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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS INSTITUTO DE NATUREZA E CULTURA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA QUEILA AZEVEDO DE MACEDO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TCC EDUCAÇÃO ESPECIAL: UM NOVO OLHAR INCLUSIVO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA ESTADUAL CENTRO EDUCACIONAL DOMÊNICO MARZI Benjamin Constant 2010

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

INSTITUTO DE NATUREZA E CULTURA

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

QUEILA AZEVEDO DE MACEDO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC

EDUCAÇÃO ESPECIAL: UM NOVO OLHAR INCLUSIVO NOS ANOS

INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA ESTADUAL

CENTRO EDUCACIONAL DOMÊNICO MARZI

Benjamin Constant

2010

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QUEILA AZEVEDO DE MACEDO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC

EDUCAÇÃO ESPECIAL: UM NOVO OLHAR INCLUSIVO NOS ANOS

INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA ESTADUAL

CENTRO EDUCACIONAL DOMÊNICO MARZI

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Instituto de Natureza e Cultura (INC) da

Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

como requisito final para obtenção do título de

Licenciada em Pedagogia.

Orientadora: Professora MSc. Marinete Lourenço Mota.

Benjamin Constant

2010

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QUEILA AZEVEDO DE MACEDO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC

EDUCAÇÃO ESPECIAL: UM NOVO OLHAR INCLUSIVO NOS ANOS

INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA ESTADUAL

CENTRO EDUCACIONAL DOMÊNICO MARZI

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Instituto de Natureza e Cultura (INC) da

Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

como requisito final para obtenção do título de

Licenciada em Pedagogia.

Aprovado em 17 de dezembro de 2010.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________

Profª MSc. Marinete Lourenço Mota – Presidente

Instituto de Natureza e Cultura/UFAM/BC

_________________________________________

Profª Esp. Darcimar Souza Rodrigues – Membro

Centro de Ensino Superior de Tabatinga/UEA

__________________________________________

Profª Esp. Maria Francisca Nunes de Souza – Membro

Instituto de Natureza e Cultura/UFAM/BC

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DEDICATÓRIA

A todos os pais que em suas vidas tem um filho especial, que de uma

forma ou outra sentiram-se perdidos por não saberem por onde começar na

inclusão de seus filhos à escola e em todo convívio social.Muitos desafios

foram enfrentados, e quem sabe até mesmo foram barrados, por insistirem o

que de direito lhes pertencia a educação de seus filhos.

Aos meus pais pelos ensinamentos de valores, são eles a razão de

minha perseverança, por terem dedicado suas vidas em prol do meu

crescimento tanto pessoal como espiritual, bem como pelo amor, carinho,

dedicação e confiança que depositam a mim, dedico-lhes essa conquista como

votos de eterna gratidão.

Aos meus avôs Antonio Alves de Macedo e Lurdes Freitas de Azevedo,

que hoje já não estão entre nós, mas que sentiam-se orgulhosos pelas minhas

conquistas, avôs sempre vos amarei...

As minhas irmãs: Márcia Macedo da Silva, Sheila Azevedo de

Macedo e Ruth Azevedo de Macedo, maninhas amo vocês.

A Vovó Lilica, por ter se tornado um incentivo aos meus estudos.

A professora Gilvania Plácido Braule, pelo entusiasmo e perseverança

que teve em nossas práticas de campo, foi através desse olhar da realidade

que descobri minha paixão pela Educação Especial.

As minhas amigas de infância, muitas vezes parávamos para falar

sobre nossos sonhos, sendo um deles o curso superior. Meninas vocês moram

em meu coração, amo vocês!!!

A todos que são apaixonados por estudos e pesquisas na área de

Educação Especial, é através de todos vocês que os sonhos de muitos

especiais e suas famílias voltaram a florir e hoje me junto a vocês.

Por fim, a todos que de forma direta ou indireta, torceram e

acreditaram em mim.

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AGRADECIMENTO

A Deus por tudo que me tem proporcionado é ele meu bem maior, hoje

compreendo suas promessas, que muitas vezes parecia tao distante, mas tudo

tem o seu tempo.”Te amo ó Deus da minha salvação, não há na terra, nem

nos céus rei maior que o meu” (Filhos do Homem).

A minha orientadora professora Marinete Lourenço Mota, pela

colaboração prestimosa, bem como pela dedicação nos seus atendimentos.

As minhas amigas do grupo de estudos: Aldenice Castro dos Reis;

Alziane Garcia Melquíades; Jussara Oliveira de Souza e Rossy Kelly da

Silva Santos, meninas vocês fazem parte de minha história, amo vocês.

A minha amiga Viviane de Amorim Bitencourt, a universidade não dá

oportunidade somente do conhecimento científico, mas de conhecermos pessoas

que passarão a ser inesquecíveis, vivi você é exatamente isso, te amo amiga.

Obrigada pelos anos que compartilhamos a mesma casa.

Aos amigos pelo apoio e incentivo, em especial a amiga Marcilene de

Freitas Lopes, amiga valeu por tudo, você também faz parte da minha

história, te amo amiga.

A minha turma de Pedagogia, pelos quatros anos e meio que

partilhamos os mesmos ensinamentos, por vezes pensamentos diferentes, mas

que respeitamos as opiniões de cada um. Valeu!!!

A todos os professores do Curso de Pedagogia, e dos demais cursos

que lecionaram em nossa turma, vocês fazem parte de minha formação

profissional, alguns já se foram de nosso Instituto, mas plantaram aqui a

semente do conhecimento.

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A educação é também onde decidimos se amamos

nossas crianças o bastante para não expulsá-las de

nosso mundo e abandoná-las a seus próprios recursos

e tampouco, arrancar de suas mãos a oportunidade de

empreender alguma coisa nova e imprevista para nós,

preparando-as, em vez disso e com antecedência, para

a tarefa de renovar um mundo comum.

HANNA ARENDT

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RESUMO

O referido Trabalho de Conclusão de Curso está alicerçado no teor científico, tem

como objetivo abordar os resultados alcançados na trajetória acadêmica, através das

observações minuciosas, das reflexões e análises trabalhadas no decorrer do curso de

Licenciatura em Pedagogia do Instituto de Natureza e Cultura, Pólo da Universidade Federal

do Amazonas em Benjamin Constant. Este trabalho compreende o memorial das vivências

acadêmica ao longo do curso, apresentando a reflexão teórica e prática constituída pela

indissociabilidade entre o ensino, pesquisa e extensão, fazendo parte ainda os Estágios

Supervisionados na Gestão Educacional, Educação Infantil e Anos Iniciais, enfatizando sua

importância na formação profissional do Pedagogo, nos proporcionando o crescimento

intelectual, humano e social. A monografia por sua vez como parte deste trabalho apresenta os

resultados da pesquisa realizada por intermédio das disciplinas de Prática da Pesquisa

Pedagógica a respeito da temática Educação Especial nos Anos Inicias do Ensino

Fundamental em escola pública. As principais fontes de leituras para este estudo em questão

foi com base em autores como Mantoan (2006), Smith (2008), Mazzota (2005), Freire (1996)

dentre outros. Os procedimentos metodológicos para o desenvolvimento deste trabalho

fundamentou-se numa abordagem qualitativa pelas atividades contempladas na disciplina de

Orientação ao Trabalho de Conclusão de Curso. Como resultados alcançados destaca-se a

relevância das atividades desenvolvidas pelos estágios como experiências para a prática

pedagógica docente nos níveis de Educação Infantil e Anos Iniciais e na atuação do campo da

Gestão Educacional Escolar na formação profissional, e a concretização da pesquisa serviu

para que como educadora compreenda a necessidade de ser um eterno pesquisador para que

os problemas surgidos no contexto escolar venham ser superados, partindo desta reflexão é

percebível que as mudanças ocorrerão quando a escola estiver consciente que ensinar com

êxito exige a prática da pesquisa. A efetivação da inclusão e seu sucesso no contexto escolar

depende também do compromisso do educador com a qualidade da educação da qual depende

nossos alunos.

Palavras-chave: Prática Pedagógica. Educação Especial. Inclusão. Ensino Regular.

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RESUMEN

El referido trabajo de Conclusión de Curso se basa en las teorías científicas, tiene

como objetivo abordar los resultados alcanzados en la trayectoria académica, através de las

observaciones minuciosas, de las reflexiones e análisis trabajadas en el transcurso del curso de

Licenciatura en Pedagogía del Instituto de Naturaleza y Cultura- INC, polo de la universidad

Federal del amazonas-UFAM, en Benjamin Constant. Este trabajo comprende el memorial de

las vivencias académica a lo largo del curso, presentando la reflexión teórica y práctica

constituida por la indisociabilidad entre la enseñanza, pesquisa y extensión, haciendo parte

aun las Prácticas Supervisionadas en la Gestión Educacional, Educación Infantil y años

iniciales, enfatizando su importancia en la formación profesional del Pedagogo,

proporcionándonos el crecimiento intelectual, humano y social. La monografía por su vez

como parte deste trabajo presenta los resultados de la pesquisa realizada por intermedio de las

disciplinas de Práctica de la Pesquisa Pedagógica al respecto de la temática Educación

Especial en los Años Iniciales de la enseñanza fundamental en escuela publica. Las

principales fuentes de lecturas para este estudio em cuestión fue con base en autores como

Mantoan (2006), Smith (2008), Mazzota (2005), Freire (1996), entre otros. Los

procedimientos para el desarrollo deste trabajo se fundamentó en un abordaje cualitativo por

las actividades contempladas en las disciplinas de Orientación al Trabajo de conclusión de

Curso. Como resultados alcanzados se destaca la relevancia de las actividades desarrolladas

por las prácticas como experiencias para las práctica pedagógica docente en los niveles de

Educación Infantil y años Iniciales, y en la actuación del campo de la Gestión Educacional

Escolar en la formación profesional, y la caracterización de la pesquisa sirvió para que como

educadora comprenda la necesidad de ser un eterno pesquisador para que los problemas

surgidos en el contexto escolar vengan a ser superados, partiendo de esta reflexión se puede

percibir que los cambios ocurrirán cuando la escuela esté consciente que enseñar con éxito

exige la práctica de la pesquisa. La efectivación de la inclusión y su éxito en el contexto

escolar depende tambien del compromiso del educador con la calidad de la educación, de la

cual dependen nuestros alumnos.

Palabras Llaves: Práctica Pedagógica, Educación Especial, Inclusión, Enseñanza regular.

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LISTA DE ILUSTRAÇOES

Quadro 1 : Estrutura física da Esc.Est. Profª Rosa Cruz.......................................... 54

Gráfico 1: Avaliação da infra-estrutura................................................................... 86

Gráfico 2: Nível de desenvolvimento dos alunos especiais de 0 a 10..................... 87

Quadro 2 : Rendimento escolar dos alunos especiais em 2007............................... 87

Quadro 3: Rendimento escolar dos alunos especiais em 2008................................ 88

Gráfico 3: Rendimento dos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais

no ano de 2007....................................................................................................... 88

Gráfico 4: Rendimento dos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais

no ano de 2008....................................................................................................... 89

Gráfico 5: Índice de Matrículas de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais

Entre os anos de 2007 e 2008.................................................................................... 89

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CEADAM – Convenção Estadual das Assembléias de Deus no Amazonas

CEE/AM - Conselho Estadual de Educação/Amazonas

CME/BCT - Conselho Municipal de Educaçao / Benjamin Constant

CMEIFCA - Centro Municipal de Educação Infantil “Francisco Chagas de Almeida”

EECEDM - Escola Estadual Centro Educacional Domênico Marzi

E.I - Educação Infantil

GP-PMBC - Gestão Pública – Prefeitura Municipal de Benjamin Constant

IDEB - Índice do Desenvolvimento da Educação Básica

IEADAM - Igreja Evangélica Assembléia de Deus no Amazonas

LDBEN - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

MEC - Ministério da Educaçao e Cultura

SADEAM - Sistema de Avaliação do Desenvolvimento Educacional do Amazonas

SAEB - Sistema de Avaliação da Educação Básica

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SUMÁRIO

INTRODUÇAO ............................................................................................................. 12

CAPITULO 1.................................................................................................................. 14

1. MEMORIAL: HISTÓRIA DE ESTUDANTE ....................................................... 14

1.1 BIOGRAFIA.............................................................................................................. 15

1.2 ESCOLARIDADE NA EDUCAÇAO BÁSICA....................................................... 15

1.3 ATUAÇAO PROFISSIONAL.................................................................................. 17

1.4 MINHA VIDA ACADEMICA NO CURSO DE PEDAGOGIA............................. 18

1.4.1 Ensino.................................................................................................................... 18

1.4.2 Pesquisa................................................................................................................. 20

1.4.3 Extensão................................................................................................................ 21

1.4.4 O Estágio Como Atuação Profissional.................................................................. 22

1.4.5 Outras Atividades................................................................................................. 24

CAPITULO 2................................................................................................................ 27

2. ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS NO CURSO DE PEDAGOGIA................... 27

2.1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA GESTAO EDUCACIONAL........................ 29

2.1.1 Perfil do Gestor...................................................................................................... 29

2.1.2 Gestão Democrática: participação da comunidade............................................ 30

2.1.3 Relações Humanas na Escola............................................................................... 32

2.1.4 Órgãos Colegiados................................................................................................. 33

2.1.5 Projeto Político Pedagógico.................................................................................. 34

2.1.6 Avaliação Institucional da Escola....................................................................... 35

2.1.7 Atividade Desenvolvida Pela Escola Durante o Estágio.................................. 37

2.1.8 Intervenção............................................................................................................ 38

2.2 ESTÁGIO SUPERVISONADO NA EDUCAÇAO INFANTIL.............................. 40

2.2.1 A Instituição......................................................................................................... 40

2.2.2 Análise Documental: Projeto Político Pedagógico e Regimento Interno....... 41

2.2.3 A Sala de Aula....................................................................................................... 41

2.2.4 O Perfil do/a Educador/a..................................................................................... 43

2.2.5 As Crianças............................................................................................................ 44

2.2.6 Observações Realizadas na Sala de Aula........................................................... 46

2.3 PARTICIPAÇAO ATIVA........................................................................................ 46

2.3.1 Eleição do Conselho Escolar................................................................................ 47

2.3.2 Posse do Conselho Escolar.................................................................................. 48

2.3.3 Planejamento dos Professores............................................................................ 48

2.4 REGENCIA SUPERVISIONADA........................................................................... 49

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2.4.1 Preparação e Planejamento................................................................................ 49

2.4.2 Dia da regência.................................................................................................... 50

2.5 ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS ANOS INICIAIS........................................ 53

2.5.1 A Instituição de Ensino....................................................................................... 53

2.5.2 A Motivação em Sala de Aula............................................................................ 55

2.5.3 Relações Humanas na Escola.............................................................................. 56

2.5.4 Corpo Docente da Escola..................................................................................... 57

2.5.5 Corpo Discente da Escola..................................................................................... 58

2.5.6 Participação Ativa ............................................................................................. 58

2.5.7 Docência Supervisionada.................................................................................. 59

2.5.8 Dia da Regência.................................................................................................. 61

CAPITULO 3............................................................................................................. 63

3. EDUCAÇAO ESPECIAL: UM NOVO OLHAR INCLUSIVO NOS ANOS

INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA ESTADUAL CENTRO

EDUCACIONAL DOMENICO

MARZI.......................................................................................................................... 63

3.1 Metodologia da Pesquisa: os caminhos percorridos........................................... 64

3.1.1 Campo da Pesquisa............................................................................................ 65

3.2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................. 66

3.2.1 Um Breve Histórico da Educação Especial...................................................... 67

3.2.2 Os Marcos Legais da Inclusão no Brasil............................................................. 70

3.2.3 Educação Inclusiva versus Educação Especial................................................... 72

3.2.4 Salas de Ensino Regular x Salas de Recursos..................................................... 74

3.3 RESULTADOS E DISCUSSOES............................................................................. 76

3.3.1 Os Desafios do Educador do Ensino Regular com a Educação Inclusiva....... 77

3.3.2 Preparação do Professor da Sala de Recursos................................................... 79

3.3.3 O Processo Ensino-aprendizagem na Escola Inclusiva..................................... 80

3.3.4 Métodos e Técnicas de Ensino Aplicado na Sala de Ensino Regular............... 80

3.3.5 Métodos e Técnicas de Ensino Aplicado na Sala de Recursos.......................... 83

3.3.6 Diálogo entre o Professor do Ensino Regular e Professor da Sala de Recursos 84

3.3.7 O Planejamento Pedagógico da Escola.............................................................. 84

3.3.8 Processo de Avaliação da Educação Inclusiva.................................................. 86

3.3.9 Participação Ativa............................................................................................... 90

CONSIDERAÇOES FINAIS...................................................................................... 93

REFERÊNCIAS........................................................................................................... 95

APÊNDICES ................................................................................................................ 98

APÊNDICE A- Entrevista Realizada Durante a Pesquisa com a Gestora da Escola. 99

APÊNDICE B- Entrevista Realizada Durante a Pesquisa com os professores da

Escola ............................................................................................................................ 102

APÊNDICE C- Entrevista Realizada Durante a Pesquisa com os Funcionários da

Escola....................................................................................................................... 105

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INTRODUÇÃO

Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem por escopo apresentar a reflexão da

teoria e prática construída pela acadêmica ao longo do curso de Licenciatura em Pedagogia do

Instituto de Natureza e Cultura, Pólo da Universidade Federal do Amazonas em Benjamin

Constant, compreendendo as experiências pedagógicas vivenciadas pelos Estágios

Supervisionados e pela prática da pesquisa realizada por intermédio das 05 (cinco) disciplinas

obrigatórias de Prática da Pesquisa Pedagógica oferecidas no curso.

Durante o curso tivemos três Estágios Supervisionados, referenciados pelo Projeto

Pedagógico do Curso (PPC) de Pedagogia sob o respaldo da lei de estágio Nº 11.788 de 25/

09/08 e o convênio Nº 028/2009 e as Resoluções do Conselho Municipal de Benjamin

Constant de números 02/03/04 e 05/2008 as resoluções nortearam os estágios supervisionados

na Educação Infantil e Anos Iniciais.

O primeiro Estágio Supervisionado oferecido foi o da Gestão Educacional, o qual foi

realizado na Escola Estadual Profª Rosa Cruz no Centro de Benjamin Constant durante os dias

25/09/2009 a 24/02/ 2010 esta data se entendeu devido a uma greve estudantil no Instituto de

Natureza e Cultura. O segundo Estágio Supervisionado na Educação Infantil aconteceu no

Centro Municipal de Educação Infantil Francisco Chagas de Almeida situado no Bairro

Umarizal no Município de Benjamin Constant nos dias 29/03/2010 a 17/05/2010 e o terceiro

estágio Supervisionado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental foi realizado na Escola

Estadual Profª Rosa Cruz, sendo a mesma escola e endereço do Estágio Supervisionado em

Gestão Educacional, que estão melhores detalhados no segundo capítulo deste trabalho.

Este trabalho trás contribuições em nossa formação profissional para que saibamos a

importância e o porquê de sermos pesquisadores. A pesquisa nos ajuda a encontrarmos as

respostas acerca das problemáticas educacionais surgidas no cotidiano escolar, exigindo do

pesquisador o compromisso com a educação. Neste contexto o pedagogo em sua prática na

perspectiva da qualidade educacional encontra muitos desafios a serem superados, desta

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forma a pesquisa vem colaborar com a construção de conhecimentos que ajudam a

transformar e a direcionar os trabalhos educacionais escolares para novos caminhos e

perspectivas.

A estrutura do trabalho esta dividida em três capítulos, sendo o primeiro capítulo o

memorial, o segundo capítulo os Estágios Supervisionados na Gestão Educacional, Educação

Infantil e Anos Iniciais e o terceiro capítulo a monografia contendo a pesquisa e seus

resultados. Os três capítulos compõem a trajetória da acadêmica no ensino superior,

mostrando os resultados e perspectivas alcançadas.

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CAPÍTULO 1

1 MEMORIAL: HISTÓRIA DE ESTUDANTE

Cabe aqui discorrer a memória estudantil como forma de guardar, registrar os passos

galgados pela busca da construção e efetivação do conhecimento e da aprendizagem, aqui

serão registrados as minhas alegrias, tristezas, decepções e superações dos momentos difíceis

que passei ao longo dessa jornada. Neste memorial, procurarei discorrer de forma objetiva e

concisa o percurso da vida estudantil e acadêmica, fazendo uma breve análise do Curso de

Pedagogia na minha vida profissional. Sinto-me feliz em estar concluindo o Curso de

Pedagogia pela Universidade Federal do Amazonas, um dos meus sonhos era cursar o nível

superior e consegui-lo por uma universidade federal me trouxe sensação de realização, meus

estudos foram alcançados com muitas dificuldades, mas ser persistente me mostrou que

nossas metas sempre podem ser alcançadas, não importa as dificuldades, em especial devo

todas as minhas vitórias a Deus foi ele a minha sustentação. Sabemos que a memória em

registro é uma forma de não levar ao esquecimento uma trajetória já percorrida é através da

autobiografia que conheceremos um pouco de cada história. É de suma relevância que se

construa essa memória, uma vez que a história pertence aqueles que a constrói e a conhece.

Sendo assim esse memorial se encontra organizados em seções para melhor entendimento do

mesmo: Biografia, Escolaridade: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio,

Atuação Profissional, Minha vida acadêmica no Curso de Pedagogia, o Estágio como Atuação

Profissional e Outras Atividades.

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1.1 BIOGRAFIA

Chamo-me Queila Azevedo de Macedo, nasci no dia 17/06/1983 no município de

São Bernardo do Campo no Estado de São Paulo, sou filha de Aristeu Alves de Macedo e

Elisabeth Azevedo de Macedo, sou irmã gêmea de Sheila Azevedo de Macedo, e tenho mais

duas irmãs a mais velha Márcia Macedo da Silva, hoje casada e mãe de três filhos e a irmã

caçula Ruth Azevedo de Macedo. Meu pai nasceu no Estado do Espírito Santo, em uma antiga

cidade chamada São Mateus, hoje por nome de Boa Esperança, aos 15 anos de idade

juntamente com alguns de seus irmãos chegam para trabalhar e melhorar suas condições

financeiras ao Estado de São Paulo. Minha mãe nasceu no município de Diadema, no ABC

Paulista, Estado de São Paulo. No ano de 1988 chegamos ao Amazonas, minha família

decidiu firmar moradia neste estado na cidade de Manaus, a razão suas filhas Sheila e Queila

estarem com Pneumonia, e devido ao frio de São Paulo os médicos aconselharam a

procurarem um lugar mais quente, e a propósito meu pai trabalhava no ramo de panificação e

veio com seu patrão para inaugurar uma padaria em Manaus, e percebendo as elevadas

temperaturas decidiu voltar a São Paulo e trazer a família.

1.2 ESCOLARIDADE: EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO

FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO

No ano de 1988, fui matriculada em uma escola da pré-escola particular de japoneses

com referencia budista, estudei por aproximadamente dois bimestres e logo fui transferida,

sendo que minha transferência sucedeu não pelo ensino, mas pela controvérsia religiosa, o

credo budista não convinha com a cristã evangélica, religião seguida por minha família. Fui

estudar em uma escola de Educação Infantil (pré-escola) também particular por nome Belo

Horizonte no bairro do Aleixo, permanecendo até o término da escolarização infantil.

No ano de 1990, passei a estudar na Escola Estadual “José Bentes Monteiro”, em

Manaus no bairro do Aleixo, cursando a 1ª e 2ª séries do Ensino Fundamental. Me recordo de

minha vida estudantil nesta escola, estudei com uma professora na 1ª série, dedicada e

carinhosa, mesmo muito pequena me recordo até aos dias de hoje a dedicação dela para com

seus alunos. Houve uma festinha em comemoração aos “Dias das Crianças” em cada sala e

ela organizou uma festa muito legal, com ornamentação de palhaços ficou muito encantadora

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para nós crianças, e uma das coisas que me recordo foi às lembrancinhas eram palhacinhos

escondidos dentro de um copo descartável e ao empurrar um arame no fundo do copo o

palhacinho saia sorridente, gostei muito que a professora foi vestida com um macacão do

mesmo tecido da roupa dos palhacinhos.

No ano seguinte, em 1991 passei a estudar na 2ª série com uma professora tradicional,

não tenho boas recordações desse ano, acredito que nem um dos colegas que comigo

estudaram. Existia o método da sabatina algo crucial para os alunos, ela era muito severa e,

mormente com um aluno que era seu filho, o garoto chorava muito quando era sua vez na

sabatina, acabei tendo aversão à tabuada, o que era para fazer parte da busca pela

aprendizagem acabou se tornando uma tortura, enfim terminamos o ano letivo, e tive bons

amigos na escola. A Educação Tradicional, por se tratar de uma educação conservadora, a

forma como o ensino é transmitido, leva-nos hoje a ver que os métodos avaliativos eram

voltados mais para a memorização, ou seja, não dava oportunidade para os alunos criarem

suas próprias respostas, elas tinham que ser reproduzidas na íntegra, conforme o que foi

ensinado com um texto de suporte. A nossa relação com a professora não era o que acontece

hoje a interação do conhecimento, a professora era autoritária, os alunos passivos, submissos,

receptivos e tem mais estávamos sujeitos à penalizações através o famoso castigo. As aulas

eram realizadas através de repetições de leituras, memorização de fórmulas e conceitos. Não

estou afirmando que a escola era tradicional, mesmo porque estudei dois anos e com

professoras diferentes e suas formas de ensinar eram diferentes. Hoje tenho como experiência,

que o professor e seus métodos de ensino fazem um diferencial na vida dos alunos.

Mas no ano seguinte, em 1992 não estudaria mais naquela escola, meus pais estavam

se mudando para um interior do município de Manacapuru por nome de Repartimento de

Tuiué (Malvina), onde foram ordenados pastores pela Convenção Estadual das Assembléias

de Deus no Amazonas - CEADAM, foi tudo muito novo, passaríamos a viver outra realidade,

morar em um interior do Amazonas.

