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IN004/EMG-PMPI MANUAL DE PRÁTICA DE DEFESA PESSOAL COM O BASTÃO TONFA 1ª. EDIÇÃO TERESINA - PIAUÍ 2009

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IN004/EMG-PMPI

MANUAL DE PRÁTICADE DEFESA PESSOAL

COM O BASTÃO TONFA1ª. EDIÇÃO

TERESINA - PIAUÍ2009

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MANUAL DE PRÁTICA DE DEFESA PESSOAL COM O BASTÃO TONFA

1ª. Edição – 2009

ESTADO MAIOR DA POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍAv. Higino Cunha nº. 1750 – Bairro Ilhotas – Teresina/PI

CEP: 64.014-220Fones: (86) 3227-6349 – Fax: (86) 3228-2703

E-mail: [email protected]: www.pmpi.pi.gov.br

REVISÃO TÉCNICACel PM José Adersino Alves de Moura

Cel PM Rubens da Silva Pereira

REVISÃO TEXTUALProfª Ms Shirlei Marly Alves

CAPA E FORMATAÇÃO DO ORIGINALCap PM “RR” Juraci Ramos de Oliveira

P766 Piauí. Polícia Militar, Estado Maior Geral.

Manual de Prática de Defesa Pessoal com o Bastão Tonfa/ Estado Maior Geral da Polícia Militar do Piauí. Teresina: EMGERPI, 2009.

107 p.

1. DefesaPessoal.BastãoTonfa.2.DoutrinaProfissional.I.Título.

CDD - 341.432 1

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GOVERNADOR DO ESTADO DO PIAUÍJosé Wellington Barroso de Araújo Dias

COMANDANTE GERAL DA PMPICel. PM Francisco Prado Aguiar

CHEFE DO GABINETE MILITARTen. Cel. PM Carlos Augusto Gomes de Sousa

SUBCOMANDANTE E CHEFE DO ESTADO MAIOR GERALCel. PM José Adersino Alves de Moura

CHEFE DA 1ª. SEÇÃO DO ESTADO MAIOR GERALTen. Cel. PM Lucides Carvalho dos Santos

CHEFE DA 2ª. SEÇÃO DO ESTADO MAIOR GERALTen. Cel. PM Carlos Sidney Pires Cardoso

CHEFE DA 3ª. SEÇÃO DO ESTADO MAIOR GERALTen. Cel. PM Raimundo Cosme de Oliveira Filho

CHEFE DA 4ª. SEÇÃO DO ESTADO MAIOR GERALTen. Cel. PM Antonio Alberto Moraes de Menezes

CHEFE DA 5ª. SEÇÃO DO ESTADO MAIOR GERALMaj. PM Josué Cesário Sá Júnior

CHEFE DA 6ª. SEÇÃO DO ESTADO MAIOR GERALTen. Cel. PM Antonio da Silva Ramos

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EQUIPE TÉCNICA

1 COORDENAÇÃO

1.1 ESTADO MAIOR GERAL· Cel. PM José Adersino Alves de Moura – Chefe do EMG· Ten. Cel PM Lucides Carvalho dos Santos – PM /1· Ten. Cel PM Carlos Sidney Pires Cardoso – PM/2· Ten. Cel PM Raimundo Cosme de Oliveira Filho – PM/3· Ten. Cel PM Antonio Alberto Moraes de Menezes – PM/4· Maj. PM Josué Cesário Sá Júnior – PM/5· Ten. Cel PM Antonio da Silva Ramos – PM/6

2 ORGANIZAÇÃO· SubTen PM Francisco de Aguiar Silva

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Agradecimentos Especiais

Ao Comandante Geral da PMPI, pelo incentivo ao projeto; à Diretora-presidente da EMGERPI pelo apoio na publicação da coleção Instruções Normativas-IN; aos membros do EMG/PMPI, pelo reconhecimento imediato da importância deste trabalho e pelo profissionalismomantido na suaanálise.

Agradecimentos do Organizador

Ao Cel PM José Adersino Alves de Moura e ao Major Everardo de Oliveira, pelo apoio e incentivo à consolidação deste manual; ao ilustre amigo Luciano Cardoso Neves, pelo apoioeesmeradaparticipaçãonosensaiosfotográficos.

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APRESENTAÇÃO

A coleção Instruções Normativas-IN, que ora apresentamos, é composta por seis manuais básicos, sendo quatro destes já elaborados e publicados nesta primeira etapa: IN001-EMG/PMPI - Manual de Prática de Polícia Judiciária Militar, cujo conteúdo inclui Inquérito Policial Militar, Auto de Prisão em Flagrante e Termo de Deserção; IN002-EMG/PMPI - Manual de Prática de Processos Administrativos Disciplinares Militares, que inclui o Termo de Apuração Simplificado, Processo Administrativo Disciplinar, Conselho de Disciplina e Conselho de Justificação; IN003-EMG/PMPI - Manual de Prática de Procedimentos Administrativos Militares, abrangendo Sindicância, Inquérito Técnico, Atestado de Origem e Inquérito Sanitário de Origem e IN004-EMG/PMPI - Manual de Prática de Defesa Pessoal com o Bastão Tonfa, que regulamenta o emprego do bastão Tonfa no âmbito da Polícia Militar do Piauí.

Além destes Manuais relacionados acima, está sendo publicada também uma Coletânea de Leis Básicas da Polícia Militar do Piauí.

A IN005-EMG/PMPI – Manual de Normas de Regulamentação do Porte de Arma Institucional e as IN006-EMG/PMPI - Manual de Normas de Regulamentação dos Procedimentos Operacionais estão em fase de elaboração pelo EMG e serão publicadas oportunamente.

Entendemos que nenhuma obra humana é acabada, pronta. Portanto, por mais que tenham sido concebidas com zelo por seus organizadores e analisadas exaustivamente por um colegiado como o EMG/PMPI, essas obras precisam ser aperfeiçoadas, pois, ao se apresentarem sob outros pontos de vista, deverão mostrar inconsistências próprias da ótica individual. Devido a isso, desde logo, agradecemos e acolheremos sugestão que visem aperfeiçoá-las.

Essas sugestões deverão ser encaminhadas à equipe técnica responsável ou diretamente ao EMG-PMPI. Só assim, esperamos, estar interpretando os anseios institucionais.

Cel. PM Francisco Prado AguiarComandante Geral da PMPI

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MANUAL DE PRÁTICA DE DEFESA PESSOAL COM O BASTÃO TONFA

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A coleção Instruções Normativas, concebida dentro da mais moderna prática administrativa e em harmonia com a atual Carta Constitucional, busca traduzir o fazer diário da Corporação, assumindo o relevante papel de resgatar a doutrina institucional existente, a qual se apresenta dispersa no tempo e no espaço, sem uma organização formale,portanto,comacessodificultadoàsgeraçõesfuturas.

São obras que procuram preencher lacunas importantes, sendo indispensáveis nodia-a-dia,poisdemaneiradidáticadesmistificamváriosprocedimentosquefazemparte da vida das Unidades e Subunidades. Em uma amplitude maior, ao indicarem os instrumentos que fortalecem a doutrina institucional, apontando os modelos de documentos a serem adotados no âmbito da Polícia Militar do Piauí, produzem soluções práticas e viáveis para o estabelecimento de procedimentos padronizados a serem adotados na instituição.

Este volume contém a Instrução Normativa IN004-EMG/PMPI - Manual de Prática de Defesa Pessoal com o Bastão Tonfa, que regulamenta o emprego do bastão Tonfa no âmbito da Polícia Militar do Piauí, instrumento de grande importância para a instrução e o serviço policial militar.

Organizado com utilização de técnicas que atendem às normas internacionais de respeito aos direitos humanos, este manual possibilita a realização de procedimentos de defesa pessoal com o bastão Tonfa, de forma simples e didática, permitindo uma rápida asssimilação dessas técnicas pelos policias militares e, consequentemente, traazendo uma melhoria importante para o desenpenho operacional da Corporação.

Cel. PM José Adersino Alves de MouraSubcomandante e Chefe do EMG

INTRODUÇÃO

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POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍQUARTEL DO COMANDO GERAL

GABINETE DO COMANDANTE GERAL

PORTARIA Nº 105, DE 05 DE JUNHO DE 2009

Aprova o Manual de Prática de Defesa Pessoal com o Bastão Tonfa para aplicação no âmbito da Polícia Militar do Piauí.

O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ, no uso das atribuições legais que lhe conferem o art. 109, II e IX, da Constituição do Estado do Piauí, e o art. 4º da Lei Estadual nº 3.529/77, RESOLVE:

Art. 1º. Aprovar o “Manual de Prática de Defesa Pessoal com o Bastão Tonfa”, organizado pelo SubTen PM Francisco de Aguiar Silva e aprovado pelo Estado Maior Geral da Polícia Militar do Piauí, passando a ser adotado na Corporação.

Art. 2º. Considerar o Manual referido no artigo anterior como trabalho técnico científicoeútilparaaCorporação,decorrentedeaplicaçãoemestudos,nostermosdoDecreto Estadual nº. 6.155, de 10 de janeiro de 1985.

Art. 3º. Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de publicação, revogando-se as disposições em contrário.

Publique-se, registre-se e cumpra-se.

FRANCISCO PRADO AGUIAR – CEL PMComandante-Geral da PMPI

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SUMÁRIO GERAL

1 HISTÓRIA DO TONFA ...................................................................................... 192 O TONFA NA ATIVIDADE DE SEGURANÇA ............................................... 223 CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS DO TONFA ....................................... 244 LEGALIDADE DO USO DA FORÇA PELA POLÍCIA ................................. 265 USO PROGRESSIVO DA FORÇA.................................................................... 29 5.1 Modelo Básico de Uso Progressivo da força ............................................... 30

6 NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS ...................................................... 31 6.1DefiniçãodeDireitosHumanos ................................................................... 31 6.2 As características dos Direitos Humanos ..................................................... 33

7 TRAUMATOLOGIA DO TONFA...................................................................... 35 7.1 Escala de Traumas Provocados por Golpes desferidos com o Tonfa ........... 35

8 O TONFA ENQUANTO ARMA ESPECIAL .................................................... 379 TREINAMENTO BÁSICO – INDIVIDUAL .................................................... 39 9.1 Fundamentos Técnicos ................................................................................. 39 9.1.1 Como Portar o Tonfa ................................................................................. 39 9.1.2 Tipos de Pegada......................................................................................... 39 9.1.2.1 Pegada-curta .......................................................................................... 40 9.1.2.2 Pegada-longa .......................................................................................... 40 9.1.2.3 Pegada-de-cacetete ................................................................................. 40 9.1.2.4 Pegada-de-martelo.................................................................................. 41 9.1.2.4.1 Mudança da pegada longa para pegada de martelo ............................. 41 9.1.3 O Saque ..................................................................................................... 42 9.1.3.1 Saque-básico .......................................................................................... 42 9.1.3.2 Saque-longo............................................................................................ 43 9.1.3.3 Saque-alto ............................................................................................... 44 9.1.3.4 Saque por trás (dissimulado) .................................................................. 45 9.1.4 Posicionamento Corporal (Bases) ............................................................. 46 9.1.4.1 Posição natural ....................................................................................... 46 9.1.4.2 Posição recuada (Base em L) ................................................................. 47 9.1.4.3 Posição do cavaleiro (Base montada) .................................................... 47 9.1.4.4 Posição avançada (Base em arco) .......................................................... 48 9.1.5 Posições de Combate em Pegada-curta ..................................................... 48 9.1.5.1 Guarda-direta.......................................................................................... 48 9.1.5.2 Guarda-invertida .................................................................................... 49 9.1.6 Posições de Combate em Pegada-Longa................................................... 49 9.1.6.1 Guarda-direta.......................................................................................... 49

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9.1.6.2 Guarda invertida ..................................................................................... 50 9.1.7 Movimentação ........................................................................................... 50 9.1.7.1 Avanço .................................................................................................... 50 9.1.7.2 Recuo...................................................................................................... 51 9.1.7.3 Esquivas ................................................................................................. 51 9.1.7.4 Distância de segurança ........................................................................... 52 9.1.8 Fundamentos da Defesa Pessoal ............................................................... 53 9.2 Técnicas Defensivas ..................................................................................... 55 9.2.1 Defesas em pegada básica ou curta ........................................................... 55 9.2.1.1 Defesa baixa ........................................................................................... 55 9.2.1.2 Defesa alta .............................................................................................. 56 9.2.1.3 Defesa média externa (1) ....................................................................... 57 9.2.1.4 Defesa média externa (2) ....................................................................... 58 9.2.1.5 Defesa média interna .............................................................................. 59 9.2.2 Defesas em pegada dupla .......................................................................... 60 9.2.2.1 Defesa alta .............................................................................................. 60 9.2.2.2 Defesa média externa ............................................................................. 61 9.2.2.3 Defesa média interna .............................................................................. 62 9.2.2.4 Defesa baixa ........................................................................................... 63 9.3 Técnicas Ofensivas - Formas de Ataque ...................................................... 64 9.3.1 Estocada curta ........................................................................................... 64 9.3.2 Estocada longa .......................................................................................... 65 9.3.3 Cotovelada ascendente .............................................................................. 66 9.3.4 Cotovelada lateral...................................................................................... 66 9.3.5 Cotovelada descendente ............................................................................ 67 9.3.6 Cotovelada para trás .................................................................................. 67 9.3.7 Chapada ..................................................................................................... 68 9.3.8 Corte vertical descendente ........................................................................ 69 9.3.9 Corte vertical ascendente .......................................................................... 70 9.3.10 Corte oblíquo descendente de direita ...................................................... 71 9.3.11 Corte oblíquo descendente de esquerda .................................................. 72 9.3.12 Corte horizontal ....................................................................................... 73 9.3.13 Asterisco .................................................................................................. 74 9.3.14Infinito(oito-deitado) .............................................................................. 75

10 TREINAMENTO BÁSICO EM DUPLA ........................................................ 76 10.1 Técnicas de Imobilização ........................................................................... 76 10.1.1 Chaves de braço com o Cabo-longo........................................................ 76 10.1.1.1 Chave de braço em “L” pela frente ...................................................... 76 10.1.1.2 Chave de braço em “L” pelas costas .................................................... 77 10.1.1.3 Chave de braço em “L” pela lateral ..................................................... 78

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10.1.1.4 Chave de braço Invertida pela frente ................................................... 79 10.1.1.5 Chave de braço Invertida pelas costas ................................................. 80 10.1.1.6 Chave axilar pelas costas ..................................................................... 81 10.1.1.7 Chave axilar pela lateral ....................................................................... 82 10.1.1.8 Algema (1) ............................................................................................ 83 10.1.2 Chave de braço com o cabo-curto ........................................................... 84 10.1.2.1 Algema (2) ............................................................................................ 84 10.1.3 Chaves de braço com o pino-vertical ...................................................... 85 10.1.3.1 Gancho no cotovelo pelas costas.......................................................... 85 10.1.3.2 Gancho no cotovelo pela lateral ........................................................... 86

