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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Manutenção de computadores Formatação e solução de problemas comuns PET Engenharia de Computação DI-UFES www.inf.ufes.br/~pet 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

Manutenção de computadoresFormatação e solução de problemas comuns

PET Engenharia de ComputaçãoDI-UFES

www.inf.ufes.br/~pet

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Sumário

1 Peças que formam um pc 41.1 O que determina se um pc é bom ou ruim. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61.2 Entradas da placa mãe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

2 Montagem do computador 112.1 Compatibilidade da placa mãe com o processador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212.2 Diferenças entre memórias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212.3 Processadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

3 Formatação do HD e Instalação de Sistemas Operacionais 253.1 Preparação para formatação do HD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

3.1.1 Reavaliar a necessidade de formatá-lo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 253.1.2 Salvar arquivos e informações desejados em um lugar que não vai ser formatado 263.1.3 Dando boot pelo CD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

3.2 Formatando e instalando Windows . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273.3 Instalando o Ubuntu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273.4 Recuperando o GRUB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283.5 Instalação dos drivers . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

4 Soluções de problemas comuns 314.1 O computador não liga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

4.1.1 Alimentação externa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 314.1.2 Fonte do computador e cabeamento interno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

4.2 O computador liga e ouço barulhos, mas não aparece nada na tela . . . . . . . . . . . . 324.2.1 Verificando o vídeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

4.3 O computador reinicia sozinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 334.4 O mouse não funciona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 334.5 O computador travou . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 344.6 Código de bips da BIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 344.7 Erros comuns na montagem de computador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

4.7.1 Placa mãe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 354.7.2 Disco rígido e CD ROM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 354.7.3 Memórias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

5 Manutenção preventiva no hardware 375.1 O que é . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375.2 Unidade de CD (DVD-ROM,CD-RW) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375.3 Teclado (Keyboard) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375.4 Monitor CRT /Scanner . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375.5 Monitor LCD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375.6 Impressora Jato de Tinta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375.7 Placa mãe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 385.8 Placas em geral (Placas conectadas nos slots do computador) . . . . . . . . . . . . . . . 38

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5.9 Coolers . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 385.10 Fonte de Alimentação (power suply) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 385.11 Gabinete ou Box do PC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

6 Manutenção por Software 406.1 Desfragmentação de disco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 406.2 Corrigindo erros no disco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 406.3 Desinstalação de programas desnecessários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 406.4 Limpeza do registro do Windows . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 406.5 Proteção contra vírus e spywares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

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Capítulo 1

Peças que formam um pc

PC significa “Personal Computer”, ou “Computador pessoal”. Os computadores que hoje são chama-dos de PCs são derivados do IBM PC, criado no início dos anos 80. Os PCs modernos não são maisexclusividade de um pequeno grupo de grandes fabricantes. Como todas as peças que formam um PCsão encontradas com facilidade no comércio, qualquer pequena loja pode ser produtora de PCs. Muitosusuários também constroem seus próprios PCs, bastando que tenham conhecimento técnico para tal.

- Gabinete: Local onde o micro é alojado; é a “caixa” do micro. Dentro do gabinete vem a fonte dealimentação. Esse gabinete deve ser escolhido de acordo com a placa-mãe escolhida.

- Placa-mãe: Também denominada mainboard ou motherboard, é uma placa de circuito impresso,que serve como base para a instalação dos demais componentes de um computador, como o pro-cessador, memória RAM, os circuitos de apoio, as placas controladoras, os slots do barramento eo chipset. A placa mãe deverá ser adquirida de acordo com o processador.

Figura 1.1: Placa-Mãe

- Processador: É um circuito integrado que realiza as funções de cálculo e tomada de decisão deum computador, por isso é considerado o cérebro do mesmo. Ele também pode ser chamado deUnidade Central de Processamento (em inglês CPU: Central Processing Unit). Nos computadoresde mesa (desktop) encontra-se alocado dentro do gabinete juntamente com a placa-mãe e outroselementos de hardware. Os processadores trabalham apenas com linguagem de máquina (lógicabooleana). Realizam as seguintes tarefas:- Busca e execução de instruções existentes na memória. Os programas e os dados que ficam gra-vados no disco (disco rígido ou disquetes), são transferidos para a memória. Uma vez estando namemória, o processador pode executar os programas e processar os dados;- Controle de todos os chips do computador.

- Cooler para o processador (“fan” ou “Ventoinha”): Vem acoplada a um dissipador de calor e

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Figura 1.2: Processador

é encaixada sobre o processador. É indispensável, pois evita que ele queime ou trave por superaquecimento. A ventoinha deve ser compatível com o processador escolhido.

- Memória (RAM): Encaixada na placa-mãe, é vendida em módulos. A capacidade de memória éexpressa em megabytes (MB) ou gigabytes (GB) e quanto mais memória tivermos no microcom-putador, melhor. É importante notar que há alguns tipos diferentes de memória, e a placa-mãe domicro deverá ser compatível com a tecnologia escolhida (as diferenças entre os tipos de memóriaserão abordas no capítulo 2). É nesta memória que são carregados os programas em execução eos respectivos dados do utilizador. Uma vez que se trata de memória volátil, os seus dados sãoperdidos quando o computador é desligado. Para evitar perdas de dados, é necessário salvar ainformação para suporte não volátil (por ex. disco rígido), ou memória secundária.

Figura 1.3: Memória (RAM)

- Disco Rígido: Popularmente chamado também de HD (derivação de HDD do inglês hard diskdrive) ou winchester (em desuso), é a parte do computador onde são armazenadas as informações,ou seja, é a memória permanente propriamente dita (não confundir com “memória RAM”). Écaracterizado como memória física, não-volátil, que é aquela na qual as informações não sãoperdidas quando o computador é desligado. O disco rígido é um sistema lacrado contendo discosde metal recobertos por material magnético onde os dados são gravados através de cabeças, erevestido externamente por uma proteção metálica que é presa ao gabinete do computador porparafusos. É nele que normalmente gravamos dados (informações) e é a partir dele que lançamose executamos nossos programas mais usados. Este sistema é necessário porque o conteúdo damemória RAM é volátil, ou seja, é apagado quando o computador é desligado. Desta forma, temosum meio de executar novamente programas e carregar arquivos contendo os dados da próxima vezem que o computador for ligado. O disco rígido é também chamado de memória de massa ouainda de memória secundária. Nos sistemas operacionais mais recentes, o disco rígido é tambémutilizado para expandir a memória RAM, através da gestão de memória virtual.

- Placa de Vídeo: Permite a comunicação do microcomputador com o monitor de vídeo. Algumasplacas-mãe trazem vídeo on-board, isto é, a própria placa-mãe desempenha o papel da placa devídeo. Caso você opte por montar um micro usando esse tipo de placa-mãe, não será necessário

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Figura 1.4: Disco Rígido

adquirir uma placa de vídeo. Porém, para aplicações com mais requisitos de vídeo (como jogos)pode ser necessário adquirir uma placa de vídeo offboard.

- Unidade de disquete: unidade presente em computadores antigos, não utilizada nos dias de hoje.

- CD-ROM, CD-R ou DVD-ROM: Apesar de em princípio esses componentes serem opcionais,como todos os programas estão sendo comercializados em CD-ROM, torna-se indispensável aaquisição de pelo menos uma unidade de CD-ROM. O preço dos gravadores de CD (CD-R ouCD-RW) baixou muito. Com isso, analise a possibilidade de já adquirir um CD-R ou CD-RW emvez de uma unidade de CD-ROM. Uma outra possibilidade é, em vez de adquirir um CD-ROM,comprar logo um DVD- ROM, que permitirá a você ler CDs e DVDs em seu micro, inclusiveassistir a filmes.

- Placa de som: Esse é um componente teoricamente opcional (isto é, um micro não precisa delepara funcionar), mas todo mundo quer escutar os sons produzidos através do PC, e então a placade som tornou-se um equipamento presente em todos os micros. As placas-mãe atuais geralmentevem com a placa de som integrada (áudio on-board). Se este é seu caso, você não precisará compraruma placa de som avulsa.

- Teclado: Principal meio de entrada de dados para o micro.

- Mouse: Segundo maior meio de entrada de dados para o micro.

- Monitor de vídeo: Principal meio de saída de dados do micro.

- Estabilizador de Tensão: Indispensável. No estabilizador de tensão ligamos o microcomputador,isolando-o da rede elétrica a fim de que ele não seja danificado por flutuações da tensão elétrica ouruídos provenientes da rede.

- Impressora: A impressora é um componente opcional, mas obrigatório se você pretende ter otrabalho desenvolvido no micro impresso em papel.

- Outros: Nós listamos apenas os componentes obrigatórios, que todo micro deve ter. Outros com-ponentes poderão ser comprados , opcionalmente, caso você tenha necessidade deles, como scan-ner, Zip-drive, joystick, câmera digital, entre outros.

1.1 O que determina se um pc é bom ou ruim.

Um equívoco muito comum é pensar que somente o processador da máquina (ex: Pentium 4, PentiumIII, Athlon, Duron, etc.) define se o seu PC será bom ou ruim. Isso ocorre porque não é só o processador

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escolhido que determinará o desempenho e a qualidade do seu micro. A placa-mãe, tipo de memóriaRAM, disco rígido, placa de vídeo e os demais componentes do micro também influenciam diretamenteno desempenho e qualidade do seu PC. O ponto de partida para a escolha de qual micro montar é real-mente a escolha do processador. A escolha das demais peças do micro é tão importante quanto a escolhado processador, mas, infelizmente, poucas pessoas dão a devida atenção ao restante da lista. Para vocêter uma ideia mais concreta do que estamos falando, uma placa- mãe, top de linha tem um desempenhomuito superior ao das placas-mãe mais baratas, chegando a fazer com que o micro tenha um desempe-nho, muitas vezes, 20 por cento superior. Isso significa o seguinte: se você montar um micro com umprocessador topo de linha mas usando uma placa-mãe de baixa qualidade (isto é, a mais barata que vocêencontrar), poderá obter no final das contas um desempenho inferior inclusive ao de um micro equipadocom um processador inferior, teoricamente mais lento. Um bom micro, portanto, não é aquele que temo processador mais rápido do mercado, mas sim aquele que é coerente com a escolha das peças que ocompõem. É no mínimo incoerente você ter o processador mais caro do mercado instalado na placa-mãemais barata que você encontrou. Outro ponto importantíssimo que você precisa saber antes de efetiva-mente escolher as peças para o seu micro: para que você o utilizará? Infelizmente a mídia como umtodo enfatiza muito o processador da máquina, mas se esquece de duas coisas. Primeiro, nem sempre oprocessador mais possante do mercado é adequado a todos os usuários e o segundo ponto é que a mídiararamente explora a importância das demais peças que o micro deve ter.

1.2 Entradas da placa mãe

As placas-mãe são desenvolvidas de forma que seja possível conectar todos os dispositivos que compõemo computador. Para isso, elas oferecem conexões para o processador, para a memória RAM, para o HD,para os dispositivos de entrada e saída, entre outros. A foto a seguir exibe uma placa-mãe. Trata-se deum modelo Soyo SY-KT880 Dragon 2. As letras apontam para os principais itens do produto, que sãoexplicados nos próximos parágrafos. Cada placa-mãe possui características distintas, mas todas devempossibilitar a conexão dos dispositivos que serão citados no decorrer deste texto.

