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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONÓPOLIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ZOOTECNIA VICTOR GUSTAVO VALIATI DANTAS QUANTOS DIAS APÓS A DESFOLHA DEVE-SE ADUBAR COM NITROGÊNIO OS CAPINS BRS TAMANI E BRS QUÊNIA? RONDONÓPOLIS - MT 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONÓPOLIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLÓGICAS

CURSO DE ZOOTECNIA

VICTOR GUSTAVO VALIATI DANTAS

QUANTOS DIAS APÓS A DESFOLHA DEVE-SE ADUBAR COM

NITROGÊNIO OS CAPINS BRS TAMANI E BRS QUÊNIA?

RONDONÓPOLIS - MT

2019

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VICTOR GUSTAVO VALIATI DANTAS

QUANTOS DIAS APÓS A DESFOLHA DEVE-SE ADUBAR COM

NITROGÊNIO OS CAPINS BRS TAMANI E BRS QUÊNIA?

Trabalho de Curso apresentado ao Curso de

Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso,

Campus Universitário de Rondonópolis, como

requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel

em Zootecnia.

Área de Concentração: Forragicultura e Pastagem

Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo Avelino

Cabral

RONDONÓPOLIS – MT

2019

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Escolha um trabalho que você ama e você nunca precisará trabalhar um dia

sequer na vida”

(Confúcio)

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por me dar a graça da saúde, da oportunidade de viver cada

dia sendo melhor e melhor.

Aos meus pais, que além de provedores foram psicólogos, amigos, médicos,

conselheiros para casa e as demais mil e uma funções que exerceram sobre mim durante

este período, Sebastião Dantas dos Santos e Maguida Isabel Valiati Santos. Prolongo o

agradecimento aos meus irmãos, Diogo Arthur Valiati Dantas e Bruno Eduardo Valiati

Dantas, por além de serem tudo o que meus pais foram, também foram confidentes, me

ajudando em tudo o que foi necessário nesta caminhada.

A todos os professores que de certa forma fizeram parte desta trajetória, em

especial ao Antônio Rodrigues da Silva (Toin), por confiar em mim desde o início do

curso, proporcionando aquilo que é mais importante para o ser humano, a sabedoria. Aos

professores Rodrigo Junqueira Pereira e Denise Rocha Ayres, que com maestria

aceitaram me orientar e ajudar no desenvolvimento acadêmico de forma direta por meio

da iniciação científica. Aos demais professores que de forma direta e indireta fizeram

parte desse projeto, meu muito obrigado.

Para os meus amigos/irmãos que recebi de presente, como um bônus da faculdade,

iniciando por ninguém menos do que meu orientador, que posso chamar de amigo, sendo

conselheiro e parceiro para tudo o que eu precisei, principalmente no aprendizado dentro

e fora do âmbito acadêmico, Carlos Eduardo Avelino Cabral, esse cara que não tenho

nem palavras para descrever.

A família Canto Sertanejo, que foram realmente minha família, por tempos em que

a minha estava longe, mas não como reserva, e sim como os protagonistas das melhores

experiências que um Bacharelado pode proporcionar, Gabriel Henrique, Miron Junior,

Cleiton Ola, Pedro Henrique, Dailer, Vinicius, Vitor Nunes, Jone boy e demais agregados,

Marcos, Breno, João, Murilo, todos os colegas de sala, Verdolin, Lohayne, Mari mãe,

Gustavo Oliveira, Newton, Van Beguin, Arquimedes Junior e os demais que mesmo não

citando moram no meu coração.

Em especial para o meu irmãozinho, se assim pode ser chamado, o Batata, que foi

o cara que sempre esteve ao meu lado, sempre me ajudou, companheiro de toda a

caminhada, meu conterrâneo, meu amigo, meu irmão, você é o cara. Para minha

companheira, que mais aguenta minhas falhas, mas nunca deixa que elas atrapalhem,

Naidia Neves.

Para os que não citei, saibam que o sentimento de gratidão é aquém de uma folha

de papel.

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RESUMO

Valiati, V.G.D. Quantos dias após a desfolha deve-se adubar com nitrogênio os

capins BRS Tamani e BRS Quênia?. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel

em Zootecnia) – Universidade Federal de Rondonópolis, Rondonópolis, maio de 2019.

