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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
LARISSA MARIA DE MEDEIROS DANTAS
ACRÍSIO DE MENEZES FREIRE, UM EDUCADOR NORTE-RIO-
GRANDENSE
NATAL
2016
LARISSA MARIA DE MEDEIROS DANTAS
ACRÍSIO DE MENEZES FREIRE, UM EDUCADOR NORTE-RIO-
GRANDENSE
Artigo apresentado ao Curso de Pedagogia do Centro de
Educação da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, como requisito para obtenção do título de
Pedagoga.
Orientadora: Profª Drª Maria Arisnete Câmara de Morais.
NATAL
2016
LARISSA MARIA DE MEDEIROS DANTAS
ACRÍSIO DE MENEZES FREIRE, UM EDUCADOR NORTE-RIO-
GRANDENSE
Artigo apresentado ao Curso de Pedagogia do Centro de
Educação da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, como requisito para obtenção do título de
Pedagoga.
Aprovado em ____ de _____________ de 2016.
_________________________________________________
Orientadora Profª Drª Maria Arisnete Câmara de Morais
__________________________________________________
Examinadora M.ª Karoline Louise Silva da Costa
___________________________________________________
Examinadora M.ª Janaína Silva de Morais
NATAL
2016
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, que com muito carinho е esforço, não mediram esforços para que еu chegasse
até esta etapa de minha vida.
À Professora Maria Arisnete Câmara de Morais, pela oportunidade de fazer parte do Grupo de
Pesquisa História da educação, Literatura e Gênero.
Ao CNPq pelo apoio financeiro, através da Bolsa de Iniciação Científica.
Aos colegas do Grupo de Pesquisa, em especial Amanda Vitória e Janaína Morais, pela força
e ajuda, desde o início da pesquisa até o produto final.
As amigas da universidade, Ana Paula Tavares e Natália Marina, pelo apoio e amizade
durante os quatro anos de graduação.
A Tibério Lima, que de forma especial e carinhosa me deu força e coragem, apoiando-me a
seguir em frente.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito
obrigada.
ACRÍSIO DE MENEZES FREIRE, UM EDUCADOR NORTE-RIO-GRANDENSE
Resumo
O objetivo deste trabalho é analisar a trajetória de vida de Acrísio de Menezes Freire e sua
atuação enquanto membro atuante na educação do nosso estado entre os anos de 1922 e 1972,
período que compreende o ano de sua formação pela Escola Normal de Natal e o ano de seu
falecimento, ou seja, só parou de trabalhar quando faleceu. Realizamos pesquisas nos acervos
do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, do Arquivo Público do
Estado/RN, da Associação de Professores do Rio Grande do Norte (APRN), da Escola
Estadual Padre Miguelinho, além de entrevista com um ex aluno de um dos Grupos escolares
a que Acrísio de Menezes Freire foi diretor. Nesses acervos encontramos publicações nas
revistas Pedagogium e A Educação; jornal A República; Livros de presença; Atas de reuniões;
e a Relação nominal dos professores diplomados pela Escola Normal de Natal (1910-1933).
Analisamos as fontes com base nos pressupostos da História Cultural, que tem como princípio
os modos como uma determinada realidade social é construída. (CHARTIER, 1990); como
também as Práticas Educativas, onde verificamos a transmissão de valores morais e culturais
desejados por uma determinada sociedade. (SILVA, 2006). Filho de Norberto José Freire,
Acrísio de Menezes Freire nasceu em 19 de maio 1902, casou-se com Anita Iracema Freire,
também professora primária, com quem não teve filhos. O educador formou-se pela Escola
Normal de Natal em 1922, e nos anos seguintes, atuou, como professor e diretor de alguns
Grupos Escolares do estado, dentre eles o: Grupo Escolar Barão do Rio Branco, localizado na
vila de Parelhas/RN; Grupo Escolar Moreira Brandão, situado na vila de Goiainha/RN; Grupo
Escolar Duque de Caxias, localizado no município de Macau; e o Grupo Escolar Isabel
Gondim, situado em Natal, onde permaneceu até 1972, ano de seu falecimento. Acrísio Freire
durante sua trajetória de vida profissional lutou pela educação, fato que nos é indiciado a
partir de sua atuação enquanto professor, diretor, e inspetor do ensino primário, e de seus
méritos como fundador de escola técnica, membro da Associação de Professores do Rio
Grande do Norte (APRN), membro dos escoteiros, e dentre outros cargos que nos permitem
compreender como este educador acreditava na importância da escolarização primária e na
valorização da mesma para formação de indivíduos bem instruídos.
