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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA EFEITOS DOS EXERCÍCIOS AERÓBIO CONTÍNUO E INTERVALADO NA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM ADULTOS JOVENS SAUDÁVEIS: ENSAIO CLÍNICO ALEATÓRIO. PEDRO IVO DE SOUZA PINHEIRO NATAL 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

EFEITOS DOS EXERCÍCIOS AERÓBIO CONTÍNUO E INTERVALADO

NA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM ADULTOS

JOVENS SAUDÁVEIS: ENSAIO CLÍNICO ALEATÓRIO.

PEDRO IVO DE SOUZA PINHEIRO

NATAL

2015

iv

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

EFEITOS DOS EXERCÍCIOS AERÓBIO CONTÍNUO E INTERVALADO

NA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM ADULTOS

JOVENS SAUDÁVEIS: ENSAIO CLÍNICO ALEATÓRIO.

PEDRO IVO DE SOUZA PINHEIRO

Dissertação apresentada à

Universidade Federal do Rio Grande

do Norte – Programa de pós-

graduação em Fisioterapia, para a

obtenção do título de Mestre em

Fisioterapia.

Orientador: Prof. Dr. Fernando

Augusto Lavezzo Dias

NATAL

2015

v

iii

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia:

Prof. Dr. ALVARO CAMPOS CAVALCANTI MACIEL

iv

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

EFEITOS DOS EXERCÍCIOS AERÓBIO CONTÍNUO E INTERVALADO

NA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM ADULTOS

JOVENS SAUDÁVEIS: ENSAIO CLÍNICO ALEATÓRIO.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Fernando Augusto Lavezzo Dias - Departamento de fisiologia/UFPR

Prof. Dr. Rubens Alexandre da Silva Junior - UNOPAR

Profa. Dra Lucien Peroni Gualdi

Aprovada em 27/05/2015

v

Dedicatória

Dedico este trabalho a todos meus familiares em especial Márcio, Lúcia, Felipe,

João Pedro e vovô Tota.

vi

Agradecimentos

Á vida e a Deus pela grandeza da simplicidade.

Aos meus pais Chico Márcio e Lúcia Margareth pelo amor e carinho

incondicional, ao meu irmão pela irmandade e ao meu filho João Pedro por

todo amor e exemplo.

À todos os meus amigos, os presentes e os ausentes, meu muito obrigado pela

amizade sincera.

À Kahena por ter acompanhado essa trajetória sempre com carinho,

companheirismo, compreensão e suporte nos momentos difíceis.

Ao professor Fernando Dias pela confiança no meu potencial e exemplo ético

de educador, fisioterapeuta e pesquisador. Você é o cara

Aos amigos do mestrado Diego, Gabi, Clécio, Rafael e Nicole percorrer esse

caminho foi mais prazeroso tendo vocês ao lado.

Ao professor Rubens e a professora Lucien, pela generosidade, altruísmo e

educação na qualificação e defesa.

Aos colegas do GPEACE, em especial ao professor Eduardo Caldas e aos

colegas Cris Dantas, Victor Oliveira e Luiz Jr.

Ao professor Guilherme, professora Selma e a professora Vanessa Resqueti e

demais colegas do laboratório 6.

Aos participantes dessa pesquisa.

vii

SUMÁRIO

Dedicatória ........................................................................................... v

Agradecimentos ................................................................................... vi

Lista de Figuras .................................................................................... ix

Lista de Quadros .................................................................................. x

Lista de e Tabelas ................................................................................ xi

RESUMO ............................................................................................ xii

ABSTRACT ........................................................................................ xiv

1.INTRODUÇÃO ...................................................................................... 1

1.1. ATIVIDADE FÍSICA ....................................................................... 2

1.2. TREINAMENTO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE ......... 3

1.3. VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA ......................... 4

2. OBJETIVOS ....................................................................................... 11

3. HIPÓTESE ......................................................................................... 13

4. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................. 15

4.1 DESENHOS DO ESTUDO ........................................................... 16

4.2 PRINCÍPIOS ÉTICOS .................................................................. 16

4.3 AMOSTRA ................................................................................... 16

4.4 AMOSTRAGEM E ALOCAÇÃO DOS INDIVÍDUOS ..................... 17

4.5 AVALIAÇÃO CLÍNICA E INTERVENÇÃO .................................... 17

4.5.1 Intervenção por exercício ...................................................... 19

4.6 Aquisição e análise da Variabilidade da Frequência Cardíaca .... 20

viii

5. ANÁLISE ESTATÍSTICA .................................................................... 22

6. RESULTADOS .................................................................................. 24

7. DISCUSSÃO ...................................................................................... 34

8. CONCLUSÃO .................................................................................... 39

REFERÊNCIAS ..................................................................................... 41

ANEXOS ................................................................................................ 52

APÊNDICE

ix

Lista de Figuras

Figura 1: Controle do sistema nervoso autônomo na transição do repouso para

o exercício. Diminuição da atividade parassimpática e progressivo aumento da

atividade simpática.

Figura 2: Representação dos intervalos R-R.

Figura 3: Exemplo de tacograma.

Figura 4: Exemplo de análise pelo domínio frequência quantificada pelo

programa KubiusHRV.

Figura 5: Fluxograma das etapas do estudo e número de participantes.

Figura 6: Frequência cardíaca (FC) e variabilidade da frequência cardíaca

(VFC) analisada no domínio tempo, avaliadas durante as 24 horas e analisadas

hora a hora.

Figura 7: Distribuição das variáveis no domínio frequência ao longo das 24

horas após a realização dos diferentes tipos de exercício.

Figura 8: Distribuição das variáveis na análise não linear ao longo das 24 horas

após a realização dos diferentes tipos de exercício.

x

Lista de Quadros

Quadro 1 - Definição dos índices no domínio do tempo da variabilidade da

frequência cardíaca.

xi

Lista de e Tabelas

Tabela 1: Dados clínicos e antropométricos da população estudada.

Tabela 2: VFC durante o período de vigília na população estudada.

Tabela 3: Descrição da média e desvio padrão da FC durante às 24 horas de

monitoramento.

Tabela 4: Descrição da média e desvio padrão do intervalo RR durante às 24

horas de monitoramento.

Tabela 5: Descrição da média e desvio padrão do RMSSD durante às 24 horas

de monitoramento.

Tabela 6: Descrição da média e desvio padrão do SDNN durante às 24 horas

de monitoramento.

Tabela 7: Descrição da média e desvio padrão do LFn durante às 24 horas de

monitoramento.

Tabela 8: Descrição da média e desvio padrão do HFn durante às 24 horas de

monitoramento.

Tabela 9: Descrição da média e desvio padrão do LF/HF durante às 24 horas

de monitoramento.

Tabela 10: Descrição da média e desvio padrão do LF durante às 24 horas de

monitoramento.

Tabela 11: Descrição da média e desvio padrão do HF durante às 24 horas de

monitoramento.

Tabela 12: Descrição da média e desvio padrão de SD1 durante às 24 horas

de monitoramento.

Tabela 13: Descrição da média e desvio padrão de SD2 durante às 24 horas de

monitoramento.

Tabela 14: Descrição da média e desvio padrão da Entropia de Shannon

durante às 24 horas de monitoramento.

xii

RESUMO

INTRODUÇÃO: O exercício intervalado de alta intensidade tem sido

apontado como opção para o aumento da prática da atividade física além de

ser sugerido no manejo terapêutico de diversas patologiascomo diabetes

mellitus e insuficiência cardíaca. Contudo, o conhecimento pleno das suas

repercussões fisiológicas e dos parâmetros que possam trazer maior

segurança quanto à sua prescrição; em especial os efeitos a curto e médio

prazo (24 horas após o exercício) sobre a recuperação do exercício,

necessitam ser esclarecidos. METODOLOGIA: O objetivo do presente trabalho

foi avaliar a repercussão de uma sessão de exercício aeróbico contínuo e

intervalado no controle autonômico cardíaco imediato e em médio prazo (24

horas), por meio da avaliação da variabilidade da frequência cardíaca (VFC).

Trata-se de um ensaio clínico aleatorizado do tipo crossover onde indivíduos

jovens saudáveis e com baixo nível de atividade física (Idade 23,3 ± 3,74 anos

e IMC 22,9 ± 2,06 kg/m2) tiveram a VFC de 24 horas mensurada através de

frequencímetro e acelerômetro portátil (eMotion HRV 3D, Kuopio, Finlândia)

antes e após sessão de exercício aeróbio contínuo (60-70% FCmax, 21min.) e

intervalado (ciclo 1 min. a 80-90% FCmax, 2 min. a 50-60% FCmax, duração

21 min.). A VFC foi avaliada nos domínio tempo e frequência e o balanço

simpatovagal determinado pela razão LF/HF. Avaliação não linear foi calculada

pela entropia de Shannon. RESULTADOS: Os dados demonstraram retardo na

recuperação imediata da frequência cardíaca pós exercício e menor FC 24

horas comparados a valores pré intervenção, principalmente no exercício

intervalado. Houve tendência à maior predomínio e valores de índices

representantes da estimulação simpática durante o dia no grupo de exercício

xiii

intervalado; contudo, sem significância estatística. CONCLUSÃO: Os

resultados do estudo auxiliam no esclarecimento das repercussões do

exercício intervalado nas 24 horas que sucedem a intervenção permitindo

parâmetros para prescrição e futura avaliação de grupos de indivíduos com

patologias metabólicas e cardiovasculares.

xiv

ABSTRACT

The high-intensity interval exercise has been described as an option for

increasing physical activity and its use also being suggested in the therapeutic

management of many conditions such as diabetes mellitus and heart failure.

