universidade federal do tocantins campus …´nia pinto de... · conservaÇÃo pÓs-colheita de...

80
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI MESTRADO EM PRODUÇÃO VEGETAL CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE PIMENTAS-DE-CHEIRO (Capsicum chinense) ARMAZENADAS SOB ATMOSFERA MODIFICADA E REFRIGERAÇÃO. ANTONIA PINTO DE CERQUEIRA Orientadora: Profª. Drª. Elisângela Elena Nunes Carvalho GURUPI TOCANTINS – BRASIL 2012

Upload: vudien

Post on 02-Dec-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI MESTRADO EM PRODUÇÃO VEGETAL

CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE PIMENTAS-DE-CHEIRO (Capsicum

chinense) ARMAZENADAS SOB ATMOSFERA MODIFICADA E REFRIGERAÇÃO.

ANTONIA PINTO DE CERQUEIRA

Orientadora: Profª. Drª. Elisângela Elena Nunes Carvalho

GURUPI TOCANTINS – BRASIL

2012

ANTONIA PINTO DE CERQUEIRA

CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE PIMENTAS-DE-CHEIRO (Capsicum chinense) ARMAZENADAS SOB ATMOSFERA MODIFICADA E

REFRIGERAÇÃO

Dissertação apresentada à Universidade Federal do Tocantins, como parte das exigências do Programa de Pós- Graduação em Produção Vegetal, para obtenção do título de Mestre.

GURUPI TOCANTINS – BRASIL

2012

ANTONIA PINTO DE CERQUEIRA

CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE PIMENTA-DE-CHEIRO (Capsicum chinense) ARMAZENADA SOB ATMOSFERA MODIFICADA E

REFRIGERAÇÃO

Dissertação aprovada em 20 de julho de 2012 na Universidade Federal do Tocantins como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal para a obtenção do título de Mestre em Produção Vegetal. Área de Concentração: Fitotecnia.

Banca examinadora:

______________________________________

Dra. Elisângela Elena Nunes Carvalho (Orientadora)

______________________________________ Dra. Susana Cristine Siebeneichler

(Examinadora)

______________________________________ Dr. Ezequiel Marcelino da Silva

(Examinador)

______________________________________ Dra. Dione Pereira Cardoso

(Examinadora)

A minha Mãe Neny Francisco de Asevedo

Ao meu pai Égidio Pinto de Cerqueira

A minha irmã Égina Pinto de Cerqueira

Ao meu amor Maurivan Braga de Almeida

A minha querida professora orientadora Elisângela

E todos aqueles que me ajudaram principalmente aquele que é nosso alicerce e refúgio sem ele nada disso seria possível, Deus.

DEDICO.

i

AGRADECIMENTOS

A Deus, por está sempre presente na minha vida, me guiando e dando força

mesmo em momento mais difícil sei que nunca me abandonou;

A Universidade Federal do Tocantins, por mais essa oportunidade;

A Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela

concessão da bolsa de estudos;

Em especial a professora orientadora Elisângela Elena Nunes carvalho, pela a

orientação, paciência e compreensão;

A professora Susana e o professor Eduardo Erasmo por disponibilizar os

laboratórios para o desenvolvimento do trabalho;

Ao professor Augustus Portella, pela colaboração na estatística deste trabalho;

As professoras Susana e Dione, o professor Ezequiel por aceitarem

prontamente meu convite para fazer parte da banca examinadora e por

compartilhar seus ensinamentos e conhecimentos;

A todos os professores que ministraram disciplinas no curso de Pós-Graduação

em Produção Vegetal, pelos conhecimentos transmitidos;

Aos guardas e vigilantes da UFT, em especial seu Roberval e Samuel;

A minha família que é o tesouro mais valioso na minha vida, minha mãe Neny

Francisco de Asevedo, meu pai Égidio Pinto de Cerqueira e a minha irmã Egina

Pinto de Cerqueira. Agradeço incondicionalmente pelo o apoio, carinho, força,

e incentivo. Amo muito vocês!

Carinhosamente por essa pessoa, Maurivan Braga de Almeida, pelo amor,

incentivo, apoio e companheirismo;

A Tia Deise pelas as orações para que tudo desse certo sempre, e por ter

acolhido na sua casa, durante essa caminhada;

As colegas, companheiras e amigas Éryca Tatiane, Elonha Rodrigues,

Valdilene Coutinho, Sara Monteiro e Renata Costa. Vocês são muito especiais

na minha vida. Obrigada por tudo!

Ao ilustre Bruno Garcia, pois estava sempre disponível para me ajudar;

Enfim, agradeço de coração a todos que de alguma forma contribuíram para a

conclusão deste trabalho. Muito Obrigada!

ii

PAI NOSSO

Se em minha vida não ajo como o filho de Deus, fechando meu coração ao amor, será inútil dizer: PAI NOSSO;

Se os meus valores são representados pelos bens da terra, será inútil dizer:

QUE ESTAS NO CEÚ; Se penso apenas em ser cristão por medo, superstição e comodismo,

será inútil dizer: SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME;

Se acho tão sedutora a vida aqui, cheia de superfluos e futilidades, será inútil dizer:

VENHA A NÓS O VOSSO REINO; Se no fundo o que eu quero mesmo, É que todos os meus sonhos se realizem,

Será inútil dizer: SEJA FEITA A VOSSA VONTADE;

Se prefiro acumular riquezas, desprezando meus irmãos que passam fome, será inútil dizer:

O PAI NOSSO DE CADA DIA NOS DAÍ HOJE. Se não me importo em ferir, injustiçar, oprimir e magoar os que atravessam o

meu caminho, será inútil dizer:

PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS ASSIM COMO NOS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO.

Se escolhe sempre o caminho mais fácil, que nem sempre é o caminho de cristo,

será inútil dizer: NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO;

Se por minha vontade procuro os prazeres materiais e tudo o que é proibido me seduz,

será inútil dizer: LIVRAI-NOS DO MAL...

Se sabendo que sou assim, continuo me omitindo e nada faço para me modificar.

Será inútil dizer: AMÉM.

Autor: Raul Branco

iii

SUMÁRIO

Páginas RESUMO................................................................................................................ x

ABSTRACTS .......................................................................................................... xi

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................

1

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................. 4 2.1 Características da pimenta-de-cheiro (Capsicum chinense)............................ 4 2.2 Colheita............................................................................................................. 5 2.3 Conservação pós-colheita................................................................................. 6 2.4 Perdas pós-colheitas......................................................................................... 7

2.5 Embalagens para pimentas in natura............................................................... 8

2.6 Técnicas de armazenamento: refrigeração e atmosfera modificada..... 9

2.7 Fatores que influenciam na qualidade dos frutos da pimenta-de-cheiro.......... 11

2.7.1 Perda de Massa............................................................................................. 11 2.7.2 Firmeza.......................................................................................................... 12 2.7.3 Cor................................................................................................................. 13 2.7.4 pH................................................................................................................... 15

2.7.5 Sólido solúvel................................................................................................. 15

2.7.6 Acidez titulável .............................................................................................. 16

2.7.7 Clorofila.......................................................................................................... 16 3 MATERIAL E MÉTODOS.................................................................................... 18 3.1 Colheita e Manuseio dos frutos......................................................................... 18 3.2 Métodos Analíticos............................................................................................ 20 3.3 Perda de massa................................................................................................ 20 3.4 Firmeza............................................................................................................. 21 3.5 Cor.................................................................................................................... 21 3.6 pH...................................................................................................................... 23 3.7 Sólidos solúveis................................................................................................ 24

3.8 Acidez titulável.................................................................................................. 24

3.9 Clorofila............................................................................................................. 24 3.10 Análises Estatísticas....................................................................................... 25 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................... 26 4.1 Perda de massa................................................................................................ 26 4.2 Firmeza............................................................................................................. 31

4.3 Cor.................................................................................................................... 34

4.4 pH...................................................................................................................... 36 4.5 Sólidos solúveis................................................................................................ 38 4.6 Acidez titulável.................................................................................................. 42 4.7 Clorofila............................................................................................................. 44

5 CONCLUSÕES.................................................................................................... 51

6 REFERÊNCIAS.................................................................................................... 52

iv

LISTA DE FIGURAS

Páginas

Figura 1: Flores com anteras lilás e amarelas de Capsicum chinense.. 4

Figura 2: Frutos de Capsicum chinense no estágio de maturação

fisiológica de vez e maduro........................................................

4

Figura 3: Cálice com apresentação de constrição anelar (direita)

exclusiva da espécie Capsicum chinense..................................

5

Figura 4: Estruturas químicas da capsaicina e dihidrocapsaicina............. 5

Figura 5: Significado geométrico das coordenadas L* a* b* e L* C* ºh.

(HUNTER, 1978).........................................................................

14

Figura 6: Área da Chácara Canaã, localizada no município de Gurupi -

TO onde foram colhidas as pimentas.........................................

18

Figura 7: Lavagem das pimentas-de-cheiro com detergente neutro......... 19

Figura 8: Embalagens utilizadas para o acondicionamento de pimenta

de cheiro...................................................................................

19

Figura 9: A direita B.O.D, equipamento utilizado para o armazenamento

durante 12 dias...........................................................................

20

Figura 10: Balança semi-analítica utilizada para determinar a peso da

massa verde dos Frutos de pimenta-de-cheiro Capsicum

chinense......................................................................................

21

Figura 11: A esquerda sólido com L* variando de branco (topo da esfera)

até preto (base da esfera), coordenada a* variando de

vermelho até verde na horizontal e coordenada b variando de

amarelo até azul na vertical e à direita secção da esfera com o

ângulo de cor ºh e a pureza da cor ou croma C*. Fonte Mc

Guire,1992..................................................................................

22

Figura 12: À direita penetrômetro analógico da marca Soil Control,

modelo PTR-100 e a esquerda colorímetro Minolta, modelo

CR 400 utilizado para determinação da firmeza e cor dos

frutos de pimenta-de-cheiro Capsicum chinense.......................

23

v

Figura 13: Equipamento utilizado nas analises de pH e sólidos solúveis dos

frutos da pimenta-de-cheiro Capsicum chinense á esquerda

peagâmetro digital da Marca Sppencer scientific modelo SP 3611 e

a direita refratômetro digital (ATAGO PAL – 1)...................................

23

Figura 14: ClorofiLOG® modelo CFL 1030, utilizado para a analise de

clorofila, dos frutos da pimenta-de-cheiro capsicum chinense...

25

Figura 15: Equação de regressão simples linear e coeficiente de

determinação de perda de massa (%) dos frutos de pimenta-

de-cheiro acondicionadas em pote polipropileno de 750 ml

com tampa (A); bandeja de isopor revestida com filme de

(PVC) de 14 micras (B); saco plástico de polietileno com

dimensões 13 x 40 cm (C) e (D) perda de massa por

embalagem em função da temperatura de armazenamento

(8ºC, 15ºC, 20ºC e 25ºC) por 12 dias. Gurupi – TO,

2012..........................................................................................

29

Figura 16: Equação de regressão simples linear e coeficiente de

determinação entre a variável tempo de armazenamento (0, 2,

4, 6, 8, 10 e 12 dias) e a perda de massa (%) dos frutos de

pimenta-de-cheiro acondicionadas em pote polipropileno de

750 ml (A); bandeja de isopor revestida com filme de (PVC) 14

micras; (B) - saco plástico de polietileno com dimensões 13 x

40 cm (C) e (D) perda de massa (%) por embalagem em

função do tempo de armazenagem. Gurupi – TO,

2012..........................................................................................

31

Figura 17: pH dos frutos de pimenta-de-cheiro acondicionadas em pote polipropileno de 750 ml; bandeja de isopor revestida com filme de (PVC) 14 micras e saco plástico de polietileno com dimensões 13 x 40 cm, em função do tempo de armazenamento (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias). Gurupi – TO, 2012..........................................................................................

37

vi

Figura 18: pH dos frutos de pimenta-de-cheiro acondicionadas em pote

polipropileno de 750 ml; bandeja de isopor revestida com filme

de (PVC) 14 micras; saco plástico de polietileno com

dimensões 13 x 40 cm em função da temperatura de

armazenamento (8, 15, 20 e 25ºC). Gurupi – TO,

2012..........................................................................................

38

Figura 19: Sólidos solúveis dos frutos de pimenta-de-cheiro

acondicionadas em pote polipropileno de 750 ml; bandeja de

isopor revestida com filme de (PVC) 14 micras; saco plástico

de polietileno com dimensões 13 x 40 cm, em função da

temperatura de armazenamento (8, 15, 20 e 25ºC) durante 12

dias. Gurupi – TO, 2012......................................................

40

Figura 20: Sólidos solúveis (ºBrix) dos frutos de pimenta-de-cheiro acondicionadas em pote polipropileno de 750 ml, bandeja de isopor revestida com filme de (PVC) 14 micras e saco plástico de polietileno com dimensões 13 x 40 cm armazenados sob as temperatura (8, 15, 20 e 25ºC), em função do tempo de armazenamento. (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias). Gurupi – TO, 2012.......................................................................................................

41

Figura 21: Acidez titulável (%) dos frutos de pimenta-de-cheiro

acondicionadas em pote polipropileno de 750 ml, bandeja de

isopor revestida com filme de (PVC) 14 micras e saco plástico

de polietileno com dimensões 13 x 40 cm armazenados a (8,

15, 20 e 25ºC), durante 12 dias. Gurupi – TO,

2012...................................................................................

43

Figura 22: Acidez titulável (%) dos frutos de pimenta-de-cheiro

acondicionadas em pote polipropileno de 750 ml, bandeja de

isopor revestida com filme de (PVC) 14 micras e saco plástico

de polietileno com dimensões 13 x 40 cm em função da

temperatura de armazenamento (8, 15, 20 e 25ºC), durante 12

dias de avaliação. Gurupi – TO, 2012........................................

44

vii

Figura 23: Curva para clorofila a dos frutos de pimenta-de-cheiro

acondicionadas em: (A) Pote polipropileno de 750 ml; (B)

Bandeja de isopor revestida com filme de (PVC-14 micras) e

(C) Saco plástico de polietileno com dimensões 13 x 40 cm,

em função do tempo (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias) e da

temperatura de armazenamento (8, 15, 20 e 25ºC). Gurupi –

TO, 2012...................................................................................

47

Figura 24:

Curva para clorofila b dos frutos de pimenta-de-cheiro acondicionadas em: (A) Pote polipropileno de 750 ml; (B) Bandeja de isopor revestida com filme de (PVC) 14 micras e (C) Saco plástico de polietileno com dimensões 13 x 40 cm, em função do tempo (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias) e da temperatura de armazenamento (8, 15, 20 e 25ºC). Gurupi – TO, 2012..................................................................................

49

Figura 25: Curva para Clorofila total a/b dos frutos de pimenta-de-cheiro acondicionadas em: (A) Pote polipropileno de 750 ml; (B) Bandeja de isopor revestida com filme de (PVC) 14 micras e (C) Saco plástico de polietileno com dimensões 13 x 40 cm em função do tempo. (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias) e da temperatura de armazenamento (8ºC, 15ºC, 20ºC e 25ºC). Gurupi – TO, 2012.........................................................................

50

viii

LISTA DE TABELAS

Páginas

Tabela 1: Perda de massa (%) dos frutos de pimenta-de-cheiro

acondicionado em diferentes embalagens e armazenado

em diferentes temperaturas (8, 15, 20 e 25ºC) por 12 dias.

Gurupi – TO, 2012................................................................

28

Tabela 2: Firmeza (N) dos frutos de pimenta-de-cheiro em função do tempo armazenamento. Gurupi – TO, 2012.........................

32

Tabela 3: Firmeza (N) de frutos dos pimenta-de-cheiro em função da temperatura. Gurupi – TO, 2012..........................................

33

Tabela 4: Médias das propriedades de cor L*, a*, b*, C* e Hue dos

frtuos de pimenta-de-cheiro acondicionadas em três

diferentes embalagens e armazenadas em quatro

temperaturas durante 12 dias após a colheita......................

35

Tabela 5: Resultados do teste de Tukey para teores de clorofila a;

clorofila b; e clorofila total dos frutos de pimenta-de-cheiro

acondicionadas em diferentes embalagens e armazenados

em diferentes temperaturas por 12 dias. Valores médios

de três repetições (± EP). Gurupi – TO, 2012......................

