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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE MEDICINA MARIANA ARAÚJO BEZERRA GOMES Anisotropias ópticas e morfometria das fibras colágenas da matriz extracelular em pele de indivíduos portadores de hanseníase ARACAJU-SE 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE MEDICINA

MARIANA ARAÚJO BEZERRA GOMES

Anisotropias ópticas e morfometria das fibras

colágenas da matriz extracelular em pele de indivíduos

portadores de hanseníase

ARACAJU-SE

2013

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MARIANA ARAÚJO BEZERRA GOMES

Anisotropias ópticas e morfometria das fibras colágenas da matriz

extracelular em pele de indivíduos portadores de hanseníase

Monografia apresentada ao colegiado do curso

de Medicina da Universidade Federal de

Sergipe, como requisito parcial para obtenção

do grau de Bacharel em Medicina.

Orientadora: Profª Drª Vera Lúcia Corrêa

Feitosa

ARACAJU-SE

2013

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MARIANA ARAÚJO BEZERRA GOMES

Anisotropias ópticas e morfometria das fibras colágenas da matriz

extracelular em pele de indivíduos portadores de hanseníase

Monografia apresentada ao colegiado do curso

de Medicina da Universidade Federal de

Sergipe, como requisito parcial para obtenção

do grau de Bacharel em Medicina.

Aprovada em ____/____/____

Autora:

_____________________________________________________________________

MARIANA ARAÚJO BEZERRA GOMES

Orientadora:

_____________________________________________________________________ PROFª DRª VERA LÚCIA CORRÊA FEITOSA

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

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A Deus, presença fiel e constante em minha vida.

Aos meus pais, pelo apoio tão necessário.

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AGRADECIMENTOS

A minha gratidão a Profª Vera Lúcia, minha orientadora, exemplo de dedicação

e compromisso com o conhecimento. Obrigada, pela acolhida no Laboratório de

Biologia Celular e Estrutural, por me incentivar e investir em minha carreira acadêmica.

De fato, sua paciência para com os alunos, seu zelo pela Universidade e seu empenho

em sempre querer fazer o melhor faz a diferença.

Ao Prof. MSc. Víctor Santana Santos, meu coorientador, obrigada pelo esforço e

seriedade com esse trabalho e pela generosidade com que o aceitou. Meu obrigada

também ao Prof. Dr. Francisco Prado Reis e Prof. Dr. José Arnaldo Vasconcelos

Palmeira por serem importantes colaboradores e incentivadores desse projeto.

Também sou grata a todos os funcionários do laboratório. Obrigada a cada um

que silenciosamente contribui para que esse projeto fosse concluído da melhor forma.

Obrigada também aos meus colegas de pesquisa, que se somaram comigo neste tempo,

em especial a Helton Benevides, Pedro Teles e Natally Leite.

Obrigada a minha amiga Tatiane Reis, que generosamente me indicou para fazer

parte desse grupo de pesquisa. Sou grata pelo cuidado, carinho e ajuda ao longo desses

anos.

A todos, a minha gratidão por tornarem possível nosso trabalho, propiciando a

progressão do conhecimento.

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“É muito natural que tomemos nosso ponto de partida naquilo que nos é mais próximo,

ou seja, a natureza humana. E ao tratar do homem, pensamos na essência do homem

enquanto tal, compreendendo o fato de ser ele pessoa.”

Santa Edith Stein (Santa Teresa Benedita da Cruz)

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SUMÁRIO

1 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................ 08

1.2 Introdução ................................................................................................. 08

2.2 Hanseníase ............................................................................................... 09

2.3 Matriz Extracelular ................................................................................... 14

2.4 Anisotropias Ópticas .................................................................................. 17

2.5 Referências ................................................................................................ 19

2 ARTIGO ORIGINAL ........................................................................................... 23

Normas para publicação .................................................................................... 23

Página do título ................................................................................................ 40

Resumo ........................................................................................................... 41

Abstract ........................................................................................................... 42

Introdução ....................................................................................................... 43

Materiais e Métodos .......................................................................................... 44

Resultados ........................................................................................................ 47

Discussão ......................................................................................................... 55

Conclusões ........................................................................................................ 59

Referências ....................................................................................................... 60

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1 REVISÃO DA LITERATURA

1.1 Introdução

A doença de Hansen, conhecida popularmente por lepra, é uma infecção

crônica causada pelo Mycobacterium leprae, que afeta progressivamente a pele e os

nervos periféricos (LOCKWOOD; SUNEETHA, 2005; PRADO et al., 2009). Segundo

a patogênese da doença, o indivíduo pode apresentar dois padrões de resposta

imunológica: a lepra tuberculóide ou pólo tuberculóide, forma menos grave, e a lepra

lepromatosa ou pólo virchowiano, forma mais grave da doença (KUMAR et al., 2005).

A neuropatia causada por essa doença, com consequente evolução para incapacidade

física torna-se um grave problema social, econômico e psicológico, sendo necessária a

prevenção dessa incapacidade por meio do diagnóstico e tratamento precoce

(CHIMELLI et al., 1997).

A Organização Mundial da Saúde considera a hanseníase um problema de

saúde pública, e, segundo a Assembléia Nacional de Saúde em 1991, ficou definida

como meta para eliminação dessa doença, a prevalência de < 1 caso por 10.000

habitantes (LOCKWOOD; SUNEETHA, 2005; Vigilância em Saúde: situação

epidemiológica da hanseníase no Brasil em 2008. Brasil, 2008).

A hanseníase está associada às camadas de baixo nível socioeconômico, com

distribuição, principalmente, nas regiões tropicais e subtropicais (PRATA et al., 2000).

Hoje, o Brasil é o segundo país em número absoluto de casos, perdendo apenas para a

Índia. Em 2011, 33.955 casos novos foram detectados no país dos 228.474 detectados

no mundo, apresentando o Brasil um coeficiente de prevalência de 1,54/10.000

(Leprosy update, 2011). Felizmente, há uma tendência de estabilização dos coeficientes

de detecção, porém, ainda as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste apresentam

elevados índices, concentrando 53,3% dos casos (Vigilância em Saúde: situação

epidemiológica da hanseníase no Brasil em 2008. Brasil, 2008).

No ano de 2010, 34.894 casos novos, 2.461 (7,1%) em menores de 15 anos

foram notificados com coeficiente geral de detecção de 8,2/100 mil habitantes. Segundo

a evolução do coeficiente de detecção de casos novos no Brasil, durante o período de

1990 a 2010, a média do coeficiente referente à região Nordeste foi de

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aproximadamente 30/100.000 habitantes, com redução significativa desse coeficiente

em todas as regiões geográficas de 4,0% ao ano e 31,5% no período em média nos

últimos 10 anos. No estado de Sergipe, o coeficiente de detecção de casos novos

registrados em 2010 foi de 18,42/100.000 (Vigilância em Saúde: situação

epidemiológica da hanseníase no Brasil em 2008. Brasília, 2008).

Assim sendo, este trabalho visa estudar a organização molecular dos

componentes fibrosos da matriz extracelular e o perfil histopatológico em pele de

indivíduos portadores de hanseníase no estado de Sergipe, analisando as anisotropias

ópticas das fibras colágenas na pele desses indivíduos. Isso é possível já que a

disposição dessas fibras são capazes de absorver seletivamente a luz polarizada por

grupos cromofóricos orientados (GOMES et al., 2007), a partir do material biológico

fornecido pelo banco de dados do Memorial Prof. Dr. Nestor Piva.

1.2 Hanseníase

A hanseníase é uma doença cujo mecanismo de ação não está totalmente

elucidado, porém diversos estudos “in vitro” e “in vivo” demonstram predileção do

Mycobacterium leprae pelo sistema nervoso periférico, mais especificamente a célula

de Schwann. Essa célula apresenta os fenótipos mielinizados e desmielinizados, ambos

invadidos pela bactéria, embora, o segundo fenótipo seja o nicho natural para a

proliferação bacteriana (CHACHA et al.,2009). Alguns estudos apontam para uma forte

associação entre o dano neurológico causado pela micobactéria e a reatividade imune e

inflamatória, mas pouco tem sido comprovado (OTTENHOFF, 2011).

O agente etiológico dessa doença, o Mycobacterium leprae, apresenta a forma

de um bastonete reto ou ligeiramente encurvado, com dimensões de 1,5 a 0,8 micra de

comprimento por 0,2 a 0,5 micra de largura, também caracterizado como um bacilo

álcool-ácido resistente (BAAR) (GOULART et al., 2002). Ele se reproduz no corpo do

hospedeiro de forma insidiosa, levando cerca de onze a dezesseis dias para que os

primeiros sintomas apareçam. Existem casos na literatura em que o aparecimento dos

primeiros sintomas levou cerca de cinco anos para aparecerem (DE MORAES;

TORRITEZI; MARTIN, 2009). Conforme Eidt (2004) o bacilo pode provocar reações

em diversos órgãos, tais como, olhos, rins, testículos, fígado e baço, além do sistema

nervoso periférico (EIDT, 2004).

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Essa infecção granulomatosa é transmitida pela via aérea superior de pessoa a

pessoa através do convívio constante de indivíduos contaminados não tratados com

indivíduos não contaminados (VÉRAS; VALE; MELLO, 2011). O M. leprae é

eliminado da mucosa nasal de pacientes lepromatosos (forma virchowiana) sem

tratamento e provavelmente sobrevive no ambiente antes de infeccionar o próximo

hospedeiro (PAIGE; SCHOLL; TRUMAN, 2002).