However, the knowledge of its physiological effects and parameters that can

assure greater safety for interval exercise prescription; especially its effect on

short- and medium-term (24 hours after exercise) exercise recovery, need to be

clarified. This study objective was to evaluate the effect of continuous and

interval aerobic exercise on the cardiac autonomic control immediate and

medium term (24 hours), by assessing heart rate variability (HRV). The present

study is a randomized crossover clinical trial in which healthy young individuals

with low level of physical activity had the VFC 24 hours measured by a heart

rate sensor and portable accelerometer (3D eMotion HRV, Kuopio, Finland)

before and after continuous aerobic exercise (60-70% HR max, 21 min.) and

interval exercise (cycle 1 min. 80-90% HR max, 2 min. at 50-60% HR max,

duration 21 min.). HRV was measured in the time and frequency domain and

the sympathovagal balance determined by the ratio LF / HF. Nonlinear

evaluation was calculated by Shannon entropy. The data demonstrated delayed

heart rate recovery immediate after exercise and lower HR after 24 hours

compared to pre intervention values, especially in the interval exercise group.

There was a tendency to higher predominance and representatives index

values of sympathetic stimulation during the day in interval exercise group;

however, without statistical significance. The study results help to clarify the

effects of interval exercise on the 24 hours following interval exercise, setting

parameters for prescription and for further evaluation of groups with metabolic

and cardiovascular diseases.

1

1.INTRODUÇÃO

2

1.1. ATIVIDADE FÍSICA

Dentre as diversas mudanças no comportamento sociocultural ocorridas ao

longo da história da humanidade, as evidenciadas no século passado chamam

a atenção pela velocidade, intensidade e consequências nas relações entre os

seres humanos e entre estes e seu meio. Em especial a industrialização e a

urbanização propiciaram ambientes e comportamentos pouco saudáveis

(Chobanian et al., 2003; Reiners et al., 2008).

Uma das consequências dessas mudanças é a crescente prevalência

de “doenças crônicas não transmissíveis” (DCNT) (Ministério Da Saúde;

Organização Mundial De Saúde, 2010). Nesse grupo estão inclusas as

doenças cardiovasculares, neoplasias, respiratórias crônicas e diabetes

mellitus dentre outras (Ministério Da Saúde; Reiners et al., 2008).

Essas doenças constituem o problema de saúde de maior magnitude e

correspondem a cerca de 72% das causas de mortes, atingindo fortemente

camadas pobres da população e grupos mais vulneráveis, como a população

de baixa escolaridade e renda. Em 2007, a taxa de mortalidade por DCNT no

Brasil foi de 540 óbitos por 100 mil habitantes (Ministério Da Saúde; Schmidt et

al.).

Dentre as estratégias adotadas pelo ministério da saúde para combater

as DCNTs, destacamos a promoção de saúde através da prática de atividade

física regular (Ministério Da Saúde). Outras entidades como a Organização

Mundial de Saúde (OMS) (Organização Mundial De Saúde, 2010), o American

College of Sports Medicine (ACSM) (American College of Sports Medicine,

2011) e diversas Sociedades de Cardiologia (Committee of the American

College of Physicians, 2012) também apontam a prática regular de atividade

física como uma das principais formas de prevenção e combate às DCNTs.

Também é conhecido que um balanço energético estável e o controle do peso

são fatores importantes no processo de promoção da saúde, sendo a atividade

física regular uma forma efetiva de alcançá-los e, por consequência, capaz de

reduzir o risco de DCNTs (Sociedade Brasileira De Medicina Do Esporte, 1996;

Organização Mundial De Saúde, 2009; 2010; American College of Sports

Medicine, 2011; Committee of the American College of Physicians, 2012). Além

3

disso, deve-se mencionar os comprovados efeitos benéficos que a prática dos

exercícios pode proporcionar considerando aspectos psicobiológicos (Mello et

al., 2005) e metabólicos (prevenção de diabetes mellitus, controle do colesterol)

(Klavestrand e Vingård, 2009; Boutcher, 2011; Kelley e Kelley, 2012; Kelley et

al., 2012).

Para alcançar os diversos benefícios da prática regular da atividade

física a OMS(Organização Mundial De Saúde, 2010) e a ACSM(American

College of Sports Medicine, 2011) preconizam algumas diretrizes gerais que

determinam a execução de treinos aeróbios, anaeróbios, treinamento de força,

treino de equilíbrio e neuromotor, variando a intensidade e o volume de cada

modalidade de acordo com as características do indivíduo, respeitando os

princípios da individualidade e da especificidade. Para o treino aeróbio, de uma

forma geral, é indicado que indivíduos com idades entre 18-64 anos realizem

pelo menos 150 minutos de atividade moderada durante a semana ou pelo

menos 75 minutos de intensidade vigorosa, ou ainda, uma combinação entre

atividade moderada e vigorosa (Organização Mundial De Saúde, 2010;

American College of Sports Medicine, 2011).

Embora comprovada e estabelecida sua eficácia, a prática da atividade

física não vem sendo executada de forma efetiva. Segundo alguns estudos em

indivíduos saudáveis e não saudáveis, a falta de tempo gerada pelo padrão de

vida atual e o desconforto gerado pela prática desportiva são as principais

causas da não execução da atividade física regular (Reiners et al., 2008;

Tahara et al., 2008; Raposo, 2009; Boas et al., 2011; Santos et al., 2012).

Consequentemente, há uma necessidade de se buscar práticas alternativas ou

envolvimento dos indivíduos em programas de exercício que busquem adesão

ou uma sensação mais prazerosa na realização de exercícios físicos.

1.2. TREINAMENTO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE

Dentre as opções de exercícios físicos, o treinamento intervalado de alta

intensidade (High intensity interval training, HIIT) é descrito como um exercício

físico que alterna curtos momentos de atividade vigorosa com intervalos de

4

descanso ou atividade de baixa intensidade, que dependendo do protocolo

utilizado totaliza um baixo volume de treinamento (Boutcher, 2011; Gibala et

al., 2012). Esse tipo de treinamento tem sido apontado como uma possível

opção para o aumento da prática do exercício físico, visto que é um treino de

volume relativamente curto e promove um alto gasto energético, perda de

peso(Perry et al., 2008; Boutcher, 2011) aumento da força, melhora da função

cardiovascular (Ramos et al., 2015), biogênese mitocondrial (Little et al., 2010),

melhora na composição corporal (Gremeaux et al., 2012), melhora na

capacidade funcional e redução dos fatores de risco cardiovasculares

(Smart et al.; Wisløff et al., 2007; Burgomaster et al., 2008; Ciolac et al., 2010;

Guiraud et al., 2010; Little et al., 2010; Alexander e Mier, 2011; Boutcher, 2011;

Gibala et al., 2012; Gremeaux et al., 2012; Heydari et al., 2013) e em alguns

estudos sendo superior ao exercício aeróbio continuo (Smart et al.; Wisløff et

al., 2007; Ciolac et al., 2010; Cardozo et al., 2015; Ramos et al., 2015). Além

disso, o HIIT tem sido constantemente citado em protocolos de reabilitação

cardíaca (Guiraud et al., 2012), mesmo sem o conhecimento aprofundado das

suas repercussões fisiológicas e dos parâmetros que possam trazer maior

segurança quanto à sua prescrição; principalmente, no que diz respeito à

duração, monitoramento e efeitos a curto e médio prazo (24 horas após o

exercício) sobre a recuperação do exercício (Carvalho et al., 2004; Vaz et al.,

2014).

1.3. VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA

Um importante parâmetro para o monitoramento das repercussões

fisiológicas do exercício sobre o débito cardíaco e controle autonômico

cardíaco é a frequência cardíaca (FC). A FC pode ser regulada pelo controle

intrínseco do coração, por fatores humorais e pela ação do sistema nervoso

autônomo (SNA). Esse controle autonômico é dado pelo balanço entre a

atividade simpática e parassimpática (vagal) que atuam na automaticidade do

nódulo sinusal, havendo predominância do parassimpático durante o repouso e

progressiva inibição durante o exercício, dando lugar a uma maior atividade

simpática (figura 1).

5

O controle autonômico cardíaco é fundamental não apenas para o

controle da FC, mas também da contratilidade cardíaca e da resistência

vascular periférica; portanto, influenciando sobre o controle do débito cardíaco

e da pressão arterial média nas diversas situações de esforço cardiovascular

(Electrophysiology Task Force of the European Society of Cardiology the North

American Society of Pacing, 1996; Perini e Veicsteinas, 2003; Stauss, 2003;

Rajendra Acharya et al., 2006; Vanderlei et al., 2009).

Figura 1: Controle do sistema nervoso autônomo na transição do repouso para o

exercício. Diminuição da atividade parassimpática e progressivo aumento da atividade

simpática. Adaptado de Almeida e Araújo, 2003 (Almeida e Araújo, 2003).

