universidade federal da para iba copele filtros

223

Upload: vumien

Post on 10-Jan-2017

250 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

COPELE

FILTROS ATIVOS PARA SISTEMAS EQUILIBRADOS

E

DESEQUILIBRADOS

Ricardo Ferreira Pinheiro

Tese de Doutorado submetida a Coordenacao dos Cursos de Pos

Graducao em Engenharia Eletrica da Universidade Federal da

Paraba Campus II como parte dos requisitos necessarios para

obtencao do grau de Doutor em Ciencias no dominio da Engenharia

Eletrica

Area de Concentracao Processamento da energia

Cursino Brandao Jacobina DrIng

Orientador

Antonio Marcus Nogueira Lima DrIng

Orientador

Campina Grande Paraba Brasil

cRicardo Ferreira Pinheiro Dezembro de

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

COPELE

FILTROS ATIVOS PARA SISTEMAS EQUILIBRADOS

E

DESEQUILIBRADOS

Ricardo Ferreira Pinheiro

Tese de Doutorado apresentada em Dezembro de

Cursino Brandao Jacobina DrIng

Orientador

Antonio Marcus Nogueira Lima DrIng

Orientador

Cursino Brandao Jacobina Dr Ing UFPb

Componente da Banca

Antonio Marcus Nogueira Lima Dr Ing UFPb

Componente da Banca

Edison Robero Cabral da Silva Dr Ing UFPb

Componente da Banca

Wellington Santos Mota PhD UFPB

Componente da Banca

Paulo Fernando Seixas Dr Ing UFMG

Componente da Banca

Ernesto Ruppert Filho Dr UNICAMP

Componente da Banca

Campina Grande Paraba Brasil Dezembro de

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Dedicatoria

Dedico este trabalho

ao meu pai Rivaldo Pinheiro in memoriam referencia de vida pessoal prossional e etica

a minha mae Julia Ferreira Pinheiro in memoriam que poderia ter poupado a univer

sidade de muitos questionamentos

a meus lhos Ricardo Marcelo e Rafael estimulo de fazer e viver sempre e mais

aos meus irmaos e inumeraveis amigos que suportaram pacientemente tantos anos de mau

humor ausencias e preocupacoes retribuindo com incentivo e compreensao

a Giovana por dez anos de incondicional companheirismo em meio aos vinte desta busca

ao meus tios Miguel Ferreira Maria Segunda Ferreira Pereira e Victor Mouzinho Pereira

a Miguel Ferreira Filho in memoriam e Valmir Ferreira Segundo simbolos de amizade e

sinceridade

a todos os que fazem o Laboratorio de Eletronica Industrial e Acionamento de Maquinas

pela demonstracao de que e possivel produzir mais interagindo fraternalmente

iii

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

iv

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

v

Agradecimentos

Agradeco aos Professores Cursino Brandao Jacobina e Antonio Marcus Nogueira Lima pela

orientacao dedicacao compreensao e amizade

Aos Professores Edison Roberto Cabral da Silva e Talvanes Meneses Oliveira cujas partici

pacoes e amizades foram imprescindiveis

Aos colegas do LEIAM

os que me antecederam Fabiano Laurinda Luiz Antonio Marcio Nazareno e Rui com

panheiros e amigos

os contemporaneos de Tese Alexandre Christian Claudia Edgar Gustavo Levi Mar

celo Mauricio Reginaldo Ricardo Lucio e Talvanes que alem de amizade prestaram apoio e

ensinamentos inestimaveis em todos os momentos da elaboracao deste trabalho

os colegas que estao chegando Alberto Antonio Betania Clayton e Paulo esperando que

possam desfrutar da mesma convivencia que usufrui

Aos funcionarios da COPELE Angela Marcos e Pedro assim como Eleonora Miniblio

pela atencao e disponibilidade permanentes

Aos Professores Benedito Luciano Luiz Reis e Pericles Rezende que estiveram sempre

proximos e interessados

Aos meus familiares do Hotel do Vale Cida Alcides Claudio George Luiz in memo

riam Edileuza Kelly Marcos Nehemias e todos os demais pelo carinho e atencao com que

sempre me receberam

Aos Professores Sandoval Carneiro Junior e Edson Hirokazu Watanabe COPPEUFRJ

pela compreensao em momentos muito dificeis inclusive no insucesso involuntario

Ao Professor Alquindar de Souza Pedroso COPPEUFRJ pelos exemplos de prossional

competente etico e humano

Aos amigos Professores Andres Ortiz Salazar e Andre Laurindo Maitelli UFRN pela

paciencia compreensao e colaboracao

Aos amigos Professores Jose Ivonildo Rego e Aldayr Dantas de Araujo UFRN pelas

grandes colaboracoes prestadas para a realizacao deste trabalho

Aos Professores Otom Anselmo de Oliveira e Lucio Flavio de Souza Moreira UFRN pelo

suporte que permitiu a conclusao desta Tese

Aos amigos do Departamento de Engenharia de Computacao e Automacao da UFRN nosso

ideal de espaco prossional esperando retribuir a altura a colaboracao recebida

Aos amigos que caram no Departamento de Engenharia Eletrica da UFRN com os quais

espero continuar a contribuir para a melhoria academica de nossa Universidade

Aos amigos da equipe administrativa da UFRN pelo incentivo compreensao e parceria na

busca de nosso ideal de Universidade

A ADURNSSind onde aprendi o porque desta tese entre tantas outras coisas

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

vi

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

vii

Resumo

Este trabalho trata da modelagem e controle de Filtros Ativos em sistemas eletricos a tres e

quatro os constituidos por conversores PWM tipo fonte de tensao em derivacao compensando

a corrente fornecida pela rede eletrica a uma carga generica

A compensacao da corrente da rede abrange as componentes de sequencia negativa ho

mopolar e reativa permitindo portanto que as correntes do sistema de alimentacao sejam

equilibradas e em fase com a tensao da rede Desta forma o estudo procura tratar de tecnicas

de controle que garantam essas condicoes para as correntes do alimentador da concessionaria

de energia eletrica mesmo em condicoes de carga e parametros do circuito alimentador dese

quilibrados

O estudo tambem propoe estrategias de controle que permitem ampliar a robustez de Filtros

Ativos em Derivacao quando da ocorrencia de um disturbio rigoroso que resulte na eliminacao

do funcionamento de um dos bracos do conversor ou abertura da conexao de um dos bracos a

rede eletrica ou quando o conversor tipo fonte de tensao apresente limitacoes que representem

a perda da conexao com uma das fases da rede

Sao exploradas as possibilidades da estrutura do conversor a quatro bracos para manter o

sistema em operacao ainda que em situacao nao ideal ate que seja possivel ser desativado para

as necessarias correcoes Como se vera nao sera possivel compensar algumas das componentes

das correntes solicitadas pela carga como por exemplo a componente de sequencia zero

A alternativa apresentada representa uma vantagem signicativa especialmente quando da

aplicacao em sistemas industriais onde um dos disturbios do tipo considerado pode implicar

na suspensao instantanea e prolongada de todo um processo provocando prejuizos

Para fundamentar e contextualizar as propostas e apresentado um estudo sobre a utilizacao

de Filtros Ativos em regime permanente voltados para a compensacao de fator de potencia e

para o controle da regulacao de tensao no ponto de acoplamento comum PAC de um sistema

industrial Esse estudo alem de demonstrar o comportamento do compensador diante da

variacao de parametros importantes como as potencias solicitadas pela carga da uma ideia

das vantagens e investimentos necessarios para optar pela adocao de um dos dois objetivos de

compensacao

Os esquemas de controle utilizados nas simulacoes e experimentos realizados sao tambem

apresentados para facilitar a compreensao das propostas

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

viii

Abstract

This Thesis deals with the modelling and control of the Active Filter in electric power

systems that have three and four wire The Active Filter is composed by a shunt PWM voltage

source converter to compensates the current of the grid in a industry plant

The compensation of the grid current encompasses homopolar reactive negative sequen

ce and harmonic components This compensation provides that the grid current comes to

be sinusoidal balanced and synchronized with the grid voltage Thus we explore some con

trol techniques which can assurethese conditions to the feder currents even under unbalanced

conditions of the load or the grid impedance

The study presents control strategies that allow to enlarge the strenght of the shunt Active

Filters in case of ocurring rigorous disturbance such as elimination of functioning of one of

branch of the converter breach of the connection of one of the branch of grid and when the

voltage source converter presents limitation to your operation which brings a loss of one phase

The redundances of the structure of the converter with four branchs are explored by keeping

the system in operation up to the point of its possible interruption to the necessary retications

According to the ndings of the study it will not possible to compensate all the components

of the current required by the load as for exemple the component of zero sequence

This proposition means a relevant advantage mainly if applied to industrial systems where

one of the disturbances may imply in instantaneous and prolonged interruption of all process

providing serious demages

For the base and context of the proposal In order to make the results showed clearer it

is presented a study of stead state about the application of Active Filters to compensate the

power factor and control of the voltage regulation of the bus of the entrance in one industrial

system the point of couppling comon PCC This study besides demonstrating the behavior

of the compensator faces the variations of important parameters as the active and reactive

powers demanded by the load It also provides an analysis of the advantages as well as the

necessary investiment to choose one of the discussed options

The control structures used in the simulations and experiments are also presented in order

to facilitate their understanding

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

ix

Lista de Simbolos

PAC Ponto de Acoplamento Comum

RCT Reator Controlado por Tiristores

CCT Capacitor Chaveado por Tiristores

RS Reator Saturado

FACTS Flexible AC Transmission System

APQC Active Power Quality Conditioner

UPQC Unied Power Quality Conditioner

UPFC Unied Power Flow Controller

STATCOM Static Synchronous Compensator

PLC Power Line Conditioner

P Potencia ativa

Q Potencia reativa no PAC

cos Fator de potencia

Qf Potencia do Filtro Ativo

Q Potencia reativa no PAC para o fator de potencia cos

Q Potencia reativa no PAC para o fator de potencia coso

Qfi Potencia do Filtro Ativo para corrigir o fator de potencia no iesimo estagio

V vd jvqvetor tensao do gerador em regime permanente

I id jiq vetor corrente do gerador em regime permanente

r jx impedancia do alimentador interligacao geradorPAC

ef efd jefqvetor tensao do Filtro Ativo em regime permanente

If ifd jifqvetor corrente do Filtro Ativo em regime permanente

rf jxf impedancia do Filtro Ativo interligacao Filtro AtivoPAC

Vl vld jvlqvetor tensao do PAC ou da carga em regime permanente

Vd modulo da tensao do PAC no controle de regulacao de tensao

il ild jilqvetor corrente da carga em regime permanente

gl jbl admitancia da carga

p potencia ativa fornecida pelo gerador

q potencia reativa fornecida pelo gerador

s potencia aparente fornecida pelo Filtro Ativo

pf potencia ativa fornecida pelo Filtro Ativo

qf potencia reativa fornecida pelo Filtro Ativo

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

x

sf potencia aparente fornecida pelo Filtro Ativo

pl potencia ativa consumida pela carga

ql potencia reativa consumida pela carga

sl potencia aparente consumida pela carga

dp perda de potencia ativa no alimentador

dq perda de potencia reativa no alimentador

dpf perda de potencia ativa no Filtro Ativo interligacao ao PAC

dqf perda de potencia reativa no Filtro Ativo interligacao ao PAC

k a k constantes denidas para auxiliar nos calculos

kz e ky constantes denidas para auxiliar nos calculos

rendimento total do sistema eletrico

a velocidade angular de um referencial arbitrario

e velocidade angular sincrona

PI controlador proporcional integral

dq referencial de eixos em quadratura

DQ referencial de eixos em quadratura com o eixo Q emulado

as variavel qualquer a no referencial estacionario s

Aejet vetor girante sincrono de seq positiva com amplitude AeAejet vetor girante sincrono de seq negativa com amplitude A

as a avetor estacionario soma dos vetores girantes opostos

sinal de erro da variavel controlada na entrada do controlador

kp ganho proporcional do controlador

ki ganho do integrador do controlador

kp ganho proporcional do controlador de seq positiva

ki ganho do integrador do controlador de seq positiva

kp ganho proporcional do controlador de seq negativa

ki ganho do integrador do controlador de seq negativa

h periodo de amostragem do controlador digital

k kesima amostragem do controlador digital

vs vs v

s tensoes trifasicas da fonte no referencial estacionario

esf esf e

sf tensoes trifasicas do Filtro Ativo no referencial estacionario

vsl vsl v

sl tensoes trifasicas do PAC carga no referencial estacionario

is is i

s correntes trifasicas da fonte no referencial estacionario

isf isf i

sf correntes trifasicas do Filtro Ativo no referencial estacionario

isl isl i

sl correntes trifasicas da carga no referencial estacionario

r r r resistencias de fases do alimentador interligacao geradorPAC

l l l indutancias de fases do alimentador interligacao geradorPAC

rf rf rf resistencias de fases do Filtro Ativo interligacao ao PAC

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

xi

lf lf lf indutancias de fases do Filtro Ativo interligacao ao PAC

rt rt rt resistencias de fases totais do Filtro Ativo e alimentador

lt lt lt indutancias de fases totais do Filtro Ativo e alimentador

rl rl rl resistencias de fases da carga

ll ll ll indutancias de fases da carga

as as a

s variaveis em componentes de fase no referencial estacionario

aso asd a

sq variaveis em componentes odq no referencial estacionario

A matriz de conversao de odq para componentes de fase

aa aa a

a variaveis em componentes de fase no referencial arbitrario a

aao aad a

aq variaveis em componentes odq no referencial arbitrario a

ro rd rq resistencias proprias no sistema odq

rod roq resistencias de acoplamento no sistema odq eixo o

rdq rdo resistencias de acoplamento no sistema odq eixo d

rqq rqo resistencias de acoplamento no sistema odq eixo q

lo ld lq indutancias proprias no sistema odq

lod loq inditancias de acoplamento no sistema odq eixo o

ldq ldo inditancias de acoplamento no sistema odq eixo d

lqq lqo inditancias de acoplamento no sistema odq eixo q

B conversao de componentes dq em dois vetores complexos

aaxy Aa

xy parametromatriz sem acoplamento componentes xy referencial arbitrario

aeaaxy eAaxy parametromatriz com acoplamento componentes xy referencial arbitrario

aa vetor resultante de dois complexos conjugados sem acoplamentoea vetor resultante de dois complexos conjugados em acoplamento

asoD variavel de eixo o adotada como de eixo D

asoQ variavel cticia para emulacao de componente Q

ADQ asoD jasoQvetor com componente Q emulada

C conversao de odq para componentes de fase em sistema a tres os tensoes

D conversao de odq para componentes de fase em sistema a tres os correntes

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Lista de Figuras

Diagrama unilar de um sistema industrial tipico de grande porte

Sistema industrial utilizando reator controlado por tiristores como compensador

Sistema industrial utilizando capacitor chaveado por tiristores como compensador

Sistema industrial utilizando reator saturado como compensador

Sistema industrial utilizando reator controlado por tiristores e capacitor chaveado

por tiristores como compensador

Sistema de transmissao utilizando FACTS a exemplo generico b Filtro Ativo

operando como STATCOM

Sistema de transmissao utilizando FACTS do tipo compensador de reativos

hibrido RCTCCT

Sistema industrial utilizando um Filtro Ativo como sistema de compensacao

Topologia do conversor trifasico tipo fonte de tensao com tres bracos

Conversor trifasico tipo fonte de tensao a quatro os e tres bracos

Topologia do conversor trifasico tipo fonte de tensao a quatro os e quatro bracos

Sistema industrial incluindo a concessionaria industria carga e ltro ativo e

PAC para outros consumidores

Diagrama esquematico do circuito eletrico para o sistema incluindo a parte da

concessionaria e a carga no sistema industrial

Diagrama esquematico do circuito eletrico incluindo a parte da concessionaria e

a industria envolvendo a carga e o ltro ativo

Variacao da potencia necessaria ao Filtro Ativo para variar o fator de potencia

de a unitario estagios e

Potencias exigidas para o Filtro Ativo em tres estagios de correcao do fator de

potencia

a Variacao da condutancia da carga b Tensao na fonte curva em linha cheia

e no PAC curva em sem compensacao c Tensao na fonte curva em linha

cheia e no PAC com compensacao p fator de potencia unitario curva em

xii

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

LISTA DE FIGURAS xiii

Magnitudes da tensao na fonte curvas em linha cheia e no PAC curvas em

nas compensacoes a para fator de potencia unitario b para regulacao de

tensao e c para regulacao de tensao

Angulo de fase da tensao do PAC em relacao a tensao do gerador

Diagrama fasorial do sistema nao compensado com condutancia de carga repre

sentando um decimo da nominal

Diagrama fasorial do sistema nao compensado com condutancia de carga repre

sentando duas vezes a nominal

Rendimento do sistema diante da variacao da potencia ativa da carga

Angulo de fase da tensao do PAC em relacao a tensao do gerador a reatacia

do alimentador reduzida e b resistencia do alimentador aumentada

Angulo de fase da tensao do PAC em relacao a tensao do gerador a reatacia

do alimentador aumentada e b resistencia do alimentador reduzida

Curvas de fator de potencia para compensacao da regulacao de tensao a carga

indutivo b saida do gerador capacitivo

a Magnitude da tensao e b Potencia aparente solicitada ao Filtro Ativo para

garantir fator de potencia unitario no PAC

a Magnitude da tensao e b Potencia ativa solicitada ao Filtro Ativo para

controle da tensao do PAC

a Variacao da susceptancia da carga b Tensao no PAC sem compensacao

c Tensao no PAC com compensacao para fator de potencia unitario

Variacao da magnitude da tensao no PAC nas compensacoes a para fator de

potencia unitario b para regulacao de tensao c para regulacao de tensao

Angulo de fase da tensao do PAC em relacao a tensao do gerador

Rendimento do sistema diante da variacao da potencia reativa da carga

Curvas de fator de potencia para compensacao da regulacao de tensao a carga

indutivo b saida do gerador capacitivo

a Magnitude da tensao e b Potencia aparente solicitada ao Filtro Ativo para

garantir fator de potencia unitario no PAC

a Magnitude da tensao e b Potencia ativa solicitada ao Filtro Ativo para

controle da tensao do PAC

a Variacao da resistencia do alimentador b Tensao do PAC sem compensacao

c Tensao no PAC compensacao para fator de potencia unitario

Variacao da magnitude da tensao no PAC nas compensacoes a para fator de

potencia unitario b para regulacao de tensao e c para regulacao de tensao

Angulo de fase da tensao do PAC em relacao a tensao do gerador

Rendimento do sistema diante da variacao da resistencia do alimentador

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

LISTA DE FIGURAS xiv

Curvas de fator de potencia para compensacao da regulacao de tensao a carga

indutivo b saida do gerador capacitivo

a Magnitude da tensao e b Potencia aparente solicitada ao Filtro Ativo para

garantir fator de potencia unitario no PAC

a Magnitude da tensao e b Potencia aparente solicitada ao Filtro Ativo para

controle da tensao do PAC

Diagramas fasoriais sem Filtro Ativo atuando a resistencia do alimentador

elevada e b resistencia do alimentador pequena

a Variacao da reatancia do alimentador b tensao do PAC sem compensacao

c Tensao do PAC com compensacao para fator de potencia unitario

Variacao da magnitude da tensao do PAC para compensacoes a fator de

potencia unitario b regulacao de tensao c regulacao de tensao

Angulo de fase da tensao do PAC em relacao a tensao do gerador

Rendimento do sistema diante da variacao da reatancia do alimentador

Curvas de fator de potencia para compensacao da regulacao de tensao a carga

indutivo b saida do gerador capacitivo

Diagramas fasoriais sem Filtro Ativo atuando a reatancia do alimentador

pequena e b reeatancia do alimentador elevada

a Magnitude da tensao e b potencia aparente solicitada ao Filtro Ativo para

fator de potencia unitario no PAC

a Magnitude da tensao e b potencia aparente solicitada ao Filtro Ativo para

controle da tensao do PAC

Conversor trifasico a quatro os e quatro bracos em sistema trifasico serie a

quatro os

Diagrama equivalente para o circuito trifasico serie a quatro os

Modelo vetorial complexo para as componentes dq no referencial estacionario

Modelo vetorial para a componente homopolar do modelo odq a circuito

o eixo D b circuito o eixo Q

Modelo vetorial complexo conjugado DQ para a compenente de eixo o no

referencial estacionario

Modelo vetorial dq por fase a fase a b fase b e c fase c

Circuito vetorial DQ para o sistema em componentes de fase no referencial

estacionario

Conversor trifasico a tres os e tres bracos em sistema trifasico a tres os

Diagrama esquematico para o circuito trifasico serie a tres os

Modelo vetorial dq para o sistema trifasico serie a tres os

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

LISTA DE FIGURAS xv

Conversor trifasico a quatro bracos em sistema trifasico a quatro os e carga a

quatro os

Circuito equivalente para operacao equilibrada em componentes de fase

Circuito equivalente para o modelo matematico simplicado

Modelo serie em componentes de fase para o circuito equilibrado

Modelo serie em componentes de fase para o circuito desequilibrado

Modelo vetorial DQ para o sistema trifasico T a quatro os

Modelo odq a eixo o b eixo d c eixo q

Modelo odq serie para o circuito equilibrado

Modelo odq serie para o circuito desequilibrado

Diagrama esquematico do sistema trifasico quatro os conversor trifasico a

quatro bracos e carga a tres os

Circuito equivalente para o modelo matematico simplicado

Circuitos para o modelo matematico em componentes dq com parametros do

circuito desequilibrados

Circuito para o modelo matematico simplicado em componentes dq conside

rando o sistema com parametros equilibrados

Diagrama esquematico para o circuito trifasico serie a tres os

Diagrama de blocos para o controlador A no sistema eletrico trifasico serie a

tres os no referencial sincrono

Diagrama de blocos do controlador B ou C conforme as equacoes utilizadas

no sistema eletrico trifasico a tres os no referencial estacionario

Diagrama de blocos do controlador B no referencial estacionario aplicado ao

modelo odq

Diagrama de blocos para o controlador A no referencial sincrono aplicado a

sistema a quatro os um controlador por fase

Diagrama de blocos para aplicacao do controlador B no referencial estacionario

em sistemas a quatro os um controlador por fase

Diagrama de blocos para aplicacao do controlador C no referencial estacionario

em sistemas a quatro os um controlador por fase

Diagrama esquematico do sistema utilizado para simular os controladores

Curvas da simulacao das correntes de linha no alimentador geradorPAC para

as fases e

Curvas da simulacao das correntes de linha medida e de referencia na fase do

alimentador geradorPAC

Curvas da simulacao das correntes de linha medida e de referencia na fase do

alimentador geradorPAC

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

LISTA DE FIGURAS xvi

Curvas da simulacao das correntes de linha medida e de referencia na fase do

alimentador geradorPAC

Curvas da simulacao da tensao faseneutro e corrente de linha medidas na fase

do alimentador geradorPAC

Curvas da simulacao da tensao faseneutro e corrente de linha medidas na fase

do alimentador geradorPAC

Curvas da simulacao da tensao faseneutro e corrente de linha medidas na fase

do alimentador geradorPAC

Curvas experimentais das correntes de linha e respectivas referencias utilizando

apenas o controlador de sequencia positiva

Curvas experimentais das correntes de linha e respectivas referencias utilizando

os controladores de sequencia positiva e negativa

Curvas das correntes de linha medidas experimentalmente no alimentador gerador

PAC para as fases no sistema com carga a os sem controladores

Curvas da tensao faseneutro e correntes de linha medidas experimentalmente

na fase do alimentador geradorPAC sistema com carga a os

Curvas das correntes de linha medidas experimentalmente no alimentador gerador

PAC com o Filtro Ativo conectado sistema com carga a os

Curvas da tensao faseneutro e corrente de linha medidas experimentalmente na

fase do alimentador geradorPAC sistema com carga a os

Curvas das correntes de linha experimentais medida e de referencia da fase

do alimentador geradorPAC sistema com carga a os

Curvas das correntes de linha medidas experimentalmente no alimentador gerador

PAC com o Filtro Ativo desconectado sistema com carga a os

Curvas da tensao faseneutro e corrente de linha medidas experimentalmente na

fase do alimentador geradorPAC sistema com carga a os

Curvas das correntes de linha experimentalmente medidas no alimentador gerador

PAC com o Filtro Ativo conectado ao sistema sistema com carga a os

Curvas da tensao faseneutro e corrente de linha experimentalmente medidas na

fase do alimentador sistema com carga a os

Curvas das correntes de linha experimentais medida e de referencia na fase

do alimentador geradorPAC sistema com carga a os

Conversor trifasico a quatro bracos em sistema trifasico a quatro os e carga a

quatro os

Diagrama esquematico completo do circuito apos o disturbio na fase

Circuitos equivalentes posdisturbio em componentes

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

LISTA DE FIGURAS xvii

Representacao no modelo xy apos o disturbio na fase a componente o

b componentes xy

Circuito equivalente no modelo xy apos o disturbio na fase com parametros

equilibrados a componente o b componente xy

Diagrama esquematico do circuito completo apos o disturbio na fase

Circuitos do modelo xy apos o disturbio na fase com parametros do sistema

desequilibrados a eixo o b eixos xy

Circuitos do modelo xy apos o disturbio na fase com parametros do sistema

equilibrados a eixo o b eixos xy

Diagrama esquematico completo do circuito apos o disturbio na fase

Circuitos do modelo xy apos o disturbio na fase com parametros do sistema

desequilibrados a eixo o b eixos xy

Circuitos em modelo xy apos o disturbio na fase com parametros equilibra

dos a eixo o b eixos xy

Diagrama de blocos do sistema de controle antes da ocorrencia do disturbio

Diagrama de blocos do sistema de controle apos a ocorrencia do disturbio

Curvas da simulacao das potencia instantanea fornecida pela fonte a sem

compensacao b com compensacao

Curvas da simulacao das potencias instantaneas do Filtro Ativo a sem com

pensacao b com compensacao

Curvas da simulacao das correntes de linha da fonte em componentes a

sem compensacao b com compensacao

Curvas da simulacao das correntes de linha fornecidas pelo Filtro Ativo a sem

compensacao b com compensacao

Curvas da simulacao da tensao e corrente da fonte eixo d a sem compen

sacao b com compensacao

Curvas da simulacao da tensao e corrente da fonte eixo q a sem compen

sacao b com compensacao

Curvas da simulacao das correntes de eixo o na fonte e carga a sem com

pensacao b com compensacao

Curvas da simulacao das correntes de linha na carga em componentes a

sem compensacao b com compensacao

Curvas da simulacao das tensoes faseneutro na carga a sem compen

sacao b com compensacao

Curvas da simulacao das tensoes ao neutro na carga em componentes odq a

sem compensacao b com compensacao

Curvas da simulacao das tensoes de linha sobre a carga em componentes

a sem compensacao b com compensacao

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

LISTA DE FIGURAS xviii

Curvas das correntes experimentais da fonte de referencia e medida eixo o

Curvas das correntes experimentais da fonte de referencia e medida eixo d

Curvas das correntes experimentais da fonte de referencia e medida eixo q

Curvas das correntes experimentais de linha da fonte de referencia e medida

fase

Curvas das correntes experimentais de linha da fonte de referencia e medida

fase

Curvas das correntes experimentais de linha da fonte de referencia e medida

fase

Diagrama esquematico do sistema trifasico quatro os conversor trifasico a

quatro bracos e carga a tres os

Diagrama esquematico do circuito eletrico completo apos o disturbio na fase

Diagrama de blocos do sistema de controle antes da ocorrencia do disturbio

Diagrama de blocos do sistema de controle apos a ocorrencia do disturbio

Curvas da simulacao da potencia instantanea fornecida pela fonte a sem com

pensacao b com compensacao

Curvas da simulacao da potencia instantanea fornecida pelo Filtro Ativo a

sem compensacao b com compensacao

Curvas da simulacao das correntes de linha fornecidas pela fonte a sem com

pensacao b com compensacao

Curvas da simulacao das correntes de linha fornecidas pelo Filtro Ativo a sem

compensacao b com compensacao

Curvas da simulacao da tensao e corrente da fonte eixo d a sem compen

sacao b com compensacao

Curvas da simulacao da tensao e corrente da fonte eixo q a sem compen

sacao b com compensacao

Curvas da simulacao das correntes de linha na carga em componentes

a sem compensacao b com compensacao

Curvas da simulacao das tensoes ao neutro sobre a carga em componentes

a sem compensacao b com compensacao

Curvas da simulacao das tensoes de linha sobre a carga em componentes dq

a sem compensacao b com compensacao

Curvas da simulacao das tensoes de linha sobre a carga em componentes

a sem compensacao b com compensacao

Curvas das correntes experimentais de referencia e medida eixo d

Curvas das correntes experimentais de referencia e medida eixo q

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Conteudo

Introducao

Evolucao dos Compensadores Estaticos

Filtros Ativos em Sistemas Eletricos

Organizacao do texto e principais contribuicoes

Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

Introducao

Relacao Fator de Potencia x var do Filtro Ativo

Controle de Fator de Potencia Filtro Ativo nao Fornece Energia Ativa

Controle de Fator de Potencia Filtro Ativo Fornece Energia Ativa

Controle de Tensao no PAC Filtro Ativo nao Fornece Energia Ativa

Controle de Tensao no PAC Filtro Ativo Fornece Energia Ativa

Resultados Computacionais

Variacao da potencia ativa da carga

Variacao da potencia reativa da carga

Variacao da resistencia geradorPAC

Variacao da reatancia geradorPAC

Conclusao

Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

Introducao

Sistema Trifasico Serie a Quatro Fios

Modelo Vetorial odq

Modelo Vetorial Trifasico

Sistema Trifasico Serie a Tres Fios

Modelo Vetorial dq

Sistema a Fios com Carga em T a Fios

Modelo em componentes

Modelo vetorial trifasico DQ

Modelo em componentes odq

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

CONTEUDO

Sistema a Fios com Carga em T a Fios

Modelo em componentes

Modelo em componentes odq

Conclusao

Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

Introducao

Controlador de Corrente Para Operacao Desequilibrada em Sistema Bifasico dq

Sistema Desequilibrado

Controlador A

Controlador B

Controlador C

Controlador de Corrente Para Operacao Desequilibrada em Sistema a Quatro os

Vericacao atraves de simulacoes

Resultados Experimentais

Sistema Serie

Sistema em T

Conclusao

Tolerancia a Faltas

Introducao

Sistema a Fios com Carga em T a Fios

Modelo Trifasico Posdisturbio

Esquema de Controle

Resultados de Simulacoes

Resultados Experimentais

Sistema a Fios com Carga em T a Fios

Modelo Trifasico PosDisturbio

Esquema de Controle

Resultados de Simulacoes

Resultados Experimentais

Conclusao

Conclusoes e Sugestoes para Trabalhos Futuros

Conclusoes

Sugestoes para Trabalhos Futuros

A Potencia Complexa

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

CONTEUDO

B Conversao de Referenciais das Quantidades Vetoriais

C Calculo das Parcelas de

D Calculo das Transposicoes de Variaveis em Derivadas

E Modelagem Discreta para Espaco de Estado

F Emulacao dos Controladores Sincronos no Referencial Estacionario

G Correntes do Filtro Ativo em Funcao das Correntes odq posdisturbio

H Equacoes de Estado Sob Condicoes de Disturbio

I Implementacao Discreta no Tempo

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo

Introducao

A reducao do custo da energia eletrica e a otimizacao de seu uso sao objetivos cada vez mais

perseguidos pela engenharia O desenvolvimento tecnologico tem proporcionado alternativas

que visam atingir estes objetivos envolvendo muitos campos da engenharia eletrica e outras

ciencias como as tecnicas de controle o controle de reativos o desenvolvimento de novos

dispositivos semicondutores novas formas de controle e acionamento de motores estrategias

de aproveitamento de energias alternativas e muitas outras

O desenvolvimento dos dispositivos semicondutores e de novas tecnicas de controle basea

das na sua utilizacao e uma das alternativas dentre as citadas que mais tem se expandido

gracas aos resultados positivos que tem produzido Estes dispositivos proporcionam o cha

veamento das cargas eletricas possibilitando a aplicacao de tecnicas de controle que permitem

o aproveitamento cada vez maior e melhor dos equipamentos conversores da energia eletrica

nas mais diversas formas em que ela e utilizada com aumento no rendimento e economia da

energia consumida A operacao dos dispositivos semicondutores entretanto permite a inter

rupcao e transferencia do uxo de energia de uma fase para outra do sistema eletrico com

uma frequencia relativamente elevada em comparacao com a do sistema eletrico originando

deformacoes nos pers senoidais das correntes e algumas vezes das tensoes caracterizando um

comportamento nao linear tensaocorrente aos sistemas que os utilizam Cargas eletricas com

tais caracteristicas sao denominadas cargas naolineares

Cargas eletricas operando controladas por dispositivos semicondutores tais como as descri

tas no paragrafo anterior pelas facilidades de controle e economia de energia que proporcionam

estao sendo utilizadas de forma cada vez mais crescente nos sistemas eletricos repercutindo

por outro lado em poluicao harmonica de correntes e tensoes O crescimento dos niveis

das distorcoes harmonicas tornam necessario que estrategias de compensacao sejam adotadas

visando sua minimizacao Alem disso cargas eletricas de grande porte e com caracteristicas

de operacao perturbadoras como fornos a arco e laminadores em aciarias e outros equipa

mentos industriais a diodos ou SCR s assim como equipamentos de tracao eletrica ampliam

a gama de equipamentos poluentes Todos estes equipamentos alem de provocarem pertur

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Introducao

bacao harmonica ainda operam com baixos fatores de potencia e muitos deles desequilibrados

quando nao sao monofasicos

Segundo Clark e outros autores em publicacao de constante da referencia !" de acordo

com o EPRI Electric Power Research Institute a # da energia ja uia naquela epoca

atraves de equipamentos eletronicos havendo a previsao de que ate o ano esta proporcao

atingiria # Conforme arma Akagi !" os principios basicos da compensacao com Filtros

Ativos foram propostos no inicio dos anos Em mais de Filtros Ativos paralelos

com controle PWM a IGBT s ou GTO s ja operavam no Japao com potencias que variavam

de kVA a MVA

Nos sistemas industriais onde se localizam as maiores cargas e ao mesmo tempo car

gas muito sensiveis a forma de onda da tensao de alimentacao e praticamente indispensavel a

existencia de um sistema de compensacao que limite os problemas causados pelas cargas e prin

cipalmente impeca a propagacao dos problemas para a rede eletrica e outros consumidores A

gura apresenta um sistema industrial tipico para ilustrar a situacao Nela estao representa

dos o Ponto de Acoplamento Comum PAC entre o barramento da industria a concessionaria

e outros consumidores um transformador de entrada para a industria algumas cargas de des

taque tipicas de uma aciaria como o forno a arco e o laminador a indicacao de outras cargas

representando elementos considerados convencionais como sistemas de iluminacao motores de

inducao etc e destacado no retangulo tracejado o sistema de compensacao

O forno a arco e uma carga desequilibrada de baixo fator de potencia nao linear de

grande porte com funcionamento intermitente que origina icker capaz de produzir um

espectro continuo de harmonicos O laminador e uma carga tambem de grande porte que

utiliza motores de corrente continua alimentados atraves de reticadores os quais produzem

um elevado espectro de harmonicos caracteristicos um baixo fator de deslocamento e por ser

de operacao intermitente tambem provoca icker Estas cargas escolhidas para a gura e

para as guras seguintes evidentemente nao representam um consumidor tipico entretanto as

perturbacoes por elas causadas permitem sintetizar as principais perturbacoes encontradas em

sistemas de grande e pequeno porte justicando a necessidade de utilizacao de Compensadores

de Reativos e Filtros Ativos

E possivel ver com clareza pela gura que as perturbacoes provocadas pela Industria

podem se propagar pelo sistema eletrico da concessionaria atraves do PAC e alem disso atingir

outros consumidores Isto demonstra a importancia que os Filtros Ativos estao adquirindo den

tro da Engenharia Eletrica assim como a necessidade de que cada vez mais tais equipamentos

tenham condicoes tecnologicas de possuir novas caracteristicas que vem sendo exigidas pela

evolucao das cargas eletricas E grande o numero de trabalhos que vem aparecendo dentro da

tematica Filtros Ativos nas mais importantes publicacoes do mundo As referencias !" !" !"

e !" sao revisoes bibliogracas sobre o assunto e demonstram o quanto vem se investindo na

pesquisa sobre Filtros Ativos Ao mesmo tempo os novos desenvolvimentos tecnologicos ligados

