universidade federal de mato grosso pelissari fari… · já na década de 70 o regime militar...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE ARQUITETURA ENGENHARIA E TECNOLOGIA
COORDENAÇÃO DE ENSINO DE ENGENHARIA CIVIL
TRABALHO DE GRADUAÇÃO
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE ESCORAMENTOS METÁLICOS E DE
MADEIRA PARA LAJES TRELIÇADAS PRÉ-FABRICADAS DE
CONCRETO
GUSTAVO PELISSARI FARIA DE FIGUEIREDO
CUIABÁ/MT
MARÇO/2014
GUSTAVO PELISSARI FARIA DE FIGUEIREDO
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE ESCORAMENTOS METÁLICOS E DE
MADEIRA PARA LAJES TRELIÇADAS PRÉ-FABRICADAS DE
CONCRETO
Trabalho de Graduação submetido ao corpo
docente da Faculdade de Arquitetura,
Engenharia e Tecnologia da Universidade
Federal de Mato Grosso, como requisito
parcial para obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil.
Orientador: Prof. Dr. Paulo Celso do Couto Nince
CUIABÁ/MT
MARÇO/2014
FICHA CATALOGRÁFICA
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus colegas, amigos e familiares que de alguma forma
contribuíram para a conclusão de mais esta etapa em minha vida.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus pela vida a mim concedida e por sempre estar presente
em todos os momentos.
Agradeço também aos meus pais pelo apoio e toda ajuda que precisei para concluir mais
esta etapa em minha vida.
Aos meus colegas e amigos de classe que sempre me ajudaram nos momentos de
dificuldade.
Ao engenheiro civil Marcelo Belizario, gerente de contratos da Mills Estruturas e
Serviços de Engenharia S.A, pelo apoio e fornecimento de informações para o estudo.
A engenheira civil Neiva Terezinha Pelissari, minha tia, que com todo o seu
conhecimento no ramo, me mostrou soluções para as dúvidas que surgiam.
Á professora M.e Adriana Eloá B. Amorim, por auxiliar com grande ajuda na produção
do trabalho proposto.
Ao professor Dr. Paulo Celso de Couto Nince, meu orientador, que por diversas vezes
colaborou para realização deste estudo.
Resumo do Trabalho de Graduação submetido ao corpo docente da FAET/UFMT como
requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE ESCORAMENTOS METÁLICOS E DE MADEIRA
PARA LAJES TRELIÇADAS PRÉ-FABRICADAS DE CONCRETO
GUSTAVO PELISSARI FARIA DE FIGUEIREDO
Março/2014
Orientador: Paulo Celso do Couto Nince
Departamento: Engenharia Civil
RESUMO
A década de 1940 ficou marcada pelo auge da construção civil no Brasil, quando se teve um
forte investimento no setor da construção civil. As décadas seguintes sofreram uma modernização dos
materiais e métodos aplicados no processo construtivo. A finalidade desta pesquisa é apresentar o
custo/benefício de dois sistemas distintos de escoramento para lajes treliçadas pré-moldadas de
concreto: os escoramentos metálicos e os escoramentos de madeira, previstos para uma obra residencial,
correspondendo a um estudo de caso. Os dados para a composição de custos do escoramento metálico
foram fornecidos por uma empresa especializada em locação de escoras. Para a composição dos custos
de madeira o escoramento correspondente foi dimensionado conforme normas técnicas brasileiras e a
planilha de composição elaborada a partir de pesquisa de preços de mercado e da Tabela SINAPI. Os
resultados apontaram que a diferença de custos entre as escoras metálicas e as escoras de madeira pode
chegar 39,2% de economia, com vantagens de produtividade para a as metálicas.
Palavras-chave: Escoramento. Construção-civil. Custo-benefício.
Summary of Graduate Work submitted to the faculty of FAET / UFMT as a partial requirement
for obtaining a Bachelor's degree in Civil Engineering
COST ESTIMATION OF METAL SHORING AND TIMBER SHORING FOR SLABS
PREFABRICATED LATTICE
GUSTAVO PELISSARI FARIA DE FIGUEIREDO
March/2014
Thesis Advisor: Paulo Celso do Couto Nince
Departament: Civil Engeniering
ABSTRACT
The 1940s was marked by the height of the civil construction in Brazil, when we had a strong investment
in the construction sector. Thus, the following decades undergone a modernization of the materials and
methods used in the construction process. The purpose of this research is to present the cost / benefit of
two distinct shoring systems for slabs prefabricated lattice: the metal shoring and timber shoring,
planned for a residential project, corresponding to a case study. A company specializing in leasing struts
provided the data for the composition of the metal shoring costs. To make up the cost of the
corresponding timber shoring was dimensioned as Brazilian technical standards and the spreadsheet
developed from research of market prices and Table SINAPI. The results showed that the cost difference
between metal struts and the struts of timber can reach 39,2% economy, with productivity advantages
to the metal shoring .
Keywords: Shoring. Civil construction. Benefit cost.
.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..........................................................................................................14
1. OBJETIVO.......................................................................................................................16
1.1 Tema................................................................................................................................16
1.2 Delimitação do tema........................................................................................................16
1.3 Problemática....................................................................................................................16
1.4 Objetivos..........................................................................................................................16
1.4.1 Objetivo geral...................................................................................................................16
1.4.2 Objetivos específicos.......................................................................................................16
1.5 Justificativa......................................................................................................................17
1.6 Metodologia ....................................................................................................................17
2. REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................................18
2.1 Uso da madeira na construção civil.................................................................................18
2.1.1 Vantagens........................................................................................................................19
2.1.2 Desvantagens...................................................................................................................20
2.2 O metal e seu uso na construção civil..............................................................................21
2.2.1 Vantagens do aço.............................................................................................................22
2.2.2 Desvantagens...................................................................................................................24
2.3 A relação custo/benefício na construção civil.................................................................24
2.4 Lajes treliçadas pré-fabricadas........................................................................................26
2.5 Condições gerais sobre escoramentos.............................................................................28
2.6 Escoramentos de madeira................................................................................................31
2.7 Escoramentos metálicos..................................................................................................32
2.7.1 Vantagens em relação a madeira.....................................................................................36
2.8 Composição de custos...................................................................................................37
3. MÉTODOS E MATERIAIS.........................................................................................39
3.1. Ambiente e objeto de pesquisa........................................................................................39
3.2. Coleta de dados................................................................................................................39
3.2.1. Pesquisa bibliograficas....................................................................................................39
3.2.2. Pesquisa documental: projeto de escoramento metálico.................................................40
3.2.3. Elaboração do projeto de escoramento de madeira.........................................................40
3.2.4. Estimativa de custo do sistema de escoramento de madeira...........................................41
3.3. Comparativo de custos..................................................................................................41
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES................................................................................41
4.1. Escoramentos de madeira................................................................................................42
4.2. Escoramentos metálicos..................................................................................................44
4.3. Descrição de custos entre os escoramentos.....................................................................47
CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES.............................................................52
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................54
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Maior estrutura de madeira do mundo.......................................................................18
Figura 2: The Green Building, Construído com madeira de áreas de reflorestação.................21
Figura 3: Cobertura da ampliação do aeroporto Marechal Rondon..........................................22
Figura 4: Laje nervurada com vigotas treliçadas......................................................................26
Figura 5: Sistema de escoramento de laje treliçada..................................................................28
Figura 6: Escoramento de madeira roliça.................................................................................29
Figura 7: Escoramento metálico...............................................................................................30
Figura 8: Escoramentos de madeira serrada.............................................................................30
Figura 9: Esquema genérico de escoramento em madeira........................................................31
Figura 10: Detalhes das escoras de madeira.............................................................................32
Figura 11: Montagem básica dos escoramentos metálicos.......................................................33
Figura 12: Escoramento misto..................................................................................................35
Figura 13: Escoramento metálico com diversas alturas........................................................................35
Figura 14: Comparativo de projeto de escoramento metálico e de madeira.........................................37
Figura 15: Projeto dos escoramentos de madeira..................................................................................42
Figura 16: Projeto de escoramento metálico.........................................................................................45
Figura 17: Corte C, D do projeto de escoramento metálico..................................................................46
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Representação figura 11.........................................................................................34
Quadro 2: Exemplo de catálogo das alturas e cargas admissíveis..........................................36
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Quantitativos de material e montagem das escoras de madeira................................43
Tabela 2: Quantitativos de material, montagem e desmontagem das escoras de
madeira......................................................................................................................................44
Tabela 3: Orçamento diária de escoras metálicas.....................................................................46
Tabela 3: Orçamento diária de escoras metálicas.....................................................................47
LISTA DE GRÁFICOS
Gráficos 1: Preço de materiais..................................................................................................48
Gráficos 2: Preço mão-de-obra..........................................................................................................49
Gráficos 3: Tempo de mão de obra...........................................................................................50
Gráficos 4: Orçamento final dos escoramentos.........................................................................51
14
INTRODUÇÃO
A década de 1940 ficou marcada pelo auge da construção civil no Brasil, quando se teve
um forte investimento estatal no desenvolvimento de estruturas para construção civil e militar.
