universidade federal de mato grosso instituto ......método eficiente de controle de...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS - ICAA
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
CURSO DE AGRONOMIA
PROSPECÇÃO DE MOSCA-DAS-FRUTAS NA REGIÃO NORTE DE MATO
GROSSO
Sinop - MT
Julho - 2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS - ICAA
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
CURSO DE AGRONOMIA
PROSPECÇÃO DE MOSCA-DAS-FRUTAS NA REGIÃO NORTE DE MATO
GROSSO
MICHELE EMILY SOUZA DA SILVA
ORIENTADOR: PROF. DR. MARLITON ROCHA BARRETO
Sinop - MT
Julho – 2018
Trabalho de conclusão de curso (TCC)
apresentado ao curso de Agronomia do
ICAA/CUS/UFMT, como parte das
exigências para a obtenção do Grau de
Bacharel em Agronomia.
AGRADECIMENTOS
- Acima de tudo e todos a Deus pois Ele é meu Senhor, se não por meio Dele, não teria
chegado até aqui.
- A meu noivo Michel, a minha família, Jonas, Noeli, Mayla, Sheila, Marcelo e Luíz
Otávio, a minhas amigas Elen, Vanessa e Thayna, que me ajudaram e me apoiaram em todas
as etapas deste trabalho.
- Ao professor e orientador Dr. Marliton Rocha Barreto, que me orientou de forma
objetiva para obter êxito neste trabalho.
- A todos os produtores que tão prontamente nos forneceram os frutos utilizados neste
trabalho, meu muito obrigada.
- Ao Dr. Ricardo Adaime da Silva e a doutoranda Maria do Socorro Miranda de Sousa,
pela identificação das moscas-das-frutas.
- Aos demais professores, do curso de graduação, que nos transmitiram seus
conhecimentos e contribuíram para minha formação.
- A todos que de alguma forma contribuíram direta ou indiretamente para minha
formação acadêmica.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Pontos de coleta dos frutos para obtenção de moscas-das-frutas, no período de julho de 2016
a novembro de 2017, nos municípios de Cláudia, Gaúcha do Norte, Itaúba, Nova Guarita, Sinop e Terra
Nova do Norte e suas respectivas coordenadas
geográficas...................................................................................................................................20
Tabela 2 - Frutos coletados na região norte de Mato Grosso, nomes comum e científico, moscas-
das-frutas associadas e município em que foi
coletada.....................................................................................................................................31
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Recipientes plásticos para armazenamento de frutos e obtenção das moscas-das-frutas.
Fonte: Silva, M. E. S. 2017........................................................................................................21
Figura 2. Armadilha usada para captura das moscas-das-frutas. Fonte: Silva, M. E. S. 2017.....22
Figura 3. Moscas-das-frutas e outros insetos obtidos, acondicionadas em microtubos para envio
à identificação. Fonte: Silva, M. E. S. 2017...............................................................................23
Figura 4. Adulto de Ceratitis capitata (Wied., 1824). Foto: Barreto, M. R.................................25
Figura 5. Adulto de Anastrepha fraterculus (Wied., 1824). Foto: Barreto, M. R.....................26
Figura 6. Adulto de Anastrepha obliqua (Macquart, 1835). Foto: Barreto, M. R.......................26
Figura 7. Adulto de Anastrepha sororcula Zucchi, 1979. Foto: Barreto, M. R..........................27
Figura 8. Adulto de Anastrepha striata Schiner, 1868. Foto: Barreto, M. R..............................27
Figura 9. Distribuição geográfica das espécies de moscas-das-frutas no Estado de Mato Grosso.
Confeccionado por Silva, M. E. S. da, 2018. *: mosca registrada sem identificação de
município..................................................................................................................................28
RESUMO
As moscas-das-frutas estão presentes em todas as regiões do Brasil e são responsáveis
por grandes perdas em pomares comerciais em todo o país. Objetivou-se com este trabalho
realizar um levantamento da riqueza de espécies de moscas-das-frutas presentes e suas
respectivas espécies frutíferas relacionadas em municípios da região norte do Estado de Mato
Grosso. Para o desenvolvimento deste trabalho foram realizadas coletas de aproximadamente
2.500 frutos, envolvendo 34 espécies vegetais, entre os meses de julho de 2016 a novembro de
2017. Os frutos foram acondicionados em recipientes plásticos para observar a emergência das
moscas-das-frutas e também foram utilizadas armadilhas de garrafas PET adaptadas do modelo
McPhail®. Com o uso dos dois métodos, 2.821 moscas-das-frutas foram coletadas no total.
Três famílias, dois gêneros e cinco espécies foram identificadas: Ceratitis capitata (Wied.,
1824), Anastrepha striata Schiner, 1868, A. obliqua (Macquart, 1835), A. sororcula Zucchi,
1979 e A. fraterculus (Wied., 1824) foram registradas no presente trabalho. Este é o primeiro
registro destas espécies para a região norte do Estado.
Palavras-chave: Riqueza, Anastrepha, Amazônia Meridional, Fruticultura, Tephritidae.
ABSTRACT
Fruit flies are present in all regions of Brazil and are responsible for large losses in
commercial orchards throughout the country. The objective of this work was to survey the
richness of fruit fly species present and their related fruit species in municipalities in the
northern region of the State of Mato Grosso. For the development of this work were collected
approximately 2,500 fruits, involving 34 plant species, from July 2016 to November 2017. The
fruits were packed in plastic containers to observe the emergence of fruit flies and were also
used PET bottle traps adapted from the McPhail® model. With the use of both methods, 2,821
fruit flies were collected in total. Three families, two genera and five species were identified:
Ceratitis capitata (Wied., 1824), Anastrepha striata Schiner, 1868, A. obliqua (Macquart,
1835), A. sororcula Zucchi, 1979 and A. fraterculus (Wied., 1824) were recorded in the present
work. This is the first record of these species for the northern region of the State.
Key words: Wealth, Anastrepha, Southern Amazonia, Fruticulture, Tephritidae.
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................................ 6
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................................. 7
RESUMO ................................................................................................................................................ 8
ABSTRACT ............................................................................................................................................ 9
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 11
2. OBJETIVOS ................................................................................................................................. 13
2.1. Objetivo Geral ....................................................................................................................... 13
2.2. Objetivos Específicos ............................................................................................................ 13
3. REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................................... 14
3.1. Fruticultura: Importância econômica e social no Brasil. ....................................................... 14
3.2. Frutas, diversidade e saúde .................................................................................................... 15
3.3. Mosca-das-frutas e sua diversidade no Brasil e no mundo ................................................... 15
3.3.1. Danos causados pelas moscas-das-frutas ...................................................................... 17
3.3.2. Métodos de controle das moscas-das-frutas .................................................................. 18
4. MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................................... 20
4.1. Locais do experimento .......................................................................................................... 20
4.2. Captura, triagem e armazenamento dos insetos .................................................................... 21
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................. 24
5.1. Moscas-das-frutas.................................................................................................................. 24
5.2. Plantas hospedeiras das moscas-das-frutas e municípios onde foram coletadas ................... 29
6. CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 34
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 35
11
1. INTRODUÇÃO
O Brasil manteve-se, até 2017, na posição de terceiro maior produtor mundial de frutas,
atrás apenas da China e Índia que ocupam a primeira e segunda posições respectivamente.
Segundo o Ministério da Agricultura, o país produziu em 2016 aproximadamente 46 milhões
de toneladas de frutas frescas, para consumo interno e exportação.
Com grandes produções, a possibilidade de ataque de pragas e doenças também é
sempre presente. Foi estimado, no ano de 2016, a perda de cerca de um bilhão de dólares
relacionado aos danos causados pelas moscas-das-frutas em todo o mundo. O aumento
populacional, consequentemente gerou aumento da demanda e venda de frutas e o avanço das
áreas produtoras, tendo como consequência ainda, o aumento das áreas afetadas pelas moscas-
das-frutas (Diptera: Tephritidae), levando à necessidade de controle também no Brasil.
Com todo estudo e conhecimento acerca das moscas-das-frutas três níveis de danos
causados por elas são registrados: ocasionado por perda dos frutos, o dano direto na produção
e o dano durante a comercialização. Os frutos danificados são menos aceitos pelo mercado
consumidor por possuírem menor vida útil de prateleira, além disso, pode ocorrer o fechamento
dos mercados para exportação, através de implicações quarentenárias, visando o impedimento
de entrada da praga aos países importadores de frutas.
O método mais utilizado para controle de moscas-das-frutas é o controle químico, que
se utiliza de princípios químicos ativos que agem de forma inseticida eliminando-as, embora
eficientes, além de muito agressivos a outros insetos que não as moscas-das-frutas, os
inseticidas são também prejudiciais ao meio ambiente. Alternativo ao uso de inseticidas, outro
método eficiente de controle de moscas-das-frutas é o controle biológico, que vem sendo cada
vez mais utilizado, principalmente por sua menor nocividade ao ambiente em relação a produtos
químicos. Os meios de controle biológico são: uso de parasitoides, insetos predadores e
patógenos (vírus, fungos, bactérias e protozoários).
