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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Gabryela Linhares Leite
Qualidade da água em clínicas odontológicas: um olhar para a cidade de
Patos-Paraíba
PATOS/PB 2016
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Gabryela Linhares Leite
Qualidade da água em clínicas odontológicas: um olhar para a cidade de
Patos-Paraíba
Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, para obtenção do Grau de Licenciada em Ciências Biológicas.
Orientador: Prof. Dr. Veneziano Guedes de Sousa Rêgo.
PATOS/PB 2016
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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSRT DA UFCG
L533q Leite, Gabryela Linhares
Qualidade da água em clínicas odontológicas: um olhar para a cidade de
Patos-Paraíba / Gabryela Linhares Leite – Patos, 2016. 35f.: il. color.
Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Biológicas) – Universidade
Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, 2016.
"Orientação: Prof. Dr. Veneziano Guedes de Sousa Rêgo”
Referências.
1. Clinica odontológica. 2. Qualidade da água. 3. Examinação
microbiológica. I. Título.
CDU 37: 664
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AGRADECIMENTOS
“Em todas as minhas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.” Rm 8:37.
Agradeço em primeiro lugar a Deus, que sempre está presente na minha vida me possibilitando a realizar meus sonhos, nunca me permitindo desistir.
Agradeço aos meus pais (Gilberto e Setruna) por toda dedicação e empenho para tornar meus sonhos realidade, sempre me apoiando e me compreendendo nas minhas escolhas, eles são as pessoas mais importantes da minha vida. Aos meus pais minha eterna gratidão.
Obrigada aos meus irmãos (Grazyelle e Gilbertinho) que mesmo distante sempre me apoiaram e torcem por minhas conquistas.
Reverencio o Professor Dr. Veneziano Guedes de Sousa, pela sua dedicação e orientação deste trabalho, pelos ensinamentos dados que irei levar para sempre comigo.
Meus agradecimentos aos funcionários da CAGEPA de Patos-PB, por toda atenção e colaboração dada durante a minha pesquisa.
Aos Professores do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas agradeço por todos os ensinamentos dados ao longo do curso.
As clínicas odontológicas por me permitirem realizar a pesquisa.
E por fim, agradeço aos meus amigos e amigas feitas ao longo desses anos na Universidade por todo companheirismo, por poder compartilhar alegrias, conhecimentos e outras tantas lembranças que guardarei sempre comigo em especial Juliana, Géssica, Lorena e Maedy. As minhas amigas de apartamento por sempre me ajudarem e me apoiarem quando eu preciso (Jakeline e Thamara).
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LEITE, Gabryela Linhares. Qualidade da água em clínicas odontológicas: um olhar para a cidade de Patos-Paraíba. Monografia (Graduação) Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas/ Centro de Saúde e Tecnologia Rural da Universidade Federal de Campina Grande. Patos/Paraíba, 25p. 2016.
RESUMO
A qualidade da água em clínicas odontológicas tem grande importância para saúde dos pacientes, visto que a água entra em contato direto com os tecidos internos, podendo carregar microrganismos e demais partículas capazes de favorecer infecções. Na cidade de Patos clínicas odontológicas apresentam qualidade da água suspeita, demandando cuidados aos padrões de potabilidade. Diante desta problemática se justifica novas pesquisas que investiguem e sensibilize profissionais de odontologia em Patos/PB. O presente trabalho objetivou verificar a qualidade da água de clínicas odontológicas. Foram selecionadas cinco clínicas odontológicas considerando a maior demanda de pacientes. Foi verificada a qualidade microbiológica da água utilizada na seringa tríplice e comparada com a qualidade da água da CAGEPA. Foi usado o substrato Colilert para a determinação da presença ou ausência de microrganismo. Os resultados provenientes das amostras das clinicas odontológicas (A, B, C, D e E), apresentaram ausência de Coliformes Totais e de Escherichia coli. Foi verificado que nas bombas de águas da CAGEPA localizadas em bairros distintos a água apresentou mesma ausência. Concluiu que as clinicas estudadas apresentam bons resultados na qualidade da água assegurando seus procedimentos odontológicos.
Palavras-chave: Clínica odontológica. Qualidade da água. Examinação microbiológica.
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LEITE, Gabryela Linhares. Water quality in dental clinics: a look at the city of Patos/Paraiba. Monograph (Undergraduate) Degree in Biological Sciences / Health Center and Rural Technology, Federal University of Campina Grande. Patos/ Paraíba, 25p. 2016
ABSTRACT
The water quality in dental clinics is very important for the health of patients, as water comes into direct contact with internal tissues and can carry microorganisms and other particles capable of favoring infections. In the city of dental clinics of Patos/PB have quality suspicion water, requiring care for potability standards. Faced with this problem is warranted further research to investigate and dental professionals sensitizes in Patos/PB. This study aimed to verify the quality of water from dental clinics. Five dental clinics were selected considering the increased demand of patients. The microbiological quality of water used in the triple syringe and compared to the quality of water CAGEPA was verified. Colilert substrate was used to determine the presence or absence of microorganism. The results from the samples of dental clinics (A, B, C, D and E) showed absence of Total Coliforms and Escherichia coli. It was found that the CAGEPA of water pumps located in different neighborhoods the water showed the same absence. It concluded that the clinical study had good results in water quality ensuring their dental procedures.
Key words: Ontological clinic. Water quality. Microbiological examination.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Localização de Patos-PB................................................................................... 23 Figura 2- Coleta de água nas diferentes clinica odontológica em Patos-PB.................. 28 Figuras 3- Resultados do método cromofluorogênico com ausência de Coliformes
Totais.................................................................................................................................... 28
Figura 4- teste de fluorescência (luz azul) indicando ausência por Escherichia coli………………................................................................................................................
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Clínicas investigadas e fonte da água consumida nos procedimentos
odontológicos...............................................................................................................