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Introducao

Sis t em aelét r ico

Ou trosconsumido res

PAC

Outrascargas

Forno aarco Laminador

Sis tema de Compensação

Figura Diagrama unilar de um sistema industrial tipico de grande porte

aos semicondutores de potencia ensejam novas aplicacoes e consequentemente novos estudos

sobre os FA s

Os Filtros Ativos estao proporcionando grandes inovacoes na tecnologia da compensacao de

reativos Esta tecnologia passa a ser vista de uma forma bem mais ampla na qual encontram

se envolvidos a correcao de desequilibrios em sistemas multifases e a eliminacao de harmonicos

quando naolinearidades sao encontradas no circuito

Cabe aqui ressaltar o quanto e importante para efeito de otimizacao do uso das redes

eletricas que o minimo de energia seja transmitido por elas alem da energia util que resultara

em trabalho realizado Isto minimiza o uxo de correntes no sistema da concessionaria de

energia amplia sua capacidade de atendimento aos consumidores e melhora a qualidade da

energia entregue aos mesmos Dai a necessidade de minimizar e se possivel eliminar o uxo

de potencia reativa harmonicos e componentes decorrentes de desequilibrios provocados pelas

cargas eletricas

O estudo apresentado neste trabalho procurara considerar as mais diversas possibilidades de

desequilibrios serao considerados o desequilibrio das cargas eletricas o mais comum entre eles

e os que envolvem os parametros da rede eletrica seja pelas questoes construtivas inerentes

seja por alteracoes de parametros ocorridas eventualmente durante a operacao

A eletronica de potencia tambem vem sendo uma grande propulsora das inovacoes tec

nologicas que permitem a otimizacao do uxo de energia nas redes eletricas Por um lado a

necessidade de desenvolver conversores para o acionamento de cargas eletricas de forma nao

linear tem originado novas tecnologias por outro lado o desenvolvimento da eletronica de

potencia tem tambem proporcionado dispositivos e tecnologias de chaveamento que possibili

tam a operacao de conversores de forma que sejam capazes de exercer novas funcoes ligadas

a correcao de disturbios provocados pelas caracteristicas de operacao das convencionais e das

novas cargas

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Introducao

E importante ressaltar que a evolucao da tecnologia de chaveamento PWM e o desenvolvi

mento de dispositivos semicondutores com capacidade de chaveamento cada vez mais elevada

tem sido fundamentais neste processo O desenvolvimento tecnologico neste campo portanto

resulta da articulacao de varias areas a tecnologia de semicondutores os circuitos e tecnicas

de chaveamento desenvolvidos pela eletronica de potencia e nalmente o desenvolvimento nas

estrategias de controle Assim estrategias de controle sao os elementos centrais no suporte das

propostas contidas neste trabalho

O estudo procurou obter solucoes para problemas como o da correcao do fator de potencia

e supressao de desequilibrantes tomando como base um controlador desenvolvido a partir de

um duplo controlador por fase xado em referenciais sincronos girantes em sentidos opostos

sequencia positiva e negativa e avancou pelo remodelamento dos controladores para o refe

rencial estacionario e posteriormente girante em componentes de fase As referencias !" e ! "

descrevem modelos para a implementacao deste controlador

A eciencia da modelagem foi comprovada por resultados de simulacao e experimentais

A robustez no funcionamento estimulou o estudo da aplicacao dos mesmos a sistemas com

conversor a quatro bracos em condicoes de disturbio rigoroso de tal forma a anular a operacao

de um dos bracos do conversor cujas simulacoes tambem demonstraram resultados satisfatorios

depois conrmados experimentalmente

O controle para manutencao da operacao do Filtro Ativo durante um disturbio grave e uma

contribuicao considerada importante ao desenvolvimento dos estudos sobre Filtros Ativos ten

do em vista a importancia de se obter um grau de conabilidade cada vez maior quando da

utilizacao destes equipamentos principalmente pelo fato de que cada vez mais eles vem sendo

aplicados no controle da qualidade da energia em blocos pouco a pouco crescentes signican

do que de sua atuacao passam a depender cada vez um numero maior e de mais exigentes

consumidores

A importancia que vem adquirindo os equipamentos destinados ao tratamento da qualidade

da energia alem de justicar o objetivo central deste trabalho torna valido que sejam colocadas

a titulo ilustrativo algumas consideracoes acerca da evolucao dos mesmos A secao que se

segue visa cumprir este papel Da mesma forma decidiuse introduzir um capitulo contendo

um estudo da contribuicao dos Filtros Ativos em um sistema industrial em regime permanente

atraves do qual e possivel vericar as vantagens da instalacao desses equipamentos e ter uma

nocao dos requisitos a eles exigidos para o cumprimento de funcoes para as quais comumente

sao aplicados

Evolucao dos Compensadores Estaticos

Os compensadores estaticos de reativos com chaveamento a tiristores tiveram papel muito

importante no desenvolvimento da tecnologia da compensacao de sistemas eletricos Foi com

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Introducao

o surgimento dos mesmos que se iniciou a passagem da correcao pura e simples do fator de

potencia para outras funcoes como a correcao de desequilibrios e o controle da regulacao de

tensao Estes compensadores que hoje ocupam um lugar de fundamental importancia nos

grandes sistemas de potencia conseguiam desempenhar estas funcoes com grande rapidez o

que os levou a aplicacao na melhoria da estabilidade transitoria dos sistemas eletricos e no

combate ao icker inclusive aquele provocado por cargas com elevado grau de perturbacao

como e o caso dos fornos a arco

Os compensadores estaticos de reativos capacitores e reatores sao equipamentos cuja pre

senca ja e antiga nos sistemas de potencia

Durante os anos especialmente a partir de quando teve inicio o chamado embargo

do petroleo toda a industria mundial que dependia desta fonte necessitou buscar formas mais

baratas de obter energia Com isso a energia eletrica adquiriu maior importancia independen

temente de sua fonte de origem passando a ser mais utilizada pelo mundo civilizado

Na industria muitas maquinas passaram a ser adaptadas para o consumo de energia eletrica

substituindo a energia termica A industria do aco por exemplo cujo consumo de energia e

muito signicativo representou uma elevada transferencia de demanda de energia termica para

energia eletrica Com isso em funcao do seu grande porte e das caracteristicas operacionais

as novas cargas eletricas traziam consigo graves problemas aos sistemas eletricos Exemplos

disto sao os fornos a arco e os laminadores cargas elevadas consumidoras de grandes

quantidades de potencia reativa e com caracteristicas de operacao intermitentes

As perturbacoes provocadas por essas cargas ultrapassam o efeito de um elevado consumo de

reativos e acrescentam a producao de elevadas parcelas de correntes de seq$uencia negativa alem

de oscilacoes de tensao icker e um forte conteudo harmonico originados da intermitencia

e das caracteristicas nao lineares de operacao

Os compensadores sincronos nao sao rapidos nem tem capacidade de absorcao de correntes

de seq$uencia negativa sucientes para impedir que cargas como estas alem de outras pro

voquem perturbacoes que venham a se propagar pelo sistema eletrico em prejuizo de outros

consumidores e das proprias concessionarias de energia eletrica

O desenvolvimento de tiristores particularmente dos SCR s que passaram a ter capacidade

de conduzir correntes elevadas e bloquear tensoes tambem elevadas assim como as tecnicas de

associacao dos mesmos em serie e paralelo permitiu a concepcao de compensadores estaticos em

condicoes de atender a rapidas variacoes de demanda e ate mesmo operacao desequilibrada

No inicio da decada de ja eram comuns na Europa e Estados Unidos e ja comecavam

a chegar ao Brasil compensadores dos tipos Reator Controlado por Tiristores RCT

e Capacitor Chaveado por Tiristores CCT discutidos em !" e !" Haviam tambem

compensadores que operavam com base na associacao a Reatores Saturados ! " que nao

envolviam dispositivos semicondutores cujas caracteristicas operacionais sao semelhantes aos

RCT s no que diz respeito a possibilidade de variar o suprimento de potencia reativa e ao fato de

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Introducao

produzir harmonicos As guras a reapresentam o sistema industrial mostrado na gura

cada uma delas adotando um dos compensadores acima como sistema de compensacao

5 7 PAFiltro

Sis t em aelét r ico

Ou trosconsumido res

PAC

Outrascargas

Forno aarco Laminador

RCT

Figura Sistema industrial utilizando reator controlado por tiristores como compensador

Sis t em aelét r ico

Ou trosconsumido res

PAC

Outrascargas

Forno aarco Laminador CC T

Figura Sistema industrial utilizando capacitor chaveado por tiristores como compensador

Estes compensadores apesar de ecientes em sua proposta apresentavam certas restricoes

!" no caso do RCT a producao de harmonicos adicionais que precisavam ser ltrados no caso

do CCT a limitacao na correcao dos desequilibrios das cargas e a regiao de atuacao descontinua

Como resultado disto nos primeiros anos da decada de surgiram os compensadores hibridos

RCTCCT ilustrados na gura

O compensador hibrido associa as melhores qualidades dos dois compensadores citados e nao

possui algumas das falhas que aqueles possuem isoladamente Tem a velocidade de resposta de

um RCT meio a um ciclo atua de forma continua como ele e pode atingir as regioes capacitiva

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Introducao

Sis t em aelét r ico

Ou trosconsumido res

PAC

Outrascargas

Forno aarco Laminador

5 7 PAFiltroRS

Figura Sistema industrial utilizando reator saturado como compensador

e indutiva Alem disso seu conteudo harmonico e reduzido ao ser comparado com o de um

RCT Para a plena correcao de harmonicos necessita tal como os demais de ltros passivos

Todos estes compensadores ate aqui tratados sao utilizados em derivacao nos sistemas

eletricos Tem portanto inuencia indireta sobre o uxo de potencia ativa nos sistemas de

transmissao papel desempenhado mais diretamente por compensadores serie

A compensacao serie era utilizada com muitas restricoes mesmo nos ultimos anos da decada

de As diculdades com a coordenacao da protecao os riscos de ressonancia subsincrona

e ferroressonancia as complicacoes na operacao em condicoes de falta justicavam este uso

limitado A impossibilidade de controlar os capacitores serie tambem limitava bastante suas

vantagens para uma operacao permanente em linhas de transmissao As referencias ! " ! "

! " e ! " tratam destas diculdades

Numa publicacao classica de Edward Kimbark ! " apresenta de forma bastante

didatica importantes vantagens do ponto de vista da estabilidade dos sistemas eletricos que

poderiam ser obtidas pelo uso de compensacao de linhas de transmissao com compensadores

serie e derivacao Posteriormente em TJ Miller ! " trata com muita profundidade da

compensacao de linhas de transmissao e do uso de compensadores estaticos

Com o desenvolvimento dos compensadores derivacao tiristorizados um novo campo foi

aberto tambem para a compensacao serie Na decada de como mostram as referencias ! "

! " ! " !" ! " !" !" !" e !" o uso de compensadores serie controlados tornouse

realidade

Atualmente dependendo dos objetivos que se busca alcancar estrategias de controle adequa

das proporcionam diferentes tipos de equipamentos serie derivacao e concentrados combinacao

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Introducao

5 7 PAFiltroRCT+CCT

Sis t em aelét r ico

Ou trosconsumido res

PAC

Outrascargas

Forno aarco Laminador

Figura Sistema industrial utilizando reator controlado por tiristores e capacitor chaveado

por tiristores como compensador

de equipamentos serie com derivacao de medio e grande porte utilizados em grandes sistemas

industriais sistemas de distribuicao e de transmissao de energia

Importantes exemplos desses equipamentos sao os FACTS Flexible AC Transmission Sys

tem !" !" !" !" APQC Active Power Quality Conditioner !" !" UPQC Unied

Power Quality Conditioner !" UPFC Unied Power Flow Controller ! " !" STATCOM

Static Synchronous Compensator !" !" !" !" e PLC Power Line Conditioner !"

Os equipamentos que iniciam com o termo Unied sao os que utilizam a combinacao de

conversores seriederivacao Os que envolvem o termo Quality voltamse a criterios relacionados

com a qualidade da energia controle de reativos harmonicos e componentes de sequencia

negativa Os FACTS podem operar segundo varias caracteristicas de controle voltadas para

linhas de transmissao de grande porte que englobam por exemplo o STATCOM e o UPFC

A gura mostra na parte a um diagrama unilar de um sistema de transmissao gera

dor linha de transmissao e barramento innito incluindo de forma generica um FACTS !"

A gura b exemplica o uso de um Filtro Ativo atuando em uma linha de transmissao como

STATCOM !" !" !" observese que poderia ser um compensador estatico ou sincrono

e a gura mostra o uso de um compensador hibrido RCTCCT exercendo o papel de

compensador serie e atuando como FACTS !" !" !"

Nas aplicacoes a sistemas de distribuicao de energia podese exemplicar com as referencais

! " !" e !"

Os compensadores estaticos contudo nao podem resolver e algumas vezes ate agravam

como e o caso dos reatores controlados por tiristores os RCT o conteudo harmonico

de corrente produzido pelas naolinearidades das cargas ou da rede eletrica Os niveis de

harmonicos produzidos por um RCT nas ordens e podem atingir valores percentuais em

relacao aos valores nominais de corrente dos equipamentos superiores a e por cento res

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Introducao

FiltroAtivo

FACTS (a)

(b)

STATCOM

Barramentoinfinito

Barramentoinfinito

Gerador

Gerador

L i n h a d e t ra n sm i ssã o

L i n h a d e t ra n sm issã o

Figura Sistema de transmissao utilizando FACTS a exemplo generico b Filtro Ativo

operando como STATCOM

Barramentoinfinito

Gerador

L i n h a d e t ra n sm i ssã o

FACTS: RCT-CCT

Figura Sistema de transmissao utilizando FACTS do tipo compensador de reativos hibrido

RCTCCT

pectivamente !" !" Nos casos equilibrados os harmonicos de ordem nao sao preocupantes

pois por serem de sequencia zero anulamse Entretanto nas operacoes desequilibradas mui

to usuais em alguns tipos de industrias podem atingir em valores por unidade o percentual

citado

Foi neste ponto em que a teoria generalizada das potencias instantaneas podendose ci

tar !" !" !" !" !" !" !" !" ! " !" e !" dentre outras e a tecnica de

chaveamento PWM combinaramse numa importante parceria A partir desta combinacao

foi possivel construir Filtros Ativos capazes de exercer as mesmas funcoes dos compensadores

estaticos de reativos e alem dessas a funcao da eliminacao ou ltragem de harmonicos

Os compensadores estaticos de reativos como utilizam SCR s sao relativamente lentos

quando comparados a Filtros Ativos mas podem chavear potencias bastante elevadas sendo

portanto ate hoje os unicos que se compatibilizam com as aplicacoes que envolvem maiores

quantidades de energia

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Introducao

Podese perceber a signicativa evolucao dos compensadores estaticos e o grau de im

portancia que adquiriram em funcao do desempenho e dos niveis elevados de potencia em que

podem atuar Entretanto dentre suas caracteristicas de atuacao duas delas limitam algumas

aplicacoes a producao de harmonicos e a velocidade de resposta nem sempre satisfatoria

Ainda existe uma nitida divisao entre os espacos de atuacao dos compensadores estaticos e

dos Filtros Ativos Esta fronteira e denida basicamente pela potencia envolvida Contudo e

importante antecipar os Filtros Ativos do ponto de vista teorico propoemse a desempenhar o

papel dos compensadores de reativos sendo mais rapidos e mais ecientes do ponto de vista da

eliminacao de harmonicos A tendencia mais aparente e de que os Filtros Ativos cada vez mais

possam ocupar o espaco dos compensadores estaticos contudo o desenvolvimento tecnologico

vem repercutindo na evolucao de ambos os sistemas o que torna dificil estabelecer previsoes

quanto ao futuro

Hoje em dia os compensadores estaticos de reativos ainda ocupam um importante lugar

nos sistemas eletricos pois sao utilizados em niveis de potencia os quais os Filtros Ativos por

razoes tecnologicas ainda nao atingem

A desvantagem tecnologica que nao se encontra superada diz respeito a relacao entre a velo

cidade de atuacao dos dispositivos semicondutores atualmente disponiveis e a energia que os

mesmos sao capazes de controlar Quanto mais rapidos os dispositivos utilizados melhores

as caracteristicas operacionais do Filtro Ativo porem menores as potencias controladas

eou maiores as perdas de chaveamento envolvidas

A seguir sera incorporada mais uma secao que discutira os Filtros Ativos nos sistemas

eletricos trifasicos enfocando especialmente as topologias envolvidas seja do sistema eletrico

das cargas eletricas ou do conversor Filtro Ativo dentro dos limites do grau de abrangencia

deste trabalho para facilitar a compreensao global do estudo que sera apresentado

Filtros Ativos em Sistemas Eletricos

Os Filtros Ativos estao sendo amplamente utilizados nos sistemas trifasicos a tres e quatro

os A gura mostra o sistema industrial ja apresentado utilizando agora como sistema de

compensacao um Filtro Ativo baseado em um conversor tipo fonte de tensao A discussao que

se realiza neste trabalho portanto tendo em vista que se volta primordialmente a questao de

obter controladores capazes de corrigir situacoes de desequilibrio deve dirigirse aos casos de

sistemas a tres e quatro os

Do ponto de vista da topologia dos conversores serao enfocados Filtros Ativos operando

como conversores PWM tipo fonte de tensao aplicados a sistemas eletricos de tres e quatro os

Nas aplicacoes a sistemas a tres os a conguracao do Filtro Ativo e tal como mostrado na

gura

Nas aplicacoes a sistemas a quatro os duas alternativas podem ser consideradas para

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Introducao

Sis t em aelét r ico

O ut ro sc on sumid o re s

PAC

Outrascargas

Forno aarco L ami n ad o r

Fi ltroAtivo

Figura Sistema industrial utilizando um Filtro Ativo como sistema de compensacao

q2 3

q6

q1

q4 q5

3

12

q

0E

-

+

Figura Topologia do conversor trifasico tipo fonte de tensao com tres bracos

o Filtro Ativo vistas nas guras e Na primeira alternativa o neutro do sistema

eletrico e conectado ao centro dos capacitores localizados no lado cc do conversor Na segunda

alternativa um quarto braco e adicionado ao conversor ao centro do qual e conectada a ligacao

ao neutro do sistema eletrico

Os Filtros Ativos das guras e podem tambem ser utilizados em sistemas trifasicos

a tres os criandose portanto a possibilidade de redundancia na topologia do conversor a qual

pode ser aproveitada em uma situacao de emergencia como quando da perda do funcionamento

de um dos bracos do conversor seja pela abertura da conexao deste a rede eletrica seja pela

perda de sinal nas chaves correspondentes a um dos bracos seja nalmente pela perda das

proprias chaves correspondentes a um braco do conversor

Ainda nos sistemas a quatro condutores como sera demonstrado ao longo deste trabalho

o quarto braco podera ser utilizado como recurso redundante considerando que a perda de

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Introducao

q2 3

q6

q1

q4 q5

3

12

q

0E

-

+

Figura Conversor trifasico tipo fonte de tensao a quatro os e tres bracos

q2 3

q6

q1

q4 q5

3

12

q

0E

-

+

q

qa

b

Figura Topologia do conversor trifasico tipo fonte de tensao a quatro os e quatro bracos

um dos bracos sob operacao equilibrada podera ser suprida pelo quarto braco ou em ultima

hipotese mesmo em situacao de operacao desequilibrada ainda e possivel utilizar o quarto

braco para controlar as componentes dq e garantir a permanencia do Filtro Ativo em operacao

emergencial relegandose a segundo plano a compensacao da componente homopolar

Desta forma nas aplicacoes dos Filtros Ativos a quatro bracos como a conguracao mostrada

na gura localizarsea a segunda parte dos objetivos deste trabalho que e vericar a

atuacao dos controladores em situacoes de defeito em uma conexao do Filtro Ativo ao sistema

eletrico falta de fase ou em uma das chaves do conversor impedindo o funcionamento de um

dos bracos de tal forma que o conversor possa continuar a operar ainda que precariamente

por algum tempo ate que o sistema possa ser desligado para a correcao do defeito

Nesse caso a alternativa proposta sera a de que o conversor possua uma conguracao

de quatro bracos pois neste caso para operacao equilibrada e garantida uma redundancia

topologica ao conversor e que atraves dos tres bracos remanescentes apos o defeito seja

possivel garantir a continuidade da operacao Varios pesquisadores tem se preocupado em

estudar esta alternativa de operacao podendose citar !" !" !" !" !" e !"

Nas situacoes de emergencia ilustradas pelas topologias apresentadas nas guras e

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Introducao

estao ilustradas situacoes de perda da fase ou do braco do conversor sendo analogas

as guras para perdas nos bracos ou fases e bastando deslocar a fase em aberto nas

guras apresentadas

Organizacao do texto e principais contribuicoes

O estudo apresentado neste trabalho pode ser dividido em tres linhas principais

Um estudo da contribuicao do Filtro Ativo em regime permanente em um sistema in

dustrial permitindo vericar as vantagens obtidas e as diferencas decorrentes da adocao

de uma estrategia de controle do fator de potencia do barramento de entrada da industria

ou do controle da tensao neste barramento

Um estudo da aplicacao de Filtros Ativos para a compensacao de cargas desequilibradas

com baixo fator de potencia

A proposicao de estruturas e controladores capazes de assegurar a operacao do Filtro

Ativo ainda que em condicoes precarias apos um disturbio que elimine o funcionamento

de uma de suas fases isto e uma modelagem para adocao de uma estrategia de controle

tolerante a faltas

O capitulo apresenta o estudo de regime permanente Resultando dele considerase uma

importante contribuicao a modelagem matematica para estudos em regime permanente de um

sistema industrial no qual seja instalado um Filtro Ativo A modelagem permite vericar as di

ferencas decorrentes da adocao da estrategia de controle do fator de potencia de entrada no PAC

comparada com a estrategia de controle da regulacao de tensao no barramento possibilitando

identicar possiveis vantagens e desvantagens

No capitulo e apresentada a modelagem matematica adotada para o os sistemas eletricos

considerados nos capitulos e sistema serie trifasico a tres e quatro os e sistema em T

trifasico com carga a tres e quatro os Como contribuicao a destacar resaltamse os proprios

modelos matematicos obtidos pelas seguintes razoes a a aplicabilidade aos objetivos desta

tese b a forma compacta e didatica como estao formalizados e c a aplicabilidade em estudos

diversos tendo em vista que levam em conta a possibilidade da existencia de desequilibrios nos

parametros do sistema e da carga Como sugestao de aplicacao a outros estudos nao abordados

neste trabalho podese citar a analise de controladores aplicados a Filtros Ativos serie com

objetivos selhantes isto e controle da tensao em sistemas desequilibrados

Para facilitar a compreensao das estrategias de controle no capitulo serao apresentados

os controladores utilizados no estudo Sao incluidos resultados obtidos atraves de simulacoes

e de experimentos em laboratorio A comprovacao do funcionamento do modelo na correcao

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Introducao

do fator de potencia e desequilibrio da corrente de entrada no PAC de um sistema industrial e

mais uma contribuicao a ser enfatizada

O capitulo apresenta o estudo dos controladores e de uma modelagem especicamente

proposta visando ampliar a conabilidade das estruturas de Filtros ativos estudadas pela ga

rantia da possibilidade de manutencao de seu funcionamento sob condicao de tolerancia a faltas

de fase Tambem sao apresentados resultados de simulacoes e experimentais que comprovam a

validade da proposta tornandoa uma contribuicao relevante

Finalizando o capitulo apresenta as conclusoes gerais e sugestoes para trabalhos futuros

que venham a ser desenvolvidos dentro da tematica abordada nesta tese

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo

Filtros Ativos em Sistemas Industriais

Estudo de Regime Permanente

Introducao

A literatura tecnica de Filtros Ativos tem apresentado os mais diversos estudos relacionados

com estrategias de controle diretamente ligadas aos objetivos do equipamento nas instalacoes

supressao de harmonicos correcao de desequilibrios ajuste de fator de potencia com as

estrategias de acionamento PWM histerese sistemas analogicos sistemas digitais modulacao

vetorial minimizacao de perdas de chaveamento minimizacao do custo do numero de chaves

do conversor com os tipos de conversores utilizados tipo fonte de corrente tipo fonte de

tensao chaves bidirecionais dentre outras questoes

Ao estabelecer o tema desta tese voltado para o controle de cargas eletricas trifasicas utili

zando Filtros Ativos e para a busca de uma estrategia de controle capaz de ampliar a robustez

ou conabilidade desses equipamentos nas aplicacoes em sistemas industriais entendeuse que

ao trabalho academico convem dar uma contribuicao que permita ao leitor assimilar como estes

equipamentos se inserem no contexto do sistema industrial

Desta forma decidiuse realizar um estudo demonstrando quais as contribuicoes a serem

esperadas com a instalacao de um Filtro Ativo no barramento de sistemas industriais O estudo

objetiva o estabelecimento de uma analise que pressupoe a energia entregue pela concessionaria

dentro dos padroes estabelecidos pelas normas tecnicas e portanto cabe a industria otimizar o

uso dessa energia e ao mesmo tempo suprimir perturbacoes internas que possam se propagar

para outros consumidores atraves do PAC e da rede da concessionaria Pretendese com

isto tambem demonstrar a relevancia das propostas inseridos neste trabalho O estudo de

regime permanente apresentado neste capitulo alem de apresentar subsidios para decisoes como

essas tambem traz uma modelagem matematica que pode ser util quando da necessidade de

projetar o equipamento de compensacao independentemente de ser ele um Filtro Ativo ou um

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

compensador de reativos A modelagem tambem permite vericar as diferencas decorrentes da

adocao da estrategia de controle do fator de potencia de entrada no PAC comparada com a

estrategia de controle da regulacao de tensao no barramento possibilitando identicar possiveis

vantagens e desvantagens Desta forma considerase que e uma importante contribuicao para

o conteudo desta tese e para auxiliar em estudos futuros

Em ! " Miller aborda a questao da operacao de compensadores de reativos em regime

permanente em um sistema industrial com caracteristicas identicas visando demonstrar prin

cipalmente a impossibilidade de compensar fator de potencia e controlar a regulacao de tensao

no PAC simultaneamente A abordagem que aqui sera apresentada e mais abrangente

A instalacao de um Filtro Ativo como se sabe justicase principalmente pela necessidade

de corrigir perturbacoes como baixos fatores de potencia tensoes ou correntes harmonicas e

desequilibrios do proprio sistema alimentador ou da carga

A compensacao de correntes harmonicas produzidas por cargas nao lineares e do fator de

potencia envolvem o controle da corrente no alimentador e portanto sao perturbacoes a serem

tratadas por compensadores em derivacao que atuam como fontes de corrente Quando se trata

de quedas de tensao ou utuacoes intermitentes icker provocadas respectivamente por um

consumo de reativos excessivo por parte da industria em comparacao com o nivel de curto

circuito no PAC ou por utuacoes intermitentes na corrente de carga estes sao problemas

tambem solucionados atraves do controle da corrente do alimentador e portanto utilizandose

compensadores em derivacao

Quando as perturbacoes consideradas envolvem tensoes harmonicas e desequilibrios ineren

tes ao sistema da concessionaria sao situacoes que exigem o controle da tensao entregue no

PAC e portanto exigem a aplicacao de compensacao Filtros Ativos em no caso deste traba

lho serie Em algumas situacoes e necessario aumentar o nivel de curtocircuito so sistema de

alimentacao para o que a compensacao serie tambem pode ser utilizada assim como compen

sadores sincronos em derivacao Este caso contudo na grande maioria das vezes envolve o

sistema de transmissao da concessionaria e portanto foge ao objetivo deste estudo

O estudo apresentado neste capitulo como ja foi dito esta delimitado aos Filtros Ativos

em derivacao que sao o enfoque desta tese e por isso este capitulo sera dedicado a eles

Como ja foi comentado anteriormente o avanco tecnologico que tem ampliado a aplicacao

dos Filtro Ativos tem levado a que sua contribuicao nos sistemas eletricos nao se limitem aos

itens fator de potencia harmonicos e desequilibrios Os Filtros Ativos assumem funcoes direta

mente ligadas a essas porem tem tido um papel bem mais amplo tal como os compensadores

de reativos Um exemplo muito importante e a correcao da regulacao de tensao que tambem

pode inuir signicativamente para a melhoria da qualidade da energia

Um outro aspecto que o estudo de regime permanente permite vericar e a questao do porte

do Filtro Ativo a qual indiretamente esta associado o seu custo e que nao pode ser ignorado

Para tentar atingir esses aspectos neste estudo foram considerados Filtros Ativos operando

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

segundo duas estrategias de controle

Controle de fator de potencia imposicao de fator de potencia unitario no PAC evitando

o consumo de reativos por parte da industria

Controle da regulacao de tensao no PAC garantindo que as cargas existentes na industria

nao transmitam perturbacoes icker para a concessionaria e demais consumidores atraves

do PAC e ao mesmo tempo melhorando a qualidade da energia utilizada pela industria

atraves da garantia de um nivel de tensao rigorosamente xado

O estudo seguiu sete etapas a saber

Demonstracao da relacao existente entre o custo do Filtro Ativo e o grau de correcao

desejado para o fator de potencia

Estudo em regime permanente da operacao de um sistema industrial tipico nao incluindo

o Filtro Ativo

Estudo em regime permanente da operacao do sistema industrial apos a instalacao de

um Filtro Ativo com o objetivo de manter o fator de potencia de entrada no PAC unitario

desconsiderando a possibilidade da ocorrencia do uxo de potencia ativa oriunda do lado

cc em direcao ao sistema ca As perdas de energia ocorridas no proprio Filtro Ativo

sendo portanto fornecidas pelo sistema da concessionaria

Estudo em regime permanente da operacao do sistema industrial apos a instalacao de

um Filtro Ativo com o objetivo de manter o fator de potencia de entrada no PAC unitario

sendo o Filtro Ativo capaz de fornecer potencia ativa oriunda do lado de cc do conversor

para suprir suas proprias perdas de energia

Estudo em regime permanente da operacao do sistema industrial apos a instalacao de

um Filtro Ativo com o objetivo de manter a tensao do PAC no valor nominal pu

desconsiderando a possibilidade da ocorrencia do uxo de potencia ativa oriunda do lado

cc em direcao ao sistema ca As perdas de energia ocorridas no proprio Filtro Ativo

sendo portanto fornecidas pelo sistema da concessionaria

Estudo em regime permanente da operacao do sistema industrial apos a instalacao de

um Filtro Ativo com o objetivo de manter a tensao do PAC no valor nominal pu

sendo o Filtro Ativo capaz de fornecer potencia ativa oriunda do lado de cc do conversor

para suprir suas proprias perdas de energia

Apresentacao comparativa dos resultados obtidos nos estudos dos itens a atraves de

gracos construidos para conjuntos discretos de situacoes que consideraram uma faixa

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

signicativa de variacao de diversos parametros um por vez tais como a carga ativa

do sistema industrial a carga reativa ou os parametros do sistema de alimentacao da

concessionaria ate o PAC

GeradorL inha de tr ansmi ssão

outrosconsumidores

PAC

FiltroAtivo

Carga

Indústria

Figura Sistema industrial incluindo a concessionaria industria carga e ltro ativo e PAC

para outros consumidores

+

-

r x

rl

lxv

I

Figura Diagrama esquematico do circuito eletrico para o sistema incluindo a parte da

concessionaria e a carga no sistema industrial

I IfIl

ef

+

-

r x

rl

lx

rxff

v

Figura Diagrama esquematico do circuito eletrico incluindo a parte da concessionaria e a

industria envolvendo a carga e o ltro ativo

Os estudos referidos nos itens e acima ao tratar da possibilidade de o Filtro Ativo

fornecer energia para o suprimento de suas proprias perdas introduz na modelagem proposta

uma alternativa para aplicacao em outros estudos E o caso por exemplo da utilizacao de um

conversor incluindo um elo de cc atraves do qual seja possivel receber energia de alguma outra

fonte e tambem contribuir para o suprimento de perdas e alimentacao de cargas no sistema

industrial E a possibilidade da investigacao de casos em que o conversor tenha um papel mais

amplo servindo por exemplo para o gerenciamento de um processo de cogeracao de energia

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

produzida por um gerador eolico solar ou outra alternativa Na inexistencia de uma referencia

concreta para xar a quantidade de energia a ser fornecida pelo Filtro Ativo adotouse o

suprimento de suas proprias perdas

O sistema industrial utilizado no estudo esta apresentado esquematicamente na gura

onde aparecem conectados ao PAC a carga do sistema industrial o Filtro Ativo e a interligacao

para outros eventuais consumidores A gura apresenta o circuito eletrico utilizado na

modelagem dos casos onde nao esta incluido o Filtro Ativo A gura mostra o detalhamento

do circuito eletrico do sistema incluindo o Filtro Ativo

Os parametros utilizados nos calculos serao apresentados na secao em que os resultados das

simulacoes serao apresentados Nas deducoes que se seguem serao encontrados os parametros

gl e bl que representam a mesma carga rl e xl observada nas guras acima referidas apos

transformacao de impedancia para admitancia a m de simplicar as equacoes

As tres equacoes do circuito da gura que serao uteis nas modelagens que serao tratadas

neste capitulo sao

V r jx I rf jxf If ef

Il Vlgl jbl

Vl V r jx I

Relacao Fator de Potencia x var do Filtro Ativo

Uma carga com baixo fator de potencia acarreta em maiores perdas na transmissao de energia

devido ao transporte dos reativos podendo ainda provocar outros problemas como instabi

lidade Do ponto de vista da concessionaria interessa que seu sistema seja ocupado com o

transporte efetivo de energia logo o uxo de potencia reativa representa uma ocupacao ou

sobrecarregamento economicamente inutil de seu sistema uma vez que a energia reativa nao

repercute em trabalho realizado para o consumidor e portanto nao repercute diretamente no

seu faturamento

Alem disso como sera observado nos resultados dos estudos que serao realizados ao longo

deste capitulo o uxo de energia reativa no sistema eletrico tem uma inuencia direta sobre

os niveis de tensao nos barramentos do sistema signicando que o uxo excessivo e suas os

cilacoes contribuem para prejudicar a qualidade da energia entregue pela concessionaria aos

consumidores

E por essas razoes que as concessionarias sao autorizadas a aplicar multas pesadas sobre

as contas de energia dos consumidores de medio e grande porte que mantem baixo o fator de

potencia

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

A partir dessa discussao concluese que todos os consumidores deveriam ser obrigados a

manter seus fatores de potencia de entrada no valor unitario otimizando assim qualitativa e

quantitativamente a operacao do sistema de transmissao Esta conclusao entretanto nao e

rigorosamente verdadeira Ocorre que o custo da instalacao dos equipamentos de compensacao

de reativos os Filtros Ativos neste estudo cresce proporcionalmente a potencia var dos

mesmos Alem disso como sera mostrado a seguir na medida em que o fator de potencia

aproximase do unitario tornase proporcionalmente maior o incremento em var do Filtro Ativo

para um igual incremento no fator de potencia Dessa forma em algumas situacoes torna

se compensador para o consumidor o pagamento pelo consumo de alguma potencia reativa

consumida dentro de limites que nao repercutam em multa Ao mesmo tempo a legislacao

estabelece um limite minimo de fator de potencia a partir do qual as concessionarias nao podem

aplicar as multas

Como se sabe as potencias ativa e reativa trifasicas de entrada no barramento do consumidor

PAC sao calculadas pelas expressoes

P p

V I cos

Q p

V Isen

onde P e a potencia ativa de entrada Q e a potencia reativa de entrada V e a tensao de linha

no PAC e cos e o fator de potencia medido no PAC

Dividindo a segunda equacao pela primeira e explicitando Q em funcao de P vem que

