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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CLAUDIA FATIMA DESCOVI ANÁLISE ESTRUTURAL DE TRELIÇAS METÁLICAS DE GALPÕES INDUSTRIAIS VARIANDO-SE AS CONDIÇÕES DE APOIO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Santa Maria - RS 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

CLAUDIA FATIMA DESCOVI

ANÁLISE ESTRUTURAL DE TRELIÇAS METÁLICAS DE GALPÕES

INDUSTRIAIS VARIANDO-SE AS CONDIÇÕES DE APOIO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Santa Maria - RS

2018

Claudia Fatima Descovi

ANÁLISE ESTRUTURAL DE TRELIÇAS METÁLICAS DE GALPÕES

INDUSTRIAIS VARIANDO-SE AS CONDIÇÕES DE APOIO

Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado ao Curso de Engenharia Civil da

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS)

como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheira Civil.

Orientador: Prof. Dr. Almir Barros da Silva Santos Neto

Santa Maria - RS

2018

Claudia Fatima Descovi

ANÁLISE ESTRUTURAL DE TRELIÇAS METÁLICAS DE GALPÕES

INDUSTRIAIS VARIANDO-SE AS CONDIÇÕES DE APOIO

Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado ao Curso de Engenharia Civil da

Universidade Federal de Santa Maria como requisito parcial para a obtenção do título de

Engenheira Civil.

Aprovado em: 15 de junho de 2018.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________

Prof. Dr. Almir Barros da Silva Santos Neto– UFSM

Presidente/Orientador

__________________________________________

André Lübeck

Avaliador / UFSM

__________________________________________

Marcos Alberto Oss Vaghetti

Avaliador/UFSM

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais e à minha irmã, por todo amor incondicional e por sempre

acreditarem na minha capacidade.

Ao meu namorado Yuri, pela paciência, incentivo e carinho nessa etapa final de curso.

Ao Edú, por todo apoio ao longo dos anos de graduação.

Aos amigos que fiz durante o período de curso, em especial ao Fábio, e

a Sâmara, obrigada pelas conversas, conselhos, risadas e por tornarem essa etapa da

minha vida muito mais leve.

Ao professor Almir, por ter aceitado ser meu orientador, por toda paciência, incentivo e

por todo conhecimento repassado.

Ao professor André Lubeck, pela co-orientação ao longo deste trabalho.

RESUMO

Curso de Graduação de Engenharia Civil

Universidade Federal de Santa Maria

ANÁLISE ESTRUTURAL DE TRELIÇAS METÁLICAS DE GALPÕES

INDUSTRIAIS VARIANDO-SE AS CONDIÇÕES DE APOIO

Autor: Claudia Fatima Descovi

Orientador: Prof. Dr. Almir Barros da Silva Santos Neto

Data e Local da Defesa: Santa Maria, 15 de junho de 2018

Devido à globalização do mercado, torna-se cada dia mais perceptível a necessidade de

ampliação sobre estudos e técnicas construtivas que viabilizem o aumento da

produtividade e a redução de custos. O dimensionamento de estruturas para galpões

industriais muitas vezes é feito levando-se em conta a experiência do projetista, o que

nem sempre resulta em um projeto econômico. No presente trabalho propõe-se comparar

os valores de esforços obtidos variando-se as condições de apoio, apoio duplo, apoio

simples e apoio semirrígido, de uma estrutura de cobertura treliçada de um galpão

industrial. Os dimensionamentos foram efetuados no programa Mcalc 3D, a fim de gerar

resultados que possam ser utilizados futuramente para a elaboração de projetos com mais

praticidade, velocidade e uma melhor relação custo-benefício. Os elementos foram

dimensionados obedecendo às condições das normas NBR 14762:2001 e NBR 6355:2003

utilizando perfis de chapa dobrada em U. Quanto aos resultados, verificou-se que a

configuração de apoio que resultou numa estrutura mais leve, e, consequentemente mais

econômica foi a configuração de apoio semirrígido, com maior constante de mola, com

uma variação de peso encontrada de 13,7 kgf para a configuração hiperestática e uma

variação de reação de apoio horizontal de1012,48 kgf/cm.

Palavras-chave: Treliça Metálica. Configuração de Apoios. Galpões Industriais.

ABSTRACT

Due to the globalization of the market, it becomes increasingly noticeable the need to

expand on studies and constructive techniques that allow the increase of productivity and the

reduction of costs. The sizing of structures for industrial sheds is often done taking into

account the experience of the designer, which does not always result in an economic project.

In the present work it is proposed to compare the values of efforts obtained by varying the

conditions of support, double support, simple support and semirigid support, of a trussed roof

structure of an industrial shed. The scalings were performed in the Mcalc 3D program, in order

to generate results that can be used in the future to elaborate projects with more practicality,

speed and a better cost-benefit ratio. The elements were dimensioned according to the

conditions of standards NBR 14762: 2001 and NBR 6355: 2003 using U-folded plate profiles.

As to the results, it was verified that the support configuration resulted in a lighter structure,

and consequently more economical was the semi-rigid support configuration, with a higher

spring constant, with a found weight variation of 13.7 kgf for the hyperstatic configuration

and a horizontal support reaction variation of 1012.48 kgf / cm.

Keywords: Metal Truss. Support Configurations. Industrial Sheds.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Tipos de contraventamentos. ............................................................................... 11

Figura 2: Vinculo de Primeira Ordem................................................................................. 14

Figura 3:Vinculo de Segunda Ordem.................................................................................. 14

Figura 4: Vínculo de Terceira Ordem. ................................................................................ 15

Figura 5: Tipos de tesouras mais comuns para cobertura. ................................................... 19

Figura 6: Fator topográfico S1............................................................................................ 21

Figura 7: Largura efetiva e coeficientes de flambagem local para elementos AA. ............... 29

Figura 8: Largura efetiva e coeficientes de flambagem local para elementos AL. ............... 30

Figura 9: Valores do coeficiente de flambagem local kl para barras sob compressão centrada.

.......................................................................................................................................... 31

Figura 10: Treliça de cobertura modelada. .......................................................................... 35

Figura 11: Galpão Industrial estudado. ............................................................................... 36

Figura 12: Apoio Duplo. .................................................................................................... 36

Figura 13: Apoio Simples................................................................................................... 36

Figura 14: Apoio Elástico................................................................................................... 37

Figura 15: Ação correspondente ao peso próprio distribuído na tesoura. ............................. 37

Figura 16: Ação correspondente à sobrecarga na tesoura. ................................................... 38

Figura 17: Coeficiente de pressão e de forma externos para paredes de edificações de planta

retangular para vento a 0º. .................................................................................................. 39

Figura 18: Coeficiente de pressão e de forma externos para paredes de edificações de planta

retangular para vento a 90º. ................................................................................................ 40

Figura 19: Coeficiente de pressão e de forma externos, para telhados com duas águas, de

edificação de planta retangular do projeto. .............................................................................

Figura 20: Coeficiente de pressão e de forma externos, para telhados com duas águas, de

edificação de planta retangular do projeto. ......................................................................... 41

Figura 21: Coeficientes de pressão interna ......................................................................... 42

Sumário 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 9

1.1JUSTIFICATIVA ........................................................................................................ 10

1.2OBJETIVOS ............................................................................................................... 10

1.2.1 Objetivo Geral ........................................................................................................ 10

1.2.2 Objetivos Específicos .............................................................................................. 10

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 11

2.1 GALPÕES INDUSTRIAIS .......................................................................................... 11

2.2 PROPRIEDADES DO AÇO ........................................................................................ 12

2.3 VÍNCULOS ESTRUTURAIS ...................................................................................... 13

2.3.1 Tipos de Vínculos .................................................................................................... 13

2.4 GRAU DE ESTATICIDADE DE TRELIÇAS ............................................................ 16

2.4.1 Grau de Estaticidade Interna ................................................................................. 16

2.4.2 Grau de Estaticidade Externa ................................................................................. 17

2.5 SISTEMAS ESTRUTURAIS EM AÇO ....................................................................... 17

2.5.1 Tipos de Treliças para Cobertura........................................................................... 18

2.6 AÇÃO DO VENTO NAS ESTRUTURAS .................................................................. 20

2.6.1 Determinação da Pressão Dinâmica ....................................................................... 20

2.6.2 Coeficientes de Pressão e Forma Aerodinâmicos ................................................... 21

2.7 DIMENSIONAMENTO DE PERFIS FORMADOS A FRIO ...................................... 22

2.7.1 Dimensionamento a Tração .................................................................................... 23

2.7.2 Dimensionamento a Compressão ............................................................................ 25

3 METODOLOGIA ....................................................................................................... 34

3.1 DADOS DO PROJETO ............................................................................................... 35

3.2 TIPOS DE VINCULAÇÕES COMPARADAS ............................................................ 36

3.3. AÇÕES SOBRE A ESTRUTURA ............................................................................ 37

3.3.1 Ações Permanentes .................................................................................................. 37

3.3.2 Sobrecarga ............................................................................................................... 37

3.4 AÇÃO DO VENTO ..................................................................................................... 38

3.4.1 Velocidade Característica Vk do Projeto ............................................................... 38

3.4.2 Pressão Dinâmica do Projeto .................................................................................. 39

3.4.3 Coeficientes de Pressão (Cpe) e de Forma Externos para as paredes do projeto

(Nbr 6123:1988) ............................................................................................................... 39

3.4.4 Coeficientes de Pressão (Cpe) e de Forma Externo para telhados com duas águas

em edificações de planta retangular do projeto .............................................................. 40

3.4.5 Coeficiente de Pressão Interna................................................................................ 41

3.5 COMBINAÇÕES ....................................................................................................... 42

4 RESULTADOS .............................................................................................................. 43

4.1 CONFIGURAÇÃO : ISOSTÁTICO............................................................................. 43

4.2 CONFIGURAÇÃO: HIPERESTÁTICO ...................................................................... 43

4.3 CONFIGURAÇÃO 03: APOIO ELÁSTICO ................................................................ 44

4.3.1 Constante elástica Kx = 13125,3 kgf/cm ................................................................. 44

4.3.2 Constante elástica Kx = 26250,6 kgf/cm ................................................................. 45

4.3.3 Constante elástica Kx = 52501,15 kgf/cm ............................................................... 46

5 ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................................. 47

5.1 PESO DA TRELIÇA ................................................................................................... 47

5.2 VERIFICAÇÃO DA FLECHA .................................................................................... 48

6 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 50

REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 51

ANEXO A ......................................................................................................................... 53

ANEXO B...................................................................................................................... ........54

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1. INTRODUÇÃO

Em decorrência do mercado competitivo e globalizado, o custo dos empreendimentos

é um parâmetro decisivo para a construção civil e, em particular, para as empresas fabricantes

de estruturas metálicas. Os projetos modernos devem conjugar três aspectos fundamentais:

segurança, economia e durabilidade. Estes aspectos garantem a competitividade de um

projeto.

No contexto da construção metálica brasileira, os galpões de uso geral são responsáveis

por uma grande parcela dos empreendimentos. Dentro desse importante segmento, as estruturas

de um só pavimento são as mais utilizadas, exigindo soluções econômicas e versáteis para uma

larga faixa de vãos e uma ampla gama de aplicações, tais como: fábricas, depósitos, lojas,

academias, ginásios poliesportivos, garagens, granjas, hangares, etc.

Diversos sistemas estruturais podem ser empregados na composição da estrutura de

galpões de uso geral de um só pavimento. Os sistemas formados por pórticos planos transversais

estabilizados longitudinalmente por contraventamentos são os mais comuns e normalmente

levam a estruturas simples, sem interferências, de grande velocidade construtiva e economia.

Dentre os pórticos planos, há dois tipos básicos que são utilizados nos galpões de um só

pavimento: os pórticos de perfis de alma cheia, que utilizam perfis laminados ou perfis

soldados, e os pórticos treliçados que empregam perfis leves (laminados e/ou formados a frio).

Em muitas situações práticas da aplicação de treliças metálicas em coberturas, o

projetista vai se deparar com inúmeras possibilidades de modelos, com diferentes variações de

disposições dos perfis e apoios para a estrutura. No caso específico do projeto de galpões

industriais nota-se que o conhecimento que permite uma tomada de decisão quanto à tipologia

estrutural mais adequada ainda não é um assunto amplamente difundido no meio técnico da

engenharia.

Neste trabalho buscou-se com o auxílio de um software computacional, encontrar a

configuração de apoios que resultasse no menor peso da estrutura, mas sem comprometer a

segurança e a eficiência do sistema. Para isso, variou-se o tipo de apoio para uma mesma

geometria e vão de treliça metálica.

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1.1 JUSTIFICATIVA

Percebe-se que o consumo de aço nos últimos anos vem crescendo em projetos de

engenharia devido às vantagens econômicas e construtivas que pode oferecer. Para que as

estruturas metálicas tornem-se competitivas frente a outras soluções é importante que estas

aliem rapidez e economia. Assim, um projeto em estrutura metálica treliçada, analisada

isoladamente, para apresentar o menor custo deverá resultar numa configuração que gere o

menor peso. Sendo assim, esta é a finalidade deste trabalho, encontrar uma configuração de

apoio que resulte em uma estrutura treliçada mais leve.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

O objetivo da elaboração desse trabalho foi comparar os esforços internos na estrutura,

com o auxílio de um software computacional, alterando-se as configurações de apoio para uma

treliça metálica com uma geometria e vão já fixadas.

1.2.2 Objetivos Específicos

-Modelar uma estrutura treliçada de cobertura em 2D, utilizando o programa Mcalc3D;

- Realizar a análise dos esforços na estrutura, alterando-se as condições de vinculação

dos apoios: apoio duplo, apoio simples e apoio semirrígido.

-Dimensionar a estrutura de aço, de acordo com a NBR 14762:2001;

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 GALPÕES INDUSTRIAIS

De acordo com o Manual Brasileiro para Cálculo de Estruturas Metálicas (MIC/STI,

1986), os galpões são, geralmente, construções de um pavimento, com a finalidade de fechar e

cobrir grandes áreas, protegendo as instalações, os produtos armazenados ou, simplesmente,

fornecendo abrigo em relação às condições climáticas externas. Destinam-se a diversos fins,

como fábricas, almoxarifado, feiras, estádios, hangares, etc.

