centro administrativo pernambuco

14
75 A política de modernização da estrutura administrativa e a racionalização dos meios e dos custos operacionais recolocaram a necessidade de se projetar e construir um Centro Administrativo para Pernambuco na pauta das necessidades emergentes. Embora estudos para a implantação de um Centro Administrativo no Estado tenham sido desenvolvidos nos anos 1970, quando da consolidação das atividades do Pólo Metropolitano da Nucleação Oeste, do qual resultaram o Complexo Industrial do Curado, o Terminal Integrado de Passageiros e a linha do metrô, até o presente momento, nenhuma iniciativa prática a esse respeito foi tomada. A administração estatal continua espacialmente pulverizada no tecido urbano tradicional da cidade do Recife, em imóveis que nem sempre suportam as demandas funcionais e também não articulam as diversas partes administrativas. A ausência de um controle eficiente do Estado sobre os seus bens, ao longo dos anos, gerou total desconhecimento do valor de seu real patrimônio. Esta ausência favoreceu o surgimento de vários problemas legais, como a falta de escrituras e registros em cartório, concessão de áreas para usos inapropriados e invasões de propriedades, conforme dados fornecidos pela Secretaria de Administração do Governo do Estado de Pernambuco (SEAD), em 2007. A imprecisão das informações sobre estes bens pertencentes ao Estado tem Centro Administrativo 1 Os resultados expostos neste capítulo também estão apresentados no artigo “Reabilitação ambiental urbana como critério na escolha da localização do Centro Administrativo de Pernambuco”, elaborado pelos mesmos autores, e aceito para apresentação e publicação nos anais do 5º Congresso Luso-Brasileiro para o Planejamento Urbano Regional Integrado e Sustentável - PLURIS 2012, a ser realizado nos dias 3 , 4 e 5 de Outubro de 2012, em Brasília. 1 Zeca Brandão, Claudio Cruz e Robson Canuto

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75

A política

de mo

derniza

ção da

estrutu

ra adm

inistrat

iva e a

raciona

lização

dos

meios

e dos c

ustos op

eracion

ais rec

olocara

m a ne

cessida

de de

se proje

tar e co

nstruir

um Ce

ntro Ad

ministra

tivo pa

ra Pern

ambuc

o na p

auta d

as nece

ssidade

s em

ergent

es.Em

bora es

tudos p

ara a im

plantaçã

o de u

m Cent

ro Adm

inistrat

ivo no

Estado

tenham

sido d

esenvo

lvidos n

os anos

1970,

quand

o da co

nsolida

ção da

s ativid

ades do

Pól

o Metro

politan

o da N

ucleaçã

o Oeste

, do qu

al resu

ltaram

o Com

plexo In

dustria

l do

Curad

o, o Ter

minal In

tegrad

o de P

assageir

os e a li

nha do

metrô,

até o p

resent

e mo

mento

, nenhu

ma inic

iativa p

rática a

esse re

speito

foi tom

ada. A

adminis

tração

estatal

continu

a espac

ialment

e pulve

rizada

no teci

do urb

ano tra

diciona

l da cid

ade do

Recife

, em

imóveis

que n

em sem

pre sup

ortam a

s dema

ndas fu

ncionais

e tam

bém não

articul

am as

diversas

partes

admin

istrativa

s.

A ausê

ncia de

um co

ntrole e

ficiente

do Est

ado sob

re os se

us bens

, ao lon

go dos

anos,

gerou

total de

sconhe

ciment

o do v

alor de

seu rea

l patrim

ônio. E

sta aus

ência

favorec

eu o su

rgiment

o de v

ários pr

oblem

as lega

is, com

o a falt

a de e

scritura

s e reg

istros

em car

tório, c

oncess

ão de

áreas p

ara uso

s inapr

opriado

s e inva

sões de

proprie

dades,

conform

e dado

s forne

cidos pe

la Secr

etaria

de Adm

inistraç

ão do

Gover

no do

Estado

de Per

nambuc

o (SEAD

), em 2

007.

A impre

cisão d

as info

rmaçõe

s sobre

estes b

ens pe

rtencen

tes ao

Estado

tem

Centr

o Adm

inistra

tivo

1 Os res

ultados

exposto

s neste

capítulo

também

estão a

presen

tados no

artigo

“Reabil

itação a

mbient

al urba

na com

o critér

io na

escolha

da loca

lização d

o Cent

ro Adm

inistrativ

o de Pe

rnamb

uco”, e

laborad

o pelos

mesmo

s autore

s, e ace

ito para

apresen

tação

e publi

cação n

os anais

do 5º

Congre

sso Lus

o-Brasi

leiro par

a o Plan

ejament

o Urba

no Reg

ional Int

egrado

e Suste

ntável -

PLUR

IS 201

2, a ser

realizad

o nos d

ias 3 , 4

e 5 de

Outub

ro de 2

012, em

Brasília

.

1

Zeca B

randão

, Claud

io Cruz

e Robs

on Can

uto

77

subme

tido um

a série

de imó

veis de

sua pro

priedad

e a um

progre

ssivo p

rocess

o de

estagna

ção e d

eterior

ação. I

sto pod

e ser ob

servad

o, por e

xemplo

, pela e

xistênc

ia de

grande

s áreas

urbana

s e rura

is ocios

as e/ou

degra

dadas,

bem co

mo em

alguns

imóve

is que

, apesa

r de po

ssuírem

um gra

nde val

or histó

rico e l

ocaliza

ção est

ratégica

, encon

tram-

se em p

éssimo

estado

de co

nserva

ção e/o

u subut

ilizados

.A a

usência

de um

contro

le eficie

nte de

ste vas

to patri

mônio

imobi

liário g

era gra

nde

despes

a com a

sua ma

nutenç

ão e co

nserva

ção, po

is muito

s imóve

is enco

ntram-s

e sem

função

admin

istrativa

ou ced

idos a

outras

instituiç

ões sem

a devid

a renta

bilidade

. A

busca p

or outro

s espaç

os é ma

is um e

lement

o desfa

voráve

l à polít

ica pat

rimoni

al na

gestão

estatal

. Esta d

emand

a é sup

rida pe

la locaç

ão de

imóveis

privad

os que

atendam

às nec

essidad

es espe

cíficas d

e algum

as secr

etarias

, o que

acarret

a um dé

ficit sig

nificativ

o no

orçam

ento d

o Gove

rno.