Palavras-chave: História da Educação. Educador. Acrísio de Menezes Freire.
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Acrísio de Menezes Freire, um educador Norte-Rio-Grandense
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho vincula-se ao Projeto de Pesquisa “História da Leitura e da
Escrita no Rio Grande do Norte (1910 - 1980)/(Conselho Nacional de Desenvolvimento
Cientifico e Tecnológico), e desenvolvido no Grupo de Pesquisa História da Educação,
Literatura e Gênero/ Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O projeto tem
como objetivo não somente pesquisar sobre professores e escritores que contribuíram para a
formação de gerações ao longo do período estudado, como também, analisar o processo de
construção histórica das disciplinas escolares, com ênfase às direcionadas à educação da
mulher, evidenciando as suas contribuições para a historiografia da educação no Brasil e, em
especial, no Rio Grande do Norte. (MORAIS, 2014).
Entre os educadores estudados, ressaltamos o professor Acrísio de Menezes Freire,
educador ativo no estado do Rio Grande do Norte, que muito contribuiu para formação de
gerações. Assim, buscamos destacar aspectos de sua história de vida e sua participação na
educação Norte-Rio-Grandense, entre os anos de 1922-1972. Ou seja, formou-se pela Escola
Normal no ano de 1922, iniciou suas atividades no ano de 1923, no Grupo Escolar Barão do
Rio Branco, e concluiu suas atividades educacionais atuando no Grupo Escolar Isabel Gondim
e na Associação de Professores do Rio Grande do Norte (APRN), locais que trabalhou até
falecer em 1972. O presente trabalho objetiva conhecer a história desse professor enquanto
atuante na educação do Rio Grande do Norte, e que tão pouco se é conhecido.
Desde o inicio da pesquisa, buscamos dados que pudessem dar suporte à escrita de
nosso trabalho. Porém, encontramos poucos documentos que contribuíssem com a riqueza de
detalhes e informações acerca do nosso objeto de estudo. Isso porque não encontramos
trabalhos já publicados sobre Acrísio Freire; algumas das instituições em que o educador
atuou não havia arquivos do período estudado; em outros acervos encontramos poucas
publicações, documentos ou arquivos; e não conseguimos ter acesso aos possíveis
documentos existentes da instituição que o homenageou, Escola Estadual Acrísio Freire,
fechada no ano de 2008.
Apesar dessas dificuldades no acesso às informações, ficamos mais provocadas a
estudar sobre o educador e registrar sobre os nossos achados da pesquisa. O que nos levou aos
7
seguintes questionamentos: Quem foi Acrísio Freire? Qual sua participação na educação do
Rio Grande do Norte?
A partir dessas questões e inquietações, saímos em busca por materiais nos acervos
do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, do Arquivo Público do
Estado/RN, da Associação de Professores do Rio Grande do Norte (APRN)- atual Sindicato
dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte, da Escola Estadual Padre
Miguelinho. Nesses acervos encontramos publicações nas revistas Pedagogium e A
Educação; jornal A República; Livros de presença; Atas de reuniões; e a Relação nominal dos
professores diplomados pela Escola Normal de Natal (1910-1933). Além disso, realizamos
entrevista com um ex aluno de um dos Grupos escolares a que Acrísio de Menezes Freire foi
diretor, nos permitindo analisar suas práticas.
O trabalho foi elaborado tendo como aporte teórico metodológico a História Cultural,
contribuindo para a reflexão de como determinada realidade social é construída e pensada.
Chartier (1990). Como também as Práticas Educativas, desvendando a disseminação de
valores morais e culturais desejados por uma determinada época, tendo em vista novas
perspectivas de vida e de trabalho. Silva (2006).
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O estudo da história proporciona uma abertura
semelhante àquela obtida nas viagens. Nos dois
casos, deparamos-nos com “o outro”, no tempo e
no espaço. (LOPES; GALVÃO, 2001, p.15).