Tendo conhecimento do potencial de danos causados pelas moscas-das-frutas e sabendo
do grande prejuízo financeiro que tem causado ao redor do mundo, é de extrema importância o
conhecimento das espécies presentes em cada região do território nacional, não somente em
áreas produtoras, mas também em áreas ainda sem produção, mas que possuem potencial
produtivo.
12
A incidência de mosca-das-frutas na região norte de Mato Grosso e a escassez de
trabalhos sobre as espécies presentes nesta região, justificam a execução deste trabalho.
13
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Verificar a riqueza de moscas-das-frutas na região norte do estado de Mato Grosso.
2.2. Objetivos Específicos
• Determinar a riqueza de espécies de moscas-das-frutas capturados em
municípios da região norte de Mato Grosso e suas respectivas plantas
hospedeiras;
• Avaliar a riqueza de moscas-das-frutas e sua ocorrência em frutos coletados em
municípios da região norte de Mato Grosso;
14
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1. Fruticultura: Importância econômica e social no Brasil.
Presente em todos os estados brasileiros a fruticultura é responsável pela geração direta
de milhões de empregos em todo o ciclo produtivo e em diversas funções. Buainain & Batalha
(2007) registraram que, cada hectare ocupado com fruticultura emprega diretamente de duas a
cinco pessoas ao longo de toda a cadeia produtiva, permitindo que famílias inteiras tirem seu
sustento da produção de frutas e derivados, esses números correspondem a 27% da mão de obra
de todo o setor agrícola do País. Com área de plantio correspondente a 2,6% da área ocupada
pela agricultura no Brasil, gera em média, três empregos permanentes diretos e dois empregos
indiretos a cada 10 mil dólares investidos na produção (ANUÁRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA, 2015).
Com um lucro de 636 milhões de dólares com exportações em 2014, a fruticultura possui
influência de peso na economia nacional. Sabendo-se ainda que esta produção possui grande
potencial de aumento, podemos esperar uma melhor posição no ranking mundial de produção
em alguns anos (REETZ et al., 2015; CAMARGOS et al., 2017).
Considerando a boa aceitação das frutas brasileiras pelos países importadores, a
tendência é de aumento nas exportações de frutas frescas, secas e derivados, a cada ano (FAO,
2015). Segundo o MAPA (2016) o número total de países consumidores de frutas do Brasil
chegou a 96.
Garantindo a continuidade do Brasil na terceira posição de maior produtor de frutas
mundial, atrás apenas da China e da Índia, até o ano de 2016, a produção estimada de 2017 foi
de 44 milhões de toneladas. Responsável por 30 % da produção mundial, a China produz
aproximadamente 255 milhões de toneladas de frutas, enquanto que a produção indiana
corresponde a 10 % da produção mundial com 90 milhões de toneladas de frutas. As áreas
destinadas a produção são de aproximadamente 15,6 milhões de hectares na China, 7,2 milhões
de hectares na Índia e 2,3 milhões de hectares no Brasil (ANDRADE, 2017).
Dentro do país, 30 polos de produção espalhados em mais de 50 municípios já foram
registrados, englobando uma área de 3,4 milhões de hectares. As frutas com maiores produções
no Brasil são: laranja, banana, mamão e abacaxi, o que corresponde a cerca de 70% da produção
total (SEBRAE, 2015).
15
Álvares & Bayma (2017) relataram que em 2014, segundo dados do IBGE em 2016, a
produção de frutos superou 39 milhões de toneladas e apresentou valor bruto total de R$ 25,4
bilhões. Segundo esses mesmos autores, a região da Amazônia Legal, em 2014 respondeu por
7,34% do total de frutas produzidas no Brasil e proporcionou uma receita de R$ 2,7 bilhões
para uma produção de 2.928.040 toneladas de frutas, obtida em uma área de 226.178 há e o
Mato Grosso é responsável por 6,34% dessa produção.
3.2. Frutas, diversidade e saúde
Sabendo-se da grande dimensão territorial do Brasil, pode-se imaginar a quantidade de
frutos presentes também em solo brasileiro. Com as mais variadas formas, tamanhos, cores e
composições químicas, a extensa biodiversidade do Brasil favorece os estudos acerca dos
benefícios atingidos com o consumo de frutas, sendo elas exóticas ou nativas (ANUÁRIO
BRASILEIRO DA FRUTICULTURA, 2016).
Conhecendo a riqueza em vitaminas e minerais das frutas, o consumo per capita deste
alimento no mundo deve continuar crescendo a taxas superiores às da economia mundial, de
acordo com projeções da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
(FAO, 2015).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2016), as frutas possuem vitaminas e
minerais indispensáveis aos seres humanos (PRATA & MARQUES, 2017; COSTA et al.,
2017), além de compostos químicos com potencial antioxidante que podem ser usados em
tratamentos de saúde como a obesidade, envelhecimento precoce, redução do risco de doenças
cardiovasculares e também alguns tipos de câncer (SILVA, 2013; ALBUQUERQUE et
al.,2016; ANTUNES et al., 2017; SANTOS et al., 2017).
3.3. Mosca-das-frutas e sua diversidade no Brasil e no mundo
As moscas-das-frutas tem sido o maior motivo de preocupação nos pomares ao redor do
mundo, as perdas anuais chegam a 2 bilhões de dólares e, somente no Brasil esse valor é de
aproximadamente 200 milhões de dólares, envolvendo perdas de frutos e custos alfandegários
com o comércio internacional tornando o controle efetivo das moscas-das-frutas uma
necessidade global (CAMARGOS et al., 2017).
16
Na região Neotropical são conhecidas mais de 250 espécies de moscas-das-frutas do
gênero Anastrepha Schiner 1868, nesta região é também o gênero mais diversificado e
economicamente relevante, e a espécie introduzida Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824), mais
conhecida como mosca do mediterrâneo, estão entre os insetos frugívoros mais importantes em
frutas comerciais (NORRBOM, 2010; JESUS-BARROS et al., 2012).
Há registro de mosca-das-frutas nos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas,
Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio
Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito
Federal (CORSATO, 2004; PONTES, 2006; ZUCCHI & MORAES, 2008; LEAL et al., 2009;
MARINHO et al., 2011; VELOSO et al., 2012; NASCIMENTO et al., 2014).
No Brasil, cerca de 121 espécies de Anastrepha já foram relatadas, situação que coloca
o país em uma posição elevada em questão de diversidade da mosca-das-frutas no continente,
além de uma posição preocupante relacionando-se ao comércio internacional de frutas
(ZUCCHI & MORAES, 2008).
Espécies polífagas de moscas-das-frutas, como Anastrepha obliqua (Macquart, 1835)
A. striata (Schiner, 1868) e A. fraterculus (Wiedemann, 1830), distribuem-se geograficamente
de forma mais ampla do que as espécies consideradas especialistas. Assim como muitas
espécies podem utilizar um mesmo hospedeiro, em uma certa região, um fruto frequentemente
infestado por uma espécie de mosca-das-frutas, mesmo polífaga, pode não ser infestado em
outra região (DEUS & ADAIME, 2013).
A espécie Ceratitis capitata foi registrada no Brasil no início do século 20, mais
precisamente no ano de 1901 no estado de São Paulo, e é a única espécie do gênero que ocorre
no País. É considerada a espécie de mosca-das-frutas mais cosmopolita em todo o mundo, com
374 espécies de hospedeiros conhecidos, pertencentes a 69 famílias. Está distribuída em
praticamente todos os estados brasileiros, com maior importância econômica nas regiões
Sudeste e Nordeste (NAVA et al., 2017).
As moscas-das-frutas podem ser encontradas em pomares da África (VARGAS et al.,
2012; EL HARYM & BELQAT, 2017; GVANVOSSOU et al., 2017), Ásia (PRABHAKAR et
al., 2012; VARGAS et al., 2015), Oceania, Europa (VARGAS et al., 2015), América do Norte
17
(PAPADOPOULOS et al., 2013; VARGAS et al., 2015; HEVE et al., 2017;), América Central
(FLORES et al., 2017; RULL et al., 2018) e América do Sul (VARGAS et al., 2012).
Para o estado de Mato Grosso 23 espécies de moscas-das-frutas já foram registradas,
sendo elas: C. capitata (Wiedwmann, 1824); Anastrepha amita Zucchi, 1979; A. coronilli
Carrejo & González, 1993; A. daciformis Bezzi, 1909; A. dissimilis Stone, 1942; A. distincta
Greene, 1934; A. fractura (Stone, 1942); A. fraterculus (Wiedemann, 1830); A. grandis
(Macquart, 1846); A. leptozona Hendel, 1914; A. matertela Zucchi, 1979; A. mixta Zucchi,
1979; A. mucronota (Stone, 1942); A. obliqua (Macquart, 1835); A. pickeli Lima, 1934; A.
pseudoparallela (Loew, 1873); A. punctata Hendel, 1914; A. serpentina (Wiedemann, 1830);
A. sororcula Zucchi, 1979; A. striata Schiner, 1868; A. turpiniae Stone, 1942; A. zenildae
Zucchi, 1979 e A. matogrossensis Norrbom & Uchôa, 2011 (PONTES, 2006; NORBOM &
UCHÔA, 2011; SILVA et al., 2017). As espécies A. daciformis, A. mixta e A. punctata são
registradas no Estado, mas não possuem identificação do município em que foram coletadas
(ZUCCHI & MORAES, 2008).