A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é representada pelas

oscilações dos intervalos entre os batimentos cardíacos normais consecutivos

representados pelos intervalos entre ondas R de um eletrocardiograma (figura

2), plotadas de forma a constituir um tacograma (figura 3)

Figura 2: Representação dos intervalos R-R adaptado de Colugnati e colaboradores, 2005

(Colugnati et al., 2005)

6

Figura 3: Exemplo de tacograma adaptado do ESC/NASPE TASK FORCE, 1996

(Electrophysiology Task Force of the European Society of Cardiology the North American

Society of Pacing, 1996)

O padrão da VFC reflete a respostas fisiológicas do SNA e tem servido

como uma medida não invasiva de avaliação da modulação autonômica

cardíaca em indivíduos saudáveis, atletas ou portadores de doenças,

principalmente cardiopatas e diabéticos(Pumprla et al.; Electrophysiology Task

Force of the European Society of Cardiology the North American Society of

Pacing, 1996; Aubert et al., 2003).

Em jovens saudáveis, a VFC é normalmente alta, indicando integridade

dos mecanismos de controle fisiológicos. Como regra geral, maiores valores de

VFC são associados a um mecanismo de controle autonômico cardíaco mais

eficiente. Com a progredir da idade ou doença, o intervalo do ciclo cardíaco

torna-se mais regular e com uma perda acentuada de variabilidade

(Electrophysiology Task Force of the European Society of Cardiology the North

American Society of Pacing, 1996; Terziotti et al., 2001; Stauss, 2003; Rajendra

Acharya et al., 2006; Lewis e Short, 2010). Existem situações clínicas, como o

diabetes melito, onde a VFC auxilia na identificação de neuropatia autonômica

cardíaca e variações na VFC são preditores da mortalidade cardiovascular

neste grupo de indivíduos (Gerritsen et al., 2001).

7

A análise da VFC é feita através de modelos matemáticos, sendo dessa

forma, um método relativamente, fácil, barato, versátil e não invasivo para

avaliar o controle autonômico do sistema cardiovascular em diferentes

situações e patologias. Estes métodos incluem estatísticas simples tais como o

desvio padrão da frequência cardíaca ou do intervalo do RR. A relação entre o

SNA e mortalidade por cardiopatias tem sido amplamente investigada, sendo a

análise da VFC reconhecida como um dos marcadores mais sensíveis dessa

relação (Electrophysiology Task Force of the European Society of Cardiology

the North American Society of Pacing, 1996).

No domínio tempo são utilizados métodos estatísticos ou geométricos

para a análise dos intervalos R-R, podendo avaliar curtos intervalos de tempo

(representando rápidas mudanças na FC) ou avaliações mais longas (24

horas). A análise da frequência (análise espectral) é feita através da

decomposição dos intervalos R-R em diferentes amplitudes e frequências,

através do algoritmo de transformação rápida de Fourier, sendo analisada por

meio do espectro da frequência em Hz. Essas metodologias fornecem

diferentes informações sobre o controle neural e outras vias fisiológicas que

modulam o ciclo cardíaco (Electrophysiology Task Force of the European

Society of Cardiology the North American Society of Pacing, 1996; Vanderlei et

al., 2009)

Dentre as formas de analisar a VFC temos o método linear que é

realizado nos domínios do tempo e da frequência, com protocolos específicos

para cada domínio, podendo avaliar de forma isolada o tônus vagal cardíaco

(ramo parassimpático) na transição entre o repouso e o exercício dinâmico e na

retomada vagal após o exercício (Electrophysiology Task Force of the

European Society of Cardiology the North American Society of Pacing, 1996;

Almeida e Araújo, 2003; Casonatto e Polito, 2009; Vanderlei et al., 2009).

A análise no domínio do tempo é conseguida através do cálculo da

dispersão em torno da média da frequência cardíaca analisada num período

prolongado. As medidas no domínio do tempo são índices obtidos num registro

contínuo de eletrocardiograma (ou cardiofrequencímetros) a partir do qual se

determina a dispersão da duração dos intervalos entre complexos QRS

normais (ou intervalos RR). Estes índices usados para medir a variação da

8

frequência cardíaca no domínio tempo podem ser derivados de cálculos

aritméticos, estatísticos ou geométricos(Vanderlei et al., 2009).

O quadro 1 apresenta alguns dos índices e suas medidas estatísticas.

Esses índices são adquiridos utilizando-se períodos de análise mais longos.

Nessa análise são utilizados apenas os intervalos RR normais.

Quadro 1 - Definição dos índices no domínio do tempo da variabilidade da

frequência cardíaca.

Variáveis Medidas Estatísticas

RR

médio

Média de todos os intervalos RR normais.

SDNN Desvio padrão de todos os intervalos RR normais.

RMSSD

Raiz quadrada da soma das diferenças sucessivas entre intervalos

RR normais adjacentes ao quadrado.

Adaptado de: Task Force of the European Society of Cardiology,

1996.(Electrophysiology Task Force of the European Society of Cardiology the

North American Society of Pacing, 1996)

A análise não invasiva da potência espectral nos intervalos RR tem sido

muito usada para estudar o sistema nervoso autónomo mesmo quando

submetido as mais distintas condições.

A potência do espectro é quantificada pela medida da área abaixo da

banda de duas frequências: Componente de alta frequência (High frequency

HF), com variação de 0,15 a 0,4Hz, que corresponde à modulação respiratória

e é um indicador da atuação do nervo vago sobre o coração; componente de

baixa frequência (Low Frequency -LF), com variação entre 0,04 e 0,15Hz, que

9

é decorrente da ação conjunta dos componentes vagal e simpático sobre o

coração, com predominância do simpático; componentes de muito baixa

frequência (Very Low Frequency- VLF) e ultrabaixa frequência (Ultra Low

Frequency- ULF) Índices menos utilizados cuja explicação fisiológica não está

bem estabelecida e parece estar relacionada ao sistema renina-angiotensina-

aldosterona, à termorregulação e ao tônus vasomotor periférico. A relação

LF/HF reflete as alterações absolutas e relativas entre os componentes

simpático e parassimpático do SNA, caracterizando o balanço simpatovagal

sobre o coração (Electrophysiology Task Force of the European Society of

Cardiology the North American Society of Pacing, 1996; Almeida e Araújo,

2003; Aubert et al., 2003; Vanderlei et al., 2009).

O domínio da frequência relaciona-se com a análise da densidade

espectral, que estuda como a potência (variância) se distribui em função da

frequência, a análise da densidade espectral é feita utilizando as propriedades

de algoritmos matemáticos, como a Transformada rápida de Fourier, conforme

apresentado na figura 4 (Electrophysiology Task Force of the European Society

of Cardiology the North American Society of Pacing, 1996; Almeida e Araújo,

2003; Aubert et al., 2003; Vanderlei et al., 2009).

Figura 4: Exemplo de análise pelo domínio frequência quantificada pelo programa

KubiusHRV. Fonte: O autor

10

Quanto à VFC que sucede o exercício, observa-se que a retomada vagal

pós-exercício varia de acordo com a intensidade, volume, tipo de exercício e

população considerada, por isso, ainda não há consenso sobre a melhor

prescrição de exercício para cada população. (Casonatto e Polito, 2009).

Adicionalmente, os efeitos de uma intervenção por exercício são avaliados nos

primeiros minutos pós esforço e não é dada devida atenção aos demais

momentos do dia onde diferentes estresses cardiovasculares cotidianos são

impostos aos indivíduos.

Estudos sobre VFC foram realizados em várias populações: jovens,

atletas (Martinelli et al., 2005), idosos, pacientes pós-infarto do miocárdio.

(Rajendra Acharya et al., 2006), esses estudos demostram que, geralmente, a

redução do tônus parassimpático, principalmente no período pós-infarto do

miocárdio, e o relativo aumento do tônus simpático aumenta o risco de

arritmias ventriculares malignas, além de diminuir a VFC, sendo considerado

um forte preditor de mortalidade (Smart et al.; Savin et al., 1982;

Electrophysiology Task Force of the European Society of Cardiology the North

American Society of Pacing, 1996; Meyer et al., 1996; Reis et al., 1998; Cole et

al., 1999; Terziotti et al., 2001; Almeida e Araújo, 2003; Stauss, 2003; Martinelli

et al., 2005; Minati et al., 2006; Rajendra Acharya et al., 2006; Golombek e

Rosenstein, 2010; Lewis e Short, 2010; American College of Sports Medicine,

2011; Heydari et al., 2013).

Vaz et al, 2014 (Vaz et al., 2014) realizou um estudo sobre os efeitos do

exercício intervalado na VFC de remadores e encontrou que o exercício

intervalado, em um período de curto prazo, provocou uma redução na

variabilidade cardíaca dos remadores

Baseado nestas observações, o presente estudo pretende esclarecer os

efeitos de uma sessão de exercício intervalado, comparado ao exercício

aeróbio contínuo, nas alterações do controle autonômico cardíaco durante 24

horas em indivíduos adultos jovens saudáveis e assim, contribuir para o melhor

entendimento do comportamento da VFC após o HIIT, analisando o

comportamento da variabilidade da FC e atividade do SNA em jovens

saudáveis. Poderá ainda servir de base para a futura avaliação científica e

prescrição segura destes exercícios em populações saudáveis e especiais.

11

2. OBJETIVOS

12

Geral:

Avaliar o efeito do exercício aeróbio contínuo e intervalado sobre a

variabilidade da frequência cardíaca em adultos jovens saudáveis.