Uma das formas de minimizar perdas de nitrogênio na adubação de gramíneas forrageiras

é considerar a época que esse nutriente deve ser aplicado ao sistema, em busca do período

mais adequado de assimilação pela planta. Sendo assim, objetivou-se identificar o

momento adequado para realizar a adubação nitrogenada nos capins BRS Tamani e BRS

Quênia. Os experimentos foram realizados em casa de vegetação, em delineamento

experimental inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e dez repetições. Os

tratamentos consistiram em intervalos de dias após a desfolha para adubação nitrogenada:

0, 2, 4, 6 e 8 dias. As avaliações foram realizadas com intervalo de 20 dias a partir do

corte de uniformização. Foram realizadas três e cinco avaliações no experimento do

capim Tamani e Quênia, respectivamente. Foram quantificadas a altura do dossel (cm),

massa seca da parte aérea, (MSPA), de lâmina foliar (MSLF), colmo+bainha (MSCB),

resíduo (MSRES), raízes (MSRAIZ), massa seca de cada perfilho (MPERF), massa seca

de cada lâmina foliar (MFOLHA), número de folhas por perfilho (NF:NP), taxa de

aparecimento de lâminas foliares (TApF), filocrono (FIL) e taxa de crescimento (TC)

número de perfílhos (NP) e número de folhas (NF). Houve efeito da época de adubação

(P<0,05) do capim BRS Tamani para NP, NF, MSLF e MSCB, visto que, de modo geral,

houve decréscimo nas médias do capim BRS Tamani. Para o capim BRS Quênia, o

momento de adubação não influenciou as variáveis avaliadas, com exceção da altura e

MSRES. Assim, houve acréscimo na altura do capim BRS Quênia quanto mais tardia a

adubação e a maior MSRES ocorreu quando o capim foi adubado dois dias após a

desfolha. Portanto, tem-se um intervalo de até oito dias após a desfolha para se realizar a

adubação do capim BRS Quênia e para o capim BRS Tamani, deve-se realizar a adubação

o mais próximo da desfolha.

Palavras-chave: adubação de manutenção, adubação nitrogenada, época de adubação,

Megathyrsus maximus, Panicum maximum

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ABSTRACT

Valiati, V.G.D. How many days after defoliation should BRS Tamani and BRS

Quênia be fertilized with nitrogen?. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel

em Zootecnia) – Universidade Federal de Rondonópolis, Rondonópolis, maio de 2019.

One of the ways of minimizing nitrogen losses in fertilization of forage grasses is to

consider the when that this nutrient should be applied to the soil, in search of the best

stage of assimilation by the plant. Thus, the objective was to identify the appropriate

moment to perform nitrogen fertilization in BRS Tamani and BRS Kenya grass. The

experiments were carried out in a greenhouse, in a completely randomized experimental

design, with five treatments and ten replications. The treatments consisted of intervals of

days after defoliation for nitrogen fertilization: 0, 2, 4, 6 and 8 days. The evaluations were

carried out with interval of 20 days from the standardization cut. three and five

evaluations were carried out in the Tamani grass and Quênia grass experiment,

respectively. The height, number of tillers (NT), number of leaves (NL), shoot dry mass

(SDM), leaf blade (DMLB), stem + sheath (DMCB), residue (DMR) and root (DMRT),

dry mass of each leaf blade (LDM), leaves per tiller number (NL:NT), leaf appearance

rate (LAR), phyllochron (PHYL) and growth rate (GR). There was an effect of the

fertilization season (P <0.05) of the BRS Tamani grass for NT, NL, DMLB and DMCB,

since, overall, there was a decrease in the means of BRS Tamani grass. For BRS Quênia

grass, the fertilization moment did not influence the evaluated variables, except for height

and DMR. Thus, there was an increase in the height of the BRS Quênia grass the later the

fertilization and the higher DMR occurred when the grass was fertilized two days after

the defoliation. Therefore, there is an interval of up to eight days after defoliation to make

the fertilization of BRS Quênia grass and BRS Tamani grass, the fertilization should be

carried out as close to the defoliation as possible.

Keywords: fertilization time, maintenance fertilizer, Megathyrsus maximus, nitrogen

fertilization, Panicum maximum

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Caracterização química e granulométrica de Latossolo vermelho argiloso

proveniente de Cerrado ................................................................................................. 6

Tabela 2. Características produtivas e estruturais dos capins Panicum maximum cv. BRS

Quênia adubado em diferentes dias após a desfolha ....................................................... 8

Tabela 3. Características produtivas e estruturais dos capins Panicum maximum cv. BRS

Tamani adubado em diferentes dias após a desfolha.......................................................10

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Altura (A), matéria seca de resíduo (B) e matéria seca de lâmina foliar do capim

BRS Quênia submetido a diferentes momentos de adubação nitrogenada ...................... 9

Figura 2. Número de perfilhos (A), Número de folhas (B), matéria seca de lâmina foliar

(C) e massa verde de lâmina foliar do capim BRS Tamani submetido a diferentes

momentos de adubação nitrogenada ............................................................................ 11

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1

2. REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 2

3. MATERIAL E MÉTODOS.................................................................................... 6

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 8

5. CONCLUSÕES ................................................................................................... 12

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 12

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1. INTRODUÇÃO

A bovinocultura de corte no Brasil baseia-se, em sua grande maioria, no uso de

pastos como fonte basal para alimentação dos animais (SANTANA et al., 2010).

