manual de tonfa da pmpa

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1

GOVERNO DO ESTADO DO PAR SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANA PBLICA POLCIA MILITAR DO PAR

BELM

2 PORTARIA N 001/EME/2010 Aprova o MANUAL DE PROCEDIMENTOS E ORDEM UNIDA COM BASTO POLICIAL TIPO II TONFA (M-02-PMPA), para uso nesta PMPA e d outras providncias.

O Comandante Geral da PMPA, no uso das atribuies que lhe so conferidas pelo art. 8, inciso VIII, da Lei Complementar n 053, de 07 de fevereiro de 2006, e

Considerando a necessidade de normatizar nesta Corporao o uso e manuseio do BASTO POLICIAL TIPO II TONFA, visando o aprimoramento tcnico profissional dos policiais militares, que so empregados dia-a-dia no policiamento ostensivo fardado; Considerando que o manuseio do basto dever ser visto como um instrumento de uso policial, para que de forma moderada possa repelir injusta agresso, atual ou iminente, em seu direito ou de outrem, respeitando e protegendo a dignidade da pessoa humana; Considerando que o MANUAL DE PROCEDIMENTOS E ORDEM UNIDA COM BASTO POLICIAL TIPO II TONFA (M-02-PMPA), elaborado e apresentado pelo 3 SGT PM PAULO SRGIO NASCIMENTO FARIAS, desta PMPA, est em consonncia com os objetivos pedaggicos e legais desta Polcia Militar do Par; RESOLVE: Art. 1 Aprovar o MANUAL DE PROCEDIMENTOS E ORDEM UNIDA COM BASTO POLICIAL TIPO II TONFA (M-02-PMPA), para ser utilizado nesta PMPA; Art. 2 - Determinar a DAL como responsvel por promover a confeco em grfica do presente manual para distribuio na Corporao; Art. 3 Esta Portaria entrar em vigor na data de sua publicao.

Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.

Quartel em Belm-PA, 19 de maro de 2010.

LUIZ DRIO DA SILVA TEIXEIRA CEL QOPM COMANDANTE GERAL DA PMPA

3

GOVERNO DO ESTADO DO PAR SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANA PBLICA POLCIA MILITAR DO PAR CENTRO DE FORMAO E APERFEIOAMENTO DE PRAAS CENTRO DE ENSINO CEL. MOREIRA

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E ORDEM UNIDA COM O BASTO POLICIAL TIPO II (tonfa)

1 Edio Fevereiro 2010

4 NOTA DO AUTOR

Na mo de obra diria, perseverante, plausvel e gratificante, h dezesseis anos, operando com oficiais e praas, apoiado por Comandos Militares srios da Policia Militar de Estado do Par, respeitvel corporao centenria, hoje dirigida por sua Comandante em chefe Ana Jlia de Vasconcelos Carepa, insigne Governadora do Estado, da qual tenho a honra de pertencer e ser orgulhosamente um de seus Instrutores, convivo em franca camaradagem, em ambiente de lealdade e com o esprito aliado de uma grande e unida famlia. Orgulhoso de ser um Policial Militar e de estar colaborando no preparo profissional de seus valorosos integrantes, ofereo-lhes este trabalho, com a inteno de estar propiciando um recurso a mais no combate ao crime e um acompanhamento mais adequado pelos instrutores e instruendos desta imprescindvel disciplina Defesa Pessoal Policial e, desta forma, nossos companheiros na difcil misso de combater o crime.

Paulo Srgio Nascimento Farias 3 SGT PM

5

GOVERNO DO ESTADO DO PAR SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANA PBLICA POLCIA MILITAR DO PAR

ANA JLIA DE VASCONCELOS CAREPAGOVERNADORA DO ESTADO DO PAR

GERALDO JOS DE ARAUJOSECRETRIO DE ESTADO DE SEGURANA

LUIZ DRIO DA SILVA TEIXEIRACOMANDANTE GERAL DA PMPA

MRIO ALFREDO SOUZA SOLANOCHEFE DO ESTADO MAIOR ESTRATGICO DA PMPA

EVANDRO CUNHA DOS SANTOSDIRETOR DE ENSINO E INSTRUO DA PMPA

ERALDO SARMANHO PAULINOCOMANDANTE DO CFAP

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Paulo Srgio Nascimento Farias

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E ORDEM UNIDA COM O BASTO POLICIAL TIPO II (tonfa)

Belm/Par 2010

7

minha amada famlia, aos irmos de farda, amigos e alunos do Projeto Amor, pela inspirao, pelo apoio e incentivo na publicao desta obra sublime.

8 AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiro ao criador, meu Deus. Ao meu pai, o Sr. PEDRO PAULO FARIAS, pelo grande incentivo que foi dado na busca do conhecimento. Aos companheiros da PMPA, CEL PM COSTA JR, pelo apoio incondicional quando Comandante do CFAP em 2001; ao TEN CEL PM SERPHICO, grande Oficial, amigo e incentivador, sempre presente nos momentos mais difceis; ao TEN CEL PM CAMPOS, grande Comandante do CFAP pelo apoio indispensvel em sua gesto em 2008; e ao TEN CEL PM HLIO SILVA e CB PM CAMARA, pela gentil colaborao na organizao, reviso e confeco deste manual. Aos companheiros da PMCE, TEN CEL PM ERIVALDO e TEN CEL PM STUDART, pela oportunidade de repassar nossos ensinamentos aos policiais do Estado do Cear por quatro oportunidades; ao SD PM ELIZIANO, 1 secretrio da Associao de CBs e SDs PMBM do Estado do Cear, pela amizade e pelo apoio sempre que necessrio. Ao Mestre Shihan 6 Dan JOS PEREIRA, pelos ensinamentos em Artes Marciais que foram de suma importncia para minha formao atltica e principalmente no crescimento profissional. E finalmente ao Grande Mestre 1 SGT PM RAIMUNDO GERSON, da Polcia Militar do Cear, por todos os ensinamentos, oportunidades, incentivos e principalmente pela incluso deste graduado da PMPA no circulo mundial de ensino em Defesa Pessoal para profissionais em segurana pblica. A todos os meus sinceros agradecimentos.

