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Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
UNESP
IMPACTO FINANCEIRO DO PROGRAMA DE
INCLUSÃO E DE PERMANÊNCIA ESTUDANTIL
NA UNESP
2015
Administração Central da UNESP
Reitor Julio Cezar Durigan
Vice-Reitora Marilza Vieira Cunha Rudge
Pró-Reitor de Administração Carlos Antonio Gamero
Pró-Reitora de Extensão Universitária Mariângela Spotti Lopes Fujita
Pró-Reitor de Pós-Graduação Eduardo Kokubun
Pró-Reitor de Graduação Laurence Duarte Colvara
Pró-Reitora de Pesquisa Maria José Soares Mendes Giannini
Secretária Geral Maria Dalva Silva Pagotto
Chefe de Gabinete Roberval Daiton Vieira
Assessor-chefe de Comunicação e Imprensa Oscar D’Ambrosio
Assessor-chefe de Informática Edson Luiz França Senne
Assessor Jurídico Chefe Edson César dos Santos Cabral
Assessor-chefe de Planejamento e Orçamento Mário De Beni Arrigoni
Assessor-Chefe de Relações Externas José Celso Freire Junior
Assessor Especial de Planejamento Estratégico Rogério Luiz Buccelli
Coordenadora Geral de Bibliotecas Flavia Maria Bastos
Coordenador de Permanência Estudantil Mário Sérgio Vasconcelos
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A Universidade Estadual Paulista (UNESP) é uma das maiores e mais
importantes universidades brasileiras, com destacada atuação no ensino, na pesquisa e
na extensão de serviços à comunidade. Ao lado da Unicamp (Universidade Estadual de
Campinas) e USP (Universidade de São Paulo) é uma das três universidades públicas de
ensino gratuito mantidas pelo Governo do Estado de São Paulo.
Criada em 1976, a partir de institutos isolados de ensino superior que existiam
em várias regiões do Estado de São Paulo, a UNESP tem atualmente 34 unidades em 24
cidades, sendo 22 no interior, uma na capital e uma no litoral paulista, em São Vicente.
Os mais de 3,7 mil professores e 7,2 mil funcionários asseguram sólida formação aos
alunos e garantem que as atividades sejam desenvolvidas com qualidade. A UNESP
oferece 179 opções de cursos de graduação, em 68 profissões de nível superior, que
formam por ano 5,5 mil novos profissionais. Na graduação, possui mais de 37,3 mil
alunos. Na Pós-graduação, mais de 12 mil alunos estudam em 129 programas, com 119
mestrados acadêmicos, 13 mestrados profissionais e 101 doutorados acadêmicos. Possui
ainda 6,5 mil estudantes em cursos lato sensu promovidos pelo Núcleo de Ensino a
Distância (NEaD).
Preocupada em manter a excelência na formação de seus alunos, a UNESP há
mais de três décadas desenvolve Programas de Permanência Estudantil que preveem
uma série de incentivos aos estudantes. Investe em diversas modalidades de auxílios e
bolsas de estudos visando qualificar o desempenho acadêmico, bem como a
permanência dos alunos que ingressam na universidade e que são oriundos de famílias
que vivem em situação de vulnerabilidade socioeconômica (com renda per capita familiar
de até 1,5 salários mínimos). Nesse sentido, atualmente confere atenção especial aos
estudantes que ingressam na UNESP por meio do Programa de Inclusão iniciado, em
2014, por solicitação do Governo do Estado de São Paulo.
Para demonstrar os investimentos feitos pela UNESP com esta finalidade,
apresentamos detalhadamente neste documento os incentivos voltados para a
Permanência Estudantil de alunos que ingressaram na UNESP em situação de
vulnerabilidade socioeconômica e/ou pelo Programa de Inclusão, por meio do Sistema
de Reserva de Vagas da Escola Básica Pública (SRVEBP).
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PROGRAMA DE INCLUSÃO E DE PERMANÊNCIA ESTUDANTIL NA UNESP
1. A proposta do Governo do Estado de São Paulo e a decisão do Conselho
Universitário sobre o Programa de Inclusão na UNESP
No segundo semestre de 2012, o Governo do Estado de São Paulo solicitou,
por meio do Programa Paulista de Inclusão Social no Ensino Superior (PPISES), que as
universidades estaduais desenvolvessem um programa de ação afirmativa para promover
a inclusão de alunos em condições de vulnerabilidade socioeconômica nos seus cursos
de graduação, mediante o acolhimento, em 50% de suas vagas, de alunos oriundos de
escolas públicas, guardando, dentre estes, a parcela de 35% para os grupos étnicos
preto, pardo e índio (PPI).
Após vários estudos realizados por comissões compostas por docentes da
UNESP, USP e UNICAMP e especialistas indicados pelo Governo do Estado de São
Paulo, foi elaborada a proposta do Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior
Público Paulista (PIMESP), no qual estava previsto que as universidades estaduais
tivessem ao menos 50% das matrículas, em cada turno, com alunos que cursavam
integralmente o Ensino Médio em Escolas Públicas e, dentre os 50%, o percentual de
pretos, pardos e indígenas deveria ser, no mínimo, aquele verificado pelo IBGE no Censo
Demográfico de 2010 (35%). Estas metas deveriam ser atingidas até 2014.
Além disso, enquanto modalidade funcional estratégica para o ingresso de
estudantes na universidade, o PIMESP previa implantar o Instituto Comunitário de Ensino
Superior (ICES) e o Plano Institucional de Recrutamento de Estudantes (Processo
943/2005 – Reitoria/UNESP – p. 361). O PIMESP estava formatado para ser totalmente
implantado e consolidado tendo por suporte a criação, pelo Governo Estadual e
Universidades, de um Fundo Especial para o Apoio à Inclusão Social, destinado a
financiar a permanência de estudantes no programa de inclusão, com o principal
propósito de evitar a retenção e a evasão. Para consolidar essas metas, o investimento
inicial previsto para os primeiros oito anos de funcionamento do PIMESP seria de 27,017
milhões de reais no primeiro ano; 50,580 milhões no segundo ano; 63,719 no terceiro ano;
75,260 no quarto ano; 86,056 no quinto ano; 91,698 no sexto ano; 94,679 no sétimo ano e
94, 679 no oitavo ano. Portanto o custo total de implantação e consolidação do PIMESP
previa um investimento de 583,688 milhões de reais (Processo 943/2005 –
Reitoria/UNESP – p. 363).
