universidade federal de sergipe prÓ-reitoria de pÓs ... · efeitos da terapia de reposição com...

96
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE JORGE ANTÔNIO RODRIGUES BARBOSA QUALIDADE DE VIDA NA DEFICIÊNCIA ISOLADA E GENÉTICA DO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO (GH). EFEITOS DA TERAPIA DE REPOSIÇÃO COM O GH ARACAJU 2007

Upload: others

Post on 20-Jul-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

JORGE ANTÔNIO RODRIGUES BARBOSA

QUALIDADE DE VIDA NA DEFICIÊNCIA ISOLADA E GENÉTICA DO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO

(GH). EFEITOS DA TERAPIA DE REPOSIÇÃO COM O GH

ARACAJU 2007

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

JORGE ANTÔNIO RODRIGUES BARBOSA

QUALIDADE DE VIDA NA DEFICIÊNCIA ISOLADA E GENÉTICA DO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO

(GH). EFEITOS DA TERAPIA DE REPOSIÇÃO COM O GH

Dissertação de Mestrado apresentada ao Núcleo de Pós-Graduação em Medicina da Universidade Federal de Sergipe, para obtenção do grau de Mestre em Ciências da Saúde.

Área de Concentração: Estudos Clínicos e Laboratoriais em Saúde Orientador: Prof. Dr. Manuel Hermínio Aguiar-Oliveira

ARACAJU 2007

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca da Saúde

B238q

Barbosa, Jorge Antônio Rodrigues Qualidade de vida na Deficiência Isolada e Genética do Hormônio de Crescimento (GH). Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007.

95f. Orientador: Prof. Dr. Manuel Hermínio de Aguiar Oliveira Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Universidade Federal de Sergipe, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, Núcleo de Pós-Graduação e Pesquisa em Medicina. 1. Qualidade de vida. 2. Deficiência do Hormônio de Crescimento. Endocrinologia I. Título CDU 616.432

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

JORGE ANTÔNIO RODRIGUES BARBOSA

QUALIDADE DE VIDA NA DEFICIÊNCIA ISOLADA E GENÉTICA DO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO

(GH). EFEITOS DA TERAPIA DE REPOSIÇÃO COM O GH

Dissertação de Mestrado apresentada ao Núcleo de Pós-Graduação em Medicina da Universidade Federal de Sergipe, para obtenção do grau de Mestre em Ciências da Saúde.

APROVADA EM: 09/11/2007

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________________________ ORIENTADOR: PROF. DR. MANUEL HERMÍNIO AGUIAR-OLIVEIRA - UFS

_________________________________________________________________________

1ª EXAMINADOR: PROFº. Dr LUIS ARMANDO De MARCO - UFMG

_________________________________________________________________________ 2º EXAMINADOR: PROF. DR. JOSÉ AUGUSTO SOARES BARRETO-FILHO - UFS

PARECER

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

RESUMO

Redução na qualidade de vida (QV) é comumente descrita na deficiência do hormônio do

crescimento (GH) com relatos de benefícios de terapia de reposição com o GH sobre a

mesma. Na maioria das descrições, a deficiência do GH não é isolada, tem início na idade

adulta e comporta múltiplas etiologias com seus respectivos tratamentos, os quais por si

próprios podem influenciar a QV. No presente trabalho avaliamos a QV através do

questionário Questions on Life Satisfaction Hypopituitarism Module (QLS-H) de 20

indivíduos adultos com deficiência isolada do GH devido a uma mutação no gene do receptor

do hormônio liberador do GH (DIGH, 10 homens) comparando com 20 controles (CO, 10

homens). Adicionalmente o grupo DIGH foi avaliado após 6 meses de tratamento com GH de

depósito ministrado subcutâneo a cada 15 dias (após GH) e após 12 meses da sua interrupção

(12M). Não houve diferença no escore total de qualidade de vida (ETQV) entre os grupos

DIGH e CO, 90(50,25) e 93 (79,25), respectivamente, mediana (distância interquartilica) e

nem em alguma das nove categorias que compõem o ETQV. Resultado semelhante foi obtido

quando analisado por sexo. Apesar de modesto, mas significante aumento dos níveis de vale

do fator de crescimento semelhante a insulina tipo I (IGF-I), o tratamento com GH não

influenciou o ETQV após GH 100(51) e 12M 93(38). Apenas o escore de percepção da

satisfação com a resistência física aumentou (p=0,01) no tempo após GH. Em conclusão,

DIGH genética e vitalícia não reduz a qualidade de vida e o tratamento com GH de depósito

durante 6 meses também não a influenciou, apesar da melhora na percepção da satisfação com

a resistência física obtida com o tratamento.

PALAVRAS-CHAVE: Hormônio do crescimento, Deficiência de hormônio do crescimento, Qualidade de vida.

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

ABSTRACT

Reduction in the quality of life (QOL) is commonly described in the growth hormone (GH)

deficiency, with reports of benefits of GH replacement therapy in QOL. In most of the

descriptions, GH deficiency is not isolated, of adult onset type and has multiple causes with

its respective treatments that by themselves can influence QOL. In the present work we

evaluated (QOL) by the questionnaire Questions on Life Satisfaction Hypopituitarism Module

(QLS-H) in 20 adult with isolated deficiency of GH (IGHD) due to a mutation in the GH

releasing hormone receptor gene (IGHD, 10 men) comparing with 20 controls (CO, 10 men).

Additionally IGHD group was evaluated after 6 months of treatment with long acting GH

(Nutropin Depot®, Genentech ) given subcutaneously every 15 days ( pGH) and after 12

months of its interruption (12M). There was not difference in the total score of QOL

(TSQOL) among the groups IGHD and CO, 90(50,25) and 93 (79,25) respectively, median

(interquartile range) and nor in any of the nine categories that composes the TSQOL. Similar

results were obtained when data were analyzed by sex. Despite modest but significant trough

serum insulin like growth factor I (IGF-I) increase GH treatment didn't influence TSQOL in

pGH 100(51) and 12M 93(38). Only the score of perception of the satisfaction with the

physical resistance increased (p=0,01) in the time pGH. In conclusion, genetic and lifelong

DIGH doesn't reduce the QOL and the treatment with long-acting GH for 6 months didn't also

influence it, in spite of the improvement of the perception of the satisfaction with the physical

resistance, obtained with the treatment.

KEYWORDS: Growth hormone, Growth hormone deficiency, Quality of life.

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

AGRADECIMENTOS Aos colegas que fazem parte do projeto “Conseqüências de deficiência isolada e vitalícia

do GH” onde comecei a trilhar o mundo da pesquisa e a admirar muito mais pessoas como:

Dr. Manuel Hermínio Aguiar-Oliveira, Dr. Roberto Salvatori, Dr. José Augusto Soares

Barreto-Filho, a Ivanilde, Maria do Carmo e tantos outros como: Dra Joselina, Dra Celi,

Viviane, Marta Regina, Dr Menilson, Franciele, Acadêmicos (as) Catarine, Tábita, Diego,

Érica e a Comunidade de Itabaianinha. Um agradecimento especial a duas pessoas que

narcaram meu trabalho, sem a ajuda delas talvez não tivesse terminado: Carla Raquel e

Rossana Cahino. Vocês foram verdadeiros “anjos da guarda”

Aos Meus Familiares, principalmente minha mãe D. Matilde, mulher forte, vigorosa,

decidida, com quem aprendi a perseverança e dedicação, com quem aprendi que o amor está

acima de qualquer coisa e a Débora, minha esposa que, apesar de mim, me ama.

Aos meus colegas do mestrado, em especial a Roberto, Leda e Maria do Carmo quero

agradecer o incentivo mesmo diante das dúvidas e incertezas. Aos amigos que por ventura

hoje não estão tão perto de mim, mas sei que no fundo torcem para que tudo dê certo.

Às Instituições de Apoio:

- Universidade Federal de Sergipe, ao Núcleo de Pós Graduação em Medicina, aos

Professores e amigos que lá fiz.

- Ao Hospital Universitário e a direção na pessoa de Drª Ângela Maria da Silva pelo apoio

recebido.

- FAP – Fundação de Apoio a Pesquisa de Sergipe – Funtec 02/2002

- National Institute of Health, National Institute of diabetes and Digestive and Kidney

Disease. Grant Number – 1R01DK065718-01A1

- University Johns Hopkins – Na pessoa de Dr Roberto Salvatori, que sempre me inspira

muito no mundo da pesquisa.

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

- FAPESE – Nas pessoas que administram os projetos desenvolvidos e pela prontidão com

que são atendidos nossos pedidos.

- Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, cúmplice de meu desenvolvimento espiritual e

intelectual desde a adolescência que quero representar aqui na pessoa do Rev. Jonan Cruz,

homem de fibra e dedicação que foi uma verdadeira inspiração.

Um agradecimento muito especial a duas crianças que trouxeram sempre alegria em meio a

tantas dificuldades: meu filho ADRIEL BANI e minha neta LETICIA BARRETO.

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

LISTA DE FIGURA

Figura 1. Esquema representativo da regulação intrínseca do eixo GH-IGF-I.......... 12

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Dados demográficos de 20 indivíduos com DIGH e 20 controles

residentes em Itabaianinha..........................................................................................

29

Tabela 2. Escore de Satisfação Ponderada das nove categorias e Escore Total de

Qualidade de Vida (ETQV) em pacientes no tempo basal e um grupo controle........

30

Tabela 3. Escore Total de Qualidade de Vida (ETQV) em pacientes com DIGH no

tempo basal e um grupo controle, segundo o sexo......................................................

30

Tabela 4. Níveis de IGF-I e escore de Satisfação Ponderada das nove categorias e

Escore Total de Qualidade de Vida (ETQV) em pacientes com DIGH......................

31

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Escores ponderados de satisfação na categoria resistência física no grupo

controle (CO) e no grupo DIGH nos tempos: basal (DIGHb), pós GH (pGH) e 12

meses pós tratamento (12M)..............................................................................................

32

Gráfico 2. Escore total de qualidade de vida nos grupos controle e DIGH nos tempos

basal (DIGHb), pós GH (pGH) e 12 meses após tratamento............................................

33

Gráfico 3. Comparação dos grupos DIGH e grupo controle (CO) na categoria Manejo

do estresse..........................................................................................................................

59

Gráfico 4. Comparação dos grupos DIGH e grupo controle na categoria Aparência do

Corpo.................................................................................................................................

60

Gráfico 5. Comparação dos grupos DIGH e grupo controle na categoria

Autoconfiança....................................................................................................................

61

Gráfico 6. Comparação dos grupos DIGH e grupo controle na categoria Satisfação

Sexual................................................................................................................................

62

Gráfico 7. Comparação dos grupos DIGH e grupo controle na categoria

Concentração.....................................................................................................................

63

Gráfico 8. Comparação dos grupos DIGH e grupo controle na categoria Resistência

Física..................................................................................................................................

64

Gráfico 9. Comparação dos grupos DIGH e grupo controle na categoria

Iniciativa/Condução...........................................................................................................

65

Gráfico 10. Comparação dos grupos DIGH e grupo controle na categoria Lidar com a

Raiva..................................................................................................................................

66

Gráfico 11. Comparação dos grupos DIGH e grupo controle na categoria Suportar as

Dificuldades do Dia a Dia..................................................................................................

67

Gráfico 12. Escores totais dos grupos DIGH e grupo controle das nove categorias........ 68

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

Gráfico 13. Comparação da categoria Manejo do estresse nos três tempos do grupo de

DIGH.................................................................................................................................

69

Gráfico 14. Comparação da categoria Aparência do Corpo nos três tempos do grupo

de DIGH............................................................................................................................

70

Gráfico 15. Comparação da categoria Autoconfiança nos três tempos do grupo de

DIGH.................................................................................................................................

71

Gráfico 16. Comparação da categoria Satisfação Sexual nos três tempos do grupo de

DIGH.................................................................................................................................

72

Gráfico 17. Comparação da categoria Concentração nos três tempos do grupo de

DIGH.................................................................................................................................

73

Gráfico 18. Comparação da categoria Resistência Física nos três tempos do grupo de

DIGH................................................................................................................................

74

Gráfico 19. Comparação da categoria Iniciativa/Condução nos três tempos do grupo

de DIGH.............................................................................................................................

75

Gráfico 20. Comparação da categoria Lidar com a Raiva nos três tempos do grupo de

DIGH.................................................................................................................................

76

Gráfico 21. Comparação da categoria Suportar as Dificuldades do Dia a Dia nos três

tempos do grupo de DIGH................................................................................................

77

Gráfico 22. Escores totais de Qualidade de vida (ETQV) nos três tempos: 1 basal, 2 6

meses de tratamento e 3 12 meses de suspensão de tratamento......................................

78

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

LISTA DE ABREVIATURAS

ASCRIN= Associação do Crescimento Físico e Humano de Itabaianinha

DGH = Deficiência do Hormônio de Crescimento

DHEA = Dehidroepiandrosterona

DIGH = Deficiência Isolada do Hormônio de Crescimento

DGH-A = Deficiência do Hormônio do Crescimento em Adultos

EQV= Escore de Qualidade de Vida

ETQV = Escore Total de Qualidade de Vida

GH = Hormônio de Crescimento

GH1 = Gene do GH

GHBP = Proteína de ligação do GH

GHR = Receptor do GH

GHRH = Hormônio Liberador do Hormônio de Crescimento

GHRHR = Receptor do Hormônio Liberador do Hormônio de Crescimento

IDH= Índice de desenvolvimento humano

IGF = Fator de crescimento insulina- símile

IGF-I = Fator de crescimento insulina- símile tipo I

IPEA=

IQVU= Índice de Qualidade de Vida Urbana

IRMA = Imunoradiometria com Dupla Extração

IVS1 = Íntron I

LDL=

MG = Massa Gorda

% MG = Percentagem de Massa Gorda

MM = Massa Magra

N = Número de indivíduos para cada variável

P = Nível descritivo de probabilidade

PCRas = Proteína C Reativa alta sensibilidade

PIB= Produto Interno Bruto

QLS-H= Questionário de satisfação com a vida

QV= Qualidade de vida

QVLS= Qualidade de Vida Ligada à Saúde

REM= Movimento rápido ocular

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 10

1.1 Secreção do Hormônio do Crescimento e Deficiência do Hormônio do Crescimento

(DGH).................................................................................................................................

10

1.2 Qualidade de Vida........................................................................................................ 14

1.2.1 Aspectos Conceituais................................................................................................ 14

1.2.2 Avaliação da Qualidade de Vida............................................................................... 21

1.3 Qualidade de vida na Deficiência de Hormônio de Crescimento................................. 22

2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 25

3 METODOLOGIA.......................................................................................................... 26

3.1 Casuística...................................................................................................................... 26

3.2 Método.......................................................................................................................... 26

3.2.1 Desenho Experimental............................................................................................... 26

3.2.2 Análise Estatística...................................................................................................... 28

4 RESULTADOS.............................................................................................................. 29

5 DISCUSSÃO.................................................................................................................. 34

6 CONCLUSÕES............................................................................................................ 41

REFERÊNCIAS................................................................................................................ 42

APENDICE A Questionário.............................................................................................. 50

APÊNDICE B Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.......................................... 51

APÊNDICE C Gráficos de cada categoria de função....................................................... 53

APÊNDICE D Resposta do questionário do grupo DIGH................................................ 79

APÊNDICE E Resposta do questionário do grupo controle............................................. 88

ANEXO A Parecer do CEP e CONEP............................................................................... 91

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

10

1 INTRODUÇÃO

1.1 SECREÇÃO DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO E DEFICIÊNCIA DO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO (DGH)

As primeiras associações entre um fator hipofisário e o crescimento foram

demonstradas no início do século XX, após Cushing ter correlacionado tumores eosinofílicos

da hipófise como causa e não como manifestação da acromegalia (CUSHING, 1909). Alguns

fatos relevantes como a primeira demonstração da existência do hormônio do crescimento

realizada por Evans e Long em 1921 (EVANS; LONG, 1999), o isolamento desse hormônio

por Li e Evans (LI; EVANS, 1948) e a descoberta (SCHALLY et al., 1976) e purificação da

somatostatina (LOWRY et al., 1976), representaram marcos iniciais no desenvolvimento de

pesquisas sobre o hormônio do crescimento. Posteriormente, McCann e Harris vieram a

estabelecer a teoria dos fatores hipotalâmicos de controle da secreção dos hormônios

hipofisários (MCCANN, 1992).

O hormônio de crescimento (GH) é um hormônio protéico secretado pelas células

somatotróficas da glândula pituitária anterior lançado na circulação sistêmica. As células

somatotróficas representam 50 a 60% da massa pituitária anterior completa. Tem estrutura

molecular de 191 aminoácidos e peso molecular de 22.000 dáltons. Encontramos de 3 a 5 mg

de GH em uma hipófise normal, que secreta diariamente 500 a 875 ηg de GH (BALLONE,

2005; BOGUSZEWSKI, 2001; GREENSPAN; STREWLWER, 1997; ISSELBACHER et al.,

1998). O gene que codifica o GH hipofisário (GH-1) está localizado no braço longo do

cromossomo 17 na posição 21 e tem transcrição exclusiva na hipófise. O GH participa não só

da diferenciação específica de células do crescimento ósseo e de células musculares, mas

também de efeitos metabólicos específicos: anabólico, lipolítico e antagonista da insulina, e

participa da aposição óssea e da regulação da pressão sanguínea arterial (CUNEO et al., 1992;

UNDERWOOD; VAN, 1992). O GH é o mais abundante hormônio liberado pela hipófise.

Sua produção ocorre em picos com maior intensidade à noite, durante a fase de movimentos

rápidos dos olhos (REM) e em picos menores, durante o jejum e após exercícios físicos. Tem

sua produção diminuída com a idade, tal como acontece com o estrogênio, progesterona,

testosterona, melatonina e DHEA. É produzido numa taxa máxima durante a adolescência,

quando então o crescimento corporal é acelerado. Posteriormente sua secreção diária diminui

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

11

com a idade, até quando, em torno dos 60 anos, a pessoa secretaria apenas 25% da quantidade

liberada aos 20 anos. Ao longo do dia, o Hormônio do Crescimento é liberado em maior

quantidade em pulsos, durante as primeiras fases do sono e, depois, é rapidamente convertido

no fígado para seu metabólito principal, o IGF-1(insulin growth factor-1), também conhecido

como somatomedina - C. É esse IGF-1 quem promove, de fato, a maior parte dos efeitos

atribuídos ao GH.