Figura 1.5: Entradas da Placa-Mãe

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A) Processador

O item A mostra o local onde o processador deve ser conectado. Também conhecido como socket,esse encaixe não serve para qualquer processador, mas sim para um modelo (ou para modelos)específico. Cada tipo de processador tem características que o diferenciam de outros modelos.Essas diferenças consistem na capacidade de processamento, na quantidade de memória cache,na tecnologia de fabricação usada, no consumo de energia, na quantidade de terminais (as “per-ninhas”) que o processador tem, entre outros. Assim sendo, a placa-mãe deve ser desenvolvidapara aceitar determinados processadores. A motherboard vista acima, por exemplo, é compatí-vel com os processadores Duron, Athlon XP e Sempron (todos da fabricante AMD) que utilizama forma de conexão conhecida por “Socket A”. Assim sendo, processadores que utilizam outrossockets, como o Intel Pentium 4 ou o AMD Athlon 64 não se conectam a esta placa. Por isso,na aquisição de um computador, deve-se escolher primeiro o processador e, em seguida, verificarquais as placas-mãe que são compatíveis. À medida que novos processadores vão sendo lançados,novos sockets vão surgindo. É importante frisar que, mesmo quando um processador utiliza umdeterminado socket, ele pode não ser compatível com a placa-mãe relacionada. Isso porque o chippode ter uma capacidade de processamento acima da suportada pela motherboard. Por isso, essaquestão também deve ser verificada no momento da montagem de um computador.

B) Memória RAM

O item B mostra os encaixes existentes para a memória RAM. Esse conector varia conforme o tipo.As placas-mãe mais antigas usavam o tipo de memória popularmente conhecido como SDRAM.A placa-mãe da imagem acima possui duas conexões (ou slots) para encaixe de memórias DDR.

C) Slots de expansão

Para que seja possível conectar placas que adicionam funções ao computador, é necessário fazeruso de slots de expansão. Esses conectores permitem a conexão de vários tipos de dispositivos.Placas de vídeo, placas de som, placas de redes, modems etc, são conectados nesses encaixes. Ostipos de slots mais conhecidos atualmente são o PCI (Peripheral Component Interconnect) - itemC1 -, o AGP (Accelerated Graphics Port) - item C2 -, o CNR (Communications Network Riser)- item C3 - e o PCI Express (PCI-E). As placas-mãe mais antigas apresentavam ainda o slot ISA(Industry Standard Architecture).

D) Plug de alimentação

O item D mostra o local onde deve-se encaixar o cabo da fonte que leva energia elétrica à placa-mãe. Para isso, tanto a placa-mãe como a fonte de alimentação devem ser do mesmo tipo. Existem,atualmente, dois padrões para isso: o ATX e o AT (este último saiu de linha, mas ainda é utilizado).A placa-mãe da foto usa o padrão ATX. É importante frisar que a placa-mãe sozinha conseguealimentar o processador, as memórias e a grande maioria dos dispositivos encaixados nos slots. Noentanto, HDs, unidades de CD e DVD, drive de disquete e cooler (um tipo de ventilador acopladoao processador que serve para manter sua temperatura em limites aceitáveis de uso) devem receberconectores individuais de energia.

E) Conectores IDE e drive de disquete

O item E2 mostra as entradas padrão IDE (Integrated Drive Electronics) onde devem ser encai-xados os cabos que ligam HDs e unidades de CD/DVD à placa-mãe. Esses cabos, chamados de“flat cables”, podem ser de 40 vias ou 80 vias (grossamente falando, cada via seria um “fiozinho”),sendo este último mais eficiente. Cada cabo pode suportar até dois HDs ou unidades de CD/DVD,totalizando até quatro dispositivos nas entradas IDE. Note também que E1 aponta para o conectoronde deve ser encaixado o cabo que liga o drive de disquete à placa-mãe. Existe também um tipode HD, hoje predominante, que não segue o padrão IDE, mas sim o SATA (Serial ATA), comomostra a figura 1.6.

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Figura 1.6: Entrada SATA

F) BIOS e bateriaO item F2 aponta para o chip Flash-ROM e o F1, para a bateria que o alimenta. Esse chip contémum pequeno software chamado BIOS (Basic Input Output System), que é responsável por contro-lar o uso do hardware do computador e manter as informações relativas à hora e data. Cabe aoBIOS, por exemplo, emitir uma mensagem de erro quando o teclado não está conectado. Na ver-dade, quando isso ocorre, o BIOS está trabalhando em conjunto com o Post, um software que testaos componentes de hardware após o computador ser ligado. Através de uma interface denominadaSetup, também presente na Flash-ROM, é possível alterar configurações de hardware, como velo-cidade do processador, detecção de discos rígidos, desativação de portas USB, etc. Como mostraa figura 1.7, placas-mãe antigas usavam um chip maior para o BIOS.

Figura 1.7: BIOS

G) Periféricos externosO item G aponta para a parte onde ficam localizadas as entradas para a conexão do mouse (tantoserial, quanto PS/2), teclado, portas USB, porta paralela (usada principalmente por impressoras),além de outros que são disponibilizados conforme o modelo da placa-mãe. Esses itens ficamposicionados de forma que, quando a placa-mãe for instalada em um gabinete, tais entradas fiquemimediatamente acessíveis pela parte traseira deste. A figura 1.8 mostra um outro modelo de placa-mãe da Soyo, a SY-P4VGM, desenvolvida para o processador Intel Pentium 4, que exibe essesconectores através de outro ângulo.

Figura 1.8: Entrada de Periféricos Externos

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A disposição de entradas vista acima é semelhante em toda placa-mãe que segue o padrão ATX.No antigo padrão AT, esse posicionamento é de outra forma e alguns conectores são diferentes.

H) Furos de encaixe

Para evitar danos, a placa-mãe deve ser devidamente presa ao gabinete. Isso é feito através defuros (item H) que permitem o encaixe de espaçadores e parafusos. Para isso, é necessário que aplaca-mãe seja do mesmo padrão do gabinete. Se este for AT, a placa-mãe deverá também ser AT.Se for ATX (o padrão atual), a motherboard também deverá ser, do contrário o posicionamentodos locais de encaixe serão diferentes para a placa-mãe e para o gabinete.

I) Chipset

O chipset é um chip responsável pelo controle de uma série de itens da placa-mãe, como acessoà memória, barramentos e outros. Principalmente nas placas-mãe atuais, é bastante comum queexistam dois chips para esses controles: Ponte Sul (I1) e Ponte Norte (I2):

Ponte Sul (South Bridge): Este geralmente é responsável pelo controle de dispositivos de entradae saída, como as interfaces IDE ou SATA. Placas-mãe que possuem som onboard (visto adiante),podem incluir o controle desse dispositivo também na Ponte Sul;

Ponte Norte (North Bridge): Este chip faz um trabalho “mais pesado” e, por isso, geralmenterequer um dissipador de calor para não esquentar muito. Repare que na foto da placa-mãe emque esse chip é apontado, ele, na verdade, está debaixo de uma estrutura metálica. Essa peça é odissipador. Cabe à Ponte Norte as tarefas de controle do FSB (Front Side Bus - velocidade na qualo processador se comunica com a memória e com componentes da placa-mãe), da frequência deoperação da memória, do barramento AGP, etc.Os chipsets não são desenvolvidos pelas fabricantes das placas-mãe e sim por empresas como VIATechnologies, SiS e Intel (esta é uma exceção, já que fabrica motherboards também). Assim sendo,é comum encontrar um mesmo chipset em modelos concorrentes de placa-mãe.

Placas-mãe onboard

“Onboard” é o termo empregado para distinguir placas-mãe que possuem um ou mais dispositivos deexpansão integrados, por exemplo, placa de vídeo, placa de rede e placa de som.

A vantagem de se utilizar modelos onboard é a redução de custo do computador, uma vez que deixa-se de comprar determinados dispositivos porque estes já estão incluídos na placa-mãe. No entanto, énecessário ter cuidado: quanto mais itens onboard uma placa-mãe tiver, mais o desempenho do compu-tador será comprometido. Isso porque o processador acaba tendo que executar as tarefas dos dispositivosintegrados. Na maioria dos casos, placas de som e rede onboard não influenciam significantemente nodesempenho, mas placas de vídeo e modems sim.As placas de vídeo, mesmo os modelos mais simples, possuem um chip gráfico que é responsável pelageração de imagens. Este, por sua vez, requer memória para tal, principalmente quando trata imagensem 3D. Uma placa de vídeo onboard, mesmo quando acompanhada de um chip gráfico integrado, acaba“tomando atenção” do processador, além de usar parte da memória RAM.Se um computador é comprado para uso em uma loja ou em alguma aplicação que não requer muitodesempenho, a compra de um computador com placa-mãe onboard pode ser viável. No entanto, quemdeseja uma máquina para jogos e aplicações mais pesadas deve pensar seriamente em adquirir uma placa-mãe “offboard”, isto é, com nenhum item integrado, ou no máximo, com placa de som ou rede onboard.Existe uma série de empresas que fabricam placas-mãe. As marcas mais conhecidas são: Asus, Abit, Gi-gabyte, Soyo, PC Chips, MSI, Intel e ECS. Apesar da maioria dessas fabricantes disponibilizarem bonsprodutos, é recomendável pesquisar sobre um modelo de seu interesse para conhecer suas vantagens edesvantagens.

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Capítulo 2

Montagem do computador

O primeiro passo é tirar ambas as tampas do gabinete. Aproveite para remover também as tampas dasbaias dos drives de CD e DVD que for utilizar.

Remova também a tampa do painel ATX, ao lado das aberturas dos exaustores. Cada placa-mãeutiliza uma combinação própria de conectores, de forma que o que vem com o gabinete é inútil, já quenunca combina com os conectores da placa-mãe. Por isso o substituímos pela tampa que acompanhaa placa-mãe, feita sob medida para ela. A tampa do painel ATX é chamada em inglês de “I/O plate”,embora o nome seja pouco usado por aqui.

A parte interna do gabinete possui um padrão de furação, destinado aos suportes e parafusos queprendem a placa-mãe. Todos os parafusos necessários devem vir junto com o gabinete.

Figura 2.1: Parafusos

Dependendo da marca e modelo, podem ser usados pinos plásticos, como os da esquerda, encaixescomo os da direita ou (mais comum) espaçadores metálicos como os do centro. Existem ainda suportesplásticos como os dois na parte inferior da foto, que podem ser usados como apoio, inseridos nos furos naplaca-mãe que não possuam par no gabinete. Eles eram mais usados antigamente, na época dos gabinetesAT, mas é sempre bom ter alguns à mão.

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O conjunto com os parafusos e espaçadores necessários deve vir junto com o gabinete. Ele é chamadode “kit de montagem” pelos fabricantes. Normalmente o gabinete vem também com o cabo de força, comexceção dos modelos sem fonte, onde o cabo vem junto com a fonte avulsa.

As placas ATX possuem normalmente 6 furos para parafusos e mais dois ou três pontos de apoioadicionais, que podem ser usados pelos suportes plásticos. A posição deles, entretanto, varia de acordocom a distribuição dos componentes na placa, de forma que o gabinete inclui um número muito maior defuros. Com o tempo, você acaba aprendendo a descobrir quais usar “de olho”, mas no início você acabaperdendo tempo comparando as furações da placa e do gabinete para ver onde colocar os suportes.

Uma dica é que você pode usar uma folha de papel para achar mais facilmente as combinações entrea furação da placa-mãe e a do gabinete. Coloque a placa-mãe sobre o papel e use uma caneta para fazerpontos no papel, um para cada furo disponível. Depois, coloque o papel sobre a chapa do gabinete e vácolocando os parafusos onde os pontos coincidirem com a furação. Muito simples mas bastante prático.

É importante apertar os parafusos de suporte usando uma chave torx, para que eles continuem nolugar depois de parafusar e desparafusar a placa-mãe. Se não forem bem apertados, os parafusos desuporte acabam saindo junto com os usados para prender a placa-mãe ao removê-la, o que não é muitoagradável.

