universidade estadual do cearÁ prÓ-reitoria de … · Ø a dra elizabeth ferreira rangel...
TRANSCRIPT
1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
FACULDADE DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS
STHENIA SANTOS ALBANO AMÓRA
VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA E CONTROLE BIOLÓGICO DE Lutzomyia longipalpis NA CIDADE DE MOSSORÓ, RIO GRANDE DO NORTE
FORTALEZA 2009
2
STHENIA SANTOS ALBANO AMÓRA
VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA E CONTROLE BIOLÓGICO DE Lutzomyia longipalpis NA CIDADE DE MOSSORÓ, RIO GRANDE DO NORTE
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Ciências Veterinárias. Área de Concentração: Reprodução e Sanidade Animal. Linha de Pesquisa: Reprodução e Sanidade de Carnívoros, Onívoros e Aves. Orientadora: Profa. Dra. Claudia Maria Leal Bevilaqua.
FORTALEZA 2009
3
4
AGRADECIMENTOS
Ø A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e ao PPGCV da
UECE, por ter fornecido viabilidade para o desenvolvimento desse trabalho e pela atenção.
Ø Obrigada, “Senhor”! Desde o início dessa caminhada tu estiveste comigo... E agora que
alcancei meu objetivo, venho te louvar, te agradecer e oferecer humildemente o amor, a
felicidade e enfim, a vitória deste momento.
Ø Agradeço por ter me iluminado ao longo dessa jornada que se encerra e, diante de tanto amor,
é que rogo “Mãe Santíssima”, que olhe por mim na nova etapa que se inicia.
Ø Aos meus pais, Stheno Batista Albano Amóra e Solange Santos Albano Amóra, tesouro da
minha, a vocês devo minha existência e toda força que tenho para superar os obstáculos e
correr atrás dos meus sonhos. Não consigo mensurar nem descrever o quanto vocês são
importantes pra mim. Amo vocês com toda pureza da minha alma!
Ø A minha orientadora Profa. Dra. Claudia Maria Leal Bevilaqua. A Senhora antes de tudo
acreditou em mim, se interessou, se responsabilizou e trabalhou comigo com afinco... Apoiou
minhas decisões e vibrou com minhas vitórias. A Senhora dedico meu carinho,
reconhecimento, respeito, admiração e gratidão. Como sentirei sua falta...
Ø Minha grande amiga Profa. Dra. Nilza Dutra Alves. Tenho certeza que jamais deixarei de ser
sua discípula. A discípula que guardará na memória os seus ensinamentos, sua força,
determinação e ética; E no coração guardarei a gratidão, o respeito e infinito afeto. As
batalhas que você travou por mim e as vitórias que tivemos são impagáveis, mas como
amizade não se paga só tenho a lhe agradecer... Por ter confiado em mim, acreditado no meu
potencial e assumido todos os riscos apenas pelo desejo de me ver vencer. Obrigada por tudo!
Ø Ao meu namorado, Júlio César dos Reis Saraiva, amigo, companheiro e incentivador. Devo a
você muito de tudo que venho conquistando nesses seis anos de jornada, você sempre esteve
presente nos momentos mais difíceis e me mostrou do que eu sou capaz. Estar ao seu lado em
mais essa conquista é muito bom e acredito que não será a última... Muitas conquistas ainda
nos espera... Obrigada por tudo. Te amo!
Ø À minha família de São Paulo, Recife e de Mossoró. Em especial à minha madrinha – Rosa
Santos Radicchi, minha priminha Thatiane Santos Radicchi (saudades de vocês) e meus
primos Robson/Elaine Alves Santana. Obrigada por acreditarem em mim, por vibrar com
minhas vitórias e se indignar com as injustiças.
Ø À minha família por opção, minhas filhinhas, Márcia Viviane Alves Saraiva e Maria Luciana
Lira de Andrade. O dia-a-dia tem poder transformador... O colega torna-se amigo, torna-se
5
companheiro, afinidades se apresentam, laços se formam... Hoje, temos um pouco da outra em
cada uma de nós... E por tudo e de tudo, a saudade há de ficar. Amo vocês, obrigada por me
tornar uma pessoa mais sensível, mais bonita e mais “convivível”! E como não falar dos seus
maridos, Vando Santiago de Sousa e Edilson Lopes Júnior, pessoas adoráveis... Não só por
fazê-las felizes, o que já é um grande motivo pra eu gostar deles, mas também por todo
carinho, respeito e consideração que sempre tiveram por mim.
Ø As minhas amigas/irmãs de longa data Ediane Fernandes de Almeida, Gabriela Medeiros
Gabriel, Kênia Suênia M. Araújo, Andressa Luara J. Rosado e Thalita Queiroz. E as amigas
mais recentes, mas não menos queridas, Maíra Aparecida Araújo, Romeika Hermínia M. A.
Pereira e Mariana Machado Matos. Por sempre me lembrar o que sou e de tudo que sou
capaz... Por zelar por mim, se preocupar, compartilhar, vibrar com minhas vitórias e me
encorajar nas derrotas. Amo vocês e sinto muita, muita saudades!
Ø As minhas “mais novas melhores amigas de infância”, Iara Tersia de Freitas Macedo e Lorena
Mayana Beserra de Oliveira. Obrigada por ter dado um novo sentido a minha passagem pelo
PPGCV, por terem sido presentes e prestativas, confidentes e companheiras, por todos os
momentos divertidos e difíceis que passamos juntas. Obrigada por tonar esse último ano de
doutorado insequecível! Vou sentir muita falta de vocês!
Ø A família do meu namorado, em especial seus pais Dra Maria Nilza R. Saraiva e Dr.
Francisco Saraiva da Silva, por terem me acolhido e me considerado sua filha... Por terem me
acompanhado, participado desses últimos passos. Por terem torcido por mim e pelo cuidado.
Com afeto e respeito lhes dedico minha gratidão.
Ø Aos casais Edilval Almeida / Leda Maria Fernandes de Almeida, José Hernesto Rocha Matos
/ Aldenora Machado Matos e José Antenor Saraiva / Maria do Socorro Alves, pois como pais
de amigas muito queridas e principalmente como pessoas maravilhosas que são sempre
cuidaram e se preocuparam comigo com muito zelo e carinho.
Ø A Profa Dra e amiga Ana Carolina Fonseca Lindoso Melo (UFPI), você abriu as portas do
Laboratório de Doenças Parasitárias (LABODOPAR) pra mim e me mostrou os caminhos
para chegar até a prof Claudia ☺... Foi amiga incondicional nos momentos mais difíceis que
passei durante o período de adaptação no doutorado e mais que isso, sempre acreditou em
mim mesmo antes de me conhecer. Muito obrigada!
Ø Ao meu co-orientador Prof. Dr. Francisco Marlon Carneiro Feijó, obrigada por todo incentivo
e apoio, por ter acreditado em mim e me orientado durante essa jornada. Obrigada também
pela amizade e carinho durante todos esses anos.
6
Ø A Profa Dra Elza A. Luna-Alves Lima (UFPE) que gentilmente cedeu às cepas fúngicas
tornando possível a execução deste trabalho.
Ø Ao Prof Dr e amigo Fúlvio Aurélio M. Freire (UFERSA) pelo apoio científico nas estatísticas,
pelas sugestões e principalmente pelo carinho com que sempre me recebeu nas horas de
“aperreio”.
Ø Ao Prof Dr Marcos Fábio Gadelha Rocha (UECE), principalmente pelo apoio científico, mas
também pelas críticas e sugestões que em muito enriqueceu os resultados deste trabalho. Um
agradecimento especial também por ter aceitado o convite para participar da minha banca.
Ø A Dra Elizabeth Ferreira Rangel (FIOCRUZ) e Profa. Dra. Diana Magalhães de Oliveira
(UECE) por terem contribuído com seu conhecimento e experiência na área de flebotomíneos
e biologia molecular, respectivamente, e por terem aceitado o convite para participar da minha
banca.
Ø Aos Profs do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da UECE e aos Profs Drs
Rui Sales Júnior e Celicina M. S. B. Azevedo ambos da UFERSA. Meu respeito e gratidão
pela ajuda e atenção prestada.
Ø À Profa Dra Izabel Alencar B. Vasconcelos da UFC (in memorian). Porque todos aqueles que
passam em nossas vidas não passam em vão, levam um pouco de nós e deixam um pouco de
si. À Senhora dedico meu respeito e grande admiração.
Ø Aos demais amigos do LABODOPAR, Michelline do Vale Maciel, Cícero Temístocles
Coutinho Costa, Maria Vivina Barros Monteiro (e João Pedro), Marina Parissi Accioly, Vitor
Luz Carvalho, Fabrício Rebouças de Oliveira, Ana Carolina Moura Rodrigues, Eudson Maia
de Queiroz Júnior, Camila de Albuquerque Almeida, Bruno Grangeiro, Diana Romão
Bezerra, Marianna Colares Albuquerque. E em especial a Fernanda Cristina Macedo Rondon,
Rafaella Albuquerque Silva e Renata Simões Barros, que consquistaram um lugar especial no
meu coração por sua bondade, competência, prestatividade e carinho. Obrigada a todos!
Ø Aos meus colegas do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da UECE e com
carinho a “colônia mossoroense” do PPGCV, Michelline do Vale Maciel (Michê), Aracely
Rafaelle F. Ricarte (Bacura), Suzana Aparecida A. da Costa e Tânia Valeska M. Dantas (Tâ).
Chega ao fim mais uma etapa das nossas vidas. Da convivência certamente tiraremos alguma
lição e de tudo fica a saudade, amizade e a gratidão. Em especial à Michê por dividir as
“pancadas e aperreios”, Bacura pelas noites de divã no apartamento e Tâ por todo apoio
administrativo e “memorial”.
Ø As alunas de iniciação científica da UFERSA, Romeika H. M. Assunção Pereira, Paula
Gabriela Melo de Oliveira, Gislayne C. Xavier Peixoto, Mariana Araújo Silva e também a
7
Herbert Sousa Soares e Ana Carla Diógenes Suassuna. Por todo tempo dedicado aos nossos
experimentos, pelos finais de semana perdido, pela paciência e compreensão... Por terem feito
minha estadia na UFERSA mais divertida e prazerosa. Vocês foram essenciais na execução
deste trabalho, obrigada!
Ø Aos componentes do Núcleo de Genômica e Bioinformática Tarsísio Pimenta (NUGEN) da
UECE, especialmente a Samara Cardoso Silva, Michel Toth Kamimura, Ana Patrícia S. de
Lima e Eliana Matos Ribeiro, por terem me recebido com carinho e atenção, por todo apoio e
ensinamentos sobre biologia molecular. Obrigada a todos vocês por terem enriquecido este
trabalho.
Ø Aos profissionais, Raimundo Nonato de Souza, Nélio Batista Morais, Lindemberg Caranha e
Richristi A. Silva todos da Secretaria Estadual de Saúde do Ceará; Edmilson de Castro Dias,
Ana Claudia B. Mendonça e Sodré Rocha da Secretaria de Vigilância em Saúde de Mossoró,
por terem me recebido prontamente e pela assistência na coleção de flebotomíneos.
Ø Às secretárias do PPGCV, Adriana Maria S. Albuquerque e Ana Cristina S. Nascimento, ao
Antônio Cesar Camelo também da UECE e aos funcionários da Superintendência de Infra-
Estrutura da UFERSA representada pelo Sr Francisco Ilbernon Barboza Alves. A vocês, que
pela dedicação ao trabalho, me ofereceram condições de percorrer esse caminho, meu sincero
respeito e reconhecimento.
Ø Aos Senhores José Maria de Souza Filho e Antonieta Vieira de Souza do bairro
Quixabeirinha, Josias Torres da Silva do bairro Rincão e Tereza Linhares da Costa e João
Vieira da Costa do bairro Abolição IV, moradores das residências visitadas em Mossoró
durante o experimento, que me receberam sempre com muito carinho e boa vontade,
facilitando e contribuindo para a coleta de flebotomíneos.
Ø A família do Restaurante Balú por toda paciência e dedicação, por cuidar dos meus pais na
minha ausência, fazerem nossos caprichos e vibrar com nossas vitórias. Em especial à Otíla
Guedes e Rosa Santos pelo carinho especial que sempre tiveram por mim.
Ø Aos meus “filhos” (meus cachorros), Shaila e Sarinha (in memorian), Sophia e o récem
chegado Sheiky. Como pode um amor tão puro, tão fiel, tão desinteressado, tão desastrado...
Como sinto falta da minha pequinininha, insubstituível! Como aquele quintal ficou grande e
vazio sem o jeitão preguiçoso de Shailinha. Sophia, primogênita, aos 12 anos, quem diria
firme e forte, mais pedindo do que dando carinho... Mas com certeza a alegria da casa. E o
que dizer de Sheiky, um furacão, tão brincalhão, tão carinhoso e tão querido. Impossível não
amar essas criaturas!
8
RESUMO
O uso do controle biológico com fungos entomopatogênicos é uma alternativa viável
para o controle do vetor da leishmaniose visceral (LV). Baseado no exposto, este estudo
objetivou uma investigação entomológica de flebotomíneos na cidade de Mossoró, Rio
Grande do Norte, e sua relação com as variáveis ambientais, bem como avaliar os efeitos dos
fungos Beauveria bassiana e Metharizium anisopliae var. acridum sobre os diferentes
estágios de Lu. longipalpis. Os flebotomíneos foram capturados mensalmente durante um ano,
no intra e peridomicílio das residências. A patogenicidade dos fungos sobre Lu. longipalpis,
foi avaliada em 5 concentrações de 1x104 a 1x108 conídios/mL, acompanhado do controle
negativo (Tween 80 0,05%) e controle positivo (cipermetrina 196 mg/mL). Os ovos não-
eclodidos, larvas e adultos mortos expostos aos fungos foram semeadas para reisolamento
fúngico, análise dos parâmetros de crescimento e revalidação por PCR e seqüenciamento.
Foram capturados 7.347 flebotomíneos, 94% eram Lu. longipalpis. Somente a temperatura
influenciou negativamente a densidade populacional desses insetos. A infecção com B.
bassiana reduziu em 59% a eclosão de ovos, ao passo que, M. anisopliae var. acridum
reduziu 40%. A mortalidade larvar dos flebotomíneos pós-infecção fúngica foi
significativamente aumentada e a longevidade dos adultos foi menor do que o controle
negativo (p < 0,001) para ambos os fungos. O efeito dos fungos sobre a eclosão dos ovos
postos pelas fêmeas infectadas também foi significativo e inóculo-dependente (p < 0,05).
Quanto aos parâmetros de crescimento fúngico pós-infecção, para B. bassiana apenas a
conidiogênese e esporulação foram significativamente maiores do que o fungo antes da
infecção (p < 0,001). Enquanto que, para M. anisopliae var. acridum somente o crescimento
vegetativo não foi significativo quando comparado ao fungo antes da infecção (p > 0,05). A
revalidação da identificação dos fungos reisolados foi confirmada pelo sequenciamento após a
infecção de todas as fases do inseto para B. bassiana e somente pós-passagem em adultos para
M. anisopliae var. acridum. Conclui-se que, Lu. longipalpis é o flebotomíneo predominante
em Mossoró. Além disso, B. bassiana foi eficaz contra Lu. longipalpis e no que se refere a
fecundidade de fêmeas infectadas com M. anisopliae var. acridum, os resultados foram
satisfatórios, demonstrando que o vetor da LV é susceptível à infecção com fungos
entomopatogênicos. Consequentemente, o uso desses fungos nos programas de controle de
flebotomíneos poderá reduzir o uso de inseticidas químicos, resultando em benefícios para os
seres humanos e o ambiente.
Palavras-chave: Leishmaniose visceral. Lutzomyia longipalpis. Sazonalidade do vetor.
Controle biológico do vetor. Fungos entomopatogênicos.
9
ABSTRACT
The use of biological control with entomopathogenic fungi is a viable alternative to control
the vector of visceral leishmaniasis (VL). This study aimed a phlebotomine sandflies survey
in Mossoró, Rio Grande do Norte, and its relation with the environmental variables, as well as
to evaluate the effects of the fungi, Beauveria bassiana and Metharizium anisopliae var.
acridum on the different stages of Lu. longipalpis. Sandfly were captured monthly during one
year, in the intra and peridomicile of the houses. The Lu. longipalpis infected by fungi was
evaluated in five concentrations from 1x104 to 1x108 conidia/mL, accompanied by negative
control (Tween 80 0.05%) and positive control (cypermethrin 196 mg/ml). The unhatched
eggs, larvae and dead adults exposed to fungi were sown to reisolate the fungi, analysis of
parameters of growth and revalidation by PCR and sequencing. The overall sandflies
captured, were 7,347, 94% were Lu. longipalpis. Only temperature affected negatively the
density this insects. Infection with B. bassiana reduced by 59% the egg hatch, while M.
anisopliae var. acridum reduced in 40%. The larval mortality of sandflies after fungal
infection was significantly increased and the longevity of adults was lower than the negative
control (p < 0.001) for both fungi. The effects of the fungal infection on the hatching of eggs
laid by infected females were also significant and inoculum-dependent (p < 0.05). On the
fungal post-infection growth parameters, for B. bassiana only the germination and sporulation
were significantly higher than the fungus before the infection (p < 0.001). While for M.
anisopliae var. acridum only the vegetative growth was not significant when compared to the
fungus before the infection (p > 0.05). The revalidation of the identification of the reisolated
fungus was confirmed by sequencing post-passage in all insect stages for B. bassiana and
only from adult insect for M. anisopliae var. acridum. Thus, Lu. longipalpis the predominant
sandflies in Mossoró, represents a serious public health problem because it is the vector of a
zoonotic disease endemic in the city. Moreover, B. bassiana was effective against Lu.
longipalpis and in terms of infected females fecundity with M. anisopliae var. acridum the
results were significant, proving the vector of the VL is susceptible to infection with the
entomopathogenic fungi. Consequently, the use of these fungi in phlebotomine control
programs has potential as a means of reducing the use of chemical insecticides, resulting in
benefits to humans and the environment.
Keywords: Visceral leishmaniasis. Lutzomyia longipalpis. Seasonality of the vector.
Biological control of the vector. Entomopathogenic fungus.