Objetivos específicos:

Avaliar a VFC de 24 horas em indivíduos adultos jovens saudáveis com

nível de atividade física baixo a moderado;

Comparar as alterações nos parâmetros de VFC obtidos nas primeiras

24 horas subsequentes ao exercício físico submáximo contínuo e

intervalado.

13

3. HIPÓTESE

14

H0: O treino intervalado não difere do continuo submáximo quando

avaliada a VFC total e o balanço simpático-vagal no período de recuperação

pós-exercício (24 horas);

H1: O treino intervalado difere do continuo submáximo quando avaliada

a VFC total e o balanço simpático-vagal no período de recuperação pós-

exercício (24 horas).

15

4. MATERIAIS E MÉTODOS

16

4.1 DESENHOS DO ESTUDO

O estudo é um ensaio clínico aleatório do tipo crossover, desenvolvido

nas dependências do Departamento de Fisioterapia e Educação Física da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

4.2 PRINCÍPIOS ÉTICOS

Este projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa

da UFRN (CEP-UFRN) parecer 787.263. Os sujeitos que atenderam aos

critérios de inclusão e desejaram participar do estudo assinaram um termo de

consentimento livre e esclarecido de acordo com a Resolução 466/12 do

Conselho Nacional de Saúde (anexo I).

4.3 AMOSTRA

O número amostral foi baseado estimando a diferença entre as médias

da primeira hora pós exercício na razão LF/HF igual à 0,6, desvio padrão de

0,5, poder do teste 80% e significância 5%, apontando um número amostral

mínimo de 9 indivíduos, estimando uma perda amostral de 10%, foi acrescido

um sujeito no número amostral. Com o intuito de minimizar os efeitos das

variações hormonais inerentes ao ciclo menstrual foram selecionados apenas

homens (De Jonge, 2003).

Os voluntários foram universitários do sexo masculino, saudáveis, faixa

etária entre 18 e 28 anos, IMC entre 18,5 e 25 Kg/m2, sendo classificados no

segundo nível do questionário internacional de atividade física (IPAQ) (Matsudo

et al., 2001) (anexo II).

Para inclusão no estudo os indivíduos não poderiam relatar problemas

endócrinos, cardiovasculares, ortopédicos (que limitassem a execução dos

testes) ou neurológicos, assim como ser tabagistas ou usuários de recursos

ergogênicos que poderiam alterar a pressão arterial em repouso ou

anormalmente durante o exercício.

Foram excluídos do estudo os sujeitos que se recusaram ou não

completaram a realização dos protocolos do estudo, ou ainda, os que

requereram exclusão voluntária do estudo por outros motivos.

17

4.4 AMOSTRAGEM E ALOCAÇÃO DOS INDIVÍDUOS

Os indivíduos foram recrutados de forma não probabilística e a alocação

para a sequência de intervenções do estudo foi de forma aleatória a partir do

sitio eletrônico www.radomization.com. A aleatorização foi feita em dois grupos

o de exercício aeróbio contínuo (EAC) e de exercício aeróbio intervalado (EAI)

correspondendo; respectivamente, ao treinamento aeróbio contínuo e ao

treinamento intervalado de alta intensidade, que serão descritos

posteriormente. A randomização correspondia à primeira intervenção a ser

realizada. Como o estudo foi do tipo crossover, o voluntário realizava a

segunda modalidade de exercício correspondente depois do período de wash

out de efeitos da primeira intervenção como será descrito adiante.

4.5 AVALIAÇÃO CLÍNICA E INTERVENÇÃO

Os participantes que atenderam aos critérios de inclusão e desejaram

participar do estudo assinaram o TCLE, conforme estabelecido pelo comitê de

ética em pesquisa do HUOL-UFRN (protocolo 466/12), agendaram as datas

para as avaliações iniciais e intervenções, além de receberem neste momento

as orientações para realização das avaliações conseguintes que abordavam:

vestimentas adequadas para realização de cada procedimento, orientações

alimentícias (evitar alimentos e bebidas que continham cafeína em período de

12 horas que antecederiam as avaliações) e orientações gerais, como evitar

atividades físicas extenuantes e manter um padrão de sono de pelo menos 8

horas nas noites que precediam as etapas do estudo.

Na primeira etapa do estudo, esses sujeitos passaram por uma

avaliação antropométrica, responderam os questionários IPAQ e PAH e em

seguida ficaram 10 minutos em repouso para a colocação do

cardiofrequencímetro (eMotion HRV 3D, Mega eletronics, Kupio, Finland). O

índice de massa corpórea (IMC) foi obtido através do cálculo da razão do peso

corporal, em quilogramas (Kg), pelo valor da altura, em metros (m), ao

quadrado, e a classificação foi realizada de acordo com os valores de

referência publicados na I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da

Síndrome Metabólica (Ministério Da Saúde, 2005). Em seguida, eram liberados

para passar 24 horas sendo monitorados pelo aparelho. Na manhã seguinte,

18

ao completar 24 horas de coleta, os voluntários voltavam ao laboratório,

passavam 10 minutos em repouso em posição ortostática, sem dialogar e

mantendo a respiração espontânea com o intuito de minimizar as alterações

decorrentes dos diferentes meios de locomoção ao laboratório (motocicleta,

carro, ônibus) (Heydari et al., 2013).

Para que os padrões de atividade física diária fossem mantidos o mais

semelhante possível, e para realização do efeito wash out, os participantes

realizavam as intervenções sempre no mesmo dia da semana com um intervalo

de sete dias entre elas.

Na segunda etapa os sujeitos foram alocados em um dos grupos de

intervenção conforme a aleatorização. O cardiofrequencímetro era posicionado

no indivíduo e a VFC basal era coletada por 10 minutos na posição ortostática

sem movimentação, locomoção ou fonação. Após isso, era realizada uma das

intervenções, EAC ou EAI e em seguida os voluntários eram liberados para

passar 24 horas sendo monitorados conforme a primeira etapa do estudo.

Novamente, após um intervalo de sete dias, os sujeitos voltavam ao

laboratório para a realização da terceira etapa, que foi realizada seguindo os

mesmos padrões da segunda etapa, porém alternando a intervenção realizada.

Os sujeitos que realizaram o EAC na segunda etapa fizeram o EAI na terceira

etapa, e os que fizeram EAI na segunda realizaram o EAC na terceira

caracterizando assim o modelo crossover.

Todas as avaliações foram realizadas no período da manhã para

minimizar o impacto das alterações circadianas da VFC na análise estatística

(Minati et al., 2006).

19

4.5.1 Intervenção por exercício

Todos os exercícios foram precedidos e encerrados (aquecimento e

resfriamento) com uma caminhada/corrida de 5 minutos a uma intensidade

50% da FC máxima prevista pela fórmula de Tanaka.

Recrutamento da amostra -

Avaliação inicial (coleta basal)

10 voluntários

Aleatorização

n=10

Exécicio contínuo

5 Sujeitos

Exécicio intervalado

5 Sujeitos

Exécicio intervalado

5 sujeitos

Exécicio contínuo

5 sujeitos

20

A intervenção EAC realizou uma corrida durante 21 minutos, com

intensidade próxima ao limiar de lactato (60-70% da FC máxima prevista pela

fórmula de Tanaka), já a intervenção EAI alternou na proporção de cada um

minuto de corrida com intensidade próxima ao ponto de compensação

respiratória (80-90% da FC máxima prevista pela fórmula de Tanaka) dois

minutos de corrida abaixo do limiar de lactato (50-60% da FC máxima prevista

pela formula de Tanaka), totalizando 21 minutos de intervenção, dessa forma

os exercícios foram isovolumétricos. Ambas intervenções foram controladas

pelo uso de um cardiofrequencímetro (Polar ® RS800CX, Polar Electro Oy,

Kempele, Finlândia) e da escala de Percepção subjetiva de esforço (Escala de

Borg). O exercício foi realizado em esteira ergométrica da marca (Imbramed

Millenium Super ATL, Porto Alegre, Brasil). O protocolo de treinamento foi

baseado em estudo prévio de Ciolac et al (Ciolac et al., 2010).

4.6 Aquisição e análise da Variabilidade da Frequência Cardíaca

Os dados para a análise da variabilidade da frequência cardíaca e a

acelerometria foram monitoradas através do

cardiofrequencímetro/acelerômetro (eMotion HRV 3D, Mega eletronics, Kupio,

Finland)(Heikkinen, 2011), neste dispositivo, eletrodos autocolantes de

superfície (Eletrodo Meditrace 200 – Adulto) , foram posicionados no tórax do

avaliado (o eletrodo negativo na fossa infraclavicular direita logo abaixo da

clavícula e o eletrodo positivo fica abaixo do peitoral maior, no quinto espaço

intercostal, na altura da linha axilar anterior esquerda), captando os sinais

elétricos do coração e os transmitindo ao monitor. A frequência de aquisição de

sinais foi de 1000 Hz. O sinal captado foi inicialmente analisado pelo software

“eMotionLab”. A filtragem e análises complementares dos dados foram

realizadas no software Kubios HRV.