Oss!

9 PREFCIO

Comeo minhas palavras evocando o caput do artigo 144 de nossa Constituio Federal: Segurana pblica, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos.... Com isto pretendo frisar que nossa responsabilidade ainda maior, enquanto Policiais Militares integrantes do Estado e ao mesmo tempo membros da sociedade. Portanto em uma sociedade globalizada em constante evoluo, no cabe mais pautar nossos atos somente em mtodos empricos. Embasamento tcnico e cientifico que possibilite um planejamento estratgico das aes empregadas na manuteno da ordem pblica e incolumidade das pessoas, aliando a teoria e a uma incansvel prtica, torna-se cada vez mais necessrio e iminente. Penso que para ns Policiais Militares o que acabo de comentar acima pode ser resumido em duas palavras chaves: Disciplina e Profissionalismo. Disciplina, pois, no lembro na histria da humanidade, algum que tenha alcanado seus objetivos sem exigir de si o mnimo de disciplina para isto. Profissionalismo porque quanto mais o policial militar aprimora os seus conhecimentos na sua rea de atuao, mais bem preparado ele estar para lidar com a sociedade a que serve e faz parte. Caros amigos leitores justamente este pensamento que vamos encontrar nesta obra e em seu autor, 3 SGT PM NASCIMENTO, policial militar disciplinado e profissional, ao longo dos anos vem buscando cada vez mais aprimorar seus conhecimentos na rea de segurana pblica, se especializando na Defesa Pessoal Policial, no somente isso, mais tambm movido pela certeza de que o conhecimento somente tem verdadeiro valor se for socializado, tem primado tambm pelo aprimoramento de toda a instituio policial militar atravs da criao de manuais, apostilas e de suas aulas sempre pautadas nos princpios da legalidade e direitos humanos. Este manual visa preencher uma das muitas lacunas existentes em nossa literatura Policial Militar, que o uso do Basto Policial tipo II (tonfa) e a execuo da ordem unida com o referido basto. Serve ainda como incentivo a outros policiais para que aperfeioem seus

conhecimentos e assim aumentem o profissionalismo de nossa instituio, pois o aprimoramento do todo, necessariamente perpassa pelo aprimoramento de cada um que parte integrante deste todo. Finalizo estes breves pensamentos desejando sucesso ao autor em sua brilhante carreira como integrante da Polcia Militar do Par, rogando a Deus que lhe ilumine para que continue a aprimorar e socializar seus conhecimentos em prol do profissionalismo e do respeito da sociedade que vivemos.

WALDOMIRO SERPHICO DE ASSIS CARVALHO NETO TEN CEL PM

10 LISTA DE ILUSTRAESFigura 1 - Porta tonfa...................................................................................................................................... 18 Figura 2 - Tonfa.............................................................................................................................................. 19 Figura 3 - Frente ............................................................................................................................................. 20 Figura 4 - Perfil .............................................................................................................................................. 20 Figura 5 - Frente ............................................................................................................................................. 21 Figura 6 - Perfil (E) ........................................................................................................................................ 21 Figura 7 - Perfil (D) ........................................................................................................................................ 21 Figura 8 - Abordagem verbalizada ................................................................................................................. 22 Figura 9 - Frente com tonfa em punho ........................................................................................................... 22 Figura 10 - Tonfa em guarda de extenso ...................................................................................................... 22 Figura 11 - Em punho simples perfil (D) ....................................................................................................... 23 Figura 12 - Em guarda ostensiva .................................................................................................................... 23 Figura 13 - Em guarda de extenso ................................................................................................................ 23 Figura 14 - Empunhadura em gancho ............................................................................................................ 24 Figura 15 - Aproximao e colocao da tcnica ........................................................................................... 24 Figura 16 - Encaixe a altura do pescoo......................................................................................................... 25 Figura 17 - Colocao do 2 tempo da tcnica ............................................................................................... 25 Figura 18 - Vista diagonal .............................................................................................................................. 26 Figura 19 - Detalhe ......................................................................................................................................... 26 Figura 20 - Empunhadura de extenso ........................................................................................................... 27 Figura 21 - Encaixe a altura do pescoo......................................................................................................... 27 Figura 22 - Passagem do brao....................................................................................................................... 28 Figura 23 - Encaixe final com foramento e toro ....................................................................................... 28 Figura 24 - Detalhe diagonal frente ................................................................................................................ 29 Figura 25 - Detalhe diagonal lateral ............................................................................................................... 29 Figura 26 - Empunhadura de gancho.............................................................................................................. 30 Figura 27 - Encaixe de fora p/ dentro ............................................................................................................. 30 Figura 28 - Passagem p/ foramento .............................................................................................................. 30

