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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL CAMPUS DE PATOS-PB CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA MONOGRAFIA A tuberculose bovina e o seu impacto na medicina veterinária e na saúde pública: uma revisão. JOÃO PAULO FERREIRA LAURENTINO 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

CAMPUS DE PATOS-PB

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

MONOGRAFIA

A tuberculose bovina e o seu impacto na medicina veterinária e na saúde

pública: uma revisão.

JOÃO PAULO FERREIRA LAURENTINO

2018

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

CAMPUS DE PATOS-PB

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

MONOGRAFIA

A tuberculose bovina e o seu impacto na medicina veterinária e na saúde pública: uma

revisão.

João Paulo Ferreira Laurentino

Graduando

Prof. Dr. Severino Silvano dos Santos Higino

Orientador

Patos - PB

Março de 2018

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAUDE E TECNOLOGIA RURAL

CAMPUS DE PATOS-PB

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

JOÃO PAULO FERREIRA LAURENTINO

Graduando

Monografia submetida ao Curso de Medicina Veterinária como requisito parcial para

obtenção do grau de Médico Veterinário.

ENTREGUE EM:___/___/_____. MÉDIA: _______

_________________________________________ _____

Prof. Dr. Severino Silvano dos Santos Higino Nota

________________________________________ _____

MSc. José Dêvede da Silva Nota

_______________________________________ _____

MSc. Diego Figueiredo da Costa Nota

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSRT DA UFCG

L378t

Laurentino, João Paulo Ferreira

A tuberculose bovina e o seu impacto na medicina veterinária e na saúde

pública: uma revisão / João Paulo Ferreira Laurentino. – Patos, 2018.

54f.: il.; color.

Trabalho de conclusão de curso (Medicina Veterinária) – Universidade

Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, 2018.

"Orientação: Prof. Dr. Severino Silvano dos Santos Higino.”

Referências.

1. Epidemiologia. 2. Saúde pública. 3. Enfermidade. 4. Zoonoses. I.

Título.

CDU 614.91

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família, em

especial aos meus pais, Neci Ferreira e (In

memorian) Sebastião Laurentino, por sempre

guiar minha vida a busca do sucesso e do

conhecimento.

AGRADECIMENTOS

Dedico este trabalho primeiramente а Deus, por ser essencial em minha vida, transmitindo

paz, sabedoria e persistência na busca do conhecimento, e por ter me dado à essência da vida.

Ao meu orientador Prof.º Dr. Severino Silvano dos Santos Higino, por ter a disponibilidade da

orientação, pelo direcionamento do aprendizado, pelo incentivo a busca do conhecimento.

A todos os amigos que conheci durante a jornada acadêmica, Juciê Fernandes, Caio Soares,

Luan Rodrigues, Renato Vaz, Marcelo Rodrigues, João Augusto, Adilson Tiuba, Rafael

Lopes, a todos o meu muito obrigado.

Aos meus pais, Neci Ferreira Lima Laurentino e (In Memorian) Sebastião Laurentino Félix

pelo amor incondicional, ensinamentos de criação e do ser presente.

A minha irmã, Elizabeth por estar sempre presente em minha vida e que sempre me auxilio

pelo crescimento.

A minha esposa Elandia Paulo, por estar presente e apoiando em meus estudos, trabalhos e em

nosso cotidiano.

Ao meu filho Joao Paulo Filho, pelo excelente filho que és, honrado e bondoso.

À Coordenação do Curso de Graduação de Medicina Veterinária, por proporcionar-me a

obtenção deste título.

A todos que direta ou indiretamente contribuíram para mais esta etapa da minha vida, meu

muito obrigado!

“A compaixão pelos animais está intimamente

ligada à bondade de caráter, e pode ser seguramente

afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser

um bom homem. (Arthur Schopenhauer)”.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Interpretação do Teste Cervical Simples em bovinos..................................... 36

Tabela 2. Interpretação do Teste Cervical Comparativo em bovinos............................. 38

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Status sanitário conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal

(OIE), (jan-jun) no ano de 2017 para os diversos países revelando a ocorrência da

BTB...................................................................................................................................

20

Figura 2. Percentual dos casos de tuberculose nas microrregiões do sertão Paraibano

durante o período de Janeiro de 2006 a Dezembro de 2015.............................................

25

Figura 3. Número de casos de tuberculose bovina nas microrregiões do sertão

paraibano durante o período de 2006 a 2015....................................................................

26

Figura 4. Ciclo de transmissão da Tuberculose Bovina.................................................. 28

Figura 5. Achado de lesão sugestiva de linfonodo de pulmão bovino........................... 31

Figura 6. Bovino com quadro clínico de Tuberculose................................................... 31

Figura 7. Achado de Tuberculose miliar em carcaça de Bovino.................................... 32

Figura 8 - Tuberculina aviária e tuberculina bovina........................................................ 34

Figura 9. Teste Cervical Simples, inoculação da PPD bovina – Via Intradérmica......... 35

Figura 10. Teste Prega Caudal, inoculação da PPD bovina – Via Intradérmica............. 36

Figura 11. Medição de Teste Cervical Comparativo de Inoculação da PPD bovina –

Via intradérmica...............................................................................................................

37

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AIDS Acquired Immune Deficiency Syndrome

BAAR Bacilos Álcool-Ácido Resistentes

BTB Tuberculose bovina

GEDA Gerência Executiva de Defesa Agropecuária

GODA Gerência Operacional de Defesa Animal

GRSC Granja de reprodutores suídeos certificada

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

M. avium Mycobacterium avium

M. bovis Mycobacterium bovis

M. tuberculosis Mycobacterium Tuberculosis

MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

mL Mililitros

OIE Organização Mundial da Saúde Animal

OMC Organização Mundial do Comércio

PNCEBT Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da

Tuberculose Animal

PPD Purified Proteins Derivates (Derivado Protéico Purificado)

RIISPOA Regulamento e Inspeção Industrial e Sanitária de produtos de Origem

Animal

Scielo Scientific Electronic Library Online

SEDAP Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca

da Paraíba

SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação

TCC Teste Cervical Comparativo

TCS Teste Cervical Simples

UFs Unidades Federativas

LISTA DE SÍMBOLOS

% Porcentagem

≤ Menor que

≥ Maior que

IV Quarto/Quatro

P Prevalência

Δ Delta

μm Micrômetro

SUMÁRIO

RESUMO Pág.

ABSTRACT

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 15

2 REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................... 17

2.1 Agente Etiológico ............................................................................................. 17

2.2 Impacto Econômico e em Saúde Pública ...................................................... 18

2.3 Epidemiologia .................................................................................................. 22

2.3.1 Prevalência no Brasil ......................................................................................... 23

2.3.2 Fatores de risco ................................................................................................. 26

2.3.3 Transmissão ....................................................................................................... 27

2.4 Patogenia ......................................................................................................... 29

2.5 Sinais Clínicos .................................................................................................. 30

2.6 Diagnóstico ....................................................................................................... 32

2.7 Controle e Profilaxia ....................................................................................... 39

3 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................ 42

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 43

REFERÊNCIAS

RESUMO

LAURENTINO, JOÃO PAULO FERREIRA. A tuberculose bovina e o seu impacto na

medicina veterinária e na saúde pública: uma revisão. UFCG, 2017. 54p. (Trabalho de

Conclusão de Curso em Medicina Veterinária, Medicina Veterinária Preventiva e Saúde

Animal).

A tuberculose bovina caracteriza-se por ser uma zoonose de evolução crônica que acomete

principalmente bovinos e bubalinos. As bactérias causadoras da doença pertencem a família

Mycobacteriaceae, gênero Mycobacterium. No ambiente, em condições favoráveis, o agente

pode sobreviver fora de um hospedeiro animal por mais de dois anos. A afecção é tida como

uma enfermidade infecciosa de ocorrência mundial, gerando principais preocupações junto a

Organização Mundial da Saúde, devido à resistência do patógeno aos fármacos, poucos

estudos epidemiológicos, desencadeando morbidade e letalidade na espécie bovina e longos

períodos de tratamentos em seres humanos e sendo prevalente em países em desenvolvimento,

o que permite a transmissão do patógeno de animais domésticos para seres humanos. A

infecção causada por Mycobacterium bovis afeta uma ampla variedade de hospedeiros,

causando prejuízos econômicos para a pecuária, além de infecções atípicas em seres humanos.

