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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ - CERES DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E APLICADAS - DCEA CAMPUS DE CAICÓ URIEL SÁTIRO DA SILVA CONTABILIDADE TRIBUTARIA: A INFLUÊNCIA DO REGIME DE TRIBUTAÇÃO NO DESEMPENHO DE UM ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE. CAICÓ/RN 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ - CERES

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E APLICADAS - DCEA

CAMPUS DE CAICÓ

URIEL SÁTIRO DA SILVA

CONTABILIDADE TRIBUTARIA: A INFLUÊNCIA DO REGIME DE TRIBUTAÇÃO

NO DESEMPENHO DE UM ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE.

CAICÓ/RN

2016

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URIEL SÁTIRO DA SILVA

CONTABILIDADE TRIBUTARIA: A INFLUÊNCIA DO REGIME DE TRIBUTAÇÃO

NO DESEMPENHO DE UM ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE.

Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Exatas e Aplicada do Centro de Ensino Superior do Seridó da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientador (a): Prof. Ms. Ricardo Aladim Monteiro

CAICÓ/RN

2016

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URIEL SÁTIRO DA SILVA

CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA: A INFLUÊNCIA DO REGIME DE TRIBUTAÇÃO

NO DESEMPENHO DE UM ESCRITÓRIO DE CONTABILIDADE.

Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Exatas e Aplicadas do Centro de Ensino Superior do Seridó da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________

Orientador - UFRN/CERES

Prof º.Ms. Ricardo Aladim Monteiro - Orientador

_______________________________________________________

Examinador

Prof ª. Ms. Izabel de Medeiros Coelho

________________________________________________________

Examinador

Prof º. Ms Sócrates Dantas Lopes

CAICÓ/RN

2016

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ensino Superior do Seridó - CERES

Caicó

Silva, Uriel Sátiro da.

Contabilidade tributaria: a influência do regime de tributação

no desempenho de um escritório de contabilidade / Uriel Sátiro

da Silva. - Caicó: UFRN, 2016.

53f.

Orientador: Ms. Ricardo Aladim Monteiro.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Centro de Ensino Superior do Seridó.

Departamento de Ciências Exatas e Aplicadas.

Curso de Ciências Contábeis.

Monografia - Bacharelado em Ciências Contábeis.

1. Impostos. 2. Lucro Real. 3. Lucro Presumido. 4. Simples

Nacional. I. Monteiro, Ricardo Aladim. II. Título.

RN/UF/BS-CAICÓ CDU 657

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Dedico primeiramente a Deus; Depois a minha família, amigos e colegas de jornada acadêmica, por todo o incentivo mostrado e acompanhado por tais e, principalmente, por nunca duvidarem do meu potencial.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom da vida e iluminar a minha jornada

acadêmica e pessoal, pois sem ele não resistiria. Agradeço também aos meus pais,

Urbano Sátiro da Silva e Urani F. da Silva Sátiro que sempre me apoiaram nessa

jornada árdua e complicada.

A minha namorada, Danielle Naiara de Medeiros Santos, que nunca deixou

de acredita um só minuto na minha luta e muito menos dos meus esforços.

A toda minha família que, de alguma forma me incentivou e nunca

desacreditaram.

A meu professor e orientador, Ricardo Aladim Monteiro pela paciência na

orientação e dedicação na ajuda para comigo.

A todos os professores que caminhou junto comigo na vida acadêmica e me

fizeram aprender muito.

Aos amigos e colegas do curso e pessoal, pelo incentivo e apoio constantes.

Ao escritório de contabilidade A & D Contabilidade Sociedade Simples

Ltda., que me proporcionou os dados para elaboração do estudo monográfico, em

particular da pessoa de Damião Medeiros de Oliveira, que deu todo o apoio e

incentivo.

E enfim a todos em que me ajudaram, seja com incentivos e/ou com alguma

coisa útil no estudo e nas palavras ditas, em forma de carinho e superação.

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“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para procurar por ele”.

Henry David Thoreau

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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo demonstra qual a melhor forma de arrecadação de tributos para um escritório de contabilidade, visto que a profissão contábil é muito complicada e cara se não tiver em mãos tais dados, para melhor tomada de decisão, entre o Simples Nacional, Lucro Presumido e o Lucro Real, assim em virtude da carga tributária ser muito elevado no Brasil, não perder dinheiro e saber o quanto custa o escritório de contabilidade com os determinados tributos e carga tributária, também fazendo o levantamento dos dados da pesquisa de maneira clara e eficiente levando em conta receitas e despesas do escritório contábil e confrontando os dados, chegando, a saber, qual é a influencia dos tributos de cada regime tributário do escritório, sendo na cidade de Caicó – RN, buscando demonstrar a forma menos onerosa ao Escritório A & D Contabilidade Sociedade Simples Ltda. Tendo como resultado o simples nacional como regime tributário menos oneroso ao escritório de seu porte. PALAVRAS-CHAVE: Impostos, Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.

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ABSTRACT

This paper aims to demonstrate the best way to collect taxes for an accounting firm, since the accounting profession is very complicated and expensive if you do not have such data available for better decision making between the National Simple Profit Presumed and Real Profit, so because the tax burden is very high in Brazil, do not lose money and know how much the accounting office costs with certain taxes and tax burden, also making the survey data survey clearly and Taking into account the revenues and expenses of the accounting office and comparing the data, arriving, namely, what is the influence of the taxes of each tax regime of the office, being in the city of Caicó - RN, seeking to demonstrate the less onerous form to Office A & D Contabilidade Sociedade Simples Ltda. Having as a result the simple national as tax regime less onerous to the office of its size. KEY WORDS: Taxes, National Simple, Presumed Profit and Real Profit.

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LISTA DE GRÁFICOS

Tabela 1: Alíquotas para Base da Apuração do Lucro Presumido 27

Tabela 2: Demonstrativo de tributos incidentes sobre o faturamento da empresa no

regime tributário, lucro real referente ao ano-calendário 2015 36

Tabela 3: Demonstrativo do faturamento, folha de pagamento, folha de pró-labores e

folha de decimo terceiro 37

Tabela 4: Demonstrativo de cálculo das contribuições sociais 38

Tabela 5: Demonstrativos dos cálculos de IRPJ e CSLL, dos tributos do lucro real 38

Tabela 6: Demonstrativo de IRPJ e CSLL do Lucro Real 39

Tabela 7: Demonstrativo dos cálculos tributários do lucro presumido 39

Tabela 8: Demonstrativo de cálculo do Simples Nacional e ISS 40

Tabela 9: Comparativo dos tributos incidentes sobre o faturamento entre os regimes

tributários, lucro real x simples nacional x lucro presumido 41

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CF Constituição Federal

COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

CSLL Contribuição Social do Lucro Liquido

CTN Código Tributário Nacional

DARF Documento de Arrecadação de Receitas Federais

EPP Empresas de Pequeno Porte

IBPT Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação

IRPJ Imposto de Renda Pessoa Jurídica

ISS Imposto Sobre Serviços

LC Lei Complementar

ME Microempresa

MPEs Micro e Pequenas Empresas

PIS Programa de Integração Social

RAT Risco Acidente de Trabalho

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 11

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA 12

1.2 JUSTIFICATIVA 13

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA 14

1.3.1 Geral 14

1.3.2 Específicos 14

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 15

2.1. HISTÓRIA DA CONTABILIDADE 15

2.2. CONTABILIDADE TRIBUTARIA 16

2.3. MÉTODOS DE TRIBUTAÇÃO 19

2.3.1 Tributação das Empresas Prestadores de Serviços 19

2.3.1.1 Lucro Real 20

2.3.1.2 Origem do Lucro Real 22

2.3.1.3 Pessoas Jurídicas Obrigadas a Tributar pelo Lucro Real 22

2.3.1.4 Lucro Real Trimestral 23

2.3.1.5 Lucro Real Anual 25

2.3.2 Lucro Presumido 26

2.3.3 Simples Nacional 28

2.3.4 Lei nº 4.664/2013, de 30 de dezembro de 2013 30

3 METODOLOGIA 31

3.1. ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA DA PESQUISA 31

3.2. O CONTEXTO DA PESQUISA: ESPAÇO E SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO 33

3.3. SUJEITOS DA PESQUISA 34

3.4 INSTRUMENTOS DE COLETA E SELEÇÃO DE DADOS 34

3.5 PROCEDIMENTOS DE ANALISES DOS DADOS 55

4 LEVANTAMENTO E RESULTADOS 37

4.1 ANALISE E DISCUSÃO DOS DADOS 37

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 43

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 44

ANEXOS 48

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1 INTRODUÇÃO

Quando a empresa se depara com muitas despesas e um mercado cada dia

mais competitivo, pensa – se em desistir e muitas vezes nem sabem de onde vem

tantas despesas. Pensa - se logo em desistir, de tentar resolver e de até mesmo

saber o porquê disso, mas pra isso existe estudos de planejamento capaz de deixar

explícito de onde vem e pra onde vai todos essas despesas com tributos e/ou

impostos pagos pelo contribuinte.

Para os fins do disposto na Lei complementar 123/2006,

O conceito de Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) está relacionado com a Receita Bruta anual, onde ME é aquela cuja Receita Bruta anual é até R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e EPP do limite de ME até R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).

A Pessoa Jurídica enquadrada na condição de ME ou EPP que quiser optar

pelo Regime deverá atender o disposto na Lei Complementar Nº.123 em seus

Artigos 3º e 17º.

Segundo o professor Flores (2014), “O ideal é que o Sistema Tributário seja

barato (o contribuinte deve suportar o pagamento, o que não significa

necessariamente a menor alíquota); simples (deve ser entendido pelo contribuinte) e

estável.”