Segundo estudos sobre as interações moleculares entre a parede celular

bacteriana e a célula de Schwann, há evidências de que a ligação ocorra na lâmina basal

da matriz extracelular, com o envolvimento de estruturas já conhecidas, como as

lamininas, integrinas, proteínas S-100, fibras colágenas, entre outras (CHACHA et al.,

2009). Em 1966, Ridley e Jopling introduziram um sistema de classificação baseado em

achados histopatológicos e no nível de imunidade celular, estabelecendo cinco grupos,

dois polares e três intermediários. O pólo onde ocorre uma resposta imune celular

acentuada ao M. leprae, que limita a doença a poucas e bem definidas lesões foi

denominado tuberculóide (TT).

O outro pólo, onde há uma proliferação incontrolável dos bacilos, com muitas

lesões e infiltração extensa de pele e nervos, caracterizada pela ausência de imunidade

celular específica, foi denominado lepromatoso ou virchowiano. Muitos pacientes que

apresentam a forma intermediária da doença são imunologicamente instáveis, variando

do pólo com imunidade celular eficaz e baixa carga bacilar para o outro, com aumento

da carga bacilar e alto título de anticorpos. Essas formas intermediárias são:

tuberculóide-dimorfa (TD) ou boderline-tuberculóide, dimorfa (DD) ou boderline-

boderline e dimorfa-virchowiana (DV) ou boderline lepromatosa (RIDLEY et al.,

1966). No entanto, adicionalmente para a forma inicial da doença, sem definição

imunológica dentro desse aspecto, considera-se a forma indeterminada segundo a

classificação de Madri (DHARMENDRA, 1989).

Além de apresentar-se de diferentes formas clínicas dentro de um espectro

granulomatoso de lesões cutâneas, a hanseníase pode se manifestar no indivíduo como

estado reacional, antes, durante ou após o término do tratamento. Essas reações ocorrem

de modo distinto, como respostas imunológicas inflamatórias que destroem os tecidos,

principalmente pele e nervos, e aumentam a incapacidade e a morbidade da doença

(WOLFF et al., 2011; LASTÓRIA; ABREU, 2012).

Existem dois tipos de reação: reação reversa ou tipo 1, este resulta de processo

inflamatório agudo, afeta principalmente a pele e os nervos periféricos, o outro é o

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eritema nodoso-hansênico ou tipo 2, pelo grande número de bacilos gradualmente

decomposto, suas proteínas podem provocar reação imunológica. Esta é a reação mais

complexa e sistêmica. Ocorre artralgia, hipertermia e nódulos dolorosos disseminados

(SANGI, 2009).

Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 1982, a hanseníase foi

classificada de acordo com o índice baciloscópico e os critérios clínicos em paucibacilar

(índice baciloscópico menor que 2+ e até cinco lesões cutâneas e/ou tronco nervoso

acometido) e multibacilar (índice maior ou igual a 2+ e mais de cinco lesões cutâneas

e/ou mais de um tronco nervoso acometido) (LASTÓRIA; ABREU, 2012). Essa

classificação operacional visa ao tratamento ambulatorial com o esquema PQT/OMS

(poliquimioterapia). Para os casos paucibacilares, o tratamento dura seis meses, para os

multibacilares, dura doze meses (NUNES, 2011).

Existe ainda a classificação de Madri, sendo essa última a mais comum para

critérios de diagnóstico. De acordo com ela, a hanseníase é classificada em quatro

formas clínicas: indeterminada, tuberculóide, dimorfa e virchowiana, sendo as duas

primeiras paucibacilares e as duas últimas multibacilares (TEIXEIRA JÚNIOR, 2011).

Essa infecção crônica, cujo período de incubação varia de 2 a 5 anos, é

caracterizada pelo seu aspecto tanto clínico quanto histopatológico. Na hanseníase

tuberculóide (pólo de baixa resistência) as lesões cutâneas não apresentam localização

preferencial, são assimétricas, hipo ou anestésicas e não muito numerosas; enquanto na

virchowiana (pólo de alta resistência), o acometimento nervoso é tardio, as lesões são

múltiplas, simétricas e predominam em regiões de menor temperatura, como face,

membros e regiões glúteas. Com relação ao aspecto histopatológico, a forma

tuberculóide também difere da forma lepromatosa, tanto pela presença de lesões

granulomatosas, carga bacilar e pela presença de outras células características no

infiltrado (KUMAR et al., 2005; LOPES et al., 2009; OBADIA et al., 2011;

GOULART et al., 2002).

O exame histopatológico é realizado mediante a técnica de coloração pela

hematoxilina-eosina (HE) ou Faraco-Fite. A partir desse exame pode ser observado que

a forma tuberculóide (TT) é caracterizada pela formação de granuloma tuberculóide,

constituído por pequenos agrupamentos de células fagocitárias mononucleares com

diferenciação epitelióide bem evidente e presença de células gigantes multinucleadas

tipo Langhans no centro da lesão e de linfócitos que conferem um halo denso rodeando

este granuloma. Além disso, os granulomas do tipo tuberculóide, podem infiltrar-se ou

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ficarem dispostos ao redor de glândulas sudoríparas, vasos, nervos e músculos,

estendendo-se desde a derme profunda à camada basal. É comum a presença de fibras

nervosas destruídas, e os bacilos encontrados são raros ou até mesmo ausentes

(BOGLIOLO, 2006; GOULART et al., 2002; LASTÓRIA; ABREU, 2012).

Histopatologicamente a forma Virchowiana (VV) apresenta um extenso

infiltrado celular composto de histiócitos-macrófagos com citoplasma rico em bacilos,

que contém grandes quantidades de lipídios em sua parede, caracterizando o aspecto de

células espumosas (células de Virchow) e às vezes multivacuoladas. Os linfócitos são

raros. O infiltrado inflamatório virchowiano mesmo quando exuberante não atinge a

camada basal da epiderme, ficando separado por uma faixa de fibras colágenas

correspondentes à derme papilar retificada, conhecida como faixa de Unna (GOULART

et al., 2002; LASTÓRIA; ABREU, 2012).

Na forma indiferenciada, observa-se ao exame histopatológico, um infiltrado

inflamatório inespecífico, com predomínio de linfócitos em região perianexial e

perineural, com bacilos raros ou ausentes (LASTÓRIA; ABREU, 2012).

Segundo estudos realizados em 1997, com a análise de 38 biópsias de pacientes

portadores de hanseníase, revelaram que tanto o entrelaçamento quanto a espessura do

colágeno da derme foram completamente modificados nas formas tuberculóide e

virchowiana. Os septos de colágeno da derme normal permaneceram entre os cordões

ou foco do infiltrado inflamatório nas lesões tuberculóides, com ausência de fibras

colágenas nessas lesões na coloração de picrosírius. Já nas lesões virchowianas, nessa

mesma coloração, foi observada uma delicada rede de fibras colágenas nas lesões

virchowiana. E pela imunoflerescência foi observada a presença dos tipos I e III de

fibras colágenas mais evidentes nesse tipo de lesão e praticamente ausentes em locais

preenchidos por células epitelióides (ANTUNES et al., 1999).

A mancha reticulínica está disposta como uma malha irregular em ambas as

formas, sem distinção alguma entre elas. Na forma tuberculóide, o limite entre a derme

normal e o infiltrado foi observado, diferentemente na forma virchorwiana, onde esse

limite se apresentou indefinido. A malha densa e difusa de fibronectina foi detectada em

ambas as formas, com intensificação da atividade próxima a regiões de inflamação dos

microvasos. Na coloração para reticulina de Gomori e imunocoloração para

fibronectina, foi observada a substituição das fibras colágenas densamente entrelaçadas

por uma trama de fibras reticulares. A distribuição de fibronectina permaneceu

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inalterada na derme saudável e as fibras elásticas estavam ausentes em ambas as formas

(ANTUNES et al., 1999).

Segundo análise de 53 biópsias da pele de pacientes com hanseníase, a lesão do

nervo está relacionada não apenas com a presença do Mycobacterium leprae, mas

também com o aumento da pressão causado pelo edema e inflamação, lesões vasculares

e a reação granulomatosa com necrose associada. Entre os resultados encontrados à

microscopia eletrônica, foi observado um aumento do grau de proliferação das fibras

colágenas, frequentemente de forma desorganizada, além da infiltração perineural por

macrófagos, alterações vasculares, proeminência da membrana basal, edema e

hipertrofia das células endoteliais com oclusão do lúmen (CHIMELLI et al., 1997).

As lesões lepromatosas e tuberculóides exibem uma notável diferença quanto ao

conteúdo do colágeno da derme. As primeiras apresentam uma delicada rede, enquanto,

as segundas, não apresentam fibras colágenas em suas lesões. Acredita-se que essas

diferenças estejam relacionadas à presença de mastócitos e/ou de diferentes padrões de

expressão de citocinas em todo o espectro da doença (ANTUNES et al., 1999). De

acordo com a análise de 51 biópsias de pele de pacientes portadores de hanseníase, a

forma tuberculóide e boderline, apresenta um maior número de mastócitos, favorecendo

a hipótese de que os mastócitos estão associados com resposta imune do organismo

(MAGALHÃES et al., 2007).

Por ser uma doença de amplo espectro, o diagnóstico deve ser feito em duas

etapas. Primeiramente, se faz o diagnóstico da doença com a clínica, complementado

pela pesquisa de sensibilidade térmica, dolorosa ou tátil. Em seguida, se faz o

diagnóstico da forma clínica da doença, por meio do estudo detalhado das lesões

cutâneas, se há a presença ou não de manifestações neurológicas associadas, além do

exame bacteriológico (pesquisa quantitativa e qualitativa de bacilos) e da histopatologia

da lesão cutânea (cortes teciduais corados pelo método de Ziehl-Neelsen, técnica

modificada por Fite-Faraco) (AZULAY, 2008; WOLFF et al., 2011).