11 DEFESA PESSOAL E IMOBILIZAÇÃO ....................................................... 87 11.1 Defesa de Soco ........................................................................................... 87 11.1.1. Agressor aplica soco direto .................................................................... 87 11.1.2 Agressor aplica soco em Jab seguido de soco direto .............................. 88 11.2. Defesa de chute ......................................................................................... 89 11.2.1 Agressor aplica chute frontal direto ........................................................ 89 11.2.2 Agressor aplica chute frontal circular ...................................................... 90 11.3 Defesa de facada ......................................................................................... 91 11.3.1 Agressor aplica facada direta no estômago ............................................. 91 11.3.2 Agressor aplica corte lateral de fora para dentro ..................................... 92 11.4 Defesa de paulada ....................................................................................... 93 11.4.1 Agressor aplica paulada lateral de dentro para fora ................................ 93 11.5 Defesas em situações de agarramento ........................................................ 94 11.5.1 Agressor aplica esganamento pela frente ................................................ 94 11.5.2 Agressor aplica gravata lateral por trás (1) .............................................. 95 11.5.2.1 Agressor aplica gravata lateral por trás (2) ........................................... 96 11.5.3 Agressor aplica abraço na cintura por trás .............................................. 97

12 EMPREGO TÁTICO ........................................................................................ 98 12.1 Retirada e condução de pessoa ................................................................... 98 12.1.1 Situação: pessoa sentada em cadeira ....................................................... 98 12.1.1.1 Policial aproxima-se pela frente, aplicando chave de braço direta ...... 98 12.1.1.2 Policia aproxima-se pela frente, aplicando chave de braço invertida .. 99 12.1.1.3 Policial aproxima-se pela lateral, aplicando gancho lateral ............... 100 12.1.1.4 Policial aproxima-se por trás, aplicando gancho lateral .................... 101

13 TÉCNICAS PERIGOSAS ............................................................................... 102 13.1 Mata-leão ou dorminhoco ...................................................................... 102 13.2 Estrangulamento em cruz por trás .......................................................... 103REFERÊNCIAS .................................................................................................... 104

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1 HISTÓRIA DO BASTÃO TONFA

Desde o início da sua evolução, o homem já percebia que apenas com suas defesas naturais não poderia resistir a seus predadores e/ou a outros homens que pretendessem matá-lo, tomar-lhe a habitação, alimentos ou escravizá-lo (motivo pelo qual passou a viver em pequenos grupos, unindo forças para sobreviver). Desse modo, desde sua origem o ser humano se preocupa com sua integridade física e com o resguardo de seus pertences (WIkIPéDIA1).

O comportamento defensivo do homem se fortalecia, à medida que o grupo evoluia e acumulava conhecimentos e posses, haja vista que isto aumentava o risco de grupos rivais saquearem seus alimentos, sequestrarem suas mulheres, tomarem a melhor caverna e expulsar o grupo devido a melhor localização em relação à caça e à água. Tudo isso levou o homem a aperfeiçoar meios de defender a si e ao grupo em que vivia.

Nesse sentido, a necessidade de proteger-se e a propensão às agressões motivaram os esforços desse homem no sentido de desenvolver e fabricar armas. Os primeiros meios mecânicos usados como armas podem apenas ser imaginados e, certamente, devem ter surgido na Pré-História, provavelmente com o uso de um galho como forma de prolongar as mãos e os braços.

Pressupõe-se ter sido ainda na fase média do seu estado selvagem (Idade da Pedra), quando resolveu caçar para se alimentar, que o homem utilizou-se do que podem ter sido as primeiras armas: a clava2 e a lança3.

A clava consiste de um pedaço de pau curto e pesado com uma das extremidades mais grossa, e, tal qual a lança, que era longa e tinha uma das extremidades pontiaguda, era usada para caçar, atacar e matar. Esses dois instrumentos surgiram com a mudança de hábitos do homem primitivo.

Moreira (2006)4, em um artigo publicado na net, diz que a clava e a lança surgiram no momento em que o homem tornou-se independente do clima e da localidade , e com a mudança dos hábitos alimentares, passou a suplementar o alimento com a caça.

Entendemos ter sido o bastão a primeira arma a ser inventada pelo homem com o objetivo de caçar e/ ou se defender das hostilidades do meio em que vivia. O bastão sempre esteve presente em todas as antigas civilizações como arma de ataque e defesa, juntamente com a lança, sua versão pontiaguda, usada essencialmente como arma de ataque.

De acordo com o estudo das escritas antigas, a China, berço do mosteiro Shaolin, desenvolveu metodologias de treinamento voltadas para a utilização de bastões em combates. Antecedentes materiais a respeito datam do período das dinastias Tang e ––––––––––––––––––––––––––––1 www.wikipedia.org.2 Pau pesado, mais grosso em uma das extremidades, que se usava como arma; maça; tacape.3 Arma ofensiva ou de arremesso.4 A ORIGEM DA FAMÍLIA, DA PROPRIEDADE PRIVADA E DO ESTADO. Disponível em: www.moreira.pro.br

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[...], textos dos séculos XVI e XVII aludem aos métodos de luta com lança e com as mãos vazias (“Quan” ou “Chuan”), não deixando dúvida, porém, de que o bastão era a arma na qual os monges de Shaolin se tornaram especialistas – e que, certamente, tornou o mosteiro famoso. [...]O mais antigo manual existente sobre as artes marciais de Shaolin foi dedicado às técnicas de combate com bastão. Intitulada Shaolin gunfa chan zong,[...], a obra foi compilada por volta de 1610 por um especialista militar chamado Cheng Zongyou (que assinava como Chongdou) de Xiuning, área administrativa de Huinzhou, na parte Sul da atual Anhui. A família Cheng pertencia à elite local e seus membros no período Ming tardio incluíam vários graduados e também scholars reconhecidos. Entretanto, os interesses de Zhangyou – como o de muitos irmãos e sobrinhos dele – não estavam nos ensinamentos clássicos, mas nas artes militares.[...]A familiaridade de Cheng com o combate com bastão se devia ao longo tempo que ele passou no mosteiro Shaolin. De acordo com seu próprio testemunho, seu aprendizado durou não menos que dez anos. Sua descrição do treinamento mostra que pelo menos um mosteiro budista forneceu à sociedade Ming tardia um original serviço de educação marcial (SHARAR, 2003) 5.

–––––––––––––––––––––––––––––––5 SHARAR, Meir. Evidências da Prática Marcial em Shaolin durante o Período Ming. Traduzido por

Rodrigo Wolff Apolloni para Revista de Estudos da Religião. Disponível em: http://www.pucsp.br/rever/rv4_2003/p_sharar.pdf. 18/05/2006.

6 Ilha montanhosa situada a sudoeste do Japão, entre o mar da China oriental, a oeste, e o norte do oceano Pacífico,aleste.EnciclopédiaMicrosoft–Encarta.

Como visto, desde os primórdios da sua evolução, a principal arma utilizada pelo homem na sua luta pela sobrevivência foi um pedaço de pau, um simples galho que se desenvolveu ao ponto de tornar-se uma das armas utilizadas nos treinamentos dos monges shaolins - o bastão.

Durante a ocupação japonesa à ilha de Okinawa 6, habitada por chineses, situada aosudoestedoJapão,entreomardaChinaoriental(aoeste)eonortedooceanoPacífico(a leste), a noção do bastão tipo vara mudou com o surgimento do tonfa.

O bastão tonfa surgiu no oriente como instrumento usado na colheita do arroz e na confecção do saquê, uma bebida muito consumida no Japão, também servia como

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cabide para pendurar kimonos. Asssim, a história do tonfa começou na China durante a invasão japonesa àquele

continente. Apesar de o povo chinês ser uma civilização muito antiga, com mais de quatro milênios de registros históricos contínuos, o contato com o povo do Ocidente só ocorreu no século XIII, por intermédio de mercadores, como o veneziano Marco Pólo.

Até a segunda metade do século XIX, o Japão resiste ao imperialismo ocidental e, em 1874, envia tropas contra Taiwan para testar a resistência chinesa, porém, por normas fundamentadas pelo Reino Unido, os japoneses retiram suas tropas da China.

O expansionismo japonês volta a se manifestar em 1879, com a anexação das ilhas Ryukyu, sob protesto chinês. O principal objetivo do Japão, porém, é a Coréia, que ocupa posição estratégica e possui grandes reservas minerais, especialmente de carvão e ferro.

A China também busca consolidar sua influência nessa região, surgindo confrontos armados entre facções coreanas pró-China e as favoráveis ao Japão. Os dois paísesenviamtropasparaconteroconflito.OsjaponesesinsistemempermanecernaCoréia, o que a China considera uma agressão a seus interesses.

A guerra então começa em agosto de 1894, com o bombardeio de barcos japoneses pelas forças navais chinesas. O Japão contra-ataca, derrotando o adversário. No início de 1895 invade também a Manchúria e a província de Chan-tung, toma porto Arthur e controla o acesso marítimo e terrestre a Pequim.

A China sofria basicamente um processo de escravidão, pois tudo que se produzia naquele país era para benefício do Japão. Os chineses já estavam exaustos com a exploraçãojaponesa,porisso,nesseperíodooImperadorjaponêsconfiscoutodasasarmasqueestivessememmãosdoschineses,afimdeevitarpossíveisrebeliões.

Um dia um jovem agricultor chinês foi agredido em praça pública por um ocupante japonês. Cansado de apanhar, tomou um tonfa das mãos de uma das mulheres que batiam arroz e defendeu-se do nunchaco e do bastão, ou seja, da vara longa, usada naquela época pelos guerreiros japoneses (samurais). Brilhantemente o rapaz conseguiu se safar do ataque, fato que jamais saiu da mente dos que presenciaram a cena, pois foi completamente inovador e genial. Quem diria que um instrumento agrário, viraria um instrumento de autodefesa?

Nascia assim para os chineses que se refugiavam nas lavouras a esperança de serem livres. Eles passaram a se utilizar de várias outras ferramentas agrárias, tais como a vara longa, o tridente, a enxada, além dos remos dos barcos dos pescadores e até mesmo do Nunchaco, como armas para se defenderem dos japoneses.

Devido à vitória do Japão na Guerra Sino-Japonesa, muitos chineses e coreanos emigraram para o Japão, levando consigo a bagagem do conhecimento das artes marciais e também a história do rapaz que havia vencido um soldado japonês com um tonfa.

Durante a Segunda Guerra Mundial (dezembro de 1941), os japoneses realizaram

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um ataque-surpresa e destruíram a esquadra norte-americana ancorada em Pearl Harbor, noHavaí.TomaramosudestedaÁsiaeamaiorpartedoPacíficoOcidental,masforamderrotados pelas forças aliadas e retiraram-se das áreas ocupadas.

Em setembro de 1945, após a explosão das bombas atômicas jogadas pelos EUA nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, os norte-americanos ocuparam o Japão até abril de 1952 e impuseram uma Constituição e um sistema de governo nos moldes das democracias ocidentais.

Comofimdaguerra,muitoschinesesemuitos japoneses imigraramparaatão prometida América, dentre eles, grandes mestres das artes marciais que levaram consigo muitos conhecimentos. Os norte-americanos foram, desse modo, os primeiros autilizarotonfanaatividadedesegurança,emaçõespoliciaisoucenasdefilmes,podemos observar o tonfa sendo utilizadas pelos policiais.

Após alguns anos em teste, os americanos desenvolveram um manete mais anatômico,passandoaserfabricadoemmaterialsintéticoàbasedefibradecarbonoou de polietileno, por serem mais resistentes que a madeira.

Duranteosanos70,otonfapassouasubstituirdefinitivamenteoultrapassadocassetete, quando, em 1971, o americano Lon Anderson estudou e adaptou as técnicas de manejo do tonfa ao serviço policial, porém foi a empresa americana Monadnock Corporation, de New Hampshire, que patenteou o equipamento com o nome de Bastão PR 24 (Bastão de Proteção e Retenção de 24 polegadas). A partir daí se deu iniciou a inclusão desse equipamento na área da segurança.

Durante os anos 80 o tonfa foi difundida nos paises europeus como p.ex a Inglaterra, Alemanha, Dinamarca, França, dentre outros. Esses paises foram os primeiros alegalizaremautilizaçãodoTonfapelosprofissionaisdesegurança.

Hoje existem vários tipos de tonfa (p.ex. telescópica ou retrátil) fabricados à base de diversos tipos de matéria.

O tonfa chegou ao Brasil em 1985, precisando de adaptação, pois possuía um tamanho apropriado aos padrões norte-americano, com aproximadamente 80 centímetros de comprimento, impossibilitando a execução de alguns movimentos. Depois de alguns ajustes, o tonfa passou a ter aproximadamente 60 centímetros de comprimento, dos quais 13 cm correspondem à distância da ponta da extremidade menor ao manete, e 47 cm do manete ao cabo longo.

2 O TONFA NA ATIVIDADE DE SEGURANÇA

Foram os japoneses que inicialmente desenvolveram o conceito de armas auxiliares e as modalidades de artes-marciais apropriadas para o treinamento das forças policiais e militares. No entanto, sustenta-se que foi a Monadnock Corporation, empresa de New Hampshire/USA, quem registrou e patenteou o tonfa como Bastão PR-24 (Proteção e Retenção de 24 polegadas), em 1974, depois que suas técnicas de manejo, _____________________________ 7 ABRAHÃO,JoséR.R.;NAKAYAMA,Ricardo.Tonfa.ArmaNãoLetalparaProfissionaisdeSegurançaPúblicaePrivada,e-Book.2002,60p.Disponívelem:www.supervirtual.com.br.

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desenvolvidas nas artes marciais, foram adaptadas pelo americano Lon Anderson para o trabalho cotidiano da policia, em 1971 (ABRAHÃO E NAkAYAMA, 2002) 7.

Como as técnicas eram empregadas apenas em exercícios marciais predefinidos,oschamadoskatas 8, os quais exigiam muito tempo de treinamento e, na maior parte, eram executadas com dois tonfas de madeira, as adaptações feitas por Anderson permitiram a realização de técnicas de ataque e defesa e de imobilização, aumentando a capacidade autodefensiva do profissional durante abordagens a suspeitos.

Historicamente, convém ressaltar os trabalhos de inserção do Tonfa na atividade policial militar em algumas instituições do Brasil. No Estado do Piauí, em 1986, o Professor Raimundo Gerson dos Santos Lima, então cabo policial militar, instrutor da disciplina de Defesa Pessoal dos Cursos de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) da Polícia Militar do Piauí, ministrou o 1° Curso de Defesa Pessoal com o Bastão Tonfa naquela Unidade de Ensino Policial Militar, na tentativa de inserir este equipamento no serviço de policiamento ostensivo da Polícia Militar na capital do estado (Teresina). Oportunamente, em 1987, como lecionava aulas de karatê aos sócios do Circulo Militar do Exercito Brasileiro, apresentou e ministrou aulas de tonfa aos efetivos do 2º Batalhão de Engenharia e Construção (2º BEC) e do 25° Batalhão de Caçadores (25º BC), contando com o apoio do Comando da 10ª Região Militar.

