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ADRIANA DE OLIVEIRA MARIANO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTOXICAÇÕES EXÓGENAS ATENDIDAS E NOTIFICADAS EM UM HOSPITAL GERAL DA REDE SUS NO MUNICIPÍO DO RIO DE JANEIRO, DE 2006 A 2008 RIO DE JANEIRO 2009

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ADRIANA DE OLIVEIRA MARIANO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTOXICAÇÕES EXÓGENAS

ATENDIDAS E NOTIFICADAS EM UM HOSPITAL GERAL

DA REDE SUS NO MUNICIPÍO DO RIO DE JANEIRO,

DE 2006 A 2008

RIO DE JANEIRO

2009

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ADRIANA DE OLIVEIRA MARIANO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTOXICAÇÕES EXÓGENAS

ATENDIDAS E NOTIFICADAS EM UM HOSPITAL GERAL

DA REDE SUS NO MUNICIPÍO DO RIO DE JANEIRO,

DE 2006 A 2008

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para a obtenção de Graduação do Curso de Farmácia. Orientador: Prof. Marcelo de Lima Bastos. Co-Orientadora: Prof.ª Ana Paula Machado Lins.

RIO DE JANEIRO

2009

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ADRIANA DE OLIVEIRA MARIANO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTOXICAÇÕES EXÓGENAS

ATENDIDAS E NOTIFICADAS EM UM HOSPITAL GERAL

DA REDE SUS NO MUNICIPÍO DO RIO DE JANEIRO,

DE 2006 A 2008

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para a obtenção de Graduação do Curso de Farmácia.

Aprovada em ___/___/___

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________________

Prof. Marcelo de Lima Bastos

Universidade Estácio de Sá

_______________________________________________________

Prof. ª Cleide Aparecida Ferreira Rezende

Universidade Estácio de Sá

_______________________________________________________

Prof. ª Milene Rangel da Costa

Universidade Estácio de Sá

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A minha família, em especial a minha filha, Ana Lúcia,

minha mãe, Marina, minha sobrinha Adrielem

e meu esposo,Luciano, razão do meu ser.

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AGRADECIMENTOS

Primeiro, a Jesus Cristo, que me deu força para superar os desafios e coragem

para não desistir dos meus objetivos.

Ao meu orientador, Professor Marcelo de Lima Bastos, pela atenção e

contribuição pedagógica de suas disciplinas.

A minha co-orientadora, Professora Ana Paula Machado Lins, pelo carinho de

suas palavras e a atenção dedicada a esse trabalho, nunca esquecerei. .

Ao Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital Geral de Bonsucesso, pela

oportunidade de aprendizado e a disposição em colaborar com esse projeto.

A todos os professores do curso de Farmácia que contribuíram para a minha

formação Acadêmica.

A Universidade Estácio de Sá, pelo incentivo a busca do conhecimento.

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“Seja você próprio a mudança que quer ver realizada no mundo’’.

(Mahatma Gandhi)

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RESUMO

Este estudo teve como objetivo avaliar o perfil epidemiológico das intoxicações

exógenas, atendidas e notificadas em um hospital da rede SUS, no período de 2006 a

2008. A pesquisa constituiu-se em um estudo transversal, retrospectivo com abordagem

quantitativa e descritiva. Os dados foram obtidos das fichas de SINAN (Sistema de

Informação de Agravos de Notificação). As variáveis coletadas foram relacionadas ao

evento (via de exposição), as pessoas afetadas (gênero, faixa etária e local de

residência), agente tóxico e grupos de medicamentos. Dos 297 casos de intoxicação

exógena notificados, durante o período de estudo, 96 foram por medicamentos. O

gênero feminino foi o de maior percentual encontrado com 58,2%. A faixa etária entre 1-

4 anos foi a mais prevalente, assim como a grande maioria dos pacientes notificados

residiam no bairro de Bonsucesso, representando 34% (101) do total de casos de

intoxicações exógenas (297). Os neuropsicofármacos foram os responsáveis pelo maior

número de intoxicações (45,8%). Estes resultados podem ser utilizados como guia na

realização de campanhas de prevenção de intoxicações por medicamentos.