O Conselho Universitário da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita
Filho" (UNESP), buscando atender à solicitação do Governo do Estado de São Paulo e se
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aprofundar na discussão sobre propostas de inclusão, após vários debates envolvendo o
PPISES e o PIMESP, em agosto de 2013, aprovou, semelhante à USP e à UNICAMP,
proposta de inclusão diferente do PIMESP, mas adequadas à realidade da UNESP, no
sentido de cumprir sua responsabilidade social mantendo o nível de excelência no ensino,
na pesquisa e na extensão universitária. Para atender as metas de inclusão em seus
cursos de graduação, de alunos oriundos de escolas públicas e de alunos pretos, pardos
e índios, o projeto de inclusão da UNESP prevê o seguinte:
a) 50% das vagas, para cada curso e turno, dos cursos de graduação da
UNESP devem ser preenchidas por estudantes que cursaram integralmente o ensino
médio em escolas públicas;
b) do total de vagas a serem ocupadas por estudantes oriundos de escolas
públicas, 35% serão reservadas para pretos, pardos e índios;
c) no prazo de 5 (cinco) anos, a universidade deverá atingir a meta de inclusão
de 50% de estudantes de escola pública, sendo 15% em 2014, 25% em 2015, 35% em
2016, 45% em 2017 e 50% em 2018;
d) a metodologia adotada para a inclusão é o Sistema de Reserva de Vagas
para a Educação Básica Pública (SRVEBP), por meio do processo classificatório do
vestibular, com aproveitamento dos candidatos até o limite de vagas fixadas para cada
curso e turno.
2. O perfil de estudantes de graduação da UNESP
Como afirmamos, a UNESP tem atualmente 34 unidades em 24 cidades.
Desde a sua criação, em 1976, vem gradativamente aumentando o número de cursos e
de estudantes. Em 1990, já contava com 17.199 alunos de graduação e, em 2000, este
contingente subiu para 23.603 alunos. Entre 2002 e 2014 houve um aumento de
aproximadamente 12.000 alunos. No final de 2014 contava com 37.388 estudantes de
graduação. O aumento gradativo de alunos no período de 2002 até 2014 pode se melhor
visualizado na Figura 1:
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Figura 1. Estudantes matriculados nos cursos de graduação da UNESP
Fonte: Anuário Estatístico de 2015
Visando evitar a retenção e a evasão de alunos da graduação, a UNESP,
desde a década de 1990, já desenvolvia várias ações de apoio voltadas para uma política
de permanência estudantil e de inclusão (Cursinhos Pré-vestibular, Programa Adote um
Aluno, Bolsas de Apoio Acadêmico e Extensão, Moradias Estudantis, Auxílios Aluguel,
Restaurantes Universitários, Subsídios Alimentação, Centros de Vivência). Embora tenha
em seu quadro um grande contingente de estudantes oriundos de escolas públicas, a
inovação inclusiva, estabelecendo percentuais de alunos de escola pública por curso e
turma, está desenhando um novo perfil de estudantes da UNESP. O principal motivo é
porque no programa de inclusão adotado, em 2013, passou-se a considerar como
ingressantes o grupo de alunos egressos que cursaram integralmente o Ensino Médio
em Escola Pública.
Podemos observar, a seguir, na Figura 2, a sequência histórica, de 2010 a
2015, da distribuição dos alunos matriculados no 1º ano dos cursos de graduação da
UNESP, por origem administrativa do Ensino Médio, considerando os grupos que
cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas e os que fizeram um ou
mais anos em escolas particulares.
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Figura 2. Número de alunos ingressantes por origem administrativa do ensino médio de 2010 a 2015
Fonte: Dados elaborados pela VUNESP (AZEVEDO, 2015)
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Observando a Figura 2, pode-se constatar, somando-se os dados da segunda
linha "Integralmente Escola Pública (EP)", que nos últimos seis anos a UNESP absorveu
15.550 alunos que frequentaram integralmente a escola pública e que esse aumento é
gradativo e anual. Segundo Azevedo (2015), a análise do ingresso de estudantes na
UNESP demonstra que:
“Em relação ao processo seletivo de 2010 a universidade recebeu, em 2014, um total de 708 alunos a mais, finalizando a matrícula com 2.841 alunos que cursaram integralmente o Ensino Médio em Escolas Públicas, representando 38,34% dos alunos matriculados ou 39,14% das vagas oferecidas e, em 2015, a universidade recebeu 818 alunos a mais, representando 40,7% dos alunos matriculados ou em vagas oferecidas.”
Por ocasião do período de inscrição no Vestibular UNESP, em questionário
socioeconômico apresentado aos candidatos, estes responderam, entre outras, duas
questões relativas à renda familiar e ao número de pessoas que vivem com a renda
declarada. Analisando as respostas dos alunos matriculados nos diferentes cursos de
graduação oferecidos pela UNESP, é possível calcular, mantendo-se uma correlação
entre as duas respostas, a renda per capita do aluno matriculado.
1 AZEVEDO, T.C.A.M. Análise do perfil socioeconômico e da origem administrativa do ensino médio dos alunos
matriculados no 1º ano dos cursos de graduação da Unesp. Fundação VUNESP. 2015.
