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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ESTRUTURAL E CONSTRUÇÃO CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL NELSON DE OLIVEIRA QUESADO FILHO ANÁLISE DOS ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE PRATICADOS PELAS EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL NA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA FORTALEZA 2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ESTRUTURAL E CONSTRUÇÃO CIVIL

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

NELSON DE OLIVEIRA QUESADO FILHO

ANÁLISE DOS ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE PRATICADOS PELAS

EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL NA REGIÃO METROPOLITANA DE

FORTALEZA

FORTALEZA

2009

ii

NELSON DE OLIEIRA QUESADO FILHO

ANÁLISE DOS ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE PRATICADOS PELAS

EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL NA REGIÃO METROPOLITANA DE

FORTALEZA

Monografia submetida à Coordenação do

Curso de Engenharia Civil da Universidade

Federal do Ceará, como requisito parcial

para obtenção do grau de Engenheiro Civil.

Orientador: Prof. Luiz F. M. Heineck

FORTALEZA

2009

iii

NELSON DE OLIVEIRA QUESADO FILHO

ANÁLISE DOS ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE PRATICADOS PELAS

EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL NA REGIÃO METROPOLITANA DE

FORTALEZA

Monografia submetida à Coordenação do curso de Engenharia Civil como

requisito parcial para a obtenção do grau de Egenheiro Civil.

Aprovada em 02/12/2009

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________________

Prof. Ph.D. Luiz Fernando Mählmann Heineck (Orientador)

Universidade Federal do Ceará - UFC

_______________________________________________________

Engenheiro Civil André Quinderé Carneiro

Construtora Castelo Branco

________________________________________________________

Engenheiro Civil Hudson Silva Oliveira

Fibra Construções

iv

AGRADECIMENTOS

Ao professor Heineck pela orientação brilhante e paciente na realização deste

trabalho, que sem sua fundamental ajuda não teria sido concretizado.

Aos professores Silvrano Dantas, Felipe Loureiro, Thais Alves, Thereza Denyse,

John Kenedy de Araújo e Francisco de Assis pelo indiscutível dom da docência que

tornou o aprendizado extremamente prazeroso.

Aos colegas Filipe Jorge, Adson Pontes, Daniel Chastinet, Bruno Maia, Michell

Ribeiro, Rafael Fernandes, Igor Araripe, André Studart, Gabriel Duarte, João Leal, Elias

Bachá, Ravel Holanda, Victor Ventorini, Ivna Baquit e Ernesto Molinas que se

tornaram verdadeiros amigos nesta jornada.

Às construtoras Tríade e Cameron que sempre me acolheram com

responsabilidade, seriedade e respeito.

À Selimar Marques e à Leo Albuquerque que não mediram esforços para tornar

minha caminhada mais tranqüila.

Ao Francisco Buarque de Hollanda pelo acalanto de seus versos.

E aos que não lembro neste momento, mas que de alguma forma me ajudaram a

conquistar o que tenho.

v

RESUMO

A competitividade na indústria da construção civil tem demandado preocupações gerenciais em se identificar as causas da variabilidade dos seus indicadores de desempenho. A análise dos índices de produtividade aparece como um primeiro passo na investigação das deficiências em um sistema produtivo. Este trabalho apresenta um banco de dados de índices de produtividade praticados pelas empresas de construção civil na região metropolitana de Fortaleza que foram coletados através de pesquisa de campo e visitas às construtoras locais. Também apresenta as dificuldades encontradas para a sua obtenção. Esses dados são padronizados em relação à suas abrangências e reunidos em grupos onde se identificam os índices com maior variação entre si. É também aplica um questionário para se qualificar a aderência das empresas ao modelo de produção Lean. O resultado do questionário é relacionado com os índices de produtividade de cada empresa para que se possa verificar a dependência entre estes. Portanto, após a análise dos dados é possível observar a existência de serviços cujos índices de produtividade apresentam uma variabilidade muito grande entre as empresas entrevistadas o que indica uma forte dependência entre suas produtividades, as características peculiares de cada obra e a aderência ao modelo de gestão enxuta. Palavras-chave: Índices de Produtividade, Variabilidade, Gestão da Produção.

vi

ABSTRACT

The competitiveness in the construction industry have defendant managerial concerns about identifying the causes of the variability of its performance indicators. The analysis of productivity indicators shows up as one first step on the investigation of the deficiency in a productive system. This paper presents a database of productivity indicators used by some constructions companies on the metropolitan area of Fortaleza that were collected through field research and visit to local companies. Also it presents the difficulties found on the obtaining of those. These data are standardized in relation to their ranges and grouped in series where there can identify the indicators with major variations. Therefore, after the data analysis it’s possible to observe the existence of services whose productivities indicators presents a very large variation among the visited companies indicating a strong dependency between their productivity and their peculiars characteristics. Keywords: Productivity Indicators, Dependence, Production Management.

vii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 – Ilustração da transformação do esforço humano em serviço ............. 02

Figura 2.1 – Planilha utilizada para medição de produtividade ............................ 06

Figura 2.2 – Planilha modificada utilizada para medição de produtividade ......... 06

Figura 3.1 – Fluxograma do planejamento de custos no processo construtivo ... 12

Figura 4.1 – Fachada do empreendimento estudado ............................................. 15

Figura 4.2 – Fotografia da rua principal do empreendimento estudado ................ 16

Figura 4.3 – Planilha utilizada para o controle do serviço de revestimento

de fachada ......................................................................................... 18

Figura 4.4 – Planilha utilizada para o controle do serviço de revestimento

cerâmico interno ............................................................................... 18

Figura 4.5 – Tabela exemplo do resumo das produtividades do serviço de

lançamento de concreto ................................................................... 20

viii

LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 – Relação dos Serviços Estudados ....................................................... 05

Tabela 4.1 – Banco de dados referente ao serviço de alvenaria de baldrame

da casa 01 ......................................................................................... 19

Tabela 4.2 – Índices de produtividade medidos in loco durante o estudo de

caso ................................................................................................... 21

Tabela 5.1 – Médias, limites e intervalos dos serviços estudados ........................ 24

Tabela 5.2 – Comparativo entre a média dos índices cedidos pelas empresas

e os levantados in loco ..................................................................... 25

Tabela 5.3 – Relação entre respostas positivas ao pensamento enxuto e a

média dos índices estudados ............................................................ 26

ix

LISTA DE ANEXOS

ANEXO A – Resumo da produtividade dos serviços aferidos in loco ................ 32

ANEXO B – Questionário respondido pelas construtoras visitadas .................... 39

ANEXO C – Planilha preenchida pelas construtoras visitadas ............................ 40

ANEXO D – Índices de produtividade das empresas visitadas ............................ 41

ANEXO E – Questionário preenchido pelas construtoras visitadas ..................... 43

x

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 01

1.1 Justificativa ...................................................................................................... 01

1.2 Contextualização .............................................................................................. 01

1.3 Conceito de Produtividade ............................................................................... 02

1.4 Uniformização dos Dados ................................................................................ 03

1.5 Objetivos .......................................................................................................... 04

2. METODOLOGIA ................................................................................................... 05

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 08

3.1 Fatores de Dependência ................................................................................... 08

3.2 Planejamento e Controle .................................................................................. 12

3.3 Orçamento ........................................................................................................ 13

3.4 Programação .................................................................................................... 13

3.5 Célula de Produção .......................................................................................... 14

4. DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 15

4.1 Estudo de Caso ................................................................................................. 15

4.2 Visitas Técnicas ............................................................................................... 21

4.3 Dificuldades encontradas ................................................................................. 22

4.3.1 Estudo de Caso ............................................................................................. 22

4.3.2 Visitas Técnicas............................................................................................ 23

5. RESULTADOS ALCANÇADOS .......................................................................... 24

6. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 27

1

1. INTRODUÇÃO

1.1 Justificativa

“O crescente aumento da competitividade no subsetor edificações tem

estimulado as empresas a investigar a origem das deficiências do processo produtivo e a

determinar indicadores de desempenho.” (SANTOS, 1994).

Este trabalho visa conhecer melhor um dos principais indicadores de

desempenho utilizados na indústria da construção civil: o índice de produtividade de

mão de obra e de que forma este está sendo empregado pelas empresas construtoras na

região metropolitana de Fortaleza.

A importância desse índice é indiscutível, pois funciona como base essencial no

planejamento e na execução de obras de engenharia civil quando se trata do

planejamento e controle da produção, do gerenciamento de projetos e da concepção de

orçamentos. É a partir destes índices que se pode obter o tempo de ciclo dos pacotes de

trabalho, o dimensionamento das equipes para cada serviço e, em alguns casos, é usado

como alicerce para a formação de preços e empreitadas junto aos funcionários

estimulando-os a chegar ao nível máximo de produtividade possível, além de nortear os

custos de mão-de-obra em um orçamento e o cronograma de uma obra.

1.2 Contextualização

Alves et al (2008) defendem que o planejamento dos sistemas produtivos é uma

das tarefas fundamentais a serem realizadas antes do início da execução de um

empreendimento. Segundo esses autores, a sua importância se dá através do

reconhecimento de inúmeros focos de desperdício em potencial que podem ser

identificados e otimizados.

Ao longo da revisão bibliográfica para este trabalho científico, pode-se perceber

que o Planejamento e Controle da Produção (PCP) na construção civil tornou-se um dos

principais focos de estudo da engenharia civil em todo o país. Impulsionadas pelo

inovador Sistema Toyota de Produção, as pesquisas sobre gerenciamento na indústria da

construção civil buscam crescentemente informações teóricas e práticas sobre os fatores

2

que estão relacionados à variabilidade e ao desempenho da produtividade no ambiente

construtivo.

Para SANTOS (2003), as limitações mais freqüentemente encontradas estão

ligadas à produtividade de mão de obra e, assim, se faz necessário entender como esse

processo se dá ao longo dos inúmeros fatores que podem influenciar a velocidade da

produção dentro de um canteiro de obras. Como passo inicial para esse entendimento,

julga-se necessário identificar quais serviços sofrem maior variação produtiva e, a partir

daí, congregar esses serviços definindo intervalos de confiança que podem orientar a

utilização dos índices de produtividade na concepção de orçamentos e no planejamento

de sistemas produtivos (HEINECK, 2003).

1.3 Conceito de Produtividade

De acordo com ANDRADE et al (2001) a produtividade da mão-de-obra pode ser

definida da seguinte forma:

“Define-se produtividade da mão-de-obra como sendo a eficiência em

transformar o esforço humano (homens-hora, Hh) em quantidade de

serviço (QS).”

A figura a seguir (Figura 1.1) ilustra essa transformação.

Figura 1.1 – Ilustração da transformação do esforço humano em serviço.

Essa produtividade é mensurada a partir de índices operacionais e há, atualmente,

dois conceitos muito utilizados que os representam.

Algumas empresas (J. Simões e TecnoGesso, por exemplo) ou autores como

Lordsleem (1999) utilizam os índices de produtividade de mão de obra como valores

SERVIÇO

EXECUTADO

(QS)

ESFORÇO

HUMANO

(Hh)

PROCESSO

EFICIÊNCIA

3

médios de tempo consumido por um profissional ou uma equipe para realizar uma

determinada quantidade de serviço. Esse conceito é expresso geralmente em Homem x

Hora / Quantidade de Serviço.

Outras empresas (Cameron Construtora e Construtora Castelo Branco, por

exemplo) ou autores como Aalves (2008) utilizam os índices de produtividade de mão

de obra como valores médios de quantidade de serviço que pode ser realizado por um

profissional ou equipe em um determinado intervalo de tempo. Esse conceito é expresso

geralmente em Quantidade de Serviço / Tempo.

É importante compreender que a diferença entre esses dois conceitos existe

apenas em sua representação de unidade e não deve ser encarada como limitação para o

entendimento deste trabalho. Ambos se referem a valores médios da relação quantidade

de serviço e tempo de mão de obra consumido e podem ser manipulados para que se

expressem na mesma unidade.

Esses valores são utilizados na composição de custos de serviços para o item de

mão de obra, no dimensionamento das equipes de trabalho e no cronograma de

execução da obra.

1.4 Uniformização dos Dados

Os dados levantados e empregados na análise deste trabalho foram cedidos por

empresas do setor que os utilizam na concepção de orçamentos e no controle da

produção de suas obras.

É importante perceber que esses dados não devem ser confrontados na sua forma

bruta. Deve-se levar em consideração uma série de informações que possam orientar a

fixação do intervalo de variação de cada serviço, esclarecendo a abrangência desses

índices quanto ao número de observações, à inclusão ou não de transporte e serviços

auxiliares (o estudo e emestramento de piso é um serviço auxiliar à regularização do

piso, por exemplo), à composição da equipe e à quantidade de auxiliares utilizados

(encarregados e/ou serventes), às unidades utilizadas e à tipologia do empreendimento.