Palavras-chave: Intoxicação exógena. Notificação. Epidemiologia

VI

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ABSTRACT

This study aimed to a valuate the epidemiological profile of exogenous poisoning,

attended and notify in the one generality hospital the SUS hammock, from 2006 to

2008.The research was composed in a crossectional study with retrospective

quantitative approach and descriptive. Data were collected from the sheets of SINAN

(the Information System of Notification of offence). The variables collected were related

to the event (the position usually), to patients affected (gender, age, residence place),

toxic agent and groups of drugs. Of the 297exogenous intoxications reported during the

study period, 96 were drugs. We observed that females were the most frequently

intoxicated, with 58,2%. The 1-4 year-old-group was the most prevalent, and a great

part of patients lived in the district Bonsucesso, accounting for 34%(101) of all

exogenous intoxications (297). Neuropsychological drugs were the therapeutic group

responsible for the largest number of poisoning with 45,8% of the cases. These results

can be used as a guide in conducting campaigns on the prevention of poisoning by

drugs.

Keywords: Exogenous Intoxication; Reporting; Epidemiology.

VII

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico I – Distribuição dos casos de intoxicações exógenas

Por local de origem dos pacientes nos anos de 2006, 2007 e 2008 .......................... 19

Gráfico II: Distribuição dos casos de intoxicações exógenas

por via de exposição nos anos de 2006, 2007 e 2008 ............................................... 19

Vlll

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LISTA DE TABELAS

TABELA I - Caracterização dos casos de intoxicações exógenas atendidas e

notificadas no SINAN, segundo idade e sexo no período de 2006 a 2008.................... 18

TABELA II - Prevalência das intoxicações exógenas atendidas e notificadas

no SINAN, no período de 2006 a 2008. Rio de Janeiro, RJ, 2009................................. 20

TABELA III - Caracterização dos casos de intoxicações medicamentosas

atendidas e notificadas no SINAN, segundo idade no período de 2006 a 2008.

Rio de Janeiro, RJ, 2009............................................................................................... 21

TABELA IV - Distribuição das intoxicações por medicamentos segundo

grupos terapêuticos e respectivos princípios ativos dentre os 30 mais

freqüentes no período de 2006 a 2008. Rio de Janeiro, RJ, 2009. ............................... 22

lX

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LISTA DE SIGLAS

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

CEP – Comitê de Ética e Pesquisa

FAPESP – Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo),

FIOCRUZ – Fundação Oswaldo Cruz

MS – Ministério da Saúde

NHE – Núcleo Hospitalar de Epidemiologia

RENACIAT - Rede Nacional de Centros de Assistência Toxicológica

SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação

SINITOX – Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas

SUS – Sistema Único de Saúde

USP – Universidade de São Paulo

X

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...........………………………………………………………….…12

2 OBJETIVOS…...…………......…………………………………………………....14

2.1 OBJETIVO PRINCIPAL.………......………………………………………………14

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO….…….…......………………………………………...14

3 MATERIAL E MÉTODOS.........………………………………………….....……15

4 RESULTADOS .……...........................…...……………………………………..18

5 DISCUSSÕES……............………………………….....………...........…………23

6 CONCLUSÃO…….................…………………………………...........…………26

REFERÊNCIAS ……...............................…………………........………………27

ANEXO A – Protocolo de entrega do projeto ao

Comitê de Ética e Pesquisa (CEP)……...………………………………....…….29

ANEXO B – Ficha de Investigação do Sistema de

Informação de Agravos de Notificação (SINAN)……...…...…………..…..……30

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12

1 INTRODUÇÃO

A história da toxicologia acompanha a própria história da civilização, pois, desde

a época mais remota, o homem possuía conhecimentos sobre os efeitos tóxicos de

venenos animais e de uma variedade de plantas tóxicas. Os poderes aniquiladores dos

venenos eram, freqüentemente, utilizados como instrumentos de caça ou como armas

contra os inimigos. (FUKUSHIMA; AZEVEDO, 2008).

Uma figura muito importante na história da ciência, Philippus Aureolus

Theophrastus Bombastus Von Hohenheim-Paracelsus (século XVI), desenvolveu

estudos e princípios sobre a farmacologia, a toxicologia e a terapêutica, sendo que o

seu principal e mais conhecido, “toda substância é veneno. A dose correta diferencia o

veneno do remédio”, permanece válido até hoje. (PORTO, 1996).

