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Universidade Federal de Campina Grande – UFCG
Relatório Técnico – Projeto CISA
Estudante: John Elton de Brito Leite Cunha
Coordenador UFCG: Prof. Carlos de Oliveira Galvão
Coordenador geral do projeto: Prof. Jaime Joaquim Pereira Cabral
Janeiro de 2011
Apresentação
O presente relatório descreve as atividades realizadas pelo estudante da Pós-
Graduação em Engenharia Civil e Ambiental da UFCG, John Elton de Brito Leite Cunha, entre
01 de outubro de 2010 e 20 de dezembro de 2010 no Instituto Superior de Agronomia da
Universidade Técnica de Lisboa em Lisboa, Portugal.
Essas atividades fazem parte do desenvolvimento da dissertação de mestrado do aluno
supracitado, intitulada “Utilização da detecção remota para estimativa do balanço de
energia e evapotranspiração em regiões semiáridas” e tiveram o acompanhamento
acadêmico da Prof.ª Fernanda Maria dos Reis Torroaes Valente, professora do Instituto
Superior de Agronomia - ISA. O acompanhamento foi realizado através de reuniões semanais
realizadas para avaliar o planejamento das atividades e discussão dos resultados.
Esta ação está inserida no projeto intitulado “Cooperação Internacional do SemiÁrido
(CISA), na sua Meta 2 “Treinamento, capacitação e formação de recursos humanos na gestão
dos recursos hídricos de regiões semiáridas”, atividades 4 a 8 (“Cursos-estágios de curta
duração”)”.
O projeto CISA, financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (instrumento
contratual FINEP nº 01.07.0049.00), é coordenado pelo Prof. Jaime Joaquim Pereira Cabral,
do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco.
Sumário
1. Introdução ............................................................................................................................. 5
2. Breve fundamentação teórica sobre o algoritmo SEBAL ...................................................... 6
3. Atividades desenvolvidas ...................................................................................................... 9
3.1 Aplicação do algoritmo SEBAL ....................................................................................... 9
3.2 Experimento de campo ............................................................................................... 10
3.3 Reuniões para aquisição de equipamentos ................................................................ 12
3.4 Apresentação para os pesquisadores do ISA .............................................................. 13
3.5 Participação em eventos e visita técnica .................................................................... 13
4. Considerações finais ............................................................................................................ 14
5. Bibliográfia ........................................................................................................................... 14
Lista de figuras
Figura 1 – Áreas secas da região do Mediterrâneo (Isendahl & Schmidt, 2006). ................................... 5
Figura 2 – Fluxograma das etapas do algoritmo SEBAL, em (A) saldo de radiação e em (B) balanço de
energia. .................................................................................................................................................... 7
Figura 3 – Divisão política de Portugal (A) e localização da área de estudo (B). ..................................... 9
Figura 4 – Torre a ser desmontada ....................................................................................................... 11
Figura 5 – Prof.ª Fernanda Valente em (A) e John Cunha em (B) arrodeados por equipamento. ........ 11
Figura 6 – Olival em (A) e montagem da torre em (B). ......................................................................... 11
1.Introdução
Os bosques de carvalho evergreen representam 33% da área de florestas portuguesas.
Eles têm uma cobertura vegetal esparça, sobre o campo nativo (ou uma pastagem cultivada
de sequeiro), que recorretemente se desenvolve em um matagal. Eles estão localizados
principalmente em áreas do sul de Portugal e Espanha, com um clima mediterrâneo. Nessas
áreas, a demanda evaporativa é superior à precipitação anual e a estação seca (verão) tem a
duração de vários meses (Paço et al., 2009). Secas naturais são recorrentes e a severidade da
seca está aumentando e pode ser ainda agravado devido às alterações climáticas e a
ação humana (Isendahl & Schmidt, 2006).
Figura 1 – Áreas secas da região do Mediterrâneo (Isendahl & Schmidt, 2006).
Portanto, as respostas destes bosques de carvalho ao estresse hídrico é uma questão
importante. Além disso, a quantificação da evapotranspiração de referência destes
ecossistemas é critica para uma correta avaliação dos recursos hídricos locais.