Contudo, a maior parte dessas forrageiras apresenta algum estádio de degradação,

principalmente pela falta de restituição dos nutrientes do solo (COSTA et al., 2010).

Embora o processo de degradação seja um processo inerente à planta, alguns fatores estão

ligados à sua ocorrência, bem como a espécie forrageira escolhida, manejo de entrada e

saída dos animais, adubação de implantação e de manutenção, que quando inadequados

geram decréscimo na produção e juntamente a isto, prejuízos na produção animal.

Um pasto degradado apresenta boa parte do solo descoberto, que posteriormente

causa surgimento de plantas invasoras e erosão do solo. Dos fatores mencionados, o

manejo inadequado e a ausência de adubação de manutenção são erros comumente

observados. Para manutenção forrageira, os nutrientes mais requeridos são nitrogênio,

fósforo e potássio, sendo o nitrogênio, o mais limitante, haja vista que o fornecimento

acarreta em acréscimo no perfilhamento e produção de lâminas foliares

(MARTUSCELLO et al., 2009), o qual pode reverter o quadro de degradação do pasto,

se fornecido de forma satisfatória a planta.

Ao se utilizar a adubação como forma de recuperação do pasto, deve-se utilizar a

quantidade correta no momento adequado, o que promove sustentabilidade e eficiência

econômica. Para um melhor aproveitamento por meio da planta e redução nas perdas por

lixiviação, preconiza-se que, por aplicação, a máxima dose de nitrogênio seja de 60 kg

ha-1 (MARTHA JUNIOR et al., 2007). Conforme a intensificação do sistema produtivo,

aumenta-se também a demanda de nutrientes, e não apenas com relação a sua dosagem,

como já fora estudado por diversos autores (COLOZZA et al., 2000; COSTA et al., 2008;

GREGOLIN et al., 2016), mas também o período adequado para sua realização, buscando

minimizar as perdas destes nutrientes.

Pouco se discute sobre a época ideal de adubação de cobertura, principalmente do

nitrogênio. Em sistemas mais intensivos, como é o caso da lotação rotativa, a adubação

nitrogenada é realizada a cada saída dos animais do piquete, quando o pasto atinge a altura

de resíduo. Contudo não se sabe se o ideal é imediatamente após a saída dos animais ou

após o restabelecimento inicial da forrageira. Em alguns casos pode ocorrer uma

subutilização da planta quando adubada imediatamente após a desfolha, pois a atividade

fotossintética estaria limitada em função da restrita área foliar. Além disso, diante da

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rotina do pecuarista, visto que a logística diária da atividade, compra e recebimento de

insumos, são fatores limitantes, é imprescindível a realização de estudos referentes a

época em que se deve realizar a adubação dessas culturas forrageiras. Deste modo, o

presente estudo tem como objetivo identificar a época adequada para se realizar a

adubação de manutenção dos capins BRS Quênia e BRS Tamani.

1. REVISÃO DE LITERATURA

No Brasil foram contabilizadas aproximadamente 2,5 milhões de propriedades

rurais voltadas para pecuária bovina, que apresentam um rebanho total de 214 milhões de

cabeças bovinas. O estado de Mato Grosso é responsável por 13,8% deste rebanho,

totalizando 29,7 milhões de cabeças, aproximadamente (BRASIL, 2017). Do montante

de animais criados no estado, apenas 743,8 mil animais foram criados em regime de

confinamento, algo em torno de 3% do efetivo total do estado (BRASIL, 2018),

comprovando que a maior parte dos animais abatidos foram criados exclusivamente em

pastagens. Outro fator a ser observado é que, mesmo os animais terminados em regime

de confinamento, no maior período da vida foram submetidos ao pastejo. A criação dos

animais em pastagens tem a vantagem de reduzir o custo, desde que o sistema seja bem

manejado.

Figueiredo, et al., (2007) analisando a viabilidade econômica do sistema de recria-

engorda a pasto, observaram que o pasto é responsável por em média 2,97% do custo de

criação, o qual é evidentemente mais baixo quando comparado com sistemas de

confinamento, em que, apenas a dieta fornecida aos animais equivale a cerca de 87% do

custo total (LOPES et al., 2011a). Esse baixo custo é associado ideia de que a criação de

bovinos a pasto requer pouco manejo, que por sua vez é apontado como uma das

principais causas da maioria das pastagens no Brasil apresentarem algum estádio de

degradação, somados a manejos de lotação, altura, adubação de implantação e

manutenção, feitos de forma incorreta (DIAS-FILHO, 2014).

Assim, a degradação de pastagens é definida como uma diminuição ininterrupta da

produção das plantas forrageiras, de modo que, resulta em decréscimo da capacidade de

suporte (DIAS-FILHO, 2014). Essa queda na produção, quando causada por manejos

incorretos que resultam em um nível médio de degradação, em que a presença de plantas

invasoras é a principal característica, o fenômeno é denominado como degradação

agrícola. Quando a degradação ocorre em nível mais elevado, tendo como característica

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a erosão do solo, perda de matéria orgânica e que tem como causa principal a falta de

suprimento de nutrientes, pode-se denomina-la degradação biológica (DIAS-FILHO,

2017).