Meus pais me matricularam na Escola Municipal Professora Maria de Nazaré

Oliveira, onde cursei a 3ª série, sendo que neste ano letivo não fui aprovada, ou seja, apenas

dois alunos dos vinte e oito alunos foram aprovados. Em 1993 cursei novamente a 3ª série na

Escola Estadual Januário Santana, em um anexo na Escola Municipal Maria de Nazaré

Oliveira, sendo aprovada. No ano letivo de 1994 cursei a 4ª série nesta escola municipal com

uma professora vinda do município de Manacapuru. No Repartimento de Tuiué, na única

escola só existia até a 4ª série, com o avanço dos alunos a Secretaria Municipal de Educação

do Município de Manacapuru ofertou a 5ª série do Ensino Fundamental em 1995, e em 1996

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ofertou também a 6ª série, cursei ambas as séries e fui aprovada. Mas em 1997 a SEMED

informou que não haveria a 7ª série no interior.

Foi quando a Escola Estadual Januario Santana, pertencente ao interior de Caviana

onde já havia oferecido um anexo da 3ª série do Ensino Fundamental no Repartimento de

Tuiué, se mobilizou e propôs a oferta de implantar o Telecurso 2000, um curso que tinha

equivalência de 5ª a 8ª série para que os alunos dessem continuidade aos estudos, mas havia

um problema o Telecurso 2000 era para alunos com idade a partir dos 18 anos que estavam

fora da idade escolar, e a maioria dos alunos estavam abaixo dessa faixa etária aceita pelo

curso. Com a liberação do Telecurso 2000 para funcionar naquela comunidade podemos

terminar o Ensino Fundamental no ano de 1998, amparada pela Resolução nº 092/96-

CEE/AM.

No ano de 2000 fomos cursar a 1ª série do Magistério na Escola Estadual “José

Seffair” no município de Manacapuru, fomos residir na casa de uma senhora por nome de

Edilberta Conde conhecida como “Vovó Lilica”, onde ficamos até o começo do 2º semestre,

passamos a morar eu e minha irmã em um apartamento alugado. Final do ano de 2000 meus

pais foram transferidos para liderarem a IEADAM em São Paulo de Olivença, tomando posse

em março de 2001.

Fomos transferidas de escola, para uma escola estadual em São Paulo de Olivença,

mas tinha um problema não oferecia a 2ª série do Magistério, a última turma desse curso

estaria se formando ao final de 2001. Meus pais foram conversar com o gestor da escola e

segundo o Artigo 41 do Regimento Geral da Rede Estadual de Ensino – Lei nº 9394/96,

poderíamos fazer adaptação nos componentes curriculares. Fui matriculada na 2ª série do

Ensino Médio e no contra turno fazíamos adaptação nos componentes curriculares de Língua

Estrangeira e Ensino das Artes.

Em 2002 passei a cursar a 3ª série do Ensino Médio no turno noturno, finalizando a

Educação Básica.

1.3 Atuação Profissional

Como profissional, minha inserção na área da Educação aconteceu no ano de 2004,

com o Concurso Público Estadual da Secretaria de Educação e Cultura - SEDUC\AM. Exerço

a função de funcionária pública como assistente administrativo, de início exercia na secretaria

da Escola Estadual “Nossa Senhora da Assunção”. No ano de 2006 houve inscrição para o

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vestibular Macro Verão para os Campus da UFAM no interior do Amazonas, minha escolha

para qual curso foi decidido a partir da área em que trabalhava, escolhi então o curso de

Pedagogia, sendo ministrado no município de Benjamin Constant, mesmo sem experiência

para atuar em sala de aula, não me intimidou a escolha do curso, conhecer as diversas forma

de fazer educação era minha curiosidade, a escola muitas vezes peca quando se limita a uma

única forma de ensinar, o mundo pedagógico era desconhecido para mim, até porque meu

trabalho é mais burocrático e muitos na escola não conseguem ver que nós temos a

necessidade de fazer parte do pedagógico, talvez o sucesso não seja maior por separarmos o

burocrático do pedagógico. Após aprovação do vestibular, pedi transferência do meu trabalho

para o município de Benjamin Constant, onde passaria a estudar e trabalhar.

1.4 Minha Vida Acadêmica no Curso de Pedagogia

Atualmente sou acadêmica do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade

Federal do Amazonas – Instituto de Natureza e Cultura no município de Benjamin Constant

no Estado do Amazonas. No dia 12 de setembro de 2006, cheguei a Benjamin Constant, sob

condições de transferência do meu trabalho para uma escola estadual deste município, no dia

06 de novembro de 2006 deu-se início as aulas na universidade.

1.4.1 Ensino

A partir de 2006 cursei várias disciplinas, sendo estas um desafio, de início tudo era

novo e a cada passo que dávamos encontrávamos dificuldades, mas todas serviram para o meu

crescimento como acadêmica. A disciplina de “Introdução à Pedagogia” foi de grande

relevância, definia o escopo do curso de pedagogia, tratava das diversas concepções sobre

educação, o papel do pedagogo bem como a relação da gestão educacional com todo o

trabalho escolar seja na Educação Infantil ou Series Iniciais do Ensino Fundamental. Outras

disciplinas como: “Introdução à Antropologia” e “Introdução à Sociologia” serviram para que

viéssemos conhecer e relacionar os conhecimentos antropológicos e sociológicos com a

prática profissional do pedagogo. As Disciplinas de “Psicologia Geral”, “Psicologia da

Educação e Desenvolvimento”, “Psicologia da Aprendizagem”, foram de suma importância

uma vez que, para o curso é relevante ter conhecimento da história, conceitos e métodos

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usados na área de psicologia para que entendêssemos o processo de evolução do

comportamento humano e entender a relação da psicologia com a prática pedagógica.

As disciplinas “Fundamentos da Educação Especial” e “Língua Brasileira de Sinais”

vieram de encontro com os meus anseios em aprender mais sobre Educação Especial, estas

firmaram o histórico da educação especial, os fundamentos da educação de surdos, bem como

a compreensão da Língua Brasileira de Sinais e suas especificidades e possibilidades didáticas,

reconhecimento com língua e instrumento de inclusão social. Na disciplina de LIBRAS,

tivemos uma oficina, com a participação de uma doutora na área e um interprete em LIBRAS,

também surdo, foi muito gratificante a experiência.

As disciplinas que envolvem gestão como: “Gestão Organizacional”, “Princípios da

Gestão Pedagógica”, “Gestão Democrática do Trabalho Pedagógica” e “Docência, Gestão e

Relações Humanas” serviram para que obtivéssemos uma visão geral no que tange o processo

de gestar de uma instituição seja ela de ensino ou não, bem como melhorar as condições do

ambiente de trabalho e as diversas formas de lideranças a serem seguidas para uma melhor

qualificação para o mercado de trabalho.

As disciplinas que envolvem a Educação Infantil e Anos Iniciais, como: “Princípios e

Métodos da Educação Infantil I e II”, “Literatura Infantil”, “Psicomotricidade Recreação na

Educação Infantil e Anos Iniciais” e “Arte na Educação Infantil e Anos Iniciais” serviram

para que tivéssemos uma visão abrangente de como trabalhar as expressões artísticas, bem

como o desenvolvimento psicomotor das crianças dentro do contexto educacional e fora dele,

oportunizando aos educadores o conhecimento de teorias e práticas educacionais que existem

para que o ensino e a aprendizagem desses níveis de ensino, não saia dos parâmetros

estabelecidos, uma vez que, a transição da criança entre o brincar e o estudar exige um certo

cuidado para que não seja tirada o que pertence a elas, segundo Faria, (2005, p. 39) :

[...] a passagem do brincar ao estudar como atividade por meio da qual a criança

mais aprende não acontece como num passe de mágica, de um momento para o

outro. Ao contrário, é um processo por meio do qual, aos poucos, a criança vai

deixando de se relacionar com o mundo por meio da brincadeira e começa a fazer do

estudo a forma explícita de sua relação com o mundo. Enquanto esse processo

acontece, respeitamos um tempo livre na escola fundamental [...]

A disciplina de Metodologia da Língua Portuguesa nos Anos Iniciais teve sua

contribuição nos levando a aprender os diversos métodos que podemos trabalhar para

enriquecer nossas aulas de Língua Portuguesa. Estudamos a disciplina de Docência, Gestão e

Relações Humanas e Avaliação Educacional e Institucional, disciplinas estas que

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contribuíram para o enriquecimento de como manter uma postura profissional diante de

situações que requer diálogo.

Cursando o 8º período do Curso de Pedagogia, estávamos com três disciplinas eram

elas: Metodologia da História e Geografia nos Anos Iniciais, Metodologia das Ciências nos

Anos Iniciais e Estágio Supervisionado na Educação Infantil. A primeira vem tratar da

importância de elaborar métodos para trabalhar nos Anos Iniciais, Segunda a ementa da

disciplina visa estudar o “fundamento teórico e histórico da História e da Geografia para os

anos iniciais do ensino fundamental. A perspectiva interdisciplinar do ensino da

história/geografia enfocando o homem e sua relação com o meio físico, social e cultural. A

construção do conceito de tempo e espaço no aluno dos anos iniciais. Estudo da proposta

pedagógica oficial e alternativa. Análise e produção de materiais didáticos e de propostas

metodológicas para o ensino da história e geografia nos anos iniciais”. A disciplina de

Metodologias de Ciências nos Anos Iniciais visa organizar, selecionar e estruturar os

conteúdos de Ciência para os Anos Iniciais, trazendo uma melhor didática a ser trabalhada

dentro de sala de aula.

A disciplina de “Arte na Educação Infantil e Anos Inicias”, contribuiu para a

preparação e desenvolvimento do Estagio Supervisionado na Educação Infantil e para o

ultimo estágio nos Anos Iniciais que está sendo finalizado agora, e adentrar no mundo das

artes nos mostrou a importância de trabalhar no início da vida estudantil, enriquecer a cultura

de um povo é também levar o conhecimento artístico.

1.4.2 Pesquisa

As disciplinas de “Prática da Pesquisa Pedagógica I, II, III, IV e V”, foram o marco

para a iniciação á pesquisa, foi o descobrimento da área em que queríamos seguir com as

pesquisas na área da educação, nas primeiras práticas como vim do município de São Paulo

de Olivença fui desenvolver a pesquisa de campo neste referido município, nas visitas as áreas

ribeirinhas e indígenas, comecei a me preocupar com o processo de inclusão da pessoas com

necessidades especiais nas escolas, uma vez que a segregação destes indivíduos na sociedade

é uma situação histórica, mas que barreiras estão sendo quebradas para que todos tenham

acesso à educação, e faça valer os direitos supracitados em nossa Constituição Federal de

1988 e na Legislação Infra-Constitucional, bem como também nas políticas de inclusão, esses

aportes legais configura-se como uma das formas de concretizar o direito á educação,

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impondo claramente a ruptura com preconceitos e, sobretudo, com a conduta autoritária da

sociedade.

A partir dessas visitas, iniciamos e finalizamos na Prática V um projeto intitulado

“Educação Especial: Um novo olhar inclusivo nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental na

Escola Estadual Centro Educacional Domênico Marzi”, tendo como escopo analisar como a

Educação Especial estava sendo ofertada nesta escola. Um dos pesquisadores educacional que

mais me chamou atenção foi o Professor Paulo Freire, com seus métodos de alfabetização, e

com a visão de mundo com que enxergava a cada indivíduo, os seus métodos era sempre

centrado no aluno, com uma educação problematizadora que partia do reconhecimento da

identidade cultural de cada educando, sendo o diálogo a base de seu método, Paulo Freire

dizia que “Não há diálogo, porém, se não há um profundo amor ao mundo e aos homens. Não

é possível a pronuncia do mundo, que é um ato de criação e recriação, se não há amor que a

infunda.” (2005, p. 91-2).

Pensar na Pesquisa como sendo um referencial para um educador, nos leva a crer que

a pesquisa e sumamente importante, pois ela abre caminhos para encontrar e solucionar

problemas que surgem no cotidiano educacional. Para o Pedagogo que almeja atingir o alvo, a

pesquisa norteará, e fará que soluções apareçam para que sérios problemas que vem atingindo

a educação sejam resolvidos de forma que venhamos atingir uma educação de qualidade.

Todo professor deve ser um pesquisador, para que suas práticas pedagógicas estejam

acompanhando as mudanças que vem ocorrendo seja na educação, no comportamento

humano, etc.

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que – fazeres se

encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando.

Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para

constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para

conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade (FREIRE,

1996, p. 29).

1.4.3 Extensão

O Programa Atividade de extensão – PACE realizou um Projeto “O Mundo Mágico

da Leitura”, com uma carga horária de sessenta horas, coordenado pela professora Gilvânia

Plácido Braule, onde fiz parte, o “Projeto Mundo Mágico da Leitura” me trouxe mais

conhecimento, este projeto nos possibilitou uma ampliação e noção do que realmente é

trabalhar com a Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental, sendo estas

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modalidades a área de nossa formação, mormente por não ter nenhuma experiência voltada

para trabalhar com crianças.

Posso dizer que “O mundo Mágico da Leitura”, me ensinou a trabalhar de forma

interdisciplinar com a leitura, sendo esta de grande importância uma vez que as crianças estão

iniciando sua vida escolar, e ensiná-las a importância de sermos bons leitores e o que esse

mundo de leitura nos possibilita, foi muito gratificante. O projeto de extensão oferecido pela

universidade nos possibilitou o enriquecimento de nossas práticas pedagógicas, uma vez que

o educador deve e precisa renovar seus métodos e buscar meios que o auxilie na educação de

seus educandos. Pensando dentro deste contexto posso afirmar que a experiência adquirida

nos garantirá que, quando formos atuar em uma sala de aula, poderemos aplicar o que a nós

foi ensinado, como por exemplo, as diversas formas de utilizar e explorar a leitura, como

cantinho da leitura, construção de história, leituras de histórias em literatura infantil, explorar

o conhecimento do aluno através de sua própria realidade, etc. Silva enfatiza que:

De uma maneira bem ampla, podemos dizer que a leitura significativa tem a

capacidade de me situar melhor no meu próprio espaço, [...] a leitura pode

potencializar percepções de aspectos que talvez a minha própria vista não tenha

percebido ao olhar para a realidade (2003, p. 60).

Participei do Curso de capacitação “A prática da leitura e o desafio de escrever”,

como parte do Projeto “Ler e escrever bem: um exercício de cidadania”. Houve a segunda

etapa do Projeto de Extensão “O Mundo Mágico da Leitura”.

Durante a disciplina de “Fundamentos da Educação Ambiental” no segundo período

do Curso de Pedagogia, participei como voluntária no Projeto de extensão “Educação

Ambiental na Escola”, foi muito gratificante fomos às escolas e junto com as coordenadoras

do projeto, trabalhamos a conscientização da preservação ambiental, a importância de reciclar

o lixo e separarem cada um em seu reservatório específico, em forma de teatro e fantoches as

palestras foram um sucesso.

1.4.4 O Estágio como Atuação Profissional

No 7º período foi ministrada uma das disciplinas de maior peso para o curso a

disciplina de “Estagio Supervisionado na Gestão Escolar” que contribuiu para a minha

formação acadêmica, uma vez que o estágio nos dá uma oportunidade para por em prática as

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teorias aprendidas durante o curso, nos possibilitando observar a realidade educacional e

participar dela com soluções para o melhoramento do ensino, conhecer os espaços

democráticos de uma escola pública.

Sabemos que falar de gestão escolar é estar consciente de que deve haver parceria,

reciprocidade, pois gestar não se dá de forma individual e sim coletiva, onde todos trabalham

com um único objetivo, melhorar a qualidade do ensino, buscar possíveis soluções aos

problemas existentes no contexto escolar.

(...) é necessário que atuemos na escola com maior competência, para que o ensino

realmente se faça e que a aprendizagem se realize, para que as convicções se

construam no diálogo e no respeito e as práticas se efetivem, coletivamente, no

companheirismo e na coletividade (PARO, 2004, p.80).

Os estágios supervisionados nos fez enxergar que o funcionamento da mesma terá

êxito quando trabalhado no coletivo, ou seja, uma escola não funciona em setores separados, e

que a forma de liderança deve perpassar como realmente condiz a “gestão”, todos lutando

pelo mesmo ideal a qualidade da educação, penso que antes da gestão democrática ser

exercida dentro das escolas, o que ocorria era “manda quem pode, obedece quem tem juízo”,

não era levada como prioridades uma educação que atingisse a todos, o espaço escolar é

compostos por gestor, professores , funcionários, alunos e pais sendo estes a comunidade a

qual a escola pertence, dando espaços para todos se posicionar, é o que faz valer a gestão

democrática . Segundo Libâneo “Na concepção democrático-participativa, os profissionais

que trabalham na escola precisam desenvolver e pôr em ação competência profissionais

específicas para participar das práticas de gestão”. (p.88, 2008). O estágio nos proporcionou

esta vivência.

No 8º período houve o Estágio Supervisionado na Educação Infantil tinha como

escopo analisar as vivências das instituições de Educação Infantil, bem como a caracterização

e diagnóstico do trabalho pedagógico, como também levar os discentes do curso a intervir na

Educação Infantil. Há um equívoco de muitos professores, quando pensam que trabalhar com

a educação infantil pode ser qualquer um, mas sabemos que não é assim, o educar e o cuidar

exige desse profissional o compromisso pelo o que faz, e não se pode ser negligente com o

educar.

Finalizando o Curso, neste ultimo período (9º nono) estamos realizando o Estágio

Supervisionado nos Anos Iniciais, tendo seus objetivos firmados na identificação dos desafios

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encontrados em sala de aula, como também uma análise da realidade institucional, e das

práticas docentes nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

1.4.5 Outras Atividades

No segundo semestre de 2008, estávamos cursando o 5º período de pedagogia,

quando surgiu o edital para a seleção de atividade de monitoria para a disciplina de

“Introdução à Filosofia”, me escrevi e fui selecionada, tendo esta atividade o objetivo de

propiciar um primeiro contato e oportunidade de vivenciar a prática docente em sala de aula e

fora dela. Bem como na elaboração de planos das atividades de ensino dos materiais didáticos,

no atendimento aos alunos, entre outros. O programa de monitoria permite aos acadêmicos do

curso de Pedagogia, vivenciar na prática o dia-a-dia da docência, aprimorando as teorias

estudadas com as práticas a serem executadas.

No ano de 2007 participei do III Congresso Internacional de Estudantes

Universitários da Região Amazônica - CIEURA, em Iquitos no Peru. Com a apresentação de

um trabalho científico na condição de expositor de um projeto com o tema “Ler e escrever

bem: um exercício de cidadania”.

Participei de uma palestra intitulada “A redação: nascer do pensamento ao exercício

da cidadania”, como parte do Projeto de extensão “Ler e escrever bem: um exercício de

cidadania”.

Em 2008, como autor-apresentador expomos o resultado de uma pesquisa em forma

de banner no IV Congresso Internacional de Estudantes Universitários da Região Amazônica

- CIEURA, em Iquitos no Peru. O tema da pesquisa era “Educação Especial: metodologia

aplicada no ensino regular e na sala de recursos nos anos iniciais do ensino fundamental”.

Participei de um Curso “Elaboração e formatação do projeto de pesquisa”,

ministrado pelo professor Augusto Furasté no dia 09 de novembro de 2007.

Em 2008 participei do XVII Congresso de Iniciação Científica – CONIC da

Universidade Federal do Amazonas, onde apresentei na modalidade pôster o trabalho

“Educação Especial: metodologia aplicada no ensino regular e na sala de recursos”.

O evento “Mostra Acadêmica do Instituto Natureza e Cultura 2008 – Ano

Internacional da Terra”, realizado em 2008 teve a minha participação.

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Em 2009 participei da Reunião Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da

Ciência - SBPC em Tabatinga, onde freqüentei o minicurso “LIBRAS – Língua Brasileira de

Sinais no Contexto da Educação Inclusiva”.

Participei do I Congresso do Conselho Escolar (I Conferência Municipal dos

Conselhos Escolares do Alto Solimões – COMCEAS), no dia 18 de setembro de 2009.

O minicurso “Impactos da internet na atualidade – pontos negativos” foi ministrado

na minha turma de pedagogia no dia 23 de outubro de 2009, sendo de meu interesse, uma vez

que é sempre bom, acompanharmos os avanços e mudanças do mundo das novas tecnologias

e saber os pontos negativos que elas tem.

A V Oficina de Formação de Gestores e Educadores do Programa Educação

Inclusiva: direito à diversidade, realizada no período de 22 a 26 de março do ano em curso,

realizada no município de Benjamin Constant, nos possibilitou ir mais a fundo nos aportes

teóricos que amparam a efetivação da inclusão nas escolas públicas. Bem como na elaboração

de metodologias a serem desenvolvidas na sala de aula, para que os nossos alunos venham ter

um rendimento melhor em suas aprendizagens.

No semestre passado tivemos uma atividade envolvendo todo o curso de Pedagogia,

“I Semana de Atividades Complementares”, sob a temática “Construindo Diálogos

Interdisciplinares na Pedagogia”, sendo desenvolvidas inúmeras atividades como: palestras,

oficinas, rodas de experiência e o fórum de avaliação do curso. Como experiência própria

nesse evento, pude expor minhas vivências do estágio na educação infantil, sob forma de

apresentação oral, falei da importância do estágio para minha formação, servindo para os

demais acadêmicos que ainda vão passar por esse processo de estágio.

Participamos como convidada pela escola que trabalho para participar de um projeto

de extensão “Disseminando a LIBRAS em Benjamin Constant. O projeto de extensão foi

oferecido pela Universidade Federal do Amazonas, no Instituto de Natureza e Cultura no ano

de 2010 com a duração de aproximadamente dois meses sendo oferecidos aos sabados, tendo

como objetivo reunir professores da rede pública de ensino para participar como forma de

capacitação,

Nos dias 17 a 24 de julho do ano em curso, participamos na cidade de Brasília do 30º

Encontro Nacional de Estudantes de Pedagogia – ENEPe, com o escopo de socialização das

práticas pedagógicas entre os estudantes de Pedagogia, com palestras, oficinas, mesas

redondas e o intercâmbios de experiências acadêmicas.

Em Suma, ao discorrer a minha vida acadêmica, me faz ver o quanto a busca pelo

conhecimento é importante, mormente para nós que estamos galgando rumo a uma educação

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comprometida com a qualidade, assumir o compromisso por uma educação que vise atingir a

todos sem discriminação, é ir de encontro com quebras de paradigmas impregnados em nossa

sociedade.

Somos os responsáveis pela construção de uma educação formadora de opiniões,

cidadãos ativos que saibam valorizar e reconhecer seus direitos e deveres perante o social.

Nós educadores temos que nos posicionar como pesquisadores e questionadores de nossas

opiniões, e mudar quando preciso as nossas ações pedagógicas.

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CAPÍTULO 2

2 ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS NO CURSO DE PEDAGOGIA

A formação acadêmica se concretiza quando por ela passa os estágios, pois estes vêm

de encontro com o conhecimento científico adquirido e a realidade observada. Durante os

estágios percebemos que estes tiveram por finalidades proporcionar oportunidades de

vivências no ambiente escolar, atendendo às Diretrizes Curriculares do Curso de Pedagogia

que determina a formação de professores capazes de realizar ações pedagógicas a partir dos

princípios e finalidades gerais da Educação Nacional, principalmente no que tange o educar e

o cuidar enquanto funções da educação infantil. As fases de formação por intermédio dos

estágios foram períodos de práticas-reflexivas que favoreceram o crescimento intelectual,

humano e social dos acadêmicos, desenvolvendo, assim, aspectos importantes para formação

profissional.

Os Estágios tiveram seus respaldos legais, conforme a Lei no 11.788 de 25/09/08, que

“[...] dispõe sobre o estágio de estudantes [...]”, estabelecendo que:

Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de

trabalho, que visa a preparação para o trabalho produtivo de educandos que

estejam freqüentando o ensino regular em instituição de educação superior,

de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos finais

do ensino fundamental, na modalidade profissional de jovens e adultos (LEI

N˚11. 788 artigo 1˚).

O convênio Nº 028/2009 vem estabelecer a efetivação dos estágios supervisionados

na área de Educação, tendo como objetivo primordial a ser alcançado “complementar o ensino

e a aprendizagem do estagiário, de modo a constituir instrumento de integração para fins de

treinamento prático e aperfeiçoamento técnico, cultural, científico e social”, possibilitando

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que as observações realizadas pudessem trazer reflexão a partir das teorias estudadas, para

que as vivências dentro do campo dos estágios tivessem um olhar mais crítico, bem como as

diretrizes que nortearam tanto o estágio supervisionado na Educação Infantil quanto nos Anos

Iniciais.

As Resoluções n° 02/03/04 e 05/2008-CME/BCT (Conselho Municipal de Educação

do Município de Benjamin Constant), nortearam os Estágios Supervisionados na Educação

Infantil e Anos Iniciais em consonância com a LDBEN e a Constituição Federal de 1988 que

asseguram a educação como um direito social, devendo atingir todas as crianças sem

nenhuma distinção.

O Estágio Supervisionado em Gestão Educacional foi executado na Escola Estadual

Prof.ª Rosa Cruz com endereço na Avenida Castelo Branco, centro do município de

Benjamim Constant, no período de 25 de setembro de 2009 a 24 de fevereiro de 2010, o

período do estágio foi estendido devido a uma greve estudantil.

O Estágio Supervisionado na Educação Infantil foi executado no Centro Municipal

de Educação Infantil “Francisco Chagas de Almeida” situado na Rua Sérgio Ferreira, s/n no

bairro Umarizal no município de Benjamim Constant, no período de 29 de março a 17 de

maio de 2010, em uma sala de aula de Pré-I turma “C”.

E por fim, tivemos o Estágio Supervisionado nos Anos Iniciais, realizado também na

Escola Estadual Rosa Cruz, conforme descrito no Estágio de Gestão. Sendo realizado no

período de 26 de agosto a 25 de outubro de 2010.

Os estágios supervisionados contribuíram para a escolha da profissão, ajudando

futuros docentes na descoberta de caminhos que devem tomar para exercer a profissão com

dedicação e qualidade.

