 = Corresponde ao volume definido para o reservatoacuterio

Coluna 7 = Se (Coluna 8 mecircs anterior) for menor que zero adotar zero

Se (Coluna 8 mecircs anterior) for maior ou igual a zero adotar o valor

Valor de janeiro igual a zero

Coluna 8 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for maior que (Coluna 6) adotar o valor da (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3)

Valor de janeiro igual o volume do reservatoacuterio

Coluna 9 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for maior que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna3) - (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar zero

Coluna 10 = Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for menor que zero adotar -((Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3))

Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for igual ou maior que zero adotar zero

Descriccedilatildeo da planilha

99

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior

A localizaccedilatildeo para construccedilatildeo do reservatoacuterio de aguas pluviais foi realizada

com base no menor nuacutemero de intervenccedilotildees uma vez que as caixas de inspeccedilotildees jaacute

se encontram instaladas e houve apenas a interceptaccedilatildeo para o reservatoacuterio e desvio

de interligaccedilatildeo a rede publica para recebimento do excedente e material dispensado

pelo filtro e ou sifatildeo ladratildeo

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais

Elaborado pelo autor deste trabalho com base equipamentos 3p tecnickacquasave

100

Equipamentos utilizados com suas funccedilotildees e caracteriacutesticas

Filtro FV 6 Filtro de aacutegua da chuva para aacutereas de captaccedilatildeo maiores Precisa

ser instalado dentro um poccedilo teacutecnico (Oslash 1200 mm) Graccedilas a seu sistema duplo de

limpeza (peneira grossa depois fina) ele possui uma significativa eficaacutecia em funccedilatildeo

da forte inclinaccedilatildeo do miolo filtrante a sujeira separada eacute continuamente encaminhada

para a galeria pluvial A saiacuteda para a galeria eacute conectada ao poccedilo teacutecnico

A sujeira cai no fundo do poccedilo e eacute carregada quando chove mais forte

Capacidade relativa de processamento conforme norma DIN 1986 de ateacute 2433 msup2

com uma precipitaccedilatildeo de 300 litros (seg x ha)Conexatildeo Entrada 2 x DN 250 Conexatildeo

p cisterna DN 200 Saiacuteda para a galeria DN 250 Desniacutevel da entrada para a saiacuteda da

aacutegua 320 mm Frequecircncia de manutenccedilatildeo conforme a incidecircncia de sujeira 2 a 4

vezes ao ano Trama da tela 0390 x 0980 mm Peacutes hastes roscadas com porcas de

accedilo inox medindo 250 mm Peso 395 kg

Conjunto mangueira boia 1rdquo por estar flutuando proporciona a captaccedilatildeo da

aacutegua no ponto do reservatoacuterio em que estaacute mais limpa evitando a captaccedilatildeo de

resiacuteduos decantados no fundo da cisterna ou em suspensatildeo na superfiacutecie da aacutegua

Possui uma segunda peneira em sua extremidade garantindo assim que nenhum

resiacuteduo existente possa ser sugado e enviado para o reservatoacuterio superior Diacircmetro

da boia 200 mm Comprimento 25 metros Conexatildeo 1 Peso 32 kg

Realimentador 1-12 - Industrial O realimentador tem por finalidade manter o

abastecimento de aacutegua do sistema pluvial quando natildeo houver aacutegua de chuva Uma

vaacutelvula solenoide unidirecional comandada por uma boia de niacutevel libera a entrada de

aacutegua da rede para que o sistema natildeo entre em colapso A boia de niacutevel deve ser

regulada de modo a liberar a entrada de aacutegua somente num niacutevel baixo da cisterna

natildeo interferindo no funcionamento regular do sistema de aacutegua de chuva ou seja sua

regulagem deve ser ajustada para funcionamento somente quando a caixa ou a

cisterna estiver em niacuteveis baixos quando a bomba que recalca a aacutegua de chuva natildeo

eacute mais acionada

Sifatildeo ladratildeo industrial 200 mm Sifatildeo com barreira contra odores e succcedilatildeo da

aacutegua na superfiacutecie sem invasatildeo de roedores que satildeo barrados pela chapa perfurada

de accedilo inox Para a qualidade constante da aacutegua eacute importante que a cisterna

transborde regularmente o sifatildeo ind DN 200 eacute conectado por um tubo plaacutestico de 200

101

mmconexatildeo 200 mmmaterial polietilenobarreira antirroedores accedilo inox dimensotildees

375 x 659 x 765 mm Peso 75 kg

Freio Drsquoaacutegua Industrial 200 mm O produto serve para frear e inverter o fluxo da

aacutegua que entra na cisterna Partiacuteculas finas de sujeira que ficaram retidas na aacutegua

lentamente descem para o fundo e uma camada de sedimentos se cria que exerce

uma influecircncia positiva sobre a aacutegua de chuva armazenada Cisternas com uma

camada de sedimentos apresentam uma aacutegua mais liacutempida

Clorador acquanova com funcionamento em circuito fechado com proteccedilatildeo

contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo interno 320 pastilhas variando de 0640 kg

com vazatildeo de operaccedilatildeo lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Conjunto de 02 bombas centrifugas monoestaacutegio BC 91- rotor fechado em

atendimento a altura manomeacutetrica total de 20 metros e vazatildeo de 53 m3h compatiacutevel

com o reservatoacuterio superior de 5000 litros

Tratamento quiacutemico mensal da agua pluvial

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR 152227

recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgl e 30 mgl em qualquer

ponto do sistema de abastecimento neste estudo de caso foi previsto dosador de

cloro em pastilhas que apresenta consumo de 9 gramasm3 com estimativa de

consumo mensal de de 1742 gramasmecircs para a quantidade de agua a ser recalcada

de 8800 litros dia sendo os ajustes de vazatildeo a serem realizados atraveacutes da equipe

de manutenccedilatildeo de forma manual atraveacutes dos ajustes de registros que seratildeo

realizados em funccedilatildeo dos valores aferidos pelo kit de dosagem de cloro residual e

comparados a norma citada

Avaliaccedilatildeo do percentual de economia de agua potaacutevel nas atividades de

limpeza jardinagem bacias sanitaacuterias e mictoacuterios

Potencial de captaccedilatildeo de agua de chuva + potencial de produccedilatildeo de agua por

condensaccedilatildeo das unidades evaporadores- overflow= total de aguas utilizaveis em

usos menos nobres

202248m3 + 19200m3 - 9204 m3 = 212244 m3 total utilizavel

Demanda anual para uso natildeo potavel = 212784 m3

Percentual de economia de agua potavel = 9974

Os valores abaixo apresentam o custo por m3 do preccedilo cobrado pela

concessionaria CEDAE para o consumo de agua da rede publica

102

Custo de agua por faixa de consumo categoria publica

Consumo m3 valor

0 a 15 51036364

gt 15 11289924

Beneficio mensal com reduccedilatildeo de custo na conta de agua

A instituiccedilatildeo em estudo estaacute ligada agrave rede puacutebica de coleta de

esgoto portanto o custo de aacutegua tratada foi acrescido com o custo de

coleta de esgoto O custo de coleta de esgoto e idecircntico ao custo da agua

potaacutevel conforme pode ser observado no apecircndice F

total utilizavel ano12= 212234 m3 12 = 17686 m3

17686x 11289924 x 2= R$ 399347 mensal

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais

Equipamentos Quant Custo Vida Uacutetil

Reservatoacuterio Inferior 120000L Reservatoacuterio Superior 5000L Filtro Aquasave VF6 250mm Conjunto Flutuante de succcedilatildeo (Mangueira e boia) Realimentador 1 12rsquorsquo Sifatildeo ladratildeo 200mm Freio drsquoaacutegua 200mm Automaacuteticos superior e inferior Moto Bomba 1 cv Conexotildees pvc fios e disjuntores referente as instalaccedilotildees das bombas e prumadas de abastecimento (custo estimado 5) Clorador

01

01

Cj

02

02

Cj

01

R$ 7230535 R$ 179000 R$ 1414958 R$ 4800 R$ 198200 R$ 456324 R$ 99000

ge 50 anos 5 anos 10 anos 1 ano 2 anos 20 a 25 2 anos

Total R$ 9582817

Os custos de implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial para

posterior anaacutelise de viabilidade econocircmica Estes custos satildeo relativos aos gastos para

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior aquisiccedilatildeo de materiais equipamentos

Dentre os custos apresentados foi considerado somente matildeo de obra na

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior conforme pode ser observado na planilha

orccedilamentaria sinteacutetica na instalaccedilatildeo dos demais equipamentos e manutenccedilatildeo foi

103

considerada matildeo de obra da proacutepria da instituiccedilatildeo uma vez que a mesma conta com

equipe de manutenccedilatildeo hidraacuteulica e eleacutetrica bem como natildeo foi considerado custo de

energia eleacutetrica pois a altura de recalque e semelhante a da agua tratada

consequentemente natildeo implicando em acreacutescimos a conta de energia

Anaacutelise econocircmica

A anaacutelise econocircmica procura determinar as possibilidades de sucesso em

funccedilatildeo do tempo de retorno do investimento econocircmico e financeiro quanto maior o

payback maior o tempo necessaacuterio para que o investimento retorne e maiores os

riscos envolvidos

Tempo de retorno do investimento

Com base nos dados das estimativas de custos de implantaccedilatildeo foi possiacutevel

estimar o tempo de retorno do investimento inicial

Subtraindo a economia mensal acumulada resultante da implantaccedilatildeo do

sistema de aproveitamento de aacutegua da chuva dos custos de implantaccedilatildeo obteve-se

o balanccedilo financeiro mensal

De acordo com o balanccedilo financeiro em 24 meses corridos o total economizado

iraacute se equipara ao total investido utilizando do Payback Simples pode ser observado

para o Payback descontado um retorno em 28 meses considerando uma taxa mensal

de 1 que na atualidade eacute utilizada para remuneraccedilatildeo de fundos de renda fixa

104

Tabela 5 - Payback simples

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Meses Investimento Fluxo de caixa Retorno Acumulado

0 9582817R$

1 399347R$ 41673 41673

2 399347R$ 41673 83346

3 399347R$ 41673 125020

4 399347R$ 41673 166693

5 399347R$ 41673 208366

6 399347R$ 41673 250039

7 399347R$ 41673 291713

8 399347R$ 41673 333386

9 399347R$ 41673 375059

10 399347R$ 41673 416732

11 399347R$ 41673 458406

12 399347R$ 41673 500079

13 399347R$ 41673 541752

14 399347R$ 41673 583425

15 399347R$ 41673 625099

16 399347R$ 41673 666772

17 399347R$ 41673 708445

18 399347R$ 41673 750118

19 399347R$ 41673 791791

20 399347R$ 41673 833465

21 399347R$ 41673 875138

22 399347R$ 41673 916811

23 399347R$ 41673 958484

24 399347R$ 41673 1000158

Payback Simples

105

Tabela 6 - Payback descontado

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Tx Fundo Renda Fixa 1

Meses Investimento Fluxo de caixa VP VP VP ACUMULADO

0 9582817R$

1 399347R$ 395393R$ 41261 41261

2 399347R$ 391478R$ 40852 82113

3 399347R$ 387602R$ 40448 122560

4 399347R$ 383765R$ 40047 162608

5 399347R$ 379965R$ 39651 202258

6 399347R$ 376203R$ 39258 241516

7 399347R$ 372478R$ 38869 280386

8 399347R$ 368790R$ 38485 318870

9 399347R$ 365139R$ 38103 356974

10 399347R$ 361524R$ 37726 394700

11 399347R$ 357944R$ 37353 432053

12 399347R$ 354400R$ 36983 469036

13 399347R$ 350891R$ 36617 505652

14 399347R$ 347417R$ 36254 541906

15 399347R$ 343977R$ 35895 577802

16 399347R$ 340572R$ 35540 613341

17 399347R$ 337200R$ 35188 648529

18 399347R$ 333861R$ 34840 683369

19 399347R$ 330555R$ 34495 717864

20 399347R$ 327283R$ 34153 752017

21 399347R$ 324042R$ 33815 785832

22 399347R$ 320834R$ 33480 819312

23 399347R$ 317657R$ 33149 852460

24 399347R$ 314512R$ 32820 885281

25 399347R$ 311398R$ 32495 917776

26 399347R$ 308315R$ 32174 949950

27 399347R$ 305262R$ 31855 981805

28 399347R$ 302240R$ 31540 1013345

Payback Descontado

106

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na metodologia adotada conclui-se que a utilizaccedilatildeo de aguas pluviais para fins

natildeo potaacuteveis atraveacutes da captaccedilatildeo da cobertura do bloco E e de aguas residuais

provenientes de condensadores de aparelhos de ar condicionado gerou uma

economia mensal R$ 399347 mecircs (Trecircs mil novecentos e noventa e trecircs reais e

quarenta e sete centavos) de reduccedilatildeo na conta de aacutegua

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos custos referentes a implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais foi realizado o Payback Simples e descontado com

utilizaccedilatildeo da taxa de 1 am obtendo-se periacuteodo de retorno do investimento de 24

meses e 28 meses respectivamente periacuteodo relativamente curto e no desenvolvimento

do presente trabalho ficou comprovada a viabilidade teacutecnica e econocircmica

Foi verificado no desenvolvimento do presente projeto que as teacutecnicas para

aproveitamento de aguas pluviais podem ser associadas ao aproveitamento de aguas

cinzas e possiacuteveis de serem adotadas pela populaccedilatildeo de modo geral atraveacutes de

poliacuteticas puacuteblicas reduzindo-se os custos dos equipamentos necessaacuterios de forma a

incentivar o uso

A adoccedilatildeo de tecnologias de reaproveitamento ou reuso ao serem utilizadas em

instituiccedilotildees de ensino servem como exemplo de postura ambientalmente correta para

os problemas de ocupaccedilatildeo e impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos centros

urbanos aleacutem de estimular a educaccedilatildeo ambiental e os conceitos de sustentabilidade

criando multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo do meio ambiente

A pesquisa bibliograacutefica na parte que trata do histoacuterico de reuso demonstrou

que o aproveitamento de aguas pluviais era utilizado por civilizaccedilotildees anteriores a

nossa era e que diversos paiacuteses do mundo na atualidade continuam a utilizar e

incentivar a populaccedilatildeo atraveacutes de poliacuteticas puacuteblicas

Dentre os custos referentes a implantaccedilatildeo do SAAP pode ser observado que o

reservatoacuterio inferior apresenta maior investimento cabendo ao projetista avaliar

atraveacutes de anaacutelise de simulaccedilatildeo o volume de transbordamento e volume de

suprimento externo de agua de forma a otimizar a utilizaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica da regiatildeo sem contudo inviabilizar o projeto financeiramente atraveacutes

do superdimensionamento do reservatoacuterio

Finalmente em caso de utilizaccedilatildeo do SAAP como alternativa a rede de

abastecimento da concessionaria cabe ao gestor a orientaccedilatildeo aos usuaacuterios bem

107

como a identificaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e pontos de uso por meio de pintura na cor roxa

das tubulaccedilotildees e placas indicativas nos pontos de uso

51 Propostas para trabalhos futuros

Apoacutes a conclusatildeo do presente trabalho seguem as sugestotildees para trabalhos

futuros abaixo relacionados

Realizar estudos referentes aos diversos meacutetodos de dimensionamento de

reservatoacuterio citados segundo a Norma Brasileira NBR 155272007ABNT e avaliar o

meacutetodo que apresenta melhor desempenho em funccedilatildeo do iacutendice de precipitaccedilatildeo do

Estado do Rio de Janeiro

Elaborar estudos para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas residuais que

satildeo produzidas pelas unidades evaporadoras de ar condicionado com ensaios em

todas as estaccedilotildees do ano de forma a verificar a variaccedilatildeo de produccedilatildeo de condensaccedilatildeo

em diversas condiccedilotildees climaacuteticas externas

Produzir estudos de aproveitamento de aacuteguas pluviais verificando todas as

coberturas existentes na instituiccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzas

Realizar analise da qualidade da aacutegua pluvial e estudo de possiacuteveis

tratamentos para utilizaccedilatildeo como agua potaacutevel com verificaccedilatildeo de viabilidade

financeira

108

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121

APEcircNDICE A

Questionaacuterio 1

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bloco E

( ) Alunos ( ) Servidores ( ) Professores ( ) Teacutecnico Administrativo

Gecircnero ( ) Masculino ( ) Feminino

1) Nuacutemero de vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza a descarga do vaso sanitaacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

2) Estime um tempo em segundos de cada vez que vocecirc pressiona a descarga sanitaacuteria

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg ( ) 12 seg

3) Nuacutemero em vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza o mictoacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

4) Estime um tempo em segundos que vocecirc pressiona a descarga dos mictoacuterios

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg

122

APEcircNDICE B

Questionaacuterio 2

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E

Encarregado de limpeza Interna

1) Nuacutemero de vezes por semana que as circulaccedilotildees e escadas dos pavimentos satildeo

lavados

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que o paacutetio do teacuterreo eacute lavado

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

3) Tempo de duraccedilatildeo que a torneira fica aberta

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

4) Nuacutemero de baldes (considerar balde com capacidade de 10 Lt) necessaacuterios a limpeza

das circulaccedilotildees por pavimento utilizando apenas pano molhado

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

5) Nuacutemero de vezes por semana que eacute passado pano molhado nas circulaccedilotildees dos

pavimentos

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

123

APEcircNDICE C

Questionaacuterio 3

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E e Academia

Encarregado de limpeza Externa

1) Nuacutemero de vezes por mecircs que as vidraccedilas satildeo lavadas

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que eacute realizada a rega do jardim

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes ( ) 6 vezes

3) Tempo estimado da utilizaccedilatildeo da torneira para rega do jardim

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

( ) 75 minutos

124

APEcircNDICE D

125

126

127

128

APEcircNDICE E

Consumo de agua potaacutevel

CONSUMO 2014 A 2016

Mecircs

2014 2015 2016

Meacutedia Total

Vol Faturado

(msup3)

nordm dias

m3dia Vol

faturado (msup3)

nordm dias

m3dia Vol

Faturado (msup3)

nordm dias

m3dia

JAN 173100 29 5969 168000 30 5600 234100 32 7316 6295

FEV 182300 30 6077 181600 2900 6262 192900 34 5674 6004

MAR 131600 29 4538 212000 3100 6839 305500 28 10911 7429

ABR 221100 34 6503 264600 2900 9124 323100 29 11141 8923

MAI 196400 31 6335 253100 3300 7670 251800 31 8123 7376

JUN 168900 34 4968 210900 2800 7532 242200 29 8352 6951

JUL 200100 30 6670 213000 3400 6265 188700 28 6739 6558

AGO 190700 31 6152 220100 2800 7861 223100 29 7693 7235

SET 254300 28 9082 183200 3300 5552 178300 33 5403 6679

OUT 226700 31 7313 322500 2800 11518 197200 29 6800 8544

NOV 250600 32 7831 242200 2900 8352 254700 31 8216 8133

DEZ 284300 30 9477 286600 3100 9245 290400 31 9368 9363

Fonte contas CEDAE

129

APEcircNDICE F

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA … · 2019. 7. 30. · 1 universidade federal fluminense escola de engenharia departamento de engenharia de produÇÃo laboratÓrio

5

Pensamento

ldquoFaccedila o bem fale o bem pense o bem Perceba que

cada ser que encontramos eacute iluminado disfarccedilado a

nos mostrar o caminho Alguns nos mostram como natildeo

devemos ser outros como devemos serrdquo

Monja Coen

6

RESUMO

O aproveitamento de aacuteguas pluviais e o reaproveitamento de aacuteguas residuais demonstram que a minimizaccedilatildeo dos custos dos usuaacuterios com abastecimento de aacutegua eacute alcanccedilada e ainda gera valor agregado aos empreendimentos que optam por atender aos requisitos de sustentabilidade Esta atitude tem gerado o aumento da implantaccedilatildeo de sistemas de reutilizaccedilatildeo de aacutegua nos grandes centros urbanos O resultado econocircmico esperado na adoccedilatildeo dos sistemas de reaproveitamento de aacuteguas e utilizaccedilatildeo de aacutegua da chuva eacute influenciado pelo tipo de aplicaccedilatildeo ou seja em que ambiente esta medida seraacute adotada e que cuidados adicionais seratildeo necessaacuterios na concepccedilatildeo dos projetos Percebe-se com a pesquisa que o maior investimento para instalaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua da chuva estaacute relacionado ao reservatoacuterio que seraacute implantado e ao processo de instalaccedilatildeo o qual precisa ser analisado desde o seu dimensionamento e construccedilatildeo ateacute o atendimento aos padrotildees teacutecnicos e ambientais Esta dissertaccedilatildeo contempla o desenvolvimento de uma proposta metodoloacutegica para o estudo da viabilidade do aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais provenientes de evaporadoras de aparelhos de ar condicionado para uso natildeo potaacutevel A metodologia desenvolvida foi aplicada para validaccedilatildeo em uma instituiccedilatildeo de ensino com localizaccedilatildeo na cidade do Rio de Janeiro Na metodologia utilizada quantificaram-se as demandas de uso para bacias sanitaacuterias mictoacuterios limpeza e jardinagem Estimou-se o potencial de captaccedilatildeo de aacuteguas pluviais atraveacutes da cobertura de uma edificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e dimensionamento dos reservatoacuterios inferior e superior de acordo com a norma ABNT NBR 15527 A aplicaccedilatildeo permitiu verificar que atraveacutes de levantamento de dados equipamentos necessaacuterios e os custos para a implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais que acenaram para um investimento da ordem de R$9582817 (Noventa e cinco mil oitocentos e vinte e oito reais e dezessete centavos) O periacuteodo constatado para o retorno do investimento foi de 24 (vinte e quatro) meses para um payback simples e 28 (vinte e oito) meses para um payback descontado com utilizaccedilatildeo de taxa de 1 (um por cento) o que demonstrou um tempo de retorno do investimento curto comprovando a viabilidade econocircmica da implantaccedilatildeo do sistema sugerido por esta pesquisa Palavras-chave Aacuteguas pluviais Reservatoacuterio Reaproveitamento Custo Sustentabilidade

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ABSTRACT The utilization of rainwater and the reuse of wastewater demonstrate that minimizing the costs of users with water supply is achieved and still generates added value to the projects that choose to meet sustainability requirements This attitude has led to an increase in the implementation of water reuse systems in large urban centers The expected economic result in the adoption of water reuse and rainwater utilization systems is influenced by the type of application that is in what environment this measure will be adopted and what additional care will be required in the design of the projects The research shows that the largest investment for the installation of the rainwater harvesting system is related to the reservoir to be implanted and to the installation process which needs to be analyzed from its design and construction to meeting the technical standards and environmental issues This dissertation contemplates the development of a methodological proposal for the study of the feasibility of the use of rainwater and wastewater coming from evaporators of air conditioners for non-potable use The methodology developed was applied for validation in an educational institution located in the city of Rio de Janeiro In the methodology used were quantified the demands of use for sanitary basins urinals cleaning and gardening The potential of rainwater harvesting was estimated by covering a building evaluating and designing the lower and upper reservoirs in accordance with ABNT NBR 15527 The application made it possible to verify that through data collection necessary equipment and the costs for the implantation of the system of use of rainwater that waved for an investment in the order of R $ 9582817 (Ninety-five thousand eight hundred and twenty-eight reais and seventeen cents) The payback period was 24 (twenty-four) months for a simple payback and 28 (twenty-eight) months for a discounted payback using a 1 (one percent) rate which time of return of the short investment proving the economic viability of the implementation of the system suggested by this research Key words Rainwater Reservoir Reuse Cost Sustainability

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LISTA DE SIGLAS

ABES ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia sanitaacuteria e Ambiental

ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro)

ANA ndash Agecircncia Nacional de Aacuteguas

ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

BTUs - (British termal Units- Unidade Teacutermica Britacircnica)

CEDAE - Companhia Estadual de Aguas e Esgotos

CEFET RJ- Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca

CNRH - Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

CONFEA ndash Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

EEE ndash Estaccedilatildeo Elevatoacuteria de Esgotos

EIA ndash Estudo de Impacto ambiental

EPA ndash Enviromental Protection Agency

ETA ndash Estaccedilatildeo de Tratamento de Aacutegua

ETE ndash Estaccedilatildeo de Tratamento de Esgotos

FIESP - Federaccedilatildeo das Industrias do Estado de Satildeo Paulo

IBGE - Instituto Brasileiro de geografia e Estatiacutestica

LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

NBR ndash Norma Brasileira

RIMA ndash Relatoacuterio de Impacto Ambiental

PCA ndash Programa de Conservaccedilatildeo de Aacutegua

PNCDA ndash Programa Nacional de Combate ao Desperdiacutecio de Aacutegua

PNRH - Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

PURA ndash Programa de Uso Racional da Aacutegua

PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional ()

SABESP ndash Companhia de Saneamento Baacutesico do Estado de Satildeo Paulo

SAAP - Sistema de Aproveitamento de Aguas Pluviais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura

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ONU ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

LEED - Leadership in Energy and Environmental

USGBC - US Green building Council

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social

SINAPI ndash Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Iacutendices da Construccedilatildeo Civil

CEF ndash Caixa Econocircmica Federal

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo 24

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014 26

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais 38

Figura 4 - Reservatoacuterios 39

Figura 5 - Reservatoacuterios 39

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural 41

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva 41

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua 46

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva 51

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra 65

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo 67

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora 70

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ 70

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs 80

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP 83

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E 84

Figura 17 - Planta baixa 95

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior 99

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais 99

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GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria 90

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia 91

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio 92

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio 93

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro 35

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro 36

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo 52

Quadro 4- Fluxo do processo 62

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca 81

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores 82

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento 82

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E 84

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff 85

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua 87

Quadro 11 - Populaccedilao 88

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria 95

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio 97

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha 98

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis 52

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio 55

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica 85

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais 102

Tabela 5 - Payback simples 104

Tabela 6 - Payback descontado 105

14

SUMAacuteRIO

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO 16

11 - CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 16

12 - QUESTAtildeO PROBLEMA 21

13 ndash QUESTOtildeES DA PESQUISA 21

14 - OBJETIVO GERAL 22

15 - OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 22

16 ndash ESTRUTURA METODOLOacuteGICA 22

17 ndash DELIMITACcedilAtildeO DA PESQUISA 25

18 ndash JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 25

19 ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO ESTUDO 27

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA 28

21 A SUSTENTABILIDADE E AS QUESTOtildeES QUANTO A CONSERVACcedilAtildeO

REAPROVEITAMENTO E REDUCcedilAtildeO DO CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 28

211 EXEMPLOS RECENTES DE ATITUDE SUSTENTAacuteVEIS ADOTADAS NO BRASIL 29

212 MEDIDAS SUSTENTAacuteVEIS PARA CONSERVACcedilAtildeO REAPROVEITAMENTO DE AacuteGUA E REDUCcedilAtildeO DO

CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 30

22 HISTOacuteRICO DO REUSO DE AacuteGUAS 37

221 ASPECTOS HISTOacuteRICOS DA CAPTACcedilAtildeO DAS AacuteGUAS PLUVIAIS NO BRASIL 40

23 UTILIZACcedilOtildeES DA AacuteGUA COLETADA E O SEU CONSUMO 42

24 O REUSO DE AacuteGUAS 43

241- AacuteGUAS RESIDUAacuteRIAS 43

242 AacuteGUAS CINZENTAS 46

25 FORMAS DE REUSO DE AacuteGUAS 47

251 REUSO URBANO 47

252 REUSO INDUSTRIAL 48

253 REUSO AGRIacuteCOLA 48

254 REUSO NO MEIO AMBIENTE 48

26 A PRAacuteTICA DE RECARGA DE AQUIacuteFEROS 48

27 O ARMAZENAMENTO DE AGUAacuteS 49

28 LEGISLACcedilAtildeO SOBRE O USO DE AacuteGUAS 56

3 - METODOLOGIA 62

31 ESTRATEacuteGIA DA PESQUISA 63

32 UNIDADE DE ANAacuteLISE 68

33 JUSTIFICATIVA DA ESTRATEacuteGIA DE PESQUISA 68

34 PESQUISA EXPLORATOacuteRIA 68

35 LEVANTAMENTO 69

15

36 OBJETO DE ESTUDO 70

361 APARELHOS EXISTENTES 71

37 ENTREVISTAS COM OS USUAacuteRIOS 71

38 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA 72

381 O CAacuteLCULO DE CONSUMO MEacuteDIO DIAacuteRIO DE AacuteGUA PER CAPITA POR APARELHOS 72

O CAacuteLCULO FOI REALIZADO COM BASE NO SOMATOacuteRIO DA MULTIPLICACcedilAtildeO DA FREQUEcircNCIA E TEMPO DE USO

OBTIDO NAS ENTREVISTAS E VAZAtildeO DO APARELHO DIVIDIDO PELO NUacuteMERO DE PESSOAS ENTREVISTADAS

72

382 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA EM ATIVIDADES DE LIMPEZA E JARDINAGEM 73

383 AVALIACcedilAtildeO DO POTENCIAL DE ECONOMIA DE AacuteGUA POTAacuteVEL 73

384 PERCENTUAL DE AacuteGUA POTAacuteVEL QUE PODERIA SER SUBSTITUIacuteDO POR AacuteGUA PLUVIAL 73

39 RESERVATOacuteRIOS DE AacuteGUA PLUVIAL 74

310 ANAacuteLISE ECONOcircMICA 74

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA 75

41 HISTOacuteRICO DO CEFET-RJ 75

411 DEFINICcedilAtildeO DE INSTITUICcedilOtildeES DE ENSINO SUPERIOR 75

412 - PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL (PDI) 76

413 - O PDI DO CEFETRJ 78

414 - FILOSOFIA MISSAtildeO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS 78

42 SOBRE O POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AGUAS DE RESIDUAIS 80

43 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS DAS ENTREVISTAS REALIZADAS 88

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 106

51 PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 107

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAFICAS 108

16

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO

11 - Consideraccedilotildees Iniciais

A aacutegua jaacute foi considerada um recurso infinito mas atualmente a sua

disponibilidade eacute um dos grandes problemas do nosso planeta decorrente de

inuacutemeros fatores tais como o aquecimento global as alteraccedilotildees climaacuteticas o

crescimento populacional acentuado o consumo cada vez maior dos recursos

hiacutedricos o mau uso desta fonte de energia e sobretudo a falta de poliacuteticas puacuteblicas

que estimulem o uso sustentaacutevel da aacutegua

Neste contexto segundo Kibert (2008) a adoccedilatildeo de medidas ecologicamente

corretas eacute fundamental tais como teacutecnicas de conservaccedilatildeo controle do desperdiacutecio

reaproveitamento da aacutegua de chuva reciclagem de aacutegua e recuperaccedilatildeo dos solos

Diante da possibilidade de racionamento ou ateacute mesmo escassez da aacutegua doce

no mundo eacute necessaacuterio que a sociedade e as poliacuteticas puacuteblicas busquem novas

tecnologias e alternativas sustentaacuteveis para a reduccedilatildeo do consumo

Diniz (2013) afirma que vaacuterios paiacuteses encaram hoje o problema de escassez

da aacutegua em consequecircncia do crescimento desordenado da poluiccedilatildeo dos recursos

hiacutedricos do aumento populacional e industrial que geram um aumento na demanda

pela aacutegua provocando o esgotamento deste recurso

Inobstante a urbanizaccedilatildeo das cidades e as tecnologias de abastecimento

puacuteblico de aacutegua contribuiacuteram para a desativaccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento da

aacutegua de chuva Entretanto atualmente no contexto do paradigma da conservaccedilatildeo da

aacutegua as praacuteticas de aproveitamento da aacutegua de chuva estatildeo sendo incorporadas aos

sistemas de gestatildeo urbana dos recursos hiacutedricos de diversos paiacuteses Portanto natildeo

se trata de inserir um novo conceito de gestatildeo de recursos hiacutedricos apenas resgatar

os fundamentos deste e adaptaacute-lo agrave realidade atual (ALADENOLA ADEBOYE 2009)

A UNESCO emitiu no ano de 2005 a resoluccedilatildeo Ares58217 proclamando o

periacuteodo de 2005 a 2015 como sendo a Deacutecada Internacional para Accedilatildeo ldquoAacutegua Fonte

de vidardquo iniciando-se o dia mundial da aacutegua no dia 22 de Marccedilo de

2005(UNESCO2013d) A iniciativa teve como objetivo de alerta para a importacircncia

de melhor administrar as fontes de aacutegua em funccedilatildeo do aumento de consumo ou pelo

uso desequilibrado deste recurso indispensaacutevel agrave vida humana Com perspectivas

preocupantes a ONU apresenta a estimativa que se natildeo houver alteraccedilotildees nas

17

poliacuteticas em relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos 18 bilhatildeo de pessoas estaratildeo vivendo em

zonas de secas e dois terccedilos da humanidade estaratildeo sujeitos a alguma restriccedilatildeo no

acesso agrave aacutegua em 2025

Haacute diversos pontos no mundo em que a falta de aacutegua tem sido o principal motivo de ecircxodo de populaccedilotildees tal como acontece no Nordeste brasileiro Em termos globais o risco de crise hiacutedrica acontece pelo crescimento demograacutefico mudanccedilas climaacuteticas desperdiacutecio e contaminaccedilatildeo das fontes Afetando natildeo soacute a sauacutede humana mas o desenvolvimento soacutecio econocircmico das populaccedilotildees e o rumo das relaccedilotildees entre paiacuteses (UNESCO2013d)

Nesse caso Fawell amp Miller (1992) afirmam que a provisatildeo de uma aacutegua

potaacutevel ldquosegurardquo e ldquoesteticamente aceitaacutevelrdquo eacute assegurada em muitos paiacuteses por uma

seacuterie de padrotildees obrigatoacuterios ou largamente advertidos (domiacutenio puacuteblico)

Se na atualidade os paiacuteses continuam concentrados na prospecccedilatildeo e busca de

novas tecnologias para auto-suficiecircncia em petroacuteleo natildeo estaraacute longe o dia em que a

aacutegua seraacute reconhecida como o bem mais precioso a vida do ser humano

Segundo Craig e Dale (2008) a definiccedilatildeo mais adotada e mais citada da

sustentabilidade foi feita no Relatoacuterio de Brundland que definiu o conceito de

sustentabilidade da seguinte forma ldquoaquele que satisfaz as necessidades do presente

sem comprometer a capacidade das futuras geraccedilotildees satisfazerem suas proacuteprias

necessidadesrdquo (BRUNDTLAND 1988 p 46)

O uso da aacutegua com consciecircncia eacute a soluccedilatildeo mais sustentaacutevel para o

enfrentamento da crise a que tem sido observada em diversos estados do paiacutes O

aproveitamento de aacutegua de chuva e reuso natildeo eacute um conceito novo mas com o

aumento da demanda tornou-se um tema atual e de suma importacircncia que eacute praticado

ao longo dos anos em diversos paiacuteses devendo ser uma atividade mais abrangente

que eacute o uso racional englobando a reduccedilatildeo de perdas e desperdiacutecios e a minimizaccedilatildeo

da produccedilatildeo de efluentes e do consumo de aacutegua potaacutevel

A utilizaccedilatildeo da aacutegua da chuva aleacutem de trazer o benefiacutecio da conservaccedilatildeo da

aacutegua e reduzir a dependecircncia excessiva das fontes superficiais de abastecimento

reduz o escoamento superficial minimizando os problemas com enchentes buscando

garantir a sustentabilidade urbana que segundo Dixon Butler e Fewkes (1999) soacute

seraacute possiacutevel atraveacutes da mobilizaccedilatildeo da sociedade em busca do uso apropriado e

eficiente da aacutegua

18

Segundo Petry e Boeriu (2000) nos uacuteltimos anos tem-se observado o

desenvolvimento de novas tecnologias referentes ao manejo de recursos hiacutedricos

Com isso observa-se novas expansotildees no uso de teacutecnicas de aproveitamento de

aacutegua de chuva tanto em regiotildees onde jaacute eram utilizadas como em locais onde eram

desconhecidas

Para Dixon et al(1999) a existecircncia da sociedade e de sua malha urbana no

futuro estaacute condicionada ao uso adequado da aacutegua considerando o seu reuacuteso e

aproveitamento da aacutegua pluvial em todo o ciclo desde a captaccedilatildeo passando pelo

tratamento e armazenagem

Veloso e Mendes (2014) afirmam que a maioria das experiecircncias brasileiras

de aproveitamento de aacutegua de chuva se concentra na regiatildeo do semiaacuterido brasileiro

promovida pela ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro) que eacute formada por mil

organizaccedilotildees da sociedade civil que atua na gestatildeo e no desenvolvimento de poliacuteticas

de convivecircncia com a regiatildeo semiaacuterida

Esta iniciativa contribui para equacionar os graves problemas de escassez de

aacutegua que a populaccedilatildeo e refeacutem Nesse sentido destaca-se o Programa Um Milhatildeo de

Cisternas (P1MC) uma das accedilotildees de mobilizaccedilatildeo promovidas pela ASA que objetiva

possibilitar ao nordestino o acesso a aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de

cisternas de placas Desde 2003 aproximadamente 499387 mil foram construiacutedas

beneficiando mais de 2 milhotildees de pessoas (ASA 2015)

Segundo Gould and Nissen-Petersen (1990) A colheita de aacuteguas pluviais eacute uma

teacutecnica antiga que possui um renome na popularidade devido agrave qualidade inerente da

aacutegua da chuva e ao interesse em reduzir o consumo de aacutegua tratada A aacutegua da chuva

eacute valorizada por sua pureza e suavidade Tem um pH quase neutro e estaacute livre de

subprodutos de desinfecccedilatildeo sais minerais e outros contaminantes naturais e

artificiais As plantas prosperam sob irrigaccedilatildeo com aacutegua de chuva armazenada Os

aparelhos duram mais quando satildeo livres dos efeitos corrosivos ou em escala de aacutegua

dura

Os usuaacuterios com sistemas potaacuteveis preferem o gosto superior e as

propriedades de limpeza da aacutegua da chuva Evidecircncias arqueoloacutegicas atestam a

captura da aacutegua da chuva haacute mais de 4000 anos e o conceito de colheita de aacutegua da

chuva na China pode chegar a mais de 6000 anos Ruiacutenas de cisternas construiacutedas

jaacute em 2000 aC para armazenar o escoamento das encostas para fins agriacutecolas e

domeacutesticos ainda estatildeo em Israel

19

A reutilizaccedilatildeo ou reuso de aacutegua ou ainda em outra forma de expressatildeo o uso

de aacuteguas residuaacuterias natildeo eacute um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo

haacute muitos anos Haacute relatos de sua praacutetica na Greacutecia Antiga com a disposiccedilatildeo de

esgotos e sua utilizaccedilatildeo na irrigaccedilatildeo Contudo a demanda crescente por aacutegua tem

feito do reuso planejado da aacutegua um tema atual e de grande importacircncia (SANTOS

1993)

O elevado desenvolvimento demograacutefico associado agraves transformaccedilotildees

econocircmicas reflete-se notavelmente no uso dos recursos hiacutedricos principalmente no

que se refere agrave qualidade e quantidade das aacuteguas superficiais e subterracircneas

(RAMOS 2000)

O uso de fontes alternativas e de estrateacutegias de uso racional de aacutegua em

edificaccedilotildees eacute uma forma de amenizar os problemas de disponibilidade de aacutegua

potaacutevel e diminuir a sua demanda

Dentre estas estrateacutegias pode-se citar o aproveitamento de aacutegua pluvial o

reuso de aacuteguas cinzas (ABNT NBR 155272007) O aproveitamento de aacutegua pluvial eacute

uma praacutetica milenar empregada no mundo todo Essa teacutecnica tem se difundido e se

consolidado como uma forma de mitigar os diversos problemas ambientais causados

pelo aumento da demanda de aacutegua pela falta de medidas de controle da poluiccedilatildeo e

de gestatildeo ambiental em aacutereas urbanas e rurais (BARROS 2000)

O reaproveitamento eficiente da aacutegua da chuva natildeo tem misteacuterios mas satildeo

necessaacuterios alguns pequenos cuidados que tornam os sistemas mais seguros e de

faacutecil manutenccedilatildeo (AQUASTOCK 2008)

De acordo com Diniz (2013) as teacutecnicas para operar um sistema de utilizaccedilatildeo

das aacuteguas pluviais seguem as seguintes etapas

Coletar aacuteguas pluviais atraveacutes de calhas em telhados coberturas

Armazenar essa aacutegua em reservatoacuterios cisternas

Abastecer o local onde seratildeo utilizadas as aacuteguas pluviais

Eliminar as primeiras aacuteguas de chuva preservando a qualidade dessa aacutegua

20

Relevacircncia da Pesquisa

O foco dos sistemas de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva estatildeo mais atrelados aos

problemas que o meio ambiente enfrenta de forma global ou seja estatildeo voltados para

o coletivo e natildeo individualmente Embora se pense em sistemas que sejam

desenvolvidos para a preservaccedilatildeo da aacutegua doce e da aacutegua da chuva para que natildeo

sejam desperdiccediladas eacute preciso tambeacutem pensar no investimento econocircmico de longo

prazo ou seja a economia na conta da aacutegua que seria uma forma de se pensar

tambeacutem individualmente

A relevacircncia deste trabalho aponta para os resultados levados agrave

sustentabilidade utilizando o aproveitamento de aacuteguas pluviais e de aacuteguas residuais

de evaporadoras de aparelhos de ar condicionado para fins natildeo potaacuteveis

Justificativa da Pesquisa

O sucesso das accedilotildees que devem conduzir ao reuso de aacutegua dependeraacute em

grande parte da influecircncia da comunidade do CEFET-RJ do comportamento das

pessoas e de suas decisotildees individuais Mesmo considerando que existe certo

interesse pelas questotildees ambientais haacute que se reconhecer a falta de informaccedilatildeo e

conhecimento dos problemas ambientais

Logo a educaccedilatildeo ambiental que tenha por objetivo informar e sensibilizar as

pessoas sobre os problemas (e possiacuteveis soluccedilotildees) existentes em sua comunidade

buscando transformar estas pessoas em indiviacuteduos que participem das decisotildees

sobre seus futuros exercendo desse modo o direito aacute cidadania tornando-se

instrumento indispensaacutevel ao processo

O CEFET-RJ possui duas entradas de abastecimento de aacutegua com

fornecimento atraveacutes da CEDAE perfazendo um consumo anual na ordem de

294039 m3 que abastecem blocos independentes atraveacutes de 02 castelos drsquoaacutegua com

alimentaccedilatildeo dos blocos por gravidade Tendo em vista o grande nuacutemero de blocos

com aacuterea construiacuteda de 3927050 m2 e grande aacutereas de paacutetios jardins e quadras

esportivas tendo alto consumo de aacutegua para limpeza

Estaacute sendo pesquisada a viabilidade do aproveitamento das aacuteguas pluviais

coletadas atraveacutes dos telhados de uma edificaccedilotildees bem como a aacutegua residual

proveniente dos evaporadores de unidades condensadoras e aparelhos de ar

condicionado de janela no campus do Maracanatilde em funccedilatildeo do grande nuacutemero de

ambientes com refrigeraccedilatildeo com a finalidade de reuso em aacutereas e atividades menos

nobres como lavagem de paacutetios quadras poliesportivas uso em bacias sanitaacuterias

21

irrigaccedilatildeo de jardins que com adoccedilatildeo destas medidas obter-se-aacute reduccedilatildeo do consumo

de aacutegua potaacutevel tratada fornecida pela concessionaria CEDAE

Como consequecircncias reduccedilatildeo dos custos reduccedilatildeo do incocircmodo de poccedilas de

aacuteguas residuais geradas por unidades condensadoras contribuiraacute na reduccedilatildeo de

enchentes tendo em vista a localizaccedilatildeo geograacutefica do CEFET-RJ proacutexima ao Rio

Maracanatilde estimulando a educaccedilatildeo ambiental e a sustentabilidade atraveacutes dos

multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo de aacutegua por membros da comunidade de

docentes discentes e teacutecnicos administrativos servindo como exemplo de uma

postura ambientalmente correta para o enfrentamento dos problemas de ocupaccedilatildeo e

impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos grandes centros urbanos

12 - Questatildeo Problema

Analisar a viabilidade de promover o desenvolvimento de um sistema de

captaccedilatildeo de aacutegua da chuva e aacuteguas residuais de evaporadoras de aparelhos de ar

condicionado do CEFETRJ para utilizaacute-la em fins natildeo potaacuteveis agregando valor agrave

sustentabilidade e gerando economia na conta da aacutegua

13 ndash Questotildees da Pesquisa

Nesta conjuntura surgem as questotildees que orientaratildeo este trabalho

Como implantar e implementar um sistema de aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Como verificar viabilidade teacutecnica para a adaptaccedilatildeo de instalaccedilotildees do preacutedio

estudado no CEFETRJ Campus Maracanatilde para aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Pesquisar os segmentos que se ajustem ao uso da aacutegua natildeo potaacutevel e calcular

suas demandas

Quantificaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas remanescentes

provenientes de Unidades Evaporadoras de aparelhos de ar condicionado do

preacutedio estudado

22

14 - Objetivo Geral

O objetivo geral da dissertaccedilatildeo eacute apresentaccedilatildeo de uma proposta metodoloacutegica

para analisar a viabilidade teacutecnica de um sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais

e aacuteguas residuais de evaporadoras de unidades evaporadores para uso com fins natildeo

potaacuteveis no Campus Maracanatilde do CEFET-RJ

15 - Objetivos Especiacuteficos

Desenvolvimento da metodologia proposta

Dimensionar o sistema de armazenamento das aacuteguas pluviais e

residuais coletadas para reuso

Buscar tecnologias para implantaccedilatildeo de sistema de aproveitamento de

agua pluviais

Avaliar viabilidade econocircmica da implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais

16 ndash Estrutura Metodoloacutegica

A metodologia utilizada no presente trabalho considerou o bloco E para se

analisar a viabilidade de aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

provenientes de unidade evaporadoras de aparelhos de ar condicionado Com

aplicaccedilatildeo de questionaacuterio para os usuaacuterios das instalaccedilotildees para quantificaccedilatildeo da

demanda de aacutegua nos ambientes estudados

Ywashima (2005) ressalta a importacircncia de campanhas de conscientizaccedilatildeo

para utilizaccedilatildeo racional da aacutegua nas escolas Segundo a pesquisadora a conta natildeo e

paga de forma direta pelos usuaacuterios consequentemente natildeo haacute motivaccedilatildeo financeira

A autora apresenta como sugestatildeo tecnologias economizadoras onde se obteacutem

reduccedilatildeo de consumo independente da mudanccedila de comportamento pelos usuaacuterios

Tomando como premissa o atual consumo desordenado de aacutegua consumo

este que proporciona uma grande margem para que no futuro este liacutequido precioso

para a vida na terra venha a faltar caso natildeo seja criado mecanismos que possam

contornar essa situaccedilatildeo o desenvolvimento deste presente projeto apresenta-se

como uma alternativa para compor estes mecanismos

23

Atraveacutes de pesquisas foi constatado que as aacuteguas pluviais devem ser utilizadas

para amenizar a situaccedilatildeo Desse modo o presente trabalho contempla a possibilidade

de uso de recursos tecnoloacutegicos a fim de que se possa reduzir o consumo e diminuir

o desperdiacutecio de aacutegua atraveacutes da captaccedilatildeo armazenamento e reaproveitamento das

aacuteguas pluviais

Este sistema de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial permite usar as aacutereas de coberturas

da edificaccedilatildeo para captar a aacutegua da chuva apoacutes passar por um filtro ou mecanismo

de retenccedilatildeo de impurezas conduzi-la a um reservatoacuterio onde seraacute armazenada e

utilizada na edificaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis tais como lavagem de pisos irrigaccedilatildeo

de jardins mictoacuterios e bacias sanitaacuterias

No que diz respeito a implementaccedilatildeo da metodologia foi realizado um

levantamento das coberturas da edificaccedilatildeo escolhidas com analise dos dados

meteoroloacutegicos da regiatildeo que permitiram avaliaccedilatildeo dos paracircmetros necessaacuterios para

os caacutelculos dos reservatoacuterios de aacuteguas pluviais

O trabalho foi dividido em trecircs etapas

A primeira etapa desenvolveu-se atraveacutes de pesquisas referecircncias

bibliograacuteficas dados teacutecnicos e projetos semelhantes referentes ao tema para obter

um melhor embasamento teoacuterico sobre o assunto com auxilio da internet pesquisas

literaacuterias artigos cientiacuteficos informaccedilotildees pessoais de profissionais e obtivemos

informaccedilotildees necessaacuterias favoraacuteveis que possibilitaram a execuccedilatildeo do presente

trabalho em unidade de ensino adequando agraves edificaccedilotildees do campus onde houvesse

o menor nuacutemero de intervenccedilotildees

A segunda etapa foi direcionada ao programa de necessidades considerando

o consumo da edificaccedilatildeo e o potencial de captaccedilatildeo atraveacutes de aacuterea de coberturas

evaporadores de ar condicionado levantamento dos iacutendices pluviomeacutetricos da regiatildeo

preacute-dimensionamento para os reservatoacuterios superior e inferior e uma estimativa de

custos para implantaccedilatildeo

A terceira e uacuteltima etapa foi direcionada ao anteprojeto arquitetocircnico para

construccedilatildeo do reservatoacuterio prevendo no sistema a captaccedilatildeo tanto de aacuteguas pluviais

quanto de aacuteguas residuais provenientes dos evaporadores de ar condicionado

levantamento dos custos referentes a implantaccedilatildeo dos reservatoacuterios com avaliaccedilatildeo

do tempo de retorno (payback) do investimento

24

A Figura 01 ilustra de forma simplificada a abordagem utilizada durante a

realizaccedilatildeo desta pesquisa

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho(2017)

DISSERTACcedilAtildeO

VERTENTE TEacuteCNICA

EMPIacuteRICA

COLETA DE DADOS

FLUXO DO PROCESSO

DIMENSIONAMENTO

CONCEPCcedilAtildeO EMPIacuteRICA

CONCLUSAtildeO DISSERTACcedilAtildeO

HISTOacuteRICO REUSO DAS

AacuteGUAS

LEGISLACcedilAtildeO

SUSTENTABILIDADE

BASE TEOacuteRICA

CONCEPCcedilAtildeO TEOacuteRICA

25

17 ndash Delimitaccedilatildeo da Pesquisa

A realizaccedilatildeo do presente trabalho ocorreraacute atraveacutes de levantamento de dados

referente ao abastecimento e equipamentos instalados do bloco E do campus

Maracanatilde com estudo de consumo de aacutegua da edificaccedilatildeo levando em consideraccedilatildeo

o nuacutemero de usuaacuterios

A capacidade de captaccedilatildeo seraacute realizada atraveacutes das aacutereas de cobertura e

utilizaccedilatildeo dos iacutendices de precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica da regiatildeo estudada de anos

anteriores para caacutelculo e dimensionamento de reservatoacuterios inferior e superior bem

como avaliaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas residuais produzidas pelas

evaporadoras instaladas no preacutedio

Avaliando as adaptaccedilotildees necessaacuterias ao sistema de abastecimento existente

para o atendimento das bacias sanitaacuterias e lavagem de paacutetios quadras esportivas

regas de jardim e levantando e propondo utilizaccedilatildeo de novas tecnologias existentes

para instalaccedilatildeo do sistema e verificando a necessidade de utilizaccedilatildeo de

abastecimento com aacutegua potaacutevel em casos de grande estiagem para manutenccedilatildeo

das atividades sem prejuiacutezos agrave aacuterea acadecircmica

Desta forma nesta pesquisa seratildeo avaliados os dados obtidos atraveacutes de

levantamentos arquitetocircnicos e das instalaccedilotildees hidro sanitaacuterias existentes no

CEFETRJ - Unidade Maracanatilde aleacutem de documentaccedilatildeo e pesquisa em projetos

similares que jaacute possam existir relacionados agrave questatildeo da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Como objetivo de fundamentar a implantaccedilatildeo do estudo e desenvolvimento do

mesmo seraacute apresentado levantamento e resultado necessaacuterios para implementaccedilatildeo

da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais com base nos dados coletados e revisatildeo bibliograacutefica

em artigos e perioacutedicos que versam sobre as tecnologias mais indicadas para a

utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

18 ndash Justificativa da Pesquisa

Como prevecirc a constituiccedilatildeo em seu Art 225 caput ndash ldquoTodos tecircm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial agrave sadia

qualidade de vida impondo-se ao Poder Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-

lo e preservaacute-lo para presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo (Brasil 2004)

No atendimento a constituiccedilatildeo e as legislaccedilotildees pertinentes levar o CEFET- RJ

26

ao cumprimento de accedilotildees e objetivos visando a sustentabilidade nas suas

dependecircncias e atraveacutes de sua comunidade discente docente e teacutecnicos

administrativos atuar como multiplicadores de accedilotildees de preservaccedilatildeo do meio

ambiente atraveacutes do reuso de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais oriundas de

evaporadores e aparelhos de ar condicionado de janela

Em funccedilatildeo do alto consumo como pode ser observado na figura 2 faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de equipamentos de maior tecnologia e o aproveitamento de

aacuteguas pluviais para uso menos nobre conforme determina a norma ABNT ndash NBR

15527 de 24102007 e contribuir de forma efetiva para reduccedilatildeo de custo

possibilidade de racionamento e reduccedilatildeo per capta do consumo nos oacutergatildeos puacuteblicos

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014

Entrada Volume faturado (msup3)

nordm jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez total 2014

485 17310 18230 13160 22110 19640 16890 20010 19070 25430 22670 25060 28430 248010

681 3706 3580 6560 5394 6170 2800 3310 2650 3069 2580 2890 3320 46029

Total

mensal 21016 21810 19720 27504 25810 19690 23320 21720 28499 25250 27950 31750 294039

Fonte Contas CEDAE exerciacutecio 2014

00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Vo

l f

atu

rad

o (

msup3)

Mecircs

Consumo mensal de aacutegua em 2014

485

27

19 ndash Organizaccedilatildeo do Estudo

O Capiacutetulo 01 desta pesquisa estaacute organizado com a introduccedilatildeo composta pela

situaccedilatildeo-problema questotildees de pesquisa objetivos estrateacutegia delimitaccedilatildeo e

justificativa da pesquisa A finalidade preciacutepua da leitura deste capiacutetulo eacute harmonizar

a compreensatildeo do contexto e a importacircncia da pesquisa

O Capitulo 02 estaacute organizado com os fundamentos teoacutericos com base em

sustentabilidade histoacuterico de reuso da aacutegua e legislaccedilatildeo

O Capitulo 03 trata da metodologia e tipo de pesquisa a ser empregado

informando a forma da obtenccedilatildeo dos dados e como seratildeo feitos o tratamento e anaacutelise

dos dados

No Capiacutetulo 4 seratildeo interpretados os resultados referentes agraves demandas de

aacuteguas menos nobres a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacutegua proveniente de unidades

evaporadoras e aacuteguas pluviais com avaliaccedilatildeo de viabilidade econocircmica para

implantaccedilatildeo do sistema

No Capiacutetulo 05 seraacute apresentada a anaacutelise dos resultados e sugestotildees para

estudos futuros e complementares

28

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA

No presente capitulo seraacute apresentada a vertente teacutecnica com os fundamentos

teoacutericos que forneceratildeo o suporte para o desenvolvimento da pesquisa

21 A Sustentabilidade e as questotildees quanto a conservaccedilatildeo reaproveitamento e

reduccedilatildeo do consumo de aacuteguas pluviais

A Comissatildeo Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento denominada

Comissatildeo de Brundtland (1988) define o desenvolvimento sustentaacutevel como aquele

que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das

geraccedilotildees futuras atenderem as suas proacuteprias necessidades

Surgido na deacutecada de 1990 o tripeacute da sustentabilidade tem crescido em seu

conceito em todo o planeta refletindo uma seacuterie de processos valores e objetivos de

forma que uma gestatildeo deveraacute orientar aos trecircs pilares econocircmico social e ambiental

podendo este conceito ser aplicado de forma macro para um paiacutes ou ateacute para o

planeta ou micro podendo ser uma escola um vilarejo ou empresa (DIAS2011)

A concepccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel orienta a discussatildeo sobre o tema

em qualquer segmento das atividades do ser humano Os objetivos tecircm como base

na perspectiva de utilizaccedilatildeo dos recursos naturais desde que sejam preservados para

as futuras geraccedilotildees Dias ( 2011) Poreacutem parte das dificuldades apresenta-se porque

as geraccedilotildees natildeo tecircm participaccedilatildeo nas decisotildees atuais Desta forma somente a

conscientizaccedilatildeo da preservaccedilatildeo da vida e da espeacutecie eacute que motiva o ser humano o

que natildeo acontece na maioria das vezes com os gestores e poliacuteticos dos dias atuais

(MOURA 2011)

Muito embora para alguns o desenvolvimento sustentaacutevel eacute um projeto social e

poliacutetico que serve como ferramenta para combate a pobreza satisfaccedilatildeo das

necessidades baacutesicas da humanidade de maneira a elevar a qualidade de vida dos

indiviacuteduos fornece princiacutepios para que o desenvolvimento seja harmonioso levando

em conta a transformaccedilatildeo dos recursos do ambiente deste modo para estes sugerem

atitudes novas das quais pela edificaccedilatildeo de uma nova racionalidade De forma

contraria agrave maioria que se preocupa em compatibilizar o meio ambiente a um

crescimento econocircmico de forma continua (DIAS 2011)

Acreditava-se que o crescimento econocircmico desenvolveria de forma natural o

29

desenvolvimento sustentaacutevel Veiga (2005) Somente uma gestatildeo com

responsabilidade ambiental eacute capaz de conciliar uma melhor qualidade de vida com

necessidade de crescimento econocircmico (MOURA 2011)

A passagem de um sistema baseado no consumo a um sistema sustentaacutevel

tem diversas implicaccedilotildees Necessita abrir a visatildeo da relaccedilatildeo da sociedade ao meio

ambiente transformar a organizaccedilatildeo social produtiva que gera a desigualdade e a

pobreza Atraveacutes de novas relaccedilotildees sociais onde o eixo natildeo seraacute somente a

perspectiva da lucratividade e praacuteticas de produccedilatildeo predatoacuterias do meio ambiente

mas o bem-estar da humanidade O que daacute margem a diferentes pontos de vistas

com base de modo geral na busca do produto de equiliacutebrio entre os trecircs eixos da

sustentabilidade crescimento econocircmico igualdade social e a preservaccedilatildeo ao meio

ambiente (DIAS 2011)

De acordo com Alledi (2006) a grande preocupaccedilatildeo das melhores empresas

do mundo hoje em dia eacute com a sustentabilidade dos seus negoacutecios um movimento

que se fundamentou em questotildees ambientais mas que atualmente eacute visto de um

modo mais amplo passando a incorporar os temas dos movimentos empresariais

anteriores pela qualidade pela sauacutede e seguranccedila do trabalho pela proacutepria

preservaccedilatildeo do meio ambiente e mais recentemente pela responsabilidade social

corporativa

211 Exemplos recentes de atitude sustentaacuteveis adotadas no Brasil

O recebimento da certificaccedilatildeo LEED (Leadership in Energy and Environmental

concedido pelo US Green building Council (USGBC) para certificaccedilotildees em 07 estaacutedios

construiacutedos para a Copa 2014 cuja adoccedilatildeo de medidas sustentaacuteveis foi requisito para

que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social (BNDES) liberasse o

financiamento para as obras das arenas da Copa preacute-requisito este que seraacute adotado

pela FIFA para as proacuteximas eleiccedilotildees do mundial (wwwcopa2014govbr)

Dentre as diversas arenas pode ser ressaltada a economia conseguida pela

Arena da Amazocircnia de cerca de 40 de aacutegua potaacutevel atraveacutes da captaccedilatildeo da aacutegua

de chuva em um volume de 140000 litros para irrigaccedilatildeo do gramado e utilizaccedilatildeo nos

sanitaacuterios ABES (observatoacuterio do terceiro setor)

Foram diversas medidas sustentaacuteveis para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo LEED

destacando a abertura das portas para educaccedilatildeo ambiental desde o inicio das obras

30

Foram desenvolvidas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo das accedilotildees de

sustentabilidade que foram implementadas nos estaacutedios para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

LEED com utilizaccedilatildeo de paineacuteis ilustrados nas aacutereas de circulaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de

panfletos aos visitantes Accedilotildees voltadas para conscientizaccedilatildeo da certificaccedilatildeo e

tambeacutem para manutenccedilatildeo apoacutes a realizaccedilatildeo do evento (wwwcopa2014govbr)

212 Medidas sustentaacuteveis para conservaccedilatildeo reaproveitamento de aacutegua e reduccedilatildeo

do consumo de aacuteguas pluviais

A conservaccedilatildeo de aacutegua pode ser definida como um conjunto de praacuteticas

teacutecnicas e tecnologias que propiciam a melhoria da eficiecircncia do seu uso incidindo de

maneira sistecircmica sobre a demanda e a oferta de aacuteguas As iniciativas de

racionalizaccedilatildeo do uso e de reuso de aacutegua constituem-se em elementos fundamentais

para a ampliaccedilatildeo da eficiecircncia do uso da aacutegua (PROSAB 2011) resultando em

Aumento da disponibilidade para os demais usuaacuterios

Flexibilizaccedilatildeo dos suprimentos existentes para outros fins

Atendimento ao crescimento populacional

Suporte agrave implantaccedilatildeo de novas induacutestrias

Preservaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do meio ambiente

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

31

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo A reutilizaccedilatildeo de

aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que permite maiores volumes

de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica

por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes (BRASIL 2010)

Mota OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenada

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Observaccedilotildees sobre Gestatildeo das aacuteguas pluviais A gestatildeo de aacutegua pluvial visa

reduzir o consumo de aacutegua potaacutevel por meio de aproveitamento das aacuteguas de chuvas

contribuindo inclusive para a reduccedilatildeo de inundaccedilotildees ou de poluiccedilotildees difusas Uma

das medidas que vem sendo amplamente desenvolvida como forma de economizar

as aacuteguas potaacuteveis e evitar o risco de inundaccedilotildees em regiotildees com alto iacutendice de

impermeabilizaccedilatildeo do solo eacute a retenccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Este sistema coligado a um sistema de reaproveitamento destas aacuteguas

configura-se como uma das mais eficientes formas de renovaccedilatildeo de um insumo finito

aacutegua As aacuteguas pluviais entretanto natildeo apresentam qualidade necessaacuteria para o

consumo Mesmo quando a captaccedilatildeo destas aacuteguas extravasam para o esgotamento

natildeo se deve permitir que elas sejam lanccediladas in natura para o lenccedilol freaacutetico pela

possibilidade de carga poluidora As aacuteguas pluviais quando utilizadas diretamente por

pontos na edificaccedilatildeo estes devem ser separados do sistema de aacutegua do restante do

preacutedio e deve conter indicativo visual de que a aacutegua natildeo eacute potaacutevel portanto improacutepria

para o consumo preparo de alimentos e banho

No caso da utilizaccedilatildeo deste sistema de reaproveitamento de aacuteguas pluviais

dois cuidados fundamentais devem ser observados primeiramente com relaccedilatildeo ao

caacutelculo do volume do reservatoacuterio que considera o IP (iacutendice pluviomeacutetrico) local A

Caixa Econocircmica recomenda a utilizaccedilatildeo do caacutelculo na Lei Estadual nordm 1252607

(SAtildeO PAULO 2007)

A segunda observaccedilatildeo refere-se ao volume do escoamento de aacuteguas pluviais

no solo de forma controlada a fim de prevenir inundaccedilotildees reduzir a poluiccedilatildeo difusa

e propiciar a recarga do lenccedilol freaacutetico Um projeto como este para ser aprovado

32

depende de um memorial de caacutelculo detalhado apresentando o niacutevel do lenccedilol freaacutetico

do local caacutelculo da vazatildeo de aacuteguas a serem lanccediladas na rede puacuteblica elaboraccedilatildeo de

um manual de operaccedilatildeo do sistema e indicaccedilatildeo de toda a documentaccedilatildeo teacutecnica tal

como projeto memoriais descritivos planilhas de custos e outros (CEF 2010)

Apesar de que o reaproveitamento de aacuteguas pluviais no Brasil jaacute ocorrer haacute

muito tempo em algumas regiotildees somente em 2007 entrou em vigor a NBR 15527

que estabelece as condiccedilotildees para o aproveitamento de aacuteguas de chuva em coberturas

de aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

O objetivo desta accedilatildeo eacute reduzir o consumo de aacutegua independentemente da

accedilatildeo do usuaacuterio ou da sua disposiccedilatildeo em mudar de comportamento para reduzir o

consumo de aacutegua Ela deve ser implementada quando o sistema estiver totalmente

estaacutevel ou seja sem nenhuma perda de aacutegua por vazamento (ANA 2005)

A situaccedilatildeo do Brasil eacute muito favoraacutevel pois deteacutem cerca de 12 de toda aacutegua

doce do planeta poreacutem 685 encontra-se na regiatildeo norte na qual vivem apenas

74 dos brasileiros (CONFEA 2011)

A limitaccedilatildeo de reservas de agua doce no planeta aumentou a demanda para

atendimento principalmente a prioridade dos recursos para o consumo humano

agriacutecola e industrial a prioridade de utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis para

abastecimento puacuteblico e as restriccedilotildees que vecircm sendo impostas em relaccedilatildeo ao

lanccedilamento de efluentes no meio ambiente torna necessaacuteria a adoccedilatildeo de estrateacutegias

que visem racionalizar a utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos e mitigar os impactos

negativos relativos agrave geraccedilatildeo de efluentes pelas induacutestrias (FIESP 2011)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

33

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo

A reutilizaccedilatildeo de aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que

permite maiores volumes de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode

diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes

(BRASIL 2010)

Melhado et al (2013) frisam a importacircncia das accedilotildees de cunho poliacutetico teacutecnico

e social na busca de soluccedilotildees praacuteticas visando a reduccedilatildeo do consumo da aacutegua e

descrevem as mais importantes

Economia e valorizaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo objetivando o uso racional da aacutegua

Manutenccedilatildeo das redes puacuteblicas e privadas para verificaccedilatildeo de desperdiacutecios

e vazamentos

Minimizaccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo do solo urbano e da vazatildeo de

escoamento do terreno objetivando favorecer a permeabilidade da aacutegua

Captaccedilatildeo e armazenamento em reservatoacuterios especiacuteficos das aacuteguas

pluviais e demais aacuteguas natildeo potaacuteveis para usos que natildeo necessitam de

potabilidade como irrigaccedilatildeo reserva de incecircndio lavagem de piso

veiacuteculos em geral e ruas Se necessaacuterio para algum uso especiacutefico a aacutegua

deveraacute passar por unidades de tratamento para atingir os niacuteveis de

qualidade correspondente Quanto mais eficiente for a gestatildeo das aacuteguas

pluviais por retenccedilatildeo ou reuso menor seraacute o volume de aacutegua destinado agraves

redes puacuteblicas

Embora a aacutegua doce existente no planeta esteja sempre em renovaccedilatildeo haacute uma

tendecircncia de sua deterioraccedilatildeo em funccedilatildeo do seu uso indiscriminado devido ao

aumento populacional comprometendo consequentemente sua qualidade ficando

esta em quantidade cada vez menor em determinadas localidades disponiacutevel para

consumo As mudanccedilas climaacuteticas globais tambeacutem vecircm contribuindo para o aumento

na demanda dos recursos hiacutedricos

Devido ao ciclo hidroloacutegico que eacute fechado sabe-se que a quantidade de aacutegua

disponiacutevel no planeta eacute sempre a mesma Sabe-se tambeacutem que este ciclo constitui-

se basicamente do transporte das massas de aacutegua dos oceanos para a atmosfera

34

pelo fenocircmeno da evaporaccedilatildeo e da atmosfera para os oceanos atraveacutes dos

fenocircmenos das precipitaccedilotildees escoamentos superficiais e subterracircneos influenciando

diretamente na distribuiccedilatildeo dos corpos hiacutedricos Muitas regiotildees vem sofrendo

alteraccedilotildees resultantes das diferentes formas antroacutepicas de interferecircncia sobre o

ambiente Hespanhol e Mierwa (2013) O surgimento das Metroacutepoles

desmatamentos obras de dragagens assim como construccedilotildees de represas satildeo

exemplos concretos disto

Sabe-se que menos de 1 de toda a aacutegua existente no planeta eacute doce e que

aproximadamente metade deste percentual corresponde a aacuteguas subterracircneas

enquanto o restante encontra-se nos oceanos Aacute medida que a populaccedilatildeo vem

crescendo a deterioraccedilatildeo dos mananciais vai se acentuando surgindo problemas nos

abastecimentos drsquoaacutegua que atualmente vem merecendo a atenccedilatildeo e preocupaccedilatildeo de

populaccedilotildees e autoridades de todo o mundo Eacute necessaacuterio que haja uma gestatildeo

integrada dos recursos drsquoaacutegua racionalizando o seu uso favorecendo o

desenvolvimento de sistemas sustentaacuteveis como forma de prevenccedilatildeo contra a

escassez

Apesar de a aacutegua doce estar distribuiacuteda de forma desigual sobre o planeta a

disponibilidade deste recurso no Brasil eacute significativa poreacutem distribuiacuteda tambeacutem de

forma desigual sobre o nosso territoacuterio sendo na regiatildeo Amazocircnica 69 e nas

demais regiotildees 31 nas quais se concentram 95 da populaccedilatildeo do Paiacutes

Confrontando estes dados com os do ANEEL- Departamento Nacional de Aacuteguas e

Energia Eleacutetrica pode-se afirmar que em quanto na regiatildeo amazocircnica com 69 da

aacutegua e 685 dos recursos hiacutedricos para uma populaccedilatildeo de 5 do paiacutes nas demais

regiotildees temos 31 das aacuteguas com 315 dos mesmos recursos para 95 da

populaccedilatildeo Eacute certo que se tem uma enorme diferenccedila regional

35

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

MUNICIacutePIOS

VALORES OBSERVADOS

1970 1975 1980 1995 2000 2005 2010 2014

1 Caxias

2 Itaboraiacute

3 Itaguaiacute

4 Mageacute

5 Mangaratiba

6 Maricaacute

7 Niloacutepolis

8 Niteroacutei

9 Nova Iguaccedilu

10 Paracambi

11 Petroacutepolis

12 Satildeo Gonccedilalo

13 SJ de Meriti

14 Rio de

Janeiro

404 496

14 072

17 468

83 841

6 125

6 500

128 011

292 180

724 326

22 149

154 612

430 271

302 394

4251

918

554 935

23 652

76 267

163 906

8 094

19 602

151 700

400 140

1091 702

27 434

202 146

614 688

398 686

5093 232

661 578

31 919

101 048

198 471

10 136

22 677

160 434

439 596

1247

614

32 347

239 899

733 791

436 234

5474

597

780 964

42 668

129 867

235 894

12 454

26 188

169 031

480 981

1410

116

37 686

277 620

871 361

474 149

5585

289

916 278

55 469

163 800

277 069

15 111

30 226

177 585

525 061

1583 658

43 484

318 764

1035 991

513 025

6245 537

1071728

71 096

204 326

323 382

18 191

34 902

186 193

573 014

1773 705

49 787

363 819

1239 963

553 550

6638 213

1252 875

90 205

253 441

376 692

21 820

40 349

194 942

626 596

1986 378

56 660

413 381

1500 984

596 414

7038 605

1467033

113 697

313 856

439 389

26 149

46 734

203 913

688 395

2228600

64 190

468 169

1844983

642 305

7449231

TOTAL A RMRJ 683836

3

8826184 9790341 10807268 11901058 13101869 14449342 15996644

Fonte IBGE 2010

Na cidade do Rio de Janeiro constitui-se de 950 msup3s de vazatildeo meacutedia de aacutegua

doce disponiacutevel proporcionando 2080msup3 de aacutegua por ano para 144 milhotildees de

habitantes numa meacutedia desconsiderando as perdas de aproximadamente

57m3dia suficiente para atender a atual demanda de consumo Entretanto trabalhos

sobre a projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

evidenciam um crescente aumento populacional IBGE (2010) como observa-se no

Quadro 2

Segundo estudos socioeconocircmicos e de demanda de aacutegua para a regiatildeo

metropolitana do Rio de Janeiro Rios (2011) deveraacute ser feita uma ampla campanha

de educaccedilatildeo ambiental atraveacutes da miacutedia visando o controle dos desperdiacutecios de aacutegua

nas induacutestrias comeacutercio e domiciacutelios tendo em vista o perigo de uma crise de

racionamento de aacutegua semelhante agrave crise energeacutetica ocorrida entre 2001 e 2002 No

36

Quadro 2 eacute demonstrada a evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a

Regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro

Com base nas projeccedilotildees demograacuteficas estabelecidas em termos indicativos

para o ano de 2035 procedeu-se a uma estimativa da demanda de aacutegua Tal

estimativa supotildee que a relaccedilatildeo entre demanda de aacutegua e populaccedilatildeo residente

admitida para o ano de 2014 continue vaacutelida para 2035 Rios(2011) Levando-se em

consideraccedilatildeo o demonstrado nos Quadros 1 e 2 o aumento populacional para a

regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro em 2010 tomando-se por base o ano de 2000

foi de 2208

A demanda atendida tanto com os niacuteveis de perdas mantidos quanto com a

reduccedilatildeo das perdas em 20 seraacute de 2739 O fato da demanda prevista ser maior

do que o crescimento populacional pode ser explicado devido ao esperado aumento

de educaccedilatildeo para a sauacutede na populaccedilatildeo a qual necessitaria de mais aacutegua para suas

atividades

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro

DISCRIMINACcedilAtildeO

1980

1985

1990

1995

2005

2010

2014

Demanda total exclusive perdas (1) 3255 3624 4120 4624 5188 5839 6609

Demanda atendida Exclusive

perdas (2)

2213 2935 3914 4532 5188 5839 6609

Demanda atendida Inclusive perdas

(3) Hipoacutetese I

3952 5241 6889 8093 9264 10427 11802

Demanda atendida Inclusive perdas

(4) Hipoacutetese II

3952 4515 4893 5665 6485 7289 8261

Fonte Rios 2011

Para Monteiro et al(2010) o reuso de aacutegua exige que padrotildees adequados de

potabilidade sejam adotados tendo em conta questotildees de sauacutede puacuteblica como

acontece em diversas partes do mundo sendo no Brasil uma praacutetica ainda incipiente

Reiteram os autores que esta eacute uma estrateacutegia correta para diminuiccedilatildeo da captaccedilatildeo

e mitigaccedilatildeo no lanccedilamento de dejetos no ambiente natural

37

A Cacircmara Teacutecnica de Ciecircncia e Tecnologia do Conselho Nacional de Recursos

Hiacutedricos apontou para a necessidade de uma ampla discussatildeo sobre o tema reuso

natildeo potaacutevel Foram elaborados dois termos de referecircncia O primeiro referente agrave

elaboraccedilatildeo de resoluccedilatildeo contemplando os aspectos poliacuteticos legais e institucionais e

o segundo relativo agraves diretrizes gerais para a praacutetica do reuso Eacute necessaacuterio que se

leve em consideraccedilatildeo o tipo de reuso que se deseja e o niacutevel de tratamento para que

os padrotildees sejam alcanccedilados

O reuso operacionalmente permite substituir grandes volumes de aacutegua

destinados a usos nos quais a potabilidade natildeo eacute fator preponderante O reuso de

aacutegua jaacute vem sendo amplamente empregado na induacutestria principalmente em torres de

resfriamento caldeiras construccedilatildeo civil irrigaccedilatildeo de aacutereas verdes e em alguns

processos industriais onde a utilizaccedilatildeo de aacutegua com menor padratildeo de qualidade natildeo

ocasione maiores problemas Desta forma o reuso de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis

deve ser considerado como primeira opccedilatildeo para reuso (HESPANHOL amp MIERZWA

2013)

22 Histoacuterico do Reuso de Aacuteguas

O aproveitamento de aacuteguas pluviais para o consumo das populaccedilotildees jaacute existe

ao longo das civilizaccedilotildees como pocircde ser observado em diversas construccedilotildees antigas

em vaacuterios pontos do mundo Reservatoacuterios escavados na rocha como pode ser

observado em Israel o que confirma o costume de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Em Roma encontram-se diversos reservatoacuterios utilizados para o abastecimento da

populaccedilatildeo (TOMAZ2013)

De acordo com Jarus(2012) em Massada (ldquofortalezardquo em hebraico) situa-se

um dos mais conhecidos sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais em Israel

onde Herodes no ano de 36 a c como forma de se precaver contra tempos difiacuteceis

construiu uma fortaleza com cavernas escavadas na rocha com capacidade de

armazenamento de 40 milhotildees de litros Estes reservatoacuterios possuiacuteam interligaccedilatildeo

atraveacutes de canalizaccedilotildees e aquedutos para abastecimento das habitaccedilotildees da fortaleza

38

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Fonte httpwwwgeocitieswspaz_israelmassadahtm

Na cidade de Toacutequio com a finalidade de prevenir a falta de aacutegua e reduzir

inundaccedilotildees foi intensificada a construccedilatildeo de diversos reservatoacuterios por toda a cidade

bem como motivou os proprietaacuterios de edifiacutecios e residenciais a construiacuterem seus

reservatoacuterios com incentivo a cada litro de aacutegua pluvial captado (AMARAL 2007)

A Alemanha era abastecida em mais de 70 por aquiacuteferos subterracircneos em

funccedilatildeo da poluiccedilatildeo de seus rios e grande industrializaccedilatildeo do paiacutes E recentemente

com o rebaixamento dos aquiacuteferos tornou-se um paiacutes liacuteder na execuccedilatildeo dos sistemas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva tanto para fins domeacutesticos como comerciais

(AMARAL 2007)

O Meacutexico desde a eacutepoca dos Astecas e Maias eacute rico em tradiccedilotildees tecnoloacutegicas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva Ainda na data atual na Peniacutensula de Yucatan pode

ser visto as chamadas Chultuns cisternas do seacuteculo X com capacidade variando de

20000 a 45000 litros utilizadas pelo povo Maia para captaccedilatildeo e abastecimento das

populaccedilotildees que viviam nas encostas As cisternas eram escavadas no subsolo

calcaacuterio e revestidas com emboccedilo impermeaacutevel tendo na sua parte superior uma aacuterea

de 100 a 200 m2 destinada a captaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica Nos vales eram

usadas as aacuteguas dos (reservatoacuterios com capacidade de 10 a 150 milhotildees de litros) e

aquaditas (reservatoacuterios com capacidade de 100 a 50000 litros) - (GNADLINGER

2000)

39

Figura 4 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

Figura 5 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

O desaparecimento do uso de SAAP na peniacutensula de Yucatan deveu-se aos

colonizadores espanhoacuteis por ocasiatildeo da invasatildeo espanhola seacuteculo XVI quando foram

introduzidos novos sistemas de agricultura e meacutetodos de construccedilatildeo europeia

40

diferentes da cultura local Tendo acontecido o mesmo na Iacutendia com o sistema colonial

britacircnico que gerou colapso nos SAAP centenaacuterios (GNADLINGER 2000)

O Japatildeo promove diversos estudos e pesquisas na aacuterea de SAAP Em Toacutequio

a regulamentos para que os terrenos de aacutereas superiores a 10000m2 e os edifiacutecios

com mais de 3000m2utilizem o SAAP Os edifiacutecios com uma aacuterea superior a 30000m2

e que tenham consumo na ordem de 100m3dia de aacutegua para fins natildeo potaacuteveisaleacutem

da utilizaccedilatildeo de SAAP satildeo obrigados a tratar as aacuteguas cinzas(TOMAZ 2009)

No planalto de Loess norte da china tem elevada escassez de aacuteguas

subterracircneas e baixa precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica diante destes fatos o governo local

da Proviacutencia de Gansu colocou em praacutetica desde 1997 um projeto de captaccedilatildeo de

aacutegua da chuva denominado121uml que consiste em auxiliar cada famiacutelia a construir uma

(1) aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua dois (2) reservatoacuterios de armazenamento de aacutegua e um

(1) lote para plantaccedilatildeo de culturas comercializaacuteveis Solucionando o problema de

aacutegua potaacutevel a cerca de 13 milhotildees de pessoas (260000 famiacutelias) (JIANG et al

2013)

221 Aspectos histoacutericos da captaccedilatildeo das aacuteguas pluviais no Brasil

O aproveitamento da aacutegua das chuvas natildeo eacute uma inovaccedilatildeo dos dias de hoje

O primeiro relato do uso da aacutegua da chuva que se tem conhecimento em nosso paiacutes

segundo Hagemann (2009) eacute de um sistema construiacutedo na Ilha de Fernando de

Noronha pelo exeacutercito norte-americano em 1943

Hagemann (2009) afirma que a utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais tem sido praticada

em maior escala principalmente na regiatildeo Nordeste em decorrecircncia do problema de

escassez hiacutedrica caracteriacutestica da regiatildeo Teve iniacutecio em julho de 2003 o Programa

de Formaccedilatildeo e Mobilizaccedilatildeo Social para a Convivecircncia com o Semiaacuterido um Milhatildeo

de Cisternas Rurais (P1MC) visando beneficiar aproximadamente 5 milhotildees de

pessoas na regiatildeo semiaacuterida com aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de cisternas

(Figura 6)

41

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural

Fonte Annencchini 2005

A seguir a figura 7 apresenta um modelo mais simples para casas populares

podendo atender quase 100 da aacutegua de um lar (CUNHA et al 2011)

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva

Fonte wwwportalsaofranciscocombr 2016

42

23 Utilizaccedilotildees da aacutegua coletada e o seu consumo

A aacutegua da chuva pode ser usada de diferentes maneiras como jaacute mencionado

descarga de sanitaacuterios limpeza de vasos sanitaacuterios e mictoacuterios lavagem de roupas

lavagem de pavimentos e veiacuteculos rega de jardins irrigaccedilatildeo de parques escolas

praccedilas estacionamentos condomiacutenios usos industriais e preacutedios comerciais

(climatizaccedilatildeo resfriamento de maacutequinas lavagem industrial de roupas lavagem de

veiacuteculos como carros ocircnibus e caminhotildees limpeza industrial redes de incecircndio)

(GOLDENFUM 2006 RODRIGUES 2010 OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

Segundo Krishna (2003) existem diversas vantagens e benefiacutecios da aacutegua da

chuva a aacutegua eacute gratuita o uacutenico custo eacute para coleta e uso o uso final da aacutegua colhida

eacute localizado perto da fonte eliminando a necessidade de sistemas de distribuiccedilatildeo

dispendiosos eacute isenta de soacutedio eacute superior para a irrigaccedilatildeo da paisagem a coleta

reduz o fluxo para drenagens de aacuteguas pluviais e tambeacutem reduz poluiccedilatildeo da fonte natildeo

pontual aleacutem de ajudar nos serviccedilos puacuteblicos com a reduccedilatildeo da demanda no veratildeo

e economizando a utilizaccedilatildeo da aacutegua existente resultabdo assim tambeacutem na

reduccedilatildeo das contas de serviccedilos puacuteblicos dos consumidores

Segundo o Texas Guide to Rainwater Harvestingrdquo [1997] a aacutegua da chuva eacute

a aacutegua natural mais macia com dureza zero para todos os fins praacuteticos Quase natildeo

apresentam minerais nem sais dissolvidos e a sua qualidade eacute proacutexima da qualidade

da aacutegua destilada

Iwanami (1985) descreve a importacircncia de fazer o planejamento da utilizaccedilatildeo

do sistema de aproveitamento de aacutegua de chuva para verificar a quantidade de aacutegua

que poderaacute ser coletada e armazenada e verificar a necessidade de tratamento da

aacutegua de chuva Certamente eacute preciso que a aacutegua coletada seja devidamente

armazenada filtrada tratada e que garanta uma qualidade compatiacutevel com os usos

previstos

A aacutegua da chuva obtida por meio de processos sem qualquer desinfecccedilatildeo ou

filtragem complexa natildeo serve normalmente para consumo humano eacute considerada

como aacutegua de segunda qualidade Este tipo de aacutegua deve ser empregado em algumas

tarefas domeacutesticas jaacute exemplificadas anteriormente Rodrigues (2010) afirma que em

meacutedia um indiviacuteduo utiliza o vaso sanitaacuterio entre sete e oito vezes por dia das quais

aproximadamente seis vezes para urinar e as demais para defecar se em cada

43

descarga forem usados dez litros verifica-se que ao fim de um dia um indiviacuteduo gastou

entre setenta e oitenta litros de aacutegua

O uso eficiente da aacutegua implica que natildeo haja desperdiacutecios quer por motivos

ambientais quer por motivos econocircmicos jaacute que a aacutegua desperdiccedilada envolve gastos

desnecessaacuterios Nos campos por exemplo as plantas satildeo organizadas e distribuiacutedas

conforme suas necessidades de aacutegua que segundo essa loacutegica os sistemas de rega

deveriam ser organizados de acordo com as necessidades das plantas isto eacute as

plantas com distintas necessidades satildeo regadas de modo separado podendo tomar

como exemplo a grama que deve ser regada separadamente dos arbustos e flores

Sabe-se que a rega eacute muito importante para o desenvolvimento das vegetaccedilotildees e eacute

usada quando o niacutevel de umidade no solo eacute insatisfatoacuterio (RODRIGUES 2010)

No entendimento de Rodrigues (2010) independente das intervenccedilotildees

excepcionais de reparaccedilatildeo e na falta de condiccedilotildees que sugerem intervenccedilotildees em

periacuteodos mais curtos a manutenccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento de aacuteguas

pluviais deve ser realizada em conformidade com as frequecircncias miacutenimas

24 O Reuso De Aacuteguas

241- Aacuteguas Residuaacuterias

Na visatildeo de Asano et al (2007) a aacutegua recuperada eacute definida como um

efluente convenientemente tratado numa Estaccedilatildeo de Tratamento para uma

determinada reutilizaccedilatildeo da aacutegua pretendida Aleacutem disso a reutilizaccedilatildeo da aacutegua

diretamente requer a existecircncia de um sistema de bombeamento ou de outras

facilidades de transporte para o fornecimento da aacutegua

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

(CNRH) dispotildee que o reuso da aacutegua constitui-se de racionalizaccedilatildeo e de conservaccedilatildeo

de recursos hiacutedricos de acordo com os princiacutepios determinados na Agenda 21 Esta

praacutetica diminui a descarga de poluentes em corpos receptores conservando os

recursos hiacutedricos para o abastecimento puacuteblico e outros usos mais exigentes

relacionados agrave qualidade diminui os custos associados agrave poluiccedilatildeo e ajuda na proteccedilatildeo

do meio ambiente e da sauacutede puacuteblica (BRASIL 2005)

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do CNRH em seu art 2ordm traz as seguintes

definiccedilotildees sobre o reuso da aacutegua e a aacutegua residuaacuteria

44

I - aacutegua residuaacuteria esgoto aacutegua descartada efluentes liacutequidos de edificaccedilotildees

induacutestrias agroinduacutestrias e agropecuaacuteria tratados ou natildeo

II - reuso de aacutegua utilizaccedilatildeo de aacutegua residuaacuteria

III - aacutegua de reuso aacutegua residuaacuteria que se encontra dentro dos padrotildees

exigidos para sua utilizaccedilatildeo nas modalidades pretendidas

IV - reuso direto de aacutegua uso planejado de aacutegua de reuso conduzida ao local

de utilizaccedilatildeo sem lanccedilamento ou diluiccedilatildeo preacutevia em corpos hiacutedricos

superficiais ou subterracircneos

V - produtor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que produz aacutegua de reuso

VI - distribuidor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico

ou privado que distribui aacutegua de reuso e

VII - usuaacuterio de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que utiliza aacutegua de reuso (BRASIL 2005)

O reuso eacute definido por Cunha et al (2011) como o uso de aacutegua residuaacuteria ou

aacutegua de qualidade inferior tratada ou natildeo Para Blum (2007) as aacuteguas residuais ou

residuaacuterias satildeo todos os tipos de aacuteguas descartadas resultantes da utilizaccedilatildeo de

vaacuterios processos Como exemplos podem ser citados aacuteguas residuais domeacutesticas

provenientes de banhos cozinhas lavagens de pavimentos domeacutesticos aacuteguas de

infiltraccedilatildeo resultante das infiltraccedilotildees nos coletores de aacutegua existentes nos terrenos ou

de tubulaccedilotildees puacuteblicas entre outros

Muitas pessoas querem aumentar a reutilizaccedilatildeo de aacutegua em seus

empreendimentos como parte de uma mudanccedila geral para o desenvolvimento

sustentaacutevel da terra e gestatildeo de aacutegua Mas Carvalho et al (2014) Marccedilo p 3164 -

3171 3170 haacute poucas informaccedilotildees sobre a aacutegua reutilizada e tecnologias que possam

ser adotadas para cada situaccedilatildeo (HOLT e JAMES 2006)

Filho e Mancuso (2013) entendem o reuso da aacutegua como sendo uma

tecnologia desenvolvida em menor ou maior escala depende da finalidade ao qual se

destina a aacutegua e de como a aacutegua foi usada anteriormente

Hespanhol (2002) enfatiza que a aacutegua eacute um recurso renovaacutevel que quando

reciclada por meio de sistemas naturais torna-se um recurso limpo e seguro pode ter

sua qualidade comprometida devido agrave accedilatildeo antroacutepica Uma vez poluiacuteda a aacutegua pode

ser recuperada e reusada para diversas finalidades A qualidade da aacutegua usada e o

propoacutesito do reuso determinam os niacuteveis de tratamento recomendados os criteacuterios de

45

seguranccedila a serem adotados e os custos associados As possibilidades e formas

potenciais de reuso dependeratildeo de caracteriacutesticas condiccedilotildees e fatores locais

Nessa mesma corrente Cunha et al (2011) sinalizam que um aspecto

relevante para o desenvolvimento de qualquer atividade humana eacute a disponibilidade

de aacutegua em quantidade e qualidade Em situaccedilotildees de escassez emerge a

necessidade e a possibilidade de substituiccedilatildeo das fontes para abastecimento usando

aacutegua residuaacuteria que apresenta qualidade inferior mas disponibilidade assegurada

OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenadas

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Rodrigues (2005) e Goldenfum (2006) classificam o reuso da aacutegua quanto ao

meacutetodo e quanto ao uso final

Quanto ao meacutetodo a reutilizaccedilatildeo da aacutegua pode ser direta ou indireta que

resultam de accedilotildees planejadas ou natildeo O reuso indireto natildeo planejado ocorre quando

a aacutegua servida eacute descarregada no meio ambiente ficando exposta agraves accedilotildees naturais

do ciclo hidroloacutegico (diluiccedilatildeo autodepuraccedilatildeo) e reutilizada a jusante de modo natildeo

intencional e natildeo controlada Em relaccedilatildeo ao reuso indireto planejado ocorre quando

os efluentes depois de tratados satildeo descarregados de maneira planejada nos corpos

drsquoaacutegua para serem usados a jusante de forma controlada (RODRIGUES 2005

GOLDENFUM 2006)

O reuso direto planejado ocorre quando os efluentes depois de tratados satildeo

levados diretamente ao local de reuso (geralmente induacutestria ou irrigaccedilatildeo) O reuso

direto natildeo planejado ocorre quando a aacutegua servida eacute descarregada sem nenhum tipo

de tratamento sendo reaproveitada diretamente no seu ponto de descarga (situaccedilotildees

irregulares pois natildeo tem controle algum sobre os paracircmetros de qualidade)

(GOLDENFUM 2006)

Goldenfum (2006) ressalta que normalmente natildeo eacute possiacutevel reutilizar uma

aacutegua residuaacuteria completa ou indefinidamente O reuso de um efluente tratado atraveacutes

de meacutetodos diretos ou indiretos eacute um meio de disposiccedilatildeo que complementa outros

existentes A quantidade de efluente que se pode reutilizar vai depender da

46

disponibilidade e o custo da aacutegua doce custos de transporte e tratamento diretrizes

sobre a qualidade da aacutegua e o potencial de reuso da aacutegua residuaacuteria

Quanto ao uso final as aacuteguas podem ser aproveitadas de diversas formas e

os tipos de reuso satildeo classificados em urbano industrial agriacutecola ambiental e recarga

de aquiacutefero (HESPANHOL 2002 GOLDENFUM 2006)

Os tipos baacutesicos de usos potenciais de esgotos tratados segundo Hespanhol

(2002) podem ser implantados tanto em aacutereas urbanas como aacutereas rurais e satildeo

ilustrados pelo esquema da figura 6

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua

Fonte Hespanhol 2002

242 Aacuteguas Cinzentas

As aacuteguas cinzentas satildeo as aacuteguas residuais domeacutesticas oriundas de enxaacutegue

de maacutequina de lavar aacutegua de chuveiro e outros Para Blum (2007) eacute importante

quando se projeta um sistema de reuso de aacuteguas cinzentas o dimensionamento dos

reservatoacuterios Deve-se ter em conta o volume que seraacute usado nas descargas de

47

sanitaacuterios ateacute no maacuteximo 48 horas para evitar estocagem por muito tempo pois

ocasionaraacute odores desagradaacuteveis

Nos sistemas de reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas de acordo com Boehm e

Oliveira (2015) deve-se levar em consideraccedilatildeo o comprometimento de todos os

usuaacuterios sendo que o volume e a concentraccedilatildeo de contaminantes podem variar

depende do tipo de edificaccedilatildeo da localidade do niacutevel de ocupaccedilatildeo da residecircncia da

faixa etaacuteria do estilo de vida da classe social da cultura e dos costumes dos

residentes

Neves e Afonso (2010) entendem que as aacuteguas cinzentas satildeo aacuteguas residuais

domeacutesticas sem aacuteguas fecais provenientes geralmente de banheiros duchas

lavatoacuterios lavagem de roupas e cozinha

No reuso dessas aacuteguas que podem ser usadas com ou sem tratamento

dependeraacute da qualidade exigiacutevel para os usos O sistema predial de reciclagem de

aacuteguas cinzentas propicia o tratamento das mesmas e a sua reentrada no ciclo do

preacutedio O uso mais frequente eacute na limpeza de bacias de retrete (NEVES e AFONSO

2010)

25 Formas de Reuso de Aacuteguas

251 Reuso Urbano

Com base nas diretrizes relacionadas ao reuso da aacutegua emitida pela Agecircncia

de Proteccedilatildeo ao Meio Ambiente dos Estados Unidos (United States Environmental

Protection Agency (US EPA) eacute apresentado muitas opccedilotildees para o reuso urbano natildeo

potaacutevel em que se destacam irrigaccedilatildeo de parques e jardins puacuteblicos centros

esportivos campos de futebol gramados aacutervores e arbustos decorativos ao longo de

ruas e rodovias aacutereas ajardinadas ao redor de edifiacutecios puacuteblicos residenciais e

industriais reserva de proteccedilatildeo contra incecircndios sistemas decorativos aquaacuteticos

como fontes chafarizes espelhos e quedas drsquoaacutegua descarga sanitaacuteria lavagem de

veiacuteculos (GOLDENFUM 2006)

Deve-se enfatizar que o uso que requer aacutegua de qualidade elevada podeter

custos incompatiacuteveis com as vantagens devido ao baixo custo da aacutegua para os

usuaacuterios urbanos Dessa forma o reuso urbano com finalidade potaacutevel eacute tida como

uma alternativa dispendiosa e riscos muito altos tornando-o praticamente inviaacutevel

48

Enquanto para finalidades natildeo potaacuteveis envolve riscos menores e eacute considerada

como uma boa opccedilatildeo para o reuso urbano (GOLDENFUM 2006)

252 Reuso industrial

O reuso industrial pode ser utilizado na produccedilatildeo de aacutegua para caldeiras em

sistemas de resfriamento como por exemplo aacutegua de reposiccedilatildeo em lavadores de

gases e aacutegua de processos (CETESB 2014) No mundo as usinas de geraccedilatildeo de

energia refinarias de petroacuteleo unidades quiacutemicas e metaluacutergicas se beneficiam do

reuso de aacutegua tanto para resfriamento quanto para processos industriais

(GOLDENFUM 2006)

253 Reuso agriacutecola

Em conformidade com o Centro Internacional de Referecircncia em Reuso de Aacutegua

(CIRRA 2014) entidade vinculada agrave Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo

(USP) os efluentes devidamente tratados podem ser utilizados na agricultura para

aplicaccedilatildeo em culturas de alimentos natildeo processados comercialmente (irrigaccedilatildeo

superficial de qualquer cultura alimentiacutecia) culturas de alimentos processados

comercialmente (irrigaccedilatildeo de pomares e vinhas) culturas natildeo alimentiacutecias (pastos

forragens fibras e gratildeos) dessedentaccedilatildeo de animais

254 Reuso no meio ambiente

O reuso no meio ambiente engloba aplicaccedilotildees em wetlands habitats naturais

aumento do fluxo de aacutegua estabelecimentos recreacionais contato acidental (pesca

e canoagem) e contato integral com a aacutegua autorizado represas e lagos lagoas

esteacuteticas em que o contato com o puacuteblico natildeo eacute autorizado (CIRRA 2014)

26 A Praacutetica de Recarga de Aquiacuteferos

A recarga artificial de aquiacuteferos com efluentes tratados pode ser usada para

fins diversos englobando o aumento de disponibilidade e armazenamento de aacutegua

controle de salinizaccedilatildeo em aquiacuteferos costeiros controle de subsidecircncia de solos Cirra

(2014) Esta praacutetica pode ser importante para alguns municiacutepios abastecidos por

49

aacutegua subterracircnea onde a recarga natural de aquiacuteferos vem sendo diminuiacutedas em

funccedilatildeo do aumento de aacutereas impermeabilizadas

Hespanhol (2002) comenta que eacute realizada de modo inadequado a retirada das

aacuteguas dos lenccediloacuteis subterracircneos para consumo o que compromete a disponibilidade

hiacutedrica O uso de esgotos tratados para evitar ou diminuir tais efeitos eacute uma

possibilidade

27 O Armazenamento de Aguaacutes

Em aacutereas para captaccedilatildeo de aacutegua de chuva comumente utiliza-se materiais

como telhas galvanizadas pintadas ou esmaltadas com tintas natildeo toacutexicas superfiacutecies

de concreto ceracircmicas policarbonato e fibra de vidro As calhas tambeacutem devem ser

fabricadas com materiais inertes como PVC ou outros tipos de plaacutesticos evitando

assim que partiacuteculas toacutexicas provenientes destes dispositivos venham a ser levadas

para os tanques de armazenagem (MACOMBER 2001)

Segundo Brown et al (2005) o volume do primeiro fluxo de aacutegua de chuva a

ser descartado varia conforme a quantidade de poeira acumulada na superfiacutecie do

telhado que eacute uma funccedilatildeo do nuacutemero de dias secos da quantidade e tipo de resiacuteduos

e da estaccedilatildeo do ano Outras variaacuteveis a serem consideradas satildeo a inclinaccedilatildeo e as

superfiacutecies dos telhados a intensidade das chuvas e o periacuteodo de tempo que ocorrem

Aleacutem disso salienta-se que natildeo haacute nenhum caacutelculo exato para definir o volume inicial

de aacutegua pluvial que necessita ser desviado devido agraves muitas variaacuteveis que

determinam a eficaacutecia da lavagem das aacutereas de captaccedilatildeo

Jaacute o reservatoacuterio eacute um dos componentes mais relevantes do SAAP eacute um fator

que influencia na qualidade da aacutegua e tambeacutem elemento mais caro do investimento

ou fator de otimizaccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel versus necessidades de abastecimento

(RODRIGUES 2010)

O reservatoacuterio de armazenamento tem a funccedilatildeo de reter e acumular a aacutegua

coletada pelo telhado que eacute levada pelo sistema atraveacutes da calha para filtragem e

armazenada em cisternas ou caixas drsquoaacutegua ficando armazenada ao abrigo da luz e

do calor e eacute bombeada para uma caixa drsquoaacutegua superior que pode abastecer o

banheiro a lavanderia e outros ambientes (OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

50

May (2009) acredita que para o sistema ser viaacutevel vai depender de trecircs

elementos precipitaccedilatildeo aacuterea de coleta e demanda O reservatoacuterio de aacutegua da chuva

por ser o componente mais caro do sistema deve ser projetado em conformidade com

as necessidades do usuaacuterio e com a disponibilidade pluviomeacutetrica local para

dimensionaacute-lo adequadamente sem inviabilizar o sistema Com base nos resultados

das anaacutelises realizadas e no uso do sistema de coleta e aproveitamento de aacutegua da

chuva a utilizaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis deve ser estimulada A figura 9 ilustra o

processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Para Boehm e Oliveira (2015) antes da implantaccedilatildeo de um sistema de

reaproveitamento de aacuteguas pluviais devem ser verificadas as condiccedilotildees do local de

instalaccedilotildees e quais os tipos de elementos podem interferir na qualidade da aacutegua

captada

Segundo Macomber (2001) o escoamento de aacutegua natildeo deve entrar em

campos seacutepticos de drenagem do sistema e qualquer tanque o excesso e a drenagem

devem ser roteados de modo que natildeo afetar a base dos tanques ou de quaisquer

outras estruturas

A cisterna pode ser apoiada semi-apoiada enterrada ou elevada e ser

construiacuteda com vaacuterios tipos de materiais como concreto armado blocos de concreto

alvenaria de tijolos plaacutestico polieacutester polietileno accedilo entre outros (OLIVEIRA

CHRISTMANN e PIEREZAN 2014)

51

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Fonte wwwrhasaambientalcombr 2013

Dentre os conceitos da NORMA 155272007 podemos citar

aacutegua de chuva aacutegua resultante de precipitaccedilotildees atmosfeacutericas coletadas

em coberturas telhados onde natildeo haja circulaccedilatildeo de pessoas veiacuteculos e

animais

aacutegua natildeo potaacutevel aacutegua que natildeo atende agrave Portaria nordm 518 do Ministeacuterio da

Sauacutede

aacuterea de captaccedilatildeo aacuterea em metros quadrados projetada na horizontal da

superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde a aacutegua eacute captada

coeficiente de escoamento superficial coeficiente de runnoff que

representa a relaccedilatildeo entre o volume total de escoamento superficial e ao

volume total precipitado variando conforme a superfiacutecie

conexatildeo cruzada qualquer ligaccedilatildeo fiacutesica atraveacutes de peccedila dispositivo ou

outro arranjo que conecte duas tubulaccedilotildees das quais um conduz aacutegua

potaacutevel e a outra aacutegua de qualidade desconhecida ou natildeo potaacutevel

demanda consumo meacutedio (mensal ou diaacuterio) a ser atendido para fins natildeo

potaacuteveis

escoamento inicial aacutegua suficiente da aacuterea de captaccedilatildeo suficiente para

carregar a poeira fuligem folhas galhos e detritos

52

suprimento fonte alternativa de aacutegua para complementar o reservatoacuterio

de aacutegua de chuva

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis

Paracircmetro

Anaacutelise Faixa

Coliformes totais Semanal Ausecircncia em 100mL

Coliformes termotolerantes Semanal Ausecircncia em 100mL

Cloro residual livre Mensal 05 a 30 mgL

Turbidez Mensal lt20uT para menos

restritivos lt50 uT lt15 uH

Cor aparente (caso natildeo seja

utilizado nenhum corante ou

antes da sua utilizaccedilatildeo)

Mensal

Deve prever ajuste do pH para

proteccedilatildeo das redes de distribuiccedilatildeo

caso necessaacuterio

Mensal pH de 60 a 8p no caso

de tubulaccedilatildeo de accedilo

carbono ou galvanizado

Fonte ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas NBR 155252007

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo do sistema de coleta e aproveitamento de aacuteguas

pluviais de acordo com o Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva

do FNDE

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Componente

Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Cobertura e telhados Miacutenimo 3 vezes ao ano

Calhas condutores verticais e horizontais Miacutenimo 3 vezes ao ano

Filtro removedor de detritos A cada 3 meses

Reservatoacuterio inferior ndash enterrado A cada 2 anos

Filtro flutuante Mensalmente

Bombas Mensalmente

Filtro cartucho Semestralmente

Clorador Mensalmente

Reservatoacuterio superior ndash intermediaacuterio Limpeza e desinfecccedilatildeo anual

Fonte Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva FNDE

53

As inspeccedilotildees podem ser feitas pelos utilizadores poreacutem as manutenccedilotildees dos

sistemas de bombas e tratamento devem ser feitas por teacutecnicos especializados

Quando satildeo utilizados nas operaccedilotildees de higienizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produtos nocivos

para os humanos ou para o ambiente devem ser adotadas medidas que impeccedilam o

lanccedilamento dos efluentes resultantes destas operaccedilotildees no ciclo pluvial natural ou na

rede de drenagem de aacuteguas residuais com a necessaacuteria checagem de compatibilidade

com os componentes naturais canalizaccedilotildees e dispositivos de tratamento a jusante

realizando preacute-tratamento quando necessaacuterio (RODRIGUES 2010)

Eacute importante destacar o conjunto de normas que fornecem os requisitos para o

aproveitamento de aacutegua de chuva de coberturas em aacutereas urbanas para fins natildeo

potaacuteveis

NBR 56261998 Instalaccedilatildeo predial de aacutegua fria que tem exigecircncias e

recomendaccedilotildees para o projeto assim como sua execuccedilatildeo e

manutenccedilatildeo da rede

NBR 108441989 Instalaccedilatildeo prediais de aacuteguas pluviais que tem o

caacutelculo de aacuterea de contribuiccedilatildeo e caacutelculo de condutores horizontais e

verticais e de calhas

ABNT NBR 122131992 Projeto de captaccedilatildeo de aacutegua de superfiacutecie para

abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122141992 Projeto de sistema de bombeamento de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122171994 Projeto de reservatoacuterio de distribuiccedilatildeo de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

A RESOLUCcedilAtildeO CONAMA Nordm 20 de 18 de junho de 1986 publicada no DOU

de 300786 foi estabelecida a classificaccedilatildeo das aacuteguas doces salobras e salinas do

Territoacuterio Nacional Na Classe 2 estatildeo incluiacutedas as aacuteguas destinadas ao

abastecimento domeacutestico apoacutes tratamento convencional agrave proteccedilatildeo das

comunidades aquaacuteticas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio (esqui aquaacutetico nataccedilatildeo e

mergulho) agrave irrigaccedilatildeo de hortaliccedilas e plantas frutiacuteferas agrave criaccedilatildeo natural eou

intensiva (aquicultura) de espeacutecies destinadas agrave alimentaccedilatildeo humana

Para as aacuteguas de Classe 2 satildeo estabelecidos os mesmos limites ou condiccedilotildees

da Classe 1 agrave exceccedilatildeo dos seguintes

54

i Natildeo seraacute permitida a presenccedila de corantes artificiais que natildeo sejam

removiacuteveis por processo de coagulaccedilatildeo sedimentaccedilatildeo e filtraccedilatildeo

convencional

ii Coliformes para uso de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio deveraacute ser

obedecido o Art 26 desta Resoluccedilatildeo Para os demais usos natildeo deveraacute ser

excedido um limite de 1000 coliformes fecais por 100 mililitros em 80 ou

mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em qualquer mecircs no

caso de natildeo haver na regiatildeo meios disponiacuteveis para o exame de

coliformes fecais o iacutendice limite seraacute de ateacute 5000 coliformes totais por 100

mililitros em 80 ou mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em

qualquer mecircs

iii Cor ateacute 75 mg Ptl

iv Turbidez ateacute 100 UNT

v DBO5 dias a 20degC ateacute 5 mgl O2

vi OD em qualquer amostra natildeo inferior a 5 mgl O2

No art 26 (Balneabilidade) - As aacuteguas doces salobras e salinas destinadas a

balneabilidade (recreaccedilatildeo de contato primaacuterio) seratildeo enquadradas e teratildeo sua

condiccedilatildeo avaliada nas categorias EXCELENTE MUITO BOA SATISFATOcircRIA e

IMPROacutePRIA da seguinte forma

1) EXCELENTE (3 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 250 coliformes fecais por l00 mililitros ou 1250

coliformes totais por 100 mililitros

2) MUITO BOA (2 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de amostras

obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo local

houver no maacuteximo 500 coliformes fecais por 100 mililitros ou 2500 coliformes

totais por 100 mililitros

3) SATISFATOacuteRIA (1 estrela) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 1000 coliformes fecais por 100 mililitros ou 5000

coliformes totais por 100 mililitros

55

4) IMPROacutePRIA Natildeo atendimento aos criteacuterios estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Os mais recentes padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo

de contato primaacuterio estatildeo definidos na resoluccedilatildeo CONAMA 2742000 como

demonstrado na Tabela 2que jaacute inclui Enterococos Ecoli

Segundo Jordatildeo amp Pessoa (2014) o desenvolvimento dos padrotildees para banho

ou para aacuteguas de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio tem evoluiacutedo com loacutegica Primeiro

foram adotados paracircmetros relativos a melhor tecnologia de controle disponiacutevel que

entretanto natildeo representavam o risco de contrair enfermidades devido a presenccedila de

poluentes Foi o caso dos Coliformes totais Depois considerou-se a relaccedilatildeo entre o

risco possiacutevel ou detectaacutevel e presenccedila de poluentes Neste caso os Coliformes fecais

eram mais representativos

Uma terceira etapa foi a identificaccedilatildeo de risco aceitaacutevel para o qual deveria

existir uma quantidade de dados epidemioloacutegicos correspondendo a mediccedilotildees de

qualidade do corpo drsquoaacutegua Os estudos indicaram que Enterococos eram os mais

representativos seguidos por Ecoli e por uacuteltimo coliformes totais(Desinfecccedilatildeo de

efluentes sanitaacuterios) Sendo assim os Enterococos atualmente representam o melhor

indicador entre os analisados sem que se deva considerar erro o controle por outros

organismos

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio

Balneabilidade-

categoria

Qualidade

Padrotildees para o corpo daacutegua

Proacutepria Excelente Maacuteximo de 250 CF100ml ou

200EC100ml ou 25 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Muito boa Maacuteximo de 500 CF100ml ou

400EC100ml ou 50 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Satisfatoacuteria Maacuteximo de 1000 CF100ml ou

800EC100ml ou 100 Enterococos100ml

56

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Improacutepria Natildeo atendimento aos criteacuterios

estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Incidecircncia elevada ou anormal

de enfermidades transmissiacuteveis

por via hiacutedrica Valor obtido na

uacuteltima amostragem for superior a

2500CF100ml ou 2000

EC100ml ou 400

enterococos100ml Presenccedila de

resiacuteduos ou despejos pHlt6ou

gt9 Floraccedilatildeo de algas outros

fatores que contra -indiquem o

contato primaacuterio

Fonte- CONAMA 2742000

28 Legislaccedilatildeo Sobre o Uso de Aacuteguas

ASPECTOS LEGAIS PARA O USO DE AacuteGUAS

Em 1973 o decreto federal nordm 24643 conhecido como o Coacutedigo das Aacuteguas

consubstanciou a base da legislaccedilatildeo voltada para a temaacutetica aacutegua O instrumento

legisla inclusive sobre o conceito de aacuteguas pluviais e acerca do direito de uso

atribuindo ao dono do preacutedio onde caiacuterem diretamente sua propriedade No seu artigo

118 chega ateacute mesmo a comentar superficialmente sobre a construccedilatildeo de

reservatoacuterios para aproveitamento da aacutegua da chuva em aacutereas puacuteblicas

Em termos de poliacutetica ambiental voltada aos recursos hiacutedricos destaca-se a

promulgaccedilatildeo da lei 9433 que em 1997 instituiu a Poliacutetica Nacional de Recursos

Hiacutedricos ndash PNRH criando o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos Conhecida como Lei das Aacuteguas o normativo fornece instrumentos que

possibilitam a melhoria da gestatildeo sistemaacutetica do recurso

57

A captaccedilatildeo de aacutegua de chuva tem uma relaccedilatildeo indireta com os objetivos dessa Poliacutetica jaacute que estimula o uso racional e ao mesmo tempo previne contra os eventos hidroloacutegicos criacuteticos tanto agraves secas devido agrave promoccedilatildeo da reserva quanto agraves inundaccedilotildees devido agrave diminuiccedilatildeo do escoamento superficial A inclusatildeo da captaccedilatildeo de aacutegua de chuva no Plano indica o esforccedilo da poliacutetica de recursos hiacutedricos na busca da transversalidade e no gerenciamento integrado das aacuteguas (SENRA BRONZATTO VENDRUSCOLO 2007)

A Lei nordm 943397 criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos e no art 1ordm disciplina

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e

a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do

Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades (BRASIL 1997)

O art 5ordm da Lei nordm 943397 trata dos instrumentos da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos (BRASIL 1997)

Nacionalmente natildeo haacute um ordenamento juriacutedico que discipline

especificamente sobre o uso das aacuteguas pluviais Como as citadas anteriormente a

lei nordm 114452007 conhecida como lei do Saneamento Baacutesico indiretamente

estabelece alguns criteacuterios para o manejo de aacutegua pluvial Em seu artigo 3ordm define a

drenagem e manejo das aacuteguas pluviais urbanas como

Conjunto de atividades infraestruturas e instalaccedilotildees operacionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais de transporte detenccedilatildeo ou retenccedilatildeo para o amortecimento de vazotildees de cheias tratamento e

58

disposiccedilatildeo final das aacuteguas pluviais drenadas nas aacutereas urbanas (BRASIL 2007)

Seu decreto regulamentador nordm 72172010 admitiu como forma de viabilizar o

manejo da aacutegua da chuva a alimentaccedilatildeo da instalaccedilatildeo hidraacuteulica predial ligada agrave rede

puacuteblica de abastecimento de aacutegua via aproveitamento de aacutegua da chuva desde que

devidamente autorizadas pela autoridade competente

Quanto agraves leis sobre o tema reuso de aacutegua vigentes no Brasil pode-se

destacar a lei 693881 que institui a poliacutetica nacional do meio ambiente que menciona

o incentivo ao estudo e pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a

proteccedilatildeo dos recursos ambientais

No Estado do Rio de Janeiro a Lei Nordm 6034 de 08 de setembro de 2011 dispotildee

sobre a obrigatoriedade dos postos de combustiacuteveis lava-raacutepidos transportadoras e

empresas de ocircnibus urbanos intermunicipais e interestaduais localizados no Estado

do Rio de janeiro a instalarem equipamentos de tratamento e reutilizaccedilatildeo da aacutegua

usada na lavagem de veiacuteculos

Na cidade de Satildeo Paulo por exemplo atraveacutes da Lei nordm 13276 e o Decreto nordm

