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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE-UFRN
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES-CCHLA
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL- DECOM
LABORATÓRIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL- LABCOM
COMUNICAÇÃO SOCIAL- AUDIOVISUAL
MELLYNA DA SILVA RODRIGUES
RELAÇÕES ENTRE PRODUTOS AUDIOVISUAIS E EDUCAÇÃO: MÍDIA E
ENSINO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
NATAL/RN
2020
MELLYNA DA SILVA RODRIGUES
RELAÇÕES ENTRE PRODUTOS AUDIOVISUAIS E EDUCAÇÃO: MÍDIA E
ENSINO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
Trabalho de conclusão de curso
apresentado ao departamento de
Comunicação Social da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte para a
obtenção do título de bacharel em
Comunicação social – Audiovisual
Orientador: Prof. Dr. Ivan Mussa Tavares
Gomes
Natal
2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
RELAÇÕES ENTRE PRODUTOS AUDIOVISUAIS E EDUCAÇÃO: MÍDIA E
ENSINO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
MELLYNA DA SILVA RODRIGUES
Monografia apresentada e aprovada em ___ de ______ de 2020, pela banca examinadora composta pelos seguintes membros:
_________________________________________________
Prof. Dr. Ivan Mussa Tavares Gomes (Orientador)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
_________________________________________________
Prof. Me. Ben-Hur Bernard Pereira Costa
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
_________________________________________________
Profª. Drª. Flávia Campos Junqueira
Universidade Potiguar
Escreva algo que valha a pena ler ou faça algo que valha a pena escrever.
(Benjamin Franklin)
RESUMO
RODRIGUES, Mellyna da Silva. RELACIONAMENTO ENTRE PRODUTOS AUDIOVISUAIS E EDUCAÇÃO: MÍDIA E ENSINO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19, Natal/RN, 2020. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Comunicação Social - Audiovisual) - Departamento de Comunicação Social, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal,2020.
Esse documento abordará a evolução da educação e de que os modo produtos
audiovisuais auxiliaram nesse processo, apresentando sua linha do tempo e a
intenção de inserção das mídias no ambiente escolar. Visto que a adoção das
Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), dos Ambientes Virtuais de
Aprendizagem (AVA) e da Realidade Virtual (RV) foram de imensa contribuição
nesse processo. E expondo como a falta dessas tecnologias prejudicam o ensino
como um todo e mais ainda no momento que esse trabalho foi realizado, por conta
de uma uma pandemia causada pelo vírus COVID-19, que estamos a depender de
uma Educação a Distância (EAD).
Palavras-chave: comunicação, educação, tecnologia
ABSTRACT
RODRIGUES, Mellyna da Silva. RELATIONSHIP BETWEEN AUDIOVISUAL PRODUCTS AND EDUCATION: MEDIA AND TEACHING DURING THE COVID-19 PANDEMIC, Natal/RN, 2020. Course conclusion work (Graduation in Social Communication - Audiovisual) - Department of Social Communication, Federal University of Rio Grande do Norte . Natal, 2020. This document will address the evolution of education and how audiovisual products helped in this process, presenting its timeline and the intention of inserting the media in the school environment. Since the adoption of Information and Communication Technologies (ICT), Virtual Learning Environments (VLE) and Virtual Reality (VR) were of immense contribution in this process. And exposing how the lack of these technologies harm education as a whole and even more so at the time that this work was carried out, due to a pandemic caused by the COVID-19 virus, that we are depending on Distance Education (EAD).
Keywords: education, communication, technology
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 7 2. CAPÍTULO I - HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 9
2.1 - LINHA DO TEMPO DA EDUCAÇÃO 9 2.2 - EXPECTATIVA FRUSTRADA EM RELAÇÃO A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO 10 2.3 - POLÍTICA DE INSERÇÃO DAS MÍDIAS 12
3. CAPÍTULO II - EDUCAÇÃO NO CENÁRIO ATUAL 15 4. CAPÍTULO III - TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO 20 4.2 ENSINO A DISTÂNCIA 20 4.2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 20 4.2. AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 22 4.3 REALIDADE VIRTUAL 24
5. CONCLUSÃO 28 6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 29
6
1. INTRODUÇÃO O presente texto subsidia sobre as mudanças no ensino e a contribuição do
audiovisual nesse processo. Os avanços da tecnologia vem marcando a sociedade
como um todo que está cada vez mais conectada, assim a propagação da
informação se faz numa velocidade nunca antes vista, como já dizia Castells: A Internet é o tecido de nossas vidas. Se a tecnologia da informação é hoje o que a eletricidade foi na Era Industrial, em nossa época a Internet poderia ser equiparada tanto a uma rede elétrica quanto ao motor elétrico, em razão de sua capacidade de distribuir a força da informação por todo o domínio da atividade humana. (CASTELLS, 2003, p.07)
O primeiro capítulo demonstrará numa linha do tempo a evolução da
educação, quais eram as expectativas para o futuro da educação e quais políticas
foram adotadas para que tão evolução fosse inserida de fato.
O segundo capítulo contará com a entrevista de uma professora relatando
como a está sendo a rotina das aulas, quais as dificuldades dos professores, alunos
e da instituição para inserção da aula a distância no período da quarentena. Período
esse que desde 11 de março 2020 a então A Organização Mundial da Saúde (OMS)
declarou como pandemia a infecção causada pelo Covid-19 . 1
Esse vírus de alta transmissão se alastrou por nível global, sendo assim
caracterizado como uma pandemia, deixando muitas mortes por onde passa. Por
ser um vírus ainda novo, pouco se sabe como combatê-lo. Por isso, cada localidade
tomou suas próprias medidas, em alguns locais foi adotado o lockdown , mas na 2
grande maioria as pessoas entraram em quarentena . Na região em que a 3
professora entrevistada reside, a quarentena já perdura por quatro meses, iniciada
em 16 de março de 2020 (MALHEIRO, 2020).
