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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS AVALIAÇÃO SILVICULTURAL DE PAU-DE-BALSA Julio Cesar Santin Engenheiro Agrônomo 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

AVALIAÇÃO SILVICULTURAL DE PAU-DE-BALSA

Julio Cesar Santin

Engenheiro Agrônomo

2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

AVALIAÇÃO SILVICULTURAL DE PAU-DE-BALSA

Julio Cesar Santin

Orientador: Prof. Dr. Maurel Behling

Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Agronomia, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Agronomia. Área de concentração: Solos

Agosto de 2018

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S235a Santin, Julio Cesar.

Avaliação silvicultural de pau-de-balsa / Julio Cesar Santin. -- 2018

xvi, 68 f. ; 30 cm.

Orientador: Maurel Behling. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Mato

Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Sinop, 2018.

Inclui bibliografia.

1. Ochroma pyramidale. 2. Florestas plantadas. 3. Potencial madeireiro. I. Título.

Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

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DADOS CURRICULARES DO AUTOR

Julio Cesar Santin, nascido em 21 de janeiro de 1975 no município de

Campinas do Sul – RS, possui graduação em Agronomia - Escuela de Agricultura de

La Región Tropical Húmida (1998), Costa Rica, América Central. Pós Graduação em

Didática de Ensino Superior pela Associação Varzeagrandense de Ensino Superior -

Faculdades Integradas de Várzea Grande (2003); Pós Graduação em Gestão

Empresarial pela Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte - MT,

mantida pela União das Faculdades de Alta Floresta (2007); Pós Graduação em

Direito Ambiental a Distância pela UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso

(2012), Funcionário Efetivo da Prefeitura Municipal de Guarantã do Norte no cargo

de Engenheiro Agrônomo (março de 2000), Professor na Faculdade de Ciências

Sociais de Guarantã do Norte - MT (FCSGN) (2003 a 2009 e 2013 a 2018).

Atualmente, coordenador do curso de Tecnologia em Agronegócio na FCSGN,

consultor técnico do Programa Amazônia sem Fogo, Cooperação Brasil/Itália (2008

a 2010), Consultor Técnico do Programa Amazonia Sin Fuego - Bolivia; Cooperação

Brasil/Itália/Bolivia (2012 - 2013), ministrando curso sobre Alternativas ao Uso do

Fogo, com o tema Técnicas de Manejo Integral da Propriedade Rural. Atualmente

mestrando em Agronomia, área de concentração: Solos, pela UFMT - Universidade

Federal de Mato Grosso, Campus de Sinop.

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EPÍGRAFE

O mundo necessita de pessoas que construam uma humanidade mais justa e

perfeita, onde cada um, possa construir sua própria história com harmonia, alegria e

paz, reconhecendo que a base da sociedade é a família, qual seja sua conformação,

sempre com as bênçãos do Grande Arquiteto do Universo, Deus. Que se possa

olhar para as pessoas e vê-las como pessoas, como irmãos, e se puderem fazer

algo por elas, se façam, sem fraquejar. Necessita -se ver mais, não apenas olhar,

necessita-se ouvir mais, não apenas escutar, necessita-se fazer mais, não somente

pensar, necessita-se plantar mais e não apenas colher. “Se queres colher um fruto

no seu futuro, deve plantar a semente hoje, agora, e regá-la todos os dias” Santin, J.

C., 2018.

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DEDICATÓRIA

A Deus,

A minha amada e querida família

Minha esposa:

Eliete Julia Sala Santin

Meus filhos:

Gustavo Henrique Sala Gobbato

Bruno Gabriel Sala Santin

...Por todo amor, carinho, apoio e confiança...

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pelo dom da vida e a graça de poder percorrer esta caminhada na

mais perfeita harmonia, enfrentando os desafios do cotidiano.

A minha família: minha esposa, Eliete Julia, pelo seu amor, compreensão,

dedicação dobrada com minha ausência e pelo seu apoio. Meus filhos, Gustavo

Henrique e Bruno Gabriel, pelo amor, carinho e compreensão em minhas ausências.

Ao meu querido sobrinho, Romero Sala, pela sua acolhida e carinho.

A todos meus familiares, pelo apoio e motivação.

Ao meu orientador, Maurel Behling, pela sua valiosa orientação, contribuição,

compreensão e paciência.

À Embrapa Agrossilvipastoril, pela confiança em implantar o experimento em

Guarantã do Norte e pelo apoio técnico, estrutural e financeiro, a execução de todas

as atividades inerente ao projeto. Aos funcionários e pesquisadores que de alguma

forma contribuíram para esse trabalho.

À compensados São Francisco, nas pessoas do Cláudio e Luiz Didomênico,

pelo apoio financeiro, estrutural e técnico na implantação e execução do

experimento;

À Casa de Acolhida Nossa Senhora do Carmo – Seminário Cavanis,

COPROMAB e Sindiflora, pelo apoio na execução dos trabalhos do experimento.

À prefeitura Municipal de Guarantã do Norte, pela compreensão e apoio na

execução do experimento, por possibilitar a oportunidade de realizar este grande

sonho de fazer o mestrado.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

pelo aporte financeiro na execução do experimento e outras atividades afins.

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Ao programa de pós-graduação em Agronomia da Universidade Federal de

Mato Grosso (UFMT), Câmpus de Sinop e todos seus professores por possibilitar-

me esta oportunidade.

Aos estagiários Diego Camargo, Jaqueline Bento e todos os demais que em

algum momento fizeram parte desta jornada, pelo esforço constante, pela ajuda

imprescindível.

À UNIFAMA (União das Faculdades de Mato Grosso) - Faculdade de Ciências

Sociais de Guarantã do Norte - colegas professores, direção e alunos, pelo apoio

incondicional e compreensão pelas minhas ausências.

Ao Dr Engº Agrº Felipe Moura Pontes e o Engº Agr. Sandro Caravina, pelo

apoio e incentivo.

Aos professores Pedro Paulo Borré e Arlete Tavares Buchardt, revisores do

trabalho.

A todos que de alguma forma, ou outra, contribuíram com minha formação.

Meus mais sinceros agradecimentos, MUITO OBRIGADO.....

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SUMÁRIO

RESUMO- .................................................................................................................. xi

ABSTRACT- .............................................................................................................. xii

LISTAS DE FIGURAS ...............................................................................................xiii

CAPÍTULO 1 – Considerações Gerais ........................................................................ 1

1.1. Introdução ......................................................................................................... 1

1.2. Revisão de Literatura ........................................................................................ 3

1.2.1. A árvore e o cultivo do pau-de-balsa ................................................................ 3

1.2.2. Potencial madeireiro do pau-de-balsa .............................................................. 5

1.3. Referências Bibliográficas ................................................................................ 6

CAPÍTULO 2 – O crescimento de pau-de-balsa é afetado positivamente pela adubação em diferentes espaçamentos ...................................................................... 9

RESUMO- ................................................................................................................... 9

ABSTRACT- .............................................................................................................. 10

2.1. Introdução ....................................................................................................... 11

2.2. Material e métodos .......................................................................................... 13

2.3. Resultados e discussão ................................................................................... 17

2.3.1. Crescimento das árvores ................................................................................ 17

2.3.2. Produção e partição de biomassa das árvores ............................................... 29

2.3.3. Atributos químicos do solo aos 2,2 anos ........................................................ 33

2.4. Conclusões ...................................................................................................... 54

2.5. Referências Bibliográficas ............................................................................... 55

ANEXOS ................................................................................................................... 60

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AVALIAÇÃO SILVICULTURAL DE PAU-DE-BALSA

RESUMO - O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da adubação

em diferentes espaçamentos sobre o crescimento e produção das árvores de povoamentos homogêneos de pau-de-balsa. O experimento foi implantado em janeiro de 2011 em Guarantã do Norte, no norte de Mato Grosso, nos espaçamentos 2 x 2 m, 3 x 2 m e 3 x 3 m, sob quatro níveis de adubação, no delineamento blocos casualizados com quatro repetições. O pau-de-balsa respondeu positivamente a adubação, com ganhos de até 100% em função do espaçamento e adubação. A altura comercial das árvores foi definida no primeiro ano de crescimento e não foi afetada pela adubação e espaçamento. Os atributos químicos do solo que sofreram alterações, aos 2,2 anos, foram: pH, Al3+, m (%), Ca, Mg, SB e V (%), somente na camada superficial do solo. Os tratamentos com o pH do solo entre 5,8 e 6,2, SB de 5 cmolc dm-3 e V (%) de 60%, apresentaram também o maior desenvolvimento das árvores de pau-de-balsa.

Palavra-chave: Ochroma pyramidale, florestas plantadas, potencial madeireiro

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BALSA FORESTRY EVALUATION

ABSTRACT - The main goal was to evaluate the effect of fertilizer rates into different plant population on growth and production of balsa trees. This study started in January 2011 in Guarantã do Norte, North of Mato Grosso, Brazil with a 2x2 m, 3x2 m, and 3x3 m plant distribution treatments and four fertilizer rates treatments. The experimental design was randomized blocks with four replicates. There was a positive result of fertilizer doses with increases of almost 100% due to plant spacing and fertilizer doses. Commercial tree height was reached in the first year and was not affected by fertilizer application or plant spacing. The following soil chemical attributes changed in 2.2 years: pH, Al3+, m (%), Ca, Mg, SB, and V (%), but the effect was observed only in the upper soil layer. Treatments with higher soil fertilizer quality (soil pH, SB and V (%) about 5.8 to 6.2, 5 cmolc dm-3 and 60% respectively) were also associated with a higher development of balsa plants. Keywords: Ochroma pyramidale, planted forest, woody potential

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LISTAS DE FIGURAS

Figura 1 Croqui do experimento de pau-de-balsa em função dos

espaçamentos de plantio e níveis de adubação, em Guarantã do Norte – MT. ........ 14

Figura 2. Número de árvores (N) de O. pyramidale em função da idade nos

diferentes espaçamentos de plantio e níveis de adubação, em Guarantã do Norte –

MT. ............................................................................................................................ 18

Figura 3. Distribuição de frequência do diâmetro à altura do peito (DAP) de O.

pyramidale para as diferentes idades dentro de cada nível de adubação no

espaçamento 2x2 m, em Guarantã do Norte – MT. PD – pós-desbaste. .................. 19

Figura 4. Distribuição de frequência do diâmetro à altura do peito (DAP) de O.

pyramidale para as diferentes idades dentro de cada nível de adubação no

espaçamento 3x2 m, em Guarantã do Norte – MT. PD – pós-desbaste. .................. 20

Figura 5. Distribuição de frequência do diâmetro à altura do peito (DAP) de O.

pyramidale para as diferentes idades dentro de cada nível de adubação no

espaçamento 3x3 m, em Guarantã do Norte – MT. .................................................. 21

Figura 6. Crescimento em diâmetro à altura do peito (DAP) de O. pyramidale

em função da idade nos diferentes espaçamentos de plantio e níveis de adubação,

em Guarantã do Norte – MT. Níveis de adubação com letras iguais, em cada idade,

não diferem entre si (Tukey, 5%). ............................................................................. 22

Figura 7. Crescimento em altura total (Ht) de O. pyramidale em função da

idade nos diferentes espaçamentos de plantio e níveis de adubação, em Guarantã

do Norte – MT. Níveis de adubação com letras iguais, em cada idade, não diferem

entre si (Tukey, 5%). ................................................................................................. 23

Figura 8. Crescimento em altura comercial (HC) de O. pyramidale em função

da idade nos diferentes espaçamentos de plantio e níveis de adubação, em

Guarantã do Norte – MT. Níveis de adubação com letras iguais, em cada idade, não

diferem entre si (Tukey, 5%). .................................................................................... 24

Figura 9. Relação entre a altura comercial (Hc) e altura total (Ht) de árvores

de O. pyramidale em função do diâmetro à altura do peito (DAP) e da idade do

povoamento, em Guarantã do Norte – MT. ............................................................... 25

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Figura 10. Crescimento em área basal (AB) de O. pyramidale em função da

idade nos diferentes espaçamentos de plantio e níveis de adubação, em Guarantã

do Norte – MT. Níveis de adubação com letras iguais, em cada idade, não diferem

entre si (Tukey, 5%). ................................................................................................. 26

Figura 11. Volume de madeira de O. pyramidale em função da idade nos

diferentes espaçamentos de plantio e níveis de adubação, em Guarantã do Norte –

MT. Níveis de adubação com letras iguais, em cada idade, não diferem entre si

(Tukey, 5%). .............................................................................................................. 27

Figura 12. Densidade do lenho de O. pyramidale em função da idade nos

diferentes espaçamentos de plantio e níveis de adubação, em Guarantã do Norte –

MT. ............................................................................................................................ 28

Figura 13. Volume do tronco com casca (Vcc) de pau-de-balsa em função do

nível de adubação e da área útil por árvore, em Guarantã do Norte – MT. .............. 29

Figura 14. Partição da biomassa de tronco (1º e 2º tora), galhos e folhas (kg

árvore-1) de O. pyramidale em função nível de adubação e do espaçamento aos 2,5

anos após o plantio em Guarantã do Norte - MT. ..................................................... 30

Figura 15. Partição da biomassa de tronco (1º e 2º tora), galhos e folhas (kg

árvore-1) de O. pyramidale em função nível de adubação e do espaçamento aos 4,8

anos após o plantio em Guarantã do Norte - MT. ..................................................... 31

Figura 16. Partição da biomassa de tronco (1º e 2º tora), galhos e folhas (Mg

ha-1) de O. pyramidale em função nível de adubação e do espaçamento aos 4,8

anos após o plantio em Guarantã do Norte - MT. ..................................................... 32

Figura 17. Acúmulo de serapilheira de pau-de-balsa em função do nível de

adubação e idade de crescimento das árvores, no espaçamento 3x3 m, em

Guarantã do Norte – MT. .......................................................................................... 33

Figura 18. Índice de pH (H2O) no solo em função da profundidade nos

diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte –

MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de

adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão

da média.................................................................................................................... 34

Figura 19. Teores de alumínio trocável (Al3+) no solo em função da

profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em

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Guarantã do Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam

diferenças entre os níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada

ponto representam o erro padrão da média. ............................................................. 35

Figura 20. Saturação por alumínio (m%) no solo em função da profundidade

nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do

Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os

níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o

erro padrão da média. ............................................................................................... 36

Figura 21. Teores de nitrogênio (N) no solo em função da profundidade nos

diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte –

MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de

adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão

da média.................................................................................................................... 38

Figura 22. Teores de fósforo (P) no solo em função da profundidade nos

diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte –

MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de

adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão

da média.................................................................................................................... 40

Figura 23. Teores de potássio (K) no solo em função da profundidade nos

diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte –

MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de

adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão

da média.................................................................................................................... 42

Figura 24. Teores de cálcio (Ca) no solo em função da profundidade nos

diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte –

MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de

adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão

da média.................................................................................................................... 43

Figura 25. Teores de magnésio (Mg) no solo em função da profundidade nos

diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte –

MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de

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xvi

adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão

da média.................................................................................................................... 46

Figura 26. Teores de matéria orgânica (MO) no solo em função da

profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em

Guarantã do Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam

diferenças entre os níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada

ponto representam o erro padrão da média. ............................................................. 47

Figura 27. Níveis de capacidade de troca catiônica (CTC) no solo em função

da profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em

Guarantã do Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam

diferenças entre os níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada

ponto representam o erro padrão da média. ............................................................. 48

Figura 28. Soma de bases (SB) no solo em função da profundidade nos

diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte –

MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de

adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão

da média.................................................................................................................... 49

Figura 29. Saturação por bases (V) no solo em função da profundidade nos

diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte –

MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de

adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão

da média.................................................................................................................... 51

Figura 30. Teores de boro (B) no solo em função da profundidade nos

diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte –

MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de

adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão

da média.................................................................................................................... 52

Figura 31. Teores de enxofre (S) no solo em função da profundidade nos

diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte –

MT. Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão da média. ......... 53

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CAPÍTULO 1 – Considerações Gerais

1.1. Introdução

A madeira oriunda de reflorestamento constitui pequena parcela do volume

comercializado internacionalmente. A crescente demanda mundial por produtos

florestais tem levado ao progressivo aumento da área de florestas plantadas.