A Intoxicação é um processo patológico causado por substâncias endógenas ou

exógenas, caracterizado por desequilíbrio fisiológico, por conseqüência de alterações

bioquímicas no organismo. Esse processo é evidenciado através de sinais e sintomas

ou mediante exames laboratoriais. (LARINI, 1997).

Os sintomas de intoxicação dependem do produto tóxico, da quantidade ingerida

e de certas características da pessoa que o ingeriu. Alguns produtos tóxicos não são

muito potentes e exigem uma exposição prolongada ou ingestões repetidas de grandes

quantidades para que ocorram problemas. Outros produtos tóxicos são tão potentes

que basta uma gota sobre a pele para causar uma lesão grave. (OLIVEIRA; MENEZES,

2003).

A ocorrência toxicológica é um evento muito freqüente nos dias atuais, ela esta

associada a vários fatores, entre eles a automedicação, tentativas de suicídios,

homicídios, exposição no trabalho e em alguns casos, acidental. (LESSA; BOCHNER,

2008).

Dados divulgados pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas

(SINITOX) da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) apontam que 104.181 caso de

intoxicação humana e cerca de 500 óbitos foram registrados em 2007 pelos Centros de

Informação e Assistência Toxicológica em todo o país. (SINITOX, 2009).

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13

Esses dados são gerados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação

(SINAN), através das fichas de investigação preenchidas por profissionais das unidades

de saúde onde são atendidos e notificados os casos suspeitos de Intoxicação Exógena.

De acordo com a Rede Nacional de Centros de Assistência Toxicológica

(RENACIAT), após pesquisas de resultados divulgados no anuário estatístico do

SINITOX, em 2006, os medicamentos responderam por 30,5% dos casos de

intoxicações, ocupando a 1ª posição no conjunto dos 13 principais agentes tóxicos

considerados. As principais classes farmacológicas envolvidas são: benzodiazepínicos,

antigripais, antidepressivos, anticoncepcionais e antiinflamatórios. (RENACIAT, 2009).

Esses dados são alarmantes e confirmam essa prática popular do uso irracional

e indiscriminado dos medicamentos, assim como a sua utilização em situações contra

indicadas,que pode acarretar várias conseqüências para a saúde, como reações

adversas, efeitos subterapêuticos, resistências bacterianas, reações de

hipersensibilidade, farmacodependência e intoxicações medicamentosas. (VILARINO

et. al, 1998).

Os processos de intoxicação humana têm se constituído em um dos mais graves

problemas de saúde pública devido à falta de estratégias de controle e prevenção das

intoxicações associada a um fácil acesso da população a um número crescente de

substâncias licitas e ilícitas com alto grau de toxicidade. (PIZZOL et. al, 2006).

Diante dessas situações, se faz pertinente discutir os tipos de intoxicação

exógena, seus principais agentes tóxicos e a sua freqüência, descrevendo o perfil

epidemiológico dos casos atendidos e notificados em um Hospital Geral da rede SUS.

Espera-se, desta forma, atingir melhor compreensão acerca das ocorrências de

intoxicação colaborando finalmente para o debate a respeito do direcionamento e

racionalização das ações dos serviços de saúde.

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14

2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL

Descrever o perfil epidemiológico dos casos de intoxicação exógena atendidos e

notificados em um Hospital Geral da rede SUS, no município do Rio de Janeiro.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

• Identificar as vítimas de intoxicação, diferenciando-as por gênero;

• Descrever as faixas etárias mais atingidas no grupo estudado;

• Identificar os bairros com maior incidência desse agravo dentre os atendidos no

referido hospital;

• Conhecer as principais vias de exposição e identificar os principais agentes tóxicos;

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15

3 MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo é do tipo transversal, baseado em dados retrospectivos, gerados

no atendimento de um Hospital Geral da rede SUS que presta atendimento para a

população do Rio de Janeiro e municípios vizinhos.

O tamanho da amostra é de 297 casos de intoxicação exógena atendidos na

emergência do Hospital e notificados pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) no

período de janeiro de 2006 a dezembro de 2008.

