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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESEQUIEL ANTONIO DE LIMA OS JOGOS COOPERATIVOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA REVISÃO DA LITERATURA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

ESEQUIEL ANTONIO DE LIMA

OS JOGOS COOPERATIVOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA

REVISÃO DA LITERATURA

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

2017

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ESEQUIEL ANTONIO DE LIMA

OS JOGOS COOPERATIVOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA

REVISÃO DA LITERATURA

TCC apresentado ao Curso de Licenciatura em

Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico de Vitória, como

requisito para a obtenção do título de licenciado em Educação Física.

Orientador: Prof. Dr. Haroldo Moraes de Figueiredo

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

2017

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Catalogação na Fonte

Sistema de Bibliotecas da UFPE. Biblioteca Setorial do CAV. Bibliotecária Giane da Paz Ferreira Silva, CRB-4/977

L732j Lima, Esequiel Antonio de. Os jogos cooperativos nas aulas de educação física: uma revisão de literatura / Esequiel Antonio de Lima. - Vitória de Santo Antão, 2017.

38 folhas: il.

Orientador: Haroldo Moraes de Figueiredo.

TCC (Graduação) – Universidade Federal de Pernambuco, CAV. Licenciatura em Educação Física, 2017.

Inclui bibliografia.

1. Educação física. 2. Jogos cooperativos. I. Figueiredo, Haroldo Moraes de (Orientador). II. Título.

790.1 (23.ed.) BIBCAV/UFPE-209/2017

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ESEQUIEL ANTONIO DE LIMA

OS JOGOS COOPERATIVOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA

REVISÃO DA LITERATURA

Aprovado em: 04/12/2017.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________ Prof. Dr. Haroldo Moraes de Figueiredo (Orientador)

Universidade Federal de Pernambuco

_________________________________________ Prof. Dr. Francisco Xavier dos Santos (Examinador)

Universidade Federal de Pernambuco

_________________________________________ Profa. Ms. Flávio Campos de Morais (Examinador)

Universidade Federal de Pernambuco

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AGRADECIMENTOS

No decorrer dessa graduação, eu tenho que lembrar e agradecer com todo

amor e carinho, a todos que contribuíram de forma especial para concretização

desta graduação.

Agradeço primeiramente ao meu Deus, por ter me concedido por sua infinita

bondade, a graça de poder cursar uma graduação em uma Universidade Federal e

por ter me guiado e sustentado com as suas mãos fortes, fazendo-me superar todas

as dificuldades pelo Seu Poder.

A todos os meus familiares, em especial, meus pais e minhas irmãs que

sempre me incentivaram.

À minha amada esposa Ivaneide, que com muita paciência e amor investiu

seu tempo a me ajudar, apoiando-me nos momentos que precisei, pois você é minha

inspiração para prosseguir.

A todos os professores que contribuíram de forma direta e indireta, esta

contribuição deixou marcas de amor, carinho e amizade que o tempo não pode

apagar, obrigado.

Ao meu professor orientador, Prof. Dr. Haroldo Moraes de Figueiredo, por ter

depositado em mim firmeza, por me fazer acreditar que é possível apesar das

dificuldades, e ter contribuído para a formação e realização deste trabalho. Muito

obrigado meu amigo.

A todos os meus colegas de classe que estiveram presentes nesta

caminhada, pelo companheirismo nos momentos de lutas, vitórias e alegrias no

decorrer desta caminhada focando o mesmo objetivo, alcançar a conclusão do

curso.

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RESUMO

A sociedade vive em uma competição constante, com isso, há um reflexo no cotidiano escolar, fazendo com que os alunos busquem sempre a competição, para diminuir essa competitividade no meio acadêmico, a Educação Física utilizar os

jogos cooperativos como instrumento para ensinar os valores da cooperação. Diante disso, objetivo é investigar sobre os jogos cooperativos na intenção de verificar que

importância exercem nas aulas de Educação Física e os benefícios que revelou. Já os objetivos específicos são: mostra através dos jogos cooperativo se há inclusão dos alunos que não participa das aulas de Educação Física; saber a importância do

professor como mediador dos jogos cooperativos durante as aulas de E.F escolar; saber se durante as atividades de jogos cooperativos os alunos tem uma boa

aceitação dos jogos. Na elaboração desse trabalho foi utilizada a pesquisa qualitativa de revisão de bibliográfica, onde foram analisados artigos, livros e dissertações sobre o tema desse trabalho, onde foram feitas busca nos Site: Scielo,

Google Acadêmico. No qual foi selecionado cerca de 20 à 40 artigos no ano de 2000 à 2015 e algumas monografias. Ao final do estudo concluímos que os jogos

cooperativos nas aulas de Educação Física escolar têm sua importância na formação do indivíduo como cidadão, através dos seus jogos os alunos aprendem a ser mais humanitários, a terem respeito com as pessoas. Por isso, que é importante

os jogos cooperativos nas aulas de Educação física por possibilitar várias vantagens para formação dos alunos e o seu desenvolvimento ético e moral. E para tal a

pesquisar mostrou através da revisão bibliográfica que os jogos cooperativos têm várias qualidades, e tem grande importância para ser utilizada como ferramenta pedagógica nas aulas de Educação Física escolar. Ensinando os alunos a cerca da

importância da cooperação e proporcionando: alegria, união, criatividade, solidariedade.

Palavras-chave: Educação Física. Jogos cooperativos. Escola.

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ABSTRACT

The society lives in a constant competition, with this, there is a reflection in the

school daily, causing the students always seek the competition, to diminish this competitiveness in the academic environment, the Physical Education to use the

cooperative games as instrument to teach the values of the cooperation. In view of this, the objective is to investigate cooperative games in order to verify the importance they play in Physical Education classes and the benefits they have

revealed. The specific objectives are: shows through the cooperative games if there is inclusion of the students who do not participate in the classes of Physical

Education; to know the importance of the teacher as mediator of the cooperative games during the lessons of E.F school; to know if during the cooperative games activities students have a good acceptance of the games. In the elaboration of this

work the qualitative research of bibliographical revision was used, where articles, books and dissertations on the subject of this work were analyzed, where they were

made search in the Site: Scielo, Google Academic. In which about 20 to 40 articles were selected in the year 2000 to 2015 and some monographs. At the end of the study we conclude that the cooperative games in the School Physical Education

classes have their importance in the formation of the individual as a citizen, through their games the students learn to be more humane, to have respect with the people.

Therefore, it is important to cooperative games in physical education classes because it allows several advantages for students' training and their ethical and moral development. For this to be investigated, it has been shown through the

bibliographic review that cooperative games have several qualities, and it is of great importance to be used as a pedagogical tool in the School Physical Education

classes. Teaching students about the importance of cooperation and providing: joy, unity, creativity, solidarity.

Key words: Physical Education. Cooperative games. School.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................ ................................8

2 HISTÓRIA DOS JOGOS COOPERATIVO.............................................................11

2.1 EDUCAÇAO FÍSICA NO BRASIL .......................................................................13

3 CONCEITOS DE JOGOS

COOPERATIVOS........................................................Erro! Indicador não definido.