11Figura 29 - Detalhe do foramento................................................................................................................. 31 Figura 30 - Detalhe aproximado da tcnica .................................................................................................... 31 Figura 31 - Detalhe da finalizao ................................................................................................................. 32 Figura 32 - Detalhe aproximado da finalizao ............................................................................................. 32 Figura 33 - Encaixe inicial da tcnica ............................................................................................................ 33 Figura 34 - Detalhe do 2 tempo, puxada do brao ........................................................................................ 33 Figura 35 - Aps a puxada, girar a tonfa para si ............................................................................................ 34 Figura 36 - Detalhe da puxada e aproximao ............................................................................................... 34 Figura 37 - Incio da finalizao..................................................................................................................... 35 Figura 38 - Detalhe do incio da finalizao ................................................................................................. 35 Figura 39 - Vista do foramento em diagonal ................................................................................................ 36 Figura 40 - Vista do foramento de frente...................................................................................................... 36 Figura 41 - Detalhe de posicionamento e foramento .................................................................................... 36 Figura 42 - Empunhadura de cassetete ........................................................................................................... 37 Figura 43 - Encaixe inicial ............................................................................................................................. 37 Figura 44 - Passagem do brao p/ o foramento ............................................................................................ 37 Figura 45 - Detalhe da passagem do brao..................................................................................................... 37 Figura 46 - Detalhe da postura final ............................................................................................................... 38 Figura 47 - Detalhe da mo sobre a tonfa....................................................................................................... 38 Figura 48 - Passagem p/ finalizao ............................................................................................................... 38 Figura 49 - Finalizao ................................................................................................................................... 38 Figura 50 - Aproximao em diagonal ........................................................................................................... 39 Figura 51 - Lanamento da tonfa (giro) ........................................................................................................ 39 Figura 52 - Encaixe a altura do punho ........................................................................................................... 39 Figura 53 - Complemento da tesoura ......................................................................................................... 39 Figura 54 - Tesoura em detalhe .................................................................................................................. 40 Figura 55 - Foramento e levada p/ o solo ..................................................................................................... 40 Figura 56 - Giro do oponente no solo............................................................................................................. 40 Figura 57 - Manuteno e controle da tcnica................................................................................................ 40 Figura 58 - Complemento do giro .................................................................................................................. 41

12Figura 59 - Imobilizao do tronco do oponente............................................................................................ 41 Figura 60 - Incio da algemao ..................................................................................................................... 41 Figura 61 - Alavanca de apoio e controle ...................................................................................................... 42 Figura 62 - Detalhe da algemao ................................................................................................................. 42 Figura 63 - Posio inicial .............................................................................................................................. 43 Figura 64 - Avana perna direita, pegada inicial ........................................................................................... 43 Figura 65 - Saque efetuando o giro da tonfa .................................................................................................. 43 Figura 66 - Efetuao do giro ......................................................................................................................... 43 Figura 67 - Meio do giro do saque ................................................................................................................. 44 Figura 68 - Complemento do giro em guarda alta .......................................................................................... 44 Figura 69 - Guarda alta de frente, vista completa .......................................................................................... 44 Figura 70 - Guarda alta de frente, detalhe ...................................................................................................... 44 Figura 71 - Posio de descansar (frente)....................................................................................................... 45 Figura 72 - Posio de descansar (costas) ..................................................................................................... 45 Figura 73 - Posio de sentido (frente)........................................................................................................... 46 Figura 74 - Posio de sentido (costas) ......................................................................................................... 46 Figura 75 - 1 tempo: Ombro-Arma (frente) .................................................................................................. 46 Figura 76 - 1 tempo: Ombro-Arma (perfil-D) ............................................................................................... 46 Figura 77 - 2: Ombro-Arma (frente) ............................................................................................................. 47 Figura 78 - 2: Movimento Ombro-Arma (perfil-D) ...................................................................................... 47 Figura 79 - 2: Movimento Ombro-Arma (perfil-E) ...................................................................................... 47 Figura 80 - 1 tempo: Cruzar-Arma................................................................................................................ 48 Figura 81 - 1 Tempo: Cruzar-Arma (perfil-D) .............................................................................................. 48 Figura 82 - 1 Tempo: Cruzar-Arma (detalhe) ............................................................................................... 48 Figura 83 - 2 Tempo: Cruzar-Arma (frente) ................................................................................................. 49 Figura 84 - 2 Tempo: Cruzar-Arma (perfil-D) .............................................................................................. 49 Figura 85 - 2 Tempo: Cruzar-Arma (perfil-E) .............................................................................................. 49 Figura 86 - 3 Tempo: Cruzar-Arma (frente) ................................................................................................. 50 Figura 87 - 3 Tempo Cruzar-Arma (perfil-D) ............................................................................................... 50 Figura 88 - 3 Tempo Cruzar-Arma (perfil-E) ............................................................................................... 50

13Figura 89 - 1 Tempo: Apresentar-Arma (frente) ........................................................................................... 51 Figura 90 - 1 Tempo: Apresentar-Arma (perfil-D) ....................................................................................... 51 Figura 91 - 1 Tempo Apresentar-Arma(detalhe).......................................................................................... 51 Figura 92 - 2 Tempo: Apresentar-Arma (frente) ........................................................................................... 52 Figura 93 - 2 Tempo: Apresentar-Arma (perfil-D) ....................................................................................... 52 Figura 94 - 2 Tempo: Apresentar-Arma (perfil-E)........................................................................................ 52

14SUMRIO

CAPTULO I 1 INTRODUAO ......................................................................................................................................... 16 1.1 Finalidade do Manual .............................................................................................................................. 16 1.2 Conceitos bsicos de Defesa Pessoal e de Ordem Unida ........................................................................ 16 1.3 Objetivos do Manual ............................................................................................................................... 16 1.4 Eficincia da tropa na utilizao das tcnicas e movimentos .................................................................. 17 1.5 Origem da Tonfa ..................................................................................................................................... 17 1.6 Apresentao do Porta Tonfa e da Tonfa ................................................................................................ 18 1.6.1 Porta Tonfa ........................................................................................................................................... 18 1.6.2 Tonfa .................................................................................................................................................... 19

CAPTULO II 2 PORTABILIDADE, POSTURA E PROTEO ...................................................................................... 20 2.1 Portabilidade e Postura ............................................................................................................................ 20 2.2 Postura com proteo .............................................................................................................................. 21 2.3 Postura de interveno na abordagem simples com proteo ................................................................. 22 2.4 Postura de interveno na abordagem atuante com proteo .................................................................. 23

CAPTULO III 3 TCNICAS DE ESTRANGULAMENTO ................................................................................................ 24 3.1 Estrangulamento tipo gancho .................................................................................................................. 24 3.2 Estrangulamento HADAKA-HA-GIME (MATA LEO) ....................................................................... 27

