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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS UNASUS MARISOL AVILA RODRIGUEZ ESTRATÊGIAS NA ATENÇÃO PRIMARIA DE SAÚDE PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA NOS DIABÉTICOS IGREJINHA/RS 2018

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Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO … A… · dependente).No Diabetes M tipo 2, o início é insidioso e muitas vezes a pessoa não apresenta sintomas. Segundo

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE

PORTO ALEGRE

UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS – UNASUS

MARISOL AVILA RODRIGUEZ

ESTRATÊGIAS NA ATENÇÃO PRIMARIA DE SAÚDE PARA

MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA NOS DIABÉTICOS

IGREJINHA/RS

2018

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO … A… · dependente).No Diabetes M tipo 2, o início é insidioso e muitas vezes a pessoa não apresenta sintomas. Segundo

MARISOL AVILA RODRIGUEZ

ESTRATÊGIAS NA ATENÇÃO PRIMARIA DE SAÚDE PARA MELHORAR A

QUALIDADE DE VIDA NOS DIABÉTICOS

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Universidade

Federal de Ciências da Saúde de

Porto Alegre como requisito parcial

para conclusão do curso e

obtenção do título de Especialista

em Atenção Básica em Saúde da

Família.

Orientador: Prof. Bruno Brunelli

IGREJINHA/RS

2018

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DEDICATÓRIA

A minha avó que fica no céu e a minha mãe pelo esforço e a dedicação

com amor que fizeram para contribuir com a minha profissão.

A minha filha querida pelo grande amor, compreensão e respeito que sente

por mim e por todas as coisas que faço

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO … A… · dependente).No Diabetes M tipo 2, o início é insidioso e muitas vezes a pessoa não apresenta sintomas. Segundo

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a DEUS, por me dar a força para continuar nesta longe

estrada.

Aos meus tutores que fizeram possível para chegar até o final do curso da

especialização, me oferecendo toda a ajuda e orientação incondicionalmente.

A minha equipe de saúde pela ajuda no meu trabalho dia a dia.

Aos meus colegas cubanos e brasileiros.

A todos os profissionais da saúde que fazem seu trabalho com amor e

dedicação.

A todos: MUITO OBRIGADA

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SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO......................................................................................6

2-ESTUDO DO CASO CLÍNICO..............................................................8

3-PROMOÇÃO DE SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇÃS.................16

4-VISITA DOMICILIAR............................................................................20

5-REFLEXÃO CONCLUSIVA..................................................................24

6-REFERÊNCIAS....................................................................................27

7-ANEXO.................................................................................................29

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6

INTRODUÇÃO

A Medicina Familiar é uma especialidade muito importante mundialmente,

desenvolvida em muitos países do primeiro mundo, dedicada à promoção e

prevenção da saúde das comunidades e das famílias, sendo o Brasil um dos países

de maior experiência neste campo e têm como objetivo principal determinar fatores

de risco e doenças que afeitam aos indivíduos e traçar estratégias e ações de saúde

que ajudam a contribuir a melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Eu sou médica, de nacionalidade cubana, graduada com título de medicina no

ano 1994, com 23 anos de experiência profissional. Cursei meus estudos na

faculdade de medicina “Instituto Superior de Ciências Médicas Dr. Carlos J Finlay“

na província Camaguey. Aos 3 anos de graduada como médica comecei a

residência na especialidade de Medicina Gral Integral culminando meus estudos no

ano 1999 e desde então trabalho em Atenção Primaria de Saúde, gosto muito do

trabalho que faço e de minha especialidade.

Em Agosto do ano 2016 aderi ao Programa Mais Médico para O Brasil

(PMMB) e em Setembro comecei a trabalhar como médica em ESF no município

Igrejinha, Rio Grande do Sul. Atualmente Igrejinha é um dos mais importantes

municípios do estado RS pela repercussão que têm desde o ponto de vista sócio

econômico, já que é um território com grande desenvolvimento. O município

Igrejinha têm uma população de 34.341 habitantes, a população cresce cerca de

0.38% por ano, o porcentual de pessoas com mais de 60 anos é 3,3 % o que

corresponde a 1134 pessoas. A esperança de vida ao nascer é de 70 anos para

homens e de 75 anos para mulheres. A mortalidade por idade ocorre na faixa etária

de 60 a 75 anos de idade.

Em quanto a escolaridade 3.48% de pessoas são analfabetas e a maioria das

pessoas tem ensino fundamental médio. A economia está baseada na indústria do

calçado, no comércio e os serviços e apresenta um 5.7 % de desemprego.

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O município tem o Conselho Municipal de Saúde (CMS) instituído em 1993. A

estrutura de saúde está bem organizada e conta com 19 unidades sanitárias e um

centro hospitalares (Hospital Bom Pastor)

Eu trabalho na UBS Acácias, situada no município, no bairro Figueira, atuo

numa grande área de abrangência com uma população total de 3442 usuários, deles

2520 maiores de 15 anos de idade. A maioria da população está composta por

pessoas de origem alemãs, com um nível de escolaridade de ensino fundamental

médio incompleto.

Em minha área de trabalho existem muitas estruturas comunitárias que

servem de apoio para o trabalho da equipe de saúde na comunidade, temos por

exemplo 1 CAPS, 1 Conselho Tutelar, além disso a comunidade têm muitas outras

estruturas como são 2 escolas 1 estadual e 1 municipal, 1 creche, 2 padarias, 5

minimercados, 1 depósito de gás, 2 fábricas de calçados,1 fábrica de sorvete, 1

fábrica de camisetas, 3 igrejas, 1 escritório de contabilidade. A coleta do lixo é diária

e por isso contamos com uma área limpa.

O projeto de intervenção que eu desenvolvi é sobre a estratégia para

melhorar a qualidade de vida da população com Diabetes Mellitus na UBS onde eu

trabalho, já que observei que a maioria dos problemas de saúde e das consultas dia

a dia tratava-se de pacientes diabéticos descompensados com outras patologias

associadas como hipertensão arterial, dislipidemias, neuropatias e transtornos

circulatórios. Em minha área de abrangência existe uma grande quantidade de

usuários diabéticos, até agora 117 estão cadastrados representando uma taxa de

prevalência de 4.6 % segundo SIAB. Quando comecei a trabalhar na minha UBS

observei que muitas destas pessoas não tenham uma correta avaliação e

acompanhamento e outras não tenham adesão ao tratamento, além de apresentar

muitos fatores de risco como obesidade, hiperlipidêmica mista, tabagismo e hábitos

alimentares não adequados, então ache que era muito importante realizar um estudo

na minha área de abrangência para identificar os elementos que interferem no

tratamento e adesão dos diabéticos, avaliar os fatores de risco e a repercussão

sobre os pacientes, além elaborar ações e estratégias de saúde para melhorar a

qualidade de vida deles, diminuir a morbilidade, a mortalidade e complicações nos

portadores da doença na comunidade onde atuo.

