controle de moscas-das-frutas em área ampla

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Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency Controle de moscas-das-frutas em área ampla Rui Cardoso Pereira Insect Pest Control Section Workshop em Estratégias para Implementação do Programa Nacional de Combate às Moscas-das-Frutas 8-9 Dezembro 2015, Brasília, Brasil

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Page 1: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency

Controle de moscas-das-frutas

em área ampla

Rui Cardoso Pereira

Insect Pest Control Section

Workshop em Estratégias para Implementação do Programa Nacional de

Combate às Moscas-das-Frutas8-9 Dezembro 2015,

Brasília, Brasil

Page 2: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency

Sumário

1. Área Ampla (“Area-Wide”) ou Gestão Global das

Pragas

2. Princípio da Técnica do Insecto Estéril

3. História da Técnica do Insecto Estéril

4. Aplicação da Técnica do Insecto Estéril

5. Estratégias de aplicação da Técnica do Insecto

Estéril

5.1. Erradicação

5.2. Prevenção

5.3. Contenção

5.4. Supressão

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1. Área Ampla ou Gestão Global das Pragas

Area-Wide

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QUINTAL

POMAR COMERCIAL

POMAR COMERCIAL

HOSP. SELV.

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POMAR COMERCIAL

POMAR COMERCIALQUINTAL

HOSP. SELV.

Page 6: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

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POMAR COMERCIAL

POMAR COMERCIALQUINTAL

HOSP. SELV.

Page 7: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

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POMAR COMERCIAL

POMAR COMERCIALQUINTAL

HOSP. SELV.

Page 8: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

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POMAR COMERCIAL

POMAR COMERCIALQUINTAL

HOSP. SELV.

Page 9: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency

POMAR COMERCIAL

POMAR COMERCIALQUINTAL

HOSP. SELV.

Page 10: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency

Tem em consideração a mobilidade dos

insectos

É dirigida a toda população da praga

não só nas áreas agrícolas mas também

nas áreas envolventes

2. Área Ampla

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Local

Tratamentos com

insecticida

“Area-Wide”

Técnica do Insecto

Estéril

2. Área Ampla

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Exemplos de área ampla no nosso dia-a-dia

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2. Princípio da SIT

A Técnica do Insecto Estéril ou Luta

Autocida consiste na esterilização de

insectos, criados em massa, e na sua

liberação no ambiente para que, ao

acasalarem não produzam

descendência (controlo de natalidade

das pragas)

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2. Princípio da SIT

Metapa

México

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Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency

Radiação

Gama ou X

Não há a geração

seguinte

(Controlo de natalidade)

M

F F

M

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2. Princípio da SIT

Geração Nº de fêmeas

na ausência

de liberação

Nº de fêmeas

após as

liberação

Relação

machos

estéreis/selva

gens

Nº de fêmeas

férteis

1 1 000 000 1 000 000 9:1 100 000

2 5 000 000 500 000 18:1 26 316

3 25 000 000 131 597 68:1 1 907

4 125 000 000 9 535 944:1 10

5 625 000 000 50 180 000:1 0

Page 18: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency

2. Princípio da SIT

Page 19: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency

2. Princípio da SIT

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Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency

3. História da SIT

O conceito foi desenvolvido

por Knipling, nos anos

1940,com a espécie de

mosca do gado ou mosca da

bicheira (Cochliomyia

hominivorax), também

conhecida pelo termo inglês

de “screwworm” E. F. Knipling

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Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency

3. História da SIT

Page 22: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

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3. História da SITProgressivo avanço da erradicação da mosca do gado

(Cochliomyia hominivorax) na América do Norte e Central

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1. Pragas de Plantas

a. Moscas da fruta

b. Traças

2. Pragas de Importância Médica e

Veterinária

a. Mosquitos

b. Mosca do gado

c. Moscas Tsé-tsé

(http://www-naweb.iaea.org/nafa/ipc/ipc-multimedia.html#)

4. Aplicação da SIT

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Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency

4. Aplicação da SIT

A Técnica do Insecto Estéril, potencia o

seu sucesso quando existe a integração

de vários métodos de luta.

Isto é particularmente importante em

situações em que a população da praga

e extremamente elevada e outras

medidas de supressão, como a luta

química, luta cultural e outros métodos.