3.3.1. Danos causados pelas moscas-das-frutas
Devido ao impacto econômico direto causados pelas moscas-das-frutas, estes insetos
estão entre as pragas de maior importância mundial. Os danos ocorrem primeiramente pela
oviposição da fêmea, a partir do crescimento da larva começam os danos causados pelo
consumo da polpa das frutas pela própria larva da mosca, além das rígidas restrições
quarentenárias impostas por muitos países visando o impedimento à entrada da praga (ALUJA
& MANGAN, 2008).
Mesmo sendo conhecida como mosca-das-frutas, algumas espécies, em sua fase
larvária, podem se alimentar de botões florais, flores, gemas, folhas, sementes e raízes,
causando danos irreparáveis às culturas (UCHÔA, 2012).
Os danos causados pelas moscas-das-frutas são visivelmente semelhantes em
praticamente todas as espécies de frutas. Iniciam pela inserção do ovipositor nos frutos,
causando injúrias que favorecem a entrada de doenças e, além dos danos causados pela
movimentação e alimentação das larvas formando galerias nas polpas, levando a posterior
apodrecimento e queda dos frutos (NAVA & BOTTON, 2010).
18
3.3.2. Métodos de controle das moscas-das-frutas
Até 2017 o método de controle da mosca-das-frutas mais realizado e considerado mais
eficaz era o uso de inseticidas, aplicado, por meio de pulverizações em cobertura e aplicações
de isca tóxica (DUARTE et al., 2017). Geralmente os inseticidas utilizados para o controle da
mosca-das-frutas são do grupo dos organofosforados, que controlam os adultos e seus estágios
imaturos no interior dos frutos e a isca tóxica (atrativo alimentar e inseticida) diminui a
população de adultos no pomar e reduz a oviposição da mosca nos frutos (NAVA & BOTTON,
2010).
Há também a técnica do inseto estéril (TIE), técnica ecológica e de certa forma
sustentável, que foi idealizada e criada pelo entomologista americano E.F. Knipling, como uma
possibilidade de controle ou até mesmo a erradicação da mosca varejeira, Cochliomyia
hominivorax (Coquerel, 1858) (Diptera: Calliphoridae) (PARANHOS, 2005). A TIE consiste
na criação massal do inseto praga que se deseja controlar, na sua esterilização com radiação
gama e na liberação semanal de uma população no mínimo nove vezes maior do que a selvagem
no campo. Este macho estéril copula com a fêmea selvagem (da mesma espécie presente no
campo) que, por sua esterilidade, não gera descendentes (ARAUJO & SPENCER, 2017).
Estudos foram conduzidos com Tephritidae utilizando-se de armadilhas, tanto para
coletas amostrais quanto controle propriamente dito. O modelo McPhail® por exemplo, é usado
mundialmente para monitoramento e mesmo controle destes insetos (JEMÂA et al., 2010;
AZEVEDO et al., 2012; TRASSATO et al., 2016). Adaptações podem ser feitas visando o
menor custo e também a sustentabilidade por meio do aproveitamento de garrafas Poli Etileno
Tereftalato (PET) para a produção de armadilhas, utilizadas para fim de controle, detecção ou
monitoramento de moscas-das-frutas (BARCELOS & MARUYAMA, 2014; VENZON et al.,
2016).
Apesar de a principal forma de controle das moscas-das-frutas nos pomares ser por meio
de aplicações de inseticidas, o controle biológico tem assumido um papel importante nas
práticas de manejo integrado dos tefritídeos (HÄRTER et al. 2010; NÚÑEZ-CAMPERO et al.,
2014). Dentre os métodos de controle biológico, o uso de himenópteros parasitoides está entre
os mais utilizados, sendo em diversas partes do mundo considerado por muitos pesquisadores
como os mais importantes inimigos naturais das moscas-das-frutas (ALUJA et al., 2014).
19
Porém para que as técnicas de controle biológico no manejo de mosca-das-frutas sejam
eficientes, é de grande importância o conhecimento de parâmetros dos inimigos naturais como,
sua interação com a espécie de mosca-das-frutas e suas plantas hospedeiras (BITTENCOURT
et al., 2011).
20
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1. Locais do experimento
A condução deste trabalho foi realizada durante o período de julho de 2016 e novembro
de 2017, no município de Sinop e algumas cidades próximas: Cláudia, Gaúcha do Norte, Itaúba,
Nova Guarita e Terra Nova do Norte. Em todos os pontos de coleta de frutos foram registradas
as coordenadas geográficas obtidas com auxílio de GPS (Global Positioning System) (Tabela
1).
Tabela 1 – Pontos de coleta dos frutos para obtenção de moscas-das-frutas, no período de julho de 2016
a novembro de 2017, nos municípios de Cláudia, Gaúcha do Norte, Itaúba, Nova Guarita, Sinop e Terra
Nova do Norte e suas respectivas coordenadas geográficas.
Local da Coleta Coordenada geográfica
Chácara Bom Sucesso - Sinop 11°52'29.1"S 55°27'52.1"O
Chácara Esconderijo do Osama - Sinop 11°50'03.5"S 55°27'33.5"O
Chácara Ângela - Sinop 11°51'45.8"S 55°22'46.1"O
Comunidade Branca de Neve - Sinop 11°51'35.8"S 55°27'18.3"O
Embrapa – Agrossilvipastoril - Sinop 11°53'40.9"S 55°38'36.8"O
Embrapa – Agrossilvipastoril - Sinop 11°53'41.2"S 55°38'36.9"O
Embrapa – Agrossilvipastoril - Sinop 11°53'41.4"S 55°38'37.0"O
Jardim Botânico - Sinop 11°51'56.9"S 55°30'41.1"O
Jardim Europa – Sinop 11°50'25.2"S 55°31'48.4"O
Jardim Europa – Sinop 11°50'25.2"S 55°31'48.5"O
Jardim Itália - Sinop 11°50'30.8"S 55°32'01.4"O
Jardim Primaveras - Sinop 11°50'21.5"S 55°29'54.7"O
Jardim Primaveras – Sinop 11°50'21.6"S 55°29'54.5"O
Universidade Federal de Mato Grosso - Sinop 11°51'45.7"S 55°28'50.6"O
Universidade Federal de Mato Grosso – Sinop 11°51'53.9"S 55°29'00.8"O
Cláudia 11°30'26.5"S 54°52'58.2"O
Fazenda Águas do Jabuti – Gaúcha do Norte 13°06'59.2"S 53°18'23.9"O
Itaúba 11°00'23.4"S 55°14'24.7"O
Nova Guarita 10°18'21.9"S 55°24'10.0"O
Nova Guarita 10°18'22.4"S 55°24'10.5"O
Terra Nova do Norte 10°35'55.3"S 55°06'53.8"O
Terra Nova do Norte 10°35'58.8"S 55°07'08.3"O
Fonte: Silva, M. E. S. 2017.
O clima da região norte do estado de Mato Grosso, de acordo com a classificação de
Köppen, adequa-se ao tipo Aw, que é caracterizado por estações seca e chuvosa bem definidas,
21
apresenta ainda média pluviométrica anual de 2.000mm e altas temperaturas, a média anual é
de 30º C (Celsius), tendo 15º C de diferença entre o mês mais quente e o mês mais frio
(ALVARES et al., 2013).
4.2. Captura, triagem e armazenamento dos insetos
Dois métodos foram utilizados para captura dos insetos. No primeiro método, foram
coletadas frutas potencialmente infestadas em pomares de sítios, comunidades e de fundos de
quintais, estas foram recolhidas tanto das árvores quanto do solo e posteriormente armazenadas
em sacos de papel tipo kraft, para transporte até a Universidade Federal de Mato Grosso,
Campus Sinop.
No Laboratório de Entomologia, as frutas foram acondicionadas em recipientes
plásticos previamente preparados para acolhimento das mesmas (Figura 1). Estes possuíam
tampas plásticas, furadas e vedadas com microtelas de tecido para que não houvesse saída dos
insetos depois de emergidos e, também, possibilitar a circulação de ar. No fundo dos recipientes
foram colocados de três a quatro centímetros, de altura, de vermiculita expandida, para o
alojamento das pupas.
Figura 1. Recipientes plásticos para armazenamento de frutos e obtenção das moscas-das-frutas. Fonte:
Silva, M. E. S. 2017.
