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Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Artes e Design Faculdade de Música Trabalho apresentado à disciplina História e Apreciação Musical, Professor Rodolfo Valverde. Segundo semestre de 2009

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Page 1: Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Artes e Design Faculdade de Música Trabalho apresentado à disciplina História e Apreciação Musical, Professor

Universidade Federal de Juiz de ForaInstituto de Artes e Design

Faculdade de Música

Trabalho apresentado à disciplina História e Apreciação Musical,

Professor Rodolfo Valverde.Segundo semestre de 2009

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Instrumentos de Cordas Friccionadas

“Performance Contemporânea” V.S. Rigor Histórico

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Rabecas (fiddles)

• Instrumentos dedilhados desenvolvidos no Oriente Próximo por volta do primeiro milênio antes de Cristo, tornando-se popular apenas nos primeiros séculos da era cristã.

• Corpo esculpido da mesma peça de madeira da qual era tirada a “mão” com as tarrachas.

• Caixa ressonante abaixo do corpo, afixado com cola ou pregos de madeira ou tensão nas cordas e pressão da ponte.

• Espessura menor do que a largura, menor que o comprimento. • Apareceu na Europa Cristã cerca de 300 anos após a introdução do arco no século

XI

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Rabecas

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Rabecas (fiddles)

• Anteriormente à utilização das rabecas, os únicos instrumentos eram as liras sobreviventes do período do Império Romano.

• Liras e rabecas coexistiram e competiram.

• Maior extensão oferecida pelo braço das rabecas pode ter sido uma vantagem.

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Rabecas (fiddles)

• Primeiras rabecas possuíam pontes planas e baixas. • Quando atacadas, todas as cordas eram atingidas simultaneamente• Dedilhar notas sem um acompanhamento (“drones”) era incomum• Execução de todas as cordas como forma de acompanhamento

(“drones”) a textos cantados ou recitados era o mais usual.• Tanto as rabecas dedilhadas quanto as executadas com arco,

tinham afinações em quintas e oitavas.

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Rabecas (fiddles)

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Rabecas (fiddles)

• Algumas rabecas apresentavam braço, outras não. As que apresentavam em sua maioria pontes mais altas do que as demais.

• Trastes eram geralmente ausentes. • As caixas acústicas podiam ser arqueadas, mas na maioria dos

instrumentos era plana.

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Rabecas (fiddles)

• Para evitar que a caixa acústica plana pudesse ceder com a pressão da ponte, as caixas acústicas eram reforçadas com barras transversais encaixadas nas laterais do corpo (como no alaúde).

• Devido a ponte baixa, e tensão das cordas ser menor do que atualmente, esse suporte não seria necessário.

• Algumas rabecas tinham pontes completamente móveis, outras com a ponte ou abaixo da “cauda” (“tailpiece”), ou junto a ela. Eram comumente executadas com o arco mais afastado da ponte.

• A distância de ataque em relação à ponte mudava durante esse tipo de prática.

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Rabecas (fiddles)

• Muitas rabecas possuíam um bordão.

• Cordas separadas uniformemente entre si ou ainda com disposição em pares.

• Pares afinados em uníssono ou oitavas

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Rebecs

• ‘Rebec’ qualquer instrumento de cordas friccionadas que possui uma forma de gota d’água (ou pêra).

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Rebecs• Fim do séc. XIII instrumentos árabes incorporados à cultura da

Europa cristã: alaúde, guittern e rubebe (rebec). • Rubebe era um instrumento pequeno, com duas cordas afinadas em

quintas, segura verticalmente e mão com as tarrachas presas lateralmente.

• Existia uma rabeca indígena que similarmente era segura verticalmente (em alguns casos erroneamente chamados de ‘viol medieval’), geralmente com três cordas e o corpo em forma de 8.

• Outra rabeca indígena era similarmente fina, com três ou mais cordas.

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Rabecs

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Rabecs

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Rebecs

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Rebecs

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Rebecs• Rebecs sobreviveram àquele século como instrumento solo

que sempre foram, com nomes diversos (kit na Inglaterra, pochette na França e ribecchino na Itália).

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Rebecs

• Após esse século, as rebecs francesas eram os menores tipos de rabecas.

• O nome rebec foi associado com a rabeca solo por tanto tempo que quando o violino o substituiu nessa função, o termo muitas vezes continuava a ser usado.

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Lira da Braccio• Uma continuação da rabeca medieval por volta de 1500 na Itália.

• Usada para acompanhamentos para cantos ou recitais de épicos e outras poesias.

• Da associação com o passado provém o nome lira.

• Liras antigas eram esculpidas (ou parcialmente esculpidas com as laterais integrais com o braço e a mão), mas as demais eram construídas.

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Lira da Braccio

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Lira da Braccio

• 7 cordas em 5 “courses”, com um par de oitavas de bordões fora do braço e outro par de oitavas como o “course” mais grave no braço.

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Lira da Braccio

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Viols

• O Viol original, a vihuela espanhola do séc. XV, era um instrumento multifuncional, com ponte baixa e plana que podia ser dedilhada ou executada com arco como na rabeca medieval.

• Esse instrumento introduziu o acabamento na “cintura” do instrumento, que subseqüentemente se tornou padrão em vários instrumentos de cordas friccionadas do Ocidente.

• Essa mudança de design permitiu a técnica de atacar as cordas de pequenas rabecas ser utilizada também em instrumentos maiores.

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Viols

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Viols

• Execução de partes vocais em viols e outros instrumentos desenvolvimento de conjuntos de diferentes tamanhos.

• Instrumentistas trocavam pontes para tocar diferentes estilos:

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Viols• Com ponte curva, a melodia (com ou sem notas adicionais da harmonia), poderia ser

tocada em todas as cordas menos na primeira, de forma que para cobrir totalmente a extensão melódica as posições mais altas no barco de 10 trastes da vihuela original não se fazia mais necessário. Isso foi explorado pelas mudanças em design da viol na Itália que surgiram por volta de 1510. O tamanho do corpo foi aumentado e o braço proporcionalmente encurtado (acomodando apenas 7 ou 8 trastes) para manter as características originais de execução.

• As afinações eram: basso: D,G,c,e,a,d’, contralto & tenore: A,d,g,b,c’,a’ e soprano: d,g,c’,e’,a’,d, com os tamanhos intermediários possivelmente um tom acima e o basso possivelmente um tom abaixo, dependendo das dificuldades em se montar um grupo de tamanhos adequados para se soar em conjunto. Se a música era em tons bemóis, os instrumentistas assumiriam afinações um tom acima do normal, possivelmente para fazer a execução mais confortável, mais familiar aos dedos.

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Viols• É possível que os viols de 6 cordas em menor tamanho, mais

fáceis de serer tocados, tenham sido feitos para crianças (especialmente garotos participantes de corais) para se tocar nesse período.

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Viols

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