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Formas amastigotas de L. chagasi livres ou no interior de macrófagos corados pelo Giemsa..........................................................................................................................20 Figura 2. Formas promastigotas de L. chagasi encontradas no tubo digestivo do vetor.....20 Figura 3. Principais áreas endêmicas de leishmaniose visceral no mundo..........................21 Figura 4. Leishmaniose visceral: Casos no Brasil e Região Nordeste, 1980-2006..............22 Figura 5. Estágios imaturos de Lu. longipalpis observados em estereomicroscópio com aumento 80x: A – ovos e B – larva de 4o estágio.................................................................23 Figura 6. Adultos de Lu. longipalpis observados em estereomicroscópio com aumento 80x: A – macho e B – fêmea........................................................................................................24 Figura 7. Estruturas genitais de Lu. longipalpis utilizadas na identificação da espécie, observadas em microscópio: A – espermatecas da fêmea, setas (40x) e B – parâmero do macho, caixa (25x)...............................................................................................................24 Figura 8. Fêmea de Lu. longipalpis ingurgitada durante repasto sanguíneo em humano.................................................................................................................................26 Figura 9. Peridomicílios de residências propícios ao desenvolvimento de flebotomíneos, localizados em área endêmica para LV na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte.....................................................................................................................................27 Figura 10. Municípios brasileiros com transmissão de LV, notar que municípios com transmissão esporádica representam 82% dos municípios com casos confirmados de LV.........................................................................................................................................30 Figura 11. Coleira de pvc impregnada com deltametrina (A) e esquema do seu mecanismo de ação em cães (B)..............................................................................................................36 Figura 12. Esporos e cristais biopiramidais de Bacillus thuringiensis var. israelensis (1mm)....................................................................................................................................40 Figura 13. Bacillus sphaericus (1mm).................................................................................40 Figura 14. Ascogregarina chagasi, protozoário parasito natural de Lu. longipalpis...........41 Figura 15. Fêmea de Lu. longipalpis após 5 dias de infecção com 107 conídios/ml de B. bassiana................................................................................................................................42 Figura 16. A - Lu. longipalpis dissecado infectado com larvas filiformes de nematóide em torno do corpo (s) e das asas (w), sob microscopia interferência com o filtro azul. B – Ovos e larvas de nematode isoladas a partir de uma infecção flebotomíneos observada sob microscopia de fluorescência...............................................................................................42
11
Figura 17. Beauveria bassiana: A - Macroscopia da colônia, filamento micelial de cor branca cilíndrico; B – Microscopia, hifas, comídios e conidióforos maduros, simples ou ramificados, ovóides e conídios globosos corados em azul de Amann (setas), 640x......................................................................................................................................45 Figura 18. Conídios de M. anisopliae var. acridum, formato ovóide e coloração esverdiado (400x)...................................................................................................................................49 Figura 19. Apressórios de M. anisopliae var. acridum ao longo do eixo hifal após 96h de cultivo em lâmina em BDA, corado com azul de Amann (400x)........................................49 Figura 20. M. anisopliae var. acridum: A - Macroscopia da colônia, filamento micelial de cor esverdeado. B – Microscopia, conidióforos ramificados corados em azul de Amann, 640x......................................................................................................................................50 Figura 21. Conidiogênese de conídios de B. bassiana (A) e M. anisopliae var. acridum (B) após 16h de inoculação em BDA, reisolados de Lu. longipalpis.........................................51 Figura 22. Cultivo em lâmina de B. bassiana em BDA corados em azul de Amann (1000x): Anastomose após 48h de crescimento (A - setas) e conidióforos maduros (B) após 120h......................................................................................................................................52 Figure 1 - DNA amplification of Beauveria bassiana from Lutzomyia longipalpis eggs at 8 days post-infection with varying conidia/ml concentrations: Lane Br: without DNA, Lane C+: B. bassiana DNA, Lane 2: 105, Lane 3: 106, Lane 4: 107, Lane 5: 108, Kb: Ladder. DNA from larvae on different days post-infection with 104 conidia/ml: Lane 13: 3 days, Lane 14: 5 days, Lane 15: 9 days, Lane 16: 10 days, Lane 17: 20 days…………………..73 Figure 1 - Amplification of M. anisopliae var. acridum DNA from Lu. longipalpis adults at different days post-infection with varying conidia/ml concentrations: Lane Br: no DNA, Lane C+: M. anisopliae var. acridum DNA, Lane 1: 1x106 at 7 days, Lanes 2-4: 1x107 at 1, 5 and 6 days, Lanes 5-7: 1x108 at 1, 6 and 10 days, Kb: Ladder………………………….94 Figure 1 - Mossoró, Rio Grande do Norte State, Brazil and the neighborhoods, Aeroporto, Abolição and Rincão where the phlebotomine sandfly survey was conducted from January to December 2007..............................................................................................................109 Fig. 2: Temperature, relative humidity, rainfall and prevalence of sandfly Lutzomyia longipalpis and Lutzomyia evandroi captured during the 2007 phlebotomine sandfly survey in Mossoró, Rio Grande do Norte State, Brazil……………………………………….....109
12
LISTA DE TABELAS
Table 1 - Treatment efficacy of Beauveria bassiana and longevity of Lutzomyia longipalpis life stages. Data presented are means ± SD......................................................71 Table 2 - Conidia germination and vegetative growth of Beauveria bassiana reisolated from infected Lutzomyia longipalpis eggs, larvae and adults on PDA medium…..............72 Table 3 - Colony counting and sporulation of Beauveria bassiana (mean ± SD) reisolated from infected Lutzomyia longipalpis eggs, larvae and adults at 3, 6, 9, 12 and 15 days after inoculation on PDA medium................................................................................................72 Table 1 - Treatment efficacy of M. anisopliae var. acridum and longevity of Lu. longipalpis life stages…………...........................................................................................93 Table 2. Conidia germination and vegetative growth of Beauveria bassiana reisolated from infected Lutzomyia longipalpis eggs, larvae and adults on PDA medium...........................93 Table 3. Colony counts and sporulation of M. anisopliae var. acridum (mean ± SD) reisolated from infected Lu. longipalpis adults at 3, 6, 9, 12 and 15 days after inoculation on PDA medium...................................................................................................................94 Table 1 - Distribution of Lutzomyia spp. according to species, sex and place of capture during the 2007 phlebotomine sandfly survey in Mossoró, Rio Grande do Norte State, Brazil..................................................................................................................................107 Table 2 - Prevalence of Lutzomyia longipalpis and mean environmental variables, including temperature (°C), relative humidity (%) and rainfall (mm), during the 2007 phlebotomine sandfly survey conducted in Mossoró, Rio Grande do Norte State, Brazil…..…………………………………………………………………………………107 Table 3 - Analysis of the influence of environmental variables, including temperature, relative humidity and rainfall, on the population density of Lutzomyia longipalpis during the 2007 phlebotomine sandfly survey in Mossoró, Rio Grande do Norte State, Brazil….…..……………………………………………………………………………...108 Table 4 - Distribution of Lutzomyia longipalpis in accordance with the location of capture (intra/peridomicile) during the dry period (July-Nov) and the rainy period (Dec-Jun) during the 2007 phlebotomine sandfly survey in Mossoró, Rio Grande do Norte State, Brazil……………………………………………………………………………………..108
13
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
c2 - Chi-square test (teste Qui-quadrado)
mg - Microgram (micrograma)
ml - Microliter (microlitro)
°C - Grau Celsius
ACL - American Cutaneous Leishmaniasis (leishmaniose tegumentar
americana)
AFLP - Amplified fragment length polymorphism (polimorfismo do
comprimento do fragmento amplificado)
Bals. - Balsamo
BDA - Ágar batata dextrose
BHC - Hexacloro-ciclo-hexano
BOD - Biochemical Oxygen Demand (demanda bioquímica de oxigênio)
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CDC - Centers for Disease Control (armadilha luminosa)
Cepa 291 - Cepa de Metharizium anisopliae var. acridum
Cepa CL1 - Cepa de Beauveria bassiana
CID - Coleiras impregnadas com deltametrin
cm - Centimeter (centímetro)
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
DDT - Diclorodifeniltricloroetano
DEPA - N-dietil fenil acetamida
df - Degree of freedom (grau de liberdade)
DIC - deltamethrin impregnated collars (coleiras impregnadas com
deltametrina)
DNA - Ácido desoxirribonucléico
dNTP - Desoxirribonucleotídeo trifosfatado
F - Análise de Variância (ANOVA)
FML - Fucose-mannose ligand (ligante fucose-manose)
H - Kruskal-Wallis
h - Hours (hora)
HCl - Hydrochloric acid (ácido clorídrico)
14
IGS - Intergenic space (espaço ribossomal intergênico)
ITS - Internal transcribed spacer (espaço interno transcrito)
Kb - Kilobase (quilobase)
KCl - Cloreto de potássio
km - Kilometer (quilômetro)
LABODOPAR - Laboratório de Doenças Parasitárias
LTA - Leishmaniose tegumentar americana
LV - Leishmaniose visceral
LVC - Leishmaniose visceral canina
m - Meter (metro)
mg - Milligram (miligrama)
MgCl - Cloreto de magnésio
min - Minute (minuto)
ml - Milliliter (mililitro)
mm - Millimeter (milímetro)
mM - Milimoles
n - Areas counted per field (áreas contadas por campo)
no. - Number (número)
NS - No significance (sem significância)
NUGEN - Núcleo de Genômica e Bioinformática Tarsísio Pimenta
OMS - Organização Mundial de Saúde
P/ p - Probability (probabilidade)
pb - Pairs of base (pares de base)
PCR - Polymerase Chain Reaction (reação em cadeia da polimerase)
PDA - Potato dextrose agar (ágar batata dextrose)
pH - Potencial hidrogeniônico
pM - Picomoles
PR - Paraná
pvc - Polyvinyl chloride (cloreto de polivinila)
r - Coeficiente de correlação de Pearson
r2 - Coeficiente de determinação
RAPD - Random amplification of polymorphic DNA (amplificação aleatória de
DNA polimórfico)
RFLP - Restriction fragment length polymorphism (polimorfismo do
15
comprimento dos fragmentos terminais de restrição)
RH - Relative humidity (umidade relativa)
RNA - Ácido ribonucléico
s / sec - Second (segundo)
SD - Standard deviation (desvio padrão)
SESA - Secretaria Estadual de Saúde
U - Unidade internacional
UECE - Universidade Estadual do Ceará
UFERSA - Universidade Federal Rural do Semi-Árido
UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais
UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
URM - Micoteca do Departamento de Micologia da Universidade Federal de
Pernambuco
UV - Ultra-violeta
VL - Visceral Leishmaniasis (leishmaniose visceral)
16
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 20
2 REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................................... 21
2.1 LEISHMANIOSE VISCERAL.......................................................................................... 21
2.2 FLEBOTOMÍNEOS........................................................................................................... 23
2.2.1 Lutzomyia longipalpis................................................................................................ 25
2.3 CONTROLE DAS LEISHMANIOSES............................................................................ 28
2.3.1 Controle vetorial......................................................................................................... 30
2.3.1.1 Educação em saúde voltada ao controle de flebotomíneos............................... 31
2.3.1.2 Modificações ambientais................................................................................... 33
2.3.1.3 Controle químico............................................................................................... 35
2.3.1.4 Coleira impregnada com deltametrina.............................................................. 37
2.3.1.5 Vacina contra LVC como “bloqueadora de transmissão”................................. 38
2.3.1.6 Controle com plantas inseticidas....................................................................... 39
2.3.1.7 Controle biológico............................................................................................. 40
2.4 FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS.............................................................................. 44
2.4.1 Beuaveria bassiana.................................................................................................... 45
2.4.2 Metharizium anisopliae var. acridum........................................................................ 49
2.4.3 Diagnóstico da infecção pelos fungos B. bassiana e M. anisopliae var. acridum..... 50
2.4.3.1 Crescimento fúngico pós-infecção e características microscópicas.................. 50
2.4.3.2 Biologia molecular para diagnóstico de B. bassiana e M. anisopliae.............. 53
3 JUSTIFICATIVA............................................................................................................... 56
4 HIPÓTESE CIENTÍFICA................................................................................................. 57
5 OBJETIVOS........................................................................................................................ 58
5.1 Objetivo Geral................................................................................................................ 58
5.2 Objetivos Específicos..................................................................................................... 58
6 CAPÍTULOS........................................................................................................................ 59
Capítulo I - Control of phlebotomines (Diptera: Psychodidae) vectors of
leishmaniasis…….................................................................................................................... 59
Capítulo II - Evaluation of the fungus Beauveria bassiana (Deuteromycotina:
Hyphomycetes), a potential biological control agent of Lutzomyia longipalpis (Diptera,
Psychodidae)…………….………………………………………………………………..…. 68
17
Capítulo III - The effects of the fungus Metarhizium anisopliae var. acridum infection on
Lutzomyia longipalpis………………………………....………….......................................... 76
Capítulo IV - Phlebotomine sandflies (Psychodidae: Phlebotominae) survey in an urban
transmission area of visceral leishmaniasis, in northeastern Brazil......................................... 95
7 CONCLUSÕES GERAIS................................................................................................... 110
8 PERSPECTIVAS................................................................................................................ 111
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................. 112
18
1 INTRODUÇÃO
A leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose sistêmica que pode ser fatal quando não
tratada. Caracteriza-se pela infecção de fagócitos mononucleares pelo protozoário Leishmania
chagasi (sin. Leishmania infantum). É endêmica em grandes áreas dos trópicos, subtrópicos e
Bacia do Mediterrâneo (CHAPPUIS et al., 2007; LUKEŠ et al., 2007) afetando mais de 80
países em todo mundo (MONTEIRO et al., 2005). No Brasil é endêmica e até o momento, seu
principal transmissor é Lutzomyia longipalpis (DEANE; DEANE, 1955; ALENCAR et al.,
1956). Tal enfermidade tem o cão como principal reservatório doméstico, apresenta
transmissão peridomiciliar, principalmente pela adaptação do inseto vetor aos ambientes
naturais modificados (MADEIRA et al., 2003). Este fenômeno leva a uma redução do espaço
ecológico do vetor, facilitando a ocorrência de epidemias (MONTEIRO et al., 2005). Pois em
conseqüência das transformações ambientais este vetor circula no peridomicílio e
intradomicílio de residências urbanas e rurais (CABRAL et al., 1998).
O controle da LV destaca o inquérito sorológico canino e eutanásia dos cães
portadores, diagnóstico e tratamento dos casos humanos e a aplicação de inseticida residual à
base de piretróides. Entretanto, essas medidas, não têm apresentado efetividade na redução da
incidência da doença, determinando assim a necessidade de reavaliação das ações propostas
(AMÓRA et al., 2006). Nesse âmbito, estudos recentes (MONTEIRO et al., 2005;
MARESCA et al., 2009), sobre a dinâmica de transmissão da LV enfatizam duas variáveis a
serem consideradas nos programas de controle: a variação sazonal da população de
flebotomíneos e o número de cães infectados. Dessa forma, o controle do vetor pode então
oferecer solução menos onerosa e mais prática, o que conduziria a medidas preventivas
eficazes em um maior número de focos de leishmaniose.
Some-se a isto o fato de que a aplicação de inseticidas químicos pode resultar em
problemas ambientais, toxicológicos e na seleção de linhagens de insetos resistentes a esses
agentes. Resultando na necessidade de se desenvolver novas tecnologias de controle, na busca
por qualidade de vida. Uma alternativa sugerida é o uso do controle biológico do vetor.
Dentre os organismos que atuam no controle biológico de dípteros de interesse sanitário e
veterinário, os fungos entomopatogênicos em geral, apresentam taxas mais eficientes e exibe
maior especificidade sobre o inseto-alvo (hospedeiros) do que os inseticidas químicos
(BARRETO et al., 2004). Neste contexto, o fungo Beauveria bassiana tem sido isolado de
centenas de espécies de insetos (KAUFMAN et al., 2005), ocorre na forma epizoóticas
inclusive entre Diptera (ALVES; LECUONA, 1998 ), persisti por períodos longos e pode
19
infectar o hospedeiro em todas as fases de desenvolvimento (MACIEL et al., 2005). Estudos
sugerem que este fungo é também patogênico para vetores de leishmaniose (WARBURG,
1991; REITHINGER et al., 1997). Já Metarhizium anisopliae var. acridum que é conhecido
por sua eficácia no controle de gafanhotos no Brasil e em outros países (FARIA;
MAGALHÃES, 2001) sua patogenicidade sobre Diptera de interesse em saúde pública ainda
não foram suficientemente explorados, embora seus efeitos sobre organismos não-alvo
incluindo outros Orthoptera, Diptera e Hymenoptera tenha sido verificado. No Brasil, a
avaliação da ação patogênica de fungos sobre dípteros psicodídeos ainda está em fase inicial
de avaliação e o controle biológico poderia ser útil no manejo integrado de flebotomíneos e
beneficiar a saúde pública.
A LV é endêmica no Rio Grande do Norte, estado do Nordeste do Brasil. Nos últimos
anos, tem havido um aumento nos casos de LV relatados em muitos dos municípios do estado
(CORTEZ et al., 2007; XIMENES et al., 2007). No entanto, os dados que documenta a
presença e a distribuição de Lu. longipalpis na cidade de Mossoró são geralmente
insuficientes para traçar um perfil eco-epidemiológico da doença. Além disso, a alta
prevalência da LV em cães em diferentes localidades de Mossoró (AMÓRA et al., 2006;
MATOS et al., 2006) demonstra a necessidade de medir a frequência flebotomíneos em áreas
urbanas.
20
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 LEISHMANIOSE VISCERAL
As leishmanioses são zoonoses causadas por protozoários do gênero Leishmania (Fig.
1-2), importantes na saúde pública e afetam mais de 80 países em todo mundo. As
enfermidades apresentam transmissão peridomiciliar, principalmente devido à adaptação de
algumas espécies de insetos vetores aos ambientes modificados; assim como, em decorrência
do aumento da população humana associado à ocupação desordenada, sobretudo próxima às
encostas e/ou matas, acarretando a redução do espaço ecológico do vetor e favorecendo a
instalação de um ciclo extraflorestal (MADEIRA et al., 2003) o que facilita a ocorrência de
epidemias (MONTEIRO et al., 2005). Os principais determinantes dos níveis epidêmicos das
leishmanioses nos grandes centros são: convívio estreito entre homem/reservatório (cão),
aumento da densidade do vetor, desmatamento acentuado e o constante processo migratório.
Obrigatoriamente, outros fatores devem estar envolvidos, em especial o potencial de
transmissão decorrente da densidade vetorial e taxa de infecção dos vetores, além da
vulnerabilidade das pessoas suscetíveis ao desenvolvimento da doença (MONTEIRO et al.,
2005; MARESCA et al., 2009).
Figura 1. Formas amastigotas de L. chagasi (setas) livres ou no interior de macrófagos corados pelo
Giemsa. Fonte: http://www.vet.uga.edu
Figura 2. Formas promastigotas de L. chagasi (setas) encontradas no tubo digestivo do vetor.
Fonte: http://www.uni_tuebingen.de_leishmania
Nos últimos dez anos vem ocorrendo a urbanização das leishmanioses, consolidada
pelos surtos epidêmicos em diversas áreas do Mediterrâneo e em diversos países latino-
americanos (MAROLI; KHOURY, 2004). Essa expansão resultou no estabelecimento de
21
novas áreas endêmicas (MADEIRA et al., 2003), passando de doença quase que exclusiva de
áreas rurais para ampla distribuição em áreas urbanas.
A LV, especificamente, é endêmica em diversos países tropicais em todo o globo (Fig.
3). Esta doença tem sido considerada emergente e foi colocada entre as sete endemias de
prioridade pela Organização Mundial da Saúde (OMS) (MICHALSKY et al., 2009).
Figura 3. Principais áreas endêmicas de leishmaniose visceral no mundo.
Fonte: http://www.who.int/tdr/dw/leish_map.htm
Nas Américas a LV ocorre desde o México até a Argentina, tendo sido descrita em
pelo menos 12 países. Grande parte dos casos humanos descritos é procedente do Brasil onde
a doença é endêmica e até o momento (MICHALSKY et al., 2009), seu principal transmissor
pertence ao gênero Lutzomyia (MONTEIRO et al., 2005). Na década de 90, aproximadamente
90% dos casos notificados de LV ocorreram na região Nordeste. À medida que a doença se
expandiu para as outras regiões e atingiram áreas urbanas e periurbanas, esta situação veio se
modificando e, no período de 2000 a 2002, a região Nordeste apresentou redução para 77% e
em 2003 para 65% dos casos do país (Fig. 4) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). Além dos
dados registrados na literatura científica onde constam registros de casos de LV em 19 das 27
unidades da federação, com aproximadamente 1.600 municípios apresentando transmissão
autóctone (GONTIJO; MELO, 2004). Atualmente a LV atinge todas as regiões brasileiras
com casos autóctones registrados também no Distrito Federal (GOVERNO DO DISTRITO
FEDERAL, 2009) e mais recentemente em municípios do Rio Grande do Sul (GOVERNO
DO ESTADO RIO GRANDE DO SUL, 2009).
Dessa forma, seja no espaço rural ou urbano, essas enfermidades ampliam sua área de
ocorrência (DANTAS-TORRES; BRANDÃO-FILHO, 2006). Por um lado, cães abandonados
22
vagando na periferia da cidade podem se infectar quando entram em contato com
reservatórios silvestres na presença do vetor e, ao retornarem para o interior da cidade, servem
de amplificadores da infecção para outros cães e humanos. Por outro, o vetor se adapta
facilmente às áreas depauperadas, explorando o acúmulo de matéria orgânica gerada por
animais domésticos e más condições sanitárias (COSTA; TAPETY; WERNECK, 2007). O
entendimento das interações entre mudanças do meio ambiente e os flebotomíneos vetores
constituem um pré-requisito para o desenvolvimento de ações apropriadas de prevenção e
estratégias de controle (GONTIJO; MELO, 2004).
2.2 FLEBOTOMÍNEOS
Os flebotomíneos (Diptera, Psychodidae, Phlebotominae) são vetores de importância
médica e veterinária, podendo transmitir leishmanioses, bartoneloses e algumas arboviroses
(PESSOA; MEDEIROS; BARRETT, 2007) como as fleboviroses (XU et al., 2007),
flaviviroses, orbiviroses (TRAORÉ-LAMIZANA et al., 2001) e vesiculoviroses (COMER;
TESH, 1991). Outros microrganismos também têm sido isolados incluindo fungos,
gregarinas, bem como evidências de outros tripanossomatídeos além de Leishmania, como
Endotrypanum. Sendo que, são os estudos sobre as leishmanioses que têm gerado muitas das
informações que existem atualmente sobre esses diferentes parasitas (SHAW et al., 2003).
Estes insetos são pequenos, frágeis, de atividade noturna e vôo direto e curto. As fêmeas
precisam de sangue para amadurecer os ovos e ambos os sexos precisam de açúcar para fins
Figura 4. Leishmaniose visceral: Casos no Brasil e Região Nordeste, 1980-2006.
Fonte: Ministério da Saúde, 2007
23
energéticos, obtidos principalmente a partir de tecidos vasculares de plantas. Os
flebotomíneos adultos abrigam-se durante o dia em lugares escuros e úmidos como buracos
em árvores e abrigos de animais ou sob rochas, podendo ser coletados por vários métodos,
quer enquanto descansam durante o dia ou em atividade durante a noite. Os ovos se
estabelecem em micro-hábitat terrestre rico em matéria orgânica, que fornece alimento para as
larvas (ALEXANDER, 2000). As formas imaturas são difíceis de encontrar e ainda há muito
a ser descoberto sobre os sítios de reprodução dos flebotomíneos dada sua alta capacidade de
recolonizar o que restringe as opções para controle vetorial (MAIA-ELKHOURY et al.,
2008).
No tocante a morfologia, os ovos são elípticos ou ovóides, alongados e pouco
encurvados, medindo 300-500 mm de comprimento por 70-150 mm de largura. Após a
postura são brilhantes e esbranquiçados e dentro de 2-3 horas escurecem e tomam a cor
definitiva que é castanha escura (Fig. 5-A) (SHERLOCK; SHERLOCK, 1959). As larvas são
pequenas, claras, vermiforme, com uma cápsula cefálica escura e mandíbulas robustas (Fig. 5-
B). As pupas possuem cefalotórax e abdômen, fixam-se imóveis ao substrato, esbranquiçadas
ou amareladas, escurecendo progressivamente à medida que se aproxima a eclosão do adulto,
que leva de 20-40 dias (MARCONDES, 2001).
O adulto possui corpo e as asas recobertas de espessa pilosidade, as antenas são longas
com 14 flagelômeros cilíndricos e a probóscida tem comprimento semelhante ao do restante
da cabeça apontado para o substrato, medem de 1-3 mm de comprimento. Possuem corpo
revestido por pêlos e são de coloração clara, castanho claro ou cor de palha (Fig. 6)
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
Figura 5. Estágios imaturos de Lu. longipalpis observados em estereomicroscópio com aumento
100x: A – ovos, B – larva de 4o estágio. Fonte: AMÓRA, 2007
24
Machos e fêmeas distinguem-se morfologicamente em suas probóscidas, mais curta
nele do que nela, na qual é longa e adaptada para picar e sugar e pelos últimos segmentos
abdominais, modificados para constituir a genitália do inseto: nas fêmeas os segmentos
menores e discretos dispõem-se como estruturas telescopadas, as quais conferem aspecto
arredondado à genitália do inseto, denominda espermateca (Fig. 7-A), enquanto no macho
está presente um conjunto de apêndices bem desenvolvidos e ornamentados em forma de
ganchos formando o parâmero (Fig. 7-B) (BRAZIL; BRAZIL, 2003).
Os vetores de Leishmania spp compreendem mais de 40 espécies de Phlebotomus no
Velho Mundo e 30 espécies de Lutzomyia nas Américas (ALEXANDER; MAROLI, 2003).
Estes se caracterizam por abrigarem-se em florestas primárias, secundárias e em rochas
calcárias, preferencialmente. A adaptação que algumas espécies de flebotomíneos vêm
Figura 6. Adultos de Lu. longipalpis observados em estereomicroscópio com aumento 80x:
A – macho e B – fêmea. Fonte: AMÓRA, 2007
Figura 7. Estruturas genitais de Lu. longipalpis utilizadas na identificação da espécie,
observadas em microscópio: A – espermatecas da fêmea, setas (40x) e B – parâmero do macho, caixa (25x). Fontes: AMÓRA, 2007; NUVET, 2007
25
sofrendo, principalmente em locais que passaram por modificações humanas, aproxima os
vetores dos domicílios podendo facilitar a transmissão das leishmanioses (DIAS et al., 2007).
As características climáticas ideais para o desenvolvimento de fletomíneos são mais
comumente encontradas em áreas com teor de umidade e temperatura ambiente relativamente
alta, como observado em áreras de clima tropical. Fato que já havia sido observado por
Alencar, Holanda e Cavalcante (1956), durante suas pesquisas no Vale do Jaguaribe, Ceará,
onde foi observada maior concentração do vetor nas margens do rio Jaguaribe, onde o teor de
umidade e o calor da região eram consideráveis. A chuva beneficia os flebotomíneos quando
em níveis moderados ao longo da estação chuvosa (DIAS et al., 2007) amenizando a
temperatura e aumentando a disponibilidade de alimento para as larvas, o que ocorre em
virtude da queda das folhas com a entrada do outono, que podem, por sua vez, estimular a
pupação em massa, como foi observado no Estado de São Paulo (ODORIZZI; GALATI,
2007). Todavia, a chuva em níveis elevados prejudica esses dípteros inundando o solo,
destruindo os criadouros e matando as pupas (DIAS et al., 2007).
Na década de 50, Joaquin Alencar e os Deane, estudando a LV no Ceará e outros
estados vizinhos, verificaram que o inseto hematófago mais frequentemente encontrado no
intra e peridomicílio era Lu. longipalpis, estabelecendo a sua importância epidemiológica
como vetor. A partir de então, a presença de Lu. longipalpis foi associada com casos de LV
em grande área do continente americano, desde o norte do México até o sul da Argentina. A
distribuição coincidente de Lu. longipalpis e de LV reforçou a convicção dos Deane de que
esse flebotomíneo é o principal vetor da doença (LAINSON; RANGEL, 2005).