Desta forma, assim como Flores (2014), tem-se a mesma linha de raciocínio,

de que os contribuintes tem que pagar os tributos de uma forma que caiba no

orçamento.

É nessa intenção, que o presente trabalho tem como tema a tributação da

prestação de serviços contábeis dentre o Lucro Real, Lucro Presumido e/ou Simples

Nacional. Mostrando qual será a melhor opção ao fim do estudo deste trabalho.

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1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMÁTICA DO TEMA

Segundo o portal da contabilidade:

Contabilidade Tributária é uma expressão utilizada para designar o conjunto de ações e procedimentos visando apurar e conciliar a geração de tributos de uma entidade. Também chamada de "Contabilidade Fiscal”. A escrituração contábil regular propicia informações importantes para a apuração de tributos. Daí dizer-se que a contabilidade presta-se a cálculos diversos nesta apuração, como, por exemplo: Base de cálculo do PIS e COFINS, Lucro apurado para fins de IRPJ e CSLL, Registro de tributos compensáveis (IRF e outras retenções tributárias). Desta forma, é imprescindível aos contribuintes manterem estreito controle sobre sua situação patrimonial, já que informações incorretas podem gerar distorções na apuração dos tributos devidos.

Para Oliveira et.al. (2005, p.38), o planejamento tributário:

É uma forma lícita de reduzir a carga fiscal, o que exige alta dose de conhecimento técnico e bom senso dos responsáveis pelas decisões estratégicas no ambiente corporativo. Trata-se do estudo prévio à concretização dos fatos administrativos, dos efeitos jurídicos, fiscais e econômicos de determinada decisão gerencial com o objetivo de encontrar a alternativa legal menos onerosa para o contribuinte.

Segundo Oliveira et.al. (2005, p.40), vale destacar que toda empresa tem por

obrigação levar em conta as suas finalidades, o mercado, o ramo de atividade, a

quantidade de funcionários, as despesas e as eventuais receitas, pois a escolha

errada da forma de regime de tributação poderá acarretar em pagamentos elevados

de impostos. Desta forma, deve-se ser feito estudos periódicos a partir das

informações. São três regimes de tributação que pode ser adotados pela empresa:

Lucro real, Lucro Presumido e Simples Nacional.

Com essas informações, facilitará a tomada de decisões, de forma a

aperfeiçoar os custos e despesas da empresa.

Com esse embasamento teórico, chegou-se ao seguinte tema: Planejamento

tributário: A tributação da prestação de serviços contábeis: Lucro Real, Lucro

Presumido ou Simples Nacional.

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Desta forma, chegou a surgir a seguinte problemática: Como a escolha do

regime de tributação interfere no desempenho de uma empresa de contabilidade?

1.2 JUSTIFICATIVA

Com a atual instabilidade econômica presente no Brasil é extremamente

relevante uma análise tributária para que a empresa verifique o melhor regime

tributário. Levando a um resultado econômico de maior economia e com menores

despesas.

Becker (2007, p.142) diz que:

É inspiração naturalíssima e intimamente ligada à vida econômica a de se procurar determinado resultado econômico com a maior economia, isto é, com a menor despesa (e os tributos que incidirão sobre os atos e fatos necessários à obtenção daquele resultado econômico, são parcelas que integrarão a despesa).

O levantamento dos dados tornará essencial para o empresário, visto que

esclarecerá o porquê esta pagando a carga de impostos e se é mais vantajoso ser

do Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples Nacional. Levando a aperfeiçoar os

custos e despesas e realocando os recursos de uma maneira lucrativa e sendo mais

econômico possível no pagamento de tributos e despesas da organização, tendo um

resultado lucrativo, que sempre será o esperado.

Vendo a cada dia, piora ainda mais a economia no pais, chega a ser plausível

de aprofundamento no pagamento de tributos e redução de despesas do escritório a

ser demonstrados a seguir, ao fim do levantamento de dados desse trabalho,

constataremos qual o regime tributário menos oneroso para o escritório. Assim

podendo trabalha com números exatos e confrontos de dados para melhor tomada

de decisão.

Segundo Maciel (2010), “O custo político para modificar um dispositivo

constitucional é muito grande. É um erro recorrente isso e repito: a experiência

mostra que todas as mudanças constitucionais conseguiram piorar o sistema.”

Ainda Maciel (2010), chega a ser descrente na melhora da carga tributária do

Brasil, levando em conta que já há desconstitucionalização de matéria tributária.

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1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA

1.3.1 Geral

A pesquisa tem como objetivo verificar a influência do regime de tributação no

desempenho financeiro dos escritórios de contabilidade, tomando como parâmetro a

Empresa A & D Contabilidade Sociedade Simples Ltda. da cidade de Caicó/RN.

1.3.2 Específicos

Verificar as opções tributárias disponíveis para os escritórios de contabilidade;

Apresentar as características dos regimes de tributação;

Analisar o desempenho do escritório em casa um dos regimes de tributação;

Verificar quais dos regimes de tributação é menos oneroso para os escritórios

de contabilidade que se encontre em situação semelhante a do objeto da

pesquisa.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 HISTORIA DA CONTABILIDADE

A contabilidade surgiu desde a antiguidade, bem antes da necessidade da

população precisa ter controle de tudo que entrava e saia dos seus respectivos

comércios, tendo a necessidade de aprimorar os estudos e da eficácia nos seus

comércios.

Segundo, Trevissani (2010):

A contabilidade do mundo medieval apareceu em 1494, quando frei Lucas Paccioli, enfatizou o a teoria das partidas dobradas do débito e do crédito, correspondente a números positivos e números negativos, contribuindo para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.

Assim, com a necessidade de melhores perspectivas de negócios, os

comerciantes foram desenvolvendo mais técnicas de contabilidade de acordo com a

suas necessidades e materiais que ali tinham como usar, para servir como arquivos,

papeis e/ou documentos, ex: tabuas, pedras escrituras, dentre outros, vindo a

melhora as despesas dos seus respectivos comércios e estando num ciclo de

mudanças até a atualidade.

Ainda segundo Trevissani (2010):

A contabilidade pelo homem primitivo já tinha como objetivo o patrimônio, representado pelos bens adquiridos da natureza, contabilizando de forma rudimentar, na sua cabeça os rebanhos e outros, até encontrar forma mais eficientes para processar seus registros, através dos desenhos e gravações nas cavernas, que representavam as espécies adquiridas. Nas tábuas de argilas gravavam-se as caras dos animais que se queriam controlar e o número correspondentes às cabeças existentes. Assim, foi surgindo o inventário, classificados pelos rebanhos, metais, escravos, etc. A palavra conta passou designar o agrupamento das espécies.

Segundo Zanluca e Zanluca (2010),

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Á medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registros.

Segundo Pacioli (1494):

A contabilidade é a ciência que estuda e acompanha a constituição, a ciência do controle econômico, funcionamento e liquidação das empresas, seu objeto de estudo é o patrimônio, sob o qual se exerce a administração econômica, no sentido de sua permanência e produtividade, se apresenta inúmeros aspectos de estudos, tais como o cientifico, o técnico e o prático.

A Contabilidade a cada dia que passa se torna uma ferramenta de alto poder

econômico, visto que com os demonstrativos coerentes e feitos na forma da lei, para

demonstrar as despesas provenientes dos impostos e despesas pagas pelos

contribuintes, aperfeiçoa, o máximo possível o recolhimento da carga tributária

atribuída a Empresa, deixando a Empresa organizada financeiramente sem o peso

desnecessário e sacrificante a Empresa.

2.2. CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

Segundo Fabretti (2001).”Planejamento tributário é o estudo feito antes da

realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e

econômicos e as alternativas legais menos onerosas.”

Seguindo o mesmo pensamento de Fabretti (2001), o planejamento tem que

ser feito antes mesmo do fato e ato tributário, visto que será definitivamente mais

econômico para a organização.

Segundo Oliveira (2005, p.179):

o planejamento tributário consiste em um conjunto de medidas contínuas que visam à economia de tributos, de forma legal.” Os contadores estão sempre em buscar de atualizações para poder satisfazer os empresários em visão de redução de custos, e geralmente esses custos que eles procuram os contadores para reduzir, seriam os impostos.

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De acordo com Oliveira (2005), as pessoas jurídicas prestadoras de serviços

contábeis tem por obrigação, buscar atualizações constantes do saber tributário para

uma maior obtenção de lucros e diminuição de pagamentos de tributos, para si

mesmos e para implantar nos demais clientes.

Na visão de Rocha et al (2001, p. 104),

O planejamento tributário não é só uma técnica de teste preventivo, mas sim uma: [...] técnica de subsunção antecipada, antevendo as consequências jurídicas co-tributárias, elaborada para agir conforme o ordenamento, usando as operações menos onerosas disponíveis como legítimas.

Assemelhando a visão de Rocha et al (2001), o planejamento tem que ser

feito para se assegurar de eventuais problemas tributários futuros, conforme for ser

utilizados futuramente, tomando com base operações menos onerosas possíveis.

Os profissionais contábeis, tem que sempre esta a frente de fatores

relacionados às normas tributarias, impondo na busca de praticas contábeis e

procedimentos de apuração de tributos, sendo de planejamento tributário e a

descoberta dos impactos tributários nas decisões. Assim a contabilidade tributaria se

destacou justamente para aumentar o suporte ao desenvolvimento de conceitos e

técnicas a fim de torna o contador a pessoa com maior conhecimento da

complexidade e saber da crescente área tributaria.

A contabilidade é uma ciência exata, que investiga o estudo dos princípios,

conceitos e técnicas que classifica os elementos segundo a natureza e finalidade,

assim bem classificadas nas relações (estática patrimonial), bem como da

observação, enxergando os fenômenos patrimoniais, explincando suas causas e

efeitos (dinâmica patrimonial). Tendo como finalidade primordial a mensuração do

patrimônio da entidade, bem como a mudança no patrimônio ao longo do tempo, que

permite a saber do resultado da entidade em um determinado período.