A polít

ica de

moder

nização

da est

rutura a

dminis

trativa

e a rac

ionaliz

ação d

os me

ios e d

os custo

s de fun

cionam

ento d

a máqu

ina, sej

a ela p

ública

ou priv

ada, ob

rigam

a discu

ssão de

novas

alterna

tivas qu

e ajude

m a po

tencial

izar os

recurs

os e am

pliar a

capacid

ade de

investi

mento

s, princ

ipalme

nte no

s segm

entos e

stratég

icos qu

e prom

ovam

o dese

nvolvim

ento e

conôm

ico e so

cial do

Estado

. Neste

sentido

, uma no

va polít

ica pat

rimoni

al, criad

a a par

tir de co

ndiçõe

s técnic

as adeq

uadas à

explo

ração d

os bens

do

Estado,

como

fator d

e renda

ou de

promo

ção do

desen

volvime

nto, po

derá co

ntribui

r sign

ificativa

mente

para o

alcanc

e efetiv

o da re

ntabilid

ade de

ste pot

encial i

mobiliá

rio.Um

a polít

ica pat

rimoni

al suge

re açõe

s de cur

to, mé

dio e l

ongo p

razo, v

oltadas

ess

encialm

ente p

ara co

njugar

o conc

eito de

moder

nidade

através

da cen

tralizaç

ão adm

inistrat

iva e fís

ica da

gestão

direta

do Go

verno,

a distri

buição

de órg

ãos da

adminis

tração

indiret

a nos im

óveis tr

adicion

ais e d

e valor

históric

o e a g

eração

de fon

tes de

recurs

os alter

nativos

para i

nvestim

ento n

a mode

rnizaçã

o do E

stado, p

otencia

lizando

a utili

zação

dos de

mais im

óveis d

e seu p

atrimô

nio im

obiliári

o.Em

partic

ular, a

primeira

destas

ações –

a cent

ralizaç

ão adm

inistrat

iva – v

iabiliza

-se p

ela elab

oração

de um

novo

conjun

to edific

ado urb

ano qu

e conc

entre o

s órgã

os da

adminis

tração

pública

direta

, carac

terizan

do um

Centro

Admin

istrativ

o para

o Estad

o de

Pernam

buco. O

conce

ito de

implem

entaçã

o deste

Centro

se arti

cula atr

avés de

três

idéias

centrai

s: a oti

mizaçã

o da m

áquina

pública

admin

istrativ

a, sua

localiza

ção

estraté

gica e o

caráte

r cívico

e públ

ico do

equipam

ento e

nquant

o catal

isador d

e des

envolv

imento

urbano

.O C

entro A

dminis

trativo

tem co

mo ob

jetivos p

rincipai

s equilib

rar os g

astos

com im

óveis p

úblicos

e amp

liar a ca

pacidad

e de in

vestim

ento d

o Estad

o; revit

alizar

áreas e

enclav

es urba

nos em

proces

so de d

eterior

ação fí

sica e a

mbient

al no c

entro

metrop

olitano

; e con

tribuir

com o d

esenvo

lviment

o urba

no e a

qualid

ade am

biental d

e um

territó

rio.Ass

umem

, com p

apel im

portan

te para

inserç

ão des

te emp

reendim

ento, a

s seg

uintes d

iretrize

s de loc

alizaçã

o:- Se

r implan

tado e

m área

de rel

ativa p

roximid

ade co

m o cen

tro exp

andido

trad

icional

da cidad

e;- Se

r dotad

o de al

to grau

de urb

anidade

, integ

rando-

se às ca

racterí

sticas u

rbanas

pré

-existe

ntes (a

lta dens

idade, s

obrepo

sição d

e usos

, integ

ração

com a o

ferta d

e ser

viços, c

omérc

io loca

l);- Fa

cilidade

de ace

sso, co

m irrig

ação p

lena, pr

ioritari

ament

e, de v

ários m

eios de

tran

sporte

público

(linhas

de ôn

ibus e

metrô

ou VLP

/VLT),

qualida

de de

passeio

s púb

licos pa

ra a livr

e circu

lação d

e pede

stres e

o fácil e

stacion

ament

o de v

eículos

particu

lares;

- Capa

cidade

de rea

bilitaçã

o urba

na do te

rritório,

enqua

nto pa

pel de

res

ponsab

ilidade

pública

na ind

ução d

e polít

icas urb

anas de

promo

ção à

revitali

zação

de áre

as degr

adadas

e espa

ços urb

anos se

gregad

os.Par

a o em

preend

imento

em si,

são pre

missas

importa

ntes:

- A vita

lidade

urbana

atravé

s de um

mix fu

ncional

equilibr

ado e q

ue gar

anta al

ta din

âmica

e funcio

nalidad

e urba

na;

79

- A int

egraçã

o com

empre

endime

ntos de

nature

za priva

da, sen

do agr

egado

a inve

stiment

os imo

biliários

voltad

os para

habita

ção, co

mércio

e serv

iço;- A

poten

cial ger

ação d

e espa

ços pú

blicos d

e quali

dade, c

om alto

valor s

imbólic

o de

caráter

cívico

que o e

mpree

ndime

nto de

ve rep

resent

ar.Este

estudo

objetiv

ou apr

esenta

r uma an

álise de

possív

eis zon

as para

a imp

lantaçã

o de u

m Cent

ro Adm

inistrat

ivo com

vistas

a atend

er aos a

nseios

do Go

verno

do Esta

do de

Pernam

buco, n

o sentid

o de e

quacion

ar as ne

cessida

des ger

adas pe

los prin

cípios c

ontem

porâne

os de p

rática a

dminis

trativa

e gestão

estatal

, com a

melho

ria do

atendi

mento

às fun

ções pú

blicas,

partind

o-se d

e um p

rocess

o de m

oderniz

ação e

valo

rização

do seu

patrim

ônio.