3.1 JOGOS COOPERATIVOS X COMPETITIVOS...................................................19

4 EDUCAÇAO FISICA NO CONTEXTO ESCOLAR.................................................24

4.1 JOGOS COOPERATIVOS E SEU DESENVOLVIMENTO NA AULA DE

EDUCAÇÃO FÍSICA..................................................................................................26

4.2 PAPEL DO PROFESSOR NO DESENVOLVIMENTO DOS JOGOS

COOPERATIVOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR.......................28

4.3 RELATOS DOS JOGOS COOPERATIVOS DENTRO DAS AULAS DE

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR................................................................................29

5 CONCLUSÃO.........................................................................................................33

6 REFERÊNCIAS......................................................................................................34

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1 INTRODUÇÃO

Nos dias atuais as pessoas vivem em uma competição constante, em vários

setores da sociedade. Refletindo dentro das salas de aulas. Cada vez mais os

estudantes aprendem a competir, tanto no seu convívio diário quanto na escola.

Para Neto e Lima (2002), a competição presente na escola influência seus

alunos a tirar notas elevadas, logo, eles não tem o prazer em aprender, devido a

disputa entre os mesmo. Segundo Correia (2007), o esporte de rendimento ajuda de

maneira significativa aumentar a competição nas aulas de E.F gerando a exclusão

de alguns alunos e impossibilitando o convívio entre eles por intermédio das

atividades físicas.

Porém, o professor de Educação Física tem um papel fundamental para

diminuir a competitividade, utilizando como ferramenta o conteúdo jogo cooperativo,

fazendo com que os alunos aprendam os valores da cooperação como: amizade,

solidariedade, respeito, etc.

Existe diversas ideia de pesquisar sobre os jogos cooperativos nas aulas de

Educação Física escolar, a vivência desse tipo de jogo buscar a interação entre os

alunos. Esse tema é importante a ser pesquisado devido à falta de interesse de

muitos profissionais da área de Educação Física.

Nessa circunstância, a pergunta condutora desse trabalho de conclusão de

corso é: qual a importância dos jogos cooperativos nas aulas de E.F escolar diante

de um cenário sócio educacional em que predomina, dentre outras coisas,

competitividade, individualismo e egoísmo.

A partir disso chegamos à seguinte hipótese: Nós cogitamos que dento de

um cenário sócio- educacional que são recorrentes fenômenos como disputa e

individualismo, que os jogos cooperativos se constituam numa alternativo pelas

características que nele predomina.

Nosso objetivo é investigar sobre os jogos cooperativos na intenção de

verificar que importância exercem nas aulas de Educação Física e os benefícios que

revelou. Já os objetivos específicos são: mostra através dos jogos cooperativo se há

inclusão dos alunos que não participa das aulas de Educação Física; saber a

importância do professor como mediador dos jogos cooperativos durante as aulas de

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E.F escolar; saber se durante as atividades de jogos cooperativos os alunos tem

uma boa aceitação dos jogos.

A metodologia desse trabalho foi de natureza qualitativa, no qual foi realizada

uma revisão de literatura. Para Marconi e Lakatos (1992), a pesquisa bibliográfica é

o levantamento de toda a bibliografia já publicada, sobre o tema pesquisado.

Segundo Figueiredo (1990), “a revisão de literatura tem dois papeis interligados:

uma parte integrante do desenvolvimento da ciência; fornece aos profissionais de

qualquer área informação sobre ciência e sua literatura.”

No primeiro momento foi realizado levantamento nos sites: Google

Acadêmico, Scielo que serviu para coleta dados sobre o tema, foi utilizado às

palavras como Educação Física, Jogos Cooperativos, Escola. Como palavras

chaves do trabalho.

Em seguida, foram encontrados diversos trabalhos com as palavras chaves,

trabalhos esses que foram selecionados cerca de 20 à 40 artigos e livros entre os

anos de 2000 a 2015 no qual só foram escolhidos os artigos em português. As

leituras nos materiais encontrados foram selecionados algumas informações para o

desenvolvimento da pesquisa.

Por fim, foi dividido o trabalho em três capítulos: o primeiro descore sobre a

história dos jogos cooperativos; o segundo traz o conceito de jogos cooperativos e o

último assinala sobre a Educação Física no contexto escolar.

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2 HISTÓRICO DOS JOGOS COOPERATIVOS

Antes de contextualizar sobre a história dos jogos cooperativos, não podemos

esquecer sobre a origem dos jogos, que vem sofrendo modificações durante

séculos.

Para Huizinga (1993), o jogo é um fato mais antigo que a cultura, pois, esta

se refere mais a sociedade humana do que a animal, excluindo o verdadeiro fato de

que o jogo existe até para os animais, que brincam assim como homens.

Na antiguidade do ano 776 a.C. os jogos era uma forma de adoração aos

deuses gregos. Porém, foi proibido em 393 d.C. devido o imperador ter sua crença

no cristianismo. Em 1896 os jogos foram permitidos, ocorrendo em quadro em

quatro anos.

Além dos jogos da Grécia que deu origem as olimpíadas, há relatos que

nesse período, através das pinturas rupestres, as crianças brincavam de jogos de

pião e outros.

Segundo Valladão (2009), Na idade Media os jogos eram para os nobres, que

gostavam de praticar esgrima, lança, arco e flecha (tiro ao alvo), que tinham grande

contribuição no lazer daquela época. Nesse período começou a surgir o xadrez que

servia como desenvolvimento intelectual para os nobres, além de vários outros jogos

de tabuleiro.

No renascimento, por volta do século XVI, onde surgiram novas ideias e

novas concepções pedagógicas sobre os jogos. Nesse período as diversas

possibilidades educativas dos jogos começaram a ser observadas e diversas

instituições classificaram os jogos como “bons” e “maus”, considerando os jogos

“bons” como fonte de aprendizado (WAJSKOP, 1995).

Segundo Orlick (1989), os jogos cooperativos representam uma manifestação

cultura muito antiga. Começou há milhares de anos, quando membros das

comunidades tribais se uniam para celebrar a vida. Essa celebração era feita através

dos jogos no qual só participavam homens das tribos.

Segundo Orlick (1989) “através da arqueologia, menciona indícios da

existência de sociedades e comunidades primitivas fundadas na cooperação, como

os Arapesh e os Tangu (Nova Guiné), os Bathonga e os Tasaday (África), os Inuit

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(Alaska), os Aborígenes (Austrália), e os índios norte-americanos, entre outros

grupos sociais”.

Segundo estudo feito por Orlick (1989), foram Encontrados indícios desses

jogos em diversas sociedades e comunidades primitivas que consolidaram e

sobreviveram fundadas na cooperação. Ou seja, viver de forma cooperativa, se

ajudando um aos outros, através da cultura de compartilhamento das atividades de

subsistência, como a caça, a pesca e a agricultura.

Nessas tribos, é mostrado que os jogos cooperativos têm um significado de

contribuição entre seus povos, que repassam a ideia de cultura, valores éticos e

morais. Mostrando traços do objetivo da cooperação e afastando qualquer tipo de

violência entre as tribos.

Na pesquisa feita por Orlick (1989), mostra a forma de compartilhamento

que as tribos Inuit ou esquimós tinha. Que eram localizados no norte do Canadá,

quando eles iam sair para caçar, os alimentos provindos da caça eram distribuídos

para os membros da tribo. Essa tribo mostrava ser organizada como uma grande

família.

Já Orlick (1989), traz em seu estudo que, Os Aborígenes australianos, os

Tasady africanos, Arapesh da Nova Guiné e os Kanela brasileiros, mantêm rituais e

jogos que refletem um tipo de vida cooperativa. Para o autor as tribos promovem

jogos onde as crianças aprendem com os adultos desde cedo à importân8cia dos

jogos cooperativos. Esse tipo de jogos reflete uma equivalência moral, reflete na

partilha equitativa de gêneros alimentícios entre o povo, conforme Orlick (1989

p.170).