Neste contexto Buriolla (1995) afirma que “o estágio é o lócus onde a identidade

profissional é gerada, construída e referida; volta-se para o desenvolvimento de uma ação

vivenciada, reflexiva e crítica e, por isso, deve ser planejado gradativa e sistematicamente

com essa finalidade” (p.10).

Sabendo da importância que os estágios supervisionados tiveram para nossa

formação, foi que este capítulo surgiu, sendo estruturado pela ordem das disciplinas de

estágios supervisionados, conforme a matriz curricular do curso de Pedagogia: Estágio

Supervisionado na Gestão Educacional, Estágio Supervisionado na Educação Infantil e

Estágio Supervisionado nos Anos Iniciais.

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2.1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA GESTAO EDUCACIONAL

O estágio em gestão teve como objetivo a observação e avaliação na gestão

educacional, envolvendo também a coordenação pedagógica da escola. Bem como também

conhecer quais as dificuldades encontradas pela gestora em sua jornada de trabalho. E para

isso se fez necessário verificar como a gestora desenvolveu seu papel gestionário para que a

escola desenvolva uma educação de qualidade. Verificou-se também que a mesma dispõe de

uma gestão democrática, na qual todos os agentes educacionais participam das tomadas de

decisões em prol de uma educação de qualidade. E mediante as observações realizadas foi

possível, planejarmos e executarmos nossa intervenção, sendo este um dos requisitos

solicitado pela disciplina de estágio, observar para depois intervir. A intervenção, melhor

detalhada mais a frente foi desenvolvida diante da temática “Ética e Cidadania na escola”.

A metodologia aplicada no Estágio Supervisionado na Gestão Educacional foi

embasada pelo método dialético, onde aplicou-se à pesquisa-ação que é uma técnica de

observação participante, no decorrer das observações na escola foram feitas pesquisas

bibliográficas, coletas de dados entrevistas semi- estruturada com os docentes, com os

discentes, com o gestor, com os pais e com os funcionários da escola. Durante a observação

participante, foram feitas análise documental.

No decorrer das observações foi elaborado um projeto de intervenção com o tema de

ética e cidadania na escola. O projeto de intervenção, uma vez aplicado tinha como objetivo

estimular os agentes educacionais sobre a prática da ética e da cidadania para o bom

desenvolvimento social e educacional, uma vez que tanto a escola como os pais são os

responsáveis de formar bons cidadãos.

Na gestão escolar a democratização acontece quando todos estao conscientes de seus

deveres e direitos. Uma escola não funcionará com sucesso se os setores pertencentes à escola,

trabalharem isoladamente. É importante que todos conheçam seus papeis.

2.1.1 Perfil do Gestor

Vale ressaltar que qualquer pessoa que pretende assumir a direção de uma escola,

deve ter conhecimento de como dirigir uma escola, um gestor tem que ter a democracia como

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um de seus guias, apresentar algumas características como: saber trabalhar coletivamente, ter

consciência de suas decisões, conhecimento das leis educacionais, etc. Não quer dizer que

essa pessoa precisa de um manual de “como ser um gestor de sucesso”, até porque não existe,

mas ter conhecimento teórico ajudará nas suas experiências cotidianas. Bem como é

necessário que saiba fazer uma auto-avaliação, ouvir as pessoas em sua volta, e ainda ter um

discernimento crítico construtivo acerca do exercício de sua função para então reconhecer

suas deficiências e superá-las.

Por isso, a pessoa deve ter pré-disposição para o trabalho coletivo, pois esta é uma

das exigências básicas, para que as escolas possam ter uma gestão participativa e democrática.

O gestor escolar deve ser um articulador e mediador dos segmentos internos e

externos da escola, oferecendo as pessoas espaços para diálogos com diferentes grupos

existentes tanto dentro quanto fora da escola, buscando a maior interação possível com esses

grupos em favor do desenvolvimento escolar, sempre estimulando, incentivando e tomando

iniciativas de ações positivas dentro do estabelecimento de ensino.

Segundo a gestora da escola ser gestor não é só ficar atrás de uma mesa, sentada

numa cadeira, tem que ter domínio de gestão, ter conhecimento de teorias e fazer ligação com

a prática. A gestão escolar requer muita dedicação e esforço, a gestora enfatizou que exerce a

função de conselheira e sempre aconselha os professores e demais funcionários.1

Neste sentido, evidenciou-se que a gestora possui um perfil profissional que muito

contribui com o funcionamento adequado da escola, demonstrando ter competência,

procurando sempre saber as dificuldades para poder agir, trabalha coletivamente, sendo

admirável o seu desempenho e perfil enquanto gestora.

2.1.2 Gestão Democrática: participação da comunidade

Gestão democrática é uma forma de trabalho coletivo que deve, ou deveria acatar de

maneira livre e consciente em função de seu papel, tendo a liberdade de expressão e

compreensão, oportunizando a todos. Sendo que nossas escolhas são atos políticos, no sentido

de como eu direciono minhas ações. E para que haja o envolvimento de pais e comunidades é

necessário que a gestão democrática monte um projeto, ou seja, estratégias que fale a respeito

de algo que chame a atenção dos mesmos, como em relação aos princípios educativos, da

1 Pensamentos e fala da Gestora da escola na qual ocorreu o estágio, em uma de nossas perguntas (O que é para

você ser gestor?) durante a entrevista.

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superação das dificuldades cotidianas de modos estratégicos para a solução de problemas

ligados à escolarização de seus filhos.

É importante também ressaltar que o gestor tem um papel muito importante nas

diversas atividades que exige a realização de boa qualidade e de um trabalho coletivo.

Voltando o nosso olhar para a escola enquanto campo de estágio foi possível

verificar através das observações e através das entrevistas feitas com os pais, os funcionários,

os professores, que a gestão é democrática, pois todos participam das decisões da escola, são

feitas reuniões e são analisadas e discutidas as questões enquanto temáticas das reuniões.

Durante o período de estágio o grupo teve a oportunidade de participar de duas

reuniões feitas pela escola, a primeira foi para decidir o que seria feita na primeira amostra do

painel da escola e nesta reunião verificou-se que estavam presente professores, a gestora e os

administrativos da escola, nesta mesma reunião a gestora discutiu sobre as camisas que seriam

usadas por todos os membros da comunidade escolar. Segundo Libâneo “Na concepção

democrático-participativa, os profissionais que trabalham na escola precisam desenvolver e

pôr em ação competência profissionais específicas para participar das práticas de gestão”.

(2008, p.88,)

A segunda reunião observada pelo grupo foi a de planejamento na escola, neste dia

observamos que estavam todos os professores do turno matutino, e também foi discutida

sobre as apresentações culturais para o dia da amostra, todos os envolvidos tiveram espaços

para externarem suas opiniões e idéias sobre as apresentações.

Através das entrevistas feitas com os membros da escola verificamos que para a

elaboração do projeto político pedagógico da escola foram convidados, pais, professores,

alunos e os funcionários da instituição escolar, para participarem da construção do Projeto

Político Pedagógico da Escola (PPPE), mas segundo a professora de apoio, poucos pais

estavam presentes e que o maior número de pessoas envolvidas na elaboração do PPPE ficou

a cargo dos professores e os membros da Associação de Pais, Mestres e Comunitários

(APMC).

Então percebe-se que o processo de democratização na escola é um desafio que as

escolas vem enfrentando há muito tempo, as instituições escolares vem tentando alcançar esse

desafio, as mesmas buscam a qualidade educacional escolar, sabe-se que é de extrema

importância que a escola junto com a sociedade de maneira coletiva, contribuem na

construção de um país mais justo. Dessa forma cabe ao gestor exercer uma administração de

caráter democrático e ações que sejam exercidas de maneira participativa garantindo aos

educandos uma relação entre o ensino e aprendizagem.

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Na gestão democrática o principal objetivo é promover a participação e o

envolvimento de todos os integrantes da escola no processo de tomada de decisões e na

organização escola. A gestora da escola observada através do estágio acredita que para chegar

nessa autonomia é necessário ter conhecimentos.

2.1.3 Relações Humanas na Escola

Para estabelecer as bases do trabalho pedagógico na escola não é uma tarefa fácil,

por ser bastante abrangente exige do gestor uma formação de boa qualidade além da exigência

de trabalho coletivo. E para que haja uma interação maior entre os membros, o gestor

precisará saber como articular os conflitos e desencontros, deverá ter competência para buscar

novas alternativas e que as mesmas atendam aos interesses da comunidade escolar,

respeitando e buscando nos conhecimentos individuais novas fontes de enriquecer o trabalho

coletivo, que busque incessantemente uma boa relação entre todos os agentes ativos da escola.

Pois segundo Etzioni (1967):

As relações humanas são as ações e atitudes desenvolvidas a partir dos contatos

entre pessoas e grupos, sendo que cada pessoa tem personalidade própria e

diferenciada que influi no comportamento e atitudes das outras com quem mantém

contatos e é igualmente influenciada por outras (p.54).

Para tanto um dos papéis fundamentais da gestão é assumir a liderança de nortear o

comportamento e as relações humanas que os alunos, professores, funcionários e pais

necessitam para viver em harmonia no âmbito escolar e social. Ao assumir esse papel o gestor

deve, necessariamente buscar uma boa articulação dos envolvidos em torno de uma educação

de qualidade, o que requer uma liderança capaz de interagir com todos os segmentos da

comunidade escolar.

Conforme Libâneo (2008, p.102), a participação é o principal meio de assegurar

a gestão democrática da escola, possibilitando o envolvimento de profissionais e demais

membros escolares no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização

escolar. Além disso, proporcionar um melhor conhecimento dos objetivos e metas, da

estrutura organizacional e de sua dinâmica das relações humanas dentro da escola ou com a

comunidade, favorece uma aproximação maior entre professores, funcionários, gestor, alunos

e pais.

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Partindo desse pressuposto, é notório que a escola enquanto campo de estágio está

crescendo em todos os aspectos: pedagógico, metodológico, ético e profissional devido a uma

direção motivada e competente assessorada por uma boa equipe de professores, pais, alunos e

funcionários. A qualidade de ensino dessa escola tem feito a diferença na aprendizagem e

influenciado professores, estudantes e a comunidade a participar das tomadas de decisões,

tudo isso graças ao bom desenvolvimento das relações humanas articulado pela gestora. É

óbvio que nem tudo é perfeito, principalmente quando se trata de seres humanos, sendo que

onde há indivíduos existe dificuldades de relações humanas, seja na vida social, familiar e

profissional, bem como no ensino.

Conforme a gestora quando percebeu que os alunos estavam chegando cedo demais à

escola e dentre outros problemas procurou interrogá-los primeiramente, e só depois agiu,

assim conseguiu ter uma boa relação com as crianças. Para tanto é percebível que antes de

tomar iniciativas, observa e procura sempre saber o porquê dos acontecimentos. Sempre que a

escola vai realizar algum evento tipo arraial, a gestora pede aos professores para que

trabalhem isso em sala de aula. Mediante as dificuldades, a gestora primeiro age juntamente

com o apoio pedagógico para ver o que esta acontecendo. E a partir disso trabalha as

necessidades daquele aluno – orientam os professores para fazerem um plano trabalhando as

dificuldades das crianças.

Pôde ser constatado de acordo com as entrevistas realizadas com os pais de alunos

que sempre que a gestora os convida para participarem de alguma atividade desenvolvida na

escola procuram sempre participar, isso acontece porque de acordo com os pais a gestora

procura sempre envolvê-los nas atividades da escola. Tanto é, que mesmo diante de uma forte

chuva alguns pais fizeram-se presentes ao convite que enviamos a eles para a noite da

intervenção.

2.1.4 Órgãos Colegiados

Quando nos reportamos aos órgãos colegiados existentes no contexto educacional

podemos frisar que eles se destinam a prestar assessoramento técnico-pedagógico e

administrativo ás atividades da escola, podendo ser subdivididos em: Congregação dos

Professores e Pedagogos, Conselho de Classe e Conselho Escolar, Associações de Pais e

Mestres e Comunitários – APMC, dentre outros.

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A “Congregação de Professores e Pedagogos” consiste em promover o intercâmbio

entre os professores, bem como as atividades docentes. O “Conselho de Classe” visa

propiciar soluções para resolver os problemas concernentes à aprendizagem, fazendo com que

o rendimento escolar seja melhorado, bem como averiguar e avaliar a aprendizagem dos

alunos que participam deste conselho o gestor da escola, professores da turma, pedagogos e

secretário.

O “Conselho Escolar” por sua vez “é um órgão ligado a direção da escola, tendo por

finalidade a promoção a atração integrada dos diversos seguimentos que compõe a

comunidade escolar”, tendo em vista assegurar o cumprimento da filosofia e diretrizes das

políticas educacionais.

A “Associação de Pais e Mestres e Comunitários” tem a função de mostrar as

particularidades das capacidades de liderança do grupo gestionários da escola, que participam

das reuniões da APMC, o papel desse grupo é também administrar a parte dos recursos

financeiros destinados a escola, fazendo parte pais, professores e funcionários da escola.

Segundo as observações feitas, a escola possui apenas “Associação de Pais e Mestres

e Comunitários – APMC”, com a participação dos pais e professores e funcionários da

respectiva escola. Segundo a professora do “Apoio Pedagógico”, a escola está devendo

montar os “conselhos escolar e de classe”, para suprir a necessidade da escola. De acordo com

a secretaria de educação “a questão não é implantar conselhos, a questão é fazer funcionar

bem”.

2.1.5 Projeto Político Pedagógico

Conforme a entrevista realizada com a gestora da escola em relação ao Projeto

Político Pedagógico da Escola – PPPE afirma que “na verdade poderiam muito bem pegar

uma cópia e contextualizar com a realidade da escola, mas não pode ser assim” 2 e mesmo

não deseja que o projeto seja de qualquer jeito. Contudo a escola já vem trabalhando nisso

desde o ano de 2007. Onde todos foram convidados, deram uma sentada, só que tiveram que

dar uma parada. Devido que até o ano de 2008 estavam trabalhando o último ano de seriado.

Só agora irão dar o segundo passo voltado somente para o ciclo, e afirmou que inclusive nós

acadêmicas vamos poder ajudar muito. Sentimo-nos honradas em acreditar em nossas

2 Padrão de apresentação das falas dos sujeitos entrevistados durante os estágios supervisionados. Neste caso fala

da gestora.

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habilidades e competências. Mas não foi possível verificar isso na escola. O secretário disse

que já participou das primeiras reuniões do PPP.

Em visita à comunidade, entrevistamos o apoio pedagógico aqui identificado com o

nome fictício de Mariana em sua casa, a qual acrescentou mais coisas em relação ao PPPE

que enfatizou sobre a luta para solidificar esse projeto, que só agora em 2009 a equipe da

Secretaria Estadual de Educação e Cultura - SEDUC veio lhes dar algumas orientações.

Desde então a gestora reuniu professores, administradores para falar da importância e da

estrutura do PPPE e o que tem facilitado bastante é que quase todos os professores possuem

nível superior. E para envolver os pais nesta construção foi realizado uma reunião, mas não

teve muito êxito. Pois não adianta começar com uma equipe grande e finalizar com duas ou

três pessoas. E os pais que se mantiveram presente foram apenas o integrantes da APMC. A

participação maior foi dos professores e administrativos. E aproveitando a oportunidade, a

professora nos mostrou o esboço do PPPE que tinha em casa. Mas confessa que ainda não

fora concluído por conta da dificuldade de reunir todos para sua concretude.

2.1.6 Avaliação Institucional da Escola

O processo de avaliação é um guia para a ação, pois quando pensamos em avaliação

logo pensamos em emitir um juízo de valor ou julgamento, fazendo parte do nosso cotidiano.

Para Lukesi “a avaliação é um juízo de qualidade sobre dados relevantes para uma tomada de

decisões” (1995, p.49).

Portanto, a avaliação sem dúvida não é vista de outra maneira na avaliação escolar é

incorporada pelos alunos, professores e escola tanto dentro quanto fora da escola, embora que

seja de processo contínuo ela é diagnóstica principalmente quando envolve ensino e a

aprendizagem. Segundo Ramos (1992) “avaliar significa o processo realmente alcançado pela

instituição em que tange a qualidade de aprendizagem do aluno e dos serviços prestados, em

função dos clientes internos a que lhe compete servir.” ( p.870)

Na perspectivas de construção de conhecimento permitir o desenvolvimento das

ações e o autoconhecimento institucional, correção e aperfeiçoamento do mesmo. O processo

da avaliação dentro da sala de aula ocorre intencional e sistemática onde o avaliador percebe

os pontos positivos e negativos para chegar a uma conclusão. É realizada de várias formas,

sendo por meio de prova, exercício e atividades quase sempre escritas, produção de texto,

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questões matemáticas, questionário etc. Sendo assim avaliação formal o qual costuma receber

nota ou conceito. De acordo com os PCNs:

A avaliação nesta perspectiva e em todas essas dimensões, requer que esta ocorra

sistematicamente durante todo processo de ensino-aprendizagem. E não somente

após o fechamento de etapas do trabalho, como é o habitual. Isso possibilita ajuste

constante, num mecanismo de regulação do processo de ensino-aprendizagem que

contribui efetivamente para que a tarefa educativa tenha sucesso (1997, p.8).

Embasada nos estudos teóricos a avaliação é uma pratica pedagógica que parte de

uma reflexão para ampliação do conhecimento no processo ensino aprendizagem. Não vista

como recurso classificatório, permissivos e excludentes, mas como um instrumento que

possibilitem a construção da prática avaliativa. Assim como “avaliação é inerente e

imprescindível durante todo processo educativo que se realize em constante trabalho de ação-

reflexão, porque educar é fazer ato de sujeito e problematizar o mundo em que vivemos para

superar as condições, comprometendo-se com esse mundo para recriá-lo constantemente”.

(RABELO, 1998, p.11)

No entanto, avaliação institucional repercute em acompanhar todo meio educativo e

o desempenho do sujeito da aprendizagem, levando o professor a compreender o ponto de

vista dos alunos e levá-lo em conta no momento das decisões para que o conhecimento seja

recíproco, ajudar assim a progredir na constatação da realidade e adquirir a qualificação do

processo educacional.

De acordo com o apoio pedagógico professora Mariana sempre tem algo a melhorar,

a questão da indisciplina é uma das questões que precisa ser mais trabalhada, também pela

escola o que não isenta a família de suas responsabilidades, a participação dos pais na escola

precisa ser mais freqüentes, talvez esteja faltando mais motivação da parte da escola, a

princípio era a questão da formação, mas agora já não é mais preocupante porque sempre

haverá mais e mais. Acredita-se que deveria ter mais projetos de ações (pedagógicas).

Conforme o secretário a escola tem trabalhado bastante em função de uma boa

educação. Todas as reuniões feitas são registradas em atas. A freqüência dos alunos tem

melhorado bastante com a ajuda dos pais. Também mencionou quanto à avaliação o Sistema

de Avaliação do Desenvolvimento Educacional do Amazonas – SADEAM e o Sistema de

Avaliação da Educação Básica - SAEB. E disse que o resultado dessa avaliação mesmo antes

da presença do Índice do Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB foi constatado que a

escola sempre buscou um ensino de qualidade. Apesar de ter alguns professores que deixam a

desejar, os demais trazem resultados satisfatórios. Mas é claro que a instituição ainda tem

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muito a melhorar, pois nem tudo depende exclusivamente da escola, exemplificando o caso do

treinamento, informações dos artigos, regimento da educação que muda e as informações são

muito demoradas, às vezes chega em cima da hora.

Já os pais afirmam que a escola está ótima, tem mostrado melhorias. Os filhos têm

aprendido mais. E que a escola é uma das referências em questão de qualidade da educação no

município. Frisaram também que depois da reforma, muitos problemas de infra-estrutura

foram resolvidos como, por exemplo, a construção de uma quadra poliesportiva.

Quanto à avaliação do apoio pedagógico a professora Mariana diz que é uma gestão

muito boa. Acredita que a escola está ótima. A única dificuldade é que necessita de melhorias

em relação ao quadro de funcionários – falta de recursos humanos. Mas todos trabalham

juntos, tanto nas reuniões quanto nos eventos.

A gestora da escola complementou dizendo que a escola pára um dia no mês para

planejar e se tem dificuldade quer resolução rápida. E se em uma determinada sala o aluno

falta muito o apoio pedagógico vai atrás de saber o motivo. O plano de aula é muito cobrado,

sendo este quinzenal. A Provinha Brasil ajuda muito, o outro é o SADEAM. A avaliação é

feita com planejamento e nisso é verificado quantos alunos tem com dificuldades de

aprendizagem e em cima disso cada um vai montar um plano de ação fora do planejamento

para se trabalhar essas dificuldades.

2.1.7 Atividades Desenvolvida pela Escola Durante o Estágio

Através das observações realizadas na escola, nos foi repassado que a escola

desenvolveu várias atividades e eventos, sendo um deles o arraial com o escopo de envolver

todos os atores educativos pertencentes à escola para participarem culturalmente e propagar o

conhecimento produzido por todos.

Outra atividade desenvolvida pelas escolas estaduais incluindo a nossa escola em

estágio é a “Mostra do Painel 2008”, a exposição da Escola Estadual “Profª Rosa Cruz”, foi

no dia 11 de outubro de 2009, tendo como meta expor o rendimento anual da escola e suas

atividades realizadas, para que seja dado o quantitativo da melhora da qualidade do ensino.

A escola desenvolveu vários projetos pedagógicos, o plano de ação foi realizado na

execução dos projetos “Projeto de leitura” e “Lendas Amazônicas”, o primeiro tinha o

objetivo de formar leitores, resgatando as crianças para o mundo da leitura trabalhando de

forma interdisciplinar, sendo esta importante uma vez que, as crianças estão iniciando sua

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vida escolar, e ensiná-las a importância de sermos bons leitores e o que o mundo da leitura

nos possibilita, desenvolve a capacidade da criança em imaginar e desenvolver o domínio da

leitura.

O segundo projeto Lendas Amazônicas trouxe para a escola as diversas lendas já

esquecidas por nós, trabalhou a cultura, a magia das histórias. Sabe-se que pensar em cultura

nos faz refletir sobre os diversos conceitos atribuídos a esse termo, onde podemos dizer

também que é um processo de aprendizagem, ou seja, é tudo aquilo que o homem aprende,

produz e transmite a um grupo. Daí a importância de sabermos que, o que pode ser cultural

para um povo, pode não ser para o outro, e para entendermos a cultura humana, temos que

estar informados sobre as diferenças dos diversos grupos sociais, podemos frisar que segundo

o mini dicionário Aurélio, lendas “é o resultado da imaginação humana em cima dos fatos

históricos, onde este pode ser propagado por poetas e, mormente pelos povos, mas que

cientificamente não há registros. Algumas das lendas trabalhadas por este projetos foram: a

“lenda do boto” sendo um moço que encanta a moça mais linda da festa, “lenda do curupira”

um garoto extrovertido que tem os pés virados para trás, “lenda da Vitória-Régia” uma moça

linda que em lua cheia encanta a floresta, etc.

2.1.8 Intervenção

A intervenção acadêmica desenvolvida na escola foi parte do estágio, partiu das

observações feitas no período do estágio, onde foi detectada a importância de se trabalhar a

“Ética e Cidadania” na escola. Para que pudéssemos desenvolver essa atividade foi necessário

fazermos um projeto com o tema: “Ética e Cidadania: desafios para a gestão escolar”, tendo

este, o objetivo de resgatar os valores éticos, deixados de ser praticados em nossos dias,

quando nos reportamos ao campo da ética, temos que de início conceituá-la para sabermos a

sua importância para a vida social de um grupo ou para o processo de equilibração de uma

nação. Sendo assim fez-se necessário entendermos que ética nada mais é que “um conjunto de

normas e valores” que regem uma determinada comunidade, pois os Parâmetros Curriculares

Nacionais (1997), diz que:

A moralidade é tida como o conjunto de crenças, princípios, regras que norteiam o

comportamento humano, a moral é o campo em que dominam os valores

relacionados ao bem e ao mal, como aquilo que deve ser buscado ou de que se deve

afastar.

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Neste sentido, percebemos que a ética é diferente de moral, pois ela esta acima da

moralidade, ela vem refletir sobre a moralidade. Conforme o PCN (1997, p.52) a “ética é a

reflexão crítica sobre a moralidade”. A ética não possui caráter normativo, quando passamos

para a reflexão ética, é pensado sobre a relevância e a veracidade dos valores que direcionam

as ações, buscando assim o esclarecimento e o questionamento dos princípios que embasam

essas ações.

Não podemos esquecer que assim como a cultura existente em um determinado lugar

pode variar suas normas também. Daí a razão que a estrutura de uma sociedade se condensa

de forma diferente, os valores diferem de sociedade para sociedade, então, não podemos dizer

que existe um único modelo de valor, mas sim valores diferenciados, onde esta diversidade de

valores pode fundamentar interesses diversos.

Em nossa realidade não é diferente, estamos sempre nos deparando com situações de

conflitos, isso ocorre devido à presença de valores diferenciados, temos que ter o cuidado para

não maquiarmos uma harmonia inexistente, daí a necessidade de termos atitudes que possa

solucionar esses conflitos. O que devemos ter consciência é que as normas estabelecidas

sempre sofrem transformações, bem como as regras, mormente a moral quando submetida à

reflexão ética. Conforme Libâneo (2008, p.49-50)

[...] o mundo contemporâneo convive com uma crise de valores, predominando um

relativismo moral baseado no interesse pessoal, na vantagem, na eficácia, sem

referência a valores humanos como a dignidade, a solidariedade, a justiça, a

democracia, o respeito à vida. É preciso a colaboração da escola para a revitalização

da formação ética, atingindo tanto as ações cotidianas quanto as formas de relações

entre povos, etnias, grupos sociais, no sentido do reconhecimento das diferenças e

das identidades culturais.

O projeto aconteceu nos dias 23 e 24 de fevereiro de 2009, sendo que no dia 23 o

projeto foi desenvolvido no turno matutino e vespertino, a atividade foi realizada com os

alunos da escola, sob forma de “conversas informais” com as crianças, as acadêmicas

trabalharam a conscientização de sermos seres éticos e cidadãos.

