universidade federal de sergipe nÚcleo de pÓs … · no processo de educação dos meus filhos na...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
DOUTORADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO ENTRE tagSNPS NO GENE IL1B E ASPECTOS
CLÍNICOS COM PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE
LARISSA PAES LEME GALVÃO
ARACAJU/SE
2017
2
LARISSA PAES LEME GALVÃO
ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO ENTRE tagSNPS NO GENE IL1B E ASPECTOS
CLÍNICOS COM PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE
.
ARACAJU/SE
2017
Tese apresentada ao programa de Pós-
Graduação em Ciências da Saúde da
Universidade Federal de Sergipe como
requisito parcial para obtenção do título
de Doutor em Ciências da Saúde.
ORIENTADOR: Prof. Dr. Ricardo
Queiroz Gurgel
CO-ORIENTADOR: Prof. Dr. Fabiano
Alvim-Pereira
3
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA BISAU UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
G182a
Galvão, Larissa Paes Leme Análise da associação entre tagSNPS no gene IL1B e aspectos clínicos com pré-eclâmpsia grave / Larissa Paes Leme Galvão ; orientador Ricardo Queiroz Gurgel ; coorientador Fabiano Alvim-Pereira. – Aracaju, 2017.
81 f.
Tese (doutorado em Ciências da Saúde) – Universidade Federal de Sergipe, 2017.
1. Gravidez. 2. Hipertensão. 3. Pré-eclâmpsia. 4.
Interleucina-1. 5. Polimorfismo genético. 6. Near miss. I. Gurgel, Ricardo Queiroz, orient. II. Alvim-Pereira, Fabiano, coorient. III. Título.
CDU 618.3
4
LARISSA PAES LEME GALVÃO
ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO ENTRE tagSNPS NO GENE IL1B E ASPECTOS
CLÍNICOS COM PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE
APROVADA EM: 24/03/2017
____________________________________________________________
Prof. Dr. Ricardo Queiroz Gurgel (Orientador)
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde/UFS
_____________________________________________________________
Profa. Dra. Ligia Mara Dolce de Lemos
Programa de Pós Graduação em Enfermagem/UFS
_____________________________________________________________
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
DOUTORADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciências da Saúde da
Universidade Federal de Sergipe e aprovada
pela Banca Examinadora
5
Profa. Dra. Claudia Kaiser Alvim Pereira
Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde /UFS- Campus Lagarto
_________________________________________________________________
Prof. Dr. Douglas Bernal Tiago
Professor Adjunto do Departamento de Tocoginecologia/PUC-Campinas
_______________________________________________________________
Profa. Dra. Márcia Pereira Bueno
Professora Titular do Departamento de Tocoginecologia/PUC-Campinas
_______________________________________________________________
Prof. Dr. Victor Santana Santos
Professor do Departamento de Enfermagem da UNIT/ Campus Aracaju-SE
ARACAJU/SE
2017
6
Dedico esta tese à minha família,
meu esposo Walber e em especial
aos meus filhos Davi e Laura, a
razão de tudo.
7
Em relação a tempo, tudo é uma questão de
prioridade.
(L.P.L.G.)
Esse pensamento norteou esta tese e hoje é
uma certeza em minha vida.
8
AGRADECIMENTOS
Costumo dizer que este não foi um sonho sonhado, mas sim um sonho perseguido
com amor e dedicação nestes últimos seis anos da minha vida. Demandas profissionais
me levaram para um caminho que eu sempre disse que não traçaria: o da pós-graduação.
E qual não foi minha surpresa quando descobri o prazer em pesquisar e produzir
conhecimento! Totalmente apaixonada pela pesquisa, me vejo hoje pesquisando sobre
vários assuntos verdades em revistas científicas e confrontando dados para formar a
minha opinião pessoal. Vibrei com cada etapa da pesquisa cumprida e entendi o real
papel de cada uma delas no contexto geral.
Agradeço a Deus por tudo que o deu certo e principalmente por tudo o que deu
errado nesta jornada. Aceitei tudo como algo absolutamente necessário sem questionar.
Agradeço aos meus pais, Luiz e Elizete pela oportunidade de estudar. O pontapé inicial
foi dado por vocês, e sem isso, eu não seria quem sou hoje. Agradeço à minha amada
família, meu esposo Walber e aos meus filhos Davi e Laura por serem o combustível que
me moveu durante essa jornada e, se eu nunca pedi, peço aqui as minhas sinceras
desculpas pela ausência física e mental ao longo destes anos. Amo vocês tanto! Agradeço
à família do meu marido, especialmente aos meus sogros Lívia e Natan e minhas
cunhadas Wiviane e Wanessa pela participação indireta nisso tudo, porém tão importante:
no processo de educação dos meus filhos na minha ausência.
Agradeço à pacientes que participaram desse estudo em prol da ciência mesmo
em uma fase tão especial e tão crítica do ponto de vista de saúde. Obrigada aos ex-
estudantes de medicina e hoje médicos Caio Mendonça, Filipe Menezes, Kaique Góis e
Ruy Ribeiro por cada coleta. Meu muito obrigada ao meu co-orientador Prof. Dr. Fabiano
Avim-Pereira por me introduzir no mundo da genética aplicada à pré-eclâmpsia e por
toda a sua paciência e dedicação em me ensinar. Agradeço também à FAPITEC por
viabilizar financeiramente este projeto de pesquisa para a análise dos DNAs. E
finalmente, meus mais profundos e sinceros agradecimentos ao orientador Prof. Dr.
Ricardo Gurgel por todos os e-mails respondidos, por todas as broncas, por todas as
opiniões sinceras e por todos os estímulos nessa roda-gigante de estresse emocional e
físico que é a pós-graduação. Professores como o Senhor não formam profissionais...
formam PENSADORES! Orgulho da vida ter sido sua orientanda!
9
LISTA DE ABREVIATURAS
CASPASE enzima da família cisteína-aspartato protease
CEA antígeno carcinoembrionário
CEP Comitê de Ética em Pesquisa
DL desequilíbrio de ligação
DNA desoxiribonucleic acid (ácido desoxirribonucleico)
DP desvio-padrão
HAS hipertensão arterial sistêmica
HELLP Hemolytic anemia; Elevated Liver enzymes; LowPlatelet count
IC intervalo de confiança
IL interleucina
IL1 interleucina 1
IL1-Ra citocina antagonista da interleucina 1
IL1-RN gene antagonista da interleucina 1
IL10 interleucina 10
IL1B interleucina 1 beta (gene)
IL-1β interleucina 1 beta (citocina)
IL2 interleucina 2
IL6 interleucina 6
IMC índice de massa corpórea
INF-γ interferon gama
NK células natural-killer
NM near miss materno
NV nascido vivo
OMS Organização Mundial da Saúde
PAD pressão arterial diastólica
PAS pressão arterial sistólica
PCR protein chain reaction (reação em cadeia de polimerase)
PE pré-eclâmpsia
RR risco relativo
SE estado de Sergipe
SNP single nucleotide polimorphism
SUS Sistema Único de Saúde
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TNF fator de necrose tumoral
TNF-α fator de necrose tumoral alfa
10
GALVÃO, L.P.L. Análise da associação entre tagSNPs no gene IL1B e aspectos
clínicos com pré-eclâmpsia grave [TESE] Programa de Pós-Graduação em Ciências da
Saúde da Universidade Federal de Sergipe. 2017. 81 p.
RESUMO
Introdução: Pré-eclâmpsia (PE) é uma doença caracterizada pela ocorrência de
hipertensão e proteinúria na gestação. Algumas citocinas como a IL-1 podem causar um
processo inflamatório exagerado, causando lesão endotelial e estresse oxidativo. Na PE, e
considerando-se a variação étnica, citocinas são codificadas através de seu gene
codificador, entre eles o gene IL1B. Objetivos: Com o objetivo de investigar a
associação entre polimorfismos no gene IL1B em mulheres com PE e a influência de
possíveis fatores de risco maternos e ambientais, realizou-se um estudo do tipo caso-
controle em duas maternidades de referência no estado de Sergipe. Métodos: Uma
entrevista foi realizada e o DNA de 456 voluntárias foi coletado para análise. Ressalta-se
aqui a predominância de indivíduos melanodermas e feodermas: poucos estudos com esta
população são encontrados na literatura utilizando essa população em particular
relacionando o gene IL1B e PE. A análise genética objetivou a representação do gene
integralmente e para tanto quatro tagSNPs do gene IL1B foram analisados, sendo eles:
rs1143643, rs1143633, rs1143634 e rs1143630. A análise da associação entre os
haplótipos e valores de P foram calculados usando o software THESIAS. Teste de qui-
quadrado, Teste de Fisher, Odds Ratio, intervalo de confiança e regressão logística foram
realizados. Resultados: Fatores como polimorfismos do rs1143630, obesidade,
primiparidade, parto cesáreo e baixo nível de consciência no momento da admissão no
serviço de saúde relacionaram-se à PE. Foi identificada evidência sugestiva da associação
do alelo “T” no rs1143630 no grupo de mulheres com PE. Conclusão: Fatores clínicos e
polimorfismos do gene IL1B estiveram associados à ocorrência de pré-eclâmpsia. Em
muitos aspectos, combater morte materna causada por pré-eclâmpsia é um dos desafios
mais importantes e urgentes da obstetrícia na atualidade.
DESCRITORES: Gestação; Hipertensão; Pré-eclâmpsia; Interleucina-1; Polimorfismos
Genéticos; Near miss.
11
GALVÃO, L.P.L. Analysis of association of clinical aspects and
polimorphisms of IL1B tagSNPs gene with severe preeclampsia [THESIS] Post
Graduation Program of Health Sciences of Federal University of Sergipe. 2017. p.
ABSTRACT
Introduction: Preeclampsia (PE) is characterized by the occurrence of gestational
hypertension and proteinuria. Cytokines as IL-1 can cause an exaggerated inflammatory
process causing oxidative stress and endothelial damage. In PE, and considering the
ethnic variation, these cytokines are encoded through their encoding gene: among them
the IL1B gene. Objectives: In order to investigate the association of polymorphisms in
the IL1B gene in women with preeclampsia and the influence of possible maternal,
environmental and genetic risk factors, a case-control study was conducted in two
reference maternity hospitals in the state of Sergipe. Methods: An interview was done
and the DNA of 456 volunteers collected for analysis. The predominance of
melanoderma and feoderma individuals is emphasized here: few studies with this
population are found in the literature regarding IL1B and PE. The genetic analysis aimed
the representation of the gene integrally and for this purpose four tagSNPs for IL1B gene
were analyzed: rs1143643, rs1143633, rs1143634 and rs1143630. The analysis of the
association between the haplotypes and p values were calculated using the THESIAS
software. Chi square test, Fisher test, Odds Ratio, confidence interval and multivariate
logistic regression were performed. Results: Factors such as rs1143630 polimorphisms,
obesity, primiparity, cesarean delivery and low level of consciousness at the time of
admission to the health service were related to PE. Suggestive evidence of association
between "T" allele in rs1143630 and preeclamptic women was observed. Conclusions:
Clinical factors and IL1B polimorphisms were associated with severe preeclampsia. In
many aspects, avoid maternal deaths related with preeclampsia is one of the most
important and urgent challenges of obstetrics today.
Keywords: Pregnancy; Hypertension; Preeclampsia; Interleukin-1; Gene Polymorphism;
Genetic; Maternal near miss.
12
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO……………………………………………….…………………..…14
2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS ………………………………………..……….…16
2.1 Definição de pré-eclâmpsia, eclâmpsia e síndrome HELLP ………………….16
2.2 Epidemiologia e fatores de risco ..................................................................... .....17
2.3 A complexa patogênese da pré-eclâmpsia ………………………………..…..…18
2.3.1 A hipótese vascular ……………………………………………………………...19
2.3.2 A hipótese da má adaptação imune ……………………………………………..20
2.4 Produção da citocina mediada pelo seu gene codificador ………………….…21
2.5 O papel do componente genético fetal …………………………………………22
2.6 IL-1 e seu gene codificador ……………………………………………………22
2.7 Os tagSNPs e o Projeto HAPMAP ……………………………………….…….23
2.8 IL1B e o antagonista da Il-1 ……………………………………………….……24
2.9 O papel da il-1 no inflassoma .............................................................................25
2.10 A importância da il-1 na pré-eclâma ...............................................................25
3 OBJETIVOS .............................................................................................................28
4 METODOLOGIA......................................................................................................29
4.1 Tipo de estudo e população ...................................................................................29
4.2 Definições dos distúrbios hipertensivos ................................................................30
4.3 Definição de casos, controles e critérios de inclusão …………………………..30
4.4 Tamanho da amostra ………………………………………………..……….…..31
4.5 Instrumentos de coleta ……………………………………………………………31
13
4.5.1 Entrevista …………………………………………………………………..……..31
4.5.2 Coleta de células de mucosa jugal para obtenção de dna humano ……………….33
4.6 Análise estatística ………………………………………………………………....33
4.7 Aspectos éticos da pesquisa ………………………………………………………34
5 ARTIGO PUBLICADO ...………………………………………………………….36
6 CONCLUSÕES ……………………………………………...………………………60
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................61
REFERÊNCIAS ……………………………………………………….………………62
APÊNDICE…………………………………………………………………..…………74
Apêndice A- Formulário de entrevista para pacientes …………………………...…….74
Apêndice B- Termo de consentimento livre e esclarecido ………………………….….78
Apêndice C- Declaração de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa ………………80
14
ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO ENTRE tagSNPS NO GENE IL1B E ASPECTOS
CLÍNICOS COM PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE
1 INTRODUÇÃO
Combater a mortalidade materna no Brasil e no mundo é uma realidade urgente,
no entanto isso não é uma tarefa fácil pela dificuldade em se estabelecer relações causais
de risco que culminam em morte materna (MM) (LAURENTI et al., 1990). Houve
303.000 casos de morte materna no mundo em 2015 (WHO, 2016). A estimativa da
Organização Mundial da Saúde (OMS) para a ocorrência de mortes maternas no Brasil
seja de 44 casos/100.000 nascidos vivos, no entanto a média é de 58,37 casos de
MM/100.000NV e de 66,92 casos/100.000 NV para o estado de Sergipe (DATASUS,
2016).
Entre as cinco principais causas de morte materna em países desenvolvidos e em
desenvolvimento encontram-se as desordens hipertensivas, doença responsável por
76.000 óbitos maternos/ano no mundo, que complica entre 2-7% das gestações e é
responsável por 20% da ocorrência de prematuridade extrema, que é a ocorrência de
nascimentos antes da 32a. semana de gestação (WHO, 2015; STEEGERS et al., 2010).
O Ministerio da Saude propos a adocao do Pacto Nacional pela Reducao da
Mortalidade Materna e Neonatal a fim de enfrentar a problemática da morte materna e
neonatal. Para tanto, a implantacao de Comitês de Morte Materna foi identificada como
uma das acoes estrategicas possíveis. Os comitês reunem instituicoes governamentais e
da sociedade civil cuja area de atuacao e a Saude da Mulher, exercendo assim um papel
de controle social. Seus objetivos sao identificar a magnitude da mortalidade materna,
suas causas, fatores determinantes e propor medidas que previnam a ocorrência de novas
mortes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007). Desde o ano de 1999, o município de Aracaju
(SE) possui um Comitê de Mortalidade Materna ativo, sediado na sede da Secretaria
Municipal de Saúde do município de Aracaju e é composto por gestores e funcionários de
instituições de saúde (hospitais, maternidades e unidades básicas de saúde) e realiza
reuniões regulares onde os casos de morte materna ocorridos no município são discutidos
individualmente a fim de detectar possíveis falhas no processo assistencial.
15
A pré-eclâmpsia (PE) é uma doença heterogênea e específica da gestação
caracterizada por hipertensão e proteinúria após a 20a semana e que afeta em torno de 6 a
10% de mulheres grávidas (LAIN, ROBERTS, 2002; LEACH et al., 2002; SIBAI, 2003).
A etiologia da PE não é completamente conhecida ainda nos dias de hoje e seu tratamento
é limitado à estabilização dos níveis pressóricos a fim de prevenir complicações até que
se atinja a viabilidade fetal. Uma série de anormalidades fisiopatológicas e uma resposta
inflamatória sistêmica exagerada têm sido propostos para explicar a doença (SIBAI,
2008; SIBAI; DEKKER; KUPFERMINC; 2005). Nesse processo, níveis séricos elevados
de citocinas relacionadas à inflamação como a IL-1, IL-2, IL-6 e INF- têm sido
encontrados nas pacientes com pré-eclâmpsia em comparação com mulheres normotensas
(TOSUN et al., 2010; SZARKA; RIGO; LAZAR et al. 2010; KALINDERIS et al., 2011).