Diversas pesquisas estão sendo desenvolvidas no Instituto Superior de Agronomia,
com o objetivo de determinar a evapotranspiração real destes ecossistemas (Paço et al.,
2009; Pereira et al., 2009, Pereira et al., 2009; David et al., 2007). Entre as técnicas utilizadas
podemos destacar covariância turbulenta (Eddy covariance) e fluxo de seiva (sap flow).
Apesar de estas técnicas representarem de forma satisfatória os processos
evapotranspirativos, o uso destes métodos em escala regional fica praticamente impossível
de ser efetivado. Uma alternativa é o uso de técnicas de sensoriamento remoto baseadas
em imagens de satélites.
Atualmente existem diversos sensores remotos com resoluções espaciais, temporais e
espectrais diferentes, que vem sendo utilizados para estimativa de componentes
agrometeorológicos (Allen et al., 2007 ; Courault et al., 2009 ; Giacomoni e Mendes, 2008;
Mecikalski et al., 1999).
O Surface Energy Balance Algorithm for Land (SEBAL) (Bastiaanssen, 1998), é um dos
diversos algoritmos utilizados para extrair informações de sensores orbitais. Através deste
algoritmo, é possível estimar evapotranspiração real (ETr). O SEBAL é um algoritmo de base
física e para sua utilização são necessárias imagens com informações de reflectância no
visível, infravermelho próximo, bandas do infravermelho médio, emissividade, assim como
da faixa do infravermelho termal. Devido à influência das variações topográficas sobre os
componentes do balanço de energia, faz-se preciso também um modelo de elevação digital
(DEM) com a mesma resolução espacial das imagens de satélite (Hong et al., 2009). Para o
algoritmo, são ainda utilizados dados de estação meteorológica presentes na área de
estudo.
As atividades desenvolvidas no intercâmbio tiveram como objetivo avaliar os produtos
obtidos pelas técnicas de processamento digital de imagens, com a finalidade de obtenção
dos componentes do balanço de energia e evapotranspiração real. Para a avaliação utilizou-
se os dados disponíveis das pesquisas desenvolvidas no Instituto Superior de Agronomia.
2. Breve fundamentação teórica sobre o algoritmo SEBAL
As técnicas de sensoriamento remoto têm gerado resultados satisfatórios no âmbito
dos recursos naturais e gerenciamento dos recursos hídricos (Bastiaanssen et al., 1998). A
quantificação das perdas de água para a atmosfera de superfícies cultivadas é muito valiosa
no planejamento de atividades agrícolas e no gerenciamento dos recursos hídricos de uma
bacia hidrográfica (Silva & Bezerra, 2006). Dentre as parcelas que compõem o ciclo
hidrológico, a evapotranspiração (ET) é uma das que apresenta maior incerteza (Giacomoni
& Mendes, 2008).
A partir de imagens de sensores orbitais e dados de estações meteorológicas situadas
na área de estudo é possível calcular o balanço de energia e a evapotranspiração real de
cada pixel da imagem. Para este algoritmo são necessários alguns procedimentos
computacionais de processamento digital de imagens, pois todas as operações são
realizadas “pixel a pixel” nas diferentes bandas espectrais das imagens de satélite
selecionadas. O fluxograma da Figura 2A mostra as etapas metodológicas para utilização do
algoritmo SEBAL para obtenção do saldo de radiação. As etapas de obtenção do saldo de
radiação estão descritas em Silva et al. (2005) e Di Pace et al. (2008). A equação clássica do
balanço de energia à superfície, segundo Bastiaanseen (2000) é dada por:
GHLER n ++λ= (1)
Em que, Rn é o saldo de radiação, λLE a densidade do fluxo de calor latente, H a
densidade de fluxo de calor sensível e G a densidade de fluxo de calor no solo, todos em
(W/m2).O fluxo de calor do solo (G) depende das condições de cobertura do solo. No SEBAL,
o cálculo do mesmo é determinado em função do NDVI, temperatura da superfície, albedo e
Rn.
A. B.
Figura 2 – Fluxograma das etapas do algoritmo SEBAL, em (A) saldo de radiação e em (B) balanço de energia.