46

ix

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo determinar qual temperatura e a

embalagem ideal para conservação da pimenta-de-cheiro durante 12 dias de

armazenamento. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente

casualizado (DIC) em esquema fatoriais (3x4x7), sendo 3 tipos de embalagens

(pote, bandeja e saco), 4 temperaturas (8ºC,15ºC, 15ºC e 25ºC) e 7 dias de

armazenamento (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias) com três repetições. Em cada

embalagem foi acondicionada aproximadamente 100g de amostra de pimenta

de cheiro fresca com pendúculo. Foram avaliadas a cada dois dias: perda de

massa, firmeza, cor (valores L*, a*, ângulo Hue e Croma), sólidos solúveis,

acidez titulável, pH e clorofila (a, b e total). Os resultados indicaram que a

embalagem bandeja de isopor e revestida com filme PVC-14 micras,

determinou maior perda de massa e firmeza nos frutos da pimenta e menor

valores de pH; as temperaturas 20 e 25ºC proporcionaram maior perda de

massa e firmeza; a temperatura de 8°C preservou melhor a qualidades dos

frutos da pimenta-de-cheiro, determinou menor perda de massa, maior

conteúdo de clorofila a, b e total, menor acidez; manteve a cor dos frutos,

firmeza e os teores de sólidos solúveis durante os 12 dias de armazenamento;

e a embalagem saco de polietileno conservou melhor a perda de massa dos

frutos da pimenta-de-cheiro durante 12 dias de armazenamento.

Palavras Chaves: Capsicum chinense, temperatura, embalagem e qualidade

físico-química.

x

POST-HARVEST STORAGE OF PEPPER-DE SMELL (Capsicum chinense) STORED UNDER MODIFIED ATMOSPHERE AND COOLING.

ABSTRACT

This study aimed to determine optimal temperature for preservation and packaging of

hot peppers for 12 days of storage. The experiment was conducted in a completely

randomized design (CRD) in scheme factorial (3x4x7), and 3 types of packaging (pot,

tray and bag), four temperatures (8°C, 15°C, 15°C and 25°C) and 7 days of storage (0,

2, 4, 6, 8, 10 and 12 days) with three replications. In each package was wrapped

approximately 100 g sample of fresh hot peppers with pendúculo. Were evaluated

every two days: weight loss, firmness, color (L*, a*, Hue angle and chroma), soluble

solids, titratable acidity, pH and chlorophyll (a, b and total). The results indicated that

the package tray Styrofoam and coated with PVC film-14 micron, determined higher

mass loss and firmness in fruits pepper and lower pH values, temperatures 20 and

25ºC showed greater weight loss and firmness; temperature of 8ºC preserved the best

qualities of the fruits of chilli, determining the lowest mass loss, higher content of

chlorophyll a, b and total, low acidity; maintained fruit color, firmness and soluble solids

during the 12 days of storage, the packaging bag polyethylene retained better mass

loss of the fruits of chilli during 12 days of storage

Keywords: Capsicum chinense, temperature, packaging and physical and chemical quality.

xi

1

1. INTRODUÇÃO

A pimenta-de-cheiro é um condimento muito apreciado em várias partes

do mundo: México, América Central, Antilhas, Índia Ocidental, Caribe, Bolívia e

em todo Brasil, principalmente, no Nordeste, que é a maior região consumidora

de pimentas, em função de ser o condimento fundamental para a culinária local

(BIANCHETTI, 1996; RIBEIRO e CRUZ, 2002).

Os maiores produtores mundiais têm sido os Países Asiáticos, cuja área

cultivada é aproximadamente 89% e a principal área de cultivo está localizada

na Índia, Coréia, Tailândia, China, Vietnã, Srilanka e Indonésia. Os Estados

Unidos e o México respondem por cerca de 7% do total mundial e 4% estão

nos países da Europa, África e Oriente Médio (RUFINO e PENTEADO, 2006).

No Brasil a área anual cultivada com pimenta é de cerca de cinco mil hectares,

com a produção de 75 mil toneladas e os principais Estados produtores são:

Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Ceará e Rio Grande do Sul.

(REIFSCHNEIDER e RIBEIRO, 2008).

Dentre as diversas pimentas cultivadas, a mais comum no mercado

brasileiro é a pimenta-de-cheiro, a pimenta malagueta e a dedo de moça,

sendo estas bastante apreciadas e utilizadas na culinária do nordeste

brasileiro, especialmente no estado do Piauí (DONALD, 2009; GRAVINA et

al.,2004).

A pimenta de cheiro, como as demais hortaliças é um produto

altamente perecível, pois apresenta vida pós-colheita muito curta. Esta

característica, aliada ao manuseio inadequado durante a colheita, transporte e

a forma de comercialização geram grandes perdas. Com isso, são reduzidas a

quantidade e a qualidade do produto que chega ao consumidor. De nada

adianta a utilização de moderna tecnologia agrícola visando o aumento da

produção de alimentos, se estes não são convenientemente aproveitados pelo

consumidor. E muitos são os problemas relacionados com a perda de

qualidade e deterioração dos alimentos uma vez que o resultado de danos

sucessivos e cumulativos que estes sofrem são principalmente durante o

período de armazenamento (SIGRIST et al. 2002).

2

Segundo Luengo (2005), uma das forma de conservar o produto por

mais tempo é o uso de embalagens adequadas que proporciona redução

significativa das perdas quando comparado com os produtos expostos a granel.

As principais funções de uma embalagem são proteger o alimento de danos

como amassamentos, compressões e facilitar a movimentação, transporte e a

exposição dos produtos.

Embora a embalagem seja um fator extremamente importante para o

acondicionamento e armazenamento das hortaliças a temperatura também

influência no armazenamento dos frutos. Chitarra e Chitarra (2005) citam a

refrigeração como sendo o método mais eficiente para manter a qualidade de

frutos e hortaliças, pois quando realizado de modo adequado, retarda os

processos fisiológicos tais como a respiração e produção de etileno, além de

reduzir o desenvolvimento de podridões. Segundo os mesmos autores,

embalagens e temperatura quando agrupados de forma adequada possibilitam

a redução na respiração, e conseqüentemente, nas perdas de aroma, sabor,

textura, cor e demais atributos de qualidades durante o período de

armazenamento.

Do ponto de vista social, o agronegócio de pimenta tem importância,

principalmente, em função de requerer grande quantidade de mão-de-obra,

especialmente, durante a colheita. Além disso, o mercado de pimenta é muito

segmentado e diverso, em razão da grande variedade de produtos e

subprodutos, usos e formas de consumo, cujo mercado mais comum é o das

pimentas in natura, que são comercializadas em pequenas quantidades,

também se destacam no mercado as pimentas processado/industrializadas

como as conservas, os molhos e pimentas desidratadas (MOREIRA et al. 2006;

FURTADO et al. 2006; HENZ e RIBEIRO, 2008).

Considerando a importância comercial, pimentas do gênero Capsicum

spp têm sido pouco estudadas do ponto de vista de conservação pós-colheita.

Saber qual a temperatura ideal de armazenamento e o melhor tipo de

embalagens para acondicionamento são os dois principais fatores que podem

contribuir para a manutenção de qualidade e conseqüentemente diminuir as

perdas pós-colheita para os comerciantes.

3

Com isso, o trabalho teve como objetivo determinar qual temperatura e

a embalagem ideal para conservação da pimenta-de-cheiro durante 12 dias de

armazenamento.

4

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Características da pimenta-de-cheiro (Capsicum chinense)

A pimenta-de-cheiro é uma hortaliça pertencente à família Solanaceae e

ao gênero Capsicum L. tendo como centro de origem as Américas. O Brasil é

reconhecido como centro secundário de espécies domesticadas de Capsicum,

e a região da Amazônia é a que concentra a maior diversidade de pimenta-de-

cheiro (Capsicum chinense), sendo os indígenas desta região, os responsáveis

pela domesticação desta espécie (PICKERSGILL, 1971).

Segundo Smith e Heiser (1987), a espécie Capsicum chinense atinge 45

a 76 cm de altura. As folhas são do tipo ovadas a ovado-lanceoladas de 10,5

cm, largas, macias, de tonalidades verdes claro a escuro. As flores aparecem

de 3 a 5 por nó. As anteras são, geralmente azuis, roxas ou violetas. Conforme

os mesmos autores, o pedicelo é pendente, podendo estar ereto ou inclinado,

relativamente curto e grosso na antese. A corola é verde-amarela da branca,

sem manchas ou raramente esbranquiçada, medindo de 0,5 a 1,0 cm de

comprimento. (Figura 1).

FIGURA 1. Flores com anteras lilás e amarelas de Capsicum chinense

O fruto apresenta várias formas podendo ser liso ou enrugado, com

comprimento de 10 até 12,0 cm. Quando imaturos, a cor do pericarpo é verde

ou amarelo-limão; quando maduros, pode variar entre vermelho, a laranjado e

marrom. (CASALI e COUTO, 1984; SMITHe HEISER, 1987). (Figura2).

FIGURA 2. Frutos de Capsicum chinense no estágio de maturação fisiológica de vez e maduro.

5

Nuez-viñals (2003) e Carvalho et al.(2003) relatam que a principal

distinção morfológica entre Capsicum chinense e as demais espécies

cultivadas, além da coloração da corola, é a presença de constrição anelar

localizada no cálice em união com o pedicelo (Figura 3).

FIGURA 3. Cálice com apresentação de constrição anelar (direita) exclusiva da espécie Capsicum chinense.

Os componentes principais, responsáveis pelo sabor picante e também

pelas atividades biológicas atribuídas às pimentas, são capsaicinae a

dihidrocapsaicina seguido dos capsaicinóides (Figura 4).

FIGURA 4. Estruturas químicas da capsaicina e dihidrocapsaicina.

Estes compostos orgânicos (capsaicina edihidrocapsaicina) são

encontrados em maior quantidade nos frutos e acumulam na superfície, ao

longo do qual são dispostas as sementes (SIMÕES et al. 2004; PEREIRA,

2007). A produção destes compostos ocorre a partir dos aminoácidos

fenilalanina ou valina, pela rota dos fenilpropanóides, com a ação de muitas

enzimas distintas (DÍAZ et al. 2004).

2.2 Colheita

A colheita é o processo pelo qual o produto é separado da planta-mãe e

retirado do campo,quando os frutos atingem o máximo de qualidades

6

organolépticas como tamanho, sabor, cor, aroma e textura. A partir deste

momento, é que inicia a qualidade do produto durante o armazenamento.

A colheita das pimentas mais precoces é realizada a partir de 90 dias

após a semeadura e para as mais tardias após 120 dias. O ponto de colheita

ideal da pimenta é determinado visualmente, quando os frutos atingem o

tamanho máximo de crescimento e o formato típico de cada espécie, com a cor

específica demandada pelo mercado: verde para a pimenta ‘Cambuci’;

vermelho para a ‘Malagueta’; amarela ou vermelha para a pimenta ‘Bode’;

verde-claro para a ‘De Cheiro’; amarela para a ‘Cumari do Pará’; e amarelo-

claro para a ‘Murupi’ (HENS, 2004).

A colheita é realizada manualmente, colhendo-se os frutos da planta

cuidadosamente com ou sem os pedúnculos. O ideal é que a colheita seja

realizada nas horas menos quentes do dia, ou seja, no início da manhã e no

final da tarde. Quando não é possível colher todos os frutos nestes dois

períodos, estes devem ser armazenados sempre a sombra, em local arejado e

fresco. A exposição direta ao sol aumenta a respiração e a perda de água, que

pode resultar em murcha e deterioração dos frutos. Deve também evitar a

colheita de frutos molhados, pela chuva ou orvalho, porque tende a apodrecer

mais rapidamente durante o transporte e a comercialização. Eliminar também

os restos de folhas e galhos porque tendem a fermentar mais rápido,

principalmente, quando há umidade (HENS, 2004).

2.3 Conservação pós-colheita

A conservação pós-colheita é extremamente importante para que as

hortaliças cheguem ao consumidor com excelente qualidade. Para tanto, o

processo de conservação deve partir de produtos com boa qualidade na

colheita e colhidos no grau de maturação adequado para cada espécie. É

preciso conhecer a resistência de cada produto à temperatura e às variações

nas concentrações de oxigênio e gás carbônico (EMBRAPA, 2012).

De acordo com Chitarra e Chitarra (2005), as hortaliças em geral

continuam a metabolizar suas próprias reservas depois da colheita. Além disso,

produtos frescos podem ser infectados por microorganismos, que decompõem

as células do vegetal e pode levar à podridão. Sendo assim, o meio mais

7

comum de reduzir a atividade metabólica de frutas e microorganismos é o

armazenamento em baixas temperaturas, que possibilita retardamento do

metabolismo, diminui a taxa respiratória e a atividade enzimática, minimizando

alterações no aroma, sabor, textura, cor e demais atributos de qualidade.

A comercialização da maioria dos vegetais frescos pode ser prolongada

pelo armazenamento imediato dos mesmos, em condições atmosféricas

adequada permitindo assim uma redução do metabolismo normal, sem alterar

a fisiologia do fruto (CHITARRA e CHITARRA, 1990).

Segundo Awad (1993), o conhecimento do comportamento fisiológico de

um fruto e a manipulação adequada, proporciona a redução de perdas pós

colheita e conseqüentemente maximiza sua conservação, disponibilizando

maior quantidade de frutos com qualidade no mercado.

Os métodos de conservação de frutas estão no uso de temperaturas

baixas e de atmosfera modificada ou controlada no armazenamento, que

podem ser utilizados em conjunto, potencializando seus efeitos para reduzir a

atividade biológica do vegetal, e assim retardando o processo de maturação,

diminuindo a atividade de microrganismo e minimizando a perda de água.

Kader (1995).

2.4 Perdas pós-colheita

A perda pós-colheita é gerada por fatores diversos como incidência de

injúrias mecânicas, utilização de embalagens impróprias, comercialização do

produto a granel, não-utilização da cadeia do frio, transporte inadequado,

classificação não padronizada, condições das estradas, toque excessivo por

parte dos consumidores, exposição inadequada do produto (CASTRO et al.

2001).

As perdas podem ser classificadas em três tipos, sendo quantitativas,

aquelas correspondentes à redução do peso pela perda de água ou matéria

seca, além das oriundas pelo manuseio inadequado (Chitarra e Chitarra, 1990).

Segundo os mesmos autores, as qualitativas são as perdas em características

sensoriais como sabor, aroma ou flavor, deterioração na textura e aparência.

De acordo com os mesmos autores, o terceiro tipo de perda são as de origem

8

nutricional, mediante redução no teor de vitaminas, proteínas, lipídios e

minerais.

2.5 Embalagens para pimentas in natura

Os produtos in natura continuam respirando pós-colheita durante o

transporte e comercialização. Um dos principais fatores de controle é o

acondicionamento em embalagens adequadas, a cada produto, preservando

suas características sensoriais. (SILVA, 2006).

O uso de embalagem para a conservação de vegetais possuem as

seguintes finalidades: proteger o produto; minimizar as perdas; evitar a

transpiração sem provocar alteração fisiológica; controlar a elevação do teor de

umidade e a liberação de etileno, reduzir a perda de massa fresca, alterar

aparência durante o armazenamento e prolongar a vida útil do vegetal

(FARBER,1991). Além disso, a embalagem facilita a distribuição dos produtos

a longas distâncias sem comprometer a qualidade dos produtos.

No Brasil são usadas diferentes embalagens para a comercialização de

pimentas, o que depende do tamanho e tipo de fruto, região e demanda do

mercado (EMBRAPA, 2012). Especificamente, nos supermercados de Gurupi –

TO, as pimentas são comercializadas em diferentes formas, sendo a mais

comum a granel, onde os consumidores selecionam, manualmente, a

qualidade e a quantidade a ser comprada e em bandejas de isopor recobertas

com filmes de PVC com 50-100/g.

Nas feiras-livres e mercados menores, a pimenta-de-cheiro é a que mais

circula e tem movimento comercial entre os pequenos produtores rurais do

município Gurupi – TO. Para comercialização da pimenta-de-cheiro in natura, a

quantidade adotada pelos comerciantes é de um litro ou copo 250-300 ml,

acondicionada em saco plástico.

No entanto, não tem um estudo para verificar qual embalagem garante

ás pimentas uma maior vida útil de prateleira. Chitarra e Alves (2001) relatam

que as embalagens para acondicionamento de produtos devem apresentar as

seguintes características: controle efetivo da transferência dos gases e da

umidade entre o meio externo e interno, preservar o seu conteúdo, prevenindo

ou retardando a decomposição química ou microbiológica, ter boa tolerância as

9

condições ambientais de armazenamento, sem perda das características

funcionais, manuseio mecânico, ter compatibilidade com o produto sem

interagir com o mesmo até o final, estar de acordo com as exigências fiscais

quanto ao material de fabricação e ter efetividade de custo.