A interleucina-1beta (IL-1) é uma citocina pró-inflamatória pertencente ao
sistema da IL-1 e produzida pelo gene que leva o seu nome (IL1B). Advoga-se que não
apenas esse gene, mas um conjunto de gene e seus polimorfismos genéticos, em conjunto
com fatores ambientais, maternos e fetais, interagindo entre si, sejam os responsáveis
pelo desenvolvimento da PE (PIPKIN, 1999). No entanto, outros os genes candidatos,
também necessitam ser testados a fim de se identificar a associação gene-doença na PE
(REDMAN; SAKS, 1999).
A técnica de genotipagem por meio de tagSNPs consiste em testar apenas os
genótipos que estão em desequilíbrio perfeito ou perto do total – e esse é chamado
tagSNP. Apenas alguns tagSNPs são capazes de fornecer a informação do gene como um
todo ao mesmo tempo que permite uma visão mais completa da variabilidade do gene
candidato, fornecendo assim, informações dos seus possíveis efeitos na doença estudada
(HISCHHORN; DALY; 2005).
Não se conhece até o presente momento a existência de outro estudo que tenha
investigado a associação entre o genótipo do IL1B através da técnica de tagSNPs em
gestantes do nordeste do Brasil com pré-eclâmpsia. Portanto, a proposta deste estudo é o
de avaliar polimorfismos do gene da IL1B bem como variáveis pessoais e clínicas como
um possível fator de risco para pré-eclâmpsia.
16
2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS
2.1 Definição de pré-eclâmpsia, Eclâmpsia e Síndrome HELLP
Pré-eclâmpsia (PE) é uma doença multissistêmica específica da gestação, de
caráter multifatorial, caracterizada pela ocorrência de hipertensão e proteinúria após a 20a.
semana de gestação, e é única da raça humana. A mesma é a maior causa de morte
materna e fetal no mundo, e também é importante causa de morbidade para o binômio
mãe-bebê (LAIN, ROBERTS, 2002; SIBAI, DEKKER, KUPFERMINC; 2005). Dez a
15% das mortes maternas estão relacionadas diretamente à pré-eclâmpsia e eclâmpsia
(DULEY; 2009). Eclâmpsia é definida como a presença de convulsões em paciente com
pré-eclâmpsia (AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICS AND GINECOLOGY,
1990; AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICS AND GINECOLOGY, 2000; SIBAI,
DEKKER, KUPFERMINC, 2005). A síndrome HELLP é composta por hemólise,
aumento das enzimas hepáticas e trombocitopenia (AMERICAN COLLEGE OF
OBSTETRICS AND GINECOLOGY, 1990; AMERICAN COLLEGE OF
OBSTETRICS AND GINECOLOGY, 2000; SIBAI, DEKKER, KUPFERMINC, 2005).
A hipertensão gestacional é diagnosticada por níveis tensionais mínimos de
140mmHg de pressão arterial sistólica (PAS) e de 90mmHg para pressão arterial
diastólica (PAD), em pelo menos duas ocasiões, a intervalos entre as medidas de 4 a 6
horas após as 20 semanas em mulher previamente normotensa. Registros de pressão não
devem ser realizados a intervalos superiores a 7 dias. Hipertensão grave ocorre quando
PAS 160mmHg e PAD110mmHg (ACOG, 1990; ACOG, 2000; SIBAI 2005).
Proteinúria é definida pela excreção de 300mg ou mais de proteína pela urina em
um intervalo de 24 horas. Em casos de amostras de urina de 24h indisponíveis, é admitida
concentração 300mg/L (ou 1+ de fita) em pelo menos duas amostras de urina
aleatórias, e tomadas com intervalos de pelo menos 4 a 6 horas e não superiores a 7 dias
(SIBAI 2005; ACOG, 1990; ACOG, 2000). Proteinúria 5g/dia associada à níveis
pressóricos de PAS 160mmHg e PAD 110mmHg é considerada como pré-eclâmpsia
grave (SIBAI, 2005; ACOG, 2000).
17
Eclâmpsia é definida como a presença de convulsões em paciente com pré-
eclâmpsia (ACOG, 1990; ACOG, 2000; SIBAI, DEKKER, KUPFERMINC, 2005). A
síndrome HELLP é composta por hemólise, aumento das enzimas hepáticas e
trombocitopenia (ACOG, 1990; ACOG, 2000; SIBAI, DEKKER, KUPFERMINC,
2005).
Sinais de acometimento sistêmico são indicativos de gravidade da PE tais como:
edema pulmonar, convulsões, oligúria (diurese <500ml/dia), trombocitopenia (contagem
de plaquetas <100.000 L), enzimas hepáticas elevadas associadas a persistente
epigastralgia e alterações cerebrais (por exemplo: alteração do estado mental, cefaléia,
borramento visual, escotomas ou cegueira) (ACOG, 1990; LAIN; ROBERTS, 2002).
2.2 Epidemiologia e Fatores de risco
Cerca de 10 milhões de mulheres desenvolvem PE no mundo e destas, 76.000
morrem desta doença ou de outras complicações advindas da mesma (KUKLINA et al,
2008). Uma mulher que vive em um país em desenvolvimento possui sete vezes mais
chance de desenvolver PE do que uma mulher que vive em um país desenvolvido
(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2007). Considerando-se as diferentes etnias
existentes, a PE acomete em torno de 2 a 7% de mulheres nulíparas saudáveis e 1 a 3% de
multíparas e a maioria desses casos ocorre nos países em desenvolvimento (HAUTH et
al., 2002; SIBAI, 2003; VATTEN, SKAJAERVEN, 2004).
Em nulíparas, a doença é geralmente mais branda, inicia-se próximo ao termo ou
no período intraparto (75% dos casos) e representa potencial risco negligenciável para
resultados adversos (HAUTH et al., 2000; SIBAI, 2003; VATTEN, SKAJAERVEN,
2004). A frequência e a gravidade da doença são substancialmente mais elevadas em
mulheres com gestação múltipla, hipertensão crônica e que possuam antecedentes
pessoais de pré-eclâmpsia, diabetes mellitus e trombofilias (SIBAI, 1998; DEKKER,
SIBAI, 2001; VATTEN, SKAJAERVEN, 2004).
Muitas condições clínicas e gestacionais estão sabidamente associadas à pré-
eclâmpsia, entre elas encontram-se: primiparidade (ROBBILARD et al, 1994),
18
primipaternidade (DEKKER, SIBAI, 2001; DEKKER, ROBBILARD, 2003; SAFTLAS,
LEVINE, KLEBANOFF, 2003), dislipidemias (HUBEL, ROBERTS, FERRELL, 1999),
extremos de idade gestacional (DEKKER, SIBAI, 2001); obesidade e resistência
insulínica (SEELY, SOLOMON, 2003; SIBAI, DEKKER, KUPFERMINE, 2005),
hipertensão crônica ou doença renal (CARITIS, SIBAI, HAUTH, 1998; SIBAI, 2002),
história de pré-eclâmpsia pessoal (CARITIS, SIBAI, HAUTH, 1998; HNAT et al., 2002)
ou familiar (CHESLEY, ANNITTO, COSGROVE, 1968; CHESLEY, COOPER, 1986) e
gestação múltipla (CARITIS et al., 1998; SIBAI, 2000; WEN, DEMISSIE, YANG et al.,
2004).
Alguns estudos têm sugerido que mulheres que tiveram pré-eclâmpsia em uma
gestação também possuem risco elevado para desenvolver complicações cardiovasculares
no futuro (RAMSAY et al. 2003; WILSON; WATSON; PRESCOTT, 2003;
HAUKKAMAA; SALMINEN; LAIVUORI, 2004). De fato, alguns fatores de risco e
anormalidades fisiopatológicas da PE são similares às da doença arterial coronariana e a
resistência insulínica tem sido implicada como fator comum entre as duas doenças
(RAMSAY et al., 2003; WILSON, WATSON, PRESCOTT, 2003; HAUKKAMAA;
SALMINEN; LAIVUORI, 2004). Esta mesma síndrome de resistência insulínica parece
ser a causadora de um ambiente intra-uterino desfavorável, levando à restrição do
crescimento fetal ou bebês com baixo peso ao nascer, o que pode afetar a saúde do adulto
a longo prazo (HACK, FLANNERY, SCHLUCHTER, 2002; BARKER, 2004).
2.3 A complexa patogênese da pré-eclâmpsia
Apesar dos avanços no cuidado perinatal, nota-se que a frequência da PE não
diminuiu (SIBAI 2003; WORKING GROUP REPORT ON HIGH BLOOD PRESSURE
IN PREGNANCY, 2000; SIBAI, 1998; DEKKER, SIBAI, 2001). Esforços têm sido
realizados a fim de entender os reais mecanismos que deflagram a doença, entretanto a
sua patogênese completa ainda não é totalmente conhecida (BROUGHTON PIPKIN,
2012; JEBBINK et al. 2012; RAMMA, AHMED, 2011). Há mais de cem anos sabe-se
que para o desenvolvimento da pré-eclâmpsia é necessária a presença da placenta, dado
19
que seus sintomas clínicos não se desenvolverão se a mesma não estiver presente e
geralmente desaparecem após a sua remoção (YURA et al., 2003; ROBERTS, 2017).
Em 2005, foi proposto pela primeira vez o “Modelo dos dois estagios” para
explicar as fases de instalação da doença, hoje amplamente aceito. No primeiro estagio,
ainda na primeira metade da gravidez, ocorre um fenômeno de ma placentacao e hipóxia,
ocasionados pela ausência da segunda onda de migração trofoblástica, fase onde ainda
nao existem sinais clinicos da doenca. Essa alteração gera um processo de estresse
oxidativo placentário e enfim a manifestação clínica da doença, já no segundo estágio
(REDMAN; SARGENT; 2005).
Além disso, sugere-se que fatores maternos constitucionais (genéticos,
comportamentais e ambientais) podem ser ainda mais importantes do que se pensava
previamente. No entanto, o desenvolvimento da pré-eclâmpsia parece depender de uma
interação entre baixa perfusão de oxigênio em nível placentário e predisposição genética
materna e que se expressa de forma diversa entre as mulheres (ROBERTS; HUBBEL;
2009). Existem duas teorias principais sobre a causa da PE: a vascular e a imunológica,
mas sem distinção clara sobre o que ocorre primeiro (CHAOUAT et al., 2003).
2.3.1 A hipótese vascular
Durante a placentação normal, as células do citotrofoblasto formam um
trofoblasto extraviloso altamente invasor, que tende a migrar para a decídua e invadir o
primeiro terço da espessura do miométrio, induzindo a remodelação das artérias
espiraladas a fim de produzir um sistema vascular de baixa resistência – o que é essencial
para o desenvolvimento fetal. Uma placentação pobre, com invasão citotrofoblástica
insuficiente e remodelação vascular defeituosa é o principal fator que predispõe à PE. A
circulação uteroplacentária insuficiente leva à hipóxia, estresse oxidativo e até mesmo
infartamentos locais em casos graves (REDMAN, SARGENT; 2009). O estresse
oxidativo resulta do fluxo intermitente de alta velocidade no espaço interviloso que leva à
secreção placentária de fatores solúveis induzindo à disfunção celular endotelial e às
manifestações clínicas da pré-eclâmpsia (LECARPENTIER, TSATSARIS; 2016).
20
A inflamação sistêmica que comumente ocorre na gestação normal está
exarcebada na gestação com PE (LECARPENTIER, TSATSARIS; 2016). Na doença,
além de outros aspectos vasculares, estabelece-se um estado de ativação celular endotelial
(REDMAN, SARGENT; 2008). A angiogênese é essencial para o desenvolvimento
normal da placenta e o fator de crescimento vascular endotelial e o fator de crescimento
placentário são cruciais para a adequada proliferação e implantação do trofoblasto na
gestação normal (THADHANI et al.; 2004). No entanto, na PE, o nível sérico destes
fatores de crescimento apresentam-se reduzidos (KIM et al.; 2007).
2.3.2 A hipótese da má adaptação imune
O principal pilar do sistema imune e o reconhecimento do que e “próprio” versus
“nao próprio”. Na gravidez normal, o enxerto fetal contendo antigenos de origem paterna,
considerado “nao próprio”, e aceito pelo sistema imune da mae, ou seja, um privilegio
uteroplacentário é concedido como consequência de interações cooperativas entre o feto e
a mãe (HUNT; 2006). No entanto, na PE, a aceitação materna do enxerto fetal é
prejudicada resultando em uma interação anormal entre as células natural killer (NK) e o
trofoblasto fetal invasor durante a implantação/placentação (HIBY; WALKER;
O’SHAUGHNESSY; 2004). A placenta é fonte de produção de muitos hormônios
imunomodulatórios e citocinas e muitos desses fatores parecem contribuir para a
regulação local e sistêmica da imunidade necessários para o sucesso gestacional
(BOWEN et al. 2002).
2.4. Produção da citocina mediada pelo seu gene codificador
Citocinas são proteínas solúveis com múltiplas funções imunológicas que são
produzidas por células do sistema imune e pelos adipócitos (GUERRE-MILLO, 2004;
RAJALA, SCHERER, 2003) e estão envolvidas na implantação do embrião, no
crescimento e diferenciação do trofoblasto e até mesmo no trabalho de parto (SAITO,
2000). Níveis elevados de interleucinas (IL) IL-1, IL-6 e fator de necrose tumoral alfa
(TNF-), assim como a IL-2 e o interferon gama (INF- ), foram detectados no plasma e
21
no líquido amniótico de mulheres com PE (TOSUN et al., 2010; SZARKA et al. 2010;
KALINDERIS et al; 2011).
Na PE, todas estas citocinas pró-inflamatórias têm o poder de ativar o endotélio
vascular causando uma resposta inflamatória sistêmica exagerada (REDMAN,
SARGENT; 2003). Já a IL-10 tem sido identificada como uma citocina importante para o
sucesso gestacional e suposta proteção para pré-eclâmpsia (PISSETTI et al., 2014), bem
como a citocina antagonista da IL-1, a IL1-Ra (SZARKA et al. 2010).
A produção de citocinas pró-inflamatórias é regulada pelos genes codificadores
destas citocinas, e estes genes geralmente levam o nome da respectiva citocina produzida.
Tem sido admitido que vários genes que regulam a produção de diversas citocinas podem
estar imbricados no processo e agindo em conjunto com fatores fetais e ambientais
predispondo à PE (BROUGHTON PIPKIN, 2012).
Polimorfismos genéticos são variações na sequência gênica que ocorrem
naturalmente e em larga escala com frequência maior que 1% dentro de uma população e
podem afetar a função dos genes e mesmo causar doenças (BOTSTEIN et al., 1987;
NEWMAN, 1987). Alguns polimorfismos nos genes que codificam citocinas
inflamatórias podem alterar sua taxa de expressão e potencializando sua ação (CAMPOS
et al., 2005). Substituições em um único nucleotídeo (os chamados SNPs), em regiões
específicas dos genes das citocinas, podem afetar a sua transcrição e também influenciar
a sua produção e mudar a expressão ou a gravidade de uma doença (BOTSTEIN et al.
1987).
Um estudo realizado com mulheres brasileiras analisou polimorfismos dos genes
que produzem TNF-, IL-10, IL-6 e INF- em um estudo do tipo caso-controle em
pacientes com pré-eclâmpsia e pacientes não gestantes. Apesar da amostra pequena de
107 casos e 58 controles, apenas o INF- apresentou níveis séricos elevados
estatisticamente nas pacientes com PE (PINHEIRO et al.; 2015).
2.5 O papel do componente genético fetal
Além de fatores maternos e de fatores ambientais atuando continuamente na
22
gênese da PE, os genes fetais também atuam no processo, segundo a Hipótese do Conflito
Genético, o que dificulta ainda mais o conhecimento global da patogênese da pré-
eclâmpsia (VAN PAMPUS et al., 1999). O imprinting genômico, ou Hipótese do
Conflito Genético afeta vários mamíferos e resulta na expressão do alelo de apenas um
dos parentais, enquanto o outro alelo encontra-se metilado, ou seja, inativado. Neste caso,
não há uma contribuição genética equitativa dos progenitores, mas sim o alelo herdado de
um dos progenitores se comporta de forma distinta em relação ao alelo herdado do outro
progenitor. Em alguns casos esta inativação de um dos alelos pode ocasionar distúrbios
de desenvolvimento e síndromes. Este é um importante mecanismo genético a ser
compreendido e que também atua influenciando a transferência de nutrientes da mãe para
o feto e para o recém-nascido.