Segundo Terena (2002 apud CORREIA, 2006) a história dos jogos

cooperativos no Brasil dá início através dos índios, que seus jogos tinham como

objetivo de não competir, e sim celebrar. A forma que os índios participam dos jogos

sem ter objetivo de ganhar alguma coisa. Mostra o espírito e ensinamento dessas

tribos que buscar sempre a união entre os seus povos e cooperação.

Para Correia,

Por exemplo, um grupo de índios foi chamado várias vezes pelo alto-falante para receber as medalhas referentes a uma vitória obtida numa prova de atletismo, mas ignorou o chamado e a premiação, dando preferência ao almoço que os esperava. Em outro exemplo, uma corredora da tribo Kanela não rompeu a fita colocada para determinar a linha de chegada e continuou correndo, pois, para ela o

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importante é correr, celebrar. Vê-se nesses episódios o confronto de valores de duas culturas distintas; enquanto os brancos civilizados fazem questão da premiação, os índios valorizam a participação, a confraternização e a celebração. (CORREIA, 2006, p.155).

Os jogos cooperativos começaram a ser valorizados a partir da década de

1950, nos Estados Unidos, quando o escritor americano Ted Lentz publicou o livro

Para Todo, o qual abordava as definições, tipologias, e processos metodológicos

dos jogos cooperativos destinados a todos os tipos de pessoas. No Brasil, um dos

primeiros a escrever sobre o jogo foi o professor Fábio Otuzi Brotto. Segundo

(SOLER, 2003).

Com vários autores escrevendo sobre jogos cooperativos, surgiram inúmeros

projeto, que ajudaram a propagar esses jogos. Muitas literaturas indicam Brotto

como principal referência sobre Jogos Cooperativos no Brasil. Que juntamente com

sua esposa, criaram em 1992 o Projeto Cooperação destinado à difusão dos Jogos

Cooperativos através de palestras, oficinas, eventos, publicações e produção de

materiais didáticos (BROTTO,1995).

No ano 1995 foi publicado o livro Jogos Cooperativos: se o importante é

competir o fundamental é cooperar, que serviu de referência para vários

pesquisadores brasileiros. A partir daí, foram criados vários projetos que visam à

cooperação (SOLER, 2008).

Em 2001 foi lançada revista sobre Jogos Cooperativos no Brasil, escrita por

Luciano Lannes e Mônica Teixeira, com o objetivo de atingir um maior de número

pessoas, para que tenha conhecimento sobre os Jogos Cooperativos no Brasil

(SOLER, 2008).

2.1 A Educação Física no Brasil

A Educação Física surgiu no Brasil, no período colonial, no qual os índios já

demonstravam traços da Educação Física através dos movimentos, jogos e

brincadeiras dos seus povos.

Conforme Gutierrez (1972) As atividades físicas estavam relacionadas a

aspectos da cultura primitiva. Tendo como característicos elementos de cunho

natural: como brincadeiras, caça, pesca, nado e locomoção, utilitário (como o

aprimoramento das atividades de caça, agrícolas, etc.), guerreiras (proteção de suas

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terras); recreativo e religioso (como as danças, agradecimentos aos deuses, festas,

encenações, etc.

No período imperial a Educação Física teve seu primeiro tratado, elaborado

por Joaquim Antônio Serpa, o Tratado de Educação Física e Moral dos Meninos.

Esse tratado dividia o exercício físico em duas categorias, os que exercitavam o

corpo e que exercitavam a memória Segundo (GUTIERREZ,1972).

Segundo Gutierrez (1972), esse tratado postulava que a educação englobava

a saúde do corpo e a cultura do espírito, e considerava que os exercícios físicos

deveriam ser divididos em duas categorias: os que exercitavam o corpo; e os que

exercitavam a memória.

Ainda no período imperial a Educação Física escolar, devido à reforma Couto

Ferraz, em 1854. Entretanto, em 1882, Rui Barbosa lançou o parecer sobre a

Reforma do Ensino Primário, Secundário e Superior, que colocava a ginástica com

sendo Indispensável para formação integral da juventude (RAMOS, 1982).

Segundo Betti (1991), na república foram feitas reformas educacionais que

incluíam a ginástica nas escolas ainda daquela época, a Educação Física se tornou

obrigatória foi inserida na constituição brasileira e surgiram leis que a tornam

obrigatória no ensino secundário. Além disso, ocorre a criação de diversas escolas

de Educação Física, que tinham como objetivo principal a formação militar (Ramos,

1982).

A Educação Física tinha nesse período uma perspectiva eugênica,1 higienista

e militarista, na qual o exercício físico deveria ser utilizado para aquisição e

manutenção da higiene física e moral, ou seja, Higienismo e preparando os

indivíduos fisicamente para o combate militar. (DARIDO e RANGEL, 2005).

No regime militar a Educação Física era voltada para esporte de alto

rendimento e utilizada através de esportes como uma ferramenta de propaganda

para os governos militares. Os militares acreditavam que o esporte deveria ser

aprendido na escola, e que lá seria formada a base da pirâmide em cujo topo

estariam os nossos campeões. Como parte dessa política de formação de atletas,

tinham esta prioridade na concessão de bolsas de estudo (GHIRALDELLI, 1988).

Segundo Germano (1994), a Educação Física da época da ditadura militar de

1964 se pautava na busca pelo desempenho esportivo e pela vitória. O objetivo das

1 Eugênica: Que diz respeito à eugenia, processo que pretende aprimorar a genética humana.

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aulas era de formar atletas e a turma devia ser composta por alunos que tinham

condições físicas semelhantes.

A Educação Física ao longo de sua história priorizou os conteúdos gímnicos

e esportivos, numa dimensão quase exclusivamente procedimental,2 (DARIDO e

RANGEL, 2005).

Com passar do tempo, na Educação Física foram surgindo diversas

concepções, métodos, tendências ou abordagens metodológicas, que modificaram

os modelos mecanicistas, esportivista e tradicional que eram utilizados os métodos

da Educação Física.

As diversas concepções pedagógicas foram: a psicomotricidade;

desenvolvimentista; saúde renovada; críticas; e mais recentemente os Parâmetros

Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997).

Na concepção psicomotricidade e conceituada por Fonseca como:

Não exclusiva de um novo método ou de uma “escola” ou de uma “corrente” de pensamento, nem constitui uma técnica, um processo, mas visa fins educativos pelo emprego do movimento humano. (FONSECA,1995 apud OLIVEIRA, 2001).

A Educação Física é associada à psicomotricidade através das ações

psicomotoras possibilita um desenvolvimento global através do movimento corporal

consciente. Para Staes e De Meur (1984), o intelecto se constrói a partir da atividade

física. As funções motoras (movimento) não podem ser separadas do

desenvolvimento intelectual como: memória, atenção, raciocínio.

Diferente tipo de jogos e brincadeira são utilizado como instrumento para

desenvolver a psicomotricidade, dentre dessas atividades, O jogos cooperativo são

um elemento importante no desenvolvimento das crianças, uma vez que, os

participantes jogam um com os outros, em vez de uns contra os outros, são jogos de

partilhar, a superar desafios.