41814 que regulamenta esta lei determinam-se a obrigatoriedade da execuccedilatildeo de

reservatoacuterio de aacuteguas pluviais coletadas de cobertas e pavimentos nos lotes

construiacutedos ou natildeo que possuem uma aacuterea impermeabilizada superior a 500m2

Trata-se de providecircncias para evitar as inundaccedilotildees urbanas uma vez que incentiva

soluccedilotildees para a infiltraccedilatildeo da aacutegua de chuva no solo e a utilizaccedilatildeo da mesma quando

armazenada para fins natildeo potaacuteveis

DECRETO Nordm 23940 de 30 de Janeiro de 2004 da cidade do Rio de Janeiro

Torna obrigatoacuterio nos casos previstos a adoccedilatildeo de reservatoacuterios que permitam o

retardo do escoamento das aacuteguas pluviais para a rede de drenagem Visando a

necessidade de ajudar a prevenir inundaccedilotildees atraveacutes da retenccedilatildeo temporaacuteria de

aacuteguas pluviais em reservatoacuterios especialmente criados com esta finalidade e

considerando as possibilidades de reaproveitamento de aacuteguas pluviais para usos natildeo

potaacuteveis como lavagem de veiacuteculos e partes comuns jardinagem e outras Sendo

obrigatoacuterio para imoacuteveis com aacuterea de cobertura superior a 50000 m2 e em caso de

novas edificaccedilotildees residecircncias multifamiliares e industriais fica obrigatoacuterio o uso de

aguas pluviais para uso natildeo potaacutevel atendendo as normas sanitaacuterias vigentes ficando

o habite-se ou alvaraacute de obras condicionado ao atendimento ao decreto

59

A Agenda 21 capiacutetulo 18 dedicou importacircncia especial ao reuso de aacutegua

recomendando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas de gestatildeo dirigidas para o uso e

reciclagem de efluentes Segundo Hespanhol (2012) embora natildeo haja menccedilatildeo ao

tema lsquoreusorsquo na poliacutetica nacional de recursos hiacutedricos existe uma vontade poliacutetica

direcionada para esta questatildeo Segundo a Conferecircncia Interparlamentar sobre o

desenvolvimento do Meio Ambiente realizada em Brasiacutelia em Dezembro de 1992 no

paraacutegrafo 64B recomenda esforccedilos a niacutevel nacional para institucionalizar a

reciclagem e reuso sempre que possiacutevel promovendo o tratamento e a disposiccedilatildeo de

esgotos de modo a natildeo poluir o meio ambiente

A portaria nordm 23 de 12 de fevereiro de 2015 do Ministro de Estado do

Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo estabelece boas praacuteticas de gestatildeo e uso de

Energia Eleacutetrica e de Aacutegua nos oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal

direta autaacuterquica e fundacional e dispotildee sobre o monitoramento de consumo destes

bens e serviccedilos Devendo os oacutergatildeos adotar as providencias necessaacuterias para

implementaccedilatildeo de boas praacuteticas de gestatildeo e inclusive elaborando campanhas de

conscientizaccedilatildeo por meio presencial e eletrocircnico e fornecendo mensalmente o

consumo de energia eleacutetrica e aacutegua por meio do Sistema Projeto Esplanada

Sustentaacutevel

O reuso de aacutegua pode ser classificado em reuso indireto ou direto O reuso

direto eacute aquele onde ocorre a conexatildeo direta dos efluentes de uma estaccedilatildeo de

tratamento de esgotos a uma estaccedilatildeo de tratamento de aacutegua e em seguida ao sistema

de distribuiccedilatildeo O reuso indireto eacute a diluiccedilatildeo do esgoto apoacutes tratamento em um corpo

hiacutedrico no qual apoacutes algum tempo de detenccedilatildeo eacute efetuada a captaccedilatildeo seguida de

tratamento adequado e posterior distribuiccedilatildeo Filho (1987) sugere a seguinte

terminologia para diversas formas de reuso

Reuso indireto natildeo planejado da aacutegua Eacute aquele em que a aacutegua utilizada

em alguma atividade humana eacute descarregada no meio ambiente e

novamente utilizada agrave jusante em sua forma diluiacuteda de maneira natildeo

intencional e natildeo controlada

Reuso indireto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes depois de

tratados satildeo descarregados de forma planejada para serem reutilizados a

jusante

Reuso direto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes apoacutes

convenientemente tratados satildeo encaminhados diretamente do seu ponto

60

de descarga ateacute o local do reuso sofrendo em seu percurso os tratamentos

necessaacuterios mas natildeo sendo descarregados no meio

Reciclagem de aacutegua Eacute o reuso interno da aacutegua antes da sua descarga

em um sistema geral de tratamento ou outro local de disposiccedilatildeo para servir

como fonte suplementar de abastecimento do uso original Eacute um caso

particular de reuso direto

Segundo jaacute destacava Westerhoff (1984)o reuso de aacutegua eacute classificado em

duas categorias Reuso potaacutevel e Reuso natildeo potaacutevel e esta classificaccedilatildeo foi adotada

pela Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental de Satildeo Paulo e

divulgada nos Cadernos de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental Sendo considerado um

bem econocircmico porque eacute finita e essencial para conservaccedilatildeo da vida e do meio

ambiente consequentemente sua escassez impede o desenvolvimento de diversas

regiotildees na medida em que aleacutem da necessidade humana a aacutegua eacute essencial no

processo produtivo de diversas empresas

Reuso potaacutevel

Direto

Indireto

Reuso natildeo potaacutevel

Para fins agriacutecolas

Para fins industriais

Para fins recreacionais

Para fins domeacutesticos

Para manutenccedilatildeo de vazotildees de cursos drsquoaacutegua

Para aquacultura

Recarga de aquiacuteferos subterracircneos

Pode-se destacar alternativas que vem sendo propostas para racionalizaccedilatildeo

do consumo de aacutegua domiciliar Satildeo elas

Identificaccedilatildeo e eliminaccedilatildeo de vazamentos e perdas

Instalaccedilatildeo de equipamentos hidraacuteulicos sanitaacuterios de baixo consumo e alta

eficiecircncia

Reuso de aacuteguas cinzas

Aperfeiccediloamento dos procedimentos de mediccedilatildeo e cobranccedila

61

Os processos e tratamentos para fins potaacuteveis satildeo complexos e de custo

elevado Desta forma o reuso para fins natildeo potaacuteveis deve ser sempre avaliado

preferencialmente Aparentemente o principal problema decorrente da accedilatildeo de

reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas com objetivos de economizar aacutegua seria o aumento

do custo decorrente da instalaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de sistemas duplos de distribuiccedilatildeo

O principal destino destas aacuteguas deve ser a utilizaccedilatildeo sanitaacuteria e o uso agriacutecola

(HESPANHOL amp MIERZWA 2011)

Pesquisas sobre a viabilidade econocircmica de projetos de aproveitamento de

aacutegua de chuva indicam que o item preponderante nesta anaacutelise eacute o custo do

reservatoacuterio que varia em funccedilatildeo da sua dimensatildeo A NBR 15527(ABNT 2007)

apresenta 6 metodologias de caacutelculo do volume do reservatoacuterio que resultam em

valores muito discrepantes gerando a necessidade do usuaacuterio decidirem funccedilatildeo das

condiccedilotildees especiacuteficas do projeto qual metodologia seguir A maioria das

aplicaccedilotildeestrabalha com uma demanda fixa visando o consumo em vasos sanitaacuterios

(MORUZZI e OLIVEIRA2010 DORNELLES et al 2010 COUTINHO et al 2011

GHISI e SCHONDERMARK 2013)

Em relaccedilatildeo a NBR 155272007 aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas

em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis fornece as caracteriacutesticas para o reuso de

aacutegua em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis compreendendo calhas e condutores

instalaccedilotildees prediais qualidade da aacutegua bombeamento manutenccedilatildeo e principalmente

os meacutetodos de caacutelculo de dimensionamento de reservatoacuterios

Os meacutetodos de dimensionamento dispostos nesta norma satildeo

Meacutetodo de Rippl

Meacutetodo de Simulaccedilatildeo

Meacutetodo Azevedo Neto

Meacutetodo praacutetico alematildeo

Meacutetodo praacutetico inglecircs

Meacutetodo praacutetico australiano

62

3 - METODOLOGIA

Conforme Sabbatini (1989) metodologia eacute um ldquoconjunto de preceitos que

estabelece uma orientaccedilatildeo para o direcionamento e conduccedilatildeo de uma dada

investigaccedilatildeordquo tendo esta orientaccedilatildeo dois niacuteveis de doutrina e de estrateacutegia que

geram os princiacutepios de tomada de decisatildeo e permitem a operacionalizaccedilatildeo da

pesquisa que consiste no plano de accedilatildeo

A metodologia para anaacutelise do uso de sistema para aproveitamento de aacutegua

pluvial deve ser entendida como input do processo de pesquisa seus princiacutepios

devem ser balizadores das estrateacutegias adotadas para sua racionalidade

Esta dissertaccedilatildeo objetiva a importacircncia na utilizaccedilatildeo de metodologia e

aplicaccedilatildeo de procedimentos e meacutetodos nas atividades relacionadas ao uso de aacutegua

pluvial em instituiccedilatildeo federal de ensino onde o avanccedilo tecnoloacutegico deve ter como

escopo uma metodologia especiacutefica para seu desenvolvimento

Os atributos e alcance da pesquisa aplicada e de desenvolvimento tecnoloacutegico

constitui a estrutura essencial para obter novos meacutetodos construtivos e modernizaccedilatildeo

de processos e sistemas de uso consolidado e na soluccedilatildeo sistemaacutetica de problemas

Fluxo do processo adotado

O meacutetodo adotado envolve vaacuterias etapas conforme quadro 4 para a validaccedilatildeo

da metodologia de aproveitamento de aacutegua pluvial

Quadro 4- Fluxo do processo

Atividade Procedimentos

Visita teacutecnicas

Foram selecionadas duas tipologias de edificaccedilotildees no sentido de ampliar

o entendimento das teacutecnicas construtivas para a implantaccedilatildeo de

sistema de coleta e uso de aacutegua pluvial

Normas teacutecnicas

NBR 155272007 Aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas em

aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis - Requisitos

Precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rioque foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca

63

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho

31 Estrateacutegia da Pesquisa

A pesquisa em questatildeo tem caraacuteter exploratoacuterio de projeto uacutenico com

abordagem quantitativa por meio de estudo de caso uacutenico que tem como modelo

cientiacutefico a concepccedilatildeo de Robson (2011) o qual disserta sobre os meacutetodos de

pesquisa do mundo real

A estaccedilatildeoestaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm89 67 longitude

43ordm22 67

Reservatoacuterios

detalhes teacutecnicos

construtivos e

controle sanitaacuterio

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo de

dimensionamento onde o volume do reservatoacuterio seraacute o menor valor

entre 6 do volume de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial anual e 6 da

demanda anual de aacutegua natildeo potaacutevel

Foi utilizado o meacutetodo da simulaccedilatildeo previsto na NBR 15527 2007

Para ratificar o dimensionamento do reservatoacuterio feito pelo meacutetodo

praacutetico alematildeo

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR

152227 recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgle

30 mgl em qualquer ponto do sistema de abastecimento

Para controle sanitaacuterio foi utilizado Clorador com funcionamento em

circuito fechado com proteccedilatildeo contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo

interno 320 pastilhas variando de 0640 kg com vazatildeo de operaccedilatildeo

lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Equipamentos Verificou-se que equipamentos utilizados em sistema de captaccedilatildeo e uso

de aacutegua pluvial eacute uma tecnologia de fabricantes internacionais com

representantes locais

Demanda de uso

natildeo potaacutevel

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com

base nos dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos

atraveacutes dos questionaacuterios e o nuacutemero de pessoas que efetivamente

utilizam cada aparelho Tambeacutem se utilizaram no caacutelculo do consumo

diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR 56261998

Viabilidade

econocircmica de

implantaccedilatildeo do

sistema

Foi realizada a anaacutelise econocircmica utilizando-se o meacutetodo do payback

simples e descontado considerando taxa mensal de 1 para validaccedilatildeo e

verificaccedilatildeo da viabilidade econocircmica do sistema

64

Adota o presente trabalho a verificaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo exitosas de sistemas de

aproveitamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees de diversas tipologias criando um

paracircmetro de anaacutelise e consolidaccedilatildeo de praacuteticas sustentaacuteveis e novas tecnologias

VISITAS REALIZADAS

Estaacutedio do Maracanatilde

Maior estaacutedio sendo sede da Copa do Mundo de Futebol 2014 no rio de

Janeiro Inaugurado em junho de 1950 sendo iniciada a obra de recuperaccedilatildeo e retrofit

no ano de 2010 sendo concluiacuteda em 2013 Sua capacidade de puacuteblico passou de

87101 para 78639 lugares

Realizada a visita as instalaccedilotildees do Estaacutedio do Maracanatilde que recebeu a

certificaccedilatildeo LEED1 (Leadership in Energy and Environmental Design) For New

Construction na categoria Silver versatildeo 30 concedida pela USGBC (United States

Building Concil) conforme fig 10 que reconhece soluccedilotildees de novas tecnologias

sustentaacuteveis utilizadas nas construccedilotildees com o objetivo de reduccedilatildeo de impactos ao

meio ambiente durante a vida uacutetil da edificaccedilatildeo certificaccedilatildeo voltada para construccedilotildees

sustentaacuteveis e ambientalmente eficientes

1 Lideranccedila em Energia e Desig Ambiental eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para

edificaccedilotildeesUtilizada em 143 paiacuteses a certificaccedilatildeo foi criada em 2000 pela USGreen Building Council (USGBC)

65

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Pereira et al (2015)

A alta performance ambiental do maracanatilde apoacutes a implantaccedilatildeo do sistema de

aacuteguas pluviais contribuiu para sua certificaccedilatildeo onde cabe ressaltar que houve reduccedilatildeo

de 7114 do consumo de agua potaacutevel que representa da demanda de bacias e

mictoacuterios como tambeacutem todo o volume de agua necessaacuterio para irrigaccedilatildeo do

gramado e Conforme Pereira et al (2015) a reduccedilatildeo de uso de aacutegua potaacutevel eacute de

50 (cinquenta por cento)

Com o retrofit o estaacutedio do Maracanatilde teve acreacutescimo de 50000m2 na aacuterea de

cobertura construiacuteda em membrana tensionada por cabos de accedilo que permitiu a

viabilidade de implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo acrescida da aacuterea de drenagem

do campo que atende a irrigaccedilatildeo e descargas O estaacutedio no seu sistema de captaccedilatildeo

e reaproveitamento de aacuteguas pluviais conta com reservatoacuterio de 5 milhotildees de litros

volume capaz de suprir as demandas de usos por um periacuteodo de ateacute trecircs meses em

caso de estiagem

66

Leroy Merlin

Empresa de comeacutercio varejista voltada para materiais de construccedilatildeo e

bricolagem desde os anos de 1988 A concepccedilatildeo de seus projetos de lojas passaram

a ser voltada para questotildees de sustentabilidade agrave partir da construccedilatildeo da loja na

cidade de Niteroi inaugurada em 2007 iniciando um ciclo de novas unidades com o

mesmo caraacuteter tendo em um de seus conceitos o aproveitamento de aacuteguas pluviais

A Leroy Merlin foi a primeira empresa agrave receber o selo HQE2 em 2009

empresa situada em Niteroacutei no Estado do Rio de Janeiro na atividade de comeacutercio de

materiais de construccedilatildeo Adotou como meta a certificaccedilatildeo AQUA em funccedilatildeo de sua

adaptabilidade as condiccedilotildees de uso no Brasil avaliando aspectos da gestatildeo

ambiental nas obras de arquitetura

Recebeu a empresa por ocasiatildeo de sua construccedilatildeo recebeu a certificaccedilatildeo

ACQUA-Alta Qualidade Ambiental tendo sido avaliada pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

entidade vinculada a USP (Universidade de Satildeo Paulo) tendo atendido as exigecircncias

para a certificaccedilatildeo nas etapas do programa concepccedilatildeo do projeto e realizaccedilatildeo da

obra

Foram utilizados no tratamento daacute aacutegua captada trecircs filtros tipo Vortex WWF

300 com capacidade de filtragem para aacuterea de cobertura de ateacute 3000m2 com potencial

de ateacute 90 da aacutegua precipitada e com retenccedilatildeo de partiacuteculas de 028mmFoi utilizado

reservatoacuterio apresentado na foto abaixo com capacidade de 150000 litros com

extravasor para poccedilos de infiltraccedilatildeo conforme figura 11 em caso de alto iacutendice de

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica contribuindo para a alimentaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico e

reduzindo a possibilidade de enchentes

2 HQE A primeira certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios a ser adaptada para a realidade brasileira foi a AQUA (hoje AQUA-

HQE) Com base no selo francecircs Haute Qualiteacute Environnementale professores da Universidade de Satildeo Paulo (USP) criaram a versatildeo brasileira e formaram a instituiccedilatildeo responsaacutevel por ela a Fundaccedilatildeo Vanzolini

67

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

Foto da Construccedilatildeo do reservatoacuterio de 150000 litros

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

68

32 Unidade de anaacutelise

Esta pesquisa se limita a estudar a viabilidade de uso de aguas pluviais

calculando a demanda de uso natildeo potaacutevel a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacuteguas

residuais provenientes de evaporadoras de ar condicionado com determinaccedilatildeo do

volume do reservatoacuterio e posterior analise de viabilidade econocircmica Yin (2001)

afirma que a unidade de anaacutelise estaacute relacionada com o problema fundamental de

definir o que eacute o ldquocasordquo

Segundo Yin (2001) o estudo de caso representa uma investigaccedilatildeo empiacuterica e

compreende um meacutetodo abrangente com a loacutegica do planejamento da coleta e da

anaacutelise de dados Pode incluir tanto estudos de caso uacutenico quanto de muacuteltiplos assim

como abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa

Aleacutem da coleta de dados por meio dos questionaacuterios outro importante processo

que seraacute usado neste estudo eacute anaacutelise documental considerada como a teacutecnica que

abrange tanto a anaacutelise qualitativa quanto a quantitativa Segundo Gil (2010 p121)

ldquoA consulta a fontes documentais eacute imprescindiacutevel em qualquer estudo de casordquo

Portanto a anaacutelise destes dados torna-se fundamental para que se possa identificar

demanda de consumo de aacutegua natildeo potaacutevel o potencial para aproveitamento de aacuteguas

dos evaporadores de aparelhos de ar condicionado

33 Justificativa da estrateacutegia de pesquisa

A escolha do meacutetodo de pesquisa orientaraacute as etapas necessaacuterias para a coleta

de informaccedilotildees anaacutelise destes dados e demonstraccedilatildeo da confiabilidade e validade

das descobertas (ROBSON 2011)

34 Pesquisa Exploratoacuteria

A pesquisa exploratoacuteria utilizaraacute fontes documentais como perioacutedicos

dissertaccedilotildees e teses sobre os temas sustentabilidade histoacuterico de reuso e

reaproveitamento de aacuteguas pluviais e legislaccedilatildeo traccedilando conexotildees entre estes

elementos de forma a propiciar confiabilidade para o embasamento da pesquisa

69

35 Levantamento

O presente trabalho visa o aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

de evaporadores de unidades condensadoras para reuso no Campus Maracanatilde do

CEFET-RJ

Desta forma o trabalho foi estruturado da forma relacionada abaixo

Levantamento das caracteriacutesticas pluviomeacutetricas da regiatildeo estudada para

determinaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica media atraveacutes das analises de

dados fornecida do sistema Alerta Rio referente ao periacuteodo de 2001 a 2015

Levantamento das caracteriacutesticas de 01(uma) edificaccedilatildeo existente no

campus maracanatilde bloco E e considerando seu potencial de captaccedilatildeo

atraveacutes exclusivamente de suas coberturas bem como o dimensionamento

de reaproveitamento das aacuteguas provenientes de condensadores de ar

condicionado existentes no referido bloco por contemplar maior nuacutemero de

equipamentos citados e maior nuacutemero de horas de uso

Avaliaccedilatildeo dos resultados obtidos com determinaccedilatildeo do reservatoacuterio de

armazenamento sendo realizado atraveacutes da NBR 15527 ndash Aacutegua da Chuva

Aproveitamento das aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis (ABNT 2007)

Tambeacutem seratildeo realizados estudos utilizando teacutecnicas de matemaacutetica

financeira pelo meacutetodo de anaacutelise de payback simples que fornece uma

estimativa de faacutecil compreensatildeo dos benefiacutecios gerados para determinar o

tempo de retorno do investimento atraveacutes dos custos de implantaccedilatildeo do

sistema

70

Aacuterea de Estudo

O CEFET-RJ ocupa uma aacuterea de terreno de 3438200 m2 com 6481800 m2

construiacutedos e distribuiacutedos em 06 pavilhotildees e diversos blocos nomeados de ldquoArdquo a ldquoLrdquo

tendo como objeto para estudo de caso o Bloco E que e abastecido atraveacutes do

hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 conforme figura 10

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora

Fonte Realizada pelo autor 2017

36 Objeto de Estudo

O preacutedio objeto do estudo eacute o Bloco E sendo utilizado pela comunidade

docente discente e teacutecnicos administrativos

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ

Fonte site wwwcefet-rjbr

71

As coberturas do preacutedio satildeo compostas por telhas trapezoidais em accedilo

galvanizado tendo calhas em concreto impermeabilizado para a coleta de aacuteguas

pluviais com tubos de queda em PVC de 100 mm com condutores horizontais

interligando as caixas de passagem e estas ao coletor puacuteblico

361 Aparelhos Existentes

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados quais eram os tipos de aparelhos

sanitaacuterios torneiras mictoacuterios existentes no CEFET-RJ Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua

37 Entrevistas com os Usuaacuterios

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

CEFET-RJ a fim de descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho Nos

questionaacuterios foram feitas perguntas que demonstrassem o tempo e a quantidade de

vezes que cada aparelho era utilizado no periacuteodo de ocupaccedilatildeo

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como um certo desinteresse na participaccedilatildeo por alguns membros da comunidade

Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com utilizaccedilatildeo

da foacutermula de caacutelculo amostral

72

Foacutermula de caacutelculo

Onde

n - amostra calculada N ndash populaccedilatildeo Z - variaacutevel normal padronizada associada ao niacutevel de confianccedila p - verdadeira probabilidade do evento e - erro amostral Erro amostral de 5 Niacutevel de confianccedila de 95

Foram aplicados questionaacuterios para funcionaacuterios professores e alunos com as

mesmas perguntas Os questionaacuterios utilizados nas entrevistas estatildeo apresentados

no Apecircndice A B e C

Para os funcionaacuterios da limpeza interna externa foram aplicados questionaacuterios

direcionados em funccedilatildeo das atividades desenvolvidas

Os resultados obtidos atraveacutes das entrevistas permitiram obter valores que

representam a frequecircncia e o tempo de utilizaccedilatildeo de cada tipo de aparelho sanitaacuterio

para o total geral da edificaccedilatildeo e por pessoa

38 Estimativa do Consumo de Aacutegua

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com base nos

dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos atraveacutes dos questionaacuterios

e o nuacutemero de pessoas que efetivamente utilizam cada aparelho Tambeacutem se

utilizaram no caacutelculo do consumo diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR

56261998

381 O caacutelculo de consumo meacutedio diaacuterio de aacutegua per capita por aparelhos

O Caacutelculo foi realizado com base no somatoacuterio da multiplicaccedilatildeo da frequecircncia

e tempo de uso obtido nas entrevistas e vazatildeo do aparelho dividido pelo nuacutemero de

pessoas entrevistadas

73

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

C meacutedio = consumo meacutedio por aparelho

fi=numero de vezes de utilizaccedilatildeo

ti= tempo em segundos de uso diaacuterio

n= amostras de pessoas entrevistadas

Q= vazatildeo do aparelho (litros por segundo)

382 Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

A estimativa dos consumos de aacutegua referentes agrave limpeza do preacutedio (que inclui

tambeacutem lavaccedilatildeo de paacutetios corredores sanitaacuterios e irrigaccedilatildeo de jardins) foi calculada

com base em entrevistas com os responsaacuteveis por tais atividades e natildeo por amostra

Consumo Atividade limpeza = Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega de

jardim

383 Avaliaccedilatildeo do Potencial de Economia de Aacutegua Potaacutevel

A fim de se estimar o potencial de economia proveniente da implantaccedilatildeo de um

sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial foi verificado o percentual de aacutegua potaacutevel

utilizado em fins natildeo potaacuteveis quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de agua residual pelas

evaporadoras de ar condicionado e tambeacutem foi estimado o volume ideal de

reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial

384 Percentual de Aacutegua Potaacutevel que Poderia Ser Substituiacutedo por Aacutegua Pluvial

Neste estudo considerou-se a utilizaccedilatildeo de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis em

descargas de vaso sanitaacuterio mictoacuterios irrigaccedilatildeo de jardins torneiras de usadas para

limpeza do preacutedio que tambeacutem inclui lavaccedilatildeo dos pavimentos

Atraveacutes da soma dos valores de consumo de aacutegua nas atividades consideradas

para fins natildeo potaacuteveis foi verificada a quantidade total de aacutegua potaacutevel que poderia

ser substituiacutedo por aacutegua pluvial

74

39 Reservatoacuterios de Aacutegua Pluvial

O reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial eacute um dos componentes mais

importantes de um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial o qual deve ser

dimensionado principalmente considerando os seguintes fatores demanda de aacutegua

pluvial aacutereas de captaccedilatildeo precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica e custos totais de implantaccedilatildeo

Para estimar o volume ideal do reservatoacuterio de aacutegua pluvial para o presente

estudo baseou-se nas aacutereas de cobertura da edificaccedilatildeo no consumo diaacuterio de aacutegua

em sanitaacuterios e mictoacuterios e atividades de limpeza na precipitaccedilatildeo da regiatildeo no

coeficiente de perdas e no total de aacutegua potaacutevel usada para fins natildeo potaacuteveis que

poderia ser substituiacuteda por aacutegua pluvial

310 Anaacutelise Econocircmica

Depois de verificado o potencial de economia de aacutegua potaacutevel seratildeo

verificados os custos para a implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento

de aacutegua pluvial e tambeacutem analisada sua viabilidade econocircmica

Esta anaacutelise econocircmica seraacute uma estimativa de custos que poderaacute servir como

referecircncia para novas instituiccedilotildees de ensino com padrotildees semelhantes que desejam

implantar um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial

Natildeo se tem um indicativo de que este sistema possa ser implantado no objeto

de estudo Os custos de implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de

aacutegua pluvial resumem-se em custos com obra de construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior

materiais e equipamentos necessaacuterios agrave implantaccedilatildeo

Deste modo fez-se uma planilha de quantitativos e custos dos valores

referentes a obra atraveacutes de preccedilos coletados no SINAPICEF e de materiais e

equipamentos necessaacuterios com empresas representantes e ou fabricantes

75

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA

Conforme abordado no capiacutetulo correspondente a metodologia optou-se

como um dos meios de aplicaccedilatildeo a validaccedilatildeo e investigaccedilatildeo desta metodologia

desenvolvida para uma Instituiccedilatildeo Federal de Ensino

41 Histoacuterico do Cefet-RJ

Atraveacutes de uma parceria entre o governo da Uniatildeo e o da Prefeitura do Distrito

Federal foi criada a Escola Normal de Artes e Ofiacutecios Wenceslau Braz versatildeo

primaacuteria do que vem a ser o CEFETRJ contemporaneamente Segundo CEFETRJ

(2007 paacuteg 14) os principais objetivos da escola eram de criar professores mestre e

contramestres para as instituiccedilotildees e escolas profissionais do Distrito Federal e entatildeo

Rio de Janeiro aleacutem de professores de trabalhos manuais para escolas primaacuterias do

Municiacutepio

De acordo com Maruyama (2013) apoacutes criaccedilatildeo de sua primeira forma teve

seus objetivos e estrutura atualizada transformando-se em Escola Teacutecnica Nacional

(ETN) em 1942 Jaacute em 1965 a Escola recebe nome Escola Teacutecnica Federal da

Guanabara poreacutem foi apenas em 1967 que a Escola passa a ser chamada de Escola

Teacutecnica Federal Celso Suckow da Fonseca

Hoje atraveacutes de seu histoacuterico de reconhecimento pela sociedade a Escola

Teacutecnica obteve expansatildeo geograacutefica passando a atuar com sede matriz a Unidade

Maracanatilde e demais seis outras Unidades descentralizadas pelo Rio e Janeiro (Nova

Iguaccedilu Maria da Graccedila Petroacutepolis Nova Friburgo Angra dos Reis e Itaguaiacute) e

educacional ofertando cursos regulares de ensino meacutedio educaccedilatildeo profissional

teacutecnica graduaccedilatildeo poacutes-graduaccedilatildeo aleacutem de atividades de pesquisa e de extensatildeo

411 Definiccedilatildeo de Instituiccedilotildees de Ensino Superior

De acordo com o artigo 21 da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo

Nacional (939496) a educaccedilatildeo escolar eacute formada por duas etapas principais

educaccedilatildeo baacutesica formada pela educaccedilatildeo infantil ensino fundamental e ensino meacutedio

II - educaccedilatildeo superior etapa posterior a educaccedilatildeo baacutesica cujo objetivo global eacute formal

76

profissionais e cidadatildeos aptos a exercerem suas funccedilotildees e promover o

desenvolvimento do paiacutes

A LDB (Lei 93941996) assume a coexistecircncia de instituiccedilotildees puacuteblicas e

privadas para a oferta de cursos superiores dizendo no Artigo 45 que a educaccedilatildeo

superior poderaacute ser ministrada em instituiccedilotildees de ensino superior de caraacuteter puacuteblico

ou privada com variados graus de abrangecircncia e particularizaccedilatildeo Visando

complementar a LDB e a esse artigo 7ordm do Decreto 38602001 classifica as instituiccedilotildees

de ensino superior quanto agrave sua organizaccedilatildeo acadecircmica em

Universidades - Satildeo caracterizadas pela oferta regular de atividades que

articulam trecircs principais pilares ensino de pesquisa e de extensatildeo

Centros Universitaacuterios - Os centros universitaacuterios satildeo instituiccedilotildees de

ensino superior pluri-curriculares comprovada pelo desempenho nos

cursos nas avaliaccedilotildees do MEC e que devem atender a comunidade

Centros Federais de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica - Satildeo instituiccedilotildees de ensino

superior especializados na oferta de educaccedilatildeo tecnoloacutegica nos

diferentes niacuteveis e modalidades de ensino O Centro Federal de

Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) seraacute a

instituiccedilatildeo alvo do presente estudo e se encaixa nessa classificaccedilatildeo

Faculdades Integradas faculdades institutos ou escolas superiores -

superiores orientados basicamente para o ensino satildeo voltadas para a

formaccedilatildeo de profissionais para o mercado de trabalho e natildeo se exigiratildeo

produccedilatildeo cientiacutefica e natildeo haacute exigecircncia de oferta cursos de poacutes-

graduaccedilatildeo

Por fim todas as instituiccedilotildees de ensino superior independente de sua

classificaccedilatildeo e dos cursos ofertados por estar diretamente submetidas as decisotildees do

MEC deve acatar com seus decretos e determinaccedilotildees pois estatildeo sob uma mesma

legislaccedilatildeo e regime Dentro das obrigatoriedades das IES pode ser destacado o

documento de caraacuteter estrateacutegico conhecido como Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI)

412 - Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) eacute um documento institucional

exigido pelo Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) e apresenta as principais estrateacutegicas e

77

posicionamento que a instituiccedilatildeo de ensino superior (IES) iraacute adotar em um periacuteodo

de tempo preacute-definido Eacute anaacutelogo ao Planejamento Estrateacutegico das empresas

privadas poreacutem com foco em resultados no sistema educacional processos internos

e desempenho dentro do cenaacuterio mutaacutevel da educaccedilatildeo no periacuteodo de vigecircncia

O Plano de Desenvolvimento Institucional ndash PDI eacute um documento elaborado para um periacuteodo de 5 (cinco) anos que identifica a Instituiccedilatildeo de Ensino Superior (IES) no que diz respeito agrave sua filosofia de trabalho agrave missatildeo a que se propotildee agraves diretrizes pedagoacutegicas que orientam suas accedilotildees agrave sua estrutura organizacional e agraves atividades acadecircmicas que desenvolve eou que pretende desenvolver (SAPIEnS 2007)

A lei 10861 (2004) instituiu o Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo

Superior (SINAES) Este sistema tem como objetivo buscar a melhoria da qualidade

da educaccedilatildeo superior monitorar a expansatildeo da oferta e aumento da eficiecircncia e

eficaacutecia institucional no acircmbito de ensino e impacto na sociedade Deve ser ainda um

sistema supervisor das IES no cumprimento de seus deveres institucionais como

identidade respeito a diversidade e afirmaccedilatildeo da autonomia Esta lei promoveu em

2006 a ediccedilatildeo do decreto Nordm 5773 que legitima a relevacircncia e obrigatoriedade do PDI

nas IES

O decreto Nordm 5773 (2006) descreve sobre as funccedilotildees de regulamentaccedilatildeo

acompanhamento e avaliaccedilatildeo das IES e cursos superiores de graduaccedilatildeo e

sequenciais no sistema de ensino federal No Art 15 satildeo descritas as exigecircncias para

uma instituiccedilatildeo ser credenciada ao MEC Eacute responsabilidade da IES possuir aleacutem de

documentos padratildeo como cumprimento de exigecircncias fiscais legais e regimento ou

estatuto o PDI eacute exigido devido ao seu caraacuteter de avaliaccedilatildeo de potencial capacidade

e objetivos de longo prazo como instituiccedilatildeo provedora de ensino superior O Art 16

apresenta ainda um roteiro de subsiacutedio na elaboraccedilatildeo do PDI com as exigecircncias que

o MEC determina

Neste contexto eacute possiacutevel identificar uma importante instituiccedilatildeo de ensino

superior do estado do Rio de Janeiro o Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica

Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) Uma instituiccedilatildeo com grande tradiccedilatildeo que ao

longo dos anos se diversificou alterou o escopo de ensino para ofertar de cursos de

cursos de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo direcionados para tecnologia e inovaccedilatildeo Eacute

necessaacuterio conhecer aacutes origens histoacutericos e fatores que influenciaram a consolidaccedilatildeo

do CEFETRJ para entender seu papel no cenaacuterio atual

78

413 - O PDI do CefetRJ

O Estatuto do CEFETRJ foi aprovado em 2005 pelo ministro da educaccedilatildeo

Fernando Haddad e instaurou a portaria nordm 3796 No capiacutetulo III sobre a Estrutura

Organizacional na Subseccedilatildeo VIII do Estatuto do CEFETRJ eacute estabelecida a criaccedilatildeo

da Diretoria de Gestatildeo Estrateacutegica (DIGES)oacutergatildeo responsaacutevel por conduzir o

processo de elaboraccedilatildeo validaccedilatildeo e publicaccedilatildeo dos DPI a cada quatro anos bem

como acompanhar a execuccedilatildeo dos planos e projetos definidos e ser o principal

fornecedor de informaccedilotildees sobre o desempenho da instituiccedilatildeo perante sociedade

ministeacuterio da educaccedilatildeo Uniatildeo e demais oacutergatildeos puacuteblicos a que a IES estaacute submetida

A construccedilatildeo do PDI eacute feita de maneira colaborativa e participativa por todos

os departamentos e secretarias que integram a instituiccedilatildeo Os entendimentos entre

todas as partes e consensos provisoacuterios devem ser estabelecidos para definir

objetivos comuns a todos que deveratildeo ser registrado e amplamente divulgado e

cascateado a todos os niacuteveis da instituiccedilatildeo Com isso o PDI deve ser apresentado

pela DIGES em um prazo de 150 a 60 dias agrave Comissatildeo para validar o produto final

conforme estabelecido no documento O processo deve ser concluiacutedo dentro do ano

anterior ao periacuteodo de vigecircncia do PDI em elaboraccedilatildeo

414 - Filosofia Missatildeo e Objetivos Institucionais

Os princiacutepios norteadores da filosofia satildeo expressos atraveacutes de seu Projeto

Pedagoacutegico integrando

A defesa das condiccedilotildees garantidoras de qualidade social para a educaccedilatildeo

puacuteblica viabilizada pela Rede Federal de Educaccedilatildeo Profissional Cientiacutefica e

Tecnoloacutegica em sua diversidade institucional reafirmaccedilatildeo da identidade institucional

vinculada agrave formaccedilatildeo de profissionais de diferentes niacuteveis no projeto de transformaccedilatildeo

de Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica em Universidade Tecnoloacutegica Federal

adoccedilatildeo de projetos de verticalizaccedilatildeo e integraccedilatildeo das atividades de ensino pesquisa

e extensatildeo da educaccedilatildeo baacutesica agrave poacutes-graduaccedilatildeo como caracteriacutestica metodoloacutegica

de formaccedilatildeo na aacuterea tecnoloacutegica middot consolidaccedilatildeo de poliacuteticas de ensino pesquisa e

extensatildeo que compromissadas com o desenvolvimento nacional e regional a

disseminaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimento a formaccedilatildeo de pessoas e a

responsabilidade social e eacutetica continuem a legitimar a atuaccedilatildeo institucional junto agrave

79

sociedade preservaccedilatildeo e sustentaccedilatildeo da autonomia institucional definida em lei

aperfeiccediloamento permanente dos processos de gestatildeo democraacutetica e

descentralizaccedilatildeo gerencial nas instacircncias acadecircmicas e administrativas mediante

adoccedilatildeo de estruturas colegiadas mecanismos de participaccedilatildeo de todos os segmentos

da comunidade interna socializaccedilatildeo de informaccedilotildees e transparecircncia na utilizaccedilatildeo de

recursos middot observacircncia de aspectos inerentes ao caraacuteter puacuteblico e de identidade

formadora da Instituiccedilatildeo valorizaccedilatildeo do ser humano e do trabalho respeito agrave

pluralidade e divergecircncias de ideacuteias sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza adesatildeo

agrave tecnologia a serviccedilo da promoccedilatildeo humana compromisso social diaacutelogo constante

e parcerias com instituiccedilotildeesentidades representativas da sociedade

responsabilidade funcional e eacutetica (PDI 2010)

No que se refere a sua missatildeo institucional levando-se em consideraccedilatildeo agrave RS

assumida perante a sociedade cabe ao CEFETRJ

Promover a educaccedilatildeo mediante atividades de ensino pesquisa e extensatildeo que

propiciem de modo reflexivo e criacutetico na interaccedilatildeo com a sociedade a formaccedilatildeo

integral (humaniacutestica cientiacutefica e tecnoloacutegica eacutetica poliacutetica e social) de profissionais

capazes de contribuir para o desenvolvimento cultural tecnoloacutegico e econocircmico dessa

mesma sociedade (PDI 2010)

Neste sentido seus principais objetivos satildeo

ministrar educaccedilatildeo profissional teacutecnica de niacutevel meacutedio de forma

articulada com o ensino meacutedio destinada a proporcionar habilitaccedilatildeo

profissional para diferentes setores da economia

ministrar ensino superior de graduaccedilatildeo e de poacutes-graduaccedilatildeo lato sensu

e stricto sensu visando agrave formaccedilatildeo de profissionais e especialistas na

aacuterea tecnoloacutegica

ministrar cursos de licenciatura bem como programas especiais de

formaccedilatildeo pedagoacutegica nas aacutereas cientiacutefica e tecnoloacutegica

ofertar educaccedilatildeo continuada por diferentes mecanismos visando agrave

atualizaccedilatildeo ao aperfeiccediloamento e agrave especializaccedilatildeo de profissionais na

aacuterea tecnoloacutegica

realizar pesquisa estimulando o desenvolvimento de soluccedilotildees

tecnoloacutegicas de forma criativa e estendendo seus benefiacutecios agrave

comunidade

80

promover a extensatildeo mediante integraccedilatildeo com a comunidade

contribuindo para o seu desenvolvimento e melhoria da qualidade de

vida desenvolvendo accedilotildees interativas que concorram para a

transferecircncia e o aprimoramento dos benefiacutecios e conquistas auferidos

na atividade acadecircmica e na pesquisa aplicada

estimular a produccedilatildeo cultural o empreendedorismo o desenvolvimento

cientiacutefico e tecnoloacutegico o pensamento reflexivo com responsabilidade

social (PDI 2010)

As Instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) e Meacutedio Teacutecnico satildeo autarquias

vinculadas ao Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que tem como atividade fim prover

educaccedilatildeo de qualidade e desenvolver a sociedade como um todo sempre em

consonacircncia com poliacuteticas leis e decretos vigentes As IES devem a cada quatro anos

apresentar o seu Planejamento Institucional (PDI) que eacute anaacutelogo ao Planejamento

Estrateacutegico empresarial e documento obrigatoacuterio exigido pelo MEC

Em suma o CEFETRJ eacute uma Instituiccedilatildeo que atua nos diferentes niacuteveis da

educaccedilatildeo e tem por objetivo a formaccedilatildeo de profissionais capazes de atuar intervir e

aplicar conhecimentos teacutecnicos e cientiacuteficos sem desconsiderar a dinacircmica

econocircmica e social bem como o desenvolvimento das regiotildees onde suas unidades

estatildeo inseridas

42 Sobre o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais

Para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais que satildeo produzidas

pelas unidades evaporadoras de ar condicionado foi realizado ensaios em aparelhos

com capacidades variadas utilizando uma proveta graduada para coleta com

mangueira interligada a saiacuteda do dreno da unidade evaporadora de forma a

quantificar a produccedilatildeo a cada hora para obtenccedilatildeo da media de produccedilatildeo admitindo

um padratildeo modular de 12000 BTUsh conforme figuras x

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs

81

Fonte Autor deste trabalho 2017

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca

Equipamento Split 24000 BTUs -Elgin

Hora Temperatura

( Graus Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

1230h 27 0

1330hr 23 500

1430hr 21 650

1530hr 21 630

1630hr 21 590

1730hr 21 610

1830hr 21 585

MEacuteDIA 50929

Fonte autor deste trabalho 2017

82

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores

Equipamento Split 12000 BTUs -Komeco

Hora Temperatura( Graus

Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

800h 30 0

900h 27 190

1000hr 23 250

1100hr 21 340

1200hr 21 290

1300hr 21 310

1400hr 21 285

MEacuteDIA 23786

Fonte autor deste trabalho 2017

Diferentemente do que foi encontrado na literatura obteve- se uma

media de 24905 mlhora para cada 12000 BTUs hora (British termal Units-

Unidade Teacutermica Britacircnica) variaccedilatildeo explicada pelas condiccedilotildees

psicomeacutetricas ou seja o processo de condensaccedilatildeo estaacute diretamente

relacionado a as condiccedilotildees climaacuteticas externas quanto maior a umidade

maior seraacute a quantidade de aacutegua gerada pelo processo De acordo com Mota

et al(2011) em meacutedia um ar com 12000 BTUs apresentou produccedilatildeo de

300mlhora valor proacuteximo ao encontrado por Fortes et al (2015) meacutedia de

309mlhora para unidade de mesma capacidade

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento

PAV CAPTOTAL EM BTUh

FUNCIONAMENTO

(hrdia)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(lhr)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(ldia)

T 18000 12 037 448

1ordm 650000 10 1349 13490

2ordm 676000 8 1403 11224

3ordm 806000 14 1673 23419

4ordm 786000 12 1631 19575

5ordm 676000 12 1403 16836

SOMA 3612000

84992 litros dia

Fonte Setor de manutenccedilatildeo

83

Tendo em vista a diversidade de utilizaccedilatildeo do Preacutedio Bloco E

(Bibliotecas Coordenaccedilotildees Salas de aula e Ambientes administrativos) foram

atribuiacutedos tempos de uso compatiacuteveis com o funcionamento de cada

ambiente

O reuso das aguas de condensaccedilatildeo que seriam desperdiccediladas

apresentam potencial de reuso com custo relativamente baixo cabendo

somente a interligaccedilatildeo dos drenos a rede de captaccedilatildeo de aguas pluviais

conforme pode ser observado na figura 15 e reservatoacuterio para que esta seja

usada para fins natildeo potaacuteveis

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP

84

Aacuterea de Coleta de agua de chuva

Para estimar o volume do reservatoacuterio foi necessaacuterio o calculo da aacuterea que seraacute

utilizada para captaccedilatildeo das aguas pluviais que foi considerada a aacuterea de cobertura do

bloco E figura 16 que e composta de telhas trapezoidais em accedilo galvanizado

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E

De acordo com a NBR 15527 a aacuterea de captaccedilatildeo para dimensionamentos eacute a

aacuterea em metros projetada na horizontal da superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde

a aacutegua da chuva eacute captada (ABNT 2007)

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E

PREacuteDIO AacuteREA ( msup2 )

BLOCO E 134670

TOTAL 134670

Fonte Autor do presente trabalho

Segundo Tomaz (2015) haacute uma variaccedilatildeo entre o volume de aacutegua precipitado e

o volume que seraacute coletado O coeficiente de Runoff ou coeficiente de escoamento

superficial eacute a relaccedilatildeo entre o volume de aacutegua de chuva que escoa superficialmente

e o volume total de aacutegua precipitada no telhado que iraacute variar de acordo com a

superfiacutecie conforme quadro 9

85

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff

Tipo de telha Coeficiente de Runoff

Ceracircmica 08 a 09

Ceracircmica esmaltada 09 a 095

Corrugada metaacutelica 08 a 09

Cimento amianto 08 a 09

Plaacutestico 09 a 095 Fonte TOMAZ (2015)

Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rio que foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca A estaccedilatildeo

estaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm57 185S longitude 43ordm14 538W A

escolha desta estaccedilatildeo meteoroloacutegica se deu pela proximidade do CEFET-RJ e por

possuir grande volume de informaccedilatildeo armazenado pelo Sistema Alerta Rio Os dados

fornecidos incluem informaccedilotildees sobre precipitaccedilotildees no periacuteodo de 01012007 a

31122015 Conforme pode ser observado na tabela x

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

REGIME DE CHUVA

Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica_ Jan 2007Dezembro 2015 (ml)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 MEacuteDIA

JAN 127 1856 2724 2202 1036 180 3538 288 788 19378

FEV 1176 1248 1222 624 874 144 834 304 848 9093

MAR 142 2466 944 3386 1496 91 358 986 1368 19098

ABR 1182 2186 2372 4962 3174 1008 85 177 1184 23360

MAI 202 736 552 898 1714 996 1692 458 40 11833

JUN 67 62 732 712 398 1478 426 106 1312 9260

JUL 166 448 1098 127 466 466 1718 1006 134 10333

AGO 178 1458 582 328 362 206 222 484 104 4905

86

Fonte Sistema Alerta Rio

Potencial de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Para a determinaccedilatildeo do volume que pode ser aproveitado foi utilizado a aacuterea

de cobertura do preacutedio estudado a meacutedia das precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de

janeiro de 2007 a dezembro de 2015 bem como o coeficiente de runoff de 090 em

funccedilatildeo do material existente na cobertura utilizou-se a metodologia aplicada por Ghisi

et al (2017) e Lina et al (2011) desta forma foi calculado atraveacutes da equaccedilatildeo abaixo

e demonstrado no quadro 10

V= PAC1000

Onde V= volume mensal de chuva em m3

A=aacuterea total de captaccedilatildeo em m3

C= coeficiente de runoff

1000= fator de conversatildeo para m3

SET 394 1118 1322 582 572 1246 75 474 130 9698

OUT 2076 92 2256 1756 1382 744 888 542 32 13605

NOV 2202 2048 1292 1082 33 1198 1384 822 1974 15415

DEZ 2506 1284 4622 2876 1726 282 221 404 804 20893

15476 16388 19718 20678 1353 10478 18092 8598 10536

87

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua

POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AacuteGUA DE CHUVA

BLOCO E

MEcircS PRECIPITACcedilAtildeO MEacuteDIA

MENSAL AacuteREA COBERTURA

COEFICIENTE DE RUNOFF

VOLUME APROVEITAacuteVEL (m sup3)

JAN 19378 13467 09 23486

FEV 90925 13467 09 1102

MAR 19098 13467 09 23147

ABR 2336 13467 09 28313

MAI 118325 13467 09 14341

JUN 926 13467 09 11223

JUL 103325 13467 09 12523

AGO 4905 13467 09 5945

SET 96975 13467 09 11754

OUT 13605 13467 09 1649

NOV 15415 13467 09 18683

DEZ 208925 13467 09 25322 TOTAL ANUAL 202248

Fonte O autor do presente trabalho

Foram utilizadas as meacutedias de precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de 2007 a

2015 e observa-se que o mecircs de agosto com menor iacutendice de precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica para a seacuterie histoacuterica

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados todos os banheiros existentes no

preacutedio estudado verificando vazamentos tipos de torneira vasos sanitaacuterios e

mictoacuterios e foram identificadas torneiras temporizadas nos lavatoacuterios e mictoacuterios que

apresentavam tempo excessivo para fechamento as mesmas foram reguladas pela

equipe de manutenccedilatildeo e instalados redutores de vazatildeo Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua que poderiam ser substituiacutedas por

agua natildeo potaacutevel

88

Definiccedilatildeo da populaccedilatildeo do preacutedio estudado

Para definiccedilatildeo da demanda do preacutedio estudado se fez necessaacuterio determinar a

populaccedilatildeo que utiliza o bloco E objeto do estudo de caso quantificando a meacutedia diaacuteria

de docentes teacutecnicos administrativos discente e tercerizados conforme quadro 11

Quadro 11 - Populaccedilao

POPULACcedilAtildeO BLOCO E

POPULACcedilAtildeO DIAS DA SEMANA

TOTAL SEG TERCcedilA QUARTA QUINTA SEXTA

Professores 75 75 75 75 75 375

Teacutecnicos Administrativo 135 135 135 135 135 675

Alunos 1150 1150 1150 1150 1150 5750

Visitantes da Biblioteca 80 80 80 80 80 400

Terceirizados 10 10 10 10 10 50

TOTAL 1450 1450 1450 1450 1450

Fonte O autor do presente trabalho

Com a determinaccedilatildeo da meacutedia de utilizaccedilatildeo da populaccedilatildeo foi verificado na

literatura as demanda encontradas por diversos autores

Segundo Gonccedilalves (2002 ) apud Silva (2004) edifiacutecios puacuteblicos e escolas tipo

externato possuem demanda diaacuteria na ordem de 50lpessoa dia

Kamers (2004) em seu estudo de 10 edifiacutecios puacuteblicos na cidade de

Florianoacutepolis encontrou demanda de 367 lpessoa dia

Marinoski (2008) obteve demanda de 155 lpessoa dia para fins natildeo potaacuteveis

em uma instituiccedilatildeo de niacutevel superior na cidade de Florianopolis-SC

Salla et al(2013)encontrou demanda de 20 a 30 laluno dia em um bloco de

salas de aula da UFU

Em funccedilatildeo das variaccedilotildees apresentadas na literatura e pelo preacutedio objeto do

estudo natildeo apresentar micromediccedilatildeo ou seja a entrada da concessionaacuteria CEDAE

atende diversas edificaccedilotildees na instituiccedilatildeo adotou-se questionaacuterio de forma a

quantificar a demanda dos equipamentos sanitaacuterios possiacuteveis de acordo com a

legislaccedilatildeo de utilizaccedilatildeo de aguas pluviais

43 Anaacutelise dos Resultados das entrevistas realizadas

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

89

CEFET-RJ questionaacuterios que se encontram no apecircndice A B e C com a finalidade de

descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho de forma a quantificar o consumo de

agua potaacutevel nos equipamentos

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com

utilizaccedilatildeo da foacutermula de caacutelculo amostral Chegou-se a uma amostra de 304 Foram

distribuiacutedos 400 questionaacuterios dos quais retornaram 320 o que gerou os graacuteficos

abaixo para determinaccedilatildeo do numero de vezes e tempo de uso dos equipamentos

sanitaacuterios

Caacutelculo de utilizaccedilatildeo da bacia sanitaacuteria

Foi considerado a utilizaccedilatildeo por cinco dias semanais no caso adotado 20 dias

uteis e utilizada a vazatildeo de 170 litros segundo no caso das bacias sanitaacuterias e 015

litrossegundo para mictoacuterios segundo a NBR 56261998

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

Onde

C Meacutedio = consumo meacutedio

Fi = nuacutemero de vezes de utilizaccedilatildeo

Ti = tempo em segundos por acionamento

Q = vazatildeo de acordo com a norma

90

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Populaccedilatildeo diaacuteria 1450

Nuacutemero de acionamentos descarga bacia sanitaacuteria

1 vez 16 1450 usuaacuterios 1 vez = 232 vezes

2 vezes 16 1450 usuaacuterios 2 vezes = 464 vezes

3 vezes 30 1450 usuaacuterios 3 vezes = 1305 vezes

4 vezes 14 1450 usuaacuterios 4 vezes = 802 vezes

5 vezes 5 1450 usuaacuterios 5 vezes = 362 vezes

6 vezes 4 1450 usuaacuterios 6 vezes = 348 vezes

7 vezes 5 1450 usuaacuterios 7 vezes = 507 vezes

Total de acionamentos 4031

91

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de bacia sanitaacuteriadia

1 seg 5 4031 1 17 = 342

2 seg 12 4031 2 17 = 822

3 seg 13 4031 3 17 = 890

4 seg 12 4301 4 17 = 822

5 seg 22 4031 5 17 = 150

6 seg 11 4031 6 17 = 753

7 seg 4 4031 7 17 = 274

8 seg 8 4031 8 17 = 548

9 seg 5 4031 9 17 = 342

10 seg 3 4031 10 17 = 205

Logo o consumo meacutedio das bacias sanitaacuterias foi de 6510dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 130200Lmecircs ou 1302m3

92

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Nuacutemero de acionamentos de descarga mictoacuterio

1 vez 14 870 usuaacuterios 1 vez = 121

2 vezes 10 870 usuaacuterios 2 vezes = 174

3 vezes 21 870 usuaacuterios 3 vezes = 548

4 vezes 26 870 usuaacuterios 4 vezes = 904

5 vezes 12 870 usuaacuterios 5 vezes = 522

6 vezes 2 870 usuaacuterios 6 vezes = 174

7 vezes 2 870 usuaacuterios 7 vezes = 121

8 vezes 3 870 usuaacuterios 8 vezes = 208

Total de acionamentos 2772

93

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de mictoacuteriodia

1 seg 5 2772 1 015 = 20

2 seg 12 2772 2 015 = 99

3 seg 13 2772 3 015 = 162

4 seg 12 2772 4 015 = 99

5 seg 22 2772 5 015 = 457

6 seg 11 2772 6 015 = 274

7 seg 4 2772 7 015 = 116

8 seg 8 2772 8 015 = 260

9 seg 9 2772 9 015 = 187

10 seg 3 2772 10 015 = 124

Logo o consumo meacutedio de mictoacuteriodia foi de 1804dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 36080mecircs ou 3608m3

Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

As informaccedilotildees foram prestadas pelos responsaacuteveis pela limpeza interna e

externa atraveacutes dos questionaacuterios aplicados

Consumo Atividade de limpeza=Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega

de jardim

Consumo de atividades de limpeza = 1104 m3 mensal

94

Consumo per capta de uso natildeo potaacutevel 86821450 = 598 litrosdia

Dimensionamento do reservatoacuterio de aguas pluviais

Segundo a Norma Brasileira NBR 155272007 satildeo apresentados 6 meacutetodos

de dimensionamento de reservatoacuterios cabendo ao projetista a escolha do meacutetodo

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo onde o volume do

reservatoacuterio seraacute o menor valor entre 6 do volume de captaccedilatildeo de agua pluvial anual

e 6 da demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Vx006

V adotado = miacutenimo Dx006

Onde

V adotado= volume do reservatoacuterio

V= volume aproveitaacutevel anual de agua de chuva

D= demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Demanda anual por agua natildeo potaacutevel

Limpeza 1104 m3mecircs x 12= 13248 m3

Vaso sanitaacuterio 1302 m3mecircs x 12 = 156240m3

Mictoacuterio 3608m3mesx12 = 43296 m3

Total 17732 m3mecircs 12= 212784 m3

Volume aproveitaacutevel de aguas pluviais = 202248 m3

V adotado= V x006 = (202248x006) = 12134m3

V adotado= D x006= (212784x006) = 12767m3

Tendo em vista os resultados apresentados adotou-se um reservatoacuterio inferior

com capacidade de 120000 litros em concreto armado conforme projeto no apecircndice

D tendo como base a Planta Baixa apresentado na figura 17 E de acordo com a

demanda diaacuteria foi definido reservatoacuterio superior em polietileno com capacidade de

5000 litros

95

Figura 17 - Planta baixa

FonteO autor do presente trabalho

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria

Fonte Adaptada pelo autor do presente trabalho do Sistema Orccedila fascio

96

Item Coacutedigo Banco Descriccedilatildeo Tipo Und Quant Valor

Unit

Valor Unit

com BDI

Total

1 Movimento de Terra 190190

11 72917 SINAPI

ESCAVACAO MECANICA DE VALA EM MATERIAL 2A

CATEGORIA DE 201 ATE 400 M DE PROFUNDIDADE COM

UTILIZACAO DE ESCAVADEIRA HIDRAULICA

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 13000 1198 1463 190190

2 Remoccedilotildees 862616

21 72897 SINAPICARGA MANUAL DE ENTULHO EM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 23800 2346 2864 681632

22 72900 SINAPI

TRANSPORTE DE ENTULHO COM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3 RODOVIA PAVIMENTADA DMT 05 A

10 KM

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 16800 535 653 109704

23 93377 SINAPI

REATERRO MECANIZADO DE VALA COM

RETROESCAVADEIRA (CAPACIDADE DA CACcedilAMBA DA

RETRO 026 Msup3 POTEcircNCIA 88 HP) LARGURA DE 08 A

15 M PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M COM SOLO (SEM

SUBSTITUICcedilAtildeO) DE 1ordf CATEGORIA EM LOCAIS COM ALTO

NIacuteVEL DE INTERFEREcircNCIA AF_042016

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 7200 811 990 71280

3 Estrutura 6177729

31 95241 SINAPI

LASTRO DE CONCRETO E = 5 CM PREPARO

MECAcircNICO INCLUSOS LANCcedilAMENTO E ADENSAMENTO

AF_07_2016

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 5000 2404 2935 146750

32 5970 SINAPIFORMA TABUA PARA CONCRETO EM FUNDACAO C

REAPROVEITAMENTO 2X

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 22000 6684 8161 1795420

33 94052 SINAPI

ESCORAMENTO DE VALA TIPO DESCONTIacuteNUO COM

PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M LARGURA MAIOR OU

IGUAL A 15 M E MENOR QUE 25 M EM LOCAL COM NIacuteVEL

ALTO DE INTERFEREcircNCIA AF_062016

ESCO -

ESCORAMENTOmsup2 7000 3602 4398 307860

34 83515 SINAPI

ESCORAMENTO FORMAS DE H=330 A 350 M COM

MADEIRA 3A QUALIDADE NAO APARELHADA

APROVEITAMENTO TABUAS 3X E PRUMOS 4X

ESCO -

ESCORAMENTOmsup3 12000 1500 1832 219840

35 90861 SINAPI

CONCRETAGEM DE EDIFICACcedilOtildeES (PAREDES E LAJES)

FEITAS COM SISTEMA DE FOcircRMAS MANUSEAacuteVEIS COM

CONCRETO USINADO BOMBEAacuteVEL FCK 20 MPA

LANCcedilADO COM BOMBA LANCcedilA - LANCcedilAMENTO

ADENSAMENTO E ACABAMENTO AF_062015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup3 3050 40775 49786 1518473

36 92921 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 125 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 15300 779 951 145503

37 92919 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 100 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 2800 976 1192 33376

38 92917 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 80 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 68700 1217 1486 1020882

39 92916 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 63 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 60900 1331 1625 989625

Descriccedilatildeo do Orccedilamento Bancos Utilizados BDI Encargos Sociais

CONSTRUCcedilAtildeO DE CISTERNA SINAPI - 072017 - RJ

ORSE - 062017 - SE

SEDOP - 042017 - PA

SEINFRA - 024 - CE

SICRO2 - 112016 - RJ

SETOP - 072017 - MG

IOPES - 052017 - ES

SIURB - 012017 - SP

SUDECAP - 032017 - MG

FDE - 042017 - SP

CPOS - 072017 - SP

AGETOP CIVIL - 102016 -

GO

CAEMA - 052016 - MA

2210 00 - Natildeo Desonerada

Total Geral R$ 7230535

Planilha Orccedilamentaacuteria Sinteacutetica

Total sem

BDI

R$ 5921991

Total do BDI R$ 1308544

97

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio

Fonte O autor do presente trabalho

ANAacuteLISE DE SIMULACcedilAtildeO DO RESERVATOacuteRIO

Coeficiente de runoff (CR) = 09

Volume do reservatoacuterio (msup3) = 120

Meses Chuva meacutedia mensal

Demanda mensal

Aacuterea de captaccedilatildeo

Volume de chuva

mensal

Volume do reservatoacuterio

fixado

Volume do reservatoacuterio

no tempo (t-1)

Volume do reservatoacuterio no tempo (t)

Overflow Suprimento de aacutegua externo

(mm) (msup3) (msup2) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3)

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7 Coluna 8 Coluna 9 Coluna 10

Janeiro 19378 17732 13467 235 120 0 120 0 0

Fevereiro 9093 17732 13467 110 120 120 5268 0 0

Marccedilo 19098 17732 13467 231 120 5268 10636 0 0

Abril 2336 17732 13467 283 120 10636 120 9204 0

Maio 11833 17732 13467 143 120 120 8568 0 0

Junho 926 17732 13467 112 120 8568 2036 0 0

Julho 10332 17732 13467 125 120 2036 -3196 0 3196

Agosto 4905 17732 13467 59 120 0 -11832 0 11832

Setembro 9698 17732 13467 118 120 0 -5932 0 5932

Outubro 13605 17732 13467 165 120 0 -1232 0 1232

Novembro 15415 17732 13467 187 120 0 968 0 0

Dezembro 20893 17732 13467 253 120 968 8536 0 0

Total 16687 212784 2021 9204 22192

98

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo na conta como pode ser

observado no apendice E pois satildeo realizadosdiversas atividades como lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de feacuterias

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha

Fonte O autor do presente trabalho 2017

Foi realizada analise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio com base na capacidade

encontrada atraveacutes do metodo praacutetico alematildeo 12000 m3 onde pode-se observar

overflow (transbordamento) de 9204 m3 para o mecircs de abril e necessidade de

suprimento de agua externo da concessionaria CEDAE para os meses julho a outubro

perfazendo um total 22192m3 Tendo em vista um uacutenico mecircs de transbordamento e

4 meses de necessidade de abastecimento externo verificou-se que o aumento do

reservatoacuterio para evitar o transbordamento poderia inviabilizar o projeto com o

aumento do custo de construccedilatildeo e o reservatorio ficaria ocioso tendo em vista a

precipitaccedilatildeo pluviometrica insuficiente para o atendimento pleno da demanda nos

meses de julho a outubro

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo significativa no consumo

como pode ser observado no apecircndice E pois satildeo realizados lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de ferias

Coluna 1 = Meses

Coluna 2 = Intensidade pluviomeacutetrica mensal

Coluna 3 = Demanda mensal de aacutegua pluvial da edificaccedilatildeo

Coluna 4 = Aacuterea de captaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Coluna 5 = (Coluna 2) x (Coluna 4) x (Coeficiente de runoff) (100)

Coluna 6 = Corresponde ao volume definido para o reservatoacuterio

Coluna 7 = Se (Coluna 8 mecircs anterior) for menor que zero adotar zero

Se (Coluna 8 mecircs anterior) for maior ou igual a zero adotar o valor

Valor de janeiro igual a zero

Coluna 8 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for maior que (Coluna 6) adotar o valor da (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3)

Valor de janeiro igual o volume do reservatoacuterio

Coluna 9 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for maior que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna3) - (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar zero

Coluna 10 = Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for menor que zero adotar -((Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3))

Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for igual ou maior que zero adotar zero

Descriccedilatildeo da planilha

99

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior

A localizaccedilatildeo para construccedilatildeo do reservatoacuterio de aguas pluviais foi realizada

com base no menor nuacutemero de intervenccedilotildees uma vez que as caixas de inspeccedilotildees jaacute

se encontram instaladas e houve apenas a interceptaccedilatildeo para o reservatoacuterio e desvio

de interligaccedilatildeo a rede publica para recebimento do excedente e material dispensado

pelo filtro e ou sifatildeo ladratildeo

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais

Elaborado pelo autor deste trabalho com base equipamentos 3p tecnickacquasave

100

Equipamentos utilizados com suas funccedilotildees e caracteriacutesticas

Filtro FV 6 Filtro de aacutegua da chuva para aacutereas de captaccedilatildeo maiores Precisa

ser instalado dentro um poccedilo teacutecnico (Oslash 1200 mm) Graccedilas a seu sistema duplo de

limpeza (peneira grossa depois fina) ele possui uma significativa eficaacutecia em funccedilatildeo

da forte inclinaccedilatildeo do miolo filtrante a sujeira separada eacute continuamente encaminhada

para a galeria pluvial A saiacuteda para a galeria eacute conectada ao poccedilo teacutecnico

A sujeira cai no fundo do poccedilo e eacute carregada quando chove mais forte

Capacidade relativa de processamento conforme norma DIN 1986 de ateacute 2433 msup2

com uma precipitaccedilatildeo de 300 litros (seg x ha)Conexatildeo Entrada 2 x DN 250 Conexatildeo

p cisterna DN 200 Saiacuteda para a galeria DN 250 Desniacutevel da entrada para a saiacuteda da

aacutegua 320 mm Frequecircncia de manutenccedilatildeo conforme a incidecircncia de sujeira 2 a 4

vezes ao ano Trama da tela 0390 x 0980 mm Peacutes hastes roscadas com porcas de

accedilo inox medindo 250 mm Peso 395 kg

Conjunto mangueira boia 1rdquo por estar flutuando proporciona a captaccedilatildeo da

aacutegua no ponto do reservatoacuterio em que estaacute mais limpa evitando a captaccedilatildeo de

resiacuteduos decantados no fundo da cisterna ou em suspensatildeo na superfiacutecie da aacutegua

Possui uma segunda peneira em sua extremidade garantindo assim que nenhum

resiacuteduo existente possa ser sugado e enviado para o reservatoacuterio superior Diacircmetro

da boia 200 mm Comprimento 25 metros Conexatildeo 1 Peso 32 kg

Realimentador 1-12 - Industrial O realimentador tem por finalidade manter o

abastecimento de aacutegua do sistema pluvial quando natildeo houver aacutegua de chuva Uma

vaacutelvula solenoide unidirecional comandada por uma boia de niacutevel libera a entrada de

aacutegua da rede para que o sistema natildeo entre em colapso A boia de niacutevel deve ser

regulada de modo a liberar a entrada de aacutegua somente num niacutevel baixo da cisterna

natildeo interferindo no funcionamento regular do sistema de aacutegua de chuva ou seja sua

regulagem deve ser ajustada para funcionamento somente quando a caixa ou a

cisterna estiver em niacuteveis baixos quando a bomba que recalca a aacutegua de chuva natildeo

eacute mais acionada

Sifatildeo ladratildeo industrial 200 mm Sifatildeo com barreira contra odores e succcedilatildeo da

aacutegua na superfiacutecie sem invasatildeo de roedores que satildeo barrados pela chapa perfurada

de accedilo inox Para a qualidade constante da aacutegua eacute importante que a cisterna

transborde regularmente o sifatildeo ind DN 200 eacute conectado por um tubo plaacutestico de 200

101

mmconexatildeo 200 mmmaterial polietilenobarreira antirroedores accedilo inox dimensotildees

375 x 659 x 765 mm Peso 75 kg

Freio Drsquoaacutegua Industrial 200 mm O produto serve para frear e inverter o fluxo da

aacutegua que entra na cisterna Partiacuteculas finas de sujeira que ficaram retidas na aacutegua

lentamente descem para o fundo e uma camada de sedimentos se cria que exerce

uma influecircncia positiva sobre a aacutegua de chuva armazenada Cisternas com uma

camada de sedimentos apresentam uma aacutegua mais liacutempida

Clorador acquanova com funcionamento em circuito fechado com proteccedilatildeo

contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo interno 320 pastilhas variando de 0640 kg

com vazatildeo de operaccedilatildeo lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Conjunto de 02 bombas centrifugas monoestaacutegio BC 91- rotor fechado em

atendimento a altura manomeacutetrica total de 20 metros e vazatildeo de 53 m3h compatiacutevel

com o reservatoacuterio superior de 5000 litros

Tratamento quiacutemico mensal da agua pluvial

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR 152227

recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgl e 30 mgl em qualquer

ponto do sistema de abastecimento neste estudo de caso foi previsto dosador de

cloro em pastilhas que apresenta consumo de 9 gramasm3 com estimativa de

consumo mensal de de 1742 gramasmecircs para a quantidade de agua a ser recalcada

de 8800 litros dia sendo os ajustes de vazatildeo a serem realizados atraveacutes da equipe

de manutenccedilatildeo de forma manual atraveacutes dos ajustes de registros que seratildeo

realizados em funccedilatildeo dos valores aferidos pelo kit de dosagem de cloro residual e

comparados a norma citada

Avaliaccedilatildeo do percentual de economia de agua potaacutevel nas atividades de

limpeza jardinagem bacias sanitaacuterias e mictoacuterios

Potencial de captaccedilatildeo de agua de chuva + potencial de produccedilatildeo de agua por

condensaccedilatildeo das unidades evaporadores- overflow= total de aguas utilizaveis em

usos menos nobres

202248m3 + 19200m3 - 9204 m3 = 212244 m3 total utilizavel

Demanda anual para uso natildeo potavel = 212784 m3

Percentual de economia de agua potavel = 9974

Os valores abaixo apresentam o custo por m3 do preccedilo cobrado pela

concessionaria CEDAE para o consumo de agua da rede publica

102

Custo de agua por faixa de consumo categoria publica

Consumo m3 valor

0 a 15 51036364

gt 15 11289924

Beneficio mensal com reduccedilatildeo de custo na conta de agua

A instituiccedilatildeo em estudo estaacute ligada agrave rede puacutebica de coleta de

esgoto portanto o custo de aacutegua tratada foi acrescido com o custo de

coleta de esgoto O custo de coleta de esgoto e idecircntico ao custo da agua

potaacutevel conforme pode ser observado no apecircndice F

total utilizavel ano12= 212234 m3 12 = 17686 m3

17686x 11289924 x 2= R$ 399347 mensal

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais

Equipamentos Quant Custo Vida Uacutetil

Reservatoacuterio Inferior 120000L Reservatoacuterio Superior 5000L Filtro Aquasave VF6 250mm Conjunto Flutuante de succcedilatildeo (Mangueira e boia) Realimentador 1 12rsquorsquo Sifatildeo ladratildeo 200mm Freio drsquoaacutegua 200mm Automaacuteticos superior e inferior Moto Bomba 1 cv Conexotildees pvc fios e disjuntores referente as instalaccedilotildees das bombas e prumadas de abastecimento (custo estimado 5) Clorador

01

01

Cj

02

02

Cj

01

R$ 7230535 R$ 179000 R$ 1414958 R$ 4800 R$ 198200 R$ 456324 R$ 99000

ge 50 anos 5 anos 10 anos 1 ano 2 anos 20 a 25 2 anos

Total R$ 9582817

Os custos de implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial para

posterior anaacutelise de viabilidade econocircmica Estes custos satildeo relativos aos gastos para

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior aquisiccedilatildeo de materiais equipamentos

Dentre os custos apresentados foi considerado somente matildeo de obra na

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior conforme pode ser observado na planilha

orccedilamentaria sinteacutetica na instalaccedilatildeo dos demais equipamentos e manutenccedilatildeo foi

103

considerada matildeo de obra da proacutepria da instituiccedilatildeo uma vez que a mesma conta com

equipe de manutenccedilatildeo hidraacuteulica e eleacutetrica bem como natildeo foi considerado custo de

energia eleacutetrica pois a altura de recalque e semelhante a da agua tratada

consequentemente natildeo implicando em acreacutescimos a conta de energia

Anaacutelise econocircmica

A anaacutelise econocircmica procura determinar as possibilidades de sucesso em

funccedilatildeo do tempo de retorno do investimento econocircmico e financeiro quanto maior o

payback maior o tempo necessaacuterio para que o investimento retorne e maiores os

riscos envolvidos

Tempo de retorno do investimento

Com base nos dados das estimativas de custos de implantaccedilatildeo foi possiacutevel

estimar o tempo de retorno do investimento inicial

Subtraindo a economia mensal acumulada resultante da implantaccedilatildeo do

sistema de aproveitamento de aacutegua da chuva dos custos de implantaccedilatildeo obteve-se

o balanccedilo financeiro mensal

De acordo com o balanccedilo financeiro em 24 meses corridos o total economizado

iraacute se equipara ao total investido utilizando do Payback Simples pode ser observado

para o Payback descontado um retorno em 28 meses considerando uma taxa mensal

de 1 que na atualidade eacute utilizada para remuneraccedilatildeo de fundos de renda fixa

104

Tabela 5 - Payback simples

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Meses Investimento Fluxo de caixa Retorno Acumulado

0 9582817R$

1 399347R$ 41673 41673

2 399347R$ 41673 83346

3 399347R$ 41673 125020

4 399347R$ 41673 166693

5 399347R$ 41673 208366

6 399347R$ 41673 250039

7 399347R$ 41673 291713

8 399347R$ 41673 333386

9 399347R$ 41673 375059

10 399347R$ 41673 416732

11 399347R$ 41673 458406

12 399347R$ 41673 500079

13 399347R$ 41673 541752

14 399347R$ 41673 583425

15 399347R$ 41673 625099

16 399347R$ 41673 666772

17 399347R$ 41673 708445

18 399347R$ 41673 750118

19 399347R$ 41673 791791

20 399347R$ 41673 833465

21 399347R$ 41673 875138

22 399347R$ 41673 916811

23 399347R$ 41673 958484

24 399347R$ 41673 1000158

Payback Simples

105

Tabela 6 - Payback descontado

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Tx Fundo Renda Fixa 1

Meses Investimento Fluxo de caixa VP VP VP ACUMULADO

0 9582817R$

1 399347R$ 395393R$ 41261 41261

2 399347R$ 391478R$ 40852 82113

3 399347R$ 387602R$ 40448 122560

4 399347R$ 383765R$ 40047 162608

5 399347R$ 379965R$ 39651 202258

6 399347R$ 376203R$ 39258 241516

7 399347R$ 372478R$ 38869 280386

8 399347R$ 368790R$ 38485 318870

9 399347R$ 365139R$ 38103 356974

10 399347R$ 361524R$ 37726 394700

11 399347R$ 357944R$ 37353 432053

12 399347R$ 354400R$ 36983 469036

13 399347R$ 350891R$ 36617 505652

14 399347R$ 347417R$ 36254 541906

15 399347R$ 343977R$ 35895 577802

16 399347R$ 340572R$ 35540 613341

17 399347R$ 337200R$ 35188 648529

18 399347R$ 333861R$ 34840 683369

19 399347R$ 330555R$ 34495 717864

20 399347R$ 327283R$ 34153 752017

21 399347R$ 324042R$ 33815 785832

22 399347R$ 320834R$ 33480 819312

23 399347R$ 317657R$ 33149 852460

24 399347R$ 314512R$ 32820 885281

25 399347R$ 311398R$ 32495 917776

26 399347R$ 308315R$ 32174 949950

27 399347R$ 305262R$ 31855 981805

28 399347R$ 302240R$ 31540 1013345

Payback Descontado

106

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na metodologia adotada conclui-se que a utilizaccedilatildeo de aguas pluviais para fins

natildeo potaacuteveis atraveacutes da captaccedilatildeo da cobertura do bloco E e de aguas residuais

provenientes de condensadores de aparelhos de ar condicionado gerou uma

economia mensal R$ 399347 mecircs (Trecircs mil novecentos e noventa e trecircs reais e

quarenta e sete centavos) de reduccedilatildeo na conta de aacutegua

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos custos referentes a implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais foi realizado o Payback Simples e descontado com

utilizaccedilatildeo da taxa de 1 am obtendo-se periacuteodo de retorno do investimento de 24

meses e 28 meses respectivamente periacuteodo relativamente curto e no desenvolvimento

do presente trabalho ficou comprovada a viabilidade teacutecnica e econocircmica

Foi verificado no desenvolvimento do presente projeto que as teacutecnicas para

aproveitamento de aguas pluviais podem ser associadas ao aproveitamento de aguas

cinzas e possiacuteveis de serem adotadas pela populaccedilatildeo de modo geral atraveacutes de

poliacuteticas puacuteblicas reduzindo-se os custos dos equipamentos necessaacuterios de forma a

incentivar o uso

A adoccedilatildeo de tecnologias de reaproveitamento ou reuso ao serem utilizadas em

instituiccedilotildees de ensino servem como exemplo de postura ambientalmente correta para

os problemas de ocupaccedilatildeo e impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos centros

urbanos aleacutem de estimular a educaccedilatildeo ambiental e os conceitos de sustentabilidade

criando multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo do meio ambiente

A pesquisa bibliograacutefica na parte que trata do histoacuterico de reuso demonstrou

que o aproveitamento de aguas pluviais era utilizado por civilizaccedilotildees anteriores a

nossa era e que diversos paiacuteses do mundo na atualidade continuam a utilizar e

incentivar a populaccedilatildeo atraveacutes de poliacuteticas puacuteblicas

Dentre os custos referentes a implantaccedilatildeo do SAAP pode ser observado que o

reservatoacuterio inferior apresenta maior investimento cabendo ao projetista avaliar

atraveacutes de anaacutelise de simulaccedilatildeo o volume de transbordamento e volume de

suprimento externo de agua de forma a otimizar a utilizaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica da regiatildeo sem contudo inviabilizar o projeto financeiramente atraveacutes

do superdimensionamento do reservatoacuterio

Finalmente em caso de utilizaccedilatildeo do SAAP como alternativa a rede de

abastecimento da concessionaria cabe ao gestor a orientaccedilatildeo aos usuaacuterios bem

107

como a identificaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e pontos de uso por meio de pintura na cor roxa

das tubulaccedilotildees e placas indicativas nos pontos de uso

51 Propostas para trabalhos futuros

Apoacutes a conclusatildeo do presente trabalho seguem as sugestotildees para trabalhos

futuros abaixo relacionados

Realizar estudos referentes aos diversos meacutetodos de dimensionamento de

reservatoacuterio citados segundo a Norma Brasileira NBR 155272007ABNT e avaliar o

meacutetodo que apresenta melhor desempenho em funccedilatildeo do iacutendice de precipitaccedilatildeo do

Estado do Rio de Janeiro

Elaborar estudos para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas residuais que

satildeo produzidas pelas unidades evaporadoras de ar condicionado com ensaios em

todas as estaccedilotildees do ano de forma a verificar a variaccedilatildeo de produccedilatildeo de condensaccedilatildeo

em diversas condiccedilotildees climaacuteticas externas

Produzir estudos de aproveitamento de aacuteguas pluviais verificando todas as

coberturas existentes na instituiccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzas

Realizar analise da qualidade da aacutegua pluvial e estudo de possiacuteveis

tratamentos para utilizaccedilatildeo como agua potaacutevel com verificaccedilatildeo de viabilidade

financeira

108

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Acesso em 13 de dezembro de 2016

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de Recursos Hiacutedricos Porto Alegre v19 n1 p229-242 2014

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YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos 2a ed Porto Alegre Bookman

2001

121

APEcircNDICE A

Questionaacuterio 1

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bloco E

( ) Alunos ( ) Servidores ( ) Professores ( ) Teacutecnico Administrativo

Gecircnero ( ) Masculino ( ) Feminino

1) Nuacutemero de vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza a descarga do vaso sanitaacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

2) Estime um tempo em segundos de cada vez que vocecirc pressiona a descarga sanitaacuteria

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg ( ) 12 seg

3) Nuacutemero em vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza o mictoacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

4) Estime um tempo em segundos que vocecirc pressiona a descarga dos mictoacuterios

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg

122

APEcircNDICE B

Questionaacuterio 2

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E

Encarregado de limpeza Interna

1) Nuacutemero de vezes por semana que as circulaccedilotildees e escadas dos pavimentos satildeo

lavados

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que o paacutetio do teacuterreo eacute lavado

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

3) Tempo de duraccedilatildeo que a torneira fica aberta

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

4) Nuacutemero de baldes (considerar balde com capacidade de 10 Lt) necessaacuterios a limpeza

das circulaccedilotildees por pavimento utilizando apenas pano molhado

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

5) Nuacutemero de vezes por semana que eacute passado pano molhado nas circulaccedilotildees dos

pavimentos

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

123

APEcircNDICE C

Questionaacuterio 3

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E e Academia

Encarregado de limpeza Externa

1) Nuacutemero de vezes por mecircs que as vidraccedilas satildeo lavadas

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que eacute realizada a rega do jardim

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes ( ) 6 vezes

3) Tempo estimado da utilizaccedilatildeo da torneira para rega do jardim

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

( ) 75 minutos

124

APEcircNDICE D

125

126

127

128

APEcircNDICE E

Consumo de agua potaacutevel

CONSUMO 2014 A 2016

Mecircs

2014 2015 2016

Meacutedia Total

Vol Faturado

(msup3)

nordm dias

m3dia Vol

faturado (msup3)

nordm dias

m3dia Vol

Faturado (msup3)

nordm dias

m3dia

JAN 173100 29 5969 168000 30 5600 234100 32 7316 6295

FEV 182300 30 6077 181600 2900 6262 192900 34 5674 6004

MAR 131600 29 4538 212000 3100 6839 305500 28 10911 7429

ABR 221100 34 6503 264600 2900 9124 323100 29 11141 8923

MAI 196400 31 6335 253100 3300 7670 251800 31 8123 7376

JUN 168900 34 4968 210900 2800 7532 242200 29 8352 6951

JUL 200100 30 6670 213000 3400 6265 188700 28 6739 6558

AGO 190700 31 6152 220100 2800 7861 223100 29 7693 7235

SET 254300 28 9082 183200 3300 5552 178300 33 5403 6679

OUT 226700 31 7313 322500 2800 11518 197200 29 6800 8544

NOV 250600 32 7831 242200 2900 8352 254700 31 8216 8133

DEZ 284300 30 9477 286600 3100 9245 290400 31 9368 9363

Fonte contas CEDAE

129

APEcircNDICE F

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA … · 2019. 7. 30. · 1 universidade federal fluminense escola de engenharia departamento de engenharia de produÇÃo laboratÓrio

6

RESUMO

O aproveitamento de aacuteguas pluviais e o reaproveitamento de aacuteguas residuais demonstram que a minimizaccedilatildeo dos custos dos usuaacuterios com abastecimento de aacutegua eacute alcanccedilada e ainda gera valor agregado aos empreendimentos que optam por atender aos requisitos de sustentabilidade Esta atitude tem gerado o aumento da implantaccedilatildeo de sistemas de reutilizaccedilatildeo de aacutegua nos grandes centros urbanos O resultado econocircmico esperado na adoccedilatildeo dos sistemas de reaproveitamento de aacuteguas e utilizaccedilatildeo de aacutegua da chuva eacute influenciado pelo tipo de aplicaccedilatildeo ou seja em que ambiente esta medida seraacute adotada e que cuidados adicionais seratildeo necessaacuterios na concepccedilatildeo dos projetos Percebe-se com a pesquisa que o maior investimento para instalaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua da chuva estaacute relacionado ao reservatoacuterio que seraacute implantado e ao processo de instalaccedilatildeo o qual precisa ser analisado desde o seu dimensionamento e construccedilatildeo ateacute o atendimento aos padrotildees teacutecnicos e ambientais Esta dissertaccedilatildeo contempla o desenvolvimento de uma proposta metodoloacutegica para o estudo da viabilidade do aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais provenientes de evaporadoras de aparelhos de ar condicionado para uso natildeo potaacutevel A metodologia desenvolvida foi aplicada para validaccedilatildeo em uma instituiccedilatildeo de ensino com localizaccedilatildeo na cidade do Rio de Janeiro Na metodologia utilizada quantificaram-se as demandas de uso para bacias sanitaacuterias mictoacuterios limpeza e jardinagem Estimou-se o potencial de captaccedilatildeo de aacuteguas pluviais atraveacutes da cobertura de uma edificaccedilatildeo avaliaccedilatildeo e dimensionamento dos reservatoacuterios inferior e superior de acordo com a norma ABNT NBR 15527 A aplicaccedilatildeo permitiu verificar que atraveacutes de levantamento de dados equipamentos necessaacuterios e os custos para a implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais que acenaram para um investimento da ordem de R$9582817 (Noventa e cinco mil oitocentos e vinte e oito reais e dezessete centavos) O periacuteodo constatado para o retorno do investimento foi de 24 (vinte e quatro) meses para um payback simples e 28 (vinte e oito) meses para um payback descontado com utilizaccedilatildeo de taxa de 1 (um por cento) o que demonstrou um tempo de retorno do investimento curto comprovando a viabilidade econocircmica da implantaccedilatildeo do sistema sugerido por esta pesquisa Palavras-chave Aacuteguas pluviais Reservatoacuterio Reaproveitamento Custo Sustentabilidade

7

ABSTRACT The utilization of rainwater and the reuse of wastewater demonstrate that minimizing the costs of users with water supply is achieved and still generates added value to the projects that choose to meet sustainability requirements This attitude has led to an increase in the implementation of water reuse systems in large urban centers The expected economic result in the adoption of water reuse and rainwater utilization systems is influenced by the type of application that is in what environment this measure will be adopted and what additional care will be required in the design of the projects The research shows that the largest investment for the installation of the rainwater harvesting system is related to the reservoir to be implanted and to the installation process which needs to be analyzed from its design and construction to meeting the technical standards and environmental issues This dissertation contemplates the development of a methodological proposal for the study of the feasibility of the use of rainwater and wastewater coming from evaporators of air conditioners for non-potable use The methodology developed was applied for validation in an educational institution located in the city of Rio de Janeiro In the methodology used were quantified the demands of use for sanitary basins urinals cleaning and gardening The potential of rainwater harvesting was estimated by covering a building evaluating and designing the lower and upper reservoirs in accordance with ABNT NBR 15527 The application made it possible to verify that through data collection necessary equipment and the costs for the implantation of the system of use of rainwater that waved for an investment in the order of R $ 9582817 (Ninety-five thousand eight hundred and twenty-eight reais and seventeen cents) The payback period was 24 (twenty-four) months for a simple payback and 28 (twenty-eight) months for a discounted payback using a 1 (one percent) rate which time of return of the short investment proving the economic viability of the implementation of the system suggested by this research Key words Rainwater Reservoir Reuse Cost Sustainability

8

LISTA DE SIGLAS

ABES ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia sanitaacuteria e Ambiental

ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro)

ANA ndash Agecircncia Nacional de Aacuteguas

ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

BTUs - (British termal Units- Unidade Teacutermica Britacircnica)

CEDAE - Companhia Estadual de Aguas e Esgotos

CEFET RJ- Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca

CNRH - Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

CONFEA ndash Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

EEE ndash Estaccedilatildeo Elevatoacuteria de Esgotos

EIA ndash Estudo de Impacto ambiental

EPA ndash Enviromental Protection Agency

ETA ndash Estaccedilatildeo de Tratamento de Aacutegua

ETE ndash Estaccedilatildeo de Tratamento de Esgotos

FIESP - Federaccedilatildeo das Industrias do Estado de Satildeo Paulo

IBGE - Instituto Brasileiro de geografia e Estatiacutestica

LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

NBR ndash Norma Brasileira

RIMA ndash Relatoacuterio de Impacto Ambiental

PCA ndash Programa de Conservaccedilatildeo de Aacutegua

PNCDA ndash Programa Nacional de Combate ao Desperdiacutecio de Aacutegua

PNRH - Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

PURA ndash Programa de Uso Racional da Aacutegua

PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional ()

SABESP ndash Companhia de Saneamento Baacutesico do Estado de Satildeo Paulo

SAAP - Sistema de Aproveitamento de Aguas Pluviais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura

9

ONU ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

LEED - Leadership in Energy and Environmental

USGBC - US Green building Council

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social

SINAPI ndash Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Iacutendices da Construccedilatildeo Civil

CEF ndash Caixa Econocircmica Federal

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo 24

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014 26

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais 38

Figura 4 - Reservatoacuterios 39

Figura 5 - Reservatoacuterios 39

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural 41

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva 41

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua 46

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva 51

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra 65

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo 67

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora 70

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ 70

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs 80

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP 83

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E 84

Figura 17 - Planta baixa 95

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior 99

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais 99

11

GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria 90

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia 91

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio 92

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio 93

12

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro 35

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro 36

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo 52

Quadro 4- Fluxo do processo 62

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca 81

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores 82

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento 82

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E 84

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff 85

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua 87

Quadro 11 - Populaccedilao 88

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria 95

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio 97

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha 98

13

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis 52

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio 55

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica 85

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais 102

Tabela 5 - Payback simples 104

Tabela 6 - Payback descontado 105

14

SUMAacuteRIO

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO 16

11 - CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 16

12 - QUESTAtildeO PROBLEMA 21

13 ndash QUESTOtildeES DA PESQUISA 21

14 - OBJETIVO GERAL 22

15 - OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 22

16 ndash ESTRUTURA METODOLOacuteGICA 22

17 ndash DELIMITACcedilAtildeO DA PESQUISA 25

18 ndash JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 25

19 ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO ESTUDO 27

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA 28

21 A SUSTENTABILIDADE E AS QUESTOtildeES QUANTO A CONSERVACcedilAtildeO

REAPROVEITAMENTO E REDUCcedilAtildeO DO CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 28

211 EXEMPLOS RECENTES DE ATITUDE SUSTENTAacuteVEIS ADOTADAS NO BRASIL 29

212 MEDIDAS SUSTENTAacuteVEIS PARA CONSERVACcedilAtildeO REAPROVEITAMENTO DE AacuteGUA E REDUCcedilAtildeO DO

CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 30

22 HISTOacuteRICO DO REUSO DE AacuteGUAS 37

221 ASPECTOS HISTOacuteRICOS DA CAPTACcedilAtildeO DAS AacuteGUAS PLUVIAIS NO BRASIL 40

23 UTILIZACcedilOtildeES DA AacuteGUA COLETADA E O SEU CONSUMO 42

24 O REUSO DE AacuteGUAS 43

241- AacuteGUAS RESIDUAacuteRIAS 43

242 AacuteGUAS CINZENTAS 46

25 FORMAS DE REUSO DE AacuteGUAS 47

251 REUSO URBANO 47

252 REUSO INDUSTRIAL 48

253 REUSO AGRIacuteCOLA 48

254 REUSO NO MEIO AMBIENTE 48

26 A PRAacuteTICA DE RECARGA DE AQUIacuteFEROS 48

27 O ARMAZENAMENTO DE AGUAacuteS 49

28 LEGISLACcedilAtildeO SOBRE O USO DE AacuteGUAS 56

3 - METODOLOGIA 62

31 ESTRATEacuteGIA DA PESQUISA 63

32 UNIDADE DE ANAacuteLISE 68

33 JUSTIFICATIVA DA ESTRATEacuteGIA DE PESQUISA 68

34 PESQUISA EXPLORATOacuteRIA 68

35 LEVANTAMENTO 69

15

36 OBJETO DE ESTUDO 70

361 APARELHOS EXISTENTES 71

37 ENTREVISTAS COM OS USUAacuteRIOS 71

38 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA 72

381 O CAacuteLCULO DE CONSUMO MEacuteDIO DIAacuteRIO DE AacuteGUA PER CAPITA POR APARELHOS 72

O CAacuteLCULO FOI REALIZADO COM BASE NO SOMATOacuteRIO DA MULTIPLICACcedilAtildeO DA FREQUEcircNCIA E TEMPO DE USO

OBTIDO NAS ENTREVISTAS E VAZAtildeO DO APARELHO DIVIDIDO PELO NUacuteMERO DE PESSOAS ENTREVISTADAS

72

382 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA EM ATIVIDADES DE LIMPEZA E JARDINAGEM 73

383 AVALIACcedilAtildeO DO POTENCIAL DE ECONOMIA DE AacuteGUA POTAacuteVEL 73

384 PERCENTUAL DE AacuteGUA POTAacuteVEL QUE PODERIA SER SUBSTITUIacuteDO POR AacuteGUA PLUVIAL 73

39 RESERVATOacuteRIOS DE AacuteGUA PLUVIAL 74

310 ANAacuteLISE ECONOcircMICA 74

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA 75

41 HISTOacuteRICO DO CEFET-RJ 75

411 DEFINICcedilAtildeO DE INSTITUICcedilOtildeES DE ENSINO SUPERIOR 75

412 - PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL (PDI) 76

413 - O PDI DO CEFETRJ 78

414 - FILOSOFIA MISSAtildeO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS 78

42 SOBRE O POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AGUAS DE RESIDUAIS 80

43 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS DAS ENTREVISTAS REALIZADAS 88

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 106

51 PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 107

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAFICAS 108

16

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO

11 - Consideraccedilotildees Iniciais

A aacutegua jaacute foi considerada um recurso infinito mas atualmente a sua

disponibilidade eacute um dos grandes problemas do nosso planeta decorrente de

inuacutemeros fatores tais como o aquecimento global as alteraccedilotildees climaacuteticas o

crescimento populacional acentuado o consumo cada vez maior dos recursos

hiacutedricos o mau uso desta fonte de energia e sobretudo a falta de poliacuteticas puacuteblicas

que estimulem o uso sustentaacutevel da aacutegua

Neste contexto segundo Kibert (2008) a adoccedilatildeo de medidas ecologicamente

corretas eacute fundamental tais como teacutecnicas de conservaccedilatildeo controle do desperdiacutecio

reaproveitamento da aacutegua de chuva reciclagem de aacutegua e recuperaccedilatildeo dos solos

Diante da possibilidade de racionamento ou ateacute mesmo escassez da aacutegua doce

no mundo eacute necessaacuterio que a sociedade e as poliacuteticas puacuteblicas busquem novas

tecnologias e alternativas sustentaacuteveis para a reduccedilatildeo do consumo

Diniz (2013) afirma que vaacuterios paiacuteses encaram hoje o problema de escassez

da aacutegua em consequecircncia do crescimento desordenado da poluiccedilatildeo dos recursos

hiacutedricos do aumento populacional e industrial que geram um aumento na demanda

pela aacutegua provocando o esgotamento deste recurso

Inobstante a urbanizaccedilatildeo das cidades e as tecnologias de abastecimento

puacuteblico de aacutegua contribuiacuteram para a desativaccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento da

aacutegua de chuva Entretanto atualmente no contexto do paradigma da conservaccedilatildeo da

aacutegua as praacuteticas de aproveitamento da aacutegua de chuva estatildeo sendo incorporadas aos

sistemas de gestatildeo urbana dos recursos hiacutedricos de diversos paiacuteses Portanto natildeo

se trata de inserir um novo conceito de gestatildeo de recursos hiacutedricos apenas resgatar

os fundamentos deste e adaptaacute-lo agrave realidade atual (ALADENOLA ADEBOYE 2009)

A UNESCO emitiu no ano de 2005 a resoluccedilatildeo Ares58217 proclamando o

periacuteodo de 2005 a 2015 como sendo a Deacutecada Internacional para Accedilatildeo ldquoAacutegua Fonte

de vidardquo iniciando-se o dia mundial da aacutegua no dia 22 de Marccedilo de

2005(UNESCO2013d) A iniciativa teve como objetivo de alerta para a importacircncia

de melhor administrar as fontes de aacutegua em funccedilatildeo do aumento de consumo ou pelo

uso desequilibrado deste recurso indispensaacutevel agrave vida humana Com perspectivas

preocupantes a ONU apresenta a estimativa que se natildeo houver alteraccedilotildees nas

17

poliacuteticas em relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos 18 bilhatildeo de pessoas estaratildeo vivendo em

zonas de secas e dois terccedilos da humanidade estaratildeo sujeitos a alguma restriccedilatildeo no

acesso agrave aacutegua em 2025

Haacute diversos pontos no mundo em que a falta de aacutegua tem sido o principal motivo de ecircxodo de populaccedilotildees tal como acontece no Nordeste brasileiro Em termos globais o risco de crise hiacutedrica acontece pelo crescimento demograacutefico mudanccedilas climaacuteticas desperdiacutecio e contaminaccedilatildeo das fontes Afetando natildeo soacute a sauacutede humana mas o desenvolvimento soacutecio econocircmico das populaccedilotildees e o rumo das relaccedilotildees entre paiacuteses (UNESCO2013d)

Nesse caso Fawell amp Miller (1992) afirmam que a provisatildeo de uma aacutegua

potaacutevel ldquosegurardquo e ldquoesteticamente aceitaacutevelrdquo eacute assegurada em muitos paiacuteses por uma

seacuterie de padrotildees obrigatoacuterios ou largamente advertidos (domiacutenio puacuteblico)

Se na atualidade os paiacuteses continuam concentrados na prospecccedilatildeo e busca de

novas tecnologias para auto-suficiecircncia em petroacuteleo natildeo estaraacute longe o dia em que a

aacutegua seraacute reconhecida como o bem mais precioso a vida do ser humano

Segundo Craig e Dale (2008) a definiccedilatildeo mais adotada e mais citada da

sustentabilidade foi feita no Relatoacuterio de Brundland que definiu o conceito de

sustentabilidade da seguinte forma ldquoaquele que satisfaz as necessidades do presente

sem comprometer a capacidade das futuras geraccedilotildees satisfazerem suas proacuteprias

necessidadesrdquo (BRUNDTLAND 1988 p 46)

O uso da aacutegua com consciecircncia eacute a soluccedilatildeo mais sustentaacutevel para o

enfrentamento da crise a que tem sido observada em diversos estados do paiacutes O

aproveitamento de aacutegua de chuva e reuso natildeo eacute um conceito novo mas com o

aumento da demanda tornou-se um tema atual e de suma importacircncia que eacute praticado

ao longo dos anos em diversos paiacuteses devendo ser uma atividade mais abrangente

que eacute o uso racional englobando a reduccedilatildeo de perdas e desperdiacutecios e a minimizaccedilatildeo

da produccedilatildeo de efluentes e do consumo de aacutegua potaacutevel

A utilizaccedilatildeo da aacutegua da chuva aleacutem de trazer o benefiacutecio da conservaccedilatildeo da

aacutegua e reduzir a dependecircncia excessiva das fontes superficiais de abastecimento

reduz o escoamento superficial minimizando os problemas com enchentes buscando

garantir a sustentabilidade urbana que segundo Dixon Butler e Fewkes (1999) soacute

seraacute possiacutevel atraveacutes da mobilizaccedilatildeo da sociedade em busca do uso apropriado e

eficiente da aacutegua

18

Segundo Petry e Boeriu (2000) nos uacuteltimos anos tem-se observado o

desenvolvimento de novas tecnologias referentes ao manejo de recursos hiacutedricos

Com isso observa-se novas expansotildees no uso de teacutecnicas de aproveitamento de

aacutegua de chuva tanto em regiotildees onde jaacute eram utilizadas como em locais onde eram

desconhecidas

Para Dixon et al(1999) a existecircncia da sociedade e de sua malha urbana no

futuro estaacute condicionada ao uso adequado da aacutegua considerando o seu reuacuteso e

aproveitamento da aacutegua pluvial em todo o ciclo desde a captaccedilatildeo passando pelo

tratamento e armazenagem

Veloso e Mendes (2014) afirmam que a maioria das experiecircncias brasileiras

de aproveitamento de aacutegua de chuva se concentra na regiatildeo do semiaacuterido brasileiro

promovida pela ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro) que eacute formada por mil

organizaccedilotildees da sociedade civil que atua na gestatildeo e no desenvolvimento de poliacuteticas

de convivecircncia com a regiatildeo semiaacuterida

Esta iniciativa contribui para equacionar os graves problemas de escassez de

aacutegua que a populaccedilatildeo e refeacutem Nesse sentido destaca-se o Programa Um Milhatildeo de

Cisternas (P1MC) uma das accedilotildees de mobilizaccedilatildeo promovidas pela ASA que objetiva

possibilitar ao nordestino o acesso a aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de

cisternas de placas Desde 2003 aproximadamente 499387 mil foram construiacutedas

beneficiando mais de 2 milhotildees de pessoas (ASA 2015)

Segundo Gould and Nissen-Petersen (1990) A colheita de aacuteguas pluviais eacute uma

teacutecnica antiga que possui um renome na popularidade devido agrave qualidade inerente da

aacutegua da chuva e ao interesse em reduzir o consumo de aacutegua tratada A aacutegua da chuva

eacute valorizada por sua pureza e suavidade Tem um pH quase neutro e estaacute livre de

subprodutos de desinfecccedilatildeo sais minerais e outros contaminantes naturais e

artificiais As plantas prosperam sob irrigaccedilatildeo com aacutegua de chuva armazenada Os

aparelhos duram mais quando satildeo livres dos efeitos corrosivos ou em escala de aacutegua

dura

Os usuaacuterios com sistemas potaacuteveis preferem o gosto superior e as

propriedades de limpeza da aacutegua da chuva Evidecircncias arqueoloacutegicas atestam a

captura da aacutegua da chuva haacute mais de 4000 anos e o conceito de colheita de aacutegua da

chuva na China pode chegar a mais de 6000 anos Ruiacutenas de cisternas construiacutedas

jaacute em 2000 aC para armazenar o escoamento das encostas para fins agriacutecolas e

domeacutesticos ainda estatildeo em Israel

19

A reutilizaccedilatildeo ou reuso de aacutegua ou ainda em outra forma de expressatildeo o uso

de aacuteguas residuaacuterias natildeo eacute um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo

haacute muitos anos Haacute relatos de sua praacutetica na Greacutecia Antiga com a disposiccedilatildeo de

esgotos e sua utilizaccedilatildeo na irrigaccedilatildeo Contudo a demanda crescente por aacutegua tem

feito do reuso planejado da aacutegua um tema atual e de grande importacircncia (SANTOS

1993)

O elevado desenvolvimento demograacutefico associado agraves transformaccedilotildees

econocircmicas reflete-se notavelmente no uso dos recursos hiacutedricos principalmente no

que se refere agrave qualidade e quantidade das aacuteguas superficiais e subterracircneas

(RAMOS 2000)

O uso de fontes alternativas e de estrateacutegias de uso racional de aacutegua em

edificaccedilotildees eacute uma forma de amenizar os problemas de disponibilidade de aacutegua

potaacutevel e diminuir a sua demanda

Dentre estas estrateacutegias pode-se citar o aproveitamento de aacutegua pluvial o

reuso de aacuteguas cinzas (ABNT NBR 155272007) O aproveitamento de aacutegua pluvial eacute

uma praacutetica milenar empregada no mundo todo Essa teacutecnica tem se difundido e se

consolidado como uma forma de mitigar os diversos problemas ambientais causados

pelo aumento da demanda de aacutegua pela falta de medidas de controle da poluiccedilatildeo e

de gestatildeo ambiental em aacutereas urbanas e rurais (BARROS 2000)

O reaproveitamento eficiente da aacutegua da chuva natildeo tem misteacuterios mas satildeo

necessaacuterios alguns pequenos cuidados que tornam os sistemas mais seguros e de

faacutecil manutenccedilatildeo (AQUASTOCK 2008)

De acordo com Diniz (2013) as teacutecnicas para operar um sistema de utilizaccedilatildeo

das aacuteguas pluviais seguem as seguintes etapas

Coletar aacuteguas pluviais atraveacutes de calhas em telhados coberturas

Armazenar essa aacutegua em reservatoacuterios cisternas

Abastecer o local onde seratildeo utilizadas as aacuteguas pluviais

Eliminar as primeiras aacuteguas de chuva preservando a qualidade dessa aacutegua

20

Relevacircncia da Pesquisa

O foco dos sistemas de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva estatildeo mais atrelados aos

problemas que o meio ambiente enfrenta de forma global ou seja estatildeo voltados para

o coletivo e natildeo individualmente Embora se pense em sistemas que sejam

desenvolvidos para a preservaccedilatildeo da aacutegua doce e da aacutegua da chuva para que natildeo

sejam desperdiccediladas eacute preciso tambeacutem pensar no investimento econocircmico de longo

prazo ou seja a economia na conta da aacutegua que seria uma forma de se pensar

tambeacutem individualmente

A relevacircncia deste trabalho aponta para os resultados levados agrave

sustentabilidade utilizando o aproveitamento de aacuteguas pluviais e de aacuteguas residuais

de evaporadoras de aparelhos de ar condicionado para fins natildeo potaacuteveis

Justificativa da Pesquisa

O sucesso das accedilotildees que devem conduzir ao reuso de aacutegua dependeraacute em

grande parte da influecircncia da comunidade do CEFET-RJ do comportamento das

pessoas e de suas decisotildees individuais Mesmo considerando que existe certo

interesse pelas questotildees ambientais haacute que se reconhecer a falta de informaccedilatildeo e

conhecimento dos problemas ambientais

Logo a educaccedilatildeo ambiental que tenha por objetivo informar e sensibilizar as

pessoas sobre os problemas (e possiacuteveis soluccedilotildees) existentes em sua comunidade

buscando transformar estas pessoas em indiviacuteduos que participem das decisotildees

sobre seus futuros exercendo desse modo o direito aacute cidadania tornando-se

instrumento indispensaacutevel ao processo

O CEFET-RJ possui duas entradas de abastecimento de aacutegua com

fornecimento atraveacutes da CEDAE perfazendo um consumo anual na ordem de

294039 m3 que abastecem blocos independentes atraveacutes de 02 castelos drsquoaacutegua com

alimentaccedilatildeo dos blocos por gravidade Tendo em vista o grande nuacutemero de blocos

com aacuterea construiacuteda de 3927050 m2 e grande aacutereas de paacutetios jardins e quadras

esportivas tendo alto consumo de aacutegua para limpeza

Estaacute sendo pesquisada a viabilidade do aproveitamento das aacuteguas pluviais

coletadas atraveacutes dos telhados de uma edificaccedilotildees bem como a aacutegua residual

proveniente dos evaporadores de unidades condensadoras e aparelhos de ar

condicionado de janela no campus do Maracanatilde em funccedilatildeo do grande nuacutemero de

ambientes com refrigeraccedilatildeo com a finalidade de reuso em aacutereas e atividades menos

nobres como lavagem de paacutetios quadras poliesportivas uso em bacias sanitaacuterias

21

irrigaccedilatildeo de jardins que com adoccedilatildeo destas medidas obter-se-aacute reduccedilatildeo do consumo

de aacutegua potaacutevel tratada fornecida pela concessionaria CEDAE

Como consequecircncias reduccedilatildeo dos custos reduccedilatildeo do incocircmodo de poccedilas de

aacuteguas residuais geradas por unidades condensadoras contribuiraacute na reduccedilatildeo de

enchentes tendo em vista a localizaccedilatildeo geograacutefica do CEFET-RJ proacutexima ao Rio

Maracanatilde estimulando a educaccedilatildeo ambiental e a sustentabilidade atraveacutes dos

multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo de aacutegua por membros da comunidade de

docentes discentes e teacutecnicos administrativos servindo como exemplo de uma

postura ambientalmente correta para o enfrentamento dos problemas de ocupaccedilatildeo e

impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos grandes centros urbanos

12 - Questatildeo Problema

Analisar a viabilidade de promover o desenvolvimento de um sistema de

captaccedilatildeo de aacutegua da chuva e aacuteguas residuais de evaporadoras de aparelhos de ar

condicionado do CEFETRJ para utilizaacute-la em fins natildeo potaacuteveis agregando valor agrave

sustentabilidade e gerando economia na conta da aacutegua

13 ndash Questotildees da Pesquisa

Nesta conjuntura surgem as questotildees que orientaratildeo este trabalho

Como implantar e implementar um sistema de aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Como verificar viabilidade teacutecnica para a adaptaccedilatildeo de instalaccedilotildees do preacutedio

estudado no CEFETRJ Campus Maracanatilde para aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Pesquisar os segmentos que se ajustem ao uso da aacutegua natildeo potaacutevel e calcular

suas demandas

Quantificaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas remanescentes

provenientes de Unidades Evaporadoras de aparelhos de ar condicionado do

preacutedio estudado

22

14 - Objetivo Geral

O objetivo geral da dissertaccedilatildeo eacute apresentaccedilatildeo de uma proposta metodoloacutegica

para analisar a viabilidade teacutecnica de um sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais

e aacuteguas residuais de evaporadoras de unidades evaporadores para uso com fins natildeo

potaacuteveis no Campus Maracanatilde do CEFET-RJ

15 - Objetivos Especiacuteficos

Desenvolvimento da metodologia proposta

Dimensionar o sistema de armazenamento das aacuteguas pluviais e

residuais coletadas para reuso

Buscar tecnologias para implantaccedilatildeo de sistema de aproveitamento de

agua pluviais

Avaliar viabilidade econocircmica da implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais

16 ndash Estrutura Metodoloacutegica

A metodologia utilizada no presente trabalho considerou o bloco E para se

analisar a viabilidade de aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

provenientes de unidade evaporadoras de aparelhos de ar condicionado Com

aplicaccedilatildeo de questionaacuterio para os usuaacuterios das instalaccedilotildees para quantificaccedilatildeo da

demanda de aacutegua nos ambientes estudados

Ywashima (2005) ressalta a importacircncia de campanhas de conscientizaccedilatildeo

para utilizaccedilatildeo racional da aacutegua nas escolas Segundo a pesquisadora a conta natildeo e

paga de forma direta pelos usuaacuterios consequentemente natildeo haacute motivaccedilatildeo financeira

A autora apresenta como sugestatildeo tecnologias economizadoras onde se obteacutem

reduccedilatildeo de consumo independente da mudanccedila de comportamento pelos usuaacuterios

Tomando como premissa o atual consumo desordenado de aacutegua consumo

este que proporciona uma grande margem para que no futuro este liacutequido precioso

para a vida na terra venha a faltar caso natildeo seja criado mecanismos que possam

contornar essa situaccedilatildeo o desenvolvimento deste presente projeto apresenta-se

como uma alternativa para compor estes mecanismos

23

Atraveacutes de pesquisas foi constatado que as aacuteguas pluviais devem ser utilizadas

para amenizar a situaccedilatildeo Desse modo o presente trabalho contempla a possibilidade

de uso de recursos tecnoloacutegicos a fim de que se possa reduzir o consumo e diminuir

o desperdiacutecio de aacutegua atraveacutes da captaccedilatildeo armazenamento e reaproveitamento das

aacuteguas pluviais

Este sistema de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial permite usar as aacutereas de coberturas

da edificaccedilatildeo para captar a aacutegua da chuva apoacutes passar por um filtro ou mecanismo

de retenccedilatildeo de impurezas conduzi-la a um reservatoacuterio onde seraacute armazenada e

utilizada na edificaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis tais como lavagem de pisos irrigaccedilatildeo

de jardins mictoacuterios e bacias sanitaacuterias

No que diz respeito a implementaccedilatildeo da metodologia foi realizado um

levantamento das coberturas da edificaccedilatildeo escolhidas com analise dos dados

meteoroloacutegicos da regiatildeo que permitiram avaliaccedilatildeo dos paracircmetros necessaacuterios para

os caacutelculos dos reservatoacuterios de aacuteguas pluviais

O trabalho foi dividido em trecircs etapas

A primeira etapa desenvolveu-se atraveacutes de pesquisas referecircncias

bibliograacuteficas dados teacutecnicos e projetos semelhantes referentes ao tema para obter

um melhor embasamento teoacuterico sobre o assunto com auxilio da internet pesquisas

literaacuterias artigos cientiacuteficos informaccedilotildees pessoais de profissionais e obtivemos

informaccedilotildees necessaacuterias favoraacuteveis que possibilitaram a execuccedilatildeo do presente

trabalho em unidade de ensino adequando agraves edificaccedilotildees do campus onde houvesse

o menor nuacutemero de intervenccedilotildees

A segunda etapa foi direcionada ao programa de necessidades considerando

o consumo da edificaccedilatildeo e o potencial de captaccedilatildeo atraveacutes de aacuterea de coberturas

evaporadores de ar condicionado levantamento dos iacutendices pluviomeacutetricos da regiatildeo

preacute-dimensionamento para os reservatoacuterios superior e inferior e uma estimativa de

custos para implantaccedilatildeo

A terceira e uacuteltima etapa foi direcionada ao anteprojeto arquitetocircnico para

construccedilatildeo do reservatoacuterio prevendo no sistema a captaccedilatildeo tanto de aacuteguas pluviais

quanto de aacuteguas residuais provenientes dos evaporadores de ar condicionado

levantamento dos custos referentes a implantaccedilatildeo dos reservatoacuterios com avaliaccedilatildeo

do tempo de retorno (payback) do investimento

24

A Figura 01 ilustra de forma simplificada a abordagem utilizada durante a

realizaccedilatildeo desta pesquisa

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho(2017)

