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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Faculdade de Educação Física e Desportos Josária Ferraz Amaral MEDIÇÃO DA FORÇA MUSCULAR MÁXIMA DE PREENSÃO DA MÃO COM TRÊS DIFERENTES DINAMÔMETROS Juiz de Fora 2010

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

Faculdade de Educação Física e Desportos

Josária Ferraz Amaral

MEDIÇÃO DA FORÇA MUSCULAR MÁXIMA DE PREENSÃO DA MÃO COM

TRÊS DIFERENTES DINAMÔMETROS

Juiz de Fora

2010

Josária Ferraz Amaral

MEDIÇÃO DA FORÇA MUSCULAR MÁXIMA DE PREENSÃO DA MÃO COM

TRÊS DIFERENTES DINAMÔMETROS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Educação Física da Faculdade de Educação Física e Desportos da Universidade Federal de Juiz de Fora como requisito parcial à obtenção do título de Graduação em Bacharel em Educação Física.

Orientador: Profo. Dr. José Marques Novo Júnior

Juiz de Fora 2010

JOSÁRIA FERRAZ AMARAL

MEDIÇÃO DA FORÇA MUSCULAR MÁXIMA DE PREENSÃO DA MÃO COM

TRÊS DIFERENTES DINAMÔMETROS

Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial à obtenção do título de Graduação em Bacharel em Educação Física da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Banca examinadora:

Orientador: _______________________________________

Dr. José Marques Novo Júnior

Universidade Federal de Juiz de Fora

Membro: _______________________________________

Ms. Renato de Souza Lima Júnior

Faculdade Estácio de Sá

Membro: _______________________________________

Dr. Jorge Roberto Perrout de Lima

Universidade Federal de Juiz de Fora

Membro: _______________________________________

Ms. Luís Carlos Lira

Universidade Federal de Juiz de Fora

JUIZ DE FORA, Julho de 2010

Dedico este trabalho aos meus pais,

Dora e Messias e ao meu noivo Marcus.

Pessoas que me auxiliaram e sem elas

seria impossível percorrer esse

caminho.

AGRADECIMENTOS

A Deus, por me acompanhar em todas as etapas da vida, sempre iluminando meu

caminho e proporcionando oportunidades como essas.

Aos meus queridos pais pela força e tamanho amor que desempenharam para me

formar em todas as áreas desta vida, meu muito obrigado.

A minha mãe, pela cumplicidade e dedicação. Sem você nada seria possível.

Ao meu Amor, pelo incentivo e apoio inestimáveis e pelo amor que me deu força

para superar todas as dificuldades e incertezas. Não há palavras que expressem a

importância que exerceu nesse processo

A minha avó Terezinha e aos meus tios, Egnaldo, Vera, Eliana, Jamir e Ângela,

pelo incondicional apoio e incentivo.

Ao meu orientador, José Marques, pela oportunidade e confiança depositada.

A todos os professores que fizeram parte da minha formação. Carinho especial ao

Professor Guto que me guiou nos primeiros passos.

Aos professores, Jorge Perrout, Renato Lima e Luís Carlos por aceitarem fazer

parte da minha banca examinadora.

À amiga Marcelly, pelo apoio nos momentos de desespero. Obrigado pela ajuda.

Ao grupo LAPEN, em especial a Cristina pelo carinho e disponibilidade.

A todos os voluntários que contribuíram para realização do estudo.

A todos aqueles que de alguma forma, estiveram presentes nesse percurso e

contribuíram para realização desse trabalho.

RESUMO

As avaliações da força muscular são utilizadas em diversas áreas do

conhecimento humano, sejam elas científicas ou profissionais. A mensuração da

força de preensão fornece uma avaliação quantitativa sendo comumente uma

ferramenta que pode ser usada na avaliação da função da mão e dos membros

superiores. Para isso, muitos instrumentos tem sido projetados com essa finalidade,

sendo o Jamar o mais largamente utilizado por fisioterapeutas e ortopedistas, além

de profissionais de educação física na avaliação de atletas. No entanto, os dados

não têm sido confiáveis e poucos são os estudos publicados sobre a confiabilidade

dos testes quantitativos, além de seus resultados serem conflitantes, principalmente

em relação ao formato da empunhadura. Este estudo teve por objetivo identificar a

força máxima de preensão isométrica utilizando os dinamômetros Jamar, Takei e

o Transdutor Manual EMG System do Brasil com empunhadura modificada. Os

valores de força máxima também foram correlacionados com as variáveis

antropométricas da mão (comprimento, largura e comprimento dos dedos) e

circunferência de antebraço. Participaram deste estudo 18 voluntários saudáveis (10

mulheres e 8 homens), com idade 20,0 ±1,3 anos, sem doença musculoesquelética

ou traumas nos membros avaliados. Os resultados demonstraram que existem

diferenças nos valores de força de preensão manual entre os instrumentos Takei e

Jamar tanto para o membro dominante (p=0,041 e p=0,000, grupo masculino e

feminino, respectivamente) quanto para o não dominante (p=0,048 e p=0,000).

Adicionalmente, encontramos diferença estatisticamente significativa entre Jamar e

Transdutor de força para o membro dominante em ambos os grupos (p=0,015 e

p=0,000), mas para o membro não dominante ocorreu diferença apenas para o

grupo feminino (p=0,002). Quando comparados, os dinamômetros Takei e

Transdutor de força mostraram-se semelhantes para o grupo feminino (p=0,422 e

p=0,803, membro dominante e não dominante, respectivamente) e para o membro

dominante do grupo masculino (p=0,219). Contudo, para o membro não dominante

dos homens houve diferença estatisticamente significativa (p=0,031). Além disso, os

parâmetros dimensões da mão apresentaram correlação significativa com a força de

preensão para ao grupo masculino. No entanto, para o grupo feminino, tal correlação

não foi observada na amostra estudada.

Palavras-chave: dinamômetros manuais, empunhadura, força de preensão.

ABSTRACT

The muscle strength assessments are applied in many areas of the

human knowledge, such as scientific or professionals. The measurement of the

handgrip provides a quantitative evaluation and is therefore incorporated in many of

the outcome assessment tools that are used to evaluate hand and upper arm

function. Many devices are projected to perform this measurement and the Jamar is

considered to be the most reliable instrument for measuring grip strength, widely

used in orthopedic and physiotherapy practice, besides physical education

professionals for evaluating athletes. However, the data were not reliable and there

are few studies on the reliability of quantitative tests have been published, and their

results are conflicting, mainly considering the handle configuration. This study aims

identify the maximal muscle strength of the hand prehension (handgrip test) using

three differents dynamometers: Jamar, Takei and the EMG System Manual

transducer (instrumented with a specific handle), comparing with the anthropometric

variables of the hand (length, width and length finger) and forearm circumference.

Eighteen healthy volunteers participating of the study (10 women and 8 men), aged

20 ±1,3 years, without trauma or diseases of the analyzed hand. The tests were

performed in a standardized position by American Society of hand Therapists.

Significant differences were identified between the Jamar and Takei, for the dominant

hand (p=0,041 and p=0,000, male and female group, respectively) and non-dominant

(p=0,048 and p=0,000). Additionally, for men and women, the maximum force values

for the Jamar and Manual Transducer were statistically significant (p=0,015 e

p=0,000) for dominant hand. For the non-dominant hand, only for women the

differences occurred (p=0,002). The Takei and Manual Transducer were similar for

female (p=0,422 and p=0,803, dominant and non-dominant, respectively) and for the

male dominant hand (p=0,219). Yet, for the non-dominant male hand, the differences

were significative (p=0,031). Both devices, Takei and Manual Transducer, exhibited

more sensitivity for lower force values. No correlation between the anthropometric

variables of the hand and force were identified for women; the opposite for the men.

Key-words: manual dynamometers, handle, handgrip.