As informações foram coletadas nos bancos de dados disponíveis no NHE que são

alimentados com as informações das Fichas de Notificação compulsória do Sistema de

Informação de Agravos de Notificação - SINAN (em anexo), preenchidas pelo NHE,

após os pacientes terem dado entrada na emergência do Hospital com quadro de

intoxicação.

Foram consideradas as seguintes variáveis:

• Gênero: Homem e Mulher

• Faixa etária: < 1 ano, 1-4 anos, 5-9 anos, 10-14 anos, 15-19 anos, 20-29 anos,

30-39 anos, 40-49 anos, 50-59 anos, 60-69 anos, 70-79 anos e 80 anos ou

mais.

A faixa etária foi baseada nos parâmetros do Sistema Nacional de Informações

Tóxico-Farmacológicas – SINITOX

• Local de origem: foi considerado o bairro onde os pacientes residem.

• Grupo do agente tóxico/Classificação geral:

1. Medicamento

2. Agrotóxico/ uso agrícola

3. Agrotóxico/ uso doméstico

4. Agrotóxico/ uso saúde

5. Raticida

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16

6. Produto veterinário

7. Produto de uso domiciliar

8. Cosmético/ higiene pessoal

9. Produto químico de uso industrial

10. Metal

11. Drogas de abuso

12. Planta tóxica

13. Alimento e bebida

14. Outro

15. Ignorado

• Via de exposição/ contaminação:

1. Digestiva

2. Cutânea

3. Respiratória

4. Ocular

5. Parenteral

6. Vaginal

7. Transplacentária

8. Outra

9. Ignorada

• Os medicamentos foram classificados de acordo com o seu principal uso

terapêutico:

- Neuropsicofármacos

- Analgésicos e Antiinflamatórios não esteróis;

- Antialérgicos, Antigripais e Broncodilatadores;

- Fármacos de Ação Cardiovascular;

- Fármacos de Ação Gastrintestinal;

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17

- Fármacos de Ação Hormonal;

- Fármacos de Ação Nutriente;

- Fármacos de Ação Antimicrobiana e Antipasitária;

- Associações de medicamentos;

Em relação aos agentes tóxicos e a via de exposição foram adotadas as

classificações do SINAN, constantes na ficha de investigação em anexo.

Esse trabalho foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Hospital

Geral de Bonsucesso, número do protocolo 039.09.2009, disponível para consulta em

www.saude.gov.br/sisnep/pesquisador, com cópia em anexo.

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18

4 RESULTADOS

Na Tabela I podem ser observados os resultados das características demográficas

dos casos de intoxicações exógenas notificadas pelo SINAN. Entre as mulheres

encontrou-se um total de 173 casos atendidos (58,2%) e entre homens, 124 (41,8%).

Considerando-se a distribuição etária, observou-se predomínio maior de casos no

grupo de 20 a 29 anos (25,3%; n=75), seguido de 1 a 4 anos (21,2%; n=63) e, por

último, de 30 a 39 anos(14,8%; n=44).

Tabela I - Distribuição dos casos de intoxicações exógenas atendidos e

notificados no SINAN, segundo idade e sexo no período de 2006 a 2008.

Variável demográfica

Distribuição dos casos de intoxicações exógenas por gênero nos anos de 2006,

2007 e 2008

Masculino Feminino TOTAL

Faixa Etária (anos) N % n % n %

<1 2 1,6 2 1,2 4 1,3

1 – 4 34 27,5 29 16,8 63 21,2

5 – 9 10 8,1 7 4 17 5,7

10 – 14 1 0,8 10 5,8 11 3,7

15 – 19 4 3,2 17 9,8 21 7,1

20 – 29 26 21 49 28,3 75 25,3

30 – 39 23 18,5 21 12,1 44 14,8

40 – 49 12 9,7 18 10,4 30 10,1

50 – 59 4 3,2 9 5,2 13 4,4

60 – 69 4 3,2 5 2,9 9 3

70 – 79 1 0,8 1 0,6 2 0,7

>80 0 0 1 0,6 1 0,3

Ignorado 3 2,4 4 2,3 7 2,4

Total 124 41,8 173 58,2 297 100 Fonte: Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital Geral de Bonsucesso.