Em ambientes onde o bioma prevalente é o Cerrado, em que se apresenta acidez,

aliada a baixos teores de fósforo, potássio, nitrogênio e uma elevada saturação de

alumínio (SANCHÊS et al., 2013), a degradação mais observada é a biológica, isto por

que a baixa fertilidade não acarreta apenas o aparecimento de plantas daninhas, e sim uma

supressão total da cultura do pasto. Para evitar essa situação, a pastagem deve ser mantida

produtiva por meio do manejo correto e adubação. Para os pastos já degradados a

alternativa é a recuperação, que tem como método mais barato e básico o de recuperação

direta, que consiste no controle das plantas invasoras e correção do solo por meio de

adubação de manutenção (DIAS-FILHO, 2017). Na adubação de manutenção, deve-se

priorizar a aplicação de nitrogênio.

O nitrogênio tem alta mobilidade, podendo ele estar presente tanto na forma

orgânica, como também na inorgânica. As plantas absorvem este nutriente na forma

inorgânica, assimilando-o na forma orgânica, na síntese dos tecidos. Diante da

senescência do material vegetal, para que o nitrogênio seja absorvido é preciso que ocorra

mineralização, também mencionada como decomposição.

A velocidade desta decomposição está ligada a diversos fatores, mas principalmente

a relação de carbono e nitrogênio (C/N) contido no material a ser decomposto, em que,

quando se tem uma relação elevada, ou seja, muito mais carbono do que nitrogênio, a

decomposição é mais lenta e as bactérias imobilizam o nitrogênio mineral do solo para

produção de biomassa microbiana, o que resulta no processo de imobilização. O processo

inverso é chamado de mineralização e é impulsionado por uma relação C/N baixa

(CARVALHO et al., 2008; ERNANI et al., 2005; TORRES & PEREIRA, 2008).

O nitrogênio pode ser mineralizado por diversas vias bioquímicas, que culminam

na molécula de amônia (NH3), que é uma forma gasosa e não se mantém estável no solo,

e portanto, comumente é reduzida a amônio (NH4), que pode ser oxidado a nitrato (NO3-

), por meio do processo conhecido como nitrificação. Após absorvido, o nitrogênio é

transportado para a parte aérea da planta pelo xilema e distribuído na planta por meio do

floema. Em caso de déficit deste nutriente é observada a redistribuição, em que ocorre a

proteólise nas folhas mais velhas e a translocação para folhas mais jovens, essa redução

desencadeia uma diminuição no teor de cloroplastos e clorofila, causando o

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amarelecimento das folhas, sintoma característico da deficiência de nitrogênio (FAQUIN,

2005).

Para evitar esta deficiência deve-se fornecer nitrogênio conforme a necessidade

da forrageira, visto que este nutriente acarreta em aumento na produção de massa seca e

vigor de rebrota (CECATO et al., 2000). Como observado por Primavesi et al. (2005), a

produção de massa de gramíneas forrageiras está diretamente ligada ao suprimento de

nitrogênio, sendo este o mais importante para produção elevada destas plantas. Esta

resposta também foi observada por Garcez Neto et al. (2002), que trabalhando com capim

Mombaça (Panicum maximum cv. Mombaça), observaram acréscimo na taxa de

alongamento e aparecimento de folhas, à medida que se aumentou as doses de nitrogênio.

O capim elefante, de forma semelhante apresentou aumento na produção de massa

seca, tendo um incremento de aproximadamente 8,14 kg de matéria seca para cada kg de

nitrogênio aplicado (VITOR et al., 2009). Resultados semelhantes são observados no

capim-marandu, que quando submetido a três doses de nitrogênio (100, 200 e 300 kg ha-

1 ano-1), sob duas fontes distintas (sulfato de amônio e ureia), apresentou um acréscimo

linear na produção de massa seca, tendo um incremento de 78 e 71% para as duas fontes

de nitrogênio, respectivamente (COSTA, 2007). Alexandrino et al., (2005) trabalhando

com quatro doses de nitrogênio (45, 90, 180 e 360 mg dm-3), observaram também efeito

linear crescente para produção da matéria seca do capim-marandu.

Outro fator preponderante ligado a adubação nitrogenada é o incremento no

perfilhamento, podendo estar ligado ao aumento na reciclagem celular, levando ao

aparecimento e crescimentos de tecidos, incluindo a de gemas basilares e axilares

precursoras de perfilhos (MARTUSCELLO et al., 2015). Além de estar ligado a massa

de forragem e emissão de perfilhos, o nitrogênio também auxilia na produção de raízes,

elevando o comprimento, superfície específica e massa, o que favorece a absorção dos

demais nutrientes (BATISTA & MONTEIRO, 2006). Gramíneas forrageiras sob estresse,

utilizam suas reservas orgânicas que ficam localizadas na base do colmo e das raízes,

principalmente para manutenção de sua área foliar e taxa fotossintética. O incremento na

produção de raízes ocasionada pelo nitrogênio eleva a capacidade de acúmulo dessas

reservas, aumentando assim a perenidade do capim.