No início das aulas no turno matutino as crianças foram para suas salas com seus

respectivos professores, enquanto nós acadêmicas ajustávamos os últimos detalhes para a

intervenção, logo em seguida convidamos os alunos e professores para se fazerem presentes

no auditório da escola, para darmos início as atividades propostas. Para iniciarmos

começamos com o cântico do hino nacional, em seguida as apresentações, estavam conosco a

professora coordenadora do estágio Gilvânia Plácido Braule, a gestora da escola Eronildes

Soria, e todos os professores do turno.

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O projeto contemplou dinâmicas de grupo trabalhando os valores éticos, e após a

conscientização, em seguida houve brincadeiras e concurso de dança para as crianças

finalizou com lanche. No turno vespertino fizemos os mesmos procedimentos, iniciamos com

o hino nacional, passamos a palavra para a gestora da escola, e em seguida houve as

dinâmicas de grupo, após a conscientização com as acadêmicas, finalizando com as

brincadeiras e lanche.

No dia 24 realizou-se no turno noturno com a participação dos pais, funcionários da

escola, gestora, apoio pedagógico e um convidado professor Josenildo Santos de Souza da

Universidade Federal do Amazonas para palestrar a temática “ética e cidadania: desafios para

a gestão escolar”. A palestra foi satisfatória e veio contribuir com a escola e para nós

acadêmicas bem como para os pais.

A gestora da escola juntamente com o corpo administrativo, agradeceram nossa

equipe de estágio pela nossa atuação, mediante a temática que desenvolvemos, uma vez que

formar cidadãos é um dos papeis da escola, nossa participação contribuiu para a

conscientização tanto para os alunos, como para os pais e funcionários da escola.

2.2 ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇAO INFANTIL

A Educação Infantil segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n°

9394/96 é uma etapa da educação Básica, que garante o acesso e permanência das crianças, na

faixa etária de zero a cinco anos de idade.

2.2.1 A Instituição

A localização do Centro Municipal de Educaçao Infantil Francisco Chagas de

Almeida (CMEIFCA) onde foi realizado o Estágio Supervisionado na Educaçao Infantil, fica

situado no bairro de Umarizal, zona oeste do município de Benjamin Constant. O CMEIFCA

tem o seu funcionamento efetivo segundo dados colhido da secretaria da instituição, pelo

Decreto de Criação nº 035/GP-PMBC e pela Resolução nº 09/2008 – CME/BCT, sendo

aprovado no dia 07 de julho do ano de 2008, tendo sua fundação em 12 de março de 2008. É

uma instituição de Educaçao Infantil a qual oferece comodidade a seus alunos e área de lazer

com play-grades, sala de recursos, secretaria/gestão, coordenação pedagógica e as salas de

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aula todas climatizadas. Para tanto o centro oferece condições para que todas as crianças

desenvolvam suas capacidades intelectuais.

O CMEIFCA tem no seu quadro de recursos humanos os seguintes funcionarios: 05

merendeiras, 05 serviços gerais, 03 vigias, 02 auxiliares de secretaria, 01 secretário, 01

coordenador pedagógico, 04 professoras de apoio, 20 professores e 01 gestora.

A escola conta com um espaço físico com 07 salas de aula de E.I, 01 sala de aula de

Educaçao Especial funcionando nos turnos matitino e vespertino, 02 sala de aula utilizada em

um anexo da Escola Municipal Cosme Jean, 01 sala de reunião, 01 sala da coordenaçao

pedagógica, 02 banheiros sendo um feminino e outro masculino com 02 repartições de

sanitários e 01 repartição com chuveiro em cada banheiro, 01 cozinha, 01 área enfrente da

escola e 01 sala de Gestão e Secretaria.

No quadro letivo de 2010 a escola conta com um total de 318 alunos, sendo 138 no

turno matutino e 151 no turno vespertino. Sendo que no turno matutino 29 alunos frequentam

a Educação Especial. Os demais alunos sao distribuídos no turno matutino Pré I 50 alunos e

Pré II 88 Alunos, e no turno vespertino Pré I 80 alunos e Pré II 71 alunos.

2.2.2 Análise Documental: Projeto Político Pedagógico e Regimento

Interno

Durante a análise documental que realizamos na secretaria do CMEIFCA, tivemos

acesso apenas ao regimento interno da escola, constando as normas e regras que a escola

construiu para que haja um equilíbrio no que tange a estrutura pedagógica da instituição,

segundo o secretário o “Regimento Interno” esta em fase de aprovação, uma vez que o centro

passou por mudanças de modalidades de ensino passando a oferecer a Educação Infantil,

tendo assim que elaborar novos documentos para a efetivação da instituição de ensino infantil.

Obtivemos informação que o Projeto Político Pedagógico estava sendo elaborado pela escola,

não podendo naquele momento ser analisado por estudantes devido ainda não ter sua

aprovação no Conselho Municipal de Educação e outras esferas educacionais.

2.2.3 A Sala de Aula

A sala de aula, foi o espaço de maior atenção proposta pelo estágio, uma vez que este

era o escopo da experiência docente na educação infantil. A sala de aula observada, pertencia

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o pré I, turma “C”. Nela tinha 07 mesas com 4 cadeirinhas utilizadas pelas crianças, um

armário com prateleiras e portas onde são guardados os materiais escolares das crianças bem

como suas atividades, a mesa do professor, 02 quadros sendo 01 quadro branco, e outro

quadro negro,a sala é climatizada, a iluminação é razoável contém também cartazes para a

alfabetização das crianças, como por exemplo: sejam bem-vindos, casinha do tempo, quantos

somos hoje, minha família, as boas maneiras, identificação das vogais, forma geométricas e as

atividades realizadas pelos alunos penduradas em um varão expositivo na sala.

Pensar no ambiente de uma sala de aula de educação infantil requer conhecimento de

como se deve preparar, para que o aprendizado da criança aconteça. Rever a proposta que a

escola aderiu trabalhar, é muito importante, uma vez que a meta a ser concretizada é sempre o

ensino e aprendizagem da criança.

Segundo alguns teóricos que preconizam e enfatizam a importância do ambiente

escolar, falam que o sucesso da aprendizagem começa com essa preparação, outros frizam que

qualquer que seja esse ambiente o que vai levar o envolvimento e a participação, é o que o

educador vai priorizar, sempre levando em conta a afetividade. Segundo ANGOTTI (2002,

p.75) Constance Kamii diz que:

Constance Kamii não determina um tipo específico de sala de aula ambientalmente criada

em diferentes padrões, [...] diz que poderia ser utilizado um ambiente comum, uma sala de

aula nos moldes da escola tradicional; porém, o que se modifica, radicalmente, é a

atmosfera, o clima que se estabelece. O ambiente para que se processe o desenvolvimento

do pré-escolar deverá ser estimulador, rico em desafios, criado pela aritmetização ou

problematização do contexto.

A sala de aula, deve atrair as crianças, deve ser um espaço educativo em que sinta o

prazer de estar ali, e para que isso ocorra deve-se basear na forma, na maneira em que vão

conduzir a criança a explorar esse espaço, bem como na reação que elas vão intervir diante

dos problemas surgidos. Segundo a autora Maristela Angotti, Montessori pensa exatamente

nesse espaço que pertence à criança, frisando que:

O ambiente escolar deve ser livre das amarras limitadoras e controladoras do poder adulto

sobre a criança e ativo na interação com ela, propiciando-lhe elementos para que possa agir

e obter resposta quanto às suas realizações. [...] significa estar dentro das suas

possibilidades de realização, para que os pequenos possam sentir que estão dentro do seu

mundo, podendo alterá-lo, manipulá-lo de acordo com as suas necessidades e

vontades(2002, p. 30-1).

Para Froebel, segundo Angotti (2002, p. 12), a sala de aula deve ter a seguinte

caracterização: “O ambiente deve, em síntese, propiciar ao indivíduo condições para a sua

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liberação e realização das suas potencialidades, num clima de realização, onde tudo possa ser

aproveitado para despertar os complexos de interesses na criança”.

Um fator muito interessate na abordagem do ambiente, é deixar que a própria criança

explore, descubra o que tem a sua volta, muitas vezes os adultos tentam intervir nessa questão,

não deixando que os pequenos façam essas descobertas, temos que conduzir, no sentido de

instigá-los a ir em busca de descobrir o novo, e nao de fazer por eles, eles sabem explorar,

basta que o educador deixem eles usufruirem de seu próprio espaço.

2.2.4 O perfil do/a Educador/a

Sabe-se que qualquer pessoa que pretende assumir uma sala de aula, mormente da

Educação Infantil deve apresentar algumas características que possa influenciar diretamente

na forma em que ele vai conduzir a docência. Não quer dizer que essa pessoa precise ter todos

essas características, mais que essa pessoa faça uma auto-avaliação para que saiba ouvir as

pessoas que estejam a sua volta, ela poderá ver quais suas deficiências e saber em quais

aspectos precisa melhorar.

O educador/a infantil antes de tudo deve ter apreço pela Educação Infantil (EI),

alguns educadores renomados frisam que a mulher é a mais indicada para assumir a docência

na área de EI, devido ao instinto maternal que possui, mas isso não quer dizer que os homens

não sabem lhe dar com a educação infantil, muito pelo contrário a vocação faz do indivíduo

um profissional competente e muitas vezes habilidoso.

O que se tem notado na profissão docente é que a escolha da profissão não acontece

por vocação, pelo amor, pelo exemplo e o ensino, mas que se tornou jogo de cintura para

muitos que afirmam serem educadores utilizando as mascaras de encontrar na educação o

único meio de sobrevivência, podendo esta situação ser um dos indicadores negativos para

elevar a educação para o pódio da qualidade.

Segundo Freinet (apud Angotti 2002, p. 66) o professor tem um papel primordial na

educação das crianças, afirmando que:

O papel do educador será primeiro o de despertar – ou antes conservar – na criança suas

forças vivas que condicionam a verdadeira educação; depois colocar os alunos em

condições de satisfazerem suas necessidades, fornecendo-lhes todos os elementos que

contribuirão para sua instrução e educação.

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Quando um indivíduo passa a atuar na docência ele deve estar ciente de que precisa

ser um educador pesquisador, idealizador de suas metas e propostas, seguir as propostas

pedagógicas que a escola por escolha do grupo optou trabalhar. Ser um professor observador

faz parte deste perfil, não se pode chegar ao sucesso sem ter conhecimento do que se passa a

nossa volta, ou seja, conhecer cada aluno, sua realidade seja ela familiar, econômica, política,

religiosa, etc.

Dando prosecução as observações realizadas em uma sala de aula da Educação

Infantil, notamos que a professora atuante no campo de estágio estava iniciando a caminhada

para chegar rumo ao perfil de uma educadora condizente com as qualidades de um educador

infantil crítico, no sentido de que está iniciando sua jornada acadêmica, onde cursa Pedagogia

Indígena, pela Universidade Estadual do Amazonas - UEA, mas não a impediu de buscar

fontes para que suas aulas fossem criativas e dinâmicas. Um de seus relatos deixou claro que

ainda não tinha tanta experiência na área, na qual trabalha há 3 anos na Educação Infantil,

mas frisou que sempre buscava com as colegas de trabalho idéias de como desenvolver um

bom trabalho com as crianças que leciona.

Um dos desafios da Educação Pública Infantil é a quantidade de crianças na sala de

aula, como elas ainda estão na faixa etária dos 4 aninhos o cuidado é redobrado, ficando

explicito nos dias em que estivemos na sala, onde nos dispomos a ajudá-la no cuidar das

crianças, ter um monitor em cada sala, seria a solução de muitos problemas que acontecem e

podem acontecer no decorrer das aulas, pois estar atenta as 26 crianças é um pouco

complicado.

Nas aulas durante as observações a professora utilizou diferentes espaços

pedagógicos para o desenvolvimento das aulas, levamos as crianças para a sala de recursos

multifuncionais, nesta sala tinha um televisor e aparelho de DVD assistimos a um filme

“Procurando Nemo”, a professora pediu para que todos prestassem atenção, que depois ela

iria fazer perguntas no retorno a sala de aula, para saber quem realmente prestou atenção.

2.2.5 As Crianças

Primeiramente vamos dar um conceito do que é ser criança, o que representa para

nós esse enunciado. Sabemos que conceituar “ser criança” é uma responsabilidade, que

começa desde o período de gestação se irradiando no nascimento, pensar em uma criança é

irmos além do convívio social que esta criança foi colocada, uma vez que o olhar sobre esta

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criança parte sempre da sociedade pertencente a ela, o que não podemos esquecer é que

criança, é criança em qualquer aspecto social, em qualquer situação seja ela econômica,

psicológica, sociológica, dentre outras. Pensar nesse termo é também trabalhar o

desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo da criança, uma vez que elas precisam de espaços

para desenvolver esses aspectos. Segundo Froebel (apud Angotti 2002, p. 9) a criança é:

[...] concebida como um ser repleto de potencialidades, a semente do futuro que traz

dentro de si tudo aquilo que poderá vir a ser, o germe de toda atividade que está por

ser realizada. [...] A criança consciente do seu eu, conhecedora de si, tornar-se-á um

elemento ativo que através da auto-expressão crescerá em auto-realização. Essa

realização será atingida pelo desenvolvimento espontâneo das forças interiores da

criança que se exterioriza via processo educacional, que despende cuidados especiais

para a formação de hábitos, atitudes de caráter e força de vontade. [...] A criança

vivendo o que lhe cabe, realizando-se, viverá melhor para alcançar o melhor pela

sociedade, buscando alcançar a humanidade.

Então pensar na criança, é respeitar seu espaço seja ele físico ou não, pois ela esta em

processo de descoberta, descoberta essa que encontrará o seu mundo, não podemos atropelar

nenhuma fase da criança, pois isso acarretará danos futuramente, podendo até mesmo isolar-

se de sua sociedade. Segundo Montessori (apud Angotti, 2002, p. 24) a criança é: “[...] um

corpo que cresce e uma alma que se desenvolve, a dupla realidade fisiológica e psíquica, tem

uma fonte eterna: a vida, e nós não devemos viciar ou sufocar essas potencialidades

misteriosas, antes aguardar suas manifestações sucessivas”.

O futuro da humanidade depende não somente da conscientização dos adultos, pois

será essas crianças que regerá o futuro do universo, então respeitar essas manifestações ditas

por Montessori, fará pessoas justas, carinhosas, respeitadoras, e leais com a sua sociedade.

Dentro das observações realizadas podemos perceber que as crianças são carentes de

atenção e carinho, não no sentido que a professora não dê, mas no sentido de todo contexto de

vida. Elas desenvolvem habilidades no decorrer das atividades, acredito que explorar a

criatividade delas é o ponto chave para perceber suas potencialidades, claro que tem criança

que é mais rápida no efetuar das atividades, outras de forma mais lenta, mas ambas

conseguem, basta que o professor dê tempo para que sejam afloradas tais habilidades.

Outro ponto forte observado nas crianças é que a maioria gosta muito da escola,

chegam à sala contentes por estarem ali, e a amizades entre os coleguinhas é bem afetiva, as

crianças vêem na escola um lugar de prazer. Um dos dias observados um dos alunos na hora

da conversa informal com a professora, falou que não havia almoçado devido não ter na sua

casa, o poder aquisitivo das famílias de nossas crianças é muito reduzido, e muitas vezes elas

vêem na escola uma fonte de escape para se alimentarem.

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2.2.6 Observações Realizadas na Sala de Aula

Ao iniciar as aulas a professora perguntava se todos haviam almoçado, depois pedia

para as crianças ficarem em pé para fazerem uma oração dando início à aula. No primeiro dia

ao encerrar a oração a professora nos apresentou, dizendo que iríamos ficar alguns dias com

eles na sala, que neste período eles iam ter três professoras. Em seguida entoou várias cantigas

de criança, a outra acadêmica que estava na sala cantou duas musicas infantis. A professora

contou quantas crianças estavam presentes e tinha no total 14 crianças sendo 7 meninas e 7

meninos. Um aluno desenhou no quadro um círculo e fez a professora em volta desenhou

vários pauzinhos representando os alunos.

No decorrer das observações os procedimentos de rotina para início das aulas eram

os mesmos, modificando os conteúdos a ser ministrado em cada aula. As atividades eram

realizadas de diversas maneiras, foi distribuído durante as aulas massinha de modelar, jogos

de encaixe em EVA, quebra-cabeça, jogos matemáticos.

Em uma das aulas, do dia 05.04.2010 foi organizado a “Festinha em Comemoração a

Páscoa”, os pais ao deixarem as crianças na sala levaram bolos, pudins, refrigerantes, pipocas,

brigadeiros e cachorro quente, nós contribuímos para a festinha levamos um bolo de chocolate

e refrigerante. Ao iniciar a festinha a professora fez uma oração, falou sobre a festinha da

páscoa, do coelhinho. Em seguida cantou a musiquinha temática do “coelhinho”.

A aula do dia 19.04.2010 foi comemorado o “Dia do Índio”, a professora passou um

desenho de um livro para as crianças pintarem, no retorno do intervalo fomos ajudar a

professora caracterizar os alunos com uma pintura indígena no rosto, e braços com tinta

guache. A gestora passou na sala e tirou fotos com as crianças, inclusive ela também estava

caracterizada de índio.

2.3 Participação Ativa

Quando nos direcionamos as ações realizadas pela escola durante o estágio,

podemos frisar que estas foram bem aproveitadas por nós, nas condições de estagiários,

uma vez que a participação na realização das festividades da escola, ou de questões

administrativas enriqueceu ainda mais os resultados propostos pela disciplina de Estágio

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Supervisionado na Educação Infantil. As atividades realizadas durante o estágio, descritas

abaixo foram somente as que participamos durante a realização do estágio.

2.3.1 Eleição do Conselho Escolar

No dia 31 de março do ano de 2010, no Centro Municipal de Educação Infantil

Francisco Chagas de Almeida, durante todo o dia, aconteceu a eleição para a escolha dos

membros que iriam fazer parte do Conselho Escolar da instituição, foi convocados pais,

funcionários e a comunidade pertencente à escola para fazer valer o voto, como forma de

democratização. O “Conselho Escolar” trabalha em parceria com a gestão da escola, tendo por

finalidade promover a integração dos vários seguimentos que pertence à comunidade escolar,

tendo em vista assegurar o cumprimento das políticas educacionais.

A “Associação de Pais e Mestres e Comunitários” tem a função de mostrar as

particularidades das capacidades de liderança do grupo gestionários da escola, que participam

das reuniões da APMC, o papel desse grupo é também administrar a parte dos recursos

financeiros destinados a escola, fazendo parte pais, professores e funcionários da escola.

Na parte da tarde, horário de nosso estágio a votação estava acontecendo, também

votamos como forma de participação e contribuição para a instituição, os pais e funcionários

estiveram presentes no turno vespertino, a votação ocorreu até as 17:00 horas.

Após a eleição, passou-se para a etapa seguinte, apuração dos votos, fizeram parte da

mesa de apuração as seguintes pessoas: Professora Açucena Amazonense (gestora da escola),

Professora Darcimar (Pedagoga do Centro), Professora Marinete Mota (Professora da UFAM),

Professora Dheime (Professora de Educação Infantil), Professora Joelma (Professora de

Educação Infantil), Funcionária Regiane (Servente do centro), Walker Lima (Secretário do

Centro) e Queila Macedo (Estagiária de Pedagogia-UFAM). Os eleitos foram: Categoria

Professores: Maria de Nazaré Costa de Oliveira com 40 votos, sua suplente Regiane dos

Santos Alves com 31 votos; Categoria Administrativos: Nazilene Oliveira da Silva com 71

votos, sua suplente Raimunda Rodrigues Gonçalves com 49 votos; Categoria Pais, Mães

e/ou Responsáveis: Neide Josélia da Silva Pontes com 45 votos, sua suplente Maria Oneide

Lopes Pinto com 30 votos e Categoria Comunitário/a: Evilandro José Freitas Pereira com

49 votos, sua suplente Jaimira Pereira com 35 votos.

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2.3.2 Posse do Conselho Escolar

Aos 09 dias do mês de abril do ano de 2010, às 16:30 horas deu-se início a reunião

de posse do Conselho Escolar, com a leitura do edital de convocação da eleição.

Após a leitura do edital de convocação da eleição foi franqueada a oportunidade para

os pais se pronunciarem, um pai manifestou-se e falou da felicidade de ter um filho/neto

estudando naquela escola. Foi franqueada a oportunidade aos professores, mas estes não se

manifestaram. Em seguida foi passada a direção para a Coordenadora Pedagógica da escola

que passou um vídeo sobre a importância da vida. Dando prosecução, a gestora apresentou as

autoridades presentes, como o Prefeito do Município de Benjamin Constant, o Vice - prefeito

do Município de Benjamin Constant e a Secretária Municipal de Educação. A Pedagoga do

Centro fez a leitura da ata de apuração dos votos da Eleição do Conselho Escolar.

Passando para o cerimonial de posse, foram convocados os eleitos e seus suplentes

para assinarem o termo de posse, passando em seguida a palavra para que eles se

pronunciassem. A suplente da Categoria Pais, Mães e/ou Responsáveis, falou da importância

da participação dos pais na escola, que há um tempo não ocorria essa participação, finalizou

com uma frase “Educação é luz, é caminho é libertação”.

Em seguida todos empossados foram franqueados a palavra, as autoridades presentes.

A Secretária Municipal de Educação falou da importância que os conselhos escolares têm na

escola, como também do projeto Jovem Urbano que estava sendo implantado no município. O

prefeito municipal falou sobre sua administração, na qual tem compromisso coma qualidade

da educação. Finalizando a reunião a gestora da escola agradeceu a todos os presentes, e

serviu um lanche.

2.3.3 Planejamento dos Professores

No dia 16 de abril, das 15:35 às 17:00 horas na sala de reunião do centro, iniciou-se a

reunião com a gestora da escola, a mesma falou da importância de todos saberem seus ofícios

na escola, sem interferir no trabalho do outro. Falou também da regulamentação da escola,

sendo credenciada pelo MEC e reconhecida. Como também que na escola já estava

funcionando o Conselho Escolar, sendo este uma associação que respalda a escola, um dos

principais colegiados dentro da instituição pública de ensino. Que estão aguardando

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aprovação do Plano de Desenvolvimento da Escola – PDE. Disse ainda que, os planos de aula

deveriam atingir a Educação Infantil em todos os seus aspectos como o afetivo, psicomotor e

social da criança e trabalhar as necessidades de cada aluno. Algumas professoras falaram que

a coordenadora pedagógica estava sobrecarregando os professores em relação ao plano.

2.4 REGÊNCIA SUPERVISIONADA

2.4.1 Preparação e Planejamento

Para a preparação da regência, houve primeiramente atendimento com nossas

orientadoras de estágios, nos direcionando para que escolhessemos a temática que iriamos

trabalhar, uma vez que iria surgir a partir das observações realizadas na sala de aula.

No decorrer da preparação do planejamento da regência fizemos varias leituras de

teóricos que tem sua linha de pesquisa voltada para a educação infantil, pesquisamos na

internet atividades que exploraria a temática, bem como atividades formuladas em livros de

educaçao infantil conforme referenciadas neste relatório. A escolha das atividades, foi feitas

com muito cuidado e atenção para que estas não fugissem do foco central, outra preocupação

nossa foi a construção dos materiais, uma vez que, não temos muito jeito para confeccionar

materiais.

Na escolha da temática para a regência, pensamos na importância que tem os

conteúdo relacionados com a educaçao infantil que deve ser trabalhado na primeira fase da

pré-escola. Decidimos trabalhar o reconhecimento do corpo humano, explorando o “Esquema

Corporal”, pois a criança desenvolve-se por um processo que abrange o seu corpo, a genética

da espécie humana, essas mudanças ocorrem desde a gestação ao seu nascimento,

perpassando assim, pelos anos de vida.

É importante que a criança faça uma observação do seu corpo, para ver as

semelhanças e diferenças entre seu corpo e dos demais coleguinhas, bem como conhecer os

movimentos que elas podem fazer com ele. Conhecer os cinco sentidos: a visão, tato, audição,

olfato e paladar e saber a importância de cada um deles é interessante nessa fase, são eles os

responsáveis que transmitem ao nosso cérebro inúmeras sensações primordiais que ajudam o

nosso corpo a perceber tudo o que esta a nossa volta e apreender os conceitos de

aprendizagens, ou seja, trabalhar o esquema corporal é tomar conhecimento do nosso corpo

como um todo, e as partes que o compõe.

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É percebível que se não for trabalhada de forma correta a Educação de Esquema

Corporal, ira acarretar sérios prejuízos no desenvolvimento das Funções Psiconeurológicas,

sendo estas: coordenação motora ampla; coordenação viso-motora; coordenação motora

fina; orientação espacial; orientação temporal e lateralidade.

Sendo nestas perspectivas que elaboramos o nosso planejamento da regência,

explorar cada movimento, instigando o aluno a fazer de forma bem dinâmica para que suas

habilidades florescessem sem forçamento, no sentido de espontaneidade.

2.4.2 Dia da Regência

A regência ocorreu no dia 26 de maio do corrente ano, a partir da 13:00 horas, com

duração de quatro horas de aula em uma turma de Pré I, “C” no turno vespertino do

CMEIFCA. Chegamos a escola as 12:35 para organizarmos o ambiente da sala de aula

colocando as cadeiras em círculo, após recebemos as crianças que iam chegando no centro

acompanhada de seus responsáveis, e ja íamos informando o horário de encerramento da aula

para que eles viessém pegá-los na escola. As 13:15 iniciamos a aula com a execução do plano

diário.

Sendo a primeira atividade a de rotina tinha como objetivo a interação e

socialização com as crianças. Iniciou-se esta atividade com os cumprimentos de boa tarde, e

pedindo que todas as crianças se colocassem em pé para juntos fazermos a oração e cantarmos

várias musiquinhas infantis envolvendo a temática. Passamos então para à hora da novidade,

eles externaram as coisas interessantes que fizeram, antes de chegarem a escola. E cada um

falou de suas vivências, como por exemplo: o que tinham tomado de café, almoçado, feito as

atividades escolares para casa, se haviam tomado banho, escovado os dentes, ajudado a

mamãe ou papai a realizar alguma atividade, enfim. Após passamos para a contagem de

quantos estavam presentes naquele dia, e junto com as crianças contamos, e na contagem

estavam presentes 17 crianças, sendo 9 meninos e 8 meninas, mais a professora da sala, 2

duas estagiária e a professora supervisora do estágio, totalizando 21 pessoas, entre as crianças

quem ganhou na presença em sala de aula foram os meninos. Escolhemos o ajudante do dia,

em seguida falamos sobre algumas regrinhas para seguirmos durante a aula e também fora da

escola.