O teste de Mitsuda (ou teste intradérmico da lepromina), também pode ser

utilizado diante de um quadro clínico suspeito de hanseníase virchowiana, já que nesses

casos apresenta certo valor diagnóstico (AZULAY, 2008; WOLFF et al., 2011). Esse

teste é importante para a classificação e prognóstico da doença, visto que indica

imunidade celular ao M. leprae (LOPES et al., 2009).

Diante das possibilidades de apresentação da doença, o tratamento é direcionado

não apenas para a infecção em si, como também para os estados reacionais (WOLFF et

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al., 2011). A terapêutica do paciente consiste em poliquimioterapia específica (dapsona,

rifampicina e clofazimina) e acompanhamento, com o objetivo de identificar e tratar as

possíveis intercorrências e complicações da doença, inclusive a prevenção e o

tratamento das incapacidades físicas. O tratamento de um indivíduo portador de

hanseníase é essencial para curá-lo, interromper a cadeia de transmissão, possibilitando,

assim, o controle da endemia (www.bvsm.saude.gov.br).

Existe o esquema de tratamento para os pacientes paucibacilares, que não

transmitem a doença e o esquema de tratamento para os pacientes multibacilares,

considerados a principal fonte de transmissão. O tempo de tratamento é de 6 meses para

paucibacilares e de 12 meses para multibacilares ( Guia para o Controle da hanseníase.

Brasil, 2002).

É importante diferenciar estado reacional de um caso de recidiva. As

reações deverão receber tratamento anti-reacional. No caso de recidiva, deve-se reiniciar

o esquema da poliquimioterapia (SANGI, 2009). O uso de corticóides no tratamento da

reação reversa e da talidomida para o tratamento do eritema nodoso é recomendado pela

Organização Mundial de Saúde (TEIXEIRA et al., 2010).

1.3. Matriz Extracelular

A pele é constituída por duas camadas de tecidos completamente diferentes,

acopladas uma à outra em toda a sua extensão. A pele recobre a superfície do corpo e

possui uma porção epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, e outra conjuntiva de

origem mesodérmica, a derme (AZULAY, 2006).

A epiderme, camada mais externa da pele, é constituída por células epiteliais

(queratinócitos). Estas células são produzidas na camada mais inferior da epiderme

(camada basal ou germinativa) e em sua evolução em direção à superfície sofrem

processo de queratinização ou corneificação, que dá origem à camada córnea, composta

basicamente de queratina, uma proteína responsável pela impermeabilização da pele. A

renovação celular constante da epiderme faz com que as células da camada córnea

sejam gradativamente eliminadas e substituídas por outras (MCKEE et al., 2005).

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Além dos queratinócitos encontram-se também na epiderme: os melanócitos,

que produzem o pigmento que dá cor à pele (melanina) e células de defesa imunológica

(células de Langerhans) (ROSS et al., 1995).

A derme é constituída por fibras colágenas, de elastina, extensa rede vascular,

nervos e fibroblastos, as principais células. Também apresenta as células endoteliais,

mastócitos e, em casos de ativação do sistema imune, macrófagos, linfócitos e

leucócitos (PÓVOA, 2011).

As fibras de colágeno são as responsáveis pelo arranjo molecular dos tecidos.

Durante a evolução, a estrutura helicoidal e a composição de aminoácidos desta proteína

foram altamente conservadas, facilitando sua análise e identificação de um grande

número de tipos de colágeno existentes nos vertebrados. O colágeno pode variar de

acordo com a sequência e a quantidade de resíduos de aminoácidos que compõem as

cadeias de sua molécula (CRISTIANE et al., 2006).

As fibras colágenas em seu estado relaxado, apresentam-se torcidas. Elas

parecem ser randomicamente orientadas e entrelaçadas umas com as outras e ainda,

quando a pele é estirada em uma direção as torções endireitam-se. Quando há um

estiramento e a carga aumenta gradativamente, um crescente número de fibras torna-se

alinhados na direção da força de estiramento, até finalmente haver uma estrutura de

fibras paralelas, as quais se tornam mais resistentes para uma próxima extensão. A rede

formada por estas estruturas proporciona uma livre mobilidade da pele para permitir

uma vasta margem de movimentos corporais, porém há um limite embutido para a

quantia de extensão (VAN DER REST, GARRONE, 1991).

A principal função fisiológica das fibras de colágeno na pele é promover as

propriedades de tensão que permitem que a pele sirva como órgão de proteção contra

traumas extremos. As fibras de colágeno começam a aparecer durante o

desenvolvimento embrionário no processo inicial de diferenciação dos tecidos. Mais

tarde, estas fibras tornam-se responsáveis pela: integridade do tecido ósseo, cartilagem,

pele, estruturas dos vasos sanguíneos e de outros órgãos. Com resistência à tração, a

principal função do colágeno é acomodar e modular as forças mecânicas internas que

são exercidas no organismo (NIMNI, 1988).

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Atualmente são conhecidos vinte e oito tipos de colágeno geneticamente

distintos. Os diversos tipos de colágeno apresentam arranjos que permitem agrupá-los

de acordo com os aspectos estruturais (LIU et al., 1995).

Entre os tipos de colágeno, o V é classificado como um membro da família dos

colágenos fibrilares, com base em sua estrutura primária e seu potencial para formar

fibrilas no interstício. A relação entre este tipo de colágeno e auto-imunidade já foi

demonstrada em diversos experimentos, nos quais foram encontradas altas respostas a

auto-anticorpos ligados à ativação de células T. Foram também identificados anticorpos

anticolágenos I, II, IV e V nos soros de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico

(LES) e vasculite, sendo que nesses casos provavelmente os colágenos IV e V estariam

envolvidos com o processo de manutenção da lesão vascular (CRISTIANE et al., 2006).

Além das fibras colágenas a pele é formada também, pelo sistema elástico, um

dos componentes da matriz extracelular da pele constituída por três tipos de fibras:

oxitalânicas, elaunínicas e elásticas. Muitos tipos de células, incluindo os condroblastos,

miofibroblastos e células musculares lisas podem sintetizar estas fibras, (ROSS et al.,

1995).

As fibras oxitalânicas consistem em feixes de microfibrilas de 10 nm de

diâmetro compostas de diversas glicoproteínas, entre as quais uma molécula muito

grande denominada fibrilina, (ROSS, et al., 1995; JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2010).

Esta glicoproteína de 350 kDa, possui o uma estrutura modular semelhante a maioria

das outras proteínas componentes da matriz extracelular. Esse tipo de fibra é o principal

componente das microfibrilas, existindo em duas isoformas: fibrilina I e fibrilina II que

apresentam um elevado número de resíduos de cistina. A fibrilina está envolvida com

pontes de dissulfeto, que são importantes para estabilizar a conformação nativa das

microfibrilas, ocorrendo também às ligações cruzadas, devido às modificações de ácido

glutâmico, o que torna as microfibrilas extremamente insolúveis (CARVALHO,

RECCO-PIMENTEL, 2013). As fibrilinas formam o arcabouço necessário para a

deposição da elastina. Fibrilinas defeituosas resultam na formação de fibras elásticas

fragmentadas. As fibras oxitalânicas associam-se perpendicularmente à membrana basal

do epitélio e entre si, formando uma emaranhada rede. Podem ser encontradas nas fibras

da zônula do olho e em certos locais da derme, onde conecta o sistema elástico com a

lâmina basal. Estas fibras não possuem elasticidade, mas são altamente resistentes às

forças de tração (ROSS et al., 1995; JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2010).

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1.4 Anisotropias Ópticas

O colágeno constitui a maior classe de proteínas fibrosas insolúveis da matriz

extracelular dos tecidos conjuntivos, encontrada em todos os organismos multicelulares,

conferindo a esse tecido maior parte de suas propriedades físicas (LEHNINGER et al.,

1995). Suas fibras apresentam como característica morfológica a presença de

periodicidade axial, produzida pela superposição de moléculas de tropocolágeno que

formam fibrilas organizadas em feixes ou fascículos paralelos ao eixo longitudinal do

tendão. Entre os feixes de colágeno ocorrem células do tecido conjuntivo. A maioria

destas células corresponde aos fibroblastos cuja função relaciona-se à síntese de fibras,

glicoproteínas e proteoglicanos da matriz (MARXEN et al., 2003). O colágeno é o

principal elemento fibroso da pele, matriz orgânica de diversas estruturas como ossos,

dentes, tendão, cartilagem, vasos sanguíneos (STRYER, 1992).

As anisotropias ópticas das fibras colágenas foram estudadas por Vidal (1995 e

2003), em amostras de tecidos: hepático e cardíaco de rato, articulações do tarso e

metatarso de galinha e no tendão flexor de touro, através do método da impregnação

pela prata e por Feitosa e colaboradores (2000a; 2000b; 2005 e 2006) em tendões de

porcos com 45 dias de idade (FEITOSA et al., 2000a; 2000b; 2005 e 2006).

As anisotropias ópticas são fenômenos de ordem espectral conhecido por

dicroísmo e birrefringência. O dicroísmo ocorre quando apenas um filtro polarizador é

colocado no sistema. Ele é expresso pela diferença de absorção do objeto em duas

direções de deslocamento do feixe de luz no próprio objeto, um perpendicular ao outro

(CARVALHO; RECCO-PIMENTEL, 2013).

A birrefringência ocorre quando são cruzados perpendicularmente os dois filtros,

o polarizador e o analisador, dependendo da diferença entre os índices de refração do

objeto. De maneira prática e objetiva, os componentes macromoleculares birrefringentes

anisotrópicos apresentam brilho colorido ou não, sob o efeito do Plano de Luz

Polarizada (PPL). Isso promove um realce destes materiais em detrimento a outros não

birrefringentes (isotrópicos), que ficam indistintos em um fundo escuro. As células

musculares estriadas, os espermatozóides de algumas espécies animais, as paredes

celulares, o amido, colágenos e moléculas de DNA e RNA são exemplos de materiais

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biológicos estudados através da microscopia de polarização (CARVALHO; RECCO-

PIMENTEL, 2012).