Antes d

e tudo

foi nec

essário

ter em

conta

a capa

cidade

física d

as pote

nciais

localiza

ções em

dar su

porte a

o quan

titativo

da pop

ulação

de ser

vidores

. Os

dados f

ornecid

os pela

Secreta

ria de

Adminis

tração

do Go

verno

do Esta

do de

Pernam

buco (S

EAD) in

formaram

uma p

opulaçã

o total d

e aprox

imadam

ente 1

04.056

fun

cionário

s ativos

, da ad

ministra

ção dir

eta e in

direta,

em tod

as as re

giões do

Estado

. Ne

ste sen

tido, pa

ra mens

urar o

número

aprox

imado

de fun

cionário

s direto

s da

adminis

tração

estadua

l, foram

aqui p

roposta

s, por s

ecreta

ria, est

imativa

s de pe

rcentu

ais que

, de for

ma em

pírica,

traduzir

am um

total a

proxim

ado da

popul

ação u

suária

para o

futu

ro Cent

ro Adm

inistrat

ivo.For

am co

nsidera

dos en

tão, ce

rca de

10.000

funcion

ários di

retos a

serem

alocad

os nas

futura

s instal

ações d

o Cent

ro Adm

inistrat

ivo, pa

ra as qu

ais foi

estima

da um

a área

de con

strução

de 12

0.000m

² (valen

do-se d

a relaçã

o de 1

2 m²/fu

ncionár

io). Pe

la legi

slação

atual d

a Cidad

e do R

ecife, s

eriam n

ecessár

ias 3.0

00 vag

as de ga

ragem

para

suprir a

s neces

sidades

de tal

empre

endime

nto, o

que ele

vou pa

ra 160.

000m²

a área d

e con

strução

total.

Os da

dos for

necido

s pela

Secreta

ria de

Adminis

tração,

bem c

omo o

s per

centua

is cons

iderad

os par

a o pré

-dimens

ionam

ento d

o Cent

ro Adm

inistrat

ivo est

ão ind

icados

na Tab

ela 1.

ÓRGÃ

OSNú

mero d

e serv

idores

Percen

tual

conside

rado

Núme

ro de

servidor

es con

siderad

oGo

vernad

oria do

Estado

246100

246Vice

-Gover

nadoria

26100

26Sec

retaria E

special

da Casa

Militar

297100

297Sec

retaria E

special

dos Esp

ortes

29100

29Sec

. Chefe

da Asses

. Espec

ial do G

overna

dor23

2323

Secreta

ria de A

dminist

ração

606100

606Sec

.de Des

env.So

cial e D

ireitos H

umano

s3.2

9025

987Sec

retaria d

e Educa

ção41.

9225

2096,1

Secreta

ria da Fa

zenda

1.883

70131

8,1Cas

a Civil, Im

prensa, C

ultura, Se

cretaria

da Mulhe

r, Articula

ção Soci

al, Artic

ulação R

egional,

Juventud

e e Con

troladori

a Geral d

o Estado

199100

199Sec

retaria d

e Trans

portes

149100

149Sec

retaria d

e Justiça

e Direit

os Hum

anos

Não info

rmado

Não info

rmado

Não info

rmado

Secreta

ria de Tu

rismo

46100

46Sec

retaria d

e Agric

ultura e

Reform

a Agrár

ia869

100869

Secreta

ria de Sa

úde25.

0435

1.252,

15Sec

retaria d

e Defes

a Social

6.185

10618

,5Sec

retaria d

e Dese

nvolvim

ento E

conôm

ico125

100125

Conserv

atório P

ernamb

ucano

de Músic

a96

10096

Secreta

ria de P

lanejam

ento e

Gestão

290100

290Sec

.Ciência

, Tecno

logia e

Meio A

mbient

e109

100109

Sec.de

Desenv

. Social

e Direit

os Hum

anos

Não info

rmado

Não info

rmado

Não info

rmado

Procura

doria G

eral do

Estado

293100

293Sec

retaria d

as Cidad

es56

10056

Corpo

de Bom

beiros M

ilitar2.4

190

0Polí

cia Mili

tar de

Pernam

buco

19.620

00

TOTAI

S104

.056

--9.7

31

Tabela

1 – Est

imativa

da pop

ulação u

suária d

o Cent

ro Adm

inistrativ

o.Fon

te: Sec

retaria d

e Adm

inistraçã

o do G

overno

do Est

ado de

Pernam

buco, 2

007.

81

Vale sal

ientar

que, se

ndo um

a estim

ativa, e

ste tota

l serviu

como

referê

ncia pa

ra um

a prim

eira an

álise d

as poss

ibilidad

es de im

plantaçã

o. Deve

-se ter

em co

nta qu

e ser

ia nece

ssária

a proje

ção do

quadr

o funcio

nal par

a os pr

óximo

s anos

de gov

erno,

para q

ue se c

hegass

e a um

a defin

ição ma

is prec

isa de

dimens

ionam

ento e

de um

pro

grama

de ne

cessida

des.

Áreas p

otencia

isNo

sentido

de apr

esentar

uma an

álise urb

anística

prévia

sobre t

erritóri

os pot

encialm

ente p

assíveis

de ate

nder a

tais ob

jetivos,

a partir

de leva

ntament

os cada

strais,

foram i

dentific

adas se

is área

s livres

ou sub

utilizad

as, acim

a de 40

.000 m

², todas

situada

s no

núcleo

central

da cida

de do

Recife,

sendo

elas:

da Com

pesa e

o Braço

Morto

do Cap

ibaribe,

onde

funcion

a o 7°

Depós

ito de

Suprim

ento d

o Exér

cito Bra

sileiro,

no bai

rro do

Caban

ga. Trat

a-se de

um ter

ritório

perten

cente à

União

(Figura

1, letr

a A).

São Jos

é. A Co

mpanh

ia Ferro

viária d

o Nord

este (C

FN) er

a, na ép

oca de

elabor

ação

deste e

studo, c

oncessi

onária

desta p

ropried

ade. (F

igura 1,

letra B

).ave

nidas G

uararap

es e Da

ntas Ba

rreto (t

recho

norte),

no bai

rro de

Santo A

ntônio

- terr

itório d

e referê

ncia sim

bólica

do pod

er públi

co, adm

inistrat

ivo, de

serviço

s e de

represe

ntações

come

rciais e

diplom

áticas e

m Pern

ambuc

o. São

imóveis

particu

lares

(Figura

1, letr

a C).

na face

oeste

do Por

to do R

ecife, n

o Bairr

o do R

ecife. O

s imóve

is perte

ncem à

Un

ião e sã

o gerid

os pelo

Estado

de Pe

rnamb

uco (Fig

ura 1,

letra D

).Figu

ra 1 – Á

reas pa

ra implan

tação

do Cen

tro Adm

inistrativ

o de

Pernam

buco n

a cidad

e do R

ecife.

do Sho

pping Ta

caruna e

da Esc

ola de

Aprend

izes do

s Marin

heiros,

no bair

ro de

Santo A

maro, p

ropried

ade da

Marinh

a do Bra

sil (Figu

ra 1, let

ra E).