Na atividade orientada o escopo era conhecer e nomear as partes do nosso corpo e

incentivar a curiosidade e interesse pelo conhecimento do nosso corpo, bem como

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desenvolver o espírito participativo. Iniciamos com a pergunta: quem sabe o que é o corpo

humano? Qual sua função? Uns mostraram apontando para todo o corpo, outros apenas para

os braços, pernas, cabeça. Foi quando apontamos para determinada parte do corpo e pedimos

para as crianças identificarem o nome, e responderam muito bem, uns tiveram dificuldades de

responder de imediato outros responderam de prontidão. Então falamos sobre o que era o

corpo humano, sua função e o cuidado que cada um de nós tem que ter com ele.

Levamos para essa atividade um tronco do corpo humano e o esqueleto humano, de

início preparamos os alunos para a amostra que ia ter do nosso corpo para que eles não

ficassem com medo, pois precisamos conhecer o nosso corpo, no começo duas crianças

tiveram medo, mas conversamos e mostramos que o medo não precisava existir, demos

oportunidade para que cada criança pegasse o tronco e explorassem cada parte desmontável e

íamos identificando com elas os nomes das partes que compunha o tronco, como por exemplo:

na cabeça, o cérebro; na parte torácica, o coração e artérias, pulmão, rins, fígado, intestino etc.

Como atividade foi formado grupos e convocamos voluntários para serem desenhados em um

pedaço de papel madeira, este deitaria sobre o papel e os demais coleguinhas do grupo iriam

desenhá-lo. Como já estava chegando a hora do intervalo, apenas recortamos o papel madeira

e colamos em um tamanho suficiente para desenhar uma criança.

Paralisada a atividade, arrumamos a sala para a hora da merenda, cantamos uma

música sobre a merenda e todos que trouxeram merenda, começaram a lanchar, sendo que os

coleguinhas que não estavam com merendas trazidas de casa puderam merendar com os

demais coleguinhas que socializaram seus lanches. Em seguida foi servida a merenda da

escola “leite com farinha de tapioca”. Ao tocar a Campa às crianças foram para a hora de

recreação no play-graudes da escola. Ao retornarmos a sala retomamos a atividade, todos

participaram desenhando o coleguinha no papel e colocando os olhos, nariz, boca,

sobrancelhas, cabelos, etc. Em seguida colocamos em exposição na sala os desenhos

realizados por eles.

Passando para a atividade coletiva, esta trabalharia as diversas formas de expressão,

o raciocínio lógico e atenção das crianças. Falamos o nome de um órgão da face e pedimos

para que elas mostrassem onde se localizava e para que serviam, em seguida chamamos o

ajudante do dia para que fizesse movimento com uma determinada parte do corpo e as demais

crianças identificassem a parte movimentada, foi bastante interativo, todos participaram com

muito entusiasmo. Após fomos brincar de “corpo-dado”, para a brincadeira foram

confeccionados 2 bonecos em papel cartão com seus braços, pernas e cabeça desmontável do

tronco que simbolizava a roupa dos bonecos, sendo uma boneca menina e um boneco menino

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e um dado colorido das cores do boneco. Dividimos a sala em dois grupos, e escolhemos uma

menina e um menino, dentro de dois sacos de papel madeira estavam as partes do corpo-dado,

iniciamos com os meninos devido eles terem ganhado na quantidade de presentes na sala, ao

jogar o dado se desse a cor vermelho, ele colocaria a mão dentro do saco e puxaria uma peça,

se fosse a cor do dado ele montaria o seu boneco, se não, passaria a vez para as meninas,

formamos torcidas e nessa partida as meninas ganharam. Na partida seguinte escolhemos

maus uma menina e um menino e fizemos os mesmos procedimento,as meninas iniciaram

devido ter ganhado na partida anterior, as torcidas estavam bem animadas cada vez que seus

participantes pegavam uma peça, e as meninas ganharam novamente, sendo a vitória final

deste jogo do “corpo-dado” das meninas.

Na atividade seguinte também coletiva, mas com objetivo diferente que era

desenvolver, explorar os grandes e pequenos músculos e o equilíbrio corporal. Utilizamos

outro espaço pedagógico para desenvolvermos esta atividade, fomos para a área enfrente a

sala, passamos as regras da brincadeira e os procedimentos, e levamos cordas. As brincadeiras

foram: pular corda, batida por outros coleguinhas, formar desenhos livres com a corda, e

andar sobre ela, esticar a corda no chão e pular de um lado para o outro, com os pés juntos e

com um só pé. Foi bem participativa a brincadeira, uns tinham mais equilíbrio que os outros

quando andavam sobre a corda, para pular também, uns nem titubeavam, mas outros foram

até ao chão. Retornamos a sala, já estava chegando ao final da aula e pedi para que todos

guardassem seus materiais nas suas mochilas, e fomos conversar do que cada um mais gostou

da aula, e as respostas foram diversas, uns da atividade do corpo-dado, outros de conhecer o

nosso esqueleto e o corpo humano, etc.

A avaliação da regência é sempre muito dificil nos auto-avaliarmos, e mormente

quando se trata de uma atividade que iria influenciar nossa formação de educadores da

educação infantil. A regência foi primordial para refletirmos, sobre nossas práticas

pedagógicas, uma vez que é um dos cernes de nossa futura profissão. Que poderia ser melhor,

com certeza, chegar a excelência profissional, vai requerer muitas vivências docentes.

Acredito em resultados positivos, uma vez que o decorrer da aula foi super tranqüilo, no

sentido de que não havíamos ainda atuado em uma sala de aula, e o domínio da sala na hora

da regência ocorreu muito bem, é claro que houve momentos que os alunos tentam se

dispersar, mas as atividades coletivas prendem a atenção deles. Foi uma experiência que

levaremos para os próximos degraus que ainda vamos subir.

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2.5 ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS ANOS INICIAIS

Durante a efetivação do estágio, tivemos a oportunidade de vivenciarmos todo o

processo de desenvolvimento da escola. A escolha da Escola Estadual Profª Rosa Cruz,

ocorreu devido havermos desenvolvido algumas atividades acadêmicas anteriormente, sendo

uma delas o Estágio Supervisionado na Gestão Educacional.

O foco das observações neste estágio foi à sala de aula dos Anos Inicias do Ensino

Fundamental. A partir da realização das observações, encontraríamos a meta primordial deste

estágio, a problemática para que a partir desta surgisse a temática a ser abordada na regência.

2.5.1 A Instituição de Ensino

Quando focamos nossos olhares para a escola, não podemos deixar as questões

importantes de lado, sendo uma delas a forma que a escola é concebida, e vista por todos que

dela fazem parte. A escola como referência para sua comunidade, busca a interação de todos,

faz com que todos que estão nela sintam prazer em estar ali. Busca olhar a realidade de cada

um, e de forma peculiar atingir cada necessidade, preencher cada lacuna. Segundo Libâneo

(2008, p. 51),

A escola necessária [...] é a que provê formação cultural e científica que possibilita o

contato dos alunos com a cultura, aquela cultura provida pela ciência, pela técnica,

pela linguagem, pela estética, pela ética. Especialmente, uma escola de qualidade é

aquela que inclui, uma escola contra a exclusão econômica, política, cultural,

pedagógica.

A Escola Estadual Profª. Rosa Cruz é uma escola pública de ensino, sustentada pelo

Estado, tem seu funcionamento nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, teve seu ato de

criação conforme dados da escola pelo Decreto nº 14.799 de junho de 1992, no então Governo

Estadual de Gilberto Mestrinho Medeiros Raposa, as atribuições foram conferidas através do

Art. 54, item VIII da Constituição Estadual considerando o que esta firmado no Processo de

número 1935/92 da Secretaria de Estado da Administração e Gestão - SEAD, desativando

assim o Centro Escolar “Madre Eulália” neste município de Benjamin Constant, estruturando

então uma escola estadual, com oferta de ensino nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Sua Estrutura física comporta-se da seguinte forma:

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Quadro 01 - Estrutura física da escola.

Fonte: Quadro Demonstrativo da Estrutura Física da E.E. Profª Rosa Cruz, março, 2009

Segundo a gestora da escola o quadro de funcionário esta resumido, ou seja, a muito

trabalho a ser feito e poucas pessoas para operá-los, relatou ainda que esta aguardando ansiosa

o novo concurso da Secretaria Estadual de Educação e Cultura do Amazonas – SEDUC-AM

para que esse problema seja resolvido. A escola possui 22 professores, 01 gestora, 10

administrativos.

Na escola funcionam 08 salas de aula no turno Matutino e 08 salas de aula no turno

Vespertino, sendo 01 como sala de recursos em cada turno. Pela manhã a escola tem 225

Dependências Quantidade Observação

Salas de aula 07 -

Sala de Professores 01 Com banheiro

Secretaria 01 Com banheiro

Sala de Direção 01 Com banheiro

Sala de Técnico 01 Com banheiro

Sala de recurso 01

-

Biblioteca 01

TV Escola 01

Laboratório de Informática 01

Quadra Coberta 01

Almoxarifado 01

Cantina 01

-

Cozinha 01

Refeitório 01

Deposito de Merenda 01

Deposito do de Material de

Limpeza 01

Banheiro Masculino 05

Banheiro Feminino 05

Pátios 02 01-Coberto

01 Descoberto

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alunos distribuídos no 1º ao 5º ano, no turno vespertino a escola tem 230 alunos, totalizando

455 alunos na escola.

Vale ressaltar que, uma instituição de ensino requer muitos cuidados na sua

administração, uma boa formação de seu gestor ajudará nas decisões a ser tomada, mas não se

deve esquecer que se trata de educação, formação de pessoas. Segundo Paro (2004, p. 07),

[...] administrar uma escola não se reduz à aplicação de uns tantos métodos e

técnicas, importados, muitas vezes, de empresas que nada tem a ver com objetivos

educacionais. A administração escolar é portadora de uma especificidade que a

diferencia da administração especificamente capitalista, cujo objetivo é o lucro,

mesmo em prejuízo da realização humana implícita no ato educativo. Se

administrar é utilizar racionalmente os recursos para a realização de fins

determinados, administrar a escola exige a permanente impregnação de seus fins

pedagógicos na forma de alcançá-los.

2.5.2 A Motivação em Sala de Aula

Durante as observações na sala de aula do 1º Ano A, no turno vespertino notou-se

que a professora é motivadora, as suas aulas são bem dinâmicas, ou seja, a professora

desenvolve diversas atividades em suas aulas de forma que não as torna repetitivas.

A reciprocidade sem dúvida tem que acontecer em ambos os lados, pois tanto aluno

quanto professor ou vice-versa influenciam na vida um do outro, pois essa mútua influencia

não é diferente de qualquer outro tipo de relação humana, a flexibilidade e compreensão de

ambas as partes trará uma relação de bem estar na sala de aula, uma vez que compreender o

outro é uma forma de motivação e esta fortifica a relação professor – aluno, como afirma

Morales (2006, p.61) que:

A conduta do professor influi sobre a motivação e a dedicação do aluno ao

aprendizado. O aluno se vê influenciado por sua percepção do professor, como o vê

e como vê sua relação com ele, e pelo que o professor de fato faz: comunica

expectativas, responde adequadamente, proporciona ajuda estratégica etc. [...] com

freqüência, os alunos menos motivado, menos comprometidos com seu aprendizado,

menos ativo... recebem de seus professores comentários, ou outro tipo de

comunicação, que os desmotivam ainda mais. E, ao contrario, os alunos que desde o

inicio se mostram ativos e motivados recebem mais reforços do professor, mais

comunicação.

Sabemos que a motivação na escola é de suma importância para que os alunos

tenham prazer em estudar, a motivação parte do pressuposto de que é através dela também

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que os alunos percebem a necessidade que temos em estudar, uma escola não motivadora é

uma escola fracassada tanto da parte dos alunos quanto dos funcionários.

2.5.3 Relações Humanas na Escola

Podemos dizer que essas duas palavrinhas fazem milagres em uma instituição de

ensino. Somos todos sabedores que em qualquer instituição a forma como a convivência no

ambiente de trabalho acontece é muito importante, para que o sucesso de modo geral aconteça

em todos os setores. Pensar nessa relação vai muito além do que as pessoas costumam se

portar, quando o assunto e a interação de todos no trabalho, muitos dos que estão em um

patamar mais elevado, sentem-se superior as demais esfera, ou seja, o respeito mútuo, a

coletividade parece não existir em muitos casos, podemos até citar o ditado que muitos

expressam em suas atitudes, “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, levando isso tudo

para as relações humanas, dentro de uma escola podemos constatar que estas atitudes sempre

ferem a convivência do grupo, é primordial que todos falem uma mesma língua, e se tratem

com respeito. Uma escola que tem suas relações humanas voltada para a satisfação de todos,

trilha para o sucesso. Segundo Oliveira (2009, p. 28) diz que:

[...] a nova Escola de Relações Humanas, [...]. Ocupa-se da seleção, do treinamento,

do adestramento, da pacificação e ajustamento da mão-de-obra para adaptá-la aos

processos de trabalhos organizados. Interessa-se basicamente pelas condições sob as

quais o trabalhador pode ser induzido, de maneira mais eficiente e eficaz, a cooperar

no esquema de trabalho proposto. Os problemas que emergem tornam-se

essencialmente problemas de gerenciamento. A insatisfação, as faltas, a rotatividade,

as hostilidades e agressividades, a negligência e o desinteresse são fenômenos que

só podem ser compreendidos e administrados se mantidos no nível de interação

entre os indivíduos e os pequenos grupos [...].

Perante as observações realizadas neste estágio, tivemos um olhar voltado para a

questão das relações humanas, é o que compete a nós enquanto estagiários. A escola procura

atender a todos do grupo, sem distinção de pessoas ou cargos, todos tem um mesmo

tratamento, nas reuniões pedagógicas foi notável, todos os funcionários são convidados a

participarem, o diálogo entre todos é aberto. Os pais também fazem parte desta relação e

acredito que eles sentem-se parte deste processo de educação.

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2.5.4 Corpo Docente da Escola

Quando nos reportamos à classe docente da escola, temos a certeza que eles são os

guias, que levarão os alunos a adentrarem no mundo do conhecimento fato este que trás certa

preocupação, uma vez que, se os professores julgarem que seus conhecimentos já são

suficientes, e não conhecerem a importância de estarem se preparando a cada dia, não

acompanharão as mudanças que vem acontecendo.

Se os alunos são sujeitos do saber, também o são os professores. E, assim como seus

alunos, constroem e adquirem saberes em diversos espaços e tempos, especialmente

no trabalho. E quanto a isso é preciso constatar – mesmo sob controle intenso, o

professor, se não incorporar a necessidade da mudança da sua prática docente,

continuará repetindo aquilo que julga eficaz e suficiente para a aprendizagem dos

seus alunos (OLIVEIRA 2009, p. 80).

Muitos docentes vêem-se despreparados para lhe dar com seus alunos, não sabem o

quê, e como ensinar? Daí os resultados que temos hoje, a evasão de nossos alunos, e muitas

vezes eles ainda continuam com seus corpos dentro da escola, o que não podemos deixar que

ocorra é a própria escola segregando seus pertencentes, uma vez que não é este o escopo dela,

gosto de pensar que uma parte do que são nossas crianças, são responsabilidades nossas, que

nossas ações não as expulsem de seus próprios mundos. Conforme Arroyo apud Oliveira

(2009, p. 77)

Começar por equacionar pedagogicamente os limites, as possibilidades vividas pelos

educandos que temos, não que sonhamos e gostaríamos de ter. Se esses limites

raiam as fronteiras da desumanização, entender que a tarefa da escola e nossa tarefa

é que o pouco tempo de escola não seja uma experiência a mais de desumanização,

de trituração de suas esperanças roubadas de chegar a ser alguém. A escola pode ser

menos desumanizadora do que a rua, a moradia, a fome, a violência, o trabalho

forçado, mas reconheçamos, ainda, as estruturas, rituais, normas, disciplinas,

reprovações e repetências na escola são desumanizadoras.

Na escola, onde realizamos o estágio conforme já foi citado anteriormente de forma

sucinta, possui 22 (vinte e dois) professores, todos possuem nível superior nos curso de:

Licenciatura em Pedagogia, Licenciatura em Geografia, Normal Superior e Licenciatura em

Administração. Sendo que dos 22 (vinte e dois) apenas 14 (quatorze) estão em sala de aula, os

demais exercem suas funções na Gestão Escolar, sala da TV Escola, Como Apoio Pedagógico,

Laboratório de Informática, Sala de recursos. Dentre esses professores existem, efetivos,

integrados e os selecionados pelo Processo Seletivo Simplificado – PSS pela SEDUC.

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Quanto à professora da sala observada, podemos observar que esta em sua sala

procura trabalhar de forma que todos sejam envolvidos, as atividades planejadas por ela, esta

sempre em consonância com o que está relacionado com tal série. Podemos ver que mesmo

sendo uma sala com 32 (trinta e dois) alunos entre 6/7 (seis à sete) anos e bem agitados, ela

consegui o domínio da sala, o respeito, a colaboração e sempre enfatizado por ela, para que as

atividades sejam realizadas.

2.5.5 Corpo Discente da Escola

A EEPRC, neste ano letivo de 2010 possui em sua matrícula 455 (quatrocentos e

cinqüenta e cinco) alunos, sendo que segundo dados da escola 08 (oito) alunos possuem

algum tipo de necessidades educacionais especiais, e no contra turno freqüentam a sala de

recursos da escola. O atendimento na sala de recursos acontece nos dois turnos, sendo que no

turno matutino são atendidos 4 (quatro) alunos, e no turno vespertino são atendido 8 (oito)

alunos especiais, totalizando 12 (doze) alunos, a sala de recurso da escola não recebi apenas

seus alunos especiais, mais também de outras escola, sendo procedentes dessas outras escolas

4 (quatro) alunos especiais. Dentre as deficiências temos: Síndrome de Daw; Baixa Visão/

Eplexio; Deficiência Mental; deficiências múltiplas; Estrábico e Distúrbios de

Aprendizagem/Eplético.

As observações realizadas no 1º Ano, turma “A” dos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental com 32 (trinta e dois) alunos, sendo 22 (vinte e dois) alunos do sexo masculino

e 10 (dez) alunos do sexo feminino, ocorreu durante quinze dias totalizando 60 (sessenta)

horas de observações.

Na sala de aula em que observamos, não tinha comprovado nenhum aluno com

necessidades educacionais especiais, o que seria primordial para o enriquecimento de nossa

monografia, a temática são os alunos especiais freqüentando os Anos Iniciais do Ensino

Fundamental e Sala de Recursos para que pudéssemos ver como a educação especial esta

sendo Oferecida na escola inclusiva.

2.5.6 Participação Ativa

Como participação ativa, podemos citar duas reuniões, sendo uma de caráter

pedagógico e a outra de convite, uma aconteceu com os pais da escola, foi tratado assuntos de

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interesse da escola, como por exemplo: o intervalo coletivo, muitos pais entraram em

questionamento devido o intervalo acontecer por sala de aula, o que ao nosso entendimento

foi muito proveitoso, uma vez que se tratando de crianças ficou mais seguro, devido o fluxo

de alunos. A gestora falou do porque ter decidido com os professores sobre efetuar esse

intervalo, para a própria segurança das crianças uma vez que da forma anterior as crianças se

machucavam, durante o intervalo recreativo, não que as crianças não tivessem mais lazer

ficou acordado com os professores que eles levariam suas turmas em algum momento da aula

para a quadra e realizariam um tipo de atividade, para finalizar a reunião a gestora e os demais

participantes concordaram que se as crianças se comportassem, o intervalo voltaria de forma

coletiva, caso não ficaria do jeito que estava. Na segunda reunião no dia 27 de setembro foi de

caráter convidativo, foi para que todos participassem de uma confraternização entre os

funcionários da escola e o coordenador regional de educação do município, no

hotel/restaurante Cabanas, todos os estagiários foram convidados e alguns de nós nos fizemos

presentes.

2.5.7 Docência Supervisionada

A docência supervisionada é parte integrante e primordial do estágio, tendo por

finalidade a preparação do acadêmico para assumir sala de aula, ou seja, se preparando

profissionalmente para desenvolver uma prática pedagógica eficiente.

A escolha da temática surgiu no questionamento de como e o que ensinar, foi que

nos levou a trabalhar a temática “Os Animais vertebrados e suas classificações”. Os animais

vertebrados são classificados em: mamíferos, réptil, anfíbios, peixes e aves. Dando sempre

importância para a leitura, uma das problemáticas encontrada nas observações.

Através das observações no ambiente escolar, realizada em uma sala de aula

oportunizada pelo Estágio Supervisionado nos Anos Iniciais, com alunos do 1º Ano da Rede

Estadual de Ensino, foi que chegamos a tal proposta, sendo uma necessidade da turma o

conhecimento dos animais existentes em nossa cidade e fora dela, sendo muitos deles

moradores de nossas casas, como também animais nocivos ao homem. Sendo a escola a

precursora na construção desse processo a construção do conhecimento, é que foi apresentada

essa proposta a ser desenvolvida através de um plano de aula sobre os tipos de animais e suas

classificações, na qual garantirá a efetivação da aprendizagem possibilitando o conhecimento

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e a transformação de nós mesmo e do meio em que vivemos, podendo a professora da sala dar

prosseguimento, uma vez que, o tempo oferecido é ínfimo diante da temática abordada.

Percebemos a importância do planejamento, após a aula da regência supervisionada

tivemos a certeza de que nosso trabalho em sala de aula obteve resultados satisfatórios,

melhorando a qualidade do ensino. Cabe a cada instituição de ensino, juntamente com seus

educadores se planejarem para atingir as metas. Para um bom planejamento surgem várias

perguntas, como: o que quero alcançar? O que devo fazer? Para quem planejar? Que meios

devo utilizar? Por onde começar. O Ato de planejar requer justamente muitos esforços para

que tudo que se almeje seja alcançado.

Conhecer a realidade de cada criança de nossa sala de aula é um dos passos

importante para um bom planejamento, uma vez que é para elas que planejamos.

Assim vale ressalta que a escolha do modelo construtivista para a temática em

questão possui base alicerçada no pressuposto de que “ser construtivista não é fazer uma coisa

uma única vez, mas sim praticá-la, exercitá-la; mas com sentido de pesquisa, de descoberta,

de invenção, de construção. Exercitar com o desafio de fazer melhor, de superar a si mesmo”.

(MACEDO, 1994, p.36).

Nesse sentido, em se tratando do construtivismo na escola temos a contribuição de

COLL (2006, p. 19) afirmando que:

A aprendizagem contribui para o desenvolvimento na medida em que aprender não é

copiar ou reproduzir a realidade. Para a concepção construtivista, aprendemos

quando somos capazes de elaborar uma representação pessoal sobre um objeto da

realidade ou conteúdo que pretendemos aprender. Essa elaboração implica

aproximar-se de tal objeto ou conteúdo com a finalidade de aprendê-lo.

Assim sendo, ser construtivista implica ter uma prática pedagógica com base não

apenas na simples transmissão, por mais importante que seja. Implica, também, tratar a prática

pedagógica como uma experimentação. Em uma escola mais construtivista a cópia não

morreu, mas foi ressignificada como trabalho de pesquisa ou aperfeiçoamento. Para o aluno

sempre será importante copiar algo que valoriza. (MACEDO, 1994, p.36).

O objetivo principal da aula foi fazer com que as crianças identificassem os tipos de

animais vertebrados e a classificação das espécies, para que conheçam o meio em que vivem,

tendo em vista a sua relação pessoal com o mundo.

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2.5.8 Dia da Regência

A docência supervisionada ocorreu no dia 25 de outubro do ano em curso as 13:00

horas encerrando as 17:15 minutos, em uma sala de aula de 1º ano, turma “A”, no turno

vespertino da Escola Estadual Profª Rosa Cruz, neste município de Benjamin Constant.

No primeiro momento, houve a rotina com cumprimentos, musicas infantis que

abordavam os animais assunto de nossa temática. Em seguida falamos sobre comportamento

em sala de aula, com um cartaz das boas maneiras, contendo o seguinte: Bom Dia!, Boa

Tarde!, Boa Noite!, Com Licença, Por Favor, Desculpa e Obrigado.

Em seguida houve o segundo momento, partindo para a temática a aula ocorreu de

forma interdisciplinar, na área de Ciências disciplina de maior foco da aula. Explanamos o

assunto através da identificação e classificação dos animais vertebrados sendo eles mamíferos,

réptil, anfíbios, peixes e aves. Através de cartaz, as crianças classificaram todas as espécies de

vertebrados, ou seja, levamos um cartaz a terminar e as crianças pegaram figuras de animais e

colavam em suas classificações. O resultado foi muito bom eles conseguiram assimilar o

conteúdo dado.

Terceiro Momento foi a hora do lanche, as crianças foram para o refeitório da

escola e serviram a merenda arroz com salsicha, e lancharam também o que levaram de casa.

Perpassando pelo quarto momento, foi trabalhada a disciplina de Geografia, as

crianças conheceram o habitat de cada animal, explicamos onde eles vivem, em seus

ambientes aquático, terrestre e aéreo. Para melhor entendimento levamos um cartaz com

animais em seus respectivos ambientes, fazendo a revisão deste momento as crianças

entenderam perfeitamente.

Ao iniciar o quinto momento, distribuímos uma atividade de Língua Portuguesa

para cada criança, explicamos como iriam realizar, sendo a atividade a construção de um

pequeno texto ou frase sobre o animai descrito em cada folha, eles também pintaram o

desenho. O interessante que as crianças usaram suas imaginações e dentro do assunto que foi

repassados eles construíram textos bem interessantes.