Outro aspecto ligado ao nitrogênio é a capacidade de alterar a composição

bromatológica da forrageira (PACIULLO, 2002). Segundo Moreira et al. (2009), as

mudanças na estrutura da planta influenciam aumentando os teores de proteína bruta e

digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS). Corroborando com esses resultados

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Lopes et al. (2005) trabalhando com capim-elefante cv. Napier (Pennisetum purpureum),

submetido a quatro doses de nitrogênio e potássio, apresentou aumento na concentração

de proteína bruta e queda de fibra indigestível em detergente ácido (FDA) conforme se

aumentou o suprimento de nitrogênio, o que é positivo, visto que a FDA é considerada

um componente de lenta e imparcial digestão.

O capim Marandu (Brachiaria brizantha Stapf cv. Marandu), quando adubado com

nitrogênio até doses de 600 kg ha-1, observa-se aumento no teor de proteína bruta e

redução na fibra insolúvel em detergente neutro (FDN) e ácido (FDA) (CECATO et al.,

2004). Para cultivares de maior exigência, como as da espécie Panicum maximum (cvs.

Mombaça, Tanzânia-1 e Milenio IPR-86) observa-se resultados similares (MESQUITA

& NERES, 2008) para aumento na proteína bruta e queda na FDA.

As mudanças bromatológicas, aliadas aos incrementos na massa seca de forragem

culminam para uma maior produção animal. Em experimento conduzido com Brachiaria

decumbens Stapf. cv. Basilisk durante dois anos, aplicando-se quatro doses de nitrogênio,

onde foram mantidos novilhos mestiços Holandês x Zebu, não castrados, com média de

peso de entrada de 180kg e 217kg no primeiro e segundo ano, respectivamente, observou-

se aumento no teor de proteína bruta do pasto, na taxa de lotação e embora o ganho médio

diário individual não tenha sofrido influência da adubação nitrogenada, a produção

animal por área foi influenciada positivamente (MOREIRA et al. 2011).

Por isso, além de conhecer o efeito das doses de nitrogênio sobre massa de

forragem, perfilhamento, composição bromatológica e desempenho animal, é necessário

compreender o momento adequado de aplicar este nutriente, para reduzir perdas e

aumentar a eficiência. Para isso, foram feitos alguns trabalhos visando avaliar a influência

da época de adubação com nitrogênio sobre as gramíneas forrageiras. Premazzi &

MONTEIRO et al. (2002) trabalhando com o capim-tifton 85 (Cynodon spp.) submetido

a diferentes doses de nitrogênio e duas épocas de aplicação do adubo (após o corte e sete

dias após o corte), observaram redução na produção de raízes do capim quando adubado

sete dias após o corte. Entretanto, o comprimento foliar e área de lâmina foliar

apresentaram maior proporção quando adubadas no dia do corte.

Ao ser avaliado o capim-massai (Panicum maximum Jacq cv. Massai), submetido a

quatro doses de nitrogênio e três épocas de adubação após o corte (um, três e sete dias),

observou-se diferença entre as épocas de adubação apenas na variável massa seca de

lâmina foliar, visto que as maiores médias foram observadas na adubação feita um dia

após o corte (MARQUES et al. 2016).

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2. MATERIAL E MÉTODOS

Foram realizados dois experimentos em casa de vegetação, na Universidade

Federal de Rondonópolis. Cada experimento foi realizado com um cultivar de Panicum

maximum (sin. Megathyrsus maximus): capim Tamani (Panicum maximum cv. BRS

Tamani) e capim Quênia (Panicum maximum cv. BRS Quênia). O delineamento

experimental utilizado para os experimentos foi o inteiramente casualizado, com cinco

tratamentos e dez repetições. Os tratamentos utilizados consistiram em cinco épocas de

adubação nitrogenada após a desfolha: 0, 2, 4, 6 e 8 dias.

Cada unidade experimental foi constituída de um vaso com capacidade de 5,5 dm3

contendo quatro plantas. O solo utilizado foi um Latossolo Vermelho de textura argilosa,

cuja a granulometria e caracterização química (Tabela 1) foi realizada conforme descrito

por Teixeira et al. (2017). Na sequência da coleta, o solo foi peneirado em malha de 4mm

e transferido para os vasos.

Tabela 1. Caracterização química e granulométrica de Latossolo vermelho argiloso

proveniente de Cerrado

pH P K Ca+Mg Al+H CTC V m M.O Areia Silte Argila

CaCl2 mg dm3 cmol dm3 % gkg1

4,9 4,6 108 2,4 3,4 6,1 44 0,0 19,2 290 150 560 CTC: capacidade de troca cátions; M.O.: matéria orgânica; V%: saturação por bases; m: saturação por alumínio.