Nesse sentido é viável conciliar setores diversos dos órgãos públicos, privados e organizações

intergovernamentais, com intuito de buscar politicas especificas tais como: Controle de

Sanidade Animal, Projetos de estudos epidemiológicos e Diagnósticos indiretos com baixos

custos de combate a doença e o controle efetivo requerendo a colaboração multisetorial,

envolvendo a saúde humana, medicina veterinária, educação, meio ambiente. Planejou-se com

este trabalho enfatizar uma abordagem sobre a enfermidade através de suas características,

estudos epidemiológicos, e o direcionamento acerca da importância na medicina veterinária e

da saúde pública, no qual foram avaliadas publicações relevantes para produção do

conhecimento sobre a doença e sua importância como zoonose. Esse estudo constitui-se de

uma revisão de literatura, com o direcionamento de uma análise crítica, meticulosa e ampla

das publicações correntes acerca do tema “Tuberculose bovina”.

PALAVRAS-CHAVE: Enfermidade; Epidemiologia; Saúde Pública; Zoonose.

ABSTRACT

LAURENTINO, JOÃO PAULO FERREIRA. Bovine tuberculosis and its impact on

veterinary medicine and public health: review. UFCG, 2017. 54p. (Course Completion

Work in Veterinary Medicine, Preventive Veterinary Medicine and Animal Health).

The Bovine tuberculosis is characterized by being a zoonosis of chronic evolution that affects

mainly cattle and buffaloes. The bacteria that cause the disease belong to the family

Mycobacteriaceae, genus Mycobacterium. In the environment, under favorable conditions, the

agent can survive outside an animal host for more than two years. The disease is considered a

worldwide infectious disease, causing major concerns with the World Health Organization,

due to the resistance of the pathogen to the drugs, few epidemiological studies, triggering

morbidity and lethality in the bovine species and long periods of treatments in humans and

being prevalent in developing countries, which allows the transmission of the pathogen from

domestic animals to humans. Infection caused by Mycobacterium bovis affects a wide variety

of hosts, causing economic damage to livestock, as well as atypical infections in humans. In

this sense, it is feasible to reconcile diverse sectors of public, private and intergovernmental

organizations, with the aim of seeking specific policies such as: Animal Health Control,

Projects of epidemiological studies and indirect diagnoses with low costs to combat disease

and effective control requiring the multisectoral collaboration, involving human health,

veterinary medicine, education, environment. It was planned with this work to emphasize an

approach on the disease through its characteristics, epidemiological studies, and the direction

on the importance in veterinary medicine and public health, in which relevant publications

were evaluated to produce the knowledge about the disease and its importance as zoonosis.

This study is based on a review of the literature, with a critical and meticulous analysis of

current publications on the topic "Bovine Tuberculosis".

KEY WORDS: Illness; Epidemiology; Public health; Zoonosis.

1 INTRODUÇÃO

A tuberculose bovina causada pelo Mycobacterium bovis consiste numa doença de

evolução crônica que acomete principalmente bovinos e bubalinos. Caracteriza-se pelo

aparecimento e desenvolvimento progressivo de lesões nodulares conhecidas como

tubérculos, com localização em qualquer órgão ou tecido do animal afetado. Segundo Lage et

al., (2006) devido ao fator econômico a doença detém seu poder relacionado a perdas diretas e

indiretas quando a situação ocorre em animais contaminados pois delineiam a morte desses,

perdas de peso ao gado de corte, diminuição da produção de leite e derivados, descarte

precoce de animais, condenação de carcaças e eliminação de animais de alto valor zootécnico.

A tuberculose é tida como uma enfermidade infecciosa de ocorrência mundial,

gerando principais preocupações junto à Organização Mundial da Saúde, devido à resistência

do patógeno aos fármacos, poucos estudos epidemiológicos, desencadeando morbidade e

letalidade na espécie bovina e longos períodos de tratamentos em seres humanos Devido ser

uma zoonose, essa pode direcionar cursos clínicos e patológicos de dimensões imensuráveis,

com prejuízos econômicos e exposição de grupos ocupacionais, assumindo assim um caráter

de doença ocupacional.

É importante ressaltar que junto ao comercio internacional de animais e produtos de

origem animal, enfermidades restritivas como a tuberculose, determinam exigências dos

países importadores aos exportadores com relação ao controle sanitário dos rebanhos

refletindo assim na qualidade e aos produtos sem risco sanitário. É nessa premissa que a

tuberculose causa impacto econômico negativo ao país exportador. Atualmente o Brasil

configura-se como um dos maiores exportadores de carne bovina, e com isso deve se criar

mecanismos de vigilância ao qual possa ter o controle sanitário de seus produtos.

Já os aspectos relacionados a saúde pública a tuberculose como zoonose deve ser

transcrita como uma preocupação existente devido poder transmitir a doença ao serem

consumidos pelo homem, como também aos modelos de criação pela forma do contato direto

e a falta de informações a respeito da doença. Daí a necessidade dos programas de controle e

erradicação serem vistos e direcionados ao público-criador para que a doença tenha seu perfil

de prevalência diminuído.

O diagnóstico pode ser efetuado por métodos diretos e indiretos. Os diretos envolvem

detecção e identificação do agente etiológico em material biológico, sendo que a combinação

do isolamento em meio de cultura e a identificação e genotipagem molecular tem contribuído

para melhor compreensão da epidemiologia das infecções por M. bovis, o que proporciona

aumento na eficiência dos programas de controle (CAZOLA et al., 2015). Já Brasil (2001)

preconiza perante o diagnóstico indireto o teste tuberculínico, realizado somente por órgão

oficial, e por médicos veterinários oficiais ou habilitados. Alguns autores preconizam o teste

ELISA como método indireto ao diagnóstico da tuberculose,

Este trabalho acadêmico é apresentado como uma revisão de literatura, que buscou

enfatizar a Tuberculose bovina, através de suas características, estudos epidemiológicos, o

direcionamento acerca da importância na Medicina Veterinária e da saúde pública, ao qual

foram avaliadas publicações relevantes para produção do conhecimento sobre a doença e sua

importância como zoonose, afim de gerar uma fonte de informações atualizada sobre o tema.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Agente Etiológico

Segundo Smith et al., (2006) observaram que as micobactérias que causam a

tuberculose em mamíferos pertencem à Classe Actinobacteria, Ordem Actinomycetales,

Família Mycobacteriaceae, Gênero Mycobacterium e fazem parte do complexo

Mycobacterium tuberculosis, um grupo de espécies relacionadas constituído, por sete espécies

– Mycobacterium tuberculosis, Mycobacterium bovis, Mycobacterium microti,

Mycobacterium africanum (componentes clássicos), Mycobacterium canetti, Mycobacterium

caprae e Mycobacterium pinnipeddi – responsáveis por patologia similar em diferentes

hospedeiros mamíferos. E atualmente, Sven et al., (2013) após estudos identificaram duas

novas espécies, sendo Mycobacterium suricattae observados em suricatos de vida livre e

Mycobacterium mungi. observado em mangustas africanos, ambos na África.

O gênero Mycobacterium é constituído por bastonetes retos ou ligeiramente curvos,

curtos com dimensões que variam de 0,2 a 0,6 μm de largura por 1 a 10 μm de comprimento,

imóveis, aeróbios, não esporulados, não flagelados, sem cápsula e com a característica

tintorial de álcool-ácido resistência, pois quando corados a quente pela fucsina resistem à

descoloração com álcool–ácido. A parede celular do M. bovis é complexa e possui alta

concentração de lipídios, correspondendo em 20% a 40% do peso do bacilo, conferindo-lhe

resistência ao sistema imune do hospedeiro, bem como impermeabilidade e consequente

resistência aos compostos hidrofílicos e à dessecação (OIE, 2014; RUGGIERO A.P. et al.

2007).

No ambiente, em condições favoráveis, o agente pode sobreviver fora de um

hospedeiro animal por mais de dois anos (DUFFIELD; YOUNG; 1985). O Mycobacterium

bovis é um patógeno que permanece no meio intracelular de fagócitos mononucleares e, como

as demais microbactérias do complexo M. tuberculosis, é hospedeiro-dependente e não pode

multiplicar-se no meio ambiente, mas são capazes de se reproduzir in vitro. É microaerófilo,

ou seja, cresce preferencialmente em uma tensão reduzida de oxigênio e não é capaz de

metabolizar glicerol em piruvato como fazem as outras espécies do complexo. (BARRERA,

2007; JORGE, 2011).

Apesar de as micobactérias não formarem esporos, esse patógeno tem imensa

capacidade de permanecer viáveis em condições ambientais adversas. Perante estudos

laboratoriais, foi observado que 50% de M. bovis, permanecem viáveis ao tempo de 0 a 36

dias, mas que menos de 50 % só conseguem sobreviver pelo tempo limitado de 1 (um) dia a

16ºC., em relação ao fator umidade, 50% das micobactérias sobrevivem por 43 dias, com

100% de umidade, por 8 (oito) dias a 57% e menos de 1 (um) dia a 5 %. Em condições de

anaerobiose no tanque de chorume, sua permanência se dá por 26 semanas e com percentual

de 20% sendo inativadas quando exposta a luz ultravioleta por 20 minutos (GOODCHILD;

CLIFTON-HADLEY, 2001).