No terceiro e último capítulo serão apontadas algumas tecnologias que estão
auxiliando a evolução da educação deixando ela mais atrativa e acessível em outros
meios. Para tal, foram criado novas tecnologias de comunicação. Dentro do âmbito
1 Para saber mais https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca. 2 Disponível em https://dasa.com.br/blog-coronavirus/lockdown-coronavirus-significado, acessado 15 de julho de 2020. 3https://www.otempo.com.br/brasil/o-que-e-quarentena-entenda-quando-ela-acaba-como-cuidar-da-saude-mental-e-mais-1.2357070 acessado 08 de junlho de 2020.
7
escolar, temos a inserção das novas Tecnologias de Informação e Comunicação
que ajudam a tornar a aula mais atrativa com atividades mais interativas.
O método de aprendizagem traz a união de texto, som, imagem, movimento
interagindo com várias linguagens. A internet traz uma diversidade de informações e
com as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs) criam softwares
como os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) que mediam a interação entre
professores e alunos, proporcionando uma forma diferenciada de aprender. O
ensino intermediado pelo uso da tecnologia digital proporciona grandes mudanças
na forma de adquirir conhecimento. A dinâmica entre professor e aluno em uma sala
de aula, à base de quadro negro e livro didático, hoje pode ser realizada a distância
e com múltiplas formas comunicativas. A Educação a distância (EAD) com auxílio
das NTIC possibilitam oportunidades além da estrutura física da sala de aula
convencional, nas palavras de Serres: “Outrora visíveis e construíveis em sólido, as
escolas [nas redes] apagam as distâncias no espaço real e reúnem em lugares não
assinaláveis, grupos virtuais” (1994, p. 188). Proporciona ao aluno ter acesso às
informações mais diversificadas, criando espaços para a pesquisa, o conhecimento,
o debate, além de estreitar as distâncias entre professor e alunos.
Porém isso tudo não é acessível para todos, uma grande parte continua com
o método de ensino tradicional, seja pela falta de conhecimentos de professores, ou
falta de suporte e acesso a internet de alunos e instituições.
Para além disso, o período que estamos vivenciando hoje, uma pandemia
causada pelo Covid-19, uma doença que se alastrou a nível mundial, nos colocando
em quarentena, que começou por volta do dia 16 de março e se perdura até o
momento que esse trabalho foi finalizado, final do mês de Julho, trazendo ainda
mais prejuízos para o ensino presencial.
No mais, professores e alunos, reunidos em equipes ou comunidades de
aprendizagem, se unem partilhando informações e saberes, pesquisando e
aprendendo juntos; dialogando com outras realidades, dentro e fora da escola, este
é o novo modelo educacional possibilitado pelas tecnologias digitais. (Kenski 2000,
p. 32).
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2. CAPÍTULO I - HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
2.1 - LINHA DO TEMPO DA EDUCAÇÃO
Nas últimas décadas, o uso de mídias na escola vem ganhando cada vez 4
mais espaço, já que a realidade em tempos atuais é que as pessoas estão “lendo o
mundo” pelos veículos de comunicação. Sendo assim, a educação tenta
acompanhar esse ritmo, evoluindo muito aos poucos a forma de educar ao passar
dos anos.
Podemos analisar os métodos de ensino dividindo em quatro períodos, como
foi apresentado na Comissão Europeia (EC, 2007). O primeiro seria a Era clássica,
formada por linguagem oral, no primeiro momento baseada nas lembranças,
caracterizada pela repetição por meio de músicas, danças, rituais, cantigas. As
histórias eram contadas para transmitir o conhecimento, de acordo com Lévy: Possuindo apenas os recursos de sua memória de longo prazo para reter e transmitir as representações que lhes parecem dignas de perdurar, os membros das sociedades orais exploraram ao máximo o único instrumento de inscrição de que dispunham. (LÉVY, 1993, p. 77)
Em um segundo momento a criação do alfabeto e da escrita, essa inventada
pelos sumérios, cerca de 3.500 anos antes de Cristo (Hohlfeldt, 2001, p. 63). Com a
escrita “a inteligência humana libertou-se do peso da lembrança para se aplicar na
inovação” (Kerckhove, p. 258).
O segundo período seria a Primeira Revolução Industrial, marcada pela
invenção da tipografia. Essa época permitiu uma grande disseminação de
informação com uma velocidade jamais vista, impactando todas as áreas; máquinas
à vapor ajudaram o embaratecimento dos materiais impressos e o aumento do
número de cópias que já não precisavam ser “copiados um a um” (LAGE, 2014
p.14)(Hohlfeldt, 2001, p.90), mas segundo Straubhaar & Larose (2004, p. 33- 34),
conforme a mídia industrial ia tomando velocidade, livros e jornais se proliferam,
4 Lustona e Maciel (2010, p. 01), declaram que “a mídia é todo recurso que possui som, imagem, movimentos, cores e texto. As mídias podem ser classificadas em mídias informativas, TV, vídeo, livro, filme, revista, rádio, jornais e mídias interativas como a internet e videogames.”.
9
porém o analfabetismo e à falta de aquisição monetária limitavam a leitura,
mostrando que a classe social está diretamente ligada às mídias, “A escrita
reorienta as forças e os poderes, legitimando o conhecimento, e não a força física,
como mecanismo de poder e de ascensão social (Kenski, 2003).
O terceiro período seria a Segunda Revolução Industrial, ganham espaço as
novas tecnologias eletrônicas de comunicação e de informação, o surgimento da
mídia eletrônica que é o conjunto de meios de comunicação, que necessitam de
recursos eletrônicos para que o usuário final tenha acesso aos conteúdos de vídeo
e áudio como telefone, filme, rádio, televisão, onde começa a inserção de meios
audiovisuais inclusive na educação, ajudando na disseminação de informação,
quebrando barreiras que a mídia impressa tinha: o analfabetismo, graças a sua
narração sonora.