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ESTUDO DE CASO CLÍNICO

Paciente E. S. U, feminina, de 39 anos de idade, raça branca, estado civil

casada. Com escolaridade ensino fundamental médio, que mora no bairro Acácias,

com seu marido de 40 anos de idade e seu filho de 14 anos de idade, trabalha na

fábrica de calçado “Picaddilly”, com histórico familiar de mãe com Diabetes mellitus e

pai com antecedentes de Hipertensão arterial (HAS) e antecedente pessoal de HAS

e Obesidade associada. Faz tratamento de uso contínuo com Enalapril10mg 01 CP

de 12h/12h e Hidroclorotiazida 25 mg 01 cp. ao dia de manhã. Nega histórico de

tabagismo e alcoolismo.

O dia 06/02/17 a paciente vem à consulta apresentando vários sintomas e

queixando-se de dor de cabeça moderado com muita dificuldade visual (diminuição

da acuidade visual), ardência ao urinar, aumento excessivo da sede e do apetite,

mas diz que teve perda do peso corporal. Além refere que na noite tem que ir muitas

vezes ao banheiro para urinar e quase não consegue dormir bem, também refere

que fica muito ansiosa e que tem coceira vaginal e corrimento da cor branco sem

cheiro forte. Ela diz que não faz um checape desde Janeiro do ano passado

A paciente passa por triagem e mostra:

P.A: 130/80 MMHG

Peso: 103 kg

Estatura: 160 cm

IMC: 40.23

Primeiramente realizamos um adequado e minucioso interrogatório

procurando precisar APF, APP, sintomas e tempo de evolução dos mesmos e

tratamentos prévios para as doenças que sofre.

Logo do interrogatório fizemos um exame físico minucioso buscando

alterações e sinais que orientem a um diagnóstico.

Ao exame físico:

Mucosas: hidratadas e de cor normal.

T.C. S: apresenta edemas em ambos membros inferiores +

Pulsos periféricos presentes e normais.

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A.R: B/V normal, não ausculta de estertores F.R 18 rpm

A.V. C: Batimentos normais, não ausculta de sopros, F.C 86 bpm. Enchimento

capilar normal.

S.N. C: sem alterações.

Analisando todos os sintomas e antecedentes que apresenta a paciente

acham que ela é portadora da doença crônica de Diabetes Mellitus. Por ter suspeita

ou Hipótese Diagnóstica de diabetes mellitus faço solicitação de alguns exames

laboratoriais importantes para a confirmação do diagnóstico

Glicemia jejum

E.A. S

Urocultura

Hemograma Completo

Creatinina

Ácido úrico

Uréia

Colesterol total

Colesterol HDL

Colesterol LDL

Triglicerídeos

Exame da secreção vaginal

Teste de HIV

Teste de VDRL

HBSAG

Eletrocardiograma

US de Aparelho Urinário

Oriento à paciente deve começar a mudar estilos de vida mais saudáveis

começar a cuidar da sua alimentação comendo baixo em sal, evitando gorduras,

farinhas e carboidratos, evitar consumir refrigerantes e comer mais saladas, vegetais

frutas. Oferecemos indicações que deve fazer o dia antes de realizar a coleta da

mostra do sangre para os exames (comer com baixo conteúdo de açúcar e ficar em

jejum entre 8 e 12 horas antes da coleta do sangue com a finalidade de não ter erro

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nos resultados dos exames, fundamentalmente de glicose. Oriento retorno à

consulta para avaliar resultados dos exames aproximadamente em 15 dias.

Logo o dia 23/02/17 retorna a paciente com os resultados dos exames

mostrando

à triagem:

P.A: 120/80MMHG

Peso: 102 kg

Estatura: 160 cm

IMC: 40.0

Glicemia em jejum 252 mg/Dl

E.A. S: Glicosuria +++

Urocultura: Ausência de germens

Exame da secreção vaginal: Presença de Cândida Albicans

Uréia: 19 mg/dL

Colesterol total:187 mg/dL

Colesterol HDL 52 mg/dL

Colesterol LDL 132mg/Dl

Triglicerídeos 112 mg/dL

Creatinina 0.82 mg/dL

Ácido úrico: 3.8 mg/dL

Taxa filtração Glomerular: 92 ml/min. (estágio Grau I )

VDRL: Não reagente

Teste de HIV: Não reagente

Hbsag: Não reagente

Hemograma Completo:

Leucócitos totais 7.350 /ml

Segmentados 51.00 %

Linfócitos 47.00 %

Hb 136 g/dL

Hemácias 4.52

Hematócrito 0.44

Plaquetas 225.000/mm3

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Eletrocardiograma: Dentro da normalidade

US de Aparelho Urinário: não alterações aos US de vias urinárias

Tendo em conta de que a glicemia em jejum encontra-se alterada (alta),

solicito fazer Hemoglobina Glicada (HBA1C).

Indico tratamento para a infecção vaginal com Nistatina creme 01 aplicação na noite

antes de deitar (intra vaginal) por 14 dias e Fluconazol150 MG 01 CP em dose

única. Oriento repetir exame da secreção vaginal após tratamento médico e Ofereço

orientações sobre a importância de profilaxia da infecção vaginal e DTS diante o uso

de preservativo. Pergunto à paciente se já está fazendo a dieta indicada e cuidando

da sua alimentação. Ela refere que é muito difícil e não consegue controlar o apetite

porque tem muita ansiedade.

-Encaminho caso para Nutricionista e Psiquiatra.

-Indico tratamento com Composto Vegetal Calmante 01 cp 2 vezes ao dia e

Fluoxetina 20 mg 01 cp ao dia (de manhã).

-Agendo retorno a consulta para dentro de 18 dias.

A paciente retorna a consulta o dia 13/03/17, na triagem apresenta:

P.A: 110/70 MMHG

Peso: 100 kg

Estatura: 160 cm

IMC: 39.0

Ao exame físico:

Mucosas: hidratadas e de cor normal

T.C. S: Não edemas

Membros inferiores: apresenta varizes , não apresenta lesões nos pés

A.R: B/V normal, não ausculta de estertores FR 18 rpm

A.C. V: B/C normais, não sopros, F.C 84 bpm

Mostra resultados dos exames com data 08/03/2017

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Glicemia em jejum 202 mg/dL

Hb A1C: 9%

Exame da secreção vaginal: não presença de germens

Confirmamos o diagnóstico de Diabetes mellitus tipo 2 (não insulina

dependente).No Diabetes M tipo 2, o início é insidioso e muitas vezes a pessoa não

apresenta sintomas. Segundo o preconizado pelo Caderno Atenção Básico Nº 36

(2014) não infrequentemente, a suspeita da doença é feita pela presença de uma

complicação tardia como proteinuria, retinopatia, neuropatia periférica e infecções

frequentes. Segundo Torquato (2003), quando não existe urgência é preferível

solicitar uma glicemia de jejum medida no plasma por laboratório. Pessoas que

apresentam glicemia de jejum alterada entre 110 mg/dl – 125 mg/dl, por apresentar

alta probabilidade de ter diabetes e podem requerer segunda avaliação por TTG-75

g.

No CAB de Diabetes (2014) refere que a hemoglobina glicada (Hba1C), indica

o porcentual de hemoglobina que se encontra ligada à glicose. Como ele reflete os

níveis médios de glicemia ocorridos nos últimos três meses e é recomendado que

seja utilizado como um exame de acompanhamento e de estratificação do controle

metabólico. Apresenta a ventagem de não necessitar de períodos em jejum para sua

realização.