O Manual Construções em Aço (2010) define que os galpões em aço mais comuns

contêm um único vão transversal e cobertura a duas águas, as principais partes constituintes do

mesmo são tesoura, treliça, terças, vigas e contraventamentos (travamento lateral) em K ou X,

(Figura 1).

Figura 1: Tipos de contraventamentos.

Fonte: http://www.metalica.com.br/pg_dinamica/bin/pg_dinamica.php?id_pag=1142

Com relação ao sistema construtivo, os galpões podem ser construídos de acordo com a

necessidade e especificação do projeto, podendo ser com pontes rolantes ou não, construídos

12

com perfis de alma cheia, ou métodos que implicam uma capacidade de carga e minimizem o

peso próprio da estrutura, como os pórticos treliçados.

Os galpões podem ser fabricados e montados no local da obra ou fabricados em partes

no pátio de uma empresa especializada e, posteriormente, levados para o local onde serão

montados. Para que a industrialização seja viável, é necessário que exista uma padronização de

elementos estruturais que seja compatível com os equipamentos disponíveis na empresa

fabricante, o que garantirá rapidez, segurança e economia no processo de fabricação.

Como consequência mais específica do reduzido peso própria das estruturas de aço

verifica-se, frequentemente, uma inversão de sinais nas solicitações que ocorrem nos elementos

estruturais de uma estrutura de aço. Observa-se que o banzo inferior de uma cobertura treliçada,

normalmente tracionado, solicitado à compressão fica sujeito a fenômenos de instabilidade.

Caso a esbeltez do banzo inferior seja grande, uma pequena solicitação de compressão poderá

tornar o fator condicionante do dimensionamento, até mesmo anulando os efeitos da tração.

2.2 PROPRIEDADES DO AÇO

As propriedades do aço são de fundamental importância, especificamente no campo de

estruturas metálicas, cujo projeto e execução nelas se baseiam. Bellei (1998) define que para

compreender o comportamento das estruturas de aço é essencial conhecer as propriedades do

material. Os diagramas tensão-deformação demonstram o comportamento do aço em diferentes

situações, representam elasticidade, não elasticidade, fratura e fadiga. O autor afirma que a

capacidade de voltar a sua forma original após sucessivos ciclos de carga e descarga, chama-se

elasticidade. Já quando o material é submetido a repetições de tensões acima da sua capacidade

limite, ocorre a fadiga. A ruptura por fadiga é sempre uma ruptura frágil, mesmo para materiais

dúcteis.

A capacidade do material de se deformar sob a ação de cargas antes de se romper,

chama-se ductilidade, esta é uma característica muito importante nos aços, já que estas

deformações constituem um aviso prévio à ruptura final do material, o que é de extrema

importância para prevenir acidentes em uma construção, por exemplo.

Dentre os aços estruturais existentes no mercado atualmente, o mais utilizado e

conhecido é o ASTM A36, que é classificado como um aço carbono de média resistência

mecânica. Entretanto, a tendência moderna no sentido de se utilizar estruturas cada vez maiores

tem levado os engenheiros, projetistas e construtores a utilizar aços de maior resistência, os

13

chamados aços de alta resistência e baixa liga, de modo a evitar estruturas cada vez mais

pesadas.

2.3 VÍNCULOS ESTRUTURAIS

Segundo Bonfim (2009), uma estrutura constituída de peças componentes (colunas,

vigas, laje s, etc.) é interligada por elementos de apoio, também de nominados vínculos. Através

deles, as cargas são transmitidas aos demais órgãos participantes da estrutura, podendo os

apoios reagir diferentemente às ações das forças e dos momentos aplicados. O vínculo fica

então, caracterizado por reações as quais impedem ou restringem o deslocamento da seção de

apoio da peça ou sua rotação, isto é, impedem ou restringem os deslocamentos lineares ou

angulares.

Um vínculo é qualquer condição que restringe a possibilidade de deslocamento de um

ponto do elemento ligado ao vínculo. O deslocamento de um ponto do elemento é determinado

através das componentes segundo os eixos cartesianos ortogonais. As translações podem ser

horizontais ou verticais e a rotação ocorre em torno do eixo perpendicular ao plano considerado.

As ligações podem ser classificadas quanto à sua rigidez em: rotulada, semirrígida e

rígida. De acordo com AGUIAR apud SILVA, as ligações definidas como rotuladas não

transferem momento fletor da viga para o pilar e as rotações relativas não são restringidas,

assim, para valores pequenos de momento fletor apresentam grande rotação. Já a ligação rígida

é o extremo oposto, onde o momento fletor atuante é completamente transferido da viga para o

pilar e há a restrição total das rotações relativas entre os elementos que compõem a ligação,

além da garantia da continuidade da estrutura. A ligação definida como semirrígida apresenta

comportamento intermediário, de modo que a ligação possui rigidez parcial, com restrição

parcial das rotações relativas e transmissão parcial do momento fletor. (SILVA, 2013).

2.3.1 Tipos de Vínculos

2.3.1.1 Vínculo de primeira ordem (apoio móvel, apoio simples)

Os vínculos de primeira ordem (Figura 1) restringem apenas uma translação, e a reação

tem direção perpendicular ao plano de rolamento.

- oferece reação às forças aplicadas numa única direção, comumente a direção y

14

- não impede deslocamentos lineares na direção x, nem angulares (ou rotações), (Bonfim,

2009).

Figura 2: Vinculo de Primeira Ordem.

2.3.1.2 Vínculo de segunda ordem (Apoio Articulado Fixo)

Os vínculos de segunda ordem (Figura 2) impedem as duas translações no plano, e a

direção da reação R é indeterminada, sendo comum a utilização de duas componentes,

horizontal e vertical.

- oferece reações às forças nas direções x e y;

- impede deslocamentos lineares, porém não impedem rotações.

Figura 3:Vinculo de Segunda Ordem.

2.3.1.3 Vínculo de terceira ordem (Apoio Engastado ou Vínculo Perfeito)

Os vínculos de terceira ordem (Figura 3) impedem todos os movimentos no plano,

surgindo então três reações de apoio: a vertical (V), a horizonta l (H) e momento (M).

- a presenta reações tanto à s forças como aos momentos atuantes no plano xy.

- impede deslocamentos lineares e rotações;

- restringe todos os movimentos do apoio.

15

Figura 4: Vínculo de Terceira Ordem.

2.3.1.4 Apoio elástico

Segundo Vasconcellos Filho (1986) eventualmente encontram-se estruturas nas quais

um dos apoios (ou mesmo todos) não podem ser considerados rígidos e que, consequentemente,

se deslocam quando solicitados; como por exemplo, citam-se as estruturas apoiadas parcial ou

totalmente sobe molas. Na realidade nenhum apoio é totalmente rígido, mas esta hipótese e

satisfatória na maioria das vezes e apenas em casos especiais eles são considerados elásticos.

A análise de estruturas com apoios elásticos é uma extensão trivial do que já se viu

quando existem apoios rígidos ou elásticos, em número suficiente para garantir sua estabilidade.

Os apoios linearmente elásticos são aqueles cujos deslocamentos são linearmente

proporcionais aos esforços neles aplicados. As equações típicas para este tipo de apoio são do

tipo:

A1= k1 x D1 [ Eq.1]

Na Eq.1, D1 é o deslocamento do apoio, A1 é o esforço a ele aplicado pela estrutura e

k1 a constante de proporcionalidade característica de cada apoio (normalmente referidas como

“constante de mola”).

Percebe-se imediatamente, que a constante ki é um coeficiente de rigidez análogo aos já

vistos e com um claro significado físico:

Ki= Ai / Di [ Eq.2]

A expressão mostra que a “constante da mola’ k1 é numericamente igual ao esforço F1,

aplicado na direção i, necessário para produzir um deslocamento unitário do apoio nesta

direção. ( VASCONCELLOS FILHO,1986).

16

2.4 GRAU DE ESTATICIDADE DE TRELIÇAS

Segundo Silva Gomes (2016), o sistema rígido mais simples é constituído por

três barras articuladas entre si. Se cada nó for agregado ao sistema por intermédio de apenas

duas barras obtém-se um sistema rígido, por isso invariante (não varia a sua configuração

geométrica) e estaticamente determinado. Uma treliça formada deste modo é designada por

treliça simples e é isostática. Considerando assim uma treliça constituída por barras articuladas

“b” e por nós “n”. O número de incógnitas que irão aparecer na treliça (independentemente da

forma como esta está apoiada) será igual a “b”, já que é este o número de esforços internos

existentes.

Se admitir que esta estrutura tem “a” incógnitas de reações de apoio, então é possível

afirmar que o número total de incógnitas do problema será igual a “a + b”. O número de

equações da estática plana será de “2n”, pois em cada nó aplicam-se as equações de equilíbrio

de um ponto material [Eq. 1]:

∑ 𝐹 = 0 {𝛴 𝐹𝑥 = 0𝛴𝐹𝑦 = 0

[Eq. 1]

A terceira equação a que se poderá recorrer, será a do equilíbrio de momentos, esta

equação não terá qualquer significado, pois todos os esforços nas barras que concorrem em

qualquer nó, não produzem momentos.

Assim sendo, para uma estrutura com “n” nós, é possível escrever “2n” equações da

estática. Uma treliça diz-se globalmente isostática ao verificar-se que o número de incógnitas é

igual ao número de equações disponíveis [Eq. 2].

a + b = 2n [Eq. 2]

O grau de estaticidade global (hg) [Eq. 3] de uma treliça é igual a:

h a b n g = + − 2 [Eq. 3]

Se: hg < 0 ⇒ Treliça globalmente hipoestática

hg = 0 ⇒ Treliça globalmente isostática

hg > 0 ⇒ Treliça globalmente hiperestática

2.4.1 Grau de Estaticidade Interna

Nas treliças, é ainda possível determinar a sua estaticidade interior (hi) [Eq. 4].

Admitindo que a treliça está simplesmente apoiada, temos como número de incógnitas de

17

reações de apoio “a =3” (por exemplo um apoio móvel - uma incógnita e uma apoio fixo - duas

incógnitas). A equação 4 pode assim escrever-se:

hi = 3+ b − 2n = b − 2( n − )3 [Eq. 4]

Se hi < 0, há uma deficiência de barras, por isso a treliça é designada de interiormente

hipoestática. O equilíbrio apenas é possível mediante certas condições, que não sendo

verificadas levará o sistema ao colapso.

Se hi = 0, esta relação é uma condição necessária para a estabilidade da treliça, porém

não é condição suficiente, porque uma ou mais das barras podem estar dispostas de tal modo

que não contribuem para uma configuração estável da treliça simples.

Se hi > 0, existem mais barras que as necessárias para evitar o colapso, o que sugere

que a treliça seja interiormente hiperestática e por isso estaticamente indeterminada. É no

entanto necessário analisar se a disposição das barras lhe permite manter uma configuração

estável. (Silva Gomes,2016) .

2.4.2 Grau de Estaticidade Externa

A estaticidade exterior [Eq. 5] é calculada a partir das condições de apoio do sistema.

Os apoios restringem os graus de liberdade e por isso o número de incógnitas “a” que surgem,

são calculadas a partir das equações de equilíbrio independentes da estática, no caso do plano

serão três. Se os apoios estiverem colocados por forma a impedir qualquer movimento do

sistema como corpo rígido o grau de hiperestaticidade exterior é então igual a:

he = a − 3 [Eq. 5]

Se:

he < 0 ⇒ Treliça exteriormente hipoestática

he = 0 ⇒ Treliça exteriormente isostática

he > 0 ⇒ Treliça exteriormente hiperestática

2.5 SISTEMAS ESTRUTURAIS EM AÇO

Bellei, Pinho, F. e Pinho, M. (2008) afirmam que as principais vantagens do aço se

encontram na alta resistência quando comparado a outros materiais, facilidade de desmonte,

substituição e reaproveitamento, assim como na possibilidade de menor prazo de execução em

relação a outros métodos construtivos.

18

Pfeil e Pfeil (2009) definem que as combinações dos principais elementos lineares

formam sistemas planos de elementos lineares. A treliça é um exemplo de sistema utilizado em

coberturas de edifícios industriais (galpões). A associação de hastes retilíneas ou curvilíneas

com ligações rígidas entre si são denominados pórticos, no caso de estrutura apresentar ligações

rotuladas ela deve ser contraventada.

Estima-se que atualmente a maior parte das construções em aço no Brasil seja de

estruturas simples, como as coberturas e as estruturas de um único pavimento. Dentro deste

importante segmento, os galpões lideram as construções com soluções econômicas e versáteis

para uma larga faixa de vãos e uma infinidade de aplicações na construção e na indústria, como:

uma pequena fábrica, um depósito, uma loja, uma academia, um ginásio coberto, uma garagem,

etc.

Para Andrade (2000), cada tipo de construção possui suas peculiaridades, não sendo

indicado haver uma mentalidade competitiva, mas sim a de se tirar proveito do melhor de cada

um dos sistemas. Neste sentido o modelo estrutural de galpões pode direcionar a diferentes

tipologias variando desde a geometria da cobertura, do tipo de perfis, do tipo de pilares e das

ações atuantes.

2.5.1 Tipos de Treliças para Cobertura

Os pórticos treliçados são formados por colunas e viga de cobertura treliçada. Na Figura

4 estão apresentados alguns tipos mais comuns de vigas treliçadas de cobertura. A forma da

treliça e a disposição das peças são escolhidas em função de requisitos estruturais, funcionais,

estéticos e econômicos, mas dependem muito da capacidade de julgamento do projetista, pois

não há apenas um determinado tipo de treliça mais adequado para cada condição específica. Na

escolha de um tipo de viga treliçada pode-se levar em conta, por exemplo, a possibilidade da

utilização dos vazios para passagem de utilidades (tubos, dutos, equipamentos, etc.).

19

Figura 5: Tipos de tesouras mais comuns para cobertura.