E a quarta e última, a que estamos vivendo é a era de mídia digital
caracterizada principalmente pela ascensão da internet onde os avanços da
tecnologia acarretou na convergência da mídia, o que era mais centralizada com a
comunicação de massa, hoje há um cruzamento de conteúdos. A era digital se torna
mais interativa onde linguagens ou códigos distintos se fundem em linguagens
multimidiáticas (EC, 2007).
O que se percebe é que um período não é excludente ao outro sobre isso,
Dizard relata que: O papel não vai desaparecer, mas a mídia sem papel absorverá mais do nosso tempo. Eventualmente, nos tornaremos sem papel, assim como outrora nos tornamos sem cavalo. Os cavalos ainda estão por aí, mas os que os utilizam fazem-no com hobby, não para viajar. Agora é mais fácil armazenar informações eletronicamente. O papel se transformou numa interface – num veículo transitório e descartável para se ler a informação compilada eletronicamente. Estamos ingressando no futuro em que a informação é transferida para o papel somente quando estamos prontos para lê-la; em seguida, o papel é imediatamente reciclado. (DIZARD 2000, p. 221)
2.2 - EXPECTATIVA FRUSTRADA EM RELAÇÃO A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO
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Na contemporaneidade, o cinema, o rádio, a televisão trouxeram novos conteúdos, histórias, linguagens, entretanto, alterações no âmbito educacional foram incorporadas não expressivamente. As práticas na universidade continuaram, predominantemente, orais e escritas. Alguns professores utilizam vídeos/filmes como ilustração do conteúdo, contudo, não modificavam substancialmente os processos de ensinar e aprender. De modo semelhante, o uso dos computadores representa apenas uma ferramenta de apoio (Stoque et al, 2016 apud. Moran, Masetto, & Behrens, 2010; Costa, 2002)
No cenário tecnológico, escolas tradicionais já não conseguem fornecer as
necessidades dos alunos. “Instituições viciadas em valores obsoletos e práticas
ultrapassadas” (Laszlo 2001, p. 75), que quando inserem novas práticas para a
utilização das novas tecnologias até capacitam os docentes, mas mantém o mesmo
currículo, não alterando as formas de educar.
Diante da evolução da comunicação, o que era de esperar, seria que a
educação evoluísse junto,pela proximidade entre elas, de acordo com (Sfez, 1991,
p.8) as duas possuíam uma "curiosa e grande convergência" entre si e com todas
as áreas do conhecimento, com todas as formas de expressão, com toda a visão
utópica de progresso. Porém, o que é visto é uma forma de educar estagnada, entre
as conclusões do Libro Blanco (2003), que avalia o trabalho de educação para
meios audiovisuais na Espanha, destaca-se a “inércia da pedagogia tradicional em
se apropriar de métodos adequados ao novo entorno audiovisual”, que para Lévy
estamos vivendo em um momento transitório: Uma coisa é certa: vivemos hoje em uma destas épocas limítrofes na qual toda a antiga ordem das representações e dos saberes oscila para dar lugar a imaginários, modos de conhecimento e estilos de regulação social ainda pouco estabilizados. Vivemos um destes raros momentos em que, a partir de uma nova configuração técnica, quer dizer, de uma nova relação com o cosmos, um novo estilo de humanidade é inventado. (LÉVY, 1991 p. 10).
A utilização das novas tecnologias auxilia a educação firmando a evolução,
Elas encaminham as instituições para a adoção de uma “cultura informática educacional” que exige uma reestruturação sensível não apenas das teorias educacionais, mas da própria percepção e ação educativa. O desenvolvimento de uma cultura informática e essencial na reestruturação da gestão da educação, na reformulação dos programas pedagógicos, na flexibilização das estruturas de ensino, na interdisciplinaridade dos conteúdos, no relacionamento dessas instituições com outras esferas sociais e com a comunidade geral (KENSKI, 2003, p. 85).
E continua,
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As instituições escolares de todos os níveis, com a adoção dos pressupostos da cultura informática, não se veem mais como sistemas isolados, refratários a qualquer vínculo com as demais instituições sociais. Ao contrário, a utilização das múltiplas formas de interação e comunicação via redes amplia as áreas de atuação das escolas, colocando-as em um plano de intercâmbios e de cooperação internacional real, com instituições educacionais, culturais e outras que sejam de seu interesse..(p.86).
Isso, para Peixoto, revela o aperfeiçoamento de uma sociedade é baseada
na educação: A educação olha o futuro, nossa preocupação, tentando o aperfeiçoamento dos órgãos desse imenso e imortal organismo, que é a sociedade. Se é problema a resolver na escola ativa da vida o futuro humano, ele só pode ser resolvido com a experiência anterior do passado humano. É a justificação, educativa, pedagógica, do estudo dessa história da educação. (PEIXOTO, 1942, p. 10)
2.3 - POLÍTICA DE INSERÇÃO DAS MÍDIAS
A União Européia se torna pioneira em focar na alfabetização midiática,
vendo a necessidade de os cidadãos europeus compreenderem plenamente o
meio pelo qual as informações, idéias e opiniões são criadas, circuladas e
compartilhadas na sociedade moderna. "Hoje, alfabetização midiática é tão central
para a cidadania ativa e plena quanto a alfabetização era no início do século XIX”
(Reding, 2006).
Embora seja mais ajustado ao contexto europeu, grande parte poderia ser
aplicada em contextos diversos:
Os objetivos principais do documento são promover a iniciação à linguagem audiovisual, à análise de conteúdos, à compreensão sobre a produção midiática, à apropriação dos direitos do público e da juventude, e ainda à consciência da autorregulação e da regulação da atividade midiática. O documento destina-se a sensibilizar e a preparar os agentes para a tarefa de educação para a mídia: professores, estudantes, famílias e empresas midiáticas. (ZANCHETTA, 2009, s.p)
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Já aqui no Brasil, por meio do Ministério da Educação (MEC) foi definida
quatro abordagens para promover a Comunicação e Uso de Mídias, para a
formação de cidadãos participativos que interagem na sociedade da informação,
garantindo assim seu Direito à Comunicação.