No sexto momento, usamos uma atividade de Matemática através de placas para a

identificação das grandezas como: maior/menor e grande/pequeno. Nas placas colocamos

figuras de animais e chamamos algumas crianças para irem a frente e juntos vermos em qual

grandeza aquele animais representaria, foi muito proveitoso.

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Na disciplina de História, no sétimo momento, enfatizamos a valorização dos

animais, criamos uma dinâmica “O baú dos cuidados”, com uma música infantil uma caixa

com fichas escritas com cuidados que devemos ter em relação aos animais, ao tocar a música

a caixa ia sendo passada de mão em mão, ao parar a música a criança que estava com a caixa,

pegava uma ficha e lia perante os coleguinhas da turma o que estava escrito.

Através do Tema Transversal durante o oitavo momento, desenvolvemos a

conscientização, mostrando a importância de preservarmos os animais, perguntamos as

crianças se sabiam o que era extinção, e duas crianças rapidamente se manifestaram falando o

que significava o termo extinção. A primeira falou “é o desaparecimento dos animais”, a

segunda relatou “é quando os animais não existem mais”. Durante o diálogo algumas crianças

se manifestaram dizendo ter baladeiras (estilingue) e que gostavam de balar os animais, mas

que se comprometeram a não praticar mais esse ato violento.

Para finalizar este momento fizemos uma dinâmica “se eu fosse um animal, como eu

queria ser tratado?”.

Para finalizar a aula desse dia, no nono e último momento, pedimos para as crianças

se organizarem em suas carteiras, e arrumassem seus materiais escolares em suas mochilas,

perguntamos se haviam gostado da aula e todos argumentaram que sim, ao encerrar a aula

oferecemos a cada criança um pirulito (Cala Boca).

Refletindo sobre o estágio deste último semestre na faculdade, nos faz ver o quanto

todos eles contribuíram para a nossa formação acadêmica, podemos frisar com muita

propriedade que eles são o norte para onde devemos ir, não podemos nos acomodar ao

chegarmos em uma sala de aula, mas antes de tudo nos planejarmos para estarmos dentro dela.

A educação esta clamando por verdadeiros educadores e não por um simples profissional da

educação.

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CAPITULO 3

3 EDUCAÇÃO ESPECIAL: UM NOVO OLHAR INCLUSIVO NOS

ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA

ESTADUAL CENTRO EDUCACIONAL DOMÊNICO MARZI

Este capítulo trata da pesquisa educacional realizada na escola pública estadual no

Município de São Paulo de Olivença, sua temática está imbricada às discussões sobre a

Educação Especial no Ensino Regular do Ensino fundamental na perspectiva inclusiva.

A problemática foi definida a partir da observação minuciosa ocorrida durante as

disciplinas I e II das Práticas da Pesquisa Pedagógicas para que no final da pesquisa

pudéssemos ter as respostas dos seguintes questionamentos: Quais os benefícios que a

Educação Especial trás para os educandos do ensino regular? Porque a educação inclusiva é

uma forma de valorização das diferenças no âmbito escolar e social? Quais os desafios

enfrentados pelo educador que pretende desenvolver uma educação de qualidade e inclusiva?

O ensino-aprendizagem desenvolvido na escola acontece para todos?

A escolha da temática surgiu pela necessidade de avaliar como a Educação Especial

esta sendo efetivada em uma escola regular na perspectiva inclusiva, uma vez que, a mesma

deverá estar sendo trabalhada como referencia nossa Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, 9394/96, “preferencialmente na rede regular de ensino.”, na perspectiva de atingir o

alvo que é o ensino-aprendizagem de cada educando, desenvolvendo suas habilidades.

Como parte dos deveres da escola, deve-se verificar como a Educação Especial vem

sendo desenvolvida pela escola, ou seja, como uma escola inclusiva, tem que estar claro em

suas propostas pedagógicas o envolvimento de todos educandos seja eles especiais ou não

especiais. Para que tal envolvimento aconteça é preciso que esteja bem explícito no projeto

pedagógico da escola a inclusão de todos na educação básica e, mormente no nível de

escolarização oferecida pela escola, que são os Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

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A Educação Inclusiva nos remete a um processo de conscientização tanto humana

como profissional, pois, é um desafio concretizado por poucos, uma vez que, requer

especialização, disponibilidade, responsabilidade, e acima de tudo compromisso.

A pesquisa teve como objetivo geral analisar como está sendo ofertada a Educação

Especial na perspectiva da inclusão nos anos Iniciais do Ensino Fundamental da Escola

Estadual Centro Educacional Domênico Marzi. Os objetivos específicos foram: Conhecer

como a proposta curricular da escola aborda as questões da inclusão. Identificar os fatores que

influenciam na educação inclusiva da escola, favorecendo o desenvolvimento integral do

educando. Verificar o nível de desenvolvimento alcançado pelos educandos com necessidades

especiais na sala regular e na sala de recursos.

O capítulo desta monografia está dividido em subtítulos, sendo o primeiro sobre o

campo de realização da pesquisa, o segundo vem trazendo o referencial teórico e o terceiro

trás os resultados e discussões da pesquisa.

3.1 METODOLOGIA DA PESQUISA: OS CAMINHOS PERCORRIDOS

O desenvolvimento da pesquisa teve como embasamento teórico o enfoque filosófico

da investigação científica, a fenomenologia, visando compreender o funcionamento das

escolas e identificar os seus aspectos favoráveis e não-favoráveis a educação, ou seja, buscar a

essência dos fenômenos, do problema a ser diagnosticado. A pesquisa em questão foi

desenvolvida mediante um método estrutural-funcional, buscando conhecer a realidade

educacional verificando vários aspectos inerentes ao processo educacional, como os métodos

desenvolvidos na educação especial.

Diante do exposto, a fenomenologia, para (TRIVIÑOS, 2006, p.41-43) é a

representação de uma tendência dentro do idealismo filosófico que estuda as essências

classificadas em essência da percepção e da consciência. É também, “[...] uma filosofia que

substitui as essências na existência e não pensa que se possa compreender o homem e o

mundo de outra forma senão a partir de sua “facticidade”.

As atividades iniciaram-se com estudos teóricos sobre a educação especial, servindo

de orientação para uma prática efetiva, pois segundo Minayo (1994, p.19) “a teoria é um

conhecimento de que nos servimos no processo de investigação como um sistema organizado

de proposições, que orientam a obtenção de dados e a análise dos mesmos, e de conceitos, que

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vinculam seu sentido”. Os sujeitos da pesquisa foram: a gestora da escola, 8 (oito) professores,

secretário, funcionários e alunos.

Iniciamos a pesquisa com os seguintes procedimentos: primeiramente a pesquisa

bibliográfica, e logo após aplicaram-se as seguintes técnicas de coleta de dados: observação

não-participante nas salas de aula regular e de recursos, análise documental, de acordo com

Ludke e André (1986, p.38) “a análise documental busca identificar informações factuais nos

documentos a partir de questões, ou hipóteses”. Esta técnica serviu prioritariamente para

ratificar a proposta curricular onde tivemos como parte integrante o ensino oferecido na

escola e como o ensino vem sendo organizado. Verificou-se como funcionam os projetos

desenvolvidos pela escola, em relação ao assunto exposto. Para registros foi utilizado o

caderno de campo, as informações também foram coletadas em entrevista semi-estruturada

com professores, funcionários, gestor. Este tipo de entrevista foi a mais propícia, pois esta

permitiu uma flexibilidade e improvisações, no entanto, para sua aplicação se elaborou um

questionário com questões básicas que direcionou a entrevista. Conforme Lakatos e Marconi

(2000) este tipo de entrevista é “aquela que parte de certos questionários, apoiados em teorias

e hipóteses que interessa a pesquisa e que em seguida oferecem um amplo campo de

informações ao entrevistado”. A entrevista é um dos principais instrumentos de coleta de

dados que o pesquisador tem a sua disposição.

3.1.1 Campo da Pesquisa

A pesquisa em questão foi desenvolvida em uma escola no Município de São Paulo

de Olivença, a escolha aconteceu devido à incitação de que cada aluno poderia fazê-la em sua

cidade de origem, visto que o Instituto de Natureza e Cultura recebe acadêmicos de diversas

regiões, principalmente do Alto Solimões.

Para a iniciação da pesquisa, precisamente do lugar onde seria realizada, foi que nos

dias 18 a 20 de junho do ano de 2007 fomos juntamente com a professora da disciplina

Prática da Pesquisa Pedagógica I, conhecer o campo educacional de São Paulo de Olivença,

tanto a área urbana quanto rural (ribeirinha), vendo a realidade de cada escola nos chamou a

atenção os alunos especiais da comunidade paulivense.

A Escola Estadual Centro Educacional Domênico Marzi, situa-se na Rua 31 de maio,

no bairro de Campinas no Município de São Paulo de Olivença/AM, seu nome foi em

homenagem ao Dom Adalberto Domênico Marzi que nasceu em Spello/Itália na Colônia Júlia

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no dia 12/04/1922, em 1954 chegou ao Amazonas, sendo que em 1957 foi nomeado Pároco

de São Paulo de Olivença, realizando grande parte do seu Sacerdócio e Episcopal, em 2001

sofreu de insuficiência respiratória, pneumonia indo a óbito no dia 18 de setembro de 2001 na

capital do estado do Amazonas.3

A escola foi construída na gestão municipal do Prefeito Excelentíssimo Sr. Sansão

Reinaldo Castelo Branco, sua inauguração aconteceu no dia 21/08/1994 com recursos do

município, através de uma doação ao patrimônio estadual do Amazonas, teve seu Amparo

Legal pelo Decreto de nº 16.596 de 07 de julho de 1995 atendendo a demanda de Educação

Infantil, Jardim I e II e Alfabetização. Somente em 1996 passa a atender o Ensino

Fundamental, seu funcionamento é nos três turnos: matutino, vespertino e noturno, atualmente

atende o Ensino Fundamental de 1ª a 4ª Série (08 anos), Educação de Jovens e Adultos – EJA

e o Ciclo Básico do Ensino Fundamental – CIBEF (09 anos). Em 2005 através de recursos de

eventos e promoções a escola construiu uma sala de aula para funcionar como sala de jogos,

mas hoje funciona como sala de recursos multifuncionais, atendendo alunos com necessidades

educacionais especiais.4

A escola tem sua estrutura física em alvenaria, com 01 (um) secretaria, 01 (um)

Diretoria, 01 (um) sala dos professores, 01 (um) cozinha, 10 (dez) salas de aula, 01 (um) sala

de recursos multifuncionais, 06 (seis) sanitários, 02 (dois) banheiros, 02 (dois) corredores, 01

(um) pátio interno em aberto. Tendo como Gestora até aos dias de hoje a professora Florisbela

da Silva Cardoso.

A pesquisa foi executada na Escola Estadual Centro Educacional Domênico Marzi-

EECEDM entre dois períodos: no período de 26 de maio a 03 de junho do ano de 2008 e no

período de 28 de maio a 03 de junho de 2009. Os itens a seguir vão enfatizar os resultados da

pesquisa.

3.2 REFERENCIAL TEÓRICO

Atualmente, no campo educacional muito se tem falado em escolas inclusivas. Nessas

escolas, crianças com necessidades especiais e não especiais aprendem de forma recíproca, ou

seja, as crianças não especiais aprendem a ter uma visão de reconhecimento e valorização das

diferenças, e a criança especial aprende a lidar e a conviver com a deficiência em um novo

3 Dados colhidos da secretaria da escola pesquisada durante a análise documental, sendo os dados parte do

histórico da escola. 4 Idem, ibidem.

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ambiente social, fora do ambiente familiar, o qual ela está acostumada. Esse novo convívio

traz benefícios para sua vida pessoal, social e projeta desafios para o futuro, tendo a escola

como um dos principais meios “adequados” para o desenvolvimento da sociedade inclusiva.

3.2.1 Um Breve Histórico da Educação Especial

Ao nos reportarmos sobre tal paradigma, podemos frisar que na antiguidade a

história da educação especial, não foi tão aceita como nos dias atuais, ou seja, muitos

sofrimentos e preconceitos se sucederam para que hoje houvesse “tal aceitação”. Miranda

(2003), relata que:

[...]. Desde a Antiguidade, com a eliminação física ou abandono, passando pela

prática caritativa da Idade Média, o que era uma forma de exclusão, ou na Idade

Moderna, em que o Humanismo, ao exaltar o valor do homem, tinha uma visão,

patológica da pessoa que apresentava deficiência, o que trazia como conseqüência

sua separação e menosprezo da sociedade, [...] a maneira pela qual as diversas

formações sociais lidaram com a pessoa que apresentava deficiência reflete a

estrutura econômica, social e política do momento (p.1).

Mesmo que a maior parte da população dos Estados Unidos tenha como verdade que

a Educação Especial surgiu em seu país, em meados dos anos de 1975, com a efetivação da

Lei Nacional, hoje mudada para (PL 101-476, Individuals with Disabilities Education Act –

IDEA – Educação dos Indivíduos Portadores de Deficiências), Smith (2008, p. 36), a

Educação Especial teve sua origem há mais de 200 anos. Jean-Marc-Gaspard Itard é

considerado o pai da Educação Especial, este era um médico especialista, que tratava de

crianças surdas em Paris, Itard ficou reconhecido na História da Educação Especial, pelos

cuidados prestados a um menino selvagem nos anos de 1799 a qual o nomeou de Victor, o

médico o dirigia como “O menino selvagem de Aveyron”, tal história foi relatada por Itard

através de um relatório minucioso sobre suas “técnicas e filosofias”. Itard achou que havia

falhado com o Menino Selvagem.

As medidas de sucesso são subjetivas. Atualmente, nós daríamos créditos a Itard

pelos ganhos notórios com Victor. O garoto aprendeu muitas habilidades básicas na

vida, mas nunca se tornou “normal”. Victor foi incapaz de desenvolver a linguagem

oral além de poucas palavras e não aprendeu todas as formas de comportamentos

socialmente aceitáveis (SMITH, 2008, p. 32).

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Um dos alunos de Itard por nome de Edouard Seguin levou suas técnicas e filosofias

para os Estados Unidos, foi Seguin quem publicou o primeiro tratado sobre Educação

Especial, em 1846 intitulado “The Moral Treatment, Hygiene, and Education of Idiots and

Backward Children” (SMITH, 2008, p. 32).

Montessori (1870-1952), também teve sua parcela de colaboraçao para a Educaçao

Especial, com seus trabalhos desenvolvidos com crianças que apresentavam deficiências

cognitivas, a médica italiana provou através das experiências concretas com materiais

manipuláveis que as crianças eram capazes de aprender, através desse ambiente rico.

Pensar a História da Educação Especial no Brasil é voltar-se para duas instituições

que foram o marco principal: o “Instituto dos Meninos Cegos”, atualmente conhecido como

“Instituto Benjamin Constant” em 1854, e o “Instituto dos Surdos-Mudos” atualmente

denominado como “Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES)” em 1857, ambos na

cidade do Rio de Janeiro, por implantação do Governo Imperial. (MIRANDA apud,

JANNUZZI, 1992; BUENO, 1993; MAZZOTA, 1996). Com essa iniciativa, surgiram assim,

outras instituições para esse fim, chegando então a tão esperada educação inclusiva na rede

regular de ensino.

Na primeira metade do século XX, portanto, até 1950, havia quarenta

estabelecimentos de ensino regular mantidos pelo poder público, sendo um federal e

os demais estaduais, que prestavam algum tipo de atendimento escolar especial a

deficientes mentais. Ainda, catorze estabelecimentos de ensino regular, dos quais

um federal, nove estaduais e quatro particulares, atendiam também alunos com

outras deficiências5.

A Educação Especial se estabeleceu no Brasil, e através dela surgiram várias

instituições especializadas, dentre as mais conhecidas até aos dias de hoje estao:

A Associação de Assistência à Criança Defeituosa – AACD, fundada em 14 de

setembro de 1950, tendo como seu primeiro presidente e diretor clínico o médico Renato da

Costa Bonfim, a qual cumpriu suas funções, deixando o cargo pela sua falência em 10 de

junho de 1976. A AACD mantém um dos mais importantes centros de reabilitação do Brasil.

O Instituto Pestalozzi teve seu marco no Brasil nos anos de 1926 tento como seus

precursores os professores Tiago e Johanna Würth, na cidade de Porto Alegre no Estado do

Rio Grande do Sul. O Instituto tem seu funcionamento em “internato, semi-internato e

externato, atendendo parte de seus alunos mediante convênios com instituições públicas

5 MAZZOTA, Marcos José Silveira. Educação Especial no Brasil: História e políticas públicas. 5. ed. São Paulo:

Cortez, 2005. p. 31

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estaduais e federais.”.6. No ano de 1932 foi fundado a Pestalozzi de Belo Horizonte, através

da psicóloga e educadora Helena Antipoff. Nasceu em Grodno, na Rússia (1892-1974),

Antipoff foi seguidora de Claparéde e Pestalozzi e contribuiu para que a Educação Especial

no Brasil ganhasse mais força. A Pestalozzi se expandiu por outros estados, como Rio de

Janeiro, São Paulo.

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE foi fundada no Estado do

Rio de janeiro em 11 de dezembro de 1954, os pais de excepcionais passavam a fazer parte

desta associação e o elo foi crescendo e fortalecendo tal instituição.

A criação da APAE-Rio foi seguida da fundação de várias APAEs: Volta Redonda

(1956), São Lourenço, Goiânia, Niterói, Jundiaí, João Pessoa e Caxias do Sul (1957),

Natal (1959), Muriaé (1960), São Paulo (1961), contando hoje com uma importante

Federação Nacional das APAEs, com mais de mil entidades associadas.7

A Educação Especial passou por uma valorização a partir da renovação do ensino o

movimento Escola Nova, ou escolanovismo em 1932. “O escolanovismo acredita que a

educação é o exclusivo elemento verdadeiramente eficaz para a construção de uma sociedade

democrática, que leva em consideração as diversidades, respeitando a individualidade do

sujeito, aptos a refletir sobre a sociedade e capaz de inserir-se nessa sociedade.” 8

O grande referencial para o movimento escolanovismo na América foi o então,

filósofo e pedagogo John Dewey, para o filosofo americano a “educação é uma necessidade

social”, sendo que a “escola não pode ser uma preparação para a vida, mas sim, a própria

vida.” 9

[...] a educação tem como eixo norteador a vida-experiência e aprendizagem,

fazendo com que a função da escola seja a de propiciar uma reconstrução

permanente da experiência e da aprendizagem dentro da vida. Então, para ele, a

educação teria uma função democratizadora de igualar as oportunidades. De acordo

com o ideário da escola nova, quando falamos de direitos iguais perante a lei,

devemos estar aludindo a direitos de oportunidades iguais perante a lei.10

6 MAZZOTA, Marcos José Silveira. Educação Especial no Brasil: História e políticas públicas. 5. ed. São

Paulo: Cortez, 2005. p. 42 7 Idem, p. 47

8 HAMZE, Amélia. Escola Nova e o movimento de renovação do Ensino. Disponível em: http://

www.educador.brasilescola.com

9 HAMZE, Amélia. Escola Nova e o movimento de renovação do Ensino. Disponível em: http://

www.educador.brasilescola.com 10

Idem

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3.2.2 Os Marcos Legais da Inclusão no Brasil

A Constituição Federal de 1988, enquanto ordenamento jurídico maior no Art. 205

diz: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e

incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,

seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Em complementaridade o Art. 208, inciso III define que “[...] atendimento

educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de

ensino”.

Os artigos 205 e 208 asseguram que a educação é um direito de todos, da mesma

forma, a escola, a família e a sociedade na sua totalidade, têm por obrigação incluir as

crianças especiais no âmbito escolar, e com prioridade nas salas de aula das escolas da “rede

regular de ensino”.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96, dispõe sobre a

Educação Básica Brasileira, precisamente nos capítulos 58, 59 e 60 define e ampara a

educação especial como modalidade de educação escolar que deve ser oferecida

preferencialmente na rede regular de ensino, para pessoas que apresentam necessidades

educacionais especiais, e quando preciso, haverá “serviços de apoio especializado, na escola

regular”, tendo como objetivo o atendimento das necessidades dos educandos da Educação

Especial.

A educação inclusiva vai muito além da simples aceitação da matrícula de um

educando com necessidades especiais na escola regular. Dessa forma, o sentido de educação

passa a ser mais abrangente, não apenas ensino, logo então nos remete a pensar também o

sentido de inclusão, firmando fundamentalmente nos princípios e valores que cada indivíduo

vem construindo com muito esforço, esforço esse que cresce a cada dia o respeito à

diversidade. Quando todos estiverem usufruindo dessa valorização, bem como do acesso aos

direitos básicos e fundamentais da vida, podemos dizer em um único tom, que a educação

inclusiva não é apenas um ideal, mas sim uma realidade.

Em sentido mais amplo a ancora da inclusão esta assegurada no novo paradigma da

inclusão, a não aceitação da exclusão. O marco da inclusão, em termos educacionais acontece

sua construção na família, na comunidade a qual a pessoa especial é pertencente, nas

instituições educacionais e, mormente, na escola que tem sua parcela de colaboração na

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construção de uma educação formadora dos valores de justiça, igualdade e fraternidade,

fazendo valer, os direitos constitucionais brasileiros.

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva

enfatiza em seu conteúdo o marco histórico e normativo, tendo como principal objetivo

assegurar o direito das pessoas com necessidades especiais a ocupar o seu lugar na escola e na

sociedade, que por anos o segregou. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva

da Educação Inclusiva – 2008 cita neste, documentos que o Brasil foi signatário como a

“Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994)

estes passam a impulsionar o Brasil a formular suas políticas públicas na educação inclusivas.

O Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/90 deixa bem claro em seu

Art. 55 à obrigatoriedade dos pais ou responsáveis em matricular seus filhos na rede regular

de ensino, bem como reforçar o que esta supracitado na constituinte brasileira, sobre os

direitos de pessoas com necessidades especiais.

O Plano Nacional de educação (PNE), Lei nº 10.172/2001, surgiu com o objetivo de

traçar objetivos e metas a serem efetivadas no período de uma década, para melhoria na

qualidade da educação brasileira, nestas metas encontra-se as metas para as modalidades de

ensino, fazendo parte delas a Educação Especial que deve ser oferecida em todos os níveis de

ensino básico, mostra também a lacuna que deve ser preenchida concernente as matrículas de

alunos com necessidades especiais nas salas de ensino regular, formação docente, bem como a

eliminação das barreiras arquitetônicas. O PNE faz uma reafirmação do que esta em nossa

Constituição Federal/88 e na LDBEN, que a “Educação Especial deve ser oferecida

preferencialmente no Ensino Regular”.

A Resolução Conselho Nacional de Educação CNE/CP nº 1/2002 estabelece a

Formação de Professores da Educação Básica, que o Ensino Superior através de suas

instituições defina em seus currículos formação docente com o foco voltado também para a

diversidade, e que as práticas pedagógicas dos docentes sejam adequadas às diferenças.

O Ministério da Educação cria em (2003) o Programa Educação Inclusiva: direito à

diversidade “visando transformar os sistemas de ensino em sistemas educacionais inclusivos”,

em 2004 o Ministério Público Federal divulga o documento “O Acesso de Alunos com

Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede regular” com o escopo de “disseminar os

conceitos e diretrizes mundiais para a inclusão, reafirmando o direito e os benefícios da

escolarização de alunos com e sem deficiência nas turmas comuns do ensino regular”.

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3.2.3 Educação Inclusiva versus Educação Especial

Voltando o olhar para uma escola inclusiva, verificaremos que esta apresenta como

características principais, o acolhimento, o respeito mútuo, o não preconceito, o

reconhecimento do outro enquanto ser humano que vive à base da interação, bem como a

valorização dos educandos com diferentes características seja ela física, mental, social,

cultural, política, religiosa, dentre outras, sendo que: “viver com as diferenças é o maior

privilégio da educação inclusiva” (MANTOAN, 2006). Diante destas perspectivas Mantoan

(apud Cavalcante 2005, p 40) diz que:

[...] A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela classe

social ou pela cor que, por direito, ocupem o seu espaço na sociedade. [...]. Você não

pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que ele é e o

que ele pode ser. [...]. Diferentemente do que muitos possam pensar, inclusão é mais

do que ter rampas e banheiros adaptados.

A escola inclusiva está alicerçada sob o princípio da educação no qual todos os

cidadãos têm direito a uma escola pública e de qualidade, em todos os níveis de ensino como:

Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Superior.

Quando se fala em educação especial a sociedade se volta para um sistema de ensino

separado. Nas últimas décadas esse tipo de atendimento tem sofrido muitas críticas, uma vez

que vários educadores em congressos e conferências internacionais, têm defendido que esses

educandos tem condições para frequentar a rede regular de ensino, ou seja devem ser

incluidos. Por isso, atualmente a inclusão está amparada por leis. Mas sabe-se que o sistema

regular de ensino não está preparado e nem adaptado estruturalmente como pedagogicamente,

mas esperar que isso aconteça primeiro é impossível, pois as mudanças ocorrerão com esses

alunos freqüentando tais escolas regulares. Segundo Paulon; Freitas; Pinho (2005, P.32-3) diz

que:

É comum responsabilizar a escola de ensino regular por não saber trabalhar com as

diferenças e excluir seus alunos e a escola especial por se colocar de forma

segregada e discriminatória. A implementação da educação inclusiva requer a

superação desta dicotomia eliminando a distância entre o ensino regular e o especial,

que numa perspectiva inclusiva significa efetivar o direito de todos os alunos à

escolarização nas escolas comuns do ensino regular e organizar a educação especial,

enquanto uma proposta pedagógica que disponibiliza recursos, serviços e realiza o

atendimento educacional especializado, na propria escola ou nas escolas especiais,

que se transformam em centros especializados do sistema educacional, atuando

como suporte ao processo de escolarização.

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Mesmo com todo esse avanço seja na área dos conceitos ou nos aportes legais,

quando falamos de “educação especial” logo nos reportamos a um ensino especializado, e

exclusivo não dando espaço para a igualdade que todos têm por direito, e o melhor lugar para

que essa utopia se torne realidade é trazer a “educação especial” para o ensino regular, uma

vez que o educando irá se relacionar com a diversidade seja ela: física, mental, etc, ou até

mesmo cultural, social, política, religiosa.