O declínio fisiológico do Hormônio do Crescimento, com a idade, está associado

aos muitos dos sintomas do envelhecimento, tais como rugas, canícia, diminuição nos níveis

de energia e função sexual, aumento no percentual de gordura corporal e doenças

cardiovasculares e osteoporose. Especula-se que esta redução da secreção do GH possa ter

um papel ligado àquelas conseqüências do envelhecimento (JULL et al., 1994; YANG et al.,

2005), sendo a terapia com GH sugerida como rejuvenescedora.

A secreção hipofisária de GH é determinada por um triplo controle hipotalâmico

exercido pelo hormônio regulador do GH (GHRH), pela somatostatina e, mais recentemente

descoberto, pelo Ghrelin (ROSICKA et al., 2002). A somatostatina participa da regulação da

secreção de GH, inibindo principalmente a amplitude e o momento de ocorrência do pico de

secreção sem, contudo, afetar a biossíntese do GH, enquanto o GHRH atua através do

receptor específico do hormônio liberador do GH (GHRH-R) que pertence à família dos

receptores que acoplam a proteína G, cuja transcrição é regulada por glicocorticóides e

estrógenos, e é essencial para a ação estimuladora do GHRH na secreção do GH via

transcrição gênica (GIUSTINA; VELDHIUS, 1998). A grelina, um peptídeo de 28

aminoácidos, recém-identificado, encontrado nas células do estômago e no hipotálamo, dentre

outros tecidos (ROSICKA et al., 2002), estimula a secreção de GH, constituindo ao lado do

GHRH e da somatostatina, o tripé hipotalâmico regulador da secreção de GH (FIGURA 1).

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

12

FIGURA 1. Esquema representativo da regulação intrínseca do eixo GH-IGF-I. (SOUZA et al., 2004)

As causas genéticas mais freqüentes de DIGH (Deficiência Isolada de hormônio

de Crescimento) são mutações no gene do GH (GH1) no cromossomo 17q23 ou no gene do

receptor GHRH (GHRH-R) no cromossomo 7p14 (SOUZA et al., 1999).

A DIGH compreende quatro formas, de acordo com o grau de deficiência de GH e

modo de herança: Tipo 1A: herança autossômica recessiva com níveis séricos ausentes de

GH; Tipo IB: forma mais freqüente de DIGH, herança autossômica recessiva com níveis de

GH muito diminuídos; Tipo II: Herança autossômica dominante com níveis séricos de GH

muito diminuído e o Tipo III, forma mais rara de DIGH, com herança ligada ao X e, por

vezes, associada à agamaglobulenemia. Estudo de 151 indivíduos afetados (europeus do

norte, mediterrâneos e asiáticos) em 83 famílias mostrou uma prevalência de 66,7% de

mutações no gene do GHI em afetados com DIGH tipo IA e apenas 1,7% nos pacientes com

DIGH (WAGNER; EBLE; HINDMARSSH, 1998). Desta forma, a maioria dos casos de

DIGH tipo IB não é causada por mutações no gene do GH1. Mutações no gene do GHRH-R

são cada vez mais descritas como causa de DIGH, seja em homozigose ou heterozigose

composta. Para determinar a prevalência de mutações no GHRH-R, Salvatori et al. (2002)

analisou 30 famílias com pelo menos dois membros com DIGH IB, e a freqüência de

mutações encontrada neste gene foi 10% (SALVATORI et al., 2001). Atualmente, estas

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

13

mutações incluem uma na região promotora (SALVATORI et al., 2002) duas tipo splicing

(ROELFSEMA et al., 2001; SALVATORI et al., 2002), uma mutação sem sentido

(SALVATORI et al., 2002), seis de sentido trocado (CARAKUSHANSKI et al., 2003;

SALVATORI et al., 2001, 2002) e duas microdeleções (SALVATORI et al., 2002). Uma

revisão atual dos aspectos moleculares destas mutações foi recentemente publicada (ALBA;

SALVATORI, 2003). Dentre estas, enfatizamos a mutação L144H, substituição de leucina

por histidina no códon 144, em duas famílias, uma em Sergipe e outra na Espanha, ambas

demonstradas com a mesma origem através de estudo de Linkage. Esta mesma mutação foi

documentada em uma família da Pensilvânia, nos Estados Unidos, com um background

genético diferente. A demonstração de uma mesma mutação, em continentes diferentes, com

duas origens distintas atesta a importância e a dispersão destas mutações (SALVATORI et al.,

2002).

Foi identificada uma grande família com DIGH familial, com 105 indivíduos

afetados em mais de sete gerações, residindo no município brasileiro de Itabaianinha a

noroeste do estado de Sergipe. Nesta população, a DIGH é uma mutação causada por uma

mutação homozigótica no início do íntron 1 (IVSI + 1 G → A) do gene do GHRHR

(SALVATORI et al., 1999). Os adultos e crianças desta família têm níveis muito baixos de

GH e IGF-I, MM (massa magra) diminuída, aumento da % MG, relação cintura/quadril

aumentada, aumento dos níveis de LDL colesterol e PCRas, aumento da pressão sanguínea

sistólica , sem evidência de resistência à insulina e evidência de aterosclerose prematura

(BARRETTO et al., 1999; OLIVEIRA et al., 2006).

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

14

1.2 QUALIDADE DE VIDA

1.2.1 Aspectos Conceituais

Sabe-se que uma deficiência seja qual for, é acompanhada de preconceitos e

limitações nas relações sociais e que essas limitações sempre trazem problemas no

desempenho e na vida dos portadores da deficiência, influenciando, provavelmente na sua

qualidade de vida.

O tema qualidade de vida tem recebido uma maior atenção por parte de vários

seguimentos da sociedade sendo muito confundido com outros como bem estar, condição de

vida, etc.

Na área da saúde a discussão se prende ao fato de que qualidade de vida seria

ausência de doença. Segundo Minayo (1999),

qualidade de vida é uma noção eminentemente humana, que tem sido aproximada ao grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental e à própria estética existencial. Pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os elementos que determinada sociedade considera seu padrão de conforto e bem-estar. (MINAYO, 1999)

Ainda segundo Minayo (1999), “No que concerne à saúde, as noções se unem em

uma resultante social da construção coletiva dos padrões de conforto e tolerância que

determinada sociedade estabelece, como parâmetros, para si”.

Com o avanço tecnológico do início deste século, criou-se a falsa expectativa de

que a cura das doenças ou tratamentos eficientes e definitivos seriam uma realidade. Sob esta

perspectiva, avaliar e medir qualidade de vida seria uma tarefa supérflua e sem utilidade

prática.

Porém, apesar dos progressos da medicina, vem-se tornando claro que a maioria

das doenças não é passível de cura e, mesmo que tratamentos eficientes estejam disponíveis,

imperativos econômicos impedem sua aplicação universal. Nesse contexto, muito se avançou

em tratamentos capazes, sobretudo, de prolongar a vida. Porém, percebeu-se que aumentar

quantitativamente a sobrevida dos pacientes nem sempre produzia um impacto qualitativo que

garantisse uma recuperação significativa do seu estado físico, emocional e social. Assim,

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

15

medir esse impacto passou a ser importante na seleção de tratamentos mais efetivos e,

portanto, na distribuição de recursos e implementação de programas de saúde.

Faz-se, portanto, importante pesquisar até onde essas limitações têm influenciado

a qualidade de vida dos portadores de deficiência de hormônio de crescimento e como eles

lidam com elas; consegue-se ter perspectiva de futuro? São deprimidos? Têm bom

desempenho profissional ou não?

O conceito qualidade de vida (QV) é um termo utilizado em duas vertentes: na

linguagem cotidiana, por pessoas da população em geral, jornalistas, políticos, profissionais

de diversas áreas, clérigos e gestores ligados às políticas públicas; no contexto da pesquisa

científica, em diferentes campos do saber, como economia, sociologia, educação, medicina,

enfermagem, psicologia e demais especialidades da saúde (BOWLING; BRAZIER, 1995;

FARQUHAR, 1995; ROGERSON, 1995) e é cercado de muitas dúvidas pela subjetividade

que engloba. Questiona-se se a definição estaria dentro do que a sociedade estabelece ser

qualidade de vida ou se é a impressão que o indivíduo tem sobre essa qualidade; quais seriam

os aspectos importantes para serem relacionados na qualidade de vida, se há diferença

cultural, ou seja, aquilo que é qualidade de vida no sudeste pode ser relacionado ao que seria

no norte do Brasil? Campbell,citado por AWAD (AWAD; VORUGANTI, 1976) tentou

explicitar as dificuldades que cercavam a conceituação do termo qualidade de vida:

“qualidade de vida é uma vaga e etérea entidade, algo sobre a qual muita gente fala, mas que

ninguém sabe claramente o que é”. Essa afirmação, feita há mais de 30 anos mostra a

dificuldade que existia e ainda persiste na definição de qualidade de vida e é natural,

principalmente na ciência cartesiana.

Há indícios de que o termo surgiu pela primeira vez na literatura médica na

década de 30, segundo um levantamento de estudos que tinha por objetivo a sua definição e

que fazia referência à avaliação da Qualidade de Vida. Costa Neto (2002), trabalhando a

publicação de Cummins, intitulada Directory of Instruments to Measure Quality of Life and

Correlate Areas, publicada em 1998, identificou 446 instrumentos, no período de setenta

anos. No entanto, 322 instrumentos identificados, equivalentes a mais de 70,0% do total,

apareceram na literatura a partir dos anos 80. O acentuado crescimento nas duas últimas

décadas atesta os esforços voltados para o amadurecimento conceitual e metodológico do uso

do termo na linguagem científica.

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

16

Uma definição clássica, do tipo global, é datada de 1974 (BOWLING; BRAZIER,

1995): “qualidade de vida é a extensão em que prazer e satisfação têm sido alcançados”. A

noção de que QV envolve diferentes dimensões configura-se a partir dos anos 80,

acompanhada de estudos empíricos para melhor compreensão do fenômeno. Uma análise da

literatura da última década evidencia a tendência de usar definições focalizadas e combinadas,

pois são estas que podem contribuir para o avanço do conceito em bases científicas.

Na área da saúde, o interesse pelo conceito QV é relativamente recente e decorre,

em parte, dos novos paradigmas que têm influenciado as políticas e as práticas do setor nas

últimas décadas. Os determinantes e condicionantes do processo saúde-doença são

multifatoriais e complexos. Assim, saúde e doença configuram processos compreendidos

como um continuum, relacionados aos aspectos econômicos, socioculturais, experiência

pessoal e estilos de vida. Consoante essa mudança de paradigma, a melhoria da QV passou a

ser um dos resultados esperados, tanto das práticas assistenciais quanto das políticas públicas

para o setor nos campos da promoção da saúde e da prevenção de doenças (SCHUTTINGA,

1995).

A mudança do perfil de morbimortalidade, tendência universal também nos países

em desenvolvimento, indica o aumento da prevalência das doenças crônico-degenerativas. Os

avanços nos tratamentos e as possibilidades efetivas de controle dessas enfermidades têm

acarretado o aumento da sobrevida e/ou a vida longa das pessoas acometidas por esses

agravos.

No âmbito da saúde coletiva e das políticas públicas para o setor também é

possível identificar interesse crescente pela avaliação da QV. Assim, informações sobre QV

têm sido incluídas tanto como indicadores para avaliação da eficácia, eficiência e impacto de

determinados tratamentos para grupos de portadores de agravos diversos, quanto na

comparação entre procedimentos para o controle de problemas de saúde (KAPLAN, 1995).

Outro interesse está diretamente ligado às práticas assistenciais cotidianas dos

serviços de saúde, e refere-se à QV como um indicador nos julgamentos clínicos de doenças

específicas. Trata-se da avaliação do impacto físico e psicossocial que as enfermidades,

disfunções ou incapacidades podem acarretar para as pessoas acometidas, permitindo um

melhor conhecimento do paciente e de sua adaptação à condição. Nesses casos, a

compreensão sobre a QV do paciente incorpora-se ao trabalho do dia-a-dia dos serviços,

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

17

influenciando decisões e condutas terapêuticas das equipes de saúde (MORRIS; PEREZ;

MCNOE, 1998).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu qualidade de vida como "a

percepção do indivíduo sobre a sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de

valores nos quais ele vive, e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e

preocupações" (WHOQOL, 1995).

A literatura em geral (BERNABEU et al., 2002; CUNEO et al., 1998; HENRICH;

HERSCHBACH, 2000; HERSCHBACH et al., 2001; HOLMES et al., 1995; MCKENNA,

1999; MCMILLAN et al., 2006; WALLYMAHMED et al., 1996) apresenta muitos atributos

para se medir a qualidade de vida e muitos são genéricos além do que, dependendo de vários

fatores, pode ser entendido ou percebido de forma diferente por pessoas de culturas diferentes,

dentre eles podemos citar os seguintes: habilidade, adaptação, avaliação, necessidades

básicas, autocontrole, demandas e responsabilidades, angústia, diversidade, prazer,

expectativas, experiências, flexibilidade, liberdade, aberturas, felicidade, saúde, esperanças,

identidade, melhoria, integridade, isolamento, conhecimento, necessidades, oportunidades,

percepções, possibilidades, domínio de QV existencial, domínio de QV físico, domínio de QV

psicológico, religião, segurança, satisfação, auto-estima, sociabilidade, espiritualidade, tensão,

verdade, bem-estar e desejos.

A definição de qualidade de vida tem sido sempre muito utilizada como uma

variante de vários aspectos da vida humana. É uma panacéia de discurso em todas as áreas do

conhecimento humano. Primeiramente como uma visão biomédica ligada ao conceito de

saúde que era meramente ausência de doença. Certamente com a evolução tecnológica as

definições românticas e cartesianas da ciência deixaram de privilegiar vários aspectos da vida

humana e, agora, os cientistas estão mais atentos a vários sentidos dessa qualidade de vida

Como diz Minayo (1999):

Qualidade de vida é uma noção eminentemente humana, que tem sido aproximada ao grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental e à própria estética existencial. Pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os elementos que determinada sociedade considera seu padrão de conforto e bem-estar. O termo abrange muitos significados, que refletem conhecimentos, experiências e valores de indivíduos e coletividades que a ele se reportam em variadas épocas, espaços e histórias diferentes, sendo, portanto uma construção social com a marca da relatividade cultural. (MINAYO, 1999)

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

18

Nessa definição, outros aspectos, além da ausência de doença, são evocados. E

não poderia deixar de ser diferente. Saúde, num contexto sócio-cultural pode variar e

diferenciar de outro além do aspecto econômico, das ações de políticas públicas e dos

aspectos culturais de determinada sociedade.

A relatividade da noção, que em última instância remete ao plano individual, tem pelo menos três fóruns de referência. O primeiro é histórico, ou seja, em determinado tempo de seu desenvolvimento econômico, social e tecnológico, uma sociedade específica tem um parâmetro de qualidade de vida diferente da mesma sociedade em outra etapa histórica. O segundo é cultural. Certamente, valores e necessidades são construídos e hierarquizados diferentemente pelos povos, revelando suas tradições. O terceiro aspecto se refere às estratificações ou classes sociais. Os estudiosos que analisam as sociedades em que as desigualdades e heterogeneidades são muito fortes mostram que os padrões e as concepções de bem-estar são também estratificados: a idéia de qualidade de vida está relacionada ao bem-estar das camadas superiores e à passagem de um limiar a outro (MINAYO, 1999).

A expressão Qualidade de Vida Ligada à Saúde (QVLS) é definida por Auquier,

Simeoni e Mendizabal (1997) como o valor atribuído à vida, ponderado pelas deteriorações

funcionais; as percepções e condições sociais que são induzidas pela doença, agravos,

tratamento; e a organização política e econômica do sistema assistencial.

Quando vista de forma mais focalizada, qualidade de vida em saúde coloca sua

centralidade na capacidade de viver sem doenças ou de superar as dificuldades dos estados ou

condições de morbidade. Isso por que, em geral, os profissionais atuam no âmbito em que

podem influenciar diretamente, isto é, aliviando a dor, o mal-estar e as doenças, intervindo

sobre os agravos que podem gerar dependências e desconfortos, seja para evitá-los, seja

minorando conseqüências dos mesmos ou das intervenções realizadas para diagnosticá-los ou

tratá-los (MINAYO, 1999). Buss (2000) num artigo sobre qualidade de vida e promoção da

saúde, enfatiza a importância desta para determinar a qualidade de vida de uma pessoa ou

grupo:

Existem evidências científicas abundantes que mostram a contribuição da saúde para a qualidade de vida de indivíduos ou populações. Da mesma forma, é sabido que muitos componentes da vida social que contribuem para uma vida com qualidade são também fundamentais para que indivíduos e populações alcancem um perfil elevado de saúde. É necessário mais do que o acesso a serviços médico-assistenciais de qualidade, é preciso enfrentar os determinantes da saúde em toda a sua amplitude, o que requer políticas públicas saudáveis, uma efetiva articulação intersetorial do poder público e a mobilização da população. (BUSS, 2000)

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

19

Para Cella e Tulsky (1990), qualidade de vida refere-se à avaliação pelo indivíduo

da satisfação com seu nível de funcionamento, quando este é comparado com o que considera

como ideal. Como esta definição envolve aspectos subjetivos, seria importante obter uma

avaliação da extensão da disfunção existente e de como esta geraria expectativas. Esse

procedimento ratificaria o relato do paciente sobre a disfunção real e a sua tolerabilidade a

esta. Assim, alguns indivíduos com disfunções reais mínimas poderiam estar muito

insatisfeitos, enquanto outros seriam capazes de tolerar comprometimentos mais graves.

Wilson e Cleary (1995) propuseram cinco dimensões para avaliação de saúde e

estabeleceram relações específicas entre elas, associando variáveis clínicas à medidas de

qualidade de vida. Desta maneira, fatores biológicos e fisiológicos determinariam os

sintomas, que influenciariam o funcionamento do indivíduo que, por sua vez determinaria a

avaliação de sua saúde (no seu conceito mais amplo, não como mera ausência de doença) e,

conseqüentemente, de qualidade de vida. Em todos esses níveis que seriam

multirrelacionáveis, também estariam envolvidas características individuais (personalidade,

valores) e ambientais (suporte psicossocial e econômico).

Segundo os autores, este modelo facilitaria a compreensão das associações entre

parâmetros clínicos e qualidade de vida e seria útil na formulação de estratégias para melhorá-

la, bem como para melhorar o estado funcional, requerendo não só a identificação dos fatores-

chave que os determinariam, mas também sua importância relativa e o grau em que poderiam

ser modificados.