Com a placa-mãe presa no gabinete, chegou a hora de conectarmos as funcionalidades do gabinete(Leds, Botão On/Off, Reset). Cada um dos contatos é formado por dois pinos, um positivo e um neutro.Nos conectores, o fio colorido corresponde ao positivo e o branco ao neutro. Tanto os dois botões, quantoo speaker (que usa um conector de 4 pinos, embora apenas 2 sejam usados) não possuem polaridade,de forma que podem ser ligados em qualquer sentido. Os LEDs por sua vez, precisam ser ligados napolaridade correta, caso contrário não funcionam.

Quase sempre, a própria placa traz uma indicação resumida decalcada, indicando inclusive as po-laridades, mas em caso de dúvidas você pode dar uma olhada rápida no manual, que sempre traz umesquema mais visível.

Em seguida, temos os conectores das portas USB frontais, também conectados diretamente na placa-mãe. Eles precisam ser encaixados com atenção, pois inverter os contatos das portas USB (colocando o

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polo positivo de alimentação na posição do negativo de dados, por exemplo) vai fazer com que pendrives,mp3 e outros dispositivos eletrônicos conectados nas portas USB sejam queimados, um problema muitomais grave do que deixar parafusos soltos ou inverter a polaridade de um LED, por exemplo.

Os conectores USB (ou headers USB) na placa-mãe são conectores de 9 pinos, facilmente reconhe-cíveis. Cada porta USB utiliza 4 pinos, dois para a alimentação e dois para dados, sendo que dentro decada par, um é o positivo e o outro o negativo. O nono pino do conector serve apenas como orientação,indicando o lado referente aos dois fios pretos, referentes ao polo neutro do par de alimentação.

Figura 2.2: Conectores das Entradas USB

Cada header USB inclui duas portas. Uma placa-mãe com “12 portas USB” normalmente inclui4 portas no painel traseiro e mais 4 headers para a conexão das portas frontais do gabinete. Algunsgabinetes possuem 4 portas frontais, mas a maioria inclui apenas duas. Existem ainda diversos tipos desuportes com portas adicionais, leitores de cartões e outras bugigangas instaladas na baia do drive dedisquetes, em uma das baias dos drives ópticos ou em uma das aberturas traseiras. Assim como as portasfrontais, eles também são ligados nos headers USB da placa-mãe.

Dentro de cada header a ordem os fios é a seguinte: VCC (vermelho), DATA - (branco), DATA +

(verde) e GND (preto), onde o GND fica sempre do lado do nono pino, que serve como guia. Ligueprimeiro os pinos da porta 1, para não arriscar misturá-los com os da segunda porta.

Fazendo isso com a atenção, não existe muito o que errar; o problema é que se você precisa montarvários micros, acaba tendo que fazer tudo rápido, o que abre espaço para erros.

Figura 2.3: Instalação dos conectores das portas USB frontais do gabinete

A partir de 2007, a Asus passou a fornecer “agrupadores” para os conectores do painel e das portasUSB frontais junto com as placas. Eles são práticos, pois ao invés de ficar tentando enxergar as mar-cações na placa-mãe você pode encaixar os conectores no suporte e depois encaixá-lo de uma vez naplaca-mãe.

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Antes de instalar a placa-mãe dentro do gabinete, você pode aproveitar também para instalar o pro-cessador, o cooler e os módulos de memória.

Com exceção dos antigos Pentiums e Athlons em formato de cartucho, todos os processadores sãoligados ao chipset e demais componentes da placa-mãe através de um grande número de pinos de contato.Como o encapsulamento do processador é quadrado, seria muito fácil inverter a posição de contato, oque poderia inutilizar o processador quando o micro fosse ligado e a alimentação elétrica fornecida pelaplaca-mãe atingisse os pinos errados.

Para evitar isso, todos os processadores atuais possuem uma distribuição de pinos que coincide coma do soquete em apenas uma posição. Você pode notar que existe uma seta no canto inferior esquerdodeste Athlon X2, que coincide com uma pequena seta no soquete.

Figura 2.4: Processador Conectado ao Soquete

Figura 2.5: Alavanca do Soquete

O encaixe do processador é genericamente chamado de “ZIF” (zero insertion force), nome que indicajustamente que você não precisa fazer nenhuma pressão para encaixar o processador. A própria ação dagravidade é suficiente para encaixá-lo no soquete. O ideal é simplesmente segurar o processador alguns

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milímetros acima do soquete e simplesmente soltá-lo, deixando que a lei da gravidade faça seu trabalho.Isso evita que você entorte os pinos se estiver sonolento e tentar encaixar o processador no sentido errado.A pressão necessária para manter o processador no lugar é feita pelo próprio soquete, e não pelo cooler.Isso faz com que a força necessária para fechar a alavanca do soquete nas placas soquete seja muitomaior.

Com o processador instalado, o próximo passo é usar a boa e velha pasta térmica para melhorar acondutividade térmica com o cooler. A ideia básica é passar uma fina camada de pasta térmica cobrindotodo o dissipador do processador. Se você simplesmente esparramar um montinho de pasta sobre oprocessador, a pressão exercida pelo cooler vai se encarregar de espalhá-la cobrindo a maior parte dodissipador de qualquer forma, mas a aplicação nunca fica perfeita, de forma que se você tiver tempo paraespalhar a pasta uniformemente, antes de instalar o cooler, o resultado será sempre um pouco melhor.

Muitos coolers vem com uma camada de pasta térmica (quase sempre cinza) pré-aplicada. O princi-pal objetivo é a praticidade, já que elimina uma das etapas da instalação do cooler. Caso prefira utilizarsua própria pasta térmica, remova a camada pré-aplicada no cooler usando uma flanela e álcool isopro-pílico. Não use espátulas ou qualquer outro objeto metálico, pois você vai arranhar a base do cooler, oque também prejudica a dissipação de calor.

Para manter o processador firme no lugar (evitando mal contatos nos pinos) e eliminar o excesso depasta térmica o cooler precisa pressionar o processador com uma certa pressão. Na maioria dos coolersantigos, você precisava da ajuda de uma chave de fenda para instalar e remover o cooler. A ponta erapresa em um pequeno encaixe na presilha do cooler e você precisava de uma boa dose de força paraencaixá-la no soquete.

Este sistema levava a acidentes, pois com frequência a chave de fenda escapava, muitas vezes des-truindo trilhas e inutilizando a placa-mãe. Como a pressão era exercida sobre os pinos laterais do soquete,também às vezes acontecia deles quebrarem. Para não ter que descartar a placa-mãe, você acabava sendoobrigado a fazer alguma fixação para prender ou colar o cooler no soquete.

Para solucionar estes dois problemas, tanto a Intel quanto a AMD desenvolveram novos sistemas deencaixe. A AMD passou a usar uma “gaiola” plástica em torno do processador. Os pinos de encaixe fi-cam na gaiola, que é presa à placa por dois ou quatro parafusos e pode ser substituída em caso de quebra.O cooler é encaixado através de um sistema de alavanca, onde você encaixa a presilha dos dois lados eusa a alavanca presente no cooler para prendê-lo ao soquete.

Figura 2.6: Encaixe do Cooler Sobre o Processador

Nas placas soquete 775, a pressão necessária para manter o processador preso é exercida pelo encaixemetálico incluído no próprio soquete. A Intel se aproveitou disso para desenvolver um sistema de encaixebastante engenhoso, onde o cooler exerce menos pressão sobre a placa-mãe e é preso por 4 presilhas.

As presilhas utilizam um sistema de retenção peculiar. Girando o prendedor no sentido horário (osentido oposto à seta em baixo relevo) você o deixa na posição de encaixe, pronto para ser instalado.Girando no sentido anti-horário, o prendedor de solta, permitindo que o cooler seja removido.

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Ao instalar o cooler, você só precisa deixar as presilhas na posição de instalação e pressioná-la emdireção a placa. Ao contrário dos coolers para placas soquete 754, 939 e AM2, você pode encaixar ocooler em qualquer sentido.

A forma correta de instalar o cooler é ir encaixando uma das presilhas de cada vez, fazendo um “X”,onde você encaixa primeiro a presilha 1, depois a 3, depois a 2 e por último a 4.

É bem mais fácil instalar o cooler, antes de instalar a placa-mãe dentro do gabinete.

Figura 2.7: Instalação do Cooler Fora do Gabinete

Outra forma de instalar o cooler seria pressionar as 4 presilhas de uma vez, usando as duas mãos,com a placa já instalada dentro do gabinete. Esta segunda opção faz com que seja exercida uma grandepressão sobre a placa-mãe, o que é sempre bom evitar.

Com o cooler instalado, não se esqueça de instalar o conector de alimentação do cooler. As pla-cas atuais oferecem pelo menos dois conectores de alimentação; uma para o cooler do processador eoutro para a instalação de um exaustor frontal ou traseiro. Muitas placas oferecem 3 ou 4 conectores,facilitando a instalação de exaustores adicionais.

Para remover o cooler, basta girar as presilhas no sentido anti-horário, destravando o mecanismo. Émais fácil fazer isso usando uma chave de fenda.

Com relação à alimentação, existem dois tipos de conectores para o cooler. Além do conector tradi-cional, com 3 pinos, existe o conector PWM, que possui 4 pinos. Ele foi introduzido pela Intel em 2004e é usado na maioria das placas atuais (tanto para processadores Intel quanto AMD). O conector de 4pinos é perfeitamente compatível com coolers que utilizam o conector antigo de 3 e você também podeconectar coolers que utilizam o conector de 4 pinos em placas com o conector de 3 pinos sem risco. Aguia presente em um dos lados do conector impede que você encaixe o conector invertido ou ocupandoos pinos errados, por isso não há o que errar.

No conector de 3 pinos, dois deles são responsáveis pela alimentação elétrica (+12V e GND), en-quanto o terceiro é usado pela placa-mãe para monitorar a velocidade de rotação do cooler (speed sensor).O quarto pino permite que o BIOS da placa-mãe controle a velocidade de rotação do cooler (PWM pulse),baseado na temperatura do processador. Com isso o cooler não precisa ficar o tempo todo girando narotação máxima, o que além de reduzir o nível de ruído do micro, ajuda a economizar energia.

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Figura 2.8: Uso de Ferramenta para Destravar o Cooler

Figura 2.9: Conector do Cooler na Placa-Mãe

Ao conectar um cooler com o conector de 4 pinos em uma placa com o conector de 3, você perdeo ajuste da rotação, de forma que o cooler simplesmente passa a girar continuamente na velocidademáxima, mas com exceção disso não existe problema algum.

Continuando, você pode aproveitar também para instalar os módulos de memória com a placa aindafora do gabinete. O chanfro do conector impede que você encaixe um módulo DDR2 (ou DDR3) em umaplaca que suporte apenas módulos DDR ou vice-versa, de forma que a principal dica é segurar sempreos módulos pelas bordas, evitando assim qualquer possibilidade de danificá-los.

Figura 2.10: Instalação do Módulo de Memória

Depois de tudo isso, podemos finalmente instalar a placa dentro do gabinete, prendendo-a nos supor-tes usando parafusos. Na verdade, você pode instalar a placa logo no início da montagem, e encaixar oprocessador, cooler, memória e os conectores do painel frontal com ela já dentro do gabinete. A questãoé que é bem mais fácil instalar estes componentes com a placa “livre” sobre a bancada do que dentro doespaço apertado no gabinete.

O próximo passo é ligar os conectores de força na placa-mãe. Praticamente todas as placas atuaisutilizam tanto o conector ATX de 24 pinos e o conector P4, de 4 pinos, que fornece anergia adicio-nal, reforçando o fornecimento elétrico para o processador e também para o slot PCI Express x16. Ao

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montar qualquer PC atual, você deve utilizar uma fonte de pelo menos 450 watts, que ofereça ambos osconectores.