LISTA DE FIGURAS Figura 1(a): Dinamômetro Takei® digital, empunhadura

retificada....................................................................................................................16

Figura 1(b): Dinamômetro Jamar®, modelo 2A, analógico, com empunhadura

anatômica..................................................................................................................16

Figura 1(c): Transdutor de força manual (EMG System Brasil) com empunhadura

modificada.................................................................................................................16

Figura 2: Parâmetros da mão...................................................................................21

Figura 3: Exercícios de aquecimento executados anteriormente aos testes de

preensão...................................................................................................................21

Figura 4: Posicionamento de acordo com a ASHT..................................................22

Figura 5. Gráfico de comparação das forças médias do grupo feminino para os

dinamômetros Jamar, Takei e Transdutor de Força (T.Força). Membro dominante

(D) e membro não dominante (ND)...........................................................................26

Figura 6. Gráfico de Comparação das forças médias do grupo masculino para os

dinamômetros Jamar, Takei e Transdutor de Força (T. Força). Membro dominante

(D) e membro não dominante (ND)...........................................................................26

Figura 7. Gráfico da análise de regressão dos valores de força entre os

dinamômetros Jamar e Takei para o membro dominante (grupo)........................28

Figura 8. Gráfico da análise de regressão dos valores de força entre os

dinamômetros Jamar e Transdutor de força para o membro dominante

(grupo).......................................................................................................................28

Figura 9. Gráfico da análise de regressão dos valores de força entre os

dinamômetros Takei e Transdutor de força para o membro dominante

(grupo).......................................................................................................................29

Figura 10. Gráfico da análise de regressão dos valores de força entre os

dinamômetros Jamar e Takei para o membro não dominante .............................29

Figura 11. Gráfico da análise de regressão dos valores de força entre os

dinamômetros Jamar e Transdutor de força (T.Força) para o membro não

dominante (grupo).....................................................................................................30

Figura 12. Gráfico da análise de regressão dos valores de força entre os

dinamômetros Takei® e Transdutor de força para o membro não dominante

(grupo).......................................................................................................................30

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Média e desvio padrão dos dados antropométricos da amostra...............24

Tabela 2. Média e desvio padrão das dimensões da mão e

antebraço....................................................................................................................24

Tabela 3. Média e desvio padrão da força média de preensão.................................25

Tabela 4. Teste t de student para grupos pareados..................................................26

Tabela 5. Correlação de Pearson entre os dinamômetros - Grupo masculino .........27

Tabela 6. Correlação de Pearson entre os dinamômetros - Grupo feminino ...........27

Tabela 7. Correlação entre as variáveis antropométricas e dinamômetros - Grupo

masculino ..................................................................................................................31

Tabela 8. Correlação entre as variáveis antropométricas e dinamômetros - Grupo

feminino .....................................................................................................................31

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ASHT. American Society of Hand Therapists

CD. comprimento dos dedos

Circunf. circunferência

CM. comprimento da mão

cm. centímetro

Comp. comprimento

D. membro dominante

Kgf. quilograma por força

Kg. quilograma

LM. largura da mão

m. metro

ND. membro não dominante

TCLm : distância entre a extremidade da falange proximal do dedo médio até a base

do polegar.

T. FORÇA. Transdutor de força

UFJF. Universidade Federal de Juiz de Fora

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 11

2. OBJETIVOS...........................................................................................................18

2.1. Objetivo Geral.....................................................................................18

2.2 Objetivos Específicos..........................................................................18

3. MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................19

3.1 Amostra...............................................................................................19

3.2 Instrumentação....................................................................................19

3.3 Procedimentos.....................................................................................19

3.4 Análise estatística................................................................................23

4. RESULTADOS ......................................................................................................24

5. DISCUSSÃO .........................................................................................................32

6. CONCLUSÃO ........................................................................................................39

7. REFERÊNCIAS......................................................................................................40

8. ANEXOS ................................................................................................................44

8.1 Termo de consentimento livre e esclarecido.......................................44

11

1. INTRODUÇÃO

As avaliações da força muscular são utilizadas em diversas áreas do

conhecimento humano, sejam elas científicas ou profissionais. No esporte, a força

muscular é importante em muitas de suas modalidades tanto na avaliação dos

atletas como durante a fase de treinamento, ou em testes de detecção de talentos.

No entanto, diferentes fatores contribuem para o desenvolvimento da força e alguns

testes se mostram necessários para se verificar a melhora na condição física, ou

mesmo na reabilitação de atletas lesionados (NOVO JÚNIOR, 1998).

Dentre as aplicações dos mesmos, podemos ainda citar o diagnóstico de

doenças que acompanham a perda de força muscular, a avaliação e comparação de

tratamentos, a documentação da progressão da força muscular e a avaliação

durante o processo de reabilitação (SCHREUDERS et al., 2004; ROSEN et al.,

2000).

Diferentes tipos de metodologias de testes podem ser empregados para

avaliar os níveis de força muscular que se caracterizam de acordo com os objetivos

do avaliador e a forma de manifestação da força que se pretende monitorar. Dessa

maneira, os testes podem ter como meta avaliar grandes e pequenos grupos

musculares sob os diferentes tipos de avaliações da força (FERNANDES; MARINS,

2005).

A força isométrica se caracteriza pela atividade muscular na qual não

ocorre qualquer modificação perceptível no comprimento das fibras musculares ou

movimento articular visível. Embora não seja realizado trabalho físico, uma grande

quantidade de tensão e rendimento de força é produzida pelo músculo (SILVA;

GONÇALVES, 2003). O método isométrico beneficia os testes musculares, na

medida em que possuem fácil execução, instrumentos de baixo custo

(dinamômetros) e não são invasivos. Além disso, seus resultados podem ser

clinicamente comparados para o estabelecimento de dados normativos (MCARDLE

et al., 2008).

Vários tipos de contração isométrica tem sido investigados e utilizados na

prática clínica, dentre as quais as mais comuns são: a) a contração voluntária

máxima, com duração de poucos segundos (5 a 10 segundos); b) a contração

isométrica intermitente; e c) as porcentagens da contração voluntária máxima, que

variam de acordo com protocolos específicos. Entretanto, os testes mais comumente

12

utilizados são os de preensão da mão e de pinça dos dedos (oponência). O primeiro

apresenta uma inibição da ação do polegar (modo “power grip”) e o segundo

possibilita a mensuração da força exercida pelo polegar sobre o lado radial da

falange média do dedo indicador (“key grip” ) ou mesmo da força do polegar sobre a

falange distal de cada um dos dedos (“pinch grip”) (THORNGREN; WERNER, 1979;

FERNANDO; ROBERTSON, 1982; SMITH; BENGE, 1985; MATHIOWETZ et al.,

1985; SPIJKERMAN et al., 1991 apud NOVO JÚNIOR, 1998).

A mensuração da força de preensão fornece um índice objetivo da

integridade funcional dos membros superiores. Os dados colhidos auxiliam o terapeuta

a interpretar resultados e estabelecer metas adequadas de tratamento (MOREIRA et

al., 2003), além da aplicação clinica de inabilidade, resposta ao tratamento e avaliação

da habilidade de um paciente retornar ao emprego (ASHTON; MYERS, 2004). Sendo

também mensurada em várias modalidades esportivas e em testes de admissão de

diferentes tipos de trabalhos como, por exemplo, nas corporações militares: polícia,

exército e bombeiro (JOSTY et al., 1997).

Nesse sentido, ela não é simplesmente uma medida da força da mão ou

mesmo limitada à avaliação do membro superior. Devido à preensão ser necessária em

muitas atividades da vida diária, a força de preensão é frequentemente utilizada no

cenário clínico como um indicador de força física global e saúde (MASSEY-WESTROP

et al., 2004).

Diversos estudos (SASAKI et al., 2007; AL SNIH et al., 2002; RANTANEN et

al., 2003) tem mostrado a ocorrência de uma redução na força de preensão em todas

as causas de mortalidade em pessoas idosas. Esses pacientes apresentam valores

mais baixos para força e potência muscular do que em jovens (SAMSON et al., 2000).

Com o avançar da idade, principalmente em mulheres, a redução na força de preensão

palmar teve forte associação com causas específicas de mortalidade como doenças

cardíacas, pulmonares obstrutivas crônicas, diabetes mellitus e com a mortalidade geral

(RANTANEN et al., 2003).