Existem valores preconizados para o diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 2

quando uma glicemia em jejum > ou igual a 126 mg/dl, o TTG duas horas após 75 g

de glicose > ou igual 200 mg/dl, uma glicemia casual em 200 mg/dl com sintomas

clássicos ou uma HbA1C >6.5 %.Após a confirmação do diagnóstico de D.M tipo 2

na paciente orientou à mesma as características e complicações da doença.

Importância da alimentação que deve ter, e adesão ao tratamento para evitar

descompensação. Oriento deve continuar em acompanhamento com nutricionista e

psiquiatra.

A paciente refere também que continua com dificuldade e perda da visão,

então encaminhamos o caso para oftalmologista com a finalidade de realização de

fundos copia, já que na minha UBS não contamos com oftalmoscópio, além que a

paciente precisa avaliação pelo oftalmologista para descartar retinopatia diabética ou

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catarata. Segundo os critérios que existem para o tratamento em pacientes

diabéticos este deve ser indicado quando os valores glicêmicos em jejum sejam e/ou

pós-prandial estão acima de 200 mg/dl e inferior a 300mg/dl, na ausência de

sintomas ou sinais de agravamento de doença ou complicações e danos a órgãos

diana.

Coloco tratamento com Metformina 500mg 01 cp. após jejum, e após a janta e

oriento à paciente deve continuar com as mudanças no estilo de vida para tentar

para baixar peso corporal porque ainda está obesa. Refere que o nutricionista indica

uma dieta adequada, evitando gorduras, frituras, farinhas, e carboidrato em excesso,

pouco sal e evitando refrigerantes, e que está baixando de peso.

Explico a importância de controlar e evitar estresse, já que este ajuda a elevar

níveis de glicose no sangue.

Indico retorno em 15 dias

A paciente vem novamente à consulta 28/03/17, mostrando dados na triagem:

P.A: 120/70 MMHG

Peso: 97 kg

Estatura: 160 cm

IMC: 37.89

Glicemia: 205mg/dl

Ainda refere não sentir-se bem, continua apresentando poliúria, polifagia,

sede excessiva e formigamentos nas pernas. Pelos sintomas que apresenta a

paciente acho que ainda não está compensada apresentando níveis de glicose alto

e tem uma Neuropatia diabética (caracterizada por câimbras, parestesia e dor nos

membros inferiores). Então decido associar ao tratamento com Metformina 500mg

uma Sulfonilureia neste caso Glibenclamida 5 mg 01 cp. antes de café, 01 CP antes

do almoço e 01 cp. antes da janta. Indico também vitamino terapia (Centrum 01 CP

ao dia, Composto Vegetal antivarizes 01 cp. 2 vezes ao dia e oriento fazer controle

glicêmico (C.G) em jejum durante uma semana e retornar a consulta médica,

agendando o retorno.

A paciente retorna para ser avaliado o dia 09/04/17.

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P.A: 120/80 MMHG

Peso: 95 kg

Estatura: 160 cm

IMC: 37.0

Controle Glicêmico:

31/03/17: 197 mg/dl

03/04/17: 182 mg/dl

05/04/17: 167 mg/dl

07/04/17: 135 mg/dl

09/04/17: 106 mg/dl

Refere hoje sentir-se bem, já que não tem formigamento nas pernas,

apresenta menos apetite e fica muito feliz pela perda do peso progressiva que

apresenta. Refere já foi avaliada por Psiquiatria e mantém acompanhamento, mas já

não tem muita ansiedade. Oriento deve continuar com as mudanças no estilo de

vida mais saudável, fazendo exercícios físicos sistematicamente e cuidando a

alimentação. Realizo várias recomendações e indicações como:

-Deve continuar com a medicação de maneira contínua. -Oriento deve realizar HGT

em jejum diariamente em jejum para ter um melhor controle metabólico.

-Oriento deve manter o acompanhamento com Psiquiatria até que a especialista

decida dar alta.

-Indico deve agendar consulta com a dentista para checape odontológico

-Oriento sobre o cuidado dos pés e a pele.

-Indico realizar Citopatológico do Colo de Útero, já que eliminou a infecção vaginal

-Atualização de esquema de vacinação (TT, Antigripal e Hepatite B).

Oriento a importância do uso do preservativo para evitar a infecção vaginal e ITS.

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-Indico Mamografia e falo sobre a importância do autoexame de mamas para

detecção de câncer precocemente.

-Indico manter tratamento de Vitamino terapia.

Por último orientamos a realização dos exames de controle em 3 meses,

retornando a consulta com os resultando para reavaliação e explicamos a grande

importância de adesão ao tratamento como única forma de evitar descompensação

e complicações da doença. O paciente logo conseguir ou atingir resultados de

glicemia em jejum entre 70-130 MG/dl, HBA1C <7% e metabolicamente está

compensada, enquanto agendamos consulta para dentro de 3 meses, como está

estabelecido no protocolo de acompanhamento ao paciente diabético. Segundo a

Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) em pacientes com diabetes mellitus

existem fatores de riscos agravantes que podem desenvolver doenças

cardiovasculares, que se estratificados de maneira individual em cada paciente.

Aos 15 dias realizo visita domiciliar à família com a finalidade de avaliar

novamente à paciente, avaliar a situação econômico-social e fazer o genograma

completo da família.

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3 PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS

A Promoção de Saúde e Educação em Saúde são objetivos fundamentais

na Atenção Básica de Saúde ou Nível Primário de Saúde. A medicina atual e a

prevenção de incidência e prevalência de doenças agudas, crônicas, transmissíveis

e não transmissíveis. (ISLAS ANDRADE et al 2013)

A OMS e OPAS consideram que a maior estratégia no desempenho do

exercício da Medicina Familiar é a prevenção, promoção e educação em saúde. A

Educação em Saúde constitui uma das ferramentas fundamentais de atenção em

saúde que garante o controle de doenças, com o objetivo principal da compreensão

da origem e desenvolvimento dos agravos à saúde e o autocuidado, sempre

garantindo a intervenção sobre as determinantes sociais do processo saúde doença.

(BRASIL, 2013).

Atendendo ao anteriormente exposto, na minha UBS, a equipe de trabalho

procura seguir as atividades de promoção e educação em saúde de maneira

contínua e bem organizada. Passou-se um ano que comecei a trabalham a UBS

“Acácias” do município Igrejinha. A comunidade onde atuo tem uma complexa e

grande população, dentro de todas as características que apresenta, e do elevado

número de indivíduos com doenças crônicas, como:

-Diabetes mellitus, hipertensão arterial, dislipidemia, doenças cardiovasculares entre

outras, associado a fatores de risco. Por tanto, com a equipe elaboramos ações de

promoção e prevenção de saúde, com objetivo de aumentar a educação em saúde e

os níveis de prevenção de doenças.

Quando iniciei o trabalho na comunidade existiam dificuldades como:

-Inadequado controle e acompanhamento dos pacientes portadores de doenças

crônicas não transmissíveis (diabetes mellitus, HAS e dislipidemia). Também existia

um sub registro de paciente portador de doenças crônicas e fatores de risco como

tabagismo, alcoolismo e outros.