Foi realizada a calagem para elevar a saturação por bases para 60%, com a

incorporação de calcário dolomítico (PRNT: 86%), mantendo a umidade em 80% da

máxima capacidade de retenção de água no solo. A máxima capacidade de retenção de

água no solo foi estimada conforme Bonfim-Silva et al. (2011), em que foram colocados

cinco vasos com furos em sua base dentro de uma caixa com água até 2/3 da altura do

vaso, e assim ficaram até alcançarem a saturação hídrica dos poros do solo por

capilaridade. Em seguida, os vasos foram colocados em suportes para que a drenagem do

excesso de água ocorresse. Ao final deste processo foi feita a pesagem dos vasos. A

diferença de seu peso anteriormente a saturação e após a drenagem forneceu a máxima

capacidade de retenção de água no solo.

Trinta dias após a incorporação do calcário, realizou-se a adubação com fósforo

(P2O5), na dose de 300 mg dm-3, utilizando superfosfato simples (20% P2O5) e, em

seguida, semeou-se as forrageiras. A semeadura foi feita com vinte sementes por vaso e

dez dias após a semeadura foi feito o desbaste, mantendo-se quatro plantas por vaso,

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utilizando-se o critério de uniformidade das plantas. Juntamente com o desbaste foi

realizada a adubação de cobertura, com nitrogênio e potássio, nas doses de 100 e 70 m g

dm-3, respectivamente para o capim Tamani e 200 e 70 mg dm-3, respectivamente para o

Quênia. Os fertilizantes utilizados foram ureia (45%N) e cloreto de potássio (58% K2O).

O corte de uniformização foi realizado trinta dias após a semeadura, admitindo-se

altura de resíduo de 20 cm e 25 cm, para Tamani e Quênia, respectivamente. Neste

momento, iniciou-se a aplicação dos tratamentos, utilizando-se a dose de nitrogênio de

200 mg dm-3, aplicado na forma de ureia. Vinte dias após o corte de uniformização

realizou-se a contagem de perfilhos e de folhas, mensuração da altura das plantas e

primeiro corte, conforme a mesma altura de resíduo mencionada na uniformização. A

altura das plantas foi mensurada por meio de régua graduada. Foram contados todos os

perfilhos presentes no vaso e as folhas presentes acima da altura de resíduo.

Após o corte, foi realizada a separação morfológica da forragem em lâmina foliar

e colmo+bainha. As amostras fracionadas foram submetidas a secagem em estufa de

circulação forçada de ar a 55 +/-5ºC, por 72 horas e, em seguida, a pesagem. Os

tratamentos foram reaplicados três vezes com o capim Tamani e cinco vezes com o capim

Quênia, com intervalo de vinte dias entre os cortes. Na última avaliação, para ambos os

capins, quantificou-se a massa de resíduo e radicular. O resíduo foi cortado rente ao solo

e as raízes lavadas em peneira de malha 4 mm. Em seguida ambas as frações foram

submetidas a secagem em estufa de circulação de ar, pelo mesmo método utilizado nas

demais frações da parte aérea.

As variáveis avaliadas foram: altura do dossel (cm), número de folhas (NF) e

perfilhos (NP), massa seca da parte aérea, (MSPA), de lâmina foliar (MSLF),

colmo+bainha (MSCB), resíduo (MSRES), raízes (MSRAIZ), massa seca de cada

perfilho (MPERF), massa seca de cada lâmina foliar (MFOLHA), número de folhas por

perfilho (NF:NP), taxa de aparecimento de lâminas foliares (TApF), filocrono (FIL) e

taxa de crescimento (TC).

A MSPA foi obtida da soma da MSLF e MSCB. A massa seca de cada perfilho

foi estimada pela razão entre a MSPA e o NP. A massa seca de cada lâmina foliar foi

obtida dividindo-se a MSLF pelo NF. Estimou-se o número de folhas por perfilho por

meio da razão entre o NF e NP e quando se dividiu esta variável pelo intervalo entre cortes

obteve-se a taxa de aparecimento de folhas. O inverso da taxa de aparecimento de folhas

foi denominado filocrono (FIL), que corresponde ao intervalo de dias entre a emissão de

folhas. A TC foi obtida por meio da razão entre a altura da planta (descontando-se a altura

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de resíduo) e o intervalo de dias entre cortes, todas as avaliações foram feitas a partir das

médias de cada tratamento em cada corte.