Q Ptg

Para alimentar uma mesma carga P variando o fator de potencia de modo que o angulo

mude para o angulo temse que um Filtro Ativo deve ser instalado sendo sua capacidade

var dada por

Qf Q Q

onde Qf e a potencia do Filtro Ativo Q e a potencia que a industria deseja absorver correspon

dente ao fator de potencia cos e Q e a potencia reativa inicial indesejada correspondente

ao fator de potencia cos

Substituindo em podese dimensionar o compensador

Qf P tg tg

Supondose uma industria com uma carga total de MW e fator de potencia a tabela

e a gura apresentam para variacoes de fator de potencia para de ate

de a e depois de ate o valor total da potencia Qf exigida que resultou

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

respectivamente em Mvar para a primeira variacao e para a ultima Isto signica

que para um crescimento do fator de potencia de ao inves de quatro vezes maior a

exigencia e de uma potencia quase vezes maior para o Filtro Ativo logo os Mvar necessarios

para o Filtro Ativo crescem proporcionalmente mais que o fator de potencia quando a regiao

de atuacao aproximase do fator de potencia unitario E importante esclarecer que a gura

foi elaborada para corrcoes discretas do fator de potencia portanto somente os valores

vericados nos pontos marcados com sao verdadeiros As linhas tracejadas interligado

estes pontos nao representam valores continuos calculados para as potencias reativas

fp Qf Qf

Tabela Variacoes de fator de potencia X potencias do Filtro Ativo

0.84 0.86 0.88 0.9 0.92 0.94 0.96 0.98 1 1.022

4

6

8

10

12

14

16

Qf

∆Q

f

[fp]

[Mvar]

Figura Variacao da potencia necessaria ao Filtro Ativo para variar o fator de potencia

de a unitario estagios e

Para visualizar melhor a gura mostra somente o comportamento da curva das variacoes

de potencia do Filtro Ativo com a variacao do fator de potencia em tres estagios a cada

crescimento do fator de potencia por apos o estagio inicial de a

A partir da gura e da a tabela podese armar ainda que de forma grosseira que o

custo do Filtro Ativo para corrigir o fator de potencia de ate Qf e quase o dobro

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.84 0.86 0.88 0.9 0.92 0.94 0.96 0.98 1 1.022.5

3

3.5

4

4.5

5

5.5

6∆Qf

[Mvar]

∆Qf1

∆Qf2

∆Qf3

[fp]

Figura Potencias exigidas para o Filtro Ativo em tres estagios de correcao do fator de

potencia

daquele que se verica quando a correcao e na faixa de a QfQf Para corrigir

o fator de potencia de a Qf e cerca de # maior que se a correcao for para a

faixa de a Qf Num estudo de viabilidade economica esta diferenca de custo deve

ser levada em conta diante das multas cobradas pelas concessionaria podendo ocorrer situacoes

em que seja mais economico pagar as eventuais multas por excesso de demanda de potencia

reativa

Dado que o objetivo deste trabalho e a analise puramente tecnica com a preocupacao

maxima com a qualidade da energia os estudos que se seguirao quando a aplicacao do Filtro

Ativo for voltada para o controle de fator de potencia partirao do pressuposto de que se deseja

atingir fator de potencia unitario Isto se justica tambem porque assim a comparacao com os

casos em que o objetivo de controle e atingir tensao nominal no PAC tornase mais realista

Controle de Fator de Potencia Filtro Ativo nao

Fornece Energia Ativa

Nesta secao o sistema das guras e sera modelado de forma tal que o Filtro Ativo atuara

para garantir a manutencao do fator de potencia unitario no PAC com toda a potencia ativa

sendo fornecida pela fonte de alimentacao Desta forma partindo das equacoes a

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

reescritas na forma de componentes ortogonais dq vem que

vd jvq rid jiq jxid jiq rfifd jifq jxf ifd jifq efd jefq

ild jilq vld jvlqgl jbl

vld jvlq vd jvq rid jiq jxid jiq

E as seguintes consideracoes serao validas

vq

ifq ilq

iq

id ild ifd

p pl dp dpf

qf ql dq dqf

onde dp representa as perdas de potencia ativa no sistema de transmissao da fonte ao PAC

e dpf as perdas no sistema de conexao do Filtro Ativo para o barramento da carga dq e a

potencia reativa absorvida no sistema de transmissao da fonte ao PAC e dqf a potencia reativa

absorvida no sistema de conexao entre o Filtro Ativo e o barramento da carga gl e a carga

eletrica expressa na forma de admitancia e bl a parte reativa da carga expressa na forma de

susceptancia

Como sera considerado que o Filtro Ativo nao fornece potencia ativa mas supre a potencia

reativa p e o somatorio das potencias ativas que e fornecido pela concessionaria e qf e o

somatorio das potencias reativas fornecido pelo Filtro Ativo Com isso podese ainda dizer

que

vdid p

com

pf efdifd efqifq

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

e como a proposta e garantir fator de potencia unitario para a potencia fornecida pela rede

eletrica

q

logo

qf efdifq efqifd ql dq dqf

E possivel resolver o conjunto de equacoes a partir das expressoes de balanco de potencia

obtendo uma expressao em termos de id como unica incognita As manipulacoes algebricas que

se seguirao terao este objetivo

Inicialmente considerando que a potencia consumida pela carga e dada por

sl vld vlq

gl jbl

e portanto

pl vld vlq

gl

ql vld vlq

bl

e que para as perdas nas interligacoes da concessionaria ao PAC e do Filtro Ativo ao PAC sao

validas as expressoes

dp rid iq

dq x id iq

dpf rf

ifd ifq

dqf xf

ifd ifq

nas quais aplicando as condicoes dadas em a obtemse

dp r ild ifd

dq x ild ifd

dpf rfifd ilq

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

dqf xfifd ilq

De vem que

ild vldgl vlqbl

ilq vldbl vlqgl

e de

vld vd rid

vlq xid

onde

vl qvld vlq

para obter e em termos de id sera necessario ter e na forma qua

dratica logo

vld vd vdrid rid

vlq xid

Substituindo e em e vem que

ild !vd rid gl xid bl"

ilq !vd rid bl xid gl"

e

ild vdgl kid

ilq vdbl kid

com

k rgl xbl

k rbl xgl

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

Como essas correntes serao utilizadas na forma de quadrados e produtos vem que

ild vdgl kvdglid ki

d

ilq vdbl kvdblid ki

d

ildilq vdglbl kvdbl kvdgl id kkid

Substituindo e em e vem que

ifd ild id vdgl id k

ifq ilq vdbl kid

dai

ifd vdgl vdglid k id k

ifq vdbl vdblidk idk

e fazendo

k vdgl

k vdbl

k k

k k k

k kk

resulta

ifd k k kid kid

ifq k kkid kid

e

ifd k kid kid

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

ifq k kid kid

Dai para colocar dp e dq em funcao de id de e com ild e ifd dadas por e

para os termos de grau e por e para os quadraticos resulta

dp kid kid

dq kid kid

onde

k rk kk k

k x k kk k

k r kk k

k x kk k

Substituindo e em e

pl vd rid gl xid gl

ql vd rid bl xid bl

que levam a

pl k kid kid

ql k kid kid

onde

k glr x

k rk

k vdk

k blr x

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

k rk

k vdk

Para expressar as perdas na interligacao do Filtro Ativo ao PAC em termos de id substituiu

se e em e resultando

dpf k kid kid

dqf k kid kid

sendo

k rfk k

k rf k kk

k rfk k

k xfk k

k xf k kk

k xfk k

Agora combinando com e substituindo as expressoes obtidas para cada elemento

de vem

vdid kid kid k ki

d kid ki

d kid k

de onde se pode obter uma expressao para o calculo de id ja que vd e conhecida assim como

todos os demais parametros resultando

aid bid c

onde

a k k k

b k vd k k

c k k

Observese que a expressao e quadratica resultando em duas alternativas como respostas

das quais uma nao tem sentido fisico Um teste introduzido no programa para o calculo do

comportamento do sistema em regime permanente permitiu facilmente a obtencao da solucao

correta Obtida a corrente id agora e possivel determinar todas as demais variaveis do pro

blema seguindo

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

dpf e dqf utilizando e

pl e ql utilizando e

ild e ilq utilizando e

ifd e ifq utilizando e

dp e dq utilizando e

vld e vlq utilizando e

Fica faltando calcular efd e efq o que pode ser feito combinando e De

podese tirar que

efd ifqifd

efq

e substituindoa em vem

ifq

ifdefq efqifd ql dq dqf

dai

efq ql dq dqf ifdifd ifq

dessa forma efd e efq sao calculadas utilizando e

Controle de Fator de Potencia Filtro Ativo Fornece

Energia Ativa

Neste caso o sistema sera modelado de forma tal que o Filtro Ativo atuara para garantir a

manutencao do fator de potencia unitario no PAC e ainda suprira a potencia ativa responsavel

por suas proprias perdas entendendose que estas sao representadas pelas perdas nos elementos

passivos de interligacao do Filtro Ativo com o PAC Desta forma as equacoes do estudo anterior

sao validas com excessao de que no balanco de potencia ativa o sistema da concessionaria

suprira a carga e as perdas da interligacao da concessionaria ao PAC e pelo lado do Filtro

Ativo este suprira as perdas representadas por dpf Assim para as equacoes de balanco de

potencia ativa vira

p pl dp

qf ql q dq dqf

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

pf dpf

Com isso podese ainda dizer que

vdid p

efdifd efqifq dpf

efdifq efqifd qf

As demais equacoes e condicoes utilizadas no caso anterior sao validas Assim para obter a

solucao do problema a partir de id e necessario resolver a expressao do balanco de potencia

ativa combinando com que fornece

vdid kid kid k ki

d kid

que como no caso anterior e uma equacao do tipo

aid bid c

onde

a k k

b k vd k

c k

Observese que novamente a expressao e quadratica resultando em duas alternativas como

respostas das quais uma nao tem sentido fisico Um teste introduzido no programa para o

calculo do comportamento do sistema em regime permanente permitiu facilmente a obtencao

da solucao correta Obtida a corrente id agora e possivel determinar todas as demais variaveis

do problema seguindo

dpf e dqf utilizando e

pl e ql utilizando e

ild e ilq utilizando e

ifd e ifq utilizando e

dp e dq utilizando e

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

vld e vlq utilizando e

Fica faltando calcular efd e efq o que pode ser feito combinando e De

podese tirar que

efd dpf efqifq

ifd

e substituindoa em vem

dpf efqifqifd

ifq efqifd ql dq dqf

dai

efq ifqdpf ql dq dqf ifd

ifd ifq

dessa forma efd e efq sao calculadas utilizando e

Controle de Tensao no PAC Filtro Ativo nao For

nece Energia Ativa

Nesta secao o Filtro Ativo sera controlado para manter a tensao no PAC em um valor pre

estabelecido Sera adotado o valor nominal da tensao do sistema signicando a xacao de pu

no PAC Novamente serao testados dois casos no primeiro considerando que o Filtro Ativo

fornece apenas potencia reativa cabendo a concessionaria fornecer a energia ativa do sistema

no segundo vericarsea a contribuicao do Filtro Ativo suprindo suas proprias perdas

Como a tensao no PAC sera mantida em um valor prexado e portanto a corrente entre a

concessionaria e o PAC tera suas duas componentes real e imaginaria presentes considerou

se vantajoso adotar como referencia a tensao no PAC Com isso a tensao no barramento da

concessionaria cujo modulo sera igual ao da tensao do PAC tera fase a ser calculada e portanto

as duas componentes real e imaginaria

Partindo novamente das equacoes a e modicando a para adaptar a situacao

em que a tensao de referencia e a tensao do PAC as seguintes equacoes podem ser estabelecidas

vld jvlq rfifd jifq jxf ifd jifq efd jefq

ild jilq vld jvlqgl jbl

vd jvq vld jvlq r jxid jiq

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

sendo validas ainda as seguintes condicoes

vlq

vld Vd

iq ilq ifq

id ild ifd

p pl pf dp dpf

qf ql q dq dqf

onde Vd representa o valor nominal da tensao do sistema correspodendo ao modulo da tensao

no barramento da concessionaria e em modulo e fase a tensao do PAC ja que esta foi tomada

como referencia e portanto limitase a componente de eixo d dp representa as perdas de

potencia ativa no sistema de transmissao da fonte ao PAC e dpf as perdas no sistema de

conexao do Filtro Ativo para o barramento da carga dq e a potencia reativa absorvida no

sistema de transmissao da fonte ao PAC e dqf a potencia reativa absorvida no sistema de

conexao entre o Filtro Ativo e o barramento da carga gl e a carga eletrica expressa na forma

de admitancia e bl e a parte reativa da carga expressa na forma de susceptancia

Substituindo em as correntes de carga serao dadas por

ild Vdgl

ilq Vdbl

e para as componentes da potencia complexa na carga

pl V d gl

ql V d bl

de obtemse

vd Vd rid xiq

vq riq xid

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

Serao uteis ainda as equacoes para os balancos de potencias dadas por

vdid vqiq p

vdiq vqid

efdifd efqifq

efdifq efqifd qf

Alem disso para as potencias de perdas nos circuitos

dp rid iq

dq x id iq

dpf rfifd ifq

dqf xfifd ifq

Da substituicao de e em e vem que

id Vdgl ifd

iq Vdbl ifq

A solucao do problema partira da obtencao de duas expressoes em termos de ifd e ifq que virao

da equacao combinada com a equacao que impoe a magnitude da tensao no barramento

da concessionaria no valor Vd que e

vd vq V d

A substituicao de e em leva a

kzifd kzi

fq kifd kifq k

com

kz r x

ky gl bl

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

k rgl xbl

k Vdr rgl xgl

k Vdx xbl rbl

k V d k kzky

A partir de podese obter

efd Vd rf ifd xf ifq

efq xf ifd rf ifq

Substituindo agora e em vem

rf ifd rf i

fq Vdifd

As equacoes e constituem um sistema de duas equacoes nao lineares incluindo

duas incognitas que foram resolvidas para ifd e ifq caso a caso pelo metodo iterativo de

NewtonRaphson O processo de solucao utilizou o seguinte algoritimoifd

ifq

m

ifd

ifq

m

ifd

ifq

onde ifd

ifq

fifd

fifq

fifd

fifq

m

f

f

m

sendo

f kzifd kzi

fq kifd kifq k

f rf ifd rf i

fq Vdifd

e fifd

fifq

fifd

fifq

kzifd k kzifq k

rf ifd Vd rf ifq

e ainda m e a iteracao atual com m signicando a iteracao anterior

Obtidas as correntes ifd e ifq agora e possivel determinar todas as demais variaveis do

problema seguindo

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

dpf e dqf utilizando e

id e iq utilizando e

dp e dq utilizando e

pl e ql utilizando e

ild e ilq utilizando e

efd e efq utilizando e

vd e vq utilizando e

Controle de Tensao no PAC Filtro Ativo Fornece

Energia Ativa

Esta modelagem e muito semelhante a do anterior O que difere e que a equacao do balanco

de energia agora nao tera resultado nulo pois considerarsea que o Filtro Ativo po

dera suprir suas proprias perdas de potencia ativa Isto alterara as equacoes e

respectivamente para

p pl dp

pf efdifd efqifq dpf

Assim substituindo e em vem que

rf ifd rf i

fq Vdifd rf

ifd ifq

que resulta em

Vdifd

e portanto

ifd

Com isto a equacao

kzifd kzi

fq kifd kifq k

passa a ser

kzifq kifq k

e o resultado sera a solucao de uma unica equacao de segundo grau em ifq como nos dois

primeiros estudos e bem mais simples que o terceiro Encontrados os valores de ifd e ifq para

obter as demais variaveis envolvidas no problema e semelhante ao caso anterior

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

dpf e dqf utilizando e

id e iq utilizando e

dp e dq utilizando e

pl e ql utilizando e

ild e ilq utilizando e

efd e efq utilizando e

vd e vq utilizando e

Resultados Computacionais

Os cinco modelos desenvolvidos foram implementados em computador digital para um sistema

cujos parametros sao

Tensao nominal tensao do gerador e tensao base para normalizacao em pu kV

Potencia base para normalizacao em pu MW

Impedancia de interligacao geradorPAC j !%"

Impedancia de interligacao Filtro AtivoPAC j !%"

Potencia ativa nominal da carga MW

Potencia reativa nominal da carga Mvar

A partir desses parametros o sistema foi convertido em valores por unidade e os resultados

obtidos serao apresentados nessa forma

Os estudos foram realizados vericando a inuencia de um dos parametros de cada vez

adotandose os valores especicados acima como nominais fazendo o parametro em causa variar

dentro de uma faixa de pu a pu e estudando o comportamento do sistema em regime

permanente a cada pu de variacao do parametro Assim foram estudadas as inuencias

de

Variacao da potencia ativa da carga

Variacao da potencia reativa da carga

Variacao da resistencia de interligacao do gerador ao PAC

Variacao da reatancia de interligacao do gerador ao PAC

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

2 4 6 8 10 12 14 16 18 20−0.5

0

0.5

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.50.7

0.8

0.9

1

1.1

v, v

l [V]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.50.7

0.8

0.9

1

1.1

v, v

l [V]

(J)

gl

[mho]

gl

[mho]

[mho]

gl

v

vl

sem compensação

(b)

(a)

(c)

v

vl

comp. p/ fp. unitário 1

o

o

o

Figura a Variacao da condutancia da carga b Tensao na fonte curva em linha cheia

e no PAC curva em sem compensacao c Tensao na fonte curva em linha cheia e no

PAC com compensacao p fator de potencia unitario curva em

Variacao da resistencia de interligacao do Filtro Ativo ao PAC

Variacao da reatancia de interligacao do Filtro Ativo ao PAC

Para nao prejudicar a compreensao dos resultados pelo excesso de informacoes decidiuse

omitir os resultados referentes aos itens e Tendo em vista que o Filtro Ativo e instalado

sempre o mais proximo possivel da carga e que a impedancia de sua interligacao ao PAC e

sempre minima Esses resultados so teriam relevancia em situacoes muito especicas dai

considerouse desnecessaria a apresentacao

Em todos os gracos que serao apresentados o local correspondente ao valor nominal do

parametro cuja inuencia esta sendo estudada sera destacado com um pequeno circulo o

para facilitar as comparacoes

Os resultados obtidos serao apresentados em quatro grupos de guras cada um correspon

dendo a um dos itens a acima Os gracos apresentados sao relativos a magnitude e fase

entre as tensoes do gerador e do PAC o rendimento apresentado pelo sistema como um todo

e para vericar o esforco do Filtro Ativo serao apresentados gracos das magnitudes da

tensao e potencia aparente do Filtro Ativo Nos casos onde se estabelece controle da regulacao

de tensao no PAC sao apresentados tambem curvas do comportamento do fator de potencia

neste barramento e na saida do gerador

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.50.7

0.8

0.9

1

1.1

v, v

l [V]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.50.7

0.8

0.9

1

1.1

v, v

l [V]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.50.7

0.8

0.9

1

1.1

v, v

l [V]

v

vlcomp. p/ fp. unitário 2

(a)

(b)

(c)

gl

[mho]

v

vlcomp. reg. tensão 1

gl

[mho]

[mho]

gl

v

vlcomp. reg. tensão 2

o

o

o

Figura Magnitudes da tensao na fonte curvas em linha cheia e no PAC curvas em

nas compensacoes a para fator de potencia unitario b para regulacao de tensao e c

para regulacao de tensao

O calculo do rendimento e efetuado pela relacao entre a potencia ativa consumida na carga

e a potencia ativa total injetada no circuito Isto resulta nas seguintes expressoes

plp

nos casos em que o Filtro Ativo nao fornece potencia ativa e

pl

p pf

nos casos em que o Filtro Ativo fornece as perdas registradas na impedancia da interligacao

dele proprio ao PAC

Nas guras em que esta citado comp p fp unitario e comp p fp unitario

devese entender que se referem ao estudo em que o Filtro Ativo e controlado para manter

o fator de potencia de entrada no PAC unitario No caso tratase da situacao em que

o Filtro Ativo nao fornece potencia ativa e portanto a carga e as perdas sao supridas pelo

gerador e no caso o Filtro Ativo fornece a energia destinada ao suprimento das perdas na

interligacao dele proprio ao PAC Nas guras onde esta citado comp reg tensao e comp

reg tensao devese entender que se referem ao estudo em que o Filtro Ativo e controlado

para manter a tensao do PAC no valor nominal pu No caso tratase da situacao

em que o Filtro Ativo nao fornece potencia ativa e portanto a carga e as perdas sao supridas

pelo gerador no caso o Filtro Ativo fornece a energia destinada ao suprimento das perdas

na interligacao dele proprio ao PAC

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5

−0.2

−0.1

0

0.1

0.2

θ l [rad

]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5

−0.2

−0.1

0

0.1

0.2

θ l [rad

]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5

−0.2

−0.1

0

0.1

0.2

θ l [rad

]

(a)

(b)

(c)

gl

[mho]

gl

gl

[mho]

[mho]

sem compensação

comp. p/ fp. unitário 1 comp. p/ fp. unitário 2

comp. reg. tensão 1

comp. reg. tensão 2

o

o

o

Figura Angulo de fase da tensao do PAC em relacao a tensao do gerador

V

Vl-rI

I

Id

Iq

-jxIO >0

Figura Diagrama fasorial do sistema nao compensado com condutancia de carga represen

tando um decimo da nominal

Uma questao importante que sera discutida e a do comportamento do fator de potencia

na saida do gerador ou entrada do PAC Para isto serao apresentadas curvas com o com

portamento do fator de potencia da carga e com o fator de potencia na saida do gerador sob

as condicoes comp reg tensao e comp reg tensao para cada um dos estudos

As condicoes de controle para fator de potencia unitario evidentemente nao necessitam ser

apresentadas ja que o fator de potencia na saida do gerador e prexado em

Os modelos matematicos utilizados foram os apresentados na gura para o caso sem

compensacao e na gura para os casos em que existe a compensacao ou seja o Filtro

Ativo esta atuando

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

V

Vl-rI

I

Id

Iq

-jxIO <0

Figura Diagrama fasorial do sistema nao compensado com condutancia de carga repre

sentando duas vezes a nominal

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.50.6

0.7

0.8

0.9

1

η [p

.u.]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.50.9

0.95

1

η [p

.u.]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.50.9

0.95

1

η [p

.u.]

sem compensação

(a)

(b)

(c)

comp. p/ fp. unitário 1

comp. p/ fp. unitário 2

comp. reg. tensão 1

comp. reg. tensão 2

gl

[mho]

gl

gl

[mho]

[mho]

o

o

o

Figura Rendimento do sistema diante da variacao da potencia ativa da carga

Variacao da potencia ativa da carga

A gura a mostra um graco contendo os valores da condutancia da carga gl adotados

no estudo O valor inicial corresponde a gl glN glN valor nominal de gl e o valor nal

a gl glN Nas demais guras o eixo horizontal contem na mesma sequencia os valores

de gl obtidos na gura a Assim as guras b a c apresentam o comportamento da

magnitude da tensao do PAC dentro dessa faixa de variacao de gl

Observando a gura podese notar o efeito da compensacao sobre a magnitude da tensao

no PAC Sem compensacao para carga nominal essa tensao ca em pu enquanto que

nas duas situacoes de compensacao para fator de potencia unitario ca ligeiramente abaixo

de pu Isto ja permite tirar uma importante conclusao que e a de que a compensacao

para fator de pot encia ja garante uma contribuicao signicativa para a regulacao de tensao no

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5−0.1

−0.05

0

0.05

0.1

θ l [rad

]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5−0.5

0

0.5

θ l [rad

]

gl

[mho]

x=0,1 xn

gl

r=5 rn

[mho]

(a)

(b)

Figura Angulo de fase da tensao do PAC em relacao a tensao do gerador a reatacia do

alimentador reduzida e b resistencia do alimentador aumentada

barramento da industria

As guras a a c mostram o comportamento do angulo de fase da tensao do PAC

em relacao ao angulo da tensao do gerador Percebese que o angulo de fase da tensao no PAC

cresce signicativamente nos casos compensados quando comparados ao caso nao compensado

Isto ocorre porque com a compensacao e a elevacao da tensao no PAC para os mesmos valores

de admitancias da carga a potencia ativa consumida pela carga aumenta E o deslocamento

de fases entre as tensoes de dois barramentos cresce sempre que a pot encia ativa transmitida

de um para o outro aumenta Como os niveis de tensao nos casos de compensacao de fator

de potencia e regulacao de tensao sao muito proximos os angulos de fase da tensao no PAC

tambem sao muito parecidos

Aparentemente paradoxal com o comentario acima e o que se ve na regiao da curva do

angulo de deslocamento da tensao no PAC gura a para gl em que o angulo de

deslocamento aparece positivo E importante lembrar que a armacao de que havendo trans

missao de pot encia ativa o angulo de fase deslocarsea negativamente no barramento receptor

com relacao ao transmissor so e rigorosamente valida quando o sistema nao tem perdas Neste

estudo em que as perdas do alimentador sao consideradas para gl os calculos demons

tram que o valor da corrente reativa da carga e consequentemente da corrente reativa entre os

dois barramentos ilq e negativo e signicativamente elevado em relacao a parte real da mesma

corrente Como consequencia dessa particularidade e dos valores relativos dos parametros do

alimentador rx e da impedancia da carga rlxl o angulo de deslocamento de fase e positivo

na regiao em causa embora o uxo de potencia ativa seja do gerador para a carga

Os diagramas fasoriais apresentados nas guras e montados em escala nas mesmas

condicoes deste estudo para o menor e o maior valor respectivamente da condutancia gl na

faixa de variacao utilizada no graco apresentado na gura a Eles demonstram que tal

situacao pode do ponto de vista teorico ocorrer A observacao do graco da gura a

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5−0.5

0

0.5

θ l [rad

]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5−0.5

0

0.5θ l [r

ad]

gl

[mho]

x= 5 xn

r=0,1 rn

gl

[mho]

(a)

(b)

Figura Angulo de fase da tensao do PAC em relacao a tensao do gerador a reatacia do

alimentador aumentada e b resistencia do alimentador reduzida

demonstra que para o caso sem compensacao o rendimento assume valores muito baixos na

mesma regiao em que o angulo de fase da tensao no PAC encontrase positivo Isto demonstra

que a potencia ativa da carga e muito pequena e a perda de energia no alimentador assume

proporcao mais signicativa que o normal Do ponto de vista pratico convem lembrar que os

parametros de projeto de um sistema eletrico bem dimensionado dicilmente dao margem a

que tal situacao venha a ocorrer

Foram repetidos os mesmos estudos considerando valores diferentes para os parametros do

alimentador As guras e mostram os resultados

Na gura a x foi multiplicada por Na gura b o valor da resistencia do

alimentador r foi multiplicado por Em ambos os casos a relacao rx entre os parametros

do alimentador cresce Pelas curvas mostradas na gura constatase que esse crescimento faz

com que o agulo de fase l da tensao do PAC em relacao a fonte tornese positivo em toda a

faixa de variacao de gl

Na gura a x foi multiplicada por Na gura b o valor da resistencia do alimen

tador r foi multiplicado por Em ambos os casos a relacao rx entre os parametros do

alimentador decresce Pelas curvas mostradas na gura constatase que esse decrescimento faz

com que o agulo de fase l da tensao do PAC em relacao a fonte tornese negativo em toda a

faixa de variacao de gl

Concluese portanto que a possibilidade de que o angulo de fase do PAC seja positivo em

relacao ao do gerador existe ainda que sendo um caso atipico em situacoes reais Concluese

tambem que esta possibilidade vinculase fundamentalmente a relacao entre os parametros do

alimentador rx O aumento desta relacao amplia esta possibilidade O caso pode ser consi

derado atipico porque na maioria dos sistemas de potencia a relacao rx e pequena Em !"

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.50

0.2

0.4

0.6

0.8

1

f p: car

ga

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.50.98

0.99

1

1.01

1.02

1.03

1.04

1.05f p: g

erad

or

(a)

(b)

gl

[mho]

gl

[mho]

o

o

comp. reg. tensão 1

comp. reg. tensão 2

Figura Curvas de fator de potencia para compensacao da regulacao de tensao a carga

indutivo b saida do gerador capacitivo

Oliveira deduz uma equacao para a potencia transmitida entre os dois barramentos em regime

permanente demonstrando o surgimento de termos que ajudam a explicar este comportamento

E importante esclarecer que o sentido de deslocamento do angulo de fase da tensao no PAC

em relacao ao da tensao do gerador quando a carga aumenta parece se inverter quando se

observa as guras b e c Isto decorre do fato de que a modelagem matematica para

o primeiro caso adotou a tensao do gerador como referencia e no segundo caso a referencia

adotada foi a tensao do PAC Portanto a inversao e apenas aparente e as duas guras estao

coerentes com o modelo matematico estabelecido

As guras a a c mostram o rendimento obtido para o sistema nas cinco situacoes

pesquisadas sem compensacao comp p fp unitario comp p fp unitario

comp reg tensao e comp reg tensao Podese observar novamente a vantagem de

ambas as estrategias de compensacao quando se observa o rendimento nas condicoes nominais

sem compensacao pouco superior a # com compensacao calculouse # e # pa

ra compensacao para fator de potencia unitario e respectivamente # e # para

compensacao de regulacao de tensao e respectivamente Vese portanto que as compen

sacoes provocam um ganho signicativo no rendimento do sistema sendo que a compensacao

para fator de pot encia unitario repercute em um rendimento ainda superior ao da regulacao de

tensao Alem disso podese observar que em ambas as estrategias de compensacao o caso em

que o Filtro Ativo alimenta suas proprias perdas apresenta rendimento levemente superior

Ainda sobre rendimento podese comentar o caso da curva sem compensacao cuja regiao

inicial apresenta rendimento bem mais baixo que na maior parte dela A explicacao e semelhante

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.50.9

0.95

1

1.05

1.1

e f [V]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.50

0.2

0.4

0.6

0.8

1

s f [VA

]

comp. p/ fp. unitário 1

comp. p/ fp. unitário 2

(a)

(b)

comp. p/ fp. unitário 1

comp. p/ fp. unitário 2

gl

[mho]

gl

[mho]

o

o

Figura a Magnitude da tensao e b Potencia aparente solicitada ao Filtro Ativo para

garantir fator de potencia unitario no PAC

ao caso do angulo de deslocamento de fase na regiao em que gl a carga consome uma

potencia ativa relativamente pequena em comparacao com a reativa sendo que a corrente

reativa tambem provoca perdas na resistencia entre os dois barramentos portanto enquanto a

parte real da corrente de carga e relativamente pequena em comparacao com a parte imaginaria

vericase um rendimento exageradamente baixo

As guras a e b mostram como variam o fator de potencia da carga e do gerador

respectivamente nos casos de compensacao de regulacao da tensao no PAC Podese vericar

que no ponto nominal de operacao da carga esta apresenta um fator de potencia muito baixo

de enquanto que o fator de potencia nos terminais do gerador e capacitivo e seu valor

e de Podese concluir portanto que num sistema industrial com carga indutiva a

compensacao de regulacao de tensao nao torna unitario o fator de pot encia mas aproximase

bastante disso Alem do mais como leva o fator de potencia a regiao capacitiva signica que

seu custo sera mais elevado pois implicara em uma pot encia maior para o Filtro Ativo

As guras a a b apresentam gracos que permitem estimar o esforco do Filtro

Ativo comprovando que o esforco do Filtro no caso da regulacao de tensao e maior Os

valores obtidos para a tensao do Filtro Ativo e sua potencia no caso de controle de fator de

potencia foram respectivamente e No caso do controle de regulacao de tensao

os valores encontrados respectivamente foram e Os numeros praticamente nao

se diferenciaram entre os casos em que as perdas foram supridas pelo Filtro Ativo ou nao

Assim os numeros maiores vericados no caso de controle de regulacao de tensao tanto para a

potencia como para a tensao conrma a conclusao anterior de que o custo do Filtro Ativo para

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.50.9

0.95

1

1.05

1.1

e f [V]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.50

0.2

0.4

0.6

0.8

1

s f [VA

]

comp. reg. tensão 1

comp. reg. tensão 2

comp. reg. tensão 1

comp. reg. tensão 2

(a)

(b)

gl

[mho]

[mho]

gl

o

o

Figura a Magnitude da tensao e b Potencia ativa solicitada ao Filtro Ativo para

controle da tensao do PAC

controlar regulacao de tensao no PAC e superior ao vericado quando da adocao da estrategia

de controle do fator de pot encia

Variacao da potencia reativa da carga

A gura a mostra um graco contendo os valores da susceptancia da carga bl adotados

no estudo O valor inicial corresponte a bl blN onde blN e o valor nominal de bl e o valor

nal a bl blN Nas demais guras o eixo horizontal contem na mesma sequencia os valores

de bl obtidos na composicao do graco da gura a

As guras b a c apresentam o comportamento da magnitude da tensao do PAC

dentro dessa faixa de variacao de bl Evidentemente na situacao nominal todas os resulta

dos apresentados independentemente do parametro que esteja sendo variado levam ao mesmo

resultado portanto e valido o que foi comentado para a situacao anterior em que gl variava

Contudo no caso sem compensacao observandose o nal da curva e comparando com a si

tuacao de gl variando podese vericar a tensao do PAC em bl e bastante inferior a de gl

Isto conrma que o nivel de tensao do PAC tem uma ligacao bem mais forte com o uxo de

pot encia reativa no alimentador que com o uxo de pot encia ativa

Podese ver ainda que nas compensacoes para fator de potencia unitario o perl das curvas

da tensao no PAC e praticamente constante em torno do mesmo valor obtido no estudo anterior

na situacao nominal

As guras a a c mostram o comportamento do angulo de fase da tensao do

PAC em relacao ao angulo da tensao do gerador Podese ver na situacao sem compensacao

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

2 4 6 8 10 12 14 16 18 20−1

−0.5

0

0.5b

l x J

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

0.8

1

1.2

v, v

l [V]

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

0.8

1

1.2

v, v

l [V]

bl

[siemens]

bl

[siemens]

[siemens]

bl

v

vl

v

vl

sem compensação

comp. p/ fp. unitário 1

(a)

(b)

(c)

o

o

o

Figura a Variacao da susceptancia da carga b Tensao no PAC sem compensacao c

Tensao no PAC com compensacao para fator de potencia unitario

comparando com o estudo da variacao de gl que o deslocamento de fases entre os barramentos

agora diminui enquanto no outro caso aumentava Isto ocorre porque a carga em termos de

sua condutancia permanece xa durante a variacao de bl enquanto a corrente reativa cresce

Ocorre o processo inverso do que se verifocou na regiao do estudo anterior para gl Pela

tendencia do graco podese vericar que se bl continuasse a aumentar terminaria ocorrendo

uma inversao no sentido do angulo de fase mesmo sendo mantido o uxo de potencia ativa do

gerador para o PAC Podese repetir que a armacao de que havendo transmissao de pot encia

ativa o angulo de fase deslocarsea negativamente no barramento receptor com relacao ao

transmissor so e rigorosamente valida quando o sistema nao tem perdas

Como ja foi dito antes o sentido de deslocamento do angulo de fase da tensao no PAC em

relacao ao da tensao do gerador quando a carga aumenta parece se inverter quando se observa

as guras b e c Como no caso anterior isto decorre do fato de que a modelagem

matematica para o primeiro caso adotou a tensao do gerador como referencia e no segundo

caso a referencia adotada foi a tensao do PAC

Das guras b e c podese vericar ainda que o perl das curvas em qualquer

estrategia de compensacao e praticamente plano ja que com gl constante e o perl de tensao

no PAC praticamente plano a potencia ativa transportada pelo alimentador praticamente nao

varia logo nao ha razao para variacao signicativa no deslocamento de fase entre os dois

barramentos

As guras a a c mostram o rendimento obtido para o sistema nas cinco situacoes

pesquisadas sem compensacao comp p fp unitario comp p fp unitario

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

0.8

1

1.2

v, v

l [V]

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

0.8

1

1.2

v, v

l [V]

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

0.8

1

1.2

v, v

l [V]

bl

[siemens]

bl

bl

[siemens]

[siemens]

v

vl

v

vl

v

vl

comp. p/ fp. unitário 2

comp. reg. tensão 1

comp. reg. tensão 2

(a)

(b)

(c)

o

o

o

Figura Variacao da magnitude da tensao no PAC nas compensacoes a para fator de

potencia unitario b para regulacao de tensao c para regulacao de tensao

comp reg tensao e comp reg tensao No ponto nominal de operacao sem

compensacao pouco superior a # com compensacao calculouse # e # para

compensacao para fator de potencia unitario e respectivamente # e # para

compensacao de reguacao de tensao e respectivamente Vese portanto que as compen

sacoes provocam um ganho signicativo no rendimento do sistema sendo que a compensacao

para fator de pot encia unitario resulta em um rendimento ainda superior ao da regulacao de

tensao Alem disso podese observar que em ambas as estrategias de compensacao o caso em

que o Filtro Ativo alimenta suas proprias perdas apresenta rendimento levemente superior

Em quase todas as situacoes o rendimento sofre uma pequena queda quando bl tende ao

valor maximo do estudo exceto no controle de fator de potencia com o Filtro Ativo suprindo

suas proprias perdas cujo perl da curva de rendimento e plano ver curva comp p fp

unitario da gura b

As guras a e b mostram como variam o fator de potencia da carga a e o fator de

potencia na saida do gerador b nos casos em que o controle do Filtro Ativo e orientado

para o estabelecimento da regulacao de tensao cando livre o fator de potencia Sao validas

as mesmas conclusoes obtidas para o estudo da variacao de gl

As guras a a b apresentam gracos que permitem estimar o esforco do Filtro

Ativo atraves das solicitacoes do controlador em termos do nivel da tensao e potencia aparente

do Filtro Ativo Nas condicoes nominais sao validos os mesmos comentarios feitos no estudo

da variacao de gl Convem observar alem disso que agora com o crescimento do parametro

de variacao bl depois da condicao nominal de operacao o esforco do Filtro Ativo aumenta

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

−0.2

−0.1

0

0.1

0.2

θ l [rad

]

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

−0.2

−0.1

0

0.1

0.2

θ l [rad

]

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

−0.2

−0.1

0

0.1

0.2

θ l [rad

]

sem compensação

comp. p/ fp. unitário 1

comp. p/ fp. unitário 2

comp. reg. tensão 1

comp. reg. tensão 2

(a)

(b)

(c)

bl

bl

bl

[siemens]

[siemens]

[siemens]

o

o

o

Figura Angulo de fase da tensao do PAC em relacao a tensao do gerador

muito em comparacao com o estudo anterior Isto se deve a que o maior esforco que ele

realiza e justamente para a compensacao de potencia reativa e neste caso e o consumo desta

potencia pela carga que esta aumentando

Variacao da resistencia geradorPAC

A gura a mostra um graco contendo os valores da resistencia r da interligacao do

gerador ao PAC denominada alimentador adotados no estudo O valor inicial corresponte a

r rN onde rN e o valor nominal de r e o valor nal a r rN Nas demais guras o

eixo horizontal contem na mesma sequencia os valores de r obtidos na gura a Assim as

guras b a c apresentam o comportamento da magnitude da tensao do PAC dentro

dessa faixa de variacao de r

Na condicao sem compensacao podese ver que o nivel de tensao no PAC e pouco sensivel

a variacao da resistencia do alimentador Com compensacao para fator de potencia unitario

entretanto e possivel perceber uma certa inuencia Ocorre que a corrente do alimentador

passa a ser em fase com a tensao de referencia e como a queda de tensao na resistencia

do alimentador e o produto da resistencia pela corrente resultara tambem em fase com a

tensao de referencia logo para uma corrente de carga praticamente constante o aumento

da resistencia do alimentador contribuira para uma diminuicao da tensao no PAC Mesmo

assim essa inuencia nao e muito signicativa tendo em vista que a resistencia do sistema de

transmissao sempre tem um valor muito baixo e por isso uma variacao de rN a rN pode

nao signicar tanto como e o que ocorreu nos calculos realizados

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 10.8

0.85

0.9

0.95

1

η [p

.u.]