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Tabela 2- Análise microbiológica da água presentes nos equipos odontológicos Observando a presença ou ausência de Coliformes Totais e Escherichia coli.......
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Tabela 3- Análise microbiológica da água da CAGEPA de Patos-PB nos meses de
agosto a setembro de 2016 observando presença ou ausência de Coliformes Totais e Escheerichia coli ........................................................................................
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 11
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................. 13
2.1 PNRH e potabilidade água.......................................................................... 13
2.2 Biossegurança em clínicas odontológica................................................. 15
2.2.1 Clínicas de Patos PB.................................................................................. 16
2.3 Relações entre a água contaminada e/ou poluída com a saúde
humana............................................................................................................
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2.3.1 Cirurgias e infecção................................................................................... 18
2.4 Principais baterias presentes na água Coliformes totais e
Escherichia coli................................................................................................
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2.5 O uso da água nas clínicas de odontologia............................................ 20
3 MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................. 22
3.1 Caracterização e localização da área de estudo..................................... 22
3.2 Metodologias da Pesquisa........................................................................ 23
3.2 2 Caracterização das clínicas...................................................................... 23
3.2 3 Coletas da água nas clínicas odontológicas e da CAGEPA...................... 23
3.2 4 Procedimento de coleta............................................................................. 24
3.2 5 Análise microbiológica............................................................................... 25
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................... 27
4.1 - Qualidade da água em clinicas odontológicas....................................... 27
4.2 - Comparação da qualidade da água entre clinicas e CAGEPA............. 28
5- CONCLUSÃO................................................................................................. 30
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 31
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1. INTRODUÇÃO
No mundo a água utilizada em clínicas odontológicas merece atenção
redobrada no que diz respeito a sua qualidade, tendo que seguir os padrões de
potabilidade, pois nos procedimentos odontológicos os pacientes ficam expostos
a microrganismos presente na água.
No Brasil existe um olhar menos cuidadoso com essa qualidade
ocasionada pela falta de saneamento básico, esgotos domésticos e indústrias
não tratadas e no Estado da Paraíba não é diferente. Na cidade de Patos/PB
clínicas odontológicas demanda maiores cuidados quanto à qualidade da água.
Sabe-se que a qualidade da água é de fundamental importância para
saúde dos pacientes, visto que a água entra em contato direto com os mesmos,
podendo ser carregada de microrganismos e de demais partículas capazes de
favorecer infecções.
Segundo Araújo, Souza e Silva (2002) o uso da água em clínicas
odontológicas requer grandes cuidados, sendo preciso da ênfase as normas de
biossegurança minimizando os meios de transmissão de infecção através de
bactérias encontrados nas turbinas de alta rotação nas seringas de ar-água dos
equipos odontológicos.
Diante desta problemática se justificam novas pesquisas que possam
contribuir com a conscientização dos cirurgiões dentistas das clínicas
odontológicas de Patos-PB sobre o cuidado com as infecções de seus pacientes
relacionadas com a qualidade da água, visto que há poucos trabalhos voltados
para essa temática.
Neste sentido questiona-se: “á água disponível nas clínicas de odontologia
de Patos pode ser considerada potável”? Se não há alteração dos padrões
microbiológicos, então, a água das clínicas odontológicas é potável sobre este
enfoque.
Sabe-se que cada dia é mais importante confiar na água que se usa,
principalmente, quando ingerimos ou entramos em contato direto em
procedimentos invasivos.
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De acordo com Watanabe et. al., (2003, 2006, 2007) a água do equipo
odontológico é uma fonte de contaminação em virtude da formação de biofilmes
e desprendimento de microrganismos.
Neste contexto, o objetivo da presente pesquisa foi verificar a qualidade da
água nas clínicas odontológicas de Patos-PB e compará-la com a qualidade da
água fornecida pela CAGEPA.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e potabilidade da água
O PNRH é considerado um instrumento orientador da gestão, com um
caráter de construção permanente, fruto da participação e do diálogo
multidisciplinar. Sua aplicabilidade envolve uma complexa rede de instituições
que atuam nas dimensões, nacional, estadual e local, tendo em vista, a
concretização dos seus objetivos estratégicos, pautados na disponibilidade da
água para atender seus diferentes usos, com atenção especial ao meio ambiente
(WOLKMER; PIMMEL, 2013).
Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), aprovado em 2006 pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos, por meio da Resolução nº 058, de 30 de janeiro de 2006, configura-se, portanto, em um instrumento norteador da implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e da atuação do SINGREH. Em acordo com os fundamentos da descentralização e da participação na gestão dos recursos hídricos, preconizados pela Lei 9.433/97, o PNRH 2006-2020 é o resultado do esforço de construção coletiva de um planejamento nacional para a área de recursos hídricos, que mobilizou atores do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) e da sociedade, nas 12 Regiões Hidrográficas brasileiras (MMA, 2011).
A água é um bem público indispensável para a vida e sua importância para
a saúde pública é largamente reconhecida; porém, mais de um bilhão de pessoas
em todo o mundo não têm acesso à água tratada, entre as quais 19 milhões
residem no Brasil (FRAZÃO et. al., 2011).
Segundo Torres et. al., (2000) hoje, sabe-se da importância de se tratar a
água destinada ao consumo humano, pois, é capaz de veicular grande
quantidade de contaminantes físico-químico e/ou biológicos, cujo consumo tem
sido associado a diversos problemas de saúde.
De acordo com a Organizacion Pan-americana de La Salud (2000)
algumas epidemias de doenças gastrointestinais, por exemplo, têm como via de
transmissão a água contaminada.
Para Tucci, Hespanhol e Horowitz (2002), entre os patógenos mais
comuns, incluem-se Salmonella spp., Shigella spp., Escherichia coli,
Campylobacter spp., dentre outros.