Os recipientes foram tampados e armazenados em estantes e mantidos em temperatura
ambiente, por cerca de 20 a 30 dias, período suficiente para emergência dos insetos. Para coleta
dos insetos que emergiram, os recipientes foram colocados em ambiente frio, com temperatura
média aproximada de menos seis graus Celsius (-6 ºC), de cinco a dez minutos, para redução
de movimento dos insetos visando sua coleta, sem perda e sem afetar os insetos ainda na fase
22
pupal. Os adultos foram coletados com auxílio de pinça, sendo separadas as moscas-das-frutas
de outros insetos associados as frutas que emergiram juntamente (parasitoides e outros) e
observados para pré-reconhecimento visual de possíveis gêneros.
O segundo método utilizado para captura das moscas-das-frutas foi o uso de garrafas
PET (Figura 2) adaptadas do modelo de armadilhas do tipo McPhail®. Para confecção foram
utilizadas garrafas de plástico transparentes de 2L, 4 aberturas foram feitas com auxílio de
estilete, aberturas estas posicionadas de forma equidistante uma das outras nas laterais, de
tamanho aproximado 2x2cm. Posteriormente foram vedadas na parte superior, com a tampa
própria de cada embalagem, evitando entrada de água. Receberam ainda, próximo as tampas,
um pedaço de arame liso e maleável, com aproximadamente 20 cm de comprimento, para serem
suspensas nos diversos ambientes em que foram dispostas (galhos de árvores, por exemplo).
Figura 2. Armadilha usada para captura das moscas-das-frutas. Fonte: Silva, M. E. S. 2017.
Quando levadas a campo, no interior de cada garrafa foi colocado uma solução atrativa
de melado de cana (10%), e adicionadas algumas gotas de detergente neutro (utilizado para
quebra da tensão superficial da solução facilitando a imersão dos insetos). O procedimento de
coleta com armadilhas PET foi realizado duas vezes ao mês durante todos os meses de estudo
para obtenção das moscas-das-frutas.
23
As armadilhas foram posicionadas nas fruteiras e retiradas aproximadamente 48 horas
depois da instalação. Com auxílio de uma peneira de malha fina e pinça, os insetos foram
retirados das armadilhas e acondicionados em pequenos recipientes plásticos com solução de
álcool 70%, e devidamente tampados para transporte. A solução da garrafa era então eliminada
e substituída por nova solução preparada de mesmo modo.
Após a retirada das armadilhas do campo e feito a separação das moscas emergidas nos
recipientes, no Laboratório de Entomologia os insetos foram armazenados em microtubos
(Figura 3) contendo solução de álcool 70%, etiquetados com informações de data e local de
coleta, nome do coletor e possível gênero, e enviados à especialista para identificação.
Figura 3. Moscas-das-frutas e outros insetos obtidos, acondicionadas em microtubos para envio à
identificação. Fonte: Silva, M. E. S. 2017.
24
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O período total do experimento foi de 17 meses. Durante o desenvolvimento deste
trabalho foram coletados 3.217 (três mil duzentos e dezessete) insetos. Destes,
aproximadamente 2.821 insetos foram identificados como moscas-das-frutas, que foram
capturados pelas coletas de frutos diretamente (96%) e por meio das armadilhas (4%) dispostas
nos pomares e florestas.
5.1. Moscas-das-frutas
As moscas-das-frutas capturadas, foram identificadas e resultaram em: uma família
(Tephritidae), dois gêneros (Ceratitis e Anastrepha) e cinco espécies: Ceratitis capitata,
Anastrepha fraterculus, A. obliqua, A. sororcula e A. striata.
Tephritidae é a família de espécies de moscas-das-frutas mais conhecida e estudada
entre os dípteros de importância econômica. Com ampla distribuição geográfica, no Brasil três
gêneros desta família são encontrados, sendo eles, Anastrepha, Bractocera e Ceratitis e os
danos causados por estas moscas, são feitos pelas fêmeas na oviposição e pelas larvas inseridas
nos frutos (TRASSATO et al., 2017).
O estabelecimento dos três gêneros em todos os estados brasileiros não ocorreu ainda,
possivelmente, pela grande diversidade de climas e ambientes nas cinco regiões do país,
dificultando a adaptação dos insetos às mesmas (MONTES et al., 2011).
O gênero Ceratitis possui cerca de 65 espécies registradas, no entanto, C. capitata
(figura 4) é a única espécie encontrada no Brasil (PINTO et al., 2017) e é a espécie que traz
mais preocupação aos produtores, sendo uma das mais cosmopolitas e considerada a espécie
mais nociva entre os tefritídeos. Ao redor do mundo 374 espécies vegetais são hospedeiras para
C. capitata, no Brasil oito espécies foram registradas como hospedeiras, porém, todas são
exóticas (SILVA et al., 2011).
Dias & Silva (2014) registraram nove plantas hospedeiras desta espécie na fronteira
Oeste do Rio Grande do Sul, enquanto que Azevedo et al. (2017) registraram apenas dois
hospedeiros em Rio Branco, no Acre. Araújo et al. (2016) registraram oito hospedeiros no
estado do Pará, e dois destes frutos são de espécies nativas da Amazônia.
25
Figura 4. Adulto de Ceratitis capitata (Wied., 1824). Foto: Barreto, M. R.
Também conhecida como mosca-do-mediterrâneo, ela causa prejuízos extremos aos
pomares e foi registrada pela primeira vez no Brasil em 1901 no estado de São Paulo, na
Amazônia Legal brasileira atinge os estados do Acre (ADAIME et al., 2017a), Maranhão
(AZEVEDO et al., 2017), Mato Grosso (PONTES, 2006), Pará (ARAÚJO et al., 2016),
Rondônia, Roraima (TRASSATO et al., 2017) e Tocantins (BOMFIM et al., 2014). No estado
de Mato Grosso, exemplares de C. capitata já haviam sido capturados, em armadilhas do tipo
McPhail, em Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Jaciara, Ouro Branco (distrito de Itiquira) e
Rondonópolis (PONTES, 2006) (Figura 9).
Até 2011 havia registro de 109 espécies do gênero Anastrepha no território nacional,
destas, 54 estavam presentes na região amazônica e 29 eram exclusivas da Amazônia Legal que
compreende os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia,
Roraima e Tocantins. Nenhuma destas espécies são pragas quarentenárias regulamentadas no
Brasil, porém os danos causados por elas, interferem nas exportações por exemplo (ZUCCHI
et al., 2011).
Anastrepha fraterculus (figura 5) está distribuída em quatro estados (Amapá, Maranhão,
Pará e Tocantins) e apresenta dez espécies vegetais de sete famílias botânicas como hospedeiras
26
(SILVA et al., 2011; ADAIME et al., 2017b). Dias & Silva (2014) registraram quatro plantas
hospedeiras desta espécie na fronteira Oeste do Rio Grande do Sul.
Figura 5. Adulto de Anastrepha fraterculus (Wied., 1824). Foto: Barreto, M. R.
A espécie Anastrepha obliqua (figura 6) pode ser encontrada em todos os nove estados
pertencentes a Amazônia Legal, possui 25 espécies vegetais hospedeiras, de oito famílias
botânicas (SILVA, 2011).
Figura 6. Adulto de Anastrepha obliqua (Macquart, 1835). Foto: Barreto, M. R.
27
Anastrepha sororcula (figura 7) está distribuída nos estados do Amapá, Maranhão, Mato
Grosso, Pará, Roraima e Tocantins, com sete espécies hospedeiras de cinco famílias botânicas,
estas não estão amplamente distribuídas (SILVA, 2011).
Figura 7. Adulto de Anastrepha sororcula Zucchi, 1979. Foto: Barreto, M. R.
Anastrepha striata (figura 8) é encontrada nos nove estados e possui 28 espécies
hospedeiras, pertencentes a quinze famílias botânicas (GODOY et al., 2011; UCHÔA &
PONTES, 2011).
Figura 8. Adulto de Anastrepha striata Schiner, 1868. Foto: Barreto, M. R.
28
As espécies A. obliqua, A. sororcula, A. striata e C. capitata, já possuem registro para
Mato Grosso na região sudeste do estado (PONTES, 2006) (figura 9).
Figura 9. Distribuição geográfica das espécies de moscas-das-frutas no Estado de Mato Grosso.
Confeccionado por Silva, M. E. S. da, 2018. *: mosca registrada sem identificação de município.
Neste trabalho a porcentagem de machos de Anastrepha foi de 38,4 % do total de
moscas-das-frutas identificadas. O dimorfismo sexual nas moscas-das-frutas apresenta-se de
forma variável dependendo da espécie observada, sendo sucinto em vezes e distinto em outras,
podendo expressar-se de diversas formas como diferença nos olhos, no tamanho do inseto, no
formato do abdome, número de cromossomos, presença de acúleo (ovopositor), etc. É ainda
fundamental na identificação de espécies de Anastrepha por exemplo, sendo utilizadas as
fêmeas na diferenciação entre espécies (FACHOLI-BENDASSOLLI & UCHOA-
FERNANDES, 2006).
Por meio do uso das armadilhas PET adaptadas foram capturados espécimes da família
Tephritidae; machos do gênero Anastrepha; e as espécies Ceratitis capitata, Anastrepha
obliqua, A. sororcula e A. fraterculus. Este método obteve, embora em menor quantidade, a
maior variabilidade de espécimes coletados.