Soler (2006), afirma que fortalecendo a confiança mútua e todos podem

participar autenticamente. Ganhar e perder são apenas referências para contínuo

aperfeiçoamento pessoal e coletivo.

Para Friedman diz em relação ao jogo que:

2 Procedimental: O que se efetua ou realiza através de um procedimento preestabelecido.

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O jogo oferece uma importante contribuição para o desenvolvimento cognitivo, dando acesso a mais informações e tornando mais rico o conteúdo do pensamento infantil, paralelamente o jogo consolida habilidades já dominadas pelas crianças e a prática dos mesmos em novas situações. (FRIEDMAN, 1996, p. 64).

Outra concepção que pode ser trabalhada nas aulas de Educação Física, é a

Desenvolvimentista, que segundo Gallahue:

A Educação Física Desenvolvimentista encoraja as características únicas do indivíduo e é baseada na proposição fundamental de que embora o desenvolvimento motor seja relacionado com a idade, ele não é dependente da idade. (GALLAHUE,1996,p.4)

Na abordagem desenvolvimentista podem-se trabalhar os jogos cooperativos

para ajuda no desenvolvimento das crianças, no entanto, esse jogo, além de ajuda

no aspecto motor, ensina a melhora o convívio e a solidariedade entre as pessoas

envolvidas.

A abordagem da saúde renovada foi delineada por Guedes e Guedes (1996)

e Nahas (1997), tendo como base os relacionamentos humanos, a atividade física e

a busca pelo bem-estar. Ou seja, os autores ressaltam a importância da aptidão

Física e da saúde, colocando essa metodologia dentro das aulas de Educação

Física escolar, para que os alunos tenham aprenda hábitos saudáveis.

Para Nahas (1997), a Educação Física Escolar tem objetivo de ensinar

conceitos básicos da relação atividade física-saúde, essa perspectiva inclui todos os

alunos, principalmente os mais necessitados. Como os sedentários e obesos e etc.

Nessa abordagem, os jogos cooperativos não são utilizado devido seu

objetivo. Porque o método da saúde renovadora tem como ideia principal uma

proposta de combater problemas orgânicos pela falta de atividade física (GUEDES;

GUEDES, 1996).

Outra tendência metodológica que é trabalhada na Educação Física é críticas,

ou progressivas. Em que tem o objetivo de Combater a alienação dos alunos e

defendem uma postura de superação das injustiças sociais, econômicas e políticas.

Dentre essas abordagens podemos citar a abordagem Crítico-superadora e a

Crítico-emancipatória (DARIDO, 2001).

Nas aulas de Educação Física Escolar a abordagem crítico-superadora vem

trabalhando em cima dos conteúdos escolares e assuntos no cotidiano da

sociedade. Esses métodos Para motivar o aluno são necessários que o professor

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conheça sua prática social imediata sobre o conteúdo proposto, como também

deixá-los falar sobre as relações sociais como um todo.

Tratar desse sentido/significado abrange a compreensão das relações de interdependência que jogo, esporte, ginástica e dança, ou outros temas que venham compor um programa de Educação Física, têm com os grandes problemas sócio-políticos atuais como: ecologia, papéis sexuais, saúde pública, relações sociais do trabalho, preconceitos sociais, raciais, da deficiência, da velhice, distribuição do solo urbano, distribuição de renda e outros (SOARES et al, p 42. 1992

Os Parâmetros Curriculares Nacionais definiram o papel da Educação Física

Escolar garantido aos profissionais de Educação Física trabalhar jogos cooperativos

dentro dos conteúdos obrigatórios: o jogo, o esporte, a dança, a ginástica e as lutas.

Educação Física é assim conceituada:

Entende-se a Educação Física como uma área de conhecimento da cultura corporal [...] e a Educação Física escolar como uma disciplina que introduz e integra o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas e das ginásticas em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida (BRASIL, 1998, p. 29)

Em todas as abordagens citadas acima, vimos que os jogos cooperativos têm

algumas diferenças, no que diz a respeito de como trabalhar esses jogos. Isso é

devido às concepções terem um objetivo diferente da cooperação.

O jogo cooperativo nas aulas de Educação Física começou a ser trabalhado,

devido o retrato da sociedade. Na década de 1980 graças às frequentes

preocupações a respeito da valorização exagerada das práticas individuais e a

competição existente nos alunos.

Esses jogos cooperativos a partir dos anos 1990 estimulou a criatividade com

a aplicação de exercícios e atividades que ajudassem a desenvolver as habilidades

pessoais positivas dos alunos, a fim de estabelecer a harmonia entre os

participantes, através da necessidade de criar atividades que desenvolvessem e/ou

conscientizassem as habilidades interpessoais positivas em busca da “Paz Mundial”

(BROTTO, 2001). Um dos objetivos da Educação Física é educar o aluno para viver

bem a vida; daí a importância de desenvolver a cooperação.

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Segundo Darido (2001), por meio dessa perspectiva de jogos cooperativos, o

sentimento de vitória, provocado por uma forma em que o jogo não exista perdedor,

proporciona ao aluno mais condições para a realização dos jogos.

Nos jogos cooperativos, “joga-se para superar desafios e não para derrotar os outros; joga-se para gostar do jogo, pelo prazer de jogar. São jogos onde o esforço cooperativo é necessário para se atingir um objetivo comum e não para fins mutuamente exclusivos”. (BROTTO, 1995, p. 54).

Vários especialistas são a favor dos jogos cooperativos como um instrumento

de trabalho valioso no sentido de ajudar no desenvolvimento da criança,

principalmente no aspecto social. Para Orlick (1989), também privilegia a atividade

física da criança no seu meio ambiente e, assim, ela aprende sobre si mesma e

sobre os objetos do mundo.

Por isso, a necessidade de uma Educação Física que proporcione ao aluno

um pensar mais crítico e uma construção de ideias no momento do jogo ou durante

uma atividade que ajude a criança a ser mais criativa e participante.

Freire expõe que o jogo reflete sobre o corpo como referência para a criança se portar no mundo, por isso, a necessidade de uma Educação Física que proporcione ao aluno um pensar mais crítico e uma construção de ideias no momento do jogo ou durante uma atividade que ajude a criança a ser mais criativa e participante (FREIRE, 1989, p. 134).

A inserção dos jogos cooperativos é bastante útil no contexto escolar, esses

jogos são trabalhados em equipe tendo a participação e inclusão de todos,

fortalecendo a ideia que todos nós somos importantes e capazes juntos.

Através dos jogos cooperativos nos sentimos confortáveis e confiantes para

desfazer nossos bloqueios e compartilhamos qualidades como autoestima

criatividade entusiasmo comunicação confiança e respeito mútuo (BROTTO, 2002).

Portanto, com a inclusão dos jogos cooperativos na educação física escolar,

pode-se alcança muito mais facilidade como a integridade do ser humano. Ensinado

os alunos a respeita as diferenças, e se torna incluso no convívio da sociedade

através do ensino que os jogos cooperativos proporcionam.

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3 CONCEITOS DE JOGOS COOPERATIVOS

Há vários estudiosos que abordam sobre o tema jogo cooperativo, porém, o

principal e maior pesquisador é Terry Orlick. Professor e pesquisador dos jogos

cooperativos, possuindo diversas obras, que se tornaram base para estudos de

diversos pesquisadores.