CAPTULO IV 4 TCNICAS DE ALGEMAO ................................................................................................................ 30 4.1 Algema com chave de punho .................................................................................................................. 30

CAPTULO V 5 TCNICAS DE CHAVES DE BRAO .................................................................................................... 33

155.1 Chave L direta bsica ........................................................................................................................... 33 5.2 Chave L invertida ................................................................................................................................. 37

CAPTULO VI 6 TCNICAS DE APROXIMAO E LEVADA AO SOLO .................................................................... 39 6.1 Rotao, cruzamento e levada ao solo ..................................................................................................... 39

CAPTULO VII 7 TCNICAS DE SAQUE ............................................................................................................................ 43 7.1 Saque ostensivo do flanco esquerdo para o direito ................................................................................. 43

CAPTULO VIII 8 MOVIMENTOS DE ORDEM UNIDA NA INSTRUO INDIVIDUAL E COLETIVA ...................... 45 8.1 Movimentos com o Basto Policial tipo II (TONFA) .............................................................................. 45 8.2. Posies .................................................................................................................................................. 45 8.2.1 Posio de Descansar ........................................................................................................................... 45 8.2.2 Posio de Sentido ............................................................................................................................... 46 8.2.3 Posio de Ombro-Arma tempo partindo da posio de Sentido ...................................................... 46 8.2.4 Posio de Cruzar-Arma tempo partindo da posio Ombro-Arma ..................................................... 48 8.2.5 Posio de Apresentar-Arma tempo partindo da posio Ombro-Arma .............................................. 51

CAPTULO IX 9 DESLOCAMENTOS ................................................................................................................................. 53 9.1 Generalidades .......................................................................................................................................... 53 9.2 Comandos. ................................................................................................................................................ 53

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................... 54 ANEXOS ....................................................................................................................................................... 55

16 CAPTULO I 1 INTRODUO

1.1 Finalidade do Manual

A finalidade deste Manual estabelecer normas que padronizem a execuo de tcnicas de Defesa Pessoal Policial e os movimentos de Orem Unida com o Basto Tonfa, tendo em vista os objetivos prticos da Instruo Militar. Em conseqncia, os exerccios individuais sero descritos em pormenores para que todos os Alunos possam ser Instrudos uniformemente, de forma a permitir preciso na sua execuo.

1.2 Conceitos bsicos de Defesa Pessoal e de Ordem Unida

A Defesa pessoal atualmente vem se tornando uma matria de suma importncia nas grades curriculares dos rgos de formao militares, principalmente os ligados a segurana pblica. Dentre segmentos importantes destacamos a atuao do policial moderno no manuseio do basto policial tipo II (tonfa) que tem por finalidade principal a humanizao da atuao policial, diminuindo as ocorrncias com o uso da fora letal, a arma de fogo, com tcnicas simples de atuao e com respostas satisfatrias, podemos afirmar que este basto vem auxiliar o policial nas ocorrncias de menor vulto, aliado a verbalizao e a sua colocao e trazendo mais confiana para o profissional de segurana pblica. A Ordem Unida caracteriza uma disposio individual e consciente, altamente motivada para a obteno de determinados padres coletivos de uniformidade, de sincronizao e de garbo Policial Militar; deve ser considerada por todos os participantes Instrutor e Instrudos, Comandantes e Executantes, como significativos e veementes esforos para demonstrar a prpria disciplina Policial Militar, isto , a situao de Ordem e Obedincia que se estabelece voluntariamente entre Policiais Militares, como decorrncia da convico de cada um, da necessidade de eficincia nas solenidades, formaturas e como conseqncia na operacionalidade.

1.3 Objetivos do Manual

1.3. 1 Proporcionar aos Policiais Militares e as Unidades, os meios de se apresentarem e se deslocarem em perfeita ordem, em todas as circunstncias inerentes ao servio; 1.3. 2 Desenvolver o sentimento de AUTODEFESA E A CONSCINCIA dos policiais em servio que so fatores preponderantes na atuao profissional do policial;

17 1.3. 3 Construir uma verdadeira escola de disciplina; 1.3. 4 Permitir, conseqentemente, que a tropa aparea em pblico, quer nas paradas, quer nos simples deslocamentos de servio, com aspecto enrgico e marcial. 1.3. 5 Demonstrar que o policial no est fixo somente no uso da fora letal, mais tambm com recursos que possam lev-lo a um desfecho menos agressivo nas ocorrncias policiais.

1.4 Eficincia da tropa na utilizao das tcnicas e movimentos

Atravs da aplicao de tcnicas com o basto policial tipo II (tonfa) e dos movimentos de Ordem Unida, o militar evidencia, claramente, os quatro ndices de eficincia: 1.4.1 Moral Pela determinao em atender as necessidades de um policiamento mais humanizado, apesar da necessidade de esforo fsico; 1.4.2 Disciplina Pela destreza, presteza e ateno com que participa dos treinamentos e pela obedincia aos comandos; 1.4.3 Esprito de Corpo Pela boa apresentao individual e/ou coletiva e pela uniformidade na prtica de exerccios que exigem execuo repetidas muitas vezes; 1.4.4 Proficincia Pela busca da exatido nas execues de tcnicas e movimentos.

, pois, a Defesa Pessoal com Basto e os movimentos de Ordem Unida so atividades de instruo militar ligada, indissoluvelmente, a prtica da chefia e criao de reflexos da disciplina. Aos oficiais e graduados encarregados de ministrar essa instruo recomenda-se o estudo prvio do manual.