2.6 IL-1 e seu gene codificador
A IL-1 é uma citocina pró-inflamatória, pertencente ao sistema da IL-1, e que
possui um importante papel na reprodução dos mamíferos e também tem sido implicada
na patogênese da PE (HUANG et al.; 2008). Esta é uma proteína produzida por
monócitos, macrófagos e células epiteliais (HUANG ET AL; 2008). A secreção de IL-1
conduz à uma variedade de atividades biológicas que iniciam e perpetuam a resposta
inflamatória aguda com consequente produção de TNF-, INF-, IL-2 e IL-12
(RINEHART et al., 1999; WILLIAMS et al., 1999; REDMAN, SACKS, SARGENT,
1999; SANCHEZ et al. 2000; BENYO et al. 2001; TERAN et al. 2001; VISSER et al.
2002; VELSING-AARTS et al. 2002; HAGGERTY et al. 2005; HUANG et al., 2008
MULLA et al., 2011). Além do mais, a atividade da IL-1 é modulada por um fator
endógeno, um antagonista competitivo da IL-1, o IL-1Ra (DAYER, 2003).
Os genes impressos podem atuar aumentando a pressão sanguínea (genes
fetais) enquanto os genes maternos atuariam reduzindo essa pressão, causando um
desbalanço. A disfunção celular endotelial da doença (PE) poderia ser justificada por
uma estratégia fetal no sentido de melhorar a resistência não-placentária, em situações
em que o fluxo sanguíneo uteroplacentário for inadequado (REIK, WALTER; 2001).
23
O gene codificador da IL-1 está localizado entre 70-110 Kb da região do
cromossomo 2q13-21 e possui 7 exons e 6 introns
(http://www.ensembl.org/Homo_sapiens/Gene/Summary?g=ENSG00000125538;r=2:112
829751-112836903). Ao menos 20 SNPs têm sido descritos da região do gene IL-1B,
entre os quais os locus -511 e -31 da região promotora do IL-1B estão entre os
polimorfismos de nucleotídeos mais estudados. Polimorfismos no gene da IL-1 podem
influenciar a transcrição genética e conduzir a alterações funcionais da expressão dessa
citocina, influenciando características fenotípicas e aumentando o risco para algumas
doenças (EL-OMAR et al. 2000; TABOR, RISH, MYERS; 2002; CHEN et al. 2006).
2.7 Os TagSNPs E O PROJETO HAPMAP
O genoma de dois seres humanos é 99,9% semelhante, no entanto muitas
variações genéticas têm sido observadas (http//www.hapmap.org). As duas principais
classes estruturais de sequência de variação são: microsatélites e graus de repetição em
tandem curto do desequilíbrio de ligação (DL). Haplótipos ou blocos de desequilíbrio de
ligacao (DL) consistem em SNPs “ligados” entre si, onde ocorreu pouca recombinacao
histórica. Portanto, os genótipos dos SNPs no mesmo bloco tendem a se correlacionar,
sendo assim nem todos os SNPs do bloco necessitam ser testados, sendo que se o
desequilíbrio perfeito ou perto do total faz com que o SNP represente o bloco como um
todo, ele é denominado SNP chave, ou tagSNP.
Para isso, o International HapMap Project ® (http//www.hapmap.org) tem por
objetivo desenvolver um mapa do genoma humano a fim de caracterizar a estrutura da
sequência de variação do genoma de várias populações distintas e fazer com que esta
informação chegue gratuitamente ao domínio público.
O Projeto HapMap aliado à técnica de TagSNPs tem revolucionado a genética
humana e um novo paradigma tem sido introduzido, possibilitando o acesso às variações
gênicas mais comuns do indivíduo aliado à um bom custo-benefício (THE
INTERNATIONAL HAPMAP CONSORTION, 2005; HISCHHORN, DALY; 2005).
Utilizando esta base de dados e analisando populações genotipadas com ancestralidade
semelhante para a amostra pesquisada, é possível localizar as regiões com alto
desequilíbrio de ligação, ou seja, com forte associação entre os SNPs, e desta forma
24
genotipar apenas alguns SNPs selecionados (tagSNPs), já que estes produzem
informações sobre os SNPs de todo o bloco.
2.8 IL1B e o antagonista da IL1
O gene antagonista do receptor da interleucina 1 (IL1RN) foi inicialmente
descrito por Carter et al. (1990) e codifica a citocina IL1-Ra. A ligação com o receptor da
IL-1 sem exercer um efeito funcional faz com que o IL1Ra atue como um antagonista
competitivo da IL-1 (EISENBERG et al., 1991). Níveis relativos de IL1RN e IL-1 no
local da inflamação é que irão determinar se a resposta pró-inflamatória será iniciada,
mantida ou finalizada (Mc INTYRE et al. 1991). Na PE, a expressão aumentada de
citocinas como a IL-1 são acreditados como causadores da elevação dos níveis
circulantes de outras citocinas inflamatórias e assim perpetuando o processo da
inflamação (REDMAN, SACKS, SARGENT, 1999; RINEHART et al., 1999). A
hipótese mais aceita para a PE é a da expressão protéica placentária aumentada da IL-1,
no entanto dados sobre níveis circulantes de IL-1 e de seu receptor antagonista (IL1RN)
são inconsistentes (GREER et al. 1994; KIMYA et al. 1997; HEYL et al., 1999).
Os genes IL1B e IL1RN ocupam a região 430-kb do cromossomo 2q14.2 em
humanos (NICLKLIN; WEITH; DUFF; 1994). É amplamente aceito que polimorfismos
nos genes IL1B e IL1RN possam causar alterações da expressão de ambos os genes,
respectivamente, in vitro e in vivo (POCIOT et al. 1992; DANIS et al. 1995; HURME;
SANTILA, 1998; SANTILA; SAVINAINEN; HURME; 1998). Provavelmente, a relação
entre as alterações da expressão da proteína (citocina) em mulheres com PE é atribuída
também a estes polimorfismos (TARLOW et al, 1993).
Sugere-se que polimorfismos do gene IL1B causem uma autoregulação no seu
receptor antagonista (IL1-Ra) também na presença de polimorfismos do IL1RN
(RINEHART; 1999). Já Hefler et al., não encontraram evidências que sugiram
desequilíbrio de ligação entre os polimorfismos do IL1B e IL1RN (HEFLER et al.,
2001).
25
2.9 O papel da IL-1 no inflassoma
O inflassoma é um complexo multiprotéico intracelular que atua na ativação das
enzimas da família cisteína-aspartato proteases (CASPASES) como uma estrutura
essencial para a regulação da imunidade em condições fisiológicas e no reconhecimento
de sinais de perigo a diferentes componentes. As CASPASES estão envolvidas no
processo de apoptose, necrose, regulação celular e inflamação. O inflassoma age como
uma plataforma ativadora das caspases pró-inflamatórias que são as caspases 1, 4, 5, 11 e
12. A formação e ativação desta plataforma molecular são mediadas por ligantes
endógenos e exógenos induzindo a produção de citocinas pró-inflamatórias e
recrutamento de populações celulares relacionadas com resposta biológica e reparo
tecidual (DAVIS, WEN, TING, 2011; WEN, TING, O’NEILL 2012; STROWIG et al.
2012).
A manutenção da ativação deste complexo contribui para a queda da homeostase
e o desenvolvimento da doença inflamatória crônica (HENAO-MEJIA et al.;2012). A IL-
1 é uma das principais citocinas pro-inflamatórias relacionadas com a ativação do
inflassoma e apresenta-se como uma molécula com potencial atividade para modificar a
percepção clínica para muitas doenças (BRADDOCK; QUINN, 2004; DINARELLO,
2009). Mas a atuação do inflassoma também depende do estímulo fornecido pelo
microambiente, como o tipo de tecido envolvido, a presença de moléculas
coestimulatórias, o pH local, o fluxo sanguíneo e o tipo de receptor ativado (PAIVA-
OLIVEIRA et al.; 2012).
2.10 A importância da IL-1 na pré-eclâmpsia
A literatura tem relatado o papel da IL-1 na patogênese da PE (HUANG et al.;
2008). Alguns autores têm encontrado aumento nos níveis séricos desta citocina em
mulheres com PE (KALINDERIS et al., 2011; KOCYGIT et al. 2004; WANG, HUANG,
HUANG et al. 2010; LUPPI, DELOIA, 2006), enquanto outros não (HEFLER;
TEMPFER; GREGG, 2001). A expressão placentária aumentada da IL-1 também foi
relatada em alguns estudos (KOCYGIT et al. 2004; RINEHART et al. 1999).
26
Siljee et al. (2013) coletaram amostras de soro de mulheres gestantes normais e
com PE em um estudo do tipo caso - controle para avaliar a concentração de 41 proteínas
séricas. Destas, apenas a IL-1, o fibrinogênio e o antígeno carcinoembrionário (CEA)
resultaram como estatisticamente significativas. Em particular, a IL-1, adicionou valor
preditivo positivo aos já conhecidos biomarcadores de PE precoce por aumentar a
sensibilidade modelada de 38,2% para 44,1% em um valor de falso positivo fixo de 5%.
Em relação ao período gestacional onde a IL-1 poderia ser encontrada em níveis
elevados, Montagnana et al. (2008) descreveram que esta citocina encontrava-se
significativamente elevada no segundo e terceiro trimestres da gestação (e não no
primeiro trimestre, como encontrou Siljee et al. (2013). Koçyigit et al. (2004) e
Kalinderis et al. (2011) também encontraram níveis elevados de IL-1 no terceiro
trimestre em soro de pacientes com PE. Porém, não encontraram significância estatística
dos níveis de IL-1 no terceiro trimestre na comparação entre mulheres com PE grave e
leve (CASART, TARRAZZI, CAMEJO, 2007; SZARKA et al. 2010), resultados que
também corroboram o estudo realizado por Alanbay et al. (2012).
Quando da avaliação dos dados disponíveis referentes a genótipos deste gene, os
SNPs -511 e -31 são repetidamente citados na literatura pela sua associação com doenças
cardiovasculares no futuro (CHEN et al.; 2006). Em alguns estudos anteriores, Hefler et
al. (2001), Lachmeijer et al. (2002) e Kan et al. (2012) estudaram a distribuição
genotípica do IL1B (C+3954) e no polimorfismo IL1B (T-511 C/T), respectivamente, em
população hispânica, alemã e tailandesa e, coincidentemente, nenhum deles encontrou
significância estatística no locus entre mulheres normais e com PE (HEFLER, TEMPER,
GREGG, 2001; LACHMEIJER et al., 2002; KANG et al. 2012). Já, Mohajertehran et al.
estudaram o polimorfismo da IL-1 (C+3954T) no exon 5, mas também não encontraram
diferença significativa entre pacientes com PE e mulheres grávidas normais.
Wang et al. (2014) estudaram a relação entre os polimorfismos do IL1B -31C/T
(rs1143637) e -511T/C (rs16944) e PE e encontraram associação significativa na
população chinesa Han (o maior grupo étnico da China). Neste estudo, o haplótipo CT
parece aumentar o risco para PE, enquanto o haplótipo TC atuaria como um protetor para
27
PE.
A população tailandesa também foi genotipada para dois polimorfismos do IL1B
em relação a PE, a saber: a região promotora do polimorfismo AvaI da posição -511 e o
polimorfismo TaqI da posição +3953 dentro do Exon 5. No entanto, a conclusão foi de
que a IL-1 não possui um papel na patogênese da PE (KANG et al., 2012).
O gene IL1B foi escolhido como gene candidato de risco para PE devido à
atuação da IL-1 em doenças que envolvam a deflagração e manutenção do processo
inflamatório (D’AIUTO et al., 2009; HNATYSZYN et al., 2013; BALLAK et al., 2015),
assim como ocorre na pré-eclâmpsia (RAMMA, AHMED, 2011; AMASH et al., 2012).
Ressalta-se que níveis séricos elevados de IL-1 também ocorrem em doenças que estão
associadas à PE (SEELY, SOLOMON, 2003; SIBAI, DEKKER, KUPFERMINE, 2005;
RAMSAY et al.,2003; STEGEER et al., 2012). A expressão aumentada do gene do IL1B
em pacientes que desenvolvem pré-eclâmpsia pode atuar como um fator de risco para a
doença.
28
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
- Avaliar a associação entre o genótipos de polimorfismos no gene IL1B e pré-
eclâmpsia em gestantes do nordeste do Brasil através da cobertura de tagSNPs;
3.2 Objetivo específico
- Avaliar variáveis pessoais e ambientais como possíveis fatores de risco para a
ocorrência de pré-eclâmpsia.
29
4 METODOLOGIA
4.1 Tipo de estudo e população
Um estudo do tipo caso-controle foi realizado em duas maternidades do município
de Aracaju/SE entre os meses de junho de 2011 e maio de 2012, a saber: Hospital Santa
Izabel e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. Estas instituições são duas de um total
de três nesta localidade e perfazem 100% das maternidades públicas da mesma cidade.
A população estudada, em geral, é predominantemente não-branca, possui baixo
nível sócio-econômico e é essencialmente dependente do sistema público de saúde
(Sistema Único de Saúde - SUS). As duas maternidades servem à população de Sergipe e
também às populações de regiões fronteiriças do estados da Bahia, Alagoas e
Pernambuco, perfazendo cobertura em torno de dois milhões de habitantes (IBGE).
Os dados desta pesquisa foram aproveitados da pesquisa de mestrado sobre
prevalência e fatores de risco para near miss materno no estado de Sergipe (SAY,
SOUZA, PATTINSON; 2009). À medida que a coleta de dados estava sendo realizada, o
número de pacientes com pré-eclâmpsia, eclâmpsia e síndrome HELLP chamou a atenção
pela sua contribuição expressiva para os casos de NM materno, já que a classificação da
OMS contempla uma série de situações potencialmente graves à saúde das gestantes,
entre elas as doenças hipertensivas.
A partir de então, buscou-se na literatura a existência de possíveis fatores de risco
que determinassem a PE, dentre esses o papel da influência genética na doença, mais
especificamente a influência da IL-1β. Quando da decisão sobre os polimorfismos no
gene IL-1B a serem estudados, e ainda em fases iniciais da coleta de dados, associou-se
o procedimento de coleta de DNA somente das pacientes que apresentaram PE, eclâmpsia
e síndrome HELLP, procedimento que somente fora iniciado após a aprovação do Comitê
de Ética em Pesquisa da UFS.
30
4.2 Definições dos distúrbios hipertensivos
Pré-eclâmpsia foi definida como o desenvolvimento de hipertensão em uma
mulher previamente normotensa após 20 semanas de gestação acompanhada de
proteinúria (ACOG, 1990; ACOG, 2000; SIBAI, 2005). Hipertensão gestacional é
definida como pressao arterial sistólica ≥140mmHg e pressao arterial diastólica ≥ 90
mmHg, aferidas em pelo menos duas ocasiões distintas, com 4 a 6 horas de intervalo,
após 20 semanas de gestação (ACOG, 1990; ACOG, 2000; SIBAI, 2005). Proteinúria é
definida como a excrecao de proteina ≥ 300 mg ou mais na urina (≥1+ de fita) (ACOG,
1990; ACOG, 2000; SIBAI, 2005).
Pré-eclâmpsia grave é considerada quando uma ou mais destas manifestações
encontram-se presentes: pressão arterial ≥160/110 mmHg; excrecao urinaria ≥ 5g de
proteína em amostra de urina de 24 h; presença de sinais que indicam o acometimento de
outros órgãos como oligúria, edema pulmonar, distúrbios visuais ou cerebrais,
epigastralgia ou dor em hipocôndrio direito; elevação anormal de enzimas hepáticas e
trombocitopenia (contagem de plaquetas abaixo de 100.000/ml) (ACOG, 1990; SIBAI,
2005; ACOG, 2000).
Eclâmpsia é definida como a presença de convulsões em mulher previamente com
PE (ACOG, 1990; ACOG, 2000 SIBAI, 2005). Para o diagnóstico de síndrome HELLP,
todos os seguintes critérios devem estar presentes: hemólise, elevação de enzimas
hepáticas (transaminase glutâmico oxalacética- TGO e transaminase glutâmico-pirúvica-
TGP) ou trombocitopenia (SIBAI, 2005; ACOG, 1990; ACOG, 2000).