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os
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Para fins de apresentação dos resultados e da análise dos dados, o universo
dos alunos matriculados foi reagrupado em três grupos: o primeiro com renda per capita
até 1,50 salários mínimos (possíveis candidatos ao programa de bolsa e auxílios de
permanência estudantil), o segundo grupo com os alunos matriculados que declararam
renda per capita familiar de 1,51 a 2,00 salários mínimos e o terceiro grupo com renda per
capita superior a 2,00 salários mínimos. A Figura 3 apresenta a distribuição de alunos
matriculados no primeiro ano de graduação na UNESP nos diferentes grupos de renda
familiar per capita.
Figura 3: Número de alunos ingressantes por intervalo de renda familiar per capita, por ano de
ingresso e número de vagas.
Fonte: Dados elaborados pela VUNESP (AZEVEDO, 2015)
Pela análise da sequência histórica dos processos seletivos de 2010 a 2015,
relativa aos dados obtidos das declarações dos candidatos inscritos no Vestibular,
conclui-se que, considerando apenas o atendimento ao critério de renda familiar per
capita de até 1,5 salários mínimos, a UNESP, em 2014, recebeu 2.515 alunos (33,85%
dos ingressantes) e, em 2015, recebeu 2.465 (33,98%) dos ingressantes na condição
descrita. Se somarmos (na primeira coluna vertical) o montante de alunos que
ingressaram na UNESP com o perfil sócio econômico de renda familiar per capita de até
Nú
me
ro d
e a
lun
os
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1,5 salários, entre 2010 e 2015, teremos no período o total de 13.528 ingressantes. Todos
potenciais alunos em condições de inscrição no Programa de Permanência Estudantil.
3. Ingresso de estudantes na UNESP pelo Sistema de Reserva de Vagas para a
Educação Básica Pública (SRVEBP)
Em 2014, quando começou o Projeto de Inclusão, a UNESP ofereceu no
vestibular de inicio de ano 7.259 vagas, distribuídas em 171 opções de cursos, em 23
cidades: Araçatuba (155 vagas), Araraquara (855 vagas), Assis (405 vagas), Bauru (1.045
vagas), Botucatu (600 vagas), Dracena (40 vagas), Franca (400 vagas), Guaratinguetá
(310 vagas), Ilha Solteira (270 vagas), Itapeva (80 vagas), Jaboticabal (280 vagas),
Marília (475 vagas), Ourinhos (90 vagas), Presidente Prudente (640 vagas), Registro (40
vagas), Rio Claro (490 vagas), Rosana (80 vagas), São João da Boa Vista (40 vagas),
São José do Rio Preto (460 vagas), São José dos Campos (120 vagas), São Paulo (184
vagas), São Vicente (80 vagas) e Tupã (120 vagas). No vestibular realizado no meio do
ano de 2014, ingressaram mais 420 estudantes em 5 cidades: Bauru (40 vagas), Dracena
(40 vagas), Ilha Solteira (200 vagas), Registro (40 vagas) e Sorocaba (100 vagas).
Portanto, em 2014, ingressaram na UNESP 7.679 alunos. Pelo sistema de Sistema de
Reserva de Vagas para Educação Básica Pública (SRVEBP) ingressaram 1.197
estudantes (15%). Destes, 412 autodeclarados pretos pardos ou indígenas
(SRVEBP+PPI).
No vestibular 2015, o Sistema de Reserva de Vagas para a Educação
Básica Pública (SRVEBP) garantiu um mínimo de 25% das vagas de cada curso para
alunos que tenham feito todo o ensino médio em escola pública. Isso amplia a proporção
destes alunos nos cursos da UNESP, que nos últimos anos tem sido de cerca de 40% das
vagas oferecidas.
As normas para o Concurso Vestibular da UNESP/2015 estabeleceram que
fossem oferecidas 7.271 (sete mil, duzentas e setenta e uma) vagas para os cursos que
iniciam no primeiro semestre e 420 vagas para o vestibular de meio do ano. No total são
7691 vagas. Consequentemente, considerando os vestibulares de início e meio do ano,
em 2015, tivemos a seguinte distribuição de vagas: 5.740 (cinco mil, setecentas e
quarenta) vagas para o Sistema Universal (SU) e para o Sistema de Reserva de Vagas
para Educação Básica Pública (SRVEBP) 1.951 (um mil, novecentos e cinquenta e
uma) vagas. Destas, 595 (quinhentas e noventa e cinco) foram destinadas aos candidatos
que se autodeclararem Pretos, Pardos ou Indígenas (PPI).
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Considerando os dados de 2014 e 2015 (Quadro 1), o total de ingressantes na
UNESP pelo SRVEBP é de 3.148 estudantes. Deste total, 1.007 foram reservadas para
pretos, pardos e índios (PPI).
Quadro 1 – Distribuição do número de estudantes por sistema de ingresso nos vestibulares da
Unesp de 2014 e 2015
Fonte: Dados informados pela PROGRAD.
4. O programa de Permanência Estudantil da UNESP
Paralelamente à adoção do programa de inclusão por meio do SRVEBP, a
UNESP, embora já desenvolvesse há mais de duas décadas ações voltadas para a
assistência ao estudante com Cursinhos Pré-vestibular, Programa Adote um Aluno,
Bolsas de Apoio Acadêmico e Extensão, Moradias Estudantis (1240 vagas), Auxílios
Aluguel, Restaurantes Universitários (5470 refeições ao dia), Subsídios Alimentação,
Centros de Vivência, etc., estando atenta às demandas relacionadas à nova política de
inclusão, criou a Coordenadoria de Permanência Estudantil - COPE (Despacho nº 204/13)
com a finalidade de dar melhor atendimento a este contingente de alunos. A COPE foi
implantada com o propósito elaborar, planejar, acompanhar e avaliar, em conjunto com a
Comissão Permanente de Permanência Estudantil (CPPE), políticas, programas, metas e
ações que tenham por objetivo promover a igualdade de oportunidades aos estudantes
que estejam em situação de vulnerabilidade socioeconômica, contribuindo para a redução
de índices de retenção e evasão na universidade.