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19

Em relação à origem dos pacientes atendidos, 34% eram residentes do Bairro de

Bonsucesso e nos bairros adjacentes ao hospital, como: Ramos, 8% e Manguinhos,

6%, os outros bairros (52%) se distribuem em diversos bairros do Rio de Janeiro e dos

municípios vizinhos (Gráfico I).

Gráfico I - Distribuição dos casos de intoxicações exógenas

por local de origem dos pacientes nos anos de 2006, 2007 e 2008

Quanto à via de exposição, a maior parte (73%) dos casos atendidos foram por

via digestiva (Gráfico II).

Gráfico II - Distribuição dos casos de intoxicações exógenas

por via de exposição nos anos de 2006, 2007 e 2008

LOCAL DE ORIGEM

MANGUINHOS 6%

BONSUCESO 34%

RAMOS 8%

OUTROS 52%

27%

73%

VIAS DE EXPOSIÇÃO

Digestiva

Outras

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20

Nos três anos estudados a principal causa de intoxicação foi medicamentosa

(32,3%). As substâncias não medicamentosas associadas como: droga de abuso

(23,2%), raticida e produto de uso domiciliar, ambos (11,5%) também aparecem em

número considerável (Tabela II).

Tabela II - Distribuição dos casos de intoxicação exógena atendidos e notificados

no SINAN, no período de 2006 a 2008. Rio de Janeiro, RJ, 2009

AGENTE TÓXICO

Casos de intoxicação nos ano de 2006, 2007 e 2008 (n=297)

2006 2007 2008 TOTAL (%)

N n n n n

Medicamento 24 41 31 96 32,3

Droga de Abuso 17 28 24 69 23,2

Raticida 10 13 11 34 11,5

Produto de uso domiciliar 7 13 14 34 11,5

Ignorado 27 6 3 36 12,1

Outro 3 14 11 28 9,4

TOTAL 88 115 94 297 100

Fonte: Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital Geral de Bonsucesso.

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21

Dos 96 casos de intoxicação que apresentaram o medicamento como o principal

agente causador, a faixa etária mais atingida foi aquela entre 1 e 4 anos (19,8%),

seguida da faixa de 20 a 29 anos (18,8%) e a de 30 a 39 anos (13,5%).(Tabela III).

Tabela III - Caracterização dos casos de intoxicações medicamentosas atendidas e

notificadas no SINAN, segundo gênero e idade, no período de 2006 a 2008.

Rio de Janeiro, 2009.

Variável demográfica

Distribuição dos casos de intoxicações medicamentosas por gênero nos anos

de 2006, 2007 e 2008

Masculino Feminino TOTAL

Faixa Etária (anos) N % n % n %

<1 0 0 1 1,5 1 1

1 – 4 8 28,6 11 16,2 19 19,8

5 – 9 5 17,9 5 7,4 10 10,4

10 – 14 1 3,6 4 5,8 5 5,2

15 – 19 0 0 9 13,2 9 9,4

20 – 29 3 10,7 15 22,1 18 18,8

30 – 39 6 21,4 7 10,3 13 13,5

40 – 49 2 7,1 5 7,4 7 7,3

50 – 59 0 0 4 5,8 4 4,3

60 – 69 1 3,6 1 1,5 2 2,1

70 – 79 0 0 1 1,5 1 1

>80 0 0 1 1,5 1 1

Ignorado 2 7,1 4 5,8 6 6,3

Total 28 100 68 100 96 100 Fonte: Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital Geral de Bonsucesso.

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22

Para o total de casos de intoxicação medicamentosa estudados, foram

identificados em torno de 50 princípios ativos distintos. Percebe-se que nos resultados

apresentados na Tabela IV, os grupos terapêuticos que constituíram a maior parte das

intoxicações foram: neuropsicofármacos (45,8%), os cardiovasculares (10,4%), os

antialérgicos, antigripais e broncodilatadores (6,3%), o grupo composto por

antibacterianos, antiparasitários e antifúngicos (5,2%) e os gastrintestinais (5,2%).