4.3 Definição de casos e controles e critérios de inclusão
O grupo caso foi composto por pacientes que apresentavam pré-eclâmpsia,
eclâmpsia ou síndrome HELLP, segundo os critérios estabelecidos pelo Colégio
Americano de Obstetrícia e Ginecologia (ACOG) e já mencionados no item 2.1 (ACOG,
1990; ACOG, 2000; SIBAI, 2005).
O grupo controle foi formado por pacientes que não exibiam nenhum tipo de
hipertensão gestacional, na presente gestação ou em gestação prévia, bem como qualquer
31
outra complicação gestacional. Níveis tensionais máximos permitidos para esse grupo
foram: pressão arterial sistólica < 140mmHg e pressão arterial diastólica < 90mmHg.
Inicialmente, foi adotada a proporção entre casos e controles de 1:2, no entanto, a
insuficiência quantitativa de DNA de algumas pacientes culminou na exclusão das
mesmas da pesquisa (51 pacientes).
Foram incluídas nessa pesquisa pacientes internadas nas duas maternidades
selecionadas e citadas anteriormente puérperas e gestantes que atendessem os critéiros de
eligibilidade também ja citados. Reitera-se aqui que o status da paciente não influencia
em nada a pesquisa pro este se tratar de um estudo genetico e o genome é o mesmo desde
adolescência.
4.4 Tamanho da amostra
A amostra foi composta por 456 voluntárias, 169 portadoras de pré-eclâmpsia,
eclâmpsia ou síndrome HELLP e 287 controles (mulheres sem esta condição). A amostra
foi calculada para um estudo do tipo caso-controle não pareado, utilizou o método Fleiss,
com intervalo de confiança de 95%, com poder de 80% e razão entre controles e casos de
1,7, considerando a prevalência de pré-eclâmpsia de 5%. (LAIN, ROBERTS 2002;
LEACH et al., 2002; SIBAI, 2003; KELSEY et al. 1996). Estudos genéticos recomendam
a proporção de pelo menos 2 controles para cada caso e essa foi a metodologia adotada.
No entanto, a insuficiência quantitativa de DNA de algumas pacientes culminou com a
exclusão de 51 mulheres da pesquisa e o n adotado já desconsiderou essas perdas.
4.5 Instrumentos de coleta
Dois instrumentos de coleta foram adotados: realização de entrevista e coleta de
células da mucosa jugal para extração de DNA.
4.5.1 Entrevista
A identificação dos casos foi prospectiva e realizada por médica obstetra, através
de visitas realizadas em todos os setores que possuíam pacientes internadas nas duas
32
maternidades a saber: admissão, enfermarias para gestantes e puérperas e unidade de
terapia intensiva (UTI). Após a identificação dos casos, uma equipe treinada e formada
por quarto estudantes do curso de medicina da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e
uma médica obstetra procederam à aplicação das entrevistas em pacientes e controles
após preenchimento de termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE)
(FORMULÁRIO DE ENTREVISTA–APÊNDICE A). Quando um caso era identificado,
dois controles eram selecionados através de sorteio entre os leitos, e entrevistados no
mesmo dia.
A fim de conhecer sócio-demograficamente a população objeto de estudo, foram
definidas as seguintes variáveis: idade, estado civil, trabalho, índice de massa corpórea
pré gestacional (pré-IMC=altura/peso2) (perguntado às mulheres sobre quanto estava
pesando imediatamente antes de engravidar), renda mensal, raça (percepção do
entrevistado), uso de álcool, tabagismo, anos de estudo e local de procedência
imediatamente antes do momento da internação. Essa entrevista baseou-se no projeto
Nascer no Brasil, um inquérito nacional multicêntrico que englobou a pesquisa de
variáveis sobre near miss materno.
A entrevista também contemplou a identificação de variáveis a fim de construir
um perfil clínico e obstétrico para essa população. Foram avaliados: número de
gestações, abortamentos prévios, história anterior de prematuridade, tipo de parto
realizado, nível de consciência no momento da admissão ao serviço de saúde, número de
consultas de pré-natal realizadas, idade gestacional em que o pré-natal iniciou-se, destino
do recém-nascido imediatamente após o parto e peso do recém-nascido. Para avaliação do
nível de consciência no momento da admissã=o, foi adotada a Escala de Coma de
Glasgow. Considerou-se nivel ≤ 8 como corte para afirmar que a mulher nao estava
plenamente consciente (o que nesse caso, inclui todas as pacientes admitidas em estado
torporoso e inconsciente). Pacientes que não se encontravam conscientes eram
monitorizadas e entrevistadas posteriormente em um momento mais adequado. O modelo
da entrevista encontra-se no APÊNDICE A desta tese. Informações relevantes e não
constatntes na entrevista foram complementadas por pesquisa de prontuário.
33
4.5.2 Coleta de células da mucosa jugal para obtenção de DNA humano
O material para extração do DNA foi coletado com kit estéril próprio para este
uso da face interna da mucosa jugal (TREVILATTO, LINE; 2000). A amostra foi retirada
através de raspagem da mucosa após bochecho com solução de glicose a 3%. Todos os
tubos receberam o mesmo código identificador do questionário e foi devidamente
armazenado em locais cedidos pelas instituições sob condições de refrigeração e
temperatura controladas.
Os tagSNPs foram selecionados de acordo com as informações disponíveis no
website do Projeto Internacional HapMap release 24 (http//www.hapmap.org). Os SNPs
representavivos de cada bloco foram pesquisados de acordo com os seguintes parâmetros:
frequência alélica mínima (FAM) de 0,10, a população avaliada foi a Yoruba in Ibadan
(YRI), da Nigéria, devido ao alto componente desta ancestralidade em nossa amostra
(população do nordeste do Brasil) e devido a maior cobertura pela presença de blocos de
desequilíbrio menores. Foi utilizada o método de marcador múltiplo pareado. Os
parametros de cutoff para definição do tagSNP foi um desequilibrio de ligação entre os
marcadores de r2 > 0.8.
Seguindo esse critério, os Tag SNPs incluídos foram: rs1143643, rs1143633,
rs1143634 e rs1143630. As pacientes do estudo foram genotipadas através da técnica de
PCR real-time (Applied Biosystems Via 7 Real-Time PCR System) da
TaqMan®Genotyping Master Mix technology (Applied Biosystems) e obedecendo as
devidas recomendações de temperaturas e configurações de tempo do fabricante (LEE,
CONNEL, BLOCH; 1993).
O alelo de risco para cada SNP foi definido pelo alelo que ocorreu mais
frequentemente no grupo caso. Modelos genéticos aditivos, dominantes e recessivos para
o alelo de risco foram testados entre os grupos.
4.6 Análise estatística
Variáveis nominais foram expressas por frequências e percentagens. Para
expressar associação em tabelas 2x2, o teste exato de Fisher ou o teste Qui-quadrado
34
foram usados quando indicados. Primeiramente, variáveis contínuas foram classificadas
por distribuição. Variáveis contínuas paraméticas e não paramétricas foram avaliadas
utilizando, respectivamente, o teste t de Student e o teste de U-Mann-Whitney.
As associações entre os marcadores (tagSNPs) e a PE foram realizadas da
seguinte forma: (I) o modelo aditivo foi testado através de regressão logística binária e
(II) modelos dominantes ou recessivos foram testados por teste exato de Fisher ou o teste
Qui-quadrado.
A análise do desequilíbrio de ligação entre os quatro tagSNPs foi executada pelo
programa HAPLOVIEW e expressa em r2. A análise da associação do haplótipo e os
valores de p foram calculados usando o software THESIAS. Foram aplicados odds ratio e
intervalo de confiança (IC) sempre que possível.
A regressão logística multivariada para pré-eclâmpsia como variável dependente
foi feita incluindo como variáveis independentes com até quinze porcento de informações
indisponíveis e com valor de p abaixo de 0,2 nas análises univariadas ou ainda as que
tinham importância clínica (definida por médico especialista na área). Sendo assim, as
variáveis idade, IMC pré-gestacional, cor da pele (segundo a percepção do entrevistado),
número de gestações, nível de consciência no momento da admissão e o genótipo IL1B
SNP rs1143630 (TT/TG) foram inseridos no modelo dominante.
4.7 Aspectos éticos da pesquisa
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da
Universidade de Sergipe (UFS) em 15/03/2011 e possui protocolo de aprovação número
0184.0.107.000-11 e de acordo com a Resolução MS/CNS 466/2012 do Conselho
Nacional de Saúde (CNS).1
Todas as participantes desse estudo assinaram o termo de consentimento livre e
esclarecido (TCLE). Pacientes menores de idade tiveram seu TCLE assinados por seus
responsáveis legais e esses acompanharam todo o procedimento de coleta de dados e de
DNA. A coleta somente foi realizada quando a paciente estivesse apta para realizar a
entrevista, ou seja, aguardou-se o melhor momento durante a sua internação para fazê-lo.
35
Todos os entrevistadores receberam treinamento simultâneo pelo mesmo membro
da pesquisa tanto para a aplicação do questionário e coleta de esfregaços bucais quanto
para esclarecer sobre os objetivos da pequisa e seus aspectos éticos, ressaltando, sempre,
o anonimato das pacientes após a divulgação dos resultados da mesma. O modelo do
termo de consentimento adotado encontra-se no APÊNDICE desta tese.
Sobre riscos e benefícios da pesquisa, admitiu-se como risco a possibilidade de
escoriação em mucosa oral com solução de continuidade existente e como benefício, a
possibilidade de avaliação de um possível gene candidato causador da pré-eclâmpsia. A
fim de minimizer o risco desse procedimento, orientou-se todas as pacientes sobre sinais
de infecção secundária no local como dor e edema local e dificuldade de cicatrização de
possível escoriação existente.
36
5 ARTIGO PUBLICADO
ANALYSIS OF ASSOCIATION OF CLINICAL ASPECTS AND IL1B
tagSNPs WITH SEVERE PREECLAMPSIA
Authors: Larissa P. L. Galvão1, Filipe Emanuel F. Menezes2, Ikaro D. de C.
Barreto3, Claudia K.A.Pereira4, Fabiano A. Pereira5, Ricardo Q. Gurgel6*
Corresponding author:
* Ricardo Queiroz Gurgel
Av. Beira Mar, 2016 ap. 402 – Bairro 13 de julho – Aracaju /SE – 49025-
040 – Brazil [email protected]:[email protected]
mailto:[email protected]
Authors’ information
Master in Health Sciences, Federal University of Sergipe1, Undergraduate
Medical student, Federal University of Sergipe2, Statistics Bachelor,
Departament of Statistics, Federal University of Sergipe3, Adjunct Professor
and Medicine Postgraduate Program Coordinator, Federal University of
Sergipe4, Adjunct Professor and Dean of Dentistry, Federal University of
Sergipe5, Associate Professor of Pediatrics – Graduate Nucleus of Medicine,
Federal University of Sergipe6.
This study was conducted in the city of Aracaju, Sergipe State, Brazil and all
participants are linked with the Federal University of Sergipe.
37
Condensation:
We analyse clinical aspects and IL1B tag SNPs in Brazilian women
with severe preeclampsia and we report an association between clinical
variables and TC and TT genotype in rs1143630 of IL1Beta in the
population studied.
38
ANALYSIS OF ASSOCIATION OF CLINICAL ASPECTS AND IL1B
tagSNPs WITH SEVERE PREECLAMPSIA
Authors: Larissa P. L. Galvão1, Filipe Emanuel F. Menezes2, Ikaro D. de C.
Barreto3, Claudia K.A.Pereira4, Fabiano A. Pereira5, Ricardo Q. Gurgel6*
ABSTRACT
Objective
This study investigates the association between IL1B genotypes using a tag
SNP approach, maternal and environmental factors in Brazilian women with
severe preeclampsia.
Study design
A case-control study with a total of 456 patients (169 preeclamptic women
and 287 controls) was conducted in the two reference maternity hospitals of
Sergipe state, Northeast-Brazil. A questionnaire was administered and DNA
was extracted to genotype the population for 4 tag SNPs of the IL1Beta:
rs1143643, rs 1143633, rs 1143634 and rs 1143630. Haplotype association
analysis and p-values were calculated using THESIAS test. Odds Ratio (OR)
estimation, confidence interval (CI) and multi-variate logistic regression
were performed.
Results
High pre-gestational body mass index (pre-BMI), first gestation, caesarean
section, more than 6 medical visits, low level of consciousness on admission
and TC and TT genotype in rs1143630 of IL1Beta showed association with
the preeclamptic group in a uni-variate analysis. After multi-variate logistic
regression pre-BMI, first gestation and low level of consciousness on
admission remain associated.
39
Conclusion
We identified an association between clinical variables and preeclampsia.
Uni-variate analysis suggested that inflammatory process related genes, such
as IL1B, may be involved and should be targeted in further studies. The
identification of the genetic background involved in preeclampsia host
response modulation is mandatory in order to understand the preeclampsia
process.
Keywords: Preeclampsia, Interleukin-1, Gene polymorphism, Pregnancy,
Maternal near miss
40
INTRODUCTION
Preeclampsia (PE) is a pregnancy-specific heterogenic disease
characterized by hypertension and proteinuria that occurs after 20 weeks of
gestation in 6% to 10% of all pregnancies [1-3], representing an important
cause of maternal and neonatal morbidity and mortality around the world,
particularly in low and middle-income countries [4,5]. Millennium
Development Goal # 5 calls for a reduction in the maternal mortality ratio
between 1990 and 2015 by three-quarters around the world [6]. Accelerated
interventions are urgently required in countries with high mortality to meet
this target [6,7].
The aetiology of PE is not completely known and the treatment is
based on symptomatic medicines to prevent maternal complications until
fetus viability [8]. In the pathophysiological process, an exaggerated
inflammatory systemic response is triggered and the oxidative stress
contributes to the widespread endothelial cell dysfunction and its clinical
manifestations [9-11]. IL1B plays a central role in the regulation of the
immune responses and in the production of a variety of inflammatory
mediators together with other molecules [12].
41
In PE, an inflammatory response involves all inflammatory
components of circulation, including the endothelium [13,14]. Genetically
susceptible women produce an exaggerated response to pregnancy,
especially those who carry cytokine gene polymorphisms, known to up-
regulate cytokine production [15]. Levels of plasma and placental pro-
inflammatory cytokines, such as interleukin 1β (IL1-β), are higher in
preeclamptic women [16].
Multiple polymorphisms likely influence the inflammatory process
outcome rather than a single one. An interaction of genetic background with
fetal and environmental factors predisposes the development of PE [13].
Gene IL1B coding for protein IL1-β is located in the 2q14
chromosome, has 7,153 kb and 7 encoding regions (exons) [17]. Previous
studies investigating the influence of the IL1B genotype on PE used small
sample sizes and reported no significant results [18,19]. The majority of
candidate gene studies adopted the simple identification of genetic
association comparing the frequency of genetic variants between cases and
controls, many investigated a single polymorphism (SNP) in a single
candidate gene and a minority tested several genes, or multiple
polymorphisms in one or more genes [20].
Many SNPs show correlated genotypes, or linkage disequilibrium
(LD), suggesting that only a subset of SNPs (known as tagging SNPs or tag
SNPs) need to be genotyped for association studies. Although a few SNPs
may capture the required gene information, a more complete overview of the
target gene variability and possible effects on the studied disease is
preferable but this approach reduces time and costs.
To our knowledge, no study has investigated the association between
IL1B genotypes with tagSNP approach, maternal and environmental factors
42
in Brazilian women with severe preeclampsia. We tested the hypothesis that
the polymorphisms within the IL1B gene are an important risk factor for
preeclampsia.
MATERIAL AND METHODS
A case-control study was conducted in the two reference maternity
hospitals of Sergipe state, Northeast-Brazil, between June 2011 and May
2012: Santa Izabel Hospital and Nossa Senhora de Lourdes Maternity. Case
identification was prospective and questionnaire data and DNA collection
was performed concomitantly. The population studied is predominantly non-
white, has a low socioeconomic level and the vast majority depends on the
complimentary public health system. The two maternity hospitals serve a
population of approximately two million people including the referred state
and neighbouring states.
Preeclampsia was defined as the development of hypertension that
occurred in a pregnant woman known to be normotensive previously, after
20 weeks of gestation, accompanied by newly-onset proteinuria [10, 21,22].