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O PNRH tem como objetivo geral estabelecer um pacto nacional para a
definição de diretrizes e políticas públicas voltadas para a melhoria da oferta de
água, em qualidade e quantidade, gerenciando as demandas e considerando a
água como elemento estruturante para implementação das políticas setoriais, sob
a ótica do desenvolvimento sustentável (MMA, 2011).
Para que a água seja considerada potável, os parâmetros físico-químicos
e microbiológicos deverão estar de acordo com a Portaria Nº 2. 914 de 12 de
dezembro de 2011 do Ministério da Saúde, que dispõe sobre os procedimentos
de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu
padrão de potabilidade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011).
A água é uma substância química composta por dois átomos de
hidrogênio e um átomo de oxigênio, formando, assim, a molécula H2O. Toda
água disponível na natureza que possui características e substâncias que não
oferecem riscos para os seres vivos que a consomem, como animais e homens,
é considerada água potável. A água, em condições normais de temperatura e
pressão, predomina em estado líquido e, aparentemente, é incolor, inodora e
insípida e indispensável a toda e qualquer forma de vida (GRASSI, 2013).
Apesar da quantidade total de água existente na Terra, na ordem de 1.386
milhões de km³, manter-se estável assim como as formas de sua distribuição,
somente uma restrita fração da massa líquida do planeta é própria para consumo
humano. A água doce em estado livre na natureza perfaz um total de apenas 0,
0002% do volume total mundial, ou seja, água potável plenamente acessível aos
seres humanos constitui um estoque pequeno em comparação com os demais
estados geofísicos dos recursos hídricos (UNESCO, 2009).
O acesso à água potável é um problema crucial para uma grande parte de países em desenvolvimento. O nexo entre pobreza e recursos hídricos é evidente, assim, o número de pessoas que vivem com menos de US$ 1,25 por dia coincide, aproximadamente com o número de pessoas que não têm acesso à água de qualidade. Desse modo, 80% das doenças nesses países estão associadas à água e provocam, anualmente, a morte prematura de três milhões de pessoas. Sem esquecer que, em cada período de 17 segundos, uma criança morre de diarreia no nosso planeta. Se houvesse melhoria no abastecimento, saneamento e na gestão dos recursos hídricos seria possível evitar, em escala internacional, um décimo das doenças (UNESCO, 2009).
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Segundo dados do UNIAGUA (2012), o Brasil é o maior depositário natural
de águas doces do planeta e detém 11,6% de toda a água doce superficial do
mundo, sendo que 70% da água disponível estão localizadas na região
Amazônica, onde se encontra a menor densidade populacional. A região
Nordeste, que é a mais pobre e também a mais árida, concentra 30% da
população brasileira e possuí apenas 5% da água doce.
As regiões Sul e Sudeste, onde estão concentradas cerca de 60% da
população dispõem de 12,5% da água doce. No entanto o país enfrenta graves
problemas sociais relacionados com a água, que vai desde situações de
carência absoluta até o desperdício franco; passando por problemas de baixa
qualidade por contaminação orgânica e química, falta de consciência para o
reuso, entre outras (AUGUSTO et. al., 2012).
2.2 Biossegurança em clínicas odontológica
Em odontologia, biossegurança é definida como um conjunto de medidas
empregadas com a finalidade de proteger a equipe e os pacientes em ambiente
clínico. Tais medidas preventivas têm como objetivo a redução dos riscos
ocupacionais e controle da infecção cruzada (RAMACCIATO, 2007).
A biossegurança é uma ciência nova multidisciplinar, que da ênfase as
ações de prevenção, diminuição ou eliminação dos riscos próprios à atividade. É
importante que os cirurgiões dentistas reciclem periodicamente seus
conhecimentos sobre mais procedimentos de biossegurança (FREITAS, 2012).
Atualmente, o termo biossegurança ocupa espaço importante na área da
Saúde. O estabelecimento de normas e rotina de biossegurança nas clinicas
odontológicas é fundamental. Várias são as condutas necessárias para garantir o
bloqueio da transmissão de microrganismos patogênicos interrompendo a
contaminação cruzada. O comportamento do profissional frente ao descuido com
protocolos de biossegurança pode tornar alarmante o risco de infecção cruzada
(PIMENTEL et. al., 2012).
Cuidados específicos no que diz respeito ao cumprimento dos
procedimentos de biossegurança são essenciais, e faz-se necessário que toda a
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classe odontológica se conscientize de que durante o atendimento clínico devem
ser realizadas técnicas assépticas, pois este ambiente é considerado de risco. No
entanto, tais mudanças não devem ser encaradas como obstáculos e sim como
um passo importante a ser colocado em prática pela equipe odontológica
(PIMENTEL et. al., 2012).
O profissional de saúde, assim como o usuário dos serviços de saúde,
encontra-se expostos a diversos riscos na prática diária, sendo que, para
minimizar, prevenir ou reduzir estes riscos, é necessária a adoção de medidas de
precauções padrão (CRO-SC, 2009).
Segundo o Manual de Conduta do Ministério da Saúde as normas a serem seguidas pela equipe odontológica com finalidade de prevenir as infecções cruzadas são: cuidados com o ambiente e superfície de trabalho (limpeza, desinfecção e barreiras mecânicas de proteção); cuidados com o profissional e sua equipe de trabalho (imunizações, lavagem, secagem das mãos e uso de equipamento de proteção individual como: avental comprido de manga longa e gola alta, óculos com proteção lateral, gorro, máscara e luvas descartáveis); cuidados com o paciente (bochecho com solução antisséptica, paramentos e particularidades nas diversas especialidades); cuidados com os materiais contaminados (desinfecção por imersão, lavagem manual e ultrassônica, embalagens e métodos de esterilização) (BRASIL 2000).