Tabela IV - Distribuição das intoxicações por medicamentos segundo grupos terapêuticos e respectivos princípios ativos dentre os 30 mais freqüentes

no período de 2006 a 2008. Rio de Janeiro, 2009.

Grupo Terapêutico (n) % Princípios ativos (dentre os 30 mais freqüentes)

Neuropsicofármacos (n=44) 45,8 Diazepam, Fenobarbital, Haloperidol, Clonazepam, Carbamazepina, Amitriptilina

Cardiovasculares (n=10) 10,4 Captopril, Propanolol

Antialérgicos, antigripais e broncodilatadores (n=6) 6,3 Salbutamol, Fenoterol

Antibacterianos, antiparasitários e antifúngicos (n=5) 5,2 Amoxicilina, Cefalosporinas

Gastrintestinais (n=5) 5,2 Escopolamina, Dimenidrato

Analgésicos e AINES (n=2) 4,2 Ácido Acetilsalicílico, Diclofenaco, Dipirona, Paracetamol

Ação Hormonal (n=3) 3,1 Levonorgestrel

Fonte: Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do Hospital Geral de Bonsucesso.

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5 DISCUSSÃO

O presente estudo demonstra a importância dos medicamentos nas intoxicações

exógenas, participando em 32,3% do total de agentes tóxicos, porém as substâncias

não medicamentosas associadas como: droga de abuso (23,2%), raticida e produto de

uso domiciliar, ambos (11,5%) também aparecem em número considerável (Tabela II).

Resultados de um estudo conduzido em uma unidade de emergência do Recife

(PE) no período de abril a setembro de 2006 demonstraram que o principal agente

tóxico foi o medicamento (50%; n=13) seguidos dos produtos domissanitários (23,1%;

n=6), dos inseticidas e pesticidas (23,1%; n=6), e a via de exposição foi exclusivamente

oral. (LOURENÇO; FURTADO; BONFIM, 2006).

Segundo Bortolleto e Bochner (1999), com base nos dados registrados pela Rede

Nacional de Centros de Controle de Intoxicações, no período de 1993 a 1996, os

medicamentos se destacaram entre os principais agentes causadores de intoxicação

humana, contribuindo com 27% dos casos, ocupando o primeiro lugar nas estatísticas

relativas a esse evento.

Este fato é importante e merece maior atenção das autoridades responsáveis pelo

controle e pela fiscalização destes produtos, bem como, um maior cuidado de

profissionais que prescrevem e dispensam os medicamentos, destacando-se que ações

preventivas, além de oportunas, podem promover o uso racional e a redução dos casos

de intoxicação.

Considerando a via de exposição, a via predominante foi a digestiva (Gráfico II), o

que pode estar relacionado ao fácil acesso da administração e maior disponibilidade no

mercado das formas farmacêuticas para via oral. De acordo com Amador (2000), em

trabalho realizado em Maringá, os achados mostraram que a via oral foi a mais

envolvida nos casos de intoxicações agudas exógenas, seguidas das vias cutâneas,

mucosa e respiratória.

Quanto ao gênero, percebe-se a predominância do sexo feminino, responsáveis por

58,2% dos casos atendidos (tabela I). Percentual semelhante a outros estudos que, em

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alguns casos, relacionam como prováveis motivos a tendência das mulheres se

automedicarem, bem como, serem as responsáveis pelo armazenamento dos

medicamentos, dos produtos de limpeza, raticidas e inseticidas em domicílio.

(ZAMBOLIM; OLIVEIRA; HOFFMANN et.at, 2008; GANDOLF; ANDRADE, 2006)

No que se refere à idade, o predomínio de casos de intoxicação exógena foi da

faixa de 20 a 29 anos (25,3%), seguida de 1 a 4 anos (21,2%) e, por último, de 30 a 39

anos (14,8%).

Quanto aos casos que apresentaram o medicamento como o principal agente

causador, as crianças até quatro anos se intoxicaram mais em relação às outras

(Tabela III), fato demonstrado em outros estudos que descreveram as crianças como

mais susceptíveis a intoxicação medicamentosa devido, provavelmente, a curiosidade

que possuem e a atratividade de alguns medicamentos (coloridos e de sabor

agradável), associado ao mau acondicionamento dos mesmos (BORTOLETTO;

BOCHNER, 1999).