Os resultados foram submetidos à análise de regressão linear e quadrática a 5%

de probabilidade. O software utilizado foi o SISVAR 5.6.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os capins BRS Quênia e BRS Tamani apresentaram diferentes respostas quanto a

época de adubação com nitrogênio. O capim BRS Quênia teve efeito nas variáveis de

altura, MSRES e TC (P<0,05). Onde, houve um acréscimo na altura do capim, conforme

se atrasava a adubação, tendo sua maior média sido observada ao se aplicar o adubo oito

dias após o corte, comportamento semelhante foi observado na TC (Figura 1A),

característica correlacionada com a altura.

Tabela 2. Características produtivas e estruturais dos capins Panicum maximum cv. BRS

Quênia adubado em diferentes dias após a desfolha

NP: número de perfilhos; NF: número de folhas; MSLF: massa seca de lâmina foliar; MSCB: massa seca de colmo+bainha; MSRES: massa seca de resíduo; MSRAIZ: massa seca de raízes; MSPA: massa seca de parte aérea; MPERF: massa de cada

perfilho; MFOLHA: massa de cada folha;TApF: taxa de aparecimento de folhas; TC: taxa de crescimento; CV: coeficiente de

variação; L: efeito linear; Q: efeito quadrático; * massa não detectável.

Variáveis Dias P-valor CV

0 2 4 6 8 L Q (%)

Altura (cm vaso-1) 59,10 58,30 59,94 61,60 63,84 <0,01 0,058 4,38

NP (perfilhos vaso-1) 66,72 66,76 68,30 66,98 67,82 0,550 0,070 5,97

NF (folhas vaso-1) 154 149 147 155 154 0,723 0,228 8,17

MSLF (g vaso-1) 15,54 14,78 14,81 15,16 15,18 0,73 0,119 6,57

MSCB (g vaso-1) * * * * * * * *

MSPA (g vaso-1) 15,54 14,78 14,81 15,16 15,18 0,73 0,119 6,57

MSRES (g vaso-1) 70,92 73,56 72,52 69,55 67,18 0,003 0,009 5,24

MSRAIZ (g vaso-1) 41,30 47,10 44,45 56,68 43,55 0,539 0,397 48,72

MPERF (g perfilho-1) 0,234 0,222 0,217 0,227 0,226 0,549 0,061 16,77

MFOLHA (g folha-1) 0,102 0,101 0,102 0,101 0,103 0,856 0,716 17,11

NF:NP (folhas perfilho-1) 2,307 2,220 2,132 2,285 2,232 0,531 0,053 13,51

TApF (folha dia-1) 0,109 0,105 0,101 0,108 0,106 0,531 0,053 13,51

TC (cm dia-1) 1,861 1,823 1,901 1,980 2,087 <0,01 0,013 11,38

Filocrono (dias folha-1) 9,384 9,715 10,26 9,618 9,823 0,243 0,068 15,28

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A MSRES do capim BRS Quênia teve comportamento linear, de modo que quanto

mais tarde a adubação, menor foi MSRES (Figura 1B). Esses resultados corroboram com

os encontrados por Valiati et al. (2018), que trabalhando com o capim BRS Piatã também

observaram uma queda na quantidade de MSRES conforme se atrasava a adubação. Pode-

se inferir que pelo não fornecimento do nitrogênio logo após a desfolha, é possível que o

a forrageira utilize as reservas contidas na base do colmo para sua renovação foliar,

diminuindo o resíduo apresentado pela planta.

A MSLF e a MSPA, características produtivas, não apresentaram resposta às

diferentes épocas de adubação do capim BRS Quênia (Figura 1). Assim, o capim BRS

Quênia tem uma maior flexibilidade em relação à sua época de adubação, o que fornece

ao produtor maior intervalo de tempo para decisão ou contratempos em relação ao

fornecimento de nitrogênio, de modo similar ao capim Xaraés (CARVALHO, 2017).

(A)

(B)

Figura 1. Altura (A) e massa seca de resíduo (MSRES) (B) do capim BRS Quênia

submetido a diferentes momentos de adubação nitrogenada.

y = 0,639x + 58R² = 0,8392

54

56

58

60

62

64

66

0 2 4 6 8

Altu

ra (

cm

)

Dias após a desfolha

y = -0,2131x2 + 1,1297x + 71,345R² = 0,9269

60

62

64

66

68

70

72

74

76

0 2 4 6 8

MS

RE

S (

g v

aso

-1)

Dias após a desfolha

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Uma hipótese é a de que as reservas orgânicas (carboidratos e nitrogenadas) são

capazes de suprir a necessidade da planta, sem acarretar em perdas na produção, até o

momento da adubação. Este fato foi observado por Engels & Marschner (1995), que

observaram que as plantas podem absorver nitrogênio em maior quantidade do que

necessitam para uma utilização posterior em caso de estresse. Resultados semelhantes

foram observados por Lopes et al. (2011b).

A época de adubação nitrogenada afetou a maioria das variáveis mensuradas no

capim BRS Tamani, com exceção de altura, MSRES, MSRAIZ, NF:NP, MFOLHA e TC

(P>0,05). A elevada variabilidade da MSRES e MSRAIZ pode ter sido o motivo pelo

qual não se observou diferença estatística nestas variáveis (Tabela 3).