2.2.1 Clínicas odontológicas de Patos PB
Pimentel e colaboradores (2012) tendo em vista essa importância da
biossegurança nas clinicas odontológicas fez um estudo nas clinicas de
odontologia da UFPB onde foi confirmado que 94,0% dos alunos não realizam
desinfecção pré-lavagem, 86,2% sempre fazem a lavagem dos instrumentais
antes da esterilização e 2,5% utilizam proteção das mãos adequada para este
fim. A desinfecção das superfícies é realizada por 52% dos alunos e a barreira
mecânica é habitualmente utilizada por 73% deles.
Ainda segundo os mesmo autores foi encontrada falta de padronização
nos procedimentos de biossegurança. No que concerne etapas de esterilização,
a principal falha está nos procedimentos de desinfecção pré-lavagem e lavagem,
independente do período a desinfecção de superfícies e proteção mecânica não
são efetivamente feitas. Nas comparações entre períodos, os alunos dos mais
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avançados apresentam melhores índices quanto à organização do material para
esterilização, desinfecção e proteção mecânica de algumas áreas do consultório,
quando comparados ao quinto semestre. Este trabalho sugere a necessidade de
difundir a importância de medidas preventivas e protocolos rigorosos dentro dos
centros acadêmicos, influenciando, assim, na formação e manutenção de hábitos
corretos durante a vida profissional (Pimentel et. al., 2012).
De acordo com Ferreira (1995), as duas palavras indispensáveis na luta
contra a contaminação dos ambientes odontológicos é a informação e
determinação no cumprimento do protocolo de controle de doenças
infectocontagiosas que é para os profissionais da área um dos grandes desafios
diários.
Nas clínicas odontológicas, assim como as clinicas odontológicas de Patos
Paraíba, o cuidado principalmente do que diz respeito a origem da água usada
nos procedimentos odontológicos, é preocupante, ainda a uma grande
fragilidade no que diz respeito à biossegurança, podendo essa se não for seguida
adequadamente, proporcionar contaminações, e infectar os pacientes nos
procedimentos odontológicos (Ferreira, 1995).
2.3 Relações entre a água e a saúde humana
A água tem fundamental importância para manutenção da vida no planeta,
é um recurso natural dos mais importantes, sem ela não haveria vida (BACCI e
PATACA, 2008).
A água é essencial em todos os seguimentos da vida, sendo considerado
um recurso insubstituível. O corpo humano consiste de, aproximadamente, 75%
de água e o cérebro consiste em cerca de 85% (YAMAGUCHI et. al., 2013).
Ainda segundo os mesmos autores a relação entre água, higiene e a
saúde é um conceito que acompanha o gênero humano desde o início da
civilização. A água pode ser contaminada no ponto de origem, durante a sua
distribuição e, principalmente, nos reservatórios particulares, sejam eles de
empresas ou domiciliares. As causas mais frequentes da contaminação da água
nesses reservatórios são a vedação inadequada das caixas d’água e cisternas, e
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carência de um programa de limpeza e desinfecção regular e periódica
(YAMAGUCHI et. al., 2013).
De acordo com a UNESCO (2009), a falta de água de potável para ser
ingerida e usada na higiene é a principal responsável, pela morte a cada ano, de
11 milhões de crianças com menos de 5 anos, por doenças e má nutrição, pela
fome crônica de cerca de 1 bilhão de pessoas, pela falta de segurança alimentar
que, segundo a FAO, acomete 2 bilhões de pessoas, além de manter mais de 60
milhões de crianças longe das escolas.
Nos países em desenvolvimento, em virtude das precárias condições de
saneamento e da má qualidade das águas, as doenças diarreicas de veiculação
hídrica, como, por exemplo, febre tifoide, cólera, salmonelose, shigelose e outras
gastroenterites, poliomielite, hepatite A, verminoses, amebíase e giardíase, eram
responsáveis por vários surtos epidêmicos e pelas elevadas taxas de mortalidade
infantil, relacionadas à água de consumo humano % (YAMAGUCHI et. al., 2013).
Em Londres, no início do século XX, o anestesiologista inglês John Snow
estudou a ocorrência de casos de cólera associando-os com o consumo da água
contaminada proveniente de poços e determina medidas de controle para a água
fornecida para a população (MACIEL FILHO et. al., 2000).
Segundo o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos CDC
(2015) ocorreu 20 casos de infecção causada por Mycobacterium que são micro
bactérias causadora de tuberculose, de crescimento rápido, encontradas com
frequência no ambiente, em água, solo e poeira. Causa comum de infecção da
pele e dos tecidos moles igualmente podem causar doenças em múltiplos
órgãos, na clínica Odontopediátrica na Georgia – USA, estes surtos foram
causados por água contaminada usada durante pulpotomias, que introduziu M.
abcessus na câmara do dente durante a irrigação e de preparo. M.
abscessus pode causar infecção grave em crianças imunocompetentes,e por
meio de ser comum no meio ambiente, representa um risco de contaminação.
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2.3.1 Cirurgias e infecção
A água empregada nos diversos procedimentos clínicos executados na
cavidade bucal dos pacientes é proveniente de um dos equipamentos mais
importantes do consultório odontológico, o equipo. Nele encontram-se os
instrumentos essenciais utilizados pelo cirurgião-dentista: a seringa tríplice, que
fornece água e ar para lavagem e enxágue da cavidade bucal dos pacientes e os
instrumentos de rotação que, com a adaptação de várias pontas (brocas,
escovas, discos), são empregados em todas as especialidades odontológicas
possibilitando desde uma simples profilaxia até uma ostectomia durante uma
intervenção cirúrgica (HIRAN, BULLA, MELLO, MORENO TOGNIM, GARCIA,
2000).