O microscópio de polarização é acrescido de dois prismas ou dois discos

polaróides. Um desses elementos é colocado no condensador e funciona como

polarizador; o outro é colocado na ocular e é chamado de analisador. A função do

polarizador é iluminar a célula com um feixe de luz polarizada. O analisador verifica o

efeito das estruturas celulares sob o feixe polarizado. Quando o polarizador e o

analisador estão com seus planos de polarização perpendiculares (cruzados), só as

estruturas birrefringentes ou anisotrópicas podem ser visualizadas (JUNQUEIRA;

CARNEIRO, 2005, 2010).

Vidal e Carvalho (1990) e Vidal (1995) relatam que foi através da microscopia

de polarização que a natureza micromorfológica das fibras colágenas pode ser estudada.

Sendo o colágeno uma glicoproteína, a sua birrefringência é causada devido a fatores de

birrefringência intrínseca e textural ou de forma. A birrefringência intrínseca

corresponde às médias de todas as transições de elétrons entre as ligações peptídicas,

estabelecendo informações sobre a direção de vibração e ressonância dos elétrons da

região de ligação peptídica na molécula de colágeno ao longo da fibra. Já a

birrefringência textural ou de forma, depende da geometria das moléculas, das

concentrações dos componentes dos feixes de colágeno e das diferenças entre seus

índices de refração.

A escassez de trabalhos publicados que investigam o comportamento, a natureza

e a conformação da matriz extracelular da pele lesada pelo M. leprae, faz com que o

presente estudo, por meio de técnicas histoquímicas adequadas para as fibras colágenas

da matriz extracelular de pele nos diferentes tipos histopatológicos de hanseníase, seja

possível contribuir tanto para o planejamento de políticas públicas, como colocando à

disposição dados que poderão vir auxiliar o entendimento dessa patologia.

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1.5 Referências

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2 ARTIGO ORIGINAL

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO

ANAIS BRASILEIROS DE DERMATOLOGIA

1. Informações gerais

a. A revista Anais Brasileiros de Dermatologia, indexada nas bases de dados

MedLine, Web of Science, Scopus, Embase - Excerpta Medica, Latindex, LILACS,

Periódica, Tropical Diseases Bulletin (TDB) - e incluída na coleção da biblioteca

eletrônica SciELO-Brasil, é uma publicação bimestral destinada à divulgação de trabalhos

técnico-científicos originais (inéditos, não publicados), resultantes de pesquisas ou

revisões de temas dermatológicos e correlatos. Permutas com outras publicações poderão

ser aceitas e, conforme consta no Estatuto da Sociedade Brasileira de Dermatologia, sua

distribuição é gratuita aos seus associados.

b. Os Anais Brasileiros de Dermatologia seguem os "Requisitos de

Uniformidade para Manuscritos Submetidos a Periódicos Biomédicos" (normas de

Vancouver), cujo texto original atualizado, em inglês, está disponível no endereço

eletrônico www.icmje.org. Trabalhos originados de experimentos em seres humanos e

animais devem atender às normas oficiais vigentes (Resolução CNS 196/96, Lei 6.638/79

e Resolução Normativa 04/97), cujo texto pode ser encontrado no portal dos Anais

Brasileiros de Dermatologia: www.anaisdedermatologia.org.br/instrucoes. Pesquisas que

envolvem seres humanos e animais precisam ter aprovação do Comitê de Ética em

Pesquisa da instituição e os respectivos documentos comprobatórios.

c. Os originais recebidos são encaminhados a especialistas para emissão de

pareceres. Nomes de autores e de pareceristas são mantidos em sigilo. Os autores são

informados quanto aos pareceres emitidos e devem cuidar da revisão dos originais quando

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sugeridas modificações substanciais.

d. As opiniões e declarações contidas na revista são de responsabilidade única

e exclusiva de seus autores, não sendo, necessariamente, coincidentes com as da Equipe

Editorial, do Conselho Consultivo ou da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

e. A Equipe Editorial dos Anais Brasileiros de Dermatologia e a Sociedade

Brasileira de Dermatologia não garantem nem endossam os produtos ou serviços

anunciados - as propagandas são de responsabilidade única e exclusiva dos anunciantes -,

nem qualquer promessa relacionada a serviço ou produto anunciado na revista.

2. Normas para apresentação dos originais

2.1 Desenvolvimento, elementos essenciais

2.1.1 Encaminhar os originais por meio do sistema de submissão online, de

acordo com as indicações do mesmo. A fonte a ser utilizada deverá ser Times New

Roman, tamanho 12, com espaço duplo.

2.1.2 Todos os trabalhos encaminhados por autores brasileiros aos Anais

Brasileiros de Dermatologia poderão ser submetidos em inglês e/ou português. Os

autores estrangeiros deverão submeter somente em inglês. Optar pela seção a que se

destina o manuscrito e verificar, na página de rosto, o título completo do artigo (em

português também), o(s) nome(s) do(s) autor(es), por extenso e abreviado(s), seus

títulos acadêmicos máximos, o nome da instituição e o local em que o trabalho foi

realizado, a instituição a que está/estão vinculado(s) e suas respectivas funções, o

endereço completo do autor principal, seus telefones, e-mail, eventual suporte

financeiro e conflitos de interesse. Informar ainda, em declaração assinada pelo autor

principal, a participação específica de cada autor na execução do trabalho, quando

solicitado pelo Conselho Editorial, para as seções de Investigação e Revisão (v. adiante

"Critérios de autoria").

2.1.3 Indicar, no mínimo, três e, no máximo, dez descritores (palavras-chave),

em inglês e em português, que identifiquem os assuntos tratados no texto e que estejam

incluídos na publicação da Bireme "Descritores em Ciências da Saúde" (DeCS),

disponível no endereço http://decs.bvs.br ou no Medical Subject Headings (MeSH), do

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Index Medicus, disponível no endereço www.nlm.nih.gov/mesh.

2.2 Critérios de autoria

2.2.1 A inclusão como autor subentende substancial contribuição intelectual na

elaboração do trabalho, que compreende a participação na concepção e no

planejamento do estudo, na obtenção, análise e interpretação dos dados, na redação ou

revisão crítica do manuscrito e na aprovação de sua versão final. Outras participações,

como obtenção de financiamento, simples coleta e catalogação de dados, auxílio

técnico na execução de rotinas, encaminhamento de pacientes, interpretação de exames

de rotina e chefia de serviço ou departamento que não seja diretamente envolvida no

estudo, não constituem critérios para autoria. Entretanto, caso tenham contribuído

substancialmente para o estudo, merecerão citação nos "Agradecimentos", ao final do

texto, para o que será preciso autorização escrita dos responsáveis.

2.2.2 Os Anais consideram aceitável o limite máximo de seis autores para

artigos de qualquer das seções. Entretanto, poderão admitir, em caráter excepcional,

maior número de autores em trabalhos de maior complexidade, que deverão ser

acompanhados de justificativa convincente da participação excedente, nos casos de

artigos de Investigação e Revisão.

2.3 Referências

2.3.1 As referências bibliográficas completas, em ordem de citação, devem

incluir apenas as publicações mencionadas na matéria e obedecer aos "Requisitos de

Uniformidade para Manuscritos Submetidos a Periódicos Biomédicos" (estilo

Vancouver). Os títulos de periódicos devem ser abreviados como no Index Medicus,

cuja lista de abreviaturas pode ser obtida na publicação da NLM List of Serials Indexed

for Online Users, que está disponível no endereço

www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lsiou.html. É de responsabilidade dos autores a exatidão

das referências bibliográficas.

2.3.2 Exemplos mais comuns:

Artigo de periódico Halpern SD, Ubel PA, Caplan AL. Solid-organ

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transplantation in HIV-infected patients. N Engl J Med. 2002;347:284-7.

Se o artigo tiver vários autores, mencionar, no máximo, seis; havendo mais,

citar os seis primeiros, seguidos da expressão "et al".

Rose ME, Huerbin MB, Melick J, Marion DW, Palmer AM, Schiding JK, et al.

Regulation of interstitial excitatory amino acid concentrations after cortical contusion

injury. Brain Res. 2002;935:40-6.

Capítulo de livro Meltzer PS, Kallioniemi A, Trent JM. Chromosome

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http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/hansen_prevalencia.pdf.

No caso de uma referência existir somente na internet, conservar cópia do

arquivo para fornecer a leitores interessados, no caso de mudança ou desativação da

URL.

Está disponível, também, uma lista completa de exemplos de citações

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bibliográficas (requer Adobe Acrobat Reader).

2.4 Ilustrações

2.4.1 As ilustrações compreendem quadros, tabelas, gráficos, figuras e vídeos,

justificando-se sua inclusão apenas quando servirem, efetivamente, para complementar

as informações do texto ou simplificar sua compreensão. Por esse motivo, serão aceitas

somente até o limite determinado para o tipo de artigo, salvo melhor juízo da Equipe

Editorial.

2.4.2 Referir as ilustrações no texto e numerá-las em algarismos arábicos, em

sequência própria para cada tipo, conforme a ordem de entrada.

2.4.3 Anexar todas as ilustrações no campo específico para tal que há no

sistema de submissão. Não serão aceitos trabalhos com ilustrações introduzidas no

corpo do texto.

2.4.4 Inserir imagens digitalizadas sob a forma de arquivos nos formatos com

extensão ".jpg" e resolução mínima de 300 dpi. Vídeos poderão ser aceitos até 10 MB

com extensões ".mpg", ".avi" e ".wmv".