– Área da “mediação tecnológica na educação (information literacy): que não
remete apenas o uso das tecnologias, mas analisar as influências das mídias na
sociedade, como também o uso das tecnologias na educação, não restringindo as
novas ferramentas de informação apenas para o corpo docente.
– Área da “educação para a comunicação (media literacy): tem como meta a
implementação regular integrada aos currículos, que facilite o entendimento dos
alunos de como é o processo de comunicação.
– Área da expressão comunicativa através da produção estética: é pela arte, que
oferece às crianças, adolescentes e jovens condições de produzir mídia desde as
impressas, as audiovisuais e digitais.
– Área da gestão comunicativa: campo voltado para o planejamento e a execução
de políticas de comunicação educativa, garantindo os recursos para a eficácia das
três áreas anteriores. Para que possam ser efetivamente integradas ao cotidiano da
escola, incluindo os professores, os alunos e, em muitos casos, os membros da
comunidade do entorno.
O que pode ser observado, dentre as dificuldades da implementação, é a
então formação do docente inadequada a essas práticas, pois as universidades,
muitas vezes formam os profissionais para o modo de ensino tradicional, ainda pelo
fato que a sociedade acredita que uma escola de qualidade seja o currículo antigo,
focado apenas em absorção de conteúdo (Silva 1997). Em geral, pouca coisa se
alterou no processo de ensino, as escolas permanecem com as mesmas propostas
e grades curriculares; a mesma segmentação disciplinar dos conteúdos. Ao não
alterar a estrutura da escola e do ensino, para poder contemplar as especificidades
de uso dessa nova tecnologia, a escola compromete seu ensino. Por muitas vezes
qualificam o meio digital como um recurso caro, sofisticado e que não funciona,
gerando estranhamento, rejeição, medo, incertezas, não se considera, na
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implantação desses novos meios, as necessárias alterações nas condições do
trabalho docente (e de toda a escola), nem as mudanças imprescindíveis no
currículo e na própria dinâmica da aula (Silva 1997).
“A uma educação perfeita corresponderá uma vida feliz, dos homens e da
humanidade, é o futuro, o ideal. Como se vem preparando, - do passado ao
presente, - é a história da educação” (PEIXOTO, 1933, p. 13).
Segundo Marques e Vitti (2016, p. 115) as tecnologias caracterizam
como“[...] um dos componentes para construção de uma educação de
qualidade [...]. A educação pode ser construída sem ela, mas no mundo
atual, onde todos estão conectados em redes, as vantagens de sua utilização
são incalculáveis”.
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3. CAPÍTULO II - EDUCAÇÃO NO CENÁRIO ATUAL
De acordo Paul Otlet, “Todas as coisas do universo e todas as do homem
serão registradas à distância, à medida que são produzidas” (OTLET, 1935, p. 391)
e, de acordo com secretário de Educação americano à internet seria a "lousa do
futuro" (BRIGGS, A.; BURKE, 2005), mas essa não é bem a realidade de grande
parte das escolas. Diante de inúmeras formas para tentar inserir novos modelos de
ensino, nos vemos hoje, em meio a uma pandemia, onde tivemos que nos distanciar
de tudo e todos para ficarmos em quarentena, o que seria o menor dos problemas
se nos dias atuais já estivéssemos inserido novos métodos de educação, essa não
seria uma área afetada. Mas como Zanchetta já havia falado, agora estamos
sentindo na pele a falta de compromisso com a educação: “O Brasil foi omisso, no terreno da educação formal, em relação à comunicação de massa e tem agora desafio maior na era da comunicação digital. Fomentar o diálogo de professores e alunos com as propostas nacionais e internacionais, observando-se os contextos locais, a fim de que tal processo possa levar a um perfil específico de educação para a mídia, significa re-politizar a escola, evitando iniciativas “de cima para baixo”, comuns e de triste história na escola brasileira.(ZANCHETTA, 2007, s.p)
Isso está claro há muito tempo, pois a educação vem fortemente ligada à
política, e em nosso país a educação nunca foi prioridade para eles: (...) de todos os deveres que se incumbe ao Estado, o que exige maior capacidade de dedicação e justifica maior soma de sacrifícios; aquele com que não é possível transigir sem a perda irreparável de algumas gerações; aquele em cujo cumprimento os erros praticados se projetam mais longe nas suas consequências, agravando-se à medida que recuam no tempo; o dever mais alto, mais penoso e mais grave é, decerto, o da educação que, dando ao povo a consciência de si mesmo e de seus destinos e a força para afirmar-se e realizá-los, entretém, cultiva e perpetua a identidade da consciência nacional, na sua comunhão íntima com a consciência humana (MANIFESTO, 1932, p. 65).
No meio desse caos que está sendo a educação na quarentena, entrei em
contato com uma professora de um colégio da rede municipal, de Três Corações, 5
5 A identidade da professora foi protegida para fins de manutenção de sua privacidade. Decidimos veicular apenas as suas impressões pessoais, de modo a narrar a experiência da professora diante das dificuldades na pandemia, e de como o uso de tecnologias afetou o processo.
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sul de Minas Gerais, que conforme relatos, a própria demonstra as grandes
dificuldades que ela e a instituição como um todo vem sofrendo diante da
impossibilidade de aulas presenciais. Ela afirma que após o decreto de quarentena,
ela, seu colegas, alunos se depararam com essa “nova” modalidade de ensino,
ensino à distância (EAD) . 6
“Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação. (BRASIL, 1998 )
Por mais que seja muito presente nos dias atuais, aquela instituição não
utilizava quase nenhuma mídia digital em seu métodos de ensino, e ao ser colocada
na situação que só teria como continuar os ensinos por meio dessas plataformas
online perceberam o quão atrasados e o quão difícil a tarefa seria. Por serem uma
rede de ensino municipal, contavam com muitos alunos de baixa renda ou área rural
que não possuíam nenhum meio possível para o acompanhamento de aulas
remotas online. Portanto, a instituição, com a união dos professores, analisou
possíveis soluções, já que o processo de educação não podia ser prejudicado.