Há uma variedade de dinamômetros disponíveis para mensurar de forma

objetiva a força de preensão. Contudo, os instrumentos de avaliação, por

apresentarem um efeito direto na qualidade da informação obtida, precisam ser

avaliados para garantir a confiabilidade e validade nas medições de força da mão

(FESS, 1986). Tais instrumentos podem ser classificados em quatro categorias:

13

hidráulicos, pneumáticos, mecânicos e eletrônicos (baseados em strain gauges-

extensômetros elétricos).

Dinamômetros hidráulicos são sistemas selados acoplados a

manômetros, que medem a força máxima de preensão em quilogramas força ou em

libras. Dentre eles, o dinamômetro Jamar® é o instrumento que ganhou maior

aceitação clínica sendo considerado como padrão ouro e recomendado pela

Sociedade Americana de Terapeutas da Mão (ASHT) (FESS, 1992). Desta forma, é

utilizado comumente pelos pesquisadores como padrão para a validação de outros

instrumentos. Embora tenha demonstrado ser útil para este propósito, foi criticado

como insuficientemente sensível a baixos níveis de geração de força, e incômodo

em casos de artrite (WESSEL, 2004).

Instrumentos pneumáticos utilizam um mecanismo de compressão em

uma bolsa de ar para determinar a força de preensão. São utilizados com frequência

em indivíduos que apresentam dor. Fornecem a força em milímetros de mercúrio ou

libras/polegadas (BOHANNON,1998).

Os dinamômetros mecânicos medem a força em função da quantidade de

tensão produzida em uma mola de aço (INNES, 1999). Dentre eles, podemos citar o

dinamômetro Takei® que mensura a força em quilogramas força.

Os eletrônicos (baseados em strain gauges - extensômetros elétricos), no

entanto, são aparelhos em que a força empreendida em dinamômetro com

transdutores de força é captada eletronicamente, amplificada e transmitida para um

monitor digital (INNES, 1999). Estudos com dinamômetros eletrônicos permitem o

monitoramento contínuo e a quantificação da atividade da força muscular, durante

toda a fase de contração tanto em forças estáticas quanto intervalares (NICOLAY;

WALKER, 2005).

A padronização de protocolos para a realização de testes é de extrema

importância para assegurar a comparatibilidade e a confiabilidade dos dados

obtidos. Observa-se, no entanto, uma variedade de protocolos e posições

desenvolvidos para testes de força de preensão descritos na literatura. Os

protocolos diferem entre si em vários aspectos, como em relação à posição utilizada

durante o teste, número de medidas obtidas, intervalo entre as tentativas e o

equipamento utilizado (INNES, 1999).

A variação da posição do corpo pode influenciar significativamente os

resultados da força de preensão (INNES,1999). Diante disto, ASHT constatou a

14

necessidade de estabelecer uma padronização para o posicionamento de indivíduos

durante o teste de força de preensão manual (FESS, 1992). Ela recomenda que o

avaliado se posicione confortavelmente sentado, com o braço aduzido e sem

rotação, antebraço flexionado a 90o em posição neutra com a posição da mão

podendo variar entre 0 a 30o de extensão (FESS, 1992).

Diferentes posições são apontadas na literatura para a obtenção de um

índice máximo de força de preensão, no entanto, a posição padronizada pela ASHT

continua sendo recomendada e utilizada na maioria dos estudos. A negligência com

relação ao uso de uma padronização universal tem efeito direto sobre o

desempenho da preensão manual, tornando muito difícil o desenvolvimento de

trabalhos cujos resultados possam ser comparados entre diferentes populações

(DIAS et al., 2010).

Com relação ao número de medidas, Mathiowetz et al. (1984;1985)

recomendam que a média de três tentativas seja utilizada, alegando que este

método resultou em melhor confiabilidade teste-reteste comparado aquela obtida

com uma tentativa ou com a melhor entre duas tentativas.

A geração de múltiplos esforços máximos em um curto período de tempo

pode levar a um processo de fadiga. Desta forma, um intervalo entre as tentativas se

torna outro ponto importante. Trossman e Li (1989) não encontraram diferença

significativa entre os períodos de 60, 30 e 15 segundos; entretanto, observaram que

o de 60 segundos apresenta um menor declínio entre a primeira e a última tentativa.

De igual importância, a padronização das instruções de forma consistente

relativa à maneira de executar o teste se faz extremamente necessária, assim como

o volume em que as instruções são dadas. Johansson et al. (1983), ao investigarem

a correlação entre o volume de um comando verbal e a contração muscular

voluntária isométrica, verificaram que as mesmas eram significativamente mais

fortes em resposta a um comando de voz mais alto do que em resposta ao comando

de volume mais baixo. Desta forma, é importante se utilizar de mesmo tom e volume

em cada teste realizado.

Variáveis antropométricas também podem configurar-se como fatores

influenciadores das medidas de força de preensão manual. Muitos estudos com adultos

saudáveis tem mostrado que valores antropométricos, tais como estatura, massa

corporal, comprimento e largura da mão são positivamente correlacionados com força

de preensão (MACDERMID et al., 2002; VAZ et al., 2002).

15

Segundo Schmidt e Toews (1970) a associação positiva entre a força de

preensão, estatura e massa corporal ocorre até 98 kg de massa corporal e 190 cm em

altura. Contudo, essa relação positiva pode não ocorrer em indivíduos com disfunção da

mão (ROBERTSON et al., 1996), embora esta não tenha sido extensivamente

investigada.

As dimensões da mão devem ser levadas em consideração na escolha do

tamanho da empunhadura dos dinamômetros manuais na medida em que podem

influenciar no desempenho da força de preensão manual. O tamanho da empunhadura

é a distância entre o apoio da palma da mão e dos dedos quando mensuramos a força

de preensão manual com um dinamômetro. Essa distância pode ser fixa, discreta

(regulagem restrita de amplitude) ou com ajuste contínuo, tornando-se possível ajustá-

los a qualquer tamanho de mão (DIAS et al.,2010).

De acordo com Esteves et al. (2005), nas empunhaduras de dimensões

médias obtém-se melhores resultados do que empunhaduras de dimensões maiores ou

menores. No entanto, a empunhadura correta para se obter os máximos valores de

preensão manual ainda é uma questão não esclarecida (RUIZ, 2001; EKSIOGLU,

2004).

Para o dinamômetro Jamar®, a segunda posição da empunhadura é

recomendada pela ASHT, e é considerada como a mais eficiente para testes de força

(MATHIOWETZ et al., 1984). Contudo, alguns autores sugerem que a posição dois

pode não ser apropriada para um teste padrão devido às diferenças antropométricas e

por isso sugerem maior flexibilidade no uso das posições dois e três (FIEBERT;

ROACH, 1998). Com relação aos outros dinamômetros manuais há uma carência de

estudos acerca da melhor posição para a execução dos testes. Além disso, os

diferentes formatos das empunhaduras dos instrumentos também não têm sido

satisfatoriamente explorados.

Blackwell et al. (1999) investigaram a ocorrência de fadiga muscular durante

a força de preensão. Concluíram que a forma e o tamanho de um instrumento

apreendido podem afetar a força de preensão durante as diferentes tarefas. Tal fato

pode ser justificado por uma mudança no posicionamento dos dedos em torno da

empunhadura, cujo tamanho, da menor para a maior, corresponde respectivamente, à

predominância da ação muscular intrínseca e extrínseca da mão, justamente pela

característica biomecânica da inserção da musculatura extrínseca inserir-se nas

falanges distais e mediais e a intrínseca, nas proximais (KAPANDJI, 2007).

16

Segundo Nicolay e Walker (2005) as dimensões do antebraço e da mão

foram melhores preditoras da máxima força de preensão do que a estatura e massa

corporal.

No presente estudo os dinamômetros Jamar®, Takei® e o dinamômetro

com transdutor de força EMG System do Brasil foram utilizados por possuírem

diferentes formatos de empunhaduras como também possibilidade de ajuste de

tamanho.

O dinamômetro Takei® possui um sistema mecânico acoplada a uma

empunhadura retificada, que pode ser ajustada em posições consecutivas por meio

de um sistema de rosca. Mensura o pico de força em quilogramas força (FIGURA

1a).