Para o domínio tempo, foram calculados: a frequência cardíaca, a média

dos intervalos R-R, a raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre

os intervalos R-R normais adjacentes (RMSSD); desvio padrão de todos os

intervalos RR normais gravados em um intervalo de tempo (SDNN); grau de

complexidade dos intervalos RR expresso pelo SD1 e SD2, onde SD1

representa um índice de registro instantâneo da variabilidade batimento a

21

batimento; definido pela dispersão dos pontos perpendiculares à linha de

identidade do plot de Poincaré, e o SD2 que representa a dispersão dos pontos

ao longo da linha de identidade do plot de Poincaré (Electrophysiology Task

Force of the European Society of Cardiology the North American Society of

Pacing, 1996; Vanderlei et al., 2009).

Para o domínio frequência, utilizamos a transformada Rápida de Fourier

(FFT), método que, durante fases estacionárias do registro é capaz de obter

uma estimativa de potência espectral da VFC, visando as comparações entre

os resultados de estudos. Dessa forma, analisamos os seguintes parâmetros

do domínio frequência: baixa frequência (LF), alta frequência (HF), a razão

LF/HF e as variáveis LF e HF normalizadas (LFn e HFn) (Electrophysiology

Task Force of the European Society of Cardiology the North American Society

of Pacing, 1996; Vanderlei et al., 2009).

Para a análise basal de valores de VFC antes da intervenção, foram

extraídos os dados no período da colocação do aparelho até o período em que

o voluntário se recolhe para dormir, esse período foi denominado “Vigília”, foi

controlado pelo acelerômetro acoplado ao aparelho.

Nos períodos de intervenção foram registrados os 10 minutos que

precediam o aquecimento (estabilização do sinal) e eram analisados apenas os

últimos 5 minutos estabilizados desse registro, também foi registrado o

aquecimento, a intervenção, o resfriamento e as 24 horas após o exercício,

totalizando 28 registros para cada intervenção.

Na analise de cada hora eram registrados o máximo de minutos

possíveis, sem ruídos ou perda de sinal. Quando havia perda de sinal ou ruídos

que não fossem retirados por filtragem automática do software Kubios HRV, a

análise da hora deveria conter pelo menos 30 minutos.

22

5. ANÁLISE ESTATÍSTICA

23

A análise estatística foi realizada utilizando o programa estatístico

Graphpad Prism 6. A normalidade dos dados foi testada através do teste de

Shapiro Wilk. Para comparação entre as intervenções (aeróbio contínuo e

intervalado) ao longo do tempo foi utilizado o teste ANOVA de medidas

repetitivas de dois fatores (tipo de intervenção e tempo) com pós teste de

Bonferroni. O critério para a significância estatística foi o valor de P 0,05.

24

6. RESULTADOS

25

Trinta e nove homens jovens foram contatados pessoalmente para a

participação no projeto, dentre os que atendiam os critérios de inclusão dez

deles tinham disponibilidade de horário e não planejavam começar a prática de

atividade física regular no período que os dados foram coletados (Figura 5).

Figura 5: Fluxograma das etapas do estudo e número de participantes.

Recrutamento da amostra -

39 sujeitos abordados para

participar do estudo

Avaliação inicial (coleta basal)

10 voluntários

Aleatorização

n=10

Treino contínuo

5 Sujeitos

Treino intervalado

5 Sujeitos

Treino intervalado

4 sujeitos

Treino contínuo

4 sujeitos

Perda amostral N=1

1 sujeito - Iniciou um programa de atividade física

26

Os dados clínicos e antropométricos dos voluntários com estão descritos

na tabela 1.

Variável Média ± Desvio padrão

Idade (anos) 23,3 ± 3,74

Peso (Kg) 70,2 ± 8,19

Altura (cm) 174,9 ± 4,86

IMC (Kg/m²) 22,9 ± 2,06

PAS(mmHg) 117,8 ± 5,70

PAD (mmHg) 73,8 ± 5,14

Tabela 1: Dados clínicos e antropométricos da população estudada.

Apesar de ter declarado não ter a intenção de iniciar um programa de

atividade física regular, um dos participantes da pesquisa informou ter ganhado

peso na semana após a avaliação inicial e que iria começar um programa de

atividade física e requereu a exclusão voluntária do projeto de pesquisa.

A VFC de um dia típico dos indivíduos avaliados, referentes ao cálculo

das variáveis de maneira contínua durante o período de vigília antes dos

protocolos de intervenção por exercício estão sumarizados na tabela 2.

27

Média ± SD

FC (bpm) 76,94 ± 5,96

R-R (ms) 803,00 ± 70,94

RMSSD (ms) 115,39 ± 26,35

SDNN (ms) 30,98 ± 15,99

LF (ms²) 1239,89 ± 644,78

HF (ms²) 540,11 ± 711,68

LF/HF 4,39 ± 2,64

LF (n.u.) 76,34 ± 12,77

HF (n.u.) 23,63 ± 12,79

SD1 (ms) 22,31 ± 12,02

SD2 (ms) 165,00 ± 37,26

ShannonEN 3,79 ±0,15

Tabela 2: VFC durante o período de vigília na população estudada. FC – Média da frequência

cardíaca. R-R – Média de todos os intervalos RR normais. SDNN – Desvio padrão dos

intervalos RR normais. RMSSD Raiz quadrada da soma das diferenças sucessivas entre

intervalos RR normais adjacentes ao quadrado. LF - componente de baixa frequência. HF-

componente de alta frequência. LF/HF – Razão entre os componentes de baixa e alta

frequência. LFn- Componentes de baixa frequência normalizados. HFn – Componentes de alta

frequência normalizados. SD1 - Dispersão dos pontos perpendiculares à linha de identidade do

plot de Poincaré. SD2 Dispersão dos pontos ao longo da linha de identidade do plot de

Poincaré. ShannonEN – Entropia de Shannon

Os dados de FC e VFC analisados hora a hora, durante as 24 horas,

estão apresentados nas figuras 6 a 8. A figura 6 e as tabelas 3, 4, 5 e 6 do

Apêndice apresentam os valores da FC e das variáveis de VFC analisadas no

domínio tempo. Como se pode observar, houve diferença significativa entre os

grupos na recuperação imediata da FC após o exercício. A recuperação da FC

foi mais lenta no EAI em comparação ao EAC. Consequentemente, menores

valores médios de intervalos RR foram encontrados neste momento no grupo

EAI. A variabilidade total representada pelo índice SDNN, apresentou maiores

valores no final da tarde no grupo EAC comparado ao EAI indicando tendência

à menor VFC neste último grupo.

28

29

Figura 6: Frequência cardíaca (FC) e variabilidade da frequência cardíaca (VFC) analisada no domínio tempo, avaliadas durante as 24 horas e analisadas hora a hora. A) FC. B) Intervalos R-R médios. C) RMSSD, D) SDNN. Símbolos: * Diferença estatística entre os grupos; # Diferença estatística quando comparados aos demais períodos de tempo avaliados

(intragrupo); § Difere da medida pré-exercício (intragrupo); Diferente do período de exercício (intragrupo). Obs.: Símbolos de indicação estatística acima dos símbolos de média e erro da média indicam comparações dentro do grupo exercício contínuo e abaixo dos símbolos de média e erro da média indicam comparações no grupo exercício intervalado.

A figura 7 e as tabelas 7, 8 e 9 do Apêndice apresentam os valores da

VFC analisadas no domínio frequência e as tabelas 10 e 11 apresentam os

valores absolutos do LF e HF. Analisando o comportamento dos gráficos pode-

se observar, uma tendência à maiores valores de LFn e do balanço

simpatovagal com predomínio simpático no grupo EAI durante o dia;

contudo,não há diferença estatística na recuperação do balanço simpatovagal

entre os grupos após o exercício.

30

31

Figura 7: Distribuição das variáveis no domínio frequência ao longo das 24 horas após a

realização dos diferentes tipos de exercício. A) LFn, B) HFn, C) LF/HF. Símbolos: § Difere

da medida pré-exercício (intragrupo) Obs.: Símbolos de indicação estatística acima dos

símbolos de média e erro da média indicam comparações dentro do grupo exercício contínuo e

abaixo dos símbolos de média e erro da média indicam comparações no grupo exercício

intervalado.

A figura 8 e as tabelas 12, 13 e 14 do Apêndice apresentam os valores

das variáveis de VFC analisadas pelo método não linear. Podemos observar

que apenas a variabilidade em curto prazo representada pelo índice SD1 se

alterou com o exercício físico. A VFC em longo prazo representada pelo índice

SD2 diferiu de valores basais apenas no grupo EAI ao redor da sétima hora,

assim como para os valores SDNN. Não houve diferença significativa entre os

grupos quando a entropia de Shannon foi calculada.

32

33

Figura 8: Distribuição das variáveis na análise não linear ao longo das 24 horas

após a realização dos diferentes tipos de exercício. A) SD1, B) SD2 C) Entropia de

Shannon. Símbolos: # Diferença estatística quando comparados aos demais períodos de

tempo avaliados (intragrupo); § Diferente da medida pré-exercício (intragrupo); Diferente do

período de exercício (intragrupo). Obs.: Símbolos de indicação estatística acima dos símbolos

de média e erro da média indicam comparações dentro do grupo exercício contínuo e abaixo

dos símbolos de média e erro da média indicam comparações no grupo exercício intervalado

34

7. DISCUSSÃO

35

O presente estudo, dentro do conhecimento dos pesquisadores, é o

primeiro a investigar as alterações de variabilidade da frequência cardíaca

induzida por uma única intervenção de exercício intervalado, comparado ao

contínuo, hora a hora durante as 24 horas que sucede o exercício.