Porém, antes mesmo da dificuldade de transmitir os conhecimentos aos
alunos por meio das mídias, relatou que por falta de conhecimentos em métodos de
ensino à distância, familiaridade com as mídias, a falta de instrução de como
produzir produtos audiovisuais. Isso já dificulta bastante a forma de gerar conteúdos
aos alunos, o que Soares (1955) já havia falado: que a mediação de alunos com os
meios de comunicação ficaria a cargo de um professor e que eles, assim como os
alunos, teriam que se garantir com o autodidatismo com as tecnologias de
comunicação digitais, causando uma maior exclusão: [...] essa exclusão pode se produzir por diferentes mecanismos: falta de infra-estrutura tecnológica; obstáculos econômicos ou institucionais ao acesso às redes; capacidade educacional e cultural limitada para usar a internet de maneira autônoma; desvantagem na produção do conteúdocomunicado através das redes. (CASTELLS, 2003, p. 226-227)
6 EAD“modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos” (BRASIL,2005).
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E conclui: [...] os efeitos cumulativos desses mecanismos de exclusão separam as pessoas por todo o planeta; não mais ao longo da divisão Norte/Sul, mas dividindo aquelas conectadas às redes globais geradoras de valor – por nós que pontilhamos o mundo desigualmente – e aquelas excluídas dessas redes (ibid., p. 227).
No entanto, para não haver maiores perdas, colocaram a mão na massa e,
em um primeiro momento, a intenção era que todos os alunos tivessem acesso a
internet. Porém, acabou não sendo o caso: alguns alunos não tinham nem acesso e
nem equipamento/suporte para receber informações por esse meio, então tiveram
que estudar um outro jeito.
Ficou definido que esses alunos receberiam a apostila impressa, enquanto
alunos com acesso a internet receberiam por alguma mídia digital. Essa apostila foi
criada pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) para que
todos os alunos de determinada série aprendam o mesmo conteúdo. Porém, esses
alunos sem acesso a mídias digitais, estão sem nenhum suporte: apenas receberam
as apostilas, e vão ter que estudar e aprender sozinhos, sem o apoio de nenhum
dos professores ou da instituição, o que só ajuda a gerar uma maior desigualdade
no ensino.
Para os que possuem algum tipo de mídia, primeiramente a televisão. De
acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) em
2018, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 69 milhões
de casas, só 2,8% não têm TV no Brasil. Isso deixa a situação menos pior, porque,
graças a TV Futura, que é um canal que busca a aliança entre educação e
comunicação para transformar a sociedade por meio de conteúdo multimídia, desde
1997 opera em um modelo audiovisual educativa participativa e inclusiva. A rede
está transmitindo diversos conteúdos em sua programação para auxiliar o estudo
desses estudantes que estão em casa.
Não posso deixar de citar a TV Escola, que assim como a TV Futura, e várias
parcerias que elas fizeram, estão dando um suporte ainda maior que já davam para
a educação.
Em Minas Gerais, onde essa professora em questão reside, o auxílio se faz
por meio da Rede Minas que é uma TV pública educativa que sintetiza a diversidade
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social e cultural mineira, com o programa Se liga na Educação que em sua
descrição: O Programa Se Liga na Educação é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, apoiada pela Rede Minas. Ele vai ao ar de 7h30 a 12h30, de segunda a sexta-feira, para levar conteúdos escolares aos alunos da rede pública, neste momento em que as atividades presenciais estão suspensas e as escolas fechadas por causa da pandemia do coronavírus. O Se Liga na Educação vai exibir aulas com conteúdos dos diferentes componentes curriculares, divididas por grupos de disciplinas e voltadas para cada ano de escolaridade. 7
Em segundo lugar, a desigualdade por falta de acesso à internet, de acordo
com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, 4,8 milhões de
crianças e adolescentes, na faixa de 9 a 17 anos, não têm acesso à internet em
casa. Isso afeta a educação em um grau muito maior, porque muitas pessoas
possuem acesso à internet, mas não de qualidade. Muitos outros possuem o acesso
e com uma boa qualidade mas não tem dispositivos adequados para o acesso
pleno. Ainda mais pelo fato que, durante a quarentena, muitas pessoas estão
trabalhando de home office, e às vezes nas suas residências o único aparelho com
conexão à internet está sendo usado para trabalho.
A realidade muda de pessoa para pessoa, mas as dificuldades são para
todos. Então, sabendo disso essa professora com a instituição de ensino está “se
virando do jeito que pode”, nas suas palavras, utilizando a apostila digital que todos
os alunos têm acesso. Ela e seus alunos utilizam principalmente o Google Meet,
Classrom e Whatsapp, meios nos quais toda semana são divulgadas vídeoaulas.
Esses meios de comunicação possuem chats para dúvidas, passam as tarefas a
serem realizadas, alguns ganham exercícios da apostila, etc. Em um primeiro
momento, ficava apenas a cargo do aluno realizar atividades, mas depois os alunos
passaram a tirar fotos e enviar os exercícios concluídos à professora. Alguns
gravam vídeos, ajudam uns aos outros, tudo no intuito de um bem maior, que é da
educação.
Durante a quarentena, um caso que ficou famoso foi o da professora Débora
Meneghetti. Uma professora com longa carreira que após o começo da quarentena
7 Ver mais em http://redeminas.tv/teleaula/ 18
seu colégio optou pela aula à distância, ela então se deparou com algo novo em sua
carreira, pois nunca havia utilizado esse modo de ensino. Então, como uma
professora dedicada, antes da sua primeira aula, a professora pesquisou, estudou
como realizar a aula EAD, mas não contava com diversos ocorridos que aconteceu
na realização da aula que por problemas no áudio e com o slide acabou não
conseguindo realizar. Nesse momento, diante do nervosismo, frustração a
professora se pôs a chorar e seus alunos se comoveram com a situação. Uma de
suas alunas acabou publicando o caso no Twitter, onde foi altamente disseminado.