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2 ACRÍSIO DE MENEZES FREIRE: FILHO, ESPOSO E MESTRE
Acrísio de Menezes Freire, mais conhecido como Acrísio Freire, nasceu em 19 de
maio de 1902, filho de Norberto José Freire, foi casado, com a também professora primária,
Anita Iracema Freire, com quem não teve filhos. O educador formou-se pela Escola Normal
de Natal, em 1922, como podemos observar na Relação nominal dos professores formados
pela Escola Normal de Natal, e a partir deste ano começou sua trajetória na educação do
estado do Rio Grande do Norte.
Imagem 1- Professor Acrísio de Menezes Freire
Fonte: Associação de Professores do Rio Grande do Norte (APRN). [s.d].
10
Imagem 2– Registro nominal dos professores formados pela Escola Normal de Natal no ano de 1922
Fonte: RIO GRANDE DO NORTE. Relação dos professores diplomados pela Escola Nomal de Natal (1910-
1934). Natal: Departamento de educação, 1934
A formação de Acrísio Freire se deu graças a algumas reformas na educação
acontecidas entre os períodos de 1907 e 1916. Podemos destacar a Lei nº 249, de 22 de
novembro de 1907, consequência do primeiro governo de Dr. Antônio José de Mello e Souza
(1907-1908) onde foi autorizada a reforma da instrução publica, garantindo ao ensino
primário moldes mais amplos e proveitosos, bem como a criação de Grupos Escolares,
evidenciando escolarização na infância. (RIO GRANDE DO NORTE, 1909, p. 5). Com essa
reforma houve a necessidade de profissionais qualificados para atender a esses Grupos, assim,
com o Decreto nº 178, de 29 de abril de 1908, ocorreu a reabertura da Escola Normal de Natal
para o preparo de professores de ambos os sexos, foi restabelecida a Diretoria Geral da
Instrução Pública, extinta em 1900, e criou-se os Grupos Escolares e Escolas Mistas na capital
e em outros municípios. (MORAIS; SILVA, 2009, p. 270). PAREI ESTUDAR A ESCOLA
NORMAL
E anos depois foi criada a Lei nº 405, de 29 de novembro de 1916, sancionada pelo
então Governador Joaquim Ferreira Chaves (1914-1920). Denominada Lei Orgânica orientou
a educação norte-rio-grandense até a década de 1930, criando os Conselhos Escolares para
fiscalizar o ensino nas escolas públicas e particulares, que representavam o Estado no ensino
local e eram responsáveis pelo recenseamento de toda a população em idade escolar. A norma
11
que regia a instrução estabelecia também o Conselho Superior de Instrução Pública que, por
sua vez, tinha por finalidade estudar e aplicar as leis do ensino, com o intuito de auxiliar a
Diretoria Geral. (MORAIS; SILVA, 2009, p. 270).
Iniciando sua carreira profissional em 1923, Acrísio foi nomeado professor da Cadeira
Elementar Masculina do Grupo Escolar Barão do Rio Branco, localizado na vila de
Parelhas/RN, (NOTAS, 1923). Em 29 de janeiro do ano seguinte, segundo Livro de
inscrituração do Curso Elementar Masculino do Rio Grande do Norte, o professor foi
removido para o Grupo Escolar Moreira Brandão, localizado na vila de Goianinha/RN. Em 1
de fevereiro de 1924, foi designado diretor do Curso Elementar Masculino, do mesmo Grupo,
entrando em exercício em 4 de fevereiro, como podemos observar na matéria publicada na
Revista Pedagoguim.
Imagem 3- Matéria da Revista Pedagoguim, em que aparece a designição de Acrísio Freire para Professor do
Grupo Escolar Moreira Brandão em 7 de fevereiro de 1924
Fonte: PEDAGOGIUM... 1924, p.38).
Acrísio Freire também fez parte de dois outros grupos escolares: o Grupo Escolar
Duque de Caxias, oficializado no dia 26 de fevereiro de 1923, localizado no município de
12
Macau/RN, onde desenvolveu suas práticas do magistério entre os anos de 1928 – 1930, e o
Grupo Escolar Isabel Gondim, criado em 1934, localizado na cidade do Natal/ RN,
desenvolvendo suas práticas enquanto diretor deste Grupo entre os anos de 1935- 1972 (ano
de seu falecimento). (DUARTE, 1985).
O referido professor de realce, durante mais de três décadas como diretor do Grupo
Escolar Isabel Gondim, “deixou vivo na memória dos alunos da instituição o exemplo de
seriedade, responsabilidade, disciplina, atenção e gentileza que o mesmo transmitia para os
aprendizes daquele Grupo Escolar.” (TUPINAMBÁ, 2015).