O concreto até então, era o ponto forte da tecnologia para o avanço das construções. Mas a
partir da década de 50 a iniciativa privada ganhou força no mercado com a redução dos
investimentos oriundos do estado. Já na década de 70 o regime militar aumentou a presença
estatal, forçando as empresas a migrarem para o setor de prédios de apartamentos e escritórios
comerciais. Em meados 1980 houve um retorno do capital privado no Brasil, mas só em 1990
as empresas tiveram um maior preocupação em relação a qualidade dos produtos, com um forte
incentivo na qualificação da mão de obra. E então no século 21 as preocupações ambientais
passaram a fazer parte do cotidiano, levando a construção civil a buscar alternativas
preservacionistas (CONSTRUÇÃO, 2012).
Para Torres (1995), desde a sua introdução, no início do século XX, até a década de 60,
não era muito difundida a prática de estudos e projetos de escoramentos para estruturas de
concreto armado, pois os projetistas da época procuravam apenas o dimensionamento
econômico entre aço e concreto. Este método de serviços implicava em duas situações: ou as
escoras ficam superdimensionadas ocasionando maior consumo de material e mão de obra, ou
eram subdimensionadas, aumentando o risco de acidentes nas obras.
A construção civil é um dos segmentos do mercado cada vez mais representativos no
Brasil, pois as cidades-polo estão absorvendo moradores das cidades menores vizinhas. A
construção de novas estruturas urbanas é uma realidade observada com o crescimento constante
dos municípios-polo do país. O papel da construção civil está diretamente ligado com o bem-
estar da população, abrangendo também princípios de cidadania como inclusão social e divisão
ente espaços particulares e públicos (CONSTRUÇÃO, 2012).
Por tempos este setor passou por dificuldades principalmente em relação aos atrasos com
suas obras, constantes desperdícios de materiais e consequentemente perdas financeiras. Desde
então, há uma constante busca por melhorias físicas e tecnológicas para os processos de
construção.
A necessidade de melhorias tecnológicas, estudos mais específicos, escassez de material
e eficiência trabalhista, feziram com que aumentasse a procura por novos materiais para
escoramento. A construção civil então se viu na necessidade de se implantar novos materiais e
métodos construtivos, abrindo caminho para os escoramentos metálicos. Porém, mesmo com o
surgimento destes, a grande maioria das construção civil no brasil, ainda utiliza a madeira como
principal material para escoramento.
15
Ainda se tem visto na construção civil os engenheiros deixarem a parte de definição das
fôrmas e escoramentos para mestres de obras, acreditando-se que o critério prático é suficiente
para garantir a estabilidade de tais estruturas provisórias. Atualmente com o elevado custo dos
materiais é imperioso que o engenheiro dê a devida importância ao dimensionamento dos
escoramentos, considerando planos de montagem e desmontagem das mesmas.
A construção civil no Brasil tem buscado melhorias e racionalização do processo
construtivo que se enquadram nas questões ambientais, e que ao mesmo tempo, trazem
agilidade e eficiência para suas obras, diminuem os custos e aumentam a potencialidade dos
lucros. Daí a preferência por escoras metálicas para suprir esses interesses, e que aos poucos
vem ganhando força no mercado nacional.
A busca por melhorias na qualidade das construções, a falta de estudos científicos em
relação aos escoramentos para estruturas de concreto e o surgimento de novos produtos no
mercado, levaram a optar por este assunto de escoramentos, questionando-se: há um melhor
tipo de material de escoramento de laje treliçada pré-moldada para edificações residenciais em
Cuiabá?
Diante do exposto, justifica-se este trabalho por apresentar um estudo comparativo de
custos/benefícios entre os escoramentos metálicos e escoramentos de madeira projetados para
a estrutura de uma laje treliçada pré-moldada de concreto de uma obra residencial unifamiliar
em construção na cidade de Cuiabá-MT.
O trabalho proposto também visa contribuir para alerta aos profissionais da área, de que
essas estruturas provisórias devem ser cuidadosamente projetadas e construídas; da importância
da seleção do material mais adequado para reduções de custos, aumento da produtividade e
diminuição do tempo de trabalho.
16
1. OBJETIVO
1.1. TEMA
O tema é “Estimativa de custos de escoramentos metálicos e de madeira para lajes
treliçadas pré-fabricadas de concreto”. Estudo de caso: Projeto de uma residência unifamiliar,
em Cuiabá-MT, que tratou apenas o escoramento da laje do pavimento superior.
1.2. DELIMITAÇÃO DO TEMA
O tema realizado no trabalho de graduação envolve o comparativo entre diversos aspectos
como: custos dos materiais, resistência das peças, instalação, trabalhabilidade e armazenamento
envolvendo escoras metálicas e escoras de madeira, respondendo a questão qual a melhor escora
a ser usada na construção civil visando diminuir o tempo e custo da obra.
O estudo foi realizado com acervos bibliográficos específicos e com visitas frequentes á
empresas que executam trabalho envolvendo estes materiais, para assim ter contato direto com
os devidos procedimentos e averiguar todos os aspectos em estudo para este trabalho.
1.3. PROBLEMÁTICA
A problemática abordada neste trabalho procura trazer qual o melhor escoramento a ser
usado sobre a ética dos custos, em obras de construção civil, madeira ou aço, com um estudo
comparativo entra ambos.
A questão principal levantada para a pesquisa acadêmica foi: qual o melhor material em
escoramento a ser empregue na construção civil no Brasil? Quais as vantagens e desvantagens
desses materiais? Qual a razão pela escolha de escoramentos metálico na construções civil?
1.4. OBJETIVOS
1.4.1. Objetivo geral
Apresentar um estudo comparativo de custos/benefícios entre os escoramentos metálicos
e escoramentos de madeira empregues na construção civil da cidade de Cuiabá-MT.
1.4.2. Objetivos específicos
a) Apresentar a viabilidade econômica entre o metal e a madeira, trazendo o melhor
material para escoramento a ser usado atualmente na construção de estruturas
residências;
17
b) Comparar o tempo gasto com mão de obra para execução dos escoramentos metálicos e
de madeira;
c) Apresentar uma estimativa de preços e consequentemente seus impactos orçamentários
para uma determinada obra.
1.5. JUSTIFICATIVA
A busca por melhorias na qualidade das construções, a falta de estudos científicos visando
os escoramento e o surgimento de novos produtos no mercado, levaram a optar por este assunto
de escoramentos.
O trabalho proposto visa essencialmente conscientizar os profissionais da área que essas
estruturas provisórias devem ser cuidadosamente projetadas e construídas, além de exaltar que
a escolha do material correto pode trazer reduções de custos, aumentar a produtividade e
diminuir o tempo de trabalho.
18
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. USO DA MADEIRA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A madeira é um recurso insubstituível. Desde os primórdios da civilização ela sempre
desempenhou papel decisivo em todos os aspectos da vida. Através da construção de casas,
silos, estradas, pontes, teatros, templos e barragens o homem, desde a antiguidade, vem
moldando a natureza de forma a desenvolver sua capacidade em edificar. As características
únicas de beleza, charme, conforto térmico e acústico, fácil manuseio e usinagem, leveza, fonte
renovável, grande resistência mecânica estabilidade e durabilidade que só a madeira
proporciona, fazem deste recurso uma opção indispensável em qualquer projeto, destacou
Teixeira (2012); e conforme pode observar na Figura 1. Vale ressaltar ainda que:
Usadas com consciência ambiental, estruturas de madeira são
práticas, belas e duráveis. A madeira é um dos materiais de utilização mais
antiga nas construções, foi utilizada por todo o mundo, quer nas civilizações
primitivas, quer nas desenvolvidas, no oriente ou ocidente. Com o advento da
revolução industrial, a Inglaterra, como grande potência, impôs a arquitetura
em metal. Com a invenção do concreto armado os técnicos de nível superior
concentraram seus estudos no novo material. Apesar dos "novos materiais" os
empreiteiros ainda guardaram por muitos anos o conhecimento prático sobre
as estruturas de madeira. Entretanto, este conhecimento se perdeu com o
tempo, ficando restrito a estruturas de telhados. (PORTAL DA MADEIRA,
2000, p.1).