2.6 Técnicas de armazenamento: refrigeração e atmosfera modificada

A modificação da atmosfera é uma técnica de conservação utilizada para

estender a vida pós-colheita e manter a qualidade de produtos vegetais.

O armazenamento em atmosfera modificada de produtos frescos

consiste no acondicionamento do produto em embalagem polimérica, a qual é

posteriormente, fechada para ocorrer à modificação das pressões parciais dos

gases em seu interior (Thompsom, 2002). Fonseca et al. (2002), relatam que

esta modificação da atmosfera ocorre devido ao balanço entre o consumo de

oxigênio (O2) e a liberação de dióxido de carbono (CO2), ambos decorrentes do

processo respiratório dos frutos, e a permeabilidade do filme polimérico a estes

gases. Assim, a intensidade da modificação da atmosfera depende da atividade

respiratória do produto armazenado e da permeabilidade do filme polimérico.

De acordo com Vila (2004), o uso da atmosfera modificada é para a

preservação da qualidade de frutas e hortaliças, porque contribui para a

redução da atividade metabólica e da perda de água, o que melhora o aspecto-

comercial e reflete no aumento da vida útil do produto durante a

comercialização. A atmosfera modificada pode ser aplicada também pelo

envolvimento de frutas e hortaliças em filmes poliméricos, ceras ou biofilmes

comestíveis, quando expostos a baixas temperaturas ou, mesmo em

temperatura ambiente, ocasionando a redução de perda de água e diminuição

da atividade respiratória.

O principal efeito da modificação da atmosfera está sobre a síntese do

etileno. Este regulador de crescimento desencadeia muitos processos

envolvidos no amadurecimento dos frutos, dentre eles, a elevação na taxa

respiratória. Como sua síntese requer oxigênio, a diminuição dos níveis de O2 e

elevados níveis de CO2 na embalagem com atmosfera modificada podem

potencialmente reduzir a taxa respiratória, a sensibilidade e produção de

etileno, e as alterações fisiológicas conhecidas como oxidação, com o benefício

10

resultante de estender a vida de prateleira dos produtos frescos (LANA e

FINGER, 2000).

A vida útil de um produto é extremamente afetada pela a temperatura, o

que faz da refrigeração, a técnica mais importante durante o armazenamento

de um produto.

O armazenamento refrigerado, além de diminuir o processo da

respiração, pode reduzir à ação das enzimas, a perda de água e a ação dos

microrganismos que provocam deterioração e assim aumentar a vida útil de

comercialização. A diminuição da ação metabólica e enzimática colabora com a

diminuição do amadurecimento e mantém as qualidades desejáveis como o

sabor, aroma, textura, cor, conteúdo de água e demais tributos de qualidades

dos produtos (CARMO, 2004).

Não há informações disponíveis sobre a temperatura ideal para o

armazenamento de cada um dos tipos de pimenta cultivados no Brasil.

Segundo Hens (2004), a pimenta é um fruto tropical e, por esta razão as

temperaturas entre 7oC e 12oC são as mais indicadas para reduzir a respiração

e outros processos fisiológicos.

O maior problema da pimenta destinada ao consumo in natura é a rápida

perda de água dos frutos, que resulta em murchamento, e outro é a

descoloração do pedúnculo, perdendo sua coloração verde característica.

Estes dois problemas reduzem o valor do produto no mercado e podem ser

motivos de descarte na comercialização.

De acordo com Chitarra e Chitarra (1990) a refrigeração é o método

mais econômico para o armazenamento prolongado de hortaliças frescas. Os

demais métodos de controle de amadurecimento não produzem bons

resultados quando não estivessem associados ao uso de baixas temperaturas.

A temperatura de armazenamento é, portanto, o fator ambiental mais

importante, além do ponto de vista comercial, também, pode controlar a

senescência, uma vez que regula as taxas de todos os processos fisiológicos e

bioquímicos associados (CHITARRA e CHITARRA, 2005).

11

2.7 Fatores físico-químicos que influenciam na qualidade da pimenta-de-

cheiro.

A qualidade dos alimentos pode ser resumida em importantes atributos

que sensibilizam os órgãos sensoriais do consumidor, como a aparência, o

sabor, o aroma e a textura; o seu valor nutricional e funcional, baseado em seu

valor energético, protéico, mineral, vitamínico, seu teor de fibras, presença ou

ausência de colesterol e compostos bioativos; sua segurança, relacionada à

sua microbiota e compostos tóxicos naturais e/ou adicionados,

intencionalmente ou não, que podem comprometer a saúde do consumidor e

ainda com sua conveniência (VILAS BOAS, 2002).

A qualidade dos frutos está diretamente relacionada com a forma que foi

produzida, devido ao tipo de solo, manejo, clima, raleio, tratamentos

fitossanitários, adubação, irrigação e ponto de colheita. E também com os

cuidados após a colheita até o processamento e a comercialização

(CHITARRA et al. 1990).

Hortaliças destinadas ao consumo in natura são qualificadas pelos

índices físico-químicos, de forma que os produtos obtidos apresentem

excelente qualidade e bom rendimento (CHITARRA e CHITARRA, 1990).

Destaca-se entres as alterações físico-químicas durante o

armazenamento: perda de massa, cor, firmeza, qualidade, teor de sólidos

solúveis, acidez titulável, pH e Clorofila (a, b e total).

2.7.1 Perda de Massa

A perda de massa de frutos e hortaliças durante o armazenamento

ocorre principalmente devido a dois fatores: a transpiração e a respiração. A

transpiração é o maior responsável pela perda de massa, pois é o mecanismo

pelo qual a água é perdida devida à diferença de pressão de vapor d’água

entre a atmosfera circundante e a superfície do fruto (BROWMK e PAN, 1992).

A respiração, também causa redução de massa, pois átomos de carbono

são perdidos do fruto toda vez que uma molécula de CO2 e liberada para a

atmosfera (BROWMK e PAN, 1992

12

A perda de água de produtos armazenados resulta em perda de massa,

mas também em perda de qualidade, principalmente, pelas alterações na

textura. Alguma perda de água pode ser tolerada, mas aquela responsável pelo

murchamento ou enrugamento deve ser evitada. O murchamento pode ser

retardado, reduzindo-se a taxa de transpiração, aumentando a umidade relativa

do ar, reduzindo a temperatura e também com o uso de embalagens protetoras

(VICENTINI et al., 1999). Desse modo, a perda de água pós-colheita em

pimentas é um fator limitante para a sua conservação e está diretamente

relacionada com a aceitação de mercado.

2.7.2 Firmeza

A firmeza é um importante atributo de textura em frutas e hortaliças e

está associado ao ponto de amadurecimento do produto e a aceitação do

consumidor. CHITARRA e CHITARRA (1990) definem esta característica como

o conjunto de propriedades do alimento, composto por características físicas

perceptíveis pelo tato e que se relacionam com a deformação, desintegração e

fluxo do alimento, sob a aplicação de uma força.

A matéria comestível dos frutos é composta principalmente de células do

parênquima. As diferenças das outras células é que estas são formadas de

estruturas relativamente simples (carboidratos) e se encontram cimentadas

como uma camada amorfa externa á parede celular primaria, chamada de

lamela média ou camada interlaminar, sendo considerada a responsável pela

integridade dos tecidos vegetais. Esta zona está composta por sais de cálcio e

de polímeros de ácido galacturônio que se encontram parcialmente

esterificados com metanol, conhecidos como material péctico (MIRANDA e

GONZALEZ, 1993).

Nos frutos verdes, o material péctico se encontra principalmente na

forma de protopectina, insolúvel em água e que promove grande resistência ao

tecido. Com o amadurecimento do fruto, o compartimento da cadeia polimérica

diminui formando uma pectina solúvel em água e pouco resistente quando

comparada com a protopectina, provocando assim, diminuição na rigidez do

fruto (MIRANDA e GONZALEZ, 1993; CHITARRA e CHITARRA, 1990).

13

O amaciamento dos frutos, após a mudança de cor, é a transformação

mais evidente que ocorre em função, principalmente, da perda da integridade

da parede celular. A degradação enzimática de moléculas poliméricas

constituintes da parede celular como a celulose, hemicelulose e pectina,

promovem modificações na parede celular, levando o amaciamento do fruto

TUCKER (1993). Outro processo também está envolvido no amaciamento de

frutos é a perda de turgor, um processo físico ocasionado pela perda excessiva

de água pela transpiração. VILA (2004) relata este processo como importante

na pós-colheita, em função da diferença de pressão de vapor existente entre os

tecidos do fruto e atmosfera local de armazenamento.

Segundo Chitarra e Chitarra (1990), a avaliação da firmeza pode ser

feita por meios subjetivos, comprimindo o produto com o polegar ou por um

painel sensorial. Essas associações são feitas pela associação dos sentidos:

paladar, olfato e tato. A combinação das sensações ou a interação desses

sentidos servem como medida da qualidade na mente do provador.

Os métodos objetivos correspondem a uma expressão numérica das

características da firmeza com auxílio de instrumentos, entre os quais,

penetrômetros, pressurômetros e testadores da compressão, cisalhamento e

tensão (CHITARRA e CHITARRA, 1990).

2.7.3 Cor

Dentre as características organolépticas, a cor tem papel fundamental na

avaliação da qualidade de pimenta. No julgamento da qualidade de um

alimento, a apreciação visual é o primeiro dos sentidos a ser usado, sendo,

portanto, uma característica decisiva na aceitação do produto por parte dos

consumidores (LIMA et al.,2007). Em geral, a cor é utilizada como indicador de

qualidade e maturação dos frutos e, conseqüentemente, do aroma, textura,

valor nutritivo e mesmo a integridade do vegetal (FERNANDES e SOUZA,

2001).

Os principais pigmentos responsáveis pela coloração dos vegetais são

os carotenóides, antocianinas e clorofila (FERNANDES e SOUZA, 2001;

CHITARRA e CHITARRA, 2005). Além do fator nutricional, tem sido

14

demonstrado que teores de carotenóides como o licopeno, estão fortemente

relacionados com uma melhor percepção visual dos produtos (CARVALHO et

al., 2005).

Os carotenóides estão presentes nos ésteres de xantofila e caroteno,

responsáveis pela cor amarela do fruto maduro; as antocianinas conferem as

cores vermelha e violeta, enquanto, a clorofila é o pigmento responsável pela

cor verde, transformando-se facilmente em feotina de cor marrom, quando

submetida ao aquecimento (CHITARRA e CHITARRA, 2005).

A cor dos frutos de Capsicum chinense é variável, iniciando por verde

claro, amarelo e virando para vermelho, vermelho escuro, marrom e algumas

vezes quase preto no estado maduro (COLLERA et al., 2005).

Uma das formas de obtenção de medição dos componentes da cor é

através de reflectômetros ou colorímetros que se expressam no espaço

psicométrico HUNTER (1978) (Figura 7).

No colorímetro são considerados parâmetro com claridade ou brilho,

representado pela luminosidade (L*) varia de 0 para o preto, até 100 para o

branco, e a relação entre a* positivo é uma medida do vermelho e o a* negativo

do azul. O ângulo de tonalidade (hue) é representado por um ângulo de 0º a

270º. O ângulo entre o 0º e 90º são representados pelos vermelhos; de 90º a

180º são os verdes e de 180º a 270º os azuis e a cromaticidade, saturação ou

intensidade da cor (Mc GUIRE, 1992).

A colorimetria tem sido utilizada para caracterizar a cor de diferentes

pigmentos a exemplo das antocianinas, clorofila e carotenóides, bem como

para avaliar a qualidade de um produto in natura ou processado, sendo um

fator determinante da vida útil de um produto (LIMA et al., 2007).

FIGURA 05 –. Significado geométrico das coordenadas L* a* b* e L* C* ºh. (HUNTER, 1978).

15

2.7.4 pH

De acordo com Thé (2001), o pH determina a concentração

hidrogeniônica de uma solução e relaciona inversamente com a acidez.

Para Silva (2000), o pH é dos principais fatores que exercem influencia

sobre o crescimento, a sobrevivência ou a destruição dos microrganismos, que

nele se encontram presente. Cada microrganismo tem um pH ótimo de

crescimento.

As células microbianas são substancialmente afetadas pelo pH dos

alimentos. O termo pH é usado para descrever o grau de acidez ou alcalinidade

de um alimento. A escala de pH é baseada no número de íons H3O+ presentes

numa solução. Para pH igual a sete, as concentrações de H3O+ e OH- são

iguais (neutralidade). O pH com valor inferior a sete indica uma solução ácida e

superior a sete indica uma solução alcalina (SADLER e MURPHY, 1998).

Valverde (2011) analisou a composição bromatológica da pimenta

malagueta in natura e processada em conserva identificou que esta apresenta

baixa acidez (0,0353%) e o pH levemente ácido, em torno de (5,48).

2.7.5 Teor de sólido solúvel

Dentre os diversos componentes do fruto, os sólidos solúveis totais

desempenham um papel primordial para a qualidade, devido a influências nas

propriedades termo físicas, químicas e biológicas do fruto (ARAÚJO, 2001).

Os sólidos solúveis são compostos solúveis em água presentes nos

frutos, como açucares, vitaminas, ácidos, aminoácidos e algumas pectinas. O

teor de sólidos solúveis é dependente do estágio de maturação no qual o fruto

é colhido e, geralmente, aumenta durante a maturação pela biossíntese ou

degradação de polissacarídeos (CHITARRA e CHITARRA, 1990).

A variação dos sólidos solúveis durante o amadurecimento e

armazenamento é composta em grande parte por açucares que compõem o

sabor dos frutos, em equilíbrio com os ácidos orgânicos. Quando ocorre perda

de massa há favorecimento no teor de sólidos solúveis, isso por que ocorre a

concentração dos teores de açúcares no interior dos tecidos (KLUGE e

MINAMI, 1997).

16

2.7.6 Acidez titulável (AT)

A acidez de um fruto é determinada pelo percentual dos ácidos

orgânicos, que servem de substratos para a respiração, encontram-se

dissolvidos nos vacúolos das células tanto nas formas livres, como combinada

com sais, ésteres, glicosídeos (KRAMER. 1973). Segundo Chitarra e Chitarra

(2005), após a colheita e durante o armazenamento, a concentração dos

ácidos orgânicos diminuem em decorrência de sua utilização como substrato,

na respiração, ou da sua transformação em açúcares. Porém, em alguns

casos, há um pequeno aumento nos valores com o avanço da maturação.

2.7.7 Clorofila

A clorofila é o pigmento verde encontrado principalmente nas folhas de

plantas e frutos verdes. É também, o principal pigmento absorvedor de luz da

fotossíntese, a qual consiste num processo metabólico fundamental a todos os

organismos vivos (LEHNINGER et al., 2002). Esse pigmento está localizado

nas células em organelas denominadas cloroplastos, na forma de grânulos

(SPOTO e GUTIERREZ, 2006).

Quimicamente, a moléculas de clorofila possuem duas partes: a primeira

é uma estrutura de anel tipo porfirina, pigmento tetrapirrólico macrocíclico

(formado por quatro anéis pirrólicos – 4 carbonos e 1 hidrogênio, ligados por

ligações metínicas-CH), na qual os anéis de pirrol formam um circuito

conjugado fechado contendo átomo Mg no centro e a segunda, uma longa

cauda de hidrocarbonetos hidrofóbicos denominada fitol (SCHOEFS, 2002).

As clorofilas a e b encontram-se na natureza numa proporção de 3:1,

respectivamente, e diferem nos substituintes de carbono C-3. Na clorofila a, o

anel de porfirina contém um grupo metil (-CH3) no C-3 e a clorofila b

(considerada um pigmento acessório) contem um grupo aldeído (–CHO), que

substitui o grupo metil-CH3 (VON ELBER, 2000).

A perda da cor verde deve ser da quebra da estrutura de clorofila,

causada principalmente pelas mudanças de pH, resultantes da presença de

ácidos orgânicos provenientes do vacúolo, pela presença de sistemas

17

oxidantes, pela atividade das enzimas clorofilases, que separam o fitol da

porfirina na molécula de clorofila (VON ELBE, 2000). A ação desses fatores

acaba desorganizando a estrutura interna do cloroplasto e essa instabilidade

da molécula pode alterar a sua cor, o valor comercial e as qualidades nutritivas,

levando também a uma impressão negativa do produto (SHOEFS, 2002).

18

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Colheita e Manuseio dos frutos

O experimento foi desenvolvido nos laboratório de Ecofisiologia Vegetal

Química Geral e Ecofisiologia de Plantas Daninhas da Universidade Federal do

Tocantins (UFT), Campus Universitário de Gurupi - TO.

As pimentas-de-cheiro (Capsicum chinense) utilizadas no experimento

foram produzidas na Chácara Canaã, (Figura 6) município de Gurupi–TO.