Para Jones (1995) qualidade de vida poderia ser entendida, do ponto de vista

prático, como a quantificação do impacto da doença na vida diária e no bem-estar do paciente

de maneira formal e padronizada. Reconhece que a necessidade de padronização tem sido a

maior dificuldade nessa área e aponta que, como tem sido argumentada, qualidade de vida

tem caráter individual. Assim, não poderia ser quantificada de maneira padronizada, porque

os indivíduos não seriam uniformes e, conseqüentemente, não poderia ser usada uma

pontuação como medida válida do impacto da doença nos grupos de pacientes.

Embora Jones (1995) considere que esses argumentos pudessem ser válidos,

segundo ele, a conclusão não estaria correta. Sugere que, se um questionário não puder

fornecer uma estimativa exata de qualidade de vida do paciente, poderia, pelo menos,

promover uma estimativa confiável da qualidade de vida da população à qual pertence.

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

20

Conclui, portanto, que uma medida obtida por questionários adequadamente desenvolvidos e

validados não seria diferente de nenhuma outra medida em medicina, como, por exemplo, os

valores normais de espirometria.

Para Queiroz et al. (2004) qualidade de vida é uma expressão que vem se tornando

corriqueira no dia-a-dia das pessoas, mas que se reveste de grande complexidade, dada à

subjetividade que representa para cada pessoa ou grupo social, podendo representar

felicidade, harmonia, saúde, prosperidade, morar bem, ganhar salário digno, ter amor e

família, poder conciliar lazer e trabalho, ter liberdade de expressão, ter segurança. E pode

significar todo esse conjunto de atributos e/ou benefícios.

Qualidade de vida é compreendida, no presente trabalho, como parte de um bem

individual e coletivo, entendendo a saúde como uma condição biológica e social, determinada

por fatores objetivos, do ponto de vista das necessidades de subsistência e fatores subjetivos,

considerando as necessidades sociais de realização psicológica do ser humano, além da

espiritualidade.

De quem é a melhor percepção de qualidade de vida: daqueles que a vivem ou

daqueles que a observam? Possivelmente do conjunto de ambos, desde que os aspectos

humanos e os do espaço urbano se fundam em um conceito também agregado de

desenvolvimento humano e sustentável. Conceituar qualidade de vida tem se mostrado um

desafio contínuo; medi-la assume contornos ainda mais pretensiosos.

Qualidade é de estilo cultural, mais que tecnológico; artístico, mais que produtivo;

lúdico, mais que eficiente; sábio, mais que científico. Diz respeito ao mundo tão tênue quanto

vital da felicidade. Não se é feliz sem a esfera do ter, mas é principalmente uma questão de

ser. Não é uma conquista de uma mina de ouro que nos faria ricos, mas sobretudo a conquista

de nossas potencialidades próprias, de nossa capacidade de autodeterminação, do espaço da

criação. É o exercício da competência política.

Vários modelos conceituais explicativos de qualidade de vida foram elaborados a

partir de meados da década de 90, onde cada cenário é construído conforme sua identidade

técnica (determinantes econômicos, sociais, ambientais etc.) (GOUZEE et al., 1995; GREEN,

1995; HAMMOND et al., 1995; MACHADO, 1996).

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

21

1.2.2 Avaliação da Qualidade de Vida

Historicamente, a análise da Qualidade de Vida tem sido sistematizada em torno

da visão total do espaço considerado. Exemplo disso é o Índice de Desenvolvimento Humano

(IDH), o qual já estabelece série temporal para diferentes países, estados, províncias e

cidades. Desenvolvimento humano pode ser conceituado como um processo de alargamento

das escolhas pessoais quanto ao nível de bem-estar alcançado. Isto é, o desenvolvimento das

pessoas, para as pessoas, pelas pessoas; implica o aumento de suas potencialidades através de

melhores condições de educação, treinamento, saúde, habitação, meio ambiente e

alimentação. Implica também que o crescimento econômico seja traduzido em melhoria das

condições de vida, gestão das políticas públicas e, por fim, que as pessoas sejam mais que

beneficiárias, sendo mais ativas e participando das decisões que influenciam sua vida (IPEA,

1998). O IDH utiliza três componentes de desenvolvimento humano: longevidade, grau de

conhecimento e renda ou PIB(produto interno bruto) per capita, por entender que estes

indicadores refletem o todo da realidade em análise. Essa sistemática é potencializada no

reconhecimento de um bom governo, ao se avaliar a construção das políticas públicas e seu

impacto sobre a qualidade de vida da população. Na mesma perspectiva, o Índice de

Qualidade de Vida Urbana (IQVU) sintetiza a oferta de serviços urbanos essenciais e enfatiza

qualidade e acessibilidade.

Não há dúvida de que o desenvolvimento de instrumentos e formas de avaliação

de mortalidade e morbidade é uma tarefa muito mais simples (ou muito menos complexa) do

que criar instrumentos para avaliar qualidade de vida ou bem-estar. É difícil definir construtos

subjetivos influenciados por características temporais (de época) e culturais. Assim,

desenvolver instrumentos para avaliar qualidade de vida psicometricamente válidos é um

grande desafio. Some-se a isto o fato de que a maioria desses instrumentos foi desenvolvida

nos Estados Unidos e na Europa, o que torna o seu uso transcultural no mínimo questionável.

A ausência de um instrumento que avalie qualidade de vida per se, com uma perspectiva

internacional, fez com que a OMS constituísse um Grupo de Qualidade de Vida (FLECK,

2000; WHOQOL, 1995) com a finalidade de desenvolver instrumentos capazes de fazê-lo

dentro de uma perspectiva transcultural.

Nos últimos anos a preocupação e a valorização da dimensão 'não-material' ou

espiritual em saúde tem crescido em importância (ELLERHORST-RYAN, 1996). Uma

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

22

resolução da 101ª sessão da Assembléia Mundial de Saúde propôs uma modificação do

conceito de saúde da OMS para um estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental,

espiritual e social. No instrumento WHOQOL-100 existe um domínio denominado

Espiritualidade, Religiosidade e Crenças pessoais (domínio VI). No entanto, esse domínio

consta de apenas uma faceta. O objetivo deste recente projeto do Grupo WHOQOL é

aprofundar esse domínio, examinando, em diferentes culturas e religiões, as facetas que o

integram. Assim, talvez seja possível e interessante desenvolver um módulo a partir da

medida já existente no WHOQOL e torná-la uma medida mais sensível e completa desse

domínio para utilização na área de saúde. Neste caso, entraria como um módulo adicional ao

WHOQOL para ser usado quando necessário. É importante salientar que este módulo não é

dirigido a qualquer religião específica, mas a todas as formas de espiritualidade, praticada ou

não através de religiões formais. Para os que não são afiliados a religião alguma ou dimensão

espiritual, o domínio deve referir-se a crenças ou códigos de comportamento (WHO, 1994).

A função dos indicadores é clara, pois justamente ilumina uma faceta da realidade

e quanto maior for o conjunto deles, mais elementos terão os atores sociais para compreender

e transformar o espaço. Porém, a transformação do processo quantitativo-qualitativo torna-se

pretensiosa quando a única fonte de análise parte de dados oficialmente registrados e

trabalhados como verdades absolutas. Somada a isso, a interpretação de indicadores deve

apenas ser entendida como reflexo minoritário da realidade complexa do dia-a-dia e estes

indicadores não podem ser tomados como expressão da mesma. Sua definição e escolha,

geralmente em função de dados disponíveis e validade, absorvem vícios típicos de uma

análise burocratizada. Ainda, a agregação de indicadores compostos apenas retrata

conjunturas parciais da dinâmica urbana, não podendo jamais representar sua totalidade. Tudo

isso é incorporado às incertezas metodológicas e às interpretações segundo o ponto de vista da

percepção do observador (ROCHA et al., 2000; SEIDL; ZANNON, 2004).

1.3 QUALIDADE DE VIDA NA DEFICIÊNCIA DE HORMÔNIO DE CRESCIMENTO

Embora inúmeras citações refiram uma deteriorização na qualidade de vida dos

pacientes com DIGH, a heterogeneidade de pacientes estudados, muitos com pan-

hipopituitarismo e com outras reposições (tireoideana, corticoterapia, esteróides sexuais),

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

23

alguns com DIGH com origem na infância, outros na fase adulta, alguns submetidos à cirurgia

hipofisária, outros à radioterapia, alguns com deficiência severa de GH, outros com

deficiência moderada e alguns mesmo sem deficiência de GH, torna extremamente discutível

o perfil da qualidade de vida nesses pacientes, que inclui diminuição do humor, tendência à

depressão, menor capacidade laborativa e pior desempenho sexual (KALITERNA; PRIZMIC;

ZGANEC, 2007; MARTINELLI-JÚNIOR et al., 2002; PAPADOGIAS et al., 2003).

Questionários de QDV genéricos (BURMAN; DEIJEN, 1998) têm identificado problemas

particulares nestes pacientes tais como labilidade emocional, isolamento social, reduzida

energia física e mental e pouco desejo sexual (ATTANASIO et al., 1997; BJÖRK et al., 1989;

BURMAN et al., 1995; MCGAULEY, 1989; ROSÉN et al., 1994; WALLYMAHMED et al.,

1996). Tais instrumentos incluem Nottingham Health Profile (HUNT; MCEWAN;

MCKENNA, 1986), the Psychological General Well-Being Schedule (DUPUY, 1984), e The

Rand 36-item Health Survey (SF-36) (WARE; SHERBOURNE, 1992). Estes estudos aplicam

instrumentos genéricos e sem poder estatístico suficiente para detectar diferenças entre as

populações estudadas. Eles não focam aspectos particulares concernentes à deficiência de GH

e ao hipopituitarismo. Novos questionários vêm sendo desenvolvidos com alto grau de

especificidade (BERNABEU et al., 2002; CUNEO et al., 1998; HENRICH; HERSCHBACH,

2000; HERSCHBACH et al., 2001; HOLMES et al., 1995; MCKENNA, 1999;

WALLYMAHMED et al., 1996). Dois questionários têm sido utilizados na avaliação da

QDV em adultos: o Quality of Life Assessment of GH Deficiency in Adults (QOL-AGHDA)

(HOLMES et al., 1995; McKENNA et al., 1999), desenvolvido a partir do Nottingham Health

Profile e o Questions on Life Satisfaction Hypopituitarism Module (QLS-H) (BLUM et al.,

2003). O Qol-AGHDA foi desenvolvido como um instrumento específico para descoberta de

déficits em áreas que são afetadas em pacientes com DGH. O questionário consiste de 25

questões que podem ser respondidos com ‘sim’ ou ‘não’, a resposta ‘sim’ indica que o

paciente percebe um problema naquela área. O total de respostas ‘sim’ é usado como uma

medida de QV. Um escore alto indica uma piora de qualidade de vida (SALLER et al., 2006).

Comparado com QoL-AGHDA , o QLS-H tem a vantagem de Avaliar consecutivamente nove

categorias de função de acordo com o grau de importância que o indivíduo coloca nas mesmas

e respectivamente o nível de satisfação (Manejo de estresse, Aparência do corpo,

Autoconfiança, Satisfação sexual, Concentração, Resistência física, Iniciativa/Condução,

Lidar com a raiva e Suportar as dificuldades do dia a dia). Outra vantagem é que o QLS-H

utiliza dados de diferentes paises (França, Alemanha, Itália, Holanda, Espanha, Reino Unido e

Estados Unidos) ao passo que o QoL-AGHDA apresenta valores de referência somente para a

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

24

Espanha (BADIA et al., 1998) e para a Suécia (WIRÉN et al., 2000). Uma terceira vantagem

é a possibilidade de determinar se indivíduos com DIGH têm uma QDV prejudicada em

condições basais e se a mesma normaliza com o tratamento com o GH. Por estas razões

utilizamos o QLS-H neste trabalho, com o objetivo de avaliar a qualidade de vida de pacientes

com DIGH de Itabaianinha comparando-os com controles da mesma região e com dados da

literatura e verificar a influência do tratamento com o GH nesta qualidade de vida no que diz

respeito ao escore total. Trabalho anterior do nosso grupo utilizando 26 indivíduos com

DIGH devido à mutação IVS1+1G→A no gene do GHRH-R de Itabaianinha utilizando um

questionário adaptado de Wallyamahmed (WALLYMAHMED et al., 1996) e World Health

Organization Quality of Life (KATSCNIG, 1998) mostrou que o grau de satisfação foi

superior ao grau de insatisfação nos itens vida familiar, sexo (p < 0,0001 em ambos os casos),

tendência do grau de satisfação ser superior ao de insatisfação na diversão e sociabilidade (p =

0,08) e não houve diferenças entre o percentual de respostas na aceitação social, padrão de

vida, saúde e o escore de satisfação geral. Os mesmos são longevos, trabalham ativamente,

são férteis, mesmo em idade avançada, não têm dificuldade para relacionamentos sociais ou

afetivos. Estes dados não sugerem, nessa comunidade rural do Nordeste Brasileiro, uma piora

da qualidade de vida dos pacientes com severa deficiência isolada de GH (SOUZA et al.,

2004). No entanto este trabalho carece de um grupo controle e de um questionário específico

para deficiência de GH. Reduzida qualidade de vida (QDV) é uma queixa comum em adultos

com a DGH ( BLUM et al., 2003; CAROLL et al., 1998; HAGGSTROM et al., 2006).

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

25

2 OBJETIVOS

2.1 Avaliar a qualidade de vida nos pacientes com Deficiência Isolada do

Hormônio de Crescimento (DIGH).

2.2 Avaliar a influencia do sexo na qualidade de vida dos pacientes com

Deficiência Isolada do Hormônio de Crescimento (DIGH).

2.3 Avaliar a influencia do tratamento com GH na qualidade de vida dos pacientes

com Deficiência Isolada do Hormônio de Crescimento (DIGH).

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

26

3 MÉTODOS

3.1 CASUÍSTICA

Foi utilizada uma amostra de 20 indivíduos com DIGH (45,50 ± 14,34 anos,

média e desvio padrão; idade mínima 24 anos e idade máxima 73 anos, 10 mulheres) e 20

controles (46,50 ± 13,97 anos, média e desvio padrão; idade mínima 24 anos e idade máxima

82 anos, 10 mulheres) residentes em Itabaianinha no sudoeste de Sergipe, recrutados através

de convite na Associação do Crescimento Físico e Humano de Itabaianinha (ASCRIN), após

uma reunião de esclarecimentos. Os indivíduos do grupo DIGH participaram de um projeto de

tratamento com GH de depósito e foram avaliados nos aspectos de composição corporal,

metabolismo lipídico, glicídio, aspectos cardiovasculares (OLIVEIRA et al., 2007). Os

critérios de exclusão foram: tratamento prévio com GH, distúrbios psiquiátricos, alcoolismo,

doenças crônicas ou condições que influenciassem a qualidade de vida. Os indivíduos dos

grupos DIGH e controle tinham semelhantes níveis de instrução e ocupação.

Todos os indivíduos do grupo DIGH apresentaram evidências clínicas (baixa

estatura, fronte ampla, fácies de boneca, voz com timbre agudo, órbitas rasas e obesidade

central), e laboratoriais (IGF-I bastante reduzido) e diagnóstico molecular da mutação no gene

do GHRH-R (SALVATORI et al., 1999).

Os indivíduos assinaram termo de consentimento livre e esclarecido e o projeto

faz parte de um projeto amplo intitulado Conseqüência de Deficiência Isolada e Vitalícia de

Hormônio de Crescimento, aprovado no CEP/HU nº 043/2004 e pelo CONEP - Comissão

Nacional de Ética em Pesquisa sob nº 10212.

3.2 MÉTODO

3.2.1 Desenho Experimental

No período basal foi feita uma comparação entre os grupos DIGH e controle. O

grupo DIGH recebeu durante seis meses doses do GH (Nutropin depot, Genetec®, CA, USA)

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

27

por via subcutânea, a cada 15 dias, precedidas de dosagens séricas do IGF-I, colhidas na

véspera da injeção. As doses iniciais corresponderam a 0,33 mg/kg (11,7 mg ou 35,1 UI) e

0,25 mg/kg (9,5 mg ou 28,5 UI) em mulheres e homens, respectivamente. Estas doses foram

reajustadas ao final do estudo para 0,38 mg/kg (13,5 mg ou 40,5 UI) nas mulheres e 0,38

mg/kg (14,4 mg ou 43,2 UI) nos homens. Foi avaliado a dosagem sanguínea do IGF-I

(ng/mL) nos tempos Basal ,pós 6 meses de tratamento com GH (pGH) e com 12 meses de

wash out (12M) através do método IRMA (imunoradiometria com dupla extração). O

método apresenta sensibilidade de 0,8 ng/ml (Diagnostic Systems Laboratories 5600, Inc.,

Webster, Texas, EUA). Os erros intra e extra ensaio são respectivamente 2,25% e 2,6%.

Foi aplicado no grupo DIGH e controle, individualmente, o questionário

(APÊNDICE A) padronizado para avaliação da qualidade de vida na deficiência de GH,

usado para pacientes com DIGH. Uma versão preliminar em alemão dos QLS-H foi

desenvolvida de entrevista semi estruturadas de pacientes adultos com GHD. O questionário

foi traduzido em 6 línguas (francês, italiano, holandês, espanhol, inglês britânico e americano)

de acordo com um protocolo rígido. Este protocolo envolveu a tradução do alemão para outra

língua e da outra língua de novo para o alemão por um tradutor independente. Qualquer

problema de linguagem (por exemplo, problema semântico) que apareceu foi resolvido pelo

primeiro tradutor e os psicólogos que desenvolveram o instrumento. O questionário foi então

validado em estudos abertos, não controlados, multi central, longitudinal e prospectivo e entre

culturas de nacionalidade diferentes (HERSCHBACH et al., 2001). A versão final

compreende uma só pagina com 9 itens se concentrando em problemas específicos

enfrentados por adultos com GHD. Os indivíduos devem no inicio indicar quão importante

certa dimensão da qualidade de vida é para eles e então são questionados quanto ao grau de

satisfação com cada dimensão. Efetivamente isto permite que cada item seja pesado em

termos de importância para os pacientes em si. Cada item é categorizado em uma escala de 5

pontos de Likert de não importante (1) a extremamente importante (5) e de não satisfeito (1) a

muito satisfeito (5). (BLUM et al., 2003)

O questionário foi preenchido pelo mesmo investigador e consta de 09 questões

(Manejo do estresse, Aparência do corpo, Autoconfiança, Satisfação sexual, Concentração

Resistência Física, Iniciativa / Condução, Lidar com a raiva, Suportar dificuldades do dia a

dia), onde a pessoa indica a importância de cada categoria perguntada e mensurado o escore

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

28

de satisfação de cada categoria através da formula: Escore de Satisfação (ES) = (importância-

1) X (2x satisfação -5) (BLUM et al., 2003).