2.5 Quadros, tabelas e gráficos

2.5.1 Os quadros servem para apresentação tabular de informações textuais,

sem dados estatísticos, ao contrário das tabelas, que têm por objetivo indicar resultados

numéricos e valores comparativos, permitindo avaliação estatística. Nos gráficos, os

dados são apresentados sob a forma de desenho, preferencialmente, como diagramas de

barras ou circulares.

2.5.2 Quadros, tabelas e gráficos devem ter título sucinto e claro, com

explicações, se necessárias, como notas de rodapé.

2.5.3 Se, nos quadros e nas tabelas, se usarem dados de outra fonte, publicados

ou não, será necessário obter permissão e informar o autor, a data e a localização dos

dados.

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2.6 Figuras e videos

2.6.1 Figuras compreendem as demais formas de ilustração, principalmente,

fotografias e microfotografias. Anexar as fotos na extensão ".jpg" e especificar e

identificar as legendas com a respectiva numeração.

2.6.2 Se uma figura já tiver sido publicada, mencionar a fonte original e enviar

permissão por escrito do detentor dos direitos autorais para a sua reprodução.

Documentos de domínio público constituem exceção.

2.6.3 Para os vídeos, é necessário inserir legendas contendo informações como

título do manuscrito, autoria, instituição e outros comentários pertinentes. Para usar

fotografias de pacientes, a identidade destes deverá ser resguardada; do contrário, será

preciso anexar-lhes permissão, por escrito, para divulgação (v. "Proteção aos direitos e

privacidade dos pacientes").

2.7 Proteção dos direitos e privacidade dos pacientes que participam de

pesquisas

2.7.1 Informações que possam identificar participante de pesquisa ou relato de

caso clínico não devem ser publicadas sob a forma de descrições, fotografias ou

genealogias, a menos que a informação seja essencial para os propósitos científicos e o

paciente ou seu responsável dê permissão, por escrito, para a publicação.

2.7.2 O consentimento, por escrito, para esses propósitos exige que se mostre ao

paciente ou responsável o manuscrito a ser publicado. Na publicação deverá constar

que se obteve a autorização.

2.7.3 Na busca do anonimato, nunca alterar nem falsificar os dados do paciente.

Omitir os detalhes que sirvam para identificar as pessoas, caso não sejam essenciais.

2.7.4 Não usar o nome do paciente, suas iniciais ou registro que lhe tiver sido

conferido no hospital, especialmente, no material ilustrativo.

2.7.5 Quando se tratar de experimentação com animais, informar se foram

seguidas as recomendações da instituição sobre cuidado e utilização de animais de

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laboratório.

2.8 Unidades de medidas e abreviações

2.8.1 Abreviações não são permitidas no Título nem recomendáveis no

Resumo, exceto em situações excepcionais. O termo completo deverá preceder a

abreviatura, quando esta for utilizada pela primeira vez no texto.

2.8.2 Todas as medidas devem estar de acordo com o Sistema Internacional de

Medidas (SI), encontradas no portal http://physics.nist.gov/cuu/Units/units.html.

Informar as temperaturas em graus Celsius (°C) e a pressão arterial em milímetros de

mercúrio (mmHg).

3. Conteúdo

Redigir o original para publicação nos Anais Brasileiros de Dermatologia em

inglês e enquadrá-lo em uma das diferentes seções da revista:

3.1 Educação Médica Continuada

3.1.1 Autores são convidados pelos Coordenadores da Educação Médica

Continuada e/ou pelos Editores dos Anais Brasileiros de Dermatologia, da Sociedade

Brasileira de Dermatologia, a elaborar artigos aprofundados sobre temas de grande

interesse científico, no campo da Dermatologia, visando à atualização.

3.1.2 Autores não convidados também podem participar desta seção, desde que

entrem em contato prévio com a Equipe Editorial dos Anais Brasileiros de

Dermatologia, para evitar duplicação de artigos. Estes devem conter, obrigatoriamente:

3.1.3 Resumo, em inglês e português, com no máximo 250 palavras. Além de

Introdução, sugerem-se os seguintes tópicos, se pertinentes: Histórico; Epidemiologia;

Etiopatogenia; Aspectos clínicos; Classificação; Diagnóstico clínico, laboratorial e

diferencial; Evolução; Prognóstico; Tratamento. É obrigatório apresentar referências

bibliográficas recentes. Serão permitidas 12 ilustrações, no máximo. Ao final do texto,

incluir um teste de avaliação com 20 questões de múltipla escolha, de quatro

alternativas, sendo apenas uma correta, para efeito de apuração de créditos relativos ao

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programa de Educação Médica Continuada, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

As questões devem atender os princípios de elaboração da Educação Médica

Continuada, disponíveis pela Equipe Editorial dos Anais Brasileiros de Dermatologia.

3.2 Investigação

3.2.1 Artigo original, abrangendo estudos observacionais e de intervenção,

caracterizados como ensaios controlados e randomizados; estudos quanto à

fisiopatogenia das doenças e/ou sobre associações nosológicas; estudos sobre testes

diagnósticos e prognósticos, assim como pesquisa básica com animais de laboratório. O

texto deve ter, no máximo, 6.000 palavras, excluídas ilustrações e referências

bibliográficas. O número máximo de referências é 50 e o de ilustrações, dez. Incluir os

seguintes tópicos:

1. Introdução;

2. Material e Métodos ou Casuística;

3. Resultados;

4. Discussão;

5. Conclusão;

6. Referências.

3.2.2 Subdividir o Resumo, em inglês e português, com no máximo 250

palavras em cinco aspectos:

1. Fundamentos (estado atual do conhecimento);

2. Objetivos;

3. Métodos;

4. Resultados;

5. Conclusões (com nível exato de significância da estatística clínica, para evitar

especulação).

3.3 Caso clínico

3.3.1 Relatar um ou mais casos com justificada razão para publicação (raridade,

aspectos inusitados, evoluções atípicas, inovações diagnósticas e terapêuticas, entre

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outras). O texto não deve exceder 1.000 palavras, excluídas ilustrações e referências.

São permitidas, no máximo, seis ilustrações e dez referências bibliográficas. Os

seguintes tópicos devem ser contemplados:

1. Resumo, em inglês e português, com, no máximo, 120 palavras;

2. Introdução;

3. Relato do(s) caso(s);

4. Discussão;

5. Referências.

3.4 Dermatopatologia

3.4.1 Esta seção inclui temas que enfatizem importantes aspectos

dermatopatológicos.

3.4.2 Usar, no máximo, 150 palavras no Resumo, em inglês e português.

3.4.3 O texto não deve exceder 2.500 palavras, excluídas ilustrações e

referências. São permitidas, no máximo, oito figuras e 20 referências bibliográficas.

3.5 Revisão

3.5.1 Destina-se a abordar, de forma aprofundada, o estado atual do

conhecimento referente a temas de importância clínica, com ênfase em aspectos como

causa e prevenção de dermatoses, seu diagnóstico, tratamento e prognóstico, devendo

compreender, de preferência, análises críticas e sistemáticas da literatura (medicina

baseada em evidências científicas), assim como metanálises.

3.5.2 São permitidas, no máximo, 10 ilustrações.

3.5.3 As referências bibliográficas devem ser recentes.

3.5.4 Apresentar, obrigatoriamente, os seguintes tópicos:

1. Resumo, em inglês e português, com não mais do que 250 palavras;

2. Introdução;

3. Métodos, quando se tratar de revisão sistemática e metanálise; os demais

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tópicos

ficam a critério do autor.

3.6 Imagens em dermatodologia tropical

3.6.1 Submeter, nesta seção, doenças dermatológicas tropicais documentadas

por fotografias clínicas, histopatológicas ou outros exames pertinentes, contidas em

quatro figuras, no máximo, com legendas explicativas. Resumo com 80 palavras, no

máximo, em inglês e português. O texto deve ser um breve comentário sobre o assunto

em questão com, no máximo, 250 palavras. As referências bibliográficas não poderão

passar de dez.

3.7 Imagens em dermatodologia

3.7.1 Devem ser enfatizadas e estimuladas à submissão nesta seção imagens

relevantes e que permitam reconhecimentos diagnósticos, terapêuticos e descrição de

novas tecnologias (Dermatoscopia, Microscopia Confocal a Laser, Imagens

Radiológicas) ao dermatologista. Resumo com 80 palavras, no máximo, em inglês e

português. O texto não deve exceder 800 palavras, oito figuras e dez referências.

3.7.2 A submissão a esta seção inclui imagens nas áreas de Dermatoscopia,

Microscopia Confocal a Laser, Imagens Radiológicas e imagens derivadas de novas

tecnologias.

3.8 Comunicação

3.8.1 Artigo original, breve, abordando campos do conhecimento de interesse

para a Dermatologia, como educação, métodos e protocolos de investigação,

equipamentos, ciência e tecnologia, história da Dermatologia, entre outros.

3.8.2 O texto deve ser corrido, sem divisão por tópicos, não podendo ultrapassar

900 palavras, excluídas ilustrações e referências. Deve vir acompanhado de Resumo,

em inglês e português, com, no máximo, 100 palavras.

3.8.3 São permitidas, no máximo, duas ilustrações e dez referências

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bibliográficas.

3.9 Memória

3.9.1 Artigo original, breve, que aborde aspectos históricos de interesse

dermatológico, como comemorações de fatos marcantes no desenvolvimento da

Medicina e, particularmente, da Dermatologia, biografias e comemorações referentes a

figuras relevantes da Dermatologia nacional e internacional.

3.9.2 O desenvolvimento do texto é livre, entretanto, não deve ultrapassar 900

palavras, excluídas as ilustrações e referências, que estão limitadas a quatro e dez,

respectivamente. Deve vir acompanhado de Resumo, em inglês e português, com, no

máximo, 120 palavras.