Os principais objetivos da COPE são: a) Planejar ações para receber alunos
que ingressarem na UNESP pelo Programa de Inclusão por meio do Sistema de Reserva
de Vagas da Educação Básica Pública (SRVEBP); b) Introduzir na UNESP as diretrizes
do Plano Nacional de Assistência Estudantil - PNAES (Decreto 7.234/julho 2010), que
visa principalmente atender estudantes oriundos da rede pública de educação básica com
renda per capita de até 1,5 salários mínimos; c) atender as demandas de permanência
estudantil seguindo as normas de desempenho dos alunos estabelecidas pela UNESP; d)
Sistema de Ingresso 2014 2015 Totais
Total de Vagas 7679 7691 15370
Sistema Universal 6482 5740 12222
SRVEBP 785 1356 2141
SRVEBP (PPI) 412 595 1007
Total do SRVEBP 1197 1951 3148
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atender as demandas de permanência relacionadas à implantação de novos cursos; e)
consolidar a Política de Permanência Estudantil na UNESP.
Atualmente a UNESP oferece aos alunos com vulnerabilidade socioeconômica
(com renda per capita familiar de até 1,5 salários mínimos) as seguintes modalidades de
auxílios:
a) Moradia Estudantil (1240 vagas)
b) Restaurante Universitário (5470 refeições dia)
b) Bolsa de Permanência Estudantil - BPE - (R$ 450,00)2
c) Auxílio Aluguel (R$ 230,00)
d) Subsídio Alimentação (R$ 75,00)
e) Bolsa para alunos com deficiência (R$ 450,00)
f) Auxílio Estágio (R$ 450,00)
Os alunos com extrema dificuldade socioeconômica podem acumular a BPE,
Auxílio Aluguel e Subsídio Alimentação, perfazendo o total de R$ 755,00 (setecentos e
cinquenta e cinco reais)3.
Com o ingresso dos alunos, em 2014 e 2015, pelo SRVEBP, a UNESP pôde
elaborar estudo para estipular os custos diretos deste contingente de alunos que
ingressaram pelo Programa de Inclusão e que estão diretamente relacionados à
Permanência Estudantil.
Os estudos realizados pela COPE demonstraram que, em 2014, dos 1.197
alunos que ingressaram pelo SRVEBP, 635 solicitaram auxílios relacionados à
permanência estudantil por atenderem aos critérios socioeconômicos e de desempenho
acadêmico estabelecidos pela UNESP e pelo Plano Nacional de Assistência ao Estudante
(PNAES). No total (incluindo veteranos e ingressantes pelo sistema universal e sistema
de reserva) foram 2.877 solicitações de auxílios relacionados à permanência estudantil.
Destes, 2.659, por atenderem aos critérios, foram contemplados.
Com base nos estudos preliminares sobre o processo de 2015, 3876
estudantes solicitaram os auxílios de permanência estudantil. Até o mês de julho foram
atribuídos 2850 auxílios para estudantes que atenderam os critérios estabelecidos pela
UNESP4.
2 Bolsa também denominada, até 2015, de Bolsa de Apoio Acadêmico e Extensão I (BAAE I).
3 Anualmente os auxílios relacionados à permanência estudantil são reajustados aplicando-se, pelo menos, o índice de
inflação (em 2015 o reajuste foi corresponde à aproximadamente 6,5%). 4 Não foram somadas 175 Bolsas emergenciais e o quantitativo referente ao processo seletivo do vestibular de meio de ano que
está em curso.
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A análise refinada dos dados do processo seletivo de 2014 e 2015 permitiu
realizar um estudo mais aprofundado das solicitações de estudantes de auxílios
relacionados à permanência estudantil e dos impactos do programa de inclusão pelo
Sistema de Reserva de Vagas da Educação Básica Pública (SRVEBP). No Quadro 2 e
Figura 4 são apresentados dados referentes a 2014, com a distribuição da quantidade de
estudantes por categoria de auxílios de permanência estudantil, incluindo os ingressantes.
Os dados referentes ao ano de 2015 podem ser visualizados no Quadro 3 e na Figura 5.
Quadro 2 – Distribuição de estudantes por categoria de auxílios de permanência estudantil em 2014
Estudantes Contemplados
BPE5
Contemplados Auxílio aluguel
Contemplados BPE e auxílio
aluguel
Contemplados moradia
estudantil
Contemplados BPE e moradia
estudantil
Migraram ou não foram
contemplados devido aos
critérios
Inscritos
Veteranos 640 320 111 369 289 178 1907
Ingressantes SRVEBP
6 272 76 55 58 146 28 635
Ingressantes SU
7 153 47 24 40 59 12 335
Total 1065 443 190 467 494 218 2877
Figura 4. Distribuição dos tipos de auxílio concedidos em 2014
5 Bolsa também denominada, até 2015, de Bolsa de Apoio Acadêmico e Extensão I (BAAE I).
6 Sistema de Reserva de Vagas da Educação Básica Pública.
7 Sistema Universal.
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Quadro 3 – Distribuição de estudantes por categoria de auxílios de permanência estudantil em 2015