Assim, a professora acabou ficando muito conhecida, ainda mais por refletir a
realidade de muitos professores nesse momento, e essa repercussão toda acabou
por ajudá-la, muitas pessoas disponibilizaram seus serviços para orientá-la. 8
8 Ver mais: https://razoesparaacreditar.com/professora-videoaula-emocao-carinho-alunos/ 19
4. CAPÍTULO III - TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
4.1 ENSINO A DISTÂNCIA
O ensino a distância não é um novo método de ensino. Os primeiros cursos
por correspondência deram inícios em 1728, nos Estados Unidos, já no Brasil, o
primeiro curso por correspondência chegou em 1902 e com o advento das rádios,
em 1923, foi criada a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que oferecia cursos a
distância pelo rádio brasileiro.
Já em 1979 a Universidade de Brasília criou o primeiro curso superior em
experiência EAD no país. O primeiro curso a ganhar popularidade foi o Telecurso
2000 pelo fato de atores famosos atuavam como professores. O programa começou
na verdade em 1978 com o Telecurso 2º grau e em 1981 foi criado o Telecurso 1º
grau.
Assistindo aos programas e comprando os fascículos que eram vendidos nas bancas, as pessoas podiam concluir o ensino fundamental e o ensino médio (na época, chamados de 1º e 2º graus). O diploma era conseguido por meio das provas aplicadas pelo próprio governo.(Telecurso, 2020) 9
Em 1995 tanto o Telecurso 2º grau como o Telecurso 1º grau foram
substituídos pelo Telecurso 2000, agora sem os atores, voltado totalmente para a
educação, mas desde 2008 o programa passou a ser chamado de Novo Telecurso.
4.2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E NOVAS
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Não se pode negar que as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação
(NTICS) estão presente no nosso dia a dia e trazendo grandes contribuições para o
âmbito escolar. A educação à distância vem ganhando cada vez mais força, mas
para o funcionamento dela faz-se parceria das Tecnologias de Informação e
9 Para saber mais http://www.telecurso.org.br/ 20
Comunicação(TIC) e de Ambiente Virtual de Aprendizagem(AVA). Elas estão
possibilitando ao educador, diversas formas de aulas interativas, fixando a atenção
dos estudantes com aulas dinâmicas e lúdicas: As novas tecnologias da informação e da comunicação assumem, cada vez mais, um papel ativo na configuração das estruturas cognitivas. Elas facilitam experiências de aprendizagem complexas e cooperativas, transformam o aprender e reconfiguram o conhecimento. Nesse contexto, a sociedade contemporânea evidencia uma revolução marcante na relação aos aspectos cognitivos e interativos que se transformam com rapidez nunca antes experimentada. (Silva, Almeida 2019)
Bannell (2016) afirma que precisamos rever e atualizar conceitos e teorias
sobre cognição e como os seres humanos aprendem levando em conta os possíveis
impactos do uso intenso de tecnologias de informação.
Para Moran (2012) e Kenski (2007) a Tecnologia da Informação e
Comunicação é o termo que utiliza meios de comunicação de massa, que
amplificam o acesso à informação por meio de suportes midiáticos populares,
a exemplo de rádio, jornais, revistas, cinema e vídeo; a área utiliza a computação
como um meio para produzir, transmitir, armazenar e usar diversas informações.
Esses suportes, tem por base a linguagem oral, a escrita e a síntese entre som,
imagem e movimento; o começo da era digital. Para Kenski, as novas TICs “[...] têm
suas próprias capacidades perceptivas, emocionais, cognitivas, intuitivas e
comunicativas pessoais” (KENSKI, 2007, p.38).
Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTICs), um termo
mais recente, não tão utilizado porém, é a a nova formas de uso das TICs,
anexando a interação e a comunicação em tempo real, como as redes digitais,
internet. Mas, muitos autores utilizam a nomenclatura antiga para ambos os casos.
O uso das potencialidades das NTICs é um dos fatores determinantes para
que a EaD atinja seu principal objetivo que é expandir o acesso à educação, pois
auxilia na disseminação de conhecimento. Acredita-se que: as TICs, notadamente o uso de computadores e a internet, deram um grande impulso ao ensino a distância, tornando-a acessível a grande parte da população que, graças à melhoria de vida da classe média brasileira, teve maior acesso a bens de consumo antes inimagináveis, como o computador. (JÚNIOR, 2013, p. 4).
21
De acordo com Germani et al (2013) muitas TICs estão sendo usadas
para a educação, podendo ser utilizada como comunicação assíncrona ou síncrona.
A primeira,os alunos podem aprender por meio de uma rede de computadores em
qualquer hora e em qualquer lugar, sem a participação simultânea de todos os
envolvidos. Já na comunicação síncrona, as pessoas se comunicam de forma
simultânea, contando com auxílio de outras ferramentas, como chats.
4.2. AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM
Os novos paradigmas epistemológicos apontam para a criação de espaços que privilegiem a co-construção do conhecimento, o alcance da consciência ético-crítica decorrente da dialogicidade, interatividade, intersubjetividade. Isto significa uma nova concepção de ambiente de aprendizagem – comunidade de aprendizagem que se constituam como ambientes virtuais de aprendizagem”. (OKADA; SANTOS, 2004, p. 54)
A partir disso, AVAs são Ambientes Virtuais de Aprendizagem, de acordo
com Dias e Leite (2010, p. 65) que pertence ao quadro das tecnologias de
programas de computador, e possui ferramentas desenvolvidas com o intuito de
“oferecer um ambiente de aprendizagem que possibilita a realização de atividades
de ensino-aprendizagem online, ou seja, à distância”. Eles são softwares
desenvolvidos principalmente para fins didático pedagógico. Na concepção de
(Amaral e Amaral, 2008, p.13), os AVA simulam um ambiente real de aprendizagem,
porém com a mediação das TIC, ou seja, no espaço do virtual, no ciberespaço, ele
se configura como um indutor da inteligência coletiva (Lévy, 1996).