Foram realizadas quatros colheitas no período de novembro a dezembro de

2011. Os frutos foram colhidos manualmente junto com o pendúculo pela

manhã no estágio de maturação fisiológica comercial, quando as mesmas

apresentavam a coloração verde claro. Imediatamente após a colheita as

pimentas foram transportadas para o laboratório de Ecofisiologia Vegetal.

FIGURA 6: Área da Chácara Canaã localizada no município de Gurupi-TO, onde foram

colhidas as pimentas.

No laboratório, as pimentas foram rapidamente selecionadas e

eliminadas as que apresentavam danos aparentes como as atacadas por

insetos e as sem-pendúculos para obter a uniformidade do produto. Em

seguida realizou-se a higienização com a pré-lavagem em água corrente e

posteriormente, com detergente neutro (Figura 7), para a retirada de todos os

resíduos provenientes do campo como matéria orgânica, fragmentos minerais

do solo, tecido foliar e outras sujidades presentes na superfície do fruto.

19

Após a lavagem, os frutos foram imersos em uma solução de hipoclorito

de sódio 200 mg L-1 por 15 minutos. Após a higienização, as pimentas foram

colocadas na bancada para a drenagem do excesso da solução sanificante.

FIGURA 7: Lavagem das pimentas-de-cheiro com detergente neutro. Gurupi-TO, 2012.

Concluído o processo de desinfecção pesou-se aproximadamente 100/g

da pimenta de cheiro fresca e acondicionou-se em três tipos de embalagens:

pote plástico de polipropileno com tampa de 750 ml (Figura 8-A), bandeja de

isopor recoberto com filme de PVC (14 micras) transparente (Figura 8-B) e

saco plástico transparente de polietileno com dimensões 13 x 40 cm (Figura 8-

C).

(A) (B) (C)

FIGURA 8: Embalagens utilizadas para o acondicionamento das pimentas-de-cheiro. Gurupi-

TO, 2012.

Todas as amostras foram armazenadas em câmara do tipo B.O.D,

(Figura 9-C) com temperatura de (8ºC, 15ºC, 20ºC e 25ºC) durante o período

de 12 dias,sendo o tempo zero dia a testemunha.

20

(A) (B) (C)

FIGURA 9: À direita BOD, equipamento utilizado para o armazenamento durante 12 dias.

Gurupi-TO, 2012.

3.2 Métodos Analíticos

As análises foram iniciadas no dia da montagem do experimento (tempo

zero) e repetidas a cada dois dias até o final do período do armazenamento,

que correspondeu há 12 dias. A cada intervalo de avaliação, os frutos foram

pesados e verificados cor, firmeza, pH, acidez titulável, sólidos solúveis e

aparência externa. O restante das pimentas foram congeladas para análises

futuras como a de clorofila.

O delineamento experimental utilizado no trabalho foi o inteiramente

casualizado (DIC), sendo os tratamentos dispostos em esquema fatorial 3 x 4 x

7, sendo 3 embalagens (pote, bandeja e saco), 4 temperaturas (8, 15, 20 e 25

ºC) e 7 períodos de armazenamento (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias). A parcela

experimental foi composta por aproximadamente 100/g de pimentas-de-cheiro

frescas e três repetições.

3.3 Perda de Massa

A perda de massa foi determinada em gramas pesando-se as amostras

de aproximadamente 100/g de cada embalagem em uma balança semi-

analítica (Figura 10) da marca Shimadzu, modelo BL – 3200. Os resultados

foram expressos em porcentagem, considerando-se a diferença entre a massa

inicial e aquela obtida a cada 2 dias de armazenamento. A porcentagem da

perda de massa foi calculada por meio da seguinte equação:

% PM = ((MI – MF) / MI *100

% PM = porcentagem de perda de massa parcial acumulada;

21

MI = Massa inicial da amostra em um período determinado em g; e

MF = Massa final da amostra no período de cada intervalo em g.

FIGURA 10: Balança semi-analítica utilizada para determinar o peso da massa verde dos

frutos das pimentas-de-cheiro Capsicum chinense. Gurupi-TO, 2012.

3.4 Firmeza

A firmeza foi determinada utilizando-se um penetrômetro analógico

(Figura 12-A) da marca Soil Control, modelo PTR-100, equipado com probe de

8 mm de diâmetro. A medição foi realizada em dez pimentas escolhidas

aleatoriamente de cada uma das amostras de aproximadamente 100/g de cada

embalagem e realizou-se uma média, sendo que a média foram tomadas por 3

repetições e os resultados expressos em Newton (N).

3.5 Cor

Para a determinação da cor, utilizou-se um colorímetro Minolta (Figura

12-B) modelo Croma Meter CR-400, que expressa segundo o sistema proposto

pela Commission Internacional de L‟Eclaraige (CIE) em L* a* b*. O valor L*

representa a variação de preto (0) até branco (100) e apresenta um valor

pronto para a análise, pois representa o quão escuro ou quão claro está à

amostra (Figura 11). Enquanto a coordenada a* representa o conteúdo de

vermelho a verde no eixo horizontal e a coordenada b* representa o conteúdo

de amarelo a azul no eixo vertical, estas variáveis não estão prontas para a

análise e dependem de cálculos que permitem a obtenção das coordenadas

cilíndricas que são ângulo de cor ou tonalidade (hº) que identifica a cor num

ângulo de 360 graus e croma (C*) que representa a pureza da cor (Mc

22

GUIRE,1992) (Figura 11).

FIGURA 11: A esquerda sólido com L* variando de branco (topo da esfera) até preto (base da esfera), coordenada a* variando de vermelho até verde na horizontal e coordenada b variando de amarelo até azul na vertical e à direita secção da esfera com o ângulo de cor ºh e a pureza da cor ou croma C*.Fonte Mc Guire,1992.

Para maior representatividade das amostras, a leitura foi realizada em

dois pontos distintos de dez pimentas escolhida aleatoriamente de cada uma

das amostras de aproximadamente 100/g de cada repetição. As médias foram

tomadas por 3 repetições sendo utilizada para análise a variável luminosidade

(L*), coordenada a*, coordenada b*, ângulo de cor (hº) e cromaticidade (C*)

(Konica Minolta Sensing Americas, Minolta, 1998).

Para calcular o ângulo Hue (ºh) e a cromaticidade (C*), usou-se a

seguinte fórmula:

hº= tang-1(b*/a*) +180 para a* negativo;

hº= tang-1(b*/a*)+90 para a* positivo; e

C*= (a*2 + b*2)1/2.

23

(A) (B) (C)

FIGURA 12: A direita penetrômetro analógico da marca Soil Control, modelo PTR-100, e a

esquerda colorímetro Minolta, modelo CR 400, utilizado para determinação da firmeza e cor dos frutos das pimentas-de-cheiro Capsicum chinense respectivamente. Gurupi-TO, 2012.

3.6 pH

Para as análises de pH pesou 30 g de cada amostra e adicionou 50 ml

de água destilada. Com o auxílio de um liquidificador agitou o conteúdo até

uniformidade das partículas.

O pH foi determinado com auxílio de peagâmetro digital (Figura 13-A)da

Marca Sppencer Scientific, modelo SP 3611, previamente calibrado com as

soluções – tampão pH 7,0 e depois com o pH 4,0.

(A) (B)

FIGURA13: Equipamento utilizado nas análises de pH e sólidos solúveis dos frutos de

pimenta-de-cheiro, Capsicum chinense, á esquerda peagâmetro digital da Marca Sppencer Scientific modelo SP 3611 e a direita refratômetro digital (ATAGO PAL – 1).Gurupi-TO, 2012.

24

3.7 Sólidos solúveis

Para a determinação do teor de sólidos solúveis utilizou-se refratômetro

digital (ATAGO PAL – 1) com escala variando de 0 a 53% de ºBrix (Figura 13-

B). Os resultados expressos em °Brix.

3.8 Acidez Titulável

A acidez titulável foi determinada por meio da titulação da solução NaOH

1,0 N até a viragem para a cor rosa claro, o volume gasto na bureta de vidro

graduada 25 ml foi anotado, e posteriormente, convertido mediante os cálculos

em porcentagem de ácido cítrico. A porcentagem de acidez titulável foi

calculada por meio da seguinte equação:

% AT= Vg x N x Fc x PM/H x 100

P

Vg = volume gasto de NaOH 1,0 N na titulação (ML);

N = normalidade da solução de NaOH 1,0 N;

Fc = fator de correção da solução de hidróxido de sódio (1,02);

PM/H = 0, 06404 (ácido orgânico predominante, na pimenta-de-cheiro); e

P = número de g da amostra (30g).

Resultados expressos em porcentagem de ácido cítrico, mediante

multiplicação pelo fator de correção da diluição (2,67).

3.9 Clorofila

O teor de clorofila foi determinado com o uso de um clorofilômetro

portátil da marca ClorofiLOG® modelo CFL 1030, marca Falker Automação

Agrícola (Figura 14). Para as leituras, realizou-se um corte horizontal em cinco

pimentas de cada repetição, retirando as sementes e em seguida colocou a

fatia da pimenta no batente do aparelho, sendo que em uma pimenta realizou-

se três medições em pontos diferentes. Os valores dos índices de clorofila

foram expressos em (Indice de Clorofila Falker) ICF, sendo determinados os

valores de clorofila (a, b e total).

25

FIGURA 14: Clorofilômetro, utilizado para a análise de clorofila das pimentas-de-cheiro capsicum chinense. Gurupi-TO, 2012.

3.10 Análises Estatísticas

Todas as determinações foram realizadas em triplicata. As influências

dos fatores de embalagem, temperatura e período de armazenamento foram

analisadas sobre os parâmetros físico-químicos mediante a análise de

variância (ANOVA), com auxílio do programa R. As variáveis físico-químicas

que apresentaram diferença significativa (p<0,05) para o fatores foram

submetidos ao Teste de Tukey e análise de regressão quando necessário.

26

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Perda de massa

Na análise estatística foram observadas diferenças significativas entre

as embalagens para a perda de massa em função da temperatura e do tempo

de armazenamento (p<0,05).

Durante os 12 dias de avaliação, a porcentagem da perda de massa

fresca foi superior nos frutos acondicionados em bandeja em todos os dias de

armazenamento (Tabela 1). No último dia de armazenamento as pimentas das

bandejas apresentaram perda de massa média de 19,93%, enquanto que as

pimentas acondicionadas em pote de polipropileno e saco de polietileno

apresentaram uma perda média de 3,80% e 1,38%, respectivamente (Tabela

1). O que mostra que houve uma diferença de 73% e 91% da perda de massa

entre as embalagens testadas. As pimentas embaladas em bandeja de isopor

revestida com filme PVC-14 micras apresentaram maior perda de massa desde

o segundo dia de avaliação provavelmente devido à ineficiência do filme

utilizado em servir de barreira para dificultar a emigração da água.

Chitarra e Chitarra (2005), relatam que a rápida perda de massa fresca

tem como principal fator a transpiração que está associada à respiração. A

transpiração gera perda de água devido à diferença entre a pressão de vapor

de água existente entre os tecidos do fruto e a atmosfera local, onde o fruto

está armazenado. Enquanto, a respiração leva a perda de massa pelo

consumo de compostos orgânicos liberando CO2 para a atmosfera externa,

mediante a permeabilidade dos filmes plásticos.

Quanto maior a espessura do filme de polietileno menor é a

permeabilidade aos gases, uma vez que o incremento da espessura do filme

aumenta o trajeto a ser percorrido pela molécula de gás (Steffens, 2006).

Sendo assim, o filme 14 micras provavelmente não permitiu o aumento de CO2

e nem reduziu a concentração de O2 na atmosfera, levando a uma maior taxa

respiratória dos frutos, e consequemente, maior perda de umidade.

Estas observações discordam com os dados obtidos por Mota et al.

(2010) onde constataram que a temperatura 5ºC e 10ºC e o uso do filme de

27

PVC (14 µm de espessura) foram eficiente no controle da perda de matéria

fresca do fruto de quiabo. Já Vilas Boas et al. (2012) verificou também maior

perda de massa em frutos de pimentão acondicionados em bandeja de

poliestireno recoberta com filme de PVC.

A perda de massa dos frutos acondicionados em bandeja revestida por

filme de PVC e na temperatura 8ºC no décimo segundo dia de armazenamento

foi em média 10,97% (Tabela 1), o que demonstra que o abaixamento da

temperatura contribuiu para a manutenção da qualidade das pimentas. Este

resultados são superiores aos encontrados por Gravinha et al. (2004) que

identificou 4,8% para pimenta murupi embalados com PVC mantidas a 8ºC por

22 dias. Para a temperatura ambiente (25 ºC) a média foi de 19,93%, resultado

semelhante foi encontrado por Gravinha et al. (2004) para a pimenta murupi

embalados com PVC mantidas a 24ºC por 22 dias.

No último dia de armazenamento, a menor perda de matéria fresca

0,47% foi verificada nos frutos de pimenta-de-cheiro embalados em saco de

polietileno armazenado a temperatura 8ºC (Tabela 1). O efeito positivo

verificado nessa embalagem se deve a manutenção de uma alta umidade

relativa no interior da embalagem, o que impediu um aumento no déficit de

pressão de vapor e, conseqüentemente, diminuiu a perda de água pelas frutas

mediante processo de transpiração. KLUGE et al. (1999) verificou eficiência ao

utilizar embalagem de polietileno durante o armazenamento refrigerado de

ameixas cv. Amarelinha.

28

TABELA 1: Perda de massa (%) dos frutos de pimentas-de-cheiro acondicionadas em diferentes embalagens e armazenado em diferentes temperaturas (8, 15, 20 e 25ºC) por 12 dias. Gurupi – TO, 2012.

Tratamentos Tempo de Armazenamento (dias)

Embalagens TºC 0 2 4 6 8 10 12

Pote 8 0,00 0,42 b 0,96 b 1,46 b 1,51 b 1,97 b 2,30 b Bandeja 8 0,00 1,59 a 2,53 a 4,85 a 6,90 a 8,93 a 10,97 a Saco 8 0,00 0,14 c 0,19 c 0,30 c 0,39 b 0,41b 0,47 c

Pote 15 0,00 0,52 b 0,90 b 1,59 b 1,73 b 2,09 b 2,58 b Bandeja 15 0,00 1,76 a 2,93 a 5,35 a 7,99 a 10,37ª 12,39 a Saco 15 0,00 0,13 c 0,24 c 0,33 c 0,68 c 0,88 c 1,23 c

Pote 20 0,00 0,59 b 1,49 b 1,25 b 1,56 b 1,99 b 2,64 b Bandeja 20 0,00 2,94 a 5,46 a 8,94 a 11,88 a 14,53 a 17,08 a Saco 20 0,00 0,35 c 0,51c 0,62 c 0,92 c 1,06 c 1,36 c

Pote 25 0,00 0,74 b 1,59 b 2,18 b 2,63 b 3,21b 3,80 b Bandeja 25 0,00 3,57 a 6,93 a 10,68a 12,75 a 15,81ª 19,93 a Saco 25 0,00 0,34 c 0,39 c 0,78 c 0,99 c 1,15 c 1,38 c Médias com letras iguais entre as embalagens de mesma temperatura não diferem estatisticamente entre si ao nível de 5%.

Os frutos acondicionados em bandeja de isopor revestido com filme de

PVC armazenados na temperatura 25ºC, apresentaram a maior perda de

massa 11, 6%, enquanto que os armazenados a 8ºC a média da porcentagem

da perda massa correspondeu a 5,96% Figura 15-B. Para os frutos

acondicionados em pote de polipropileno a média da perda de massa 2.36% foi

também maior nos frutos armazenados na temperatura 25ºC e a menor 1.43%

identificado na temperatura 8ºC (Figura 15-A). Quanto aos frutos

acondicionados em saco de polietileno a maior perda de massa 0.83%

correspondeu também nos frutos armazenados a 25ºC e a temperatura de 8ºC

foi a que praticamente manteve a massa total dos frutos de pimenta-de-cheiro

com média de 0.31% (Figura 15-C).

Em geral, a temperatura de 8ºC foi a que retardou a perda de umidade

mostrando ser a melhor para a preservação da massa das pimentas-de-cheiro,

embora não tenha sido eficiente no armazenamento das pimentas que foram

acondicionadas em bandeja de isopor revestida com filme de PVC-14 micras

(Figura 15-D). Brunni e Cardoso (2011) observaram que frutas de pitaias

armazenadas a 13ºC apresentaram maior perda de massa fresca enquanto

29

que as armazenadas a 8ºC apresentaram a menor perda de massa

comportamento este coerente com o resultado deste trabalho.