1.5 Origem da Tonfa

Uma das armas mais populares do Kobudo de Okinawa (arte de lutar com armas), a Tonfa (tambm, chamada de Tonqua) feita de maneira muito simples, atravs de dois pedaos de madeira perpendiculares. Hoje fabricada de plstico (fibra de polipropileno). Sua variedade de usos, bem como sua simplicidade de confeco devem ser os motivos de sua grande popularidade nas artes japonesas, sendo encontrado tambm na China, Coria e Filipinas. As origens da Tonfa so um tanto quanto nebulosas, mas acredita-se que essa pea seja a empunhadura de um moinho utilizado pelos povos orientais e medievais. Esse moinho seria

18 formado por uma grande pedra, com sulcos e uma menor que girava sobre a maior pulverizando os gros. A Tonfa seria a manivela que girava essa roda menor (sendo interessante notar que a maioria das tcnicas dessa arma so giratrias). Quando esses povos medievais eram atacados por povos mais evoludos e mais bem armados, destacava-se essa pea do moinho e utilizavas-se como arma em defesa de seu territrio. Nos ltimos 20 anos, a Tonfa tem sido adotada por diversas foras Policiais e Militares em todo o mundo devido sua eficincia no controle do oponente sem a necessidade de machuclo, caracterstica vital para uma fora policial. Sendo que em vrios pases como os Estados Unidos, Frana, etc., esta arma, bem como, o seu porte regulamentado por leis especficas. Atualmente, com a evoluo do treinamento de Defesa Pessoal dos policiais em geral, algumas polcias vm adotando a Tonfa por ter certeza da sua maior eficincia frente ao antigo cassetete, como o caso das Policias Militares de: So Paulo, Rio Grande do Sul, Paran, Amazonas e do Cear. Todas as partes da Tonfa podem ser utilizadas em tcnicas marciais, tanto para golpear (utilizando as pontas), como para bloquear (com a arma paralela ao brao). Costuma-se usar a sua parte maior em apresamentos e tores, usando o lado menor como alavanca. Seus movimentos de rotao ocasionam contra-ataques fulminantes.

1.6 Apresentao do Porta Tonfa e da Tonfa

1.6.1 Porta Tonfa

Figura 1 - Porta tonfa

Coldre para Tonfa, confeccionado em couro, na cor preta ou branca, conforme a OPM, obedecendo ao seguinte padro: 10 cm. de largura, 09 cm. de altura, argola em ao com 40 mm.

19 de dimetro, fixado com arrebites n 03, tira em couro fixada com arrebite n 04 e com abotoador de presso.

1.6.2 Tonfa

Figura 2 - Tonfa

A Tonfa confeccionada de forma macia em fibra plstica, em madeira, em duralumnio, na cor preta, de flexibilidade malevel para absoro de impacto, Haste principal em corpo nico de 60 cm, arredondada nas pontas, haste do corpo menor anatmico Mo medindo 13 cm, com 15 sulcos de aproximadamente 30 mm. de dimetro. Cabo medindo 13 cm. a partir da haste principal com 5 sulcos. Peso de 500gr.

20 CAPTULO II

2 PORTABILIDADE, POSTURA E PROTEO

2.1 Portabilidade e Postura

Figura 3 - Frente

Figura 4 - Perfil

OBS.: Portabilidade da tonfa na posio estacionado, similar a posio de descansar.

O profissional de segurana pblica dever manter-se em uma postura adequada quando estiver portando a Tonfa em servios de Policiamento Ostensivo p, isso visando dar maior confiabilidade populao e demonstrar o alto padro de disciplina do Militar em servio. O equipamento dever estar bem acoplado no porta tonfa1, sendo que este porta tonfa dever ser do tipo que oferea a possibilidade de saque em diversas modalidades e direes.

1

Equipamento de porte da Tonfa. (ver Figura 1)

21 2.2 Postura com proteo

Figura 5 - Frente

Figura 6 - Perfil (E)

Figura 7 - Perfil (D)

Nestas posturas o Policial esta protegendo o seu armamento e seu equipamento sem ter que tomar uma postura mais ofensiva, alm de ser uma postura que relaxa a posio anterior.

22 2.3 Postura de interveno na abordagem simples com proteo

Figura 8 - Abordagem verbalizada

Figura 9 - Frente com tonfa em punho

Figura 10 - Tonfa em guarda de extenso

Nestas posturas podemos notar que o policial se preocupa em manter seu armamento e seu os equipamentos de seu cinto de guarnio protegidos ao mesmo tempo da interveno ou abordagem simples.

23 2.4 Postura de interveno na abordagem atuante com proteo

Figura 11- Em punho simples perfil (D)

Figura 12 - Em guarda ostensiva

Figura 13 - Em guarda de extenso

Nestas posturas podemos observar que mesmo o policial partindo para a ao, ele no deixa de proteger seus equipamentos e armamento.

24 CAPTULO III 3 TCNICAS DE ESTRANGULAMENTO 3.1 Estrangulamento tipo gancho

Figura 14 - Empunhadura em gancho

Figura 15 - Aproximao e colocao da tcnica

Nesta tcnica o policial aproxima-se do oponente por trs, empunhando a tonfa com a sua mo forte com a empunhadura de gancho, em seguida passa a empunhadura principal pelo pescoo do oponente com a empunhadura principal.

25

Figura 16 - Encaixe a altura do pescoo

Figura 17 - Colocao do 2 tempo da tcnica

Na postura da figura 17, o policial posiciona seu ante brao esquerdo nas costas do oponente segurando o corpo maior das tonfa realizando a preparao do estrangulamento.

26

Figura 18 - Vista diagonal

Figura 19 - Detalhe

Na postura detalhada pela figura 19, o brao direito puxa a tonfa para trs e o brao esquerdo empurra o pescoo do oponente para frente, completando-se o estrangulamento. Vale ressaltar que esta tcnica tem variaes de acordo com o bitipo do oponente.

27 3.2 Estrangulamento HADAKA-HA-GIME (MATA-LEO)

Figura 20 - Empunhadura de extenso

Figura 21 - Encaixe a altura do pescoo

O policial aproxima-se pelas costas do oponente, empunhando a tonfa com a mo direita em empunhadura padro (Figura 20), passando o corpo maior pelo pescoo do oponente (Figura 21).