Na treliça Howe os elementos diagonais suportam a força de compressão, o montante

vertical e o banzo inferior são tracionados. Este tipo de tesoura é o mais comum e o mais

empregado para vencer vãos de pequena e média ordem, até 18m.

As treliças do tipo Pratt são convenientes para quaisquer vãos, pois tem a vantagem das

peças comprimidas serem de comprimentos menores que as tracionadas (montantes

comprimidos e diagonais tracionadas).Porém quando se trata de pequenos vãos, as seções

transversais das barras são menores (mais leves), pois os esforços são menores, satisfazendo as

peças simples, com arranjo do tipo empregado nas tesouras de diagonais normais (Tipo Howe).

Então quando as peças simples atendem aos esforços ( vãos pequenos), as tesouras do tipo

Howe são mais convenientes construtivamente. A tesoura do tipo Pratt é recomendada para

vãos maiores, compreendidos entre 18m e 30m.

Na treliça polonesa Fink, vê-se uma treliça cujas diagonais são tracionadas, sendo os

montantes comprimidos, características análogas às da viga Pratt.

A treliça conhecida como do tipo Belga apresenta os montantes comprimidos e estes

são perpendiculares ao banzo superior, sendo as diagonais tracionadas. A colocação dos

montantes perpendiculares ao banzo superior facilita o apoio das terças. Observa-se que os

montantes são mais curtos que as diagonais. A mesma característica favorável se nota na treliça

composta conhecida como treliça polonesa ou Fink. Esta última, apresenta para vãos maiores a

conveniência de reduzir o comprimento das barras diagonais e montantes mais centrais.

Nesse tipo de treliça há inconvenientes quanto as ligações. Observa-se a existência de

duas barras tracionadas convergindo para o mesmo ponto. Em geral, tais ligações de barras

tracionadas exigem espaços maiores para a distribuição de parafusos ou cavilhas, usados como

elemento de ligação. Este tipo de treliça é recomendada para vãos entre 20m e 30m.

20

2.6 AÇÃO DO VENTO NAS ESTRUTURAS

O vento não é um problema em construções baixas e pesadas, porém em estruturas

esbeltas passa a ser uma das ações mais importantes a determinar no projeto de estruturas. As

considerações para determinação das forças devidas ao vento são regidas e calculadas de acordo

com a NBR 6123:1988 “Forças devidas ao vento em edificações”.

A maioria dos acidentes ocorre em construções leves, principalmente de grandes vãos

livres, tais como hangares, pavilhões de feiras e de exposições, pavilhões industriais, coberturas

de estádios, ginásios cobertos.

Os acidentes ocorrem em construções mal executadas como, por exemplo, telhas leves

mal ancoradas, paredes mal construídas, estruturas sem contraventamentos, concreto de má

qualidade, tesouras de telhados mal dimensionadas e/ou ancoradas, etc. Se as normas

correspondentes à ação do vento e ao dimensionamento estrutural forem rigorosamente

seguidas, tem-se menor probabilidade de ocorrer acidentes devido à ação do vento

(BLESSMANN, 1986).

2.6.1 Determinação da Pressão Dinâmica

A Velocidade característica Vk : é a velocidade usada em projeto, sendo que são

considerados os fatores topográficos (S1), influência da rugosidade(obstáculos no entorno da

edificação) e dimensões da edificação (S2) e o fator de uso da edificação (que considera a vida

útil e o tipo de uso). A velocidade característica pode ser expressa como:

Vk = Vo S1 S2 S3

Onde:

Vo : velocidade básica

S1 : fator topográfico

S2 : fator de rugosidade e dimensões da edificação

S3 : fator estatístico

Os valor do fator S1 pode tomar os seguintes valores: (Figura 6)

a) Terreno plano ou quase plano : S1 = 1,0

b) Taludes e morros (veja-se NBR6123:1988)

c) Vales protegidos : S1 = 0,9

21

Figura 6: Fator topográfico S1.

Fonte: (NBR 6123/1988)

S2 é determinado definindo uma categoria (rugosidade do terreno) e uma classe de

acordo com as dimensões da edificação. As categorias são definidas de acordo com a Tab.3.2

da NBR 6123/1988.

O fator estatístico S3 é definido dependendo do uso da edificação, e normalmente

especificando a vida útil da mesma para 50 anos. Os valores mínimos que podem ser adotados

estão definidos na Tab. 3.5 da NBR 6123/1988.

2.6.2 Coeficientes de Pressão e Forma Aerodinâmicos

Ao incidir sobre uma edificação, o vento, devido a sua natureza, provoca pressões

ou sucções. Essas sobrepressões ou sucções são apresentadas em forma de tabelas na

NBR6123/1988, assim como em normas estrangeiras, e dependem exclusivamente da forma e

da proporção da construção e da localização das aberturas.

22

Os coeficientes de pressão externa têm valores definidos para paredes para prédios com

base retangular, telhados a uma ou duas águas com base retangular, telhados em arco com base

retangular e outros.

A NBR 6123/1988, no seu anexo D, apresenta os detalhes necessários para

determinação do coeficiente de pressão interna. Se a edificação for totalmente impermeável ao

ar, a pressão no interior da mesma será invariável no tempo e independente da velocidade da

corrente de ar externa. Portanto o coeficiente de pressão interna depende da permeabilidade da

edificação, o índice de permeabilidade de uma parte da edificação é definido pela relação entre

a área das aberturas e a área total desta parte. A permeabilidade deve-se à presença de aberturas

tais como: juntas entre painéis de vedação e entre telhas, frestas em portas e janelas, ventilações

em telha e telhados, vão abertos de portas e janelas, chaminés, lanternins, etc.

A própria NBR 6123/1988 apresenta para edificações com paredes internas

permeáveis, valores que podem ser adotados para o coeficiente de pressão interna:

(a) duas faces opostas igualmente permeáveis; as outras duas impermeáveis:

- Vento perpendicular a uma face permeável Cpi= +0,2

- Vento perpendicular a uma face impermeável Cpi= -0,3

(b) Quatro faces igualmente permeáveis Cpi = -0,3 ou 0, deve-se considerar o valor mais

nocivo.

2.7 DIMENSIONAMENTO DE PERFIS FORMADOS A FRIO

Segundo o Manual de Construção em Aço (2008), os perfis de aço formados a frio são

cada vez mais viáveis para uso na construção civil, em vista da rapidez e economia exigidas

pelo mercado. Esse elemento estrutural pode ser eficientemente utilizado em galpões de

pequeno e médio porte, coberturas, mezaninos, em casas populares e edifícios de pequeno porte.

Podem ser projetados para cada aplicação específica, com dimensões adequadas às

necessidades do projeto de elementos estruturais leves, pouco solicitados, tais como terças,

montantes e diagonais de treliças, travamentos, etc.

No Brasil, o uso de perfis de aço formados a frio (PFF) é muito difundido em diversas

aplicações. No caso de galpões de uso geral o uso de PFF foi bastante ampliado nos últimos

anos, principalmente devido às reduzidas taxas de consumo de aço por unidade de área

alcançada nesses projetos. Em função disso, a oferta de PFF aumentou significativamente no

mercado brasileiro.

O dimensionamento de perfis metálicos parte da premissa de que os esforços resistentes

devem ser sempre superiores aos solicitantes, para garantir a estabilidade da estrutura.As

23

solicitações são dados conhecidos nos problemas de dimensionamento, sendo que a parecla a

ser determinada é a força resistente, que varia de acordo com o tipo de solicitação e com o tipo

de seção estudada.

2.7.1 Dimensionamento a Tração

Pfeil e Pfeil (2009, p. 47) explicam que peças tracionadas são aquelas sujeitas a

solicitações de tração axial ou tração simples. Sendo empregadas nas estruturas sob diversas

formas:

a) Tirantes ou pendurais;

b) Contraventamentos de torres (estais):

c) Travejamento de vigas ou colunas:

d) Barras tracionadas de treliças.

Conforme a NBR14762/2008, para o dimensionamento de barras tracionadas deve ser

respeitada a condição expressa abaixo:

𝑁𝑡,𝑆𝑑 ≤ 𝑁𝑡,𝑅𝑑

Onde:

𝑁𝑡,𝑆𝑑 = força axial de tração solicitante de cálculo;

𝑁𝑡,𝑅𝑑= força axial de tração resistente de cálculo.

No dimensionamento a tração dos perfis metálicos são necessários fazer dois

tipos de verificações: a primeira, denominada verificação ao escoamento da seção bruta, que

corresponde verificar se, ao longo da barra as tensões são menores que o limite de escoamento

do aço. A segunda verificação, denominada de verificação da capacidade última da seção

efetiva, é feita na região das ligações, onde existe a interferência dos furos para passagem dos

parafusos, que reduzem a área tracionada em determinadas seções.

A força axial de tração resistente de cálculo deve ser o menor dos valores obtidos nas

equações 6 e 7, sendo a primeira para o escoamento da seção bruta e a segunda para a ruptura

da seção líquida ( NBR 14762/2010).

𝑁𝑡,𝑅𝑑 =𝐴𝑔𝑓𝑦

𝛾𝑎1 [ Eq. 6]

𝑁𝑡,𝑅𝑑 =𝐴𝑒𝑓𝑢

𝛾𝑎2 [Eq.7]

Onde:

24

𝐴𝑔= área da seção bruta transversal da barra;

𝐴𝑒= área líquida efetiva da seção transversal da barra;

𝑓𝑦= resistência de escoamento do aço;

𝑓𝑢= resistência a ruptura do aço;

𝛾𝑎1= coeficiente de ponderação relacionado a escoamento, flambagem e instabilidade

( 𝛾𝑎1= 1,1) ;

𝛾𝑎2= coeficiente de ponderação relacionado à ruptura ( 𝛾𝑎2=1,35) ;

2.7.1.1 Determinação da área líquida efetiva

A área líquida efetiva para barras prismáticas é dada por (NBR 14762:2010) :

𝐴𝑒 = 𝐶𝑡 𝐴𝑛

Onde:

𝐴𝑛= área líquida da seção transversal da barra;

𝐶𝑡= coeficiente de redução de área líquida conforme item 7.6.1 da NBR 14762:2010

mostrados nas tabelas 2.1 a 2.3.

Para ligações soldadas, considerar An =A. Nos casos em que houver apenas soldas

transversais (soldas de topo), An deve ser considerada igual a área bruta da(s) parte(s)

conectada(s) apenas.

Pfeil e Pfeil (2009, p.51) definem como a área líquida das barras (𝐴𝑛) “ a área obtida

subtraindo-se da área bruta (𝐴𝑔) as áreas dos furos contidos em uma seção reta da peça.”.

Também indicam que “ No caso de furação enviesada, é necessário pesquisar diversos

percursos para encontrar o menor dos valores da seção líquida, uma vez que a peça pode romper

segundo qualquer um desses percursos.”

Quadro 2.1- Chapas com ligações parafusadas

Todos os parafusos da ligação contidos em

uma única seção transversal

Ct = 2,5(d /g ) ≤ 1,0

Dois parafusos na direção da solicitação

alinhados em zigue zague

Ct = 0,5 + 1,25(d /g ) ≤ 1,0

Três parafusos na direção da solicitação

alinhados em zigue zague

Ct = 0,67 + 0,83(d/g )≤1,0

Quatro ou mais parafusos na direção da

solicitação alinhados em zigue zague

Ct = 0,75 + 0,625(d /g ) ≤ 1,0

25

Quadro 2.2- Chapas com ligações soldadas

Soldas longitudinais associadas a soldas

transversais

Ct = 1,0

Somente soldas longitudinais ao longo de

ambas as bordas

Para b ≤ L < 1,5b :Ct = 0,75

para 1,5 b ≤ L< 2b: Ct = 0,87

para L ≥ 2b : Ct = 1,0

Quadro 2.3- Perfis com ligações parafusadas

Todos os elementos conectados Ct = 1,0

Cantoneiras com dois ou mais parafusos Ct = 1,0 – 1,2( x/L) < 0,9 (porém não inferior

a 0,4)

Perfis U com dois ou mais parafusos Ct = 1,0 – 0,36( x /L) (porém não inferior a

0,5)

Onde:

b é a largura da chapa;

L é o comprimento da ligação parafusada ou o comprimento da solda ;

x é a excentricidade da ligação, tomada como a distância entre o centroide da seção da

barra e o plano de cisalhamento da ligação . No caso de perfil U conectado pelas mesas por

meio de parafusos, a excentricidade da ligação deve ser determinada substituindo o perfil U por

duas cantoneiras fictícias, obtidas dividindo-se o perfil U por um plano paralelo às mesas, na

altura do seu centroide.

2.7.2 Dimensionamento a Compressão

Barras comprimidas estão sujeitas à flambagem por flexão ( ou flambagem de Euler), à

flambagem por torção ou à flambagem por flexotorção.

O aumento da esbeltez diminui sua capacidade para resistir aos esforços

solicitantes. Isso significa que a máxima tensão que poderá atuar num elemento de chapa será

26

a tensão crítica de flambagem global e não mais a tensão de escoamento do aço, σmáx = σcrít.

As larguras efetivas dos elementos da seção são, portanto, calculadas para esse valor de tensão.

Em peças excessivamente esbeltas a tensão crítica de flambagem global é muito

pequena, menor que da flambagem local, não havendo redução das larguras efetivas, a seção

efetiva é a própria seção bruta. Nesses casos é a flambagem global que determina a capacidade

resistente do perfil.

Em peças curtas as cargas críticas da flambagem global são altíssimas e a capacidade

resistente do perfil é determinada pela resistência do material (aço) somado aos efeitos da

flambagem local.

Para um faixa de esbeltez intermediaria da barra, não excessivamente esbelta ou curta,

pode ocorrer um fenômeno que é desacoplado da flambagem local e global: a flambagem por

distorção. A ocorrência desse fenômeno depende da geometria da seção transversal e do

comprimento longitudinal da barra comprimida ou fletida ( Lx, Ly e Lt).Existem perfis em que

a flambagem pro distorção não ocorre. Isso acontece quando o comprimento crítico para a

flambagem para a flambagem distorcional (Ldist crítico) é elevado o suficiente para ocasionar

flambagem global antes de atingir esse comprimento.