DISSERTACcedilAtildeO

VERTENTE TEacuteCNICA

EMPIacuteRICA

COLETA DE DADOS

FLUXO DO PROCESSO

DIMENSIONAMENTO

CONCEPCcedilAtildeO EMPIacuteRICA

CONCLUSAtildeO DISSERTACcedilAtildeO

HISTOacuteRICO REUSO DAS

AacuteGUAS

LEGISLACcedilAtildeO

SUSTENTABILIDADE

BASE TEOacuteRICA

CONCEPCcedilAtildeO TEOacuteRICA

25

17 ndash Delimitaccedilatildeo da Pesquisa

A realizaccedilatildeo do presente trabalho ocorreraacute atraveacutes de levantamento de dados

referente ao abastecimento e equipamentos instalados do bloco E do campus

Maracanatilde com estudo de consumo de aacutegua da edificaccedilatildeo levando em consideraccedilatildeo

o nuacutemero de usuaacuterios

A capacidade de captaccedilatildeo seraacute realizada atraveacutes das aacutereas de cobertura e

utilizaccedilatildeo dos iacutendices de precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica da regiatildeo estudada de anos

anteriores para caacutelculo e dimensionamento de reservatoacuterios inferior e superior bem

como avaliaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas residuais produzidas pelas

evaporadoras instaladas no preacutedio

Avaliando as adaptaccedilotildees necessaacuterias ao sistema de abastecimento existente

para o atendimento das bacias sanitaacuterias e lavagem de paacutetios quadras esportivas

regas de jardim e levantando e propondo utilizaccedilatildeo de novas tecnologias existentes

para instalaccedilatildeo do sistema e verificando a necessidade de utilizaccedilatildeo de

abastecimento com aacutegua potaacutevel em casos de grande estiagem para manutenccedilatildeo

das atividades sem prejuiacutezos agrave aacuterea acadecircmica

Desta forma nesta pesquisa seratildeo avaliados os dados obtidos atraveacutes de

levantamentos arquitetocircnicos e das instalaccedilotildees hidro sanitaacuterias existentes no

CEFETRJ - Unidade Maracanatilde aleacutem de documentaccedilatildeo e pesquisa em projetos

similares que jaacute possam existir relacionados agrave questatildeo da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Como objetivo de fundamentar a implantaccedilatildeo do estudo e desenvolvimento do

mesmo seraacute apresentado levantamento e resultado necessaacuterios para implementaccedilatildeo

da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais com base nos dados coletados e revisatildeo bibliograacutefica

em artigos e perioacutedicos que versam sobre as tecnologias mais indicadas para a

utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

18 ndash Justificativa da Pesquisa

Como prevecirc a constituiccedilatildeo em seu Art 225 caput ndash ldquoTodos tecircm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial agrave sadia

qualidade de vida impondo-se ao Poder Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-

lo e preservaacute-lo para presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo (Brasil 2004)

No atendimento a constituiccedilatildeo e as legislaccedilotildees pertinentes levar o CEFET- RJ

26

ao cumprimento de accedilotildees e objetivos visando a sustentabilidade nas suas

dependecircncias e atraveacutes de sua comunidade discente docente e teacutecnicos

administrativos atuar como multiplicadores de accedilotildees de preservaccedilatildeo do meio

ambiente atraveacutes do reuso de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais oriundas de

evaporadores e aparelhos de ar condicionado de janela

Em funccedilatildeo do alto consumo como pode ser observado na figura 2 faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de equipamentos de maior tecnologia e o aproveitamento de

aacuteguas pluviais para uso menos nobre conforme determina a norma ABNT ndash NBR

15527 de 24102007 e contribuir de forma efetiva para reduccedilatildeo de custo

possibilidade de racionamento e reduccedilatildeo per capta do consumo nos oacutergatildeos puacuteblicos

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014

Entrada Volume faturado (msup3)

nordm jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez total 2014

485 17310 18230 13160 22110 19640 16890 20010 19070 25430 22670 25060 28430 248010

681 3706 3580 6560 5394 6170 2800 3310 2650 3069 2580 2890 3320 46029

Total

mensal 21016 21810 19720 27504 25810 19690 23320 21720 28499 25250 27950 31750 294039

Fonte Contas CEDAE exerciacutecio 2014

00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Vo

l f

atu

rad

o (

msup3)

Mecircs

Consumo mensal de aacutegua em 2014

485

27

19 ndash Organizaccedilatildeo do Estudo

O Capiacutetulo 01 desta pesquisa estaacute organizado com a introduccedilatildeo composta pela

situaccedilatildeo-problema questotildees de pesquisa objetivos estrateacutegia delimitaccedilatildeo e

justificativa da pesquisa A finalidade preciacutepua da leitura deste capiacutetulo eacute harmonizar

a compreensatildeo do contexto e a importacircncia da pesquisa

O Capitulo 02 estaacute organizado com os fundamentos teoacutericos com base em

sustentabilidade histoacuterico de reuso da aacutegua e legislaccedilatildeo

O Capitulo 03 trata da metodologia e tipo de pesquisa a ser empregado

informando a forma da obtenccedilatildeo dos dados e como seratildeo feitos o tratamento e anaacutelise

dos dados

No Capiacutetulo 4 seratildeo interpretados os resultados referentes agraves demandas de

aacuteguas menos nobres a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacutegua proveniente de unidades

evaporadoras e aacuteguas pluviais com avaliaccedilatildeo de viabilidade econocircmica para

implantaccedilatildeo do sistema

No Capiacutetulo 05 seraacute apresentada a anaacutelise dos resultados e sugestotildees para

estudos futuros e complementares

28

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA

No presente capitulo seraacute apresentada a vertente teacutecnica com os fundamentos

teoacutericos que forneceratildeo o suporte para o desenvolvimento da pesquisa

21 A Sustentabilidade e as questotildees quanto a conservaccedilatildeo reaproveitamento e

reduccedilatildeo do consumo de aacuteguas pluviais

A Comissatildeo Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento denominada

Comissatildeo de Brundtland (1988) define o desenvolvimento sustentaacutevel como aquele

que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das

geraccedilotildees futuras atenderem as suas proacuteprias necessidades

Surgido na deacutecada de 1990 o tripeacute da sustentabilidade tem crescido em seu

conceito em todo o planeta refletindo uma seacuterie de processos valores e objetivos de

forma que uma gestatildeo deveraacute orientar aos trecircs pilares econocircmico social e ambiental

podendo este conceito ser aplicado de forma macro para um paiacutes ou ateacute para o

planeta ou micro podendo ser uma escola um vilarejo ou empresa (DIAS2011)

A concepccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel orienta a discussatildeo sobre o tema

em qualquer segmento das atividades do ser humano Os objetivos tecircm como base

na perspectiva de utilizaccedilatildeo dos recursos naturais desde que sejam preservados para

as futuras geraccedilotildees Dias ( 2011) Poreacutem parte das dificuldades apresenta-se porque

as geraccedilotildees natildeo tecircm participaccedilatildeo nas decisotildees atuais Desta forma somente a

conscientizaccedilatildeo da preservaccedilatildeo da vida e da espeacutecie eacute que motiva o ser humano o

que natildeo acontece na maioria das vezes com os gestores e poliacuteticos dos dias atuais

(MOURA 2011)

Muito embora para alguns o desenvolvimento sustentaacutevel eacute um projeto social e

poliacutetico que serve como ferramenta para combate a pobreza satisfaccedilatildeo das

necessidades baacutesicas da humanidade de maneira a elevar a qualidade de vida dos

indiviacuteduos fornece princiacutepios para que o desenvolvimento seja harmonioso levando

em conta a transformaccedilatildeo dos recursos do ambiente deste modo para estes sugerem

atitudes novas das quais pela edificaccedilatildeo de uma nova racionalidade De forma

contraria agrave maioria que se preocupa em compatibilizar o meio ambiente a um

crescimento econocircmico de forma continua (DIAS 2011)

Acreditava-se que o crescimento econocircmico desenvolveria de forma natural o

29

desenvolvimento sustentaacutevel Veiga (2005) Somente uma gestatildeo com

responsabilidade ambiental eacute capaz de conciliar uma melhor qualidade de vida com

necessidade de crescimento econocircmico (MOURA 2011)

A passagem de um sistema baseado no consumo a um sistema sustentaacutevel

tem diversas implicaccedilotildees Necessita abrir a visatildeo da relaccedilatildeo da sociedade ao meio

ambiente transformar a organizaccedilatildeo social produtiva que gera a desigualdade e a

pobreza Atraveacutes de novas relaccedilotildees sociais onde o eixo natildeo seraacute somente a

perspectiva da lucratividade e praacuteticas de produccedilatildeo predatoacuterias do meio ambiente

mas o bem-estar da humanidade O que daacute margem a diferentes pontos de vistas

com base de modo geral na busca do produto de equiliacutebrio entre os trecircs eixos da

sustentabilidade crescimento econocircmico igualdade social e a preservaccedilatildeo ao meio

ambiente (DIAS 2011)

De acordo com Alledi (2006) a grande preocupaccedilatildeo das melhores empresas

do mundo hoje em dia eacute com a sustentabilidade dos seus negoacutecios um movimento

que se fundamentou em questotildees ambientais mas que atualmente eacute visto de um

modo mais amplo passando a incorporar os temas dos movimentos empresariais

anteriores pela qualidade pela sauacutede e seguranccedila do trabalho pela proacutepria

preservaccedilatildeo do meio ambiente e mais recentemente pela responsabilidade social

corporativa

211 Exemplos recentes de atitude sustentaacuteveis adotadas no Brasil

O recebimento da certificaccedilatildeo LEED (Leadership in Energy and Environmental

concedido pelo US Green building Council (USGBC) para certificaccedilotildees em 07 estaacutedios

construiacutedos para a Copa 2014 cuja adoccedilatildeo de medidas sustentaacuteveis foi requisito para

que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social (BNDES) liberasse o

financiamento para as obras das arenas da Copa preacute-requisito este que seraacute adotado

pela FIFA para as proacuteximas eleiccedilotildees do mundial (wwwcopa2014govbr)

Dentre as diversas arenas pode ser ressaltada a economia conseguida pela

Arena da Amazocircnia de cerca de 40 de aacutegua potaacutevel atraveacutes da captaccedilatildeo da aacutegua

de chuva em um volume de 140000 litros para irrigaccedilatildeo do gramado e utilizaccedilatildeo nos

sanitaacuterios ABES (observatoacuterio do terceiro setor)

Foram diversas medidas sustentaacuteveis para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo LEED

destacando a abertura das portas para educaccedilatildeo ambiental desde o inicio das obras

30

Foram desenvolvidas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo das accedilotildees de

sustentabilidade que foram implementadas nos estaacutedios para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

LEED com utilizaccedilatildeo de paineacuteis ilustrados nas aacutereas de circulaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de

panfletos aos visitantes Accedilotildees voltadas para conscientizaccedilatildeo da certificaccedilatildeo e

tambeacutem para manutenccedilatildeo apoacutes a realizaccedilatildeo do evento (wwwcopa2014govbr)

212 Medidas sustentaacuteveis para conservaccedilatildeo reaproveitamento de aacutegua e reduccedilatildeo

do consumo de aacuteguas pluviais

A conservaccedilatildeo de aacutegua pode ser definida como um conjunto de praacuteticas

teacutecnicas e tecnologias que propiciam a melhoria da eficiecircncia do seu uso incidindo de

maneira sistecircmica sobre a demanda e a oferta de aacuteguas As iniciativas de

racionalizaccedilatildeo do uso e de reuso de aacutegua constituem-se em elementos fundamentais

para a ampliaccedilatildeo da eficiecircncia do uso da aacutegua (PROSAB 2011) resultando em

Aumento da disponibilidade para os demais usuaacuterios

Flexibilizaccedilatildeo dos suprimentos existentes para outros fins

Atendimento ao crescimento populacional

Suporte agrave implantaccedilatildeo de novas induacutestrias

Preservaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do meio ambiente

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

31

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo A reutilizaccedilatildeo de

aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que permite maiores volumes

de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica

por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes (BRASIL 2010)

Mota OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenada

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Observaccedilotildees sobre Gestatildeo das aacuteguas pluviais A gestatildeo de aacutegua pluvial visa

reduzir o consumo de aacutegua potaacutevel por meio de aproveitamento das aacuteguas de chuvas

contribuindo inclusive para a reduccedilatildeo de inundaccedilotildees ou de poluiccedilotildees difusas Uma

das medidas que vem sendo amplamente desenvolvida como forma de economizar

as aacuteguas potaacuteveis e evitar o risco de inundaccedilotildees em regiotildees com alto iacutendice de

impermeabilizaccedilatildeo do solo eacute a retenccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Este sistema coligado a um sistema de reaproveitamento destas aacuteguas

configura-se como uma das mais eficientes formas de renovaccedilatildeo de um insumo finito

aacutegua As aacuteguas pluviais entretanto natildeo apresentam qualidade necessaacuteria para o

consumo Mesmo quando a captaccedilatildeo destas aacuteguas extravasam para o esgotamento

natildeo se deve permitir que elas sejam lanccediladas in natura para o lenccedilol freaacutetico pela

possibilidade de carga poluidora As aacuteguas pluviais quando utilizadas diretamente por

pontos na edificaccedilatildeo estes devem ser separados do sistema de aacutegua do restante do

preacutedio e deve conter indicativo visual de que a aacutegua natildeo eacute potaacutevel portanto improacutepria

para o consumo preparo de alimentos e banho

No caso da utilizaccedilatildeo deste sistema de reaproveitamento de aacuteguas pluviais

dois cuidados fundamentais devem ser observados primeiramente com relaccedilatildeo ao

caacutelculo do volume do reservatoacuterio que considera o IP (iacutendice pluviomeacutetrico) local A

Caixa Econocircmica recomenda a utilizaccedilatildeo do caacutelculo na Lei Estadual nordm 1252607

(SAtildeO PAULO 2007)

A segunda observaccedilatildeo refere-se ao volume do escoamento de aacuteguas pluviais

no solo de forma controlada a fim de prevenir inundaccedilotildees reduzir a poluiccedilatildeo difusa

e propiciar a recarga do lenccedilol freaacutetico Um projeto como este para ser aprovado

32

depende de um memorial de caacutelculo detalhado apresentando o niacutevel do lenccedilol freaacutetico

do local caacutelculo da vazatildeo de aacuteguas a serem lanccediladas na rede puacuteblica elaboraccedilatildeo de

um manual de operaccedilatildeo do sistema e indicaccedilatildeo de toda a documentaccedilatildeo teacutecnica tal

como projeto memoriais descritivos planilhas de custos e outros (CEF 2010)

Apesar de que o reaproveitamento de aacuteguas pluviais no Brasil jaacute ocorrer haacute

muito tempo em algumas regiotildees somente em 2007 entrou em vigor a NBR 15527

que estabelece as condiccedilotildees para o aproveitamento de aacuteguas de chuva em coberturas

de aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

O objetivo desta accedilatildeo eacute reduzir o consumo de aacutegua independentemente da

accedilatildeo do usuaacuterio ou da sua disposiccedilatildeo em mudar de comportamento para reduzir o

consumo de aacutegua Ela deve ser implementada quando o sistema estiver totalmente

estaacutevel ou seja sem nenhuma perda de aacutegua por vazamento (ANA 2005)

A situaccedilatildeo do Brasil eacute muito favoraacutevel pois deteacutem cerca de 12 de toda aacutegua

doce do planeta poreacutem 685 encontra-se na regiatildeo norte na qual vivem apenas

74 dos brasileiros (CONFEA 2011)

A limitaccedilatildeo de reservas de agua doce no planeta aumentou a demanda para

atendimento principalmente a prioridade dos recursos para o consumo humano

agriacutecola e industrial a prioridade de utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis para

abastecimento puacuteblico e as restriccedilotildees que vecircm sendo impostas em relaccedilatildeo ao

lanccedilamento de efluentes no meio ambiente torna necessaacuteria a adoccedilatildeo de estrateacutegias

que visem racionalizar a utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos e mitigar os impactos

negativos relativos agrave geraccedilatildeo de efluentes pelas induacutestrias (FIESP 2011)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

33

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo

A reutilizaccedilatildeo de aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que

permite maiores volumes de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode

diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes

(BRASIL 2010)

Melhado et al (2013) frisam a importacircncia das accedilotildees de cunho poliacutetico teacutecnico

e social na busca de soluccedilotildees praacuteticas visando a reduccedilatildeo do consumo da aacutegua e

descrevem as mais importantes

Economia e valorizaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo objetivando o uso racional da aacutegua

Manutenccedilatildeo das redes puacuteblicas e privadas para verificaccedilatildeo de desperdiacutecios

e vazamentos

Minimizaccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo do solo urbano e da vazatildeo de

escoamento do terreno objetivando favorecer a permeabilidade da aacutegua

Captaccedilatildeo e armazenamento em reservatoacuterios especiacuteficos das aacuteguas

pluviais e demais aacuteguas natildeo potaacuteveis para usos que natildeo necessitam de

potabilidade como irrigaccedilatildeo reserva de incecircndio lavagem de piso

veiacuteculos em geral e ruas Se necessaacuterio para algum uso especiacutefico a aacutegua

deveraacute passar por unidades de tratamento para atingir os niacuteveis de

qualidade correspondente Quanto mais eficiente for a gestatildeo das aacuteguas

pluviais por retenccedilatildeo ou reuso menor seraacute o volume de aacutegua destinado agraves

redes puacuteblicas

Embora a aacutegua doce existente no planeta esteja sempre em renovaccedilatildeo haacute uma

tendecircncia de sua deterioraccedilatildeo em funccedilatildeo do seu uso indiscriminado devido ao

aumento populacional comprometendo consequentemente sua qualidade ficando

esta em quantidade cada vez menor em determinadas localidades disponiacutevel para

consumo As mudanccedilas climaacuteticas globais tambeacutem vecircm contribuindo para o aumento

na demanda dos recursos hiacutedricos

Devido ao ciclo hidroloacutegico que eacute fechado sabe-se que a quantidade de aacutegua

disponiacutevel no planeta eacute sempre a mesma Sabe-se tambeacutem que este ciclo constitui-

se basicamente do transporte das massas de aacutegua dos oceanos para a atmosfera

34

pelo fenocircmeno da evaporaccedilatildeo e da atmosfera para os oceanos atraveacutes dos

fenocircmenos das precipitaccedilotildees escoamentos superficiais e subterracircneos influenciando

diretamente na distribuiccedilatildeo dos corpos hiacutedricos Muitas regiotildees vem sofrendo

alteraccedilotildees resultantes das diferentes formas antroacutepicas de interferecircncia sobre o

ambiente Hespanhol e Mierwa (2013) O surgimento das Metroacutepoles

desmatamentos obras de dragagens assim como construccedilotildees de represas satildeo

exemplos concretos disto

Sabe-se que menos de 1 de toda a aacutegua existente no planeta eacute doce e que

aproximadamente metade deste percentual corresponde a aacuteguas subterracircneas

enquanto o restante encontra-se nos oceanos Aacute medida que a populaccedilatildeo vem

crescendo a deterioraccedilatildeo dos mananciais vai se acentuando surgindo problemas nos

abastecimentos drsquoaacutegua que atualmente vem merecendo a atenccedilatildeo e preocupaccedilatildeo de

populaccedilotildees e autoridades de todo o mundo Eacute necessaacuterio que haja uma gestatildeo

integrada dos recursos drsquoaacutegua racionalizando o seu uso favorecendo o

desenvolvimento de sistemas sustentaacuteveis como forma de prevenccedilatildeo contra a

escassez

Apesar de a aacutegua doce estar distribuiacuteda de forma desigual sobre o planeta a

disponibilidade deste recurso no Brasil eacute significativa poreacutem distribuiacuteda tambeacutem de

forma desigual sobre o nosso territoacuterio sendo na regiatildeo Amazocircnica 69 e nas

demais regiotildees 31 nas quais se concentram 95 da populaccedilatildeo do Paiacutes

Confrontando estes dados com os do ANEEL- Departamento Nacional de Aacuteguas e

Energia Eleacutetrica pode-se afirmar que em quanto na regiatildeo amazocircnica com 69 da

aacutegua e 685 dos recursos hiacutedricos para uma populaccedilatildeo de 5 do paiacutes nas demais

regiotildees temos 31 das aacuteguas com 315 dos mesmos recursos para 95 da

populaccedilatildeo Eacute certo que se tem uma enorme diferenccedila regional

35

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

MUNICIacutePIOS

VALORES OBSERVADOS

1970 1975 1980 1995 2000 2005 2010 2014

1 Caxias

2 Itaboraiacute

3 Itaguaiacute

4 Mageacute

5 Mangaratiba

6 Maricaacute

7 Niloacutepolis

8 Niteroacutei

9 Nova Iguaccedilu

10 Paracambi

11 Petroacutepolis

12 Satildeo Gonccedilalo

13 SJ de Meriti

14 Rio de

Janeiro

404 496

14 072

17 468

83 841

6 125

6 500

128 011

292 180

724 326

22 149

154 612

430 271

302 394

4251

918

554 935

23 652

76 267

163 906

8 094

19 602

151 700

400 140

1091 702

27 434

202 146

614 688

398 686

5093 232

661 578

31 919

101 048

198 471

10 136

22 677

160 434

439 596

1247

614

32 347

239 899

733 791

436 234

5474

597

780 964

42 668

129 867

235 894

12 454

26 188

169 031

480 981

1410

116

37 686

277 620

871 361

474 149

5585

289

916 278

55 469

163 800

277 069

15 111

30 226

177 585

525 061

1583 658

43 484

318 764

1035 991

513 025

6245 537

1071728

71 096

204 326

323 382

18 191

34 902

186 193

573 014

1773 705

49 787

363 819

1239 963

553 550

6638 213

1252 875

90 205

253 441

376 692

21 820

40 349

194 942

626 596

1986 378

56 660

413 381

1500 984

596 414

7038 605

1467033

113 697

313 856

439 389

26 149

46 734

203 913

688 395

2228600

64 190

468 169

1844983

642 305

7449231

TOTAL A RMRJ 683836

3

8826184 9790341 10807268 11901058 13101869 14449342 15996644

Fonte IBGE 2010

Na cidade do Rio de Janeiro constitui-se de 950 msup3s de vazatildeo meacutedia de aacutegua

doce disponiacutevel proporcionando 2080msup3 de aacutegua por ano para 144 milhotildees de

habitantes numa meacutedia desconsiderando as perdas de aproximadamente

57m3dia suficiente para atender a atual demanda de consumo Entretanto trabalhos

sobre a projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

evidenciam um crescente aumento populacional IBGE (2010) como observa-se no

Quadro 2

Segundo estudos socioeconocircmicos e de demanda de aacutegua para a regiatildeo

metropolitana do Rio de Janeiro Rios (2011) deveraacute ser feita uma ampla campanha

de educaccedilatildeo ambiental atraveacutes da miacutedia visando o controle dos desperdiacutecios de aacutegua

nas induacutestrias comeacutercio e domiciacutelios tendo em vista o perigo de uma crise de

racionamento de aacutegua semelhante agrave crise energeacutetica ocorrida entre 2001 e 2002 No

36

Quadro 2 eacute demonstrada a evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a

Regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro

Com base nas projeccedilotildees demograacuteficas estabelecidas em termos indicativos

para o ano de 2035 procedeu-se a uma estimativa da demanda de aacutegua Tal

estimativa supotildee que a relaccedilatildeo entre demanda de aacutegua e populaccedilatildeo residente

admitida para o ano de 2014 continue vaacutelida para 2035 Rios(2011) Levando-se em

consideraccedilatildeo o demonstrado nos Quadros 1 e 2 o aumento populacional para a

regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro em 2010 tomando-se por base o ano de 2000

foi de 2208

A demanda atendida tanto com os niacuteveis de perdas mantidos quanto com a

reduccedilatildeo das perdas em 20 seraacute de 2739 O fato da demanda prevista ser maior

do que o crescimento populacional pode ser explicado devido ao esperado aumento

de educaccedilatildeo para a sauacutede na populaccedilatildeo a qual necessitaria de mais aacutegua para suas

atividades

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro

DISCRIMINACcedilAtildeO

1980

1985

1990

1995

2005

2010

2014

Demanda total exclusive perdas (1) 3255 3624 4120 4624 5188 5839 6609

Demanda atendida Exclusive

perdas (2)

2213 2935 3914 4532 5188 5839 6609

Demanda atendida Inclusive perdas

(3) Hipoacutetese I

3952 5241 6889 8093 9264 10427 11802

Demanda atendida Inclusive perdas

(4) Hipoacutetese II

3952 4515 4893 5665 6485 7289 8261

Fonte Rios 2011

Para Monteiro et al(2010) o reuso de aacutegua exige que padrotildees adequados de

potabilidade sejam adotados tendo em conta questotildees de sauacutede puacuteblica como

acontece em diversas partes do mundo sendo no Brasil uma praacutetica ainda incipiente

Reiteram os autores que esta eacute uma estrateacutegia correta para diminuiccedilatildeo da captaccedilatildeo

e mitigaccedilatildeo no lanccedilamento de dejetos no ambiente natural

37

A Cacircmara Teacutecnica de Ciecircncia e Tecnologia do Conselho Nacional de Recursos

Hiacutedricos apontou para a necessidade de uma ampla discussatildeo sobre o tema reuso

natildeo potaacutevel Foram elaborados dois termos de referecircncia O primeiro referente agrave

elaboraccedilatildeo de resoluccedilatildeo contemplando os aspectos poliacuteticos legais e institucionais e

o segundo relativo agraves diretrizes gerais para a praacutetica do reuso Eacute necessaacuterio que se

leve em consideraccedilatildeo o tipo de reuso que se deseja e o niacutevel de tratamento para que

os padrotildees sejam alcanccedilados

O reuso operacionalmente permite substituir grandes volumes de aacutegua

destinados a usos nos quais a potabilidade natildeo eacute fator preponderante O reuso de

aacutegua jaacute vem sendo amplamente empregado na induacutestria principalmente em torres de

resfriamento caldeiras construccedilatildeo civil irrigaccedilatildeo de aacutereas verdes e em alguns

processos industriais onde a utilizaccedilatildeo de aacutegua com menor padratildeo de qualidade natildeo

ocasione maiores problemas Desta forma o reuso de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis

deve ser considerado como primeira opccedilatildeo para reuso (HESPANHOL amp MIERZWA

2013)

22 Histoacuterico do Reuso de Aacuteguas

O aproveitamento de aacuteguas pluviais para o consumo das populaccedilotildees jaacute existe

ao longo das civilizaccedilotildees como pocircde ser observado em diversas construccedilotildees antigas

em vaacuterios pontos do mundo Reservatoacuterios escavados na rocha como pode ser

observado em Israel o que confirma o costume de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Em Roma encontram-se diversos reservatoacuterios utilizados para o abastecimento da

populaccedilatildeo (TOMAZ2013)

De acordo com Jarus(2012) em Massada (ldquofortalezardquo em hebraico) situa-se

um dos mais conhecidos sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais em Israel

onde Herodes no ano de 36 a c como forma de se precaver contra tempos difiacuteceis

construiu uma fortaleza com cavernas escavadas na rocha com capacidade de

armazenamento de 40 milhotildees de litros Estes reservatoacuterios possuiacuteam interligaccedilatildeo

atraveacutes de canalizaccedilotildees e aquedutos para abastecimento das habitaccedilotildees da fortaleza

38

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Fonte httpwwwgeocitieswspaz_israelmassadahtm

Na cidade de Toacutequio com a finalidade de prevenir a falta de aacutegua e reduzir

inundaccedilotildees foi intensificada a construccedilatildeo de diversos reservatoacuterios por toda a cidade

bem como motivou os proprietaacuterios de edifiacutecios e residenciais a construiacuterem seus

reservatoacuterios com incentivo a cada litro de aacutegua pluvial captado (AMARAL 2007)

A Alemanha era abastecida em mais de 70 por aquiacuteferos subterracircneos em

funccedilatildeo da poluiccedilatildeo de seus rios e grande industrializaccedilatildeo do paiacutes E recentemente

com o rebaixamento dos aquiacuteferos tornou-se um paiacutes liacuteder na execuccedilatildeo dos sistemas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva tanto para fins domeacutesticos como comerciais

(AMARAL 2007)

O Meacutexico desde a eacutepoca dos Astecas e Maias eacute rico em tradiccedilotildees tecnoloacutegicas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva Ainda na data atual na Peniacutensula de Yucatan pode

ser visto as chamadas Chultuns cisternas do seacuteculo X com capacidade variando de

20000 a 45000 litros utilizadas pelo povo Maia para captaccedilatildeo e abastecimento das

populaccedilotildees que viviam nas encostas As cisternas eram escavadas no subsolo

calcaacuterio e revestidas com emboccedilo impermeaacutevel tendo na sua parte superior uma aacuterea

de 100 a 200 m2 destinada a captaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica Nos vales eram

usadas as aacuteguas dos (reservatoacuterios com capacidade de 10 a 150 milhotildees de litros) e

aquaditas (reservatoacuterios com capacidade de 100 a 50000 litros) - (GNADLINGER

2000)

39

Figura 4 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

Figura 5 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

O desaparecimento do uso de SAAP na peniacutensula de Yucatan deveu-se aos

colonizadores espanhoacuteis por ocasiatildeo da invasatildeo espanhola seacuteculo XVI quando foram

introduzidos novos sistemas de agricultura e meacutetodos de construccedilatildeo europeia

40

diferentes da cultura local Tendo acontecido o mesmo na Iacutendia com o sistema colonial

britacircnico que gerou colapso nos SAAP centenaacuterios (GNADLINGER 2000)

O Japatildeo promove diversos estudos e pesquisas na aacuterea de SAAP Em Toacutequio

a regulamentos para que os terrenos de aacutereas superiores a 10000m2 e os edifiacutecios

com mais de 3000m2utilizem o SAAP Os edifiacutecios com uma aacuterea superior a 30000m2

e que tenham consumo na ordem de 100m3dia de aacutegua para fins natildeo potaacuteveisaleacutem

da utilizaccedilatildeo de SAAP satildeo obrigados a tratar as aacuteguas cinzas(TOMAZ 2009)

No planalto de Loess norte da china tem elevada escassez de aacuteguas

subterracircneas e baixa precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica diante destes fatos o governo local

da Proviacutencia de Gansu colocou em praacutetica desde 1997 um projeto de captaccedilatildeo de

aacutegua da chuva denominado121uml que consiste em auxiliar cada famiacutelia a construir uma

(1) aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua dois (2) reservatoacuterios de armazenamento de aacutegua e um

(1) lote para plantaccedilatildeo de culturas comercializaacuteveis Solucionando o problema de

aacutegua potaacutevel a cerca de 13 milhotildees de pessoas (260000 famiacutelias) (JIANG et al

2013)

221 Aspectos histoacutericos da captaccedilatildeo das aacuteguas pluviais no Brasil

O aproveitamento da aacutegua das chuvas natildeo eacute uma inovaccedilatildeo dos dias de hoje

O primeiro relato do uso da aacutegua da chuva que se tem conhecimento em nosso paiacutes

segundo Hagemann (2009) eacute de um sistema construiacutedo na Ilha de Fernando de

Noronha pelo exeacutercito norte-americano em 1943

Hagemann (2009) afirma que a utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais tem sido praticada

em maior escala principalmente na regiatildeo Nordeste em decorrecircncia do problema de

escassez hiacutedrica caracteriacutestica da regiatildeo Teve iniacutecio em julho de 2003 o Programa

de Formaccedilatildeo e Mobilizaccedilatildeo Social para a Convivecircncia com o Semiaacuterido um Milhatildeo

de Cisternas Rurais (P1MC) visando beneficiar aproximadamente 5 milhotildees de

pessoas na regiatildeo semiaacuterida com aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de cisternas

(Figura 6)

41

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural

Fonte Annencchini 2005

A seguir a figura 7 apresenta um modelo mais simples para casas populares

podendo atender quase 100 da aacutegua de um lar (CUNHA et al 2011)

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva

Fonte wwwportalsaofranciscocombr 2016

42

23 Utilizaccedilotildees da aacutegua coletada e o seu consumo

A aacutegua da chuva pode ser usada de diferentes maneiras como jaacute mencionado

descarga de sanitaacuterios limpeza de vasos sanitaacuterios e mictoacuterios lavagem de roupas

lavagem de pavimentos e veiacuteculos rega de jardins irrigaccedilatildeo de parques escolas

praccedilas estacionamentos condomiacutenios usos industriais e preacutedios comerciais

(climatizaccedilatildeo resfriamento de maacutequinas lavagem industrial de roupas lavagem de

veiacuteculos como carros ocircnibus e caminhotildees limpeza industrial redes de incecircndio)

(GOLDENFUM 2006 RODRIGUES 2010 OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

Segundo Krishna (2003) existem diversas vantagens e benefiacutecios da aacutegua da

chuva a aacutegua eacute gratuita o uacutenico custo eacute para coleta e uso o uso final da aacutegua colhida

eacute localizado perto da fonte eliminando a necessidade de sistemas de distribuiccedilatildeo

dispendiosos eacute isenta de soacutedio eacute superior para a irrigaccedilatildeo da paisagem a coleta

reduz o fluxo para drenagens de aacuteguas pluviais e tambeacutem reduz poluiccedilatildeo da fonte natildeo

pontual aleacutem de ajudar nos serviccedilos puacuteblicos com a reduccedilatildeo da demanda no veratildeo

e economizando a utilizaccedilatildeo da aacutegua existente resultabdo assim tambeacutem na

reduccedilatildeo das contas de serviccedilos puacuteblicos dos consumidores

Segundo o Texas Guide to Rainwater Harvestingrdquo [1997] a aacutegua da chuva eacute

a aacutegua natural mais macia com dureza zero para todos os fins praacuteticos Quase natildeo

apresentam minerais nem sais dissolvidos e a sua qualidade eacute proacutexima da qualidade

da aacutegua destilada

Iwanami (1985) descreve a importacircncia de fazer o planejamento da utilizaccedilatildeo

do sistema de aproveitamento de aacutegua de chuva para verificar a quantidade de aacutegua

que poderaacute ser coletada e armazenada e verificar a necessidade de tratamento da

aacutegua de chuva Certamente eacute preciso que a aacutegua coletada seja devidamente

armazenada filtrada tratada e que garanta uma qualidade compatiacutevel com os usos

previstos

A aacutegua da chuva obtida por meio de processos sem qualquer desinfecccedilatildeo ou

filtragem complexa natildeo serve normalmente para consumo humano eacute considerada

como aacutegua de segunda qualidade Este tipo de aacutegua deve ser empregado em algumas

tarefas domeacutesticas jaacute exemplificadas anteriormente Rodrigues (2010) afirma que em

meacutedia um indiviacuteduo utiliza o vaso sanitaacuterio entre sete e oito vezes por dia das quais

aproximadamente seis vezes para urinar e as demais para defecar se em cada

43

descarga forem usados dez litros verifica-se que ao fim de um dia um indiviacuteduo gastou

entre setenta e oitenta litros de aacutegua

O uso eficiente da aacutegua implica que natildeo haja desperdiacutecios quer por motivos

ambientais quer por motivos econocircmicos jaacute que a aacutegua desperdiccedilada envolve gastos

desnecessaacuterios Nos campos por exemplo as plantas satildeo organizadas e distribuiacutedas

conforme suas necessidades de aacutegua que segundo essa loacutegica os sistemas de rega

deveriam ser organizados de acordo com as necessidades das plantas isto eacute as

plantas com distintas necessidades satildeo regadas de modo separado podendo tomar

como exemplo a grama que deve ser regada separadamente dos arbustos e flores

Sabe-se que a rega eacute muito importante para o desenvolvimento das vegetaccedilotildees e eacute

usada quando o niacutevel de umidade no solo eacute insatisfatoacuterio (RODRIGUES 2010)

No entendimento de Rodrigues (2010) independente das intervenccedilotildees

excepcionais de reparaccedilatildeo e na falta de condiccedilotildees que sugerem intervenccedilotildees em

periacuteodos mais curtos a manutenccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento de aacuteguas

pluviais deve ser realizada em conformidade com as frequecircncias miacutenimas

24 O Reuso De Aacuteguas

241- Aacuteguas Residuaacuterias

Na visatildeo de Asano et al (2007) a aacutegua recuperada eacute definida como um

efluente convenientemente tratado numa Estaccedilatildeo de Tratamento para uma

determinada reutilizaccedilatildeo da aacutegua pretendida Aleacutem disso a reutilizaccedilatildeo da aacutegua

diretamente requer a existecircncia de um sistema de bombeamento ou de outras

facilidades de transporte para o fornecimento da aacutegua

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

(CNRH) dispotildee que o reuso da aacutegua constitui-se de racionalizaccedilatildeo e de conservaccedilatildeo

de recursos hiacutedricos de acordo com os princiacutepios determinados na Agenda 21 Esta

praacutetica diminui a descarga de poluentes em corpos receptores conservando os

recursos hiacutedricos para o abastecimento puacuteblico e outros usos mais exigentes

relacionados agrave qualidade diminui os custos associados agrave poluiccedilatildeo e ajuda na proteccedilatildeo

do meio ambiente e da sauacutede puacuteblica (BRASIL 2005)

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do CNRH em seu art 2ordm traz as seguintes

definiccedilotildees sobre o reuso da aacutegua e a aacutegua residuaacuteria

44

I - aacutegua residuaacuteria esgoto aacutegua descartada efluentes liacutequidos de edificaccedilotildees

induacutestrias agroinduacutestrias e agropecuaacuteria tratados ou natildeo

II - reuso de aacutegua utilizaccedilatildeo de aacutegua residuaacuteria

III - aacutegua de reuso aacutegua residuaacuteria que se encontra dentro dos padrotildees

exigidos para sua utilizaccedilatildeo nas modalidades pretendidas

IV - reuso direto de aacutegua uso planejado de aacutegua de reuso conduzida ao local

de utilizaccedilatildeo sem lanccedilamento ou diluiccedilatildeo preacutevia em corpos hiacutedricos

superficiais ou subterracircneos

V - produtor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que produz aacutegua de reuso

VI - distribuidor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico

ou privado que distribui aacutegua de reuso e

VII - usuaacuterio de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que utiliza aacutegua de reuso (BRASIL 2005)

O reuso eacute definido por Cunha et al (2011) como o uso de aacutegua residuaacuteria ou

aacutegua de qualidade inferior tratada ou natildeo Para Blum (2007) as aacuteguas residuais ou

residuaacuterias satildeo todos os tipos de aacuteguas descartadas resultantes da utilizaccedilatildeo de

vaacuterios processos Como exemplos podem ser citados aacuteguas residuais domeacutesticas

provenientes de banhos cozinhas lavagens de pavimentos domeacutesticos aacuteguas de

infiltraccedilatildeo resultante das infiltraccedilotildees nos coletores de aacutegua existentes nos terrenos ou

de tubulaccedilotildees puacuteblicas entre outros

Muitas pessoas querem aumentar a reutilizaccedilatildeo de aacutegua em seus

empreendimentos como parte de uma mudanccedila geral para o desenvolvimento

sustentaacutevel da terra e gestatildeo de aacutegua Mas Carvalho et al (2014) Marccedilo p 3164 -

3171 3170 haacute poucas informaccedilotildees sobre a aacutegua reutilizada e tecnologias que possam

ser adotadas para cada situaccedilatildeo (HOLT e JAMES 2006)

Filho e Mancuso (2013) entendem o reuso da aacutegua como sendo uma

tecnologia desenvolvida em menor ou maior escala depende da finalidade ao qual se

destina a aacutegua e de como a aacutegua foi usada anteriormente

Hespanhol (2002) enfatiza que a aacutegua eacute um recurso renovaacutevel que quando

reciclada por meio de sistemas naturais torna-se um recurso limpo e seguro pode ter

sua qualidade comprometida devido agrave accedilatildeo antroacutepica Uma vez poluiacuteda a aacutegua pode

ser recuperada e reusada para diversas finalidades A qualidade da aacutegua usada e o

propoacutesito do reuso determinam os niacuteveis de tratamento recomendados os criteacuterios de

45

seguranccedila a serem adotados e os custos associados As possibilidades e formas

potenciais de reuso dependeratildeo de caracteriacutesticas condiccedilotildees e fatores locais

Nessa mesma corrente Cunha et al (2011) sinalizam que um aspecto

relevante para o desenvolvimento de qualquer atividade humana eacute a disponibilidade

de aacutegua em quantidade e qualidade Em situaccedilotildees de escassez emerge a

necessidade e a possibilidade de substituiccedilatildeo das fontes para abastecimento usando

aacutegua residuaacuteria que apresenta qualidade inferior mas disponibilidade assegurada

OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenadas

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Rodrigues (2005) e Goldenfum (2006) classificam o reuso da aacutegua quanto ao

meacutetodo e quanto ao uso final

Quanto ao meacutetodo a reutilizaccedilatildeo da aacutegua pode ser direta ou indireta que

resultam de accedilotildees planejadas ou natildeo O reuso indireto natildeo planejado ocorre quando

a aacutegua servida eacute descarregada no meio ambiente ficando exposta agraves accedilotildees naturais

do ciclo hidroloacutegico (diluiccedilatildeo autodepuraccedilatildeo) e reutilizada a jusante de modo natildeo

intencional e natildeo controlada Em relaccedilatildeo ao reuso indireto planejado ocorre quando

os efluentes depois de tratados satildeo descarregados de maneira planejada nos corpos

drsquoaacutegua para serem usados a jusante de forma controlada (RODRIGUES 2005

GOLDENFUM 2006)

O reuso direto planejado ocorre quando os efluentes depois de tratados satildeo

levados diretamente ao local de reuso (geralmente induacutestria ou irrigaccedilatildeo) O reuso

direto natildeo planejado ocorre quando a aacutegua servida eacute descarregada sem nenhum tipo

de tratamento sendo reaproveitada diretamente no seu ponto de descarga (situaccedilotildees

irregulares pois natildeo tem controle algum sobre os paracircmetros de qualidade)

(GOLDENFUM 2006)

Goldenfum (2006) ressalta que normalmente natildeo eacute possiacutevel reutilizar uma

aacutegua residuaacuteria completa ou indefinidamente O reuso de um efluente tratado atraveacutes

de meacutetodos diretos ou indiretos eacute um meio de disposiccedilatildeo que complementa outros

existentes A quantidade de efluente que se pode reutilizar vai depender da

46

disponibilidade e o custo da aacutegua doce custos de transporte e tratamento diretrizes

sobre a qualidade da aacutegua e o potencial de reuso da aacutegua residuaacuteria

Quanto ao uso final as aacuteguas podem ser aproveitadas de diversas formas e

os tipos de reuso satildeo classificados em urbano industrial agriacutecola ambiental e recarga

de aquiacutefero (HESPANHOL 2002 GOLDENFUM 2006)

Os tipos baacutesicos de usos potenciais de esgotos tratados segundo Hespanhol

(2002) podem ser implantados tanto em aacutereas urbanas como aacutereas rurais e satildeo

ilustrados pelo esquema da figura 6

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua

Fonte Hespanhol 2002

242 Aacuteguas Cinzentas

As aacuteguas cinzentas satildeo as aacuteguas residuais domeacutesticas oriundas de enxaacutegue

de maacutequina de lavar aacutegua de chuveiro e outros Para Blum (2007) eacute importante

quando se projeta um sistema de reuso de aacuteguas cinzentas o dimensionamento dos

reservatoacuterios Deve-se ter em conta o volume que seraacute usado nas descargas de

47

sanitaacuterios ateacute no maacuteximo 48 horas para evitar estocagem por muito tempo pois

ocasionaraacute odores desagradaacuteveis

Nos sistemas de reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas de acordo com Boehm e

Oliveira (2015) deve-se levar em consideraccedilatildeo o comprometimento de todos os

usuaacuterios sendo que o volume e a concentraccedilatildeo de contaminantes podem variar

depende do tipo de edificaccedilatildeo da localidade do niacutevel de ocupaccedilatildeo da residecircncia da

faixa etaacuteria do estilo de vida da classe social da cultura e dos costumes dos

residentes

Neves e Afonso (2010) entendem que as aacuteguas cinzentas satildeo aacuteguas residuais

domeacutesticas sem aacuteguas fecais provenientes geralmente de banheiros duchas

lavatoacuterios lavagem de roupas e cozinha

No reuso dessas aacuteguas que podem ser usadas com ou sem tratamento

dependeraacute da qualidade exigiacutevel para os usos O sistema predial de reciclagem de

aacuteguas cinzentas propicia o tratamento das mesmas e a sua reentrada no ciclo do

preacutedio O uso mais frequente eacute na limpeza de bacias de retrete (NEVES e AFONSO

2010)

25 Formas de Reuso de Aacuteguas

251 Reuso Urbano

Com base nas diretrizes relacionadas ao reuso da aacutegua emitida pela Agecircncia

de Proteccedilatildeo ao Meio Ambiente dos Estados Unidos (United States Environmental

Protection Agency (US EPA) eacute apresentado muitas opccedilotildees para o reuso urbano natildeo

potaacutevel em que se destacam irrigaccedilatildeo de parques e jardins puacuteblicos centros

esportivos campos de futebol gramados aacutervores e arbustos decorativos ao longo de

ruas e rodovias aacutereas ajardinadas ao redor de edifiacutecios puacuteblicos residenciais e

industriais reserva de proteccedilatildeo contra incecircndios sistemas decorativos aquaacuteticos

como fontes chafarizes espelhos e quedas drsquoaacutegua descarga sanitaacuteria lavagem de

veiacuteculos (GOLDENFUM 2006)

Deve-se enfatizar que o uso que requer aacutegua de qualidade elevada podeter

custos incompatiacuteveis com as vantagens devido ao baixo custo da aacutegua para os

usuaacuterios urbanos Dessa forma o reuso urbano com finalidade potaacutevel eacute tida como

uma alternativa dispendiosa e riscos muito altos tornando-o praticamente inviaacutevel

48

Enquanto para finalidades natildeo potaacuteveis envolve riscos menores e eacute considerada

como uma boa opccedilatildeo para o reuso urbano (GOLDENFUM 2006)

252 Reuso industrial

O reuso industrial pode ser utilizado na produccedilatildeo de aacutegua para caldeiras em

sistemas de resfriamento como por exemplo aacutegua de reposiccedilatildeo em lavadores de

gases e aacutegua de processos (CETESB 2014) No mundo as usinas de geraccedilatildeo de

energia refinarias de petroacuteleo unidades quiacutemicas e metaluacutergicas se beneficiam do

reuso de aacutegua tanto para resfriamento quanto para processos industriais

(GOLDENFUM 2006)

253 Reuso agriacutecola

Em conformidade com o Centro Internacional de Referecircncia em Reuso de Aacutegua

(CIRRA 2014) entidade vinculada agrave Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo

(USP) os efluentes devidamente tratados podem ser utilizados na agricultura para

aplicaccedilatildeo em culturas de alimentos natildeo processados comercialmente (irrigaccedilatildeo

superficial de qualquer cultura alimentiacutecia) culturas de alimentos processados

comercialmente (irrigaccedilatildeo de pomares e vinhas) culturas natildeo alimentiacutecias (pastos

forragens fibras e gratildeos) dessedentaccedilatildeo de animais

254 Reuso no meio ambiente

O reuso no meio ambiente engloba aplicaccedilotildees em wetlands habitats naturais

aumento do fluxo de aacutegua estabelecimentos recreacionais contato acidental (pesca

e canoagem) e contato integral com a aacutegua autorizado represas e lagos lagoas

esteacuteticas em que o contato com o puacuteblico natildeo eacute autorizado (CIRRA 2014)

26 A Praacutetica de Recarga de Aquiacuteferos

A recarga artificial de aquiacuteferos com efluentes tratados pode ser usada para

fins diversos englobando o aumento de disponibilidade e armazenamento de aacutegua

controle de salinizaccedilatildeo em aquiacuteferos costeiros controle de subsidecircncia de solos Cirra

(2014) Esta praacutetica pode ser importante para alguns municiacutepios abastecidos por

49

aacutegua subterracircnea onde a recarga natural de aquiacuteferos vem sendo diminuiacutedas em

funccedilatildeo do aumento de aacutereas impermeabilizadas

Hespanhol (2002) comenta que eacute realizada de modo inadequado a retirada das

aacuteguas dos lenccediloacuteis subterracircneos para consumo o que compromete a disponibilidade

hiacutedrica O uso de esgotos tratados para evitar ou diminuir tais efeitos eacute uma

possibilidade

27 O Armazenamento de Aguaacutes

Em aacutereas para captaccedilatildeo de aacutegua de chuva comumente utiliza-se materiais

como telhas galvanizadas pintadas ou esmaltadas com tintas natildeo toacutexicas superfiacutecies

de concreto ceracircmicas policarbonato e fibra de vidro As calhas tambeacutem devem ser

fabricadas com materiais inertes como PVC ou outros tipos de plaacutesticos evitando

assim que partiacuteculas toacutexicas provenientes destes dispositivos venham a ser levadas

para os tanques de armazenagem (MACOMBER 2001)

Segundo Brown et al (2005) o volume do primeiro fluxo de aacutegua de chuva a

ser descartado varia conforme a quantidade de poeira acumulada na superfiacutecie do

telhado que eacute uma funccedilatildeo do nuacutemero de dias secos da quantidade e tipo de resiacuteduos

e da estaccedilatildeo do ano Outras variaacuteveis a serem consideradas satildeo a inclinaccedilatildeo e as

superfiacutecies dos telhados a intensidade das chuvas e o periacuteodo de tempo que ocorrem

Aleacutem disso salienta-se que natildeo haacute nenhum caacutelculo exato para definir o volume inicial

de aacutegua pluvial que necessita ser desviado devido agraves muitas variaacuteveis que

determinam a eficaacutecia da lavagem das aacutereas de captaccedilatildeo

Jaacute o reservatoacuterio eacute um dos componentes mais relevantes do SAAP eacute um fator

que influencia na qualidade da aacutegua e tambeacutem elemento mais caro do investimento

ou fator de otimizaccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel versus necessidades de abastecimento

(RODRIGUES 2010)

O reservatoacuterio de armazenamento tem a funccedilatildeo de reter e acumular a aacutegua

coletada pelo telhado que eacute levada pelo sistema atraveacutes da calha para filtragem e

armazenada em cisternas ou caixas drsquoaacutegua ficando armazenada ao abrigo da luz e

do calor e eacute bombeada para uma caixa drsquoaacutegua superior que pode abastecer o

banheiro a lavanderia e outros ambientes (OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

50

May (2009) acredita que para o sistema ser viaacutevel vai depender de trecircs

elementos precipitaccedilatildeo aacuterea de coleta e demanda O reservatoacuterio de aacutegua da chuva

por ser o componente mais caro do sistema deve ser projetado em conformidade com

as necessidades do usuaacuterio e com a disponibilidade pluviomeacutetrica local para

dimensionaacute-lo adequadamente sem inviabilizar o sistema Com base nos resultados

das anaacutelises realizadas e no uso do sistema de coleta e aproveitamento de aacutegua da

chuva a utilizaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis deve ser estimulada A figura 9 ilustra o

processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Para Boehm e Oliveira (2015) antes da implantaccedilatildeo de um sistema de

reaproveitamento de aacuteguas pluviais devem ser verificadas as condiccedilotildees do local de

instalaccedilotildees e quais os tipos de elementos podem interferir na qualidade da aacutegua

captada

Segundo Macomber (2001) o escoamento de aacutegua natildeo deve entrar em

campos seacutepticos de drenagem do sistema e qualquer tanque o excesso e a drenagem

devem ser roteados de modo que natildeo afetar a base dos tanques ou de quaisquer

outras estruturas

A cisterna pode ser apoiada semi-apoiada enterrada ou elevada e ser

construiacuteda com vaacuterios tipos de materiais como concreto armado blocos de concreto

alvenaria de tijolos plaacutestico polieacutester polietileno accedilo entre outros (OLIVEIRA

CHRISTMANN e PIEREZAN 2014)

51

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Fonte wwwrhasaambientalcombr 2013

Dentre os conceitos da NORMA 155272007 podemos citar

aacutegua de chuva aacutegua resultante de precipitaccedilotildees atmosfeacutericas coletadas

em coberturas telhados onde natildeo haja circulaccedilatildeo de pessoas veiacuteculos e

animais

aacutegua natildeo potaacutevel aacutegua que natildeo atende agrave Portaria nordm 518 do Ministeacuterio da

Sauacutede

aacuterea de captaccedilatildeo aacuterea em metros quadrados projetada na horizontal da

superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde a aacutegua eacute captada

coeficiente de escoamento superficial coeficiente de runnoff que

representa a relaccedilatildeo entre o volume total de escoamento superficial e ao

volume total precipitado variando conforme a superfiacutecie

conexatildeo cruzada qualquer ligaccedilatildeo fiacutesica atraveacutes de peccedila dispositivo ou

outro arranjo que conecte duas tubulaccedilotildees das quais um conduz aacutegua

potaacutevel e a outra aacutegua de qualidade desconhecida ou natildeo potaacutevel

demanda consumo meacutedio (mensal ou diaacuterio) a ser atendido para fins natildeo

potaacuteveis

escoamento inicial aacutegua suficiente da aacuterea de captaccedilatildeo suficiente para

carregar a poeira fuligem folhas galhos e detritos

52

suprimento fonte alternativa de aacutegua para complementar o reservatoacuterio

de aacutegua de chuva

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis

Paracircmetro

Anaacutelise Faixa

Coliformes totais Semanal Ausecircncia em 100mL

Coliformes termotolerantes Semanal Ausecircncia em 100mL

Cloro residual livre Mensal 05 a 30 mgL

Turbidez Mensal lt20uT para menos

restritivos lt50 uT lt15 uH

Cor aparente (caso natildeo seja

utilizado nenhum corante ou

antes da sua utilizaccedilatildeo)

Mensal

Deve prever ajuste do pH para

proteccedilatildeo das redes de distribuiccedilatildeo

caso necessaacuterio

Mensal pH de 60 a 8p no caso

de tubulaccedilatildeo de accedilo

carbono ou galvanizado

Fonte ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas NBR 155252007

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo do sistema de coleta e aproveitamento de aacuteguas

pluviais de acordo com o Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva

do FNDE

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Componente

Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Cobertura e telhados Miacutenimo 3 vezes ao ano

Calhas condutores verticais e horizontais Miacutenimo 3 vezes ao ano

Filtro removedor de detritos A cada 3 meses

Reservatoacuterio inferior ndash enterrado A cada 2 anos

Filtro flutuante Mensalmente

Bombas Mensalmente

Filtro cartucho Semestralmente

Clorador Mensalmente

Reservatoacuterio superior ndash intermediaacuterio Limpeza e desinfecccedilatildeo anual

Fonte Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva FNDE

53

As inspeccedilotildees podem ser feitas pelos utilizadores poreacutem as manutenccedilotildees dos

sistemas de bombas e tratamento devem ser feitas por teacutecnicos especializados

Quando satildeo utilizados nas operaccedilotildees de higienizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produtos nocivos

para os humanos ou para o ambiente devem ser adotadas medidas que impeccedilam o

lanccedilamento dos efluentes resultantes destas operaccedilotildees no ciclo pluvial natural ou na

rede de drenagem de aacuteguas residuais com a necessaacuteria checagem de compatibilidade

com os componentes naturais canalizaccedilotildees e dispositivos de tratamento a jusante

realizando preacute-tratamento quando necessaacuterio (RODRIGUES 2010)

Eacute importante destacar o conjunto de normas que fornecem os requisitos para o

aproveitamento de aacutegua de chuva de coberturas em aacutereas urbanas para fins natildeo

potaacuteveis

NBR 56261998 Instalaccedilatildeo predial de aacutegua fria que tem exigecircncias e

recomendaccedilotildees para o projeto assim como sua execuccedilatildeo e

manutenccedilatildeo da rede

NBR 108441989 Instalaccedilatildeo prediais de aacuteguas pluviais que tem o

caacutelculo de aacuterea de contribuiccedilatildeo e caacutelculo de condutores horizontais e

verticais e de calhas

ABNT NBR 122131992 Projeto de captaccedilatildeo de aacutegua de superfiacutecie para

abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122141992 Projeto de sistema de bombeamento de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122171994 Projeto de reservatoacuterio de distribuiccedilatildeo de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

A RESOLUCcedilAtildeO CONAMA Nordm 20 de 18 de junho de 1986 publicada no DOU

de 300786 foi estabelecida a classificaccedilatildeo das aacuteguas doces salobras e salinas do

Territoacuterio Nacional Na Classe 2 estatildeo incluiacutedas as aacuteguas destinadas ao

abastecimento domeacutestico apoacutes tratamento convencional agrave proteccedilatildeo das

comunidades aquaacuteticas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio (esqui aquaacutetico nataccedilatildeo e

mergulho) agrave irrigaccedilatildeo de hortaliccedilas e plantas frutiacuteferas agrave criaccedilatildeo natural eou

intensiva (aquicultura) de espeacutecies destinadas agrave alimentaccedilatildeo humana

Para as aacuteguas de Classe 2 satildeo estabelecidos os mesmos limites ou condiccedilotildees

da Classe 1 agrave exceccedilatildeo dos seguintes

54

i Natildeo seraacute permitida a presenccedila de corantes artificiais que natildeo sejam

removiacuteveis por processo de coagulaccedilatildeo sedimentaccedilatildeo e filtraccedilatildeo

convencional

ii Coliformes para uso de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio deveraacute ser

obedecido o Art 26 desta Resoluccedilatildeo Para os demais usos natildeo deveraacute ser

excedido um limite de 1000 coliformes fecais por 100 mililitros em 80 ou

mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em qualquer mecircs no

caso de natildeo haver na regiatildeo meios disponiacuteveis para o exame de

coliformes fecais o iacutendice limite seraacute de ateacute 5000 coliformes totais por 100

mililitros em 80 ou mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em

qualquer mecircs

iii Cor ateacute 75 mg Ptl

iv Turbidez ateacute 100 UNT

v DBO5 dias a 20degC ateacute 5 mgl O2

vi OD em qualquer amostra natildeo inferior a 5 mgl O2

No art 26 (Balneabilidade) - As aacuteguas doces salobras e salinas destinadas a

balneabilidade (recreaccedilatildeo de contato primaacuterio) seratildeo enquadradas e teratildeo sua

condiccedilatildeo avaliada nas categorias EXCELENTE MUITO BOA SATISFATOcircRIA e

IMPROacutePRIA da seguinte forma

1) EXCELENTE (3 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 250 coliformes fecais por l00 mililitros ou 1250

coliformes totais por 100 mililitros

2) MUITO BOA (2 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de amostras

obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo local

houver no maacuteximo 500 coliformes fecais por 100 mililitros ou 2500 coliformes

totais por 100 mililitros

3) SATISFATOacuteRIA (1 estrela) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 1000 coliformes fecais por 100 mililitros ou 5000

coliformes totais por 100 mililitros

55

4) IMPROacutePRIA Natildeo atendimento aos criteacuterios estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Os mais recentes padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo

de contato primaacuterio estatildeo definidos na resoluccedilatildeo CONAMA 2742000 como

demonstrado na Tabela 2que jaacute inclui Enterococos Ecoli

Segundo Jordatildeo amp Pessoa (2014) o desenvolvimento dos padrotildees para banho

ou para aacuteguas de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio tem evoluiacutedo com loacutegica Primeiro

foram adotados paracircmetros relativos a melhor tecnologia de controle disponiacutevel que

entretanto natildeo representavam o risco de contrair enfermidades devido a presenccedila de

poluentes Foi o caso dos Coliformes totais Depois considerou-se a relaccedilatildeo entre o

risco possiacutevel ou detectaacutevel e presenccedila de poluentes Neste caso os Coliformes fecais

eram mais representativos

Uma terceira etapa foi a identificaccedilatildeo de risco aceitaacutevel para o qual deveria

existir uma quantidade de dados epidemioloacutegicos correspondendo a mediccedilotildees de

qualidade do corpo drsquoaacutegua Os estudos indicaram que Enterococos eram os mais

representativos seguidos por Ecoli e por uacuteltimo coliformes totais(Desinfecccedilatildeo de

efluentes sanitaacuterios) Sendo assim os Enterococos atualmente representam o melhor

indicador entre os analisados sem que se deva considerar erro o controle por outros

organismos

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio

Balneabilidade-

categoria

Qualidade

Padrotildees para o corpo daacutegua

Proacutepria Excelente Maacuteximo de 250 CF100ml ou

200EC100ml ou 25 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Muito boa Maacuteximo de 500 CF100ml ou

400EC100ml ou 50 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Satisfatoacuteria Maacuteximo de 1000 CF100ml ou

800EC100ml ou 100 Enterococos100ml

56

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Improacutepria Natildeo atendimento aos criteacuterios

estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Incidecircncia elevada ou anormal

de enfermidades transmissiacuteveis

por via hiacutedrica Valor obtido na

uacuteltima amostragem for superior a

2500CF100ml ou 2000

EC100ml ou 400

enterococos100ml Presenccedila de

resiacuteduos ou despejos pHlt6ou

gt9 Floraccedilatildeo de algas outros

fatores que contra -indiquem o

contato primaacuterio

Fonte- CONAMA 2742000

28 Legislaccedilatildeo Sobre o Uso de Aacuteguas

ASPECTOS LEGAIS PARA O USO DE AacuteGUAS

Em 1973 o decreto federal nordm 24643 conhecido como o Coacutedigo das Aacuteguas

consubstanciou a base da legislaccedilatildeo voltada para a temaacutetica aacutegua O instrumento

legisla inclusive sobre o conceito de aacuteguas pluviais e acerca do direito de uso

atribuindo ao dono do preacutedio onde caiacuterem diretamente sua propriedade No seu artigo

118 chega ateacute mesmo a comentar superficialmente sobre a construccedilatildeo de

reservatoacuterios para aproveitamento da aacutegua da chuva em aacutereas puacuteblicas

Em termos de poliacutetica ambiental voltada aos recursos hiacutedricos destaca-se a

promulgaccedilatildeo da lei 9433 que em 1997 instituiu a Poliacutetica Nacional de Recursos

Hiacutedricos ndash PNRH criando o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos Conhecida como Lei das Aacuteguas o normativo fornece instrumentos que

possibilitam a melhoria da gestatildeo sistemaacutetica do recurso

57

A captaccedilatildeo de aacutegua de chuva tem uma relaccedilatildeo indireta com os objetivos dessa Poliacutetica jaacute que estimula o uso racional e ao mesmo tempo previne contra os eventos hidroloacutegicos criacuteticos tanto agraves secas devido agrave promoccedilatildeo da reserva quanto agraves inundaccedilotildees devido agrave diminuiccedilatildeo do escoamento superficial A inclusatildeo da captaccedilatildeo de aacutegua de chuva no Plano indica o esforccedilo da poliacutetica de recursos hiacutedricos na busca da transversalidade e no gerenciamento integrado das aacuteguas (SENRA BRONZATTO VENDRUSCOLO 2007)

A Lei nordm 943397 criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos e no art 1ordm disciplina

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e

a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do

Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades (BRASIL 1997)

O art 5ordm da Lei nordm 943397 trata dos instrumentos da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos (BRASIL 1997)

Nacionalmente natildeo haacute um ordenamento juriacutedico que discipline

especificamente sobre o uso das aacuteguas pluviais Como as citadas anteriormente a

lei nordm 114452007 conhecida como lei do Saneamento Baacutesico indiretamente

estabelece alguns criteacuterios para o manejo de aacutegua pluvial Em seu artigo 3ordm define a

drenagem e manejo das aacuteguas pluviais urbanas como

Conjunto de atividades infraestruturas e instalaccedilotildees operacionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais de transporte detenccedilatildeo ou retenccedilatildeo para o amortecimento de vazotildees de cheias tratamento e

58

disposiccedilatildeo final das aacuteguas pluviais drenadas nas aacutereas urbanas (BRASIL 2007)

Seu decreto regulamentador nordm 72172010 admitiu como forma de viabilizar o

manejo da aacutegua da chuva a alimentaccedilatildeo da instalaccedilatildeo hidraacuteulica predial ligada agrave rede

puacuteblica de abastecimento de aacutegua via aproveitamento de aacutegua da chuva desde que

devidamente autorizadas pela autoridade competente

Quanto agraves leis sobre o tema reuso de aacutegua vigentes no Brasil pode-se

destacar a lei 693881 que institui a poliacutetica nacional do meio ambiente que menciona

o incentivo ao estudo e pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a

proteccedilatildeo dos recursos ambientais

No Estado do Rio de Janeiro a Lei Nordm 6034 de 08 de setembro de 2011 dispotildee

sobre a obrigatoriedade dos postos de combustiacuteveis lava-raacutepidos transportadoras e

empresas de ocircnibus urbanos intermunicipais e interestaduais localizados no Estado

do Rio de janeiro a instalarem equipamentos de tratamento e reutilizaccedilatildeo da aacutegua

usada na lavagem de veiacuteculos

Na cidade de Satildeo Paulo por exemplo atraveacutes da Lei nordm 13276 e o Decreto nordm

41814 que regulamenta esta lei determinam-se a obrigatoriedade da execuccedilatildeo de

reservatoacuterio de aacuteguas pluviais coletadas de cobertas e pavimentos nos lotes

construiacutedos ou natildeo que possuem uma aacuterea impermeabilizada superior a 500m2

Trata-se de providecircncias para evitar as inundaccedilotildees urbanas uma vez que incentiva

soluccedilotildees para a infiltraccedilatildeo da aacutegua de chuva no solo e a utilizaccedilatildeo da mesma quando

armazenada para fins natildeo potaacuteveis

DECRETO Nordm 23940 de 30 de Janeiro de 2004 da cidade do Rio de Janeiro

Torna obrigatoacuterio nos casos previstos a adoccedilatildeo de reservatoacuterios que permitam o

retardo do escoamento das aacuteguas pluviais para a rede de drenagem Visando a

necessidade de ajudar a prevenir inundaccedilotildees atraveacutes da retenccedilatildeo temporaacuteria de

aacuteguas pluviais em reservatoacuterios especialmente criados com esta finalidade e

considerando as possibilidades de reaproveitamento de aacuteguas pluviais para usos natildeo

potaacuteveis como lavagem de veiacuteculos e partes comuns jardinagem e outras Sendo

obrigatoacuterio para imoacuteveis com aacuterea de cobertura superior a 50000 m2 e em caso de

novas edificaccedilotildees residecircncias multifamiliares e industriais fica obrigatoacuterio o uso de

aguas pluviais para uso natildeo potaacutevel atendendo as normas sanitaacuterias vigentes ficando

o habite-se ou alvaraacute de obras condicionado ao atendimento ao decreto

59

A Agenda 21 capiacutetulo 18 dedicou importacircncia especial ao reuso de aacutegua

recomendando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas de gestatildeo dirigidas para o uso e

reciclagem de efluentes Segundo Hespanhol (2012) embora natildeo haja menccedilatildeo ao

tema lsquoreusorsquo na poliacutetica nacional de recursos hiacutedricos existe uma vontade poliacutetica

direcionada para esta questatildeo Segundo a Conferecircncia Interparlamentar sobre o

desenvolvimento do Meio Ambiente realizada em Brasiacutelia em Dezembro de 1992 no

paraacutegrafo 64B recomenda esforccedilos a niacutevel nacional para institucionalizar a

reciclagem e reuso sempre que possiacutevel promovendo o tratamento e a disposiccedilatildeo de

esgotos de modo a natildeo poluir o meio ambiente

A portaria nordm 23 de 12 de fevereiro de 2015 do Ministro de Estado do

Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo estabelece boas praacuteticas de gestatildeo e uso de

Energia Eleacutetrica e de Aacutegua nos oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal

direta autaacuterquica e fundacional e dispotildee sobre o monitoramento de consumo destes

bens e serviccedilos Devendo os oacutergatildeos adotar as providencias necessaacuterias para

implementaccedilatildeo de boas praacuteticas de gestatildeo e inclusive elaborando campanhas de

conscientizaccedilatildeo por meio presencial e eletrocircnico e fornecendo mensalmente o

consumo de energia eleacutetrica e aacutegua por meio do Sistema Projeto Esplanada

Sustentaacutevel

O reuso de aacutegua pode ser classificado em reuso indireto ou direto O reuso

direto eacute aquele onde ocorre a conexatildeo direta dos efluentes de uma estaccedilatildeo de

tratamento de esgotos a uma estaccedilatildeo de tratamento de aacutegua e em seguida ao sistema

de distribuiccedilatildeo O reuso indireto eacute a diluiccedilatildeo do esgoto apoacutes tratamento em um corpo

hiacutedrico no qual apoacutes algum tempo de detenccedilatildeo eacute efetuada a captaccedilatildeo seguida de

tratamento adequado e posterior distribuiccedilatildeo Filho (1987) sugere a seguinte

terminologia para diversas formas de reuso

Reuso indireto natildeo planejado da aacutegua Eacute aquele em que a aacutegua utilizada

em alguma atividade humana eacute descarregada no meio ambiente e

novamente utilizada agrave jusante em sua forma diluiacuteda de maneira natildeo

intencional e natildeo controlada

Reuso indireto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes depois de

tratados satildeo descarregados de forma planejada para serem reutilizados a

jusante

Reuso direto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes apoacutes

convenientemente tratados satildeo encaminhados diretamente do seu ponto

60

de descarga ateacute o local do reuso sofrendo em seu percurso os tratamentos

necessaacuterios mas natildeo sendo descarregados no meio

Reciclagem de aacutegua Eacute o reuso interno da aacutegua antes da sua descarga

em um sistema geral de tratamento ou outro local de disposiccedilatildeo para servir

como fonte suplementar de abastecimento do uso original Eacute um caso

particular de reuso direto

Segundo jaacute destacava Westerhoff (1984)o reuso de aacutegua eacute classificado em

duas categorias Reuso potaacutevel e Reuso natildeo potaacutevel e esta classificaccedilatildeo foi adotada

pela Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental de Satildeo Paulo e

divulgada nos Cadernos de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental Sendo considerado um

bem econocircmico porque eacute finita e essencial para conservaccedilatildeo da vida e do meio

ambiente consequentemente sua escassez impede o desenvolvimento de diversas

regiotildees na medida em que aleacutem da necessidade humana a aacutegua eacute essencial no

processo produtivo de diversas empresas

Reuso potaacutevel

Direto

Indireto

Reuso natildeo potaacutevel

Para fins agriacutecolas

Para fins industriais

Para fins recreacionais

Para fins domeacutesticos

Para manutenccedilatildeo de vazotildees de cursos drsquoaacutegua

Para aquacultura

Recarga de aquiacuteferos subterracircneos

Pode-se destacar alternativas que vem sendo propostas para racionalizaccedilatildeo

do consumo de aacutegua domiciliar Satildeo elas

Identificaccedilatildeo e eliminaccedilatildeo de vazamentos e perdas

Instalaccedilatildeo de equipamentos hidraacuteulicos sanitaacuterios de baixo consumo e alta

eficiecircncia

Reuso de aacuteguas cinzas

Aperfeiccediloamento dos procedimentos de mediccedilatildeo e cobranccedila

61

Os processos e tratamentos para fins potaacuteveis satildeo complexos e de custo

elevado Desta forma o reuso para fins natildeo potaacuteveis deve ser sempre avaliado

preferencialmente Aparentemente o principal problema decorrente da accedilatildeo de

reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas com objetivos de economizar aacutegua seria o aumento

do custo decorrente da instalaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de sistemas duplos de distribuiccedilatildeo

O principal destino destas aacuteguas deve ser a utilizaccedilatildeo sanitaacuteria e o uso agriacutecola

(HESPANHOL amp MIERZWA 2011)

Pesquisas sobre a viabilidade econocircmica de projetos de aproveitamento de

aacutegua de chuva indicam que o item preponderante nesta anaacutelise eacute o custo do

reservatoacuterio que varia em funccedilatildeo da sua dimensatildeo A NBR 15527(ABNT 2007)

apresenta 6 metodologias de caacutelculo do volume do reservatoacuterio que resultam em

valores muito discrepantes gerando a necessidade do usuaacuterio decidirem funccedilatildeo das

condiccedilotildees especiacuteficas do projeto qual metodologia seguir A maioria das

aplicaccedilotildeestrabalha com uma demanda fixa visando o consumo em vasos sanitaacuterios

(MORUZZI e OLIVEIRA2010 DORNELLES et al 2010 COUTINHO et al 2011

GHISI e SCHONDERMARK 2013)

Em relaccedilatildeo a NBR 155272007 aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas

em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis fornece as caracteriacutesticas para o reuso de

aacutegua em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis compreendendo calhas e condutores

instalaccedilotildees prediais qualidade da aacutegua bombeamento manutenccedilatildeo e principalmente

os meacutetodos de caacutelculo de dimensionamento de reservatoacuterios

Os meacutetodos de dimensionamento dispostos nesta norma satildeo

Meacutetodo de Rippl

Meacutetodo de Simulaccedilatildeo

Meacutetodo Azevedo Neto

Meacutetodo praacutetico alematildeo

Meacutetodo praacutetico inglecircs

Meacutetodo praacutetico australiano

62

3 - METODOLOGIA

Conforme Sabbatini (1989) metodologia eacute um ldquoconjunto de preceitos que

estabelece uma orientaccedilatildeo para o direcionamento e conduccedilatildeo de uma dada

investigaccedilatildeordquo tendo esta orientaccedilatildeo dois niacuteveis de doutrina e de estrateacutegia que

geram os princiacutepios de tomada de decisatildeo e permitem a operacionalizaccedilatildeo da

pesquisa que consiste no plano de accedilatildeo

A metodologia para anaacutelise do uso de sistema para aproveitamento de aacutegua

pluvial deve ser entendida como input do processo de pesquisa seus princiacutepios

devem ser balizadores das estrateacutegias adotadas para sua racionalidade

Esta dissertaccedilatildeo objetiva a importacircncia na utilizaccedilatildeo de metodologia e

aplicaccedilatildeo de procedimentos e meacutetodos nas atividades relacionadas ao uso de aacutegua

pluvial em instituiccedilatildeo federal de ensino onde o avanccedilo tecnoloacutegico deve ter como

escopo uma metodologia especiacutefica para seu desenvolvimento

Os atributos e alcance da pesquisa aplicada e de desenvolvimento tecnoloacutegico

constitui a estrutura essencial para obter novos meacutetodos construtivos e modernizaccedilatildeo

de processos e sistemas de uso consolidado e na soluccedilatildeo sistemaacutetica de problemas

Fluxo do processo adotado

O meacutetodo adotado envolve vaacuterias etapas conforme quadro 4 para a validaccedilatildeo

da metodologia de aproveitamento de aacutegua pluvial

Quadro 4- Fluxo do processo

Atividade Procedimentos

Visita teacutecnicas

Foram selecionadas duas tipologias de edificaccedilotildees no sentido de ampliar

o entendimento das teacutecnicas construtivas para a implantaccedilatildeo de

sistema de coleta e uso de aacutegua pluvial

Normas teacutecnicas

NBR 155272007 Aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas em

aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis - Requisitos

Precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rioque foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca

63

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho

31 Estrateacutegia da Pesquisa

A pesquisa em questatildeo tem caraacuteter exploratoacuterio de projeto uacutenico com

abordagem quantitativa por meio de estudo de caso uacutenico que tem como modelo

cientiacutefico a concepccedilatildeo de Robson (2011) o qual disserta sobre os meacutetodos de

pesquisa do mundo real

A estaccedilatildeoestaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm89 67 longitude

43ordm22 67

Reservatoacuterios

detalhes teacutecnicos

construtivos e

controle sanitaacuterio

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo de

dimensionamento onde o volume do reservatoacuterio seraacute o menor valor

entre 6 do volume de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial anual e 6 da

demanda anual de aacutegua natildeo potaacutevel

Foi utilizado o meacutetodo da simulaccedilatildeo previsto na NBR 15527 2007

Para ratificar o dimensionamento do reservatoacuterio feito pelo meacutetodo

praacutetico alematildeo

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR

152227 recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgle

30 mgl em qualquer ponto do sistema de abastecimento

Para controle sanitaacuterio foi utilizado Clorador com funcionamento em

circuito fechado com proteccedilatildeo contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo

interno 320 pastilhas variando de 0640 kg com vazatildeo de operaccedilatildeo

lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Equipamentos Verificou-se que equipamentos utilizados em sistema de captaccedilatildeo e uso

de aacutegua pluvial eacute uma tecnologia de fabricantes internacionais com

representantes locais

Demanda de uso

natildeo potaacutevel

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com

base nos dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos

atraveacutes dos questionaacuterios e o nuacutemero de pessoas que efetivamente

utilizam cada aparelho Tambeacutem se utilizaram no caacutelculo do consumo

diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR 56261998

Viabilidade

econocircmica de

implantaccedilatildeo do

sistema

Foi realizada a anaacutelise econocircmica utilizando-se o meacutetodo do payback

simples e descontado considerando taxa mensal de 1 para validaccedilatildeo e

verificaccedilatildeo da viabilidade econocircmica do sistema

64

Adota o presente trabalho a verificaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo exitosas de sistemas de

aproveitamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees de diversas tipologias criando um

paracircmetro de anaacutelise e consolidaccedilatildeo de praacuteticas sustentaacuteveis e novas tecnologias

VISITAS REALIZADAS

Estaacutedio do Maracanatilde

Maior estaacutedio sendo sede da Copa do Mundo de Futebol 2014 no rio de

Janeiro Inaugurado em junho de 1950 sendo iniciada a obra de recuperaccedilatildeo e retrofit

no ano de 2010 sendo concluiacuteda em 2013 Sua capacidade de puacuteblico passou de

87101 para 78639 lugares

Realizada a visita as instalaccedilotildees do Estaacutedio do Maracanatilde que recebeu a

certificaccedilatildeo LEED1 (Leadership in Energy and Environmental Design) For New

Construction na categoria Silver versatildeo 30 concedida pela USGBC (United States

Building Concil) conforme fig 10 que reconhece soluccedilotildees de novas tecnologias

sustentaacuteveis utilizadas nas construccedilotildees com o objetivo de reduccedilatildeo de impactos ao

meio ambiente durante a vida uacutetil da edificaccedilatildeo certificaccedilatildeo voltada para construccedilotildees

sustentaacuteveis e ambientalmente eficientes

1 Lideranccedila em Energia e Desig Ambiental eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para

edificaccedilotildeesUtilizada em 143 paiacuteses a certificaccedilatildeo foi criada em 2000 pela USGreen Building Council (USGBC)

65

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Pereira et al (2015)

A alta performance ambiental do maracanatilde apoacutes a implantaccedilatildeo do sistema de

aacuteguas pluviais contribuiu para sua certificaccedilatildeo onde cabe ressaltar que houve reduccedilatildeo

de 7114 do consumo de agua potaacutevel que representa da demanda de bacias e

mictoacuterios como tambeacutem todo o volume de agua necessaacuterio para irrigaccedilatildeo do

gramado e Conforme Pereira et al (2015) a reduccedilatildeo de uso de aacutegua potaacutevel eacute de

50 (cinquenta por cento)

Com o retrofit o estaacutedio do Maracanatilde teve acreacutescimo de 50000m2 na aacuterea de

cobertura construiacuteda em membrana tensionada por cabos de accedilo que permitiu a

viabilidade de implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo acrescida da aacuterea de drenagem

do campo que atende a irrigaccedilatildeo e descargas O estaacutedio no seu sistema de captaccedilatildeo

e reaproveitamento de aacuteguas pluviais conta com reservatoacuterio de 5 milhotildees de litros

volume capaz de suprir as demandas de usos por um periacuteodo de ateacute trecircs meses em

caso de estiagem

66

Leroy Merlin

Empresa de comeacutercio varejista voltada para materiais de construccedilatildeo e

bricolagem desde os anos de 1988 A concepccedilatildeo de seus projetos de lojas passaram

a ser voltada para questotildees de sustentabilidade agrave partir da construccedilatildeo da loja na

cidade de Niteroi inaugurada em 2007 iniciando um ciclo de novas unidades com o

mesmo caraacuteter tendo em um de seus conceitos o aproveitamento de aacuteguas pluviais

A Leroy Merlin foi a primeira empresa agrave receber o selo HQE2 em 2009

empresa situada em Niteroacutei no Estado do Rio de Janeiro na atividade de comeacutercio de

materiais de construccedilatildeo Adotou como meta a certificaccedilatildeo AQUA em funccedilatildeo de sua

adaptabilidade as condiccedilotildees de uso no Brasil avaliando aspectos da gestatildeo

ambiental nas obras de arquitetura

Recebeu a empresa por ocasiatildeo de sua construccedilatildeo recebeu a certificaccedilatildeo

ACQUA-Alta Qualidade Ambiental tendo sido avaliada pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

entidade vinculada a USP (Universidade de Satildeo Paulo) tendo atendido as exigecircncias

para a certificaccedilatildeo nas etapas do programa concepccedilatildeo do projeto e realizaccedilatildeo da

obra

Foram utilizados no tratamento daacute aacutegua captada trecircs filtros tipo Vortex WWF

300 com capacidade de filtragem para aacuterea de cobertura de ateacute 3000m2 com potencial

de ateacute 90 da aacutegua precipitada e com retenccedilatildeo de partiacuteculas de 028mmFoi utilizado

reservatoacuterio apresentado na foto abaixo com capacidade de 150000 litros com

extravasor para poccedilos de infiltraccedilatildeo conforme figura 11 em caso de alto iacutendice de

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica contribuindo para a alimentaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico e

reduzindo a possibilidade de enchentes

2 HQE A primeira certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios a ser adaptada para a realidade brasileira foi a AQUA (hoje AQUA-

HQE) Com base no selo francecircs Haute Qualiteacute Environnementale professores da Universidade de Satildeo Paulo (USP) criaram a versatildeo brasileira e formaram a instituiccedilatildeo responsaacutevel por ela a Fundaccedilatildeo Vanzolini

67

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

Foto da Construccedilatildeo do reservatoacuterio de 150000 litros

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

68

32 Unidade de anaacutelise

Esta pesquisa se limita a estudar a viabilidade de uso de aguas pluviais

calculando a demanda de uso natildeo potaacutevel a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacuteguas

residuais provenientes de evaporadoras de ar condicionado com determinaccedilatildeo do

volume do reservatoacuterio e posterior analise de viabilidade econocircmica Yin (2001)

afirma que a unidade de anaacutelise estaacute relacionada com o problema fundamental de

definir o que eacute o ldquocasordquo

Segundo Yin (2001) o estudo de caso representa uma investigaccedilatildeo empiacuterica e

compreende um meacutetodo abrangente com a loacutegica do planejamento da coleta e da

anaacutelise de dados Pode incluir tanto estudos de caso uacutenico quanto de muacuteltiplos assim

como abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa

Aleacutem da coleta de dados por meio dos questionaacuterios outro importante processo

que seraacute usado neste estudo eacute anaacutelise documental considerada como a teacutecnica que

abrange tanto a anaacutelise qualitativa quanto a quantitativa Segundo Gil (2010 p121)

ldquoA consulta a fontes documentais eacute imprescindiacutevel em qualquer estudo de casordquo

Portanto a anaacutelise destes dados torna-se fundamental para que se possa identificar

demanda de consumo de aacutegua natildeo potaacutevel o potencial para aproveitamento de aacuteguas

dos evaporadores de aparelhos de ar condicionado

33 Justificativa da estrateacutegia de pesquisa

A escolha do meacutetodo de pesquisa orientaraacute as etapas necessaacuterias para a coleta

de informaccedilotildees anaacutelise destes dados e demonstraccedilatildeo da confiabilidade e validade

das descobertas (ROBSON 2011)

34 Pesquisa Exploratoacuteria

A pesquisa exploratoacuteria utilizaraacute fontes documentais como perioacutedicos

dissertaccedilotildees e teses sobre os temas sustentabilidade histoacuterico de reuso e

reaproveitamento de aacuteguas pluviais e legislaccedilatildeo traccedilando conexotildees entre estes

elementos de forma a propiciar confiabilidade para o embasamento da pesquisa

69

35 Levantamento

O presente trabalho visa o aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

de evaporadores de unidades condensadoras para reuso no Campus Maracanatilde do

CEFET-RJ

Desta forma o trabalho foi estruturado da forma relacionada abaixo

Levantamento das caracteriacutesticas pluviomeacutetricas da regiatildeo estudada para

determinaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica media atraveacutes das analises de

dados fornecida do sistema Alerta Rio referente ao periacuteodo de 2001 a 2015

Levantamento das caracteriacutesticas de 01(uma) edificaccedilatildeo existente no

campus maracanatilde bloco E e considerando seu potencial de captaccedilatildeo

atraveacutes exclusivamente de suas coberturas bem como o dimensionamento

de reaproveitamento das aacuteguas provenientes de condensadores de ar

condicionado existentes no referido bloco por contemplar maior nuacutemero de

equipamentos citados e maior nuacutemero de horas de uso

Avaliaccedilatildeo dos resultados obtidos com determinaccedilatildeo do reservatoacuterio de

armazenamento sendo realizado atraveacutes da NBR 15527 ndash Aacutegua da Chuva

Aproveitamento das aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis (ABNT 2007)

Tambeacutem seratildeo realizados estudos utilizando teacutecnicas de matemaacutetica

financeira pelo meacutetodo de anaacutelise de payback simples que fornece uma

estimativa de faacutecil compreensatildeo dos benefiacutecios gerados para determinar o

tempo de retorno do investimento atraveacutes dos custos de implantaccedilatildeo do

sistema

70

Aacuterea de Estudo

O CEFET-RJ ocupa uma aacuterea de terreno de 3438200 m2 com 6481800 m2

construiacutedos e distribuiacutedos em 06 pavilhotildees e diversos blocos nomeados de ldquoArdquo a ldquoLrdquo

tendo como objeto para estudo de caso o Bloco E que e abastecido atraveacutes do

hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 conforme figura 10

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora

Fonte Realizada pelo autor 2017

36 Objeto de Estudo

O preacutedio objeto do estudo eacute o Bloco E sendo utilizado pela comunidade

docente discente e teacutecnicos administrativos

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ

Fonte site wwwcefet-rjbr

71

As coberturas do preacutedio satildeo compostas por telhas trapezoidais em accedilo

galvanizado tendo calhas em concreto impermeabilizado para a coleta de aacuteguas

pluviais com tubos de queda em PVC de 100 mm com condutores horizontais

interligando as caixas de passagem e estas ao coletor puacuteblico

361 Aparelhos Existentes

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados quais eram os tipos de aparelhos

sanitaacuterios torneiras mictoacuterios existentes no CEFET-RJ Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua

37 Entrevistas com os Usuaacuterios

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

CEFET-RJ a fim de descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho Nos

questionaacuterios foram feitas perguntas que demonstrassem o tempo e a quantidade de

vezes que cada aparelho era utilizado no periacuteodo de ocupaccedilatildeo

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como um certo desinteresse na participaccedilatildeo por alguns membros da comunidade

Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com utilizaccedilatildeo

da foacutermula de caacutelculo amostral

72

Foacutermula de caacutelculo

Onde

n - amostra calculada N ndash populaccedilatildeo Z - variaacutevel normal padronizada associada ao niacutevel de confianccedila p - verdadeira probabilidade do evento e - erro amostral Erro amostral de 5 Niacutevel de confianccedila de 95

Foram aplicados questionaacuterios para funcionaacuterios professores e alunos com as

mesmas perguntas Os questionaacuterios utilizados nas entrevistas estatildeo apresentados

no Apecircndice A B e C

Para os funcionaacuterios da limpeza interna externa foram aplicados questionaacuterios

direcionados em funccedilatildeo das atividades desenvolvidas

Os resultados obtidos atraveacutes das entrevistas permitiram obter valores que

representam a frequecircncia e o tempo de utilizaccedilatildeo de cada tipo de aparelho sanitaacuterio

para o total geral da edificaccedilatildeo e por pessoa

38 Estimativa do Consumo de Aacutegua

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com base nos

dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos atraveacutes dos questionaacuterios

e o nuacutemero de pessoas que efetivamente utilizam cada aparelho Tambeacutem se

utilizaram no caacutelculo do consumo diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR

56261998

381 O caacutelculo de consumo meacutedio diaacuterio de aacutegua per capita por aparelhos

O Caacutelculo foi realizado com base no somatoacuterio da multiplicaccedilatildeo da frequecircncia

e tempo de uso obtido nas entrevistas e vazatildeo do aparelho dividido pelo nuacutemero de

pessoas entrevistadas

73

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

C meacutedio = consumo meacutedio por aparelho

fi=numero de vezes de utilizaccedilatildeo

ti= tempo em segundos de uso diaacuterio

n= amostras de pessoas entrevistadas

Q= vazatildeo do aparelho (litros por segundo)

382 Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

A estimativa dos consumos de aacutegua referentes agrave limpeza do preacutedio (que inclui

tambeacutem lavaccedilatildeo de paacutetios corredores sanitaacuterios e irrigaccedilatildeo de jardins) foi calculada

com base em entrevistas com os responsaacuteveis por tais atividades e natildeo por amostra

Consumo Atividade limpeza = Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega de

jardim

383 Avaliaccedilatildeo do Potencial de Economia de Aacutegua Potaacutevel

A fim de se estimar o potencial de economia proveniente da implantaccedilatildeo de um

sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial foi verificado o percentual de aacutegua potaacutevel

utilizado em fins natildeo potaacuteveis quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de agua residual pelas

evaporadoras de ar condicionado e tambeacutem foi estimado o volume ideal de

reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial

384 Percentual de Aacutegua Potaacutevel que Poderia Ser Substituiacutedo por Aacutegua Pluvial

Neste estudo considerou-se a utilizaccedilatildeo de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis em

descargas de vaso sanitaacuterio mictoacuterios irrigaccedilatildeo de jardins torneiras de usadas para

limpeza do preacutedio que tambeacutem inclui lavaccedilatildeo dos pavimentos

Atraveacutes da soma dos valores de consumo de aacutegua nas atividades consideradas

para fins natildeo potaacuteveis foi verificada a quantidade total de aacutegua potaacutevel que poderia

ser substituiacutedo por aacutegua pluvial

74

39 Reservatoacuterios de Aacutegua Pluvial

O reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial eacute um dos componentes mais

importantes de um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial o qual deve ser

dimensionado principalmente considerando os seguintes fatores demanda de aacutegua

pluvial aacutereas de captaccedilatildeo precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica e custos totais de implantaccedilatildeo

Para estimar o volume ideal do reservatoacuterio de aacutegua pluvial para o presente

estudo baseou-se nas aacutereas de cobertura da edificaccedilatildeo no consumo diaacuterio de aacutegua

em sanitaacuterios e mictoacuterios e atividades de limpeza na precipitaccedilatildeo da regiatildeo no

coeficiente de perdas e no total de aacutegua potaacutevel usada para fins natildeo potaacuteveis que

poderia ser substituiacuteda por aacutegua pluvial

310 Anaacutelise Econocircmica

Depois de verificado o potencial de economia de aacutegua potaacutevel seratildeo

verificados os custos para a implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento

de aacutegua pluvial e tambeacutem analisada sua viabilidade econocircmica

Esta anaacutelise econocircmica seraacute uma estimativa de custos que poderaacute servir como

referecircncia para novas instituiccedilotildees de ensino com padrotildees semelhantes que desejam

implantar um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial

Natildeo se tem um indicativo de que este sistema possa ser implantado no objeto

de estudo Os custos de implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de

aacutegua pluvial resumem-se em custos com obra de construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior

materiais e equipamentos necessaacuterios agrave implantaccedilatildeo

Deste modo fez-se uma planilha de quantitativos e custos dos valores

referentes a obra atraveacutes de preccedilos coletados no SINAPICEF e de materiais e

equipamentos necessaacuterios com empresas representantes e ou fabricantes

75

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA

Conforme abordado no capiacutetulo correspondente a metodologia optou-se

como um dos meios de aplicaccedilatildeo a validaccedilatildeo e investigaccedilatildeo desta metodologia

desenvolvida para uma Instituiccedilatildeo Federal de Ensino

41 Histoacuterico do Cefet-RJ

Atraveacutes de uma parceria entre o governo da Uniatildeo e o da Prefeitura do Distrito

Federal foi criada a Escola Normal de Artes e Ofiacutecios Wenceslau Braz versatildeo

primaacuteria do que vem a ser o CEFETRJ contemporaneamente Segundo CEFETRJ

(2007 paacuteg 14) os principais objetivos da escola eram de criar professores mestre e

contramestres para as instituiccedilotildees e escolas profissionais do Distrito Federal e entatildeo

Rio de Janeiro aleacutem de professores de trabalhos manuais para escolas primaacuterias do

Municiacutepio

De acordo com Maruyama (2013) apoacutes criaccedilatildeo de sua primeira forma teve

seus objetivos e estrutura atualizada transformando-se em Escola Teacutecnica Nacional

(ETN) em 1942 Jaacute em 1965 a Escola recebe nome Escola Teacutecnica Federal da

Guanabara poreacutem foi apenas em 1967 que a Escola passa a ser chamada de Escola

Teacutecnica Federal Celso Suckow da Fonseca

Hoje atraveacutes de seu histoacuterico de reconhecimento pela sociedade a Escola

Teacutecnica obteve expansatildeo geograacutefica passando a atuar com sede matriz a Unidade

Maracanatilde e demais seis outras Unidades descentralizadas pelo Rio e Janeiro (Nova

Iguaccedilu Maria da Graccedila Petroacutepolis Nova Friburgo Angra dos Reis e Itaguaiacute) e

educacional ofertando cursos regulares de ensino meacutedio educaccedilatildeo profissional

teacutecnica graduaccedilatildeo poacutes-graduaccedilatildeo aleacutem de atividades de pesquisa e de extensatildeo

411 Definiccedilatildeo de Instituiccedilotildees de Ensino Superior

De acordo com o artigo 21 da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo

Nacional (939496) a educaccedilatildeo escolar eacute formada por duas etapas principais

educaccedilatildeo baacutesica formada pela educaccedilatildeo infantil ensino fundamental e ensino meacutedio

II - educaccedilatildeo superior etapa posterior a educaccedilatildeo baacutesica cujo objetivo global eacute formal

76

profissionais e cidadatildeos aptos a exercerem suas funccedilotildees e promover o

desenvolvimento do paiacutes

A LDB (Lei 93941996) assume a coexistecircncia de instituiccedilotildees puacuteblicas e

privadas para a oferta de cursos superiores dizendo no Artigo 45 que a educaccedilatildeo

superior poderaacute ser ministrada em instituiccedilotildees de ensino superior de caraacuteter puacuteblico

ou privada com variados graus de abrangecircncia e particularizaccedilatildeo Visando

complementar a LDB e a esse artigo 7ordm do Decreto 38602001 classifica as instituiccedilotildees

de ensino superior quanto agrave sua organizaccedilatildeo acadecircmica em

Universidades - Satildeo caracterizadas pela oferta regular de atividades que

articulam trecircs principais pilares ensino de pesquisa e de extensatildeo

Centros Universitaacuterios - Os centros universitaacuterios satildeo instituiccedilotildees de

ensino superior pluri-curriculares comprovada pelo desempenho nos

cursos nas avaliaccedilotildees do MEC e que devem atender a comunidade

Centros Federais de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica - Satildeo instituiccedilotildees de ensino

superior especializados na oferta de educaccedilatildeo tecnoloacutegica nos

diferentes niacuteveis e modalidades de ensino O Centro Federal de

Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) seraacute a

instituiccedilatildeo alvo do presente estudo e se encaixa nessa classificaccedilatildeo

Faculdades Integradas faculdades institutos ou escolas superiores -

superiores orientados basicamente para o ensino satildeo voltadas para a

formaccedilatildeo de profissionais para o mercado de trabalho e natildeo se exigiratildeo

produccedilatildeo cientiacutefica e natildeo haacute exigecircncia de oferta cursos de poacutes-

graduaccedilatildeo

Por fim todas as instituiccedilotildees de ensino superior independente de sua

classificaccedilatildeo e dos cursos ofertados por estar diretamente submetidas as decisotildees do

MEC deve acatar com seus decretos e determinaccedilotildees pois estatildeo sob uma mesma

legislaccedilatildeo e regime Dentro das obrigatoriedades das IES pode ser destacado o

documento de caraacuteter estrateacutegico conhecido como Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI)

412 - Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) eacute um documento institucional

exigido pelo Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) e apresenta as principais estrateacutegicas e

77

posicionamento que a instituiccedilatildeo de ensino superior (IES) iraacute adotar em um periacuteodo

de tempo preacute-definido Eacute anaacutelogo ao Planejamento Estrateacutegico das empresas

privadas poreacutem com foco em resultados no sistema educacional processos internos

e desempenho dentro do cenaacuterio mutaacutevel da educaccedilatildeo no periacuteodo de vigecircncia

O Plano de Desenvolvimento Institucional ndash PDI eacute um documento elaborado para um periacuteodo de 5 (cinco) anos que identifica a Instituiccedilatildeo de Ensino Superior (IES) no que diz respeito agrave sua filosofia de trabalho agrave missatildeo a que se propotildee agraves diretrizes pedagoacutegicas que orientam suas accedilotildees agrave sua estrutura organizacional e agraves atividades acadecircmicas que desenvolve eou que pretende desenvolver (SAPIEnS 2007)

A lei 10861 (2004) instituiu o Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo

Superior (SINAES) Este sistema tem como objetivo buscar a melhoria da qualidade

da educaccedilatildeo superior monitorar a expansatildeo da oferta e aumento da eficiecircncia e

eficaacutecia institucional no acircmbito de ensino e impacto na sociedade Deve ser ainda um

sistema supervisor das IES no cumprimento de seus deveres institucionais como

identidade respeito a diversidade e afirmaccedilatildeo da autonomia Esta lei promoveu em

2006 a ediccedilatildeo do decreto Nordm 5773 que legitima a relevacircncia e obrigatoriedade do PDI

nas IES

O decreto Nordm 5773 (2006) descreve sobre as funccedilotildees de regulamentaccedilatildeo

acompanhamento e avaliaccedilatildeo das IES e cursos superiores de graduaccedilatildeo e

sequenciais no sistema de ensino federal No Art 15 satildeo descritas as exigecircncias para

uma instituiccedilatildeo ser credenciada ao MEC Eacute responsabilidade da IES possuir aleacutem de

documentos padratildeo como cumprimento de exigecircncias fiscais legais e regimento ou

estatuto o PDI eacute exigido devido ao seu caraacuteter de avaliaccedilatildeo de potencial capacidade

e objetivos de longo prazo como instituiccedilatildeo provedora de ensino superior O Art 16

apresenta ainda um roteiro de subsiacutedio na elaboraccedilatildeo do PDI com as exigecircncias que

o MEC determina

Neste contexto eacute possiacutevel identificar uma importante instituiccedilatildeo de ensino

superior do estado do Rio de Janeiro o Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica

Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) Uma instituiccedilatildeo com grande tradiccedilatildeo que ao

longo dos anos se diversificou alterou o escopo de ensino para ofertar de cursos de

cursos de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo direcionados para tecnologia e inovaccedilatildeo Eacute

necessaacuterio conhecer aacutes origens histoacutericos e fatores que influenciaram a consolidaccedilatildeo

do CEFETRJ para entender seu papel no cenaacuterio atual

78

413 - O PDI do CefetRJ

O Estatuto do CEFETRJ foi aprovado em 2005 pelo ministro da educaccedilatildeo

Fernando Haddad e instaurou a portaria nordm 3796 No capiacutetulo III sobre a Estrutura

Organizacional na Subseccedilatildeo VIII do Estatuto do CEFETRJ eacute estabelecida a criaccedilatildeo

da Diretoria de Gestatildeo Estrateacutegica (DIGES)oacutergatildeo responsaacutevel por conduzir o

processo de elaboraccedilatildeo validaccedilatildeo e publicaccedilatildeo dos DPI a cada quatro anos bem

como acompanhar a execuccedilatildeo dos planos e projetos definidos e ser o principal

fornecedor de informaccedilotildees sobre o desempenho da instituiccedilatildeo perante sociedade

ministeacuterio da educaccedilatildeo Uniatildeo e demais oacutergatildeos puacuteblicos a que a IES estaacute submetida

A construccedilatildeo do PDI eacute feita de maneira colaborativa e participativa por todos

os departamentos e secretarias que integram a instituiccedilatildeo Os entendimentos entre

todas as partes e consensos provisoacuterios devem ser estabelecidos para definir

objetivos comuns a todos que deveratildeo ser registrado e amplamente divulgado e

cascateado a todos os niacuteveis da instituiccedilatildeo Com isso o PDI deve ser apresentado

pela DIGES em um prazo de 150 a 60 dias agrave Comissatildeo para validar o produto final

conforme estabelecido no documento O processo deve ser concluiacutedo dentro do ano

anterior ao periacuteodo de vigecircncia do PDI em elaboraccedilatildeo

414 - Filosofia Missatildeo e Objetivos Institucionais

Os princiacutepios norteadores da filosofia satildeo expressos atraveacutes de seu Projeto

Pedagoacutegico integrando

A defesa das condiccedilotildees garantidoras de qualidade social para a educaccedilatildeo

puacuteblica viabilizada pela Rede Federal de Educaccedilatildeo Profissional Cientiacutefica e

Tecnoloacutegica em sua diversidade institucional reafirmaccedilatildeo da identidade institucional

vinculada agrave formaccedilatildeo de profissionais de diferentes niacuteveis no projeto de transformaccedilatildeo

de Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica em Universidade Tecnoloacutegica Federal

adoccedilatildeo de projetos de verticalizaccedilatildeo e integraccedilatildeo das atividades de ensino pesquisa

e extensatildeo da educaccedilatildeo baacutesica agrave poacutes-graduaccedilatildeo como caracteriacutestica metodoloacutegica

de formaccedilatildeo na aacuterea tecnoloacutegica middot consolidaccedilatildeo de poliacuteticas de ensino pesquisa e

extensatildeo que compromissadas com o desenvolvimento nacional e regional a

disseminaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimento a formaccedilatildeo de pessoas e a

responsabilidade social e eacutetica continuem a legitimar a atuaccedilatildeo institucional junto agrave

79

sociedade preservaccedilatildeo e sustentaccedilatildeo da autonomia institucional definida em lei

aperfeiccediloamento permanente dos processos de gestatildeo democraacutetica e

descentralizaccedilatildeo gerencial nas instacircncias acadecircmicas e administrativas mediante

adoccedilatildeo de estruturas colegiadas mecanismos de participaccedilatildeo de todos os segmentos

da comunidade interna socializaccedilatildeo de informaccedilotildees e transparecircncia na utilizaccedilatildeo de

recursos middot observacircncia de aspectos inerentes ao caraacuteter puacuteblico e de identidade

formadora da Instituiccedilatildeo valorizaccedilatildeo do ser humano e do trabalho respeito agrave

pluralidade e divergecircncias de ideacuteias sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza adesatildeo

agrave tecnologia a serviccedilo da promoccedilatildeo humana compromisso social diaacutelogo constante

e parcerias com instituiccedilotildeesentidades representativas da sociedade

responsabilidade funcional e eacutetica (PDI 2010)

No que se refere a sua missatildeo institucional levando-se em consideraccedilatildeo agrave RS

assumida perante a sociedade cabe ao CEFETRJ

Promover a educaccedilatildeo mediante atividades de ensino pesquisa e extensatildeo que

propiciem de modo reflexivo e criacutetico na interaccedilatildeo com a sociedade a formaccedilatildeo

integral (humaniacutestica cientiacutefica e tecnoloacutegica eacutetica poliacutetica e social) de profissionais

capazes de contribuir para o desenvolvimento cultural tecnoloacutegico e econocircmico dessa

mesma sociedade (PDI 2010)

Neste sentido seus principais objetivos satildeo

ministrar educaccedilatildeo profissional teacutecnica de niacutevel meacutedio de forma

articulada com o ensino meacutedio destinada a proporcionar habilitaccedilatildeo

profissional para diferentes setores da economia

ministrar ensino superior de graduaccedilatildeo e de poacutes-graduaccedilatildeo lato sensu

e stricto sensu visando agrave formaccedilatildeo de profissionais e especialistas na

aacuterea tecnoloacutegica

ministrar cursos de licenciatura bem como programas especiais de

formaccedilatildeo pedagoacutegica nas aacutereas cientiacutefica e tecnoloacutegica

ofertar educaccedilatildeo continuada por diferentes mecanismos visando agrave

atualizaccedilatildeo ao aperfeiccediloamento e agrave especializaccedilatildeo de profissionais na

aacuterea tecnoloacutegica

realizar pesquisa estimulando o desenvolvimento de soluccedilotildees

tecnoloacutegicas de forma criativa e estendendo seus benefiacutecios agrave

comunidade

80

promover a extensatildeo mediante integraccedilatildeo com a comunidade

contribuindo para o seu desenvolvimento e melhoria da qualidade de

vida desenvolvendo accedilotildees interativas que concorram para a

transferecircncia e o aprimoramento dos benefiacutecios e conquistas auferidos

na atividade acadecircmica e na pesquisa aplicada

estimular a produccedilatildeo cultural o empreendedorismo o desenvolvimento

cientiacutefico e tecnoloacutegico o pensamento reflexivo com responsabilidade

social (PDI 2010)

As Instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) e Meacutedio Teacutecnico satildeo autarquias

vinculadas ao Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que tem como atividade fim prover

educaccedilatildeo de qualidade e desenvolver a sociedade como um todo sempre em

consonacircncia com poliacuteticas leis e decretos vigentes As IES devem a cada quatro anos

apresentar o seu Planejamento Institucional (PDI) que eacute anaacutelogo ao Planejamento

Estrateacutegico empresarial e documento obrigatoacuterio exigido pelo MEC

Em suma o CEFETRJ eacute uma Instituiccedilatildeo que atua nos diferentes niacuteveis da

educaccedilatildeo e tem por objetivo a formaccedilatildeo de profissionais capazes de atuar intervir e

aplicar conhecimentos teacutecnicos e cientiacuteficos sem desconsiderar a dinacircmica

econocircmica e social bem como o desenvolvimento das regiotildees onde suas unidades

estatildeo inseridas

42 Sobre o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais

Para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais que satildeo produzidas

pelas unidades evaporadoras de ar condicionado foi realizado ensaios em aparelhos

com capacidades variadas utilizando uma proveta graduada para coleta com

mangueira interligada a saiacuteda do dreno da unidade evaporadora de forma a

quantificar a produccedilatildeo a cada hora para obtenccedilatildeo da media de produccedilatildeo admitindo

um padratildeo modular de 12000 BTUsh conforme figuras x

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs

81

Fonte Autor deste trabalho 2017

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca

Equipamento Split 24000 BTUs -Elgin

Hora Temperatura

( Graus Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

1230h 27 0

1330hr 23 500

1430hr 21 650

1530hr 21 630

1630hr 21 590

1730hr 21 610

1830hr 21 585

MEacuteDIA 50929

Fonte autor deste trabalho 2017

82

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores

Equipamento Split 12000 BTUs -Komeco

Hora Temperatura( Graus

Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

800h 30 0

900h 27 190

1000hr 23 250

1100hr 21 340

1200hr 21 290

1300hr 21 310

1400hr 21 285

MEacuteDIA 23786

Fonte autor deste trabalho 2017

Diferentemente do que foi encontrado na literatura obteve- se uma

media de 24905 mlhora para cada 12000 BTUs hora (British termal Units-

Unidade Teacutermica Britacircnica) variaccedilatildeo explicada pelas condiccedilotildees

psicomeacutetricas ou seja o processo de condensaccedilatildeo estaacute diretamente

relacionado a as condiccedilotildees climaacuteticas externas quanto maior a umidade

maior seraacute a quantidade de aacutegua gerada pelo processo De acordo com Mota

et al(2011) em meacutedia um ar com 12000 BTUs apresentou produccedilatildeo de

300mlhora valor proacuteximo ao encontrado por Fortes et al (2015) meacutedia de

309mlhora para unidade de mesma capacidade

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento

PAV CAPTOTAL EM BTUh

FUNCIONAMENTO

(hrdia)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(lhr)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(ldia)

T 18000 12 037 448

1ordm 650000 10 1349 13490

2ordm 676000 8 1403 11224

3ordm 806000 14 1673 23419

4ordm 786000 12 1631 19575

5ordm 676000 12 1403 16836

SOMA 3612000

84992 litros dia

Fonte Setor de manutenccedilatildeo

83

Tendo em vista a diversidade de utilizaccedilatildeo do Preacutedio Bloco E

(Bibliotecas Coordenaccedilotildees Salas de aula e Ambientes administrativos) foram

atribuiacutedos tempos de uso compatiacuteveis com o funcionamento de cada

ambiente

O reuso das aguas de condensaccedilatildeo que seriam desperdiccediladas

apresentam potencial de reuso com custo relativamente baixo cabendo

somente a interligaccedilatildeo dos drenos a rede de captaccedilatildeo de aguas pluviais

conforme pode ser observado na figura 15 e reservatoacuterio para que esta seja

usada para fins natildeo potaacuteveis

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP

84

Aacuterea de Coleta de agua de chuva

Para estimar o volume do reservatoacuterio foi necessaacuterio o calculo da aacuterea que seraacute

utilizada para captaccedilatildeo das aguas pluviais que foi considerada a aacuterea de cobertura do

bloco E figura 16 que e composta de telhas trapezoidais em accedilo galvanizado

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E

De acordo com a NBR 15527 a aacuterea de captaccedilatildeo para dimensionamentos eacute a

aacuterea em metros projetada na horizontal da superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde

a aacutegua da chuva eacute captada (ABNT 2007)

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E

PREacuteDIO AacuteREA ( msup2 )

BLOCO E 134670

TOTAL 134670

Fonte Autor do presente trabalho

Segundo Tomaz (2015) haacute uma variaccedilatildeo entre o volume de aacutegua precipitado e

o volume que seraacute coletado O coeficiente de Runoff ou coeficiente de escoamento

superficial eacute a relaccedilatildeo entre o volume de aacutegua de chuva que escoa superficialmente

e o volume total de aacutegua precipitada no telhado que iraacute variar de acordo com a

superfiacutecie conforme quadro 9

85

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff

Tipo de telha Coeficiente de Runoff

Ceracircmica 08 a 09

Ceracircmica esmaltada 09 a 095

Corrugada metaacutelica 08 a 09

Cimento amianto 08 a 09

Plaacutestico 09 a 095 Fonte TOMAZ (2015)

Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rio que foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca A estaccedilatildeo

estaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm57 185S longitude 43ordm14 538W A

escolha desta estaccedilatildeo meteoroloacutegica se deu pela proximidade do CEFET-RJ e por

possuir grande volume de informaccedilatildeo armazenado pelo Sistema Alerta Rio Os dados

fornecidos incluem informaccedilotildees sobre precipitaccedilotildees no periacuteodo de 01012007 a

31122015 Conforme pode ser observado na tabela x

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

REGIME DE CHUVA

Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica_ Jan 2007Dezembro 2015 (ml)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 MEacuteDIA

JAN 127 1856 2724 2202 1036 180 3538 288 788 19378

FEV 1176 1248 1222 624 874 144 834 304 848 9093

MAR 142 2466 944 3386 1496 91 358 986 1368 19098

ABR 1182 2186 2372 4962 3174 1008 85 177 1184 23360

MAI 202 736 552 898 1714 996 1692 458 40 11833

JUN 67 62 732 712 398 1478 426 106 1312 9260

JUL 166 448 1098 127 466 466 1718 1006 134 10333

AGO 178 1458 582 328 362 206 222 484 104 4905

86

Fonte Sistema Alerta Rio

Potencial de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Para a determinaccedilatildeo do volume que pode ser aproveitado foi utilizado a aacuterea

de cobertura do preacutedio estudado a meacutedia das precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de

janeiro de 2007 a dezembro de 2015 bem como o coeficiente de runoff de 090 em

funccedilatildeo do material existente na cobertura utilizou-se a metodologia aplicada por Ghisi

et al (2017) e Lina et al (2011) desta forma foi calculado atraveacutes da equaccedilatildeo abaixo

e demonstrado no quadro 10

V= PAC1000

Onde V= volume mensal de chuva em m3

A=aacuterea total de captaccedilatildeo em m3

C= coeficiente de runoff

1000= fator de conversatildeo para m3

SET 394 1118 1322 582 572 1246 75 474 130 9698

OUT 2076 92 2256 1756 1382 744 888 542 32 13605

NOV 2202 2048 1292 1082 33 1198 1384 822 1974 15415

DEZ 2506 1284 4622 2876 1726 282 221 404 804 20893

15476 16388 19718 20678 1353 10478 18092 8598 10536

87

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua

POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AacuteGUA DE CHUVA

BLOCO E

MEcircS PRECIPITACcedilAtildeO MEacuteDIA

MENSAL AacuteREA COBERTURA

COEFICIENTE DE RUNOFF

VOLUME APROVEITAacuteVEL (m sup3)

JAN 19378 13467 09 23486

FEV 90925 13467 09 1102

MAR 19098 13467 09 23147

ABR 2336 13467 09 28313

MAI 118325 13467 09 14341

JUN 926 13467 09 11223

JUL 103325 13467 09 12523

AGO 4905 13467 09 5945

SET 96975 13467 09 11754

OUT 13605 13467 09 1649

NOV 15415 13467 09 18683

DEZ 208925 13467 09 25322 TOTAL ANUAL 202248

Fonte O autor do presente trabalho

Foram utilizadas as meacutedias de precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de 2007 a

2015 e observa-se que o mecircs de agosto com menor iacutendice de precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica para a seacuterie histoacuterica

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados todos os banheiros existentes no

preacutedio estudado verificando vazamentos tipos de torneira vasos sanitaacuterios e

mictoacuterios e foram identificadas torneiras temporizadas nos lavatoacuterios e mictoacuterios que

apresentavam tempo excessivo para fechamento as mesmas foram reguladas pela

equipe de manutenccedilatildeo e instalados redutores de vazatildeo Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua que poderiam ser substituiacutedas por

agua natildeo potaacutevel

88

Definiccedilatildeo da populaccedilatildeo do preacutedio estudado

Para definiccedilatildeo da demanda do preacutedio estudado se fez necessaacuterio determinar a

populaccedilatildeo que utiliza o bloco E objeto do estudo de caso quantificando a meacutedia diaacuteria

de docentes teacutecnicos administrativos discente e tercerizados conforme quadro 11