Em 1987, conforme Aguiar (1998, p.2)9, a Polícia Militar do Amazonas passou a usar o tonfa no serviço de policiamento ostensivo, embora seu manuseio não suprisse as necessidades impostas pelo trabalho, em razão da maneira incipiente e empírica, como as técnicas eram ensinadas. Relata ainda o autor, que uma mudança só veio a ocorrer a partir de 1991, com a sua contratação para ministrar aulas de Defesa Pessoal no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), a partir do que se passou autilizarobastãodeformatécnico-profissionalnopoliciamento.

Em 1994, a Escola de Educação Física da Polícia Militar do Estado de São Paulo (EEF/PMESP) editou um livreto contendo técnicas de manuseio do tonfa, objetivando padronizar as instruções de uso desse equipamento a ser empregado pelo policial militar nas situações cujas resoluções geralmente são agravadas quando é priorizada a utilização da arma de fogo.

Na EEF/PMESP, conta-se que foram a FEPASA, o metrô e a Guarda Municipal de São Paulo, nessa ordem, os primeiros a utilizarem o tonfa no serviço de segurança.

_____________________________ 8 Seqüênciademovimentospredefinidospraticadosnasartesmarciaisdeorigemjaponesa. 9 AGUIAR, Antonio Carlos Maria de. Manual de Técnicas de BP-60 da Polícia Militar do Amazonas.

Manaus: s.e., 1998, 37 p.

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3 CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS DO TONFA

O tonfa é, basicamente, um bastão de mais ou menos 60 cm de comprimento, quecontémnasuaanatomiaumapeçacilindricaafixadaverticalmenteemrelaçãoàextensão do seu comprimento (mais próximo a uma das extremidades) formando um gancho; o que lhe confere grande versatilidade, podendo ser acostado ao antebraço, quando empunhado pelo cilindro vertical, como se fosse um escudo, concedendo-lhe, assim, uma característica essencialmente defensiva, além de possibilitar, também, o desferimento de golpes contundentes, vários tipos de torções articulares e de imobilizações de braço.

FIG. 01

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a) Cabeça do pino-vertical: serve para evitar que, depois de um movimento de rotação o executante perca a empunhadura do bastão. Devido à sua característica romboíde, serve também como transmissor de impacto.

b) Pino-vertical ou manete: cilindro inserido perpendicularmente ao corpo do bastão, localizado próximo ao cabo-curto (13 cm). O pino tem formato anatômico para maior aderência por ocasião da empunhadura.

c) Cabo curto: terço inicial do corpo da arma, geralmente torneado com ranhuras para maior aderência por ocasião da empunhadura.

d) Cabo longo:compostodoterçomédioeterçofinaldocorpodaarma.Nãoapresenta ranhuras torneadas para facilitar as manobras de deslizamentos durante técnicas de chaves, imobilizações etc.

e) Cabeça do cabo longo: localizada na extremidade do cabo-longo. Serve também como transmissor de impacto.

f) Cabeça do cabo curto: localizada na extremidade do cabo-curto. Serve também como transmissor de impacto.

Existem vários tipos de tonfa, que vão desde o original produzido em madeira, como o PR-24’ patenteado pela Monadnock em 29 de janeiro de 1974, até bastões confeccionados em metal e polipropileno de alta resistência a impacto.

Dentre os vários modelos, alguns podem se transformar em nunchakus ou em bastões expansíveis.

Fonte: ABRAHÃO, José R. R.; NAkAYAMA, Ricardo. Tonfa. Arma Não Letal paraProfissionaisdeSegurançaPúblicaePrivada,e-Book.2002.

FIG. 02: Modelos de tonfa

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4 LEGALIDADE DO USO DA FORÇA PELA POLÍCIA

A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através das polícias: federal, rodoviária federal, ferroviária federal, civis, militares e pelos corpos de bombeiros militares (Art. 144, CB, 1989).

A Polícia representa o aparelho repressivo do Estado e sua atuação está diretamente relacionada ao uso da violência legítima, sendo esta a principal característica que estabelece a diferença entre a autoridade policial e o marginal. Essa violência encontra legitimidade, quando a polícia passa a atuar sob os critérios da lei e a obedecer aos padrões de respeito aos direitos fundamentais do cidadão, como p. ex. o direito de viver e de ter preservada a sua integridade física (TAVARES, 2006) 10.

O serviço policial em geral é muito complexo, haja vista tratar-se de uma atividade de repressão e contenção das pulsões sociais, sob os dois pontos extremos da violência: a violência legítima e a violência criminosa. Embora seja prevista porleis,Rover(1998)dizqueessasbaseslegaisnãosãosuficientesparagarantiraspráticas policiais arbitrárias, pois simplesmente elas apresentam arcabouço e geram um potencial.

O policial militar age sob o atributo do poder discricionário que lhe é outorgado pelo Estado, conforme o qual ele pode capturar, deter e usar da força em qualquer situação de aplicação da lei para alcançar objetivos legítimos e cumprir satisfatoriamente suas funções e deveres.

As forças policiais atuam para garantir a proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos, de forma individual e coletivas, sendo que o direito à vida tem a maior prioridade. Segundo Rover (1998), o uso da força, principalmente o uso de armas de fogo com a intenção de matar, deve estar limitado absolutamente aos casos excepcionais. Para atuar dentro desses parâmetro de PROTEGER e SOCORRER, o policial estará amparado por uma legislação nacional e internacional.

Existem mecanismos internacionais e nacionais considerados importantes quanto ao uso da força e armas de fogo pelos encarregados pela aplicação da lei:

1. O Código de Conduta para Encarregados da Aplicação da Lei (CCEAL) – adotado a partir da Resolução 34/169 da Assembléia Geral das Nações Unidas, em 17 de dezembro de 1979. Esse mecanismo dispõe de oito artigos e objetiva orientar os Estados-membros quanto à conduta de seus policiais.

O CCEAL buscar estabelecer padrões para práticas de aplicação da lei orientadas pelas disposições básicas dos Direitos Humanos. Trata-se de um código de conduta que se baseia no exercício do policiamento ético e legal, da seguinte forma:

––––––––––––––––––––––––––10 TAVARES, Celma. Violência Policial: Uma Ameaça à Democracia. Movimento Tortura Nunca. Disponível

em: http://www.torturanuncamais.org.br/.

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Art. 1º - os encarregados da aplicação da lei devem sempre cumprir o dever que a lei lhes impõe.

Art. 2º - os encarregados da aplicação da lei, no cumprimento do dever, devem respeitar e proteger a dignidade humana, mantendo e defendendo os direitos humanos.

Art. 3º - o emprego da força deve restringir-se às situações em que seja estritamente necessária e na medida exigida para o cumprimento de seu dever.

Art. 4º - osassuntosdenaturezaconfidencialdevemsermantidosconfidenciais,a não ser que o cumprimento do dever ou a necessidade de justiça exijam estritamente o contrário.

Art. 5º - reitera a proibição da tortura ou outro tratamento ou pena cruel, desumana ou degradante.

Art. 6º - diz respeito ao dever de cuidar e proteger a saúde das pessoas privadas de sua liberdade.

Art. 7º - proíbe os atos de corrupção, devendo o EAL opor-se s esses atos e combatê-los rigorosamente.

Art. 8º - exorta ao respeito às leis e ao CCEAL e incita a prevenção e oposição a qualquer violação da lei do código.

2. Os Princípios Básicos para Uso da Força e Armas de Fogo (PBUFAF) – adotado durante o 8º Congresso das Nações Unidas, dia 07 de agosto a 22 de setembro de 1990, em Havana. Esses princípios orientam os Estados-membros para o uso adequado da força e armas de fogo por seus policiais.

Segundo esses princípios, os governantes deverão:- Equipar os policiais com vários tipos de armas e munições, de modo que

permita um uso diferenciado da força e armas de fogo; - Deverão ser desenvolvidas armas incapacitantes não-letais para restringir a

aplicação de meios capazes de causar a morte ou ferimentos;-Considerarcomomedidaextremaousodearmasdefogoparafinslegítimos

da aplicação da lei;- Orientar seus policiais a não usarem armas de fogo contra indivíduos, exceto

em casos de legítima defesa de outrem; contra ameaça iminente de morte ou ferimento grave; para impedir a perpetração de crime particularmente grave que envolva séria ameaça à vida; para efetuar a prisão de alguém que resista a autoridade ou para impedir fuga de alguém que represente risco de vida.

Esses princípios orientam que:-Parausaraarmadefogo,ospoliciaisdeverãoidentificar-secomotal,avisaando

prévia e claramente da sua intenção de usar a armas de fogo;- Os governantes deverão assegurar que o uso arbitrário ou abusivo da força

e armas de fogo pelo policial será punido como delito criminal, de acordo com a legislação;

- O uso indevido da força responsabilizará os governantes, superiores e o próprio policial.

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- Devem ser absorvidos como essenciais no uso da força e armas de fogo os seguintes princípios:

a) LEGALIDADE: consiste na busca do amparo legal para a ação praticada, devendo o policial ter o conhecimento da lei e estar preparado tecnicamente através da sua formação e do treinamento.

b) NECESSIDADE: depende basicamente da identificação do objetivo a ser atingido. O policial deve estar atento para os limites mínimos para que sua intervenção seja justa e legal, observando que todas as opções sejam consideradas e se existem meio menos danosos para se atingirem os objetivos pretendidos.

c) PROPORCIONALIDADE: consiste na constatação de que o nível de força utilizada é diretamente proporcional ao nível de resistência do infrator. O não atendimento desse princípio nas ações policiais configura o “abuso de poder”.

3. A Legislação NacionalCódigo Penal. Exclusão de ilicitude.Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:I – em estado de necessidade;II – em legítima defesa;III – em estrito cumprimento do dever legal ou exercício regular de direito.Código Penal Militar. Exclusão de ilicitude.Art. 42 - Não há crime quando o agente pratica o fato:I – em estado de necessidade;II – em legítima defesa;III – em estrito cumprimento do dever legal; IV – em exercício regular de direito.Código de Processo Penal Militar. Captura em domicílio. Art.231.Seoexecutorverificarqueocapturandoseencontraemalgumacasa,

ordenará ao dono dela que o entregue, exibindo-lhe o mandado de prisão. Caso de busca. Parágrafo único. Se o executor não tiver certeza da presença do capturando na

casa, poderá proceder à busca, para a qual, entretanto, será necessária a expedição do respectivo mandado, a menos que o executor seja a própria autoridade competente para expedi-lo.

Recusa da entrega do capturando. Art. 232. Se não for atendido, o executor convocará duas testemunhas e procederá

da seguinte forma: a) sendo dia, entrará à força na casa, arrombando-lhe a porta, se necessário; b) sendo noite, fará guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicável, e,

logo que amanheça, arrombar-lhe-á a porta e efetuará a prisão.

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Emprego de força.Art. 234. O emprego de força só é permitido quando indispensável, no caso

de desobediência, resistência ou tentativa de fuga. Se houver resistência da parte de terceiros, poderão ser usados os meios necessários para vencê-la ou para defesa do executor e auxiliares seus, inclusive a prisão do ofensor. De tudo se lavrará auto subscrito pelo executor e por duas testemunhas.

Além dos princípios essenciais sobre o uso da força e armas de Fogo, Moreira e Corrêa (2002, p. 65-68) 11, prelecionam, que antes de fazer o uso da força, é importante o policial militar atentar para os seguintes aspectos: moderação, progressividade e conveniência, quando for obrigado a utilizar os meios necessários para enfrentar situações conflitantes, devendo agir ou reagir conforme a ação do perpetrador, asubmissão da pessoa suspeita e os objetivos legais a serem atingidos.

Consideram, também, como imprescindível ao policial a capacidade de conceber como necessários todos os meios que atendam aos limites mínimos considerados para que se torne justa e legal a sua intervenção depois de ponderadas todas as opções e, se existirem, os meios menos danosos para atingir os objetivos desejados.

A conveniência diz respeito à relação de riscos entre o instante, o local e a atuação do policial, pois não seria em nada proveitoso ou decoroso reagir a uma agressão por arma de fogo em um local de grande concentração de pessoas, em razão de que, embora a ação atenda aos princípios da legalidade, proporcionalidade e da necessidade, a resposta obviamente não apresenta uma boa relação entre o momento e o local (conveniência), haja vista a probabilidade condicionada de um inocente ser atingido por um projétil de trajetória perdida.

Em razão disto, é importante observar que as ações de um policial, obrigatoriamente, devem constituir-se em respostas orientadas no sentido de minimizar a violência infundada e de responsabilizar os agentes do processo pelos excessos dos meios utilizados.

5 USO PROGRESSIVO DA FORÇA

O uso progressivo da força consiste na seleção adequada dos recursos de que dispõe o policial para fazer frente ao nível de resistência de um suspeito ou infrator. é a ferramenta de que dispõem as forças policiais para ajudar na seleção das técnicas ou graudeforça,sendoamaisadequadaparadiversassituaçõesdeconflito.

A propósito do uso progressivo da força, Moreira e Corrêa (2002, p. 77-80) defendemque o policial deve ser possuidor de elevado grau de profissionalismo,inteligência e percepção para desempenhar de maneira satisfatória o seu mister, de modo que todas as ações policiais devem ser respostas adequadas a cada situação de enfrentamento. Mas não existe a possibilidade de uma mesma resposta para todas as situações, bem como uma situação não se resolve com apenas uma ou duas respostas, –––––––––––––––––––––––11 MOREIRA, Cícero Nunes; CORRÊA, Marcelo Vladimir. Manual de Prática Policial - Geral. Minas Gerais:

Polícia Militar de Minas Gerais, 2002, 176 p.

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pois cada confrontodevefluir emuma seqüência lógica e legal de causa e efeito,fundamentada na percepção do risco envolvido e na avaliação da atitude do suspeito.

Segundo os autores, a progressividade no uso força depende da capacidade de respostas imediatamente proporcionais a cada nível de ação e/ou reação do suspeito ou infrator a ser controlado,sendo que os níveis de força policial podem apresentar seis alternativas adequadas ao uso da força legal como formas de controle, a serem utilizadas da seguinte forma:

Presença: a farda, equipamentos, postura e atitude inteligente, são o bastante para inibir crimes ou contravenções ou preveni-los. A presença do policial é entendida comopersonificaçãolegitimadaautoridadedoEstado.

Verbalização: é utilizada em todos os níveis de força e depende do conteúdo da mensagem, sendo sempre melhor a escolha de palavras e intensidade corretas, podendo aumentar ou diminuir, conforme a necessidade. Em situações mais sérias, recomenda-se usar comandos curtos e imperativos.

Controle de contato: diz respeito ao emprego de técnicas e táticas de defesa pessoal policial para garantir o controle e ganhar a cooperação do suspeito. Incluem-se as técnicas de imobilização e condução, inclusive o uso de algemas.

Controle físico:refere-seaousodemeiossuficientesparasuperararesistênciado indivíduo. Mantidos os níveis de alerta para comportamento mais agressivo, podem ser utilizados cães, técnicas de forçamentos, agentes químicos mais leves.

Táticas defensivas não-letais: dependendo da agressividade do suspeito, é justificadoaopolicialadotarmedidasapropriadasparaconterimediatamenteaagressão,bem como ganhar e manter o controle do indivíduo. Compreendem-se: gases fortes, forçamento de articulações e equipamentos de impacto tipo cassetete e tonfa, inclusive disparos com intenção não-letal.