Em reunião de equipe decidimos organizar um trabalho delegando a cada

membro da equipe a busca ativa e a responsabilidade pelos usuários de suas micro

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áreas identificando os fatores de risco e vulnerabilidade que estavam presente

neles. Na equipe organizou-se o trabalho dando a cada membro uma

responsabilidade, já que somente teríamos resultados positivos se a equipe

trabalhava em conjunto. As ACS começaram a fazer um registro da população,

pesquisando os pacientes portadores de doenças crônicas, uma vez registradas

realizava-se o preenchimento das fichas individuais de controle e foram agendados

para consulta de avaliação e acompanhamento.

Uma vez já avaliados em consulta identifiquei fatores de risco, doenças

crônicas associadas, histórico familiar, aspectos psicossociais, doenças e

transtornos psicológicos e da personalidade, uso de psicofármacos,

benzodiazepínicos e outras drogas, medicação de uso contínuo, adoção união ao

tratamento para a doença crônica, a não realização de procedimentos como forma

de prevenção e identificação precoce dos sinais do câncer do colo do útero, mama e

próstata e outros elementos úteis para levar um adequado acompanhamento do

paciente. Eu posso acreditar que isso foi muito importante para realizar o trabalho de

promoção de saúde na minha área de abrangência.

Em cada consulta avaliamos ao paciente de maneira integral, ou seja, desde

o ponto de vista psicossocial, analisando muitos aspectos que incidem na saúde do

individuo.

A maioria dos pacientes diabéticos e hipertensos, por exemplo, não tenham

um adequado controle da sua enfermidade, não apresentavam boa adesão ao

tratamento, a maioria encontrava-se sem avaliação nenhuma do dentista, poucas

mulheres tenham feito o exame citológico do colo do útero e a mamografia e muitos

homens não realizavam-se o PSA, como rastreamento preventivo contra o câncer.

Além disso, também muitos pacientes deles, ficavam obesos ou com sobre

peso corporal e ainda não tenham avaliação pelo nutricionista. O que fez com que

eu em cada consulta ou avaliação realizara recomendações aos pacientes sobre a

alimentação e nutrição que eles deviam ter e se necessário fiz encaminhamento

para o nutricionista. Outro aspecto no qual a equipe teve que trabalhar foi em tentar

incorporar a maioria dos pacientes diabéticos, hipertensos, fumantes, e outros aos

diferentes grupos criados para oferecer acompanhamento, orientação através de

palestras e diferentes atividades com a finalidade de lograr mudanças e novos

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hábitos e estilo de vida, aumentar o conhecimento dos pacientes das suas doenças,

criar consciência da responsabilidade que tem o individuo no cuidado da sua própria

saúde e seu bem-estar. Na atualidade contamos com um grande número de

diabéticos, hipertensos, obesos e fumantes incorporados aos grupos, além da boa

adesão ao tratamento que devem fazer, com mudança no estilo de vida, mostrando

assim um adequado controle da sua glicose, pressão arterial, valor de lípidos no

sangue e peso corporal entre outros aspectos como o acompanhamento correto das

suas doenças pelo clínico geral.

Cada semana a equipe oferece diferentes atividades ao grupo dos diabéticos,

hipertensos e fumantes logrando a prevenção e surgimento de complicações e

surgimentos de outras doenças. Neste momento posso acreditar que a promoção de

saúde na minha experiência individual é a ferramenta principal para lograr que os

indivíduos tenham maior percepção do risco de ficar doente e a única maneira de

que a população seja educada em quanto à matéria de saúde e que os profissionais

e trabalhadores da saúde tenhamos bom resultados no trabalho cotidiano.

A Educação em Saúde é primordial e a abordagem da mesma tem vários

objetivos, eu acho que com o labor realizado pela minha equipe conseguimos que os

usuários compreendam a necessidade da importância que tem de evitaras doenças

e controlar os fatores de risco, além desde o ponto de vista da prevenção logramos

o comportamento saudável dos pacientes, logrando assim uma maior consciência

social de saúde e um desenvolvimento pessoal do indivíduo de forma sistematizada

com o propósito de fortalecer o saber popular e transformar a realidade aumentando

cada vez mais as ações sobre os determinantes do processo saúde doença.

O aspecto mais importante no tratamento das doenças crônicas, dentro delas

da diabetes e a hipertensão que são umas das mais frequentes são a prevenção e

promoção de saúde e as campanhas de informação e a educação do paciente são

imprescindíveis para evitar complicações (ISLAS ANDRADE, 2013)

A participação do médico familiar é a pedra angular na prevenção. (BRASIL,

2013)

A responsabilidade de educar ao paciente diabético e com outras doenças

crônicas não transmissíveis é do pessoal da saúde, seja o médico, enfermeira ou

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agente de saúde. O grupo ideal para o manejo do paciente diabético deve ser

multidisciplinar e entre outros deve ficar o médico familiar, o internista,

endocrinologista, cirurgião vascular, ortopedista, pedólogo, psicólogo e psiquiatra,

além de especialista em medicina física e reabilitação (BRASIL, 2013)

Segundo Rodriguez Morán (2009) No modelo de ativação, o propósito da

educação do paciente é acreditar-se de que as decisões que o paciente tome a

diário sejam baseadas na informação adequada. O conhecimento necessário para

tomar decisões informadas em relação com o cuidado diário da diabetes cai nas

duas dimensões globais, a primeira é o conhecimento da doença, este

conhecimento é proporcionado geralmente em programas completos de educação

para pacientes. A segunda de igual importância é referente às metas e habilidades

psicossociais. Devido a que muitas doenças crônicas e o tratamento afeitam as

áreas físicas, emocional e espiritual da vida do paciente. A educação e a atenção

médica devem abordar o impacto da doença na sua totalidade da vida do paciente,

pelo que é necessário aumentar o nível de prevenção e promoção de saúde de uma

maneira integral abarcando todas as esferas do individuo e da família.

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4 VISITA DOMICILIAR

Na Atenção Básica de Saúde a visita domiciliar constitui um importante

instrumento na realização da assistência médica, oferecida à família e o individuo

onde o principal cenário é o domicílio ou entorno onde moram e o objetivo

fundamental é a avaliação do paciente doente, acamado ou com acesso restrito, de

maneira integral, onde os integrantes da equipe de saúde fazem em conjunto ações

sistematizadas para viabilizar o cuidado da pessoa com o estado de saúde afeitado

e com dependência física ou emocional e a necessidade de ser avaliado de forma

individual ou em conjunto no âmbito familiar (PAIVA, 2006)

Na nossa comunidade, a equipe de trabalho onde atuo temos como objetivo

fundamental a educação, promoção e prevenção de saúde com a possibilidade de

conhecer a situação de saúde do paciente e das famílias com maior profundidade,

analisando todos os fatores sociais, econômicos e biológicos que incidem no estado

de saúde dos indivíduos. A visita domiciliar ajuda-nos a estabelecer um adequado e

estreito vínculo entre o individuo, a família e a equipe de trabalho, facilitando assim a

compreensão do que acontece e afeita o estado de saúde da pessoa e ajuda e

facilita o diagnóstico e a conduta ou ações a realizar frente ao problema.