O escore de qualidade de vida (EQV) individual é obtido pela soma dos ES das

nove categorias e pode variar de – 108 (representando satisfação muito baixa) até 180

(representando satisfação muito alta). Através dos EQV individuais calculamos o EQV médio

dos grupos DGH e controle.

Os indivíduos com DGH foram tratados com GH depot (GH de depósito a cada 15

dias) por seis meses e o questionário foi aplicado novamente após os seis meses de tratamento

e com 12 meses sem o GH (Wash out).

3.2.2 Análise Estatística

Os dados foram tabulados no programa SPSS versão 11.5 e avaliados pelo teste

Mann-Whitney, para comparação dos grupos DGH e controle. Devido a assimetria da

distribuição e diferenças no número de indivíduos nos três tempos analisados Basal (20

indivíduos), no tempo pGH (13 indivíduos) e com 12M (19 indivíduos) um modelo misto de

efeitos fixos e aleatórios foi utilizado após a transformação logarítmica e realizada uma

equação estimada generalizada para avaliar a variação de medidas em cada indivíduo

utilizando o programa PROC MIXED software SAS versão 8.0 para windows, 1991 (San

Diego, C A, U.S.A.) (SINGER et al., 1998). Diferenças entre os escores basais e no tempo

pós 6 meses de tratamento com GH e com 12 meses de wash out foram analisados pelo teste

de Wilcoxon pareado. A exceção dos dados de idade que tem a distribuição normal, os demais

são expressos em mediana e distância interquartilica (percentil 75-percentil 25). O valor de p

utilizado foi menor que 0,05.

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

29

4 RESULTADOS

Os dados demográficos dos 02 grupos estão na tabela 1. Não houve diferença na

composição dos grupos nos itens estado civil, escolaridade, renda, e profissão. Ambos os

grupos residem na zona urbana. Todos são cristãos, sendo 80% católicos e 20 % evangélicos

em cada grupo. Chama atenção em ambos os grupos o relato em que à espiritualidade seria

um fator importante no entendimento da realidade vivida. Vários anões relataram que a

deficiência era a “vontade de Deus”. Por outro lado, os indivíduos com DIGH participam dos

festejos comunitários com absoluta naturalidade.

TABELA 1 - Dados demográficos de 20 indivíduos com DIGH e 20 controles residentes em Itabaianinha. Grupo DIGH Grupo Controle

Homens Mulheres Homens Mulheres Escolaridade

Analfabetos 1 1 1 0 1º grau 6 7 6 6 2º grau 2 1 2 3 3º grau 1 1 1 1

Renda Até 2 sm 8 9 8 8 3 a 6 sm 2 1 2 2

Estado Civil

Solteiro (a) 4 5 0 0 Casado (a) 6 4 10 8 Viúvo (a) 0 0 0 2 Divorciado (a) 0 1 0 0

Profissão Lavrador 5 1 4 0 Comerciante 2 2 2 1 Professor 0 2 0 1 Do Lar 0 4 0 7 Artesão 1 0 1 0 Fubc. Público 0 1 3 1 Motorista 1 0 0 0 Inativo* 1 0 0 0

Religião Católica 10 8 9 9 Evangélica 0 2 1 1

sm= Salário Mínimo; Inativo: recebe pensão por invalidez

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

30

A tabela 2 mostra o escore de Satisfação Ponderada das nove categorias e Escore

Total de Qualidade de Vida (ETQV) em 20 pacientes com DIGH no tempo basal e um grupo

controle com 20 indivíduos, utilizando o Questionário “Perguntas de Satisfação de Vida no

Modelo de Hipopituitarismo (QLS-H)”.Não houve diferença entre os escores individuais das

nove categorias e no escore total do QLS-H entre os grupos DIGH e controle. Chama a

atenção que os indivíduos mais jovens no grupo DIGH apresentaram os escores menores.

TABELA 2 - Escore de Satisfação Ponderada das nove categorias e Escore Total de Qualidade de Vida (ETQV) em pacientes com DIGH no tempo basal e um grupo controle, utilizando o Questionário “Perguntas de Satisfação de Vida no Modelo de Hipopituitarismo (QLS-H)”.

Mediana (distância inert quartílica)

A Tabela 3 mostra o EQV Total nos grupos DIHG e controle em relação ao sexo.

Não houve diferença no EQV Total nos homens e mulheres no grupo DIGH. Já no grupo

controle houve uma tendência dos homens apresentarem o EQV Total maior (p=0,06). Não

houve diferença entre o EQV Total nos dois sexos em relação ao grupo.

TABELA 3 - Escore total de qualidade de vida (ETQV) em pacientes com DIGH no tempo basal e um grupo controle, utilizando o Questionário “Perguntas de Satisfação de Vida no Modelo de Hipopituitarismo (QLS-H)”, segundo o sexo.

Grupos EQTV

Masculino Feminino p DGH 102 (47,5) 87 (60) 0,579 Controle 99 (43,25) 39,5 (102) 0,06 p 0,853 0,218

Categorias DIGH n = 20

Controle n = 20

P

Manejo do estresse 10,5 (10,5) 9 (17,25) 0,429 Aparência do corpo 15 (9) 10 (6) 0,478 Autoconfiança 15 (9) 15 (0) 0,820 Satisfação sexual 13,5 (11) 9,5 (20,25) 0,134 Concentração 10,5 (9) 10,5 (17,25) 0,678 Resistência física 9 (11,75) 15 ( 22,5) 0,820 Iniciativa/condução 13,5 (6) 13,5 ( 6) 0,820 Lidar com a raiva 9 (12) 3 ( 15) 0,355 Suportar dificuldades diárias 9,5 (10,75) 15 (8,25) 0,221 ETQV 90 (50,25) 93 (79,25) 0,529

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

31

A tabela 4 mostra os níveis de IGF-I e Escore de Satisfação Ponderada das nove

categorias e Escore Total de Qualidade de Vida (ETQV) em pacientes com DIGH, pelo

Questionário “Perguntas de Satisfação de Vida no Modelo de Hipopituitarismo (QLS-H)”, no

tempo Basal, após 6 meses de tratamento com GH Depot (após GH) e 12 meses a após a

suspensão do GH (12 meses).

Os valores do IGF-I no grupo DIGH após tratamento com GH foram

significativamente mais altos que os do período basal. Após a retirada do tratamento,

observou-se queda significativa nos valores do IGF-I, voltando aos níveis iniciais de

tratamento.

Nas nove categorias, comparando o três tempos, basal, pGH e 12M pós tratamento

não houve mudanças significativas. Encontramos aumento significativo apenas na categoria

resistência física no tempo pGH em relação ao Basal .

TABELA 4 - Níveis de IGF-I e Escore de Satisfação Ponderada das nove categorias e Escore Total de Qualidade de Vida (ETQV) em pacientes com DIGH, pelo Questionário “Perguntas de Satisfação de Vida no Modelo de Hipopituitarismo (QLS-H)”, no tempo Basal, após 6 meses de tratamento com GH Depot (após GH) e 12 meses a após a suspensão do GH (12 meses).

Categorias Tempos Basal n = 20

Após GH n = 13

12 meses n = 19

IGF-I (ng/mL) 1 (0) 27 (21,5)** 1 (0)

Manejo do estresse 10,5 (10,5) 9 (13,5) 15 (10)

Aparência do corpo 15 (9) 15 (6) 10 (9,5) Autoconfiança 15 (9) 15 (8) 15 (6) Satisfação sexual 10 (13,7) 9 (10,5) 15 (6)

Concentração 10,5 (9) 15 (6) 9 (6) Resistência física 9 (11,8) 15 (0)* 15 (6) Iniciativa/condução 13,5 (6) 15 (6) 15 (7,5)

Lidar com a raiva 9 (12) 9 (11) 9 (9) Suportar dificuldades do dia a dia 9,5 (10,7) 9 (9) 10 (6) ETQV 92 (60,5) 100 (51) 93 (38)

*p = 0,01 em comparação com o Basal, ** p<0,001; Mediana (distância inter quartílica)

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

32

O gráfico 1mostra o escore ponderado da categoria resistência física no grupo

controle e no grupo DIGH basal, pós GH e 12 meses após tratamento. O gráfico 2 mostra o

ETQV no grupo controle e no grupo DIGH basal, pós GH e 12 meses após tratamento. Os

gráficos 3 a 22 do anexo, mostram comportamento individual das nove categorias que

compõe o índice nos grupos DIGH e Controle e nos três tempos do grupo DIGH.

GRÁFICO 1 - Escore ponderado de satisfação na categoria resistência física no grupo controle (CO) e no grupo DIGH nos tempos: Basal (DIGHb), pós GH (pGH) e 12 meses pós tratamento (12M).

CO DIGHb pGH 12M

tempo

-10,00

-5,00

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

Resi

stên

cia

Físi

ca

31

28

21

163

6958

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

33

GRÁFICO 2 - Escore total de qualidade de vida nos grupos controle e DIGH nos tempos basal (DIGHB), pos GH (pGH) e 12 meses após tratamento (12M)

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

34

5 DISCUSSÃO

As identidades social e pessoal fazem parte, antes de tudo, da construção de um

sistema de valores, do que é normal ou desviante por parte dos integrantes desta sociedade

(FOUCAULT, 1983). A aparência está relacionada às impressões construídas sob a forma de

valores e preconceitos a respeito de fatores físicos como a altura. Esses atributos físicos estão

ligados à auto-estima de cada indivíduo e ao julgamento que outras pessoas fazem dele. Sendo

que, quando avaliados como positivos, ou seja, valorizados pelo sistema, permitem que a

pessoa se veja positivamente, o que aumenta sua confiança e auto-estima (MELAMED;

BOZIONELOS, 1992). Uma “boa altura” foi construída socialmente como algo valoroso,

sendo atribuído a uma certa faixa de estatura um caráter de normalidade, o qual promoveu a

desvalorização de estaturas que se desviassem de um tamanho padrão. O valor da altura tem

sido visto, há muito tempo, como algo que indica uma melhor condição de vida das pessoas.

Goffman (1978) revela que qualquer pessoa que não preencha esse requisito (uma

boa altura), ver-se-á provavelmente, pelo menos em alguns momentos, como inferior. A

baixa estatura será considerada um tipo de estigma, já que impede a aceitação social plena dos

indivíduos que se desviam do que é considerado padrão. As pessoas que têm relações com

indivíduos estigmatizados não conseguem ter com eles a mesma consideração que têm com os

outros indivíduos. A baixa estatura é considerada um defeito, algo que os tornam inferiores,

não capazes de assumir as mesmas responsabilidades de alguém normal. Dessa forma, esses

indivíduos são excluídos de vários setores sociais, sendo esse fato evidente no estudo feito por

Ablon (1981) ao relatar que, embora haja aparelhos que permitam que as pessoas de baixa

estatura produzam da mesma forma que as outras, os anões são destinados a realizar tarefas

diferentes nas quais há expectativa do cumprimento num nível inferior ou especial em relação

à performance dos demais. Essa visão está refletida nas atitudes de pessoas nas escolas, de

colegas de trabalho, de possíveis empregadores de seus serviços e de membros do público em

geral. Ablon destaca o fato de que pessoas de estatura menor do que aquela considerada

normal são estigmatizadas e sentem isso através de suas relações com pessoas de altura

pertencente à normalidade. Isso é percebido na vida dos anões e em seus relatos, durante o

desenvolvimento de um estudo sobre o LPA (Little People of América), um grupo de auto-

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

35

ajuda a essas pessoas e a suas famílias. A exclusão sofrida por essas pessoas é ampla,

refletindo-se tanto em seu meio profissional quanto em suas relações interpessoais. A baixa

estatura provoca isolamento, pois há uma grande dificuldade para esses indivíduos

conseguirem estabelecer relacionamentos íntimos, como namoros e casamento com pessoas

normais. Esse fato pode ser notado quando os casais presentes revelavam que seus primeiros

relacionamentos ocorreram após entrarem no grupo, com integrantes deste, ou seja, pessoas

com as mesmas condições físicas.

Para Goffman (1978), o indivíduo constrói a imagem que tem de si mesmo a

partir do sistema de valores vigente em sua sociedade, dessa forma uma pessoa de baixa

estatura internaliza a inferioridade atribuída àquele atributo. A auto-exigência e o ego

promovem, a partir dessa interiorização, o auto-ódio e a autodepreciação. O sujeito vê a sua

característica como um problema e se sente envergonhado devido a sua condição. Em alguns

casos, o sujeito estigmatizado tenta corrigir o que considera a base objetiva de seu defeito,

submetendo-se a tratamentos de reposição hormonal com GH ou a cirurgias. Na China, o

número de cirurgias ortopédicas subiu significativamente. Anteriormente, essas cirurgias eram

usadas em casos específicos, contudo, atualmente, elas são utilizadas como um meio para

crescimento a estatura em até dez centímetros através do aumento das pernas. A finalidade da

cirurgia passou a ser estética. Alguns indivíduos que passaram por esse processo cirúrgico

relatam que tinham como objetivo se aproximarem de um padrão de beleza que está voltado

para pessoas mais altas, além disso, revelam que essa tendência segue uma outra exigência, a

do mercado de trabalho, pois muitas ofertas de emprego pedem candidatos com uma altura

mínima. Em situações como essa em que tal alteração é possível, o que freqüentemente ocorre

não é a aquisição de um status completamente normal, mas uma transformação do ego: o

sujeito que possuía uma característica desviante transforma-se em alguém que possui provas

de tê-lo corrigido. Entretanto, quando esse aumento de altura não é alcançado através de

cirurgias ou processos terapêuticos realizados, a tendência é que a pessoa se esconda, tentando

esquecer e negar o que a deficiência significa para ela (GOFFMAN, 1978).

A redução da QV se tornou cada vez mais reconhecido como um aspecto

importante do manejo clínico de pacientes com DGH. Contudo instrumentos gerais têm sido

largamente aplicados em uma tentativa de determinar o nível desta redução. Eles têm a

desvantagem de não ser sensíveis quando a questão pertinente é se a QV é reduzida na DIGH

e se melhora com a terapia com GH. Questionários genéricos podem incluir aspectos que são

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

36

irrelevantes para um grupo especifico de pacientes. Os instrumentos que focam problemas

específicos que estes pacientes encaram oferecem um maior grau de sensibilidade. Vários

destes questionários foram publicados e validados para o uso em pacientes com DGH

(BERNABEU et al., 2002; CUNEO et al., 1998; HENRICH; HERSCHBACH, 2000;

HERSCHBACH et al., 2001; HOLMES et al., 1995; MCKENNA, 1999; WALLYMAHMED

et al., 1996; ZIGMOND; SNAITH, 1983; ZOFKOVÁ; BAHBOUH; BENDLOVÁ, 2001).

Nós decidimos utilizar o QLS-H no presente trabalho.

O escore absoluto do QLS-H dos indivíduos de Itabaininha, 102 em homens e 87

em mulheres, foi maior que o dobro do maior QLS-H da população referida por Blum et al.

(2003) que foi na Itália 50,1 em homens e 35,28 mulheres. Não encontramos diferenças entre

os sexos na amostra de Itabaianinha. A analise dos intervalos de variação com o QLS-H

revelou que mulheres tinham menor escore absoluto que os homens em todos os países

pesquisados (BLUM et al., 2003). O mesmo foi observado em uma grande amostra normal da

Suécia utilizando o AGHDA, indicando menor QV em mulheres (WIRÉN et al., 2000) e no

trabalho de Attanásio et al. (2005) usando o QLS-H. O fato inusitado das mulheres com

DIGH de Itabaianinha apresentarem o escore total do QLS-H semelhante aos homens pode

refletir um aspecto específico da cultura local. Provavelmente a DIGH, suscita nas mulheres

de Itabaianinha mecanismos compensatórios que reduzem influências ambientais quase

universais nas quais a qualidade de vida das mulheres que tende ser referida como menor do

que a dos homens em diferentes culturas. Elas parecem reagir bem às limitações, embora a

aparência física seja revestida de grande importância na sociedade e certamente o é na

comunidade interiorana A aparência física está relacionada às impressões construídas sob a

forma de valores e preconceitos a respeito de fatores físicos como a altura. Esses atributos

físicos estão ligados à auto-estima de cada indivíduo e ao julgamento que outras pessoas

fazem dele (PRADO et al., 2004). No nosso trabalho os escores dos indivíduos mais jovens

com DIGH, foram mais baixos, provavelmente porque eles são mais vulneráveis às criticas

sociais e se relacionam numa faixa etária em que a aparência física é muito importante.

Diferenças culturais, aspectos lingüísticos e semânticos podem influenciar o

escore total do QLS-H em diferentes países, fato também observado com outros questionários

(HÜRNY et al., 1992; INGLEHART; JAQUES-RENE, 1986). Os aspectos culturais da

comunidade de Itabaianinha, incluindo uma eventual dificuldade de compreensão do

questionário, podem interferir nos nossos resultados. Para minimizar estes aspectos, o

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

37

questionário foi aplicado pelo mesmo investigador e foi utilizado um grupo controle

submetido às mesmas condições ambientais e culturais. Algumas das dificuldades de

comparação entre países poderiam ser contornadas pela utilização de Z escores, como

sugerido por Blum et al. (2003).

Por outro lado chama a atenção a grande variação dos escores de QLS-H dos

indivíduos de Itabaianinha, sejam DIGH ou controles. Tendo em vista esta constatação

exprimimos nossos resultados em mediana e distância interquartílica. Uma similar grande

variação dos escores do QLS-H foi encontrado nos Estados Unidos. refletindo a

heterogeneidade cultural deste país em comparação com as populações mais homogêneas em

vários paises da Europa. Uma pergunta justa é se em paises com divergências culturais

significantes, como os Estados Unidos e o Brasil, escores cultura-específica ao invés de países

específicos poderiam ser usados. Os denominadores mínimos de cultura podem ter origem

étnica, uso comum de uma língua, ou possivelmente, região geográfica dentro de uns grandes

pais como Estados Unidos ou Brasil. De qualquer sorte, diferenças quanto à idade, sexo,

estado conjugal, condições econômicas que poderiam influenciar os escores do QLS-H

(BLUM et al., 2003), não foram observados em nosso estudo entre os grupos DIGH e

controle.