Figura 1. (a) Dinamômetro Takei digital, modelo T.K.K. 5101 empunhadura retificada; (b)

Dinamômetro Jamar, modelo 2A, analógico, com empunhadura anatômica; (c) transdutor de força

manual (EMG System Brasil) com empunhadura modificada (três tamanhos); 1 aspecto anterior, 2

aspecto posterior; A e B locais de posicionamentos dos aspectos posteriores.

Já o dinamômetro Jamar® é um instrumento hidráulico analógico que

possui duas alças (empunhadura) paralelas e de perfil anatômico não retificado,

sendo uma fixa (aspecto posterior) e outra móvel (aspecto anterior) que podem ser

ajustadas em cinco posições. A primeira e a quinta posições correspondem

respectivamente à menor e maior dimensão de empunhadura, proporcionando um

17

ajuste ao tamanho da mão do indivíduo (BELLACE et al., 2000). Registra o pico de

força isométrica máxima em quilogramas força ou em libras (FIGURA 1b).

O dinamômetro com transdutor de força EMG System do Brasil se

caracteriza por transformar a energia mecânica aplicada em sinais elétricos

equivalentes. Esse instrumento é baseado em extensômetros elétricos ou “strain-

gauges” que consiste em um conjunto de filamentos elétricos adequadamente

isolados e na superfície da empunhadura. Quando esses são submetidos a uma

determinada força o medidor registra a mudança da resistência elétrica dos

filamentos, dessa forma os valores de força são mostrados no software em

quilogramas força. A empunhadura modificada1 foi acoplada ao mesmo, por possuir

um contorno anatômico na forma de “S”. A mesma possui três diferentes tamanhos

podendo ser acoplada ao transdutor em duas posições, totalizando seis possíveis

ajustes de acordo com o tamanho da mão do indivíduo (FIGURA 1c).

Diante da diversidade de aplicações dos testes de força de preensão

manual observa-se a necessidade em identificar a correlação entre as variáveis

antropométricas e o desempenho da força de preensão, assim como, analisar a

equivalência da força isométrica máxima entre os diferentes dinamômetros.

1 Universidade Federal de Juiz de Fora. Configuração aplicada em empunhadura. Inventor: José Marques novo Jr. Patente DI 6901797-2, INPI, depósito em 18/5/2009.

18

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Identificar a força máxima de preensão isométrica da mão utilizando os

dinamômetros Jamar®, Takei® e o Transdutor Manual EMG System do Brasil com

empunhadura modificada.

2.2 Objetivos específicos

• Identificar a força máxima de preensão isométrica comparando os

resultados em três instrumentos;

• Verificar a associação entre a força máxima de preensão isométrica e

as dimensões da mão.

19

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Amostra

Participaram deste estudo 18 voluntários saudáveis estudantes

universitários da Faculdade de Educação Física e Desportos da UFJF, sendo 8 do

sexo masculino e 10 do sexo feminino. Os voluntários foram convidados, de forma

aleatória, a participarem do estudo na Universidade Federal de Juiz de Fora. O

critério de exclusão utilizado foi a presença de doença musculoesquelética, lesões,

traumatismos ou ter sido submetido à intervenção cirúrgica nos membros avaliados.

O estudo contou com a aprovação no comitê de ética em Pesquisa em

Seres Humanos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Protocolo

CEP/UFJF 1469.160.2008, parecer N.° 255/2008.

3.2 Instrumentação

Foram mensuradas a estatura e a massa corporal dos voluntários, a partir

de um estadiômetro e de uma balança analógica do modelo ASIMED. Para as

medidas de circunferências foi utilizada a fita metálica antropométrica do modelo

SANNY com resolução em milímetros e campo de uso de dois metros. Os

perímetros ósseos e os comprimentos foram mensurados utilizando o paquímetro de

precisão MITUTOYO.

A avaliação da força muscular de preensão foi realizada com os

dinamômetros Jamar® e Takei® e o dinamômetro com transdutor de força EMG

System do Brasil acoplado à empunhadura modificada (figura 1c), cujos limites de

linearidade foram respeitados uma vez que os esforços musculares tiveram valores

bem abaixo do limite máximo de carga, como exigido nas instruções dos fabricantes.

3.3 Procedimentos

Após aceitação de participação na pesquisa, os voluntários receberam

uma explicação detalhada dos procedimentos do estudo e assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO 1).

20

A avaliação dos níveis de força de preensão isométrica da mão, realizado

com o Transdutor Manual da EMG System acoplado com a empunhadura

modificada, assim como a coleta dos dados antropométricos, foram realizados no

Laboratório de Educação Física de Centro de Atenção à Saúde do Hospital

Universitário/UFJF. No laboratório da Faculdade de Educação Física e

Desportos/UFJF foram realizadas as avaliações com os dinamômetros Jamar® e

Takei® de forma a facilitar o acesso dos voluntários. A ordem das avaliações foi

randomizada e respeitou-se um intervalo mínimo de 24 horas entre si.

Os testes foram realizados individualmente e os valores registrados não

foram divulgados aos participantes para se evitar um ambiente competitivo que

pudesse interferir na interpretação dos dados.

De cada individuo foram registrados a massa corporal, a estatura, os

valores da força máxima e os parâmetros das mãos, punhos e cotovelos que foram

definidos como se segue (FIGURA 2):

• Comprimento dos dedos (CD): com as articulações metacarpofalangeanas

fletidas a 90º, é a distância entre a extremidade do terceiro osso

metacarpiano e a extremidade do dedo médio;

• Largura da mão (LM): com a mão apoiada sobre a mesa, com a palma

voltada para baixo e dedos estendidos e alinhados, a LM é a distância entre

o segundo e o quinto dedo, à altura das articulações metacarpofalangeanas,

perpendicular ao eixo longitudinal do antebraço;

• Comprimento da mão (CM): com a mão apoiada sobre a mesa, com a palma

voltada para cima e dedos estendidos e alinhados, o CM é a distância entre

a prega distal do punho à extremidade do dedo médio;

• Diâmetro ósseo do úmero bioepicondilar (cotovelo): com o ombro flexionado

de modo que o braço fique elevado à horizontal e o cotovelo fletido a 90º, é

a medida entre o epicôndilo medial e lateral do úmero;

• Diâmetro ósseo do punho: com a mão apoio sobre uma superfície plana, é a

distância entre os processos estilóide radial e ulnar.

21

Figura 2. Parâmetros da mão.

Para os testes de força de preensão isométrica da mão, em cada um dos

instrumentos, foram executados exercícios específicos de aquecimento2 prévio ao

teste.

Figura 3. Exercícios de aquecimento executados anteriormente aos testes de preensão.

1- Extensão de punho, 2 - alongamento de punho com cotovelo estendido, 3- flexão de punho com

mão fechada, 4- flexão passiva de punho e cotovelo estendido, 5- mão aberta com flexão passiva de

punho, 6- puxando e torcendo levemente os dedos, 7- flexão do polegar contra a palma, 8 – flexão

dos dedos, 9 – hiperextensão dos dedos, 10- abdução dos dedos e 11- adução dos dedos.

2Baseados em “The IHC Ergonomics and Safety Flexibility Exercises, Indiana Hand Center USA

22

Em cada avaliação foram executadas três tentativas de esforço isométrico

máximo, por 6 segundos, com intervalo de dois minutos entre elas para evitar fadiga

muscular acumulada, sendo registrada a média entre elas. A força muscular, tanto

com o Jamar® quanto com o Takei®, foi analisada em ambos os membros

alternadamente. Com o transdutor de força, no entanto, foram realizadas as três

tentativas no membro direito, e em seguida, no membro esquerdo.3

Foi utilizada nos testes a posição padronizada pela ASHT (Fess, 1992) na

qual o voluntário permanece confortavelmente sentado, ombro aduzido e sem

rotação, o antebraço fletido a 90o e em posição neutra, posição do punho variando

entre 0 a 30º de extensão. Os voluntários, desta forma, envolviam a empunhadura

com a mão enquanto o dinamômetro era suportado pelo examinador.

Figura 4. Posicionamento de acordo com a ASHT

A escolha da posição da empunhadura dos dinamômetros utilizada nos

testes foi realizada posicionando-se o instrumento na mão do voluntário, a mesma

era considerada correta quando a ação da articulação distal do dedo mínimo fosse

permitida. A posição correta do polegar também foi observada para certificar que

sua ação estivesse inibida, para isso o instrumento foi posicionado junto à eminência

tênar.