Eu trabalho na UBS “Acácias”, onde realizamos todas as semanas visitas

domiciliares planejadas, aos pacientes que não tem condições físicas ou mentais

para vir até a unidade de saúde. Para isso contamos com a ajuda das ACS, que são

as que se comunicam com as pessoas que tem a necessidade de ser avaliadas pela

equipe no seu domicílio, logo a enfermagem agenda a visita domiciliar dando

prioridade aquelas pessoas com a maior necessidade do estado de saúde, risco ou

vulnerabilidade ou urgência no atendimento e avaliação pela equipe

fundamentalmente pelo médico. Outras vezes a família ou o próprio paciente notifica

o problema e faz a solicitação da visita domiciliar.

Para a realização das visitas domiciliares contamos com o apoio logístico do

carro da secretaria de saúde municipal, isso facilita que as visitas possam ser

realizadas até nos dias de chuva fazendo possível que todas as semanas a UBS

cumpram com o indicador e sejam avaliados os pacientes agendados cada semana

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sem que exista retraso na agenda planejada pela equipe, além de que permite que

seja possível avaliar pacientes que moram bem distantes (longe) do posto de saúde

sem dificuldade.

Em cada visita programada e realizada temos como objetivo fundamental

revisar o prontuário da família e do paciente a ser visitado, analisamos o problema

fundamental (a doença ou situação psicossocial ), que é motivo ou análise da visita.

Quando realizamos visita domiciliar ao paciente realizamos o exame físico e

procedimentos clínicos como por exemplo a toma dos sinais vitais como pressão

arterial, frequência respiratória, frequência cardíaca, realizamos HGT a pacientes

diabéticos para ter controle da sua doença e no caso de pacientes não diabéticos

serve para pesquisar ou determinar a probabilidade de sofrer a doença. Em casos

de pacientes com úlceras, escaras, ou algumas outras lesões a enfermagem realiza

curativo e outros procedimentos se necessário. Por um exemplo nesta última

semana realizamos visita a um paciente diabético com amputação recente do

membro inferior direito, onde foi feito curativo da ferida cirúrgica e tirados os pontos

(sutura). Também é realizada a troca de sonda vesical em caso de que o paciente

precise

A solicitação de exames após avaliação clínica do paciente se necessário,

então é feita, dentro dos exames encontram-se diversos estudos: exames

laboratoriais de urina, sangue (hematologia completa e química sanguínea),

eletrocardiograma, radiografias, ultrassonografias, e outros estudos imagenológicos.

Se fora preciso também realizar encaminhamento a outras especialidades ou níveis

de atenção são feitos de forma organizada, procurando seguir os protocolos de

encaminhamentos e o apoio de outras redes de saúde com a maior qualidade

possível na atenção ao paciente.

Em caso de doenças agudas e doenças transmissíveis sempre avaliamos

aspectos epidemiológicos que estão presentes e muitas vezes fazemos vigilância

epidemiológica como, por exemplo, agora temos uma vigilância estrita da

comunidade dado à apresentação de casos de dengue perto do município, o que

leva a aumentar os esforços e a vigilância na pesquisa de casos que apresentem

febre aguda o tenha suspeita da doença. Nesta situação temos apoio das ACS e

outras redes sociais, incluindo a família e a comunidade em gral.

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Na visita domiciliar também avaliamos o tratamento médico em caso de que o

paciente leve tratamento continuo por alguma doença crônica ou tratamento por

doença aguda ou que precise reabilitação física e motora por seqüela de um

acidente vascular cerebral (AVC) ou acidente de tráfico.

Muitas vezes avaliamos também resultados de exames feitos anteriormente à

visita domiciliar indicados pelo clínico gral ou por outros especialistas. Em caso de

ter que indicar novos exames ao paciente e ele não possa acessar ao laboratório

municipal ou hospital por ficar acamado, por exemplo, fazemos a coordenação com

o laboratório para que os exames sejam feito de forma ambulatorial no domicílio do

paciente, nesta situação temos muitos pacientes idosos, diabéticos, hipertensos com

sequelas e dificuldade sensorial mista.

É importante destacar que em cada visita orientamos ao cuidador como atuar

frente ao paciente, como deve ser o manejo e cuidado da pessoa doente ou com

necessidades especiais. Além de que em cada visita tentamos criar um bom vínculo

com o paciente e a família, por tanto sempre a equipe procura isto e para nós é um

dos principais objetivos.

No meu município e na minha UBS o trabalho está bem organizado, temos

todos os dados e informações necessárias dos pacientes nos prontuários e isso faz

possível um maior desenvolvimento nas atividades de visitas domiciliares e além das

atividades de promoção, prevenção de saúde integralmente. A maior parte dos

pacientes avaliados pela equipe, em visita domiciliar sofrem de doenças crônicas

como diabetes mellitus, hipertensão arterial e doenças vasculares com sequelas de

AVC e pessoas acamadas e com idade bem avançada maior de 75 anos com

patologias associadas. Na visita domiciliar temos a oportunidade de orientar

corretamente aos pacientes e a família sobre a importância de fazer corretamente o

tratamento médico logrando boa adesão, estimulamos aos a lograr mudanças de

estilo de vida mais saudáveis, orientamos também à família de como deve ser o

acompanhamento do paciente e informamos à família a responsabilidade que tem

do cuidado do paciente e que não somente é responsabilidade da equipe de saúde,

além de que em cada visita fiscalizamos se realmente a família ou o cuidador do

doente ou o próprio paciente realiza as orientações oferecidas pelo médico e outros

integrantes da equipe corretamente, já que é preciso oferecer suporte e orientação

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para o cuidador ou familiar do paciente visitado sobre como deve ser cuidado e

atendido o individuo doente. Minha equipe também claro este princípio com o qual

cumprimos à hora de realizar a labor domiciliar.

Também analisamos o genograma da família, o qual ajuda-nos a conhecer

mais profundamente as relações entre os membros da família, doenças que sofrem

problemas e crises que enfrentam que podem estar ou não relacionada com o

problema ou doença.

Em cada visita domiciliar minha equipe cumpre com o objetivo de resolver as

dificuldades, problemas e eliminar riscos e vulnerabilidade que afeitem o estado de

saúde do usuário. Muitas vezes o problema é resolvido com só uma visita, mas às

vezes é preciso reavaliar o caso, ou realizar internação domiciliar, acompanhamento

ou vigilância domiciliar em dependência do caso.

A nossa equipe consta de profissionais bem qualificados e capacitados para

fazer esta atividade e com grande conhecimento das características da população

(culturais, econômicas e sociais) e problemas de saúde que afeitam à mesma.

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5 REFLEXÃO CONCLUSIVA

A Medicina Familiar é uma especialidade muito importante no

desenvolvimento da prática médica e o curso de especialização foi muito

fundamental para o conhecimento das estratégias de trabalho e aprendizagem das

habilidades a ter em conta para desenvolver um melhor trabalho na Atenção

Primária de Saúde que nós como médicos da família realizamos.

Pessoalmente para mim foi muito importante o curso da especialização,

posso dizer que diante este tive maior desenvolvimento de meu trabalho na UBS

onde laboro. Acho que através das aulas e as diferentes atividades dos módulos

obtive um maior aproveitamento dos conteúdos, além da ajuda que pude obter para

aperfeiçoar meu trabalho e desenvolvimento das diferentes atividades a realizar na

APS como por exemplo atividades de consulta, visita domiciliar, atividades de

promoção da saúde com a comunidade.