Segundo Coletto. ( 2010,pág. 14), destaca:

A contabilidade tributaria é a disciplina ou o ramo da contabilidade que se dedica ao estudo dos principios, conceitos, tecnicas, metodos e procedimentos aplicaveis à apuração dos tributos devidos pelas empresas e entidadesem geral, à busca e analise de alternativas para

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redução da carga tributaria e ao cumprimento das obrigações acessorias estabelecidas pelo fisco.

Segundo Coletto (2010, pág. 17):

Planejamento tributário é toda e qualquer medida licita adotada pelos contribuintes no sentido de reduzir o ônus tributário ou postergar a incidência de determinado tributo.

O planejamento tributário pode ser visto, também, como o conjunto de

atividades permanentemente desenvolvidas por profissionais especializados, com o

intuito de encontrar alternativas licitas de reduzir ou postergar a carga tributaria das

empresas.

O planejamento tributário é por muitos, considerado a atividade mais difícil de

ser feita pelo contador, uma vez que para ser bem sucedido nessa árdua tarefa, é de

supra necessidade que o contador tenha se aprofundado no conhecimento das

regras que regem a incidência dos tributos e de maneira a dominar os métodos da

apuração dos tributos. Nos casos de planejamento tributário tende a adotar

cuidados, pois poderá encontrar resistências do fisco, sendo necessário que o

contador avalie os riscos decorrentes de um eventual litígio.

De acordo com Martinez (2002, p.1):

em época de mercado competitivo e recessivo de aumento de concorrência entre as empresas nacionais, o planejamento tributário assume um papel de extrema importância na estratégia e finanças das empresas, pois quando se analisam os balanços das mesmas percebe-se que os encargos relativos a impostos, taxas e contribuições são, na maioria dos casos, mais representativos do que dos custos de produção.

Com isso se a empresa quer alcançar um mercado competitivo e obter lucros,

é necessário fazer um planejamento adequado à ela, sem cometer evasão fiscal.

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Segundo Young (2005, p.60), evasão é: “[...] aquele negócio jurídico efetuado

de forma dolosa com o intuito de burlar o fisco, visando o não pagamento da

obrigação tributária, ou pagando menor carga, porém de forma ilícita.”

Pode-se concluir que a principal função do planejamento tributário é deixa a

empresa menos onerosa possível com a diminuição da carga tributária.

De acordo com Martins (2002, p.33), o planejamento tributário seria:

A análise do conjunto de atividades atuais ou dos projetos de atividades econômico-financeiras do contribuinte (pessoa física ou jurídica), em relação ao seu conjunto de obrigações fiscais, com o escopo de organizar suas finanças, seus bens, negócio, rendas e demais atividades com repercussões tributárias de modo que venha sofrer menor ônus fiscal possível.

Observa-se que o planejamento tributário, é entre outros, uma forma de

mostrar qual é o melhor regime tributário, e assim conseguir avanço no mercado,

conseguindo conquistar mais clientes e aumentando sua entidade.

O parâmetro utilizado para definir a condição é a participação da Folha de

Pagamento em relação à receita bruta da empresa. Isso porque a Contribuição para

o INSS é calculada diferentemente: em alguns casos está incluída na alíquota do

SIMPLES NACIONAL, em outros esta Contribuição é calculada fora da alíquota do

regime. Neste caso, as empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL pagam a

Contribuição Patronal (20%) e Risco de Acidente de Trabalho (RAT) que pode ser

1%, 2% ou 3%, de acordo com o risco, respectivamente baixo, médio e alto, não

estando incluídas as Contribuições de Terceiros. Já no Lucro Presumido e Lucro

Real a empresa irá pagar Contribuição Patronal, Risco de Acidente de Trabalho e

Contribuição para Terceiros.

2.3. MÉTODOS DE TRIBUTAÇÃO

2.3.1 Tributação das Empresas Prestadoras de Serviços

As empresas que prestavam serviços, nos regimes anteriores, eram poucas

que podiam optar pela tributação favorecida e simples. Grande parte do ramo de

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atividades do grupo da prestação de serviços era vetada a ingressar nos regimes

simplificados. Assim com a pressão exercida pelas classes envolvidas, o simples

nacional abriu espaço para vários ramos de atividade relacionada, um exemplo é os

escritórios de contabilidade, sendo assim uma grande vitória e o início de estudos de

planejamento tributário para saber se era de valia a permuta para o regime do

simples nacional.

2.3.1.1 Lucro Real

Lucro real é o regime de tributação em que a base de calculo do imposto de

renda e da contribuição social, se dará após as deduções e adições permitidas em

lei sobre o valor do faturamento.

De acordo com Neves e Viceconti (2003, p.3), “[...] é o resultado (Lucro ou

Prejuízo) do período de apuração (antes de computar a provisão para o imposto de

renda), ajustado pelas adições, exclusões e compensações prescritas ou

autorizadas pela legislação do imposto de renda.”

Segundo o art. 247 do RIR/1999, lucro real é o lucro líquido do período de

apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou

autorizadas pela legislação fiscal. A determinação do lucro real será precedida da

apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das leis

comerciais.

O período de apuração dos impostos no lucro real poderá variar de acordo

com a opção do contribuinte, que escolherá o que melhor lhe convém. Poderá ser

apurado mensalmente, que no caso seria o lucro real por estimativa, que é apurado

no final do período e podendo haver suspensão ou redução do imposto, de acordo

com o imposto apurado e o pago mensalmente; apuração poderá ser

trimestralmente, quando a apuração do imposto se dará de forma trimestral;

apuração anual, quando a mesma é feita apenas com o encerramento do balanço

patrimonial e consequente apuração do imposto se for o caso de ainda haver algum

valor a ser pago, visto que o tributo é calculado e pago durante o ano todo, mês a

mês e sendo confrontado no final do ano para saber se ainda restos a pagar ou não.

Na visão de Rodrigues et al (2008, p.23) “conceitua-se o Lucro Real como o

lucro líquido contábil do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou

compensações previstas no Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/99).”

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Assim, o Decreto 3.000/99 no art. 247 esclarece que “Lucro Real é lucro

líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações

prescritas ou autorizadas por este Decreto.”

Para maior clareza no assunto, também, precisa – se saber um pouco mais

sobre o que o é lucro líquido, pois é dele o ponto de partida da base de cálculo dos

impostos.

De acordo com Lucibus, Martins e Gelbcke (2000, p.28), o conceito é:

O lucro ou prejuízo apurado nessa demonstração é o que se pode chamar de lucro dos acionistas, pois, além dos itens normais, já se deduzem como despesas do Imposto de Renda e as participações sobre os lucros a outros que não são acionistas, de forma que o lucro líquido demonstrado é o valor final a ser adicionado ao patrimônio líquido da empresa que, em última analise, pertence aos acionistas, ou é distribuído como dividendo.

Ainda na visão de Rodrigues et al (2008), As despesas operacionais da

atividade, os custos sobre produtos e serviços, as despesas tributarias incorridas no

período, e outras deduções permitidas pela legislação, irão determinar a base de

calculo do imposto de renda e da contribuição social. A apuração estará

representada no LALUR, que é o Livro de Apuração do Lucro Real.

A apuração se PIS e COFINS, são feitas de forma não-cumulativa, ou seja,

tem o crédito das compras que confrontadas com os débitos das vendas, se chega

ao valor a ser pago. As alíquotas em relação ao lucro presumido são maiores, por

causa da não-cumulatividade da operação.

Assim como no lucro presumido, a arrecadação dos impostos federais se dará

por meio de DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) e a

diferenciação de cada imposto recolhido, se dará pelo código da receita constante

no DARF, que cada tipo de recolhimento, tem um código especifico.

Santos e Barros (2007) conceituam que o lucro real significa o próprio lucro

tributável, para fins da legislação do Imposto de Renda, distinto do lucro líquido

apurado contabilmente.

2.3.1.2 Origem do Lucro Real

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O lucro real teve sua origem com a Lei nº 4.506/64, art. 37, § 2º, que assim

define:

Art. 37. O imposto de Renda, previsto no artigo 18, da lei número 4.154 de 28 de novembro de 1962, será cobrado à razão de 28% (vinte e oito por cento): § 1º [...] § 2º Considera-se lucro real, para os efeitos da lei, o lucro operacional da empresa, acrescido ou diminuído dos resultados líquidos de transações eventuais.

Depois de alguns anos, surge a lei nº 6.404/76, a lei das sociedades

anônimas, onde estabeleceu os novos conceitos na determinação do lucro. Devido a

esta lei, no dia 26 de dezembro de 1977, foi aprovado o Decreto – lei nº 1.598, com

intuito de adaptar a legislação do Imposto sobre renda.

Com o objetivo de convergir as normas contábeis brasileiras com as normas

contábeis internacionais, foram editadas a lei nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007

e a lei nº 11.941 de 2009 de 27 de maio de 2009, que alteraram a lei das sociedades

anônimas.

2.3.1.3. Pessoas Jurídicas Obrigadas a Tributar pelo Lucro Real

Toda e qualquer pessoa jurídica pode optar pelo regime de tributação que lhe

for de menor desembolso financeiro, mas é necessário obedecer ao que estabelece

a legislação do IR, sendo que existe empresas, que devido ao ramo de atividade; o

faturamento superior a R$: 78.000.000,00 reais; que tiverem lucros, rendimentos ou

ganhos de capital no exterior; dentre outros que são obrigadas a contribuir pelo lucro

real.