Fonte: http://www.30epoucosanos.com/2011/05/maior-estrutura-de-madeira-do-mundo.html. Acesso:
fev. 2014
Figura 1- A maior estrutura de madeira do mundo, em Sevilha na Espanha
19
O uso da madeira como material principal na construção civil, não é comparado com o
concreto armado ou o metal, mas apresenta suas vantagens e desvantagens na utilização,
apresentados a seguir.
2.1.1. VANTAGENS DO USO DA MADEIRA
Tem-se como vantagens da madeira, segundo Portal da madeira (2008);
a) produto natural - a madeira é um produto de origem natural e renovável, cujo processo
produtivo em relação a outros produtos industrializados, exige baixo consumo
energético e respeita a natureza. A madeira de uso corrente não é tóxica, não liberta
odores ou vapores de origem química, sendo portanto segura ao toque e manejo. Ao
contrário de outras matérias-primas a madeira quando envelhece ou deixa de
desempenhar a sua função estrutural, não constitui qualquer perigo para o meio
ambiente, já que é facilmente reconvertida;
b) renovável - fazemos uso da madeira como matéria-prima há milhares de anos. No
entanto este recurso contínua disponível e a crescer em novos povoamentos florestais.
Enquanto novas árvores forem plantadas de forma conscienciosa e sem comprometer os
recursos naturais e, repor as abatidas, a madeira vai continuar a estar disponível;
c) armazéns de carbono - para a formação da madeira, as árvores captam o carbono da
atmosfera, e libertam oxigénio;
d) excelente isolante - o isolamento é um aspecto importantíssimo para a redução da
energia usada no aquecimento e climatização de edifícios. Apresenta boas condições
naturais de isolamento térmico e absorção acústica;
e) fácil de trabalhar - trata-se de uma matéria-prima muito versátil. Permite ligações e
emendas fáceis de executar;
f) durabilidade – não se tem o tempo exato de duração, mas existem peças encontradas por
arqueólogos em perfeito estado;
g) segurança - a madeira não oxida. O metal quando é levado a altas temperaturas pela
ocorrência de fogo deforma-se, perdendo a função estrutural. Naturalmente, se o ferro
do concreto armado não estiver com o revestimento adequado, também este perde a
função estrutural quando submetido a altas temperaturas. O que determina a resistência
da madeira é apenas a sua espécie;
h) versatilidade de uso - pode ser produzida em peças com dimensões estruturais que
podem ser rapidamente desdobradas em peças pequenas, de uma delicadeza
excepcional;
20
i) reutilizável - capacidade de ser reutilizada várias vezes;
j) propriedades físico-mecânicas - Foi o primeiro material empregue, capaz de resistir
tanto a esforços de compressão como de tração. Tem uma baixa massa volumétrica e
resistência mecânica elevada. Pode apresentar a mesma resistência à compressão que
um concreto de resistência razoável. A resistência à flexão pode ser cerca de dez vezes
superior à do concreto, assim como a resistência ao corte. Não se desfaz quando
submetida a choques bruscos que podem provocar danos noutros materiais de
construção; e
k) textura - no seu aspecto natural apresenta grande variedade de padrões
2.1.2. DESVANTAGENS DO USO DA MADEIRA
a) variabilidade - é um material fundamentalmente heterogéneo e anisotrópico. Mesmo
depois de transformada, quando já empregue na construção, a madeira é muito sensível
ao ambiente, aumentando ou diminuindo de dimensões com as variações de humidade;
b) vulnerabilidade - é bastante vulnerável aos agentes externos, e a sua durabilidade é
limitada, quando não são tomadas medidas preventivas;
c) combustível; e
d) dimensões - são limitadas: formas alongadas, de secção transversal reduzida.
A madeira possui características únicas, podendo contribuir na redução das pressões sobre
outros materiais renováveis, que são utilizados hoje em dia no Brasil. As florestas plantadas
para o uso da madeira são uma alternativa eficaz. Desde que atenda as demandas pela matéria
prima, é economicamente viável para reservas de carbono, contribuindo para a redução do
efeito estufa e consequentemente no aquecimento global, conforme defendido por Lepage
(2012), que complementa:
O emprego da madeira oriunda de florestas plantadas, além de
contribuir para a redução de pressões sobre as reservas nativas, permite sua
exploração mais consciente, dando lugar a aplicações ainda mais nobres e
valorizadas, especialmente pelas características de textura, desenho,
densidade, originalidade, entre outras qualidades observadas nas espécies
nativas. Para que a madeira seja mais bem empregada em nossas construções
alguns paradigmas devem ser vencidos por meio de esclarecimentos em nossos
centros de formação de profissionais técnicos da construção. (LEPAGE, 2012,
p. 1)
21
A madeira serrada é o principal produto de madeira empregado hoje no Brasil para a
construção civil, enquanto nos países desenvolvidos os painéis tem uma maior participação.
Na construção civil, a madeira é empregada de forma temporária, na instalação do
canteiro de obra, nos andaimes, nos escoramentos e nas formas. E de forma definitiva, é
utilizada nas esquadrias, nas estruturas de cobertura, nos forros e pisos.
A Figura 2 mostra uma edificação construída na África do Sul, com estrutura de madeira
de reflorestamento.
2.2 O METAL E SEU USO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A partir do século XVIII, se deu início a utilização de estruturas metálicas na construção
civil, desde então, este material tem possibilitado aos engenheiros, arquitetos e construtores,
soluções eficientes e de alta qualidade com construções arrojadas, superando grandes
expectativas. A arquitetura em aço sempre esteve ligada a modernidade e inovação, no entanto
as vantagens da utilização deste material na construção civil, vão muito além dos aspectos
estéticos.
O Brasil, embora atrasado, despertou-se para o uso de estruturas metálicas em edificações
de múltiplos andares, seguindo a tendência mundial, onde há muito tempo se tem o uso desses
materiais. Assim, juntamente com esse crescimento, foram criadas empresas nacionais e
Figura 2- The Green Building, na África do sul - Construído com madeira de áreas de
reflorestação.
Fonte: Utilização, (2009)
22
estrangeiras especializadas no fornecimento deste material para construção civil, para atender
a demanda por este tipo construtivo industrial, destacado por Barroso (S. I.) que complementa:
Hoje podemos assegurar que o Brasil possui um parque industrial de
primeira qualidade, que juntamente com as empresas de engenharia consultiva
e de serviços, podem se igualar aos seus similares estrangeiros, fazendo da
construção metálica de um modo geral, um dos baluartes da arquitetura
industrial nacional (BARROSO, 2008, p. 02).
A Figura 3 mostra a cobertura em estrutura metálica em construção no Aeroporto
Marechal Rondon, na cidade de Várzea Grande, vizinha de Cuiabá/MT.
Atualmente existem diversos tipos de aço. Assim especificamente para a construção civil,
a evolução destes materiais traz consigo a possibilidade de projetos cada vez mais ousados e
eficientes, que envolve a demanda de materiais com propriedades melhores, preservação
ambiental, menor peso, custo e manutenção. Empregando essas expectativas, Pagno (2012)
apresentou algumas vantagens e desvantagens na utilização do aço:
2.2.1 VANTAGENS DO AÇO
Segundo Pagno (2012) são vantagens do uso do aço na construção civil:
a) liberdade no projeto de arquitetura – permite aos arquitetos “total” liberdade criadora;
Figura 3- Cobertura da ampliação do aeroporto Marechal Rondon
Fonte: Mmei, (2003)
).
23
b) maior área útil – As áreas dos pilares de aço são substancialmente mais esbeltas que as
de concreto, permitindo um melhor aproveitamento da área útil;
c) flexibilidade – são estruturas que se adaptam bem as ampliações, mudanças e reformas.