Quadro 11 - Populaccedilao

POPULACcedilAtildeO BLOCO E

POPULACcedilAtildeO DIAS DA SEMANA

TOTAL SEG TERCcedilA QUARTA QUINTA SEXTA

Professores 75 75 75 75 75 375

Teacutecnicos Administrativo 135 135 135 135 135 675

Alunos 1150 1150 1150 1150 1150 5750

Visitantes da Biblioteca 80 80 80 80 80 400

Terceirizados 10 10 10 10 10 50

TOTAL 1450 1450 1450 1450 1450

Fonte O autor do presente trabalho

Com a determinaccedilatildeo da meacutedia de utilizaccedilatildeo da populaccedilatildeo foi verificado na

literatura as demanda encontradas por diversos autores

Segundo Gonccedilalves (2002 ) apud Silva (2004) edifiacutecios puacuteblicos e escolas tipo

externato possuem demanda diaacuteria na ordem de 50lpessoa dia

Kamers (2004) em seu estudo de 10 edifiacutecios puacuteblicos na cidade de

Florianoacutepolis encontrou demanda de 367 lpessoa dia

Marinoski (2008) obteve demanda de 155 lpessoa dia para fins natildeo potaacuteveis

em uma instituiccedilatildeo de niacutevel superior na cidade de Florianopolis-SC

Salla et al(2013)encontrou demanda de 20 a 30 laluno dia em um bloco de

salas de aula da UFU

Em funccedilatildeo das variaccedilotildees apresentadas na literatura e pelo preacutedio objeto do

estudo natildeo apresentar micromediccedilatildeo ou seja a entrada da concessionaacuteria CEDAE

atende diversas edificaccedilotildees na instituiccedilatildeo adotou-se questionaacuterio de forma a

quantificar a demanda dos equipamentos sanitaacuterios possiacuteveis de acordo com a

legislaccedilatildeo de utilizaccedilatildeo de aguas pluviais

43 Anaacutelise dos Resultados das entrevistas realizadas

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

89

CEFET-RJ questionaacuterios que se encontram no apecircndice A B e C com a finalidade de

descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho de forma a quantificar o consumo de

agua potaacutevel nos equipamentos

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com

utilizaccedilatildeo da foacutermula de caacutelculo amostral Chegou-se a uma amostra de 304 Foram

distribuiacutedos 400 questionaacuterios dos quais retornaram 320 o que gerou os graacuteficos

abaixo para determinaccedilatildeo do numero de vezes e tempo de uso dos equipamentos

sanitaacuterios

Caacutelculo de utilizaccedilatildeo da bacia sanitaacuteria

Foi considerado a utilizaccedilatildeo por cinco dias semanais no caso adotado 20 dias

uteis e utilizada a vazatildeo de 170 litros segundo no caso das bacias sanitaacuterias e 015

litrossegundo para mictoacuterios segundo a NBR 56261998

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

Onde

C Meacutedio = consumo meacutedio

Fi = nuacutemero de vezes de utilizaccedilatildeo

Ti = tempo em segundos por acionamento

Q = vazatildeo de acordo com a norma

90

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Populaccedilatildeo diaacuteria 1450

Nuacutemero de acionamentos descarga bacia sanitaacuteria

1 vez 16 1450 usuaacuterios 1 vez = 232 vezes

2 vezes 16 1450 usuaacuterios 2 vezes = 464 vezes

3 vezes 30 1450 usuaacuterios 3 vezes = 1305 vezes

4 vezes 14 1450 usuaacuterios 4 vezes = 802 vezes

5 vezes 5 1450 usuaacuterios 5 vezes = 362 vezes

6 vezes 4 1450 usuaacuterios 6 vezes = 348 vezes

7 vezes 5 1450 usuaacuterios 7 vezes = 507 vezes

Total de acionamentos 4031

91

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de bacia sanitaacuteriadia

1 seg 5 4031 1 17 = 342

2 seg 12 4031 2 17 = 822

3 seg 13 4031 3 17 = 890

4 seg 12 4301 4 17 = 822

5 seg 22 4031 5 17 = 150

6 seg 11 4031 6 17 = 753

7 seg 4 4031 7 17 = 274

8 seg 8 4031 8 17 = 548

9 seg 5 4031 9 17 = 342

10 seg 3 4031 10 17 = 205

Logo o consumo meacutedio das bacias sanitaacuterias foi de 6510dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 130200Lmecircs ou 1302m3

92

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Nuacutemero de acionamentos de descarga mictoacuterio

1 vez 14 870 usuaacuterios 1 vez = 121

2 vezes 10 870 usuaacuterios 2 vezes = 174

3 vezes 21 870 usuaacuterios 3 vezes = 548

4 vezes 26 870 usuaacuterios 4 vezes = 904

5 vezes 12 870 usuaacuterios 5 vezes = 522

6 vezes 2 870 usuaacuterios 6 vezes = 174

7 vezes 2 870 usuaacuterios 7 vezes = 121

8 vezes 3 870 usuaacuterios 8 vezes = 208

Total de acionamentos 2772

93

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de mictoacuteriodia

1 seg 5 2772 1 015 = 20

2 seg 12 2772 2 015 = 99

3 seg 13 2772 3 015 = 162

4 seg 12 2772 4 015 = 99

5 seg 22 2772 5 015 = 457

6 seg 11 2772 6 015 = 274

7 seg 4 2772 7 015 = 116

8 seg 8 2772 8 015 = 260

9 seg 9 2772 9 015 = 187

10 seg 3 2772 10 015 = 124

Logo o consumo meacutedio de mictoacuteriodia foi de 1804dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 36080mecircs ou 3608m3

Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

As informaccedilotildees foram prestadas pelos responsaacuteveis pela limpeza interna e

externa atraveacutes dos questionaacuterios aplicados

Consumo Atividade de limpeza=Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega

de jardim

Consumo de atividades de limpeza = 1104 m3 mensal

94

Consumo per capta de uso natildeo potaacutevel 86821450 = 598 litrosdia

Dimensionamento do reservatoacuterio de aguas pluviais

Segundo a Norma Brasileira NBR 155272007 satildeo apresentados 6 meacutetodos

de dimensionamento de reservatoacuterios cabendo ao projetista a escolha do meacutetodo

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo onde o volume do

reservatoacuterio seraacute o menor valor entre 6 do volume de captaccedilatildeo de agua pluvial anual

e 6 da demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Vx006

V adotado = miacutenimo Dx006

Onde

V adotado= volume do reservatoacuterio

V= volume aproveitaacutevel anual de agua de chuva

D= demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Demanda anual por agua natildeo potaacutevel

Limpeza 1104 m3mecircs x 12= 13248 m3

Vaso sanitaacuterio 1302 m3mecircs x 12 = 156240m3

Mictoacuterio 3608m3mesx12 = 43296 m3

Total 17732 m3mecircs 12= 212784 m3

Volume aproveitaacutevel de aguas pluviais = 202248 m3

V adotado= V x006 = (202248x006) = 12134m3

V adotado= D x006= (212784x006) = 12767m3

Tendo em vista os resultados apresentados adotou-se um reservatoacuterio inferior

com capacidade de 120000 litros em concreto armado conforme projeto no apecircndice

D tendo como base a Planta Baixa apresentado na figura 17 E de acordo com a

demanda diaacuteria foi definido reservatoacuterio superior em polietileno com capacidade de

5000 litros

95

Figura 17 - Planta baixa

FonteO autor do presente trabalho

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria

Fonte Adaptada pelo autor do presente trabalho do Sistema Orccedila fascio

96

Item Coacutedigo Banco Descriccedilatildeo Tipo Und Quant Valor

Unit

Valor Unit

com BDI

Total

1 Movimento de Terra 190190

11 72917 SINAPI

ESCAVACAO MECANICA DE VALA EM MATERIAL 2A

CATEGORIA DE 201 ATE 400 M DE PROFUNDIDADE COM

UTILIZACAO DE ESCAVADEIRA HIDRAULICA

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 13000 1198 1463 190190

2 Remoccedilotildees 862616

21 72897 SINAPICARGA MANUAL DE ENTULHO EM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 23800 2346 2864 681632

22 72900 SINAPI

TRANSPORTE DE ENTULHO COM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3 RODOVIA PAVIMENTADA DMT 05 A

10 KM

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 16800 535 653 109704

23 93377 SINAPI

REATERRO MECANIZADO DE VALA COM

RETROESCAVADEIRA (CAPACIDADE DA CACcedilAMBA DA

RETRO 026 Msup3 POTEcircNCIA 88 HP) LARGURA DE 08 A

15 M PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M COM SOLO (SEM

SUBSTITUICcedilAtildeO) DE 1ordf CATEGORIA EM LOCAIS COM ALTO

NIacuteVEL DE INTERFEREcircNCIA AF_042016

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 7200 811 990 71280

3 Estrutura 6177729

31 95241 SINAPI

LASTRO DE CONCRETO E = 5 CM PREPARO

MECAcircNICO INCLUSOS LANCcedilAMENTO E ADENSAMENTO

AF_07_2016

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 5000 2404 2935 146750

32 5970 SINAPIFORMA TABUA PARA CONCRETO EM FUNDACAO C

REAPROVEITAMENTO 2X

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 22000 6684 8161 1795420

33 94052 SINAPI

ESCORAMENTO DE VALA TIPO DESCONTIacuteNUO COM

PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M LARGURA MAIOR OU

IGUAL A 15 M E MENOR QUE 25 M EM LOCAL COM NIacuteVEL

ALTO DE INTERFEREcircNCIA AF_062016

ESCO -

ESCORAMENTOmsup2 7000 3602 4398 307860

34 83515 SINAPI

ESCORAMENTO FORMAS DE H=330 A 350 M COM

MADEIRA 3A QUALIDADE NAO APARELHADA

APROVEITAMENTO TABUAS 3X E PRUMOS 4X

ESCO -

ESCORAMENTOmsup3 12000 1500 1832 219840

35 90861 SINAPI

CONCRETAGEM DE EDIFICACcedilOtildeES (PAREDES E LAJES)

FEITAS COM SISTEMA DE FOcircRMAS MANUSEAacuteVEIS COM

CONCRETO USINADO BOMBEAacuteVEL FCK 20 MPA

LANCcedilADO COM BOMBA LANCcedilA - LANCcedilAMENTO

ADENSAMENTO E ACABAMENTO AF_062015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup3 3050 40775 49786 1518473

36 92921 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 125 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 15300 779 951 145503

37 92919 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 100 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 2800 976 1192 33376

38 92917 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 80 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 68700 1217 1486 1020882

39 92916 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 63 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 60900 1331 1625 989625

Descriccedilatildeo do Orccedilamento Bancos Utilizados BDI Encargos Sociais

CONSTRUCcedilAtildeO DE CISTERNA SINAPI - 072017 - RJ

ORSE - 062017 - SE

SEDOP - 042017 - PA

SEINFRA - 024 - CE

SICRO2 - 112016 - RJ

SETOP - 072017 - MG

IOPES - 052017 - ES

SIURB - 012017 - SP

SUDECAP - 032017 - MG

FDE - 042017 - SP

CPOS - 072017 - SP

AGETOP CIVIL - 102016 -

GO

CAEMA - 052016 - MA

2210 00 - Natildeo Desonerada

Total Geral R$ 7230535

Planilha Orccedilamentaacuteria Sinteacutetica

Total sem

BDI

R$ 5921991

Total do BDI R$ 1308544

97

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio

Fonte O autor do presente trabalho

ANAacuteLISE DE SIMULACcedilAtildeO DO RESERVATOacuteRIO

Coeficiente de runoff (CR) = 09

Volume do reservatoacuterio (msup3) = 120

Meses Chuva meacutedia mensal

Demanda mensal

Aacuterea de captaccedilatildeo

Volume de chuva

mensal

Volume do reservatoacuterio

fixado

Volume do reservatoacuterio

no tempo (t-1)

Volume do reservatoacuterio no tempo (t)

Overflow Suprimento de aacutegua externo

(mm) (msup3) (msup2) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3)

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7 Coluna 8 Coluna 9 Coluna 10

Janeiro 19378 17732 13467 235 120 0 120 0 0

Fevereiro 9093 17732 13467 110 120 120 5268 0 0

Marccedilo 19098 17732 13467 231 120 5268 10636 0 0

Abril 2336 17732 13467 283 120 10636 120 9204 0

Maio 11833 17732 13467 143 120 120 8568 0 0

Junho 926 17732 13467 112 120 8568 2036 0 0

Julho 10332 17732 13467 125 120 2036 -3196 0 3196

Agosto 4905 17732 13467 59 120 0 -11832 0 11832

Setembro 9698 17732 13467 118 120 0 -5932 0 5932

Outubro 13605 17732 13467 165 120 0 -1232 0 1232

Novembro 15415 17732 13467 187 120 0 968 0 0

Dezembro 20893 17732 13467 253 120 968 8536 0 0

Total 16687 212784 2021 9204 22192

98

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo na conta como pode ser

observado no apendice E pois satildeo realizadosdiversas atividades como lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de feacuterias

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha

Fonte O autor do presente trabalho 2017

Foi realizada analise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio com base na capacidade

encontrada atraveacutes do metodo praacutetico alematildeo 12000 m3 onde pode-se observar

overflow (transbordamento) de 9204 m3 para o mecircs de abril e necessidade de

suprimento de agua externo da concessionaria CEDAE para os meses julho a outubro

perfazendo um total 22192m3 Tendo em vista um uacutenico mecircs de transbordamento e

4 meses de necessidade de abastecimento externo verificou-se que o aumento do

reservatoacuterio para evitar o transbordamento poderia inviabilizar o projeto com o

aumento do custo de construccedilatildeo e o reservatorio ficaria ocioso tendo em vista a

precipitaccedilatildeo pluviometrica insuficiente para o atendimento pleno da demanda nos

meses de julho a outubro

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo significativa no consumo

como pode ser observado no apecircndice E pois satildeo realizados lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de ferias

Coluna 1 = Meses

Coluna 2 = Intensidade pluviomeacutetrica mensal

Coluna 3 = Demanda mensal de aacutegua pluvial da edificaccedilatildeo

Coluna 4 = Aacuterea de captaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Coluna 5 = (Coluna 2) x (Coluna 4) x (Coeficiente de runoff) (100)

Coluna 6 = Corresponde ao volume definido para o reservatoacuterio

Coluna 7 = Se (Coluna 8 mecircs anterior) for menor que zero adotar zero

Se (Coluna 8 mecircs anterior) for maior ou igual a zero adotar o valor

Valor de janeiro igual a zero

Coluna 8 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for maior que (Coluna 6) adotar o valor da (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3)

Valor de janeiro igual o volume do reservatoacuterio

Coluna 9 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for maior que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna3) - (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar zero

Coluna 10 = Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for menor que zero adotar -((Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3))

Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for igual ou maior que zero adotar zero

Descriccedilatildeo da planilha

99

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior

A localizaccedilatildeo para construccedilatildeo do reservatoacuterio de aguas pluviais foi realizada

com base no menor nuacutemero de intervenccedilotildees uma vez que as caixas de inspeccedilotildees jaacute

se encontram instaladas e houve apenas a interceptaccedilatildeo para o reservatoacuterio e desvio

de interligaccedilatildeo a rede publica para recebimento do excedente e material dispensado

pelo filtro e ou sifatildeo ladratildeo

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais

Elaborado pelo autor deste trabalho com base equipamentos 3p tecnickacquasave

100

Equipamentos utilizados com suas funccedilotildees e caracteriacutesticas

Filtro FV 6 Filtro de aacutegua da chuva para aacutereas de captaccedilatildeo maiores Precisa

ser instalado dentro um poccedilo teacutecnico (Oslash 1200 mm) Graccedilas a seu sistema duplo de

limpeza (peneira grossa depois fina) ele possui uma significativa eficaacutecia em funccedilatildeo

da forte inclinaccedilatildeo do miolo filtrante a sujeira separada eacute continuamente encaminhada

para a galeria pluvial A saiacuteda para a galeria eacute conectada ao poccedilo teacutecnico

A sujeira cai no fundo do poccedilo e eacute carregada quando chove mais forte

Capacidade relativa de processamento conforme norma DIN 1986 de ateacute 2433 msup2

com uma precipitaccedilatildeo de 300 litros (seg x ha)Conexatildeo Entrada 2 x DN 250 Conexatildeo

p cisterna DN 200 Saiacuteda para a galeria DN 250 Desniacutevel da entrada para a saiacuteda da

aacutegua 320 mm Frequecircncia de manutenccedilatildeo conforme a incidecircncia de sujeira 2 a 4

vezes ao ano Trama da tela 0390 x 0980 mm Peacutes hastes roscadas com porcas de

accedilo inox medindo 250 mm Peso 395 kg

Conjunto mangueira boia 1rdquo por estar flutuando proporciona a captaccedilatildeo da

aacutegua no ponto do reservatoacuterio em que estaacute mais limpa evitando a captaccedilatildeo de

resiacuteduos decantados no fundo da cisterna ou em suspensatildeo na superfiacutecie da aacutegua

Possui uma segunda peneira em sua extremidade garantindo assim que nenhum

resiacuteduo existente possa ser sugado e enviado para o reservatoacuterio superior Diacircmetro

da boia 200 mm Comprimento 25 metros Conexatildeo 1 Peso 32 kg

Realimentador 1-12 - Industrial O realimentador tem por finalidade manter o

abastecimento de aacutegua do sistema pluvial quando natildeo houver aacutegua de chuva Uma

vaacutelvula solenoide unidirecional comandada por uma boia de niacutevel libera a entrada de

aacutegua da rede para que o sistema natildeo entre em colapso A boia de niacutevel deve ser

regulada de modo a liberar a entrada de aacutegua somente num niacutevel baixo da cisterna

natildeo interferindo no funcionamento regular do sistema de aacutegua de chuva ou seja sua

regulagem deve ser ajustada para funcionamento somente quando a caixa ou a

cisterna estiver em niacuteveis baixos quando a bomba que recalca a aacutegua de chuva natildeo

eacute mais acionada

Sifatildeo ladratildeo industrial 200 mm Sifatildeo com barreira contra odores e succcedilatildeo da

aacutegua na superfiacutecie sem invasatildeo de roedores que satildeo barrados pela chapa perfurada

de accedilo inox Para a qualidade constante da aacutegua eacute importante que a cisterna

transborde regularmente o sifatildeo ind DN 200 eacute conectado por um tubo plaacutestico de 200

101

mmconexatildeo 200 mmmaterial polietilenobarreira antirroedores accedilo inox dimensotildees

375 x 659 x 765 mm Peso 75 kg

Freio Drsquoaacutegua Industrial 200 mm O produto serve para frear e inverter o fluxo da

aacutegua que entra na cisterna Partiacuteculas finas de sujeira que ficaram retidas na aacutegua

lentamente descem para o fundo e uma camada de sedimentos se cria que exerce

uma influecircncia positiva sobre a aacutegua de chuva armazenada Cisternas com uma

camada de sedimentos apresentam uma aacutegua mais liacutempida

Clorador acquanova com funcionamento em circuito fechado com proteccedilatildeo

contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo interno 320 pastilhas variando de 0640 kg

com vazatildeo de operaccedilatildeo lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Conjunto de 02 bombas centrifugas monoestaacutegio BC 91- rotor fechado em

atendimento a altura manomeacutetrica total de 20 metros e vazatildeo de 53 m3h compatiacutevel

com o reservatoacuterio superior de 5000 litros

Tratamento quiacutemico mensal da agua pluvial

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR 152227

recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgl e 30 mgl em qualquer

ponto do sistema de abastecimento neste estudo de caso foi previsto dosador de

cloro em pastilhas que apresenta consumo de 9 gramasm3 com estimativa de

consumo mensal de de 1742 gramasmecircs para a quantidade de agua a ser recalcada

de 8800 litros dia sendo os ajustes de vazatildeo a serem realizados atraveacutes da equipe

de manutenccedilatildeo de forma manual atraveacutes dos ajustes de registros que seratildeo

realizados em funccedilatildeo dos valores aferidos pelo kit de dosagem de cloro residual e

comparados a norma citada

Avaliaccedilatildeo do percentual de economia de agua potaacutevel nas atividades de

limpeza jardinagem bacias sanitaacuterias e mictoacuterios

Potencial de captaccedilatildeo de agua de chuva + potencial de produccedilatildeo de agua por

condensaccedilatildeo das unidades evaporadores- overflow= total de aguas utilizaveis em

usos menos nobres

202248m3 + 19200m3 - 9204 m3 = 212244 m3 total utilizavel

Demanda anual para uso natildeo potavel = 212784 m3

Percentual de economia de agua potavel = 9974

Os valores abaixo apresentam o custo por m3 do preccedilo cobrado pela

concessionaria CEDAE para o consumo de agua da rede publica

102

Custo de agua por faixa de consumo categoria publica

Consumo m3 valor

0 a 15 51036364

gt 15 11289924

Beneficio mensal com reduccedilatildeo de custo na conta de agua

A instituiccedilatildeo em estudo estaacute ligada agrave rede puacutebica de coleta de

esgoto portanto o custo de aacutegua tratada foi acrescido com o custo de

coleta de esgoto O custo de coleta de esgoto e idecircntico ao custo da agua

potaacutevel conforme pode ser observado no apecircndice F

total utilizavel ano12= 212234 m3 12 = 17686 m3

17686x 11289924 x 2= R$ 399347 mensal

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais

Equipamentos Quant Custo Vida Uacutetil

Reservatoacuterio Inferior 120000L Reservatoacuterio Superior 5000L Filtro Aquasave VF6 250mm Conjunto Flutuante de succcedilatildeo (Mangueira e boia) Realimentador 1 12rsquorsquo Sifatildeo ladratildeo 200mm Freio drsquoaacutegua 200mm Automaacuteticos superior e inferior Moto Bomba 1 cv Conexotildees pvc fios e disjuntores referente as instalaccedilotildees das bombas e prumadas de abastecimento (custo estimado 5) Clorador

01

01

Cj

02

02

Cj

01

R$ 7230535 R$ 179000 R$ 1414958 R$ 4800 R$ 198200 R$ 456324 R$ 99000

ge 50 anos 5 anos 10 anos 1 ano 2 anos 20 a 25 2 anos

Total R$ 9582817

Os custos de implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial para

posterior anaacutelise de viabilidade econocircmica Estes custos satildeo relativos aos gastos para

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior aquisiccedilatildeo de materiais equipamentos

Dentre os custos apresentados foi considerado somente matildeo de obra na

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior conforme pode ser observado na planilha

orccedilamentaria sinteacutetica na instalaccedilatildeo dos demais equipamentos e manutenccedilatildeo foi

103

considerada matildeo de obra da proacutepria da instituiccedilatildeo uma vez que a mesma conta com

equipe de manutenccedilatildeo hidraacuteulica e eleacutetrica bem como natildeo foi considerado custo de

energia eleacutetrica pois a altura de recalque e semelhante a da agua tratada

consequentemente natildeo implicando em acreacutescimos a conta de energia

Anaacutelise econocircmica

A anaacutelise econocircmica procura determinar as possibilidades de sucesso em

funccedilatildeo do tempo de retorno do investimento econocircmico e financeiro quanto maior o

payback maior o tempo necessaacuterio para que o investimento retorne e maiores os

riscos envolvidos

Tempo de retorno do investimento

Com base nos dados das estimativas de custos de implantaccedilatildeo foi possiacutevel

estimar o tempo de retorno do investimento inicial

Subtraindo a economia mensal acumulada resultante da implantaccedilatildeo do

sistema de aproveitamento de aacutegua da chuva dos custos de implantaccedilatildeo obteve-se

o balanccedilo financeiro mensal

De acordo com o balanccedilo financeiro em 24 meses corridos o total economizado

iraacute se equipara ao total investido utilizando do Payback Simples pode ser observado

para o Payback descontado um retorno em 28 meses considerando uma taxa mensal

de 1 que na atualidade eacute utilizada para remuneraccedilatildeo de fundos de renda fixa

104

Tabela 5 - Payback simples

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Meses Investimento Fluxo de caixa Retorno Acumulado

0 9582817R$

1 399347R$ 41673 41673

2 399347R$ 41673 83346

3 399347R$ 41673 125020

4 399347R$ 41673 166693

5 399347R$ 41673 208366

6 399347R$ 41673 250039

7 399347R$ 41673 291713

8 399347R$ 41673 333386

9 399347R$ 41673 375059

10 399347R$ 41673 416732

11 399347R$ 41673 458406

12 399347R$ 41673 500079

13 399347R$ 41673 541752

14 399347R$ 41673 583425

15 399347R$ 41673 625099

16 399347R$ 41673 666772

17 399347R$ 41673 708445

18 399347R$ 41673 750118

19 399347R$ 41673 791791

20 399347R$ 41673 833465

21 399347R$ 41673 875138

22 399347R$ 41673 916811

23 399347R$ 41673 958484

24 399347R$ 41673 1000158

Payback Simples

105

Tabela 6 - Payback descontado

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Tx Fundo Renda Fixa 1

Meses Investimento Fluxo de caixa VP VP VP ACUMULADO

0 9582817R$

1 399347R$ 395393R$ 41261 41261

2 399347R$ 391478R$ 40852 82113

3 399347R$ 387602R$ 40448 122560

4 399347R$ 383765R$ 40047 162608

5 399347R$ 379965R$ 39651 202258

6 399347R$ 376203R$ 39258 241516

7 399347R$ 372478R$ 38869 280386

8 399347R$ 368790R$ 38485 318870

9 399347R$ 365139R$ 38103 356974

10 399347R$ 361524R$ 37726 394700

11 399347R$ 357944R$ 37353 432053

12 399347R$ 354400R$ 36983 469036

13 399347R$ 350891R$ 36617 505652

14 399347R$ 347417R$ 36254 541906

15 399347R$ 343977R$ 35895 577802

16 399347R$ 340572R$ 35540 613341

17 399347R$ 337200R$ 35188 648529

18 399347R$ 333861R$ 34840 683369

19 399347R$ 330555R$ 34495 717864

20 399347R$ 327283R$ 34153 752017

21 399347R$ 324042R$ 33815 785832

22 399347R$ 320834R$ 33480 819312

23 399347R$ 317657R$ 33149 852460

24 399347R$ 314512R$ 32820 885281

25 399347R$ 311398R$ 32495 917776

26 399347R$ 308315R$ 32174 949950

27 399347R$ 305262R$ 31855 981805

28 399347R$ 302240R$ 31540 1013345

Payback Descontado

106

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na metodologia adotada conclui-se que a utilizaccedilatildeo de aguas pluviais para fins

natildeo potaacuteveis atraveacutes da captaccedilatildeo da cobertura do bloco E e de aguas residuais

provenientes de condensadores de aparelhos de ar condicionado gerou uma

economia mensal R$ 399347 mecircs (Trecircs mil novecentos e noventa e trecircs reais e

quarenta e sete centavos) de reduccedilatildeo na conta de aacutegua

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos custos referentes a implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais foi realizado o Payback Simples e descontado com

utilizaccedilatildeo da taxa de 1 am obtendo-se periacuteodo de retorno do investimento de 24

meses e 28 meses respectivamente periacuteodo relativamente curto e no desenvolvimento

do presente trabalho ficou comprovada a viabilidade teacutecnica e econocircmica

Foi verificado no desenvolvimento do presente projeto que as teacutecnicas para

aproveitamento de aguas pluviais podem ser associadas ao aproveitamento de aguas

cinzas e possiacuteveis de serem adotadas pela populaccedilatildeo de modo geral atraveacutes de

poliacuteticas puacuteblicas reduzindo-se os custos dos equipamentos necessaacuterios de forma a

incentivar o uso

A adoccedilatildeo de tecnologias de reaproveitamento ou reuso ao serem utilizadas em

instituiccedilotildees de ensino servem como exemplo de postura ambientalmente correta para

os problemas de ocupaccedilatildeo e impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos centros

urbanos aleacutem de estimular a educaccedilatildeo ambiental e os conceitos de sustentabilidade

criando multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo do meio ambiente

A pesquisa bibliograacutefica na parte que trata do histoacuterico de reuso demonstrou

que o aproveitamento de aguas pluviais era utilizado por civilizaccedilotildees anteriores a

nossa era e que diversos paiacuteses do mundo na atualidade continuam a utilizar e

incentivar a populaccedilatildeo atraveacutes de poliacuteticas puacuteblicas

Dentre os custos referentes a implantaccedilatildeo do SAAP pode ser observado que o

reservatoacuterio inferior apresenta maior investimento cabendo ao projetista avaliar

atraveacutes de anaacutelise de simulaccedilatildeo o volume de transbordamento e volume de

suprimento externo de agua de forma a otimizar a utilizaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica da regiatildeo sem contudo inviabilizar o projeto financeiramente atraveacutes

do superdimensionamento do reservatoacuterio

Finalmente em caso de utilizaccedilatildeo do SAAP como alternativa a rede de

abastecimento da concessionaria cabe ao gestor a orientaccedilatildeo aos usuaacuterios bem

107

como a identificaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e pontos de uso por meio de pintura na cor roxa

das tubulaccedilotildees e placas indicativas nos pontos de uso

51 Propostas para trabalhos futuros

Apoacutes a conclusatildeo do presente trabalho seguem as sugestotildees para trabalhos

futuros abaixo relacionados

Realizar estudos referentes aos diversos meacutetodos de dimensionamento de

reservatoacuterio citados segundo a Norma Brasileira NBR 155272007ABNT e avaliar o

meacutetodo que apresenta melhor desempenho em funccedilatildeo do iacutendice de precipitaccedilatildeo do

Estado do Rio de Janeiro

Elaborar estudos para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas residuais que

satildeo produzidas pelas unidades evaporadoras de ar condicionado com ensaios em

todas as estaccedilotildees do ano de forma a verificar a variaccedilatildeo de produccedilatildeo de condensaccedilatildeo

em diversas condiccedilotildees climaacuteticas externas

Produzir estudos de aproveitamento de aacuteguas pluviais verificando todas as

coberturas existentes na instituiccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzas

Realizar analise da qualidade da aacutegua pluvial e estudo de possiacuteveis

tratamentos para utilizaccedilatildeo como agua potaacutevel com verificaccedilatildeo de viabilidade

financeira

108

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121

APEcircNDICE A

Questionaacuterio 1

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bloco E

( ) Alunos ( ) Servidores ( ) Professores ( ) Teacutecnico Administrativo

Gecircnero ( ) Masculino ( ) Feminino

1) Nuacutemero de vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza a descarga do vaso sanitaacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

2) Estime um tempo em segundos de cada vez que vocecirc pressiona a descarga sanitaacuteria

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg ( ) 12 seg

3) Nuacutemero em vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza o mictoacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

4) Estime um tempo em segundos que vocecirc pressiona a descarga dos mictoacuterios

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg

122

APEcircNDICE B

Questionaacuterio 2

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E

Encarregado de limpeza Interna

1) Nuacutemero de vezes por semana que as circulaccedilotildees e escadas dos pavimentos satildeo

lavados

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que o paacutetio do teacuterreo eacute lavado

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

3) Tempo de duraccedilatildeo que a torneira fica aberta

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

4) Nuacutemero de baldes (considerar balde com capacidade de 10 Lt) necessaacuterios a limpeza

das circulaccedilotildees por pavimento utilizando apenas pano molhado

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

5) Nuacutemero de vezes por semana que eacute passado pano molhado nas circulaccedilotildees dos

pavimentos

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

123

APEcircNDICE C

Questionaacuterio 3

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E e Academia

Encarregado de limpeza Externa

1) Nuacutemero de vezes por mecircs que as vidraccedilas satildeo lavadas

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que eacute realizada a rega do jardim

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes ( ) 6 vezes

3) Tempo estimado da utilizaccedilatildeo da torneira para rega do jardim

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

( ) 75 minutos

124

APEcircNDICE D

125

126

127

128

APEcircNDICE E

Consumo de agua potaacutevel

CONSUMO 2014 A 2016

Mecircs

2014 2015 2016

Meacutedia Total

Vol Faturado

(msup3)

nordm dias

m3dia Vol

faturado (msup3)

nordm dias

m3dia Vol

Faturado (msup3)

nordm dias

m3dia

JAN 173100 29 5969 168000 30 5600 234100 32 7316 6295

FEV 182300 30 6077 181600 2900 6262 192900 34 5674 6004

MAR 131600 29 4538 212000 3100 6839 305500 28 10911 7429

ABR 221100 34 6503 264600 2900 9124 323100 29 11141 8923

MAI 196400 31 6335 253100 3300 7670 251800 31 8123 7376

JUN 168900 34 4968 210900 2800 7532 242200 29 8352 6951

JUL 200100 30 6670 213000 3400 6265 188700 28 6739 6558

AGO 190700 31 6152 220100 2800 7861 223100 29 7693 7235

SET 254300 28 9082 183200 3300 5552 178300 33 5403 6679

OUT 226700 31 7313 322500 2800 11518 197200 29 6800 8544

NOV 250600 32 7831 242200 2900 8352 254700 31 8216 8133

DEZ 284300 30 9477 286600 3100 9245 290400 31 9368 9363

Fonte contas CEDAE

129

APEcircNDICE F

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA … · 2019. 7. 30. · 1 universidade federal fluminense escola de engenharia departamento de engenharia de produÇÃo laboratÓrio

7

ABSTRACT The utilization of rainwater and the reuse of wastewater demonstrate that minimizing the costs of users with water supply is achieved and still generates added value to the projects that choose to meet sustainability requirements This attitude has led to an increase in the implementation of water reuse systems in large urban centers The expected economic result in the adoption of water reuse and rainwater utilization systems is influenced by the type of application that is in what environment this measure will be adopted and what additional care will be required in the design of the projects The research shows that the largest investment for the installation of the rainwater harvesting system is related to the reservoir to be implanted and to the installation process which needs to be analyzed from its design and construction to meeting the technical standards and environmental issues This dissertation contemplates the development of a methodological proposal for the study of the feasibility of the use of rainwater and wastewater coming from evaporators of air conditioners for non-potable use The methodology developed was applied for validation in an educational institution located in the city of Rio de Janeiro In the methodology used were quantified the demands of use for sanitary basins urinals cleaning and gardening The potential of rainwater harvesting was estimated by covering a building evaluating and designing the lower and upper reservoirs in accordance with ABNT NBR 15527 The application made it possible to verify that through data collection necessary equipment and the costs for the implantation of the system of use of rainwater that waved for an investment in the order of R $ 9582817 (Ninety-five thousand eight hundred and twenty-eight reais and seventeen cents) The payback period was 24 (twenty-four) months for a simple payback and 28 (twenty-eight) months for a discounted payback using a 1 (one percent) rate which time of return of the short investment proving the economic viability of the implementation of the system suggested by this research Key words Rainwater Reservoir Reuse Cost Sustainability

8

LISTA DE SIGLAS

ABES ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia sanitaacuteria e Ambiental

ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro)

ANA ndash Agecircncia Nacional de Aacuteguas

ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

BTUs - (British termal Units- Unidade Teacutermica Britacircnica)

CEDAE - Companhia Estadual de Aguas e Esgotos

CEFET RJ- Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca

CNRH - Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

CONFEA ndash Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

EEE ndash Estaccedilatildeo Elevatoacuteria de Esgotos

EIA ndash Estudo de Impacto ambiental

EPA ndash Enviromental Protection Agency

ETA ndash Estaccedilatildeo de Tratamento de Aacutegua

ETE ndash Estaccedilatildeo de Tratamento de Esgotos

FIESP - Federaccedilatildeo das Industrias do Estado de Satildeo Paulo

IBGE - Instituto Brasileiro de geografia e Estatiacutestica

LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

NBR ndash Norma Brasileira

RIMA ndash Relatoacuterio de Impacto Ambiental

PCA ndash Programa de Conservaccedilatildeo de Aacutegua

PNCDA ndash Programa Nacional de Combate ao Desperdiacutecio de Aacutegua

PNRH - Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

PURA ndash Programa de Uso Racional da Aacutegua

PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional ()

SABESP ndash Companhia de Saneamento Baacutesico do Estado de Satildeo Paulo

SAAP - Sistema de Aproveitamento de Aguas Pluviais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura

9

ONU ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

LEED - Leadership in Energy and Environmental

USGBC - US Green building Council

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social

SINAPI ndash Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Iacutendices da Construccedilatildeo Civil

CEF ndash Caixa Econocircmica Federal

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo 24

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014 26

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais 38

Figura 4 - Reservatoacuterios 39

Figura 5 - Reservatoacuterios 39

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural 41

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva 41

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua 46

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva 51

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra 65

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo 67

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora 70

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ 70

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs 80

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP 83

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E 84

Figura 17 - Planta baixa 95

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior 99

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais 99

11

GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria 90

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia 91

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio 92

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio 93

12

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro 35

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro 36

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo 52

Quadro 4- Fluxo do processo 62

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca 81

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores 82

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento 82

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E 84

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff 85

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua 87

Quadro 11 - Populaccedilao 88

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria 95

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio 97

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha 98

13

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis 52

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio 55

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica 85

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais 102

Tabela 5 - Payback simples 104

Tabela 6 - Payback descontado 105

14

SUMAacuteRIO

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO 16

11 - CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 16

12 - QUESTAtildeO PROBLEMA 21

13 ndash QUESTOtildeES DA PESQUISA 21

14 - OBJETIVO GERAL 22

15 - OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 22

16 ndash ESTRUTURA METODOLOacuteGICA 22

17 ndash DELIMITACcedilAtildeO DA PESQUISA 25

18 ndash JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 25

19 ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO ESTUDO 27

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA 28

21 A SUSTENTABILIDADE E AS QUESTOtildeES QUANTO A CONSERVACcedilAtildeO

REAPROVEITAMENTO E REDUCcedilAtildeO DO CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 28

211 EXEMPLOS RECENTES DE ATITUDE SUSTENTAacuteVEIS ADOTADAS NO BRASIL 29

212 MEDIDAS SUSTENTAacuteVEIS PARA CONSERVACcedilAtildeO REAPROVEITAMENTO DE AacuteGUA E REDUCcedilAtildeO DO

CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 30

22 HISTOacuteRICO DO REUSO DE AacuteGUAS 37

221 ASPECTOS HISTOacuteRICOS DA CAPTACcedilAtildeO DAS AacuteGUAS PLUVIAIS NO BRASIL 40

23 UTILIZACcedilOtildeES DA AacuteGUA COLETADA E O SEU CONSUMO 42

24 O REUSO DE AacuteGUAS 43

241- AacuteGUAS RESIDUAacuteRIAS 43

242 AacuteGUAS CINZENTAS 46

25 FORMAS DE REUSO DE AacuteGUAS 47

251 REUSO URBANO 47

252 REUSO INDUSTRIAL 48

253 REUSO AGRIacuteCOLA 48

254 REUSO NO MEIO AMBIENTE 48

26 A PRAacuteTICA DE RECARGA DE AQUIacuteFEROS 48

27 O ARMAZENAMENTO DE AGUAacuteS 49

28 LEGISLACcedilAtildeO SOBRE O USO DE AacuteGUAS 56

3 - METODOLOGIA 62

31 ESTRATEacuteGIA DA PESQUISA 63

32 UNIDADE DE ANAacuteLISE 68

33 JUSTIFICATIVA DA ESTRATEacuteGIA DE PESQUISA 68

34 PESQUISA EXPLORATOacuteRIA 68

35 LEVANTAMENTO 69

15

36 OBJETO DE ESTUDO 70

361 APARELHOS EXISTENTES 71

37 ENTREVISTAS COM OS USUAacuteRIOS 71

38 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA 72

381 O CAacuteLCULO DE CONSUMO MEacuteDIO DIAacuteRIO DE AacuteGUA PER CAPITA POR APARELHOS 72

O CAacuteLCULO FOI REALIZADO COM BASE NO SOMATOacuteRIO DA MULTIPLICACcedilAtildeO DA FREQUEcircNCIA E TEMPO DE USO

OBTIDO NAS ENTREVISTAS E VAZAtildeO DO APARELHO DIVIDIDO PELO NUacuteMERO DE PESSOAS ENTREVISTADAS

72

382 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA EM ATIVIDADES DE LIMPEZA E JARDINAGEM 73

383 AVALIACcedilAtildeO DO POTENCIAL DE ECONOMIA DE AacuteGUA POTAacuteVEL 73

384 PERCENTUAL DE AacuteGUA POTAacuteVEL QUE PODERIA SER SUBSTITUIacuteDO POR AacuteGUA PLUVIAL 73

39 RESERVATOacuteRIOS DE AacuteGUA PLUVIAL 74

310 ANAacuteLISE ECONOcircMICA 74

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA 75

41 HISTOacuteRICO DO CEFET-RJ 75

411 DEFINICcedilAtildeO DE INSTITUICcedilOtildeES DE ENSINO SUPERIOR 75

412 - PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL (PDI) 76

413 - O PDI DO CEFETRJ 78

414 - FILOSOFIA MISSAtildeO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS 78

42 SOBRE O POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AGUAS DE RESIDUAIS 80

43 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS DAS ENTREVISTAS REALIZADAS 88

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 106

51 PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 107

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAFICAS 108

16

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO

11 - Consideraccedilotildees Iniciais

A aacutegua jaacute foi considerada um recurso infinito mas atualmente a sua

disponibilidade eacute um dos grandes problemas do nosso planeta decorrente de

inuacutemeros fatores tais como o aquecimento global as alteraccedilotildees climaacuteticas o

crescimento populacional acentuado o consumo cada vez maior dos recursos

hiacutedricos o mau uso desta fonte de energia e sobretudo a falta de poliacuteticas puacuteblicas

que estimulem o uso sustentaacutevel da aacutegua

Neste contexto segundo Kibert (2008) a adoccedilatildeo de medidas ecologicamente

corretas eacute fundamental tais como teacutecnicas de conservaccedilatildeo controle do desperdiacutecio

reaproveitamento da aacutegua de chuva reciclagem de aacutegua e recuperaccedilatildeo dos solos

Diante da possibilidade de racionamento ou ateacute mesmo escassez da aacutegua doce

no mundo eacute necessaacuterio que a sociedade e as poliacuteticas puacuteblicas busquem novas

tecnologias e alternativas sustentaacuteveis para a reduccedilatildeo do consumo

Diniz (2013) afirma que vaacuterios paiacuteses encaram hoje o problema de escassez

da aacutegua em consequecircncia do crescimento desordenado da poluiccedilatildeo dos recursos

hiacutedricos do aumento populacional e industrial que geram um aumento na demanda

pela aacutegua provocando o esgotamento deste recurso

Inobstante a urbanizaccedilatildeo das cidades e as tecnologias de abastecimento

puacuteblico de aacutegua contribuiacuteram para a desativaccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento da

aacutegua de chuva Entretanto atualmente no contexto do paradigma da conservaccedilatildeo da

aacutegua as praacuteticas de aproveitamento da aacutegua de chuva estatildeo sendo incorporadas aos

sistemas de gestatildeo urbana dos recursos hiacutedricos de diversos paiacuteses Portanto natildeo

se trata de inserir um novo conceito de gestatildeo de recursos hiacutedricos apenas resgatar

os fundamentos deste e adaptaacute-lo agrave realidade atual (ALADENOLA ADEBOYE 2009)

A UNESCO emitiu no ano de 2005 a resoluccedilatildeo Ares58217 proclamando o

periacuteodo de 2005 a 2015 como sendo a Deacutecada Internacional para Accedilatildeo ldquoAacutegua Fonte

de vidardquo iniciando-se o dia mundial da aacutegua no dia 22 de Marccedilo de

2005(UNESCO2013d) A iniciativa teve como objetivo de alerta para a importacircncia

de melhor administrar as fontes de aacutegua em funccedilatildeo do aumento de consumo ou pelo

uso desequilibrado deste recurso indispensaacutevel agrave vida humana Com perspectivas

preocupantes a ONU apresenta a estimativa que se natildeo houver alteraccedilotildees nas

17

poliacuteticas em relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos 18 bilhatildeo de pessoas estaratildeo vivendo em

zonas de secas e dois terccedilos da humanidade estaratildeo sujeitos a alguma restriccedilatildeo no

acesso agrave aacutegua em 2025

Haacute diversos pontos no mundo em que a falta de aacutegua tem sido o principal motivo de ecircxodo de populaccedilotildees tal como acontece no Nordeste brasileiro Em termos globais o risco de crise hiacutedrica acontece pelo crescimento demograacutefico mudanccedilas climaacuteticas desperdiacutecio e contaminaccedilatildeo das fontes Afetando natildeo soacute a sauacutede humana mas o desenvolvimento soacutecio econocircmico das populaccedilotildees e o rumo das relaccedilotildees entre paiacuteses (UNESCO2013d)

Nesse caso Fawell amp Miller (1992) afirmam que a provisatildeo de uma aacutegua

potaacutevel ldquosegurardquo e ldquoesteticamente aceitaacutevelrdquo eacute assegurada em muitos paiacuteses por uma

seacuterie de padrotildees obrigatoacuterios ou largamente advertidos (domiacutenio puacuteblico)

Se na atualidade os paiacuteses continuam concentrados na prospecccedilatildeo e busca de

novas tecnologias para auto-suficiecircncia em petroacuteleo natildeo estaraacute longe o dia em que a

aacutegua seraacute reconhecida como o bem mais precioso a vida do ser humano

Segundo Craig e Dale (2008) a definiccedilatildeo mais adotada e mais citada da

sustentabilidade foi feita no Relatoacuterio de Brundland que definiu o conceito de

sustentabilidade da seguinte forma ldquoaquele que satisfaz as necessidades do presente

sem comprometer a capacidade das futuras geraccedilotildees satisfazerem suas proacuteprias

necessidadesrdquo (BRUNDTLAND 1988 p 46)

O uso da aacutegua com consciecircncia eacute a soluccedilatildeo mais sustentaacutevel para o

enfrentamento da crise a que tem sido observada em diversos estados do paiacutes O

aproveitamento de aacutegua de chuva e reuso natildeo eacute um conceito novo mas com o

aumento da demanda tornou-se um tema atual e de suma importacircncia que eacute praticado

ao longo dos anos em diversos paiacuteses devendo ser uma atividade mais abrangente

que eacute o uso racional englobando a reduccedilatildeo de perdas e desperdiacutecios e a minimizaccedilatildeo

da produccedilatildeo de efluentes e do consumo de aacutegua potaacutevel

A utilizaccedilatildeo da aacutegua da chuva aleacutem de trazer o benefiacutecio da conservaccedilatildeo da

aacutegua e reduzir a dependecircncia excessiva das fontes superficiais de abastecimento

reduz o escoamento superficial minimizando os problemas com enchentes buscando

garantir a sustentabilidade urbana que segundo Dixon Butler e Fewkes (1999) soacute

seraacute possiacutevel atraveacutes da mobilizaccedilatildeo da sociedade em busca do uso apropriado e

eficiente da aacutegua

18

Segundo Petry e Boeriu (2000) nos uacuteltimos anos tem-se observado o

desenvolvimento de novas tecnologias referentes ao manejo de recursos hiacutedricos

Com isso observa-se novas expansotildees no uso de teacutecnicas de aproveitamento de

aacutegua de chuva tanto em regiotildees onde jaacute eram utilizadas como em locais onde eram

desconhecidas

Para Dixon et al(1999) a existecircncia da sociedade e de sua malha urbana no

futuro estaacute condicionada ao uso adequado da aacutegua considerando o seu reuacuteso e

aproveitamento da aacutegua pluvial em todo o ciclo desde a captaccedilatildeo passando pelo

tratamento e armazenagem

Veloso e Mendes (2014) afirmam que a maioria das experiecircncias brasileiras

de aproveitamento de aacutegua de chuva se concentra na regiatildeo do semiaacuterido brasileiro

promovida pela ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro) que eacute formada por mil

organizaccedilotildees da sociedade civil que atua na gestatildeo e no desenvolvimento de poliacuteticas

de convivecircncia com a regiatildeo semiaacuterida

Esta iniciativa contribui para equacionar os graves problemas de escassez de

aacutegua que a populaccedilatildeo e refeacutem Nesse sentido destaca-se o Programa Um Milhatildeo de

Cisternas (P1MC) uma das accedilotildees de mobilizaccedilatildeo promovidas pela ASA que objetiva

possibilitar ao nordestino o acesso a aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de

cisternas de placas Desde 2003 aproximadamente 499387 mil foram construiacutedas

beneficiando mais de 2 milhotildees de pessoas (ASA 2015)

Segundo Gould and Nissen-Petersen (1990) A colheita de aacuteguas pluviais eacute uma

teacutecnica antiga que possui um renome na popularidade devido agrave qualidade inerente da

aacutegua da chuva e ao interesse em reduzir o consumo de aacutegua tratada A aacutegua da chuva

eacute valorizada por sua pureza e suavidade Tem um pH quase neutro e estaacute livre de

subprodutos de desinfecccedilatildeo sais minerais e outros contaminantes naturais e

artificiais As plantas prosperam sob irrigaccedilatildeo com aacutegua de chuva armazenada Os

aparelhos duram mais quando satildeo livres dos efeitos corrosivos ou em escala de aacutegua

dura

Os usuaacuterios com sistemas potaacuteveis preferem o gosto superior e as

propriedades de limpeza da aacutegua da chuva Evidecircncias arqueoloacutegicas atestam a

captura da aacutegua da chuva haacute mais de 4000 anos e o conceito de colheita de aacutegua da

chuva na China pode chegar a mais de 6000 anos Ruiacutenas de cisternas construiacutedas

jaacute em 2000 aC para armazenar o escoamento das encostas para fins agriacutecolas e

domeacutesticos ainda estatildeo em Israel

19

A reutilizaccedilatildeo ou reuso de aacutegua ou ainda em outra forma de expressatildeo o uso

de aacuteguas residuaacuterias natildeo eacute um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo

haacute muitos anos Haacute relatos de sua praacutetica na Greacutecia Antiga com a disposiccedilatildeo de

esgotos e sua utilizaccedilatildeo na irrigaccedilatildeo Contudo a demanda crescente por aacutegua tem

feito do reuso planejado da aacutegua um tema atual e de grande importacircncia (SANTOS

1993)

O elevado desenvolvimento demograacutefico associado agraves transformaccedilotildees

econocircmicas reflete-se notavelmente no uso dos recursos hiacutedricos principalmente no

que se refere agrave qualidade e quantidade das aacuteguas superficiais e subterracircneas

(RAMOS 2000)

O uso de fontes alternativas e de estrateacutegias de uso racional de aacutegua em

edificaccedilotildees eacute uma forma de amenizar os problemas de disponibilidade de aacutegua

potaacutevel e diminuir a sua demanda

Dentre estas estrateacutegias pode-se citar o aproveitamento de aacutegua pluvial o

reuso de aacuteguas cinzas (ABNT NBR 155272007) O aproveitamento de aacutegua pluvial eacute

uma praacutetica milenar empregada no mundo todo Essa teacutecnica tem se difundido e se

consolidado como uma forma de mitigar os diversos problemas ambientais causados

pelo aumento da demanda de aacutegua pela falta de medidas de controle da poluiccedilatildeo e

de gestatildeo ambiental em aacutereas urbanas e rurais (BARROS 2000)

O reaproveitamento eficiente da aacutegua da chuva natildeo tem misteacuterios mas satildeo

necessaacuterios alguns pequenos cuidados que tornam os sistemas mais seguros e de

faacutecil manutenccedilatildeo (AQUASTOCK 2008)

De acordo com Diniz (2013) as teacutecnicas para operar um sistema de utilizaccedilatildeo

das aacuteguas pluviais seguem as seguintes etapas

Coletar aacuteguas pluviais atraveacutes de calhas em telhados coberturas

Armazenar essa aacutegua em reservatoacuterios cisternas

Abastecer o local onde seratildeo utilizadas as aacuteguas pluviais

Eliminar as primeiras aacuteguas de chuva preservando a qualidade dessa aacutegua

20

Relevacircncia da Pesquisa

O foco dos sistemas de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva estatildeo mais atrelados aos

problemas que o meio ambiente enfrenta de forma global ou seja estatildeo voltados para

o coletivo e natildeo individualmente Embora se pense em sistemas que sejam

desenvolvidos para a preservaccedilatildeo da aacutegua doce e da aacutegua da chuva para que natildeo

sejam desperdiccediladas eacute preciso tambeacutem pensar no investimento econocircmico de longo

prazo ou seja a economia na conta da aacutegua que seria uma forma de se pensar

tambeacutem individualmente

A relevacircncia deste trabalho aponta para os resultados levados agrave

sustentabilidade utilizando o aproveitamento de aacuteguas pluviais e de aacuteguas residuais

de evaporadoras de aparelhos de ar condicionado para fins natildeo potaacuteveis

Justificativa da Pesquisa

O sucesso das accedilotildees que devem conduzir ao reuso de aacutegua dependeraacute em

grande parte da influecircncia da comunidade do CEFET-RJ do comportamento das

pessoas e de suas decisotildees individuais Mesmo considerando que existe certo

interesse pelas questotildees ambientais haacute que se reconhecer a falta de informaccedilatildeo e

conhecimento dos problemas ambientais

Logo a educaccedilatildeo ambiental que tenha por objetivo informar e sensibilizar as

pessoas sobre os problemas (e possiacuteveis soluccedilotildees) existentes em sua comunidade

buscando transformar estas pessoas em indiviacuteduos que participem das decisotildees

sobre seus futuros exercendo desse modo o direito aacute cidadania tornando-se

instrumento indispensaacutevel ao processo

O CEFET-RJ possui duas entradas de abastecimento de aacutegua com

fornecimento atraveacutes da CEDAE perfazendo um consumo anual na ordem de

294039 m3 que abastecem blocos independentes atraveacutes de 02 castelos drsquoaacutegua com

alimentaccedilatildeo dos blocos por gravidade Tendo em vista o grande nuacutemero de blocos

com aacuterea construiacuteda de 3927050 m2 e grande aacutereas de paacutetios jardins e quadras

esportivas tendo alto consumo de aacutegua para limpeza

Estaacute sendo pesquisada a viabilidade do aproveitamento das aacuteguas pluviais

coletadas atraveacutes dos telhados de uma edificaccedilotildees bem como a aacutegua residual

proveniente dos evaporadores de unidades condensadoras e aparelhos de ar

condicionado de janela no campus do Maracanatilde em funccedilatildeo do grande nuacutemero de

ambientes com refrigeraccedilatildeo com a finalidade de reuso em aacutereas e atividades menos

nobres como lavagem de paacutetios quadras poliesportivas uso em bacias sanitaacuterias

21

irrigaccedilatildeo de jardins que com adoccedilatildeo destas medidas obter-se-aacute reduccedilatildeo do consumo

de aacutegua potaacutevel tratada fornecida pela concessionaria CEDAE

Como consequecircncias reduccedilatildeo dos custos reduccedilatildeo do incocircmodo de poccedilas de

aacuteguas residuais geradas por unidades condensadoras contribuiraacute na reduccedilatildeo de

enchentes tendo em vista a localizaccedilatildeo geograacutefica do CEFET-RJ proacutexima ao Rio

Maracanatilde estimulando a educaccedilatildeo ambiental e a sustentabilidade atraveacutes dos

multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo de aacutegua por membros da comunidade de

docentes discentes e teacutecnicos administrativos servindo como exemplo de uma

postura ambientalmente correta para o enfrentamento dos problemas de ocupaccedilatildeo e

impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos grandes centros urbanos

12 - Questatildeo Problema

Analisar a viabilidade de promover o desenvolvimento de um sistema de

captaccedilatildeo de aacutegua da chuva e aacuteguas residuais de evaporadoras de aparelhos de ar

condicionado do CEFETRJ para utilizaacute-la em fins natildeo potaacuteveis agregando valor agrave

sustentabilidade e gerando economia na conta da aacutegua

13 ndash Questotildees da Pesquisa

Nesta conjuntura surgem as questotildees que orientaratildeo este trabalho

Como implantar e implementar um sistema de aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Como verificar viabilidade teacutecnica para a adaptaccedilatildeo de instalaccedilotildees do preacutedio

estudado no CEFETRJ Campus Maracanatilde para aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Pesquisar os segmentos que se ajustem ao uso da aacutegua natildeo potaacutevel e calcular

suas demandas

Quantificaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas remanescentes

provenientes de Unidades Evaporadoras de aparelhos de ar condicionado do

preacutedio estudado

22

14 - Objetivo Geral

O objetivo geral da dissertaccedilatildeo eacute apresentaccedilatildeo de uma proposta metodoloacutegica

para analisar a viabilidade teacutecnica de um sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais

e aacuteguas residuais de evaporadoras de unidades evaporadores para uso com fins natildeo

potaacuteveis no Campus Maracanatilde do CEFET-RJ

15 - Objetivos Especiacuteficos

Desenvolvimento da metodologia proposta

Dimensionar o sistema de armazenamento das aacuteguas pluviais e

residuais coletadas para reuso

Buscar tecnologias para implantaccedilatildeo de sistema de aproveitamento de

agua pluviais

Avaliar viabilidade econocircmica da implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais

16 ndash Estrutura Metodoloacutegica

A metodologia utilizada no presente trabalho considerou o bloco E para se

analisar a viabilidade de aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

provenientes de unidade evaporadoras de aparelhos de ar condicionado Com

aplicaccedilatildeo de questionaacuterio para os usuaacuterios das instalaccedilotildees para quantificaccedilatildeo da

demanda de aacutegua nos ambientes estudados

Ywashima (2005) ressalta a importacircncia de campanhas de conscientizaccedilatildeo

para utilizaccedilatildeo racional da aacutegua nas escolas Segundo a pesquisadora a conta natildeo e

paga de forma direta pelos usuaacuterios consequentemente natildeo haacute motivaccedilatildeo financeira

A autora apresenta como sugestatildeo tecnologias economizadoras onde se obteacutem

reduccedilatildeo de consumo independente da mudanccedila de comportamento pelos usuaacuterios

Tomando como premissa o atual consumo desordenado de aacutegua consumo

este que proporciona uma grande margem para que no futuro este liacutequido precioso

para a vida na terra venha a faltar caso natildeo seja criado mecanismos que possam

contornar essa situaccedilatildeo o desenvolvimento deste presente projeto apresenta-se

como uma alternativa para compor estes mecanismos

23

Atraveacutes de pesquisas foi constatado que as aacuteguas pluviais devem ser utilizadas

para amenizar a situaccedilatildeo Desse modo o presente trabalho contempla a possibilidade

de uso de recursos tecnoloacutegicos a fim de que se possa reduzir o consumo e diminuir

o desperdiacutecio de aacutegua atraveacutes da captaccedilatildeo armazenamento e reaproveitamento das

aacuteguas pluviais

Este sistema de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial permite usar as aacutereas de coberturas

da edificaccedilatildeo para captar a aacutegua da chuva apoacutes passar por um filtro ou mecanismo

de retenccedilatildeo de impurezas conduzi-la a um reservatoacuterio onde seraacute armazenada e

utilizada na edificaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis tais como lavagem de pisos irrigaccedilatildeo

de jardins mictoacuterios e bacias sanitaacuterias

No que diz respeito a implementaccedilatildeo da metodologia foi realizado um

levantamento das coberturas da edificaccedilatildeo escolhidas com analise dos dados

meteoroloacutegicos da regiatildeo que permitiram avaliaccedilatildeo dos paracircmetros necessaacuterios para

os caacutelculos dos reservatoacuterios de aacuteguas pluviais

O trabalho foi dividido em trecircs etapas

A primeira etapa desenvolveu-se atraveacutes de pesquisas referecircncias

bibliograacuteficas dados teacutecnicos e projetos semelhantes referentes ao tema para obter

um melhor embasamento teoacuterico sobre o assunto com auxilio da internet pesquisas

literaacuterias artigos cientiacuteficos informaccedilotildees pessoais de profissionais e obtivemos

informaccedilotildees necessaacuterias favoraacuteveis que possibilitaram a execuccedilatildeo do presente

trabalho em unidade de ensino adequando agraves edificaccedilotildees do campus onde houvesse

o menor nuacutemero de intervenccedilotildees

A segunda etapa foi direcionada ao programa de necessidades considerando

o consumo da edificaccedilatildeo e o potencial de captaccedilatildeo atraveacutes de aacuterea de coberturas

evaporadores de ar condicionado levantamento dos iacutendices pluviomeacutetricos da regiatildeo

preacute-dimensionamento para os reservatoacuterios superior e inferior e uma estimativa de

custos para implantaccedilatildeo

A terceira e uacuteltima etapa foi direcionada ao anteprojeto arquitetocircnico para

construccedilatildeo do reservatoacuterio prevendo no sistema a captaccedilatildeo tanto de aacuteguas pluviais

quanto de aacuteguas residuais provenientes dos evaporadores de ar condicionado

levantamento dos custos referentes a implantaccedilatildeo dos reservatoacuterios com avaliaccedilatildeo

do tempo de retorno (payback) do investimento

24

A Figura 01 ilustra de forma simplificada a abordagem utilizada durante a

realizaccedilatildeo desta pesquisa

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho(2017)

DISSERTACcedilAtildeO

VERTENTE TEacuteCNICA

EMPIacuteRICA

COLETA DE DADOS

FLUXO DO PROCESSO

DIMENSIONAMENTO

CONCEPCcedilAtildeO EMPIacuteRICA

CONCLUSAtildeO DISSERTACcedilAtildeO

HISTOacuteRICO REUSO DAS

AacuteGUAS

LEGISLACcedilAtildeO

SUSTENTABILIDADE

BASE TEOacuteRICA

CONCEPCcedilAtildeO TEOacuteRICA

25

17 ndash Delimitaccedilatildeo da Pesquisa

A realizaccedilatildeo do presente trabalho ocorreraacute atraveacutes de levantamento de dados

referente ao abastecimento e equipamentos instalados do bloco E do campus

Maracanatilde com estudo de consumo de aacutegua da edificaccedilatildeo levando em consideraccedilatildeo

o nuacutemero de usuaacuterios

A capacidade de captaccedilatildeo seraacute realizada atraveacutes das aacutereas de cobertura e

utilizaccedilatildeo dos iacutendices de precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica da regiatildeo estudada de anos

anteriores para caacutelculo e dimensionamento de reservatoacuterios inferior e superior bem

como avaliaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas residuais produzidas pelas

evaporadoras instaladas no preacutedio

Avaliando as adaptaccedilotildees necessaacuterias ao sistema de abastecimento existente

para o atendimento das bacias sanitaacuterias e lavagem de paacutetios quadras esportivas

regas de jardim e levantando e propondo utilizaccedilatildeo de novas tecnologias existentes

para instalaccedilatildeo do sistema e verificando a necessidade de utilizaccedilatildeo de

abastecimento com aacutegua potaacutevel em casos de grande estiagem para manutenccedilatildeo

das atividades sem prejuiacutezos agrave aacuterea acadecircmica

Desta forma nesta pesquisa seratildeo avaliados os dados obtidos atraveacutes de

levantamentos arquitetocircnicos e das instalaccedilotildees hidro sanitaacuterias existentes no

CEFETRJ - Unidade Maracanatilde aleacutem de documentaccedilatildeo e pesquisa em projetos

similares que jaacute possam existir relacionados agrave questatildeo da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Como objetivo de fundamentar a implantaccedilatildeo do estudo e desenvolvimento do

mesmo seraacute apresentado levantamento e resultado necessaacuterios para implementaccedilatildeo

da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais com base nos dados coletados e revisatildeo bibliograacutefica

em artigos e perioacutedicos que versam sobre as tecnologias mais indicadas para a

utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

18 ndash Justificativa da Pesquisa

Como prevecirc a constituiccedilatildeo em seu Art 225 caput ndash ldquoTodos tecircm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial agrave sadia

qualidade de vida impondo-se ao Poder Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-

lo e preservaacute-lo para presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo (Brasil 2004)

No atendimento a constituiccedilatildeo e as legislaccedilotildees pertinentes levar o CEFET- RJ

26

ao cumprimento de accedilotildees e objetivos visando a sustentabilidade nas suas

dependecircncias e atraveacutes de sua comunidade discente docente e teacutecnicos

administrativos atuar como multiplicadores de accedilotildees de preservaccedilatildeo do meio

ambiente atraveacutes do reuso de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais oriundas de

evaporadores e aparelhos de ar condicionado de janela

Em funccedilatildeo do alto consumo como pode ser observado na figura 2 faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de equipamentos de maior tecnologia e o aproveitamento de

aacuteguas pluviais para uso menos nobre conforme determina a norma ABNT ndash NBR

15527 de 24102007 e contribuir de forma efetiva para reduccedilatildeo de custo

possibilidade de racionamento e reduccedilatildeo per capta do consumo nos oacutergatildeos puacuteblicos

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014

Entrada Volume faturado (msup3)

nordm jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez total 2014

485 17310 18230 13160 22110 19640 16890 20010 19070 25430 22670 25060 28430 248010

681 3706 3580 6560 5394 6170 2800 3310 2650 3069 2580 2890 3320 46029

Total

mensal 21016 21810 19720 27504 25810 19690 23320 21720 28499 25250 27950 31750 294039

Fonte Contas CEDAE exerciacutecio 2014

00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Vo

l f

atu

rad

o (

msup3)

Mecircs

Consumo mensal de aacutegua em 2014

485

27

19 ndash Organizaccedilatildeo do Estudo

O Capiacutetulo 01 desta pesquisa estaacute organizado com a introduccedilatildeo composta pela

situaccedilatildeo-problema questotildees de pesquisa objetivos estrateacutegia delimitaccedilatildeo e

justificativa da pesquisa A finalidade preciacutepua da leitura deste capiacutetulo eacute harmonizar

a compreensatildeo do contexto e a importacircncia da pesquisa

O Capitulo 02 estaacute organizado com os fundamentos teoacutericos com base em

sustentabilidade histoacuterico de reuso da aacutegua e legislaccedilatildeo

O Capitulo 03 trata da metodologia e tipo de pesquisa a ser empregado

informando a forma da obtenccedilatildeo dos dados e como seratildeo feitos o tratamento e anaacutelise

dos dados

No Capiacutetulo 4 seratildeo interpretados os resultados referentes agraves demandas de

aacuteguas menos nobres a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacutegua proveniente de unidades

evaporadoras e aacuteguas pluviais com avaliaccedilatildeo de viabilidade econocircmica para

implantaccedilatildeo do sistema

No Capiacutetulo 05 seraacute apresentada a anaacutelise dos resultados e sugestotildees para

estudos futuros e complementares

28

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA

No presente capitulo seraacute apresentada a vertente teacutecnica com os fundamentos

teoacutericos que forneceratildeo o suporte para o desenvolvimento da pesquisa

21 A Sustentabilidade e as questotildees quanto a conservaccedilatildeo reaproveitamento e

reduccedilatildeo do consumo de aacuteguas pluviais

A Comissatildeo Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento denominada

Comissatildeo de Brundtland (1988) define o desenvolvimento sustentaacutevel como aquele

que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das

geraccedilotildees futuras atenderem as suas proacuteprias necessidades

Surgido na deacutecada de 1990 o tripeacute da sustentabilidade tem crescido em seu

conceito em todo o planeta refletindo uma seacuterie de processos valores e objetivos de

forma que uma gestatildeo deveraacute orientar aos trecircs pilares econocircmico social e ambiental

podendo este conceito ser aplicado de forma macro para um paiacutes ou ateacute para o

planeta ou micro podendo ser uma escola um vilarejo ou empresa (DIAS2011)

A concepccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel orienta a discussatildeo sobre o tema

em qualquer segmento das atividades do ser humano Os objetivos tecircm como base

na perspectiva de utilizaccedilatildeo dos recursos naturais desde que sejam preservados para

as futuras geraccedilotildees Dias ( 2011) Poreacutem parte das dificuldades apresenta-se porque

as geraccedilotildees natildeo tecircm participaccedilatildeo nas decisotildees atuais Desta forma somente a

conscientizaccedilatildeo da preservaccedilatildeo da vida e da espeacutecie eacute que motiva o ser humano o

que natildeo acontece na maioria das vezes com os gestores e poliacuteticos dos dias atuais

(MOURA 2011)

Muito embora para alguns o desenvolvimento sustentaacutevel eacute um projeto social e

poliacutetico que serve como ferramenta para combate a pobreza satisfaccedilatildeo das

necessidades baacutesicas da humanidade de maneira a elevar a qualidade de vida dos

indiviacuteduos fornece princiacutepios para que o desenvolvimento seja harmonioso levando

em conta a transformaccedilatildeo dos recursos do ambiente deste modo para estes sugerem

atitudes novas das quais pela edificaccedilatildeo de uma nova racionalidade De forma

contraria agrave maioria que se preocupa em compatibilizar o meio ambiente a um

crescimento econocircmico de forma continua (DIAS 2011)

Acreditava-se que o crescimento econocircmico desenvolveria de forma natural o

29

desenvolvimento sustentaacutevel Veiga (2005) Somente uma gestatildeo com

responsabilidade ambiental eacute capaz de conciliar uma melhor qualidade de vida com

necessidade de crescimento econocircmico (MOURA 2011)

A passagem de um sistema baseado no consumo a um sistema sustentaacutevel

tem diversas implicaccedilotildees Necessita abrir a visatildeo da relaccedilatildeo da sociedade ao meio

ambiente transformar a organizaccedilatildeo social produtiva que gera a desigualdade e a

pobreza Atraveacutes de novas relaccedilotildees sociais onde o eixo natildeo seraacute somente a

perspectiva da lucratividade e praacuteticas de produccedilatildeo predatoacuterias do meio ambiente

mas o bem-estar da humanidade O que daacute margem a diferentes pontos de vistas

com base de modo geral na busca do produto de equiliacutebrio entre os trecircs eixos da

sustentabilidade crescimento econocircmico igualdade social e a preservaccedilatildeo ao meio

ambiente (DIAS 2011)

De acordo com Alledi (2006) a grande preocupaccedilatildeo das melhores empresas

do mundo hoje em dia eacute com a sustentabilidade dos seus negoacutecios um movimento

que se fundamentou em questotildees ambientais mas que atualmente eacute visto de um

modo mais amplo passando a incorporar os temas dos movimentos empresariais

anteriores pela qualidade pela sauacutede e seguranccedila do trabalho pela proacutepria

preservaccedilatildeo do meio ambiente e mais recentemente pela responsabilidade social

corporativa

211 Exemplos recentes de atitude sustentaacuteveis adotadas no Brasil

O recebimento da certificaccedilatildeo LEED (Leadership in Energy and Environmental

concedido pelo US Green building Council (USGBC) para certificaccedilotildees em 07 estaacutedios

construiacutedos para a Copa 2014 cuja adoccedilatildeo de medidas sustentaacuteveis foi requisito para

que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social (BNDES) liberasse o

financiamento para as obras das arenas da Copa preacute-requisito este que seraacute adotado

pela FIFA para as proacuteximas eleiccedilotildees do mundial (wwwcopa2014govbr)

Dentre as diversas arenas pode ser ressaltada a economia conseguida pela

Arena da Amazocircnia de cerca de 40 de aacutegua potaacutevel atraveacutes da captaccedilatildeo da aacutegua

de chuva em um volume de 140000 litros para irrigaccedilatildeo do gramado e utilizaccedilatildeo nos

sanitaacuterios ABES (observatoacuterio do terceiro setor)

Foram diversas medidas sustentaacuteveis para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo LEED

destacando a abertura das portas para educaccedilatildeo ambiental desde o inicio das obras

30

Foram desenvolvidas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo das accedilotildees de

sustentabilidade que foram implementadas nos estaacutedios para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

LEED com utilizaccedilatildeo de paineacuteis ilustrados nas aacutereas de circulaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de

panfletos aos visitantes Accedilotildees voltadas para conscientizaccedilatildeo da certificaccedilatildeo e

tambeacutem para manutenccedilatildeo apoacutes a realizaccedilatildeo do evento (wwwcopa2014govbr)

212 Medidas sustentaacuteveis para conservaccedilatildeo reaproveitamento de aacutegua e reduccedilatildeo

do consumo de aacuteguas pluviais

A conservaccedilatildeo de aacutegua pode ser definida como um conjunto de praacuteticas

teacutecnicas e tecnologias que propiciam a melhoria da eficiecircncia do seu uso incidindo de

maneira sistecircmica sobre a demanda e a oferta de aacuteguas As iniciativas de

racionalizaccedilatildeo do uso e de reuso de aacutegua constituem-se em elementos fundamentais

para a ampliaccedilatildeo da eficiecircncia do uso da aacutegua (PROSAB 2011) resultando em

Aumento da disponibilidade para os demais usuaacuterios

Flexibilizaccedilatildeo dos suprimentos existentes para outros fins

Atendimento ao crescimento populacional

Suporte agrave implantaccedilatildeo de novas induacutestrias

Preservaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do meio ambiente

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

31

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo A reutilizaccedilatildeo de

aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que permite maiores volumes

de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica

por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes (BRASIL 2010)

Mota OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenada

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Observaccedilotildees sobre Gestatildeo das aacuteguas pluviais A gestatildeo de aacutegua pluvial visa

reduzir o consumo de aacutegua potaacutevel por meio de aproveitamento das aacuteguas de chuvas

contribuindo inclusive para a reduccedilatildeo de inundaccedilotildees ou de poluiccedilotildees difusas Uma

das medidas que vem sendo amplamente desenvolvida como forma de economizar

as aacuteguas potaacuteveis e evitar o risco de inundaccedilotildees em regiotildees com alto iacutendice de

impermeabilizaccedilatildeo do solo eacute a retenccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Este sistema coligado a um sistema de reaproveitamento destas aacuteguas

configura-se como uma das mais eficientes formas de renovaccedilatildeo de um insumo finito

aacutegua As aacuteguas pluviais entretanto natildeo apresentam qualidade necessaacuteria para o

consumo Mesmo quando a captaccedilatildeo destas aacuteguas extravasam para o esgotamento

natildeo se deve permitir que elas sejam lanccediladas in natura para o lenccedilol freaacutetico pela

possibilidade de carga poluidora As aacuteguas pluviais quando utilizadas diretamente por

pontos na edificaccedilatildeo estes devem ser separados do sistema de aacutegua do restante do

preacutedio e deve conter indicativo visual de que a aacutegua natildeo eacute potaacutevel portanto improacutepria

para o consumo preparo de alimentos e banho

No caso da utilizaccedilatildeo deste sistema de reaproveitamento de aacuteguas pluviais

dois cuidados fundamentais devem ser observados primeiramente com relaccedilatildeo ao

caacutelculo do volume do reservatoacuterio que considera o IP (iacutendice pluviomeacutetrico) local A

Caixa Econocircmica recomenda a utilizaccedilatildeo do caacutelculo na Lei Estadual nordm 1252607

(SAtildeO PAULO 2007)

A segunda observaccedilatildeo refere-se ao volume do escoamento de aacuteguas pluviais

no solo de forma controlada a fim de prevenir inundaccedilotildees reduzir a poluiccedilatildeo difusa

e propiciar a recarga do lenccedilol freaacutetico Um projeto como este para ser aprovado

32

depende de um memorial de caacutelculo detalhado apresentando o niacutevel do lenccedilol freaacutetico

do local caacutelculo da vazatildeo de aacuteguas a serem lanccediladas na rede puacuteblica elaboraccedilatildeo de

um manual de operaccedilatildeo do sistema e indicaccedilatildeo de toda a documentaccedilatildeo teacutecnica tal

como projeto memoriais descritivos planilhas de custos e outros (CEF 2010)

Apesar de que o reaproveitamento de aacuteguas pluviais no Brasil jaacute ocorrer haacute

muito tempo em algumas regiotildees somente em 2007 entrou em vigor a NBR 15527

que estabelece as condiccedilotildees para o aproveitamento de aacuteguas de chuva em coberturas

de aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

O objetivo desta accedilatildeo eacute reduzir o consumo de aacutegua independentemente da

accedilatildeo do usuaacuterio ou da sua disposiccedilatildeo em mudar de comportamento para reduzir o

consumo de aacutegua Ela deve ser implementada quando o sistema estiver totalmente

estaacutevel ou seja sem nenhuma perda de aacutegua por vazamento (ANA 2005)

A situaccedilatildeo do Brasil eacute muito favoraacutevel pois deteacutem cerca de 12 de toda aacutegua

doce do planeta poreacutem 685 encontra-se na regiatildeo norte na qual vivem apenas

74 dos brasileiros (CONFEA 2011)

A limitaccedilatildeo de reservas de agua doce no planeta aumentou a demanda para

atendimento principalmente a prioridade dos recursos para o consumo humano

agriacutecola e industrial a prioridade de utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis para

abastecimento puacuteblico e as restriccedilotildees que vecircm sendo impostas em relaccedilatildeo ao

lanccedilamento de efluentes no meio ambiente torna necessaacuteria a adoccedilatildeo de estrateacutegias

que visem racionalizar a utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos e mitigar os impactos

negativos relativos agrave geraccedilatildeo de efluentes pelas induacutestrias (FIESP 2011)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

33

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo

A reutilizaccedilatildeo de aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que

permite maiores volumes de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode

diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes

(BRASIL 2010)

Melhado et al (2013) frisam a importacircncia das accedilotildees de cunho poliacutetico teacutecnico

e social na busca de soluccedilotildees praacuteticas visando a reduccedilatildeo do consumo da aacutegua e

descrevem as mais importantes

Economia e valorizaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo objetivando o uso racional da aacutegua

Manutenccedilatildeo das redes puacuteblicas e privadas para verificaccedilatildeo de desperdiacutecios

e vazamentos

Minimizaccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo do solo urbano e da vazatildeo de

escoamento do terreno objetivando favorecer a permeabilidade da aacutegua

Captaccedilatildeo e armazenamento em reservatoacuterios especiacuteficos das aacuteguas

pluviais e demais aacuteguas natildeo potaacuteveis para usos que natildeo necessitam de

potabilidade como irrigaccedilatildeo reserva de incecircndio lavagem de piso

veiacuteculos em geral e ruas Se necessaacuterio para algum uso especiacutefico a aacutegua

deveraacute passar por unidades de tratamento para atingir os niacuteveis de

qualidade correspondente Quanto mais eficiente for a gestatildeo das aacuteguas

pluviais por retenccedilatildeo ou reuso menor seraacute o volume de aacutegua destinado agraves

redes puacuteblicas

Embora a aacutegua doce existente no planeta esteja sempre em renovaccedilatildeo haacute uma

tendecircncia de sua deterioraccedilatildeo em funccedilatildeo do seu uso indiscriminado devido ao

aumento populacional comprometendo consequentemente sua qualidade ficando

esta em quantidade cada vez menor em determinadas localidades disponiacutevel para

consumo As mudanccedilas climaacuteticas globais tambeacutem vecircm contribuindo para o aumento

na demanda dos recursos hiacutedricos

Devido ao ciclo hidroloacutegico que eacute fechado sabe-se que a quantidade de aacutegua

disponiacutevel no planeta eacute sempre a mesma Sabe-se tambeacutem que este ciclo constitui-

se basicamente do transporte das massas de aacutegua dos oceanos para a atmosfera

34

pelo fenocircmeno da evaporaccedilatildeo e da atmosfera para os oceanos atraveacutes dos

fenocircmenos das precipitaccedilotildees escoamentos superficiais e subterracircneos influenciando

diretamente na distribuiccedilatildeo dos corpos hiacutedricos Muitas regiotildees vem sofrendo

alteraccedilotildees resultantes das diferentes formas antroacutepicas de interferecircncia sobre o

ambiente Hespanhol e Mierwa (2013) O surgimento das Metroacutepoles

desmatamentos obras de dragagens assim como construccedilotildees de represas satildeo

exemplos concretos disto

Sabe-se que menos de 1 de toda a aacutegua existente no planeta eacute doce e que

aproximadamente metade deste percentual corresponde a aacuteguas subterracircneas

enquanto o restante encontra-se nos oceanos Aacute medida que a populaccedilatildeo vem

crescendo a deterioraccedilatildeo dos mananciais vai se acentuando surgindo problemas nos

abastecimentos drsquoaacutegua que atualmente vem merecendo a atenccedilatildeo e preocupaccedilatildeo de

populaccedilotildees e autoridades de todo o mundo Eacute necessaacuterio que haja uma gestatildeo

integrada dos recursos drsquoaacutegua racionalizando o seu uso favorecendo o

desenvolvimento de sistemas sustentaacuteveis como forma de prevenccedilatildeo contra a

escassez

Apesar de a aacutegua doce estar distribuiacuteda de forma desigual sobre o planeta a

disponibilidade deste recurso no Brasil eacute significativa poreacutem distribuiacuteda tambeacutem de

forma desigual sobre o nosso territoacuterio sendo na regiatildeo Amazocircnica 69 e nas

demais regiotildees 31 nas quais se concentram 95 da populaccedilatildeo do Paiacutes

Confrontando estes dados com os do ANEEL- Departamento Nacional de Aacuteguas e

Energia Eleacutetrica pode-se afirmar que em quanto na regiatildeo amazocircnica com 69 da

aacutegua e 685 dos recursos hiacutedricos para uma populaccedilatildeo de 5 do paiacutes nas demais

regiotildees temos 31 das aacuteguas com 315 dos mesmos recursos para 95 da

populaccedilatildeo Eacute certo que se tem uma enorme diferenccedila regional

35

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

MUNICIacutePIOS

VALORES OBSERVADOS

1970 1975 1980 1995 2000 2005 2010 2014

1 Caxias

2 Itaboraiacute

3 Itaguaiacute

4 Mageacute

5 Mangaratiba

6 Maricaacute

7 Niloacutepolis

8 Niteroacutei

9 Nova Iguaccedilu

10 Paracambi

11 Petroacutepolis

12 Satildeo Gonccedilalo

13 SJ de Meriti

14 Rio de

Janeiro

404 496

14 072

17 468

83 841

6 125

6 500

128 011

292 180

724 326

22 149

154 612

430 271

302 394

4251

918

554 935

23 652

76 267

163 906

8 094

19 602

151 700

400 140

1091 702

27 434

202 146

614 688

398 686

5093 232

661 578

31 919

101 048

198 471

10 136

22 677

160 434

439 596

1247

614

32 347

239 899

733 791

436 234

5474

597

780 964

42 668

129 867

235 894

12 454

26 188

169 031

480 981

1410

116

37 686

277 620

871 361

474 149

5585

289

916 278

55 469

163 800

277 069

15 111

30 226

177 585

525 061

1583 658

43 484

318 764

1035 991

513 025

6245 537

1071728

71 096

204 326

323 382

18 191

34 902

186 193

573 014

1773 705

49 787

363 819

1239 963

553 550

6638 213

1252 875

90 205

253 441

376 692

21 820

40 349

194 942

626 596

1986 378

56 660

413 381

1500 984

596 414

7038 605

1467033

113 697

313 856

439 389

26 149

46 734

203 913

688 395

2228600

64 190

468 169

1844983

642 305

7449231

TOTAL A RMRJ 683836

3

8826184 9790341 10807268 11901058 13101869 14449342 15996644

Fonte IBGE 2010

Na cidade do Rio de Janeiro constitui-se de 950 msup3s de vazatildeo meacutedia de aacutegua

doce disponiacutevel proporcionando 2080msup3 de aacutegua por ano para 144 milhotildees de

habitantes numa meacutedia desconsiderando as perdas de aproximadamente

57m3dia suficiente para atender a atual demanda de consumo Entretanto trabalhos

sobre a projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

evidenciam um crescente aumento populacional IBGE (2010) como observa-se no

Quadro 2

Segundo estudos socioeconocircmicos e de demanda de aacutegua para a regiatildeo

metropolitana do Rio de Janeiro Rios (2011) deveraacute ser feita uma ampla campanha

de educaccedilatildeo ambiental atraveacutes da miacutedia visando o controle dos desperdiacutecios de aacutegua

nas induacutestrias comeacutercio e domiciacutelios tendo em vista o perigo de uma crise de

racionamento de aacutegua semelhante agrave crise energeacutetica ocorrida entre 2001 e 2002 No

36

Quadro 2 eacute demonstrada a evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a

Regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro

Com base nas projeccedilotildees demograacuteficas estabelecidas em termos indicativos

para o ano de 2035 procedeu-se a uma estimativa da demanda de aacutegua Tal

estimativa supotildee que a relaccedilatildeo entre demanda de aacutegua e populaccedilatildeo residente

admitida para o ano de 2014 continue vaacutelida para 2035 Rios(2011) Levando-se em

consideraccedilatildeo o demonstrado nos Quadros 1 e 2 o aumento populacional para a

regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro em 2010 tomando-se por base o ano de 2000

foi de 2208

A demanda atendida tanto com os niacuteveis de perdas mantidos quanto com a

reduccedilatildeo das perdas em 20 seraacute de 2739 O fato da demanda prevista ser maior

do que o crescimento populacional pode ser explicado devido ao esperado aumento

de educaccedilatildeo para a sauacutede na populaccedilatildeo a qual necessitaria de mais aacutegua para suas

atividades

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro

DISCRIMINACcedilAtildeO

1980

1985

1990

1995

2005

2010

2014

Demanda total exclusive perdas (1) 3255 3624 4120 4624 5188 5839 6609

Demanda atendida Exclusive

perdas (2)

2213 2935 3914 4532 5188 5839 6609

Demanda atendida Inclusive perdas

(3) Hipoacutetese I

3952 5241 6889 8093 9264 10427 11802

Demanda atendida Inclusive perdas

(4) Hipoacutetese II

3952 4515 4893 5665 6485 7289 8261

Fonte Rios 2011

Para Monteiro et al(2010) o reuso de aacutegua exige que padrotildees adequados de

potabilidade sejam adotados tendo em conta questotildees de sauacutede puacuteblica como

acontece em diversas partes do mundo sendo no Brasil uma praacutetica ainda incipiente

Reiteram os autores que esta eacute uma estrateacutegia correta para diminuiccedilatildeo da captaccedilatildeo

e mitigaccedilatildeo no lanccedilamento de dejetos no ambiente natural

37

A Cacircmara Teacutecnica de Ciecircncia e Tecnologia do Conselho Nacional de Recursos

Hiacutedricos apontou para a necessidade de uma ampla discussatildeo sobre o tema reuso

natildeo potaacutevel Foram elaborados dois termos de referecircncia O primeiro referente agrave

elaboraccedilatildeo de resoluccedilatildeo contemplando os aspectos poliacuteticos legais e institucionais e

o segundo relativo agraves diretrizes gerais para a praacutetica do reuso Eacute necessaacuterio que se

leve em consideraccedilatildeo o tipo de reuso que se deseja e o niacutevel de tratamento para que

os padrotildees sejam alcanccedilados

O reuso operacionalmente permite substituir grandes volumes de aacutegua

destinados a usos nos quais a potabilidade natildeo eacute fator preponderante O reuso de

aacutegua jaacute vem sendo amplamente empregado na induacutestria principalmente em torres de

resfriamento caldeiras construccedilatildeo civil irrigaccedilatildeo de aacutereas verdes e em alguns

processos industriais onde a utilizaccedilatildeo de aacutegua com menor padratildeo de qualidade natildeo

ocasione maiores problemas Desta forma o reuso de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis

deve ser considerado como primeira opccedilatildeo para reuso (HESPANHOL amp MIERZWA

2013)

22 Histoacuterico do Reuso de Aacuteguas

O aproveitamento de aacuteguas pluviais para o consumo das populaccedilotildees jaacute existe

ao longo das civilizaccedilotildees como pocircde ser observado em diversas construccedilotildees antigas

em vaacuterios pontos do mundo Reservatoacuterios escavados na rocha como pode ser

observado em Israel o que confirma o costume de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Em Roma encontram-se diversos reservatoacuterios utilizados para o abastecimento da

populaccedilatildeo (TOMAZ2013)

De acordo com Jarus(2012) em Massada (ldquofortalezardquo em hebraico) situa-se

um dos mais conhecidos sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais em Israel

onde Herodes no ano de 36 a c como forma de se precaver contra tempos difiacuteceis

construiu uma fortaleza com cavernas escavadas na rocha com capacidade de

armazenamento de 40 milhotildees de litros Estes reservatoacuterios possuiacuteam interligaccedilatildeo

atraveacutes de canalizaccedilotildees e aquedutos para abastecimento das habitaccedilotildees da fortaleza

38

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Fonte httpwwwgeocitieswspaz_israelmassadahtm

Na cidade de Toacutequio com a finalidade de prevenir a falta de aacutegua e reduzir

inundaccedilotildees foi intensificada a construccedilatildeo de diversos reservatoacuterios por toda a cidade

bem como motivou os proprietaacuterios de edifiacutecios e residenciais a construiacuterem seus

reservatoacuterios com incentivo a cada litro de aacutegua pluvial captado (AMARAL 2007)

A Alemanha era abastecida em mais de 70 por aquiacuteferos subterracircneos em

funccedilatildeo da poluiccedilatildeo de seus rios e grande industrializaccedilatildeo do paiacutes E recentemente

com o rebaixamento dos aquiacuteferos tornou-se um paiacutes liacuteder na execuccedilatildeo dos sistemas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva tanto para fins domeacutesticos como comerciais

(AMARAL 2007)

O Meacutexico desde a eacutepoca dos Astecas e Maias eacute rico em tradiccedilotildees tecnoloacutegicas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva Ainda na data atual na Peniacutensula de Yucatan pode

ser visto as chamadas Chultuns cisternas do seacuteculo X com capacidade variando de

20000 a 45000 litros utilizadas pelo povo Maia para captaccedilatildeo e abastecimento das

populaccedilotildees que viviam nas encostas As cisternas eram escavadas no subsolo

calcaacuterio e revestidas com emboccedilo impermeaacutevel tendo na sua parte superior uma aacuterea

de 100 a 200 m2 destinada a captaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica Nos vales eram

usadas as aacuteguas dos (reservatoacuterios com capacidade de 10 a 150 milhotildees de litros) e

aquaditas (reservatoacuterios com capacidade de 100 a 50000 litros) - (GNADLINGER

2000)

39

Figura 4 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

Figura 5 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

O desaparecimento do uso de SAAP na peniacutensula de Yucatan deveu-se aos

colonizadores espanhoacuteis por ocasiatildeo da invasatildeo espanhola seacuteculo XVI quando foram

introduzidos novos sistemas de agricultura e meacutetodos de construccedilatildeo europeia

40

diferentes da cultura local Tendo acontecido o mesmo na Iacutendia com o sistema colonial

britacircnico que gerou colapso nos SAAP centenaacuterios (GNADLINGER 2000)

O Japatildeo promove diversos estudos e pesquisas na aacuterea de SAAP Em Toacutequio

a regulamentos para que os terrenos de aacutereas superiores a 10000m2 e os edifiacutecios

com mais de 3000m2utilizem o SAAP Os edifiacutecios com uma aacuterea superior a 30000m2

e que tenham consumo na ordem de 100m3dia de aacutegua para fins natildeo potaacuteveisaleacutem

da utilizaccedilatildeo de SAAP satildeo obrigados a tratar as aacuteguas cinzas(TOMAZ 2009)

No planalto de Loess norte da china tem elevada escassez de aacuteguas

subterracircneas e baixa precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica diante destes fatos o governo local

da Proviacutencia de Gansu colocou em praacutetica desde 1997 um projeto de captaccedilatildeo de

aacutegua da chuva denominado121uml que consiste em auxiliar cada famiacutelia a construir uma

(1) aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua dois (2) reservatoacuterios de armazenamento de aacutegua e um

(1) lote para plantaccedilatildeo de culturas comercializaacuteveis Solucionando o problema de

aacutegua potaacutevel a cerca de 13 milhotildees de pessoas (260000 famiacutelias) (JIANG et al

2013)

221 Aspectos histoacutericos da captaccedilatildeo das aacuteguas pluviais no Brasil

O aproveitamento da aacutegua das chuvas natildeo eacute uma inovaccedilatildeo dos dias de hoje

O primeiro relato do uso da aacutegua da chuva que se tem conhecimento em nosso paiacutes

segundo Hagemann (2009) eacute de um sistema construiacutedo na Ilha de Fernando de

Noronha pelo exeacutercito norte-americano em 1943

Hagemann (2009) afirma que a utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais tem sido praticada

em maior escala principalmente na regiatildeo Nordeste em decorrecircncia do problema de

escassez hiacutedrica caracteriacutestica da regiatildeo Teve iniacutecio em julho de 2003 o Programa

de Formaccedilatildeo e Mobilizaccedilatildeo Social para a Convivecircncia com o Semiaacuterido um Milhatildeo

de Cisternas Rurais (P1MC) visando beneficiar aproximadamente 5 milhotildees de

pessoas na regiatildeo semiaacuterida com aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de cisternas

(Figura 6)

41

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural

Fonte Annencchini 2005

A seguir a figura 7 apresenta um modelo mais simples para casas populares

podendo atender quase 100 da aacutegua de um lar (CUNHA et al 2011)

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva

Fonte wwwportalsaofranciscocombr 2016

42

23 Utilizaccedilotildees da aacutegua coletada e o seu consumo

A aacutegua da chuva pode ser usada de diferentes maneiras como jaacute mencionado

descarga de sanitaacuterios limpeza de vasos sanitaacuterios e mictoacuterios lavagem de roupas

lavagem de pavimentos e veiacuteculos rega de jardins irrigaccedilatildeo de parques escolas

praccedilas estacionamentos condomiacutenios usos industriais e preacutedios comerciais

(climatizaccedilatildeo resfriamento de maacutequinas lavagem industrial de roupas lavagem de

veiacuteculos como carros ocircnibus e caminhotildees limpeza industrial redes de incecircndio)

(GOLDENFUM 2006 RODRIGUES 2010 OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

Segundo Krishna (2003) existem diversas vantagens e benefiacutecios da aacutegua da

chuva a aacutegua eacute gratuita o uacutenico custo eacute para coleta e uso o uso final da aacutegua colhida

eacute localizado perto da fonte eliminando a necessidade de sistemas de distribuiccedilatildeo

dispendiosos eacute isenta de soacutedio eacute superior para a irrigaccedilatildeo da paisagem a coleta

reduz o fluxo para drenagens de aacuteguas pluviais e tambeacutem reduz poluiccedilatildeo da fonte natildeo

pontual aleacutem de ajudar nos serviccedilos puacuteblicos com a reduccedilatildeo da demanda no veratildeo

e economizando a utilizaccedilatildeo da aacutegua existente resultabdo assim tambeacutem na

reduccedilatildeo das contas de serviccedilos puacuteblicos dos consumidores

Segundo o Texas Guide to Rainwater Harvestingrdquo [1997] a aacutegua da chuva eacute

a aacutegua natural mais macia com dureza zero para todos os fins praacuteticos Quase natildeo

apresentam minerais nem sais dissolvidos e a sua qualidade eacute proacutexima da qualidade

da aacutegua destilada

Iwanami (1985) descreve a importacircncia de fazer o planejamento da utilizaccedilatildeo

do sistema de aproveitamento de aacutegua de chuva para verificar a quantidade de aacutegua

que poderaacute ser coletada e armazenada e verificar a necessidade de tratamento da

aacutegua de chuva Certamente eacute preciso que a aacutegua coletada seja devidamente

armazenada filtrada tratada e que garanta uma qualidade compatiacutevel com os usos

previstos

A aacutegua da chuva obtida por meio de processos sem qualquer desinfecccedilatildeo ou

filtragem complexa natildeo serve normalmente para consumo humano eacute considerada

como aacutegua de segunda qualidade Este tipo de aacutegua deve ser empregado em algumas

tarefas domeacutesticas jaacute exemplificadas anteriormente Rodrigues (2010) afirma que em

meacutedia um indiviacuteduo utiliza o vaso sanitaacuterio entre sete e oito vezes por dia das quais

aproximadamente seis vezes para urinar e as demais para defecar se em cada

43

descarga forem usados dez litros verifica-se que ao fim de um dia um indiviacuteduo gastou

entre setenta e oitenta litros de aacutegua

O uso eficiente da aacutegua implica que natildeo haja desperdiacutecios quer por motivos

ambientais quer por motivos econocircmicos jaacute que a aacutegua desperdiccedilada envolve gastos

desnecessaacuterios Nos campos por exemplo as plantas satildeo organizadas e distribuiacutedas

conforme suas necessidades de aacutegua que segundo essa loacutegica os sistemas de rega

deveriam ser organizados de acordo com as necessidades das plantas isto eacute as

plantas com distintas necessidades satildeo regadas de modo separado podendo tomar

como exemplo a grama que deve ser regada separadamente dos arbustos e flores

Sabe-se que a rega eacute muito importante para o desenvolvimento das vegetaccedilotildees e eacute

usada quando o niacutevel de umidade no solo eacute insatisfatoacuterio (RODRIGUES 2010)

No entendimento de Rodrigues (2010) independente das intervenccedilotildees

excepcionais de reparaccedilatildeo e na falta de condiccedilotildees que sugerem intervenccedilotildees em

periacuteodos mais curtos a manutenccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento de aacuteguas

pluviais deve ser realizada em conformidade com as frequecircncias miacutenimas

24 O Reuso De Aacuteguas

241- Aacuteguas Residuaacuterias

Na visatildeo de Asano et al (2007) a aacutegua recuperada eacute definida como um

efluente convenientemente tratado numa Estaccedilatildeo de Tratamento para uma

determinada reutilizaccedilatildeo da aacutegua pretendida Aleacutem disso a reutilizaccedilatildeo da aacutegua

diretamente requer a existecircncia de um sistema de bombeamento ou de outras

facilidades de transporte para o fornecimento da aacutegua

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

(CNRH) dispotildee que o reuso da aacutegua constitui-se de racionalizaccedilatildeo e de conservaccedilatildeo

de recursos hiacutedricos de acordo com os princiacutepios determinados na Agenda 21 Esta

praacutetica diminui a descarga de poluentes em corpos receptores conservando os

recursos hiacutedricos para o abastecimento puacuteblico e outros usos mais exigentes

relacionados agrave qualidade diminui os custos associados agrave poluiccedilatildeo e ajuda na proteccedilatildeo

do meio ambiente e da sauacutede puacuteblica (BRASIL 2005)

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do CNRH em seu art 2ordm traz as seguintes

definiccedilotildees sobre o reuso da aacutegua e a aacutegua residuaacuteria

44

I - aacutegua residuaacuteria esgoto aacutegua descartada efluentes liacutequidos de edificaccedilotildees

induacutestrias agroinduacutestrias e agropecuaacuteria tratados ou natildeo

II - reuso de aacutegua utilizaccedilatildeo de aacutegua residuaacuteria

III - aacutegua de reuso aacutegua residuaacuteria que se encontra dentro dos padrotildees

exigidos para sua utilizaccedilatildeo nas modalidades pretendidas

IV - reuso direto de aacutegua uso planejado de aacutegua de reuso conduzida ao local

de utilizaccedilatildeo sem lanccedilamento ou diluiccedilatildeo preacutevia em corpos hiacutedricos

superficiais ou subterracircneos

V - produtor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que produz aacutegua de reuso

VI - distribuidor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico

ou privado que distribui aacutegua de reuso e

VII - usuaacuterio de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que utiliza aacutegua de reuso (BRASIL 2005)

O reuso eacute definido por Cunha et al (2011) como o uso de aacutegua residuaacuteria ou

aacutegua de qualidade inferior tratada ou natildeo Para Blum (2007) as aacuteguas residuais ou

residuaacuterias satildeo todos os tipos de aacuteguas descartadas resultantes da utilizaccedilatildeo de

vaacuterios processos Como exemplos podem ser citados aacuteguas residuais domeacutesticas

provenientes de banhos cozinhas lavagens de pavimentos domeacutesticos aacuteguas de

infiltraccedilatildeo resultante das infiltraccedilotildees nos coletores de aacutegua existentes nos terrenos ou

de tubulaccedilotildees puacuteblicas entre outros

Muitas pessoas querem aumentar a reutilizaccedilatildeo de aacutegua em seus

empreendimentos como parte de uma mudanccedila geral para o desenvolvimento

sustentaacutevel da terra e gestatildeo de aacutegua Mas Carvalho et al (2014) Marccedilo p 3164 -

3171 3170 haacute poucas informaccedilotildees sobre a aacutegua reutilizada e tecnologias que possam

ser adotadas para cada situaccedilatildeo (HOLT e JAMES 2006)

Filho e Mancuso (2013) entendem o reuso da aacutegua como sendo uma

tecnologia desenvolvida em menor ou maior escala depende da finalidade ao qual se

destina a aacutegua e de como a aacutegua foi usada anteriormente

Hespanhol (2002) enfatiza que a aacutegua eacute um recurso renovaacutevel que quando

reciclada por meio de sistemas naturais torna-se um recurso limpo e seguro pode ter

sua qualidade comprometida devido agrave accedilatildeo antroacutepica Uma vez poluiacuteda a aacutegua pode

ser recuperada e reusada para diversas finalidades A qualidade da aacutegua usada e o

propoacutesito do reuso determinam os niacuteveis de tratamento recomendados os criteacuterios de

45

seguranccedila a serem adotados e os custos associados As possibilidades e formas

potenciais de reuso dependeratildeo de caracteriacutesticas condiccedilotildees e fatores locais

Nessa mesma corrente Cunha et al (2011) sinalizam que um aspecto

relevante para o desenvolvimento de qualquer atividade humana eacute a disponibilidade

de aacutegua em quantidade e qualidade Em situaccedilotildees de escassez emerge a

necessidade e a possibilidade de substituiccedilatildeo das fontes para abastecimento usando

aacutegua residuaacuteria que apresenta qualidade inferior mas disponibilidade assegurada

OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenadas

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Rodrigues (2005) e Goldenfum (2006) classificam o reuso da aacutegua quanto ao

meacutetodo e quanto ao uso final

Quanto ao meacutetodo a reutilizaccedilatildeo da aacutegua pode ser direta ou indireta que

resultam de accedilotildees planejadas ou natildeo O reuso indireto natildeo planejado ocorre quando

a aacutegua servida eacute descarregada no meio ambiente ficando exposta agraves accedilotildees naturais

do ciclo hidroloacutegico (diluiccedilatildeo autodepuraccedilatildeo) e reutilizada a jusante de modo natildeo

intencional e natildeo controlada Em relaccedilatildeo ao reuso indireto planejado ocorre quando

os efluentes depois de tratados satildeo descarregados de maneira planejada nos corpos

drsquoaacutegua para serem usados a jusante de forma controlada (RODRIGUES 2005

GOLDENFUM 2006)

O reuso direto planejado ocorre quando os efluentes depois de tratados satildeo

levados diretamente ao local de reuso (geralmente induacutestria ou irrigaccedilatildeo) O reuso

direto natildeo planejado ocorre quando a aacutegua servida eacute descarregada sem nenhum tipo

de tratamento sendo reaproveitada diretamente no seu ponto de descarga (situaccedilotildees

irregulares pois natildeo tem controle algum sobre os paracircmetros de qualidade)

(GOLDENFUM 2006)

Goldenfum (2006) ressalta que normalmente natildeo eacute possiacutevel reutilizar uma

aacutegua residuaacuteria completa ou indefinidamente O reuso de um efluente tratado atraveacutes

de meacutetodos diretos ou indiretos eacute um meio de disposiccedilatildeo que complementa outros

existentes A quantidade de efluente que se pode reutilizar vai depender da

46

disponibilidade e o custo da aacutegua doce custos de transporte e tratamento diretrizes

sobre a qualidade da aacutegua e o potencial de reuso da aacutegua residuaacuteria

Quanto ao uso final as aacuteguas podem ser aproveitadas de diversas formas e

os tipos de reuso satildeo classificados em urbano industrial agriacutecola ambiental e recarga

de aquiacutefero (HESPANHOL 2002 GOLDENFUM 2006)

Os tipos baacutesicos de usos potenciais de esgotos tratados segundo Hespanhol

(2002) podem ser implantados tanto em aacutereas urbanas como aacutereas rurais e satildeo

ilustrados pelo esquema da figura 6

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua

Fonte Hespanhol 2002

242 Aacuteguas Cinzentas

As aacuteguas cinzentas satildeo as aacuteguas residuais domeacutesticas oriundas de enxaacutegue

de maacutequina de lavar aacutegua de chuveiro e outros Para Blum (2007) eacute importante

quando se projeta um sistema de reuso de aacuteguas cinzentas o dimensionamento dos

reservatoacuterios Deve-se ter em conta o volume que seraacute usado nas descargas de

47

sanitaacuterios ateacute no maacuteximo 48 horas para evitar estocagem por muito tempo pois

ocasionaraacute odores desagradaacuteveis

Nos sistemas de reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas de acordo com Boehm e

Oliveira (2015) deve-se levar em consideraccedilatildeo o comprometimento de todos os

usuaacuterios sendo que o volume e a concentraccedilatildeo de contaminantes podem variar

depende do tipo de edificaccedilatildeo da localidade do niacutevel de ocupaccedilatildeo da residecircncia da

faixa etaacuteria do estilo de vida da classe social da cultura e dos costumes dos

residentes

Neves e Afonso (2010) entendem que as aacuteguas cinzentas satildeo aacuteguas residuais

domeacutesticas sem aacuteguas fecais provenientes geralmente de banheiros duchas

lavatoacuterios lavagem de roupas e cozinha

No reuso dessas aacuteguas que podem ser usadas com ou sem tratamento

dependeraacute da qualidade exigiacutevel para os usos O sistema predial de reciclagem de

aacuteguas cinzentas propicia o tratamento das mesmas e a sua reentrada no ciclo do

preacutedio O uso mais frequente eacute na limpeza de bacias de retrete (NEVES e AFONSO

2010)

25 Formas de Reuso de Aacuteguas

251 Reuso Urbano

Com base nas diretrizes relacionadas ao reuso da aacutegua emitida pela Agecircncia

de Proteccedilatildeo ao Meio Ambiente dos Estados Unidos (United States Environmental

Protection Agency (US EPA) eacute apresentado muitas opccedilotildees para o reuso urbano natildeo

potaacutevel em que se destacam irrigaccedilatildeo de parques e jardins puacuteblicos centros

esportivos campos de futebol gramados aacutervores e arbustos decorativos ao longo de

ruas e rodovias aacutereas ajardinadas ao redor de edifiacutecios puacuteblicos residenciais e

industriais reserva de proteccedilatildeo contra incecircndios sistemas decorativos aquaacuteticos

como fontes chafarizes espelhos e quedas drsquoaacutegua descarga sanitaacuteria lavagem de

veiacuteculos (GOLDENFUM 2006)

Deve-se enfatizar que o uso que requer aacutegua de qualidade elevada podeter

custos incompatiacuteveis com as vantagens devido ao baixo custo da aacutegua para os

usuaacuterios urbanos Dessa forma o reuso urbano com finalidade potaacutevel eacute tida como

uma alternativa dispendiosa e riscos muito altos tornando-o praticamente inviaacutevel

48

Enquanto para finalidades natildeo potaacuteveis envolve riscos menores e eacute considerada

como uma boa opccedilatildeo para o reuso urbano (GOLDENFUM 2006)

252 Reuso industrial

O reuso industrial pode ser utilizado na produccedilatildeo de aacutegua para caldeiras em

sistemas de resfriamento como por exemplo aacutegua de reposiccedilatildeo em lavadores de

gases e aacutegua de processos (CETESB 2014) No mundo as usinas de geraccedilatildeo de

energia refinarias de petroacuteleo unidades quiacutemicas e metaluacutergicas se beneficiam do

reuso de aacutegua tanto para resfriamento quanto para processos industriais

(GOLDENFUM 2006)

253 Reuso agriacutecola

Em conformidade com o Centro Internacional de Referecircncia em Reuso de Aacutegua

(CIRRA 2014) entidade vinculada agrave Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo

(USP) os efluentes devidamente tratados podem ser utilizados na agricultura para

aplicaccedilatildeo em culturas de alimentos natildeo processados comercialmente (irrigaccedilatildeo

superficial de qualquer cultura alimentiacutecia) culturas de alimentos processados

comercialmente (irrigaccedilatildeo de pomares e vinhas) culturas natildeo alimentiacutecias (pastos

forragens fibras e gratildeos) dessedentaccedilatildeo de animais

254 Reuso no meio ambiente

O reuso no meio ambiente engloba aplicaccedilotildees em wetlands habitats naturais

aumento do fluxo de aacutegua estabelecimentos recreacionais contato acidental (pesca

e canoagem) e contato integral com a aacutegua autorizado represas e lagos lagoas

esteacuteticas em que o contato com o puacuteblico natildeo eacute autorizado (CIRRA 2014)

26 A Praacutetica de Recarga de Aquiacuteferos

A recarga artificial de aquiacuteferos com efluentes tratados pode ser usada para

fins diversos englobando o aumento de disponibilidade e armazenamento de aacutegua

controle de salinizaccedilatildeo em aquiacuteferos costeiros controle de subsidecircncia de solos Cirra

(2014) Esta praacutetica pode ser importante para alguns municiacutepios abastecidos por

49

aacutegua subterracircnea onde a recarga natural de aquiacuteferos vem sendo diminuiacutedas em

funccedilatildeo do aumento de aacutereas impermeabilizadas

Hespanhol (2002) comenta que eacute realizada de modo inadequado a retirada das

aacuteguas dos lenccediloacuteis subterracircneos para consumo o que compromete a disponibilidade

hiacutedrica O uso de esgotos tratados para evitar ou diminuir tais efeitos eacute uma

possibilidade

27 O Armazenamento de Aguaacutes

Em aacutereas para captaccedilatildeo de aacutegua de chuva comumente utiliza-se materiais

como telhas galvanizadas pintadas ou esmaltadas com tintas natildeo toacutexicas superfiacutecies

de concreto ceracircmicas policarbonato e fibra de vidro As calhas tambeacutem devem ser

fabricadas com materiais inertes como PVC ou outros tipos de plaacutesticos evitando

assim que partiacuteculas toacutexicas provenientes destes dispositivos venham a ser levadas

para os tanques de armazenagem (MACOMBER 2001)

Segundo Brown et al (2005) o volume do primeiro fluxo de aacutegua de chuva a

ser descartado varia conforme a quantidade de poeira acumulada na superfiacutecie do

telhado que eacute uma funccedilatildeo do nuacutemero de dias secos da quantidade e tipo de resiacuteduos

e da estaccedilatildeo do ano Outras variaacuteveis a serem consideradas satildeo a inclinaccedilatildeo e as

superfiacutecies dos telhados a intensidade das chuvas e o periacuteodo de tempo que ocorrem

Aleacutem disso salienta-se que natildeo haacute nenhum caacutelculo exato para definir o volume inicial

de aacutegua pluvial que necessita ser desviado devido agraves muitas variaacuteveis que

determinam a eficaacutecia da lavagem das aacutereas de captaccedilatildeo

Jaacute o reservatoacuterio eacute um dos componentes mais relevantes do SAAP eacute um fator

que influencia na qualidade da aacutegua e tambeacutem elemento mais caro do investimento

ou fator de otimizaccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel versus necessidades de abastecimento

(RODRIGUES 2010)

O reservatoacuterio de armazenamento tem a funccedilatildeo de reter e acumular a aacutegua

coletada pelo telhado que eacute levada pelo sistema atraveacutes da calha para filtragem e

armazenada em cisternas ou caixas drsquoaacutegua ficando armazenada ao abrigo da luz e

do calor e eacute bombeada para uma caixa drsquoaacutegua superior que pode abastecer o

banheiro a lavanderia e outros ambientes (OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

50

May (2009) acredita que para o sistema ser viaacutevel vai depender de trecircs

elementos precipitaccedilatildeo aacuterea de coleta e demanda O reservatoacuterio de aacutegua da chuva

por ser o componente mais caro do sistema deve ser projetado em conformidade com

as necessidades do usuaacuterio e com a disponibilidade pluviomeacutetrica local para

dimensionaacute-lo adequadamente sem inviabilizar o sistema Com base nos resultados

das anaacutelises realizadas e no uso do sistema de coleta e aproveitamento de aacutegua da

chuva a utilizaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis deve ser estimulada A figura 9 ilustra o

processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Para Boehm e Oliveira (2015) antes da implantaccedilatildeo de um sistema de

reaproveitamento de aacuteguas pluviais devem ser verificadas as condiccedilotildees do local de

instalaccedilotildees e quais os tipos de elementos podem interferir na qualidade da aacutegua

captada

Segundo Macomber (2001) o escoamento de aacutegua natildeo deve entrar em

campos seacutepticos de drenagem do sistema e qualquer tanque o excesso e a drenagem

devem ser roteados de modo que natildeo afetar a base dos tanques ou de quaisquer

outras estruturas

A cisterna pode ser apoiada semi-apoiada enterrada ou elevada e ser

construiacuteda com vaacuterios tipos de materiais como concreto armado blocos de concreto

alvenaria de tijolos plaacutestico polieacutester polietileno accedilo entre outros (OLIVEIRA

CHRISTMANN e PIEREZAN 2014)

51

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Fonte wwwrhasaambientalcombr 2013

Dentre os conceitos da NORMA 155272007 podemos citar

aacutegua de chuva aacutegua resultante de precipitaccedilotildees atmosfeacutericas coletadas

em coberturas telhados onde natildeo haja circulaccedilatildeo de pessoas veiacuteculos e

animais

aacutegua natildeo potaacutevel aacutegua que natildeo atende agrave Portaria nordm 518 do Ministeacuterio da

Sauacutede

aacuterea de captaccedilatildeo aacuterea em metros quadrados projetada na horizontal da

superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde a aacutegua eacute captada

coeficiente de escoamento superficial coeficiente de runnoff que

representa a relaccedilatildeo entre o volume total de escoamento superficial e ao

volume total precipitado variando conforme a superfiacutecie

conexatildeo cruzada qualquer ligaccedilatildeo fiacutesica atraveacutes de peccedila dispositivo ou

outro arranjo que conecte duas tubulaccedilotildees das quais um conduz aacutegua

potaacutevel e a outra aacutegua de qualidade desconhecida ou natildeo potaacutevel

demanda consumo meacutedio (mensal ou diaacuterio) a ser atendido para fins natildeo

potaacuteveis

escoamento inicial aacutegua suficiente da aacuterea de captaccedilatildeo suficiente para

carregar a poeira fuligem folhas galhos e detritos

52

suprimento fonte alternativa de aacutegua para complementar o reservatoacuterio

de aacutegua de chuva

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis

Paracircmetro

Anaacutelise Faixa

Coliformes totais Semanal Ausecircncia em 100mL

Coliformes termotolerantes Semanal Ausecircncia em 100mL

Cloro residual livre Mensal 05 a 30 mgL

Turbidez Mensal lt20uT para menos

restritivos lt50 uT lt15 uH

Cor aparente (caso natildeo seja

utilizado nenhum corante ou

antes da sua utilizaccedilatildeo)