Nos últimos anos, tem-se procurado facilitar o tratamento com o GH, e uma das

opções que surgiram foi a apresentação de armazenamento (depot). Estas apresentações

aumentam o conforto do tratamento uma vez que substituem as aplicações diárias por mensais

ou bimensais, melhorando a adesão ao tratamento. Recentemente, Hofmann et al. (2005)

demonstraram a equivalência destas opções terapêuticas e a apresentação para uso diário.

Cook et al. (2002) mostraram que os níveis séricos do IGF-I atingem pico no terceiro dia,

permanecendo elevados, chegando aos níveis de vale entre o décimo quarto e o décimo sétimo

dia após a administração do GH depot. Baseado na experiência destes autores, nós realizamos

um esquema de administração do GH de forma quinzenal, com coleta anterior à injeção para

dosagem do IGF-I.

Em recente revisão clínica, a Associação Americana de Endocrinologistas

Clínicos (AACE) abordou, de forma clara, algumas precauções em relação à terapêutica com

GH. Primeiro, as doses iniciais do GH devem ser criteriosamente baixas, ficando entre 0,02 a

0,05 mg/kg/dia em crianças e 0,10 a 0,30 mg/dia em adultos; segundo, essas doses devem ser

convertidas de mg para UI, onde 1 mg corresponde a 3 UI (GHARIB; COOK; SAENGER,

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

38

2003). É importante ressaltar que a formulação do GH depot apresenta uma ação

farmacocinética e farmacodinâmica diferente da formulação do GH de aplicação diária.

Devido a fatores logísticos usamos uma fórmula de GH Depot que garantiria

ótima aderência. Devido a distancia de Itabaianinha e Aracaju nós só colhemos o sangue a

cada duas semanas imediatamente antes das injeções. Desta maneira não pudemos determinar

o pico sérico de IGF-I nos dias imediatos após as injeções. Contudo, prévios estudos

farmacocinéticos mostraram que uma similar dose causa um aumento no IGF-I sérico que

dura duas semanas após doses comparáveis àquela que usamos (COOK et al., 2002). Inclusive

um estudo de 32 semanas mostrou normalização do IGF-I em adultos com DGH usando uma

dose inicial que foi mais baixa que a usada neste trabalho (0,3mg\kg), (HOFFMAN et al,

2005) No estudo de Hoffman et al. (2005), contudo, muitos pacientes tinham níveis de IGF-I

menos reduzidos que nossos indivíduos, sugerindo que aqueles pacientes pudessem necessitar

de menos GH para normalizar o IGF-I. Infelizmente a limitada quantidade de GH depot não

nos permitiu o aumento da dose de acordo com o nível de vale do IGF-I. Contundo apesar do

modesto aumento no nível de vale do IGF-I o tratamento provocou melhora de vários

parâmetros cardiovasculares e de composição corporal seguidos de um retorno à condição

basal após a interrupção da terapêutica (OLIVEIRA et al., 2007).

Após administração do GH depot, os efeitos adversos foram: dor local após

aplicação (25%), artralgia (25%), edema de extremidades (25%), mialgia (20%) e cefaléia de

curta duração (10%). Gharib, Cook e Saenger (2003) avaliaram 115 pacientes adultos com

DGH de forma adquirida, tratados por seis meses com rhGH diário, e observaram as seguintes

ocorrências de efeitos adversos: edema de extremidades 37%, artralgia 19%, mialgia 15%,

parestesia 7,8% e síndrome do túnel do carpo 1,7%, sendo estas manifestações referidas

apenas nos primeiros meses de administração do GH. Hoffman et al. (2004) mostraram que

estes riscos tornam-se insignificantes quando indivíduos com DGH em tratamento com GH

depot são adequadamente monitorados por uma equipe médica experiente e suas doses

convenientemente ajustadas.

Os valores séricos do IGF-I no grupo DIGH após tratamento com o GH depot

encontrados em nosso estudo, foram significativamente maiores (p<0,001) que os do período

basal e estão de acordo com os apresentados por Cook et al. (2002) e Hoffmann et al. (2005),

os quais verificaram que o GH depot provoca elevação significativa dos níveis séricos do

IGF-I em indivíduos com DGH. No entanto, os valores dos níveis do IGF-I em nosso estudo

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

39

ficaram abaixo dos verificados por estes autores. É possível que esta diferença seja em virtude

dos diferentes períodos de coleta do IGF-I em relação à administração do GH depot, pois

coletamos no tempo de vale, quinze dias após aplicação do hormônio e não no tempo de pico

que é segundo ou terceiro dia após a aplicação (COOK et al., 2002).

Após seis meses de aplicação do GH, comparado com o tempo basal apenas a

categoria resistência física apresentou melhora em todos os indivíduos tratados indicando que

a aplicação do hormônio pode melhor a resistência física do indíviduo, embora no tempo 12

meses pos tratamento os valores sejam semelhantes ao tempo basal. Segundo Woodhouse et

al. (2006) indivíduos com DGH comumente reclamam de fadiga excessiva que parece estar

associado mais a prejuízo aeróbico do que desempenho muscular e afirmam que por conta das

mudanças e prejuízo físico relatado pelos indivíduos é importante uma ação terapêutica

relativamente à estrutura e função física desses indivíduos. O efeito positivo do tratamento

com GH sobre a percepção da categoria resistência física pode refletir uma melhora da

capacidade aeróbica destes indivíduos, não avaliada no presente trabalho. Attanasio et al.

(2005), utilizando o mesmo questionário (QLS-H) aplicado no tempo basal, e com 1 e 2 anos

de tratamento também não mostraram efeito do tratamento sobre o ETQV, encontrando

aumento apenas nas categorias aparência física e satisfação sexual. Segundo Oliveira et al.

(2007) a aplicação do GH-depot durante seis meses produziu efeitos benéficos reversíveis em

composição corporal e perfil metabólico em indivíduos com DIGH, porém causou um

aumento progressivo na Espessura Médio Intimal das Carótidas e no número de placas

ateroscleróticas na carótida. .

Bollerslev (2005) numa pesquisa com pacientes com DGH tratados com GH e um

grupo controle tratado com placebo relataram nos pacientes após nove meses de tratamento e

quatro meses de suspensão melhora na condição física e composição corporal, mas não houve

melhora na qualidade de vida o que eles atribuem a uma qualidade de vida já normal no

tempo basal. Em nosso trabalho encontramos resultados semelhantes, visto que, após o

tratamento a percepção da resistência física melhora, voltando ao nível basal, após 12 meses

sem tratamento. Por outro lado nossos pacientes também apresentam um ETQV normal no

início do tratamento, o que pode ter minimizado o efeito do tratamento sobre o EQTV basal.

Mukherjee et al. (2005) num trabalho com pacientes com DGH sobreviventes de câncer e

outro com DGH com doenças hipofisária demonstram melhora marcante na qualidade de vida

com o AGHDA em ambos os grupos, sugerindo que a piora da qualidade de vida no primeiro

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

40

grupo não é decorrente do câncer e sim da DGH. A diferença entre nossos dados e os destes

autores é que o escore de qualidade de vida basal dos nossos pacientes já era bastante elevado

ao contrário dos pacientes de Mukherjee et al. (2005) que tinham escores basais muito

comprometidos.

Lasaite et al. (2004) utilizou GH depot semanal na dose de 4 mg/semana por seis

meses em 18 pacientes Depois de seis meses de terapia melhoraram o funcionamento

psicológico significativamente no Perfil de Estado de Humor e no desempenho de teste

cognitivos. Mudanças em qualidade de vida, contudo, foram estatisticamente insignificantes.

Eles concluem que a reposição de GH melhora as condições psicológicas, o nível de IGF-1,

perfil lipidico (OLIVEIRA et al., 2007), mas não influenciam na qualidade de vida nos 18

pacientes tratados, dados similares aos nossos achados com o QLS-H Apesar de não

utilizarmos o mesmo questionário (Qol-AGHDA), em nosso estudo também não encontramos

mudança na qualidade de vida dos indivíduos com DGH, apesar do aumento do IGF-I e da

melhora do perfil lipídico (OLIVEIRA et al., 2007).

Em nosso estudo poderia ser ampliado o tempo de aplicação do hormônio para

observarmos se haveria mudança na qualidade de vida, já que o tempo de tratamento foi

apenas de seis meses. Saller et al. (2006) realizaram um estudo comparativo de pacientes com

DGH em três países europeus Suécia (n 302), Países Baixos (n 103) e Alemanha (n 98). Com

aplicação do GH em três tempos: basal, 1 e 2 anos de tratamento, utilizando o questionário

QoL-AGHDA. A qualidade de vida melhorou significativamente em todas as três coortes. A

melhora foi vista durante o primeiro ano de tratamento, se mantendo melhor durante o

segundo ano da mesma forma Haggström et al. (2006) revelaram melhora mantida na

qualidade de vida em aproximadamente 1.700 indivíduos do Reino Unido, Espanha, Holanda

e Suécia tratados por GH em um período de 5 anos com aumento marcante nos doze

primeiros meses. Porém em ambos os estudos e na maioria das séries apresentadas o número

de indivíduos com DIGH é absoluta minoria. Também há escassez de relatos com DIGH

vitalícia como a de Itabaianinha provocada por uma mutação no receptor do GHRH, em um

grupo absolutamente homogêneo. Estes fatos demonstram a relevância dos nossos achados

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

41

6 CONCLUSÕES

Em um grupo com deficiência genética, isolada e vitalícia do GH residente no

nordeste do Brasil, com limitados recursos sócios econômicos e educacionais e estudado em

condições basais e após tratamento com GH durante seis meses seguidos de um ano de

observação pode-se concluir que:

A qualidade de vida dos pacientes com DIGH da cidade de Itabaianinha foi

semelhante à do grupo controle da mesma cidade e nas mesmas condições de vida.

Não há diferença no Escore total de qualidade de vida entre homens e mulheres

no grupo com DGH

A aplicação do hormônio de crescimento não altera o escore total de qualidade

de vida dos indivíduos com DIGH

A aplicação do Hormônio do Crescimento melhorou apenas o escore de

percepção da satisfação da categoria resistência física.

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

42

REFERÊNCIAS

ABLON, J. Dwarfism and social identity: self-help group participation. Sot. Sci. Med, v.15, p. 25-30, 1981.

AGUIAR-OLIVEIRA, M.H. et al. Effect of sevare growth hormone (GH) deficiency due to a mutation in the GH-releasing hormone receptor on insulin-like growth factors (IGFs), IGF-binding proteins, and ternary complex formation throughout life. J Clin Endocrinol Metab, v. 84, p. 4118-4126, 1999.

ALBA, M.; SALVATORI, R. GHRH receptor mutation in familial GH deficiency. The Endocrinologist., v. 13, p. 422-427, 2003.

ATTANASIO, A.F et al. Adult growth hormone (GH)-deficient patients demonstrate heterogeneity between childhood onsetand adult onset before and during human GH treatment. J Clin Endocrinol Metab, v. 82, p.82–88, 1997.

______. Quality of Life in Childhood Onset Growth Hormone-Deficient Patients in the Transition Phase from Childhood to Adulthood. J Clin Endocrinol Metab, v. 90, p. 4525–4529, 2005.

AUQUIER, P.; SIMEONI, M.C. ; MENDIZABAL, H. Approches théoriques et méthodologiques de la qualité de vie liée à la santé. Revue Prevenir, v. 33, p. 77-86, 1997.

AWAD, G.; VORUGANTI, L. N. P. Intervention research in psychosis: issues related to the assessment of quality of life. Schizophr Bull, v. 26, p. 557-564, 2000. [ Medline ]

BADIA, X. et al. One-year follow-up of quality of life in adults with untreated growth hormone deficiency. Clin Endocrinol (Oxf), v. 49, p. 765–771, 1998.

BALLONE, G.J. GH - Hormônio do Crescimento. In: PsiqWeb. Disponível em: <www..Psiquiweb.com.br>. Acesso em: 2005.

BARRETO, E.S. et al. Serum leptin and body composition in children with familial GH deficiency (GHD) due to a mutation in the growth hormone-releasing hormone (GHRH) receptor. J Clin Endocrinol Metab, v. 51, p. 559-564, 1999.

BARRETO-FILHO, J.A. et al. Familial isolated growth hormone deficiency is associated with increased systolic blood pressure, central obesity and dyslipidemia. J Clin Endocrinol Metab, v. 87, p. 2018-2023, 2002.

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

43

BERNABEU, I. J. et al. Características de la versión española del cuestionario de calidad de vida QLSM-H en sujetos adultos con deficiencia de hormona de crecimiento tratados con somatropina. Estudio piloto. Endocrinol Nutr, v. 49, p. 105–112, 2002.

BJÖRK, S. et al. Quality of life of adults with growth hormone deficiency: a controlled study. Acta Paediatr Scand, v. 356(Suppl), p. 55–59, 1989.

BLUM, W. F. et al. Decreased Quality of Life in Adult Patients with Growth Hormone Deficiency Compared with General Populations Using the New, Valited, Sel-Weighted Questionare, Questions on Life Satisfaction Hipopituitarism Module. J Clin Endocrinol Metab, v. 88, p. 4158-4167, 2003.

BOGUSZEWSKI, C. L. Genética Molecular do Eixo GH-IGF1. Arq Bras Endocrinol Metab, v. 45, n. 1, fev. 2001

BOLLERSLEV, J. Low-dose GH improves exercise capacity in adults withGH deficiency: effects of a 22-month placebo-controlled, crossover trial. European Journal of Endocrinology, v. 153, p.379–387, 2005.

BOWLING, A.; BRAZIER, J. Quality of life in social science and medicine Introduction. Soc Sci Med, v. 41, p.1337-1338, 1995.

BRONSTEIN, M. D. Growth hormone replacement for "somatopause": solution or problem? Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo, v. 47, n. 4, 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php.

BURMAN, P.; DEIJEN, J. B. Quality of life and cognitive function in patients with pituitaryl.insufficiency. Psychother Psychosom, v. 67, p. 154–167, 1998.

BURMAN, P. et al. Quality of life in adults with growth hormone (GH) deficiency: responseto treatment with recombinant human GH in a placebo-controlled 21-monthtrial. J Clin Endocrinol Metab, v. 80, p. 3585–3359, 1995.

BUSS, P. M. Promoção da saúde e qualidade de vida. Ciênc. Saúde Coletiva, v. 5, Rio de Janeiro, 2000.

CARAKUSHANSKY, M. et al. A new missense mutation in the growth hormone-releasing hormone receptor gene in familial isolated GH deficiency. European Journal of Endocrinology, v.48, p.25-30, 2003.

CARROLL, P. V. et al. Growth hormone deficiency in adulthood and the effects of growth hormone replacement: a review. J Clin Endocrinol Metab, v. 83, p. 382–395, 1998.

CELLA, D. F.; TULSKY, D. Measuring quality of life today: methodological aspects. Oncology, v. 4, p. 28-38, 1990.

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

44

COOK, D. M. et al. Biochemical markers of bone turnover in the clinical development of drugs for osteoporosis and metastatic bone disease: potential use and pitfalls. Drugs, v. 66, p. 2031-2058, 2002.

COSTA NETO, S. B. Qualidade de vida dos portadores de câncer de cabeça e pescoço. 2002. Tese (Doutorado em Psicologia) – Brasília, Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília.

CUNEO, R.C. et al. The Growth Hormone Deficiency in adults. Clin Endocrinol, v.37, p.387-397, 1992.

______. The Australian Multicenter Trial of Growth Hormone (GH) Treatment in GH-Deficient Adults. J Clin Endocrinol Metab, v. 83, p. 107–116, 1998.

CUSHING, H. Partial hypophysectomy for acromegaly. Annals of Surgery, v.1, p. 1002-1018, 1909.

DUPUY, H. J. The psychological general well-being index. In: WENGER, N.K. et al. eds. Assessment of quality of life in clinical trials of cardiovascular therapies. New York: Le Jacq Publications, 1984. p.170–183.

ELLERHORST-RYAN, J. M. Instruments to measure spiritual status. In: SPILKER, B. (ed.). Quality of Life and Pharmacoeconomics in Clinical Trials. Filadélfia: Lippincott-Raven, 1996. p.145-153.

EVANS, H.M.; LONG, J.A. The effect of the anterior lobe administered intraperitoneal upon growth maturity an oestrus cycles of the rat. Anat Rec., v. 21, p. 62-63, 1999.

FARQUHAR, M. Definitions of quality of life: a taxonomy. J Adv Nurs, v. 22, p. 502-508, 1995. [ Medline ]

FLECK, M. .P. A. O instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-100): características e perspectivas. Ciênc. Saúde Coletiva, v.5, n.1, Rio de Janeiro, 2000.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir - nascimento da prisão. Trad.: VASSALO, L. M. P. Petrópolis: Ed. Vozes, 1983.

GHARIB, H.; COOK, D. M.; SAENGER, P. H. American Association of clinical endocrinologists medical guidelines for clinical pratice for growth hormone use in adult and crildren-2003 update. Endocrine Pratice, v. 9, p. 67-76, 2003.

GIUSTINA, A.; VELDHIUS, J.D. Pathophysiology of the Neuroregulation of Growth Hormone secretion in experimental animals and the human. Endocrine Reviews, v. 19, p. 717-797, 1998.

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

45

GOFFMAN, E. Estigma - notas sobre a manipulação de identidade deteriorada. NUNES, M. B. Trad. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.

GOUZEE et al. Indicators of Sustainable Development for Decision-Making. Bélgica: Report of the Workshop of Ghent. World Resources Institute, 1995. 78 p.

GREEN, M. Measuring quality of life. In: GREEN, M. (org.). The economics of health care. Office of Health Economics (OHE). Cambridgeshire, Inglaterra, 1995. p. 108-124.

GREENSPAN, F.S.; STREWLWER, G.J. Basic & Clinical Endocrinology. 5.ed. USA: Appleton & Longe, 1997.

HAMMOND et al. Environmental Indicators: a Systematic Approach to Measuring and Reporting on Environmental Policy Performance in the Context of Sustainable Development. World Resources Institute, 1995. 72p.

HENRICH, G.; HERSCHBACH, P. Questions on Life Satisfaction (FLZM): a short questionnaire for assessing subjective quality of life. Eur J Psychol Assess, v. 16, p. 150–159, 2000.