Gestational hypertension was defined as a systolic blood pressure ≥
140mmHg or a diastolic blood pressure ≥ 90mmHg on at least two
occasions, and 4 to 6 hours apart, after 20 weeks of gestation. Proteinuria
was defined as the protein excretion of ≥ 300 mg in 24-hour urine specimen,
or protein concentration of 300mg/L or higher in urine (≥1+ on dipstick)
[10,21,22]. Severe preeclampsia was diagnosed if one or more of the
following were present: blood pressure ≥160/110mmHg, excretion ≥ 5g of
protein in a 24h urine sample, the presence of multi-organ involvement such
43
as oliguria, pulmonary oedema, visual or cerebral disturbance, pain in the
epigastric area or right upper quadrant, abnormal liver enzymes and
thrombocytopenia (platelet count < 105/L) [10,21,22]. Eclampsia was
defined as the onset of convulsion in a woman with preeclampsia [10,21,22].
At least two of the three criteria had to be present to diagnose HELLP
syndrome: hemolysis, elevated liver enzyme levels (aspartate
aminotransferase and alanine aminotransferase) or thrombocytopenia
[10,21,22].
Patients with severe preeclampsia, eclampsia and HELLP syndrome,
meeting the criteria of the American College of Obstetricians and
Gynecologists (ACOG) [22], formed the preeclamptic group. Women not
exhibiting any kind of hypertension or other medical or pregnancy
complications formed the control group. All control patients were selected in
the same period and in the same maternity and ward, aiming to minimise any
socioeconomic differences between the two groups. The sample of 456
volunteers was composed of 287 subjects in the control group and 169 in the
preeclamptic group. The sample size for unmatched case-control study using
Fleiss method was calculated for a two-sided confidence level of 95%, a
power of 80% and a ratio of controls to cases of 1.7, for overall prevalence
of PE of 5% [1-3, 23]
All patients signed an informed consent form to participate in this study. In
order to build a sociodemographic profile, age, marital status, work,
prepregnancy body mass index (pre-BMI), monthly income, race (perception
of the interviewee), use of alcohol, smoking, years of education and
provenance were studied. The BMI is an international standard for obesity
44
measurement adjusting bodyweight for height and an indicative measure of
nutritional status.
Clinical and obstetric profiles were analysed by the number of
pregnancies, previous abortion, previous history of prematurity, current type
of delivery, state of consciousness on admission (Glasgow coma scale based
– GCS ≤ 8) [24], number of medical visits, prenatal start period, newborn
destination and newborn weight.
DNA was collected and purified from buccal cells using an
established protocol [25].
The IL1B tag SNPs were selected according to the information
available at the international HapMap Project website, release 24
(http//www.hapmap.org). All selected markers presented a minimum allele
frequency (MAF) of 0.10 in YRI (Yoruba in Ibadan, Nigeria) population
using a multi-marker pairwise method. The cutoff parameter to define LD
between two markers was a multi-marker r2 > 0.8. Yoruba population (YRI)
was chosen due to the major African ancestry of the Northeast Brazilian
population. Following these criteria, the following tag SNPs included were:
rs1143643, rs1143633, rs1143634 and rs1143630. Patients were genotyped
for the tag SNPs by real-time PCR technique (Applied Biosystems Via 7
Real-Time PCR System) with the use of TaqMan®Genotyping Master Mix
technology (Applied Biosystems) using recommended temperature and time
settings [26]. The risk allele of each SNP was determined by the allele
occurring most frequently in the case group. Additive, dominant and
recessive genetic models for the risk allele were tested between groups.
Nominal variables were expressed as frequencies and percentiles. To
access association between 2 x 2 tables, Fisher’s exact test or Chi-square test
45
were used when indicated. Continuous variables were primary classified by
distribution. Parametric and non-parametric continuous variables were
analyzed using the Student t-test and the U-Mann-Whitney test respectively.
Association between markers (tag SNPs) and preeclampsia were assessed as
follows: I) additive model tested by binary logistic regression and II)
dominant or recessive models were used for analysis LD between the four
tag SNPs (bins). Haplotype association analysis and p-values were
calculated using THESIAS test. Odds Ratio (OR) estimation and Confidence
Interval (CI) were used when possible.
A multi-variate backward logistic regression for preeclampsia as
dependent variable was performed with independent variables that had less
than 15% of missing values, a p-value below 0.200 in uni-variate analysis or
variables that have clinical importance. Age, pre-BMI, skin colour, number
of gestation, state of consciousness on admission and IL1B SNP rs1143630
genotypes (TT / TG) were inserted into the dominant model.
This study was approved by the Ethics Committee in Research of
the Federal University of Sergipe, Brazil (Protocol number: CAAE:
0184.0.107.000-11 on 03/15/2011). The authors used the STROBE
statement and revised the paper accordingly.
RESULTS AND DISCUSSION:
Results
A total of 456 patients were included in this study. In addition to
the genetic material, socio-demographic variables, clinical and obstetric
profiles were studied using uni- and multi-variate analyses.
46
From the socio-demographic profile, only the high pre-BMI
(women with pregestational overweight and obesity) [p= 0.001; OR=1.93
(CI=1.31-2.86)] in the group case was statistically significant (Table 1).
From the clinical and obstetric profiles, the following were
statistically significant in patients with PE: first gestation [p= 0.008;
OR=1.68 (CI=1.14-2.47)], caesarean section [p < 0.001; OR=4.50 (2.46–
8.22)] and more frequent admissions to the hospital in comatose state (GCS
8) [p =0.023; OR=2.33 (1.10-4.93)]. The reasons of the comatose state on
admission were convulsive state, post ictal state or fast deterioration of the
vital functions. These patients came from home or transferred from other
health services. The preeclamptic group attended more than 6 medical visits
which was found to be protective [p=0.010; OR=0.59 (0.39-0.88)] (Table 2).
Analysis of linkage disequilibrium shows independence of the SNPs
for the sample population, with an exception between rs1143643 and
rs1143633 (Figure 1). Regarding genotype analysis on four IL1B
polymorphisms, the success genotyping rate was above 90% in all SNPs.
The allele frequencies of the genotyped tag SNPs were consistent with
Hardy-Weinberg equilibrium in the control sample. Allele “C” of rs1143643
and rs1143634, Allele “A” of rs1143633 and allele “T” of rs1143630 were
considered risk alleles. Additive, dominant and recessive genetic models
were tested in uni-variate analysis for each risk allele. Statistically
significant differences in the genotype distributions were found in the
additive (p=0.010) and dominant (p=0.003) models showing an association
of the rs1143630 genotype with the case group (preeclamptic women), with
a CI of 1.98 (1.25-3.14) in the dominant model (Table 4). Therefore, the
analysis of haplotypes was justified and an association with PE was found
47
between GT haplotype (rs1143633 and rs1143630) (p = 0.036) and CGT
haplotype (rs1143634, rs1143633 and rs1143630) (p = 0.040) (Table 5).
In multi-variate logistic regression (MLR), pre-BMI > 25 [OR =
2.77; CI (1.75 - 4.38); p<0.001], comatose state on admission [OR = 3.31;
CI (1.30 - 8.42); p=0.012)] and first gestation [OR = 1.85; CI (1.18 – 2.92)]
indicated risk to PE (Table 3).
Discussion
In developing countries, women die every day from complications
of preeclampsia and maternal mortality needs to be urgently reduced. The
multifactorial causes of the disease complicate the management of these
patients. The identification of intrinsic and extrinsic factors is relevant and
may impact the clinical outcome.
In this study, the independent variable high pre-BMI (pregestational
overweight and obesity) was significantly associated with PE. The
worldwide increase in overweight is likely to cause a rise in PE cases [27].
Maternal dyslipidaemia may have an important role in the generation of
oxidative stress and consequently PE [28]. Obesity is strongly linked to
insulin resistance and with a predisposition to gestational diabetes [10,29].
Hyperinsulinemia may directly predispose to hypertension by increased
renal sodium reabsorption and stimulation of sympathetic nervous system
[10,29]. Both obesity and diabetes are associated with a higher risk of
cardiovascular diseases and PE [10,29]. Another possibility is that insulin
resistance or hyperglycaemia may impair endothelial function [10,29].
48
No other socio-demographic variables demonstrated association,
possibly because cases and controls were highly homogeneous: both groups
live under similar socioeconomic conditions.
In terms of clinical and obstetric profiles, the association between
first gestation and preeclampsia found in our results was borderline, already
described elsewhere [30]. The antecedent of previous abortion (when
comparing non-primiparous patients in both groups) occurred less frequently
in the preeclamptic group and may be considered a protective variable (c.f.,
[31]). Preeclamptic women had more medical visits than controls since it
requires more adherences by the patient after diagnosis and it is also
proportional to the severity of each case. Serial measurement of blood
pressure and proteinuria detection are crucial in screening for preeclampsia
and, despite being error-prone, they improve access and availability in
countries with low prenatal attendance. Caesarean section was also
statistically significant in the preeclamptic group since, despite formal
indication of vaginal delivery for these cases, this is the fastest resolution
form in hospitals without adequate monitoring structure [32]. In Brazil, the
caesarean rate is considered a public health problem and this kind of delivery
may increase the chances of repetition in the future [32]. The low state of
consciousness on admission in the preeclamptic group denounces high levels
of severity of the cases and the bad quality of prenatal care available in low
and middle-income regions.
Our study is the first investigating the association between IL1B
polymorphisms using the tag SNP approach in preeclamptic Brazilian
women from a highly miscegenated population which is genotypically
different from the populations of other studies [18,19].
49
The SNP rs1143630 of IL1B in the additive model considering the
“T” allele as risk showed association with the preeclamptic event. Moreover
this find is also confirmed in the dominant model which considers allele “T”
as dominant allele TC+TT genotypes also showed association with
preeclamptic event. The presence of rs1143630 “T” allele was verified in the
associated haplotypes [Table 5].
The polymorphism rs1143630 is located in intron four, a non-coding region,
of the IL1B gene. Many articles refer to associations in intronic regions and
risk to diseases [33]. Intronic variations may influence as a secondary
structure on the Pre-mRNA splicing process and be linked with a direct
function variation or a biological marker without specific function in the PE
process [34]. Further investigation of the functions of these noncoding
RNAs may permit analysis of their influence on intronic regions in a
physiological and/or pathological condition. IL1B is considered a functional
candidate gene due to its potential involvement in the pathophysiological
mechanisms underlying PE. The influence of risk “T” allele of rs1143630
also showed association with PE in haplotype analysis, where GT and CGT
haplotypes showed association with PE. The influence of multiple genes is
expected in multifactorial conditions such as preeclampsia. Genotypes
associated with the condition shall be identified and tested. Established
markers associated with the disease would become a valuable part of the
genetic risk assessment of patients.
High pre-BMI, first gestation and unconscious state on admission, that retain
the statistical significance in MLR, underline the importance of the prenatal
and the recognition of risk factors along the attendance [27,30]. Early
50
diagnosis is particularly important in avoiding cases of extreme severity on
admission, a probable consequence of an inadequate prenatal.
CONCLUSIONS:
We have identified suggestive evidence of an association between “T” allele
in rs1143630 of IL1B gene and preeclamptic Brazilian women. Many other
genes, as well as other factors may be involved and interacting and thus,
there is a need to identify which genes might be interfering with the host
response in different populations for a better evaluation of the risk factors.
Clinical findings such as high pre-BMI, first gestation, caesarean section and
state of consciousness on admission reinforce the importance of prenatal
care especially in the low-income countries in order to decrease maternal
mortality for PE.
Competing interests
The authors declare no competing financial interests.
Authors’ contributions
LPG and RQG designed the study and participated in all phases of the study.
FFM collected data and LPG supervised it. FAP and IDCB performed the
statistical analysis. FAP and CKAP were the responsible for the DNA
extraction and analysis. All authors read, reviewed and agreed with the final
version.
Acknowledgments
51
The Scientific Editing Company Ltd. provided the English language editing
service.
REFERENCES:
1. Lain KY, Roberts J.M. Contemporary concepts of the pathogenesis and
management of preeclampsia. JAMA 2002, 287: 3183-6
2. Leach RE, Romero R., Kim YM, Chaiworapongsa T, Kilburn B, Das SK et al.
Pre-eclampsia and expression of heparin-binding EGF-like growth fator. Lancet
2002; 360:1215-9.
3. Sibai BM. Diagnosis and management of gestational hypertension-
preeclampsia. Obstet Gynecol 2003; 102: 181-92.
4. Kaunitz AM, Hughes JM, Grimes DA, Smith JC, Rochat RW. Causes of
maternal mortality in the United States, 1979-1986. Am. J. Obstet, Gynecol 1990.
163: 460-5.
5. Lenfant C, Gliford RW Jr, Zuspan F. National High Blood Pressure Education
Program Working Group report on high blood pressure in pregnancy. Am. J
Obstet Gynecol 1990. 163 (suppl): 1689-712.
6. Avaiable at: http://www.un.org/millenniumgoal/maternal.shtml accessed on
03/14/2014
7. WHO: The world Health Report 2005: Make every mother and child count.
Geneva, World Health Organization, 2005
8. Jebbink J, Walters A, Fernando F, Afink G. Molecular genetics of preeclampsia
and HELLP syndrome – a review Biochimica et Biophisica Acta 2012. 1960-1969.
9. Sibai BM. Hypertensive disorders of pregnancy: the United States perspective.
Curr Opin Obstet Gynecol 2008. 20: 102-6.
10. Sibai BM, Dekker G, Kupfermine M. Pre-eclampsia. Lancet 2005; 365: 785-
99
52
11. Hubel CA. Dyslipidemia, iron and oxidative stress in preeclampsia: assessment
of maternal and feto-placental interactions. Semin Reprod Endocrinol 1998. 16:
75-92.
12. Dinarello CA. Biologic basis for interleukin-1 in disease. Blood 1996;
87:2095–147.
13. Dekker GA, Sibai BM. Etiology and pathogenesis of preeclampsia: current
concepts. Am J Obstet Gynecol 179: 1359-75.
14. Triche, EW; Uzun, A; De Wan, AT; Kurihara, I, Lui, J; Occhiogrosso, R;
Shen, B; Parker, J, Pabbury, JF. Bioinformatic approach to the genetics of
preeclampsia. Obstet. Gynecol 2014. 123(6): 1155-61.
15. Pociot F, Molving J, Wogensen L, Worsaae H, Nerup J. A Taq I
polimorphism in the human interleukin-1 beta (IL-1beta) gene correlates with IL-1
beta secretion in vitro. Eur J Clin Invest 1992. 22:396-402.
16. Benyo DF, Smarason A, Redman CW, Sims C, Conrad KP. Expression of
inflammatory cytokines in placentas from women with preeclampsia. J Clin.
Endocrinol. Metab. 2001 86: 205-12.
17.http://www.ensembl.org/Homo_sapiens/Gene/Summary?g=ENSG0000012553
8;r=2:112829751-112836903 last accessed in 06/25/15
18. Hefler LA, Temper CB, Gregg AR. Polimorphisms within the interleukin-1
beta gene cluster and preeclampsia. Obstet Gynecol 2001. 97: 664-8.
19. Lachmeijer AM, Nosti-Escanilla MP, Bastians EB, Pals G, Sandkuijl LA,
Kostense PJ et al. Linkage and association studies of IL1B and IL1RN gene
polimorphism in preeclampsia. Hypertens. Pregnancy 2002. 21: 23-38.
20. Chapell S, Morgan L. Searching for genetic clues to the causes of pre-
eclampsia. The Biochemical Society 2006. 110: 443-458.
21. American College of Obstetricians and Gynecologists. National high blood
pressure education program working group report on high blood pressure in
pregnancy. Am J Obstet Gynecol. 1990 163:1689-712.
53
22. American College of Obstetricians and Gynecologists. Report of the national
high blood pressure in pregnancy. Am. J. Obstet. Gynecol 2000; 183:S1-S2
23. Kelsey JL, Whittemore AS, Evans AS, Thompson WD. Methods in
Observational Epidemiology. Oxford University Press, 1996.
24. Teasdale G, Jennett B. Assessment of coma and impaired consciousness. A
practical scale. Lancet 1974; 2:81-4.
25. Aidar M, Line SR. A sample and cost-effective protocol for DNA isolation
from buccal epithelial cells. Braz Dent Journal 2007. 18 (2): 148-52.
26. Lee LG, Connel CR, Bloch W. Allelic discrimination by Nick translation PCR
by fluorogenic probes. Nucleic Acids Res.1993.
21(16): 3761-6.
27. Dietl J. Maternal obesity and complications during pregnancy. J Perinat Med
2005; 33:100–5
28. Hubel CA, Roberts JM, Ferrell RE. Association of pre-eclampsia with
common coding sequence variations in the lipoprotein lipase gene. Clin Genet
1999. (56): 289-96.