Faz um ano que comecei a trabalhar na UBS Acácias e quando comecei

existiam muitas dificuldades em quanto a organização e desenvolvimento do

trabalho e com o cumprimento dos protocolos de atuação para o seguimento dos

usuários na USF, também existia dificuldade com as informações nos prontuários, já

que os médicos registravam de modo muito sucinto as informações e dados

importantes dos pacientes. Quando comecei a trabalhar na unidade fico

estabelecido que deva ser coletada a maior quantidade de informação e dados

possíveis do usuário, já que facilita mais o trabalho e oferece um maior e melhor

acesso a todas as informações sobre as doenças ou problemas de saúde que tem

cada paciente e assim colaborar com um melhor registro das atividades

desenvolvidas pela minha equipe de saúde. Com o curso foi possível apreender a

trabalhar com o prontuário. Através dele consegui aperfeiçoar a coleta de dados nas

consultas e o registro das informações atendendo ao modelo SOAP facilitando ter

uma melhor conduta para cada problema que apresente o usuário e garantir o

seguimento longitudinal do caso.

Neste curso logrei melhorar a organização do serviço na UBS, melhorando as

agendas de trabalho, as consultas programadas, planejamento de atividades com os

grupos de pacientes hipertensos, diabéticos, fumantes, gestantes, crianças,

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adolescentes, idosos, e outros e desta forma obter toda informação necessária para

a elaboração e desenvolvimento do projeto de intervenção e a realização do

portfólio.

Atendendo a saúde das crianças e as gestantes lograram um melhor

acompanhamento deles, identificando cada problema de saúde e fator de risco e

oferecendo soluções a cada problemática. Também logramos um maior número de

crianças com aleitamento materno e maior controle das gestantes, puérpera e das

mulheres com risco pré concepcional. Uma experiência muito boa que tivemos foi

lograr mudanças relacionadas com o acompanhamento dos pacientes com doenças

crônicas como Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, Cardiopatias e doenças

respiratórias, além de conseguir uma maior adesão ao tratamento médico pelos

pacientes.

Uma mudança muito positiva foi em relação ao registro dos atendimentos nos

livros dos agravos e a notificação de doenças melhorando a qualidade das

informações das mesmas que devem ser notificadas obrigatoriamente como HIV-

SIDA, sífilis, gonorréia, hepatite B e C, tuberculose, dengue entre outras.

Este curso facilitou a aprendizagem e conhecimentos de todos os

profissionais da saúde da minha equipe de trabalho para assim levar a cabo a

educação permanente em saúde aos pacientes, além de permitir uma série de

ações para desenvolver uma maior comunicação e relação entre a equipe e a

população, desenvolvimento de palestras e atividades de prevenção de saúde.

Em relação aos pacientes diabéticos, que foi o objetivo de estudo de meu

trabalho (TCC), logramos mudanças no estilo de vida, diminuir os fatores de risco e

maior adesão dos pacientes ao tratamento médico, ajudando assim a cumprir os

objetivos propostos no meu trabalho e facilitando a elaboração deste,

desenvolvendo as diferentes atividades e logrando uma maior aprendizagem do

manejo dos pacientes diabéticos no dia a dia na UBS.

Em quanto aos diferentes fatores de risco, foi possível lograr que a população

conhecera que os mesmos são causa direita do surgimento de doenças crônicas e

agravamento destas, muitas vezes levando ao paciente á morte ou limitações físicas

e seqüelas permanentes. Além foi muito importante ensinar à população que os

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fatores de riscos podem ser modificados e eliminados e para isso a equipe mostrou

como deve ser feito diante a promoção e educação em saúde.

O curso da especialização e a elaboração e desenvolvimento do projeto de

intervenção e o trabalho final me permitiu trocar experiências muito boas e

proveitosas com meus colegas e minha equipe de trabalho, refletir sobre as ações

de atuação mais importantes para garantir um melhor planejamento e organização

dos serviços e assim resolver os casos mais complexos que se apresentam,

promovendo mais benefícios aos usuários e aumentando a satisfação dos próprios

profissionais por realizar seu labor com maior qualidade procurando sempre uma

maior vigilância à saúde, realizando atividades programadas e de atenção á

demanda espontânea, acompanhar por meio de visitas domiciliar e consultas aos

pacientes e mostrar ás famílias e indivíduos sob sua responsabilidade sempre

mantendo a integração dos profissionais e a população.

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REFERÊNCIAS

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Riberirão Preto SP. V. 44, n.4, p1017-1023, 10 mar.2010. Disponível em:

http//www.scielo.br/pdf/reeusp/v44n4/23pdf. Acesso em 01 fev. 2010

CARVALHO; PEREIRA, G.L. Rev. 2012- Consórcio Brasileiro de Acreditação.

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www medilibros.com. 2013.

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GIL, ANTONIO CARLOS. Como elaborar projetos de pesquisa. 5ta ed. São Paulo.

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Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de

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[et.al.];organização José Edigio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio - São Paulo: A.C.

Farmacêutica, 2016.

PAIVA, D.C.P; BERSUSA, A.P.S e ESCUDER, M.M.L. Avaliação da assistência ao

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2006;22(2):377-385.

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Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica:

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Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 128

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE

UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS – UNASUS

MARISOL AVILA RODRIGUEZ

Estratégias para melhorar a qualidade de vida da população com Diabetes

Mellitus na UBS Acácia, no município de Igrejinha/RS

IGREJINHA/RS

2018

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RESUMO

Nos dias atuais as mudanças na alimentação e nos hábitos de vida têm sido uma

grande preocupação para a comunidade médica, pois se observou o aumento do

sedentarismo e alimentação inadequada, provocando o aparecimento e agravando

doenças como a diabetes mellitus. Este trabalho tem como objetivo elaborar um

plano de intervenção com vistas ao tratamento e prevenção do diabetes mellitus.

Para a construção deste trabalho, será utilizada inicialmente uma pesquisa

bibliográfica para subsidiar a elaboração do plano. O diabetes mellitus é uma

enfermidade muito séria que se não se diagnostica e trata corretamente acarreta

uma série de consequências como amputação, cegueira e cardiopatias. Além disso,

seu tratamento é complexo e exige muito cuidado e disciplina. Por esse motivo é

importante desenvolvermos um trabalho educativo buscando o controle e tratamento

do diabético. Com este trabalho pode-se observar que é importante à abordagem

educativa por meio de projetos e informações para os diabéticos e população em

geral. A melhoria do atendimento também contribui muito para a população diabética

atendida pela unidade em estudo, pois nas reuniões e nas atividades desenvolvidas

os usuários participam ativamente e os relatórios tem se mostrado melhores em

relação à saúde e no atendimento dos mesmos.

Palavras-chaves: Educação em Saúde; Autocuidado; Diabetes Mellitus.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................ .4

PROBLEMA..................................................................................................... ..6

JUSTIFICATIVA................................................................................................ 7

OBJETIVOS........................................................................................................8

Objetivos Gerais..................................................................................................8

Objetivos Específicos..........................................................................................8

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................... .9

METODOLOGIA.............................................................................................. 11

CRONOGRAMA.............................................................................................. 13

RECURSOS.......................................................................................................14

RESULTADOS

ESPERADOS.....................................................................................................15

REFERÊNCIAS..................................................................................................16.