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3. Aplicação da SIT

Anastrepha ludens

É essencial o conhecimento da biologia,

ecologia, dinâmica populacional e

sistema de acasalamento

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5. Estratégias de aplicação da SIT

• Erradicação

• Prevenção

• Contenção

• Supressão

Bactrocera dorsalis

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5.1. Erradicação

A Técnica do Insecto

Estéril é indicada para a

erradicação de espécies

quando a sua

população é reduzida

ou quando existe algum

isolamento ou barreiras

naturais (ex: Chile).

Bactrocera dorsalis

Page 28: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

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Erradicação de C. capitataChile1991-1996

5.1. Erradicação

Page 29: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

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5.1. Erradicação

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Erradicação de C. capitata no Peru (2008)

Vales de Tacna e Moquegua no sul do Peru

junto a área livre do Chile

5.1. Erradicação

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5.1. Erradicação

Erradicação de C. capitata na

Republica Dominicana (2015)

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5.2. Prevenção

A Técnica do Insecto Estéril pode ser

aplicada a uma determinada área de

forma contínua com o objectivo de

precaver a introdução de uma espécie

exótica (ex: California).

Page 33: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

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5.2. Prevenção

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PRP (liberações preventivas)

California e Florida (1994-2015)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Before PRP

(1987-94)

With PRP

(1995-

1998)

(1999-06)

Medfly infestations/year

5.2. Prevenção

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5.3. Contenção

Consiste na utilização de

barreiras para prevenir o

avanço de determinada praga

de forma a prevenir a invasão e

o seu estabelecimento (ex:

Guatemala/México).

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FREE AREA

LOW PREVALENCE

AREA

Contenção de

C. capitata,

Guatemala

(1979-2015)

Supressão e

erradicação de

A. ludens,

México (2004-

2015)

6. Programas operacionais6. Programas operacionais

5.3. Contenção

Page 37: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

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5.4. Supressão

A utilização desta estratégia é usada

essencialmente para substituir a aplicação

de insecticidas.

Isto prende-se com a redução dos custos da

Técnica do Insecto Estéril e com a sua

aceitação, em contraste com os tratamentos

com insecticida, que causam elevados

problemas ambientais e deixam resíduos

nos alimentos.

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Provincia de Cape Town,

África do Sul

5.4. Supressão

Page 39: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

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Supressão de C. capitata

Arava/Araba Valley (Israel/Jordânia)

5.4. Supressão

Page 40: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency

Supressão de C. capitata

Arava/Araba Valley (Israel/Jordânia)

5.4. Supressão

Page 41: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy AgencyValência, Espanha

5.4. Supressão

Page 42: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy AgencyValência, Espanha

5. Programas de supressão

Page 43: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy AgencyVale de Neretva, Croácia

5.4. Supressão

Page 44: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy AgencyNeretva valley, Croatia

5. Programas de supressão

Page 45: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency

5. Programas de supressão

Page 46: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency

Page 47: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency

• Exportação: Redução de 93% de

infestação

• Infestação: Redução de:

• 92-100% em figo

• 57-79% em pêssego

• 96-97% em mandarina

• Uso de insecticida: Redução de

20 000 litros / ano (4000 ha do

projeto).

Supressão de Ceratitis capitata no Vale de Neretva, Croácia

RC

Page 48: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

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Supressão de Bactrocera dorsalis e

Bactrocera correcta na Tailândia

0

10

20

30

40

50

60

70

1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994-

2001

SIT

Application

Conv. Control

%

D

a

m

a

g

e

5.4. Supressão

Page 49: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency

Supressão de

Bactrocera dorsalis e

Bactrocera correcta no

Viet Nam

5.4. Supressão

Page 50: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

Food and Agriculture Organization of the United Nations International Atomic Energy Agency

Pequenos produtores em blocos contíguos

Page 51: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

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Dano causado pelas

moscas-das-frutas em

Pitaya

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Core Area

(400ha)

Buffer Area

(1000ha)

2do área piloto para supressão iniciada em Agosto de

2014 (1000 ha)

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Control methods

Controlo Cultural (Core +

Buffer)

Técnica de aniquilação de

machos (Core + Buffer)

Tratamento localizado com

insecticida e proteína (Core)

Técnica do Insecto Estéril (SIT) a ser iniciado em janeiro

de 2016 com moscas estéreis da Thailandia

+

Page 54: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

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Supressão de adultos

Page 55: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

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Danos nos frutos

Page 56: Controle de moscas-das-frutas em área ampla

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Obrigado