29
Armadilhas tipo PET são recomendadas pelo MAPA para o controle de C. capitata nas
culturas de citros, goiaba, mamão, manga e pêssego, inclusive com a utilização de atrativos
sexuais sintéticos, para monitoramento e para coleta massal (VENZON et al., 2016), mesmo
com estas recomendações, infelizmente em grande parte das regiões do Brasil, essa técnica é
utilizada mais para monitoramento de adultos e posterior controle químico do que efetivamente
para o controle de moscas-das-frutas (FERNANDES et al., 2009).
Sharifi et al. (2013) registraram com sucesso o controle massal de insetos-praga em
citrus com a utilização de armadilhas PET, assim como Azevedo et al. (2012), que registraram
seu uso em pomares produtores de goiaba. Para áreas de vinhedo, as armadilhas plásticas
também podem ser utilizadas para controle e monitoramento de moscas-das-frutas (BOTTON
et al., 2015).
Fernandes et al. (2014) também registraram sua eficiência utilizando-as em cafezais de
Minas Gerais, para o mesmo estado na região sul, as armadilhas foram utilizadas com eficiência
também em cafezais, no controle de moscas de Anastrepha e C. capitata (SOUZA et al., 2018).
5.2. Plantas hospedeiras das moscas-das-frutas e municípios onde foram coletadas
Os frutos foram coletados de acordo com a sua disponibilidade em campo, o que
influenciou na diversidade de espécie de fruto encontrado em cada município. Neste
experimento foram coletados aproximadamente 2.500 frutos de 34 espécies, todos os frutos
foram identificados visualmente no Herbário CNMT (herbário participante do INCT – Herbário
Virtual da flora e dos fungos) do Acervo Biológico da Amazônia Meridional (ABAM) da
Universidade Federal de Mato Grosso, utilizando-se de comparações com exsicatas e literatura
específica (LORENZI et al., 2006). Do início ao fim do experimento, de todos os frutos
coletados, 13 espécies apresentaram-se como hospedeiros de moscas-das-frutas (Tabela 2).
Os frutos coletados foram: acerola ( Nova Guarita, Sinop e Terra Nova do Norte), amora
(Sinop), araçá (Sinop), araçá-boi (Nova Guarita), bergamota (Nova Guarita), cacau (Cláudia),
cajuzinho-do-cerrado (Itaúba), café (Cláudia), caju (Sinop), carambola (Cláudia, Nova Guarita
e Sinop), chapéu-de-napoleão (Nova Guarita), cupuaçu (Sinop), figo (Nova Guarita e Sinop),
fruta-do-conde (Sinop), goiaba (Nova Guarita e Sinop), graviola (Nova Guarita e Sinop),
jabuticaba (Nova Guarita e Sinop), jambo-amarelo (Sinop), jambo-vermelho (Gaúcha do Norte
e Sinop), jamelão (Sinop), jenipapo (Sinop), laranja (Gaúcha do Norte e Nova Guarita), limão
30
(Gaúcha do Norte e Sinop), lobeira (Sinop), mamão (Sinop), manga (Nova Guarita e Sinop),
maracujá (Sinop), noni (Sinop), pitanga (Itaúba e Sinop), pitomba (Sinop), poncã (Gaúcha do
Norte, Sinop), romã (Nova Guarita e Sinop), seriguela (Sinop) e uvaia (Itaúba, Nova Guarita e
Sinop)
31 Tabela 2 - Frutos coletados na região norte de Mato Grosso, nomes comum e científico, moscas-das-frutas associadas e município em que foi coletada.
Nome popular Nome científico / Família Moscas-das-frutas presentes /Município
Acerola Malpighia emarginata - Malpighiaceae C. capitata / Gaúcha do Norte, Nova Guarita, Sinop, Terra Nova do Norte;
Anastrepha sp.* / Terra Nova do Norte;
A. sororcula / Terra Nova do Norte;
Araçá Psidium cattleianum - Myrtaceae Anastrepha sp.* / Sinop; A. striata / Sinop;
A. obliqua / Sinop;
A. sororcula / Sinop;
Araçá-boi Eugenia stipitata- Myrtaceae C. capitata / Nova Guarita;
Caju Anacardium occidentale - Anacardiaceae C. capitata / Sinop;
A. obliqua / Sinop;
Anastrepha sp.* / Sinop;
Carambola Averrhoa carambola - Oxalidaceae C. capitata / Nova Guarita, Sinop;
A. obliqua / Nova Guarita;
A. fraterculus / Nova Guarita;
Goiaba Psidium guajava - Myrtaceae Anastrepha sp.* / Sinop; C. capitata / Sinop;
A. striata / Sinop; Jabuticaba Plinia cauliflora - Myrtaceae C. capitata / Sinop;
A. sororcula / Nova Guarita, Sinop;
Anastrepha sp.*/ Nova Guarita, Sinop;
Jambo-vermelho Syzygium malaccense - Myrtaceae A. sororcula / Gaúcha do Norte;
Anastrepha sp.* / Gaúcha do Norte
Manga
(variedades Rosa e Espada)
Mangifera indica L. - Anacardiaceae Anastrepha sp.* / Sinop;
A. obliqua / Sinop
Pitanga Eugenia uniflora - Myrtaceae Anastrepha sp.* / Sinop;
A. sororcula / Sinop;
C. capitata / Sinop;
Seriguela Spondias purpurea - Anacardiaceae C. capitata / Sinop;
A. obliqua / Sinop;
A. fraterculus / Sinop; Anastrepha sp.* / Sinop;
Uvaia Eugenia pyriformis - Myrtaceae Anastrepha sp.* / Sinop;
A. sororcula / Sinop.
Fonte: Silva, M. E. S. 2017. -*: Macho de Anastrepha.
32
O período de ocorrência das moscas-das-frutas foi variável. C. capitata apresentou-se
em oito hospedeiros. Santana et al. (2017) registraram predominância de C. capitata em frutos
de acerola no Vale do Submédio São Francisco e ainda observaram este fruto como
multiplicador potencial desta espécie. Dias & Silva (2014) registraram C. capitata parasitando
frutos de bergamota, diferindo do atual trabalho.
O fruto da goiabeira é registrado como hospedeiro de cerca de 11 espécies de tefritídeos
do gênero Anastrepha (ZUCCHI, 2007; HARTER et al., 2010; NAVA et al., 2014).
Anastrepha sororcula apresentou-se em seis hospedeiros. Para o estado de Mato Grosso,
há registro de associação desta espécie com frutos de carambola e seriguela, diferindo dos
resultados deste trabalho (SILVA et al., 2017).
Anastrepha obliqua apresentou-se em seis hospedeiros, é considerada a mais polífaga
das Anastrepha, sendo registrada sua preferência por frutas das famílias Anacardiaceae e
Myrtaceae (MARSARO JÚNIOR et al., 2017), especialmente plantas do gênero Spondias
(SOUSA et al., 2017), como a Seriguela.
Anastrepha fraterculus apresentou-se em dois hospedeiros, esta foi encontrada por Dias
& Silva (2014) associada a frutos de pitanga e de goiaba. Sousa et al. (2017) afirmam que A.
fraterculus possui preferência por hospedeiros da família Anacardiaceae.
Anastrepha striata foi encontrada em dois frutos hospedeiros. Sousa et al. (2017)
relataram que esta espécie possui preferência por plantas da família Myrtaceae, como a goiaba
e o araçá. Já Marsaro Júnior et al. (2017) registraram um número maior de espécies hospedeiras
para A. striata no estado de Roraima, com dez espécies hospedeiras pertencentes a cinco
famílias botânicas: Anacardiaceae, Malpighiaceae, Myrtaceae, Oxalidaceae e Passiloraceae.
Havendo poucos pomares comerciais na região norte de Mato Grosso, se comparada a
regiões produtoras, a diversidade de moscas-das-frutas e também sua quantidade pode se
considerar limitada, uma vez que a ocorrência de mosca-das-frutas esteja diretamente
relacionada a disponibilidade de frutas hospedeiras, corroborando com os dados obtidos por
Sousa et al. (2017).
Jesus-Barros et al. (2012) registrou, somente em cinco municípios do estado do Amapá,
12 espécies de Anastrepha. Araújo et al. (2015) registraram 14 diferentes frutos hospedeiros de
moscas das frutas, sendo as 4 espécies principais de moscas-das-frutas identificadas:
33
Anastrepha obliqua (Macquart), Anastrepha sororcula Zucchi, Anastrepha zenildae Zucchi e
C. capitata.
Alguns frutos considerados de alta suscetibilidade a moscas-das-frutas, como por
exemplo o fruto do café (CAMARGOS et al., 2015), não se apresentaram como hospedeiros.