Além de ser facilitadores quanto a passagem de dutos de agua, energia, telefone, etc;
d) compatibilidade com outros materiais - O sistema construtivo em aço é perfeitamente
compatível com qualquer tipo de material de fechamento, tanto vertical como horizontal,
admitindo desde os mais convencionais (tijolos e blocos, lajes moldadas in loco) até
componentes pré-fabricados (lajes e painéis de concreto, painéis "dry-wall", etc);
e) menor prazo de execução – permite que se trabalhe na fabricação da estrutura
simultaneamente a execução da fundação, a possibilidade de se trabalhar em diversas
frentes de serviços simultaneamente, a diminuição de formas e escoramentos e o fato da
montagem da estrutura não ser afetada pela ocorrência de chuvas, pode levar a uma
redução de até 40% no tempo de execução quando comparado com os processos
convencionais;
f) racionalização de materiais e mão-de-obra – com a utilização de sistemas
industrializados, as obras em aço podem reduzir os desperdícios sensivelmente, visto que
em obras convencionais podem atingir cerca de 25%;
g) alívio de carga nas fundações - podem reduzir em até 30% os custos das fundações por
serem estruturas mais leves que as convencionais;
h) garantia de qualidade – devido ao rígido controle de qualidade e fabricados sempre com
mão-de-obra especializada, a garantia de um serviço com qualidade superior é
inquestionável;
i) antecipação do ganho – por apresentar um tempo de execução mais rápido, poderá haver
uma ocupação antecipada do imóvel, gerando ganhos adicionais;
j) organização do canteiro de obras – As estruturas metálicas são totalmente pré-
fabricadas, assim garantem uma organização melhor dos canteiros de obras devido entre
outros a ausência de depósitos de areia, brita, cimento, madeira e ferragens, oferecendo
ainda um menor desperdício.;
k) reciclabilidade - o aço é 100% reciclável e as estruturas podem ser desmontadas e
reaproveitadas;
l) preservação do meio ambiente – É uma estrutura menos agressiva ao meio ambiente, pois
diminui o consumo de madeira e evita a geração de ruídos causados pelas ferramentas
destinadas a trabalhar a madeira; e
24
m) precisão construtiva – As estruturas metálicas exigem uma precisão milimétrica enquanto
nas estruturas de concreto a precisão é medida em centímetros, o que garante uma
estrutura perfeitamente nivelada, facilitando diversas atividades posteriores.
2.2.2 DESVANTAGENS
São as seguintes:
a) exige conservação maior que estruturas convencionais;
b) exige o uso de mão-de-obra especializada e maior gastos com equipamentos;
c) no caso de construções que são frequentadas por muitas pessoas, necessitando de tempo
para evacuar o local;
d) as estrutura de aço exigem uma proteção contra incêndio que aumenta seu preço,
normalmente não exigida nas estruturas de concreto; e
e) pelos motivos acima citados, as estruturas de aço no Brasil são em geral mais caras que
as convencionais.
Não há nada que impeça a utilização de estruturas mistas, o que na verdade já são bastante
usados, a combinação de alvenaria com estruturas metálicas é valido desde que sejam tomados
cuidados no projeto das uniões entre ambos para não ocorrer fissuras ou trincas.
2.3 A RELAÇÃO CUSTO/BENEFÍCIO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Kahno (2013) relatou que o primeiro grande desafio está em conhecer bem os custos.
Deve-se desenvolver o saudável hábito de reunir os profissionais mais experientes envolvidos
nos projetos e pedir que estimem detalhadamente os prováveis custos de cada iniciativa.
Importante também ressaltar que é um tanto relevante obter-se uma média destas estimativas,
pois elas variam bastante. Com isso devemos então apurar também os benefícios. No mundo
dos empreendimentos e indústrias, os benefícios tangíveis mais relevantes são aqueles
relacionados à redução de mão de obra, economia de matéria-prima, eficiência energética,
redução de impostos e outros encargos. No entanto, não são os únicos: estes caminham de mãos
dadas com outros benefícios tangíveis que também são responsáveis pelo aumento das receitas.
Alta produtividade, redução de custos e tempo, maior nível de qualidade e segurança, são
objetivos constantemente procurados nesse processo de industrialização da construção.
25
O sistema metálico por si só, pode ser considerado produtivo, ainda mais se comparado
com a madeira, um processo aparentemente ‘barato’ porém com vários aspectos a serem
observados (ABRASFE, 2013).
Atualmente, a alta demanda de produção no setor da Construção Civil gera a necessidade
de rapidez no processo. Porém esta agilidade deve estar aliada a custos praticáveis e a obtenção
de produto final com qualidade, conseguido somente através de planejamento.
Segundo Souza (1990), a modernização tecnológica no setor das edificações deve ser
orientada pelas seguintes diretrizes básicas:
a) racionalização e integração de projetos,
b) racionalização de processos de fabricação de materiais e componentes,
c) racionalização de processos construtivos tradicionais, e
d) modernização organizacional e gerencial.
A racionalização consiste na otimização do processo construtivo. Através de
planejamento, define-se o melhor método a ser usado e são aproveitadas de maneira mais
eficiente os recursos materiais, humanos e organizacionais, diminuindo os desperdícios e
improvisos. Logo, a racionalização aplica o raciocínio sistemático e lógico, visando eliminar a
casualidade nas decisões.
De acordo com Costa (1997), a evolução do processo construtivo começa pela qualidade
dos projetos, e entre os projetos elaborados para a construção civil, destaca-se o estrutural. O
projeto estrutural, individualmente, corresponde a etapa de maior representatividade no custo
total da construção (15% a 20% do custo total), e sendo os escoramentos inseridos nesta fase
da construção, com elevada importância na sustentação de toda a estrutura. Justifica-se o estudo
prévio para a escolha do melhor sistema de escoramento a ser adotado, pois se sabe que uma
redução de custo de qualquer etapa da construção pode representar, no custo total, uma
diminuição significativa. Nakamura (2014) destacou:
Em obras prediais, o conjunto fôrmas e escoramento chega a
representar 45% dos custos da estrutura. Só isso já seria um bom motivo para
dedicar atenção à escolha, compra e uso desses equipamentos. Mas, além da
questão financeira, há também motivações técnicas. A execução bem-sucedida
das fôrmas e dos escoramentos impacta diretamente a qualidade da estrutura.
Como é uma das primeiras atividades a ser executada em uma obra de concreto
moldado in loco, ela influencia as etapas subsequentes. ''Trata-se de
componentes responsáveis pela geometria, acabamento e qualidade da
estrutura e, portanto, são peças de precisão. (NAKAMURA, 2014, p. 01)
26
2.4 LAJES TRELIÇADAS PRÉ-FABRICADAS
O maior desenvolvimento e aplicação do sistema de lajes pré-fabricadas se iniciou no pós
Segunda Guerra Mundial. Nessa época as lajes pré-fabricadas com vigotas com armadura
treliçada (lajes treliçadas) tiveram suas primeiras aplicações, apresentando vantagens sobre as
lajes pré-fabricadas convencionais. Devido ao momento vivido, estes sistemas de laje serviam
como solução para a rápida reconstrução dos países destruídos pela guerra, e a grave crise
habitacional consequente (SILVA, 2012).
Essa laje pode vencer vãos de até 12metros entre apoios. As bitolas e dimensões da
armadura, o material de enchimento, a armadura adicional e, o espaçamento das vigotas, é o
que determinam toda a gama de possibilidades de carregamento e aplicações deste tipo de laje.
Esta variedade de laje é muito utilizada em construções de pequeno e médio porte, devido a
execução rápida e fácil, manuseio e transporte; destacando também a redução no consumo de
formas e escoramentos, além de redução no consumo de materiais (CUNHA, 2012).
As vigotas pré-fabricadas são dispostas em uma única direção (lajes unidirecionais) -
normalmente na direção da menor vão na laje - e apoiadas apenas nas suas extremidades. Desse
modo, as vigas ou paredes em que as vigotas pré-fabricadas se apoiam recebem a maior parte
das ações atuantes na laje, como pode visto na Figura 4.
Figura 4- Laje nervurada com vigotas treliçadas
Fonte: Silva (2012).
27
Segundo Silva (2012), os elementos para enchimento podem ser compostos por materiais
inertes, maciços ou vazados, usualmente cerâmicos, de concreto ou poliestireno expandido
(EPS). Tem a função de substituir parte do concreto da região tracionada, com isso diminuem
o peso próprio e volume da laje. É importante que todos estes materiais de enchimento sejam
de boa qualidade, mesmo que não atuem como elementos resistentes, pois podem se danificar
durante a faze construtiva da laje. Além disso, estes materiais devem suportar todo o peso sobre
arremetido como o concreto moldado no local e os esforços ocasionados na fase de construção.
Como grande parte dos elementos da laje são pré-fabricados, reduz-se a quantidade de
estoque e movimentação de materiais e pessoas no canteiro de obras, diminuindo também a
mão-de-obra de ferreiros, armadores e carpinteiros. Com isso, aumenta-se a agilidade no
processo construtivo, conforme ressaltado por Silva (2012):
As lajes nervuradas com vigotas pré-fabricadas apresentam vantagens
em relação aos sistemas de lajes maciças e lajes nervuradas moldadas no local,
os quais se destacam a versatilidade e redução de custos da estrutura. Por ser
um sistema com elementos pré-fabricados, evitam-se perdas excessivas de
materiais durante a montagem e a mão de obra necessária é substancialmente
reduzida. No acabamento e regularização superficial, os elementos pré-
moldados na sua face inferior necessitam apenas uma fina camada de
regularização (SILVA, 2012, p. 23).