Simultaneamente ao seu trabalho na direção do Grupo Escolar Isabel Gondim, Acrísio
Freire coordenou o grupo Escoteiros do Mar, grupo este que funcionava nas instalações do
Grupo Escolar Isabel Gondim durante os anos de 1936-1950. Segundo as atas de reunião,
pudemos verificar que: aos 22 dias de outubro de 1936, os Escoteiros do Mar ofereceram
exames para 10 candidatos à Escoteiros Noviços; em 25 de fevereiro de 1937, foi aberta a 1ª
sessão do Conselho da Tropa da Comissão Regional dos Escoteiros do Mar, com a presença
do chefe dos Escoteiros Do Mar, Luiz Gonzaga de Britto, e de alguns guias, aos quais juraram
a bandeira e fixaram o quadro dos escoteiros ativos; em 21 de agosto de 1937, os Escoteiros
do Mar fizeram uma execução ao norte de Natal, na Praia de Genipabu, ao comando de Luiz
Gonzaga de Britto e na presença do membro Professor Acrísio Freire; em 2 de janeiro de
1949 ocorreu, em um dos salões do Grupo Escolar Isabel Gondim, uma reunião para eleger a
Comissão de Execução Regional dos Escoteiros do Mar, que possuiria a direção dos seus
trabalhos no biênio 1949-1950, sendo presidida pelo Comissário Regional Acrísio de
Menezes Freire. (RIO GRANDE DO NORTE, 1937).
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Imagem 4– Registro de ata de exame para Escoteiros Noviços (1936)
Fonte: RIO GRANDE DO NORTE. Atas da Comissão Regional de Escoteiros do Mar. Natal, 1936.
Em 19 de maio de 1935, Acrísio de Menezes Freire foi eleito ao seu primeiro cargo na
Associação de Professores do Rio Grande do Norte (APRN). O mesmo permaneceu
ativamente na Associação em nove diretorias, ocupando nelas os mais diversos cargos,
conforme o quadro abaixo:
Quadro 1- Cargos de Acrísio de Menezes Freire na
Associação de Professores do Rio Grande do Norte (APRN)
ELEIÇÃO PARA
DIRETORIAS
PERÍODO DE
ATUAÇÃO
CARGOS
2º diretoria 1935 2º Secretário
3º diretoria 1936-1937 2º Secretário
Comissão de Professores
7º diretoria 1946-1951 Tesoureiro
Conselho Fiscal
9ª diretoria 1954-1955 Vice- Orador
10º diretoria 1956-1957 Vice- Presidente
14º diretoria 1964-1965 Conselho Fiscal
15º diretoria 1966-1967 Vice- Presidente
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16º diretoria 1968-1971 Presidente
17º diretoria 1972-1973 Orador
Fonte: Elaborado a partir do livro História da Associação de Professores do Rio Grande do Norte
(DUARTE, 1985).
Enquanto permaneceu com o cargo de presidente do conselho diretor da Associação de
Professores do Rio Grande do Norte (APRN), Acrísio de Menezes Freire pôde comemorar,
junto ao professorado, o cinqüentenário da Associação dos Professores do Rio Grande do
Norte (APRN) com três dias de solenidades. Segundo Duarte (1985), essas festividades
começaram no dia 2 de dezembro de 1970, às vinte horas, com uma palestra cujo tema era “O
professor e a igreja atual”, sendo ministrada por D. Nivaldo Monte, na Sede Social. No dia
seguinte, 3 de dezembro de 1970, na Rádio Nordeste, acontecia uma palestra, às onze horas e
cinco minutos, com o tema “A personalidade do professor”. Às vinte horas, do mesmo dia, na
Sede Social, ocorria outra com o Padre Agnelo Barreto, sobre o “O valor do professor
primário”. No dia 4 de dezembro de 1970, para encerramento do evento, às oito horas,
ocorreu o hasteamento da bandeira, na sede social. Às nove horas, acontecia um passeio em
ônibus especial- Lançamento da pedra fundamental da Casa do Professor. Por fim, às vinte
horas, uma sessão solene, na Sede Social, uma palestra do professor Dr. Oto Guerra, vice-
reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, dava o desfecho às comemorações
dos 50 anos da Associação de Professores do Rio Grande do Norte (APRN).