Estudantes Contemplados
BPE8
Contemplados Auxílio aluguel
Contemplados BPE e auxílio
aluguel
Contemplados moradia
estudantil
Contemplados BPE e moradia
estudantil
Migraram ou não foram contemplados
devido aos critérios
Inscritos
Veteranos ≤ 2013 424 210 92 328 199 387 1640
SU 2014-2015
9 265 76 71 62 94 270 838
Ingressantes SRVEBP
10 291 91 66 85 119 221 873
Ingressantes SRVEBP/PPI 189 42 43 56 88 107 525
Total 1169 419 272 531 500 985 3876
Figura 5: Distribuição dos tipos de auxílio concedidos em 2015
8 Bolsa também denominada, até 2015, de Bolsa de Apoio Acadêmico e Extensão I (BAAE I).
9 Sistema Universal
10 Sistema de Reserva de Vagas da Educação Básica Pública.
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5. Previsão de impacto do SRVEBP para a implantação do Programa de Inclusão até
2018
Tendo por base os dados apresentados sobre o que ocorreu na UNESP em
relação ao SRVEBP em 2014 e 2015, é possível fazer a seguinte leitura:
A. Em 2014 houve a reserva de 15% das vagas, totalizando 1197 estudantes.
Em 2015, houve a reserva de 1951 vagas. No total, em 2014 e 2015, foram
reservadas 3148 vagas;
B. Destes 3148 alunos que ingressaram pelo SRVEBP, 1398 solicitaram
auxílios de permanência estudantil e foram contemplados por atenderem
aos critérios socioeconômicos. Em média até o momento, aproximadamente
45% dos alunos solicitaram auxílios de permanência estudantil, tendo em
vista que o processo de 2015 ainda não foi finalizado;
C. Em 2016, das 7675 vagas que serão oferecidas no vestibular, a UNESP terá
35% das vagas pelo sistema de reserva de vagas, totalizando 2715 vagas;
D. Tendo em vista as projeções de ingresso em 2016 e os percentuais de
estudantes ingressantes pelo SRVEBP que solicitaram auxílio permanência,
em 2014 e 2015, possivelmente teremos no próximo ano letivo 1488
ingressantes pelo Sistema de Reserva solicitando auxílios de
permanência;
Feita a estimativa para o ano de 2016, e a previsão de inflação média de 9,5%
ao ano (que determina o aumento do valor dos auxílios), podemos fazer a seguinte
projeção, descrita no Quadro 4, dos recursos e quantitativo de auxílios de permanência
estudantil que serão destinados ao SRVEBP até 2018, ano no qual será atingida a meta
de 50% de alunos de escola pública estipulado pelo Programa de Inclusão da UNESP.
Portanto, se observarmos o impacto referente ao processo de inclusão na
UNESP, somente em 2016, será de R$ 9.821.350,00 (nove milhões, oitocentos e vinte e
um mil e trezentos e cinquenta reais). No período de cinco anos (2014 a 2018) atenderá
7249 alunos egressos da Escola Pública e investirá aproximadamente cinquenta
milhões de reais.
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Quadro 4 – Projeções de impacto financeiro decorrente do ingresso de alunos na UNESP por meio do Projeto de Inclusão (SRVEBP)
Estudantes Ingressantes e Permanência Estudantil 2014 201511 2016 2017 2018 Totais
Vagas no Vestibular (Vunesp). 7679 7691 767512 7755 7755
Porcentagem de egressos da Educação Básica Pública.
15% 25% 35% 45% 50%
Ingressantes SRVEBP. 1197 1951 2706 3490 3878
SRVEBP - Inscrições para Auxílios Permanência (55%). 13
635 1073 1488 1920 2133
Ingressantes pelo SRVEBP com extrema necessidade (aproximadamente 10%).
64 107 149 192 213
Valor da BPE + Subsídio alimentação (com previsão de reajuste de 9,5% ao ano).
400 525 57514 630 690
Valor da BPE + Auxílio Aluguel e Subsídio alimentação (com previsão de reajuste de 9,5% a partir de 2016) para alunos com extrema necessidade.
600 755 825 905 990
Impacto financeiro para concessão de BPE + Subsídio Alimentação destinados aos 55% dos ingressantes pelo SRVEBP (11 meses), exceto os com extrema necessidade.
R$
2.512.400,00
R$
5.578.650,00
R$
8.469.175,00
R$
11.975.040,00
R$
14.572.800,00
R$
43.108.065,00
Impacto financeiro para concessão de BPE + Auxílio Aluguel e Subsídio alimentação destinados aos ingressantes pelo SRVEBP (10%) para alunos com extrema necessidade (11 meses).
R$
422.400,00
R$
888.635,00
R$
1.352.175,00
R$
1.911.360,00
R$
2.319.570,00
R$
6.894.140,00
Impacto financeiro total15 R$
2.934.800,00
R$
6.467.285,00
R$
9.821.350,00
R$
13.886.400,00
R$
16.892.370,00
R$
50.002.205,00
11
Em 2015, após estudo comparativo com a UNICAMP, USP e universidades federais, o valor das Bolsa Permanência (BPE) foi estimado, na UNESP, em R$ 450,00. 12
Na Resolução UNESP Nº 43, DE 29-06-2015 são oferecidas 7355 vagas para o vestibular de 2016 e foi adicionada a previsão do oferecimento de 320 vagas no Vestibular do meio do ano. 13
Estudantes que solicitaram auxílio permanência estudantil, com renda per capita familiar de até 1,5 salários mínimos. 14
Os valores anuais das Bolsas foram reajustados com o índice de 9,5% ao ano (2016, 2017 e 2018). 15
Cabe ressaltar que esses não são os únicos estudantes a requererem auxílio permanência, pois a UNESP possui um percentual maior de egressos da escola pública e que acabam entrando
pelo sistema universal em cursos com menores relações candidato/vaga e também requerem auxílios de permanência estudantil.
14
6. Restaurantes Universitários
Além do Programa de Inclusão, outro programa que tem forte impacto
financeiro na UNESP, relacionado à Permanência Estudantil, é o programa voltado para
os Restaurantes Universitários (RUs). Os restaurantes têm por finalidade o preparo e
distribuição de refeições prioritariamente ao corpo discente, especialmente para os
estudantes com vulnerabilidade socioeconômica, oferecendo uma alimentação de
qualidade e quantidade adequada para a sua clientela. Além disso, os RUs criam
condições para que os alunos permaneçam o dia todo no câmpus para desenvolverem
suas atividades acadêmicas e constituem-se em um espaço de integração da comunidade
universitária.