Conforme ressalta Rodrigues et al (2008, p. 23), existem pessoas que estão

obrigadas a tributar pelo regime de Lucro Real:

a) Que tenham receita total, no ano calendário anterior, superior a R$: 78.000.000,00, ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 meses;

b) Que tenham atividade de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento e investimento, sociedades de credito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários a

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cambio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de credito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

c) Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

d) Que, autorizadas pela legislação tributária usufruam de benefícios fiscais, relativos à isenção ou redução de impostos;

e) Que, no decorrer do ano calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma de RIR/1999, art. 22;

f) Que exerçam atividade de factoring.

Neves e Viceconti (2003) relata que, as pessoas jurídicas que não se

enquadrarem nos itens de “a” à “f”, poderão optar pela tributação com base no lucro

presumido, podendo fazer essa opção também, as pessoas jurídicas mencionadas

nas letras “a”, “c”, “d” e “f” que aderiram ao Programa de Recuperação Fiscal

(REFIS) sendo que as mesmas poderão permanecer neste regime durante o período

em que estiverem submetidas a este programa.

Com essas informações, a empresa que se enquadrar em algum dos itens

acima, estará obrigada a tributação pelo lucro real, podendo optar por fazer parte da

tributação pelo lucro real anual com pagamentos mensais ou pelo lucro real

trimestral.

2.3.1.4. Lucro Real Trimestral

As pessoas jurídicas sujeitas ao imposto de renda que não exercerem à

opção pelo pagamento mensal por estimativa, devem apurar obrigatoriamente o

imposto trimestralmente.

O lucro real trimestral foi instituído pela Lei nº 9.430/96, em seu art. 1º:

Art. 1º A partir do ano-calendário de 1997, o imposto de renda das pessoas jurídicas será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro, e 31 de dezembro de cada ano-calendário, observando a legislação vigente, com as alterações desta lei. § 1º Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, a apuração da base de cálculo e do imposto de renda devido será efetuado na data do evento, observando o disposto no art. 21 da Lei 9.249, de 26 de dezembro de 1995. § 2º Na extinção de pessoa jurídica, pelo encerramento da liquidação, a apuração da base de cálculo e do imposto devido, será efetuada na data desse evento.

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Assim o imposto de renda e a contribuição social no lucro real trimestral

poderão ser pagos, em uma única cota, no mês seguinte ao trimestre, ou em três

quotas mensais, onde a primeira deverá ser paga no mês de apuração e as

seguintes serão acrescidas de juros de acordo com a taxa SELIC vigente.

Segundo Higuchi e Higuchi (2009, p.36-37):

[...] quota única no mês seguinte ao trimestre, sem qualquer acréscimo, ou em três quotas mensais com juros pela taxa SELIC até o mês anterior ao do pagamento e de 1% ao mês. Com isso, se o saldo dos impostos devido sobre o lucro do primeiro trimestre for pago em quota única nos mês de abril, a empresa não terá pagamento em maio e junho. Se os pagamentos forem efetuados em três quotas, o pagamento de abril, não terá qualquer acréscimo, o de maio terá acréscimo de juros de 1% e o de junho terá acréscimos de juros SELIC do mês de maio mais 1% de junho[...]

O imposto de renda será determinado aplicando – se a alíquota de 15% sobre

a base de cálculo apurada, sendo levado em consideração o adicional do imposto de

renda, se caso, tiver.

Segundo Higuchi e Higuchi (2009, p. 37):

O adicional do imposto passou a incidir sobre a parcela do lucro real, presumido ou arbitrado, que exceder o valor da multiplicação de R$: 20.000 pelo número de meses que compõem o período de apuração do resultado. No lucro real trimestral o limite de isenção será de R$: 60.000 [...]

De acordo com Rodrigues et al (2008) a contribuição social também será

devida a cada trimestre. E será determinada da mesma forma que o imposto de

renda, ou seja, com base no resultado trimestral. A CSLL devida será determinada

mediante a aplicação da alíquota de 9% sobre o resultado ajustado.

2.3.1.5 Lucro Real Anual

Pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real anual terão por

obrigatoriedade recolher os tributos mensalmente com base em estimativas

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mensais. De acordo com Young (2003, p. 32), “que nesta forma de tributação, o

imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro são calculados mensalmente,

com base no faturamento.”

Conforme Higuchi (2009), são aplicados as alíquotas correspondentes ao

IRPJ e CSLL à base de cálculo, que é o resultado de um percentual aplicado sobre a

receita bruta do mês, acrescido de ganhos de capital, demais receitas, e resultados

positivos, somados os rendimentos ou ganhos tributados como de aplicações

financeiras. Esta base de cálculo deverá ser acrescida de demais receitas não

operacionais, para que sobre este montante seja aplicada a alíquota do imposto de

renda e contribuição social sobre o lucro líquido.

De acordo com Lopes (2001), diz, que deve ser efetuado um balanço de

ajuste em dezembro, para confrontação entre o que foi pago durante o ano

calendário como lucro estimado e o resultado efetivo da empresa. Deste confronto,

se resultar que o valor pago pelo lucro estimado excede o apurado no balanço de

ajuste, a pessoa jurídica deverá solicitar restituição do que foi pago a maior ou

compensar esse valor com tributos da mesma natureza.

De acordo com o art. 858, RIR/99 o pagamento do imposto, por

obrigatoriedade, terá de ser efetuado no último dia útil subsequente ao mês de

apuração, caso seja pago em atraso será acrescido de multas e juros.

Diferentemente do cálculo do lucro real trimestral, o adicional do imposto de

renda será cobrado sobre o lucro líquido que ultrapassar R$: 20.000,00 ao mês.

Para o cálculo do adicional observa-se o valor do lucro líquido do mês e subtrai-se a

compensação do adicional naquele respectivo mês, o valor será apenas na

diferença do lucro líquido e da compensação multiplicado por 10 %. No que

ultrapassar o limite será calculado 10% a mais somente na base de calculo do que

ultrapassou o limite e assim sendo somado com os 15% que incide no total.

Segundo Neves e Viceconti (2003, p.443), “a opção pela apuração anual da

base de cálculo será manifestada com o pagamento do imposto correspondente ao

mês de janeiro ou ao de início da atividade, sendo irretratável para todo ano-

calendário.”

2.3.2. Lucro Presumido

O Lucro Presumido é um regime que é simplificado a forma de tributação para

o imposto de renda e a contribuição social. Dessa forma, esses tributos são

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calculados por resultado estimado, encontrado por meio de percentuais definidos em

lei.

Segundo Oliveira (2011, p. 180) “É uma forma simplificada de apuração da

base de cálculo dos tributos com o Imposto de Renda e da contribuição social,

restrita aos contribuintes que não estão obrigados ao regime de apuração de

tributação com base no lucro real,”.

A apuração do imposto de renda e da contribuição social se dá em períodos

trimestrais, sendo apurado sempre no último dia do trimestre. Conforme Young

(2003, p.36), “lucro presumido é o lucro que se presume obtido pela empresa sem

escrituração contábil, para efeito do pagamento do imposto de renda, calculado por

um coeficiente aplicado sobre a receita bruta.”

Com isso, de acordo com a citação acima, no Lucro presumido as empresas

estão dispensadas da escrituração contábil, mas somente pra fins fiscais, porem

existem outras escriturações que são obrigatórias.

De acordo com Sá e Sá (1995, p.301):

É uma modalidade optativa de apurar o lucro e, consequentemente, o imposto de renda das pessoas jurídicas que, observando determinados limites e condições, dispensam a escrituração contábil, exceto a do livro de Registro de Inventario e do Livro Caixa, e que está baseado em valores globais da receita para assumir o lucro a ser tributado.

Para poder aderir ao lucro presumido, à empresa não poderá auferir receita

bruta maior que R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), ou, caso o inicio

da atividade da empresa tenha ocorrido no decorrer do exercício, a receita não

ultrapasse o valor multiplicado dos meses de atividade no exercício por R$

6.5000.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais). Também não poderá optar pelo

lucro presumido as empresas, que por legislação, as atividades sejam obrigadas ao

lucro real.

As alíquotas incidentes na apuração de imposto de renda, contribuição social,

são menores, pois a base de calculo para tributação, é toda a receita bruta auferida

no período.

Para Oliveira, Chieregato, Perez, Gomes (2010, p. 182):

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A base de cálculo do Imposto de Renda sobre o lucro presumido é apurada a partir da receita bruta decorrente da atividade da pessoa jurídica optante e do resultado das demais receitas e dos ganhos de capital, sendo a receita bruta o produto das vendas de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia (consignação, por exemplo).

Na apuração do PIS e COFINS, a alíquota é menor que do lucro real, porque

a apuração é feita de forma cumulativa, ou seja, não utiliza crédito nas compras de

mercadorias.

As alíquotas dos tributos para empresas de prestação de serviços sujeitas a

tributação com base no Lucro Presumido.

Tabela 1: Alíquotas para Base da Apuração do Lucro Presumido

Imposto Base de Calculo Alíquota Alíquota

Direta

IR 32% x Receita 15,00% 4,80%

CSLL 32% x Receita 9,00% 2,88%

PIS Receita Bruta 0,65% 0,65%

COFINS Receita Bruta 3,00% 3,00%

ISS Receita Bruta (Serviços) 5,00% 5,00%

Total 16,33%

Fonte: Receita Federal

A arrecadação dos impostos federais se dará por meio de DARF (Documento

de Arrecadação de Receitas Federais) e a diferenciação de cada imposto recolhido,

se dará pelo código da receita constante no DARF, que cada tipo de recolhimento,

tem um código especifico.

2.3.3. Simples Nacional

O SIMPLES Nacional, é um regime de tributação instituído pela Lei

Complementar 123/2006, com objetivo de simplificação da arrecadação de impostos

das micro empresas e das empresas de pequeno porte, com alíquotas diferenciadas

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das empresas de tributação normal, que é apurado de acordo com o anexo em que

se enquadra a atividade da empresa e a faixa de faturamento para aplicação da

alíquota.