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 10.9

0.95

[p.u

.]

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 10.9

0.95

1

η [p

.u.]

(a)

(b)

(c)

bl

bl

bl

[siemens]

[siemens]

[siemens]

sem compensação

comp. p/ fp. unitário 1

comp. p/ fp. unitário 2

comp. reg. tensão 1 comp. reg. tensão 2

o

o

o

Figura Rendimento do sistema diante da variacao da potencia reativa da carga

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 10

0.2

0.4

0.6

0.8

1

f p: car

ga

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 10.98

0.99

1

1.01

1.02

f p: ger

ador

bl

[siemens]

bl

[siemens]

comp. reg. tensão 1comp. reg. tensão 2

(a)

(b)

Figura Curvas de fator de potencia para compensacao da regulacao de tensao a carga

indutivo b saida do gerador capacitivo

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 10.9

0.95

1

1.05

1.1

e f [V]

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 10

0.2

0.4

0.6

0.8

1

s f [VA

]b

l

[siemens]

[siemens]

bl

o

o

comp. p/ fp. unitário 1

comp. p/ fp. unitário 2

comp. p/ fp. unitário 1

comp. p/ fp. unitário 2

Figura a Magnitude da tensao e b Potencia aparente solicitada ao Filtro Ativo para

garantir fator de potencia unitario no PAC

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 10.9

0.95

1

1.05

1.1

e f [V]

0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 10

0.2

0.4

0.6

0.8

1

s f [VA

]

bl

[siemens]

bl

[siemens]

o (a)

(b) o

comp. reg. de tensão 1

comp. reg. de tensão 2

comp. reg. de tensão 1

comp. reg. de tensão 2

Figura a Magnitude da tensao e b Potencia ativa solicitada ao Filtro Ativo para

controle da tensao do PAC

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

−0.1

−0.05

0

0.05

0.1

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.110.8

0.9

1

1.1

v, v

l [V]

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.110.8

0.9

1

1.1

v, v

l [V]

(a)

(b)

(c)

r [Ω]

J

o

r [Ω]

r[Ω]

sem compensaçãov

vl

o

o

v

vl

comp. p/ fp. unitário 1

Figura a Variacao da resistencia do alimentador b Tensao do PAC sem compensacao

c Tensao no PAC compensacao para fator de potencia unitario

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.110.8

0.9

1

1.1

v, v

l [V]

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.110.8

0.9

1

1.1

v, v

l [V]

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.110.8

0.9

1

1.1

v, v

l [V]

v

vl

r[Ω]

r[Ω]

r[Ω]

o

o

o

comp. p/ fp. unitário 2

comp. reg. tensão 1

comp. reg. tensão 2

v

vl

v

vl

(a)

(b)

(c)

Figura Variacao da magnitude da tensao no PAC nas compensacoes a para fator de

potencia unitario b para regulacao de tensao e c para regulacao de tensao

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.11

−0.2

−0.1

0

0.1

0.2

θ l [rad

]

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.11

−0.2

−0.1

0

0.1

0.2θ l [r

ad]

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.11

−0.2

−0.1

0

0.1

0.2

θ l [rad

]

sem compensação

r[Ω]

r[Ω]

r[Ω]

(a)

(b)

(c)

o

o

o

comp. p/ fp. unitário 1 comp. p/ fp. unitário 2

comp. reg. tensão 1

comp. reg. tensão 2

Figura Angulo de fase da tensao do PAC em relacao a tensao do gerador

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.110.85

0.9

0.95

1

η [p

.u.]

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.110.9

0.95

1

η [p

.u.]

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.110.9

0.95

1

η [p

.u.]

sem compensação

(a)

(b)

(c)

comp. p/ fp. unitário 1

comp. p/ fp. unitário 2

comp. reg. tensão 1

comp. reg. tensão 2

o

o

o

r[Ω]

r[Ω]

r[Ω]

Figura Rendimento do sistema diante da variacao da resistencia do alimentador

Page 74: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.110

0.2

0.4

0.6

0.8

1

f p: car

ga

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.110.94

0.95

0.96

0.97

0.98

0.99

1

1.01

f p: ger

ador

r [Ω]

r [Ω]

comp. reg. tensão 1

comp. reg. tensão 2

(a)

(b)

Figura Curvas de fator de potencia para compensacao da regulacao de tensao a carga

indutivo b saida do gerador capacitivo

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.110.9

0.95

1

1.05

1.1

e f [V]

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.110

0.2

0.4

0.6

0.8

1

s f [VA

]

comp. fp. unitário 1

comp. fp. unitário 2

r[Ω]

r[Ω]

(a)

(b)

o

o

comp. fp. unitário 1

comp. fp. unitário 2

Figura a Magnitude da tensao e b Potencia aparente solicitada ao Filtro Ativo para

garantir fator de potencia unitario no PAC

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.110.9

0.95

1

1.05

1.1

e f [V]

0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.110

0.2

0.4

0.6

0.8

1

s f [VA

]

comp. reg. tensão 1

comp. reg. tensão 2

comp. reg. tensão 1

comp. reg. tensão 2

(a)

(b)

r[Ω]

r[Ω]

o

o

Figura a Magnitude da tensao e b Potencia aparente solicitada ao Filtro Ativo para

controle da tensao do PAC

As guras a a c mostram o comportamento do angulo de fase da tensao do PAC

em relacao ao angulo da tensao do gerador A inuencia do valor da resistencia do alimentador

sobre o deslocamento angular entre os dois barramentos tambem e pequena tendo em vista o

pequeno valor de r

Um detalhe importante a ser destacado diz respeito ao comportamento desse angulo no

caso sem compensacao Podese ver na gura a que o angulo diminui com o crescimento

da resistencia tendendo a car positivo para um crescimento ainda maior Isto esta ilustrado

no diagrama fasorial da gura a e b que mantendo a retancia xa apresenta o fasor

resultante para a tensao no PAC vl para dois valores diferentes de r Observase que em um

caso o angulo de deslocamento entre as tensoes dos dois barramentos e positivo e no outro

e negativo A causa e o valor relativo entre os parametros r e x do alimentador diante de

uma corrente de carga praticamente constante Contudo nao signica que haja inversao no

sentido de uxo da potencia As explicacoes para esta situacao em que varia a resistencia do

alimentador redundam nas mesmas ja exaustivamente detalhadas quando da analise da gura

na situacao em que foi estudado o comportamento do angulo da tensao do PAC quando da

variacao da condutancia da carga gl

Como nos casos anteriores o sentido de deslocamento do angulo de fase da tensao no PAC

em relacao ao da tensao do gerador quando a carga aumenta parece se inverter quando se

compara as guras b e c Isto decorre do fato de que a modelagem matematica para

o primeiro caso adotou a tensao do gerador como referencia e no segundo caso a referencia

adotada foi a tensao do PAC Portanto a inversao e apenas aparente e as duas guras estao

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

lv

v

I r IjxI

IzIz-0-

(a)

v

r IjxI

Ivl

Iz

Iz-0-

(b)

Figura Diagramas fasoriais sem Filtro Ativo atuando a resistencia do alimentador

elevada e b resistencia do alimentador pequena

coerentes com o modelo matematico estabelecido

2 4 6 8 10 12 14 16 18 20−1

−0.5

0

0.5

1

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.550.7

0.8

0.9

1

e g, vl [V

]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.550.8

0.9

1

1.1

1.2

e g, vl [V

]

Xg[Ω]

Xg[Ω]

Xg[Ω]

J

o

o

o

(a)

(b)

(c)

sem compensação

comp. p/ fp. unitário 1

eg

vl

eg

vl

Figura a Variacao da reatancia do alimentador b tensao do PAC sem compensacao

c Tensao do PAC com compensacao para fator de potencia unitario

Page 77: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.550.8

0.9

1

1.1

1.2

e g, vl [V

]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.550.8

0.9

1

1.1

1.2

e g, vl [V

]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.550.8

0.9

1

1.1

1.2

e g, vl [V

]

comp. p/ fp. unitário 2e

g

vl

(a)

(b)

(c)

comp. reg. tensão 1eg

vl

comp. reg. tensão 2e

g

vl

Xg[Ω]

Xg[Ω]

Xg[Ω]

o

o

o

Figura Variacao da magnitude da tensao do PAC para compensacoes a fator de potencia

unitario b regulacao de tensao c regulacao de tensao

As guras a a c mostram o rendimento obtido para o sistema nas cinco situacoes

pesquisadas sem compensacao comp p fp unitario comp p fp unitario

comp reg tensao e comp reg tensao E possivel perceber das curvas que o

crescimento de r alem de seu valor nominal termina por provocar uma pequena queda no

rendimento quando comparado com os dois estudos anteriores Isto se deve a que o aumento

na resistencia com a carga permanecendo praticamente constante aumenta a perda ri no

alimentador e em consequencia diminue o rendimento total do sistema

As guras a e b mostram como variam o fator de potencia da carga gura a e

o fator de potencia na saida do gerador gura b nos casos em que o controle do Filtro

Ativo e orientado para o estabelecimento da regulacao de tensao cando livre o fator de

potencia O aumento de r faz aumentar a queda de tensao no alimentador fazendo com que o

Filtro Ativo tenha de ampliar seu esforco ver gura aumentando sua tensao e potencia

de compensacao tornando a interligacao geradorPAC mais capacitiva quando comparada aos

casos anteriores

A gura apresenta gracos que permitem estimar o esforco do Filtro Ativo na con

dicao de controle para fator de potencia unitario Como neste caso o Filtro Ativo nao precisa

garantir a tensao no PAC o esforco diminui levemente com o crescimento da resistencia do

alimentador contudo isto repercute na queda de tensao no barramento como ja foi visto nas

guras c e a

Page 78: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55

−0.2

−0.1

0

0.1

0.2

θ l [rad

]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55

−0.2

−0.1

0

0.1

0.2

θ l [rad

]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55

−0.2

−0.1

0

0.1

0.2

θ l [rad

]

sem compensação

Xg[Ω]

Xg[Ω]

Xg[Ω]

comp. p/ fp. unitário 1comp. p/ fp. unitário 2

comp. reg. tensão 1 comp. reg. tensão 2

(a)

(b)

(c)

o

o

o

Figura Angulo de fase da tensao do PAC em relacao a tensao do gerador

Variacao da reatancia geradorPAC

A gura a mostra um graco contendo os valores da reatancia do alimentador x adotados

no estudo O valor inicial corresponte a x xN onde xN e o valor nominal de x e o valor

nal a x xN Nas demais guras o eixo horizontal contem na mesma sequencia os valores

de x obtidos na gura a Assim as guras b a c apresentam o comportamento

da magnitude da tensao do PAC dentro dessa faixa de variacao de x Pela gura b

podese vericar que nao havendo compensacao e signicativa a inu encia do aumento do

valor da reat ancia do alimentador sobre a magnitude da tensao no PAC A razao para isto

e semelhante a que estabelece a inuencia da resistencia no deslocamento do angulo de fase

e pode ser melhor compreendida observando o diagrama fasorial da gura a e b Nela

podese vericar quanto menor proporcionalmente o valor da reatancia x maior tende a ser a

magnitude da tensao no PAC e viceversa

Com a compensacao para fator de potencia unitario guras c e a o aumento na

reat ancia do alimentador alem do valor nominal tende a aumentar a amplitude da tensao do

PAC podendo chegar ate a superar o valor da tensao do gerador

As guras a a c mostram o comportamento do angulo de fase da tensao do PAC

em relacao ao angulo da tensao do gerador A inuencia do crescimento do valor da reatancia

do alimentador sobre esse angulo e comparavel a da potencia ativa da carga ver gura

Podese ver tambem que por razao identica ao caso de variacao da potencia ativa da carga

valores muito pequenos de x podem tornar o deslocamento de fase entre os dois barramentos

invertido mesmo com o sentido da potencia transmitida da fonte a carga sendo mantido A

Page 79: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.550.85

0.9

0.95

1

η [p

.u.]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.550.9

0.95

1

η [p

.u.]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.550.9

0.95

1

η [p

.u.]

sem compensação

(a)

(b)

(c)

Xg[Ω]

Xg[Ω]

Xg[Ω]

comp. p/ fp. unitário 1 comp. p/ fp. unitário 2

comp. reg. tensão 1

comp. reg. tensão 2

o

o

o

Figura Rendimento do sistema diante da variacao da reatancia do alimentador

gura a e b permite visualizar em diagrama fasorial o porque deste efeito

Podese concluir ainda que para controle da tensao do PAC como a potencia ativa con

sumida pela carga permanece constante o aumento da reat ancia x alem do seu valor nominal

exige um crescimento signicativo do angulo de deslocamento entre os dois barramentos a m

de garantir o suprimento

Mais uma vez considerase importante lembrar que o sentido de deslocamento do angulo de

fase da tensao no PAC em relacao ao da tensao do gerador quando a carga aumenta parece

se inverter quando se observa as guras b e c Como ja foi dito isto decorre do

fato de que a referencia adotada foi a tensao do PAC

As guras a a c mostram o rendimento obtido para o sistema nas cinco situacoes

pesquisadas sem compensacao comp p fp unitario comp p fp unitario

comp reg tensao e comp reg tensao Quando comparado com as situacoes

anteriores nao se tem maiores destaques a nao ser pelo fato de que nos estudos de controle

da regulacao da tensao no PAC para valores muito pequenos da reatancia do alimentador

o rendimento cai pois a perda na resistencia do alimentador assume um valor relativamente

elevado

As guras a e b mostram como variam o fator de potencia da carga gura a e

o fator de potencia na saida do gerador gura b nos casos em que o controle do Filtro

Ativo e orientado para o estabelecimento da regulacao de tensao cando livre o fator de

potencia Apenas na faixa de menores valores da reatancia do alimentador o fator de potencia

no gerador tornase excessivamente capacitivo pois a carga e elevada e como se pode ver na

Page 80: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.550

0.2

0.4

0.6

0.8

1

f p: car

ga

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.550.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1

f p: ger

ador

(a)

(b)

x [Ω]

x [Ω]

comp. reg. tensão 1

comp. reg. tensão 2

Figura Curvas de fator de potencia para compensacao da regulacao de tensao a carga

indutivo b saida do gerador capacitivo

gura b o Filtro Ativo injeta potencia reativa capacitiva para manter a tensao do PAC

no valor desejado Como se poderia esperar a partir da analise anterior feita com relacao a

gura o valor reduzido da reat ancia x permite a passagem desse excesso de pot encia reativa

pelo alimentador Se esta situacao ocorresse na pratica exigiria cuidados especiais pois poderia

provocar diculdades no controle do gerador Estes menores valores adotados para x no estudo

entretanto dicilmente podem ocorrer em situacoes reais

As guras a a b apresentam gracos que permitem estimar o esforco do Filtro

Ativo atraves das solicitacoes do controlador em termos de nivel da tensao e potencia aparente

do Filtro Ativo Podese concluir que para controlar a tensao no PAC com valores pequenos de

reat ancia no alimentador o esforco do Filtro Ativo e signicativamente superior aos demais

casos Para valores de x acima do nominal vese que o esforco e compativel com as situacoes

anteriores

Podese concluir dessas ultimas consideracoes que a instalacao de Filtros Ativos para con

trolar a regulacao de tensao no barramento de uma carga industrial necessita de um estudo

cuidadoso pois se o nivel de curtocircuito for muito elevado o esforco exigido sera mui

to grande possivelmente inviavel economicamente e diculdades na estabilidade do sistema

poderao ocorrer E importante lembrar que se o nivel de curtocircuito no barramento da

industria for elevado dicilmente esta industria sofrera problemas com oscilacoes de tensao Se

este for o caso a compensacao para fator de potencia unitario sera a solucao provavelmente

mais adequada

Page 81: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0-

(a)

lv

v

Ir I jxI

IzIz-

0-

(b)

v

r IjxI

Ivl

Iz

Iz-

Figura Diagramas fasoriais sem Filtro Ativo atuando a reatancia do alimentador pe

quena e b reeatancia do alimentador elevada

Conclusao

Este capitulo apresentou um estudo estabelecendo uma relacao do Filtro Ativo com o sistema

eletrico industrial incluindo o sistema da concessionaria de energia em regime permanente

O tratamento adotado sob uma perspectiva de compensacao e extensivo nao somente a apli

cacao de Filtro Ativos mas tambem a outros equipamentos de compensacao O estudo permitiu

compreender vantagens e desvantagens da instalacao dos compensadores e apresentou um equa

cionamento que pode ser de substancial valia em estudos objetivando o projeto de equipamentos

visando a melhoria da qualidade da energia ou uma maior eciencia no consumo em sistemas

industriais A observacao das guras apresentadas na secao anterior permitiu chegar a varias

conclusoes cujas principais serao enumeradas a seguir

COMP Fp UNITARIO COMP REG DE TENSAO VARIAC OES

Sf ef Sf ef Sf ef Sf ef Sf Sf ef

Tabela Resultados no ponto nominal de operacao

Conrmase que o deslocamento de fases entre as tensoes de dois barramentos cresce

sempre que a potencia ativa transmitida de um para o outro aumenta entretanto esta

armacao so e rigorosamente valida quando o sistema nao tem perdas

E signicativa a inuencia do aumento do valor da reatancia do alimentador sobre a

magnitude da tensao no PAC

Na compensacao para fator de potencia unitario o aumento na reatancia do alimentador

alem do valor nominal tende a aumentar a amplitude da tensao do PAC

Page 82: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.550.9

0.95

1

1.05

1.1

e f [V]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.550

0.2

0.4

0.6

0.8

1

s f [VA

]

comp. p/ fp. unitário 1

comp. p/ fp. unitário 2

Xg[Ω]

Xg[Ω]

comp. p/ fp. unitário 1

comp. p/ fp. unitário 2

(a)

(b)

o

o

Figura a Magnitude da tensao e b potencia aparente solicitada ao Filtro Ativo para

fator de potencia unitario no PAC

Para controle da tensao do PAC como a potencia ativa consumida pela carga permanece

constante o aumento da reatancia x alem do seu valor nominal exige um crescimento

signicativo do angulo de deslocamento entre os dois barramentos a m de garantir o

suprimento

A compensacao para fator de potencia unitario ja proporciona uma contribuicao signi

cativa para a regulacao de tensao no barramento da industria dentro da pressuposicao de

que o fornecimento de enrgia por parte da concessionaria atende aos padroes estabelecidos

pelas normas tecnicas

O nivel de tensao do PAC tem uma ligacao bem mais forte com o uxo de potencia reativa

no alimentador que com o uxo de potencia ativa

A correcao para fator de potencia unitario exige uma potencia menor para o Filtro Ativo

do que a correcao para manter a regulacao de tensao nula tensao do PAC igual a tensao

do gerador A variacao como se pode ver na tabela e de # ou Mvar para o

caso em estudo Isto signica que manter regulacao nula encarece o custo do Filtro Ativo

em cerca de #

Em condicoes nominais de operacao como se pode ver na tabela no caso de correcao

para fator de potencia unitario a tensao obtida no PAC e de pu isto e apenas

# abaixo da tensao nominal ou seja uma regulacao de tensao de # que

Page 83: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.550.9

0.95

1

1.05

1.1

e f [V]

0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.550

0.2

0.4

0.6

0.8

1

s f [VA

]

Xg[Ω]

Xg[Ω]

(a)

(b)

comp. reg. tensão 1

comp. reg. tensão 2

o

comp. reg. tensão 1 comp. reg. tensão 2

o

Figura a Magnitude da tensao e b potencia aparente solicitada ao Filtro Ativo para

controle da tensao do PAC

normalmente esta dentro de limites aceitaveis Em sistemas industriais com carga indu

tiva a compensacao de regulacao de tensao nao torna unitario o fator de potencia mas

aproximase bastante disso Alem do mais leva o fator de potencia a regiao capacitiva

signicando que seu custo e mais elevado pois implica em uma potencia maior para o

Filtro Ativo

As compensacoes provocam ganho signicativo no rendimento do sistema sendo que a

compensacao para fator de potencia unitario assegura um rendimento ainda superior ao

da regulacao de tensao

Para o sistema estudado o caso em que o Filtro Ativo alimenta suas proprias perdas

apresenta rendimento levemente superior

O fato do Filtro Ativo fornecer potencia ativa ou nao praticamente nao tem inuencia

no rendimento do sistema como um todo nem sobre o comportamento da tensao no PAC

ou no seu angulo de fase O que se pode constatar ver tabela foi uma potencia

ligeiramente inferior para o Filtro Ativo utilizado para o controle da regulacao de tensao

quando comparando o caso em que este nao fornecia energia ativa com a situacao em

que fornecia A variacao na potencia aparente do Filtro Ativo foi de pu para

pu # de diferenca

A instalacao de Filtros Ativos para controlar a regulacao de tensao no barramento de

uma carga industrial necessita de um estudo cuidadoso pois se o nivel de curtocircuito

Page 84: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Filtros Ativos em Sistemas Industriais Estudo de Regime Permanente

for muito elevado o esforco exigido sera muito grande possivelmente inviavel economi

camente e poderao ocorrer diculdades com a estabilidade do sistema

Page 85: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo

Modelagem Sistemas Serie e T a e

Fios

Introducao

O controle de corrente em sistemas desequlibrados tem sido objeto de pesquisas podendose

citar ! " !" ! " !" e !" A partir da publicacao de Rowan e Kerkman ! " surgiu a

preocupacao em estabelecer modelos apropriados para o uso de controladores envolvendo as

componentes de sequencia positiva e negativa Esta preocupacao levou a proposicao de uma

modelagem que agora sera formalizada como uma das principais contribuicoes deste trabalho

Assim neste capitulo sera apresentada a modelagem matematica dos sistemas a tres e quatro

os incluidos nos estudos desta Tese As modelagens serao estabelecidas primeiramente para

um sistema serie Filtro Ativo em serie com a fonte e com a carga e depois para um sistema

em T isto e o Filtro Ativo estara em derivacao Considerando a estrategia que sera utilizada

para modelar os sistemas a tres e quatro os no capitulo os quais incluem uma carga em

derivacao o equacionamento que aqui sera apresentado facilitara o estudo

Sera possivel vericar depois que nos estudos que tambem serao realizados para sistemas em

T esta topologia podera ser substituida por uma topologia serie equivalente de tal forma que

para efeito de projeto dos controladores com o sistema em operacao normal ou posdisturbio

sera suciente concentrarse na modelagem matematica da topologia serie

Sistema Trifasico Serie a Quatro Fios

O sistema eletrico trifasico serie a quatro os esta apresentado na gura

Para simplicar a compreensao da modelagem o sistema visto na gura pode ser re

presentado pelo diagrama visto na gura na qual as impedancias da fonte entrada do

conversor e eventuais impedancias de uma carga serie estao concentradas em rt rt e rt e

Page 86: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

vs1

v s2

v s3

q2 3

q6

q1

q4 q5

qa

qb

3

12

q

0E

-

+f

r1 f

l1

fr2 fl 2

fr

3 fl

3

n

+

+

+

is1

is2

is3

r1

r2

r3

l1

l 2

l 3

Figura Conversor trifasico a quatro os e quatro bracos em sistema trifasico serie a quatro

os

v+-

v+-

v+-

+ -

+ -

+ -

r1t l 1t

r2t

r3t

l 2t

l 3t

on

s

1

1 1se

f

s

s

s2

ef

se3f

2

3

i

i

i

s

s

s

2

3

Figura Diagrama equivalente para o circuito trifasico serie a quatro os

lt lt e lt e as tensoes esf esf e esf representam o Filtro Ativo

O modelo para o sistema eletrico da gura e dado porvs

vs

vs

rt

rt

rt

is

is

is

lt

lt

lt

d

dt

is

is

is

esf

esf

esf

onde o superindice s indica variaveis no referencial estacionario

A mudanca de referencial para o sistema estacionario odq pode ser proporcionada apli

cando xs

xs

xs

r

p

p

p

p

p

xso

xsd

xsq

que pode ser representada de forma simplicada porxs

xs

xs

A

xso

xsd

xsq

Page 87: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

onde A a matriz de transformacao e dada por

A

r

p

p

p

p

p

A AT

r

p

p

p

pp

Dai aplicandose as transformacoes em vem que

A

vso

vsd

vsq

rt

rt

rt

Aiso

isd

isq

lt

lt

lt

d

dtA

iso

isd

isq

A

esfo

esfd

esfq

logo

vso

vsd

vsq

A

rt

rt

rt

Aiso

isd

isq

A

lt

lt

lt

A d

dt

iso

isd

isq

AA

esfo

esfd

esfq

que resultara emvso

vsd

vsq

ro rdo rqo

rod rd rqd

roq rdq rq

iso

isd

isq

lo ldo lqo

lod ld lqd

loq ldq lq

d

dt

iso

isd

isq

esfo

esfd

esfq

onde

ro rt rt rt

rdo rod

p

rt rt rt

rqo roq p

rt rt

rd

rt rt rt

Page 88: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

rdq rqd

p

rt rt

rq

rt rt

e de forma analoga

lo lt lt lt

ldo lod

p

lt lt lt

lqo loq p

lt lt

ld

lt lt lt

ldq lqd

p

lt lt

lq

lt lt

Observese que essas expressoes representam o caso desequilibrado no qual as matrizes cam

cheias ou seja surgem os termos de acoplamento que resultam dos desequilibrios entre os

parametros No caso equilibrado como rt rt rt rt e lt lt lt lt as matrizes

das resistencias e indutancias tornamse diagonais com valores iguais para os tres elementos

vso

vsd

vsq

rt

rt

rt

iso

isd

isq

lt

lt

lt

d

dt

iso

isd

isq

esfo

esfd

esfq

A equacao pode ser desmembrada em duas partes uma escalar envolvendo o eixo o

e outra vetorial envolvendo as componentes dos eixos dq Isto resulta nas expressoes

vso roiso lo

disodt

esfo rdoisd rqoi

sq ldo

disddt

lqodisqdt

e

vsd

vsq

rod rd rqd

roq rdq rq

iso

isd

isq

lod ld lqd

loq ldq lq

d

dt

iso

isd

isq

esfd

esfq

Page 89: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

que pode ainda ser reescrita da seguinte formavsd

vsq

rd rqd

rdq rq

isd

isq

ld lqd

ldq lq

d

dt

isd

isq

esfd

esfq

rod

roq

hiso

i

lod

loq

d

dt

hiso

i

Que sera a forma usada para a conversao em dois vetores complexos conjugados originando

um modelo vetorial dq

Modelo Vetorial odq

Considerando que as expressoes anteriores denem vetores complexos em termos de componen

tes dq na forma

xs xsd jxsq

na modelagem que sera adotada neste trabalho o sistema em componentes dq da equacao

sera submetido a uma outra transformacao atraves da qual este vetor estacionario em

componentes dq sera decomposto em dois vetores complexos de igual magnitude e girantes

em sentidos opostos projetados sobre o referencial estacionario tal quexsdqexsdq

B

xsd

xsq

ou

xsd

xsq

B

xsdqexsdq

onde

B p

j

j

e

B p

j j

resultando xsdqexsdq

p

j

j

xsd

xsq

e xsd

xsq

p

j j

xsdqexsdq

Page 90: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

onde podese perceber que xsdq e o complexo conjugado de exsdqAplicando na equacao vem que

vsdqevsdq

p

j

j

vsd

vsq

logo vsd

vsq

p

j j

vsdqevsdq

e pode ser reescrita da seguinte forma

p

j j

vsdqevsdq

rd rqd

rdq rq

p

j j

isdqeisdq

ld lqd

ldq lq

p

j j

d

dt

isdqeisdq

p

j j

esfdqeesfdq

rod

roq

hio

i

lod

loq

d

dt

hio

i

ou vsdqevsdq

j

j

rd rqd

rdq rq

j j

isdqeisdq

j

j

ld lqd

ldq lq

j j

d

dt

isdqeisdq

j

j

j j

esfdqeesfdq

p

j

j

rod

roq

hio

i

p

j

j

lod

loq

d

dt

hio

i

O apendice C apresenta os resultados das operacoes de transformacao de cada uma das parcelas

das quais se obtem o seguinte resultado nalvsdqevsdq

rdq erdqerdq rdq

isdqeisdq

ldq eldqeldq ldq

d

dt

isdqeisdq

esfdqeesfdq

eroero h

io

i

eloelod

dt

hio

i

Page 91: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

resultando de forma mais simplicada

vs

dq Rs

dqsdq Ldq

dsdqdt

esfdqesdq so

onde

esdq eRdqsdq eLdq

dsdqdt

so eRoiso eLo

disodt

vs

dq

vsdqevsdq

sdq

isdqeisdq

esdq

esfdqeesfdq

Rdq

rdq

rdq

eRdq

erdqerdq

Ldq

ldq

ldq

eLdq

eldqeldq

eRo

erer

eLo

elel

Page 92: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

dqr_

+

-

+

-

-+

-

+

+

-

+

-

-+

-

+

~ε dqsf

idqs

vsdq

ε dqsf

~idqs

~εdqs

idqs~( )

soε

soε

vsdq

~

idqs( )~εdq

s

dq

_l

dqr_

dq

_l

Figura Modelo vetorial complexo para as componentes dq no referencial estacionario

e os valores de rdq erdq ldq e eldq podem ser obtidos no apendice C

A gura apresenta os circuitos equivalentes correspondentes a equacao Observe

se que se o sistema e equilibrado restringirsea as tres primeiras parcelas sendo que

rdq rt rte ldq lt lt

A equacao pode agora ser transportada ao referencial arbitrario a da seguinte

forma

eja

vadqevadq

rdq erdqerdq rdq

eja

iadqeiadq

ldq eldqeldq ldq

d

dt

eja

iadqeiadq

eja

eafdqeeafdq

eroero h

io

i eloelo

d

dt

hio

i

resultando emvadqevadq

rdq erdqerdq rdq

iadqeiadq

eja

ldq eldqeldq ldq

d

dt

iadqe

jaeiadqeja

eafdqeeafdq

eja

eroero h

io

i eja

eloelo

d

dt

hio

i

observandose que para os termos dentro das derivadas como mostrado no apendice Bdeja iadq

dt

jaejaiadq eja

diadqdt

vem que

va

dq Rdqadq Ldq

dadqdt

jaLdqadq eafdq

eadq ao

Page 93: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

onde

eadq eRdqadq eLdq

dadqdt

jaeLdq

adq

e

ao eRoejaiso eLoe

ja diso

dt

Parte Homopolar do Modelo Vetorial odq

O modelo homopolar e descrito pela equacao Como se trata de uma expressao escalar

nao e possivel denir diretamente um modelo complexo como o dq da subsecao anterior Na

referencia !" foi apresentado um metodo que permite utilizar um modelo vetorial complexo

para a equacao homopolar Este modelo parte da representacao de uma componente de eixo

d obtida a partir de segundo a gura a

+

-

+ -r l

se

oDfi s

vD

o

o

oo

+

-

+ -r l

se

oQfi s

v

o

o

oo

DD

D

s

s

QQ

Q

Q

(a)

(b)

Figura Modelo vetorial para a componente homopolar do modelo odq a circuito o

eixo D b circuito o eixo Q

Matematicamente o modelo e representado por

vsoD roDisoD loD

disoDdt

esfoD

onde vsoD vso roD ro loD loe esfoD esfo rdoisd rqoi

sq ldo

disddt

lqodisqdt

Um segundo modelo cticio mostrado na gura b e utilizado para representar a com

ponente de eixo q A representacao matematica deste modelo e

vsoQ roQisoQ loQ

disoQdt

esfoQ

onde roQ e loQ sao os parametros RL e esfoQ e uma carga do tipo fonte de tensao O modelo

de eixo q e simulado no microcomputador enquanto o controlador atua sobre a planta