De modo geral, para facilitar a comparação dos índices entre si e a utilização

desses dados em outros meios, estes serão uniformizados em relação às unidades e serão

apresentados sempre em duas formas:

Homem x Hora / Quantidade de Serviço;

4

Quantidade de Serviço / Tempo.

1.5 Objetivos

Como objetivo geral, este trabalho se propõe a analisar dados referentes aos

índices de produtividade de mão de obra praticados pelas empresas locais do setor da

construção civil com o intuito de identificar e determinar os intervalos de variação

destes índices, entender como esta variação ocorre e listar as principais dificuldades

encontradas até a conclusão do mesmo.

Para tal, divide-se o objetivo geral, como descrito abaixo, de forma a facilitar a

compreensão da metodologia aplicada:

Apresentar fontes bibliográficas revisadas que fundamentem os conceitos

utilizados neste trabalho e que direcionem a utilização dos índices de

produtividade;

Apresentar os índices utilizados pelas empresas do setor da construção civil para

o dimensionamento de pacotes de serviços empregados no planejamento e

controle da produção em obras e na concepção de orçamentos de seus

empreendimentos;

Obter índices de produtividade levantados in situ em uma empresa de pequeno

porte que não possui fluxo produtivo sistemático, compará-los aos utilizados

pela empresas visitadas e mostrar a defasagem no desempenho daquela empresa

em relação a estas;

Determinar quais serviços apresentam maiores variabilidades quanto aos índices

de produtividade;

Identificar e listar as principais dificuldades encontradas ao longo da produção

deste trabalho acadêmico.

5

2. METODOLOGIA

Para se obter dados suficientemente confiáveis e com abordagem prática, este

trabalho utilizou as duas principais fontes de conhecimento: revisão bibliográfica e

pesquisa de campo.

A revisão bibliográfica é empregada durante todas as etapas de desenvolvimento

e são utilizados textos, trabalhos acadêmicos e publicações científicas pertinentes às

principais ferramentas gerenciais e com ênfase no pensamento enxuto (lean thinking) e

no planejamento e controle da produção na construção civil. Esta primeira parte é

indispensável, pois todo o embasamento teórico para o entendimento sobre a utilização

dos dados e sua padronização se origina desta.

A pesquisa de campo é realizada em duas etapas: estudo de caso e visita às

empresas locais.

Em um primeiro momento, o estudo de caso foi realizado com a obtenção de

índices de produtividade em uma obra de construção civil que contempla 20 casas

duplex com 160,00 m² de área construída (cada casa) e 700 m² de área total de lazer.

Esta pesquisa durou 04 meses (janeiro a abril de 2008). Foram levantados in loco dados

acerca de 20 serviços executados ao longo deste período. Essa quantidade de serviços

foi definida a partir dos serviços que estavam sendo executados com possibilidade de

controle e estão descritos na Tabela 2.1 que se segue. Tabela 2.1 – Relação dos serviços estudados.

01 Alvenaria02 Alvenaria de Baldrame03 Alvenaria de Empenas04 Alvenaria de Pedra05 Aplicação Frio Asfalto06 Assentamento de Cerâmica07 Assentamento de Pedra Natural Fachada08 Assentamento de Perfil U09 Chapisco Externo10 Chapisco Interno11 Cinta de Baldrame12 Escavação em valas13 Execução de Piso Morto14 Lançamento de Concreto15 Marcação de Alvenaria16 Montagem de Laje volterrana17 Reboco Externo18 Reboco Interno19 Regularização de Piso20 Rejuntamento de Pedra Natural

Ref. Serviço

6

Para a medição de produtividade em campo, foi instruído um funcionário da

construtora que ficou responsável pelo acompanhamento dos serviços e pelo

preenchimento das planilhas (Figura 2.2 e Figura 2.3). Estes dados foram repassados

para o graduando através de reuniões diárias junto ao responsável pelo preenchimento

das planilhas ao fim de cada dia. Estes dados foram utilizados para se obter índices de

produtividade e compará-los aos índices usados pelas demais empresas integrantes da

amostra.

Figura 2.1 – Planilha utilizada para medição de produtividade

Figura 2.2 – Planilha modificada utilizada para medição de produtividade

A formatação dessas planilhas e suas modificações assim como o processo de

medição são discutidos no próximo capítulo. Deve-se perceber a importância da

participação do funcionário responsável pelo preenchimento durante sua concepção,

pois todas as adaptações feitas após o início da medição seguiram a pedido do

Casa: Término:Serviço:

Data Hora Data HoraSaídaFuncionário Entrada

Início:

CASA:

SERVIÇO:

Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom

Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom

7

encarregado de produção e sempre com o objetivo de facilitar o seu preenchimento e

acompanhamento.

Após a apresentação do projeto de pesquisa e do relatório parcial, a visitação às

empresas teve início. O projeto de pesquisa foi fundamental ao dar maior veracidade e

seriedade ao trabalho já que algumas empresas demonstraram desconfiança e se

posicionaram de forma defensiva quanto à disponibilização dos seus dados. Essas

visitas se deram nos escritórios centrais de cada empresa e foram, geralmente, encontros

com gerentes de produção (engenheiros civis, técnicos em edificações ou estagiários em

engenharia).

A análise dos dados seguiu duas etapas. A primeira delas foi responsável pela

caracterização das peculiaridades de cada empresa. A segunda etapa consistiu na análise

dos dados segundo a linha de estudo explicitada por Heineck et al (2003) onde os

intervalos de variação de índices de produtividade são determinados com o intuito de se

identificar quais serviços possuem maior ou menor grau de dependência de outros

fatores.

Segundo Santos et al (2003, p. 05)

“Observa-se que os serviços com menor grau de dificuldade ou

atualmente com maior grau de industrialização e menor dependência

de características particulares da obra [...] apresentam intervalos mais

estreitos [...]. Já os serviços como [...] Revestimento Interno e Externo

de Paredes com Argamassa – Reboco, apresentam intervalos mais

dilatados, o que é esperado uma vez que são serviços cuja

produtividade é bastante dependente das condições particulares tais

como espessuras médias de revestimentos, [...].”

Portanto, a segunda etapa tenta identificar os índices que são mais dependentes

de fatores externos para se poder levantar questionamentos relativos aos esforços que

devem ser empregados com a finalidade de atenuar essa variabilidade.

É utilizado como principal ferramenta o software MS Excel para criação das

planilhas de medição, para a montagem do banco de dados e para a análise estatística.

8

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Fatores de Dependência

A construção civil possui peculiaridades que fogem aos moldes da produção

seriada. A imobilidade do produto faz com que os operários e equipamentos sejam

forçados a se deslocarem ao longo do processo. A planta industrial é algo inconstante já

que cada obra possui características inerentes ao seu projeto. Pode-se dizer também que

a defasagem entre a Indústria da Construção Civil e a Indústria Seriada é proveniente do

caráter artesanal de execução dos serviços apresentado pela primeira (BRUNA, 1976).

Esses fatores, por si só, contribuem para uma grande variabilidade da produtividade da

mão-de-obra na construção civil e se torna interesse de estudo.

Segundo ARAÚJO (1999 (1)), a indústria da construção civil tem estado

desmotivada quanto ao estudo da produtividade em obras nos últimos anos.

Acrescentando isso à falta de indicadores de desempenho que permitam mensurar a

atual situação setorial em termos de produtividade têm-se um quadro que torna difícil a

avaliação da performance no processo produtivo. Dessa forma, o mesmo autor

(ARAÚJO, 2000) apresenta a eficiência na gestão dos recursos físicos como uma das

necessidades básicas do setor da construção civil brasileira.

A mão-de-obra é o recurso que se deve mais atenção na execução de obras de

construção civil, não somente porque representa alta porcentagem do custo total, mas

principalmente, em função de se estar lidando com seres humanos, que têm uma série de

necessidades que devem ser supridas. O Planejamento e Controle da Produção pode ser

um instrumento importante para a gestão da mão-de-obra, podendo subsidiar políticas

para redução de custos e aumento da motivação no trabalho. No entanto, quando se

discute a produtividade, tanto em debates entre profissionais de campo ou especialistas,

quanto em artigos técnicos sobre o assunto, paira sempre uma grande dúvida sobre

como foram calculados os indicadores que estão sendo utilizados (SOUSA, 2000).

Vários autores (SOUSA (2000), por exemplo) concordam que é necessária uma

uniformização no cálculo dos índices de produtividade. Para tal, deve-se definir regras

para a mensuração dos serviços executados, do tempo gasto e das equipes utilizadas,

pois o mesmo serviço executado por uma mesma equipe durante o mesmo período pode

9

gerar diferentes índices de produtividade se for medido de forma diferente (SOUSA,

2000).

Segundo DOREA et al (1999), é importante que haja uma metodologia para a

mensuração desses indicadores e sugere na seguinte ordem cronológica:

Definir o tipo de avaliação pretendida;

Identificar os aspectos que permitem tal avaliação;

Definir os indicadores levando-se em conta aspectos como:

Relevância;

Simplicidade;

Custos;

Rastreabilidade;

Estabilidade e;

Período de experimentação.

Definir método de coleta de dados;

Definir método de processamento de dados e;

Definir a forma de avaliação dos resultados.

Como consenso na literatura (ARAÚJO, 2008; ARAÚJO et al, 1999 (2), 1999

(3), 2001, 2006; PÓVOAS et al, 1999; SOUSA, 2001; citados em ordem alfabética),

existem vários fatores básicos que devem ser levados em consideração na comparação

de índices:

Planejamento e Controle da Produção – A existência de um sistema produtivo

pode gerar subsídios para a eliminação de desperdícios. O planejamento

seqüencial dos serviços e a utilização de pacotes de trabalho influenciam

diretamente nos índices de produtividade.

Composição da equipe – A equipe produtiva pode se dividir em três grupos. O

primeiro deles se refere aos profissionais que efetivamente executam o serviço

(o pedreiro que executa a alvenaria, por exemplo). O segundo grupo se refere à

equipe auxiliar e que não executa o serviço efetivamente (os serventes que

auxiliam na movimentação local das ferramentas e dos materiais, por exemplo).

O último grupo se refere à equipe de suporte à produção e que pode estar

direcionada exclusivamente para o serviço ou não (betoneiros ou guincheiros

que produzem e transportam materiais de apoio à produção, por exemplo). Os

10

índices de produtividade podem englobar todos os grupos ou apenas parte deles,

o que influencia os índices de produtividade.

Política de incentivo – A forma como a produtividade é recompensada implica

diretamente no esforço empregado pelo funcionário durante a execução do

serviço.

Serviços auxiliares – Alguns serviços (o aço para armação pode ser fornecido

em barras ou previamente cortado e dobrado, por exemplo) podem estar

incluídos ou excluídos nos planos de trabalho ocasionando perda ou ganho de

produtividade.

Tipologia do produto – Algumas edificações possuem características

particulares que determinam índices diferentes. A execução da fachada de um

prédio pode gerar um índice de produtividade diferente da execução da fachada

de uma casa, por exemplo.

Acabamentos específicos – Alguns serviços podem demandar acabamentos

diferentes o que gera índices distintos. O nível de qualidade de um material

também influenciará no tempo consumido para se executar o serviço. Cerâmicas

de alta qualidade são aplicadas com maior eficiência. As cerâmicas de baixa

qualidade possuem defeitos que dificultam o seu assentamento.

Condições de contorno – As condições em que a equipe recebe o produto para

dar continuidade ao processo construtivo influenciam a produtividade. O local

pode ser entregue limpo e com todo o material distribuído no ambiente. Isso

aumentaria a produtividade dos funcionários que consumiriam menos tempo

para dar início ao processo seguinte. A existência de um projeto específico de

execução (paginação de alvenaria ou detalhes de armação de armaduras, por

exemplo) e o grau de instrução do funcionário sobre a utilização deste projeto é

um fator importante no índice de produtividade, pois oferece subsídios para o

planejamento individual de cada equipe.

Equipamentos e ferramentas – A utilização de instrumentos adequados e/ou

específicos e o seu uso correto são fatores essenciais na racionalização da

produção, o que pode gerar índices variados.

Jornada de trabalho – As horas de trabalho diárias podem ser disponibilizadas de

forma diferente em cada empresa. A inclusão ou não dos tempos de descanso

produz diferença nos índices de produtividade, por exemplo.

11

Regime de contratação – A exigência de experiência e o tipo de contrato de

trabalho (carteira assinada ou subempreitada, por exemplo) podem influenciar

no perfil do funcionário, o que poder gerar um índice de produtividade diferente

para algumas empresas.

Investimento intelectual – Os programas de reciclagem profissional e os

programas oficiais de capacitação e formação influenciam na capacidade

gerencial do funcionário que tem a oportunidade de se planejar de forma a

incrementar sua produtividade.