Brasil. Lei Complementar n°. 123/2006, de 14 de dezembro de 2006:

Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere: I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias; II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias; III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. IV - ao cadastro nacional único de contribuintes a que se refere o inciso IV do parágrafo único do art. 146, in fine, da Constituição Federal. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014).

A arrecadação dos impostos das empresas do SIMPLES Nacional se dá por

um documento de arrecadação de todos os impostos e de todos os entes

federativos, União, Estados, Distrito Federal e Municípios, o DAS (documento de

arrecadação do SIMPLES).

Nas alíquotas fixadas pelo SIMPLES NACIONAL, estão contidos os seguintes

tributos, segundo o Artigo 13º. Da LC:

I – Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ; II – Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado o disposto no inciso XII do § 1o deste artigo; III – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; IV – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, observado o disposto no inciso XII do § 1o deste artigo; V – Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no inciso XII do § 1 o deste artigo; VI - Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que se dediquem às atividades de prestação de serviços previstas nos incisos XIII e XV a XXVIII do § 1° do art. 17 e no inciso VI do § 5° do art. 18, todos desta Lei Complementar;

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VII – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS; VIII – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS.

Assim o CRCBA diz,

Portanto, os escritórios de contabilidade já constituídos poderão aderir ao Supersimples no período de 2 a 31 de julho próximo ou no caso de início de atividade ocorrer a partir de 1º.7.2007, desde que a homologação de sua constituição (data de homologação no cartório de registro de PJ ou na Junta Comercial) ocorra a partir de 1º.7.2007. Em qualquer caso (ME ou EPP), o escritório de contabilidade deverá pagar o Simples Nacional (DARF) e a contribuição para o INSS (GPS), devendo esta ser recolhida segundo a legislação prevista para os demais contribuintes ou responsáveis, ou seja, isoladamente. Já o ISS (Imposto Sobre Serviços) deverá ser recolhido juntamente com o Supersimples, não na regra geral prevista no Anexo IV da LC 123/2006, mas em valor fixo, na forma da legislação municipal. Para os contabilista com jurisdição em Fortaleza, a tributação pelo ISS será isolada para o titular, os sócios e profissionais contratados para prestar o serviço específico, na forma prevista no art. 62 do Decreto Municipal (Fortaleza) nº 11.591, de 1º.3.2004, em vez de tributar o ISS com base no faturamento (art. 18, § 22 da LC 123). A tributação do Simples Nacional é progressiva e inversamente proporcional ao custo de pessoal (folha de pagamento) do escritório de contabilidade. Caso a participação das despesas de pessoal caia em relação ao montante de receita bruta do escritório, a tributação do Supersimples aumenta substancialmente, ou seja:

Se a relação for igual ou superior a 35% e inferior a 40%, a tributação do Supersimples será 14%, além do INSS patronal e do ISS apurado na forma do anexo IV da LC 123;

Se a relação for igual ou superior 30% e inferior a 35%, a tributação do Supersimples será de 14,50%, além do INSS patronal e do ISS apurado na forma do Anexo IV da LC 123; e

Se a relação for menor que 30%, a tributação do Supersimples será de 15,00%, além do INSS patronal e do ISS apurado na forma do Anexo IV da LC 123.

Entende-se como folha de pagamento/salários, o total de salários e pró-labore pagos nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração, acrescidos do montante efetivamente recolhido a título de contribuição para a Seguridade Social e para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Entende-se aqui como salários, os valores pagos a título de salários, gratificações, horas-extras, férias, repouso remunerado e quaisquer outras vantagens que comporão a base de cálculo do valor-de-contribuição, conforme disposto no art. 28 da Lei nº 8.212, de 1991 (art. 7º, § 1º, da Res. CGSN nº 5, de 2007). Diante do exposto, os escritórios de contabilidade, na hipótese de a relação folha/faturamento ser igual ou superior a 40%, deverão utilizar a tabela progressiva com alíquotas que variam de 4% a 13,5% (Anexo V), além de ter de pagar também o INSS à parte e o ISS. Para esse grupo de empresas, o Supersimples sempre significará menor carga tributária em comparação com o lucro presumido. A resolução CGSN 51/2008, disciplinou essa matéria, prevendo, em seu artigo 6º, XVI, "b", que a partir de 01.01.2009 serão aplicadas a essas

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receitas as alíquotas do seu Anexo III, desconsiderando-se os percentuais relativos ao ISS. Em especial, destaca-se que esses valores, além do IRPJ, da CSLL, do PIS e da COFINS, passaram a englobar, também, a Contribuição Patronal Previdenciária - CPP. Muitos escritórios que estavam recolhendo até 31.12.2008 o Simples Nacional mediante aplicação da alíquota de 15% passarão a aplicar a alíquota de 4% e terão, ainda, a vantagem da inclusão da CPP no Simples Nacional. O ISS deverá ser recolhido em valor fixo, em forma prevista na legislação municipal, de acordo com a LC 123/2006 § 22 do artigo 18. Em contrapartida, os escritórios de contabilidade individualmente ou por meio de suas entidades representativas de classe, deverão promover atendimento gratuito relativo à inscrição, à primeira declaração anual simplificada da microempresa e à opção de que trata o artigo 18-A da LC 123/2006(que cria a figura do microempreendedor individual - cuja receita bruta no ano-calendário anterior tenha sido de até R$ 36 mil). Os escritórios de serviços contábeis deverão também fornecer resultados de pesquisas quantitativas e qualitativas sobre as microempresas e empresas de pequeno porte que optaram pelo Simples Nacional. Outra determinação é que os escritórios promovam eventos de orientação fiscal, contábil e tributária para os clientes de microempresas e empresas de pequeno porte que optaram pelo Supersimples(MEI). Não ocorrendo tais obrigações, o escritório será excluído do Simples Nacional, com efeitos a partir do mês subsequente ao do descumprimento, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor. Para a opção do SIMPLES Nacional, a empresa deverá está em de acordo com a lei. O faturamento de 12 meses, não poderá ultrapassar R$ 3.600.000,00, nenhuma das atividades da empresa poderá ser impeditiva do SIMPLES mesmo que sejam atividades secundarias, ou a empresa possuir filiais ou ser filial de empresa de regime de tributação diferente.

2.3.4. LEI Nº 4.664/2013, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2013

De acordo com a Lei municipal 4.664/2013:

Art. 1º - Fica acrescido o § 10, ao artigo 245, da Lei nº 4.620/2013, de 02 de outubro de 2013, com a seguinte redação: § 10. Tratando-se de contribuinte constante no item 17.18 desta Lei Complementar e inscrito no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples Nacional, a base de cálculo e o montante do imposto ficam fixadas de acordo com a tabela XVI, que segue como Anexo, conforme disposto no art. 18, § 22-A, da Lei Complementar n º 123, de 2006. Art. 2º Os escritórios de serviços contábeis, individualmente ou por meio de suas entidades representativas de classe, deverão: I – promover atendimento gratuito relativo à inscrição, à opção de que trata o art. 18-A da Lei Complementar n º 123, de 2006 e à primeira declaração anual simplificada da microempresa individual, podendo, para tanto, por meio de suas entidades representativas de classe, firmar convênios e acordos com a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio dos seus órgãos vinculados; II – fornecer, na forma estabelecida pela resolução nº 94/2011, do Comitê Gestor do Simples Nacional, resultados de pesquisas quantitativas e qualitativas relativas às microempresas e empresas de

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pequeno porte optantes pelo Simples Nacional por eles atendidas; III – promover eventos de orientação fiscal, contábil e tributária para as microempresas, empresas de pequeno porte e Microempreendedor Individual (MEI) optantes pelo Simples Nacional em parcerias com entidades governamentais afins, de acordo com cronograma a ser definido, em ato administrativo, pelo Secretario de Tributação em consonância com o Sindicato dos Contadores de Caicó. Art. 3º - Na hipótese de descumprimento das obrigações de que trata o artigo anterior, o escritório de contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares, será excluído dessa modalidade de tributação, com efeitos a partir do mês subsequente ao do descumprimento, passando a recolher o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) devidos baseado na tabela do anexo III, da Lei Complementar nº 123/2006.

Tendo como base a tabela de ISS com valores fixos de acordo com a faixa de

tributação para empresas que correspondem a tributação do Simples Nacional em

anexo na página 48, fornecida pela secretaria municipal de Caicó – RN.

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3 METODOLOGIA

3.1. ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA DA PESQUISA

Inicialmente, será feita um levantamento bibliográfico para o aprofundamento

nos conhecimentos dos temas abordados e que serão posteriormente utilizados na

pesquisa.

Para Gil (1999), o método científico é um conjunto de procedimentos

intelectuais e técnicos utilizados para atingir o conhecimento. Para que seja

considerado conhecimento científico, é necessária a identificação dos passos para a

sua verificação, ou seja, determinar o método que possibilitou chegar ao

conhecimento. Segundo o autor, já teve tempos em que muitos cientistas entendiam

que o método poderia ser generalizado para todos os trabalhos científicos. Os

cientistas atuais, no entanto, consideram que existe uma grande quantidade de

métodos, que são determinados pelo tipo de objeto a pesquisar e pelas dimensões a

descobrir.

Procurou-se mostrar qual o valor da Folha de Pagamento em relação a

Receita Bruta (r) para saber qual regime de tributação é o mais vantajoso entre o

Simples Nacional, o Lucro Real e o Lucro Presumido. Esta condição será

identificada para todos os anexos e suas faixas de Receita Bruta referentes às ME e

EPP Prestadoras de Serviços Contábeis.