Existem vários conceitos e objetivos ditos por diversos autores, o qual todos

mostram a mesma ideia de que jogos cooperativos é colaboração em grupo para

alcançar um determinado objetivo juntos.

Para Amaral (2004), o objetivo dos jogos cooperativo é buscar e aproveitar as

condições, capacidades, qualidades ou habilidades de cada indivíduo, aplica-las em

um grupo e tentar chagar a um objetivo comum. Tornando importante cada

qualidade, das pessoas envolvidas no jogo para alcançar os objetivos juntos.

Segundo Orlick (1989, p.123), o principal objetivo dos jogos cooperativos é

criar oportunidades para o aprendizado cooperativo e a interação cooperação

prazerosa. O autor estabelece uma estratégia para que haja uma reconstrução na

sociedade, que é competitiva, utilizando os jogos cooperativos.

Conforme Brotto (1997 apud SOLER, 2002) “através dos jogos cooperativos

nos sentimos confortáveis e confiantes para desfazer nossos bloqueios e

compartilhamos qualidades como auto-estima, criatividades, entusiasmo,

comunicação, confiança e respeito mútuo”. Melhorando o convívio entre as pessoas

com ajuda do benefício que os jogos cooperativos proporcionam

Segundo Barreto (2000), jogos cooperativos são dinâmicas de grupo quem

têm por objetivos em primeiro lugar, despertar a consciência de cooperação.

Portanto, mostra uma opção para melhora e promover relações sociais entre as

pessoas.

Orlick (1989), define jogos cooperativos como uma força unificadora, mas

positiva que agrupa uma variedade de indivíduos com interesses separados numa

unidade coletiva. O autor a define o jogo cooperativo mostra a importância de única

as forças, em uma empresar, por exemplo, que trabalha várias pessoas em

diferentes setores quando se unir atinge um resultado satisfatório, mesmo sem se

conhecer.

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Outra definição de Orlick (1989), falar que cooperação é confiar no outro,

porque, quando alguém escolhe cooperar, conscientemente coloca seu destino

parcialmente nas mãos de outros. Essa confiança quando é positiva pode criar

lanços entre as pessoas envolvidas.

É notório que vários conceitos de diversos escritores do tema jogos

cooperativos, trazem uma mesma ideia sobre a cooperação, tiramos com essas

definições que a importância da cooperação é fundamental para chega com

facilidade em um determinado objetivo, juntos com um determinado grupo de

pessoas mesmo com ideias diferentes.

3.1 Jogos cooperativos x competitivos

Há uma grande diferença entre os jogos cooperativos e os jogos competitivos.

Vimos vários conceitos de jogos cooperativos e que pode ser resumido na interação

entre as pessoas para que alcancem um determinado objetivo em grupo.

Já o jogo competitivo trás uma ideia contrária, em que os objetivos são

comuns, mutuamente exclusivos e as ações são benéficas somente para alguns

(BROTTO, 1997).

Orlick diz que o jogo cooperativo e competitivo há algumas diferenças como:

A primeira diferença entre cooperação e competição é que no primeiro todos cooperam e ganham, eliminando-se o medo do fracasso e aumentando-se a auto-estima e a confiança em si mesmo. Ao passo que, no segundo, a valorização e o reforço são deixados ao acaso ou concedidos apenas ao vencedor, o que gera frustração, medo e insegurança (ORLICK 1989, p.118).

No entanto, os objetivos entre os jogos cooperativos e competitivos

proporcionam uma possibilidade de que as duas trabalharem juntas, em

determinado momento de um jogo ou brincadeira. Os exemplos são os jogos

coletivos como: futebol, vôlei, basquete e etc. eles mostram como é possível

trabalha em equipe usando a cooperação entre eles para competir contra o seu

adversário.

Orlick (1989) conceituou algumas categorias dos jogos cooperativos em uma

das suas obras, o escritor divide jogos como: jogos sem perdedores, jogos

resultados coletivos, jogos de inversão, jogos semi-cooperativos.

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Essas categorias, cada uma tem sua peculiaridade, mais sabemos que todos

levam a ideia principal de cooperação, nos jogos sem perdedores o seu objetivo é

durante um determinado jogo não haja perdedores e todos participantes e supere os

desafios juntos, ou seja, todo se torna automaticamente vencedores, deixando o

jogo prazeroso.

Já os jogos com resultado coletivo, busca a união de duas ou mais equipes,

que juntas possam trabalhar para chega no seu objetivo pretendido. Afastando todo

tipo de competição entre as equipes. Outro jogo que o autor definir é jogos de

inversão, onde os membros são divididos em equipe, porém, durante o jogo os

participantes trocam de posição, alterando a ideia de time fixo, fazendo com que

todos se ajudem, com intuito de ter um jogo agradável sem pensar em vitória da sua

equipe. Exemplo joga com inversão do placar.

Na categoria de jogos semi-cooperativo onde o objetivo é proporcionar que

todos participem e disputem um com os outro mais que não tenha vencedor e que

os participantes tenham a ideia de que não estão competindo.

O escritor Brotto (1997), em uma das suas obras fez dois quadros de

comparação, em que mostra a situação cooperativa e competitiva. E o outro quadro

trás as vivências e ações nos jogos cooperativos e competitivos. Deixando bem

claro, as diferencia e os objetivos dos jogos citados acima.

Quadro 1 - comparativo entre a situação cooperativa e a competitiva.

Situação cooperativa Situação competitiva

Percebem que atingimento de seus

objetivos é, em parte, consequência

da ação dos outros membros.

Percebem que o atingimento dos seus

objetivos é incompatível com a

obtenção dos objetivos dos demais

São mais sensíveis às solicitações

dos outros.

São menos sensíveis as solicitações

dos outros.

Ajudam-se mutuamente com

frequência.

ajudam-se mutuamente com menos

frequência.

Há maior homogeneidade na

quantidade de contribuições e

participação.

Há menor homogeneidade na

quantidade de contribuições e

participação.

A produtividade em termos A produtividade em termos

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qualitativos é maior. qualitativos é menor.

A especialização de atividades é

maior.

A especialização de atividades é

menor.

Fonte: Brotto (1999, p.45)

No quadro acima as situações encontradas pelos os participantes de jogos

cooperativos e competitivos para chega ao seu objetivo. O autor ao destaca essas

situações quer deixar bem claro como é mais fácil e benéfico os jogos cooperativos,

ou seja, quando é utilizado os jogos cooperativo a produtividade e a qualidade é

maior para chega no seu proposito. Ao contrario dos jogos competitivo que nesse as

dificuldades é maior devido à falta de grupo, além do objetivo de cada pessoa de

uma equipe possa ser diferente, causando mais dificuldade para alcançar o sua

meta.

As diferenças das concepções, vivência e ação dos jogos cooperativos e

competitivos, dito por BROTTO.

Quadro 2- Diferença entre as concepções, vivências e ações dos jogos.

Jogos Cooperativos Jogos Competitivos

Visão de que tem para todos Visão de que só tem para um

Objetivos comuns Objetivos exclusivos

Ganhar com o outro Ganha do outro

Jogar com Jogar contra

Confiança mútua Desconfiança, suspeita

Todos fazem parte Todos á parte

Descontração, atenção Preocupação, tensão

Solidariedade Rivalidade

Diversão para todos Diversão a custo de alguns

A vitória é compartilhada A vitória é uma ilusão

Vontade de continuar jogando Pressa de acabar o jogo

Fonte: Brotto (2000, p. 63)

Nesse segundo quadro, o autor mostra as concepções vivenciadas por jogos

cooperativos e competitivos, expondo a qualidade e o benefício de quem usa a

cooperação, ao contrário de quem participa dos jogos competitivos. Esse trás a

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vivência de rivalidade entre os participantes coloca como importância ganha do

outro. Já no jogo cooperação a solidariedade entre os participantes e confiança

mútua entre eles.