Mensal

Deve prever ajuste do pH para

proteccedilatildeo das redes de distribuiccedilatildeo

caso necessaacuterio

Mensal pH de 60 a 8p no caso

de tubulaccedilatildeo de accedilo

carbono ou galvanizado

Fonte ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas NBR 155252007

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo do sistema de coleta e aproveitamento de aacuteguas

pluviais de acordo com o Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva

do FNDE

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Componente

Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Cobertura e telhados Miacutenimo 3 vezes ao ano

Calhas condutores verticais e horizontais Miacutenimo 3 vezes ao ano

Filtro removedor de detritos A cada 3 meses

Reservatoacuterio inferior ndash enterrado A cada 2 anos

Filtro flutuante Mensalmente

Bombas Mensalmente

Filtro cartucho Semestralmente

Clorador Mensalmente

Reservatoacuterio superior ndash intermediaacuterio Limpeza e desinfecccedilatildeo anual

Fonte Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva FNDE

53

As inspeccedilotildees podem ser feitas pelos utilizadores poreacutem as manutenccedilotildees dos

sistemas de bombas e tratamento devem ser feitas por teacutecnicos especializados

Quando satildeo utilizados nas operaccedilotildees de higienizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produtos nocivos

para os humanos ou para o ambiente devem ser adotadas medidas que impeccedilam o

lanccedilamento dos efluentes resultantes destas operaccedilotildees no ciclo pluvial natural ou na

rede de drenagem de aacuteguas residuais com a necessaacuteria checagem de compatibilidade

com os componentes naturais canalizaccedilotildees e dispositivos de tratamento a jusante

realizando preacute-tratamento quando necessaacuterio (RODRIGUES 2010)

Eacute importante destacar o conjunto de normas que fornecem os requisitos para o

aproveitamento de aacutegua de chuva de coberturas em aacutereas urbanas para fins natildeo

potaacuteveis

NBR 56261998 Instalaccedilatildeo predial de aacutegua fria que tem exigecircncias e

recomendaccedilotildees para o projeto assim como sua execuccedilatildeo e

manutenccedilatildeo da rede

NBR 108441989 Instalaccedilatildeo prediais de aacuteguas pluviais que tem o

caacutelculo de aacuterea de contribuiccedilatildeo e caacutelculo de condutores horizontais e

verticais e de calhas

ABNT NBR 122131992 Projeto de captaccedilatildeo de aacutegua de superfiacutecie para

abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122141992 Projeto de sistema de bombeamento de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122171994 Projeto de reservatoacuterio de distribuiccedilatildeo de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

A RESOLUCcedilAtildeO CONAMA Nordm 20 de 18 de junho de 1986 publicada no DOU

de 300786 foi estabelecida a classificaccedilatildeo das aacuteguas doces salobras e salinas do

Territoacuterio Nacional Na Classe 2 estatildeo incluiacutedas as aacuteguas destinadas ao

abastecimento domeacutestico apoacutes tratamento convencional agrave proteccedilatildeo das

comunidades aquaacuteticas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio (esqui aquaacutetico nataccedilatildeo e

mergulho) agrave irrigaccedilatildeo de hortaliccedilas e plantas frutiacuteferas agrave criaccedilatildeo natural eou

intensiva (aquicultura) de espeacutecies destinadas agrave alimentaccedilatildeo humana

Para as aacuteguas de Classe 2 satildeo estabelecidos os mesmos limites ou condiccedilotildees

da Classe 1 agrave exceccedilatildeo dos seguintes

54

i Natildeo seraacute permitida a presenccedila de corantes artificiais que natildeo sejam

removiacuteveis por processo de coagulaccedilatildeo sedimentaccedilatildeo e filtraccedilatildeo

convencional

ii Coliformes para uso de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio deveraacute ser

obedecido o Art 26 desta Resoluccedilatildeo Para os demais usos natildeo deveraacute ser

excedido um limite de 1000 coliformes fecais por 100 mililitros em 80 ou

mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em qualquer mecircs no

caso de natildeo haver na regiatildeo meios disponiacuteveis para o exame de

coliformes fecais o iacutendice limite seraacute de ateacute 5000 coliformes totais por 100

mililitros em 80 ou mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em

qualquer mecircs

iii Cor ateacute 75 mg Ptl

iv Turbidez ateacute 100 UNT

v DBO5 dias a 20degC ateacute 5 mgl O2

vi OD em qualquer amostra natildeo inferior a 5 mgl O2

No art 26 (Balneabilidade) - As aacuteguas doces salobras e salinas destinadas a

balneabilidade (recreaccedilatildeo de contato primaacuterio) seratildeo enquadradas e teratildeo sua

condiccedilatildeo avaliada nas categorias EXCELENTE MUITO BOA SATISFATOcircRIA e

IMPROacutePRIA da seguinte forma

1) EXCELENTE (3 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 250 coliformes fecais por l00 mililitros ou 1250

coliformes totais por 100 mililitros

2) MUITO BOA (2 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de amostras

obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo local

houver no maacuteximo 500 coliformes fecais por 100 mililitros ou 2500 coliformes

totais por 100 mililitros

3) SATISFATOacuteRIA (1 estrela) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 1000 coliformes fecais por 100 mililitros ou 5000

coliformes totais por 100 mililitros

55

4) IMPROacutePRIA Natildeo atendimento aos criteacuterios estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Os mais recentes padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo

de contato primaacuterio estatildeo definidos na resoluccedilatildeo CONAMA 2742000 como

demonstrado na Tabela 2que jaacute inclui Enterococos Ecoli

Segundo Jordatildeo amp Pessoa (2014) o desenvolvimento dos padrotildees para banho

ou para aacuteguas de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio tem evoluiacutedo com loacutegica Primeiro

foram adotados paracircmetros relativos a melhor tecnologia de controle disponiacutevel que

entretanto natildeo representavam o risco de contrair enfermidades devido a presenccedila de

poluentes Foi o caso dos Coliformes totais Depois considerou-se a relaccedilatildeo entre o

risco possiacutevel ou detectaacutevel e presenccedila de poluentes Neste caso os Coliformes fecais

eram mais representativos

Uma terceira etapa foi a identificaccedilatildeo de risco aceitaacutevel para o qual deveria

existir uma quantidade de dados epidemioloacutegicos correspondendo a mediccedilotildees de

qualidade do corpo drsquoaacutegua Os estudos indicaram que Enterococos eram os mais

representativos seguidos por Ecoli e por uacuteltimo coliformes totais(Desinfecccedilatildeo de

efluentes sanitaacuterios) Sendo assim os Enterococos atualmente representam o melhor

indicador entre os analisados sem que se deva considerar erro o controle por outros

organismos

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio

Balneabilidade-

categoria

Qualidade

Padrotildees para o corpo daacutegua

Proacutepria Excelente Maacuteximo de 250 CF100ml ou

200EC100ml ou 25 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Muito boa Maacuteximo de 500 CF100ml ou

400EC100ml ou 50 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Satisfatoacuteria Maacuteximo de 1000 CF100ml ou

800EC100ml ou 100 Enterococos100ml

56

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Improacutepria Natildeo atendimento aos criteacuterios

estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Incidecircncia elevada ou anormal

de enfermidades transmissiacuteveis

por via hiacutedrica Valor obtido na

uacuteltima amostragem for superior a

2500CF100ml ou 2000

EC100ml ou 400

enterococos100ml Presenccedila de

resiacuteduos ou despejos pHlt6ou

gt9 Floraccedilatildeo de algas outros

fatores que contra -indiquem o

contato primaacuterio

Fonte- CONAMA 2742000

28 Legislaccedilatildeo Sobre o Uso de Aacuteguas

ASPECTOS LEGAIS PARA O USO DE AacuteGUAS

Em 1973 o decreto federal nordm 24643 conhecido como o Coacutedigo das Aacuteguas

consubstanciou a base da legislaccedilatildeo voltada para a temaacutetica aacutegua O instrumento

legisla inclusive sobre o conceito de aacuteguas pluviais e acerca do direito de uso

atribuindo ao dono do preacutedio onde caiacuterem diretamente sua propriedade No seu artigo

118 chega ateacute mesmo a comentar superficialmente sobre a construccedilatildeo de

reservatoacuterios para aproveitamento da aacutegua da chuva em aacutereas puacuteblicas

Em termos de poliacutetica ambiental voltada aos recursos hiacutedricos destaca-se a

promulgaccedilatildeo da lei 9433 que em 1997 instituiu a Poliacutetica Nacional de Recursos

Hiacutedricos ndash PNRH criando o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos Conhecida como Lei das Aacuteguas o normativo fornece instrumentos que

possibilitam a melhoria da gestatildeo sistemaacutetica do recurso

57

A captaccedilatildeo de aacutegua de chuva tem uma relaccedilatildeo indireta com os objetivos dessa Poliacutetica jaacute que estimula o uso racional e ao mesmo tempo previne contra os eventos hidroloacutegicos criacuteticos tanto agraves secas devido agrave promoccedilatildeo da reserva quanto agraves inundaccedilotildees devido agrave diminuiccedilatildeo do escoamento superficial A inclusatildeo da captaccedilatildeo de aacutegua de chuva no Plano indica o esforccedilo da poliacutetica de recursos hiacutedricos na busca da transversalidade e no gerenciamento integrado das aacuteguas (SENRA BRONZATTO VENDRUSCOLO 2007)

A Lei nordm 943397 criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos e no art 1ordm disciplina

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e

a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do

Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades (BRASIL 1997)

O art 5ordm da Lei nordm 943397 trata dos instrumentos da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos (BRASIL 1997)

Nacionalmente natildeo haacute um ordenamento juriacutedico que discipline

especificamente sobre o uso das aacuteguas pluviais Como as citadas anteriormente a

lei nordm 114452007 conhecida como lei do Saneamento Baacutesico indiretamente

estabelece alguns criteacuterios para o manejo de aacutegua pluvial Em seu artigo 3ordm define a

drenagem e manejo das aacuteguas pluviais urbanas como

Conjunto de atividades infraestruturas e instalaccedilotildees operacionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais de transporte detenccedilatildeo ou retenccedilatildeo para o amortecimento de vazotildees de cheias tratamento e

58

disposiccedilatildeo final das aacuteguas pluviais drenadas nas aacutereas urbanas (BRASIL 2007)

Seu decreto regulamentador nordm 72172010 admitiu como forma de viabilizar o

manejo da aacutegua da chuva a alimentaccedilatildeo da instalaccedilatildeo hidraacuteulica predial ligada agrave rede

puacuteblica de abastecimento de aacutegua via aproveitamento de aacutegua da chuva desde que

devidamente autorizadas pela autoridade competente

Quanto agraves leis sobre o tema reuso de aacutegua vigentes no Brasil pode-se

destacar a lei 693881 que institui a poliacutetica nacional do meio ambiente que menciona

o incentivo ao estudo e pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a

proteccedilatildeo dos recursos ambientais

No Estado do Rio de Janeiro a Lei Nordm 6034 de 08 de setembro de 2011 dispotildee

sobre a obrigatoriedade dos postos de combustiacuteveis lava-raacutepidos transportadoras e

empresas de ocircnibus urbanos intermunicipais e interestaduais localizados no Estado

do Rio de janeiro a instalarem equipamentos de tratamento e reutilizaccedilatildeo da aacutegua

usada na lavagem de veiacuteculos

Na cidade de Satildeo Paulo por exemplo atraveacutes da Lei nordm 13276 e o Decreto nordm

41814 que regulamenta esta lei determinam-se a obrigatoriedade da execuccedilatildeo de

reservatoacuterio de aacuteguas pluviais coletadas de cobertas e pavimentos nos lotes

construiacutedos ou natildeo que possuem uma aacuterea impermeabilizada superior a 500m2

Trata-se de providecircncias para evitar as inundaccedilotildees urbanas uma vez que incentiva

soluccedilotildees para a infiltraccedilatildeo da aacutegua de chuva no solo e a utilizaccedilatildeo da mesma quando

armazenada para fins natildeo potaacuteveis

DECRETO Nordm 23940 de 30 de Janeiro de 2004 da cidade do Rio de Janeiro

Torna obrigatoacuterio nos casos previstos a adoccedilatildeo de reservatoacuterios que permitam o

retardo do escoamento das aacuteguas pluviais para a rede de drenagem Visando a

necessidade de ajudar a prevenir inundaccedilotildees atraveacutes da retenccedilatildeo temporaacuteria de

aacuteguas pluviais em reservatoacuterios especialmente criados com esta finalidade e

considerando as possibilidades de reaproveitamento de aacuteguas pluviais para usos natildeo

potaacuteveis como lavagem de veiacuteculos e partes comuns jardinagem e outras Sendo

obrigatoacuterio para imoacuteveis com aacuterea de cobertura superior a 50000 m2 e em caso de

novas edificaccedilotildees residecircncias multifamiliares e industriais fica obrigatoacuterio o uso de

aguas pluviais para uso natildeo potaacutevel atendendo as normas sanitaacuterias vigentes ficando

o habite-se ou alvaraacute de obras condicionado ao atendimento ao decreto

59

A Agenda 21 capiacutetulo 18 dedicou importacircncia especial ao reuso de aacutegua

recomendando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas de gestatildeo dirigidas para o uso e

reciclagem de efluentes Segundo Hespanhol (2012) embora natildeo haja menccedilatildeo ao

tema lsquoreusorsquo na poliacutetica nacional de recursos hiacutedricos existe uma vontade poliacutetica

direcionada para esta questatildeo Segundo a Conferecircncia Interparlamentar sobre o

desenvolvimento do Meio Ambiente realizada em Brasiacutelia em Dezembro de 1992 no

paraacutegrafo 64B recomenda esforccedilos a niacutevel nacional para institucionalizar a

reciclagem e reuso sempre que possiacutevel promovendo o tratamento e a disposiccedilatildeo de

esgotos de modo a natildeo poluir o meio ambiente

A portaria nordm 23 de 12 de fevereiro de 2015 do Ministro de Estado do

Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo estabelece boas praacuteticas de gestatildeo e uso de

Energia Eleacutetrica e de Aacutegua nos oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal

direta autaacuterquica e fundacional e dispotildee sobre o monitoramento de consumo destes

bens e serviccedilos Devendo os oacutergatildeos adotar as providencias necessaacuterias para

implementaccedilatildeo de boas praacuteticas de gestatildeo e inclusive elaborando campanhas de

conscientizaccedilatildeo por meio presencial e eletrocircnico e fornecendo mensalmente o

consumo de energia eleacutetrica e aacutegua por meio do Sistema Projeto Esplanada

Sustentaacutevel

O reuso de aacutegua pode ser classificado em reuso indireto ou direto O reuso

direto eacute aquele onde ocorre a conexatildeo direta dos efluentes de uma estaccedilatildeo de

tratamento de esgotos a uma estaccedilatildeo de tratamento de aacutegua e em seguida ao sistema

de distribuiccedilatildeo O reuso indireto eacute a diluiccedilatildeo do esgoto apoacutes tratamento em um corpo

hiacutedrico no qual apoacutes algum tempo de detenccedilatildeo eacute efetuada a captaccedilatildeo seguida de

tratamento adequado e posterior distribuiccedilatildeo Filho (1987) sugere a seguinte

terminologia para diversas formas de reuso

Reuso indireto natildeo planejado da aacutegua Eacute aquele em que a aacutegua utilizada

em alguma atividade humana eacute descarregada no meio ambiente e

novamente utilizada agrave jusante em sua forma diluiacuteda de maneira natildeo

intencional e natildeo controlada

Reuso indireto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes depois de

tratados satildeo descarregados de forma planejada para serem reutilizados a

jusante

Reuso direto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes apoacutes

convenientemente tratados satildeo encaminhados diretamente do seu ponto

60

de descarga ateacute o local do reuso sofrendo em seu percurso os tratamentos

necessaacuterios mas natildeo sendo descarregados no meio

Reciclagem de aacutegua Eacute o reuso interno da aacutegua antes da sua descarga

em um sistema geral de tratamento ou outro local de disposiccedilatildeo para servir

como fonte suplementar de abastecimento do uso original Eacute um caso

particular de reuso direto

Segundo jaacute destacava Westerhoff (1984)o reuso de aacutegua eacute classificado em

duas categorias Reuso potaacutevel e Reuso natildeo potaacutevel e esta classificaccedilatildeo foi adotada

pela Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental de Satildeo Paulo e

divulgada nos Cadernos de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental Sendo considerado um

bem econocircmico porque eacute finita e essencial para conservaccedilatildeo da vida e do meio

ambiente consequentemente sua escassez impede o desenvolvimento de diversas

regiotildees na medida em que aleacutem da necessidade humana a aacutegua eacute essencial no

processo produtivo de diversas empresas

Reuso potaacutevel

Direto

Indireto

Reuso natildeo potaacutevel

Para fins agriacutecolas

Para fins industriais

Para fins recreacionais

Para fins domeacutesticos

Para manutenccedilatildeo de vazotildees de cursos drsquoaacutegua

Para aquacultura

Recarga de aquiacuteferos subterracircneos

Pode-se destacar alternativas que vem sendo propostas para racionalizaccedilatildeo

do consumo de aacutegua domiciliar Satildeo elas

Identificaccedilatildeo e eliminaccedilatildeo de vazamentos e perdas

Instalaccedilatildeo de equipamentos hidraacuteulicos sanitaacuterios de baixo consumo e alta

eficiecircncia

Reuso de aacuteguas cinzas

Aperfeiccediloamento dos procedimentos de mediccedilatildeo e cobranccedila

61

Os processos e tratamentos para fins potaacuteveis satildeo complexos e de custo

elevado Desta forma o reuso para fins natildeo potaacuteveis deve ser sempre avaliado

preferencialmente Aparentemente o principal problema decorrente da accedilatildeo de

reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas com objetivos de economizar aacutegua seria o aumento

do custo decorrente da instalaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de sistemas duplos de distribuiccedilatildeo

O principal destino destas aacuteguas deve ser a utilizaccedilatildeo sanitaacuteria e o uso agriacutecola

(HESPANHOL amp MIERZWA 2011)

Pesquisas sobre a viabilidade econocircmica de projetos de aproveitamento de

aacutegua de chuva indicam que o item preponderante nesta anaacutelise eacute o custo do

reservatoacuterio que varia em funccedilatildeo da sua dimensatildeo A NBR 15527(ABNT 2007)

apresenta 6 metodologias de caacutelculo do volume do reservatoacuterio que resultam em

valores muito discrepantes gerando a necessidade do usuaacuterio decidirem funccedilatildeo das

condiccedilotildees especiacuteficas do projeto qual metodologia seguir A maioria das

aplicaccedilotildeestrabalha com uma demanda fixa visando o consumo em vasos sanitaacuterios

(MORUZZI e OLIVEIRA2010 DORNELLES et al 2010 COUTINHO et al 2011

GHISI e SCHONDERMARK 2013)

Em relaccedilatildeo a NBR 155272007 aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas

em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis fornece as caracteriacutesticas para o reuso de

aacutegua em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis compreendendo calhas e condutores

instalaccedilotildees prediais qualidade da aacutegua bombeamento manutenccedilatildeo e principalmente

os meacutetodos de caacutelculo de dimensionamento de reservatoacuterios

Os meacutetodos de dimensionamento dispostos nesta norma satildeo

Meacutetodo de Rippl

Meacutetodo de Simulaccedilatildeo

Meacutetodo Azevedo Neto

Meacutetodo praacutetico alematildeo

Meacutetodo praacutetico inglecircs

Meacutetodo praacutetico australiano

62

3 - METODOLOGIA

Conforme Sabbatini (1989) metodologia eacute um ldquoconjunto de preceitos que

estabelece uma orientaccedilatildeo para o direcionamento e conduccedilatildeo de uma dada

investigaccedilatildeordquo tendo esta orientaccedilatildeo dois niacuteveis de doutrina e de estrateacutegia que

geram os princiacutepios de tomada de decisatildeo e permitem a operacionalizaccedilatildeo da

pesquisa que consiste no plano de accedilatildeo

A metodologia para anaacutelise do uso de sistema para aproveitamento de aacutegua

pluvial deve ser entendida como input do processo de pesquisa seus princiacutepios

devem ser balizadores das estrateacutegias adotadas para sua racionalidade

Esta dissertaccedilatildeo objetiva a importacircncia na utilizaccedilatildeo de metodologia e

aplicaccedilatildeo de procedimentos e meacutetodos nas atividades relacionadas ao uso de aacutegua

pluvial em instituiccedilatildeo federal de ensino onde o avanccedilo tecnoloacutegico deve ter como

escopo uma metodologia especiacutefica para seu desenvolvimento

Os atributos e alcance da pesquisa aplicada e de desenvolvimento tecnoloacutegico

constitui a estrutura essencial para obter novos meacutetodos construtivos e modernizaccedilatildeo

de processos e sistemas de uso consolidado e na soluccedilatildeo sistemaacutetica de problemas

Fluxo do processo adotado

O meacutetodo adotado envolve vaacuterias etapas conforme quadro 4 para a validaccedilatildeo

da metodologia de aproveitamento de aacutegua pluvial

Quadro 4- Fluxo do processo

Atividade Procedimentos

Visita teacutecnicas

Foram selecionadas duas tipologias de edificaccedilotildees no sentido de ampliar

o entendimento das teacutecnicas construtivas para a implantaccedilatildeo de

sistema de coleta e uso de aacutegua pluvial

Normas teacutecnicas

NBR 155272007 Aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas em

aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis - Requisitos

Precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rioque foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca

63

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho

31 Estrateacutegia da Pesquisa

A pesquisa em questatildeo tem caraacuteter exploratoacuterio de projeto uacutenico com

abordagem quantitativa por meio de estudo de caso uacutenico que tem como modelo

cientiacutefico a concepccedilatildeo de Robson (2011) o qual disserta sobre os meacutetodos de

pesquisa do mundo real

A estaccedilatildeoestaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm89 67 longitude

43ordm22 67

Reservatoacuterios

detalhes teacutecnicos

construtivos e

controle sanitaacuterio

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo de

dimensionamento onde o volume do reservatoacuterio seraacute o menor valor

entre 6 do volume de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial anual e 6 da

demanda anual de aacutegua natildeo potaacutevel

Foi utilizado o meacutetodo da simulaccedilatildeo previsto na NBR 15527 2007

Para ratificar o dimensionamento do reservatoacuterio feito pelo meacutetodo

praacutetico alematildeo

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR

152227 recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgle

30 mgl em qualquer ponto do sistema de abastecimento

Para controle sanitaacuterio foi utilizado Clorador com funcionamento em

circuito fechado com proteccedilatildeo contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo

interno 320 pastilhas variando de 0640 kg com vazatildeo de operaccedilatildeo

lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Equipamentos Verificou-se que equipamentos utilizados em sistema de captaccedilatildeo e uso

de aacutegua pluvial eacute uma tecnologia de fabricantes internacionais com

representantes locais

Demanda de uso

natildeo potaacutevel

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com

base nos dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos

atraveacutes dos questionaacuterios e o nuacutemero de pessoas que efetivamente

utilizam cada aparelho Tambeacutem se utilizaram no caacutelculo do consumo

diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR 56261998

Viabilidade

econocircmica de

implantaccedilatildeo do

sistema

Foi realizada a anaacutelise econocircmica utilizando-se o meacutetodo do payback

simples e descontado considerando taxa mensal de 1 para validaccedilatildeo e

verificaccedilatildeo da viabilidade econocircmica do sistema

64

Adota o presente trabalho a verificaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo exitosas de sistemas de

aproveitamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees de diversas tipologias criando um

paracircmetro de anaacutelise e consolidaccedilatildeo de praacuteticas sustentaacuteveis e novas tecnologias

VISITAS REALIZADAS

Estaacutedio do Maracanatilde

Maior estaacutedio sendo sede da Copa do Mundo de Futebol 2014 no rio de

Janeiro Inaugurado em junho de 1950 sendo iniciada a obra de recuperaccedilatildeo e retrofit

no ano de 2010 sendo concluiacuteda em 2013 Sua capacidade de puacuteblico passou de

87101 para 78639 lugares

Realizada a visita as instalaccedilotildees do Estaacutedio do Maracanatilde que recebeu a

certificaccedilatildeo LEED1 (Leadership in Energy and Environmental Design) For New

Construction na categoria Silver versatildeo 30 concedida pela USGBC (United States

Building Concil) conforme fig 10 que reconhece soluccedilotildees de novas tecnologias

sustentaacuteveis utilizadas nas construccedilotildees com o objetivo de reduccedilatildeo de impactos ao

meio ambiente durante a vida uacutetil da edificaccedilatildeo certificaccedilatildeo voltada para construccedilotildees

sustentaacuteveis e ambientalmente eficientes

1 Lideranccedila em Energia e Desig Ambiental eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para

edificaccedilotildeesUtilizada em 143 paiacuteses a certificaccedilatildeo foi criada em 2000 pela USGreen Building Council (USGBC)

65

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Pereira et al (2015)

A alta performance ambiental do maracanatilde apoacutes a implantaccedilatildeo do sistema de

aacuteguas pluviais contribuiu para sua certificaccedilatildeo onde cabe ressaltar que houve reduccedilatildeo

de 7114 do consumo de agua potaacutevel que representa da demanda de bacias e

mictoacuterios como tambeacutem todo o volume de agua necessaacuterio para irrigaccedilatildeo do

gramado e Conforme Pereira et al (2015) a reduccedilatildeo de uso de aacutegua potaacutevel eacute de

50 (cinquenta por cento)

Com o retrofit o estaacutedio do Maracanatilde teve acreacutescimo de 50000m2 na aacuterea de

cobertura construiacuteda em membrana tensionada por cabos de accedilo que permitiu a

viabilidade de implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo acrescida da aacuterea de drenagem

do campo que atende a irrigaccedilatildeo e descargas O estaacutedio no seu sistema de captaccedilatildeo

e reaproveitamento de aacuteguas pluviais conta com reservatoacuterio de 5 milhotildees de litros

volume capaz de suprir as demandas de usos por um periacuteodo de ateacute trecircs meses em

caso de estiagem

66

Leroy Merlin

Empresa de comeacutercio varejista voltada para materiais de construccedilatildeo e

bricolagem desde os anos de 1988 A concepccedilatildeo de seus projetos de lojas passaram

a ser voltada para questotildees de sustentabilidade agrave partir da construccedilatildeo da loja na

cidade de Niteroi inaugurada em 2007 iniciando um ciclo de novas unidades com o

mesmo caraacuteter tendo em um de seus conceitos o aproveitamento de aacuteguas pluviais

A Leroy Merlin foi a primeira empresa agrave receber o selo HQE2 em 2009

empresa situada em Niteroacutei no Estado do Rio de Janeiro na atividade de comeacutercio de

materiais de construccedilatildeo Adotou como meta a certificaccedilatildeo AQUA em funccedilatildeo de sua

adaptabilidade as condiccedilotildees de uso no Brasil avaliando aspectos da gestatildeo

ambiental nas obras de arquitetura

Recebeu a empresa por ocasiatildeo de sua construccedilatildeo recebeu a certificaccedilatildeo

ACQUA-Alta Qualidade Ambiental tendo sido avaliada pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

entidade vinculada a USP (Universidade de Satildeo Paulo) tendo atendido as exigecircncias

para a certificaccedilatildeo nas etapas do programa concepccedilatildeo do projeto e realizaccedilatildeo da

obra

Foram utilizados no tratamento daacute aacutegua captada trecircs filtros tipo Vortex WWF

300 com capacidade de filtragem para aacuterea de cobertura de ateacute 3000m2 com potencial

de ateacute 90 da aacutegua precipitada e com retenccedilatildeo de partiacuteculas de 028mmFoi utilizado

reservatoacuterio apresentado na foto abaixo com capacidade de 150000 litros com

extravasor para poccedilos de infiltraccedilatildeo conforme figura 11 em caso de alto iacutendice de

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica contribuindo para a alimentaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico e

reduzindo a possibilidade de enchentes

2 HQE A primeira certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios a ser adaptada para a realidade brasileira foi a AQUA (hoje AQUA-

HQE) Com base no selo francecircs Haute Qualiteacute Environnementale professores da Universidade de Satildeo Paulo (USP) criaram a versatildeo brasileira e formaram a instituiccedilatildeo responsaacutevel por ela a Fundaccedilatildeo Vanzolini

67

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

Foto da Construccedilatildeo do reservatoacuterio de 150000 litros

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

68

32 Unidade de anaacutelise

Esta pesquisa se limita a estudar a viabilidade de uso de aguas pluviais

calculando a demanda de uso natildeo potaacutevel a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacuteguas

residuais provenientes de evaporadoras de ar condicionado com determinaccedilatildeo do

volume do reservatoacuterio e posterior analise de viabilidade econocircmica Yin (2001)

afirma que a unidade de anaacutelise estaacute relacionada com o problema fundamental de

definir o que eacute o ldquocasordquo

Segundo Yin (2001) o estudo de caso representa uma investigaccedilatildeo empiacuterica e

compreende um meacutetodo abrangente com a loacutegica do planejamento da coleta e da

anaacutelise de dados Pode incluir tanto estudos de caso uacutenico quanto de muacuteltiplos assim

como abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa

Aleacutem da coleta de dados por meio dos questionaacuterios outro importante processo

que seraacute usado neste estudo eacute anaacutelise documental considerada como a teacutecnica que

abrange tanto a anaacutelise qualitativa quanto a quantitativa Segundo Gil (2010 p121)

ldquoA consulta a fontes documentais eacute imprescindiacutevel em qualquer estudo de casordquo

Portanto a anaacutelise destes dados torna-se fundamental para que se possa identificar

demanda de consumo de aacutegua natildeo potaacutevel o potencial para aproveitamento de aacuteguas

dos evaporadores de aparelhos de ar condicionado

33 Justificativa da estrateacutegia de pesquisa

A escolha do meacutetodo de pesquisa orientaraacute as etapas necessaacuterias para a coleta

de informaccedilotildees anaacutelise destes dados e demonstraccedilatildeo da confiabilidade e validade

das descobertas (ROBSON 2011)

34 Pesquisa Exploratoacuteria

A pesquisa exploratoacuteria utilizaraacute fontes documentais como perioacutedicos

dissertaccedilotildees e teses sobre os temas sustentabilidade histoacuterico de reuso e

reaproveitamento de aacuteguas pluviais e legislaccedilatildeo traccedilando conexotildees entre estes

elementos de forma a propiciar confiabilidade para o embasamento da pesquisa

69

35 Levantamento

O presente trabalho visa o aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

de evaporadores de unidades condensadoras para reuso no Campus Maracanatilde do

CEFET-RJ

Desta forma o trabalho foi estruturado da forma relacionada abaixo

Levantamento das caracteriacutesticas pluviomeacutetricas da regiatildeo estudada para

determinaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica media atraveacutes das analises de

dados fornecida do sistema Alerta Rio referente ao periacuteodo de 2001 a 2015

Levantamento das caracteriacutesticas de 01(uma) edificaccedilatildeo existente no

campus maracanatilde bloco E e considerando seu potencial de captaccedilatildeo

atraveacutes exclusivamente de suas coberturas bem como o dimensionamento

de reaproveitamento das aacuteguas provenientes de condensadores de ar

condicionado existentes no referido bloco por contemplar maior nuacutemero de

equipamentos citados e maior nuacutemero de horas de uso

Avaliaccedilatildeo dos resultados obtidos com determinaccedilatildeo do reservatoacuterio de

armazenamento sendo realizado atraveacutes da NBR 15527 ndash Aacutegua da Chuva

Aproveitamento das aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis (ABNT 2007)

Tambeacutem seratildeo realizados estudos utilizando teacutecnicas de matemaacutetica

financeira pelo meacutetodo de anaacutelise de payback simples que fornece uma

estimativa de faacutecil compreensatildeo dos benefiacutecios gerados para determinar o

tempo de retorno do investimento atraveacutes dos custos de implantaccedilatildeo do

sistema

70

Aacuterea de Estudo

O CEFET-RJ ocupa uma aacuterea de terreno de 3438200 m2 com 6481800 m2

construiacutedos e distribuiacutedos em 06 pavilhotildees e diversos blocos nomeados de ldquoArdquo a ldquoLrdquo

tendo como objeto para estudo de caso o Bloco E que e abastecido atraveacutes do

hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 conforme figura 10

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora

Fonte Realizada pelo autor 2017

36 Objeto de Estudo

O preacutedio objeto do estudo eacute o Bloco E sendo utilizado pela comunidade

docente discente e teacutecnicos administrativos

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ

Fonte site wwwcefet-rjbr

71

As coberturas do preacutedio satildeo compostas por telhas trapezoidais em accedilo

galvanizado tendo calhas em concreto impermeabilizado para a coleta de aacuteguas

pluviais com tubos de queda em PVC de 100 mm com condutores horizontais

interligando as caixas de passagem e estas ao coletor puacuteblico

361 Aparelhos Existentes

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados quais eram os tipos de aparelhos

sanitaacuterios torneiras mictoacuterios existentes no CEFET-RJ Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua

37 Entrevistas com os Usuaacuterios

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

CEFET-RJ a fim de descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho Nos

questionaacuterios foram feitas perguntas que demonstrassem o tempo e a quantidade de

vezes que cada aparelho era utilizado no periacuteodo de ocupaccedilatildeo

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como um certo desinteresse na participaccedilatildeo por alguns membros da comunidade

Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com utilizaccedilatildeo

da foacutermula de caacutelculo amostral

72

Foacutermula de caacutelculo

Onde

n - amostra calculada N ndash populaccedilatildeo Z - variaacutevel normal padronizada associada ao niacutevel de confianccedila p - verdadeira probabilidade do evento e - erro amostral Erro amostral de 5 Niacutevel de confianccedila de 95

Foram aplicados questionaacuterios para funcionaacuterios professores e alunos com as

mesmas perguntas Os questionaacuterios utilizados nas entrevistas estatildeo apresentados

no Apecircndice A B e C

Para os funcionaacuterios da limpeza interna externa foram aplicados questionaacuterios

direcionados em funccedilatildeo das atividades desenvolvidas

Os resultados obtidos atraveacutes das entrevistas permitiram obter valores que

representam a frequecircncia e o tempo de utilizaccedilatildeo de cada tipo de aparelho sanitaacuterio

para o total geral da edificaccedilatildeo e por pessoa

38 Estimativa do Consumo de Aacutegua

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com base nos

dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos atraveacutes dos questionaacuterios

e o nuacutemero de pessoas que efetivamente utilizam cada aparelho Tambeacutem se

utilizaram no caacutelculo do consumo diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR

56261998

381 O caacutelculo de consumo meacutedio diaacuterio de aacutegua per capita por aparelhos

O Caacutelculo foi realizado com base no somatoacuterio da multiplicaccedilatildeo da frequecircncia

e tempo de uso obtido nas entrevistas e vazatildeo do aparelho dividido pelo nuacutemero de

pessoas entrevistadas

73

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

C meacutedio = consumo meacutedio por aparelho

fi=numero de vezes de utilizaccedilatildeo

ti= tempo em segundos de uso diaacuterio

n= amostras de pessoas entrevistadas

Q= vazatildeo do aparelho (litros por segundo)

382 Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

A estimativa dos consumos de aacutegua referentes agrave limpeza do preacutedio (que inclui

tambeacutem lavaccedilatildeo de paacutetios corredores sanitaacuterios e irrigaccedilatildeo de jardins) foi calculada

com base em entrevistas com os responsaacuteveis por tais atividades e natildeo por amostra

Consumo Atividade limpeza = Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega de

jardim

383 Avaliaccedilatildeo do Potencial de Economia de Aacutegua Potaacutevel

A fim de se estimar o potencial de economia proveniente da implantaccedilatildeo de um

sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial foi verificado o percentual de aacutegua potaacutevel

utilizado em fins natildeo potaacuteveis quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de agua residual pelas

evaporadoras de ar condicionado e tambeacutem foi estimado o volume ideal de

reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial

384 Percentual de Aacutegua Potaacutevel que Poderia Ser Substituiacutedo por Aacutegua Pluvial

Neste estudo considerou-se a utilizaccedilatildeo de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis em

descargas de vaso sanitaacuterio mictoacuterios irrigaccedilatildeo de jardins torneiras de usadas para

limpeza do preacutedio que tambeacutem inclui lavaccedilatildeo dos pavimentos

Atraveacutes da soma dos valores de consumo de aacutegua nas atividades consideradas

para fins natildeo potaacuteveis foi verificada a quantidade total de aacutegua potaacutevel que poderia

ser substituiacutedo por aacutegua pluvial

74

39 Reservatoacuterios de Aacutegua Pluvial

O reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial eacute um dos componentes mais

importantes de um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial o qual deve ser

dimensionado principalmente considerando os seguintes fatores demanda de aacutegua

pluvial aacutereas de captaccedilatildeo precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica e custos totais de implantaccedilatildeo

Para estimar o volume ideal do reservatoacuterio de aacutegua pluvial para o presente

estudo baseou-se nas aacutereas de cobertura da edificaccedilatildeo no consumo diaacuterio de aacutegua

em sanitaacuterios e mictoacuterios e atividades de limpeza na precipitaccedilatildeo da regiatildeo no

coeficiente de perdas e no total de aacutegua potaacutevel usada para fins natildeo potaacuteveis que

poderia ser substituiacuteda por aacutegua pluvial

310 Anaacutelise Econocircmica

Depois de verificado o potencial de economia de aacutegua potaacutevel seratildeo

verificados os custos para a implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento

de aacutegua pluvial e tambeacutem analisada sua viabilidade econocircmica

Esta anaacutelise econocircmica seraacute uma estimativa de custos que poderaacute servir como

referecircncia para novas instituiccedilotildees de ensino com padrotildees semelhantes que desejam

implantar um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial

Natildeo se tem um indicativo de que este sistema possa ser implantado no objeto

de estudo Os custos de implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de

aacutegua pluvial resumem-se em custos com obra de construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior

materiais e equipamentos necessaacuterios agrave implantaccedilatildeo

Deste modo fez-se uma planilha de quantitativos e custos dos valores

referentes a obra atraveacutes de preccedilos coletados no SINAPICEF e de materiais e

equipamentos necessaacuterios com empresas representantes e ou fabricantes

75

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA

Conforme abordado no capiacutetulo correspondente a metodologia optou-se

como um dos meios de aplicaccedilatildeo a validaccedilatildeo e investigaccedilatildeo desta metodologia

desenvolvida para uma Instituiccedilatildeo Federal de Ensino

41 Histoacuterico do Cefet-RJ

Atraveacutes de uma parceria entre o governo da Uniatildeo e o da Prefeitura do Distrito

Federal foi criada a Escola Normal de Artes e Ofiacutecios Wenceslau Braz versatildeo

primaacuteria do que vem a ser o CEFETRJ contemporaneamente Segundo CEFETRJ

(2007 paacuteg 14) os principais objetivos da escola eram de criar professores mestre e

contramestres para as instituiccedilotildees e escolas profissionais do Distrito Federal e entatildeo

Rio de Janeiro aleacutem de professores de trabalhos manuais para escolas primaacuterias do

Municiacutepio

De acordo com Maruyama (2013) apoacutes criaccedilatildeo de sua primeira forma teve

seus objetivos e estrutura atualizada transformando-se em Escola Teacutecnica Nacional

(ETN) em 1942 Jaacute em 1965 a Escola recebe nome Escola Teacutecnica Federal da

Guanabara poreacutem foi apenas em 1967 que a Escola passa a ser chamada de Escola

Teacutecnica Federal Celso Suckow da Fonseca

Hoje atraveacutes de seu histoacuterico de reconhecimento pela sociedade a Escola

Teacutecnica obteve expansatildeo geograacutefica passando a atuar com sede matriz a Unidade

Maracanatilde e demais seis outras Unidades descentralizadas pelo Rio e Janeiro (Nova

Iguaccedilu Maria da Graccedila Petroacutepolis Nova Friburgo Angra dos Reis e Itaguaiacute) e

educacional ofertando cursos regulares de ensino meacutedio educaccedilatildeo profissional

teacutecnica graduaccedilatildeo poacutes-graduaccedilatildeo aleacutem de atividades de pesquisa e de extensatildeo

411 Definiccedilatildeo de Instituiccedilotildees de Ensino Superior

De acordo com o artigo 21 da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo

Nacional (939496) a educaccedilatildeo escolar eacute formada por duas etapas principais

educaccedilatildeo baacutesica formada pela educaccedilatildeo infantil ensino fundamental e ensino meacutedio

II - educaccedilatildeo superior etapa posterior a educaccedilatildeo baacutesica cujo objetivo global eacute formal

76

profissionais e cidadatildeos aptos a exercerem suas funccedilotildees e promover o

desenvolvimento do paiacutes

A LDB (Lei 93941996) assume a coexistecircncia de instituiccedilotildees puacuteblicas e

privadas para a oferta de cursos superiores dizendo no Artigo 45 que a educaccedilatildeo

superior poderaacute ser ministrada em instituiccedilotildees de ensino superior de caraacuteter puacuteblico

ou privada com variados graus de abrangecircncia e particularizaccedilatildeo Visando

complementar a LDB e a esse artigo 7ordm do Decreto 38602001 classifica as instituiccedilotildees

de ensino superior quanto agrave sua organizaccedilatildeo acadecircmica em

Universidades - Satildeo caracterizadas pela oferta regular de atividades que

articulam trecircs principais pilares ensino de pesquisa e de extensatildeo

Centros Universitaacuterios - Os centros universitaacuterios satildeo instituiccedilotildees de

ensino superior pluri-curriculares comprovada pelo desempenho nos

cursos nas avaliaccedilotildees do MEC e que devem atender a comunidade

Centros Federais de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica - Satildeo instituiccedilotildees de ensino

superior especializados na oferta de educaccedilatildeo tecnoloacutegica nos

diferentes niacuteveis e modalidades de ensino O Centro Federal de

Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) seraacute a

instituiccedilatildeo alvo do presente estudo e se encaixa nessa classificaccedilatildeo

Faculdades Integradas faculdades institutos ou escolas superiores -

superiores orientados basicamente para o ensino satildeo voltadas para a

formaccedilatildeo de profissionais para o mercado de trabalho e natildeo se exigiratildeo

produccedilatildeo cientiacutefica e natildeo haacute exigecircncia de oferta cursos de poacutes-

graduaccedilatildeo

Por fim todas as instituiccedilotildees de ensino superior independente de sua

classificaccedilatildeo e dos cursos ofertados por estar diretamente submetidas as decisotildees do

MEC deve acatar com seus decretos e determinaccedilotildees pois estatildeo sob uma mesma

legislaccedilatildeo e regime Dentro das obrigatoriedades das IES pode ser destacado o

documento de caraacuteter estrateacutegico conhecido como Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI)

412 - Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) eacute um documento institucional

exigido pelo Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) e apresenta as principais estrateacutegicas e

77

posicionamento que a instituiccedilatildeo de ensino superior (IES) iraacute adotar em um periacuteodo

de tempo preacute-definido Eacute anaacutelogo ao Planejamento Estrateacutegico das empresas

privadas poreacutem com foco em resultados no sistema educacional processos internos

e desempenho dentro do cenaacuterio mutaacutevel da educaccedilatildeo no periacuteodo de vigecircncia

O Plano de Desenvolvimento Institucional ndash PDI eacute um documento elaborado para um periacuteodo de 5 (cinco) anos que identifica a Instituiccedilatildeo de Ensino Superior (IES) no que diz respeito agrave sua filosofia de trabalho agrave missatildeo a que se propotildee agraves diretrizes pedagoacutegicas que orientam suas accedilotildees agrave sua estrutura organizacional e agraves atividades acadecircmicas que desenvolve eou que pretende desenvolver (SAPIEnS 2007)

A lei 10861 (2004) instituiu o Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo

Superior (SINAES) Este sistema tem como objetivo buscar a melhoria da qualidade

da educaccedilatildeo superior monitorar a expansatildeo da oferta e aumento da eficiecircncia e

eficaacutecia institucional no acircmbito de ensino e impacto na sociedade Deve ser ainda um

sistema supervisor das IES no cumprimento de seus deveres institucionais como

identidade respeito a diversidade e afirmaccedilatildeo da autonomia Esta lei promoveu em

2006 a ediccedilatildeo do decreto Nordm 5773 que legitima a relevacircncia e obrigatoriedade do PDI

nas IES

O decreto Nordm 5773 (2006) descreve sobre as funccedilotildees de regulamentaccedilatildeo

acompanhamento e avaliaccedilatildeo das IES e cursos superiores de graduaccedilatildeo e

sequenciais no sistema de ensino federal No Art 15 satildeo descritas as exigecircncias para

uma instituiccedilatildeo ser credenciada ao MEC Eacute responsabilidade da IES possuir aleacutem de

documentos padratildeo como cumprimento de exigecircncias fiscais legais e regimento ou

estatuto o PDI eacute exigido devido ao seu caraacuteter de avaliaccedilatildeo de potencial capacidade

e objetivos de longo prazo como instituiccedilatildeo provedora de ensino superior O Art 16

apresenta ainda um roteiro de subsiacutedio na elaboraccedilatildeo do PDI com as exigecircncias que

o MEC determina

Neste contexto eacute possiacutevel identificar uma importante instituiccedilatildeo de ensino

superior do estado do Rio de Janeiro o Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica

Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) Uma instituiccedilatildeo com grande tradiccedilatildeo que ao

longo dos anos se diversificou alterou o escopo de ensino para ofertar de cursos de

cursos de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo direcionados para tecnologia e inovaccedilatildeo Eacute

necessaacuterio conhecer aacutes origens histoacutericos e fatores que influenciaram a consolidaccedilatildeo

do CEFETRJ para entender seu papel no cenaacuterio atual

78

413 - O PDI do CefetRJ

O Estatuto do CEFETRJ foi aprovado em 2005 pelo ministro da educaccedilatildeo

Fernando Haddad e instaurou a portaria nordm 3796 No capiacutetulo III sobre a Estrutura

Organizacional na Subseccedilatildeo VIII do Estatuto do CEFETRJ eacute estabelecida a criaccedilatildeo

da Diretoria de Gestatildeo Estrateacutegica (DIGES)oacutergatildeo responsaacutevel por conduzir o

processo de elaboraccedilatildeo validaccedilatildeo e publicaccedilatildeo dos DPI a cada quatro anos bem

como acompanhar a execuccedilatildeo dos planos e projetos definidos e ser o principal

fornecedor de informaccedilotildees sobre o desempenho da instituiccedilatildeo perante sociedade

ministeacuterio da educaccedilatildeo Uniatildeo e demais oacutergatildeos puacuteblicos a que a IES estaacute submetida

A construccedilatildeo do PDI eacute feita de maneira colaborativa e participativa por todos

os departamentos e secretarias que integram a instituiccedilatildeo Os entendimentos entre

todas as partes e consensos provisoacuterios devem ser estabelecidos para definir

objetivos comuns a todos que deveratildeo ser registrado e amplamente divulgado e

cascateado a todos os niacuteveis da instituiccedilatildeo Com isso o PDI deve ser apresentado

pela DIGES em um prazo de 150 a 60 dias agrave Comissatildeo para validar o produto final

conforme estabelecido no documento O processo deve ser concluiacutedo dentro do ano

anterior ao periacuteodo de vigecircncia do PDI em elaboraccedilatildeo

414 - Filosofia Missatildeo e Objetivos Institucionais

Os princiacutepios norteadores da filosofia satildeo expressos atraveacutes de seu Projeto

Pedagoacutegico integrando

A defesa das condiccedilotildees garantidoras de qualidade social para a educaccedilatildeo

puacuteblica viabilizada pela Rede Federal de Educaccedilatildeo Profissional Cientiacutefica e

Tecnoloacutegica em sua diversidade institucional reafirmaccedilatildeo da identidade institucional

vinculada agrave formaccedilatildeo de profissionais de diferentes niacuteveis no projeto de transformaccedilatildeo

de Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica em Universidade Tecnoloacutegica Federal

adoccedilatildeo de projetos de verticalizaccedilatildeo e integraccedilatildeo das atividades de ensino pesquisa

e extensatildeo da educaccedilatildeo baacutesica agrave poacutes-graduaccedilatildeo como caracteriacutestica metodoloacutegica

de formaccedilatildeo na aacuterea tecnoloacutegica middot consolidaccedilatildeo de poliacuteticas de ensino pesquisa e

extensatildeo que compromissadas com o desenvolvimento nacional e regional a

disseminaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimento a formaccedilatildeo de pessoas e a

responsabilidade social e eacutetica continuem a legitimar a atuaccedilatildeo institucional junto agrave

79

sociedade preservaccedilatildeo e sustentaccedilatildeo da autonomia institucional definida em lei

aperfeiccediloamento permanente dos processos de gestatildeo democraacutetica e

descentralizaccedilatildeo gerencial nas instacircncias acadecircmicas e administrativas mediante

adoccedilatildeo de estruturas colegiadas mecanismos de participaccedilatildeo de todos os segmentos

da comunidade interna socializaccedilatildeo de informaccedilotildees e transparecircncia na utilizaccedilatildeo de

recursos middot observacircncia de aspectos inerentes ao caraacuteter puacuteblico e de identidade

formadora da Instituiccedilatildeo valorizaccedilatildeo do ser humano e do trabalho respeito agrave

pluralidade e divergecircncias de ideacuteias sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza adesatildeo

agrave tecnologia a serviccedilo da promoccedilatildeo humana compromisso social diaacutelogo constante

e parcerias com instituiccedilotildeesentidades representativas da sociedade

responsabilidade funcional e eacutetica (PDI 2010)

No que se refere a sua missatildeo institucional levando-se em consideraccedilatildeo agrave RS

assumida perante a sociedade cabe ao CEFETRJ

Promover a educaccedilatildeo mediante atividades de ensino pesquisa e extensatildeo que

propiciem de modo reflexivo e criacutetico na interaccedilatildeo com a sociedade a formaccedilatildeo

integral (humaniacutestica cientiacutefica e tecnoloacutegica eacutetica poliacutetica e social) de profissionais

capazes de contribuir para o desenvolvimento cultural tecnoloacutegico e econocircmico dessa

mesma sociedade (PDI 2010)

Neste sentido seus principais objetivos satildeo

ministrar educaccedilatildeo profissional teacutecnica de niacutevel meacutedio de forma

articulada com o ensino meacutedio destinada a proporcionar habilitaccedilatildeo

profissional para diferentes setores da economia

ministrar ensino superior de graduaccedilatildeo e de poacutes-graduaccedilatildeo lato sensu

e stricto sensu visando agrave formaccedilatildeo de profissionais e especialistas na

aacuterea tecnoloacutegica

ministrar cursos de licenciatura bem como programas especiais de

formaccedilatildeo pedagoacutegica nas aacutereas cientiacutefica e tecnoloacutegica

ofertar educaccedilatildeo continuada por diferentes mecanismos visando agrave

atualizaccedilatildeo ao aperfeiccediloamento e agrave especializaccedilatildeo de profissionais na

aacuterea tecnoloacutegica

realizar pesquisa estimulando o desenvolvimento de soluccedilotildees

tecnoloacutegicas de forma criativa e estendendo seus benefiacutecios agrave

comunidade

80

promover a extensatildeo mediante integraccedilatildeo com a comunidade

contribuindo para o seu desenvolvimento e melhoria da qualidade de

vida desenvolvendo accedilotildees interativas que concorram para a

transferecircncia e o aprimoramento dos benefiacutecios e conquistas auferidos

na atividade acadecircmica e na pesquisa aplicada

estimular a produccedilatildeo cultural o empreendedorismo o desenvolvimento

cientiacutefico e tecnoloacutegico o pensamento reflexivo com responsabilidade

social (PDI 2010)

As Instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) e Meacutedio Teacutecnico satildeo autarquias

vinculadas ao Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que tem como atividade fim prover

educaccedilatildeo de qualidade e desenvolver a sociedade como um todo sempre em

consonacircncia com poliacuteticas leis e decretos vigentes As IES devem a cada quatro anos

apresentar o seu Planejamento Institucional (PDI) que eacute anaacutelogo ao Planejamento

Estrateacutegico empresarial e documento obrigatoacuterio exigido pelo MEC

Em suma o CEFETRJ eacute uma Instituiccedilatildeo que atua nos diferentes niacuteveis da

educaccedilatildeo e tem por objetivo a formaccedilatildeo de profissionais capazes de atuar intervir e

aplicar conhecimentos teacutecnicos e cientiacuteficos sem desconsiderar a dinacircmica

econocircmica e social bem como o desenvolvimento das regiotildees onde suas unidades

estatildeo inseridas

42 Sobre o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais

Para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais que satildeo produzidas

pelas unidades evaporadoras de ar condicionado foi realizado ensaios em aparelhos

com capacidades variadas utilizando uma proveta graduada para coleta com

mangueira interligada a saiacuteda do dreno da unidade evaporadora de forma a

quantificar a produccedilatildeo a cada hora para obtenccedilatildeo da media de produccedilatildeo admitindo

um padratildeo modular de 12000 BTUsh conforme figuras x

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs

81

Fonte Autor deste trabalho 2017

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca

Equipamento Split 24000 BTUs -Elgin

Hora Temperatura

( Graus Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

1230h 27 0

1330hr 23 500

1430hr 21 650

1530hr 21 630

1630hr 21 590

1730hr 21 610

1830hr 21 585

MEacuteDIA 50929

Fonte autor deste trabalho 2017

82

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores

Equipamento Split 12000 BTUs -Komeco

Hora Temperatura( Graus

Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

800h 30 0

900h 27 190

1000hr 23 250

1100hr 21 340

1200hr 21 290

1300hr 21 310

1400hr 21 285

MEacuteDIA 23786

Fonte autor deste trabalho 2017

Diferentemente do que foi encontrado na literatura obteve- se uma

media de 24905 mlhora para cada 12000 BTUs hora (British termal Units-

Unidade Teacutermica Britacircnica) variaccedilatildeo explicada pelas condiccedilotildees

psicomeacutetricas ou seja o processo de condensaccedilatildeo estaacute diretamente

relacionado a as condiccedilotildees climaacuteticas externas quanto maior a umidade

maior seraacute a quantidade de aacutegua gerada pelo processo De acordo com Mota

et al(2011) em meacutedia um ar com 12000 BTUs apresentou produccedilatildeo de

300mlhora valor proacuteximo ao encontrado por Fortes et al (2015) meacutedia de

309mlhora para unidade de mesma capacidade

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento

PAV CAPTOTAL EM BTUh

FUNCIONAMENTO

(hrdia)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(lhr)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(ldia)

T 18000 12 037 448

1ordm 650000 10 1349 13490

2ordm 676000 8 1403 11224

3ordm 806000 14 1673 23419

4ordm 786000 12 1631 19575

5ordm 676000 12 1403 16836

SOMA 3612000

84992 litros dia

Fonte Setor de manutenccedilatildeo

83

Tendo em vista a diversidade de utilizaccedilatildeo do Preacutedio Bloco E

(Bibliotecas Coordenaccedilotildees Salas de aula e Ambientes administrativos) foram

atribuiacutedos tempos de uso compatiacuteveis com o funcionamento de cada

ambiente

O reuso das aguas de condensaccedilatildeo que seriam desperdiccediladas

apresentam potencial de reuso com custo relativamente baixo cabendo

somente a interligaccedilatildeo dos drenos a rede de captaccedilatildeo de aguas pluviais

conforme pode ser observado na figura 15 e reservatoacuterio para que esta seja

usada para fins natildeo potaacuteveis

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP

84

Aacuterea de Coleta de agua de chuva

Para estimar o volume do reservatoacuterio foi necessaacuterio o calculo da aacuterea que seraacute

utilizada para captaccedilatildeo das aguas pluviais que foi considerada a aacuterea de cobertura do

bloco E figura 16 que e composta de telhas trapezoidais em accedilo galvanizado

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E

De acordo com a NBR 15527 a aacuterea de captaccedilatildeo para dimensionamentos eacute a

aacuterea em metros projetada na horizontal da superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde

a aacutegua da chuva eacute captada (ABNT 2007)

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E

PREacuteDIO AacuteREA ( msup2 )

BLOCO E 134670

TOTAL 134670

Fonte Autor do presente trabalho

Segundo Tomaz (2015) haacute uma variaccedilatildeo entre o volume de aacutegua precipitado e

o volume que seraacute coletado O coeficiente de Runoff ou coeficiente de escoamento

superficial eacute a relaccedilatildeo entre o volume de aacutegua de chuva que escoa superficialmente

e o volume total de aacutegua precipitada no telhado que iraacute variar de acordo com a

superfiacutecie conforme quadro 9

85

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff

Tipo de telha Coeficiente de Runoff

Ceracircmica 08 a 09

Ceracircmica esmaltada 09 a 095

Corrugada metaacutelica 08 a 09

Cimento amianto 08 a 09

Plaacutestico 09 a 095 Fonte TOMAZ (2015)

Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rio que foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca A estaccedilatildeo

estaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm57 185S longitude 43ordm14 538W A

escolha desta estaccedilatildeo meteoroloacutegica se deu pela proximidade do CEFET-RJ e por

possuir grande volume de informaccedilatildeo armazenado pelo Sistema Alerta Rio Os dados

fornecidos incluem informaccedilotildees sobre precipitaccedilotildees no periacuteodo de 01012007 a

31122015 Conforme pode ser observado na tabela x

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

REGIME DE CHUVA

Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica_ Jan 2007Dezembro 2015 (ml)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 MEacuteDIA

JAN 127 1856 2724 2202 1036 180 3538 288 788 19378

FEV 1176 1248 1222 624 874 144 834 304 848 9093

MAR 142 2466 944 3386 1496 91 358 986 1368 19098

ABR 1182 2186 2372 4962 3174 1008 85 177 1184 23360

MAI 202 736 552 898 1714 996 1692 458 40 11833

JUN 67 62 732 712 398 1478 426 106 1312 9260

JUL 166 448 1098 127 466 466 1718 1006 134 10333

AGO 178 1458 582 328 362 206 222 484 104 4905

86

Fonte Sistema Alerta Rio

Potencial de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Para a determinaccedilatildeo do volume que pode ser aproveitado foi utilizado a aacuterea

de cobertura do preacutedio estudado a meacutedia das precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de

janeiro de 2007 a dezembro de 2015 bem como o coeficiente de runoff de 090 em

funccedilatildeo do material existente na cobertura utilizou-se a metodologia aplicada por Ghisi

et al (2017) e Lina et al (2011) desta forma foi calculado atraveacutes da equaccedilatildeo abaixo

e demonstrado no quadro 10

V= PAC1000

Onde V= volume mensal de chuva em m3

A=aacuterea total de captaccedilatildeo em m3

C= coeficiente de runoff

1000= fator de conversatildeo para m3

SET 394 1118 1322 582 572 1246 75 474 130 9698

OUT 2076 92 2256 1756 1382 744 888 542 32 13605

NOV 2202 2048 1292 1082 33 1198 1384 822 1974 15415

DEZ 2506 1284 4622 2876 1726 282 221 404 804 20893

15476 16388 19718 20678 1353 10478 18092 8598 10536

87

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua

POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AacuteGUA DE CHUVA

BLOCO E

MEcircS PRECIPITACcedilAtildeO MEacuteDIA

MENSAL AacuteREA COBERTURA

COEFICIENTE DE RUNOFF

VOLUME APROVEITAacuteVEL (m sup3)

JAN 19378 13467 09 23486

FEV 90925 13467 09 1102

MAR 19098 13467 09 23147

ABR 2336 13467 09 28313

MAI 118325 13467 09 14341

JUN 926 13467 09 11223

JUL 103325 13467 09 12523

AGO 4905 13467 09 5945

SET 96975 13467 09 11754

OUT 13605 13467 09 1649

NOV 15415 13467 09 18683

DEZ 208925 13467 09 25322 TOTAL ANUAL 202248

Fonte O autor do presente trabalho

Foram utilizadas as meacutedias de precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de 2007 a

2015 e observa-se que o mecircs de agosto com menor iacutendice de precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica para a seacuterie histoacuterica

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados todos os banheiros existentes no

preacutedio estudado verificando vazamentos tipos de torneira vasos sanitaacuterios e

mictoacuterios e foram identificadas torneiras temporizadas nos lavatoacuterios e mictoacuterios que

apresentavam tempo excessivo para fechamento as mesmas foram reguladas pela

equipe de manutenccedilatildeo e instalados redutores de vazatildeo Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua que poderiam ser substituiacutedas por

agua natildeo potaacutevel

88

Definiccedilatildeo da populaccedilatildeo do preacutedio estudado

Para definiccedilatildeo da demanda do preacutedio estudado se fez necessaacuterio determinar a

populaccedilatildeo que utiliza o bloco E objeto do estudo de caso quantificando a meacutedia diaacuteria

de docentes teacutecnicos administrativos discente e tercerizados conforme quadro 11

Quadro 11 - Populaccedilao

POPULACcedilAtildeO BLOCO E

POPULACcedilAtildeO DIAS DA SEMANA

TOTAL SEG TERCcedilA QUARTA QUINTA SEXTA

Professores 75 75 75 75 75 375

Teacutecnicos Administrativo 135 135 135 135 135 675

Alunos 1150 1150 1150 1150 1150 5750

Visitantes da Biblioteca 80 80 80 80 80 400

Terceirizados 10 10 10 10 10 50

TOTAL 1450 1450 1450 1450 1450

Fonte O autor do presente trabalho

Com a determinaccedilatildeo da meacutedia de utilizaccedilatildeo da populaccedilatildeo foi verificado na

literatura as demanda encontradas por diversos autores

Segundo Gonccedilalves (2002 ) apud Silva (2004) edifiacutecios puacuteblicos e escolas tipo

externato possuem demanda diaacuteria na ordem de 50lpessoa dia

Kamers (2004) em seu estudo de 10 edifiacutecios puacuteblicos na cidade de

Florianoacutepolis encontrou demanda de 367 lpessoa dia

Marinoski (2008) obteve demanda de 155 lpessoa dia para fins natildeo potaacuteveis

em uma instituiccedilatildeo de niacutevel superior na cidade de Florianopolis-SC

Salla et al(2013)encontrou demanda de 20 a 30 laluno dia em um bloco de

salas de aula da UFU

Em funccedilatildeo das variaccedilotildees apresentadas na literatura e pelo preacutedio objeto do

estudo natildeo apresentar micromediccedilatildeo ou seja a entrada da concessionaacuteria CEDAE

atende diversas edificaccedilotildees na instituiccedilatildeo adotou-se questionaacuterio de forma a

quantificar a demanda dos equipamentos sanitaacuterios possiacuteveis de acordo com a

legislaccedilatildeo de utilizaccedilatildeo de aguas pluviais

43 Anaacutelise dos Resultados das entrevistas realizadas

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

89

CEFET-RJ questionaacuterios que se encontram no apecircndice A B e C com a finalidade de

descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho de forma a quantificar o consumo de

agua potaacutevel nos equipamentos

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com

utilizaccedilatildeo da foacutermula de caacutelculo amostral Chegou-se a uma amostra de 304 Foram

distribuiacutedos 400 questionaacuterios dos quais retornaram 320 o que gerou os graacuteficos

abaixo para determinaccedilatildeo do numero de vezes e tempo de uso dos equipamentos

sanitaacuterios

Caacutelculo de utilizaccedilatildeo da bacia sanitaacuteria

Foi considerado a utilizaccedilatildeo por cinco dias semanais no caso adotado 20 dias

uteis e utilizada a vazatildeo de 170 litros segundo no caso das bacias sanitaacuterias e 015

litrossegundo para mictoacuterios segundo a NBR 56261998

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

Onde

C Meacutedio = consumo meacutedio

Fi = nuacutemero de vezes de utilizaccedilatildeo

Ti = tempo em segundos por acionamento

Q = vazatildeo de acordo com a norma

90

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Populaccedilatildeo diaacuteria 1450

Nuacutemero de acionamentos descarga bacia sanitaacuteria

1 vez 16 1450 usuaacuterios 1 vez = 232 vezes

2 vezes 16 1450 usuaacuterios 2 vezes = 464 vezes

3 vezes 30 1450 usuaacuterios 3 vezes = 1305 vezes

4 vezes 14 1450 usuaacuterios 4 vezes = 802 vezes

5 vezes 5 1450 usuaacuterios 5 vezes = 362 vezes

6 vezes 4 1450 usuaacuterios 6 vezes = 348 vezes

7 vezes 5 1450 usuaacuterios 7 vezes = 507 vezes

Total de acionamentos 4031

91

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de bacia sanitaacuteriadia

1 seg 5 4031 1 17 = 342

2 seg 12 4031 2 17 = 822

3 seg 13 4031 3 17 = 890

4 seg 12 4301 4 17 = 822

5 seg 22 4031 5 17 = 150

6 seg 11 4031 6 17 = 753

7 seg 4 4031 7 17 = 274

8 seg 8 4031 8 17 = 548

9 seg 5 4031 9 17 = 342

10 seg 3 4031 10 17 = 205

Logo o consumo meacutedio das bacias sanitaacuterias foi de 6510dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 130200Lmecircs ou 1302m3

92

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Nuacutemero de acionamentos de descarga mictoacuterio

1 vez 14 870 usuaacuterios 1 vez = 121

2 vezes 10 870 usuaacuterios 2 vezes = 174

3 vezes 21 870 usuaacuterios 3 vezes = 548

4 vezes 26 870 usuaacuterios 4 vezes = 904

5 vezes 12 870 usuaacuterios 5 vezes = 522

6 vezes 2 870 usuaacuterios 6 vezes = 174

7 vezes 2 870 usuaacuterios 7 vezes = 121

8 vezes 3 870 usuaacuterios 8 vezes = 208

Total de acionamentos 2772

93

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de mictoacuteriodia

1 seg 5 2772 1 015 = 20

2 seg 12 2772 2 015 = 99

3 seg 13 2772 3 015 = 162

4 seg 12 2772 4 015 = 99

5 seg 22 2772 5 015 = 457

6 seg 11 2772 6 015 = 274

7 seg 4 2772 7 015 = 116

8 seg 8 2772 8 015 = 260

9 seg 9 2772 9 015 = 187

10 seg 3 2772 10 015 = 124

Logo o consumo meacutedio de mictoacuteriodia foi de 1804dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 36080mecircs ou 3608m3

Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

As informaccedilotildees foram prestadas pelos responsaacuteveis pela limpeza interna e

externa atraveacutes dos questionaacuterios aplicados

Consumo Atividade de limpeza=Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega

de jardim

Consumo de atividades de limpeza = 1104 m3 mensal

94

Consumo per capta de uso natildeo potaacutevel 86821450 = 598 litrosdia

Dimensionamento do reservatoacuterio de aguas pluviais

Segundo a Norma Brasileira NBR 155272007 satildeo apresentados 6 meacutetodos

de dimensionamento de reservatoacuterios cabendo ao projetista a escolha do meacutetodo

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo onde o volume do

reservatoacuterio seraacute o menor valor entre 6 do volume de captaccedilatildeo de agua pluvial anual

e 6 da demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Vx006

V adotado = miacutenimo Dx006

Onde

V adotado= volume do reservatoacuterio

V= volume aproveitaacutevel anual de agua de chuva

D= demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Demanda anual por agua natildeo potaacutevel

Limpeza 1104 m3mecircs x 12= 13248 m3

Vaso sanitaacuterio 1302 m3mecircs x 12 = 156240m3

Mictoacuterio 3608m3mesx12 = 43296 m3

Total 17732 m3mecircs 12= 212784 m3

Volume aproveitaacutevel de aguas pluviais = 202248 m3

V adotado= V x006 = (202248x006) = 12134m3

V adotado= D x006= (212784x006) = 12767m3

Tendo em vista os resultados apresentados adotou-se um reservatoacuterio inferior

com capacidade de 120000 litros em concreto armado conforme projeto no apecircndice

D tendo como base a Planta Baixa apresentado na figura 17 E de acordo com a

demanda diaacuteria foi definido reservatoacuterio superior em polietileno com capacidade de

5000 litros

95

Figura 17 - Planta baixa

FonteO autor do presente trabalho

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria

Fonte Adaptada pelo autor do presente trabalho do Sistema Orccedila fascio

96

Item Coacutedigo Banco Descriccedilatildeo Tipo Und Quant Valor

Unit

Valor Unit

com BDI

Total

1 Movimento de Terra 190190

11 72917 SINAPI

ESCAVACAO MECANICA DE VALA EM MATERIAL 2A

CATEGORIA DE 201 ATE 400 M DE PROFUNDIDADE COM

UTILIZACAO DE ESCAVADEIRA HIDRAULICA

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 13000 1198 1463 190190

2 Remoccedilotildees 862616

21 72897 SINAPICARGA MANUAL DE ENTULHO EM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 23800 2346 2864 681632

22 72900 SINAPI

TRANSPORTE DE ENTULHO COM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3 RODOVIA PAVIMENTADA DMT 05 A

10 KM

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 16800 535 653 109704

23 93377 SINAPI

REATERRO MECANIZADO DE VALA COM

RETROESCAVADEIRA (CAPACIDADE DA CACcedilAMBA DA

RETRO 026 Msup3 POTEcircNCIA 88 HP) LARGURA DE 08 A

15 M PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M COM SOLO (SEM

SUBSTITUICcedilAtildeO) DE 1ordf CATEGORIA EM LOCAIS COM ALTO

NIacuteVEL DE INTERFEREcircNCIA AF_042016

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 7200 811 990 71280

3 Estrutura 6177729

31 95241 SINAPI

LASTRO DE CONCRETO E = 5 CM PREPARO

MECAcircNICO INCLUSOS LANCcedilAMENTO E ADENSAMENTO

AF_07_2016

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 5000 2404 2935 146750

32 5970 SINAPIFORMA TABUA PARA CONCRETO EM FUNDACAO C

REAPROVEITAMENTO 2X

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 22000 6684 8161 1795420

33 94052 SINAPI

ESCORAMENTO DE VALA TIPO DESCONTIacuteNUO COM

PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M LARGURA MAIOR OU

IGUAL A 15 M E MENOR QUE 25 M EM LOCAL COM NIacuteVEL

ALTO DE INTERFEREcircNCIA AF_062016

ESCO -

ESCORAMENTOmsup2 7000 3602 4398 307860

34 83515 SINAPI

ESCORAMENTO FORMAS DE H=330 A 350 M COM

MADEIRA 3A QUALIDADE NAO APARELHADA

APROVEITAMENTO TABUAS 3X E PRUMOS 4X

ESCO -

ESCORAMENTOmsup3 12000 1500 1832 219840

35 90861 SINAPI

CONCRETAGEM DE EDIFICACcedilOtildeES (PAREDES E LAJES)

FEITAS COM SISTEMA DE FOcircRMAS MANUSEAacuteVEIS COM

CONCRETO USINADO BOMBEAacuteVEL FCK 20 MPA

LANCcedilADO COM BOMBA LANCcedilA - LANCcedilAMENTO

ADENSAMENTO E ACABAMENTO AF_062015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup3 3050 40775 49786 1518473

36 92921 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 125 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 15300 779 951 145503

37 92919 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 100 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 2800 976 1192 33376

38 92917 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 80 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 68700 1217 1486 1020882

39 92916 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 63 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 60900 1331 1625 989625

Descriccedilatildeo do Orccedilamento Bancos Utilizados BDI Encargos Sociais

CONSTRUCcedilAtildeO DE CISTERNA SINAPI - 072017 - RJ

ORSE - 062017 - SE

SEDOP - 042017 - PA

SEINFRA - 024 - CE

SICRO2 - 112016 - RJ

SETOP - 072017 - MG

IOPES - 052017 - ES

SIURB - 012017 - SP

SUDECAP - 032017 - MG

FDE - 042017 - SP

CPOS - 072017 - SP

AGETOP CIVIL - 102016 -

GO

CAEMA - 052016 - MA

2210 00 - Natildeo Desonerada

Total Geral R$ 7230535

Planilha Orccedilamentaacuteria Sinteacutetica

Total sem

BDI

R$ 5921991

Total do BDI R$ 1308544

97

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio

Fonte O autor do presente trabalho

ANAacuteLISE DE SIMULACcedilAtildeO DO RESERVATOacuteRIO

Coeficiente de runoff (CR) = 09

Volume do reservatoacuterio (msup3) = 120

Meses Chuva meacutedia mensal

Demanda mensal

Aacuterea de captaccedilatildeo

Volume de chuva

mensal

Volume do reservatoacuterio

fixado

Volume do reservatoacuterio

no tempo (t-1)

Volume do reservatoacuterio no tempo (t)

Overflow Suprimento de aacutegua externo

(mm) (msup3) (msup2) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3)

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7 Coluna 8 Coluna 9 Coluna 10

Janeiro 19378 17732 13467 235 120 0 120 0 0

Fevereiro 9093 17732 13467 110 120 120 5268 0 0

Marccedilo 19098 17732 13467 231 120 5268 10636 0 0

Abril 2336 17732 13467 283 120 10636 120 9204 0

Maio 11833 17732 13467 143 120 120 8568 0 0

Junho 926 17732 13467 112 120 8568 2036 0 0

Julho 10332 17732 13467 125 120 2036 -3196 0 3196

Agosto 4905 17732 13467 59 120 0 -11832 0 11832

Setembro 9698 17732 13467 118 120 0 -5932 0 5932

Outubro 13605 17732 13467 165 120 0 -1232 0 1232

Novembro 15415 17732 13467 187 120 0 968 0 0

Dezembro 20893 17732 13467 253 120 968 8536 0 0

Total 16687 212784 2021 9204 22192

98

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo na conta como pode ser

observado no apendice E pois satildeo realizadosdiversas atividades como lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de feacuterias

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha

Fonte O autor do presente trabalho 2017

Foi realizada analise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio com base na capacidade

encontrada atraveacutes do metodo praacutetico alematildeo 12000 m3 onde pode-se observar

overflow (transbordamento) de 9204 m3 para o mecircs de abril e necessidade de

suprimento de agua externo da concessionaria CEDAE para os meses julho a outubro

perfazendo um total 22192m3 Tendo em vista um uacutenico mecircs de transbordamento e

4 meses de necessidade de abastecimento externo verificou-se que o aumento do

reservatoacuterio para evitar o transbordamento poderia inviabilizar o projeto com o

aumento do custo de construccedilatildeo e o reservatorio ficaria ocioso tendo em vista a

precipitaccedilatildeo pluviometrica insuficiente para o atendimento pleno da demanda nos

meses de julho a outubro

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo significativa no consumo

como pode ser observado no apecircndice E pois satildeo realizados lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de ferias

Coluna 1 = Meses

Coluna 2 = Intensidade pluviomeacutetrica mensal

Coluna 3 = Demanda mensal de aacutegua pluvial da edificaccedilatildeo

Coluna 4 = Aacuterea de captaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Coluna 5 = (Coluna 2) x (Coluna 4) x (Coeficiente de runoff) (100)

Coluna 6 = Corresponde ao volume definido para o reservatoacuterio

Coluna 7 = Se (Coluna 8 mecircs anterior) for menor que zero adotar zero

Se (Coluna 8 mecircs anterior) for maior ou igual a zero adotar o valor

Valor de janeiro igual a zero

Coluna 8 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for maior que (Coluna 6) adotar o valor da (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3)

Valor de janeiro igual o volume do reservatoacuterio

Coluna 9 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for maior que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna3) - (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar zero

Coluna 10 = Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for menor que zero adotar -((Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3))

Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for igual ou maior que zero adotar zero

Descriccedilatildeo da planilha

99

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior

A localizaccedilatildeo para construccedilatildeo do reservatoacuterio de aguas pluviais foi realizada

com base no menor nuacutemero de intervenccedilotildees uma vez que as caixas de inspeccedilotildees jaacute

se encontram instaladas e houve apenas a interceptaccedilatildeo para o reservatoacuterio e desvio

de interligaccedilatildeo a rede publica para recebimento do excedente e material dispensado

pelo filtro e ou sifatildeo ladratildeo

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais

Elaborado pelo autor deste trabalho com base equipamentos 3p tecnickacquasave

100

Equipamentos utilizados com suas funccedilotildees e caracteriacutesticas

Filtro FV 6 Filtro de aacutegua da chuva para aacutereas de captaccedilatildeo maiores Precisa

ser instalado dentro um poccedilo teacutecnico (Oslash 1200 mm) Graccedilas a seu sistema duplo de

limpeza (peneira grossa depois fina) ele possui uma significativa eficaacutecia em funccedilatildeo

da forte inclinaccedilatildeo do miolo filtrante a sujeira separada eacute continuamente encaminhada

para a galeria pluvial A saiacuteda para a galeria eacute conectada ao poccedilo teacutecnico

A sujeira cai no fundo do poccedilo e eacute carregada quando chove mais forte

Capacidade relativa de processamento conforme norma DIN 1986 de ateacute 2433 msup2

com uma precipitaccedilatildeo de 300 litros (seg x ha)Conexatildeo Entrada 2 x DN 250 Conexatildeo

p cisterna DN 200 Saiacuteda para a galeria DN 250 Desniacutevel da entrada para a saiacuteda da

aacutegua 320 mm Frequecircncia de manutenccedilatildeo conforme a incidecircncia de sujeira 2 a 4

vezes ao ano Trama da tela 0390 x 0980 mm Peacutes hastes roscadas com porcas de

accedilo inox medindo 250 mm Peso 395 kg

Conjunto mangueira boia 1rdquo por estar flutuando proporciona a captaccedilatildeo da

aacutegua no ponto do reservatoacuterio em que estaacute mais limpa evitando a captaccedilatildeo de

resiacuteduos decantados no fundo da cisterna ou em suspensatildeo na superfiacutecie da aacutegua

Possui uma segunda peneira em sua extremidade garantindo assim que nenhum

resiacuteduo existente possa ser sugado e enviado para o reservatoacuterio superior Diacircmetro

da boia 200 mm Comprimento 25 metros Conexatildeo 1 Peso 32 kg

Realimentador 1-12 - Industrial O realimentador tem por finalidade manter o

abastecimento de aacutegua do sistema pluvial quando natildeo houver aacutegua de chuva Uma

vaacutelvula solenoide unidirecional comandada por uma boia de niacutevel libera a entrada de

aacutegua da rede para que o sistema natildeo entre em colapso A boia de niacutevel deve ser

regulada de modo a liberar a entrada de aacutegua somente num niacutevel baixo da cisterna

natildeo interferindo no funcionamento regular do sistema de aacutegua de chuva ou seja sua

regulagem deve ser ajustada para funcionamento somente quando a caixa ou a

cisterna estiver em niacuteveis baixos quando a bomba que recalca a aacutegua de chuva natildeo

eacute mais acionada

Sifatildeo ladratildeo industrial 200 mm Sifatildeo com barreira contra odores e succcedilatildeo da

aacutegua na superfiacutecie sem invasatildeo de roedores que satildeo barrados pela chapa perfurada

de accedilo inox Para a qualidade constante da aacutegua eacute importante que a cisterna

transborde regularmente o sifatildeo ind DN 200 eacute conectado por um tubo plaacutestico de 200

101

mmconexatildeo 200 mmmaterial polietilenobarreira antirroedores accedilo inox dimensotildees

375 x 659 x 765 mm Peso 75 kg

Freio Drsquoaacutegua Industrial 200 mm O produto serve para frear e inverter o fluxo da

aacutegua que entra na cisterna Partiacuteculas finas de sujeira que ficaram retidas na aacutegua

lentamente descem para o fundo e uma camada de sedimentos se cria que exerce

uma influecircncia positiva sobre a aacutegua de chuva armazenada Cisternas com uma

camada de sedimentos apresentam uma aacutegua mais liacutempida

Clorador acquanova com funcionamento em circuito fechado com proteccedilatildeo

contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo interno 320 pastilhas variando de 0640 kg

com vazatildeo de operaccedilatildeo lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Conjunto de 02 bombas centrifugas monoestaacutegio BC 91- rotor fechado em

atendimento a altura manomeacutetrica total de 20 metros e vazatildeo de 53 m3h compatiacutevel

com o reservatoacuterio superior de 5000 litros

Tratamento quiacutemico mensal da agua pluvial

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR 152227

recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgl e 30 mgl em qualquer

ponto do sistema de abastecimento neste estudo de caso foi previsto dosador de

cloro em pastilhas que apresenta consumo de 9 gramasm3 com estimativa de

consumo mensal de de 1742 gramasmecircs para a quantidade de agua a ser recalcada

de 8800 litros dia sendo os ajustes de vazatildeo a serem realizados atraveacutes da equipe

de manutenccedilatildeo de forma manual atraveacutes dos ajustes de registros que seratildeo

realizados em funccedilatildeo dos valores aferidos pelo kit de dosagem de cloro residual e

comparados a norma citada

Avaliaccedilatildeo do percentual de economia de agua potaacutevel nas atividades de

limpeza jardinagem bacias sanitaacuterias e mictoacuterios

Potencial de captaccedilatildeo de agua de chuva + potencial de produccedilatildeo de agua por

condensaccedilatildeo das unidades evaporadores- overflow= total de aguas utilizaveis em

usos menos nobres

202248m3 + 19200m3 - 9204 m3 = 212244 m3 total utilizavel

Demanda anual para uso natildeo potavel = 212784 m3

Percentual de economia de agua potavel = 9974

Os valores abaixo apresentam o custo por m3 do preccedilo cobrado pela

concessionaria CEDAE para o consumo de agua da rede publica

102

Custo de agua por faixa de consumo categoria publica

Consumo m3 valor

0 a 15 51036364

gt 15 11289924

Beneficio mensal com reduccedilatildeo de custo na conta de agua

A instituiccedilatildeo em estudo estaacute ligada agrave rede puacutebica de coleta de

esgoto portanto o custo de aacutegua tratada foi acrescido com o custo de

coleta de esgoto O custo de coleta de esgoto e idecircntico ao custo da agua

potaacutevel conforme pode ser observado no apecircndice F

total utilizavel ano12= 212234 m3 12 = 17686 m3

17686x 11289924 x 2= R$ 399347 mensal

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais

Equipamentos Quant Custo Vida Uacutetil

Reservatoacuterio Inferior 120000L Reservatoacuterio Superior 5000L Filtro Aquasave VF6 250mm Conjunto Flutuante de succcedilatildeo (Mangueira e boia) Realimentador 1 12rsquorsquo Sifatildeo ladratildeo 200mm Freio drsquoaacutegua 200mm Automaacuteticos superior e inferior Moto Bomba 1 cv Conexotildees pvc fios e disjuntores referente as instalaccedilotildees das bombas e prumadas de abastecimento (custo estimado 5) Clorador

01

01

Cj

02

02

Cj

01

R$ 7230535 R$ 179000 R$ 1414958 R$ 4800 R$ 198200 R$ 456324 R$ 99000

ge 50 anos 5 anos 10 anos 1 ano 2 anos 20 a 25 2 anos

Total R$ 9582817

Os custos de implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial para

posterior anaacutelise de viabilidade econocircmica Estes custos satildeo relativos aos gastos para

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior aquisiccedilatildeo de materiais equipamentos

Dentre os custos apresentados foi considerado somente matildeo de obra na

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior conforme pode ser observado na planilha

orccedilamentaria sinteacutetica na instalaccedilatildeo dos demais equipamentos e manutenccedilatildeo foi

103

considerada matildeo de obra da proacutepria da instituiccedilatildeo uma vez que a mesma conta com

equipe de manutenccedilatildeo hidraacuteulica e eleacutetrica bem como natildeo foi considerado custo de

energia eleacutetrica pois a altura de recalque e semelhante a da agua tratada

consequentemente natildeo implicando em acreacutescimos a conta de energia

Anaacutelise econocircmica

A anaacutelise econocircmica procura determinar as possibilidades de sucesso em

funccedilatildeo do tempo de retorno do investimento econocircmico e financeiro quanto maior o

payback maior o tempo necessaacuterio para que o investimento retorne e maiores os

riscos envolvidos

Tempo de retorno do investimento

Com base nos dados das estimativas de custos de implantaccedilatildeo foi possiacutevel

estimar o tempo de retorno do investimento inicial

Subtraindo a economia mensal acumulada resultante da implantaccedilatildeo do

sistema de aproveitamento de aacutegua da chuva dos custos de implantaccedilatildeo obteve-se

o balanccedilo financeiro mensal

De acordo com o balanccedilo financeiro em 24 meses corridos o total economizado

iraacute se equipara ao total investido utilizando do Payback Simples pode ser observado

para o Payback descontado um retorno em 28 meses considerando uma taxa mensal

de 1 que na atualidade eacute utilizada para remuneraccedilatildeo de fundos de renda fixa

104

Tabela 5 - Payback simples

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Meses Investimento Fluxo de caixa Retorno Acumulado

0 9582817R$

1 399347R$ 41673 41673

2 399347R$ 41673 83346

3 399347R$ 41673 125020

4 399347R$ 41673 166693

5 399347R$ 41673 208366

6 399347R$ 41673 250039

7 399347R$ 41673 291713

8 399347R$ 41673 333386

9 399347R$ 41673 375059

10 399347R$ 41673 416732

11 399347R$ 41673 458406

12 399347R$ 41673 500079

13 399347R$ 41673 541752

14 399347R$ 41673 583425

15 399347R$ 41673 625099

16 399347R$ 41673 666772

17 399347R$ 41673 708445

18 399347R$ 41673 750118

19 399347R$ 41673 791791

20 399347R$ 41673 833465

21 399347R$ 41673 875138

22 399347R$ 41673 916811

23 399347R$ 41673 958484

24 399347R$ 41673 1000158

Payback Simples

105

Tabela 6 - Payback descontado

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Tx Fundo Renda Fixa 1

Meses Investimento Fluxo de caixa VP VP VP ACUMULADO

0 9582817R$

1 399347R$ 395393R$ 41261 41261

2 399347R$ 391478R$ 40852 82113

3 399347R$ 387602R$ 40448 122560

4 399347R$ 383765R$ 40047 162608

5 399347R$ 379965R$ 39651 202258

6 399347R$ 376203R$ 39258 241516

7 399347R$ 372478R$ 38869 280386

8 399347R$ 368790R$ 38485 318870

9 399347R$ 365139R$ 38103 356974

10 399347R$ 361524R$ 37726 394700

11 399347R$ 357944R$ 37353 432053

12 399347R$ 354400R$ 36983 469036

13 399347R$ 350891R$ 36617 505652

14 399347R$ 347417R$ 36254 541906

15 399347R$ 343977R$ 35895 577802

16 399347R$ 340572R$ 35540 613341

17 399347R$ 337200R$ 35188 648529

18 399347R$ 333861R$ 34840 683369

19 399347R$ 330555R$ 34495 717864

20 399347R$ 327283R$ 34153 752017

21 399347R$ 324042R$ 33815 785832

22 399347R$ 320834R$ 33480 819312

23 399347R$ 317657R$ 33149 852460

24 399347R$ 314512R$ 32820 885281

25 399347R$ 311398R$ 32495 917776

26 399347R$ 308315R$ 32174 949950

27 399347R$ 305262R$ 31855 981805

28 399347R$ 302240R$ 31540 1013345

Payback Descontado

106

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na metodologia adotada conclui-se que a utilizaccedilatildeo de aguas pluviais para fins

natildeo potaacuteveis atraveacutes da captaccedilatildeo da cobertura do bloco E e de aguas residuais

provenientes de condensadores de aparelhos de ar condicionado gerou uma

economia mensal R$ 399347 mecircs (Trecircs mil novecentos e noventa e trecircs reais e

quarenta e sete centavos) de reduccedilatildeo na conta de aacutegua

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos custos referentes a implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais foi realizado o Payback Simples e descontado com

utilizaccedilatildeo da taxa de 1 am obtendo-se periacuteodo de retorno do investimento de 24

meses e 28 meses respectivamente periacuteodo relativamente curto e no desenvolvimento

do presente trabalho ficou comprovada a viabilidade teacutecnica e econocircmica

Foi verificado no desenvolvimento do presente projeto que as teacutecnicas para

aproveitamento de aguas pluviais podem ser associadas ao aproveitamento de aguas

cinzas e possiacuteveis de serem adotadas pela populaccedilatildeo de modo geral atraveacutes de

poliacuteticas puacuteblicas reduzindo-se os custos dos equipamentos necessaacuterios de forma a

incentivar o uso

A adoccedilatildeo de tecnologias de reaproveitamento ou reuso ao serem utilizadas em

instituiccedilotildees de ensino servem como exemplo de postura ambientalmente correta para

os problemas de ocupaccedilatildeo e impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos centros

urbanos aleacutem de estimular a educaccedilatildeo ambiental e os conceitos de sustentabilidade

criando multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo do meio ambiente

A pesquisa bibliograacutefica na parte que trata do histoacuterico de reuso demonstrou

que o aproveitamento de aguas pluviais era utilizado por civilizaccedilotildees anteriores a

nossa era e que diversos paiacuteses do mundo na atualidade continuam a utilizar e

incentivar a populaccedilatildeo atraveacutes de poliacuteticas puacuteblicas

Dentre os custos referentes a implantaccedilatildeo do SAAP pode ser observado que o

reservatoacuterio inferior apresenta maior investimento cabendo ao projetista avaliar

atraveacutes de anaacutelise de simulaccedilatildeo o volume de transbordamento e volume de

suprimento externo de agua de forma a otimizar a utilizaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica da regiatildeo sem contudo inviabilizar o projeto financeiramente atraveacutes

do superdimensionamento do reservatoacuterio

Finalmente em caso de utilizaccedilatildeo do SAAP como alternativa a rede de

abastecimento da concessionaria cabe ao gestor a orientaccedilatildeo aos usuaacuterios bem

107

como a identificaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e pontos de uso por meio de pintura na cor roxa

das tubulaccedilotildees e placas indicativas nos pontos de uso

51 Propostas para trabalhos futuros

Apoacutes a conclusatildeo do presente trabalho seguem as sugestotildees para trabalhos

futuros abaixo relacionados

Realizar estudos referentes aos diversos meacutetodos de dimensionamento de

reservatoacuterio citados segundo a Norma Brasileira NBR 155272007ABNT e avaliar o

meacutetodo que apresenta melhor desempenho em funccedilatildeo do iacutendice de precipitaccedilatildeo do

Estado do Rio de Janeiro

Elaborar estudos para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas residuais que

satildeo produzidas pelas unidades evaporadoras de ar condicionado com ensaios em

todas as estaccedilotildees do ano de forma a verificar a variaccedilatildeo de produccedilatildeo de condensaccedilatildeo

em diversas condiccedilotildees climaacuteticas externas

Produzir estudos de aproveitamento de aacuteguas pluviais verificando todas as

coberturas existentes na instituiccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzas

Realizar analise da qualidade da aacutegua pluvial e estudo de possiacuteveis

tratamentos para utilizaccedilatildeo como agua potaacutevel com verificaccedilatildeo de viabilidade

financeira

108

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ADHAM FBet AL Anaacutelise de Viabilidade Econocircmica de Povoamentos de

Tectona Grandis Submetidos a Desbaste no Mato Grosso Cerne v 17 n4 p

583-592 Lavras BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede 2011

ALADENOLA O O AND ADEBOYE OB Assessing the Potential for Rainwater

Harvesting Water Resources Management 009-9542-y December 2009

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2007

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ANA - Agecircncia Nacional de Aacuteguas (2015) Relatoacuterio de conjuntura dos recursos

hiacutedricos no Brasil ndash Informe 2014 Acesso em 30 abr 2015

ANA - Agecircncia Nacional de Aacuteguas (2015) Relatoacuterio de conjuntura dos recursos

hiacutedricos no Brasil Disponiacutevel em httpwww2anagovbr Acesso em 30 de abril de

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ANA - AGENCIA NACIONAL DE AacuteGUAS Conservaccedilatildeo e Reuso da Aacutegua em

Edificaccedilotildees Satildeo Paulo Prol Editora Graacutefica Jun 2005 152p

Andrade V H et al Estimativa de Economia no Gasto com Aacutegua Quando do

Aproveitamento de Aacutegua Pluviais para Fins natildeo Potaacuteveis na Regiatildeo Amazocircnica

em JI-Paranaacutendash Rocircndonia

109

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121

APEcircNDICE A

Questionaacuterio 1

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bloco E

( ) Alunos ( ) Servidores ( ) Professores ( ) Teacutecnico Administrativo

Gecircnero ( ) Masculino ( ) Feminino

1) Nuacutemero de vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza a descarga do vaso sanitaacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

2) Estime um tempo em segundos de cada vez que vocecirc pressiona a descarga sanitaacuteria

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg ( ) 12 seg

3) Nuacutemero em vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza o mictoacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

4) Estime um tempo em segundos que vocecirc pressiona a descarga dos mictoacuterios

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg

122

APEcircNDICE B

Questionaacuterio 2

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E

Encarregado de limpeza Interna

1) Nuacutemero de vezes por semana que as circulaccedilotildees e escadas dos pavimentos satildeo

lavados

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que o paacutetio do teacuterreo eacute lavado

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

3) Tempo de duraccedilatildeo que a torneira fica aberta

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

4) Nuacutemero de baldes (considerar balde com capacidade de 10 Lt) necessaacuterios a limpeza

das circulaccedilotildees por pavimento utilizando apenas pano molhado

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

5) Nuacutemero de vezes por semana que eacute passado pano molhado nas circulaccedilotildees dos

pavimentos

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

123

APEcircNDICE C

Questionaacuterio 3

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E e Academia

Encarregado de limpeza Externa

1) Nuacutemero de vezes por mecircs que as vidraccedilas satildeo lavadas

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que eacute realizada a rega do jardim

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes ( ) 6 vezes

3) Tempo estimado da utilizaccedilatildeo da torneira para rega do jardim

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

( ) 75 minutos

124

APEcircNDICE D

125

126

127

128

APEcircNDICE E

Consumo de agua potaacutevel

CONSUMO 2014 A 2016

Mecircs

2014 2015 2016

Meacutedia Total

Vol Faturado

(msup3)

nordm dias

m3dia Vol

faturado (msup3)

nordm dias

m3dia Vol

Faturado (msup3)

nordm dias

m3dia

JAN 173100 29 5969 168000 30 5600 234100 32 7316 6295

FEV 182300 30 6077 181600 2900 6262 192900 34 5674 6004

MAR 131600 29 4538 212000 3100 6839 305500 28 10911 7429

ABR 221100 34 6503 264600 2900 9124 323100 29 11141 8923

MAI 196400 31 6335 253100 3300 7670 251800 31 8123 7376

JUN 168900 34 4968 210900 2800 7532 242200 29 8352 6951

JUL 200100 30 6670 213000 3400 6265 188700 28 6739 6558

AGO 190700 31 6152 220100 2800 7861 223100 29 7693 7235

SET 254300 28 9082 183200 3300 5552 178300 33 5403 6679

OUT 226700 31 7313 322500 2800 11518 197200 29 6800 8544

NOV 250600 32 7831 242200 2900 8352 254700 31 8216 8133

DEZ 284300 30 9477 286600 3100 9245 290400 31 9368 9363

Fonte contas CEDAE

129

APEcircNDICE F

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA … · 2019. 7. 30. · 1 universidade federal fluminense escola de engenharia departamento de engenharia de produÇÃo laboratÓrio

8

LISTA DE SIGLAS

ABES ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia sanitaacuteria e Ambiental

ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro)

ANA ndash Agecircncia Nacional de Aacuteguas

ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

BTUs - (British termal Units- Unidade Teacutermica Britacircnica)

CEDAE - Companhia Estadual de Aguas e Esgotos

CEFET RJ- Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca

CNRH - Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

CONFEA ndash Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

EEE ndash Estaccedilatildeo Elevatoacuteria de Esgotos

EIA ndash Estudo de Impacto ambiental

EPA ndash Enviromental Protection Agency

ETA ndash Estaccedilatildeo de Tratamento de Aacutegua

ETE ndash Estaccedilatildeo de Tratamento de Esgotos

FIESP - Federaccedilatildeo das Industrias do Estado de Satildeo Paulo

IBGE - Instituto Brasileiro de geografia e Estatiacutestica

LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional

NBR ndash Norma Brasileira

RIMA ndash Relatoacuterio de Impacto Ambiental

PCA ndash Programa de Conservaccedilatildeo de Aacutegua

PNCDA ndash Programa Nacional de Combate ao Desperdiacutecio de Aacutegua

PNRH - Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

PURA ndash Programa de Uso Racional da Aacutegua

PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional ()

SABESP ndash Companhia de Saneamento Baacutesico do Estado de Satildeo Paulo

SAAP - Sistema de Aproveitamento de Aguas Pluviais

UNESCO ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura

9

ONU ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

LEED - Leadership in Energy and Environmental

USGBC - US Green building Council

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social

SINAPI ndash Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Iacutendices da Construccedilatildeo Civil

CEF ndash Caixa Econocircmica Federal

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo 24

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014 26

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais 38

Figura 4 - Reservatoacuterios 39

Figura 5 - Reservatoacuterios 39

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural 41

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva 41

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua 46

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva 51

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra 65

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo 67

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora 70

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ 70

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs 80

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP 83

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E 84

Figura 17 - Planta baixa 95

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior 99

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais 99

11

GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria 90

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia 91

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio 92

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio 93

12

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro 35

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro 36

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo 52

Quadro 4- Fluxo do processo 62

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca 81

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores 82

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento 82

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E 84

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff 85

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua 87

Quadro 11 - Populaccedilao 88

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria 95

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio 97

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha 98

13

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis 52

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio 55

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica 85

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais 102

Tabela 5 - Payback simples 104

Tabela 6 - Payback descontado 105

14

SUMAacuteRIO

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO 16

11 - CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 16

12 - QUESTAtildeO PROBLEMA 21

13 ndash QUESTOtildeES DA PESQUISA 21

14 - OBJETIVO GERAL 22

15 - OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 22

16 ndash ESTRUTURA METODOLOacuteGICA 22

17 ndash DELIMITACcedilAtildeO DA PESQUISA 25

18 ndash JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 25

19 ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO ESTUDO 27

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA 28

21 A SUSTENTABILIDADE E AS QUESTOtildeES QUANTO A CONSERVACcedilAtildeO

REAPROVEITAMENTO E REDUCcedilAtildeO DO CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 28

211 EXEMPLOS RECENTES DE ATITUDE SUSTENTAacuteVEIS ADOTADAS NO BRASIL 29

212 MEDIDAS SUSTENTAacuteVEIS PARA CONSERVACcedilAtildeO REAPROVEITAMENTO DE AacuteGUA E REDUCcedilAtildeO DO

CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 30

22 HISTOacuteRICO DO REUSO DE AacuteGUAS 37

221 ASPECTOS HISTOacuteRICOS DA CAPTACcedilAtildeO DAS AacuteGUAS PLUVIAIS NO BRASIL 40

23 UTILIZACcedilOtildeES DA AacuteGUA COLETADA E O SEU CONSUMO 42

24 O REUSO DE AacuteGUAS 43

241- AacuteGUAS RESIDUAacuteRIAS 43

242 AacuteGUAS CINZENTAS 46

25 FORMAS DE REUSO DE AacuteGUAS 47

251 REUSO URBANO 47

252 REUSO INDUSTRIAL 48

253 REUSO AGRIacuteCOLA 48

254 REUSO NO MEIO AMBIENTE 48

26 A PRAacuteTICA DE RECARGA DE AQUIacuteFEROS 48

27 O ARMAZENAMENTO DE AGUAacuteS 49

28 LEGISLACcedilAtildeO SOBRE O USO DE AacuteGUAS 56

3 - METODOLOGIA 62

31 ESTRATEacuteGIA DA PESQUISA 63

32 UNIDADE DE ANAacuteLISE 68

33 JUSTIFICATIVA DA ESTRATEacuteGIA DE PESQUISA 68

34 PESQUISA EXPLORATOacuteRIA 68

35 LEVANTAMENTO 69

15

36 OBJETO DE ESTUDO 70

361 APARELHOS EXISTENTES 71

37 ENTREVISTAS COM OS USUAacuteRIOS 71

38 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA 72

381 O CAacuteLCULO DE CONSUMO MEacuteDIO DIAacuteRIO DE AacuteGUA PER CAPITA POR APARELHOS 72

O CAacuteLCULO FOI REALIZADO COM BASE NO SOMATOacuteRIO DA MULTIPLICACcedilAtildeO DA FREQUEcircNCIA E TEMPO DE USO

OBTIDO NAS ENTREVISTAS E VAZAtildeO DO APARELHO DIVIDIDO PELO NUacuteMERO DE PESSOAS ENTREVISTADAS

72

382 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA EM ATIVIDADES DE LIMPEZA E JARDINAGEM 73

383 AVALIACcedilAtildeO DO POTENCIAL DE ECONOMIA DE AacuteGUA POTAacuteVEL 73

384 PERCENTUAL DE AacuteGUA POTAacuteVEL QUE PODERIA SER SUBSTITUIacuteDO POR AacuteGUA PLUVIAL 73

39 RESERVATOacuteRIOS DE AacuteGUA PLUVIAL 74

310 ANAacuteLISE ECONOcircMICA 74

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA 75

41 HISTOacuteRICO DO CEFET-RJ 75

411 DEFINICcedilAtildeO DE INSTITUICcedilOtildeES DE ENSINO SUPERIOR 75

412 - PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL (PDI) 76

413 - O PDI DO CEFETRJ 78

414 - FILOSOFIA MISSAtildeO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS 78

42 SOBRE O POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AGUAS DE RESIDUAIS 80

43 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS DAS ENTREVISTAS REALIZADAS 88

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 106

51 PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 107

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAFICAS 108

16

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO

11 - Consideraccedilotildees Iniciais

A aacutegua jaacute foi considerada um recurso infinito mas atualmente a sua

disponibilidade eacute um dos grandes problemas do nosso planeta decorrente de

inuacutemeros fatores tais como o aquecimento global as alteraccedilotildees climaacuteticas o

crescimento populacional acentuado o consumo cada vez maior dos recursos

hiacutedricos o mau uso desta fonte de energia e sobretudo a falta de poliacuteticas puacuteblicas

que estimulem o uso sustentaacutevel da aacutegua

Neste contexto segundo Kibert (2008) a adoccedilatildeo de medidas ecologicamente

corretas eacute fundamental tais como teacutecnicas de conservaccedilatildeo controle do desperdiacutecio

reaproveitamento da aacutegua de chuva reciclagem de aacutegua e recuperaccedilatildeo dos solos

Diante da possibilidade de racionamento ou ateacute mesmo escassez da aacutegua doce

no mundo eacute necessaacuterio que a sociedade e as poliacuteticas puacuteblicas busquem novas

tecnologias e alternativas sustentaacuteveis para a reduccedilatildeo do consumo

Diniz (2013) afirma que vaacuterios paiacuteses encaram hoje o problema de escassez

da aacutegua em consequecircncia do crescimento desordenado da poluiccedilatildeo dos recursos

hiacutedricos do aumento populacional e industrial que geram um aumento na demanda

pela aacutegua provocando o esgotamento deste recurso

Inobstante a urbanizaccedilatildeo das cidades e as tecnologias de abastecimento

puacuteblico de aacutegua contribuiacuteram para a desativaccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento da

aacutegua de chuva Entretanto atualmente no contexto do paradigma da conservaccedilatildeo da

aacutegua as praacuteticas de aproveitamento da aacutegua de chuva estatildeo sendo incorporadas aos

sistemas de gestatildeo urbana dos recursos hiacutedricos de diversos paiacuteses Portanto natildeo

se trata de inserir um novo conceito de gestatildeo de recursos hiacutedricos apenas resgatar

os fundamentos deste e adaptaacute-lo agrave realidade atual (ALADENOLA ADEBOYE 2009)

A UNESCO emitiu no ano de 2005 a resoluccedilatildeo Ares58217 proclamando o

periacuteodo de 2005 a 2015 como sendo a Deacutecada Internacional para Accedilatildeo ldquoAacutegua Fonte

de vidardquo iniciando-se o dia mundial da aacutegua no dia 22 de Marccedilo de

2005(UNESCO2013d) A iniciativa teve como objetivo de alerta para a importacircncia

de melhor administrar as fontes de aacutegua em funccedilatildeo do aumento de consumo ou pelo

uso desequilibrado deste recurso indispensaacutevel agrave vida humana Com perspectivas

preocupantes a ONU apresenta a estimativa que se natildeo houver alteraccedilotildees nas

17

poliacuteticas em relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos 18 bilhatildeo de pessoas estaratildeo vivendo em

zonas de secas e dois terccedilos da humanidade estaratildeo sujeitos a alguma restriccedilatildeo no

acesso agrave aacutegua em 2025

Haacute diversos pontos no mundo em que a falta de aacutegua tem sido o principal motivo de ecircxodo de populaccedilotildees tal como acontece no Nordeste brasileiro Em termos globais o risco de crise hiacutedrica acontece pelo crescimento demograacutefico mudanccedilas climaacuteticas desperdiacutecio e contaminaccedilatildeo das fontes Afetando natildeo soacute a sauacutede humana mas o desenvolvimento soacutecio econocircmico das populaccedilotildees e o rumo das relaccedilotildees entre paiacuteses (UNESCO2013d)

Nesse caso Fawell amp Miller (1992) afirmam que a provisatildeo de uma aacutegua

potaacutevel ldquosegurardquo e ldquoesteticamente aceitaacutevelrdquo eacute assegurada em muitos paiacuteses por uma

seacuterie de padrotildees obrigatoacuterios ou largamente advertidos (domiacutenio puacuteblico)

Se na atualidade os paiacuteses continuam concentrados na prospecccedilatildeo e busca de

novas tecnologias para auto-suficiecircncia em petroacuteleo natildeo estaraacute longe o dia em que a

aacutegua seraacute reconhecida como o bem mais precioso a vida do ser humano

Segundo Craig e Dale (2008) a definiccedilatildeo mais adotada e mais citada da

sustentabilidade foi feita no Relatoacuterio de Brundland que definiu o conceito de

sustentabilidade da seguinte forma ldquoaquele que satisfaz as necessidades do presente

sem comprometer a capacidade das futuras geraccedilotildees satisfazerem suas proacuteprias

necessidadesrdquo (BRUNDTLAND 1988 p 46)

O uso da aacutegua com consciecircncia eacute a soluccedilatildeo mais sustentaacutevel para o

enfrentamento da crise a que tem sido observada em diversos estados do paiacutes O

aproveitamento de aacutegua de chuva e reuso natildeo eacute um conceito novo mas com o

aumento da demanda tornou-se um tema atual e de suma importacircncia que eacute praticado

ao longo dos anos em diversos paiacuteses devendo ser uma atividade mais abrangente

que eacute o uso racional englobando a reduccedilatildeo de perdas e desperdiacutecios e a minimizaccedilatildeo

da produccedilatildeo de efluentes e do consumo de aacutegua potaacutevel

A utilizaccedilatildeo da aacutegua da chuva aleacutem de trazer o benefiacutecio da conservaccedilatildeo da

aacutegua e reduzir a dependecircncia excessiva das fontes superficiais de abastecimento

reduz o escoamento superficial minimizando os problemas com enchentes buscando

garantir a sustentabilidade urbana que segundo Dixon Butler e Fewkes (1999) soacute

seraacute possiacutevel atraveacutes da mobilizaccedilatildeo da sociedade em busca do uso apropriado e

eficiente da aacutegua

18

Segundo Petry e Boeriu (2000) nos uacuteltimos anos tem-se observado o

desenvolvimento de novas tecnologias referentes ao manejo de recursos hiacutedricos

Com isso observa-se novas expansotildees no uso de teacutecnicas de aproveitamento de

aacutegua de chuva tanto em regiotildees onde jaacute eram utilizadas como em locais onde eram

desconhecidas

Para Dixon et al(1999) a existecircncia da sociedade e de sua malha urbana no

futuro estaacute condicionada ao uso adequado da aacutegua considerando o seu reuacuteso e

aproveitamento da aacutegua pluvial em todo o ciclo desde a captaccedilatildeo passando pelo

tratamento e armazenagem

Veloso e Mendes (2014) afirmam que a maioria das experiecircncias brasileiras

de aproveitamento de aacutegua de chuva se concentra na regiatildeo do semiaacuterido brasileiro

promovida pela ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro) que eacute formada por mil

organizaccedilotildees da sociedade civil que atua na gestatildeo e no desenvolvimento de poliacuteticas

de convivecircncia com a regiatildeo semiaacuterida

Esta iniciativa contribui para equacionar os graves problemas de escassez de

aacutegua que a populaccedilatildeo e refeacutem Nesse sentido destaca-se o Programa Um Milhatildeo de

Cisternas (P1MC) uma das accedilotildees de mobilizaccedilatildeo promovidas pela ASA que objetiva

possibilitar ao nordestino o acesso a aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de

cisternas de placas Desde 2003 aproximadamente 499387 mil foram construiacutedas

beneficiando mais de 2 milhotildees de pessoas (ASA 2015)

Segundo Gould and Nissen-Petersen (1990) A colheita de aacuteguas pluviais eacute uma

teacutecnica antiga que possui um renome na popularidade devido agrave qualidade inerente da

aacutegua da chuva e ao interesse em reduzir o consumo de aacutegua tratada A aacutegua da chuva

eacute valorizada por sua pureza e suavidade Tem um pH quase neutro e estaacute livre de

subprodutos de desinfecccedilatildeo sais minerais e outros contaminantes naturais e

artificiais As plantas prosperam sob irrigaccedilatildeo com aacutegua de chuva armazenada Os

aparelhos duram mais quando satildeo livres dos efeitos corrosivos ou em escala de aacutegua

dura

Os usuaacuterios com sistemas potaacuteveis preferem o gosto superior e as

propriedades de limpeza da aacutegua da chuva Evidecircncias arqueoloacutegicas atestam a

captura da aacutegua da chuva haacute mais de 4000 anos e o conceito de colheita de aacutegua da

chuva na China pode chegar a mais de 6000 anos Ruiacutenas de cisternas construiacutedas

jaacute em 2000 aC para armazenar o escoamento das encostas para fins agriacutecolas e

domeacutesticos ainda estatildeo em Israel

19

A reutilizaccedilatildeo ou reuso de aacutegua ou ainda em outra forma de expressatildeo o uso

de aacuteguas residuaacuterias natildeo eacute um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo

haacute muitos anos Haacute relatos de sua praacutetica na Greacutecia Antiga com a disposiccedilatildeo de

esgotos e sua utilizaccedilatildeo na irrigaccedilatildeo Contudo a demanda crescente por aacutegua tem

feito do reuso planejado da aacutegua um tema atual e de grande importacircncia (SANTOS

1993)

O elevado desenvolvimento demograacutefico associado agraves transformaccedilotildees

econocircmicas reflete-se notavelmente no uso dos recursos hiacutedricos principalmente no

que se refere agrave qualidade e quantidade das aacuteguas superficiais e subterracircneas

(RAMOS 2000)

O uso de fontes alternativas e de estrateacutegias de uso racional de aacutegua em

edificaccedilotildees eacute uma forma de amenizar os problemas de disponibilidade de aacutegua

potaacutevel e diminuir a sua demanda

Dentre estas estrateacutegias pode-se citar o aproveitamento de aacutegua pluvial o

reuso de aacuteguas cinzas (ABNT NBR 155272007) O aproveitamento de aacutegua pluvial eacute

uma praacutetica milenar empregada no mundo todo Essa teacutecnica tem se difundido e se

consolidado como uma forma de mitigar os diversos problemas ambientais causados

pelo aumento da demanda de aacutegua pela falta de medidas de controle da poluiccedilatildeo e

de gestatildeo ambiental em aacutereas urbanas e rurais (BARROS 2000)

O reaproveitamento eficiente da aacutegua da chuva natildeo tem misteacuterios mas satildeo

necessaacuterios alguns pequenos cuidados que tornam os sistemas mais seguros e de

faacutecil manutenccedilatildeo (AQUASTOCK 2008)

De acordo com Diniz (2013) as teacutecnicas para operar um sistema de utilizaccedilatildeo

das aacuteguas pluviais seguem as seguintes etapas

Coletar aacuteguas pluviais atraveacutes de calhas em telhados coberturas

Armazenar essa aacutegua em reservatoacuterios cisternas

Abastecer o local onde seratildeo utilizadas as aacuteguas pluviais

Eliminar as primeiras aacuteguas de chuva preservando a qualidade dessa aacutegua

20

Relevacircncia da Pesquisa

O foco dos sistemas de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva estatildeo mais atrelados aos

problemas que o meio ambiente enfrenta de forma global ou seja estatildeo voltados para

o coletivo e natildeo individualmente Embora se pense em sistemas que sejam

desenvolvidos para a preservaccedilatildeo da aacutegua doce e da aacutegua da chuva para que natildeo

sejam desperdiccediladas eacute preciso tambeacutem pensar no investimento econocircmico de longo

prazo ou seja a economia na conta da aacutegua que seria uma forma de se pensar

tambeacutem individualmente

A relevacircncia deste trabalho aponta para os resultados levados agrave

sustentabilidade utilizando o aproveitamento de aacuteguas pluviais e de aacuteguas residuais

de evaporadoras de aparelhos de ar condicionado para fins natildeo potaacuteveis

Justificativa da Pesquisa

O sucesso das accedilotildees que devem conduzir ao reuso de aacutegua dependeraacute em

grande parte da influecircncia da comunidade do CEFET-RJ do comportamento das

pessoas e de suas decisotildees individuais Mesmo considerando que existe certo

interesse pelas questotildees ambientais haacute que se reconhecer a falta de informaccedilatildeo e

conhecimento dos problemas ambientais

Logo a educaccedilatildeo ambiental que tenha por objetivo informar e sensibilizar as

pessoas sobre os problemas (e possiacuteveis soluccedilotildees) existentes em sua comunidade

buscando transformar estas pessoas em indiviacuteduos que participem das decisotildees

sobre seus futuros exercendo desse modo o direito aacute cidadania tornando-se

instrumento indispensaacutevel ao processo

O CEFET-RJ possui duas entradas de abastecimento de aacutegua com

fornecimento atraveacutes da CEDAE perfazendo um consumo anual na ordem de

294039 m3 que abastecem blocos independentes atraveacutes de 02 castelos drsquoaacutegua com

alimentaccedilatildeo dos blocos por gravidade Tendo em vista o grande nuacutemero de blocos

com aacuterea construiacuteda de 3927050 m2 e grande aacutereas de paacutetios jardins e quadras

esportivas tendo alto consumo de aacutegua para limpeza

Estaacute sendo pesquisada a viabilidade do aproveitamento das aacuteguas pluviais

coletadas atraveacutes dos telhados de uma edificaccedilotildees bem como a aacutegua residual

proveniente dos evaporadores de unidades condensadoras e aparelhos de ar

condicionado de janela no campus do Maracanatilde em funccedilatildeo do grande nuacutemero de

ambientes com refrigeraccedilatildeo com a finalidade de reuso em aacutereas e atividades menos

nobres como lavagem de paacutetios quadras poliesportivas uso em bacias sanitaacuterias