Segundo Lakatos & Marconi (1992), para ser considerado apropriado, o

problema deve ser analisado sobre os seguintes aspectos de valoração: viabilidade,

relevância, novidade, exequibilidade e oportunidade. Cervo & Bervian (2002, p.85)

afirmam dizendo que “desde Einstein, acredita-se que é mais importante para o

desenvolvimento da ciência saber formular problemas do que encontrar soluções”.

O objetivo da pesquisa é de fins qualitativo-quantitativos, já que será feita de

uma maneira com a coleta de dados através de numerários da empresa, para se

chegar ao resultado esperado no projeto de pesquisa.

Para Minayo (2003, p. 16-18) a pesquisa qualitativa é:

O caminho do pensamento a ser seguido. Ocupa um lugar central na teoria e trata-se basicamente do conjunto de técnicas a ser adotada para construir uma realidade. A pesquisa é assim, a atividade básica da ciência na sua

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construção da realidade. A pesquisa qualitativa, no entanto, trata-se de uma atividade da ciência, que visa a construção da realidade, mas que se preocupa com as ciências sociais em um nível de realidade que não pode ser quantificado, trabalhando com o universo de crenças, valores, significados e outros construto profundos das relações que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis.

Assim com base nos dados, será feita o confronto dos mesmos e qualificar o

que for menos oneroso para a entidade.

Esclarece Fonseca (2002, p. 20):

Diferentemente da pesquisa qualitativa, os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc. A utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa permite recolher mais informações do que se poderia conseguir isoladamente.

Assim teremos a quantificação e qualificação dos dados abordados no

trabalho em questão.

3.2. O CONTEXTO DA PESQUISA: ESPAÇO E SUJEITO DA INVESTIGAÇÃO

O trabalho apresentado terá como espaço usado as delimitações geográficas

do município de Caicó, Estado do Rio Grande do Norte. Tendo como sujeito de

estudo, uma empresa prestadora de serviços contábeis em Caicó - RN.

Para Gil (2007), a pesquisa consiste em determinar um objeto de estudo,

selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de

controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Assim

chegando ao resultado esperado.

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3.3 SUJEITOS DA PESQUISA

As demonstrações são do ano calendário de 2015 e foram efetuados os

confrontos e levantamentos de dados entre 01 a 10 de Novembro de 2016, junto ao

escritório A & D contabilidade Sociedade Simples Ltda., com base o ano-calendário

de 2015. Com dados fornecidos por um dos seus sócios na pessoa de Damião

Medeiros de Oliveira.

3.4. INSTRUMENTOS DE COLETA E SELEÇÃO DOS DADOS

De acordo com Andrade (2003, p. 117), as técnicas de pesquisa possibilitam

obter informações a respeito de determinado assunto. Elas estão relacionadas com

a coleta de dados, isto é, a parte prática da pesquisa. O levantamento de dados é o

passo inicial para qualquer pesquisa científica, pode ser feito por meio das seguintes

técnicas: observação, pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e entrevista.

Depois da pesquisa bibliográfica será feita uma coleta de dados para a

formulação da pesquisa com a aplicação dos dados fornecidos pela empresa e

colocado em tabelas, para melhor estudo e eficácia das informações e mostra sua

importância.

Segundo Hartley (1994), o estudo de caso consiste em uma investigação

detalhada, com a coleta de informações de um ou mais grupos, com a visão de

conseguir analisar o contexto e os processos envolvidos no fenômeno de estudo. Já

Eisenhardt (1989), descreve o estudo de caso como uma estratégia de pesquisa que

se concentra na compreensão dos fatos presentes em cenários únicos, combinando

métodos de coleta como análise de documentos, entrevistas, questionários e

observações, podendo a evidência ser quantitativa, qualitativa ou ambas.

Será uma pesquisa de forma qualitativo-quantitativa, onde irei coletar dados

de uma empresa de serviço contábil.

Para Marconi e Lakatos (2005) a finalidade da pesquisa bibliográfica é colocar

o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre

determinado assunto.

A abordagem do problema que será empregada é a qualitativa. Esta tipologia

para Paulilo (1999, p. 45):

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[...] trabalham com valores, crenças, hábito, atitudes, representações, opiniões e adequa-se a aprofundar a complexidade de fatos e processos particulares e específicos a indivíduos e grupos. A abordagem qualitativa é empregada, portanto, para a compreensão de fenômenos caracterizados por um alto grau de complexidade interna.

Assim, a pesquisa qualitativa compõem a análise dos dados para que se

possa entender determinado assunto em sua abrangência, por meio do estudo

detalhado dos dados, informações a que se refere.

A pesquisa qualitativa analisa os “microprocessos”, estudando as ações

sociais em que o investigador possa participar ou não da comunidade pesquisada,

“[...] realizando um exame intensivo dos dados” (MARTINS, 2004, p. 289).

A coleta dos dados deu – se com a visita ao escritório de contabilidade

mencionado no trabalho entre os dias 01 e 10 de Novembro de 2016, onde foram

implantados em tabelas com base nas informações contábeis em formas de

documentos fornecidos pela entidade (balancetes contábeis), afim de verifica e

constatar afim de confrontar os dados obtidos mostrando qual a melhor forma de

tributação para referida Empresa, sendo auxiliado pelo contador, dono e

administrador, na pessoa de Damião Medeiros de Oliveira.

Por último tem como objetivo principal, chegar à conclusão de qual será a

melhor forma de tributação da empresa estudada. Para isso, será feita a análise e

interpretação dos dados abordados, com o objetivo de mostra qual a melhor forma

de tributação, dentre o Lucro Real, lucro Presumido e Simples Nacional, de uma

Empresa prestadora de serviços contábeis.

3.5. PROCEDIMENTOS DE ANALISES DOS DADOS

A partir dos dados levantados junto ao escritório, foram colocados em

planilhas do Excel e anexados ao fim desse trabalho, demonstrando e deixando

explicito qual o melhor regime tributário para esse escritório em particular e demais

com o faturamento aproximado, com isso chegou – se a escolha exata no regime

menos oneroso.

Assim, com as demonstrações em mãos, e colocadas nas planilhas com

dados exatos e nos locais exatos, ficara evidente e claro qual será o regime

tributário menos oneroso e eficaz, para a entidade, assim tornando a organização da

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empresa estuda, financeiramente não sobrecarregada com tais tributos e levando a

um melhor planejamento das eventuais receitas e despesas.

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4 LEVANTAMENTO E RESULTADOS

4.1 ANALISE E DISCUSÃO DOS DADOS

A pesquisa teve por objetivo, analisar e demonstra o quão recolhe de tributos

entre o Lucro Real, Lucro Presumido e o Simples Nacional, no escritório de

contabilidade A & D contabilidade Sociedade Simples Nacional da cidade de Caicó –

RN.

A partir das demonstrações, veremos os seguintes resultados:

Tabela 2: Demonstrativo de tributos incidentes sobre o faturamento da empresa no regime tributário, lucro real referente ao ano-calendário 2015.

LUCRO REAL

Mês RECEITA PIS COFINS ISS Total

Janeiro 16.548,00 273,04 1.257,65 827,40 2.358,09

Fevereiro 16.548,00 273,04 1.257,65 827,40 2.358,09

Março 24.089,00 397,47 1.830,76 1.204,45 3.432,68

Abril 24.089,00 397,47 1.830,76 1.204,45 3.432,68

Maio 24.089,00 397,47 1.830,76 1.204,45 3.432,68

Junho 19.589,00 323,22 1.488,76 979,45 2.791,43

Julho 23.911,00 394,53 1.817,24 1.195,55 3.407,32

Agosto 23.911,00 394,53 1.817,24 1.195,55 3.407,32

Setembro 21.546,00 355,51 1.637,50 1.077,30 3.070,31

Outubro 14.000,00 231,00 1.064,00 700,00 1.995,00

Novembro 14.000,00 231,00 1.064,00 700,00 1.995,00

Dezembro 28.000,00 462,00 2.128,00 1.400,00 3.990,00

Ano: 2015 250.320,00 4.130,28 19.024,32 23.154,60 46.309,20

Fonte: Dados da pesquisa.

Desta forma, o quadro acima demonstra que a empresa chegou a um

faturamento de R$: 250.320,00 (Duzentos e cinquenta mil e trezentos e vinte mil

reais), no período de 2015 e recolheria em tributos de PIS a quantia de R$: 4.130,28

reais, de COFINS o valor de R$: 19.024,32 reais e ISS no valor de R$: 23.154,60

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reais chegando ao valor total de R$: 46.309,20 reais no ano de 2015. Somando uma

porcentagem total de 14,25% ao mês, onde o PIS é 1,65%, o COFINS é 7,60% e o

ISS é 5% em cima da receita.

Tabela 3: Demonstrativo do faturamento, folha de pagamento, folha de pró-labores e folha de decimo terceiro.

ALIMENTAÇÃO DE DADOS

MÊS FATURAMENTO

MENSAL FOLHA PAGAMENTO

FOLHA TERCEIRO

JAN R$ 16.548,00 R$ 6.807,26 R$ 694,72

FEV R$ 16.548,00 R$ 6.807,26 R$ 694,72

MAR R$ 24.089,00 R$ 6.561,37 R$ 694,72

ABR R$ 24.089,00 R$ 7.545,40 R$ 694,71

MAI R$ 24.089,00 R$ 6.341,37 R$ 694,71

JUN R$ 19.589,00 R$ 6.341,37 R$ 694,71

JUL R$ 23.911,00 R$ 6.849,89 R$ 694,71

AGO R$ 23.911,00 R$ 6.987,31 R$ 694,71

SET R$ 21.546,00 R$ 7.987,13 R$ 694,71

OUT R$ 14.000,00 R$ 9.457,30 R$ 694,71

NOV R$ 14.000,00 R$ 9.572,77 R$ 694,71

DEZ R$ 28.000,00 R$ 10.267,37 R$ 694,71

TOTAL R$ 250.320,00 R$ 91.525,80 R$ 8.336,55

Fonte: Dados da pesquisa.