Os voluntários receberam orientações verbais de incentivo por parte do

avaliador “um, dois, três, JÁ!.... FORÇA!... FORÇA!... FORÇA!... ISSO!... relaxa...”,

3 A alternância entre os membros não foi executada, pois, juntamente com a força de preensão, os sinais eletromiográfico dos músculos flexores dos dedos estavam sendo coletados. Os dados serão explorados em outro trabalho.

23

emitido de forma vigorosa, a fim de manter a força máxima durante os seis

segundos de cada teste.

3.4 Análises dos dados

Para avaliar a possibilidade de utilização dos testes paramétricos,

realizou-se o teste de normalidade de Shapiro-Wilk, que é indicado para amostras

com menos de 50 indivíduos. Para comparação entre as variáveis foi utilizado o

teste t dependente. O nível de significância utilizado foi de p<0,05. Todos os testes

estatísticos foram realizados nos softwares Statistical Package for Social Sciences

15 for Windows e Statística 8.0 da Statsoft® (USA). O índice de correlação de

Pearson também foi utilizado para relacionar as variáveis.

24

4. RESULTADOS

A amostra selecionada para este estudo foi composta por 18 voluntários

saudáveis estudantes universitários da Faculdade de Educação Física e Desportos

da UFJF. Todos os voluntários apresentaram como padrão de dominância a mão

direita (destros). As características antropométricas da amostra estão apresentadas

nas tabelas 1 e 2.

Tabela 1. Média e desvio padrão dos dados antropométricos da amostra

Grupo Masculino (n=8) Feminino (n=10)

Idade (anos) 20,0 ±1,3 20,5±1,41 19,6±1,17

Massa (kg) 66,2±11,2 73,9±11 60,1±7

Estatura (m) 1,68±0,0 1,72±0,05 1,64±0,03

IMC (kg/m2) 23,4±3,2 24,9±3,1 22,3±2,8

n=número de indivíduos.

Tabela 2. Média e desvio padrão das dimensões da mão e antebraço

Masculino (n=8) Feminino (n=10)

D ND D ND

Cicunf. Antebraço (cm) 27,93±2,38 27,44±2,43 23,14±1,57 22,56±1,4

Comp. da Mão (cm) 18,04±0,84 18,24±0,84 16,77±0,43 16,6±0,41

Comp. dos Dedos (cm) 10,98±0,53 10,95±0,53 10,19±0,3 10,00±0,28

Largura da Mão (cm) 8,37±0,57 8,29±062 7,38±0,17 7,27±0,18

n=número de indivíduos.

Os valores médios e desvio padrão da força máxima de preensão do

grupo masculino e feminino são apresentados na tabela 3.

25

Tabela 3. Média e desvio padrão da força média de preensão

Jamar® Takei® Transdutor de Força

D 42,35±16,47 34,74±11,01 33,5±11,4 Grupo (n=18)

ND 37,67±14,22 30,73±10,8 32,11±21,02

D 55,63±16,74 45,7±7,58 44,17±8,41 Masculino (n=8)

ND 48,83±14,27 40,51±7,84 43,28±8,77

D 31,73±4,01 25,98±4,72 24,98±3,04 Feminino (n=10)

ND 28,73±4,89 22,9±4,4 23,18±3,77

Inicialmente foi realizada uma análise exploratória dos dados obtidos na

amostra, a fim de avaliar a normalidade dos mesmos. Para o estudo da normalidade

utilizou-se o teste Shapiro-Wilk a um nível de significância (α) de 5%. Analisou-se a

normalidade de cada variável não sendo detectado nenhum desvio.

Para observar o grau de associação entre os valores de força máxima de

preensão obtidas com os dinamômetros Jamar®, Takei® e o Transdutor de Força, os

mesmos foram submetidos à análise de regressão e ao teste “t” de Student (p< 0,05)

para dados pareados. Foram calculados: a reta de regressão, pelo método dos

quadrados mínimos e o coeficiente de determinação, pelo quadrado do coeficiente

de correlação de Pearson.

Para o grupo feminino foram encontradas diferenças estatisticamente

significativas entre os dinamômetros Jamar® e Takei® e Jamar® e Transdutor de

força para os membros dominante e não dominante, no entanto, não foram

encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os dinamômetros Takei®

e Transdutor de força em nenhum dos membros (tabela 4).

Para o grupo masculino foram encontradas diferenças estatisticamente

significativas (tabela 4) entre os instrumentos Jamar® e Takei® em ambos os

membros, Jamar® e Transdutor no membro dominante e Takei® e Transdutor no

membro não dominante (FIGURAS 5 e 6 ).

26

Tabela 4. Teste t de student para grupos pareados

MASCULINO FEMININO

D ND D ND

JAMAR® – TAKEI® 0,041* 0,048* 0,000* 0,000*

JAMAR® – T. FORÇA 0,015* 0,096 0,000* 0,002*

TAKEI® – T. FORÇA 0,219 0,031* 0,422 0,803

Figura 5. Gráfico de comparação das forças médias do grupo feminino para os dinamômetros Jamar®, Takei® e Transdutor de Força (T.Força). Membro dominante (D) e membro não dominante (ND).

Figura 6. Gráfico de Comparação das forças médias do grupo masculino para os dinamômetros Jamar®, Takei® e Transdutor de Força (T. Força). Membro dominante (D) e membro não dominante (ND).

As tabelas 5 e 6 apresentam os resultados do teste paramétrico

(Correlação de Pearson) utilizado com o intuito de verificar a correlação entre os

dinamômetros Jamar, Takei e o Transdutor de força para os grupos masculino e

feminino separadamente.

27

Tabela 5. Correlação de Pearson entre os dinamômetros - Grupo masculino

TAKEI® T. FORÇA

D 0,803* (r2=0,64) 0,851*(r2=0,72) JAMAR®

ND 0,750* (r2=0,56) 0,854* (r2=0,73)

D - 0, 922* (r2=0,85) TAKEI®

ND - 0,945** (r2=0,89)

*correlação significante a nível 0,05 ** correlação significante a nível 0,01

Tabela 6. Correlação de Pearson entre os dinamômetros - Grupo feminino

TAKEI® T. FORÇA

D 0,793**(r2=0,63) 0,770**(r 2=0,59) JAMAR®

ND 0,729* (r2=0,53) 0,578 (r 2=0,33)

D - 0,605 (r 2=0,37) TAKEI®

ND - 0, 662* (r 2=0,44)

*correlação significante a nível 0,05 ** correlação significante a nível 0,01

As figuras (7,8,9 - membro dominante e 10,11,12 - membro não

dominante) representam as regressões lineares entre os instrumentos Jamar® e

Takei®, Jamar® e Transdutor de força e Takei® e Transdutor de força.

Por meio do coeficiente de determinação (r2) pode-se perceber uma alta

correlação entre os instrumentos. No entanto, a linha identidade dos diagramas de

dispersão Jamar® – Takei® e Jamar® – Transdutor de força demonstrou que os

valores de força de preensão média dos dinamômetros Takei® e Transdutor de força

se encontram inferiores aos valores de força do dinamômetro Jamar®.

Podemos perceber ainda, um maior distanciamento da linha de regressão

à linha identidade nos maiores valores de força dos dinamômetros Takei® e

Transdutor de força.

A maior correlação encontrada entre os instrumentos ocorreu entre os

dinamômetros Takei® e Transdutor de força. A figura 9 demonstra um melhor ajuste

da linha de regressão linear à linha identidade.

28

Figura 7. Gráfico da análise de regressão dos valores de força entre os dinamômetros Jamar® e Takei® para o membro dominante (grupo).

Figura 8. Gráfico da análise de regressão dos valores de força entre os dinamômetros Jamar® e Transdutor de força para o membro dominante (grupo).

29

Figura 9. Gráfico da análise de regressão dos valores de força entre os dinamômetros Takei® e Transdutor de força para o membro dominante (grupo).

Figura 10. Gráfico da análise de regressão dos valores de força entre os dinamômetros Jamar® e Takei® para o membro não dominante.