28

Figura 22 - Passagem do brao

Figura 23 - Encaixe final com foramento e toro

Na postura detalhada pelas figuras 22 e 23, nota-se que o policial coloca seu brao esquerdo por sobre o final do corpo maior da tonfa a altura da articulao do cotovelo apoiando sua mo esquerda no lado oposto do pescoo do oponente, completando assim o estrangulamento.

29

Figura 24 - Detalhe diagonal frente

Figura 25 - Detalhe diagonal lateral

Nestas posturas podemos destacar os detalhes do estrangulamento, podem-se observar detalhes dos braos e a posturas das pernas (base), muito importante na manuteno do equilbrio na execuo da tcnica.

30 CAPTULO IV

4 TCNICAS DE ALGEMAO 4.1 Algema com chave de punho

Figura 26 - Empunhadura de gancho

Figura 27 - Encaixe de fora p/ dentro

Figura 28 - Passagem p/ foramento

O policial aproxima-se pelas costas do oponente empunhando a tonfa com a mo direita e a posiciona no punho esquerdo do oponente (figuras 26 e 27), com a mo esquerda o policial segurara empunhadura principal da tonfa, iniciando a algemao.

31

Figura 29 - Detalhe do foramento

Figura 30 - Detalhe aproximado da tcnica

Nestas posies podemos observar os detalhes da aplicao da algema com a tonfa, lembrando que o policial quanto mais flexionar o seu brao esquerdo, mais o oponente sofrer com o aperto da tcnica, finalizando com a verbalizao para o oponente por a mo na cabea.

32

Figura 31 - Detalhe da finalizao

Figura 32 - Detalhe aproximado da finalizao

Nestas posturas detectamos o complemento da tcnica da algema, auxiliado com o movimento da mo de vaca, esse complemento que dar pleno controle do oponente pelo policial, podendo o mesmo conduzir o detido com segurana por uma distncia considerada.

33 CAPTULO V 5 TCNICAS DE CHAVE DE BRAO 5.1 Chave L direta bsica

Figura 33 - Encaixe inicial da tcnica

Figura 34 - Detalhe do 2 tempo, puxada do brao

Nesta tcnica o policial se aproxima pela frente do oponente, empunhando a tonfa com a mo direita pela empunhadura principal, introduz a mesma a altura do antebrao do oponente, com sua mo esquerda faz a pegada no cotovelo do oponente fazendo a puxada para concluir a chave.

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Figura 35 - Aps a puxada, girar a tonfa para si

Figura 36 - Detalhe da puxada e aproximao

Neste posicionamento o policial ao fazer a puxada pelo cotovelo do oponente, ao mesmo tempo ele gira a tonfa em sua direo se preparando para a parte final da tcnica.

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Figura 37 - Incio da finalizao

Figura 38 - Detalhe do incio da finalizao

Neste posicionamento o policial aps fazer a puxada pelo cotovelo do oponente ele faz a segunda pegada j na rea do corpo maior da tonfa, executando assim uma toro no brao do oponente.

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Figura 39 - Vista do foramento em diagonal

Figura 40 - Vista do foramento de frente

Figura 41 - Detalhe de posicionamento e foramento

Nestas angulaes podemos observar os detalhes da finalizao da chave, o policial deve manter seu corpo ereto e prximo ao oponente. O detalhe da base importantssimo para a manuteno do equilbrio.

37 5.2 Chave L invertida

Figura 42 - Empunhadura de cassetete

Figura 43 - Encaixe inicial

O policial faz a aproximao do adversrio por trs, encaixa a tonfa no brao do oponente na altura da articulao do cotovelo preparando o movimento final da tcnica.

Figura 44 - Passagem do brao p/ o foramento

Figura 45 - Detalhe da passagem do brao

Nesta posio vemos o policial encaixando a axila esquerda por baixo da tonfa preparando-se para a fase de foramento da tcnica.

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Figura 46 - Detalhe da postura final

Figura 47 - Detalhe da mo sobre a tonfa

Figura 48 - Passagem p/ finalizao

Figura 49 - Finalizao

Nestes posicionamentos, vemos a finalizao da tcnica, chegando ao ponto de foramento e a verbalizao para o oponente por a mo na cabea. NOTA: Esta tcnica pode ser aplicada pela frente do adversrio.

39 CAPTULO VI

6 TCNICAS DE APROXIMAO E LEVADA AO SOLO 6.1 Rotao, cruzamento e levada ao solo

Figura 50 - Aproximao em diagonal

Figura 51 - Lanamento da tonfa (giro)

Figura 52 - Encaixe a altura do punho

Figura 53 - Complemento da tesoura

Nas posies iniciais podemos notar a aproximao do policial pela retaguarda do oponente, logo faz a rotao da tonfa que empunha com a mo direita, buscando o pulso do adversrio executando o movimento de fora para dentro.

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Figura 54 - Tesoura em detalhe

Figura 55 - Foramento e levada p/ o solo

Figura 56 - Giro do oponente no solo

Figura 57 - Manuteno e controle da tcnica

Na figura 55, notamos o detalhe do foramento da tcnica, destacando que o movimento assemelha-se com a abertura de uma tesoura, complementando com o foramento do adversrio at o solo.

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Figura 58 - Complemento do giro

Figura 59 - Imobilizao do tronco do oponente

Figura 60 - Incio da algemao

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Figura 61 - Alavanca de apoio e controle

Figura 62 - Detalhe da algemao

Aps a levada ao solo o policial dever fazer o movimento de reverso, forando o adversrio a virar-se, mantendo o controle pelo foramento da tesoura, logo aps o policial dever agachar-se prximo ao adversrio, preparando o movimento para a algemao e conduo do infrator.