Figura 2.11: Conectores de Força

O próximo passo é instalar os drives. Alguns gabinetes são espaçosos o suficiente para que vocêinstale os HDs antes mesmo de prender a placa-mãe, mas na maioria dos casos eles ficam parcialmentesobre a placa, de forma que você precisa deixar para instalá-los depois.

Ao usar drives IDE, você precisa se preocupar também com a configuração de master/slave. No casodo drive óptico (vou adotar este termo daqui em diante, já que você pode usar tanto um drive de CDquanto de DVD), o jumper está disponível bem ao lado do conector IDE. Colocá-lo na posição centralconfigura o drive como slave, enquanto colocá-lo à direita configura o drive como master. Para o HD, aconfiguração do jumper varia de acordo com o fabricante, mas você encontra o esquema de configuraçãona etiqueta de informação do drive. Quase sempre, o HD vem configurado de fábrica como master e aoretirar o jumper ele é configurado como slave.

HDs SATA não utilizam jumpers de configuração de master/slave, pois cada porta permite a ins-talação de um único HD. Apesar disso, a maioria dos drives incluem um jumper que permite forçar oHD a operar em modo SATA/150 (evitando problemas de compatibilidade com algumas placas antigas).Em muitos HDs (como na maioria dos modelos da Seagate) ele vem ativado por padrão, fazendo comque o drive opere em modo SATA/150 por default. Ao usar uma placa equipada com portas SATA/300,não se esqueça de verificar a posição do jumper, para que a taxa de transferência da interface não sejaartificialmente limitada.

Figura 2.12: Jumpers em um HD IDE, HD SATA e drive de DVD IDE

Ao instalar o HD e o drive óptico em portas separadas, você pode configurar ambos como master.Atualmente é cada vez mais comum que placas novas venham com apenas uma porta IDE, o que o obrigaa instalar um como master e o outro como slave. É comum também que o drive óptico seja instaladocomo slave mesmo ao ficar sozinho na segunda porta, já deixando o caminho pronto para instalar umsegundo HD como master futuramente.

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Ao usar dois (ou mais) HDs SATA, é importante que o HD de boot, onde você pretende instalar osistema operacional, seja instalado na porta SATA 1. É possível mudar a configuração de boot através dosetup, dando boot através dos outros HDs, mas o default é que o primeiro seja usado. A identificação decada porta vem decalcada sobre a própria placa-mãe. Na foto temos “SATA1” e “SATA2” indicando asduas portas SATA e “SEC_IDE”, indicando a porta IDE secundária. Ao lado dela estaria a “PRI_IDE”,a porta primária.

Figura 2.13: Conectores SATA

Nas placas e cabos atuais, é usada uma guia e um pino de controle, que impedem que você inverta aposição da cabos IDE. Em placas e cabos antigos é comum que estas proteções não estivessem presentes.Nestes casos, procure um número 1 decalcado em um dos lados do conector. A posição do 1 devecoincidir com a tarja vermelha no cabo e, do lado do drive, a tarja vermelha fica sempre virada nadireção do conector de força.

Figura 2.14: Conectores IDE

Os cabos IDE possuem três conectores. Normalmente dois estão próximos e o terceiro mais afastado.O conector mais distante é o que deve ser ligado na placa-mãe, enquanto os dois mais próximos sãodestinados a serem encaixados nos drives. Ao instalar apenas um drive no cabo, você deve usar sempreas duas pontas do conector, deixando o conector do meio vago (nunca o contrário).

Ao instalar dois ou mais HDs na mesma máquina, deixe sempre que possível um espaço de uma ouduas baias entre eles, o que ajuda bastante na questão da refrigeração.

É sempre chato ficar colocando parafusos dos dois lados, tanto para os HDs, quanto para o driveóptico, mas é importante que você os instale corretamente, usando todos os parafusos. A questão fun-damental aqui é a vibração. Colocando parafusos apenas de um lado, ou colocando apenas um de cadalado, a movimentação da cabeça de leitura dos HDs e do drive óptico vão fazer com que o drive vibredentro da baia, aumentando o nível de ruído do micro, sem falar de possíveis problemas relacionados aodesempenho ou mesmo à vida útil dos drives.

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Concluindo, falta apenas instalar a placa de vídeo e outras placas de expansão (como uma segundaplaca de rede, modem ou uma placa de captura) e a montagem está completa.

Figura 2.15: Fixação da Plava de Vídeo

Alguns poucos gabinetes utilizam protetores independentes para as aberturas dos slots, mas na maio-ria é usada uma simples chapa cortada, onde você precisa remover as tampas dos slots que serão usados.Algumas sempre esbarram em capacitores da placa-mãe, por isso precisam ser removidas com maiscuidado. O aço cortado é praticamente uma lâmina, é bem fácil se cortar.

Figura 2.16: Slots

Tanto os slots PCI Express x16, quanto os slots AGP, utilizam um sistema de retenção para tornar oencaixe da placa de vídeo mais firme. Ao remover a placa, não se esqueça de puxar o pino do lado diretodo slot, senão você acaba quebrando-o.

Figura 2.17: Detalhe: Placa presa ao Slot

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Toda placa-mãe inclui pelo menos um jumper, o jumper responsável por limpar o CMOS (CLR_CMOSou CLRTC). Em muitas placas, ele vem de fábrica na posição discharge (com o jumper entre os pinos2 e 3), para evitar que a bateria seja consumida enquanto a placa fica em estoque. A maioria das placasnão dão boot enquanto o jumper estiver nesta posição, o que pode ser confundido com defeitos na placa.

Antes de ligar o PC, certifique-se que o jumper está na posição 1-2 (indicada no manual como Nor-mal ou “Default”).

2.1 Compatibilidade da placa mãe com o processador

Basicamente, não temos um modelo padrão de placa mãe. Para cada modelo de processador ou umafamília de modelos temos características específicas que devem ser fornecidas pela placa, inclusive oencaixe (socket) não é o mesmo para os vários processadores.

Cada tipo de processador tem características que o diferenciam de outros modelos. Essas diferençasconsistem na capacidade de processamento, na quantidade de memória cache, na tecnologia de fabrica-ção usada, no consumo de energia, na quantidade de terminais (as “perninhas”) que o processador tem,entre outros. Assim sendo, a placa-mãe deve ser desenvolvida para aceitar determinados processadores.

Portanto, procure saber antes de comprar um computador qual a melhor relação entre placa mãe -processador, normalmente, os fabricantes de placas listam em seus sites os modelos das placas que sãocompatíveis com os vários modelos de processadores. Isto é mais importante ainda quando deseja-sefazer a troca do processador, pois devemos observar se a placa atual se adequa ao novo modelo, casonegativo a placa mãe deverá ser trocada também!

2.2 Diferenças entre memórias

As memórias podem se diferenciar em diversos aspectos. Listamos os principais a seguir.

Tipologia

Podemos distinguir os 2 tipos de memórias: Memória principal: também chamadas de memória real, sãomemórias que o processador pode endereçar diretamente, sem as quais o computador não pode funcionar.Estas fornecem geralmente uma ponte para as secundárias, mas a sua função principal é a de conter ainformação necessária para o processador num determinado momento; esta informação pode ser, porexemplo, os programas em execução. Nesta categoria insere-se a memória RAM (volátil), memóriaROM (não volátil), registradores e memórias cache. Memória secundária: memórias que não podemser endereçadas diretamente, a informação precisa ser carregada em memória principal antes de poderser tratada pelo processador. Não são estritamente necessárias para a operação do computador. Sãogeralmente não-voláteis, permitindo guardar os dados permanentemente. Incluem-se, nesta categoria,os discos rígidos, CDs, DVDs e disquetes. Às vezes faz-se uma diferença entre memória secundária ememória terciária. A memória secundária não necessita de operações de montagem (inserção de umamídia ou média em um dispositivo de leitura/gravação) para acessar os dados, como discos rígidos; amemória terciária depende das operações de montagem, como discos ópticos e fitas magnéticas, entreoutros.

Tecnologias

Memórias Voláteis

Memória dinâmica: A memória dinâmica é a mais barata delas e, portanto, a mais utilizada nos compu-tadores e são aquelas que foram popularizadas como memórias RAM. Este atributo vem do nome inglêsRandomic Acess Memory (memória de acesso aleatório), que significa que os dados nela armazenadospodem ser acessados a partir de qualquer endereço. As memórias RAM se contrapõem com as de acesso

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sequencial, que exigem que qualquer acesso seja feito a iniciar pelo primeiro endereço e, sequencial-mente, vai “pulando” de um em um até atingir o objetivo. Na realidade, existem outras memórias deacesso aleatório nos computadores, inclusive não voláteis, portanto, é importante ter o conhecimento deque o nome RAM é apenas uma popularização do nome da memória principal dos computadores, uti-lizada para armazenar os programas e dados no momento da execução. O nome dinâmica é referente àtecnologia utilizada para armazenar programas e dados e não à forma de acessá-los. De modo simplistaela funciona como uma bateria que deve ser recarregada sempre que apresentar carga insuficiente paraalimentar o equipamento.

Todas as vezes que a CPU (unidade de processamento central) for acessar a memória, para escritaou para leitura, cada célula dessa memória é atualizada. Se ela tem 1 lógico armazenado, sua “bateria”será recarregada; se ela tem 0 lógico, a “bateria” será descarregada. Este procedimento é chamado derefresco de memória, em inglês, refresh.

Memória estática

A memória estática não necessita ser analisada ou recarregada a cada momento. Fabricada com circuitoseletrônicos conhecidos como latch, guardam a informação por todo o tempo em que estiver a receberalimentação.

Memória não voláteis

São aquelas que guardam todas as informações mesmo quando não estão ligadas. Como exemplos, citam-se as memórias conhecidas por ROM, FeRAM e FLASH, bem como os dispositivos de armazenamentoem massa, disco rígido, CDs e disquetes. As memórias somente para leitura, do tipo ROM (sigla de ReadOnly Memory), permitem o acesso aleatório e são conhecidas pelo fato de o usuário não poder alterar oseu conteúdo. Para gravar uma memória deste tipo são necessários equipamentos específicos.

Modelos

SIMM (Single In-line Memory Modules)

Os SIMMs utilizam apenas um dos lados da placa para armazenar os chips de memória (DRAM, EDOor BEDO). Um SIMM contem vários chips. Os primeiros SIMMs transferiam 8 bits de dados por cadaciclo e possuiam 30 pinos/terminais. Com a passagem para os 32 bits, foi desenvolvido um SIMM maiorde 72 pinos/terminais. Qualquer dos SIMMs é instalado mediante uma ligeira inclinação.

DIMM (Dual In-line Memory Modules)

Os DIMMs (13.65cm x 2.54cm) utilizam ambos os lados da placa para armazenar os chips de memória(DRAM, EDO ou BEDO). Os DIMMs possuem 168 pinos/terminais e transferem dados a 64 bit. OsDIMMs são instalados verticalmente e desinstalados mediante pressão nas patilhas laterais.

SO DIMM (Small Outline DIMM)

SO DIMMs são usados nos computadores portáteis e são menores que os DIMMs normais. Existem noformato 72 pinos/terminais/32 bits e 14 pinos/terminais/64 bits.

RDRAM - RIMM

A Rambus, Inc, em conjunto com a Intel criou uma nova tecnologia a Direct RDRAM, que aumentou avelocidade de acesso à memória. Com 184 pinos/terminais consegue atingir os 1.6 GB por segundo.

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DDR

É uma evolução da SDRAM e consegue duplicar a velocidade de leitura/escrita por ciclo do relógio.Possui 184 pinos/terminais (133.35 mm x 30 mm). A memória DDR é fabricada em várias velocidadespara poder corresponder às diferentes FSB das motherboard. Sua tensão de alimentação é de 2,5 V.