30

Figura 11. Gráfico da análise de regressão dos valores de força entre os dinamômetros Jamar® e Transdutor de força (T. Força) para o membro não dominante (grupo).

Figura 12. Gráfico da análise de regressão dos valores de força entre os dinamômetros Takei® e Transdutor de força para o membro não dominante (grupo).

As tabelas 7 e 8 mostram as correlações (Pearson) entre as forças

médias de preensão palmar e as variáveis antropométricas da mão (comprimento da

mão, largura da mão e comprimento dos dedos) e antebraço. Para a interpretação

do coeficiente de correlação foi utilizado o coeficiente de determinação r2. O grupo

31

masculino (tabela 8) apresentou correlação entre todas as variáveis. Em

contrapartida, para o grupo feminino (tabela 9) nenhuma correlação foi encontrada

entre as variáveis.

Tabela 7. Correlação entre as variáveis antropométricas e dinamômetros - Grupo masculino Jamar® Takei® T. Força

D ND D ND D ND

Circunf. Antebraço r2 0,962 0,749 0,665 0,589 0,783 0,819

Comp. da mão r2 0,744 0,777 0,703 0,487 0,837 0,620

Largura da mão r2 0,746 0,743 0,501 0,620 0,646 0,828

Comp. dos dedos r2 616 0,525 0,760 0,553 0,839 0,749

*correlação significante a nível 0,05 ** *correlação significante a nível 0,01

Tabela 8. Correlação entre as variáveis antropométricas e dinamômetros - Grupo feminino Jamar® Takei® T. Força

D ND D ND D ND

Circunf. Antebraço r2 0,224 0,008 0,161 0,077 0,178 0,041

Comp. Da mão r2 0,013 0,050 0,005 0,000 0,051 0,241

Largura da mão r2 0,174 0,448 0,099 0,211 0,117 0,129

Comp. dos dedos r2 0,030 0,846 0,04 0,058 0,006 0,039

*correlação significante a nível 0,05 **correlação significante a nível 0,01

32

5. DISCUSSÃO

Vários dinamômetros tem sido utilizados para mensurar a força de

preensão manual, incluindo os instrumentos hidráulicos, pneumáticos, mecânicos e

eletrônicos (INNES, 1999; FESS, 1992). Dentre os principais instrumentos utilizados,

o dinamômetro hidráulico Jamar® destaca-se pela alta precisão e objetividade na

coleta (MOREIRA et al. 2003) sendo considerado o padrão ouro e recomendado

pela ASHT (FESS,1992) . Desta forma é utilizado comumente pelos pesquisadores

como padrão para a validação de outros instrumentos.

A amostra foi composta por 18 indivíduos, sendo 8 homens e 10

mulheres. Cada membro superior foi avaliado em três tentativas de esforço

isométrico máximo de preensão manual em cada dinamômetro, sendo a ordem das

avaliações randomizadas. A configuração da mão ao dinamômetro foi padronizada a

fim de se obter valores reais da força de preensão máxima e possibilitar a

comparação dos instrumentos. A escolha da empunhadura foi realizada levando-se

em consideração as dimensões da mão de cada indivíduo no momento da coleta

com os respectivos dinamômetros.

Em estudos anteriores, no entanto, as posições de empunhaduras mais

utilizadas foram a segundas e a terceira posição do dinamômetro Jamar (SCHMIDT

e TOEWS, 1970; MATHIOWETZ et al., 1985), que possui ajuste para cinco

posições. Não levando em consideração os parâmetros antropométricos dos

indivíduos avaliados.

Com relação à média de força de preensão manual obtidas nos grupos

analisados, observou-se um valor mais elevado para o sexo masculino em relação

ao sexo feminino em ambos os instrumentos. Corroborando aos achados na

literatura, tal como o estudo de Caporrino et al. (1998).

O dinamômetro Jamar® apresentou valores médios de força de preensão

palmar superior aos valores encontrados nos instrumentos Takei® e Transdutor de

força tanto para o membro dominante quanto para o não dominante em ambos os

sexos.

Em outros estudos o dinamômetro Jamar demonstrou menor

sensibilidade para baixos níveis de força. MASSY-WESTROPP et al. (2004)

realizaram um estudo comparando a mensuração da força de preensão palmar, em

adultos normais, com dinamômetro hidráulico Jamar® e o dinamômetro eletrônico

33

Grippit. Observaram que o dinamômetro eletrônico permite detectar baixos escores

da força em relação ao dinamômetro hidráulico Jamar®, sendo mais indicado em

casos de anormalidades como a artrite reumatóide.

Shechtman et al. (2005) analisando a confiabilidade e validade do

dinamômetro digital DynEx em relação ao dinamômetro Jamar, em 100 indivíduos

com idade entre 20 e 40 anos, encontraram diferença significativa entre os

instrumentos embora houvesse uma alta correlação (r>0.98). Nesse estudo o

dinamômetro Jamar exibiu valores de força mais alto do que o dinamômetro digital.

Kurillo et al. (2004) avaliaram 20 pacientes com doenças

neuromusculares e 9 indivíduos saudáveis comparando avaliações da força de

preensão em diversos equipamentos baseados em transdutores de força que se

assemelhavam com os objetos utilizados na vida diária. Sugeriram que embora os

testes convencionais sejam métodos validos na detecção de patologias eles não são

sensíveis a pequenas alterações que podem servir de indicadores na evolução do

quadro clínico da doença. Por esse motivo os autores citam que instrumentos com

maior precisão se fazem necessários para essas avaliações.

Com relação à diferença entre os instrumentos, para o grupo masculino

encontramos diferença significativa entre os dinamômetros Jamar® e Takei® em

ambos os membros. Jamar® e Transdutor de força mostraram-se diferente

estatisticamente apenas para o membro dominante, já os dinamômetros Takei® e

Transdutor de força apresentaram diferença para o membro não dominante. Para o

mesmo grupo todos os dinamômetros apresentaram correlação significativa entre si

em ambos os membros.

Segundo Innes (1999) as diferenças encontradas entre o membro

dominante e não dominante podem ser justificada por muitos fatores tais como a

preferência de um membro para realizar atividades da vida diária e demandas de

trabalho e lazer já que geração de força depende da área transversal do músculo e

essa depende do treinamento que é submetido.

No grupo feminino os instrumentos Jamar®-Takei® e Jamar®-Tforça

demonstraram diferenças estatisticamente significativas para ambos os membros.

Contudo não houve diferença entre os dinamômetros Takei® e transdutor de força.

Adicionalmente, encontramos correlação significativa para Jamar® e Takei® em

ambos os membros, Jamar® e transdutor de força para o membro dominante e

Takei® e Transdutor para o não dominante.

34

Ao analisarmos os valores de força média dos dois grupos, masculino e

feminino, conjuntamente percebemos uma alta correlação entre os instrumentos,

sendo a maior delas entre os dinamômetros Takei® e Transdutor de força. Para altos

valores de força registrados no Takei® e no Transdutor de força mais os mesmos se

distanciam dos valores exibidos no dinamômetro Jamar®.

As diferenças entre os instrumentos podem ser relacionadas aos

diferentes meios de transmissão para medir a força de preensão (mecânico,

hidráulico e elétrico) além dos diferentes formatos de empunhaduras dos

instrumentos. Mathiowetz (2002) realizou um estudo com 30 homens e 30 mulheres,

entre 20 e 50 anos, comparando os dinamômetros hidráulicos Jamar® e Rolyan não

encontraram diferença significativa entre eles. Segundo eles, os instrumentos são

equivalentes e podem ser utilizados intercaladamente.

Outro aspecto importante diz respeito aos diferentes perfis das

empunhaduras dos dinamômetros utilizados. A empunhadura do dinamômetro

Jamar®, assim como a modificada, possui contorno anatômico e apoio para a

eminência tenar na parte posterior. Com relação ao posicionamento dos dedos, a

empunhadura modificada por possuir um contorno anatômico, também na parte

anterior da empunhadura proporciona um melhor posicionamento dos mesmos

possibilitando maior participação dos dedos anular e mínino. Já no dinamômetro

Jamar® os dedos agrupam-se muito no mais parecendo possibilitar a execução de

maior força. A empunhadura do Takei®, no entanto, é retificada tanto na parte

anterior quanto na posterior não respeitando dessa forma, a acomodação natural da

mão.