Ainda em relação à faixa etária, no estudo de Zambolim, Oliveira, Hofmann et.at

(2008), em que foi descrito o perfil das intoxicações exógenas em um hospital

universitário, uma amostra com 46 pacientes atendidos pelo serviço de clínica médica,

no período de maio a agosto de 2006, no município de Pouso Alegre, a faixa etária

predominante foi de 13 a 20 anos em 32,6% dos casos, seguida de 21 a 30 anos em

28,2%.

Dentre os medicamentos, segundo grupo terapêutico, os neuropsicofármacos

corresponderam pela maior utilização, os cardiovasculares foram os mais utilizados

seguidos dos antialérgicos, antigripais e broncodilatadores (Tabela IV). Em um estudo

realizado por Gandolfi e Andrade (2006), no estado de São Paulo, foi verificado que os

neuropsicofármacos foram os principais responsáveis pelos casos de intoxicação

medicamentosa, sinalizando como causa o mau uso desses fármacos que devem ser

administrados com algumas precauções, por se tratar de medicamentos controlados

que podem levar o paciente a farmacodependência.

Uma das principais causas de intoxicação pode ser considerada a desinformação

da população quanto ao uso adequado desses produtos no ambiente doméstico, muitas

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vezes utilizados sem orientação ou acompanhamento de profissional qualificado,

aumentando o risco de intoxicações. (VILARINO; SOARES; SILVEIRA et. al , 1998).

O estudo mostra que a as crianças e mulheres estão mais propensas à intoxicação

por medicamentos. Esta afirmação é da Rede Nacional de Assistência Toxicológica

(RENACIAT, 2009), que informa que 30,5% dos casos diagnosticados de intoxicação

são causados por medicamentos. Para evitar problemas côa a saúde, a Agência

Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) sugere que a população siga algumas

instruções como, por exemplo, de não usar medicamentos sem receita médica; ler a

bula e o rótulo dos medicamentos antes de consumi-los; não dizer as crianças que

medicamento é doce ou gostoso, pois isso pode estimulá-las a consumi-lo; só usar

medicamentos nas doses indicadas; descartar sobra de medicamentos vencidos. Em

casos de dúvidas quanto ao uso consulte o Médico ou o Farmacêutico.

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6 CONCLUSÃO

No presente estudo foi possível verificar que a intoxicação por medicamentos tem

predominância no sexo feminino, a principal faixa etária acometida é a de 1 a 4 anos, e

que a via digestiva é a mais freqüente. É necessário ressaltar que existem perdas de

informações em relação ao registro de dados, pois como a ficha de notificação é

utilizada para o registro de intoxicação de todos os agentes tóxicos, em alguns casos

apresenta dificuldade de entendimento dos registros.

Foi observado também um grande número de casos em que não foi possível

identificar a substância envolvida, o que é um fator complicador para o tratamento.

Diante dessas informações, é de fundamental importância a capacitação dos

profissionais da área em relação às medidas de primeiros socorros e ao tratamento

adequado para os diferentes casos de intoxicação. Entretanto, a prevenção ainda é a

melhor maneira de reduzir a incidência de intoxicações, sendo necessário o

desenvolvimento de educação continuada para conscientização da população em

relação à utilização adequada dos medicamentos.

A restrição do uso, aliada a uma atuação mais rigorosa nos postos de venda pelos

órgãos de fiscalização e pelas empresas responsáveis são as principais estratégias

para amenizar o cenário de intoxicações no RJ e no Brasil. Adicionalmente, campanhas

públicas permanentes nos principais meios de comunicação de massa são essenciais

para diminuir o acesso de crianças a estes produtos dentro de casa, que ocorre

principalmente devido ao armazenamento inadequado.

Portanto, deve haver ação conjunta dos serviços de saúde na manifestação sobre

as intoxicações humanas, direcionando ações ao público mais afetado. Para isso, as

diferenças devem ser destacadas, formulando diálogo efetivo entre os profissionais da

saúde e a população afetada.

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ANEXO A – Protocolo de entrega do projeto ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP).

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ANEXO B – Ficha de Investigação do Sistema de Informação de Agravos de

Notificação (SINAN).