Força letal: corresponde ao último grau de perigo, quando o policial utilizará táticas absolutas e imediatas para deter a ameaça mortal e assegurar a submissão e o controledefinitivamente.Éextremoeutilizávelapenasdepoisdeesgotadostodososrecursosaseremexperimentados.Trata-sededisparodearmadefogocomfimletal,somente possível em caso de legítima defesa.

Cada nível de força deve progredir para o maior ou menor grau de intensidade. Quanto maior o nível da força utilizada, menor será a possibilidade de reversão, maior a certeza de controle, e consequentemente, maior será a responsabilidade dos agentes pelos resultados obtidos.

5.1 Modelo Básico de Uso Progressivo da forçaTrata-se de um recurso visual capaz de auxiliar na conceituação, planejamento,

treinamento e comunicação dos critérios sobre a força a ser utilizada por seus funcionários. Com base nos ensinamentos de Moreira e Corrêa (2002), trata-se de umafigurapiramidaldivididaemseisdegraus.Oladoesquerdodapirâmiderepresentaa percepção do policial em relação ao comportamento de um suspeito, enquanto o

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A seta de sentido duplo representa a avaliação e a mobilidade na seleção das alternativas viáveis e convenientes. Teoricamente, a reação policial deve ocorrer dentro de cada camada/degrau, sendo que, da base para o topo, a escala de força se movimenta a partir das opções mais reversíveis para as menos reversíveis, ou seja, dos níveis que oferecem menor certeza de controle para os de maior certeza.

Desta forma, a priori, à medida que se progride nos níveis/degraus de maior força,haveráanecessidadedeumajustificativaposterior.

6 NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS

O que são e do que tratam os “Direitos Humanos” é o entendimento que resta ser comum a todos que constituem a sociedade.

A todos devem ser disponibilizadas as noções básicas sobre direitos humanos em linguagemmaissimplificada,facilitandoassimasuacompreensãoportodasaspessoas,independente do nível social e/ou cultural. Nesse sentido, a mídia, a escola e a própria instituiçãodeformaçãodoprofissionaldesegurançapublicaouparticulardevemseunirnoprocessodedesmistificaçãodaidéiadequesomenteàsforçaspoliciaiscabeo dever de respeito aos Direitos Humanos, haja vista que tal prática não está restrita apenas ao campo da segurança pública, devendo ser também extensiva aos lares, às escolas,àsruaselogradouros,aoslocaisdetrabalho;enfim,aondequerquesepossasentir a presença da pessoa humana.

6.1 Definição de Direitos Humanos. Antesdeperquiriracercadadefiniçãode“DireitosHumanos”,érelevantenesse

comenosopolicialbuscaroentendimentoacercadoquesignificaoprimeirotermodessa expressão: o direito.

Miguel Reale apud DIRIENZO12 define direito como sendo a “ordenaçãoheterônoma, coercível e bilateral atributiva das relações de convivência, segundo uma integração normativa de fatos e valores”. ____________________________12 DIRIENZO, Mário Augusto Bernardes. Violação dos Direitos Humanos. 2006. Disponível em: www.

cotianet.com.br/SEG/dh.htm

FIG. 03

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Quando dizemos que o Direito é uma ordenação, estamos nos referindo ao fato de que nenhuma sociedade poderia subsistir sem um mínimo de ordem, de direção e solidariedade. Se declararmos que essa ordenação é heterônoma, fazemo-lo para diferenciar Direito e Moral, visto que, segundo kant, a Moral é autônoma, isto é, é um ato de vontade de cada individuo e, portanto, incompatível com a coação, sendo, outrossim, a coação um outro elemento distintivo do Direito, uma vez que, o Direito, ao contrario da Moral, pode usar a força no sentido de que seja cumprido.Também se distingue o Direito da Moral pela bilateralidade atributiva, que vem a ser uma relação una entre duas ou mais pessoas da qual resulta uma atribuição, isto é, a exigibilidade de uma determinada conduta (DIRIENZO, 2006).

Com base nesse ensinamento, o policial deve entender que esse Direito heterônomo,

coercível e bilateralmente atributivo consiste nas normas de convivência social entre as pessoas, segundo uma integração de fatos e valores, e que pode valer-se da força para se fazer cumprir.

é necessário ao policial compreender que o Direito procede da liberdade do próprio homem, obrigando-o a submeter-se tão-somente a um conjunto de normas jurídicas, de maneira que o mantenha protegido das arbitrariedades do Estado. O conjunto dos direitos fundamentais do homem é constituído por prerrogativas indisponíveis como o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, e delas decorrem os demais direitos,podendoserdefinidascomodireitos humanos (DIRIENZO, 2006).

Nãoobstanteessarelaçãodeafinidade,pode-sedizerque

Direitos Humanos são um conjunto integrado e indivisível de direitos de caráter histórico, que possuem como núcleo a questão da dignidade dapessoahumana,dependemdeumatorsocialqueosafirmeebusquesua efetivação, e constituem uma crítica a uma forma de organização econômica, social e política, ao mesmo tempo em que delineiam/propõem uma nova utopia, mais humana e mais justa, segundo os critérios do grupo ou da sociedade que os proclamou.” “Direitos Humanos são as ressalvas e restrições ao poder político ou as imposições a este, expressas em declarações, dispositivos legais e mecanismos privados e públicos, destinados a fazer respeitar e concretizar as condições de vida que possibilitem a todo ser humano manter e desenvolver suas qualidades peculiares de inteligência, dignidade e consciência, e permitir a satisfação de suas necessidades materiais e espirituais.(AIEXE, 1996)13

Hogemann (2006) 14afirmaqueDireitoshumanossãoidéiaspolíticascombasemoral e estão essencialmente relacionados com os conceitos de justiça, igualdade e __________________________13 AIEXE, Egídia Maria de Almeida. A Evolução dos Direitos Humanos. 2006. Disponível em: http://www.

dhnet.org.br/dados/cartilhas/dh/br/mg/cartilha/02_auniversalidadedh.htm.

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democracia, devendo ser reconhecidos em todos os Estados, grandes ou pequenos, pobres ou ricos, independentemente do sistema social e econômico que essa nação adota. A ideologia política que não incorporar o conceito e a prática dos direitos humanos é considerada ilegítima.

A noção contemporânea de direitos humanos evoluiu a partir da Declaração Universal de Direitos Humanos, adotada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1948. Nessa declaração constam todos os direitos individuais e coletivos, civis, políticos, econômicos, sociais e culturais, indissociáveis e interdependentes, imprescindíveis para a realização completa da dignidade da pessoa humana.

Esse documento tornou-se, na última metade do séc. XX, base para a elaboração de muitas cartas constitucionais e tratados internacionais voltados à proteção dos direitos humanos.

Embora os vários tratados e declarações sejam adotados com a consciência e o consenso da comunidade internacional, nenhum dos direitos declarados é respeitado uniformemente em todo o mundo.

6.2 As características dos Direitos HumanosA Sociedade Catarinense de Direitos Humanos (SCDH), em seu artigo “Direitos

Humanos e Cidadania”, assegura que, na prática, os Direitos Humanos referem-se ao direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade; que eles são direitos de primeira geração com caráter internacional, elencados na “Declaração Universal dos Direitos Humanos” e detêm posição superior na hierarquia do ordenamento jurídico.

Conforme consta do referido texto, os princípios estruturais dos direitos humanos são de duas espécies: a irrevogabilidade e a complementaridade solidária dos direitos humanos de qualquer espécie, os quais foram proclamados solenemente pela Conferência Mundial de Direitos Humanos, realizada em Viena em 1993, nos seguintes termos:

Todos os direi tos humanos são universais , indivis íveis , interdependentes e inter-relacionados. A comunidade internacional deve tratar dos direitos humanos globalmente, de modo justo e eqüitativo, com o mesmo fundamento e a mesma ênfase. Levando em conta a importância das particularidades nacionais e regionais, bem como os diferentes elementos de base históricos, culturais e religiosos, é dever dos Estados independentemente de seus sistemas políticos, econômicos e culturais, promover e proteger todos os direitos humanos e as liberdades fundamentais. (COMPARATO, 2001) 15.

As principais características doutrinárias atribuídas aos Direitos Humanos

__________________________14 HOGEMANN, Edna Raquel R. S. Direitos humanos: Sobre a universalidade rumo aos Direitos Internacional

dos Direitos Humanos. Disponível em: http://www.dhnet.org.br/direitos/brasil/textos/dh_univ.htm. Acesso em: 10/08/06.

15 COMPARATO, Fábio konder. A afirmação histórica dos Direitos Humanos. São Paulo: Saraiva 2001.

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fundamentais são: a) Historicidade -Sãohistóricoscomoqualquerdireito.Nascem,modificam-se

e desaparecem. Apareceram com a revolução burguesa e evoluem, ampliam-se, com o correr dos tempos;

b) Inalienabilidade - São direitos intransferíveis, inegociáveis, porque não são de conteúdo econômico-patrimonial. Se a ordem constitucional os confere a todos, deles não se pode desfazer, porque são indisponíveis;

c) Imprescritibilidade - O exercício de boa parte dos direitos fundamentais ocorre só no fato de existirem reconhecidos na ordem jurídica [...]. Se são sempre exercíveis e exercidos, não há intercorrência temporal de não exercício que fundamente a perda da exigibilidade pela prescrição;

d) Irrenunciabilidade - Não se renuncia a direitos fundamentais. Alguns deles podem até não ser exercidos, pode-se deixar de exercê-los, mas não se admite que sejam renunciados.

A sociedade deve considerar que o Estado, apesar de ser o responsável-mor pela garantiadaproteçãoedaeficáciadosDireitosHumanos,viaderegra,équemmaistemultrajado os Direitos Humanos em todos os lugares e em todos os tempos.

De acordo com o art. 5° da Declaração Universal dos Direitos Humanos, “Ninguém será submetido à tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes”.Esse princípio, considerado universal, é previsto também no Inciso II, do Art. 5º da Constituição Federal de 1988.

O Brasil é um dos países signatários dessa declaração e de tantos outros mecanismos jurídicos, como a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem, aprovada em Bogotá em 1948; a Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José), aprovada na Costa Rica em 1969 e a Declaração Universal dos Direitos dos Povos, aprovada em Argel em 1977, no entanto a violação dos Direitos Humanos em nosso país faz parte do cotidiano.

Violências policiais, como a prática de tortura, massacre, humilhação e extorsão, aliadas à impunidade de seus agentes, que não se consegue mais mascarar, são inerentes à realidade da sociedade brasileira e comprometem a imagem do país junto à comunidade internacional.

Urge então a necessidade de o Estado e a sociedade interagirem em prol de medidasconcretaseeficazesdecontroledasaçõespoliciais,bemcomodeosórgãosde segurança publica desenvolverem ações doutrinárias de valorização dos direitos e garantias individuais previstos na Carta Magna (Art. 5º) e nos diversos mecanismos jurídicos, como a Lei nº. 4.898/65, de 09 de dezembro de 1965, imprescindível na restrição dos casos de abuso de autoridade.

A partir dessa ponderação e apoiado no discurso de Celma Tavares (2001) 16, convém ao policial reconhecer o quanto é importante a participação da sociedade civil organizada e de todas as instituições no processo de ajuste dos órgãos de segurança _______________________16 TAVARES, Celma. Violência Policial: Uma Ameaça à Democracia. Movimento Tortura Nunca Mais.

Recife, VI ENCONTRO NACIONAL DE OUVI DORES/OMBUDSMAN, 19 a 21 de setembro de 2001. Disponível em:http://www.torturanuncamais. 07/06/2006.

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públicaàrealidadedemocrática,afimdequeessasociedadepossavislumbrarumapolícia defensora dos direitos humanos, que exista para proporcionar a sensação de segurança e não para aviltá-la.

é importante que a comunidade demonstre que não suporta uma polícia desonesta que (em detrimento do ordenamento jurídico) se utiliza da tortura e do extermínio como métodos prediletos de agir, na maioria das vezes, contra o pobre, o negro, contra aqueles que pertencem às classes populares menos abastadas, como se a estes coubesse uma cidadania menor. O próprio policial deve estar consciente de que é iminente a necessidade de se reconsiderarem as formas legais de restringir as oportunidades de uso da força legítima e ilegítima, quer seja por meio de um controle severo de armamentos, quer seja pelo reconhecimento da legalidade do uso da força em situações particulares.

Além disso, também não se podem perder de vista os prejuízos que a tolerância à violência policial proporciona à democracia; pois se as instituições, e principalmente as forças públicas, não se harmonizam com as práticas democráticas de respeito aos direitos e garantias fundamentais do cidadão, haverá sempre a ameaça de existência de um regime de exceção paralelo.

7 TRAUMATOLOGIA DO TONFA

Todas as ações e reações em embate corporal proporcionam lesões de maior ou menor gravidade de acordo com a violência da força empregada. Em geral o bastão tipo cassetete é empregado pela polícia militar como meio não-letal nas operações decontrolededistúrbiocivil,comafinalidadedereprimirasaçõeseparaconteroureter indivíduos que avançam contra a polícia. O que resulta dessas intervenções, a priori, são pessoas feridas e policiais envolvidos em procedimentos judiciais por lesão corporal, dado ao exagerado uso da força, pela falta de treinamento adequado. Embora nesse comenos o bastão tonfa seja destinado a proporcionar ao policial um meio de autoproteção, com possibilidades de contenção e retenção de pessoas, nada impede que ele seja utilizado como instrumento de opressão nas operações de controle derebeliõesemanifestaçõesclassistas,cabendoaesteprofissionalaoportunidadedetreinamento adequado ao manuseio deste equipamento quando do trato com a pessoa humana.

7.1 Escala de Traumas Provocados por Golpes desferidos com o Tonfa

As lesões provocadas por golpes aplicados com o tonfa, principalmente os contundentes, podem evoluir desde uma simples contusão muscular para uma fratura óssea, um afundamento craniano, uma lesão na coluna vertebral ou cervical, podendo conduzir o atingido ao desmaio, à paralisia ou até mesmo ao óbito.

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_____________________________________________________

17LIMA,RaimundoGersondosSantos.Tonfa:BastãodeDefesaPessoal.Fortaleza:INESP,2003,65p.

Porisso,afimdeevitarcomplicaçõesdecorrentesdadevidaqualificaçãoprofissional,bemcomooaumentonosíndicesdaviolênciaprofissionaldecorrentedousodesreguladodaforça,opolicialdevesercapazdeidentificarnasilhuetahumanaas áreas consideradas vulneráveis aos golpes desferidos com o tonfa.