Condições ambientais – Alguns serviços, principalmente os executados ao ar

livre, possuem suas produtividades afetadas por fatores espaciais. A temperatura

local, a umidade, a iluminação e o espaço livre poderão alterar o grau de

dificuldade de um serviço, modificando os índices de produtividade.

Condições sociais – Algumas empresas direcionam esforços para oferecer

condições sociais que possam incentivar a produtividade do funcionário através

do bem estar. Uma alimentação de qualidade, apoio à alfabetização e tratamento

dentário são alguns exemplos praticados com este intuito.

Entender os fatores que influenciam a produtividade em uma obra de construção

civil é essencial por várias razões. Um erro no orçamento pode representar a perda de

uma licitação ou levar à utilização de um preço de venda de um imóvel que seja

impraticável ao mercado. Tal erro também pode alocar recursos demasiados ou

insuficientes para a sua realização. O bom prognóstico, com base em fatores que

influenciarão a produção, favorece a redução de problemas gerenciais ao se deparar com

condições imprevistas (SOUSA et al, 2003).

Dando um segundo passo, a literatura estrangeira observa índices de variação da

ordem de 7,5% a 20% para mão de obra experiente e de 15% a 40% para mão de obra

inexperiente (GATES e SCARPA, 1997, apud SANTOS et al, 2003). Portanto, se o

nível de experiência da mão de obra brasileira puder ser caracterizado, pode-se também

identificar se a variação da produtividade local está relacionada ao gerenciamento do

sistema produtivo ou ao grau de instrução dos operários.

3.2 Planejamento e Controle

“O planejamento de custos participa

desde o estudo de viabilidade

resultados após a sua conclusão” (GOLDMAN, 1999)

figura abaixo (Figura 3.1) quais etapas são mais dependentes dos índices de

produtividade.

Figura 3.1 – Fluxograma do

Segundo GOLDMAN (1999), durante a fase de análise de viabilidade do

empreendimento, são julgados aspectos técnicos e econômicos, e, dentre estes,

destacam-se os aspectos produtivos e financeiros.

Produtivo: Fornece subsídio quanto ao prazo e aspectos técnicos rele

à sua execução;

Financeiro: Fornece informações relacionadas ao aporte e despesas

financeiras com relação a financiamentos ou aplicações

Planejamento e Controle

anejamento de custos participa em todas as fases do processo construtivo,

desde o estudo de viabilidade de novos empreendimentos até as

resultados após a sua conclusão” (GOLDMAN, 1999). Assim podem

figura abaixo (Figura 3.1) quais etapas são mais dependentes dos índices de

Fluxograma do planejamento de custos no processo construtivo.

GOLDMAN (1999), durante a fase de análise de viabilidade do

empreendimento, são julgados aspectos técnicos e econômicos, e, dentre estes,

se os aspectos produtivos e financeiros.

Produtivo: Fornece subsídio quanto ao prazo e aspectos técnicos rele

à sua execução;

Financeiro: Fornece informações relacionadas ao aporte e despesas

financeiras com relação a financiamentos ou aplicações de recursos.

12

todas as fases do processo construtivo,

avaliações dos

. Assim podem-se destacar na

figura abaixo (Figura 3.1) quais etapas são mais dependentes dos índices de

onstrutivo.

GOLDMAN (1999), durante a fase de análise de viabilidade do

empreendimento, são julgados aspectos técnicos e econômicos, e, dentre estes,

Produtivo: Fornece subsídio quanto ao prazo e aspectos técnicos relevantes

Financeiro: Fornece informações relacionadas ao aporte e despesas

recursos.

13

Em ambos, é essencial a utilização dos índices de produtividade, pois a relação

entre a mão-de-obra disponível e a quantidade de serviço a ser executado irá influenciar

o prazo da obra e o dimensionamento das equipes irá influenciar a forma como os

recursos serão aplicados.

Durante a fase de Planejamento destaca-se também o aspecto produtivo que

disponibiliza informações específicas sobre prazo e custo de serviços, dados ligados

diretamente aos índices de produtividade.

Durante a fase de Produção e Controle destacam-se os aspectos de apropriação

de serviços e custos, levantamento de prazos, reprogramações físico-financeiras,

orçamento detalhado, cronograma e curva ABC. Esta fase está intimamente relacionada

à fase de Planejamento que possui forte vinculação com os índices de produtividade.

3.3 Orçamento

Segundo ANDRADE et al (2001) o processo orçamentário adota o conceito de

custos unitários:

CUSTO = QUANTIDADE NECESSÁRIA x (1 + PERDAS) x CUSTO UNITÁRIO

O custo unitário, por sua vez, utiliza em suas composições, indicadores de

produtividade. Dessa forma, os índices de produtividade surgem com um papel

fundamental nas planilhas orçamentárias já que a quantidade de recursos humanos

demandado pelo empreendimento é calculada a partir desses índices. Contudo, as

empresas brasileiras adotam usualmente índices médios de mercado ou de manuais

(ANDRADE, 2001). A utilização desses índices dessa forma tem se demonstrado

ineficiente, pois os dados variam diretamente com a forma do processo construtivo e

este pode não ser condizente com a prática aplicada em cada caso.

3.4 Programação

A programação de obras de construção civil requer a utilização de técnicas de

planejamento que também utilizam os índices de produtividade. Uma ferramenta muito

empregada atualmente é a Linha de Balanço. Segundo HEINECK (1996), “Este

14

trabalho de testar as diferentes estratégias de condução da obra requer, no entanto, que

estejam disponíveis dados sobre o consumo de mão-de-obra em cada uma das

atividades repetitivas do canteiro”.

Entretanto, percebe-se que um modelo analítico para programação e controle de

cronogramas não funciona sem um indicador de aproveitamento de mão-de-obra que

norteie o cálculo do consumo da mão-de-obra e a duração dos serviços.

3.5 Célula de Produção

Por fim, a definição de célula de produção neste trabalho também é necessária,

já que a utilização prática desses índices de produtividade está ligada diretamente com o

conceito de célula de produção. Hyer e Brown (1999, apud CARNEIRO, 2006) utilizam

a seguinte definição: a célula de produção é um ambiente de produção que dedica

equipamentos e materiais para a produção de uma família de partes ou produtos com

requerimentos similares de processo. Na atual configuração gerencial da célula de

produção na construção civil, tem-se um conceito onde a célula é a unidade básica de

produção que se repete ao longo dos serviços a serem executados.

Após a determinação da célula de produção e das atividades que irão compor a

obra, deve-se determinar a composição das equipes de trabalho. Como os vários ciclos

são interligados, torna-se necessária a determinação de um ritmo de produção (takt

time) para as diversas células. Esse ritmo possibilitará organizar as equipes de forma

que não haja choque entre as atividades que as precedem e/ou as sucedem. De posse dos

índices de produtividade de todos os serviços a serem realizados em cada célula de

produção, é possível determinar quantos profissionais devem compô-la de acordo com a

velocidade de produção desejada (CARNEIRO, 2006). Este autor mostra a composição

das equipes a partir de índices de produtividade para cada atividade pertencente à célula.

Dessa forma fica claro a fundamental importância desses índices de

produtividade, a abrangência de sua utilidade e a preocupação com a correta

caracterização das variáveis que os determina.

4. DESENVOLVIMENTO

4.1 Estudo de Caso

O levantamento dos índices de produtividade

Tríade entre janeiro e abril de 2008.

A Construtora Tríade é uma empresa familiar fundada em 2003 com foco de

atuação no setor imobiliário residencial na região metropolitana de Fortaleza, seguindo

um padrão de qualidade para as classes A e B. De 2005 a 200

entregou 03 empreendimentos totalizando 71 unidades.

O empreendimento estudado chama

casas duplex de 160,00 m² cada. Localiza

Redonda. Pode-se observar a seguir

Figura 4.1

Tendo iniciado o estágio n

uma perda na produtividade por não existir

operacionais. Esse julgamento

definiam o controle da produção como uma das tarefas mais importantes a serem

desempenhadas durante a execução de uma obra.

não é utilizado nenhum

DESENVOLVIMENTO

O levantamento dos índices de produtividade in loco foi feito na Construtora

íade entre janeiro e abril de 2008.

A Construtora Tríade é uma empresa familiar fundada em 2003 com foco de

atuação no setor imobiliário residencial na região metropolitana de Fortaleza, seguindo

um padrão de qualidade para as classes A e B. De 2005 a 2009, esta construtora já

3 empreendimentos totalizando 71 unidades.

O empreendimento estudado chama-se Condomínio Spasso que engloba 20

casas duplex de 160,00 m² cada. Localiza-se na Avenida Recreio nº 180, Lagoa

se observar a seguir a fachada do empreendimento (Figura 4.1).

Figura 4.1 – Fachada do empreendimento estudado.

iniciado o estágio no empreendimento em questão, desconfiou

uma perda na produtividade por não existir domínio da mesma

julgamento surgiu pela experiência adquirida em outros estágios que

definiam o controle da produção como uma das tarefas mais importantes a serem

desempenhadas durante a execução de uma obra. Observa-se abaixo (F

sistema de comunicação visual e que

15

foi feito na Construtora

A Construtora Tríade é uma empresa familiar fundada em 2003 com foco de

atuação no setor imobiliário residencial na região metropolitana de Fortaleza, seguindo

9, esta construtora já

se Condomínio Spasso que engloba 20

se na Avenida Recreio nº 180, Lagoa

do empreendimento (Figura 4.1).

desconfiou-se haver

da mesma nos aspectos

surgiu pela experiência adquirida em outros estágios que

definiam o controle da produção como uma das tarefas mais importantes a serem

abaixo (Figura 4.2) que

que os materiais e

equipamentos são distribuídos sem padronização

também, que os serviços eram

completo.

Figura 4.2 – Fotografia

A partir daí, o engenheiro responsável pela obra, que também ocupa o cargo de

diretor técnico, exigiu que se mensurasse o consumo de mão

que estavam sendo executados

feita e que fossem registradas

com serviços que não agregavam valor ao produto final e que fossem dispensáveis.

O primeiro passo tomado foi a

dados e a criação de uma planilha (

problemas que se encontrou foi

preenchimento.

O funcionário escolhido para o preenchimento das planilhas para obtenção dos

índices foi o contra-mestre devido à vários fatores

estaria presente em todos os inícios ou términos dos serviços, portanto inviabilizaria o

processo. O mestre-de-obras não possuía tempo livre para esta tarefa. O almoxarife e

apontador da obra não estavam envolvidos diretamente na produção.

funcionários que fossem

equipamentos são distribuídos sem padronização. Durante o estágio pode

eram iniciados e paralisados sem que estejam finalizados por

Fotografia da rua principal do empreendimento estudado.

A partir daí, o engenheiro responsável pela obra, que também ocupa o cargo de

diretor técnico, exigiu que se mensurasse o consumo de mão-de-obra para os serviços

que estavam sendo executados sem que nenhuma alteração no sistema produtivo fosse

m registradas situações em que ocorresse desperdício de mão

com serviços que não agregavam valor ao produto final e que fossem dispensáveis.

O primeiro passo tomado foi a escolha do funcionário responsável pela coleta de

criação de uma planilha (Figura 2.1) que facilitasse a obtenção d

problemas que se encontrou foi o inadequado nível de instrução do responsável pelo

O funcionário escolhido para o preenchimento das planilhas para obtenção dos

mestre devido à vários fatores, descritos a seguir. O estagiário não

estaria presente em todos os inícios ou términos dos serviços, portanto inviabilizaria o

obras não possuía tempo livre para esta tarefa. O almoxarife e

apontador da obra não estavam envolvidos diretamente na produção. Quaisquer outros

encarregados desta tarefa iriam, eventualmente,

16

Durante o estágio pode-se perceber,

sem que estejam finalizados por

do empreendimento estudado.

A partir daí, o engenheiro responsável pela obra, que também ocupa o cargo de

obra para os serviços

lteração no sistema produtivo fosse

em que ocorresse desperdício de mão-de-obra

com serviços que não agregavam valor ao produto final e que fossem dispensáveis.

responsável pela coleta de

a obtenção destes. Um dos

do responsável pelo

O funcionário escolhido para o preenchimento das planilhas para obtenção dos

. O estagiário não

estaria presente em todos os inícios ou términos dos serviços, portanto inviabilizaria o

obras não possuía tempo livre para esta tarefa. O almoxarife e o

Quaisquer outros

, eventualmente, deixar de

17

executar os serviços que, na visão da diretoria da empresa, agregariam valor final ao

produto. Portanto, o único funcionário que teria tempo disponível, estaria consciente de

todos os serviços e ligado diretamente ao início e fim dos ciclos seria o contra-mestre.

Em uma das reuniões semanais impostas para aumentar o controle da qualidade

da obra definiu-se a primeira planilha de preenchimento (Figura 2.1). Essas reuniões

contavam com o engenheiro, o estagiário, o almoxarife, o mestre-de-obras e o contra-

mestre.