O patógeno da tuberculose é destruído pela pasteurização do leite e que possui uma

característica de ter maior resistência aos ácidos, aos álcalis e aos desinfetantes químicos

como amônia quaternária e Clorexidina. Agentes desinfetantes como fenólicos, formólicos,

álcool e em especial pelo hipoclorito de sódio são bastante eficientes no combate ao bacilo,

contudo sua ação pode ser afetada pela concentração do produto, o tempo de exposição, a

temperatura e a presença de matéria orgânica (ARAÚJO, 2004; COSTA, 2008).

Em sua adaptação a um novo hospedeiro, a bactéria teria evoluído para uma espécie

mais próxima de M. tuberculosis (NEILL et al., 2005). Entretanto, estudos genéticos atuais de

distribuição de deleções e inserções nos genomas do Complexo M. tuberculosis fornecem

fortes evidências para uma evolução independente tanto de M. bovis como de M. tuberculosis,

partindo de outra espécie precursora comum, possivelmente M. canetti (BROSCH et al.

2002).

2.2 Impacto Econômico e em Saúde Pública

A sanidade animal também tem reflexo junto ao comércio internacional. A

Organização Mundial do Comércio (OMC), normatizadora desta atividade, estabelece regras

para os mais distintos tipos de transações comerciais. Uma das normas preconiza que a

comercialização seja realizada sem que implique riscos a saúde pública e à sanidade animal.

No que tange comércio internacional de animais, produtos de origem animal, alimentos e

material genético para animais, como também produtos biológicos, pela especificidade das

transações, a OMC busca assessoria da OIE (BRASIL, 2015). Segundo Pérez-lago et al.

(2014), o M bovis tem sido visto com bastante atenção em virtude do impacto econômico

direcionado pela enfermidade aos rebanhos oriundos de países aonde a doença não está

totalmente controlada.

No Brasil, o agronegócio tem papel decisivo na balança comercial, pois a doença pode

comprometer a produção através dos embargos, descartes de animais, baixa produtividades e

rebaixamentos de propriedades direcionados ao comércio bovino. Embora tenham ocorrido

melhoras nas estruturas dos serviços oficiais, ainda prevalece a falta de recursos, em função

de sucessivas crises econômicas (FERREIRA NETO JS, BERNARDI F. 1997).

Com a instituição do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e

Tuberculose Animal – PNCEBT, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -

MAPA, em 2001, foram planejados inquéritos com o objetivo de determinar a situação

epidemiológica da tuberculose bovina nas Unidades Federativas - UFs e direcionar a escolha

das estratégias de controle adequadas, que podem diferir de acordo com a frequência e

distribuição da doença (BRASIL, 2004).

Nesse contexto, os prejuízos pela ocorrência da tuberculose bovina estão

representados, por exemplo, pelas perdas diretas e indiretas em decorrência da morte de

animais, queda no ganho de peso, diminuição da produção leiteira, condenação de carcaças no

matadouro-frigorífico e descarte de animais de alto valor zootécnico. Além disso, há uma

estimativa de perda da eficiência produtiva nos animais infectados, bem como uma redução

na credibilidade da propriedade com a evidenciação do foco da enfermidade (BRASIL, 2006;

RUGGIERO et al., 2007; MARQUES et al., 2008).

O combate à tuberculose bovina no Brasil visa diminuir o impacto desta enfermidade

no comércio nacional e internacional de animais e de produtos de origem animal, certificando

os rebanhos, como garantia de qualidade na sua origem (ROXO, 2013).

Hijjar et al. (2001) descreve que a Organização Mundial de Saúde (OMS) analisou que

existe anualmente 1,9 milhões de mortes por tuberculose, e que 98% dessas mortes ocorra em

países em desenvolvimento com cerca de 350.000 mortes em casos associados da tuberculose

em pessoas positivas a AIDS. Já, Correia et al., (2001) informa que a tuberculose é declarada

como emergência global e que nos países desenvolvidos a estimativa de 1% aparece como

casos de tuberculose em humanos provenientes de origem bovina, enquanto nos países em

desenvolvimento esse percentual alcança 5%.

Diante do tal fato Correia et al., (2001) menciona que apesar dos casos envolvendo o

M. bovis serem ocasionais a Organização Mundial de Saúde, em associação com a

Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização

Internacional de Epizooitas (OIE) classificaram a tuberculose causada pelo M. bovis como

uma zoonose negligenciada em países desenvolvidos.

A redução da sua ocorrência na população bovina já é observada em muitos países

desenvolvidos, conforme mostra a Figura 1, abaixo, mas focos de infecção nos animais

silvestres ainda estão presentes no Canadá, Reino Unido, Estados Unidos e Nova Zelândia

(OIE, 2014).

Figura 1 - Status sanitário conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), (jan-

jun) no ano de 2017 para os diversos países revelando a ocorrência da BTB.

Fonte: OIE, 2017.

A tuberculose no homem, no ano de 2008, contabilizou quase 1,3 milhões de óbitos

anuais e 9,4 milhões de novos casos por ano, principalmente em países que buscavam o

desenvolvimento. Evidencia-se que um terço da população mundial esteja infectada com

bactérias causadoras da tuberculose, destacando-se o M. tuberculosis e M. bovis, membros do

Complexo Mycobacterium tuberculosis (CMT) (WHO, 2009).

Em 2011, 8,7 milhões de pessoas adoeceram e 1,4 milhões de pessoas morreram de

tuberculose. A maioria dos óbitos ocorreram em países de baixa e média renda e está entre as

três principais causas de mortes em mulheres entre 15 e 44 anos de idade (WHO, 2012).

Estima-se que entre 2002 e 2020 aproximadamente um bilhão de pessoas serão infectadas,

mais de 150 milhões desenvolverão a doença e 36 milhões morrerão de tuberculose

(ABALOS; RETAMAL, 2004).

Conforme Roxo (2008), a tuberculose bovina, dentre outras doenças de curso crônico

transcreve um grande impacto nas populações com prejuízos econômicos e sociais, e nessa

perspectiva que Pacheco et al., (2009) menciona que pois há uma observância da perda de

prestigio e credibilidade da unidade de criação onde a doença é registrada.

No quadro global de combate à tuberculose e proteção da saúde humana torna-se

indispensável à erradicação da tuberculose bovina. A maioria dos trabalhos publicados chama

a atenção para a necessidade de um controle mais efetivo da zoonose (BAPTISTA, 2004).

De acordo com os dados divulgados da Organização Mundial de Saúde, em 2010

foram diagnosticados e notificados 6,2 milhões de casos de tuberculose no mundo, sendo 5.4

milhões de casos novos, equivalentes a 65% dos casos estimados para o mesmo ano. E que a

Índia e a China detêm um percentual de 40% dos casos notificados, já o Brasil aparece entre

os 22 países ao quais concentram 62% dos casos de tuberculose no mundo (CEARA, 2013).

Dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) demonstram que

Pernambuco se destaca negativamente no cenário da tuberculose humana no Brasil, sendo o

quarto estado com maior incidência da doença, com 46,2 casos a cada 100 mil habitantes, e

ocupa a segunda colocação em mortes causadas pela enfermidade. Entre os 10 primeiros

municípios do estado com maiores incidências da doença, Recife é a que apresenta maior

número de óbitos registrados (BRASIL, 2012).

Outro fator observado mediante as linhas de pesquisas é que mediante o serviço de

abate e nas inspeções ante e pós-morte há certo agravante, que é a exposição dos

trabalhadores. Estes entram em contato direto com a carne, sangue, vísceras, fezes, urina,

secreções vaginais ou uterinas, restos placentários, líquido amniótico e fetos abortados de

animais, que possivelmente podem estar infectados com microrganismos zoonóticos (DIAS,

2012).

Para Souza et al., (1999) a ingestão de leite cru contaminado constitui uma das

principais formas de infecção humana pelo bacilo da tuberculose bovina. O risco para a saúde

pública de se contrair o agente pela ingestão de produtos cárneos contaminados é menor,

devido à baixa incidência do agente em tecidos musculares e do hábito de não se comer carne

crua no Brasil. Porém, tal risco não deve ser ignorado quando se leva em consideração o

grande número de abates clandestinos, ou mesmo o abate de animais descartados de rebanhos

positivos em matadouros que não atendem às normas de inspeção exigidas pelo rigor da lei.

A tuberculose causada pelo M. bovis é indistinguível clinicamente, no ser humano, da

tuberculose causada pelo M. tuberculosis (COSIVI et al., 1998). Em indivíduos da área rural,

há maior ocorrência da forma pulmonar da BTB, sendo considerada uma doença com caráter

ocupacional.