No quadro acima, vê - se valores que serão relativos a cálculos dos tributos

de IRPJ e CSLL por trimestre, visto que as contribuições Sociais tanto no lucro real

quanto no lucro presumido serão calculados em guias independentes de acordo com

os valores da folha de pagamento com alíquotas patronal de 20%, RAT x FAP de

1% e outras entidades de 5,8% na base de cálculo do valor da folha de pagamento

como mostra a tabela a seguir.

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Tabela 4: Demonstrativo de cálculo das contribuições sociais.

CALCULO DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

MÊS

PAGAMENTOS PESSOAL CONTRIBUIÇÕES

VR. FOLHA PAGAM.

PAGAM. TERCEIRO

TOTAL PESSOAL

INSS FOLHA

FGTS FOLHA

INSS TERCEI

TOTAL

JAN R$

6.807,26 R$

694,72 R$

7.501,98 R$

1.824,35 R$

590,11 R$

186,18 R$

2.600,64

FEV R$

6.807,26 R$

694,72 R$

7.501,98 R$

1.824,35 R$

590,11 R$

186,18 R$

2.600,64

MAR R$

6.561,37 R$

694,72 R$

7.256,09 R$

1.758,45 R$

590,11 R$

186,18 R$

2.534,74

ABR R$

7.545,40 R$

694,71 R$

8.240,11 R$

2.022,17 R$

569,10 R$

186,18 R$

2.777,45

MAI R$

6.341,37 R$

694,71 R$

7.036,08 R$

1.699,49 R$

551,88 R$

186,18 R$

2.437,55

JUN R$

6.341,37 R$

694,71 R$

7.036,08 R$

1.699,49 R$

551,88 R$

186,18 R$

2.437,55

JUL R$

6.849,89 R$

694,71 R$

7.544,60 R$

1.835,77 R$

599,75 R$

186,18 R$

2.621,70

AGO R$

6.987,31 R$

694,71 R$

7.682,02 R$

1.872,60 R$

611,70 R$

186,18 R$

2.670,48

SET R$

7.987,13 R$

694,71 R$

8.681,84 R$

2.140,55 R$

698,64 R$

186,18 R$

3.025,37

OUT R$

9.457,30 R$

694,71 R$

10.152,01 R$

2.534,56 R$

830,59 R$

186,18 R$

3.551,33

NOV R$

9.572,77 R$

694,71 R$

10.267,48 R$

2.565,50 R$

1.205,50 R$

186,18 R$

3.957,18

DEZ R$

10.267,37 R$

694,71 R$

10.962,08 R$

2.751,66 R$

974,36 R$

186,18 R$

3.912,20

TOTAL R$

91.525,80 R$

8.336,55 R$

99.862,35 R$

24.528,91 R$

8.363,73 R$

2.234,20 R$

35.126,84 Fonte: Dados da pesquisa.

Tabela 5: Demonstrativos dos cálculos de IRPJ e CSLL, dos tributos do lucro real.

CALCULO DO IRPJ E CSLL DO LUCRO REAL

Períodos Receitas Despesas com

encargos e folhas Despesas

Operacionais Lucro Líquido

1º trimestre R$ 57.185,00 R$ 29.996,07 R$ 4.075,62 R$ 23.113,31

2º trimestre R$ 67.767,00 R$ 29.964,82 R$ 4.681,50 R$ 33.120,68

3º trimestre R$ 69.368,00 R$ 32.226,02 R$ 3.599,68 R$ 33.542,30

4º trimestre R$ 56.000,00 R$ 42.802,28 R$ 929,92 R$ 12.267,80

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016.

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Tabela 6: Demonstrativo de IRPJ e CSLL do Lucro Real.

PERÍODO CÁLCULO IRPJ CÁLCULO CSLL

1º trimestre R$ 3.467,00 R$ 2.080,20

2º trimestre R$ 4.968,10 R$ 2.980,86

3º trimestre R$ 5.031,35 R$ 3.018,81

4º trimestre R$ 1.840,17 R$ 1.104,10

TOTAIS R$ 15.306,61 R$ 9.183,97 Fonte: Dados da pesquisa.

De acordo, com os quadros logo acima veremos que os impostos de IRPJ e

CSLL, no lucro real só será calculado se obtiver lucro no trimestre, que nesse caso

houve e teve que apura – lós, sendo assim o tributo IRPJ seria recolhido R$:

15.306,61 reais com alíquota de 15% em cima do lucro líquido do período e o CSLL

seria R$: 9.183,97 com alíquota de 9% em cima do lucro líquido do período, assim

sendo somados com o ISS, o PIS e o COFINS, para assim saber o montante total a

ser pago na opção do lucro real.

Tabela 7: Demonstrativo dos cálculos tributários do lucro presumido.

CALCULO DOS TRIBUTOS FEDERAIS

MÊS FATURAMENTO

BRUTO PIS/PASEP COFINS IRPJ CSLL TOTAL

JAN R$

16.548,00 R$

107,56 R$

496,44 R$

198,58 R$

178,72 R$

981,30

FEV R$

16.548,00 R$

107,56 R$

496,44 R$

198,58 R$

178,72 R$

981,30

MAR R$

24.089,00 R$

156,58 R$

722,67 R$

289,07 R$

260,16 R$

1.428,48

ABR R$

24.089,00 R$

156,58 R$

722,67 R$

289,07 R$

260,16 R$

1.428,48

MAI R$

24.089,00 R$

156,58 R$

722,67 R$

289,07 R$

260,16 R$

1.428,48

JUN R$

19.589,00 R$

127,33 R$

587,67 R$

235,07 R$

211,56 R$

1.161,63

JUL R$

23.911,00 R$

155,42 R$

717,33 R$

286,93 R$

258,24 R$

1.417,92

AGO R$

23.911,00 R$

155,42 R$

717,33 R$

286,93 R$

258,24 R$

1.417,92

SET R$

21.546,00 R$

140,05 R$

646,38 R$

258,55 R$

232,70 R$

1.277,68

OUT R$

14.000,00 R$

91,00 R$

420,00 R$

168,00 R$

151,20 R$

830,20

NOV R$

14.000,00 R$

91,00 R$

420,00 R$

168,00 R$

151,20 R$

830,20

DEZ R$

28.000,00 R$

182,00 R$

840,00 R$

336,00 R$

302,40 R$

1.660,40

TOTAL R$

250.320,00 R$

1.627,08 R$

7.509,60 R$

3.003,84 R$

2.703,46 R$

14.843,98 Fonte: Dados da pesquisa.

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No lucro presumido, o cálculo é feito por presunção, onde a alíquota do PIS é

1,65%, o COFINS é 7,60%, o IRPJ é 12% e o CSLL é 8% demostrado no quadro

acima, vê – se que o lucro real iria pagar a quantia de R$: 1.627,08 reais de PIS, R$:

7.509,60 reais de COFINS, R$: 3.003,84 reais de IRPJ e R$: 2.703,46 reais de

CSLL para o ano-calendário de 2015, com total de R$: 14.843,98, para os tributos e

o ISS será com alíquota igual à do lucro real, que no caso é 5% em cima do valor

total dos serviços, com total de R$: 23.154,60 reais demonstrado na tabela do

quadro 1, sendo assim um valor total de R$: 37.998,58 no ano de 2015, pelo lucro

presumido.

Tabela 8: Demonstrativo de cálculo do Simples Nacional e ISS.

MÊS REC. ACUM. REC.

BRUTA PERCEN.

VR. SIMPLES

ISS TOTAL

JAN R$

182.400,00 R$

16.548,00 5,42%

R$ 896,90

R$ 318,50

R$ 1.215,40

FEV R$

183.748,00 R$

16.548,00 5,42%

R$ 896,90

R$ 318,50

R$ 1.215,40

MAR R$

185.096,00 R$

24.089,00 5,42%

R$ 1.305,62

R$ 409,50

R$ 1.715,12

ABR R$

193.985,00 R$

24.089,00 5,42%

R$ 1.305,62

R$ 409,50

R$ 1.715,12

MAI R$

202.874,00 R$

24.089,00 5,42%

R$ 1.305,62

R$ 409,50

R$ 1.715,12

JUN R$

211.763,00 R$

19.589,00 5,42%

R$ 1.061,72

R$ 318,50

R$ 1.380,22

JUL R$

216.152,00 R$

23.911,00 5,42%

R$ 1.295,98

R$ 409,50

R$ 1.705,48

AGO R$

224.863,00 R$

23.911,00 5,42%

R$ 1.295,98

R$ 409,50

R$ 1.705,48

SET R$

233.574,00 R$

21.546,00 5,42%

R$ 1.167,79

R$ 409,50

R$ 1.577,29

OUT R$

233.574,00 R$

14.000,00 5,42%

R$ 758,80

R$ 318,50

R$ 1.077,30

NOV R$

238.720,00 R$

14.000,00 5,42%

R$ 758,80

R$ 318,50

R$ 1.077,30

DEZ R$

237.520,00 R$

28.000,00 5,42%

R$ 1.517,60

R$ 409,50

R$ 1.927,10

TOTAL R$

250.320,00 X X X

R$ 13.567,34

R$ 4.459,00

R$ 18.026,34

Fonte: Dados da pesquisa.

No quadro acima, constata-se que os valores pagos com base no Simples

Nacional, sendo pagos todos os tributos em cota única e simplificada com ISS pago

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de fora a parte ao município de Caicó, em virtude dos Escritórios de contabilidade

serem obrigados a contribuir desta forma e alíquota diferenciada, de acordo com o

faturamento mensal da Empresa de contabilidade, conforme tabela anexa na pag.

50.