A transferência de energia para camadas atmosféricas (H) foi estimada com base na
velocidade do vento e temperatura da superfície usando uma calibração interna da
diferença da temperatura próxima à superfície entre dois níveis da superfície segundo
Bastiaanssen et al. (1998):
( )ah
sp r
bTaρcH
+= (2)
Onde: ρ é a densidade do ar (1,15 kgm-3), cp é o calor específico do ar (1004 Jkg
- 1K
-1), a
e b são constantes de calibração da diferença de temperatura, Ts é a temperatura da
superfície (°C) e rah é a resistência aerodinâmica ao transporte de calor (sm-1). É possível
encontrar de forma detalhada os procedimentos metodológicos nos trabalhos de
Bastiaanssen et al. (1998) e Bastiaanssen (2000).
O equacionamento para a determinação do balanço de energia obtido a partir do
algoritmo SEBAL é apresentado na Figura 2B. Este é iniciado com dados de uma estação
meteorológica no interior da cena estudada, quais sejam: a velocidade do vento (ms-1) no
nível de 2 metros e a altura média da vegetação (m) circundante no local da medição da
velocidade do vento. Estes dados devem ser coletados para o dia da passagem do satélite
pelo local e o horário das cenas em estudo.
O fluxo de calor latente λLE (W/m2) corresponde ao fluxo de massa (água sob a forma
de vapor) que deixa a superfície, através dos processos evaporação somados ao de
transpiração vegetal, sua determinação é obtida como resíduo da equação do Balanço de
Energia (Equação 1), onde os fluxos correspondem ao instante da passagem do satélite.
Para a determinação da evapotranspiração diária, obtém-se, inicialmente, a
evapotranspiração horária (ETH), dada pela razão entre o fluxo de calor latente, λLE, obtido
pela operação anterior, e o calor latente de vaporização da água (L = 2,45 x 106 J kg-1),
multiplicada por 3600, que é um fator de conversão do valor instantâneo para valor horário,
conforme equação Allen et al. (2002), Trezza (2002). Em seguida, pela razão entre a ETH e
evapotranspiração de referencia horária (ET0,h), se obtém a fração da evapotranspiração de
referência horária (FET0, hora), que de acordo com Trezza (2002) é relativamente constante
em todo o período dia (24 horas). A evapotranspiração real é determinada pela
multiplicação da FET0, hora pela a evapotranspiração de referência diária (ET0, 24h).
Tanto a evapotranspiração de referência diária (ET0,24h), quanto à evapotranspiração
de referência horária – ET0, hora, são calculadas usando o método da FAO Penman-Monteith
(Allen et al., 1998), com dados de estação automática. Os valores de ET0,h devem ser obtidos
no intervalo de tempo que compreenda o instante da passagem do satélite na área de
estudo.
3. Atividades desenvolvidas
3.1 Aplicação do algoritmo SEBAL
Diante dos diversos experimentos realizados pelo instituto Superior de Agranomia, a
escolha da área de estudo partiu da necessidade de aplicar o algoritmo para uma área
semelhante ao semiárido brasileiro. A área experimental escolhida é do tipo savana,
azinheiras esparsas tipo perene (Q. ilex ssp. rotundifolia Lam.),
localizada na Herdade da Alfarrobeira, no distrito de Évora, Portugal, o local do experimento
é intitulado Mitra II (Figura 3) (38⁰ 32’ N ; 8⁰00’ W , 256 m de altitude). A topografia do
terreno é ligeiramente ondulada e o clima é mediterrâneo, com invernos suaves e húmidos e
verões quentes e secos. A precipitação média anual é de 669 mm e a média da temperatura
do ar é em torno 15⁰C (Paço et al., 2009).
Figura 3 – Divisão política de Portugal (A) e localização da área de estudo (B).
Durante a aplicação do algoritmo percebemos a necessidade de atualizarmos algumas
etapas de processamento, as etapas atualizadas foram radiância (Chander et al., 2010),
reflectância (Tasumi et al., 2008), albedo da superfície (Tasumi et al., 2008) e temperatura
da supefície (Jiménez-Muñoz et al., 2009). Com essas atualizações introduzidas no cálculo do
saldo de radiação (Rn), obtivermos um erro menor que 1%, quando comparamos os valores
obtidos no campo (Paço et al., 2009) com os calculados pelas imagens do satélite Landsat 5.