Tacaru

na, ond

e hoje

se enc

ontra i

nstalado

o Parq

ue de

Diversõ

es Mirab

ilândia,

no

bairro d

e Camp

o Gran

de, pe

rtencen

te ao G

overno

do Est

ado (Fig

ura 1,

letra F)

.A lo

calização

de cada

uma da

s seis zo

nas na p

lanta da

cidade d

o Recife

está ind

icada na

Figura 1

.

CAMP

OGR

ANDE

SANT

OAM

ARO

BAIRR

O DO

RECIF

E

RECIF

E

Ocean

o Atl

ântico

SANT

OAN

TÔNIO

SÃO J

OSÉ

CABA

NGA

A

B

C

D

EF

83

A análi

se urba

nística

das sei

s áreas

poten

ciais, de

finidas a

partir d

e levan

tament

os cad

astrais,

se pauto

u em u

ma séri

e de cr

itérios

estabele

cidos co

mo me

io de tr

aduzir a

s exp

ectativa

s sobre

a melho

r localiz

ação p

ara a im

plantaçã

o do C

entro A

dminist

rativo.

A equip

e realizo

u uma

aborda

gem qu

antitativ

a com a

Escala

Likert (L

IKERT,

1932)

de

quatro

pontos

para m

ensura

r a apr

eciação

geral d

e critér

ios esta

belecido

s a par

tir de

condici

onante

s urban

ísticos.

A Escal

a Liker

t é um

a escala

de res

postas

gradativ

as usad

a em

pesquis

as de o

pinião,

neste c

aso, ba

seada n

o conhe

ciment

o ad ho

c dos té

cnicos d

o NTO

U. Rea

lizou-se

a verifi

cação q

uanto à

aprecia

ção do

s critér

ios (mu

ito bom

, bom,

regular

e ruim

), atra

vés da

obtenç

ão da m

édia da

pontuaç

ão atrib

uída às

resposta

s, relacio

nando

a cada

localida

de a m

édia da

aprecia

ção de

cada té

cnico av

aliador.

Para um

a melho

r análise

da loca

lização f

oram a

tribuído

s pesos

a fim d

e pond

erar a

importâ

ncia de

cada cr

itério n

a decisã

o da m

elhor es

colha. A

soma de

sses pe

sos é 1

0 e ele

s tam

bém for

am atrib

uídos pe

los técn

icos do

NTOU

, consid

erando

aqueles

de pre

ponder

ância

na viabi

lização d

o emp

reendim

ento. F

oram o

ito os c

ritérios

utilizad

os:Pro

priedad

e – Re

fere-se

à titular

idade d

o terren

o; terre

nos pú

blicos r

ecebem

pontu

ação

maior e

terren

os priva

dos rec

ebem p

ontuaç

ão meno

r.Áre

a – Ref

ere-se

metrag

em de

área di

sponíve

l para o

empre

endime

nto; qu

anto ma

ior a ár

ea, mai

or a po

ntuaçã

o atribu

ída.Ace

ssibilida

de – D

iz respe

ito à fa

cilidade

de se

desloca

r até o

local, e

m todo

s os sen

tidos.

Leva em

conside

ração as

conexõ

es com

as red

es de m

etrô, ôn

ibus, tra

nsporte

individ

ual de

carros d

e passe

io e sist

emas d

e circu

lação d

e pede

stres. Q

uanto m

ais cone

ctado o

u próx

imo

desses

sistemas

pré-ex

istente

s, maior

a nota

atribuí

da.Leg

islação

– Diz re

speito

à quanti

dade d

e restriç

ões pre

sentes

na legis

lação, c

omo n

a Lei

de Uso

e Ocup

ação d

o Solo

, e órg

ãos de

control

e urba

nístico,

como a

Comp

anhia

Pernam

bucana

de Re

cursos

Hídrico

s - CPRH

, Prefei

tura do

Recife

e Insti

tuto do

Patrim

ônio

Históri

co e Art

ístico N

acional

– IPHA

N, nec

essários

para ap

rovaçã

o. Quan

to meno

s rest

rições a

o dese

nvolvim

ento d

e empre

endime

ntos na

área, m

aior a n

ota.

Sinergia

- Prox

imidade

com ou

tros eq

uipame

ntos e/

ou pro

jetos fu

turos pr

é-defin

idos.

Quanto

mais si

nergia,

maior

a nota.

Central

idade –

Refere

-se à co

ndição d

e urba

nidade

em tor

no da á

rea em

questã

o. Quan

to mai

s dinâm

ica soc

ialment

e e de

senvolv

ida amb

ientalm

ente fo

rem as

suas pr

oximidad

es, mai

or a no

ta atrib

uída.

Reabilit

ação am

biental u

rbana –

Refere

-se à m

elhoria e

valoriz

ação d

e áreas

degrad

adas

adjacen

tes ou

próxim

as ao e

mpree

ndiment

o. Quan

to maior

o pote

ncial do

empre

endime

nto

em pro

mover

um inc

rement

o ao am

biente u

rbano

circund

ante, m

aior a n

ota.

Potenc

ial – Re

fere-se

ao pote

ncial co

nstrutiv

o do te

rreno. Q

uanto m

aior o p

otencia

l con

strutivo

, maior

a nota

atribuí

da, con

sideran

do-se q

ue com

maior

capacid

ade de

ger

ação d

e área ú

til, mais a

trativo

o emp

reendim

ento se

torna,

pois pas

sa a ser

possív

el a

comerc

ializaçã

o do e

xceden

te para

o merc

ado im

obiliário

. A T

abela 2

sintetiz

a os res

ultados

encon

trados a

pós atr

ibuição

de no

tas a ca

da área

:

Critério

sPro

priedad

eÁre

aAce

ssibilida

deLeg

islação

Sinergia

Centrali

dade

Reabilita

çãoPote

ncial

Pesos

1,75

12

0,75

11,2

51,2

51

10São

José

24

34

32

24

28,70

Santo

Amaro

34

32

33

23

28,25

Bairro d

o Rec

ife4

31

23

33

326,

85Cab

anga

33

34

21

24

26,60

Santo

Antônio

11

32

34

41

24,05

Campo

Grande

42

22

22

22

22,40

Escala:

1=Rui

m; 2=

Regula

r; 3=B

om; 4=

Muito

bom

TABELA

2 – An

álise da

localizaç

ão por a

tribuiçã

o de no

tas.