As tabelas mostram que os jogos cooperativos, proporciona um ensinamento

para a vida das pessoas que utilizar esse tipo de atividades, através de

solidariedade, descontração e etc. já os jogos competitivos mostram a realidade da

sociedade atual, que busca sempre a disputa e a rivalidade entre as pessoas para

ser alcançado de qualquer custo seu objetivo.

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4 EDUCAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO ESCOLAR

Durante varias anos, a Educação Física tem seus objetivos modificados. De

acordo com o (PCNs). No século passado era ligado ao militarismo, pois pouca

pessoa tinha acesso a essa disciplina. Já assumiu o papel de higienista, modificando

os hábitos de saúde e higiene da população dessa época. Portanto, a educação

física tinha como objetivo, alcançar o corpo perfeito e saudável.

Em 1996, através da lei de diretrizes, a educação física assumiu nos últimos

anos uma nova concepção, mostrada na LDB, Art. 26, § 3º que diz:

Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) § 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola,

é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: (Redação dada pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) I - que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;

(Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) II - maior de trinta anos de idade; (Incluído pela Lei nº 10.793, de

1º.12.2003) III - que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação

similar, estiver obrigado à prática da educação física; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) IV - amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 1969;

(Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003). (BRASIL, LDB, Art. 26, 1996)

Logo, a Educação Física deve ser exercida em toda a escolaridade do

primeiro ao nono ano. Com isso a Educação Física tem um fundamental papel na

construção e formação cognitiva, emocional, ético-moral e psicomotor de cada

pessoa que vivencia ou vivenciou o processo educacional na escolar, pois é uma

disciplina interdisciplinar que trabalha o aluno de diversas formas.

Na resolução CNE/ CES 7/2004, mostra o campo de conhecimento que a

educação física escolar atua dentro da sala de aula e seu objetivo. Ela descreve que

a educação física é:

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Art. 3º - A Educação Física é uma área de conhecimento e de intervenção acadêmico-profissional que tem como objeto de estudo e de aplicação o movimento humano, com foco nas diferentes formas e modalidades do exercício físico, da ginástica, do jogo, do esporte, da luta/arte marcial, da dança, nas perspectivas da prevenção de problemas de agravo da saúde, promoção, proteção e reabilitação da saúde, da formação cultural, da educação e reeducação motora, do rendimento físico-esportivo, do lazer, da gestão de empreendimentos relacionados às atividades físicas, recreativas e esportivas, além de outros Campos que oportunizem ou venham a oportunizar a prática de atividades físicas, recreativas e esportivas. (BRASIL, 2004 p. 1).

Para proporcionar um ensino de qualidade é muito importante, que as aulas

de Educação Física escolar trabalhem: com temas abrangentes e ricos; Evitar

enfatizar uma única disciplina, promover a interdisciplinaridade; Trabalhar com o

máximo de materiais possíveis, utiliza estrutura do local; Planejar atividades que

trabalhem com diferentes formas de expressões, como: redação, dramatização,

artes, música, atividades corporais, apresentações orais etc. logo, se percebe que a

Educação Física é de grande importância para o processo educacional, devido os

conteúdo abordado e a metodologia plicada.

De acordo com os PCNs (1997), trabalhar a Educação Física nas séries

iniciais do ensino fundamental é importante, por possibilitar aos alunos desde de

cedo, a oportunidade de desenvolver habilidades corporais e de participar de

atividades culturais, como jogos, esportes, lutas, ginásticas e danças, com

finalidades de lazer.

Segundo Piccolo (1995), a Educação Física escolar deve visar o

desenvolvimento global dos alunos procurando torná-los mais criativos,

independentes responsáveis, críticos e conscientes. Para que isso aconteça os

professores devem utilizar metodologia que façam os alunos produzir seus

conhecimentos.

A Educação Física é à parte da educação do ser humano que acontece á

partir do movimento, com o movimento e para o movimento. Para Pereira (1988), ou

seja, o autor valoriza o corpo humano e desenvolvimento, esquecendo que a

Educação Física escolar não tem como objetivo a valorização do corpo.

Segundo o coletivo de autores (1992), a Educação Física escolar tem como

objeto de estudo a reflexão sobre a cultura corporal, mas voltada para a contribuição

na afirmação dos interesses de classes das camadas populares.

Nesse contexto a Educação Física é definida segundo Soares que:

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Uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematiza formas de atividade expressivas corporais como: jogo, esporte, dança, ginástica, formas estas que configuram uma área de conhecimento que podemos chamar de cultural corporal. (SOARES et al, p.50 1992)

A Educação Física para Betti (1992) passa por uma função pedagógica de

integração e introduz o aluno ao mundo de transformação física e de formação de

cidadão. Criando alunos que possa não só pensar no movimento ou na parte técnica

dos jogos ou qualquer esporte, mais sim pensar na sociedade como o todo.

A Educação Física escolar é banalizada, por profissional de outra área da

educação, por pensar que ela só trabalha o esporte dentro de sala de aula,

esquecendo que a educação motora é importante no desenvolvimento da criança ou

adolescente. Tem uma contribuição no aprendizado nas outras disciplinas

(AMARAL, 2007).

Portanto, a Educação Física para ser valorizada dentro do contexto escolar é

preciso que os professores cumpram seu papel dentro da sala de aula explorando o

máximo que a disciplina oferece para os alunos. Para que os alunos e a comunidade

escolar aprendam sua importância.

4.1 Jogos cooperativos e seu Desenvolvimento na aula de Educação Física.

A Educação Física Escolar, através dos seus conteúdos esportivos criou uma

ideia na sociedade que é voltada para competição. Conforme Kemmer (2000), a

competição realmente é inerente ao homem, isto posto não queremos renegá-la ou

retirá-la do convívio dos alunos.

Os alunos através da mídia esportiva assistem vários tipos de esporte,

principalmente futebol que é altamente competitivo, logo, influência os alunos a

pensar em competição nas aulas de Educação Física.

Alguns autores defendem que é de fundamental importância a competição

dentro das aulas de Educação Física. Lovisolo (2001), diz que o esporte não pode

ser negado à escola e nem os alunos.

Freire (1999) tem a mesma visão de Lovisolo, no qual negar a competição na

escolar é mesmo de tirar o esporte da Educação Física. Brotto (2002), identificou

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outras concepções que muitos professores de Educação Física acreditam. Que são:

a competição não vai ser eliminada; sem competição não tem graça; os resultados

são melhores na competição; a competição pode ser boa se for sadia.

Essas concepções identificadas por Brotto (2002), o autor Maturana, (2002),

contradiz a ideia competição sadia, para ele competição sadia não existe, constitui

uma negação do outro através da competição.

Nos dias de hoje, não podemos coloca a competição como a prioridade nas

práticas escolares, segundo Bertrand (2001) apud Correia, (2006), os estudantes de

hoje serão os principais agentes, condutores e prosseguidores das transformações

paradigmáticas e éticas hoje reivindicadas. Ou seja, os alunos necessitam de uma

educação, que não busque a competição como objetivo, mais sim uma ideia de

cooperação, por intermédio dos professores de educação física escolar.