Page 94: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

Agora e possivel introduzir o vetor complexo relacionado com as componentes dq do novo

modelo da mesma forma como foi feito no caso anterior Assim aplicando em e

vem

p

j j

vsoDQevsoDQ

roD

roQ

p

j j

isoDQeisoDQ

loDQ

loDQ

p

j j

d

dt

isoDQeisoDQ

p

j j

esfoDQeesfoDQ

vsoDQevsoDQ

j

j

roD

roQ

j j

isoDQeisoDQ

j

j

loD

loQ

j j

d

dt

isoDQeisoDQ

j

j

j j

esfoDQeesfoDQ

resultando emvsoDQevsoDQ

roD roQ roD roQ

roD roQ roD roQ

isoDQeisoDQ

loD loQ loD loQ

loD loQ loD loQ

d

dt

isoDQeisoDQ

esfoDQeesfoDQ

ouvsoDQevsoDQ

roDQ eroDQeroDQ roDQ

isoDQeisoDQ

loDQ

eloDQeloDQ loDQ

d

dt

isoDQeisoDQ

esfoDQeesfoDQ

que encontrase esquemativamente representada pelos circuitos equivalentes da gura e

onde

roDQ roD roQ

eroDQ roD roQ

loDQ loD loQ

eloDQ loD loQ

Page 95: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

+

-

+

-o D Qv s

o D Q

_lo D Qr

_

o D Qis

o D Q

_lo D Q

r_

o D Q~i

s

o D Q~v

s

+

-

-

+o D Q

εsf

o D Q o D Q~( )is~ε

s

+

-

-

+o D Q o D Q

( )is~ε

s

o D Q~ε

sf

Figura Modelo vetorial complexo conjugado DQ para a compenente de eixo o no

referencial estacionario

Passando para a notacao vetorial

vs

oDQ RoDQsoDQ LoDQ

dsoDQ

dt esfoDQ

Como antes fazendo agora a conversao para o referencial arbitrario a

eja

vaoDQevaoDQ

roDQ eroDQeroDQ roDQ

eja

iaoDQeiaoDQ

loDQ

eloDQeloDQ loDQ

d

dt

eja

iaoDQeiaoDQ

eja

eafoDQeeafoDQ

que resulta emvaoDQevaoDQ

roDQ eroDQeroDQ roDQ

iaoDQeiaoDQ

loDQ

eloDQeloDQ loDQ

d

dt

iaoDQeiaoDQ

ja

loDQ

eloDQeloDQ loDQ

iaoDQeiaoDQ

eafoDQeeafoDQ

ou em notacao vetorial

va

oDQ RoDQaoDQ LoDQ

daoDQ

dt jaLoDQ

aoDQ eafoDQ

eaoDQ

com

eaoDQ eRoDQaoDQ eLoDQ

daoDQ

dt ja

eLoDQaoDQ

e onde

va

oDQ

vaoDQevaoDQ

Page 96: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

aoDQ

iaoDQeiaoDQ

eafoDQ

eafoDQeeafoDQ

RoDQ

roDQ

roDQ

eRoDQ

eroDQeroDQ

LoDQ

loDQ

loDQ

eLoDQ

eloDQeloDQ

Podese observar que o termo de perturbacaoeaoDQ decresce quando roQ e loQ tendem a

roD e loD respectivamente ou seja quando as tres impedancias de fase tendem a se igualar

e o sistema tende a car equilibrado Um disturbio de sequencia negativa tambem aparece

quando as magnitudes de efoD e efoQ tornamse diferentes assim como suas fases deixam de

diferenciarse por

Modelo Vetorial Trif asico

O sistema trifasico a quatro condutores visto na gura tambem pode ser modelado como

um conjunto de tres circuitos monofasicos A tecnica adotada na subsecao anterior pode entao

ser utilizada para controlar o sistema A gura mostra o circuito equivalente a partir do

qual pode ser obtido o modelo vetorial para o sistema da gura

Cada fase e modelada pelo modelo DQ onde o modelo Q corresponde ao modelo real

de uma fase e o modelo Q corresponde a um modelo simulado em qualquer das tres fases do

sistema Desta forma com n podese escrever

vsnD rnDisnD lnD

disnDdt

esfnD

vsnQ rnQisnQ lnQ

disnQdt

esfnQ

Page 97: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

fs

eD1

fse

D2

fse

D3

fse

Q1

fse Q2

fse Q3

+

-

+ -r li s

vD

+

-

+ -r li s

v

DD

D

ss

QQQ

Q

+

-

+ -r li s

vD

+

-

+ -r li s

v

D D D

ss

QQQ

Q

(a)

(b)

+

-

+ -r li s

vD

DD

D

s

+

-

+ -r li s

v s

QQ

Q

Q

(c)

1

1 1 1

1

1 1 1

2

22

2

2

2 22

3

33

3

3

33

3

Figura Modelo vetorial dq por fase a fase a b fase b e c fase c

onde vsnD vsn rnD rnisnD isnlnD ln e esfnD esfn para n

Introduzindo os vetores complexos vsnDQ e evsnDQ conforme foi feito em vem

p

j j

vsnDQevsnDQ

rnD

rnQ

p

j j

isnDQeisnDQ

lnDQ

lnDQ

p

j j

d

dt

isnDQeisnDQ

p

j j

esfnDQeesfnDQ

ou vsnDQevsnDQ

j

j

rnD

rnQ

j j

isnDQeisnDQ

j

j

lnD

lnQ

j j

d

dt

isnDQeisnDQ

j

j

j j

esfnDQeesfnDQ

e vsnDQevsnDQ

rnD rnQ rnD rnQ

rnD rnQ rnD rnQ

isnDQeisnDQ

lnD lnQ lnD lnQ

lnD lnQ lnD lnQ

d

dt

isnDQeisnDQ

esfnDQeesfnDQ

Page 98: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

que pode ser reescrita comovsnDQevsnDQ

rnDQ ernDQernDQ rnDQ

isnDQeisnDQ

lnDQ

elnDQelnDQ lnDQ

d

dt

isnDQeisnDQ

esfnDQeesfnDQ

onde

rnDQ rnD rnQ

ernDQ rnD rnQ

lnDQ lnD lnQ

elnDQ lnD lnQ

e escrevendo em notacao vetorial

vs

nDQ RnDQsnDQ LnDQ

dsnDQ

dt esfnDQ

que pode ser representada pelos diagramas da gura que representa o modelo homopolar

+

-

+

-

+

-

-

+

+

-

-

+

v snD Q

nD Qis

n D Qln D Qr

n D Q n D Q~ε

s( )i

s

n D Q~ε

sf

nD Qn D Q~ε

s ~( )is

n D Qε

sf

nD Q~i

sn D Ql

nD Q~v

s

n D Qr_

_ _

_

Figura Circuito vetorial DQ para o sistema em componentes de fase no referencial

estacionario

Fazendo agora como nos casos anteriores a transposicao para o referencial arbitrario a

temse que

eja

vanDQevanDQ

rnDQ ernDQernDQ rnDQ

eja

ianDQeianDQ

lnDQ

elnDQelnDQ lnDQ

d

dt

eja

ianDQeianDQ

eja

eafnDQeeafnDQ

Page 99: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

e vanDQevanDQ

rnDQ ernDQernDQ rnDQ

ianDQeianDQ

lnDQ

elnDQelnDQ lnDQ

d

dt

ianDQeianDQ

ja

lnDQ

elnDQelnDQ lnDQ

ianDQeianDQ

eafnDQeeafnDQ

que pode ser reescrita como

vanDQ RnDQianDQ LnDQ

dianDQ

dt jaLnDQi

anDQ eafnDQ eanDQ

onde

eanDQ eRnDQianDQ eLnDQ

dianDQ

dt ja

eLnDQianDQ

RnDQ

rnDQ

rnDQ

eRnDQ

ernDQernDQ

LnDQ

lnDQ

lnDQ

eLnDQ

elnDQelnDQ

Sistema Trifasico Serie a Tres Fios

O sistema trifasico serie a tres os esta apresentado esquematicamente na gura Para

facilitar a compreensao da modelagem o sistema pode ser representado pelo diagrama visto na

gura na qual as impedancias da fonte entrada do conversor e eventuais impedancias de

uma carga serie estao concentradas em rt rt e rt e lt lt e lt

As tensoes esf esf e esf representam um inversor tipo fonte de tensao trifasico e vs v

s e

vs junto com os elementos RL representam uma carga RLE Se as tres tensoes vs vs e vs

forem tomadas como uma fonte ideal podese entender que o esquema da gura representa

um sistema de potencia incluindo um Filtro Ativo serie ou ainda pode ser compreendido como

a entrada de um reticador alimentado a partir de um barramento innito Para modelar o

circuito podese utilizar a seguinte expressaovs

vs

vs

rt

rt

rt

is

is

is

lt

lt

lt

d

dt

is

is

is

esf

esf

esf

vson

vson

vson

Page 100: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

vs1

v s2

v s3

q2 3

q6

q1

q4 q5

3

12

q

0E

-

+f

r1 f

l1

fr2 fl 2

fr

3 fl

3

n

+

+

+

is1

is2

is3

r1 l 1

r2

r3

l2

l3

Figura Conversor trifasico a tres os e tres bracos em sistema trifasico a tres os

vs1

2v s

3v s

+-

+-

+-

+ -

+ -

+ -

r1t l 1t

r2t

r3t

l 2t

l 3t

on

11se

f

s2

ef

se3f

2

3

i

i

i

s

s

s

Figura Diagrama esquematico para o circuito trifasico serie a tres os

como o circuito tem apenas tres os este modelo pode ser transformado para a seguinte ex

pressaovs

vs

rt rt

rt rt rt

is

is

lt lt

lt lt lt

d

dt

is

is

esf

esf

Modelo Vetorial dq

Como no caso anterior o primeiro passo para obter o modelo vetorial e adotar a transformacao

dq No modelo da equacao a transformacao de coordenadas dq se da

pelas expressoes vs

vs

C

vsd

vsq

e is

is

D

isd

isq

onde

C

q p

q

p

Page 101: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

e

D

q

p

p

cujas inversas sao

C

p p

p p

e

D

q

p

p

logo vs

vs

q p

q

p

vsd

vsq

esf

esf

q p

q

p

esfd

esfq

is

is

q

p

p

isd

isq

cujos vetores complexos sao denidos em termos das componentes dq por

vs vsd jvsq

esf esfd jesfq

is isd jisq

onde a notacao em negrito indica variaveis complexas Para proceder a transformacao portanto

temse que q p

q

p

vsd

vsq

rt rt

rt rt rt

q

p

p

isd

isq

lt lt

lt lt lt

d

dt

q

p

p

isd

isq

q p

q

p

esfd

esfq

Page 102: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

ou vsd

vsq

p p

p p

rt rt

rt rt rt

q

p

p

isd

isq

p p

p p

lt lt

lt lt lt

d

dt

q

p

p

isd

isq

p p

p p

q p

q

p

esfd

esfq

e vsd

vsq

rd rdq

rdq rq

isd

isq

ld ldq

ldq lq

d

dt

isd

isq

esfd

esfq

onde

rd rt rt rt

rdq rt rt

p

rq rt rt

ld lt lt lt

ldq lt lt

p

lq lt lt

A equacao pode agora ser convertida para o modelo vetorial utilizandose a trans

formacao denida em como segue

p

j j

vsdqevsdq

p

rd rdq

rdq rq

j j

isdqeisdq

p

ld ldq

ldq lq

d

dt

j j

isdqeisdq

p

j j

esfdqeesfdq

Page 103: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

passando a matriz de transformacao do primeiro membro para o segundo vemvsdqevsdq

j

j

rd rdq

rdq rq

j j

isdqeisdq

j

j

ld ldq

ldq lq

d

dt

j j

isdqeisdq

j

j

j j

esfdqeesfdq

que resulta emvsdqevsdq

rdq erdqerdq rdq

isdqeisdq

ldq eldqeldq ldq

d

dt

isdqeisdq

esfdqeesfdq

onde

rdq rd rq

rt rt rt

erdq

rd rq jrdq

rt rt rt

jrt rt

p

erdq

rd rq jrdq

rt rt rt

jrt rt

p

ldq ld lq

lt lt lt

eldq

ld lq jldq

lt lt lt

jlt lt

p

eldq

ld lq jldq

lt lt lt

jlt lt

p

A observacao de permite montar o seguinte modelo vetorial em notacao mais com

pacta

vs

dq Rs

dqsdq Ldq

dsdqdt

esfdqesdq

onde

esdq eRdqsdq eLdq

dsdqdt

Page 104: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

representa o termo desequilibrante provocado pela diferenciacao dos parametros da carga sen

do

R

rdq

rdq

eR

erdqerdq

L

ldq

ldq

eL

eldqeldq

Podese perceber que as equacoes e sao analogas as equacoes a

excluindo o termo so denido por A gura apresenta um diagrama esquematico

para este modelo

dqr_

+

-

+

-

idqs

vsdq

~idqs

vsdq

~

dq

_l

dqr_

dq

_l

+

-

-

+

ε dqsf

~εdqs

idqs~( )

+

-

-

+

~ε dqsf

idqs( )~εdq

s

Figura Modelo vetorial dq para o sistema trifasico serie a tres os

Sistema a Fios com Carga em T a Fios

A gura apresenta um circuito trifasico composto por um sistema alimentador uma carga

RL e um Filtro Ativo composto por um conversor tipo fonte de tensao CFT Comparando

com a gura o circuito a esquerda da carga representam o sistema de alimentacao da

Page 105: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

q2 3

q6

q1

q4 q5

qa

qb

3

12

q

0E

-

+

Carga trifásica a 4 fios

n

+

+

+

v1

2

3

s

s

s

v

v

s

s

s

1

2

3

i

i

i

r1

r2

r3

l1

l2

l3

fr1

fr 2

fr 3

fl 1

fl 2

fl 3 i f3

i f2

i f1s

s

s

i l2i l1 i l3s s s

Figura Conversor trifasico a quatro bracos em sistema trifasico a quatro os e carga a

quatro os

concessionaria o no onde a carga esta conectada representa o PAC e o circuito a direita da

carga representa o Filtro Ativo

A potencia ativa consumida pelo conversor e minima sendo apenas aquela necessaria ao su

primento das perdas demandadas para que o mesmo forneca a potencia reativa e os harmonicos

solicitados pela carga a m de que as correntes do sistema alimentador sejam senoidais e

equilibradas

Modelo em componentes

A gura apresenta o circuito representado em componentes de fase Neste caso o sistema

pode ser transformado em tres circuitos monofasicos um por fase conforme apresentado na

gura

r nf l nf

+

-

+

-

i lns

inf

s

nefsnv s

rn i sn

l n

Figura Circuito equivalente para operacao equilibrada em componentes de fase

Equacionando matematicamente o sistema vem que

vsn rnisn ln

disndt

rfnisfn lfn

disfndt esfn

vsln rfnisfn lfn

disfndt esfn

e

issn isfn isln

Page 106: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

onde o subindice n indica qualquer uma das tres fases f referese a parametros do cir

cuito de entrada do Filtro Ativo o superindice s indica o referencial estacionario r e l sao

parametros do sistema eletrico de alimentacao e o subindice l indica parametros relacionados

com a carga

Tratando matricialmente estas equacoes para facilitar a compreensao vem quevs

vs

vs

r

r

r

is

is

is

l

l

l

d

dt

is

is

is

rf

rf

rf

isf

isf

isf

lf

lf

lf

d

dt

isf

isf

isf

esf

esf

esf

e vl

vl

vl

rf

rf

rf

if

if

if

lf

lf

lf

d

dt

if

if

if

ef

ef

ef

onde isf

isf

isf

isl

isl

isl

is

is

is

A substituicao de em resulta emvs

vs

vs

rt

rt

rt

is

is

is

lt

lt

lt

d

dt

is

is

is

rf

rf

rf

isl

isl

isl

lf

lf

lf

d

dt

isl

isl

isl

esf

esf

esf

Page 107: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

onde

rt r rf

rt r rf

rt r rf

lt l lf

lt l lf

e

lt l lf

Ou ainda fazendosl

sl

sl

rf

rf

rf

isl

isl

isl

lf

lf

lf

d

dt

isl

isl

isl

tersea que vs

vs

vs

esf

esf

esf

rt

rt

rt

is

is

is

lt

lt

lt

d

dt

is

is

is

sl

sl

sl

A gura mostra um circuito equivalente para este modelo matematico

De forma compacta estas equacoes podem ser reescritas como

vsn esfn rtnisn ltn

disndt sln

onde rtn rn rfn ltn ln lfn e sln e um termo de perturbacao dado por

sln rfnisln lfn

dislndt

O estabelecimento do modelo conforme incluindo o termo de perturbacao sln

permite modelar a planta segundo um sistema serie de primeira ordem o que facilita o pro

jeto dos controladores e e compativel com a modelagem generica apresentada no capitulo

Page 108: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

v s1

+-

vs2

+-

vs3

+-

+ -

+ -

+ -

on

1ef

s

ef

s

2e

f

s

3εl 3

s

εl 1s

-

-

-

+

+

+

tr 1

tr 2

tr 3 tl 3

tl 2

tl 11i s

2is

3is

sε l2

Figura Circuito equivalente para o modelo matematico simplicado

Considerandose o caso equilibrado a analise ca simplicada tendo em vista que rn r

r r r rfn rf rf rf rf e rtn rt rt rt rt analogamente

ln l l l l lfn lf lf lf lf e ltn lt lt lt lt o que permite a

analise de qualquer uma das fases segundo o modelo serie da gura Considerandose que

os parametros do sistema possam ser desequilibrados cada fase pode ser representada por um

circuito como o da gura onde n representa a fase em estudo

+

-

+

-

- +tr l t

ef nsvs

n

i sn

nε ls

Figura Modelo serie em componentes de fase para o circuito equilibrado

+

-

+

-

nεls

- +tr n l tn

ef ns

-

+e no

svsn

i sn

Figura Modelo serie em componentes de fase para o circuito desequilibrado

Modelo vetorial trif asico DQ

Para obter o modelo vetorial DQ podese proceder da mesma forma que foi feito para o

sistema serie a quatro os Observese que a equacao tem forma identica a equacao

exceto pelo fato de que a primeira possui um termo de tensao a mais sln Para obter um

Page 109: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

modelo vetorial complexo a partir de portanto devese criar um sistema equivalente

cticio de eixo Q e entao os mesmos procedimentos adotados para a obtencao de

levarao ao novo modelo As equacoes das duas componentes vetorias para os eixos DQ

serao

vsnD esfnD rtnDisnD ltnD

disnDdt

slnD

vsnQ esfnQ rtnQisnQ ltnQ

disnQdt

slnQ

onde vsnD vsn rnD rnisnD isnlnD ln e esfnD esfn para n e

slnD rfnDislnD lfnD

dislnDdt

slnQ rfnQislnQ lfnQ

dislnQdt

onde slnD sln rfnD rfnisnD isnlfnD lfn e esfnD esfn para n

A partir dessas equacoes e procedendo de forma analoga a anterior o resultado obtido seravsnDQevsnDQ

rnDQ ernDQernDQ rnDQ

isnDQeisnDQ

lnDQ

elnDQelnDQ lnDQ

d

dt

isnDQeisnDQ

esfnDQeesfnDQ

eslnDQeeslnDQ

onde

rnDQ rnD rnQ

ernDQ rnD rnQ

lnDQ lnD lnQ

elnDQ lnD lnQ

eslnDQeeslnDQ

rfnDQ erfnDQerfnDQ rfnDQ

islnDQeislnDQ

lfnDQ

elfnDQelfnDQ lfnDQ

d

dt

islnDQeislnDQ

rfnDQ rfnD rfnQ

Page 110: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

erfnDQ rfnD rfnQ

lfnDQ lfnD lfnQ

elfnDQ lfnD lfnQ

e na forma compacta

vs

nDQ RnDQsnDQ LnDQ

dsnDQ

dt esfnDQ eslnDQ

eslnDQ eRfnDQslnDQ eLfnDQ

dslnDQ

dt

cujo circuito equivalente esta mostrado na gura

+

-

+

-v snD Q

nD Qis

n D Qln D Qr

nD Q~i

sn D Qr

_

n D Ql

nD Q~v

s

_ _

_

+

-

-

+n D QnD Q

~εs ~( )i

s

n D Qε

sf

n D Qε

s

l~

l l nD QnD Q~ε

s ( )is

+

-

-

+n D Q n D Q

~εs

( )is

n D Q~ε

sf

n D Qε

s

l l l n D Qn D Q~ε

s ~( )is

+

+ -

-

+

+ -

-

Figura Modelo vetorial DQ para o sistema trifasico T a quatro os

Modelo em componentes odq

As variaveis dq sao obtidas a partir das variaveis pelo uso das mesmas equacoes de

transformacao ja denidas anteriormente por A gura apresenta o circuito em con

dicoes equilibradas

A conversao do sistema para o modelo odq leva aos circuitos representados na gura

ab e c

Page 111: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

frro

i fs l f

+

-

+

-

+

-

iso

oefs

oi ls

fr

l qi s

fr i f ds

dil def

s

l f

qef

s

l f

+

-

+

-

(a)

(b)

(c)

l

dvs

r

s

dis l

sqi f

qvs

rqis l

Figura Modelo odq a eixo o b eixo d c eixo q

Isto permite reescrever a equacao da seguinte forma

A

vso

vsd

vsq

rt

rt

rt

Aiso

isd

isq

lt

lt

lt

d

dtA

iso

isd

isq

A

slo

sld

slq

A

esfo

esfd

esfq

onde A e a matriz de transformacao dada por Efetuando as operacoes chegase avso

vsd

vsq

esfo

esfd

esfq

rto rtdo rtqo

rtod rtd rtqd

rtoq rtdq rtq

iso

isd

isq

lto ltdo ltqo

ltod ltd ltqd

ltoq ltdq ltq

d

dt

iso

isd

isq

slo

sld

slq

com slo

sld

slq

rfo rfdo rfqo

rfod rfd rfqd

rfoq rfdq rfq

islo

isld

islq

lfo lfdo lfqo

lfod lfd lfqd

lfoq lfdq lfq

d

dt

islo

isld

islq

Page 112: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

A equacao pode ser escrita de forma compacta segundo

vsm esfm Rtmism Ltm

dismdt

stmij slm

onde o subindice m indica variaveis no referencial odq ij representa dq para m o

oq para m d e do para m q Alem disso

stmij eRtmism eLtm

dismdt

vsm

vso

vsd

vsq

esfm

esfo

esfd

esfq

ism

iso

isd

isq

slm

slo

sld

slq

Rtm

rto

rtd

rtq

Ltm

lto

ltd

ltq

eRtm

rtdo rtqo

rtod rtqd

rtoq rtdq

e eLtm

ltdo ltqo

ltod ltqd

ltoq ltdq

sendo

rto rt rt rt

rtdo rtod

p

rt rt rt

rtqo rtoq p

rt rt

rtd

rt rt rt

rtdq rtqd

p

rt rt

rtq

rt rt

Page 113: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

e de forma analoga

lto lt lt lt

ltdo ltod

p

lt lt lt

ltqo ltoq p

lt lt

ltd

lt lt lt

ltdq ltqd

p

lt lt

ltq

lt lt

e os termos de perturbacao stqd e stdq sao dados por

stodq rtdoisd ltdo

disddt

rtqoisq ltqo

disqdt

stdoq rtodiso ltod

disodt

rtqdisq ltqd

disqdt

stqdo rtoqiso ltoq

disodt

rtdqisq ltdq

disqdt

Observese que no caso equilibrado como rn r r r r rfn rf rf

rf rf e rtn rt rt rt rt analogamente ln l l l l lfn lf

lf lf lf e ltn lt lt lt lt as variaveis de eixo o desaparecem ja que eso e iso

serao nulas os termos de acoplamento das matrizes RTm e LTm se anulam e os parametros do

modelo passam a ter valores identicos aos vericados em componentes de fase Neste caso a

gura representa o modelo serie em componentes odq Caso os parametros do sistema

sejam desequilibrados o modelo pode ser representado tal como a gura na qual m

especica o circuito considerado se o d ou q

A conversao para o modelo vetorial complexo e feita da mesma forma que no caso do sistema

serie a quatro os e sera omitida

Page 114: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

+

-

+

-

- +tr l t

mef

s

ε lms

vsm

i sm

Figura Modelo odq serie para o circuito equilibrado

+

-

+

-

- +tr m l t m mεls

mef

s

ijmε ts

+ -v sm

mis

Figura Modelo odq serie para o circuito desequilibrado

Sistema a Fios com Carga em T a Fios

O sistema tratado nesta secao e um sistema trifasico a quatro os cuja carga trifasica possui

apenas tres os Desta forma o Filtro Ativo a quatro bracos possui uma redundancia e o quarto

braco permanece inativo em condicoes normais de operacao Este braco pode ser utilizado para

manter a operacao apos um disturbio que provoque a perda de um dos outros bracos A gura

representa esquematicamente este sistema durante a operacao normal e equilibrada

Modelo em componentes

A gura apresenta um sistema trifasico a quatro os composto por um sistema alimenta

dor uma carga RLE e um Filtro Ativo composto por um conversor tipo fonte de tensao CFT

Observese que a carga possui apenas conexao as tres fases nao havendo o quarto o e que

existe uma conexao do quarto braco do conversor ao neutro do sistema alimentador da rede

eletrica Sob condicoes equilibradas este braco ca inativo

Como no caso anterior a potencia ativa consumida pelo conversor e minima sendo apenas

aquela necessaria ao suprimento das perdas demandadas para que o mesmo forneca a potencia

reativa e os harmonicos solicitados pela carga a m de que as correntes do sistema alimentador

sejam senoidais e equilibradas

Page 115: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

q2 3

q6

q1

q4 q5

qa

qb

3

12

q

0E

-

+

Carga Trifásica

n

+

+

+

v1

2

3

s

s

s

v

v

s

s

s

1

2

3

i

i

i

r1

r2

r3

l1

l2

l3

fr1

fr 2

fr 3

fl 1

fl 2

fl 3 i f3

i f2

i f1s

s

s

i l2i l1 i l3s s s

Figura Diagrama esquematico do sistema trifasico quatro os conversor trifasico a quatro

bracos e carga a tres os

Tratando matricialmente as equacoes como no caso anterior obtemse o seguinte modelovs

vs

vs

r

r

r

is

is

is

l

l

l

d

dt

is

is

is

rf

rf

rf

isf

isf

isf

lf

lf

lf

d

dt

isf

isf

isf

esfo

esfo

esfo

eson

eson

eson

e vsl

vsl

vsl

rf

rf

rf

isf

isf

isf

lf

lf

lf

d

dt

isf

isf

isf

esfo

esfo

esfo

esoN

esoN

esoN

onde N representa um ponto neutro cticio para a carga eisf

isf

isf

isl

isl

isl

is

is

is

A substituicao de em leva a

Page 116: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

vs

vs

vs

rt

rt

rt

is

is

is

lt

lt

lt

d

dt

is

is

is

rf

rf

rf

isl

isl

isl

lf

lf

lf

d

dt

isl

isl

isl

esf

esf

esf

eson

eson

eson

logo fazendosl

sl

sl

rf

rf

rf

isl

isl

isl

lf

lf

lf

d

dt

isl

isl

isl

resulta

vs

vs

vs

esf

esf

esf

rt

rt

rt

is

is

is

lt

lt

lt

d

dt

is

is

is

sl

sl

sl

eson

eson

eson

Podese portanto representar o modelo em componentes pelo diagrama da gura

na qual

is is is

ja que como a carga nao possui o quarto o e o quarto braco do conversor e inativo nao ha

corrente de eixo o

De forma compacta a partir das equacoes acima o sistema pode ser matematicamente

descrito por equacoes identicas as encontradas para o caso anterior isto e e

vsn esfn rtnisn ltn

disndt sln eson

Page 117: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

v s1

+-

vs2

+-

vs3

+-

+ -

+ -

+ -

on

1ef

s

ef

s

2e

f

s

3εl 3

s

εl 1s

-

-

-

+

+

+

tr 1

tr 2

tr 3 tl 3

tl 2

tl 11i s

2is

3is

sε l2

Figura Circuito equivalente para o modelo matematico simplicado

onde rtn rn rfn ltn ln lfn eson e a tensao medida do ponto neutro do conversor ao

neutro do sistema alimentador e sln e um termo de perturbacao dado por

sln rfnisln lfn

dislndt

Considerandose o caso equilibrado a analise ca simplicada tendo em vista que eson

rn r r r r rfn rf rf rf rf e rtn rt rt rt rt analogamente

ln l l l l lfn lf lf lf lf e ltn lt lt lt lt o que permite a

analise de qualquer uma das fases segundo o modelo serie da gura Considerandose que

os parametros do sistema possam ser desequilibrados e portanto tambem levando em conta

o que foi estabelecido por cada fase pode ser representada por um circuito como o da

gura onde n representa a fase em estudo

A conversao para o modelo vetoria complexo e feita da mesma forma que no caso do sistema

serie a tres os e sera omitida

Modelo em componentes odq

O modelo resultante da gura e identico ao estudado na secao a menos do termo de

perturbacao sln logo tratamento semelhante pode ser adotado qual seja a reducao do modelo

a um sistema de duas fases Dai

vs

vs

rt rt

rt rt rt

is

is

lt lt

lt lt lt

d

dt

is

is

esf

esf

sl

sl

Considerando as transformacoes denidas em a podese reescrever a equacao

da seguinte forma

Page 118: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

C

vsd

vsq

rt rt

rt rt rt

D

isd

isq

lt lt

lt lt lt

D

d

dt

isd

isq

C

esfd

esfq

C

sld

slq

que resultara emvsd

vsq

esfd

esfq

rtd rtdq

rtqd rtq

isd

isq

ltd ltdq

ltqd ltq

d

dt

isd

isq

sld

slq

onde

rtd rt

rt

rt

rtdq rtqd rt rt

p

rtq rt rt

ltd lt

lt

lt

ltdq ltqd lt lt

p

ltq lt lt

Observese que no caso em que os parametros do sistema eletrico sao equilibrados rtd rtq

rt ltd ltq lt e os termos fora da diagonal se anulam No caso de parametros desequilibrados

os termos fora da diagonal representam acoplamentos que podem ser tratados separadamente

como termos a ser compensados a exemplo dos termos sld e slq

A equacao pode ser reescrita na forma vetorial tornandose mais compacta resul

tando em

vsm esfm Rtmism Ltm

dismdt

stmij slm

onde

stmij eRtmism eLtm

dismdt

Page 119: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

e

vsm

vsd

vsq

esfm

esfd

esfq

slm

sld

slq

stmij

stdq

stqd

ism

isd

isq

Rtm

rtd

rtq

eRtm

rtdq

rtqd

Ltm

ltd

ltq

e eLtm

ltdq

ltqd

o subindice m indica variaveis no referencial dq Os termos de perturbacao stmij portanto

assumem stqd para m q e stdq para m d os quais sao dados por

stdq rtdqisq ltdq

disqdt

stqd rtqdisd ltqd

disddt

+

-

+

-

- ++ -

tr d l t d

ef dsvs

d

sεl di s

d

sε td q

sεl q

+

-

+

-

- ++ -

tr q l t q

ef qsvs

q

i sq

sεtq d

Figura Circuitos para o modelo matematico em componentes dq com parametros do

circuito desequilibrados

As guras a e b ilustram esquematicamente os circuitos de eixos d e q que represen

tam o modelo em condicoes de parametros desequilibrados A gura repete o modelo em

um unico circuito dq adequado para a condicao de equilibrio entre os parametros do sistema

A conversao para o modelo vetoria complexo e feita da mesma forma que no caso do sistema

serie a tres os e sera omitida

Conclusao

Foram deduzidas equacoes para modelar vetorialmente os sistemas trifasicos a quatro e tres os

Os modelos vetoriais estabelecidos partem da conversao do sistema trifasico em componentes

Page 120: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Modelagem Sistemas Serie e T a e Fios

+-

+-

+ -

+ - on

ef ds

ef qs

-

-

+

+

εl ds

ε l qs

tr

tr tl

tlv s

d

vsq

i sq

i sd

Figura Circuito para o modelo matematico simplicado em componentes dq conside

rando o sistema com parametros equilibrados

de fase para o referencial estatorico e em seguida para o modelo vetorial constituido por dois

modelos girantes em direcoes opostas na frequencia estabelecida pelo referencial que se estiver

adotando nos calculos

Os modelos pela forma compacta como estao formalizados sao de aplicacao simples e

permitem trabalhar com os controladores que serao apresentados no capitulo que se segue

para os quais procurase obter uma signicativa robustez ja que tem por objetivo a utilizacao

em sistemas trifasicos desequilibrados

No caso dos sistemas a quatro os foram apresentadas duas alternativas para o modelo

tendo em vista que e possivel estabelecer o modelo vetorial tanto a partir do modelo estacionario

odq como diretamente a partir do modelo em componentes de fase tratandose cada fase

separadamente e emulando para cada uma delas uma fase em quadratura Esta alternativa

equivale a modelar o sistema na forma de tres circuitos monofasicos

Page 121: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo

Aplicacao de Controladores de

Corrente a Sistemas Desequilibrados

Introducao

Neste capitulo sera apresentada a modelagem matematica dos controladores utilizados na tese

Em um sistema equilibrado a melhor escolha e a adocao de um controlador Proporcional

Integral PI para a corrente de carga utilizando o referencial sincrono tendo em vista que

os termos de disturbios de sequencia positiva sao transformados em quantidades cc facilmente

compensadas pelo controlador

Como demonstrado por Rowan e Kerkman ! " se o sistema e desequilibrado o uso do

referencial sincrono a e so resolve os disturbios de sequencia positiva isto e os que

giram em velocidade e a ja que apos a transformacao de coordenadas o disturbio

transformase em uma componente cc Os termos de sequencia inversa tornamse componentes

girantes a frequencia e e consequentemente nao podem ser compensados

Por isso decidiuse estudar uma estrutura com dois controladores sincronos um girante

em sequencia positiva e outro em sequencia negativa Sao denominados respectivamente

controlador de sequencia positiva e controlador de sequencia negativa Os dois controladores

operam simultaneamente e as suas saidas sao somadas

Os controdadores serao modelados para sistemas bifasicos dq e tres alternativas serao

apresentadas

Com o controlador PI localizado no referencial sincrono que sera denominado Con

trolador A

Com o controlador PI localizado no referencial estacionario que sera denominado

Controlador B e

Com o controlador localizado ainda no referencial estacionario porem introduzindo uma

Page 122: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

modicacao atraves de uma nova variavel de forma a simplicar a lei de controle e evitar

o acoplamento entre as equacoes dos eixo d e q Este sera denominado Controlador

C

Como estes controladores sao bifasicos podem ser utilizados para o controle de sistemas

trifasicos a tres os em suas componentes dq assim como tambem podem ser adaptados para

aplicacoes em sistemas monofasicos com a emulacao de um eixo Q ou sistemas trifasicos

a quatro os adotandose um controle independente por fase ou seja tratando do controle

das tres fases independentemente como se fossem tres sistemas monofasicos Da mesma forma

convertendo o sistema em suas componentes odq podese tratr os eixos dq de forma bifasica

e o eixo o independentemente como um circuito monofasico tambem emulando um eixo

Q A aplicacao aos sistemas monofasico e trifasico a quatro os sera apresentada apos a

modelagem dos tres controladores que sera assunto da proxima secao

Controlador de Corrente Para Operacao Desequili

brada em Sistema Bifasico dq

Para uma carga equilibrada um controlador PI pode ser empregado a m de controlar

a corrente de carga O uso do referencial sincrono e uma estrategia que pode melhorar o

desempenho tendo sido analisada em ! " Esta escolha entretanto nao sera a melhor quando

o sistema for desequilibrado

A partir da contribuicao tambem trazida pela referencia ! " sobre a necessidade de utilizacao

de controladores especicamente destinados as componentes de sequencia positiva e negativa

alguns trabalhos ja podem ser encontrados como !" !" e !" marcando avancos a descoberta

Em especial podese destacar as referencias ! " e !" que aplicaram os controladores que serao

tratados neste capitulo acrescentando o controle de harmonicos

Sistema Desequilibrado

Utilizando o modelo vetorial ja deduzido visto nas equacoes e e possivel estudar

o comportamento da malha de controle de corrente com o sistema desequilibrado A gura

ilustra esquematicamente um sistema serie a os para auxiliar na compreensao

Supondo que o vetor corrente deve ser controlado de modo tal que is Iejet ou seja um

vetor de sequencia positiva com amplitude constante e girante em frequencia angular constante

com vs V ejet eV ejet uma fonte de tensao desequilibrada onde V e eV sao as amplitudes

de sequencia positiva e negativa respectivamente sob estas condicoes e partindo da equacoes

Page 123: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

vs1

2v s

3v s

+-

+-

+-

+ -

+ -

+ -

r1t l 1t

r2t

r3t

l 2t

l 3t

on

11se

f

s2

ef

se3f

2

3

i

i

i

s

s

s

Figura Diagrama esquematico para o circuito trifasico serie a tres os

e do modelo vetorial complexo

vs

dq Rs

dqsdq Ldq

dsdqdt

esfdqesdq

esdq eRdqsdq eLdq

dsdqdt

o vetor tensao esf sera dado por

esf !R jLI V " ejet eV ejet es

onde

es eR jeL Iejet eEejet

entao o controlador precisa proporcionar uma tensao esf que contem uma componente de

sequencia positiva dada por !R jLI E" ejet mas que necessita tambem conter uma

componente de sequencia negativa dada poreV eE ejet

Fazendo uma mudanca de coordenadas eje cos e jsen e os vetores dq vs is e esf

podem ser transformados para o referencial sincrono de sequencia positiva segundo

vs ejev

is ejei

esf ejeef

Assim o modelo visto em quando escrito para o referencial sincrono de sequencia

positiva tornase

ef Ri Ldi

dt jeLi

v e

Page 124: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

Desta forma supondo que o vetor corrente deva ser controlado tal que i I com v

V eV ejet e e eEejet resultaria para o vetor tensao a ser produzido pelo controlador

ef !R jLI V " eV eE ejet

Dai o vetor ef precisa ter uma componente cc dada por !R jLI V " e uma componente

oscilante dada poreV eE ejet A primeira pode ser facilmente fornecida pelo controlador