Contudo, tornam-se cada vez mais importantes novos usos destas madeiras, e

volumes mais significativos estão sendo registrados no mercado internacional para

um número relativamente pequeno de espécies florestais tropicais plantadas.

A atividade de reflorestamento em Mato Grosso ainda é incipiente, representa

menos de 0,2% do território estadual. Diversas espécies, incluindo muitas nativas,

são plantadas em escala produtiva (SHIMIZU; KLEIN; OLIVEIRA, 2007). No

momento, algumas espécies florestais como teca, eucalipto, pau-de-balsa, pinho

cuiabano ou paricá e castanheira têm despertado interesse no estado e existe um

forte apelo por parte de produtores, cooperativas e empresas para que mais estudos

sejam conduzidos.

O pau-de-balsa (Ochroma pyramidale) é considerado uma alternativa para a

silvicultura no estado de Mato Grosso, pois possui possibilidade de corte rápido, em

torno de três a sete anos e bom incremento anual. Espécies florestais de rápido

crescimento como o pau-de-balsa são apontadas como possível alternativa para

reduzir a pressão do desmatamento de áreas nativas associado ao potencial para

recuperar áreas degradadas. No entanto, pouco se conhece sobre o manejo de

povoamentos homogêneos de pau-de-balsa.

A adoção de diferentes espaçamentos iniciais e a aplicação de fertilizantes

pode mudar o comportamento do crescimento e antecipar o culmínio das curvas de

incremento de povoamentos florestais. Assim, a produtividade de florestas plantadas

pode ser consideravelmente aumentada com a adubação (BALLARD, 1984;

BALLONI, 1984; BARROS; NOVAIS; NEVES, 1990; NOVAIS, BARROS e NEVES,

1990) e com a adoção de espaçamentos que permitam o uso adequado de luz, água

e nutrientes (REIS & REIS, 1993; GOMES, 1994; BERNARDO, 1998). Leles et al.

(2011) constataram em seus estudos com espécies pioneiras que, para este grupo,

a ampliação do espaçamento conferiu maior crescimento em diâmetro ao nível do

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solo (DNS) e área de copa. Entretanto, não há estudos suficientes sobre qual seria o

melhor espaçamento para o plantio de pau-de-balsa.

Quando a densidade de árvores é alterada espera-se que outros fatores, além

da limitação espacial, interfiram na absorção de nutrientes por meio de modificações

nas relações hídricas das árvores e/ou modificações na eficiência de absorção. A

utilização de densidades populacionais que levem à exaustão mais rápida da água

no solo poderá afetar a absorção de nutrientes de menor mobilidade no solo.

Entretanto, nas situações em que as árvores apresentem menores taxas de

transpiração, esperam-se maiores restrições quanto ao suprimento de nutrientes de

maior mobilidade no solo (REIS e BARROS, 1990; LEITE, BARROS e NOVAIS,

1998).

O espaçamento e a adubação, além de estarem relacionados com esta

produtividade esperada, exercem papéis fundamentais no estabelecimento, na

condução e nos custos de produção do povoamento florestal, uma vez que podem

influenciar a taxa de crescimento das árvores, consequentemente maior ou menor

sequestro de carbono, a qualidade da madeira, a idade de corte, bem como, as

práticas de implantação, manejo e colheita (BALLONI, 1984).

A realização de estudos que possam definir os melhores espaçamentos e

níveis de adubação em plantios florestais é de fundamental importância para o

desenvolvimento da cadeia produtiva. Com esta expectativa, foi implantado o

experimento de pau-de-balsa no município de Guarantã do Norte, MT e parte dos

resultados obtidos estão sendo apresentados aqui. O trabalho está dividido em dois

capítulos, no primeiro capítulo são abordados aspectos gerais e uma revisão de

literatura sobre o cultivo de pau-de-balsa relacionados à silvicultura e seu potencial

madeireiro, no segundo capítulo fez-se uma abordagem relacionada à avaliação do

crescimento e aspectos nutricionais do pau-de-balsa em resposta a níveis de

adubação em diferentes espaçamentos de plantio.

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1.2. Revisão de Literatura 1.2.1. A árvore e o cultivo do pau-de-balsa

Pertencente à família das Bombacaceae, popularmente conhecido no Brasil

como pau-de-balsa (Ochroma pyramidale) (Cav. Ex Lam.) Urb., é uma árvore de

tamanho médio a grande, alcançando alturas de 25 a 30 m e de 70 a 100 cm de

diâmetro, com sua base cônica, podendo alcançar fuste linear e cilíndrico, livre de

galhos em até 15 m, com copa ampla, ramificação com divisão meristemática tripla

(trifurcação), casca lisa, acinzentada, lenticeladas, alcançando a espessura de até

1,0 cm. As folhas são simples, alternas, distribuídas em espiral, de 15 a 30 cm de

comprimento e de 13 a 24 cm de largura, com pecíolos longos e coloração no lado

superior verde escuro e inferior verde claro (MENDEZ, 2000; GONZÁLES, 2010).

Sua inflorescência acontece uma vez por ano, com uma única flor por axila

dos ramos superiores, com pedúnculos longos de 10 a 15 cm, e 7 a 9 cm de

diâmetro, no formato de cálice verde castanho, tubular de mais ou menos 5 cm de

comprimento, com 5 lóbulos de 3,5 cm de longitude. A madeira é leve, podendo

variar sua densidade de 0,07 a 0,15 g/cm3, com um peso específico médio de 0,13

g/cm3, de coloração esbranquiçada, podendo chegar a marrom pálido, em troncos

de árvores mais velhas (MENDEZ, 2000; GONZÁLES, 2010). No estado de Mato

Grosso, em plantios homogêneos, a densidade média encontrada aos 4 anos é

0,195 g/cm-3 e aos 14 anos é de 0,239 g/cm-3 (OLIVEIRA, et al., 2017).

É uma espécie pioneira típica de bosques secundários. Encontra-se,

principalmente em altitudes baixas, em solos profundos, em beiras de correntes de

água. A espécie é mais facilmente encontrada em regiões tropicais e subtropicais

em bosques pluviais, podendo ser encontrada em povoamentos naturais, ou

cultivada. A espécie está amplamente distribuída, encontrando-se em toda a

América Tropical, na Índia ocidental (LÓPEZ e MONTERO, 2005), sendo que nas

Américas, encontra-se naturalmente desde os 19º N, no sul do México, através da

América Central e as Antilhas, até os 20º S da América do Sul (MENDEZ, 2000).

É uma espécie de crescimento rápido que pode melhorar o desenvolvimento

de florestas secundárias, podendo ser utilizada em restaurações florestais, como

espécie pioneira, bem como em plantios florestais comerciais com ciclos de colheita

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relativamente curtos comparadas com outras espécies cultivadas (VLEUT et al.,

2013).

O ciclo de rotação de povoamentos de pau-de-balsa em plantios comercias,

pode variar em função das condições do local de cultivo e intensidade de manejo

adotado. Vem sendo plantada em diversos países e, em Papua Nova Guiné o ciclo

de rotação é de cinco anos, na Indonésia o ciclo é de oito anos, na Costa Rica de 4

a 6 anos e no Equador ciclos de 6 a 7 anos são comuns. Independente do país e da

variação do ciclo de corte raso ocorrem desbastes nas idades intermediárias de 2 a

3 anos após o plantio, desbastes que podem ou não ter aproveitamento comercial

em função da qualidade da madeira (MIDGLEY et al., 2010). As densidades de

plantios são bastante variadas, tendo plantios de 2x2 m, 3x2 m, 3x3 m, 3x4 m e 4x4

m, dependendo do objetivo final da madeira, ou mesmo a finalidade ecológica da

plantação (EMPAER-MT, 2007).

O plantio comercial do pau-de-balsa, normalmente se dá mediante o uso de

mudas produzidas em viveiros. O pau-de-balsa está entre os grupos de espécies

com baixo reestabelecimento por sementes com finalidades comerciais, podendo ter

seu desenvolvimento afetado por outras espécies pioneiras, contudo, se desenvolve

muito bem através do plantio de mudas, com a altura e diâmetro do coleto bem

desenvolvidos e boa estrutura do sistema radicular (LUNA e GARZA, 2016).

A adequada nutrição é fundamental para o desenvolvimento de qualquer

espécie vegetal para a realização de seus processos metabólicos de forma eficiente,

como a fotossíntese. Para a realização da fotossíntese, o pau-de-balsa necessita de

um equilíbrio nutricional, sendo o nitrogênio (N) e o magnésio (Mg) fundamentais, e

sua deficiência pode afetar significativamente o processo.

Porém, conforme Romero et al. (2017), produzir boas mudas, utilizando

substratos bem elaborados e bem nutridos, auxilia o estabelecimento da cultura,

principalmente com P, que auxilia o desenvolvimento da raiz e da parte aérea

(SEABRA et al., 2017; CUNHA et al., 2016), uma vez que, a deficiência de P pode

estar relacionada às perdas de estabilidade e integridade das membranas dos

tilacoides, comprometendo a formação de fosfolipídios de membranas

(OOSTERHUIS et al., 2008). Em experimento conduzido por Cunha et al. (2016),

plantas de pau-de-balsa responderam muito bem à adubação fosfatada,

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principalmente com alta luminosidade em estágios iniciais, período que pode definir

o estabelecimento da cultura no campo.

Tucci et al. (2010), estudando a aplicação de calcário como fator de correção

do solo utilizado no substrato para produção de mudas de pau-de-balsa,

constataram maior crescimento das mudas quando se utilizou esse insumo.

Também observaram que a correção do solo exerceu influência positiva na absorção

de Ca, Mg e S, e com isso, contribui positivamente no estabelecimento e

desenvolvimento do plantio, podendo alcançar melhores níveis de produtividade.

A ciclagem de nutrientes mediante a deposição e decomposição da

serapilheira é fundamental para a provisão nutritiva das espécies florestais,

principalmente após o desenvolvimento inicial da cultura, que em termos gerais,

utilizam os nutrientes aplicados no plantio e das reservas do solo. Para o pau-de-

balsa, não é diferente, pois conforme Vincent e Tanner, (2013), a deposição e

decomposição constante de serapilheira pode promover melhor desenvolvimento

vegetativo da cultura se equiparada somente à adubação com NPK.

1.2.2. Potencial madeireiro do pau-de-balsa

A principal propriedade da madeira de pau-de-balsa é a relação entre seu

peso, extremamente leve, e sua alta resistência à tração lateral e estabilidade, sendo

esta a sua maior vantagem, e também tem a qualidade que pode ser facilmente

esculpida (ROMERO et al., 2017 e GONZÁLES et al., 2010).

A madeira de pau-de-balsa normalmente é utilizada para fazer artesanatos,

brinquedos, aeromodelismos, como chapas de interiores em construções, chapas

revestidas com materiais sintéticos, como alumínio e outros tipos de madeiras onde

necessitam maior resistência, como na construção de hélices para geradores de

energia eólicos, como material térmico em câmaras frias, na produção de

compensados e, mesmo tendo fibras curtas como outras madeiras mais duras, pode

ser utilizada para fabricar papel e celulose (GONZÁLES et al., 2010).

Em 2008, o comércio global de produtos de madeira de pau-de-balsa secada

ao forno e madeira semi-acabada foi de 155.000 m³, valor estimado de U$ 71

milhões (MIDGLEY et al., 2010). O Equador foi o maior exportador, atingindo quase

90% deste comércio e Papua Nova Guiné 8%, e demais produtores: Colômbia,

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Brasil, Venezuela, Costa Rica e Indonésia fazendo pequenas contribuições. Os

Estados Unidos (EUA) é o maior mercado do mundo para produtos de pau-de-balsa,

51% em volume e valor em 2008. O Equador forneceu 94% das importações dos

EUA de pau-de-balsa. Enquanto nos EUA o mercado tem sido relativamente

uniforme em termos de volume importado nos últimos 10 anos, expandiram-se

substancialmente as importações de China, Índia e Europa. Segundo PRO

ECUADOR (2012) na China, o pau-de-balsa é utilizado principalmente como matéria

prima na indústria de aeromodelismo, insumo para artigos de decoração e no

desenvolvimento de vigas para construção de turbinas para energia eólica, as

importações em 2011 chegaram aos US$ 28 milhões de dólares.

1.3. Referências Bibliográficas

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CAPÍTULO 2 – O crescimento de pau-de-balsa é afetado positivamente pela

adubação em diferentes espaçamentos

RESUMO - A falta de matéria prima para as indústrias de base florestal e a crescente demanda mundial por produtos florestais, têm levado ao progressivo aumento da área de florestas plantadas. Neste cenário, o pau-de-balsa (Ochroma pyramidale), devido ao seu rápido crescimento, possui grande potencial madeireiro. O objetivo foi avaliar o efeito da adubação em diferentes espaçamentos sobre o crescimento e produção das árvores de povoamentos homogêneos de pau-de-balsa. O experimento foi implantado em janeiro de 2011 em Guarantã do Norte, no norte de Mato Grosso, nos espaçamentos 2x2 m, 3x2 m e 3x3 m, sob quatro níveis de adubação, no delineamento em blocos casualizados com quatro repetições. O pau-de-balsa respondeu positivamente a adubação, através do espaçamento e adubação apropriada é possível dobrar sua produção. A altura comercial das árvores é definida no primeiro ano de crescimento e não é afetada pela adubação e espaçamento. Os atributos químicos do solo que sofreram alterações, aos 2,2 anos após a adubação, foram apenas o pH, Al3+, m (%), Ca, Mg, SB e V (%), entretanto, os atributos químicos do solo não foram alterados nas camadas sub superficiais do solo. O pH do solo entre 5,8 e 6,2, SB de 5 cmolc dm-3 e saturação por base V(%) de 60%, proporcionaram melhor desenvolvimento das árvores de pau-de-balsa.