85

Perceb

e-se, a

partir

da Tab

ela 3, q

ue a ár

ea do

Bairro

de Sã

o José,

ocupad

a pel

a RFFS

A, ating

e a ma

ior pon

tuação

dentre

todas (

28,70

pontos

), emb

ora est

eja mu

ito pró

ximo d

o resu

ltado o

btido p

ara a á

rea do

Bairro

de Sa

nto Am

aro, oc

upado

atualm

ente p

ela Vila

Naval

(28,25

). Na se

qüencia

, apare

cem, ta

mbém

muito

próxim

os, os

terren

os do

Bairro

do Re

cife e d

o bairr

o do C

abanga

(26,85

e 26,6

0, res

pectiva

mente

). O ter

ritório

dos ba

irros d

e Sant

o Antô

nio (A

v. Guar

arapes

) e de

Campo

Grande

(Mirab

ilândia)

ocupa

m as úl

timas p

osições

, com d

istância

s relativ

as dos

resulta

dos ma

is evide

ntes.

Uma av

aliação

mais p

ormeno

rizada

das im

pressõ

es sobr

e cada

uma d

as área

s é apr

esenta

da a se

guir, ex

plicand

o a po

ntuaçã

o de c

ada um

a delas

:São

José

Segun

do a le

gislaçã

o urba

nística

vigente

esta ár

ea de

155.00

0 m² po

ssui

coeficie

nte de

utiliza

ção má

ximo d

e 4 e o

poten

cial co

nstruti

vo che

ga a 62

0.000

m². De

ntre tod

as as p

ossibili

dades e

studad

as esta

foi a q

ue apr

esento

u melh

ores

condiçõ

es de a

cesso

viário,

tanto p

or tran

sporte

coletiv

o, com

o por

desloc

ament

o de

carros

partic

ulares a

través d

as Aven

idas Su

l e Jos

é Este

lita, qu

e artic

ulam o C

entro

e a Z

ona Su

l da cid

ade. D

etém o

atrativ

o de se

localiz

ar de fr

ente p

ara a b

acia do

Pina,

com or

ientaçã

o Sude

ste, qu

e a val

oriza n

ão só

para a

criação

de esp

aços p

úblico

s e de

lazer co

ntemp

lativo e

náutic

o, com

o tamb

ém pa

ra a ex

ploraç

ão imo

biliária,

devid

o ao

alto po

tencial

const

rutivo

do loc

al. Alé

m disso

, é um

a parc

ela urb

ana qu

e integ

ra um

a porç

ão ant

iga do

bairro

de São

José, c

om os

terren

os loc

alizado

s às ma

rgens d

a Av.

Sul e

da Rua

Imper

ial, obj

etos d

e prop

ostas d

e inves

timent

os par

a reabi

litação

ambie

ntal ur

bana (F

igura 2

).Figu

ra 2 –

Área no

bair

ro de Sã

o José p

ara imp

lantaçã

o do C

entro

Administ

rativo d

e Per

nambuc

o.

Bacia

do Pi

na

Av. Jo

sé Est

elita

155.00

0 m2

Rua Im

perial

Av. Su

l

SÃO J

OSÉ

Rio Ca

pibarib

e

87

Figura 3

– Áre

a no

bairro d

e Santo

Amaro

par

a implan

tação d

o Cen

tro Adm

inistrativ

o de

Pernam

buco.

Bairro d

o Recif

eSeg

undo a

legislaç

ão urban

ística vi

gente e

sta área

de 150

.000 m

² possui

coeficie

nte de

utilizaçã

o máxim

o de 2,

4 e o p

otencia

l constr

utivo ch

ega a 3

60.000

m². O

terren

o do Po

rto do

Recife,

pertenc

ente à U

nião e a

dminist

rado pel

o Estad

o de Pe

rnambuc

o, foi av

aliado co

mo

carente

de cone

xões ad

equada

s ao sist

ema de

transp

orte exi

stente, e

mbora

esteja

localizad

o em

uma ár

ea cujo

process

o de de

senvolv

imento

é notó

rio. A f

rente d

’água do

terren

o volta-

se, com

o na ár

ea anter

ior, par

a a bac

ia de Sa

nto Am

aro, m

as pelo

lado Oe

ste, o q

ue redu

z seu

poder

de atra

ção de

investim

entos pr

ovenien

tes do

mercad

o imobil

iário. O

seu po

tencial

constru

tivo é li

mitado

por est

ar dentr

o do B

airro d

o Recif

e, que p

ossui áre

a de pre

servação

tom

bada a

nível Fe

deral (F

igura 4)

.

Figura 4

– Áre

a no

bairro d

o Recif

e para

implant

ação d

o Cent

ro Adm

inistrativ

o de

Pernam

buco.

Santo A

maro

Segund

o a leg

islação

urbanís

tica vig

ente e

sta áre

a de 16

5.000

m² pos

sui coe

ficiente

de

utilizaç

ão máx

imo de

2,4 e o

poten

cial con

strutivo

chega a

396.0

00 m².

O terr

eno

da Vila N

aval, co

m aces

so exclu

sivo pe

la Av. C

ruz Ca

bugá, a

presen

ta limit

ações p

ara dar

sup

orte a fl

uxos m

ais inte

nsos, b

em co

mo um

poten

cial co

nstrutiv

o reduz

ido, qu

e dimin

ui sua

capacid

ade de

atrair

investim

entos o

riundos

do set

or imo

biliário.