Previamente, houve a investigação de efeitos agudos (dentro da primeira hora),

24 e 48 horas pós exercício (Mourot et al., 2004)(contudo, não através de

monitoração contínua como no presente estudo). Os dados demonstraram

retardo na recuperação imediata da frequência cardíaca pós exercício e menor

FC após 24 horas quando comparados a valores pré intervenção,

principalmente no exercício intervalado. Houve tendência à maior predomínio

simpático durante o dia no grupo de exercício intervalado; contudo, sem

significância estatística.

Pode-se observar que a recuperação imediata da FC foi mais lenta após

o exercício intervalado; contudo, medidas de FC 24 horas pós exercício

demonstraram serem menores aos valores pré-exercícios em relação ao dia

anterior apenas no grupo EAI. Valores de VFC demonstraram que houve uma

recuperação transiente na VFC (representada pelos índices SD2 e SDNN)

apenas no grupo EAC comparado ao intervalado nas primeiras 6-7 horas pós

exercício e embora houvesse uma tendência à maiores valores de LF e

menores de HF ao longo do dia no grupo EAI, não houve diferença estatística

nestes valores ou no balanço simpato-vagal representado pelo índice LF/HF.

Ekblom e Hermansen (Ekblom e Hermansen, 1968) descreveram que a

FC é controlada principalmente pela atividade do sistema nervoso autônomo

através de ações dos ramos simpático e parassimpático sobre a

automaticidade do nódulo sinusal, havendo uma maior atividade vagal,

especialmente no repouso (parassimpático), que é progressivamente inibida

uma vez que o exercício inicia, dando lugar a uma ação simpática proporcional

à intensidade do exercício (Ekblom e Hermansen, 1968; Almeida e Araújo,

2003).

Ao final do exercício físico deve haver atenção especial ao

comportamento da FC, pois sua redução em menos de 12 bpm, no retorno

ativo (Cole et al., 1999), ou 18 no passivo (Watanabe et al., 2001), no primeiro

36

minuto de recuperação após um teste de exercício máximo, representa um

prognóstico desfavorável em termos de risco relativo de mortalidade

cardiovascular em indivíduos assintomáticos e em cardiopatas (Cole et al.,

1999; Watanabe et al., 2001; Almeida e Araújo, 2003; Stauss, 2003; Rajendra

Acharya et al., 2006)

Porém, na literatura há divergências em relação ao tempo necessário

para o retorno aos níveis basais, visto que isso irá depender da interação entre

as funções autonômicas, da intensidade do exercício e do nível de

condicionamento físico. Dessa forma a recuperação pode levar de uma hora

após exercício leve ou moderado (Terziotti et al., 2001), até 24 horas após um

exercício intenso ou máximo (Furlan et al., 1993).

A recuperação da frequência cardíaca decorre, como observado pela

maioria dos estudos, da interação conjunta de reativação parassimpática e

retirada do simpático, com reativação parassimpática ocorrendo mais

rapidamente e, portanto, desempenhando o papel mais importante na

desaceleração precoce da frequência cardíaca (Javorka et al., 2002;

Kannankeril e Goldberger, 2002; Borresen e Lambert, 2008). Kannankeril et al.

demonstraram que a reativação parassimpática ocorreu rapidamente no

primeiro minuto da recuperação e o estímulo parassimpático, em seguida,

aumentou até o quarto minuto e manteve-se relativamente constante até 10

minutos após o exercício (Kannankeril e Goldberger, 2002).

A recuperação da FC após exercícios intensos é mais lenta do que após

o exercício submáximo em indivíduos saudáveis, isso é atribuído à ação

simpática que é mais acionada durante os exercícios próximos ao máximo.

Pierpont et al. (Pierpont et al., 2000) descobriram que o decaimento da FC não

ocorre de forma semelhante quando comparados exercícios máximos e

submáximos, além disso, sugerem que após exercícios submáximos, quando

não há grande estimulo do sistema nervoso simpático, a recuperação da FC,

que é regida principalmente pela reativação do sistema parassimpático, pode

seguir uma curva exponencial de primeira ordem. No entanto, depois de altos

níveis de exercício durante o qual a estimulação simpática domina, o drive

simpático pode continuar atuando na fase de recuperação e contribuir para um

37

aumento na FC apesar da reativação do sistema parassimpático. Isto

modificaria a recuperação da FC após os diferentes tipos de exercício (Pierpont

et al., 2000).

Relacionando os nossos achados com os dados de Pierpont et al

(Pierpont et al., 2000). Podemos inferir que a diferença na recuperação da FC

após os diferentes tipos de exercício (figura 3 A) pode ser devido ao maior

estimulo simpático consequente ao exercício intervalado de alta intensidade.

Embora este seja um fator tolerável, sem maiores consequências para a

população jovem saudável, deve-se levar em consideração que em condições

especiais como em coronariopatas, cardiopatas e em diabéticos, este fator

pode ser determinante na indução de eventos cardíacos pós exercício como

disritmias. Uma melhor compreensão da intensidade e duração do exercício

intervalado deve ser investigada para maior segurança de sua prescrição

quando se considera esta situação.

Outro achado importante do nosso estudo é que a FC no EAI após 24

horas é diferente do pré exercício, o que não ocorreu com o EAC. Estes dados

parecem indicar uma maior proteção cardiovascular tardia consequente ao EAI

talvez induzindo maior ativação parassimpáriva tardia; contudo, como a análise

terminou nas 24 horas esta afirmação não pode ser avaliada.

Vaz et al (Vaz et al., 2014), realizou um estudo comparando a VFC de

remadores submetidos a diferentes treinamentos intervalados e encontrou

achados semelhantes aos nossos. Os valores registrados 24 horas após a

realização dos exercícios ficaram próximos aos níveis pré exercício, assim

como no estudo de Carter et al (Carter et al., 2003). Então, considerando um

programa de treinamento diário e analisando apenas a FC, o tempo de

recuperação pode ser considerado suficiente entre as sessões de treinamento

para a recuperação, independentemente do exercício realizado. A redução da

VFC durante os exercícios mostra que os esforços com cargas mais altas,

mesmo que por curtos momentos, são suficientes para promover mudanças em

relação ao repouso e, possivelmente, levar à adaptações crônicas do

treinamento físico, como é mostrado em outros trabalhos (Burgomaster et al.,

38

2008; Ciolac et al., 2010; Little et al., 2010; Boutcher, 2011; Gibala et al., 2012;

Gremeaux et al., 2012).

As modificações em relação à atividade simpática e parassimpática são

dependentes da intensidade do exercício. Embora o treinamento aeróbio

contínuo em intensidades mais baixas e volume de treinamento mais longo

seja interessante para o aprimoramento técnico tanto na reabilitação (ortopedia

e neurologia, por exemplo) como no treinamento desportivo, os esforços de alta

intensidade realizados durante sessões de EAI promovem maior estresse

bioquímico (Perry et al., 2008; Logan et al., 2014) e fisiológicos (como

observado no estudo) que poderiam induzir adaptações fisiológicas mais

intensas à este tipo de treinamento.

Embora os efeitos benéficos do exercício sejam comprovados e

recomendados, demonstrou-se que o risco de morte súbita é significativamente

aumentada durante e imediatamente após o exercício em comparação com os

períodos de inatividade (Albert et al., 2000; Sundaram et al., 2008). Existem

diversos mecanismos possíveis para este aumento do risco de morte súbita

cardíaca, podendo estar relacionado com as alterações agudas no tônus

autonômico que acompanham o exercício (Sundaram et al., 2008). Portanto,

baseado em nossos achados seria prudente avaliar com maior detalhamento

os efeitos sobre a VFC em 24 horas que sucedem o EAI em populações

especiais como cardiopatas e diabéticos, especialmente aqueles que

apresentam neuropatia autonômica cardíaca. Apesar das precauções que

parecem ser necessárias para prescrição deste tipo de exercício em

populações especiais, recentemente, tem sido descrito o benefício deste tipo

de intervenção, embora sem superioridade ao treinamento contínuo, na

insuficiência cardíaca (Koufaki et al., 2014) em coronariopatas (Munk et al.;

Warburton et al.), com aparente segurança.

39

8. CONCLUSÃO

40

O presente estudo demonstrou que o exercício aeróbio intervalado

esta associado à menor redução na FC durante a recuperação imediata de

exercício e à menor valor de FC após 24 horas, comparado com valores pré-

exercício. Não houve diferença entre as modalidades de exercício no balanço

autonômico durante a fase de recuperação; exceto variação em índices de

variabilidade global ao redor da 6-7 horas pós exercício, sendo estes maiores

no grupo EAC.

41

REFERÊNCIAS

42

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52

ANEXOS

53

ANEXO I – Carta de aprovação do comitê de ética

54

55

56

ANEXO II- QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA

57

58

ANEXO IV – Ficha de avaliação

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA

Efeitos do exercício aeróbio contínuo e intervalado na

variabilidade da frequência cardíaca em 24 horas em adultos

jovens saudáveis.