HERSCHBACH, P. et al. Development and psychometric properties of a diseasespecific quality of life questionnaire for adult patients with growth hormone deficiency. Eur J Endocrinol, v. 145, p. 255–265, 2001.

HOFFMAN, et al. Individualized GH Replacement Therapy. J Clin Endocrinol Metab, v. 89, p. 3224–3233, July 2004.

______. Long-Acting GH in Adults. J Clin Endocrinol Metab, v. 90, p. 6431–6440, Dec. 2005.

HOLMES, S. J. et al. Development of a questionnaire to assess the quality of life of adults with growth hormone deficiency. Endocrinol Metab, v. 2, p. 63–69, 1995.

HUNT, S. M.; McEWAN, J.; McKENNA, S. P. Measuring Health Status. London: Croom Helm Dupuy HJ, 1984. The psychological general well-being index. In: WENGER, N. K. et al. eds. Assessment of quality of life inclinical trials of cardiovascular therapies. New York: Le Jacq Publications, 1986. p. 170–183.

HÜRNY, C. et al. Quality of life measures for patients receiving adjuvant therapy for breast cancer: an international trial. Eur J Cancer, v. 28, p. 118–124, 1992.

INGLEHART, R.; JACQUES-RENE, R. Aspirations adapt to situations–but why are the Belgians so much happier than the French? A cross-cultural analysis of the subjective quality of life. In: ANDREWS, F. M. ed. Research on the quality of life. 1986.

IPEA. IBGE. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Fundação João Pinheiro, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

46

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e Índice de Qualidade de Vida. IPEA, Brasília, 1998. 49p.

ISSELBACHER, K.J. et al. Harrison: Medicina Interna. 14. ed. 1998. p.2091-2120.

JONES, P.W. Issues concerning health-related quality of life in COPD. Chest, v. 107(Suppl), p. 187S-193S, 1995.

JULL, A. et al. Serun insulin-like growth factor-I in 1030 healthy children, adolescents, and adults: relation to age, sex, stage of puberty, testicular size, and body mass index. J Clin Endocrinol Metab, v.78, p.744-752, 1994.

KALITERNA, L. J.; PRIZMIC, L. Z.; ZGANEC, N. Quality of life, life satisfaction and happiness in shift- and non-shiftworkers. Rev. Saúde Pública , São Paulo, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php>. Acesso em:

KAPLAN, R. M. Quality of life, resource allocation, and the U.S. Health-care crisis. In: DIMSDALE, J. E.; BAUM, A, editors. Quality of life in behavioral medicine research. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1995. p. 3-30.

KATSCNIG. Instrumentos de avaliação de qualidade de vida. Organização Mundial de Saúde/World health Organization Quality of Life Assessment, 1998. Disponível em: <www.hcpa.ufrgs.br/psiq>.

LI, C.H.; EVANS, H.M. Chemistry of anterior pituitary hormone. In: PINCUS, G.; THIEMAN, K.V. The Hormones. 4. ed. New York: New York Academic press, 1948. Cap. 2, p. 12-19.

LASAITE, L. et al. Psychological functioning after growth hormone therapyin adult growth hormone deficient patients:endocrine and body composition correlates. Institute of Endocrinology, Kaunas, University of Medicine, Lithuania, v. 40, n. 8, 2004.

LOWRY, P. J. et al. Purification of anterior and hypothalamic hormones. J Clin. Path., v. 30, p. 16-21, 1976.

MACHADO, P. H. B. Quality of Life Indicators in Curitiba - Analysis of the Method and Policy Process. 1996. 136f. Dissertação (Mestrado) - London School of Hygiene and Tropical Medicine, University of London, Londres, Reino Unido, 1996.

MARTINELLI JUNIOR, C. E. et al. Diagnóstico da Deficiência de Hormônio de Crescimento, a Rigor de IGF-1. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo, v. 46, n. 1, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php>. Acesso em: 06 Out. 2007.

MCCANN, S. M. Remembrance: The discovery of growth hormone (GH)-releasing hormone and GH release-inhibiting hormone. Endocrinology., v. 131, p. 2042-2044, 1992.

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

47

MCGAULEY, G. A. Quality of life assessment before and after growth hormone treatment in adults with growth hormone deficiency. Acta Paediatr Scand, v. 356(Suppl), p. 70–72, 1989.

MCKENNA, S. P. The QoL-AGHDA: an instrument for the assessment of quality of life in adults with growth hormone deficiency. Qual Life Res, v. 4, p. 373–383, 1999.

MCMILLAN, C. V. et al. Psychometric properties of two measures of psychological well-being in adult growth hormone deficiency. Health and Quality of Life Outcomes, v. 4, doi:10.1186/1477-7525-4-16, 2006.

MELAMED, T.; BOZIONELOS, N. Managerial promotion and height. Psycol. Reports, 71, 976-986, 1992.

MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento. Pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo-Rio de Janeiro: Hucitec-Abrasco, 1999.

MORRIS, J.; PEREZ, D.; MCNOE, B. The use of quality of life data in clinical practice. Qual Life Res., v. 7, p. 5-91, 1998. [ Medline ]

MUKHERJEE, A. et al The Characteristics of Quality of Life Impairment in Adult GrowthHormone (GH)-Deficient Survivors ofCancer and Their Response to GH Replacement Therapy. J Clin Endocrinol Metab, v. 90, p. 1542–1549, 2005.

OLIVEIRA, J.L.M. et al. Lack of Evidence of Premature Atherosclerosis in Untreated Severe Isolated Growth Deficiency Due to a GHRH Receptor Mutation. J Clin Endocrin Metab.,v.1, p. 2093-2099, 2006.

______. Congenital growth hormone (GH) deficiency and atherosclerosis effects of GH replacement in GH-naive adults. J Clin Endocrinol Metab, in press, 2007.

PAPADOGIAS, D. et al. GH deficiency in adults. Hormones, v. 2, p. 217-228, 2003.

PRADO, A G. et al. A influência da baixa estatura sobre as representações psicossociais e a utilização do hormônio do crescimento. Ciências & Cognição, Ano 1, v. 2, 2004. Disponível em: <http://www.cienciasecognicao.org/>.

QUEIROZ, M. C. et al. Qualidade de vida e políticas públicas no município de Feira de Santana Ciênc. Saúde Coletiva, v. 9, n. 2, Rio de Janeiro, abr./jun. 2004.

ROCHA, A. D. et al. Qualidade de vida, ponto de partida ou resultado final? Ciênc. Saúde Coletiva, v. 5, n. 1, Rio de Janeiro, 2000.

ROELFSEMA, F. et al. Growth hormone (GH) secretion in patients with an inactivating defect of the GH-releasing hormone (GHRH) receptor is pulsatile: evidence for a role for non GHRH inputs in the generation of GH pulses. J Clin Endocrinol, v. 86, p. 2459-2464, 2001.

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

48

ROGERSON, R. J. Environmental and health-related quality of life: conceptual and methodological similarities. Soc Sci Med, v. 41, p. 1373-1382, 1995.

ROSÉN, T, et al. Decreases psychological well-being in adult patients with growth hormone deficiency. Clin Endocrinol (Oxf), v. 40, p. 111–116, 1994.

ROSICKA, M. et al. Ghrlin – a new endogenous growth hormone secretagogue. Physiol Resh., v. 51, p. 435-441, 2002.

SALLER, B. et al. Healthcare utilization, quality of life and patient-reported outcomes during two years of GH replacement therapy in GH-deficient adults--comparison between Sweden, The Netherlands and Germany. Eur J Endocrinol., v. 154, p.843-850, June 2006.

SALVATORI, R. et al. Familial dwarfism due to a novel mutation in the growth hormone-releasing hormone receptor gene. J Clin Endocrinol Metab., v. 84, n. 3, p. 917-923, 1999.

______. Three new mutations in the gene for the growth hormone (GH)-releasing hormone receptor in familial isolated GH deficiency type IB. J Clin Endocrinol Metab., v. 86, p.273-279, 2001.

______. Detection of a recurring mutation in the growth hormone releasing hormone receptor gene. Clin Endocrinol., v. 57, 74-77, 2002.

SCHALLY, A.V. et al. Isolates and structure of somatostatin from porcine hypothalami. Biochemistry., v. 15, p. 509-514, 1976.

SCHUTTINGA, J. A. Quality of life from a federal regulatory perspective. In: DIMSDALE, J. E.; BAUM, A. eds. Quality of life in behavioral medicine research. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1995. p. 31-42.

SEIDL, E. M. F.; ZANNON, C. M. L. C. Quality of life and health: conceptual and methodological issues. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 2, 2004. Disponível em: <http://www.scielosp.org/scielo.php>.

SINGER, J.D. Using SAS PROC MIXED to fit multilevel models, hierarchical models, and individual growth models. J Educ Behav Stat, v. 24, p. 323–355, 1998.

SOUZA, A.H.O. et al. Qualidade de vida de portadores da deficiência do hormônio do crescimento em Itabaianinha-SE. 1999. Monografia (Especialização em Endocrinologia Genética), Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, Sergipe, 1999.

______. Hormônio de Crescimento ou Somatotrófico: Novas perspectivas na deficiência isolada de GH a partir da descrição da mutação no gene do receptor do GHRH nos indivíduos de Itabaianinha, Brasil. Arq Bras Endocrinol Metab.,v. 48, p. 406-413, 2004.

UNDERWOOD, L.E.; VAN, W. Y. K. J. J. Normal and aberrant growth. In: Textbook of Endocrinology. 8. ed. Philadelphia: W B Saunders CO, 1992. Cap 6, p. 1079-1138.

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

49

WAGNER J.K.; EBLE, A.; HINDMARSSH, P.C. Prevalence of human GH-1 gene alterations in patients with isolated growth hormone deficiency. Pediatr Res., v. 43, p. 105-110, 1998.

WALLYMAHMED, M. E. et al. The development, reliability and validity of a disease-specific quality of life model for adults with growth hormone deficiency. Clin Endocrinol (Oxf), v. 44, p. 03-11, 1996.

WARE, J. E.; SHERBOURNE, C. D. The MOS 36-item short-form health survey(SF-36). I. Conceptual framework and item selection. Med Care, v. 30, p. 473–483, 1992.

WHO. World Health Organization. Quality of life assessment: an annotated bibliography. Geneva: World Health Organization, 1994.

WHOQOL Group. The World Health Organization quality of life assessment (WHOQOL): position paper from the World Health Organization. Soc Sci Med, v. 41, p. 1403-1410, 1995.

WILSON, I. B.; CLEARY, P. D. Linking clinical variables with health-related quality of life. JAMA, v. 273, p. 59-65, 1995. [ Medline]

WIRÉN, L. et al. Application of a diseasespecific, quality-of-life measure (QoL-AGHDA) in growth hormone-deficient adults and a random population sample in Sweden: validation of the measure by Rasch analysis. Clin Endocrinol (Oxf), v. 52, p. 143–152, 2000.

WOODHOUSE, L.J. et al. Growth Hormone and Physical Function. Endocrine Reviews, v. 27, p. 287–317, May 2006.

YANG, J. et al. Control of aging and longevity by IGF-I signaling. Exp. Gerontol v.40, p.867-872, 2005.

ZIGMOND, A.S.; SNAITH, R. P. The hospital anxiety and depression scale. Acta Psychiat Scand, v. 67, p. 361-370, 1983.

ZOFKOVÁ, I.; BAHBOUH, R.; BENDLOVÁ, B. Systemic insulin-like growth factor-I, insulin and vitamin D status in relation to age-associated bone loss in women. Exp Clin Endocrinol Diabetes., v. 109, p. 267-272, 2001.

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

50

APÊNDICE A – Modelo do questionário usado na pesquisa

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE Núcleo de Pós-Graduação em Medicina

SATISFAÇÃO COM A VIDA APESAR DA DEFICIÊNCIA DO HORMÕNIO DE

CRSCIMENTO

Não é Importante

Pouco Importante

Moderadamente Importante

Muito Importante

Extremante Importante

1 - Manejo do estresse ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 2 - Aparência do corpo ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 3 - Autoconfiança ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 4 - Satisfação sexual ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 5 - Concentração ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 6 - Resistência física ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 7 - Iniciativa/condução ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 8 - Lidar com raiva ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 9 - Suportar as dificuldades e problemas do dia-a-dia

( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5

Insatisfeito Pouco Insatisfeito

Moderadamen te Satisfeito

Pouco Satisfeito

Muito Satisfeito

1 - Manejo do estresse ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 2 - Aparência do corpo ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 3 - Autoconfiança ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 4 - Satisfação sexual ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 5 - Concentração ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 6 - Resistência física ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 7 - Iniciativa/condução ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 8 - Lidar com raiva ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 9 - Suportar as dificuldades e problemas do dia-a-dia

( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

51

APÊNDICE B - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido LOCAIS DE PESQUISA: Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, Brasil, Título de projeto: Conseqüências de deficiência isolada e vitalícia de hormônio de crescimento Número de Aplicação: 03-07-18-15

Patrocinador: Institutos nacionais de Saúde dos Estados Unidos de

América Investigador principal: Roberto Salvatori, MD Data: 05 de julho de 2006

1) O que você deve saber sobre o projeto de pesquisa:

• Estão lhe pedindo que participe de em um projeto de pesquisa. • Este termo de consentimento explica o projeto de pesquisa. • Por favor, leia cuidadosamente e faça perguntas sobre qualquer coisa que você não entenda. • Se você não tiver perguntas agora, você pode perguntar depois. • Se este projeto relaciona-se a um problema de saúde que você tem, nós explicaremos quais outros tratamentos podem ser dados fora desta pesquisa. Você devera entender essas opções antes de você assinar este termo.

2) Por que esta pesquisa está sendo feita?

Esta pesquisa está sendo feita para determinar as conseqüências que a falta do hormônio de crescimento por muitos anos provoca nas funções de corpo além de causar baixa estatura. Particularmente, nós desejamos estudar o efeito de falta de hormônio de crescimento na força e resistência dos músculos e ossos, no acúmulo de gordura, na função de coração e dos vasos sangüíneos.

Pessoas com baixa estatura devido à deficiência de hormônio de crescimento, seus parentes de estatura normal e as pessoas normais que residem em Itabaianinha e municípios vizinhos podem participar deste estudo. Um total de cerca de 400 serão

Identificação do Paciente

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

52

testadas para ver se qualificam para o projeto, e aproximadamente 240 entrarão no mesmo.

3) O que acontecerá se você participar do projeto?

Se você concordar em participar deste projeto, nós lhe pediremos que faça o seguinte: Primeiro, nós colheremos algumas células dentro de sua boca esfregando um cotonete de algodão suavemente na sua bochecha durante aproximadamente 30 segundos. Isto nos permitirá obter seu DNA (material genético) a fim de determinar se você é afetado, ou porventura pode vir a transmitir à sua descendência, a troca genética que causa a baixa estatura nos anões de Itabaianinha.

Após a conclusão do teste genético, diremos o resultado a você, caso queira. Com base nos seus resultados, decidiremos em que parte do estudo você será incluído. Então nós lhe pediremos que seja examinado (em Itabaianinha ou na Universidade Federal de Sergipe em Aracaju). Para os exames em Aracaju, nós providenciaremos transporte de carro na noite anterior à prova e de retorno após o término do teste. Você passará a noite sem nenhum custo no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe. Nós iremos:

• Medir sua pressão sanguínea, estatura e dobras de pele; • Medir a força de seu músculo; • Pedir que preenchesse (ou que responda caso não leia ou escreva) a um

questionário sobre sua saúde, problemas médicos e hábitos de alimentação; • Colher 6 colheres de chá de sangue; • Obter uma amostra de sua urina; • Realizar uma gravação da atividade elétrica (eletrocardiograma) além do ultra-

som de seu coração e dos vasos sangüíneos de seu pescoço (uma técnica que usa ondas sonoras e os ecos delas, para criar um quadro das estruturas internas) antes e depois de exercício físico em uma esteira móvel. Nós também o colocaremos em uma mesa que será elevada e sua pressão sanguínea será medida antes e depois de elevar a mesa. Além disso, será pedido a alguns dos voluntários que façam um exame para medir a quantidade de hormônio de crescimento que eles produzem. Uma agulha é colocada no antebraço, colhe-se sangue e duas substâncias (Arginina e GHRH) são injetadas na veia na mesma agulha. Então, meia colher de chá de sangue será tirada novamente da agulha 30, 60, 90 e 120 minutos depois das injeções. O único efeito negativo que estas substâncias podem causar inclui uma rápida vermelhidão na face (que dura apenas poucos segundos). Estes estudos só se aplicam a participantes estudados em Aracaju.

• Medir a força de seus músculos; • Medir a força de osso através do ultra-som de seu calcanhar; • Parte de seu sangue será armazenada para possível repetição de exames; • Alguns dos voluntários (20 anões) serão convidados a serem tratados com

hormônio do crescimento, recebendo uma injeção a cada 15 dias durante 6 meses. Um enfermeiro treinado irá até sua casa administrar a injeção e colher sangue periodicamente. Nós não esperamos que qualquer aumento em sua estatura aconteça. Já sabemos que tratamento com hormônio do crescimento causa crescimento apenas em crianças. Como não há nenhuma prova de que tratamento da deficiência de hormônio de crescimento em adultos seja benéfico, este tratamento será completamente experimental. Uma colher de

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

53

chá de sangue será colhida todos os meses para ajustar a dose de hormônio de crescimento;

• Ao término de 6 meses de tratamento, será solicitado aos 20 participantes do estudo tratados com hormônio de crescimento que voltem a Aracaju e repitam os exames descritos acima, para que se determine se o hormônio de crescimento causou qualquer mudança nos achados que estamos estudando;

• 6 meses e meio após completar o tratamento com hormônio de crescimento, será pedido novamente a estes 20 participantes que retornem à Aracaju e completem o protocolo durante uma terceira visita ao mesmo hospital, com o objetivo de se determinar se as mudanças observadas depois de 6 meses de tratamento com hormônio de crescimento são passageiras ou permanentes.

Você receberá os resultados do estudo apenas se descobrirmos qualquer problema médico que possa precisar de tratamento.

4) Quais são os riscos do estudo?

• Coleta de material do dentro da boca, consulta médica, medida das dobras de pele da pressão sanguínea, eletrocardiograma, ultra-som do coração, dos vasos sangüíneos e osso não trazem nenhum risco.