21

irrigaccedilatildeo de jardins que com adoccedilatildeo destas medidas obter-se-aacute reduccedilatildeo do consumo

de aacutegua potaacutevel tratada fornecida pela concessionaria CEDAE

Como consequecircncias reduccedilatildeo dos custos reduccedilatildeo do incocircmodo de poccedilas de

aacuteguas residuais geradas por unidades condensadoras contribuiraacute na reduccedilatildeo de

enchentes tendo em vista a localizaccedilatildeo geograacutefica do CEFET-RJ proacutexima ao Rio

Maracanatilde estimulando a educaccedilatildeo ambiental e a sustentabilidade atraveacutes dos

multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo de aacutegua por membros da comunidade de

docentes discentes e teacutecnicos administrativos servindo como exemplo de uma

postura ambientalmente correta para o enfrentamento dos problemas de ocupaccedilatildeo e

impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos grandes centros urbanos

12 - Questatildeo Problema

Analisar a viabilidade de promover o desenvolvimento de um sistema de

captaccedilatildeo de aacutegua da chuva e aacuteguas residuais de evaporadoras de aparelhos de ar

condicionado do CEFETRJ para utilizaacute-la em fins natildeo potaacuteveis agregando valor agrave

sustentabilidade e gerando economia na conta da aacutegua

13 ndash Questotildees da Pesquisa

Nesta conjuntura surgem as questotildees que orientaratildeo este trabalho

Como implantar e implementar um sistema de aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Como verificar viabilidade teacutecnica para a adaptaccedilatildeo de instalaccedilotildees do preacutedio

estudado no CEFETRJ Campus Maracanatilde para aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Pesquisar os segmentos que se ajustem ao uso da aacutegua natildeo potaacutevel e calcular

suas demandas

Quantificaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas remanescentes

provenientes de Unidades Evaporadoras de aparelhos de ar condicionado do

preacutedio estudado

22

14 - Objetivo Geral

O objetivo geral da dissertaccedilatildeo eacute apresentaccedilatildeo de uma proposta metodoloacutegica

para analisar a viabilidade teacutecnica de um sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais

e aacuteguas residuais de evaporadoras de unidades evaporadores para uso com fins natildeo

potaacuteveis no Campus Maracanatilde do CEFET-RJ

15 - Objetivos Especiacuteficos

Desenvolvimento da metodologia proposta

Dimensionar o sistema de armazenamento das aacuteguas pluviais e

residuais coletadas para reuso

Buscar tecnologias para implantaccedilatildeo de sistema de aproveitamento de

agua pluviais

Avaliar viabilidade econocircmica da implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais

16 ndash Estrutura Metodoloacutegica

A metodologia utilizada no presente trabalho considerou o bloco E para se

analisar a viabilidade de aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

provenientes de unidade evaporadoras de aparelhos de ar condicionado Com

aplicaccedilatildeo de questionaacuterio para os usuaacuterios das instalaccedilotildees para quantificaccedilatildeo da

demanda de aacutegua nos ambientes estudados

Ywashima (2005) ressalta a importacircncia de campanhas de conscientizaccedilatildeo

para utilizaccedilatildeo racional da aacutegua nas escolas Segundo a pesquisadora a conta natildeo e

paga de forma direta pelos usuaacuterios consequentemente natildeo haacute motivaccedilatildeo financeira

A autora apresenta como sugestatildeo tecnologias economizadoras onde se obteacutem

reduccedilatildeo de consumo independente da mudanccedila de comportamento pelos usuaacuterios

Tomando como premissa o atual consumo desordenado de aacutegua consumo

este que proporciona uma grande margem para que no futuro este liacutequido precioso

para a vida na terra venha a faltar caso natildeo seja criado mecanismos que possam

contornar essa situaccedilatildeo o desenvolvimento deste presente projeto apresenta-se

como uma alternativa para compor estes mecanismos

23

Atraveacutes de pesquisas foi constatado que as aacuteguas pluviais devem ser utilizadas

para amenizar a situaccedilatildeo Desse modo o presente trabalho contempla a possibilidade

de uso de recursos tecnoloacutegicos a fim de que se possa reduzir o consumo e diminuir

o desperdiacutecio de aacutegua atraveacutes da captaccedilatildeo armazenamento e reaproveitamento das

aacuteguas pluviais

Este sistema de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial permite usar as aacutereas de coberturas

da edificaccedilatildeo para captar a aacutegua da chuva apoacutes passar por um filtro ou mecanismo

de retenccedilatildeo de impurezas conduzi-la a um reservatoacuterio onde seraacute armazenada e

utilizada na edificaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis tais como lavagem de pisos irrigaccedilatildeo

de jardins mictoacuterios e bacias sanitaacuterias

No que diz respeito a implementaccedilatildeo da metodologia foi realizado um

levantamento das coberturas da edificaccedilatildeo escolhidas com analise dos dados

meteoroloacutegicos da regiatildeo que permitiram avaliaccedilatildeo dos paracircmetros necessaacuterios para

os caacutelculos dos reservatoacuterios de aacuteguas pluviais

O trabalho foi dividido em trecircs etapas

A primeira etapa desenvolveu-se atraveacutes de pesquisas referecircncias

bibliograacuteficas dados teacutecnicos e projetos semelhantes referentes ao tema para obter

um melhor embasamento teoacuterico sobre o assunto com auxilio da internet pesquisas

literaacuterias artigos cientiacuteficos informaccedilotildees pessoais de profissionais e obtivemos

informaccedilotildees necessaacuterias favoraacuteveis que possibilitaram a execuccedilatildeo do presente

trabalho em unidade de ensino adequando agraves edificaccedilotildees do campus onde houvesse

o menor nuacutemero de intervenccedilotildees

A segunda etapa foi direcionada ao programa de necessidades considerando

o consumo da edificaccedilatildeo e o potencial de captaccedilatildeo atraveacutes de aacuterea de coberturas

evaporadores de ar condicionado levantamento dos iacutendices pluviomeacutetricos da regiatildeo

preacute-dimensionamento para os reservatoacuterios superior e inferior e uma estimativa de

custos para implantaccedilatildeo

A terceira e uacuteltima etapa foi direcionada ao anteprojeto arquitetocircnico para

construccedilatildeo do reservatoacuterio prevendo no sistema a captaccedilatildeo tanto de aacuteguas pluviais

quanto de aacuteguas residuais provenientes dos evaporadores de ar condicionado

levantamento dos custos referentes a implantaccedilatildeo dos reservatoacuterios com avaliaccedilatildeo

do tempo de retorno (payback) do investimento

24

A Figura 01 ilustra de forma simplificada a abordagem utilizada durante a

realizaccedilatildeo desta pesquisa

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho(2017)

DISSERTACcedilAtildeO

VERTENTE TEacuteCNICA

EMPIacuteRICA

COLETA DE DADOS

FLUXO DO PROCESSO

DIMENSIONAMENTO

CONCEPCcedilAtildeO EMPIacuteRICA

CONCLUSAtildeO DISSERTACcedilAtildeO

HISTOacuteRICO REUSO DAS

AacuteGUAS

LEGISLACcedilAtildeO

SUSTENTABILIDADE

BASE TEOacuteRICA

CONCEPCcedilAtildeO TEOacuteRICA

25

17 ndash Delimitaccedilatildeo da Pesquisa

A realizaccedilatildeo do presente trabalho ocorreraacute atraveacutes de levantamento de dados

referente ao abastecimento e equipamentos instalados do bloco E do campus

Maracanatilde com estudo de consumo de aacutegua da edificaccedilatildeo levando em consideraccedilatildeo

o nuacutemero de usuaacuterios

A capacidade de captaccedilatildeo seraacute realizada atraveacutes das aacutereas de cobertura e

utilizaccedilatildeo dos iacutendices de precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica da regiatildeo estudada de anos

anteriores para caacutelculo e dimensionamento de reservatoacuterios inferior e superior bem

como avaliaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas residuais produzidas pelas

evaporadoras instaladas no preacutedio

Avaliando as adaptaccedilotildees necessaacuterias ao sistema de abastecimento existente

para o atendimento das bacias sanitaacuterias e lavagem de paacutetios quadras esportivas

regas de jardim e levantando e propondo utilizaccedilatildeo de novas tecnologias existentes

para instalaccedilatildeo do sistema e verificando a necessidade de utilizaccedilatildeo de

abastecimento com aacutegua potaacutevel em casos de grande estiagem para manutenccedilatildeo

das atividades sem prejuiacutezos agrave aacuterea acadecircmica

Desta forma nesta pesquisa seratildeo avaliados os dados obtidos atraveacutes de

levantamentos arquitetocircnicos e das instalaccedilotildees hidro sanitaacuterias existentes no

CEFETRJ - Unidade Maracanatilde aleacutem de documentaccedilatildeo e pesquisa em projetos

similares que jaacute possam existir relacionados agrave questatildeo da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Como objetivo de fundamentar a implantaccedilatildeo do estudo e desenvolvimento do

mesmo seraacute apresentado levantamento e resultado necessaacuterios para implementaccedilatildeo

da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais com base nos dados coletados e revisatildeo bibliograacutefica

em artigos e perioacutedicos que versam sobre as tecnologias mais indicadas para a

utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

18 ndash Justificativa da Pesquisa

Como prevecirc a constituiccedilatildeo em seu Art 225 caput ndash ldquoTodos tecircm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial agrave sadia

qualidade de vida impondo-se ao Poder Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-

lo e preservaacute-lo para presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo (Brasil 2004)

No atendimento a constituiccedilatildeo e as legislaccedilotildees pertinentes levar o CEFET- RJ

26

ao cumprimento de accedilotildees e objetivos visando a sustentabilidade nas suas

dependecircncias e atraveacutes de sua comunidade discente docente e teacutecnicos

administrativos atuar como multiplicadores de accedilotildees de preservaccedilatildeo do meio

ambiente atraveacutes do reuso de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais oriundas de

evaporadores e aparelhos de ar condicionado de janela

Em funccedilatildeo do alto consumo como pode ser observado na figura 2 faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de equipamentos de maior tecnologia e o aproveitamento de

aacuteguas pluviais para uso menos nobre conforme determina a norma ABNT ndash NBR

15527 de 24102007 e contribuir de forma efetiva para reduccedilatildeo de custo

possibilidade de racionamento e reduccedilatildeo per capta do consumo nos oacutergatildeos puacuteblicos

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014

Entrada Volume faturado (msup3)

nordm jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez total 2014

485 17310 18230 13160 22110 19640 16890 20010 19070 25430 22670 25060 28430 248010

681 3706 3580 6560 5394 6170 2800 3310 2650 3069 2580 2890 3320 46029

Total

mensal 21016 21810 19720 27504 25810 19690 23320 21720 28499 25250 27950 31750 294039

Fonte Contas CEDAE exerciacutecio 2014

00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Vo

l f

atu

rad

o (

msup3)

Mecircs

Consumo mensal de aacutegua em 2014

485

27

19 ndash Organizaccedilatildeo do Estudo

O Capiacutetulo 01 desta pesquisa estaacute organizado com a introduccedilatildeo composta pela

situaccedilatildeo-problema questotildees de pesquisa objetivos estrateacutegia delimitaccedilatildeo e

justificativa da pesquisa A finalidade preciacutepua da leitura deste capiacutetulo eacute harmonizar

a compreensatildeo do contexto e a importacircncia da pesquisa

O Capitulo 02 estaacute organizado com os fundamentos teoacutericos com base em

sustentabilidade histoacuterico de reuso da aacutegua e legislaccedilatildeo

O Capitulo 03 trata da metodologia e tipo de pesquisa a ser empregado

informando a forma da obtenccedilatildeo dos dados e como seratildeo feitos o tratamento e anaacutelise

dos dados

No Capiacutetulo 4 seratildeo interpretados os resultados referentes agraves demandas de

aacuteguas menos nobres a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacutegua proveniente de unidades

evaporadoras e aacuteguas pluviais com avaliaccedilatildeo de viabilidade econocircmica para

implantaccedilatildeo do sistema

No Capiacutetulo 05 seraacute apresentada a anaacutelise dos resultados e sugestotildees para

estudos futuros e complementares

28

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA

No presente capitulo seraacute apresentada a vertente teacutecnica com os fundamentos

teoacutericos que forneceratildeo o suporte para o desenvolvimento da pesquisa

21 A Sustentabilidade e as questotildees quanto a conservaccedilatildeo reaproveitamento e

reduccedilatildeo do consumo de aacuteguas pluviais

A Comissatildeo Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento denominada

Comissatildeo de Brundtland (1988) define o desenvolvimento sustentaacutevel como aquele

que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das

geraccedilotildees futuras atenderem as suas proacuteprias necessidades

Surgido na deacutecada de 1990 o tripeacute da sustentabilidade tem crescido em seu

conceito em todo o planeta refletindo uma seacuterie de processos valores e objetivos de

forma que uma gestatildeo deveraacute orientar aos trecircs pilares econocircmico social e ambiental

podendo este conceito ser aplicado de forma macro para um paiacutes ou ateacute para o

planeta ou micro podendo ser uma escola um vilarejo ou empresa (DIAS2011)

A concepccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel orienta a discussatildeo sobre o tema

em qualquer segmento das atividades do ser humano Os objetivos tecircm como base

na perspectiva de utilizaccedilatildeo dos recursos naturais desde que sejam preservados para

as futuras geraccedilotildees Dias ( 2011) Poreacutem parte das dificuldades apresenta-se porque

as geraccedilotildees natildeo tecircm participaccedilatildeo nas decisotildees atuais Desta forma somente a

conscientizaccedilatildeo da preservaccedilatildeo da vida e da espeacutecie eacute que motiva o ser humano o

que natildeo acontece na maioria das vezes com os gestores e poliacuteticos dos dias atuais

(MOURA 2011)

Muito embora para alguns o desenvolvimento sustentaacutevel eacute um projeto social e

poliacutetico que serve como ferramenta para combate a pobreza satisfaccedilatildeo das

necessidades baacutesicas da humanidade de maneira a elevar a qualidade de vida dos

indiviacuteduos fornece princiacutepios para que o desenvolvimento seja harmonioso levando

em conta a transformaccedilatildeo dos recursos do ambiente deste modo para estes sugerem

atitudes novas das quais pela edificaccedilatildeo de uma nova racionalidade De forma

contraria agrave maioria que se preocupa em compatibilizar o meio ambiente a um

crescimento econocircmico de forma continua (DIAS 2011)

Acreditava-se que o crescimento econocircmico desenvolveria de forma natural o

29

desenvolvimento sustentaacutevel Veiga (2005) Somente uma gestatildeo com

responsabilidade ambiental eacute capaz de conciliar uma melhor qualidade de vida com

necessidade de crescimento econocircmico (MOURA 2011)

A passagem de um sistema baseado no consumo a um sistema sustentaacutevel

tem diversas implicaccedilotildees Necessita abrir a visatildeo da relaccedilatildeo da sociedade ao meio

ambiente transformar a organizaccedilatildeo social produtiva que gera a desigualdade e a

pobreza Atraveacutes de novas relaccedilotildees sociais onde o eixo natildeo seraacute somente a

perspectiva da lucratividade e praacuteticas de produccedilatildeo predatoacuterias do meio ambiente

mas o bem-estar da humanidade O que daacute margem a diferentes pontos de vistas

com base de modo geral na busca do produto de equiliacutebrio entre os trecircs eixos da

sustentabilidade crescimento econocircmico igualdade social e a preservaccedilatildeo ao meio

ambiente (DIAS 2011)

De acordo com Alledi (2006) a grande preocupaccedilatildeo das melhores empresas

do mundo hoje em dia eacute com a sustentabilidade dos seus negoacutecios um movimento

que se fundamentou em questotildees ambientais mas que atualmente eacute visto de um

modo mais amplo passando a incorporar os temas dos movimentos empresariais

anteriores pela qualidade pela sauacutede e seguranccedila do trabalho pela proacutepria

preservaccedilatildeo do meio ambiente e mais recentemente pela responsabilidade social

corporativa

211 Exemplos recentes de atitude sustentaacuteveis adotadas no Brasil

O recebimento da certificaccedilatildeo LEED (Leadership in Energy and Environmental

concedido pelo US Green building Council (USGBC) para certificaccedilotildees em 07 estaacutedios

construiacutedos para a Copa 2014 cuja adoccedilatildeo de medidas sustentaacuteveis foi requisito para

que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social (BNDES) liberasse o

financiamento para as obras das arenas da Copa preacute-requisito este que seraacute adotado

pela FIFA para as proacuteximas eleiccedilotildees do mundial (wwwcopa2014govbr)

Dentre as diversas arenas pode ser ressaltada a economia conseguida pela

Arena da Amazocircnia de cerca de 40 de aacutegua potaacutevel atraveacutes da captaccedilatildeo da aacutegua

de chuva em um volume de 140000 litros para irrigaccedilatildeo do gramado e utilizaccedilatildeo nos

sanitaacuterios ABES (observatoacuterio do terceiro setor)

Foram diversas medidas sustentaacuteveis para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo LEED

destacando a abertura das portas para educaccedilatildeo ambiental desde o inicio das obras

30

Foram desenvolvidas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo das accedilotildees de

sustentabilidade que foram implementadas nos estaacutedios para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

LEED com utilizaccedilatildeo de paineacuteis ilustrados nas aacutereas de circulaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de

panfletos aos visitantes Accedilotildees voltadas para conscientizaccedilatildeo da certificaccedilatildeo e

tambeacutem para manutenccedilatildeo apoacutes a realizaccedilatildeo do evento (wwwcopa2014govbr)

212 Medidas sustentaacuteveis para conservaccedilatildeo reaproveitamento de aacutegua e reduccedilatildeo

do consumo de aacuteguas pluviais

A conservaccedilatildeo de aacutegua pode ser definida como um conjunto de praacuteticas

teacutecnicas e tecnologias que propiciam a melhoria da eficiecircncia do seu uso incidindo de

maneira sistecircmica sobre a demanda e a oferta de aacuteguas As iniciativas de

racionalizaccedilatildeo do uso e de reuso de aacutegua constituem-se em elementos fundamentais

para a ampliaccedilatildeo da eficiecircncia do uso da aacutegua (PROSAB 2011) resultando em

Aumento da disponibilidade para os demais usuaacuterios

Flexibilizaccedilatildeo dos suprimentos existentes para outros fins

Atendimento ao crescimento populacional

Suporte agrave implantaccedilatildeo de novas induacutestrias

Preservaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do meio ambiente

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

31

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo A reutilizaccedilatildeo de

aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que permite maiores volumes

de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica

por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes (BRASIL 2010)

Mota OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenada

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Observaccedilotildees sobre Gestatildeo das aacuteguas pluviais A gestatildeo de aacutegua pluvial visa

reduzir o consumo de aacutegua potaacutevel por meio de aproveitamento das aacuteguas de chuvas

contribuindo inclusive para a reduccedilatildeo de inundaccedilotildees ou de poluiccedilotildees difusas Uma

das medidas que vem sendo amplamente desenvolvida como forma de economizar

as aacuteguas potaacuteveis e evitar o risco de inundaccedilotildees em regiotildees com alto iacutendice de

impermeabilizaccedilatildeo do solo eacute a retenccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Este sistema coligado a um sistema de reaproveitamento destas aacuteguas

configura-se como uma das mais eficientes formas de renovaccedilatildeo de um insumo finito

aacutegua As aacuteguas pluviais entretanto natildeo apresentam qualidade necessaacuteria para o

consumo Mesmo quando a captaccedilatildeo destas aacuteguas extravasam para o esgotamento

natildeo se deve permitir que elas sejam lanccediladas in natura para o lenccedilol freaacutetico pela

possibilidade de carga poluidora As aacuteguas pluviais quando utilizadas diretamente por

pontos na edificaccedilatildeo estes devem ser separados do sistema de aacutegua do restante do

preacutedio e deve conter indicativo visual de que a aacutegua natildeo eacute potaacutevel portanto improacutepria

para o consumo preparo de alimentos e banho

No caso da utilizaccedilatildeo deste sistema de reaproveitamento de aacuteguas pluviais

dois cuidados fundamentais devem ser observados primeiramente com relaccedilatildeo ao

caacutelculo do volume do reservatoacuterio que considera o IP (iacutendice pluviomeacutetrico) local A

Caixa Econocircmica recomenda a utilizaccedilatildeo do caacutelculo na Lei Estadual nordm 1252607

(SAtildeO PAULO 2007)

A segunda observaccedilatildeo refere-se ao volume do escoamento de aacuteguas pluviais

no solo de forma controlada a fim de prevenir inundaccedilotildees reduzir a poluiccedilatildeo difusa

e propiciar a recarga do lenccedilol freaacutetico Um projeto como este para ser aprovado

32

depende de um memorial de caacutelculo detalhado apresentando o niacutevel do lenccedilol freaacutetico

do local caacutelculo da vazatildeo de aacuteguas a serem lanccediladas na rede puacuteblica elaboraccedilatildeo de

um manual de operaccedilatildeo do sistema e indicaccedilatildeo de toda a documentaccedilatildeo teacutecnica tal

como projeto memoriais descritivos planilhas de custos e outros (CEF 2010)

Apesar de que o reaproveitamento de aacuteguas pluviais no Brasil jaacute ocorrer haacute

muito tempo em algumas regiotildees somente em 2007 entrou em vigor a NBR 15527

que estabelece as condiccedilotildees para o aproveitamento de aacuteguas de chuva em coberturas

de aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

O objetivo desta accedilatildeo eacute reduzir o consumo de aacutegua independentemente da

accedilatildeo do usuaacuterio ou da sua disposiccedilatildeo em mudar de comportamento para reduzir o

consumo de aacutegua Ela deve ser implementada quando o sistema estiver totalmente

estaacutevel ou seja sem nenhuma perda de aacutegua por vazamento (ANA 2005)

A situaccedilatildeo do Brasil eacute muito favoraacutevel pois deteacutem cerca de 12 de toda aacutegua

doce do planeta poreacutem 685 encontra-se na regiatildeo norte na qual vivem apenas

74 dos brasileiros (CONFEA 2011)

A limitaccedilatildeo de reservas de agua doce no planeta aumentou a demanda para

atendimento principalmente a prioridade dos recursos para o consumo humano

agriacutecola e industrial a prioridade de utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis para

abastecimento puacuteblico e as restriccedilotildees que vecircm sendo impostas em relaccedilatildeo ao

lanccedilamento de efluentes no meio ambiente torna necessaacuteria a adoccedilatildeo de estrateacutegias

que visem racionalizar a utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos e mitigar os impactos

negativos relativos agrave geraccedilatildeo de efluentes pelas induacutestrias (FIESP 2011)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

33

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo

A reutilizaccedilatildeo de aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que

permite maiores volumes de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode

diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes

(BRASIL 2010)

Melhado et al (2013) frisam a importacircncia das accedilotildees de cunho poliacutetico teacutecnico

e social na busca de soluccedilotildees praacuteticas visando a reduccedilatildeo do consumo da aacutegua e

descrevem as mais importantes

Economia e valorizaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo objetivando o uso racional da aacutegua

Manutenccedilatildeo das redes puacuteblicas e privadas para verificaccedilatildeo de desperdiacutecios

e vazamentos

Minimizaccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo do solo urbano e da vazatildeo de

escoamento do terreno objetivando favorecer a permeabilidade da aacutegua

Captaccedilatildeo e armazenamento em reservatoacuterios especiacuteficos das aacuteguas

pluviais e demais aacuteguas natildeo potaacuteveis para usos que natildeo necessitam de

potabilidade como irrigaccedilatildeo reserva de incecircndio lavagem de piso

veiacuteculos em geral e ruas Se necessaacuterio para algum uso especiacutefico a aacutegua

deveraacute passar por unidades de tratamento para atingir os niacuteveis de

qualidade correspondente Quanto mais eficiente for a gestatildeo das aacuteguas

pluviais por retenccedilatildeo ou reuso menor seraacute o volume de aacutegua destinado agraves

redes puacuteblicas

Embora a aacutegua doce existente no planeta esteja sempre em renovaccedilatildeo haacute uma

tendecircncia de sua deterioraccedilatildeo em funccedilatildeo do seu uso indiscriminado devido ao

aumento populacional comprometendo consequentemente sua qualidade ficando

esta em quantidade cada vez menor em determinadas localidades disponiacutevel para

consumo As mudanccedilas climaacuteticas globais tambeacutem vecircm contribuindo para o aumento

na demanda dos recursos hiacutedricos

Devido ao ciclo hidroloacutegico que eacute fechado sabe-se que a quantidade de aacutegua

disponiacutevel no planeta eacute sempre a mesma Sabe-se tambeacutem que este ciclo constitui-

se basicamente do transporte das massas de aacutegua dos oceanos para a atmosfera

34

pelo fenocircmeno da evaporaccedilatildeo e da atmosfera para os oceanos atraveacutes dos

fenocircmenos das precipitaccedilotildees escoamentos superficiais e subterracircneos influenciando

diretamente na distribuiccedilatildeo dos corpos hiacutedricos Muitas regiotildees vem sofrendo

alteraccedilotildees resultantes das diferentes formas antroacutepicas de interferecircncia sobre o

ambiente Hespanhol e Mierwa (2013) O surgimento das Metroacutepoles

desmatamentos obras de dragagens assim como construccedilotildees de represas satildeo

exemplos concretos disto

Sabe-se que menos de 1 de toda a aacutegua existente no planeta eacute doce e que

aproximadamente metade deste percentual corresponde a aacuteguas subterracircneas

enquanto o restante encontra-se nos oceanos Aacute medida que a populaccedilatildeo vem

crescendo a deterioraccedilatildeo dos mananciais vai se acentuando surgindo problemas nos

abastecimentos drsquoaacutegua que atualmente vem merecendo a atenccedilatildeo e preocupaccedilatildeo de

populaccedilotildees e autoridades de todo o mundo Eacute necessaacuterio que haja uma gestatildeo

integrada dos recursos drsquoaacutegua racionalizando o seu uso favorecendo o

desenvolvimento de sistemas sustentaacuteveis como forma de prevenccedilatildeo contra a

escassez

Apesar de a aacutegua doce estar distribuiacuteda de forma desigual sobre o planeta a

disponibilidade deste recurso no Brasil eacute significativa poreacutem distribuiacuteda tambeacutem de

forma desigual sobre o nosso territoacuterio sendo na regiatildeo Amazocircnica 69 e nas

demais regiotildees 31 nas quais se concentram 95 da populaccedilatildeo do Paiacutes

Confrontando estes dados com os do ANEEL- Departamento Nacional de Aacuteguas e

Energia Eleacutetrica pode-se afirmar que em quanto na regiatildeo amazocircnica com 69 da

aacutegua e 685 dos recursos hiacutedricos para uma populaccedilatildeo de 5 do paiacutes nas demais

regiotildees temos 31 das aacuteguas com 315 dos mesmos recursos para 95 da

populaccedilatildeo Eacute certo que se tem uma enorme diferenccedila regional

35

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

MUNICIacutePIOS

VALORES OBSERVADOS

1970 1975 1980 1995 2000 2005 2010 2014

1 Caxias

2 Itaboraiacute

3 Itaguaiacute

4 Mageacute

5 Mangaratiba

6 Maricaacute

7 Niloacutepolis

8 Niteroacutei

9 Nova Iguaccedilu

10 Paracambi

11 Petroacutepolis

12 Satildeo Gonccedilalo

13 SJ de Meriti

14 Rio de

Janeiro

404 496

14 072

17 468

83 841

6 125

6 500

128 011

292 180

724 326

22 149

154 612

430 271

302 394

4251

918

554 935

23 652

76 267

163 906

8 094

19 602

151 700

400 140

1091 702

27 434

202 146

614 688

398 686

5093 232

661 578

31 919

101 048

198 471

10 136

22 677

160 434

439 596

1247

614

32 347

239 899

733 791

436 234

5474

597

780 964

42 668

129 867

235 894

12 454

26 188

169 031

480 981

1410

116

37 686

277 620

871 361

474 149

5585

289

916 278

55 469

163 800

277 069

15 111

30 226

177 585

525 061

1583 658

43 484

318 764

1035 991

513 025

6245 537

1071728

71 096

204 326

323 382

18 191

34 902

186 193

573 014

1773 705

49 787

363 819

1239 963

553 550

6638 213

1252 875

90 205

253 441

376 692

21 820

40 349

194 942

626 596

1986 378

56 660

413 381

1500 984

596 414

7038 605

1467033

113 697

313 856

439 389

26 149

46 734

203 913

688 395

2228600

64 190

468 169

1844983

642 305

7449231

TOTAL A RMRJ 683836

3

8826184 9790341 10807268 11901058 13101869 14449342 15996644

Fonte IBGE 2010

Na cidade do Rio de Janeiro constitui-se de 950 msup3s de vazatildeo meacutedia de aacutegua

doce disponiacutevel proporcionando 2080msup3 de aacutegua por ano para 144 milhotildees de

habitantes numa meacutedia desconsiderando as perdas de aproximadamente

57m3dia suficiente para atender a atual demanda de consumo Entretanto trabalhos

sobre a projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

evidenciam um crescente aumento populacional IBGE (2010) como observa-se no

Quadro 2

Segundo estudos socioeconocircmicos e de demanda de aacutegua para a regiatildeo

metropolitana do Rio de Janeiro Rios (2011) deveraacute ser feita uma ampla campanha

de educaccedilatildeo ambiental atraveacutes da miacutedia visando o controle dos desperdiacutecios de aacutegua

nas induacutestrias comeacutercio e domiciacutelios tendo em vista o perigo de uma crise de

racionamento de aacutegua semelhante agrave crise energeacutetica ocorrida entre 2001 e 2002 No

36

Quadro 2 eacute demonstrada a evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a

Regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro

Com base nas projeccedilotildees demograacuteficas estabelecidas em termos indicativos

para o ano de 2035 procedeu-se a uma estimativa da demanda de aacutegua Tal

estimativa supotildee que a relaccedilatildeo entre demanda de aacutegua e populaccedilatildeo residente

admitida para o ano de 2014 continue vaacutelida para 2035 Rios(2011) Levando-se em

consideraccedilatildeo o demonstrado nos Quadros 1 e 2 o aumento populacional para a

regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro em 2010 tomando-se por base o ano de 2000

foi de 2208

A demanda atendida tanto com os niacuteveis de perdas mantidos quanto com a

reduccedilatildeo das perdas em 20 seraacute de 2739 O fato da demanda prevista ser maior

do que o crescimento populacional pode ser explicado devido ao esperado aumento

de educaccedilatildeo para a sauacutede na populaccedilatildeo a qual necessitaria de mais aacutegua para suas

atividades

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro

DISCRIMINACcedilAtildeO

1980

1985

1990

1995

2005

2010

2014

Demanda total exclusive perdas (1) 3255 3624 4120 4624 5188 5839 6609

Demanda atendida Exclusive

perdas (2)

2213 2935 3914 4532 5188 5839 6609

Demanda atendida Inclusive perdas

(3) Hipoacutetese I

3952 5241 6889 8093 9264 10427 11802

Demanda atendida Inclusive perdas

(4) Hipoacutetese II

3952 4515 4893 5665 6485 7289 8261

Fonte Rios 2011

Para Monteiro et al(2010) o reuso de aacutegua exige que padrotildees adequados de

potabilidade sejam adotados tendo em conta questotildees de sauacutede puacuteblica como

acontece em diversas partes do mundo sendo no Brasil uma praacutetica ainda incipiente

Reiteram os autores que esta eacute uma estrateacutegia correta para diminuiccedilatildeo da captaccedilatildeo

e mitigaccedilatildeo no lanccedilamento de dejetos no ambiente natural

37

A Cacircmara Teacutecnica de Ciecircncia e Tecnologia do Conselho Nacional de Recursos

Hiacutedricos apontou para a necessidade de uma ampla discussatildeo sobre o tema reuso

natildeo potaacutevel Foram elaborados dois termos de referecircncia O primeiro referente agrave

elaboraccedilatildeo de resoluccedilatildeo contemplando os aspectos poliacuteticos legais e institucionais e

o segundo relativo agraves diretrizes gerais para a praacutetica do reuso Eacute necessaacuterio que se

leve em consideraccedilatildeo o tipo de reuso que se deseja e o niacutevel de tratamento para que

os padrotildees sejam alcanccedilados

O reuso operacionalmente permite substituir grandes volumes de aacutegua

destinados a usos nos quais a potabilidade natildeo eacute fator preponderante O reuso de

aacutegua jaacute vem sendo amplamente empregado na induacutestria principalmente em torres de

resfriamento caldeiras construccedilatildeo civil irrigaccedilatildeo de aacutereas verdes e em alguns

processos industriais onde a utilizaccedilatildeo de aacutegua com menor padratildeo de qualidade natildeo

ocasione maiores problemas Desta forma o reuso de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis

deve ser considerado como primeira opccedilatildeo para reuso (HESPANHOL amp MIERZWA

2013)

22 Histoacuterico do Reuso de Aacuteguas

O aproveitamento de aacuteguas pluviais para o consumo das populaccedilotildees jaacute existe

ao longo das civilizaccedilotildees como pocircde ser observado em diversas construccedilotildees antigas

em vaacuterios pontos do mundo Reservatoacuterios escavados na rocha como pode ser

observado em Israel o que confirma o costume de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Em Roma encontram-se diversos reservatoacuterios utilizados para o abastecimento da

populaccedilatildeo (TOMAZ2013)

De acordo com Jarus(2012) em Massada (ldquofortalezardquo em hebraico) situa-se

um dos mais conhecidos sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais em Israel

onde Herodes no ano de 36 a c como forma de se precaver contra tempos difiacuteceis

construiu uma fortaleza com cavernas escavadas na rocha com capacidade de

armazenamento de 40 milhotildees de litros Estes reservatoacuterios possuiacuteam interligaccedilatildeo

atraveacutes de canalizaccedilotildees e aquedutos para abastecimento das habitaccedilotildees da fortaleza

38

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Fonte httpwwwgeocitieswspaz_israelmassadahtm

Na cidade de Toacutequio com a finalidade de prevenir a falta de aacutegua e reduzir

inundaccedilotildees foi intensificada a construccedilatildeo de diversos reservatoacuterios por toda a cidade

bem como motivou os proprietaacuterios de edifiacutecios e residenciais a construiacuterem seus

reservatoacuterios com incentivo a cada litro de aacutegua pluvial captado (AMARAL 2007)

A Alemanha era abastecida em mais de 70 por aquiacuteferos subterracircneos em

funccedilatildeo da poluiccedilatildeo de seus rios e grande industrializaccedilatildeo do paiacutes E recentemente

com o rebaixamento dos aquiacuteferos tornou-se um paiacutes liacuteder na execuccedilatildeo dos sistemas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva tanto para fins domeacutesticos como comerciais

(AMARAL 2007)

O Meacutexico desde a eacutepoca dos Astecas e Maias eacute rico em tradiccedilotildees tecnoloacutegicas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva Ainda na data atual na Peniacutensula de Yucatan pode

ser visto as chamadas Chultuns cisternas do seacuteculo X com capacidade variando de

20000 a 45000 litros utilizadas pelo povo Maia para captaccedilatildeo e abastecimento das

populaccedilotildees que viviam nas encostas As cisternas eram escavadas no subsolo

calcaacuterio e revestidas com emboccedilo impermeaacutevel tendo na sua parte superior uma aacuterea

de 100 a 200 m2 destinada a captaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica Nos vales eram

usadas as aacuteguas dos (reservatoacuterios com capacidade de 10 a 150 milhotildees de litros) e

aquaditas (reservatoacuterios com capacidade de 100 a 50000 litros) - (GNADLINGER

2000)

39

Figura 4 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

Figura 5 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

O desaparecimento do uso de SAAP na peniacutensula de Yucatan deveu-se aos

colonizadores espanhoacuteis por ocasiatildeo da invasatildeo espanhola seacuteculo XVI quando foram

introduzidos novos sistemas de agricultura e meacutetodos de construccedilatildeo europeia

40

diferentes da cultura local Tendo acontecido o mesmo na Iacutendia com o sistema colonial

britacircnico que gerou colapso nos SAAP centenaacuterios (GNADLINGER 2000)

O Japatildeo promove diversos estudos e pesquisas na aacuterea de SAAP Em Toacutequio

a regulamentos para que os terrenos de aacutereas superiores a 10000m2 e os edifiacutecios

com mais de 3000m2utilizem o SAAP Os edifiacutecios com uma aacuterea superior a 30000m2

e que tenham consumo na ordem de 100m3dia de aacutegua para fins natildeo potaacuteveisaleacutem

da utilizaccedilatildeo de SAAP satildeo obrigados a tratar as aacuteguas cinzas(TOMAZ 2009)

No planalto de Loess norte da china tem elevada escassez de aacuteguas

subterracircneas e baixa precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica diante destes fatos o governo local

da Proviacutencia de Gansu colocou em praacutetica desde 1997 um projeto de captaccedilatildeo de

aacutegua da chuva denominado121uml que consiste em auxiliar cada famiacutelia a construir uma

(1) aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua dois (2) reservatoacuterios de armazenamento de aacutegua e um

(1) lote para plantaccedilatildeo de culturas comercializaacuteveis Solucionando o problema de

aacutegua potaacutevel a cerca de 13 milhotildees de pessoas (260000 famiacutelias) (JIANG et al

2013)

221 Aspectos histoacutericos da captaccedilatildeo das aacuteguas pluviais no Brasil

O aproveitamento da aacutegua das chuvas natildeo eacute uma inovaccedilatildeo dos dias de hoje

O primeiro relato do uso da aacutegua da chuva que se tem conhecimento em nosso paiacutes

segundo Hagemann (2009) eacute de um sistema construiacutedo na Ilha de Fernando de

Noronha pelo exeacutercito norte-americano em 1943

Hagemann (2009) afirma que a utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais tem sido praticada

em maior escala principalmente na regiatildeo Nordeste em decorrecircncia do problema de

escassez hiacutedrica caracteriacutestica da regiatildeo Teve iniacutecio em julho de 2003 o Programa

de Formaccedilatildeo e Mobilizaccedilatildeo Social para a Convivecircncia com o Semiaacuterido um Milhatildeo

de Cisternas Rurais (P1MC) visando beneficiar aproximadamente 5 milhotildees de

pessoas na regiatildeo semiaacuterida com aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de cisternas

(Figura 6)

41

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural

Fonte Annencchini 2005

A seguir a figura 7 apresenta um modelo mais simples para casas populares

podendo atender quase 100 da aacutegua de um lar (CUNHA et al 2011)

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva

Fonte wwwportalsaofranciscocombr 2016

42

23 Utilizaccedilotildees da aacutegua coletada e o seu consumo

A aacutegua da chuva pode ser usada de diferentes maneiras como jaacute mencionado

descarga de sanitaacuterios limpeza de vasos sanitaacuterios e mictoacuterios lavagem de roupas

lavagem de pavimentos e veiacuteculos rega de jardins irrigaccedilatildeo de parques escolas

praccedilas estacionamentos condomiacutenios usos industriais e preacutedios comerciais

(climatizaccedilatildeo resfriamento de maacutequinas lavagem industrial de roupas lavagem de

veiacuteculos como carros ocircnibus e caminhotildees limpeza industrial redes de incecircndio)

(GOLDENFUM 2006 RODRIGUES 2010 OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

Segundo Krishna (2003) existem diversas vantagens e benefiacutecios da aacutegua da

chuva a aacutegua eacute gratuita o uacutenico custo eacute para coleta e uso o uso final da aacutegua colhida

eacute localizado perto da fonte eliminando a necessidade de sistemas de distribuiccedilatildeo

dispendiosos eacute isenta de soacutedio eacute superior para a irrigaccedilatildeo da paisagem a coleta

reduz o fluxo para drenagens de aacuteguas pluviais e tambeacutem reduz poluiccedilatildeo da fonte natildeo

pontual aleacutem de ajudar nos serviccedilos puacuteblicos com a reduccedilatildeo da demanda no veratildeo

e economizando a utilizaccedilatildeo da aacutegua existente resultabdo assim tambeacutem na

reduccedilatildeo das contas de serviccedilos puacuteblicos dos consumidores

Segundo o Texas Guide to Rainwater Harvestingrdquo [1997] a aacutegua da chuva eacute

a aacutegua natural mais macia com dureza zero para todos os fins praacuteticos Quase natildeo

apresentam minerais nem sais dissolvidos e a sua qualidade eacute proacutexima da qualidade

da aacutegua destilada

Iwanami (1985) descreve a importacircncia de fazer o planejamento da utilizaccedilatildeo

do sistema de aproveitamento de aacutegua de chuva para verificar a quantidade de aacutegua

que poderaacute ser coletada e armazenada e verificar a necessidade de tratamento da

aacutegua de chuva Certamente eacute preciso que a aacutegua coletada seja devidamente

armazenada filtrada tratada e que garanta uma qualidade compatiacutevel com os usos

previstos

A aacutegua da chuva obtida por meio de processos sem qualquer desinfecccedilatildeo ou

filtragem complexa natildeo serve normalmente para consumo humano eacute considerada

como aacutegua de segunda qualidade Este tipo de aacutegua deve ser empregado em algumas

tarefas domeacutesticas jaacute exemplificadas anteriormente Rodrigues (2010) afirma que em

meacutedia um indiviacuteduo utiliza o vaso sanitaacuterio entre sete e oito vezes por dia das quais

aproximadamente seis vezes para urinar e as demais para defecar se em cada

43

descarga forem usados dez litros verifica-se que ao fim de um dia um indiviacuteduo gastou

entre setenta e oitenta litros de aacutegua

O uso eficiente da aacutegua implica que natildeo haja desperdiacutecios quer por motivos

ambientais quer por motivos econocircmicos jaacute que a aacutegua desperdiccedilada envolve gastos

desnecessaacuterios Nos campos por exemplo as plantas satildeo organizadas e distribuiacutedas

conforme suas necessidades de aacutegua que segundo essa loacutegica os sistemas de rega

deveriam ser organizados de acordo com as necessidades das plantas isto eacute as

plantas com distintas necessidades satildeo regadas de modo separado podendo tomar

como exemplo a grama que deve ser regada separadamente dos arbustos e flores

Sabe-se que a rega eacute muito importante para o desenvolvimento das vegetaccedilotildees e eacute

usada quando o niacutevel de umidade no solo eacute insatisfatoacuterio (RODRIGUES 2010)

No entendimento de Rodrigues (2010) independente das intervenccedilotildees

excepcionais de reparaccedilatildeo e na falta de condiccedilotildees que sugerem intervenccedilotildees em

periacuteodos mais curtos a manutenccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento de aacuteguas

pluviais deve ser realizada em conformidade com as frequecircncias miacutenimas

24 O Reuso De Aacuteguas

241- Aacuteguas Residuaacuterias

Na visatildeo de Asano et al (2007) a aacutegua recuperada eacute definida como um

efluente convenientemente tratado numa Estaccedilatildeo de Tratamento para uma

determinada reutilizaccedilatildeo da aacutegua pretendida Aleacutem disso a reutilizaccedilatildeo da aacutegua

diretamente requer a existecircncia de um sistema de bombeamento ou de outras

facilidades de transporte para o fornecimento da aacutegua

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

(CNRH) dispotildee que o reuso da aacutegua constitui-se de racionalizaccedilatildeo e de conservaccedilatildeo

de recursos hiacutedricos de acordo com os princiacutepios determinados na Agenda 21 Esta

praacutetica diminui a descarga de poluentes em corpos receptores conservando os

recursos hiacutedricos para o abastecimento puacuteblico e outros usos mais exigentes

relacionados agrave qualidade diminui os custos associados agrave poluiccedilatildeo e ajuda na proteccedilatildeo

do meio ambiente e da sauacutede puacuteblica (BRASIL 2005)

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do CNRH em seu art 2ordm traz as seguintes

definiccedilotildees sobre o reuso da aacutegua e a aacutegua residuaacuteria

44

I - aacutegua residuaacuteria esgoto aacutegua descartada efluentes liacutequidos de edificaccedilotildees

induacutestrias agroinduacutestrias e agropecuaacuteria tratados ou natildeo

II - reuso de aacutegua utilizaccedilatildeo de aacutegua residuaacuteria

III - aacutegua de reuso aacutegua residuaacuteria que se encontra dentro dos padrotildees

exigidos para sua utilizaccedilatildeo nas modalidades pretendidas

IV - reuso direto de aacutegua uso planejado de aacutegua de reuso conduzida ao local

de utilizaccedilatildeo sem lanccedilamento ou diluiccedilatildeo preacutevia em corpos hiacutedricos

superficiais ou subterracircneos

V - produtor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que produz aacutegua de reuso

VI - distribuidor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico

ou privado que distribui aacutegua de reuso e

VII - usuaacuterio de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que utiliza aacutegua de reuso (BRASIL 2005)

O reuso eacute definido por Cunha et al (2011) como o uso de aacutegua residuaacuteria ou

aacutegua de qualidade inferior tratada ou natildeo Para Blum (2007) as aacuteguas residuais ou

residuaacuterias satildeo todos os tipos de aacuteguas descartadas resultantes da utilizaccedilatildeo de

vaacuterios processos Como exemplos podem ser citados aacuteguas residuais domeacutesticas

provenientes de banhos cozinhas lavagens de pavimentos domeacutesticos aacuteguas de

infiltraccedilatildeo resultante das infiltraccedilotildees nos coletores de aacutegua existentes nos terrenos ou

de tubulaccedilotildees puacuteblicas entre outros

Muitas pessoas querem aumentar a reutilizaccedilatildeo de aacutegua em seus

empreendimentos como parte de uma mudanccedila geral para o desenvolvimento

sustentaacutevel da terra e gestatildeo de aacutegua Mas Carvalho et al (2014) Marccedilo p 3164 -

3171 3170 haacute poucas informaccedilotildees sobre a aacutegua reutilizada e tecnologias que possam

ser adotadas para cada situaccedilatildeo (HOLT e JAMES 2006)

Filho e Mancuso (2013) entendem o reuso da aacutegua como sendo uma

tecnologia desenvolvida em menor ou maior escala depende da finalidade ao qual se

destina a aacutegua e de como a aacutegua foi usada anteriormente

Hespanhol (2002) enfatiza que a aacutegua eacute um recurso renovaacutevel que quando

reciclada por meio de sistemas naturais torna-se um recurso limpo e seguro pode ter

sua qualidade comprometida devido agrave accedilatildeo antroacutepica Uma vez poluiacuteda a aacutegua pode

ser recuperada e reusada para diversas finalidades A qualidade da aacutegua usada e o

propoacutesito do reuso determinam os niacuteveis de tratamento recomendados os criteacuterios de

45

seguranccedila a serem adotados e os custos associados As possibilidades e formas

potenciais de reuso dependeratildeo de caracteriacutesticas condiccedilotildees e fatores locais

Nessa mesma corrente Cunha et al (2011) sinalizam que um aspecto

relevante para o desenvolvimento de qualquer atividade humana eacute a disponibilidade

de aacutegua em quantidade e qualidade Em situaccedilotildees de escassez emerge a

necessidade e a possibilidade de substituiccedilatildeo das fontes para abastecimento usando

aacutegua residuaacuteria que apresenta qualidade inferior mas disponibilidade assegurada

OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenadas

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Rodrigues (2005) e Goldenfum (2006) classificam o reuso da aacutegua quanto ao

meacutetodo e quanto ao uso final

Quanto ao meacutetodo a reutilizaccedilatildeo da aacutegua pode ser direta ou indireta que

resultam de accedilotildees planejadas ou natildeo O reuso indireto natildeo planejado ocorre quando

a aacutegua servida eacute descarregada no meio ambiente ficando exposta agraves accedilotildees naturais

do ciclo hidroloacutegico (diluiccedilatildeo autodepuraccedilatildeo) e reutilizada a jusante de modo natildeo

intencional e natildeo controlada Em relaccedilatildeo ao reuso indireto planejado ocorre quando

os efluentes depois de tratados satildeo descarregados de maneira planejada nos corpos

drsquoaacutegua para serem usados a jusante de forma controlada (RODRIGUES 2005

GOLDENFUM 2006)

O reuso direto planejado ocorre quando os efluentes depois de tratados satildeo

levados diretamente ao local de reuso (geralmente induacutestria ou irrigaccedilatildeo) O reuso

direto natildeo planejado ocorre quando a aacutegua servida eacute descarregada sem nenhum tipo

de tratamento sendo reaproveitada diretamente no seu ponto de descarga (situaccedilotildees

irregulares pois natildeo tem controle algum sobre os paracircmetros de qualidade)

(GOLDENFUM 2006)

Goldenfum (2006) ressalta que normalmente natildeo eacute possiacutevel reutilizar uma

aacutegua residuaacuteria completa ou indefinidamente O reuso de um efluente tratado atraveacutes

de meacutetodos diretos ou indiretos eacute um meio de disposiccedilatildeo que complementa outros

existentes A quantidade de efluente que se pode reutilizar vai depender da

46

disponibilidade e o custo da aacutegua doce custos de transporte e tratamento diretrizes

sobre a qualidade da aacutegua e o potencial de reuso da aacutegua residuaacuteria

Quanto ao uso final as aacuteguas podem ser aproveitadas de diversas formas e

os tipos de reuso satildeo classificados em urbano industrial agriacutecola ambiental e recarga

de aquiacutefero (HESPANHOL 2002 GOLDENFUM 2006)

Os tipos baacutesicos de usos potenciais de esgotos tratados segundo Hespanhol

(2002) podem ser implantados tanto em aacutereas urbanas como aacutereas rurais e satildeo

ilustrados pelo esquema da figura 6

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua

Fonte Hespanhol 2002

242 Aacuteguas Cinzentas

As aacuteguas cinzentas satildeo as aacuteguas residuais domeacutesticas oriundas de enxaacutegue

de maacutequina de lavar aacutegua de chuveiro e outros Para Blum (2007) eacute importante

quando se projeta um sistema de reuso de aacuteguas cinzentas o dimensionamento dos

reservatoacuterios Deve-se ter em conta o volume que seraacute usado nas descargas de

47

sanitaacuterios ateacute no maacuteximo 48 horas para evitar estocagem por muito tempo pois

ocasionaraacute odores desagradaacuteveis

Nos sistemas de reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas de acordo com Boehm e

Oliveira (2015) deve-se levar em consideraccedilatildeo o comprometimento de todos os

usuaacuterios sendo que o volume e a concentraccedilatildeo de contaminantes podem variar

depende do tipo de edificaccedilatildeo da localidade do niacutevel de ocupaccedilatildeo da residecircncia da

faixa etaacuteria do estilo de vida da classe social da cultura e dos costumes dos

residentes

Neves e Afonso (2010) entendem que as aacuteguas cinzentas satildeo aacuteguas residuais

domeacutesticas sem aacuteguas fecais provenientes geralmente de banheiros duchas

lavatoacuterios lavagem de roupas e cozinha

No reuso dessas aacuteguas que podem ser usadas com ou sem tratamento

dependeraacute da qualidade exigiacutevel para os usos O sistema predial de reciclagem de

aacuteguas cinzentas propicia o tratamento das mesmas e a sua reentrada no ciclo do

preacutedio O uso mais frequente eacute na limpeza de bacias de retrete (NEVES e AFONSO

2010)

25 Formas de Reuso de Aacuteguas

251 Reuso Urbano

Com base nas diretrizes relacionadas ao reuso da aacutegua emitida pela Agecircncia

de Proteccedilatildeo ao Meio Ambiente dos Estados Unidos (United States Environmental

Protection Agency (US EPA) eacute apresentado muitas opccedilotildees para o reuso urbano natildeo

potaacutevel em que se destacam irrigaccedilatildeo de parques e jardins puacuteblicos centros

esportivos campos de futebol gramados aacutervores e arbustos decorativos ao longo de

ruas e rodovias aacutereas ajardinadas ao redor de edifiacutecios puacuteblicos residenciais e

industriais reserva de proteccedilatildeo contra incecircndios sistemas decorativos aquaacuteticos

como fontes chafarizes espelhos e quedas drsquoaacutegua descarga sanitaacuteria lavagem de

veiacuteculos (GOLDENFUM 2006)

Deve-se enfatizar que o uso que requer aacutegua de qualidade elevada podeter

custos incompatiacuteveis com as vantagens devido ao baixo custo da aacutegua para os

usuaacuterios urbanos Dessa forma o reuso urbano com finalidade potaacutevel eacute tida como

uma alternativa dispendiosa e riscos muito altos tornando-o praticamente inviaacutevel

48

Enquanto para finalidades natildeo potaacuteveis envolve riscos menores e eacute considerada

como uma boa opccedilatildeo para o reuso urbano (GOLDENFUM 2006)

252 Reuso industrial

O reuso industrial pode ser utilizado na produccedilatildeo de aacutegua para caldeiras em

sistemas de resfriamento como por exemplo aacutegua de reposiccedilatildeo em lavadores de

gases e aacutegua de processos (CETESB 2014) No mundo as usinas de geraccedilatildeo de

energia refinarias de petroacuteleo unidades quiacutemicas e metaluacutergicas se beneficiam do

reuso de aacutegua tanto para resfriamento quanto para processos industriais

(GOLDENFUM 2006)

253 Reuso agriacutecola

Em conformidade com o Centro Internacional de Referecircncia em Reuso de Aacutegua

(CIRRA 2014) entidade vinculada agrave Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo

(USP) os efluentes devidamente tratados podem ser utilizados na agricultura para

aplicaccedilatildeo em culturas de alimentos natildeo processados comercialmente (irrigaccedilatildeo

superficial de qualquer cultura alimentiacutecia) culturas de alimentos processados

comercialmente (irrigaccedilatildeo de pomares e vinhas) culturas natildeo alimentiacutecias (pastos

forragens fibras e gratildeos) dessedentaccedilatildeo de animais

254 Reuso no meio ambiente

O reuso no meio ambiente engloba aplicaccedilotildees em wetlands habitats naturais

aumento do fluxo de aacutegua estabelecimentos recreacionais contato acidental (pesca

e canoagem) e contato integral com a aacutegua autorizado represas e lagos lagoas

esteacuteticas em que o contato com o puacuteblico natildeo eacute autorizado (CIRRA 2014)

26 A Praacutetica de Recarga de Aquiacuteferos

A recarga artificial de aquiacuteferos com efluentes tratados pode ser usada para

fins diversos englobando o aumento de disponibilidade e armazenamento de aacutegua

controle de salinizaccedilatildeo em aquiacuteferos costeiros controle de subsidecircncia de solos Cirra

(2014) Esta praacutetica pode ser importante para alguns municiacutepios abastecidos por

49

aacutegua subterracircnea onde a recarga natural de aquiacuteferos vem sendo diminuiacutedas em

funccedilatildeo do aumento de aacutereas impermeabilizadas

Hespanhol (2002) comenta que eacute realizada de modo inadequado a retirada das

aacuteguas dos lenccediloacuteis subterracircneos para consumo o que compromete a disponibilidade

hiacutedrica O uso de esgotos tratados para evitar ou diminuir tais efeitos eacute uma

possibilidade

27 O Armazenamento de Aguaacutes

Em aacutereas para captaccedilatildeo de aacutegua de chuva comumente utiliza-se materiais

como telhas galvanizadas pintadas ou esmaltadas com tintas natildeo toacutexicas superfiacutecies

de concreto ceracircmicas policarbonato e fibra de vidro As calhas tambeacutem devem ser

fabricadas com materiais inertes como PVC ou outros tipos de plaacutesticos evitando

assim que partiacuteculas toacutexicas provenientes destes dispositivos venham a ser levadas

para os tanques de armazenagem (MACOMBER 2001)

Segundo Brown et al (2005) o volume do primeiro fluxo de aacutegua de chuva a

ser descartado varia conforme a quantidade de poeira acumulada na superfiacutecie do

telhado que eacute uma funccedilatildeo do nuacutemero de dias secos da quantidade e tipo de resiacuteduos

e da estaccedilatildeo do ano Outras variaacuteveis a serem consideradas satildeo a inclinaccedilatildeo e as

superfiacutecies dos telhados a intensidade das chuvas e o periacuteodo de tempo que ocorrem

Aleacutem disso salienta-se que natildeo haacute nenhum caacutelculo exato para definir o volume inicial

de aacutegua pluvial que necessita ser desviado devido agraves muitas variaacuteveis que

determinam a eficaacutecia da lavagem das aacutereas de captaccedilatildeo

Jaacute o reservatoacuterio eacute um dos componentes mais relevantes do SAAP eacute um fator

que influencia na qualidade da aacutegua e tambeacutem elemento mais caro do investimento

ou fator de otimizaccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel versus necessidades de abastecimento

(RODRIGUES 2010)

O reservatoacuterio de armazenamento tem a funccedilatildeo de reter e acumular a aacutegua

coletada pelo telhado que eacute levada pelo sistema atraveacutes da calha para filtragem e

armazenada em cisternas ou caixas drsquoaacutegua ficando armazenada ao abrigo da luz e

do calor e eacute bombeada para uma caixa drsquoaacutegua superior que pode abastecer o

banheiro a lavanderia e outros ambientes (OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

50

May (2009) acredita que para o sistema ser viaacutevel vai depender de trecircs

elementos precipitaccedilatildeo aacuterea de coleta e demanda O reservatoacuterio de aacutegua da chuva

por ser o componente mais caro do sistema deve ser projetado em conformidade com

as necessidades do usuaacuterio e com a disponibilidade pluviomeacutetrica local para

dimensionaacute-lo adequadamente sem inviabilizar o sistema Com base nos resultados

das anaacutelises realizadas e no uso do sistema de coleta e aproveitamento de aacutegua da

chuva a utilizaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis deve ser estimulada A figura 9 ilustra o

processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Para Boehm e Oliveira (2015) antes da implantaccedilatildeo de um sistema de

reaproveitamento de aacuteguas pluviais devem ser verificadas as condiccedilotildees do local de

instalaccedilotildees e quais os tipos de elementos podem interferir na qualidade da aacutegua

captada

Segundo Macomber (2001) o escoamento de aacutegua natildeo deve entrar em

campos seacutepticos de drenagem do sistema e qualquer tanque o excesso e a drenagem

devem ser roteados de modo que natildeo afetar a base dos tanques ou de quaisquer

outras estruturas

A cisterna pode ser apoiada semi-apoiada enterrada ou elevada e ser

construiacuteda com vaacuterios tipos de materiais como concreto armado blocos de concreto

alvenaria de tijolos plaacutestico polieacutester polietileno accedilo entre outros (OLIVEIRA

CHRISTMANN e PIEREZAN 2014)

51

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Fonte wwwrhasaambientalcombr 2013

Dentre os conceitos da NORMA 155272007 podemos citar

aacutegua de chuva aacutegua resultante de precipitaccedilotildees atmosfeacutericas coletadas

em coberturas telhados onde natildeo haja circulaccedilatildeo de pessoas veiacuteculos e

animais

aacutegua natildeo potaacutevel aacutegua que natildeo atende agrave Portaria nordm 518 do Ministeacuterio da

Sauacutede

aacuterea de captaccedilatildeo aacuterea em metros quadrados projetada na horizontal da

superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde a aacutegua eacute captada

coeficiente de escoamento superficial coeficiente de runnoff que

representa a relaccedilatildeo entre o volume total de escoamento superficial e ao

volume total precipitado variando conforme a superfiacutecie

conexatildeo cruzada qualquer ligaccedilatildeo fiacutesica atraveacutes de peccedila dispositivo ou

outro arranjo que conecte duas tubulaccedilotildees das quais um conduz aacutegua

potaacutevel e a outra aacutegua de qualidade desconhecida ou natildeo potaacutevel

demanda consumo meacutedio (mensal ou diaacuterio) a ser atendido para fins natildeo

potaacuteveis

escoamento inicial aacutegua suficiente da aacuterea de captaccedilatildeo suficiente para

carregar a poeira fuligem folhas galhos e detritos

52

suprimento fonte alternativa de aacutegua para complementar o reservatoacuterio

de aacutegua de chuva

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis

Paracircmetro

Anaacutelise Faixa

Coliformes totais Semanal Ausecircncia em 100mL

Coliformes termotolerantes Semanal Ausecircncia em 100mL

Cloro residual livre Mensal 05 a 30 mgL

Turbidez Mensal lt20uT para menos

restritivos lt50 uT lt15 uH

Cor aparente (caso natildeo seja

utilizado nenhum corante ou

antes da sua utilizaccedilatildeo)

Mensal

Deve prever ajuste do pH para

proteccedilatildeo das redes de distribuiccedilatildeo

caso necessaacuterio

Mensal pH de 60 a 8p no caso

de tubulaccedilatildeo de accedilo

carbono ou galvanizado

Fonte ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas NBR 155252007

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo do sistema de coleta e aproveitamento de aacuteguas

pluviais de acordo com o Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva

do FNDE

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Componente

Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Cobertura e telhados Miacutenimo 3 vezes ao ano

Calhas condutores verticais e horizontais Miacutenimo 3 vezes ao ano

Filtro removedor de detritos A cada 3 meses

Reservatoacuterio inferior ndash enterrado A cada 2 anos

Filtro flutuante Mensalmente

Bombas Mensalmente

Filtro cartucho Semestralmente

Clorador Mensalmente

Reservatoacuterio superior ndash intermediaacuterio Limpeza e desinfecccedilatildeo anual

Fonte Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva FNDE

53

As inspeccedilotildees podem ser feitas pelos utilizadores poreacutem as manutenccedilotildees dos

sistemas de bombas e tratamento devem ser feitas por teacutecnicos especializados

Quando satildeo utilizados nas operaccedilotildees de higienizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produtos nocivos

para os humanos ou para o ambiente devem ser adotadas medidas que impeccedilam o

lanccedilamento dos efluentes resultantes destas operaccedilotildees no ciclo pluvial natural ou na

rede de drenagem de aacuteguas residuais com a necessaacuteria checagem de compatibilidade

com os componentes naturais canalizaccedilotildees e dispositivos de tratamento a jusante

realizando preacute-tratamento quando necessaacuterio (RODRIGUES 2010)

Eacute importante destacar o conjunto de normas que fornecem os requisitos para o

aproveitamento de aacutegua de chuva de coberturas em aacutereas urbanas para fins natildeo

potaacuteveis

NBR 56261998 Instalaccedilatildeo predial de aacutegua fria que tem exigecircncias e

recomendaccedilotildees para o projeto assim como sua execuccedilatildeo e

manutenccedilatildeo da rede

NBR 108441989 Instalaccedilatildeo prediais de aacuteguas pluviais que tem o

caacutelculo de aacuterea de contribuiccedilatildeo e caacutelculo de condutores horizontais e

verticais e de calhas

ABNT NBR 122131992 Projeto de captaccedilatildeo de aacutegua de superfiacutecie para

abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122141992 Projeto de sistema de bombeamento de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122171994 Projeto de reservatoacuterio de distribuiccedilatildeo de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

A RESOLUCcedilAtildeO CONAMA Nordm 20 de 18 de junho de 1986 publicada no DOU

de 300786 foi estabelecida a classificaccedilatildeo das aacuteguas doces salobras e salinas do

Territoacuterio Nacional Na Classe 2 estatildeo incluiacutedas as aacuteguas destinadas ao

abastecimento domeacutestico apoacutes tratamento convencional agrave proteccedilatildeo das

comunidades aquaacuteticas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio (esqui aquaacutetico nataccedilatildeo e

mergulho) agrave irrigaccedilatildeo de hortaliccedilas e plantas frutiacuteferas agrave criaccedilatildeo natural eou

intensiva (aquicultura) de espeacutecies destinadas agrave alimentaccedilatildeo humana

Para as aacuteguas de Classe 2 satildeo estabelecidos os mesmos limites ou condiccedilotildees

da Classe 1 agrave exceccedilatildeo dos seguintes

54

i Natildeo seraacute permitida a presenccedila de corantes artificiais que natildeo sejam

removiacuteveis por processo de coagulaccedilatildeo sedimentaccedilatildeo e filtraccedilatildeo

convencional

ii Coliformes para uso de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio deveraacute ser

obedecido o Art 26 desta Resoluccedilatildeo Para os demais usos natildeo deveraacute ser

excedido um limite de 1000 coliformes fecais por 100 mililitros em 80 ou

mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em qualquer mecircs no

caso de natildeo haver na regiatildeo meios disponiacuteveis para o exame de

coliformes fecais o iacutendice limite seraacute de ateacute 5000 coliformes totais por 100

mililitros em 80 ou mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em

qualquer mecircs

iii Cor ateacute 75 mg Ptl

iv Turbidez ateacute 100 UNT

v DBO5 dias a 20degC ateacute 5 mgl O2

vi OD em qualquer amostra natildeo inferior a 5 mgl O2

No art 26 (Balneabilidade) - As aacuteguas doces salobras e salinas destinadas a

balneabilidade (recreaccedilatildeo de contato primaacuterio) seratildeo enquadradas e teratildeo sua

condiccedilatildeo avaliada nas categorias EXCELENTE MUITO BOA SATISFATOcircRIA e

IMPROacutePRIA da seguinte forma

1) EXCELENTE (3 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 250 coliformes fecais por l00 mililitros ou 1250

coliformes totais por 100 mililitros

2) MUITO BOA (2 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de amostras

obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo local

houver no maacuteximo 500 coliformes fecais por 100 mililitros ou 2500 coliformes

totais por 100 mililitros

3) SATISFATOacuteRIA (1 estrela) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 1000 coliformes fecais por 100 mililitros ou 5000

coliformes totais por 100 mililitros

55

4) IMPROacutePRIA Natildeo atendimento aos criteacuterios estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Os mais recentes padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo

de contato primaacuterio estatildeo definidos na resoluccedilatildeo CONAMA 2742000 como

demonstrado na Tabela 2que jaacute inclui Enterococos Ecoli

Segundo Jordatildeo amp Pessoa (2014) o desenvolvimento dos padrotildees para banho

ou para aacuteguas de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio tem evoluiacutedo com loacutegica Primeiro

foram adotados paracircmetros relativos a melhor tecnologia de controle disponiacutevel que

entretanto natildeo representavam o risco de contrair enfermidades devido a presenccedila de

poluentes Foi o caso dos Coliformes totais Depois considerou-se a relaccedilatildeo entre o

risco possiacutevel ou detectaacutevel e presenccedila de poluentes Neste caso os Coliformes fecais

eram mais representativos

Uma terceira etapa foi a identificaccedilatildeo de risco aceitaacutevel para o qual deveria

existir uma quantidade de dados epidemioloacutegicos correspondendo a mediccedilotildees de

qualidade do corpo drsquoaacutegua Os estudos indicaram que Enterococos eram os mais

representativos seguidos por Ecoli e por uacuteltimo coliformes totais(Desinfecccedilatildeo de

efluentes sanitaacuterios) Sendo assim os Enterococos atualmente representam o melhor

indicador entre os analisados sem que se deva considerar erro o controle por outros

organismos

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio

Balneabilidade-

categoria

Qualidade

Padrotildees para o corpo daacutegua

Proacutepria Excelente Maacuteximo de 250 CF100ml ou

200EC100ml ou 25 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Muito boa Maacuteximo de 500 CF100ml ou

400EC100ml ou 50 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Satisfatoacuteria Maacuteximo de 1000 CF100ml ou

800EC100ml ou 100 Enterococos100ml

56

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Improacutepria Natildeo atendimento aos criteacuterios

estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Incidecircncia elevada ou anormal

de enfermidades transmissiacuteveis

por via hiacutedrica Valor obtido na

uacuteltima amostragem for superior a

2500CF100ml ou 2000

EC100ml ou 400

enterococos100ml Presenccedila de

resiacuteduos ou despejos pHlt6ou

gt9 Floraccedilatildeo de algas outros

fatores que contra -indiquem o

contato primaacuterio

Fonte- CONAMA 2742000

28 Legislaccedilatildeo Sobre o Uso de Aacuteguas

ASPECTOS LEGAIS PARA O USO DE AacuteGUAS

Em 1973 o decreto federal nordm 24643 conhecido como o Coacutedigo das Aacuteguas

consubstanciou a base da legislaccedilatildeo voltada para a temaacutetica aacutegua O instrumento

legisla inclusive sobre o conceito de aacuteguas pluviais e acerca do direito de uso

atribuindo ao dono do preacutedio onde caiacuterem diretamente sua propriedade No seu artigo

118 chega ateacute mesmo a comentar superficialmente sobre a construccedilatildeo de

reservatoacuterios para aproveitamento da aacutegua da chuva em aacutereas puacuteblicas

Em termos de poliacutetica ambiental voltada aos recursos hiacutedricos destaca-se a

promulgaccedilatildeo da lei 9433 que em 1997 instituiu a Poliacutetica Nacional de Recursos

Hiacutedricos ndash PNRH criando o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos Conhecida como Lei das Aacuteguas o normativo fornece instrumentos que

possibilitam a melhoria da gestatildeo sistemaacutetica do recurso

57

A captaccedilatildeo de aacutegua de chuva tem uma relaccedilatildeo indireta com os objetivos dessa Poliacutetica jaacute que estimula o uso racional e ao mesmo tempo previne contra os eventos hidroloacutegicos criacuteticos tanto agraves secas devido agrave promoccedilatildeo da reserva quanto agraves inundaccedilotildees devido agrave diminuiccedilatildeo do escoamento superficial A inclusatildeo da captaccedilatildeo de aacutegua de chuva no Plano indica o esforccedilo da poliacutetica de recursos hiacutedricos na busca da transversalidade e no gerenciamento integrado das aacuteguas (SENRA BRONZATTO VENDRUSCOLO 2007)

A Lei nordm 943397 criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos e no art 1ordm disciplina

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e

a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do

Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades (BRASIL 1997)

O art 5ordm da Lei nordm 943397 trata dos instrumentos da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos (BRASIL 1997)

Nacionalmente natildeo haacute um ordenamento juriacutedico que discipline

especificamente sobre o uso das aacuteguas pluviais Como as citadas anteriormente a

lei nordm 114452007 conhecida como lei do Saneamento Baacutesico indiretamente

estabelece alguns criteacuterios para o manejo de aacutegua pluvial Em seu artigo 3ordm define a

drenagem e manejo das aacuteguas pluviais urbanas como

Conjunto de atividades infraestruturas e instalaccedilotildees operacionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais de transporte detenccedilatildeo ou retenccedilatildeo para o amortecimento de vazotildees de cheias tratamento e

58

disposiccedilatildeo final das aacuteguas pluviais drenadas nas aacutereas urbanas (BRASIL 2007)

Seu decreto regulamentador nordm 72172010 admitiu como forma de viabilizar o

manejo da aacutegua da chuva a alimentaccedilatildeo da instalaccedilatildeo hidraacuteulica predial ligada agrave rede

puacuteblica de abastecimento de aacutegua via aproveitamento de aacutegua da chuva desde que

devidamente autorizadas pela autoridade competente

Quanto agraves leis sobre o tema reuso de aacutegua vigentes no Brasil pode-se

destacar a lei 693881 que institui a poliacutetica nacional do meio ambiente que menciona

o incentivo ao estudo e pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a

proteccedilatildeo dos recursos ambientais

No Estado do Rio de Janeiro a Lei Nordm 6034 de 08 de setembro de 2011 dispotildee

sobre a obrigatoriedade dos postos de combustiacuteveis lava-raacutepidos transportadoras e

empresas de ocircnibus urbanos intermunicipais e interestaduais localizados no Estado

do Rio de janeiro a instalarem equipamentos de tratamento e reutilizaccedilatildeo da aacutegua

usada na lavagem de veiacuteculos

Na cidade de Satildeo Paulo por exemplo atraveacutes da Lei nordm 13276 e o Decreto nordm

41814 que regulamenta esta lei determinam-se a obrigatoriedade da execuccedilatildeo de

reservatoacuterio de aacuteguas pluviais coletadas de cobertas e pavimentos nos lotes

construiacutedos ou natildeo que possuem uma aacuterea impermeabilizada superior a 500m2

Trata-se de providecircncias para evitar as inundaccedilotildees urbanas uma vez que incentiva

soluccedilotildees para a infiltraccedilatildeo da aacutegua de chuva no solo e a utilizaccedilatildeo da mesma quando

armazenada para fins natildeo potaacuteveis

DECRETO Nordm 23940 de 30 de Janeiro de 2004 da cidade do Rio de Janeiro

Torna obrigatoacuterio nos casos previstos a adoccedilatildeo de reservatoacuterios que permitam o

retardo do escoamento das aacuteguas pluviais para a rede de drenagem Visando a

necessidade de ajudar a prevenir inundaccedilotildees atraveacutes da retenccedilatildeo temporaacuteria de

aacuteguas pluviais em reservatoacuterios especialmente criados com esta finalidade e

considerando as possibilidades de reaproveitamento de aacuteguas pluviais para usos natildeo

potaacuteveis como lavagem de veiacuteculos e partes comuns jardinagem e outras Sendo

obrigatoacuterio para imoacuteveis com aacuterea de cobertura superior a 50000 m2 e em caso de

novas edificaccedilotildees residecircncias multifamiliares e industriais fica obrigatoacuterio o uso de

aguas pluviais para uso natildeo potaacutevel atendendo as normas sanitaacuterias vigentes ficando

o habite-se ou alvaraacute de obras condicionado ao atendimento ao decreto

59

A Agenda 21 capiacutetulo 18 dedicou importacircncia especial ao reuso de aacutegua

recomendando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas de gestatildeo dirigidas para o uso e

reciclagem de efluentes Segundo Hespanhol (2012) embora natildeo haja menccedilatildeo ao

tema lsquoreusorsquo na poliacutetica nacional de recursos hiacutedricos existe uma vontade poliacutetica

direcionada para esta questatildeo Segundo a Conferecircncia Interparlamentar sobre o

desenvolvimento do Meio Ambiente realizada em Brasiacutelia em Dezembro de 1992 no

paraacutegrafo 64B recomenda esforccedilos a niacutevel nacional para institucionalizar a

reciclagem e reuso sempre que possiacutevel promovendo o tratamento e a disposiccedilatildeo de

esgotos de modo a natildeo poluir o meio ambiente

A portaria nordm 23 de 12 de fevereiro de 2015 do Ministro de Estado do

Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo estabelece boas praacuteticas de gestatildeo e uso de

Energia Eleacutetrica e de Aacutegua nos oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal

direta autaacuterquica e fundacional e dispotildee sobre o monitoramento de consumo destes

bens e serviccedilos Devendo os oacutergatildeos adotar as providencias necessaacuterias para

implementaccedilatildeo de boas praacuteticas de gestatildeo e inclusive elaborando campanhas de

conscientizaccedilatildeo por meio presencial e eletrocircnico e fornecendo mensalmente o

consumo de energia eleacutetrica e aacutegua por meio do Sistema Projeto Esplanada

Sustentaacutevel

O reuso de aacutegua pode ser classificado em reuso indireto ou direto O reuso

direto eacute aquele onde ocorre a conexatildeo direta dos efluentes de uma estaccedilatildeo de

tratamento de esgotos a uma estaccedilatildeo de tratamento de aacutegua e em seguida ao sistema

de distribuiccedilatildeo O reuso indireto eacute a diluiccedilatildeo do esgoto apoacutes tratamento em um corpo

hiacutedrico no qual apoacutes algum tempo de detenccedilatildeo eacute efetuada a captaccedilatildeo seguida de

tratamento adequado e posterior distribuiccedilatildeo Filho (1987) sugere a seguinte

terminologia para diversas formas de reuso

Reuso indireto natildeo planejado da aacutegua Eacute aquele em que a aacutegua utilizada

em alguma atividade humana eacute descarregada no meio ambiente e

novamente utilizada agrave jusante em sua forma diluiacuteda de maneira natildeo

intencional e natildeo controlada

Reuso indireto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes depois de

tratados satildeo descarregados de forma planejada para serem reutilizados a

jusante

Reuso direto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes apoacutes

convenientemente tratados satildeo encaminhados diretamente do seu ponto

60

de descarga ateacute o local do reuso sofrendo em seu percurso os tratamentos

necessaacuterios mas natildeo sendo descarregados no meio

Reciclagem de aacutegua Eacute o reuso interno da aacutegua antes da sua descarga

em um sistema geral de tratamento ou outro local de disposiccedilatildeo para servir

como fonte suplementar de abastecimento do uso original Eacute um caso

particular de reuso direto

Segundo jaacute destacava Westerhoff (1984)o reuso de aacutegua eacute classificado em

duas categorias Reuso potaacutevel e Reuso natildeo potaacutevel e esta classificaccedilatildeo foi adotada

pela Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental de Satildeo Paulo e

divulgada nos Cadernos de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental Sendo considerado um

bem econocircmico porque eacute finita e essencial para conservaccedilatildeo da vida e do meio

ambiente consequentemente sua escassez impede o desenvolvimento de diversas

regiotildees na medida em que aleacutem da necessidade humana a aacutegua eacute essencial no

processo produtivo de diversas empresas

Reuso potaacutevel

Direto

Indireto

Reuso natildeo potaacutevel

Para fins agriacutecolas

Para fins industriais

Para fins recreacionais

Para fins domeacutesticos

Para manutenccedilatildeo de vazotildees de cursos drsquoaacutegua

Para aquacultura

Recarga de aquiacuteferos subterracircneos

Pode-se destacar alternativas que vem sendo propostas para racionalizaccedilatildeo

do consumo de aacutegua domiciliar Satildeo elas

Identificaccedilatildeo e eliminaccedilatildeo de vazamentos e perdas

Instalaccedilatildeo de equipamentos hidraacuteulicos sanitaacuterios de baixo consumo e alta

eficiecircncia

Reuso de aacuteguas cinzas

Aperfeiccediloamento dos procedimentos de mediccedilatildeo e cobranccedila

61

Os processos e tratamentos para fins potaacuteveis satildeo complexos e de custo

elevado Desta forma o reuso para fins natildeo potaacuteveis deve ser sempre avaliado

preferencialmente Aparentemente o principal problema decorrente da accedilatildeo de

reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas com objetivos de economizar aacutegua seria o aumento

do custo decorrente da instalaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de sistemas duplos de distribuiccedilatildeo

O principal destino destas aacuteguas deve ser a utilizaccedilatildeo sanitaacuteria e o uso agriacutecola

(HESPANHOL amp MIERZWA 2011)

Pesquisas sobre a viabilidade econocircmica de projetos de aproveitamento de

aacutegua de chuva indicam que o item preponderante nesta anaacutelise eacute o custo do

reservatoacuterio que varia em funccedilatildeo da sua dimensatildeo A NBR 15527(ABNT 2007)

apresenta 6 metodologias de caacutelculo do volume do reservatoacuterio que resultam em

valores muito discrepantes gerando a necessidade do usuaacuterio decidirem funccedilatildeo das

condiccedilotildees especiacuteficas do projeto qual metodologia seguir A maioria das

aplicaccedilotildeestrabalha com uma demanda fixa visando o consumo em vasos sanitaacuterios

(MORUZZI e OLIVEIRA2010 DORNELLES et al 2010 COUTINHO et al 2011

GHISI e SCHONDERMARK 2013)

Em relaccedilatildeo a NBR 155272007 aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas

em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis fornece as caracteriacutesticas para o reuso de

aacutegua em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis compreendendo calhas e condutores

instalaccedilotildees prediais qualidade da aacutegua bombeamento manutenccedilatildeo e principalmente

os meacutetodos de caacutelculo de dimensionamento de reservatoacuterios

Os meacutetodos de dimensionamento dispostos nesta norma satildeo

Meacutetodo de Rippl

Meacutetodo de Simulaccedilatildeo

Meacutetodo Azevedo Neto

Meacutetodo praacutetico alematildeo

Meacutetodo praacutetico inglecircs

Meacutetodo praacutetico australiano

62

3 - METODOLOGIA

Conforme Sabbatini (1989) metodologia eacute um ldquoconjunto de preceitos que

estabelece uma orientaccedilatildeo para o direcionamento e conduccedilatildeo de uma dada

investigaccedilatildeordquo tendo esta orientaccedilatildeo dois niacuteveis de doutrina e de estrateacutegia que

geram os princiacutepios de tomada de decisatildeo e permitem a operacionalizaccedilatildeo da

pesquisa que consiste no plano de accedilatildeo

A metodologia para anaacutelise do uso de sistema para aproveitamento de aacutegua

pluvial deve ser entendida como input do processo de pesquisa seus princiacutepios

devem ser balizadores das estrateacutegias adotadas para sua racionalidade

Esta dissertaccedilatildeo objetiva a importacircncia na utilizaccedilatildeo de metodologia e

aplicaccedilatildeo de procedimentos e meacutetodos nas atividades relacionadas ao uso de aacutegua

pluvial em instituiccedilatildeo federal de ensino onde o avanccedilo tecnoloacutegico deve ter como

escopo uma metodologia especiacutefica para seu desenvolvimento

Os atributos e alcance da pesquisa aplicada e de desenvolvimento tecnoloacutegico

constitui a estrutura essencial para obter novos meacutetodos construtivos e modernizaccedilatildeo

de processos e sistemas de uso consolidado e na soluccedilatildeo sistemaacutetica de problemas

Fluxo do processo adotado

O meacutetodo adotado envolve vaacuterias etapas conforme quadro 4 para a validaccedilatildeo

da metodologia de aproveitamento de aacutegua pluvial

Quadro 4- Fluxo do processo

Atividade Procedimentos

Visita teacutecnicas

Foram selecionadas duas tipologias de edificaccedilotildees no sentido de ampliar

o entendimento das teacutecnicas construtivas para a implantaccedilatildeo de

sistema de coleta e uso de aacutegua pluvial

Normas teacutecnicas

NBR 155272007 Aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas em

aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis - Requisitos

Precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rioque foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca

63

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho

31 Estrateacutegia da Pesquisa

A pesquisa em questatildeo tem caraacuteter exploratoacuterio de projeto uacutenico com

abordagem quantitativa por meio de estudo de caso uacutenico que tem como modelo

cientiacutefico a concepccedilatildeo de Robson (2011) o qual disserta sobre os meacutetodos de

pesquisa do mundo real

A estaccedilatildeoestaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm89 67 longitude

43ordm22 67

Reservatoacuterios

detalhes teacutecnicos

construtivos e

controle sanitaacuterio

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo de

dimensionamento onde o volume do reservatoacuterio seraacute o menor valor

entre 6 do volume de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial anual e 6 da

demanda anual de aacutegua natildeo potaacutevel

Foi utilizado o meacutetodo da simulaccedilatildeo previsto na NBR 15527 2007

Para ratificar o dimensionamento do reservatoacuterio feito pelo meacutetodo

praacutetico alematildeo

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR

152227 recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgle

30 mgl em qualquer ponto do sistema de abastecimento

Para controle sanitaacuterio foi utilizado Clorador com funcionamento em

circuito fechado com proteccedilatildeo contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo

interno 320 pastilhas variando de 0640 kg com vazatildeo de operaccedilatildeo

lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Equipamentos Verificou-se que equipamentos utilizados em sistema de captaccedilatildeo e uso

de aacutegua pluvial eacute uma tecnologia de fabricantes internacionais com

representantes locais

Demanda de uso

natildeo potaacutevel

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com

base nos dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos

atraveacutes dos questionaacuterios e o nuacutemero de pessoas que efetivamente

utilizam cada aparelho Tambeacutem se utilizaram no caacutelculo do consumo

diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR 56261998

Viabilidade

econocircmica de

implantaccedilatildeo do

sistema

Foi realizada a anaacutelise econocircmica utilizando-se o meacutetodo do payback

simples e descontado considerando taxa mensal de 1 para validaccedilatildeo e

verificaccedilatildeo da viabilidade econocircmica do sistema

64

Adota o presente trabalho a verificaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo exitosas de sistemas de

aproveitamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees de diversas tipologias criando um

paracircmetro de anaacutelise e consolidaccedilatildeo de praacuteticas sustentaacuteveis e novas tecnologias

VISITAS REALIZADAS

Estaacutedio do Maracanatilde

Maior estaacutedio sendo sede da Copa do Mundo de Futebol 2014 no rio de

Janeiro Inaugurado em junho de 1950 sendo iniciada a obra de recuperaccedilatildeo e retrofit

no ano de 2010 sendo concluiacuteda em 2013 Sua capacidade de puacuteblico passou de

87101 para 78639 lugares

Realizada a visita as instalaccedilotildees do Estaacutedio do Maracanatilde que recebeu a

certificaccedilatildeo LEED1 (Leadership in Energy and Environmental Design) For New

Construction na categoria Silver versatildeo 30 concedida pela USGBC (United States

Building Concil) conforme fig 10 que reconhece soluccedilotildees de novas tecnologias

sustentaacuteveis utilizadas nas construccedilotildees com o objetivo de reduccedilatildeo de impactos ao

meio ambiente durante a vida uacutetil da edificaccedilatildeo certificaccedilatildeo voltada para construccedilotildees

sustentaacuteveis e ambientalmente eficientes

1 Lideranccedila em Energia e Desig Ambiental eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para

edificaccedilotildeesUtilizada em 143 paiacuteses a certificaccedilatildeo foi criada em 2000 pela USGreen Building Council (USGBC)

65

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Pereira et al (2015)

A alta performance ambiental do maracanatilde apoacutes a implantaccedilatildeo do sistema de

aacuteguas pluviais contribuiu para sua certificaccedilatildeo onde cabe ressaltar que houve reduccedilatildeo

de 7114 do consumo de agua potaacutevel que representa da demanda de bacias e

mictoacuterios como tambeacutem todo o volume de agua necessaacuterio para irrigaccedilatildeo do

gramado e Conforme Pereira et al (2015) a reduccedilatildeo de uso de aacutegua potaacutevel eacute de

50 (cinquenta por cento)

Com o retrofit o estaacutedio do Maracanatilde teve acreacutescimo de 50000m2 na aacuterea de

cobertura construiacuteda em membrana tensionada por cabos de accedilo que permitiu a

viabilidade de implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo acrescida da aacuterea de drenagem

do campo que atende a irrigaccedilatildeo e descargas O estaacutedio no seu sistema de captaccedilatildeo

e reaproveitamento de aacuteguas pluviais conta com reservatoacuterio de 5 milhotildees de litros

volume capaz de suprir as demandas de usos por um periacuteodo de ateacute trecircs meses em

caso de estiagem

66

Leroy Merlin

Empresa de comeacutercio varejista voltada para materiais de construccedilatildeo e

bricolagem desde os anos de 1988 A concepccedilatildeo de seus projetos de lojas passaram

a ser voltada para questotildees de sustentabilidade agrave partir da construccedilatildeo da loja na

cidade de Niteroi inaugurada em 2007 iniciando um ciclo de novas unidades com o

mesmo caraacuteter tendo em um de seus conceitos o aproveitamento de aacuteguas pluviais

A Leroy Merlin foi a primeira empresa agrave receber o selo HQE2 em 2009

empresa situada em Niteroacutei no Estado do Rio de Janeiro na atividade de comeacutercio de

materiais de construccedilatildeo Adotou como meta a certificaccedilatildeo AQUA em funccedilatildeo de sua

adaptabilidade as condiccedilotildees de uso no Brasil avaliando aspectos da gestatildeo

ambiental nas obras de arquitetura

Recebeu a empresa por ocasiatildeo de sua construccedilatildeo recebeu a certificaccedilatildeo

ACQUA-Alta Qualidade Ambiental tendo sido avaliada pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

entidade vinculada a USP (Universidade de Satildeo Paulo) tendo atendido as exigecircncias

para a certificaccedilatildeo nas etapas do programa concepccedilatildeo do projeto e realizaccedilatildeo da

obra

Foram utilizados no tratamento daacute aacutegua captada trecircs filtros tipo Vortex WWF

300 com capacidade de filtragem para aacuterea de cobertura de ateacute 3000m2 com potencial

de ateacute 90 da aacutegua precipitada e com retenccedilatildeo de partiacuteculas de 028mmFoi utilizado

reservatoacuterio apresentado na foto abaixo com capacidade de 150000 litros com

extravasor para poccedilos de infiltraccedilatildeo conforme figura 11 em caso de alto iacutendice de

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica contribuindo para a alimentaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico e

reduzindo a possibilidade de enchentes

2 HQE A primeira certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios a ser adaptada para a realidade brasileira foi a AQUA (hoje AQUA-

HQE) Com base no selo francecircs Haute Qualiteacute Environnementale professores da Universidade de Satildeo Paulo (USP) criaram a versatildeo brasileira e formaram a instituiccedilatildeo responsaacutevel por ela a Fundaccedilatildeo Vanzolini

67

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

Foto da Construccedilatildeo do reservatoacuterio de 150000 litros

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

68

32 Unidade de anaacutelise

Esta pesquisa se limita a estudar a viabilidade de uso de aguas pluviais

calculando a demanda de uso natildeo potaacutevel a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacuteguas

residuais provenientes de evaporadoras de ar condicionado com determinaccedilatildeo do

volume do reservatoacuterio e posterior analise de viabilidade econocircmica Yin (2001)

afirma que a unidade de anaacutelise estaacute relacionada com o problema fundamental de

definir o que eacute o ldquocasordquo

Segundo Yin (2001) o estudo de caso representa uma investigaccedilatildeo empiacuterica e

compreende um meacutetodo abrangente com a loacutegica do planejamento da coleta e da

anaacutelise de dados Pode incluir tanto estudos de caso uacutenico quanto de muacuteltiplos assim

como abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa

Aleacutem da coleta de dados por meio dos questionaacuterios outro importante processo

que seraacute usado neste estudo eacute anaacutelise documental considerada como a teacutecnica que

abrange tanto a anaacutelise qualitativa quanto a quantitativa Segundo Gil (2010 p121)

ldquoA consulta a fontes documentais eacute imprescindiacutevel em qualquer estudo de casordquo

Portanto a anaacutelise destes dados torna-se fundamental para que se possa identificar

demanda de consumo de aacutegua natildeo potaacutevel o potencial para aproveitamento de aacuteguas

dos evaporadores de aparelhos de ar condicionado

33 Justificativa da estrateacutegia de pesquisa

A escolha do meacutetodo de pesquisa orientaraacute as etapas necessaacuterias para a coleta

de informaccedilotildees anaacutelise destes dados e demonstraccedilatildeo da confiabilidade e validade

das descobertas (ROBSON 2011)

34 Pesquisa Exploratoacuteria

A pesquisa exploratoacuteria utilizaraacute fontes documentais como perioacutedicos

dissertaccedilotildees e teses sobre os temas sustentabilidade histoacuterico de reuso e

reaproveitamento de aacuteguas pluviais e legislaccedilatildeo traccedilando conexotildees entre estes

elementos de forma a propiciar confiabilidade para o embasamento da pesquisa

69

35 Levantamento

O presente trabalho visa o aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

de evaporadores de unidades condensadoras para reuso no Campus Maracanatilde do

CEFET-RJ

Desta forma o trabalho foi estruturado da forma relacionada abaixo

Levantamento das caracteriacutesticas pluviomeacutetricas da regiatildeo estudada para

determinaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica media atraveacutes das analises de

dados fornecida do sistema Alerta Rio referente ao periacuteodo de 2001 a 2015

Levantamento das caracteriacutesticas de 01(uma) edificaccedilatildeo existente no

campus maracanatilde bloco E e considerando seu potencial de captaccedilatildeo

atraveacutes exclusivamente de suas coberturas bem como o dimensionamento

de reaproveitamento das aacuteguas provenientes de condensadores de ar

condicionado existentes no referido bloco por contemplar maior nuacutemero de

equipamentos citados e maior nuacutemero de horas de uso

Avaliaccedilatildeo dos resultados obtidos com determinaccedilatildeo do reservatoacuterio de

armazenamento sendo realizado atraveacutes da NBR 15527 ndash Aacutegua da Chuva

Aproveitamento das aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis (ABNT 2007)

Tambeacutem seratildeo realizados estudos utilizando teacutecnicas de matemaacutetica

financeira pelo meacutetodo de anaacutelise de payback simples que fornece uma

estimativa de faacutecil compreensatildeo dos benefiacutecios gerados para determinar o

tempo de retorno do investimento atraveacutes dos custos de implantaccedilatildeo do

sistema

70

Aacuterea de Estudo

O CEFET-RJ ocupa uma aacuterea de terreno de 3438200 m2 com 6481800 m2

construiacutedos e distribuiacutedos em 06 pavilhotildees e diversos blocos nomeados de ldquoArdquo a ldquoLrdquo

tendo como objeto para estudo de caso o Bloco E que e abastecido atraveacutes do

hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 conforme figura 10

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora

Fonte Realizada pelo autor 2017

36 Objeto de Estudo

O preacutedio objeto do estudo eacute o Bloco E sendo utilizado pela comunidade

docente discente e teacutecnicos administrativos

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ

Fonte site wwwcefet-rjbr

71

As coberturas do preacutedio satildeo compostas por telhas trapezoidais em accedilo

galvanizado tendo calhas em concreto impermeabilizado para a coleta de aacuteguas

pluviais com tubos de queda em PVC de 100 mm com condutores horizontais

interligando as caixas de passagem e estas ao coletor puacuteblico

361 Aparelhos Existentes

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados quais eram os tipos de aparelhos

sanitaacuterios torneiras mictoacuterios existentes no CEFET-RJ Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua

37 Entrevistas com os Usuaacuterios

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

CEFET-RJ a fim de descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho Nos

questionaacuterios foram feitas perguntas que demonstrassem o tempo e a quantidade de

vezes que cada aparelho era utilizado no periacuteodo de ocupaccedilatildeo

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como um certo desinteresse na participaccedilatildeo por alguns membros da comunidade

Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com utilizaccedilatildeo

da foacutermula de caacutelculo amostral

72

Foacutermula de caacutelculo

Onde

n - amostra calculada N ndash populaccedilatildeo Z - variaacutevel normal padronizada associada ao niacutevel de confianccedila p - verdadeira probabilidade do evento e - erro amostral Erro amostral de 5 Niacutevel de confianccedila de 95

Foram aplicados questionaacuterios para funcionaacuterios professores e alunos com as

mesmas perguntas Os questionaacuterios utilizados nas entrevistas estatildeo apresentados

no Apecircndice A B e C

Para os funcionaacuterios da limpeza interna externa foram aplicados questionaacuterios

direcionados em funccedilatildeo das atividades desenvolvidas

Os resultados obtidos atraveacutes das entrevistas permitiram obter valores que

representam a frequecircncia e o tempo de utilizaccedilatildeo de cada tipo de aparelho sanitaacuterio

para o total geral da edificaccedilatildeo e por pessoa

38 Estimativa do Consumo de Aacutegua

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com base nos

dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos atraveacutes dos questionaacuterios

e o nuacutemero de pessoas que efetivamente utilizam cada aparelho Tambeacutem se

utilizaram no caacutelculo do consumo diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR

56261998

381 O caacutelculo de consumo meacutedio diaacuterio de aacutegua per capita por aparelhos

O Caacutelculo foi realizado com base no somatoacuterio da multiplicaccedilatildeo da frequecircncia

e tempo de uso obtido nas entrevistas e vazatildeo do aparelho dividido pelo nuacutemero de

pessoas entrevistadas

73

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

C meacutedio = consumo meacutedio por aparelho

fi=numero de vezes de utilizaccedilatildeo

ti= tempo em segundos de uso diaacuterio

n= amostras de pessoas entrevistadas

Q= vazatildeo do aparelho (litros por segundo)

382 Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

A estimativa dos consumos de aacutegua referentes agrave limpeza do preacutedio (que inclui

tambeacutem lavaccedilatildeo de paacutetios corredores sanitaacuterios e irrigaccedilatildeo de jardins) foi calculada

com base em entrevistas com os responsaacuteveis por tais atividades e natildeo por amostra

Consumo Atividade limpeza = Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega de

jardim

383 Avaliaccedilatildeo do Potencial de Economia de Aacutegua Potaacutevel

A fim de se estimar o potencial de economia proveniente da implantaccedilatildeo de um

sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial foi verificado o percentual de aacutegua potaacutevel

utilizado em fins natildeo potaacuteveis quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de agua residual pelas

evaporadoras de ar condicionado e tambeacutem foi estimado o volume ideal de

reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial

384 Percentual de Aacutegua Potaacutevel que Poderia Ser Substituiacutedo por Aacutegua Pluvial

Neste estudo considerou-se a utilizaccedilatildeo de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis em

descargas de vaso sanitaacuterio mictoacuterios irrigaccedilatildeo de jardins torneiras de usadas para

limpeza do preacutedio que tambeacutem inclui lavaccedilatildeo dos pavimentos

Atraveacutes da soma dos valores de consumo de aacutegua nas atividades consideradas

para fins natildeo potaacuteveis foi verificada a quantidade total de aacutegua potaacutevel que poderia

ser substituiacutedo por aacutegua pluvial

74

39 Reservatoacuterios de Aacutegua Pluvial

O reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial eacute um dos componentes mais

importantes de um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial o qual deve ser

dimensionado principalmente considerando os seguintes fatores demanda de aacutegua

pluvial aacutereas de captaccedilatildeo precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica e custos totais de implantaccedilatildeo

Para estimar o volume ideal do reservatoacuterio de aacutegua pluvial para o presente

estudo baseou-se nas aacutereas de cobertura da edificaccedilatildeo no consumo diaacuterio de aacutegua

em sanitaacuterios e mictoacuterios e atividades de limpeza na precipitaccedilatildeo da regiatildeo no

coeficiente de perdas e no total de aacutegua potaacutevel usada para fins natildeo potaacuteveis que

poderia ser substituiacuteda por aacutegua pluvial

310 Anaacutelise Econocircmica

Depois de verificado o potencial de economia de aacutegua potaacutevel seratildeo

verificados os custos para a implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento

de aacutegua pluvial e tambeacutem analisada sua viabilidade econocircmica

Esta anaacutelise econocircmica seraacute uma estimativa de custos que poderaacute servir como

referecircncia para novas instituiccedilotildees de ensino com padrotildees semelhantes que desejam

implantar um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial

Natildeo se tem um indicativo de que este sistema possa ser implantado no objeto

de estudo Os custos de implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de

aacutegua pluvial resumem-se em custos com obra de construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior

materiais e equipamentos necessaacuterios agrave implantaccedilatildeo

Deste modo fez-se uma planilha de quantitativos e custos dos valores

referentes a obra atraveacutes de preccedilos coletados no SINAPICEF e de materiais e

equipamentos necessaacuterios com empresas representantes e ou fabricantes

75

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA

Conforme abordado no capiacutetulo correspondente a metodologia optou-se

como um dos meios de aplicaccedilatildeo a validaccedilatildeo e investigaccedilatildeo desta metodologia

desenvolvida para uma Instituiccedilatildeo Federal de Ensino

41 Histoacuterico do Cefet-RJ

Atraveacutes de uma parceria entre o governo da Uniatildeo e o da Prefeitura do Distrito

Federal foi criada a Escola Normal de Artes e Ofiacutecios Wenceslau Braz versatildeo

primaacuteria do que vem a ser o CEFETRJ contemporaneamente Segundo CEFETRJ

(2007 paacuteg 14) os principais objetivos da escola eram de criar professores mestre e

contramestres para as instituiccedilotildees e escolas profissionais do Distrito Federal e entatildeo

Rio de Janeiro aleacutem de professores de trabalhos manuais para escolas primaacuterias do

Municiacutepio

De acordo com Maruyama (2013) apoacutes criaccedilatildeo de sua primeira forma teve

seus objetivos e estrutura atualizada transformando-se em Escola Teacutecnica Nacional

(ETN) em 1942 Jaacute em 1965 a Escola recebe nome Escola Teacutecnica Federal da

Guanabara poreacutem foi apenas em 1967 que a Escola passa a ser chamada de Escola

Teacutecnica Federal Celso Suckow da Fonseca

Hoje atraveacutes de seu histoacuterico de reconhecimento pela sociedade a Escola

Teacutecnica obteve expansatildeo geograacutefica passando a atuar com sede matriz a Unidade

Maracanatilde e demais seis outras Unidades descentralizadas pelo Rio e Janeiro (Nova

Iguaccedilu Maria da Graccedila Petroacutepolis Nova Friburgo Angra dos Reis e Itaguaiacute) e

educacional ofertando cursos regulares de ensino meacutedio educaccedilatildeo profissional

teacutecnica graduaccedilatildeo poacutes-graduaccedilatildeo aleacutem de atividades de pesquisa e de extensatildeo

411 Definiccedilatildeo de Instituiccedilotildees de Ensino Superior

De acordo com o artigo 21 da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo

Nacional (939496) a educaccedilatildeo escolar eacute formada por duas etapas principais

educaccedilatildeo baacutesica formada pela educaccedilatildeo infantil ensino fundamental e ensino meacutedio

II - educaccedilatildeo superior etapa posterior a educaccedilatildeo baacutesica cujo objetivo global eacute formal

76

profissionais e cidadatildeos aptos a exercerem suas funccedilotildees e promover o

desenvolvimento do paiacutes

A LDB (Lei 93941996) assume a coexistecircncia de instituiccedilotildees puacuteblicas e

privadas para a oferta de cursos superiores dizendo no Artigo 45 que a educaccedilatildeo

superior poderaacute ser ministrada em instituiccedilotildees de ensino superior de caraacuteter puacuteblico

ou privada com variados graus de abrangecircncia e particularizaccedilatildeo Visando

complementar a LDB e a esse artigo 7ordm do Decreto 38602001 classifica as instituiccedilotildees

de ensino superior quanto agrave sua organizaccedilatildeo acadecircmica em

Universidades - Satildeo caracterizadas pela oferta regular de atividades que

articulam trecircs principais pilares ensino de pesquisa e de extensatildeo

Centros Universitaacuterios - Os centros universitaacuterios satildeo instituiccedilotildees de

ensino superior pluri-curriculares comprovada pelo desempenho nos

cursos nas avaliaccedilotildees do MEC e que devem atender a comunidade

Centros Federais de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica - Satildeo instituiccedilotildees de ensino

superior especializados na oferta de educaccedilatildeo tecnoloacutegica nos

diferentes niacuteveis e modalidades de ensino O Centro Federal de

Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) seraacute a

instituiccedilatildeo alvo do presente estudo e se encaixa nessa classificaccedilatildeo

Faculdades Integradas faculdades institutos ou escolas superiores -

superiores orientados basicamente para o ensino satildeo voltadas para a

formaccedilatildeo de profissionais para o mercado de trabalho e natildeo se exigiratildeo

produccedilatildeo cientiacutefica e natildeo haacute exigecircncia de oferta cursos de poacutes-

graduaccedilatildeo

Por fim todas as instituiccedilotildees de ensino superior independente de sua

classificaccedilatildeo e dos cursos ofertados por estar diretamente submetidas as decisotildees do

MEC deve acatar com seus decretos e determinaccedilotildees pois estatildeo sob uma mesma

legislaccedilatildeo e regime Dentro das obrigatoriedades das IES pode ser destacado o

documento de caraacuteter estrateacutegico conhecido como Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI)

412 - Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) eacute um documento institucional

exigido pelo Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) e apresenta as principais estrateacutegicas e

77

posicionamento que a instituiccedilatildeo de ensino superior (IES) iraacute adotar em um periacuteodo

de tempo preacute-definido Eacute anaacutelogo ao Planejamento Estrateacutegico das empresas

privadas poreacutem com foco em resultados no sistema educacional processos internos

e desempenho dentro do cenaacuterio mutaacutevel da educaccedilatildeo no periacuteodo de vigecircncia

O Plano de Desenvolvimento Institucional ndash PDI eacute um documento elaborado para um periacuteodo de 5 (cinco) anos que identifica a Instituiccedilatildeo de Ensino Superior (IES) no que diz respeito agrave sua filosofia de trabalho agrave missatildeo a que se propotildee agraves diretrizes pedagoacutegicas que orientam suas accedilotildees agrave sua estrutura organizacional e agraves atividades acadecircmicas que desenvolve eou que pretende desenvolver (SAPIEnS 2007)

A lei 10861 (2004) instituiu o Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo

Superior (SINAES) Este sistema tem como objetivo buscar a melhoria da qualidade

da educaccedilatildeo superior monitorar a expansatildeo da oferta e aumento da eficiecircncia e

eficaacutecia institucional no acircmbito de ensino e impacto na sociedade Deve ser ainda um

sistema supervisor das IES no cumprimento de seus deveres institucionais como

identidade respeito a diversidade e afirmaccedilatildeo da autonomia Esta lei promoveu em

2006 a ediccedilatildeo do decreto Nordm 5773 que legitima a relevacircncia e obrigatoriedade do PDI

nas IES

O decreto Nordm 5773 (2006) descreve sobre as funccedilotildees de regulamentaccedilatildeo

acompanhamento e avaliaccedilatildeo das IES e cursos superiores de graduaccedilatildeo e

sequenciais no sistema de ensino federal No Art 15 satildeo descritas as exigecircncias para

uma instituiccedilatildeo ser credenciada ao MEC Eacute responsabilidade da IES possuir aleacutem de

documentos padratildeo como cumprimento de exigecircncias fiscais legais e regimento ou

estatuto o PDI eacute exigido devido ao seu caraacuteter de avaliaccedilatildeo de potencial capacidade

e objetivos de longo prazo como instituiccedilatildeo provedora de ensino superior O Art 16

apresenta ainda um roteiro de subsiacutedio na elaboraccedilatildeo do PDI com as exigecircncias que

o MEC determina

Neste contexto eacute possiacutevel identificar uma importante instituiccedilatildeo de ensino

superior do estado do Rio de Janeiro o Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica

Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) Uma instituiccedilatildeo com grande tradiccedilatildeo que ao

longo dos anos se diversificou alterou o escopo de ensino para ofertar de cursos de

cursos de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo direcionados para tecnologia e inovaccedilatildeo Eacute

necessaacuterio conhecer aacutes origens histoacutericos e fatores que influenciaram a consolidaccedilatildeo

do CEFETRJ para entender seu papel no cenaacuterio atual

78

413 - O PDI do CefetRJ

O Estatuto do CEFETRJ foi aprovado em 2005 pelo ministro da educaccedilatildeo

Fernando Haddad e instaurou a portaria nordm 3796 No capiacutetulo III sobre a Estrutura

Organizacional na Subseccedilatildeo VIII do Estatuto do CEFETRJ eacute estabelecida a criaccedilatildeo

da Diretoria de Gestatildeo Estrateacutegica (DIGES)oacutergatildeo responsaacutevel por conduzir o

processo de elaboraccedilatildeo validaccedilatildeo e publicaccedilatildeo dos DPI a cada quatro anos bem

como acompanhar a execuccedilatildeo dos planos e projetos definidos e ser o principal

fornecedor de informaccedilotildees sobre o desempenho da instituiccedilatildeo perante sociedade

ministeacuterio da educaccedilatildeo Uniatildeo e demais oacutergatildeos puacuteblicos a que a IES estaacute submetida

A construccedilatildeo do PDI eacute feita de maneira colaborativa e participativa por todos

os departamentos e secretarias que integram a instituiccedilatildeo Os entendimentos entre

todas as partes e consensos provisoacuterios devem ser estabelecidos para definir

objetivos comuns a todos que deveratildeo ser registrado e amplamente divulgado e

cascateado a todos os niacuteveis da instituiccedilatildeo Com isso o PDI deve ser apresentado

pela DIGES em um prazo de 150 a 60 dias agrave Comissatildeo para validar o produto final

conforme estabelecido no documento O processo deve ser concluiacutedo dentro do ano

anterior ao periacuteodo de vigecircncia do PDI em elaboraccedilatildeo

414 - Filosofia Missatildeo e Objetivos Institucionais

Os princiacutepios norteadores da filosofia satildeo expressos atraveacutes de seu Projeto

Pedagoacutegico integrando

A defesa das condiccedilotildees garantidoras de qualidade social para a educaccedilatildeo

puacuteblica viabilizada pela Rede Federal de Educaccedilatildeo Profissional Cientiacutefica e

Tecnoloacutegica em sua diversidade institucional reafirmaccedilatildeo da identidade institucional

vinculada agrave formaccedilatildeo de profissionais de diferentes niacuteveis no projeto de transformaccedilatildeo

de Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica em Universidade Tecnoloacutegica Federal

adoccedilatildeo de projetos de verticalizaccedilatildeo e integraccedilatildeo das atividades de ensino pesquisa

e extensatildeo da educaccedilatildeo baacutesica agrave poacutes-graduaccedilatildeo como caracteriacutestica metodoloacutegica

de formaccedilatildeo na aacuterea tecnoloacutegica middot consolidaccedilatildeo de poliacuteticas de ensino pesquisa e

extensatildeo que compromissadas com o desenvolvimento nacional e regional a

disseminaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimento a formaccedilatildeo de pessoas e a

responsabilidade social e eacutetica continuem a legitimar a atuaccedilatildeo institucional junto agrave

79

sociedade preservaccedilatildeo e sustentaccedilatildeo da autonomia institucional definida em lei

aperfeiccediloamento permanente dos processos de gestatildeo democraacutetica e

descentralizaccedilatildeo gerencial nas instacircncias acadecircmicas e administrativas mediante

adoccedilatildeo de estruturas colegiadas mecanismos de participaccedilatildeo de todos os segmentos

da comunidade interna socializaccedilatildeo de informaccedilotildees e transparecircncia na utilizaccedilatildeo de

recursos middot observacircncia de aspectos inerentes ao caraacuteter puacuteblico e de identidade

formadora da Instituiccedilatildeo valorizaccedilatildeo do ser humano e do trabalho respeito agrave

pluralidade e divergecircncias de ideacuteias sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza adesatildeo

agrave tecnologia a serviccedilo da promoccedilatildeo humana compromisso social diaacutelogo constante

e parcerias com instituiccedilotildeesentidades representativas da sociedade

responsabilidade funcional e eacutetica (PDI 2010)

No que se refere a sua missatildeo institucional levando-se em consideraccedilatildeo agrave RS

assumida perante a sociedade cabe ao CEFETRJ

Promover a educaccedilatildeo mediante atividades de ensino pesquisa e extensatildeo que

propiciem de modo reflexivo e criacutetico na interaccedilatildeo com a sociedade a formaccedilatildeo

integral (humaniacutestica cientiacutefica e tecnoloacutegica eacutetica poliacutetica e social) de profissionais

capazes de contribuir para o desenvolvimento cultural tecnoloacutegico e econocircmico dessa

mesma sociedade (PDI 2010)

Neste sentido seus principais objetivos satildeo

ministrar educaccedilatildeo profissional teacutecnica de niacutevel meacutedio de forma

articulada com o ensino meacutedio destinada a proporcionar habilitaccedilatildeo

profissional para diferentes setores da economia

ministrar ensino superior de graduaccedilatildeo e de poacutes-graduaccedilatildeo lato sensu

e stricto sensu visando agrave formaccedilatildeo de profissionais e especialistas na

aacuterea tecnoloacutegica

ministrar cursos de licenciatura bem como programas especiais de

formaccedilatildeo pedagoacutegica nas aacutereas cientiacutefica e tecnoloacutegica

ofertar educaccedilatildeo continuada por diferentes mecanismos visando agrave

atualizaccedilatildeo ao aperfeiccediloamento e agrave especializaccedilatildeo de profissionais na

aacuterea tecnoloacutegica

realizar pesquisa estimulando o desenvolvimento de soluccedilotildees

tecnoloacutegicas de forma criativa e estendendo seus benefiacutecios agrave

comunidade

80

promover a extensatildeo mediante integraccedilatildeo com a comunidade

contribuindo para o seu desenvolvimento e melhoria da qualidade de

vida desenvolvendo accedilotildees interativas que concorram para a

transferecircncia e o aprimoramento dos benefiacutecios e conquistas auferidos

na atividade acadecircmica e na pesquisa aplicada

estimular a produccedilatildeo cultural o empreendedorismo o desenvolvimento

cientiacutefico e tecnoloacutegico o pensamento reflexivo com responsabilidade

social (PDI 2010)

As Instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) e Meacutedio Teacutecnico satildeo autarquias

vinculadas ao Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que tem como atividade fim prover

educaccedilatildeo de qualidade e desenvolver a sociedade como um todo sempre em

consonacircncia com poliacuteticas leis e decretos vigentes As IES devem a cada quatro anos

apresentar o seu Planejamento Institucional (PDI) que eacute anaacutelogo ao Planejamento

Estrateacutegico empresarial e documento obrigatoacuterio exigido pelo MEC

Em suma o CEFETRJ eacute uma Instituiccedilatildeo que atua nos diferentes niacuteveis da

educaccedilatildeo e tem por objetivo a formaccedilatildeo de profissionais capazes de atuar intervir e

aplicar conhecimentos teacutecnicos e cientiacuteficos sem desconsiderar a dinacircmica

econocircmica e social bem como o desenvolvimento das regiotildees onde suas unidades

estatildeo inseridas

42 Sobre o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais

Para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais que satildeo produzidas

pelas unidades evaporadoras de ar condicionado foi realizado ensaios em aparelhos

com capacidades variadas utilizando uma proveta graduada para coleta com

mangueira interligada a saiacuteda do dreno da unidade evaporadora de forma a

quantificar a produccedilatildeo a cada hora para obtenccedilatildeo da media de produccedilatildeo admitindo

um padratildeo modular de 12000 BTUsh conforme figuras x

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs

81

Fonte Autor deste trabalho 2017

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca

Equipamento Split 24000 BTUs -Elgin

Hora Temperatura

( Graus Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

1230h 27 0

1330hr 23 500

1430hr 21 650

1530hr 21 630

1630hr 21 590

1730hr 21 610

1830hr 21 585

MEacuteDIA 50929

Fonte autor deste trabalho 2017

82

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores

Equipamento Split 12000 BTUs -Komeco

Hora Temperatura( Graus

Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

800h 30 0

900h 27 190

1000hr 23 250

1100hr 21 340

1200hr 21 290

1300hr 21 310

1400hr 21 285

MEacuteDIA 23786

Fonte autor deste trabalho 2017

Diferentemente do que foi encontrado na literatura obteve- se uma

media de 24905 mlhora para cada 12000 BTUs hora (British termal Units-

Unidade Teacutermica Britacircnica) variaccedilatildeo explicada pelas condiccedilotildees

psicomeacutetricas ou seja o processo de condensaccedilatildeo estaacute diretamente

relacionado a as condiccedilotildees climaacuteticas externas quanto maior a umidade

maior seraacute a quantidade de aacutegua gerada pelo processo De acordo com Mota

et al(2011) em meacutedia um ar com 12000 BTUs apresentou produccedilatildeo de

300mlhora valor proacuteximo ao encontrado por Fortes et al (2015) meacutedia de

309mlhora para unidade de mesma capacidade

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento

PAV CAPTOTAL EM BTUh

FUNCIONAMENTO

(hrdia)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(lhr)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(ldia)