APÊNDICE.........................................................................................................19

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INTRODUÇÃO

O Diabetes Mellitus é uma doença crônica, auto imune de etiologia

multifatorial devido a uma disfunção endócrina metabólica que resulta da destruição

das células beta do pâncreas e a sua vez provocando a falta de insulina ou

incapacidade da insulina exercer seus efeitos no organismo. (PAIVA, 2006).

O Diabetes Mellitus atualmente é considerado uma epidemia, segundo

estudos e dados epidemiológicos, estima-se que no mundo que existem

aproximadamente 200 milhões de pessoas com Diabetes Mellitus. (BRASIL, 2005).

A epidemia tem maior intensidade nos países em desenvolvimento, afetando

em grande proporção grupos etários mais jovens. Nos países desenvolvidos a

maioria dos diabéticos apresenta 65 anos de idade ou mais. (WILD, 2004).

Estudos estatísticos e epidemiológicos mostram que o número de indivíduos

diabéticos está aumentando devido ao crescimento e ao envelhecimento

populacional, maior urbanização e à crescente incidência e prevalência de

obesidade e sedentarismo, e ao desenvolvimento da indústria alimentícia e aos

inadequados hábitos de alimentação e nutrição das pessoas (OLIVEIRA, 2002).

A federação Internacional de Diabetes e a Organização Mundial da Saúde

(OMS) mostram dados estatísticos que para o ano de 2030 o número de indivíduos

diabéticos chegará a 440 milhões (BRASIL, 2006). Dados epidemiológicos mostram

que no Brasil as taxas de morbidade estão altas e as taxas de mortalidade por

Diabetes Mellitus apresentam acentuado aumento com o progredir da idade

(SZWARCWALD, 2006).

No Brasil estima-se que haja 12 milhões de diabéticos sendo um país com

elevada prevalência. A doença não somente afeta os indivíduos, também afeta a

economia e causam grandes custos, devido à morbimortalidade precoce que atinge

pessoas ainda em plena vida produtiva (PAIVA, 2006).

As consequências humanas, sociais e econômicas são devastadoras,

causando 5 milhões de mortes por ano, representando 9% da mortalidade no

mundo. Além disso, ocorre um grande impacto nos serviços de saúde como os

grandes custos do tratamento, internamento hospitalar, tratamento e reabilitação em

pacientes com complicações e sequelas. Este trabalho foi elaborado a partir do

trabalho cotidiano realizado em minha unidade de saúde e a motivação obtida por

minha experiência profissional como médica Clínica Geral e o acompanhamento e

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avaliação nas consultas com a população especificamente com usuários portadores

de Diabetes Mellitus. Estes, muito mal acompanhados, com dificuldade na adesão

de atitudes ao autocuidado, com pouco conhecimento de sua doença, inadequado

tratamento, com necessidades de mudanças de estilos de vida e com doenças

crônicas associadas.

É importante garantir que eles cumpram com a dieta, faça mudanças

alimentares, atividade física para obter resultados positivos, e lograr a

conscientização do autocuidado, de compreender a importância de calcular a

insulinoterapia e fazer tratamento adequado com a dose correta.

Para lograr que os objetivos sejam logrados são necessárias ações conjuntas

com a equipe de saúde (UBS) e o trabalho com a comunidade para que a

participação, a adesão em relação à prevenção e tratamento seja efetivada pelos

usuários diabéticos e portadores de outras doenças associadas. Com a educação

dos diabéticos, é possível conseguir diminuir as complicações, a mortalidade e

melhorar a qualidade de vida das pessoas com Diabetes Mellitus.

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PROBLEMA

Através da realização de nosso trabalho cotidiano observou a alta prevalência

de usuários diabéticos em nossa população na UBS Acácias, situada no município

de Igrejinha, Estado Rio Grande do Sul. Além disso, como os indivíduos portadores

de diabetes têm com frequência descompensação da sua doença, complicações

frequentes e muitas vezes graves, deficiências em órgãos alvos que precisam

acompanhamento pelo médico clínico gral e ser encaminhado a outras

especialidades e serviços médicos quando necessário.

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JUSTIFICATIVA

A Diabetes Mellitus é uma doença crônica muito frequente, que afeta muitas

pessoas no mundo e no Brasil. Além disso, deixa sequelas graves nos indivíduos.

Na atualidade a doença tem uma alta taxa de morbimortalidade.

Em nossa comunidade existe um elevado número de usuários diabéticos que

ainda não estão cadastrados e não fazem acompanhamento oportuno e tratamento

contínuo. Por este motivo é muito importante desenvolver um estudo encaminhado a

conhecer os principais fatores de risco desta doença para fomentar o autocuidado e

a educação dos usuários, promover modos e estilos de vida mais saudável e

diminuir as complicações dos diabéticos e assim lograr reduzir a morbimortalidade.

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OBJETIVOS

Objetivo Geral

Identificar os elementos ou aspectos que interferem no adequado tratamento

e adesão dos usuários diabéticos na UBS Acácia, no município de Igrejinha/RS.

Objetivos Específicos

1-Identificar o perfil dos usuários diabéticos cadastrados na UBS Acácia;

2-Elaborar ações de saúde e estratégias para diminuir a morbidade, a mortalidade e

as complicações da Diabetes Mellitus nos portadores dessa doença na comunidade

de Acácia.

3-Avaliar os fatores de riscos e a repercussão de doenças crônicas associadas à

Diabetes Mellitus nos usuários avaliados.

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REVISÃO DA LITERATURA

Este trabalho iniciou-se a partir da experiência profissional com os diabéticos

através da consulta na UBS Acácia no município de Igrejinha, onde observei que os

pacientes encontravam dificuldades na adesão de atitudes ao autocuidado no seu

cotidiano. Neste momento, percebeu-se a necessidade de mudanças no estilo de

vida, como perda de peso, mudanças alimentares, práticas de atividade física, além

de motivações individuais aos portadores de diabetes, na tentativa física, além de

motivações individuais aos portadores de diabetes, na tentativa de obter um

resultado satisfatório.

O autocuidado e a prática de atividade que o individuo inicia e executa em

seu próprio benefício, na manutenção da vida, da saúde e do bem-estar. Tem como

propósito as ações, que seguindo um modelo, contribui de maneira específica na

integridade, nas funções e no desenvolvimento humano. Esses propósitos são

expressos através de ações denominadas requisitos de cuidados (COSTA, 2006).

As mudanças são possíveis através da conscientização e implementação do

autocuidado, que é uma prática individualizada onde gera benefícios à vida do ser

humano e pode ser orientada pelo profissional da saúde com sua equipe de trabalho

(SZWARCWALD, 2006).