Como se pode perceber, esta primeira planilha contempla informações como

início e término do ciclo, a descrição completa do serviço e o que está incluído nele, a

qual célula de produção esse ciclo se refere e a data/hora de entrada e saída de cada

funcionário que participou do trabalho. Com esta última informação é possível ver que a

formação da equipe utilizada era totalmente variável até mesmo durante o processo

causando grande confusão para o controle gerencial e contribuindo negativamente para

o conceito da transparência. Este, de acordo com Carneiro (2006), pode ser definido

como a capacidade que um processo possui de se comunicar com seus gerentes e

operários. Afirma ainda que o ambiente demasiado incerto na indústria da construção

civil demanda a transparência como uma constante. As informações de entrada e saída

de cada funcionário também desperta o estudo do aumento do tempo de setup gasto com

essas entradas e saídas nos serviços que podem causar desperdício de mão-de-obra pela

descontinuidade do processo.

Após o início da medição da produtividade, o contra-mestre pediu durante uma

reunião a modificação da planilha de preenchimento (Figura 2.2) por iniciativa própria.

Pode-se perceber duas modificações pertinentes ao estudo. O novo layout da planilha

em forma de casa deixou o processo visualmente mais agradável para o preenchimento

já que a obra estudada é composta por 20 casas e a célula de produção foi definida como

uma unidade de casa. A segunda modificação importante foi o acréscimo dos dias da

semana. Como alguns serviços eram pausados e retomados certo tempo depois, o

calendário semanal servia como apoio para o controle de tempo, evitando que o contra-

mestre se perdesse ao longo dos dias.

Após perceber alguns padrões em certos serviços, as planilhas Figura 4.3 e

Figura 4.4 foram criadas. Esse padrões são explicados a seguir.

18

Figura 4.3 – Planilha utilizada para o controle do serviço de revestimento de fachada.

Figura 4.4 – Planilha utilizada para o controle do serviço de revestimento cerâmico interno.

Casa Início TérminoServiço

Casa Início TérminoServiço

Casa Início TérminoServiço

Funcionário

Funcionário

Funcionário Entrada Saída

Entrada Saída

Entrada Saída

Casa Equpe

Garagem

Depósito

WC (Depósito)

Sala Estar/Jantar

Lavabo

Varanda

Cozinha

Gabinete

WC (Gabinete)

Suíte 01

WC (01)

Suíte 02

WC (02)

Suíte Master

WC (Master)

Hall

19

Na planilha representada na Figura 4.3, foi diminuído o espaço para descrição do

serviço e as linhas para preenchimento das entradas e saídas dos funcionários. Isso se

deu porque as 03 equipes de revestimento de fachada foram determinadas e fixadas e o

serviço também foi definido com clareza. Assim, o acompanhamento das 03 equipes

pode ser feito em uma única planilha diminuindo o trabalho de preenchimento.

No serviço de revestimento interno cerâmico, as equipes e suas respectivas

células de produção também foram determinadas e fixadas. Porém, devido à liberação

de frentes de serviço, não era possível a execução completa da casa e assim as datas de

início e fim foram registradas para cada ambiente. Assim formatou-se a quarta planilha

(Figura 4.4).

Ao fim de cada dia, as planilhas eram entregues e explicadas ao estagiário. A

digitação dos dados era feita prontamente para que qualquer dúvida pudesse ser

dirimida imediatamente. Inicialmente o banco de dados foi separado para cada casa e

posteriormente foi feito uma aglomeração desses dados em um único arquivo.

Observa-se abaixo (Tabela 4.1) uma das planilhas do banco de dados referente

ao serviço de alvenaria de baldrame da casa 01. Tabela 4.1 – Banco de dados referente ao serviço de alvenaria de baldrame da casa 01.

A planilha inferior consta o tempo gasto por cada funcionário na execução da

atividade e calcula o total de homem hora trabalhados para que seja inserido na planilha

superior. Esta é responsável pelo cálculo da produtividade específica da atividade

estudada. No campo Equipe tem-se a sigla “P” utilizada para indicar a quantidade de

pedreiros e a sigla “S” para indicar a quantidade de serventes.

Para a análise dos índices, admitiu-se que fosse estudada apenas a mão-de-obra

que efetivamente participou da produção. A mão-de-obra auxiliar de produção de

argamassa e transporte não foi considerada, pois os índices estão contemplando todos os

Descrição: Alvenaria dobrada abaixo do nível do solo para fundação em baldrame incluindo marcação.Quantidade Unidade Duração (Hrs) Produtividade Equipe Preço da Hora Preço Unitário

36,34 m2 62,26 0,58 1P + 0,5S R$ 4,57 R$ 7,8336,34 m2 62,26 0,58 1P + 0,75S R$ 5,12 R$ 8,77

Data Hora Data HoraFco. Costa Neto Pedreiro 10/01/08 07:00 14/01/08 17:00 25,17Zé Carlos Gomes Pedreiro 10/01/08 07:00 10/01/08 12:00 4,75Fco. Carneiro Pedreiro 10/01/08 04:00 14/01/08 17:00 16,67Zé Carlos Gomes Pedreiro 11/01/08 07:00 14/01/08 17:00 15,67

62,26

Total HorasEntrada Saída

Total

Funcionário Função

20

materiais como já estocados dentro da célula de trabalho. Entretanto, para a composição

dos custos dos serviços, foi considerado o preço da hora da equipe por completo, mas

esses custos não serão discutidos neste trabalho devido à atualização anual dos salários,

o que tornaria o trabalho obsoleto em pouco tempo.

A partir desta planilha (Tabela 4.1) uma primeira análise pode ser feita. Nela a

quantidade total de serviço é dividida pela soma de todas as horas de cada funcionário

baseado nas suas entradas e saídas. Cada serviço de cada casa possui uma planilha

respectiva.

A segunda análise utiliza o agrupamento dos dados. Segue abaixo o exemplo

para o serviço de lançamento de concreto (Figura 4.5).

Figura 4.5 – Tabela exemplo do resumo das produtividades do serviço de lançamento de concreto.

Nesta planilha (Figura 4.5) reúnem-se a quantidade executada do serviço e a

soma dos tempos consumidos pelos operários. A produtividade final foi calculada a

partir da média ponderada de cada produtividade medida, graduando-a a partir da

freqüência do tempo em cada medição.

Esta análise foi feita para todos os 26 serviços que estavam sendo executados,

mas apenas 20 deles foram escolhidos para este trabalho devido à quantidade de

observações de cada amostra. Os serviços com menos de 05 observações não foram

estudados. Em anexo (Anexo A) pode-se acompanhar a tabela resumo da produtividade

de todos os serviços estudados neste trabalho.

1 1,88 4,75 3,64% 0,40 R$ 14,47 R$ 36,561 2,53 6,5 4,98% 0,39 R$ 16,67 R$ 42,832 1,88 4,75 3,64% 0,40 R$ 14,47 R$ 36,562 2,53 30,75 23,58% 0,08 R$ 2,20 R$ 26,74

13 2,53 4,25 3,26% 0,60 R$ 16,67 R$ 28,0014 2,53 5,16 3,96% 0,49 R$ 18,87 R$ 38,4915 2,53 5,75 4,41% 0,44 R$ 16,67 R$ 37,8916 2,53 5,75 4,41% 0,44 R$ 14,47 R$ 32,8917 1,88 3,5 2,68% 0,54 R$ 16,67 R$ 31,0317 2,53 19,5 14,95% 0,13 R$ 2,20 R$ 16,9618 1,88 6,5 4,98% 0,29 R$ 14,47 R$ 50,0318 2,53 6,5 4,98% 0,39 R$ 12,27 R$ 31,5219 1,88 6,75 5,18% 0,28 R$ 12,27 R$ 44,0519 2,53 6 4,60% 0,42 R$ 12,27 R$ 29,1020 1,88 5,75 4,41% 0,33 R$ 12,27 R$ 37,5320 2,53 8,25 6,33% 0,31 R$ 10,07 R$ 32,84

Total 36,58 130,41 100,00% 0,28 R$ 9,55 R$ 34,06

Lançamento de concreto em laje.

Local (Casa)

Quantidade (m3)

Duração (Horas)

Produtividade (m3 / Hora)

Preço da hora

Preço unitário (R$ / m3)

Freq. (Duração)

21

Segue a Tabela 4.2 com as produtividades aferidas durante o período de estudo

de caso. Tabela 4.2 – Índices de produtividade medidos in loco durante o estudo de caso.

4.2 Visitas Técnicas

De acordo com o cronograma programático deste trabalho, as visitas ocorreram

no período de julho a outubro de 2009. Como explicado no capítulo 2. Metodologia,

essas visitas foram marcadas por telefone através de ligações aos escritórios centrais ou

a alguma obra em que já existia um contato anterior. Foram visitadas 19 construtoras

com atuação imobiliária nas áreas residencial e comercial da região metropolitana de

Fortaleza. Essas empresas foram escolhidas pela sua relevante atuação no mercado local

e pela similaridade dos seus processos construtivos que puderam ser analisados durante

a própria visita.

Durante a visita, foi aplicado um questionário envolvendo 17 perguntas sobre 12

aspectos listados abaixo:

Planejamento e controle da produção;

Composição da equipe;

01 Alvenaria 0,79 Hh/m² 1,26 m²/h02 Alvenaria de baldrame 5,88 Hh/m³ 0,17 m³/h03 Alvenaria de empenas 1,00 Hh/m² 1,00 m²/h04 Alvenaria de pedra 3,33 Hh/m³ 0,30 m³/h05 Aplicação de betume asfáltico 0,09 Hh/m² 10,62 m²/h06 Assentamento de cerâmica 0,44 Hh/m² 2,27 m²/h07 Assentamento de pedra natural fachada 1,56 Hh/m² 0,64 m²/h08 Assentamento de Perfil "U" 0,48 Hh/m 2,07 m/h09 Chapisco externo 0,17 Hh/m² 5,86 m²/h10 Chapisco interno 0,04 Hh/m² 25,77 m²/h11 Cinta de baldrame 20,00 Hh/m³ 0,05 m³/h12 Escavação em valas 4,35 Hh/m³ 0,23 m³/h13 Execução de piso Morto 0,20 Hh/m³ 4,96 m³/h14 Lançamento de concreto 3,57 Hh/m³ 0,28 m³/h15 Marcação de alvenaria 0,17 Hh/m 5,85 m/h16 Montagem de laje volterrana 0,30 Hh/m² 3,28 m²/h17 Reboco externo 0,49 Hh/m² 2,03 m²/h18 Reboco interno 0,36 Hh/m² 2,75 m²/h19 Regularização de piso 0,32 Hh/m² 3,09 m²/h20 Rejuntamento de pedra natural 4,76 Hh/m² 0,21 m²/h

Und 1 Und 2Ref. Serviço

22

Política de incentivo;

Serviços auxiliares;

Tipologia do produto;

Acabamentos específicos;

Condições de contorno;

Equipamentos e ferramentas;

Jornada de trabalho;

Regime de contratação;

Condições Ambientais;

Condições Sociais.

Essas perguntas foram escolhidas pelas freqüentes citações feitas pelos autores

consultados na revisão bibliográfica. A abrangência dos itens descritos acima está

discutida no capítulo 03 e o modelo do questionário seguem em anexo (Anexo B).

Além do questionário, foi preenchida uma planilha com os valores dos índices

de produtividade utilizados em cada empresa (Anexo C). Foi tomado o cuidado de se

registrar as unidades utilizadas pelas construtoras.

4.3 Dificuldades encontradas

4.3.1 Estudo de Caso

Durante os 04 meses em que foram medidos os 20 índices de produtividade na

Construtora Tríade e apresentados neste trabalho pode-se observar que os profissionais

que executavam tais serviços se mostraram desconfiados gerando um clima de tensão

dentro do canteiro de obras. Nos momentos em que as datas e horas de entrada e saída

dos funcionários nos serviços foram anotadas, os mesmos viam isto como um ato de

controle e potencial justificativa para punição.

O mestre de obras, então encarregado pela produção, se comportou de forma

semelhante dificultando a medição. Acredita-se que tal postura se deu por temor, já que

a medição da produtividade estava apresentando resultados iniciais muito baixos se

comparados aos de mercado, o que não se confirmou, como se pode concluir ao fim

deste trabalho.

Portanto, surgiu uma preocupação para que os funcionários monitorados

entendessem a natureza da medição e colaborassem com o processo. Para que esse

23

problema fosse sanado, conversas informais com os funcionários e a garantia da não-

punição destes foram utilizadas como ferramentas.

4.3.2 Visitas Técnicas

O principal problema encontrado nesta etapa foi a posição defensiva

demonstrada pelas construtoras visitas. Algumas empresas desconfiaram da real

utilização desses dados e julgaram o pedido como ato de má fé. A apresentação de parte

deste trabalho e a promessa da distribuição do mesmo quando concluído foi

fundamental para gerar confiança aos responsáveis e garantir a cessão dos dados.