Convém reiterar que a UNESP é uma universidade multicâmpus presente em
24 cidades, em todas as regiões do Estado, e com evidentes mecanismos e solicitações
de expansão. Nas últimas décadas foram abertos novos cursos de graduação e pós-
graduação com consequente aumento das vagas. Além disso, é uma universidade que
cumpre sua proposta identitária original quanto à inserção do ensino superior público no
interior do Estado de São Paulo e que vem, a cada ano, recebendo, através do seu
vestibular, mais e mais alunos da rede pública estadual. Esses alunos, em sua maioria,
apresentam necessidades a serem supridas pelos programas de permanência estudantil
que têm por finalidade evitar a retenção, a evasão e possibilitar que esses estudantes
possam concluir seus cursos. Nesse sentido, os RUs possuem importância estratégica.
Conforme pode ser verificado na Figura 6, os Restaurantes Universitários da
UNESP estão localizados em 10 das 24 cidades em que a UNESP está presente:
Araraquara, Assis, Bauru, Franca, Ilha Solteira, Jaboticabal, Marília, Rio Claro, São José
do Rio Preto e Presidente Prudente.
15
Figura 6. Restaurantes Universitários da UNESP
Dentre as ações da Coordenadoria de Permanência Estudantil (COPE),
destacamos a elaboração de estudos e projetos para o Programa de Restaurantes
Universitários16. Os dados coletados até o presente momento podem ser observados no
Quadro 5.
Os dados do Quadro 5 indicam que o valor real da refeição, considerando
apenas o alimento (sem incluir, material de limpeza, utilidade pública e pessoal), é de R$
4,67. Somando-se as despesas com custeio e pessoal chega-se ao custo médio de R$
8,67 por refeição oferecida nos Restaurantes Universitários da UNESP. Como os preços
praticados nos Restaurantes Universitários da UNESP variam de R$ 2,50 a R$ 4,00, o
subsídio concedido por refeição oferecida gira em torno de R$ 5,17.
16
Atualmente a COPE está finalizando este estudo para a criação de uma política para os RUs da UNESP. Tal estudo,
que prevê as necessidades para atendimento da demanda crescente das Unidades, deverá tramitar, ainda em 2015,
nos Órgãos Colegiados Competentes.
16
Quadro 5 - Projeções do impacto financeiro referente ao programa de Restaurantes Universitários
DADOS SOBRE OS RUs 2014 201517
201618
201719
201820
Totais
Número de refeições servidas por
dia 5470 5470 6.570 8.220 11.510
Valor médio cobrado por refeição
(2,50 a 4,00 em 2015) 3,35 3,50 4,00 4,50 5,00
Valor Real médio refeição
(considerando somente alimentos) 4,38 4,67 5,11 5,60 6,13
Gastos com os Alimentos - Média
mensal (R$ 257.491,00) 3.089.892,00 3.290.734,00 4.327.976,97 5.929.328,44 8.433.269,06
Gastos material de limpeza - Média
mensal (R$ 51.898,00) 622.776,00 663.256,00 871.518,38 1.192.890,78 1.802.577,26
Gastos (Util. Pública - água luz e
gás - mensal (R$ 7.378,00) 88.536,00 94.291,00 123.898,37 169.585,90 256.261,25
Gastos com manutenção
equipamentos 81.360,00 86.648,00 94.879,56 103.893,12 113.762,96
Gasto Alimentos + mat. limpeza e
útil. Pub. e manutenção equip. 3.882.564,00 4.134.929,00 5.418.273,28 7.395.698,24 10.605.870,53
Gasto anual com pessoal (UNESP)
– 102 func. (2014 e 2015) 4.550.006,00 4.914.006,00 5.915.556,78 7.400.294,19 11.150.066,63
Gasto anual com terceirização 28
func. (2014 e 2015) 1.305.624,00 1.390.489,00 2.067.212,17 2.859.963,59 4.123.635,26
Valor Anual Gasto RU 9.738.194,00 10.439.424,00 13.401.042,23 17.655.956,02 25.879.572,42
Valor Arrecadado (venda) total de
refeições X 22 dias X 10 meses X
valor médio da refeição
4.031.390,00 4.211.900,00 5.781.600,00 8.137.800,00 12.661.000,00
Estimativa de Subsídio concedido 5.706.804,00 6.227.524,00 7.619.442,23 9.518.156,02 13.218.572,42
Aumento do número de refeições dia
para atendimento da demanda
(almoço e jantar)
- - 1100 1650 3290
Funcionários para atender o
aumento de refeições/dia - - 16 25 68 109
Impacto financeiro para atendimento
da demanda de equipamentos - 3.326.990,00 2.000.000,00 1.000.000,00 2.000.000,00
Estimativa de gastos de
infraestrutura para ampliação e
reformas dos RUs da UNESP
- 3.130.000,00 11.800.000,00 5.500.000,00 4.300.000,00
Gasto Total da UNESP com o
Programa de RUs incluindo
subsídio, o investimento na
ampliação das refeições, reforma
dos RUs existentes e ampliação em
outras Unidades não atendidas.
5.706.804,00 12.684.514,00 21.419.442,23 16.018.156,02 19.518.572,42 75.347.488,67
Locais previstos para reforma
adequação da estrutura do RU ou
nova implantação
Araraquara
Marília
Assis
Rio Claro
Ilha Solteira
Botucatu
Franca
S.J. do Rio
Preto
Pres. Prudente
Jaboticabal
Sorocaba
C.Litoral
Paulista
Registro
Ourinhos
Instituto de Artes
17
Aplicado índice de 9,5% de inflação anual aos valores de 2015. 18
Além do índice de 9,5% de inflação foi incorporada a ampliação de 1100 refeições/dia com a respectiva ampliação
do quadro de funcionários. 19
Além do índice de 9,5% de inflação foi incorporada a ampliação de 1650 refeições/dia com a respectiva ampliação
do quadro de funcionários. 20
Além do índice de 9,5% de inflação foi incorporada a ampliação de 3090 refeições/dia com a respectiva ampliação
do quadro de funcionários nos RUs pré-existentes e nos construídos em 2017/2018.