Durante os 37 anos em que Acrísio Freire esteve como membro da Associação de
Professores do Rio Grande do Norte (APRN), pôde acompanhar os acontecimentos que a
instituição passava, alcançando conquistas importantes. Dentre elas, destacamos: a criação do
movimento pró-Associação, em 13 de setembro de 1936, por uma comissão de professores
que objetivava trazer novos sócios e estimular os afastados à participação dos eventos da
Associação; o ressurgimento da Revista Pedagoguim, em 30 de maio de 1948, onde o
educador fazia parte do corpo redacional; a aprovação de uma lei, por parte da prefeitura de
natal, em 9 de julho de 1949, para a construção de um mausoléu para o sepultamento dos
associados, no Cemitério Público do Alecrim; criação da Cooperativa de Crédito dos
Professores do Rio Grande do Norte, a partir do Decreto nº 34.895 de janeiro de 1954,
autorizando a mesma constituir-se em Natal; criação da Faculdade de Filosofia de Natal1, a
1 Criada e mantida pela Associação de Professores do Rio Grande do Norte (APRN), a Faculdade de Filosofia de
Natal, foi credenciada para funcionamento a partir do Decreto Federal nº 40.573 de 18 de dezembro de 1956,
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partir da Resolução nº 1 de 12 de março de 1955; e a criação de um curso de aperfeiçoamento
sobre problemas psicológicos2, proferido para 93 professores, entre os dias 21 a 28 de agosto
de 1956. Conforme destaca Duarte (1985), a Associação de Professores do Rio Grande do
Norte (APRN), já com 15 anos de história, foi criada com o objetivo de lutar contra o
analfabetismo e a defesa ao elevamento da classe dos professores.
Imagem 5– Professor Acrísio Freire no quadro de presidentes da Associação dos Professores do Rio Grande do
Norte (APRN)
Fonte: Livro História da Associação de Professores do Rio Grande do Norte (1985).
Localizamos vestígios da atuação de Acrísio Freire nos documentos da Associação dos
Professores do Rio Grande do Norte (APRN), como o Termo de abertura de registro de
imóveis e utensílios presentes no patrimônio da Cooperativa de Crédito dos Professores do
Rio Grande do Norte, e sua assinatura no Livro de comparecimento dos associados da
Associação dos Professores do Rio Grande do Norte (APRN).
tendo os cursos de História, Geografia, e Letras Neolatinas. Suas atividades foram iniciadas em 7 de março de
1957, com um número de 12 aprovados no curso de História, 13 aprovados em Geografia e 22 aprovados em
Letras Neolatinas. No ano de 1960, dois novos cursos foram instalados na Faculdade, o de Pedagogia e o de
Didática, ambos reconhecidos pelo Decreto Federal nº 45.116, de 26 de dezembro de 1959. 2 O curso trabalhou os conteúdos: “Infância, adolescência e os problemas da orientação educacional”, “Escolas
biotipológicas”, “Estudo dos temperamentos”, “ O estudo científico da Projeção”, “ Aprendizagem e suas
teorias- GESTALTI”.
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Imagem 6– Termo de abertura de registro de imóveis e utensílios presentes no patrimônio da Cooperativa de
Crédito dos Professores do Rio Grande do Norte.
Fonte: RIO GRANDE DO NORTE. Livro de registro de imoveis e utensilios da Cooperativa de crédito dos
professores do RN. Natal, 1967.
Imagem 7- Assinatura de Acrísio Freire no livro de comparecimento dos associados da Associação dos
Professores do Rio Grande do Norte (APRN)
Fonte: RIO GRANDE DO NORTE. Livro de comparecimento dos APRN. Natal, 1950.
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O professor Acrísio Freire teve uma instituição de ensino pública fundada em sua
homenagem. A Escola Estadual Professor Acrísio Freire Ensino de 1º Grau, funcionou na Av.
Antônio Basílio, 1850, Dix-Sept Rosado, Natal/RN até o ano de 2009, quando foi fechada.