Em ambiente refrigerado, a temperatura mais baixa reduz o metabolismo

do fruto e conseqüentemente ocorre menor perda de massa (JERONIMO e

KANESIRO 2000; LIMA e DURIGAN, 2000). A redução da temperatura diminui

a atividade metabólica e a troca gasosa com o meio, reduzindo a respiração e

aumentando a conservação pós-colheita de produtos hortícolas (BOWER,

1998).

(A) (B)

(C) (D)

FIGURA 15: Equação de regressão simples linear e coeficiente da determinação da perda de massa (%) dos frutos de pimenta-de-cheiro acondicionadas em pote polipropileno de 750 ml com tampa (A); bandeja de isopor revestida com filme de (PVC) de 14 micras (B); saco plástico de polietileno com dimensões 13 x 40 cm (C) e (D) perda de massa por embalagem em função da temperatura de armazenamento (8ºC, 15ºC, 20ºC e 25ºC) por 12 dias. Gurupi – TO, 2012.

30

A Figura 16-A indica a porcentagem de perda de massa obtida no

acondicionamento dos frutos em pote de polipropileno, cuja média variou

(0,56% a 2,82%), ao longo do período de armazenamento. Com relação aos

frutos que foram acondicionados em bandeja foi observada perda elevada

sendo a maior perda no décimo segundo dia de armazenamento (Figura 16-B).

No entanto, a embalagem pote de polipropileno indicou eficiência

quando comparado com a bandeja de isopor protegida com filme de PVC 14

micras, uma vez que o teor de perda de massa foi menos excessivo para esta

embalagem.

O saco plástico de polietileno foi a embalagem que proporcionou melhor

condição de armazenamento dos frutos durante os 12 dias de avaliação sendo

que a maior média de perda de massa correspondeu a 1,11% (Figura 16-C).

Desta forma, a embalagem saco plástico de polietileno é a indicada para o

armazenamento dos frutos da pimenta-de-cheiro, por apresentar eficiência em

conservara perda de massa fresca dos frutos por mais tempo.

A Figura 16-D mostra que houve realmente aumento gradativo ao

longo do armazenamento em todas as embalagens estudadas, na perda de

massa fresca da pimenta-de-cheiro tendo esta sido maior para os frutos que

foram acondicionados em bandeja de isopor recoberta com filme de PVC-14

micras, principalmente, no último dia de avaliação que correspondeu há 12

dias.

De acordo com Kader (2002) e Lemos (2007) essa redução da perda de

água de produtos armazenados, não corroboram somente em alterações

quantitativas, mas também na aparência (cor, murchamento), nas qualidades

texturais (firmeza e perda de frescor) e na qualidade nutricional do produto. A

perda de massa fresca que ocorre no armazenamento dos frutos é fator

limitante tanto para a comercialização como para conservação, por causar

desvalorização comercial, pois devido a esta perda ao longo do

armazenamento, os frutos apresentam enrugamento e murchamento da casca,

apesar de muitas vezes a polpa estar em boas condições de consumo

(BRUNNI e CARDOSO, 2011).

31

(A) (B)

(C) (D)

FIGURA 16: Equação de regressão simples linear e coeficiente de determinação entre a

variável tempo de armazenamento (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias) e a perda de massa (%) dos frutos de pimenta-de-cheiro acondicionadas em pote polipropileno de 750 ml (A); bandeja de isopor revestida com filme de (PVC) 14 micras (B); saco plástico de polietileno com dimensões 13 x 40 cm (C) e (D) perda de massa (%) por embalagem em função do tempo de armazenagem. Gurupi – TO, 2012.

4.2 Firmeza

Houve uma oscilação nos teores da firmeza durante o período de

armazenamento, independente da embalagem utilizada (Tabela 2). Segundo

Calbo e Moretti (2012), o penetrômetro utilizado para determinação da firmeza

dos frutos de pimenta, não é muito preciso para avaliar a variação de firmeza

causada por desidratação. Carmo (2004) relata que o penetrômetro apresenta

metodologia onde à taxa de deformação não é constante, implicando variação

32

na leitura e dificultando a determinação correta de firmeza.

Esta mesma oscilação pode ser também observada no experimento

realizado por Lemos (2007) quando utilizou filmes comestíveis na conservação

pós-colheita de pimentões ‘Magali R’ armazenados em temperatura refrigerada.

Já as amostras armazenadas em saco de polietileno apresentaram valores

médios de firmeza praticamente estável ao longo do período de

armazenamento.

TABELA 2: Firmeza (N) dos frutos de pimenta-de-cheiro em função do tempo armazenamento. Gurupi – TO, 2012.

Período de Armazenamento (Dias)

0 2 4 6 8 10 12

Pote 1,35 aA 1,62 bB 2,12 bA 1,73 bA 1,68 bB 2,26 bA 1,71 aB

Bandeja 1,35 aA 1,71 bB 2,78 aA 1,77 aB 1,87 bB 2,75 aA 1,78 aB

Saco 1,35 aA 2,15 aBC 2,65 aA 2,00 aBC 2,28 aAB 2,53 abA 1,87 aC

Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha não diferem estatisticamente entre si pelo o Teste de tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Houve interação significativa entre os fatores tipo de embalagem e

temperatura (Tabela 3). As pimentas armazenadas a 25°C em pote de

polipropileno apresentaram, em média, os menores valores de firmeza quando

comparados com as demais temperaturas. As pimentas embaladas em bandeja

de isopor revestida com filme de PVC tiveram, em média, maior firmeza que as

demais embalagens apenas na temperatura de 8°C e 15ºC. Enquanto, que os

frutos acondicionados em saco de polietileno armazenados na temperatura de

15°C foram os que apresentaram o menor teor de firmeza quando comparados

com as demais embalagens. Isso se deve a maior perda de massa dessas

pimentas o que provavelmente promoveu maior resistência ao penetrometro

sobre a superfície do fruto. Resultados semelhantes aos encontrados por

Brunni e Cardoso (2011) em pitaias, Jeronimo et al. (2007) em mangas e

Brackmann e Saquet (1995) em caquis, os quais atribuíram a essa maior

firmeza à perda de massa fresca que ocasionou murchamento e flacidez das

frutas, dificultando a penetração da ponteira do penetrômetro. Oliveira (2010)

observou essa mesma discrepância no armazenamento de banana Prata Anã.

33

O mesmo autor relata que essa variação talvez tenha sido a forma imprópria de

utilização dos aparelhos manuais na sua medição.

TABELA 3: Firmeza (N) dos frutos de pimenta-de-cheiro em função da temperatura. Gurupi – TO, 2012.

Temperaturas (ºC)

8 15 20 25

Pote 1,72 bBC 2,38 aA 2,17 aAB 1,50 aC

Bandeja 2,48 aA 1,98 aAB 1,68 aB 1,96 aAB

Saco 1,86 bAB 1,46 bB 2,22 aA 1,55 aAB

Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha não diferem estatisticamente entre si pelo o teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Segundo Sigrist (1992), a maior parte da água perdida durante a

armazenagem refrigerada é sob forma de vapor, através da transpiração e

apenas pequena parte devido à respiração. A transpiração excessiva pode

comprometer seriamente a textura das frutas, fazendo com que essas

apresentem flácidas, moles, murchas. A perda excessiva de água na

transpiração contribui, finalmente, para o amaciamento do fruto.

Além da perda de umidade ser causada pela transpiração, Chitarra e

Chitarra (2005) explica que a diminuição da firmeza ou amaciamento do fruto é

decorrente da degradação da parede celular por meio do aumento da atividade

enzimática, associada a outros processos, como hidrólise de amido. Segundo

Vu et al. (2004), alterações na firmeza de frutos podem estar relacionadas com

mudanças enzimática e não-enzimática da pectina. A degradação enzimática

da pectina é catalisada por diferentes pectinases, como pectinametilesterase

(PME) e poligalacturanase (PG) e ocorre em duas etapas. Na primeira, a

pectina é desmetoxilada pela PME resultando na produção de metanol, pectina

com menor grau de metilação e ácido poligalacturônico. Posteriormente, ocorre

a despolimerização pela PG que resulta em pectina desmetoxilada com cadeia

curta e como conseqüência mudança drástica na textura (amolecimento do

tecido).

34

4.3 Cor

Entres às temperaturas avaliadas, somente à temperatura 8ºC que não

afetou significativamente as variáveis L*, a*, b*, ângulo de cor (hº) e croma (C*)

das pimentas embaladas nas três embalagens (Tabela 4).

Houve tendência de escurecimento (menores valores de L*) das

pimentas armazenadas na temperatura 15ºC acondicionadas nas três

embalagens ao longo do período de avaliação que as mantidas a 8, 20 e 25ºC.

Observou-se incremento nos valores de L*, indicando o clareamento das

pimentas embaladas em pote de polipropileno quando comparada com as

acondicionadas em bandeja de isopor revestida com filme PVC-14 micras e

saco de polietileno armazenado nas temperaturas 20 e 25ºC.

Mattiuz et al. (2009), observaram que uvas cv. BRS Linda armazenadas

à temperatura ambiente apresentaram menor valor médio de L* que as

mantidas a 12°C, apresentando aspecto escurecido.

Os valores da coordenada a* praticamente não se alteraram mostrando

que não houve diferenças significativas para as pimentas armazenadas nas

três embalagens e nas temperaturas avaliadas. Portanto, a cor das pimentas

não evoluiu para vermelho durante o armazenamento independente do tipo de

embalagem e/ou temperaturas utilizadas no armazenamento. Apesar do valor

de b* das pimentas embaladas em bandeja de isopor protegida com filme de

PVC na temperatura 15ºC apresentar menor valor quando comparadas com as

acondicionadas em saco de polietileno e pote de polipropileno. Esta diferença é

tão pequena que não influenciou na coloração verde dos frutos visualmente.

Como as coordenadas a* e b* não são independentes ao demonstrarem

a cor de um produto, ao avaliarmos a variável ângulo de cor hue valor zero

para a cor vermelha, 90° para amarela, 180° para verde e 270° para azul,

podemos confirmar que as pimentas independentemente do tipo de

embalagem e temperatura de armazenamento mantiveram, neste trabalho

178°, em média, a cor verde característica do produto ao longo do

armazenamento por 12 dias.

Mattiuz et al. (2009) também não verificaram mudança apreciável na

coloração durante o período de avaliação nos valores do ângulo de cor (hue)

35

ao longo do armazenamento de uvas de mesa apirência cv. BRS Morena

armazenadas em temperatura ambiente e a 12ºC durante 12 dias de avaliação.

No trabalho realizado por Vilas Boas et al. (2012), não evidenciaram

interação significativa entre os fatores embalagem e tempo de armazenamento,

para o valor L* das rodelas de pimentão.

A cromaticidade ou croma (C*) expressa à intensidade da cor, ou seja, a

saturação em termos de pigmentos desta cor. Valores de croma próximos de

zero representam cores neutras (cinzas), enquanto valores próximos de 60

expressam cores intensas (MENDONÇA et al., 2003; PINHEIRO, 2009).

Não houve interação significativa entre o tempo de armazenamento, tipo

de embalagem, e temperatura e nem desses fatores isolados, portanto não

houve variação na intensidade da cor das pimentas ao longo do tempo. Fator

importante, pois a cor é um dos principais atributos de qualidade observados

pelos consumidores na hora da compra (CHITARRA e CHITARRA, 2005).

TABELA 4: Médias das propriedades de cor L*, a*, b*, C* e Hue das pimentas-de-cheiro acondicionadas em três diferentes embalagens (pote, bandeja e saco) armazenadas a quatro temperaturas (8, 15, 20 e 25ºC) em 12 dias após a colheita.

Tratamentos

T ºC Embalagens

Coloração

C*

L* a* b*

8

Pote 55, 79 a -17,11 a 38,28 a 41,93 a 178,84 a Bandeja 55, 39 a -16,60 a 37,20 a 40,73 a 178,84 a Saco 55, 47a -17,84 a 37,43 a 41,47 a 178,87 a

C.V. (%) 0,94 5,87 2,41 2,83 0,01

15 Pote 52,67 a -17,32 a 39,27 a 42,92 a 178,84 b Bandeja 51,92 a -17,42 a 36,82 b 40,73 a 178,87 a Saco 51,60 a -17,48 a 38,89 a 42,63 a 178,85 ab

C.V. (%) 1,39 3,96 2,01 2,28 0,01

20

Pote 59,71 a -17,70 a 40,53 a 44,24 a 178,83 a Bandeja 56,57 b -17,83 a 38,67 a 42,59 a 178,86 a Saco 56,15 b -16,89 a 37,39 a 41,04 a 178,85 a

C.V. (%) 1,10 9,89 4,26 4,90 0,02

25 Pote 57,62 a -17,58 a 38,04 a 41,91 a 178,86 a Bandeja 55,74 b -18,26 a 37,71 a 41,90 a 178,88 a Saco 54,22 b -18,05 a 38,31 a 42,35 a 178,86 a

C.V. (%) 1,32 4,11 1,56 1,82 0,01 Letras distintas na vertical mostram diferenças significativas pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

36

4.4 pH

Para o pH não houve interação significativa entre os fatores tempo de

armazenamento e tipos de embalagens, este só foi influenciado pela a

temperatura de armazenamento (p<0,05).

Em geral o pH dos frutos da pimenta-de-cheiro obtidos em todas as

embalagens durante os 12 dias de avaliação apresentou um valor médio de 5,0

embora tenha-se observado uma pequena oscilação nos valores de pH ao

longo do período de armazenamento (Figura 17). Valores médios próximos aos

encontrados por Valverde (2011) de 5,48 para a pimenta malagueta in natura,

considerado pelo o autor um pH levemente ácido. Rinaldi et al. (2008), Damatto

Junior et al. (2010) e Rocha et al. (2006) identificaram valores de pH de

pimentão em torno de 5,0 valores semelhantes ao pH da pimenta-de-cheiro.

Observou-se ligeiro aumento do pH no 10º dia de armazenamento para

as pimentas acondicionadas em saco de polietileno, resultado semelhante foi

encontrado por Oliveira (2010) quando armazenou banana Prata-Anã sob

refrigeração. O rápido aumento observado no final do período de

armazenamento pode ser explicado em função do consumo dos ácidos

orgânicos como substratos respiratório, ocasionando assim aumento do pH

(OLIVEIRA, 2010; CHITARRA e CHITARRA, 2005). Enquanto que Vicentini et

al. (1999) não observou variação para os valores médios de pH em frutos de

pimentão em relação aos tratamentos e nem ao tempo de armazenamento.

Para os frutos que foram acondicionados em bandeja de isopor revestido

com filme de PVC-14 micras e pote de polipropileno, identificou-se aumento

nos valores médios de pH seguido de declínio, e novamente, acréscimo (Figura

17). Essa oscilação nos valores médios de pH foi também presenciado no

trabalho realizado por Lemos (2007), quando armazenou pimentão ‘Magali R’.

Leme (2012) também observaram em seu trabalho declínio e aumento nos

valores médios de pH no armazenamento de frutos de pimentão.

Segundo Chitarra e Chitarra (1990), o aumento dos valores de pH em

frutos de pimenta pode ser explicado pela redução dos ácidos orgânicos que

são degradados e transformado em novos produtos pelo aumento no teor de

sólidos solúveis totais durante os processos de maturação. Por outro lado,

Izumi et al. (1996) atribuem o aumento de pH em produtos minimamente

37

processados à elevação da carga microbiana.

FIGURA 17: pH dos frutos da pimenta-de-cheiro acondicionadas em pote polipropileno de 750

ml; bandeja de isopor revestida com filme de (PVC) 14 micras e saco plástico de polietileno com dimensões 13 x 40 cm, em função do tempo de armazenamento (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias). Gurupi – TO, 2012.

A Figura 18 mostra que as pimentas armazenadas em embalagem

bandeja de isopor com filme de PVC-14 micras foram as que apresentaram os

menores valores de pH quando armazenadas a 20 e 25ºC. Os frutos

acondicionados em saco de polietileno armazenados na temperatura 15ºC

apresentaram os maiores valores de pH quando comparados com as demais

embalagens. Enquanto que os foram acondicionados em pote de polipropileno

tenderam a manter os valores de pH independente da temperatura de

armazenamento.

Rinaldi et al. (2011), observaram que o pH variou significativamente

somente nos frutos de tomate acondicionados em bandejas de poliestireno

expandido, revestidas com filme de PVC e armazenadas em condição

refrigerada. Vilas Boas et al. (2012) verificaram que os valores médios de pH

de rodelas de pimentão não foram afetados pela embalagem e nem pelo tempo

de armazenamento. O mesmo foi observado por Pilon et al. (2006), ao estudar

a vida útil de pimentão verde minimamente processado, acondicionado em

sacos de polipropileno biorientado/polietileno.