Várias doenças infecciosas podem ser transmitidas durante o
procedimento dentário como Hepatites B e C, infecções herpéticas, tuberculose e
infecções por HIV. Contudo, outros microrganismos, tais como Pseudomonas spp
e Legionella spp podem constituir uma ameaça importante e perigosa para a
saúde dos humanos. São frequentemente detectados nas linhas de água
(GOKSAY, COTUK e ZYBEC, 2008).
2.4 Microrganismos indicadores de qualidade da água.
A pureza bacteriológica é o mais importante parâmetro, pois é ele que
determinará a real qualidade da água. E. coli é indicador de contaminação fecal
do trato intestinal de animais de sangue quente, onde contém um grande número
de bactérias que são eliminadas com as fezes. A presença das bactérias do
grupo dos coliformes na água de um rio significa que esse rio recebeu matérias
fecais, ou esgotos. Por outro lado, são as fezes das pessoas doentes que
transportam, para as águas ou para o solo, os micróbios causadores de doenças
(DEBERDT, 2016).
O grupo coliforme é formado por um número de bactérias que inclui os
gêneros Klebsiella, Escherichia, Serratia, Erwinia e Enterobacteria. Todas as
bactérias coliformes são gram-negativas, de hastes não esporuladas que estão
associadas com as fezes de diversos animais homeotermos e com o solo. Este
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grupo de bactérias coliformes termo tolerantes recebe esta denominação porque
se reproduzem ativamente a 44,5ºC e são capazes de fermentar carboidratos
(DOZZO, 2011).
Geralmente, na determinação de coliformes, realiza-se a diferenciação
entre os de origem fecal e não fecal. Os coliformes não fecais como a Serratia e
Aeromonas, são encontrados no solo e vegetais, possuindo a capacidade de se
multiplicarem na água com relativa facilidade. No entanto, os coliformes de
origem fecal, não se multiplicam facilmente no ambiente externo e são capazes
de sobreviver de modo semelhante às bactérias patogênicas (ZULPO et. al.,
2006).
A presença de coliformes termo tolerantes em água potável é o melhor
indicador de que existe risco a saúde do consumidor (DIAS, 2008). Algumas
cepas patogênicas de Escherichia coli, com endotoxinas potentes podem causar
diarreias moderadas a severas, colite hemorrágica grave, e a síndrome
hemolítica urêmica (SHU) em todos os grupos etários, podendo levar à morte
(ZIESE et. al., 1996).
2.5 O uso da água nas clínicas de odontologia
A qualidade da água é um aspecto de relevada importância para os
profissionais da saúde e seu “status” higiênico está diretamente ligada à sua
condição microbiológica. No sistema de água dos equipos odontológicos é
necessário um controle em sua manutenção, pois há a possibilidade do risco de
infecções cruzadas quando os mesmos não estão de acordo com as medidas de
biossegurança e normas estabelecidas (BRASIL, 2006).
O controle da contaminação biológica em ambientes de atendimento de
serviços de saúde possui importância fundamental. Patógenos podem ser
transmitidos aos pacientes e aos profissionais de saúde. O atendimento
odontológico se mostra como um fator de risco para diversas infecções,
principalmente em pacientes imunocomprometidos (CLAUDINO et. al., 2011).
Segundo os autores supracitados os equipamentos utilizados
rotineiramente nos serviços de odontologia, como turbina de alta-rotação, seringa
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tríplice e equipamento de profilaxia necessitam de água para que propiciem
funcionamento e eficácia adequados. Estes equipamentos são conectados por
um sistema de pequenas tubulações plásticas até um reservatório central, a partir
do qual a água é fornecida. As tubulações destes equipamentos geralmente são
de composição plástica apresentando diâmetro reduzido e longa extensão,
possibilitando a formação de biofilme no seu interior, principalmente nos períodos
em que os equipamentos não são utilizados, quando os microrganismos
multiplicam-se aumentando sua contagem.
O biofilme, geralmente presente nas tubulações de água dos
equipamentos odontológicos, tem o potencial de contaminação da água que
chega a cavidade oral dos pacientes através de “pontas” como a turbina de alta-
rotação e a seringa tríplice. Os equipos odontológicos, geralmente, apresentam
um sistema pneumático para acionamento de seus instrumentos de ponta como
as turbinas de alta e baixa rotação e a seringa tríplice. Este sistema, ao término
de sua ação, apresenta um refluxo de água em suas tubulações, com a
possibilidade de que microrganismos presentes na cavidade oral dos pacientes,
dentre eles as bactérias heterotróficas, que são os principais colonizadores da
cavidade oral, sejam aspirados para o interior das tubulações do equipo,
podendo dar início à geração de um biofilme (CLAUDINO et. al., 2011).
A qualidade microbiológica da água que abastece os equipamentos
odontológicos é de extrema importância, uma vez que o paciente e o profissional
estão frequentemente expostos a ela por meio de sprays e aerossóis decorrentes
do uso desses equipamentos. Entretanto, esta água utilizada nos equipamentos
odontológicos não é estéril e pode apresentar um elevado índice de
contaminação bacteriana, possibilitando a presença de microrganismos
patogênicos que disseminados na cavidade oral do paciente, têm o potencial de
desenvolver processos infecciosos bucais e generalizados. Ressalta-se o fato de
que a água que abastece tais equipamentos é, geralmente, oriunda de fontes
potáveis, esperando-se, portanto que apresente baixa contagem de
microrganismos (DISCACCIATI et. al., 1998).
Entretanto, a água que chega ao equipo odontológico, geralmente, contém
pequeno número de microrganismos, uma vez que na maioria das vezes é a
mesma consumida pela população. Segundo Prevost et. al., (1995), no Japão, o
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limite é de 100 UFC/ml, na Europa de 200 UFC/ml e nos Estados Unidos de 500
UFC/ml. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, portaria número 518 de
25 de março de 2004, é de 500 UFC/ml de água. Além disso, a American Dental
Association (ADA) lançou o desafio e recomendou que o nível de contaminação
bacteriana nas águas de equipo odontológicos não excedesse mais de 200
UFC/ml até o ano 2000 (WATANABE et. al., 2006).