A vigilância e o controle efetivo das doenças zoonóticas requerem a colaboração

multissetorial que envolva saúde humana, medicina veterinária, educação, meio ambiente e

saneamento. Conciliar estes diferentes interesses e conseguir a colaboração com políticas

específicas para o setor, priorizando recursos em nível nacional e internacional, continuam

sendo um desafio considerável (MOLYNEUX D; HALLAJ Z; KEUSCH GT et al., 2011).

2.3 Epidemiologia

Estudos iniciais direcionados a Tuberculose bovina, mencionam que o trabalho de

domesticação do gado bovino, ocorrido a séculos permitiria a transmissão do patógeno de

animais domésticos para seres humanos. Em sua adaptação a um novo hospedeiro, a bactéria

teria evoluído para uma espécie mais próxima de M. tuberculosis (NEILL et al., 2005).

Segundo Michael (2010) acredita-se que a tuberculose emergiu na África Oriental

primeiramente com sua capacidade de M. tuberculosis e que tenha sido disseminada por

humanos infectados para os animais, dando origem ao M. bovis, conhecida atualmente como

tuberculose bovina.

A movimentação dos bovinos dentro e entre os países ou continentes, certamente

facilitou a distribuição mundial da tuberculose bovina. Os modernos métodos de tipificação,

com base na estrutura genética, têm determinado progressos no conhecimento da distribuição

geográfica do M. bovis (MICHEL; MÜLLER; VAN HELDEN, 2010).

O monitoramento em frigoríficos demonstrou que países como Austrália, Estados

Unidos, Canadá e Cuba direcionou fator fundamental na erradicação da enfermidade em

virtude da eficiência na identificação e na rastreabilidade da origem de animais com lesões

compatíveis com tuberculose (RODRIGUEZ, 2005; COSTA, 2012).

A introdução do agente em rebanhos livres ocorre geralmente pela aquisição de

bezerros ou novilhas clinicamente saudáveis na propriedade, que podem ser portadoras sãs de

M. bovis e uma vez introduzido o patógeno, em qualquer categoria animal, torna-se difícil a

erradicação (GOURLAY et al., 1989).

Segundo Bittencourt (2009), espécies silvestres assumem papel de suma importância

na cadeia epidemiológica, resultando como reservatórios do patógeno, e em condições de

introduzir e/ou reintroduzir a doença em rebanhos. Os bezerros podem manter M. bovis no

trato respiratório por diversos meses ou até anos, servindo como reservatório do patógeno

(PFUTZNER, 1990; FOX et al., 2005).

Radostits et al., (2002) menciona que a tuberculose é uma doença cosmopolita, que

acomete bovinos, equinos, caprinos, caninos, aves e outras espécies animais, bem como o ser

humano.

A intensificação da indústria leiteira em combinação com a movimentação da espécie

bovina tem contribuído para a transmissão do M. bovis, especialmente na ausência de medidas

apropriadas de controle (GILBERT et al., 2005).

Na Europa, observou que texugo (Meles meles) fez ressurgir a tuberculose bovina em

áreas onde a sua erradicação era de 100%. Já na Nova Zelândia, o marsupial silvestre

(Trichossurus vulpecula) foi indicado como um dos principais responsáveis pela reinfecção de

bovinos pelo M. bovis. Nos EUA, acredita-se que os cervídeos tenham alguma importância

como reservatórios (SALAZAR, 2005; BRASIL, 2006).

Países da Europa, como a Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Finlândia, Alemanha,

Luxemburgo, Suécia, Noruega e os Países Baixos são oficialmente livres de tuberculose

bovina. Esse status foi alcançado graças ao êxito dos programas de erradicação implantados

desde o século passado. Apesar de possuírem eficientes programas de controle e bons

sistemas de detecção de focos, países como a Espanha, Grécia, Inglaterra, Itália, Irlanda,

Portugal, Nova Zelândia e Estados Unidos, não conseguem erradicar dos seus rebanhos a

infecção por M. bovis. Isto se deve, principalmente, à rota de transmissão silvestre (DE LA

RUA-DOMENECH, 2006; MATHEWS et al., 2006a; WHITE et al., 2008).

A disseminação da tuberculose, relacionado com hospedeiros silvestres e de produção

ocorre através da inalação do bacilo presente em pastos contaminados com fezes, urina e

secreções de animais selvagens infectados. A proximidade entre fazendas e biomas

preservados pode ser responsável pela manutenção ou introdução do M. bovis nos rebanhos,

além de oferecer risco à saúde pública (SMITH et al,. 2004; MATHEWS et al., 2006b).

2.3.1 Prevalência no Brasil

O rebanho bovino brasileiro comporta 218.225.177 milhões, tendo a região do Centro-

Oeste o maior número de cabeças de gado entre as consideráveis regiões, com 33,8% da

participação nacional. Os dados mostram que houve crescimento nas Regiões Norte (2,9%),

Centro-Oeste (2,1%) e Sudeste (1,4%). Na Região Sul, o efetivo manteve-se estável, porém a

região nordeste em virtude dos fatores climáticos adversos durante os últimos 3 anos seu

rebanho obteve um decréscimo (-0,9%) ocasionando perdas significativas (BRASIL, 2017).

No Brasil, a tuberculose bovina está disseminada por todo o território nacional, no

entanto a sua prevalência e distribuição regional, não estão bem caracterizadas em virtude dos

poucos trabalhos científicos e dados não cadastrados nos setores de vigilância (BRASIL,

2006). A doença tem sua natureza endêmica, com acometimento em grande parte das

propriedades de rebanho leiteiro de alto valor genético; provavelmente devido ao fato dos de

tais animais serem submetidos à situação de confinamento e devido às condições de criação

em algumas áreas como o Nordeste, mais precisamente os animais necessitarem de alimentos

a fim de suprir suas necessidades metabólicas, resultando em maior predisposição ao

desenvolvimento da doença (LILENBAUM, 2000).

Segundo estudos realizados por Araújo (2004) demonstrou que a partir de exames das

carcaças em matadouros-frigoríficos, estimou uma prevalência de tuberculose bovina de

0,17% em Minas Gerais, 5,16% no Pará e 0,64% no Rio Grande do Sul. Esta diferença ficou

relacionada perante o grau de desenvolvimento regional, principalmente no que se refere ao

estabelecimento de medidas sanitárias no rebanho.

Diversos fatores dificultam as ações de controle da doença na população bovina

brasileira, como a grande extensão territorial (BRASIL, 2016). A existência de fronteiras com

outros dez países, grandes diferenças regionais quanto à infraestrutura e condições

socioeconômicas, grande heterogeneidade das unidades de criação quanto ao modo de

produção e situação sanitária e, finalmente, a insuficiência crônica de recursos financeiros

destinados aos órgãos oficiais responsáveis pela sanidade animal (FERREIRA NETO J.S;

BERNARDI F. 1997).

Os inquéritos epidemiológicos oficiais realizados no Brasil da BTB (Tuberculose

Bovina) indicam prevalências diversificadas. A prevalência de rebanhos bovinos na Bahia foi

de 1,6% e a prevalência de bovinos de 0,21% em um estudo realizado entre os anos de 2008 a

2010. No Paraná, Silva (2012) identificou uma prevalência de 2,15% para propriedades

positivas e 0,42% para animais positivos. Belchior et al., (2016), em Minas Gerais,

encontraram a prevalência de 5% para rebanhos positivos e 0,8% animais positivos. Em

estudo no Mato Grosso, Nespoli (2012), estimou uma prevalência de 1,3% e 0,123% para

rebanhos e animais positivos, respectivamente. Veloso (2014), em Santa Catarina, estimou

uma prevalência de 0,5% para propriedades e 0,06% animais positivos. De um modo geral,

esses estudos consideraram a produção leiteira com rebanhos maiores e tecnificação da

produção como fatores de risco da BTB.

No estado da Paraíba, segundo informações obtidas através de consulta aos arquivos

da Gerência Operacional de Defesa Animal (GODA) / Gerência Executiva de Defesa

Agropecuária (GEDA), a qual é vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento da

Agropecuária e da Pesca (SEDAP), de janeiro de 2006 a dezembro de 2015 foram notificados

180 casos de tuberculose bovina na mesorregião Sertão Paraibano um número baixo em

relação à média nacional, conforme mostra a figura 2, abaixo.

Figura 2 - Percentual dos casos de tuberculose nas microrregiões do sertão Paraibano durante

o período de janeiro de 2006 a Dezembro de 2015.

Fonte: Serviço de Defesa Sanitária Animal do Estado da Paraíba (2015).