Silva (2012) também destaca que o escoramento utilizado neste tipo de laje é reduzido,
sendo composto por um pequeno número de travessas (que servem de apoio para as vigotas
pré-fabricadas) e por pontaletes, mostrados na Figura 05. Essa é uma das principais vantagens
proporcionadas por este tipo de laje: utiliza-se pouca fôrma e exige-se pouco escoramento. As
escoras são geralmente pontaletes metálicos, contudo podem-se empregar elementos de
madeira mais usuais em obras de pequeno porte.
28
Figura 5- Sistema de escoramento de lajes treliçadas
Fonte: Silva (2012).
2.5 CONDIÇÕES GERAIS SOBRE ESCORAMENTOS
Com o processo de modernização dos moldes para peças de estruturas de concreto, as
formas passaram a se tornar motivos de animação para os construtores, assim os escoramentos
ficavam em segundo plano. Porém, com esta grande melhoria das formas, chegou o momento
dos escoramentos se tornarem alvo das evoluções, e a partir da década de 50, se teve um forte
crescimento deste setor com a inserção dos escoramentos metálicos na construção civil.
Os escoramentos são estruturas que atendem como objetivo principal a sustentação de
formas e seus respectivos carregamentos, mantendo os devidos alinhamentos e dimensões
determinadas em projeto. Neste sentido, diga-se que as escoras devem proporcionar a devida
absorção de possíveis ações que venham a ocorrer durante o processo de sua utilização, tais
como a passagem de operários com seus respectivos equipamentos, ação do vento, e a presença
de materiais e outros objetos que possam ocasionar esforços na estrutura.
Escoramento: é um conjunto de escoras, vigas e um conjunto de ligação, projetado para
resistir ao peso próprio da estrutura, evitando deformações nas formas e no concreto na fase de
endurecimento (DER/PR, 2005).
29
As escoras devem ser montadas de modo que todas as solicitações nelas atuantes sejam
transferidas para o solo ou outra estrutura de apoio. Sendo os escoramentos estruturas
provisórias, utilizadas em períodos de curta duração, as suas condições de segurança diferem
de todas as outras adotadas em obras de caráter permanente.
Os escoramentos são projetados e construídos sob a total
responsabilidade do executante. Deve suportar com rigidez todas as cargas ou
ações possíveis de ocorrer durante a fase construtiva, e também garantir a obra
acabada a geometria e os alinhamentos definidos no projeto. Os escoramentos
devem também resistir aos pesos das estruturas de concreto armado até que
estes adquiram resistência e modulo de elasticidade para sua alto sustentação,
e nas obras de concreto protendido, até concluírem as operações de protensão
(DER/PR, 2005).
Todos os materiais utilizados nos escoramentos na construção civil devem atender as
normas, podendo ser eles: madeira roliça ou serrada, aço em perfis metálicos ou peças tubulares,
e excepcionalmente, para concreto. As figuras 6, 7 e 8 ilustram respectivamente os
escoramentos de madeira roliça, escoramentos metálicos e escoramentos de madeira serrada
Figura 6- Escoramento com madeira roliça
Fonte: Sudoeste Paulista (2013).
Figura 6: Escoramentos metálicos
30
Figura 7 - Escoramento metálico
Fonte: Acervo pessoal (2013)
Fonte: Acervo pessoal (2013).
Figura 8-Escoramentos de madeira
31
A responsabilidade civil e ética-profissional pela qualidade, solidez e segurança é de
responsabilidade do executante, onde estes devem sempre estar atentos aos dizeres da norma.
2.6 ESCORAMENTOS DE MADEIRA
Como dito anteriormente, os materiais mais usados para este tipo de escoramentos são:
madeira roliça e madeira serrada.
Devem ser bem apoiadas no terreno em estacas firmemente batidas ou nas fôrmas da
estrutura inferior. É necessário cuidado na fixação dos contraventamentos, onde se erra muito.
Os contraventamentos podem receber esforços de tração e por este motivo devem ser bem
fixados. No caso de pilares altos, prever contraventamento em dois ou mais pontos de altura,
conforme ilustrado na Figura 9. Em contraventamentos longos deve-se prever travessas com
sarrafos para evitar a flambagem (VOLKWEIS, 2009).
No contato das escoras com o terreno de apoio, é importante a verificação dos pontaletes
para se evitar o recalque, em consequência, flexão nas vigas e lajes. A aplicação de tabuas na
base aumenta a área de contato, distribuindo a tensão do pontalete em uma área maior. Saints
(2011) relatou:
O escoramento deve ser feito antes da colocação das vigotas, apoiado
em base firme e sob escoras deve-se utilize pedaços de tábua para uma melhor
distribuição de cargas no solo. Todos os vãos acima de 1,30 m devem ser
escorados com linhas de escora colocadas no sentido inverso ao apoio das
vigas. Os pontaletes devem ser distanciados e contra ventados a 1,5 m
cada. (SAINTS, 2011, p. 01)
Figura 9- Esquema genérico de escoramento em maderia
Fonte: Saints (2011).
32
Figueiredo (2000) complementa:
Os pontaletes ou varas devem ser inteiros, sendo possível fazer emendas
segundo os critérios estabelecidos na norma: Cada pontalete poderá ter
somente uma emenda; a emenda somente poderá ser feita no terço superior ou
inferior do pontalete; número de pontaletes com emenda deverão ser inferior a
1/3 do total de pontaletes distribuídos. As escoras deverão ficar apoiadas sobre
calços de madeira assentados sobre terra apiloada ou sobre contrapiso de
concreto, ficando uma pequena folga entre a escora e o calço para a introdução
de cunhas de madeira (FIGUEIREDO, 2000, p.11)
Na Figura 10 pode se observar detalhes do escoramento de madeira, formados
por pontaletes, calços e cunhas.
Fonte: Figueiredo (2000).
Os escoramentos de madeira ainda são predominantes em grande parte das obras no pais,
pois além de não necessitarem da mão obra especializada, exigindo apenas carpinteiros para
fabricação das peças, toda sua estrutura muitas vezes são estimadas pelo mestre de obra, que
apenas leva em conta sua experiência no mercado como auxilio nestes procedimentos, não
atendendo as normas ou conceitos já apresentados.
2.7 ESCORAMENTOS METÁLICOS
A questão ambiental nos tempos atuais está muito difundida, todos falam da
responsabilidade ambiental e em práticas empresarias sustentáveis; guiando ao uso cada vez
mais de produtos ambientalmente corretos. É uma questão que avança em direção as empresas
ligadas ao setor da construção civil, onde há o uso direto e constante de matérias que fogem as
H
H/ 3
H/ 3
H/ 3Detalhe das cunhas
pontalete
cunhas
calço
Figura 10- Detalhes das escoras de madeira
33
responsabilidades ambientais. Assim os escoramentos metálicos vieram para atender à essa
preocupação, pois além de agilizarem a concretagem, com sua montagem para o sistema de
escoramento mais rápida sem a utilização de equipamentos e nem uso da forca, são
reaproveitáveis por muitos anos, além das especificações exatas sobre o peso por ela suportado,
evitando danos ou demais acidentes (FARINHA, 2005). E ainda complementa:
Estas escoras eram extensíveis e possuíam uma abertura máxima e um
fechamento mínimo e uma determinada capacidade de carga. Pode ser ajustada
através de um copo com uma rosca interna, facilitando o nivelamento das peças
estruturais. Sua capacidade de carga é maior que uma peça de madeira, sendo
sua vida útil mais longa. Possuí ainda uma flexibilidade muito maior a das
peças de madeira, uma vez que ela abre e fecha com uma amplitude grande.
Este material é usado para escoramento de lajes e vigas ou painéis de paredes,
recebendo neste caso sapatas articuladas. (FARINHA, 2005, p. 55)
São materiais que não necessitam da utilização de equipamentos para montagem, são
fáceis de manusear e não requer utilização de força para serem montadas, trazendo agilidade e
economia para obra. São materiais que garantem um melhor nivelamento das estruturas a que
estão sendo submetidas, não deixam resíduos, trazendo uma maior segurança para os
trabalhadores (CEHOP, 2004).
Fonte: Cehop (2004)
Figura 11- Montagem básica dos escoramentos metálicos
34
O quadro 1 é uma legenda da figura 11 que corresponde a cada peça que compõem o
escoramento metálico mostrada na figura.