• Exercício físico na esteira pode ter um risco pequeno de revelar algum problema de coração, já preexistente como nas artérias do coração, por exemplo.

• Coleta de sangue pode ter um risco pequeno de sangramento, inchaço ou infecção. Pessoal treinado coletará o sangue com material estéril, reduzindo estes riscos

• Hormônio do crescimento pode causar um pouco de dor e inchaço no local de injeção que pode durar alguns dias. Além disso, hormônio de crescimento pode causar inchaço em seus pés e mãos, além de dor nas juntas, mãos e pés; se você tiver diabete moderada, pode haver piorar do controle da mesma.

• Pode haver efeitos colaterais e desconfortos que ainda não são conhecidos. Durante este estudo, você será informado sobre qualquer fato novo que possa modificar sua opinião quanto a permanecer neste estudo.

5) O que acontecerá se você engravidar?

No primeiro dia do estudo, nós lhe perguntaremos se existe a possibilidade de você estar grávida. Se você responder sim, nós faremos um teste de gravidez em sua urina. Se você estiver grávida, nós não a incluiremos no estudo, porque gravidez pode naturalmente alterar muitos parâmetros que nós estamos estudando. Se você acha que pode ter ficado grávida enquanto utilizando o hormônio do crescimento, você deverá comunicar isto a nós imediatamente. Nós faremos um teste de gravidez em sua urina antes da próxima dose do hormônio de crescimento, e se você estiver grávida, o tratamento será interrompido. Nós ainda não conhecemos qualquer efeito negativo que o tratamento com hormônio do crescimento pode causar à saúde do seu bebê.

6) Há benefícios de estar no estudo?

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

54

Não há nenhum benefício direto a você de estar neste estudo. Sua participação neste estudo pode ajudar outros no futuro.

7) Quais as opções se você não quiser entrar no estudo?

O estudo é feito para a finalidade de pesquisa. Você não tem que participar do estudo. Se você não participar seu atendimento na Johns Hopkins ou na Universidade Federal de Sergipe não será afetado.

8) Você teria alguma despesa para estar neste estudo?

Os procedimentos do estudo serão providos sem nenhum custo a você.

9) Você será pago se participar deste estudo?

Você não será pago para participar deste estudo. Se lhe pedirem que vá para Aracaju, será provido gratuitamente transporte de carro e refeições.

10) Você pode deixar o estudo cedo?

• Se você desejar parar, por favor, nos fale imediatamente. • Você deixando o estudo mais cedo não terá seu tratamento regular interrompido. • Se você deixar o estudo cedo, o Johns Hopkins e a Universidade Federal de

Sergipe podem usar ou distribuir sua informação de saúde que já tem se a informação for útil para este estudo ou qualquer atividade de seguimento.

11) O que nos levaria a retirá-lo mais cedo do estudo?

• Ficar no estudo ser prejudicial para sua saúde. • Você precisar de tratamento não permitido neste estudo. • Você não seguir as instruções. • Você ficar grávida. • O estudo ser cancelado. • Pode haver outras razões que nós não sabemos neste momento para retirá-lo do

estudo.

12) Que garantias serão usadas para proteger sua privacidade?

A Universidade Johns Hopkins tem uma política para proteger a informação de saúde que pode identificar você. Leis federais e estaduais também protegem sua privacidade. Qualquer pessoa que venha a ter informações sobre você deverá mantê-las confidencialmente. Essa parte do termo de consentimento diz quais informações a seu respeito poderão ser coletadas nesse estudo e quem poderá vê-las ou usá-las.

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

55

As únicas pessoas que irão saber que você está no estudo e que verão as informações sobre você são membros do grupo da pesquisa. Existem algumas exceções limitadas que são discutidas mais tarde nessa seção do termo de consentimento. Por outro lado, não será permitido que ninguém mais veja ou use as informações sobre você, ou fornecidas por você durante o estudo, a não ser que você dê permissão por escrito. Quando o estudo terminar e os resultados forem publicados nenhuma informação vinculada a você será incluída a não ser que você dê permissão por escrito.

a. Que informações sobre você serão coletadas nesse estudo? O grupo da pesquisa poderá coletar informações relacionadas à sua saúde ou condição médica. Essas informações poderão incluir dados aprendidos das atividades e processos descritos nesse termo de consentimento. Outras informações sobre vocês que o grupo de estudo poderá coletar incluem:

• seu nome • seu endereço • seu telefone • sua data de nascimento • sua Carteira de Identidade • outros detalhes sobre você.

b. Quem na Universidade Johns Hopkins ou na Universidade Federal de Sergipe poderá ver ou divulgar informações sobre você, e por quê?

Na maioria dos casos, apenas informações que não podem identificar você serão usadas e divulgadas nesse estudo. Entretanto, em situações limitadas, o grupo da pesquisa poderá ter que partilhar suas informações devido a requerimento do governo ou de um juiz. Se isso acontecer, as pessoas da Universidade Johns Hopkins ou Universidade Federal de Sergipe que poderão ver ou divulgar informações sobre você incluem:

• membros dos comitês que revisam estudos de pesquisa • sua equipe • conselho legal • e possivelmente outros funcionários da Universidade Johns Hopkins ou

Universidade Federal de Sergipe.

c. Quem além da Universidade Johns Hopkins e Universidade Federal de Sergipe poderá ver informações sobre você?

Em situações limitadas, alguns grupos de governo fora da Universidade Johns Hopkins e Universidade Federal de Sergipe podem precisar ver sua informação de saúde. Mesmo assim, esses grupos geralmente não solicitam informações de uma forma que poderia identificá-lo. Esses grupos incluem setores do governo federal que têm dever legal de proteger participantes de pesquisas, como: o Departamento de Proteções de Pesquisas Humanas a Administração de Alimentos e Drogas

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

56

Outras pessoas e organizações envolvidas com esse estudo poderão ver sua informação de saúde. Essas incluem: • o patrocinador desse estudo e as pessoas contratadas pelo patrocinador. O patrocinador é o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. • o Conselho de Monitorização de Informações de Segurança. • pessoas que podem promover atividades de suporte administrativo ou similar para o grupo da pesquisa (cópia, entrada de dados, etc).

d. Por que esses dados serão usados e divulgados? Seus dados serão usados e divulgados como descrito na parte do termo de consentimento para completar esse estudo e analisar os resultados.

e. O que acontecerá se você decidir não dar sua permissão para esse uso de sua informação de saúde?

Nós não podemos realizar esse estudo sem sua permissão para usar e divulgar sua informação pessoal de saúde para o propósito desse estudo. Você não é obrigado a nos dar permissão, mas se não der você não poderá participar desse estudo.

f. Quanto tempo dura essa autorização de privacidade?

Essa autorização para usar e divulgar informação de saúde não termina a não ser que você a cancele. Você poderá cancelá-la enviando uma notificação escrita para: Johns Hopkins Institutional Review Board Office 1620 McElderry Street

Reed Hall, Suíte B130 Baltimore, MD 21205-1911 USA Ou Universidade Federal de Sergipe Comitê de Ética em Pesquisa Hospital Universitário Rua Cláudio Batista S/N, Bairro Sanatório, CEP: 49060-100, Aracaju-SE

Informações sobre você coletadas antes do cancelamento podem ser usadas e divulgadas se for necessário para o estudo e em qualquer seguimento necessário.

g. Sua informação de saúde está protegida após ser cedida a outros?

Johns Hopkins tem acordos com organizações para proteger o uso de informação de saúde. Contudo, se sua informação de saúde for dada a alguém não autorizada por essas políticas e leis existe uma chance remota que essa informação não permaneça protegida.

13) Quais outras coisas você deveria saber sobre esse estudo? a. O que é o Comitê de Ética em Pesquisa(CEP) e de que forma ele protege você?

O CEP é composto por médicos, enfermeiros, éticos, não-cientistas e pessoas da comunidade local. O propósito do CEP é revisar as pesquisas humanas e proteger os direitos e bem-estar dos participantes desses estudos. Você pode contactar o CEP da Universidade Johns Hopkins ou, preferivelmente, da Universidade Federal de Sergipe

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

57

caso tenha dúvidas sobre seus direitos como participante ou se achar que não está sendo devidamente tratado. O telefone da secretaria do CEP da Universidade Federal de Sergipe é (079) 2105-1805.

b. O que fazer se tiver dúvidas sobre o estudo? Ligue para o co-orientador, Dr. Manuel H. Aguiar-Oliveira, pelo telefone (079) 3227-3026.

c. O que você deverá fazer ao se sentir prejudicado ou doente como resultado de participar do estudo?

Se você tiver um problema médico urgente relacionado com a sua participação no estudo, ligue para o co-orientador, Dr. Manuel H. Aguiar-Oliveira, pelo telefone (079) 3227-3026. Se você se sentir prejudicado ou doente como resultado de participar do estudo, ligue para o co-orientador, Dr. Manuel H. Aguiar-Oliveira, pelo telefone (079) 3227-3026. Os serviços médicos da Universidade Johns Hopkins e da Universidade Federal de Sergipe estarão disponíveis para você assim como eles estão para todos os indivíduos doentes ou lesados. A Universidade Johns Hopkins e a Universidade Federal de Sergipe não têm um programa para ressarci-lo caso seja lesado ou apresente resultados ruins por estar no estudo. Você será financeiramente responsável pelo pagamento de qualquer tratamento ou hospitalização. A sua solicitação, sua companhia de seguro será responsável pelo pagamento de qualquer tratamento ou hospitalização.

d. O que acontece com as informações, os tecidos, sangue e amostras coletadas no estudo?

A Universidade Johns Hopkins é dedicada à descoberta das causas e curas de doenças. As informações, os tecidos, sangue e amostras de seu corpo coletadas durante esse estudo são importantes para o mesmo e para pesquisa futura. Se você participar desse estudo a Universidade Johns Hopkins ou seus parceiros externos nessa pesquisa possuirão as informações, tecidos e amostras de sangue coletados. Esse material será estudado, testado e usado por cientistas médicos. Se esse material ajudar a conduzir a criação de um produto ou idéia, quem criar este produto ou idéia será o proprietário do mesmo. Você não receberá qualquer benefício financeiro a partir da criação, desenvolvimento, uso ou venda do produto ou idéia.

e. Quais as Organizações que são parte da Johns Hopkins ?

Johns Hopkins é um grupo de organizações que inclui: a Universidade Johns Hopkins, o Hospital Johns Hopkins, o Centro Médico Johns Hopkins Bayview, o Hospital Geral do Condado de Howard e a Comunidade Médica Johns Hopkins.

O Instituto Kennedy Krieger é uma entidade legal separada que não é possuída ou controlada pela Johns Hopkins University ou qualquer outra organização do Johns Hopkins. Contudo, para estudos onde um protocolo do Instituto Kennedy Krieger seja revisado pelo CEP da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, a Johns Hopkins também inclui o Instituto Kennedy Krieger.

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

58

14) O que significa sua assinatura? Assinando este termo de consentimento você não está desistindo de nenhum direito legal. Sua assinatura abaixo significa que você entende a informação contida neste termo de consentimento, você aceita as condições do termo e você concorda em participar do estudo.

NÓS LHE DAREMOS UMA CÓPIA DESTE TERMO DE CONSENTIMENTO. PARA OS ADULTOS CAPAZES DE DAR CONSENTIMENTO:

_________________________________________________________________________ Assinatura do participante Data PARA ADULTOS NÃO CAPAZES DE DAR CONSENTIMENTO:

_________________________________________________________________________ Assinatura do responsável Data

Relação do Responsável com o participante:

_________________________________________________________________________

ASSINATURA(S):

_________________________________________________________________________

Assinatura de Pessoa que Obtém Consentimento Data (Investigador ou pessoa designada pelo CEP)

________________________________________________________________________ Testemunha (Opcional a menos que o CEP ou Patrocinador solicite) Data NOTA: UMA CÓPIA DO TERMO DE CONSENTIMENTO ASSINADA DEVE SER MANTIDA PELO INVESTIGADOR PRINCIPAL E UMA CÓPIA DO TERMO DE CONSENTIMENTO DEVE SER COLOCADA EM O REGISTRO DO PACIENTE

NÃO É VÁLIDO SEM O

CARIMBO DE CERTIFICAÇÃO DO CEP

Carimbo

PARA USO DE ESCRITÓRIO SÓ: ESTUDO APROVADO PARA MATRÍCULA DE: Só Adultos

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

59

APÊNDICE C - Gráficos de cada categoria de função

GRUPO

CODIGH

Man

ejo

do E

stre

sse

30

20

10

0

-10

-20

GRÁFICO 3 - Comparação dos grupos DIGH e grupo controle (CO) na categoria Manejo do Estresse.

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

60

GRUPO

CODIGH

Apar

ênci

a do

Cor

po

30

20

10

0

-10

-20

GRÁFICO 4 - Comparação dos grupos DIGH e grupo controle na categoria Aparência do Corpo.

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

61

GRUPO

CODIGH

Auto

conf

ianç

a

30

20

10

0

-10

-20

GRÁFICO 5 - Comparação dos grupos DIGH e grupo Controle na categoria Autoconfiança.

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

62

GRUPO

CODIGH

Satis

façã

o Se

xual

30

20

10

0

-10

-20

GRÁFICO 6 - Comparação dos grupos DIGH e grupo controle na categoria Satisfação Sexual.

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

63

GRUPO

CODIGH

Con

cent

raçã

o

30

20

10

0

-10

-20

GRÁFICO 7 - Comparação dos grupos DIGH e grupo controle na categoria Concentração.

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

64

GRUPO

CODIGH

Res

istê

ncia

Fís

ica

25

20

15

10

5

0

-5

-10

GRÁFICO 8 - Comparação dos grupos DIGH e grupo controle na categoria Resistência física.

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

65

GRUPO

CODIGH

Inici

ativ

a/C

ondu

ção

25

20

15

10

5

0

-5

-10

GRÁFICO 9 - Comparação dos grupos DIGH e grupo controle na categoria Iniciativa/condução.

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

66

GRUPO

CODIGH

Lida

r com

a R

aiva

25

20

15

10

5

0

-5

-10

GRÁFICO 10 - Comparação dos grupos DIGH e grupo controle na categoria Lidar com a Raiva.

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

67

GRUPO

CODIGH

Supo

rtar D

ificu

ldad

es d

o D

ia a

Dia

25

15

5

-5

-15

GRÁFICO 11 - Comparação dos grupos DIGH e grupo controle na categoria Suportar as Dificuldades do Dia a Dia.

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

68

GRUPO

CODIGH

TOTA

L200

100

0

-100

GRÁFICO 12 - Escores totais dos grupos DIGH e grupo controle das nove categorias

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

69

TEMPO

12MpGHDIGHb

Man

ejo

do E

stre

sse

20

10

0

-10

GRÁFICO 13 - Comparação da categoria Manejo do Estresse nos três tempos do grupo de DIGH

Page 74: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

70

TEMPO

12MpGHDIGHb

Apar

ênci

a do

Cor

po

25

20

15

10

5

0

-5

-10

GRÁFICO 14 - Comparação da categoria Aparência do corpo nos três tempos do grupo de DIGH

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

71

TEMPO

12MpGHDIGHb

Auto

conf

ianç

a

25

20

15

10

5

0

-5

-10

GRÁFICO 15 - Comparação da categoria Autoconfiança nos três tempos do grupo de DIGH.

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

72

TEMPO

12MpGHDIGHb

Satis

façã

o Se

xual

25

15

5

-5

-15

GRÁFICO 16 - Comparação da categoria Satisfação Sexual nos três tempos do grupo de DIGH.

Page 77: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

73

TEMPO

12MpGHDIGHb

Con

cent

raçã

o

30

20

10

0

-10

GRÁFICO 17 - Comparação da categoria Concentração nos três tempos do grupo de DIGH.

Page 78: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

74

TEMPO

12MpGHDIGHb

Res

istê

ncia

Fís

ica

30

20

10

0

-10

-20

GRÁFICO 18 - Comparação da categoria Resistência Física nos três tempos do grupo de DIGH.

Page 79: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

75

TEMPO

12MpGHDIGHb

Inici

ativ

a/C

ondu

ção

30

20

10

0

-10

GRÁFICO 19 - Comparação da categoria Iniciativa/Condução nos três tempos do grupo de DIGH.

Page 80: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

76

TEMPO

12MpGHDIGHb

ITEM

825

20

15

10

5

0

-5

-10

GRÁFICO 20 - Comparação da categoria Lidar com a Raiva nos três tempos do grupo de DIGH

Page 81: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

77

TEMPO

12MpGHDIGHb

Supo

rtar D

ificu

ldad

es d

o D

ia a

Dia

30

20

10

0

-10

-20

GRÁFICO 21 - Comparação da categoria Suportar as Dificuldades do Dia a Dia nos três tempos do grupo de DIGH.

Page 82: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

78

TEMPO

12MpGHDIGHbBasal

TOTA

L200

100

0

-100

GRÁFICO 22 - Escores totais de Qualidade de Vida (ETQV) nos três tempos: 1 basal; 2 6 meses de tratamento e 3 12 meses de suspensão de tratamento

Page 83: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

79

APÊNDICE D – Nível de importância de indivíduos com o questionário

QLS_H no grupo DIGH nas 9 categorias avaliado no tempo basal.

Nº Sexo Idade Manejo do estresse

Aparência do corpo

Confiança

SATISFAÇÃO

SEXUAL

Concentração

Resistência Fisica

Iniciativa

Lidar com a raiva

Suportar dificuldades diárias

1 F 49 4 4 4 4 4 4 4 4 4 2 M 55 5 4 5 5 5 4 4 2 4 3 F 48 4 4 4 5 4 4 4 2 1 4 M 47 3 4 5 5 5 5 5 4 3 5 M 46 4 5 5 2 4 4 4 4 4 6 F 40 3 4 4 4 4 4 4 4 4 7 F 70 5 4 4 3 4 4 4 4 2 8 M 37 4 5 1 4 3 2 4 4 3 9 M 32 3 4 4 3 4 4 4 4 4 10 M 48 5 4 5 5 5 5 5 5 5 11 M 61 4 3 5 5 3 5 5 5 5 12 F 65 4 4 4 4 4 3 4 3 2 13 F 52 4 4 4 2 4 4 4 4 2 14 M 68 4 4 5 5 5 4 5 4 3 15 M 30 4 4 4 4 4 4 4 4 5 16 F 48 5 4 3 3 5 4 4 4 4 17 F 37 2 5 5 5 5 5 4 4 3 18 F 25 4 4 4 4 4 4 4 2 4 19 F 26 4 2 4 4 4 4 2 3 4 20 M 24 3 4 4 4 4 4 4 2 4

Page 84: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

80

APÊNDICE D - Nível de satisfação de indivíduos com o questionário QLS_H no grupo DIGH nas 9 categorias avaliado no tempo basal.