Para facilitar a memorização dessas áreas, o policial poderá destacá-las através de cores, conforme a gravidade da lesão resultante do golpe, como se observa nafiguranº04:

FIG. 04: Áreas vulneráveis aos golpes de tonfa Fonte: www.trainingcouncil.org/mptc/pr. 24.

a) Áreas verdes - Indicam as áreas em que podem ser aplicados golpes, visando apenas imobilizar, sem provocar danos que possam levar o agressor ao óbito.

b) Áreas vermelhas - Indicam as áreas que são de alto risco de danos, devendo o policial evitá-las, ou somente golpeá-las em situações de legítima defesa. As conseqüências podem ser perda de consciência, lesões de natureza grave para gravíssima, choque e/ou morte.

c) Áreas amarelas - Indicam as áreas que, quando golpeadas, podem apresentar lesões de gravidade média para alta, sendo que as conseqüências dos golpes podem ser: hemorragias ou lesões em órgãos da região do tronco.

Os aspectos traumatológicos do tonfa e o exercício da atividade de segurança podem relacionar-se diretamente com a problemática da violência praticada por policiais no Brasil, haja vista tratar-se de um equipamento que comumente é utilizado na atividade de policiamento em locais onde ocorre a aglomeração de pessoas como, p.ex., estádios defutebol,segurançadeinstituiçõesfinanceiras,rebeliõesemanifestaçõesdeclassestrabalhistas.

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8 O TONFA ENQUANTO ARMA ESPECIAL

Lima (2003, p.17) 17 assegura que todas as partes do tonfa podem ser usadas para golpear - com as extremidades - e bloquear - com a parte mais longa do bastão acostada ao antebraço. Essa arma permite a aplicação de golpes giratórios fulminantes, devido à alta velocidade alcançada quando se realizam movimentos de rotação da parte longa sobre o seu eixo, ou seja, sobre a empunhadura vertical, o pino.

A partir desse discernimento, é relevante atentar para o fato de que esse equipamento pode se tornar uma arma perigosa caso seja utilizado por pessoa desprovida da habilitação e do escrúpulo necessário para manejá-lo, principalmente quando se tratar de inseri-lo na atividade de segurança pública ou particular.

Embora o aspecto letal de uma arma dependa de fatores circunstanciais e subjetivos, qualquer objeto, oportunamente, e de acordo com a necessidade, o nível de treinamento e a intenção do agente, pode ser transformado em instrumento mortal, como, p.ex uma caneta, a qual caso seja utilizada para ferir profundamente o pescoço de uma pessoa, tornar-se, assim, um expediente letal.

Lima (2003) considera indispensável ao policial, quem efetivamente fará uso do Bastão Tonfa, e a quem couber o papel de instruir-lhe nas técnicas de manejo dessa arma, oconhecimentomínimodaanatomiahumanaeocomprometimentoético-profissional,haja vista que esse equipamento, mesmo na execução de uma técnica defensiva, pode ocasionar lesões que variam desde hematomas a traumatismos severos.

Loureiro (1999, p. 25-26 apud ASSUMPÇÃO 1995, p.509)18definearmacomosendo todo e qualquer instrumento através do qual uma pessoa possa aumentar sua capacidade defensiva e/ou ofensiva.E,parafacilitaroestudo,classifica-asemtrêsgrupos:

a) Armas brancas - são feitas de aço ou ferro, podendo ser de corte ou perfurantes,paraissosãoafiadas,deixandoometalmaisclaro.Ex:facas,baionetas,canivetes, etc.;

b) Armas de fogo - utilizam gases resultantes da combustão da pólvora, provocam ferimentos perfurante e contundente. Ex: revólver, carabina, etc.;

c) Armas especiais - nãoseenquadramnasespecificaçõessupracitadas,masexercem ações defensivas e ofensivas. Ex: armas de gás, cassetetes, elétricas, etc.

Segundo Loureiro, as armas especiais são produzidas a base de materiais diferentes e, para funcionar, empregam princípios ativos como gases, eletricidades, aspersão e matéria-prima de ultima geração, como acontece em alguns modelos de tonfa quesãofabricadoscomfibrasdecarbono,materialutilizadonaproduçãodechassise cockpit dos carros de Fórmula-1._____________________________________________________

18 LOUREIRO JUNIOR, Salvador. A UTILIZAÇÃO DE ARMAS NÃO-LETAIS NO ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS POLICIAIS: NOVA VISÃO EM FACE DA FILOSOFIA DE POLICIAMENTO COMUNITÁRIO IMPLANTADO NA ÁREA DE RIBEIRÃO PRETO. 1999, 74f. Dissertação (Especialização) – POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO – CENTRO DE APERFEIÇOAMENTO E ESTUDOS SUPERIORES. CURSO DE APEREFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS – II/99, São Paulo, 1999.

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O estudo traumatológico do tonfa indica, indubitavelmente, que o equipamento pode lesionar e, dependendo da potência do golpe e da área atingida, até levar uma pessoa ao óbito.

Combasenadefiniçãodearmasespeciais,otonfadeveserconsideradoumaarma especial, haja vista tratar-se de um equipamento fabricado à base de matéria-prima dealtatecnologia(fibradecarbonooupolietileno)equefoiadaptadoaoexercícioda atividade de segurança com o propósito de ampliar a capacidade defensiva do seu usuário.

Convémressaltar,consoanteaprópriadefinição,queoaspectoletaldeumaarma depende de aspectos subjetivos e motivacionais do seu usuário, pois qualquer objeto nas mãos de uma pessoa que tenha a intenção de ferir pode tornar-se uma arma mortal (p.ex, uma caneta se usada para golpear o pescoço de alguém certamente poderá levar a vítima ao óbito).

Por esse motivo, enquanto usuário do Tonfa, o policial deve evitar, ao máximo, desferir golpes que possam provocar lesões que coloquem a pessoa humana em risco de morte ou de incapacidade física permanente.

Nesse sentido, o treinamento sistemático deve priorizar o estudo das técnicas de defesa e retenção, sempre orientadas pelos princípios básicos sobre o uso da força e pelas noções de direitos humanos.

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O policial poderá segurar o tonfa por qualquer das suas extremidades: cabo-curto, cabo-longo ou pino-vertical, podendo também fazê-lo em duas extremidades ao mesmo tempo, ou seja, numa pegada-dupla. Somente com uma empunhadura correta o policial poderá executar, de forma segura, os movimentos de ataque e defesa com o bastão, caso contrário o mesmo poderá escapar da sua mão com facilidade ou atingir o seu antebraço ou o cotovelo durante o manejo.

Tanto na pegada-curta, quanto na pegada-longa o policial deverá envolver o pino-vertical com a palma damão,mantendoopunholigeiramenteflexionadoparafora. Deverá aplicar uma leve pressão no pino-vertical para frente, fazendo com que o cabo-longo ou o cabo-curto,fiquembemapoiadosnoprolongamentodoseu

9.1.2 Tipos de Pegada

9 TREINAMENTO BÁSICO INDIVIDUAL

9.1 Fundamentos Técnicos

9.1.1 Como portar o tonfa

O policial deverá conduzir o tonfa no porta-tonfa, fixado do lado oposto aocoldre, no cinto de guarnição, ou seja, no lado esquerdo, se o portador for destro, sempre com o pino-vertical voltado para a retaguarda, o que facilitará o saque.

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9.1.2.1 Pegada-curta.

A pegada-curta ocorre quando o policial empunha o pino-vertical do tonfa, apoiando o cabo-longo no antebraço.

Para executar a pegada-curta, deve segurar o bastão pelo o pino-vertical, de modo que a cabeça do cabo-curto fiquevoltada para frente do seu punho, e o cabo-longoacostando no antebraço.

Essa pegada é também chamada de pegada-básica, porque a partir dela é possível a execução de todas as técnicas de defesa e/ou contra-ataque com o tonfa. Sua característica é defensiva, haja vista que nela o bastão apóia-se no antebraço como se fosse um escudo.

Ao contrário da pegada-curta, na pegada-longa o policial deverá segurar o pino-vertical, direcionando a cabeça do cabo-longo para frente do seu punho, de maneira queocabo-curtofiquenoantebraço.

é uma pegada extremamente ofensiva, haja vista que a partir dela o policial poderá executar um grande número de técnicas de ataque, com estocadas, giros e cortes.

9.1.2.3 Pegada-de-cacetete

A pegada-de-cacetete ocorre, quando o policial pega o tonfa pelo cabo-curto, como se fosse um cacetete, independentemente de como estiver posicionado o pino-vertical, se para baixo, ou para cima.

Sempre que possível, esse tipo de pegada deve ser evitada, porque ela apresenta uma característica muito agressiva, contrariando os aspectos defensivos do tonfa. Assemelha-se muito à empunhadura do cassetete comum, ao porrete.

9.1.2.2 Pegada-longa

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Nessa pegada, o policial segura o tonfa pelo cabo-longo a, mais ou menos, 10 cm acima da cabeça do cabo-longo, e o pino-vertical é posicionado para baixo e para frente, como se fosse um pequeno malho (martelo). Os golpes aplicados com a cabeça do pino-vertical produzem lesões gravíssimas, em razão do alto poder de contundência. Essa forma de empunhar o tonfa assemelha-se à pegada de um martelo, daí o nome característico.

9.1.2.4.1 Mudança da pegada-longa para pegada-de-martelo

A prática desse movimento possibilitará ao policial fazer uma rápida mudança da pegada-curta para a pegada-de-martelo. Além de servir como bom exercício de aquecimento, em algumas situações, servirá como forma de demonstrar a excelência no domínio do tonfa.

1º Tempo: faça uma pegada-longa à frente do corpo;2º tempo: relaxe a pegada, apoiando o pino-vertical nas falanges e balance o cabo longo;3º tempo: faça com que o cabo-longo execute um movimento de 360° sentido horário;

9.1.2.4 Pegada-de-martelo

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9.1.3 O Saque

O saque do tonfa ocorre pela retirada do bastão do porta-tonfa. Assim como nas demais técnicas de manuseio, esse movimento requer bastante treinamento e cautela, afimdequeopolicialnãoconcorraparaa incidênciade fatos sinistrosduranteoserviço.

O saque pode ser: simples ou básico; saque longo com giro ou corte; saque alto e saque dissimulado. Dependendo da altura, pode ser alto, médio (horizontal) e baixo.

9.1.3.1 Saque básico

1º Tempo: posição natural;2º tempo: com a mão esquerda, levante o cabo longo e com a direita pegue o pino-vertical;3º tempo: inicie a retirada do bastão;4º tempo: estenda o cotovelo e saque o bastão do suporte;

5º tempo: conclua o saque, levando o bastão para a lateral.

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9.1.3.2 Saque longo

1º tempo: posição natural;2º tempo: com a mão esquerda, levante o cabo longo e, com a direita, pegue o pino-vertical;3º tempo: inicie a retirada do bastão;4º tempo: aponte a cabeça do cabo curto para baixo;

5º tempo: saque o bastão, imprimindo-lhe um movimento circular no pino-vertical para a direita;

6º tempo:finalizeomovimento,levandoobastãoparaoladoempegada-longaeocotovelo estendido.

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9.1.3.3 Saque alto

1º tempo: posição natural;2º tempo: com a mão esquerda, levante o cabo longo e, com a direita pegue, o pino-

vertical e inicie a retirada do bastão;3º tempo: levante a ponta do cabo curto;

4º tempo: imprima ao pino-vertical um movimento de rotação;5º tempo: faça com que o pino-vertical gire na sua mão...6º tempo: e com que o cabo longo passe à frente do seu rosto.

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7º tempo: completando um movimento de 180º, da esquerda para a direita,8º tempo: até completar o saque, parando o braço ao lado do corpo.

9.1.3.4 Saque por trás (dissimulado).

Esse tipo será apropriado quando o agente perceber que a ação de sacar ostensivamente o seu tonfa poderá prejudicar a sua ação.

1º tempo: posição natural, de frente para o oponente;2º tempo: segure a ponta do cabo-longo, com a mão esquerda,3º tempo: empurre-o para trás, de modo que o pino-vertical seja direcionado para o

lado da mão desarmada, facilitando a sua pegada;

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4º tempo: segure o pino-vertical e5º tempo: faça a puxada para baixo, retirando o bastão do seu suporte;6º tempo: faça uma pegada-básica e complete o saque, levando a empunhadura para

a lateral do corpo.

9.1.4 Posicionamento Corporal (Bases)

9.1.4.1 Posição natural

Execução: mantenha o tronco ereto, o olhar no horizonte, braços estendidos ao lado do corpo e as pernas aberta na largura dos ombros. é uma posiçãoemqueopesocorporalficadistribuídoporigual nas duas pernas, sendo uma técnica de postura fundamental para o treinamento, porque, a partir dela, serão executadas as demais posições.

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9.1.4.2 Posição recuada (Base em L)

9.1.4.3 Posição do cavaleiro (Base montada)

é chamada de posição do cavaleiro por apresentar semelhança com a posição de um homem montado a cavalo

Execução: posicione-se com o tronco ereto, mantendo o olhar no horizonte, os braços estendidos ao lado do corpo e um afastamento látero-lateral das pernas duas vezes maior que a largura dos ombros; alinhe os calcanhares e aponte os pés para frente; flexionando os joelhos, como se fosse montar um cavalo, distribua o peso do corpo igualmente (50%) em cada

é chamada de posição recuada em L, porque enquanto o pé adiantado aponta para frente, o de trás aponta para o lado, formando um ângulo de 90° entre eles.

Execução: posicione-se com o tronco ereto, o olhar no horizonte, braços estendidos ao lado do corpo, um afastamento antero-posterior das pernas maior que o passo normal; alinhe seus calcanhares; flexionandoos joelhos, distribua o peso do corpodeformaque70%fiquemna perna de trás e 30% na perna da frente.

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9.1.4.4 Posição avançada (Base em arco)

Execução: posicione-se com o tronco ereto, o olhar no horizonte, braços estendidos ao lado do corpo, com um afas-tamento antero-posterior das pernas duas vezes maior que uma passada normal; aponte seus pés para frente, como se estivesse sobre dois trilhos co-locados paralelamente na largura doseuquadril;flexioneojoelhoda perna dianteira e estenda o da perna traseira; naturalmente, distribua o seu peso corporal entre as pernas, de modo que 60%fiquemnapernadafrentee 40% na de trás.

9.1.5 Posições de Combate em Pegada-curta

9.1.5.1 Guarda-direta

A posição de guarda-direta é bastante defensiva porque o policial estará empunhando o tonfa como se fosse um escudo. A atitude mental deve manter-se mais elevada e direcionada à autodefesa e ao autocontrole.

Nessa posição o policial pode realizar todos os tipos de pegada. A mão desarmada tem as funções de guarnecer o lado desprotegido e de auxiliar na execução dos agarramentos, nas técnicas de retenção, imobilização e controle.

Execução: A partir da posição natural, empunhando o tonfa em pegada-curta, proceda da seguinte forma:

1º tempo: avance um passo pelo lado armado (direito), colocando-se de perfil e ligeiramente inclinadopara frente, evitando apoiar seu peso totalmente nos calcanhares;

2º tempo: levante as mãos até a altura dos ombros e flexioneoscotovelosejoelhos,distribuindoopesodocorpo

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9.1.5.2 Guarda-invertida

Essa posição de guarda-invertida é ofensiva porque o executor empunha o tonfa como se fosse uma seta a ser disparada por um arco. Nela a atitude mental está direcionada aos movimentos de ataque, mas não em detrimento das técnicas defensivas, sendo que o policial pode realizar todos os tipos de pegada. A mão desarmada tem as funções de guarnecer o lado desprotegido e de auxiliar na execução dos agarramentos nas técnicas de retenção, imobilização e controle.