Por ou

tro lado

, é um

a áre

a atrati

va e no

bre do

ponto

de vis

ta paisa

gístico,

pois e

stende-

se no se

ntido N

orte-Su

l com

uma ex

tensa f

rente d

’água pa

ra a bac

ia de S

anto Am

aro, alé

m de e

ncontra

r-se pró

xima

a uma re

gião já c

onsolid

ada co

mo áre

a de gra

ndes eq

uipame

ntos, lo

calizado

s no lim

ite ent

re Recif

e e Ol

inda (Fig

ura 3).

SANT

O AMA

RO165

.000 m

2

Bacia

de Sa

nto Am

aro

Av. Cruz Cabugá

89

Cabang

a Segund

o a legis

lação ur

banístic

a vigente

esta ár

ea de 12

7.000 m

² possui

coeficie

nte de

utilização

máxim

o de 4

e o pot

encial c

onstrut

ivo che

ga a 508

.000 m²

. O ter

reno pe

rtence

à União

, sendo

utilizad

o, hoje,

por um

a unidad

e do Exé

rcito. Em

bora es

teja loc

alizada n

as pro

ximidad

es de di

versas a

rtérias d

e transp

orte, a á

rea apre

senta c

erto com

promet

imento

no q

uesito a

cessibilid

ade, alé

m de es

tar meno

s integra

da com

as prop

ostas de

reabilita

ção

ambient

al urban

a do cen

tro da c

idade. É

uma ár

ea volta

da para

o estuár

io dos r

ios Jord

ão, Tejip

ió e Jiqu

iá, que f

ormam

a Bacia d

o Pina,

uma fren

te d’águ

a com a

lto poten

cial con

strutivo

, com

capacid

ade de

atrair o

interess

e imobil

iário res

idencial,

comerci

al e de

serviços

, e pos

sibilidad

e de ger

ar espaç

os públi

cos de q

ualidade

para o

lazer co

ntemplat

ivo e ná

utico

(Figura 5

).

Figura 5

– Áre

a no

bairro d

o Caba

nga par

a imp

lantaçã

o do C

entro

Administ

rativo d

e Per

nambuc

o.

Santo A

ntônio

Não se

trata de

um ter

reno, m

as sim

de um

estoqu

e edific

ado já e

xistent

e no e

ixo das

avenida

s Guar

arapes e

Dantas

Barret

o. Tem

como

princip

al vanta

gem a lo

calizaçã

o, a ce

ntralida

de, a p

ré-exist

ência d

e dinâm

ica urb

ana e a

proxim

idade co

m os pr

édios

govern

ament

ais trad

icionais

. A prin

cipal de

svantag

em, po

r sua ve

z, é a e

xigüidad

e da ár

ea disp

onível,

bem i

nferior

ao tota

l estim

ado par

a o cen

tro adm

inistrat

ivo – só

comp

ortaria

o pro

grama pa

rcialme

nte, inc

lusive q

uanto a

o núm

ero de

vagas d

e estac

ioname

nto (Fig

ura 6).

Esta inte

rvenção

é dotad

a de gra

nde po

tencial e

stratégi

co porq

ue sua c

entralida

de articu

la pro

jetos ur

banos p

ontuais

em áre

as da cid

ade que

já estão

em pro

cesso d

e recup

eração o

u dev

idamente

recupe

radas. D

esta for

ma, a s

ua área

de atuaç

ão se es

tende pa

ra o Bai

rro do

Recife,

a leste;

áreas a

o sul, no

bairro

de São J

osé, qu

e se tor

naram a

trativas

para no

vos

Figura 6

– Áre

a no

bairro d

e Santo

Ant

ônio par

a imp

lantaçã

o do

Centro

Administ

rativo

de Per

nambuc

o.

127.00

0 m2

CABA

NGA

Bacia

do Pin

a

SANT

O ANT

ÔNIO

Av. Dantas Barreto

80.000

m2

Av. Gu

ararap

es

Rio Ca

pibarib

e

91

investim

entos im

obiliário

s público

s e priv

ados; a

lém de

se com

unicar d

e mane

ira muito

direta

com o b

airro d

a Boa Vi

sta, a o

este, qu

e tem p

rojetos

articulad

os em t

orno d

o corred

or de

transpo

rte Les

te-Oeste

, que lig

a o cen

tro à C

idade da

Copa.

Pelo lad

o norte

, a inter

venção

aind

a se art

icula co

m a ma

ior área

verde p

reservad

a do cen

tro do

Recife -

o ento

rno da

Praça da

Rep

ública e

seus ed

ifícios hi

stóricos

.Um

a fraque

za desta

interven

ção diz

respeit

o à titul

aridade

múltipla

dos im

óveis, q

ue dem

andaria

muito t

empo

em neg

ociaçõe

s e resu

ltaria n

um valo

r possiv

elmente

muito a

lto das

idenizaç

ões que

tivessem

de ser

pagas p

elas des

apropria

ções. E

sta situa

ção inib

e os ben

efícios q

ue a in

tervenç

ão traria

à área

em si e

ao ento

rno.

Campo

Grande

Os téc

nicos

do Nú

cleo Té

cnico

de Op

eraçõe

s Urba

nas de

senvol

veram

est

a anál

ise de

melho

r locali

zação

do Ce

ntro A

dminis

trativo

de Pe

rnamb

uco em

200

8 quan

do, at

é entã

o, havia

a poss

ibilida

de des

tas áre

as sere

m usad

as para

tal

finalida

de. Ma

s a din

âmica

da cid

ade mu

dou as

condiç

ões ex

istente

s e log

o três

Figura 7

– Áre

a no

bairro d

e Camp

o Gra

nde par

a imp

lantaçã

o do C

entro

Administ

rativo d

e Per

nambuc

o.