A força normal de compressão resistente de cálculo Nc,Rd deve ser tomada como o

menor valor calculado entre:

1 – Força normal resistente de cálculo pela flambagem da barra por flexão, por torção

ou por flexotorção.

2 - Força normal resistente de cálculo pela flambagem por distorção da seção

transversal.

A primeira verificação engloba a interação dos modos de flambagem global e local do

perfil. A flambagem por distorção ocorre de modo independente das demais e de forma súbita,

sendo sua verificação realizada em separado na segunda verificação.

Conforme a NBR 14762/2010, para o dimensionamento de barras comprimidas deve ser

respeitas a condição expressa abaixo:

𝑁𝑐,𝑆𝑑 ≤ 𝑁𝑐,𝑅𝑑

Onde:

𝑁𝑐,𝑆𝑑 = força axial de compressão solicitante de cálculo;

𝑁𝑐,𝑅𝑑= força axial de compressão resistente de cálculo.

27

1- Força normal resistente de cálculo pela flambagem da barra por flexão, por torção

ou por flexotorção.

A força axial resistente de cálculo é dada pela equação 8. É importante ressaltar que os

efeitos associados aos estados limites últimos de instabilidade por flexão, por torção ou flexo-

torção e de flambagem local já estão considerados nessa equação:

𝑁𝑐,𝑅𝑑 =𝜒 𝐴𝑒𝑓𝑓𝑦

𝜆 [Eq.8]

Onde:

𝜒 = é o fator de redução da força axial de compressão resistente, associado à flambagem

global, respeitando os seguintes dados:

Para 𝜆0 ≤ 1,5: 𝜒 = 0,658𝜆02

Para 𝜆0> 1,5 : 𝜒 = 0,877

𝜆02

𝜆0 = √𝐴𝑓𝑦

𝑁𝑒

Sendo

𝜆0 = índice de esbeltez reduzido, associado à flambagem global;

𝑁𝑒= força axial de flambagem global elástica, conforme as possíveis simetrias da seção,

itens 2.7.2.1 a 2.7.2.3;

A= área bruta da seção transversal da barra;

𝐴𝑒𝑓= área efetiva da seção transversal da barra, calculada com base em uma das duas

opções apresentadas a seguir:

a) no método da largura efetiva (MLE), adotando 𝜎 = 𝜒𝑓𝑦;

Conforme a NBR8800:2008, p.36, “Para efeitos de flambagem local, os elementos

componentes das seções transversais usuais, exceto as seções tubulares circulares, são

classificadas em AA, quando possuem as duas bordas longitudinais vinculadas, e AL, quando

possuem apenas uma [...]”.

A largura efetiva 𝑏𝑒𝑓 deve ser calculada conforme descrito a seguir:

- todos os elementos AA indicados na Tabela 5 da NBR 14762:2010 ( Figura 4), e os

elementos AL indicados na Tabela 6 (Figura 5), também da mesma Norma, sem inversão no

sinal da tensão(φ>0):

28

𝑏𝑒𝑓= b para ʎ𝑝≤ 0,673;

𝑏𝑒𝑓 = 𝑏(1 −0,22

ʎ𝑝ʎ𝑝) para ʎ𝑝> 0,673.

- elementos AL indicados na Tabela 5 da NBR 14762:2010,com inversão no sinal da

tensão (φ<0):

𝑏𝑒𝑓=𝑏𝑐 para ʎ𝑝≤ 0,673;

𝑏𝑒𝑓=𝑏𝑐(1 −0,22

ʎ𝑝ʎ𝑝) para ʎ𝑝> 0,673.

Onde:

b= largura do elemento

𝑏𝑐= largura da região comprimida do elemento calculada com base na seção efetiva;

ʎ𝑝=índice de esbeltez reduzido do elemento, definido como:

ʎ𝑝=√(𝜎

𝜎𝑟) =

𝑏𝑡⁄

0,95 √(𝑘𝐸𝜎⁄ )

Para ʎ𝑝≤ 0,673 a largura efetiva é a própria largura do elemento;

𝜎𝑟=𝑘𝜋2𝐸

12(1−𝑉2)(𝑏

𝑡)²

t = espessura do elemento;

k= coeficiente de flambagem local do elemento, calculado de acordo com a Tabela 7

para elementos AA ou de acordo com a Tabela 8 para elementos AL;

v = coeficiente de Poisson do aço, adotado igual a 0,3;

𝜎 = tensão normal de compressão.

29

Figura 7: Largura efetiva e coeficientes de flambagem local para elementos AA.

Fonte : (NBR 14672:2010)

30

Figura 8: Largura efetiva e coeficientes de flambagem local para elementos AL.

Fonte: (NBR 14762:2010)

b) no método da seção efetiva (MSE), conforme indicado a seguir:

𝐴𝑒𝑓= 𝐴 para 𝜆𝑝 = 0,776

𝐴𝑒𝑓= 𝐴 (1 −0,15

ʎ𝑃0,8)

1

ʎ𝑃0,8 para 𝜆𝑝 > 0,776

𝜆𝑝 = √𝜒𝐴𝑓𝑦

𝑁𝑙

Onde:

𝑁𝑙 = força axial de flambagem local elástica, calculada por meio de análise de

estabilidade elástica, ou, de forma direta, segundo a expressão:

𝑁𝑙 = 𝑘𝑙

𝜋2𝐸

12(1 − 𝑣2)(𝑏𝑤

𝑡⁄ )²𝐴

31

Os valores do coeficiente de flambagem local para a seção completa, 𝑘𝑙, podem ser obtidos

diretamente da Tabela 10 da NBR14762:2010 (Figura 9).

Figura 9: Valores do coeficiente de flambagem local kl para barras sob compressão centrada.

Fonte: (NBR 14762/2010)

2.7.2.1 Perfis com dupla simetria ou simétricos em relação a um ponto

A força axial de flambagem global elástica 𝑁𝑒 é o menor valor dentre os obtidos por a),

b) e c):

a) força axial de flambagem global elástica por flexão em relação ao eixo principal x :

𝑁𝑒𝑥 =𝜋2𝐸𝐼𝑥

(𝐾𝑥𝐿𝑥)²

b) força axial de flambagem global elástica por flexão em relação ao eixo principal y:

𝑁𝑒𝑦 =𝜋2𝐸𝐼𝑦

(𝐾𝑦𝐿𝑦)²

b) força axial de flambagem global elástica por torção:

𝑁𝑒𝑧 =1

𝑟0²[

𝜋2𝐸𝐶𝑤

(𝐾𝑧𝐿𝑧)²+ 𝐺𝐽]

𝐶𝑤= constante de empenamento da seção;

32

E= modulo de elasticidade;

G= módulo de elasticidade transversal;

J = constante de torção da seção;

𝐾𝑥𝐿𝑥 = comprimento efetivo de flambagem global por flexão em relação ao eixo x.

𝐾𝑦𝐿𝑦= comprimento efetivo de flambagem global por flexão em relação ao eixo y.

𝐾𝑧𝐿𝑧=é o comprimento efetivo de flambagem global por torção. Quando não houver

garantia de impedimento ao empenamento, deve-se tomar 𝐾𝑧 igual a 1,0;

2.7.2.2 Perfis monossimétricos

Seções T e U são exemplos de seções monossimétricas. Nesses perfis, a força axial de

flambagem elástica para flexão é determinada da mesma maneira que para seções com dupla

simetria, mas para flexo-torção deve ser calculada conforme equação abaixo. Cabe ressaltar que

foi considerado o eixo y como o de simetria, caso o eixo seja o x, basta substituir y por x (NBR

8800:2008, p122).

𝑁𝑒𝑦𝑧 =𝑁𝑒𝑦 + 𝑁𝑒𝑧

2[1 − (𝑦0

𝑟0⁄ )²]

[1 − √1 −4𝑁𝑒𝑦𝑁𝑒𝑧[1 − (

𝑦0𝑟0

⁄ )²]

(𝑁𝑒𝑦 + 𝑁𝑒𝑧)²]

𝑁𝑒𝑦 𝑒 𝑁𝑒𝑧= forças axiais de flambagem global elástica.

𝑟0= raio de giração polar da seção bruta em relação ao centro de torção, dado por:

𝑟0 = [𝑟𝑥² + 𝑟𝑦² + 𝑥0² + 𝑦0²]

𝑟𝑥 e 𝑟𝑦 = raios de giração da seção bruta em relação aos eixos principais de

inércia x e y , respectivamente;

𝑥0 e 𝑦0 = distâncias do centro de torção ao centróide, na direção dos eixos

principais x e y ,respectivamente.

2.7.2.3 Perfis assimétricos

A força axial de flambagem global elástica Ne de um perfil com seção assimétrica é

dada pela menor das raízes da equação cúbica seguinte:

𝑟0²(𝑁𝑒 − 𝑁𝑒𝑥)(𝑁𝑒 − 𝑁𝑒𝑦)(𝑁𝑒 − 𝑁𝑒𝑧)- 𝑁𝑒²(𝑁𝑒 − 𝑁𝑒𝑦)𝑥0²-𝑁𝑒²(𝑁𝑒 − 𝑁𝑒𝑥)𝑦0² = 0

𝑁𝑒𝑦 𝑒 𝑁𝑒𝑧= forças axiais de flambagem global elástica.

Para as barras com seção transversal aberta sujeitas à flambagem por

distorção, a força normal de compressão resistente de cálculo Nc,Rd deve ser calculada

33

pelas expressões seguintes:

𝑁𝑐,𝑅𝑑 =𝐴𝑓𝑦(1−0,25𝜆𝑑𝑖𝑠𝑡

2 )

𝜆 para 𝜆𝑑𝑖𝑠𝑡˂1,414

𝑁𝑐,𝑅𝑑 =𝐴𝑓𝑦{0,055[𝜆𝑑𝑖𝑠𝑡−3,6]2+0,237}

𝜆 para 1,414 ≤ 𝜆 𝑑𝑖𝑠𝑡 ≤ 3,6, onde λ=1,1

A é área bruta da seção transversal da barra:

l dist é o índice de esbeltez reduzido referente à flambagem por distorção, dado por:

𝜆 𝑑𝑖𝑠𝑡 = (𝑓𝑦

𝜎𝑑𝑖𝑠𝑡)0,5

σ dist é a tensão convencional de flambagem elástica por distorção, calculada

pela teoria da estabilidade elástica ou conforme anexo D da NBR 14762/2010.

34

3 METODOLOGIA

Neste trabalho foi analisado um pórtico interno de cobertura para fins de comparação

de esforços variando-se as condições de apoio. Para isso, a estrutura foi modelada em 2D e

dimensionada com auxílio do Programa Mcalc3D.

Para o correto dimensionamento, foi feito o travamento lateral da estrutura, simulando

as barras transversais na estrutura (terças e mãos francesas) para evitar que ocorressem

comprimentos de flambagem muito grandes, o que levaria a um superdimensionamento.

Foram utilizados perfis de chapa dobrada em U, observando as condições de análise

estrutural e dimensionamento estabelecidos pela NBR 14762/2010.

O cálculo das ações do vento foi feito seguindo-se as recomendações da NBR

6123/1988, e, para fins de cálculos, foi tomada como base a região de Santa Maria/RS.

Para o dimensionamento dos perfis, foi arbitrado inicialmente um peso para a estrutura

de 11 Kgf/m², sendo 4,5 Kgf/m² para as terças, 1,5 kgf/m² para os elementos de

contraventamentos ,soldas e parafusos e 5 Kgf/m² para a tesoura.

Para a configuração semirrígida a estrutura treliçada foi dimensionada para três

diferentes valores de constante elástica a fim de se verificar quais seriam as mudanças nos

esforços para estes três diferentes valores. Para obter estes valores de constantes elásticas,

primeiro foi retirado o valor da reação na direção “x” na configuração hiperestática, para a

combinação menos favorável (Combinação 4) e retirado o valor do deslocamento em “x” na

configuração isostática. Com estes valores obtemos uma constante elástica equivalente (

primeira constante de mola). Logo após, o primeiro deslocamento foi reduzido pela metade e

obteve-se a segunda constante de mola e analogamente para a obtenção da terceira constante.

Estes valores de constantes foram utilizados para fins de comparação de esforços, na

configuração semirrígida, ao se liberar pequenos deslocamentos na estrutura.

Primeira constante de mola:

Rx = -17062,87 kgf.

dx = 1,3 cm

Kx = Rx/dx

Kx = 17062,87/1,3 = 13125,3 kgf/cm

Segunda constante de mola:

dx= 0,65 cm

Rx = -17062,87 kgf.

Kx = 17062,87/0,65 = 26250,6 kgf/cm

35

Terceira constante de mola:

dx=0,325 cm

Rx = -17062,87 kgf.

Kx = 17062,87/0,325 = 52501,15 kgf/cm

3.1 DADOS DO PROJETO

O galpão industrial analisado neste trabalho apresenta as seguintes características:

Cobertura duas águas, com um único vão transversal;

Tesouras em estrutura metálica;

Perfis formados a frio

Declividade da cobertura = 15%;

Pé direito: 6 metros;

Largura: 20 metros;

Comprimento: 54 metros;

Altura da tesoura: 1,5 metros;

Espaçamento entre pórticos: 6 metros

Foram aplicados travamentos laterais a cada um montante, exceto nos dois primeiros (

acima do apoio e o seguinte).

Na figura 10 está representada a geometria da treliça metálica de cobertura que foi modelada,

apresentando as devidas cotas e na Figura 11 está representado o galpão industrial modelado

neste trabalho.

Figura 10: Treliça de cobertura modelada.

36

Figura 11: Galpão Industrial estudado.

3.2 TIPOS DE VINCULAÇÕES COMPARADAS

Neste trabalho foi feito o dimensionamento de uma treliça de cobertura variando-se as

condições de apoio. Assim, as configurações de apoio usados para fins de análise estão

mostradas nas figuras 12 a 14.

Figura 12: Apoio Duplo.

Figura 13: Apoio Simples.