"Qual o seu diagnóstico?"

3.9.3 Esta seção compreende o relato de um caso em que se questione o

diagnóstico final da doença, incluindo os seguintes tópicos:

1. Relato do Caso;

2. Discussão;

3. Referências.

O Relato do Caso não deve exceder 150 palavras e a Discussão, 350, exceto

ilustrações e referências. No máximo, são permitidas três ilustrações e dez referências

bibliográficas. Deve vir acompanhado de Resumo, em inglês e português, com, no

máximo, 100 palavras.

3.9.4 Síndrome em questão

Esta seção refere-se à apresentação de caso clínico representativo de uma

síndrome dermatológica em destaque, com o objetivo de recordar síndromes comuns e

contribuir para o conhecimento de síndromes incomuns. Incluir os seguintes tópicos:

1. Relato do caso;

2. Discussão;

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3. Referências.

O Relato do Caso não deve exceder 150 palavras e a Discussão, 350, exceto

ilustrações e referências. São permitidas, no máximo, três ilustrações e dez referências

bibliográficas. Deve vir acompanhado de Resumo, em inglês e português, com, no

máximo, 100 palavras.

3.10 Iconografia

3.10.1 A Iconografia compreende documentação fotográfica bem característica

de dermatoses ou afins. Deve incluir Resumo, em inglês e português, com, no máximo,

100 palavras. São permitidas, no máximo, 600 palavras de texto, excluídas ilustrações e

referências bibliográficas, cujo número não deve exceder quatro e cinco,

respectivamente.

3.11 Correspondência

3.11.1 A Correspondência refere-se a comentários e opiniões a respeito de

artigos publicados, que poderão ou não ser respondidos pelos autores ou editores, e só

serão aceitos até seis meses, no máximo, após a publicação. O texto não deve conter

mais de 250 palavras nem mais de cinco referências bibliográficas. Toda a

correspondência está sujeita a ser revista e resumida pela Equipe Editorial Médica.

3.12 Informes

3.12.1 Os Informes são notícias sobre eventos, atividades da Sociedade

Brasileira de Dermatologia, pessoas ou fatos relevantes para a Dermatologia, assim

como publicações de livros e teses de interesse para essa área, acompanhadas ou não de

resenhas.

3.13 Suplementos

3.13.1 Os artigos submetidos como suplementos passarão por análise editorial e

posteriormente pelo Conselho Consultivo, podendo ser recusado imediatamente pelos

editores se os mesmos acharem que o artigo não tem perfil apropriado para publicação.

O formato do texto deverá seguir os padrões da categoria escolhida para apresentação

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que tanto poderá ser de Investigação como de Revisão, com exceção do número de

palavras do texto, referências e ilustrações que serão livres. O resumo e abstract

deverão ter no máximo 250 palavras.

4 Temas sob convite dos editores e considerados relevantes poderão ser

incluídos na seção de Artigo Especial.

Submeter seu manuscrito para avaliação do Corpo Editorial da revista no

endereço eletrônico que se segue: http://www.sgponline.com.br/abd/sgp/.

Todos os documentos, como Consentimento de uso para publicação, Conflito

de interesses, Autorização para publicação de fotografias e Participação no trabalho,

estão disponíveis no site da revista. Estes documentos devem ser assinados por todos os

autores participantes e encaminhados para o endereço abaixo assim que submeterem o

manuscrito para avaliação:

a/c Anais Brasileiros de Dermatologia

Av. Rio Branco, nº 39, 18º andar

20090-003 Rio de Janeiro - RJ

Consentimento de uso para publicação

CEDENTE(S):

Nome completo:

Nacionalidade:

Profissão:

RG:

CPF/MF:

Endereço:

Tel.: ( )

CESSIONÁRIA:

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA, inscrita no CNPJ/MF

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sob o nº 42174094/0001-65, com sede na Av. Rio Branco, nº 39, 18º andar, Centro -

Rio de Janeiro (RJ).

Obra: (Inserir o título da obra).

1 - O(s) CEDENTE(S) declara(m) que a obra referida acima é original e de sua

exclusiva autoria; que não está sendo submetida a nenhum veículo de comunicação

com objetivo de publicação e que foram obtidas todas as autorizações para citação de

fontes, responsabilizando-se perante a CESSIONÁRIA por quaisquer violações ou

ofensas aos direitos de terceiros, decorrentes, eventualmente, do conteúdo da obra ou

por ela caracterizados, trate-se de direitos autorais ou de quaisquer outros direitos,

isentando a CESSIONÁRIA de qualquer responsabilidade ou participação nesses atos e

suas consequências e efeitos. Assim, na qualidade de titular(es) e detentor(es) da

totalidade dos direitos autorais da obra, o(s) CEDENTE(S), neste ato, cede(m) e

transfere(m) à CESSIONÁRIA, em caráter definitivo, exclusivo e a título gratuito, a

totalidade dos direitos patrimoniais de autor sobre ela, incluindo as imagens de sua

propriedade constantes na obra.

2 - Por este ato, desde já, fica transferida à CESSIONÁRIA a totalidade dos

direitos patrimoniais de autor incidente sobre a obra

".......................................................................................................................................",

para reprodução de natureza editorial e/ou comercial, para publicação impressa,

eletrônica, eletromagnética, digital e/ou composição multimídia, para modificação,

alteração, tradução, reprodução, distribuição sem limite de quantidade e/ou área

geográfica do Brasil e/ou exterior, em qualquer idioma, ou seja, a presente cessão

abrange todas as formas de utilização, sem que seja necessário autorização prévia,

podendo a obra, ainda, ser utilizada no todo ou em parte.

3 - O(s) CEDENTE(S) declara(m) ser o(s) único(s) responsável(eis) pelas

reproduções de texto(s) e/ou imagens contidas na obra aqui cedida, bem como pela

veracidade e exatidão dos créditos e copyright.

4 - O(s) CEDENTE(S) não dispensa(m) a citação do seu crédito autoral na

publicação da obra cujos direitos são aqui cedidos.

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5 - A Sociedade Brasileira de Dermatologia, entretanto, concederá ao(s)

CEDENTE(S) o direito de republicar a obra em qualquer coleção impressa e/ou

eletrônica, sem cobrança de nenhum valor, desde que: a obra já tenha sido publicada na

revista de propriedade da CESSIONÁRIA intitulada ANAIS BRASILEIROS DE

DERMATOLOGIA; solicite o consentimento prévio dos editores desta revista e faça a

devida referência à mesma na nova publicação.

6 - A presente cessão entra em vigor na data da assinatura deste termo. Porém,

caso a obra não seja aceita pelo Conselho Consultivo da Revista da CESSIONÁRIA

intitulada ANAIS BRASILEIROS DE DERMATOLOGIA ou não seja publicada na

mesma revista em um prazo de cinco anos contados da data da assinatura deste termo, a

presente cessão perderá seu efeito, retornando ao(s) CEDENTE(S), automaticamente, a

totalidade dos direitos patrimoniais aqui cedidos.

.........................................., ...........de......................de........................ (inserir data).

Ass.

CEDENTE:____________________________________________________________

Autorização para publicação de fotografias

Nome completo:

Nacionalidade:

Profissão:

RG:

CPF:

Endereço:

Nome do responsável legal (se for o caso):

Grau de parentesco:

Nome do médico:

Objeto: Fotografias do(s) OUTORGANTE(S) datadas de (inserir data e

descrição das fotografias, com diagnóstico).

Neste ato, a título gratuito, autorizo, por prazo indeterminado e sem limites de

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território, a SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA, inscrita no

CNPJ/MF sob o nº 42174094/0001-65, a reproduzir a minha imagem fixada nas fotos,

objeto desta autorização, para publicação na sua revista científica intitulada ANAIS

BRASILEIROS DE DERMATOLOGIA, bem como na sua página na internet

www.anaisdedermatologia.com.br, sem limite de tiragem e para todos os fins

científicos e educacionais não expressamente mencionados aqui.

Declaro que tenho ciência de que minhas feições poderão ficar visíveis,

portanto, reconhecíveis nas fotos a serem publicadas e utilizadas para todos os fins

mencionados no parágrafo anterior. Entretanto, somente não autorizo a inclusão do

meu nome em nenhuma das imagens a serem utilizadas pela Sociedade Brasileira de

Dermatologia para os propósitos desta autorização.

Por fim, renuncio a quaisquer direitos relacionados à presente autorização para

uso e publicação de minhas fotografias, isentando a Sociedade Brasileira de

Dermatologia e seus integrantes profissionais de qualquer ação judicial que tenha como

objeto esses mesmos direitos.

......................, ..........de .........................de ................. (inserir local e data no

documento).

Ass.:____________________________________________________________

Nome:

Testemunhas:

1)______________________________________________________________

Nome:

CPF:

2)______________________________________________________________

Nome: CPF:

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* Se o paciente for menor ou inapto para conceder a permissão por escrito, por

qualquer razão ou motivo, ela deverá ser obtida pelo responsável legal em benefício do

paciente.

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ANISOTROPIAS ÓPTICAS E MORFOMETRIA DAS FIBRAS COLÁGENAS

DA MATRIZ EXTRACELULAR EM PELE DE INDIVÍDUOS PORTADORES

DE HANSENÍASE

(Optical anisotropy and morphometry of collagen fibers in the extracellular matrix

in skin of leprosy patients)

Mariana Araújo Bezerra Gomes. Departamento de Medicina. Laboratório de Biologia

Celular e Estrutural / Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Sergipe.

Victor Santana Santos. Departamento de Enfermagem. Laboratório de Biologia

Celular e Estrutural / Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Sergipe.