Palavra-chave: Ochroma pyramidale, florestas plantadas, potencial madeireiro.

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Balsa growth is positively affected by fertilization in different spacing

ABSTRACT- Lack of feedstock to forest-based industry and the increasing worldwide demand for forest products, has to lead to a progressive growth of planted forest areas. In this scenario, the balsa (Ochroma pyramidale), due to its fast growth, has a great wood potential. The main goal was to evaluate the effect of fertilizer rates into different plant population on growth and production of balsa trees. This study started in January 2011 in Guarantã do Norte, North of Mato Grosso, Brazil with a 2x2 m, 3x2 m, and 3x3 m plant distribution treatments and four fertilizer rates treatments. The experimental design was randomized blocks with four replicates. There was a positive result of fertilizer doses with increases of almost 100% due to plant spacing and fertilizer doses. Commercial tree height was reached in the first year and was not affected by fertilizer application or plant spacing. The following soil chemical attributes changed in 2.2 years: pH, Al3+, m (%), Ca, Mg, SB, and V (%), but the effect was observed only in the upper soil layer. Treatments with higher soil fertilizer quality (soil pH, SB and V (%) about 5.8 to 6.2, 5 cmolc dm-3 and 60% respectively) were also associated with a higher development of balsa plants.

Keywords: Ochroma pyramidale, planted forest, woody potential

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1.1. Introdução

A madeira oriunda de reflorestamento constitui uma pequena parcela do

volume comercializado internacionalmente. A crescente demanda mundial por

produtos florestais tem levado ao progressivo aumento da área de florestas

plantadas. Contudo, estão se tornando cada vez mais importantes novos usos

destas madeiras, bem como, volumes significativos exportados são registrados para

um número relativamente pequeno de espécies florestais tropicais plantadas.

A área total de florestas plantadas no Brasil totalizou 7,84 milhões de hectares

em 2016. Em Mato Grosso a atividade de reflorestamento ainda é incipiente

comparada a outros estados com maior tradição no setor de florestas plantadas.

Diversas espécies, incluindo muitas nativas, vêm sendo plantadas em escala

comercial (IBÁ, 2017). Algumas espécies como teca, eucalipto, pau-de-balsa, pinho

cuiabano e castanheira têm despertado interesse no estado e existe forte apelo por

parte de produtores, cooperativas e empresas para que mais estudos sejam

conduzidos, a fim de que se tenha tecnologias produtivas que possibilite o

desenvolvimento dessas e outras espécies com potencial madeireiro.

O pau-de-balsa (Ochroma pyramidale) é considerado uma opção para a

silvicultura em Mato Grosso, pois, possui ciclo de corte rápido, em torno de três a

sete anos e bom incremento anual. Espécies florestais de rápido crescimento como

o pau-de-balsa são apontadas como possível alternativa para reduzir a pressão do

desmatamento de áreas nativas associado ao potencial para recuperar áreas

degradadas, tendo em vista que é uma espécie nativa e pioneira do bioma

amazônico. No entanto, pouco se conhece sobre o manejo de povoamentos

homogêneos de pau-de-balsa.

A principal propriedade da madeira de pau-de-balsa é a relação entre seu

peso extremamente leve e a alta resistência e estabilidade sendo, essa, a sua maior

vantagem (ROMERO et al., 2017 e GONZÁLES et al., 2010). A madeira é utilizada

para fazer artesanatos, brinquedos, aeromodelismos, por ser facilmente esculpida,

chapas de interiores em construções, chapas revestidas com materiais sintéticos,

como alumínio e outros tipos de madeiras, na construção de hélices para geradores

eólicos de energia, para revestimento térmico de câmaras frias, produção de

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compensados e, mesmo tendo fibras curtas, como outras madeiras mais duras, pode

ser utilizada para fabricar papel e celulose (GONZÁLES et al., 2010).

O ciclo de rotação de povoamentos de pau-de-balsa pode variar em função

das condições do local de plantio e intensidade de manejo adotado. Em Papua Nova

Guiné o ciclo de rotação é de cinco anos, na Indonésia é de oito anos, na Costa Rica

de 4 a 6 anos e no Equador ciclos de 6 a 7 anos são comuns. Independente do país

e da variação do ciclo de corte raso, ocorrem desbastes nas idades intermediárias

de 2 a 3 anos após o plantio, que podem ou não ter aproveitamento comercial em

função do crescimento das árvores e qualidade da madeira (MIDGLEY et al., 2010).

A adoção de diferentes espaçamentos iniciais e a aplicação de fertilizantes

pode mudar a dinâmica do crescimento e antecipar o culmínio das curvas de

incremento de povoamentos florestais. Assim, a produtividade de florestas plantadas

pode ser consideravelmente aumentada com a adubação (BALLARD, 1984;

BALLONI, 1984; BARROS et al., 1990; NOVAIS, BARROS e NEVES, 1990) e com a

adoção de espaçamentos que permitam o uso adequado de água, luz e nutrientes

(REIS e REIS, 1993; GOMES, 1994; BERNARDO et al., 1998). Entretanto, não há

estudos suficientes sobre qual seria o melhor espaçamento para o plantio de pau-

de-balsa, em especial para condições de Mato Grosso.

Quando é alterado o número de árvores por área, espera-se que outros

fatores, além da limitação espacial, interfiram na absorção de nutrientes por meio de

modificações nas relações hídricas das árvores e/ou modificações na eficiência de

absorção. A utilização de densidades populacionais que levem ao uso mais intensivo

da água no solo poderá afetar a absorção de nutrientes de menor mobilidade,

entretanto, nas situações em que as árvores apresentem menores taxas de

transpiração, esperam-se maiores restrições quanto ao suprimento de nutrientes de

maior mobilidade no solo (REIS & BARROS, 1990; LEITE, BARROS e NOVAIS,

1998).

Assim, espaçamento e a adubação, além de estarem relacionados a

produtividade, exercem papéis fundamentais no estabelecimento, na condução e

nos custos de produção do povoamento florestal, uma vez que podem influenciar a

taxa de crescimento das árvores, consequentemente maior ou menor sequestro de

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carbono, a qualidade da madeira, a idade de corte, bem como, as práticas de

implantação, manejo e colheita (LELES et al., 2011).

Conhecer aspectos tecnológicos de produção de pau-de-balsa na região norte

do estado de Mato Grosso, subsidiará as recomendações técnicas para as práticas

silviculturais da cultura em novos plantios. Nesse contexto, o objetivo foi avaliar o

efeito da adubação em diferentes espaçamentos sobre o crescimento e produção

das árvores de povoamentos homogêneos de pau-de-balsa.

1.2. Material e métodos

O experimento foi conduzido no município de Guarantã do Norte-MT, latitude

9°57'25.80"S, longitude 54°52'13.14"O, que apresenta clima tropical chuvoso com

nítida estação seca de 4 a 6 meses, na classificação de Köppen, temperaturas

médias de 25 ºC, altitude média de 345 m, com média anual de precipitação de

2.000 mm (SOUZA et al, 2013). O solo da área experimental é classificado como

Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico apresentando as seguintes características

químicas na camada de 0-20 cm: pH(água) - 5,4; P(Mehlich) - 1,7 mg dm-3; K(Mehlich) -

18 mg dm-3; Ca - 1,3 cmolc dm-3; Mg - 0,6 cmolc dm-3; Al - 0,3 cmolc dm-3; MO -

23,4 g dm-3. A textura é argilosa com 396 g kg-1 de areia, 100 g kg-1 de silte e

504 g kg-1 de argila.

A vegetação nativa da área foi suprimida no final da década de 80, dando

lugar a pastagem para manejo de bovinos de corte. No ano de 2003 realizou-se a

sistematização da área, remoção dos restos vegetais (tocos e troncos) e a calagem

com calcário dolomítico e na safra 2003/2004 foi semeada soja com adubação

recomendada para a cultura. Após colheita da soja foi formada a pastagem de

brachiaria brizantha cv. Marandú. A pastagem permaneceu por aproximadamente 6

anos com pecuária de leite não intensiva com boa cobertura superficial, e não foram

realizadas práticas de correção e adubação. O experimento foi instalado no mês de

janeiro de 2011, utilizando-se mudas de Ochroma pyramidale (pau-de-balsa) do

viveiro da empresa Compensados São Francisco, de Guarantã do Norte, expedidas

com 70 dias e com aproximadamente 20 cm de altura. As sementes para a produção

das mudas foram coletas em plantios da região, sem critério de seleção de matrizes,

conforme utilizado nos plantios comerciais.

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Os espaçamentos das árvores (2x2, 3x2 e 3x3 m) foram distribuídos em três

faixas separadas e dentro das faixas de cada espaçamento casualizaram-se os

níveis de adubação, seguindo o delineamento de blocos casualizados com quatro

repetições (Figura 1).

Figura 1 Croqui do experimento de pau-de-balsa em função dos espaçamentos de plantio e níveis de adubação, em Guarantã do Norte – MT.

Os diferentes níveis de adubação, denominados 0; 0,5; 1 e 2 vezes a dose de

referência, o nível 1 corresponde à dose de referência e as quantidades são

detalhadas na Tabela 1. O preparo de solo foi realizado pelo sistema de cultivo

mínimo, com subsolagem na linha de plantio até 50 cm de profundidade realizado

após a dessecação da braquiária com glifosato (1440 g ia ha-1).

A área útil da parcela, por faixa de espaçamento, foi constituída de 114, 57 e

33 plantas centrais, descontando-se a bordadura tripla, totalizando a área efetiva de

amostragem de 456, 342 e 297 m² por parcela nos espaçamentos 2x2, 3x2 e 3x3 m

respectivamente.

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2

270 m

200 m

2 x 2 m 3 x 2 m 3 x 3 m

Blo

co I

Blo

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IBlo

co I

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021 0,5

50 m

90 m

0 0,51 2 0 0,5 12

0 0,5 1 2 0 0,512 00,5 1 2

00,512 0 0,5 12 0 0,512

00,5 12 00,5 12 00,51 2

Área total: 5,4 ha

Estrada Linha Páscoa

Sem

inár

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avan

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15

Tabela 1. Quantidades de adubos e corretivos aplicadas ao solo na época de plantio e aplicadas em cobertura, para o estabelecimento de pau-de-balsa, no município de Guarantã do Norte-MT.

Nível de

Adubação

FG NPK B NK CD G FTE

Sul. 1/ Cov.2/ Cor.3/ Cor.3/ Lanc.4/ Lanc.4/ Cov.2/

0 0 0 0 0 0 0 0

0,5 200 50 10 75 500 250 10

1 400 100 10 150 1000 500 20

2 800 200 10 300 2000 1000 40

FG - Fosfato de gafsa; NPK - 4-30-16; B – ácido bórico; NK - 20-00-20; CD - calcário dolomítico; G - gesso; FTE - BR 08;

1/kg ha

-1 no sulco de plantio;

2/g planta

-1 em covetas laterais no plantio;

3/g planta

-1 em coroamento, 60

dias após o plantio; e 4/kg ha

-1, distribuídos a lanço.

Realizou-se um desbaste aos 2,5 anos nos espaçamentos 2x2 m e 3x2 m

com remoção de 50 % e 10 % da área basal, respectivamente. No espaçamento de

2x2 m, realizou-se o desbaste sistemático e a remoção de linhas alternadas bem

como o desbaste seletivo nas linhas remanescentes, removendo-se as árvores com

menor altura comercial (HC), subdesenvolvidas ou com troncos retorcidos. No

espaçamento 3x2 m realizou-se apenas o desbaste seletivo. Plantas invasoras e

pragas foram devidamente controladas em todas as etapas de desenvolvimento das

árvores.

O crescimento foi avaliado nas idades de 0,3, 0,7, 1,0, 1,8, 2,5, 3,8, 4,8 e aos

6,4 anos, sendo que os espaçamentos 2x2 m e 3x2 m foram avaliados somente até

4,8 anos, em virtude de um incêndio ocasionado no dia 23 de agosto de 2015. As

avaliações foram feitas por meio de medições da altura e da circunferência na altura

do peito (CAP, cm), a qual foi posteriormente transformada para diâmetro à altura do

peito (DAP, cm) e área basal (AB, m2 ha-1) que corresponde ao somatório das áreas

seccionais de cada árvore.

A determinação da altura total (Ht) foi definida como a medida entre a

superfície do solo e a última folha emergida e a altura comercial (HC) foi definida

como a medida entre a superfície do solo e a base da trifurcação do tronco principal

da árvore. Por diferença, entre uma avaliação e outra, determinou-se o incremento

do período. Para a circunferência do caule, foi usado como ponto de avaliação a

altura de 1,3 m da superfície do solo e o incremento foi determinado de forma

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16

semelhante ao da altura. A medição da altura das árvores foi feita com régua

graduada nas plantas jovens (até 5 metros) e uso de hipsômetro Vertex nas árvores

com maior porte. A circunferência do caule foi medida com fita métrica.

Baseado em dados de inventário das parcelas, dentro do talhão em cada

espaçamento e nível de adubação, nas idades de 1,0, 1,8, 2,5, 3,8, 4,8 e 6,4 anos

foram selecionadas 5 árvores com variações de DAP (5 classes de DAP) para abate

e cubagem rigorosa (método de Smalian) para determinação do volume e

quantificação da biomassa. As determinações foram realizadas sempre no final do

período chuvoso.

Para a densidade da madeira (ρ) foram retirados discos de aproximadamente

5 cm de espessura das respectivas seções de cubagem do tronco (base (0%), 25%,

50%, 75% e 100%). A densidade básica média de cada árvore foi calculada como

sendo a média ponderada da densidade de cada disco, utilizando como fator de

ponderação o volume da tora, segundo a fórmula de Smalian. Para o cálculo da

densidade básica foi utilizada a expressão: DB= Ms/Vv em que DB = densidade

básica (kg m-3); Vv= volume dos corpos-de-prova verdes (m3); e Ms = massa dos

corpos-de-prova absolutamente secos (kg).

Para serapilheira as amostras foram coletadas anualmente, ao acaso, em

quatro amostras, em uma área de 0,25 m² delimitada por gabarito quadrado de 50 x

50 cm, retiradas na linha e entrelinha de plantio para formar uma amostra composta,

sendo quatro repetições em cada parcela. Após a obtenção do peso total das

amostras de manta orgânica, esta foi homogeneizada e uma sub amostra composta

foi coletada para determinação da umidade. Em função de incêndio ocorrido no

experimento em agosto de 2015 destruindo os espaçamentos 2x2 m e 3x2 m, o

acumulo de serapilheira foi avaliado, nas idades de 2,3, 4,8 e 6,4 anos, somente no

espaçamento 3x3 m.