Deve-se promover a conscientização profissional em relação ao uso
adequado de procedimentos de controle de infecção em ambientes de
atendimento, ressaltando-se a importância em se aprimorar sistemas de proteção
profissional e dos pacientes por meio de processos de desinfecção que reduzam
o risco de infecção associada ao uso da água em equipamentos odontológicos
(CLAUDINO et. al., 2011).
23
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Caracterização e localização da área de estudo
O trabalho foi realizado no município de Patos, localizado na mesorregião
do Sertão Paraibano, porção central do Estado da Paraíba, Brasil (Figura 1).
FIGURA 1- Localização de Patos-PB Fonte: Medeiros, 2016
Segundo o IBGE (2010), a sede do município de Patos-PB fica a 245 m de
altitude em relação ao nível do mar, apresenta uma posição geográfica
privilegiada que lhe proporciona uma importância singular, determinada pelos
paralelos 70 01’ 28” de Latitude Sul e 370 16’ 48” Longitude Oeste.
De acordo com Cavalcante (2008) Patos/PB limita-se, ao Norte com o
município de São José de Espinharas (a 28 km de distância), ao Sul, com São
José do Bonfim (a 16 km de distância), ao Leste, com São Mamede e a Oeste,
com Santa Terezinha (a 20 km de distância).
A região apresenta um clima semiárido, com uma estação chuvosa de
janeiro a maio, onde ocorre mais de 90% das chuvas e uma estação seca. A
temperatura média anual é de 30,6 °C (mínima de 28,7 °C e máxima de 35,5 °C),
havendo pouca variação durante o ano. (MOREIRA et. al., 2006).
24
Patos/PB possui uma população de 100.674 habitantes, tendo a 5ª maior
população urbana do estado (IBGE, 2010).
3.2 Metodologia da Pesquisa
Tratou-se de pesquisa básica quanto à natureza, exploratória quanto aos
objetivos, experimental e bibliográfico quanto aos procedimentos.
A pesquisa básica objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o
avanço da ciência sem aplicação prática prevista. [...] pesquisa exploratória:
quando a pesquisa se encontra na fase preliminar, tem como finalidade
proporcionar mais informações sobre o assunto. [...] quanto aos procedimentos
técnicos, ou seja, a maneira pela qual obtemos os dados necessários para a
elaboração da pesquisa (PRODANOV, 2013).
3.2 1 Clínicas selecionadas
Foram selecionadas cinco clínicas odontológicas. Para escolha das
clínicas foi observado à demanda pelos serviços da comunidade, o número de
alunos que frequenta as instituições, bem como, a possibilidade de contar na
pesquisa com dados oriundos de clínica particular, clínica pública, clínica mais
sofisticada, clínica menos sofisticada, clínica escola, de for que um olhar geral
sobre as principais clínicas da cidade de Patos fosse favorecido.
.
3.2 3 Coletas da água nas clínicas odontológicas e da CAGEPA
Foram coletadas das seringas tríplices duas amostras, (duas repetições)
de água de cada clínica odontológica selecionadas em Patos-PB e foram coletas
amostras de água fornecidas pela CAGEPA localizada na Rua Severino Soares,
Bairro Jardim Guanabara de Patos-PB. As coletas de água foram feitas nas cinco
clínicas odontológicas realizadas nos dias 02 de setembro e 10 de setembro de
2016, a primeira coleta começou a partir das 08h: 45min na clínica A, 08h55min
na clínica B, 09h: 10min na clínica C, 09h: 30min na clínica D e 09h: 45min na
clínica E. A segunda repetição da coleta das amostras foi realizada dia 10 de
setembro de 2016, a mesma teve início a partir das 08h: 20min na clínica A, 08h:
25
30min na clínica B, 08h: 45min na clínica C, 09h: 00min, 09h: 20min na clínica D
e 09h: 45min na clínica E. As analises das amostras da água da CAGEPA-PB
foram disponibilizadas pelos funcionários cujas mesmas são referentes aos
meses de Agosto e Setembro de 2016.
Foi feito pelo método padrão utilizado mundialmente de Standard
Methodes for Examination of Water and Waste Water para examinação das
águas das clínicas odontológicas e das fornecida pela CAGEPA, assim como foi
usado o método visual, da observação usando o próprio senso para
complementar os dados do exame técnico microbiológica da água.
“O método observacional é um dos mais utilizados nas ciências sociais e
apresenta alguns aspectos interessantes, pode ser tido como um do mais
moderno visto ser o que possibilita o mais elevado grau de precisão nas ciências
sociais.” o cientista toma providências para que alguma coisa ocorra, a fim de
observar o que se segue, ao passo que, no estudo por observação, apenas
observa algo que acontece ou já aconteceu (PRODANOV (2013).
3.2 4 Procedimentos da coleta
Para as análises microbiológicas a água coletada foi imediatamente
colocada em recipientes de polietileno com capacidade de 300 ml esterilizados
em autoclave a 121ºC e tratados com tiossulfato de sódio a 2%, a fim de
neutralizar a ação do cloro por ventura existente, conforme Fernandes (2010). Os
frascos foram distanciados do corpo durante o enchimento e fechados
cuidadosamente ao término sem que houvesse quaisquer filtragens e/ou
tratamentos da água coletada. Os recipientes foram acondicionados em caixa de
material isotérmico contendo gelo para manter a temperatura baixa e conservar
as amostras. Ao final da coleta transportou-se o material para o Laboratório de
Analises de Água da CAGEPA de Patos-PB.