2.2.1 Lutzomyia longipalpis
No Brasil, a espécie Lu. longipalpis (Fig. 8) está distribuída em todas as regiões do
país e recentemente foi encontrado no Distrito Federal e Rio Grande do Sul onde foram
diagnosticados casos autóctones de LV (SILVA et al., 2008; GOVERNO DO DISTRITO
FEDERAL, 2009; GOVERNO DO ESTADO RIO GRANDE DO SUL, 2009). Esta espécie é
bem adaptada ao ambiente peridomiciliar, alimentando-se em uma grande variedade de
hospedeiros vertebrados, entre aves, homem e outros animais silvestres ou domésticos
(REBELO, 2001; QUEIROZ et al., 2009), podendo resistir as condições adversas e explorar
novos ambientes, facilitando assim a transmissão da LV (MICHALSKY et al., 2009).
26
A presença significativamente maior de flebotomíneos no peridomicílio foi observada
em muitos municípios do estado do Rio Grande do Norte (XIMENES et al. 2000; 2007) e em
Montes Claros, Minas Gerais, onde são capturados flebotomíneos próximo de abrigos de
animais domésticos (MONTEIRO et al. 2005). Estes dados podem se justificar pela
devastação de áreas selvagens para exploração econômica, o que leva a doença a periferia de
centros urbanos. Vetores e hospedeiros são forçados a migrar para o peridomicílio humano à
procura de alimento (MAROLI et al. 2001; BARATA et al. 2005). Também é importante
observar o elevado número de Lu. longipalpis que tem sido capturado no interior das casas,
ingurgitada após repasto sanguíneo em seres humanos ou animais. Estes dados ilustram o
comportamento endofílico do vetor e enfatizam a possibilidade de transmissão da LV
intradomícilo (MISSAWA; DIAS, 2007; XIMENES et al. 2007, MISHALSKY et al. 2009).
Adicionalmente, fêmeas de Lu. longipalpis alimentam-se avidamente de galinhas
domésticas (LAINSON; RANGEL, 2005), fato de considerável importância epidemiológica,
uma vez que não é habitualmente feito a borrifação de galinheiros com inseticidas. Um estudo
realizado no município de Raposa, Maranhão, área de transmissão de LV, reafirma a
importância dessas aves na epidemiologia de Lu. longipalpis, no qual se estudou 2.240 fêmeas
de Lu. longipalpis capturadas nos ambientes intra e peridoméstico, a investigação confirmou a
galinha como preferência alimentar do inseto (28,3%) seguido pelo cão (21,7%) (DIAS;
LOROSA; REBÊLO, 2003).
Áreas sem saneamento, drenagem de águas pluviais e com coleta de lixo irregular,
associado à presença de animais domésticos contribuem para a acumulação de matéria
orgânica e, por conseguinte, favorece a presença de Lu. longipalpis (Fig. 9) (MICHALSKY et
al., 2009). O predomínio do vetor da LV, Lu. longipalpis, também tem sido observado em
Figura 8. Fêmea de Lu. longipalpis ingurgitada durante repasto sanguíneo em humano. Fonte: http://iproweb.procempa.com.br
27
diversas áreas endêmicas para LV no Brasil (BARATA et al., 2005; MONTEIRO et al., 2005;
MISSAWA; DIAS, 2007; XIMENES et al., 2000; 2007; CORTEZ et al., 2007; OLIVEIRA et
al., 2008; MACEDO et al., 2008; MICHALSKY et al., 2009; QUEIROZ et al., 2009). Bem
como outros países, mesmo quando o vetor é outra espécie de flebotomíneo, tal como
Phlebotomus sergent no nordeste do Uzbequistão (MAROLI; KRASNONOS; GAFUROV,
2001), Phlebotomus arias no nordeste da Espanha (ARANSAY et al., 2004), Phlebotomus
perniciosus Itália (BONGIORNO et al., 2003; ROSSI et al., 2008), Phlebotomus papatasi em
Marrakesh, Morocco (BOUSSAA et al., 2005) e Lutzomyia pseudolongipalpis na Venezuela
Ocidental (FELICIANGELI et al., 2006). Em Porteirinha, Minas Gerais, além da abundância
do vetor ainda foi observada uma correlação positiva entre a densidade populacional de Lu.
longipalpis e os casos de leishmaniose visceral canina (LVC) (FRANÇA-SILVA et al., 2005).
Figura 9. Peridomicílios de residências propícios ao desenvolvimento de flebotomíneos, localizados em
área endêmica para LV na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte. Fonte AMÓRA, 2007
Estudos recentes da dinâmica de transmissão da LV enfatizaram duas variáveis a
serem consideradas nos programas de controle: variação sazonal da população de
flebotomíneos e o número de cães infectados (MONTEIRO et al., 2005). Obrigatoriamente,
outros fatores devem estar envolvidos, em especial o potencial de transmissão decorrente da
densidade vetorial e da taxa de infecção dos vetores, além da vulnerabilidade das pessoas e
animais suscetíveis ao desenvolvimento da doença. Os inquéritos sorológicos na população de
cães e os levantamentos entomológicos nas áreas endêmicas revelam em alguns locais, que a
alta prevalência da LV canina e a presença predominante e abundante do vetor redunda em
elevado risco de transmissão para o homem (MONTEIRO et al., 2005; MARESCA et al.,
2009). Camargo-Neves et al. (2001) consideraram ainda a necessidade de analisar a densidade
vetorial e correlacioná-la com os aspectos ambientais do peridomicílio, tais como presença de
28
vegetação, raízes, troncos de árvores e matéria orgânica no solo, representando possíveis
abrigos e criadouros para o vetor; e fatores abióticos como temperatura, umidade e chuvas.
No entanto, os dados quanto à presença e distribuição de espécies vetores de LV, em geral,
são insuficientes para caracterizar o perfil eco-epidemiológico da doença (MICHALSKY et
al., 2009).
2.3 CONTROLE DAS LEISHMANIOSES
No Brasil, as campanhas de controle da LV tiveram início na década de 50, sendo os
Estados do Ceará e Minas Gerais os principais alvos das atividades. Entretanto, durante a
década de 60, as ações foram interrompidas e apenas em 1982, o programa foi retomado,
quando a extinta Superintendência de Controle de Endemias (SUCAM) detectou um aumento
do número de casos de LV (ALVES; BEVILACQUA, 2004).
As medidas de controle das leishmanioese preconizadas pela OMS constam de
diagnóstico precoce e tratamento dos casos humanos, controle dos vetores e realização de
inquéritos sorológicos nas populações caninas seguidos da eliminação dos animais
soropositivos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006; 2007). No Brasil, essas ações foram sempre
descontínuas por diversas razões, tais como problemas orçamentários e escassez de recursos
humanos adequadamente treinados. Essas medidas não atingiram os efeitos esperados,
ocorrendo reinfestações dos ambientes e ressurgimentos dos casos humanos e caninos
(GONTIJO; MELO, 2004).
Tendo em vista as dificuldades de controle da doença, algumas modificações foram
propostas pelo próprio Ministério da Saúde (2006) para a vigilância, baseando-se em uma
melhor definição das áreas de transmissão ou de risco. O novo enfoque é incorporar os
estados e municípios silenciosos, ou seja, sem ocorrência de casos humanos ou caninos da
doença, nas ações de vigilância, visando assim minimizar os problemas referentes a este
agravo em áreas sem transmissão. Nas áreas com transmissão de LV, após estratificação
epidemiológica, as medidas de controle são distintas e adequadas para cada área trabalhada.
Entretanto, é de fundamental importância que as medidas usualmente empregadas no controle
da doença sejam realizadas de forma integrada e reavaliadas, para que possam ser efetivas,
reduzindo custos operacionais e contribuindo para sustentabilidade dos programas de controle
(WERNECK et al., 2002).
Estudos enfocando a estratégia de eliminação canina têm oferecido resultados
conflitantes, pelo menos quando utilizada separadamente do controle vetorial (COSTA;
29
TAPETY; WERNECK, 2007), já que a doença em cães precede o aparecimento de casos
humanos e as chances de infecção para os seres humanos aumentam em áreas com altas taxas
de prevalência da infecção canina, quando o vetor está presente (MAIA-ELKHOURY et al.,
2008; OLIVEIRA et al., 2008). De acordo com o manual de LV do Ministério da Saúde, áreas
sem casos de LV e áreas com uma média de até 2,4 casos em cinco anos, no último caso
classificadas como áreas com transmissão esporádica da doença, não incluem em suas
medidas de vigilância e controle o conhecimento da sazonalidade do vetor e nenhum tipo de
controle químico deve ser realizado (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006), ou seja, mesmo
sendo indispensável a presença do vetor para manutenção do ciclo da doença nada é feito para
controlar sua população, continuando as medidas centralizadas no controle do reservatório
canino, demonstrando mais uma vez que as medidas não são integradas e que muito
provavelmente essa é uma das maiores causas do insucesso do programa no controle da
doença.
Nessa situação a retirada dos cães se torna improdutiva, pois à medida que a população
de flebotomíneos aumenta, aumentará ainda mais o risco de humanos serem picados
considerando a clara adaptação de Lu. longipalpis ao ambiente domiciliar, onde encontra
abrigo e fonte alimentar (BARATA et al., 2005; MONTEIRO et al., 2005; MISSAWA;
DIAS, 2007; XIMENES et al., 2007; MISHALSKY et al., 2009). Portanto, os hábitos
alimentares dos vetores de LV podem ter implicações para a transmissão da doença em áreas
urbanas e peri-urbanas onde a privação de hospedeiros vertebrados para repasto das fêmeas
vetoras ou mesmo sua criação em íntimo contato com as pessoas pode favorecer a infecção de
humanos (BONGIORNO et al., 2003).
Se a vigilância epidemiológica da LV em áreas com transmissão esporádica incluísse o
controle vetorial, haveria um risco bem menor de aumentar a prevalência da doença
considerando que municípios brasileiros com essa classificação representam 82% dos
municípios com casos confirmados de LV (Fig. 10). E mesmo em áreas com transmissão
moderada e intensa de LV, ou seja, média de casos entre 2,4-4,4 e mais de 4,4 casos em cinco
anos, respectivamente, nenhuma medida de controle químico é recomendada no período pré-
chuvas, antes do aumento populacional do vetor, quando suas formas imaturas ainda estão por
evoluir e sendo estas formas também sensíveis à desinsetização (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2006). Esse fato permite que os insetos completem seu ciclo de vida garantindo sua
sobrevivência. Já o manual da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é mais cauteloso
nesse sentido, indicando especificamente que o período que antecede às chuvas ou
imediatamente após devem ser borrifados (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007).
30
O que sustenta a utilização do controle vetorial e de reservatórios como estratégias de
intervenção sobre as leishmanioses é a conjectura de que a incidência de infecção em
humanos está diretamente relacionada ao número de cães infectantes e a presença do vetor
(COSTA; TAPETY; WERNECK, 2007). Especificamente sobre o controle do vetor, mesmo
na ausência de informações detalhadas sobre fatores de risco (culturais, demográficos,
epidemiológicos, clínicos e geográficos), a utilização de redes impregnadas com inseticidas,
por exemplo, parece um método adequado de prevenção às leishmanioses, como observado
no Sudão (KOLACZINSKI et al., 2008). Mas, o controle utilizado não consegue atingir as
fases imaturas do inseto (PESSOA; MEDEIROS; BARRETT, 2007). Conseqüentemente, o
controle do vetor ainda depende exclusivamente do combate ao inseto em sua forma adulta
(ALEXANDER; MAROLI, 2003).
2.3.1 Controle vetorial
A interrupção do ciclo da LV através do controle químico do vetor pode oferecer uma
solução menos onerosa e mais prática, o que poderia conduzir a medidas preventivas mais
eficazes em um maior número de focos de LV (MAROLI; KHOURY, 2004). Entretanto, até o
presente momento, o controle do vetor preconizado pela OMS baseia-se na captura e
aplicação de piretróides residuais vinculados à procedência dos casos humanos
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006; 2007). Como são pouco conhecidos os locais de
Figura 10. Municípios brasileiros com transmissão de LV, notar que municípios
com transmissão esporádica representam 82% dos municípios com casos confirmados de LV. Fonte: Ministério da Saúde, 2007
31
procriação natural dos flebotomíneos e descanso diurnal dessas espécies, o controle utilizado
não consegue atingir as fases imaturas do inseto (FELICIANGELI, 2004). Apesar disso,
mesmo quando são realizadas campanhas contra o flebotomíneo adulto, a avaliação da
eficácia e do custo/benefício é difícil porque as estratégias são pouco controladas e raramente
são empregadas intervenções diferentes para que se possa comparar e escolher a melhor
estratégia (KILLICK-KENDRICK, 1999; GONTIJO; MELO, 2004).
É necessário identificar os fatores que tenham impacto no controle de Lu. longipalpis,
dada a sua alta capacidade de recolonizar o ambiente urbano bem como a complexidade de
identificar os sítios com suas formas imaturas. A utilização de informações como a presença
ou ausência do vetor, abundância e infestações no intra e peridomicílios ainda é limitado para
estimar o risco de transmissão da LV, uma vez que não existem parâmetros estabelecidos para
esses indicadores (MAIA-ELKHOURY et al., 2008).
2.3.1.1 Educação em saúde voltada ao controle de flebotomíneos
A forte relação apresentada pela ocorrência da leishmaniose visceral e os perfis
cultural, nutricional e socioeconômico da população atingida, remetem a questão do controle
para além das barreiras pertencentes ao contexto ambiental em que a doença está inserida
(BORGES et al., 2008).
Os manuais de LV e LTA recomendam as atividades de educação em saúde, devendo-
se inseri-las em todos os serviços que desenvolvem as ações de controle das leishmanioses,
requerendo o envolvimento efetivo das equipes multiprofissionais e multi-institucionais com
vistas ao trabalho articulado nas diferentes unidades de prestação de serviços (MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2006; 2007). Nesse âmbito, Sherlock (1996), já havia observado na Bahia e em
outras regiões do Brasil que a pobreza, a desnutrição e a alta densidade de flebotomíneos,
tanto no intra quanto no peridomicílio, estão associadas à elevada presença de animais
domésticos e péssimas condições sanitárias em áreas de transmissão da LV. Bem como em
Montes Claros, Minas Gerais, onde as habitações têm, em sua maioria deficiência na coleta de
lixo e de saneamento básico, em algumas áreas muitos moradores possuem baixos índices
sócio-econômicos, a convivência com animais domésticos é bastante elevada, resultando em
acúmulo de matéria orgânica, proporcionando condições favoráveis para a ocorrência da
transmissão da doença (MONTEIRO et al., 2005). Esse quadro, infelizmente, não mudou mas
tem se expandido também para população de bom nível sócio-econômico, tendo sido também
observado em Várzea Grande, Mato Grosso (MESTRE; FONTES, 2007) e em Belo
32
Horizonte, Minas Gerais, onde um estudo sobre o conhecimento da LV verificou que 50% dos
indivíduos acometidos pela doença desconheciam-na completamente quando foram infectados
e apenas 1,2% conheciam o vetor, além disso pessoas analfabetas tem oito vezes mais chance
de ser acometidas pela doença (BORGES et al., 2008).
O despreparo dos serviços de saúde focado em diagnosticar e tratar precocemente as
leishmanioses em humanos, medida de caráter eminentemente curativo, vem trazendo taxas
de letalidade preocupantes (COSTA; TAPETY; WERNECK, 2007). Fato agravado pela
desorganização de órgãos públicos de saúde, trocas constantes de especialistas em controle de
vetores que têm gerado a carência de pessoal capacitado para a execução de trabalhos de
controle (TEODORO et al., 2007), falta de informação da população e principalmente dos
profissionais de saúde. Luz et al. (2003), citam a educação como controle cultural para a LV,
por tornar participantes diversas camadas da população e por democratizar atitudes capazes de
beneficiar as práticas de controle.
Outro ponto crítico é a produção audiovisual sobre as leishmanioses voltada para a
população, a qual não tem dado conta de uma representação problematizada da doença,
entendendo-a, no contexto de suas relações sócio-culturais (PIMENTA; LEANDRO;
SCHALL, 2007). Na análise de materiais educativos impressos sobre as leishmanioses, Luz
et al. (2003) alertaram para um processo de imposição de discursos e reprodução de
preconceitos através de desenhos e fotografias. Assim sendo, seja nos contextos dos serviços
de saúde ou nas áreas de educação e comunicação, a escassez e a baixa qualidade do material
remetem à necessidade de uma reflexão crítica em torno dessa produção audiovisual e sobre a
possibilidade de propor novas abordagens sobre as leishmanioses. Estudos interdisciplinares
podem contribuir para a compreensão da doença em diversos campos da saúde coletiva, e a
antropologia da saúde e antropologia visual podem auxiliar numa maior compreensão a
respeito da produção audiovisual sobre as leishmanioses (PIMENTA; LEANDRO; SCHALL,
2007). A precariedade de informação, traduzida nesses resultados, aponta a necessidade da
realização de práticas educativas em diferentes frentes, que podem contar com a participação
de médicos e veterinários durante consultas, professores e agentes de saúde em palestras e
durante as visitas domiciliares (BORGES et al., 2008).
Para as doenças transmitidas por vetores ligadas às precárias condições sócio-
econômicas e sanitárias, além das medidas de controle realizadas de forma sistemática, são
necessárias definições de políticas públicas que garantam a resolução das distorções e
desigualdades existentes nos padrões de saúde, ultrapassando limites das ações desse setor,
onde novas alternativas deveriam ser incorporadas como acesso à educação, habitação, renda,
33
suplementação alimentar, saneamento básico e ambiental que provavelmente teriam um novo
impacto sobre a ocorrência dessas doenças (OLIVEIRA; ARAÚJO, 2003). Nesse âmbito, a
educação em saúde levando à população o conhecimento dos possíveis locais de procriação
do vetor dentro de uma localidade, pode resultar em redução significante na incidência da
doença. E as mudanças de atitudes numa população é meta a ser atingida com o tempo, pois
envolve variações na cultura; esta parece ser a explicação para a dificuldade em alcançar altos
índices de prevenção (BORGES et al., 2008).
Como em qualquer doença de importância em saúde pública, seu conhecimento
básico, geral e amplo deve ser disseminado (KISHORE et al., 2006), através de medidas
alternativas, pouco onerosas e práticas que possam ser incorporadas no dia-a-dia das
populações que vivem em áreas de risco. O que pressupõe que a prevenção e o controle desses
vetores requerem estudos de avaliação da efetividade com componentes da promoção da
saúde e participação imprescindível da comunidade em sua implementação, para assegurar
sua sustentabilidade (TEODORO et al., 2007). O potencial de proteção que tem o
conhecimento sobre a LV em Belo Horizonte, Minas Gerais, (BORGES et al., 2008) deixa
claro que ao se tornar consciente do agravo à população tem como contribuir, de forma ativa e
permanente, no controle do mesmo, sendo esta a chave para a execução, consolidação e
vigilância das ações de controle de endemias como as leishmanioses.
2.3.1.2 Modificações ambientais
Cada mudança ambiental através de fenômenos naturais ou por intervenção humana,
altera o equilíbrio ecológico e o contexto dentro dos quais vetores e parasitas se desenvolvem
e transmitem doenças (PESSOA; MEDEIROS; BARRETT, 2007). Os flebotomíneos, por sua
vez, procriam mais comumente em lugares escuros, em fendas de árvores na presença de
húmus e umidade. Contudo, em face a sua graduação adaptação também tem procriado em
pridomicílios ricos em matéria orgânica e entulhos. O princípio do manejo ambiental é
administrar o ambiente de forma a torná-lo inadequado ao vetor (KISHORE et al., 2006).
Os abrigos de animais domésticos construídos próximos das habitações humanas, a
ausência de boas condições de higiene no peridomicílio e a proximidade de pequenos capões
de mata, freqüentemente observado nas áreas rurais em diversas regiões do Brasil
(TEODORO et al., 2001), associado às áreas com solos úmidos e acúmulo de matéria
orgânica de origem vegetal e animal, promove condições para a formação de criadouros e
concentração de flebotomíneos no ambiente peridomiciliar (CASANOVA, 2001).
34
As medidas preconizadas no manual de LTA (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007),
como a poda de árvores para aumentar a insolação e diminuir o sombreamento do solo
evitando as condições favoráveis de temperatura e umidade para o desenvolvimento de larvas
de flebotomíneos, são mais claras e objetivas e conseguem atingir melhor os focos de
procriação do vetor quando comparadas as recomendações do manual de LV (MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2006).
Assim, uma alternativa para o controle de flebotomíneos pode-se dar através de
modificações do habitat favorável ao seu desenvolvimento, de alterações do microclima e do
ambiente. A exemplo dos trabalhos de reorganização e limpeza do peridomicílio, bem como a
desinsetização de edificações utilizados para o controle de flebotomíneos em Doutor
Camargo, Paraná, que diminuíram a freqüência desses dípteros no peri e intradomicílio, em
áreas endêmicas de LTA (TEODORO et al., 2004). Pessoa, Medeiros e Barrett (2007), após a
retirada dos troncos das árvores em uma floresta produtora de madeira na Amazônia, também
observaram que tanto a abundância vetorial quanto as taxas de fêmeas infectadas por
Leishmania, foram afetadas negativamente. A combinação de tratamento químico e manejo
ambiental de edificações também tem-se revelado eficaz na redução de vetores no
intradomicílio (MAIA-ELKHOURY et al., 2008).
Dessa forma, a importância vetorial dos flebotomíneos exige intensivas investigações
da ecologia destes dípteros como parte integrante da rotina dos serviços de saúde pública,
sobretudo nas regiões onde as leishmanioses são endêmicas (FRANÇA-SILVA et al., 2005).
Onde o entendimento das interações entre mudanças do meio ambiente urbano e os
flebotomíneos vetores constituem um pré-requisito para o desenvolvimento de ações
apropriadas de prevenção e estratégias de controle (GONTIJO; MELO, 2004).
2.3.1.3 Controle químico
A primeira tentativa de controle dos flebotomíneos usando inseticida foi feita com
diclorodifeniltricloroetano 5% (DDT) em focos de bartoneloses, no Peru, em 1944, com a
borrifação de cabanas, obtendo ação inseticida residual sobre Lutzomyia verrucarum por uma
semana (HERTIG; FAIRCHILD, 1948). Posteriormente, entre as décadas de 50 e 60, após
intenso trabalho para tentar erradicar a malária através do uso do DDT, observou-se que a
prevalência da leishmaniose em vários focos também caiu drasticamente, mas voltou aos
níveis prévios quando as borrifações foram suspensas (KISHORE et al., 2006). No Brasil,
esse inseticida foi usado pela primeira vez em 1954, contra focos de LTA no Rio de Janeiro
35
(NERY-GUIMARÃES; BUSTAMANTE, 1954). Tendo sido subseqüentemente utilizado em
campanhas de controle de Lu. longipalpis no Ceará, em algumas ocasiões os resultados foram
insatisfatórios, o que provavelmente se deveu a falha na aplicação do inseticida durante o
período apropriado (ALENCAR, 1961).