17
Em 2014 e em 2015 a estimativa do subsídio concedido foi da ordem de R$
6.000.000,00 (seis milhões de reais) ano. Com o aumento da demanda evidenciada no
estudo em finalização temos a necessidade de ampliar continuamente as refeições
servidas e inclusive atender no período noturno. Nessa perspectiva, está prevista a
ampliação de 1100 refeições em 2016, 1650 em 2017 e 3290 em 2018.
Portanto, ao analisar o Quadro 5, percebe-se que o gasto total da UNESP com
o Programa de RUs, incluindo os subsídios, o investimento na ampliação das refeições,
as reformas dos RUs existentes e a ampliação em outras Unidades não atendidas
perfazem, até 2018, o valor total de R$ 75.347.488,67, para atender aproximadamente
11.510 refeições por dia.
7. Moradia Estudantil.
Outro Programa de apoio oferecido pela UNESP aos estudantes de graduação
que se encontram em situação de vulnerabilidade socioeconômica é a Moradia Estudantil.
Atualmente, são disponibilizadas 1.240 vagas conforme pode ser visualizado no quadro 6.
Quadro 6 – Número de vagas oferecidas nas Unidades que possuem moradia estudantil
Unidade/Campus Nº de vagas Campus Araçatuba 64 FCL/Araraquara 128 FCL/Assis 119 Campus de Bauru 32 Campus de Botucatu 64 FCHS/Franca 86 FE/Guaratinguetá 54 FE/Ilha Solteira 288 FFC/Marília 95 FCT/Presidente Prudente 128 Campus de Rio Claro 96 IBILCE/São José do Rio Preto 64 IA/São Paulo 22 TOTAL 1240
A Coordenadoria de Permanência Estudantil (COPE) iniciará, ainda em 2015,
estudo sobre a Moradia Estudantil na UNESP para quantificar os gastos e analisar as
necessidades de ampliação do programa tendo em vista o processo de inclusão em curso
na UNESP. Cabe ressaltar que todos os gastos referentes às Moradias (reformas,
18
manutenção, aquisição de mobiliário, utilidade pública e outros) estão distribuídos no
custeio das respectivas Unidades Universitárias e, consequentemente, não há a
totalização dos gastos com este programa na UNESP. No referido estudo, além de coletar
tais dados sobre os gastos, serão avaliadas as necessidades de implantação de novas
moradias em Unidades em que não há vagas.
Para quantificar os gastos mínimos com este programa utilizamos a aplicação
dos gastos equivalentes ao Auxílio Aluguel oferecido a alunos com vulnerabilidade
socioeconômica em Unidades que não possuem Moradia ou cujas vagas não são
suficientes para atender a demanda. Sendo assim podemos visualizar no Quadro 7 a
previsão de gastos com Moradia Estudantil para o período de 2015 a 2018. Incluímos
também a previsão da construção do novo prédio previsto para a Unidade de Franca, a
ampliação das moradias de São José do Rio Preto e de Marília e a construção do prédio
da moradia do Instituto de Artes em São Paulo.
Quadro 7 – Projeções do impacto financeiro referente ao programa de moradia estudantil
DADOS SOBRE OS RUs 2014 2015 2016 2017 2018 Totais
Valor gasto equivalente ao número
de vagas multiplicado pelo Auxílio
Aluguel = R$ 230,00 (subsídio
moradia)
2.976.000,00 3.422.400,00 3.720.000,00 4.303.200,00 4.888.800,00 19.310.400,00
Estimativas para ampliação ou
construção de prédios ou casas 6.000.000,00 3.000.000,00 5.000.000,00 14.000.000,00
Estimativa total de gastos com o
programa de Moradia estudantil 2.976.000,00 3.422.400,00 9.720.000,00 7.303.200,00 9.888.800,00 33.310.400,00
Unidades Universitárias que
ampliarão a oferta de vagas na
Moradia Estudantil.
São José do
Rio Preto
Marília
Instituto de
Artes – São
Paulo
Franca
Portanto ao analisar o Quadro 8 temos que ressaltar que a estimativa de
impacto referente ao gasto total da UNESP com o Programa de Moradia Estudantil,
incluindo as ampliações nas referidas Unidades perfaz, até 2018, o valor total de R$
33.310.400,00. Serão atendidos, por ano, aproximadamente 1500 estudantes com
vulnerabilidade socioeconômica.
8. Considerações finais
O Programa de Inclusão da UNESP faz parte do Programa Paulista de
Inclusão Social no Ensino Superior (PPISES), determinado pelo Governo do Estado,
em 2012, no qual constava a previsão de investimento, para a consolidação dos
19
programas de inclusão nas universidades púbicas do Estado de São Paulo, do montante
de 583,688 milhões de reais (Processo 943/2005 – Reitoria/UNESP – p. 363).
Após implantar seu Programa de Inclusão, a UNESP atendeu no Programa de
Permanência Estudantil, em 2014 e 2015, com, no mínimo, uma modalidade de
auxílio/bolsa, todos os alunos que fizeram a solicitação de auxílios e que se
enquadraram nos critérios socioeconômicos e de desempenho acadêmico. Portanto,
atendeu 4.811 estudantes (Quadro 8), incluindo 1627 que ingressaram pelo SRVEBP e
que solicitaram auxílio/bolsa. Para tanto, investiu R$ 26.652.360,00. No entanto, muitos
alunos, como demonstrado neste documento, conseguiram apenas uma modalidade de
auxílio, que corresponde a um valor ou suporte estrutural muito aquém do valor
necessário para manter um aluno na universidade nas condições mínimas necessárias
para que o estudante possa concluir seu curso de forma adequada, ter bom desempenho
e não abandonar a universidade antes da conclusão do curso.