Atribui-se a problemática do baixo autocuidado dos diabéticos a alguns

fatores, como o desconhecimento sobre diabetes, a idade, o baixo poder aquisitivo

para adoção de uma dieta adequada e a baixa escolaridade para compreender

cálculos da insulinoterapia (THEME, 2005).Com a educação dos portadores de

diabetes, é possível conseguir reduções importantes das complicações e melhoria

da qualidade de vida, porque entendesse que a educação para a saúde, feita por

grupos especializados poderá ajudar aos profissionais de saúde, pessoas

portadoras de diabetes e famílias a atingirem a qualidade de vida, ao longo do

processo da doença. Como a educação para a saúde é uma tarefa que requer

conhecimentos, dedicação e persistência, e de responsabilidade de cada integrante

da equipe de saúde, como parte essencial do tratamento, constitui-se num direito e

num dever do paciente e dos profissionais responsáveis pela promoção da saúde.

Vale destacar também, que o sucesso de todas essas intuições depende do

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empenho do profissional de saúde, mas também, dos pacientes através do

autocuidado (ARAÚJO, 1999).

A educação para o autocuidado às pessoas com doenças crônicas de saúde,

deve promover condições para o desenvolvimento das habilidades, a fim de

responsabilizá-las por sua saúde e ajudá-las a apreender a conviver melhor com a

enfermidade, modificar o estilos de vida ou manter hábitos saudáveis, estimular a

autoconfiança para sentir-se melhor, independente da gravidade das enfermidades

(BAQUEDANO, 2010).

Na Ásia, por exemplo, no Japão, a pessoa após descobrir ser diabética fica

internada por 15 dias para apreender a se cuidar, sendo que na última semana

também estará com ela um familiar, mais próximo no convívio, de preferência para

conhecer também como lidar com o novo diabético (OLIVEIRA, 2002).

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METODOLOGIA

Este projeto de intervenção está encaminhado a estudar usuários portadores

de Diabetes Mellitus cadastrados na UBS Acácia. Com uma população total de

3.342 usuários, 2.520 são maiores de 15 anos de idade, deles 117estão cadastrados

como diabéticos e muitos outros pacientes têm alguns fatores de riscos a essa

doença.

O presente estudo trata-se dum estudo de intervenção de usuários atendidos

na UBS num período de 6 meses, a taxa de prevalência para Diabetes Mellitus é 4,6

segundo dados do SIAB, sendo considerada baixa comparada com a taxa nacional

no Brasil (7,6%), segundo estudos realizados

Outro fator importante para nossa escolha foi o fato de que nossas políticas

de intervenção sobre o Diabetes Mellitus acabariam por atuar também sobre a

obesidade, a dislipidemia, o tabagismo, a hipertensão arterial e o sedentarismo,

combatendo os fatores de risco cardiovasculares.

O estudo é possível com o apoio de todos os integrantes da equipe, e dados

oferecidos especialmente pelos agentes comunitários de saúde (ACS), enfermeira,

técnica de enfermagem e recepcionista. Também dados obtidos dos prontuários,

questionários e entrevistas realizadas aos usuários e dados coletados no SIAB. Em

dia previamente agendado, a cada mês será realizada consulta com profissional de

saúde do laboratório clínico municipal. Nessa consulta os usuários terão a glicemia

de jejum e hemoglobina glicada mensurada e anotada no cartão de controle e nas

pastas de agendamento dos grupos. Para os casos de alterações de glicemia, uma

consulta médica será realizada. Assim será possível conhecer as características

demográficas, epidemiológicas e prevalência de morbilidade da comunidade. Será

possível assim determinar o problema e a baixa taxa de controle, isso significa que

na população existem usuários diabéticos não diagnosticados onde esses

apresentam risco de complicações futuras, motivadas pelo descontrole da glicemia.

Diante dessa situação, foi proposta uma intervenção que alterasse o

seguimento dos diabéticos, baseada em estratégia de ações educativas e

terapêuticas, com o objetivo principal de melhorar os índices do nível sérico de

glicose sanguínea.

Com este trabalho espera-se prevenir complicações, esclarecer sobre os

fatores de risco da doença, alcançar maior adesão dos usuários ao tratamento,

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valorizar a mudanças de comportamento do diabético, estimulando o autocontrole.

Além de envolver familiares e comunidade no diagnóstico precoce no apoio ao

diabético e organizar o atendimento a esses usuários.

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CRONOGRAMA

Atividades Jan

2017

Fev

2017

Mar

2017

Abr

2017

Maio

2017

Jun

2017

Elaboração do projeto (plano de ação) X

Aprovação do projeto X

Revisão bibliográfica X X

Apresentação Para equipe X

Coleta de dados X X X

Discussão e análise dos resultados na

equipe de saúde

X

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RECURSOS NECESSÁRIOS

RECURSOS HUMANOS

-Equipe de saúde da família integrado por 1 médico, 1 enfermeira, 1 técnica de

enfermagem, 5 agentes comunitárias,1 dentista e 1 técnica de saúde bucal.

RECURSOS MATERIALES

-Prontuários dos usuários

-Computador

-Impressoras

- Folhas brancas

- Canetas

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RESULTADOS ESPERADOS

Neste estudo e com a implementação do projeto de intervenção apesar das

debilidades inicias de conhecimento encontradas na população, espera-se alcançar

um melhor conhecimento sobre a Diabetes Mellitus, os fatores de risco,

complicações e lograr conhecer os aspectos que interferem na adesão e tratamento

dos usuários cadastrados em nossa UBS. Também lograr identificar outras

patologias associadas aos pacientes diabéticos, estratégias de trabalho que façam

possível melhor educação dos usuários para o autocuidado, logrando a redução da

morbimortalidade por essa doença. Também reduzir as sequelas, garantir o

fortalecimento dos recursos e trabalhar com base nos fatores modificáveis

melhorando o modo e estilo de vida dos diabéticos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ATLAS, 2010

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APÊNDICE

Modelo de consentimento informado

_________________________________ Eu concordo em participar da pesquisa a

ser realizada na UBS Acácias, do município Igrejinha, do estado Rio Grande do Sul,

voluntariamente.

Assinatura da pessoa selecionada e data

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APÊNDICE

Entrevista

1-Nome: __________________________________________________

Idade:________ Sexo:_________ Etnia:_________

Nível de escolaridade: __________

Profissão:__________________________

2-Doenças associadas:(Marque com um “X” a resposta mais adequada).

-Hipertensão Arterial:______________

-Dislipidemias:______________

-Obesidade:________________

-Alcoolismo:________________

-Sedentarismo:______________

-Tabagismo:________________

3-Medicamentos usados:

-Comprimidos hipoglicemiantes:________________

-Insulina NPH:____________________

-Comprimido hipoglicemiante mais insulina:___________________________

-Não usa medicamentos:________________________________

4-Marque com um “X” a resposta mais adequada:

-Cumpre o tratamento recomendado pelo médico? Sim:_____ Não:_____

-Pratica atividades físicas? Sim:_____ Não:______

-Cumpre a dieta recomendado pelo médico? Sim:_____ Não:_____

-Fuma? Sim:_______ Não:_______

5-Comportamento do controle glicêmico do paciente:

-Janeiro dos 2017__________

-Junho dos 2017___________

6-Você considera que de acordo com as instruções recebidas, é necessário mudar

seus hábitos e estilos de vida e fazer adequadamente seu tratamento da Diabetes

Mellitus. Justifique sua resposta.

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