das áre

as inclu

ídas n

a avali

ação fo

ram de

scartad

as: a á

rea do

Caban

ga, qu

arta

classific

ada; a

área d

o Bairr

o do R

ecife, t

erceira

classif

icada; e

a área

do ba

irro de

São

José, a

prime

ira clas

sificada

. Res

taram,

então,

como

áreas q

ue pre

servar

am a p

ossibil

idade

de ser

em

usadas

para a

brigar o

Centr

o Adm

inistrat

ivo de

Perna

mbuco

, as ár

eas do

bairro

de

Santo A

maro,

segun

da clas

sificada

, do ba

irro de

Santo

Antôn

io, qui

nta cla

ssificad

a e a

do ba

irro de

Camp

o Gran

de, se

xta cla

ssificad

a. Para

cada

uma d

estas á

reas o

NT

OU fez

um es

tudo d

e mass

a, apre

sentad

o a se

guir. Sh

opping

Tac

aruna

Av. Ag

ameno

n Maga

lhães

Chevr

olet

Hall

CAMP

O GRA

NDE

45.000

m2

Av. An

drade

Bezer

raCe

ntro d

eCo

nvençõ

es

93

Centr

o Adm

inistra

tivo de

Perna

mbuco

em Sa

nto Am

aroO E

studo

para e

sta áre

a aprov

eitou a

o máxim

o o po

tencial

const

rutivo

e tam

bém o p

otencia

l paisag

ístico d

a exte

nsa fre

nte d’á

gua da

bacia

de San

to Ama

ro, ond

e atua

lmente

se loc

aliza a

Vila Na

val. Es

ta deve

rá sofre

r uma re

locaçã

o para

outra

área p

róxima

, a dep

ender d

e perm

uta en

tre o g

overno

do Es

tado e

a União

.A p

ropost

a se or

ganiza

como u

ma esp

lanada

alinhad

a com o

cais e

a Aven

ida Cru

z Cabu

gá, qu

e faz a

conexã

o entre

o cent

ro do

Recife

e Olind

a. Para

lelos a

esta av

enida

foram l

ocados

os blo

cos qu

e abrig

am as

atividad

es de a

tendim

ento

direto a

o públ

ico e o

estacio

nament

o, uma

barra

horizo

ntal qu

e interl

iga tod

as as

edifica

ções. J

á os no

ve blo

cos da

s secre

tarias f

oram p

osicion

ados pa

ralelos

entre s

i e per

pendicu

lares à

Avenid

a Cruz

Cabug

á e ao

cais, o

cupand

o o esp

aço da

s ruas a

tuais

e pres

ervand

o, assim

, a veg

etação

existe

nte no

s quin

tais da

atual v

ila. O a

uditór

io e

as salas

de reu

nião fica

ram na

extrem

idade su

l do co

njunto

edifica

do. O

palácio

do

govern

o e a v

ice gov

ernado

ria fora

m loca

lizados

no co

njunto

de ed

ifícios

ao nor

te, que

está se

parado

do res

tante d

o conj

unto p

or um

amplo

espaço

cívico

. A áre

a do

terreno

foi am

pliada

pela cr

iação d

e um p

íer de

uso pú

blico e

recrea

tivo qu

e avan

ça sob

re a lâm

ina d’á

gua. Es

te píer

abrigar

á uma

estaçã

o fluvi

al que

conect

ará o C

entro

Adminis

trativo

com o

sistem

a de n

avegab

ilidade

previst

o para

opera

r no Re

cife,

criando

uma al

ternativ

a de a

cesso

comple

menta

r à mo

dalidad

e auto

mobilís

tica da

Ave

nida C

ruz Ca

bugá (F

iguras 8

a 12).

Figura 8

– Plant

a baixa

do estu

do par

a Santo

Amaro

.

95

Figura 9

– Persp

ectiva d

o estu

do par

a Santo

Amaro

.

Figura 1

0 – Per

spectiv

a do

estudo

para Sa

nto Am

aro.

Figura 1

1 – Per

spectiv

a do

estudo

para Sa

nto Am

aro.

Figura 1

2 – Per

spectiv

a do

estudo

para Sa

nto Am

aro.

97

Centr

o Adm

inistrat

ivo de

Perna

mbuco

em Sa

nto An

tônio

A área

centra

l da cid

ade co

mo um

todo e

, princi

palment

e, a áre

a do b

airro

de San

to Antô

nio, tê

m sofri

do ao

longo

dos an

os um

lento p

rocess

o de d

egrada

ção,

sem ter

recebi

do a m

esma at

enção

de pro

grama

s de re

cupera

ção urb

ana, co

mo

aquele

que b

eneficio

u o Ba

irro do

Recife

. Cons

tatando

o cres

cente e

svaziam

ento

dos ce

ntros cí

vicos d

as cidad

es, incl

usive o

de Re

cife, es

te estu

do pro

põe oc

upar

tais va

zios co

m novo

s empre

endime

ntos, r

edistri

buindo

os set

ores e

as ativi

dades

produt

ivas pa

ra que

a cidad

e se tor

ne sus

tentáv

el. O c

onjunt

o edifi

cado n

o eixo

da Av

enida

Guara

rapes

data d

o final

dos an

os 194

0, cont

empor

âneo à

abert

ura da

aveni

da, se

ndo pa

rte de

um pr

ojeto

urbano

que

demo

liu gra

nde pa

rte da

cidade

cuja o

cupaçã

o teve

início

ainda

no séc

ulo

XVII. É

um co

njunto

unifor

me de

edifíci

os em

concr

eto arm

ado, co

m altur

a sup

erior a

8 pavim

entos,

apres

entand

o no t

érreo

uma g

aleria

com so

breloja

s em

toda a

exten

são da

aveni

da, co

m gene

rosos

pés-dir

eitos e

colun

ata. C

ontudo

, est

e espa

ço sem

ipúbilc

o dos

prédio

s é us

ado de

forma

inadeq

uada p

ara ab

rigar

parada

s de ô

nibus.

A prop

osta ap

roveita

todo o

capital

edifica

do e p

revê, a

inda, s

ua am

pliação

, com

a cons

trução

de doi

s bloc

os de

estacio

nament

o na p

arte no

rte da

área -

em um

terr

eno de

proprie

dade d

o Gove

rno do

Estad

o, onde

existe

o préd

io da S

ecreta

ria de

Educaç

ão - pa

ra supr

ir a fal

ta de v

agas de

estacio

nament

o nece

ssárias

ao

funcio

nament

o do C

entro

Adminis

trativo

. A s

aturaç

ão da

malha

viária d

esta ár

ea exig

e a pro

posição

de alt

ernativ

as de

mobilid

ade co

mplem

entare

s ao tra

nsport

e auto

mobilís

tico co

mo, po

r exem

plo, as

que

já est

ão em

andam

ento e

que p

revêem

a imp

lement

ação d

o Corr

edor Le

ste-

Oeste,

a melh

oria da

conex

ão da

área co

m a est

ação C

entral

do Me

trô do

Recife

e o

aprove

itament

o do le

ito do

rio Cap

ibaribe

, a oes

te (Figu

ras 13

a 15).