DDR2

Como o próprio nome indica, a memória DDR2 (133.35 mm x 30 mm) é uma evolução da memóriaDDR. Entre suas principais características estão o menor consumo de energia elétrica, menor custo deprodução, maior largura de banda de dados e velocidades mais rápidas. Ao contrário do que algunspensam, a memória DDR2 não é compatível com as motherboard que trabalham com memória DDR.Embora os pinos/terminais de ambos os tipos pareçam iguais à primeira vista (pois possuem o mesmotamanho), na verdade, não são. Para começar, o tipo DDR tem 184 pinos/terminais e o DDR2 conta com240 pinos/terminais. Sua tensão de alimentação é de 1,8 V, contra 2,5V da DDR

DDR3

Como o próprio nome indica, a memória DDR3 é uma evolução da memória DDR2. Possui 204 pinos etambém possui vários modelos com velocidades diferentes. Sua tensão de alimentação é de 1,5 V, contra1,8 V da DDR2.

Comparação entre os modelos de memórias

Memória Clock Real Taxa de Transferência Máxima Teórica Módulo de MemóriaDDR200 100 MHz 1.600 MB/s PC-1600DDR266 133 MHz 2.133 MB/s PC-2100DDR333 166 MHz 2.666 MB/s PC-2700DDR400 200 MHz 3.200 MB/s PC-3200

DDR2-400 200 MHz 3.200 MB/s PC2-3200DDR2-533 266 MHz 4.266 MB/s PC2-4200DDR2-667 333 MHz 5.333 MB/s PC2-5300DDR2-800 400 MHz 6.400 MB/s PC2-6400DDR2-1066 533 MHz 8.533 MB/s PC2-8500DDR3-800 400 MHz 6.400 MB/s PC3-6400DDR3-1066 533 MHz 8.500 MB/s PC3-8500DDR3-1333 666 MHz 10.666 MB/s PC3-10600DDR3-1600 800 MHz 12.800 MB/s PC3-12800

2.3 Processadores

Características

CLOCK: Quando vamos comprar um processador, a primeira coisa que perguntamos é qual sua frequên-cia de operação, medida em Gigahertz (GHz) ou bilhões de ciclos por segundo, frequência também cha-mada de clock. Acontece, que nem sempre um processador com uma velocidade de operação mais altaé mais rápido do que outro que opera a uma frequência um pouco mais baixa. A frequência de operaçãode um processador indica apenas quantos ciclos de processamentos são realizados por segundo, o quecada processador é capaz de fazer em cada ciclo já é outra história.

MEMÓRIA CACHE: Tipo ultra-rápido de memória que serve para armazenar os dados mais fre-quentemente usados pelo processador, evitando na maioria das vezes que ele tenha que recorrer à com-parativamente lenta memória RAM. Sem ela, o desempenho do sistema ficará limitado à velocidade damemória, podendo cair em até 95%! São usados dois tipos de cache, chamados de cache primário, oucache L1 (level 1), e cache secundário, ou cache L2 (level 2).

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O cache primário é embutido no próprio processador e é rápido o bastante para acompanhá-lo emvelocidade. Sempre que um novo processador é desenvolvido, é preciso desenvolver também um tipomais rápido de memória cache para acompanhá-lo. Como este tipo de memória é extremamente caro(chega a ser algumas centenas de vezes mais cara que a memória RAM convencional) usamos apenasuma pequena quantidade dela.

Para complementar, usamos também um tipo um pouco mais lento de memória cache na forma docache secundário, que por ser muito mais barato, permite que seja usada uma quantidade muito maior.

CAPACIDADE (16bits, 32bits e 64bits): Quando nos referimos a processadores de 16 bits, 32 bitsou 64 bits estamos falando dos bits internos do chip - em poucas palavras, isso representa a quantidadede dados e instruções que o processador consegue trabalhar por vez. Por exemplo, com 16 bits umprocessador pode manipular um número de valor até 65.535. Se certo número tem valor 100.000, eleterá que fazer a operação em duas partes. No entanto, se um chip trabalha a 32 bits, ele pode manipularnúmeros de valor até 4.294.967.296 em uma única operação.

Agora, suponha que você esteja utilizando um editor de textos. É improvável que esse programachegue a utilizar valores grandes em suas operações. Neste caso, qual a diferença entre utilizar umprocessador de 32 bits ou 64 bits, sendo que o primeiro será suficiente? Como o editor utiliza valo-res suportáveis tanto pelos chips de 32 bits quanto pelos de 64 bits, as instruções relacionadas serãoprocessadas ao mesmo tempo (considerando que ambos os chips tenham o mesmo clock).

Por outro lado, aplicações em 3D ou programas como AutoCad requerem boa capacidade para cál-culo e aí um processador de 64 bits pode fazer diferença. Suponha que determinadas operações utilizemvalores superiores a 4.294.967.296. Um processador de 32 bits terá que realizar cada etapa em duasvezes ou mais, dependendo do valor usado no cálculo. Todavia, um processador de 64 bits fará essetrabalho uma única vez em cada operação.

No entanto, há outros fatores a serem considerados. Um deles é o sistema operacional (SO). Ofuncionamento do computador está diretamente ligado à relação entre o sistema operacional e o hardwarecomo um todo. O SO é desenvolvido de forma a aproveitar o máximo de recursos da plataforma para oqual é destinado. Assim, o Windows XP ou uma distribuição Linux desenvolvido antes do surgimentode processadores de 64 bits são preparados para trabalhar a 32 bits, mas não a 64 bits, ou seja, se vocêestiver com um processador de 64bits operando com um sistema operacional de 32bits ele trabalharácomo se fosse um processador de 32bits, e seu desempenho máximo não será explorado. Finalizando,basicamente o SO deve ser compatível com a capacidade do processador.

DUAL-CORE: Um processador dual-core é um processador de dois núcleos, como se fosse doisprocessadores que compartilham os mesmos recursos, como memória cache e RAM. Uma observaçãoimportante a ser feita é que um processador dual-core não é 2 vezes mais rápido que um processadorsimples, em geral é um pouco mais lento que isso. Vários fatores influenciam nessa não correspondênciade velocidade. Mas geralmente é mais vantajoso comprar um dual-core.

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Capítulo 3

Formatação do HD e Instalação deSistemas Operacionais

Primeiro temos que saber alguns conceitos.

Formatar

Formatar um HD significa – simplificadamente – apagar suas informações. Antes de instalar qualquersistema operacional (Windows, Linux etc.) o HD deve ser formatado, o que normalmente já é feito emseu processo de fabricação.

Quando se fala em PC (Personal Computer), formatar um HD geralmente é usado para corrigir umerro de difícil reparação e/ou otimizar o sistema. Fazer que um programa ou até mesmo o próprio sistemaoperacional funcione e tornar um computador mais rápido são problemas que podem ser solucionadoscom a formatação.

Lembre-se que na formatação todos os dados do disco são apagados.

Particionar

Particionar significa dividir, em uma ou mais partes, o HD. É importante notar que, só pelo fato de usarum sistema operacional, o HD já obrigatoriamente estará particionado, mesmo que só em uma parte.

Podemos dividir o HD em mais de uma parte por diversos motivos, entre outros: para organizaro computador em “sistema” e “arquivos comuns”; para instalar mais de um sistema operacional; parauso de backup (cópia de segurança); para algumas tarefas de multiusuários; para simples critério deorganização e para otimizar a gravação de um CD.

3.1 Preparação para formatação do HD

Deve-se seguir os seguintes passos antes de se formatar o HD.

3.1.1 Reavaliar a necessidade de formatá-lo

Formatar um computador demanda entre outras coisas tempo e trabalho. Não importa o quão experienteseja o usuário, com maior ou menor frequência, haverá problemas ao formatar um PC. É prudente tentaranalisar e resolver cada problema que motiva a formatação. Portanto, só é recomendado formatar umcomputador quando houver problemas sérios sem solução aparente ou quando se prever mais tempo etrabalho para solucioná-los do que para formatar o HD.

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3.1.2 Salvar arquivos e informações desejados em um lugar que não vai ser formatado

Planos minimizam erros. Para planejar-se a formatação é preciso adequar os passos a cada caso específicoe organizar as informações. Por exemplo, é interessante anotar cada arquivo que se deseje salvar bemcomo onde encontrar determinados drivers e informações. Com um plano bem feito em mãos otimiza-seo tempo e customiza-se o trabalho.

Recomenda-se que se crie uma pasta chamada BACKUP onde tudo será salvo. Depois basta irrealizando o backup na ordem do guia. Quando chegar na parte de programas e arquivos, é interessantesalvar pastas inteiras e indicar de alguma maneira a localização da pasta salva (colocando no nome alocalização da pasta para depois copiá-la de volta - ex: c - documents and settings).

É necessário ter bastante atenção para que não se esqueça nada, pois os erros mais graves e maisfrequentes ocorrem nessa etapa. É preciso ainda saber que o guia não passa de uma regra, que pode terexceções, ou seja, é necessário atentar para outros arquivos que não se encaixem na lista do guia, masque precisam ser salvos. Ciente disso, basta verificar.

O que salvar de cada usuário

Vale a pena para essa etapa, criar uma pasta para cada usuário no local de backup e ir copiando cadaparte importante para cada usuário.

a) Desktops: Basta, normalmente, ir à pasta Documents and Settings, geralmente em C:\ e copiar apasta Desktop de cada usuário e salvar no local de backup organizadamente para posterior recuperação.

b) Meus Documentos: Basta, normalmente, ir à pasta Documents and Settings, geralmente em C:\ ecopiar a pasta Meus Documentos ou copiar a pasta onde o usuário guarda seus documentos.

O que salvar do computador

a) Drivers: O ideal é que se tenham todos os CDs de drivers que vêm quando se compra um computadorou que se tenha uma pasta em algum lugar que não será formatado ou CD com todos os drivers usadosno PC.

Quando não houver nenhuma das alternativas anteriores, resta apelar para alguns programas que iden-tificam, salvam e posteriormente restauram os drivers do computador. Ex: My Drivers, Driver Geniusetc. Geralmente basta pedir para ele encontrar os drivers e salvar em um lugar que não será formatadoe depois de instalado o Sistema Operacional, basta recuperá-los pelo programa. Mais detalhes sobre ainstalação de drivers são tratados em 3.5.

b) Programas e arquivos de programas importantes: É necessário criar uma lista de cada programainstalado no computador, quais arquivos se deseja salvar desses programas e onde encontrar o executávelpara reinstalação posterior do programa.

3.1.3 Dando boot pelo CD

Isso significa fazer com que o computador inicie-se a partir do CD, e não do HD. Isso é necessáriopois a instalação de um sistema operacional deve ser feita sem a necessidade de algum outro sistemaoperacional já instalado.

Para tanto, siga os passos:

1. Reinicie o Computador e tecle DEL para entrar no SETUP

2. Altere a prioridade de boot para o CD

Para isso, cada placa mãe tem uma maneira diferente que é indicada no manual. Contudo, sempreé necessário listar, na ordem, as unidades em que serão buscados os arquivos de inicialização.O usuário pode descobrir navegando nos menus do SETUP até achar a palavra chave BOOT. Àsvezes está em Advanced Setup, às vezes em Advanced Settings, às vezes em Boot Device. Háainda em algumas placas mães a necessidade de apertar F11 ou F6 ou outro F qualquer para quese encontre um menu de prioridade de boot.