Ainda nesse estudo foi observado que, a Microrregião de Patos, obteve em torno de

60% do número de casos relacionados durante o período compreendido de 2006 a 2015, tendo

possivelmente como fato, das cidades circunvizinhas estarem ligadas a esta zona delimitada

pela Defesa Agropecuária do Estado, e sendo assim apresentada como foco da doença no

estado, pode se pensar também pela localização da cidade estar próxima a estados

circunvizinhos como Pernambuco e Rio Grande do Norte, e assim pactuar a movimentação de

bovinos junto a essa região através da aquisição de rebanhos oriundo desses estados.

Conforme evidencia a Figura 3, abaixo.

Microrregião de Patos - 32,77%

Microrregião Piancó - 18,33%

Microrregião de Itaporanga -18,33%

Microrregião de Sousa - 18,88%

Microrregião de Teixeira -6,11%

Microrregião de Catolé doRocha - 3,33%

Microrregião de Cajazeiras -2,22%

Figura 3 - Número de casos de tuberculose bovina nas microrregiões do sertão paraibano

durante o período de 2006 a 2015.

Fonte: Serviço de Defesa Sanitária Animal do Estado da Paraíba (2015).

É observado também que as Microrregiões de Itaporanga, Piancó e Sousa

apresentaram no ano de 2008, um elevado número de ocorrências, isto pode ser atribuído ao

fato de que apenas uma propriedade foi foco de Tuberculose bovina com notificação de 23

casos do total de 31 casos em toda a Mesorregião Sertão Paraibano.

Já Simões especificamente (2011), analisou os dados fornecidos pela Coordenação do

Programa Estadual de Controle e Erradicação da Tuberculose no estado da Paraíba, no

período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009. E concluiu que a prevalência de tuberculose

bovina para o ano de 2008 foi de 0,38% (111/ 29110), onde a maior prevalência observada foi

na região de Borborema, com 0,42% (17/ 4070). Em 2009, foi observado 0,57% (194/ 33757)

de animais reagentes e tendo a região com maior prevalência de BTB a Zona da Mata, com

1,06% (23/ 2155). Para o período de 2008 a 2009, a prevalência para o Estado da Paraíba foi

de 0,48% (305/ 62867) e a região do Agreste aparece com maior número de registro da

doença no Estado, devido à predominância de gado leiteiro e pela criação do tipo intensiva. Já

o Sertão paraibano apresentou a menor prevalência, com 0,35% dos casos, e esse resultado

pode estar associado ao fato da criação ser predominantemente extensiva e pelos fatores

climáticos, clima seco e temperaturas elevadas durante o ano todo.

Figueiredo et al., (2010) em estudo realizado na Paraíba, constataram uma frequência

de focos de tuberculose bovina de 0,57% e a frequência de animais infectados de 0,25%, este

percentual inferior ao estimado em nível nacional. Podendo ser explicado pelo fato de o clima

quente do estado da Paraíba e maior incidência de raios solares com dois períodos distintos

(inverno curto e longa estação seca), particularmente na região semiárida, podem diminuir a

permanência e viabilidade do agente no meio ambiente.

2.3.2 Fatores de Risco

De acordo com Skuce et al., (2012), existem fatores de risco de transmissão da

tuberculose bovina entre os rebanhos, tais como: o histórico de incidência da doença; a

transferência de animais; a ocorrência da doença em propriedades próximas; o tamanho e o

tipo dos rebanhos; o tipo de instalação; a aquisição de animais sem controle; e o fornecimento

de alimento no interior de instalações.

Para Marangon et al., (1997), a introdução de animais de corte em rebanhos leiteiros

pode representar um elevado risco de infecção em virtude de os animais poderem ser

originários de diferentes regiões, ressaltando o risco de transmissão de doenças pela entrada

ou saída de animais entre rebanhos.

Segundo Lilenbaum, (2007) alguns fatores de risco podem influenciar a ocorrência da

doença, dentre eles, o manejo do colostro e leite para bezerros, a localização da propriedade

em uma área com elevada ocorrência de tuberculose, a gestão de resíduos e tratamento de

dejetos, além do tamanho do rebanho e contiguidade com outros rebanhos infectados.

Devido à cronicidade, um animal pode disseminar a doença para outros rebanhos antes

da manifestação dos sintomas. Assim, o deslocamento de animais infectados sem diagnóstico

e o contato com animais selvagens infectados são formas importantes de disseminação da

enfermidade (OIE, 2014). O bacilo pode ser eliminado pela respiração, leite, fezes, corrimento

nasal, urina, secreções vaginais e uterinas e pelo sêmen (ABRAHÃO, 1999; JÚNIOR;

SOUZA, 2008).

2.3.3 Transmissão

A tuberculose é transmitida entre os bovinos principalmente por via aerógena, pela

inalação de gotículas infectadas oriundas de tosse ou secreção nasal, ou por ingestão de água e

alimentos contaminados (ACHA; SZYFRES, 2001; THOEN et al., 2009). O meio de

transmissão da tuberculose em bovinos de acordo com Beer (1988) pode ocorrer de forma

indireta através da ingestão de agua, produtos derivados do animal infectado ou por alimentos

contaminados, e também através do foco primário observado nos pulmões desencadeando a

transmissão por via aerógena, pois as gotículas em suspensão direcionam a infecção nos

animais criados em estábulos.

As formas de criação similarmente interferem na transmissão em bovinos de leite, pelo

contato direto entre os animais, tanto no momento da ordenha, como em tempo estabulados

durante o inverno. Em determinados países reservatórios silvestres de M. bovis consistem na

principal fonte de infecção para bovinos criados a pasto. A transmissão transplacentária é

considerada muito rara ou inexistente em bovinos e, a intrauterina e pelo coito são menos

comuns (CASTRO et al., 2009).

Existe risco individual para pessoas em contato direto com os animais, como médicos

veterinários, magarefes e inspetores de matadouros, patologistas em necropsias, produtores e

trabalhadores rurais (ANAELOM et al., 2010).

A enfermidade pode ser transmitida pela ingestão de leite não pasteurizado e de carne

de animais infectados (THOEN et al. 2006). A inspeção dos produtos de origem animal para o

consumo humano, a pasteurização ou esterilização de leite e seus derivados funcionam como

estratégias de controle da transmissão de M. bovis para a população humana. Uduak (2015)

admite que haja necessidade da pasteurização do leite e sugere a orientação para os moradores

da zona rural da importância da fervura do leite quando for precária a infraestrutura para

pasteurização.

Na Figura 4, logo abaixo se evidencia o ciclo de transmissão da Tuberculose através

da forma direta entre os animais e probabilidade entre humanos.

Figura 4 – Ciclo de transmissão da Tuberculose.

Fonte: A seta mais fina sugere probabilidade e a mais grossa real possibilidade. Adaptado de

Collins and Grange (1987).

Na transmissão da tuberculose bovina, as interações entre hospedeiro, patógeno e

ambiente são de elevada complexidade, podendo não ser possível predizer todos os fatores

particulares de risco relacionados à sua disseminação entre rebanhos. A densidade animal é

considerada um fator primário, já que eleva a probabilidade de transmissão via aerossóis

(SKUCE, ALLEN; MCDOWELL 2012).

A infecção por M. tuberculosis em bovinos é rara, mas pode haver transmissão

aerógena para bovinos em contato próximo com seres humanos infectados que estejam

disseminando o agente (OCEPEK et al., 2005).

Uma vez infectado, o bovino é capaz de transmitir a doença aos outros, mesmo antes

do desenvolvimento das lesões nos tecidos. O bacilo pode ser eliminado pela respiração, leite,

fezes, corrimento nasal, urina, secreções vaginais e uterinas e pelo sêmen (CORRÊA;

CORRÊA, 1992; NEIL et al., 1994; RADOSTITS et al., 2002).

Pesquisas em animais silvestres de vida livre e em cativeiro no Brasil não relataram

qualquer referência à presença do M. bovis. Já em outros países como no Reino Unido, Nova

Zelândia, África do Sul, Irlanda e Austrália vários animais silvestres de vida livre são

considerados reservatórios do referido agente (HEADLEY, 2002; LILENBAUM, 2007) e

responsáveis pela reintrodução de doença em explorações livres de tuberculose (DUARTE et

al., 2007).

Para erradicar a tuberculose bovina é necessário entender fatores como; fonte de

infecção e fonte de transmissão. Para humanos, existem relatos de transmissão de M. bovis de

humano para humano, e do homem para o animal, bem como a via de eliminação do bacilo

por trabalhadores de fazendas com tuberculose bovina que transmitiram a infecção para

bovinos (SHRIKRISHNA et al., 2009).