Quadro 1- Representação figura 11
A utilização de escoramentos mistos (fig. 12), com formas, longarinas e cunhas em
madeira e os escoramentos em metal, é uma pratica muito usual nos canteiros de obras, pois o
uso da madeira ainda é comum na construção civil.
REPRESENTAÇÃO ALFABÉTICA
A Gastalho de madeira apoiado sobre a cruzeta para o prumo e viga
B Grampo para auxílio na montagem
C Cruzeta, console para suporte e alinhamento da viga
D Altura correta da laje
E Espaçamento entre as escoras, compatível com as cargas admissiveis
F Calço para distribuição dos esforços no solo
G Tripé para sustentação
H Forcato para apoio das vigas principais
I Aprumador de pilar
K Viga principal do escoramento
Fonte: Cehop (2004)
35
Fonte: Figueiredo (2000).
Uma das grandes vantagens dos escoramentos metálicos está na capacidade de vencer
vãos com alturas diferentes como mostra a figura 13.
Figura 13- Escoramento metálico com diversas alturas
Fonte: Figueiredo (2000).
Figura 12- Escoramento misto
36
A carga admissível por escora é, em geral, limitada experimentalmente pelo fabricante,
devendo ser consultado os catálogos como do quadro 2, que contém informações referentes ao
valor de capacidade de carga em kgf para cada escora, informações essas imprescindíveis na
elaboração de qualquer projeto de escoramento.
2.7.1 VANTAGENS EM RELAÇÃO A MADEIRA
A Associação Brasileira de Formas e Escoramentos –ABRASFE (2013), sugere algumas
vantagens dos escoramentos metálicos frente aos de madeira, como:
a) alta capacidade de carga, com confiabilidade;
b) precisão do nivelamento e ajuste de altura;
c) maior reaproveitamento por ser modulada e ajustável;
d) permite um canteiro de obra mais limpo, com maior espaço para circulação;
e) seus equipamentos são todos padronizados;
f) tem uma maior facilidade na montagem e desmontagem.
A Figura 14 exemplifica em projeto a diferença de quantidade dos materiais entre um
escoramento e outro, mostrando que para o cimbramento de uma mesma estrutura, a quantidade
de material usada nos escoramentos metálicos é extremamente inferior.
Quadro 2- Exemplo de catálogo das alturas e cargas admissíveis
Fonte: Torcisão (2013).
37
Figura 14- Comparativo de projeto de escoramento metálico e de madeira
Fonte: Abrasfe (2013)
2.8 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS
Dá-se o nome de composição de custos ao processo de estabelecimento dos custos
incorridos para a execução de um serviço ou atividade, individualizado por insumo e de acordo
requisitos pré-estabelecidos. A composição deve listar todos os insumos necessários à execução
de cada serviço, com suas respectivas quantidades, e seus custos unitários e totais. (ALVES, S.I.)
Segundo Alves (S.I.), Quando elaborada antes da execução do serviço, o seu propósito é
de estimativa ou de compor o orçamento e serve para que a empresa construtora tenha uma
noção do custo a ser incorrido por ela no futuro, quando da daquele empreendimento. Nessa
etapa, a composição de custos é a base utilizada pelas empresas para a definição dos preços que
serão atribuídos em licitações e propostas ou, no caso de incorporações, aos empreendimentos
a que se referem.
O SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) é
um sistema de pesquisa mensal que informa os custos e índices da construção civil e tem a
CAIXA Econômica Federal e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE como
responsáveis pela divulgação oficial dos resultados, manutenção, atualização e aperfeiçoamento
38
do cadastro de referências técnicas, métodos de cálculo e do controle de qualidade dos dados
disponibilizados. Este sistema constitui ferramenta útil para elaboração e análise de orçamentos,
estimativas de custos, reajustamentos de contratos e planejamentos de investimentos.
Para composição dos custos de insumos e serviços da construção civil temos também o
Manual SH de formas para concreto e escoramentos metálicos, que abrange roteiros para
cálculos e dimensionamentos de formas e escoramentos, bem como toda a gama de produtos e
sistemas existentes e disponíveis ao construtor. De leitura fácil, auto-explicativo, o Manual SH
de formas e escoramentos desenvolvido pela empresa SH Fôrmas, Andaimes e Escoramento
destina-se a engenheiros, estagiários e técnicos da construção civil envolvidos especialmente
na fase da estrutura da obra.
Porém, Alves (S.I.) destaca que a fonte de composições de custos mais utilizada no
Brasil, por órgãos públicos ou por empresas públicas e, é o TCPO da Editora Pini. O TCPO é
uma base de dados aplicada a uma família de produtos e formatos diferenciados que atendem
às exigências de profissionais e empresas de qualquer tamanho, quando seu objetivo é planejar,
estimar, obter referências e orçar custos de construção civil e de infraestrutura, traz as
composições organizadas de acordo com uma classificação adotada pela Editora Pini e está
disponível tanto na forma impressa como na forma eletrônica.
39
4. MÉTODOS E MATERIAIS
A finalidade desta pesquisa é apresentar o custo/benefício dos sistemas de escoramento
tipo metálico e de madeira, previstos para uma obra residencial, correspondendo a um estudo
de caso.
Define-se o método desta pesquisa como estimativo, pois esta técnica tem como principal
objetivo estimar as semelhanças e diferenças entre grupos diversos. Neste caso estudar as
diferenças e semelhanças referentes ao custo, e consequentes benefícios, de dois grupos
distintos de escoramento para lajes: o escoramentos metálicos e os escoramentos de madeira
4.1 AMBIENTE E OBJETO DA PESQUISA
Para a elaboração do comparativo de custo, foi feita uma pesquisa no mercado sobre
os tipos de lajes treliçadas mais utilizadas na construção civil na cidade de Cuiabá-MT. Por
meio desta pesquisa verificou-se a maior utilização do escoramento de madeira, e em segundo
plano o escoramento metálico. Para comparação dos custos foram dimensionados sistemas de
escoramento para os dois materiais. Os sistemas de escoramentos foram estudados para
aplicação em lajes treliçadas pré-fabricadas de concreto de uma residência unifamiliar de
padrão médio localizada na cidade de Cuiabá, contemplando: sistema de escoramento metálico
(elaborado por uma empresa especializada neste serviço) e o sistema de escoramento de
madeira (proposto neste trabalho). A estrutura da edificação projetada era composta por vigas
e pilares de concreto armado moldados no local, correspondida por 2 pavimentos tipo, sendo a
laje do piso superior de treliça pré-fabricada. Para efeito de cálculo da determinação das escoras
metálicas e escoras de madeira foi considerado apenas o escoramento da laje do segundo
pavimento, que contém 240 m² de área construída.
4.2 COLETA DE DADOS
4.2.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
A coleta de dados foi desenvolvida para estruturar o conhecimento do estudo, sendo esta
de origem bibliográfica (obras literárias, livros, artigos e teses acadêmicas), que abordaram:
dimensionamento de estruturas de madeira; teoria de composição de custos dos escoramentos
para lajes; tipos de escoramentos; as vantagens e desvantagens dos dois tipos de escoramentos
descritos na literatura e em pesquisas anteriores.
40
4.2.2 ELABORAÇÃO DO PROJETO DE ESCORAMENTOS METÁLICOS
Os dados documentais coletados foram referentes ao escoramento metálico. O projeto foi
elaborado por uma empresa especializada em locação de escoramentos metálicos, que é
responsável pelo projeto, locação, e fornecimento de todo o material. Também são fornecidos
pela empresa os dados dos custos do material e mão de obra, assim como informações sobre
tempo de execução e descimbramento. Porém, para composição dos orçamento, apenas
utilizou-se as informações dos insumos fornecida pela empresa, sendo as outras extraídas da
composição da tabela SINAPI.
4.2.3 ELABORAÇÃO DO PROJETO DE ESCORAMENTO DE MADEIRA
A elaboração do projeto de escoramento de madeira foi desenvolvida por uma construtora
que atua principalmente no setor de construção de casas, seguindo recomendações e métodos
de dimensionamentos contidos nas normas técnicas NBR 7190 - Projeto de Estrutura de
Madeira (ABNT, 2009) e NBR 15696- Fôrmas e escoramentos para estruturas de concreto –
Projeto, dimensionamento e procedimentos executivos (ABNT, 2009). Com isso foram
fornecidos apenas o projeto com o quantitativo de materiais, ficando o orçamento para consulta
em empresas responsáveis pela venda.