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Normalmente dispositivos apresentam-se com nomes um pouco complicados como:

Ao invés de leitora de cd: HL-DT-ST GCE-8526B

Ao invés de leitora de DVD: HL-DT-ST DVDRAM GSA-4163B

Vale observar que normalmente os HDs possuem o número da sua capacidade em Gigabytes nessenome, exemplo:

Ao invés de HD de 40Gb: WDC WD400EB-00CPF0

Ao invés de HD de 80Gb: SAMSUNG SP0802N

O importante é ter o entendimento geral de prioridade de boot e ir navegando pelo SETUP atéfazer o computador reiniciar pelo CD.

Agora que o sistema está pronto para dar boot pelo CD vamos à instalação do Windows.

3.2 Formatando e instalando Windows

1. Insira o DVD do Windows 7 e reinicie seu computador;

2. Entre na BIOS e escolha para dar boot pelo DVD;

3. Antes de começar a carregar o Windows, ele pedirá que você pressione qualquer tecla para iniciarvia DVD-Rom, faça isso;

4. Aguarde enquanto o sistema carrega os arquivos necessários (o que leva algum tempo, dependendoda velocidade do seu micro).

5. Escolha o idioma, o horário, a data e o padrão do teclado que você utiliza. Após isso, clique emcontinuar;

6. Na próxima tela você terá as opções de particionamento de disco, clique em opções de drive paraparticionar. Selecione a partição que deseja que seja feita a instalação do Windows. Clique empróximo;

7. Agora você precisa apenas esperar que o programa continue a instalação, esta etapa pode demoraralguns minutos.;

8. Assim que o computador reiniciar o sistema solicitará informações como: nome do computador eusuário. Preencha e clique em próximo.

9. Na próxima tela você tem as opções de atualização, recomenda-se que o windows seja atualizadofrequentemente.

10. O próprio sistema fará agora as últimas configurações. Após isso ele estará pronto para uso.

3.3 Instalando o Ubuntu

1. Insira o CD-ROM do Ubuntu e reinicie seu computador.

2. Entre na BIOS e escolha para dar boot pelo CD-ROM.

3. Antes de começar a carregar o Ubuntu, o sistema solicitará que você pressione qualquer tecla parainiciar via CD-Rom. Faça isso.

4. Quando o instalador carregar, ele te oferecerá a opção de testar o Ubuntu e de instalá-lo no compu-tador, escolha a opção de instalação. Na barra à esquerda você tem a opção de escolher o idioma aser instalado.

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5. Na tela seguinte você deve escolher o país e o fuso horário, escolha e clique em avançar.

6. A seguir você tem a opção de escolher o layout do teclado. O que contém a tecla ç (c cedilha) é oABNT2. Escolha e clique em avançar.

7. Agora você tem a opção de escolher a partição para a instalação do linux, escolha a opção deespecificar particionamento manualmente e clique em avançar.

8. Antes de você criar a partição para a instalação do Sistema Operacional (S.O.), é recomendadoque você crie uma partição de SWAP. Para fazer isso na barra “usar como:” escolha “área detroca(SWAP)”. Recomenda-se que a partição de SWAP tenha o dobro do tamanho da sua memóriaRAM.

9. Você agora deve escolher o espaço para criar a partição. Para o formato de montagem escolha oext4 e na caixa de ponto de montagem escolha / (barra).

10. Você deve ter o cuidado de escolher um espaço que você queira, de fato, sobrescrever. Tenhacuidado para não sobrescrever outras partições que você esteja usando (por exemplo a do Windowsinstalado no item 3.2).

11. Na tela seguinte você deve definir o nome do computador, um usário e a senha desse usuário.Muita atenção nesta hora. Escolha e clique em avançar.

12. Agora o instalador te confirma as informações que você forneceu na etapa anterior. Confira eclique em instalar. O instalador só irá fazer alterações no seu computador após você clicar eminstalar.

13. Desse ponto em diante você não precisa fazer mais nada, o próprio instalador concluirá o processo.

3.4 Recuperando o GRUB

O GRUB (Grand Unified Bootloader) é um gerenciador de boot usado em várias distros Linux. Quandovocê reinstala o Windows ou, eventualmente, quando o Windows faz atualizações, ele instala seu própriogerenciador de boot, que não “enxerga” sistemas linux, sendo assim necessário que reinstalemos o GRUBpara poder usar o linux.

Para reinstalar o GRUB será necessário um live-CD (que é um disco que pode carregar o S.O. Seminstalá-lo), a maioria dos cds de instalação do linux são live-CD’s.

Se você dispõe de um cd do ubuntu, quando ele te der a opção de instalar ou testar o sistema, vocêdeve escolher testar o sistema.

1. Quando o sistema do live-CD iniciar, abra o terminal e entre como root (comando su);

2. Crie uma pasta para o sistema do live-CD montar o sistema do linux instalado no seu PC: mkdir-p /mnt/linux;

3. Agora com o comando fdisk -l veja em qual partição o linux estará montado, provavelmente seráalgo como /dev/sdax, onde x representa o número da partição linux;

4. Agora monte o sistema na pasta anteriormante criada com o comando mnt /dev/sdax /mnt/linux,substitua x pelo número da partição em que o linux está instalado no seu computador;

5. Agora use os comandos a seguir: mount -o bind /dev /mnt/linux/dev e mount -t proc none/mnt/linux/proc;

6. Devemos agora acessar a partição montada como root, para isso use o comando chroot /mnt/linux/bin/bash;

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7. Utilizaremos agora o comando para atualizar o GRUB: /usr/sbin/update-grub;

8. Instalando o GRUB: grub-install /dev/sda;

9. Agora saia do chroot com o comando exit;

10. Desmonte agora as parições montadas com os comandos umount /mnt/linux/proc; umount /mnt/linux/deve umount /mnt/linux;

11. Agora e só reiniciar o computador com o comando reboot. Lembre-se de retirar o disco quando ocomputador estiver sendo reiniciado.

3.5 Instalação dos drivers

Após a instalação do Windows é necessário instalar os drivers do componentes que o Windows nãopossui. Os drivers são programas que fazem seu hardware funcionar corretamente. Por exemplo, parafazer sua placa de vídeo funcionar é necessário instalar o driver para aquele exato modelo.

Para instalar os driver das placas onboard, normalmente rede e som, basta inserir o CD de instalaçãoque veio junto com a placa mãe e seguir as instruções.

Para as placas offboard, use o CD de instalação que veio com a placa.Em ambos os casos, talvez você tenha perdido o CD de instalação ou necessita instalar um versão

mais nova para resolver alguma incompatibilidade ou para ter novos recursos. Para tanto precisamosprimeiro saber a marca e modelo da placa. Podemos fazer isso de duas maneiras:

1. Abrir o gabinete e procurar a marca e modelo da placa escritas em algum chip. Se for para umaplaca onboard, o melhor é tentar identificar a marca e modelo da placa mãe olhando na própriaplaca, como mostrado na figura 3.1.

Se a placa for offboard deve-se procurar a marca e modelo escrita em algum chip ou na própriaplaca, como mostrado na figura 3.2.

Figura 3.1: Marca e modelo da placa mãe. No caso, marca GigaByte, modelo G31M-S2L

2. Usar o programa HWinfo32, disponível no site www.superdownloads.com.br. Existe a versão por-table, que não exige que o programa seja instalado no computador. Quando executa-se o programaele já mostra qual o seu processador, placa e vídeo e mais algumas informações. Com ele você tam-bém pode saber informações de alguns sensores do computador, como temperatura e velocidadedos coolers.

A figura 3.3 mostra o modelo da placa mãe do computador. Note que o menu esquerdo tambémestá mostrando a marca e modelo da placa de vídeo, no caso uma ATI 9550.

Identificada a marca e modelo, procure no google o site do fabricante e vá na seção de downloads ousuporte para fazer o download do driver apropriado.

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Figura 3.2: Marca e modelo da placa de som. No caso, marca Creative, modelo SB0570

Figura 3.3: Marca e modelo da placa mãe usando o HWinfo32. No caso, marca Asus, modelo P4S8X-MX

Identificando dispositivos não instalados

Para saber quais os dispositivos não possuem drivers instalados, clique com o botão direito em MeuComputador, Propriedades, aba Hardware e clique no “Gerenciador de Dispositivos”. Os dispositivosque ainda não estiverem instalados ou com algum outro problema terão um sinal de exclamação ao seulado.

Se preferir, tente achar o driver para o dispositivo usando o Windows Update. Para tanto, clique duasvezes no dispositivo que não está instalado e clique no botão “Reinstalar driver”. Na janela que aparecer,selecione a opção que permite que o Windows Update procure o driver. Tenha certeza de que estejaconectada à internet.

Instalando apenas o driver, sem instalar outros softwares

Muitas vezes ao instalar um driver não instalamos somente o driver em si e sim algum software de con-trole a mais. Por exemplo, ao instalar o driver de vídeo usando o setup do programa, é instalado tambémum software para controle de frequência do monitor, resolução, entre outras coisas. Quando instala-seo driver de som usando o setup dele, instala-se também um gerenciador de áudio que fica residente namemória do sistema. Esse gerenciador pode controlar a conexão e desconexão de dispositivos.

Se você não quer que esses outros softwares sejam instalados, tem a opção de instalar somente onecessário. Para tanto, clique com o botão direito em Meu Computador, Propriedades, aba Hardwaree clique no “Gerenciador de Dispositivos”. Clique duas vezes no dispositivo que não está instalado eclique no botão “Reinstalar driver”. Você será perguntado se deseja usar o Windows Update. respondaque não. Após isso, escolha o local que se encontra o driver e confirme. O sistema instalará somente odriver.

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Capítulo 4

Soluções de problemas comuns

Nessa seção são listados os problemas mais comuns em computadores e suas possíveis soluções. Ressalta-se aqui a importância do conhecimento do funcionamento geral de um computador, uma vez que esseconhecimento levará a uma identificação melhor do problema e de suas possíveis soluções.

Esses procedimentos requerem cuidados especiais por parte da pessoa que os está executando.Nunca abra um gabinete de PC sem antes verificar se já acabou a sua garantia. Uma máquina nova

sempre vem com lacre da revenda ou fabricante (pequena etiqueta adesiva que se rasga quando tenta-seremovê-la). Se essa etiqueta estiver danificada, o fornecedor saberá que o computador foi violado e seeximirá de trocar quaisquer peças defeituosas.

4.1 O computador não liga

Esse é um dos problemas que pode ter a maior variedade de causas possíveis. Tentaremos identificar omaior número possível delas.

4.1.1 Alimentação externa

Caso o computador não esteja dando sinal de que esteja ligado, através de barulhos ou luzes, o problemapode ser a falta de alimentação externa.

Verifique se o computador está corretamente ligado à rede elétrica e certifique-se que o cabo estejafirmemente preso. Caso esteja ligado a um estabilizador ou no-break, verifique se este está ligado.

Verifique também se a fonte do computador possui um botão traseiro de liga e desliga. Caso possua,o botão deve estar na posição “I”, que indica ligado. A posição “O” indica desligado.

Outra verificação a fazer é a seleção de voltagem. Por exemplo, caso a tensão da sua cidade seja110V, mova a chave de seleção para a posição que faça com que apareça a numeração 110.

Caso o computador ainda não ligue e nem o filtro de linha / no-break, tente ligar um outro aparelhona tomada para ter certeza de que a tomada esteja funcionando.

4.1.2 Fonte do computador e cabeamento interno

A fonte é a responsável em transformar a corrente alternada de 110Volts/220volts em contínua de 12volts,5volts e 3volts, dependendo do periférico acoplado ao cabo interno de alimentação.

Atualmente existem muitas fontes de energia de fabricação chinesa que possuem componentes depéssima qualidade. Essa fontes são normalmente conhecidas como fontes genéricas, pois anunciam umapotência de 400W enquanto só fornecem uma potência de 250W ou menos. Essas fontes possuem umalto índice de falha e por isso necessitam ser trocadas frequentemente.