Devido às evidências decisivas contra o uso do DDT, conseqüência de seus efeitos
colaterais, ambiental e de risco a saúde humana (KISHORE et al., 2006), no Brasil, as
primeiras medidas restritivas se deram em 1971 quando foi proibida a fabricação e
comercialização de DDT e hexacloro-ciclo-hexano (BHC) para combate de ectoparasitos em
animais domésticos. Em 1985, proibiu-se em todo o território nacional a comercialização, o
uso e a distribuição de produtos organoclorados destinados à agropecuária. Mesmo assim,
esses inseticidas continuaram sendo permitidos em campanhas de saúde pública e em uso
emergencial na agricultura, a critério do Ministério da Agricultura (D’AMATO; TORRES;
MALM, 2002).
No momento a atenção está focada nos piretróides sintéticos, com aplicação destes
compostos nos domicílios e anexos do peridomicílio para o controle de flebotomíneos. Apesar
de amplamente utilizado, tem variado em eficácia, duração do impacto e no recurso requerido
pelas diferentes áreas endêmicas (GONTIJO; MELO, 2004; MAIA-ELKHOURY et al.,
2008). Os piretróides apresentam toxicidade nos mamíferos variando de baixa à moderada,
são pouco voláteis, tem alta atividade inseticida, seus efeitos independem do comportamento
do inseto e são necessárias baixas concentrações para causar efeito (KISHORE et al., 2006).
Foi o sucesso no uso de mosquiteiros impregnados com piretróides no controle do vetor da
malária que estimulou os estudos deste inseticida contra os flebotomíneos. Esta medida tem a
vantagem de poder ser empregada em nível doméstico/individual e pode ser disposta sem
grandes efeitos colaterais podendo ainda, controlar outros insetos picadores (MAROLI;
KHOURY, 2004). No Brasil, só há registro de um estudo controlado testando borrifações
intra e peridomiciliares com deltametrina para controle do vetor da LTA no estado do Espírito
Santo, onde embora tenha sido observado um bom efeito residual durante 12 meses pós-
tratamento, o inseticida só foi capaz de reduzir a densidade de flebotomíneos no
intradomicílio (FALCÃO et al., 1991).
Na prática a prevenção de doenças transmissíveis por vetores biológicos é bastante
difícil, ainda mais quando associada à existência de reservatórios domésticos e silvestres e aos
aspectos ambientais, incluindo aspectos físicos de utilização do espaço habitado (GONTIJO;
MELO, 2004). Nesse contexto, deve-se manter os animais domésticos distantes do
36
intradomicílio durante a noite, de modo a reduzir a atração dos flebotomíneos para este
ambiente (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007).
É importante ainda ressaltar que, em áreas rurais onde as habitações estão mais
dispersas e rodeadas por grandes populações de reservatórios, os resíduos das borrifações
realizadas nas casas podem ser ineficazes e não ter aplicabilidade, por razões logísticas
(MAROLI; KHOURY, 2004). O manual da LV, por exemplo, recomenda que o controle
químico seja realizado em todos os domicílios da localidade onde ocorreu a transmissão
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). Já o manual de LTA apresenta-se novamente mais
específico, indicando que a área a ser borrifada deve compreender um raio inicial de 500
metros em torno dos domicílios onde ocorreram os casos humanos, podendo esta distância ser
ampliada para um quilômetro quando as residências foram dispersas (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2007).
Em resumo, o controle de flebotomíneos têm focado o uso de inseticidas químicos.
Essas medidas apesar de atrativas não são permanentes, além do que, a precariedade das
habitações, a descontinuidade e/ou o uso em épocas inapropriadas e os riscos ambientais
advindos da aplicação de inseticidas em ambientes silvestres, constituem fatores limitantes
para o controle de flebotomíneos (TEODORO et al., 2007).
2.3.1.4 Coleira impregnada com deltametrina
Também já foram tentadas experiências baseadas no controle do vetor e centradas no
reservatório canino, como os experimentos recentes com coleiras impregnadas com
deltametrina (CID) (Fig. 11), que têm mostrado resultados promissores na proteção dos
animais, com conseqüências na transmissão (GONTIJO; MELO, 2004).
Figura 11. Coleira de pvc impregnada com deltametrina (A) e esquema do seu mecanismo
de ação em cães (B). Fonte: http:// www.sin-mosquitos.com...index.asp
A B
37
Em áreas endêmicas para LV na Itália (MAROLI et al., 2001) e no Irã (MAZLOUMI
GAVGANI et al., 2002), foi demonstrado que cães usando a CID durante toda estação de
transmissão, apresentaram menor risco de infecção com Leishmania infantum. Outros estudos
também têm confirmado o efeito anti-picada do uso da CID contra Lu. longipalpis e
Lutzomyia migonei, com uma taxa de redução entre 81 e 100%, por até 35 semanas. Acredita-
se que o efeito epidemiológico da CID seja imediato não somente pela redução na taxa de
cães picados pelo vetor, como também pela elevada taxa de mortalidade dos flebotomíneos ao
tentarem alimentar-se nos cães com CID (DAVID et al., 2001). Acredita-se que como efeito
prático, a CID não só protege os cães como também reduz o risco de transmissão de
Leishmania em crianças, podendo atuar no controle da LVC e substituir a controversa
eutanásia de cães nos programas de controle de alguns países (MAZLOUMI GAVGANI et
al., 2002). Contudo, através de modelo matemático simulou-se comparativamente o controle
da LV através do uso da CID com a eutanásia de cães por um período de cinco anos,
observando-se que não houve diferença significativa entre os dois tratamentos
(REITHINGER et al., 2004).
Assim, a decisão de incluir a aplicação em massa da CID nos programas de controle
das leishmanioses no Brasil dependerá da sua aplicabilidade prática no campo, ou seja, uso
voluntário, eficiência na troca dos colares e do custo relativo da intervenção (MAZLOUMI
GAVGANI et al., 2002; DANTAS-TORRES, 2006), a fim de interromper o ciclo de
transmissão doméstico, sendo necessária para isso a implementação de estudos longitudinais
que demonstrem sua efetividade como medida de controle (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2006).
2.3.1.5 Vacina contra LVC como “bloqueadora de transmissão”
A primeira vacina contra a LVC, LeishmuneÒ da Fort Dodge Saúde Animal, foi
desenvolvida pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a qual em testes de campo
foi capaz de proteger 92 a 95% dos cães vacinados contra LV (BORJA-CABRERA et al.,
2002). Apesar de ser uma medida diretamente voltada ao reservatório canino, estudos
experimentais demonstraram que fêmeas de Lu. longipalpis que se alimentam de cães
vacinados podem desenvolver receptores para os anticorpos produzidos pelo antígeno vacinal
ligante fucose-manose. Esses anticorpos, no intestino médio do vetor, bloqueiam o sítio de
ligação que seria usado pelo protozoário, não permitindo que novas formas de L. chagasi
ingeridas pelo inseto em outros repastos completem seu ciclo. Seus resultados foram
38
significativos tanto para L. infantum quanto para L. chagasi (SARAIVA et al., 2006). Os
achados deste estudo demonstraram que a vacina é um potencial bloqueador de transmissão,
abrindo uma nova perspectiva para o controle da LV através do bloqueio da transmissão
vetorial. Porém, ainda falta conhecimento sobre o impacto positivo que a vacina pode
provocar na saúde pública (DANTAS-TORRES, 2006). Por isso, o Ministério da Saúde ainda
não adotou a utilização desta vacina como medida de controle nas campanhas de saúde
pública contra LVC no Brasil. Além disso, os estudos até agora realizados não tem
demonstrado redução na incidência da LV humana, assim como ainda não há constatação de
seu custo-benefício e efetividade para o controle do próprio reservatório canino em programas
de saúde pública (WERKHAUSER, 2004).
Mais recentemente, foi lançada no mercado nacional uma vacina recombinante contra
LVC denominada Leish-TecÒ da Hertape Calier Saúde Animal S.A., desenvolvida por
pesquisadores da UFMG (HERMONT, 2008), esta vacina baseia-se em modificações
genéticas no DNA de L. chagasi e tem como antígeno a proteína recombinante A2
(FERNANDES, et al., 2008). Entretanto, até o presente momento não foram publicadas
pesquisas indicando possível efeito deste fármaco sobre o ciclo reprodutivo de Leishmania no
tubo digestvo do vetor.
2.3.1.6 Controle com plantas inseticidas
A necessidade de métodos mais eficazes e cada vez mais seguros no controle de
insetos também tem estimulado a busca de novos inseticidas em plantas (NOGUEIRA;
PALMÉRIO, 2001). As plantas têm sido importantes fontes de substâncias químicas ativas
contra insetos, tais como os piretróides (piretrina e aletrina) e os rotenóides. Estudos têm
demonstrado que alguns fitoquímicos agem em geral como tóxico contra adultos e larvas de
insetos, seja interferindo no crescimento e desenvolvimento do inseto e/ou na sua reprodução
ou produzindo ainda estímulo olfatório de atração ou repelência (ICMR Bulletin, 2003).
Os resultados comparativos do óleo de nim, Azadirachta indica, com N-dietil fenil
acetamida (DEPA) sobre P. papatasi demonstraram que o óleo utilizado por três dias nas
concentrações de 1% e 2% obteve efeito repelente significativamente superior
(SRINIVASAN; KALYANASUNDARAM, 2001). No Brasil, outro estudo testando
azadirachtina, um dos principais constituintes do neem, demonstrou que 0,1; 1,0 e 10,0g de
azadirachtina adicionados à dieta de larvas de Lu. longipalpis aumentou sua mortalidade em
mais de 70%, tendo as menores doses bloqueado a ecdise das larvas no terceiro estágio,
39
enquanto a maior dose chegou a bloquear a muda ainda no segundo estágio larvar. Os
resultados indicam que o neem como um potente inibidor do desenvolvimento de Lu.
longipalpis (COELHO et al., 2006).
Muitas outras espécies de plantas têm sido descritas na literatura como possuidoras de
atividade inseticida e/ou repelente. Luitgards-Moura et al. (2002) testaram o efeito de extratos
de Antonia ovata e Derris amazonica, sobre adultos de Lu. longipalpis tendo sido observada
taxa de mortalidade de 80% e de 100% respectivamente, após 72 horas de exposição. O efeito
repelente e anti-alimentar do óleo de alho (Allium sativum) foi avaliado sobre fêmeas de P.
papatasi, na diluição de 1% o óleo apresentou efeito repelente de 97% e anti-alimentar de
100% (VALERIO; MAROLI, 2005). Neste contexto, muitos trabalhos têm sido realizados
avaliando a atividade biológica de componentes de plantas contra um grande número de
patógenos e artrópodes (SHAALAN et al., 2005). Contudo muitos questionamentos sobre a
toxicidade dos princípios ativos dessas plantas ainda precisam ser elucidados antes de tornar
público o uso desses extratos.
2.3.1.7 Controle biológico
O uso indiscriminado de inseticidas, além do desenvolvimento de resistência, causa o
desequilíbrio ecológico, de maneira que outras espécies podem disseminar-se ou ter sua
população reduzida. Esses fatos associados às inúmeras doenças transmitidas por dípteros
resultaram na necessidade de desenvolver novas alternativas de controle. A exigência mundial
por produtos de qualidade força os países exportadores de insumos, a apresentarem menores
índices de agrotóxicos, reforçando a biotecnologia, na utilização de seres vivos, para o
desenvolvimento de processos e produção de bioinseticidas (CAMPOS et al., 2005). Estes são
geralmente mais específicos, exibindo nenhuma ou pouca toxicidade e são considerados
menos prejudiciais para o ambiente do que os praguicidas químicos (HYNES;
BOYETCHKO, 2006).
Uma alternativa sugerida é o uso de Bacillus thuringiensis var. israelensis (Fig. 12) ou
Bacillus sphaericus (Fig. 13), atualmente utilizados no controle de larvas de mosquitos e
moscas pretas.
40
No tocante aos flebotomíneos, experimentos laboratoriais avaliando o efeito de B.
thuringiensis var. israelensis sobre P. papatasi e Lu. longipalpis obtiveram resultados
satisfatórios sobre a mortalidade larvar (DE BARJAC; LARGET; KILLICK-KENDRICK,
1981). Ademais, foi demonstrado que larvas e pupas de P. papatasi alimentadas com dieta
contaminada com esse bacilo reduziram a longevidade de adultos de forma dose-dependente,
sugerindo que B. thuringiensis pode ser usado principalmente como adulticida (WAHBA;
LABIB; EL HAMSHARY, 1999). B. sphaericus também foi testado sobre Phlebotomus
martini com efeito adulticida significativo (ROBERT et al., 1997) e sobre P. papatasi com
redução do número de insetos sobreviventes e da fecundidade das fêmeas que emergiram das
pupas infectadas (WAHBA, 2000). Contudo, Hynes e Boyetchko (2006) relataram
dificuldades encontradas na fabricação destes produtos, com registro de ocorrência de
fermentação, problemas de formulação e pesquisas de mercado inadequadas, o que resultou
na retirada destes produtos do mercado.
Além de Leishmania spp. os flebotomíneos neotropicais também são hospedeiros de
outros protozoários, como as gregarinas (LEWIS; LAINSON; SHAW, 1970), cuja espécie
Ascogregarina chagasi (Fig. 14) é conhecida por reduzir tanto a longevidade como produção
de ovos de Lu. longipalpis e pode efetivamente destruir colônias em laboratório
(DOUGHERTY; WARD, 1991). Contudo, até que ponto este parasito poderia ser usado no
controle biológico de flebotomíneos ainda é questionável (LAINSON; RANGEL, 2005).
Vale ressaltar ainda que, entre os organismos que atuam no controle biológico natural
de dípteros, os fungos entomopatogênicos em geral, apresentam taxas mais eficientes e
exibem maior especificidade sobre o inseto-alvo do que os inseticidas químicos. As espécies
de fungos que atacam vários hospedeiros devem ser preferidas nos programas de controle,
Figura 12. Esporos e cristais biopiramidais de Bacillus thuringiensis var. israelensis (1mm).
Fonte: http://vietsciences.free.fr/...
Figura 13. Bacillus sphaericus (1mm). Fonte: http:// ambre.jaune.free.fr/dinosaure_suite.htm
41
porque podem ser usadas em várias áreas. Entre estas espécies destaca-se Beauveria bassiana
(BARRETO et al., 2004).
Figura 14. Ascogregarina chagasi, protozoário parasito natural de Lu. longipalpis. Fonte: http:// www.bio.ilstu...Ascogreg-bar.jpg
Na Colômbia, experimento com papel filtro embebido com conídios de B. bassiana
aumentou a mortalidade de P. papatasi e Lu. longipalpis (Fig. 15) adultos quando em contato
direto com o corpo do inseto e demonstrou também que esporos de B. bassiana não teve
nenhum efeito patogênico sobre P. papatasi quando diluído em solução de sacarose para
alimentação desses insetos (WARBURG, 1991). Estes dados são coerentes com o fato que a
maior parte dos fungos entomopatogênicos só infecta a hemocele após a penetração da
cutícula e não através do tubo digestivo. A cutícula serve então de primeira barreira à
infecção, as variações na topografia e composição química de superfície cuticular, incluindo
efeitos fungistáticos, afetam a suscetibilidade aos fungos (JAMES; BUCKNER; FREEMAN,
2003). Também foi observada uma significativa queda na postura de fêmeas infectadas,
chegando a não haver postura de Lu. longipalpis (WARBURG, 1991). Contudo, Reithinger et
al. (1997) não conseguiram reproduzir os mesmos resultados em laboratório com Lutzomyia
young, no qual o tempo de sobrevivência dos insetos tratados foi significativamente maior
quando comparado ao controle. Mas, na fase de campo em plantações de café também na
Colômbia, os resultados obtidos foram significativos.
42
Figura 15. Fêmea de Lu. longipalpis após 5 dias de infecção com 107 conídios/ml de B. bassiana. Fonte: AMÓRA, 2007
Recentemente, em Minas Gerais, foi caracterizado um nematóide parasito intestinal de
Lu. longipalpis. Seu ciclo de vida e morfologia mostra que o parasito é membro da ordem
Rhabditida e da família Steinernematidae, mas a descrição da espécie ainda não foi concluída
(Fig. 16). O ciclo é simultâneo ao de Lu. longipalpis e a transmissão é direta. Acredita-se que
situações de estresse para os insetos podem aumentar a colonização por esse parasito,
consequentemente interferindo no desenvolvimento do inseto. Sugere-se então, que num
futuro próximo este parasito possa ser utilizado no controle biológico deste vetor com
segurança, em face de sua habilidade infecciosa, poder letal sobre os flebotomíneos e ausência
de risco de contaminação aos vertebrados (SECUNDINO et al., 2002).
Figura 16. A - Lu. longipalpis dissecado infectado com larvas filiformes de nematóide em torno do corpo (s) e das asas (w), sob microscopia interferência com o filtro azul.
B – Ovos e larvas de nematode isoladas a partir de uma infecção flebotomíneos observada sob microscopia de fluorescência. Fonte: SECUNDINO et al., 2002.
B
43
Atualmente os estudos sobre controle biológico de flebotomíneos ainda são escassos e
como a aplicação de biolarvicidas nas condições de campo ainda é difícil, devido à
diversidade de habitat de procriação deste vetor, a aplicação prática deste método parece estar
limitada ao seu uso no controle de vetores adultos da LV (KISHORE et al., 2006).
2.4 FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS
Fungos entomopatogênicos são agentes naturais importantes no controle da muitos
insetos, incluindo várias pragas agrícolas. O controle biológico, em particular quando
realizado por estes patógenos é uma técnica que tem sido considerada como principal fator
nos programas de controle integrado de pragas, principalmente quando se almeja a redução na
densidade populacional de um determinado inseto (OLIVEIRA; NEVES; KAWAZOE, 2003).
O princípio deste método é que, mediante contato tarsal, esporos de fungos aderem-se
ao tarso, penetram a cutícula e crescem internamente, algumas vezes produzindo toxinas,
como a beuvericina e bassianolide de B. bassiana, por exemplo, que culminam na morte do
inseto (SCHOLTE et al., 2007). Esta é uma vantagem em relação a maioria dos outros agentes
de biocontrole, tais como bactérias, vírus, nematóides ou protozoários, os quais precisam ser
ingeridos pelo inseto-alvo. Estes patógenos têm mostrado ser um método alternativo de
controle contra muitos insetos (SOARES; TURCO, 2003).
Embora o efeito do fungo não seja imediato, o uso de entomopatógenos tem vantagens
importantes também sobre o uso de inseticidas químicos. É razoável supor que devido ao fato
de toxinas estarem envolvidas na patogenicidade do fungo há um risco menor de
desenvolvimento de resistência. Associado a isso, esses fungos não são nocivos para aves,
peixes ou mamíferos (ZIMMERMAN, 1993). A preocupação sobre a toxicidade destes
agentes surgiu devido aos seus supostos efeitos sobre a saúde humana quando utilizados em
ambientes fechados e/ou próximos de indivíduos imunocomprometidos (WARD et al., 2005).
Atualmente, este risco é considerado baixo devido à natureza do patógeno oportunista e a falta
de associação com os seres humanos. E por fim, o fato de entomopatógenos normalmente
serem aplicados em formulações reduz a possibilidade de contato com o homem (SCHOLTE
et al., 2007).
Assim, o conhecimento da patogenicidade de fungos e sua interação trófica são
indispensáveis para o entendimento e sua utilização em programas de controle biológico
(ALVES, 1998). Vários fungos entomopatogênicos já estão em uso para o controle de pragas
agrícolas e veterinárias, o que demonstra a viabilidade técnica deste biocontrole de no que diz
44
respeito à aceitabilidade e assuntos regulatórios (SCHOLTE et al., 2007). As espécies de
fungos que atacam vários hospedeiros são preferidas nos programas de controle biológico,
porque podem ser usadas em várias áreas. A exemplo destas espécies destaca-se, Beauveria
bassiana e Metarhizium anisopliae (BARRETO et al., 2004; WESTWOOD; HUANG;
KEYHANI, 2005).
2.4.1 Beauveria bassiana
O fungo entomopatogênico, B. bassiana (Balsamo) Vuillemin (Deuteromycotina:
Hyphomycetes) foi implicado como um inseto patógeno em 1835, quando Bassi mostrou que
esse fungo é o agente causador da muscardina do bicho-da-seda (XU et al., 2009). O interesse
atual em B. bassiana como um agente de controle biológico de insetos-praga e vetores de
doença decorre do fato de que é o fungo mais comumente isolado de insetos mortos e
moribundos na natureza (KAUFMAN et al., 2005; XU et al., 2009). No campo ocorre de
forma enzoótica e epizoótica em Coleoptera, Lepidoptera e Hemiptera e de forma enzóotica
sobre Diptera, Hymenoptera e Orthoptera (ALVES, 1998). De ocorrência cosmopolita, pode
ser freqüentemente coletado em insetos e amostras de solo, onde pode subsistir por longo
tempo atuando no hospedeiro em todos os estádios de desenvolvimento (MACIEL et al.,
2005; MEYLING; EILENBERG, 2006). É um importante fungo entomopatogênico
atualmente em desenvolvimento como bio-agente de controle de uma variedade de insetos-
praga (WESTWOOD; HUANG; KEYHANI, 2005).
Sua colônia tem as seguintes características: filamento micelial de cor branca (Fig. 17-
A), cilíndrico, 3,5 mm de diâmetro, hialino, septado, conidióforos simples ou ramificados
(Fig. 17-B), ovóides, célula conidiogênica em forma de garrafa com terminação em zigue-
zague, medindo de 1,5 a 5 mm e conídios globosos (0,5 a 1 mm) (MAcLEOD,1954).
O ciclo biológico apresenta duas fases distintas, uma fase sapróbia e outra parasitária.
Na fase sapróbia, os conídios germinam, produzindo tubos germinativos, que posteriormente
formam o micélio. Este que se caracteriza por hifas hialinas e septadas, que originam
conidióforos simples ou ramificados, estrutura na qual são formados os conídios, quando
então, o ciclo se repete (ALVES, 1998). A fase parasitária se inicia com a penetração
tegumentar devido à ação mecânica e enzimática, o que ocorre aproximadamente 12 horas
após contato com a cutícula do inseto (BROOME; SIKOROWWSKI; NORMENT, 1976).
Após a penetração, o micélio atinge a hemolinfa do inseto onde são formadas as estruturas
leveduriformes (LUNA-ALVES LIMA; TIGANO, 1989). Antes de ocorrer a morte do inseto,
o micélio invade gradualmente os tecidos. Depois da colonização do hospedeiro, as hifas
45
emergem para o exterior onde se desenvolvem os conidióforos e os conídios que são dispersos
no meio ambiente. A morte do inseto, que ocorre por destruição tecidual e ocasionalmente por
toxinas produzidas pelo fungo como a beuvericina, por exemplo (CONNOLE, 1969), marca o
final da fase parasitária do fungo (FERRON 1978).