38

FIGURA 18: pH dos frutos da pimenta-de-cheiro acondicionadas em pote polipropileno de 750

ml; bandeja de isopor revestida com filme de (PVC) 14 micras; saco plástico de polietileno com dimensões 13 x 40 cm em função da temperatura de armazenamento (8, 15, 20 e 25ºC). Gurupi – TO, 2012.

A tendência de aumento de pH observada em algumas temperaturas e

embalagens pode ser explicada, segundo Rinaldi et al. (2005), pela resposta do

tecido ao neutralizar a acidez gerada pelo CO2 ou ao aumento da população de

microrganismos. Tal afirmação, não foi comprovada neste estudo, pois não

foram realizadas análises microbiológicas no produto estudado.

4.5 Sólidos Solúveis

A variável sólidos solúveis não foi influenciada significativamente pela

interação entre os fatores embalagens, temperatura e tempo de

armazenamento, sendo afetada isoladamente apenas pela temperatura e

tempo de armazenamento (Figura 19).

Os valores médios de sólidos solúveis dos frutos de pimenta-de-cheiro

verificados foram de 3, 25 a 6,03 ºBrix. O que condiz com os resultados obtidos

por Pereira et al. (2008), em três espécies de Capsicum chinense. Rinaldi et al.

(2011) não encontraram diferenças significativa de sólidos solúveis para frutos

de tomates acondicionados em bandejas de poliestireno revestidas com filme

de PVC, em condição ambiente e refrigerada. Pereira et al., (2008) não

constataram diferença significativa (p > 0,05) em mini-cenouras armazenadas a

5ºC por cinco dias. Gil et al. (2002) ao armazenarem tomates minimamente

processados, relataram que o teor de sólidos solúveis variou de 4,7 a 5,4ºBrix

39

mas não ocorreu efeito significativo das 5 embalagens e das duas

temperaturas (0 e 5ºC) em que foram mantidos durante 10 dias.

A Figura 19 mostra que a temperatura de 8ºC foi eficiente em manter os

teores de sólidos solúveis pelos 12 dias de armazenamento

independentemente, da embalagem. A embalagem pote de polipropileno

independente da temperatura de armazenamento foi a que melhor manteve os

valores de sólidos solúveis durante o armazenamento das pimentas. As

pimentas armazenadas em saco de polietileno à temperatura de 20°C

apresentaram os menores teores de sólidos solúveis. Neres et al (2004), ao

armazenar jiló nas temperaturas 13ºC, 5ºC e em temperatura ambiente,

identificaram que o armazenamento dos frutos em temperatura ambiente

proporcionou menores teores de sólidos solúveis quando comparado com as

demais temperaturas.

Houve incremento dos valores médios de sólidos solúveis para as

pimentas acondicionadas nas três embalagens armazenadas a 15ºC, sendo

que as pimentas acondicionadas em pote de polipropileno apresentaram

valores médios de 5,12 ºBrix. Enquanto, embalagem bandeja de isopor

revestido com filme PVC-14 micras à média foi de 5,81 ºBrix e a embalagem

saco de polietileno com média de 5,64 ºBrix. Morgado et al. (2008) verificou

aumento nos teores de sólidos solúveis durante o armazenamento de frutos de

pimentão. As amostras armazenadas a temperatura 20ºC apresentou declínio

especialmente para as acondicionadas em saco de polietileno com média de

3,97 ºBrix.

A elevação da temperatura provoca o aumento proporcional da taxa

respiratória e, conseqüentemente, do consumo de substratos orgânicos de

reserva como açúcares redutores e não redutores (PAULL, 1999; LEE e

KADER, 2000).

40

FIGURA 19: Sólidos solúveis dos frutos da pimenta-de-cheiro acondicionadas em pote polipropileno de 750 ml; bandeja de isopor revestida com filme de (PVC) 14 micras; saco plástico de polietileno com dimensões 13 x 40 cm, em função da temperatura de armazenamento (8, 15, 20 e 25ºC) durante 12 dias. Gurupi – TO, 2012.

Os valores de sólidos solúveis oscilaram ao longo do período de

armazenamento sendo que o 8º dia de armazenamento apresentou maior

declínio e posteriormente houve aumento no decorrer do período de

armazenamento (Figura 20). Resultado semelhante foram obtido por Damatto

Júnior et al (2010), quando armazenaram pimentões amarelo híbrido Zarco.

Eles identificaram valores baixos no início do experimento e ao longo do

armazenamento presenciaram aumento nos teores de sólidos solúveis. Rinaldi

et al. (2008) observaram oscilação em frutos de pimentão durante 12 dias de

armazenamento. Antoniolli et al. (2003) verificaram também oscilação nos

teores de sólidos solúveis em caquis durante 90 dias de armazenamento.

Antunes et al. (2003) verificaram em frutos de amoreira-preta decréscimo

significativo de sólidos solúveis.

41

FIGURA 20: Sólidos solúveis (ºBrix) dos frutos da pimenta-de-cheiro acondicionadas em pote

polipropileno de 750 ml, bandeja de isopor revestida com filme de (PVC) 14 micras e saco plástico de polietileno com dimensões 13 x 40 cm armazenados sob as temperatura (8, 15, 20 e 25ºC), em função do tempo de armazenamento. (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias). Gurupi – TO, 2012.

A redução dos sólidos solúveis pode ter sido influenciada pelo aumento

da taxa respiratória do produto e, conseqüentemente, do consumo de

substratos orgânicos de reserva existentes nas células dos frutos como

açúcares redutores e não redutores ao longo do período de armazenamento

(Lima e Durigan, 2000; Mota et al., 2002).

Rinaldi et al. (2005) relata que o aumento ocorrido, provavelmente, é

devido as reações bioquímicas na parede celular e também pela a excessiva

perda de massa ao longo da armazenagem e, conseqüentemente, aumento na

concentração dos ácidos.

Segundo Chitarra e Chitarra (1990) essa resposta observado no

experimento ocorre, normalmente, com frutos climatérios, onde são observadas

modificações consideráveis nos teores de açúcar, os quais aumentam pós

colheita e durante o armazenamento por curtos períodos e após o

armazenamento prolongado todos os açúcares diminuem.

42

4.6 Acidez Titulável

Houve efeito isolado do tempo de armazenameto sobre a acidez

titulável. Foi observada uma variação nos valores médios da acidez titulável ao

longo do período de armazenamento (Figura 21), onde os frutos

acondicionados em saco de polipropileno apresentaram aumento no 6º dia com

média de 0,54% e no final do experimento com média 0,55%. Para frutos

acondicionados em bandeja de isopor, protegida com filme de PVC-14 micras,

verificou-se um incremento do 6º dia com médias de (0,34%) ao 10º dia

(0,46%) de armazenamento, respectivamente.

A oscilação no teor de acidez titulável, durante o armazenamento, pode

estar relacionada aos processos bioquímicos do metabolismo respiratório, que

tanto sintetiza quanto consome ácidos orgânicos (Ferri, 2000; Chitarra e

Chitarra, 2005).

Resultados similares foram encontrados por Guedes (2006) e

Evangelista et al. (1996) no armazenamento de manga cv.Rosa e ‘Tommy

Athins’. Lemos (2007) e Hojo (2007) evidenciaram oscilação nos valores

médios de acidez titulável no decorrer do período de avaliação em frutos de

pimentão. Souza et al. (2009) não verificaram efeito significativo para a acidez

titulável, ao longo do armazenamento, em frutos de berinjela, verificando uma

certa variação nos teores de acidez. Oliveira e Cereda (1996) constataram

essa mesma evolução no teor de acidez titulável em goiabas mantidas em

temperatura ambiente. Campus e Vieites (2010) verificaram diminuição dos

valores de acidez de uva ‘Itália’ no decorrer do experimento até o quarto dia de

análise e, posteriormente, observaram acréscimo deste parâmetro até o sétimo

dia de análise. Já para os frutos acondicionados em pote de polietileno, a

acidez titulável obtida praticamente manteve durante todo o período de

armazenamento.

A média de 0,30% para acidez encontrados neste experimento foram

bem maiores que a descrita por Valverde (2011) que encontrou 0,0353% para

a pimenta malagueta in natura. Reis et al. (2006) observaram em pepino

0,035% a 0,077%. O percentual de acidez titulável identificada na pimenta-de-

cheiro que mais se aproximou foi encontrados por Souza et al. (2009), onde

observaram valores de acidez de 0,6% a 0,8%.de ácido cítrico, em frutos de

43

goiaba ‘Paluma’ e Pedro Sato’.

FIGURA 21: Acidez titulável (%) dos frutos da pimenta-de-cheiro acondicionadas em pote

polipropileno de 750 ml, bandeja de isopor revestida com filme de (PVC) 14 micras e saco plástico de polietileno com dimensões 13 x 40 cm armazenados a (8, 15, 20 e 25ºC), durante 12 dias. Gurupi – TO, 2012.

Os frutos acondicionados em embalagem pote de polipropileno e saco

de polietileno apresentaram comportamento semelhante, sendo que as

temperaturas 8ºC e 20ºC foram eficientes em manter os valores iniciais (0,30%)

de acidez titulável para as pimentas armazenadas em pote de polipropileno e

saco de polietileno. Os valores de acidez foram maiores em todas as

temperaturas testadas com exceção à temperatura 25ºC para os frutos

acondicionados em bandeja revestida com filme de PVC 14 micras (Figura 22).

Vilas Boas et al. (2012) observaram que a acidez titulável foi

significativamente afetada pelo fator tempo de armazenamento, com redução

em seus teores durante o armazenamento, independentemente, da embalagem

em frutos de pimentão. Morgado et al. (2008), observou aumento nos valores

de acidez titulável durante o período de armazenamento em frutos de pimentão

mantidos a 22ºC. Cia et al. (2009) não observaram influência significativa da

atmosfera modificada sobre a acidez titulável dos frutos de uvas ‘Niagara

Rosada’.

44

FIGURA 22: Acidez titulável (%) dos frutos da pimenta-de-cheiro acondicionadas em pote

polipropileno de 750 ml, bandeja de isopor revestida com filme de (PVC) 14

micras e saco plástico de polietileno com dimensões 13 x 40 cm em função da

temperatura de armazenamento (8, 15, 20 e 25ºC), durante 12 dias de avaliação.

Gurupi – TO, 2012.

Normalmente, o teor de ácidos orgânicos diminui, paralelamente a um

aumento no pH. Este fato pode ser devido ao amadurecimento de frutos

cítricos no decorrer do armazenamento em função da sua utilização no ciclo de

Krebs, durante o processo respiratório (LIMA et al., 1999 ; LEHNINGER et

al.2002; CHITARRA e CHITARRA, 2005). Entretanto, este fato não foi

observado nesse experimento. Segundo Chitarra e Chitarra (1990), a

capacidade tampão de alguns sucos permite que ocorram grandes variações

na acidez titulável, sem variações apreciáveis no pH. A médida de pH retrata a

concentração de hidrogênios ionizados na polpa dos frutos ou vegetais, a

acidez titulável expressa o conteúdo total de ácidos, inclusive na forma não-

dissociada. De acordo com Pereira (2003), nos períodos de armazenamento,

quando a acidez e o pH têm valores elevados, provavelmente, há uma maior

concentração de ácidos na forma não-dissociada como, por exemplo, os ácidos

fracos (ácido cítrico e ácido ascórbico).

4.7 Clorofila

Verificou-se que os teores de clorofila a, b e total foram

consideravelmente maiores nas temperaturas mais baixas em relação às que

45

foram mantidas em temperaturas mais elevadas com as médias diferindo

estatisticamente (p<0,05) para as três embalagens estudadas (Tabela 5).

Resultados similares foram encontrados por Carnelossi et al. (2002) que

observou redução nos teores de clorofilas de couve armazenados a 10ºC em

relação ao produto armazenados a 5ºC. Segundo Heaton e Marangoni (1996)

isso ocorre devido ao efeito da baixa temperatura sobre a diminuição do

metabolismo do produto e, conseqüentemente, no controle de processos

degradativos e sobre a senescência do produto.

As pimentas acondicionadas em potes apresentaram os maiores valores

de clorofila a, b e total nas temperaturas 8ºC e 15°C, enquanto que as

embaladas em saco de polietileno tiveram os maiores valores quando

armazenadas a 8ºC e 20°C. Resultados diferentes foram encontrados por

Pariasca et al. (2001) onde não constataram efeito da atmosfera modificada

nem da baixa temperatura nos teores de clorofilas de frutos de quiabo.

Verificou-se que os valores médios de clorofila a foram superiores aos

da clorofila b (Tabela 5). Amarante et al. (2008), também encontraram valores

maiores para a clorofila a que para a b em folhas de macieira ‘Royal Gala’ e

‘Fugi’ com métodos ópticos não-destrutivos.

46

TABELA 5: Teores de clorofila a, clorofila b e clorofila total dos frutos de pimenta-de-cheiro acondicionadas em diferentes embalagens (pote, bandeja e saco) armazenadas em diferentes temperaturas (8, 15, 20 e 25ºC) por 12 dias. Valores médios de três repetições (± EP). Gurupi – TO, 2012.

Embalagens TºC

Índice de Clorofila Falker

Clorofila a Clorofila b ClorofilaTotal

Pote

8 11,23 bA ± 0,10 2,37 dA ± 0,01 13,60 aA ± 0,11 15 10,20 bA ±0,18 1,80 dA ± 0,00 12,00 aB ± 0,18 20 8,53 bB ±0,26 1,63 dA ± 0,04 10,17 aC ± 0,30 25 8,17 bB ±0,19 1,63 dA ± 0,04 9,80 aC ± 0,22

C.V. (%) 12,70 13,68 12,52

Bandeja

8 10,53 bA ±0,10 1,90 dA ±0,02 12,43 aA ±0,10 15 8,70 bB ±0,11 1,70 dA ±0,02 10,40 aB ±0,13 20 9,23 bB ±0,17 1,77 dA ±0,03 11,00 aB ±0,20 25 6,87 bC ±0,06 1,30 dA ±0,00 8,17 aC ±0,06

C.V. (%) 13,02 11,67 12,70

Saco

8 10,70 bA ±0,04 2,03 dA ±0,01 12,73 aA ±0,05 15 8,40 bC ±0,11 1,80 dA ±0,02 10,20 aB ±0,13 20 9,73 bB ±0,06 2,13 dA ±0,01 12,43 aA ±0,13 25 10,33 bAB ±0,15 1,97 dA ±0,01 12,30 aA ±0,16

C.V. (%) 7,76 6,86 7,65 Letras minúsculas indicam comparação entre temperaturas e letras maiúsculas entre embalagem, pelo teste de Tukey (p < 0,05).

Em geral, o conteúdo de clorofila a das amostras acondicionadas nas

três embalagens oscilou ao longo do período de armazenamento, tendendo ao

decréscimo uma vez que a concentração da clorofila decresce conforme o

desenvolvimento do fruto.

Os frutos que foram acondicionados em pote de polipropileno

armazenados nas temperaturas de 20 e 25ºC apresentaram baixos teores de

clorofila a, sendo notada a partir do 6º dia de armazenamento (Figura 23-A). Os

teores de clorofila a dos frutos acondicionados em bandeja com filme de PVC

armazenados nas diferentes temperaturas diminuíram ao longo do período de

avaliação (Figura 23-B). Os frutos armazenados nas temperaturas 8, 20 e 25ºC

apresentaram comportamento semelhante nos teores de clorofila a durante o

período de armazenamento, para os frutos acondicionados em saco de

polietileno, enquanto, que a temperatura 15ºC apresentou uma variação na

leitura no 10º e 12º dia. (Figura 23-C).

Resultados similares, foram encontrados por Padula et al. (2006), estes

verificaram que a clorofila a foram decrescentes ao longo do período de

armazenamento para brócolis acondicionados em diferentes embalagens.

47

(A)

(B)

(C)

FIGURA 23: Curva para clorofila a dos frutos de pimenta-de-cheiro acondicionadas em: (A)

Pote polipropileno de 750 ml; (B) Bandeja de isopor revestida com filme de (PVC-14 micras) e (C) Saco plástico de polietileno com dimensões 13 x 40 cm, em função do tempo (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias) e da temperatura de armazenamento (8, 15, 20 e 25ºC). Gurupi – TO, 2012.