Execução: a partir da posição natural, empunhando o tonfa em pegada-curta:

1º tempo: execute um passo à frente pelo lado desarmado(esquerdo),colocando-sedeperfileligeiramenteinclinado para frente, evitando apoiar seu peso totalmente nos calcanhares;

2º tempo: levante as mãos até a altura dos ombros e flexioneoscotovelosejoelhos,distribuindoopesodocorpopor igual nas duas pernas.

9.1.6 Posições de Combate em Pegada-Longa

9.1.6.1 Guarda-direta

Essa posição de combate é mais ofensiva que a de pegada curta, porque a seta a ser disparada agora se tornou mais longa, proporcionando ao policial um maior alcance nos contra-ataque, mantendo seu oponente mais distante.

Execução: A partir da posição natural, empunhando o tonfa em pegada-longa:

1º tempo: execute um passo à frente pelo lado armado, colocando-se de perfil e ligeiramenteinclinado para frente, sem se apoiar nos calcanhares;

2º tempo: levante as mãos até a altura dos ombroseflexioneoscotovelosejoelhos,distribuindoo peso do corpo por igual nas duas pernas.

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9.1.6.2 Guarda-invertida

9.1.7 Movimentação

9.1.7.1 Avanço

Nessa posição o poder ofensivo do policial é ampliado, porque a própria pegada possibilita um impulso do braço na aplicação de ataque mais fortes.

A posição de guarda-invertida é dita ofensiva porque o executor empunha o tonfa como se fosse uma seta a ser disparada por um arco. Nessa posição a atitude mental está direcionada aos movimentos de ataque, mas não impede as técnicas defensivas.

Execução: A partir da posição natural, empunhando o tonfa em pegada-longa, faça assim:

1º tempo: execute um passo à frente pelo lado desarmado, colocando-se de perfil e ligeiramente inclinado para frente, evitando colocar o peso do corpo totalmente nos calcanhares;

2º tempo: levante as mãos até a altura dos ombros, flexioneoscotovelosejoelhos,distribuindoopesodocorpo por igual nas duas pernas.

Através do movimento de avanço o policial poderá encurtar a distância entre ele e seu oponente, sem a necessidade de caminhar na sua direção. Mantenha-se em atitude mental elevada, a fim de não ser surpreendido. Execução: A partir da posição de combate:

1º tempo : mantenha os cotovelosflexionados e asmãos naaltura do rosto;

2º tempo: desloque-se para frente, avançando a perna adiantada;

3º tempo : em segu ida , deslizando a perna recuada, retorne à posição de combate.

Fonte: www.trainingcouncil.org/mptc/pr. 24

FIG. 05

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9.1.7.2 Recuo

FIG. 06

Ao recuar o policial estará distanciando-se do seu oponente quando ele avançar na sua direção. Execução: Mantenha-se atento e na defensiva. A partir da posição de combate:

1º tempo : mantenha os cotovelosflexionados e asmãos naaltura do rosto;

2º tempo: desloque-se para trás, com um sobrepasso com a perna recuada;

3º tempo: deslize a perna dianteira e retorne à posição de combate.

Fonte: www.trainingcouncil.org/mptc/pr. 24

Fonte: www.trainingcouncil.org/

9.1.7.3 Esquivas

As esquivas são movimentos executados dentro de um quadrante imaginário e ocorrem simultaneamente ao ataque. Com uma esquiva o policial poderá evitar um ataque apenas com um avanço, um recuo ou um passo lateral.

Esse tipo de movimentação é muito importante nas si tuações de confronto aproximado, pois ao desviar-se de um ataque, o policial minimiza a potência do ataque e poderá posicionar-se estrategicamente em relação ao seu oponente, podendo dominá-lo sem muito esforço.

As esquivas são denominadas, conforme o deslocamento realizado dentro do quadrante imaginário, da seguinte forma:

a) esquiva lateral: ocorre quando o policial

FIG. 07

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b) esquiva lateral recuando: conformeailustração(fig.08),opoliciallivra-se do ataque, executando um passo lateral com a perna direita enquanto recua a perna esquerda e coloca-se ao lado do atacante.

Fonte: www.trainingcouncil.org/mptc/pr. 24

FIG. 08

c)esquivadiagonalavançando(triangulação):Nailustraçãodolado(fig.09),opoliciallivra-sedoataque(nocasoumsoconorosto),executandoumavarreduracomamãoadiantada,aomesmotempoemquerealizaumsobrepassoadianteenadiagonalesquerdaeposiciona-seaoseulado.

FIG. 09Fonte: www.trainingcouncil.org/mptc/pr. 24

9.1.7.4 Distância de segurança

é uma realidade que algumas situações de conflitotêmsidolevadasàmelhorsoluçãoapenascom o emprego de técnicas de negociação.

Por isso, numa situação de conflito, ao aproximar-se de um suspeito agressivo para tentar dissuadi-lo ou negociar, convém que o policial adote uma atitude mental de alerta e posicione-se numa distância que o mantenha em condição de defesa, de contra-ataque e/ou de imobilização, ou seja, em uma distancia que lhe proporcione mais

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Não é possível precisar qual é, ou qual deverá ser a distância de segurança que o policial poderá adotar, pois cada caso é um caso. No entanto, ao aproximar-se de um suspeito, o policial deverá posicionar-se a uma distância que, olhando acima dos olhos do oponente, ele possa ver toda a silhueta e a movimentação de braços e de pernas do indivíduo.

Caso seja necessário ultrapassar a distância de segurança, policial deve evitar permanecer na frente e entre os braços do suspeito; ou seja, na posição interna do agressor.

Segundo Moreira e Corrêa (2002, p. 103) 27 a “posição interna” é a situação mais perigosa em que pode se encontrar, ou permanecer, o policial, diante de um suspeito resistente agressivo, pois o ser humano ataca e luta de frente, e nessa posição o defensor estará mais vulnerável a socos, chutes, agarramento, mordidas e cabeçadas do agressor.

Se possível, o policial deve procurar se manter fora da posição interna do seu oponente, sempre em atitude mental alerta, e ajustar sua posição conforme a movimentação do suspeito.

9.1.8 Fundamentos da Defesa PessoalEm razão da permissividade do uso da força pelo policial de serviço, e tendo em

vista que o tonfa detém alto poder lesivo, é essencialmente necessário que o policial seja possuidor de elevado grau de consciência dos preceitos legais e morais que devem nortearoexercíciodaprofissão.

O uso adequado das técnicas de ataque, defesa e imobilização com o tonfa depende essencialmente do domínio de todos os princípios e fundamentos básicos do estudo das técnicas de Defesa Pessoal.

Cruz et al (2002, p. 9 e 10) 28 prelecionam que o praticante de Defesa Pessoal deve dominar os seguintes fundamentos:

1. Autocontrole: antes de reagir é imprescindível acreditar na própria capacidade, estar seguro, pois a insegurança gera a dúvida, a dúvida gera o erro e qualquer erro pode ser fatal. O agente só deve efetuar a reação se acreditar que pode e se tiver a certeza de que deve fazê-la.

O medo deve ser controlado e canalizado para uma técnica que irá incapacitar o oponente, imobilizando-o, caso contrário, o medo irá paralisar suas ações e torná-lo um alvo mais fácil. Com autocontrole, o policial pode aumentar a atenção e a capacidade de antecipar-se ao perigo.

O treinamento fortalecerá o corpo e, com o tempo, os ataques serão cada vez

____________________________________________

27 MOREIRA, Cícero Nunes; CORRÊA, Marcelo Vladimir. Manual de Prática Policial - Geral. 1ª ed. Minas Gerais: Policia Militar de Minas Gerais. 2002, 176 p.

28CRUZ,AlexandreChiavonedeAraújoetal.DefesaPessoalComentadaparaProfissioanisdeSegurançaPública e Privada, e-Book. 2002, 40p. Disponível em: www.supervirtual.com.br. Acesso em: 15 de maio de 2005.

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mais fáceis de serem defendidos, o contra-ataque acontecera mais naturalmente, e os golpes se tornarão rápidos e precisos.

2. Controle do adversário: depende da aplicação da técnica certa, no momento adequado. é moldar se à situação, conforme a proximidade e as características antropométicas e psicológicas do oponente, p.ex: peso, altura, base de pernas, posicionamento, olhar, estado de alerta, ansiedade e outros fatores que exigem presteza do corpo e da mente.

3. Controle da situação: depende da avaliação correta dos riscos e estando apto para decidir se irá agir ou reagir.

Para fazer uma correta avaliação do risco o policial deve atentar para os seguintes pontos:

a) Quais são as intenções do suspeito?b) O que há para oferecer ao agressor (criminosos têm matado apenas porque

a vitima não tem dinheiro)?c) Quais os riscos que se representa para o suspeito, pois ele não hesitará

em atirar se em algum momento alguém esboçar uma reação?d) Qual o comportamento do suspeito (nervoso, drogado, irritado, etc.)?e)Quaisaschancesdeêxitodocrimeperanteasdificuldadesapresentadasaté

o momento (analise a distancia que o separa do marginal, qual o tipo de armamento utilizando, quantas pessoas estão envolvidas, etc.)?

f) Qual o modus operandi (a partir do qual se poderá reagir ou não reagir)?

As técnicas ensinadas devem ser de fácil aprendizado, de simples execuçãoe,principalmente,eficienteemumasituaçãoreal.

O domínio de uma técnica de autodefesa depende da observância dos seguintes princípios:

a) Repetição: deve-se repetir tantas vezes quanto forem necessárias para incorporaratécnica,atéqueelasetorneumreflexoinstintivo.

b) Dor: a dor deve ser utilizada para dominar e controlar o oponente. Quanto maior a dor maior será o domínio, pois a dor paralisa e diminui a resistência.

c) Adaptação: a técnica deve moldar-se ao adversário. é o conhecimento dosdetalhesdeumatécnicaqueatornaeficiente,eacapacidadedeadaptá-laaoadversário faz a diferença entre viver ou morrer.

d) Mudança: se uma técnica não der resultado, deve-se mudar para outra. Ao tentar aplicar uma torção, por exemplo, se não conseguir, deve-se varia para um soco ou cotovelada,ou alterar a alavanca, somando a força do adversário a sua.

e) Versatilidade: deve-se utilizar uma técnica para varias situações, e varias técnicas para uma situação. é necessário treinar o mais perto da realidade possível: de pé, no solo, chaves, projeções, imobilizações, movimentações, etc.

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9.2 Técnicas Defensivas

9.2.1 Defesas em pegada básica ou curta

9.2.1.1 Defesa baixa

Descrição: A partir da guarda invertida em pegada-curta:

1º tempo: eleve o bastão até o ombro esquerdo, apoiando a mão esquerda no cabo-curto;

2º tempo: recue a perna esquerda e assuma a posição avançada,

3º tempo: simultaneamente execute uma varredura de cima para baixo, de dentro para fora;

4º tempo: pare o bastão na frente do joelho da perna da frente e à altura de mais ou menos 20 cm.

Execução: estando na posição de guarda direta em pegada-curta:

1º tempo: eleve o bastão até o ombro esquerdo, apoiando a mão esquerda no cabo curto;

2º tempo: recue a perna direita e execute a posição avançada;

3º tempo: simultaneamente, sem retirar o apoio no cabo curto, execute uma varredura de cima para baixo e de dentro para fora;

4º tempo: pare o bastão na frente do seu corpo a uma altura de mais ou menos 20 cm.

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9.2.1.2 Defesa alta

Execução: A partir da posição de guarda invertida em pegada-curta:

1º tempo: eleve o bastão até o ombro esquerdo, apoiando a mão esquerda no cabo-curto;

2º tempo: recue a perna esquerda para a posição-avançada, executando com o bastão uma varredura de baixo para cima, sem retirar o apoio da mão esquerda;

3º tempo:finalizeomovimento,parando o bastão acima e à frente da cabeça,comocotovelosemifletido.

Execução: A partir da posição de guarda direta em pegada-curta:

1º tempo: eleve o bastão até o ombro esquerdo, apoiando a mão esquerda no cabo curto;

2º tempo: recue a perna direita para a posição avançada, executando com o bastão uma varredura de baixo para cima, sem retirar o apoio da mão esquerda;

3º tempo:finalizeomovimento,parando o bastão acima e à frente da cabeçacomocotovelosemifletido.

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9.2.1.3 Defesa média externa (1)

Execução: A partir da posição de guarda invertida em pegada-curta:

1º tempo: eleve o bastão até o ombro esquerdo, apoiando a mão esquerda no cabo-curto;

2º tempo: recue a perna esquerda para a posição avançada, imprimindo ao bastão um movimento de varredura da esquerda para a direita, sem retirar o apoio da mão esquerda;

3º tempo:finalizeomovimento,parando o bastão lateralmente com o cotovelo semifletido e o cabo-curtopara cima.

Descrição: A partir da posição de guarda direta em pegada-curta:

1º tempo: eleve o bastão até o ombro esquerdo, apoiando a mão esquerda no cabo-curto;

2º tempo: esquive o tronco para trás, transferindo o peso do corpo para a perna de trás (posição recuada ou T);

3º tempo: imprima ao bastão um movimento de varredura da esquerda para a direita, sem retirar o apoio da mão esquerda;

4º tempo:finalizeomovimento,parando o bastão lateralmente com o cotovelo semifletido e o cabo curtopara cima.

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9.2.1.4 Defesa média externa (2)

Execução: A partir da posição de guarda direta em pegada-curta:

1º tempo: eleve o bastão até o ombro esquerdo, apoiando a mão esquerda no cabo-curto;

2º tempo: recue a perna direita para a posição avançada, imprimindo ao bastão um movimento de varredura da esquerda para a direita, sem retirar o apoio da mão esquerda;

3º tempo:finalizeomovimento,parando o bastão lateralmente com o cotovelo semiflexionado e o cabo curto para cima.

Execução: A partir da posição de guarda invertida em pegada-curta:

1º tempo: eleve o bastão até o ombro esquerdo, apoiando a mão esquerda no cabo-curto;

2º tempo: esquive o tronco para trás, transferindo o peso do corpo para a perna de trás (posição recuada ou T);

3º tempo: imprima ao bastão um movimento de varredura da esquerda para a direita, sem retirar o apoio da mão esquerda;

4º tempo:finalizeomovimento,parando o bastão lateralmente com o cotovelo semifletido e o cabo-curto

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9.2.1.5 Defesa média interna

Execução: A partir da posição de guarda invertida em pegada-curta:

1º tempo: apóie a mão esquerda no cabo curto;

2º tempo: recue a perna esquerda para posição avançada, imprimindo ao bastão um movimento de varredura da direita para a esquerda, sem retirar o apoio da mão esquerda;

3º tempo:finalizeomovimento,parando o bastão lateralmente com o cotovelo semifletido e o cabo curtopara cima.