A Educação Física escolar vem trazendo uma nova perspectiva, através dos

jogos cooperativos. Darido (2001), afirma que ela se constitui numa proposta

diferente das demais. Ao reconhecer os jogos cooperativos ao invés do competitivo.

Ensinando os alunos sobre jogos cooperativos podemos modificar essa ideia de

competição que a sociedade contemporânea nos proporciona. Formando alunos

cheios de valores humanitários

No desenvolvimento das aulas de Educação Física escolar os jogos

cooperativos têm um papel fundamental tanto no aspecto motor como no social.

Para Soler (2006), a escola e as aulas de Educação Física são excelentes espaços

para a aprendizagem e desenvolvimento dos jogos cooperativos.

Outro aspecto que os jogos cooperativos combatem através das aulas de

Educação Física é a exclusão de pessoas com algum tipo de deficiência. Que muito

são menosprezado por não conseguir fazer as atividade física ou qualquer tipo de

jogos durante a aula.

Os jogos cooperativos nas aulas de Educação Física ajudam o

Desenvolvimento dos alunos de varias maneira, além de trabalha a inclusão dos

deficientes nas aulas através dos jogos lúdicos.

Segundo Kishimoto é:

O jogo como promotor da aprendizagem e do desenvolvimento passa a ser considerado nas práticas escolares como importante aliado para o ensino, já que colocar os alunos diante de situações lúdicas como jogo pode ser uma boa estratégia para aproxima-lo dos

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conteúdos culturais a serem veiculados na escola. (KISHIMOTO, 1994, p.13).

As práticas de jogos nas aulas de educação física trabalhada de forma correta

pelos os professores ajuda a qualidade de vida dos seus alunos ensinando:

cooperação, paciência, respeito ao próximo e etc.

4.2 Papel do professor no desenvolvimento dos jogos cooperativos nas aulas

de Educação Física Escolar

A figura do professor dentro de uma aula de educação física é de fundamental

importância, sem ele os objetivos dos conteúdos não são alcançados, a aula fica

sem nexo, sem objetivo. Dentro dos jogos cooperativos o professor tem que mostra

aos alunos os valores positivos de que cada um é importante e que desenvolva

através da habilidade de cada um. Mostra que todos têm uma importância para

chegar ao objetivo junto, conforme Carnicelli Filho e Schwartz (2006 apud

MARQUES, 2007).

Outro aspecto que do professor dentro de sala de aula tem que saber é das

limitações e as dificuldades dos seus alunos. Para que possa relacionar as

diferenças e realidade de cada aluno, fazendo com que haja um aprendizado por

parte de cada aluno.

O professor tem que partir da realidade dos alunos, ver suas necessidades, buscar alternativas de interação. Ocorre que, na fase de mudança, está tomada de consciência é importante, até que venha a se incorporar com um novo hábito. (VASCONCELLOS, 1995, p.74).

Nas aulas onde jogos e brincadeira são temas, o professor tem que valoriza a

cooperação para que não haja exclusão entre os alunos ou a competição. Assim,

fica mais fácil o desenvolvimento dos alunos nas aulas de educação física, através

do lúdico.

Há também instituições que defendem as brincadeiras, achando que as crianças aprendem muito no decorrer dessas atividades. No entanto os professores são orientados no sentido de estabelecer os temas das brincadeiras, os papéis que os integrantes dos grupos devem assumir como brincar, o que dizer e assim por diante. (SEBER, 1995, p.52).

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Para Correia (2006), o professor dever procura deixa os alunos terem

autonomia para resolver os problemas, com dialogo sem deixar à agressão ou

rivalidade dentro de sala de aula.

Portanto, o professor dever sempre explorar o melhor do aluno preparando-o

para as dificuldades que possa existir na sociedade. O educador deve desenvolver

seus alunos de forma que ele pense em coletividade, solidariedade e respeito ao

próximo.

A Educação Física através dos diversos conteúdos contribui na formação de

cidadãos. Porém, dependendo sempre do professor que esteja conduzindo as aulas.

Sem ele os objetivos dos jogos cooperativos ficam mais difíceis ser alcançado por os

alunos.

4.3 Relatos dos jogos cooperativos dentro das aulas de Educação Física

Escolar.

Vários trabalhos foram feitos sobre jogos cooperativos nas aulas de Educação

Física escolar que mostra seus benefício e dificuldade enfrentada por professores e

alunos.

Entre diversos trabalhos, a pesquisa feita por Comparin (2012), com o tema:

jogos cooperativos como fator de motivação e socialização. Mostra algumas

pergunta feita aos estudantes de Educação Física sobre os jogos cooperativos, onde

foi visto através de tabelas os resultados das perguntas.

TABELA 1 – VOCÊ SABE O QUE SÃO JOGOS COOPERATIVOS ?

Sexo N° DE ALUNOS

RESPOSTAS PERCENTUAL

Masculino 12 SIM 36.36%

Feminino 21 SIM 63.63%

TOTAL 33 SIM 100%

Tabela 1 é um Questionário aplicado aos alunos dos 4° anos 1 e 2 Núcleo Escolar Santa Terezinha. Fonte: Comporin, 2012

Essa tabela feita por Elaine Comparin, a autora pergunta cerca de 33 alunos

do 4º ano da escola santa Terezinha. Se eles sabem o que são jogos cooperativos?

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Na resposta todos conhecia os jogos cooperativos. Isso mostra que os jogos

cooperativos esta presenta na escolar.

Para Amaral (2009), os jogos cooperativos são atividades grupais que

exigem esforço e colaboração de cada um. Segundo Comparin (2012), apresenta

uma tabela sobre a visão dos alunos quanto aos jogos e brincadeiras.

Figura 1- VISÃO DOS ALUNOS QUANDO AOS JOGOS E BRINCADEIRA

Outra pergunta feito por Comparin (2012), foi o que eles aprenderam com os

jogos cooperativos? As respostas foram diversas, mostrada no gráfico acima, para

maioria os jogos cooperativos ensinaram: a brincar, cooperar e a ser amigo e

colega. Já outros disseram que aprenderam a respeita os colegas e professores,

outros falaram que conheceram brincadeiras novas como: gato cego, peixinho e etc.

outros alunos disseram que ninguém ganha e ninguém perde, e alguns aprenderam

a ser humilde e compartilhar.

Vimos que todos os alunos entrevistados tem conhecimento sobre os jogos

cooperativos, que determinados grupos de alunos pensam diferente um dos outros

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no que diz a respeito dos jogos, mais que todos as ideia de jogos cooperativos ditos

por os alunos levam ao objetivo dos jogos cooperativo.

Em outros gráficos feitos por Comparin (2012), a autora faz mais duas

perguntas sobre os jogos. Quando você pratica o jogo cooperativo nas aulas de

Educação Física você se sente feliz? a outra pergunta foi se os alunos se sentem à

vontade e sem medo de errar quando participa do jogo cooperativo? As duas

resposta da maioria não foram diferente do que os jogos cooperativo propõem,

segundo os alunos os jogos: não tem briga, é bom pra saúde, aprende a brincar e

todos participam.

Na outra resposta cerca de 33 alunos responderam a pergunta onde a maioria

diz que se sente à vontade e não tem medo de errar quando participa dos jogos,

somente 7 crianças que se sente ou com medo de erra ou não sente a vontade.