Figura 1

3 – Pla

nta baix

a do

estudo

para Sa

nto An

tônio.

Figura 1

4 – Per

spectiv

a do

estudo

para Sa

nto An

tônio.

99

Figura 1

5 – Per

spectiv

a do

estudo

para Sa

nto An

tônio.

Centro

Admin

istrativ

o de P

ernamb

uco em

Camp

o Gran

deDe

todas a

s áreas

a de C

ampo

Grande

é a me

nor, m

as é a ú

nica cuj

a titular

idade é

do

Gover

no do

Estado,

haven

do ape

nas a n

ecessid

ade de

serem

revista

s algum

as pouc

as des

apropr

iações e

conce

ssões d

e uso,

a exem

plo do

Parque

Mirab

ilândia,

que fu

nciona

no loca

l e pod

erá ser

reloca

do par

a uma

área p

róxima

, como

parte

da ope

ração

urbana

Me

morial

Arcove

rde, vis

ta no c

apítulo

anterio

r. O p

otencia

l constr

utivo fo

i utiliza

do até

o limit

e máxim

o perm

itido. As

secreta

rias

foram r

eunidas

num ú

nico blo

co edi

ficado

de oito

pavim

entos q

ue apr

esenta

o parti

do de

pátios

interno

s para o

timizar

as con

dições n

aturais

de ilum

inação

e confo

rto térm

ico.

Utilizo

u-se aq

ui o pri

ncípio d

a super

-quadr

a, perm

itindo-s

e fazer

uma re

leitura d

esta

tipologi

a urba

na, not

adame

nte na

modific

ação d

e seu u

so origin

al - de

residen

cial pa

ra inst

itucion

al. Cont

íguo a e

ste blo

co, na

face le

ste, for

am loc

alizado

s um gra

nde aud

itório

e salas

de reu

nião.

O estu

do tam

bém se

aprove

itou da

proxim

idade c

om gra

ndes eq

uipam

entos

de esc

ala me

tropol

itana -

como o

Centro

de Co

nvençõ

es, o S

hoppin

g Taca

runa, o

Ch

evrole

t Hall,

entre o

utros -

para p

ropor

um pro

grama

mais v

ariado,

como

uma

torre d

e hote

l no lad

o oest

e, onde

seriam

atendi

das as

demand

as por

vagas d

e hos

pedage

m para

turism

o cultu

ral, no

centro

histór

ico de

Olind

a, e de

negóg

ios, no

Ce

ntro de

Conve

nções.

O uso c

ompar

tilhado

dos esp

aços pú

blicos d

esses e

quipam

entos f

oi otim

izado,

como n

o caso

dos es

taciona

mento

s. Na p

roposta

, dois n

ovos pa

viment

os seria

m inse

ridos, fa

zendo

uso do

desnív

el entre

o terre

no exis

tente e

o térre

o do C

entro d

e Co

nvençõ

es. A p

roposta

fez uso

da bo

a rede

de ace

ssos da

s avenid

as Andr

ade Be

zerra

e Agam

enon M

agalhãe

s e con

siderou

que o

aument

o de flu

xo na á

rea, re

sultant

e do

Centro

Adminis

trativo,

seria a

tendid

o atrav

és da co

nstruçã

o do C

orredo

r Norte

-Sul

de tran

sporte

coletivo

, a ser

implan

tado c

omo p

arte do

plano

de mo

bilidade

da Re

gião

Metrop

olitana

do Re

cife (Fig

ura 16

).

101

Figura 1

6 – Per

spectiv

as do e

studo p

ara Cam

po Gra

nde.

A rele

vância

das trê

s propo

stas de

desen

ho urb

ano pa

ra um C

entro

Adminis

trativo

de Pe

rnamb

uco, ap

resent

adas aq

ui, é q

ue elas

se car

acteriza

m por

estare

m loca

lizadas

na áre

a centra

l do Re

cife ou

muito

próxim

as a ela

. Estas

são

áreas u

rbanas

conso

lidadas

, com f

ortes v

alores

concr

etos e

simból

icos, q

ue pos

suem

condiçõ

es de re

ceber t

al emp

reendi

mento

e de b

eneficia

r-se co

m ele,

promo

vendo,

prin

cipalme

nte, um

a profu

nda rea

bilitaçã

o amb

iental

urbana

, inclus

ive dos

recurs

os híd

ricos na

vegáve

is e do

patrim

ônio h

istórico

. As

três pro

postas

também

exem

plificam

a tend

ência d

e ocup

ar o ce

ntro

tradicio

nal da

cidade

e as ár

eas já

consoli

dadas,

com uso

s pass

iíveis d

e subst

ituição

, sem

expan

dir a m

alha urb

ana. Es

ta é um

a tendê

ncia co

ntrária

àquela

que a l

iteratu

ra exp

õe am

iúde (S

EGAW

A, 2002

), de lo

calizar

centro

s admin

istrativ

os, est

atais o

u em

presar

iais, em

áreas s

uburba

nas.

As pro

postas

que pre

viram n

ovas ed

ificaçõe

s, nota

dament

e no b

airro d

e Sant

o Am

aro e C

ampo

Grande

, apres

entam

espaço

s públ

icos cu

jos des

enhos

encont

ram

similar

idade

com pri

ncípios

moder

nistas:

volum

etria co

ncisa q

ue res

ulta de

princíp

ios ope

rativos

, edifíci

os isol

ados, m

as cone

ctados,

propos

ta de e

spaços

verde

s e vaz

ios em

contra

ste co

m a cid

ade tra

diciona

l, tipol

ogias d

e torre

s e vol

umes h

orizont

ais pre

vendo,

todavia

, outro

s usos

que nã

o apen

as o ins

titucio

nal e c

onectan

do a n

ova

interve

nção à

malha

urbana

pré-ex

istente

.É n

ecessá

rio que

as pro

postas

contem

plem,

também

, um pla

no de

reocup

ar os

edifício

s que

venham

a perd

er suas

funçõe

s admin

istrativ

as oficia

is. Cas

o cont

rário,

podem

surgir

vazios

urbano

s contra

produc

entes à

dinâm

ica e à

vitalid

ade do

s lugar

es.