Execução: A partir da posição de guarda invertida em pegada-curta:

1º tempo: apóie a mão esquerda no cabo-curto;

2º tempo: recue a perna direita para posição avançada, imprimindo ao bastão um movimento de varredura da direita para a esquerda, sem retirar o apoio da mão esquerda;

3º tempo:finalizeomovimento,parando o bastão lateralmente com o cotovelo semifletido e o cabo curtopara cima.

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9.2.2 Defesas em pegada dupla

9.2.2.1 Defesa alta

Execução: A partir da posição de guarda invertida em pegada-longa:

1º tempo: apóie firmemente a mão esquerda na cabeça do cabo longo;

2º tempo: recue a perna esquerda para a posição avançada, executando com o bastão uma varredura de baixo para cima, sem retirar o apoio da mão esquerda;

3º tempo:finalizeomovimento,parando o bastão acima e à frente da

Descrição: A partir da posição de guarda direta em pegada-longa:

1º tempo: apóie firmemente a mão esquerda na cabeça do cabo longo;

2º tempo: recue a perna direita para a posição avançada, executando, com o bastão, uma varredura de baixo para cima, socando o punho direito e mantendo apoio da mão esquerda;

3º tempo:finalizeomovimento,parando o bastão acima e à frente da cabeça.

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9.2.2.2 Defesa média externa

Execução: A partir da posição de guarda invertida em pegada-longa:

1º tempo: com a mão esquerda segure a cabeça do cabo-longo;

2º tempo : recue a perna esquerda para a posição avançada e execute com o bastão uma varredura da esquerda para a direita, socando com o punho direito para o lado direito, sem retirar o apoio da mão esquerda;

3º tempo:finalizeomovimento,parando o bastão ao lado do corpo, com o pino-vertical voltado para a

Execução: A partir da posição de guarda direta em pegada-longa:

1º tempo: com a mão esquerda segure a cabeça do cabo-longo;

2º tempo: recue a perna direita para a posição-avançada e execute, com o bastão, uma varredura da esquerda para a direita, socando com o punho direito para o lado direito, mantendo o apoio da mão esquerda;

3º tempo:finalizeomovimento,parando o bastão ao lado do corpo, com o pino-vertical voltado para a esquerda, horizontalmente.

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9.2.2.3 Defesa média interna

Execução: A partir da posição de guarda invertida em pegada-longa:

1º tempo: com a mão esquerda, segure a cabeça do cabo longo;

2º tempo : recue a perna esquerda para a posição avançada e execute com o bastão uma varredura da direita para a esquerda, socando com o punho direito para o lado esquerdo, mantendo o apoio da mão esquerda;

3º tempo:finalizeomovimento,parando o bastão ao lado do corpo, com o pino-vertical voltado para trás, e a cabeça do cabo-longo para baixo.

Execução: A partir da posição de guarda direta em pegada-longa:

1º tempo: com a mão esquerda, segure a cabeça do cabo longo;

2º tempo: recue a perna direita para a posição avançada e execute com o bastão uma varredura da direita para a esquerda, socando com o punho direito para o lado esquerdo, mantendo o apoio da mão esquerda;

3º tempo:finalizeomovimento,parando o bastão ao lado do corpo, com o pino-vertical voltado para trás, e a cabeça do cabo longo para baixo.

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9.2.2.4 Defesa baixa

Execução: A partir da posição de guarda invertida em pegada-longa:

1º tempo: com a mão esquerda segure a cabeça do cabo longo;

2º tempo : recue a perna esquerda para a posição avançada e execute, com o bastão, uma varredura de cima para baixo à frente do corpo, socando com o punho direito e mantendo o apoio da mão esquerda;

3º tempo:finalizeomovimento,parando o bastão à frente da perna

Execução: A partir da posição de guarda invertida em pegada-longa:

1º tempo: com a mão esquerda, segure a cabeça do cabo longo;

2º tempo: recue a perna direita para a posição avançada e execute, com o bastão, uma varredura de cima para baixo à frente do corpo, socando com o punho direito e mantendo o apoio da mão esquerda;

3º tempo:finalizeomovimento,parando o bastão à frente da perna

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9.3 Técnicas Ofensivas - Formas de Ataque

9.3.1 Estocada curta

Direta

1º tempo: posição de combate direta em pega-curta; 2º tempo: recue o cotovelo e, avançando a perna direta, arremesse o braço para frente, golpeie com a ponta do cabo curto.

Invertida

1º tempo: posição de combate invertida em pega-curta;2º tempo: recue o cotovelo e, avançando a perna esquerda, arremesse o braço para frente, golpeie com a ponta do cabo curto.

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9.3.2 Estocada longa

Direta

1º tempo: posição de combate invertida em pegada-longa;2º tempo: recue o cotovelo, apoiando a mão esquerda na base do pino-vertical e, com um passo de direta, golpeie com a ponta do cabo longo.

Invertida

1º tempo: posição de combate direta em pegada-longa;2º tempo: recue o cotovelo, apoiando a mão esquerda na base do pino-vertical e, com um passo de esquerda, golpeie com a ponta do cabo longo.

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9.3.3 Cotovelada ascendente

1º tempo: posição de combate direta em pegada longa;2º tempo: com um avanço da perna da frente, faça um movimento brusco de elevação do cotovelo, parando a mão atrás da cabeça.

9.3.4 Cotovelada lateral

1º tempo: posição de combate direta em pega-curta;2º tempo: recue o pé da frente para o lado do pé de trás, apoiando a pegada na altura do peito;3º tempo: lance a ponta do cabo longo para o lado, adotando a posição de cavaleiro, e execute a cotovelada lateral.

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9.3.5 Cotovelada descendente

1º tempo: posição de combate direta em pegada-curta;2º Tempo: levante o braço armado acima da cabeça, transferindo o peso do corpo para a perna de trás;3º tempo: transforme a base para a posição do cavaleiro e, apoiando a pegada com a mão desarmada, execute a cotovelada de cima para baixo, com um movimento brusco.

9.3.6 Cotovelada para trás

1º tempo: posição de combate direta em pegada-curta;2º tempo: apoiando a pegada com a mão desarma, excute uma passada para trás, lançando o cotovelo para trás na posição recuada (T).

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9.3.7 Chapada

1º Tempo: posição de combate direta em pegada-curta;2º tempo:recueobastãoatéoombrocontrário,mantendoocotoveloflexionadonalinha do ombro;3º tempo: avance a perna da frente e lance a ponta do cabo curto para frente com uma forte extensão do cotovelo.

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9.3.8 Corte vertical descendente

1º tempo: posição de combate invertida, pegada-longa;2º tempo: execute um passo a frente, lance o bastão para trás;3º tempo: inicie o movimento;4º tempo: imprima ao bastão um movimento de circular de trás para frente e de cima para baixo;5º tempo:finalizeomovimentocomumaextensãodocotovelo,trazendoobastão

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9.3.9 Corte vertical ascendente

1º tempo: posição de combate invertida em pegada-longa;2º tempo: execute um passo de direita a frente, levando o cabo-longo para baixo e para o lado do corpo;3º tempo: com um brusco movimento vertical, lance o bastão para cima e para trás do ombro;4º tempo:finalizeomovimento,segurandoocabo-longodobastãocomumcontrole

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9.3.10 Corte oblíquo descendente de direita

1º tempo: posição de combate invertida em pegada-longa;2º tempo: execute um passo de direita para frente, lançando o bastão para trás sobre o ombro;3º tempo: inicie o movimento de ataque, lançando o bastão para frente e para baixo;4º tempo: fazendo-o realizar um movimento oblíquo da direita para a esquerda;5º tempo: termine o movimento de corte, fazendo o bastão parar do lado esquerdo do corpo com a ponta do cabo longo voltada para baixo.

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9.3.11 Corte oblíquo descendente de esquerda

1º tempo: posição de combate invertida em pegada-longa;2º tempo: execute um passo de direita para frente, lançando o bastão para o lado esquerdo da cintura;3º tempo: lance a ponta do cabo longo para baixo;4º tempo: em seguida, lance o cabo longo para trás e para cima;5º tempo: imprima ao bastão um movimento descendente da esquerda para a direita, com as costas da mão voltadas para baixo;6º tempo:finalizeomovimento,fazendoobastãoparardoladodireitodoseucorpocom a ponta do cabo-longo virada para baixo.

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9.3.12 Corte horizontal

1º tempo: posição de combate invertida em pegada-longa;2º tempo: execute um passo de direita à frente, lançado o cabo longo para o lado direito;3º tempo: imprima um movimento circular, fazendo o pino-vertical girar na palma da mão;4º tempo: lance o cabo-longo para o lado esquerdo, fazendo-o passar na linha da cintura, com o pino-vertical voltado para cima.5º tempo:finalizeomovimentoquandoocabo-longochegardoladodoquadril,fazendo o controle do bastão através da pegada do cabo-longo com a mão

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9.3.13 Asterisco

1º tempo: posição de combate invertida em pegada longa, com um passo à frente;2º tempo: execute um corte oblíquo da direita para a esquerda;3º tempo: continue o movimento, executando um corte oblíquo da esquerda para a direita;4º tempo:semparar,inicieumcorteverticaldescendente,finalizandoomovimentocom o bastão ao lado do corpo e com a ponta do cabo longo voltada para baixo.

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9.3.14 Infinito (oito-deitado)

1º tempo: posição de combate invertida em pegada longa. Com um passo à frente, lance o bastão para o lado esquerdo;2º tempo: inicie um movimento de corte oblíquo da esquerda para a direita;3º tempo:semfinalizarocorteoblíquo,inicieumcortedadireitaparaaesquerda;4º tempo:aindasemfinalizarocorte,inicieoutrocorteoblíquodaesquerdaparaadireita,emummovimentosemfinalização.Porisso,essemovimentochama-seinfinitoou oito deitado.

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10 TREINAMENTO BÁSICO EM DUPLA

10.1 Técnicas de imobilização 10.1.1 Chaves de braço com o cabo longo10.1.1.1 Chave de braço em “L” pela frente

1º tempo: posicione-se frente a frente com seu parceiro de treino;2º tempo: avance um passo de direita e introduza o cabo longo entre o braço esquerdo e a cintura do seu parceiro, até o pino-vertical apoiar na munheca. Simultaneamente, segure a ponta do cabo longo com a mão esquerda, pressionando o tríceps do imobilizado; 3º tempo: com um movimento enérgico do braço esquerdo, puxe o cotovelo do companheiro na direção da sua cintura, enquanto empurra o pino-vertical para a cintura do imobilizado;4º tempo: posicione a ponta do cabo-longo sob a sua axila direita e, apoiando a mão esquerda na cabeça do ombro do companheiro, empurre seu parceiro para trás. Para aumentar a pressão do golpe, eleve a altura da mão do braço imobilizado.

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10.1.1.2 Chave de braço em “L” pelas costas

1º tempo: posicione-se atrás do parceiro de treino;2º tempo: avance pela esquerda, diagonalmente, e inicie a técnica de abordagem do braço;

3º tempo: introduza a ponta do cabo longo entre o antebraço e as costas do companheiro, puxando-o na sua direção;4º tempo: direcione a ponta do cabo longo para cima, até o pino-vertical apoiar-se na munhecadoparceiro,einicieaflexãodocotovelo;

5º tempo:completeaflexãodocotovelodobraçodominadocomumapuxadaenérgicada ponta do cabo longo com a mão esquerda, enquanto empurra o pino-vertical para cima, dominando o antebraço na altura da munheca;6º tempo: conclua a imobilização, apoiando a ponta do cabo longo sob a axila direita, pressionando o ombro para trás, enquanto levanta a mão do braço imobilizado.

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10.1.1.3 Chave de braço em “L” pela lateral

1º tempo: aproxime-se do seu parceiro de treino pelo lado direito;2º tempo: introduza o cabo longo entre o antebraço e a cintura do companheiro, com o pino-vertical voltado para a direita e apoiado no antebraço;

3º tempo: simultaneamente, segure a ponta do cabo longo com a mão esquerda sobre o tríceps do companheiro;4º tempo: com um movimento enérgico, puxe a ponta do cabo longo e, ao mesmo tempo, empurrando o pino-vertical para cima;

5º tempo: aproxime-se, apoiando o cotovelo do companheiro na sua cintura;6º tempo: complete a imobilização, apoiando a ponta do cabo longo sob a axila direita, enquanto, com a mão esquerda, pressiona o peito do companheiro para trás.

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10.1.1.4 Chave de braço invertida pela frente

1º tempo: aproxime-se pela frente do seu companheiro de treino e introduza o cabo longo entre o antebraço e a cintura do imobilizado, com a cabeça do pino-vertical voltada para o lado esquerdo;2º tempo: com a mão esquerda, passando sobre o braço do seu companheiro, segure a ponta do cabo longo;

3º tempo: inicie a imobilização, fazendo uma puxada enérgica do cabo-longo na direção da sua cintura e uma empurrada do pino-vertical na direção das costas do seu companheiro de treino, fazendo-o virar as costas para você;4º tempo: com a mão esquerda, puxe o ombro do seu companheiro, enquanto pressiona o cotovelo direito sobre o cabo longo, baixando o cotovelo do companheiro até a altura dasuacintura,finalizando,assim,aimobilização.