Os fungos filamentosos são conhecidos por serem prolífico produtores de metabólitos
secundários (KELLER; TURNER; BENNETT, 2005), muitos dos quais poderão também
participar de várias interações bióticas incluindo processos patogênicos. Deste modo B.
bassiana produz vários metabólitos secundários de variadas estruturas, com destaque para
bauvericina e bassianolide. Estes exibem potente atividade antibiótica, antifúngica, herbicida,
insecticida e nematicida, inibem resistência por parte dos insetos, proliferação de células
cancerígenas e motilidade celular (HAMILL et al., 1969; CARMELIET, 2003; JOW et al.,
2004; ZHAN et al., 2007; JIRAKKAKUL et al., 2008; XU et al., 2009). No entanto, a
contribuição destes metabolitos para patogênese de B. bassiana ainda é desconhecida. Em
contrapartida, recentemente foi demonstrado que estes metabólitos embora significativos não
sejam fator essencial para a virulência de B. bassiana (XU et al., 2008; XU et al., 2009).
Assim, estes metabolitos, bem como outros metabólitos secundários de fungos, mesmo que
não tenha um papel direto na patogênese fúngica, pode agir na natureza como agentes de
competição, defendendo o nicho que favorece o crescimento fúngico atuando como
antibióticos, antifúngicos, inseticidas e nematicidas contra parasitas e saprófitas (XU et al.,
2009).
A velocidade de ação do fungo depende, além da dosagem, das espécies hospedeiras
envolvidas e da habilidade de seus conídios em reconhecer e produzir enzimas para degradar
Figura 17. Beauveria bassiana: A - Macroscopia da colônia, filamento micelial de cor branca cilíndrico; B – Microscopia, hifas, comídios e conidióforos maduros, simples ou ramificados, ovóides e conídios globosos corados em azul de Amann (setas), 640x. Fontes: AMÓRA, 2007; FEIJÓ, 2004.
A B
46
a cutícula do hospedeiro. Quando as condições de temperatura e umidade são favoráveis o
fungo cresce no exterior do corpo do hospedeiro, produzindo filamentos micelial de cor
branca, cilíndrico, textura veludosa ao algodonosa e/ou grumosa. Estas hifas externas
produzem conídios que amadurecem e são lançados no ambiente pela ação do vento e chuva
completando o ciclo (ALVES, 1998). B. bassiana também age através da penetração na
cutícula dos insetos com subseqüentemente infecção dos tecidos internos por uma
combinação de pressão mecânica e degradação enzimática (FERRON, 1978). Sendo
considerado o mais eficiente agente de controle microbiano de insetos praga (NEVES;
HIROSE, 2005).
Estudos sugerem que este fungo seja também patogênico a vários importantes vetores
de doenças, incluindo dípteros da subfamília Phlebotominae (WARBURG, 1991;
REITHINGER et al., 1997). Foi demonstrado que papel de filtro embebido com conídios de
B. bassiana aumentou a mortalidade de P. papatasi e de Lu. longipalpis adultos
(WARBURG, 1991), resultados semelhantes também foram obtidos por Reithinger et al.
(1997). Igualmente, foi demonstrada a patogenicidade deste fungo sobre outros dípteros como
Culex pipiens pipiens e Aedes aegypti (SIERRA et al., 1995), ovos de Haematobia irritans
(ANGEL-SAHAGÚN et al., 2005) e de Chrysomya albiceps (FEIJÓ et al., 2008), e sobre
ninfas do carrapato Boophilus microplus (Acari: Ixodidae) (FERNANDES et al., 2003).
No que diz respeito à interação do controle químico e biológico, o efeito fungitóxico
in vitro de diferentes formulações de compostos químicos, incluindo piretróides, tem sido
avaliado sobre B. bassiana mostrando resultados promissores. O uso de alfacipermetrina,
ciflutrina e deltametrina em baixas concentrações, foi compatível com o fungo B. bassiana
(NEVES et al., 2001; OLIVEIRA; NEVES; KAWAZOE, 2003). Por conseguinte, após um
produto químico ter sido verificado como inócuo ao entomopatógeno em laboratório, ele irá,
sem dúvida, ser seletivo em condições de campo. Pois os estudos in vitro têm a vantagem de
expor o microrganismo aos produtos/formulações em todas as condições possíveis, o que não
ocorre sob condições de campo, onde vários fatores funcionam como barreiras contra essa
exposição, protegendo os entomopatógenos (ALVES, 1998). No campo, diminuir o impacto
ambiental de substâncias químicas tóxicas ao ambiente e aos fungos entomopatogênicos,
considerado os estudos de formulações compatíveis com o fungo em ensaios in vitro podem
ser seguros para uso nos programas de controle integrado de insetos (DIPIERI et al., 2005).
Outro importante fator a ser considerado é a seletividade dos entomopatógenos quando
comparados aos compostos químicos. Um estudo demonstrou que o parasitismo presente em
instalações avícolas tratadas com B. bassiana para controle da mosca doméstica, não diferiu
47
significativamente das instalações tratadas com piretrina, mas B. bassiana foi mais seletiva
quando comparada ao piretróide, pois não interferiu na população de um importante besouro
predador de larvas dessas moscas, Carcinops pumilio (Coleoptera: Histeridae), encontrados
em maior abundância nas instalações tratadas com B. bassiana (KAUFMAN et al., 2005).
No entanto, é evidente que o efeito patogênico de B. bassiana sobre adultos e larvas
seja baixo no período inicial pós-tratamento. Quando Kaufman et al. (2005) compararam o
uso desse fungo com a piretrina, foi observado que ambos sistemas de tratamento resultaram
em níveis semelhantes de atividade contra moscas domésticas. Na conclusão do estudo,
entretanto, destacou-se a importância de compreender que o período crítico de aumento
populacional desse inseto ocorre normalmente durante 4,8 semanas, período no qual foi
observado estabelecimento fúngico com efeito deletério sobre a larva de mosca doméstica
superior ao observado com o uso de piretrina. Deve-se ter em mente que a lentidão do
resultado esperado, comparativamente com a natureza de ação deste patógeno, de tal forma
que o controle biológico não funcionará em um surto populacional de moscas. Ou seja, é mais
útil que um produto como este seja usado como um método pró-ativo em vez de esperar o
problema se estabelecer. Por fim, o bom uso de B. bassiana vai exigir, sem dúvida, um
programa educacional aos produtores e técnico em saúde para introduzir o conceito de fungo
patogênico à base da gestão de controle de insetos de importância em saúde pública
(KAUFMAN et al., 2005).
No tocante à biossegurança, raramente são verificadas espécies de Beauveria como
agentes de infecção humana (HENKE et al., 2002). Contudo, os poucos casos relatados de B.
bassiana como agente de ceratite micótica e infecção pulmonar foram resolvidos com terapia
antifúngica sistêmica à base de anfotericina B e/ou itraconazol sem reicidiva (KISLA et al.,
2001; TUCKER et al., 2004). Uma justificativa para as ocorrências de micoses por B.
bassiana é que espécies desse gênero podem ter potencial para crescer em tecidos de
pacientes imunocomprometidos (BEAUMONT et al., 1985). Dessa forma, para determinar
sensibilidade a este organismo é necessária a identificação de alérgenos específicos de B.
bassiana a fim de proporcionar uma base de atenuação desses alérgenos originando produtos
de biocontrole mais seguros (WESTWOOD; HUANG; KEYHANI, 2005).
Até o momento, foi atribuído à B. bassiana biossegurança nível 1 sendo considerado
um bioinseticida absolutamente seguro para seres humanos, enquanto os membros restantes
do gênero ainda não foram classificados (HENKE et al., 2002). É importante ressaltar que
produtos à base de B. bassiana usados como inseticidas biológicos foram aprovados desde
48
1999 pela Agência de Proteção Ambiental norte-americana para uso em qualquer tipo de
comida e alimentos de colheita (TUCKER et al., 2004).
2.4.2 Metarhizium anisopliae var. acridum
A espécie Metarhizium anisopliae caracteriza-se pelo seu abundante crescimento em
meios artificiais e na superfície de insetos (AZEVEDO, 1985). Considerado o fungo de maior
grau de infectividade e patogenicidade contra gafanhotos (GOETTEL; JONSHON; INGLIS,
1995), vem sendo estudado com grande interesse no controle biológico de várias espécies de
insetos (KUKLINSKY-SOBRAL et al., 2004). Alves (1998) ressaltou que este fungo é capaz
de infectar mais de 200 espécies de insetos, e já foi usado para o controle de barbeiros dos
gêneros Panstrongylus, Rhodnius e Triatoma, transmissores da doença de Chagas (LUZ et al.,
1998).
O ciclo biológico de Metarhizium spp. pode apresentar duas fases: uma sapróbia e
outra parasitária. Na sapróbia, o ciclo pode se iniciar com a conidiogênese de conídios. Estes
emitem um ou mais tubos germinativos, que se diferencia em hifas, que se conduzem num
intrincado sistema de entrelaçamento, constituindo-se em micélio (RIBEIRO et al., 1992).
Neste, à medida que o fungo se desenvolve, surgem os conidióforos. Na extremidade destes,
diferenciam-se as fiálides, que produzem no ápice, conídios. Segundo Hamill (1981), os
conídios podem apresentar variação quanto à forma, à dimensão, e ao número de núcleos.
Quanto à coloração, em culturas jovens, os conidióforos e os conídios são de cor branca,
tornando-se esverdeados com o amadurecimento da colônia (Fig. 18). O ciclo se repete dando
origem a novos conídios (RIBEIRO et al., 1992). Na fase parasitária, estes fungos também
agem por penetração no tegumento, onde a hifa origina as estruturas leveduriformes dentro do
hospedeiro e estas formam os conídios que viabilizam a manutenção do fungo no cadáver do
inseto (ZACHARUK, 1971), os conídios germinam e formam apressórios (Fig. 19) que
penetram no hospedeiro por ação mecânica (FERRON, 1981) e enzimática (ROBINSON,
1966; ST. LEGER et al., 1996). No interior do inseto, diferenciam-se em estruturas
leveduriformes (LUNA-ALVES LIMA; TIGANO, 1989), as quais secretam toxinas que
invadem o tecido do inseto. Após a morte, as hifas emergem de dentro do inseto, formam
conidióforos e conídios, que se dispersam e reiniciam a fase sapróbia, fora do inseto.
49
Figura 18. Conídios de M. anisopliae var.
acridum, formato ovóide e coloração esverdiado (400x). Fonte: AMÓRA et al., 2007
Figura 19: Apressórios de M. anisopliae var. acridum ao longo do eixo hifal após 96h de
cultivo em lâmina em BDA, corado com azul de Amann (400x). Fonte: AMÓRA et al., 2007
Especificamente, M. anisopliae var. acridum (Ascomycota: Hypocreales) [ex-
Metarhizium flavoviride e agora reclassificado (DRIVER; MILNER; TRUEMAN, 2000)] foi
descrito pela primeira vez por Gams e Rozsypal (1973) e vem sendo estudado com grande
interesse no controle biológico de várias espécies de insetos (Fig. 20) (KUKLINSKY-
SOBRAL et al., 2004). É conhecido pela sua eficiência no controle de gafanhotos no Brasil e
no exterior (FARIA; MAGALHÃES, 2001).
Atualmente é comercializado sob a marca “Green Muscle” e “Green Guard” para o
controle de pragas e gafanhotos (Acrididae) na África e na Austrália, respectivamente (ENTZ;
JOHNSON; KAWCHUK, 2005). No Brasil tem sido utilizado de forma eficiente no controle
do gafanhoto Rhammatocerus schistocercoides (Orthoptera: Acrididae) com efeito patogênico
também sobre organismos não-alvo, incluindo outros Orthoptera, Diptera e Hymenoptera
(MAGALHÃES et al., 2001). Além disso, já foi testado sobre larvas de B. microplus com
eficácia de 97% (BAHIENSE; FERNANDES; BITTENCOURT, 2006) e adultos de
Schistocerca gregaria (Orthoptera: Acrididae) com 99% de eficácia em 19 dias (BANFORD;
THOMAS, 2001).
Apesar da importância desse entomopatógeno para a agricultura, seu aspecto biológico
e patogenicidade sobre dípteros de importância na saúde pública ainda não foram
suficientemente explorados (VIEIRA et al., 2007). Ademais, antes da liberação de um agente
biológico, a capacidade de identificar e acompanhar de perto o seu impacto sobre o inseto-
alvo, persistência e destino no ambiente deve ser demonstrada (ENTZ; JOHNSON;
KAWCHUK, 2005).
50
No Brasil, a avaliação da ação patogênica de fungos sobre dípteros psicodídeos tem
sido incipiente e o controle biológico pode ser de grande valia no manejo integrado de
flebotomíneos de interesse em saúde pública. No entanto, experimentos adicionais
considerando os meios de produção in vitro, fatores ambientais e métodos de exposição no
campo são necessários para determinar o momento, as freqüências das aplicações e assim
melhorar suas formulações. Uma análise mais aprofundada dos efeitos que os flebotomíneos
podem causar sobre a viabilidade e infectividade do fungo também precisam ser investigadas.
Com a implantação do controle biológico desses dípteros, menos inseticidas químicos terão de
ser usado, resultando em benefícios para o homem e para o ambiente.
2.4.3 Confirmação da infecção pelos fungos B. bassiana e M. anisopliae var. acridum
2.4.3.1 Crescimento fúngico pós-infecção e características microscópicas
Estudos de comportamento, tais como conidiogênese, esporulação, número de colônias
e crescimento radial (ALMEIDA; ALBUQUERQUE; LUNA-ALVES LIMA, 2005) são
importantes para definir a virulência de um isolado fúngico e realizados para auxiliar na
caracterização de fungos entomopatogênicos (LIU et al., 2003). Além de permitir a seleção de
linhagens que apresentem vantagens como produção massal de micélio e estabilidade de
inóculo, deste modo a infecção no hospedeiro ocorre de forma mais rápida, justificando a
eficácia no campo e potencializando a ação do controle biológico de insetos-praga (FEIJÓ et
al., 2007) e vetores de doenças. Vale ressaltar que, a manutenção da viabilidade do patógeno é
importante no controle microbiano, devendo-se manuseá-lo adequadamente para manter sua
Figura 20. M. anisopliae var. acridum: A - Macroscopia da colônia, filamento micelial de cor esverdeado. B – Microscopia, conidióforos ramificados corados em azul de Amann, 640x. Fontes:
AMÓRA, 2007; FEIJÓ, 2004
A B
51
virulência ou melhorá-la através de métodos genéticos, físicos, químicos e/ou processos
biológicos (ALMEIDA; ALBUQUERQUE; LUNA-ALVES LIMA, 2005).
A eficácia do crescimento radial ou vegetativo está diretamente associada à velocidade
de infecção no hospedeiro, mas também pode diferir entre isolados de uma mesma espécie
(FEIJÓ et al., 2007). De acordo com Kalsbeek, Pell e Steemberg (2001), o fungo apresenta
um número maior de esporos após passagem em insetos. A rápida esporulação pode ser um
importante critério para seleção de isolados fúngicos auxiliando na propagação de epizootias,
além de ser uma vantagem em relação às defesas humorais de insetos (MITCHELL, 2003).
Contudo, fatores abióticos como temperatura e umidade podem alterar a esporulação
(ALVES, 1998; TEFERA; PRINGLE, 2003) já que o crescimento vegetativo só vai ocorrer
ou se tornar viável dentro do corpo do hospedeiro e raramente em matéria de ambiente na
forma saprofítica (HIROSE et al., 2001; NEVES et al., 2001).
A conidiogênese (Fig. 21) outro fator importante, considerando que uma elevada taxa
de conídios germinados é diretamente proporcional à virulência do isolado. No entanto, esse
parâmetro pode ser influenciado pela forma de armazenamento, presença de nutrientes e
modo de exposição do fungo ao hospedeiro (ALVES, 1998; FERNANDEZ et al., 2001).
Figura 21. Conidiogênese de conídios de B. bassiana (A) e M. anisopliae var. acridum (B) após 16h de inoculação em BDA, reisolados de Lu. longipalpis. Fonte: AMÓRA. 2007
No que se refere aos aspectos morfológicos para B. bassiana, por exemplo, as
anastomoses (Fig. 22-A) são importantes para realização do ciclo parassexual, o qual se
processa através da plasmogamia, estabelecimento do heterocário e formação de diplóides e
recombinantes mitóticos (PACCOLA-MEIRELLES; AZEVEDO, 1991). Os conidióforos ao
longo do eixo hifal (Fig. 22-B), por sua vez, são característicos desta espécie (DE HOOG,
1972).
A B
52
Figura 22. Cultivo em lâmina de B. bassiana em BDA corados em azul de Amann (1000x): Anastomose após 48h de crescimento (A - setas) e conidióforos maduros (B) após 120h.
Fonte : AMÓRA, 2007
Quanto à identificação do gênero Metarhizium, tradicionalmente, este também é
realizado através da observação da morfologia, funcionalidades nos meios de cultura,
bioensaios em insetos-alvo, exame microscópico de conídios e estruturas associadas,
resultando no reconhecimento inicial de três espécies, M. anisopliae, M. flavoviride e
Metarhizium album. No entanto, sobreposição de conídios, tamanhos variados e outras
características levantam incertezas sobre as relações taxonômicas entre espécies desse gênero
o que dificultam sua identificação (ENTZ; JOHNSON; KAWCHUK, 2005). Dados
freqüentemente encontrados em condições ambientais e fisiológicas diferentes possibilitando
que conídios e blastosporos de M. anisopliae apresentem tamanhos e forma variável
(GLARE; MILNER; BEATON, 1996) podendo haver ainda diferenças na morfologia da
colônia entre isolados de uma mesma variedade (MILNER et al., 2003). Ademais, mesmo
estruturas comuns da espécie como os apressórios, sítios de aderência e produção de enzimas
que ajudam na penetração da cutícula do inseto-alvo e na nutrição (ST. LEGER et al., 1989),
podem não desenvolver-se a partir da infecção de agentes com uma estreita gama de
hospedeiros como é o caso de M. anisopliae var. acridum, indicando baixa conidiogênese no
inseto-alvo e prejudicando a identificação do patógeno (WANG; ST. LEGER, 2005). E
embora os bioensaios em insetos-alvo sejam utilizados como um método sensível para
detecção de M. anisopliae var. acridum, deve-se ter cautela, pois em geral, tem ocorrido
falhas na detecção de um isolado devido à temperaturas desfavoráveis no hospedeiro-alvo e,
consequentemente, baixos níveis do patógeno reisolado (ENTZ; JOHNSON; KAWCHUK,
2005).
A B
53
Os estudos citológicos, por sua vez, envolvem a variação na forma, dimensão e
número de núcleos como forma de caracterização de isolados fúngicos. São necessários para
se conhecer e compreender os fenômenos de variabialidade genética, contudo, o
aprimoramento de técnicas de coloração no nível óptico como também eletrônico renovaram
conceitos, dando maior significado ao estudo e conhecimento celular de estruturas vegetativas
e reprodutivas (FEIJÓ et al., 2007). No entanto, com o advento da biologia molecular,
atualmente é perfeitamente possível diferenciar linhagens mesmo quando estas apresentam
características citológicas e morfológicas semelhantes.
2.4.3.2 Biologia molecular para diagnóstico de B. bassiana e M. anisopliae
Presumi-se geralmente que um isolado fúngico obtido a partir de uma determinada
espécie está adaptado ao inseto que hospedam. No entanto, muitas infecções em insetos
podem ser causadas por associações de fungos oportunistas geralmente isolados. Tais
infecções podem comprometer o resultado de um bioensaio onde as condições fisiológicas do
teste podem favorecer uma variedade ecológica de hospedeiros e comprometer a
especificidade da infecção. Partindo da afirmativa que análises comparativas de seqüências de
nucleotídeos do complexo gênico do RNA ribossômico nuclear de fungos demonstraram
grande variação inter e intra-específica, essa informação deve ser utilizada para fins de
identificação (AQUINO DE MURO; MEHTA; MOORE, 2003), análise filogenética e
taxonômica (ENTZ; JOHNSON; KAWCHUK, 2005).
Marcadores moleculares têm sido utilizados para avaliar a variação genética entre os
isolados de B. bassiana e outros fungos entomopatogênicos, proporcionando assim meios para
identificar estirpes de interesse, determinar a origem dos isolados ou estudos populacionais
(CASTRILHO; VANDENBERG; WRAIGHT, 2003). Nesse contexto, impressões digitais de
DNA obtido a partir de RFLP, polimorfismo do comprimento dos fragmentos terminais de
restrição, são úteis para diferenciar mutantes de B. bassiana da sua estirpe parental
(BERRETTA et al., 1998). A análise AFLP, polimorfismo do comprimento do fragmento
amplificado, normalmente associada com cDNA (DNA complementar), também possui boa
reprodutibilidade, especificidade e sensibilidade (PATHAN et al., 2007), é um método
confiável de monitorização simultânea da expressão diferencial de vários genes, uma vez que
permite uma ampla análise genômica da expressão gênica, com a vantagem de não necessitar
de qualquer informação seqüencial (REIJANS et al., 2003). Estes métodos têm sido
amplamente utilizados para analisar variações genéticas entre cepas, bem como entre
54
populações de B. bassiana (BERRETTA et al., 1998; WANG et al., 2003; PATHAN et al.,
2007).
A técnica denominada RAPD (amplificação aleatória de DNA polimórfico) desde o
seu desenvolvimento (WILLIAMS et al., 1990) tem sido largamente utilizada na identificação
de vários organismos incluindo fungos entomopatogênicos da espécie M. anisopliae (FEGAN
et al., 1993; LEAL et al., 1994) e B. bassiana (CASTRILHO; VANDENBERG; WRAIGHT,
2003; FERNANDES et al., 2006). Do ponto de vista do controle microbiano, essa técnica
gera “impressões digitais” de isolados e permite que a eficácia e persistência de um
determinado isolado usado como agente biológico seja monitorizado (CASTRILHO;
VANDENBERG; WRAIGHT, 2003). Além disso, sua utilização pode gerar marcadores
específicos para distinguir isolados patogênicos de não-patogênicos (CRAVANZOLA et al.
1997). Todavia, RAPD obtidos com eletroforese em gel de agarose convencionais são difíceis
de quantificar devido ao deslocamento de bandas e outros artefatos relacionados com o gel.
Para minimizar estes problemas passou-se a utilizar o seqüenciamento automático de DNA
por laser (BARRETTA t al., 1998).
Genomas mitocondriais evoluem mais rapidamente do que os seus homólogos nuclear
(BURGER; GRAY; LANG, 2003). Por conter introns, elementos móveis e de regiões
intergênicas longa e variável (KOUVELIS; GHIKAS; TYPAS, 2004), exibem extensos
tamanhos e polimorfismo em amplicons de RFLP, RAPD e PCR (HEGEDUS;
KHACHATOURIANS, 1993; KOUVELIS et al., 2008), que podem ser analisados em nível
de nucleotídeos e fornecer resultados mais informativos/discriminatório (GHIKAS;
KOUVELIS; TYPAS, 2006). Pantou, Mavridou e Typas (2003) trabalhando com o fungo M.
anisopliae comprovaram que regiões mitocondriais intergênicas são ainda mais informativas
do que IGS, espaço ribossomal intergênico, região conhecida por ser a nuclear região mais
variável, uma vez que permitiu a discriminação entre isolados idênticos (GHIKAS;
KOUVELIS; TYPAS, 2006). Estudos similares trabalhando com a região mitocondrial nad3-
atp9 demonstraram através de PCR a amplificação de fragmentos com 425-436pb
(KOUVELIS et al., 2008), propondo que regiões mitocondriais intergênicas podem conter
informação para o desenvolvimento de ferramentas para inter-discriminação específica destes
fungos entomopatogênicos.