24

5. RESULTADOS ALCANÇADOS

A Tabela 5.1 a seguir apresenta os limites superiores e inferiores, as médias e os

intervalos dos dados cedidos pelas 19 empresas visitadas acerca dos 20 serviços

analisados. Os valores estão agrupados em intervalos de variações menores que 115%

(Grupo A), em torno de 115% (Grupo B) e maiores que 115% (Grupo C). Tabela 5.1 – Médias, limites e intervalos dos serviços estudados.

Assentamento de Cerâmica Hh/m² 0,73 0,29 0,99 88%

Rejuntamento de Pedra Natural Hh/m2 0,35 0,06 0,57 90%

Alvenaria de Baldrame Hh/m³ 14,79 1,73 25,00 90%

Reboco Externo Hh/m² 0,81 0,44 1,18 99%

Regularização de Piso Hh/m² 0,46 0,27 0,66 101%

Assentamento de Pedra Natural Fachada Hh/m² 1,20 0,61 1,83 101%

Alvenaria de Pedra Hh/m³ 7,46 4,00 11,90 107%

Cinta de Baldrame Hh/m³ 8,75 3,85 14,95 107%

Chapisco Externo Hh/m² 0,22 0,10 0,39 111%

Aplicação Frio Asfalto Hh/m² 0,44 0,26 0,72 111%

Reboco Interno Hh/m² 0,64 0,31 1,12 112%

Assentamento de Perfil U Hh/m 0,48 0,24 0,86 114%

Alvenaria de Empenas Hh/m² 1,24 0,40 2,70 124%

Montagem de Laje volterrana Hh/m² 3,31 0,58 7,69 125%

Lançamento de Concreto Hh/m³ 10,89 2,58 25,00 127%

Chapisco Interno Hh/m² 0,16 0,04 0,37 128%

Execução de Piso Morto Hh/m³ 4,20 0,23 11,11 135%

Marcação de Alvenaria Hh/m 0,28 0,09 0,69 138%

Alvenaria Hh/m² 1,01 0,36 2,70 151%

Escavação em valas Hh/m³ 3,28 1,00 13,97 228%

MédiaLimite

InferiorLimite

Superior

Intervalo de

Variação

Gru

po A

(< 1

15%

)G

rupo

B (e

m to

rno

de 1

15%

)G

rupo

C (>

115

%)

Gru

po

Serviço Unidade

25

A variação de 115% foi escolhida por aparecer com maior freqüência e os

grupos de variação foram separados dessa forma.

A unidade utilizada na Tabela 5.1 (homem hora/quantidade de serviço) foi

escolhida por ser a mais praticada pelas empresas visitadas. Das 19 empresas visitadas,

13 utilizavam essa unidade.

À primeira vista, o Grupo A representaria os serviços menos dependentes de

fatores externos e o Grupo C os mais dependentes. Entretanto, acredita-se que mesmo o

serviço com menor variação (Assentamento de Cerâmica) apresenta um intervalo

demasiado grande (88%) indicando uma diferença metodológica na utilização desses

índices pelas empresas visitadas.

Os índices de produtividade cedidos pelas construtoras estão apresentados no

Anexo D em ambas as unidades.

Se comparadas as médias dos dados cedidos pelas empresas com as

produtividades levantadas in loco no estudo de caso observa-se que a Construtora

Tríade, mesmo sem nenhum planejamento e controle de seu sistema produtivo,

apresenta índices menores que as médias na maioria dos serviços. Tal fato pode ser

notado na tabela 5.2 abaixo.

Tabela 5.2 – Comparativo entre a média dos índices cedidos pelas empresas e os levantados in loco.

Alvenaria Hh/m² 1,01 0,79 0,79Alvenaria de Baldrame Hh/m³ 14,79 5,88 0,40Alvenaria de Empenas Hh/m² 1,24 1,00 0,80Alvenaria de Pedra Hh/m³ 7,46 3,33 0,45Aplicação Frio Asfalto Hh/m² 0,44 0,09 0,21Assentamento de Cerâmica Hh/m² 0,73 0,44 0,61Assentamento de Pedra Natural Fachada Hh/m² 1,20 1,56 1,30Assentamento de Perfil U Hh/m 0,48 0,48 1,00Chapisco Externo Hh/m² 0,22 0,17 0,77Chapisco Interno Hh/m² 0,16 0,04 0,24Cinta de Baldrame Hh/m³ 8,75 20,00 2,29Escavação em valas Hh/m³ 3,28 4,35 1,33Execução de Piso Morto Hh/m³ 4,20 4,03 0,96Lançamento de Concreto Hh/m³ 10,89 3,57 0,33Marcação de Alvenaria Hh/m 0,28 0,17 0,60Montagem de Laje volterrana Hh/m² 3,31 0,30 0,09Reboco Externo Hh/m² 0,81 0,49 0,61Reboco Interno Hh/m² 0,64 0,36 0,57Regularização de Piso Hh/m² 0,46 0,32 0,71Rejuntamento de Pedra Natural Hh/m2 0,35 4,76 13,54

Tríade vs Mercado

Serviço Unidade Média do Mercado

Tríade

26

Este comportamento confirma a inconsistência da prática na utilização dos

índices de produtividade pelas empresas em Fortaleza já que se esperava encontrar

valores próximos entre os dados utilizados pelas construtoras visitadas e geralmente

menores que os medidos na Construtora Tríade, empresa que não apresenta domínio dos

processos produtivos.

Na última apreciação deste trabalho, analisa-se o questionário respondido pelas

construtoras visitadas. Apesar de não ter sido possível relacionar as características

respondidas com os respectivos índices de produtividade, pode-se perceber que as

empresas preocupadas com o planejamento e controle da produção empenham esforços

na aplicação de conceitos sobre pensamento enxuto nos mais diferentes âmbitos

gerenciais de seus empreendimentos. Se for comparado a quantidade de respostas a

favor da inovação gerencial com a média dos índices de produtividade de cada empresa

pode-se reparar que as empresas com mais respostas positivas possuem índices de

produtividade mais eficientes (Tabela 5.3).

Tabela 5.3 – Relação entre respostas positivas ao pensamento enxuto e a média dos índices estudados.

Empresa Respostas Positivas

Média dos Índices Unidade

5 27 28 2

19 218 217 916 91 9

14 142 14

13 1411 1412 154 156 15

15 1510 15

3,30

3,11

2,60

3,38

Hom

em H

ora

/ Qua

ntid

ade

de S

ervi

ço

27

6. CONCLUSÃO

Perante a amplitude dos intervalos de produtividade com que se depara, pode-se

concluir que ainda não existe uma padronização dos processos construtivos entre as

empresas construtoras na região metropolitana de Fortaleza. Acredita-se que cada

construtora possui sistemáticas bastante diferentes na utilização desses dados em

orçamentos, cronogramas, no planejamento e no controle da produção.

Entretanto, ainda foi possível identificar quais serviços possuem menores

variações, indicando uma maior similaridade e menor dependência das características

particulares de cada empresa.

Na comparação entre as médias dos índices com os dados levantados in loco

pode-se observar que esta aferição não pode ser feita dessa forma, pois foi demonstrado

que este último apresentou valores geralmente mais baixos, o que não é esperado de

fato.

Outra conclusão importante deste trabalho dá-se na análise do questionário

aplicado. Percebe-se que as empresas que responderam a alguma pergunta a favor da

construção enxuta, responderam também a favor nas demais. Isso mostra que as

construtoras que procuram novas técnicas e filosofias de produção tentam aplicá-las em

todos os âmbitos possíveis enquanto as que não buscam este tipo de inovação,

responderam negativamente ao questionário na maioria das perguntas. Além disso, a

média dos índices de melhor produtividade está ligada às empresas com o maior número

de respostas à favor da construção enxuta, apontando para uma possível relação entre

esses fatos.

Por fim, nota-se que o maior empecilho para conclusões mais extensas foi a falta

de registro acerca do modelo produtivo de cada empresa recomendando-se, portanto,

este tema como foco de estudo para trabalhos futuros.

28

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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32

ANEXO A – Resumo da produtividade dos serviços aferidos in loco.

1 103,52 67 3,14% 1,55 R$ 4,57 R$ 2,961 74,41 61 2,86% 1,22 R$ 4,57 R$ 3,752 103,52 70,25 3,29% 1,47 R$ 4,57 R$ 3,102 74,41 40 1,87% 1,86 R$ 4,79 R$ 2,572 187,41 133,75 6,27% 1,40 R$ 4,94 R$ 3,53

13 109,04 64,25 3,01% 1,70 R$ 4,57 R$ 2,6913 78,37 80,57 3,78% 0,97 R$ 5,67 R$ 5,8314 109,04 48,32 2,26% 2,26 R$ 5,12 R$ 2,2714 78,37 108 5,06% 0,73 R$ 5,12 R$ 7,0615 109,04 121,5 5,69% 0,90 R$ 4,57 R$ 5,0916 109,04 42 1,97% 2,60 R$ 5,12 R$ 1,9716 78,37 66 3,09% 1,19 R$ 5,12 R$ 4,3117 103,52 49,25 2,31% 2,10 R$ 4,57 R$ 2,1717 74,41 59 2,76% 1,26 R$ 4,57 R$ 3,6217 109,04 50,25 2,35% 2,17 R$ 5,12 R$ 2,3617 78,37 91,25 4,28% 0,86 R$ 5,12 R$ 5,9618 103,52 59 2,76% 1,75 R$ 5,67 R$ 3,2318 74,41 54,49 2,55% 1,37 R$ 5,67 R$ 4,1518 109,04 111,75 5,24% 0,98 R$ 4,73 R$ 4,8518 78,37 55,5 2,60% 1,41 R$ 4,73 R$ 3,3519 103,52 33,25 1,56% 3,11 R$ 4,57 R$ 1,4719 74,41 51,32 2,40% 1,45 R$ 5,12 R$ 3,5319 109,04 117 5,48% 0,93 R$ 4,41 R$ 4,7319 78,37 55,25 2,59% 1,42 R$ 4,41 R$ 3,1120 103,52 180 8,43% 0,58 R$ 4,57 R$ 7,9520 74,41 76,02 3,56% 0,98 R$ 5,67 R$ 5,7920 109,04 85,75 4,02% 1,27 R$ 4,57 R$ 3,5920 85,81 102,5 4,80% 0,84 R$ 4,73 R$ 5,65

Total 2683,34 2134,22 100,00% 1,26 R$ 4,86 R$ 3,87

Execução de alvenaria interna/externa.

Local (Casa)

Quantidade (m2)

Duração (Horas)

Produtividade (m2 / Hora) Preço da hora

Preço unitário (R$ / m2)

Freq. (Duração)

1 7,33 62,26 23,64% 0,12 R$ 5,12 R$ 43,492 7,33 73,51 27,91% 0,10 R$ 5,12 R$ 51,35

17 7,66 46,5 17,66% 0,16 R$ 5,67 R$ 34,4218 7,66 25,66 9,74% 0,30 R$ 5,67 R$ 18,9919 7,66 25,16 9,55% 0,30 R$ 5,67 R$ 18,6220 7,66 30,25 11,49% 0,25 R$ 5,67 R$ 22,39

Total 45,3 263,34 100,00% 0,17 R$ 5,39 R$ 31,31

Alvenaria dobrada abaixo do nível do solo para fundação em baldrame.

Preço da horaPreço unitário

(R$ / m3)Local

(Casa)Quantidade

(m3)Duração (Horas)

Produtividade (m3 / Hora)

Freq. (Duração)

33

13 79,84 118,75 22,66% 0,67 R$ 4,79 R$ 7,1214 72,92 65 12,40% 1,12 R$ 4,79 R$ 4,2715 72,92 68,75 13,12% 1,06 R$ 4,86 R$ 4,5816 72,92 87,25 16,65% 0,84 R$ 4,72 R$ 5,6519 72,92 62,75 11,98% 1,16 R$ 4,79 R$ 4,1218 72,92 52,75 10,07% 1,38 R$ 4,72 R$ 3,4120 79,87 68,75 13,12% 1,16 R$ 4,79 R$ 4,12

Total 524,31 524 100,00% 1,00 R$ 4,78 R$ 4,78

Execução de alvenaria de empenas.

Local (Casa)

Quantidade (m2)

Duração (Horas)

Produtividade (m2 / Hora) Preço da hora

Preço unitário (R$ / m2)

Freq. (Duração)

1 7,67 24,5 18,10% 0,31 R$ 5,67 R$ 18,112 7,67 24,5 18,10% 0,31 R$ 5,67 R$ 18,11

17 8,26 29,32 21,66% 0,28 R$ 5,67 R$ 20,1318 8,26 26,54 19,61% 0,31 R$ 5,67 R$ 18,2219 8,26 30,5 22,53% 0,27 R$ 5,67 R$ 20,94

Total 40,12 135,36 100,00% 0,30 R$ 5,67 R$ 19,13

Fundação em alvenaria de pedra tosca (concreto ciclópico).