2.4 Patogenia

Logo após inalar o patógeno e o mesmo dirigir-se ao alvéolo, o bacilo através do

mecanismo de defesa mediados por macrófagos é capturado e dependendo do fator de

virulência do microrganismo, sua carga infectante e resistência, segue ao próximo passo, caso

não seja destruído. Na sequência há multiplicação dos bacilos no interior dos macrófagos que

se situam na corrente sanguínea e através dos fatores quimiotáticos são liberados pelo próprio

patógeno (MARQUES, 2008; PACHECO et al., 2009). De acordo com os mecanismos há

uma redução na referida multiplicação com tempo entre 2 (duas) a 3 (três) semanas após a

inalação do agente, nesse prazo ocorre uma resposta imune mediada por células e reação de

hipersensibilidade retardada, nesse ponto o hospedeiro destrói seus próprios tecidos através de

necrose de caseificação com intuito de parar o crescimento intracelular das micobactérias. Daí

o sistema encaminha novas células de defesa culminando na formação de granulomas,

constituídos de uma parte central, e que podendo aparecer com área de necrose de

caseificação circundada por células epitelióides, células gigantes, linfócitos, macrófagos e

fibroblastos (MARQUES, 2008; PACHECO et al., 2009). Os bacilos da lesão tuberculosa do

parênquima pulmonar alcançam o linfonodo satélite, onde desencadeiam a formação de um

novo granuloma, caracterizando o complexo primário (MARQUES, 2008; PACHECO et al.,

2009).

A lesão inicial localiza-se no denominado complexo primário, que nos animais

infectados pela via respiratória encontra-se nos linfonodos bronquiais e mediastínicos e

parênquima pulmonar. Quando os animais são infectados pela via digestiva o complexo

primário localiza-se, preferentemente, nos linfonodos mesentéricos. A lesão primária pode

permanecer localizada, estender-se dentro do pulmão ou disseminar-se através dos vasos

linfáticos ou sanguíneos, afetando outros órgãos ou membranas serosas. Quando se dissemina

pela via sanguínea causa a denominada tuberculose miliar. Infecções congênitas ocorrem

raramente em bezerros filhos de vacas com lesões de tuberculose no útero (RIET-CORREA et

al., 2007).

Já Domingo et al., (2014) ratificaram que a TB se manifesta como um processo

inflamatório caseoso necrosante granulomatoso crônico com mineralização, conhecido como

tubérculo que mede cerca de 2-20 ml e que afeta principalmente os pulmões e seus

linfonodos, além de vários outros órgãos, dependendo da porta de entrada. A partir desse

estágio as lesões podem regredir, estabilizar ou progredir.

2.5 Sinais Clínicos

Nos bovinos a doença tem uma evolução lenta e sinais clínicos pouco visíveis

(BUBNIAK, 2000), podendo alguns animais passar toda a vida útil sem sintomatologia

evidente, constituindo uma ameaça potencial para o resto do rebanho, porém em estágios

avançados os animais podem apresentar uma magreza progressiva (JÚNIOR; SOUSA, 2008).

Por isso, principalmente em animais com extensas lesões tuberculosas do tipo miliar, o

emagrecimento progressivo sem associação a outros sinais deve levantar a suspeita para a

tuberculose bovina (JÚNIOR; SOUZA, 2008), assim como a falta de apetite e oscilação de

temperatura.

Na Figura 5, observa-se achados de lesão sugestiva de linfonodos bronquiais e do

pulmão bovino.

Figura 5 – Achado de lesão sugestiva de Linfonodo de pulmão bovino.

Fonte: FAZENDA EXPERIMENTAL (2017).

É interessante observar que nos bovinos, o curso clínico da doença consiste na forma

crônica e desencadeando subclínicamente por certo período. Nessa premissa o animal

infectado atua como fonte de disseminação mesmo que os sinais clínicos óbvios ou lesões

típicas de tuberculose sejam detectáveis através de exame visual. E, quando presentes a

sintomatologia clínica envolve os sinais respiratórios, emagrecimento precoce e aumento de

tamanho dos linfonodos, basicamente observados em estágios avançados da enfermidade e,

por não serem patognomônicos, não permitem distinguir a tuberculose de outras doenças

(BOLAND F; KELLY GE; GOOD M; MORE S J. 2010). Na Figura 6, observa-se bovino

com quadro clínico de tuberculose, com emagrecimento e linfadenopatia crônica.

Figura 6 – Bovino com quadro clínico de tuberculose.

Fonte: FAZENDA EXPERIMENTAL (2017).

Outros aspectos clínicos que podem ser observados nos animais incluem a condição da

pelagem, podendo estar áspera ou macia, docilidade e falta de energia, mas com olhos

brilhantes e alertas. Nas fêmeas, após o parto esses sinais podem apresentar-se mais

pronunciados (JÚNIOR; SOUZA, 2008).

Figura 7 – Achado de Tuberculose miliar em carcaça de Bovino.

Fonte: FAZENDA EXPERIMENTAL (2017).

2.6 Diagnóstico

O diagnóstico da Tuberculose Bovina é realizado mediante os sinais clínicos quando

estes estão presentes e associado ao teste tuberculínico pertinente. Após a morte, este

diagnóstico é realizado por observação de lesões macroscópicas em órgãos de eleição, e

complementado, quando possível, por exames bacteriológicos, moleculares e histopatológicos

(BRASIL, 2006; OIE, 2014).

O diagnóstico clínico possui valor relativo, pois devido o caráter crônico da doença, na

fase inicial o animal pode estar aparentemente sadio, sendo mais preciso com o avanço da

enfermidade e evidenciação dos sintomas. Assim, com o avanço da idade do animal, mais

oportunidades existirão para que sejam expostos à infecção (ACHA; SZYFRES, 2001).

Ramos et al., (2015) observaram que em países com programa de erradicação da BTB, os

animais infectados são identificados mais cedo e, dessa forma, as infecções sintomáticas se

tornam menos comuns.

A inspeção de carcaça ou a necropsia detalhada constituem ferramentas importantes no

diagnóstico da BTB, mas o diagnóstico definitivo é realizado mediante o isolamento e a

identificação do agente por métodos bacteriológicos (BRASIL, 2006).

O diagnóstico bacteriológico através do isolamento do agente etiológico na cultura

tradicional para micobactérias continua sendo o método “padrão-ouro” de confirmação da

doença (BRASIL, 2006). O meio de Stonebrink é o mais indicado para o crescimento e

detecção do M. bovis, visto que contém piruvato de sódio ao invés de glicerol, que é uma

substância tóxica para esses microrganismos, no entanto requer um longo período de

incubação (30 a 90 dias), pois o M. bovis possui um crescimento lento em meios artificiais.

Ao mesmo tempo recomenda-se a semeadura nos meios de cultura Lowestein-Jensen e

Stonebrink-Lesslie (RUGGIERO et al., 2007).

Técnicas de diagnóstico molecular, como a Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR)

são atualmente utilizadas em face da rapidez do resultado, porém a complexidade e o custo

são fatores restritivos a esta técnica diagnóstica (RUGGIERO et al. 2007). O PCR permite

avaliar de forma rápida, a condição sanitária da tuberculose bovina de um rebanho a partir de

materiais de eleição, oriundos de abatedouros (FURLANETTO, et al. 2009; OIE, 2014).

A biologia molecular também pode auxiliar as medidas de controle, pois a

identificação de cepas isoladas pode permitir o estabelecimento de relações epidemiológicas

entre regiões geográficas e estabelecimentos (JÚNIOR; SOUZA, 2008).

Amostras frescas podem ser fixadas em lâmina e coradas pelo método de Ziehl-

Neelsen, para a pesquisa de bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR), porém a sensibilidade

do método é baixa e um resultado positivo sugere a presença das micobactérias mas não

informa a espécie (BRASIL, 2006).

Nos últimos anos, a tipificação molecular dos isolados tem se tornado um valioso

instrumento para o estudo da epidemiologia da infecção pelo M. bovis, assim como para

determinação das relações filogenéticas entre as espécies (LARI et al., 2010).

O emprego de Interferon Gama (IFN-γ) é referenciado pela OIE como teste alternativo

para o comércio internacional de animais (OIE, 2014). Em maio de 2015, foi também

aprovado como teste confirmatório para tuberculose e ainda como prova para uso em

processos de erradicação da doença e certificação de zonas ou áreas livres da enfermidade

(OIE, 2015). Segundo Marassi et al., (2013), o IFN-γ permite identificar animais positivos à

tuberculose, em estágios iniciais em relação à TCC, no entanto, devido ao seu custo

relativamente elevado, tem sido recomendado apenas em alguns países como prova

complementar ao teste da tuberculinização no rebanho bovino, principalmente onde existe

uma alta probabilidade de infecção. Sua sensibilidade varia entre 73 e 100% e especificidade

entre 85 e 99,6% (SCHILLER et al. 2010).