Portanto, atráves desses questionários mostra que os jogos cooperativos

realizar um grande benefício para as crianças de diversas forma como:inclusão,

respeito, humanidade e ensina a trabalha em grupo.

os jogos cooperativos são um enorme aliado para o trabalho de integração do grupo no início de um período letivo, na formação de um novo grupo, na entrada de um novo membro. Desde o início as crianças vivenciam e aprendem a superar a competição, a respeitar os outros e o grupo. (AMARAL, 2009, p.42,).

Em outra pesquisa foi mostra através dos jogos escravos de Jó, travessia e

jogo de bambolê. Onde foi entrevistando alguns alunos e foram feitas as seguintes

perguntas: O que você aprendeu nestes jogos? a) Jogo do bambolê. b) Escravos de

Jó. c)Travessia. Qual era o objetivo de cada jogo? Explique. Em sua opinião os

objetivos dos jogos foram alcançados? Por quê? O que você fez para atingir os

objetivos?

As respostas dessas perguntas segundo Gonçalves e Fischer foram.

a) Categoria “diversão/prazer em jogar”: nesta categoria as crianças associaram as aprendizagens oriundas dos jogos a um sentimento de felicidade e diversão: “Eles mi fizeram pensar, eles tinham que ter rapidez eu me senti super. divertido e legal” (Caio); “Eu aprendi que é legal brincar com os amigos [...] eu mi senti feliz” (Mateus); “Eu aprendi a jogar [...] eu me sentiu feliz” (César). b) Categoria “ganhar/perder”: nesta categoria as crianças

demonstraram ter compreendido o objetivo fundamental dos jogos cooperativos, pois, apesar de não saberem que esses jogos se

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enquadravam na categoria de jogos cooperativos sem perdedores, conseguiram identificar esse aspecto em suas respostas: “Aprendi que todo mundo estava tentando ganhar e todos ganharam” (Bianca); “os objetivos foram alcançados porque todos conseguiram cumprir”(Vinícius); “eu aprendi que não importa ganhar ou perder, o importante é brincar” (Thifany). c) Categoria “esforço pessoal para atingir meta coletiva” : nesta categoria as crianças avaliaram seu próprio desempenho, expresso por meio de um esforço pessoal, com fins de alcançar um objetivo comum: “fiquei um pouco mais apertada no bambolê para que mais pessoas pudessem caber” (Laura); “Eu dei tudo de mim para atingir os objetivos e ajudei os outros pelo mesmo motivo” (Júlia); “Eu fiz para atingir os objetivos o máximo que eu pude e consegui” (Bianca); “Eu fiz tudo o que era possível para atingir os objetivos na prova Escravos de Jó eu tentei, mas não consegui, mas continuei tentando e consegui” (Thifany). d) Categoria “ajudar o outro/incluir”: nesta categoria as crianças

apontaram a necessidade de ajudar os demais participantes, caracterizando essa ajuda como um compromisso imprescindível ao desenvolvimento dos jogos. Com isso, ninguém poderia ser excluído do jogo, os participantes poderiam ajudar ou ser ajudados, a fim de que todos estivessem incluídos e participassem ativamente: “ninguém pode deixar alguém para trás” (Matheus); “tem que ajudar um ao outro” (Yasmim); “Eu aprendi que um tem que ajudar o outro” (Renan); “todo mundo tinha que chegar junto e ajudar os outros. Tinha que ajudar os outros a chegar” (João); “precisei das ajudas dos meus amigos e de esperteza” (Caio).. e) Categoria “trabalhando em grupo/todos juntos”: nesta

categoria as crianças destacaram a importância de que todos trabalhassem em grupo, em prol de um objetivo comum: “Ele (o jogo) me fez pensar que temos que trabalhar juntos” (Augusto); “eu gostei, ele me fez pensar que tem que trabalhar sempre juntos. O objetivo era chegar juntos” (Leandro); “Eu aprendi que no jogo todo mundo tem que fazer os movimentos juntos” (Felipe); “O objetivo era “Trabalhar em grupo” (Gabriel); “O que eu aprendi no jogo foi que ajudar os outros e trabalhar juntos é muito melhor que trabalhar individual” (Laura)” (GONÇALVES; FISCHER, 2007, p.63-64).

Com as experiências relatadas pelos alunos, notamos a importância dos

jogos cooperativos como fator de desenvolvimento dos alunos dentro da sala de

aula. Os alunos aprenderam com os jogos cooperativos trabalha em grupo sem

deixa ninguém para traz, fortalecendo o espírito de equipe que todo deve ter. Na

categoria ajudar o outro/incluir os alunos aprenderam que nos jogos não são

permitido deixa ninguém para traz, é notório que nesse jogo os alunos aprenderam

joga, com e não contra o outro. (BROTTO, 1999).

O papel do professor nos jogos cooperativo é de mediador e motivador das

ativadade em grupo, ele não pode deixa em nenhum momento que as crianças

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tenham uma ideia de competição nos jogos, para isso ele precisa estimular os

alunos através dos jogos cooperativos.

Vimos que o professor durante os jogos cooperativos avaliar seus alunos não

com prova, mas com interação dos alunos com a aula. Os jogos cooperativos se

tornam fácil para o professor avaliar devido os benefícios que os jogos proporcionam

para seus alunos que é notório, tanto para o professor como os alunos.

Portanto, o professor é um facilitador durante suas aulas, é fundamental

relacionar à aula a vida social dos alunos, e ensina como ajudar o próximo, e saber,

os valores de cada um para poder conviver com seus semelhantes de forma

harmoniosa e prazerosa no seu cotidiano (MARQUES et al. 2007).

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5 CONCLUSÕES

Através desse estudo, portanto, concluímos que os jogos cooperativos nas

aulas de Educação Física escolar têm sua importância na formação do indivíduo

como cidadão, por intermédio dos seus jogos os alunos aprendem a ser mais

humanitários, a ter respeito com o seu próximo. Por isso, que é importante os jogos

cooperativos nas aulas de Educação Física, por possibilitar para formação dos

alunos o seu desenvolvimento ético e moral.

Nesse trabalho a literatura estudada apontou vários benefícios que os jogos

cooperativos proporcionam nas aulas de Educação Física escolar como: respeitar as

diferenças, aprender a trabalha em grupo, ter respeito ao próximo e ser, mas

humanitário. Além, de levar os ensinamentos dos jogos cooperativos para seu

cotidiano.

Na pesquisa vimos que a maioria dos os alunos participa dos jogos

cooperativos, onde há um processo de inclusão tornando todos os alunos importante

dentro da sala de aula, ensinando a não excluir, que todos tem um importância

dentro de um determinado jogo. Devido esses benéficos que o jogo oferece alunos

tem uma grande aceitação dos jogos.

O professor tem um papel fundamental da condução dos jogos cooperativos,

para que o objetivo do jogo seja alcançado o educador tem que ser um condutor da

atividade e nunca deixa que haja competição entre os alunos. Vimos que os jogos

cooperativos é fundamental na formação da criança e adolescente, por ensina vários

valores que ajuda na forma de cidadãos.

Por fim, a pesquisar mostrou através da revisão bibliográfica que os jogos

cooperativos têm várias qualidades, e tem grande importância para ser utilizada

como ferramenta pedagógica nas aulas de Educação Física escolar.

proporcionando: alegria, união, criatividade, solidariedade, etc. durante as aulas.

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