PI entretanto a segunda nao pode ser gerada pelo mesmo controlador

A mesma analise pode ser feita tambem transformando as variaveis da malha de controle de

corrente em termos dqpara o referencial sincrono de sequencia negativa utilizando o operador

eje cos e jsen e de modo tal que

vs ejev

is ejei

esf ejeef

A aplicacao das transformacoes em como antes leva a

ef Ri Ldi

dt jLi v e

Desta forma supondo que o vetor corrente deva ser controlado tal que i Iejet com

v V ejet eV e e eE resultaria para o vetor tensao a ser produzido pelo controlador

ef !R jLI V " eV eE ejet

ef !R jLI V " ejet eV eE

Dai o vetor ef precisa ter uma componente cc dada poreV eE e uma componente oscilante

dada por !R jLI V " ejet A primeira pode ser facilmente fornecida pelo controlador

PI entretanto a segunda nao pode ser gerada pelo mesmo controlador

Contudo notase vericando simultaneamente e que a combinacao de dois con

troladores sendo um no referencial de sequencia positiva e o outro no referencial de sequencia

negativa pode providenciar os vetores de tensao requisitados para o controle do sistema des

balanceado Dai porque nas proximas subsecoes serao apresentadas tres propostas para a

estrutura de um controlador composto por dois controladores diferentes um girante na velo

cidade e e o outro na velocidade e ambos operando simultaneamente sendo somadas

suas saidas para a obtencao do sinal de referencia resultante

Page 125: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

Controlador A

No espaco de estado as leis de controle do controlador PI para as sequencias positiva e

negativa podem ser escritas como

ejes

dx

dt ki

ef x kp

ejes

dx

dt ki

ef x kp

esf ejeef ejeef

onde s is is e o erro de corrente estacionario x e x variaveis de estado associadas

a parte integral do controlador ef ef e esf as tensoes de referencia de sequencia positiva

negativa e estacionaria e kp ki kp e ki os ganhos das partes de sequencia positiva e

negativa do controlador respectivamente O superescrito indica variaveis de referencia

Transformando as equacoes em um sistema discreto no tempo conforme mostrado no

apendice I vem

k ejek sk

xk xk hki k

ef k xk kp k

k ejek sk

xk xk hki k

ef k xk kp k

Page 126: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

Co

nve

rso

r

1q

2q

3q

4q

5qP

WM

q6

Σ Σ

i2si s

3i1s

_++

+

δee j_

δee j_

δee j

δee j R ie_

+R ie

-1

(123 - dq)

isdq

*

isdq

(dq

- 1

23

)

dq+ *eef

ef dqs_

*

ef3*s

efs

2*

ef dq+ *s ef 1

*s

ef dq*s

_ef dq

e *

A

A

Figura Diagrama de blocos para o controlador A no sistema eletrico trifasico serie a

tres os no referencial sincrono

esf k ejek ef k ejek ef k

onde k representa os instantes discretos kh sendo h o periodo de amostragem

Para e constante as transformacoes de coordenadas ejek e ejek podem ser calculadas de

forma mais facil considerando que ejek ejek ejeh ja que ejeh e constante

A gura mostra o diagrama de blocos do controlador A Ali A e A representam

respectivamente as transformacoes do referencial dq para o trifasico e viceversa denidas

no apendice G Os blocos indicados por Rei e Re

i representam os controladores de corrente

situados no referencial sincrono As transformacoes de coordenadas eje e eje realizam as

conversoes do referencial estacionario dq para o sincrono de sequencia positiva e viceversa

enquanto as transformacoes de coordenadas eje e eje tambem realizam conversoes sendo

que agora o referencial sincrono e o de sequencia negativa

Controlador B

Como o controlador no referencial sincrono de sequencia positiva e negativa requer o uso das

transformacoes de coordenadas eje e eje e interessante emular o controlador no referencial

estacionario para evitar estas transformacoes como propuzeram ! " e como utilizouse em !"

e ! " Isto se faz introduzindo as seguintes expressoes

xs ejex

xs ejex

e

kp kp kp

Page 127: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

Co

nve

rso

r

1q

2q

3q

4q

5qP

WM

q6

i2si s

3i1s

(dq

- 1

23

)

R isΣ

_

+

-1

(123 - dq)

isdq

*

isdq

dq*s

fe

fe

3*s

fe s

2*

fe

1*s

A

A

Figura Diagrama de blocos do controlador B ou C conforme as equacoes utilizadas

no sistema eletrico trifasico a tres os no referencial estacionario

e usando as equacoes a o que resulta como se ve no apendice F em

dxsdt

jexs ki

s

dxsdt

jexs ki

s

esf xs xs kps

cuja versao discreta no tempo obtida conforme demonstrado no apendice I pode ser escrita

como

xsk ejehxsk jki

ejeh

e

sk

xsk ejehxsk jki

ejeh

e

sk

esf k xsk xsk kpsk

A gura mostra o diagrama de blocos do controlador B

A carga computacional do modelo discreto no tempo do controlador A com e variavel e

levemente superior a do controlador B Se e for constante os parametros dos controladores

nao sao variaveis no tempo e a comparacao tornase favoravel ao controlador B

Page 128: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

(d,q - dq)B -1

Co

nve

rso

r

1q

2q

3q

4q

5q

PW

M

qqq

6

a

b

A-1

(12

3 -

od

q)

(dq

- d

,q)

BB

(dq

- d

,q)

Σ

Σ

Σ

B -1

(d,q - dq)

Σ

ωe

ωe

ωe

ωe_

_

+

_

sR i

sR i

sR i

sR i

_

+

s imu lação

i2si s

3

i oQs

iso DQ

isdq

*

iso iso= D

ids

i1s

iqs

isdq

*iso DQ

_ +

+

+

+

+

+

_

fe *s

d q+

fe

Ds*

ofe s*

o =

fe *sq

fe

_s *D Qo

fe *s

d q

fe

s +*D Qo

fe

_*s

d q

fe

s *D Qo

fe *s

d

fe

soQ

*

fe

1*s

fe

2*s

fe 3

*sA(o

dq

- 1

23

)

Figura Diagrama de blocos do controlador B no referencial estacionario aplicado ao

modelo odq

Controlador C

O uso dos ganhos ki e ki com valores identicos simplica o modelo do controlador quando

se utiliza o referencial estacionario Observandose as equacoes a notase que

ki ki ki e introduzindose uma nova variavel xsa xs xs e xsb je

xs xs

as

equacoes do modelo estacionario de sequencia positiva e negativa estacionario aqui denomina

das equacoes do controlador C tornamse

dxsadt

ki s xsb

dxsbdt

ex

sa

esf xsa kps

Esta lei de controle e signicativamente mais simples que a do controlador B e a equacao

do eixo d e desacoplada da do eixo q Isto a torna muito adequada para controlar sistemas

monofasicos e trifasicos a quatro os desequilibrados porque evita a emulacao do eixo q

Page 129: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

Na versao discreta no tempo seguindo o mesmo procedimento do apendice I as equacoes

do controlador C tornamse

xsak cosehxsak

e

sinehxsbk ki

e

sinehsk

xsbk e sinehxsak cosehxsbk ki !coseh " sk

esf k xsak kpsk

A gura tambem e adequada para mostrar em diagrama de blocos o controlador C

considerandose no bloco Rsi as equacoes deste controlador ao inves daquelas do controlador B

q

Σ

Σ

i2si s

3i1s

_+

+_

Σ+_

δee j_

δee j_

δee j

δee j

δee j

δee j

δee j

δee j

δee j_

δee j_

δee j_

δee j_

B -1

(D,Q - DQ)

1*isDQ

2*isDQ

3*isDQ

3is

DQ

2is

DQ

1is

DQ

1is

Q

1is

D

D3is

Q3i s

D2is

Q2is

R ie_

+R i

e

+R i

e

R ie_

+R i

e

R ie_

=

ef 3

s _ *D Q

ef Q

s2

*

ef Q1

*s

ef3

*s

ef D1

*s

ef1

*D Q

s

ef1

+ *D Qe

ef

e1

_*

D Q

ef 2

+ *D Q

e

ef3

+ *D Qe

ef

e3

_*

D Q

ef Q3

*s

ef D3

*s

ef1*s

ef1

+ *D Q

s

ef1

s_

*D Q

ef 2

+*sD Q

ef 3

+ *D Qs

ef 2

_ *D Q

s

ef3

*D Qs

ef2

s_

*D Q

Co

nve

rso

r

1

2q

3q

4q

5qP

WM

q

q

q

6

a

b

BBΣ

Σ++

++

BΣ++

(DQ

- D

,Q)

(DQ

- D

,Q)

(DQ

- D

,Q)

_e

fe *D Q2

ef

s2

*ef D

s2

*=

s imulação

Figura Diagrama de blocos para o controlador A no referencial sincrono aplicado a sistema

a quatro os um controlador por fase

Page 130: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

Controlador de Corrente Para Operacao Desequili

brada em Sistema a Quatro os

Os controladores A B e C apresentados na secao anterior podem ser adaptados para o controle

de sistemas a quatro os

Co

nve

rso

r

1q

2q

3q

4q

5q

PW

M

qqq

6

a

b

BBΣ

Σ

Σ

simulação

Σ

i2si s

3i1s

_++

++

+

+_

BΣΣ++

+_

B -1

(D,Q - DQ)

(DQ

- D

,Q)

(DQ

- D

,Q)

(DQ

- D

,Q)

1*isDQ

2*isDQ

3*isDQ

3is

DQ

2is

DQ

1is

DQ

1is

Q

1is

D

D3is

Q3i s

D2is

Q2is

+R ie

+R ie

R ie_

+R ie

R ie_

R ie_

=

ef 2s

_*

D Q

ef3*

D Qs

ef 3s _ *D Q

ef1+ *

D Qs

ef1*

D Qs

ef1s

_*

D Qef 2

+ *sD Q

efs2*

ef3*s

ef D3*s

ef Q3*s

ef 3+ *

D Qs

ef1*s

ef Ds

2*

*sef 2D Q

ef D1*s

ef Qs

2*

ef Q1*s

Figura Diagrama de blocos para aplicacao do controlador B no referencial estacionario

em sistemas a quatro os um controlador por fase

Nesta secao sera apresentada uma adaptacao do controlador A em tres situacoes

Utilizando duas duplas de controladores sincronos uma para gerenciar as componentes

dq e outra para o termo homopolar no referencial estacionario Para o termo homo

polar sera necessario utilizar um modelo de circuito cticio que representara o circuito

homopolar de eixo q A gura mostra a estrategia de controle em diagrama de

blocos Ali os blocos B e B representam matrizes de transformacao do modelo vetorial

Page 131: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

dq para o modelo de dois vetores complexos conjugados dq denidas no capitulo

anterior equacoes e e no apendice C

Tambem modelado no referencial sincrono serao utilizados tres conjuntos de controladores

sincronos um para cada fase da rede eletrica correspondendo cada fase ao eixo d e

simulando um circuito em cada fase para emular no modelo matematico o eixo q

Para diferenciar do caso anterior que trabalha com as verdadeiras componentes odq

as variaveis reais das tres fases serao denominadas como de eixo D e as emuladas de

eixo Q A gura apresenta a situacao em diagrama de blocos

Finalmente sera modelado o controlador B tambem num conjunto de tres eixos DQ

como no caso anterior porem desta vez utilizandose o referencial estacionario A gura

ilustra o caso em diagrama de blocos

Co

nve

rso

r

1q

2q

3q

4q

5q

PW

M

qqq

6

a

b

R1Σ_

+

Σ_

+ R2

i2si s

3i1s

efs2*

ef3*s

ef1*s

1is

2is

3i s

1i s*

Σ_

+ R3

1

*is3

*i s2

Figura Diagrama de blocos para aplicacao do controlador C no referencial estacionario

em sistemas a quatro os um controlador por fase

Na gura os blocos eje e eje proporcionam a transformacao de coordenadas do refe

rencial estacionario para os referenciais sincronos de sequencia positiva e negativa respectiva

Page 132: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

q2 3

q6

q1

q4 q5

qa

qb

3

12

q

0E

-

+

n

i0 r

+

+

+

v1s

2sv

3sv

s

s

s

1

2

3

i

i

i

r1

r2

r3

l1

l2

l3

fr1

fr 2

fr 3

fl 1

fl 2

fl 3 i f3

i f2

i f1s

s

s

i l2i l1 i l3s s s

1lr

2lr 3lr

l 1l l 2l l3l

i ir

il0s li

0

Figura Diagrama esquematico do sistema utilizado para simular os controladores

mente O bloco denido como PWM representa o controle da modulacao por largura de pulsos

e o bloco denominado Conversor representa o inversor e uma eventual carga RLE Os blocos

Rei Re

i assim como os Rsi Rs

i representam os controladores PI nos referenciais sincrono

superindice e e estacionario superindice s respectivamente e em seus componentes de

sequencias positiva e e s e negativa e e s

0.315 0.32 0.325 0.33 0.335 0.34 0.345 0.35 0.355 0.36−20

−15

−10

−5

0

5

10

15

20

t (s)

i1, i

2, i3

(A

)

i1i2 i3

Correntes fornecidas pela rede elétrica

Figura Curvas da simulacao das correntes de linha no alimentador geradorPAC para as

fases e

A gura mostra para um sistema a quatro os um diagrama de blocos ilustrando a

conguracao do controlador C Observese sua semelhanca com o controlador B sendo bastante

simplicado Os blocos R a R representam as equacoes do controlador

Page 133: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

Observese ainda que o controlador da gura possui apenas dois controladores sincronos

um a menos o que representa uma simplicacao em relacao aos esquemas das guras e

entretanto como se podera ver nas equacoes e existe um fator complicador a mais

neste modelo devido aos acoplamentos entre as componentes dq e homopolar e viceversa

0.315 0.32 0.325 0.33 0.335 0.34 0.345 0.35 0.355 0.36−20

−15

−10

−5

0

5

10

15

20

t (s)

i1*,

i1 (

A)

i1*

i1

Corrente da rede elétrica, fase 1, referência e medida

Figura Curvas da simulacao das correntes de linha medida e de referencia na fase do

alimentador geradorPAC

Vericacao atraves de simulacoes

Para demonstrar a eciencia dos controladores modelados neste capitulo quando atuando em

Filtros Ativos conectados a um barramento industrial contendo carga trifasica desequilibrada

tal como o sistema ilustrado na gura foram realizadas simulacoes para os diversos modelos

apresentados e nos referenciais sincrono e estacionario

A gura ilustra o sistema de forma mais detalhada Nas simulacoes o bloco indicado

como carga trifasica a os foi modelado como tres cargas RL onde uma das resistencias

assumiu valor vezes maior que as outras duas para caracterizar o desequilibrio

Os parametros do sistema utilizado foram escolhidos de modo a compatibilizar resultados

com os obtidos em !" e !" Alguns desses valores foram posteriormente alterados visando

obter resultados melhores para o comportamento dos controladores e a diminuicao das osci

lacoes no lado de cc do Filtro Ativo provocadas pelo elevado desequilibrio das correntes do

alimentador Estas referencias nao levaram em consideracao tal possibilidade Desta forma

nas simulacoes foram utilizados os seguintes parametros

rs rs rs %

Page 134: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

0.315 0.32 0.325 0.33 0.335 0.34 0.345 0.35 0.355 0.36−15

−10

−5

0

5

10

15

20

t (s)

i2*,

i2 (

A)

i2*

i2

Corrente da rede elétrica, fase 2, referência e medida

Figura Curvas da simulacao das correntes de linha medida e de referencia na fase do

alimentador geradorPAC

ls ls ls mH

rf rf rf %

lf lf lf mH

rl %

rl rl %

ll ll ll mH

A tensao entre fases da fonte foi estabelecida em V e a frequencia da rede em Hz A

tensao no lado cc do Filtro Ativo foi estabelecida em V e o capacitor utilizado foi de F

As guras a apresentam os resultados obtidos nas simulacoes para o caso do con

trolador A no referencial sincrono Os testes com os demais controladores referenciais ou com

outras condicoes de desequilibrios da carga resultaram curvas semelhantes

A gura mostra as tres correntes de linha medidas durante a simulacao Observese

que apesar do forte desequilibrio existente na carga as correntes guardam formas de onda

semelhantes deslocamentos de fase identicos e amplitudes identicas Algumas distorcoes em

frequencia elevada que se vericam sao provocadas pelo chaveamento do Conversor Seria

Page 135: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

0.315 0.32 0.325 0.33 0.335 0.34 0.345 0.35 0.355 0.36−20

−15

−10

−5

0

5

10

15

20

t (s)

i3*,

i3 (

A)

i3*i3

Corrente da rede elétrica, fase 3, referência e medida

Figura Curvas da simulacao das correntes de linha medida e de referencia na fase do

alimentador geradorPAC

possivel como demonstrou Rui em ! " ampliar a atuacao do controlador projetandoo tambem

para a eliminacao de frequencias harmonicas o que nao foi feito neste trabalho

As guras a mostram as correntes de referencia e correntes medidas nas fases

e respectivamente demonstrando que o controlador conseguiu fazer com que as correntes

de linha do alimentador seguissem suas referencias

As guras a mostram as tensoes das fases e com suas respectivas correntes

para demonstrar a eciencia do controle de fase das correntes As tensoes sao medidas ao neutro

e na gura aparecem reduzidas em amplitude por dez vezes para melhorar a visualizacao

Page 136: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

0.15 0.16 0.17 0.18 0.19 0.2 0.21 0.22 0.23 0.24−25

−20

−15

−10

−5

0

5

10

15

20

25

t (s)

v1/1

0 (V

), i1

(A

)

v1/10

i1

Tensão e corrente da rede elétrica, fase 1, medidos.

Figura Curvas da simulacao da tensao faseneutro e corrente de linha medidas na fase

do alimentador geradorPAC

0.15 0.16 0.17 0.18 0.19 0.2 0.21 0.22 0.23 0.24−25

−20

−15

−10

−5

0

5

10

15

20

25

t (s)

v2/1

0 (V

), i2

(A

)

v2/10

i2

Tensão e corrente da rede elétrica, fase 2, medidos.

Figura Curvas da simulacao da tensao faseneutro e corrente de linha medidas na fase

do alimentador geradorPAC

Page 137: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

0.15 0.16 0.17 0.18 0.19 0.2 0.21 0.22 0.23 0.24−25

−20

−15

−10

−5

0

5

10

15

20

25

t (s)

v3/1

0 (V

), i3

(A

)

v3/10

i3

Tensão e corrente da rede elétrica, fase 3, medidos.

Figura Curvas da simulacao da tensao faseneutro e corrente de linha medidas na fase

do alimentador geradorPAC

Page 138: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1

−1

−0.5

0

0.5

1

tempo (s)

corr

en

tes

da

fa

se 1

(A

)

0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1

−1

−0.5

0

0.5

1

tempo (s)

Co

rre

nte

s d

a f

ase

2 (

A)

0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1

−1

−0.5

0

0.5

1

tempo (s)

Co

rre

nte

s d

a f

ase

3 (

A)

Figura Curvas experimentais das correntes de linha e respectivas referencias utilizando

apenas o controlador de sequencia positiva

Page 139: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

Resultados Experimentais

Inicialmente foram realizados testes experimentais para demonstrar a diferenca em se utilizar

em um sistema desequilibrado um unico controlador de sequencia positiva e o controlador ora

proposto incluindo dois controladores em referenciais girantes em direcoes opostas O sistema

utilizado para essa experiencia foi congurado de forma identica ao sistema serie da gura

Depois foram realizados testes experimentais para conrmar o funcionamento das estrategias

de controle para o sistema funcionando na conguracao em T a quatro os com carga a qua

tro os ou seja com a carga em derivacao conforme visto na gura e a um sistema identico

porem sem conexao da carga ao neutro O controlador utilizado foi o controlador C

Sistema S erie

No experimento as impedancias serie foram obtidas introduzindose um motor de inducao

trifasico cujos parametros sao

Resistencias de estator e rotor por fase r % r %

Indutancias de estator e rotor por fase l mH l mH

Indutancia de magnetizacao lm mH

em serie com uma das fases foi introduzido um resistor de % e com outra fase um

indutor de mH

As correntes de referencia foram impostas da seguinte forma

is I coset para t tmax

is I coset para t tmax

is I coset para t tmax

is I coset para tmax t tmax

is I coset para tmax t tmax

is I coset para tmax t tmax

onde I A I A e I A

Os resultados obtidos estao apresentados atraves dos gracos constantes das guras a

Na gura podese vericar que a corrente medida guarda um erro signicativo em

magnitude e em fase com relacao as referencias

Na gura com a adocao dos dois controladores por fase podese vericar que as

correntes medidas seguem as respectivas referencias a menos de curtos momentos em que

foram aplicados os transitorios

Fica portanto comprovada a importancia da estrategia de controle apresentada quando da

utilizacao de sistemas desequilibrados

Page 140: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1

−1

−0.5

0

0.5

1

tempo (s)

core

nte

s d

a f

ase

1 (

A)

0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1

−1

−0.5

0

0.5

1

tempo (s)

corr

en

tes

da

fa

se 2

(A

)

0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1

−1

−0.5

0

0.5

1

tempo (s)

corr

en

tes

da

fa

se 3

(A

)

Figura Curvas experimentais das correntes de linha e respectivas referencias utilizando os

controladores de sequencia positiva e negativa

Page 141: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

Sistema em T

O sistema modelado na secao anterior deste capitulo foi implementado experimentalmente

adotandose parametros equilibrados para a interligacao com a rede eletrica Os valores dos

parametros foram

parametros da rede eletrica por fase r % l H

conexao ao Filtro Ativo por fase rf % e lf mH

A carga nao linear de baixo fator de potencia e desequilibrada foi constituida por tres

resistores em paralelo com um motor de inducao operando em vazio cujos parametros medem

resistores rl % rl % e rl %

parametros do motor de inducao

resistencias de estator e rotor r % r %

indutancias de estator e rotor l mH l mH

indutancia de magnetizacao lm mH

Cabe observar que o motor de inducao utilizado e bastante desequilibrado e estes parametros

representam uma media

0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1−2

−1.5

−1

−0.5

0

0.5

1

1.5

2

Tempo (s)

Cor

rent

es i 1,

2,3

i3

i2

i1

Figura Curvas das correntes de linha medidas experimentalmente no alimentador

geradorPAC para as fases no sistema com carga a os sem controladores

A amplitude da tensao da rede foi denida em V e a tensao no lado de cc do Filtro

Ativo foi regulada para V com o capacitor sendo de F

Nos primeiros testes foram observadas algumas variacoes rapidas indesejadas picos em

alguns pontos das formas de onda das correntes O problema foi identicado como causado

durante transitorios de chaveamento do Filtro Ativo em situacoes que o ponto de conexao do

neutro utuou isto e curtos momentos em que todas as chaves da semiponte superior ou

Page 142: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1

−60

−40

−20

0

20

40

60

Tempo (s)

v1(V

) e

i 1 x 5

(A

)

v1 i

1

Figura Curvas da tensao faseneutro e correntes de linha medidas experimentalmente na

fase do alimentador geradorPAC sistema com carga a os

inferior do Filtro Ativo estavam desligadas a espera do sinal de controle para a entrada em

operacao da proxima chave Decidiuse inserir uma pequena indutancia mH conectada ao

ponto neutro do Filtro Ativo e as variacoes desapareceram

Sistema a quatro os com carga a quatro os

A primeira experiencia foi com o sistema operando com o Filtro Ativo desconectado para

vericar o comportamento sem a sua presenca e assim poder avaliar melhor sua atuacao e do

controlador Os resultados obtidos estao sintetizados nas guras e gura

A observacao das curvas mostradas na gura que apresenta as tres correntes no sistema

de alimentacao is is e is demonstra que elas sao desequilibradas e sofrem efeito de distorcao

decorrentes dos proprios desequilibrios da carga dos desequilibrios existentes nas tensoes dis

ponibilizadas pela rede eletrica para o atendimento ao Laboratorio e tambem em funcao de nao

linearidades da propria carga motor de inducao

A gura mostra para a fase a tensao medida ao neutro e a corrente de linha vs e is

permitindo vericar o baixo fator de potencia As medicoes acusaram o fator de potencia de

Observese que na gura a corrente aparece multiplicada por um fator para dar uma

visao melhor da relacao entre as duas curvas

Com o Filtro Ativo conectado ao sistema novos testes foram realizados As guras a

sintetizam os resultados obtidos

Podese ver nas curvas apresentadas na gura que as correntes de linha is is e is

no alimentador passam a ser equilibradas em magnitude e fase Observase um nivel de ruido

superior ao encontrado nas simulacoes que foi atribuido a

Page 143: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1−1.5

−1

−0.5

0

0.5

1

1.5

Tempo (s)

Cor

rent

es i 1,

2,3

i2 i

3 i1

Figura Curvas das correntes de linha medidas experimentalmente no alimentador

geradorPAC com o Filtro Ativo conectado sistema com carga a os

o Filtro Ativo utilizado dispunha de um capapacitor no lado de cc relativamente pe

queno F

nao foi implementado um controlador para a ltragem de harmonicos e

devido a limitacao no sistema de aquisicao disponivel na plataforma de testes o sistema

dispoe de apenas seis entradas para aquisicao dos dados medidos e sendo necessario

medir a tensao sobre os capacitores do lado de cc do Filtro Ativo deixouse de medir

uma das tensoes de alimentacao Esta tensao foi calculada em funcao das outras duas

tensoes medidas considerando que o sistema eletrico estaria equilibrado e a soma das

tres tensoes resultaria instantaneamente nula Como a tensao da rede de alimentacao

do Laboratorio contem desequilibrios este calculo incorreu sempre em um certo erro

Ressaltese que limitacoes de tempo impediram a implementacao dos controladores voltados

ao controle das distorcoes harmonicas projeto anteriormente ja testado em outras situacoes

diferentes da que foi testada no presente estudo por Oliveira !" e por Carvalho Jr ! "

A gura mostra para a fase as medicoes da tensao ao neutro e da corrente de linha

vs e is permitindo vericar o elevado fator de potencia obtido nas medicoes

A gura mostra para a fase as correntes de linha medida e de referencia obtida na

saida do controlador is e is permitindo vericar que o controlador apesar do elevado grau

de desequilibrio apresentado pela carga conseguiu fazer com que as correntes do alimentador

seguissem as referencias

Page 144: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1

−60

−40

−20

0

20

40

60

Tempo (s)

v1(V

) e

i 1 x 5

(A

)

v1 i

1

Figura Curvas da tensao faseneutro e corrente de linha medidas experimentalmente na

fase do alimentador geradorPAC sistema com carga a os

Sistema a quatro os com carga a tres os

A amplitude da tensao da rede foi denida em V e a tensao no lado de cc do Filtro Ativo

foi regulada para V com o capacitor sendo de F

A primeira experiencia foi com o sistema operando com o Filtro Ativo desconectado para

vericar o comportamento anterior e assim poder avaliar melhor a atuacao do Filtro e do

controlador Os resultados obtidos estao sintetizados nas guras e gura

Como no caso anterior podese constatar que as correntes do alimentador is is e is sem

a atuacao do Filtro Ativo sao desequilibradas em magnitude e fase e ainda guardam distorcoes

causadas pelas proprias correntes desequilibrantes

A gura permite vericar para a fase a tensao medida ao neutro e a corrente de linha

vs e is demonstrando o baixo fator de potencia As medicoes acusaram o fator de potencia de

Com o Filtro Ativo conectado ao sistema novos testes foram realizados As guras a

sintetizam os resultados obtidos

A gura mostra as tres correntes de linha is is e is comprovando que foi obtido

equilibrio em magnitude e em fase entre elas Como no caso anterior observase um nivel

de ruido superior ao encontrado nas simulacoes que foi atribuido ao fato de que o Filtro

Ativo utilizado dispunha de um capapacitor no lado de cc relativamente pequeno F

e ao fato de nao se ter implementado um controlador para a ltragem de harmonicos Os

controladores apresentados neste capitulo podem tambem ser utilizados com essa nalidade

conforme adotado por Carvalho Jr ! "

A gura mostra para a fase a tensao medida ao neutro e a corrente de linha vs e is

Page 145: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1−1.5

−1

−0.5

0

0.5

1

1.5

Tempo (s)

i*1 (

A)

e i 1 (

A)

i*1

i1

Figura Curvas das correntes de linha experimentais medida e de referencia da fase do

alimentador geradorPAC sistema com carga a os

permitindo vericar o elevado fator de potencia obtido

A gura mostra para a fase as correntes de linha medida e de referencia obtida na

saida do controlador is e is permitindo vericar que as correntes do alimentador acompanha

ram as correntes de referencia

Conclusao

Neste capitulo foi apresentada uma modelagem de um controlador PI aplicado no controle

de sistemas monofasicos e trifasicos a tres e quatro os

Foi demonstrada a necessidade da combinacao de controladores sincronos de sequencia po

sitiva e negativa para os casos de sistemas desequilibrados Tres modelos destes controladores

voltados para aplicacao a sistemas bifasicos foram apresentados

Mostrouse tambem como tais controladores podem ser combinados para aplicacao no con

trole de sistemas trifasicos desequilibrados Estes foram apresentados considerandose situacoes

de uso no referencial sincrono e estacionario conforme esteja estabelecido o modelo do sistema

Os controladores foram equacionados na formulacao exata em suas equacoes trigonometricas

e tambem na forma discretizada para aplicacoes digitais Foi tambem apresentado o modelo

do controlador no referencial sincrono matematicamente transposto para o referencial esta

cionario e nalmente foi apresentada a aplicacao no controle de Filtros Ativos trifasicos a

quatro bracos em sistemas contendo cargas desequilibradas a tres e quatro os modelados no

capitulo anterior

Os testes foram implementados atraves de simulacoes digitais tendose apresentado resulta

Page 146: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1−2

−1.5

−1

−0.5

0

0.5

1

1.5

2

Tempo (s)

Cor

rent

es i 1,

2,3

i3

i1 i

2

Figura Curvas das correntes de linha medidas experimentalmente no alimentador

geradorPAC com o Filtro Ativo desconectado sistema com carga a os

dos obtidos em um sistema a quatro os com carga desequilibrada a quatro os e em montagem

experimental envolvendo sistema identico e as duas situacoes carga desequilibrda a tres os e

a quatro os

Os resultados obtidos demonstram a necessidade de adocao de uma estrategia de controle

do tipo da aqui apresentada sempre que se estiver lidando com sistemas desequilibrados De

monstraram ainda a viabilidade da aplicacao de Filtros Ativos em derivacao no controle do

fator de potencia e do desequilibrio das correntes nos sistemas eletricos

Page 147: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1

−60

−40

−20

0

20

40

60

Tempo (s)

v1(V

) e

i 1 x 5

(A

)

v1

i1

Figura Curvas da tensao faseneutro e corrente de linha medidas experimentalmente na

fase do alimentador geradorPAC sistema com carga a os

0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1−1.5

−1

−0.5

0

0.5

1

1.5

Tempo (s)

Cor

rent

es i 1,

2,3

i2

i3

i1

Figura Curvas das correntes de linha experimentalmente medidas no alimentador

geradorPAC com o Filtro Ativo conectado ao sistema sistema com carga a os

Page 148: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Aplicacao de Controladores de Corrente a Sistemas Desequilibrados

0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1

−60

−40

−20

0

20

40

60

Tempo (s)

v1(V

) e

i 1 x 5

(A

)

v1

i1

Figura Curvas da tensao faseneutro e corrente de linha experimentalmente medidas na

fase do alimentador sistema com carga a os

0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1−1.5

−1

−0.5

0

0.5

1

1.5

Tempo (s)

i*1 (

A)

e i 1 (

A)

i*1 i

1

Figura Curvas das correntes de linha experimentais medida e de referencia na fase do

alimentador geradorPAC sistema com carga a os

Page 149: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo

Toler ancia a Faltas

Introducao

Os sistemas estudados nos capitulos anteriores funcionam em condicoes equilibradas e dese

quilibradas adotandose as estrategias de controle estudadas O equipamento compensador

responsavel por gerar a corrente determinada pelo sinal de saida do controlador foi em todos

os casos um conversor do tipo fonte de tensao operando como Filtro Ativo

Neste capitulo sera analisada uma outra situacao particular e mais radical de desequilibrio

que e aquela que ocorre quando algum disturbio afeta o conversor Filtro Ativo interrompendo

o funcionamento de um de seus bracos Tais disturbios podem ser causados pela abertura de

uma das fases que alimentam o ltro pela falha no comando dos sinais de disparo de uma das

chaves ou pelo bloqueio permanente de uma das chaves semicondutoras de tal forma que o

sistema de controle do Filtro Ativo anule o funcionamento do braco correspondente

Na ocorrencia de um disturbio a operacao do conversor normalmente precisa ser inter

rompida para uma manutencao naoprogramada entretanto sendo possivel isolar a falta este

procedimento e preferivel pois mantem o conversor atuando ainda que parcialmente Na re

ferencia !" os autores mostram que e possivel a um conversor a tres os permanecer operando

de forma equilibrada quando da perda de um dos bracos se o condutor neutro for conectado

ao ponto medio do conjunto de capacitores do lado de cc

Outros pesquisadores tem se preocupado em estudar esta alternativa de operacao podendo

se citar !" !" !" !" e !"