Para as etapas de Fluxo de calor no solo (G), fluxo calor sensível (H) e fluxo do calor
latente (LE) foi mantido o processamento original do SEBAL descrito em Bastiaanssen et al.
(1998) e Bastiaanssen (2000). Os resultados mostram que o algoritmo subestima o fluxo do
calor sensível (H) e consequentemente superestima o fluxo do calor latente (LE), isto quando
comparamos com as medições feitas no experimento Mitra II, que utilizou a técnica de
covariância turbulenta.
Investigando as possíveis fontes de erro, percebemos deficiência na equação de
resistência aerodinâmica (Rah), que não contempla o deslocamento da altura (d0), necessário
no cálculo da resistência aerodinâmica para florestas. O algoritmo SEBAL foi validado para
muitas partes do mundo (Bastiaanseen 2000, Allen et al., 2007), e essas validações foram
sempre feitas para áreas agrícolas, onde não é necessária a inclusão da variável d0 nos
cálculos.
3.2 Experimento de campo
Com o objetivo de proporcionar ao aluno uma maior compreensão sobre as medições
dos componentes agrometeorologicos. No período de 20 a 22 de outubro, o aluno
participou da montagem de um experimento, onde foi instalada uma torre para medição dos
componentes agrometeorologicos.
A atividade iniciou com a desmontagem da torre que estava instalada em outro
experimento próximo ao distrito de Lisboa. A Figura 4 ilustra a torre a ser desmontada, a
professora Fernanda Valente e o funcionário do ISA Sr. Kin. Durante está atividade o
estudante pode observar outros experimentos que estavam sendo realizados neste local,
onde foi permitido subir na torre e ver os intrumentos de medição (Figura 5).
Figura 4 – Torre a ser desmontada
A. B.
Figura 5 – Prof.ª Fernanda Valente em (A) e John Cunha em (B) arrodeados por equipamento.
As outras atividades envolvidas foram à limpeza dos equipamentos, transporte até o
local do experimento, montagem da torre e instalação dos aparelhos. O local escolhido para
montagem do experimento foi um olival (Figura 6), no munícipio de Castelo Branco.
A. B.
Figura 6 – Olival em (A) e montagem da torre em (B).
3.3 Reuniões para aquisição de equipamentos
Com o objetivo de modernizar a instrumentação utilizada na bacia escola de São João
do Cariri, foram realizadas reuniões entre os pesquisadores John Cunha (UFCG), prof. Carlos
Galvão (UFCG) e prof.ª Fernanda Valente (ISA), os encontros foram realizados em Lisboa, no
Instituto Superior de Agronomia, e contaram também com a participação dos pesquisadores
prof.ª Iana Rufino (UFCG) e prof. Bernado B. Silva (UFCG), que contribuirão por e-mails.
Como produto das discurssões a Universidade Federal de Campina Grande, adquiri
através do projeto Cariri – CT/Hidro, o parelho cintilômetro, que têm sua instalação prevista
para o segundo semestre de 2011. Os cintilômetros permitem estudos de turbulência,
qualidade do ar e dispersão atmosférica, média espaciais da velocidade do vento, balanço de
energia, monitoramento da evapotranspiração, agrometeorologia e meteorologia florestal.
Eles são divididos em dois grupos, os que trabalham com curtas distâncias (50 a 250 metros)
e os que trabalham com distâncias maiores (250 a 12.000 metros).
Mais especificamente para as aplicações de monitoramento do balanço de energia e
evapotranspiração que envolvem os produtos obtidos pelas técnicas de processamento
digital de imagens (PDI), o aparelho permite obter a verdade de campo, tendo como dado de
saída o fluxo de calor sensível, a partir dele e dos dados de saldo de radiação e fluxo de calor
no solo obtido por uma estação meteorológica é possível chegar a evapotranspiração real
para distâncias de 50 a 12.000 metros. Para este tipo de aplicação o aparelho fornece
também outros dados interessantes, como o comprimento de Obukhov, taxa de dissipação
de energia cinética turbulenta, velocidade do vento e parâmetros da estrutura de flutuações
da temperatura.