48

O conteúdo de clorofila b dos frutos acondicionados em pote de

polipropileno armazenados em temperatura baixa (8ºC) destacou-se das

demais temperaturas apresentando valores superiores de clorofila b (Figura 24-

A). Com relação aos frutos acondicionados em bandeja de isopor revestida

com filme de PVC 14 micras armazenados em temperatura ambiente (25ºC)

observou-se que teores de clorofila b foram inferiores, distanciando das demais

temperaturas (Figura 24-B). Já os frutos que foram acondicionados em saco de

polietileno apresentaram teores de clorofila b estáveis ao longo do período de

armazenamento para as diferentes temperaturas avaliadas (Figura 24-C).

(A)

(B)

49

(C)

FIGURA 24: Curva para clorofila b dos frutos da pimenta-de-cheiro acondicionadas em: (A)

Pote polipropileno de 750 ml; (B) Bandeja de isopor revestida com filme de (PVC) 14 micras e (C) Saco plástico de polietileno com dimensões 13 x 40 cm, em função do tempo (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias) e da temperatura de armazenamento (8, 15, 20 e 25ºC). Gurupi – TO, 2012.

Os teores de clorofila total dos frutos acondicionados em pote de

polipropileno armazenados nas temperaturas 20 e 25ºC apresentaram

comportamento semelhante ao longo do período de armazenamento. Para os

frutos armazenados na temperatura 8ºC observou-se uma pequena variação

na leitura nos teores de clorofila total, o que não era esperado, visto que

conforme o desenvolvimento do fruto a concentração de clorofilas tende a

decrescer (Figura 25-A). Em todas as temperaturas avaliadas os teores de

clorofila total dos frutos tenderam a diminuir durante o período de

armazenamento, sendo que essa diminuição foi mais evidente nos frutos

acondicionados em bandeja de isopor revestida com filme PVC mantida na

temperatura ambiente (Figura 25-B). Quanto à clorofila total dos frutos

acondicionados em saco de polietileno armazenados nas temperaturas 8, 20 e

25ºC apresentaram resposta semelhante. A variação na leitura da clorofila total

dos frutos armazenados a 15ºC não era esperado (Figura 25-C).

Perreira et al. (2008) evidenciaram decréscimo do conteúdo de clorofila

em pimenta ao longo do período de armazenamento. Trabalhos realizados por

Mota et al. (2010) observaram redução dos teores de clorofila total ao longo do

armazenamento em quiabo. Maranhão, (2010) relata que tanto clorofila a

quanto b decrescem conforme o desenvolvimento do fruto.

50

Segundo Steit et al., (2005), o que conduzem a uma redução da

concentração de clorofilas é a interação de duas enzimas, a “feoforbídeo a oxigenase “

(PaO) e a enzima “redutase da via dependente da feorrodopina” (PCCR) que é

uma enzima chave no catabolismo da clorofilas.

(A)

(B)

(C)

FIGURA 25: Curva para Clorofila total a/b dos frutos de pimenta-de-cheiro acondicionadas em: (A) Pote polipropileno de 750 ml; (B) Bandeja de isopor revestida com filme de (PVC) 14 micras e (C) Saco plástico de polietileno com dimensões 13 x 40 cm em função do tempo. (0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 dias) e da temperatura de armazenamento (8ºC, 15ºC, 20ºC e 25ºC). Gurupi – TO, 2012.

51

5. CONCLUSÕES

A embalagem bandeja de isopor e revestida com filme PVC-14 micras,

determinou maior perda de massa e firmeza nos frutos da pimenta e menor

valores de pH;

As temperaturas 20 e 25ºC proporcionaram maior perda de massa e

firmeza;

A temperatura de 8°C preservou melhor a qualidades dos frutos de

pimenta-de-cheiro, determinou menor perda de massa, maior conteúdo de

clorofila a, b e total, menor acidez; manteve a cor dos frutos, firmeza e os

teores de sólidos solúveis durante os 12 dias de armazenamento;

A embalagem saco de polietileno conservou melhor a perda de massa

dos frutos da pimenta-de-cheiro durante 12 dias de armazenamento.

52

6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARANTE, C. V. T.; STEFFENS, C. A.; ZANARDI, O. Z.; ALVES, E.O.

Quantificação de clorofilas em folhas de macieiras ‘Royal Gala’ e ‘Fugi’ com

métodos ópticos não-destrutivos. Revista Brasileira de Fruticultura, v.30, n.3,

p.590-595, 2008.

ANTONIOLLI, L. R.; CASTRO, P. R. C.E.; KLUGE, R. A.; FILHO, J. A. S.

Utilização de embalagem de polietileno na conservação de caquis ‘giombo’

durante o armazenamento refrigerado. Revista. Brasileira de Fruticultura.,

Jaboticabal - SP, v. 25, n. 1, p. 77-80, 2003.

ANTUNES, L. E. C.; FILHO, J. D.; SOUZA, C. M. Conservação pós-colheita de

frutos de amoreira-preta. Pesquisa Agropecuária Brasileira., Brasília, v. 38,

n. 3, p. 413-419, mar. 2003.

ARAÚJO, J. L. Propriedades termofísicas da polpa do cupuaçu.

Universidade Federal da Paraíba, Campina Grande, 2001. 85 p (Mestrado em

Engenharia Agrícola).

AWAD, M. Fisiologia pós-colheita de frutos. São Paulo: Novel, 1993. 114 p.

BIANCHETTI, L. B. Aspectos morfológicos, ecológicos e biogeográficos de dez

táxons de Capsicum (Solanaceae) ocorrentes no Brasil. 1996. 174f.

Dissertação (Mestrado em Botânica) - Universidade de Brasília: Departamento

de Botânica do Instituto de Ciências Biológicas: Brasília, 1996.

BOWER, J. H.; JOBLING J. J.; PATTERSON, B. D.; RYAN, D. J. A method for

measuring the respiration rate and respiratory quotient of detached plant

tissues. Postharvest Biology and Technology, v.13, p 263-270,1998.

53

BRACKMANN, A.; SAQUET, A. A. Efeito da temperatura e condições de

atmosfera controlada sobre a conservação de caqui (Diospyros kaki L.).

Ciência Rural, Santa Maria, v. 5, n. 3, p. 375-378, 1995.

BROWMIK, S. R.; PAN, J. C. Shelf like of mature Green tomatoes stored in

controlled atmosphere and high humidity. Journal of Food Sciense, v. 57, n.4,

p 948-453, 1992.

BRUNINI, M. A.; CARDOSO, S. S. Qualidade de pitaias de polpa branca

armazenadas e diferentes temperaturas. Revista Caatinga, Mossoró, v. 24, n.

3, p. 78-84, 2011.

CALBO, A. G.; MORETTI, C. L. Penetrometro a gás para avaliação da firmeza

de frutos. Disponivel em:

<http://www.cnph.embrapa.br/laborato/pos_colheita/penetrometro.htm.>

Acesso em: 14/06/2012.

CAMPOS, A. J.; VIEITES, R. L. Conservação refrigerada de uva ‘itália’ com

utilização da irradiação Revista Científica Eletrônica de Agronomia, Garça,

v.17, n.1, p.31-43, jun, 2010.

CARMO, S. A. Conservação pós colheita de pimentão amarelo ‘Zarco’.

Tese (Doutorado)-Universidade Estadual de Capinas, Faculdade de

Engenharia Agrícola, Campinas – SP. 2004. 127p.

CARNELOSSI, M. A. G.; SILVA, E. O.; CAMPOS, R. S.; SOARES, N. F. F.;

MINIM, V. P. R.; PUSCHMANN, R. Conservação de folhas de couve

minimamente processada. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais,

Campina Grande, v.4, n.2, p.149-155, 2002.

CARVALHO, W. et al. Estimativa indireta de teores de licopeno em frutos de

genótipos de tomateiros análise colorimétrica, Horticultura Brasileira, Campinas,

v.322 n.3, p. 819-825, 2005.

54

CARVALHO, I. C. C.; BIANCHETTI, L. de B.; BUSTAMANTE, P. G.; SILVA, D.

B. Catálogo de germoplasma de pimentas e pimentões (Capsicum spp.)

da Embrapa Hortaliças. Brasília: Embrapa Hortaliças, 2003. (Embrapa

Hortaliças, documentos, 49). p.49.

CASALI, V. W. D.; COUTO, F. A. A. Origem e botânica de Capsicum. Informe

Agropecuário, v. 10/113, p 8-10. 1984.

CASTRO, L. R.; CORTEZ, L. A. B.; JORGE, J. T. Influência da embalagem no

desenvolvimento de injúrias mecânicas em tomates. Ciência Tecnologia

Alimentos, Campinas, v. 21, n. 1, p. 26-33, 2001.

CHITARRA, A. B.; ALVES, R. E. Tecnologia de pós-colheita para frutas

tropicais. Fortaleza: Instituto Frutal/Sindifruta, 2001. v.1, 314p.

CHITARRA, M. I. F.; CHITARRA, A. D. Pós-colheita de frutos e hortaliças:

fisiologia e manuseio. Lavras: ESAL/FAEPE, 1990. 320 p.

CHITARRA, M. I. F.; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutos e hortaliças:

fisiologia e manuseio. 2. ed. Lavras: ESAL/FAEPE, 2005. 785 p.

CIA, P.; BENATO, E. A.; VALENTINI, S. R. de T.; ANJOS, V. D. A.; PONZO, F.

S.; SANCHES, J.; TERRA, M. M. Radiação ultravioleta no controle pós‑colheita

de Colletotrichum gloeosporioides em uva 'Niagara Rosada'. Bragantia, v.68,

p.1009‑1015, 2009.

COLLERA-ZÚÑIGA, O.; JIMÉNEZ, F. G.; GORDINHO, R. M. Comparative

study of carotenoid composition in three mexican varieties of Capsicum annum

L. Food Chemistry, v. 90, p. 109-114, 2005.

55

DAMATTO, JUNIOR, E. R.; GOTO. R.; RODRIGUES, D. S.; VICENTINI, N. M.;

CAMPOS, A. J. Qualidade De Pimentões Amarelos Colhidos Em Dois Estádios

De Maturação. Revista Científica Eletrônica de Agronomia, Garça, v.17, n.1,

p.23 30, jun, 2010.

DÍAZ, J.; POMAR, F.; BERNAL, A.; MERINO, F. Peroxidases and the

metabolismo f capsaicin in Capsicum annuum L. Phytochemistry Reviews,v.3,

p. 141-157, 2004.

DONALD, G. Pepper and Capsaicin (Capsicum anda Piper Species).

Barceloux, MD, p.380-390, 2009.

EMBRAPA, Ceagesp, Ministério da Agricultura e do Abastecimento, Pós

Colheita: Conservação de Frutas e Hortaliças Disponíveis em

<http://planetaorganico.com.br/site/index.php/pos-colheita-conservacao-de

frutas-e-hortalicas-2/> Acesso em: 23/03/2012.

EVANGELISTA, R. M.; CHITARRA, A. B.; GOLDON, I. S. Efeito da aplicação

de ceras comerciais na pós-colheita de mana (Mangifera indica L.) cv. Tommy

Atkins. Revista Brasileira de Fruticultura, Cruz das Almas, – BA, v. 18, n 1. p.

105 – 113, 1996.

FARBER, J. M. Microbiological aspects of modified atmosphere packing

technology- a review. Journal of Food Protection, v. 54, n. 1, p. 58-70, 1991.

FERNANDES, P. H. S.; SOUZA, S. D. O. Tecnologia de produtos de origem

vegetal: processamento de frutas e hortaliças. Uberlândia, 2001. p. 89-99.

FERRI, V. C. Controle da maturação e conservação de caquis (Diospyrus

kaki, L.) cultivar fuyu. Tese (Doutorado em Fitotecnia), Faculdade de

Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Pelotas,

2000. 73 p.

56

FONSECA, S. C.; OLIVEIRA, F.A.R.; BRECHT, J.K. Modelling respiration rate

of fresh fruits and vegetables for modified atmosphere packages: a review.

Jornal of Food Engineering, Amsterdam v.52, p. 99 – 119, 2002.

FURTADO, A. A. L.; DUTRA, A. S.; DELIZA R. Procesamento de “Pimenta

Dedo-de- Moça” (Capsicum baccatum Var, pendulum) em conserva. Ministério

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. ISSN 0103-5231 Dezembro,

2006. Rio de Janeiro, RJ.

GIL, M. I.; CONESA, M. A.; ARTÉS, F. Quality changes in fresh cut tomato as

affected by modified atmosphere packaging. Postharvest Biology and

Technology, v. 25, n. 2, p. 199-207, 2002.

GRAVINA, O.; HENZ,G.; CARVALHO, S. L. C.; Conservação pós-colheita de

pimentas da espécies Capsicum chinense com filme de PVC em duas

temperaturas. Brasilia – DF, 2004.

GUEDES, P. A. Utilização de biofilme comestível na conservação pós

colheita de manga cv. Rosa. Vitoria da Conquista – BA: UESB, 2006. 70p.

(Dissertação – Mestrado em Agronomia, Área de concentração em Fitotecnia).

HEATON, J.W.; MARANGONI, A.G. Chlorophyll degradation in processed

foods and senescent plant tissues. Trends Food Sci. Tech., v.7, p.8-15, 1996.

HENZ, G.P, Colheita e pós-colheita de pimenta (Capsicum spp.) Embrapa

Hortaliças, Sistema de Produção de (Capsicum spp.) 4 ISSN 1678 Versão

Eletronica Dezembro/2004.

HENZ, G. P.; RIBEIRO, C. S. C., Pimentas Capsicum: Mercado e

comercialização. Brasília: Embrapa Hortaliças, 2008.

57

HOJO, E.T. D.; CARDOSO, D.; HOJO, R. H.; VILAS BOAS, E. V. B.;

ALVARENGA, M. A. R. Uso de películas de fécula de mandioca e pvc na

conservação pós-colheita de pimentão. Ciência e Agrotecnológia., Lavras, v.

31, n. 1, p. 184-190, jan./fev., 2007.

HUNTER, R. S. The measurements of appearance. New York : John Wiley

and Son, 1978.

IZUMI, H; WATADA, A. E; DOUGLAS, W Low oxygen atmospheres affect

storage quality of zucchini squash slices treated with calcium. Journal of Food

Science, 61: 317-321, 1996.

JERONIMO, R. F.; KANESIRO, M. A. B. Efeito da associação de

armazenamento sob refrigeração e atmosfera modificada na qualidade de

mangas ‘Palmer’. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 22, n. 2,

p. 237- 243, 2000.

JERONIMO, E. M.; BRUNINI, M.A.; ARRUDA, M.C.; CRUZ, J.C.S.; FISCHER,

I.H.; GAVA, G.J.C. Conservação pós-colheita de mangas ‘Tommy Atkins’

armazenadas sob atmosfera modificada Semina: Ciências Agrárias, Londrina,

v. 28, n. 3, p. 417-426. 2007.

KADER, A. A. Postharvest technology of horticultural crops. 3. ed.

California: University of California, 2002. 535 p. (Publication 3311).

KADER, A. A. Regulation of fruit physiology by controlled/ modified

atmospheres, Acta Horticulturae, Amsterdan, n. 398, p 139-146, 1995.

KLUGE, R. A; BILHALVA, A. B.; CANTILLANO, R. F. F. Influência do estádio

de maturação e da embalagem de polietileno na frigoconservação de ameixa

Pesquisa Agropecuária Brasileira., Brasília, v.34, n.3, p.323-329, mar. 1999.

58

KLUGE, R. A.; MINAMI, K. Efeito de ésteres de sacarose no armazenamento

de tomates ‘Santa Clara’. Scientia Agrícola. Piracicaba, v. 54, n. 1-2, p. 39-44,

1997.

KONICA, M. S. Inc. Comunicação precisa da cor: Controle de qualidade da

percepção à instrumentação. 1998, 59 p.

KRAMER, A. Fruits and Vegetables. In NAGY. S & SHAW, E. Tropical and.

Subrtopical Fruits: Composition, Propesties and uses. West port: Avi, 1973. p

1-120.

LANA, M. M.; FINGER, F. L. Atmosfera modificada e controlada: aplicação

na conservação de produtos horticolas. Brasília: EMBRAPA Comunicação para

transferência de tecnologia/ EMBRAPA Hortalicias, 2000. 34 p.

LEE, S.K.; KADER, A. A. Preharvest and postharvest factors influencing vitamin

C content of horticultural crops. Postharvest Biology and Technology,

Amsterdam, v.20, p.207-220, 2000.

LEHNINGER, A. L.; NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de bioquímica.

2.ed. São Paulo: Savier, 2002. 1292 p.

LEME, S. C. Qualidade Pós-Colheita de pimentão produzido em Sistema

Orgânico. Dissertação – Universidade de Lavras, Lavras-MG. 2012, p 144.