Aqui sera analisado o caso de um conversor a quatro os e quatro bracos com carga trifasica

sendo vericados primeiro uma situacao em que a carga tem conexao ao neutro e depois

sem esta conexao

Page 150: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

Sistema a Fios com Carga em T a Fios

A gura apresenta um circuito trifasico composto por um sistema alimentador uma carga

RLE e um Filtro Ativo composto por um conversor tipo fonte de tensao CFT Observese a

conexao do quarto braco do conversor ao neutro do sistema alimentador da rede eletrica

q2 3

q6

q1

q4 q5

qa

qb

3

12

q

0E

-

+

Carga trifásica a 4 fios

n

+

+

+

v1

2

3

s

s

s

v

v

s

s

s

1

2

3

i

i

i

r1

r2

r3

l1

l2

l3

fr1

fr 2

fr 3

fl 1

fl 2

fl 3 i f3

i f2

i f1s

s

s

i l2i l1 i l3s s s

Figura Conversor trifasico a quatro bracos em sistema trifasico a quatro os e carga a

quatro os

A potencia ativa consumida pelo conversor e minima sendo apenas aquela necessaria ao su

primento das perdas demandadas para que o mesmo forneca a potencia reativa e os harmonicos

solicitados pela carga a m de que as correntes do sistema alimentador sejam senoidais e

equilibradas Supondo que a carga e o sistema eletrico de alimentacao sejam equilibrados o

controle do Filtro Ativo e obtido pela regulacao de suas correntes dq isfd e isfq As correntes

de referencia para elas isf isfd jisfq podem ser obtidas a partir de

vetor das correntes da carga islr islrd jislrq tomandose a componente reativa que e

a componente ortogonal ao vetor da tensao da rede de alimentacao vs vsd jvsq obtido

pela projecao do vetor corrente apos transformacoes trigonometricas

vetor das correntes harmonicas da carga islh islhdjislhq envolvendo todas as componen

tes da corrente da carga obtidas por ltragens cujas frequencias diferem da fundamental

vetor das correntes ativas absorvidas pelo Filtro Ativo isf isfd jisfq vetor em fase com

o vetor das tensoes de alimentacao vs cuja amplitude e denida pelo regulador da tensao

do capacitor no barramento de cc do conversor

Modelo Trif asico P osdist urbio

A obtencao do modelo posdisturbio adotado neste trabalho pode ser facilitada observandose a

equacao e a partir dela pelas consideracoes decorrentes do tipo de disturbio deduzindo

se as expressoes que resultam Tres possibilidades de disturbios devem ser consideradas a que

Page 151: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

inviabiliza a operacao do conversor na fase a na fase b e na fase c Modelos para estas

tres situacoes serao apresentados a seguir Inicialmente e importante relembrar pela aplicacao

de como sao expressas as correntes da rede eletrica em componentes de fase no referencial

estacionario em termos de suas componentes odq

is

is

is

r

p

p

p

p

p

iso

isd

isq

Disturbio na Fase

Apos a ocorrencia de um disturbio afetando a fase o circuito da gura passa a ser

representado pelo circuito da gura Observese que a falta de sinal de disparo nas chaves

q eou q ou a falha de uma destas duas chaves ou das duas de tal forma que o braco

deixe de operar podem ser representados para efeito de analise pela mesma gura

q2 3

q6

q1

q4 q5

qa

qb

3

12

q

0E

-

+

Carga trifásica a 4 fios

n

+

+

+

= 0v1

2

3

s

s

s

v

v

s

s

s

1

2

3

i

i

i

r1

r2

r3

fr1

fr 2

fr 3

l1

l2

l3

fl 1

fl 2

fl 3 i f3s

i f2s

i f1s

i l2i l1 i l3s s s

Figura Diagrama esquematico completo do circuito apos o disturbio na fase

Partindo da equacao e considerando que para o disturbio em causa a corrente isf

is isl e que estando o braco desconectado podese considerar esf um novo conjunto

de equacoes pode ser deduzido a partir desta fazendose rf lf Utilizando a equacao

matricial e adaptando as condicoes impostas pelo disturbio podese escrever que

vs

vs

vs

esf

esf

r

rt

rt

isl

is

is

l

lt

lt

d

dt

isl

is

is

sl

sl

sl

Page 152: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

Esta equacao matricial em componentes de fase pode ser matematicamente representada de

forma mais sintetica da seguinte forma

vs risl l

disldt sl

isf

para a fase e para as fases e com n

vsn esfn rtnisn ltn

disndt sln

sln rfnisln lfn

dislndt

A gura mostra a representacao do modelo em componentes

2

sef

2is

2vs

2tr 2l t

+

-

+

-

- +

3l t

3vs

3tr3is

3

sef

+

-

+

-

- +3εls

2εls

(a)

+

-

r1

1vs

1is

1l

i l 1s

(b)

(c)

Figura Circuitos equivalentes posdisturbio em componentes

Foi estabelecido um modelo bastante simples para a condicao posdisturbio no qual as

correntes de fase que aparecem nas equacoes e sao expressas em termos de suas

componentes odq Isto e possivel porque com a perda de um dos bracos do conversor perde

se o controle sobre uma das componentes de corrente a de eixo o O tratamento que sera

mostrado a seguir origina um modelo alternativo que sera aqui denominado de modelo xy

Page 153: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

Para manter o sistema operando de forma equilibrada em termos de suas componentes

dq mesmo apos a perda de um dos bracos do conversor e necessario projetar um modelo

apropriado para a malha de controle de corrente Para isto e necesario vericar que a corrente

is nao pode ser controlada pela tensao esf A aplicacao da equacao de transformacao

considerando a fase aberta tal que is isl resulta em

is

r

iso

r

isd isl

is

r

iso

r

isd

r

isq

is

r

iso

r

isd

r

isq

de G obtemse que

iso p

isl p

isd

dai substituindo G em G e G vem que

is isl

is isl r

isd

r

isq

is isl r

isd

r

isq

Substituindo is e is em e o seguinte modelo dq pode ser obtido conforme se

demonstra no apendice H

vsx esfx sltx stdx stqx slx

vsy esfy slty stdy stqy sly

onde

vsx p

vs vs esfx

pesf esf

slx

p sl sl

stdx p

rt rt i

sd lt lt

disddt

stqx

rt rt i

sq lt lt

disqdt

e sltx

p

rt rt i

sl lt lt

disldt

vsy

p vs vs e

sfy

pesf esf

sly

p sl sl

stdy p

rt rt i

sd lt lt

disddt

stqy

rt rt i

sq lt lt

disqdt

e slty

p

rt rt i

sl lt lt

disldt

Page 154: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

s

ye

f

oi ls

sx

ef

(a)

+-

+-n +-

(b)

o

+ -

+ -

+-

+ -

+ -+ - +-

r1

tεy

sd

t xε s

qt xlε

1s

tt ll( )2 3+3

xlε s

ylε s

ytlε

1s

xvs

yvs

l1

3 r rt t( )2 3+

r rt t( )2 3+ tt ll( )

2 3+

isd

isq

os

i

Figura Representacao no modelo xy apos o disturbio na fase a componente o b

componentes xy

A gura mostra diagramas esquematicos para representar o modelo

Considerando equilibrados os parametros do sistema eletrico e das conexoes para o Filtro

Ativo

vsx esfx sltx stdx slx

vsy esfy stqy sly

onde

sltx

rti

sl lt

disldt

stdx p

rti

sd lt

disddt

stqy

rti

sq lt

disqdt

A gura mostra os diagramas esquematicos resultantes para o circuito em componentes

xy apos o disturbio na fase sob a condicao de parametros equilibrados no sistema eletrico

Disturbio na Fase

Para um disturbio na fase o circuito passa a ser conforme mostra a gura A aplicacao

da equacao de transformacao considerando a fase aberta tal que is isl resulta em

Page 155: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

oi ls

(a)

+-

+-n

(b)

+ -t xlε

1s

xvs

yvs

isd

isq

os

i

rt

rt

tl

tl

s

ye

f

sx

ef

+- o

+ -

+ -

+- xlε s

ylε s

r l

2

2 2

2

Figura Circuito equivalente no modelo xy apos o disturbio na fase com parametros

equilibrados a componente o b componente xy

is

r

iso

r

isd

is

r

iso

r

isd

r

isq isl

is

r

iso

r

isd

r

isq

que levam a

is isl

r

isd

r

isq

is isl

is isl p

isq

Agora procedimentos identicos aos apresentados no apendice H levam a

vsx esfx sltx stdx stqx slx

Page 156: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

q2 3

q6

q1

q4 q5

qa

qb

3

12

q

0E

-

++

+

Carga trifásica a 4 fios

+

=0n

v1

2

3

s

s

s

v

v

s

s

s

1

2

3

i

i

i

r1

r2

r3

l1

l2

l3

fr1

fr 2

fr 3

fl 1

fl 2

fl 3 i f3s

i f2

i f1s

s

i l2i l1 i l3s s s

Figura Diagrama esquematico do circuito completo apos o disturbio na fase

vsy esfy slty stdy stqy sly

onde

vsx p

vs vs esfx

pesf esf

slx

p sl sl

stdx p

rti

sd lt

disddt

stqx

rt rt i

sq lt lt

disqdt

e sltx

p

rt rt i

sl lt lt

disldt

vsy

p vs vs e

sfy

pesf esf

sly

p sl sl

stdy p

rti

sd lt

disddt

stqy

rt rt i

sq lt lt

disqdt

e slty

p

rt rt i

sl lt lt

disldt

A gura mostra o circuito resultante para este modelo

No caso de parametros equilibrados as equacoes e resultam em

vsx esfx sltx stdx stqx slx

vsy esfy stdy stqy sly

onde

sltx p

rti

sl lt

disldt

stdx p

rti

sd lt

disddt

stqx

rti

sq lt

disqdt

Page 157: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

s

ye

f

oi ls

sx

ef

(a)

+-

+-n +-

(b)

o

+ -

+ -

+-+ - +-

tεy

sd

t xε s

q xlε s

ylε s

xvs

yvs

isd

isq

os

i l 2

13 rt

2 ytlεs

3 tl 1

tt ll( )31 2-

2t xlεs

1 2-r rt t( )3

+ -

+ -

r2

Figura Circuitos do modelo xy apos o disturbio na fase com parametros do sistema

desequilibrados a eixo o b eixos xy

stdy p

rti

sd lt

disddt

stqy

rti

sq lt

disqdt

A gura representa no modelo odq o circuito apos o disturbio na fase

Disturbio na Fase

Para um disturbio na fase mostrado esquematicamente na gura A aplicacao da

equacao de transformacao considerando a fase aberta tal que is isl resulta em

is

r

iso

r

isd

is

r

iso

r

isd

r

isq

is

r

iso

r

isd

r

isq isl

que resultam em

is isl

r

isd

r

isq

is isl p

isq

Page 158: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

s

ye

f

oi ls

sx

ef

(a)

+-

+-n +-

(b)

o

+ -

+ -

+-+ - +-

tεy

sd

t xε s

q xlε s

ylε s

xvs

yvs

isd

isq

os

i

2t xlεs

+ -

r l

3 rt 3 tl

rt tl

Figura Circuitos do modelo xy apos o disturbio na fase com parametros do sistema

equilibrados a eixo o b eixos xy

is isl

Agora procedimentos identicos apresentados no apendice H levam a

vsx esfx sltx stdx stqx slx

vsy esfy slty stdy stqy sly

onde

vsx p

vs vs esfx

pesf esf

slx

p sl sl

stdx p

rti

sd lt

disddt

stqx

rt rt i

sq lt lt

disqdt

e sltx

p

rt rt i

sl lt lt

disldt

vsy

p vs vs e

sfy

pesf esf

sly

p sl sl

stdy p

rti

sd lt

disddt

stqy

rt rt i

sq lt lt

disqdt

e slty

p

rt rt i

sl lt lt

disldt

O modelo das equacoes e esta representado na gura

No caso de parametros equilibrados resultam em

vsx esfx sltx stdx stqx slx

Page 159: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

n

q2 3

q6

q1

q4 q5

qa

qb

3

12

q

0E

-

+

Carga trifásica a 4 fios

=0

+

+

+

i l2i l1 i l3s s s

v1

2

3

s

s

s

v

v

s

s

s

1

2

3

i

i

i

r1

r2

r3

l1

l2

l3

fr1

fr 2

fr 3

fl 1

fl 2

fl 3 i f3

i f2

i f1s

s

s

Figura Diagrama esquematico completo do circuito apos o disturbio na fase

vsy esfy stdy stqy sly

onde

sltx p

rti

sl lt

disldt

stdx p

rti

sd lt

disddt

stqx

rti

sq lt

disqdt

stdy p

rti

sd lt

disddt

stqy

rti

sq lt

disqdt

A gura mostra o diagrama esquematico do circuito modelado pelas equacoes e

Esquema de Controle

A gura apresenta um diagrama de blocos do esquema de controle adotado nos casos de

operacao equilibrada Ali o bloco denominado sincronizador gera sinais para a sincronizacao

da corrente de referencia com a tensao da rede o regulador Rc controla a amplitude da

corrente de referencia com base no sinal de erro da tensao medida sobre o capacitor do lado

de cc do conversor o regulador Rs determina as tensoes de referencia para o conversor

A gura apresenta o diagrama de blocos adaptado a condicao de operacao sob disturbio

Neste caso o bloco A representa a equacao de transformacao geral que leva em conta qual

o braco defeituoso do conversor Observandose o apendice H as equacoes G a G

sao utilizadas para calcular as correntes de referencia quando o braco esta defeituoso As

Page 160: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

s

ye

f

oi ls

sx

ef

(a)

+-

+-n +-

(b)

o

+ -

+ -

+ -+ - +-

tεy

sd

t xε s

q xlε s

ylε s

xvs

yvs

isd

isq

os

i

13 rt 3 tl 1

+ -

+ -

r l3 3

3 ytlε s

3 t xlεs

21 2-r rt t( ) 2tt ll( )1 2-

Figura Circuitos do modelo xy apos o disturbio na fase com parametros do sistema

desequilibrados a eixo o b eixos xy

equacoes G a G e G a G sao utilizadas quando o defeito se da nas fases

ou respectivamente

A deteccao da falta e realizada pela monitoracao das correntes das tres fases do Filtro

Ativo sendo considerada defeituosa a fase cuja corrente permanecer nula por um intervalo de

tempo preestabelecido

Resultados de Simulacoes

O sistema modelado nesta secao foi estudado atraves de simulacoes em MATLAB adotando

se parametros equilibrados para o sistema eletrico Os valores dos parametros foram r

pu l pu rf pu e lf pu A carga nao linear de baixo fator de potencia

e desequilibrada foi simulada na forma de tres fontes de corrente uma por fase as quais

resultaram em cada fase da composicao das seguintes fontes senoidais

Page 161: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

s

ye

f

oi ls

sx

ef

(a)

+-

+-n +-

(b)

o

+ -

+ -

+ -+ - +-

tεy

sd

t xε s

q xlε s

ylε s

xvs

yvs

isd

isq

os

i

+ -

r l

3 t xlεs

3 rt

rt

3 tl

tl

Figura Circuitos em modelo xy apos o disturbio na fase com parametros equilibrados

a eixo o b eixos xy

E

E*

Σ

_

+X Rs 123

Co

nve

rso

r

1q

2q

3q

4q

5q

PW

M

qqq

6

a

b

i2si s

3i1s

Me

diç

ão

sincronizador

Σ+ _

Rc

is

1 2 3

*is

12 3

I *s1 2 3

s1 2 3v

s*1 2 3fe

Figura Diagrama de blocos do sistema de controle antes da ocorrencia do disturbio

Page 162: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

Σ_

+X Rs 123

Co

nve

rso

r

1q

2q

3q

4q

5q

PW

Mqqq

6

a

b

i2si s

3i1s

Me

diç

ão

Σ+ _

Rc

s i ncroni zador

A -1

(123 - odq)

A(d

q -

12

3)

i l 1(para a fase 1 aber ta)=

E

E*

s123

vsv

dq

svo

*i s

d q

I *s

dq

*is

1 2 3

*is

1

i l2 (para a fase 2 aberta)=i2*s

i l 3 (pa ra a fas e 3 aber ta )=*i s3

i s123

s*123

ef

Figura Diagrama de blocos do sistema de controle apos a ocorrencia do disturbio

Page 163: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6 0.65 0.70.35

0.4

0.45

0.5

0.55

0.6

0.65

0.7

0.75

0.8

p (pu)

tempo (s)

0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6 0.65 0.70.55

0.552

0.554

0.556

0.558

0.56

0.562

0.564

0.566

0.568

p (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao das potencia instantanea fornecida pela fonte a sem

compensacao b com compensacao

Componente ativa pu

Componente reativa pu

Componente de sequencia negativa pu

Componente homopolar pu

Componente de quinto harmonico pu

A amplitude da tensao da rede foi denida em pu e o sistema foi simulado com o Filtro

Ativo operando normalmente ate o instante t s apos o que introduziuse a perda do

braco do conversor ate o instante t s

Page 164: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6 0.65 0.7

−0.5

−0.4

−0.3

−0.2

−0.1

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

pf (pu)

tempo (s)

0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5 0.55 0.6 0.65 0.7

−0.5

−0.4

−0.3

−0.2

−0.1

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

pf (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao das potencias instantaneas do Filtro Ativo a sem compen

sacao b com compensacao

As guras a mostram as principais variaveis monitoradas do sistema Estes re

sultados foram obtidos utilizandose o controle proposto neste capitulo apos a ocorrencia do

disturbio no braco do Filtro Ativo Em todas as guras e estabelecida uma comparacao

lado a lado em cada gura entre duas situacoes em que ocorre o disturbio na gura a a

esquerda sem a aplicacao da estrategia de compensacao e na gura b a direita aplicando a

estrategia de compensacao posdisturbio

A gura estabelece a comparacao para a potencia instantanea fornecida pela fonte

Podese observar que seu esforco e bem menor com a aplicacao da tecnica E importante

chamar a atencao para o fato de que as escalas das guras sao muito diferentes de forma que

considerando este fato podese concluir que a oscilacao que aparece na gura b e muito

pouco signicativa

Page 165: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.8

−0.6

−0.4

−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

i1s, i2s, i3s (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.8

−0.6

−0.4

−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

i1s, i2s, i3s (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao das correntes de linha da fonte em componentes a sem

compensacao b com compensacao

Page 166: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.8

−0.6

−0.4

−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

if1s, if2s, if3s (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.8

−0.6

−0.4

−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

if1s, if2s, if3s (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao das correntes de linha fornecidas pelo Filtro Ativo a sem

compensacao b com compensacao

Page 167: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

vds, ids (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

vds, ids (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao da tensao e corrente da fonte eixo d a sem compensacao

b com compensacao

A gura apresenta a potencia instantanea fornecida pelo Filtro Ativo Podese observar

pela gura a que o Filtro Ativo posdisturbio e sem compensacao perde a capacidade de

se manter atendendo as solicitacoes que lhe sao feitas Dai o esforco maior que se concentra

na fonte gura a Com a aplicacao da estrategia posdisturbio o Filtro Ativo passa a

fornecer uma energia bem superior apos a falta aliviando a fonte e o sistema como um todo

A gura mostra as correntes de linha da fonte em componentes Podese perceber

que com compensacao essas correntes cam mais distorcidas e desequilibradas que no caso sem

compensacao Essa desvantagem que se deve ao fato de o Filtro Ativo car limitado apos o

disturbio e nao poder compensar a componente de sequencia zero nao representa uma problema

tao grave tendo em vista que a potencia fornecida pela fonte gura e suas correntes de

eixos dq guras e passam por uma signicativa melhora

Page 168: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

vqs, iqs (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

vqs, iqs (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao da tensao e corrente da fonte eixo q a sem compensacao

b com compensacao

Page 169: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

ios (pu), ilos (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

ios (pu), ilos (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao das correntes de eixo o na fonte e carga a sem com

pensacao b com compensacao

Page 170: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

A gura mostra o comportamento das correntes de linha do Filtro Ativo demonstrando

que com a estrategia de compensacao atuando mesmo perdendo a corrente da fase ocorre

um aumento em magnitude das demais correntes o que faz com que o esforco da fonte seja

bastante aliviado

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.8

−0.6

−0.4

−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

il1s, il2s, il3s (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.8

−0.6

−0.4

−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

il1s, il2s, il3s (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao das correntes de linha na carga em componentes a

sem compensacao b com compensacao

As guras e mostram como se comportam as tensoes e correntes da fonte de eixo

d e de eixo q Podese ver por essas guras que a corrente de eixo d sem a aplicacao da

estrategia de compensacao cresce em amplitude tornase distorcida e sofre um atraso em fase

Aplicada a compensacao podese ver que as correntes dq praticamente nao sao afetadas pelo

disturbio

A gura mostra como se comportam as correntes de eixo o da fonte e da carga

Podese vericar que antes do disturbio com o Filtro Ativo operando normalmente a fonte

Page 171: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

vl1s, vl2s, vl3s (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

vl1s, vl2s, vl3s (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao das tensoes faseneutro na carga a sem compen

sacao b com compensacao

Page 172: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

nao fornece essa corrente Apos o disturbio passa a fornecer sendo que com a estrategia de

compensacao aplicada sua intensidade e ainda maior

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

vlds, vlqs (pu), vlos (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

vlds, vlqs (pu), vlos (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao das tensoes ao neutro na carga em componentes odq a

sem compensacao b com compensacao

As correntes de linha na carga em componentes sao plotadas na gura Co

mo nessas simulacoes a carga foi representada por fontes de corrente as curvas nao sofrem

alteracao

As tensoes faseneutro sobre a carga em componentes sao mostradas nos gracos

da gura Podese ver que com a estrategia posdisturbio acionada elas cam mais

distorcidas e desequilibradas

As tensoes faseneutro sobre a carga em componentes odq sao apresentadas nos gracos

da gura Como seria de esperar com o Filtro Ativo operando normalmente elas sao equi

libradas Apos o disturbio sem a estrategia de compensacao aplicada surge uma componente

de eixo o a qual com a aplicacao da estrategia tornase maior ja que o Filtro Ativo passa a

Page 173: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34−2

−1.5

−1

−0.5

0

0.5

1

1.5

2

vl12

s, vl23

s, vl31

s (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34−2

−1.5

−1

−0.5

0

0.5

1

1.5

2

vl12

s, vl23

s, vl31

s (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao das tensoes de linha sobre a carga em componentes

a sem compensacao b com compensacao

Page 174: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

preocuparse prioritariamente com as componentes dq Por isso o aumento na componente

de tensao de eixo o no graco da gura b

Finalmente a gura mostra gracos com o comportamento das tensoes de linha sobre

a carga demonstrando que posdisturbio com a estrategia de compensacao atuando cam

mais equilibradas e menos distorcidas

Resultados Experimentais

0 0.01 0.02 0.03 0.04−1.5

−1

−0.5

0

0.5

1

1.5correntes de eixo o (A)

tempo (s)

i so *

iso

Figura Curvas das correntes experimentais da fonte de referencia e medida eixo o

O caso estudado nesta secao tambem foi estudado experimentalmente Os controladores

foram implementados via software em um microcomputador PentiumII MHz tendose

adotado um periodo de amostragem de s e no conversor uma frequencia de chaveamento

de kHz Foi adotado o controlador C de sequencia positiva e negativa visto na gura

do capitulo A escolha deste controlador dentre os demais apresentados naquele capitulo

deuse apenas pela simplicidade de implementacao

O disturbio foi estabelecido pela perda do braco correspondente a fase do Filtro Ativo

tendose registrado as informacoes do funcionamento do sistema durante ms com o disturbio

sendo provocado no instante t ms

As guras a apresentam plotadas as correntes de linha da fonte em componentes

o d e q respectivamente Nos gracos aparecem as correntes de referencia e as corren

tes medidas Podese ver que as correntes medidas acompanham suas respectivas referencias

comprovando a eciencia do controlador

Observase ainda como era esperado das simulacoes que em operacao normal a componente

de sequencia zero e nula surgindo apos o disturbio dada a limitacao do Filtro Ativo em manter

sua compensacao

Page 175: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0 0.01 0.02 0.03 0.04−1

−0.5

0

0.5

1

correntes de eixo d (A)

tempo (s)

isd *

isd

Figura Curvas das correntes experimentais da fonte de referencia e medida eixo d

As guras a mostram gracos do comportamento pre e posdisturbio das correntes

de linha da fonte em componentes e respectivamente Sao apresentadas as correntes

de referencia e as correntes medidas Podese ver que as correntes medidas segue as referencias

Nos resultados das simulacoes anteriormente apresentados a corrente de linha da fase

a que sofrera a perda do braco do conversor mantinhase seguindo a corrente de carga Agora

como o braco perdido foi o braco vericase que esta corrente de linha que se mantem no

valor da carga e as outras duas modicamse acompanhando seus valores de referencia

Podese observar nas guras que a menos de um curto transitorio as correntes de referencia

impuseram os valores das correntes medidas comprovando experimentalmente os resultados

teoricos e de simulacoes e consequentemente a eciencia da estrategia de controle com to

lerancia a faltas proposta

Page 176: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0 0.01 0.02 0.03 0.04−1

−0.5

0

0.5

1

correntes de eixo q (A)

tempo (s)

i sq *

isq

Figura Curvas das correntes experimentais da fonte de referencia e medida eixo q

0 0.01 0.02 0.03 0.04−1.5

−1

−0.5

0

0.5

1

1.5

correntes da fase 1 (A)

tempo (s)

i1s *

is1

Figura Curvas das correntes experimentais de linha da fonte de referencia e medida fase

Page 177: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0 0.01 0.02 0.03 0.04

−1

−0.5

0

0.5

1

corentes da fase 2 (A)

tempo (s)

i s2 * is

2

Figura Curvas das correntes experimentais de linha da fonte de referencia e medida fase

0 0.01 0.02 0.03 0.04

−1

−0.5

0

0.5

1

correntes da fase 3 (A)

tempo (s)

is3 *

is3

Figura Curvas das correntes experimentais de linha da fonte de referencia e medida fase

Page 178: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

Sistema a Fios com Carga em T a Fios

O sistema tratado nesta secao e um sistema trifasico a quatro os cuja carga trifasica possui

apenas tres os Desta forma o Filtro Ativo a quatro bracos possui uma redundancia e o

quarto braco permanece inativo em condicoes normais de operacao Alem disso este braco

pode ser utilizado para manter a operacao apos um disturbio que provoque a perda de um dos

outros bracos A gura representa esquematicamente este sistema durante a operacao

normal equilibrada

q2 3

q6

q1

q4 q5

qa

qb

3

12

q

0E

-

+

Carga Trifásica

n

+

+

+

v1

2

3

s

s

s

v

v

s

s

s

1

2

3

i

i

i

r1

r2

r3

l1

l2

l3

fr1

fr 2

fr 3

fl 1

fl 2

fl 3 i f3

i f2

i f1s

s

s

i l2i l1 i l3s s s

Figura Diagrama esquematico do sistema trifasico quatro os conversor trifasico a quatro

bracos e carga a tres os

Modelo Trif asico P osDist urbio

O modelo dq da subsecao anterior e adequado para representacao do sistema sob operacao

desequilibrada Entretanto considerouse mais simples adotar um modelo semelhante ao que

foi estabelecido para o sistema com carga a quatro os dado pelas equacoes a

no qual as componentes dq sao na verdade adaptacoes diretas do modelo matematico em

componentes de fase o que simplica nao so o modelo como tambem o software de controle

Desta forma o equacionamento do sistema sera apresentado para tres situacoes diferentes

de acordo com o braco do conversor que se encontrar inativo

Disturbio na Fase

A gura ilustra a operacao do conversor durante um disturbio que desabilite o braco

correspondente a fase

Para este sistema sao validas as equacoes das fases e conforme e

e para a fase pode ser denida uma nova equacao Com isso o modelo pode ser escrito

como segue

vs risl l

disldt

Page 179: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

q2 3

q6q5

qa

qb

32

q

0E

-

+= 0

Carga Trifásica

n

+

+

+

v1

2

3

s

s

s

v

v

s

s

s

1

2

3

i

i

i

r1

r2

r3

l1

l2

l3

fr1

fr 2

fr 3

fl 1

fl 2

fl 3 i f3

i f2

i f1s

s

s

i l2i l1 i l3s s s

Figura Diagrama esquematico do circuito eletrico completo apos o disturbio na fase

isf

e para as fases e com n

vsn esfn rtnisn ltn

disndt sln son

sln rfnisln lfn

dislndt

Para manter o sistema operando de forma equilibrada mesmo apos a perda de um dos

bracos do conversor e necessario projetar um modelo apropriado para a malha de controle de

corrente Para isto e necesario vericar que a corrente is nao pode ser controlada pela tensao

esf A aplicacao da equacao de transformacao considerando a fase aberta tal que

is isl foi demonstrada no apendice G e resulta em

is isl

is isl r

isd

r

isq

is isl r

isd

r

isq

Observese que as equacoes a que denem o modelo do sistema posdisturbio

sao essencialmente as mesmas equacoes a que deniram o modelo anteriormente

estudado para o sistema com carga a quatro os Isto era de se esperar tendo em vista que

o sistema do caso anterior apesar de possuir o quarto o na carga nao permite o controle da

componente o apos o disturbio em qualquer das fases e neste caso onde a carga nao possui

o quarto o este controle tambem nao pode ser implementado Portanto do ponto de vista

das equacoes que denirao a atuacao do sistema de controle os dois casos sao identicos e as

Page 180: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

equacoes deduzidas para o estudo de disturbios incluindo cargas a tres os serao as mesmas

quando a carga tiver o quarto o A diferenca que as duas topologias terao em termos de seus

funcionamentos residira nas correntes entre o sistema eletrico da concesionaria e a carga que

no caso da carga a quatro os podera conter componente o e no caso de carga a tres os

nao contera Entretanto do ponto de vista das correntes do Filtro Ativo nao existira diferenca

entre essas correntes

Esquema de Controle

A gura apresenta um diagrama de blocos do esquema de controle adotado nos casos de

operacao equilibrada Ali o bloco denominado sincronizador gera sinais para a sincronizacao

da corrente de referencia com a tensao da rede o regulador Rc controla a amplitude da

corrente de referencia com base no sinal de erro da tensao medida sobre o capacitor do lado de

cc do conversor e o regulador Rs determina as tensoes de referencia para o conversor

E

E*

Σ

_

+X Rs 123

Co

nve

rso

r

1q

2q

3q

4q

5q

PW

M

qqq

6

a

b

i2si s

3i1s

Me

diç

ão

sincronizador

Σ+ _

Rc

i s

12

*is12

s*123fe

I *123

s

sv12

Figura Diagrama de blocos do sistema de controle antes da ocorrencia do disturbio

A gura apresenta o diagrama de blocos adaptado a condicao de operacao sob disturbio

Neste caso o bloco A representa a equacao de transformacao geral que leva em conta qual

o braco defeituoso do conversor As equacoes G a G sao utilizadas para calcular as

correntes de referencia quando o braco esta defeituoso As equacoes G a G e

G a G sao utilizadas quando o defeito se da nas fases ou respectivamente

A deteccao da falta e realizada pela monitoracao das correntes das tres fases do Filtro Ativo

sendo considerada defeituosa a fase cuja corrente permanecer nula por um intervalo de tempo

preestabelecido

Page 181: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

Σ_

+X Rs 123

Co

nve

rso

r

1q

2q

3q

4q

5q

PW

M

qqq

6

a

b

i2si s

3i1s

Me

diç

ão

Σ+ _

Rc

s i ncroni zador

A -1

(123 - odq)

A(d

q -

12

3)

i l 1(para a fase 1 aber ta)=*i

1

E

E*

s123

v

svo

*isdq

I *dqs

*i123

s

i s123

s

i l2 (para a fase 2 aberta)=i2

*s

i l 3 (pa ra a fas e 3 aber ta )=i *s

3

svdq

s *123fe

Figura Diagrama de blocos do sistema de controle apos a ocorrencia do disturbio

Resultados de Simulacoes

O sistema modelado na secao anterior deste capitulo foi estudado atraves de simulacoes em MA

TLAB adotandose parametros equilibrados para o sistema eletrico Os valores dos parametros

foram r pu l pu rf pu e lf pu A carga nao linear de baixo fator

de potencia e desequilibrada foi simulada na forma de tres fontes de corrente uma por fase as

quais resultaram em cada fase da composicao das seguintes fontes senoidais

Page 182: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.60.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

p (pu)

tempo (s)

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.60.545

0.55

0.555

0.56

0.565

p (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao da potencia instantanea fornecida pela fonte a sem com

pensacao b com compensacao

Componente ativa pu

Componente reativa pu

Componente de sequencia negativa pu

Componente de quinto harmonico pu

A amplitude da tensao da rede foi denida em pu e o sistema foi simulado com o Filtro

Ativo operando normalmente ate o instante t s apos o que introduziuse a perda do

braco do conversor ate o instante t s

A gura apresenta gracos com o comportamento da potencia instantanea da fonte

Podese vericar que a ocorrencia do disturbio provoca sem compensacao um crescimento

Page 183: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6−0.8

−0.6

−0.4

−0.2

0

0.2

0.4

pf (pu)

tempo (s)

0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6

−0.5

−0.4

−0.3

−0.2

−0.1

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

pf (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao da potencia instantanea fornecida pelo Filtro Ativo a sem

compensacao b com compensacao

signicativo e uma forte oscilacao nessa potencia A vantagem da aplicacao da tecnica de

compensacao ca comprovada pela observacao do graco da gura b no qual se pode

constatar que ha um crescimento da potencia solicitada a fonte porem observadas as escalas

das guras vese que esse crescimento e pequeno a as oscilacoes sao muito menores

A observacao dos gracos da gura mostra que sem a aplicacao da estrategia de

compensacao posdisturbio o Filtro Ativo tem uma atuacao menos relevante que quando a

estrategia e aplicada No primeiro caso sua potencia instantanea oscila e passado um transitorio

retorna a uma situacao semelhante a da operacao normal no segundo o Filtro rapidamente

amplia sua faixa de atuacao ajudando a manter a carga em operacao

Pelos gracos da gura podese constatar que as correntes de linha fornecidas pela

fonte com a aplicacao da tecnica de compensacao posdisturbio apesar de continuarem dese

Page 184: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.8

−0.6

−0.4

−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

i1s, i2s, i3s (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.8

−0.6

−0.4

−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

ig1s, ig2s, ig3s (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao das correntes de linha fornecidas pela fonte a sem com

pensacao b com compensacao

quilibradas e distorcidas sao aliviadas em comparacao com a situacao em que a tecnica nao

e aplicada E interessante observar que neste caso como a carga nao tem o quarto o nao

possui componente de sequencia zero e portanto para as correntes de linha da fonte a situacao

e melhor que no caso em que a carga possui o quarto foi ver gura

A gura apresenta gracos do comportamento das correntes de linha fornecidas pelo

Filtro Ativo demonstrando que seu esforco e mais signicativo quando a tecnica de controle

posdisturbio e aplicada

As guras e mostram gracos com o comportamento das tensoes e correntes

de eixos d e q respectivamente Constatase que essas correntes com a aplicacao da

estrategia posdisturbio tornamse equilibradas e senoidais Convem lembrar que a esgtrategia

posdisturbio foi fundamentada justamente no controle dessas correntes

Page 185: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.8

−0.6

−0.4

−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

if1s, if2s, if3s (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.8

−0.6

−0.4

−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

ifs1, if2s, if3s (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao das correntes de linha fornecidas pelo Filtro Ativo a sem

compensacao b com compensacao

As correntes de linha na carga como foram denidas nas simulacoes na forma de fontes

ideais de corrente permenecem inalteradas durante todo o processo como se pode ver nos

gracos da gura

As tensoes faseneutro sobre a carga vistas nos gracos da gura cam mais distorcidas

e desequilibradas com a aplicacao da estrategia de compensacao posdisturbio em virtude das

limitacoes da atuacao do Filtro Ativo nessas condicoes

As tensoes na carga em componentes dq sao apresentadas nos gracos da gura

Podese vericar que a tecnica de compensacao posdisturbios as mantem senoidais e desequi

libradas

Para terminar a gura apresenta gracos com o comportamento das tensoes de linha

sobre a carga em componentes de fase demonstrando que a aplicacao da tecnica de compensacao

posdisturbio as equilibra e torna senoidais

Page 186: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

eds, ids (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

vds, ids (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao da tensao e corrente da fonte eixo d a sem compensacao

b com compensacao

Resultados Experimentais

O caso estudado nesta secao tambem foi estudado experimentalmente Os controladores foram

implementados via software em um microcomputador PentiumII MHz tendose adotado

uma taxa de amostragem de s e no conversor uma frequencia de chaveamento de kHz

Foi adotado um dos controladores de sequencia positiva e negativa dentre os apresentados no

capitulo

As guras e mostram os valores obtidos para as correntes medidas e de referencia

isd isq e isd i

sq Foi considerado um disturbio que eliminou o uncionamento do braco do

conversor tendose registrado as informacoes do funcionamento do sistema durante ms com

o disturbio ocorrido no instante t ms

Podese observar nas guras que a menos de um curto transitorio as correntes de referencia

Page 187: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

eqs, iqs (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

vqs, iqs (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao da tensao e corrente da fonte eixo q a sem compensacao

b com compensacao

impuseram os valores das correntes medidas comprovando experimentalmente os resultados

teoricos e de simulacoes

Conclusao

Este capitulo estendeu o estudo de conversores operando como Filtros Ativos em condicoes

desequilibradas para uma condicao especica de desequilibrio que ocorre no proprio Filtro

Ativo A preocupacao com este tipo de desequilibrio e importante tanto porque ele ocorre

com alguma frequencia como pelo fato de que adotandose as tecnicas de controle convencio

nais quando de sua ocorrencia e inevitavel a perda da operacao do conversor prejudicando o

desempenho do sistema eletrico

Page 188: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.8

−0.6

−0.4

−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

il1s, ils2, il3s (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.8

−0.6

−0.4

−0.2

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

il1s, il2s, il3s (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao das correntes de linha na carga em componentes a

sem compensacao b com compensacao

A estrategia proposta portanto e uma contribuicao relevante porque a garantia de manu

tencao da operacao do Filtro Ativo ainda que cumprindo apenas parcialmente seus objetivos no

sistema eletrico amplia a conabilidade do Filtro e com isto aumenta a seguranca do proprio

sistema eletrico

Os resultados de simulacao e experimentais obtidos demonstraram a viabilidade da tecnica

proposta

Page 189: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

vl1s, vl2s, vl3s (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

vl1s, vl2s, vl3s (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao das tensoes ao neutro sobre a carga em componentes

a sem compensacao b com compensacao

Page 190: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1vlsd, vlqs (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34

−1

−0.5

0

0.5

1

vlds, vlqs (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao das tensoes de linha sobre a carga em componentes dq

a sem compensacao b com compensacao

Page 191: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34−2

−1.5

−1

−0.5

0

0.5

1

1.5

2

vl12

s, vl23

s, vl31

s (pu)

tempo (s)

0.29 0.3 0.31 0.32 0.33 0.34−2

−1.5

−1

−0.5

0

0.5

1

1.5

2

vl12

s, vl23

s, vl31

s (pu)

tempo (s)

Figura Curvas da simulacao das tensoes de linha sobre a carga em componentes

a sem compensacao b com compensacao

Page 192: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Tolerancia a Faltas

0 0.01 0.02 0.03 0.04−1

−0.5

0

0.5

1

tempo (s)

corr

en

tes

de

eix

o d

(A

)ids

ids *

Figura Curvas das correntes experimentais de referencia e medida eixo d

0 0.01 0.02 0.03 0.04−1

−0.5

0

0.5

1

tempo (s)

corr

en

tes

de

eix

o q

(A

)

iqs

iqs *

Figura Curvas das correntes experimentais de referencia e medida eixo q

Page 193: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo

Conclusoes e Sugestoes para Trabalhos

Futuros

Conclusoes

Esta Tese de doutorado tratou do uso de Filtros Ativos derivacao em sistemas desequilibrados