37

Figura 14: Apoio Elástico.

3.3. AÇÕES SOBRE A ESTRUTURA

3.3.1 Ações Permanentes

Neste trabalho, em virtude de se tratar de uma treliça de cobertura de galpão industrial,

serão somente considerados o peso próprio da estrutura (tesoura + terças + elementos de

contraventamentos +soldas + mão francesas) e o peso das telhas como carga permanente.

Para o projeto, foi considerada cobertura em telhas de aço revestido de Zinco e Alumínio

(Aluzinc), de forma trapezoidal 40 mm, com a espessura da chapa de 0,50 mm, peso próprio

40,71 N/m². Neste trabalho foi aproximado o peso próprio a 5,0 kgf/m².

Para este projeto foi arbitrado inicialmente o peso próprio da estrutura o valor de 11

kgf/m².

Sendo assim, a ação permanente total resulta em (Figura 15) :

G= 16 kgf/m² x 6 m = 96kgf/m = 0,96kgf/cm

Figura 15: Ação correspondente ao peso próprio distribuído na tesoura.

Fonte: (AUTOR, 2017)

3.3.2 Sobrecarga

Conforme especificado no item B.5.2 do Anexo B da NBR 8800:2008, o valor da

sobrecarga na cobertura deve ser especificado de acordo com a sua finalidade, porém com um

valor mínimo de 0,25 kN/m² ou 25 kgf/m². Para este projeto foi adotado valor de 50 kgf/m².

Assim, o valor da sobrecarga resulta:

38

Q= 50 kgf/m² x 6 m = 300 kgf/m = 3 kgf/cm

Na figura 16 é representada a sobrecarga na tesoura.

Figura 16: Ação correspondente à sobrecarga na tesoura.

Fonte: (AUTOR, 2017)

3.4 AÇÃO DO VENTO

Conforme os parâmetros da ABNT NBR 6123:1988 obteve-se a seguinte condição para

dimensionamento da carga acidental de vento neste estudo de caso, exposta na Tabela 2.

Tabela 4.3: Parâmetros para definição da carga de vento.

Velocidade Básica de Vento em Santa Maria V0 = 45m/s

Fator Topográfico - Terreno Plano ou fracamente acidentado S1 = 1,0

Rugosidade do Terreno – Dimensões da Edificação – Altura sobre o

Terreno

S2 = 0,76

Fator Estatístico – Edificações industriais com baixo teor de ocupação. S3 = 0,95

Fonte: (AUTOR, 2017)

3.4.1 Velocidade Característica Vk do Projeto

O item 4.2 b da ABNT NBR 6123:1988, define que Vk é a velocidade do vento (em

m/s) ajustada ao local da construção, denominada velocidade característica e definida conforme

a equação abaixo:

Vk = V0. S1. S2. S3

Substituindo os valores apresentados na Tabela 2, na fórmula acima, tem-se:

𝑉k = 45 m/s x 1,00. 0,76. 0,95 ≅ 32,63 m/s

39

3.4.2 Pressão Dinâmica do Projeto

A pressão dinâmica em condições normais de pressão e de temperatura (15°C) é

relacionada à velocidade característica Vk do vento.

Para definir a ação do vento, a pressão dinâmica do mesmo é definida conforme a

equação, retirada do item 4.2.c da ABNT NBR 6123:1988:

q = 0,613. Vk²

q= 0,613. 32,63²

q = 67 kgf/m²

3.4.3 Coeficientes de Pressão (Cpe) e de Forma Externos para as paredes do projeto (Nbr

6123:1988)

As Figuras 17 e 18 representam graficamente os coeficientes de pressão externa, para

vento incidente a 0º e 90º, respectivamente.

a = 54,00 m Maior dimensão horizontal da edificação

b = 20,00 m Menor dimensão horizontal da edificação

h = 6,30 m Altura da edificação

a1= Max ( b/3; a/4) ≤2 .h = 12,60 m

a 2 = (a/2)- a1 = 14,40 m

Figura 17: Coeficiente de pressão e de forma externos para paredes de edificações de planta

retangular para vento a 0º.

40

a = 54,00 m Maior dimensão horizontal da edificação

b = 20,00 m Menor dimensão horizontal da edificação

h = 6,30 m Altura da edificação

b1 = Min ( b/2; 2.h) = 10,00 m

Figura 18: Coeficiente de pressão e de forma externos para paredes de edificações de planta

retangular para vento a 90º.

3.4.4 Coeficientes de Pressão (Cpe) e de Forma Externo para telhados com duas águas em

edificações de planta retangular do projeto

Deve-se calcular a relação entre altura e largura, definir o ângulo de inclinação do

telhado e observar os coeficientes do quadro 8 da NBR 6123/1988.

As Figuras 19 e 20 apresentam os coeficientes de pressão e de forma externo para

telhados com duas águas em edificações de planta retangular, obtidos através do Programa

Mcalc 3D.

Figura 19: Coeficiente de pressão e de forma externos, para telhados com duas águas,

de edificação de planta retangular do projeto.

41

Vento a 0º

Vento a 90º

Figura 20: Coeficiente de pressão e de forma externos, para telhados com duas águas, de

edificação de planta retangular do projeto.

3.4.5 Coeficiente de Pressão Interna

Neste projeto foram consideradas as quatro faces igualmente permeáveis:

- Cpi = -0,3 ou 0 (considerar o valor mais nocivo);

Na Figura 21 é apresentado o coeficiente de pressão interna para o galpão analisado.

Vento a 0º

42

Figura 21: Coeficientes de pressão interna

Vento a 90º

3.5 COMBINAÇÕES

Todas as combinações de ações devem ser consideradas para verificar os efeitos mais

desfavoráveis na estrutura. Os valores das ações devem ser multiplicados pelos coeficientes de

ponderação, sendo que as ações permanentes devem constar em todas as combinações e quanto

às ações variáveis, enquanto uma é considerada como a principal, atua com seu valor

característico, as demais são secundárias.

Nas equações 1 a 4 são apresentadas as equações e coeficientes da NBR 8681/2003 que

foram utilizadas para dimensionamento no software de cálculo de estrutura mCalc3D.

• Combinação 01 - 1,25 x G (peso próprio) + 1,5 x Q (sobrecarga);

• Combinação 02 - 1,0 x G (peso próprio) + 1,4 x V90° (vento transversal);

• Combinação 03 - 1,0 x G (peso próprio) + 1,4 x V0° (vento transversal);

• Combinação 04 - 1,0 x G (peso próprio) + 1,4 x V0° (vento longitudinal)

A pressão interna não foi inclusa nas combinações 3 e 4, pois no projeto ela pode

assumir os valores de -0,3 ou 0. Caso seja assumido o valor -0,3, este tem sentido contrário às

outras ações, sendo assim uma ação favorável. Como a pior situação seria ela assumir o valor

zero, a pressão interna foi suprimida das combinações.

43

4 RESULTADOS

Todas as cargas calculadas, permanentes, sobrecarga e ações do vento, foram aplicadas na

treliça para seu dimensionamento no programa de cálculo estrutural MCalc 3D.

As combinações do item 5 foram inseridas no software, o qual analisou a treliça para Estado

dos Limites Últimos (ELU).

4.1 CONFIGURAÇÃO : ISOSTÁTICO

No Anexo A está apresentada uma imagem da tesoura com os respectivos números nas

barras, para melhor identificar seu dimensionamento. No Anexo B esta apresentado a relação

de todas as barras dimensionadas e solicitações de ações de envoltória de máxima.

Nesta configuração as barras mais solicitadas, tanto a tração como a compressão estão

próximas ao apoio simples, barras 24 e 11, respectivamente, o que é visível no

dimensionamento, que resultou em barras mais robustas em relação as demais.

No Quadro 2 é apresentado o resumo dos perfis para a configuração isostática, que

resultou em um peso final de 558,37 kgf.

Quadro 2: Resumo dos perfis para treliça Isostática.

Grupo Perfil L total Peso(kgf)

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

[ 125 x 75 x 3.75

[ 125 x 75 x 6.3

[ 125 x 75 x 8

[ 120 x 60 x 3

[ 120 x 60 x 4.8

[ 120 x 60 x 6.3

[ 100 x 40 x 4.25

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2.65

[ 100 x 50 x 2

208.14

599.99

1199.96

506.07

298.78

1195.15

524.75

2320.14

366.98

69.32

15.93

74.12

183.12

27.17

24.86

126.96

28.54

62.65

12.93

2.09

4.2 CONFIGURAÇÃO: HIPERESTÁTICO

No quadro 1 é mostrado um resumo dos perfis utilizados no dimensionamento da treliça

para a configuração hiperestática. No Anexo B é apresentado a relação de todas as barras

dimensionadas e solicitações de ações de envoltória de máxima.

44

Nesta configuração as barras mais solicitadas, tanto a tração como a compressão estão

próximas ao apoio, as barras 42 e 11, respectivamente, sendo a barra 11 a diagonal mais próxima

do apoio duplo.

O peso final da tesoura resultou em 468,38 kgf.

Quadro 1 – Resumo de perfis para treliça externamente hiperestática.

Grupo Perfil Aço L total Peso(kgf)

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

[ 120 x 60 x 4.8

[ 120 x 75 x 6.3

[ 120 x 75 x 8

[ 100 x 75 x 6.3

[ 100 x 75 x 3.35

[ 100 x 50 x 2.65

[ 100 x 50 x 2.25

[ 100 x 40 x 4.25

[ 80 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 3

[ 50 x 30 x 3

[ 50 x 25 x 2

[ 50 x 25 x 1.5

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

208.1

299.98

1500.01

207.26

448.17

746.98

597.59

524.72

1334.36

366.99

258.64

105.54

690.98

17.31

36.32

224.2

23.04

27.89

29.43

20.16

28.53

31.84

14.52

5.97

1.52

7.65

4.3 CONFIGURAÇÃO 03: APOIO ELÁSTICO

4.3.1 Constante elástica Kx = 13125,3 kgf/cm

No Anexo B estão apresentadas a relação de todas as barras dimensionadas e

solicitações de ações de envoltória de máxima e no Quadro 3 esta apresentado um resumo os

perfis utilizados nesta configuração de apoio.

Nesta última configuração os maiores valores de solicitações de tração e compressão

estão nas barras 25( banzo inferior) e 10 ( banzo superior), respectivamente.

Nesta primeira configuração elástica as barras mais solicitadas a tração são as dos banzo

superior e as diagonais próximos aos apoios.

O peso da tesoura resultou em 505,53 kgf.

45

Quadro 3: Resumo dos perfis para treliça com apoio elástico.

Grupo Perfil Aço L total Peso(kgf)

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

[ 120 x 75 x 6.3

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 6.3

[ 125 x 75 x 2.65

[ 125 x 75 x 3

[ 125 x 75 x 3.35

[ 125 x 50 x 2.65

[ 125 x 50 x 3

[ 125 x 50 x 3.35

[ 100 x 50 x 6.3

[ 100 x 50 x 4.75

[ 100 x 50 x 2.25

[ 100 x 50 x 2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.5

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

404.04

1199.98

404.07

103.62

298.77

448.2

402.47

298.79

448.15

221.71

316.86

326.82

1440.86

842.08

213.06

48.91

183.12

49.92

5.7

18.5

30.83

17.95

14.99

24.94

19.17

21.39

11.03

43.43

11.91

3.74

4.3.2 Constante elástica Kx = 26250,6 kgf/cm

No anexo B estão apresentadas a relação de todas as barras dimensionadas e solicitações

de ações de envoltória de máxima e no Quadro 4 o resumo dos perfis utilizados.

Os resultados desta configuração são análogos á da anterior, as barra mais solicitada são

a 25 e 10, tração e compressão. As barras menos solicitadas estão nos montantes e diagonais

centrais.

O peso final da tesoura resultou em 481,15 kgf.

Quadro 4: Resumo das barras.

Grupo Perfil Aço L total Peso(kgf)

1

2

3

4

5

6

7

8

9

[ 125 x 75 x 2

[ 120 x 75 x 6.3

[ 120 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 6.3

[ 125 x 75 x 2.65

[ 125 x 50 x 3.35

[ 100 x 50 x 6.3

[ 100 x 50 x 4.75

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

1207.7

149.98

299.99

1199.98

149.98

701.7

298.75

221.72

316.85

50.63

18.16

44.84

183.12

18.53

38.59

16.62

19.17

21.38

46

10

11

12

13

[ 100 x 50 x 2.25

[ 100 x 50 x 2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.5

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

326.81

1440.86

842.08

213.06

11.03

43.43

11.91

3.74

4.3.3 Constante elástica Kx = 52501,15 kgf/cm

No Anexo B estão apresentadas a relação de todas as barras dimensionadas e

solicitações de ações de envoltória de máximas no Quadro 5 o resumo dos perfis utilizados.

Nesta última configuração os maiores valores de solicitações de tração e compressão

estão nas barras 25 e 10, respectivamente. As barras menos solicitadas continuam nos

montantes e diagonais, resultados análogos as demais configurações de mola, porém valores

menores, o que é visto no dimensionamento que resultou em perfis menos robustos e menor

peso final da estrutura.

O peso final da tesoura resultou em 454,98 kgf.

Quadro 5: Resumo das barras.

Grupo Perfil Aço L total Peso(kgf)

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

[ 125 x 75 x 2.65

[ 120 x 75 x 6.3

[ 120 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 6.3

[ 125 x 50 x 2.65

[ 125 x 50 x 2.25

[ 100 x 50 x 6.3

[ 100 x 50 x 4.75

[ 100 x 50 x 2.25

[ 100 x 40 x 1.2

[ 100 x 50 x 2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.5

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

ASTM A36

208.15

149.98

299.99

1199.98

149.98

207.31

1792.69

221.72

316.85

326.81

690.63

750.23

842.08

213.06

11.45

18.16

44.84

183.12

18.53

9.25

68.39

19.17

21.38

11.03

11.4

22.61

11.91

3.74

47

5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Para o dimensionamento da treliça, arbitrou-se inicialmente o peso da estrutura ( treliça,

terças, elementos de contraventamentos, mão francesa, etc) como sendo 11 kgf/m. Para a

tesoura em si foi arbitrado um peso de 5kgf/ m². Abaixo é mostrada a conferência para o peso

da tesoura, para isso utilizou-se o peso da estrutura resultante da configuração isostática, que

foi a que apresentou o peso intermediário.