Segundo a subcoordenadora de Organização e Inspeção Escolar, senhora Auxiliadora Albano,
a instituição estava no meio de outras do estado que não continham o número de alunos
necessários para o seu funcionamento, de modo que os alunos e professores que lá estavam
matriculados foram remanejados para outras instituições de ensino. Assim, de acordo com o
decreto nº 21.287, de 24 de agosto de 2009, o governo do estado do Rio Grande do Norte,
tornou extinta, a partir desta data, a Escola Estadual Acrísio Freire Ensino de 1º Grau.(RIO
GRANDE DO NORTE, 2009). Após o decreto, as instalações da escola passaram a ser espaço
de funcionamento do Corpo de Bombeiros Militar – Grupamento de Busca e Salvamento.
Infelizmente, não conseguimos ter acesso a nenhum documento da referida escola, já que a
mesma está fechada há alguns anos e seus arquivos encontram-se indisponíveis.
Imagem 8– Fachada do Corpo de Bombeiros Militar- Grupamento de Busca e Salvamento (Antigo prédio da
Escola Estadual Acrísio Freire Ensino 1º Grau)
Fonte: Google Maps3
3 Site:
<www.google.com.br/maps/@5.8105556,35.2189625,3a,75y,18.76h,85.8t/data=!3m6!1e1!3m4!1s5F0nEznwMd
zMIHIouHdb5A!2e0!7i13312!8i6656>.
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A Escola Estadual Professor Acrísio Freire Ens. de 1º Grau, em seu tempo de
funcionamento, ofereceu ensino na educação básica, e acomodou o Grupo de Escoteiros
Acrísio Freire. Segundo Pinto (2015), o escotismo é um movimento de cunho educacional e
político direcionado aos jovens, tendo apoio de adultos e voluntários, que sem vínculo
político valoriza a participação das pessoas de todas as origens, raças e crenças, de acordo
com o Propósito, os Princípios e o Método Escoteiro. Seus princípios têm por base o dever
para com Deus, o dever para com a Pátria e o dever para com o Próximo, que são definidos na
Promessa Escoteira. Conforme citado por União dos Escoteiros do Brasil (1917, p.3), os
métodos escoteiros caracterizavam por:
1) Aceitação da Promessa e Lei Escoteira- todos os membros assumem um
compromisso de vivência da Promessa e Lei Escoteira;
2) Aprender Fazendo- Educando pela ação- O Escotismo valoriza: o
aprendizado pela prática; o treinamento para a autonomia baseado na
autoconfiança e na iniciativa; os hábitos de observação, dedução e indução;
3) Vida em equipe- denominada Tropas de ‘Sistemas de Patrulhas’ incluindo
a descoberta e aceitação progressiva de responsabilidades; a disciplina
assumida voluntariamente; a capacidade tanto de liderar quanto de cooperar;
4) Atividades progressivas- Atraentes e variadas, compreendendo o jogo e
adestramento em técnicas úteis, estimulado por um sistema de distintivos.
Vida ao ar livre e em contato com a natureza, interação com a comunidade,
mística e ambiente fraterno”.
O movimento de escoteiros chegou ao Brasil em 1910 por intermédio da Marinha.
Essa trouxe uniformes de escoteiros, despertando o interesse de propagação do mesmo no
país. Mas, somente no ano de 1917 que o escotismo chegou ao Rio Grande do Norte.
Fundado no ano de 1917, pelo também professor, Luis Soares Correia de Araújo, o
movimento escotista começou com o Grupo de Escoteiros do Alecrim e a criação da
Associação dos Escoteiros, espaço que servira para a junção de práticas civis e militares às
práticas educacionais, tornando-se local de disseminação de ideias nacionais. (PINTO, 2015)
Dentre os propósitos e projetos seguidos por cada Grupo de Escoteiros, no ano de
2007, o Grupo de Escoteiros Acrísio Freire, junto a outros grupos do estado, conseguiram
apoio com o Projeto Escotismo nas Escolas, que tinha parceria com o Governo do Estado e a
União dos Escoteiros do Brasil. Esse projeto objetivava complementar a educação formal
oferecida pelas escolas públicas com a proposta educativa da União dos Escoteiros do Brasil,
através da fundação de 172 Grupos Escoteiros nas Escolas Estaduais do Rio Grande do Norte.