O ambiente virtual de aprendizagem é a parte mais visível de toda a estrutura
tecnológica utilizado para dar suporte à realização da EAD. O AVA deve ser um espaço onde se possa desenvolver condições, estratégias e intervenções de aprendizagem, organizado de maneira a favorecer a construção de conceitos, por meio da interação entre alunos, professores e objeto de conhecimento(SALES, 2019). (Vasconcelos, 2020)
O AVA é a sala de aula online, virtual. Segundo Pereira, Schmitt e Dias, os
AVAs: consistem em mídias que utilizam o ciberespaço para veicular conteúdos e permitir interação entre os atores do processo
22
educativo. Porém a qualidade do processo educativo depende do envolvimento do aprendiz, da proposta pedagógica, dos materiais veiculados, da estrutura e qualidade de professores, tutores, monitores e equipe técnica, assim como das ferramentas e recursos tecnológicos utilizados no ambiente(2007, p. 4) .
Nos AVAs o professor é o mediador do conhecimento através de softwares
que auxiliam nas aulas pela a Internet, esses programas possuem chats - online,
tornando as aulas mais interativas, onde os alunos podem tirar dúvidas nos fórum
de discussões. Os alunos realizam o seu autoestudo e o professor torna-se
mediador entre o sujeito que aprende e os conteúdos trabalhados, conhecido
também, como educomunicador : “um gestor de processos comunicacionais”, nas 10
palavras de Soares (1995).
O Ambiente Virtual de Aprendizagem é utilizado tanto nos cursos presenciais
como nos cursos a distância, pois torna a mediação entre professor e aluno mais
fácil, porém, para que alcance os objetivos pedagógicos, é necessária a união de
professores e estudantes tomando alguns cuidados, como ter um espaço para
estudo, organizar os horários de estudo, interagir com professores e colegas, expor
dúvidas, compartilhar materiais.
Uma plataforma, no caso um aplicativo, que não foi criado para ser um AVA,
mas que vem contribuindo muitos na vida acadêmica é o Whatsapp, um aplicativo
capaz de gerar uma comunicação direta, rápida e eficaz que permite um feedback
em curto prazo e ainda permite a interação. O uso deste programa permite uma
aproximação de professor com aluno e vice e versa, por ser um aplicativo que
temos um enorme contato o que agiliza as resposta, que por vez demoram em
outras plataformas por serem pouco acessadas.
De forma considerável a motivação afeta a perseverança e o interesse do
aluno, ela pode ser considerada como um fator essencial para o estabelecimento
da aprendizagem no contexto do ensino. Cavalcante e Rodrigues (2014) relatam
que: “[…] nossa motivação com os alunos vai além do ambiente virtual, injetamos
10 O Professor Ismar de Oliveira Soares, coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação/NCE, da Universidade de São Paulo, e um dos principais estudiosos do assunto, define a Comunicação e o Uso de Mídias na escola com um termo, a “Educomunicação”, que absorve seus fundamentos dos tradicionais campos da educação, da comunicação e de outros campos das ciências sociais, superando, desta forma, as barreiras epistemológicas impostas pela visão iluminista e funcionalista de relações sociais que mantêm os tradicionais campos do saber isolados e incomunicáveis.
23
doses de motivação em ferramentas muito utilizada por eles: whatsapp, facebook
[...] pois acreditamos que a aprendizagem pode ser considerada quando os
alunos conseguem [...] aplicar tudo o que foi aprendido.”
Uma plataforma muito utilizada hoje é o Youtube, seja para o autodidatismo
já que possui uma gama imensa de conteúdo para aprendizagem e visto isso foi
criado o Youtube aprender, voltado inteiramente para conteúdos educativos
(ALVES, 2020)
4.3 REALIDADE VIRTUAL
A Educação se caracteriza como a busca pelo conhecimento, construção do
saber, e grande mudanças vêm surgindo no método de ensino e uma é quase a
soma de todas as outras, que é a realidade virtual. A realidade virtual (RV) se dá
pela criação de um ambiente virtual no qual se pode interagir (FIALHO, 2018), que
pode ter um importante papel para uma educação de qualidade, com uma
tecnologia que une efeitos visuais, sonoros e até táteis confundindo os sentidos da
pessoa possibilitando que fique imersa em um ambiente virtual, o que é comum ao
mundo dos jogos e que chegou com força ao segmento educacional.
Dois pontos muito importante para a aprendizagem é foco e a motivação:
“hoje é muito fácil perder o foco, porque estamos conectados sem parar com
múltiplos aparelhos, telas, solicitações” (MORAN, 2013) e a RV usa uma tecnologia
que ajuda a trazer interesse dos alunos usufruindo de uma experiência interativa
entre uma interface virtual e um indivíduo. Um sistema de RV reúne aspectos de imersão e de presença. Segundo Cummings et al (2012 apud TORI et al, 2018, p.7), são variáveis que definem a imersão: qualidade da imagem, campos de visão, estereoscopia, rastreamento. Estes são muito focados na visão, mas há ambientes que exploram outros sentidos, como tato e audição. Segundo Jerald (2015 apud TORI, 2018, p. 7-8), são características de um sistema imersivo: abrangência, combinação, envolvimento, vivacidade, interatividade e enredo. Quanto ao conceito de presença, se refere à consciência do usuário de estar no ambiente virtual. Segundo Lombard e Jones (2015 apud TORI et al, 2018, p. 08): “Presença é a ilusão de não mediação”. O usuário abstrai a ferramenta utilizada e vivencia a experiência que a mesma
24
proporciona. Jerald (2015 apud TORI et al, 2018, p.9) aponta quatro tipos de ilusão de presença: espacial (percebe-se em um lugar), corporal (sente que tem um “corpo”), física (interage com o ambiente) e social (pode se comunicar com outros usuários). Enfim, a RV “é definida como um ambiente digital gerado computacionalmente que pode ser experenciado de forma interativa como se fosse real”. (JERALD, 2015 apud TORI et al, 2018, p. 9-10).(Vasconcelos et al, 2020)
Para Tori, a realidade virtual traz diversos benefícios para a educação,
são elas:
● extrapolar os limites de espaço e tempo - O aluno passa a vivenciar
momentos históricos, com riqueza de detalhes que tornam o
conhecimento mais interessante
● conceitos abstratos podem ser contextualizados - uma simulação
permite a visualização e contextualização de conteúdos, com
possibilidade de interação com o conteúdo permite que o aluno teste
hipóteses sobre o que está aprendendo e obtendo um feedback
imediato.