O estudo apresentado enfocou importantes problemas enfrentados pela engenharia eletrica nos

sistemas industriais relacionados com a qualidade da energia a minimizacao de desperdicios e

a conabilidade dos Filtros Ativos para tais aplicacoes

O estudo de regime permanente apresentou uma modelagem detalhada para a situacao

em estudo em quatro condicoes de operacao diferenciadas e considerando quatro importantes

situacoes de variacoes nos parametros principais do sistema eletrico tornandose uma contri

buicao signicativa para muitos estudos que envolvam o projeto e dimensionamento de sistemas

de compensacao de reativos e Filtros Ativos em particular

Podese vericar por exemplo que as compensacoes proporcionam um ganho signicativo

no rendimento do sistema

A compensacao da regulacao da tensao do PAC nao torna unitario o fator de potencia mas

aproximase bastante Por outro lado seu custo e mais elevado pois implica em uma potencia

maior para o Filtro Ativo

A compensacao para fator de potencia unitario por sua vez ja repercute em uma boa

regulacao de tensao podendo a depender do caso ser suciente para manter a tensao do

barramento no nivel desejado

A instalacao de Filtros Ativos para controlar a regulacao de tensao no barramento de uma

carga industrial necessita de um estudo cuidadoso pois se o nivel de curtocircuito for mui

to elevado o esforco exigido sera muito grande possivelmente inviavel economicamente e

poderao ocorrer diculdades com a estabilidade do sistema

Uma outra contribuicao importante e a apresentacao da modelagem detalhada para o

Page 194: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Conclusoes e Sugestoes para Trabalhos Futuros

funcionamento do Filtro Ativo atuando no controle das correntes fornecidas a estas cargas

Procurouse generalizar o estudo considerando a possibilidade de existencia de desequilibrios

nos parametros do sistema eletrico de transmissao da concessionaria de energia ao PAC da

industria onde as cargas estao instaladas assim como nos parametros da conexao do PAC ao

Filtro Ativo

Foram aplicados modelos de controladores de sequencia positiva e negativa projetados para

corrigir perturbacoes nas correntes fornecidas por uma rede eletrica a um sistema industrial

contendo cargas desequilibradas e de baixo fator de potencia

Foram apresentados resultados de simulacoes e experimentais para a aplicacao dos controla

dores apresentados que conrmaram sua eciencia na compensacao de desequilibrios na carga

ca o que representa mais uma importante contribuicao trazida pelo trabalho

A preocupacao com a garantia de uma maior conabilidade de operacao de Filtros Ativos

em Sistemas Industriais levou ao estabelecimento de um estudo envolvendo a utilizacao de

um Filtro Ativo baseado em um conversor tipo Fonte de Tensao a quatro bracos em sistema

trifasico Atraves deste quarto braco e de uma estrategia de controle proposta no trabalho

tornouse possivel manter o sistema em operacao mesmo apos um disturbio que inviabilizou o

funcionamento do Filtro em um dos seus bracos tornando desnecessaria a interrupcao imediata

Com isso garantiuse a pemanencia do sistema em operacao ate que a manutencao possa ser

feita sem prejuizos a linha de producao da industria e sem provocar perturbacoes signicativas

ao sistema da concessionaria aos demais consumidores proximos ou prejuizos em termos de

repercussoes na tarifacao do consumo de energia da industria

Esta e uma importante contribuicao trazida nesta Tese tanto pela vantagem que a es

trategia traz com relacao ao aumento da conabilidade operacional do Filtro Ativo como pela

modelagem eciente e simples que foi proposta O sistema foi testado em situacoes de carga a

tres e quatro os atraves de simulacoes e e de testes experimentais realizados em laboratorio

Concluindo registrase que este trabalho procurou apesar da especicidade do tema pro

posto contextualizar da forma mais ampla possivel os objetos de estudo envolvidos Filtros

Ativos como forma de ressaltar a importancia que equipamentos voltados para contribuir

na melhoria da qualidade da energia podem ter no futuro e presente contexto da questao

energetica A escassez de energia e a necessidade de atendimento a uma demanda cada vez

maior diretamente ligado ao proprio crescimento economico podem encontrar na pesquisa de

equipamentos compensadores e Filtros Ativos uma das opcoes para a garantia dos necessarios

niveis de crescimento economico e atendimento as demandas sociais

Sugestoes para Trabalhos Futuros

E valido que algumas sugestoes sejam acrescentadas visando a proposicao de futuros trabalhos

O estudo de regime permanente aqui apresentado considerou a contribuicao dos Filtros Ati

Page 195: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Captulo Conclusoes e Sugestoes para Trabalhos Futuros

vos pressupondo o sistema eletrico previamente equilibrado E possivel com base na condicao

maxima de desequilibrio possivel para a carga ou com base numa condicao de desequilibrio

maxima previsivel reestabelecer este estudo considerando a contribuicao adicional a ser espe

rada do Filtro prevendo o controle do desequilibrio como um dos objetivos da compensacao

Um outro renamento que pode ser feito e o condicionamento do controle de fator de

potencia ou da regulacao de tensao para limites toleraveis preespecicados O equacionamento

estabelecido neste trabalho permite uma extensao para tais objetivos

Finalmente ainda com relacao ao estudo de regime permanente e possivel tambem ampliar

pela consideracao do objetivo de compensar harmonicos

Os Filtros Ativos enfocados nesta Tese sao conectados em derivacao ao sistema eletrico

adequandose ao controle direto de correntes Considerando que a modelagem matematica

resultou em modelos serie ca uma importante contribuicao para complementar este estudo

desenvolvendo trabalho semelhante considerando Filtro Ativos conectados em serie com a rede

eletrica tipicamente controladores de tensoes para vericar a aplicacao de tecnicas de controle

de desequilibrios para perturbacoes nas tensoes do sistema eletrico

Em continuidade a sugestao anterior um outro avanco poderia ser obtido pela realizacao

de um estudo combinando Filtros Ativos serie e derivacao a exemplo de alguns equipamentos

que ja vem sendo utilizados como o UPFC e UPQC !" ! " e !"

E possivel ainda avancar nos estudos aqui realizados com relacao aos controladores atraves

da inclusao de controladores para a compensacao de harmonicos que ja foram enfocados por

Rui ! "

Numa proxima etapa tambem seria importante estabelecer uma estrategia de controle

em que estivessem combinados o objetivo de correcao de desequilibrios fator de potencia e

harmonicos com a estrategia de tolerancia a faltas incluindo as tres alternativas de defeito aqui

consideradas perda da fase fase ou fase e a estrategia utilizada para a deteccao de faltas

Page 196: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Ap endice A

Pot encia Complexa

Em estudos de regime permanente a potencia complexa e dada por

S

v I A

onde na notacao os pontos acima dos simbolos indicam fasores e o asterisco indica o complexo

conjugado do fasor Assim

v vd jvq V ejv

I id jiq Ieji

Dai tomandose um circuito serie RL onde

v

zI

vem que

S

z I I

ou

S

zI

onde z e a impedancia serie complexa do circuito serie composta pela resistencia r e reatancia

x Agora separando as componentes de potencia ativa e reativa vem que

P rI A

e

Q xI A

Page 197: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Apendice A Potencia Complexa

O circuito rl serie pode ser transformado em uma admitancia em paralelo dada por

Y

z

resultando em um circuito contendo uma condutancia g em paralelo com uma susceptancia b

submetidos a tensaov e onde

g r

r xA

b x

r xA

para o qual a equacao A pode ser reescrita levando em conta que

I

v

Y

logo

S

v v

Y

ou

S V

Y A

dai separando as compenentes de potencia ativa e reativa vem que

P gV A

e

Q bV A

Page 198: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Ap endice B

Conversao de Referenciais das

Quantidades Vetoriais

O vetor complexo xsdq e exsdq pode ser transposto para um referencial arbitrario a pela intro

ducao de

xadq ejaxsdq B

e

exadq ejaexsdq B

onde o superescrito a indica que o referencial associado com a posicao angular a foi escolhido

Assim como

eja cos at jsen at B

vem que

deja

dt eja

d jat

dt jae

jat jaeja

ou

deja

dt ja cos at asen at ja cos a asen a B

Multiplicando e dividindo por ja vem que

deja

dt ja

ja cos a asen a

ja

deja

dt ja cos a jsen a ja cos a jsen a

Page 199: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Apendice B Conversao de Referenciais das Quantidades Vetoriais

portanto

deja

dt jae

ja B

por procedimento identico demonstrase que

deja

dt jae

ja B

Seja a seguinte conversao entre referenciais de um referencial estatorico para um referencial

arbitrario a

xadq ejaxsdq B

podese reescrever da seguinte formaxad

xaq

cos a sen a

sen a cos a

xsd

xsq

B

que pode ser reescrita como

xadq xsd cos a xsqsen a jxsdsen a xsq cos a

B

ou

xadq xsd jxsq

cos a

xsq jxsd

sen a B

xadq xsd jxsq

cos a

xsd jxsq

sen a

jB

xadq xsd jxsq

!cos a jsen a" B

logo

xadq xsd jxsq

eja B

e como

xsd jxsq

xsdq

xsd

xsq

vem que

xadq ejaxsdq B

Page 200: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Ap endice C

Calculo das Parcelas de

Parcela

j

j

rd rqd

rdq rq

j j

rd rq rd rq jrdq

rd rq jrdq rd rq

rdq erdqerdq rdq

C

logo

rdq rd rq

e

erdq rd rq jrdq

portanto se o sistema e equilibrado como rd rq e rdq rdq vem que

rdq rd rq rt rt

e

erdq

Parcela

j

j

ld lqd

ldq lq

j j

ld lq ld lq jldq

ld lq jldq ld lq

ldq eldqeldq ldq

C

logo

ldq ld lq

Page 201: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Apendice C Calculo das Parcelas de

e

eldq ld lq jldq

portanto se o sistema e equilibrado como ld lq e ldq ldq vem que

ldq ld lq lt lt

e

eldq

Parcela

j

j

j j

esdqeesdq

j

j

esdq eesdq

jesdq eesdq

esdq

eesdq

esdqeesdq

C

Parcela

p

j

j

rod

roq

p

rod jroq

rod jroq

eroero

C

logo se o sistema e equilibrado eroero

Parcela

p

j

j

lod

loq

p

lod jloq

lod jloq

eloelo

C

logo se o sistema e equilibrado eloelo

Page 202: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Ap endice D

Calculo das Transposicoes de Variaveis

em Derivadas

Considerando que

deja

dt asen a ja cos a jae

ja D

e aplicando a regra da derivacao do produto de duas funcoes vem que

dejaisdq

dt

isdqdeja

dt

ejadisdq

dt

dejaisdq

dt

ejaisdqd j a

dt eja

disdq

dt

logo

dejaisdq

dt

jaiadq

diadq

dtD

Analogamente

deja

dt asen a ja cos a jae

ja D

e aplicando a regra da derivacao do produto de duas funcoes vem que

dejaiadq

dt

iadqdeja

dt

ejadiadq

dt

dejaiadq

dt

ejaiadqd j a

dt eja

diadq

dt

logo

dejaiadq

dt

jaiadq

diadq

dtD

Page 203: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Ap endice E

Modelagem Discreta para Espaco de

Estado

Considerando um controlador linear representado por um sistema dinamico de estado continuo

no tempo podese armar

dxt

dt Axt But E

yt Cxt Dut E

Genericamente a solucao desse sistema no instante t a partir de um instante inicial to

xto e dada por

xt exp !A t to"xto

Z t

to

exp !A t "Bud E

onde eAt e a matriz de transicao de estado A solucao deste sistema em t h a partir de uma

condicao inicial em t xt e expressa por

xt h expAhxt

Z th

t

exp !A t h "Bud E

Se o intervalo de amostragem h for pequeno de tal forma que ut possa ser considerado

constante no intervalo e assumindose B constante escrevese para E a seguinte equacao

xt h Fxt Hut E

yt Cxt Dut E

onde F eAh e H hR h

eAd

iB O modelo dado por E e denominado modelo de estado

dinamico discreto tambem conhecido como modelo linear de diferencas Nesse modelo a cada

Page 204: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Apendice E Modelagem Discreta para Espaco de Estado

instante t o controlador produz um novo sinal de comando a ser aplicado na planta no proximo

intervalo de amostragem t h

A matriz de transicao de estado F eAh pode ser aproximada pela serie de Taylor resul

tando

F eAh Xi

Ahi

i& I Ah

Ah

&

Ah

& E

e para H vem

H

Xi

Aihi

i &

B

I

Ah

&

Ah

&

Ah

&

Bh E

Utilizandose este modelo discreto podese calcular recursivamente a evolucao de xt Este

modelo e bastante adequado para implementacoes computacionais de controladores digitais em

sistemas microcontrolados visando o controle de processos

Uma ferramenta conveniente para manipular equacoes lineares de diferencas e o operador

de deslocamento Este operador e analogo ao operador diferencial utilizado em equacoes dife

renciais a coecientes constantes O operador de deslocamento um passo a frente forwardshift

operator e denotado por q e possui a seguinte propriedade

qxt xt h E

Pode ser tambem apresentado na versao deslocamento unitario para tras bachwardshift ope

rator

qxt xt h E

Portanto E pode ser reescrita como

qxt Fxt Hut E

yt Cxt Dut E

Page 205: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Ap endice F

Emulacao dos Controladores Sincronos

no Referencial Estacionario

Das equacoes a

xs ejex F

xs ejex F

e

kp kp kp F

Considerando agora que de a

dx

dt ki

logo vem que

dejexs

dt

ki F

e como

d ejet

dt ejet

d jet

dt jee

jet F

voltando a F vem

ejedxsdt

xsdeje

dt

ki

ejedxsdt jex

se

je ki

Page 206: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Apendice F Emulacao dos Controladores Sincronos no Referencial Estacionario

ejedxsdt

jexse

je ki

dxsdt

jexs ejeki

dai

dxsdt

jexs ki

s F

Procedendo de forma analoga para o controlador de sequencia negativa vem que

dx

dt ki

F

logo

dejexs

dt

ki F

dai aplicando a mesma propriedade vista em F vem

ejedxsdt

xsdeje

dt

ki

ou

ejedxsdt

jexse

je ki

ejedxsdt

jexse

je ki

dxsdt

jexs ejeki

e portanto

dxsdt

jexs ki

s F

Page 207: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Ap endice G

Correntes do Filtro Ativo em Funcao

das Correntes odq posdisturbio

Supondo um defeito na conexao da fase fazendo com que is isl vem quexs

xs

xs

A

xso

xsd

xsq

G

onde

A

r

p

p

p

p

p

G

e

A AT

r

p

p

p

pp

G

logo is

is

is

r

p

p

p

p

p

iso

isd

isq

G

que apos as operacoes resulta em

is

r

iso

r

isd isl G

is

r

iso

r

isd

r

isq G

Page 208: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Apendice G Correntes do Filtro Ativo em Funcao das Correntes odq posdisturbio

is

r

iso

r

isd

r

isq G

de G obtemse que

iso p

isl p

isd G

dai substituindo G em G e G vem que

is isl G

is isl r

isd

r

isq G

is isl r

isd

r

isq G

Considerando agora o defeito localizado na fase vem que

is

r

iso

r

isd G

is

r

iso

r

isd

r

isq isl G

is

r

iso

r

isd

r

isq G

que levam a

is isl

r

isd

r

isq G

is isl G

is isl p

isq G

e para a fase

is

r

iso

r

isd G

is

r

iso

r

isd

r

isq G

is

r

iso

r

isd

r

isq isl G

que resultam em

is isl

r

isd

r

isq G

is isl p

isq G

is isl G

Page 209: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Ap endice H

Equacoes de Estado Sob Condicoes de

Disturbio

Considerando inicialmente no sistema a quatro os o disturbio na fase e considerando as

equacoes resultantes de para as fases e vem que

vs esf rtis lt

disdt sl H

vs esf rtis lt

disdt sl H

substituindo nessas equacoes os valores de is e is dados por G e G vem que

vs esf

rt lt

d

dt

isl

r

isd

r

isq

sl H

vs esf

rt lt

d

dt

isl

r

isd

r

isq

sl H

manuseando as equacoes acima de tal forma a obter duas novas expressoes correspondentes

respectivamente a soma e a diferenca entre elas obtemse

vs vsesf esf

rt rt i

sl lt lt

disldt

r

rt rt i

sd lt lt

disddt

r

rt rt i

sq lt lt

disqdt

sl sl H

Page 210: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Apendice H Equacoes de Estado Sob Condicoes de Disturbio

vs vsesf esf

rt rt i

sl lt lt

disldt

r

rt rt i

sd lt lt

disddt

r

rt rt i

sq lt lt

disqdt

sl sl H

nas quais fazendo

vsx p

vs vs esfx

pesf esf

slx

p sl sl

stdx p

rt rt i

sd lt lt

disddt

stqx

rt rt i

sq lt lt

disqdt

e sltx

p

rt rt i

sl lt lt

disldt

vsy

p vs vs e

sfy

pesf esf

sly

p sl sl

stdy p

rt rt i

sd lt lt

disddt

stqy

rt rt i

sq lt lt

disqdt

e slty

p

rt rt i

sl lt lt

disldt

resulta

vsx esfx sltx stdx stqx slx H

vsy esfy slty stdy stqy sly H

que no caso de parametros equilibrados resultam em

vsx esfx sltx stdx slx H

vsy esfy stqy sly H

onde

sltx

rti

sl lt

disldt

stdx p

rti

sd lt

disddt

stqy

rti

sq lt

disqdt

O mesmo procedimento pode ser adotado como antes para o caso de disturbio na fase

vs esf rtis lt

disdt sl H

Page 211: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Apendice H Equacoes de Estado Sob Condicoes de Disturbio

vs esf rtis lt

disdt sl H

substituindo nessas equacoes os valores de is e is dados por G e G vem que

vs esf

rt lt

d

dt

isl

r

isd

r

isq

sl H

vs esf

rt lt

d

dt

isl

pisq

sl H

manuseando as equacoes acima de tal forma a obter duas novas expressoes correspondentes

respectivamente a soma e a diferenca entre elas obtemse

vs vsesf esf

rt rt i

sl lt lt

disldt

r

rti

sd lt

disddt

r

rt rt i

sq lt lt

disqdt

sl sl H

vs vssesf esf

rt rt i

sl lt lt

disldt

r

rti

sd lt

disddt

r

rt rt i

sq lt lt

disqdt

sl sl H

nas quais fazendo

vsx p

vs vs esfx

pesf esf

slx

p sl sl

stdx p

rti

sd lt

disddt

stqx

rt rt i

sq lt lt

disqdt

e sltx

p

rt rt i

sl lt lt

disldt

vsy

p vs vs e

sfy

pesf esf

sly

p sl sl

stdy p

rti

sd lt

disddt

stqy

rt rt i

sq lt lt

disqdt

e slty

p

rt rt i

sl lt lt

disldt

resulta

vsx esfx sltx stdx stqx slx H

vsy esfy slty stdy stqy sly

Page 212: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Apendice H Equacoes de Estado Sob Condicoes de Disturbio

que no caso de parametros equilibrados resultam em

vsx esfx sltx stdx stqx slx H

vsy esfy stdy stqy sly H

onde

sltx p

rti

sl lt

disldt

stdx p

rti

sd lt

disddt

stqx

rti

sq lt

disqdt

stdy p

rtisd lt

disddt

stqy

rti

sq lt

disqdt

Finalmente podese repetir o procedimento para equacionar a situacao de um disturbio

envolvendo a fase

vs esf rtis lt

disdt sl H

vs esf rtis lt

disdt sl H

substituindo nessas equacoes os valores de is e is dados por G e G vem que

vs esf

rt lt

d

dt

isl

r

isd

r

isq

sl H

vs esf

rt lt

d

dt

isl

pisq

sl H

manuseando as equacoes acima de tal forma a obter duas novas expressoes correspondentes

respectivamente a soma e a diferenca entre elas obtemse

vs vsesf esf

rt rt i

sl lt lt

disldt

r

rti

sd lt

disddt

r

rt rt i

sq lt lt

disqdt

sl sl H

Page 213: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Apendice H Equacoes de Estado Sob Condicoes de Disturbio

vs vsesf esf

rt rt i

sl lt lt

disldt

r

rti

sd lt

disddt

r

rt rt i

sq lt lt

disqdt

sl sl H

nas quais fazendo

vsx p

vs vs esfx

pesf esf

slx

p sl sl

stdx p

rti

sd lt

disddt

stqx

rt rt i

sq lt lt

disqdt

e sltx

p

rt rt i

sl lt lt

disldt

vsy

p vs vs e

sfy

pesf esf

sly

p sl sl

stdy p

rti

sd lt

disddt

stqy

rt rt i

sq lt lt

disqdt

e slty

p

rt rt i

sl lt lt

disldt

resultam em

vsx esfx sltx stdx stqx slx H

vsy esfy slty stdy stqy sly H

que no caso de parametros equilibrados resultam em

vsx esfx sltx stdx stqx slx H

vsy esfy stdy stqy sly H

onde

sltx p

rti

sl lt

disldt

stdx p

rti

sd lt

disddt

stqx

rti

sq lt

disqdt

stdy p

rti

sd lt

disddt

stqy

rti

sq lt

disqdt

Page 214: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Ap endice I

Implementacao Discreta no Tempo

Para os controladores PI adotados a lei de controle continua no tempo no espaco de estado

pode ser descrita por

dxedqidt

kiedq I

eefdq xedqi kpedq I

onde edq iedq iedq e o erro na corrente de carga e eefdq e a saida do controlador ou sinal

de referencia do inversor o qual precisa sintetizala Os parametros kp e ki sao os ganhos do

controlador A versao discreta no tempo da lei de controle acima em termos de componentes

d e q e dada por

xedqit xedqit h hkiedqt h I

eefdqt xedqit kpedqt I

onde h e o intervalo de amostragem no tempo

No diagrama de blocos da gura considerase que todos os calculos sao efetuados no

referencial sincrono o que explica o uso das transformacoes de coordenadas indicadas no dia

grama Este procedimento pode contudo ser evitado emulando os controladores sincronos

no proprio referencial estacionario como visto na gura Neste procedimento os blocos

Rsi e Rs

i vistos nessa gura representam os mesmos blocos Rei e Re

i vistos na gura

multiplicados vetorialmente pelos blocos eje e eje ou seja transpostos para o referencial

sincrono

Das equacoes I e I aplicando as transformacoes de coordenadas eje e eje a versao

continua no tempo estacionaria de sequencia positiva pode ser obtida fazendose primeiro

a conversao de I para uma expressao no referencial sincrono Isto pode ser realizado da

seguinte forma facilmente conrmada observandose a gura

esfdq ejeeefdq ejexedqi kp

edq

Page 215: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Apendice I Implementacao Discreta no Tempo

onde

edq ejesdq

e

xedq ejexsdq

logo

esfdq ejeejexsdq kpe

jesdq

resultando em

esfdq xsdqi kpsdq I

Analogamente de I

dejexsdqi

dt

kiejesdq

ou

xsdqideje

dt

ejedxsdqi

dt

kiejesdq

onde considerando que deje

dt jee

je ver apendice

jeejexsdqi eje

dxsdqi

dt

kiejesdq

e

dxsdqi

dt

ejekie

jesdq jeejexsdqi

e nalmente

dxsdqidt

kisdq jxsdqi I

Observese que neste caso a versao discreta do controlador nao pode ser exata uma vez

quedxsdqidt

depende de xsdqi A versao discreta pode ser obtida usando E e E onde A e

B sejam matrizes continuas no tempo e F e H as correspondentes matrizes discretas e alem

disso denindo A je e B ki

xsdqit xsdqit h hkisdqt h jhex

sdqit h I

esfdq xsdqi kpsdq I

Page 216: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Apendice I Implementacao Discreta no Tempo

para a serie truncada em i e com sdq isdq isdq

E possivel melhorar a representacao pelo truncamento de F e H em i que resulta em

xsdqit

h

e

xsdqit h hki

sdqt h jhex

sdqit h

jhekisdqt h

I

e

esfdq xsdqi kpsdq I

Estas equacoes sao validas para o controlador de sequencia positiva Para obter as equacoes

semelhantes para o controlador de sequencia negativa basta substituir e por e nas ex

pressoes anteriores

Page 217: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

Bibliograa

! " Rui Oliveira de Carvalho Junior Controle de corrente digital de sistemas de potencia

desequilibrados contendo conversores estaticos Dissertacao de mestrado Universidade

Federal da Paraba Departamento de Engenharia Eletrica Campina Grande PB Marco

!" SL Clark P Famouri and WL Cooley Elimination of supply harmonics An evoluation

of current compensation and active ltering methods In Proceedings Power Electronics

Specialists Conference pages ' TaipeiTaiwan June IEEE

!" H Akagi New trends active lters In Proceedings of the VI European Power Electronics

Conference pages ' Sevilla Espanha September EPEDA

!" Hirofumi Akagi Trends in active power line conditioners Trans on Power Electronics

' May

!" Bhim Singh Kamal AlHaddad and Ambrish Chandra A review of active lters for power

quality improvement IEEE Trans on Industrial Electronics ' October

!" R F Pinheiro C B Jacobina A M N Lima and E R C Silva A revision of the

state of the art in active lters In Congresso Brasileiro de Eletr onica de Pot encia Foz do

Iguacu PR Setembro SOBRAEP

!" CB Jacobina MBR Correa RF Pinheiro ERC Da Silva and AMN Lima Mode

ling and control of unbalanced threephase systems containing pwm converters In Conf

Rec IAS PhoenixArizonaUSA Outubro IEEE

!" Keith Anthony Walshe Thyristor Controlled Shunt Reactor Compensator of Asymme

trically Loaded Power Systems Tese de doutorado Manchester University Manchester

England October

!" Ricardo Ferreira Pinheiro Equipamentos estaticos para compensacao de reativos e dese

quilbrios em sistemas eletricos Dissertacao de mestrado Escola Federal de Engenharia

de Itajuba Itajuba MG Junho

Page 218: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

BIBLIOGRAFIA

! " Eduardo Jorge Pires Pacheco System Voltage Control Using Saturated Iron Cored Reac

tors Tese de doutorado Manchester University Manchester England November

! " J W Butler and C Concordia Analysis of series capacitor application problems AIEE

Transaction ' August

! " R L Witzke and E L Michelson Technical problems associated with the application of

a capacitor in series with a synchronous condenser AIEE Transaction '

! " F Lliceto E Cinieri M Cazzani and G Santagostino Transient voltages and currents

in seriescompensated ehv lines Proceedings IEE ' August

! " Fauzi Amin Salmen Aplicacao de capacitores serie em sistemas eletricos de alta tensao

Dissertacao de mestrado Escola Federal de Engenharia de Itajuba Itajuba MG Dezembro

! " Edward W Kimbark How to improve system stability without risking subsynchronous

resonance IEEE Trans Power Apparatus and Systems PAS ' Septem

berOctober

! " T J E Miller Reactive Power Control in Electric Systems John Wiley and Sons New

York USA

! " Alexandre Campos Geza Joos Phoivos Ziogas and James Lindsay Analysis and design

of a series voltage compensator for threephase unbalanced sources Trans on Industrial

Electronics ' April

! " EV Larsen K Clark SA Miske Jr and J Urbanek Characteristics and rating consi

derations of thyristor controlled series compensation IEEE Trans Power Delivery

April

! " M M Gavrilovic and N Menemenlis Optimal control of series compensation for maximum

improvement of system stability and damping In International Conference on Electrical

Machines Paris France September

!" Jinbo Kuang and Boon Teck Ooi Series connected voltagesource converter modules for

forcecommutated SVC and DCtransmission IEEE Trans Power Delivery April

! " S Nyatii CA Wegner RW Delmerico RJ Piwko DH Baker and A Edris E(ec

tiveness of thyristor controlled series capacitor in enhancing power system dynamics An

analog simulator study Trans Power Delivery April

Page 219: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

BIBLIOGRAFIA

!" Scott G Helbing and GG Karady Investigations of an advanced form of series compen

sation IEEE Trans Power Delivery April

!" John J Paserba Nicholas W Miller Einar V Larsen and Richard J Piwko A thyristor

controlled series compensation model for power system stability analysis IEEE Trans

Power Delivery ' July

!" X R Chen N C Pahalawaththa U D Annakkage and C S Kumble Enhancement

of power system stability by using controlled series compensation Int Journal Electrical

Power and Energy Systems ' October

!" Alexandre Campos Geza Joos Phoivos D Ziogas and James F Lindsay Analysis and

design of a series voltage unbalance compensator based on a threephase VSI operating

with unbalanced switching functions Trans on Power Electronics ' May

!" T J Hammons and S K Lim Flexible AC transmission systems FACTS Electric

Machines and Power Systems ' January

!" James F Gronquist William A Sethares Fernando L Alvarado and Roberto H Lasseter

Power oscillation damping control strategies for FACTS devices using locally measurable

quantities IEEE Trans Power Systems August

!" N R Raju S S Venkata R A Kagalwala and V V Sastry An active power qua

lity conditioner for reactive power and harmonics compensation In Proceedings Power

Electronics Specialists Conference pages ' Seattle Washington USA June

IEEE

!" N R Raju S S Venkata and V V Sastry A decoupled series compensator for volta

ge regulation and harmonic compensation In Proceedings Power Electronics Specialists

Conference pages ' Baveno Italy June IEEE

!" H Fujita and H Akagi The unied power quality conditioner The integration of se

ries active lters and shunt active lters In Proceedings Power Electronics Specialists

Conference pages ' Baveno Italy june IEEE

! " H Fujita Y Watanabe and H Akagi Control and analysis of a unied power ow con

troller In Proceedings Power Electronics Specialists Conference pages ' Fukuoka

Japan May IEEE

!" Q Yu S D Round L E Norum and T M Undeland A new control strategy for a unied

power ow controller In Proceedings of the VI European Power Electronics Conference

pages ' Sevilla Espanha September EPEDA

Page 220: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

BIBLIOGRAFIA

!" C Li Q Jiang Z Wang and D Retzmann Design of a rulebased controller for STAT

COM In Proceedings of IECON pages ' Aachen Alemanha september

IEEE

!" G W Moon and S H Yoon Predictive current control of distribution static condenser

dstatcon for reactive power compensation in exible AC transmission system FACTS

In Proceedings Power Electronics Specialists Conference pages ' Fukuoka Japan

may IEEE

!" A Nabae and T Tanaka A quasiinstantaneous reactive power compensator for unbalan

ced and nonsinusoidal threephase systems In Proceedings Power Electronics Specialists

Conference pages ' Fukuoka Japan May IEEE

!" John J Paserba Daniel J Leonard Nicholas W Miller Mark G Lauby Steven T Nau

mann and Fred P Sener Coordination of a distribution level continuously controlled

compensation device with existing substation equipment for long term VAR management

IEEE Trans Power Delivery April

!" Hirofumi Akagi and Hideaki Fujita A new power line conditioner for harmonic compen

sation in power systems IEEE Trans Power Delivery ' Julho

!" DA Deib and HW Hill Utilization of threephase thyristorcontrolled ACDC conver

ters for reactive power compensation with minimum losses In Applied Power Electronics

Conference and Exhibition IEEE March

!" Selenio Rocha Silva and Alessandro Fernandes Moreira Compensador serie para correcao

de mergulho de tensao

!" C Schauder M Gernhardt E Stacey TW Cease and A Edris Development of a

MVAR static condenser for voltage control of transmission systems IEEE Trans Power

Delivery July

! " H Akagi H Fujita and K Wada A shunt active lter based on voltage detection for

harmonic termination of a radial power distribution line In Conf Rec IAS St Louis

Missouri USA October IEEE

!" TS AbdelSalam AYChikhani and R Hackam A new technique for loss reduction

using compensating capacitors applied to distribution systems with varyng load condition

IEEE Trans Power Delivery April

!" H Akagi Y Kanazawa K Fujita and A Nabae Generalized theory of instantaneous

reactive power and its application IEE Japan ' July

Page 221: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

BIBLIOGRAFIA

!" H Akagi Y Kanazawa and A Nabae Instantaneous reactive power compensators com

prising switching devices without energy storage components IEEE Trans Ind Applicat

IA' MayJune

!" AG Lima and AB Greenhalgh Active lters and the zero sequence component In Con

gresso Brasileiro de Eletr onica de Pot encia Uberlandia MG Novembro SOBRAEP

!" Hirofumi Akagi Satoshi Ogasawara and Hyosung Kim The theory of instantaneous power

in threephase fourwire systems A comprehensive approach In Conf Rec IAS pages

' Phoenix Arizona USA October IEEE

!" E Watanabe and R Stephan Potencia ativa e reativa instantaneas em sistemas eletricos

com fontes e cargas genericas SBA Controle e Automacao ' MarcoAbril

!" L F Penello E H Watanabe and M Aredes Filtro ativo de potencia tipo shunt com

selecao da potencia a ser compensada In Congresso Brasileiro de Automatica Vitoria

ES Brasil Setembro SBA

!" Maurcio Aredes and Edson H Watanabe New control algorithms for series and shunt

threephase fourwire active power lters Trans on Power Delivery '

Julho

!" M Aredes K Heumann E H Watanabe and J Hafner A threephase fourwire shunt

active lter using six IGBT s In Congresso Brasileiro de Eletr onica de Pot encia pages

' Sao Paulo SP Brasil Dezembro SOBRAEP

! " P G Barbosa and E H Watanabe Advanced series reactive power compensator based on

voltage source inverters In Proceedings III Congresso Brasileiro de Eletr onica de Pot encia

pages ' Sao Paulo SP Brasil Dezembro SOBRAEP

!" Takeshi Furuhashi Shigeru Okuma and Yoshiki Uchikawa A study on the theory of ins

tantaneous reactive power IEEE Trans on Industrial Electronics ' February

!" C B Jacobina and R F Pinheiro Uso de ltros ativos no controle de potencia reativa

desequilbrios e harmonicos provocados por cargas eletricas In VI Congresso Latinoame

ricano de Control Automatico Buenos Aires Argentina Setembro AADECA

!" TianHua Liu JenRen Fu and Thomas A Lipo A strategy for improving reliability of

eldoriented controlled induction motor drives IEEE Trans on Ind Applic '

SeptemberOctober

Page 222: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

BIBLIOGRAFIA

!" Debraprasad Kastha and Bimal K Bose Investigation of fault modes of voltagefed inverter

system for induction motor drive IEEE Trans Ind Applic ' JulyAugust

!" Rene Spee and Alan K Wallace Remedial strategies for brushless DC drive failures IEEE

Trans Ind Applic ' MarchApril

!" M B R Correa C B Jacobina E R C Silva and A M N Lima An induction motor

drive system with improved fault tolerance In Conf Rec IAS Roma Italy October

IEEE

!" C B Jacobina R F Pinheiro M B R Correa A M N Lima and E R C Silva

Control of a threephase fourwire active lter operating with an open phase In Conf

Rec IAS Chicago USA October IEEE

!" C B Jacobina M B R Correa R F Pinheiro A M N Lima and E R C Silva

Improved fault tolerance of active power lter system In Proceedings Power Electronics

Specialists Conference Vancouver June IEEE

!" Talvanes Meneses Oliveira Conversores Estaticos com Controle Digital Para Aplicacoes em

Sistemas Monofasicos Tese de doutorado UFPB Campina Grande PB Brasil December

! " Timothy M Rowan and Russel J Kerkman A new synchronous current regulator and

an analysis of currentregulated PWM inverters IEEE Trans on Ind Applic IA

JulyAugust

!" HongSeok and Kwanghee Nam Dual current control scheme for PWM converter under

unbalanced input voltage conditions IEEE Trans Industrial Electronics '

October

!" R O Carvalho Jr CB Jacobina A M N Lima and E R C Silva Control of unbalan

ced threephase power electronic systems In Conf Rec IAS Roma Italy October

IEEE

!" C B Jacobina M B R Correa R F Pinheiro A M N Lima and E R C Silva

Modeling and control of unbalanced threephase systems containing pwm converters IEEE

Trans Ind Applic NovemberDecember

!" R Pena J C Clare and GM Asher A doubly fed induction generator using backto

back PWM converters supplying an isolated load from a variable speed wind turbine IEE

Proc on Electronic Power Applications ' September

Page 223: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA IBA COPELE FILTROS

BIBLIOGRAFIA

!" R Pena J C Clare and GM Asher A doubly fed induction generator using backto

back pwm converters and its application to variablespeed wind energy generation IEE

Proc on Electronic Power Applications ' may