Nº Manejo do estresse

Aparência do corpo

Confiança SATISFAÇÃO

SEXUAL

Concentração Resistência Física

Iniciativa

Lidar com a raiva

Suportar dificuldades diárias

1 5 5 5 5 5 5 5 5 5 2 2 5 5 5 5 4 5 4 5 3 5 5 5 5 5 5 5 2 2 4 4 2 5 5 3 3 3 5 5 5 5 5 5 5 5 4 4 5 5 6 1 5 5 5 1 4 5 1 2 7 3 5 5 5 3 3 5 5 5 8 4 4 5 4 4 4 5 3 5 9 4 4 5 5 4 5 4 4 4 10 4 5 4 5 5 5 4 5 5 11 4 5 4 5 4 4 4 5 4 12 5 4 5 5 4 1 4 5 5 13 5 5 5 4 5 5 5 4 5 14 5 1 5 4 5 1 5 3 5 15 5 5 5 5 5 5 4 4 5 16 4 5 4 3 4 4 5 4 4 17 4 5 5 5 5 5 5 5 5 18 3 1 1 4 4 1 1 4 2 19 5 5 4 4 4 5 3 1 3 20 4 1 1 1 1 4 4 4 1

Page 85: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

81

APÊNDICE D – Escore de satisfação individual e total nas 9 categorias do questionário QLS-H do grupo DIGH no tempo basal.

Nº Manejo do estresse

Aparência do corpo

Confiança

SATISFAÇÃO

SEXUAL

Concentração

Resistência Física

Iniciativa Lidar com a raiva

Suportar dificuldades diárias

TOTAL

1 15 15 15 15 15 15 15 15 15 135 2 - 4 15 20 20 20 9 15 3 15 113 3 15 15 15 20 15 15 15 - 1 0 109 4 6 - 3 20 - 4 4 4 4 15 10 56 5 15 20 20 5 15 9 9 15 15 123 6 - 6 15 15 15 - 9 9 15 - 9 - 3 42 7 4 15 15 10 3 3 15 15 5 85 8 9 12 0 9 6 3 15 3 10 67 9 6 9 15 6 9 15 9 9 9 87 10 12 15 12 20 20 20 12 20 20 151 11 9 10 12 20 6 12 12 20 12 113 12 15 9 15 9 9 - 6 9 10 5 75 13 15 15 15 5 15 15 15 9 5 109 14 15 - 9 20 - 12 20 - 9 20 3 10 58 15 15 15 15 15 15 15 9 9 20 128 16 12 15 6 10 12 9 15 9 9 97 17 3 20 20 20 20 20 15 15 10 143 18 3 - 9 - 9 - 9 9 - 9 - 9 3 - 3 - 33 19 15 5 9 15 9 15 1 - 6 3 66 20 6 - 9 - 9 - 9 - 9 9 9 3 - 9 - 18

Page 86: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

82

APÊNDICE D - Nível de importância de indivíduos com o questionário QLS-H no grupo DIGH nas 9 categorias avaliado no tempo pós GH.

Nº Manejo do estresse

Aparência do corpo

Confiança

SATISFAÇÃO

SEXUAL

Concentração

Resistência Física

Iniciativa Lidar com a raiva

Suportar dificuldades diárias

1 - - - - - - - - - 2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 3 1 4 4 4 4 4 4 4 4 4 - - - - - - - - - 5 4 4 4 4 4 4 4 1 4 6 4 4 4 4 4 4 4 2 1 7 2 1 5 1 4 4 4 3 3 8 1 3 2 3 4 4 4 4 4 9 - - - - - - - - - 10 - - - - - - - - - 11 4 4 4 4 4 4 4 2 4 12 - - - - - - - - - 13 - - - - - - - - - 14 2 4 4 4 4 4 4 3 4 15 4 4 4 4 4 4 4 4 4 16 4 4 4 4 4 4 4 4 4 17 4 4 4 4 4 4 4 4 4 18 4 4 4 4 4 4 4 4 4 19 - - - - - - - - - 20 4 4 4 4 4 4 4 1 2

Page 87: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

83

APÊNDICE D - Nível de satisfação de indivíduos com o questionário QLS-H no grupo DIGH nas 9 categorias avaliado no tempo pós GH.

Nº Manejo do estresse

Aparência do corpo

Confiança SATISFAÇÃO

SEXUAL

Concentração

Resistência Física

Iniciativa Lidar com a raiva

Suportar dificuldades diárias

1 - - - - - - - - - 2 4 5 5 4 4 5 5 4 4 3 5 5 5 5 5 5 5 4 4 4 - - - - - - - - - 5 5 5 4 5 5 5 5 5 5 6 2 5 5 4 5 5 5 4 4 7 4 4 5 4 4 4 4 4 3 8 4 5 5 1 1 5 4 4 4 9 - - - - - - - - - 10 - - - - - - - - - 11 5 5 5 5 5 5 51 5 12 - - - - - - - - - 13 - - - - - - - - - 14 5 5 4 4 5 5 5 3 5 15 4 4 5 5 5 5 5 5 5 16 5 5 4 1 4 5 1 5 5 17 5 5 5 5 5 5 5 5 5 18 5 1 1 5 5 4 4 4 4 19 - - - - - - - - - 20 4 4 2 4 5 5 4 1 4

Page 88: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

84

APÊNDICE D - Escore de satisfação individual e total nas 9 categorias do questionário QLS-H do grupo DIGH no tempo pós GH

Nº Manejo do estresse

Aparência do corpo

Confiança SATISFAÇÃO SEXUA

L

Concentração

Resistência Física

Iniciativa Lidar com a raiva

Suportar dificuldades diárias

TOTAL

1 - - - - - - - - - - 2 9 15 15 9 9 15 15 9 9 105 3 0 15 15 15 15 15 15 9 9 108 4 - - - - - - - - - - 5 15 15 9 15 15 15 15 0 15 114 6 - 3 15 15 9 15 15 15 3 0 84 7 3 0 20 0 9 9 9 6 2 58 8 0 10 5 - 6 - 9 15 9 9 9 42 9 - - - - - - - - - - 10 - - - - - - - - - - 11 15 15 15 15 15 15 15 - 3 15 117 12 - - - - - - - - - - 13 - - - - - - - - - - 14 5 15 9 9 15 15 15 2 15 100 15 9 9 15 15 15 15 15 15 15 123 16 15 15 9 - 9 9 15 - 9 15 15 75 17 15 15 15 15 15 15 15 15 15 135 18 15 - 9 - 9 15 15 9 9 9 9 63 19 - - - - - - - - - - 20 9 9 - 3 9 15 15 9 0 3 66

Page 89: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

85

APÊNDICE D - Nível de importância de indivíduos com o questionário QLS-H no grupo DIGH nas 9 categorias avaliado no tempo 12 meses.

Nº Manejo do estresse

Aparência do corpo

Confiança

SATISFAÇÃO

SEXUAL

Concentração

Resistência Física

Iniciativa Lidar com a raiva

Suportar dificuldades diárias

1 4 2 4 4 4 4 4 4 4 2 4 2 4 4 4 4 4 4 4 3 1 4 4 4 4 4 4 2 2 4 4 4 4 4 4 4 4 4 3 5 4 4 4 4 4 4 4 4 4 6 4 3 5 4 4 4 4 4 2 7 4 3 4 4 4 4 4 4 4 8 2 4 4 4 4 4 3 4 4 9 4 4 4 4 4 4 3 4 4 10 2 3 3 4 4 4 4 2 4 11 4 4 4 4 4 4 4 1 4 12 4 3 4 4 4 4 4 3 3 13 4 4 4 3 4 4 4 3 43 14 2 4 4 4 4 3 3 4 4 15 4 4 4 5 4 4 4 4 4 16 4 4 4 4 4 4 4 4 4 17 1 4 4 4 4 4 4 1 1 18 - - - - - - - - - 19 4 4 4 4 4 4 2 2 4 20 4 4 4 4 4 4 4 4 4

Page 90: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

86

APÊNDICE D - Nível de satisfação de indivíduos com o questionário QLS-H no grupo DIGH nas 9 categorias avaliado no tempo 12 meses.

Nº Manejo do estresse

Aparência do corpo

Confiança

SATISFAÇÃO

SEXUAL

Concentração

Resistência Física

Iniciativa Lidar com a raiva

Suportar dificuldades diárias

1 5 5 5 5 5 5 5 5 5 2 5 5 5 4 4 5 5 5 5 3 1 5 4 5 4 5 5 1 1 4 1 4 4 4 4 1 1 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 4 5 6 5 5 5 5 5 1 5 4 4 7 5 4 4 4 4 4 4 4 4 8 1 5 4 4 4 4 5 4 4 9 4 4 4 4 4 4 4 4 4 10 5 5 4 5 4 5 5 4 5 11 5 1 4 4 4 4 4 4 4 12 5 5 5 5 3 5 5 4 5 13 5 5 5 3 5 5 5 4 4 14 5 1 5 1 5 1 4 4 5 15 4 5 5 5 5 5 5 5 5 16 5 4 4 5 5 5 4 5 4 17 5 5 5 5 5 5 5 5 5 18 - - - - - - - - - 19 5 5 5 5 5 5 5 1 5 20 4 1 1 1 1 4 4 4 1

Page 91: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

87

APÊNDICE D - Escore de satisfação individual e total nas 9 categorias do questionário QLS-H do grupo DIGH no tempo 12 meses.

Nº Manejo do estresse

Aparência do corpo

Confiança

SATISFAÇÃO

SEXUAL

Concentração

Resistência Física

Iniciativa

Lidar com a raiva

Suportar dificuldades diárias

TOTAL

1 15 5 15 15 15 15 15 15 15 125 2 15 5 15 9 9 15 15 15 15 113 3 0 15 9 15 9 15 15 - 3 - 3 72 4 - 9 9 9 9 9 - 9 - 9 15 10 34 5 15 15 15 15 15 15 15 9 15 129 6 15 10 20 15 15 - 9 15 9 3 93 7 15 6 9 9 9 9 9 9 9 84 8 - 3 15 9 9 9 9 10 9 9 76 9 9 9 9 9 9 9 6 9 9 78 10 5 10 6 15 9 15 15 3 15 93 11 - - - - - - - - - - 12 15 10 15 15 3 15 15 6 10 104 13 15 15 15 2 15 15 15 6 9 107 14 5 - 9 15 - 9 15 - 6 6 9 15 41 15 9 15 15 20 15 15 15 15 15 134 16 15 9 9 15 15 15 9 15 9 111 17 - - - - - - - - - - 18 - - - - - - - - - - 19 15 15 15 15 15 15 5 - 3 15 107 20 9 - 9 - 9 - 9 - 9 9 9 9 - 9 - 9

Page 92: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

88

APÊNDICE E. - Nível de importância de indivíduos com o questionário QLS-H no grupo Controle nas 9 categorias.

Nº Sexo Idade Manejo do estresse

Aparência do corpo

Confiança

SATISFAÇÃ

O SEXU

AL

Concentração

Resistência Física

Iniciativa

Lidar com a raiva

Suportar dificuldades diárias

21 F 39 4 3 3 3 4 5 4 1 5 22 F 37 4 4 4 3 4 4 4 4 5 23 F 68 4 4 4 4 4 4 4 4 4 24 F 49 1 4 4 4 4 4 4 4 4 25 M 42 4 4 4 4 4 4 4 3 4 26 M 82 2 3 4 5 4 4 4 4 4 27 M 30 4 4 4 4 4 4 4 2 4 28 F 56 4 4 4 3 4 4 4 2 4 29 M 46 4 4 2 3 3 4 2 2 4 30 F 45 4 4 4 4 4 4 4 4 4 31 M 46 4 4 4 4 4 4 4 4 2 32 F 46 4 3 4 4 4 4 4 3 3 33 M 46 4 4 4 4 5 4 4 4 5 34 F 25 2 4 4 4 4 4 4 1 4 35 M 53 4 2 4 5 5 5 5 5 5 36 M 27 4 4 5 5 5 4 4 4 4 37 M 41 4 4 4 4 4 4 4 4 4 38 M 58 3 3 4 4 5 5 5 1 5 39 F 66 4 4 4 1 4 4 4 4 4 40 F 47 4 4 5 4 4 4 4 4 4

Page 93: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

89

APÊNDICE E - Nível de satisfação de indivíduos com o questionário QLS-H no grupo Controle nas 9 categorias.

Nº Manejo do estresse

Aparência do corpo

Confiança SATISFAÇÃO

SEXUAL

Concentração

Resistência Física

Iniciativa

Lidar com a raiva

Suportar dificuldades diárias

21 5 5 5 5 4 4 4 1 5 22 4 1 5 1 4 1 5 5 3 23 1 4 5 5 5 5 4 1 5 24 5 5 5 5 5 5 5 4 4 25 5 5 5 5 5 5 5 5 5 26 4 5 5 5 5 5 5 5 5 27 5 5 5 2 4 5 5 4 4 28 1 4 5 1 4 2 4 4 4 29 5 4 4 4 1 4 5 4 4 30 1 4 5 1 1 1 1 1 1 31 5 5 5 4 5 5 5 1 4 32 5 5 5 5 5 5 4 3 4 33 5 5 5 5 5 5 5 5 5 34 1 1 5 5 1 1 5 1 1 35 4 5 5 4 4 4 5 5 5 36 4 5 5 5 5 5 5 1 5 37 4 4 5 4 4 5 4 5 5 38 4 4 5 1 4 5 4 2 5 39 4 5 1 1 1 1 1 5 5 40 1 5 1 1 1 1 1 5 5

Page 94: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

90

APÊNDICE E - - Escore de satisfação individual e total nas 9 categorias do questionário QLS-H do grupo Controle.

Nº Manejo do estresse

Aparência do corpo

Confiança

SATISFAÇÃ

O SEXU

AL

Concentração

Resistência Física

Iniciativa

Lidar com a raiva

Suportar dificuldades diárias

TOTAL 1

21 15 10 10 10 9 12 9 0 20 95 22 9 - 9 15 - 6 9 - 9 15 15 4 43 23 - 9 9 15 9 15 15 9 - 9 15 69 24 0 15 15 15 15 15 15 9 9 108 25 15 15 15 15 15 15 15 10 15 130 26 3 10 15 20 15 15 15 15 15 126 27 15 15 15 15 9 15 15 3 9 111 28 - 9 9 15 6 9 - 3 9 3 9 48 29 15 9 3 6 - 6 9 5 3 9 53 30 - 9 9 15 9 - 9 - 9 - 9 - 9 - 9 - 21 31 15 15 15 15 15 15 15 - 9 3 99 32 15 10 15 15 15 15 9 2 6 102 33 15 15 15 15 20 15 15 15 20 145 34 - 3 - 9 15 - 9 - 9 - 9 15 0 - 9 - 18 35 9 5 15 20 12 12 20 20 20 133 36 9 15 20 20 20 15 15 - 9 15 120 37 9 9 15 9 9 15 9 15 15 105 38 6 6 15 9 12 20 12 0 20 100 39 9 15 - 9 0 - 9 - 9 - 9 15 15 18 40 - 9 15 - 12 15 - 9 - 9 - 9 15 15 12

Page 95: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

91

ANEXO A - Parecer do CEP e CONEP

PARECER CONSUBSTANCIADO - CEP

043/2004

Título: Consequências da deficiência isolada e vitalícia do hormônio o crescimento. Finalidade: Projeto em parceria UFS-Jonh Hopkins. Pesquisadores responsáveis: Prof Dr Manuel Hermínio de Aguiar Oliveira (graduado em

Medicina, Mestre e Doutor em Clínica Médica/Endocrinologia) e Prof Dr Roberto Salvatori, (graduado em Medicina, especialista em Medicina Interna e Endocrinologia, Diabete e Metabolismo, pós-graduado pela Cornell University Medicai College e pela Jonh Hopkins University, na qual é Professor Assistente).

Data de entrada no CEP: 29/04/04. Data de análise: 07/05/04.

1) Folha de Rosto: adequadamente preenchida. 2) Projeto: o Projeto de Pesquisa apresentado apresenta-se adequado nos seus tópicos:

Introdução, Objetivos, Revisão Bibliográfica, Metodologia e Referências Bibliográficas. 3) Consta do projeto a Previsão Orçamentaria, bem como o patrocinador (Jonh Hopkins

University). 4) Consta Cronograma de Execução, segundo o qual a coleta de dados deve ter início no

segundo semestre/2004. 5) Consta detalhado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, de acordo com a

Resolução CNS 196/96, bem como a aprovação pelo CEP da instituição parceira. 6) Todos os documentos originariamente em inglês foram traduzidos para a Língua

Portuguesa.

Conclusão: consideramos que o projeto acima deva ser aprovado por este CEP.

MINISTÉRIO DA SAÚDE Conselho Nacional de Saúde

Page 96: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS ... · Efeitos da terapia de reposição com o GH / Jorge Antonio Rodrigues Barbosa. -- Aracaju, 2007. ... Aos colegas que fazem

92

Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP

PARECER N° 1361/2004

Registro CONEP : 10212 (Este nu deve ser citado nas correspondências referentes a este projeto)

Registro CEP: 043/2004 Processo n° 25000.064789/2004-90 Projeto de Pesquisa: "Consequências da deficiência isolada e vitalícia do hormônio do crescimento". Pesquisador Responsável: Dr. Manuel Hermínio de Aguiar Oliveira. Instituição: Universidade Federal de Sergipe/SE Área Temática Especial: Genética humana c/c cooperação estrangeira.

Ao se proceder à análise das respostas ao Parecer CONEP n° 1112/2004, relativo

ao projeto em questão, considerou-se que:

a- Foram atendidas as solicitações do referido parecer.

b- O projeto preenche os requisitos fundamentais das Resoluções CNS 1S6/96 e

292/99, sobre Diretrizes. e Normas Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo

Seres Humanos:

c- O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição

supracitada.

Diante do exposto, a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP, de acordo com as

atribuições definidas na Resolução CNS 196/96, manifesta-se pela aprovação do projeto de

pesquisa proposto.

Situação: Projeto aprovado .

Brasília, 15 de julho de 2004.

WILLIAM SAAD HOSSNE Coordenador da CONEP/CNS/MS