Em cada parcela foram coletadas amostras compostas de solo, aos 2,2 anos

após a implantação do experimento, nas camadas de 0-5; 5-15; 15-30 e 30-60 cm, a

partir de 20 amostras simples por área representativa da linha de plantio entre

árvores (LP) e na entrelinha destas mesmas árvores (EL). Para efeito de

comparação também foram coletadas amostras de solo de uma área de mata

próxima à área experimental e da pastagem antes da implantação do experimento

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no final do ano de 2010. Na terra fina seca ao ar (TFSA) foram feitas análises

químicas de rotina, determinando-se pH em água, nitrogênio, fósforo, potássio,

enxofre, cálcio, magnésio, boro, acidez trocável (Al3+), carbono orgânico. Os

métodos utilizados foram: N: Kjeldahl; P, K, S: Mehlich-1; B: extratora água quente;

S: Fosfato monocálcico em ácido acético; Ca, Mg e Al: KCl 1mol L-1; MO: Walkley e

Black, seguindo a metodologia da EMBRAPA (TEIXEIRA, et al. 2017).

Antes de serem submetidos à análise de variância, os dados foram

analisados quanto à homocedasticidade das variáveis, pelo teste de Cochran &

Hartley, e distribuição normal dos resíduos, pelo teste de Lilliefors. Atendidos os

pressupostos, as variáveis estudadas foram submetidas à análise de variância e as

diferenças entres os níveis de adubação comparados pelo teste de Tukey (5%). A

interação entre adubação e espaçamento para o volume de madeira aos 4,8 anos foi

desdobrada através de superfície de resposta (regressão múltipla). Na interpretação

dos resultados foi utilizado o DAP mínimo de 12 cm, a partir do qual é possível o

processamento da tora na indústria de compensados.

1.3. Resultados e discussão

1.3.1. Crescimento das árvores

O desbaste de 50% da área basal no espaçamento 2x2 m reduziu o número

médio de 2350 para 1077 árvores por hectare, redução de 54%. Já o desbaste de

10% da área basal no espaçamento 3x2 m reduziu o número de árvores de 1566

para 1279 com a redução de 17% no número de árvores por hectare (Figura 2). O

desbaste realizado aos 2,5 anos não obteve aproveitamento comercial devido ao

menor diâmetro das árvores, menores que o limite mínimo de 12 cm aceito na

indústria para o processamento das toras na cidade de Guarantã do Norte. De

maneira geral, não houve diferença significativa (p 0,093) entre os níveis de

adubação para o número de árvores remanescentes no plantio dentro de cada

espaçamento e idade, caracterizando que os resultados encontrados nas diferentes

variáveis estudadas, correspondem, de fato, ao efeito da adubação (Figura 2).

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Figura 2. Número de árvores (N) de O. pyramidale em função da idade nos diferentes espaçamentos de plantio e níveis de adubação, em Guarantã do Norte – MT.

A adubação elevou o número de árvores em classes diamétricas superiores,

ou seja, houve maior crescimento das árvores de pau-de-balsa. A maior diferença

está entre o nível 0,5 e a testemunha, à medida que aumenta o nível de adubação

as diferenças são menores, com maior sobreposição das curvas de distribuição, isso

é corroborado pela lei dos incrementos decrescentes, ou seja, o aumento da

produção com aplicações crescentes de adubo não é linear. Também, à medida que

aumenta a idade das árvores, a diferença entre os níveis de adubação reduz (Figura

3 a 5).

3 x 3 m

Idade (anos)

0,3 0,7 1,0 1,8 2,53,0 3,8 4,8 6,4

3 x 2 m

Idade (anos)

0,3 0,7 1,0 1,8 2,52,5 3,0 3,8 4,8

2 x 2 m

Idade (anos)

0,3 0,7 1,0 1,8 2,52,5 3,0 3,8 4,8

N (

árv

ore

s h

a-1

)

500

1000

1500

2000

2500

0

0,5

1

2

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Figura 3. Distribuição de frequência do diâmetro à altura do peito (DAP) de O. pyramidale para as diferentes idades dentro de cada nível de adubação no espaçamento 2x2 m, em Guarantã do Norte – MT. PD – pós-desbaste.

A redução no crescimento das árvores de pau-de-balsa com a idade ocorreu

devido à competição por espaço, luz, água e nutrientes. Embora, nos maiores níveis

de adubação ocorreu maior taxa de crescimento garantida pelo processo de

ciclagem e manutenção de nutrientes mediante a decomposição de serapilheira,

fator-chave no equilíbrio nutricional dos ecossistemas, principalmente do elemento

Ca, por esse nutriente ser um componente estrutural das células do tecido vegetal, e

por ser um elemento de baixa mobilidade na planta, retorna ao solo em grande

quantidade (GODINHO et al., 2014; GRUGIKI et al., 2017), corroborado pelo fato de

que os plantios florestais absorvem nutrientes em camadas mais profundas e o

devolve via serapilheira, na superfície do solo.

2

Classe de DAP (cm)

0 5 10 15 20

1

Classe de DAP (cm)

0 5 10 15 20

F(x

)

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0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

TestemunhaF

(x)

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

1 ano

1,8 anos

2,5 anos

2,5 anos-PD

3 anos

4 anos

5 anos

0,5

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Figura 4. Distribuição de frequência do diâmetro à altura do peito (DAP) de O. pyramidale para as diferentes idades dentro de cada nível de adubação no espaçamento 3x2 m, em Guarantã do Norte – MT. PD – pós-desbaste.

O processo de ciclagem de nutrientes melhora a fertilidade, uma vez que

disponibiliza os nutrientes para serem reabsorvido pelas raízes finas superficiais do

solo, possibilitando maior aproveitamento de nutrientes acrescentados via adubação

no processo produtivo mediante a ciclagem biogeoquímica (VIERA et al., 2014).

2

Classe de DAP (cm)

0 5 10 15 20

1

Classe de DAP (cm)

0 5 10 15 20

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2,5 anos PD

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0,5

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Figura 5. Distribuição de frequência do diâmetro à altura do peito (DAP) de O. pyramidale para as diferentes idades dentro de cada nível de adubação no espaçamento 3x3 m, em Guarantã do Norte – MT.

Houve diferença significativa da adubação para o crescimento em DAP nas

diferentes idades avaliadas (p 0,001). A maior diferença está entre o nível 2 e a

testemunha, nos níveis intermediários de adubação as diferenças são menores, com

sobreposição entre as curvas 0,5 e 1 com o avanço da idade de crescimento das

árvores (Figuras 6).

Aproximadamente aos cinco anos o DAP do pau-de-balsa variou entre 8cm e

14cm respectivamente no espaçamento de 2x2 m sem adubação e no espaçamento

de 3x3 m com maior adubação, o que corresponde a variação do IMA-DAP

(incremento médio anual do DAP) de 1,6 cm a 2,8 cm ano-1. No espaçamento 2x2 m

o DAP de 12 cm, diâmetro mínimo para o processamento da tora, só foi atingido

2

Classe de DAP (cm)

0 5 10 15 20

1

Classe de DAP (cm)

0 5 10 15 20

F(x

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1 ano

1,8 anos

2,5 anos

3 anos

4 anos

5 anos

6,4 anos

0,5

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após o quarto ano enquanto no espaçamento 3x3 m entre os 2,5 e 3 anos (Figura 6).

Este crescimento em espaçamento de plantio mais amplo, também foi encontrado

por Rondon (2002) ao estudar outra espécie de crescimento rápido, o Schizolobium

parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby em diferentes espaçamentos,

e em estudo no desenvolvimento de espécies pioneiras em plantio de recomposição

florestal (LELES et al., 2011).

Figura 6. Crescimento em diâmetro à altura do peito (DAP) de O. pyramidale em função da idade nos diferentes espaçamentos de plantio e níveis de adubação, em Guarantã do Norte – MT. Níveis de adubação com letras iguais, em cada idade, não diferem entre si (Tukey, 5%).

No desenvolvimento das árvores em altura total (Ht), nos diferentes

espaçamentos e nas diferentes idades avaliadas, houve diferença significativa para

a adubação (p 0,002). Aos cinco anos a Ht média das árvores sem adubação foi

de 10 metros e nas árvores que receberam adubação chegou aos 14,5 metros, o

que corresponde à variação do IMA-Ht (incremento médio anual da altura total) de

2,12 a 3,03 m ano-1. Resultados semelhantes em Ht foram encontrados em outros

experimentos com outras espécies florestais, realizados por Fernandez, et al. (2000)

e Oliveira, et al. (2003), onde o uso de adubação nos plantios florestais elevou o

crescimento em altura total das árvores. No espaçamento 2x2 m a altura total de 12

m só foi atingida aos 3,8 anos enquanto no espaçamento 3x2 m aos 3 anos e no 3x3

m aos 2,7 anos, no maior nível de adubação, ou seja, o espaçamento menor não

alterou altura total das árvores (Figura 7), somente o tempo para alcançarem os 12

m de HT, altura que corresponde à relação hipsométrica aproximada de 1:1 entre o

3 x 3 m

Idade (anos)

1,0 1,8 2,5 3,0 3,8 4,8 6,4

3 x 2 m

Idade (anos)

1,0 1,8 2,5 3,0 3,8 4,8

2 x 2 m

Idade (anos)

1,0 1,8 2,5 3,0 3,8 4,8

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DAP e a HT, ou seja, para cada 1 cm de crescimento no DAP espera-se o

crescimento de 1,0 m para a HT. Assim, quando as árvores atingem o DAP de 12 cm

para o processamento da tora também estarão com altura total aproximada de 12 m.

Figura 7. Crescimento em altura total (Ht) de O. pyramidale em função da idade nos diferentes espaçamentos de plantio e níveis de adubação, em Guarantã do Norte – MT. Níveis de adubação com letras iguais, em cada idade, não diferem entre si (Tukey, 5%).

Embora a produtividade do pau-de-balsa possa ser melhorada,

semelhantemente a outras florestas plantadas, com emprego de adubação e

espaçamentos que permitem o uso adequado da água, radiação solar e nutrientes

(REIS e REIS, 1993; GOMES, 1994), nem sempre o desenvolvimento do plantio

reflete em ganhos expressivos na produtividade comercial. Apesar da adubação

elevar o crescimento de DAP e Ht das árvores, não se constatou ganhos

expressivos na HC do pau-de-balsa, que ficou na faixa de 3 metros,

independentemente da adubação ou espaçamento, limitando assim os ganhos em

volume comercial na mesma proporção (Figura 7).

A altura de trifurcação, determinante da HC, é uma das principais

características do crescimento do pau-de-balsa, ou seja, esta é relacionada com a

altura da primeira tora de maior valor agregado, o tronco livre de galhos e nós vivos.

Em consequência do pau-de-balsa possuir uma arquitetura de copa decurrente

devido ao crescimento multiplicativo, resultado da divisão do meristema em novos

meristemas que leva a formação de novos eixos de crescimento, a HC não foi

afetada pelos espaçamentos, não havendo diferença significativa a partir da idade

de 1,8 anos (p 0,071), considerando que nesta fase de desenvolvimento das

3 x 3 m

Idade (anos)

0,3 0,7 1,0 1,8 2,53,0 3,8 4,8 6,4

3 x 2 m

Idade (anos)

0,3 0,7 1,0 1,8 2,5 3,0 3,8 4,8

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24

plantas já ocorreu a divisão meristemática do tronco principal (trifurcação), ou seja, a

HC não foi alterada, positivamente, pelo espaçamento menor entre as árvores e pela

adubação (Figura 8).

No primeiro ano de crescimento a Ht e HC são iguais, passando a diferir

somente após a divisão meristemática do tronco principal (trifurcação). Assim, as

alterações ocorridas na HC das árvores, principalmente no espaçamento 2x2 m são

atribuídas ao desbaste seletivo efetuado aos 2,5 anos, com diferença significativa

entre os níveis de adubação (p 0,008). O desbaste foi definido com base em dois

critérios, o desbaste sistemático com remoção de linhas alternadas e o desbaste

seletivo nas linhas remanescentes, no entanto, está prática não possibilitou ganhos

em HC.

Figura 8. Crescimento em altura comercial (HC) de O. pyramidale em função da idade nos diferentes espaçamentos de plantio e níveis de adubação, em Guarantã do Norte – MT. Níveis de adubação com letras iguais, em cada idade, não diferem entre si (Tukey, 5%).

Através da relação entre a altura total e altura comercial observa-se que a

altura comercial é definida no primeiro ano de crescimento das árvores, ou seja, a

condição de estresse hídrico imposta às árvores no primeiro período de seca após o

plantio parece ser o fator determinante da divisão do meristema em novos

meristemas e formação de novos eixos de crescimento (Figura 9).

Assim, o plantio realizado o mais próximo possível do início do período das

chuvas, possibilitará o aumento da altura comercial. No início do desenvolvimento, e

antes do fechamento das copas, e depois de bem adaptadas ao campo, ocorre um

intenso crescimento, haja vista que, nesta fase, o volume de solo é explorado

3 x 3 m

Idade (anos)

0,3 0,7 1,0 1,8 2,53,0 3,8 4,8 6,4

3 x 2 m

Idade (anos)

0,3 0,7 1,0 1,8 2,5 3,0 3,8 4,8

2 x 2 m

Idade (anos)

0,3 0,7 1,0 1,8 2,5 3,0 3,8 4,8

HC

(m

)

0

1

2

3

4

0

0,5

1

2

a

a

b

a

a

b

b

a

a

b

b

a

a

ab

b

a

a

ab

b

a

a

ab

b

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

c

c

c

b

b

bb

c

b

c

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parcialmente pelas raízes das plantas, não havendo competição significativa entre

as árvores por fatores de crescimento como água, luz e nutrientes (SCHUMACHER

et al., 2011). Conforme o desenvolvimento das árvores, maior é a produção de

serapilheira, que por sua vez, exerce inúmeras funções no equilíbrio e dinâmica do

ecossistema florestal (COSTA et al., 2010), principalmente a ciclagem de nutrientes

(GRUGIKI et al., 2017). Entretanto, este processo ocorre quando as árvores de pau-

de-balsa já estão trifurcadas, consequentemente a HC não é mais alterada (Figura

9).

Figura 9. Relação entre a altura comercial (Hc) e altura total (Ht) de árvores de O. pyramidale em função do diâmetro à altura do peito (DAP) e da idade do povoamento, em Guarantã do Norte – MT.