T 18000 12 037 448

1ordm 650000 10 1349 13490

2ordm 676000 8 1403 11224

3ordm 806000 14 1673 23419

4ordm 786000 12 1631 19575

5ordm 676000 12 1403 16836

SOMA 3612000

84992 litros dia

Fonte Setor de manutenccedilatildeo

83

Tendo em vista a diversidade de utilizaccedilatildeo do Preacutedio Bloco E

(Bibliotecas Coordenaccedilotildees Salas de aula e Ambientes administrativos) foram

atribuiacutedos tempos de uso compatiacuteveis com o funcionamento de cada

ambiente

O reuso das aguas de condensaccedilatildeo que seriam desperdiccediladas

apresentam potencial de reuso com custo relativamente baixo cabendo

somente a interligaccedilatildeo dos drenos a rede de captaccedilatildeo de aguas pluviais

conforme pode ser observado na figura 15 e reservatoacuterio para que esta seja

usada para fins natildeo potaacuteveis

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP

84

Aacuterea de Coleta de agua de chuva

Para estimar o volume do reservatoacuterio foi necessaacuterio o calculo da aacuterea que seraacute

utilizada para captaccedilatildeo das aguas pluviais que foi considerada a aacuterea de cobertura do

bloco E figura 16 que e composta de telhas trapezoidais em accedilo galvanizado

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E

De acordo com a NBR 15527 a aacuterea de captaccedilatildeo para dimensionamentos eacute a

aacuterea em metros projetada na horizontal da superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde

a aacutegua da chuva eacute captada (ABNT 2007)

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E

PREacuteDIO AacuteREA ( msup2 )

BLOCO E 134670

TOTAL 134670

Fonte Autor do presente trabalho

Segundo Tomaz (2015) haacute uma variaccedilatildeo entre o volume de aacutegua precipitado e

o volume que seraacute coletado O coeficiente de Runoff ou coeficiente de escoamento

superficial eacute a relaccedilatildeo entre o volume de aacutegua de chuva que escoa superficialmente

e o volume total de aacutegua precipitada no telhado que iraacute variar de acordo com a

superfiacutecie conforme quadro 9

85

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff

Tipo de telha Coeficiente de Runoff

Ceracircmica 08 a 09

Ceracircmica esmaltada 09 a 095

Corrugada metaacutelica 08 a 09

Cimento amianto 08 a 09

Plaacutestico 09 a 095 Fonte TOMAZ (2015)

Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rio que foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca A estaccedilatildeo

estaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm57 185S longitude 43ordm14 538W A

escolha desta estaccedilatildeo meteoroloacutegica se deu pela proximidade do CEFET-RJ e por

possuir grande volume de informaccedilatildeo armazenado pelo Sistema Alerta Rio Os dados

fornecidos incluem informaccedilotildees sobre precipitaccedilotildees no periacuteodo de 01012007 a

31122015 Conforme pode ser observado na tabela x

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

REGIME DE CHUVA

Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica_ Jan 2007Dezembro 2015 (ml)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 MEacuteDIA

JAN 127 1856 2724 2202 1036 180 3538 288 788 19378

FEV 1176 1248 1222 624 874 144 834 304 848 9093

MAR 142 2466 944 3386 1496 91 358 986 1368 19098

ABR 1182 2186 2372 4962 3174 1008 85 177 1184 23360

MAI 202 736 552 898 1714 996 1692 458 40 11833

JUN 67 62 732 712 398 1478 426 106 1312 9260

JUL 166 448 1098 127 466 466 1718 1006 134 10333

AGO 178 1458 582 328 362 206 222 484 104 4905

86

Fonte Sistema Alerta Rio

Potencial de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Para a determinaccedilatildeo do volume que pode ser aproveitado foi utilizado a aacuterea

de cobertura do preacutedio estudado a meacutedia das precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de

janeiro de 2007 a dezembro de 2015 bem como o coeficiente de runoff de 090 em

funccedilatildeo do material existente na cobertura utilizou-se a metodologia aplicada por Ghisi

et al (2017) e Lina et al (2011) desta forma foi calculado atraveacutes da equaccedilatildeo abaixo

e demonstrado no quadro 10

V= PAC1000

Onde V= volume mensal de chuva em m3

A=aacuterea total de captaccedilatildeo em m3

C= coeficiente de runoff

1000= fator de conversatildeo para m3

SET 394 1118 1322 582 572 1246 75 474 130 9698

OUT 2076 92 2256 1756 1382 744 888 542 32 13605

NOV 2202 2048 1292 1082 33 1198 1384 822 1974 15415

DEZ 2506 1284 4622 2876 1726 282 221 404 804 20893

15476 16388 19718 20678 1353 10478 18092 8598 10536

87

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua

POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AacuteGUA DE CHUVA

BLOCO E

MEcircS PRECIPITACcedilAtildeO MEacuteDIA

MENSAL AacuteREA COBERTURA

COEFICIENTE DE RUNOFF

VOLUME APROVEITAacuteVEL (m sup3)

JAN 19378 13467 09 23486

FEV 90925 13467 09 1102

MAR 19098 13467 09 23147

ABR 2336 13467 09 28313

MAI 118325 13467 09 14341

JUN 926 13467 09 11223

JUL 103325 13467 09 12523

AGO 4905 13467 09 5945

SET 96975 13467 09 11754

OUT 13605 13467 09 1649

NOV 15415 13467 09 18683

DEZ 208925 13467 09 25322 TOTAL ANUAL 202248

Fonte O autor do presente trabalho

Foram utilizadas as meacutedias de precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de 2007 a

2015 e observa-se que o mecircs de agosto com menor iacutendice de precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica para a seacuterie histoacuterica

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados todos os banheiros existentes no

preacutedio estudado verificando vazamentos tipos de torneira vasos sanitaacuterios e

mictoacuterios e foram identificadas torneiras temporizadas nos lavatoacuterios e mictoacuterios que

apresentavam tempo excessivo para fechamento as mesmas foram reguladas pela

equipe de manutenccedilatildeo e instalados redutores de vazatildeo Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua que poderiam ser substituiacutedas por

agua natildeo potaacutevel

88

Definiccedilatildeo da populaccedilatildeo do preacutedio estudado

Para definiccedilatildeo da demanda do preacutedio estudado se fez necessaacuterio determinar a

populaccedilatildeo que utiliza o bloco E objeto do estudo de caso quantificando a meacutedia diaacuteria

de docentes teacutecnicos administrativos discente e tercerizados conforme quadro 11

Quadro 11 - Populaccedilao

POPULACcedilAtildeO BLOCO E

POPULACcedilAtildeO DIAS DA SEMANA

TOTAL SEG TERCcedilA QUARTA QUINTA SEXTA

Professores 75 75 75 75 75 375

Teacutecnicos Administrativo 135 135 135 135 135 675

Alunos 1150 1150 1150 1150 1150 5750

Visitantes da Biblioteca 80 80 80 80 80 400

Terceirizados 10 10 10 10 10 50

TOTAL 1450 1450 1450 1450 1450

Fonte O autor do presente trabalho

Com a determinaccedilatildeo da meacutedia de utilizaccedilatildeo da populaccedilatildeo foi verificado na

literatura as demanda encontradas por diversos autores

Segundo Gonccedilalves (2002 ) apud Silva (2004) edifiacutecios puacuteblicos e escolas tipo

externato possuem demanda diaacuteria na ordem de 50lpessoa dia

Kamers (2004) em seu estudo de 10 edifiacutecios puacuteblicos na cidade de

Florianoacutepolis encontrou demanda de 367 lpessoa dia

Marinoski (2008) obteve demanda de 155 lpessoa dia para fins natildeo potaacuteveis

em uma instituiccedilatildeo de niacutevel superior na cidade de Florianopolis-SC

Salla et al(2013)encontrou demanda de 20 a 30 laluno dia em um bloco de

salas de aula da UFU

Em funccedilatildeo das variaccedilotildees apresentadas na literatura e pelo preacutedio objeto do

estudo natildeo apresentar micromediccedilatildeo ou seja a entrada da concessionaacuteria CEDAE

atende diversas edificaccedilotildees na instituiccedilatildeo adotou-se questionaacuterio de forma a

quantificar a demanda dos equipamentos sanitaacuterios possiacuteveis de acordo com a

legislaccedilatildeo de utilizaccedilatildeo de aguas pluviais

43 Anaacutelise dos Resultados das entrevistas realizadas

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

89

CEFET-RJ questionaacuterios que se encontram no apecircndice A B e C com a finalidade de

descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho de forma a quantificar o consumo de

agua potaacutevel nos equipamentos

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com

utilizaccedilatildeo da foacutermula de caacutelculo amostral Chegou-se a uma amostra de 304 Foram

distribuiacutedos 400 questionaacuterios dos quais retornaram 320 o que gerou os graacuteficos

abaixo para determinaccedilatildeo do numero de vezes e tempo de uso dos equipamentos

sanitaacuterios

Caacutelculo de utilizaccedilatildeo da bacia sanitaacuteria

Foi considerado a utilizaccedilatildeo por cinco dias semanais no caso adotado 20 dias

uteis e utilizada a vazatildeo de 170 litros segundo no caso das bacias sanitaacuterias e 015

litrossegundo para mictoacuterios segundo a NBR 56261998

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

Onde

C Meacutedio = consumo meacutedio

Fi = nuacutemero de vezes de utilizaccedilatildeo

Ti = tempo em segundos por acionamento

Q = vazatildeo de acordo com a norma

90

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Populaccedilatildeo diaacuteria 1450

Nuacutemero de acionamentos descarga bacia sanitaacuteria

1 vez 16 1450 usuaacuterios 1 vez = 232 vezes

2 vezes 16 1450 usuaacuterios 2 vezes = 464 vezes

3 vezes 30 1450 usuaacuterios 3 vezes = 1305 vezes

4 vezes 14 1450 usuaacuterios 4 vezes = 802 vezes

5 vezes 5 1450 usuaacuterios 5 vezes = 362 vezes

6 vezes 4 1450 usuaacuterios 6 vezes = 348 vezes

7 vezes 5 1450 usuaacuterios 7 vezes = 507 vezes

Total de acionamentos 4031

91

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de bacia sanitaacuteriadia

1 seg 5 4031 1 17 = 342

2 seg 12 4031 2 17 = 822

3 seg 13 4031 3 17 = 890

4 seg 12 4301 4 17 = 822

5 seg 22 4031 5 17 = 150

6 seg 11 4031 6 17 = 753

7 seg 4 4031 7 17 = 274

8 seg 8 4031 8 17 = 548

9 seg 5 4031 9 17 = 342

10 seg 3 4031 10 17 = 205

Logo o consumo meacutedio das bacias sanitaacuterias foi de 6510dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 130200Lmecircs ou 1302m3

92

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Nuacutemero de acionamentos de descarga mictoacuterio

1 vez 14 870 usuaacuterios 1 vez = 121

2 vezes 10 870 usuaacuterios 2 vezes = 174

3 vezes 21 870 usuaacuterios 3 vezes = 548

4 vezes 26 870 usuaacuterios 4 vezes = 904

5 vezes 12 870 usuaacuterios 5 vezes = 522

6 vezes 2 870 usuaacuterios 6 vezes = 174

7 vezes 2 870 usuaacuterios 7 vezes = 121

8 vezes 3 870 usuaacuterios 8 vezes = 208

Total de acionamentos 2772

93

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de mictoacuteriodia

1 seg 5 2772 1 015 = 20

2 seg 12 2772 2 015 = 99

3 seg 13 2772 3 015 = 162

4 seg 12 2772 4 015 = 99

5 seg 22 2772 5 015 = 457

6 seg 11 2772 6 015 = 274

7 seg 4 2772 7 015 = 116

8 seg 8 2772 8 015 = 260

9 seg 9 2772 9 015 = 187

10 seg 3 2772 10 015 = 124

Logo o consumo meacutedio de mictoacuteriodia foi de 1804dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 36080mecircs ou 3608m3

Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

As informaccedilotildees foram prestadas pelos responsaacuteveis pela limpeza interna e

externa atraveacutes dos questionaacuterios aplicados

Consumo Atividade de limpeza=Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega

de jardim

Consumo de atividades de limpeza = 1104 m3 mensal

94

Consumo per capta de uso natildeo potaacutevel 86821450 = 598 litrosdia

Dimensionamento do reservatoacuterio de aguas pluviais

Segundo a Norma Brasileira NBR 155272007 satildeo apresentados 6 meacutetodos

de dimensionamento de reservatoacuterios cabendo ao projetista a escolha do meacutetodo

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo onde o volume do

reservatoacuterio seraacute o menor valor entre 6 do volume de captaccedilatildeo de agua pluvial anual

e 6 da demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Vx006

V adotado = miacutenimo Dx006

Onde

V adotado= volume do reservatoacuterio

V= volume aproveitaacutevel anual de agua de chuva

D= demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Demanda anual por agua natildeo potaacutevel

Limpeza 1104 m3mecircs x 12= 13248 m3

Vaso sanitaacuterio 1302 m3mecircs x 12 = 156240m3

Mictoacuterio 3608m3mesx12 = 43296 m3

Total 17732 m3mecircs 12= 212784 m3

Volume aproveitaacutevel de aguas pluviais = 202248 m3

V adotado= V x006 = (202248x006) = 12134m3

V adotado= D x006= (212784x006) = 12767m3

Tendo em vista os resultados apresentados adotou-se um reservatoacuterio inferior

com capacidade de 120000 litros em concreto armado conforme projeto no apecircndice

D tendo como base a Planta Baixa apresentado na figura 17 E de acordo com a

demanda diaacuteria foi definido reservatoacuterio superior em polietileno com capacidade de

5000 litros

95

Figura 17 - Planta baixa

FonteO autor do presente trabalho

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria

Fonte Adaptada pelo autor do presente trabalho do Sistema Orccedila fascio

96

Item Coacutedigo Banco Descriccedilatildeo Tipo Und Quant Valor

Unit

Valor Unit

com BDI

Total

1 Movimento de Terra 190190

11 72917 SINAPI

ESCAVACAO MECANICA DE VALA EM MATERIAL 2A

CATEGORIA DE 201 ATE 400 M DE PROFUNDIDADE COM

UTILIZACAO DE ESCAVADEIRA HIDRAULICA

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 13000 1198 1463 190190

2 Remoccedilotildees 862616

21 72897 SINAPICARGA MANUAL DE ENTULHO EM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 23800 2346 2864 681632

22 72900 SINAPI

TRANSPORTE DE ENTULHO COM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3 RODOVIA PAVIMENTADA DMT 05 A

10 KM

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 16800 535 653 109704

23 93377 SINAPI

REATERRO MECANIZADO DE VALA COM

RETROESCAVADEIRA (CAPACIDADE DA CACcedilAMBA DA

RETRO 026 Msup3 POTEcircNCIA 88 HP) LARGURA DE 08 A

15 M PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M COM SOLO (SEM

SUBSTITUICcedilAtildeO) DE 1ordf CATEGORIA EM LOCAIS COM ALTO

NIacuteVEL DE INTERFEREcircNCIA AF_042016

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 7200 811 990 71280

3 Estrutura 6177729

31 95241 SINAPI

LASTRO DE CONCRETO E = 5 CM PREPARO

MECAcircNICO INCLUSOS LANCcedilAMENTO E ADENSAMENTO

AF_07_2016

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 5000 2404 2935 146750

32 5970 SINAPIFORMA TABUA PARA CONCRETO EM FUNDACAO C

REAPROVEITAMENTO 2X

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 22000 6684 8161 1795420

33 94052 SINAPI

ESCORAMENTO DE VALA TIPO DESCONTIacuteNUO COM

PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M LARGURA MAIOR OU

IGUAL A 15 M E MENOR QUE 25 M EM LOCAL COM NIacuteVEL

ALTO DE INTERFEREcircNCIA AF_062016

ESCO -

ESCORAMENTOmsup2 7000 3602 4398 307860

34 83515 SINAPI

ESCORAMENTO FORMAS DE H=330 A 350 M COM

MADEIRA 3A QUALIDADE NAO APARELHADA

APROVEITAMENTO TABUAS 3X E PRUMOS 4X

ESCO -

ESCORAMENTOmsup3 12000 1500 1832 219840

35 90861 SINAPI

CONCRETAGEM DE EDIFICACcedilOtildeES (PAREDES E LAJES)

FEITAS COM SISTEMA DE FOcircRMAS MANUSEAacuteVEIS COM

CONCRETO USINADO BOMBEAacuteVEL FCK 20 MPA

LANCcedilADO COM BOMBA LANCcedilA - LANCcedilAMENTO

ADENSAMENTO E ACABAMENTO AF_062015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup3 3050 40775 49786 1518473

36 92921 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 125 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 15300 779 951 145503

37 92919 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 100 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 2800 976 1192 33376

38 92917 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 80 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 68700 1217 1486 1020882

39 92916 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 63 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 60900 1331 1625 989625

Descriccedilatildeo do Orccedilamento Bancos Utilizados BDI Encargos Sociais

CONSTRUCcedilAtildeO DE CISTERNA SINAPI - 072017 - RJ

ORSE - 062017 - SE

SEDOP - 042017 - PA

SEINFRA - 024 - CE

SICRO2 - 112016 - RJ

SETOP - 072017 - MG

IOPES - 052017 - ES

SIURB - 012017 - SP

SUDECAP - 032017 - MG

FDE - 042017 - SP

CPOS - 072017 - SP

AGETOP CIVIL - 102016 -

GO

CAEMA - 052016 - MA

2210 00 - Natildeo Desonerada

Total Geral R$ 7230535

Planilha Orccedilamentaacuteria Sinteacutetica

Total sem

BDI

R$ 5921991

Total do BDI R$ 1308544

97

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio

Fonte O autor do presente trabalho

ANAacuteLISE DE SIMULACcedilAtildeO DO RESERVATOacuteRIO

Coeficiente de runoff (CR) = 09

Volume do reservatoacuterio (msup3) = 120

Meses Chuva meacutedia mensal

Demanda mensal

Aacuterea de captaccedilatildeo

Volume de chuva

mensal

Volume do reservatoacuterio

fixado

Volume do reservatoacuterio

no tempo (t-1)

Volume do reservatoacuterio no tempo (t)

Overflow Suprimento de aacutegua externo

(mm) (msup3) (msup2) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3)

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7 Coluna 8 Coluna 9 Coluna 10

Janeiro 19378 17732 13467 235 120 0 120 0 0

Fevereiro 9093 17732 13467 110 120 120 5268 0 0

Marccedilo 19098 17732 13467 231 120 5268 10636 0 0

Abril 2336 17732 13467 283 120 10636 120 9204 0

Maio 11833 17732 13467 143 120 120 8568 0 0

Junho 926 17732 13467 112 120 8568 2036 0 0

Julho 10332 17732 13467 125 120 2036 -3196 0 3196

Agosto 4905 17732 13467 59 120 0 -11832 0 11832

Setembro 9698 17732 13467 118 120 0 -5932 0 5932

Outubro 13605 17732 13467 165 120 0 -1232 0 1232

Novembro 15415 17732 13467 187 120 0 968 0 0

Dezembro 20893 17732 13467 253 120 968 8536 0 0

Total 16687 212784 2021 9204 22192

98

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo na conta como pode ser

observado no apendice E pois satildeo realizadosdiversas atividades como lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de feacuterias

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha

Fonte O autor do presente trabalho 2017

Foi realizada analise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio com base na capacidade

encontrada atraveacutes do metodo praacutetico alematildeo 12000 m3 onde pode-se observar

overflow (transbordamento) de 9204 m3 para o mecircs de abril e necessidade de

suprimento de agua externo da concessionaria CEDAE para os meses julho a outubro

perfazendo um total 22192m3 Tendo em vista um uacutenico mecircs de transbordamento e

4 meses de necessidade de abastecimento externo verificou-se que o aumento do

reservatoacuterio para evitar o transbordamento poderia inviabilizar o projeto com o

aumento do custo de construccedilatildeo e o reservatorio ficaria ocioso tendo em vista a

precipitaccedilatildeo pluviometrica insuficiente para o atendimento pleno da demanda nos

meses de julho a outubro

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo significativa no consumo

como pode ser observado no apecircndice E pois satildeo realizados lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de ferias

Coluna 1 = Meses

Coluna 2 = Intensidade pluviomeacutetrica mensal

Coluna 3 = Demanda mensal de aacutegua pluvial da edificaccedilatildeo

Coluna 4 = Aacuterea de captaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Coluna 5 = (Coluna 2) x (Coluna 4) x (Coeficiente de runoff) (100)

Coluna 6 = Corresponde ao volume definido para o reservatoacuterio

Coluna 7 = Se (Coluna 8 mecircs anterior) for menor que zero adotar zero

Se (Coluna 8 mecircs anterior) for maior ou igual a zero adotar o valor

Valor de janeiro igual a zero

Coluna 8 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for maior que (Coluna 6) adotar o valor da (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3)

Valor de janeiro igual o volume do reservatoacuterio

Coluna 9 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for maior que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna3) - (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar zero

Coluna 10 = Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for menor que zero adotar -((Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3))

Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for igual ou maior que zero adotar zero

Descriccedilatildeo da planilha

99

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior

A localizaccedilatildeo para construccedilatildeo do reservatoacuterio de aguas pluviais foi realizada

com base no menor nuacutemero de intervenccedilotildees uma vez que as caixas de inspeccedilotildees jaacute

se encontram instaladas e houve apenas a interceptaccedilatildeo para o reservatoacuterio e desvio

de interligaccedilatildeo a rede publica para recebimento do excedente e material dispensado

pelo filtro e ou sifatildeo ladratildeo

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais

Elaborado pelo autor deste trabalho com base equipamentos 3p tecnickacquasave

100

Equipamentos utilizados com suas funccedilotildees e caracteriacutesticas

Filtro FV 6 Filtro de aacutegua da chuva para aacutereas de captaccedilatildeo maiores Precisa

ser instalado dentro um poccedilo teacutecnico (Oslash 1200 mm) Graccedilas a seu sistema duplo de

limpeza (peneira grossa depois fina) ele possui uma significativa eficaacutecia em funccedilatildeo

da forte inclinaccedilatildeo do miolo filtrante a sujeira separada eacute continuamente encaminhada

para a galeria pluvial A saiacuteda para a galeria eacute conectada ao poccedilo teacutecnico

A sujeira cai no fundo do poccedilo e eacute carregada quando chove mais forte

Capacidade relativa de processamento conforme norma DIN 1986 de ateacute 2433 msup2

com uma precipitaccedilatildeo de 300 litros (seg x ha)Conexatildeo Entrada 2 x DN 250 Conexatildeo

p cisterna DN 200 Saiacuteda para a galeria DN 250 Desniacutevel da entrada para a saiacuteda da

aacutegua 320 mm Frequecircncia de manutenccedilatildeo conforme a incidecircncia de sujeira 2 a 4

vezes ao ano Trama da tela 0390 x 0980 mm Peacutes hastes roscadas com porcas de

accedilo inox medindo 250 mm Peso 395 kg

Conjunto mangueira boia 1rdquo por estar flutuando proporciona a captaccedilatildeo da

aacutegua no ponto do reservatoacuterio em que estaacute mais limpa evitando a captaccedilatildeo de

resiacuteduos decantados no fundo da cisterna ou em suspensatildeo na superfiacutecie da aacutegua

Possui uma segunda peneira em sua extremidade garantindo assim que nenhum

resiacuteduo existente possa ser sugado e enviado para o reservatoacuterio superior Diacircmetro

da boia 200 mm Comprimento 25 metros Conexatildeo 1 Peso 32 kg

Realimentador 1-12 - Industrial O realimentador tem por finalidade manter o

abastecimento de aacutegua do sistema pluvial quando natildeo houver aacutegua de chuva Uma

vaacutelvula solenoide unidirecional comandada por uma boia de niacutevel libera a entrada de

aacutegua da rede para que o sistema natildeo entre em colapso A boia de niacutevel deve ser

regulada de modo a liberar a entrada de aacutegua somente num niacutevel baixo da cisterna

natildeo interferindo no funcionamento regular do sistema de aacutegua de chuva ou seja sua

regulagem deve ser ajustada para funcionamento somente quando a caixa ou a

cisterna estiver em niacuteveis baixos quando a bomba que recalca a aacutegua de chuva natildeo

eacute mais acionada

Sifatildeo ladratildeo industrial 200 mm Sifatildeo com barreira contra odores e succcedilatildeo da

aacutegua na superfiacutecie sem invasatildeo de roedores que satildeo barrados pela chapa perfurada

de accedilo inox Para a qualidade constante da aacutegua eacute importante que a cisterna

transborde regularmente o sifatildeo ind DN 200 eacute conectado por um tubo plaacutestico de 200

101

mmconexatildeo 200 mmmaterial polietilenobarreira antirroedores accedilo inox dimensotildees

375 x 659 x 765 mm Peso 75 kg

Freio Drsquoaacutegua Industrial 200 mm O produto serve para frear e inverter o fluxo da

aacutegua que entra na cisterna Partiacuteculas finas de sujeira que ficaram retidas na aacutegua

lentamente descem para o fundo e uma camada de sedimentos se cria que exerce

uma influecircncia positiva sobre a aacutegua de chuva armazenada Cisternas com uma

camada de sedimentos apresentam uma aacutegua mais liacutempida

Clorador acquanova com funcionamento em circuito fechado com proteccedilatildeo

contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo interno 320 pastilhas variando de 0640 kg

com vazatildeo de operaccedilatildeo lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Conjunto de 02 bombas centrifugas monoestaacutegio BC 91- rotor fechado em

atendimento a altura manomeacutetrica total de 20 metros e vazatildeo de 53 m3h compatiacutevel

com o reservatoacuterio superior de 5000 litros

Tratamento quiacutemico mensal da agua pluvial

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR 152227

recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgl e 30 mgl em qualquer

ponto do sistema de abastecimento neste estudo de caso foi previsto dosador de

cloro em pastilhas que apresenta consumo de 9 gramasm3 com estimativa de

consumo mensal de de 1742 gramasmecircs para a quantidade de agua a ser recalcada

de 8800 litros dia sendo os ajustes de vazatildeo a serem realizados atraveacutes da equipe

de manutenccedilatildeo de forma manual atraveacutes dos ajustes de registros que seratildeo

realizados em funccedilatildeo dos valores aferidos pelo kit de dosagem de cloro residual e

comparados a norma citada

Avaliaccedilatildeo do percentual de economia de agua potaacutevel nas atividades de

limpeza jardinagem bacias sanitaacuterias e mictoacuterios

Potencial de captaccedilatildeo de agua de chuva + potencial de produccedilatildeo de agua por

condensaccedilatildeo das unidades evaporadores- overflow= total de aguas utilizaveis em

usos menos nobres

202248m3 + 19200m3 - 9204 m3 = 212244 m3 total utilizavel

Demanda anual para uso natildeo potavel = 212784 m3

Percentual de economia de agua potavel = 9974

Os valores abaixo apresentam o custo por m3 do preccedilo cobrado pela

concessionaria CEDAE para o consumo de agua da rede publica

102

Custo de agua por faixa de consumo categoria publica

Consumo m3 valor

0 a 15 51036364

gt 15 11289924

Beneficio mensal com reduccedilatildeo de custo na conta de agua

A instituiccedilatildeo em estudo estaacute ligada agrave rede puacutebica de coleta de

esgoto portanto o custo de aacutegua tratada foi acrescido com o custo de

coleta de esgoto O custo de coleta de esgoto e idecircntico ao custo da agua

potaacutevel conforme pode ser observado no apecircndice F

total utilizavel ano12= 212234 m3 12 = 17686 m3

17686x 11289924 x 2= R$ 399347 mensal

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais

Equipamentos Quant Custo Vida Uacutetil

Reservatoacuterio Inferior 120000L Reservatoacuterio Superior 5000L Filtro Aquasave VF6 250mm Conjunto Flutuante de succcedilatildeo (Mangueira e boia) Realimentador 1 12rsquorsquo Sifatildeo ladratildeo 200mm Freio drsquoaacutegua 200mm Automaacuteticos superior e inferior Moto Bomba 1 cv Conexotildees pvc fios e disjuntores referente as instalaccedilotildees das bombas e prumadas de abastecimento (custo estimado 5) Clorador

01

01

Cj

02

02

Cj

01

R$ 7230535 R$ 179000 R$ 1414958 R$ 4800 R$ 198200 R$ 456324 R$ 99000

ge 50 anos 5 anos 10 anos 1 ano 2 anos 20 a 25 2 anos

Total R$ 9582817

Os custos de implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial para

posterior anaacutelise de viabilidade econocircmica Estes custos satildeo relativos aos gastos para

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior aquisiccedilatildeo de materiais equipamentos

Dentre os custos apresentados foi considerado somente matildeo de obra na

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior conforme pode ser observado na planilha

orccedilamentaria sinteacutetica na instalaccedilatildeo dos demais equipamentos e manutenccedilatildeo foi

103

considerada matildeo de obra da proacutepria da instituiccedilatildeo uma vez que a mesma conta com

equipe de manutenccedilatildeo hidraacuteulica e eleacutetrica bem como natildeo foi considerado custo de

energia eleacutetrica pois a altura de recalque e semelhante a da agua tratada

consequentemente natildeo implicando em acreacutescimos a conta de energia

Anaacutelise econocircmica

A anaacutelise econocircmica procura determinar as possibilidades de sucesso em

funccedilatildeo do tempo de retorno do investimento econocircmico e financeiro quanto maior o

payback maior o tempo necessaacuterio para que o investimento retorne e maiores os

riscos envolvidos

Tempo de retorno do investimento

Com base nos dados das estimativas de custos de implantaccedilatildeo foi possiacutevel

estimar o tempo de retorno do investimento inicial

Subtraindo a economia mensal acumulada resultante da implantaccedilatildeo do

sistema de aproveitamento de aacutegua da chuva dos custos de implantaccedilatildeo obteve-se

o balanccedilo financeiro mensal

De acordo com o balanccedilo financeiro em 24 meses corridos o total economizado

iraacute se equipara ao total investido utilizando do Payback Simples pode ser observado

para o Payback descontado um retorno em 28 meses considerando uma taxa mensal

de 1 que na atualidade eacute utilizada para remuneraccedilatildeo de fundos de renda fixa

104

Tabela 5 - Payback simples

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Meses Investimento Fluxo de caixa Retorno Acumulado

0 9582817R$

1 399347R$ 41673 41673

2 399347R$ 41673 83346

3 399347R$ 41673 125020

4 399347R$ 41673 166693

5 399347R$ 41673 208366

6 399347R$ 41673 250039

7 399347R$ 41673 291713

8 399347R$ 41673 333386

9 399347R$ 41673 375059

10 399347R$ 41673 416732

11 399347R$ 41673 458406

12 399347R$ 41673 500079

13 399347R$ 41673 541752

14 399347R$ 41673 583425

15 399347R$ 41673 625099

16 399347R$ 41673 666772

17 399347R$ 41673 708445

18 399347R$ 41673 750118

19 399347R$ 41673 791791

20 399347R$ 41673 833465

21 399347R$ 41673 875138

22 399347R$ 41673 916811

23 399347R$ 41673 958484

24 399347R$ 41673 1000158

Payback Simples

105

Tabela 6 - Payback descontado

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Tx Fundo Renda Fixa 1

Meses Investimento Fluxo de caixa VP VP VP ACUMULADO

0 9582817R$

1 399347R$ 395393R$ 41261 41261

2 399347R$ 391478R$ 40852 82113

3 399347R$ 387602R$ 40448 122560

4 399347R$ 383765R$ 40047 162608

5 399347R$ 379965R$ 39651 202258

6 399347R$ 376203R$ 39258 241516

7 399347R$ 372478R$ 38869 280386

8 399347R$ 368790R$ 38485 318870

9 399347R$ 365139R$ 38103 356974

10 399347R$ 361524R$ 37726 394700

11 399347R$ 357944R$ 37353 432053

12 399347R$ 354400R$ 36983 469036

13 399347R$ 350891R$ 36617 505652

14 399347R$ 347417R$ 36254 541906

15 399347R$ 343977R$ 35895 577802

16 399347R$ 340572R$ 35540 613341

17 399347R$ 337200R$ 35188 648529

18 399347R$ 333861R$ 34840 683369

19 399347R$ 330555R$ 34495 717864

20 399347R$ 327283R$ 34153 752017

21 399347R$ 324042R$ 33815 785832

22 399347R$ 320834R$ 33480 819312

23 399347R$ 317657R$ 33149 852460

24 399347R$ 314512R$ 32820 885281

25 399347R$ 311398R$ 32495 917776

26 399347R$ 308315R$ 32174 949950

27 399347R$ 305262R$ 31855 981805

28 399347R$ 302240R$ 31540 1013345

Payback Descontado

106

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na metodologia adotada conclui-se que a utilizaccedilatildeo de aguas pluviais para fins

natildeo potaacuteveis atraveacutes da captaccedilatildeo da cobertura do bloco E e de aguas residuais

provenientes de condensadores de aparelhos de ar condicionado gerou uma

economia mensal R$ 399347 mecircs (Trecircs mil novecentos e noventa e trecircs reais e

quarenta e sete centavos) de reduccedilatildeo na conta de aacutegua

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos custos referentes a implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais foi realizado o Payback Simples e descontado com

utilizaccedilatildeo da taxa de 1 am obtendo-se periacuteodo de retorno do investimento de 24

meses e 28 meses respectivamente periacuteodo relativamente curto e no desenvolvimento

do presente trabalho ficou comprovada a viabilidade teacutecnica e econocircmica

Foi verificado no desenvolvimento do presente projeto que as teacutecnicas para

aproveitamento de aguas pluviais podem ser associadas ao aproveitamento de aguas

cinzas e possiacuteveis de serem adotadas pela populaccedilatildeo de modo geral atraveacutes de

poliacuteticas puacuteblicas reduzindo-se os custos dos equipamentos necessaacuterios de forma a

incentivar o uso

A adoccedilatildeo de tecnologias de reaproveitamento ou reuso ao serem utilizadas em

instituiccedilotildees de ensino servem como exemplo de postura ambientalmente correta para

os problemas de ocupaccedilatildeo e impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos centros

urbanos aleacutem de estimular a educaccedilatildeo ambiental e os conceitos de sustentabilidade

criando multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo do meio ambiente

A pesquisa bibliograacutefica na parte que trata do histoacuterico de reuso demonstrou

que o aproveitamento de aguas pluviais era utilizado por civilizaccedilotildees anteriores a

nossa era e que diversos paiacuteses do mundo na atualidade continuam a utilizar e

incentivar a populaccedilatildeo atraveacutes de poliacuteticas puacuteblicas

Dentre os custos referentes a implantaccedilatildeo do SAAP pode ser observado que o

reservatoacuterio inferior apresenta maior investimento cabendo ao projetista avaliar

atraveacutes de anaacutelise de simulaccedilatildeo o volume de transbordamento e volume de

suprimento externo de agua de forma a otimizar a utilizaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica da regiatildeo sem contudo inviabilizar o projeto financeiramente atraveacutes

do superdimensionamento do reservatoacuterio

Finalmente em caso de utilizaccedilatildeo do SAAP como alternativa a rede de

abastecimento da concessionaria cabe ao gestor a orientaccedilatildeo aos usuaacuterios bem

107

como a identificaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e pontos de uso por meio de pintura na cor roxa

das tubulaccedilotildees e placas indicativas nos pontos de uso

51 Propostas para trabalhos futuros

Apoacutes a conclusatildeo do presente trabalho seguem as sugestotildees para trabalhos

futuros abaixo relacionados

Realizar estudos referentes aos diversos meacutetodos de dimensionamento de

reservatoacuterio citados segundo a Norma Brasileira NBR 155272007ABNT e avaliar o

meacutetodo que apresenta melhor desempenho em funccedilatildeo do iacutendice de precipitaccedilatildeo do

Estado do Rio de Janeiro

Elaborar estudos para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas residuais que

satildeo produzidas pelas unidades evaporadoras de ar condicionado com ensaios em

todas as estaccedilotildees do ano de forma a verificar a variaccedilatildeo de produccedilatildeo de condensaccedilatildeo

em diversas condiccedilotildees climaacuteticas externas

Produzir estudos de aproveitamento de aacuteguas pluviais verificando todas as

coberturas existentes na instituiccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzas

Realizar analise da qualidade da aacutegua pluvial e estudo de possiacuteveis

tratamentos para utilizaccedilatildeo como agua potaacutevel com verificaccedilatildeo de viabilidade

financeira

108

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de Mestrado em Financcedilas Empresariais ndash Escola Superior de Estudos Industriais e de

Gestatildeo Vila do Conde Instituto Politeacutecnico do Porto 2015

SABBATINI FH Desenvolvimento de meacutetodos processos e sistemas construtivos ndash Formulaccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de uma metodologia Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo tese(doutorado) 1989

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potaacuteveis Brasiacutelia Ediccedilatildeo do Autor ISBN 85-87678-23-X 2009

TOMAZ P Aproveitamento de aacutegua da chuva Livro Digital 2015 Disponiacutevel em

Acesso em 13 de dezembro de 2016

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120

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VERDADE J Aproveitamento de aacutegua das chuvas e reutilizaccedilatildeo de aacuteguas

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Tech v 39 n 5 pp 25-32

WESTERHOFF G P Un update of research needs for water reuse In WATER REUSE SYMPOSIUM 3ordm Proceedings San Diego Califoacuternia 1984

YIN R Estudo de caso planejamento e meacutetodos 2a ed Porto Alegre Bookman

2001

121

APEcircNDICE A

Questionaacuterio 1

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bloco E

( ) Alunos ( ) Servidores ( ) Professores ( ) Teacutecnico Administrativo

Gecircnero ( ) Masculino ( ) Feminino

1) Nuacutemero de vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza a descarga do vaso sanitaacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

2) Estime um tempo em segundos de cada vez que vocecirc pressiona a descarga sanitaacuteria

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg ( ) 12 seg

3) Nuacutemero em vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza o mictoacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

4) Estime um tempo em segundos que vocecirc pressiona a descarga dos mictoacuterios

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg

122

APEcircNDICE B

Questionaacuterio 2

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E

Encarregado de limpeza Interna

1) Nuacutemero de vezes por semana que as circulaccedilotildees e escadas dos pavimentos satildeo

lavados

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que o paacutetio do teacuterreo eacute lavado

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

3) Tempo de duraccedilatildeo que a torneira fica aberta

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

4) Nuacutemero de baldes (considerar balde com capacidade de 10 Lt) necessaacuterios a limpeza

das circulaccedilotildees por pavimento utilizando apenas pano molhado

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

5) Nuacutemero de vezes por semana que eacute passado pano molhado nas circulaccedilotildees dos

pavimentos

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

123

APEcircNDICE C

Questionaacuterio 3

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E e Academia

Encarregado de limpeza Externa

1) Nuacutemero de vezes por mecircs que as vidraccedilas satildeo lavadas

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que eacute realizada a rega do jardim

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes ( ) 6 vezes

3) Tempo estimado da utilizaccedilatildeo da torneira para rega do jardim

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

( ) 75 minutos

124

APEcircNDICE D

125

126

127

128

APEcircNDICE E

Consumo de agua potaacutevel

CONSUMO 2014 A 2016

Mecircs

2014 2015 2016

Meacutedia Total

Vol Faturado

(msup3)

nordm dias

m3dia Vol

faturado (msup3)

nordm dias

m3dia Vol

Faturado (msup3)

nordm dias

m3dia

JAN 173100 29 5969 168000 30 5600 234100 32 7316 6295

FEV 182300 30 6077 181600 2900 6262 192900 34 5674 6004

MAR 131600 29 4538 212000 3100 6839 305500 28 10911 7429

ABR 221100 34 6503 264600 2900 9124 323100 29 11141 8923

MAI 196400 31 6335 253100 3300 7670 251800 31 8123 7376

JUN 168900 34 4968 210900 2800 7532 242200 29 8352 6951

JUL 200100 30 6670 213000 3400 6265 188700 28 6739 6558

AGO 190700 31 6152 220100 2800 7861 223100 29 7693 7235

SET 254300 28 9082 183200 3300 5552 178300 33 5403 6679

OUT 226700 31 7313 322500 2800 11518 197200 29 6800 8544

NOV 250600 32 7831 242200 2900 8352 254700 31 8216 8133

DEZ 284300 30 9477 286600 3100 9245 290400 31 9368 9363

Fonte contas CEDAE

129

APEcircNDICE F

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA … · 2019. 7. 30. · 1 universidade federal fluminense escola de engenharia departamento de engenharia de produÇÃo laboratÓrio

9

ONU ndash Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas

LEED - Leadership in Energy and Environmental

USGBC - US Green building Council

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social

SINAPI ndash Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Iacutendices da Construccedilatildeo Civil

CEF ndash Caixa Econocircmica Federal

10

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo 24

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014 26

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais 38

Figura 4 - Reservatoacuterios 39

Figura 5 - Reservatoacuterios 39

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural 41

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva 41

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua 46

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva 51

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra 65

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo 67

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora 70

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ 70

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs 80

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP 83

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E 84

Figura 17 - Planta baixa 95

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior 99

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais 99

11

GRAacuteFICOS

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria 90

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia 91

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio 92

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio 93

12

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro 35

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro 36

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo 52

Quadro 4- Fluxo do processo 62

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca 81

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores 82

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento 82

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E 84

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff 85

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua 87

Quadro 11 - Populaccedilao 88

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria 95

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio 97

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha 98

13

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis 52

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio 55

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica 85

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais 102

Tabela 5 - Payback simples 104

Tabela 6 - Payback descontado 105

14

SUMAacuteRIO

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO 16

11 - CONSIDERACcedilOtildeES INICIAIS 16

12 - QUESTAtildeO PROBLEMA 21

13 ndash QUESTOtildeES DA PESQUISA 21

14 - OBJETIVO GERAL 22

15 - OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 22

16 ndash ESTRUTURA METODOLOacuteGICA 22

17 ndash DELIMITACcedilAtildeO DA PESQUISA 25

18 ndash JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 25

19 ndash ORGANIZACcedilAtildeO DO ESTUDO 27

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA 28

21 A SUSTENTABILIDADE E AS QUESTOtildeES QUANTO A CONSERVACcedilAtildeO

REAPROVEITAMENTO E REDUCcedilAtildeO DO CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 28

211 EXEMPLOS RECENTES DE ATITUDE SUSTENTAacuteVEIS ADOTADAS NO BRASIL 29

212 MEDIDAS SUSTENTAacuteVEIS PARA CONSERVACcedilAtildeO REAPROVEITAMENTO DE AacuteGUA E REDUCcedilAtildeO DO

CONSUMO DE AacuteGUAS PLUVIAIS 30

22 HISTOacuteRICO DO REUSO DE AacuteGUAS 37

221 ASPECTOS HISTOacuteRICOS DA CAPTACcedilAtildeO DAS AacuteGUAS PLUVIAIS NO BRASIL 40

23 UTILIZACcedilOtildeES DA AacuteGUA COLETADA E O SEU CONSUMO 42

24 O REUSO DE AacuteGUAS 43

241- AacuteGUAS RESIDUAacuteRIAS 43

242 AacuteGUAS CINZENTAS 46

25 FORMAS DE REUSO DE AacuteGUAS 47

251 REUSO URBANO 47

252 REUSO INDUSTRIAL 48

253 REUSO AGRIacuteCOLA 48

254 REUSO NO MEIO AMBIENTE 48

26 A PRAacuteTICA DE RECARGA DE AQUIacuteFEROS 48

27 O ARMAZENAMENTO DE AGUAacuteS 49

28 LEGISLACcedilAtildeO SOBRE O USO DE AacuteGUAS 56

3 - METODOLOGIA 62

31 ESTRATEacuteGIA DA PESQUISA 63

32 UNIDADE DE ANAacuteLISE 68

33 JUSTIFICATIVA DA ESTRATEacuteGIA DE PESQUISA 68

34 PESQUISA EXPLORATOacuteRIA 68

35 LEVANTAMENTO 69

15

36 OBJETO DE ESTUDO 70

361 APARELHOS EXISTENTES 71

37 ENTREVISTAS COM OS USUAacuteRIOS 71

38 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA 72

381 O CAacuteLCULO DE CONSUMO MEacuteDIO DIAacuteRIO DE AacuteGUA PER CAPITA POR APARELHOS 72

O CAacuteLCULO FOI REALIZADO COM BASE NO SOMATOacuteRIO DA MULTIPLICACcedilAtildeO DA FREQUEcircNCIA E TEMPO DE USO

OBTIDO NAS ENTREVISTAS E VAZAtildeO DO APARELHO DIVIDIDO PELO NUacuteMERO DE PESSOAS ENTREVISTADAS

72

382 ESTIMATIVA DO CONSUMO DE AacuteGUA EM ATIVIDADES DE LIMPEZA E JARDINAGEM 73

383 AVALIACcedilAtildeO DO POTENCIAL DE ECONOMIA DE AacuteGUA POTAacuteVEL 73

384 PERCENTUAL DE AacuteGUA POTAacuteVEL QUE PODERIA SER SUBSTITUIacuteDO POR AacuteGUA PLUVIAL 73

39 RESERVATOacuteRIOS DE AacuteGUA PLUVIAL 74

310 ANAacuteLISE ECONOcircMICA 74

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA 75

41 HISTOacuteRICO DO CEFET-RJ 75

411 DEFINICcedilAtildeO DE INSTITUICcedilOtildeES DE ENSINO SUPERIOR 75

412 - PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL (PDI) 76

413 - O PDI DO CEFETRJ 78

414 - FILOSOFIA MISSAtildeO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS 78

42 SOBRE O POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AGUAS DE RESIDUAIS 80

43 ANAacuteLISE DOS RESULTADOS DAS ENTREVISTAS REALIZADAS 88

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 106

51 PROPOSTAS PARA TRABALHOS FUTUROS 107

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAFICAS 108

16

1 ndash INTRODUCcedilAtildeO

11 - Consideraccedilotildees Iniciais

A aacutegua jaacute foi considerada um recurso infinito mas atualmente a sua

disponibilidade eacute um dos grandes problemas do nosso planeta decorrente de

inuacutemeros fatores tais como o aquecimento global as alteraccedilotildees climaacuteticas o

crescimento populacional acentuado o consumo cada vez maior dos recursos

hiacutedricos o mau uso desta fonte de energia e sobretudo a falta de poliacuteticas puacuteblicas

que estimulem o uso sustentaacutevel da aacutegua

Neste contexto segundo Kibert (2008) a adoccedilatildeo de medidas ecologicamente

corretas eacute fundamental tais como teacutecnicas de conservaccedilatildeo controle do desperdiacutecio

reaproveitamento da aacutegua de chuva reciclagem de aacutegua e recuperaccedilatildeo dos solos

Diante da possibilidade de racionamento ou ateacute mesmo escassez da aacutegua doce

no mundo eacute necessaacuterio que a sociedade e as poliacuteticas puacuteblicas busquem novas

tecnologias e alternativas sustentaacuteveis para a reduccedilatildeo do consumo

Diniz (2013) afirma que vaacuterios paiacuteses encaram hoje o problema de escassez

da aacutegua em consequecircncia do crescimento desordenado da poluiccedilatildeo dos recursos

hiacutedricos do aumento populacional e industrial que geram um aumento na demanda

pela aacutegua provocando o esgotamento deste recurso

Inobstante a urbanizaccedilatildeo das cidades e as tecnologias de abastecimento

puacuteblico de aacutegua contribuiacuteram para a desativaccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento da

aacutegua de chuva Entretanto atualmente no contexto do paradigma da conservaccedilatildeo da

aacutegua as praacuteticas de aproveitamento da aacutegua de chuva estatildeo sendo incorporadas aos

sistemas de gestatildeo urbana dos recursos hiacutedricos de diversos paiacuteses Portanto natildeo

se trata de inserir um novo conceito de gestatildeo de recursos hiacutedricos apenas resgatar

os fundamentos deste e adaptaacute-lo agrave realidade atual (ALADENOLA ADEBOYE 2009)

A UNESCO emitiu no ano de 2005 a resoluccedilatildeo Ares58217 proclamando o

periacuteodo de 2005 a 2015 como sendo a Deacutecada Internacional para Accedilatildeo ldquoAacutegua Fonte

de vidardquo iniciando-se o dia mundial da aacutegua no dia 22 de Marccedilo de

2005(UNESCO2013d) A iniciativa teve como objetivo de alerta para a importacircncia

de melhor administrar as fontes de aacutegua em funccedilatildeo do aumento de consumo ou pelo

uso desequilibrado deste recurso indispensaacutevel agrave vida humana Com perspectivas

preocupantes a ONU apresenta a estimativa que se natildeo houver alteraccedilotildees nas

17

poliacuteticas em relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos 18 bilhatildeo de pessoas estaratildeo vivendo em

zonas de secas e dois terccedilos da humanidade estaratildeo sujeitos a alguma restriccedilatildeo no

acesso agrave aacutegua em 2025

Haacute diversos pontos no mundo em que a falta de aacutegua tem sido o principal motivo de ecircxodo de populaccedilotildees tal como acontece no Nordeste brasileiro Em termos globais o risco de crise hiacutedrica acontece pelo crescimento demograacutefico mudanccedilas climaacuteticas desperdiacutecio e contaminaccedilatildeo das fontes Afetando natildeo soacute a sauacutede humana mas o desenvolvimento soacutecio econocircmico das populaccedilotildees e o rumo das relaccedilotildees entre paiacuteses (UNESCO2013d)

Nesse caso Fawell amp Miller (1992) afirmam que a provisatildeo de uma aacutegua

potaacutevel ldquosegurardquo e ldquoesteticamente aceitaacutevelrdquo eacute assegurada em muitos paiacuteses por uma

seacuterie de padrotildees obrigatoacuterios ou largamente advertidos (domiacutenio puacuteblico)

Se na atualidade os paiacuteses continuam concentrados na prospecccedilatildeo e busca de

novas tecnologias para auto-suficiecircncia em petroacuteleo natildeo estaraacute longe o dia em que a

aacutegua seraacute reconhecida como o bem mais precioso a vida do ser humano

Segundo Craig e Dale (2008) a definiccedilatildeo mais adotada e mais citada da

sustentabilidade foi feita no Relatoacuterio de Brundland que definiu o conceito de

sustentabilidade da seguinte forma ldquoaquele que satisfaz as necessidades do presente

sem comprometer a capacidade das futuras geraccedilotildees satisfazerem suas proacuteprias

necessidadesrdquo (BRUNDTLAND 1988 p 46)

O uso da aacutegua com consciecircncia eacute a soluccedilatildeo mais sustentaacutevel para o

enfrentamento da crise a que tem sido observada em diversos estados do paiacutes O

aproveitamento de aacutegua de chuva e reuso natildeo eacute um conceito novo mas com o

aumento da demanda tornou-se um tema atual e de suma importacircncia que eacute praticado

ao longo dos anos em diversos paiacuteses devendo ser uma atividade mais abrangente

que eacute o uso racional englobando a reduccedilatildeo de perdas e desperdiacutecios e a minimizaccedilatildeo

da produccedilatildeo de efluentes e do consumo de aacutegua potaacutevel

A utilizaccedilatildeo da aacutegua da chuva aleacutem de trazer o benefiacutecio da conservaccedilatildeo da

aacutegua e reduzir a dependecircncia excessiva das fontes superficiais de abastecimento

reduz o escoamento superficial minimizando os problemas com enchentes buscando

garantir a sustentabilidade urbana que segundo Dixon Butler e Fewkes (1999) soacute

seraacute possiacutevel atraveacutes da mobilizaccedilatildeo da sociedade em busca do uso apropriado e

eficiente da aacutegua

18

Segundo Petry e Boeriu (2000) nos uacuteltimos anos tem-se observado o

desenvolvimento de novas tecnologias referentes ao manejo de recursos hiacutedricos

Com isso observa-se novas expansotildees no uso de teacutecnicas de aproveitamento de

aacutegua de chuva tanto em regiotildees onde jaacute eram utilizadas como em locais onde eram

desconhecidas

Para Dixon et al(1999) a existecircncia da sociedade e de sua malha urbana no

futuro estaacute condicionada ao uso adequado da aacutegua considerando o seu reuacuteso e

aproveitamento da aacutegua pluvial em todo o ciclo desde a captaccedilatildeo passando pelo

tratamento e armazenagem

Veloso e Mendes (2014) afirmam que a maioria das experiecircncias brasileiras

de aproveitamento de aacutegua de chuva se concentra na regiatildeo do semiaacuterido brasileiro

promovida pela ASA (Articulaccedilatildeo do Semiaacuterido Brasileiro) que eacute formada por mil

organizaccedilotildees da sociedade civil que atua na gestatildeo e no desenvolvimento de poliacuteticas

de convivecircncia com a regiatildeo semiaacuterida

Esta iniciativa contribui para equacionar os graves problemas de escassez de

aacutegua que a populaccedilatildeo e refeacutem Nesse sentido destaca-se o Programa Um Milhatildeo de

Cisternas (P1MC) uma das accedilotildees de mobilizaccedilatildeo promovidas pela ASA que objetiva

possibilitar ao nordestino o acesso a aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de

cisternas de placas Desde 2003 aproximadamente 499387 mil foram construiacutedas

beneficiando mais de 2 milhotildees de pessoas (ASA 2015)

Segundo Gould and Nissen-Petersen (1990) A colheita de aacuteguas pluviais eacute uma

teacutecnica antiga que possui um renome na popularidade devido agrave qualidade inerente da

aacutegua da chuva e ao interesse em reduzir o consumo de aacutegua tratada A aacutegua da chuva

eacute valorizada por sua pureza e suavidade Tem um pH quase neutro e estaacute livre de

subprodutos de desinfecccedilatildeo sais minerais e outros contaminantes naturais e

artificiais As plantas prosperam sob irrigaccedilatildeo com aacutegua de chuva armazenada Os

aparelhos duram mais quando satildeo livres dos efeitos corrosivos ou em escala de aacutegua

dura

Os usuaacuterios com sistemas potaacuteveis preferem o gosto superior e as

propriedades de limpeza da aacutegua da chuva Evidecircncias arqueoloacutegicas atestam a

captura da aacutegua da chuva haacute mais de 4000 anos e o conceito de colheita de aacutegua da

chuva na China pode chegar a mais de 6000 anos Ruiacutenas de cisternas construiacutedas

jaacute em 2000 aC para armazenar o escoamento das encostas para fins agriacutecolas e

domeacutesticos ainda estatildeo em Israel

19

A reutilizaccedilatildeo ou reuso de aacutegua ou ainda em outra forma de expressatildeo o uso

de aacuteguas residuaacuterias natildeo eacute um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo

haacute muitos anos Haacute relatos de sua praacutetica na Greacutecia Antiga com a disposiccedilatildeo de

esgotos e sua utilizaccedilatildeo na irrigaccedilatildeo Contudo a demanda crescente por aacutegua tem

feito do reuso planejado da aacutegua um tema atual e de grande importacircncia (SANTOS

1993)

O elevado desenvolvimento demograacutefico associado agraves transformaccedilotildees

econocircmicas reflete-se notavelmente no uso dos recursos hiacutedricos principalmente no

que se refere agrave qualidade e quantidade das aacuteguas superficiais e subterracircneas

(RAMOS 2000)

O uso de fontes alternativas e de estrateacutegias de uso racional de aacutegua em

edificaccedilotildees eacute uma forma de amenizar os problemas de disponibilidade de aacutegua

potaacutevel e diminuir a sua demanda

Dentre estas estrateacutegias pode-se citar o aproveitamento de aacutegua pluvial o

reuso de aacuteguas cinzas (ABNT NBR 155272007) O aproveitamento de aacutegua pluvial eacute

uma praacutetica milenar empregada no mundo todo Essa teacutecnica tem se difundido e se

consolidado como uma forma de mitigar os diversos problemas ambientais causados

pelo aumento da demanda de aacutegua pela falta de medidas de controle da poluiccedilatildeo e

de gestatildeo ambiental em aacutereas urbanas e rurais (BARROS 2000)

O reaproveitamento eficiente da aacutegua da chuva natildeo tem misteacuterios mas satildeo

necessaacuterios alguns pequenos cuidados que tornam os sistemas mais seguros e de

faacutecil manutenccedilatildeo (AQUASTOCK 2008)

De acordo com Diniz (2013) as teacutecnicas para operar um sistema de utilizaccedilatildeo

das aacuteguas pluviais seguem as seguintes etapas

Coletar aacuteguas pluviais atraveacutes de calhas em telhados coberturas

Armazenar essa aacutegua em reservatoacuterios cisternas

Abastecer o local onde seratildeo utilizadas as aacuteguas pluviais

Eliminar as primeiras aacuteguas de chuva preservando a qualidade dessa aacutegua

20

Relevacircncia da Pesquisa

O foco dos sistemas de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva estatildeo mais atrelados aos

problemas que o meio ambiente enfrenta de forma global ou seja estatildeo voltados para

o coletivo e natildeo individualmente Embora se pense em sistemas que sejam

desenvolvidos para a preservaccedilatildeo da aacutegua doce e da aacutegua da chuva para que natildeo

sejam desperdiccediladas eacute preciso tambeacutem pensar no investimento econocircmico de longo

prazo ou seja a economia na conta da aacutegua que seria uma forma de se pensar

tambeacutem individualmente

A relevacircncia deste trabalho aponta para os resultados levados agrave

sustentabilidade utilizando o aproveitamento de aacuteguas pluviais e de aacuteguas residuais

de evaporadoras de aparelhos de ar condicionado para fins natildeo potaacuteveis

Justificativa da Pesquisa

O sucesso das accedilotildees que devem conduzir ao reuso de aacutegua dependeraacute em

grande parte da influecircncia da comunidade do CEFET-RJ do comportamento das

pessoas e de suas decisotildees individuais Mesmo considerando que existe certo

interesse pelas questotildees ambientais haacute que se reconhecer a falta de informaccedilatildeo e

conhecimento dos problemas ambientais

Logo a educaccedilatildeo ambiental que tenha por objetivo informar e sensibilizar as

pessoas sobre os problemas (e possiacuteveis soluccedilotildees) existentes em sua comunidade

buscando transformar estas pessoas em indiviacuteduos que participem das decisotildees

sobre seus futuros exercendo desse modo o direito aacute cidadania tornando-se

instrumento indispensaacutevel ao processo

O CEFET-RJ possui duas entradas de abastecimento de aacutegua com

fornecimento atraveacutes da CEDAE perfazendo um consumo anual na ordem de

294039 m3 que abastecem blocos independentes atraveacutes de 02 castelos drsquoaacutegua com

alimentaccedilatildeo dos blocos por gravidade Tendo em vista o grande nuacutemero de blocos

com aacuterea construiacuteda de 3927050 m2 e grande aacutereas de paacutetios jardins e quadras

esportivas tendo alto consumo de aacutegua para limpeza

Estaacute sendo pesquisada a viabilidade do aproveitamento das aacuteguas pluviais

coletadas atraveacutes dos telhados de uma edificaccedilotildees bem como a aacutegua residual

proveniente dos evaporadores de unidades condensadoras e aparelhos de ar

condicionado de janela no campus do Maracanatilde em funccedilatildeo do grande nuacutemero de

ambientes com refrigeraccedilatildeo com a finalidade de reuso em aacutereas e atividades menos

nobres como lavagem de paacutetios quadras poliesportivas uso em bacias sanitaacuterias

21

irrigaccedilatildeo de jardins que com adoccedilatildeo destas medidas obter-se-aacute reduccedilatildeo do consumo

de aacutegua potaacutevel tratada fornecida pela concessionaria CEDAE

Como consequecircncias reduccedilatildeo dos custos reduccedilatildeo do incocircmodo de poccedilas de

aacuteguas residuais geradas por unidades condensadoras contribuiraacute na reduccedilatildeo de

enchentes tendo em vista a localizaccedilatildeo geograacutefica do CEFET-RJ proacutexima ao Rio

Maracanatilde estimulando a educaccedilatildeo ambiental e a sustentabilidade atraveacutes dos

multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo de aacutegua por membros da comunidade de

docentes discentes e teacutecnicos administrativos servindo como exemplo de uma

postura ambientalmente correta para o enfrentamento dos problemas de ocupaccedilatildeo e

impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos grandes centros urbanos

12 - Questatildeo Problema

Analisar a viabilidade de promover o desenvolvimento de um sistema de

captaccedilatildeo de aacutegua da chuva e aacuteguas residuais de evaporadoras de aparelhos de ar

condicionado do CEFETRJ para utilizaacute-la em fins natildeo potaacuteveis agregando valor agrave

sustentabilidade e gerando economia na conta da aacutegua

13 ndash Questotildees da Pesquisa

Nesta conjuntura surgem as questotildees que orientaratildeo este trabalho

Como implantar e implementar um sistema de aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Como verificar viabilidade teacutecnica para a adaptaccedilatildeo de instalaccedilotildees do preacutedio

estudado no CEFETRJ Campus Maracanatilde para aproveitamento de aacuteguas

pluviais

Pesquisar os segmentos que se ajustem ao uso da aacutegua natildeo potaacutevel e calcular

suas demandas

Quantificaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas remanescentes

provenientes de Unidades Evaporadoras de aparelhos de ar condicionado do

preacutedio estudado

22

14 - Objetivo Geral

O objetivo geral da dissertaccedilatildeo eacute apresentaccedilatildeo de uma proposta metodoloacutegica

para analisar a viabilidade teacutecnica de um sistema de aproveitamento de aacuteguas pluviais

e aacuteguas residuais de evaporadoras de unidades evaporadores para uso com fins natildeo

potaacuteveis no Campus Maracanatilde do CEFET-RJ

15 - Objetivos Especiacuteficos

Desenvolvimento da metodologia proposta

Dimensionar o sistema de armazenamento das aacuteguas pluviais e

residuais coletadas para reuso

Buscar tecnologias para implantaccedilatildeo de sistema de aproveitamento de

agua pluviais

Avaliar viabilidade econocircmica da implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais

16 ndash Estrutura Metodoloacutegica

A metodologia utilizada no presente trabalho considerou o bloco E para se

analisar a viabilidade de aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

provenientes de unidade evaporadoras de aparelhos de ar condicionado Com

aplicaccedilatildeo de questionaacuterio para os usuaacuterios das instalaccedilotildees para quantificaccedilatildeo da

demanda de aacutegua nos ambientes estudados

Ywashima (2005) ressalta a importacircncia de campanhas de conscientizaccedilatildeo

para utilizaccedilatildeo racional da aacutegua nas escolas Segundo a pesquisadora a conta natildeo e

paga de forma direta pelos usuaacuterios consequentemente natildeo haacute motivaccedilatildeo financeira

A autora apresenta como sugestatildeo tecnologias economizadoras onde se obteacutem

reduccedilatildeo de consumo independente da mudanccedila de comportamento pelos usuaacuterios

Tomando como premissa o atual consumo desordenado de aacutegua consumo

este que proporciona uma grande margem para que no futuro este liacutequido precioso

para a vida na terra venha a faltar caso natildeo seja criado mecanismos que possam

contornar essa situaccedilatildeo o desenvolvimento deste presente projeto apresenta-se

como uma alternativa para compor estes mecanismos

23

Atraveacutes de pesquisas foi constatado que as aacuteguas pluviais devem ser utilizadas

para amenizar a situaccedilatildeo Desse modo o presente trabalho contempla a possibilidade

de uso de recursos tecnoloacutegicos a fim de que se possa reduzir o consumo e diminuir

o desperdiacutecio de aacutegua atraveacutes da captaccedilatildeo armazenamento e reaproveitamento das

aacuteguas pluviais

Este sistema de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial permite usar as aacutereas de coberturas

da edificaccedilatildeo para captar a aacutegua da chuva apoacutes passar por um filtro ou mecanismo

de retenccedilatildeo de impurezas conduzi-la a um reservatoacuterio onde seraacute armazenada e

utilizada na edificaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis tais como lavagem de pisos irrigaccedilatildeo

de jardins mictoacuterios e bacias sanitaacuterias

No que diz respeito a implementaccedilatildeo da metodologia foi realizado um

levantamento das coberturas da edificaccedilatildeo escolhidas com analise dos dados

meteoroloacutegicos da regiatildeo que permitiram avaliaccedilatildeo dos paracircmetros necessaacuterios para

os caacutelculos dos reservatoacuterios de aacuteguas pluviais

O trabalho foi dividido em trecircs etapas

A primeira etapa desenvolveu-se atraveacutes de pesquisas referecircncias

bibliograacuteficas dados teacutecnicos e projetos semelhantes referentes ao tema para obter

um melhor embasamento teoacuterico sobre o assunto com auxilio da internet pesquisas

literaacuterias artigos cientiacuteficos informaccedilotildees pessoais de profissionais e obtivemos

informaccedilotildees necessaacuterias favoraacuteveis que possibilitaram a execuccedilatildeo do presente

trabalho em unidade de ensino adequando agraves edificaccedilotildees do campus onde houvesse

o menor nuacutemero de intervenccedilotildees

A segunda etapa foi direcionada ao programa de necessidades considerando

o consumo da edificaccedilatildeo e o potencial de captaccedilatildeo atraveacutes de aacuterea de coberturas

evaporadores de ar condicionado levantamento dos iacutendices pluviomeacutetricos da regiatildeo

preacute-dimensionamento para os reservatoacuterios superior e inferior e uma estimativa de

custos para implantaccedilatildeo

A terceira e uacuteltima etapa foi direcionada ao anteprojeto arquitetocircnico para

construccedilatildeo do reservatoacuterio prevendo no sistema a captaccedilatildeo tanto de aacuteguas pluviais

quanto de aacuteguas residuais provenientes dos evaporadores de ar condicionado

levantamento dos custos referentes a implantaccedilatildeo dos reservatoacuterios com avaliaccedilatildeo

do tempo de retorno (payback) do investimento

24

A Figura 01 ilustra de forma simplificada a abordagem utilizada durante a

realizaccedilatildeo desta pesquisa

Figura 1 - Estrutura do Conteuacutedo da Dissertaccedilatildeo

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho(2017)

DISSERTACcedilAtildeO

VERTENTE TEacuteCNICA

EMPIacuteRICA

COLETA DE DADOS

FLUXO DO PROCESSO

DIMENSIONAMENTO

CONCEPCcedilAtildeO EMPIacuteRICA

CONCLUSAtildeO DISSERTACcedilAtildeO

HISTOacuteRICO REUSO DAS

AacuteGUAS

LEGISLACcedilAtildeO

SUSTENTABILIDADE

BASE TEOacuteRICA

CONCEPCcedilAtildeO TEOacuteRICA

25

17 ndash Delimitaccedilatildeo da Pesquisa

A realizaccedilatildeo do presente trabalho ocorreraacute atraveacutes de levantamento de dados

referente ao abastecimento e equipamentos instalados do bloco E do campus

Maracanatilde com estudo de consumo de aacutegua da edificaccedilatildeo levando em consideraccedilatildeo

o nuacutemero de usuaacuterios

A capacidade de captaccedilatildeo seraacute realizada atraveacutes das aacutereas de cobertura e

utilizaccedilatildeo dos iacutendices de precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica da regiatildeo estudada de anos

anteriores para caacutelculo e dimensionamento de reservatoacuterios inferior e superior bem

como avaliaccedilatildeo da capacidade de produccedilatildeo de aacuteguas residuais produzidas pelas

evaporadoras instaladas no preacutedio

Avaliando as adaptaccedilotildees necessaacuterias ao sistema de abastecimento existente

para o atendimento das bacias sanitaacuterias e lavagem de paacutetios quadras esportivas

regas de jardim e levantando e propondo utilizaccedilatildeo de novas tecnologias existentes

para instalaccedilatildeo do sistema e verificando a necessidade de utilizaccedilatildeo de

abastecimento com aacutegua potaacutevel em casos de grande estiagem para manutenccedilatildeo

das atividades sem prejuiacutezos agrave aacuterea acadecircmica

Desta forma nesta pesquisa seratildeo avaliados os dados obtidos atraveacutes de

levantamentos arquitetocircnicos e das instalaccedilotildees hidro sanitaacuterias existentes no

CEFETRJ - Unidade Maracanatilde aleacutem de documentaccedilatildeo e pesquisa em projetos

similares que jaacute possam existir relacionados agrave questatildeo da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Como objetivo de fundamentar a implantaccedilatildeo do estudo e desenvolvimento do

mesmo seraacute apresentado levantamento e resultado necessaacuterios para implementaccedilatildeo

da utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais com base nos dados coletados e revisatildeo bibliograacutefica

em artigos e perioacutedicos que versam sobre as tecnologias mais indicadas para a

utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais

18 ndash Justificativa da Pesquisa

Como prevecirc a constituiccedilatildeo em seu Art 225 caput ndash ldquoTodos tecircm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado bem de uso comum do povo e essencial agrave sadia

qualidade de vida impondo-se ao Poder Puacuteblico e agrave coletividade o dever de defendecirc-

lo e preservaacute-lo para presentes e futuras geraccedilotildeesrdquo (Brasil 2004)

No atendimento a constituiccedilatildeo e as legislaccedilotildees pertinentes levar o CEFET- RJ

26

ao cumprimento de accedilotildees e objetivos visando a sustentabilidade nas suas

dependecircncias e atraveacutes de sua comunidade discente docente e teacutecnicos

administrativos atuar como multiplicadores de accedilotildees de preservaccedilatildeo do meio

ambiente atraveacutes do reuso de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais oriundas de

evaporadores e aparelhos de ar condicionado de janela

Em funccedilatildeo do alto consumo como pode ser observado na figura 2 faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de equipamentos de maior tecnologia e o aproveitamento de

aacuteguas pluviais para uso menos nobre conforme determina a norma ABNT ndash NBR

15527 de 24102007 e contribuir de forma efetiva para reduccedilatildeo de custo

possibilidade de racionamento e reduccedilatildeo per capta do consumo nos oacutergatildeos puacuteblicos

Figura 2 - Consumo Mensal de Aacutegua - 2014

Entrada Volume faturado (msup3)

nordm jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez total 2014

485 17310 18230 13160 22110 19640 16890 20010 19070 25430 22670 25060 28430 248010

681 3706 3580 6560 5394 6170 2800 3310 2650 3069 2580 2890 3320 46029

Total

mensal 21016 21810 19720 27504 25810 19690 23320 21720 28499 25250 27950 31750 294039

Fonte Contas CEDAE exerciacutecio 2014

00

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Vo

l f

atu

rad

o (

msup3)

Mecircs

Consumo mensal de aacutegua em 2014

485

27

19 ndash Organizaccedilatildeo do Estudo

O Capiacutetulo 01 desta pesquisa estaacute organizado com a introduccedilatildeo composta pela

situaccedilatildeo-problema questotildees de pesquisa objetivos estrateacutegia delimitaccedilatildeo e

justificativa da pesquisa A finalidade preciacutepua da leitura deste capiacutetulo eacute harmonizar

a compreensatildeo do contexto e a importacircncia da pesquisa

O Capitulo 02 estaacute organizado com os fundamentos teoacutericos com base em

sustentabilidade histoacuterico de reuso da aacutegua e legislaccedilatildeo

O Capitulo 03 trata da metodologia e tipo de pesquisa a ser empregado

informando a forma da obtenccedilatildeo dos dados e como seratildeo feitos o tratamento e anaacutelise

dos dados

No Capiacutetulo 4 seratildeo interpretados os resultados referentes agraves demandas de

aacuteguas menos nobres a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacutegua proveniente de unidades

evaporadoras e aacuteguas pluviais com avaliaccedilatildeo de viabilidade econocircmica para

implantaccedilatildeo do sistema

No Capiacutetulo 05 seraacute apresentada a anaacutelise dos resultados e sugestotildees para

estudos futuros e complementares

28

2 - BASE CONCEITUAL E REVISAtildeO DA LITERATURA

No presente capitulo seraacute apresentada a vertente teacutecnica com os fundamentos

teoacutericos que forneceratildeo o suporte para o desenvolvimento da pesquisa

21 A Sustentabilidade e as questotildees quanto a conservaccedilatildeo reaproveitamento e

reduccedilatildeo do consumo de aacuteguas pluviais

A Comissatildeo Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento denominada

Comissatildeo de Brundtland (1988) define o desenvolvimento sustentaacutevel como aquele

que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das

geraccedilotildees futuras atenderem as suas proacuteprias necessidades

Surgido na deacutecada de 1990 o tripeacute da sustentabilidade tem crescido em seu

conceito em todo o planeta refletindo uma seacuterie de processos valores e objetivos de

forma que uma gestatildeo deveraacute orientar aos trecircs pilares econocircmico social e ambiental

podendo este conceito ser aplicado de forma macro para um paiacutes ou ateacute para o

planeta ou micro podendo ser uma escola um vilarejo ou empresa (DIAS2011)

A concepccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel orienta a discussatildeo sobre o tema

em qualquer segmento das atividades do ser humano Os objetivos tecircm como base

na perspectiva de utilizaccedilatildeo dos recursos naturais desde que sejam preservados para

as futuras geraccedilotildees Dias ( 2011) Poreacutem parte das dificuldades apresenta-se porque

as geraccedilotildees natildeo tecircm participaccedilatildeo nas decisotildees atuais Desta forma somente a

conscientizaccedilatildeo da preservaccedilatildeo da vida e da espeacutecie eacute que motiva o ser humano o

que natildeo acontece na maioria das vezes com os gestores e poliacuteticos dos dias atuais

(MOURA 2011)

Muito embora para alguns o desenvolvimento sustentaacutevel eacute um projeto social e

poliacutetico que serve como ferramenta para combate a pobreza satisfaccedilatildeo das

necessidades baacutesicas da humanidade de maneira a elevar a qualidade de vida dos

indiviacuteduos fornece princiacutepios para que o desenvolvimento seja harmonioso levando

em conta a transformaccedilatildeo dos recursos do ambiente deste modo para estes sugerem

atitudes novas das quais pela edificaccedilatildeo de uma nova racionalidade De forma

contraria agrave maioria que se preocupa em compatibilizar o meio ambiente a um

crescimento econocircmico de forma continua (DIAS 2011)

Acreditava-se que o crescimento econocircmico desenvolveria de forma natural o

29

desenvolvimento sustentaacutevel Veiga (2005) Somente uma gestatildeo com

responsabilidade ambiental eacute capaz de conciliar uma melhor qualidade de vida com

necessidade de crescimento econocircmico (MOURA 2011)

A passagem de um sistema baseado no consumo a um sistema sustentaacutevel

tem diversas implicaccedilotildees Necessita abrir a visatildeo da relaccedilatildeo da sociedade ao meio

ambiente transformar a organizaccedilatildeo social produtiva que gera a desigualdade e a

pobreza Atraveacutes de novas relaccedilotildees sociais onde o eixo natildeo seraacute somente a

perspectiva da lucratividade e praacuteticas de produccedilatildeo predatoacuterias do meio ambiente

mas o bem-estar da humanidade O que daacute margem a diferentes pontos de vistas

com base de modo geral na busca do produto de equiliacutebrio entre os trecircs eixos da

sustentabilidade crescimento econocircmico igualdade social e a preservaccedilatildeo ao meio

ambiente (DIAS 2011)

De acordo com Alledi (2006) a grande preocupaccedilatildeo das melhores empresas

do mundo hoje em dia eacute com a sustentabilidade dos seus negoacutecios um movimento

que se fundamentou em questotildees ambientais mas que atualmente eacute visto de um

modo mais amplo passando a incorporar os temas dos movimentos empresariais

anteriores pela qualidade pela sauacutede e seguranccedila do trabalho pela proacutepria

preservaccedilatildeo do meio ambiente e mais recentemente pela responsabilidade social

corporativa

211 Exemplos recentes de atitude sustentaacuteveis adotadas no Brasil

O recebimento da certificaccedilatildeo LEED (Leadership in Energy and Environmental

concedido pelo US Green building Council (USGBC) para certificaccedilotildees em 07 estaacutedios

construiacutedos para a Copa 2014 cuja adoccedilatildeo de medidas sustentaacuteveis foi requisito para

que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econocircmico e Social (BNDES) liberasse o

financiamento para as obras das arenas da Copa preacute-requisito este que seraacute adotado

pela FIFA para as proacuteximas eleiccedilotildees do mundial (wwwcopa2014govbr)

Dentre as diversas arenas pode ser ressaltada a economia conseguida pela

Arena da Amazocircnia de cerca de 40 de aacutegua potaacutevel atraveacutes da captaccedilatildeo da aacutegua

de chuva em um volume de 140000 litros para irrigaccedilatildeo do gramado e utilizaccedilatildeo nos

sanitaacuterios ABES (observatoacuterio do terceiro setor)

Foram diversas medidas sustentaacuteveis para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo LEED

destacando a abertura das portas para educaccedilatildeo ambiental desde o inicio das obras

30

Foram desenvolvidas estrateacutegias de comunicaccedilatildeo para divulgaccedilatildeo das accedilotildees de

sustentabilidade que foram implementadas nos estaacutedios para obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo

LEED com utilizaccedilatildeo de paineacuteis ilustrados nas aacutereas de circulaccedilatildeo e distribuiccedilatildeo de

panfletos aos visitantes Accedilotildees voltadas para conscientizaccedilatildeo da certificaccedilatildeo e

tambeacutem para manutenccedilatildeo apoacutes a realizaccedilatildeo do evento (wwwcopa2014govbr)

212 Medidas sustentaacuteveis para conservaccedilatildeo reaproveitamento de aacutegua e reduccedilatildeo

do consumo de aacuteguas pluviais

A conservaccedilatildeo de aacutegua pode ser definida como um conjunto de praacuteticas

teacutecnicas e tecnologias que propiciam a melhoria da eficiecircncia do seu uso incidindo de

maneira sistecircmica sobre a demanda e a oferta de aacuteguas As iniciativas de

racionalizaccedilatildeo do uso e de reuso de aacutegua constituem-se em elementos fundamentais

para a ampliaccedilatildeo da eficiecircncia do uso da aacutegua (PROSAB 2011) resultando em

Aumento da disponibilidade para os demais usuaacuterios

Flexibilizaccedilatildeo dos suprimentos existentes para outros fins

Atendimento ao crescimento populacional

Suporte agrave implantaccedilatildeo de novas induacutestrias

Preservaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do meio ambiente

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

31

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo A reutilizaccedilatildeo de

aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que permite maiores volumes

de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica

por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes (BRASIL 2010)

Mota OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenada

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Observaccedilotildees sobre Gestatildeo das aacuteguas pluviais A gestatildeo de aacutegua pluvial visa

reduzir o consumo de aacutegua potaacutevel por meio de aproveitamento das aacuteguas de chuvas

contribuindo inclusive para a reduccedilatildeo de inundaccedilotildees ou de poluiccedilotildees difusas Uma

das medidas que vem sendo amplamente desenvolvida como forma de economizar

as aacuteguas potaacuteveis e evitar o risco de inundaccedilotildees em regiotildees com alto iacutendice de

impermeabilizaccedilatildeo do solo eacute a retenccedilatildeo de aacuteguas pluviais

Este sistema coligado a um sistema de reaproveitamento destas aacuteguas

configura-se como uma das mais eficientes formas de renovaccedilatildeo de um insumo finito

aacutegua As aacuteguas pluviais entretanto natildeo apresentam qualidade necessaacuteria para o

consumo Mesmo quando a captaccedilatildeo destas aacuteguas extravasam para o esgotamento

natildeo se deve permitir que elas sejam lanccediladas in natura para o lenccedilol freaacutetico pela

possibilidade de carga poluidora As aacuteguas pluviais quando utilizadas diretamente por

pontos na edificaccedilatildeo estes devem ser separados do sistema de aacutegua do restante do

preacutedio e deve conter indicativo visual de que a aacutegua natildeo eacute potaacutevel portanto improacutepria

para o consumo preparo de alimentos e banho

No caso da utilizaccedilatildeo deste sistema de reaproveitamento de aacuteguas pluviais

dois cuidados fundamentais devem ser observados primeiramente com relaccedilatildeo ao

caacutelculo do volume do reservatoacuterio que considera o IP (iacutendice pluviomeacutetrico) local A

Caixa Econocircmica recomenda a utilizaccedilatildeo do caacutelculo na Lei Estadual nordm 1252607

(SAtildeO PAULO 2007)

A segunda observaccedilatildeo refere-se ao volume do escoamento de aacuteguas pluviais

no solo de forma controlada a fim de prevenir inundaccedilotildees reduzir a poluiccedilatildeo difusa

e propiciar a recarga do lenccedilol freaacutetico Um projeto como este para ser aprovado

32

depende de um memorial de caacutelculo detalhado apresentando o niacutevel do lenccedilol freaacutetico

do local caacutelculo da vazatildeo de aacuteguas a serem lanccediladas na rede puacuteblica elaboraccedilatildeo de

um manual de operaccedilatildeo do sistema e indicaccedilatildeo de toda a documentaccedilatildeo teacutecnica tal

como projeto memoriais descritivos planilhas de custos e outros (CEF 2010)

Apesar de que o reaproveitamento de aacuteguas pluviais no Brasil jaacute ocorrer haacute

muito tempo em algumas regiotildees somente em 2007 entrou em vigor a NBR 15527

que estabelece as condiccedilotildees para o aproveitamento de aacuteguas de chuva em coberturas

de aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis

A primeira medida a levar em conta seria a reduccedilatildeo do consumo de aacutegua

potaacutevel Atualmente no mercado satildeo encontrados vaacuterios equipamentos

economizadores de aacutegua sendo que estes dispositivos proporcionam grande

economia (SABESP 2013)

O objetivo desta accedilatildeo eacute reduzir o consumo de aacutegua independentemente da

accedilatildeo do usuaacuterio ou da sua disposiccedilatildeo em mudar de comportamento para reduzir o

consumo de aacutegua Ela deve ser implementada quando o sistema estiver totalmente

estaacutevel ou seja sem nenhuma perda de aacutegua por vazamento (ANA 2005)

A situaccedilatildeo do Brasil eacute muito favoraacutevel pois deteacutem cerca de 12 de toda aacutegua

doce do planeta poreacutem 685 encontra-se na regiatildeo norte na qual vivem apenas

74 dos brasileiros (CONFEA 2011)

A limitaccedilatildeo de reservas de agua doce no planeta aumentou a demanda para

atendimento principalmente a prioridade dos recursos para o consumo humano

agriacutecola e industrial a prioridade de utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos disponiacuteveis para

abastecimento puacuteblico e as restriccedilotildees que vecircm sendo impostas em relaccedilatildeo ao

lanccedilamento de efluentes no meio ambiente torna necessaacuteria a adoccedilatildeo de estrateacutegias

que visem racionalizar a utilizaccedilatildeo dos recursos hiacutedricos e mitigar os impactos

negativos relativos agrave geraccedilatildeo de efluentes pelas induacutestrias (FIESP 2011)

Segundo o Programa Nacional de Uso Sustentaacutevel da Aacutegua Brasil (2010) na

deacutecada de 90 os programas de conscientizaccedilatildeo em relaccedilatildeo ao uso da aacutegua passaram

a dar mais ecircnfase na adesatildeo de equipamentos que economizam aacutegua pois

asseguram uma relaccedilatildeo mais automatizada do consumo Grandes induacutestrias e

instalaccedilotildees comerciais utilizam hoje estes recursos ou aparatos para reduzir o

consumo Existem vaacuterias iniciativas nesse sentido como a micromediccedilatildeo e mediccedilatildeo

individualizada do consumo em condomiacutenios verticais entre outros os usuaacuterios

domeacutestico e comercial encontram oferta de equipamentos economizadores de aacutegua

33

para edificaccedilotildees de aplicaccedilatildeo bem faacutecil como os sanitaacuterios com dispositivos de dupla

descarga que varia de 3 a 6 litros favorecendo uma boa economia os arejadores de

vazatildeo torneiras de fechamento automaacutetico e redutores de pressatildeo

A reutilizaccedilatildeo de aacutegua traz benefiacutecios ambientais significativos uma vez que

permite maiores volumes de aacutegua para outros usos E em algumas situaccedilotildees pode

diminuir a poluiccedilatildeo hiacutedrica por meio da minimizaccedilatildeo da descarga de efluentes

(BRASIL 2010)

Melhado et al (2013) frisam a importacircncia das accedilotildees de cunho poliacutetico teacutecnico

e social na busca de soluccedilotildees praacuteticas visando a reduccedilatildeo do consumo da aacutegua e

descrevem as mais importantes

Economia e valorizaccedilatildeo da aacutegua potaacutevel

Conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo objetivando o uso racional da aacutegua

Manutenccedilatildeo das redes puacuteblicas e privadas para verificaccedilatildeo de desperdiacutecios

e vazamentos

Minimizaccedilatildeo da impermeabilizaccedilatildeo do solo urbano e da vazatildeo de

escoamento do terreno objetivando favorecer a permeabilidade da aacutegua

Captaccedilatildeo e armazenamento em reservatoacuterios especiacuteficos das aacuteguas

pluviais e demais aacuteguas natildeo potaacuteveis para usos que natildeo necessitam de

potabilidade como irrigaccedilatildeo reserva de incecircndio lavagem de piso

veiacuteculos em geral e ruas Se necessaacuterio para algum uso especiacutefico a aacutegua

deveraacute passar por unidades de tratamento para atingir os niacuteveis de

qualidade correspondente Quanto mais eficiente for a gestatildeo das aacuteguas

pluviais por retenccedilatildeo ou reuso menor seraacute o volume de aacutegua destinado agraves

redes puacuteblicas

Embora a aacutegua doce existente no planeta esteja sempre em renovaccedilatildeo haacute uma

tendecircncia de sua deterioraccedilatildeo em funccedilatildeo do seu uso indiscriminado devido ao

aumento populacional comprometendo consequentemente sua qualidade ficando

esta em quantidade cada vez menor em determinadas localidades disponiacutevel para

consumo As mudanccedilas climaacuteticas globais tambeacutem vecircm contribuindo para o aumento

na demanda dos recursos hiacutedricos

Devido ao ciclo hidroloacutegico que eacute fechado sabe-se que a quantidade de aacutegua

disponiacutevel no planeta eacute sempre a mesma Sabe-se tambeacutem que este ciclo constitui-

se basicamente do transporte das massas de aacutegua dos oceanos para a atmosfera

34

pelo fenocircmeno da evaporaccedilatildeo e da atmosfera para os oceanos atraveacutes dos

fenocircmenos das precipitaccedilotildees escoamentos superficiais e subterracircneos influenciando

diretamente na distribuiccedilatildeo dos corpos hiacutedricos Muitas regiotildees vem sofrendo

alteraccedilotildees resultantes das diferentes formas antroacutepicas de interferecircncia sobre o

ambiente Hespanhol e Mierwa (2013) O surgimento das Metroacutepoles

desmatamentos obras de dragagens assim como construccedilotildees de represas satildeo

exemplos concretos disto

Sabe-se que menos de 1 de toda a aacutegua existente no planeta eacute doce e que

aproximadamente metade deste percentual corresponde a aacuteguas subterracircneas

enquanto o restante encontra-se nos oceanos Aacute medida que a populaccedilatildeo vem

crescendo a deterioraccedilatildeo dos mananciais vai se acentuando surgindo problemas nos

abastecimentos drsquoaacutegua que atualmente vem merecendo a atenccedilatildeo e preocupaccedilatildeo de

populaccedilotildees e autoridades de todo o mundo Eacute necessaacuterio que haja uma gestatildeo

integrada dos recursos drsquoaacutegua racionalizando o seu uso favorecendo o

desenvolvimento de sistemas sustentaacuteveis como forma de prevenccedilatildeo contra a

escassez

Apesar de a aacutegua doce estar distribuiacuteda de forma desigual sobre o planeta a

disponibilidade deste recurso no Brasil eacute significativa poreacutem distribuiacuteda tambeacutem de

forma desigual sobre o nosso territoacuterio sendo na regiatildeo Amazocircnica 69 e nas

demais regiotildees 31 nas quais se concentram 95 da populaccedilatildeo do Paiacutes

Confrontando estes dados com os do ANEEL- Departamento Nacional de Aacuteguas e

Energia Eleacutetrica pode-se afirmar que em quanto na regiatildeo amazocircnica com 69 da

aacutegua e 685 dos recursos hiacutedricos para uma populaccedilatildeo de 5 do paiacutes nas demais

regiotildees temos 31 das aacuteguas com 315 dos mesmos recursos para 95 da

populaccedilatildeo Eacute certo que se tem uma enorme diferenccedila regional

35

Quadro 1 - Projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos Municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

MUNICIacutePIOS

VALORES OBSERVADOS

1970 1975 1980 1995 2000 2005 2010 2014

1 Caxias

2 Itaboraiacute

3 Itaguaiacute

4 Mageacute

5 Mangaratiba

6 Maricaacute

7 Niloacutepolis

8 Niteroacutei

9 Nova Iguaccedilu

10 Paracambi

11 Petroacutepolis

12 Satildeo Gonccedilalo

13 SJ de Meriti

14 Rio de

Janeiro

404 496

14 072

17 468

83 841

6 125

6 500

128 011

292 180

724 326

22 149

154 612

430 271

302 394

4251

918

554 935

23 652

76 267

163 906

8 094

19 602

151 700

400 140

1091 702

27 434

202 146

614 688

398 686

5093 232

661 578

31 919

101 048

198 471

10 136

22 677

160 434

439 596

1247

614

32 347

239 899

733 791

436 234

5474

597

780 964

42 668

129 867

235 894

12 454

26 188

169 031

480 981

1410

116

37 686

277 620

871 361

474 149

5585

289

916 278

55 469

163 800

277 069

15 111

30 226

177 585

525 061

1583 658

43 484

318 764

1035 991

513 025

6245 537

1071728

71 096

204 326

323 382

18 191

34 902

186 193

573 014

1773 705

49 787

363 819

1239 963

553 550

6638 213

1252 875

90 205

253 441

376 692

21 820

40 349

194 942

626 596

1986 378

56 660

413 381

1500 984

596 414

7038 605

1467033

113 697

313 856

439 389

26 149

46 734

203 913

688 395

2228600

64 190

468 169

1844983

642 305

7449231

TOTAL A RMRJ 683836

3

8826184 9790341 10807268 11901058 13101869 14449342 15996644

Fonte IBGE 2010

Na cidade do Rio de Janeiro constitui-se de 950 msup3s de vazatildeo meacutedia de aacutegua

doce disponiacutevel proporcionando 2080msup3 de aacutegua por ano para 144 milhotildees de

habitantes numa meacutedia desconsiderando as perdas de aproximadamente

57m3dia suficiente para atender a atual demanda de consumo Entretanto trabalhos

sobre a projeccedilatildeo da populaccedilatildeo nos municiacutepios do Estado do Rio de Janeiro

evidenciam um crescente aumento populacional IBGE (2010) como observa-se no

Quadro 2

Segundo estudos socioeconocircmicos e de demanda de aacutegua para a regiatildeo

metropolitana do Rio de Janeiro Rios (2011) deveraacute ser feita uma ampla campanha

de educaccedilatildeo ambiental atraveacutes da miacutedia visando o controle dos desperdiacutecios de aacutegua

nas induacutestrias comeacutercio e domiciacutelios tendo em vista o perigo de uma crise de

racionamento de aacutegua semelhante agrave crise energeacutetica ocorrida entre 2001 e 2002 No

36

Quadro 2 eacute demonstrada a evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a

Regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro

Com base nas projeccedilotildees demograacuteficas estabelecidas em termos indicativos

para o ano de 2035 procedeu-se a uma estimativa da demanda de aacutegua Tal

estimativa supotildee que a relaccedilatildeo entre demanda de aacutegua e populaccedilatildeo residente

admitida para o ano de 2014 continue vaacutelida para 2035 Rios(2011) Levando-se em

consideraccedilatildeo o demonstrado nos Quadros 1 e 2 o aumento populacional para a

regiatildeo metropolitana do Rio de Janeiro em 2010 tomando-se por base o ano de 2000

foi de 2208

A demanda atendida tanto com os niacuteveis de perdas mantidos quanto com a

reduccedilatildeo das perdas em 20 seraacute de 2739 O fato da demanda prevista ser maior

do que o crescimento populacional pode ser explicado devido ao esperado aumento

de educaccedilatildeo para a sauacutede na populaccedilatildeo a qual necessitaria de mais aacutegua para suas

atividades

Quadro 2 - Evoluccedilatildeo prevista da demanda de aacutegua em msup3s para a Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro

DISCRIMINACcedilAtildeO

1980

1985

1990

1995

2005

2010

2014

Demanda total exclusive perdas (1) 3255 3624 4120 4624 5188 5839 6609

Demanda atendida Exclusive

perdas (2)

2213 2935 3914 4532 5188 5839 6609

Demanda atendida Inclusive perdas

(3) Hipoacutetese I

3952 5241 6889 8093 9264 10427 11802

Demanda atendida Inclusive perdas

(4) Hipoacutetese II

3952 4515 4893 5665 6485 7289 8261

Fonte Rios 2011

Para Monteiro et al(2010) o reuso de aacutegua exige que padrotildees adequados de

potabilidade sejam adotados tendo em conta questotildees de sauacutede puacuteblica como

acontece em diversas partes do mundo sendo no Brasil uma praacutetica ainda incipiente

Reiteram os autores que esta eacute uma estrateacutegia correta para diminuiccedilatildeo da captaccedilatildeo

e mitigaccedilatildeo no lanccedilamento de dejetos no ambiente natural

37

A Cacircmara Teacutecnica de Ciecircncia e Tecnologia do Conselho Nacional de Recursos

Hiacutedricos apontou para a necessidade de uma ampla discussatildeo sobre o tema reuso

natildeo potaacutevel Foram elaborados dois termos de referecircncia O primeiro referente agrave

elaboraccedilatildeo de resoluccedilatildeo contemplando os aspectos poliacuteticos legais e institucionais e

o segundo relativo agraves diretrizes gerais para a praacutetica do reuso Eacute necessaacuterio que se

leve em consideraccedilatildeo o tipo de reuso que se deseja e o niacutevel de tratamento para que

os padrotildees sejam alcanccedilados

O reuso operacionalmente permite substituir grandes volumes de aacutegua

destinados a usos nos quais a potabilidade natildeo eacute fator preponderante O reuso de

aacutegua jaacute vem sendo amplamente empregado na induacutestria principalmente em torres de

resfriamento caldeiras construccedilatildeo civil irrigaccedilatildeo de aacutereas verdes e em alguns

processos industriais onde a utilizaccedilatildeo de aacutegua com menor padratildeo de qualidade natildeo

ocasione maiores problemas Desta forma o reuso de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis

deve ser considerado como primeira opccedilatildeo para reuso (HESPANHOL amp MIERZWA

2013)

22 Histoacuterico do Reuso de Aacuteguas

O aproveitamento de aacuteguas pluviais para o consumo das populaccedilotildees jaacute existe

ao longo das civilizaccedilotildees como pocircde ser observado em diversas construccedilotildees antigas

em vaacuterios pontos do mundo Reservatoacuterios escavados na rocha como pode ser

observado em Israel o que confirma o costume de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Em Roma encontram-se diversos reservatoacuterios utilizados para o abastecimento da

populaccedilatildeo (TOMAZ2013)

De acordo com Jarus(2012) em Massada (ldquofortalezardquo em hebraico) situa-se

um dos mais conhecidos sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais em Israel

onde Herodes no ano de 36 a c como forma de se precaver contra tempos difiacuteceis

construiu uma fortaleza com cavernas escavadas na rocha com capacidade de

armazenamento de 40 milhotildees de litros Estes reservatoacuterios possuiacuteam interligaccedilatildeo

atraveacutes de canalizaccedilotildees e aquedutos para abastecimento das habitaccedilotildees da fortaleza

38

Figura 3 - Sistemas de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Fonte httpwwwgeocitieswspaz_israelmassadahtm

Na cidade de Toacutequio com a finalidade de prevenir a falta de aacutegua e reduzir

inundaccedilotildees foi intensificada a construccedilatildeo de diversos reservatoacuterios por toda a cidade

bem como motivou os proprietaacuterios de edifiacutecios e residenciais a construiacuterem seus

reservatoacuterios com incentivo a cada litro de aacutegua pluvial captado (AMARAL 2007)

A Alemanha era abastecida em mais de 70 por aquiacuteferos subterracircneos em

funccedilatildeo da poluiccedilatildeo de seus rios e grande industrializaccedilatildeo do paiacutes E recentemente

com o rebaixamento dos aquiacuteferos tornou-se um paiacutes liacuteder na execuccedilatildeo dos sistemas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva tanto para fins domeacutesticos como comerciais

(AMARAL 2007)

O Meacutexico desde a eacutepoca dos Astecas e Maias eacute rico em tradiccedilotildees tecnoloacutegicas

de captaccedilatildeo de aacutegua da chuva Ainda na data atual na Peniacutensula de Yucatan pode

ser visto as chamadas Chultuns cisternas do seacuteculo X com capacidade variando de

20000 a 45000 litros utilizadas pelo povo Maia para captaccedilatildeo e abastecimento das

populaccedilotildees que viviam nas encostas As cisternas eram escavadas no subsolo

calcaacuterio e revestidas com emboccedilo impermeaacutevel tendo na sua parte superior uma aacuterea

de 100 a 200 m2 destinada a captaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica Nos vales eram

usadas as aacuteguas dos (reservatoacuterios com capacidade de 10 a 150 milhotildees de litros) e

aquaditas (reservatoacuterios com capacidade de 100 a 50000 litros) - (GNADLINGER

2000)

39

Figura 4 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

Figura 5 - Reservatoacuterios

Fonte httpwwwlatinamericanstudiesorguxmal-chultunhtm

O desaparecimento do uso de SAAP na peniacutensula de Yucatan deveu-se aos

colonizadores espanhoacuteis por ocasiatildeo da invasatildeo espanhola seacuteculo XVI quando foram

introduzidos novos sistemas de agricultura e meacutetodos de construccedilatildeo europeia

40

diferentes da cultura local Tendo acontecido o mesmo na Iacutendia com o sistema colonial

britacircnico que gerou colapso nos SAAP centenaacuterios (GNADLINGER 2000)

O Japatildeo promove diversos estudos e pesquisas na aacuterea de SAAP Em Toacutequio

a regulamentos para que os terrenos de aacutereas superiores a 10000m2 e os edifiacutecios

com mais de 3000m2utilizem o SAAP Os edifiacutecios com uma aacuterea superior a 30000m2

e que tenham consumo na ordem de 100m3dia de aacutegua para fins natildeo potaacuteveisaleacutem

da utilizaccedilatildeo de SAAP satildeo obrigados a tratar as aacuteguas cinzas(TOMAZ 2009)

No planalto de Loess norte da china tem elevada escassez de aacuteguas

subterracircneas e baixa precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica diante destes fatos o governo local

da Proviacutencia de Gansu colocou em praacutetica desde 1997 um projeto de captaccedilatildeo de

aacutegua da chuva denominado121uml que consiste em auxiliar cada famiacutelia a construir uma

(1) aacuterea de captaccedilatildeo de aacutegua dois (2) reservatoacuterios de armazenamento de aacutegua e um

(1) lote para plantaccedilatildeo de culturas comercializaacuteveis Solucionando o problema de

aacutegua potaacutevel a cerca de 13 milhotildees de pessoas (260000 famiacutelias) (JIANG et al

2013)

221 Aspectos histoacutericos da captaccedilatildeo das aacuteguas pluviais no Brasil

O aproveitamento da aacutegua das chuvas natildeo eacute uma inovaccedilatildeo dos dias de hoje

O primeiro relato do uso da aacutegua da chuva que se tem conhecimento em nosso paiacutes

segundo Hagemann (2009) eacute de um sistema construiacutedo na Ilha de Fernando de

Noronha pelo exeacutercito norte-americano em 1943

Hagemann (2009) afirma que a utilizaccedilatildeo de aacuteguas pluviais tem sido praticada

em maior escala principalmente na regiatildeo Nordeste em decorrecircncia do problema de

escassez hiacutedrica caracteriacutestica da regiatildeo Teve iniacutecio em julho de 2003 o Programa

de Formaccedilatildeo e Mobilizaccedilatildeo Social para a Convivecircncia com o Semiaacuterido um Milhatildeo

de Cisternas Rurais (P1MC) visando beneficiar aproximadamente 5 milhotildees de

pessoas na regiatildeo semiaacuterida com aacutegua potaacutevel por meio da construccedilatildeo de cisternas

(Figura 6)

41

Figura 6 - Esquema de cisterna implementada na zona rural

Fonte Annencchini 2005

A seguir a figura 7 apresenta um modelo mais simples para casas populares

podendo atender quase 100 da aacutegua de um lar (CUNHA et al 2011)

Figura 7 - Projeto experimental para casas populares voltado para captaccedilatildeo de aacutegua da chuva

Fonte wwwportalsaofranciscocombr 2016

42

23 Utilizaccedilotildees da aacutegua coletada e o seu consumo

A aacutegua da chuva pode ser usada de diferentes maneiras como jaacute mencionado

descarga de sanitaacuterios limpeza de vasos sanitaacuterios e mictoacuterios lavagem de roupas

lavagem de pavimentos e veiacuteculos rega de jardins irrigaccedilatildeo de parques escolas

praccedilas estacionamentos condomiacutenios usos industriais e preacutedios comerciais

(climatizaccedilatildeo resfriamento de maacutequinas lavagem industrial de roupas lavagem de

veiacuteculos como carros ocircnibus e caminhotildees limpeza industrial redes de incecircndio)

(GOLDENFUM 2006 RODRIGUES 2010 OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

Segundo Krishna (2003) existem diversas vantagens e benefiacutecios da aacutegua da

chuva a aacutegua eacute gratuita o uacutenico custo eacute para coleta e uso o uso final da aacutegua colhida

eacute localizado perto da fonte eliminando a necessidade de sistemas de distribuiccedilatildeo

dispendiosos eacute isenta de soacutedio eacute superior para a irrigaccedilatildeo da paisagem a coleta

reduz o fluxo para drenagens de aacuteguas pluviais e tambeacutem reduz poluiccedilatildeo da fonte natildeo

pontual aleacutem de ajudar nos serviccedilos puacuteblicos com a reduccedilatildeo da demanda no veratildeo

e economizando a utilizaccedilatildeo da aacutegua existente resultabdo assim tambeacutem na

reduccedilatildeo das contas de serviccedilos puacuteblicos dos consumidores

Segundo o Texas Guide to Rainwater Harvestingrdquo [1997] a aacutegua da chuva eacute

a aacutegua natural mais macia com dureza zero para todos os fins praacuteticos Quase natildeo

apresentam minerais nem sais dissolvidos e a sua qualidade eacute proacutexima da qualidade

da aacutegua destilada

Iwanami (1985) descreve a importacircncia de fazer o planejamento da utilizaccedilatildeo

do sistema de aproveitamento de aacutegua de chuva para verificar a quantidade de aacutegua

que poderaacute ser coletada e armazenada e verificar a necessidade de tratamento da

aacutegua de chuva Certamente eacute preciso que a aacutegua coletada seja devidamente

armazenada filtrada tratada e que garanta uma qualidade compatiacutevel com os usos

previstos

A aacutegua da chuva obtida por meio de processos sem qualquer desinfecccedilatildeo ou

filtragem complexa natildeo serve normalmente para consumo humano eacute considerada

como aacutegua de segunda qualidade Este tipo de aacutegua deve ser empregado em algumas

tarefas domeacutesticas jaacute exemplificadas anteriormente Rodrigues (2010) afirma que em

meacutedia um indiviacuteduo utiliza o vaso sanitaacuterio entre sete e oito vezes por dia das quais

aproximadamente seis vezes para urinar e as demais para defecar se em cada

43

descarga forem usados dez litros verifica-se que ao fim de um dia um indiviacuteduo gastou

entre setenta e oitenta litros de aacutegua

O uso eficiente da aacutegua implica que natildeo haja desperdiacutecios quer por motivos

ambientais quer por motivos econocircmicos jaacute que a aacutegua desperdiccedilada envolve gastos

desnecessaacuterios Nos campos por exemplo as plantas satildeo organizadas e distribuiacutedas

conforme suas necessidades de aacutegua que segundo essa loacutegica os sistemas de rega

deveriam ser organizados de acordo com as necessidades das plantas isto eacute as

plantas com distintas necessidades satildeo regadas de modo separado podendo tomar

como exemplo a grama que deve ser regada separadamente dos arbustos e flores

Sabe-se que a rega eacute muito importante para o desenvolvimento das vegetaccedilotildees e eacute

usada quando o niacutevel de umidade no solo eacute insatisfatoacuterio (RODRIGUES 2010)

No entendimento de Rodrigues (2010) independente das intervenccedilotildees

excepcionais de reparaccedilatildeo e na falta de condiccedilotildees que sugerem intervenccedilotildees em

periacuteodos mais curtos a manutenccedilatildeo dos sistemas de aproveitamento de aacuteguas

pluviais deve ser realizada em conformidade com as frequecircncias miacutenimas

24 O Reuso De Aacuteguas

241- Aacuteguas Residuaacuterias

Na visatildeo de Asano et al (2007) a aacutegua recuperada eacute definida como um

efluente convenientemente tratado numa Estaccedilatildeo de Tratamento para uma

determinada reutilizaccedilatildeo da aacutegua pretendida Aleacutem disso a reutilizaccedilatildeo da aacutegua

diretamente requer a existecircncia de um sistema de bombeamento ou de outras

facilidades de transporte para o fornecimento da aacutegua

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do Conselho Nacional de Recursos Hiacutedricos

(CNRH) dispotildee que o reuso da aacutegua constitui-se de racionalizaccedilatildeo e de conservaccedilatildeo

de recursos hiacutedricos de acordo com os princiacutepios determinados na Agenda 21 Esta

praacutetica diminui a descarga de poluentes em corpos receptores conservando os

recursos hiacutedricos para o abastecimento puacuteblico e outros usos mais exigentes

relacionados agrave qualidade diminui os custos associados agrave poluiccedilatildeo e ajuda na proteccedilatildeo

do meio ambiente e da sauacutede puacuteblica (BRASIL 2005)

A Resoluccedilatildeo nordm 54 de 28112005 do CNRH em seu art 2ordm traz as seguintes

definiccedilotildees sobre o reuso da aacutegua e a aacutegua residuaacuteria

44

I - aacutegua residuaacuteria esgoto aacutegua descartada efluentes liacutequidos de edificaccedilotildees

induacutestrias agroinduacutestrias e agropecuaacuteria tratados ou natildeo

II - reuso de aacutegua utilizaccedilatildeo de aacutegua residuaacuteria

III - aacutegua de reuso aacutegua residuaacuteria que se encontra dentro dos padrotildees

exigidos para sua utilizaccedilatildeo nas modalidades pretendidas

IV - reuso direto de aacutegua uso planejado de aacutegua de reuso conduzida ao local

de utilizaccedilatildeo sem lanccedilamento ou diluiccedilatildeo preacutevia em corpos hiacutedricos

superficiais ou subterracircneos

V - produtor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que produz aacutegua de reuso

VI - distribuidor de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico

ou privado que distribui aacutegua de reuso e

VII - usuaacuterio de aacutegua de reuso pessoa fiacutesica ou juriacutedica de direito puacuteblico ou

privado que utiliza aacutegua de reuso (BRASIL 2005)

O reuso eacute definido por Cunha et al (2011) como o uso de aacutegua residuaacuteria ou

aacutegua de qualidade inferior tratada ou natildeo Para Blum (2007) as aacuteguas residuais ou

residuaacuterias satildeo todos os tipos de aacuteguas descartadas resultantes da utilizaccedilatildeo de

vaacuterios processos Como exemplos podem ser citados aacuteguas residuais domeacutesticas

provenientes de banhos cozinhas lavagens de pavimentos domeacutesticos aacuteguas de

infiltraccedilatildeo resultante das infiltraccedilotildees nos coletores de aacutegua existentes nos terrenos ou

de tubulaccedilotildees puacuteblicas entre outros

Muitas pessoas querem aumentar a reutilizaccedilatildeo de aacutegua em seus

empreendimentos como parte de uma mudanccedila geral para o desenvolvimento

sustentaacutevel da terra e gestatildeo de aacutegua Mas Carvalho et al (2014) Marccedilo p 3164 -

3171 3170 haacute poucas informaccedilotildees sobre a aacutegua reutilizada e tecnologias que possam

ser adotadas para cada situaccedilatildeo (HOLT e JAMES 2006)

Filho e Mancuso (2013) entendem o reuso da aacutegua como sendo uma

tecnologia desenvolvida em menor ou maior escala depende da finalidade ao qual se

destina a aacutegua e de como a aacutegua foi usada anteriormente

Hespanhol (2002) enfatiza que a aacutegua eacute um recurso renovaacutevel que quando

reciclada por meio de sistemas naturais torna-se um recurso limpo e seguro pode ter

sua qualidade comprometida devido agrave accedilatildeo antroacutepica Uma vez poluiacuteda a aacutegua pode

ser recuperada e reusada para diversas finalidades A qualidade da aacutegua usada e o

propoacutesito do reuso determinam os niacuteveis de tratamento recomendados os criteacuterios de

45

seguranccedila a serem adotados e os custos associados As possibilidades e formas

potenciais de reuso dependeratildeo de caracteriacutesticas condiccedilotildees e fatores locais

Nessa mesma corrente Cunha et al (2011) sinalizam que um aspecto

relevante para o desenvolvimento de qualquer atividade humana eacute a disponibilidade

de aacutegua em quantidade e qualidade Em situaccedilotildees de escassez emerge a

necessidade e a possibilidade de substituiccedilatildeo das fontes para abastecimento usando

aacutegua residuaacuteria que apresenta qualidade inferior mas disponibilidade assegurada

OIiveira e Inata (2011) comentam que em regiotildees tropicais o uso dos

aparelhos de ar condicionado para conforto teacutermico propicia a geraccedilatildeo de aacutegua que

resulta da condensaccedilatildeo e na maioria das vezes eacute desperdiccedilada no solo ou drenadas

para galerias pluviais Assim o aproveitamento desta aacutegua dependeraacute da coleta

eficiente de cada sistema de drenagem dos aparelhos que podem ser voltados para

um sistema de coleta e armazenamento A aacutegua de aproveitamento dos aparelhos de

ar condicionado pode ser usada na lavagem de pisos regas de jardins entre outros

Rodrigues (2005) e Goldenfum (2006) classificam o reuso da aacutegua quanto ao

meacutetodo e quanto ao uso final

Quanto ao meacutetodo a reutilizaccedilatildeo da aacutegua pode ser direta ou indireta que

resultam de accedilotildees planejadas ou natildeo O reuso indireto natildeo planejado ocorre quando

a aacutegua servida eacute descarregada no meio ambiente ficando exposta agraves accedilotildees naturais

do ciclo hidroloacutegico (diluiccedilatildeo autodepuraccedilatildeo) e reutilizada a jusante de modo natildeo

intencional e natildeo controlada Em relaccedilatildeo ao reuso indireto planejado ocorre quando

os efluentes depois de tratados satildeo descarregados de maneira planejada nos corpos

drsquoaacutegua para serem usados a jusante de forma controlada (RODRIGUES 2005

GOLDENFUM 2006)

O reuso direto planejado ocorre quando os efluentes depois de tratados satildeo

levados diretamente ao local de reuso (geralmente induacutestria ou irrigaccedilatildeo) O reuso

direto natildeo planejado ocorre quando a aacutegua servida eacute descarregada sem nenhum tipo

de tratamento sendo reaproveitada diretamente no seu ponto de descarga (situaccedilotildees

irregulares pois natildeo tem controle algum sobre os paracircmetros de qualidade)

(GOLDENFUM 2006)

Goldenfum (2006) ressalta que normalmente natildeo eacute possiacutevel reutilizar uma

aacutegua residuaacuteria completa ou indefinidamente O reuso de um efluente tratado atraveacutes

de meacutetodos diretos ou indiretos eacute um meio de disposiccedilatildeo que complementa outros

existentes A quantidade de efluente que se pode reutilizar vai depender da

46

disponibilidade e o custo da aacutegua doce custos de transporte e tratamento diretrizes

sobre a qualidade da aacutegua e o potencial de reuso da aacutegua residuaacuteria

Quanto ao uso final as aacuteguas podem ser aproveitadas de diversas formas e

os tipos de reuso satildeo classificados em urbano industrial agriacutecola ambiental e recarga

de aquiacutefero (HESPANHOL 2002 GOLDENFUM 2006)

Os tipos baacutesicos de usos potenciais de esgotos tratados segundo Hespanhol

(2002) podem ser implantados tanto em aacutereas urbanas como aacutereas rurais e satildeo

ilustrados pelo esquema da figura 6

Figura 8 - Formas potenciais de reuso da aacutegua

Fonte Hespanhol 2002

242 Aacuteguas Cinzentas

As aacuteguas cinzentas satildeo as aacuteguas residuais domeacutesticas oriundas de enxaacutegue

de maacutequina de lavar aacutegua de chuveiro e outros Para Blum (2007) eacute importante

quando se projeta um sistema de reuso de aacuteguas cinzentas o dimensionamento dos

reservatoacuterios Deve-se ter em conta o volume que seraacute usado nas descargas de