Em contraste com estudos populacionais de isolados de M. anisopliae e Lecanicillium
(Verticillium) para os quais a região ITS1-5.8S-ITS2 foram quase não-informativos (GHIKAS;
KOUVELIS; TYPAS, 2006), o uso dos primers Mac-ITS-spf e Mac-ITSspR desenhados a
partir da região ITS, espaço interno transcrito, do DNA genômico de M. anisopliae var.
55
acridum amplificaram com sucesso uma seqüência de 420pb do DNA genômico deste fungo.
Além disso, esses primers não amplificaram isolados de M. anisopliae var. anisopliae e M.
flavoviride ou outros fungos entomopatógenos, fitopatógenos, micopatógenos e saprófitas do
solo. O ensaio foi igualmente eficaz para a detecção de DNA de M. anisopliae var. acridum
na presença de DNA do solo e em extratos de gafanhotos infectados (ENTZ; JOHNSON;
KAWCHUK, 2005).
Esses estudos demonstram que independente da região que se deseje amplificar, as
técnicas moleculares são métodos confiáveis para o diagnóstico de infecções com
entomopatógenos.
56
3 JUSTIFICATIVA
Apesar de a LV ser uma zoonose de importante na saúde pública, seu controle
continua centrado no controle do reservatório canino. Entretanto, tal medida não tem
apresentado efetividade para redução da incidência da doença, determinando assim a
necessidade de reavaliação das ações propostas. Assim, estudos são necessários sobre a
sazonalidade do vetor, principal elo da cadeia epidemiológica desta doença. Soma-se a isso o
fato da aplicação de inseticidas residuais poderem resultar em problemas ambientais,
toxicológicos e seleção de insetos resistentes. Tudo isso implica na necessidade do
desenvolvimento de novas tecnologias de controle, na busca por qualidade de vida.
Nesse contexto, os fungos entomopatogênicos têm sido patogênico sobre mais de 700
insetos, apesar de ainda não se tenha resultados definitivos sobre a ação destes fungos sobre
flebotomíneos. Desta forma, o melhor conhecimento sobre a patogenicidade dos fungos sobre
flebotomíneos pode ser de grande valia, o que permitirá determinar a espécie mais adequada
para ser aplicada nesses insetos na tentativa de minimizar a transmissão da LV e seus
prejuízos subseqüentes.
57
4 HIPÓTESE CIENTÍFICA
Lutzomyia longipalpis é o flebotomíneo predominante em áreas de transmissão de
leishmaniose, estando presente durante todo ano.
Os fungos B. bassiana e M. anisopliae var. acridum são capazes de reduzir a
eclodibilidade dos ovos, o desenvolvimento larvar, a longevidade de adulto de Lu. longipalpis
e a eclosão de ovos a partir de fêmeas infectadas.
58
5 OBJETIVOS
5.1 OBJETIVO GERAL
Aprimorar o controle do principal vetor da leishmaniose visceral.
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Realizar investigação entomológica de flebotomíneos em área de transmissão intensa de
LV na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte;
- Correlacionar à variação sazonal de Lu. longipalpis com o sexo, local de captura e as
variáveis ambientais: temperatura, umidade relativa e pluviometria, na cidade de Mossoró,
Rio Grande do Norte;
- Verificar a patogenicidade dos fungos B. bassiana e M. anisopliae var. acridum sobre
ovos, larvas e adultos de Lu. Longipalpis;
- Analisar os parâmetros de crescimento fúngico pós-infecção das diferentes fases de
desenvolvimento de Lu. longipalpis;
- Confirmar a infecção dos fungos B. bassiana e M. anisopliae var. acridum sobre as
diferentes fases de desenvolvimento de Lu. longipalpis.
59
6 CAPÍTULO I
Controle de flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) vetores de leishmanioses
Control of Phlebotomine (Diptera: Psychodidae) Leishmaniasis Vectors
Neotropical Entomology, v. 38, n. 3, 2009
Submetido em 20 de fevereiro de 2008
Aceito em 05 de março de 2009
RESUMO
Os flebotomíneos são vetores de importância médica e veterinária, podendo transmitir
leishmanioses, bartoneloses e algumas arboviroses. A adaptação de algumas espécies a locais
que passaram por modificações humanas as aproxima dos domicílios, podendo facilitar a
transmissão das doenças, e as estratégias adotadas para seu controle têm sido controvertidas.
No tocante às leishmanioses, por exemplo, o que sustenta a utilização do controle vetorial e de
reservatórios como estratégias de intervenção é a conjectura de que a incidência de infecção
em humanos está diretamente relacionada ao número de cães infectantes e a fatores
entomológicos. Dessa forma, o controle do vetor pode então oferecer solução menos onerosa
e mais prática, o que conduziria a medidas preventivas eficazes em um maior número de
focos de leishmaniose. Não obstante, na complexidade dos fatores envolvidos, o controle
químico continua sendo indispensável e o uso de inseticidas biológicos e plantas inseticidas,
por exemplo, representam áreas de estudo a serem incentivadas e desenvolvidas, pois
apresentam resultados promissores. A análise em questão representa uma oportunidade de
avaliação das medidas até então adotadas, principalmente em relação aos métodos e à eficácia
dos componentes entomológicos dos programas de controle das leishmanioses.
60
61
62
63
64
65
66
67
68
6 CAPÍTULO II
Avaliação do fungo Beauveria bassiana (Deuteromycotina: Hyphomycetes), um agente
potencial no controle biológico de Lutzomyia longipalpis (Diptera, Psychodidae)
Evaluation of the fungus Beauveria bassiana (Deuteromycotina: Hyphomycetes)
a potential biological control agent of Lutzomyia longipalpis (Diptera, Psychodidae)
Biological Control, 2009, doi: 10.1016/j.biocontrol.2009.05.004
Submetido em 11 de março de 2009
Aceito em 21 de maio de 2009
RESUMO
A leishmaniose visceral é uma zoonose cujo principal vetor no Brasil é o flebotomíneo
Lutzomyia longipalpis. Atualmente, os esforços de controle do vetor não foram eficazes em
reduzir a prevalência da doença. Uma possível alternativa para as estratégias atuais é o
controle biológico do vetor utilizando fungos entomopatogênicos. Este estudo avalia os
efeitos do fungo Beauveria bassiana (Bals.) Vuilleman em diferentes fases de
desenvolvimento Lu. longipalpis. Cinco concentrações do fungo foram utilizadas variando de
104 a 108 conídios/ml, acompanhado dos controles. Os ovos não-eclodidos, larvas e adultos
mortos expostos a B. bassiana foram semeados para reisolaemento fúngico. O fungo foi
posteriormente identificado por PCR e sequenciamento de DNA. A exposição a B. bassiana
reduziu o número de ovos eclodidos em 59% (P <0,01). A longevidade dos adultos infectados
foi de 5 dias, significativamente inferior ao do controle negativo que foi de 7 dias (P <0,001).
Os efeitos da infecção fúngica sobre a eclosão dos ovos postos pelas fêmeas infectadas
também foram significativas e dose-dependente (P <0,05). No que diz respeito aos parâmetros
de crescimento fúngico pós-infecção, apenas conidiogênese e esporulação foram
significativamente maiores do que o fungo antes da infecção (P <0,001). A identidade do
reisolado fúngico foi confirmada por seqüenciamento pós-passagem em todas as fases inseto.
Esses dados mostram que B. bassiana tem bom potencial patogênico, principalmente sobre
larvas e adultos de Lu. longipalpis. Consequentemente, a utilização deste fungo em programas
de controle de flebotomíneos tem potencial para reduzir o uso de inseticidas químicos,
resultando em benefícios para os seres humanos e ao ambiente.
69
70
71
72
73
74
75
76
6 CAPÍTULO III
O efeito do fungo Metarhizium anisopliae var. acridum sobre Lutzomyia longipalpis
The effects of the fungus Metarhizium anisopliae var. acridum on Lutzomyia longipalpis
Acta Tropica
Submetido em 12 de maio de 2009
RESUMO
O controle do vetor da leishmaniose visceral (LV) é baseado na aplicação de inseticidas
químicos residuais. No entanto, esta estratégia não tem sido eficaz. A contínua busca de um
adequado controle vetorial pode incluir a utilização de controle biológico. Este estudo avalia
os efeitos do fungo Metarhizium anisopliae var. acridum sobre Lu. longipalpis. Cinco
concentrações do fungo foram utilizadas, 1x104 a 1x108 conídios/ml, acompanhado dos
controles. Os ovos não-eclodidos, larvas e adultos mortos foram colhidos a partir do material
infectado para reisolamento fúngico. O fungo foi identificado por PCR e seqüenciamento de
DNA. Metharizium anisopliae var. acridum reduziu a eclosão de ovos em 40%. A
mortalidade de larvas infectadas foi significativa. A longevidade dos adultos infectados foi
menor que a do controle negativo. A eficácia da infecção fúngica sobre a inibição da eclosão
dos ovos postos pelas fêmeas infectadas também foi significativa. No que diz respeito aos
parâmetros de crescimento fúngico pós-infecção, apenas o crescimento vegetativo não foi
significativamente maior que o crescimento do fungo antes da infecção. A identidade do
reisolado fúngico foi confirmada pós-passagem somente sobre o inseto adulto. Em termos de
mortalidade larval e a fecundidade das fêmeas infectadas os resultados foram significativos,
demonstrando que o principal vetor da LV é suscetível à infecção por este fungo
entomopatogênico no estádio adulto.
77
Acta Tropica – Original Paper 1
2
3
4
The effects of the fungus Metarhizium anisopliae var. acridum on Lutzomyia longipalpis 5
6
7
8
Sthenia Santos Albano Amóraa*, Claudia Maria Leal Bevilaquaa*, Francisco Marlon Carneiro 9
Feijób, Romeika Hermínia de Macedo Assunção Pereirab, Nilza Dutra Alvesb, Fúlvio Aurélio 10
de Morais Freireb, Michel Toth Kamimurac, Diana Magalhães de Oliveirac, Elza Áurea Luna-11
Alves Limad, Marcos Fábio Gadelha Rochaa 12 13 14 15
aPrograma de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Estadual do Ceará, 16
Fortaleza, Ceará, 60740-000, Brazil 17 bLaboratório de Microbiologia Veterinária, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, 18
Mossoró, Rio Grande do Norte, 59625-900, Brazil 19 cNúcleo de Genômica e Bioinformática Tarsísio Pimenta - Universidade Estadual do Ceará, 20
Fortaleza, Ceará, 60740-000, Brazil 21 dDepartamento de Micologia, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de 22
Pernambuco, Recife, Pernambuco, 50741-040, Brazil 23
24
25
26
27
28
* Corresponding author, Tel.: +55 85-3101-9853; fax: +55 85-3101-9840,
E-mail address: [email protected] (S.S.A.Amóra),
[email protected] (C.M.L.Bevilaqua)
78
Abstract 29
The control of Visceral Leishmaniasis (VL) vector is based on the application of 30
chemical residual insecticide. However, this strategy has not been effective. The continuing 31
search for an appropriate vector control may include the use of biological control. This study 32
evaluates the effects of the fungus Metarhizium anisopliae var. acridum on Lu. longipalpis. 33
Five concentrations of the fungus were utilized, 1x104 to 1x108 conidia/ml, accompanied by 34
controls. The unhatched eggs, larvae and dead adults exposed to fungi were sown to reisolate 35
the fungi and analysis of parameters of growth. The fungi was subsequently identified by PCR 36
and DNA sequencing. Metharizium anisopliae var. acridum reduced egg hatching by 40%. 37
The mortality of infected larvae was significant. The longevity of infected adults was lower 38
than that of negative controls. The effects of fungal infection on the hatching of eggs laid by 39
infected females were also significant. With respect to fungal growth parameters post-40
infection, only vegetative growth was not significantly higher than that of the fungi before 41
infection. The revalidation of the identification of the reisolated fungus was confirmed post-42
passage only from adult insects. In terms of larvae mortality and the fecundity of infected 43
females, the results were significant, proving that the main vector species of VL is susceptible 44
to infection by this entomopathogenic fungus in the adult stage. 45
46
Key words: Biological control; Vector; Lutzomyia longipalpis; Entomopathogenic fungus; 47
Metarhizium anisopliae var. acridum; Visceral Leishmaniasis. 48
49
1. Introduction 50
Leishmaniasis is one of the most diverse and complex vector-borne diseases. Because 51
it involves several overlapping species and sandfly vectors, both the ecology and 52
epidemiology of the disease are multifarious (Singh, 2006). The sandfly Lutzomyia 53
longipalpis Lutz & Neiva, 1912 is the primary vector for the etiological agent of Visceral 54
Leishmaniasis (VL), Leishmania chagasi Cunha & Chagas, 1937, which constitutes a serious 55
public health problem in South America (Secundino et al., 2002). 56
The VL control strategy is comprised of a combination of early detection, human case 57
treatment, euthanasia of positive dogs, environmental management and chemical-based vector 58
control. However, these measures have not been effective (Amóra et al., 2006). In the absence 59
of an effective vaccine or an ideal drug treatment, the best method to interrupt any vector-60
borne disease is to reduce human-vector contact (Sharma and Sing, 2008). A search for 61
appropriate vector control methods to augment the current limited arsenal of tools is required, 62
79
and biological control is one promising avenue for this search (Scholte et al., 2007). As such, 63
vector reduction may prove to be a viable strategy for the control of VL. 64
Over the last decade, there have been major developments in biological, pesticide-65
based and integrated control strategies for mosquito vectors (Scholte et al., 2004). However, 66
little information is available on the biological control of sandflies. In laboratory studies, the 67
infection of sandflies with different organisms such as nematodes (Secundino et al., 2002), 68
bacilli (Robert et al., 1998; Wahba et al., 1999; Wahba, 2000) and fungi (Warburg, 1991; 69
Reithinger et al., 1997) inhibited egg hatching and caused larval and adult death, but these 70
results were variable. Meanwhile, there is little information on the pathological effects 71
parasites may produce on sandflies. 72
In particular, entomopathogenic fungi have been highlighted as the main agent in 73
insect control (Feijó et al., 2007). The principle of this method is that, upon tarsal contact, 74
fungal spores adhere to and penetrate the cuticle. They then grow internally and produce 75
toxins that kill the mosquito. This is an advantage over most other biocontrol agents (such as 76
bacteria, viruses, nematodes and protozoa), which must be ingested (Scholte et al., 2007). 77
These pathogens have been shown to be an alternative biological control method against 78
many insects (Soares and Turco, 2003), and they are consequently a promising alternative for 79
VL control. In this context, Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin (Ascomycota: 80
Hypocreales) is able to infect over 200 insect species (Alves, 1998), is considered to be a 81
highly infective pathogenic fungus against grasshoppers (Goettel et al., 1995) and has been 82
studied for the biological control of several other species of insects (Kuklinsky-Sobral et al., 83
2004). 84
Specifically, M. anisopliae var. acridum [formerly Metarhizium flavoviride Gams and 85
Rozsypal, but now reclassified (Driver et al., 2000)] is known for its effectiveness in the 86
control of grasshoppers in Brazil and elsewhere (Faria and Magalhães, 2001). Currently, this 87
fungus is being commercialized under the trade name “Green Muscle” and “Green Guard” for 88
grasshopper (Acrididae) control in Africa and Australia, respectively (Entz et al., 2005). In 89
Brazil, field tests have been conducted (Magalhães et al. 2001). Despite its importance to 90
agriculture, its biological characteristics (Vieira et al., 2007) and its pathogenicity in Diptera 91
that are related to public health issues have not yet been sufficiently explored. It is now 92
known that this pathogen can be used to efficiently control Rhammatocerus schistocercoides 93
Rehn, 1906 (Orthoptera: Acrididae) in Brazil (Magalhães et al., 2001), and its effects on non-94
target organisms, including other Orthoptera, Diptera and Hymenoptera, have been verified. 95
Thus, the biological potential of M. anisopliae var. acridum makes this fungus an ideal 96
80
candidate for sandfly control. To this end, the present study aimed to evaluate the effect of M. 97
anisopliae var. acridum on various stages of Lu. longipalpis development. 98
99
2. Materials and Methods 100
101
2.1. Lutzomyia longipalpis collection and identification 102
103
Lutzomyia longipalpis captured in the field were maintained in BOD incubators 104
acclimatized to 27°C, 80% RH with a photoperiod of 12 h (Rangel et al., 1985). To promote 105
oviposition, female sandflies were allowed to feed and obtain a blood meal from anesthetized 106
hamsters for 2 h. Forty-eight hours post-feeding, the adult females were individualized in 107
plastic pots measuring 4 cm in diameter and 4.5 cm in height that were internally coated with 108
sterile plaster to maintain moisture. After oviposition, the females were dissected (Aransay et 109
al., 2000) for identification (Galati, 2003). The hatched larvae were fed daily with a diet based 110
on rabbit feces and crushed dried cassava leaves until they reached the pupa stage. After 111
emergence, adults were transferred to nylon tulle cages measuring 20 cm3 in diameter, fed for 112
3 days with a glucose solution soaked in sterile cotton, and on the 4th day, an anesthetized 113
hamster was offered to provide a blood meal for the females. 114
115
2.2. Preparation of M. anisopliae var. acridum inoculum 116
117
Metharizium anisopliae var. acridum inoculum was obtained from strain 291 (URM-118
3800), kindly provided by the Mycology Collection of the Department of Mycology, 119
Universidade Federal de Pernambuco. The fungal cultures were kept in PDA medium (Potato 120
Dextrose Agar, VertecÒ), maintained at 28°C and diluted to prepare concentrations of 1x108, 121
1x107, 1x106, 1x105 and 1x104 conidia/ml in 0.05% v/v Tween 80. Conidia were quantified 122
via direct counting using an optical microscope with a Neubauer chamber. The average of 5 123
areas counted per field (n) was multiplied by a fixed factor (n x 4.106) to determine the 124
number of conidia in suspension (Alves and Moraes, 1998). 125
126
2.3. Lutzomyia longipalpis susceptibility to M. anisopliae var. acridum 127
128
The bioassays, in which eggs, larvae and adults were treated with 5 fungal 129
concentrations, were conducted with 2 control groups: 0.05% v/v sterile Tween 80 (negative 130
81
control) and 196 mg/ml of the pyrethroid, cypermethrin (positive control) (Feijó et al., 2008). 131
Randomized treatments (21) were performed; 7 for each insect stage, with each treatment 132
performed in 3 repetitions and each repetition in triplicate. Each repetition consisted of 30 133
samples totaling 630 individuals/repetition. 134
2.3.1. Egg Susceptibility. The eggs were placed in plastic pots similar to those used in 135
the maintenance of the colony. One of the fungal suspensions (3 ml), cypermethrin or Tween 136
80 was spilled on the walls and ground of the pots using a pipette. The containers were then 137
stored in BOD incubators at 27°C, 80% RH with a photoperiod of 12 h. The egg hatching was 138
observed daily and larval mortality was counted 8 days post-treatment. 139
2.3.2. Larval Susceptibility. First stage larvae were placed, maintained and infected as 140
described for the eggs. They were fed with the same diet used for the colony, and the larval 141
mortality counts were conducted daily until the pupa stage or until the death of all larvae. 142
2.3.3. Adult Susceptibility. Each repetition consisted of 15 males and 15 females used 143
48 h post-blood feeding. The insects were first cooled to -2°C for 5 min for immobilization. 144
Immediately after, they were treated with 3 ml of one of the fungal suspensions, cypermethrin 145
or Tween 80, and then maintained in nylon cages and fed glucose solution, as described 146
previously. The adult mortality was evaluated daily to determine longevity and to count the 147
eggs laid by treated females. Larvae hatched born from these eggs were quantified 8 days 148
post-infection to obtain egg-hatching rate. 149
150
2.4. Metharizium anisopliae var. acridum growth and microscopic features post-passage in 151
Lu. longipalpis 152
153
The unhatched eggs, larvae and dead adults were sterilized with 3 ml 70% ethanol, 3 154
ml 4% sodium hypochlorite and 3 ml sterile distilled water for 3 min each. The material was 155
then seeded in PDA medium until emergence of the fungus (Alves, 1998). The analyses of 156
fungal growth parameters were performed in triplicate, and microscopic aspects followed the 157
methodology outlined in Feijó et al. (2007). These data were compared to the parameters 158
observed before the fungal infection. 159
2.4.1. Conidiogenesis. A disc 5 mm in diameter was removed from a M. anisopliae 160
var. acridum culture after 12 days of growth and transferred to a test tube containing 10 ml 161
0.05% v/v Tween 80. The suspension was shaken to separate the conidia, diluted and adjusted 162
to 104 conidia/ml. From this suspension, 0.1 ml was spread on a Petri dish with PDA medium 163
using a Drigalski spatula. The number of conidia in the suspension was determined in a 164
82
Neubauer chamber at 16 h post-inoculation. A total of 500 conidia per Petri dish were counted 165
and categorized into 2 groups: germinated or having a germ tube in development, and not 166
germinated. 167
2.4.2. Vegetative growth. A disc 5 mm in diameter of M. anisopliae var. acridum was 168
sown in the center of a Petri dish with PDA medium. Growth was measured on day 15 post-169
inoculation. 170
2.4.3. Colony counting. The same dilution of M. anisopliae var. acridum used for the 171
conidiogenesis experiments was also used for colony counting. The dilution was spread on 172
Petri dishes (0.1 ml), and the colonies were counted 3, 6, 9, 12 and 15 days post-inoculation. 173
2.4.4. Sporulation. Using the same methodology used for the vegetative growth 174
experiments, at 3, 6, 9, 12 and 15 days post-inoculation, 10 ml of 70% ethanol was added to 3 175
Petri dishes with growing fungus for 5 min, for the purpose of conidia inactivation and drying. 176
The 70% ethanol (containing conidia) was retrieved from the surface of the Petri dish and 177
placed into a sterile receptacle. Subsequently, Petri dishes were washed 9 times with 10 ml 178
0.05% v/v Tween 80, and between washes, the Tween 80 solution was removed from the 179
plates and placed in the same container. The conidia were then quantified in a Neubauer 180
chamber. 181
2.4.5. Microscopic Aspects. An aliquot of fungal culture was aseptically placed at 4 182
equidistant points on a Petri dish with PDA medium and covered with a sterile cover slip. 183
These cultures were analyzed with an optical microscope after 24, 48, 72, 96 and 120 h. The 184
fungal structures were stained with Amann blue and observed at 100x, 400x and 1000x 185
magnification. 186
187
2.5. Genomic DNA Extraction and PCR 188
189
The genomic DNA of M. anisopliae var. acridum reisolated from infected Lu. 190
longipalpis eggs, larvae and adults was extracted using an InvisorbÒ Spin Plant Mini Kit 191
(Invitek, GmbH, Berlin-Buch), then resuspended in 100 ml TE and stored at -20°C, according 192