Na figura 10, encontra-se representada a dinâmica de crescimento em área

basal (AB) para os diferentes espaçamentos e níveis de adubação. Observa-se que

ela aumentou com a idade e o nível de adubação, apresentando diferença

significativa para a adubação dentro de cada espaçamento (p 0,007).

O pau-de-balsa atinge AB de 12 m2 ha-1 antes dos 2 anos nos espaçamentos

2x2 m e 3x2 m, já no espaçamento 3x3 m esta AB é obtida aos 2,6 anos. No

Ht (m)

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Hc (

m)

0

1

2

3

4

DAP (cm)

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Altu

ra (

m)

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Hc

Ht

Idade (anos)

0,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,30,3 0,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,70,7 1,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,0 1,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,81,8 2,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,52,5 3,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,03,0 3,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,83,8 4,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,84,8 6,46,46,46,46,46,46,46,46,46,46,46,46,46,46,46,4

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26

entanto, após o desbaste de 50 % da AB no espaçamento 2x2 m, a taxa de

incremento das árvores em AB foi menor que o observado nos demais

espaçamentos (Figura 10).

Figura 10. Crescimento em área basal (AB) de O. pyramidale em função da idade nos diferentes espaçamentos de plantio e níveis de adubação, em Guarantã do Norte – MT. Níveis de adubação com letras iguais, em cada idade, não diferem entre si (Tukey, 5%).

A adubação mostrou-se uma prática de extrema importância para se obter

ganhos de produtividade para o pau-de-balsa. Houve efeito significativo da

adubação (p 0,021) para o volume total de madeira de pau-de-balsa nos

diferentes espaçamentos. O volume de madeira apresentou uma resposta crescente

à medida que aumenta a idade e o nível de adubação. No espaçamento 2x2 m o

volume superior a 100 m3 ha-1 após o desbaste só é alcançado no maior nível de

adubação aos 4,4 anos de idade e no espaçamento 3x2 m este volume é obtido aos

3 anos. Já no espaçamento 3x3 m, sem desbastes, o volume de 100 m3 ha-1 é

obtido aos 3,2 anos (Figura 11).

Aproximadamente aos cinco anos o volume do tronco do pau-de-balsa variou

entre 54 m3 ha-1 e 120 m3 ha-1 respectivamente no espaçamento de 2x2 m sem

adubação e no espaçamento de 3x3 m com maior adubação, o que corresponde a

variação do IMA (incremento médio anual do volume de madeira) de 11,3 a 25,0 m3

ha-1 ano-1, ou seja, através do espaçamento e adubação adequados é possível mais

que dobrar a produtividade do pau-de-balsa (Figura 11).

3 x 3 m

Idade (anos)

1,0 1,8 2,5 3,0 3,8 4,8 6,3

0

0,5

1

2

3 x 2 m

Idade (anos)

1,0 1,8 2,52,5 3,0 3,8 4,8

2 x 2 m

Idade (anos)

1,0 1,8 2,52,5 3,0 3,8 4,8

AB

(m

2ha

-1)

0

4

8

12

16

20

a

b

b

c

a

b

c

d

a

b

c

d

a

b

c

d

a

b

b

c

a

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b

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b

b

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b

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b

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c

a

ab

bc

c

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ab

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b

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b

b

a

b

b

c

a

b

b

c

a

b

b

c

a

ab

bc

c

a

ab

b

b

dc

Desbaste de 50% AB Desbaste de 10% AB

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27

Figura 11. Volume de madeira de O. pyramidale em função da idade nos diferentes espaçamentos de plantio e níveis de adubação, em Guarantã do Norte – MT. Níveis de adubação com letras iguais, em cada idade, não diferem entre si (Tukey, 5%).

Normalmente, a densidade da madeira aumenta com rapidez durante o

período juvenil e a madeira de lenho tardio apresenta densidade básica maior que a

da madeira de lenho juvenil com o avanço da idade. Isso acontece quando o

meristema cambial está em formação e a porcentagem de área ocupada e a

frequência dos vasos diminuíram (SETTE et al., 2012), razão pela qual pode ter

influenciado na densidade dos troncos, haja vista que, de maneira geral, ocorreu o

aumento da densidade em função da idade da árvore, nitidamente observado no

espaçamento 3x3 m (Figura 12), provavelmente pelo fato de que a dinâmica de

crescimento destas árvores tenha influenciado a presença em menor quantidade de

madeira com lenho juvenil. Portanto, ao comparar a densidade da madeira de pau-

de-balsa em todas as idades e nos espaçamentos de plantio, não há efeito claro da

adubação sobre esta variável (p > 0,05).

3 x 3 m

Idade (anos)

1,0 1,8 2,5 3,0 3,8 4,8 6,4

3 x 2 m

Idade (anos)

1,0 1,8 2,52,5 3,0 3,8 4,8

2 x 2 m

Idade (anos)

1,0 1,8 2,52,5 3,0 3,8 4,8

Vo

lum

e (

m3ha

-1)

0

28

56

84

112

140

0

0,5

1

2a

b

a

b

c

d

a

b

c

d

a

b

c

d

a

b

c

d

a

b

c

d

a

b

a

b

b

c

a

b

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c

ab

bc

a

b

bc

c

a

b

b

b

a

b

c

d

a

b

b

a

b

b

a

b

b

a

b

bc

c

a

b

b

b

dc

c

d

a

c

c

c

c

Desbaste de 50% AB Desbaste de 10% AB

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Figura 12. Densidade do lenho de O. pyramidale em função da idade nos diferentes espaçamentos de plantio e níveis de adubação, em Guarantã do Norte – MT.

Os fatores que influenciam a taxa de crescimento das árvores podem

ocasionar alterações na densidade da madeira. Para as folhosas, como o pau-de-

balsa, a elevação da taxa de crescimento, dentro de certos limites, ocasiona

aumento da densidade da madeira (ROCHA; LOGSDON; FINGER, 2012).

No desdobramento da interação entre os níveis de adubação e espaçamento,

aos 4,8 anos, para o volume de madeira produzida, o modelo linear simples de

superfície de resposta quadrático foi o que melhor se ajustou aos dados (VCC= -

86,455+41,944**NA+50,219**E-5,362nsNA²-3,5428**E²-1,373nsNA.E; R²= 0,813; VCC

= Volume de madeira com casca; NA = nível de adubação; E = espaçamento) e

explica 81% da variação total dos dados. O volume máximo de madeira foi de 135,0

m3 ha-1 e ocorreu na área útil de 6,7 m2 no maior nível de adubação. Assim, para

futuros plantios comerciais, com maiores investimentos em adubação, recomenda-se

o emprego de espaçamento de, no mínimo 3x2 m, com previsão de corte até os 5

anos.

O menor volume de madeira no espaçamento 2x2 m resulta do número

excessivo de árvores dominadas as quais afetaram negativamente a produção total

do talhão neste tratamento, mesmo nos maiores níveis de adubação e após o

desbaste com remoção de 50% da AB, as árvores remanescentes não retomaram as

taxas de crescimento iniciais. Assim, espaçamentos menores entre as árvores como

o 2x2 m só devem ser recomendados quando houver o aproveitamento comercial da

madeira fina, DAP > 12 cm, e indústrias próximas que possam processar a madeira

e, claro, o valor agregado na madeira deve ser vantajoso para o produtor.

3 x 3 m

Idade (anos)

1,0 2,5 3,8 4,8 6,4

3 x 2 m

Idade (anos)

1,0 2,5 3,8 4,8

2 x 2 m

Idade (anos)

1,0 2,5 3,8 4,8

De

nsid

ad

e-L

enho

(kg

m-3

)

125

150

175

200

225

250

275

0

0,5

1

2

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29

Figura 13. Volume do tronco com casca (Vcc) de pau-de-balsa em função do nível de adubação e da área útil por árvore, em Guarantã do Norte – MT. 1.3.2. Produção e partição de biomassa das árvores

A partição média da biomassa por árvore aos dois anos foi de 6% de folhas,

39% de galhos e 55% de tronco no espaçamento 2x2 m, 4% de folhas, 56% de

galhos e 40% de tronco no espaçamento 3x2 m e 3 % de folhas, 51% de galhos e 46

% de tronco no espaçamento 3x3 m. No espaçamento de 2x2 m a proporção de

galhos (< 40) foi 10% menor em relação aos espaçamentos 3x2 m e 3x3 m (> 50%)

enquanto que alocação no tronco foi no mínimo 9% maior (Figura 14).

20

40

60

80

100

120

140

160

0,00,00,00,0

0,50,50,50,5

1,01,01,01,0

2,02,02,02,0

0,00,00,00,0

0,50,50,50,5

1,01,01,01,0

2,02,02,02,0

0,00,00,00,0

0,50,50,50,5

1,01,01,01,0

2,02,02,02,0

4444444444444444

6666666666666666

9999999999999999

Vcc (

m3 h

a-1

)

Nív

el d

e ad

ubaç

ão

Área útil (m 2 árvore -1

)

60

80

100

120

140

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30

Figura 14. Partição da biomassa de tronco (1º e 2º tora), galhos e folhas (kg árvore-

1) de O. pyramidale em função nível de adubação e do espaçamento aos 2,5 anos após o plantio em Guarantã do Norte - MT.

Aproximadamente aos cinco anos a partição de biomassa para copa não

diminui com a idade como o esperado, comportamento típico em plantios florestais,

principalmente como as de eucalipto (Figura 15). No caso do pau-de-balsa, após o

primeiro período de seca, a planta perde sua dominância apical havendo a emissão

de galhos (trifurcação) o que evita a redução acentuada na partição de biomassa

para a copa das árvores (Figuras 15). O espaçamento menor entre as árvores (2x2

m) não possibilitou, com a idade, a redução acentuada para a copa, após a

realização do desbaste a alocação de C para a biomassa da copa é semelhante aos

demais espaçamentos testados reduzindo as diferenças encontradas até os dois

anos.

0

5

10

15

20

25

30

35

0 0,5 1 2 0 0,5 1 2 0 0,5 1 2

2X2 3X2 3X3

Bio

ma

ss

a (

kg

árv

.-1)

1ª Tora 2ª Tora Galhos Folhas

0%

20%

40%

60%

80%

100%

0 0,5 1 2 0 0,5 1 2 0 0,5 1 2

2X2 3X2 3X3

1ª Tora 2ª Tora Galhos Folhas

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31

Figura 15. Partição da biomassa de tronco (1º e 2º tora), galhos e folhas (kg árvore-

1) de O. pyramidale em função nível de adubação e do espaçamento aos 4,8 anos após o plantio em Guarantã do Norte - MT.

A biomassa total do povoamento de pau-de-balsa aos cinco anos variou do

menor para o maior nível de adubação de 21 a 33 Mg ha-1 no espaçamento 2x2 m,

de 28 a 50 Mg ha-1 no 3x2 m, de 22 a 50 Mg ha-1 no 3x3 m. De maneira geral

ocorreu aumento na partição de biomassa para a primeira e segunda tora com o

aumento do nível de adubação. No entanto, a proporção de galhos corresponde a

cerca de 50% da biomassa total da parte aérea (Figura 16).

0

10

20

30

40

50

60

0 0,5 1 2 0 0,5 1 2 0 0,5 1 2

2X2 3X2 3X3

Bio

mas

sa (

kg á

rv.-1

)

1ª Tora 2ª Tora Galhos Folhas

0%

20%

40%

60%

80%

100%

0 0,5 1 2 0 0,5 1 2 0 0,5 1 2

2X2 3X2 3X3

1ª Tora 2ª Tora Galhos Folhas

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32

Figura 16. Partição da biomassa de tronco (1º e 2º tora), galhos e folhas (Mg ha-1) de O. pyramidale em função nível de adubação e do espaçamento aos 4,8 anos após o plantio em Guarantã do Norte - MT.

Para o acúmulo de serapilheira de pau-de-balsa não houve interação entre os

níveis de adubação e época de avaliação (p > 0,77), apenas os efeitos isolados de

adubação e época (p < 0,001). O modelo linear simples de superfície de resposta

raiz quadrático foi o que melhor se ajustou aos dados (Y= -72,597+0,118ns X -

17,515**Y+1,554ns√X + 78,2629**√Y R2= 0,838) e explica 84% da variação total dos

dados. O acúmulo máximo de serapilheira foi de 17,3 Mg ha-1 e ocorreu aos cinco

anos no maior nível de adubação. A partir do quinto ano ocorre redução na diferença

entre os níveis de adubação e na quantidade de serapilheira acumulada no solo

(Figura 17).

Os resultados obtidos de crescimento e produção de biomassa das árvores

de pau-de-balsa permitem afirmar que doses adequadas de fertilizantes minerais,

associadas ao preparo do solo através do cultivo mínimo, rigorosa seleção das

mudas e espaçamento, poderão, em função do efeito sobre o crescimento das

0

10

20

30

40

50

60

0,0 0,5 1,0 2,0 0,0 0,5 1,0 2,0 0,0 0,5 1,0 2,0

2X2 3X2 3X3

Bio

massa (M

g h

a-1

)

1ª Tora 2ª Tora Galhos Folhas

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0,0 0,5 1,0 2,0 0,0 0,5 1,0 2,0 0,0 0,5 1,0 2,0

2X2 3X2 3X3

1ª Tora 2ª Tora Galhos Folhas

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33

árvores e a produção por área, proporcionar novas características ao cultivo do pau-

de-balsa, assegurando-lhe melhores condições para alcançar o grande objetivo que

é aumentar a produtividade e a rentabilidade de seu cultivo em escala comercial.

Figura 17. Acúmulo de serapilheira de pau-de-balsa em função do nível de adubação e idade de crescimento das árvores, no espaçamento 3x3 m, em Guarantã do Norte – MT. 1.3.3. Atributos químicos do solo aos 2,2 anos

O pH do solo foi alterado nas camadas superficiais do solo, nos primeiros 15

cm, independente do espaçamento de plantio (Figura 18). Nas camadas sub

superficiais, em todos os espaçamentos, não houve diferenças significativas entre os

níveis adubação para o pH. Considerando que o calcário foi aplicado na superfície, e

que nessas condições reage lentamente, comparado ao incorporado no solo, e a

sua baixa mobilidade, essa prática restringe seu efeito nas camadas superficiais no

curto prazo. De maneira geral a calagem em superfície não afetou significativamente

o pH em camadas inferiores a 15 cm de profundidade aos 2,2 anos (CORRÊA, et al.,

2009).