LEMOS, O. L.; REBOUÇAS, T. N. H.; JOSÉ. A. R. S.; VILA, M. T. R; SILVA,

K.S. Utilização de biofilme comestível na conservação de pimentão ‘magali r’

em duas condições de armazenamento. Bragantia, Campinas, v.66, n.4,

p.693-699, 2007.

LIMA, L. C.; VILAS BOAS, E. V. B.; REIS, J. M. R.; CHITARRA, A. B. R.

Qualidade dos frutos de tangerineiras ‘Ponkan’ (Citrus Reticulata Blanco),

armazenados sob temperatura ambiente. Un. Alfenas, Alfenas, v.5. p. 27-

31,1999.

59

LIMA, M. A.; DURIGAN, J. F. Conservação de goiaba ‘Pedro Sato’ associando-

se refrigeração com diferentes embalagens plásticas. Revista Brasileira de

Fruticultura, Jaboticabal, v. 22, n. 2, p. 232-236, 2000.

LIMA, V. L. A. G.; MÉLO, E. A.; GUERRA, N. B. Correlação entre o teor de

antocianinas e caracterização cromática de polpas de diferentes genótipos de

aceloreira Brasilian Jornal of Food, v.10 n.1 p. 51-55, 2007.

LUENGO, R. F. A, Dimensionamento de embalagens para comercialização

de hortaliças e frutas no Brasil, Tese de doutorado, Piracicaba, 2005, 77p.

MARANHÃO, C. M. C. Caracterização física, físico – química e química do

fruto da aceroleira (Malpighia emarginata DC), variedade Okinawa, durante

o seu desenvolvimento. Dissertação – Universidade Federal da Paraíba,

2010, 89 p.

MATTIUZ, B. H.; MIGUEL, A. C. A.; GALATI, V. C. U.; NACHTIGAL, J. A. C.

Efeito da temperatura no armazenamento de uvas apirênicas minimamente

processadas. Revista Brasileira Fruticultura., Jaboticabal - SP, v. 31, n. 1, p.

044-052, Março 2009.

MC GUIRE, R.G. Reporting of objective color measurements. Hort Science. n.

27, v. 12, p. 1254-1255, dez. 1992.

MENDONÇA, K. Concentração de etileno e tempo de exposição para

desverdecimento de limão “Siciliano”. Brazilian Journal of Food Technology.

v. 6, n. 2, p. 179-183, jul./dez. 2003.

MIRANDA, M. E. J.; GONZALEZ, P. P. Caracteristicas, produción y utilizacion

de pectinas. Alimentacion, equipos e tecnologia. Noviembre, p. 61-66, 1993.

60

MOREIRA, G. R.; CALIMAN, F. R. B.; SILVA, D. J. H.; RIBEIRO, C. S. C.

Espécies e variedades de pimenta. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.

27, n. 235, p. 16-29, 2006.

MORGADO, C. M. A.; DURIGAN, J. F.; SANCHES, J.; GALATI, V. C.;

OGASSAVARA, F. O. Conservação pós-colheita de frutos de pimentão sob

diferentes condições de armazenamento e filmes. Horticultura Brasileira., v.

26, n. 2, abr.-jun. 2008.

MOTA, W. F.; FINGER, F. L.; CECON, P. R.; SILVA, D. J. H.; CORRÊA, P. C.;

FIRME, L. P.; MIZOBUTSI, G. P. Conservação e qualidade pós-colheita de

quiabo sob diferentes temperaturas e formas de armazenamento. Horticultura

Brasileira v. 28, n. 1, jan.- mar. 2010.

MOTA, W. F.; SALOMÃO, L. C. C.; CECON, P. R.; FINGER, F. L.; PESSOA, A.

M. Efeito de cera sobre a conservação pós-colheita do maracujá-amarelo.

Revista Brasileira de Armazenamento, Viçosa, v.27, n.1, p.30-35, 2002.

NERES, C. R. L.; VIEIRA, G.; DINIZ, E. R.; MOTA, W. F.; PUIATTI, M.

Conservação do jiló em função da temperatura de armazenamento e do filme

de polietileno de baixa densidade. Bragantia, Campinas, v.63, n.3, p.431-438,

2004.

NUEZ-VIÑALS, F. N.; ORTEGA, R. G.; COSTA, J. C. El cultivo de pimientos,

chiles y ajies. Madri: Mundi-Prensa, p. 607, 2003.

OLIVEIRA, C. G. Caracterização pós colheita de banana ‘Prata Anã e seu

hibrido PA 42-44 armazenados sob refrigeração. 2010. 74p. Dissertação

(Mestrado em produção Vegetal no Semiárido) Universidade Estadual de

Montes Claro, Janaúba, MG.

61

OLIVEIRA, M. A.; CEREDA, M. P. Determinação da curva de respiração na

pós-colheita dos frutos de goiaba híbrida (Branca) (Psidium guajava) variedade

Kimagai. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 14, 1996,

Curitiba, PR. Resumos. Londrina: IAPAR, 1996. p. 239.

OLIVEIRA, M. A.; CEREDA, M. P. Pós colheita de pêssego revestido com filme

a base de amido como alternativa a cera comercial. Brasilian Juornal of Foof

Tecnology. Campinas – SP, v.23, p. 28-33, dez. 2003.

PADULA, M. L.; CARCIOFI, B. A. M.; DANNENHAUER, C. E.; STRINGARI,

G.B.; MONTEIRO, A. R. Influência de diferentes tipos de embalagens nas

características físico-químicas e composição gasosa de brócolis (brassica

oleracea l. Var itálica) orgânicos minimamente processados e armazenados

sob refrigeração. Alimento. Nutrição., Araraquara ISSN 0103-4235 v.17, n.3,

p.259-268, jul./set. 2006.

PARIASCA, J.A.T; MIYAZAKI, T.; HISAKA, H.; NAKAGAWA, H.; SATO. T.

Effect of modified atmosphere packaging (MAP) and controlled atmosphere

(CA) storage on the quality of snow pea pods (Pisum sativum L. var.

saccharatum). Postharvest Biology and Technology v. 21. p 213-223, 2001.

PAULL, R. E. Effect of temperature and relative humidity on fresh commodity

quality. Postharvest Biology and Technology, Amsterdam, v.15, p.263-277,

1999.

PEREIRA, T. Avaliação das características físicas e químicas de goiabas

(Psidium guajava L.) cv. Cortibel, de polpa branca, sob diferentes

condições de armazenamento. Dissertação (Mestrado em Produção Vegetal)

- Campos dos Goytacazes-RJ, Universidade Estadual do Norte Fluminense

Darcy Ribeiro, RJ, 74p. 2003.

PEREIRA, G. M. Análise dialélica e pungência dos frutos em Capsicum

chinense. Tese (Doutorado em genética e melhoramento) - Universidade

federal de Viçosa. Viçosa, 2007. 64 p.

62

PEREIRA, J. M. A. T. K.; MINIM, V.P. R.; PUSCHMANN, R.; VANETTI, M.

C.D.; SOARES, N. F. F.; MORETTI, C. L.; VIEIRA, J. V. Qualidade físico-

química de mini-cenouras revestidas. Revista Ceres, v 55. n. 6, p 537-542,

2008.

PEREIRA, G. M.; FINGER, F. L.; CASALI, V.W. D.; BROMMONSCHENKEL, S.

H. Influência do tratamento com etileno sobre o teor de sólidos solúveis e a cor

de pimentas. Bragantia, Campinas, v.67, n.4, p.1031-1036, 2008.

PICKERSGILL, B. Relationships between weedy and cultivated forms in some

species of chilli peppers (genus Capsicum). Evolution, v. 25, p. 683 – 691,

1971.

PILON, L.; OETTERER, M.; GALLO, C.R.; SPOTO, M.H.F. Shelf life of

minimally processed carrot and green pepper. Ciência e Tecnologia de

Alimentos, Campinas, v.26, n.1, p.150-158, 2006.

PINHEIRO, J. M. S. Tecnologia pós-colheita para conservação de bananas

da cultivar tropical. Dissertação Mestrado (Produção Vegetal) – Universidade

Estadual de Montes Claros /UNIMONTES, p. 59, 2009.

REIFSCHNEIDER, F. J. B.; RIBEIRO, C. S. C. Cultivo. In: RIBEIRO, C. S. C.;

LOPES, C. A.; CARVALHO, S. I. C.; HENZ, G.M.; REIFSCHNEIDER, F. J. B.

(Ed.). Pimentas Capsicum. Brasilia: Embrapa Hortaliças, 2008. p. 11-14.

REIS, K. C.; ELIAS, H. H. S.; LIMA, L. C. O.; SILVA, J. D.; PEREIRA, J. Pepino

japonês (Cucumis sativus l.) submetido ao tratamento com fécula de mandioca.

Ciência de Agrotecnológia., Lavras, v. 30, n. 3, p. 487-493, maio/jun., 2006.

RIBEIRO, C. S. C.; CRUZ, D. M. R. Tendências de mercado. Cultivar HF, RS,

p.16-19, jun./jul., 2002.

63

RINALDI, M. M.; SANDRI, D.; OLIVEIRA, B. N.; SALES, R. N.; AMARAL, R. D.

A. Avaliação da vida útil e de embalagens para tomate de mesa em diferentes

condições de armazenamento. B. CEPPA, Curitiba, v. 29, n. 2, p. 305-316,

jul./dez. 2011.

RINALDI, M. M.; SANDR, D.; RIBEIRO, M. O.; AMARAL, A. G. Características

físico-químicas e nutricionais de pimentão produzido em campo e hidroponia.

Ciência e Tecnologia de Alimento., Campinas, v. 28 n.3. p 558-563, jul.-set.

2008.

RINALDI, M. M.; BENEDETTI, B. C.; CALORE, L. Efeito da embalagem e

temperatura de armazenamento em repolho minimamente processado. Ciência

e Tecnologia de Alimento., Campinas, v. 25. n.3 p 480-486, jul.-set. 2005.

ROCHA, M. C.; CARMO, M. G. F.; POLIDORO, J. C.; SILVA, D. A. G.;

FERNANDES, M. C. A. Características de frutos de pimentão pulverizados com

produtos de ação bactericida. Horticultura Brasileira v. 24, n. 2, p. 185-189

2006.

RUFINO, J. L. S.; PENTEADO, D. C. S. Importância econômica, perspectivas e

potencialidades do mercado para pimenta. Informe Agropecuário, Belo

Horizonte v. 27, n. 235, p. 7-15, 2006.

SADLER, G. D.; MURPHY, P. A. pH e acidez titulável. In: NIELSEN, S. S.

Análise de alimentos. 2. ed. New York: Aspen Publishers,1998. p.99 -117.

SCHOEFS, B. Chlorophyll and carotenoid analysis in food products. Properties

of the pigments and methods of analysis. Trends in Food Science &

Technology, Amsterdam, v.13, p.361-371, 2002.

SIGRIST, J. M. M. Respiração. Transpiração. In: Tecnologia pós-colheita de

frutas tropicais. Campinas: Instituto de Tecnologia de Alimentos, 1992. p.19-

32.

64

SIGRIST, J. M. M.; BLEINROTH, E. W.; MORETTI, C. L. Manuseio pós-colheita

de frutas e hortaliças. In: CORTEZ, L. A. B.; HONÓRIO, S. L; MORETTI, C. L.

(Ed.) Resfriamento de frutas e hortaliças. Brasília, DF: Embrapa Informação

Tecnológica, 2002. 428p.

SILVA, G. V, A Caixa plástica como embalagem adequada para o setor

horticultura. Lavras, Minas Gerais 2006.

SILVA. J. A.Tópicos da tecnologia de alimentos. São Paulo: 2000, 232 p.

SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C. P.;

MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia: da planta ao

medicamento. 5 ed. Editora da UFRGS / Editora da UFSC, 2004. 1102 p.

SMITH, P. G.; HEISER, C. B. Taxonomy of Capsicum chinense Jacq. And the

geographic distribution of the cultivated Capsicum species. Bulletim of the

Torrey Botanical Club, v. 84, n. 6, p. 413-420, 1987.

SOUZA, P. A.; AROUCHA, E. M. M.; SOUZA, A. E. D.; COSTA, A. R. F. C.;

FERREIRA, G. S.; BEZERRA, N. F. Conservação pós-colheita de berinjela com

revestimentos de fécula de mandioca ou filme de PVC. Horticultura Brasileira

v. 27 n.2 p. 235-239, 2009.

SOUZA, S. M. A.; CAVALINI, F. C.; JACOMINO, A. P.; ORTEGA, E. M. M.

Conservação de produto minimamente processado de goiabas ‘kumagai’ e

‘pedro sato’. Revista Brasileira de Fruticultura., Jaboticabal - SP, v. 31, n. 3,

p. 847-855, Setembro 2009.

SPOTO, M. H. F.; GUTIERREZ, A. S. D. Fundamentos de ciências e

tecnologia de alimentos. Capítulo 9. Qualidade Pós-colheita de frutas e

hortaliças, 2006.

65

STEFFENS, C. A. Respiração de frutos e permeabilidade de Filmes

poliméricos, 2006. 88 p. Tese (Doutorado em produção Vegeta) –

Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria – RS, 2006.

STEIT, N. M.; CANTERLE, L. P.; CANTO, M. W.; HECKTHEUER, L. H. H. As

Clorofilas. Ciência Rural, Santa Maria, v. 35, n. 3, p, 748-755, 2005.

THÈ, P. M. P. Efeito da associação de tratamento hirdotérmico, cloreto de

cálcio e atmosfera modificada sobre o escurecimento interno e qualidade

do abacaxi cv. Tese (Doutorado em Ciências dos Alimentos) – Universidade

Federal de Lavras, Lavras; 2001. 128 p.

THOMPSOM, J. F. Storage Systems. In: KADER, A. A, Postharvest

techonology of horticultal crops. Oakland: University of California, p. 113 –

134, 2002.

TUCKER, G. A. Introduction. In: SEYMOR, G. B.; TAYLOR, J. E.; TUCKER, G.

A. Ed. Biochemisty of Fruit Ripening. Cambrige: Chapman & Hall, 1993.

VALVERDE, R. M.V. Composição Bromatológica da Pimenta Malagueta in

Natura e Processada em Conserva. (Dissertação – Mestrado em Engenharia

de Alimentos – Engenharia de Processos de Alimentos) Itapetinga – BA: UESB,

2011, 54 p.

VICENTINI, N. M.; CASTRO T. M. R.; CEREDA, M. P. Influência de películas

de fécula de mandioca na qualidade pós-colheita de frutos de pimentão

(Capsicum annuum L.) Ciência e Tecnologia de Alimento. v.19 n.1 Campinas

Jan./Apr. 1999.

VICENTININ, N. M.; CEREDA, M, P.; CAMARA, F. L. A. Revestimento de

fécula de mandioca, perda de massa e alteração da cor de frutos de pimentão.

Scientia Agricola, v. 56, n. 3. p 713-716, 1999.

66

VILAS BOAS, E. V. B. Qualidade de alimentos vegetais. (Curso de

Especialização Pós-graduação “Latu sensu” Ensino a Distância: Tecnologia e

qualidade de alimentos vegetais. UFLA/FAEPE/DCA, 2002. 68p.

VILA, M. T. R. Qualidade pós-colheita de gioaba ‘Pedro Santo’,

armazenados sob refrigeração e atmosfera modificada por biofilme de

fécula de mandioca. Dissertação (Mestrado)- Universidade de Lavras, Lavras-

MG. 2004, p 66.

VILAS BOAS, B. M.; SIQUEIRA, H. H.; LEME, S. C; LIMA.; L.C. O.; ALVES, T.

C. Conservação de pimentão verde minimamente processado acondicionado

em diferentes embalagens plásticas. e-ISSN 1983-4063 - www.agro.ufg.br/pat -

Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 42, n. 1, p. 34-39, jan./mar.

2012.

VILA, M. T. R. Qualidade pós-colheita de gioaba ‘Pedro Santo’,

armazenados sob refrigeração e atmosfera modificada por biofileme de

fécula de mandioca. Dissertação (Mestrado)- Universidade Federal de Lavras,

Lavras-MG. 2004, 66 p.

VON ELBE, J.H. Colorantes, In: FENNEMA, O. W. Química dos alimentos. 2

ed. Zaragaza: Wisconsin-Madison, 2000. Cap 10, p, 787-799.

VU, T. S.; SMOUT, C.; SILA, D. N.; LYNGUYEN, B.; VAN LOEY, A. M. L.;

HENDRICKX, M. E. G. Effect of preheating on thermal degradation kinetics of

carrot texture. Innovative Food Science and Emerging Technologies, v. 5, p.

37–44, 2004.