to the manufacturer's recommendations. 193
The primers Mac-ITS-spF (5’CTGTCACTGTTGCTTCGGCGGTAC3’) and Mac-194
ITS-spR (5’CCCGTTGCGAGTGAGTTACTACTGC3’) were designed based on the ITS1 195
and ITS2 regions of the rDNA sequence data for M. anisopliae var. acridum (Entz et al., 196
2005). PCR amplifications were performed in a total volume of 10 ml, containing 1x buffer 197
83
(20 mM Tris-HCl pH 8.3, 50 mM KCl), 50 mM MgCl2, 10 pM/ml of each primer, 10 mM 198
dNTP mix (InvitrogenÔ), 5 U/ml Platinum Taq DNA polymerase (InvitrogenÔ) and 0.1 ml of 199
the target DNA. The negative control contained sterile ultrapure water in place of DNA and 200
the positive control contained M. anisopliae var. acridum (291, URM-3800). The DNA 201
amplification was performed in a Primus 96 HPL thermocycler (MWG Biotech, Inc.) 202
programmed according to the recommendation of Entz et al. (2005): initial denaturation at 203
94°C x 5 min, 30 cycles of denaturing at 94°C x 1 min, annealing and extension combined at 204
72°C x 3 min. The amplicons were visualized on a 1% agarose gel containing 1 Kb Plus DNA 205
ladder (InvitrogenÔ), and stained with ethidium bromide and subjected to transillumination 206
with UV light (FB-TI-88). 207
208
2.6. DNA Sequencing 209
210
The amplicons were purified by isopropanol/ethanol precipitation according to the 211
manufacturer's recommendations (Applied Biosystems®) and sequenced using the BigDye 212
Terminator v3.1 Cycle Sequencing Kit (Applied Biosystem®) in an ABI PRISM® 3100 213
Genetic Analyzer (Applied Biosystems®). All fragments were sequenced in both directions 214
and data were processed by programs provided by the sequencer manufacturer. The 215
electrophoretograms generated were stored as files of the Chroma program and the nucleotide 216
sequences were submitted to GenBank. Data were then analyzed using BioEdit software 217
(Hall, 1999) for the purpose of verifying the sequence quality. The Chroma program was used 218
to transform the data output files into the FASTA format (default), giving quality values (0-219
99) for each nucleotide using algorithms to specify each peak’s intensity (height and width) 220
generated by the electrophoretogram. The sequences were also subjected to BLAST (Basic 221
Local Alignment Search Tool) (Altschul et al., 1990) to verify the similarities of the obtained 222
fragment sequences to the sequences of other proteins in GenBank. 223
224
2.7. Statistical analysis 225
226
The design was completely randomized for all experiments. The effects of fungal 227
infection on egg hatching, larval mortality and adult longevity, as well as the data concerning 228
fungal growth parameters, were normalized when necessary and submitted to ANOVA and 229
Pearson correlation coefficient analyses. After analysis of variance, the means were compared 230
84
using a Student-Newman-Keuls test, and the growth parameters were compared using 231
Dunnett’s Method. For both, P < 0.05 (SigmaStat software 3.1, 2004). 232
233
3. Results 234
235
3.1. Susceptibility of Lu. longipalpis to entomopathogenic fungi 236
237
At the highest concentrations, M. anisopliae var. acridum infection reduced the 238
number of Lu. longipalpis eggs that hatched by 40% (H = 33.03, df = 6, P < 0.05), although 239
its effect was lower than that of the positive control. There was a direct and significant 240
correlation (r = 0.86) between fungal concentration and the inhibition of egg hatching (F = 241
22.80, df = 1, P < 0.001). An increase in mortality of the larvae born of these eggs was also 242
observed, and an index of 60% was found at higher concentrations (H = 27.17, df = 6, P < 243
0.05) (Table 1). 244
The fungus had a statistically greater effect on larval mortality than the control, and 245
the effect was inoculum-dependent, especially at the higher concentrations, reaching 87% (H 246
= 36.04; df = 6, P < 0.05) (Table 1). The mean larval survival time was 26.51 ± 6.75 days for 247
the treated group and 31.89 ± 4.48 for the negative control. However, only the positive control 248
(which caused instantaneous death) had a significant effect on mean larval survival time (H = 249
29.92, df = 6, P <0.05). 250
The longevity of adults infected with the fungus was significantly reduced, on average 251
by 7 days, but this effect did not overcome that of cypermethrin, which caused instantaneous 252
death (F = 43.54, df = 6, P < 0.05). Female infection significantly inhibited egg hatching, 253
especially at the highest concentration, which produced 85% efficacy (F = 53.57, df = 6, P < 254
0.05) (Table 1). There was a slightly significant direct correlation (r = 0.49) between fungal 255
concentration and inhibition of egg hatching (F = 13.61, df = 1, P < 0.05). 256
257
3.2. Growth and microscopic features of M. anisopliae var. acridum after passage in Lu. 258
longipalpis 259
260
M. anisopliae var. acridum was successfully reisolated post-infection only from Lu. 261
longipalpis adults. The conidiogenesis of the reisolated fungus was significantly higher than 262
that of the fungus before infection (F = 4.53, df = 3, P < 0.05), but vegetative growth was 263
similar (F = 2.40, df = 3, P = 0.14) (Table 2). 264
85
The number of fungus colonies was significantly higher post-passage in adult sandflies 265
(F = 13.05; df = 3, P < 0.05). Sporulation was also significantly higher post-passage, and it 266
was also higher than the fungus before infection and increasing over the entire observation 267
period (F = 158.50; df = 3, P < 0.001) (Table 3). 268
Metharizium anisopliae var. acridum microscopic structures were observed post-269
infection. Mycelium formation, anastomoses and apressoria were observed in the first 96 h, as 270
were primordia from the conidiophores and young conidiophores along the hyphal axis (data 271
not shown). There were no morphological differences between the fungus used for infection 272
and the fungus reisolated from Lu. longipalpis adults. 273
274
3.3. PCR and sequencing 275
276
Metharizium anisopliae was reisolated from Lu. longipalpis adults infected with 277
1x106, 1x107 and 1x108 conidia/ml 6 days post-infection. In all cases, M. anisopliae var. 278
acridum DNA was amplified by PCR (Figure 1). Metharizium anisopliae var. acridum DNA 279
could not be reisolated from eggs, larvae or adults infected with 1x104 and 1x105 conidia/ml, 280
but it was possible to observe mycelial growth on insects infected with 1x107 and 1x108 281
conidia/ml. No PCR products were amplified from the control group. 282
The DNA sequences obtained were approximately 394 bp in length. These were 283
compared with other sequences deposited in GenBank (NCBI), and this confirmed that the 284
reisolated fungal species was in fact a match to M. anisopliae var. acridum (Accession 285
number EF113338.1) with 100% homology (e-value 0.0). 286
287
4. Discussion 288
The eggs of insects are more resistant to infection than other developmental stages 289
(Ekesi et al., 2002). Although fungal infection reduced egg hatching significantly and 290
increased the mortality of larvae born from infected eggs, the effectiveness was around 40%. 291
In contrast, another biocontrol study showed that aqueous suspensions of Bacillus sphaericus 292
Meyer & Neide, 1904 (Bacillales: Bacillaceae) inhibited Phlebotomus duboscqi Leveu-293
Nemaire, 1906 and Sergentomyia schwetzi Adler, Theodor & Parrot, 1929 (Diptera: 294
Psychodidae) egg hatching by 95% (Robert et al., 1998). 295
The efficiency of M. anisopliae var. acridum at the concentration of 1x108 conidia/ml 296
was similar on larvae of Lu. Longipalpi, (87%) and Boophillus microplus Canestrini, 1887 297
(Acari: Ixodidae) (97%) (Bahiense et al., 2006). Comparing the susceptibility of sandfly 298
86
larvae to different biocontrols, the result of spraying fungus on Lu. longipalpis larvae was 299
better than offering a diet contaminated with Bacillus thuringiensis var. israelensis Goldberg 300
& Margalit (1977) (Bacillales: Bacillaceae) to Phlebotomus papatasi Scopoli, 1763 larvae 301
(Diptera: Psychodidae) (Wahba et al., 1999). Both of these had inoculum-dependent effects. 302
However, the fungus was not reisolated, and similar to P. papatasi larvae infected with B. 303
sphaericus, bacteraemia was not detected (Wahba, 2000). Biolarvicide application in the field 304
is difficult due to the diversity of sandfly breeding habitat, thus its application appears to be 305
limited to adult control. More research needs to be done to develop an efficient larvicide for 306
vector control. 307
Any reduction in mosquito longevity reduces the mean number of blood meals taken, 308
and the probability of the vector acquiring a disease agent and subsequently transmitting it to 309
other hosts is also reduced (Scholte et al., 2007). The longevity of Lu. longipalpis infected 310
with M. anisopliae var. acridum was significantly lower than that of uninfected sandflies, 311
except for sandflies infected at the concentration of 1x104 conidia/ml, whose longevity was 312
greater than the negative control. These data are similar to the effect of other 313
entomopathogenic fungi against P. papatasi, Lu. longipalpis (Warburg, 1991) and Aedes 314
aegypti Linnaeus, 1762 (Scholte et al., 2007) in that they show the highest mortality rates at 315
around seven days. 316
Although there was no significant decrease in infected female oviposition, there was a 317
significant reduction in egg hatching. Similar data were obtained with the same fungus in 318
grasshoppers. The reduced infectiousness of M. anisopliae var. acridum compared to other 319
entomopathogenic fungi could be related to its primary specificity for Acridids (Blanford and 320
Thomas, 2001). The reduction in longevity and fecundity may not decrease the vectorial 321
capacity of adult Lu. longipalpis in the short term, but it could still be effective over the long 322
term. It is possible that infected sandflies are more susceptible to factors such as predation and 323
secondary infections by other pathogens, and infection might also decrease insect migration 324
ability. 325
Traditionally, the identification of the genus Metarhizium is based on the observation 326
of morphological features on culture media and microscopic examination of spores and 327
associated structures (Entz et al., 2005). Fungal growth studies, such as analysis of 328
conidiogenesis, sporulation, colony counts and radial growth were conducted to assist 329
entomopathogenic fungus characterization, as recommended by Almeida et al. (2005), 330
because these parameters are important for defining the virulence of the fungal isolate (Liu et 331
al., 2003). The rates of radial and vegetative growth are directly linked to the speed of 332
87
infection in the host, and they may differ among isolates of the same species (Feijó et al., 333
2007). The vegetative growth of Metharizium anisopliae was slow, possibly explaining the 334
failure to reisolate it from Lu. longipalpis eggs and larvae. 335
The sporulation and conidiogenesis of M. anisopliae var. acridum was significantly 336
higher after reisolation, corroborating the results of Entz et al. (2005). These data suggest a 337
positive correlation between conidia production and time. Rapid sporulation may be an 338
important criterion for the selection of fungal isolates because it helps epizootic spread 339
(Mitchell, 2003). Conidiogenesis is another important parameter to consider, as the number of 340
germinated conidia is directly proportional to isolate virulence. The conidiogenesis rate may 341
be influenced by the storage form, the presence of nutrients and the mode of host exposure to 342
fungus (Alves, 1998). 343
The colony morphology of Metharizium anisopliae var. acridum was examined, and 344
conidia were found to be dark and green, similar to Canadian (Entz et al., 2005) and Mexican 345
(Milner et al., 2003) strains. However it is important to emphasize that difficulties in 346
identification are frequently encountered, and morphological differences can be exhibited 347
under varying environmental and physiological conditions. The spore morphology varies 348
within the same culture and between isolates of the genus Metarhizium. Conidia and 349
blastospores can be of variable size and shape (Milner et al. 2003). Therefore, M. anisopliae 350
var. acridum cannot be distinguished from other M. anisopliae varieties on the basis of spore 351
size and shape. Therefore, molecular tests should be performed (Lomer et al., 2001) that allow 352
differentiation of fungal strains with similar morphological and cytological characteristics 353
(Kouvelis et al., 2008). 354
The failure to reisolate fungus from treated eggs and larvae prevented completion of 355
the PCR, but its effect was observed statistically on Lu. longipalpis. The same situation was 356
observed in a previous study that involved the histological examination of Lutzomyia young 357
Feliciangeli & Murillo, 1987 (Diptera: Psychodidae) infected with Beauveria bassiana (Bals.) 358
Vuilleman (Deuteromycotina: Hyphomycetes), where the histological sections were negative 359
and no cuticle or tissue damage was observed, but the fungal mycelium was seen (Reithinger 360
et al., 1997), similar to our observations. With respect to adult Lu. longipalpis, the PCR and 361
sequencing proved that infection by the fungus had occurred at the two higher concentrations 362
on different days post-infection. 363
Comparative studies of nucleotide sequences of rDNA genes have provided significant 364
data for phylogenetic and taxonomic analyses (Entz et al., 2005). As expected, the Mac-ITS-365
spF and Mac-ITS-spR primers successfully amplified a 394 bp DNA sequence from the total 366
88
genomic DNA extracted from M. anisopliae var. acridum, similar to the results of Entz et al. 367
(2005). In that same study, no other species of Metharizium, other fungal entomopathogens, 368
or other microorganisms were detected by these primers, demonstrating their specificity (Entz 369
et al., 2005). 370
Although the effect of an entomopathogenic fungus is not immediate, it can minimize 371
the environmental contamination risk inherent in chemical insecticides (Oliveira et al., 2003). 372
Moreover, it is environmentally friendly and not harmful to birds, fish or mammals 373
(Zimmerman, 1993). At present, the potential risk of adverse effects of the fungus on human 374
health when used indoors and/or in the vicinity of immunocompromised individuals is 375
considered low due to the pathogen's opportunistic nature and its inability to survive at human 376
body temperatures (Scholte et al., 2007). 377
The finding that Lu. longipalpis is susceptible to infection with an entomopathogenic 378
fungus is the first step towards the final goal of using this fungus for VL vector control. 379
However, there are many more scientific issues to confront, such as the screening of other 380
fungal species and strains, finding the optimal dosages and application techniques, optimizing 381
the mass culture of the fungus, and determining its shelf life and the optimal solvent for its 382
conidia. In particular, fungal persistence following application must be substantial to 383
minimize the logistical challenges and cost of re-treatment (Scholte et al., 2007). Several 384
entomopathogenic fungi are already in use for agricultural and veterinary pest control, 385
demonstrating the feasibility of this biocontrol technique with respect to acceptability and 386
applicability. 387
The results presented here suggest a lack of pathogenicity of M. anisopliae var. 388
acridum against Lu. longipalpis eggs and larvae, leading to the conclusion that this pathogen 389
should not be used for the control of sandflies in their immature stages. However, in terms of 390
adult mortality and infected female fecundity, the results were significant, proving that the 391
primary vector species of VL is susceptible to entomopathogenic fungal infection in the adult 392
stage. These results encourage further studies on the use of M. anisopliae var. acridum as a 393
biocontrol agent. 394
395
Acknowledgments 396
We thank Dr. Nélio B. Morais, Richristi A. Silva, Raimundo Nonato de Sousa and 397
Lindemberg Caranha (Secretaria de Saúde do Estado do Ceará), Ana Claudia B. Mendonça 398
and Sodré Rocha (Secretaria Municipal de Saúde de Mossoró) for assistance in sandfly field 399
collections, Dr. Rui Sales Júnior, Dra. Celicina M. S. B. Azevedo (UFERSA). UFERSA 400
89
administrative staff for logistic support. To Msc Lorena M. B. Oliveira for reviewing and 401
improving the paper. As also the inhabitants of the studied areas for their patient and 402
kindness. 403
Financial support: Msc Amora has a grant from CAPES and Dr. Bevilaqua is a CNPq 404
researcher. 405
Ethical approval: Ceará State University, Committee of Ethics for the Use of Animals 406
(Process no. 07465297-4). 407
408
References 409
Almeida, J.C., Albuquerque, A.C. and Luna-Alves Lima, E.A., 2005. Viabilidade de 410
Beauveria bassiana (bals.) Vuill. reisolado de ovos, larvas e adultos de Anthonomus grandis 411
(Boheman) (Coleoptera: Curculionidae) artificialmente infectado. Arq. Inst. Biol. São Paulo 412
72, 473-480. 413
Alves, S.B. (Ed.). 1998. Controle microbiano de insetos. 2nd ed. FEALQ, Piracicaba, São 414
Paulo. 415
Alves, S.B. and Moraes, S.A., 1998. Quantificação de inóculo de patógenos de insetos. In: 416
Alves, S.B. (Ed.), Controle microbiano de insetos. 2n ed. FEALQ, Piracicaba, São Paulo, 417
pp.765-777. 418
Altschul, S.F., Gish, W., Miller, W., Myers, E.W. and Lipman, D.J., 1990. Basic local 419
Alignment search tool. J. Molec. Biol. 215, 403-410. 420
Amóra, S.S.A., Santos, M.J.P., Alves, N.D., Gonçalves da Costa, S.C., Calabrese, K.S., 421
Monteiro, A.J. and Rocha, M.F.G., 2006. Fatores relacionados com a positividade de cães 422
para leishmaniose visceral em área endêmica do Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. 423
Cienc. Rural 36, 1854-1859. 424
Aransay, A.M., Scoulica E., Tselentis Y., 2000. Detection and identification of Leishmania 425
DNA within naturally infected sand flies by seminested PCR on minicircle kinetoplastic 426
DNA. Appl. Environ. Microbiol. 66, 1933-1938. 427
Blanford, S. and Thomas, M.B., 2001. Adult survival, maturation, and reproduction of the 428
desert locust Schistocerca gregaria infected with the fungus Metarhizium anisopliae var. 429
acridum. J. Invert. Pathol. 78, 1-8. 430
Bahiense, T.C., Fernandes, E.K.K. and Bittencourt, V.R.E.P., 2006. Compatibility of the 431
fungus Metarhizium anisopliae and deltamethrin to control a resistant strain of Boophilus 432
microplus tick. Vet. Parasitol. 141, 319-324. 433
90
Driver, F., Milner, R.F. and Trueman, W.H., 2000. A taxonomic revision of Metarhizium 434
based on a phylogenetic analysis of ribosomal DNA sequence data. Mycol. Res. 104, 134-435
150. 436
Entz, S.C., Johnson, D.L. and Kawchuk, L.M., 2005. Development of a PCR-based diagnostic 437
assay for the specific detection of the entomopathogenic fungus Metarhizium anisopliae var. 438
acridum. Mycol. Res. 109, 1302-312. 439
Ekesi, S., Adamu, R.S. and Maniania, N.K., 2002. Ovicidal activity of entomopathogenic 440
hyphomycetes to the legume pod borer, Maruca vitrata and the pod sucking bug, Clavigralla 441
tomentosicollis. Crop Prot. 21, 589-595. 442
Faria, M.R. and Magalhães, B.P., 2001. O uso de fungos entomopatogênicos no Brasil. 443
Biotecnolog. Cienc. Desenvolv. 22, 18-21. 444
Feijó, F.M.C., Lima, P.M., Alves, N.D. and Luna-Alves Lima, E.A., 2007. Comportamento e 445
aspectos citológicos de Beauveria basssiana após passagem em ovo, larva e adulto de 446
Chrysomya albiceps. Arq. Inst. Biol. 74, 349-355. 447
Feijó, F.M.C., Lima, P.M., Melo, E.H.M., Maciel, M.V., Athayde, A.C.R., Alves, N.D. and 448
Luna-Alves Lima, E.A., 2008. Susceptibilidade de Chrysomya albiceps a Beauveria bassiana 449
em condições de laboratório. Cienc. Anim. Bras. 9, 771-777. 450
Galati, E.A.B., 2003. Morfologia e Taxonomia. Morfologia, terminologia de adultos e 451
identificação dos táxons da América. In: Rangel, E.F. and Lainson, R. Flebotomíneos do 452
Brasil. Fiocruz, Rio de Janeiro, pp. 53-175. 453
Goettel, M.S., Jonshon, D.L. and Inglis, G.D., 1995. The role of fungi in the control of 454
grasshoppers. Can. J. Bot. 73, S71-S75. 455
Hall, T., 1999. BioEdit version 5.0.6. North Carolina State University, Departamentt of 456
Microbiology. 457
Kouvelis, V.N., Ghikas, D.V., Edgington, S., Typas, M.A. and Moore, D., 2008. Molecular 458
characterization of isolates of Beauveria bassiana obtained from overwintering and summer 459
populations of Sunn Pest (Eurygaster integriceps). Lett. Appl. Microbiol. 46, 414-420. 460
Kuklinsky-Sobral, J., Luna-Alves-Lima, E.A., Araujo, J.M. and Azevedo, J.L., 2004. Genetic 461
variability in regenerated Metarhizium flavoviride protoplasts. Braz. Arch. Biol. Technol. 47, 462
1-6. 463
Liu, H., Skinner, M., Brownbrigde, M. and Parker, B.L., 2003. Characterization of Beauveria 464
bassiana and Metarhizium anisopliae isolates for management of tarnished plant bug, Lygus 465
lineolaris (Himeptera, Miridae). J. Invert. Patholol. 82, 139-147. 466
91
Lomer, C.J., Bateman, R.P., Johnson, D.L., Langewald, J. and Thomas, M., 2001. Biological 467
control of locusts and grasshoppers. Ann. Rev. Entomol. 46, 667-702. 468
Magalhães, B.P., De Faria, M.R., Lecoq, M., Schmidt, F.G.V., Silva, J.B T., Frazão, H.S., 469
Balança, G. and Foucart, A., 2001. The use of Metarhizium anisopliae var. acridum against 470
the grasshopper Rhammatocerus schistocercoides in Brazil. J. Orthoptera Res. 10, 199-202. 471
Milner, R.J., Lozano, L.B., Driver, F. and Hunter, D., 2003. A comparative study of two 472
Mexican isolates with an Australian isolate of Metarhizium anisopliae var. acridum – strain 473
characterisation, temperature profile and virulence for wingless grasshopper, Phaulacridium 474
vittatum. BioControl 48, 335-348. 475
Mitchell, J.K., 2003. Development of a submerged liquid sporulation medium for the potential 476
smart weed bioherbicide Septaria polyganorum. Biol. Control 27, 293-299. 477
Oliveira, C.N., Neves, P.M.O.J. and Kawazoe, L.S., 2003. Compatibility between the 478
entomopathogenic fungus Beauveria bassiana and insecticides used in coffee plantations. Sci. 479
Agric. 60, 663-667. 480
Rangel, E.F., Souza, N.A., Wermelinger, E.D. and Barbosa, A.F., 1985. Estabelecimento de 481
colônia, em laboratório, de Lutzomyia intermedia Lutz & Neiva, 1912 (Diptera, Psychodidae, 482
Phlebotominae). Mem. Inst. Oswaldo Cruz 80, 219-226. 483
Reithinger, R., Davies, C.R., Cadena, H. and Alexander, B., 1997. Evaluation of the fungus 484
Beauveria bassiana as a potential biological control agent against phlebotomine sand flies in 485
colombian coffee plantations. J. Invertebr. Pathol. 70, 131-135. 486
Robert, L.L., Perich, M.J., Schlein, Y. and Jacobson, R.L., 1998. Bacillus sphaericus inhibits 487
hatching of phlebotomine sand fly eggs. J. Am. Mosq. Control. Assoc. 14, 351-352. 488
Scholte, E-J., Knols, B.G.J., Samson, R.A. and Takken, W., 2004. Entomopathogenic fungi 489