No que diz respeito aos Restaurantes Universitários, a UNESP atendeu, em
2014 e 2015 uma demanda crescente que totalizou o fornecimento de mais de quatro
milhões e oitocentas mil refeições com um gasto total de R$ 18.391.318,00 (dezoito
milhões, trezentos e noventa e um mil e trezentos e dezoito reais).
Em 2016, para atender a demanda de todos os alunos com vulnerabilidade
socioeconômica que estudam na universidade, visando manter a qualidade e a excelência
acadêmica, a UNESP investirá no Programa de Permanência Estudantil, apenas com
auxílios e bolsas, R$ 20.680.200,00 (vinte milhões, seiscentos e oitenta mil e duzentos
reais). Desse modo, consideramos fundamental que a UNESP fortaleça, cada vez mais, a
parceria com Governo do Estado de São Paulo no sentido de obter recursos para dar
suporte ao Programa de Permanência Estudantil, principalmente tendo em vista os
estudantes que ingressam pelo Sistema de Reversa de Vagas da Educação Básica
Pública.
Para melhor visualização dos compromissos assumidos pela UNESP,
apresentamos, no Quadro 8, a previsão de investimentos diretos que a UNESP fará em
Permanência Estudantil até 2018, apenas com bolsas e auxílios. O aumento previsto de
alunos atendidos com os auxílios de permanência deve-se ao impacto da implantação do
Programa de Inclusão na UNESP, por meio do SRVEBP, que atingirá 50% de alunos de
escolas públicas em 2018.
20
Quadro 8 – Recursos gastos em 2014 e previsão para o período de 2015 a 2018 para atender o Programa de Permanência Estudantil da Unesp
Valor
Unitário
2015
(R$) 21
2014 2015 2016 2017 2018
Tipo de Bolsa Nº Anual Nº Anual Nº Anual Nº Anual Nº Anual
Bolsas de
Permanência
Estudantil (BPE +
Subs. Alimentação)
525,00 1605 7.704.000,00 1868 11.768.400,00 2241 15.462.900,00 2581 19.512.360,00 2751 22.778.280,00
Auxílio Aluguel +
Subs. Alimentação 305,00 468 1.516.320,00 395 1.445.700,00 440 1.742.400,00 489 2.141.820,00 511 2.452.800,00
Extrema Carência
(BPE + Aux. Aluguel
+ Subs. Alimentação)
755,00 197 1.418.400,00 309 2.799.540,00 351 3.474.900,00 394 4.278.840,00 415 4.930.200,00
Total 22
- 2239 10.638.720,00 2572 16.013.640,00 3032 20.680.200,00 3464 25.933.020,00 3677 30.161.280,00
21 Valor da BPE em 2014 era de R$ 330,00, o Auxílio Aluguel R$ 200,00 e o Subsídio Alimentação R$ 70,00. Em 2015, após estudo comparativo com a UNICAMP, USP e Universidades
federais, o valor das Bolsa Permanência (BPE) foi estimado, na UNESP, em R$ 450,00, o Auxílio Aluguel R$ 230,00 e o Subsídio Alimentação R$ 75,00 (com projeção de inflação nos
anos subseqüentes de 9,5% ao ano).
22 O aumento no número de bolsas de Permanência Estudantil deve-se ao impacto decorrente do Projeto de Inclusão da UNESP denominado Sistema de Reserva de Vagas da Educação
Básica Pública (SRVEBP) na UNESP.
21
Portanto, cabe reiterar que para atender ao Programa de Bolsas e Auxílios
de Permanência Estudantil, a UNESP investirá, em 2016, R$ 20.680.200,00. De 2014 a
2018, período de implantação do Programa de Inclusão (SRVEBP), a previsão de
investimentos, apenas com bolsas e auxílios de permanência estudantil totalizará R$
103.426.860,00. Com a inclusão das estimativas das despesas e investimentos nos
Programas de Moradia Estudantil, (Quadro 7, total de R$ 33.310.400,00) e dos
Restaurantes Universitários (Quadro 5, total de R$ 75.347.488,67), a Unesp investirá,
no período de 2014 a 2018, R$ 212.084.748,67. Tais dados podem ser observados na
Figura 7 e no Quadro 9.
Figura 7 . Impacto financeiro do Programa de Inclusão e de Permanência Estudantil
Quadro 9 - Impacto financeiro do Programa de inclusão e de Permanência Estudantil
Permanência
Estudantil 2014 2015 2016 2017 2018 Totais
Programa de
Bolsas e Auxílios 10.638.720,00 16.013.640,00 20.680.200,00 25.933.020,00 30.161.280,00 103.426.860,00
Programa de
Moradia
Estudantil
2.976.000,00 3.422.400,00 9.720.000,00 7.303.200,00 9.888.800,00 33.310.400,00
Programa
Restaurantes
Universitários
5.706.804,00 12.684.514,00 21.419.442,23 16.018.156,02 19.518.572,42 75.347.488,67
Total 19.321.524,00 32.120.554,00 51.819.642,23 49.254.376,02 59.568.652,42 212.084.748,67
Valores em reais (R$)
22
Finalmente, consideramos que o aporte do Governo do Estado é imprescindível
para que a UNESP possa implantar e consolidar seu Programa de Auxílios e uma Política
de Permanência Estudantil digna e condizente com os princípios que orientam a
qualidade e a excelência dos serviços prestados pela Universidade Estadual Paulista e
pelo Governo do Estado de São Paulo. Com certeza, esta parceria contribuirá para que a
UNESP se consolide, cada vez mais, como “a Universidade de todo o Estado de São
Paulo”.
Prof. Dr. Mário Sérgio Vasconcelos Dr. Eduardo Galhardo
Coordenadoria de Permanência Estudantil
23
Outubro - 2