Preço da horaPreço unitário

(R$ / m3)Local

(Casa)Quantidade

(m3)Duração (Horas)

Freq. (Duração)

Produtividade (m3 / Hora)

1 172,47 17 24,29% 10,15 R$ 2,20 R$ 0,222 172,47 17 24,29% 10,15 R$ 2,20 R$ 0,226 23,8 4,25 6,07% 5,60 R$ 2,20 R$ 0,39

18 187,23 21,25 30,36% 8,81 R$ 2,20 R$ 0,2519 187,23 10,5 15,00% 17,83 R$ 2,20 R$ 0,12

Total 743,2 70 100,00% 10,62 R$ 2,20 R$ 0,21

Aplicação de emulsão asfáltica (1 demão).

Local (Casa)

Quantidade (m2)

Duração (Horas)

Produtividade (m2 / Hora) Preço da hora

Preço unitário (R$ / m2)

Freq. (Duração)

4 15,28 13,58 13,88% 1,13 R$ 5,67 R$ 5,046 82,46 29,5 30,15% 2,80 R$ 5,67 R$ 2,036 24,88 13,25 13,54% 1,88 R$ 5,67 R$ 3,027 39,47 17 17,38% 2,32 R$ 5,67 R$ 2,447 20,86 11,25 11,50% 1,85 R$ 5,67 R$ 3,067 38,97 13,25 13,54% 2,94 R$ 5,67 R$ 1,93

Total 221,92 97,83 100,00% 2,27 R$ 5,67 R$ 2,50

Revestimento interno em cerâmica (Piso/Parede).

Local (Casa)

Quantidade (m2)

Duração (Horas)

Produtividade (m2 / Hora) Preço da hora

Preço unitário (R$ / m2)

Freq. (Duração)

34

4 7,56 7,75 5,95% 0,98 R$ 5,67 R$ 5,815 7,56 9,67 7,43% 0,78 R$ 5,67 R$ 7,256 7,56 12,5 9,60% 0,60 R$ 5,67 R$ 9,387 7,56 16 12,29% 0,47 R$ 5,67 R$ 12,008 10,49 17 13,06% 0,62 R$ 5,67 R$ 9,199 10,49 14,75 11,33% 0,71 R$ 5,67 R$ 7,97

10 10,49 16 12,29% 0,66 R$ 5,67 R$ 8,6511 10,49 18 13,83% 0,58 R$ 5,67 R$ 9,7312 10,49 18,5 14,21% 0,57 R$ 5,67 R$ 10,00

Total 82,69 130,17 100,00% 0,64 R$ 5,67 R$ 8,93

Assentamento de pedra natural em fachada.

Local (Casa)

Quantidade (m2)

Duração (Horas)

Produtividade (m2 / Hora)

Preço da hora (Real)

Preço unitário Real (R$ / m2)

Freq. (Duração)

4 53,89 23,75 9,43% 2,27 R$ 5,67 R$ 2,505 53,89 24,5 9,73% 2,20 R$ 5,67 R$ 2,586 36,11 25,5 10,13% 1,42 R$ 5,67 R$ 4,007 36,11 27,75 11,02% 1,30 R$ 5,67 R$ 4,368 36,11 32 12,71% 1,13 R$ 5,67 R$ 5,029 36,11 21,75 8,64% 1,66 R$ 5,67 R$ 3,42

10 36,11 23,5 9,33% 1,54 R$ 5,67 R$ 3,6910 53,89 11,5 4,57% 4,69 R$ 5,67 R$ 1,2111 36,11 25,5 10,13% 1,42 R$ 5,67 R$ 4,0011 53,89 12,25 4,87% 4,40 R$ 5,67 R$ 1,2912 53,89 5,75 2,28% 9,37 R$ 5,67 R$ 0,6012 36,11 18 7,15% 2,01 R$ 5,67 R$ 2,83

Total 522,22 251,75 100,00% 2,07 R$ 5,67 R$ 2,73

Assentamento de perfil divisor de revestimento "U" em fachada.

Local (Casa)

Quantidade (m)

Duração (Horas)

Produtividade (m / Hora) Preço da hora

Preço unitário (R$ / m)

Freq. (Duração)

6 7,56 2 1,63% 3,78 R$ 5,67 R$ 1,507 7,56 1 0,81% 7,56 R$ 5,67 R$ 0,757 74,69 6,5 5,30% 11,49 R$ 2,20 R$ 0,198 193,78 23,5 19,14% 8,25 R$ 2,20 R$ 0,27

10 217,78 77,5 63,14% 2,81 R$ 2,20 R$ 0,7812 217,78 12,25 9,98% 17,78 R$ 2,20 R$ 0,12

Total 719,15 122,75 100,00% 5,86 R$ 2,28 R$ 0,39

Execução de chapisco externo em fachada (andaime).

Local (Casa)

Quantidade (m2)

Duração (Horas)

Produtividade (m2 / Hora) Preço da hora

Preço unitário (R$ / m2)

Freq. (Duração)

4 301,33 11,25 11,90% 26,78 R$ 3,47 R$ 0,13

11 426,76 17 17,99% 25,10 R$ 4,57 R$ 0,18

12 426,76 17,5 18,52% 24,39 R$ 4,57 R$ 0,19

14 426,76 16,5 17,46% 25,86 R$ 4,57 R$ 0,18

15 426,76 16 16,93% 26,67 R$ 4,57 R$ 0,17

19 426,76 16,25 17,20% 26,26 R$ 4,57 R$ 0,17

Total 2435,13 94,5 100,00% 25,77 R$ 4,44 R$ 0,17

Execução de chapisco interno em parede e teto.

Local

(Casa)

Quantidade

(m2)

Duração

(Horas)

Produtividade

(m2 / Hora)

Preço da

hora

Preço unitário

(R$ / m2)

Freq.

(Duração)

35

4 301,33 11,25 11,90% 26,78 R$ 3,47 R$ 0,13

11 426,76 17 17,99% 25,10 R$ 4,57 R$ 0,18

12 426,76 17,5 18,52% 24,39 R$ 4,57 R$ 0,19

14 426,76 16,5 17,46% 25,86 R$ 4,57 R$ 0,18

15 426,76 16 16,93% 26,67 R$ 4,57 R$ 0,17

19 426,76 16,25 17,20% 26,26 R$ 4,57 R$ 0,17

Total 2435,13 94,5 100,00% 25,77 R$ 1,20 R$ 0,05

Execução de chapisco interno em parede e teto.

Local

(Casa)

Quantidade

(m2)

Duração

(Horas)

Produtividade

(m2 / Hora)

Preço da

hora

Preço unitário

(R$ / m2)

Freq.

(Duração)

1 0,49 10,83 18,13% 0,05 R$ 5,67 R$ 125,32

2 0,49 10,83 18,13% 0,05 R$ 5,67 R$ 125,32

17 0,53 10,25 17,15% 0,05 R$ 5,67 R$ 109,66

18 0,53 10,67 17,86% 0,05 R$ 5,67 R$ 114,15

19 0,53 11,42 19,11% 0,05 R$ 5,67 R$ 122,17

20 0,53 5,75 9,62% 0,09 R$ 5,67 R$ 61,51Total 3,1 59,75 100,00% 0,05 R$ 5,67 R$ 109,28

Cimentado de amarração com argamassa aditivada executado em

cima do baldrame onde precede a pintura de emulsão de asfalto.Freq.

(Duração)

Local

(Casa)

Quantidade

(m3)

Duração

(Horas)

Produtividade

(m3 / Hora)

Preço da

hora

Preço unitário

(R$ / m3)

1 20,71 97,16 43,07% 0,21 R$ 2,20 R$ 10,32

2 20,71 85,41 37,86% 0,24 R$ 2,20 R$ 9,07

5 3,84 14,5 6,43% 0,26 R$ 4,81 R$ 18,16

7 3,84 14,75 6,54% 0,26 R$ 4,81 R$ 18,48

8 3,84 13,75 6,10% 0,28 R$ 4,81 R$ 17,22Total 52,94 225,57 100,00% 0,23 R$ 2,70 R$ 11,49

Preço da

hora

Preço unitário

(R$ / m3)

Escavação em valas para fundação em pedra tosca e baldrame

de alvenaria.Local

(Casa)

Quantidade

(m3)

Duração

(Horas)

Produtividade

(m3 / Hora)

Freq.

(Duração)

6 42,99 7,5 7,33% 5,73 R$ 5,67 R$ 0,99

7 42,99 12,75 12,47% 3,37 R$ 5,67 R$ 1,68

7 12,81 5 4,89% 2,56 R$ 5,67 R$ 2,21

8 42,99 8,5 8,31% 5,06 R$ 5,67 R$ 1,12

9 55,8 11 10,76% 5,07 R$ 5,67 R$ 1,12

10 55,8 12,75 12,47% 4,38 R$ 5,67 R$ 1,30

11 42,99 9 8,80% 4,78 R$ 5,67 R$ 1,19

12 55,8 11,75 11,49% 4,75 R$ 5,67 R$ 1,19

13 55,8 11,75 11,49% 4,75 R$ 5,67 R$ 1,19

14 55,8 4,75 4,65% 11,75 R$ 5,67 R$ 0,48

15 42,99 7,5 7,33% 5,73 R$ 5,67 R$ 0,99

Total 506,76 102,25 76,53% 4,96 R$ 5,67 R$ 1,14

Execução de piso morto (contra-piso).

Local

(Casa)

Quantidade

(m2)

Duração

(Horas)

Produtividade

(m2 / Hora)

Preço da

hora

Preço unitário

(R$ / m2)

Freq.

(Duração)

36

1 1,88 4,75 3,64% 0,40 R$ 14,47 R$ 36,56

1 2,53 6,5 4,98% 0,39 R$ 16,67 R$ 42,83

2 1,88 4,75 3,64% 0,40 R$ 14,47 R$ 36,56

2 2,53 30,75 23,58% 0,08 R$ 2,20 R$ 26,74

13 2,53 4,25 3,26% 0,60 R$ 16,67 R$ 28,00

14 2,53 5,16 3,96% 0,49 R$ 18,87 R$ 38,49

15 2,53 5,75 4,41% 0,44 R$ 16,67 R$ 37,89

16 2,53 5,75 4,41% 0,44 R$ 14,47 R$ 32,89

17 1,88 3,5 2,68% 0,54 R$ 16,67 R$ 31,03

17 2,53 19,5 14,95% 0,13 R$ 2,20 R$ 16,96

18 1,88 6,5 4,98% 0,29 R$ 14,47 R$ 50,03

18 2,53 6,5 4,98% 0,39 R$ 12,27 R$ 31,52

19 1,88 6,75 5,18% 0,28 R$ 12,27 R$ 44,05

19 2,53 6 4,60% 0,42 R$ 12,27 R$ 29,10

20 1,88 5,75 4,41% 0,33 R$ 12,27 R$ 37,53

20 2,53 8,25 6,33% 0,31 R$ 10,07 R$ 32,84

Total 36,58 130,41 100,00% 0,28 R$ 9,55 R$ 34,06

Lançamento de concreto em laje.

Local

(Casa)

Quantidade

(m3)

Duração

(Horas)

Produtividade

(m3 / Hora)

Preço da

hora

Preço unitário

(R$ / m3)

Freq.

(Duração)

1 64,3 11 20,00% 5,85 R$ 5,12 R$ 0,88

4 64,3 12,5 22,73% 5,14 R$ 5,12 R$ 1,00

5 64,3 11,75 21,36% 5,47 R$ 5,12 R$ 0,94

7 64,3 10,5 19,09% 6,12 R$ 5,12 R$ 0,84

12 64,3 9,25 16,82% 6,95 R$ 5,12 R$ 0,74Total 321,5 55 100,00% 5,85 R$ 5,12 R$ 0,88

Execução de marcação de alvenaria (1ª fiada).

Local

(Casa)

Quantidade

(m2)

Duração

(Horas)

Produtividade

(m2 / Hora)

Preço da

hora

Preço unitário

(R$ / m2)

Freq.