43 CAPTULO VII 7 TCNICAS DE SAQUE 7.1 Saque ostensivo do flanco esquerdo para o direito

Figura 63 - Posio inicial

Figura 64 - Avana perna direita, pegada inicial

Figura 65 - Saque efetuando o giro da tonfa

Figura 66 - Efetuao do giro

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Figura 67 - Meio do giro do saque

Figura 68 - Complemento do giro em guarda alta

Figura 69 - Guarda alta de frente, vista completa

Figura 70 - Guarda alta de frente, detalhe

45 CAPTULO VIII

8 MOVIMENTOS DE ORDEM UNIDA NA INSTRUO INDIVIDUAL E COLETIVA

8.1 Movimentos com o Basto Policial tipo II (TONFA) Nos movimentos com tonfa a p firme, somente os braos e as mos entraro em ao: a parte superior do corpo ficar perfilada e imvel. Os diversos tempos de que se compem os movimentos devero ser executados com rigorosa preciso e uniformidade.

8.2 Posies 8.2.1 Posio de Descansar estando na posio de sentido, ao comando de DESCANSAR!, o homem deslocar o p esquerdo, a uma distncia de aproximadamente igual largura de seus ombros, para a esquerda, simultaneamente, o brao esquerdo repousar a lateral do corpo ficando com a mo esquerda aberta e com o dorso da mesma voltada para frente.

Figura 71 - Posio de descansar (frente)

Figura 72 - Posio de descansar (costas)

46 8.2.2 Posio de Sentido nesta posio, o Militar ficar imvel e com a frente voltada para o ponto indicado. Na mo direita estar empunhando a tonfa em guarda padro, com o martelo voltado para frente e a mo esquerda estar com os dedos unidos e distendidos, sendo que, o dedo mdio dever coincidir com a costura lateral da cala. Cabea erguida e o olhar fixo frente.

Figura 73 - Posio de sentido (frente)

Figura 74 - Posio de sentido (costas)

8.2.3 Posio de Ombro-Arma tempo partindo da posio de Sentido 1 Tempo: o Militar erguer energicamente o antebrao direito na vertical elevando com ele a tonfa perfazendo uma angulao de 90do brao em relao ao antebrao, o cotovelo estar colado lateral direita do corpo e mantendo a viso firme a frente.

Figura 75 - 1 tempo: Ombro-Arma (frente)

Figura 76 - 1 tempo: Ombro-Arma (perfil-D)

47 2 Tempo: o Militar elevar seu brao esquerdo energicamente segurando a tonfa em sua empunhadura secundria, deixando seu cotovelo projetado para frente, juntamente com a viso firme a frente.

Figura 77 - 2 tempo: Ombro-Arma (frente) Posio Final

Figura 78 - 2 tempo: Movimento Ombro-Arma (perfil-D) Posio Final

Figura 79 - 2 tempo: Movimento Ombro-Arma (perfil-E) Posio Final

48 8.2.4 Posio de Cruzar-Arma tempo partindo da posio Ombro-Arma 1 Tempo: O Militar deslocar energicamente o brao direito frente deslizando-o pela mo esquerda entre o dedo indicador e polegar, deixando-o quase alinhado com a altura do seu ombro.

Figura 80 - 1 tempo: Cruzar-Arma (frente)

Figura 81 - 1 Tempo: Cruzar-Arma (perfil-D)

Figura 82 - 1 Tempo: Cruzar-Arma (detalhe)

49 2 Tempo: O Militar com a mo esquerda deslocar energicamente a ponta da rea de corte da tonfa frente at o ponto de esticar ambos os braos, deixando o brao direito a altura do ombro e o brao esquerdo 05 (cinco) centmetros em mdia acima do brao direito, ou seja, deixando a tonfa em diagonal.

Figura 83 - 2 Tempo: Cruzar-Arma (frente)

Figura 84 - 2 Tempo: Cruzar-Arma (perfil-D)

Figura 85 - 2 Tempo: Cruzar-Arma (perfil-E)

50 3 Tempo: O Militar com movimento enrgico flexionar ambos os braos trazendo a tonfa1 ao limite do peito, sendo que o cotovelo esquerdo permanecer colado ao corpo enquanto que o cotovelo direito ficar destacado, acompanhando a empunhadura secundria.

Figura 86 - 3 Tempo: Cruzar-Arma (frente) Posio final

Figura 87 - 3 Tempo Cruzar-Arma (perfil-D) Posio final

Figura 88 - 3 Tempo Cruzar-Arma (perfil-E)Posio final

51

8.2.5 Posio de Apresentar-Arma tempo partindo da posio Ombro-Arma 1 Tempo: O Militar deslocar o brao direito energicamente frente deslizando-o pela mo esquerda entre o dedo indicador e polegar, deixando-o quase alinhado com a altura do seu ombro, mantendo a mo esquerda espalmada e dedos distendidos sobre o msculo do brao direito (bceps).

Figura 89 - 1 Tempo: Apresentar-Arma (frente)

Figura 90 - 1 Tempo: Apresentar- Arma (perfil - D)

Figura 91 - 1 Tempo Apresentar-Arma (detalhe)

52 2 Tempo: O Militar levantar energicamente o antebrao direito que empunha a tonfa perfazendo a angulao de 45 em relao ao brao, deixando a mo esquerda espalmada e com os dedos distendidos exatamente em cima do msculo do brao direito fazendo com isso que a tonfa fique alinhada em relao ao corpo.

Figura 92 - 2 Tempo: Apresentar-Arma (frente) Posio final

Figura 93 - 2 Tempo: Apresentar-Arma (perfil-D) Posio final

Figura 94 - 2 Tempo: Apresentar-Arma (perfil-E) Posio final

53 CAPTULO IX 9 DESLOCAMENTOS

9.1 Generalidades

Os comandos e os processos empregados na instruo coletiva, com tonfa, sero os mesmos da instruo individual de Ordem Unida previstas no manual de campanha do Exrcito Brasileiro (C.22.5); Os deslocamentos de uma tropa podero ser feitos nas formaes em coluna, em linha ou emassada, no passo ordinrio, sem cadncia, de estrada ou acelerado; O militar empunhando a tonfa ao passar pelo superior hierrquico far alto a 02 passos do mesmo, far esquerda ou direita volver e permanecer na posio de sentido, at a resposta da continncia, quando o superior distanciar-se em media 02 passos o militar far esquerda ou direita volver e sair normalmente para a direo de seu destino; O deslocamento de um grupamento armado com a tonfa, devidamente comandado o far em ombro-arma se o passo for ordinrio; Nos demais casos poder o fazer com a tonfa coldreada.