(ESCOTEIROS DO BRASIL)4
4 Site:< http://www.escoteirosrn.org.br/projeto_ee.php>
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Segundo os Escoteiros do Brasil, além deste, o projeto também objetivava de modo
específico: desenvolver atividades educativas atraentes, progressivas e variadas, estimulando
os escoteiros no processo de aprendizagem contínua através do aprendizado pela ação;
desenvolver um comportamento solidário através de atividades de serviço ao próximo e da
vida em grupo, contribuindo para a melhoria do ambiente escolar e da própria comunidade;
bem como, oportunizar a participação de crianças, jovens e adultos em movimento centenário
que congrega pessoas do mundo inteiro através de uma fraternidade, desenvolvendo o respeito
pelos povos e a promoção da paz mundial. (ESCOTEIROS DO BRASIL).5
5 Site: < http://www.escoteirosrn.org.br/escotismo.php>
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Tenho impressão de que depois de tantos anos
não esqueci nenhum daqueles que com carinho e
abnegação me ensinaram não só as matérias
obrigatórias do curso primário, como também a
conviver com os princípios éticos e morais,
procurando sempre me pautar pela boa conduta,
respeitando e se fazendo respeitar e dando bons
exemplos aos filhos, netos, ensinando-os a amar
ao próximo, para também serem amados.
(MACÊDO, 2001, p.17)
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3 O TRABALHO PEDAGÓGICO DE ACRÍSIO FREIRE
Dentre suas práticas em sala de aula, diretoria, coordenação de grupo Escoteiros do
Mar e enquanto membro da Associação dos Professores do Rio Grande do Norte (APRN)
verificamos que o professor Acrísio Freire acreditava na importância da escolarização
primária e na valorização da mesma para formação de indivíduos bem instruídos. Isso porque
durante o seu tempo de atuação na direção do Grupo Escolar Isabel Gondim, dos anos de
1935, data de inauguração do referido Grupo Escolar, até 1972, ano em que Acrisio Freire
faleceu, o educador, ainda jovem, contava com pais, estudantes e companheiros de trabalho
admirados pelo seu ofício.
Segundo José Tupinambá, ex aluno do Grupo Escolar Isabel Gondim, Acrísio Freire
era um diretor responsável, carismático, disciplinador, que não gostava de confusões nas salas
de aula, trabalhava para que a escola funcionasse com qualidade e sempre estava preocupado
com os alunos. Podemos comprovar essas impressões a partir da disponibilidade de algumas
matérias obrigatórias oferecidas pelo Grupo Escolar Isabel Gondim, onde eram trabalhados os
princípios éticos e morais, formando cidadãos respeitosos e de boa conduta, além de fortalecer
o sentimento pátrio, com a prática diária da cantiga do hino e o hasteamento da bandeira
nacional. Contribuindo com a formação de inúmeras gerações, Acrísio Freire, até hoje é
reconhecido pela comunidade das Rocas como um educador de respeito e modelo para os
novos profissionais da educação.
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Imagem 9– Acrísio de Menezes Freire (Enquanto diretor do Grupo Escolar Isabel Gondim)
Fonte: Escola Estadual Isabel Gondim [s.d].
Imagem 10– Fachada da Escola Estadual Isabel Gondim
(Antigo prédio do Grupo Escolar Isabel Gondim)
Fonte:PEREIRA [s.d].
Dentre suas publicações relacionadas à educação, destacamos dois textos divulgados
na Revista Pedagogium, veículo de comunicação criado pela Associação dos Professores do
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Rio Grande do Norte (APRN). Na revista de número comemorativo ao primeiro centenário do
ensino primário no Brasil Independente (1927), Acrísio de Menezes Freire escreveu um texto
destinado ao curso elementar e complementar sobre a Cana de Açúcar. Nesta publicação ele
evidencia a origem e a história da Cana de Açúcar, explicitando sua importância, os interesses
que a cana de açúcar despertou em os outros países, e sua evidencia no Brasil.
Entretanto podemos dizer que a canna de açúcar existia em nosso paiz ao
tempo do seu descobrimento, o que não é de admirar, pois, se ella é planta
dos paizes aquatoriaes e se reproduz com facilidade nessas regiões, é logico
que em nossos colossais paúes existisse a Sakkará, como lhe chamavam os
asiáticos. (PEDAGOGIUM, 1927, p. 65)
Imagem 11–Revista Pedagoguim, em que aparece uma públicação do professor Acrísio Freire
Fonte: Acervo do IHGRN.
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Imagem 12–Revista Pedagoguim, em que aparece uma públicação do professor Acrísio Freire
Fonte: Acervo do IHGRN.