Se você tem certeza que a alimentação externa está funcionando, tenha feito as verificações apontadasnas seção 4.1.1 e o computador não liga quando pressiona-se o botão ligar, então a fonte de alimentaçãopode ser o problema.

Antes de condenar a fonte, verifique as conexões de alimentação internas:

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• Verifique se os fios que partem do painel frontal do gabinete está corretamente ligados à placa-mãe.Use o manual da placa mãe para saber o local correto de conexão.

• Verifique se os cabos da fonte de alimentação estão ligados corretamente à placa mãe. Cheque sea placa mãe necessita de alimentação especial para o processador (um plugue de quatro pinos) ese o cabo da fonte de alimentação está ligado a ele.

Tendo feito essas verificações, com o gabinete aberto, tente ligar o computador e verifique se o cooler(ventilador) do processador está rodando, assim como o cooler da fonte. Caso negativo, o problema podeser mesmo a fonte. Para ter certeza, pegue emprestada a fonte de um outro computador para ver se tudovai funcionar.

4.2 O computador liga e ouço barulhos, mas não aparece nada na tela

Se isso acontecer pode ser por dois motivos principais: problema na parte de vídeo ou na memória docomputador.

4.2.1 Verificando o vídeo

Caso o led do monitor esteja apagado, certifique-se que o monitor esteja conectado a uma fonte comenergia que esteja funcionando.

Pode ser também que o cabo de dados entre o monitor e o computador não esteja firmemente co-nectado. Se isso acontecer, irá aparecer uma mensagem na tela do monitor dizendo que não há caboconectado, ou então o led que indica que o monitor está ligado ficará piscando.

Caso a placa de vídeo seja off board, verifique se a mesma está firmemente conectada à placa mãe.Você pode tentar também ligar o computador usando um outro monitor.Dica: na maioria dos computadores, se estiver tudo OK com os componentes principais de dentro do

gabinete, um único bip será emitido ao ligar. Nesse caso, exclua a possibilidade de falha de componentesinternos importantes e veja se o monitor está funcionando.

Verificando a memória

A memória com certeza é o hardware que mais falha em um computador doméstico. Quando isso ocorre,o computador liga mas não inicia. Muitas vezes o computador começa a emitir bips.

Felizmente, pode ser apenas a sujeira ou oxidação que esteja atrapalhando a comunicação da placamãe com a memória do computador. Para verificar essa situação, siga os passos:

• Desligue o computador e não se esqueça de retirar o cabo de força da tomada. Espere algunssegundos.

• Abra o gabinete e retire os módulos de memória dos slots.

• Com a ajuda de um pincel macio, limpo e seco, limpe os slots de memória, retirando toda a sujeiraexistente. Algumas pessoas simplesmente assopram nesses slot, mas isso não é recomendável, umavez que a saliva pode criar um curto que pode queimar a placa mãe. Caso haja oxidação, talvezseja necessário o uso de produtos próprios para isso. Esses produtos vêm em sprays e devem sempassados com cuidado. Espere o produto secar para recolocar os módulos.

• Nos módulos de memória, use uma borracha branca e que não solte muitos fiapos para limpar aárea de contato metálico. Cuidado com o manuseio dos módulos.

• Recoloque os módulos de memória no lugar e ligue o computador.

Se esse procedimento não resolveu o problema, tente ligar o computador com apenas um módulo dememória de cada vez. Se o computador ligar é porque o outro módulo memória está com problemas epossivelmente terá que ser feita a troca dele.

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4.3 O computador reinicia sozinho

O reinício do computador pode ter várias causas.O Windows pode ter feito algumas atualizações no sistema que exigiram o reinício automático do

computador. Nesse caso, uma mensagem aparecerá na tela pedindo sua confirmação. Muitas vezes aspessoas não leem o que está escrito na mensagem e simplesmente clicam em OK.

O reinício do computador também pode ser causado por algum vírus. Tenha certeza de ter umsoftware anti vírus instalado e atualizado e mande-o fazer uma varredura no sistema. Faça uma varreduracom um anti spyware também. Mais detalhes podem ser encontrados na seção 6.5.

Outra causa muito comum é a fonte do computador que pode estar ruim. Faça um teste com algumaoutra fonte para ter certeza.

Uma parte da memória pode estar com problemas. Como é só uma parte, o problema pode nãoser detectado na hora do boot, como descrito na seção 4.2.1. Tente limpar a memória como citadoanteriormente. Caso não resolva, podemos testar a memória usando um programa chamado Memtest.Baixe as versões mais recentes no site www.memtest.org. Ele deve ser gravado em um CD virgem.Agora, reinicie o computador e dê boot pelo CD. Espere o programa terminar a checagem da memória.Caso dê algum erro, será necessária a troca da memória. Pegue emprestada a memória de um outrocomputador para ter certeza de que este é o problema.

Outra causa é o superaquecimento do processador. Para que ele não queime, a placa mãe desliga ocomputador quando detecta que a temperatura do processador está muito alta. Aguarde uns minutos eligue o computador com o gabinete aberto. Se você notar que o cooler não está girando muito rápido,tente lubrificá-lo como descrito na seção 5.9. Você pode verificar a temperatura do processador usandoo software HWinfo32 para sistemas de 32-bits e HWinfo64 para sistemas de 64-bits.

Outra forma de prevenir o superaquecimento é a escolha correta do gabinete. É recomendável ter umgabinete de no mínimo 4 baias. Baia é o espaço reservado para se colocar uma unidade de CD / DVD.

Alguns gabinetes com 3 baias podem dificultar a refrigeração do processador. A Figura 4.1 mostraum computador com apenas 3 baias. Note que a fonte ficará sobre o cooler do processador quando ela forcolocado para dentro do gabinete, impedindo que o cooler resfrie bem o processador. Já na Figura 4.2,que mostra um gabinete de 4 baias, nota-se que a posição da fonte possibilita uma melhor refrigeraçãodo processador.

Figura 4.1: Gabinete de 3 baias com fontedificultando refrigeração. Figura 4.2: Gabinete de 4 baias.

4.4 O mouse não funciona

Talvez o cabo de seu mouse tenha se desconectado ou algo no software tenha travado o mouse. Se omouse tiver conexão usb (a mesma conexão usado por pen drives), desconecte e conecte novamente omouse para ver se o computador o reconhece.

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Mas, se a conexão do mouse for ps/2 (aquela redondinha) ou se o procedimento anterior falhar, amelhor coisa a fazer é fechar todos os programas que você esteja trabalhando usando o teclado e como computador desligado, recolocar o mouse.. Para fazer isso, mantenha a tecla “ALT” pressionada epressione a tecla “F4”. Esse atalho fechará o programa atual. Repita a operação para todos os programas.Se algum programa estiver minimizado, abra-o com o atalho “ALT” + “TAB” e depois feche-o com ocomando anterior.

Fechados todos os programas, desligue o Windows. Para tanto, pressione a tecla “Windows” (àsvezes chamada de tecla “super”) para aparecer o “Menu Iniciar” e com a seta para baixo, escolha aopção “Desligar”. Quando o computador estiver desligado, tire o coloque o mouse novamente e ligueo computador. Caso o problema persista, tente colocar o mouse em um outro computador para ver se oproblema é com ele mesmo. Lembre-se que se o mouse tiver conexão PS/2, deverá ser colocado com ocomputador desligado.

4.5 O computador travou

Primeiro, temos que ter certeza que o computador travou. Aperte a tecla “Num Lock”. Se a sua teclativer um led verde, ele deve acender e apagar quando você aperta seguidamente. Se luz acende e apaga,seu computador apenas “parou para pensar”, dê um tempo e espere ele voltar. Se isso não acontecer ouse o led do “Num Lock” não acender e apagar, é porque seu computador realmente travou.

Agora, o jeito é reiniciar o computador pressionando o botão reset no gabinete. Faça isso como últimaopção, após ter esperado um tempo para que o computador volte a funcionar. O reinício do computadorpor esse método acarreta perda de dados não salvos e talvez algumas inconsistências no disco.

4.6 Código de bips da BIOS

Após o POST não detectar quaisquer problemas, o sistema emitirá um bip curto que o informará que oteste está completo e o computador carregará o Sistema Operacional normalmente.

Se durante os testes o POST detectar algum problema, ele normalmente mostrará o erro na tela.Entretanto, se o problema é detectado antes da BIOS inicializar uma placa de vídeo, ou a placa de vídeonão estiver presente (solta por exemplo), a BIOS irá emitir vários sons para indicar a existência de umproblema.

Na lista abaixo temos alguns padrões para as versões de BIOS mais comuns. É muito importante quevocê preste atenção ao número e/ou padrões de bips que seu computador emite durante sua inicialização,para sua equipe técnica poder auxiliá-lo melhor.

As listas dos códigos de bips para as BIOS AMI e Award são mostradas a seguir

AMI (American Megatrends International)

A BIOS AMI usa os bips numa mesma frequência de tom. Um erro é mostrado através de um quantidadede bips.

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CÓDIGO DO BIP CAUSAS POSSÍVEIS1 Bip curto Sistema normal, sem erros1 Bip longo Falha no Refresh. Falha na placa mãe ou na memória(mais provável)

2 Bips curtos Falha geral. O BIOS não foi capaz de identificar o problema. Pode ser memória2 Bips longos Erro de paridade na memória. Memória com Problema3 Bips longos Falha nos primeiros 64 KB da memória RAM. Memória com Problema4 Bips longos Placa-Mãe com Problema (mais provável) ou memória (menos provável)

5 Bips Processador com problema6 Bips CPU ou Placa-Mãe com problema7 Bips Processador com problema8 Bips Placa de vídeo ou memória com problema9 Bips BIOS com problema10 Bips Placa mãe com problema11 Bips CPU ou Placa mãe com problema

Award

A BIOS Award usa bips de durações variáveis. Um bip longo vai tipicamente durar 2 segundos, enquantoum bip curto dura 1 segundo. Também usa diferentes frequências para indicar erros críticos ou graves.Se a BIOS Award detectar que a CPU está esquentando acima do limite, ele irá bipar repetidamenteenquanto o computador estiver ligado.

CÓDIGO DO BIP CAUSAS POSSÍVEIS1 Bip curto Sistema normal, sem erros

1 Longo, 2 Curtos Placa Vídeo com ProblemaBips Repetidos(sem fim) Memória com Problema ou mal contato.

1 Longo, 3 Curtos Vídeo ou memória de vídeo com ProblemaBips de Alta Frequência Falha na ventoinha da CPU

Bips repetidos, Altos e Baixos CPU com Problema

4.7 Erros comuns na montagem de computador

Aqui são listados alguns erros comuns na montagem do computador. Alguns erros apontados podem nãofazer o computador parar de funcionar, mas ele poderá ter um desempenho abaixo do esperado.

4.7.1 Placa mãe

A maioria das placas-mãe vem de fábrica com uma espuma antiestática (normalmente rosa, branca oupreta) em sua embalagem. Muitos técnicos, ao montar a placa-mãe no gabinete, prendem essa espumaentre a placa-mãe e o chassi metálico do gabinete, pensando que esse procedimento evita que a placa-mãeencoste no chassi metálico do gabinete. Acontece que essa espuma retém o calor gerado pela placa-mãee evita a normal circulação de ar que há no espaço existente entre a placa mãe e o chassi metálico dogabinete. Com isso, é muito comum que micros montados usando essa espuma travem e/ou deem errosaleatórios por superaquecimento.