9.2

Comandos

O Militar em que recair a responsabilidade de Comandar dever o fazer na posio de Ombro-Arma. Ao comando de esquerda, direita, meia volta volver e fora de forma, o homem armado de tonfa executar a elevao do antebrao direito juntamente com a tonfa e esperar a voz de execuo, sendo que no comando de fora de forma, o militar serrar a mo esquerda para a execuo do movimento de romper marcha. Os comandos no passo ordinrio sero basicamente: Ombro-Arma; Cruzar-Arma; Olhar a Direita; Esquerda, Direita, Meia Volta Volver.

54 BIBLIOGRAFIA

AGUIAR, Antonio Carlos de. Manual de Tcnicas de Basto Perseguidor MTBP 60. Policia Militar do Amazonas.

AZEVEDO, Washington Silva. Manual do Emprego Operacional do Cassetete Tonfa. Polcia Militar do Distrito Federal, 2000. CORREA FILHO, Albano Augusto Pinto. Manual de Ataque e Defesa (MP.6.1- PM). Belo Horizonte: Academia de Polcia da PMMG, 1986. EXRCITO BRASILEIRO. Manual de Campanha C 22.5 Ordem Unida. 3 edio, 2000.

JURGEN. Wedding Der Mehrzweck-Einsatz-Stok. Berlin-Weimar-Dresden

LIMA, Raimundo Gerson dos Santos. Manual de Ordem Unida da PMCE. 2002. LIMA, Raimundo Gerson dos Santos. Tonfa Basto de Defesa Pessoal. Fortaleza: INESP, 2002.

POLCIA MILITAR DO ESTADO DE SO PAULO. Manual de Basto TONFA da PMESP. 2001.

POLCIA MILITAR DE MINAS GERAIS. Manual de Emprego do Basto Tonfa. Belo Horizonte: Centro de Pesquisa e Ps-Graduao, 2009.

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ANEXOS

56

Anexo AFotos do 3 Peloto do Curso de Formao de Sargentos PM 2007, realizado no Instituto de Ensino de Segurana do Par, utilizando a Tonfa em ordem unida.

57

Anexo BFotos do Curso de Formao de Sargentos PM 2007, realizado no Instituto de Ensino de Segurana do Par, durante as aulas prticas de utilizao da Tonfa.

58

Anexo C

Fotos de Cursos realizados no Par.

Curso para o CFO PMPA em 2008 (ASSUBSAR)

Aulas do CFS PMPA em 2007 (IESP)

Curso para a PMPA em 2008 (CFAP-Outeiro)

Curso para Guarda Municipal de Belm em 2007

59

Anexo DFotos de cursos realizados para a Polcia Militar do Cear no ano de 2008.

60 NOTA

Solicita-se aos usurios deste manual a apresentao de sugestes que tenham por objetivo aperfeio-lo ou que se destinem supresso de eventuais incorrees. As observaes apresentadas, mencionando a pgina, o pargrafo e a linha do texto a que se referem, devem conter comentrios apropriados para seu entendimento ou sua simplificao. A correspondncia poder ser enviada diretamente ao Estado Maior Estratgico ou ao Centro de Formao e Aperfeioamento de Praas CFAP PMPA, situados Avenida Almirante Barroso n 2531, Bairro do Marco, CEP: 66.810.100, endereadas ao Chefe do Estado Maior Estratgico ou ao seu idealizador o 3 SGT QPMP 0 - Paulo Srgio Nascimento Farias.

61 BIOGRAFIA DO AUTOR

O 3 Sargento QPMP 0 Paulo Srgio Nascimento Farias, 39, natural de Belm. Estado do Par, acadmico do curso de Educao Fsica, tendo sido includo no estado efetivo da Corporao em 01 de Janeiro de 1995, freqentando o Curso de Formao de Cabos em 2001, logo aps em 2002 freqentou o Curso de Formao de Sargentos, lotado desde sua incluso na PMPA em 01 Jan de 1995 no Centro de Formao e Aperfeioamento de Praas CFAP. Diplomado em diversos cursos como: Tiro, Abordagem, Defesa Pessoal e

Imobilizaes, dedicando-se aps e durante suas formaes exclusivamente na sua capacitao e atualizao na atividade meio para melhor colaborar com o CFAP na formao dos Policiais Militares. Possui nvel de graduao em Jud, Hapkid, Jiu-Jtsu, Aikid, Faixa preta de Karat 4 DAN. Na Corporao um dos precursores da modernizao e da permanente atualizao da Matria Defesa Pessoal Policial, com experincia nos cursos de formao de Soldados, de Cabos, de Sargentos, do CAS (Aperfeioamento de Sargentos) e dos Alunos Oficiais. tambm um grande incentivador pela preparao tcnica e ttica de nossos policiais com relao ao uso do basto policial tipo II (Tonfa). No Estado do Cear ministrou cursos e especializou diversos policiais militares no manuseio de basto Tonfa durante o 1 curso de multiplicadores em defesa pessoal com o uso da Tonfa, com recursos da SENASP e sob a coordenao da Secretaria de Segurana Publica e Defesa Social do Estado do Cear. tambm o idealizador e o coordenador do Projeto AMOR (Artes Marciais Operando Resultados), desenvolvido com crianas, adolescentes e adultos da Ilha de Caratateua (Outeiro), que trs para as dependncias de uma Unidade Militar, pessoas comuns da comunidade como um todo e por meio do ensinamento das Artes Milenares Japonesas (Karate) promove a incluso social dos mesmos.