Tabela 9: Comparativo dos tributos incidentes sobre o faturamento entre os regimes tributários, lucro real x simples nacional x lucro presumido.

PLANILHA COMPARATIVA DE OPÇÃO TRIBUTÁRIA

MÊS SIMPLES LUCRO PRESUMIDO LUCRO REAL

JAN R$ 1.215,40 R$ 4.409,34 R$ 2.358,09

FEV R$ 1.215,40 R$ 4.409,34 R$ 2.358,09

MAR R$ 1.715,12 R$ 5.167,67 R$ 8.979,88

ABR R$ 1.715,12 R$ 5.410,38 R$ 3.432,68

MAI R$ 1.715,12 R$ 5.070,48 R$ 3.432,68

JUN R$ 1.380,22 R$ 4.578,63 R$ 10.740,39

JUL R$ 1.705,48 R$ 5.235,18 R$ 3.407,32

AGO R$ 1.705,48 R$ 5.283,95 R$ 3.407,32

SET R$ 1.577,29 R$ 1.077,30 R$ 11.120,47

OUT R$ 1.077,30 R$ 5.081,53 R$ 1.995,00

NOV R$ 1.077,30 R$ 5.487,38 R$ 1.995,00

DEZ R$ 1.927,10 R$ 6.972,60 R$ 6.934,27

TOTAL R$ 18.026,34 R$ 58.183,76 R$ 60.161,19

Fonte: Dados da pesquisa.

De acordo com o quadro logo acima pode-se perceber que o regime tributário,

simples nacional tem a carga tributária de 7,20%, no lucro presumido é de 23,24% e

no lucro real é de 38,98%.

Posteriormente a análise dos resultados obtidos e demonstrados no quadro

acima, pode-se afirmar que o simples nacional será a melhor escolha de tributação,

deixando a empresa menos onerosa, sendo uma diferença enorme para os demais

regimes tributários vistos no quadro, assim tendo uma economia de R$ 40.157,42

reais em confronto com o lucro presumido e de R$ 79.536,56 reais no lucro real.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto na pesquisa realizada, tornou – se relevante os dados

estudados, a realização do planejamento tributário, visto que é de grande valia a

identificação do melhor regime tributário, chegando a ter um diferencial para a

empresa, levando em consideração que com um bom planejamento, sabendo o

quanto paga – se de tributos, será facilmente a tomada de decisões e sendo

competitivo no mercado de uma forma licita.

O presente trabalho teve como objetivo geral demonstrar que como um

planejamento tributário adequado, a empresa estudada, poderá ter uma redução em

sua carga tributária de forma licita e eficiente, de acordo com o que foi levantado de

dados; e de acordo com os objetivos específicos, analisar entre os três regimes de

tributação, lucro presumido, lucro real e simples nacional, na qual se adequa melhor

para uma empresa que atua no ramo de serviços contábeis na cidade de Caicó-RN,

onde foi visto através de analises dos dados obtidos, que o regime menos oneroso

para a empresa estudada é o simples nacional; comparar os três regimes tributários

analisados, demostrando a empresa qual regime lhe proporcionara uma economia

em tributos, analisar de forma que seja a mais econômica forma de regime de

tributação, após a comparação dos dados obtidos, tornou – se visível que a empresa

caso queira poupar em pagamentos de tributos, escolhera o regime tributário,

simples nacional, em comparação aos demais regimes tributários estudados.

Diante de todos os dados levantados e confrontados, conclui – se que a

empresa estudada durante o período de 2015, será melhor alocada no regime de

simples nacional.

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6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALLEADER, Marco Trevissani. A História da Contabilidade.

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520. Informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2002. BECKER, Alfredo Augusto. Teoria Geral do Direito Tributário. 4 ed. São Paulo: Noeses, 2007. BRASIL. Lei Complementar 123 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. _______. Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm>. Acesso em:15.11.2016 ________. Lei nº 4.506, de 30 de novembro de 1964. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/Leis/L4506.htm>. Acesso em: 15.11.2016 _________. Prefeitura Municipal de Caicó, Lei nº 4.664/2013, de 30 de dezembro de 2013. [S.I.]. Disponível em: <http://caico.rn.gov.br/wp-content/uploads/2013/12/Lei-4.664-de-30-de-dezembro-de-2013.pdf>. Acesso em: 30.11.2016 __________. Receita Federal. Capítulo XIII - IRPJ - Lucro Presumido 2014. [S.I.]. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/perguntao/dipj2014/Capitulo_XIII_IRPJ_LucroPresumido2014.pdf>. Acesso em: 30.11.2016 __________. Regulamento do Imposto de Renda - RIR/99 (Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999). Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza.

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_________. Resolução CGSN nº 7, de 18 de junho de 2007. Altera a Resolução CGSN nº 5, de 30 de maio de 2007, que dispõe sobre o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional). CERVO, A. L. BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 5.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002. CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DA BAHIA. Escritório de Serviços Contábeis e a opção pelo Supersimples. [S.I.]. Disponível em: <http://www.crcba.org.br/boletim/edicoes/opcaojulho.htm>. Acesso em: 18.11.2016 EISENHARDT, K. Building theories from case study research. Academy of Management Review, v.14, n.4, p.532-550, 1989. FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 7 ed. São Paulo; Atlas, 2001. FLORES, Jéferson de Souza. Contabilidade Tributária. [S.I]. Disponível em: <http://www.unifra.br/professores/arquivos/29926/88317/Pol%C3%ADgrafo%20Contabilidade%20Tribut%C3%A1ria.pdf>. Acesso em: 01.11.2016 GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999. HARTLEY, J. F. Case studies in organizational research. In: CASSELL, C.; SYMON, G. Qualitative methods in organizational research: a practical guide. London, Sage, 1994. HIGUCHI, Hirumi; HIGUCHI, Celso Hiroyuki. Imposto de renda das empresas interpretação e prática. 27ª Ed. São Paulo; Atlas, 2002. HIGUCHI, Hirumi; HIGUCHI, Fábio Hiroshi; HIGUCHI, Celso Hiroyuki. Imposto de Renda das empresas interpretação e pratica. 34ª Ed. São Paulo; IR Publicações, 2009.

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PAULILO, Maria Ângela Silveira. A pesquisa qualitativa e a história de vida. Disponível em www.ssrevista.uel.br/cv2n1pesquisa. Acesso em 15/03/2010. POHLMANN, Marcelo Coletto. Contabilidade Tributária. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2010. PORTAL DA CONTABILIDADE. Escritórios Contábeis: Tributação Pelo Simples. [S.I.]. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/simplesescritorioscontabeis.htm>. Acesso em: 10.10.2016 PORTAL DA CONTABILIDADE. História da Contabilidade. [S.I.]. Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/historia.htm. Acesso em: 05.10.2016 RODRIGUES, Aldenir Ortz et al. IRPJ/ CSLL 2007: Manual do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido: ano-calendário 2007: lucro real, lucro presumido, lucro a. São Paulo: IOB Thomson, 2007. SÁ, Antônio Lopes de. Fundamentos da contabilidade geral. Curitiba: Juruá, 2005. SÁ, Antônio Lopes de. Teoria da contabilidade. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2010. SÁ, Antonio Lopes de; SÁ, Ana Maria Lopes de. Dicionário da contabilidade. 9 ed. São Paulo; Atlas, 1995. SANTOS, Cleônimo; BARROS, Sidney Ferro. Manual do super simples. São Paulo: IOB, 2007. YOUNG, Lúcia Helena Briski. Regime de tributação federal. 3 ed. Curitiba: Juruá, 2003. http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/DIPJ/2005/PergResp2005/pr242a264.htm

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ANEXOS

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ANEXO A - TABELA DO SIMPLES NACIONAL - ANEXO I (Vigência a Partir de

01.01.2012)

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio

Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp123.htm

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ANEXO B - TABELA DO SIMPLES NACIONAL - ANEXO II (Vigência a Partir de

01.01.2012)

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Indústria

Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp123.htm

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ANEXO C - TABELA DO SIMPLES NACIONAL - ANEXO III (Vigência a Partir de

01.01.2012)

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas de Locação de Bens Móveis e de Prestação de Serviços

Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp123.htm

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ANEXO D - TABELA DO SIMPLES NACIONAL - ANEXO IV (Vigência a Partir de

01.01.2012)

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços

Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp123.htm

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ANEXO E – (Falta descrição)

Base de cálculo e ISS a recolher referente à atividade de contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares enquadrados no simples

nacional

Receita de Serviços (R$/MÊS) ISS a Recolher (R$/MÊS)

Até - 5.000,00 R$ 32,50

5.000,001 - 10.000,00 R$ 97,50

10.000,001 - 15.000,00 R$ 162,50

15.000,001 - 20.000,00 R$ 318,50

20.000,001 - 25.000,00 R$ 409,50

25.000,001 - 30.000,00 R$ 500,00

30.000,001 - 35.000,00 R$ 739,40

35.000,001 - 40.000,00 R$ 853,10

40.000,001 - 45.000,00 R$ 966,90

45.000,001 - 50.000,00 R$ 1.185,60

50.000,001 - 55.000,00 R$ 1.310,40

55.000,001 - 60.000,00 R$ 1.435,20

60.000,001 - 65.000,00 R$ 1.572,20

65.000,001 - 70.000,00 R$ 1.698,00

70.000,001 - 75.000,00 R$ 1.683,45

75.000,001 - 80.000,00 R$ 2.130,85

85.000,001 - 90.000,00 R$ 2.337,00

90.000,001 - 100.000,00 R$ 2.618,20

100.000,001 - 200.000,00 R$ 4.875,00

Acima de 200.000,00 R$ 8.125,00

Fonte:http://caico.rn.gov.br/wp-content/uploads/2013/12/Lei-4.664-de-30-de-dezembro-de-2013.