O diagnóstico da tuberculose bovina no Brasil segue as normas preconizadas pelo

Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e tuberculose (PNCEBT). O

Programa estabelece uma realização periódica da prova da tuberculina e sacrifício dos

animais que reagirem positivamente (BRASIL, 2006).

O diagnóstico Alérgico Cutâneo ou de Campo consiste no teste tuberculínico

intradérmico sendo este o tradicionalmente utilizado para determinar a prevalência de

infecção de tuberculose em animais e seres humanos (HASSANAIN et al., 2009). Tem sido

descrito como um método eficiente de diagnóstico em animais vivos e tem sido importante

em programas de erradicação como teste diagnóstico a campo.

De acordo com os padrões internacionais e adotado pelo Programa Nacional de

Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT), os testes de rotina

para o diagnóstico de tuberculose são o teste cervical simples, o teste da prega caudal e o teste

cervical comparativo, sendo que o último também é utilizado como teste confirmatório

(BRASIL, 2017). O teste cervical simples (TCS) é a prova de rotina em gado de leite devido a

sua sensibilidade; o teste da prega ano-caudal é prova de triagem exclusiva para gado de

corte; e o teste cervical comparativo (TCC) é a prova confirmatória para os animais reagentes

ao teste da prega ano-caudal ou ao teste cervical simples, para distinguir entre a tuberculose e

infecção por outra micobactéria como de M. avium (BRASIL, 2006).

O tipo de tuberculina mais utilizado é o derivado proteico purificado (PPD) bovino

(M. bovis) e o PPD aviário (M. avium), um extrato antigênico obtido a partir de cultura de

micobactérias inativadas termicamente. A comparação entre esses dois antígenos permite

diminuir o problema de especificidade nos testes (PALMER; WATERS, 2006). Na Figura 8,

a seguir observam-se os dois tipos de tuberculinas preconizadas pelo MAPA no teste de

tuberculinização.

Figura 8 - Tuberculina aviária e tuberculina bovina.

Fonte: Manual técnico do PNCEBT (2016).

De acordo com a nova resolução do Programa Nacional de Controle e Erradicação da

Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) para o diagnóstico indireto da doença, serão

utilizados testes alérgicos de tuberculinização intradérmica em bovinos e bubalinos

identificados individualmente, com idade igual ou superior a seis semanas, realizados por

médico veterinário habilitado ou médico veterinário oficial (BRASIL, 2017).

O PNCEBT menciona que a distribuição de tuberculinas será controlada pelo serviço

veterinário oficial, devendo as mesmas ser fornecidos somente a médicos veterinários

habilitados, a instituições de ensino ou pesquisa e a responsáveis técnicos de Granjas de

Reprodutores Suínos Certificadas (GRSC) (BRASIL, 2017).

O Teste Cervical Simples deverá ser realizado com inoculação intradérmica de

tuberculina PPD bovina, na dosagem de 0,1 ml, na região cervical ou na região escapular de

bovinos, em um mesmo lado em todos os animais do estabelecimento de criação. Sendo que o

local da inoculação deverá ser demarcado por tricotomia e a espessura da dobra da pele

medida com Cutímetro antes da inoculação (BRASIL, 2017). Conforme mostra a Figura 9,

sobre a medição realizada por curtímetro.

Figura 9 – Teste Cervical Simples, inoculação da PPD bovina – Via Intradérmica.

Fonte: Colégio Universitário Integrado (2016).

A leitura deste exame realizado deverá ser feita após setenta e duas horas, mais ou

menos seis horas da inoculação, será realizada nova medida da dobra da pele, no local de

inoculação da tuberculina PPD bovina. Os resultados em bovinos serão interpretados de

acordo com a Tabela 1:

Tabela 1 - Interpretação do teste cervical simples em bovinos.

Características da reação

ΔB (mm) Sensibilidade Consistência Alterações Interpretação

0 a 1,9 - - - Negativo

2,0 a 3,9 Pouca dor Endurecida Delimitada Inconclusivo

2,0 a 3,9 Muita dor Macia Exsudato, necrose Positivo

≥ 4,0 - - - Positivo

Fonte: Brasil, 2017.

Animais inconclusivos e positivos poderão ser submetidos ao Teste Cervical

Comparativo, em um intervalo de sessenta a noventa dias ou, a critério do médico veterinário

responsável pela realização do exame e do proprietário, destinados ao abate sanitário ou à

eutanásia (BRASIL, 2017).

O Teste da Prega Ano-Caudal pode ser utilizado como teste de rotina exclusivamente

na pecuária de corte, não podendo ser realizado em animais para fins de reprodução devendo

ser direcionado os seguintes critérios; a tuberculina (PPD) bovina será inoculada por via

intradérmica na dosagem de 0,1 ml, seis a dez centímetros da base da cauda, na junção das

peles pilosa e glabra, devendo a inoculação ser efetuada de um mesmo lado da prega caudal

de todos os animais do estabelecimento de criação. A leitura e interpretação dos resultados

serão realizadas 72 horas, mais ou menos 6 (seis) horas, após a inoculação da tuberculina,

comparando-se a prega inoculada com a prega do lado oposto, por avaliação visual e

palpação. De acordo com a Figura 10, mostrada logo abaixo, e havendo aumento de espessura

na prega inoculada classificará o animal como reagente (BRASIL, 2017).

Figura 10 - Teste Prega Caudal, Inoculação da PPD bovina – Via intradérmica.

Fonte: ECUVET (2016).

Animais reagentes poderão ser submetidos a Teste Cervical Comparativo, num

intervalo de sessenta a noventa dias, ou, a critério do médico veterinário responsável pela

realização do exame e do proprietário, serem destinados ao abate sanitário ou à eutanásia.

Teste Cervical Comparativo pode ser utilizado como teste de rotina ou como teste

confirmatório em animais reagentes ao teste cervical simples ou ao teste da prega caudal,

observando os seguintes procedimentos. As inoculações das tuberculinas PPD aviária e

bovina serão realizadas por via intradérmica, na dosagem de 0,1 ml, na região cervical ou na

região escapular, a uma distância entre as duas inoculações de quinze a vinte centímetros,

sendo a PPD aviária inoculada cranialmente e a PPD bovina caudalmente, devendo a

inoculação ser efetuada de um mesmo lado de todos os animais do estabelecimento de criação

(BRASIL, 2017). Logo abaixo, a Figura 11, mostra a medição do TCC, após a inoculação da

PPD aviária e bovina.

Figura 11 – Medição de Teste Cervical Comparativo de Inoculação da PPD aviária e bovina

– Via intradérmica.

Fonte: Colégio Universitário Integrado (2016).

As inoculações serão demarcadas por tricotomia e a espessura da dobra da pele

medida com cutímetro, antes da inoculação, após setenta e duas horas, mais ou menos seis

horas, da inoculação, será realizada nova medida da dobra da pele, no local de inoculação das

tuberculinas PPD aviária e bovina (BRASIL, 2006). Os resultados do teste cervical

comparativo em bovinos serão interpretados de acordo com a Tabela 2.

Tabela 2 - Interpretação do teste cervical comparativo em bovinos.

ΔB – ΔA (mm) Interpretação

≤ 1,9 Negativo

2,0 a 3,9 Inconclusivo

≥ 4,0 Positivo

≥ 4,0 Positivo

Fonte: Brasil, 2017.

No teste tuberculínico ocorre uma reação de hipersensibilidade tardia tipo IV, mediada

por resposta celular e com baixa produção de anticorpos, em animais previamente expostos

(sensibilizados) ao agente da tuberculose com formação de edema no local da aplicação da

tuberculina (RUGGIERO et al., 2007).

Fêmeas submetidas a teste de diagnóstico de tuberculose no intervalo de 15 (quinze)

dias antes até 15 (quinze) dias depois do parto ou aborto, cujos resultados sejam negativos,

deverão ser reatestadas entre sessenta e noventa dias após o parto ou aborto, obedecendo a um

intervalo mínimo de 60 (sessenta) dias entre testes. O médico veterinário habilitado deverá

notificar os resultados positivos e inconclusivos em até um dia útil à unidade local do serviço

veterinário estadual do município onde se encontra a propriedade atendida (BRASIL, 2017).

Tizard (2002) complementou que a reação inflamatória provocada pela inoculação da

tuberculina é imunologicamente específica e resultam da interação entre o antígeno injetado,

células apresentadoras de antígeno e células T.

De La Rua-Domenech et al., (2006) apresentaram vantagens e razões para a sua

utilização, tais como: baixo custo, alta disponibilidade, longa história de uso e a falta de

métodos alternativos para a detecção da TB e ressaltaram limitações no teste, como

dificuldades na administração e interpretação dos resultados, necessidade de uma segunda

visita 72 horas após a inoculação da tuberculina para a leitura do resultado e baixo grau de

padronização.