Pedro Teles de Mendonça Neto. Departamento de Medicina. Laboratório de Biologia

Celular e Estrutural / Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Sergipe.

Francisco Prado Reis. Instituto de Tecnologia e Pesquisa / Faculdade de medicina da

Universidade Tiradentes.

Vera Lúcia Corrêa Feitosa. Programa de Pós-Graduação em Biologia Parasitária.

Laboratório de Biologia Celular e Estrutural / Departamento de Morfologia da

Universidade Federal de Sergipe.

Autor correspondente:

Vera Lúcia Corrêa Feitosa

Av. Mal Rondon, s/nº, Jardim Rosa Elze.

São Cristóvão-SE, Brasil.

Telefone: (79) 9981-1994

E-mail: [email protected]

Descritores: hanseníase, anisotropias ópticas, matriz extracelular, colágeno

Key-words: leprosy, optical anisotropy, extracellular matrix, collagen.

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RESUMO

Introdução: A doença de Hansen é uma doença crônica causada pelo Mycobacterium

leprae, que afeta progressivamente a pele e os nervos periféricos. A resposta

inflamatória do hospedeiro frente à presença do bacilo é responsável por alterações na

matriz extracelular.

Objetivos: Estudar a organização molecular dos componentes fibrosos da matriz

extracelular em pele de indivíduos portadores de hanseníase.

Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, realizado no período de agosto

de 2011 a julho de 2012, onde foram analisadas 20 biópsias de lesões cutâneas do

antebraço de pacientes com hanseníase.

Resultados: Os anexos cutâneos geralmente estavam comprometidos por infiltrado

inflamatório e apresentaram uma destruição parcial ou total. Ocorreu espessamento na

parede de vasos sanguíneos em todos os tipos de hanseníase. A análise morfométrica

demonstrou um maior nível de colagenização em pacientes com as formas

multibacilares da hanseníase.

Conclusões: Para todos os tipos de hanseníase houve uma desorganização das fibras

colágenas.

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ABSTRACT

Background: Hansen's disease is a chronic disease caused by Mycobacterium leprae,

which progressively affects the skin and peripheral nerves. The host inflammatory

response against the presence of bacilli responsible for alterations in the extracellular

matrix.

Objective: To study the molecular organization of the fibrous components of the

extracellular matrix in skin of patients with leprosy.

Methods: This was a descriptive study conducted from August 2011 to July 2012,

which were analyzed 20 biopsies from the forearm skin lesions of patients with leprosy.

Results: The skin appendages were often compromised by inflammatory infiltrate and

showed a partial or total destruction. There wall thickening of blood vessels in all types

of leprosy. The morphometric analysis showed a higher level of collagen in patients

with multibacillary leprosy.

Conclusions: For all types of leprosy there was a disorganization of collagen fibers.

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INTRODUÇÃO

A hanseníase ainda é considerada um problema de saúde pública em todo o

mundo. Cerca de 200 mil casos têm sido detectados em todo o mundo com a doença

(MAGALHÃES; ROJAS, 2007; WHO, 2012). A hanseníase é uma doença

granulomatosa crônica que afeta pele e os nervos periféricos, causada pelo

Mycobacterium leprae, parasita intracitoplasmático dos macrófagos e das células de

Schawnn (LOCKWOOD; SUNEETHA, 2005).

A doença possui uma diversidade de manifestações clínicas e histopatológicas

que são resultado dos diferentes tipos de resposta imune do hospedeiro frente aos

bacilos presentes em nervos periféricos e áreas da derme adjacente. Essa resposta

inflamatória do hospedeiro é responsável por alterações na matriz extracelular, como

mudanças na derme em ambas as formas tuberculóide e lepromatosa e proliferação das

fibras colágenas nas lesões lepromatosas (ANTUNES et al., 1991; GOULART et al.,

2002).

Considerando que há uma escassez na literatura sobre a organização molecular

da matriz extracelular em pacientes portadores de hanseníase o objetivo do trabalho foi

estudar a organização molecular dos componentes fibrosos da matriz extracelular e o

perfil histopatológico em pele de indivíduos portadores de hanseníase, analisando as

anisotropias ópticas de fibras colágenas na pele desses indivíduos.

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MATERIAIS E MÉTODOS

Pacientes do estudo

O estudo foi realizado com 20 biopsias de lesões cutâneas de pacientes com

hanseníase que estão guardadas no Memorial Prof Dr Nestor Piva da Universidade

Tiradentes. Estas biopsias foram obtidas do antebraço de pacientes do sexo masculino,

com idade de 20 a 25 anos.

Os pacientes foram classificados segundo os critérios de Ridley e Jopling

(1966) em tuberculoide, boderline (boderline-tuberculoide, boderline-boderline e

boderline-lepromatosa) e lepromatosa; e agrupados de acordo com o espectro, sendo

que cada grupo foi composto por cinco pacientes.

Microtomia

A partir dos blocos de Parafina foram realizados cortes histológicos (5m) em

micrótomo rotativo, em 20 indivíduos com hanseníase. A seguir estes cortes

histológicos foram hidratados e corados pela hematoxilina de Harris durante 4 minutos,

lavados rapidamente em água destilada e diferenciados em etanol 70% durante 1

minuto. Posteriormente foram contra-corados em solução de eosina durante 1 minuto,

lavados rapidamente em água destilada, secados ao ar, clarificados em xilol e montados

em Entelan (Merck), (BEHMER et al., 1976).

Análise Morfométrica

Para realização da morfometria das fibras colágenas, após a desparafinização e

hidratação os cortes histológicos foram corados pela solução de picrosírius (sírius-red f

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3B 200) a 0,1% em solução saturada de ácido pícrico), durante 20 minutos, lavados

rapidamente em água destilada, contra corados pela hematoxilina de Harris durante 10

minutos e submetidos a 3 banhos rápidos em água destilada. Em seguida, foram

desidratados em uma série etanólica crescente, clarificados em xilol e montados em

Entelan (Merck), (JUNQUEIRA et al., 1979).

Quanto à análise quantitativa foi realizada através da morfometria

computacional através de quatro cortes histológicos da pele de pacientes com

hanseníase, coradas pelo picrosírius. Em cada corte foram selecionados 4 campos, a

quantificação de estruturas pode ser realizada, a partir da microscopia óptica acoplada a

câmera digital, cujas imagens foram analisadas pelo software Imagej. No software

Imagej, pode-se utilizar o plugin, chamado k-means clustering, o qual permite a

segmentação por conglomerados representados espacialmente por diferentes sistemas de

cor, sendo dessa maneira, possível quantificar o colágeno. A análise morfométrica foi

feita do percentual de fibras colágenas por densidade de cor.

Análise e Documentação Fotográfica

Para análise das anisotropias ópticas as lâminas foram analisadas e documentadas em

fotomicroscópio marca NIKON empregando-se luz policromática convencional e

polarizada, usando-se filme Kodacolor ASA 100 mm. Para as demais análises

histoquímicas e morfométricas foi usado um microscópio Leica DM 500. Os melhores

campos foram fotografados com aumento de 400 vezes em câmera fotográfica Leica

ICC 50 acoplada ao microscópio e ao microcomputador. Para efeito de comparação com

as demais figuras, um corte histológico de uma pele, sem a presença do bacilo de

Hansen foi fotografada

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Considerações éticas

A pesquisa teve sua aprovação deferida pelo Comitê de Ética em Pesquisa com

Seres Humanos da Universidade Federal de Sergipe (CEP/UFS), sob o protocolo nº

CAAE – 0038.0.107.000-11. O anonimato dos sujeitos foi garantido. Foram respeitados

todos os itens preconizados pela resolução 196/96 do Conselho Nacional de Ética em

Pesquisa (CONEP).

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RESULTADOS

A Figura 1 usada para efeito de comparação com as demais figuras representa

um corte histológico de uma pele, sem a presença do bacilo de Hansen, em que pode ser

visualizada a disposição dos feixes de fibras colágenas de forma contínua, homogênea, e

extremamente organizada em toda a derme.

A forma indeterminada apresentou um infiltrado inflamatório ao redor dos

vasos, com predomínio de linfócitos em relação a macrófagos (Fig 2A). Também foi

possível verificar ao redor de alguns vasos, alterações das fibras colágenas próximas aos

nervos (Fig. 2B). Na forma tuberculóide foi detectada a presença de granulomas na

derme, fato comum em pacientes com hanseníase tuberculóide (Figs 2C, 2D).

Na hanseníase boderline foi constatado um infiltrado linfo-histiocitário ao

redor de vasos sanguíneos e o comprometimento das fibras colágenas. Está presente

ainda uma região abaixo da epiderme, denominada de zona de Unna, que parece

impedir a proliferação do infiltrado inflamatório para a epiderme (Fig.3A). Foi

verificada a presença de um infiltrado linfo-histiocitário, onde aparecem melanócitos,

fibras colágenas e a zona de Unna (Fig. 3B). Na hanseníase lepromatosa foi observado

um infiltrado inflamatório ao redor do nervo, provocando um espessamento do filete

nervoso (Figs 3C, 3D).

Em todas as formas de hanseníase houve uma desorganização das fibras

colágenas proporcional ao grau de evolução da doença, de paucibacilar para

multibacilar. Nas formas multibacilares (Figs. 4A, 4B, 4C, 4D) ocorreu uma menor

homogeneidade dessas fibras. Foi observada também, que na hanseníase lepromatosa, a

que as fibras colágenas da derme estavam completamente comprometidas (Fig.5).

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Os quatro cortes selecionados representam os quatro tipos de hanseníase. Cada

corte foi submetido à seleção de quatro campos. Os campos passaram por um processo

seletivo e caracterização para a quantificação das fibras colágenas através do software

Imagej. Para cada campo foi realizada isoladamente uma análise e após a análise foram

obtidas as médias dos quatro campos de cada corte, chegando assim ao valor para cada

tipo de hanseníase (Fig 6).