47

sanitaacuterios ateacute no maacuteximo 48 horas para evitar estocagem por muito tempo pois

ocasionaraacute odores desagradaacuteveis

Nos sistemas de reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas de acordo com Boehm e

Oliveira (2015) deve-se levar em consideraccedilatildeo o comprometimento de todos os

usuaacuterios sendo que o volume e a concentraccedilatildeo de contaminantes podem variar

depende do tipo de edificaccedilatildeo da localidade do niacutevel de ocupaccedilatildeo da residecircncia da

faixa etaacuteria do estilo de vida da classe social da cultura e dos costumes dos

residentes

Neves e Afonso (2010) entendem que as aacuteguas cinzentas satildeo aacuteguas residuais

domeacutesticas sem aacuteguas fecais provenientes geralmente de banheiros duchas

lavatoacuterios lavagem de roupas e cozinha

No reuso dessas aacuteguas que podem ser usadas com ou sem tratamento

dependeraacute da qualidade exigiacutevel para os usos O sistema predial de reciclagem de

aacuteguas cinzentas propicia o tratamento das mesmas e a sua reentrada no ciclo do

preacutedio O uso mais frequente eacute na limpeza de bacias de retrete (NEVES e AFONSO

2010)

25 Formas de Reuso de Aacuteguas

251 Reuso Urbano

Com base nas diretrizes relacionadas ao reuso da aacutegua emitida pela Agecircncia

de Proteccedilatildeo ao Meio Ambiente dos Estados Unidos (United States Environmental

Protection Agency (US EPA) eacute apresentado muitas opccedilotildees para o reuso urbano natildeo

potaacutevel em que se destacam irrigaccedilatildeo de parques e jardins puacuteblicos centros

esportivos campos de futebol gramados aacutervores e arbustos decorativos ao longo de

ruas e rodovias aacutereas ajardinadas ao redor de edifiacutecios puacuteblicos residenciais e

industriais reserva de proteccedilatildeo contra incecircndios sistemas decorativos aquaacuteticos

como fontes chafarizes espelhos e quedas drsquoaacutegua descarga sanitaacuteria lavagem de

veiacuteculos (GOLDENFUM 2006)

Deve-se enfatizar que o uso que requer aacutegua de qualidade elevada podeter

custos incompatiacuteveis com as vantagens devido ao baixo custo da aacutegua para os

usuaacuterios urbanos Dessa forma o reuso urbano com finalidade potaacutevel eacute tida como

uma alternativa dispendiosa e riscos muito altos tornando-o praticamente inviaacutevel

48

Enquanto para finalidades natildeo potaacuteveis envolve riscos menores e eacute considerada

como uma boa opccedilatildeo para o reuso urbano (GOLDENFUM 2006)

252 Reuso industrial

O reuso industrial pode ser utilizado na produccedilatildeo de aacutegua para caldeiras em

sistemas de resfriamento como por exemplo aacutegua de reposiccedilatildeo em lavadores de

gases e aacutegua de processos (CETESB 2014) No mundo as usinas de geraccedilatildeo de

energia refinarias de petroacuteleo unidades quiacutemicas e metaluacutergicas se beneficiam do

reuso de aacutegua tanto para resfriamento quanto para processos industriais

(GOLDENFUM 2006)

253 Reuso agriacutecola

Em conformidade com o Centro Internacional de Referecircncia em Reuso de Aacutegua

(CIRRA 2014) entidade vinculada agrave Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo

(USP) os efluentes devidamente tratados podem ser utilizados na agricultura para

aplicaccedilatildeo em culturas de alimentos natildeo processados comercialmente (irrigaccedilatildeo

superficial de qualquer cultura alimentiacutecia) culturas de alimentos processados

comercialmente (irrigaccedilatildeo de pomares e vinhas) culturas natildeo alimentiacutecias (pastos

forragens fibras e gratildeos) dessedentaccedilatildeo de animais

254 Reuso no meio ambiente

O reuso no meio ambiente engloba aplicaccedilotildees em wetlands habitats naturais

aumento do fluxo de aacutegua estabelecimentos recreacionais contato acidental (pesca

e canoagem) e contato integral com a aacutegua autorizado represas e lagos lagoas

esteacuteticas em que o contato com o puacuteblico natildeo eacute autorizado (CIRRA 2014)

26 A Praacutetica de Recarga de Aquiacuteferos

A recarga artificial de aquiacuteferos com efluentes tratados pode ser usada para

fins diversos englobando o aumento de disponibilidade e armazenamento de aacutegua

controle de salinizaccedilatildeo em aquiacuteferos costeiros controle de subsidecircncia de solos Cirra

(2014) Esta praacutetica pode ser importante para alguns municiacutepios abastecidos por

49

aacutegua subterracircnea onde a recarga natural de aquiacuteferos vem sendo diminuiacutedas em

funccedilatildeo do aumento de aacutereas impermeabilizadas

Hespanhol (2002) comenta que eacute realizada de modo inadequado a retirada das

aacuteguas dos lenccediloacuteis subterracircneos para consumo o que compromete a disponibilidade

hiacutedrica O uso de esgotos tratados para evitar ou diminuir tais efeitos eacute uma

possibilidade

27 O Armazenamento de Aguaacutes

Em aacutereas para captaccedilatildeo de aacutegua de chuva comumente utiliza-se materiais

como telhas galvanizadas pintadas ou esmaltadas com tintas natildeo toacutexicas superfiacutecies

de concreto ceracircmicas policarbonato e fibra de vidro As calhas tambeacutem devem ser

fabricadas com materiais inertes como PVC ou outros tipos de plaacutesticos evitando

assim que partiacuteculas toacutexicas provenientes destes dispositivos venham a ser levadas

para os tanques de armazenagem (MACOMBER 2001)

Segundo Brown et al (2005) o volume do primeiro fluxo de aacutegua de chuva a

ser descartado varia conforme a quantidade de poeira acumulada na superfiacutecie do

telhado que eacute uma funccedilatildeo do nuacutemero de dias secos da quantidade e tipo de resiacuteduos

e da estaccedilatildeo do ano Outras variaacuteveis a serem consideradas satildeo a inclinaccedilatildeo e as

superfiacutecies dos telhados a intensidade das chuvas e o periacuteodo de tempo que ocorrem

Aleacutem disso salienta-se que natildeo haacute nenhum caacutelculo exato para definir o volume inicial

de aacutegua pluvial que necessita ser desviado devido agraves muitas variaacuteveis que

determinam a eficaacutecia da lavagem das aacutereas de captaccedilatildeo

Jaacute o reservatoacuterio eacute um dos componentes mais relevantes do SAAP eacute um fator

que influencia na qualidade da aacutegua e tambeacutem elemento mais caro do investimento

ou fator de otimizaccedilatildeo da aacutegua disponiacutevel versus necessidades de abastecimento

(RODRIGUES 2010)

O reservatoacuterio de armazenamento tem a funccedilatildeo de reter e acumular a aacutegua

coletada pelo telhado que eacute levada pelo sistema atraveacutes da calha para filtragem e

armazenada em cisternas ou caixas drsquoaacutegua ficando armazenada ao abrigo da luz e

do calor e eacute bombeada para uma caixa drsquoaacutegua superior que pode abastecer o

banheiro a lavanderia e outros ambientes (OLIVEIRA CHRISTMANN e PIEREZAN

2014)

50

May (2009) acredita que para o sistema ser viaacutevel vai depender de trecircs

elementos precipitaccedilatildeo aacuterea de coleta e demanda O reservatoacuterio de aacutegua da chuva

por ser o componente mais caro do sistema deve ser projetado em conformidade com

as necessidades do usuaacuterio e com a disponibilidade pluviomeacutetrica local para

dimensionaacute-lo adequadamente sem inviabilizar o sistema Com base nos resultados

das anaacutelises realizadas e no uso do sistema de coleta e aproveitamento de aacutegua da

chuva a utilizaccedilatildeo para fins natildeo potaacuteveis deve ser estimulada A figura 9 ilustra o

processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Para Boehm e Oliveira (2015) antes da implantaccedilatildeo de um sistema de

reaproveitamento de aacuteguas pluviais devem ser verificadas as condiccedilotildees do local de

instalaccedilotildees e quais os tipos de elementos podem interferir na qualidade da aacutegua

captada

Segundo Macomber (2001) o escoamento de aacutegua natildeo deve entrar em

campos seacutepticos de drenagem do sistema e qualquer tanque o excesso e a drenagem

devem ser roteados de modo que natildeo afetar a base dos tanques ou de quaisquer

outras estruturas

A cisterna pode ser apoiada semi-apoiada enterrada ou elevada e ser

construiacuteda com vaacuterios tipos de materiais como concreto armado blocos de concreto

alvenaria de tijolos plaacutestico polieacutester polietileno accedilo entre outros (OLIVEIRA

CHRISTMANN e PIEREZAN 2014)

51

Figura 9 - Processo de captaccedilatildeo da aacutegua da chuva

Fonte wwwrhasaambientalcombr 2013

Dentre os conceitos da NORMA 155272007 podemos citar

aacutegua de chuva aacutegua resultante de precipitaccedilotildees atmosfeacutericas coletadas

em coberturas telhados onde natildeo haja circulaccedilatildeo de pessoas veiacuteculos e

animais

aacutegua natildeo potaacutevel aacutegua que natildeo atende agrave Portaria nordm 518 do Ministeacuterio da

Sauacutede

aacuterea de captaccedilatildeo aacuterea em metros quadrados projetada na horizontal da

superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde a aacutegua eacute captada

coeficiente de escoamento superficial coeficiente de runnoff que

representa a relaccedilatildeo entre o volume total de escoamento superficial e ao

volume total precipitado variando conforme a superfiacutecie

conexatildeo cruzada qualquer ligaccedilatildeo fiacutesica atraveacutes de peccedila dispositivo ou

outro arranjo que conecte duas tubulaccedilotildees das quais um conduz aacutegua

potaacutevel e a outra aacutegua de qualidade desconhecida ou natildeo potaacutevel

demanda consumo meacutedio (mensal ou diaacuterio) a ser atendido para fins natildeo

potaacuteveis

escoamento inicial aacutegua suficiente da aacuterea de captaccedilatildeo suficiente para

carregar a poeira fuligem folhas galhos e detritos

52

suprimento fonte alternativa de aacutegua para complementar o reservatoacuterio

de aacutegua de chuva

Tabela 1 - Paracircmetros de qualidade de aacuteguas pluviais para usos restritivos natildeo potaacuteveis

Paracircmetro

Anaacutelise Faixa

Coliformes totais Semanal Ausecircncia em 100mL

Coliformes termotolerantes Semanal Ausecircncia em 100mL

Cloro residual livre Mensal 05 a 30 mgL

Turbidez Mensal lt20uT para menos

restritivos lt50 uT lt15 uH

Cor aparente (caso natildeo seja

utilizado nenhum corante ou

antes da sua utilizaccedilatildeo)

Mensal

Deve prever ajuste do pH para

proteccedilatildeo das redes de distribuiccedilatildeo

caso necessaacuterio

Mensal pH de 60 a 8p no caso

de tubulaccedilatildeo de accedilo

carbono ou galvanizado

Fonte ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas NBR 155252007

Com relaccedilatildeo agrave manutenccedilatildeo do sistema de coleta e aproveitamento de aacuteguas

pluviais de acordo com o Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva

do FNDE

Quadro 3 - Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Componente

Frequecircncia de manutenccedilatildeo

Cobertura e telhados Miacutenimo 3 vezes ao ano

Calhas condutores verticais e horizontais Miacutenimo 3 vezes ao ano

Filtro removedor de detritos A cada 3 meses

Reservatoacuterio inferior ndash enterrado A cada 2 anos

Filtro flutuante Mensalmente

Bombas Mensalmente

Filtro cartucho Semestralmente

Clorador Mensalmente

Reservatoacuterio superior ndash intermediaacuterio Limpeza e desinfecccedilatildeo anual

Fonte Manual de manutenccedilatildeo do aproveitamento de aacutegua de chuva FNDE

53

As inspeccedilotildees podem ser feitas pelos utilizadores poreacutem as manutenccedilotildees dos

sistemas de bombas e tratamento devem ser feitas por teacutecnicos especializados

Quando satildeo utilizados nas operaccedilotildees de higienizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo produtos nocivos

para os humanos ou para o ambiente devem ser adotadas medidas que impeccedilam o

lanccedilamento dos efluentes resultantes destas operaccedilotildees no ciclo pluvial natural ou na

rede de drenagem de aacuteguas residuais com a necessaacuteria checagem de compatibilidade

com os componentes naturais canalizaccedilotildees e dispositivos de tratamento a jusante

realizando preacute-tratamento quando necessaacuterio (RODRIGUES 2010)

Eacute importante destacar o conjunto de normas que fornecem os requisitos para o

aproveitamento de aacutegua de chuva de coberturas em aacutereas urbanas para fins natildeo

potaacuteveis

NBR 56261998 Instalaccedilatildeo predial de aacutegua fria que tem exigecircncias e

recomendaccedilotildees para o projeto assim como sua execuccedilatildeo e

manutenccedilatildeo da rede

NBR 108441989 Instalaccedilatildeo prediais de aacuteguas pluviais que tem o

caacutelculo de aacuterea de contribuiccedilatildeo e caacutelculo de condutores horizontais e

verticais e de calhas

ABNT NBR 122131992 Projeto de captaccedilatildeo de aacutegua de superfiacutecie para

abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122141992 Projeto de sistema de bombeamento de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

ABNT NBR 122171994 Projeto de reservatoacuterio de distribuiccedilatildeo de aacutegua

para abastecimento puacuteblico

A RESOLUCcedilAtildeO CONAMA Nordm 20 de 18 de junho de 1986 publicada no DOU

de 300786 foi estabelecida a classificaccedilatildeo das aacuteguas doces salobras e salinas do

Territoacuterio Nacional Na Classe 2 estatildeo incluiacutedas as aacuteguas destinadas ao

abastecimento domeacutestico apoacutes tratamento convencional agrave proteccedilatildeo das

comunidades aquaacuteticas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio (esqui aquaacutetico nataccedilatildeo e

mergulho) agrave irrigaccedilatildeo de hortaliccedilas e plantas frutiacuteferas agrave criaccedilatildeo natural eou

intensiva (aquicultura) de espeacutecies destinadas agrave alimentaccedilatildeo humana

Para as aacuteguas de Classe 2 satildeo estabelecidos os mesmos limites ou condiccedilotildees

da Classe 1 agrave exceccedilatildeo dos seguintes

54

i Natildeo seraacute permitida a presenccedila de corantes artificiais que natildeo sejam

removiacuteveis por processo de coagulaccedilatildeo sedimentaccedilatildeo e filtraccedilatildeo

convencional

ii Coliformes para uso de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio deveraacute ser

obedecido o Art 26 desta Resoluccedilatildeo Para os demais usos natildeo deveraacute ser

excedido um limite de 1000 coliformes fecais por 100 mililitros em 80 ou

mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em qualquer mecircs no

caso de natildeo haver na regiatildeo meios disponiacuteveis para o exame de

coliformes fecais o iacutendice limite seraacute de ateacute 5000 coliformes totais por 100

mililitros em 80 ou mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em

qualquer mecircs

iii Cor ateacute 75 mg Ptl

iv Turbidez ateacute 100 UNT

v DBO5 dias a 20degC ateacute 5 mgl O2

vi OD em qualquer amostra natildeo inferior a 5 mgl O2

No art 26 (Balneabilidade) - As aacuteguas doces salobras e salinas destinadas a

balneabilidade (recreaccedilatildeo de contato primaacuterio) seratildeo enquadradas e teratildeo sua

condiccedilatildeo avaliada nas categorias EXCELENTE MUITO BOA SATISFATOcircRIA e

IMPROacutePRIA da seguinte forma

1) EXCELENTE (3 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 250 coliformes fecais por l00 mililitros ou 1250

coliformes totais por 100 mililitros

2) MUITO BOA (2 estrelas) Quando em 80 ou mais de um conjunto de amostras

obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo local

houver no maacuteximo 500 coliformes fecais por 100 mililitros ou 2500 coliformes

totais por 100 mililitros

3) SATISFATOacuteRIA (1 estrela) Quando em 80 ou mais de um conjunto de

amostras obtidas em cada uma das 5 semanas anteriores colhidas no mesmo

local houver no maacuteximo 1000 coliformes fecais por 100 mililitros ou 5000

coliformes totais por 100 mililitros

55

4) IMPROacutePRIA Natildeo atendimento aos criteacuterios estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Os mais recentes padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo

de contato primaacuterio estatildeo definidos na resoluccedilatildeo CONAMA 2742000 como

demonstrado na Tabela 2que jaacute inclui Enterococos Ecoli

Segundo Jordatildeo amp Pessoa (2014) o desenvolvimento dos padrotildees para banho

ou para aacuteguas de recreaccedilatildeo de contato primaacuterio tem evoluiacutedo com loacutegica Primeiro

foram adotados paracircmetros relativos a melhor tecnologia de controle disponiacutevel que

entretanto natildeo representavam o risco de contrair enfermidades devido a presenccedila de

poluentes Foi o caso dos Coliformes totais Depois considerou-se a relaccedilatildeo entre o

risco possiacutevel ou detectaacutevel e presenccedila de poluentes Neste caso os Coliformes fecais

eram mais representativos

Uma terceira etapa foi a identificaccedilatildeo de risco aceitaacutevel para o qual deveria

existir uma quantidade de dados epidemioloacutegicos correspondendo a mediccedilotildees de

qualidade do corpo drsquoaacutegua Os estudos indicaram que Enterococos eram os mais

representativos seguidos por Ecoli e por uacuteltimo coliformes totais(Desinfecccedilatildeo de

efluentes sanitaacuterios) Sendo assim os Enterococos atualmente representam o melhor

indicador entre os analisados sem que se deva considerar erro o controle por outros

organismos

Tabela 2 - Padrotildees microbioloacutegicos para aacuteguas destinadas agrave recreaccedilatildeo de contato primaacuterio

Balneabilidade-

categoria

Qualidade

Padrotildees para o corpo daacutegua

Proacutepria Excelente Maacuteximo de 250 CF100ml ou

200EC100ml ou 25 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Muito boa Maacuteximo de 500 CF100ml ou

400EC100ml ou 50 Enterococos100ml

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Proacutepria Satisfatoacuteria Maacuteximo de 1000 CF100ml ou

800EC100ml ou 100 Enterococos100ml

56

em 80 ou mais das amostras das cinco

semanas anteriores

Improacutepria Natildeo atendimento aos criteacuterios

estabelecidos para as aacuteguas

proacuteprias

Incidecircncia elevada ou anormal

de enfermidades transmissiacuteveis

por via hiacutedrica Valor obtido na

uacuteltima amostragem for superior a

2500CF100ml ou 2000

EC100ml ou 400

enterococos100ml Presenccedila de

resiacuteduos ou despejos pHlt6ou

gt9 Floraccedilatildeo de algas outros

fatores que contra -indiquem o

contato primaacuterio

Fonte- CONAMA 2742000

28 Legislaccedilatildeo Sobre o Uso de Aacuteguas

ASPECTOS LEGAIS PARA O USO DE AacuteGUAS

Em 1973 o decreto federal nordm 24643 conhecido como o Coacutedigo das Aacuteguas

consubstanciou a base da legislaccedilatildeo voltada para a temaacutetica aacutegua O instrumento

legisla inclusive sobre o conceito de aacuteguas pluviais e acerca do direito de uso

atribuindo ao dono do preacutedio onde caiacuterem diretamente sua propriedade No seu artigo

118 chega ateacute mesmo a comentar superficialmente sobre a construccedilatildeo de

reservatoacuterios para aproveitamento da aacutegua da chuva em aacutereas puacuteblicas

Em termos de poliacutetica ambiental voltada aos recursos hiacutedricos destaca-se a

promulgaccedilatildeo da lei 9433 que em 1997 instituiu a Poliacutetica Nacional de Recursos

Hiacutedricos ndash PNRH criando o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos Conhecida como Lei das Aacuteguas o normativo fornece instrumentos que

possibilitam a melhoria da gestatildeo sistemaacutetica do recurso

57

A captaccedilatildeo de aacutegua de chuva tem uma relaccedilatildeo indireta com os objetivos dessa Poliacutetica jaacute que estimula o uso racional e ao mesmo tempo previne contra os eventos hidroloacutegicos criacuteticos tanto agraves secas devido agrave promoccedilatildeo da reserva quanto agraves inundaccedilotildees devido agrave diminuiccedilatildeo do escoamento superficial A inclusatildeo da captaccedilatildeo de aacutegua de chuva no Plano indica o esforccedilo da poliacutetica de recursos hiacutedricos na busca da transversalidade e no gerenciamento integrado das aacuteguas (SENRA BRONZATTO VENDRUSCOLO 2007)

A Lei nordm 943397 criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hiacutedricos e no art 1ordm disciplina

Art 1ordm A Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos baseia-se nos seguintes

fundamentos

I - a aacutegua eacute um bem de domiacutenio puacuteblico

II - a aacutegua eacute um recurso natural limitado dotado de valor econocircmico

III - em situaccedilotildees de escassez o uso prioritaacuterio dos recursos hiacutedricos eacute o consumo humano e

a dessedentaccedilatildeo de animais

IV - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve sempre proporcionar o uso muacuteltiplo das aacuteguas

V - a bacia hidrograacutefica eacute a unidade territorial para implementaccedilatildeo da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos e atuaccedilatildeo do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos

VI - a gestatildeo dos recursos hiacutedricos deve ser descentralizada e contar com a participaccedilatildeo do

Poder Puacuteblico dos usuaacuterios e das comunidades (BRASIL 1997)

O art 5ordm da Lei nordm 943397 trata dos instrumentos da Poliacutetica Nacional de

Recursos Hiacutedricos

Art 5ordm Satildeo instrumentos da Poliacutetica Nacional de Recursos Hiacutedricos

I - os Planos de Recursos Hiacutedricos

II - o enquadramento dos corpos de aacutegua em classes segundo os usos preponderantes da aacutegua

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hiacutedricos

IV - a cobranccedila pelo uso de recursos hiacutedricos

V - a compensaccedilatildeo a municiacutepios

VI - o Sistema de Informaccedilotildees sobre Recursos Hiacutedricos (BRASIL 1997)

Nacionalmente natildeo haacute um ordenamento juriacutedico que discipline

especificamente sobre o uso das aacuteguas pluviais Como as citadas anteriormente a

lei nordm 114452007 conhecida como lei do Saneamento Baacutesico indiretamente

estabelece alguns criteacuterios para o manejo de aacutegua pluvial Em seu artigo 3ordm define a

drenagem e manejo das aacuteguas pluviais urbanas como

Conjunto de atividades infraestruturas e instalaccedilotildees operacionais de drenagem urbana de aacuteguas pluviais de transporte detenccedilatildeo ou retenccedilatildeo para o amortecimento de vazotildees de cheias tratamento e

58

disposiccedilatildeo final das aacuteguas pluviais drenadas nas aacutereas urbanas (BRASIL 2007)

Seu decreto regulamentador nordm 72172010 admitiu como forma de viabilizar o

manejo da aacutegua da chuva a alimentaccedilatildeo da instalaccedilatildeo hidraacuteulica predial ligada agrave rede

puacuteblica de abastecimento de aacutegua via aproveitamento de aacutegua da chuva desde que

devidamente autorizadas pela autoridade competente

Quanto agraves leis sobre o tema reuso de aacutegua vigentes no Brasil pode-se

destacar a lei 693881 que institui a poliacutetica nacional do meio ambiente que menciona

o incentivo ao estudo e pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a

proteccedilatildeo dos recursos ambientais

No Estado do Rio de Janeiro a Lei Nordm 6034 de 08 de setembro de 2011 dispotildee

sobre a obrigatoriedade dos postos de combustiacuteveis lava-raacutepidos transportadoras e

empresas de ocircnibus urbanos intermunicipais e interestaduais localizados no Estado

do Rio de janeiro a instalarem equipamentos de tratamento e reutilizaccedilatildeo da aacutegua

usada na lavagem de veiacuteculos

Na cidade de Satildeo Paulo por exemplo atraveacutes da Lei nordm 13276 e o Decreto nordm

41814 que regulamenta esta lei determinam-se a obrigatoriedade da execuccedilatildeo de

reservatoacuterio de aacuteguas pluviais coletadas de cobertas e pavimentos nos lotes

construiacutedos ou natildeo que possuem uma aacuterea impermeabilizada superior a 500m2

Trata-se de providecircncias para evitar as inundaccedilotildees urbanas uma vez que incentiva

soluccedilotildees para a infiltraccedilatildeo da aacutegua de chuva no solo e a utilizaccedilatildeo da mesma quando

armazenada para fins natildeo potaacuteveis

DECRETO Nordm 23940 de 30 de Janeiro de 2004 da cidade do Rio de Janeiro

Torna obrigatoacuterio nos casos previstos a adoccedilatildeo de reservatoacuterios que permitam o

retardo do escoamento das aacuteguas pluviais para a rede de drenagem Visando a

necessidade de ajudar a prevenir inundaccedilotildees atraveacutes da retenccedilatildeo temporaacuteria de

aacuteguas pluviais em reservatoacuterios especialmente criados com esta finalidade e

considerando as possibilidades de reaproveitamento de aacuteguas pluviais para usos natildeo

potaacuteveis como lavagem de veiacuteculos e partes comuns jardinagem e outras Sendo

obrigatoacuterio para imoacuteveis com aacuterea de cobertura superior a 50000 m2 e em caso de

novas edificaccedilotildees residecircncias multifamiliares e industriais fica obrigatoacuterio o uso de

aguas pluviais para uso natildeo potaacutevel atendendo as normas sanitaacuterias vigentes ficando

o habite-se ou alvaraacute de obras condicionado ao atendimento ao decreto

59

A Agenda 21 capiacutetulo 18 dedicou importacircncia especial ao reuso de aacutegua

recomendando a implementaccedilatildeo de poliacuteticas de gestatildeo dirigidas para o uso e

reciclagem de efluentes Segundo Hespanhol (2012) embora natildeo haja menccedilatildeo ao

tema lsquoreusorsquo na poliacutetica nacional de recursos hiacutedricos existe uma vontade poliacutetica

direcionada para esta questatildeo Segundo a Conferecircncia Interparlamentar sobre o

desenvolvimento do Meio Ambiente realizada em Brasiacutelia em Dezembro de 1992 no

paraacutegrafo 64B recomenda esforccedilos a niacutevel nacional para institucionalizar a

reciclagem e reuso sempre que possiacutevel promovendo o tratamento e a disposiccedilatildeo de

esgotos de modo a natildeo poluir o meio ambiente

A portaria nordm 23 de 12 de fevereiro de 2015 do Ministro de Estado do

Planejamento Orccedilamento e Gestatildeo estabelece boas praacuteticas de gestatildeo e uso de

Energia Eleacutetrica e de Aacutegua nos oacutergatildeos e entidades da Administraccedilatildeo Puacuteblica Federal

direta autaacuterquica e fundacional e dispotildee sobre o monitoramento de consumo destes

bens e serviccedilos Devendo os oacutergatildeos adotar as providencias necessaacuterias para

implementaccedilatildeo de boas praacuteticas de gestatildeo e inclusive elaborando campanhas de

conscientizaccedilatildeo por meio presencial e eletrocircnico e fornecendo mensalmente o

consumo de energia eleacutetrica e aacutegua por meio do Sistema Projeto Esplanada

Sustentaacutevel

O reuso de aacutegua pode ser classificado em reuso indireto ou direto O reuso

direto eacute aquele onde ocorre a conexatildeo direta dos efluentes de uma estaccedilatildeo de

tratamento de esgotos a uma estaccedilatildeo de tratamento de aacutegua e em seguida ao sistema

de distribuiccedilatildeo O reuso indireto eacute a diluiccedilatildeo do esgoto apoacutes tratamento em um corpo

hiacutedrico no qual apoacutes algum tempo de detenccedilatildeo eacute efetuada a captaccedilatildeo seguida de

tratamento adequado e posterior distribuiccedilatildeo Filho (1987) sugere a seguinte

terminologia para diversas formas de reuso

Reuso indireto natildeo planejado da aacutegua Eacute aquele em que a aacutegua utilizada

em alguma atividade humana eacute descarregada no meio ambiente e

novamente utilizada agrave jusante em sua forma diluiacuteda de maneira natildeo

intencional e natildeo controlada

Reuso indireto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes depois de

tratados satildeo descarregados de forma planejada para serem reutilizados a

jusante

Reuso direto planejado da aacutegua Ocorre quando os efluentes apoacutes

convenientemente tratados satildeo encaminhados diretamente do seu ponto

60

de descarga ateacute o local do reuso sofrendo em seu percurso os tratamentos

necessaacuterios mas natildeo sendo descarregados no meio

Reciclagem de aacutegua Eacute o reuso interno da aacutegua antes da sua descarga

em um sistema geral de tratamento ou outro local de disposiccedilatildeo para servir

como fonte suplementar de abastecimento do uso original Eacute um caso

particular de reuso direto

Segundo jaacute destacava Westerhoff (1984)o reuso de aacutegua eacute classificado em

duas categorias Reuso potaacutevel e Reuso natildeo potaacutevel e esta classificaccedilatildeo foi adotada

pela Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental de Satildeo Paulo e

divulgada nos Cadernos de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental Sendo considerado um

bem econocircmico porque eacute finita e essencial para conservaccedilatildeo da vida e do meio

ambiente consequentemente sua escassez impede o desenvolvimento de diversas

regiotildees na medida em que aleacutem da necessidade humana a aacutegua eacute essencial no

processo produtivo de diversas empresas

Reuso potaacutevel

Direto

Indireto

Reuso natildeo potaacutevel

Para fins agriacutecolas

Para fins industriais

Para fins recreacionais

Para fins domeacutesticos

Para manutenccedilatildeo de vazotildees de cursos drsquoaacutegua

Para aquacultura

Recarga de aquiacuteferos subterracircneos

Pode-se destacar alternativas que vem sendo propostas para racionalizaccedilatildeo

do consumo de aacutegua domiciliar Satildeo elas

Identificaccedilatildeo e eliminaccedilatildeo de vazamentos e perdas

Instalaccedilatildeo de equipamentos hidraacuteulicos sanitaacuterios de baixo consumo e alta

eficiecircncia

Reuso de aacuteguas cinzas

Aperfeiccediloamento dos procedimentos de mediccedilatildeo e cobranccedila

61

Os processos e tratamentos para fins potaacuteveis satildeo complexos e de custo

elevado Desta forma o reuso para fins natildeo potaacuteveis deve ser sempre avaliado

preferencialmente Aparentemente o principal problema decorrente da accedilatildeo de

reutilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzentas com objetivos de economizar aacutegua seria o aumento

do custo decorrente da instalaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de sistemas duplos de distribuiccedilatildeo

O principal destino destas aacuteguas deve ser a utilizaccedilatildeo sanitaacuteria e o uso agriacutecola

(HESPANHOL amp MIERZWA 2011)

Pesquisas sobre a viabilidade econocircmica de projetos de aproveitamento de

aacutegua de chuva indicam que o item preponderante nesta anaacutelise eacute o custo do

reservatoacuterio que varia em funccedilatildeo da sua dimensatildeo A NBR 15527(ABNT 2007)

apresenta 6 metodologias de caacutelculo do volume do reservatoacuterio que resultam em

valores muito discrepantes gerando a necessidade do usuaacuterio decidirem funccedilatildeo das

condiccedilotildees especiacuteficas do projeto qual metodologia seguir A maioria das

aplicaccedilotildeestrabalha com uma demanda fixa visando o consumo em vasos sanitaacuterios

(MORUZZI e OLIVEIRA2010 DORNELLES et al 2010 COUTINHO et al 2011

GHISI e SCHONDERMARK 2013)

Em relaccedilatildeo a NBR 155272007 aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas

em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis fornece as caracteriacutesticas para o reuso de

aacutegua em aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis compreendendo calhas e condutores

instalaccedilotildees prediais qualidade da aacutegua bombeamento manutenccedilatildeo e principalmente

os meacutetodos de caacutelculo de dimensionamento de reservatoacuterios

Os meacutetodos de dimensionamento dispostos nesta norma satildeo

Meacutetodo de Rippl

Meacutetodo de Simulaccedilatildeo

Meacutetodo Azevedo Neto

Meacutetodo praacutetico alematildeo

Meacutetodo praacutetico inglecircs

Meacutetodo praacutetico australiano

62

3 - METODOLOGIA

Conforme Sabbatini (1989) metodologia eacute um ldquoconjunto de preceitos que

estabelece uma orientaccedilatildeo para o direcionamento e conduccedilatildeo de uma dada

investigaccedilatildeordquo tendo esta orientaccedilatildeo dois niacuteveis de doutrina e de estrateacutegia que

geram os princiacutepios de tomada de decisatildeo e permitem a operacionalizaccedilatildeo da

pesquisa que consiste no plano de accedilatildeo

A metodologia para anaacutelise do uso de sistema para aproveitamento de aacutegua

pluvial deve ser entendida como input do processo de pesquisa seus princiacutepios

devem ser balizadores das estrateacutegias adotadas para sua racionalidade

Esta dissertaccedilatildeo objetiva a importacircncia na utilizaccedilatildeo de metodologia e

aplicaccedilatildeo de procedimentos e meacutetodos nas atividades relacionadas ao uso de aacutegua

pluvial em instituiccedilatildeo federal de ensino onde o avanccedilo tecnoloacutegico deve ter como

escopo uma metodologia especiacutefica para seu desenvolvimento

Os atributos e alcance da pesquisa aplicada e de desenvolvimento tecnoloacutegico

constitui a estrutura essencial para obter novos meacutetodos construtivos e modernizaccedilatildeo

de processos e sistemas de uso consolidado e na soluccedilatildeo sistemaacutetica de problemas

Fluxo do processo adotado

O meacutetodo adotado envolve vaacuterias etapas conforme quadro 4 para a validaccedilatildeo

da metodologia de aproveitamento de aacutegua pluvial

Quadro 4- Fluxo do processo

Atividade Procedimentos

Visita teacutecnicas

Foram selecionadas duas tipologias de edificaccedilotildees no sentido de ampliar

o entendimento das teacutecnicas construtivas para a implantaccedilatildeo de

sistema de coleta e uso de aacutegua pluvial

Normas teacutecnicas

NBR 155272007 Aacutegua de chuva ndash aproveitamento de coberturas em

aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis - Requisitos

Precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rioque foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca

63

Fonte Elaborado pelo autor do presente trabalho

31 Estrateacutegia da Pesquisa

A pesquisa em questatildeo tem caraacuteter exploratoacuterio de projeto uacutenico com

abordagem quantitativa por meio de estudo de caso uacutenico que tem como modelo

cientiacutefico a concepccedilatildeo de Robson (2011) o qual disserta sobre os meacutetodos de

pesquisa do mundo real

A estaccedilatildeoestaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm89 67 longitude

43ordm22 67

Reservatoacuterios

detalhes teacutecnicos

construtivos e

controle sanitaacuterio

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo de

dimensionamento onde o volume do reservatoacuterio seraacute o menor valor

entre 6 do volume de captaccedilatildeo de aacutegua pluvial anual e 6 da

demanda anual de aacutegua natildeo potaacutevel

Foi utilizado o meacutetodo da simulaccedilatildeo previsto na NBR 15527 2007

Para ratificar o dimensionamento do reservatoacuterio feito pelo meacutetodo

praacutetico alematildeo

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR

152227 recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgle

30 mgl em qualquer ponto do sistema de abastecimento

Para controle sanitaacuterio foi utilizado Clorador com funcionamento em

circuito fechado com proteccedilatildeo contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo

interno 320 pastilhas variando de 0640 kg com vazatildeo de operaccedilatildeo

lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Equipamentos Verificou-se que equipamentos utilizados em sistema de captaccedilatildeo e uso

de aacutegua pluvial eacute uma tecnologia de fabricantes internacionais com

representantes locais

Demanda de uso

natildeo potaacutevel

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com

base nos dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos

atraveacutes dos questionaacuterios e o nuacutemero de pessoas que efetivamente

utilizam cada aparelho Tambeacutem se utilizaram no caacutelculo do consumo

diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR 56261998

Viabilidade

econocircmica de

implantaccedilatildeo do

sistema

Foi realizada a anaacutelise econocircmica utilizando-se o meacutetodo do payback

simples e descontado considerando taxa mensal de 1 para validaccedilatildeo e

verificaccedilatildeo da viabilidade econocircmica do sistema

64

Adota o presente trabalho a verificaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo exitosas de sistemas de

aproveitamento de aacuteguas pluviais em edificaccedilotildees de diversas tipologias criando um

paracircmetro de anaacutelise e consolidaccedilatildeo de praacuteticas sustentaacuteveis e novas tecnologias

VISITAS REALIZADAS

Estaacutedio do Maracanatilde

Maior estaacutedio sendo sede da Copa do Mundo de Futebol 2014 no rio de

Janeiro Inaugurado em junho de 1950 sendo iniciada a obra de recuperaccedilatildeo e retrofit

no ano de 2010 sendo concluiacuteda em 2013 Sua capacidade de puacuteblico passou de

87101 para 78639 lugares

Realizada a visita as instalaccedilotildees do Estaacutedio do Maracanatilde que recebeu a

certificaccedilatildeo LEED1 (Leadership in Energy and Environmental Design) For New

Construction na categoria Silver versatildeo 30 concedida pela USGBC (United States

Building Concil) conforme fig 10 que reconhece soluccedilotildees de novas tecnologias

sustentaacuteveis utilizadas nas construccedilotildees com o objetivo de reduccedilatildeo de impactos ao

meio ambiente durante a vida uacutetil da edificaccedilatildeo certificaccedilatildeo voltada para construccedilotildees

sustentaacuteveis e ambientalmente eficientes

1 Lideranccedila em Energia e Desig Ambiental eacute um sistema internacional de certificaccedilatildeo e orientaccedilatildeo ambiental para

edificaccedilotildeesUtilizada em 143 paiacuteses a certificaccedilatildeo foi criada em 2000 pela USGreen Building Council (USGBC)

65

Figura 10 -Certificaccedilatildeo em estaacutedios de futebol itens avaliados no canteiro de obra

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Pereira et al (2015)

A alta performance ambiental do maracanatilde apoacutes a implantaccedilatildeo do sistema de

aacuteguas pluviais contribuiu para sua certificaccedilatildeo onde cabe ressaltar que houve reduccedilatildeo

de 7114 do consumo de agua potaacutevel que representa da demanda de bacias e

mictoacuterios como tambeacutem todo o volume de agua necessaacuterio para irrigaccedilatildeo do

gramado e Conforme Pereira et al (2015) a reduccedilatildeo de uso de aacutegua potaacutevel eacute de

50 (cinquenta por cento)

Com o retrofit o estaacutedio do Maracanatilde teve acreacutescimo de 50000m2 na aacuterea de

cobertura construiacuteda em membrana tensionada por cabos de accedilo que permitiu a

viabilidade de implantaccedilatildeo do sistema de captaccedilatildeo acrescida da aacuterea de drenagem

do campo que atende a irrigaccedilatildeo e descargas O estaacutedio no seu sistema de captaccedilatildeo

e reaproveitamento de aacuteguas pluviais conta com reservatoacuterio de 5 milhotildees de litros

volume capaz de suprir as demandas de usos por um periacuteodo de ateacute trecircs meses em

caso de estiagem

66

Leroy Merlin

Empresa de comeacutercio varejista voltada para materiais de construccedilatildeo e

bricolagem desde os anos de 1988 A concepccedilatildeo de seus projetos de lojas passaram

a ser voltada para questotildees de sustentabilidade agrave partir da construccedilatildeo da loja na

cidade de Niteroi inaugurada em 2007 iniciando um ciclo de novas unidades com o

mesmo caraacuteter tendo em um de seus conceitos o aproveitamento de aacuteguas pluviais

A Leroy Merlin foi a primeira empresa agrave receber o selo HQE2 em 2009

empresa situada em Niteroacutei no Estado do Rio de Janeiro na atividade de comeacutercio de

materiais de construccedilatildeo Adotou como meta a certificaccedilatildeo AQUA em funccedilatildeo de sua

adaptabilidade as condiccedilotildees de uso no Brasil avaliando aspectos da gestatildeo

ambiental nas obras de arquitetura

Recebeu a empresa por ocasiatildeo de sua construccedilatildeo recebeu a certificaccedilatildeo

ACQUA-Alta Qualidade Ambiental tendo sido avaliada pela Fundaccedilatildeo Vanzolini

entidade vinculada a USP (Universidade de Satildeo Paulo) tendo atendido as exigecircncias

para a certificaccedilatildeo nas etapas do programa concepccedilatildeo do projeto e realizaccedilatildeo da

obra

Foram utilizados no tratamento daacute aacutegua captada trecircs filtros tipo Vortex WWF

300 com capacidade de filtragem para aacuterea de cobertura de ateacute 3000m2 com potencial

de ateacute 90 da aacutegua precipitada e com retenccedilatildeo de partiacuteculas de 028mmFoi utilizado

reservatoacuterio apresentado na foto abaixo com capacidade de 150000 litros com

extravasor para poccedilos de infiltraccedilatildeo conforme figura 11 em caso de alto iacutendice de

precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica contribuindo para a alimentaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico e

reduzindo a possibilidade de enchentes

2 HQE A primeira certificaccedilatildeo ambiental para edifiacutecios a ser adaptada para a realidade brasileira foi a AQUA (hoje AQUA-

HQE) Com base no selo francecircs Haute Qualiteacute Environnementale professores da Universidade de Satildeo Paulo (USP) criaram a versatildeo brasileira e formaram a instituiccedilatildeo responsaacutevel por ela a Fundaccedilatildeo Vanzolini

67

Figura 11 - Poccedilos de infiltraccedilatildeo

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

Foto da Construccedilatildeo do reservatoacuterio de 150000 litros

Fonte Adaptado pelo autor do presente trabalho de Leroy Merlin 2009

68

32 Unidade de anaacutelise

Esta pesquisa se limita a estudar a viabilidade de uso de aguas pluviais

calculando a demanda de uso natildeo potaacutevel a quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de aacuteguas

residuais provenientes de evaporadoras de ar condicionado com determinaccedilatildeo do

volume do reservatoacuterio e posterior analise de viabilidade econocircmica Yin (2001)

afirma que a unidade de anaacutelise estaacute relacionada com o problema fundamental de

definir o que eacute o ldquocasordquo

Segundo Yin (2001) o estudo de caso representa uma investigaccedilatildeo empiacuterica e

compreende um meacutetodo abrangente com a loacutegica do planejamento da coleta e da

anaacutelise de dados Pode incluir tanto estudos de caso uacutenico quanto de muacuteltiplos assim

como abordagens quantitativas e qualitativas de pesquisa

Aleacutem da coleta de dados por meio dos questionaacuterios outro importante processo

que seraacute usado neste estudo eacute anaacutelise documental considerada como a teacutecnica que

abrange tanto a anaacutelise qualitativa quanto a quantitativa Segundo Gil (2010 p121)

ldquoA consulta a fontes documentais eacute imprescindiacutevel em qualquer estudo de casordquo

Portanto a anaacutelise destes dados torna-se fundamental para que se possa identificar

demanda de consumo de aacutegua natildeo potaacutevel o potencial para aproveitamento de aacuteguas

dos evaporadores de aparelhos de ar condicionado

33 Justificativa da estrateacutegia de pesquisa

A escolha do meacutetodo de pesquisa orientaraacute as etapas necessaacuterias para a coleta

de informaccedilotildees anaacutelise destes dados e demonstraccedilatildeo da confiabilidade e validade

das descobertas (ROBSON 2011)

34 Pesquisa Exploratoacuteria

A pesquisa exploratoacuteria utilizaraacute fontes documentais como perioacutedicos

dissertaccedilotildees e teses sobre os temas sustentabilidade histoacuterico de reuso e

reaproveitamento de aacuteguas pluviais e legislaccedilatildeo traccedilando conexotildees entre estes

elementos de forma a propiciar confiabilidade para o embasamento da pesquisa

69

35 Levantamento

O presente trabalho visa o aproveitamento de aacuteguas pluviais e aacuteguas residuais

de evaporadores de unidades condensadoras para reuso no Campus Maracanatilde do

CEFET-RJ

Desta forma o trabalho foi estruturado da forma relacionada abaixo

Levantamento das caracteriacutesticas pluviomeacutetricas da regiatildeo estudada para

determinaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica media atraveacutes das analises de

dados fornecida do sistema Alerta Rio referente ao periacuteodo de 2001 a 2015

Levantamento das caracteriacutesticas de 01(uma) edificaccedilatildeo existente no

campus maracanatilde bloco E e considerando seu potencial de captaccedilatildeo

atraveacutes exclusivamente de suas coberturas bem como o dimensionamento

de reaproveitamento das aacuteguas provenientes de condensadores de ar

condicionado existentes no referido bloco por contemplar maior nuacutemero de

equipamentos citados e maior nuacutemero de horas de uso

Avaliaccedilatildeo dos resultados obtidos com determinaccedilatildeo do reservatoacuterio de

armazenamento sendo realizado atraveacutes da NBR 15527 ndash Aacutegua da Chuva

Aproveitamento das aacutereas urbanas para fins natildeo potaacuteveis (ABNT 2007)

Tambeacutem seratildeo realizados estudos utilizando teacutecnicas de matemaacutetica

financeira pelo meacutetodo de anaacutelise de payback simples que fornece uma

estimativa de faacutecil compreensatildeo dos benefiacutecios gerados para determinar o

tempo de retorno do investimento atraveacutes dos custos de implantaccedilatildeo do

sistema

70

Aacuterea de Estudo

O CEFET-RJ ocupa uma aacuterea de terreno de 3438200 m2 com 6481800 m2

construiacutedos e distribuiacutedos em 06 pavilhotildees e diversos blocos nomeados de ldquoArdquo a ldquoLrdquo

tendo como objeto para estudo de caso o Bloco E que e abastecido atraveacutes do

hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 conforme figura 10

Figura 12 - Hidrocircmetro referente ao nuacutemero 485 com vazatildeo de 03 - 15 m3hora

Fonte Realizada pelo autor 2017

36 Objeto de Estudo

O preacutedio objeto do estudo eacute o Bloco E sendo utilizado pela comunidade

docente discente e teacutecnicos administrativos

Figura 13 - Fachada Principal do CEFET- RJ

Fonte site wwwcefet-rjbr

71

As coberturas do preacutedio satildeo compostas por telhas trapezoidais em accedilo

galvanizado tendo calhas em concreto impermeabilizado para a coleta de aacuteguas

pluviais com tubos de queda em PVC de 100 mm com condutores horizontais

interligando as caixas de passagem e estas ao coletor puacuteblico

361 Aparelhos Existentes

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados quais eram os tipos de aparelhos

sanitaacuterios torneiras mictoacuterios existentes no CEFET-RJ Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua

37 Entrevistas com os Usuaacuterios

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

CEFET-RJ a fim de descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho Nos

questionaacuterios foram feitas perguntas que demonstrassem o tempo e a quantidade de

vezes que cada aparelho era utilizado no periacuteodo de ocupaccedilatildeo

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como um certo desinteresse na participaccedilatildeo por alguns membros da comunidade

Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com utilizaccedilatildeo

da foacutermula de caacutelculo amostral

72

Foacutermula de caacutelculo

Onde

n - amostra calculada N ndash populaccedilatildeo Z - variaacutevel normal padronizada associada ao niacutevel de confianccedila p - verdadeira probabilidade do evento e - erro amostral Erro amostral de 5 Niacutevel de confianccedila de 95

Foram aplicados questionaacuterios para funcionaacuterios professores e alunos com as

mesmas perguntas Os questionaacuterios utilizados nas entrevistas estatildeo apresentados

no Apecircndice A B e C

Para os funcionaacuterios da limpeza interna externa foram aplicados questionaacuterios

direcionados em funccedilatildeo das atividades desenvolvidas

Os resultados obtidos atraveacutes das entrevistas permitiram obter valores que

representam a frequecircncia e o tempo de utilizaccedilatildeo de cada tipo de aparelho sanitaacuterio

para o total geral da edificaccedilatildeo e por pessoa

38 Estimativa do Consumo de Aacutegua

O consumo diaacuterio total de aacutegua em cada aparelho foi estimado com base nos

dados de frequecircncia e tempo de uso dos mesmos obtidos atraveacutes dos questionaacuterios

e o nuacutemero de pessoas que efetivamente utilizam cada aparelho Tambeacutem se

utilizaram no caacutelculo do consumo diaacuterio as vazotildees de acordo com a norma NBR

56261998

381 O caacutelculo de consumo meacutedio diaacuterio de aacutegua per capita por aparelhos

O Caacutelculo foi realizado com base no somatoacuterio da multiplicaccedilatildeo da frequecircncia

e tempo de uso obtido nas entrevistas e vazatildeo do aparelho dividido pelo nuacutemero de

pessoas entrevistadas

73

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

C meacutedio = consumo meacutedio por aparelho

fi=numero de vezes de utilizaccedilatildeo

ti= tempo em segundos de uso diaacuterio

n= amostras de pessoas entrevistadas

Q= vazatildeo do aparelho (litros por segundo)

382 Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

A estimativa dos consumos de aacutegua referentes agrave limpeza do preacutedio (que inclui

tambeacutem lavaccedilatildeo de paacutetios corredores sanitaacuterios e irrigaccedilatildeo de jardins) foi calculada

com base em entrevistas com os responsaacuteveis por tais atividades e natildeo por amostra

Consumo Atividade limpeza = Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega de

jardim

383 Avaliaccedilatildeo do Potencial de Economia de Aacutegua Potaacutevel

A fim de se estimar o potencial de economia proveniente da implantaccedilatildeo de um

sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial foi verificado o percentual de aacutegua potaacutevel

utilizado em fins natildeo potaacuteveis quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo de agua residual pelas

evaporadoras de ar condicionado e tambeacutem foi estimado o volume ideal de

reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial

384 Percentual de Aacutegua Potaacutevel que Poderia Ser Substituiacutedo por Aacutegua Pluvial

Neste estudo considerou-se a utilizaccedilatildeo de aacutegua para fins natildeo potaacuteveis em

descargas de vaso sanitaacuterio mictoacuterios irrigaccedilatildeo de jardins torneiras de usadas para

limpeza do preacutedio que tambeacutem inclui lavaccedilatildeo dos pavimentos

Atraveacutes da soma dos valores de consumo de aacutegua nas atividades consideradas

para fins natildeo potaacuteveis foi verificada a quantidade total de aacutegua potaacutevel que poderia

ser substituiacutedo por aacutegua pluvial

74

39 Reservatoacuterios de Aacutegua Pluvial

O reservatoacuterio de acumulaccedilatildeo da aacutegua pluvial eacute um dos componentes mais

importantes de um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial o qual deve ser

dimensionado principalmente considerando os seguintes fatores demanda de aacutegua

pluvial aacutereas de captaccedilatildeo precipitaccedilatildeo pluviomeacutetrica e custos totais de implantaccedilatildeo

Para estimar o volume ideal do reservatoacuterio de aacutegua pluvial para o presente

estudo baseou-se nas aacutereas de cobertura da edificaccedilatildeo no consumo diaacuterio de aacutegua

em sanitaacuterios e mictoacuterios e atividades de limpeza na precipitaccedilatildeo da regiatildeo no

coeficiente de perdas e no total de aacutegua potaacutevel usada para fins natildeo potaacuteveis que

poderia ser substituiacuteda por aacutegua pluvial

310 Anaacutelise Econocircmica

Depois de verificado o potencial de economia de aacutegua potaacutevel seratildeo

verificados os custos para a implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento

de aacutegua pluvial e tambeacutem analisada sua viabilidade econocircmica

Esta anaacutelise econocircmica seraacute uma estimativa de custos que poderaacute servir como

referecircncia para novas instituiccedilotildees de ensino com padrotildees semelhantes que desejam

implantar um sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial

Natildeo se tem um indicativo de que este sistema possa ser implantado no objeto

de estudo Os custos de implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de

aacutegua pluvial resumem-se em custos com obra de construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior

materiais e equipamentos necessaacuterios agrave implantaccedilatildeo

Deste modo fez-se uma planilha de quantitativos e custos dos valores

referentes a obra atraveacutes de preccedilos coletados no SINAPICEF e de materiais e

equipamentos necessaacuterios com empresas representantes e ou fabricantes

75

4 APLICACcedilAtildeO E VALIDACcedilAtildeO DA METODOLOGIA PROPOSTA

Conforme abordado no capiacutetulo correspondente a metodologia optou-se

como um dos meios de aplicaccedilatildeo a validaccedilatildeo e investigaccedilatildeo desta metodologia

desenvolvida para uma Instituiccedilatildeo Federal de Ensino

41 Histoacuterico do Cefet-RJ

Atraveacutes de uma parceria entre o governo da Uniatildeo e o da Prefeitura do Distrito

Federal foi criada a Escola Normal de Artes e Ofiacutecios Wenceslau Braz versatildeo

primaacuteria do que vem a ser o CEFETRJ contemporaneamente Segundo CEFETRJ

(2007 paacuteg 14) os principais objetivos da escola eram de criar professores mestre e

contramestres para as instituiccedilotildees e escolas profissionais do Distrito Federal e entatildeo

Rio de Janeiro aleacutem de professores de trabalhos manuais para escolas primaacuterias do

Municiacutepio

De acordo com Maruyama (2013) apoacutes criaccedilatildeo de sua primeira forma teve

seus objetivos e estrutura atualizada transformando-se em Escola Teacutecnica Nacional

(ETN) em 1942 Jaacute em 1965 a Escola recebe nome Escola Teacutecnica Federal da

Guanabara poreacutem foi apenas em 1967 que a Escola passa a ser chamada de Escola

Teacutecnica Federal Celso Suckow da Fonseca

Hoje atraveacutes de seu histoacuterico de reconhecimento pela sociedade a Escola

Teacutecnica obteve expansatildeo geograacutefica passando a atuar com sede matriz a Unidade

Maracanatilde e demais seis outras Unidades descentralizadas pelo Rio e Janeiro (Nova

Iguaccedilu Maria da Graccedila Petroacutepolis Nova Friburgo Angra dos Reis e Itaguaiacute) e

educacional ofertando cursos regulares de ensino meacutedio educaccedilatildeo profissional

teacutecnica graduaccedilatildeo poacutes-graduaccedilatildeo aleacutem de atividades de pesquisa e de extensatildeo

411 Definiccedilatildeo de Instituiccedilotildees de Ensino Superior

De acordo com o artigo 21 da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo

Nacional (939496) a educaccedilatildeo escolar eacute formada por duas etapas principais

educaccedilatildeo baacutesica formada pela educaccedilatildeo infantil ensino fundamental e ensino meacutedio

II - educaccedilatildeo superior etapa posterior a educaccedilatildeo baacutesica cujo objetivo global eacute formal

76

profissionais e cidadatildeos aptos a exercerem suas funccedilotildees e promover o

desenvolvimento do paiacutes

A LDB (Lei 93941996) assume a coexistecircncia de instituiccedilotildees puacuteblicas e

privadas para a oferta de cursos superiores dizendo no Artigo 45 que a educaccedilatildeo

superior poderaacute ser ministrada em instituiccedilotildees de ensino superior de caraacuteter puacuteblico

ou privada com variados graus de abrangecircncia e particularizaccedilatildeo Visando

complementar a LDB e a esse artigo 7ordm do Decreto 38602001 classifica as instituiccedilotildees

de ensino superior quanto agrave sua organizaccedilatildeo acadecircmica em

Universidades - Satildeo caracterizadas pela oferta regular de atividades que

articulam trecircs principais pilares ensino de pesquisa e de extensatildeo

Centros Universitaacuterios - Os centros universitaacuterios satildeo instituiccedilotildees de

ensino superior pluri-curriculares comprovada pelo desempenho nos

cursos nas avaliaccedilotildees do MEC e que devem atender a comunidade

Centros Federais de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica - Satildeo instituiccedilotildees de ensino

superior especializados na oferta de educaccedilatildeo tecnoloacutegica nos

diferentes niacuteveis e modalidades de ensino O Centro Federal de

Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) seraacute a

instituiccedilatildeo alvo do presente estudo e se encaixa nessa classificaccedilatildeo

Faculdades Integradas faculdades institutos ou escolas superiores -

superiores orientados basicamente para o ensino satildeo voltadas para a

formaccedilatildeo de profissionais para o mercado de trabalho e natildeo se exigiratildeo

produccedilatildeo cientiacutefica e natildeo haacute exigecircncia de oferta cursos de poacutes-

graduaccedilatildeo

Por fim todas as instituiccedilotildees de ensino superior independente de sua

classificaccedilatildeo e dos cursos ofertados por estar diretamente submetidas as decisotildees do

MEC deve acatar com seus decretos e determinaccedilotildees pois estatildeo sob uma mesma

legislaccedilatildeo e regime Dentro das obrigatoriedades das IES pode ser destacado o

documento de caraacuteter estrateacutegico conhecido como Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI)

412 - Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) eacute um documento institucional

exigido pelo Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) e apresenta as principais estrateacutegicas e

77

posicionamento que a instituiccedilatildeo de ensino superior (IES) iraacute adotar em um periacuteodo

de tempo preacute-definido Eacute anaacutelogo ao Planejamento Estrateacutegico das empresas

privadas poreacutem com foco em resultados no sistema educacional processos internos

e desempenho dentro do cenaacuterio mutaacutevel da educaccedilatildeo no periacuteodo de vigecircncia

O Plano de Desenvolvimento Institucional ndash PDI eacute um documento elaborado para um periacuteodo de 5 (cinco) anos que identifica a Instituiccedilatildeo de Ensino Superior (IES) no que diz respeito agrave sua filosofia de trabalho agrave missatildeo a que se propotildee agraves diretrizes pedagoacutegicas que orientam suas accedilotildees agrave sua estrutura organizacional e agraves atividades acadecircmicas que desenvolve eou que pretende desenvolver (SAPIEnS 2007)

A lei 10861 (2004) instituiu o Sistema Nacional de Avaliaccedilatildeo da Educaccedilatildeo

Superior (SINAES) Este sistema tem como objetivo buscar a melhoria da qualidade

da educaccedilatildeo superior monitorar a expansatildeo da oferta e aumento da eficiecircncia e

eficaacutecia institucional no acircmbito de ensino e impacto na sociedade Deve ser ainda um

sistema supervisor das IES no cumprimento de seus deveres institucionais como

identidade respeito a diversidade e afirmaccedilatildeo da autonomia Esta lei promoveu em

2006 a ediccedilatildeo do decreto Nordm 5773 que legitima a relevacircncia e obrigatoriedade do PDI

nas IES

O decreto Nordm 5773 (2006) descreve sobre as funccedilotildees de regulamentaccedilatildeo

acompanhamento e avaliaccedilatildeo das IES e cursos superiores de graduaccedilatildeo e

sequenciais no sistema de ensino federal No Art 15 satildeo descritas as exigecircncias para

uma instituiccedilatildeo ser credenciada ao MEC Eacute responsabilidade da IES possuir aleacutem de

documentos padratildeo como cumprimento de exigecircncias fiscais legais e regimento ou

estatuto o PDI eacute exigido devido ao seu caraacuteter de avaliaccedilatildeo de potencial capacidade

e objetivos de longo prazo como instituiccedilatildeo provedora de ensino superior O Art 16

apresenta ainda um roteiro de subsiacutedio na elaboraccedilatildeo do PDI com as exigecircncias que

o MEC determina

Neste contexto eacute possiacutevel identificar uma importante instituiccedilatildeo de ensino

superior do estado do Rio de Janeiro o Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica

Celso Suckow da Fonseca (CEFETRJ) Uma instituiccedilatildeo com grande tradiccedilatildeo que ao

longo dos anos se diversificou alterou o escopo de ensino para ofertar de cursos de

cursos de graduaccedilatildeo e poacutes-graduaccedilatildeo direcionados para tecnologia e inovaccedilatildeo Eacute

necessaacuterio conhecer aacutes origens histoacutericos e fatores que influenciaram a consolidaccedilatildeo

do CEFETRJ para entender seu papel no cenaacuterio atual

78

413 - O PDI do CefetRJ

O Estatuto do CEFETRJ foi aprovado em 2005 pelo ministro da educaccedilatildeo

Fernando Haddad e instaurou a portaria nordm 3796 No capiacutetulo III sobre a Estrutura

Organizacional na Subseccedilatildeo VIII do Estatuto do CEFETRJ eacute estabelecida a criaccedilatildeo

da Diretoria de Gestatildeo Estrateacutegica (DIGES)oacutergatildeo responsaacutevel por conduzir o

processo de elaboraccedilatildeo validaccedilatildeo e publicaccedilatildeo dos DPI a cada quatro anos bem

como acompanhar a execuccedilatildeo dos planos e projetos definidos e ser o principal

fornecedor de informaccedilotildees sobre o desempenho da instituiccedilatildeo perante sociedade

ministeacuterio da educaccedilatildeo Uniatildeo e demais oacutergatildeos puacuteblicos a que a IES estaacute submetida

A construccedilatildeo do PDI eacute feita de maneira colaborativa e participativa por todos

os departamentos e secretarias que integram a instituiccedilatildeo Os entendimentos entre

todas as partes e consensos provisoacuterios devem ser estabelecidos para definir

objetivos comuns a todos que deveratildeo ser registrado e amplamente divulgado e

cascateado a todos os niacuteveis da instituiccedilatildeo Com isso o PDI deve ser apresentado

pela DIGES em um prazo de 150 a 60 dias agrave Comissatildeo para validar o produto final

conforme estabelecido no documento O processo deve ser concluiacutedo dentro do ano

anterior ao periacuteodo de vigecircncia do PDI em elaboraccedilatildeo

414 - Filosofia Missatildeo e Objetivos Institucionais

Os princiacutepios norteadores da filosofia satildeo expressos atraveacutes de seu Projeto

Pedagoacutegico integrando

A defesa das condiccedilotildees garantidoras de qualidade social para a educaccedilatildeo

puacuteblica viabilizada pela Rede Federal de Educaccedilatildeo Profissional Cientiacutefica e

Tecnoloacutegica em sua diversidade institucional reafirmaccedilatildeo da identidade institucional

vinculada agrave formaccedilatildeo de profissionais de diferentes niacuteveis no projeto de transformaccedilatildeo

de Centro Federal de Educaccedilatildeo Tecnoloacutegica em Universidade Tecnoloacutegica Federal

adoccedilatildeo de projetos de verticalizaccedilatildeo e integraccedilatildeo das atividades de ensino pesquisa

e extensatildeo da educaccedilatildeo baacutesica agrave poacutes-graduaccedilatildeo como caracteriacutestica metodoloacutegica

de formaccedilatildeo na aacuterea tecnoloacutegica middot consolidaccedilatildeo de poliacuteticas de ensino pesquisa e

extensatildeo que compromissadas com o desenvolvimento nacional e regional a

disseminaccedilatildeo e produccedilatildeo de conhecimento a formaccedilatildeo de pessoas e a

responsabilidade social e eacutetica continuem a legitimar a atuaccedilatildeo institucional junto agrave

79

sociedade preservaccedilatildeo e sustentaccedilatildeo da autonomia institucional definida em lei

aperfeiccediloamento permanente dos processos de gestatildeo democraacutetica e

descentralizaccedilatildeo gerencial nas instacircncias acadecircmicas e administrativas mediante

adoccedilatildeo de estruturas colegiadas mecanismos de participaccedilatildeo de todos os segmentos

da comunidade interna socializaccedilatildeo de informaccedilotildees e transparecircncia na utilizaccedilatildeo de

recursos middot observacircncia de aspectos inerentes ao caraacuteter puacuteblico e de identidade

formadora da Instituiccedilatildeo valorizaccedilatildeo do ser humano e do trabalho respeito agrave

pluralidade e divergecircncias de ideacuteias sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza adesatildeo

agrave tecnologia a serviccedilo da promoccedilatildeo humana compromisso social diaacutelogo constante

e parcerias com instituiccedilotildeesentidades representativas da sociedade

responsabilidade funcional e eacutetica (PDI 2010)

No que se refere a sua missatildeo institucional levando-se em consideraccedilatildeo agrave RS

assumida perante a sociedade cabe ao CEFETRJ

Promover a educaccedilatildeo mediante atividades de ensino pesquisa e extensatildeo que

propiciem de modo reflexivo e criacutetico na interaccedilatildeo com a sociedade a formaccedilatildeo

integral (humaniacutestica cientiacutefica e tecnoloacutegica eacutetica poliacutetica e social) de profissionais

capazes de contribuir para o desenvolvimento cultural tecnoloacutegico e econocircmico dessa

mesma sociedade (PDI 2010)

Neste sentido seus principais objetivos satildeo

ministrar educaccedilatildeo profissional teacutecnica de niacutevel meacutedio de forma

articulada com o ensino meacutedio destinada a proporcionar habilitaccedilatildeo

profissional para diferentes setores da economia

ministrar ensino superior de graduaccedilatildeo e de poacutes-graduaccedilatildeo lato sensu

e stricto sensu visando agrave formaccedilatildeo de profissionais e especialistas na

aacuterea tecnoloacutegica

ministrar cursos de licenciatura bem como programas especiais de

formaccedilatildeo pedagoacutegica nas aacutereas cientiacutefica e tecnoloacutegica

ofertar educaccedilatildeo continuada por diferentes mecanismos visando agrave

atualizaccedilatildeo ao aperfeiccediloamento e agrave especializaccedilatildeo de profissionais na

aacuterea tecnoloacutegica

realizar pesquisa estimulando o desenvolvimento de soluccedilotildees

tecnoloacutegicas de forma criativa e estendendo seus benefiacutecios agrave

comunidade

80

promover a extensatildeo mediante integraccedilatildeo com a comunidade

contribuindo para o seu desenvolvimento e melhoria da qualidade de

vida desenvolvendo accedilotildees interativas que concorram para a

transferecircncia e o aprimoramento dos benefiacutecios e conquistas auferidos

na atividade acadecircmica e na pesquisa aplicada

estimular a produccedilatildeo cultural o empreendedorismo o desenvolvimento

cientiacutefico e tecnoloacutegico o pensamento reflexivo com responsabilidade

social (PDI 2010)

As Instituiccedilotildees de Ensino Superior (IES) e Meacutedio Teacutecnico satildeo autarquias

vinculadas ao Ministeacuterio da Educaccedilatildeo (MEC) que tem como atividade fim prover

educaccedilatildeo de qualidade e desenvolver a sociedade como um todo sempre em

consonacircncia com poliacuteticas leis e decretos vigentes As IES devem a cada quatro anos

apresentar o seu Planejamento Institucional (PDI) que eacute anaacutelogo ao Planejamento

Estrateacutegico empresarial e documento obrigatoacuterio exigido pelo MEC

Em suma o CEFETRJ eacute uma Instituiccedilatildeo que atua nos diferentes niacuteveis da

educaccedilatildeo e tem por objetivo a formaccedilatildeo de profissionais capazes de atuar intervir e

aplicar conhecimentos teacutecnicos e cientiacuteficos sem desconsiderar a dinacircmica

econocircmica e social bem como o desenvolvimento das regiotildees onde suas unidades

estatildeo inseridas

42 Sobre o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais

Para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas de residuais que satildeo produzidas

pelas unidades evaporadoras de ar condicionado foi realizado ensaios em aparelhos

com capacidades variadas utilizando uma proveta graduada para coleta com

mangueira interligada a saiacuteda do dreno da unidade evaporadora de forma a

quantificar a produccedilatildeo a cada hora para obtenccedilatildeo da media de produccedilatildeo admitindo

um padratildeo modular de 12000 BTUsh conforme figuras x

Figura 14 - ensaio equipamento 24000 BTUs

81

Fonte Autor deste trabalho 2017

Quadro 5 - Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da biblioteca

Equipamento Split 24000 BTUs -Elgin

Hora Temperatura

( Graus Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

1230h 27 0

1330hr 23 500

1430hr 21 650

1530hr 21 630

1630hr 21 590

1730hr 21 610

1830hr 21 585

MEacuteDIA 50929

Fonte autor deste trabalho 2017

82

Quadro 6 -Ensaio de captaccedilatildeo em ambiente da sala de professores

Equipamento Split 12000 BTUs -Komeco

Hora Temperatura( Graus

Celsius-Cdeg) Volume de Aacutegua de Condensaccedilatildeo (mlh)

800h 30 0

900h 27 190

1000hr 23 250

1100hr 21 340

1200hr 21 290

1300hr 21 310

1400hr 21 285

MEacuteDIA 23786

Fonte autor deste trabalho 2017

Diferentemente do que foi encontrado na literatura obteve- se uma

media de 24905 mlhora para cada 12000 BTUs hora (British termal Units-

Unidade Teacutermica Britacircnica) variaccedilatildeo explicada pelas condiccedilotildees

psicomeacutetricas ou seja o processo de condensaccedilatildeo estaacute diretamente

relacionado a as condiccedilotildees climaacuteticas externas quanto maior a umidade

maior seraacute a quantidade de aacutegua gerada pelo processo De acordo com Mota

et al(2011) em meacutedia um ar com 12000 BTUs apresentou produccedilatildeo de

300mlhora valor proacuteximo ao encontrado por Fortes et al (2015) meacutedia de

309mlhora para unidade de mesma capacidade

Quadro 7 - Somatoacuterio das capacidades dos equipamentos instalados por pavimento

PAV CAPTOTAL EM BTUh

FUNCIONAMENTO

(hrdia)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(lhr)

VOLCONDENSACcedilAtildeO

(ldia)

T 18000 12 037 448

1ordm 650000 10 1349 13490

2ordm 676000 8 1403 11224

3ordm 806000 14 1673 23419

4ordm 786000 12 1631 19575

5ordm 676000 12 1403 16836

SOMA 3612000

84992 litros dia

Fonte Setor de manutenccedilatildeo

83

Tendo em vista a diversidade de utilizaccedilatildeo do Preacutedio Bloco E

(Bibliotecas Coordenaccedilotildees Salas de aula e Ambientes administrativos) foram

atribuiacutedos tempos de uso compatiacuteveis com o funcionamento de cada

ambiente

O reuso das aguas de condensaccedilatildeo que seriam desperdiccediladas

apresentam potencial de reuso com custo relativamente baixo cabendo

somente a interligaccedilatildeo dos drenos a rede de captaccedilatildeo de aguas pluviais

conforme pode ser observado na figura 15 e reservatoacuterio para que esta seja

usada para fins natildeo potaacuteveis

Figura 15 - Interligaccedilatildeo de tubulaccedilatildeo de drenagem de condensadores a rede AP

84

Aacuterea de Coleta de agua de chuva

Para estimar o volume do reservatoacuterio foi necessaacuterio o calculo da aacuterea que seraacute

utilizada para captaccedilatildeo das aguas pluviais que foi considerada a aacuterea de cobertura do

bloco E figura 16 que e composta de telhas trapezoidais em accedilo galvanizado

Figura 16 -Planta de cobertura do Bloco E

De acordo com a NBR 15527 a aacuterea de captaccedilatildeo para dimensionamentos eacute a

aacuterea em metros projetada na horizontal da superfiacutecie impermeaacutevel da cobertura onde

a aacutegua da chuva eacute captada (ABNT 2007)

Quadro 8 - Quadro da aacuterea de cobertura do Bloco E

PREacuteDIO AacuteREA ( msup2 )

BLOCO E 134670

TOTAL 134670

Fonte Autor do presente trabalho

Segundo Tomaz (2015) haacute uma variaccedilatildeo entre o volume de aacutegua precipitado e

o volume que seraacute coletado O coeficiente de Runoff ou coeficiente de escoamento

superficial eacute a relaccedilatildeo entre o volume de aacutegua de chuva que escoa superficialmente

e o volume total de aacutegua precipitada no telhado que iraacute variar de acordo com a

superfiacutecie conforme quadro 9

85

Quadro 9 - Iacutendice do coeficiente de Runoff

Tipo de telha Coeficiente de Runoff

Ceracircmica 08 a 09

Ceracircmica esmaltada 09 a 095

Corrugada metaacutelica 08 a 09

Cimento amianto 08 a 09

Plaacutestico 09 a 095 Fonte TOMAZ (2015)

Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

Os dados pluviomeacutetricos utilizados neste trabalho foram fornecidos pelo

Sistema Alerta Rio que foram coletados da Estaccedilatildeo Meteoroloacutegica Tijuca A estaccedilatildeo

estaacute localizada no bairro tijuca em latitude 22ordm57 185S longitude 43ordm14 538W A

escolha desta estaccedilatildeo meteoroloacutegica se deu pela proximidade do CEFET-RJ e por

possuir grande volume de informaccedilatildeo armazenado pelo Sistema Alerta Rio Os dados

fornecidos incluem informaccedilotildees sobre precipitaccedilotildees no periacuteodo de 01012007 a

31122015 Conforme pode ser observado na tabela x

Tabela 3- Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica

REGIME DE CHUVA

Tabela de Precipitaccedilatildeo Pluviomeacutetrica_ Jan 2007Dezembro 2015 (ml)

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 MEacuteDIA

JAN 127 1856 2724 2202 1036 180 3538 288 788 19378

FEV 1176 1248 1222 624 874 144 834 304 848 9093

MAR 142 2466 944 3386 1496 91 358 986 1368 19098

ABR 1182 2186 2372 4962 3174 1008 85 177 1184 23360

MAI 202 736 552 898 1714 996 1692 458 40 11833

JUN 67 62 732 712 398 1478 426 106 1312 9260

JUL 166 448 1098 127 466 466 1718 1006 134 10333

AGO 178 1458 582 328 362 206 222 484 104 4905

86

Fonte Sistema Alerta Rio

Potencial de aproveitamento de aacuteguas pluviais

Para a determinaccedilatildeo do volume que pode ser aproveitado foi utilizado a aacuterea

de cobertura do preacutedio estudado a meacutedia das precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de

janeiro de 2007 a dezembro de 2015 bem como o coeficiente de runoff de 090 em

funccedilatildeo do material existente na cobertura utilizou-se a metodologia aplicada por Ghisi

et al (2017) e Lina et al (2011) desta forma foi calculado atraveacutes da equaccedilatildeo abaixo

e demonstrado no quadro 10

V= PAC1000

Onde V= volume mensal de chuva em m3

A=aacuterea total de captaccedilatildeo em m3

C= coeficiente de runoff

1000= fator de conversatildeo para m3

SET 394 1118 1322 582 572 1246 75 474 130 9698

OUT 2076 92 2256 1756 1382 744 888 542 32 13605

NOV 2202 2048 1292 1082 33 1198 1384 822 1974 15415

DEZ 2506 1284 4622 2876 1726 282 221 404 804 20893

15476 16388 19718 20678 1353 10478 18092 8598 10536

87

Quadro 10 - Captaccedilatildeo de aacutegua

POTENCIAL DE CAPTACcedilAtildeO DE AacuteGUA DE CHUVA

BLOCO E

MEcircS PRECIPITACcedilAtildeO MEacuteDIA

MENSAL AacuteREA COBERTURA

COEFICIENTE DE RUNOFF

VOLUME APROVEITAacuteVEL (m sup3)

JAN 19378 13467 09 23486

FEV 90925 13467 09 1102

MAR 19098 13467 09 23147

ABR 2336 13467 09 28313

MAI 118325 13467 09 14341

JUN 926 13467 09 11223

JUL 103325 13467 09 12523

AGO 4905 13467 09 5945

SET 96975 13467 09 11754

OUT 13605 13467 09 1649

NOV 15415 13467 09 18683

DEZ 208925 13467 09 25322 TOTAL ANUAL 202248

Fonte O autor do presente trabalho

Foram utilizadas as meacutedias de precipitaccedilotildees mensais do periacuteodo de 2007 a

2015 e observa-se que o mecircs de agosto com menor iacutendice de precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica para a seacuterie histoacuterica

Atraveacutes de visitas in loco foram verificados todos os banheiros existentes no

preacutedio estudado verificando vazamentos tipos de torneira vasos sanitaacuterios e

mictoacuterios e foram identificadas torneiras temporizadas nos lavatoacuterios e mictoacuterios que

apresentavam tempo excessivo para fechamento as mesmas foram reguladas pela

equipe de manutenccedilatildeo e instalados redutores de vazatildeo Verificaram-se tambeacutem as

atividades realizadas no preacutedio que utilizam aacutegua que poderiam ser substituiacutedas por

agua natildeo potaacutevel

88

Definiccedilatildeo da populaccedilatildeo do preacutedio estudado

Para definiccedilatildeo da demanda do preacutedio estudado se fez necessaacuterio determinar a

populaccedilatildeo que utiliza o bloco E objeto do estudo de caso quantificando a meacutedia diaacuteria

de docentes teacutecnicos administrativos discente e tercerizados conforme quadro 11

Quadro 11 - Populaccedilao

POPULACcedilAtildeO BLOCO E

POPULACcedilAtildeO DIAS DA SEMANA

TOTAL SEG TERCcedilA QUARTA QUINTA SEXTA

Professores 75 75 75 75 75 375

Teacutecnicos Administrativo 135 135 135 135 135 675

Alunos 1150 1150 1150 1150 1150 5750

Visitantes da Biblioteca 80 80 80 80 80 400

Terceirizados 10 10 10 10 10 50

TOTAL 1450 1450 1450 1450 1450

Fonte O autor do presente trabalho

Com a determinaccedilatildeo da meacutedia de utilizaccedilatildeo da populaccedilatildeo foi verificado na

literatura as demanda encontradas por diversos autores

Segundo Gonccedilalves (2002 ) apud Silva (2004) edifiacutecios puacuteblicos e escolas tipo

externato possuem demanda diaacuteria na ordem de 50lpessoa dia

Kamers (2004) em seu estudo de 10 edifiacutecios puacuteblicos na cidade de

Florianoacutepolis encontrou demanda de 367 lpessoa dia

Marinoski (2008) obteve demanda de 155 lpessoa dia para fins natildeo potaacuteveis

em uma instituiccedilatildeo de niacutevel superior na cidade de Florianopolis-SC

Salla et al(2013)encontrou demanda de 20 a 30 laluno dia em um bloco de

salas de aula da UFU

Em funccedilatildeo das variaccedilotildees apresentadas na literatura e pelo preacutedio objeto do

estudo natildeo apresentar micromediccedilatildeo ou seja a entrada da concessionaacuteria CEDAE

atende diversas edificaccedilotildees na instituiccedilatildeo adotou-se questionaacuterio de forma a

quantificar a demanda dos equipamentos sanitaacuterios possiacuteveis de acordo com a

legislaccedilatildeo de utilizaccedilatildeo de aguas pluviais

43 Anaacutelise dos Resultados das entrevistas realizadas

As entrevistas foram realizadas por meio de questionaacuterios aplicados aos

Teacutecnicos Administrativos professores alunos e equipe responsaacutevel pela limpeza do

89

CEFET-RJ questionaacuterios que se encontram no apecircndice A B e C com a finalidade de

descobrir a frequecircncia de uso de cada aparelho de forma a quantificar o consumo de

agua potaacutevel nos equipamentos

Para obtenccedilatildeo de um levantamento com maior precisatildeo seria necessaacuterio a

resposta ao questionaacuterio por toda a populaccedilatildeo que utiliza os preacutedios estudados foi

verificada a dificuldade em funccedilatildeo de horaacuterios e dias da semana diferentes bem

como Em funccedilatildeo destes fatos decidiu-se por uma pesquisa por amostragem Com

utilizaccedilatildeo da foacutermula de caacutelculo amostral Chegou-se a uma amostra de 304 Foram

distribuiacutedos 400 questionaacuterios dos quais retornaram 320 o que gerou os graacuteficos

abaixo para determinaccedilatildeo do numero de vezes e tempo de uso dos equipamentos

sanitaacuterios

Caacutelculo de utilizaccedilatildeo da bacia sanitaacuteria

Foi considerado a utilizaccedilatildeo por cinco dias semanais no caso adotado 20 dias

uteis e utilizada a vazatildeo de 170 litros segundo no caso das bacias sanitaacuterias e 015

litrossegundo para mictoacuterios segundo a NBR 56261998

C meacutedio =

sum 119891119894lowast119905119894lowast119876119899119894

119899

Onde

C Meacutedio = consumo meacutedio

Fi = nuacutemero de vezes de utilizaccedilatildeo

Ti = tempo em segundos por acionamento

Q = vazatildeo de acordo com a norma

90

Graacutefico 1- Frequecircncia de uso diaacuterio da bacia sanitaacuteria

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Populaccedilatildeo diaacuteria 1450

Nuacutemero de acionamentos descarga bacia sanitaacuteria

1 vez 16 1450 usuaacuterios 1 vez = 232 vezes

2 vezes 16 1450 usuaacuterios 2 vezes = 464 vezes

3 vezes 30 1450 usuaacuterios 3 vezes = 1305 vezes

4 vezes 14 1450 usuaacuterios 4 vezes = 802 vezes

5 vezes 5 1450 usuaacuterios 5 vezes = 362 vezes

6 vezes 4 1450 usuaacuterios 6 vezes = 348 vezes

7 vezes 5 1450 usuaacuterios 7 vezes = 507 vezes

Total de acionamentos 4031

91

Graacutefico 2 - Tempo em segundos da descarga da bacia

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de bacia sanitaacuteriadia

1 seg 5 4031 1 17 = 342

2 seg 12 4031 2 17 = 822

3 seg 13 4031 3 17 = 890

4 seg 12 4301 4 17 = 822

5 seg 22 4031 5 17 = 150

6 seg 11 4031 6 17 = 753

7 seg 4 4031 7 17 = 274

8 seg 8 4031 8 17 = 548

9 seg 5 4031 9 17 = 342

10 seg 3 4031 10 17 = 205

Logo o consumo meacutedio das bacias sanitaacuterias foi de 6510dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 130200Lmecircs ou 1302m3

92

Graacutefico 3 - Frequecircncia de uso diaacuterio do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Nuacutemero de acionamentos de descarga mictoacuterio

1 vez 14 870 usuaacuterios 1 vez = 121

2 vezes 10 870 usuaacuterios 2 vezes = 174

3 vezes 21 870 usuaacuterios 3 vezes = 548

4 vezes 26 870 usuaacuterios 4 vezes = 904

5 vezes 12 870 usuaacuterios 5 vezes = 522

6 vezes 2 870 usuaacuterios 6 vezes = 174

7 vezes 2 870 usuaacuterios 7 vezes = 121

8 vezes 3 870 usuaacuterios 8 vezes = 208

Total de acionamentos 2772

93

Graacutefico 4 - Tempo em segundos da descarga do mictoacuterio

Fonte Elaborado pelo Autor deste Trabalho 2017

Consumo de mictoacuteriodia

1 seg 5 2772 1 015 = 20

2 seg 12 2772 2 015 = 99

3 seg 13 2772 3 015 = 162

4 seg 12 2772 4 015 = 99

5 seg 22 2772 5 015 = 457

6 seg 11 2772 6 015 = 274

7 seg 4 2772 7 015 = 116

8 seg 8 2772 8 015 = 260

9 seg 9 2772 9 015 = 187

10 seg 3 2772 10 015 = 124

Logo o consumo meacutedio de mictoacuteriodia foi de 1804dia e foi considerado 20

dias de utilizaccedilatildeo perfazendo um total de 36080mecircs ou 3608m3

Estimativa do Consumo de Aacutegua em Atividades de Limpeza e jardinagem

As informaccedilotildees foram prestadas pelos responsaacuteveis pela limpeza interna e

externa atraveacutes dos questionaacuterios aplicados

Consumo Atividade de limpeza=Somatoacuterio atividades limpeza paacutetios e rega

de jardim

Consumo de atividades de limpeza = 1104 m3 mensal

94

Consumo per capta de uso natildeo potaacutevel 86821450 = 598 litrosdia

Dimensionamento do reservatoacuterio de aguas pluviais

Segundo a Norma Brasileira NBR 155272007 satildeo apresentados 6 meacutetodos

de dimensionamento de reservatoacuterios cabendo ao projetista a escolha do meacutetodo

Para o presente projeto foi adotado o meacutetodo pratico alematildeo onde o volume do

reservatoacuterio seraacute o menor valor entre 6 do volume de captaccedilatildeo de agua pluvial anual

e 6 da demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Vx006

V adotado = miacutenimo Dx006

Onde

V adotado= volume do reservatoacuterio

V= volume aproveitaacutevel anual de agua de chuva

D= demanda anual de agua natildeo potaacutevel

Demanda anual por agua natildeo potaacutevel

Limpeza 1104 m3mecircs x 12= 13248 m3

Vaso sanitaacuterio 1302 m3mecircs x 12 = 156240m3

Mictoacuterio 3608m3mesx12 = 43296 m3

Total 17732 m3mecircs 12= 212784 m3

Volume aproveitaacutevel de aguas pluviais = 202248 m3

V adotado= V x006 = (202248x006) = 12134m3

V adotado= D x006= (212784x006) = 12767m3

Tendo em vista os resultados apresentados adotou-se um reservatoacuterio inferior

com capacidade de 120000 litros em concreto armado conforme projeto no apecircndice

D tendo como base a Planta Baixa apresentado na figura 17 E de acordo com a

demanda diaacuteria foi definido reservatoacuterio superior em polietileno com capacidade de

5000 litros

95

Figura 17 - Planta baixa

FonteO autor do presente trabalho

Quadro 12 - Planilha orccedilamentaacuteria

Fonte Adaptada pelo autor do presente trabalho do Sistema Orccedila fascio

96

Item Coacutedigo Banco Descriccedilatildeo Tipo Und Quant Valor

Unit

Valor Unit

com BDI

Total

1 Movimento de Terra 190190

11 72917 SINAPI

ESCAVACAO MECANICA DE VALA EM MATERIAL 2A

CATEGORIA DE 201 ATE 400 M DE PROFUNDIDADE COM

UTILIZACAO DE ESCAVADEIRA HIDRAULICA

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 13000 1198 1463 190190

2 Remoccedilotildees 862616

21 72897 SINAPICARGA MANUAL DE ENTULHO EM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 23800 2346 2864 681632

22 72900 SINAPI

TRANSPORTE DE ENTULHO COM CAMINHAO

BASCULANTE 6 M3 RODOVIA PAVIMENTADA DMT 05 A

10 KM

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 16800 535 653 109704

23 93377 SINAPI

REATERRO MECANIZADO DE VALA COM

RETROESCAVADEIRA (CAPACIDADE DA CACcedilAMBA DA

RETRO 026 Msup3 POTEcircNCIA 88 HP) LARGURA DE 08 A

15 M PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M COM SOLO (SEM

SUBSTITUICcedilAtildeO) DE 1ordf CATEGORIA EM LOCAIS COM ALTO

NIacuteVEL DE INTERFEREcircNCIA AF_042016

MOVT - MOVIMENTO

DE TERRAmsup3 7200 811 990 71280

3 Estrutura 6177729

31 95241 SINAPI

LASTRO DE CONCRETO E = 5 CM PREPARO

MECAcircNICO INCLUSOS LANCcedilAMENTO E ADENSAMENTO

AF_07_2016

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 5000 2404 2935 146750

32 5970 SINAPIFORMA TABUA PARA CONCRETO EM FUNDACAO C

REAPROVEITAMENTO 2X

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup2 22000 6684 8161 1795420

33 94052 SINAPI

ESCORAMENTO DE VALA TIPO DESCONTIacuteNUO COM

PROFUNDIDADE DE 15 A 30 M LARGURA MAIOR OU

IGUAL A 15 M E MENOR QUE 25 M EM LOCAL COM NIacuteVEL

ALTO DE INTERFEREcircNCIA AF_062016

ESCO -

ESCORAMENTOmsup2 7000 3602 4398 307860

34 83515 SINAPI

ESCORAMENTO FORMAS DE H=330 A 350 M COM

MADEIRA 3A QUALIDADE NAO APARELHADA

APROVEITAMENTO TABUAS 3X E PRUMOS 4X

ESCO -

ESCORAMENTOmsup3 12000 1500 1832 219840

35 90861 SINAPI

CONCRETAGEM DE EDIFICACcedilOtildeES (PAREDES E LAJES)

FEITAS COM SISTEMA DE FOcircRMAS MANUSEAacuteVEIS COM

CONCRETO USINADO BOMBEAacuteVEL FCK 20 MPA

LANCcedilADO COM BOMBA LANCcedilA - LANCcedilAMENTO

ADENSAMENTO E ACABAMENTO AF_062015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASmsup3 3050 40775 49786 1518473

36 92921 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 125 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 15300 779 951 145503

37 92919 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 100 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 2800 976 1192 33376

38 92917 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

EXCETO VIGAS PILARES LAJES E FUNDACcedilOtildeES

PROFUNDAS (DE EDIFIacuteCIOS DE MUacuteLTIPLOS

PAVIMENTOS EDIFICACcedilAtildeO TEacuteRREA OU SOBRADO)

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 80 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 68700 1217 1486 1020882

39 92916 SINAPI

ARMACcedilAtildeO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

UTILIZANDO ACcedilO CA-50 DE 63 MM - MONTAGEM

AF_122015

FUES - FUNDACcedilOtildeES

E ESTRUTURASKG 60900 1331 1625 989625

Descriccedilatildeo do Orccedilamento Bancos Utilizados BDI Encargos Sociais

CONSTRUCcedilAtildeO DE CISTERNA SINAPI - 072017 - RJ

ORSE - 062017 - SE

SEDOP - 042017 - PA

SEINFRA - 024 - CE

SICRO2 - 112016 - RJ

SETOP - 072017 - MG

IOPES - 052017 - ES

SIURB - 012017 - SP

SUDECAP - 032017 - MG

FDE - 042017 - SP

CPOS - 072017 - SP

AGETOP CIVIL - 102016 -

GO

CAEMA - 052016 - MA

2210 00 - Natildeo Desonerada

Total Geral R$ 7230535

Planilha Orccedilamentaacuteria Sinteacutetica

Total sem

BDI

R$ 5921991

Total do BDI R$ 1308544

97

Quadro 13 - Anaacutelise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio

Fonte O autor do presente trabalho

ANAacuteLISE DE SIMULACcedilAtildeO DO RESERVATOacuteRIO

Coeficiente de runoff (CR) = 09

Volume do reservatoacuterio (msup3) = 120

Meses Chuva meacutedia mensal

Demanda mensal

Aacuterea de captaccedilatildeo

Volume de chuva

mensal

Volume do reservatoacuterio

fixado

Volume do reservatoacuterio

no tempo (t-1)

Volume do reservatoacuterio no tempo (t)

Overflow Suprimento de aacutegua externo

(mm) (msup3) (msup2) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3) (msup3)

Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Coluna 6 Coluna 7 Coluna 8 Coluna 9 Coluna 10

Janeiro 19378 17732 13467 235 120 0 120 0 0

Fevereiro 9093 17732 13467 110 120 120 5268 0 0

Marccedilo 19098 17732 13467 231 120 5268 10636 0 0

Abril 2336 17732 13467 283 120 10636 120 9204 0

Maio 11833 17732 13467 143 120 120 8568 0 0

Junho 926 17732 13467 112 120 8568 2036 0 0

Julho 10332 17732 13467 125 120 2036 -3196 0 3196

Agosto 4905 17732 13467 59 120 0 -11832 0 11832

Setembro 9698 17732 13467 118 120 0 -5932 0 5932

Outubro 13605 17732 13467 165 120 0 -1232 0 1232

Novembro 15415 17732 13467 187 120 0 968 0 0

Dezembro 20893 17732 13467 253 120 968 8536 0 0

Total 16687 212784 2021 9204 22192

98

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo na conta como pode ser

observado no apendice E pois satildeo realizadosdiversas atividades como lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de feacuterias

Quadro 14 - Descriccedilatildeo da planilha

Fonte O autor do presente trabalho 2017

Foi realizada analise de simulaccedilatildeo do reservatoacuterio com base na capacidade

encontrada atraveacutes do metodo praacutetico alematildeo 12000 m3 onde pode-se observar

overflow (transbordamento) de 9204 m3 para o mecircs de abril e necessidade de

suprimento de agua externo da concessionaria CEDAE para os meses julho a outubro

perfazendo um total 22192m3 Tendo em vista um uacutenico mecircs de transbordamento e

4 meses de necessidade de abastecimento externo verificou-se que o aumento do

reservatoacuterio para evitar o transbordamento poderia inviabilizar o projeto com o

aumento do custo de construccedilatildeo e o reservatorio ficaria ocioso tendo em vista a

precipitaccedilatildeo pluviometrica insuficiente para o atendimento pleno da demanda nos

meses de julho a outubro

A demanda por agua natildeo potavel foi considerada identica para todos os meses

tendo em vista que nos meses de recesso natildeo haacute reduccedilatildeo significativa no consumo

como pode ser observado no apecircndice E pois satildeo realizados lavagem de

reservatorios limpeza pesada e cursos de ferias

Coluna 1 = Meses

Coluna 2 = Intensidade pluviomeacutetrica mensal

Coluna 3 = Demanda mensal de aacutegua pluvial da edificaccedilatildeo

Coluna 4 = Aacuterea de captaccedilatildeo da edificaccedilatildeo

Coluna 5 = (Coluna 2) x (Coluna 4) x (Coeficiente de runoff) (100)

Coluna 6 = Corresponde ao volume definido para o reservatoacuterio

Coluna 7 = Se (Coluna 8 mecircs anterior) for menor que zero adotar zero

Se (Coluna 8 mecircs anterior) for maior ou igual a zero adotar o valor

Valor de janeiro igual a zero

Coluna 8 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for maior que (Coluna 6) adotar o valor da (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Colune 3)

Valor de janeiro igual o volume do reservatoacuterio

Coluna 9 = Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for maior que (Coluna 6) adotar (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna3) - (Coluna 6)

Se (Coluna 5) + (Coluna 7) - (Coluna 3) for igual ou menor que (Coluna 6) adotar zero

Coluna 10 = Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for menor que zero adotar -((Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3))

Se (Coluna 7) + (Coluna 5) - (Coluna 3) for igual ou maior que zero adotar zero

Descriccedilatildeo da planilha

99

Figura 18 - Localizaccedilatildeo do Reservatorio Inferior

A localizaccedilatildeo para construccedilatildeo do reservatoacuterio de aguas pluviais foi realizada

com base no menor nuacutemero de intervenccedilotildees uma vez que as caixas de inspeccedilotildees jaacute

se encontram instaladas e houve apenas a interceptaccedilatildeo para o reservatoacuterio e desvio

de interligaccedilatildeo a rede publica para recebimento do excedente e material dispensado

pelo filtro e ou sifatildeo ladratildeo

Figura 19 - Equipamentos necessaacuterios para instalaccedilatildeo em reservatoacuterio de aguas pluviais

Elaborado pelo autor deste trabalho com base equipamentos 3p tecnickacquasave

100

Equipamentos utilizados com suas funccedilotildees e caracteriacutesticas

Filtro FV 6 Filtro de aacutegua da chuva para aacutereas de captaccedilatildeo maiores Precisa

ser instalado dentro um poccedilo teacutecnico (Oslash 1200 mm) Graccedilas a seu sistema duplo de

limpeza (peneira grossa depois fina) ele possui uma significativa eficaacutecia em funccedilatildeo

da forte inclinaccedilatildeo do miolo filtrante a sujeira separada eacute continuamente encaminhada

para a galeria pluvial A saiacuteda para a galeria eacute conectada ao poccedilo teacutecnico

A sujeira cai no fundo do poccedilo e eacute carregada quando chove mais forte

Capacidade relativa de processamento conforme norma DIN 1986 de ateacute 2433 msup2

com uma precipitaccedilatildeo de 300 litros (seg x ha)Conexatildeo Entrada 2 x DN 250 Conexatildeo

p cisterna DN 200 Saiacuteda para a galeria DN 250 Desniacutevel da entrada para a saiacuteda da

aacutegua 320 mm Frequecircncia de manutenccedilatildeo conforme a incidecircncia de sujeira 2 a 4

vezes ao ano Trama da tela 0390 x 0980 mm Peacutes hastes roscadas com porcas de

accedilo inox medindo 250 mm Peso 395 kg

Conjunto mangueira boia 1rdquo por estar flutuando proporciona a captaccedilatildeo da

aacutegua no ponto do reservatoacuterio em que estaacute mais limpa evitando a captaccedilatildeo de

resiacuteduos decantados no fundo da cisterna ou em suspensatildeo na superfiacutecie da aacutegua

Possui uma segunda peneira em sua extremidade garantindo assim que nenhum

resiacuteduo existente possa ser sugado e enviado para o reservatoacuterio superior Diacircmetro

da boia 200 mm Comprimento 25 metros Conexatildeo 1 Peso 32 kg

Realimentador 1-12 - Industrial O realimentador tem por finalidade manter o

abastecimento de aacutegua do sistema pluvial quando natildeo houver aacutegua de chuva Uma

vaacutelvula solenoide unidirecional comandada por uma boia de niacutevel libera a entrada de

aacutegua da rede para que o sistema natildeo entre em colapso A boia de niacutevel deve ser

regulada de modo a liberar a entrada de aacutegua somente num niacutevel baixo da cisterna

natildeo interferindo no funcionamento regular do sistema de aacutegua de chuva ou seja sua

regulagem deve ser ajustada para funcionamento somente quando a caixa ou a

cisterna estiver em niacuteveis baixos quando a bomba que recalca a aacutegua de chuva natildeo

eacute mais acionada

Sifatildeo ladratildeo industrial 200 mm Sifatildeo com barreira contra odores e succcedilatildeo da

aacutegua na superfiacutecie sem invasatildeo de roedores que satildeo barrados pela chapa perfurada

de accedilo inox Para a qualidade constante da aacutegua eacute importante que a cisterna

transborde regularmente o sifatildeo ind DN 200 eacute conectado por um tubo plaacutestico de 200

101

mmconexatildeo 200 mmmaterial polietilenobarreira antirroedores accedilo inox dimensotildees

375 x 659 x 765 mm Peso 75 kg

Freio Drsquoaacutegua Industrial 200 mm O produto serve para frear e inverter o fluxo da

aacutegua que entra na cisterna Partiacuteculas finas de sujeira que ficaram retidas na aacutegua

lentamente descem para o fundo e uma camada de sedimentos se cria que exerce

uma influecircncia positiva sobre a aacutegua de chuva armazenada Cisternas com uma

camada de sedimentos apresentam uma aacutegua mais liacutempida

Clorador acquanova com funcionamento em circuito fechado com proteccedilatildeo

contra inundaccedilatildeo capacidade do corpo interno 320 pastilhas variando de 0640 kg

com vazatildeo de operaccedilatildeo lenta em rede de 05 a 3000 m3h

Conjunto de 02 bombas centrifugas monoestaacutegio BC 91- rotor fechado em

atendimento a altura manomeacutetrica total de 20 metros e vazatildeo de 53 m3h compatiacutevel

com o reservatoacuterio superior de 5000 litros

Tratamento quiacutemico mensal da agua pluvial

De acordo com orientaccedilatildeo da portaria do MS nordm 5182014 e a NBR 152227

recomenda que o cloro residual livre deva estar entre 05mgl e 30 mgl em qualquer

ponto do sistema de abastecimento neste estudo de caso foi previsto dosador de

cloro em pastilhas que apresenta consumo de 9 gramasm3 com estimativa de

consumo mensal de de 1742 gramasmecircs para a quantidade de agua a ser recalcada

de 8800 litros dia sendo os ajustes de vazatildeo a serem realizados atraveacutes da equipe

de manutenccedilatildeo de forma manual atraveacutes dos ajustes de registros que seratildeo

realizados em funccedilatildeo dos valores aferidos pelo kit de dosagem de cloro residual e

comparados a norma citada

Avaliaccedilatildeo do percentual de economia de agua potaacutevel nas atividades de

limpeza jardinagem bacias sanitaacuterias e mictoacuterios

Potencial de captaccedilatildeo de agua de chuva + potencial de produccedilatildeo de agua por

condensaccedilatildeo das unidades evaporadores- overflow= total de aguas utilizaveis em

usos menos nobres

202248m3 + 19200m3 - 9204 m3 = 212244 m3 total utilizavel

Demanda anual para uso natildeo potavel = 212784 m3

Percentual de economia de agua potavel = 9974

Os valores abaixo apresentam o custo por m3 do preccedilo cobrado pela

concessionaria CEDAE para o consumo de agua da rede publica

102

Custo de agua por faixa de consumo categoria publica

Consumo m3 valor

0 a 15 51036364

gt 15 11289924

Beneficio mensal com reduccedilatildeo de custo na conta de agua

A instituiccedilatildeo em estudo estaacute ligada agrave rede puacutebica de coleta de

esgoto portanto o custo de aacutegua tratada foi acrescido com o custo de

coleta de esgoto O custo de coleta de esgoto e idecircntico ao custo da agua

potaacutevel conforme pode ser observado no apecircndice F

total utilizavel ano12= 212234 m3 12 = 17686 m3

17686x 11289924 x 2= R$ 399347 mensal

Tabela 4 - Custos referentes agrave implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluviais

Equipamentos Quant Custo Vida Uacutetil

Reservatoacuterio Inferior 120000L Reservatoacuterio Superior 5000L Filtro Aquasave VF6 250mm Conjunto Flutuante de succcedilatildeo (Mangueira e boia) Realimentador 1 12rsquorsquo Sifatildeo ladratildeo 200mm Freio drsquoaacutegua 200mm Automaacuteticos superior e inferior Moto Bomba 1 cv Conexotildees pvc fios e disjuntores referente as instalaccedilotildees das bombas e prumadas de abastecimento (custo estimado 5) Clorador

01

01

Cj

02

02

Cj

01

R$ 7230535 R$ 179000 R$ 1414958 R$ 4800 R$ 198200 R$ 456324 R$ 99000

ge 50 anos 5 anos 10 anos 1 ano 2 anos 20 a 25 2 anos

Total R$ 9582817

Os custos de implantaccedilatildeo do sistema de aproveitamento de aacutegua pluvial para

posterior anaacutelise de viabilidade econocircmica Estes custos satildeo relativos aos gastos para

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior aquisiccedilatildeo de materiais equipamentos

Dentre os custos apresentados foi considerado somente matildeo de obra na

construccedilatildeo do reservatoacuterio inferior conforme pode ser observado na planilha

orccedilamentaria sinteacutetica na instalaccedilatildeo dos demais equipamentos e manutenccedilatildeo foi

103

considerada matildeo de obra da proacutepria da instituiccedilatildeo uma vez que a mesma conta com

equipe de manutenccedilatildeo hidraacuteulica e eleacutetrica bem como natildeo foi considerado custo de

energia eleacutetrica pois a altura de recalque e semelhante a da agua tratada

consequentemente natildeo implicando em acreacutescimos a conta de energia

Anaacutelise econocircmica

A anaacutelise econocircmica procura determinar as possibilidades de sucesso em

funccedilatildeo do tempo de retorno do investimento econocircmico e financeiro quanto maior o

payback maior o tempo necessaacuterio para que o investimento retorne e maiores os

riscos envolvidos

Tempo de retorno do investimento

Com base nos dados das estimativas de custos de implantaccedilatildeo foi possiacutevel

estimar o tempo de retorno do investimento inicial

Subtraindo a economia mensal acumulada resultante da implantaccedilatildeo do

sistema de aproveitamento de aacutegua da chuva dos custos de implantaccedilatildeo obteve-se

o balanccedilo financeiro mensal

De acordo com o balanccedilo financeiro em 24 meses corridos o total economizado

iraacute se equipara ao total investido utilizando do Payback Simples pode ser observado

para o Payback descontado um retorno em 28 meses considerando uma taxa mensal

de 1 que na atualidade eacute utilizada para remuneraccedilatildeo de fundos de renda fixa

104

Tabela 5 - Payback simples

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Meses Investimento Fluxo de caixa Retorno Acumulado

0 9582817R$

1 399347R$ 41673 41673

2 399347R$ 41673 83346

3 399347R$ 41673 125020

4 399347R$ 41673 166693

5 399347R$ 41673 208366

6 399347R$ 41673 250039

7 399347R$ 41673 291713

8 399347R$ 41673 333386

9 399347R$ 41673 375059

10 399347R$ 41673 416732

11 399347R$ 41673 458406

12 399347R$ 41673 500079

13 399347R$ 41673 541752

14 399347R$ 41673 583425

15 399347R$ 41673 625099

16 399347R$ 41673 666772

17 399347R$ 41673 708445

18 399347R$ 41673 750118

19 399347R$ 41673 791791

20 399347R$ 41673 833465

21 399347R$ 41673 875138

22 399347R$ 41673 916811

23 399347R$ 41673 958484

24 399347R$ 41673 1000158

Payback Simples

105

Tabela 6 - Payback descontado

Fonte Elaborado pelo Auto deste Trabalho 2017

Tx Fundo Renda Fixa 1

Meses Investimento Fluxo de caixa VP VP VP ACUMULADO

0 9582817R$

1 399347R$ 395393R$ 41261 41261

2 399347R$ 391478R$ 40852 82113

3 399347R$ 387602R$ 40448 122560

4 399347R$ 383765R$ 40047 162608

5 399347R$ 379965R$ 39651 202258

6 399347R$ 376203R$ 39258 241516

7 399347R$ 372478R$ 38869 280386

8 399347R$ 368790R$ 38485 318870

9 399347R$ 365139R$ 38103 356974

10 399347R$ 361524R$ 37726 394700

11 399347R$ 357944R$ 37353 432053

12 399347R$ 354400R$ 36983 469036

13 399347R$ 350891R$ 36617 505652

14 399347R$ 347417R$ 36254 541906

15 399347R$ 343977R$ 35895 577802

16 399347R$ 340572R$ 35540 613341

17 399347R$ 337200R$ 35188 648529

18 399347R$ 333861R$ 34840 683369

19 399347R$ 330555R$ 34495 717864

20 399347R$ 327283R$ 34153 752017

21 399347R$ 324042R$ 33815 785832

22 399347R$ 320834R$ 33480 819312

23 399347R$ 317657R$ 33149 852460

24 399347R$ 314512R$ 32820 885281

25 399347R$ 311398R$ 32495 917776

26 399347R$ 308315R$ 32174 949950

27 399347R$ 305262R$ 31855 981805

28 399347R$ 302240R$ 31540 1013345

Payback Descontado

106

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Na metodologia adotada conclui-se que a utilizaccedilatildeo de aguas pluviais para fins

natildeo potaacuteveis atraveacutes da captaccedilatildeo da cobertura do bloco E e de aguas residuais

provenientes de condensadores de aparelhos de ar condicionado gerou uma

economia mensal R$ 399347 mecircs (Trecircs mil novecentos e noventa e trecircs reais e

quarenta e sete centavos) de reduccedilatildeo na conta de aacutegua

Apoacutes a realizaccedilatildeo dos custos referentes a implantaccedilatildeo do sistema de

aproveitamento de aguas pluviais foi realizado o Payback Simples e descontado com

utilizaccedilatildeo da taxa de 1 am obtendo-se periacuteodo de retorno do investimento de 24

meses e 28 meses respectivamente periacuteodo relativamente curto e no desenvolvimento

do presente trabalho ficou comprovada a viabilidade teacutecnica e econocircmica

Foi verificado no desenvolvimento do presente projeto que as teacutecnicas para

aproveitamento de aguas pluviais podem ser associadas ao aproveitamento de aguas

cinzas e possiacuteveis de serem adotadas pela populaccedilatildeo de modo geral atraveacutes de

poliacuteticas puacuteblicas reduzindo-se os custos dos equipamentos necessaacuterios de forma a

incentivar o uso

A adoccedilatildeo de tecnologias de reaproveitamento ou reuso ao serem utilizadas em

instituiccedilotildees de ensino servem como exemplo de postura ambientalmente correta para

os problemas de ocupaccedilatildeo e impermeabilizaccedilatildeo desordenada do solo nos centros

urbanos aleacutem de estimular a educaccedilatildeo ambiental e os conceitos de sustentabilidade

criando multiplicadores das accedilotildees de conservaccedilatildeo do meio ambiente

A pesquisa bibliograacutefica na parte que trata do histoacuterico de reuso demonstrou

que o aproveitamento de aguas pluviais era utilizado por civilizaccedilotildees anteriores a

nossa era e que diversos paiacuteses do mundo na atualidade continuam a utilizar e

incentivar a populaccedilatildeo atraveacutes de poliacuteticas puacuteblicas

Dentre os custos referentes a implantaccedilatildeo do SAAP pode ser observado que o

reservatoacuterio inferior apresenta maior investimento cabendo ao projetista avaliar

atraveacutes de anaacutelise de simulaccedilatildeo o volume de transbordamento e volume de

suprimento externo de agua de forma a otimizar a utilizaccedilatildeo da precipitaccedilatildeo

pluviomeacutetrica da regiatildeo sem contudo inviabilizar o projeto financeiramente atraveacutes

do superdimensionamento do reservatoacuterio

Finalmente em caso de utilizaccedilatildeo do SAAP como alternativa a rede de

abastecimento da concessionaria cabe ao gestor a orientaccedilatildeo aos usuaacuterios bem

107

como a identificaccedilatildeo das tubulaccedilotildees e pontos de uso por meio de pintura na cor roxa

das tubulaccedilotildees e placas indicativas nos pontos de uso

51 Propostas para trabalhos futuros

Apoacutes a conclusatildeo do presente trabalho seguem as sugestotildees para trabalhos

futuros abaixo relacionados

Realizar estudos referentes aos diversos meacutetodos de dimensionamento de

reservatoacuterio citados segundo a Norma Brasileira NBR 155272007ABNT e avaliar o

meacutetodo que apresenta melhor desempenho em funccedilatildeo do iacutendice de precipitaccedilatildeo do

Estado do Rio de Janeiro

Elaborar estudos para avaliar o potencial de captaccedilatildeo de aguas residuais que

satildeo produzidas pelas unidades evaporadoras de ar condicionado com ensaios em

todas as estaccedilotildees do ano de forma a verificar a variaccedilatildeo de produccedilatildeo de condensaccedilatildeo

em diversas condiccedilotildees climaacuteticas externas

Produzir estudos de aproveitamento de aacuteguas pluviais verificando todas as

coberturas existentes na instituiccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de aacuteguas cinzas

Realizar analise da qualidade da aacutegua pluvial e estudo de possiacuteveis

tratamentos para utilizaccedilatildeo como agua potaacutevel com verificaccedilatildeo de viabilidade

financeira

108

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121

APEcircNDICE A

Questionaacuterio 1

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bloco E

( ) Alunos ( ) Servidores ( ) Professores ( ) Teacutecnico Administrativo

Gecircnero ( ) Masculino ( ) Feminino

1) Nuacutemero de vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza a descarga do vaso sanitaacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

2) Estime um tempo em segundos de cada vez que vocecirc pressiona a descarga sanitaacuteria

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg ( ) 12 seg

3) Nuacutemero em vezes diariamente em meacutedia que vocecirc utiliza o mictoacuterio

( ) zero ( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

( ) 6 vezes ( ) 7 vezes ( ) 8 vezes

4) Estime um tempo em segundos que vocecirc pressiona a descarga dos mictoacuterios

( ) zero ( ) 1 seg ( ) 2 seg ( ) 3 seg ( ) 4 seg ( ) 5 seg ( ) 6 seg

( ) 7 seg ( ) 8 seg ( ) 9 seg ( ) 10 seg ( ) 11 seg

122

APEcircNDICE B

Questionaacuterio 2

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E

Encarregado de limpeza Interna

1) Nuacutemero de vezes por semana que as circulaccedilotildees e escadas dos pavimentos satildeo

lavados

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que o paacutetio do teacuterreo eacute lavado

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

3) Tempo de duraccedilatildeo que a torneira fica aberta

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

4) Nuacutemero de baldes (considerar balde com capacidade de 10 Lt) necessaacuterios a limpeza

das circulaccedilotildees por pavimento utilizando apenas pano molhado

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

5) Nuacutemero de vezes por semana que eacute passado pano molhado nas circulaccedilotildees dos

pavimentos

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9

123

APEcircNDICE C

Questionaacuterio 3

Prezados

O presente questionaacuterio faz parte de pesquisa de dissertaccedilatildeo de Mestrado e tem como

objetivo avaliar a demanda de aacutegua potaacutevel possiacutevel de ser substituiacuteda por aacutegua de chuva

Sua participaccedilatildeo eacute fundamental para o desenvolvimento da pesquisa

Obrigado pela sua participaccedilatildeo

Mario dos Santos Soares

Estudo de consumo de aacutegua CEFET- Maracanatilde Bl E e Academia

Encarregado de limpeza Externa

1) Nuacutemero de vezes por mecircs que as vidraccedilas satildeo lavadas

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes

2) Nuacutemero de vezes por semana que eacute realizada a rega do jardim

( ) 1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes ( ) 6 vezes

3) Tempo estimado da utilizaccedilatildeo da torneira para rega do jardim

( ) 15 minutos ( ) 30 minutos ( ) 45 minutos ( ) 60 minutos

( ) 75 minutos

124

APEcircNDICE D

125

126

127

128

APEcircNDICE E

Consumo de agua potaacutevel

CONSUMO 2014 A 2016

Mecircs

2014 2015 2016

Meacutedia Total

Vol Faturado

(msup3)

nordm dias

m3dia Vol

faturado (msup3)

nordm dias

m3dia Vol

Faturado (msup3)

nordm dias

m3dia

JAN 173100 29 5969 168000 30 5600 234100 32 7316 6295

FEV 182300 30 6077 181600 2900 6262 192900 34 5674 6004

MAR 131600 29 4538 212000 3100 6839 305500 28 10911 7429

ABR 221100 34 6503 264600 2900 9124 323100 29 11141 8923

MAI 196400 31 6335 253100 3300 7670 251800 31 8123 7376

JUN 168900 34 4968 210900 2800 7532 242200 29 8352 6951

JUL 200100 30 6670 213000 3400 6265 188700 28 6739 6558

AGO 190700 31 6152 220100 2800 7861 223100 29 7693 7235

SET 254300 28 9082 183200 3300 5552 178300 33 5403 6679

OUT 226700 31 7313 322500 2800 11518 197200 29 6800 8544

NOV 250600 32 7831 242200 2900 8352 254700 31 8216 8133

DEZ 284300 30 9477 286600 3100 9245 290400 31 9368 9363

Fonte contas CEDAE

129

APEcircNDICE F

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