29. Seely EW, Solomon CG. Insulin resistance and its potential role in pregnancy-
induced hypertension. J Clin Endocrinol Metab 2003; 88: 2393–8.
30. Robbillard, PY, Hulsey, TC, Perianin J, Janky E, Miri EH, Papiernik E.
Association of pregnancy-induced hypertension during pregnancy. Lancet 1994.
344:973-5.
31. Clark K1, Barton JR1, Istwan N2, Rhea D2, Desch C2, Sibai A3, Sibai BM4.
The influence of prior abortion on rates of gestational hypertension/pre-eclampsia
and spontaneous preterm delivery in nulliparous women. Preg. Hyper 2012 Jul;
2(3):337
32. Cecatti JG, Pires HM, Faúndes A, Duarte Osis MJ: Associated factors with
vaginal delivery after caesarean section in brazilian women. Rev Panam Salud
Pública 2005. 18 (2): 107-113.
54
33. Fachel, AA; Moreira, YB; El-Jundi, TA; da Silva, AM; Reis, EM; Verjovsky-
Almeida, S. Genome mapping and expression analyses of human intronic
noncoding RNAs patterns and enrichment in genes
related to regulation of transcription. Genome Biol 2007. 8(3): R43.
34. ABEP: Associação Brasileira de Pesquisa. Critério de Classificação econômica
Brasil 2008. http://www.abep.org.
Figure 1. Figure representation of haplotype block organization of the IL1B
SNPs. Each box represents linkage disequilibrium (LD), black shading
indicates strong LD, gray and white shading indicates strong evidence for
recombination.
55
Table 1: Socio-demographic profile showing the distribution of cases of
severe preeclampsia and controls in the reference maternity wards
Preeclamptic women Controls n % n % p-value
(n = 169) (n = 287) Unadjusted OR
(CI - 95%) Age
≥ 35 years 18 10.7 42 14.6 0.22 0.69 (0.39-1.25)
< 35 years 151 89.3 245 85.4 Marital status 0.60 0.86 (0.51- 1.44)
Not married 26 15.4 50 17.4 married 143 84.6 237 82.6
Work 0.41 0.84 (0.56-1.27)
no 112 66.3 200 59.9 yes 57 33.7 86 30.1
Pre-B.M.I. ° 0.001 1.93 (1.31-2.86)
> 25 82 48.5 94 32.8
≤ 25 87 51.5 193 67.2
Monthly income * 0.99 1.0 (0.63-1.60)
< US$259 133 78.7 226 78.7
≥ US$260 36 21.3 61 21.3
Skin colour ** 0.26 1.40 (0.77- 2.52)
not white 151 89.3 246 85.7 white 18 10.7 41 14.3
Use of alcohol 0.70 1.10 (0.70-1.76)
yes 37 21.9 58 20.2 no 132 78.1 229 79.8
Smoking 0.23 0.64 (0.31-1.33)
yes 11 6.5 28 9.8 no 158 93.5 259 90.2
Years of education 0.99 0.99 (0.68-1.46)
until 8 years 91 54.2 155 54.2
≥ 9 years 77 45.8 131 45.8 Provenance 0.25 0.58 (0.22-1.48)
Home 160 94.7 278 96.9
56
Health service 9 5.3 9 3.1
° Prepregnancy body-mass index; *: values based in a national classification of income (ABEP 2008) [34];
** perception of the interviewee. The n value for each variable may differ because some cases and controls
were still pregnant or the available data were collected by information from medical records or the patient
did not know the answer. OR: odds ratio; CI: confidence interval
Table 2: Clinical and obstetric profile of distribution of cases of severe
preeclampsia and controls in the reference maternity wards
Preeclamptic women Controls n % n % p-value
(n = 169) (n = 287) Unadjusted OR
(CI - 95%) Number of pregnancies 0.008 1.68 (1.14-2.47)
first gestation 80 47.3 100 34.8 second gestation or more 89 52.7 187 65.2
Previous abortion (G≥2) 0.001 0.50 (0.33-0.76) yes 46 27.2 122 42.5 no 123 72.8 165 57.5
Previous history of prematurity (G≥2) 0.516 0.80 (0.41-1.56) yes 14 13.6 38 16.4 no 89 86.4 194 83.6
Current type of delivery <0.001 4.50 (2.46-8.22) caesarean 127 88.8 113 63.8 vaginal 16 11.2 64 36.2
State of consciousness on
admission(*) 0.023 2.33 (1.10-4.93)
GCS ≥ 8 17 10.1 13 4.6 GCS < 8 152 89.9 271 95.4
Number of medical visits 0.010 0.59 (0.39-0.88) < 6 65 38.9 114 52.1
≥ 6 102 61.1 105 47.9
Prenatal start period 0.250 0.79 (0.53-1.18) <13 weeks of gestation 74 44.3 108 50.2
≥13 weeks of gestation 93 55.7 107 49.8
Newborn weight 0.044 1.65 (1.01-2.69) < 2500 g 66 42.0 40 30
≥ 2500 g 91 58.0 91 70
The n value for each variable may differ because some cases and controls were still pregnant or
the available data were collected by information from medical records or the patient did not know
the answer. The variables presented in the table were chosen to build the socio-demographic
57
profile. * state of consciousness on admission: based on Glasgow coma scale (GCS) [24] . OR:
odds ratio; CI: confidence interval.
Table 3: Results of multi-variate logistic regression for Preeclampsia
Adjusted OR (CI - 95%) p-
value Pre-B.M.I. °
> 25 2,77 (1,75-4,38) <0,001
≤ 24.9 1 State of consciousness on
admission(*) comatose state or under 3,31 (1,30-8,42) 0,012 not comatose 1
Number of pregnancies first gestation 1,85 (1,18-2,92) 0,008 second gestation or more 1
°: Prepregnancy body-mass index; *: based on Glasgow coma scale. OR: odds-ratio; CI: confidence interval
58
Table 4: Results of genetic model analysis of IL-1β gene between
patients with severe preeclampsia and controls
59
Table 5: Haplotypes of SNPs with low Linkage Disequilibrium
(rs1143634, rs1143633 and rs1143630)
ournal of Maternal-Fetal &
60
6 CONCLUSÕES
Os dados aqui apresentados permitem concluir que houve associação entre o alelo
“T” do rs1143630 no gene da IL1B e portadoras de pré-eclâmpsia do nordeste brasileiro.
Polimorfismos no gene da IL1B podem aumentar a expressão da citocina IL-1, proteína
que faz parte do inflassoma, e aumentando assim o risco dessa gestante desenvolver PE.
Apesar dos resultados conflitantes da literatura, o estudo dessa citocina e de seus
polimorfismos, bem como o de outras citocinas necessitam ser reproduzidos em outras
ocasiões, utilizando maior amostragem de pacientes e até mesmo outras populações.
De posse desses resultados e reiterando a comprovada relação entre inflamação e
dislipidemias, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares, patologias também
associadas à pré-eclâmpsia, pode-se inferir que indiretamente polimorfismos no gene do
IL1B podem aumentar o risco para essas doenças no futuro.
Achados clínicos significativamente associados a pré-eclâmpsia tais como
elevado pré-IMC, ocorrência na primigestação, maior incidência de parto cesáreo e
estado de consciência rebaixado no momento da admissão atuam como fatores de risco na
literatura de modo geral e igualmente nesta pesquisa. O achado sobre o baixo nível de
consciência com que a paciente foi admitida no serviço de saúde foi a variável mais
relacionada à PE e é um dado de extrema valia pois alerta para uma doença já em estágios
avançados ou mal controlada. Ou seja, se essa mulher já foi admitida em situação crítica
no momento da sua admissão, pode haver risco razoável da mesma estar sendo
subdiagnosticada ou subtratada e, portanto, ela e seu bebê possuem chances de
morbimortalidade potencial.
61
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
É irrefutável que a pré-eclâmpsia é uma doença complexa e multifatorial, onde
muitos outros genes, além do gene do IL1B e seus polimorfismos, parecem estar
envolvidos no processo. No entanto, o que dificulta sobremaneira o estudo da pré-
eclâmpsia é a sua multicausalidade. Fatores maternos, paternos, fetais e ambientais
interagem a todo momento uns com os outros, provocando respostas inflamatórias
exageradas de uma condição normal (gestação), em diferentes magnitudes e populações.
Conhecer todos os genes possíveis que codificam as citocinas envolvidas no
processo da pré-eclâmpsia e em diferentes populações é um desafio de pesquisa. Na
realidade, muitos são os desafios ainda existentes na predição, prevenção e tratamento de
uma doença há muito descoberta como esta, mas que seu tratamento ainda encontra-se
limitado à prevenção de complicações e morte materna e neonatal. No Brasil
especialmente, líder mundial de cesareanas eletivas, a cesareana ainda é vista como uma
solução de emergência, pois equipes multidisciplinares devidamente capacitadas, leitos
de UTI e recursos para monitorização de vitalidade fetal são escassos.
O desenvolvimento de testes simples baseados em marcadores precoces da doença
e que identifiquem indivíduos ou populações de risco para pré-eclâmpsia poderiam ser
válidos no sentido de evitar desfechos desfavoráveis. Pesquisas futuras deverão focar no
conhecimento de biomarcadores de predição precoce a fim de reduzir prevalência e
resultados perinatais adversos na pré-eclâmpsia (principalmente em casos de doença
severa e aquela estabelecida antes da 33a. semana de gestação). Estudos hipotéticos
utilizando ferramentas genômicas e proteômicas em larga escala poderão identificar
novas moléculas; assim, marcadores poderão ser sintetizados e implementados de forma
que possam ser úteis na luta desse desafio obstétrico que é prevenção da pré-eclâmpsia.
62
REFERÊNCIAS
ALANBAY, I. et al. Chitotriosidase, interleukin-1 beta and tumor necrosis factor alpha
levels in mild preeclampsia. Arch. Gynecol. Obstet.; v. 285; n.6; p.1505-11; 2012.
AMASH et al. Placental secretion of interleukin-1 and interleukin-1 receptor antagonist
in preeclampsia: effect of magnesium sulfate. J. Interferon Cytokine Res. V. 32; n.9; p.
432-41; 2012.
AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. National
high blood pressure education program working group report on high blood pressure in
pregnancy. Am. J. Obstet. Gynecol.; n. 163; p.1689-712; 1990.
AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS. Report of
the national high blood pressure in pregnancy. Am. J. Obstet. Gynecol.; n.183; 2000.
ANDRZEJ HNATYSZYN et al. Interleukin-1 Gene Polymorphisms in Chronic Gastritis
Patients Infected with Helicobacter pylori as Risk Factors of Gastric Cancer
Development. Arch. Immunol .Ther. Exp. (Warsz). v.61; n.6; p. 503-512; 2013.
BALLAK, D.B et al. IL-1 family members in the pathogenesis and treatment of
metabolic disease: Focus on adipose tissue inflammation and insulin resistance.
Cytokine. v.75; n.2; p.280-90. 2015
BARKER, D.J. Developmental originis of wellbeings. Philos Trans R. Soc. Lond. B.
Biol. Sci; v.359; p.1359-66; 2004.
BENYO, D.F et al. Expression of inflammatory cytokines in placentas from women with
preeclampsia. J Clin. Endocrinol. Metab. vol. 86; n.6; p.2505-12; 2001.
BOTSTEIN, D. et al. Construction of a Genetic Linkage Map in Man using Restriction
Fragment Length Polymorphisms. Am. J. Hum. Genet.; n. 32; p.314-331; 1987.
BOWEN, J.M et al. Cytokines of the placenta and extra- placental membranes:
biosynthesis, secretion and roles in establishment of pregnancy in women. Placenta. v.
23; p.239-256; 2002.
BOWEN, J.M. et al. Cytokines of the placenta and extra- placental membranes: roles and
regulation during human pregnancy and parturition. Placenta. v. 23; p.257-273; 2002.
BRADDOCK M.; QUINN A.Targeting IL-1 in inflammatory disease: new opportunities
for therapeutic intervention. Nat. Rev. Drug. Discov. v.3; n4; p330-339; 2004.
63
BROUGHTON PIPKIN, F. Maternal Physiology. In: EDMONDS, D. K. Dewhurst's
textbook of obstetrics & Gynaecology. London: Wiley-Blackwell. p. 5-15; 2012.
CARITIS, S. et al. Low-dose aspirin to prevent preeclampsia in women at high risk. N.
Engl. J. Med. v. 33; p. 701-05; 1998.
CARTER, D.B. et al. Purification, cloning, expression and biological characterization of
an interleukin-1 receptor antagonist protein. Nature. v.344; n.6267; p.633-8; 1990.
CASART, Y.C.; TARRAZZI, K.; CAMEJO, M.I. Serum levels of interleukin-6,
interleukin-1beta and human chorionic gonadotropin in pre-eclamptic and normal
pregnancy. Gynecol Endocrinol. v. 23; n.5; p.300-3; 2007.
CHAOUAT, G. et al. Implantation: can immunological parameters of implantation failure
be of interest for pre-eclampsia? J. Reprod. Immunol. v.59, p.205-217; 2003.
CHEN H. et al. Single nucleotide polymorphisms in the human interleukin-1B gene
affect transcription according to haplotype context. Hum. Mol. Genet. v.15, n.4; p.519-
29; 2006.
CHESLEY, L.C.; ANNITTO, J.E.; COSGROVE, R.A. The Familial Factor in Toxemia
of Pregnancy. Obstet. Gynecol. v.32; n.3; p.303–311; 1968.
CHESLEY L.C.; COOPER D.W. Genetics of Hypertension in Pregnancy: Possible
Single Gene Control of Pre-Eclampsia and Eclampsia in the Descendants of Eclamptic
Women. Br. J. Obstet. Gynecol. v.93; n. 9; p. 898–908; 1986.
D’AIUTO et. al. Gene polymorphisms in pro-inflammatory cytokines are associated with
systemic inflammation in patients with severe periodontal infections. Cytokine. v. 28;
n.1; p. 29-34; 2004.
DANIS V.A. et al. Cytokine production by normal human monocytes: inter-subject
variation and relationship to an IL-1 64 receptor antagonist (IL-1Ra) gene polymorphism.
Clin. Exp. Immunol. v. 99; n. 2; p.303-10; 1995.
DATASUS Disponível em:
<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/mat10se.def > Acesso: 06/02/2017
64
DAVIS, B.K.; WEN, H.; TING, J.P. The inflammasome NLRs in immunity,
inflammation, and associated diseases. Annu. Rev. Immunol. v.29; p.707-35; 2011.
DAYER, J.M. The pivotal role of interleukin-1 in the clinical manifestations of
rheumatoid arthritis. Rheumatology (Oxford). v. 42; Suppl. 2; p 3-10; 2003.
DEKKER, G.; SIBAI, B. Primary, secondary and tertiary prevention of preeclampsia.
Lancet. v. 357; p. 209-15; 2001.
DEKKER, R.G.; ROBILLARD, P.Y. The birth interval hypothesis – does it really
indicate the end of the primimaternity hypothesis? J. Reprod. Imunol. v. 59; p. 245-51;
2003.
DÍAZ, L. et al. Calcitriol inhibits TNF-alpha-induced inflammatory cytokines in human
trophoblasts. J. Reprod. Immunol. v.81; n.1; p.17-24; 2009.
DINARELLO, C.A. Inflammation in human disease: anticytokine therapy. Biol. Blood
Marrow Transplant. v.15; n.1; 134-6; 2009.
DULEY, L. The global impact of preeclampsia and eclampsia. Semin. Perinatol. V.33;
p.130-137; 2009.
EISENBERG, S.P. et al. Interleukin 1 receptor antagonist is a member of the interleukin
1 gene family: evolution of a cytokine control mechanism. Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A.
v..88; n.12; p.5232-6; 1991.
EL-OMAR, E.M. et al. Interleukin-1 polymorphisms associated with increased risk of
gastric cancer. Nature. v.404; n.6776; p.398-402; 2000.
GELLER, S.E. et al. Defining a conceptual framework for near miss maternal morbidity.
American Journal of Medicine Women’s Association. v. 57; p.135-139; 2002.
GREER, I.A. et al. Increased concentrations of cytokines interleukin-6 and interleukin-1
receptor antagonist in plasma of women with preeclampsia: a mechanism for endothelial
dysfunction? Obstet. Gynecol. v.84; n.6; 937-40; 1994.
GUERRE-MILLO, M. Adipose tissue and adipokines: for better or worse. Diabetes
Metab. v.30; p.13-19; 2004.