Imagem 13–Revista Pedagoguim, em que aparece uma públicação do professor Acrísio Freire
Fonte: Acervo do IHGRN.
25
Em sua segunda publicação na Revista Pedagogium, ano XX, de 21 de abril de 1940,
Vol I, o educador fala sobre a o ensino da linguagem nas escolas apresentando suas
impressões acerca do ensino da linguagem para crianças da escola primária, usando como
referencial Johann Heinrich Pestalozzi, teórico suíço que acreditava que os sentimentos
tinham o poder de despertar o processo de aprendizagem autônoma na criança.
Posteriormente, Acrísio Freire evidência em sua fala as falhas da organização escolar, e sua
inquietação diante da turma que apresentava dificuldades na aprendizagem. Todavia, ele é
consciente que esse problema não é causado pela falta de interesse do alunado, nem tão pouco
do não cumprimento das atividades dos professores, mas sim da ausência da renovação na
formação e aperfeiçoamento do professorado pela Escola Normal, e comenta:Enquanto
aguardamos tudo aquilo que se promete ao ensino primário e aos professores, é necessário que os
nossos colegas não se abatam, dediquem mais atenção ao ensino da linguagem, procurem na prática
diária corrigir os defeitos e observem os pontos duvidosos, pois, o resultado da aprendizagem depende
da maneira de empregar-se o método. (FREIRE, 1940, p.32)
Ao finalizar sua publicação, o educador faz uma breve orientação aos professores:
A escola nova não possue exclusividade de métodos: o essencial é que o
professor torne o ensino da leitura atraente, mais interessante, rico de
novidades, fazendo-o assimilável e acessível á inteligência do aluno e até
mesmo recreativo do próprio mestre. (PEDAGOGIUM, 1940, P. 33)
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Imagem 14– Revista Pedagoguim, em que aparece uma públicação do professor Acrísio Freire sobre práticas de
ensino.
Fonte: Acervo do IHGRN
Imagem 15– Revista Pedagoguim, em que aparece uma públicação do professor Acrísio Freire sobre práticas de
ensino.
Fonte: Acervo do IHGRN.
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Imagem 16– Revista Pedagoguim, em que aparece uma públicação do professor Acrísio Freire sobre práticas de
ensino.
Fonte: Acervo do IHGRN
4 PALAVRAS FINAIS
Pesquisar sobre a trajetória de vida de Acrísio de Menezes Freire nos fez refletir sobre
suas contribuições na formação de gerações nas quais o educador se fez presente. Assim,
pudemos perceber que ele, enquanto professor e diretor dos Grupos Escolares em que atuou,
priorizava a formação de cidadãos gentis e de boa conduta, contribuindo assim com o
desenvolvimento do sentimento pátrio que tanto era privilegiado na época. Simultaneamente,
Acrísio Freire contribuiu no grupo Escoteiros do Mar, no qual era coordenador, onde
percebemos uma participação ativa durante 14 anos, bem como em suas atividades como
membro da Associação dos Professores do Rio Grande do Norte (APRN), onde permaneceu
até o ano de sua morte (1972), mostrando ser um participante ativo e determinado nos
projetos e ações aos quais se responsabilizava.
Além de suas participações ativas na educação, obtivemos informações sobre a criação
de uma Escola Pública e de um Grupo de Escoteiros que levavam o seu nome com
homenagem, nos fazendo pensar que Acrísio de Menezes Freire pudesse ser um profissional
importante para a educação do Rio Grande do Norte, em vida.
A nossa pesquisa foi uma atividade árdua, porém gratificante, pois a cada momento
que achávamos novos materiais, sabíamos que esse intelectual tinha mais para nos falar sobre
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ele. Apesar de não termos conseguido maiores informações que pudessem fazer com que
nossa escrita tivesse uma riqueza de detalhes, atingimos o objetivo de apresentar a vida
profissional de Acrísio de Menezes Freire aos interessados pela história da educação, em
especial a do Rio Grande do Norte, possibilitando a eles o primeiro contato com uma
publicação cientifica sobre o educador. Esperamos com isso, que outros pesquisadores se
interessem e sejam provocados a saber mais sobre esse professor, o que, consequentemente,
enriquecerá a história da educação do Rio Grande do Norte com novas publicações na área.
REFERÊNCIAS
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Associação Brasileira dos Escoteiros do Rio Grande do Norte. Natal, 1917.
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