Durante as coletas houve a colaboração de toda a equipe das clínicas
odontológicas e dos profissionais da CAGEPA de Patos-PB.
26
3.2 5 Análise microbiológica
As analises microbiológica foram realizadas nos mesmos dias das coletas.
A primeira repetição das amostras coletadas nas clínicas odontológicas de Patos-
PB, teve entrada no laboratório da CAGEPA de Patos-PB às 10h 10min no dia 02
de setembro de 2016 e a segunda repetição das amostras teve entrada no
laboratório às 10h 20min no dia 10 de setembro de 2016, na qual foram
analisadas a determinação da presença/ausência de Coliformes Totais e
Escherichia coli, através da analise microbiológica da água.
No laboratório foi feita a assepsia da bancada utilizando álcool a 70%. Foi
retirado alíquota de cada amostra coletada e adicionado o substrato Colilert para
reagir com 100 ml da água em frasco de vidro transparente com capacidade para
300 ml pelo processo de homogeneização. Foram encaminhadas as amostras
para uma estufa de cultura (502 ORION) a 37ºC de temperatura. Após incubação
de 24 horas foi feita a leitura para a determinação da presença ou ausência de
Coliformes Totais e de Escherichia coli, sendo utilizada a técnica enzimática de
substrato definido (colilert) baseada na ação das enzimas das bactérias que
alteram a cor da água. Para a verificação de Coliformes Totais foi observada a
cor da água e para verificação da presença de Escherichia coli verificou-se a cor
por meio do teste de fluorescência.
27
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi possível avaliar a realidade mais imediata, com uma ressalva limitante
para a cor da água (alterada em algumas clínicas e que demandaria análise
físico química, não contemplada no presente estudo).
4.1 - Qualidade da água em clínicas odontológicas
Observou a pesquisa que o critério para escolha das clinicas possibilitou
incluir as clinicas mais diversas, assim caracterizadas.
Clinica A (particular) - Centro de Ortodontia e Estética (COE)
localizada na Rua Peregrino Filho, no Bairro Brasília;
Clínica B (clínica popular) Odonto Patos, localizada na Rua Pedro
Firmino no Centro da cidade de Patos-PB, foi citada como clínica B;
Clínica C (clínica PSF) Rita Palmeira, localizada na Rua Titico
Gomes, no Bairro Belo Horizonte;
Clínica D (clínica escola) Faculdade integrada de Patos (FIP),
localizada na Rua Horácio Nobrega no Bairro Belo Horizonte;
Clínica E (clínica escola) Universidade Federal de Campina Grande
(UFCG), localizada na Avenida Universitária no Bairro Santa
Cecília.
Durante as coletas foi verificada a fonte de água das clínicas (Tabela 1).
Tabela 1. Clínicas investigadas e fonte da água consumida nos procedimentos odontológicos
Clínica Fonte da água utilizada
A Utiliza água destilada nos procedimentos odontológicos
B Compra água destilada
C Compra água destilada
D Não usa água destilada, usa água filtrada, sendo retirada de um poço artesanal existente na instituição de ensino.
E Destila a água para ser utilizada nos seus procedimentos odontológicos
Fonte: Dados da Autora, 2016.
A situação é preocupante no instante em que a clínica se descuida
da qualidade da água utilizada para o procedimento odontológico. Como produto
28
desta falta esta o risco que reduz a eficácia dos procedimentos e afeta seus
usuários.
As coletas de água ocorreram em dois dias distintos. O material coletado
nas clinicas odontológicas (A, B, C, D e E) foi em seguida analisado no
Laboratório da CAGEPA/Patos (Figura 2).
Figura 2 – Aspecto do Laboratório de analise de água da CAGEPA (Patos- PB) onde foi analisada as águas coletadas. Fonte: Dados da Autora, 2016.
A aplicação do método cromofluorogênico ocorreu de forma padrão e
indicou a leitura de ausência microbiológica (Figura 3).
Figuras 3 e 4- Resultados do método cromofluorogênico com ausência de Coliformes Totais e do teste de fluorescência (luz azul) indicando ausência por Escherichia coli. Fonte: Dados da Autora, 2016.
O método específico para microrganismos foi considerado rápido e
eficaz ao favorecer a comparação com as amostras de água fornecidas pela
CAGEPA de Patos-PB (que utiliza mesmo método análises microbiológicas).
Após a interpretação dos resultados se constatou que as amostras de
água coletadas nas cínicas odontológicas (A, B, C D e E) não apresentam
presença de Coliformes Totais e Escherichia coli (Tabela2).
A B C
3 4
29
Tabela 2- Análise microbiológica da água presentes nos equipos odontológicos observando a presença ou ausência de Coliformes Totais e Escherichia coli.
Clínicas odontológicas
Amostras/repetição Parâmetros
(Coliformes totais,
Escherichia coli)
Valores máximos permissíveis para que a água seja considerada potável
A 1 (1,2) Ausente Ausência em 100 ml (port. ms nº 2.914/2011
B 2 (1,2) Ausente Ausência em 100 ml (port. ms nº 2.914/2011
C 3 (1,2) Ausente Ausência em 100 ml (port. ms nº 2.914/2011
D 4 (1,2) Ausente Ausência em 100 ml (port. ms nº 2.914/2011
E 5 (1,2) Ausente Ausência em 100 ml (port. ms nº 2.914/2011
Fonte: Dados da Autora, 2016.
Resultados idênticos foram observados em outros estudos nacionais
realizados por Guerra et. al., (2006) e Silva et. al., (2009), com ausência de
Escherichia coli.
Resultados semelhantemente foram encontrados por Blanch et.al., (2007)
que observaram ocorrência de 2% de Escherichia coli em 16.576 amostras de
água de uma rede de 39 distribuições na cidade de Barcelona, na Espanha.