Data da Avaliação: _____/_____/____

Identificação do voluntário: _____________

1. IDENTIFICAÇÃO

Nome:____________________________________________________

Data de Nascimento: _______/______/____Idade: ___________anos

Estado Civil: ___________________

Naturalidade: ____________________

Escolaridade: _____________Profissão: _______________

Anos estudo: ____________ Religião: ______________________

59

Endereço:__________________________________________________

_______________________________________________________________

Cidade: _________________ Estado: _______

Telefone: ( )_________________e-mail:_____________________________

Antecedentes patológicos e hábitos de vida:

Antecedentes patológicos pessoais:__________________________________

Antecedentes patológicos familiares:__________________________________

_______________________________________________________________

Etilismo:_____Obs:________________________________________________

Uso de medicamentos:______Obs:___________________________________

Hábitos alimentares:_______________________________________________

AVALIAÇÃO FÍSICA:

Peso:___________Kg Altura::___________m IMC:___________Kg/m2

Circunferência abdominal:______________

Relação cintura-quadril: ________________

FCrepouso:_____bpm. PArepouso:_____x_____mmHg.

ANEXOS:

i. Registro do base-line e do ECG de repouso.

a. Registro da primeira intervenção.

ii. Registro da segunda intervenção.

iii. IPAQ.

iv. PAH.

60

APÊNDICE

61

Tabela 3: Descrição da média e desvio padrão da FC durante às 24

horas de monitoramento.

Momento

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão

pré 84,91 5,91 84,57 6,43

Aquecimento 107,52 15,85 98,04 17,43

Exercício 126,54 18,92 137,21 9,35

Resfriamento 100,74 13,42 117,10 8,05

1 98,08 19,01 96,59 14,44

2 94,45 20,24 92,32 11,29

3 92,98 10,45 91,65 10,18

4 86,20 7,44 87,27 10,88

5 84,20 4,97 85,75 9,89

6 82,17 8,59 84,54 5,06

7 73,89 7,49 83,20 6,98

8 78,76 13,04 83,64 6,49

9 79,63 12,37 82,85 5,23

10 82,21 12,25 79,89 8,29

11 82,61 12,23 81,96 10,13

12 75,63 4,19 78,45 7,49

13 74,04 4,05 70,61 5,92

14 70,31 4,61 70,13 6,10

15 67,67 4,99 67,73 7,92

16 63,86 2,77 64,95 9,05

17 62,43 2,84 64,44 9,83

18 65,58 8,03 62,76 8,58

19 71,09 16,23 65,94 13,82

20 76,17 18,03 66,60 13,09

21 73,91 15,66 66,14 8,58

22 76,13 13,36 68,07 11,78

23 80,79 12,47 72,07 13,74

24 82,52 13,08 75,52 7,54

IntervaladoContínuo

FC

62

Tabela 4: Descrição da média e desvio padrão do intervalo RR durante

às 24 horas de monitoramento.

Momento

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão

Pré atividade 717,56 50,16 721,17 55,66

Aquecimento 570,30 69,51 629,06 88,90

Exercício 491,43 79,56 445,73 30,48

Resfriamento 612,46 84,08 465,99 160,10

1 642,70 125,78 644,71 107,39

2 670,30 137,25 673,56 100,68

3 661,52 75,92 675,98 93,34

4 709,38 59,80 708,40 103,15

5 722,99 42,35 718,63 85,04

6 749,22 79,84 722,13 44,16

7 834,12 80,82 734,27 57,26

8 794,78 130,03 730,24 56,48

9 779,68 121,09 734,16 44,37

10 753,61 110,52 766,07 79,70

11 749,69 104,53 752,48 87,76

12 805,31 44,47 782,64 73,67

13 823,16 45,42 862,17 76,36

14 867,52 55,65 872,91 68,32

15 902,47 55,82 905,31 88,33

16 948,84 40,11 947,07 118,60

17 973,49 42,86 958,64 135,52

18 942,91 88,08 980,38 118,46

19 893,41 169,60 952,27 147,88

20 837,69 193,85 940,49 149,10

21 858,22 174,90 935,29 110,78

22 825,71 148,06 916,02 140,86

23 775,61 135,08 871,71 147,88

24 759,56 147,35 818,88 82,20

IntervaladoContínuo

RR

63

Tabela 5: Descrição da média e desvio padrão do RMSSD durante às 24

horas de monitoramento.

Momento

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão

Pré atividade 29,00 7,04 25,60 8,21

Aquecimento 15,68 8,26 16,94 9,47

Exercício 10,96 8,91 8,13 3,62

Resfriamento 16,80 8,77 17,46 15,06

1 20,59 7,67 21,18 11,05

2 21,56 7,62 24,18 10,13

3 23,90 6,17 23,29 7,36

4 27,60 4,45 24,71 8,51

5 25,62 3,39 26,24 7,70

6 30,26 10,33 24,98 5,42

7 38,87 11,77 26,29 4,26

8 32,60 11,67 27,02 6,84

9 28,54 11,81 25,37 5,90

10 25,44 7,14 28,18 10,33

11 26,74 8,30 27,02 9,46

12 29,34 8,54 29,42 11,61

13 30,12 13,79 31,62 13,41

14 33,70 17,30 34,26 11,81

15 35,66 13,01 36,22 14,36

16 38,00 13,23 38,57 15,02

17 43,11 15,47 36,97 12,26

18 45,38 16,82 40,46 13,67

19 40,96 19,90 42,60 16,52

20 31,08 13,18 37,82 9,98

21 35,73 16,09 37,07 8,72

22 35,64 12,68 37,94 12,25

23 29,72 13,25 36,88 14,12

24 28,07 13,26 32,12 12,24

IntervaladoContínuo

RMSSD

64

Tabela 6: Descrição da média e desvio padrão do SDNN durante às 24

horas de monitoramento.

Momento

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão

Pré atividade 72,58 16,49 71,52 19,85

Aquecimento 39,63 20,07 43,77 6,93

Exercício 52,47 38,92 54,38 10,16

Resfriamento 61,19 31,12 34,92 16,79

1 77,92 25,47 77,52 30,38

2 78,26 20,50 87,29 33,74

3 74,66 18,52 85,32 26,92

4 76,94 6,64 76,93 23,23

5 74,84 13,95 82,67 22,41

6 89,71 16,52 82,51 6,58

7 103,22 23,84 78,31 8,41

8 98,26 26,46 77,56 11,74

9 83,50 35,13 71,63 16,52

10 80,62 25,62 75,02 18,49

11 82,63 13,58 84,88 17,24

12 85,83 10,55 88,02 19,52

13 88,63 14,34 72,72 21,78

14 90,71 17,56 95,27 30,44

15 94,52 24,68 89,17 28,27

16 80,04 16,41 82,86 30,70

17 91,81 23,66 83,11 27,03

18 112,43 44,07 92,29 20,87

19 102,99 44,95 106,36 34,81

20 83,17 23,00 101,69 33,06

21 101,08 22,79 110,16 16,69

22 106,16 20,68 99,41 15,37

23 99,12 39,33 104,70 23,01

24 86,61 25,18 109,01 39,51

IntervaladoContínuo

SDNN

65

Tabela 7: Descrição da média e desvio padrão do LFn durante às 24

horas de monitoramento.

Momento

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão

Pré atividade 83,81 9,56 82,18 7,65

Aquecimento 83,44 5,05 78,29 9,48

Exercício 80,17 10,96 80,97 6,13

Resfriamento 86,02 6,58 81,14 6,10

1 84,28 3,64 87,11 7,39

2 84,28 5,26 85,10 8,51

3 84,12 10,27 85,72 5,82

4 83,83 6,67 83,58 7,62

5 84,52 8,02 84,67 5,54

6 83,87 7,32 85,80 4,91

7 80,61 10,64 86,39 4,19

8 78,59 15,10 86,63 5,47

9 80,28 10,46 86,62 4,98

10 82,11 6,03 85,04 6,56

11 80,40 10,96 84,54 6,40

12 76,88 11,54 79,82 12,64

13 76,74 10,28 79,06 10,36

14 74,39 12,73 78,02 7,54

15 75,50 8,53 73,04 12,09

16 69,63 9,86 67,88 11,99

17 65,92 13,35 67,87 10,63

18 65,81 11,47 70,79 9,25

19 72,91 13,23 69,23 8,62

20 76,46 15,75 73,50 8,40

21 77,61 14,77 75,19 8,70

22 80,22 11,50 74,51 15,69

23 82,14 11,76 76,38 15,19

24 85,03 8,73 83,17 13,03

IntervaladoContínuo

LFn

66

Tabela 8: Descrição da média e desvio padrão do HFn durante às 24

horas de monitoramento.

Momento

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão

Pré atividade 16,16 9,57 17,78 7,66

Aquecimento 16,32 4,91 21,66 9,45

Exercício 19,76 10,91 18,94 6,15

Resfriamento 13,88 6,58 18,74 6,07

1 15,69 3,62 12,87 7,40

2 15,70 5,27 14,88 8,50

3 15,83 10,29 14,26 5,80

4 16,11 6,69 16,38 7,64

5 15,43 8,03 15,31 5,53

6 16,08 7,32 14,17 4,89

7 19,36 10,63 13,56 4,17

8 21,37 15,08 13,33 5,45

9 19,69 10,45 13,37 4,95

10 17,84 5,98 14,93 6,57

11 19,53 10,93 15,41 6,41

12 23,10 11,54 20,14 12,65

13 23,22 10,30 20,92 10,37

14 25,59 12,71 21,91 7,53

15 24,48 8,54 26,91 12,08

16 30,32 9,85 32,09 12,01

17 34,04 13,33 32,09 10,63

18 34,16 11,49 29,20 9,26

19 27,06 13,23 30,74 8,65

20 23,49 15,74 26,46 8,39

21 22,36 14,74 24,79 8,71

22 19,74 11,50 25,47 15,71

23 17,83 11,72 23,60 15,20

24 14,94 8,70 16,81 13,04

IntervaladoContínuo

HFn

67

Tabela 9: Descrição da média e desvio padrão do LF/HF durante às 24

horas de monitoramento.