Tizard (2002) também observou que testes falso-negativos podem ocorrer em

situações tais como: animais com tuberculose avançada (anergia); animais com infecção

recente; fêmeas paridas de 4 a 6 semanas; vacas idosas; e animais recém-testados entre 1 a 10

semanas.

O desenvolvimento de testes de Ensaio Imuno Enzimático (ELISA) para o diagnóstico

da tuberculose se baseia na imunidade humoral. Tem como vantagem o uso em animais

anérgicos à tuberculinização, porém sua sensibilidade é comprometida em face do

desenvolvimento lento e retardado da imunidade humoral frente ao patógeno. Tem sido

utilizado para diagnóstico da enfermidade em animais silvestres e de zoológico (OIE, 2014).

O Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal

(RIISPOA) descreveu que os animais levados ao abate, para controle de provas de

tuberculinização, são sacrificados em separado, no fim da matança, pois é proibida a matança

em conjunto com animais que no ato da inspeção ante mortem seja suspeito da tuberculose e

outras zoonoses (BRASIL, 1997).

De acordo com o PNCEBT (2017) O certificado de estabelecimento de criação livre

de brucelose ou de tuberculose será emitido pelo serviço veterinário estadual e terá validade

nacional, adesão voluntária, devendo ser formalmente solicitada à unidade local do serviço

veterinário estadual. A obtenção do certificado de estabelecimento de criação livre de

tuberculose está condicionada à realização de dois testes de rebanho negativos consecutivos

realizados em bovinos e bubalinos a partir de seis semanas de idade, num intervalo de seis a

doze meses. E que poderão ser dispensadas da realização dos testes diagnósticos,

propriedades sem bovinos ou bubalinos que venham a ser povoadas exclusivamente com

animais provenientes de propriedade certificada livre de tuberculose, segundo condições

definidas pelo DSA. Com isso, a propriedade com certificado poderá ter suas vantagens

através do comercio de bovinos, produção confiável ao consumidor, grupos ocupacionais não

expostos aos riscos da doença.

2.7 Controle e Profilaxia

A crescente exigência em relação ao manejo sanitário dos animais, feita pelos países

desenvolvidos, torna provável o fechamento do mercado para exportações de países

(KANTOR; RITACCO, 1994). Nessa premissa se faz necessário adotar campanhas de

vacinações, testes anuais, salvo as propriedades que possuam o certificado para a condição de

livre da tuberculose.

A adoção de sistemas de cooperação entre os serviços de sanidade animal e os de

saúde pública, através de convênios e/ou acordos, permitem a coordenação das ações e

aproveitamento das facilidades existentes em ambas as áreas com o objetivo comum de

controlar a BTB (SENASA, 2011).

O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal

(PNCEBT) preconiza que Animais reagentes positivos a teste de diagnóstico para tuberculose

serão marcados, pelo médico veterinário responsável pelo exame, ao lado direito da cara com

um "P" contido num círculo de oito centímetros de diâmetro. Aos animais reagentes positivos

deverão ser isolados do rebanho, afastados da produção leiteira e abatidos no prazo máximo

de trinta dias após o diagnóstico, sob serviço de inspeção oficial, sendo que este órgão deverá

ser notificado da chegada dos animais com antecedência mínima de doze horas (BRASIL,

2017).

Na impossibilidade de abate sanitário em estabelecimento sob serviço de inspeção

oficial, os animais serão submetidos à eutanásia no estabelecimento de criação, conforme

normatizado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária. O médico veterinário habilitado

que realizou o diagnóstico deverá notificar o serviço veterinário oficial em até um dia útil.

(BRASIL, 2017).

O procedimento de monitoramento em frigoríficos demonstrou em países como

Austrália, Estados Unidos, Canadá e Cuba ser de fundamental importância na erradicação da

enfermidade em virtude do sucesso na identificação de animais procedentes de áreas de

quarentena e na rastreabilidade da origem dos animais com lesões compatíveis com TB

(ROSALES RODRIGUEZ, 2005; SOUZA et al., 2009).

O certificado de estabelecimento de criação livre de brucelose ou de tuberculose será

emitido pelo serviço veterinário estadual e terá validade nacional, sendo que esta é de adesão

voluntária, devendo ser formalmente solicitada à unidade local do serviço veterinário

estadual, na qual o estabelecimento de criação encontra-se cadastrado (BRASIL, 2017).

De acordo com o Senasa (2011), a qualidade de um sistema de vigilância depende de

uma formação profissional sólida, tanto de médicos veterinários oficiais como do setor

privado, da organização e preparação de inspetores sanitários, assim como, das técnicas e

procedimentos utilizados nos laboratórios.

Controlar fontes de água, cuidando-se das que provenham de fazendas vizinhas sem

controle da tuberculose. As instalações devem ser adequadas, com boa ventilação e exposição

à luz solar. Recomenda-se higienizar e desinfetar periodicamente todas as instalações,

especialmente bebedouros e cochos (MAPA, 2003).

Programas com base em estratégias de controle, também devem incluir educação em

saúde dentre as medidas preventivas informando sobre a transmissão, sintomas e o aspecto

zoonótico (MACGEARY, 2008). Enquanto a TB permanecer um problema mundial, é

imperativa a intensificação das medidas de prevenção e controle visando a erradicação

(HUMBLET et al., 2009).

É de extrema importância o conhecimento da real situação epidemiológica das

doenças de curso zoonótico, especificamente a tuberculose, em cada Estado e região,

principalmente quando se pretende implementar um programa de controle e erradicação, pois

permite escolher as melhores estratégias, na dependência da frequência e padrão de

distribuição das doenças nas sub populações estudadas e o conhecimento da situação inicial

da mesma contribuindo para o acompanhamento do andamento do programa e julgamento,

racional da necessidade de promover correções, evitando o desperdício de tempo e recursos

(FERREIRA NETO, 2010).

O conhecimento da frequência de doenças fornece subsídios para a melhoria de

programas de saúde nacional (SABEDOT et al., 2009). Para Lilenbaum, (2007) a

identificação de práticas e manejo que possam estar associadas à disseminação da doença

pode representar uma importante ferramenta para a erradicação da tuberculose em rebanhos

leiteiros.

3 MATERIAL E MÉTODOS

Esse estudo acadêmico fundou-se a partir de uma revisão de literatura que buscou

realizar uma análise crítica, objetiva, meticulosa e ampla das publicações correntes acerca do

tema tuberculose bovina, sendo realizada entre os meses de outubro do ano de 2016 a

fevereiro de 2018, a linha de pesquisa baseou-se pela investigação em livros, artigos

científicos e boletins informativos.

Após agrupamento dos dados, deu-se a sequencia em leitura do material e as principais

informações foram compiladas, inclusive sob forma de figuras, tabelas e informações

prescritas. Posteriormente, realizou-se uma análise descritiva das mesmas buscando uma

compreensão e ampliação do conhecimento sobre o tema.

Foram revisados artigos científicos indexados nas bases de dados SINAN (Sistema de

Agravo de Notificação), PubMed (National Center for Biotechnoloy Information) e Scielo

(Scientific Eleronic Library Online), Google Acadêmico, Periódicos capes e Science direct,

nos idiomas português, inglês e espanhol; disponíveis on-line, de forma completa e gratuita.

Desta forma, buscou-se não apenas realizar uma repetição do que já foi escrito, mas,

proporcionar uma nova abordagem acerca do tema.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto o impacto econômico da doença eleva grandes percas junto a pecuária

desencadeando morbidade e letalidade no mundo, em especial países em desenvolvimento.

Devido a doença ser uma zoonose, o curso clinico e patológico denota dimensões

imensuráveis aos prejuízos econômicos, como perdas de peso ao gado de corte, diminuição a

produção leiteira e derivados, descarte precoce de animais de alto valor zootécnico, e também

exposição aos grupos ocupacionais. Faz-se necessário ter estudos científicos mais apropriados

com a busca de resultados eficientes no tocante vigilância sanitária, modelo profissional,

qualidade aos produtos sem risco sanitário.

Buscando melhorias junto a saúde pública veterinária em detrimento à infecção por M.

bovis, em especial as populações em risco, como tratadores de rebanhos e trabalhadores da

indústria de carnes, sendo viável conciliar setores diversos na busca de politicas especificas

junto a doença e o controle efetivo requerendo a colaboração multissetorial, envolvendo a

saúde humana, medicina veterinária, educação, meio ambiente e saneamento.

E, organizar as regulamentações vigentes em cada região, bem como as medidas

adequadas à situação epidemiológica local, deve ser elaboradas e implantadas de forma

racional e conjunta, levando a um monitoramento mais rigoroso e consolidando programas de

vigilância para o controle da infecção por Mycobacterium bovis em animais e no homem.

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