4

6

8

10

12

14

16

18

20

0,00,00,00,00,00,00,00,00,00,00,00,0

0,50,50,50,50,50,50,50,50,50,50,50,5

1,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,01,0

2,02,02,02,02,02,02,02,02,02,02,02,0

2,32,32,32,3

4,84,84,84,86,46,46,46,4

2,32,32,32,3

4,84,84,84,86,46,46,46,4

2,32,32,32,3

4,84,84,84,86,46,46,46,4

2,32,32,32,3

4,84,84,84,86,46,46,46,4

Se

rapilh

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a (

Mg h

a-1

)

Nív

el d

e ad

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ão

Idade (anos)

8

10

12

14

16

18

838,0

2629,78554,117515118,0597,72ˆ

2

****

R

YXYXY nsns

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34

Embora, considerando que junto com o calcário foi aplicado gesso agrícola,

que funciona como carreador de Ca e Mg para camadas sub superficiais, espera-se

com o passar do tempo que ocorra alterações do pH em camadas profundas em

razão dos carbonatos (de Ca ou de Mg) reagirem com o hidrogênio (CORRÊA, et al.,

2009).

Considerando o crescimento das árvores, onde o volume máximo de madeira

foi de 135,0 m3 ha-1 ocorrendo na área útil de 6,7 m2 no maior nível de adubação, o

pH do solo na faixa entre 5,8 e 6,2, corresponde ao melhor desenvolvimento das

árvores de pau-de-balsa (Figura 18).

Figura 18. Índice de pH (H2O) no solo em função da profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão da média.

O alumínio teve comportamento inversamente proporcional ao pH do solo,

quanto maior o pH, menores os teores de Al, sendo que os níveis decresceram

3 x 2 m

pH (H2O)

4,5 5,0 5,5 6,0 6,5

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

2 X 2 m

pH (H2O)

4,5 5,0 5,5 6,0 6,5

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cm

)

2,5

10,0

22,5

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0

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1

2

3 x 3 m

pH (H2O)

4,5 5,0 5,5 6,0 6,5

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abbb

abb

aabbcc

aababb

aababb

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35

significativamente, alcançando, inclusive, a precipitação total do alumínio nos

tratamentos com maior aplicação de calcário nos espaçamentos 3x2 m e 3x3 m na

camada de 0 – 5,0 cm de profundidade, diferindo estatisticamente entre os

tratamentos (Figura 19). Estes resultados estão de acordo com os encontrados por

Anjos, Sobral e Lima (2011) e Araújo, Demattê e Garbuio (2009), uma vez que, nos

estudos que realizaram, a calagem também elevou significativamente os valores do

pH do solo, redução linear dos teores de Al3+ trocável devido à precipitação do Al3+

na forma de Al(OH)3, influenciando positivamente na disponibilização dos teores de

Ca2+ e Mg2+ no solo.

Figura 19. Teores de alumínio trocável (Al3+) no solo em função da profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão da média.

3 x 2 m

Al3+

(cmolc dm

-3)

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

2 X 2 m

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(cmolc dm

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0,0 0,1 0,2 0,3 0,4

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cm

)

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3 x 3 m

Al3+

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-3)

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4

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36

Os valores de pH foram maiores nas camadas superficiais,

consequentemente, a saturação por Al (m%) foi menor (Figura 20), corroborando

com os resultados obtidos por Vezzani, Tedesco e Barros (2001), onde observaram

em plantio misto de Eucalyptus saligna (Smith) e Acacia mearnsii (De Wild.), aos 4

anos de idade, que ao elevar os índices de pH ocorre redução dos teores de

alumínio trocável no solo.

A aplicação de calcário elevou os teores de Ca e Mg e reduziu os teores de

Al³+ (acidez trocável), com isto a saturação por Al (m%) foi menor, como relatado por

SENA et al., (2010).

Figura 20. Saturação por alumínio (m%) no solo em função da profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão da média.

3 x 2 m

m (%)

0 1 2 3 4 5 6 7 8

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

2 X 2 m

m (%)

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cm

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3 x 3 m

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O Al no solo é considerado o inimigo número um de todas as culturas

(RONQUIM, 2010), apesar de que, segundo Osaki (1991) valores de saturação por

alumínio no solo (m%) < 5, são considerados muito baixos e não prejudiciais,

portanto, apesar de que os resultados apresentaram diferenças significativas entre

os tratamentos, os valores nominais de m(%) foram inferiores a 5%, não afetando,

desta forma, os resultados obtidos no experimento (Figura 20).

Não houve diferença significativa dos teores de N, entre os níveis de

adubação nos diferentes espaçamentos e profundidades (Figura 21). Este resultado,

nesta fase inicial do desenvolvimento do pau-de-balsa, pode ser explicado, mesmo

que, no processo de ciclagem de nutrientes, através da decomposição da

serapilheira, o nitrogênio é o nutriente fornecido em maior quantidade ao solo

(GODINHO et al., 2014, SCHUMACHER, 2003).

Considerando que a biomassa total do povoamento de pau-de-balsa variou do

menor para o maior nível de adubação de 21 a 50 Mg ha-1, a quantidade de N

imobilizada, considerando a concentração média de 5 g kg-1 de N, variou de 100 a

250 kg ha-1 de N na biomassa da parte aérea. A quantidade demandada pelas

árvores é bem superior à quantidade aportada via adubação, está variou de 20 a

170 kg ha-1 de N, justificando a redução dos teores de N no solo na fase inicial de

desenvolvimento das árvores e formação da floresta. Posteriormente parte do N

imobilizado na biomassa da parte aérea será devolvido ao solo através do processo

de ciclagem dos nutrientes.

A permanência do N na solução do solo está diretamente ligada,

principalmente, à lixiviação, imobilização na matéria orgânica e na microbiota do

solo, sendo que, os microrganismos ao realizarem o processo de decomposição da

serapilheira, utilizam parte das reservas de N do solo para equilibrar a relação C:N

(ANDRADE; OLIVEIRA; CERRI, 2005), além da elevada demanda por N até o

fechamento das copas dos plantios florestais, que ocorre aproximadamente aos dois

anos de idade (ROCHA, 2002, ROCHA; GONÇALVES; MOURA, 2004). Portanto,

nos primeiros dois anos as árvores de pau-de-balsa estão em pleno crescimento e

maior parte do nitrogênio foi absorvido e imobilizado na biomassa da árvore, nas

folhas, galhos, troncos, raízes e serapilheira, não ocorrendo alterações dos teores no

solo (Figura 21).

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Figura 21. Teores de nitrogênio (N) no solo em função da profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão da média.

Para os teores de fósforo (P) também não houve diferença significativa entre

os tratamentos nos diferentes espaçamentos e profundidades (Figura 22). Espécies

pioneiras, como o pau-de-balsa, são eficientes para absorver o P do solo, mesmo

quando este se encontra com disponibilidade limitada, principalmente em seus

estágios inicias de crescimento (FONTES; GAMA-RODRIGUES; GAMA-

RODRIGUES, 2013). Levando-se em conta que as coletas foram realizadas aos 2,2

anos, pode-se considerar, desta forma, que parte do P aplicado nos tratamentos

estão estocados nas partes vegetativas das árvores e na serapilheira em

decomposição.

3 x 2 m

N (g kg-1

)

0,00 0,05 0,10 0,15 0,20

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

2 X 2 m

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)

0,00 0,05 0,10 0,15 0,20

Pro

fundid

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cm

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0

0,5

1

2

3 x 3 m

N (g kg-1

)

0,00 0,05 0,10 0,15 0,20

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39

O fato de aportar P através da adubação e, mesmo assim, não apresentar

diferenças entre os teores no solo, é consequência do maior acúmulo de serapilheira

(Figura 17) e maior quantidade de biomassa, como volume do tronco (Figura 11),

galhos e folhas nos tratamentos com maior adubação, a quantidade de P

imobilizada, considerando a concentração média de 0,54 g kg-1 de P, variou de 11 a

27 kg ha-1 de P imobilizado na biomassa da parte aérea. A quantidade de P,

aportada via adubação, variou de 20 a 110 kg ha-1 e no maior nível de adubação

esta variação foi de 74 a 110 kg ha-1. Logo, as quantidades aportadas de P foram

maiores que as quantidades imobilizadas na biomassa aérea, levando a entender

que o restante do P aplicado parte está estocado na serapilheira e parte na fração

lábil do solo, corroborado por resultados encontrados por Zaia, Gama-Rodrigues e

Gama-Rodrigues (2008), ao estudar solo sob cobertura com leguminosas florestais,

floresta secundária e pastagem, e Silva et al. (2009) ao avaliar o impacto de plantios

florestais nos atributos físicos, químicos e biológicos de um Latossolo Vermelho-

amarelo de cerrado em áreas cultivadas há mais de 20 anos com pínus (Pinus

tecunumanii), eucalipto (Eucalyptus grandis) ou carvoeiro (Sclerolobium

paniculatum), onde os teores de P não variaram significativamente entre as

coberturas vegetais avaliadas.

Os microrganismos do solo desempenham papel fundamental na

mineralização e solubilização do P. Sua liberação, para que se possa dar

continuidade ao ciclo, geralmente é lenta e gradual, conforme o desenvolvimento

das plantas, portanto, são grandes imobilizadores do P na biomassa microbiana do

solo, consequentemente também grandes estocadores de P, constituindo-se no

reservatório lábil deste nutriente (MENDES e REIS, 2003), levando a entender, desta

forma, que o maior aporte de P através dos níveis de adubação não aumentou sua

disponibilidade na solução do solo no período de dois anos (Figura 22).

Outro fator que pode ter influenciado nos resultados do P, inclusive de outros

nutrientes também, foi o método utilizado para a realização da adubação e o método

utilizado para a amostragem do solo. As adubações fosfatadas foram feitas próximas

as mudas, no caso do fosfato de gaftsa (FG), no sulco de plantio em dose única e

concentrada abaixo da muda, e o NPK, em covetas laterais aproximadamente a 20

cm da planta. Considerando que as coletas do solo foram feitas de forma

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40

casualizada no sulco de plantio e nas entrelinhas, porém não próximo ao tronco da

árvore, as concentrações de P, obtidas nos resultados, representam os teores

médios da área como um todo. Assim, nos dois primeiros anos não ocorreu a

redistribuição do P na área toda através da ciclagem de nutrientes. Com o passar do

tempo através do processo de ciclagem de nutrientes contidos na serapilheira, o P e

outros elementos poderão ser redistribuídos de forma uniforme em toda área

alterando o teor médio de nutrientes, principalmente nas camadas superficiais do

solo.

Figura 22. Teores de fósforo (P) no solo em função da profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão da média.

3 x 2 m

P (mg dm-3

)

0,5 1,0 1,5 2,0 2,5

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

2 X 2 m

P (mg dm-3

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0,5 1,0 1,5 2,0 2,5

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fundid

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22,5

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1

2

3 x 3 m

P (mg dm-3

)

0,5 1,0 1,5 2,0 2,5

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41

Os teores de potássio (K) também não diferem significativamente entre os

tratamentos nas diferentes profundidades e espaçamentos de plantio (Figura 23). O

K é acumulado em grande quantidade nas partes vegetativas da planta, como

raízes, caules, folhas, frutos e cascas. No entanto, temos que considerar as perdas

que possam ocorrer após sua liberação da serapilheira, o K é facilmente lixiviado e o

regime de precipitação elevado pode favorecer as perdas. Ernani, Almeida e Santos

(2007) relatam que ele é lavado do material orgânico logo após a morte das células.

A decomposição das frações orgânicas não contribui, portanto, de modo importante

para o suprimento de K às plantas, corroborando com os resultados, mesmo não

havendo diferença entre os tratamentos, de maneia geral, comparado com a análise

antes do plantio (18 mg dm-3), elevou os teores do K no solo em todos os

tratamentos e espaçamentos nas camadas superficiais.

A quantidade de K imobilizada, considerando a concentração média de 4,6 g

kg-1 de K, variou de 100 a 230 kg ha-1 de K imobilizado na biomassa da parte aérea,

valor consideravelmente maior que a quantidade aportada de K pela adubação,

variou de 17 a 150 kg ha-1 e no maior nível de adubação está variação foi de 67 a

150 kg ha-1. Se considerarmos a quantidade de K que a serapilheira pode devolver

para o solo ± 17,3 Mg ha-1 de serapilheira x 11,6 g dm-3 (teor médio nas folhas) =

200 kg ha-1 de K – 17,3 x 0,6 g dm-3 (serapilheira após estabilização)= 10,4 kg ha-1

de K, pode retornar via serapilheira cerca de 190 kg ha-1 de K, ou seja, a ciclagem

do K, aos dois anos já ocorre de forma intensa através da decomposição da

serapilheira. A ciclagem maior para o K respalda a elevação dos teores no solo de

maneira geral em relação aos teores iniciais antes do plantio.

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42

Figura 23. Teores de potássio (K) no solo em função da profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão da média.

Semelhantemente ao pH, os teores de Ca também foram alterados nas

camadas superficiais do solo, nos primeiros 15 cm, principalmente nos

espaçamentos de plantio 3x2 m e 3x3 m (Figura 24), fato que pode ser atribuído à

aplicação de calcário e gesso nos tratamentos, tendo em vista que a aplicação foi a

lanço, em superfície e não incorporado ao solo, e por este elemento apresentar

baixa mobilidade no solo, sua incorporação em camadas sub superficiais, torna-se

lenta, corroborando com os resultados apresentados as dois anos de idade.

3 x 2 m

K (mg dm-3

)

0 10 20 30 40 50

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

2 X 2 m

K (mg dm-3

)

0 10 20 30 40 50

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

0

0,5

1

2

3 x 3 m

K (mg dm-3

)

0 10 20 30 40 50

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43

Os maiores teores de Ca no maior nível de adubação na camada de 5,0 –

15,0 cm nos espaçamentos 3x2 m e 3x3 m pode ser atribuído ao carreamento deste

nutriente em profundidade pelo sulfato oriundo da aplicação do gesso. Para o

espaçamento 2x2 m, isso não aconteceu, devido a maior quantidade de plantas e,

consequentemente, raízes que absorveram o Ca, imobilizando-o na biomassa da

planta.

Figura 24. Teores de cálcio (Ca) no solo em função da profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão da média.

O Ca carreado é o resultado da diferença entre a quantidade aplicada e a

quantidade absorvida pelas plantas. A quantidade de Ca imobilizada, considerando

a concentração média de 5,9 g kg-1 de Ca, variou de 125 a 300 kg ha-1 de Ca

imobilizado na biomassa da parte aérea. A quantidade aportada de Ca pela

3 x 2 m

Ca (cmolc dm

-3)

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

2 X 2 m

Ca (cmolc dm

-3)

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

0

0,5

1

2

3 x 3 m

Ca (cmolc dm

-3)

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5

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aab ab

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44

aplicação do calcário e do gesso, variou entre 204 a 816 kg ha-1 entre o menor e o

maior nível de adubação, valores notadamente maiores que a quantidade

imobilizada. Considerando que o cálcio se movimenta no solo, principalmente por

fluxo de massa, inclusive chegando teores de Ca até as raízes maiores do que

aquele efetivamente absorvido, além da participação significativa da interceptação

radicular, principalmente, das raízes finas das camadas superficiais do solo

(LACLAU et al., 2004), o menor número de árvores por unidade de área, possibilita

menor absorção e imobilização de Ca na biomassa das árvores.