Com relação à comparação das empunhaduras dos dinamômetros

utilizados nesse estudo, não foi encontrado na literatura nenhum trabalho com

propósito de comparar os referidos perfis. Por isso, neste estudo em particular,

encontramos resultados inovadores. Porém, mais estudos, com diferentes amostras,

precisam ser realizados para confirmar e comparar com os resultados apresentados

nesse estudo.

Nos dados desse estudo encontramos correlação significante em todas as

dimensões da mão e antebraço com força máxima de preensão manual para o

grupo masculino. No grupo feminino, no entanto não foi encontrada correlação

significativa nas mesmas, o que pode ser atribuído a pequena amplitude de variação

das medidas da mão demonstrada nesse grupo.

35

Nicolay e Walker (2005) estudaram a relação entre a variação

antropométrica e o desempenho na força de preensão. Avaliaram 51 indivíduos

entre 18 e 33 anos. Em ambos os gêneros as dimensões do antebraço

(comprimento e circunferência) e mão (comprimento, largura) foram positivamente

correlacionados (r>0,70) à máxima força de preensão, exceto o comprimento dos

dedos, o qual possuiu fraca correlação.

No entanto, segundo os mesmos autores o melhor parâmetro

antropométrico encontrado para a predição da força de preensão foi a largura da

palma da mão, pois este sugere que o indivíduo possui ossos e músculos

relacionados a preensão manual maiores, além disto, maiores valores da largura da

palma da mão proporcionaram melhores adaptações da mão do indivíduo ao

aparelho utilizado (empunhaduras). Os comprimentos dos dedos por sua vez, variam

mais independentemente do tamanho do corpo do que outras medidas da mão e

antebraço. Eles ainda afirmam que, pelo fato dos dedos quase não possuírem

massa muscular, dedos longos não necessariamente são indicativos de uma maior

força, podendo até reduzir a eficiência mecânica.

Clerke et al. (2005) analisando 228 adolescentes, não encontraram efeito

das formas da mão (longa, intermediária e quadrada) sobre a capacidade de gerar

força isométrica máxima de preensão.

Ruiz-Ruiz et al. (2002), investigaram a posição da empunhadura que

resultasse nos maiores níveis de força máxima. Cada membro foi testado

randomicamente em 10 ocasiões utilizando 5 posições diferentes de empunhadura

dos dinamômetros Jamar® e Takei®. Encontraram uma ótima posição para ambos os

gêneros. No homem adulto a ótima distância foi de 5,5 cm e não sendo influenciada

pelo tamanho da mão. Nas mulheres o tamanho da mão foi correlacionado

significativamente, concluindo que a mensuração da força de preensão da mão em

mulheres deve levar em consideração o tamanho da mão.

A possível explicação para divergência encontrada nos resultados do

presente estudo está no fato da diferente metodologia aplicada por esses autores.

No estudo citado as avaliações foram realizadas em posição ortostática com o braço

estendido e o tamanho da mão era considerado a máxima distância entre o primeiro

e o quinto dedo.

Dada à importância das dimensões da mão no desempenho da força de

preensão a escolha do tamanho ideal da empunhadura parece ser de extrema

36

importância. Blackwell et al. (1999) analisaram o efeito do tamanho da empunhadura

sobre o desempenho da força de preensão manual em 18 homens saudáveis.

Utilizando o dinamômetro Jamar®, verificaram diferença significativa na força de

preensão entre todos os tamanhos de empunhaduras. Contudo, detectaram maiores

níveis de força nas posições médias (dois e três) do que nas empunhaduras

extremas.

A geração de força é influenciada pelo comprimento que a fibra muscular

se encontra quando estimulada. A tensão máxima é produzida quando a mesma

está aproximadamente no seu comprimento de repouso. Se a fibra for mantida em

posição encurtada, ocorrerá diminuição na produção de tensão e força. Se a fibra for

alongada, além do comprimento de repouso, a tensão diminui progressivamente

(MCARDLE et al., 2008).

Segundo Watababe, et al. (2005) a metade da distância entre a

extremidade da falange distal do dedo indicador e a junção metacarpofalangeana do

mesmo dedo parece ser a ideal para definir o tamanho da empunhadura. Em seu

estudo, foram analisados 100 indivíduos de ambos os sexos, avaliados com o

dinamômetro Takei®. Os resultados demonstraram que o tamanho da empunhadura

ajustado pelo tamanho do dedo indicador ou esse com um acréscimo de 10%

parece ser o tamanho ideal de empunhadura tanto para homens quanto para

mulheres.

Outros autores propõem ainda o uso de equações baseadas no tamanho

da mão. Eksioglu (2004) sugere a utilização da distância entre a extremidade da

falange proximal do dedo médio até a base do polegar (TCLm) como parâmetro para

o melhor ajuste da empunhadura. Em seu estudo, 12 pessoas executaram a força

de preensão manual com nove diferentes tamanhos de empunhadura, sendo que a

subtração de 2,5 cm da medida TCLm (TCLm - 2,5) apresentou os melhores

resultados.

Dada a importância e aplicabilidade das avaliações da força de preensão

manual a escolha de instrumentos confiáveis se faz extremamente necessária. No

presente estudo buscamos identificar o comportamento da força nos dinamômetros

Jamar®, Takei® e Transdutor de força e dessa forma contribuir para os testes

objetivos da força de preensão manual.

A mensuração da força com ambos os instrumentos envolve

procedimentos simples de fácil administração, no entanto, pode-se constatar nesse

37

estudo que existem variações dos valores de força de preensão manual entre os

instrumentos quando comparados ao dinamômetro Jamar®. Embora o mesmo seja

recomendado pela ASHT (FESS,1992) e reconhecido no cenário clinico parece não

ser sensível a baixos níveis de força, além de permitir apenas a medida de força

máxima.

Os dinamômetros Takei® e Transdutor de força se mostraram

semelhantes para a amostra estudada, apresentando maior sensibilidade a baixos

níveis de força podendo ser mais indicados para avaliações de indivíduos com

alguma lesão nas extremidades superiores ou em patologias que acometem a força

muscular. No entanto, outros estudos com diferentes amostras precisam ser

realizados para confrontar com os achados do mesmo.

De acordo com Innes (1999) a acurácia do aparelho deve ser mantida por

meio de calibração regular. Dessa forma, a escolha do instrumento deve levar em

conta fatores tais como a facilidade na calibração dos mesmos. Nesse contexto, os

dinamômetros eletrônicos, em geral, possuem a opção de calibração automática que

pode ser acionada antes de cada avaliação, procedimento este que não é possível

com os dinamômetros comercialmente disponíveis que são baseados em sistemas

mecânicos e hidráulicos. Nestes, a calibração deverá ser realizada mecanicamente,

com a aplicação de massas externas. No entanto, a maioria dos dinamômetros não

possui em seus manuais de instruções, qualquer recomendação referente à

realização de tal procedimento.

Outro ponto positivo dos instrumentos eletrônicos é o fornecimento de

uma maior quantidade de informações, como o comportamento da força no tempo e

instalação do processo de fadiga, enquanto os instrumentos Jamar® e Takei®

fornecem apenas os valores máximos de força. Dessa forma, escolha do

dinamômetro deve levar em conta as características da população a ser avaliada e

as variáveis que se objetiva analisar.

Com base nos dados encontrados e na literatura revisada podemos

perceber que as dimensões da mão é uma importante ferramenta na escolha do

tamanho de empunhadura ideal, embora ainda permaneça conflitante na literatura

qual parâmetro deve ser escolhido (DIAS et al., 2010).

O presente estudo apresentou como limitações o tamanho reduzido da

amostra, nesse sentido novos estudos devem ser conduzidos, utilizando os mesmos

instrumentos em um número maior de participantes. Além disso, a padronização das

38

medidas antropométricas se faz extremamente importante para confrontar com os

dados encontrados nesse estudo.