(Duração)

1 62,51 11,5 3,59% 5,44 R$ 10,07 R$ 1,85

1 84,45 42,25 13,20% 2,00 R$ 2,20 R$ 1,10

2 62,51 13,25 4,14% 4,72 R$ 10,07 R$ 2,13

2 84,45 45,75 14,29% 1,85 R$ 2,20 R$ 1,19

15 84,45 17,17 5,36% 4,92 R$ 12,27 R$ 2,49

16 84,45 28,66 8,95% 2,95 R$ 14,47 R$ 4,91

17 62,51 14 4,37% 4,47 R$ 10,07 R$ 2,26

17 84,45 34 10,62% 2,48 R$ 8,80 R$ 3,54

18 62,51 8,75 2,73% 7,14 R$ 12,27 R$ 1,72

18 84,45 20,25 6,33% 4,17 R$ 10,07 R$ 2,41

19 62,51 16,75 5,23% 3,73 R$ 14,47 R$ 3,88

19 84,45 41,5 12,97% 2,03 R$ 12,27 R$ 6,03

20 62,51 15 4,69% 4,17 R$ 10,07 R$ 2,42

20 84,45 11,25 3,51% 7,51 R$ 10,07 R$ 1,34

Total 1050,66 320,08 100,00% 3,28 R$ 8,86 R$ 2,70

Montagem de laje valterrana com trilhos e tijolos.

Local

(Casa)

Quantidade

(m2)

Duração

(Horas)

Produtividade

(m2 / Hora)

Preço da

hora

Preço unitário

(R$ / m2)

Freq.

(Duração)

37

4 217,98 55,83 4,20% 3,90 R$ 5,67 R$ 1,45

6 217,98 144 10,83% 1,51 R$ 5,67 R$ 3,75

7 13,14 14,5 1,09% 0,91 R$ 5,67 R$ 6,26

7 74,68 34 2,56% 2,20 R$ 5,67 R$ 2,58

7 217,98 93,5 7,03% 2,33 R$ 5,67 R$ 2,43

8 193,78 113,5 8,54% 1,71 R$ 5,12 R$ 3,00

8 3,77 3,25 0,24% 1,16 R$ 5,67 R$ 4,89

9 3,77 3,75 0,28% 1,01 R$ 5,67 R$ 5,64

10 217,78 229,5 17,27% 0,95 R$ 5,67 R$ 5,98

10 3,77 4,75 0,36% 0,79 R$ 5,67 R$ 7,14

11 217,78 41,75 3,14% 5,22 R$ 5,67 R$ 1,09

11 3,77 3,75 0,28% 1,01 R$ 5,67 R$ 5,64

12 3,77 5,75 0,43% 0,66 R$ 5,67 R$ 8,65

12 217,78 97 7,30% 2,25 R$ 5,67 R$ 2,53

13 217,78 109,5 8,24% 1,99 R$ 5,67 R$ 2,85

14 217,78 89,5 6,73% 2,43 R$ 5,67 R$ 2,33

15 217,78 80,25 6,04% 2,71 R$ 5,67 R$ 2,09

19 217,78 109,75 8,26% 1,98 R$ 4,94 R$ 2,49

20 217,78 95,25 7,17% 2,29 R$ 5,67 R$ 2,48

Total 2696,63 1329,08 100,00% 2,03 R$ 5,56 R$ 2,74

Execução de reboco externo em fachada (andaime).

Local

(Casa)

Quantidade

(m2)

Duração

(Horas)

Produtividade

(m2 / Hora)

Preço da

hora

Preço unitário

(R$ / m2)Freq.

(Duração)

4 426,76 140,75 16,99% 3,03 R$ 4,73 R$ 1,56

5 426,76 113 13,64% 3,78 R$ 4,57 R$ 1,21

6 426,76 169,75 20,49% 2,51 R$ 4,57 R$ 1,82

7 426,76 166,75 20,13% 2,56 R$ 4,57 R$ 1,79

7 61,93 8,5 1,03% 7,29 R$ 5,67 R$ 0,78

12 426,76 196,5 23,72% 2,17 R$ 4,57 R$ 2,10

16 80 33,25 4,01% 2,41 R$ 4,57 R$ 1,90

Total 2275,73 828,5 100,00% 2,75 R$ 4,61 R$ 1,68

Execução de reboco interno em parede e teto.

Local

(Casa)

Quantidade

(m2)

Duração

(Horas)

Produtividade

(m2 / Hora)

Preço da

hora

Preço unitário

(R$ / m2)Freq.

(Duração)

6 15,36 8,5 20,61% 1,81 R$ 5,67 R$ 3,14

7 12,81 2,5 6,06% 5,12 R$ 5,67 R$ 1,11

8 39,47 15 36,36% 2,63 R$ 5,67 R$ 2,15

9 20,86 6,75 16,36% 3,09 R$ 5,67 R$ 1,83

11 38,97 8,5 20,61% 4,58 R$ 5,67 R$ 1,24

Total 127,47 41,25 100,00% 3,09 R$ 5,67 R$ 1,83

Regularização de piso para aplicação de cerâmica.

Local

(Casa)

Quantidade

(m2)

Duração

(Horas)

Produtividade

(m2 / Hora)

Preço da

hora

Preço unitário

(R$ / m2)Freq.

(Duração)

38

8 10,49 15,25 17,89% 0,69 R$ 2,20 R$ 3,20

9 10,49 16 18,77% 0,66 R$ 2,20 R$ 3,36

10 10,49 19,75 23,17% 0,53 R$ 2,20 R$ 4,14

13 10,49 16,75 19,65% 0,63 R$ 2,20 R$ 3,51

19 10,49 17,5 20,53% 0,60 R$ 2,20 R$ 3,67

Total 52,45 85,25 100,00% 0,62 R$ 2,20 R$ 3,58

Rejuntamento de pedra natural em fachada.

Local

(Casa)

Quantidade

(m2)

Duração

(Horas)

Produtividade

(m2 / Hora)

Preço da

hora (Real)

Preço unitário

Real (R$ / m2)Freq.

(Duração)

39

ANEXO B – Questionário respondido pelas construtoras visitadas.

1. Planejamento e Controle de Produção1.1 São utilizado pacotes de trabalho?1.2 É obedecido um planejamento sequencial de serviços?

2. Composição da Equipe2.1 É utilizado equipe exclusiva para apoio à produção e transporte de material?

3. Política de Incentivo3.1 É utilizado alguma política de incentivo ou recompensa à produção?

4. Serviços Auxiliares4.1 Os serviços auxiliares (ex.: emestramento e piso ou limpeza) estão incluídos nos índices utilizados?

5. Tipologia do Produto5.1 Esses índices são utilizados para qualquer tipo de empreendimento executado pela empresa?

6. Acabamentos Específicos6.1 Há treinamento para serviços específicos?

7. Condições de Contorno7.1 Os funcionários recebem algum tipo de projeto de paginação para execução dos serviços?7.2 O início do serviço é liberado apenas com todos os materiais e ferramentas já disponíveis no local?

8. Equipamentos e Ferramentas8.1 Há incentivo para a utilização de ferramentas específicas?8.2 Há treinamento para a utilização de ferramentas específicas?

9. Jornada de Trabalho

9.1 A empresa utiliza sistema de transporte particular para os funcionários?

9.2 A empresa realoca os tempos de intervalo para o início e/ou fim do expediente?

10. Regime de Contratação10.1 Costuma-se utilizar subempreiteiros e terceirizados para execução dos serviços?10.2 É exigido experiência para a contratações de profissionais?

11. Condições Ambientais11.1 Os índices de produtividade utilizados levam em conta o nível de dificuldade do serviço?

12. Condições Sociais12.1 Existe algum programa de apoio social (ex.: alfabetização e tratamento dentário) disponível aos funcionários?

40

ANEXO C – Planilha preenchida pelas construtoras visitadas.

01 Alvenaria02 Alvenaria de baldrame03 Alvenaria de empenas04 Alvenaria de pedra05 Aplicação de betume asfáltico06 Assentamento de cerâmica07 Assentamento de pedra natural fachada08 Assentamento de Perfil "U"09 Chapisco externo10 Chapisco interno11 Cinta de baldrame12 Escavação em valas13 Execução de piso Morto14 Lançamento de concreto15 Marcação de alvenaria16 Montagem de laje volterrana17 Reboco externo18 Reboco interno19 Regularização de piso20 Rejuntamento de pedra natural

Referência Serviço Índice Unidade

41

ANEXO D – Índices de produtividade das empresas visitadas.

ANEXO D – Planilha preenchida pelas construtoras visitadas.

Tabela D.1 – Índices de produtividade obtidos nas visitas técnicas na unidade homem hora / quantidade de serviço.

Tabela D.2 – Índices de produtividade obtidos nas visitas técnicas na unidade quantidade de serviço / hora.

Serviço Unidade Empresa 1 Empresa 2 Empresa 3 Empresa 4 Empresa 5 Empresa 6 Empresa 7 Empresa 8 Empresa 9 Empresa 10 Empresa 11 Empresa 12 Empresa 13 Empresa 14 Empresa 15 Empresa 16 Empresa 17 Empresa 18 Empresa 19

Alvenaria Hh/m² 0,36 0,36 0,37 0,38 0,38 0,38 0,40 0,40 0,40 0,45 0,67 0,82 1,49 1,73 1,73 1,73 1,73 2,70 2,70

Alvenaria de Baldrame Hh/m³ 1,73 4,86 8,28 8,67 13,30 13,30 14,49 15,09 15,89 16,13 16,13 17,29 17,29 17,29 17,95 18,52 25,00 25,00 -

Alvenaria de Empenas Hh/m² 0,40 0,44 0,67 0,71 0,75 0,75 0,75 0,82 0,82 0,85 1,73 1,73 1,73 1,73 1,86 2,70 2,70 - -

Alvenaria de Pedra Hh/m³ 4,00 4,00 5,00 5,00 5,17 5,86 6,79 7,15 8,08 8,44 9,55 9,55 9,55 11,90 11,90 - - - -

Aplicação Frio Asfalto Hh/m² 0,26 0,26 0,26 0,30 0,30 0,41 0,43 0,48 0,56 0,56 0,60 0,60 0,72 - - - - - -

Assentamento de Cerâmica Hh/m² 0,29 0,57 0,59 0,59 0,61 0,61 0,61 0,64 0,64 0,67 0,67 0,73 0,83 0,90 0,92 0,98 0,99 0,99 0,99Assentamento de Pedra Natural Fachada Hh/m² 0,61 0,61 0,61 0,93 0,93 1,04 1,04 1,26 1,33 1,50 1,62 1,67 1,80 1,83 - - - - -

Assentamento de Perfil U Hh/m 0,24 0,27 0,29 0,29 0,30 0,30 0,30 0,33 0,35 0,39 0,80 0,81 0,86 0,86 0,86 - - - -

Chapisco Externo Hh/m² 0,10 0,12 0,13 0,18 0,18 0,18 0,18 0,19 0,20 0,20 0,20 0,20 0,22 0,24 0,25 0,31 0,37 0,37 0,39

Chapisco Interno Hh/m² 0,04 0,10 0,11 0,11 0,11 0,11 0,12 0,12 0,13 0,13 0,14 0,15 0,19 0,19 0,20 0,20 0,20 0,37 0,37

Cinta de Baldrame Hh/m³ 3,85 5,88 5,88 7,43 7,91 8,17 8,60 8,80 8,80 9,72 9,78 13,97 14,95 - - - - - -

Escavação em valas Hh/m³ 1,00 1,61 1,72 1,72 1,72 1,75 1,79 1,79 1,91 2,09 2,11 2,11 2,37 2,50 2,50 13,11 13,97 - -

Execução de Piso Morto Hh/m³ 0,23 0,23 0,25 0,25 1,16 1,25 2,52 2,55 2,68 2,85 2,99 2,99 3,03 10,21 10,21 10,21 10,98 11,11 -

Lançamento de Concreto Hh/m³ 2,58 2,98 3,95 3,95 6,68 10,19 10,21 10,21 10,21 10,73 11,25 11,86 12,12 15,36 15,36 16,67 16,67 25,00 -

Marcação de Alvenaria Hh/m 0,09 0,15 0,15 0,17 0,17 0,21 0,21 0,24 0,27 0,50 0,57 0,69 - - - - - - -

Montagem de Laje volterrana Hh/m² 0,58 0,58 0,58 1,97 2,07 2,07 2,18 2,34 2,86 6,23 6,23 7,69 7,69 - - - - - -

Reboco Externo Hh/m² 0,44 0,53 0,53 0,57 0,58 0,60 0,60 0,66 0,68 0,79 0,79 0,81 1,09 1,09 1,09 1,12 1,12 1,17 1,18

Reboco Interno Hh/m² 0,31 0,34 0,34 0,37 0,37 0,39 0,42 0,44 0,44 0,50 0,58 0,66 0,73 0,77 1,09 1,09 1,09 1,12 1,12

Regularização de Piso Hh/m² 0,27 0,33 0,34 0,34 0,37 0,37 0,37 0,38 0,40 0,40 0,40 0,45 0,57 0,57 0,61 0,61 0,61 0,61 0,66

Rejuntamento de Pedra Natural Hh/m² 0,06 0,16 0,21 0,29 0,31 0,35 0,38 0,38 0,45 0,45 0,47 0,47 0,57 - - - - - -