Segundo Paulon; Freitas; Pinho (2005, P.19), percebe-se que, esta definição permite

desvincular “educação especial” de “escola especial”, a educação especial passa a ser tomada

como um recurso que beneficia a todos os educandos.

Ao repensar sobre o processo de inclusão das pessoas com necessidades especiais no

ensino regular, cabe a nós educadores e a escola, ou seja, o corpo docente e administrativo

revermos as práticas pedagógicas ministradas por cada um na escola inclusiva uma vez que, a

escola deverá estar em consonância com as diretrizes curriculares oferecidas as escolas

inclusivas, e que as metodologias aplicadas nas salas de aulas do ensino regular deverá

atender as necessidades de cada educando.

[...] Não há dúvida de que incluir pessoas com necessidades educacionais especiais

na escola regular pressupõe uma grande reforma no sistema educacional que implica

na flexibilização ou adequação do currículo, com modificação das formas de ensinar,

avaliar, trabalhar com grupos em sala de aula e a criação de estruturas físicas

facilitadoras do ingresso e circulação de todas as pessoas.” (PAULON; FREITAS;

PINHO.2005, P.27)

Como frisado acima, a Escola Inclusiva propõe ao educando com necessidades

educacionais especiais que tenha a possibilidade de pensar, de ser e de fazer, resignificando

sua identidade através do convívio na diversidade, sendo envolvido nas relações sociais, desta

forma poderá concretizar sua identidade de maneira positiva. Essas relações dependem das

mediações de professores, pais e até dos próprios grupos de alunados.

A inclusão vai além da reestruturação física da escola, é pensar também no projeto

pedagógico da escola, um projeto que venha valorizar a cultura, e as diferenças de cada

educando, e se for preciso, rever as práticas pedagógicas para que cada aluno tenha um

ensino-aprendizado com resultados satisfatórios.

Em se tratando de preconceito para com essas crianças, percebe-se que na maioria

das vezes a própria família não sabe lidar com essa situação, o novo às vezes traz duvidas de

como conduzir cada situação. As deficiências necessitam de cuidados a mais, atenção e

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dedicação. Então, tanto a família quanto a escola são responsáveis pela inclusão dessa pessoa

na sociedade. Segundo Stainback (apud Freitas 2006, p. 84) diz que:

Sem dúvida, a razão mais importante para o ensino inclusivo é o valor social da

igualdade. Ensinamos os alunos através do exemplo de que, apesar das diferenças,

todos nós temos direitos iguais. Em contraste com as experiências passadas de

segregação, a inclusão reforça a prática da idéia de que as diferenças são aceitas e

respeitadas. Devido ao fato de que as nossas sociedades estarem em uma fase crítica

de evolução, do âmbito industrial para o informacional e do âmbito nacional para o

internacional, é importante evitarmos os erros do passado. Precisamos de escolas

que promovam aceitação social ampla, paz e cooperação.

Sabe-se que uma escola inclusiva, tem a responsabilidade junto com seu corpo

escolar no ensino aprendizagem de todos os alunos, que no seu sentido mais amplo, são

heterogêneos. Contudo, não se pode esquecer um fator que contribui e muito para esse

resultado: a metodologia de ensino que está sendo usada nas salas de aulas, devendo atingir a

todos.

3.2.4 Salas de Ensino Regular x Sala de Recursos

A Educação Especial, sendo uma modalidade da educação escolar, se torna a

responsável pelo atendimento educacional especializado, oferecendo suporte e recursos para

que todos os alunos com necessidades educacionais especiais possam vencer os obstáculos

encontrados, para que o processo de ensino e aprendizagem venha acontecer de forma

satisfatória.

Por isso não é recomendável que uma criança com necessidades especiais, seja

colocada dentro de uma sala de ensino regular, sem a preocupação no atendimento de suas

necessidades especiais, então faz- se necessário à implantação de salas de recursos, a qual

trabalhará as dificuldades de ensino aprendizagem encontrada nas salas de ensino regular.

É um direito do educando especial, esse apoio pedagógico especializado bem como

os recursos materiais e pedagógicos que facilitam o processo de ensino- aprendizagem,

estando explícito na proposta curricular. Na concepção de Mantoan (2007, p.48),

As propostas curriculares devem reconhecer e valorizar os alunos em suas

peculiaridades étnicas, de gênero, cultura; precisam partir de suas realidades de vida,

de suas experiências, de seus saberes, fazeres e são tramadas em redes de

conhecimento que superam a tão decantada sistematização do saber.

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Sabe-se que a escola inclusiva tem por dever promover ações que venham trabalhar

às necessidades educacionais especiais de sua classe de alunados, bem como levar em

consideração as complexidades e as variedades de estilo existentes entre os alunos. Para que

isso venha ser efetuado é necessária à quebra dos paradigmas educacionais tradicionais, ainda

impregnados em nossas instituições de ensino, e estes não terão mais lugar dentro da proposta

de inclusão. Para que a mudança ocorra, é necessário mexer nos currículos educacionais, nas

propostas e projetos pedagógicos das escolas, tornando todos estes flexíveis, tornando as

estratégias metodológicas cada vez mais eficientes.

Em se tratando deste suporte podemos nos reportar a sala de recursos multifuncionais,

esta têm como escopo o atendimento educacional especializado para todos os alunos com

necessidades educacionais especiais, estes alunos têm por direito participar e se sentir

integrante da vida escolar.

Essa sala de recursos multifuncionais está vinculada a um novo fazer pedagógico

pela busca da construção de conhecimentos. Esse novo serviço dentro do âmbito educacional

tem suas atividades realizadas em sala com materiais e recursos pedagógicos necessários para

o bom desenvolvimento e superação destas necessidades, podendo ser oferecido

individualmente ou em grupos pequenos, sempre no contra turno das matrículas do ensino

regular. Segundo Alves (2006), as salas de recursos multifuncionais,

[...] se refere ao entendimento de que esse espaço pode ser utilizado para o

atendimento das diversas necessidades educacionais especiais e para

desenvolvimento das diferentes complementações ou suplementações curriculares.

Uma sala de recursos, organizada com diferentes equipamentos e materiais, pode

atender, conforme cronograma e horários, alunos com deficiência, altas

habilidades/superdotação, dislexia, hiperatividade, déficit de atenção ou outras

necessidades educacionais especiais. [...] Portanto, essa sala de recursos é

multifuncional em virtude de a sua constituição ser flexível para promover os

diversos tipos de acessibilidade ao currículo, de acordo com as necessidades de cada

contexto educacional (p.14).

No processo de inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais faz-se

necessário a implantação de sala de recursos multifuncionais nas escolas. O ideal é que este

espaço para o atendimento educacional especializado exista em cada escola, mas caso não

seja possível, as existentes deve suprir as necessidades dos alunos especiais dentro de sua

comunidade.

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3.3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Sabe-se que pensar em escola inclusiva nos remete a um esforço redobrado, esta

requer mais responsabilidade, compromisso e dedicação. Faz-nos refletir da importância que a

Educação Especial tem e que esta visa atender educandos com necessidades educacionais

especiais. Outra questão importante na Educação especial e desenvolver habilidades que estão

adormecidas, requerendo assim, conhecimento e dedicação. Pensando na educação especial,

não podemos classificar como sendo apenas as deficiências físicas, visuais, auditivas,

intelectuais e múltiplas, mas também os transtornos de desenvolvimento globais, altas

habilidades, deficiência mental, deficiências múltiplas, distúrbios da aprendizagem, dentre

outros.

A capacitação docente vem dar suporte para uma educação de qualidade e, mormente

na área de educação especial, o processo de inclusão refere-se também na parte curricular de

ensino, exigindo mudanças na proposta e projeto pedagógico da escola. Os docentes das salas

regulares e recursos devem trabalhar de forma imbricada, ou seja, coletiva, pois o ensino e

aprendizagem dependem também dessa relação. Mas o atendimento educacional

especiliazado (Sala de Recursos) não pode ser confundido como uma atividade repetitiva dos

conteúdos ministrados na sala regular, ou seja, como uma sala de reforço, pois esta é

mediadora do processo de construção do conhecimento. As duas classes, regular e recursos

devem adequar seus materiais didáticos pedagógicos para que venham atender todas as

necessidades dos alunos.

A forma como se ensina, dentro do processo inclusivo é um referencial, uma vez que,

trabalhar as diferenças é pensar dentro da diversidade escolar e esta nos remete ao seguinte

pensamento: que todos nós somos iguais, todos temos os mesmos direitos bem como deveres,

temos que ter as mesmas oportunidades de viver de forma digna, e, isso não faz com que

venhamos ignorar as diferenças existentes, muito pelo contrário, vem de encontro com a

aceitação de que o outro é diferente, sem a segregação ou preconceito dessa diferença, é

dentro do âmbito escolar que a conscientização da aceitação do outro deve ser ensinada.

A aplicação de uma pesquisa requer muita atenção uma vez que o pesquisador

necessita coletar todos os dados necessários para obter os resultados desejados. E sendo assim,

realizou-se a coleta e a apresentam-se os resultados que foram organizados conforme os

conteúdos relacionados ao problema.

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3.3.1 Os Desafios do Educador do Ensino Regular com a Educação

Inclusiva

Os desafios encontrados são quase os mesmos, os professores relataram que um dos

desafios é a despreparação para enfrentarem o novo, diante da falta de conhecimento a

educação especial passa a ser uma modalidade que precisa ser explorada, e que oportunidade

para tal conhecimento, não acontece para todos, que os treinamentos que são oferecido não

corresponde com a demanda de professores existente na escola.

Educadores devem trabalhar com compromisso e responsabilidade, em se tratando,

mormente, da educação inclusiva esse compromisso tem que acontecer de forma responsável.

Na pesquisa foi constatado que de 08 professores, ainda há um que não tem interesse em

trabalhar com a educação inclusiva, uma vez que requer disponibilidade de tempo e pesquisa,

pois os recursos oferecidos ainda são poucos, em se tratando desse professor, ele relatou que

não gosta e não tem interesse em trabalhar com a educação especial.

A Educação inclusiva melhora a qualidade do ensino para todos, atua como

impulsionadora das mudanças nas práticas educacionais nas escolas, desafiando os

professores a desenvolverem novas metodologias para a participação ativa que

beneficie todos os alunos. Além das competências de que os professores necessitam

para proporcionar uma educação de qualidade para todos, muitas vezes, são

necessárias ajudas técnicas ou equipamentos específicos para atender às

necessidades educacionais especiais, bem como a atuação conjunta de outros

profissionais na promoção da acessibilidade(ALVES, 2006, p. 10).

A pesquisa foi desenvolvida em dois momentos, neste último momento da pesquisa,

notou-se que nas duas salas observadas, sendo uma no turno matutino e a outra no vespertino

as professoras se empenham para incluir todos os alunos nas atividades escolares, é um pouco

difícil, pois elas alegaram também não ter o conhecimento e experiências que deveriam.

Outro desafio encontrado foi à qualificação docente, que os órgãos competentes

responsáveis pela qualidade da educação deveriam oferecer cursos de formação continuada

aos professores das escolas públicas. Daí a importância do sistema educacional de ensino

público oferecer com mais intensidade a “formação continuada” aos professores, pois eles

alegam a necessidade e a importância da capacitação para a escola inclusiva.

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A tarefa do professor no dia-a-dia de sala de aula é extremamente complexa,

exigindo decisões imediatas e ações, muitas vezes, imprevisíveis. Nem sempre há

tempo para distanciamento e para uma atitude analítica como na atividade de

pesquisa. [...] É extremamente importante que ele aprenda a observar, a formular

questões e hipótese e a selecionar instrumentos e dados que o ajudem a elucidar seus

problemas e a encontrar caminhos alternativos na sua prática docente. E nesse

particular os cursos de formação têm importante papel: o de desenvolver, com os

professores, essa atitude vigilante e indagativa, que os leve a tomar decisões sobre o

que fazer e como fazer nas suas situações de ensino, marcadas pela urgência e pela

incerteza. (ANDRÉ, 2001, p. 59)

Pensar na formação continuada dos docentes nos leva a refletir sobre a importância

que esta tem, em se tratando da “Educação Especial” uma vez que essa exige preparação

metodológica e pedagógica. Os professores necessitam cada vez mais dessa preparação, em

cada um deles foi percebido que o assunto é desconhecido, novo. Freire (1996, p. 39) “[...] na

formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a

prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a

próxima prática.”

Os professores das salas de ensino regular são os que mais sentem dificuldades em

trabalhar em sala de aula, uma vez que o número de alunos tem uma quantidade elevada, isso

é outro desafio, a super lotação das salas. Não podemos apenas nos preocupar em colocar os

alunos especiais nas escolas regulares, sem pensar no desenvolvimento de suas habilidades,

para isso é necessário que se reduza a quantidade de alunos por sala.

O processo de inclusão, como frisa Mantoan, apud Cavalcante (2005, p. 40), não são

apenas adaptações de banheiros, rampas, etc há mais fatores envolvidos, um dos principais é a

formação desses professores para trabalhar a educação especial, na sala regular. Notou-se que

os professores observados sentem-se inseguros ao projeto de inclusão, não sabendo conduzir

totalmente essas situações nas diversas ocasiões, há dificuldades para trabalhar a interação dos

alunos, tanto os especiais e os não especiais, pois quando é dada atenção a um, percebe-se que

o outro fica de escanteio, é importante ressaltar que trabalhar com a língua de sinais é algo

que requer bastante capacitação e habilidade, e podemos dizer que professores estão em busca

de aprenderem a trabalhar com essa língua, buscando preparar seus próprios materiais

pedagógicos oferecidos a eles no momento.

Na sala de aula de uma professora, ela preparou cartazes com visibilidade razoável

contendo o alfabeto (datilologia) e a língua de sinais, para ela e para seus alunos não especiais

para que pudessem dialogar com os alunos especiais surdos, a professora observada é uma das

que consegue maiores resultados satisfatório com a comunicação dentro da sala, sendo que

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esta professora também tem dificuldades devido à quantidade de alunos na sala regular, sendo

necessário reduzir esse número para que todos tenham um ensino-aprendizagem com mais

qualidade.

No período final da pesquisa, em se tratando da formação continuada no dia 29

(sexta-feira) estava havendo um curso de Educação Física e Inclusão, oferecida pela SEDUC,

alguns professores reclamaram, o curso não era liberado para todos, havia poucas vagas.

3.3.2 Preparação do Professor da Sala de Recursos

Podemos dizer que a sala de recursos, tem mais organização no que tange a

quantidade de alunos, uma vez que são divididos horários, e em cada horário são atendidos

entre 3 (três) e 4 (quatro) alunos e somente fazem parte dessa sala alunos que se encontram

devidamente matriculados e freqüentando as aulas do ensino regular e que tenham algum tipo

de necessidade educacional especial, foi percebido que a professora também vai à busca de

preparar seus próprios materiais pedagógicos, observando as dificuldades peculiares de cada

aluno e no desenvolver das atividades ela busca trabalhar essas dificuldades de forma

dinâmica, cada aluno tem suas dificuldades na sua singularidade.

O professor da sala de recursos multifuncionais deverá ter curso de graduação, pós-

graduação e ou formação continuada que o habilite para atuar em áreas da educação

especial para o atendimento às necessidades educacionais especiais do aluno. A

formação docente, de acordo com sua área específica, deve desenvolver

conhecimentos acerca de: Comunicação Aumentativa e Alternativa, Sistema Braille,

Orientação e Mobilidade, Soroban, Ensino da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS,

Ensino de Língua Portuguesa para Surdos, Atividades de Vida Diária, Atividades

Cognitivas, Aprofundamentos e Enriquecimento Curricular, Estimulação Precoce,

entre outros. (ALVES, 2006, p. 17)

A professora de recursos é especialista em psicopedagogia o que de certa forma

ajuda na compreensão das necessidades dos educandos especiais, pois relacionar a psicologia

com a pedagogia ajuda nas soluções de problemas tanto pedagógico como psicológico.

Percebeu-se também que a professora trabalha com cada educando especial o

desenvolvimento psicomotor com exercícios que venham favorecer a realização das tarefas

escolares, para desenvolver os movimentos como por exemplo, a arte da colagem de figuras,

pinturas, circulações, recorte de papeis, etc.

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3.3.3 O Processo Ensino-aprendizagem na Escola Inclusiva

Observou-se que a relação professor/aluno acontece razoavelmente, na sala de ensino

regular a quantidade de alunos faz com que o próprio professor sinta dificuldades em interagir

com todos da sala em um mesmo momento, pois cada aluno precisa de um acompanhamento

diferenciado, uma das propostas da inclusão é trabalhar o processo de ensino-aprendizagem

valorizando a especificidade de cada educando, não perdendo o coletivo. Percebeu-se que

trabalhar o ensino-aprendizagem de cada educando na sala regular é dificultoso e, mormente

com os especiais que requer uma máxima atenção, estes recebem de forma mais lenta o que a

proposta curricular do ensino oferece ao alunado. Na sala do “Projeto Avançar”, fase I foi

observado que, a professora ao passar atividades para os alunos, os especiais sentiram

dificuldades em concluir suas atividades, é importante ressaltar que um colega ao terminar sua

atividade passou ajudar uma colega especial na realização da atividade, então há também uma

relação de cooperação de aluno para aluno.

Para ensinar a turma toda, parte-se do fato de que os alunos sempre sabem alguma

coisa, de que todo educando pode aprender, mas no tempo e do jeito que lhe é

próprio. Além do mais, é fundamental que o professor nutra uma elevada

expectativa em relação à capacidade de progredir dos alunos e que não desista nunca

de buscar meios para ajudá-los a vencer os obstáculos escolares (MANTOAN, 2006,

p. 48).

No turno vespertino, na sala regular a professora tinha 38 alunos, sendo sete com

necessidades educacionais especiais. Há dificuldade em trabalhar essa relação, muito parecido

com a observação do período anterior a superlotação é uma problemática que precisa ser

resolvida, para que a interação ocorra, e a aprendizagem seja satisfatória.

3.3.4 Métodos e Técnicas de Ensino Aplicado na Sala de Ensino Regular

Nas observações feitas, as professoras utilizaram em suas aulas cartazes para

desenvolverem suas explicações, em se tratando da leitura os textos propostos mostravam

figuras, a professora pedia para os alunos identificarem o que representava tal figura, e em sua

maioria acertavam. Após o reconhecimento, a professora juntamente com os alunos formavam

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frases sobre o jabuti. Foi observado um relato interessante: quando a professora perguntou

onde o jabuti vivia, um aluno com deficiência mental respondeu, na terra então a professora

explicou que os animais dessa espécie que tinha seu habitat na terra era o tracajá, tartaruga,

matamatá, cupeçú e cabeçudo muito parecido com o jabuti. Através dessa palavra jabuti a

professora ensinou as diversas letras para se escrever como a de imprensa, manuscrita;

quantas vogais e consoantes existiam na palavra, e pediu para eles identificá-las. Os alunos

sentem um pouco de dificuldade na leitura.

Outras técnicas utilizadas em uma das salas além da leitura, o ditado de palavras, os

alunos especiais com dificuldades de movimentos tinham dificuldades para escrever essas

palavras. Em outra sala, a professora trabalhou formação numérica e por escrito dos

algarismos romano, nesta sala tinha uma aluna com necessidades especiais auditiva, mas que

escrevia muito bem desde que a professora a acompanhasse com a língua de sinais. Nesta sala,

a professora confeccionou cartazes e expôs na parede para facilitar a comunicação com a

aluna, vários alunos ajudaram a aluna especial auditiva.

Diante destas descrições sobre a forma de como os professores estão desenvolvendo

suas aulas para que todos os alunos sejam beneficiados com a aprendizagem, é preciso que

alcance resultados satisfatórios, para isso é preciso saber que,

O sucesso da aprendizagem está em explorar talentos, atualiza possibilidades,

desenvolver predisposições naturais de cada aluno. As dificuldades e as limitações

são reconhecidas, mas não conduzem nem restringem o processo de ensino, como

comumente se deixa que aconteça (MANTOAN, 2006, p. 49).

Na observação feita no dia 28 de maio de 2009, na sala de aula do turno matutino, 3º

ano turma “B”, a professora estava trabalhando com exposições de trabalhos, ela pediu para

os alunos fazerem uma pesquisa sobre alguns tipos de brincadeiras que seus pais mais

gostavam de brincar quando crianças e explicar suas origens e objetivos e demonstrar como

ela é feita, apresentaram pata cega; pular corda; amarelinha; futebol; brincadeira de roda;

brincar de casinha; brincadeira com bonecas, uma brincadeira que chamou bastante a atenção

da professora foi um cartaz que um aluno apresentou na qual desenhou uma terra com

plantações e sol, dizendo que seu pai quando criança trabalhava na roça, falando das

dificuldades que seus pais passaram quando crianças, nem todos fizeram pesquisa a

professora chamou a atenção dos alunos que não levaram o trabalho, nesta sala havia 2 (dois)

alunos especiais e um deles levou a brincadeira de futebol, convidou alguns coleguinhas para

simular. Nesta mesma sala nas observações anteriores a professora estava trabalhando com a

Língua portuguesa, em uma das aulas ela corrigiu a prova do 3º simulado de língua

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portuguesa e de matemática. Na aula de Ciências Naturais a professora trabalhou “As plantas”,

levando para a sala de aula uma muda de cupuaçu, explicando como as plantas se

desenvolvem após o texto escrito no quadro a professora passou uma atividade.

Na sala do Projeto Avançar, turma única, fase I turno vespertino a professora estava

fazendo suas atividades na disciplina de Língua Portuguesa, trabalhando com as letras b, c, d

na formação de palavras nesta sala há defasagem de idade-série, e tem sete alunos com

necessidades educacionais especiais, no primeiro dia de observação dia 28 de maio de 2009, a

professora tomou a leitura dos alunos, estava chovendo muito e poucos alunos se fizeram

presentes, após a leitura a professora fez uma atividade envolvendo as letras c e d, e um ditado

de palavras. Na aula seguinte, a professora com uma quantidade maior de aluno com 15

(quinze) alunos deu prosseguimento no assunto que estava ministrando naquela semana, a

formação de palavras com as letras B, C, D e F.

Independentemente das diferenças próprias de cada aluno, o grande desafio é passar

de um ensino transmissivo para uma pedagogia ativa, dialógica e interativa, que se

contrapõe a toda e qualquer visão unidirecional, de transferência unitária,

individualizada e hierárquica do saber (FÁVERO; PANTOJA; MANTOAN, 2007, p.

55).

Percebeu-se que os métodos de ensino na escola precisam passar por modificações,

uma vez que eles ainda estão no modelo tradicional e não inclusivo, uma vez que atingir a

todos não significa fazer atividade que aparentemente esteja envolvendo a todos, mas sim

atividades que possam dinamizar o ensino, em que cada aluno realmente venha a aprender, a

escola tem esse papel, ensinar cada aluno.

Escola abertas às diferenças e capazes de ensinar a turma toda demandam uma re-

significação e uma reorganização completa dos processos de ensino e de

aprendizagem usuais, pois não se pode encaixar um projeto novo em uma velha

matriz de concepção do ensino escolar (FÁVERO; PANTOJA; MANTOAN, 2007,

p. 50).

Para ensinar a turma toda, devemos propor atividades abertas e diversificadas, isto é,

que possam ser abordadas por diferentes níveis de compreensão, de conhecimento e

de desempenho dos alunos e em que não se destaquem os que sabem mais ou os que

sabem menos. As atividades são exploradas, segundo as possibilidades e interesses

dos alunos, após serem livremente escolhidas por eles (FÁVERO; PANTOJA;

MANTOAN, 2007, p. 53).

A escola é quem tem que passar por inovações, sejam elas pedagógicas ou não,

muitas vezes passam a idéia de que são os alunos que devem se adequar ao ensino oferecido,

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sendo que uma escola inclusiva, pensa na forma de como chegar aos alunos, consciente de

que sempre terá que passar por mudanças.

3.3.5 Métodos e Técnicas de Ensino Aplicado na Sala de Recursos

Diante das leituras feitas, existem muitos métodos e técnicas para estimular e

desenvolver as habilidades dos alunos com necessidades especiais, esses recursos, uma vez

utilizados implicam no despertar das potencialidades dos alunos, para isso é preciso que o

responsável pela sala de recursos tenha conhecimento do assunto. Normalmente as crianças

com necessidades especiais têm dificuldades na comunicação oral, para tal solução existe a

comunicação alternativa, sendo que em Educação Especial o termo refere-se,

[...] a expressão comunicação alternativa e / ou suplementar vem sendo utilizada

para designar um conjunto de procedimentos técnicos e metodológicos direcionado a

pessoas acometidas por alguma doença, deficiência, ou alguma outra situação

momentânea que impede a comunicação com as demais pessoas por meio dos

recursos usualmente utilizados, mais especificamente a fala (MANZINI;

DELIBERATO, 2006, p. 4).

Dentre esses recursos podemos citar: Caderno de comunicação, contendo figuras

correspondentes aos substantivos, adjetivos, verbos e etc.; prancha temática, utilizadas para

fixar figuras correspondentes a um eixo temático; pasta frasal constrói uma comunicação por

meios de frases: computadores com adaptações, estando de acordo com cada necessidade,

dentre outros. Para utilização destes recursos é importante que as pessoas com necessidades

educativas especiais- PNEEs sejam diagnosticados por profissionais da saúde para que os

mesmos estejam aptos a utilizar tais recursos.

Na sala de recursos a diversos recursos a serem utilizados, como os específicos que

são: o reglete, punção, soroban, guia de assinatura, material para desenho adaptado, lupa

manual, calculadora sonora, caderno de pauta ampliada, caneta ponta porosa, engrossadores

de lápis e pincéis, suporte para livro (plano inclinado), tesoura adaptada, softwares,

brinquedos e miniaturas para o desenvolvimento da linguagem, bem como mobiliários

adaptados, jogos pedagógicos adaptados, etc. (ALVES, 2006, p. 20)

Constatou-se que a professora trabalha métodos diferentes para atender às

necessidades de cada aluno, estes têm suas dificuldades peculiares. A professora em uma das

observações feitas trabalhou primeiramente o reconhecimento dos materiais que ela

juntamente com eles iria utilizar naquele dia, como por exemplo, massinha, régua, tesoura

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(sem ponta), cola, pincel para pintura, tinta colorida, papel, etc. No atendimento com alunos

com baixa visão, reglete, lupa, utilizou o soroban, ábaco, etc.