● motivação e o engajamento - o aluno poder manipular objetos, testar
hipóteses, criar soluções, há maior a probabilidade do aluno
compreender e transferir a aprendizagem (Laurillard, 2002).
● possível manipulação diretamente de objetos e substâncias - A RV
permite que o aluno manipule virtualmente quaisquer substâncias ou
objetos, sem oferecer riscos e possibilitando o desenvolvimento da
coordenação motora para determinadas atividades.(Adamovich et al.,
2009).
● sentir-se imerso em ambientes que seriam impossíveis de conhecer -
“permitir o sentimento de presença e imersão em ambientes que jamais
um aluno poderia visitar, como por exemplo, “entrar” virtualmente no
corpo humano ou em um vulcão em erupção.” (TORI, 2018 p. 403,)
Sherman e Craig consideram a Realidade Virtual a partir da
combinação de quatro elementos fundamentais para a experimentação: um
25
mundo virtual, a imersão, o feedback sensorial e a interatividade. Para eles, a
Realidade Virtual é:
“um meio composto por simulações computacionais interativas que detectam a posição e as ações do participante e substituem ou aumentam o retorno de um ou mais sentidos, dando a sensação de estar mentalmente imerso ou presente na simulação (um mundo virtual)” (SHERMAN e CRAIG 2003, p. 13)
Um experimento foi realizado por estudiosos da área da Psicologia
aplicando-lhes “exercícios” com idosos, com determinado game no
computador. Os resultados foram surpreendentes:
Escolheu-se o ‘World of Warcraft’ porque ele é desafiante em termos cognitivos, apresentando sempre situações novas em ambientes em que é preciso interagir socialmente (...). Depois de praticar o RPG, eles (os idosos) voltaram com melhores índices de concentração e percepção sensorial. (MACHADO, 2012, p. 24)
No ambiente escolar já foi inserida uma diversidade de jogos utilizando da
realidade virtual: VirtualMat, desenvolvido para auxiliar o ensino de conceitos
lógico-matemáticos para alunos que apresentam deficiência intelectual.
(MALAQUIAS et al., 2012). O ambiente do VirtualMat representa uma cidade virtual
com carros, casas, prédios e um supermercado. O aluno pode navegar pelos
ambientes e interagir com o mesmo, como se estivesse presente na cidade virtual,
de acordo com cinco níveis de dificuldade, um deles, os produtos selecionados para
compra estarão sobre a mesa da casa do usuário, e o aluno poderá guardá-los em
seus respectivos lugares recebendo feedback sobre o acerto ou não do local que
pretende guardar o produto. Como nesta aplicação o ambiente de RV é
não-imersivo, o professor pode acompanhar o aluno durante a atividade, auxiliando
e fazendo questionamentos (MALAQUIAS et al., 2012)
O projeto Escola TRI-Legal, apresenta uma simulação de uma escola em
três dimensões na qual os alunos, podem navegar virtualmente por todos os
ambientes de uma escola, como salas de aula, biblioteca e lanchonete. Ao entrar
virtualmente em cada espaço , o aluno tem acesso a jogos que reforçam os
conteúdos aprendidos naquela sala de aula real, como por exemplo, sala de
26
geografia, matéria de geografia, na biblioteca está o material de referência de todas
as matérias, no ginásio é possível lançar a bola na cesta ou chutar para o gol. A
intenção é que este ambiente virtual seja uma extensão da sala de aula, permitindo
a revisão de maneira interativa e descontraída dos conteúdos aprendidos.
Uma plataforma de laboratório virtual, o Labster foi desenvolvido no intuito 11
de oferecer um ambiente em 3D (BONDE et al., 2014). Pela plataforma, é possível
acessar laboratórios. Após avaliar o desenvolvimento dos alunos, confirmaram que
a plataforma fez aumentar tanto a motivação quanto a aprendizagem compara ao
método de ensino tradicional.
11 Para saber mais https://edu.google.com/intl/pt-BR/products/vr-ar/?modal_active=labster 27
5. CONCLUSÃO
A educação e o método de ensino vem evoluindo ao passar dos anos.
Notoriamente as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação fazem
parte do nosso cotidiano de algum modo e a inserção na educação traz
inúmeras vantagens. Torna o método de ensino mais divertido e atrativo,
deixando a aprendizagem mais interessante, graças a sua interatividade.
Estudos de Psicologia Cognitiva comprovam tal fato.
Mas, para o manuseio dessas tecnologias, precisa-se de adaptação,
não só de suporte tecnológico na rede de ensino, assim como a captação dos
docentes para que eles possam transmitir seus ensinamentos de modo
adequado aos seus alunos.
Porém possuímos um abismo para a introdução de fato do método de
ensino que agregue TIC, AVA, EAD e Realidade Virtual, na educação, porque
para tal fim necessita de investimentos, o qual na educação privada está
tornando possível, já as instituições pública que necessita de capital
governamental estão sofrendo sérios atrasos.
O audiovisual é a base todas essas tecnologias e inovações e é
possível diferentes formas e meios para explorá-la e inseri-la na educação.
28
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