No presente trabalho, um total de 365 frutos de café foram observados, estes foram coletados
nos municípios de Cláudia e Sinop em chácaras com pequenas produções para consumo próprio
dos agricultores, em duas datas diferentes no primeiro ano de condução do experimento, porém,
nenhuma mosca emergiu dos mesmos, possivelmente relacionado ao tamanho das áreas de
produção, estas utilizadas somente para consumo próprio dos agricultores. Fruto de grande
valor comercial e com forte mercado para exportação, as regiões produtoras de café no Brasil
sofrem com ataque de moscas-das-frutas, destacando-se várias espécies dos gêneros Anastrepha
e Lonchaeidae e a espécie Ceratitis capitata (Wiedemann) (MONTES et al., 2012).
34
6. CONCLUSÃO
Através deste estudo foi realizado o primeiro registro de Ceratitis capitata, Anastrepha
obliqua, Anastrepha sororcula e Anastrepha fraterculus, para a região norte do Estado de Mato
Grosso.
Também se faz aqui o registro dos hospedeiros acerola, araçá-boi, cajú, carambola,
goiaba, jabuticaba, pitanga e seriguela para C. capitata; de carambola e seriguela para A.
fraterculus; de araçá, caju, carambola, manga e seriguela para A. obliqua; de acerola, araçá,
jabuticaba, jambo-vermelho, pitanga e uvaia para A. sororcula e de araçá e goiaba para A.
striata nesta região.
Considerando que um período de 17 meses seja um curto período para investigação de
diversidade de espécies presentes em um estado do tamanho de Mato Grosso, avanços foram
obtidos com este trabalho, porém muito ainda pode ser desenvolvido.
35
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAIME, R.; SANTOS, R. S.; SILVA AZEVEDO, T.; SILVA VASCONCELOS, A.;
SOUSA, M. D. S. M.; SOUZA-FILHO, M. F. First record of Ceratitis capitata
(Wiedemann)(Diptera: Tephritidae) in the state of Acre, Brazil. EntomoBrasilis, v. 10, p. 259-
260, 2017a.
ADAIME, R.; SOUSA, M. D. S. M. D.; JESUS-BARROS, C. R. D.; DEUS, E. D. G. D.;
PEREIRA, J. F.; STRIKIS, P. C.; SOUZA-FILHO, M. F. D. Frugivorous flies (Diptera:
Tephritidae, Lonchaeidae), their host plants, and associated parasitoids in the extreme north
of Amapá State, Brazil. Florida Entomologist, v. 100, p. 316-324, 2017b.
ALBUQUERQUE, T. G.; SANTOS, F.; SANCHES-SILVA, A. Nutritional and phytochemical
composition of Annona cherimola Mill. fruits and by-products: Potential health benefits. Food
Chemistry. v. 193, p.187-95. 2016.
ALUJA, M.& MANGAN, R. L. Fruit fly (Diptera: Tephritidae) host status determination:
critical conceptual, methodological, and regulatory considerations. Annual Review of
Entomology, Palo Alto, v. 53, p. 473-502, 2008.
ALUJA, M.; SIVINSKI, J.; DRIESCHE, R.V.; ANZURES-DADDA, A.; GUILLÉN, L. Pest
management through tropical tree conservation. Biodiversity and Conservation, Dordrecht,
v.23, p.831-853, 2014.
ALVARES, C. A.; STAPE, J. L.; SENTELHAS, P. C.; GONÇALVES, J. L. M.; Köppen's
climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift (em inglês). 22 (6): 711–728.
doi:10.1127/0941-2948/2013/0507 Sparovek, Gerd, 2013.
ALVARES, V. S.; & BAYMA, M. M. A. Evolução na produção de frutas na Amazônia. 2017.
Disponível em:
<http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Materia.asp?id=34129&secao=Artigos
%20Especiais.> Acesso em: 5 de agosto de 2018.
ANDRADE, P. F. S. Análise da conjuntura agropecuária - Safra 2016/17. Fruticultura. Estado
do Paraná - Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Departamento de Economia Rural,
2017.
ANTUNES, B.F.; PEREIRA, J.R.; BOHMER, B.W.; JANSEN, C.; OTERO, D.M.;
ZAMBIAZI, R.C. Determinação de Vitamina C e Atividade Antioxidante de Frutas Nativas do
Brasil. 14ª Jornada de Pós-Graduação e Pesquisa. Revista da Jornada de Pós-Graduação e
Pesquisa – Congrega, 2017.
ANUÁRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015. Editora Gazeta, Santa Cruz do Sul,
2015.
ANUÁRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2016. Editora Gazeta, Santa Cruz do Sul,
2016.
ARAÚJO, E.L.; FERNANDES, E.C.; SILVA, R.I.R.; FERREIRA, A.D.C.L.; COSTA, V.A.
Parasitoides (Hymenoptera) de moscas-das-frutas (Diptera: tephritidae) no semiárido do
36
estado do Ceará, Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal - SP, v. 37, p. 610- 616,
2015.
ARAUJO, M. R.; PAULO LEMOS, W.; SILVA, L. C.; FRANÇA, L. P. N.; ADAIME, R. New
host records for Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) in the state of Pará, Brazil. Florida
Entomologist, v. 99, p. 327-328, 2016.
ARAUJO, M. M.& SPENCER, P. J. Técnica Do Inseto Estéril: Uma Ferramenta No Manejo
Integrado de Pragas. Biológico, São Paulo, v.79, p.01-07, jan. /jun., 2017.
AZEVEDO, F.R.; GURGEL, L.S.; SANTOS; SILVA, F.B.; MOURA, M.A.R.; NERE, D.R.
Eficácia de armadilhas e atrativos alimentares alternativos na captura de moscas-da-fruta em
pomar de goiaba. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.79, p.343-352, jul./set., 2012.
AZEVEDO, T. D. S.; VASCONCELOS, A. D. S.; SANTOS, R. S.; SILVA, R. A.; SOUSA,
M. D. S.; SILVA, W. D. Ceratitis capitata (Wiedemann)(Diptera: Tephritidae): novo registro
na Amazônia brasileira. In: Embrapa Acre-Resumo em anais de congresso (ALICE). In:
SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFAC, 26., Rio Branco, 2017.
BARCELOS, M. N. B. & MARUYAMA, W. I. Clínica Agropecuária da UEMS na Feira do
Produtor de Cassilândia-MS. Anais Do Semex, v. 7, p. 7. 2014.
BITTENCOURT, M.A.L.; SILVA, A.C.M.; SILVA, V. E. S.; BOMFIM, Z. V.; GUIMARÃES,
J. A.; FILHO, M. F. S.; ARAÚJO, E. L. Moscas-das-Frutas (Diptera: Tephritidae) e seus
Parasitoides (Hymenoptera: Braconidae) associados às Plantas Hospedeiras no Sul da Bahia.
Neotropical Entomology, v.40, p.405-406, 2011.
BOMFIM, D. A. D.; GISLOTI, L. J.; UCHÔA, M. A. Fruit flies and lance flies (Diptera:
Tephritoidea) and their host plants in a conservation unit of the Cerrado biome in Tocantins,
Brazil. Florida Entomologist, p. 1139-1147, 2014.
BOTTON, M.; MENEZESNETO, A.; ARIOLI, C. J.; OLIVEIRA, J. D. M. Manejo integrado
de insetos e ácaros-praga em uvas de mesa no Brasil. Embrapa Uva e Vinho-Artigo em
periódico indexado (ALICE), 2015.
BUAINAIN, A. M. & BATALHA, M. O. Cadeia produtiva de frutas. Brasília:
IICA/MAPA/SPA.v.7, 102 p, 2007.
CAMARGOS, M.G.; ALVARENGA, C.D.; GIUSTOLIN, T.A.; OLIVEIRA, P.C.C.;
RABELO, M.M. Moscas-das-frutas (Diptera:Tephritidae) em cafezais irrigados no norte de
Minas Gerais. Coffee Science, Lavras, v. 10, p. 28 - 37, jan./mar. 2015.
CAMARGOS, M.G.; COSTA, M.L.Z.; MIRANDA, E.S. Custos variáveis de produção de
Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) para controle de moscas-das-frutas. Revista
iPecege. v. 3. p. 9-25, 2017.
CORSATO, C. D.A. Moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em pomares de goiaba no norte
de Minas Gerais: biodiversidade, parasitóides e controle biológico. 95f. Tese (Doutorado em
Entomologia) – ESALQ, USP, Piracicaba, SP. 2004.
37
COSTA, J. R. G.; BRITO, F. A. L.; OLIVEIRA, K. S.; DE OLIVEIRA, M. M.; OLIVEIRA,
T. F. F.; DE OLIVEIRA, L. L. Educação em saúde sobre atenção alimentar: uma estratégia
de intervenção em enfermagem aos portadores de diabetes mellitus. Mostra Interdisciplinar do
curso de Enfermagem, v. 2, 2017.
DEUS, E. G. & ADAIME, R. Dez anos de pesquisas sobre moscas-das-frutas (Diptera:
Tephritidae) no estado do Amapá: avanços obtidos e desafios futuros. Biota Amazônia.
Macapá, v. 3, p. 157-168, 2013.
DIAS, N. P., & SILVA, F. F. Moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae e Lonchaeidae) na
região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Revista de Ciências Agrárias/Amazonian
Journal of Agricultural and Environmental Sciences, v. 57, p. 29-34, 2014.