Largura: 20 m

Distância entre os pórticos: 6 m

Peso: 670,65 kgf

Peso= 670,65 /20 x 6 = 5,6 kgf/m²

Pode-se ver que o valor obtido é um pouco maior que o valor arbitrado, isso deve-se ao

fato de que no peso arbitrado para a estrutura inicialmente, foram considerados pesos

aproximados para cada item da estrutura. Sendo assim, pode-se considerar que o valor

resultante está de acordo com o que foi arbitrado, visto que o peso somente da tesoura

geralmente resulta em torno de 4 a 6 kgf/m².

5.1 PESO DA TRELIÇA

No Quadro 6 é mostrado um resumo do peso das treliças bem como dos deslocamentos e

reações de apoio apresentados para as diferentes configurações.

Quadro 6: Quadro resumo de pesos.

Configuração Peso da Treliça Deslocamento

horizontal - dx

Reação de apoio

( kgf)

Fx Fz

Hiperestática 468,38 kgf 0 -17062,87 3963,88

Isostática 558,37 kgf 13 mm 0 3963,88

Elástico –Kx=

13125,3

505,53 kgf 13 mm -11216,7 3963,88

Elástico- Kx= 26250,6 481,15 kgf 6,5 mm -14000,54 3963,88

Elástico-

Kx=52501,15

454,98 kgf 3,25 mm -16050,39 3963,88

Percebe-se que nas configuração com apoio elástico, permitindo apenas um pequeno

deslocamento na mola os esforços diminuem significativamente, o que é evidenciado no peso

48

da estrutura após seu dimensionamento fazendo uma comparação dos esforços com as 3

diferentes constantes de mola. Percebeu-se que se o deslocamento permitido for menor, os

reação no topo do pilar será maior, porem a estrutura final é mais leve, pois analisando em

conjunto, os demais esforços nas barras são menores.

Pode-se ver, conforme anexo A, que os esforços no banzo superior, na configuração

hiperestática são bem maiores que os esforços do banzo inferior. Isto influencia no

dimensionamento das barras, que são mais robustas no banzo superior do que no inferior.

Já na configuração isostática, os valores de esforços nos banzos inferior e superior já

são bem semelhantes, porém maiores, se comparados a da configuração hiperestática, assim as

barras utilizadas são mais parecidas quanto à espessura nesta configuração.

Depois de efetuados os dimensionamentos, podemos analisar as diferentes

configurações de apoio e perceber que a que resultou em menor peso da estrutura foi a

configuração de apoios semirrígidos com maior constante de mola, e logo após a hiperestática,

percebeu-se que adotando um apoio semirrígido os esforços são um pouco maiores, mas ainda

assim é possível obter um estrutura relativamente leve, analisada sem o dimensionamento dos

pilares. Apenas na configuração semirrígida com menor deslocamento permitido foi possível

obter uma estrutura mais leve que a hiperestática, devido aos esforços nas barras terem sido

menores, mesmo a reação horizontal sendo maior na hiperestática.

Sabe-se que os vínculos com impedimento parcial, através de modelos com molas

elásticas ou inelásticas procuram simular com maior realismo o comportamento das fundações

já que na estrutura verdadeira é pouco provável que haja um impedimento total aos

deslocamentos e rotações. O objetivo de se usar um apoio elástico na configuração

hiperestática, foi reduzir o valor da reação horizontal no topo do pilar, o que pôde-se perceber

que foi satisfatório, comparando-se com a configuração isostática, visto que a treliça com esta

configuração de apoio apresentou menor peso final que a isostática.

5.2 VERIFICAÇÃO DA FLECHA

Como parte do processo de dimensionamento, será feita a verificação do Estado Limite

de Serviço, a flecha. Para isso, foram retirados os valores de flecha máximos obtidos pelo

programa computacional Mcalc 3D, nas combinações de ELS e apresentados no Quadro 8,

abaixo. As tolerâncias de deslocamentos máximos foram adotadas conforme as recomendações

descritas na tabela C.1 do anexo C da norma NBR 8800/08

49

Quadro 8- Valores de flecha máxima.

CONFIGURAÇÃO FLECHA (mm) FLECHA LIMITE - L/250 (mm)

Hiperestático 45,39 80

Isostático 76,95 80

Elástico – kx= 13125,3 60,38 80

Elástico- kx= 26250,6 49,63 80

Elástico- kx= 52501,15 42,44 80

Pode-se ver pelo quadro acima que em todas as configurações o Estado de Limite de

Serviço foi respeitado. Porém a configuração isostática foi a que apresentou maior valor de

flecha, com uma folga de menos de 4% do deslocamento máximo recomendado por norma.

Percebe-se que as demais configurações de apoio apresentaram valores mais próximos

de flecha, exceto a configuração com maior constante de mola , que apresentou um valor 25%

inferior ao permitido, enquanto as demais configurações apresentaram quase metade do valor

de flecha permitida.

50

6 CONCLUSÃO

Após definição das dimensões do pavilhão e da tesoura, foram definidas as ações que

atuam sobre o mesmo, ou seja, as ações permanentes que correspondem ao peso próprio da

tesoura e das terças, e as ações variáveis relacionadas à sobrecarga e a ação do vento. Após

foram feitas as combinações e aplicadas as cargas na estrutura e feito o dimensionamento no

programa MCalc3D.

O peso de aço é normalmente tomado como critério inicial para comparação das

tipologias de galpões de uso geral. Da mesma forma, no presente trabalho optou-se por utilizar

o peso de aço, que seria consumido, como parâmetro de comparação entre tipologias.

Assim verificou-se que a configuração de apoio que resultou em menor peso de aço,

analisando-se isoladamente, e consequentemente seria mais econômica, respeitando os

critérios de dimensionamento, é a configuração semirrígida com maior constante de mola, logo

após esta a configuração hiperestática, com uma diferença de peso de 13,4 kgf.

Utilizando-se uma configuração de apoio semirrígido que permitiu um pequeno

deslocamento, verificou-se que o peso final da tesoura foi menor do que se fosse permitido um

deslocamento maior, ou seja, uma constante de mola menor.

A configuração que apresentou maior peso para a treliça foi a configuração isostática,

pois apresentou os maiores valores de esforços nas barras. Percebe-se que utilizando um apoio

semirrígido que, ao permitir um pequeno deslocamento a treliça já apresentou esforços

menores, mesmo para deslocamentos permitidos próximos ao que ocorrem na configuração

isostática..

Conclui-se que, ao adotar um configuração de apoios elásticos que permita um pequeno

deslocamento, esta já contribui para o alívio dos esforços na estrutura, pois as reações

horizontais no topo do pilar são reduzidas e percebe-se uma diferença no peso final da treliça.

51

REFERÊNCIAS

ABCEM, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSTRUÇÃO METÁLICA, Manual

Técnico: Telhas de aço. 1. ed. São Paulo, 2009.

ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS DE NORMAS TÉCNICAS.

NBR 6120: Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edificações, Rio de Janeiro, 1980.

ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS DE NORMAS TÉCNICAS.

NBR 14762: Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a

frio. Rio de Janeiro, 2010.

ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS DE NORMAS TÉCNICAS.

NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificação. Rio de Janeiro, 1988.

ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS DE NORMAS TÉCNICAS.

NBR 8800: Projeto e Execução de Estruturas de Aço de Edifícios. Rio de Janeiro, 2008.

ANDRADE, Paulo Alcides; Porque Construir com Estruturas Metálicas. São

Paulo, 2000

BELLEI, I. H. et al. Edifícios de múltiplos andares em aço. 2. Ed. São Paulo:

Editora Pini Ltda, 2008.

BELLEI, I. H. Edifícios industriais em aço – projeto e cálculo. 2. ed. São Paulo:

Editora Pini Ltda, 1998.

BONFIM .C. Vínculos estruturais. Apostila da disciplina de Sistemas estruturais em

concreto armado da Universidade Salvador, 2009.

BRASIL. Instituto aço - Centro Brasileiro da construção em aço. Manual de

Construção em aço - Galpões para usos gerais. 4.ed. 2010.

52

DI PIETRO, João Eduardo, O Conhecimento Qualitativo das Estruturas das

Edificações na Formação do Arquiteto. Florianópolis, UFSC, 2000. (Tese Doutorado em

Engenharia).

FONSECA, A.C.; PINHEIRO, B. Estruturas metálicas – cálculos, detalhes,

exercícios e projetos. 2. ed. São Paulo: Editora Edgard Ltda, 2005.

GOMES, M.I.S. Estudo e análise de treliças. Apostila da disciplina de Estática do

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, 2016.

PFEIL, W.; PFEIL, M. Estruturas de aço dimensionamento prático. 8. ed. Rio de

Janeiro: Editora LTC, 2009.

SILVA, Luís Fernando Elyas Cerqueira. Modelagem numérica de ligação viga-pilar

em estruturas pré-moldadas: comparação numérico-experimental. Monografia –

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2013.

STABILE. mCalc3D. Disponível em. Acesso em 04 set. 2017.

VASCONCELLOS FILHO, A. Teoria das estruturas: método dos deslocamentos,

processos de Cross. tabelas. Belo Horizonte: Escola de Engenharia UFMG, 1986.

53

ANEXO A

Treliça estudada com a numeração das barras.

54

Anexo B

Configuração Isostática

1. DIMENSIONAMENTO

Unidades: kgf-cm

Barra Normal Cortante Y Cortante Z Momento Y Momento Z Dimensionamento

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

14317.07 15203.04

0.94

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1.05

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0.95

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0.98

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0.95

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29398.58 0.89

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22850.27 1.04

23867.23 22851.18

1.04

26293.06 29398.74

0.89

28046.88 29399.69

0.95

28754.14 29399.92

0.98

27818.21 29398.75

0.95

24027.25 22851.52

1.05

14330.03

15201.78 0.94

114.06 10400.34

0.01

0 6903.41

0

0 10721.45

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0

12872.73 0

0

10721.45 0

0 10721.45

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 10721.45

0

0

6903.41 0

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0

0 5625

0

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0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0

10145.45 0

0

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0 8573.73

0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0 8573.73

0

0

5625 0

0 4418.18

0

0 76755.42

0

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0

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0

0 165008.08

0

0 165008.08

0

0

165008.08 0

0

138089.47 0

0 138089.47

0

0 165008.08

0

0 165008.08

0

0 165008.08

0

0 165008.08

0

0 138089.47

0

0

76755.42 0

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0

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0

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0

0 99631.19

0

0 99631.19

0

0 99631.19

0

0

99631.19 0

0

85122.56 0

0 85122.56

0

0 99631.19

0

0 99631.19

0

0 99631.19

0

0 99631.19

0

0 85122.56

0

0

57374.43 0

0 12892.01

0

[ 125 x 75 x 3.75

[ 125 x 75 x 6.3

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 6.3

[ 125 x 75 x 6.3

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 6.3

[ 125 x 75 x 3.75

[ 120 x 60 x 3

55

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

8683.01 8227.24

1.06

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0.99

-27700.18 30755.46

0.9

-28632.75 30755.46

0.93

-27932.9

30755.46 0.91

-26184.76

30755.46 0.85

-26186.36 30755.46

0.85

-27934.74 30755.46

0.91

-28639.18 30755.46

0.93

-27705.33 30755.46

0.9

14601.76 14672.72

1

8691.02 8226.97

1.06

58.71

10399.29 0.01

9109.59

9460.05 0.96

6114.96 6070.75

1.01

2431.5 2985.51

0.81

882.68 2824.61

0.31

792.87 2631.47

0.3

2059.55

0 4418.18

0

0 6597.82

0

0 8144.18

0

0 8144.18

0

0

8144.18 0

0

8144.18 0

0 8144.18

0

0 8144.18

0

0 8144.18

0

0 8144.18

0

0 6597.82

0

0 4418.18

0

0

4418.18 0

0

3651.14 0

0 3651.14

0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0

0 4418.18

0

0 6597.82

0

0 8144.18

0

0 8144.18

0

0

8144.18 0

0

8144.18 0

0 8144.18

0

0 8144.18

0

0 8144.18

0

0 8144.18

0

0 6597.82

0

0 4418.18

0

0

4418.18 0

0

4810.23 0

0 4810.23

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0

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0

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0

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0

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0

0

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0

106869.64 0

0 106871.99

0

0 106870.81

0

0 106871.99

0

0 106873.17

0

0 84740.43

0

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0

0

50364.48 0

0

42425.61 0

0 38314.07

0

0 15704.76

0

0 15350.52

0

0 14918.04

0

0

0 12892.01

0

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0

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0

0 25486.79

0

0

25486.79 0

0

25486.79 0

0 25486.79

0

0 25486.79

0

0 25486.79

0

0 25486.79

0

0 19955.12

0

0 12892.01

0

0

12892.01 0

0

7901.81 0

0 7901.81

0

0 3813.14

0

0 3789.85

0

0 3762.26

0

0

[ 120 x 60 x 3

[ 120 x 60 x 4.8

[ 120 x 60 x 6.3

[ 120 x 60 x 6.3

[ 120 x 60 x 6.3

[ 120 x 60 x 6.3

[ 120 x 60 x 6.3

[ 120 x 60 x 6.3

[ 120 x 60 x 6.3

[ 120 x 60 x 6.3

[ 120 x 60 x 4.8

[ 120 x 60 x 3

[ 120 x 60 x 3

[ 100 x 40 x 4.25

[ 100 x 40 x 4.25

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

56

35

36

37

38

39

40

41

42

43

44

45

46

47

48

49

50

51

52

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

2434.66 0.85

2964.52

2888.68 1.03

2967.83 2889.19

1.03

2059.44 2434.42

0.85

798.19 2631.87

0.3

883.68 2824.61

0.31

2429.58

2985.98 0.81

6111.82

6069.95 1.01

9117.24 9458.25

0.96

5704.85 5975.77

0.95

4129.27 5887.82

0.7

2541.97 5504.91

0.46

1332.35

5273.53

0.25

413.5 5017.05

0.08

517.36

4746.38 0.11

1005.49

4471 0.22

2161.09 4173.84

0.52

1005.28 4471 0.22

518.92 4746.38

1963.64 0

0

2507.86 0

0 2507.86

0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0

1963.64 0

0

3651.14 0

0 3651.14

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0 1963.64

0

0

1963.64

0

0 1963.64

0

0

1963.64 0

0

1963.64 0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0 1963.64

2509.09 0

0

3230.59 0

0 3230.59

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0

2509.09 0

0

4810.23 0

0 4810.23

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0

2509.09

0

0 2509.09

0

0

2509.09 0

0

2509.09 0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0 2509.09

14417.07 0

0

20660.44 0

0 20662.04

0

0 14416.43

0

0 14918.99

0

0 15350.52

0

0

15705.78 0

0

38313.04 0

0 42423.5

0

0 21646.05

0

0 21646.05

0

0 20359.96

0

0

20359.96

0

0 20359.96

0

0

19717.47 0

0

19010.69 0

0 18234.94

0

0 19010.69

0

0 19717.47

3731.45 0

0

5016.91 0

0 5016.97

0

0 3731.41

0

0 3762.32

0

0 3789.85

0

0

3813.21 0

0

7901.81 0

0 7901.81

0

0 16317.84

0

0 16317.84

0

0 3939.95

0

0

3939.95

0

0 3939.95

0

0

3939.95 0

0

3939.95 0

0 3939.95

0

0 3939.95

0

0 3939.95

[ 100 x 40 x 2.65

[ 100 x 40 x 2.65

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 4.25

[ 100 x 40 x 4.25

[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

57

53

54

55

56

57

Sd/Rd

Sol.

Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

0.11

413.79

5017.05

0.08

1331.31 5273.53

0.25

2540.67 5504.91

0.46

4129.05 5699.8

0.72

5704.85 5807.46

0.98

0

0

1963.64

0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0

0

2509.09

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0

0

20359.96

0

0 20359.96

0

0 20359.96

0

0 20359.96

0

0 20359.96

0

0

0

3939.95

0

0 3939.95

0

0 3939.95

0

0 3939.95

0

0 3939.95

0

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 2

Configuração Hiperestática

1. DIMENSIONAMENTO

Unidades: kgf-cm

Barra Normal Cortante Y Cortante Z Momento Y Momento Z Dimensionamento

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

14317.07

18148.16 0.79

24019.13

21948.43 1.09

27813.04 28262.53

0.98

28747.85 28262.53

1.02

28044.88 28262.74

0.99

26291.59 28262.13

0.93

23866.97 28262.13

0.84

23867.23 28262.74

0.84

26293.06

28262.49 0.93

28046.87

28262.76 0.99

0

6597.82 0

0

10721.45 0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0

12872.73 0

0

12872.73 0

0

6597.82 0

0

8144.18 0

0 9600

0

0 9600

0

0 9600

0

0 9600

0

0 9600

0

0 9600

0

0

9600 0

0

9600 0

0

87022.5 0

0

130714.67 0

0 155962.83

0

0 155962.83

0

0 155962.83

0

0 155962.83

0

0 155962.83

0

0 155962.83

0

0

155962.83 0

0

155962.83 0

0

48855.63 0

0

82346.32 0

0 96307.9

0

0 96307.9

0

0 96307.9

0

0 96307.9

0

0 96307.9

0

0 96307.9

0

0

96307.9 0

0

96307.9 0

[ 120 x 60 x 4.8

[ 120 x 75 x 6.3

[ 120 x 75 x 8

[ 120 x 75 x 8

[ 120 x 75 x 8

[ 120 x 75 x 8

[ 120 x 75 x 8

[ 120 x 75 x 8

[ 120 x 75 x 8

[ 120 x 75 x 8

58

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

28754.14 28262.53

1.02

27818.21 28262.53

0.98

24027.25 21948.43

1.09

14330.03 18147.66

0.79

24557.02

24113.93 1.02

10297.28

8138.14 1.27

2264.96 5370.88

0.42

4055.44 5370.88

0.76

4091.27 5371.07

0.76

3119.6 4205.79

0.74

1505.41 4205.79

0.36

1663.94 4206.02

0.4

3278.87

4205.83 0.78

4252.83

5371.07 0.79

4216.8 5370.88

0.79

2428.17 8137.86

0.3

10284.27 8138.14

1.26

24557.02 24113.32

1.02

9109.59

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 10721.45

0

0 6597.82

0

0

10721.45 0

0

6240.14 0

0 3230.59

0

0 3230.59

0

0 3230.59

0

0 2792.05

0

0 2792.05

0

0 2792.05

0

0

2792.05 0

0

3230.59 0

0 3230.59

0

0 6240.14

0

0 6240.14

0

0 10721.45

0

0

0 9600

0

0 9600

0

0 8144.18

0

0 6597.82

0

0

6426 0

0

3956.05 0

0 3230.59

0

0 3230.59

0

0 3230.59

0

0 2792.05

0

0 2792.05

0

0 2792.05

0

0

2792.05 0

0

3230.59 0

0 3230.59

0

0 3956.05

0

0 3956.05

0

0 6426

0

0

0 155962.83

0

0 155962.83

0

0 130714.67

0

0 87022.5

0

0

102424.38 0

0

48825.89 0

0 28688.43

0

0 28688.43

0

0 28689.06

0

0 22891.67

0

0 22891.67

0

0 22892.22

0

0

22891.67 0

0

28689.06 0

0 28688.43

0

0 48825.89

0

0 48825.89

0

0 102424.38

0

0

0 96307.9

0

0 96307.9

0

0 82346.32

0

0 48855.63

0

0

37881.01 0

0

20847.5 0

0 7780.23

0

0 7780.23

0

0 7780.31

0

0 6593.74

0

0 6593.74

0

0 6593.83

0

0

6593.75 0

0

7780.31 0

0 7780.23

0

0 20847.26

0

0 20847.5

0

0 37881.01

0

0

[ 120 x 75 x 8

[ 120 x 75 x 8

[ 120 x 75 x 6.3

[ 120 x 60 x 4.8

[ 100 x 75 x 6.3

[ 100 x 75 x 3.35

[ 100 x 50 x 2.65

[ 100 x 50 x 2.65

[ 100 x 50 x 2.65

[ 100 x 50 x 2.25

[ 100 x 50 x 2.25

[ 100 x 50 x 2.25

[ 100 x 50 x 2.25

[ 100 x 50 x 2.65

[ 100 x 50 x 2.65

[ 100 x 75 x 3.35

[ 100 x 75 x 3.35

[ 100 x 75 x 6.3

[ 100 x 40 x 4.25

59

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

41

42

43

44

45

46

47

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

9460.05 0.96

6114.96

6070.09 1.01

2431.49 2760.08

0.88

882.68 2619.35

0.34

792.87 2453.14

0.32

2059.55 2269.09

0.91

2964.52

3222.78 0.92

2967.83

3223.13 0.92

2059.44 2269.2

0.91

798.19 2453.14

0.33

883.69 2619.35

0.34

2429.58 2760.19

0.88

6111.82

6069.95

1.01

9117.24 9459.67

0.96

5704.85

5597.9 1.02

4129.27

5358.6 0.77

2541.97 2964.06

0.86

1332.35 1922.59

0.69

413.5 1709.93

3651.14 0

0

3651.14 0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0

2781.82 0

0

2781.82 0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0

3651.14

0

0 3651.14

0

0

1963.64 0

0

1963.64 0

0 1145.45

0

0 900

0

0 900

4810.23 0

0

4810.23 0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0

3600 0

0

3600 0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0 1963.64

0

0

4810.23

0

0 4810.23

0

0

1554.55 0

0

1554.55 0

0 1145.45

0

0 900

0

0 900

42425.61 0

0

38313.22 0

0 11927.23

0

0 11704.73

0

0 11437.23

0

0 11126.78

0

0

23993.15 0

0

23994.12 0

0 11126.96

0

0 11437.23

0

0 11704.74

0

0 11927.42

0

0

38313.04

0

0 42425.18

0

0

10080.18 0

0

10080.18 0

0 6295.03

0

0 4384.92

0

0 4153.81

7901.81 0

0

7901.81 0

0 3591.4

0

0 3568

0

0 3540.86

0

0 3510.69

0

0

5727.37 0

0

5727.4 0

0 3510.71

0

0 3540.86

0

0 3568

0

0 3591.42

0

0

7901.81

0

0 7901.81

0

0

2954.62 0

0

2954.62 0

0 1443.51

0

0 1106.76

0

0 1102.82

[ 100 x 40 x 4.25

[ 80 x 40 x 2

[ 80 x 40 x 2

[ 80 x 40 x 2

[ 80 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 3

[ 100 x 40 x 3

[ 80 x 40 x 2

[ 80 x 40 x 2

[ 80 x 40 x 2

[ 80 x 40 x 2

[ 100 x 40 x 4.25

[ 100 x 40 x 4.25

[ 50 x 30 x 3

[ 50 x 30 x 3

[ 50 x 25 x 2

[ 50 x 25 x 1.5

[ 50 x 25 x 1.5

60

48

49

50

51

52

53

54

55

56

57

Sd/Rd

Sol.

Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

0.24

517.36

1402.79

0.37

1005.49 1113.83

0.9

2161.09 2609.73

0.83

1005.28 1113.83

0.9

518.92 1402.79

0.37

413.79 1709.93

0.24

1331.31 1922.58

0.69

2540.67

2964.06 0.86

4129.05

5358.6 0.77

5704.85 5597.9

1.02

0

0

900

0

0 900

0

0 1963.64

0

0 900

0

0 900

0

0 900

0

0 900

0

0

1145.45 0

0

1963.64 0

0 1963.64

0

0

0

900

0

0 900

0

0 1554.55

0

0 900

0

0 900

0

0 900

0

0 900

0

0

1145.45 0

0

1554.55 0

0 1554.55

0

0

0

3907.71

0

0 3650.31

0

0 9205.18

0

0 3650.31

0

0 3907.71

0

0 4153.81

0

0 4384.92

0

0

6295.03 0

0

10080.18 0

0 10080.18

0

0

0

1078.94

0

0 1057.77

0

0 2954.62

0

0 1057.77

0

0 1078.94

0

0 1102.82

0

0 1106.76

0

0

1443.51 0

0

2954.62 0

0 2954.62

0

[ 50 x 25 x 1.5

[ 50 x 25 x 1.5

[ 50 x 30 x 3

[ 50 x 25 x 1.5

[ 50 x 25 x 1.5

[ 50 x 25 x 1.5

[ 50 x 25 x 1.5

[ 50 x 25 x 2

[ 50 x 30 x 3

[ 50 x 30 x 3

Configuração Deslocável- Kx= 13125,3 kgf/cm

1. DIMENSIONAMENTO

Unidades: kgf-cm

Barra Normal Cortante Y Cortante Z Momento Y Momento Z Dimensionamento

1

2

3

4

5

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

-88.24 35050.91

0.00

14316.99 21948.35

0.65

24020.58 21948.11

1.09

27811.54

29398.74 0.95

28747.55

29398.98 0.98

0 10721.45

0

0 10721.45

0

0 10721.45

0

0

12872.73 0

0

12872.73 0

0 8144.18

0

0 8144.18

0

0 8144.18

0

0

10145.45 0

0

10145.45 0

0 130714.67

0

0 130714.67

0

0 130714.67

0

0

165008.08 0

0

165008.08 0

0 82346.32

0

0 82346.32

0

0 82346.32

0

0

99631.19 0

0

99631.19 0

[ 120 x 75 x 6.3

[ 120 x 75 x 6.3

[ 120 x 75 x 6.3

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

61

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

28046.87 29398.36

0.95

26291.31 29398.4

0.89

26293.2 29398.93

0.89

28048.55 29398.69

0.95

28754.15

29398.98 0.98

27816.55

29398.73 0.95

24028.69 22851.18

1.05

14330.03 22851.43

0.63

-88.24 35766.82

0.00

1883.42 9334.99

0.2

6107.16 9035.52

0.68

7738.1 10543.65

0.73

7734.53

10544.28 0.73

7163.65

10543.96 0.68

6058.2 9035.16

0.67

4542.89 6792.88

0.67

4542.89 6793.46

0.67

6059.19 8014.1

0.76

7164.78

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0

12872.73 0

0

12872.73 0

0 10721.45

0

0 10721.45

0

0 10721.45

0

0 5037.41

0

0 5645.45

0

0 6240.14

0

0

6240.14 0

0

6240.14 0

0 5645.45

0

0 3230.59

0

0 3230.59

0

0 3600

0

0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0

10145.45 0

0

10145.45 0

0 8573.73

0

0 8573.73

0

0 8573.73

0

0 4134

0

0 4622.73

0

0 5098.09

0

0

5098.09 0

0

5098.09 0

0 4622.73

0

0 4134

0

0 4134

0

0 4622.73

0

0

0 165008.08

0

0 165008.08

0

0 165008.08

0

0 165008.08

0

0

165008.08 0

0

165008.08 0

0 138089.47

0

0 138089.47

0

0 138089.47

0

0 47841.3

0

0 56716.98

0

0 65927.55

0

0

65927.55 0

0

65927.55 0

0 56716.98

0

0 38553.84

0

0 38555.81

0

0 45400.8

0

0

0 99631.19

0

0 99631.19

0

0 99631.19

0

0 99631.19

0

0

99631.19 0

0

99631.19 0

0 85122.56

0

0 85122.56

0

0 85122.56

0

0 17598.55

0

0 19813.46

0

0 22003.61

0

0

22003.61 0

0

22003.61 0

0 19813.46

0

0 8131.31

0

0 8131.31

0

0 9138.16

0

0

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 6.3

[ 125 x 75 x 6.3

[ 125 x 75 x 6.3

[ 125 x 75 x 2.65

[ 125 x 75 x 3

[ 125 x 75 x 3.35

[ 125 x 75 x 3.35

[ 125 x 75 x 3.35

[ 125 x 75 x 3

[ 125 x 50 x 2.65

[ 125 x 50 x 2.65

[ 125 x 50 x 3

[ 125 x 50 x 3.35

62

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

41

42

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

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8918.06 0.9

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0.9

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0.77

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0.22

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0.87

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4131.28

4314.78 0.96

1056.83 3459.9

0.31

1109.52 3328.29

0.33

1892.08 3188.22

0.59

2467.11 3042.33

0.81

2599

3042.56

0.85

1983.25 3188.07

0.62

1147.24

3328.46 0.34

1058.12

3459.9 0.31

4128.07 4315 0.96

10241.72 10347.04

0.99

15263.32 17438.83

3956.05 0

0

3956.05 0

0 3956.05

0

0 3600

0

0 3230.59

0

0 6426

0

0

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0

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0 2509.09

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0

2509.09

0

0 2509.09

0

0

2509.09 0

0

2509.09 0

0 2792.05

0

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0

0 6426

5098.09 0

0

5098.09 0

0 5098.09

0

0 4622.73

0

0 4134

0

0 6426

0

0

5246.59 0

0

2792.05 0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0

2509.09

0

0 2509.09

0

0

2509.09 0

0

2509.09 0

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0

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0

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0

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0

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0

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0

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0

0

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0

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0

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0

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0

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0

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0

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0

0

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0

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0

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0

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10130.28 0

0

10130.28 0

0 10130.28

0

0 9138.16

0

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0

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0

0

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0

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0

0

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0

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0

0

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0

5740.07 0

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0

0 13490.38

0

0 17302.9

[ 125 x 50 x 3.35

[ 125 x 50 x 3.35

[ 125 x 50 x 3

[ 125 x 50 x 2.65

[ 100 x 50 x 6.3

[ 100 x 50 x 4.75

[ 100 x 50 x 2.25

[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 50 x 2.25

[ 100 x 50 x 4.75

[ 100 x 50 x 6.3

63

43

44

45

46

47

48

49

50

51

52

53

54

55

56

57

Sd/Rd

Sol.

Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

0.88

295.51

2256.54

0.13

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0.95

1016.05 2108.42

0.48

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0.22

435.36 1865.27

0.23

1247 1728.24

0.72

1938.07 2320.15

0.84

0

4096.36 ---

1941.95

2320.15 0.84

1246.33 1728.24

0.72

438.51 1865.27

0.24

409.44 1993.74

0.21

1015.25 2108.42

0.48

2084.98 2204.08

0.95

295.79 2256.54

0.13

0

0

1230.55

0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0 1513.64

0

0

1230.55 0

0

1513.64 0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0

0

1148.73

0

0 1148.73

0

0 1148.73

0

0 1148.73

0

0 1148.73

0

0 1148.73

0

0 1411.36

0

0

1148.73 0

0

1411.36 0

0 1148.73

0

0 1148.73

0

0 1148.73

0

0 1148.73

0

0 1148.73

0

0 1148.73

0

0

0

6859.1

0

0 6859.1

0

0 6859.1

0

0 6859.1

0

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0

0 6613.31

0

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0

0

6081.45 0

0

8663.52 0

0 6613.31

0

0 6835.2

0

0 6859.1

0

0 6859.1

0

0 6859.1

0

0 6859.1

0

0

0

2321.95

0

0 2321.95

0

0 2321.95

0

0 2321.95

0

0 2321.95

0

0 2321.95

0

0 2846.62

0

0

2211.93 0

0

2846.62 0

0 2321.95

0

0 2321.95

0

0 2321.95

0

0 2321.95

0

0 2321.95

0

0 2321.95

0

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.5

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.5

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

Configuração Deslocável- Kx= 26250,6 kgf/cm

1. DIMENSIONAMENTO

Unidades: kgf-cm

Barra Normal Cortante Y Cortante Z Momento Y Momento Z Dimensionamen

64

to

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

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0.01

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0.65

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0.85

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0.95

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0.98

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0.95

26291.31

29398.4 0.89

26293.2 29398.93

0.89

28048.55 29398.69

0.95

28754.15 29398.98

0.98

27816.55 29398.73

0.95

24028.69 28262.53

0.85

14330.03 22851.43

0.63

-88.24

15924.09 0.01

5889.95

5735.38 1.03

4272.32 4780.2

0.89

5903.25

7600.14 0.78

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0.78

0 3872.73

0

0 10721.45

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0

12872.73 0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 10721.45

0

0

5037.41 0

0

3872.73 0

0 3872.73

0

0

5037.41 0

0 5037.41

0

0 3190.91

0

0 8144.18

0

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0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0

10145.45 0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0 9600

0

0 8573.73

0

0

4134 0

0

3190.91 0

0 3190.91

0

0

4134 0

0 4134

0

0 32531.24

0

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0

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0

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0

0 165008.08

0

0 165008.08

0

0

165008.08 0

0 165008.08

0

0 165008.08

0

0 165008.08

0

0 165008.08

0

0 155962.83

0

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0

0

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0

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0

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0

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0

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0

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0

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0

0 99631.19

0

0 99631.19

0

0

99631.19 0

0 99631.19

0

0 99631.19

0

0 99631.19

0

0 99631.19

0

0 96307.9

0

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0

0

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0

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0 13418.63

0

0

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0 17598.55

0

[ 125 x 75 x 2

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[ 120 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 120 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 6.3

[ 125 x 75 x 2.65

[ 125 x 75 x 2

[ 125 x 75 x 2

[ 125 x 75 x 2.65

[ 125 x 75 x 2.65

65

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

4957.57 7600.41

0.65

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0.44

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0.7

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0.93

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1.02

15251.27 17440.55

0.87

10246.94 10347.76

0.99

4131.28

4314.78 0.96

1056.83

3459.9 0.31

1109.52 3328.29

0.33

1892.08 3188.22

0.59

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0.81

2599 3042.56

0.85

1983.25

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0

0 3872.73

0

0 3872.73

0

0 3872.73

0

0

3872.73 0

0

5037.41 0

0 3956.05

0

0 3956.05

0

0 3872.73

0

0 3872.73

0

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0

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0

0

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0

2509.09 0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0

0 4134

0

0 3190.91

0

0 3190.91

0

0 3190.91

0

0

3190.91 0

0

4134 0

0 5098.09

0

0 5098.09

0

0 3190.91

0

0 3190.91

0

0 6426

0

0 5246.59

0

0

2792.05 0

0

2509.09 0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0

0 47753.76

0

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0

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0

0 32387.51

0

0

32387.12 0

0

47754.29 0

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0

0 52315.34

0

0 32387.51

0

0 32531.24

0

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0

0

13418.63 0

0

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0

0 10130.28

0

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0

0 13418.63

0

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0

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0

0

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0

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0

0

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[ 125 x 75 x 2

[ 125 x 75 x 2

[ 125 x 75 x 2

[ 125 x 75 x 2

[ 125 x 75 x 2.65

[ 125 x 50 x 3.35

[ 125 x 50 x 3.35

[ 125 x 75 x 2

[ 125 x 75 x 2

[ 100 x 50 x 6.3

[ 100 x 50 x 4.75

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[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 50 x 2

66

38

39

40

41

42

43

44

45

46

47

48

49

50

51

52

53

54

55

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

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Sol. Res.

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Sol. Res.

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Sol. Res.

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Sol.

Res.

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Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

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Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

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0.99

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0.88

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0.48

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0.22

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0.23

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0.72

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0.84

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---

1941.95

2320.15 0.84

1246.33

1728.24 0.72

438.51 1865.27

0.24

409.44 1993.74

0.21

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0

2509.09 0

0 2509.09

0

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0

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0

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0

0

1230.55 0

0

1230.55 0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0

1513.64

0

0 1230.55

0

0

1513.64 0

0

1230.55 0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0 1230.55

2509.09 0

0

2509.09 0

0 2509.09

0

0 2792.05

0

0 5246.59

0

0 6426

0

0

1148.73 0

0

1148.73 0

0 1148.73

0

0 1148.73

0

0 1148.73

0

0 1148.73

0

0

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0

0 1148.73

0

0

1411.36 0

0

1148.73 0

0 1148.73

0

0 1148.73

0

0 1148.73

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0

18014.12 0

0 18386.18

0

0 22087.79

0

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0

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0

0

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0

6859.1 0

0 6859.1

0

0 6859.1

0

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0

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0

0

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0

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0

0

8663.52 0

0

6613.31 0

0 6835.2

0

0 6859.1

0

0 6859.1

5620.06 0

0

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0

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0

2321.95 0

0

2321.95 0

0 2321.95

0

0 2321.95

0

0 2321.95

0

0 2321.95

0

0

2846.62

0

0 2211.93

0

0

2846.62 0

0

2321.95 0

0 2321.95

0

0 2321.95

0

0 2321.95

[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 50 x 2

[ 100 x 50 x 2.25

[ 100 x 50 x 4.75

[ 100 x 50 x 6.3

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.5

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.5

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

67

56

57

Sd/Rd

Sol.

Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

0.48

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0

0

1230.55

0

0 1230.55

0

0

0

1148.73

0

0 1148.73

0

0

0

6859.1

0

0 6859.1

0

0

0

2321.95

0

0 2321.95

0

[ 75 x 40 x 1.2

[ 75 x 40 x 1.2

Configuração Deslocável- Kx= 52501,15 kgf/cm

1. DIMENSIONAMENTO

Unidades: kgf-cm

Barra Normal Cortante Y Cortante Z Momento Y Momento Z Dimensionament

o

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

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Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

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0.01

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0.85

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0.95

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0.98

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29398.36 0.95

26291.31

29398.4 0.89

26293.2 29398.93

0.89

28048.55 29398.69

0.95

28754.15 29398.98

0.98

27816.55 29398.73

0.95

24028.69 28262.53

0.85

14330.04 22851.43

0 5037.41

0

0 10721.45

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0

12872.73 0

0

12872.73 0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 12872.73

0

0 10721.45

0 4134

0

0 8144.18

0

0 9600

0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0

10145.45 0

0

10145.45 0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0 10145.45

0

0 9600

0

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0

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0

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0

0 165008.08

0

0 165008.08

0

0

165008.08 0

0

165008.08 0

0 165008.08

0

0 165008.08

0

0 165008.08

0

0 165008.08

0

0 155962.83

0

0 138089.47

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0

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0

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0

0 99631.19

0

0 99631.19

0

0

99631.19 0

0

99631.19 0

0 99631.19

0

0 99631.19

0

0 99631.19

0

0 99631.19

0

0 96307.9

0

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[ 120 x 75 x 6.3

[ 120 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 8

[ 120 x 75 x 8

[ 125 x 75 x 6.3

68

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

Sd/Rd

Sol.

Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

0.63

-88.24

15924.09

0.01

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1.04

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0.57

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4634.2 5286.39

0.88

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0.7

2151.74 5286.37

0.41

-670.41

11045.45 0.06

-670.41

11045.45 0.06

2276.79 5286.2

0.43

3891.73 5286.42

0.74

4865.68 5286.42

0.92

4829.66 5286.2

0.91

3041.02 5286.39

0.58

8827.11 8511.19

1.04

15251.27

17440.55 0.87

10246.94

10347.76 0.99

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0.96

0

0

5037.41

0

0 3230.59

0

0 2792.05

0

0 2792.05

0

0 2792.05

0

0 2792.05

0

0 2792.05

0

0

2792.05 0

0

2792.05 0

0 2792.05

0

0 2792.05

0

0 2792.05

0

0 2792.05

0

0 2792.05

0

0 3230.59

0

0

6426 0

0

5246.59 0

0 2792.05

0

0

0

4134

0

0 4134

0

0 3559.09

0

0 3559.09

0

0 3559.09

0

0 3559.09

0

0 3559.09

0

0

3559.09 0

0

3559.09 0

0 3559.09

0

0 3559.09

0

0 3559.09

0

0 3559.09

0

0 3559.09

0

0 4134

0

0

6426 0

0

5246.59 0

0 2792.05

0

0

0

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0

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0

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0

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0

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0

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0

0

30964.48 0

0

30966.17 0

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0

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0

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0

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0

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0

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0

0

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0

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0

0

0

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0

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0

0 6962.2

0

0 6962.2

0

0 6962.2

0

0 6962.2

0

0

6962.2 0

0

6962.2 0

0 6962.2

0

0 6962.2

0

0 6962.2

0

0 6962.2

0

0 6962.2

0

0 8131.31

0

0

17302.9 0

0

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0

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[ 125 x 50 x 2.25

[ 125 x 50 x 2.25

[ 125 x 50 x 2.25

[ 125 x 50 x 2.25

[ 125 x 50 x 2.25

[ 125 x 50 x 2.25

[ 125 x 50 x 2.25

[ 125 x 50 x 2.25

[ 125 x 50 x 2.25

[ 125 x 50 x 2.25

[ 125 x 50 x 2.25

[ 125 x 50 x 2.25

[ 125 x 50 x 2.65

[ 100 x 50 x 6.3

[ 100 x 50 x 4.75

[ 100 x 50 x 2.25

69

32

33

34

35

36

37

38

39

40

41

42

43

44

45

46

47

48

49

50

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

Res. Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol. Res.

Sd/Rd

Sol.

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0.85

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0.93

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0.81

2599

3042.56 0.85

1983.25

3188.07 0.62

1147.24 1189.86

0.96

1058.12 1242.44

0.85

4128.07 4315 0.96

10241.72 10347.04

0.99

15263.32 17438.83

0.88

295.51 2256.54

0.13

2086.05

2204.08 0.95

1016.05 2108.42

0.48

430.21 1993.74

0.22

435.36 1865.27

0.23

1247 1728.24

0.72

1938.07 2320.15

0.84

0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0 2509.09

0

0 2509.09

0

0

2509.09 0

0

2509.09 0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0 2792.05

0

0 5246.59

0

0 6426

0

0 1230.55

0

0

1230.55 0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0 1230.55

0

0 1513.64

0

0

0 1345.41

0

0 1345.41

0

0 2509.09

0

0 2509.09

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Sd/Rd

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