4.7.2 Disco rígido e CD ROM

Se você ainda usa um disco rígido IDE (ou seja, ATA-100, ATA-133, etc) em vez de um disco SerialATA (SATA), você deve tomar muito cuidado na hora de instalar o disco. Discos rígidos IDE utilizamum flat cable de 40 ou 80 vias que normalmente possui três conectores, um em cada ponta do cabo e umno meio. O disco rígido deve ser conectado em uma das extremidades do cabo e a placa-mãe, na outra.O conector do meio fica normalmente vazio. Acontece que alguns técnicos instalam o disco rígido noconector do meio do cabo, fazendo que o conector da ponta fique “sobrando”. Isso não é bom, pois esse

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pedaço do cabo irá funcionar como uma antena, captando e injetando ruídos na transmissão de dados,fazendo com que a taxa de transferência do disco rígido seja menor. Além disso, se o seu disco rígidousa um flat cable de 40 vias, recomendamos que você o substitua por um modelo de 80 vias.

Outro erro é colocar o HD e o CD ROM no mesmo conector IDE. Isso faz com que a taxa detransferência de dados caia. Se a sua placa mãe possuir 2 entradas IDE, use uma para o HD e a outra parao CD ROM. Atualmente, os HDs e até mesmo os drives de CD / DVD possuem conexão SATA, assim,esses problemas logo deixarão de aparecer.

4.7.3 Memórias

Praticamente todos os micros atuais permitem que a memória RAM trabalhe no modo chamado “doiscanais” ou “dual channel”. Neste modo de operação, a taxa de transferência da memória é dobrada (pelomenos teoricamente), já que o processador (no caso dos processadores AMD64) ou a ponte norte (nocaso dos demais processadores) acessarão à memória a 128 bits por vez, em vez dos tradicionais 64 bits.Atualmente todos os novos micros trabalham desta forma, exceto aqueles baseados nos processadoresAMD soquete 754 (o Sempron, por exemplo).

Por isso você precisa verificar se este modo de operação está ou não habilitado em seu micro demodo a obter o desempenho máximo possível. Para usar este modo de operação você precisa ter dois ouum número par de módulos de memória no micro, ou seja, se você tem apenas um módulo de memóriao modo de operação de dois canais não funcionará. Por isso é melhor ter dois módulos de 1 GB em vezde apenas um de 2 GB, caso você queria ter 2 GB de memória instalada em seu micro, por exemplo.

Existem duas maneiras básicas de verificar se o seu micro está ou não usando o modo de dois canais.A primeira é verificar o que aparece na tela logo após você ligar o micro. Aparecerá a frase “SingleChannel Mode” ou “Dual Channel”.

A segunda maneira é rodar um programa de identificação de hardware, por exemplo, o HWinfo32.Na aba “memory” estará escrito: “Memory runs at: (single channel) ou (dual channel)”.

Talvez essa informação esteja disponível em placa mãe -> SMIBIOS DMI-> Memory Device ->Memory Controller. Ele dirá se placa mãe aceita o padrão dual channel (Supported interleaved: 2 ways)ou single channel (Supported interleaved: 1 ways) e se a memória está rodando em single channel oudual channel.

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Capítulo 5

Manutenção preventiva no hardware

5.1 O que é

É basicamente a limpeza geral das máquinas e checagem dos componentes. A limpeza das peças ecomponentes pode chegar a quadruplicar o tempo de vida das máquinas. Não é um custo, é investimento!

5.2 Unidade de CD (DVD-ROM,CD-RW)

Use um CD-ROM com superfície em microfibra que ao tocar a superfície das lentes da Unidade, faz alimpeza. Somente deve-se usar uma vez a cada bimestre, pois esse processo é abrasivo. Leia os manuaisexplicativos.

5.3 Teclado (Keyboard)

Primeiro vire o teclado de cabeça para baixo, fazendo pequenos movimentos para cima e para baixo,visando deslocar os resíduos para fora do teclado.

Após, caso haja alguns resíduos de açúcar ou café, limpe com um cotonete apropriado embebido emálcool isopropílico . Evite usar aspiradores muito potentes, álcool comum ou água.

5.4 Monitor CRT /Scanner

Não use álcool em hipótese alguma. Limpe o vidro inicialmente com um pincel fino (o mesmo que éutilizado para passar maquiagem).

Depois passe um pano levemente umedecido em água e depois seque-o com outro pano seco. Naparte externa, use pasta apropriada de limpeza.

Esses procedimentos são abrasivos, portanto devem ser feitos com moderação.No caso de monitores de vídeo, lembre-se que mesmo ele sendo desligado, ainda há energia suficiente

para um choque elétrico de potencia altíssima, portanto evite líquidos em seu interior.

5.5 Monitor LCD

Em monitores LCD, o cuidado é ainda maior. Use apenas um pano macio e seco para tirar a poeira. Ouso de produtos de limpeza na tela pode danificá-la permanentemente.

5.6 Impressora Jato de Tinta

As impressoras da HP e EPSON dispõem de software especial para alinhamento e limpeza de cartucho.Na parte externa, use pasta apropriada de limpeza.

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Esses procedimentos são abrasivos, portanto devem ser feitos com moderação. Leia os manuaisexplicativos e/ou telas de ajuda antes de executar a tarefa.

5.7 Placa mãe

Usando-se um compressor em baixa potencia (apenas um pequeno sopro às vezes resolve) e um pequenopincel de cerda, dá-se cabo dessa tarefa em 5 minutos.

Pode-se usar também um pequeno aspirador em conjunto com o pincel.

5.8 Placas em geral (Placas conectadas nos slots do computador)

Nesse item incluímos as placas PCI, AGP, ISA e as Memórias.Primeiro siga o procedimento de limpeza da placa mãe, para evitar que algum resíduo caia nos slots.Após isto, retire cada placa, limpando-a levemente na área dos contatos metálicos, usando para isso

uma pequena borracha branca e que não solte fiapos. Após a limpeza recoloque-a no lugar e então passepara a placa seguinte.

5.9 Coolers

O cooler é fundamental para a refrigeração do processador. Com o tempo (entre 6 meses e um ano), alubrificação fica comprometida, causando a diminuição da rotação e como consequência o aumento datemperatura.

Como paliativo, retire o Cooler, pulverize WD-40 nos rolamentos e deixe-o secar. Talvez seja ne-cessário desprender o cooler do dissipador (estrutura de alumínio ou cobre). Talvez haja também umaetiqueta impedindo o acesso ao rolamento do cooler e você deverá retirá-la com cuidado.

Após lubrificar o cooler, tenha certeza de que tirou o excesso de óleo para que este não caia na placamãe ou no processador.

Importantíssimo: Ao colocar o cooler velho ou novo no processador, lembre-se de retirar qualqueretiqueta de propaganda que esteja na área de contato com o processador. Não confunda essa etiquetacom etiquetas que substituem o uso de pasta térmica. Se este não for o seu caso, não esqueça de colocaruma fina camada de pasta térmica na junção entre o cooler e o processador e principalmente fazer oFLUXO DE AR do cooler ir na direção do processador ou seja usá-lo como um ventilador e não comoum exaustor.

Limpe o dissipador com um pincel macio e limpo.Essas medidas ajudam até mesmo a melhorar o ruído causado pelo cooler.

5.10 Fonte de Alimentação (power suply)

As fontes contém componentes que também se deterioram no calor e no uso constante. Por norma, asvoltagens podem variar no máximo até 5% para baixo ou para cima.

Com a deteriorização dos componentes, temos situações onde a corrente do Hard Disk que é 12 Voltsfica em 10Volts, causando perda de potencia no motor e acarretando mal funcionando na leitura/gravaçãode dados. E isto é muito grave.

A ventoinha da fonte tem que sempre estar limpa, pois ela é usada como um exaustor do ar quenteinterno do gabinete do computador.

A limpeza TEM que ser externa, pois a abertura da fonte tem que ser feita por técnico especializado.Faça a limpeza com um compressor de ar um pouco mais fraco, o suficiente para retirar a sujeira dedentro dela.

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5.11 Gabinete ou Box do PC

A única limpeza a ser realizada aqui é a retirada do pó com um pano limpo e seco. Pode-se usar também,em sua parte externa, produtos especiais para a limpeza de gabinetes.

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Capítulo 6

Manutenção por Software

As vezes, problemas como a lentidão do computador são solucionados por uso de softwares, sem anecessidade de troca de peças.

6.1 Desfragmentação de disco

Para tentar diminuir a lentidão do computador, recomenda-se primeiramente fazer a desfragmentação dodisco. Como o nome já diz, esse processo tenta acabar com a fragmentação do disco. Mas, o que é isso?

Quando um arquivo é gravado no disco rígido (HD), o sistema operacional pode optar por gravar essearquivo no primeiro espaço que caiba por inteiro. Caso não consiga achar um espaço contínuo para isso,ou por outras razões, gravará o arquivo em seções descontínuas, fazendo com que a leitura do mesmodemore mais que o normal, já que o cabeçote de leitura terá que ser deslocado para outras regiões do HD.

A desfragmentação de disco analisa os aquivos no disco e os move para partes contínuas.Para fazer isso no Windows 7, vá em Iniciar -> Todos os Programas-> Acessórios -> Ferramentas

do sistema -> desfragmentador de disco. Escolha a unidade a ser desfragmentada e clique em desfrag-mentar disco. Será mostrado o estado do disco antes e após a desfragmentação.

Você também pode fazer isso abrindo o “Meu Computador”, clicando com o botão direito do mousesobre o drive a ser desfragmentado e escolhendo a opção “propriedades”. Na aba “ferramentas”, cliqueem “desfragmentar agora”.

6.2 Corrigindo erros no disco

Quando o computador é desligado de forma errada, por exemplo queda de energia ou reinício pelobotão reset, podem ocorrer algumas inconsistências no disco. Por isso, recomenda-se verificar o discoperiodicamente. Para tanto, abra o meu computador, clique com o botão direito do mouse no drive a serverificado e escolha a opção “propriedades”. Vá na aba “ferramentas” e clique em “Verificar Agora”.

6.3 Desinstalação de programas desnecessários

Para desinstalar programas desnecessários, abra o painel de controle em Iniciar-> Painel de controle.Clique em “Desinstalar um programa” e desinstale o programa que você tenha certeza que não é usado.

6.4 Limpeza do registro do Windows

Infelizmente, quando desinstala-se um programa no Windows, vários registros de configuração ficampara trás, causando perda de performance do sistema.

Para solucionar esse problema, o melhor é usar um programa especializado em excluir entradasinválidas no registro do Windows. Recomendamos o CCleaner, um programa gratuito e muito bom. O

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CCleaner é um dos softwares mais seguros para remoção de entradas inválidas, sempre preservando afuncionalidade dos programas e a integridade do sistema como um todo.

6.5 Proteção contra vírus e spywares

Vírus são programas de computadores que fazem algo ruim ao usuário. Por exemplo, um vírus podesimplesmente abrir janelas com mensagens engraçadas ou até deletar arquivos importantes. A melhormaneira de prevenir de vírus é a instalação de um antivírus.

Além de um antivírus, recomenda-se a instalação de um anti-spyware. Spyware são softwares es-piões, ou seja, capturam dados de seu computador e envia para o produtor do Spyware. Esses dadospodem ser senhas do e-mail, dados pessoais ou até a senha do banco que você acessa pela internet.

Recomendamos o Avast Antivírus, por ser leve, gratuito, funcional e ter a opção de ser em idiomaportuguês do Brasil. Além disso o próprio Avast inclui detecção de Spyware.

Uma outra dica é a criação de uma conta limitada. Em uma conta limitada, o usuário não tempermissão de instalar ou desinstalar programas. Assim, se um vírus tentar se instalar no sistema nãoirá conseguir. O máximo que poderá fazer é bagunçar a conta do usuário, mas não será necessário aformatação do disco. Mas atenção, essa medida não protege o usuário contra vírus, apenas não os deixatomar conta do computador.

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