DUARTE, R. T.; GALLI, J. C.; PAZINI, W. C.; AGOSTINI, L. T.; AGOSTINI, T. T.
Eficiência de armadilhas e atrativos alimentares no monitoramento populacional de moscas-
das-frutas (Diptera: Tephritidae) em pomar de goiaba no município de Jaboticabal, São Paulo,
Brasil. Ciência ET Praxis, v. 6, p. 31-36, 2017.
EL HARYM, Y. & BELQAT, B. First checklist of the fruit flies of Morocco, including new
records (Diptera, Tephritidae). ZooKeys. p. 137, 2017.
FACHOLI-BENDASSOLLI, M. C. N. & UCHOA-FERNANDES, M. A. Comportamento
sexual de Anastrepha sororcula Zucchi (Diptera, Tephritidae) em laboratório. Revista
Brasileira de Entomologia, São Paulo, v. 50, p. 406-412. Sept. 2006.
FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Agricultura
Brasileira: Perspectivas e Desafios – OCDEFAO, 2015. Disponível em: < http://www.agri-
outlook.org/>. Acesso em: 20 de junho de 2018.
FERNANDES, D. R. R. Moscas frugívoras, lepidópteros desfolhadores e seus parasitóides
(Hymenoptera) associados a cultivo de café, em Cravinhos, SP. 2009.
FERNANDES, F. L.; PICANÇO, M. C.; DA SILVA, R. S.; DA SILVA, Í. W.; DE SENA
FERNANDES, M. E.; RIBEIRO, L. H. Controle massal da broca‑do‑café com armadilhas de
garrafa Pet vermelha em cafeeiro. Pesquisa Agropecuaria Brasileira, v. 49, p. 587-594, 2014.
FLORES, S.; GÓMEZ, E.; CAMPOS, S.; GÁLVEZ, F.; TOLEDO, J.; LIEDO, P.;
MONTOYA, P. Evaluation of mass trapping and bait stations to control Anastrepha (Diptera:
Tephritidae) fruit flies in mango orchards of Chiapas, Mexico. Florida Entomologist, v. 100, p.
358-365. 2017.
GODOY, M. J. S.; PACHECO, W. S. P.; MALAVASI, A. Moscas-das-frutas quarentenárias
para o Brasil In. SILVA, R.A.; LEMOS, W. P.; ZUCCHI, R. A. Moscas-das-frutas na
Amazônia brasileira: diversidade, hospedeiros e inimigos naturais. Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária Embrapa Amapá; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Amapá, p. 111-131. 2011.
38
GNANVOSSOU, D.; HANNA, R.; GOERGEN, G.; SALIFU, D.; TANGA, C. M.;
MOHAMED, S. A.; EKESI, S. Diversity and seasonal abundance of tephritid fruit flies in three
agro‐ecosystems in Benin, West Africa. Journal of Applied Entomology, v. 141, p. 798-809.
2017.
HÄRTER W.R.; GRUTZMACHER A.D.; NAVA D. E..; GONÇALVES, R.S.; BOTTON M.
Isca tóxica e disrupção sexual no controle da mosca-da-fruta sul-americana e da mariposa-
oriental em pessegueiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.45, p.229-235, 2010.
HEVE, W. K.; EL-BORAI, F. E.; CARRILLO, D.; DUNCAN, L. W. Increasing
entomopathogenic nematode biodiversity reduces efficacy against the Caribbean fruit fly
Anastrepha suspensa: interaction with the parasitoid Diachasmimorpha longicaudata. Journal
of Pest Science, v. 91, p. 799-813. 2017.
INMET – Instituto Nacional de Meteorologia. Disponível em:
>http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/estacoesautomaticas< Acesso em: 9 de
maio de 2018.
JEMÂA, J.M.B.; BACHROUCH, O.; ALLIMI, E.; DHOUIBI, M.H. Field evaluation of
Mediterranean fruit fly mass trapping with Tripack® as alternative to malathion bait-spraying
in citrus orchards. Spanish Journal of Agricultural Research. v. 8, p. 400–408, 2010.
JESUS-BARROS, C. R.; ADAIME, R.; OLIVEIRA, M. N.; SILVA, W. R.; COSTA-NETO,
S. V.; SOUZA-FILHO, M. F. Anastrepha (Diptera: Tephritidae) Species, Their Hosts and
Parasitoids (Hymenoptera: Braconidae) in Five Municipalities ofthe State of Amapá, Brazil.
Florida Entomological Society, 2012.
LEAL. M.R.; SOUZA, S.A.S.; AGUIAR-MENEZAS, E.L.; FILHO, M.R.; MENEZES, E.B.
Diversidade de moscas-das-frutas, suas plantas hospedeiras e seus parasitoides nas regiões
Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Ciência Rural, Santa Maria, v.39, p.627-
634, 2009.
LORENZI, H.; BACHER, L.; LACERDA, M.; SARTORI, S. Frutas brasileiras e exóticas
cultivadas: de consumo in natura. Instituto Plantarum de Estudos da Flora, São Paulo. 627 p.
2006.
MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 2016.
MARINHO, C. F.; SILVA, R. A., ZUCCHI, R. A. Chave de identificação de Braconidae
(Alysiinae e Opiinae) parasitoides de larvas frugívoras na região Amazônica. In: SILVA, R.
A.; LEMOS, W. P.; ZUCCHI, R. A. (Ed.). Moscas-das-frutas na Amazônia brasileira:
diversidade, hospedeiros e inimigos naturais. Macapá: Embrapa. Cap. 5, p. 91-101, 2011.
MARSARO JÚNIOR, A. L.; ADAIME, R.; RONCHI-TELES, B.; SOUZA-FILHO, M. F.;
PEREIRA, P. D. S.; MORAIS, E. G. F.; SILVA JÚNIOR, R. J.; SILVA, E. D. S. Anastrepha
species (Diptera: Tephritidae), their host plants and parasitoids (Hymenoptera) in the state of
Roraima, Brazil: state of the art. Embrapa Trigo-Artigo em periódico indexado (ALICE). 2017.
MONTES, S. M. M.; RAGA, A.; BOLIANI, A. C.; DOS SANTOS, P. C. Dinâmica
populacional e incidência de moscas-das-frutas e parasitoides em cultivares de pessegueiro
39
(Prunus pérsica L. Batsch) no município de Presidente Prudente – SP. Revista Brasileira de
Fruticultura, v. 33, p. 402-411, 2011.
MONTES, S. M. N. M.; RAGA, A.; SOUZA-FILHO, M. F.; STRIKIS, P. C.; DOS SANTOS,
P. C. Moscas-das-frutas em cultivares de cafeeiros de Presidente Prudente, SP. Coffee Science,
Lavras, v. 7, p. 99-109, 2012.
NASCIMENTO, E., AMBROGI, B., SOUTO, L. S., VILAS-BÔAS, M., & UCHÔA, M. Efeito
do envelhecimento de isca na captura de moscas (Diptera: Brachycera) em área de Caatinga.
EntomoBrasilis, v. 7, p. 01-04, 2014.
NAVA, D. E. & BOTTON, M. Bioecologia e controle de Anastrepha fraterculus e Ceratitis
capitata em pessegueiro. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 29 p. (Embrapa Clima
Temperado. Documentos, 315). 2010.
NAVA, D. E.; BOTTON, M.; ARIOLI, C. J.; GARCIA, M. S.; GRUTZMACHER, A. D.
Insetos e ácaros-praga. In: RASEIRA, M. C. B.; PEREIRA, J. F. M.; CARVALHO, F. L. C.
(Ed.) Pessegueiro. Brasília, DF: Embrapa, p. 433-486. 2014.
NAVA, D. E.; WREGE, M. S.; DIEZ-RODRÍGUEZ, G.I. Impacto potencial das mudanças
climáticas sobre a distribuição geográfica de insetos-praga na cultura do pessegueiro.
Brasília: Embrapa, Aquecimento Global e Problemas Fitossanitários, pg. 453 cap. 19, 2017.
NORRBOM, A. L. Tephritidae (fruit flies, moscas de frutas), pp. 909-954 In B. V. Brown, A.
Borkent, J. M. Cumming, D. M. Wood, N. E. Woodley, and M. Zumbado [eds.], Manual of
Central American Diptera. NRC Research Press, Ottawa. v. 2, 1442 p, 2010.
NORRBOM, A. L. & UCHOA, M. A. New species and records of Anastrepha (Diptera:
Tephritidae) from Brazil. Zootaxa, v. 2835, p. 61-67, 2011.
NÚÑEZ-CAMPERO, S.R.; ALUJA, M.; RULL, J.; OVRUSKI, S.M. Comparative
demography of three neotropical larval-prepupal parasitoid species associated with
Anastrepha fraterculus (Diptera: Tephritidae). Biological Control, Amsterdam, v.69, p.8-17,
2014.
OMS – Organização Mundial da Saúde. 2016. In: ANUÁRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2016. Editora Gazeta, Santa Cruz do Sul, 2016.