Usualmente os profissionais de engenharia recomendam que para o escoramento deste
tipo de laje em edificações residências com cargas pré-estabelecidas em normas, as longarinas
devem ser dispostas no sentido perpendicular ao apoio da laje sendo apoiadas por os pontaletes
distanciados á no máximo 1,20 metros, contraventados nos dois sentidos para se evitar a
flambagem. Recomenda-se também que não haja contato direto do pontalete com o solo,
devendo-se utilizar chapas como base para melhor distribuição das tensões.
Com base nas informações do projeto fornecido pela empresa, foram quantificados os
seguintes materiais de madeira que constituem escoramento.
a) Tábua de 15x2,5cm para longarinas, do tipo jatobá (Hymenaea spp);
b) Caibro de 5x5cm para pontaletes, do tipo jatobá (Hymenaea spp);
c) Ripão de 2,5x5cm para contraventamento,
d) Prego de numeração 17x27 ou de 3,0x61,02mm
41
4.2.4 ESTIMATIVA DE CUSTO DO SISTEMA DE ESCORAMENTO DE
MADEIRA
Elaborou-se a estimativa de custos orçamento do sistema de escoramento de madeira,
com um levantamento de preços em 3 empresas que atuam no setor de venda de madeiras para
escoramento, na cidade de Cuiabá-MT, obtendo-se uma média para cada item, constituindo a
composição de preços.
Na composição do orçamento para escoras de madeira foram considerados os gastos com
transporte, armazenamento e descarte. Com isso, fez-se a média de preço de transporte das
madeireiras e dos alugueis de caçamba juntamente com as respectivas taxas ambientais
cobradas no descarte dos materiais. Para composição de mão de obra, adotou-se os valores
contidos na composição de custos da Tabela do SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisa de
Custos e Índices da Construção Civil.
4.3. COMPARATIVO DE CUSTOS
Os procedimentos convencionais para elaboração de orçamentos de obras iniciam-se pelo
projeto detalhado do que se pretende executar, a determinação dos serviços a serem executados
e sua quantificação. Para a execução desses serviços devem ser utilizados os insumos
necessários, os quais devem ser especificados e cotados (ALVES, S.I.).
Os custos para elaboração dos orçamentos presentes no estudo foram determinados por
meio de pesquisas de mercado para composição dos preços médios dos insumos presentes nos
escoramentos e os preços referentes a mão-de-obra foram obtidos da tabela SINAPI – Sistema
nacional de pesquisas de custos e índices na construção civil, juntamente com o Manual SH de
formas e escoramentos metálicos.
Assim todos os aspectos apresentados até então como: durabilidade, produtividade e custo
direto podem permitir uma análise econômica presente no trabalho
42
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 ESCORAMENTOS DE MADEIRA
A composição de material de madeira necessária para o escoramento foi baseado no
projeto de quantitativo de peças dimensionado para o escoramento da estrutura já citada no Item
4.1 anterior. O figura 14 mostra o projeto dos escoramentos de madeira fornecido pela empresa
para composição do orçamento, seguindo as recomendações descritas no item 4.2.3.
Figura 15- projeto dos escoramentos de madeira
Fonte: empresa responsável, (2013)
43
Assim, obteve-se o número de pontaletes, de ripões para contraventamento e pregos,
apresentados na Tabela 1. Vale destacar que, sendo o escoramento de madeiro um produto
adquirido por compra, o tempo de cura do concreto não influencia no preço orçamentário.
Da tabela de composição de custos do SINAPI – código 74107/01 (escoramento de laje
pré-moldada) para o serviço de escoramento de madeira por m² construído, tem-se:
a) Carpinteiro: 0,213 homem-hora/m²;
b) Ajudante: 0,7 homem-hora/m².
A composição de custos total de material e montagem dos escoramentos de madeira
estão apresentados na Tabela 1.
Tabela 1- Quantitativos de material e montagem das escoras de madeira
Insumo Unidade Quantidade Valor
unitário
Valor
total
Tabua de 15x2,5cm para longarina m 300 3,50 1.050
Caibro de 5x5cm para pontaletes de 3 metros m 1.017 2,60 2.644,20
Ripão para contraventamento dos pontaletes m 445 1,40 623
Prego kg 15 7,00 105
Caçamba para entulho uni 1 140,00 140
Frete para entrega km 15 2,00 30
Carpinteiro h 120 9,89 1.186,8
Ajudante de carpinteiro h 168 7,33 1.231,45
TOTAL - - - 7.010,45
Fonte: Acervo pessoal (2013).
Em um estudo comparativo orçamentário deve-se considerar todas as circunstancias de
uso de mão de obra. Assim sendo, para o custo final do orçamento de escoramento madeira fez-
se a inclusão da mão de obra na desmontagem das escoras (descimbramento). A Tabela 2
apresenta os custos de montagem, desmontagem e dos materiais utilizados no escoramento,
correspondendo ao orçamento final.
44
Tabela 2 - Quantitativos de material, montagem e descimbramento das escoras de madeira.
Insumo Unidade Quantidade Valor
unitário Valor total
Materiais e montagem dos escoramentos uni. 1 8.578,25 7.010,45
Mao de obra de carpinteiro para
desmontagem h 120 9,89 1.186,80
Mao de obra de ajudante para
desmontagem h 168 7,33 1.231,44
TOTAL - - - 9.428,69
Fonte: Acervo pessoal (2013).
Vale destacar que pela exigência da utilização de mão de obra especializada e pela
dificuldade na montagem dos escoramentos de madeira, o tempo de mão de obra se mostra
elevado, onde para montagem e desmontagem são necessários 240 horas de carpintaria e 336
horas de ajudante, que somados atingem 576 horas.
4.2. ESCORAMENTOS METÁLICOS
Usualmente, o projeto para os escoramentos metálicos é de autoria da própria empresa
responsável pelo alugueis destes materiais, pois as especificações de cargas resistentes de cada
escoramento, varia conforme as marcas das escoras. No contrato com a empresa ainda estão
previstos o ressarcimento por peças extraviados ou danificadas.
Foi feito um orçamento de aluguel dos escoramentos metálicos, seguindo os mesmos
procedimentos para o orçamento dos escoramentos de madeira, se diferenciando pela
quantidade de peças empregadas, devido ao fato de serem estruturas com maior resistência.
As figuras 16 e 17 mostram a planta baixa e corte do projeto de escoramento metálico
feito para base de cálculo de cada material empregue nos escoramentos.
45
Figura 16 - Projeto de escoramento metálico
Fonte: Mills, 2013
46
A tabela 3 representa o orçamento fornecido pela empresa Mills, nela estão descritos a
quantidade de dias, o preço diário do aluguel, o tipo de ambiente o a altura do pé direito (PD) a
ser escorado.
Tabela 3- Orçamento diária de escoras metálicas
Referência Área
(m²) PD (m) Preço diário
Mezanino 240 3 120
Fonte: Mills, 2013.
Para Medeiros (2013), Segundo o Manual SH de fôrmas para concreto e escoramentos
metálicos, uma das vantagens do escoramento metálico é a produtividade na montagem das
fôrmas e escoramentos, pois não requer mão de obra especializada, como um carpinteiro,
fazendo necessário apenas a mão de obra do ajudante.
A composição de orçamento presente no Manual SH de formas para concreto e
escoramentos metálicos, traz como produtividade de mão de obra na montagem dos
escoramentos metálicos 0,30hh/m² (homem-hora por metro quadrado). Assim, no cálculo da
quantidade de horas necessária para o aluguel das escoras metálicas, devemos considerar o
tempo de montagem e desmontagem das estruturas, pois influenciam na quantidade de dias de
aluguel necessários para o serviço, portanto:
a) A= metragem da casa = 240m²
b) B= relação homem-hora por metro quadrado = 0,30hh/m²
c) Quantidade de horas necessárias = (A x B)
d) Quantidade de horas necessárias para montagem = (240 x 0,30) = 72 horas
Fonte: Mills, 2013.
Figura 17- Corte (C,D) da planta de escoramentos metálicos
47
Considerando a utilização de 2 serventes no período de montagem do escoramento com
44 horas de trabalho semanais cada funcionário, tem-se:
e) Total de semanas necessárias para montagem= 72
44∗2 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
f) Total de semanas necessárias para montagem= 0,8 semanas
Se considerarmos o mesmo tempo para montagem e desmontagem das escoras tem-se um
total de 1,6 semanas. Como os alugueis das escoras são feitos por diárias, devemos multiplicar
por 7 dias correspondentes a uma semana, assim o valor total de diárias apenas para montagem
e desmontagem é de 11,2 dias. Se considerarmos tambem que a empresa responsável pelos
alugueis retira as escoras apenas no período da tarde, o total de dias cairá para 11.