Serviço Unidade Empresa 1 Empresa 2 Empresa 3 Empresa 4 Empresa 5 Empresa 6 Empresa 7 Empresa 8 Empresa 9 Empresa 10 Empresa 11 Empresa 12 Empresa 13 Empresa 14 Empresa 15 Empresa 16 Empresa 17 Empresa 18 Empresa 19

Alvenaria m²/h 2,79 2,79 2,67 2,63 2,60 2,60 2,53 2,50 2,50 2,21 1,48 1,22 0,67 0,58 0,58 0,58 0,58 0,37 0,37

Alvenaria de Baldrame m³/h 0,58 0,21 0,12 0,12 0,08 0,08 0,07 0,07 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,05 0,04 0,04 -

Alvenaria de Empenas m²/h 2,53 2,27 1,48 1,40 1,33 1,33 1,33 1,22 1,22 1,18 0,58 0,58 0,58 0,58 0,54 0,37 0,37 - -

Alvenaria de Pedra m³/h 0,25 0,25 0,20 0,20 0,19 0,17 0,15 0,14 0,12 0,12 0,10 0,10 0,10 0,08 0,08 - - - -

Aplicação Frio Asfalto m²/h 3,84 3,84 3,84 3,33 3,33 2,46 2,34 2,07 1,80 1,80 1,68 1,68 1,39 - - - - - -

Assentamento de Cerâmica m²/h 3,41 1,74 1,70 1,70 1,65 1,65 1,64 1,55 1,55 1,49 1,49 1,38 1,20 1,11 1,09 1,02 1,01 1,01 1,01

Assentamento de Pedra Natural Fachada m²/h 1,65 1,65 1,65 1,07 1,07 0,96 0,96 0,79 0,75 0,66 0,62 0,60 0,56 0,55 - - - - -

Assentamento de Perfil U m/h 4,17 3,77 3,50 3,50 3,32 3,32 3,30 3,02 2,87 2,54 1,26 1,23 1,16 1,16 1,16 - - - -

Chapisco Externo m²/h 10,20 8,33 7,95 5,68 5,68 5,57 5,57 5,33 5,06 5,06 5,06 5,06 4,48 4,09 4,00 3,20 2,70 2,70 2,56

Chapisco Interno m²/h 22,34 10,25 9,30 9,30 9,17 9,17 8,37 8,33 7,95 7,95 7,04 6,71 5,30 5,26 5,06 5,06 5,06 2,70 2,70

Cinta de Baldrame m³/h 0,26 0,17 0,17 0,13 0,13 0,12 0,12 0,11 0,11 0,10 0,10 0,07 0,07 - - - - - -

Escavação em valas m³/h 1,00 0,62 0,58 0,58 0,58 0,57 0,56 0,56 0,52 0,48 0,47 0,47 0,42 0,40 0,40 0,08 0,07 - -

Execução de Piso Morto m³/h 4,37 4,37 4,00 4,00 0,87 0,80 0,40 0,39 0,37 0,35 0,33 0,33 0,33 0,10 0,10 0,10 0,09 0,09 -

Lançamento de Concreto m³/h 0,39 0,34 0,25 0,25 0,15 0,10 0,10 0,10 0,10 0,09 0,09 0,08 0,08 0,07 0,07 0,06 0,06 0,04 -

Marcação de Alvenaria m/h 10,78 6,58 6,58 6,00 6,00 4,77 4,77 4,22 3,70 2,02 1,75 1,45 - - - - - - -

Montagem de Laje volterrana m²/h 1,73 1,73 1,73 0,51 0,48 0,48 0,46 0,43 0,35 0,16 0,16 0,13 0,13 - - - - - -

Reboco Externo m²/h 2,27 1,87 1,87 1,75 1,73 1,66 1,66 1,52 1,47 1,27 1,27 1,23 0,91 0,91 0,91 0,89 0,89 0,85 0,85

Reboco Interno m²/h 3,20 2,95 2,95 2,70 2,70 2,56 2,39 2,27 2,27 2,01 1,73 1,52 1,37 1,30 0,91 0,91 0,91 0,89 0,89

Regularização de Piso m²/h 3,75 2,99 2,95 2,95 2,70 2,70 2,70 2,62 2,49 2,49 2,49 2,20 1,75 1,75 1,65 1,65 1,65 1,64 1,52

Rejuntamento de Pedra Natural m²/h 17,05 6,10 4,76 3,40 3,23 2,86 2,63 2,63 2,20 2,20 2,12 2,12 1,74 - - - - - -

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ANEXO E – Questionário preenchido pelas construtoras visitadas.

1. Planejamento e Controle de Produção Empresa 1 Empresa 2 Empresa 3 Empresa 4 Empresa 5 Empresa 61.1 São utilizado pacotes de trabalho? sim sim sim não sim

1.2 É obedecido um planejamento sequencial de serviços? sim sim sim não sim

2. Composição da Equipe2.1 É utilizado equipe exclusiva para apoio à produção e transporte de material?

sim sim sim não sim

3. Política de Incentivo3.1 É utilizado alguma política de incentivo ou recompensa à produção? sim sim sim não sim

4. Serviços Auxiliares4.1 Os serviços auxiliares (ex.: emestramento e piso ou limpeza) estão incluídos nos índices utilizados?

não sim sim sim sim

5. Tipologia do Produto5.1 Esses índices são utilizados para qualquer tipo de empreendimento executado pela empresa?

não sim sim sim sim

6. Acabamentos Específicos6.1 Há treinamento para serviços específicos? sim sim sim não sim

7. Condições de Contorno7.1 Os funcionários recebem algum tipo de projeto de paginação para execução dos serviços?

não não sim não sim

7.2 O início do serviço é liberado apenas com todos os materiais e ferramentas já disponíveis no local?

não sim sim não sim

8. Equipamentos e Ferramentas8.1 Há incentivo para a utilização de ferramentas específicas? sim sim sim não sim

8.2 Há treinamento para a utilização de ferramentas específicas? sim sim sim não sim

9. Jornada de Trabalho9.1 A empresa utiliza sistema de transporte particular para os funcionários?

não sim nao não nao

9.2 A empresa realoca os tempos de intervalo para o início e/ou fim do expediente?

não sim nao não nao

10. Regime de Contratação10.1 Costuma-se utilizar subempreiteiros e terceirizados para execução dos serviços?

sim sim sim não sim

10.2 É exigido experiência para a contratações de profissionais? não sim sim não sim

11. Condições Ambientais11.1 Os índices de produtividade utilizados levam em conta o nível de dificuldade do serviço?

sim não sim não sim

12. Condições Sociais12.1 Existe algum programa de apoio social (ex.: alfabetização e tratamento dentário) disponível aos funcionários? não não sim não sim

Não

res

po

nd

eu a

o q

ues

tio

nár

io.

1. Planejamento e Controle de Produção Empresa 7 Empresa 8 Empresa 9 Empresa 10 Empresa 11 Empresa 121.1 São utilizado pacotes de trabalho? não não sim sim sim

1.2 É obedecido um planejamento sequencial de serviços? não não sim sim sim

2. Composição da Equipe2.1 É utilizado equipe exclusiva para apoio à produção e transporte de material?

não não sim sim sim

3. Política de Incentivo3.1 É utilizado alguma política de incentivo ou recompensa à produção? não não sim sim sim

4. Serviços Auxiliares4.1 Os serviços auxiliares (ex.: emestramento e piso ou limpeza) estão incluídos nos índices utilizados?

sim sim sim sim sim

5. Tipologia do Produto5.1 Esses índices são utilizados para qualquer tipo de empreendimento executado pela empresa?

sim sim sim sim sim

6. Acabamentos Específicos6.1 Há treinamento para serviços específicos? não não sim sim sim

7. Condições de Contorno7.1 Os funcionários recebem algum tipo de projeto de paginação para execução dos serviços?

não não sim não sim

7.2 O início do serviço é liberado apenas com todos os materiais e ferramentas já disponíveis no local?

não não sim sim sim

8. Equipamentos e Ferramentas8.1 Há incentivo para a utilização de ferramentas específicas? não não sim sim sim

8.2 Há treinamento para a utilização de ferramentas específicas? não não sim sim sim

9. Jornada de Trabalho9.1 A empresa utiliza sistema de transporte particular para os funcionários?

não não nao sim nao

9.2 A empresa realoca os tempos de intervalo para o início e/ou fim do expediente?

não não nao sim nao

10. Regime de Contratação10.1 Costuma-se utilizar subempreiteiros e terceirizados para execução dos serviços?

não não sim sim sim

10.2 É exigido experiência para a contratações de profissionais? não não sim sim sim

11. Condições Ambientais11.1 Os índices de produtividade utilizados levam em conta o nível de dificuldade do serviço?

não não sim não sim

12 Condições Sociais12.1 Existe algum programa de apoio social (ex.: alfabetização e tratamento dentário) disponível aos funcionários? não não sim não sim

Não

res

po

nd

eu a

o q

ues

tio

nár

io.

1. Planejamento e Controle de Produção Empresa 13 Empresa 14 Empresa 15 Empresa 16 Empresa 17 Empresa 181.1 São utilizado pacotes de trabalho? sim sim sim sim sim não

1.2 É obedecido um planejamento sequencial de serviços? sim sim sim sim sim não

2. Composição da Equipe2.1 É utilizado equipe exclusiva para apoio à produção e transporte de material?

sim sim sim sim sim não

3. Política de Incentivo3.1 É utilizado alguma política de incentivo ou recompensa à produção? sim sim sim sim sim não

4. Serviços Auxiliares4.1 Os serviços auxiliares (ex.: emestramento e piso ou limpeza) estão incluídos nos índices utilizados?

sim sim sim não não sim

5. Tipologia do Produto5.1 Esses índices são utilizados para qualquer tipo de empreendimento executado pela empresa?

sim sim sim não não sim

6. Acabamentos Específicos6.1 Há treinamento para serviços específicos? sim sim sim sim sim não

7. Condições de Contorno7.1 Os funcionários recebem algum tipo de projeto de paginação para execução dos serviços?

não não sim não não não

7.2 O início do serviço é liberado apenas com todos os materiais e ferramentas já disponíveis no local?

sim sim sim não não não

8. Equipamentos e Ferramentas8.1 Há incentivo para a utilização de ferramentas específicas? sim sim sim sim sim não

8.2 Há treinamento para a utilização de ferramentas específicas? sim sim sim sim sim não

9. Jornada de Trabalho9.1 A empresa utiliza sistema de transporte particular para os funcionários?

sim sim nao não não não

9.2 A empresa realoca os tempos de intervalo para o início e/ou fim do expediente?

sim sim nao não não não

10. Regime de Contratação10.1 Costuma-se utilizar subempreiteiros e terceirizados para execução dos serviços?

sim sim sim sim sim não

10.2 É exigido experiência para a contratações de profissionais? sim sim sim não não não

11. Condições Ambientais11.1 Os índices de produtividade utilizados levam em conta o nível de dificuldade do serviço?

não não sim sim sim não

12 Condições Sociais12.1 Existe algum programa de apoio social (ex.: alfabetização e tratamento dentário) disponível aos funcionários? não não sim não não não

1. Planejamento e Controle de Produção Empresa 19 Construtora Tríade1.1 São utilizado pacotes de trabalho? não não

1.2 É obedecido um planejamento sequencial de serviços? não não

2. Composição da Equipe2.1 É utilizado equipe exclusiva para apoio à produção e transporte de material?

não sim

3. Política de Incentivo3.1 É utilizado alguma política de incentivo ou recompensa à produção? não não

4. Serviços Auxiliares4.1 Os serviços auxiliares (ex.: emestramento e piso ou limpeza) estão incluídos nos índices utilizados?

sim sim

5. Tipologia do Produto5.1 Esses índices são utilizados para qualquer tipo de empreendimento executado pela empresa?

sim sim

6. Acabamentos Específicos6.1 Há treinamento para serviços específicos? não não

7. Condições de Contorno7.1 Os funcionários recebem algum tipo de projeto de paginação para execução dos serviços?

não não

7.2 O início do serviço é liberado apenas com todos os materiais e ferramentas já disponíveis no local?

não não

8. Equipamentos e Ferramentas8.1 Há incentivo para a utilização de ferramentas específicas? não não

8.2 Há treinamento para a utilização de ferramentas específicas? não não

9. Jornada de Trabalho9.1 A empresa utiliza sistema de transporte particular para os funcionários?

não não

9.2 A empresa realoca os tempos de intervalo para o início e/ou fim do expediente?

não não

10. Regime de Contratação10.1 Costuma-se utilizar subempreiteiros e terceirizados para execução dos serviços?

não não

10.2 É exigido experiência para a contratações de profissionais? não sim

11. Condições Ambientais11.1 Os índices de produtividade utilizados levam em conta o nível de dificuldade do serviço?

não não

12 Condições Sociais12.1 Existe algum programa de apoio social (ex.: alfabetização e tratamento dentário) disponível aos funcionários? não não