A empresa que vai fornecer o aparelho é a SCINTEC, escolhida por ser a melhor neste
tipo de equipamento, entre os diversos modelos de aparelhos disponíveis escolhemos BLS
450, que permite obter as variáveis climatológicas para distâncias que variam de 500 a 6.000
metros, está escala de medição é a mais adequada para as aplicações com sensoriamento
remoto de alta resolução temporal (tempo de revisita menor que um dia), os sensores
abordo destes satélites possuem resolução espacial maior que 1 km, dessa maneira poderá
ter a verdade de campo para uma amostra de pixels da imagem.
A Universidade Federal de Campina Grande tornasse a primeira instituição do Brasil a
adquirir este equipamento, podendo aperfeiçoar os trabalhos desenvolvidos pelos grupos de
pesquisa das áreas de recursos hídricos e meteorologia que trabalham com hidrologia do
semiárido.
3.4 Apresentação para os pesquisadores do ISA
No dia 10 de novembro de 2010 o aluno John Cunha, fez uma apresentação no
auditório Florestal do Instituto Superior de Agronomia, com o título “Utilização da detecção
remota para estimar a distribuição espacial do balanço de energia e a evapotranspiração em
regiões semiáridas”. Na oportunidade foi apresentado para os pesquisadores do ISA temas
como o projeto CISA, a UFCG, projetos da UFCG, a metodologia sobre a proposta de trabalho
no intercâmbio e na dissertação do aluno e resultados de trabalhos anteriores.
3.5 Participação em eventos e visita técnica
Durante o período de intercâmbio o aluno John Cunha participou na forma de ouvinte
de congresso, workshop, conferência e visita técnica. Esses eventos aconteceram na cidade
de Lisboa, Portugal.
No período de 27 a 28 de outubro de 2010, participou do IV Congresso Internacional
de Ordenamento do Território: "Desenvolvimento Sustentável e Gestão de Recursos
Hídricos", celebrado na Universidade Técnica de Lisboa. No evento foram abordados
problemas relativos à gestão dos recursos hídricos e a necessidade do desenvolvimento
sustentável, os trabalhos apresentados mostrarão a problemática do continente Europeu,
Americano e Africano, os temas abordados foram bacias transfronteiriças, proteção
ambiental, mudanças climática, direito ambiental, inundações em meio urbano e
desenvolvimento econômico versus sustentabilidade.
No dia 11 de novembro de 2010, participou do Workshop “Gestão de riscos em secas.
Métodos, tecnologias e desafios”, realizado na sala Actos, do Instituto Superior de
Agronomia. Durante o evento foram abordados os seguintes temas, índices de seca e
monitoramento, previsão de secas e percepção de secas e tecnologia de informação em
irrigação.
No dia 30 de novembro de 2010, participou da conferência internacional “Alterações
Climáticas os Desafios e as Respostas”, o evento aconteceu na sala do senado da assembleia
da república – Lisboa, onde foram abordados os temas, políticas de adaptação e mitigação
no Sul da Europa e Norte de África, mitigação das alterações climáticas, problemática global
das alterações climática, eficiência energética e energias renováveis e adaptação às
alterações climáticas.
A visita técnica ao Museu das águas da Empresa Portuguesa das Águas Livres – EPAL
aconteceu no dia 16 de dezembro de 2010. A EPAL conta com um conjunto de museus na
cidade de Lisboa, os museus são a Estação elevatória a vapor de Barbadinhos, Aqueduto das
águas livres, Mãe d’água das Amoreiras e o Reservatório patriarcal. Durante a visita foi
possível acompanhar a história da água na comunidade portuguesa, através dos projetos
antigo de adução, aqueduto, tubos esculpidos em pedra, os grandes reservatórios e estações
elevatória a vapor. A partir desta visão histórica é possível compreender os desafios
encontrados para transpor a água para população, ao longo da evolução da sociedade
portuguesa.
4. Considerações finais
Os problemas detectados no cálculo da resistência aerodinâmica (Rah) estão sendo
investigados a partir da analise de outros trabalhos que tenham o mesmo objetivo. A
professora Fernanda Valente (ISA) continua colaborando nesta tarefa, contando também
com a professora Iana Rufino (UFCG) e o professor Bernardo B. Silva (UFCG). O produto
deste trabalho será apresentado na dissertação de mestrado do aluno John Cunha, e em
períodos da área de recursos hídricos.
5. Bibliográfia
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