Para o espaçamento 2x2 m a maior quantidade de Ca e outros elementos

imobilizados na biomassa das árvores, não representa ganho em produção, haja

vista que, conforme os resultados apresentados na figura 13, foi neste espaçamento

que houve o menor volume de tronco, mesmo após o desbaste e o retorno destes

nutrientes ao solo mediante a decomposição dos resíduos vegetais, pois este

processo acontece de forma gradual. Nos demais espaçamentos, esta imobilização

de nutrientes, em especial o Ca, representa ganho em volume do tronco.

O Mg teve o mesmo comportamento do Ca, havendo diferença significativa

entre os tratamentos nas camadas superficiais, no espaçamento 2x2 m, a diferença

ocorreu somente na camada de solo de 0 – 5,0 cm. Nos espaçamentos 3x2 e 3x3 m

houve diferença significativa entre os tratamentos nas profundidades de 0 – 5,0 cm e

de 5,0 – 15,0 cm (Figura 25).

O Mg é elemento essencial na fotossíntese, pois participa dos processos

metabólicos como a formação de ATP nos cloroplastos, atuando na síntese proteica,

formação de clorofila, carregamento do floema, separação e utilização de

fotoassimilados (FERREIRA et al., 2014). O Mg é móvel na planta, sendo

translocado de folhas mais velhas para tecidos novos e pontos de crescimento e

também imprescindível na formação de raízes, pois aumenta o sistema radicular

(FERREIRA et al., 2014), razão pela qual justifica, como relatado por Villa et al.

(2016), que os teores de Mg na serapilheira, são considerados baixos em espécies

florestais, acarretando normalmente menor quantidade deste elemento nas camadas

superficiais do solo. Portanto o teor de Mg aumentou no solo em consequência da

quantidade aportada no calcário (Figura 25).

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45

No espaçamento 2x2 m, por haver maior quantidade de árvores por área,

ocorreu maior absorção do Mg e sua imobilização na biomassa, logo, as diferenças

significativas aconteceram somente na camada superficial, em vista disso, no

espaçamentos 3x2 m e 3x3 m, devido ao menor número de árvores por hectare e

menor imobilização do Mg permitiu alcançar a camada de 5,0 – 15,0 cm.

Considerando a disponibilidade deste elemento na solução do solo, outro fator que

contribuiu com o aprofundamento do Mg foi o efeito da aplicação de gesso, onde o

ânion acompanhante (S-SO42-) movimenta-se com facilidade em profundidade no

solo, carreando consigo K+, Mg2+ e, principalmente, Ca2+ (SOUSA et al., 2007).

A quantidade de Mg imobilizada, considerando a concentração média de 2,5 g

kg-1 de Mg, variou de 50 a 125 kg ha-1 na biomassa da parte aérea. Já a quantidade

aportada de Mg pela aplicação do calcário e do fosfato de gafsa, variou entre o

menor e o maior nível de adubação, de 60 a 250 kg ha-1, quantidades maiores que a

quantidades imobilizada na biomassa da parte aérea. Semelhante ao Ca, o Mg

também se movimenta no solo, principalmente por fluxo de massa e o menor

número de árvores por unidade de área, possibilita menor absorção e imobilização

de Mg na biomassa das árvores.

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46

Figura 25. Teores de magnésio (Mg) no solo em função da profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão da média.

A matéria orgânica (MO) no solo, aos dois anos, não diferiu estatisticamente

entre os tratamentos nas diferentes profundidades e densidades de plantio (Figura

26). Mesmo que o pau-de-balsa deposite grande quantidade de biomassa na

superfície (Figura 17), o carbono que a planta fixou está nesta biomassa, não sendo

incorporado rapidamente ao solo, corroborando com os resultados encontrados por

Andrade, Oliveira e Cerri (2005), que após cinco anos de cultivo de eucalipto e,

inclusive, com incorporações de biossólidos ricos em C, o teor total de MO no solo

não diferiu entre os tratamentos. Portanto, mesmo que os tratamentos não diferem

entre si, analisando os números absolutos dos resultados dos teores de matéria

3 x 2 m

Mg (cmolc dm

-3)

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

2 X 2 m

Mg (cmolc dm

-3)

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

0

0,5

1

2

3 x 3 m

Mg (cmolc dm

-3)

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5

aab ab

aab ab

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a a a a ab abc

ab bc

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47

orgânica no solo, pode ser observado o aumento na quantidade de matéria orgânica

com o passar do tempo, principalmente na camada superficial, resultado da ciclagem

do carbono depositado via serapilheira.

Figura 26. Teores de matéria orgânica (MO) no solo em função da profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão da média.

Para a CTC, não houve diferença significativa entre os tratamentos nas

diferentes profundidades e espaçamentos de plantio aos dois anos, corroborando

com os resultados da MO (Figura 27). Aos dois anos, o carbono imobilizado na

biomassa das árvores de pau-de-balsa, está em processo inicial da ciclagem, e não

impôs alterações nas características químicas do solo. No entanto, observando os

3 x 2 m

MO (g kg-1

)

0 5 10 15 20 25 30 35

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

2 X 2 m

MO (g kg-1

)

0 5 10 15 20 25 30 35P

rofu

ndid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

0

0,5

1

2

3 x 3 m

MO (g kg-1

)

0 5 10 15 20 25 30 35

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48

números absolutos, em todos os tratamentos nos distintos espaçamentos, houve

aumento notório da CTC comparado a CTC antes do plantio (6,0 cmolc dm-3),

elevação que pode ser atribuída principalmente ao aumento nas concentrações das

bases K, Ca e Mg, oriundas da aplicação do calcário, gesso agrícola e adubos.

Figura 27. Níveis de capacidade de troca catiônica (CTC) no solo em função da profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão da média.

A evolução do processo de ciclagem através da decomposição da

serapilheira aumentará o estoque de nutrientes no solo, inclusive os níveis de C

(ANDRADE; OLIVEIRA; CERRI, 2005), no entanto, os níveis da CTC poderão sofrer

alterações ao longo do tempo, como relatado por Goma-Tchimbakala, Moutsambote

3 x 2 m

CTC (cmolc dm

-3)

2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

2 X 2 m

CTC (cmolc dm

-3)

2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

0

0,5

1

2

3 x 3 m

CTC (cmolc dm

-3)

2 3 4 5 6 7 8 9 10

a

abbb

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e Makosso (2008) avaliando Terminalia superba em idades de 7, 12, 32 e 48 anos,

não sendo evidente, mesmo várias décadas após o reflorestamento, uma mudança

expressiva dos niveis da CTC do solo (OLSZEWSKA e SMAL, 2008).

A soma de bases (SB) diferiu entre os tratamentos nas camadas superficiais,

0 – 5,0 cm no espaçamento 2x2 m e 0 – 5,0 e 5,0 – 15,0 cm para os espaçamentos

3x2 m e 3x3 m (Figura 28), corroborando com os resultados do Ca (Figura 24) e do

Mg (Figura 25).

Figura 28. Soma de bases (SB) no solo em função da profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão da média.

3 x 2 m

SB (cmolc dm

-3)

0 1 2 3 4 5 6

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

2 X 2 m

SB (cmolc dm

-3)

0 1 2 3 4 5 6

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

0

0,5

1

2

3 x 3 m

SB (cmolc dm

-3)

0 1 2 3 4 5 6

aab ab

abc abc

aab abb

ab bc

ab abb

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A elevação da SB nas camadas superficiais do solo, portanto, é atribuída a

maior quantidade de Ca2+, Mg2+ e K+ oriundos da aplicação do calcário, gesso e

cloreto de potássio, além da decomposição da serapilheira depositada na superfície

do solo, sobretudo do cálcio, principal elemento na estrutura da parede celular das

plantas e consequentemente pouco móvel na planta (VILLA et al., 2016). O retorno

de Ca é importante tanto para o incremento do Ca trocável do solo, aumento da SB

e na manutenção do pH nas camadas superficiais do solo (VANLAUWE et al., 2005),

corroborando com o aumento considerável nos valores absolutos da SB do solo

comparado com a SB antes do plantio que era de 1,95 cmolc dm-3.

Com base nos dados de crescimento das árvores, elevar a SB na camada

superficial de 0 – 15 cm a um nível médio de 5 cmolc dm-3, propiciaria ao solo

condições favoráveis para o bom desenvolvimento do cultivo de pau-de-balsa.

A saturação por bases (V%) também diferiu entre os tratamentos nas

camadas superficiais em todos os espaçamentos de plantio (Figura 29). Com

exceção da testemunha, os demais tratamentos, nos espaçamentos de plantio 3x2

m e 3x3 m, apresentaram níveis de V% acima de 50%. Contudo, no espaçamento

2x2 m, somente os maiores níveis de adubação alcançaram estes valores (Figura

25).

Aumentando-se a quantidade dos elementos, principalmente Ca, Mg e K,

principais componentes da SB, determinantes da saturação por bases do solo,

aumenta-se a saturação por bases (GOMA-TCHIMBAKALA, MOUTSAMBOTE E

MAKOSSO, 2008), justificando os menores índices de V% no espaçamento de

plantio 2x2 m, devido a maior imobilização destes elementos na biomassa das

árvores e, consequentemente, menor quantidade destas bases na solução trocável

do solo. Assim, os tratamentos que apresentaram V% superior a 60%

proporcionaram maior crescimento das árvores de pau-de-balsa.

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Figura 29. Saturação por bases (V) no solo em função da profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão da média.

O boro não diferiu estatisticamente (p > 0,05) entre os tratamentos nos

diferentes espaçamentos de plantio e profundidades. Apesar das árvores terem

recebido B na ocasião do plantio, possivelmente absorveram este elemento, de

maneira tal que, na solução do solo, as concentrações se mantiveram semelhantes

(Figura 30).

3 x 2 m

V (%)

10 20 30 40 50 60 70

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

2 X 2 m

V (%)

10 20 30 40 50 60 70

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

0

0,5

1

2

3 x 3 m

V (%)

10 20 30 40 50 60 70

aab ab

abc bc

abc bc

aa ab

aab ab

aabab

b

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Figura 30. Teores de boro (B) no solo em função da profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte – MT. Letras diferentes, em cada profundidade, indicam diferenças entre os níveis de adubação (Tukey, 5%). Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão da média.

Também pode ser considerada a movimentação do B no solo, pois conforme

Hu e Brown (1997), em pH abaixo de 7,0 (que ocorreu para todos os tratamentos), o

boro se apresenta na forma de ácido bórico, que é solúvel em água, podendo ser

facilmente carreado para as camadas mais profundas, sobretudo com níveis baixos

de MO, tendo em vista que ela exerce papel importante na disponibilidade de B, por

minimizar a lixiviação do B e mantê-lo na forma relativamente disponível para as

árvores (MARZADORI et al., 1991).

3 x 2 m

B (mg dm-3

)

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

2 X 2 m

B (mg dm-3

)

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

0

0,5

1

2

3 x 3 m

B (mg dm-3

)

0,0 0,1 0,2 0,3 0,4

aabab

b

aab ab

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O enxofre, cujo comportamento é semelhante ao N, também não diferiu

estatisticamente entre os tratamentos (p > 0,05), nas diferentes profundidades e

espaçamentos de plantio (Figura 31), possivelmente por este elemento estar

imobilizado na biomassa das árvores de pau-de-balsa, na microbiota do solo ou

mesmo na serapilheira, fato reforçado por Almeida (2017) que relata como

importante fonte dos estoques de S, os componetes vegetativos florestais (folhas,

galhos, casca) e a serapilheira. Contudo, mesmo sem diferença entre os

tratamentos, observa-se maior concentração do S na camada superficial do solo (0 –

0,5 cm), podendo ser atribuído ao S contido no sulfato da adubação fosfatada e,

principalmente, do gesso aplicado (Figura 31).

Figura 31. Teores de enxofre (S) no solo em função da profundidade nos diferentes espaçamentos de plantio aos dois anos de idade, em Guarantã do Norte – MT. Barras horizontais em cada ponto representam o erro padrão da média.

3 x 2 m

S (mg dm-3

)

0 5 10 15 20 25 30

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

2 X 2 m

S (mg dm-3

)

0 5 10 15 20 25 30

Pro

fundid

ade (

cm

)

2,5

10,0

22,5

45,0

0

0,5

1

2

3 x 3 m

S (mg dm-3

)

0 5 10 15 20 25 30

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1.4. Conclusões

O pau-de-balsa responde positivamente à calagem para elevação da saturação

por bases a 60% e adubação, possibilitando incrementos no volume final de madeira

produzida.

A HC é definida no primeiro ano de crescimento das árvores e não é afetada pela

adubação e espaçamento.

A utilização de espaçamento menor não é vantajosa devido à necessidade de

manejo através de desbastes sem aproveitamento comercial das árvores.

O corte raso de plantios homogêneos de pau-de-balsa pode ser realizado aos

cinco anos em espaçamentos 3x2 m e 3x3 m com níveis de adubação entre 1 e 2.

O pau-de-balsa imobiliza quantidade expressiva de nutrientes na biomassa e

serapilheira nos primeiros dois anos de desenvolvimento das árvores.

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ANEXOS Anexo 1. Quadrados médios da análise de variância (QM) para adubação nas diferentes idades no espaçamento 2x2 m.

Idade (anos) DAP1 Ht Hc AB V-CC Nº árv.

QM P QM p QM p QM p QM p QM p

0,3 - - 0,18 0,000 0,18 0,000 1,11 0,001 0,39 0,001 2,200 0,165

0,7 - - 0,43 0,000 0,43 0,000 3,02 0,000 2,56 0,000 8,000 0,112

1,0 4,48 0,000 2,97 0,000 1,80 0,000 9,60 0,000 161,37 0,000 18,300 0,122

1,8 13,04 0,000 14,54 0,000 0,20 0,000 78,48 0,000 1595,55 0,000 19,500 0,131

2,5 11,44 0,000 6,14 0,000 0,20 0,000 104,62 0,000 2968,07 0,000 20,600 0,206

3,0 10,91 0,000 6,91 0,000 0,19 0,004 29,63 0,000 1674,93 0,000 13,020 0,170

3,8 9,47 0,000 5,85 0,000 0,19 0,004 31,45 0,000 2072,67 0,000 14,410 0,128

4,8 8,96 0,001 5,22 0,000 0,24 0,008 36,12 0,000 2318,00 0,000 18,600 0,093

Média * 10,43 11,57 2,90 9,93 53,40 42,76

CV (%) * 7,12 2,94 6,18 9,44 11,71 5,90 * Média e CV (%) correspondente somente a idade de 4,8 anos.