Segundo a NBR 15696 (ABNT, 2009) o tempo de cura do concreto para a retirada dos
escoramentos deve ser de 28 dias, portanto o tempo total de dias necessários de locação das
escoras para a estrutura em estudo, é de 39 dias. Assim, a composição final do orçamento de
escoras metálicas segue representado na tabela 4.
Tabela 4- Orçamento final de escoramento metálico
Insumo Unidade Quantidade Valor
unitário Valor total
Escoras
metálicas dias 39 120 4.680,00
Mão de obra
para
montagem e
desmontagem
h 144 7,33 1.055,50
TOTAL - - - 5.735,50
Fonte: Acervo pessoal, 2014.
5.3 DESCRIÇÃO DE CUSTO ENTRE OS ESCORAMENTOS
O Gráfico 1 representa um comparativo de orçamento envolvendo apenas os materiais
necessários para o serviço de escoras.
48
Gráfico 1- Preço de materiais
Fonte: Acervo pessoal, 2013.
Como observado no Gráfico 1, a diferença de preço envolvendo os materiais foi de R$
88,00 representando 1,9% a mais para as escoras metálicas. Vale ressaltar ainda que os
escoramentos de madeira podem receber reaproveitamento na própria obra, sendo reutilizadas
em escoramentos dos próximos pavimentos da construção, no madeiramento da cobertura e
para outros fins que possam ser uteis. Portanto para composição dos orçamentos é necessário
toda uma avalição do tipo de construção a ser construída e em quais partes do projeto a madeira
será utilizada, para que o reaproveitamento dos materiais sejam computados, afim de ser ter
uma economia ainda maior.
Em relação à mão de obra, o gráfico 2 a seguir mostra o comparativo entre os dois tipos
de escoramentos.
R$ 4.592,20
R$ 4.680,00
R$ 4.540,00
R$ 4.560,00
R$ 4.580,00
R$ 4.600,00
R$ 4.620,00
R$ 4.640,00
R$ 4.660,00
R$ 4.680,00
R$ 4.700,00
madeira metálico
preço de materiais
Orçamento
49
Gráfico 2- Custos com mão-de-obra
Fonte: Acervo pessoal (2013)
Como pode ser observado o custo com mão de obra nos escoramentos metálicos é inferior,
correspondendo a uma economia de R$ 3.790,00. Isso se deve principalmente pela facilidade
na montagem que reduz o seu tempo e a não necessidade de utilização de mão de obra
especializada, ficando apenas o serviço nos cuidados do ajudante, porém, sempre com o
acompanhamento de um encarregado.
O gráfico 3 mostra o total de horas de mão de obra utilizada para a execução de ambos os
escoramentos.
.
R$ 4.836,49
R$ 1.055,50
R$ 0,00
R$ 1.000,00
R$ 2.000,00
R$ 3.000,00
R$ 4.000,00
R$ 5.000,00
R$ 6.000,00
madeira metalico
Custos com mão-de-obra
Orçamento
50
Gráfico 3- Tempo de mão de obra
Fonte: Acervo pessoal (2013)
É valido ressaltar que as horas consideradas no estudo não representam o tempo de
montagem e desmontagem, pois cabe ao engenheiro definir a quantidade de funcionários que
será utilizada na execução do serviço, podendo assim ter prazos diferentes. Porém é visto que
nos escoramentos metálicos a facilidade da montagem, a não necessidade de equipamentos
especializados e de mão de obra, é favorável para uma redução do tempo de serviço, gerando
consequentemente um economia.
O Gráfico 4 mostra o orçamento considerando todos os gastos dos escoramentos
metálicos e escoramentos de madeira, os metálicos se sobressaem, tendo vantagem no aspecto
de mão de obra.
596 horas
144 horas
0
100
200
300
400
500
600
700
madeira metálico
tempo de mão de obra
51
Gráfico 4- Orçamento final dos escoramentos
Fonte: Acervo pessoal (2013)
Diante destes resultados, a diferença de preço final médio para realização dos
escoramentos de madeira e escoramentos metálicos ficou em R$ 3.703,00 que corresponde a
uma economia de 39,2% para os escoramentos metálicos.
Esta situação contribui para a justificativa da busca cada vez maior pelos escoramentos
metálicos, mostrando que a construção civil hoje tem procurado meios práticos e eficientes,
com grande relação custo/benefício para atender a grande demanda do mercado atual. Contudo
é valido ressaltar que os escoramentos de madeira podem apresentar vantagens quando se
utilizados para outros fim na construção, devendo, se compreender ao caso, ter todos os
aspectos considerados, porem neste estudo o destino final das estruturas de escoramento de
madeira foi descarte por entulhos que posteriormente terá seu devido destino final.
R$ 9.428,69
R$ 5.725,50
R$ 0,00
R$ 1.000,00
R$ 2.000,00
R$ 3.000,00
R$ 4.000,00
R$ 5.000,00
R$ 6.000,00
R$ 7.000,00
R$ 8.000,00
R$ 9.000,00
R$ 10.000,00
madeira metálico
Orçamento final dos escoramentos
Orçamento
52
CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES
Após análise dos resultados pôde-se constatar que os métodos e matérias empregados na
construção civil devem ser considerados para atenuar o crescimento deste setor, a fim de reduzir
o tempo e aumentar a produtividade.
Por tempos o uso das escoras de madeira foi predominante nas construções brasileiras.
Porém, com o mercado da construção civil em alta, viu-se a necessidade de melhorias a fim de
se reduzir gastos, aumentar a produtividade, apresentando assim uma melhor relação
custo/benefício.
Diante das pesquisas realizadas sobre as vantagens e desvantagens do uso de escoras
metálicas que são: tempo reduzido para montagem e desmontagem, menor espaço ocupado nos
canteiros devido a quantidade inferior de material, a não preocupação com o descarte final,
assim pode considerar que estes se sobressaíram frente aos escoramentos de madeira. A
segurança não deixa de ser um fator determinante na hora da escolha das escoras, os
escoramentos metálicos tem suas especificações quanto ao peso resistente, tendo passado por
testes e recebendo selos de garantia.
Um fator importante está na diferença de quantidades de materiais utilizados para ambos
os serviços. Para a execução de escoramento de uma mesma localidade, há uma redução
considerável de materiais quando se utilizado os escoramentos metálicos. A falta de espaços e
o mau gerenciamento dos canteiros de obras pode ocasionar acidentes graves trazendo serias
consequências ao empregado e empregador.
O principal aspecto está ainda na questão dos custos, pois para a realização de uma mesma
construção, tendo como base os preços mencionados, constatou-se que a diferença de custos
escoras metálicas em relação às escoras de madeira pode chegar a uma economia de 39,2%.
Neste estudo considerou-se que não haveria reaproveitamento da madeira usada dos
escoramentos, assim o destino final foi o depósito em caçambas para entulhos, alugadas para
este devido fim, ficando na responsabilidade das empresas coletores o descarte final.
Na seleção entre os sistemas de madeira ou metálicos, é a variável econômica que mais
pesa. A primeira consideração a ser feita é a do custo em função do prazo, levando em
consideração o aluguel das escoramentos metálicos. Assim deve-se atentar para quais os tipos
de estrutura que se irá escorar, pois aspectos como reutilização de materiais, pode ocasionar
economias futuras, situação apenas favorável para escoramento de madeira, que além serem
reutilizadas em escoramentos subsequentes da construção, servem também para compor parte
da estrutura da cobertura sem que haja acréscimo nos custos referentes ao material. Situação
que não ocorre nas escoras metálicas, pois seu custo é diário. Todas estas circunstâncias devem
53
ser levadas em consideração, visto que a escolha do escoramento correto traz benefícios não
apenas de materiais, mas também de mão de obra e para o meio ambiente
Cada construção possui uma característica própria. Assim, vale ressaltar que este estudo
não traz como base o melhor escoramento para todos os tipos de construções existentes, mas
sim as que se assemelham com as característica do objeto aqui estudado.
A construção civil no Brasil tem buscado melhorias e racionalização do processo
construtivo que, ao mesmo tempo em que trazem agilidade e eficiência para suas obras,
diminuem os custos e aumentam a potencialidade dos lucros. Assim as escoras metálicas são
selecionadas para suprir esses interesses, e aos poucos este sistema vem ganhando força no
mercado nacional, mostrando sua potencialidade em agilizar todo o processo construtivo com
uma forte relação custo/ benefício.
Sugere-se para trabalhos futuros a investigação dos custos de escoramentos metálicos e
de madeira para outros tipos de lajes e de edificações.
54
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