Após análise realizada através do software Imagej, foram quantificados todos

os tipos de colágenos existentes na matriz extracelular da derme. As médias obtidas de

colágeno foram de 43,56%, 42,96%, 47,69% e 49,88% para os indivíduos portadores de

hanseníase inderteminada, tuberculoíde, boderline e lepromatosa, respectivamente.

A análise morfométrica mostrou que ocorreu uma maior concentração de fibras

colágenas em pacientes com as formas multibacilares da hanseníase, seja boderline ou

lepromatosa. Este achado possivelmente possa ser explicado devido à presença de áreas

de fibrose na matriz extracelular da derme, resultante da invasão do infiltrado

inflamatório e o comprometimento de vasos sanguíneos, nervos e anexos cutâneos.

No que se refere à técnica de coloração com picrosírius-hematoxilina e

analisados sob a luz polarizada, foram observadas as formas paucibacilares

(indeterminada e tuberculóide) e multibacilares (boderline e lepromatosa).

Na forma indeterminada, pode ser observado que as fibras colágenas

apresentam uma disposição difusa perdendo a sua uniformidade e homogeneidade

típicas de sua organização padrão (Fig. 7A). Quando submetida à luz polarizada, foi

possível diferenciar os tipos e a disposição das fibras colágenas (Fig. 7B).

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Na forma tuberculoíde, as fibras colágenas na derme aparecem desorganizadas

perdendo sua uniformidade característica. Focos de infiltrado inflamatório estão

presentes na região da derme, enquanto a epiderme aparece preservada (Figs. 7C e 7D).

Na forma multibacilar, em ambos tipos, foi observado a presença de

granulomas e uma reação inflamatória contendo linfócitos, macrófago epitelióides e

histiócitos. Esses elementos apareciam ao lado de feixes de fibras colágenas

morfologicamente desorganizadas (Figs 8B, 8D), com alterações nos anexos cutâneos e

fibrose nos filetes nervosos (Figs. 8A, 8C).

A espessura da epiderme, na forma multibacilar, estava mais reduzida em

relação ao observado na forma paucibacilar. Este resultado pode sugerir que na forma

multibacilar parece ocorrer alterações no processo de renovação epitelial. Por outro lado

na forma multibacilares a birrefrigência foi muito mais intensa, principalmente na

hanseníase lepromatosa.

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DISCUSSÃO

A hanseníase afeta a pele e os nervos periféricos, parasitando principalmente os

macrófagos e as células de Schwann, o que compromete a formação da bainha de

mielina dos nervos (WONG, 2010). Histologicamente foi observado um granuloma que

desorganizava a estrutura da derme com visível comprometimento de nervos, anexos

cutâneos e alterações na organização morfológicas das fibras colágenas. Estes aspectos

foram descritos por Feitosa e colaboradores (FEITOSA et al., 2002).

Estudos realizados por Antunes analisaram 38 biópsias de pacientes portadores

de hanseníase, e revelaram que tanto o entrelaçamento quanto a espessura do colágeno

da derme eram completamente modificados nas formas tuberculóide e virchowiana. Os

septos de colágeno da derme normal, na coloração de picrosírius, apareciam entre os

cordões ou foco do infiltrado inflamatório nas lesões tuberculóides, com ausência de

fibras colágenas. Enquanto nas lesões virchowianas, com a mesma coloração era

observada uma delicada rede de fibras colágenas com maior evidência de fibras

colágenas tipo I e tipo III, pela imunoflorescência (ANTUNES et al., 1999).

Conforme Chacha e colaboradores (2009), a afinidade do M. leprae com os

nervos periféricos é conhecida desde as primeiras menções de Danielssen e Boeck, em

1848. Anos mais tarde apontou a célula de Schwann nos nervos periféricos, como o

alvo para o bacilo. Essa interação é tão intensa que o bacilo se liga a ambos os fenótipos

da célula de Schwann, ou seja, células mielinizadas e não-mielinizadas. Existem

evidências de que a ligação entre o M. leprae e a célula de Schwann ocorre na lâmina

basal da matriz extracelular. Portanto, no caso da hanseníase, a lâmina basal, de nenhum

modo representa barreira protetora à entrada da micobactéria. Pelo contrário, é através

de seus componentes estruturais que ocorre a invasão.

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No presente trabalho podemos observar a presença de infiltrados com várias

células inflamatórias ao redor do nervo. Estes achados corroboram com os relatos de

Chacha e colaboradores (2009), quando afirmaram que a agressão nervosa na

hanseníase pode se estabelecer de dois modos: uma inicial, que ocorre na ausência de

células inflamatórias, sendo comum tanto na forma paucibacilar como multibacilar, e

um tardio com a presença de processo inflamatório. Ocorre também, alteração da

sensibilidade neural, o nervo torna-se espesso e com fibrose ao redor.

Segundo análise de 53 biópsias da pele de pacientes com hanseníase, a lesão do

nervo está relacionada não apenas com a presença do Mycobacterium leprae, mas

também com o aumento da pressão causado pelo edema e inflamação, lesões vasculares

e a reação granulomatosa com necrose associada. Entre os resultados encontrados à

microscopia eletrônica, foi observado um aumento do grau de proliferação das fibras

colágenas, frequentemente de forma desorganizada, além da infiltração perineural por

macrófagos, alterações vasculares, proeminência da membrana basal, edema e

hipertrofia das células endoteliais com oclusão do lúmen (CHIMELLI et al., 1997).

Isto pode ser verificado nos nossos resultados. Ao comparamos a figura 1 com a

figura 2, podemos perceber que houve uma diminuição da espessura da epiderme de

acordo com o aumento do número de bacilos, o que pode sugerir que a partir do

momento em que o bacilo de Hansen afeta as fibras colágenas e consequentemente os

fibroblastos que estão dispostos entre estas fibras, a epiderme torna-se menos espessa, já

que os fibroblastos estão diretamente envolvidos em sua produção.

De acordo com Robbins (2005) o infiltrado provoca fibrose e até destruição das

estruturas envolvidas, afetando o tecido conjuntivo que sendo rico em fibras colágenas,

leva a alterações dessas fibras que se tornam difusas na derme. No presente estudo o

comportamento das fibras colágenas foi diferente entre as formas multibacilares e

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paucibacilares. Na forma virchowiana, o colágeno se mostrou totalmente difuso em toda

a derme e em uma quantidade maior do que nas outras formas da doença.

Nas formas multibacilares, o envolvimento da hanseníase na pele torna-se

generalizado, devido à maior quantidade de bacilos a derme se torna preenchida

difusamente por fibras colágenas e entre elas infiltrado linfo-histiocitário com mais

macrófagos do que linfócitos, acometendo os nervos periféricos e os anexos cutâneos.

Nota-se uma diminuição da espessura da epiderme nas formas multibacilares quando

comparadas com as formas paucibacilares, provavelmente devido à desorganização das

fibras colágenas e alterações nos fibroblastos (ROBBINS, 2005).

A microscopia de polarização também é uma ferramenta que pode dar

informações de natureza micromorfológica, porque evidencia a fibra de colágeno pela

sua birrefringência, que é causada por fatores da birrefringência intrínseca e textural ou

de forma (VIDAL & CARVALHO, 1990, VIDAL et al., 1995, FEITOSA et al., 2002).

No presente trabalho, o único material birrefringente é o colágeno. Assim, os detalhes

morfológicos encontrados permitiram analisar a importância dos feixes de colágeno na

organização estrutural da pele acometida de hanseníase.

De acordo com a literatura, na pele podem ser detectados vários tipos de

colágenos. O do tipo I, que tem como principal função resistir às forças de tensão, o

colágeno III, que mantêm a arquitetura da pele, colágenos dos tipos V e XII que

interagem com o colágeno do tipo I e o colageno VII que ancora a lâmina basal da

epiderme ao tecido conjuntivo, (ROSS & PAWLINA, 2008, JUNQUEIRA &

CANEIRO, 2010).

De acordo com os relatos de Ross; Pawlina (2008) em pele de tecido jovem o

colágeno que predomina é do tipo III, isto porque este colágeno se caracteriza pela sua

disposição como uma rede frouxa de finas fibras, propiciando uma plataforma de

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sustentação para as células especializadas de vários órgãos e vasos sanguíneos. No

entanto, nesta pesquisa, apesar de não ter sido realizada a imunohistoquímica,

sugerimos que as fibras de colágeno em evidência sejam do tipo I, por tratar-se de

indivíduos adultos. Além disso, a coloração através do picrosírius proporcionou um

estudo detalhado de pele acometida de hanseníase, possibilitando a diferenciação dos

tipos de fibras colágenas existentes na própria matriz extracelular (ROSS & PAWLINA,

2008).

No entanto, percebe-se nitidamente que na pele acometida da hanseníase

virchowiana, as fibras de colágeno apresentaram uma intensa birrefringência, quando

comparada com os demais tipos de hanseníase, onde houve uma birrefringência muito

tênue. Apesar da hanseníase virchowiana, ser do tipo multibacilar, ou seja, apresentar

muitos bacilos que tendem a prejudicar a organização destas fibras, a quantidade de

fibras colágenas na hanseníase virchowiana é muito maior quando comparada aos

demais tipos de hanseníase.

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CONCLUSÕES

Nos filetes nervosos, o infiltrado inflamatório que surge para combater o bacilo de

Hansen provoca o espessamento dos mesmos e, possível destruição das células de

Schwann, podendo proporcionar uma diminuição da sensibilidade periférica. Foi

verificada na matriz extracelular a ocorrência de diversas modificações, com a

desorganização das fibras colágenas presente em todos os tipos de hanseníase.

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