Momento

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão

Pré atividade 7,28 4,53 5,25 1,70

Aquecimento 5,60 1,85 4,25 1,84

Exercício 5,80 5,01 4,90 2,14

Resfriamento 7,16 2,32 4,92 2,22

1 5,65 1,37 8,93 4,64

2 6,13 2,62 7,17 3,09

3 6,92 3,30 6,89 2,55

4 5,74 1,49 6,26 3,27

5 6,38 2,07 6,25 2,30

6 6,15 2,41 6,68 2,15

7 5,14 2,01 7,02 2,41

8 5,43 3,09 7,59 3,10

9 5,26 2,67 7,45 3,13

10 5,18 1,99 6,86 3,09

11 5,13 2,24 6,66 3,42

12 4,02 1,78 4,88 1,76

13 4,07 2,08 4,60 1,94

14 3,73 2,08 4,09 1,84

15 3,75 2,30 3,28 1,48

16 2,74 1,58 2,58 1,41

17 2,63 2,06 2,37 0,95

18 2,39 1,64 2,75 1,20

19 3,97 3,28 2,51 1,04

20 4,93 2,97 3,18 1,53

21 4,67 2,13 3,61 1,93

22 5,36 2,67 4,46 3,25

23 6,23 3,25 5,37 4,32

24 7,12 2,82 7,30 4,25

IntervaladoContínuo

LF/HF

68

Tabela 10: Descrição da média e desvio padrão do LF durante às 24

horas de monitoramento.

Momento

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão

Pré atividade 1662,89 1149,81 1038,00 543,44

Aquecimento 231,44 148,85 326,00 163,48

Exercício 159,78 256,44 53,11 21,21

Resfriamento 576,22 720,59 287,78 441,44

1 765,89 379,94 1014,11 522,28

2 1001,44 552,61 1070,78 306,90

3 1139,00 332,92 1117,44 271,81

4 1317,11 464,86 1101,22 322,56

5 1202,00 362,21 1316,22 380,31

6 1365,89 391,23 1290,89 359,08

7 2390,00 1443,21 1396,56 288,80

8 1500,33 1010,65 1491,11 276,03

9 1015,00 345,62 1356,44 354,52

10 897,11 215,89 1478,00 523,49

11 874,67 298,55 1249,67 374,39

12 973,89 261,17 1182,22 461,55

13 1024,56 335,87 1235,00 565,71

14 1162,67 411,54 1425,89 703,51

15 1370,44 588,34 1357,44 710,18

16 1242,56 614,01 1254,89 783,85

17 1353,56 597,85 1134,67 711,04

18 1774,56 1027,00 1565,56 903,28

19 1699,00 1191,75 1617,89 957,44

20 1305,56 718,42 1552,67 831,08

21 1518,67 559,42 1488,67 620,36

22 1760,56 484,12 1632,78 761,13

23 1299,11 533,54 1612,67 598,33

24 1252,00 456,57 1639,33 488,89

IntervaladoContínuo

LF

69

Tabela 11: Descrição da média e desvio padrão do HF durante às 24

horas de monitoramento.

Momento

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão

Pré atividade 257,22 141,88 222,11 127,88

Aquecimento 46,78 33,70 112,44 144,45

Exercício 41,78 65,52 12,00 6,22

Resfriamento 89,44 94,84 70,11 112,06

1 144,44 83,59 189,11 216,08

2 175,00 94,43 224,44 235,13

3 222,67 158,75 195,67 120,95

4 250,33 111,49 236,67 187,57

5 200,00 55,78 257,33 165,05

6 301,67 261,09 214,67 90,49

7 559,78 352,25 220,67 88,06

8 406,67 338,41 237,00 121,99

9 311,44 300,17 206,22 94,99

10 209,00 125,33 280,11 200,80

11 237,11 194,65 253,56 183,65

12 315,33 234,47 384,67 474,29

13 381,44 420,05 416,78 437,91

14 543,22 579,49 482,78 394,02

15 522,67 344,77 645,67 621,46

16 647,67 404,80 734,11 687,23

17 884,22 598,77 564,11 411,32

18 1011,56 820,57 683,33 558,92

19 792,11 710,95 835,11 800,43

20 382,89 359,19 498,22 263,00

21 521,00 532,42 498,22 286,80

22 495,22 462,52 572,67 425,09

23 354,00 427,79 550,11 497,54

24 279,44 387,07 393,89 453,15

IntervaladoContínuo

HF

70

Tabela 12: Descrição da média e desvio padrão de SD1 durante às 24

horas de monitoramento.

Momento

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão

Pré atividade 20,57 5,01 18,12 5,82

Aquecimento 11,10 5,86 11,99 6,70

Exercício 7,76 6,30 5,77 2,57

Resfriamento 11,89 6,20 8,74 6,18

1 14,56 5,45 14,96 7,83

2 15,23 5,39 17,09 7,14

3 16,92 4,34 16,47 5,22

4 19,52 3,16 17,46 6,01

5 18,11 2,41 18,53 5,45

6 21,38 7,30 17,63 3,83

7 27,48 8,34 18,59 3,02

8 23,07 8,25 19,10 4,85

9 20,18 8,36 17,93 4,16

10 18,00 5,05 19,94 7,30

11 18,90 5,88 19,10 6,71

12 20,77 6,05 20,82 8,22

13 21,30 9,75 22,37 9,51

14 23,83 12,22 24,22 8,37

15 25,21 9,21 25,61 10,14

16 26,86 9,37 27,28 10,62

17 30,49 10,97 26,14 8,67

18 32,07 11,91 28,61 9,67

19 28,96 14,06 30,12 11,69

20 21,98 9,31 26,76 7,05

21 25,28 11,37 26,21 6,16

22 25,21 8,98 26,83 8,65

23 21,00 9,37 26,09 9,97

24 19,88 9,40 22,70 8,65

IntervaladoContínuo

SD1

71

Tabela 13: Descrição da média e desvio padrão de SD2 durante às 24

horas de monitoramento.

Momento

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão

Pré atividade 100,29 23,33 98,90 27,79

Aquecimento 54,63 28,29 60,11 9,58

Exercício 73,47 54,79 76,59 14,38

Resfriamento 85,53 43,73 49,57 22,03

1 109,19 35,73 108,53 42,48

2 109,57 28,68 121,91 47,97

3 104,19 25,89 119,37 38,29

4 107,01 9,34 107,22 32,84

5 104,21 19,87 115,38 31,39

6 124,84 23,42 115,26 9,53

7 143,09 33,95 109,14 11,97

8 136,73 37,62 107,93 16,26

9 116,23 49,27 99,67 23,22

10 112,43 36,29 104,11 25,45

11 115,18 19,31 118,32 24,43

12 119,48 14,48 122,59 27,13

13 123,34 19,33 100,29 29,68

14 125,52 24,82 132,43 42,58

15 131,04 34,67 123,32 39,12

16 109,86 22,05 113,87 42,28

17 126,09 32,24 114,42 37,76

18 155,40 62,02 127,26 28,37

19 142,63 62,28 147,26 48,28

20 115,34 31,92 141,03 46,95

21 140,51 31,12 153,21 24,82

22 147,74 29,06 137,57 23,16

23 138,33 55,50 145,32 32,60

24 120,54 35,71 152,01 56,57

IntervaladoContínuo

SD2

72

Tabela 14: Descrição da média e desvio padrão da Entropia de Shannon

durante às 24 horas de monitoramento.

Momento

Média Desvio Padrão Média Desvio Padrão

Pré atividade 3,54 0,54 3,80 0,58

Aquecimento 3,82 0,49 3,84 0,59

Exercício 4,68 0,50 4,81 0,28

Resfriamento 4,05 0,32 4,24 0,31

1 3,90 0,10 3,88 0,24

2 3,87 0,21 3,78 0,22

3 3,74 0,12 3,79 0,15

4 3,67 0,19 3,69 0,18

5 3,59 0,17 3,70 0,18

6 3,72 0,28 3,78 0,11

7 3,60 0,26 3,66 0,20

8 3,84 0,15 3,63 0,19

9 3,84 0,26 3,55 0,25

10 3,83 0,35 3,55 0,12

11 3,79 0,22 3,64 0,20

12 3,74 0,30 3,76 0,14

13 3,82 0,27 3,60 0,27

14 3,87 0,32 3,74 0,21

15 3,80 0,24 3,66 0,14

16 3,87 0,30 3,76 0,34

17 3,99 0,25 3,74 0,25

18 3,79 0,17 3,77 0,27

19 3,78 0,16 3,80 0,34

20 3,75 0,39 3,87 0,32

21 3,86 0,29 3,87 0,34

22 3,77 0,27 3,71 0,32

23 3,90 0,36 3,81 0,33

24 3,80 0,33 3,76 0,38

IntervaladoContínuo

Entropia de Shannon

73