Tabela 3. Características produtivas e estruturais dos capins Panicum maximum cv. BRS

Tamani adubado em diferentes dias após a desfolha

NP: número de perfilhos; NF: número de folhas; MSLF: massa seca de lâmina foliar; MSCB: massa seca de colmo+bainha;

MSRES: massa seca de resíduo; MSRAIZ: massa seca de raízes; MSPA: massa seca de parte aérea; MPERF: massa de cada

perfilho; MFOLHA: massa de cada folha; TApF: taxa de aparecimento de folhas; TC: taxa de crescimento; CV: coeficiente de

variação.

Variáveis Dias P-valor CV

0 2 4 6 8 L Q (%)

Altura (cm vaso-1) 28,60 31,04 31,06 29,49 30,23 0,473 0,081 7,89

NP (perfilhos vaso-1) 87,53 79,78 81,10 77,26 70,10 <0,01 0,747 13,10

NF (folhas vaso-1) 188 197 171 168 161 <0,01 0,946 13,72

MSLF (g vaso-1) 8,23 9,99 9,52 8,12 7,02 <0,01 <0,01 11,68

MSCB (g vaso-1) 0,31 0,46 0,23 0,26 0,16 0,020 0,352 71,06

MSPA (g vaso-1) 8,54 10,45 9,75 8,38 7,18 0,016 0,142 22,31

MSRES (g vaso-1) 50,96 34,53 43,49 49,72 30,99 0,093 0,670 34,41

MSRAIZ (g vaso-1) 27,79 21,58 25,56 25,46 19,00 0,149 0,680 39,01

MPERF (g perfilho-1) 0,131 0,149 0,142 0,117 0,115 <0,01 <0,01 23,71

MFOLHA (g folha-1) 0,049 0,053 0,058 0,050 0,047 0,194 <0,01 19,10

NF:NP (folhas perfilho-1) 2,413 2,592 2,352 2,267 2,360 0,073 0,955 17,23

TApF (folha dia-1) 0,080 0,086 0,078 0,075 0,078 0,073 0,955 17,23

TC (cm dia-1) 0,286 0,365 0,368 0,316 0,341 0,418 0,062 38,06

Filocrono (dias folha-1) 13,07 11,95 13,92 13,76 13,10 0,242 0,526 20,89

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As variáveis NF, NP, MSLF, MSCB, MSPA, MPERF e TC responderam

significativamente ao momento de adubação (P<0,05), verificando-se que quanto maior

o intervalo entre a desfolha e a adubação, menor foi a emissão de folhas e perfilhos

(Figura 2). A redução na massa de forragem está principalmente relacionada a menor

emissão de perfilhos e perfilhos mais leves.

(A)

(B)

Figura 2. Número de perfilhos (A) e folhas (B) do capim BRS Tamani submetido a

diferentes momentos de adubação nitrogenada.

A redução da massa de forragem, emissão de folhas e perfilhos diante da adubação

mais tardia pode estar associada ao baixo teor de reservas orgânicas (carboidratos e

nitrogênio) acumulados no capim Tamani, o que foi observado com o capim Piatã

(FARIA et al. 2019). Apoiando essa hipótese, observou-se que houve clorose nos capins

que foram adubados aos seis e oito dias após a desfolha, sintoma de deficiência de

y = -0,0711x2 - 1,3001x + 86,064R² = 0,8809

65

70

75

80

85

90

0 2 4 6 8

Pe

rfilh

os (

va

so

-1)

Dias após a desfolha

y = -0,1036x2 - 10,541x + 572,05R² = 0,8631

460

480

500

520

540

560

580

0 2 4 6 8 10

Fo

lha

s (

va

so

-1)

Dias após a desfolha

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nitrogênio e que indica elevada exigência de nitrogênio do capim BRS Tamani e baixo

teor de reservas nitrogenadas. Resposta semelhante foi observada por Marques et al.

(2016), em que a massa seca de folhas total reduziu com o atraso na adubação nitrogenada

após o corte e corrobora com Nabinger (1998), que indica que a adubação nitrogenada

deve ser feita logo após o corte.

Deste modo, é coerente propor que gramíneas com elevada exigência nutricional

e com baixo teor de reservas orgânicas, recebam fornecimento imediato de nutriente após

a desfolha, ou o mais próximo possível disso. Por outro lado, gramíneas com reservas

orgânicas capazes de repor sua área foliar, juntamente com uma menor demanda de

nutrientes, apresentam uma maior plasticidade e maior intervalo de aplicação do adubo

nitrogenado após a desfolha.

4. CONCLUSÕES

A adubação nitrogenada do capim BRS Quênia pode ser realizada em até oito dias

após o corte de uniformização.

O capim BRS Tamani deve ser adubado imediatamente, ou o mais próximo do

corte de uniformização.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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