Bastos e Alves (2000) avaliaram a qualidade bacteriológica da água
utilizada nos equipamentos das clínicas odontológicas da Universidade
Estadual de Feira de Santana, procurando avaliar a sua potabilidade; e,
também, das diferentes fontes de abastecimento das clínicas odontológicas,
procurando evidenciar possíveis diferenças nos níveis de contaminação da
fonte e dos equipos.
A água utilizada nos equipos estava, em sua maioria, de acordo com os
padrões de qualidade bacteriológica estabelecida pela legislação em vigência
no Brasil, a exceção de um dos grupos que não satisfez aos critérios; e apenas
uma das fontes de abastecimento estava contaminada (BASTOS e ALVES.
2000).
30
Já os resultados encontrados por Pires (2014) comparando meios de
cultura e das técnicas de quantificação de bactérias e fungos em reservatórios e
tubulações de água de equipos odontológicos em todas as clínicas estudadas
ocorreu presença de bactérias nos reservatórios dos equipos.
Observa-se que os próprios equipos odontológicos não estão imunes a
contaminação microbiológica, dada a formação de biofilme em seu interior,
entretanto, o enfoque da presente pesquisa analisou a qualidade da água que
abastece as clínicas.
4.2 - Comparações da qualidade da água entre clínicas e CAGEPA
Os resultados nas bombas de águas de alguns bairros de Patos,
encontrados pela CAGEPA mostraram-se satisfatórios com a ausência de
Coliformes Totais e Escherichia coli (Tabela 3).
Tabela 3- Análise microbiológica da água da CAGEPA de Patos-PB nos meses de agosto a setembro de 2016 observando a presença ou ausência de Coliformes Totais e Escheerichia coli.
Local/ CAGEPA
Ponto de coleta
Agosto/data Setembro /data
Cloro Parâmetros (Coliformes totais, Escherichia coli)
Valores máximos permissíveis para que a água seja considerada potável
Bomba 1 01 01 > 5,0 Ausente Ausência em 100 ml (port. ms nº 2.914/2011
Bomba 2 02 02 > 5,0 Ausente Ausência em 100 ml (port. ms nº 2.914/2011
Bomba 3 03 05 5,0 Ausente Ausência em 100 ml (port. ms nº 2.914/2011
Bomba 4 04 08 4 Ausente Ausência em 100 ml (port. ms nº 2.914/2011
Bomba 5 08 12 > 5,0 Ausente Ausência em 100 ml (port. ms nº 2.914/2011
Fonte: Dados da Autora, 2016.
31
Quando comparados com os resultados das analises da água das
seringas tríplices das cinco clínicas odontológicas estudadas (Tabela 2), os
resultados foram semelhantes, não havendo presença de Coliformes Totais e
Escherichia coli. Ajuíza-se que isso se deva aos cuidados de biossegurança nas
clínicas odontológicas.
Mesmo diante do risco (as clínicas B, C, e E - que demostraram
insuficiência de cuidados com a água utilizada nas seringas tríplice; a clínica D -
que não usa água destilada) pode-se inferir que á agua das clinicas estudada
possui qualidade boa, quando se compara aos padrões da normatização da
Portaria MS nº 2914/2011.
Já a água da CAGEPA por sua vez, a ausência de Coliformes Totais e
Escheerichia coli é resultado do forte tratamento e monitoramento das águas
para distribuição pública.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os serviços
odontológicos devem ser abastecidos com água ligada à rede pública ou possuir
abastecimento próprio, com registro da nascente, suficiente em volume ou
pressão e sistema de cloração. A água deve possui grau de potabilidade de
acordo com a Portaria MS nº 2914/2011, que exige a ausência de coliformes
totais e termo tolerantes em 100 ml de água para uso odontológico (BRASIL,
2006; BRASIL, 2011). Para microrganismos mesófilos, considera-se o limite
máximo de 200 UFC/ml em procedimentos não cirúrgicos (BRASIL, 2006).
Para além do resultado técnico que constatou a ausência de Coliformes
Totais e Escherichia coli, foi verificado alteração na coloração da água com
aspecto indesejável (coloração marrom) nas clínicas B, C, D e E.
Este fato reflete menor atenção nos cuidados com a qualidade da água.
Observa-se que se faz necessário novos estudos capazes de investigar a
qualidade dessas águas por analise físico-química.
Ademais, atestaram-se limitações principalmente no plano da higienização
inadequada de equipos odontológicos e em recipientes de água (caixas d’água e
similares).
32
Para além das limitações ficou a percepção de que na clínica A tanto os
cirurgiões dentistas, como os demais funcionários seguem os cuidados com
biossegurança adequado, fazendo uma desinfecção periódica, dando mais
atenção à qualidade da água usada nos equipo odontológicos.
Este fato ainda serve de exemplo para as demais clínicas odontológicas
de Patos/PB refletirem suas posturas na busca de adequações e inovações,
aonde todos os atores em situação se beneficiem.
5- CONCLUSÃO
Do ponto de vista microbiológico a água disponível nas clínicas de
odontologia de Patos-PB esta dentro das normas estabelecida pela legislação
vigente, podendo ser considerada potável.
Existe ausência de Coliformes totais e Escherichia coli nas amostras de
água usada nos aparelhos das clínicas odontológicas de Patos/PB.
Existe modificação na coloração da água em clinicas odontológicas de
Patos/PB deixando dúvidas sobre sua potabilidade físico-química.
Sugerem-se novos estudos que avaliem a qualidade físico-química das
águas utilizadas em clínicas odontológicas.
As qualidade da água de clínicas odontológicas e da CAGEPA é
satisfatória do ponto de vista microbiológico.
Os procedimentos odontológicos em Patos/PB estão seguros quanto a
variável microbiológicas da água consumida..
33
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