Quantos aos recursos e materiais a escola tem várias propostas pedagógicas

inclusivas entre elas, foi feito um projeto com o tema: Recursos Didáticos Pedagógicos, para

que fossem confeccionados materiais pedagógicos de fácil aplicação.

3.3.6 Diálogo Entre o Professor do Ensino Regular e Professor da Sala de

Recursos

Notou-se que essa relação deveria ser mais interligada, pois a sala de recursos

trabalha as dificuldades dos alunos, cabendo ao professor da sala de ensino regular informar

ao professor da sala de recursos as dificuldades do aluno na sala comum, uma vez que essas

dificuldades não superadas interromperão o processo de ensino-aprendizagem do educando.

Das quatro salas de ensino regular observada, apenas duas professoras disseram que sempre

estão conversando com a professora da sala de recursos, estas levam as dificuldades

apresentadas na sala regular para que a professora da sala de recursos trabalhe encima dessas

dificuldades, e relatam que isso sempre trás bons resultados, as outras duas disseram que uma

vez e outra fazem essa interação uma vez que segundo elas há pouco tempo, pois elas têm

uma sala de aula com uma quantidade de alunos, um pouco acima da média para uma sala

inclusiva. A professora da sala de recursos disse que sempre procura as professoras dos alunos

que freqüentam a sua sala, até porque ela precisa saber quais as dificuldades que eles vêm

enfrentando, pois o objetivo é esse, trabalhar essas dificuldades.

3.3.7 O Planejamento Pedagógico da Escola

De acordo com a análise documental feita na pesquisa, observou-se que a escola

trabalha seu planejamento, visando também à educação especial sendo que um dos

documentos observados foi o “Projeto Político Pedagógico- PPP” da escola. Este tem seus

objetivos e metas voltadas para uma educação de qualidade, frisa que a escola precisa ainda

de algumas adaptações para que os alunos especiais tenham total acesso sem nenhuma

dificuldade no âmbito escolar.

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A reorganização das escolas depende de um encadeamento de ações que estão

centradas no projeto político-pedagógico. Esse projeto, [...] é uma ferramenta de

vital importância para que as diretrizes gerais da escola sejam traçadas com realismo

e responsabilidade. Não faz parte da cultura escolar a proposição de um documento

de tal natureza e extensão, elaborado com autonomia e participação de todos, os

segmentos que a compõem. Tal projeto parte do diagnóstico da demanda, penetra

fundo nos pontos positivos e nos pontos fracos dos trabalhos desenvolvidos, define

prioridades de atuação e objetivos, propõe iniciativas e ações, com metas e

responsáveis para coordená-las. (MANTOAN, 2006, p. 46)

Os currículos, a formação das turmas, as práticas de ensino e a avaliação são

aspectos da organização pedagógica das escolas e serão revistos e modificados com

base no que for definido pelo projeto político-pedagógico de cada escola. Sem os

conhecimentos levantados por esse projeto, é impossível elaborar currículos que

reflitam o meio sociocultural do alunado (MANTOAN, 2006, p. 46).

De acordo com o PPP, é uma responsabilidade e compromisso da escola que esta

trabalhe a educação inclusiva visando à construção do conhecimento, onde todos possam estar

inseridos de forma igualitária nessa busca. Esse projeto prima pelos métodos de ensino

aplicados na escola inclusiva, precisamente nas salas de aula e que estes métodos reconheçam

os fatores que demonstrem o nível de desenvolvimento do educando e, principalmente, os

especiais.

Dentro do PPP da escola estão algumas propostas pedagógicas que mostra que a

escola esta visando o envolvimentos de todos nas atividades realizadas pela escola, tais como:

A proposta pedagógica para a realização de materiais didáticos pedagógicas com o tema:

Recursos Didáticos Pedagógicos, sendo desenvolvido por toda a escola na confecção de

materiais tanto para a sala de recursos como para sala regular; A “Bandinha” com o Tema:

Desenvolvendo rítmo, através da música na escola, como um dos objetivos o

desenvolvimento das potencialidades auditivas, que para os alunos surdos vão se envolver

através das vibrações, enfatiza também que os instrumentos musicais auxilia no

“desenvolvimento da coordenação motora e rítmica”.

Outra proposta é Como tornar o ensino da matemática um ato prazeroso?, na qual são

aplicados jogos de dominó, formas geométricas, diferenciando cores, tamanho, posição, jogos

de boliche, atividade utilizando ábaco envolvendo unidades e dezenas, jogos da velha para

explorara a adição, jogos da memória com fichas, para o desenvolvimento cognitivo, bem

como atividades para desenvolver a expressão corporal e equilíbrio como o bambolê e bastão.

O projeto Técnicas de artes em pintura, também faz parte da proposta pedagógica bem como,

Proposta Pedagógica para a 4ª série com o tema: O que fazer com o nosso lixo? E Proposta

Pedagógica para a 3ª série com o tema: Leitura no contexto escola. A escola até ao momento

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A resposta de maior concordância

aconteceu no critério de avaliação,

“regular” com 7 (sete) professores

e a gestora.

A resposta em segundo lugar,

dadas por 2 (dois) professores

entrevistados foi “boa”.

da analise documental em 2008, havia promovido o V Concurso Literário e Arte na Quadra

2007, com o objetivo de contribuir com o crescimento intelectual dos alunos e formar

leitores.11

Nesta última etapa da pesquisa, não tivemos acesso aos documentos da escola, mas

conversando com as duas professoras das salas observadas, o planejamento continua com o

objetivo de alcançar todos os alunos da escola, acontece de forma quinzenal com todos os

professores. Em uma visita a professora da sala de recursos, nos falou de alguns planos e

projetos da escola, e um deles seria executado na semana posterior, iriam realizar uma

passeata com todos os alunos e pais da escola, para trabalharem a inclusão na escola, e

conhecer os munícipes especiais da cidade.

3.3.8 Processo de Avaliação da Educação Inclusiva

Ao fazermos a pergunta aos 8 (oito) professores entrevistados e à gestora da escola

em relação, a infra-estrutura da escola, se realmente estava dentro dos parâmetros de uma

escola inclusiva eles responderam que:

Gráfico 1 – avaliação da infra-estrutura

Fonte: EECEDM, maio de 2008

Percebe-se que os professores e a gestora apontaram para uma escola com infra-

estrutura regular, devido a falta de muitas adaptações e acessibilidades ainda não concluídas.

Um dos focos da entrevista era recolher a informação do nível de desenvolvimento

alcançado pelos alunos especiais em relação a aprendizagem, e dos 8 (oito) professores e a

gestora entrevistada, obtivemos o seguinte resultado esclarecido no gráfico abaixo:

11

Esses projetos fazem parte das propostas pedagógicas da escola, observada durante a análise documental,

referenciada no Projeto Político Pedagógico da Escola.

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Gráfico 2 – Avaliação do nível de desenvolvimento da aprendizagem dos alunos especiais.

Fonte: EECEDM, maio de 2008

Ficou claro nas entrevistas que a escola esta passando por uma transição no ensino,

que a educação inclusiva ainda não esta como deveria, a muitas dificuldades a serem vencidas,

uma delas a parte física da escola, as mudanças estão acontecendo já foram feitas rampas de

acesso à escola, uma exigência da gestora no período de reforma da escola, o projeto de

reforma não incluía estas adaptações, segundo a gestora só foi possível mexer no projeto para

esse fim, mais que as outras dependências continuam inapropriadas, mas que o primeiro passo

já foi feito abrir as portas da escola para a inclusão.

No desenvolvimento da pesquisa, durante a análise documental na secretaria da

escola e entrevista com a gestora colhemos o demonstrativo do Rendimento Escolar dos

alunos com necessidades educacionais especiais, para que possamos ter o resultado final de

como a escola esta oferecendo a educação especial na perspectiva inclusiva.

Perguntamos a gestora qual o rendimento escolar dos alunos com necessidades

educacionais especiais nos anos de 2007 e 2008, o demonstrativo ficou assim:

Rendimento escolar dos alunos

com Necessidades educacionais

especiais, matriculados em

2007, na Esc. Est. Centro Educ.

Domênico Marzi.

Aprovados Reprovados ou

Retidos

Desistentes Transferidos

04

10

05

01

Total de alunos matriculados: 20

Quadro 02: Demonstrativo do Rendimento Escolar dos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais, no

ano de 2007

Fonte: EECEDM, maio de 2008.

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Quadro 03: Demonstrativo do Rendimento Escolar dos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais, no

ano de 2008

Fonte: EECEDM, dezembro de 2010.

Na tabulação dos dados acima, fazendo comparações entre os anos de 2007 e 2008

percebemos que houve um aumento na matrícula, e a permanência deles na escola, embora o

quantitativo de reprovados ou retidos ainda é significante diante do quantitativo de aprovados.

Nos gráficos 3,4 e 5 trarão uma melhor visualização dos resultados em relação as matrículas

dos anos de 2007 e 2008. As legendas dos gráficos 03 e 04 são: AP- Aprovados, REP/RET –

Reprovados ou Retidos, A/A – Afastado por Abandono e A/T – Afastado por Transferência.

Neste gráfico mostra o quantitativo em 2007 do rendimento escolar dos Alunos com

Necessidades Educacionais Especiais, mostrando em porcentagens o resultado final. A maior

porcentagem ficou para os alunos reprovados ou retidos com 50%.

Rendimento escolar dos alunos

com Necessidades educacionais

especiais, matriculados em

2008, na Esc. Est. Centro Educ.

Domênico Marzi.

Aprovados Reprovados ou

Retidos

Desistentes Transferidos

16

25

-

-

Total de alunos matriculados: 41

Gráfico 3: Rendimento dos Alunos com Necessidades

Educacionais Especiais no ano de 2007.

Fonte: EECEDM, maio de 2008.

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Gráfico 4: Rendimento dos Alunos com Necessidades

Educacionais Especiais no ano de 2008.

Fonte: EECEDM, maio de 2009.

Gráfico 5: Índice de matrículas de Alunos com Necessidades

Educacionais Especiais entre os anos de 2007 e 2008.

Fonte: EECEDM, maio de 2009.

Percebe-se que em 2008 a porcentagem maior no rendimento final também ficou

para os alunos reprovados ou retidos com 61%.

Mediante as análises dos quadros e gráficos fizemos um resumo para que possamos

melhor entender como a Educação Especial vem progredindo em relação a procura por

matrículas na escola pesquisada, percebe-se que a procura cresceu 34% a mais no ano de 2008

em relação a 2007.

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Ao falar sobre avaliação em uma escola inclusiva, é importante que os professores

vejam a avaliação com uma visão diagnóstica e não classificatória o que acontece na maioria

das escolas.

Quando se ensina a turma toda, é indispensável suprimir o caráter classificatório de

notas e de provas e substituí-lo por uma visão diagnóstica da avaliação escolar. [...]

o professor deve priorizar a avaliação do desenvolvimento das competências dos

alunos diante de situações-problema, em detrimento da memorização de

informações e da reprodução de conhecimentos sem compreensão, cujo objetivo é

apenas tirar boas notas e ser promovido (MANTOAN, 2006, p. 50).

A avaliação na perspectiva inclusiva, não tem por objetivo identificar os melhores ou

piores alunos da turma, ela acontece de forma dinâmica e contínua, ou seja, identificando os

avanços e trabalhando mais nas dificuldades enfrentadas pelos alunos a fim de chegar ao

progresso de aprendizagem dos alunos.

Vários são os instrumentos que podem ser utilizados para avaliar, de modo dinâmico,

os caminhos da aprendizagem, como: os registros e anotações diárias do professores,

os chamados portfólios e demais arquivos de atividades dos alunos e os diários de

classe, em que vão colecionando dados, impressões significativas sobre o cotidiano

do ensino e da aprendizagem (FÁVERO; PANTOJA; MANTOAN, 2007, p. 55).

O processo de avaliação observado nesta última etapa da pesquisa aconteceu de

forma regular, as duas professoras falaram que alguns alunos especiais tiveram progresso em

sua aprendizagem, observando a sala de aula do turno vespertino, tivemos contado com

alguns alunos fazendo suas atividades, os alunos com necessidades educacionais especiais

conseguem em alguns momentos da realização das atividades fazerem suas atividades de

forma regular, a falta de material prejudica o aprendizado, um aluno Cadeirante por ter

deficiência física, tem seus movimentos pesados necessitando de recursos didáticos

apropriado para sua deficiência, como por exemplo, lápis próprio, cadeira, etc.

3.3.9 Participação Ativa

Aos 02 dias do mês de junho do ano de 2009, no turno vespertino na sala de aula do

Projeto Avançar, Turma Única, Fase I. Deu-se inicio a aula, no primeiro momento a

professora direcionou sua aula pela atividade proposta para casa, corrigindo os cadernos, após

reforçou a aula anterior, ficou acordado que depois do intervalo da merenda escolar, teriam a

participação da acadêmica, conforme proposto pela disciplina “Prática da Pesquisa

Pedagógica V”, após o intervalo a professora cedeu à oportunidade para a acadêmica que

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estava fazendo sua pesquisa, dar sua colaboração e esta tinha por objetivo desenvolver o

processo da leitura, estimulando os alunos a interpretar o texto, através da leitura da historinha

“O patinho feio”, foi formado um círculo com todos os alunos, para a realização da leitura,

após a leitura partimos para a interpretação, e falamos sobre “ser diferente’, e aceitarmos

todas nossas diferenças, um processo de inclusão social, respeitando o outro, compartilhando,

cooperando, foi feita perguntas para instigar a forma de pensar de cada aluno, e uns alunos

falaram: - precisamos ajudar o outro quando tiverem dificuldades para realizar alguma tarefa,

respeitar, tratar de igual para igual12

. Após esse momento, fizemos uma dinâmica “Receita da

vida”, pedimos para os alunos prestarem atenção nos ingredientes da receita, após falamos

sobre o modo de preparar e fizemos algumas perguntas proposta pela dinâmica, encerramos

nossa participação ouvindo alguns alunos, falarem de suas vidas, e se deveriam acrescentar

algo para serem mais felizes.

Enfim, pensar o quanto foi proveitoso desenvolver esta pesquisa, chegar aos

objetivos então, foi bastante gratificante. Dificuldades não pode ser o marco para que as metas

fiquem no meio da jornada, precisamos vencê-las. No percurso da pesquisa encontramos um

pouco de resistência para falar da problemática em questão, mas não posso de certa forma

julgá-los aqui, uma vez que para os envolvidos na pesquisa o assunto também era novo, falar

de Educação Especial na perspectiva da inclusão, ainda era um desafio para os agentes da

referida escola. Mas aos poucos as resistências foram dando lugar para a colaboração e

contribuição.

Foi importante a execução deste projeto de pesquisa na escola da rede pública do

município de São Paulo de Olivença alguns questionamentos em nosso curso surgiram para

que não viéssemos sair da cidade onde o Instituto de Natureza e Cultura esta implantado, até

favoráveis uma vez que as despesas seriam por conta dos acadêmicos pesquisadores, não

medimos esforços enquanto aos gastos com viagens. O percurso para chegarmos ao campo de

pesquisa foi uma das dificuldades, e o período também uma vez que, a escola estava

envolvida em algumas festividades religiosa do município.

Aprendemos muito com o universo da pesquisa, mesmo como pioneiros que fomos,

no sentido de que o instituto estava em processo de implantação e muitos dos professores não

tinham experiências na docência superior, não querendo dizer que isso foi um problema, mas

sim um desafio que todos juntos iríamos vencer, houve equívocos, falta de informações, com

certeza, como tudo esta sujeito a mudanças, acredito que aprendemos com os erros e

12

Fala de uns alunos durante os questionamentos.

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procuramos melhorarmos para que esses não se repitam mais, e que os novos acadêmicos

também usufruam das mudanças. Hoje somos conscientes da importância que um educador

tem em ser pesquisador, não dá para separar pesquisa do profissional da educação, como diz

Paulo Freire (1996, p. 29) “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino.”. A pesquisa

tem que fazer parte da prática docente, para que possamos acompanhar nossos alunos, e

ajudá-los ao universo do conhecimento.

Diante do exposto percebeu-se que o estudo desta temática “Educação Especial sob

um novo olhar inclusivo nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental é indispensável, a todos os

professores, pedagogos e, demais profissionais, que trabalham ensinando e desenvolvendo

uma educação global e de qualidade para todas as crianças tenham elas necessidades

educacionais especiais ou não.

Diante dos resultados, constatamos que a escola ainda tem dificuldades no processo

de inclusão, mas que não os intimidou para que o ponta pé inicial fossem dado, isso é

significante, pois o essencial é começar e a cada dia galgar vencendo os desafios que mesmo

por algum momento possa parecer dar errado.

Sabemos da relevância que a Educação hoje tem dado para o projeto de inclusão,

muitos educadores/pesquisadores hoje falam da necessidade de conhecermos a realidade de

nossos alunos, sendo assim é um dever do educador ter uma visão voltada para a diversidade.

A temática em questão suscita grandes desafios e exigem dos educadores inclusivos, diversas

habilidades no pensar e no agir, e que possam surgir sempre estudos posteriores a este, é o

desejo do nosso coração.

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CONSIDERAÇOES FINAIS

Em suma, este Trabalho de Conclusão de Curso trouxe mais incentivos para que

venhamos ter a convicção que com esforço e dedicação sempre atingiremos nossos alvos. O

desafio para conclusão do trabalho foi árdua, porém nos deixou com a sensação do dever

cumprido. Muitas coisas ainda podiam ser exploradas? Claro que sim, sempre teremos muito

que aprender, o bom é quando temos consciência de que precisamos buscar cada vez mais as

respostas para nossas inquietações, e termos a convicção que as respostas virão.

Acreditamos que no discorrer dos capítulos, a proposta foi alcançada, no capítulo 1

trouxe-nos o percurso acadêmico, a importância da ciência como meta para chegarmos ao

conhecimento, o capítulo 2 mostrou como os estágios supervisionados tiveram sua importante

parcela de colaboração na formação profissional, uma vez que esta formação se concretiza

quando por ela passam os estágios, pois este visa conhecer a realidade aprendida nas teorias

com a realidade observada, esta fase de formação vinculada aos estágios supervisionados

foram momentos que nos proporcionou o crescimento intelectual, humano e social. O capítulo

3 abordou a pesquisa realizada em uma escola pública estadual no município de São Paulo de

Olivença, com o escopo de analisar como a Educação Especial estava sendo oferecida nesta

escola, sabemos que a inclusão é um desafio que requer compromisso, responsabilidade e

dedicação.

Os resultados concernentes a pesquisa nos mostrou que o objeto analisado, a escola

sentiu dificuldades com o processo de inclusão, mesmo porque tal proposta era desconhecida

pela escola, uma realidade constatada na educação brasileira. Uma vez que não é o bastante

incluir os alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular, é preciso que

ocorra a permanência deles bem como os avanços e progressos no que tange a aprendizagem

destes educandos. Os professores sentem-se despreparados para tal ofício, mas não podemos

esperar mais, os avanços irão acontecer com os alunos na escola, somente desta forma

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poderemos observar a necessidade de mudarmos nossas práticas pedagógicas, e provocarmos

uma ruptura nos modelos educacionais oferecidos a nós e por nós.

Para conclusão deste trabalho surgiram muitas dificuldades, sendo estas desafios que

precisávamos superar, mas a pesquisa juntamente com os aportes teóricos te da suporte para

que cada objetivo e meta venham ser efetivados. Falar de Educação Especial na perspectiva

da inclusão em nossa realidade é um desafio no sentido de que poucos têm conhecimento na

área, mas cabe a nós iniciantes pesquisadores disseminar a temática para que se a junte a nós

mais pessoas e novas pesquisas venham ser realizada em nossa realidade.

Enfim é com grande satisfação que neste momento damos por concluída esta etapa da

pesquisa, mas com a certeza da continuidade de futuros estudos.

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95

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APÊNDICES

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Apêndice A – Entrevista realizada durante a pesquisa com a Gestora da

Escola

1. Qual o seu nome completo? E sua formação superior?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

2. Como você avalia a infra-estrutura física da escola, esta condizendo a uma escola

inclusiva?

( ) Boa

( ) Ótima

( ) Regular

( ) Péssima

3. Como você analisaria o processo educativo da escola inclusiva, ele esta adequado para

receber os alunos especiais?

( ) Sim

( ) Não

4. Como você identificaria os fatores que influenciam para uma educação inclusiva de

qualidade favorecendo o desenvolvimento do educando em todos os seus aspectos?

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------

5. De 0 a 10, como você avaliaria o nível de desenvolvimento alcançado pelos educandos

com necessidades especiais?

( ) 0 a 2

( ) 2 a 4

( ) 4 a 6

( ) 6 a 8

( ) 8 a 10

6. Como você descreveria a proposta curricular inerente à Educação Especial na escola

inclusiva?

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------

7. Você poderia me falar sobre as Políticas de Educação Especial concernentes aos

aspectos pedagógicos e qualidade do ensino destacando os pontos em relação à metodologia?

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------

8. Você esta de acordo, que o projeto político pedagógico da escola visa o atendimento a

educação especial? E o que deveria ser acrescentado?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

9. Quanto aos projetos da escola, você poderia dizer se estes também da prioridade a

“Educação Especial”?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

10. Qual o rendimento escolar dos educandos com necessidades educacionais especiais

(aprovados, reprovados e desistentes, transferidos) no ano de 2007?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

11. A escola possui quantas dependências? E estas estão adaptadas aos alunos especiais?

( ) Sala de Aula ( ) Biblioteca ( ) Sala dos Professores ( ) Laboratório ( ) Secretária ( )

Área de Lazer ( ) Quadra de Esporte ( ) Pátio Coberto ( ) Auditório ( ) Cantina ( )

Banheiros ( ) Cozinhas ( ) Dispensa ( ) Videoteca ( ) Brinquedoteca.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

12. Qual a maior dificuldade na escola para se trabalhar a inclusão?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

13. Os pais de alunos especiais têm um bom acompanhamento de seus filhos na escola?

Como você avaliaria essa participação?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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14. Sabe-se que trabalhar a inclusão é um desafio, pois o sistema educacional te entrega

esse dever, mas não te da o suporte necessário. Você poderia descrever como se deu o inicio

dessa trajetória na escola?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

15. Como acontece a interação entre os alunos especiais e os não especiais, há uma relação

de cooperação?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

16. No inicio na implantação da inclusão na escola, houve uma certa resistência por parte

do corpo docente e funcionário da escola?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

17. Quantos professores possuem nível superior?________

( ) Pedagogia ( ) Normal Superior ( ) Letras ( ) Matemática ( ) Biologia

( ) Física ( ) História ( ) Geografia ( ) Química

OBS.:

( ) Magistério

Obrigada pela cooperação com minha pesquisa e deixo aqui meu sincero agradecimento

desejando-lhes muito sucesso em sua jornada de trabalho!

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Apêndice B- Entrevista realizada durante a pesquisa com os professores

da escola

1. Qual o seu nome completo? E sua formação superior?

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

2. Como você avalia a infra-estrutura física da escola, esta condizendo a uma escola

inclusiva?

( ) Boa

( ) Ótima

( ) Regular

( ) Péssima

3. Como você analisaria o processo educativo da escola inclusiva, ele esta adequado para

receber os alunos especiais?

( ) Sim

( ) Não

( ) Mais ou menos.

4. Como você identificaria os fatores que influenciam para uma educação inclusiva de

qualidade favorecendo o desenvolvimento do educando em todos os seus aspectos?

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

5. De 0 a 10, como você avaliaria o nível de desenvolvimento alcançado pelos educandos

com necessidades especiais?

( ) 0 a 2

( ) 2 a 4

( ) 4 a 6

( ) 6 a 8

( ) 8 a 10

6. Como você descreveria a proposta curricular inerente à Educação Especial na escola

inclusiva?

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

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7. Você poderia me falar sobre as Políticas de Educação Especial concernentes aos

aspectos pedagógicos e qualidade do ensino destacando os pontos em relação à metodologia?

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

8. Você esta de acordo, que o projeto político pedagógico da escola visa o atendimento a

educação especial? E o que deveria ser acrescentado?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------

9. Quanto aos projetos da escola, você poderia dizer se estes também da prioridade a

“Educação Especial”?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

10. Qual a maior dificuldade na escola para se trabalhar a inclusão?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

11. Os pais de alunos especiais têm um bom acompanhamento de seus filhos na escola?

Como você avaliaria essa participação?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

12. Sabe-se que trabalhar a inclusão é um desafio, pois o sistema educacional te entrega

esse dever, mas não te da o suporte necessário. Você poderia descrever como se deu o inicio

dessa trajetória com a implantação da sala de recurso?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

13. Como acontece a interação entre os alunos especiais e os não especiais, há uma relação

de cooperação?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

14. Com relação à metodologia de ensino aplicada na sala de recurso, poderia nos dizer se

há uma interação com relação às duas salas de aula?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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Obrigada pela cooperação com minha pesquisa e deixo aqui meu sincero agradecimento

desejando-lhes muito sucesso em sua jornada de trabalho!

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Apêndice C - Entrevista realizada durante a pesquisa com os funcionários

da escola

1. Qual o seu nome completo? E sua formação?

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------

2. Como você avalia a infra-estrutura física da escola, esta condizendo a uma escola

inclusiva?

( ) Boa

( ) Ótima

( ) Regular

( ) Péssima

4 Como você analisaria o processo educativo da escola inclusiva, ele esta adequado para

receber os alunos especiais?

( ) Sim

( ) Não

( ) Mais ou menos.

5 Qual a maior dificuldade na escola para se trabalhar a inclusão?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Obrigada pela cooperação com minha pesquisa e deixo aqui meu sincero agradecimento

desejando-lhes muito sucesso em sua jornada de trabalho!