39

6. CONCLUSÃO

De acordo com os resultados apresentados no presente estudo e

literatura revisada podemos constatar que existem diferenças entre os valores de

força de preensão manual dos instrumentos quando comparados ao dinamômetro

Jamar®. Os dinamômetros Takei® e Transdutor de força mostraram-se semelhantes

para a amostra estudada, apresentando maior sensibilidade a baixos níveis de força.

Além disso, as dimensões da mão demonstraram-se importantes na escolha do

tamanho ideal da empunhadura, exibindo correlação significativa com a força de

preensão para ao grupo masculino. No entanto, para o grupo feminino tal correlação

não foi observada na amostra estudada.

40

7- REFERÊNCIAS

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8. ANEXOS

8.1 Termo de consentimento livre e esclarecido

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Faculdade de Educação Física e Desportos

CAMPUS CIDADE UNIVERSITÁRIA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do projeto: “AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR DE PACIENTES COM

DOENÇA RENAL CRÔNICA EM DIFERENTES TIPOS DE TERAPIA RENAL

SUBSTITUTIVA ATRAVÉS DE TESTES DE ESFORÇO ISOMÉTRICO”

Responsáveis:

Prof. Dr. José Marques Novo Junior (orientador) Prof. Dr. Marcus Gomes Bastos (co-orientador) Guilliber Carlos da Fonseca (orientando)

Endereço e telefones do responsável: Prof. Dr. José Marques Novo Junior

(Av. Senhor dos Passos, 2492 – Cond. Colinas do Imperador – São Pedro – Juiz de Fora, MG - Telefones de contato: (32) 3236-5915 / 9106-1520.

Endereço e telefone do Comitê de Ética em Pesquisa do HU-UFJF: Prédio da Biblioteca Central s/nº - Pró-Reitoria de Pesquisa - Campus Universitário da UFJF - Fone: (32) 3229-3784 Horário de funcionamento: 08:00 às 12:00 horas, de segunda à sexta-feira.

Informações ao participante ou responsável:

1. Você está sendo convidado a participar de uma pesquisa que tem como objetivo avaliar o sinal eletromiográfico e o comportamento da força muscular em diferentes formas de terapia renal substitutiva, através de testes de esforço muscular isométrico, compreendendo os testes por tensiometria e a avaliação da força de preensão em três diferentes dinamômetros.

2. Você será submetido às avaliações fisioterapêutica e cardiológica, para verificar a presença de alguma alteração que contra-indique a execução dos exercícios. Você também será submetido a uma entrevista para aplicação do questionário de qualidade de vida.

3. Para a realização dos testes você será atendido no CAS/HU, em uma única vez. Se necessário for, será agendado outro dia para os testes. Em ambos os casos, os dias e horários serão combinados com antecedência.

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4. A sua participação não envolverá nenhum risco e os pesquisadores não interferirão no decurso do seu tratamento. Você será acompanhado por uma equipe treinada que estará alerta a qualquer alteração que possa sugerir a interrupção do esforço exigido. Neste estudo em específico, o esforço muscular a ser avaliado é de baixíssimo risco.

5. O benefício que você terá com o estudo será uma avaliação completa: clínico-cardiológica, fisioterapêutica, e neuro-muscular.

6. Você poderá se negar a participar bem como abandonar a pesquisa em qualquer momento, sem nenhuma penalização ou prejuízo de seu tratamento. Em qualquer etapa do estudo você terá acesso aos responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas.

7. As informações obtidas durante as avaliações serão mantidas em total sigilo. As informações assim obtidas, no entanto, poderão ser usadas para fins estatísticos ou científicos, não sendo divulgada sua identificação.

8. Você não terá despesas nem compensação financeira pela sua participação no estudo. Em caso de dano pessoal, diretamente causado pelos procedimentos propostos neste estudo, você terá direito a tratamento médico na instituição.

9. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido segue a padronização da resolução 196/96 CNS/MS, protegendo o participante da pesquisa e seus pesquisadores.

Eu, ___________________________________________________, portador do RG nº______________________, residente à _________

____________________________________ na cidade de _______________ - ___, tel:________________________________ certifico que, tendo lido as informações prévias e sido suficientemente esclarecido pelos responsáveis sobre todos os itens, estou plenamente de acordo com a realização do estudo, autorizando a minha participação no mesmo, como voluntário.

Juiz de Fora, ______ de ______________ de 2008.

_____________________________________________________

Assinatura do paciente/ representante legal

_____________________________________________________

Prof.Dr. José Marques Novo Júnior/Pesquisador responsável

1ª via – paciente

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Faculdade de Educação Física e Desportos

CAMPUS CIDADE UNIVERSITÁRIA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do projeto: “AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR DE PACIENTES COM

DOENÇA RENAL CRÔNICA EM DIFERENTES TIPOS DE TERAPIA RENAL

SUBSTITUTIVA ATRAVÉS DE TESTES DE ESFORÇO ISOMÉTRICO”

Responsáveis:

Prof. Dr. José Marques Novo Junior (orientador) Prof. Dr. Marcus Gomes Bastos (co-orientador) Guilliber Carlos da Fonseca (orientando)

Endereço e telefones do responsável: Prof. Dr. José Marques Novo Junior

(Av. Senhor dos Passos, 2492 – Cond. Colinas do Imperador – São Pedro – Juiz de Fora, MG - Telefones de contato: (32) 3236-5915 / 9106-1520.

Endereço e telefone do Comitê de Ética em Pesquisa do HU-UFJF: Prédio da Biblioteca Central s/nº - Pró-Reitoria de Pesquisa - Campus Universitário da UFJF - Fone: (32) 3229-3784 Horário de funcionamento: 08:00 às 12:00 horas, de segunda à sexta-feira.

Informações ao participante ou responsável:

1. Você está sendo convidado a participar de uma pesquisa que tem como objetivo avaliar o sinal eletromiográfico e o comportamento da força muscular em diferentes formas de terapia renal substitutiva, através de testes de esforço muscular isométrico, compreendendo os testes por tensiometria e a avaliação da força de preensão em três diferentes dinamômetros.

2. Você será submetido às avaliações fisioterapêutica e cardiológica, para verificar a presença de alguma alteração que contra-indique a execução dos exercícios. Você também será submetido a uma entrevista para aplicação do questionário de qualidade de vida.

3. Para a realização dos testes você será atendido no CAS/HU, em uma única vez. Se necessário for, será agendado outro dia para os testes. Em ambos os casos, os dias e horários serão combinados com antecedência.

4. A sua participação não envolverá nenhum risco e os pesquisadores não interferirão no decurso do seu tratamento. Você será acompanhado por uma equipe treinada que estará alerta a qualquer alteração que possa sugerir a interrupção do

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esforço exigido. Neste estudo em específico, o esforço muscular a ser avaliado é de baixíssimo risco.

5. O benefício que você terá com o estudo será uma avaliação completa: clínico-cardiológica, fisioterapêutica, e neuro-muscular.

6. Você poderá se negar a participar bem como abandonar a pesquisa em qualquer momento, sem nenhuma penalização ou prejuízo de seu tratamento. Em qualquer etapa do estudo você terá acesso aos responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas.

7. As informações obtidas durante as avaliações serão mantidas em total sigilo. As informações assim obtidas, no entanto, poderão ser usadas para fins estatísticos ou científicos, não sendo divulgada sua identificação.

8. Você não terá despesas nem compensação financeira pela sua participação no estudo. Em caso de dano pessoal, diretamente causado pelos procedimentos propostos neste estudo, você terá direito a tratamento médico na instituição.

9. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido segue a padronização da resolução 196/96 CNS/MS, protegendo o participante da pesquisa e seus pesquisadores.

Eu, ___________________________________________________, portador do RG nº______________________, residente à ____________________________________________________________________ na cidade de __________________ - ___, tel:________________________________ certifico que, tendo lido as informações prévias e sido suficientemente esclarecido pelos responsáveis sobre todos os itens, estou plenamente de acordo com a realização do estudo, autorizando a minha participação no mesmo, como voluntário.

Juiz de Fora, ______ de ______________ de 2008.

_____________________________________________________

Assinatura do paciente/ representante legal

_____________________________________________________

Prof.Dr. José Marques Novo Júnior/Pesquisador responsável

2ª via – pesquisador