65
HACK, M. et al. Outcomes in young adulthood of very low birth – weight infants. New
Engl. Journal Med. v.346; p.149-51; 2002.
HAGGERTY, C.L. et al. Association between allelic variants in cytokine genes and
preeclampsia. Am. J. Obstet. Gynecol. v.193; n.1; p. 209-15; 2005.
HAUKKAMAA, L. et al. Risk for subsequent coronary artery disease after preeclampsia.
Am. J. Cardiol. v.93; p.805-8; 2004.
HAUTH, J.C. et al. Pregnancy, Outcomes and Healthy nulipparous women who
subsequently developed hypertension. Obst. Gynacol. v. 95; p.24-28; 2000.
HEFLER, L.A.; TEMPER, C.B.; GREGG, A.R. Polimorphisms within the interleukin-1
beta gene cluster and preeclampsia. Obstet. Gynecol. v.97; p.664-8; 2001.
HENAO-MEJIA J. et al. Inflammasome-mediated dysbiosis regulates progression of
NAFLD and obesity. Nature. v. 482; n. 7384; p.179-85; 2012.
HEYL, W. et al. Elevated soluble adhesion molecules in women with preeclampsia. Do
cytokines like tumour necrosis factor-alpha and interleukin-1beta cause endothelial
activation? Eur. J. Obstet. Gynecol. Reprod. Biol. V..86; n1; 35-41; 1999.
HIRSCHHORN, J.N.; DALY, M.J. Genome-wide association studies for common
diseases and complex traits. Nat. Rev. Genet. v. 6; n.2; p. 95-108; 2005.
HNAT, M.D. et al. Perinatal outcome in women with recurrent preeclampsia compared
with women who develop preeclampsia as nulliparous. Am. J. Obst Gynecol. v.186;
p.422-26; 2002.
HUANG, S.J. et al. Pre-eclampsia is associated with dendritic cell recruitment into the
uterine decidua. J. Pathol. v.214; n.3; p. 328-36; 2008.
HUBEL, C.A.; ROBERTS, J.M.; FERRELL, R.E. Association of pre-eclampsia with
common coding sequence variations in the lipoprotein lipase gene. Clin. Genet. v.56; p.
289-96; 1999.
HUNT, J.S. Stranger in a strange land. Immunol. Rev. N. 213; p.36-47; 2006.
66
HUPPERTZ, B. Placental origins of preeclampsia: challenging the current hypothesis.
Hypertension. v. 51; p. 970-975; 2008.
HURME, M.; SANTTILA, S. IL-1 receptor antagonist (IL-1Ra) plasma levels are co-
ordinately regulated by both IL-1Ra and IL-1beta genes. Eur. J. Immunol. v. 28; n.8; p.
2598-602; 1998.
IBGE- INTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA <
http://www.ibge.gov.br/home/mapa_site/mapa_site.php#populacao > acessado em
15/04/2017.
JEBBINK, J.et al. Molecular genetics of preeclampsia and HELLP syndrome – a review.
Biochimica et Biophisica Acta; v. 1822; n.12; p.1960-1969; 2012.
KALINDERIS, M. et al. Elevated serum levels of interleukin-6, interleukin-1β and
human chorionic gonadotropin in pre-eclampsia. Am. J. Reprod. Immunol. v.66; n. 6;
p. 468-75; 2011.
KALINDERIS, M. et al. Serum levels of leptin and IP-10 in preeclampsia compared to
controls. Arch. Gynecol. Obstet.v.292; n.2; p 343-7; 2015.
KANG, L. et al. Interleukin-1b gene is not associated with preeclampsia in Taiwanese.
Tawanese Journal of Obstetrics & Gynecology. V.51; p. 240-244; 2012.
KAUNITZ, A.M. et al. Causes of maternal mortality in the United States. Am. J. Obstet.
Gynecol. v.. 163; p. 460-5; 1990.
KELSEY, J.L. et al. Methods in Observational Epidemiology. Oxford University
Press, 1996.
KIM, S.Y. et al. Increased sFlt-1 to PlGF ratio in women who subsequently develop
preeclampsia. J. Korean Med. Sci. V. 22; p.873-877; 2007.
KIMYA, Y. et al. Plasma interleukin-1alpha, interleukin-1beta and interleukin-1 receptor
antagonist levels in pre-eclampsia. Eur. J. Obstet. Gynecol. Reprod. Biol. V. 73; n.1;
p.17-21; 1997.
KOÇYIGIT, Y. et al. Changes in serum levels of leptin, cytokines and lipoprotein in pre-
eclamptic and normotensive pregnant women. Gynecol. Endocrinol. n. 19; v.5; p. 267-
73; 2004.
67
KOÇYIGIT, Y. et al. Serum levels of leptin, insulin-like growth factor-I and insulin-like
growth factor binding protein-3 in women with pre-eclampsia, and their relationship to
insulin resistance. Gynecol. Endocrinol. n.18; v.6; p. 341-8; 2004.
KUKLINA, E.V. et al. Hypertensive Disorders and Severe Obstetric Morbidity in the
United States. Obstet. Gynecol. v..113; p.1299-306; 2009.
LACHMEIJER, A.M. et al. Linkage and association studies of IL1B and IL1RN gene
polimorphism in preeclampsia. Hypertens. Pregnancy v. 21; p. 23-38; 2002.
LAIN, K.Y.; ROBERTS, J.M. Contemporary concepts of the pathogenesis and
management of preeclampsia. J.A.M.A. v.287; p. 3183-6; 2002.
LAMARCA, B.D. et al. Inflammatory cytokines in the pathophysiology of hypertension
during preeclampsia. Curr. Hypertens. Rep. v. 9; n.6; p.480-5; 2007.
LAURENTI, R. et al. Mortalidade de mulheres em idade fértil no Município de São
Paulo (Brasil), 1986. Revista de Saúde Pública. v. 24; p. 128-133; 1990.
LEACH, R.E. et al. Pre-eclampsia and expression of heparin-binding EGF-like growth
fator. Lancet.; v. 360; p.1215-9; 2002.
LEE, L.G.; CONNEL, C.R.; BLOCH, W. Allelic discrimination by Nick translation PCR
by fluorogenic probes. Nucleic Acids Res. N.21; v.16; p.3761-6; 1993.
LENFANT, C.; GLIFORD, R.W. JR.; ZUSPAN, F. National High Blood Pressure
Education Program Working Group report on high blood pressure in pregnancy. Am. J.
Obstet. Gynecol. n.163 ; p.1689-712; 1990.
LUPPI, P.; DELOIA, J.A. Monocytes of preeclamptic women spontaneously synthesize
pro-inflammatory cytokines. Clin. Immunol. v.118; n.2-3; p.268-75; 2006.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Maternal mortality in 2005: estimates
developed by WHO, UNICEF, UNIFPA and the World Bank, Geneva, World
Health Organization, 2007. Disponível em: http://www.who.int/whosis/mme_2005.pdf.
Acesso em 09/01/2017.
MCINTYRE, K.W. et al. Inhibition of interleukin 1 (IL-1) binding and bioactivity in
vitro and modulation of acute inflammation in vivo by IL-1 receptor antagonist and anti-
IL-1 receptor monoclonal antibody. J. Exp. Med. v. 173; n.4; p.931-939; 1991.
68
MINISTÉRIO DA SAÚDE Manual dos Comitês de mortalidade Materna. 3a. edição.
2007. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_comites_mortalidade_materna.pdf
Acesso em 02/02/2017.
MOHAJERTEHRAN, F. et al. Association of single nucleotide polymorphisms in the
human tumor necrosis factor-α and interleukin 1-β genes in patients with pre-eclampsia.
Iran. J. Allergy Asthma Immunol. v.11; n.3; p.224-9; 2012.
MONTAGNANA, M. et al. Serum pro-inflammatory cytokines in physiological and pre-
eclamptic pregnancies. Gynecol. Endocrinol. v.24; n.3; p113-6; 2008.
MULLA, M.J. et al. Uric acid induces trophoblast IL-1β production via the
inflammasome: implications for the pathogenesis of preeclampsia. Am. J. Reprod.
Immunol. v. 65; n.6; p.542-8; 2011.
NICKLIN, M.J.; WEITH, A.; DUFF, G.W. A physical map of the region encompassing
the human interleukin-1 alpha, interleukin-1 beta, and interleukin-1 receptor antagonist
genes. Genomics. v.19; n.; p.382-4; 1994.
PATTINSON, R.C.; HALL, M. Near misses: a useful adjunt to maternal death enquires.
Br. Med. Bull. v.67; p.231-243; 2003.
PAIVA-OLIVEIRA, E.L. et al. Inflassoma e sua repercussão clínica: revisão de
literatura. Rev. Brasil. de Ciências Médicas e Biológicas. v.1; n. 11; p. 96-102; 2012.
PINHEIRO et al. Severe preeclampsia: Association of genes polymorphisms and
maternal cytokines production in Brazilian population. Cytokine. v. 71; p. 232-7. 2015.
PIPKIN, F. What is the place of genetics in the pathogenesis of pre-eclampsia? Biol.
Neonate. v.76; n.6; 325-30; 1999.
PISSETTI, C.W. et al. Protective role of the G allele of the polymorphism in the
Interleukin 10 gene (-1082G/A) against the development of preeclampsia. Rev. Bras.
Ginecol. Obstet. v.3; p.0:0; 2014.
POCIOT, F. A TaqI polymorphism in the human interleukin-1 beta (IL-1 beta) gene
69
correlates with IL-1 beta secretion in vitro. Eur. J. Clin. Invest. 1992 v.22; n.6; p 396-
402.
RAJALA, M.W.; SCHERER, P.E. Minireview: The adipocyte--at the crossroads of
energy homeostasis, inflammation, and atherosclerosis. Endocrinology. v.144; p.3765-
3773; 2003.
RAMMA, W.; AHMED, A. Is inflammation the cause of pre-eclampsia? Biochem. Soc.
Trans. v.39; n.6; p.1619-27; 2011.
RAMSAY J.E. et al. Microvascular dysfunction: a link between preeclampsia and
maternal coronary heart disease. B.J.O.R.G. v.110; p.1029-31; 2003.
REDMAN, C.W.; SACKS, G.P.; SARGENT, I.L. Preeclampsia: an excessive maternal
inflammatory response to pregnancy. Am. J. Obstet. Gynecol. v.180; p.499-506; 1999.
REDMAN, C.W.; SARGENT, I.L. Preeclampsia, the placenta and the maternal systemic
inflmamtory response – a review. Placenta; v.24; p. S21-S27; 2003.
REDMAN, W.; SARGENT, I.L. Latest advances in understanding preeclampsia. Science
v. 308; p.1592-1594; 2005.
REIK, W.; WALTER, J. Genomic imprinting: parental influence on the genome. Nat.
Rev. Genet. v.2; n.1;p. 21-32; 2001.
WORKING GROUP REPORT ON HIGH BLOOD PRESSURE IN PREGNANCY.
Report of the National High Blood Pressure Education Programe. Am. J. Obstet.
Gynecol. v.183; S1-22; 2000.
RINEHART, B.K. et al. Expression of the placental cytokines tumor necrosis factor
alpha, interleukin 1beta, and interleukin 10 is increased in preeclampsia. Am. J. Obstet.
Gynecol. v.181; n.4; p.915-20;1999.
ROBBILLARD, P.Y. et al. Association of pregnancy-induced hypertension during
pregnancy. Lancet. v.344; p.973-5; 1994.
70
ROBERTS J.M. et al. Preeclampsia: an endothelial cell disorder. Am. J. Obstet.
Gynecol. v.16; p.1200- 1204; 1989.
ROBERTS, J. Endotelial dysfunction in preeclampsia. Semin. Reprod. Endocrinol.
v.16; p.5-15; 1998.
ROBERTS, J.M.; HUBEL, C.A. The Two Stage Model of Preeclampsia: Variations on
the Theme. Placenta. v.23; p.S32-S37; 2009.
ROBERTS, J.M. et al. Global Pregnancy Collaboration symposium on placental Health:
Summary and recommendations. Placenta. S0143-4004; vol.17; 30117-0. 2017.
SAFTLAS, A.F.; LEVINE, R.J.; KLEBANOFF, M.A. et al. Abortion changed paternity
and risk of preeclampsia in nulliparous women? Am. J. Epidemiol. v.153; p.1108-14;
2003.
SAITO, S. Cytokine network and the feto – maternal interface. J. Reprod. Imunol. v.47;
p. 87-103; 2000.
SANCHEZ S.E. et al. Tumor necrosis factor-alpha soluble receptor p55 (sTNFp55) and
risk of preeclampsia in Peruvian women. J. Reprod. Immunol. v.47; n.1; p. 49-63; 2000.
SANTILA, S.; SAVINAINEN, K.; HURME, M. Presence of the IL-1RA allele 2
(IL1RN*2) is associated with enhanced IL-1beta production in vitro. Scand. J.
Immunol. n.47; v. 3; p.195-8; 1998.
SAY, L.; SOUZA, J.P.; PATTINSON, R.C. Maternal near miss – towards a standard tool
for monitoring quality of maternal health care. Best Pract. Res. Clin. Obstet. Gynaecol.
N.23; p.287-296; 2009.
SEELY, E.W.; SOLOMON, C.G. Insulin resistance and its potential role in pregnancy-
induced hypertension. J. Clin. Endocrinol. Metab. v.88; p.2393–8; 2003.
SIBAI, B.M. Chronic hypertension in pregnancy. Obstet. Gynecol. v.100; p. 369-77;
2002.
SIBAI, B.M. Diagnosis and management of gestational hypertension-preeclampsia.
Obstet. Gynecol. v.102; p.181-92; 2003.
SIBAI, B.M. Prevention of preeclampsia: a big disappointment. Am. J. Obst. Gynecol.
71
v.179; p.1275-78; 1998.
SIBAI, B.M.; DEKKER, G.; KUPFERMINE, M. Pre-eclampsia. Lancet. v.365; p.785-
99; 2005.
SIBAI, B.M. Hypertensive disorders in twin versus singleton gestations. National
Institute of Child Health and Human Development Network of Maternal-Fetal Medicine
Units. Am. J. Obstet. Gynecol. v.182; p.4; p. 938-42; 2000.
SILJEE, J.E. Identification of interleukin-1 beta, but no other inflammatory proteins, as
an early onset pre-eclampsia biomarker in first trimester serum by bead-based
multiplexed immunoassays. Prenat. Diagn. v.33; n.12; p.1183-8; 2013.
STEGEER et al. Single Nucleotide Polymorphisms in IL1B and the Risk of Acute
Coronary Syndrome: A Danish Case-Cohort Study. PLoS One. V.7; n.6; 2012.
STEEGERS, E.A. Pre-eclampsia. Lancet. v.376; n.9741; p.631-44; 2010.
STROWIG, T. et al. Inflammasomes in health and disease. Nature. v 481; n.7381; p.
278-86; 2012.
SZARKA, A. et al. Circulating citokynes chemokines and adhesion m olecules in normal
pregnancy and preeclampsia determined by multiplex suspension array. BMC imunol.
n.11; p.59; 2010.
TABOR, H.K. Candidate-gene approaches for studying complex genetic traits: practical
considerations. Nat. Rev. Genet. n.3; v.5; p.391-7; 2002.
TARLOW, J.K. Polymorphism in human IL-1 receptor antagonist gene intron 2 is caused
by variable numbers of an 86-bp tandem repeat. Hum. Genet. v. 91; n.4; p.403-4; 1993.
TERAN, E. et al. Elevated C-reactive protein and pro-inflammatory cytokines in Andean
women with pre-eclampsia. Int. J. Gynaecol. Obstet. v.75; n.3; p.243-9; 2001.
THADHANI R. et al. First trimester placental growth factor and soluble fms-like tyrosine
kinase 1 and risk for preeclampsia. J. Clin. Endocrinol. Metab. v.89; n.770-775; 2004.
THE HAPMAP PROJECT : disponível em
http://www.ensembl.org/Homo_sapiens/Gene/Summary?g=ENSG00000125538;r=2:112
829751-112836903 Acesso em 12/01/2016
72
TOSUN M. et al. Maternal and umbilical serum levels of interleukin-6, interleukin-8, and
tumor necrosis factor-alpha in normal pregnancies and in pregnancies complicated by
preeclampsia. J. Matern. Fetal Neonatal Med. v.23; n.8; p.880-86; 2010.
TREVILATTO, P.C.; LINE, S.R. Use of buccal epithelial cells for PCR amplification of
large DNA fragments. J. Forensic Odontostomatol. N.18; v.1; p 6-9; 2000.