1 DAP, diâmetro à altura do peito (cm); Ht, altura total (m); Hc, altura comercial (m); AB, área

basal (m2 ha

-1); V-CC, volume de troco (m³ ha

-1); Nº árv., número de árvores por hectare.

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Anexo 2. Quadrados médios da análise de variância (QM) para adubação nas diferentes idades no espaçamento 3x2 m.

Idade (anos) DAP Ht Hc AB V-CC Nº árv.

QM P QM p QM p QM p QM p QM p

0,3 - - 0,20 0,001 0,20 0,001 0,11 0,000 0,31 0,007 10,50 0,182

0,7 - - 0,46 0,002 0,46 0,002 1,18 0,001 1,82 0,021 6,30 0,546

1,0 3,39 0,000 2,03 0,000 1,11 0,000 2,78 0,000 13,54 0,011 0,70 0,959

1,8 9,52 0,000 9,39 0,000 0,03 0,621 27,72 0,000 210,25 0,000 1,70 0,858

2,5 4,40 0,000 4,31 0,000 0,03 0,621 20,33 0,000 928,42 0,000 3,80 0,691

3,0 3,43 0,000 3,19 0,000 0,03 0,860 15,72 0,002 1317,96 0,000 13,59 0,862

3,8 2,30 0,000 2,59 0,000 0,03 0,860 11,74 0,002 1219,80 0,000 16,09 0,826

4,8 2,04 0,000 2,39 0,000 0,03 0,876 11,39 0,007 1051,60 0,002 13,59 0,862

Média * 11,66 12,57 3,17 14,33 90,91 77,85

CV (%) * 2,97 0,90 11,68 8,50 10,16 9,54 * Média e CV (%) correspondente somente a idade de 4,8 anos.

1 DAP, diâmetro à altura do peito (cm); Ht, altura total (m); Hc, altura comercial (m); AB, área

basal (m2 ha

-1); V-CC, volume de troco (m

3 ha

-1); Nº árv., número de árvores por hectare.

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Anexo 3. Quadrados médios da análise de variância (QM) para adubação nas diferentes idades no espaçamento 3x3 m.

Idade (anos) DAP Ht Hc AB V-CC Nº árv.

QM P QM p QM p QM p QM p QM p

0,3 - - 0,34 0,000 0,34 0,000 0,37 0,000 0,27 0,000 2,30 0,762

0,7 - - 1,25 0,000 1,25 0,000 1,27 0,000 2,85 0,000 1,50 0,802

1,0 6,28 0,000 3,36 0,000 1,39 0,000 2,72 0,000 55,81 0,000 2,10 0,897

1,8 12,40 0,000 8,44 0,000 0,05 0,079 20,37 0,000 316,41 0,000 0,80 0,976

2,5 4,62 0,000 4,65 0,000 0,05 0,071 14,46 0,000 743,07 0,000 0,80 0,976

3,0 4,56 0,000 3,46 0,000 0,01 0,588 15,38 0,001 1410,50 0,000 1,50 0,943

3,8 3,49 0,000 3,00 0,000 0,01 0,588 12,40 0,000 1317,10 0,000 0,60 0,987

4,8 3,27 0,001 2,78 0,000 0,01 0,833 12,63 0,001 1190,10 0,000 0,80 0,985

6,4 3,14 0,001 2,58 0,000 0,02 0,488 15,68 0,005 1421,60 0,001 79,10 0,459

Média * 13,0 14,8 3,1 14,4 82,7 92,9

CV (%) * 3,8 1,0 5,3 9,4 12,4 9,8 * Média e CV (%) correspondente somente a idade 6,4 anos.

1 DAP, diâmetro à altura do peito (cm); Ht, altura total (m); Hc, altura comercial (m); AB, área

basal (m2 ha

-1); V-CC, volume de troco (m³ ha

-1); Nº árv., número de árvores por hectare.

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Anexo 4. Quadrados médios da análise de variância (QM) do efeito dos níveis de adubação para as características químicas do solo nas diferentes profundidades, no espaçamento 2x2 m, aos dois anos de idade.

Profundidade N P K Ca Mg Al S B

QM p QM p QM p QM p QM p QM p QM p QM p

0-5 cm 0,00 0,487 0,03 0,413 10,75 0,662 0,88 0,009 0,59 0,015 0,01 0,002 78,75 0,446 0,00 0,827

Média 0,15 1,69 34,13 2,52 1,47 0,06 13,56 0,24

CV 5,83 9,40 12,99 13,77 21,03 56,58 66,22 47,18

5-15 cm 0,00 0,282 0,02 0,727 2,73 0,523 0,09 0,186 0,03 0,173 0,00 0,573 1,43 0,878 0,00 0,149

Média 0,11 1,10 18,81 1,74 0,80 0,10 6,07 0,13

CV 7,01 17,70 9,80 12,05 13,86 38,71 41,63 23,67

15-30 cm 0,00 0,490 0,01 0,519 5,13 0,770 0,02 0,740 0,00 0,678 0,00 0,661 38,14 0,215 0,00 0,031

Média 0,07 0,75 12,63 0,94 0,45 0,16 8,56 0,15

CV 5,68 10,27 28,70 23,95 20,32 50,17 43,57 10,72

30-60 cm 0,00 0,749 0,00 0,487 0,46 0,925 0,01 0,463 0,00 0,904 0,00 0,661 5,93 0,743 0,00 0,500

Média 0,05 0,61 7,13 0,61 0,31 0,13 8,88 0,09

CV 16,95 5,73 24,81 18,97 16,82 59,73 41,48 16,72

N, nitrogênio (g kg-1

); P, fósforo (mg dm-3

); K, potássio (mg dm-3

); Ca, cálcio (cmolc dm-3

); Mg, magnésio, (cmolc dm-3

); Al, alumínio (Al3+

cmolc dm-3

); S, enxofre (mg dm

-3); B, boro (mg dm

-3).

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Anexo 5. Quadrados médios da análise de variância (QM) do efeito dos níveis de adubação para as características químicas do solo nas diferentes profundidades, no espaçamento 3x2 m, aos dois anos de idade.

Profundidade N P K Ca Mg Al S B

QM p QM p QM p QM p QM p QM p QM p QM p

0-5 cm 0,00 0,413 0,16 0,100 11,06 0,629 1,04 0,003 0,30 0,007 0,00 0,003 119,32 0,150 0,01 0,463

Média 0,12 1,86 37,19 2,61 1,50 0,02 14,58 0,24

CV 12,14 12,82 11,52 12,03 13,05 99,38 49,77 30,96

5-15 cm 0,00 0,579 0,31 0,434 1,56 0,565 0,36 0,028 0,05 0,123 0,01 0,012 8,56 0,565 0,00 0,284

Média 0,11 1,28 18,56 1,81 0,79 0,07 7,70 0,14

CV 7,01 43,05 7,94 14,89 18,25 44,44 44,81 19,64

15-30 cm 0,00 0,304 0,00 0,192 0,17 0,948 0,13 0,106 0,03 0,048 0,01 0,238 15,17 0,293 0,00 0,804

Média 0,07 0,71 11,25 1,08 0,50 0,07 7,62 0,13

CV 4,37 1,70 10,89 14,95 11,05 77,14 36,23 16,00

30-60 cm 0,00 0,724 0,00 0,693 1,67 0,110 0,06 0,356 0,01 0,195 0,00 0,037 25,86 0,254 0,00 0,554

Média 0,05 0,56 6,50 0,62 0,34 0,07 13,24 0,11

CV 12,48 6,07 8,88 31,13 19,65 25,71 25,25 27,37

N, nitrogênio (g kg-1

); P, fósforo (mg dm-3

); K, potássio (mg dm-3

); Ca, cálcio (cmolc dm-3

); Mg, magnésio, (cmolc dm-3

); Al, alumínio (Al3+

cmolc dm-3

); S, enxofre (mg dm

-3); B, boro (mg dm

-3).

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Anexo 6. Quadrados médios da análise de variância (QM) do efeito dos níveis de adubação para as características químicas do solo nas diferentes profundidades, no espaçamento 3x3 m, aos dois anos de idade.

Profundidade N P K Ca Mg Al S B

QM p QM p QM p QM p QM p QM p QM p QM p

0-5 cm 0,00 0,173 0,15 0,326 15,23 0,581 1,05 0,002 0,35 0,000 0,01 0,029 81,86 0,512 0,02 0,186

Média 0,16 1,71 34,31 2,51 1,48 0,03 16,19 0,24

CV 7,53 19,71 13,71 11,83 9,39 182,57 61,53 35,83

5-15 cm 0,00 0,736 0,01 0,758 11,23 0,582 0,24 0,004 0,06 0,001 0,01 0,005 10,20 0,108 0,00 0,356

Média 0,11 0,99 21,06 1,71 0,76 0,07 6,20 0,14

CV 10,81 13,17 19,19 9,53 7,76 46,95 31,32 21,92

15-30 cm 0,00 0,517 0,00 0,500 6,00 0,637 0,04 0,095 0,02 0,091 0,00 0,500 7,80 0,322 0,01 0,458

Média 0,07 0,72 13,50 0,85 0,44 0,11 7,82 0,16

CV 6,74 4,43 22,63 9,53 11,74 41,87 26,70 46,82

30-60 cm 0,00 0,218 0,00 0,477 5,67 0,730 0,00 0,310 0,00 0,446 0,00 0,110 30,90 0,245 0,00 0,016

Média 0,05 0,56 8,00 0,49 0,27 0,09 13,43 0,11

CV 7,18 7,10 43,90 9,39 20,82 23,33 26,71 11,37

N, nitrogênio (g kg-1

); P, fósforo (mg dm-3

); K, potássio (mg dm-3

); Ca, cálcio (cmolc dm-3

); Mg, magnésio, (cmolc dm-3

); Al, alumínio (Al3+

cmolc dm-3

); S, enxofre (mg dm

-3); B, boro (mg dm

-3).

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Anexo 7. Quadrados médios da análise de variância (QM) do efeito dos níveis de adubação para as características químicas do solo nas diferentes profundidades, no espaçamento 2x2 m, aos dois anos de idade.

Profundidade pH(H2O) MO SB CTC V Sat. Al (m %)

QM p QM p QM p QM p QM p QM p

0-5 cm 0,26 0,026 12,13 0,627 2,90 0,009 0,70 0,435 327,45 0,007 1,88 0,002

Média 5,68 25,88 4,08 8,43 47,93 0,71

CV 4,05 17,28 15,56 9,87 13,46 56,30

5-15 cm 0,02 0,132 1,76 0,687 0,21 0,171 0,01 0,987 39,64 0,144 0,24 0,515

Média 5,43 18,57 2,59 6,84 37,52 1,49

CV 1,74 10,03 12,08 7,59 11,02 36,30

15-30 cm 0,01 0,618 2,61 0,843 0,04 0,763 0,04 0,747 20,45 0,612 1,11 0,654

Média 5,19 13,88 1,42 5,48 26,08 2,82

CV 2,81 22,30 21,99 5,87 20,72 48,02

30-60 cm 0,01 0,786 5,95 0,566 0,02 0,598 0,09 0,858 12,26 0,584 1,57 0,672

Média 5,10 9,27 0,94 4,07 22,81 3,32

CV 2,65 29,20 17,89 14,49 17,53 49,86

pH, pH do solo em água; MO, material orgânica (g kg-1

); SB, soma de bases (cmolc dm-3

); CTC, capacidade de troca catiônica em pH 7,0 (cmolc dm

-3); V, saturação por bases (%); Sat. Al (m%), saturação por alumínio (%).

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Anexo 8. Quadrados médios da análise de variância (QM) do efeito dos níveis de adubação para as características químicas do solo nas diferentes profundidades, no espaçamento 3x2 m, aos dois anos de idade.

Profundidade pH(H2O) MO SB CTC V Sat. Al (m%)

QM p QM p QM p QM p QM p QM p

0-5 cm 0,37 0,000 14,45 0,288 2,47 0,003 1,48 0,139 372,86 0,001 0,54 0,002

Média 5,81 24,10 4,21 8,08 52,22 0,23

CV 2,34 13,02 11,51 9,79 9,57 92,62

5-15 cm 0,06 0,004 2,56 0,495 0,67 0,036 0,10 0,888 145,74 0,002 1,25 0,018

Média 5,48 16,09 2,64 6,69 39,48 1,00

CV 1,43 10,72 14,69 10,20 9,30 46,84

15-30 cm 0,06 0,178 0,77 0,147 0,28 0,078 0,18 0,013 74,91 0,099 3,23 0,249

Média 5,30 10,97 1,60 5,08 31,29 1,41

CV 2,55 4,05 12,86 1,68 11,87 82,79

30-60 cm 0,04 0,323 2,13 0,720 0,13 0,305 0,10 0,331 67,90 0,256 3,17 0,051

Média 5,18 9,27 0,98 3,71 25,70 1,94

CV 2,95 22,76 26,46 6,62 21,15 30,29

pH, pH do solo em água; MO, material orgânica (g kg-1

); SB, soma de bases (cmolc dm-3

); CTC, capacidade de troca catiônica em pH 7,0 (cmolc dm

-3); V, saturação por bases (%); Sat. Al (m%), saturação por alumínio (%).

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Anexo 9. Quadrados médios da análise de variância (QM) do efeito dos níveis de adubação para as características químicas do solo nas diferentes profundidades, no espaçamento 3x3 m, aos dois anos de idade.

Profundidade pH (H2O) MO SB CTC V Sat. Al (m%)

QM p QM p QM p QM p QM p QM p

0-5 cm 0,33 0,003 17,68 0,358 2,61 0,001 0,37 0,801 364,91 0,001 1,31 0,021

Média 5,81 24,33 4,07 7,79 52,50 0,29

CV 3,07 15,67 10,02 13,43 9,97 171,41

5-15 cm 0,04 0,017 1,78 0,826 0,54 0,002 0,14 0,469 95,22 0,005 2,20 0,003

Média 5,46 17,25 2,53 6,60 38,28 1,04

CV 1,57 14,17 8,54 5,84 8,76 45,16

15-30 cm 0,01 0,196 0,89 0,817 0,10 0,073 0,03 0,626 35,02 0,029 0,81 0,494

Média 5,25 11,93 1,32 5,28 24,98 2,03

CV 1,10 14,13 9,13 3,91 6,37 44,05

30-60 cm 0,01 0,221 0,03 0,974 0,01 0,207 0,08 0,221 12,42 0,087 1,16 0,143

Média 5,05 9,13 0,78 3,79 20,66 2,29

CV 1,40 7,95 9,28 4,62 6,95 23,54

pH, pH do solo em água; MO, material orgânica (g kg-1

); SB, soma de bases (cmolc dm-3

); CTC, capacidade de troca catiônica em pH 7,0 (cmolc dm

-3); V, saturação por bases (%); Sat. Al (m%), saturação por alumínio (%).