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10.1.1.5 Chave de braço invertida pelas costas

1º tempo: aproxime-se do seu companheiro de treino, por trás e pelo lado esquerdo;2º tempo: inicie a abordagem do braço a ser imobilizado pelo lado externo;3º tempo: auxiliando o movimento com a mão esquerda, puxe o antebraço do companheiro para trás e na sua direção;4º tempo: segurando a ponta do cabo longo, o pino-vertical enganchando a munheca docompanheiro,inicieaflexãodecotovelo;

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10.1.1.6 Chave axilar pelas costas

1º tempo: aproxime-se do seu companheiro, empunhando o bastão pelo cabo curto (pegada-de-cacetete);2º tempo: passe o cabo longo à frente do braço direito do seu companheiro de treino;3º tempo: introduza o cabo longo entre o cotovelo e a cintura do seu companheiro, da frente para trás;4º tempo: segurando o bastão paralelamente ao solo, cruze o seu antebraço com o antebraço do seu companheiro, levando o cabo longo para baixo da sua axila esquerda;5º tempo: troque a pegada do cabo curto para a mão esquerda;

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10.1.1.7 Chave axilar pela lateral

1º tempo: aproxime-se do seu companheiro de treino pelo lado direito, empunhando o bastão em pegada-de-cacetete;2º tempo: introduza o cabo longo entre o cotovelo do braço direito e a cintura do seu companheiro, da frente para trás;3º tempo: simultaneamente, apóie seu antebraço esquerdo no antebraço direito do seu companheiro;4º tempo: introduza a cabeça do cabo longo sob sua axila direita até apoiá-lo firmemente;5º tempo: passe a mão sob o antebraço do seu companheiro até alcançar a cabeça do cabo longo;6º tempo: troque a pegada do cabo curto para a mão esquerda e, com uma pressão simultânea da mão no cabo curto e da axila no cabo longo, suspenda o antebraço

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10.1.1.8 Algema (1)

1º tempo: aproxime-se do seu companheiro de treino pela frente, empunhando o bastão em pegada-longa;2º tempo: introduza o cabo-longo entre o antebraço e a cintura do seu companheiro;3º tempo: apóie o pino-vertical na munheca do seu companheiro, ao mesmo tempo em que, com a mão esquerda, segura o cabo longo bem próximo à munheca, prendendo-a;4º tempo: com um movimento enérgico puxe a munheca do seu companheiro na sua direção e inicie a imobilização da munheca, cruzando sua munheca esquerda sobre a direita;5º tempo: imobilize a munheca do seu companheiro, aumentando a pressão resultante do cruzamento da munheca da mão que segura o pino-vertical sob a munheca da mão que segura o cabo longo;

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10.1.2 Chave de braço com o cabo curto

10.1.2.1 Algema (2)

1º tempo: aproxime-se do seu companheiro pela frente, empunhando o bastão em pegada-curta;2º tempo: simultaneamente, apóie o cabo-longo na munheca direita do seu companheiro e segure a ponta do cabo-curto com a mão esquerda;3º tempo: com um movimento enérgico, puxe a munheca do seu companheiro para o seu peito, cruzando o antebraço esquerdo sobre o esquerdo, ao tempo que direciona a ponta do cabo-longo para as costas do imobilizado;4º tempo: imprima uma pressão na munheca do seu companheiro, direcionando a força para o seu ombro direito, obrigando-o a ajoelhar-se, finalizando, assim, a

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10.1.3 Chaves de braço com o pino-vertical

10.1.3.1 Gancho no cotovelo pelas costas

1º tempo: empunhando o bastão em pegada-de-martelo, aproxime-se do seu companheiro por trás e pelo lado direito;2º tempo: enganche o pino-vertical na dobra do cotovelo do seu companheiro;3º tempo: faça uma puxada o cotovelo para trás e na direção do seu peito;4º tempo: com o antebraço esquerdo, domine o antebraço direito do seu companheiro;5º tempo: conduza o antebraço do seu companheiro para cima até sua mão atingir seu peito, ao tempo em puxa o cotovelo na direção do seu peito;6º tempo:segureapontadocabolongocomamãoesquerdaefinalizeomovimento,pressionando a ponta do cabo longo para baixo e o seu antebraço esquerdo para cima,

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10.1.3.2 Gancho no cotovelo pela lateral

1º tempo: aproxime-se do seu companheiro de treino pelo lado direito, segurando o bastão em pegada-de-cacetete;2º tempo: apóie o pino-vertical na dobra do cotovelo do seu companheiro pela frente;3º tempo:puxeocotovelonasuadireção,flexionando-o;4º tempo: cruzando o antebraço esquerdo com o antebraço do seu companheiro, inicie o domínio;5º tempo: faça a pegada do cabo curto, puxando o cotovelo para o seu peito, enquanto posiciona seu antebraço esquerdo paralelamente ao solo;6º tempo:finalizeomovimento,pressionandoapontodocabolongoparabaixoe

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11 DEFESA PESSOAL E IMOBILIZAÇÃO

11.1 Defesa de soco

11.1.1 Agressor aplica soco direto

1º tempo: o atacante prepara-se para atacar; então adote a posição de combate em guarda baixa, empunhando o bastão em pegada-curta. O atacante desfere um soco de direta diretamente no seu rosto. Reaja interceptando o golpe com um bloqueio alto da direita para a esquerda. Simultaneamente, segure o pulso direito do seu companheiro de treino com a mão esquerda;2º tempo: simule um corte vertical descendente no ombro direito, sem largar o pulso do atacante. A priori, o golpe fará com que o atacante ajoelhar-se. Então, inicie uma chave de braço invertida;3º tempo: dominado o braço, conduza o atacante para o chão na posição decúbito ventral, controlando-o.

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11.1.2 Agressor aplica soco em jab seguido de soco direto.

1º tempo: o atacante aplica um jab de esquerda. Defenda-se com um bloqueio lateral da esquerda para direita. Caso o atacante continue com um soco de direita, defenda-se com um bloqueio lateral da direita para a esquerda;2º tempo: com a mão esquerda, segure o pulso direito do atacante e aplique um corte oblíquo na perna esquerda do agressor;3º tempo: ainda segurando o pulso do atacante, inicie uma chave de braço axilar.

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11.2 Defesa de chute

11.2.1 Agressor aplica chute frontal direto

1º tempo: o atacante desfere um chute frontal de direita direto. Defenda-se com um bloqueio cruzado, antecipando o golpe, de modo que o bastão atinja a canela do agressor. Então, com a mão desarmado, domine o antebraço direito do oponente;2º tempo: prossiga a imobilização, aplicando uma chave de braço invertida e controle o atacante em pé.

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11.2.2 Agressor aplica chute frontal circular

1º tempo: o atacante assume a posição de combate e desfere um chute circular de direita pela frente. Defenda-se antecipando a perna do agressor, com um bloqueio médio de esquerda, enquanto domina a perna com o braço desarmado; 2º tempo: apoiando o bastão no joelho do atacante e com um forte giro do tronco, pressione o joelho do atacante para baixo, levando-o ao chão em decúbito-ventral, sem abandonar o domínio da perna;3º tempo: cruze sua perna esquerda com a perna direita do atacante, de maneira que encaixe na dobra do joelho. Complete a imobilização, apoiando seu joelho direito no chão, ao lado da perna imobilizada, enquanto cruza a canela esquerda sobre as coxas do imobilizado, pressionando para frente.

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1º tempo: o atacante prepara-se para atacar com uma faca. Aumente a distância, empunhando o bastão em pegada-longa na guarda-direta. O agressor desfere uma estocada de direita no abdômen. Com um recuo, defenda-se com uma varredura média da esquerda para a direita, atingindo a mão do atacante;2º tempo: a intensidade do golpe fará com que o atacante largue a faca. Então, com a mão desarmada, segure o antebraço do agressor;3º tempo: aplique um corte vertical descendente sobre no ombro do atacante. Continue a seqüência, aplicando uma chave de cotovelo e leve o oponente ao chão para dominá-lo.

11.3 Defesa de facada

11.3.1 Agressor aplica facada direta no estômago

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11.3.2 Agressor aplica corte lateral de fora para dentro

1º tempo: o atacante se prepara para atacá-lo com um corte lateral da direita para a esquerda. Mantenha a guarda alta em pegada-longa. Iniciado o ataque, antecipe o braço do atacante, aplicando um bloqueio médio de esquerda;2º tempo: com a mão desarmada, domine o braço do atacante e inicie um contra-ataque;3º tempo: aplique um corte vertical descendente sobre ombro do atacante e inicie outro contra-ataque;4º tempo: dobre o antebraço, fazendo o atacante largar a faca. Complete a imobilização

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11.4 Defesa de paulada

11.4.1 Agressor aplica paulada lateral de dentro para fora

1º tempo: o atacante inicia um ataque lateral da direita para esquerda. Mantenha-se na posição defensiva em guarda alta e pegada-básica. Antecipe o ataque reforçando a pegada;2º tempo: Defenda-se, com um bloqueio médio de esquerda em pegada dupla, antecipando o ataque com um sobrepasso de direita à frente. Largue a pegada do cabo longo e domine o instrumento de ataque, iniciando um contra-ataque com um corte vertical descendente;3º tempo: golpeie a mão do atacante, fazendo-o soltar o instrumento da agressão.

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11.5 Defesas em situações de agarramento

11.5.1 Agressor aplica esganamento pela frente

1º tempo: o atacante avança aplicando um estrangulamento pela frente. Inicie a defesa recuando a perna esquerda e empunhe o bastão;2º tempo: saque o bastão e lance o cabo-longo entre os braços do atacante e por cima do antebraço esquerdo. Passando a mão esquerda por baixo, segure o cabo-longo, cruzando seus antebraços;3º tempo: inclinando o tronco, pressione fortemente o bastão sobre o antebraço do agressor obrigando-o a largar seu pescoço e ajoelhar-se. Inicie então o domínio no chão.

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11.5.2 Agressor aplica gravata lateral por trás (1)

1º tempo: o atacante aproxima-se por trás e aplica uma gravata pelo lado esquerdo, passando à sua frente. Simultaneamente, bloqueie o antebraço livre do atacante com o bastão e, com a mão desarmada, segure o antebraço do agressor abraçando sua cintura;2º tempo: Dê um passo de direita para trás e, com a força do tronco, force o ombro do seu atacante para trás, obrigando-o a afrouxar a pegada. Desvencilhe-se e, com a mão esquerda, segure seu pulso direito e inicie uma chave de braço;3º tempo: aplique uma chave de braço direta, dominando o atacante com uma gravata por trás.

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11.5.2.1 Agressor aplica gravata lateral por trás (2)

1º tempo: da mesma forma, o atacante aplica uma gravata de direita, passando à frente. Domine o antebraço esquerdo do atacante, enquanto saca o bastão.2º tempo: tendo sacado o bastão, aplique um golpe na canela do agressor para que este afrouxe a pegada e inicie a saída da gravata. Dê um passo de direita para trás e com a força do tronco force o ombro do seu atacante para trás, obrigando-o a afrouxar a pegada. Desvencilhe-se e, com a mão esquerda, segure seu pulso direito e inicie uma chave de braço;3º tempo: aplique uma chave de braço invertida e complete a imobilização, dominando o atacante em pé.

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11.5.3 Agressor aplica abraço na cintura por trás

1º tempo: seu companheiro aplica-lhe um abraço na cintura por trás;2º tempo: abaixe o centro de gravidade, adotando a posição do cavaleiro e empunhe o bastão;3º tempo: saque o bastão e aplique um golpe giratório no rosto do atacante;4º tempo: continue atacando, agora desferindo um golpe giratório na perna, fazendo o atacante afrouxar a pegada;5º tempo: afaste seu quadril para o lado direito e introduza o cabo-longo sobre o antebraço esquerdo do atacante;6º tempo: segurando a ponta do cabo-longo sobre o cotovelo esquerdo do atacante, libere a pegada;7º tempo: mantendo o controle do braço do seu parceiro de treino, faça um pivô sobre o pé direito e dê um passo de esquerda para trás dele.8º tempo:finalizeaimobilizaçãocomumachavedebraçodireta;

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12 EMPREGO TÁTICO

12.1 Retirada e condução de pessoa

12.1.1 Situação: pessoa sentada em cadeira.

12.1.1.1 Policial aproxima-se pela frente, aplicando chave de braço direta.

1ª tempo: posicione-se à frente do seu parceiro com o bastão em pegada-longa;2º tempo: avance um passo de direta para o lado esquerdo do seu parceiro e introduza o bastão entre o antebraço e o quadril;3º tempo: segure a ponta do cabo-longo com a mão esquerda e faça uma pressão sobre o braço do parceiro;4º tempo:comummovimentoenérgico,flexioneseucotoveloe inicieachavedebraço direta;5º tempo: faça uma pressão no bastão e, verbalizando, determine que levante; 6º tempo: passe o braço esquerdo sobre a ponta do cabo longo, segure o peito do imobilizado e inicie a condução.

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12.1.1.2 - Policial aproxima-se pela frente, aplicando chave de braço invertida.

1ª tempo: posicione-se à frente do seu parceiro com o bastão em pegada-longa;2º tempo: avance um passo de esquerda para o lado direito do seu parceiro e introduza o bastão entre o antebraço e o quadril;3º tempo: segure a ponta do cabo longo com a mão esquerda e faça uma pressão sobre o braço do parceiro;4º tempo:comummovimentoenérgico,flexioneseucotoveloe inicieachavedebraço invertida;5º tempo: faça uma pressão no bastão e, verbalizando, determine que levante;6º tempo: passe o braço direito sobre a ponta do cabo-longo e apoie o antebraço, finalizandoaimobilizaçãocomacondução.

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12.1.1.3 Policial aproxima-se pela lateral, aplicando gancho lateral.

1º tempo: aproxime-se pelo lado direito do seu parceiro, empunhando o bastão com a mão direita, na pegada-de-martelo;2º tempo: dê um passo de esquerda à frente e enganche o pino-vertical no cotovelo pela frente;3º tempo: puxe o cotovelo na sua direção, enquanto cruza seu antebraço esquerdo sob o antebraço do parceiro;4º tempo: com a mão esquerda, segure o cabo curto pela frente;5º tempo: avance um passo e faça uma pressão no cabo longo para baixo, em seguida determine-lhe que se levante;6º tempo:finalizeaimobilização,executandoaretiradapeloladodireito.

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12.1.1.4 Policial aproxima-se por trás, aplicando gancho lateral.

1º tempo: aproxime-se pelo lado direito do seu parceiro, empunhando o bastão na pegada-de-martelo;2º tempo: dê um passo de esquerda à frente e enganche o pino-vertical no cotovelo pela frente;3º tempo: puxe o cotovelo na sua direção, enquanto cruza seu antebraço esquerdo sob o antebraço do parceiro;4º tempo: com a mão esquerda, segure o cabo curto pela frente;5º tempo: avance um passo e faça uma pressão no cabo longo para baixo, em seguida determine-lhe que se levante;6º tempo:finalizeaimobilização,executandoaretiradapeloladodireito.

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13 TÉCNICAS PERIGOSAS

As técnicas abaixo ilustradas são consideradas perigosas porque, quando aplicadas, incidem exatamente sobre um ponto do pescoço muito sensível, a proeminência laríngea, mais conhecida como “pomo-de-adão”. Esse ponto é muito cartilaginosoeseuafundamentoprovocaasfixia,podendolevaroindivíduoaoóbito.

Em razão disso, convém orientar o policial para o não uso dessas, ou de quaisquer técnicas perigosas nos procedimentos de abordagem e retirada de pessoas, no sentido de evitar complicações judiciais.

13.1 Mata-leão ou dorminhoco

1º tempo: aproxime-se por trás, empunhando o bastão em pegada-de-cacetete;2º tempo: passe o bastão pela frente do pescoço, encaixando o gancho interno do pino-vertical sob o queixo do parceiro;3º tempo: passe o antebraço sobre o cabo-longo, apoiando-o na articulação do cotovelo e, com a mão esquerda, segure o pino-vertical, ou apóie a palma da mão do pescoço do imobilizado;4º tempo: pressione o cabo longo sobre a articulação do cotovelo, puxando o cabo curto paratrás.Casoestejaapoiandoamãonopescoço,pressione-oparafrenteefinalizeogolpe. (muito cuidado).Lembre-se: Essa técnica é muito perigosa e pode colocar em risco a vida da pessoa abordada.

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13.2 Estrangulamento em cruz por trás

1º tempo: aproxime-se por trás, empunhando o bastão em pegada-longa;2º tempo: passe o bastão pela frente do pescoço, da esquerda para a direita (cuidado, pois um giro do pino-vertical neste momento poderá ser fatal);3º tempo: cruze o braço esquerdo sobre o direito e segure a ponta do cabo longo sobre o ombro direito do parceiro de treino;4º tempo: faça uma leve pressão, aumentando a distância entre os cotovelos (muito cuidado!) e puxe o parceiro para trás;5º tempo: mantenha a pressão (com cuidado) e faça a condução andando de costas, devagar. Lembre-se: Essa técnica é muito perigosa e pode colocar em risco a vida da pessoa abordada.

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