VAN PAMPUS M.G. et al. High prevalence of hemostatic abnormalities in women with
a history of severe preeclampsia. Am. J. Obstet. Gynecol. v.180 ; n.5; p.1146-50; 1999.
VATTEN, L.J.; SKJAERVEN, R. Is preeclampsia more than one disease? B.J.O.R.G.
v.111; p.298-302; 2004.
VELZING-AARTS, F.V. et al. High serum interleukin-8 levels in afro-caribbean women
with pre-eclampsia. Relations with tumor necrosis factor-alpha, duffy negative phenotype
and von Willebrand factor. Am. J. Reprod. Immunol. v.48; p.5; p.319-22; 2002.
VISSER, W. et al. Soluble tumor necrosis factor receptor II and soluble cell adhesion
molecule 1 as markers of tumor necrosis factor-alpha release in preeclampsia. Acta
Obstet. Gynecol. Scand. v.81; n.8; p.713-9; 2002.
WANG, J. et al. Effect of lipoxin A₄ on IL-1β production of monocytes and its possible
mechanism in severe preeclampsia. J. Huazhong Univ. Sci. Technolog. Med. Sci. v.30;
n.6; p. 767-70; 2010.
WANG, J.X. Surgically obtained sperm and risk of gestational hypertension and
preeclampsia. Lancet. v.359; p. 673-74; 2002.
WANG X. et al. Interleukin -1B-31C/T and -511T/C Polymorphisms were associated
with preeclampsia in Chinese Han population. Plos One. v.9; n.9; e106919; 2014.
WEN, H.; TING, J.P.; O'NEILL, L.A. A role for the NLRP3 inflammasome in metabolic
diseases--did Warburg miss inflammation? Nat. Immunol. v.13; n.4; p.352-7; 2012.
WEN, S.W. et al. Maternal morbidity and obstetric complications in triplet pregnancy
and quadruplet and higher – order multiple pregnancies. Am. J. Obstet. Gynecol. v.19;
p.254-58; 2004.
WILSON, B.J. et al. Hypertensive diseases of pregnancy and risk of hypertension and
stroke in later life: results from chort study. B.M.J. v.326; p.1-7; 2003
73
WORLD HEALTH ORGANIZATION Disponível em
http://www.who.int/gho/maternal_health/en/ . Acesso em 06/02/2017.
YURA, S. et al. Resistin is expressed in the human placenta. J. Clin. Endocrinol.
Metab. v.88; n.3; 1394-7; 2003.
ZHONGHUA, F.U.; CHANK, E.; ZA ZHI. Effect of lipoxin A (4) on
lipopolysaccharide-induced endothelial hyperpermeability in human umbilical vein
endothelial cell. Zhonghua Fu Chan Ke Za Zhi. v.46; n.3; p.199-204; 2011.
74
APÊNDICE A – FORMULÁRIO DE ENTREVISTA PARA PACIENTES
Status da paciente: |___| gestante (1) |___| puérpera (2) |___| P.O. curetagem ou
laparotomia por prenhez ectópica (3)
1.NO. DO QUESTIONÁRIO: |___|___|___|___| 2. caso: |___|S(1) N(2) Prontuário
hospitalar: |___|___|___|___|___|___|___|___|___|___|___|___|___|___| Data da
entrevista: ___|___/___|___/___|___| 5.Entrevistador:________________________
Maternidade: |___| HNSL (1) |___| HSI (2)
DADOS DA INTERNAÇÃO:
Data da Internação: ___|___/___|___/___|___ Local da internação no momento da
admissão: |___| enfermaria (1) pré parto(2) UTI(3) admissão (4)
(se mais de 24h) não se lembra (5) Hospital de procedência da paciente:
___________________(se veio de casa: marcar NSA; posto de
saúde ou clínica particular: UBS ; centro de referência: CR ) 10.No. da D.O :
___|___|____|___|___|___|___|___|___|___|___|___|___|___| (se óbito)
DADOS PESSOAIS DA PACIENTE:
11.Nome: ____________________________________________________
12.Idade:_______ 13. Município /Estado de
procedência_____________________________________________ 14.Telefones
contato:______________________________________________________ 15. Estado
civil: |___| solteira (1) casada no papel (2) união consensual (3) separada (4) viúva(5) 16.
Trabalho remunerado: |___| S(1) N(2)
17. Chefe da família: |___| a própria paciente (1) o companheiro (2) mãe ou pai(3) os
dois(4) outro(a)(5)
18. Bens (classificação ABEP). Caso tenha, informar a quantidade: |___|rádio |___|
geladeira |___| freezer |___|DVD ou videocassete |___| máquina de lavar roupa (sem ser
tanquinho) |___| TV a cores |___| carro próprio |___| empregada por mais de 5 dias
/semana |___| no
de banheiros escolaridade chefe da família______________
19. Raça (percepção do entrevistador): |___| branca(1) preta(2) parda(3) amarela(4)
indígena(5) 20. Raça (percepção da paciente): |___| branca (1) preta(2) parda(3)
amarela(4) indígena(5) 21. Consumo de álcool na gestação: |___|nunca(1) raramente(2)
frequentemente(3) diariamente(4) 22. fumo |___|S(1) N (2) 23. |___|___| cigarros/dia
24. Plano de saúde: |___|SUS (1) IPES(2) Convênio(3) Particular/pacote(4) 25.
Escolaridade: _________________________________ (se possível, anos de estudo) se
analfabeta,
marcar 0
75
26. História obstétrica: |___|G |___|N |___|F |___|C |___| A (especificar o no
e incluir o
parto atual em caso de puérpera)
27. Acompanhamento pré natal: |___| não houve (1) UBS(2) consultório particular(3)
ambulatório especializado/alto risco(4) consultório particular + UBS (5)
28. Número de consultas de pré-natal: |___|___| 29. Com quantas semanas ou meses
começou o pré natal: |___|___| semanas |___| meses
30. Profissional que atendeu (na maioria das vezes) a paciente: |____| médico obstetra (1)
médico clínico(2) enfermeiro(3) agente de saúde(4)
31. Intervalo interpartal: |___|___| anos (se paciente > P2 e em relação ao último parto e a
gestação atual, se primigesta, NSA)
ANTECEDENTES CLÍNICO-OBSTÉTRICOS:
32. Peso (referido pela paciente ou no cartão): pré gestacional |___|___|___| kg 33. Altura
(referida pela paciente): |___|___|___|cm 34. História de prematuridade anterior (sem
contar essa gestação): |___| S (1) N(2) 35. RN com menos de 2500g (sem contar essa
gestação): |___| S (1) N(2)
36. Antecedentes pessoais de risco? : |___|não (1) Doença cardíaca(2) HAS (3) Anemia
grave ou hemoglobinopatia(4) Asma(5) Lupus ,esclerodermia ou artrite reumatóide(6)
Hipertireoidismo(7) Diabetes não gestacional(8) Doença renal crônica(9)
Convulsões/epilepsia(10) AVC (11) Doença hepática crônica(12) Doença
psiquiátrica(13) Febre reumática com lesão de valvar(14) esquistossomose(15)
HIV/AIDS (16) uso de drogas (17) trombose (18) Hipotireoidismo (19) Câncer (20) Rim
infectado (21)
37. Intercorrência clínico obstétrica em gestação anterior? |___| N(1) eclâmpsia(2) DHEG
com interrupção prematura da gravidez(3) ruptura uterina(4) Diabetes gestacional(5)
Sangramento vaginal intenso(6) TPP(7) DHEG com interrupção a termo(8) Parada cardio
respiratória (9) Edema pulmonar (10) cardiopatia (11) pré-eclâmpsia/eclâmpsia (12)
prenhez ectópica (13) DPP (14)
38. Intercorrência clínico obstétrica em gestação atual: |___|N(1) TVP (2) Oligoamnio(3)
Polidrâmnio(4) Isoimunização RH(5) Placenta prévia(6) DPP(7) Amniorrexe
prematura(8) Diabetes gestacional(9) Hipertensão gestacional (10)
Eclâmpsia/convulsões(11) Trabalho de parto prematuro(12) Sofrimento fetal crônico(13)
Sífilis(14) ITU(15) Infecção por HIV(16) Toxoplasmose (que precisou tratar )(17)
Cultura para strepto B em vagina e/ou ânus positiva(18) Uso de drogas(19) Pneumonia
(20) hepatite medicamentosa(21) Sofrimento fetal agudo (22) Trauma abdominal (23)
HTA (24) feto morto(25) leucorréias (26) Pielonefrite (27) Tromboembolismo pulmonar
(28) Miocardiopatia da gravidez (29) Acretismo placentário (30) HELLP (31) Pré
eclampsia (32) Sangramento vaginal (33) Sepse(34) Insuf. Renal (35) Aborto infectado
(36) depressão (37) retenção pós cesárea (38) prenhez ectópica (39) AVC (40) crise
76
tireotóxica (41) ICC (42) Hipertensão pulmonar (43) anemia (44) Mola hidatiforme (45)
placenta prévia (46) endometrite (47)
DADOS ADMISSIONAIS:
39. IG: |___|___| semanas (dar preferência pela da usg) 40. Tipo de gestação: |___|
única(1) gemelar (2) múltipla(mais de 2 ) (3) 41. Nível de consciência: |___| lúcida
(BEG) (1) torporosa (2) em coma/desacordada(3) 42. PA na admissão: |___|___|___| X
|___|___|___| mmHg 43. Sangramento vaginal na internação: |___| ausente (0) pequeno
(1) moderado(2) intenso(3) 44. Bolsa: |___|íntegra (1) rota(2)
56
45. Paciente em uso de medicação (início pré natal até a internação): |___|N(0) sulfato
ferroso(1) anti- hipertensivo(2) insulina/antidiabetogênicos (3) antibióticos (4)
corticóide(5) inibidores de TPP (6) cardiotônicos (7) tranqüilizantes (8)
46. Indicação de internação atual: |___| Trabalho de parto(1) trabalho de parto prematuro
(2) amniorrexe prematura (3) pós datismo/gestação prolongada(4) trabalho de parto +
cesárea anterior (5)DPP (6) Hipert. gestacional (7) pré-eclâmpsia (8) eclâmpsia (9)
diabetes gestacional decompensado (10) sofrimento fetal crônico(11) sofrimento fetal
agudo (12)parada cardiorespiratória (13) diminuição de movimento fetal (14) hepatite
medicamentosa (15) bolsa rota ( a termo ) (16) ITU (17) óbito fetal (18) infecção de
ferida operatória (19) hemorragia puerperal (20) sangramento vaginal a esclarecer (21)
HELLP (22) abortamento incompleto (23) ectópica(24) sepse (25) aborto infectado (26)
placenta prévia (27) hemorragia (28) anemia (29) crise tireotóxica (30) HTA puerperal
(31) cesárea eletiva (32) pneumonia (33) edema pulmonar (34) descompensação cardíaca
(35) insuficiência renal crônica(36) anemia (37) dor abdominal (38) mola hidatiforme
(39) retenção placentária (40) puerpério (41) rim infectado(42) choque hipovolêmico (43)
AVC (44) TVP(45) endometrite/corioamnionite (46) rutura hepática(47)Incompetência
istmo cervical (48)
ASSISTÊNCIA AO PARTO: (em caso de parto e mesmo que o feto tenha obituado)
47. Dia do parto: |___|___/___|___/___|___ peso |___|___|___|___|g (NI caso não dê para
saber)
48. Tipo de parto: |___| vaginal (1) fórceps (2) cesáreo (3)
49. Amniotomia : |___|S (1) N(2)
50. Uso de ocitocina: |___|S(1) N(2)
51. Uso de misoprostol: |___|S(1) N(2)
77
52. Cardiotocografia: |___|S(1) N(2)
53. Realização de manobra de Kristeller: |___|S(1) N(2)
54. Profissional que realizou o parto: |___| médico obstetra (1) médico clínico (2)
parteira(3) estudante(4) enfermeiro(5) auxiliar/técnico enfermagem(6) nasceu sozinho (7)
55. Complicação no pós parto: |___|N(1) não sabe ou não se lembra (2) HTA puerperal
(3) sangramento intenso (4) DHEG persistente (5) convulsões/eclâmpsia(6) ITU(7)
pneumonia (8) infecção, deiscência ou hematoma de cicatriz (9) sepse (10) cetoacidose
diabética (11) tromboembolismo pulmonar (12) broncoespasmo/cianose (13) retenção
urinária (14) rotura uterina (15) AVC (16) abscesso pélvico/endometrite (17) infecção
respiratória aguda (18) desconforto respiratório (19) tromboflebite (20) distensão
abdominal (21) retenção placentária (22) HELLP (23) TVP(24) lesão de bexiga (25)
choque hipovolêmico (26) rutura hepática(27)
56. Realização de anestesia: |___| N(1) peri (2) raqui (3) geral (4) locorregional (5)
57. Se cesareana, qual a indicação (descrita no ATO CIRÚRGICO): |___| cesárea anterior
(1) TP (2) DPP(3) iteratividade(4) colo desfavorável(4) DCP/macrossomia (5) distócia
funcional(6) apres.pélvica(7) apres. anômala (8) óbito fetal(9) hipertensão gestacional
(10) sofrimento fetal agudo(11) sofrimento fetal crônico (12) pré eclampsia(13)
iminência de rotura uterina (14) DHEG (15)HELLP (16) eclampsia (17) amniorrexe (18)
Pielonefrite (19) Tromboemobolismo pulmonar (20) miocardiopatia (21) diabetes (22)
exaustão materna (23) tumoração abdominal (24) gemelar (25) gest. prolongada (26)
placenta prévia (27) gemelaridade (28) sangramento vaginal intenso (29) cardiopatia (30)
pós datismo (31) distócia funcional (32) abscesso intracavitário (33) HIV+ (34)
58. Destino do concepto: |___| alojamento conjunto/berçário (1) UTIN (2) óbito (3) 59.
Dados sobre near miss/ morbidade materna grave (anotar os números das situações em
que a
paciente se encaixa)
____| |____| |____| |____| |____| |____| |____|
Observações:
________________________________________________________________
________________________________________________________________________
___
78
APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
PARA ENTREVISTA DE PACIENTES (TCLE)
Somos pesquisadores (médicos e estudantes de Medicina) vinculados à Universidade
Federal de Sergipe (UFS) e gostaríamos de convidar a senhora a participar de um estudo
sobre causas de situações graves de saúde, a fim de conhecermos o perfil das pacientes
acometidas, as variáveis sociodemográficas e os possíveis fatores de risco.
Realizaremos uma entrevista abordando dados acerca do pré natal, escolaridade, estado
civil, paridade e acontecimentos ocorridos no decurso da internação e do parto. Os dados
a serem perguntados em instrumento padrão pré estabelecido e que faz parte do projeto
aprovado pelo Comitê de ética em Pesquisa em Seres Humanos da UFS.
Eu entendo que os objetivos desta pesquisa são encontrar modificações genéticas que
sejam responsáveis por aumentar a susceptibilidade à complicações durante o parto, o que
poderá auxiliar no diagnóstico precoce e na prevenção de complicações deste
procedimento, na tentativa de tornar o procedimento cada vez mais seguro e livre de
intercorrências.
Este trabalho acadêmico não possui fins lucrativos e todas as informações nele contidas
são confidenciais, de modo que os nomes das pacientes entrevistadas não aparecerão em
nenhum relatório ou artigo.
Informamos que a qualquer momento a senhora pode desistir de participar da entrevista e
retirar seu consentimento, sem qualquer prejuízo em sua relação com os pesquisadores e
o serviço de saúde.
A senhora receberá uma cópia deste termo, no qual constam o telefone e o endereço do
pesquisador principal e do orientador da pesquisa, podendo tirar quaisquer dúvidas sobre
sua participação.
Desde já, agradecemos a sua colaboração.
DADOS DO PESQUISADOR PRINCIPAL / ORIENTADOR
Nome: Larissa Paes Leme Galvão (cel: 998089221) / Dr. Ricardo Queiroz Gurgel (cel:
999770480)
Endereço completo: Universidade Federal de Sergipe
Rua Cláudio Batista s/n, Bairro Sanatório
Declaro que entendi os objetivos, riscos e benefícios de minha participação na pesquisa e
concordo em participar. O pesquisador me informou que o projeto foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SERGIPE.
Aracaju,_____de_______________de20__.
79
_______________________________________________ *sujeito da pesquisa
80
APÊNDICE C- DECLARAÇÃO DE APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA EM
PESQUISA
81
82