PAPADOPOULOS, N. T.; PLANT, R. E.; CAREY, J. R. From trickle to flood: the large-scale,
cryptic invasion of California by tropical fruit flies. Proceedings Royal Society B, 280(1768),
20131466. 2013.
PARANHOS, B. A. J.,Técnica do inseto estéril e controle biológico: métodos ambientalmente
seguros e eficazes no combate às moscas-das-frutas. I Simpósio de Manga do Vale do São
Francisco, 2005.
PINTO, J. R. L.; BRITO, C. H. S.; GONÇALVES, J. Análise faunística de moscas-das-frutas
(Diptera: Tephritidae) em pomares domésticos no município de Matinhas – PB. Faunistic
analysis of fruit flies (Diptera: Tephritidae) in domestic orchards in the city of Matinhas – PB.
40
Temas atuais em ecologia comportamental e interações. Anais do II BecInt – behavioral
ecology and interactions symposium. Federal University of Uberlândia, Brazil, 2017.
PONTES, A. V. Biodiversidade de moscas frugívoras (Diptera: Tephritoidea) amostradas com
armadilhas McPhail no sudeste de Mato Grosso, Brasil. 36 f. Dissertação (Mestrado em
Entomologia e Conservação da Biodiversidade) - Faculdade de Ciências Biológicas e
Ambientais, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados. 2006.
PRABHAKAR, C. S.; SOOD, P.; MEHTA, P. K. Pictorial keys for predominant Bactrocera
and Dacus fruit flies (Diptera: Tephritidae) of north western Himalaya. Arthropods, v.3, p.
101. 2012.
PRATA, P. M.; HENRIQUES DOS MARQUES, P. Saúde e Alimentação no Trabalho Health
and Eating Habits at Work. Vertentes e Desafios da Segurança, p. 119, 2017.
REETZ, E.R.; KIST, B.B.; SANTOS, C.E.; CARVALHO, C.; DRUM, M. Anuário brasileiro
da fruticultura 2014. Editora Gazeta Santa Cruz, Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.
2015.
RULL, J.; TADEO, E.; LASA, R.; ALUJA, M. The effect of winter length on duration of
dormancy and survival of specialized herbivorous Rhagoletis fruit flies from high elevation
environments with acyclic climatic variability. Bulletin of entomological research, v. 108, p.
461-470, 2018.
SANTANA, M. R.; MOREIRA, J. O.; VIANA, R.; DAMASCENO, I.; PARANHOS, B.
Acerola é foco de infestação de Ceratitis capitata (Diptera: Tephritidae) na agricultura
irrigada do Vale do Submédio São Francisco. In: Embrapa Semiárido-Resumo em anais de
congresso (ALICE). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 14, 2012,
Curitiba. SEB-40 anos de avanços da Ciência Entomológica Brasileira. Curitiba: SEB, 2017.
SANTOS, I. C.; SILVA, M. A.; ALBUQUERQUE, T. G.; COSTA, H. S. Frutas e hortícolas:
análise comparativa dos seus teores em compostos fenólicos e flavonoides totais. Observações_
Boletim Epidemiológico, artigos breves_ n. 13. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo
Jorge, 2017.
SEBRAE- Boletim de inteligência, outubro de 2015. Disponível em: <
http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/64ab878
c176e5103877bfd3f92a2a68f/$File/5791.pdf>. Acesso em: 01 de março de 2018.
SHARIFI, F.; HOSEINPOOR, R.; SADRI, A.; ANSARI, N. Tests to attract and kill of the fig
fruit fly Drosophila sp. in Darab as a part of an integrated pest control system. International
Journal of Agriscience, v.3, p.25‑29, 2013.
SILVA, R.A.; LEMOS, W. P.; ZUCCHI, R. A. Moscas-das-frutas na Amazônia brasileira:
diversidade, hospedeiros e inimigos naturais. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Embrapa Amapá; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Amapá, 2011.
41
SILVA, F. L. A. Moscas-das-frutas em pomar comercial de goiabeira (Psidium guajava L.) no
município de Nazária, Piauí, Brasil. Tese de Mestrado em Agronomia (Conceito CAPES 4).
Universidade Federal do Piauí, UFPI, Brasil, 2013.
SILVA, P. S.; SILVA, C. O.; MARTINS, R. S.; MULTANI, J. S. Primeiro registro de
Anastrepha fractura e Anastrepha mucronota (Diptera: Tephritidae) no estado do Mato
Grosso. Revista Científica Intelletto Venda Nova do Imigrante, ES, Brasil v.2, p. 1-4, 2017.
SOUSA, L. D. S.; SILVA, P. R. R.; NASCIMENTO, M. P. P.; FRANÇA, S.; ARAÚJO, A. A.
R. Fruit flies (DIPTERA: TEPHRITIDAE) and their parasitoids associated with different hog
plum genotypes in Teresina, Piauí. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 39, p. 1-12, 2017.
SOUZA, M. J.; ALCANTRA, E.; OLIVEIRA, M. D. L. Atrativos alimentares na captura de
moscas-das-frutas em cafeeiro. Revista de Iniciação Científica da Universidade Vale do Rio
Verde, v. 7, p. 10, 2018.
TRASSATO, L. B.; LIMA, A. C. S.; BANDEIRA, H. F. S.; NETO, J. L. L. M. Sexual behavior
of Anastrepha striata Schiner (Diptera: Tephritidae) under laboratory conditions. Agrária -
Revista Brasileira de Ciências Agrárias ISSN (on line) 1981-0997 v.11, p.298-303, 2016.
TRASSATO, L. B.; NETO, J. L. L. M.; LIMA, A. C. S.; SILVA, E. S.; RONCHI-TELES, B.;
CARMO, I. L. G. S. Primeira ocorrência de Ceratitis capitata (Wied.) no Estado de Roraima,
Brasil. First Occurrence of Ceratitis capitata (Wied.) in the State of Roraima, Brazil. Revista
Agro@mbiente On-line, v. 11, p. 88-91, janeiro-março, 2017.
UCHÔA, M. A. Fruit Flies (Diptera: Tephritoidea): Biology, Host Plants, Natural Enemies,
and the Implications to Their Natural Control, p. 217300. In: Larramendy, M.L. & Soloneski,
S. (ed.). Integrated Pest Management and Pest Control Current and Future Tactics. Rijeka,
InTech. DOI: 10.5772/31613, 2012.
UCHÔA, M. A.& PONTES, A. V. Species of fruit flies (Diptera: Tephritidae) in the Southeast
of Mato Grosso. In: INTERNATIONAL CONGRESS OF DIPTEROLOGY, 7th., 2010, San
José, Costa Rica. o [Abstracts...]. San José: Instituto Nacional de Biodiversidad, n. 253. 2011.
VARGAS, R. I.; LEBLANC, L.; HARRIS, E. J.; MANOUKIS, N. C. Regional suppression of
Bactrocera fruit flies (Diptera: Tephritidae) in the Pacific through biological control and
prospects for future introductions into other areas of the world. Insects, v. 3, p. 727-742. 2012.
VARGAS, R. I.; PIÑERO, J. C.; LEBLANC, L. An overview of pest species of Bactrocera fruit
flies (Diptera: Tephritidae) and the integration of biopesticides with other biological
approaches for their management with a focus on the Pacific Region. Insects, v. 6, p. 297-318.
2015.
VELOSO, V. R. S.; PEREIRA, A. F.; RABELO, L. R. S.; CAIXETA, C. V. D.; FERREIRA,
G. A. Moscas-das-frutas (Diptera, Tephritidae) no Estado de Goiás: ocorrência e distribuição.
e-ISSN 1983-4063 - www.agro.ufg.br/pat - Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 42, p.
357-367, jul./set. 2012.
42
VENZON, M.; DIEZ-RODRÍGUEZ, G. I.; FERRAZ, C. S.; LEMOS, F.; NAVA, D. E.;
PALLINI, A. Manejo agroecológico das pragas das fruteiras. Embrapa Clima Temperado-
Artigo em periódico indexado (ALICE). 2016.
ZUCCHI, R. A. Diversidad, Distribución y Hospederos del Género Anastrepha en Brasil. In:
HERNÁNDEZ-ORTIZ, V. (Ed.). Moscas de la Fruta en Latinoamérica (Diptera: Tephritidae):
Diversidad, Biología y Manejo. México, DF: S y G Editores, p.77-100. 2007.
ZUCCHI, R.A. & MORAES, R.C.B. Fruit flies in Brazil - Anastrepha species their host plants
and parasitoids. 2008. Disponível em: www.lea.esalq.usp.br/anastrepha/, atualizado em 16 de
maio de 2018. Acesso em: 21 de maio de 2018.
ZUCCHI, R. A.; SILVA, R.A.; DEUS, E. G. Espécies de Anastrepha e seus hospedeiros na
Amazônia brasileira. In. SILVA, R.A.; LEMOS, W. P.; ZUCCHI, R. A. Moscas-das-frutas na
Amazônia brasileira: diversidade, hospedeiros e inimigos naturais. Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária Embrapa Amapá; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Amapá, p. 51-70. 2011.