for mosquito control: a review. J. Insect Sci. 4, 1-24. 490
Scholte, E-J., Takken, W. and Knols, B.G.J., 2007. Infection of adult Aedes aegypti and Ae. 491
albopictus mosquitoes with the entomopathogenic fungus Metarhizium anisopliae. Acta Trop. 492
102, 151-158. 493
Secundino, N.F.C., Araújo, M.S.S., Oliveira, G.H.B., Massara, C.L., Carvalho, O.S., 494
Lanfredi, R.M. and Pimenta, P.F.P., 2002. Preliminary description of a new entomoparasitic 495
nematode infecting Lutzomyia longipalpis sand fly, the vector of visceral leishmaniasis in the 496
New World. J. Invert. Pathol. 80, 35-40. 497
Sharma U. and Singh S., 2008. Insect vectors of Leishmania: distribution, physiology and 498
their control. J. Vector Borne Dis. 45, 255-272. 499
92
Singh S., 2006. New developments in diagnosis of leishmaniasis. Indian. Indian J. Med. Res. 500
123, 311-330. 501
Soares, R.P.P. and Turco, S.J., 2003. Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae: 502
Phlebotominae): a review. An. Acad. Bras. Cienc. 75, 301-330. 503
Vieira, P.D.S., Silva, W.M.T., Paiva, L.M., Luna-Alves Lima, E.A. and Cavalcanti, V.L.B., 504
2007. Estudo da caracterização morfológica, esporulação e germinação dos conídios de 505
Metarhizium Anisopliae var. acridum em diferentes temperaturas. Biológico 69, 17-21. 506
Zimmerman, G., 1993. The entomopathogenic fungus Metarhizium anisopliae and its 507
potential as a biocontrol agent. Pestic. Sci. 37, 375-379. 508
Warburg, A., 1991. Entomopathogens of phlebotomine sand flies, laboratory experiments and 509
natural infections. J. Invertebr. Pathol. 58, 189-202. 510
Wahba, M.M., Labib, I.M., and el Hamshary, E.M., 1999. Bacillus thuringiensis var. 511
israelensis as a microbial control agent against adult and immature stages of the sandfly, 512
Phlebotomus papatasi under laboratory conditions. J. Egypt. Soc. Parasitol. 29, 587-597. 513
Wahba, M.M., 2000. The influence of Bacillus sphaericus on the biology and histology of 514
Phlebotomus papatasi. J. Egypt. Soc. Parasitol. 30, 315-323. 515
516
517
518
519
520
521
522
523
524
525
526
527
528
529
530
531
532
533
93
Table 1. Treatment efficacy of M. anisopliae var. acridum and longevity of Lu. longipalpis 534
life stages. 535
Small letters represent a comparison of the lines in the same column (Student-Newman-Keuls test, P < 0.05). 536
537
538
539
540
541
Table 2. Conidia germination and vegetative growth of Beauveria bassiana reisolated from 542
infected Lutzomyia longipalpis eggs, larvae and adults on PDA medium. 543
Stages (mean ± SD) Germination (no.)*
16 h post-inoculation
Vegetative growth (cm)NS
15 days post-inoculation
Adults 413.00 ± 36.77a 4.07 ± 0.98a
Control# 255.00 ± 7.00b 3.07 ± 0.29a
Small letters represent a comparison of the lines in the same column (Dunnett’s Method, *(P < 0.05) 544
and NS(P = 0.14). 545 #Metharizium anisopliae var. acridum 291 (URM-3800) before infection of Lu. longipalpis. 546
547
548
549
550
551
552
Eggs Larvae Adults Treatments
(mean ± SD) % Reduction in
Hatching
% Larval
mortality % Mortality
Longevity
days
% Reduction in
Hatching
1x108 conidia/ml 41.67 ± 6.24a 49.83 ± 24.12a 86.67 ± 4.71a 7.29 ± 0.76a 84.76 ± 7.91ª
1x107 conidia/ml 40.00 ± 8.43a 37.60 ± 16.54a 83.81 ± 13.11b 6.86 ± 1.77a 72.12 ± 3.11b
1x106 conidia/ml 35.56 ± 2.72a 35.11 ± 8.53a 72.38 ± 5.35c 6.29 ± 1.38a 72.30 ± 4.97b
1x105 conidia/ml 30.00 ± 3.85b 27.02 ± 2.67b 71.90 ± 5.39c 6.57 ± 1.27a 64.54 ± 1.88b
1x104 conidia/ml 28.89 ± 8.61b 18.29 ± 6.51b 63.59 ± 18.28c 9.57 ± 1.51b 53.69 ± 10.20c
Tween 80 0.05% 12.78 ± 9.05c 0.00 ± 0.00c 40.48 ± 7.31d 8.71 ± 1.11b 39.26 ± 6.68d
Cypermethrin
196mg/ml 100.00 ± 0.00d - 100.00 ± 0.00e 0,00 ± 0,00c -
94
Table 3. Colony counts and sporulation of M. anisopliae var. acridum (mean ± SD) reisolated 553
from infected Lu. longipalpis adults at 3, 6, 9, 12 and 15 days after inoculation on PDA 554
medium. 555
Parameters Stages 3 days 6 days 9 days 12 days 15 days
Adults 8.50 ± 4.95a 846.00 ± 124.45a 40.50 ± 0.71a 62.50 ± 2.12a 17.00 ± 2.83a Colony
counting
(no. colony) Control# 0.00 ± 0.00b 276.00 ± 69.30b 7.00 ± 1.41b 0.50 ± 0.71b 0.00 ± 0.00b
12.62 ± 0.54a 40.11 ± 0.18a 53.38 ± 0.32a 148.48 ± 0.28a 164.66 ± 0.87aSporulation
(no. conidia)
Adults
Control# 4.06 ± 0.08b 26.27 ± 0.18b 59.16 ± 0.06b 115.19 ± 0.01b 161.40 ± 0.29b
Small letters represent comparisons of the lines in the same column (Student-Newman-Keuls test, P < 556
0.05). 557 #Metharizium anisopliae var. acridum 291 (URM-3800) before infection of Lu. longipalpis. 558
559
560
561
562 Figure 1: Amplification of M. anisopliae var. acridum DNA from Lu. longipalpis adults at different 563
days post-infection with varying conidia/ml concentrations: Lane Br: no DNA, Lane C+: M. 564
anisopliae var. acridum DNA, Lane 1: 1x106 at 7 days, Lanes 2-4: 1x107 at 1, 5 and 6 days, Lanes 5-7: 565
1x108 at 1, 6 and 10 days, Kb: Ladder. 566
567
95
6 CAPÍTULO IV
Pesquisa de flebotomíneos (Psychodidae: Phlebotominae) em área de transmissão
urbana de leishmaniose visceral no Nordeste do Brasil
Phlebotomine sandfly (Psychodidae: Phlebotominae) survey in an urban transmission area of
visceral leishmaniasis in northeastern Brazil
Memórias do Instituto Oswaldo Cruz
Submetido em 29 de maio de 2009
RESUMO
A leishmaniose visceral (LV) continua a ser um grande desafio para o campo da saúde pública
e particularmente em vários estados brasileiros, onde a doença é endêmica. Neste estudo, um
levantamento da fauna flebotomínea foi realizado em Mossoró, Rio Grande do Norte e os
resultados do inquérito foram comparados com as variáveis ambientais. Os flebotomíneos
foram capturados com armadilhas luminosas instaladas mensalmente no intra e peridomicílio
das residências. A análise dos dados foi baseada nos resultados do teste Qui-quadrado e
regressão linear. Do total de flebotomíneos capturados (7.347), 93,85% eram Lutzomyia
longipalpis e os restantes eram Lu. evandroi. Os flebotomíneos foram encontrados mais
comumente no peridomicílio e não houve diferença na proporção de machos e fêmeas. A
estação chuvosa, umidade relativa ou pluviometria não influenciaram a densidade
populacional dos flebotomíneos. No entanto, a temperatura teve um efeito negativo. Como
este estudo foi realizado em uma área endêmica, essas informações são importantes para as
agências saúde pública no intuito de auxiliar na concepção de medidas adequadas para o
controle do vetor da LV.
96
Full Paper 1
2
3
Phlebotomine survey in northeastern Brazil 4
5
6
Phlebotomine sandfly (Psychodidae: Phlebotominae) survey in an urban transmission 7
area of visceral leishmaniasis in northeastern Brazil 8
9
10
11
Sthenia Santos Albano Amóraa1, Claudia Maria Leal Bevilaquaa*, Francisco Marlon Carneiro 12
Feijób, Gislayne Christianne Xavier Peixotob, Raimundo Nonato de Sousac, Nilza Dutra 13
Alvesb, Michelline do Vale Maciela, Fúlvio Aurélio de Morais Freireb, Iara Tersia Freitas 14
Macedoa 15 16 17 18
aLaboratório de Doenças Parasitárias, Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, UECE, Campus 19
do Itaperi, Av. Paranjana 1700, 60740-000 Fortaleza, CE, Brazil 20 bLaboratório de Microbiologia Veterinária, UFERSA, Mossoró, RN, Brazil 21
cNúcleo de Endemias Transmissíveis por Vetores, SESA-CE, Brazil 22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
1Corresponding authors: [email protected], [email protected]
Financial support: Ms Amora has a grant from CAPES and Dr. Bevilaqua is a CNPq researcher
Ethical approval: State University of the Ceará, Committee of Ethics for the Use of Animals (Process n.
07465297-4)
97
ABSTRACT 32
Visceral leishmaniasis (VL) remains a major challenge to the field of public health, 33
particularly in several Brazilian states where the disease is endemic. In this study, a 34
phlebotomine sandfly survey was conducted in Mossoró, Rio Grande do Norte, and the survey 35
results were compared with environmental variables. Sandflies were captured with CDC traps 36
installed monthly in both intra- and peridomicile settings. The data analysis was based on 37
results from the Chi-square test and linear regression. Of the total sandfly population captured 38
(7,347), 93.85% were Lutzomyia longipalpis and the remaining were Lu. evandroi. The 39
sandflies were found more commonly in the peridomicile setting, and there were no 40
difference in the proportions of males and females. Neither the season, the humidity, nor 41
rainfall influenced the population density. However, the temperature had a negative effect. As 42
this study was conducted in an endemic location, it provides important information to public 43
health agencies for designing adequate control measures for the VL vector. 44
45
Key words: Lutzomyia longipalpis - Lutzomyia evandroi – seasonality – climate - Rio Grande 46
do Norte state - Brazil 47
48
INTRODUCTION 49
In Brazil, visceral leishmaniasis (VL) is caused by Leishmania chagasi and is 50
transmitted to humans principally through the bites of infected females of Lutzomyia 51
longipalpis Lutz & Neiva, 1912 sandflies (Michalsky et al. 2009). This disease remains a 52
major challenge to public health, particularly in Brazilian states where the disease is endemic 53
(Paula et al. 2009). Studies focusing on vector and environmental conditions are of 54
fundamental importance in evaluating the risk of transmission of this tropical disease 55
(Michalsky et al. 2009). These studies additionally provide helpful information in determining 56
the most appropriate control methods for the vector (Dias et al. 2007). 57
Sandflies are frequently found in natural ecotopes, such as trees trunks, animal 58
shelters, fallen leaves, and cracks in rocks and caves (Galati et al. 2003), as well as in rural 59
and urban environments characterized by domestic animal shelters and human habitation. The 60
latter habitat demonstrates the adaptation of insects to anthropophilic environments (Barata et 61
al. 2008). Lu. Longipalpis are especially well adapted to living with humans and domestic 62
animals (Rebêlo 2001), are resistant to adverse conditions and can exploit new environments, 63
thereby facilitating VL transmission. 64
98
VL is endemic in Rio Grande do Norte, a state in northeastern Brazil. In recent years, 65
there has been an increase in VL cases reported by many of the municipalities (Cortez et al. 66
2007, Ximenes et al. 2007). However, data documenting the presence and distribution of Lu. 67
longipalpis in the locality of Mossoró are generally insufficient to draw an eco-68
epidemiological profile of the disease. In addition, the high prevalence of VL in dogs in 69
various localities of Mossoró (Amóra et al. 2006, Matos et al. 2006) demonstrates the need to 70
measure the sandfly frequency in urban areas. In this study, a phlebotomine sandfly survey 71
was conducted in intense VL transmission areas in Mossoró with the goal of correlating the 72
ecology of the sandfly with specific environmental variables. 73
74
MATERIALS AND METHODS 75
76
Study area - Mossoró city is located 285 km from Natal, the capital of Rio Grande do 77
Norte State, whose coordinates are 37° 20' 39" longitude west and 05° 11' 15" latitude south 78
and 16 m above see level. Occupying an area of 2.110.207 km², 85% of the population of 79
Mossoró (234,390) is concentrated in an urban area (IBGE, 2007). The average annual 80
temperature is approximately 27.5° C with a maximum of 36° C and a minimum of 21° C. 81
The average relative humidity is between 59% and 76%. The climate is semi-arid and 82
characterized by low rainfall and two well-defined seasons: the rainy season, concentrated 83
from January to April and extending as late as June (500 to 700 mm/ year) and dry season 84
(IDEMA 2002). 85
The entomological investigation was conducted at Abolição, Aeroporto and Rincão 86
districts of Mossoró city (Fig. 1). These three areas were classified as intense VL transmission 87
areas, as defined by a mean number of human VL cases > 4.4 in the last five years (Ministério 88
da Saúde 2006). 89
90
Entomological fauna capture and identification - The inclusion criterion for domiciles 91
in the study included recent Lu. longipalpis capture history, presence of abundant vegetation 92
in the peridomicile, domestic animals, and organic matter accumulation. The selected 93
domiciles also had poor sanitary conditions. The captures were carried out monthly from 94
January to December 2007 over four consecutive nights from 6:00 p.m. to 6:00 a.m. using 95
CDC light traps. Two traps were placed for each domicile, one in the interior and the second 96
in the peridomicile area, preferably in animal shelters, as proposed by the Brazilian Ministry 97
of Health (Ministério da Saúde 2006). 98
99
The captured insects were identified by the Laboratory of Veterinary Microbiology of 99
the Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). The female specimens were 100
clarified dissected on slides and covered with slips for observation under an optical 101
microscope (Aransay et al., 2000). The sandfly identification was performed according to 102
Galati (2003). 103
104
Data analysis - The environmental variables including temperature (°C), relative 105
humidity (%) and rainfall (mm) were provided by the UFERSA weather station. The 106
male/female ratio, rainy season influence and capture site (intradomicile or peridomicile) 107
were analyzed by a Chi-square (c2) test. The correlation between environmental variables and 108
sandfly population density was modeled using a single or multiple linear regression analysis 109
and the strength of the relationship assessed by Pearson's correlation coefficient using the 110
software SigmaStat 3.1 (2004). 111
112
Ethics committee - The Ethical Committee of the University State of the Ceará 113
approved this study as part of the research project entitled “Biological control and 114
entomological surveillance of Lutzomyia longipalpis in the city of Mossoró, Rio Grande do 115
Norte” (protocol n. 07465297-4). 116
117
RESULTS 118
At the end of the study, 7,347 sandflies were captured, 93.85% of which were Lu. 119
longipalpis (c2= 2,825.12, df = 1, p < 0.05). The remaining sandflies were Lutzomyia 120
evandroi Costa Lima & Antunes, 1936. There was no difference in the number of male and 121
female Lu. Longipalpis captured, but more male Lu. evandroi were caught (c2 = 1.95, df = 1, 122
p < 0.05). The sandflies were found more commonly in the peridomicile (70.48%) in all 123
neighborhoods and in all months (c2 = 616.18, df = 1, p < 0.05) (Table I) of the study. Lu. 124
longipalpis was present every month of the year, with the peak prevalence in May and July (p 125
< 0.05) (Table II). 126
Figure 2 shows sandfly temporal variation and environmental variables. The LV 127
vector assumed a discrete seasonal distribution, with an increase in population size during 128
rainy periods. The density of Lu. longipalpis were statistically different for the different 129
months (p < 0.05), principally for monthly average rainfall, where March was the wettest 130
month. During the study it rained 943.2 mm and the average relative humidity for the rainy 131
100
period was 74.75% (c2 = 0.87, df = 1, p > 0.05). Temperature remained almost constant and 132
relative humidity varied slightly (Table II). The relative humidity and rainfall, isolated or 133
associated, did not influence the population density. However, the association of either 134
humidity or rainfall with the temperature negatively influenced sandfly density, as did 135
temperature alone (Table III). 136
The rainy season did not influence the number of Lu. longipalpis captured (c2 = 1.22, 137
df = 1, p > 0.05). This observation confirms that neither rainfall nor humidity have an 138
influence on the population density. Nevertheless, more insects were captured in the 139
intradomicile during the rainy season (c2 = 42.79, df = 1, p < 0.05) and in the peridomicile 140
during the dry season (c2 = 31.71, df = 1, p < 0.05) (Table IV). 141
142
DISCUSSION 143
The neighborhoods analyzed in this study are located in the periphery of the city, with 144
abundant vegetation, domestic animals and organic matter. As evidenced by our study, this 145
environment provides excellent conditions for sandfly breeding and population growth, and 146
our observations corroborate the studies of Ximenes et al. (2000). These conditions are known 147
to favor the presence of Lu. longipalpis (Michalsky et al. 2009), the predominant 148
phlebotomine species in the city. The predominance of Lu. longipalpis was also observed in 149
previous studies in VL endemic areas in Brazil (Barata et al. 2005, Monteiro et al. 2005, 150
Missawa & Dias 2007, Ximenes et al. 2000, 2007, Cortez et al. 2007, Oliveira et al. 2008, 151
Macedo et al. 2008, Michalsky et al. 2009, Queiroz et al. 2009). Predominance of the VL 152
vector has also been observed in other countries, where the VL vectors are other species of 153
sandflies, such as Phlebotomus sergent in northeastern Uzbekistan (Maroli et al. 2001), 154
Phlebotomus arias in northeastern Spain (Aransay et al. 2004), Phlebotomus perniciosus in 155
central Italy (Bongiorno et al. 2003), Phlebotomus papatasi in Marrakesh, Morocco (Boussaa 156
et al. 2005) and Lutzomyia pseudolongipalpis in western Venezuela (Feliciangeli et al. 2006). 157
Lutzomyia evandroi was found in the same ecotopes as Lu. longipalpis. Similar 158
distribution of the vector was observed in 30 others municipalities in Rio Grande do Norte 159
state; however, Lu. longipalpis remained the most prevalent sandfly (Ximenes et al. 1999, 160
2000, Queiroz et al. 2009). The scarcity of Lu. evandroi may be related to male predominance 161
in Lu. evandroi populations and/or the species still being in the process of adaptation, with its 162
preferred food still being wild animals (Ximenes et al. 1999, Queiroz et al. 2009). 163
101
Nonetheless, Lu. evandroi has not yet been implicated as a leishmaniasis vector (Lainson & 164
Rangel 2005). 165
Females are the transmitting agents of Leishmania due to their hematophagous feeding 166
habit, and they are consistently found year round. Nevertheless, there was no observed 167
difference in the prevalence of the two sexes of Lu. longipalpis, in contrast to previously 168
published studies where males were more prevalent than females (Ximenes et al. 2000, Barata 169
et al. 2005, Michalsky et al. 2009, Queiroz et al. 2009). 170
The increased presence of sandflies in the peridomicile was also observed in other ten 171
municipalities of the Rio Grande do Norte state (Ximenes et al. 2000, 2007). Similar 172
observations were made in Montes Claros, Minas Gerais state,where sandflies were captured 173
near domestic animals (Monteiro et al. 2005). The devastation of forest areas for economic 174
exploration is one factor contributing to the increased prevalence of sandflies in the 175
peridomicile. Specifically, land devastation ultimately results in introduction of VL to the 176
periphery of urban areas as both the vectors and hosts migrate to the peridomicile in search of 177
food (Maroli et al. 2001, Barata et al. 2005). It is also important to comment on the high 178
number of Lu. longipalpis captured inside the houses. These data illustrate the endophilic 179
behavior of the vector and emphasize the possibility of VL transmission in the intradomicile 180
(Barata, et al. 2005, Monteiro, et al 2005, Missawa & Dias, 2007, Ximenes et al. 2007, 181
Michalsky et al. 2009). Oftentimes, many of the Lu. longipalpis females captured inside the 182
residence were also engorged from a blood meal after having fed on humans or animals. 183
Several studies have demonstrated a clear relationship between abiotic factors, 184
including temperature, rainfall, and humidity and sandfly population density, citing the 185
interference in adult life cycles or modification of breeding sites (Scorza et al. 1968, Chaniotis 186
et al. 1971, Monteiro et al. 2005, Oliveira et al. 2008, Michalsky et al. 2009). A decrease in 187
the population is expected after peak rainfall as flooding will ultimately destroy the breeding 188
sites and kill the pupae in the soil (Dias et al. 2007). However, in this study, neither rainfall 189
nor humidity significantly affected sandfly density. Similar data have been observed in 190
Várzea Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil (Missawa & Dias 2007). However, it has 191
classically been reported that the rainy period favors the proliferation and survival of sandflies 192
(Deane & Deane 1955) during (Ximenes et al. 2006, Macedo et al. 2008, Queiroz et al. 2009) 193
or after the rainy months (Dias et al. 2007). In our study, more Lu. longipalpis were captured 194
during the dry season in the intradomicile as compared to the peridomicile, and most of the 195
specimens were collected during the rainy season. This trend could be explained as the insects 196
searching for a more humid environment. 197
102
The temperature remained constant but high throughout the study. Thus, high 198
temperature alone or temperature in combination with other variables was unfavorable to 199
sandfly population growth and can most likely be attributed to the long rainy season. This 200
inverse correlation between sandfly prevalence and temperature has also been observed in 201
Nísia Floresta in the same state (Ximenes, et al. 2006), in Campo Grande, Mato Grosso do Sul 202
State, Brazil (Oliveira et al. 2008) and Sobral, Ceará State, Brazil (Macedo et al., 2008). 203
However, studies conducted in Morocco with P. papatasi (Boussaa et al. 2005) and Nísia 204
Floresta with Lutzomyia spp. (Ximenes et al. 2000) have observed that these sandflies live in 205
high temperatures and have not measured a significant correlation between population density 206
and temperature. 207
Despite the absence of human VL cases in the houses included in the study, the large 208
vector population is associated with a high prevalence of canine VL (Amóra et al. 2006, 209
Matos et al. 2006) and is indicative of an area with potential risk of transmission of this 210
zoonosis to humans. Similar data were observed in Janaúba, Minas Gerais state, Brazil 211
(Michalsky et al. 2009). 212
In this study we observed that Lu. longipalpis, the predominant sandfly species in 213
Mossoró, is present in substantial numbers throughout the year. This finding demonstrates the 214
difficulty of establishing standardized measures for vector control, due to the particularities of 215
this region. Given the high number of insects caught in the intradomicile setting, we 216
recommend intensification of VL control measures in Mossoró and an increased emphasis on 217
health education. 218
In conclusion, the eco-epidemiological profile of VL is complex and displays 219
particularities in each area of transmission. For this reason, each entomological survey is 220
specific for the locality studied. Public health agencies can use these data to establish 221
adequate control measures for the VL vector. 222
223
ACKNOWLEDGMENTS 224
We thank Dr. Nélio B. Morais, Lindemberg Caranha and Richristi A. Silva 225
(SESA/CE) and Ana Claudia B. Mendonça and Sodré Rocha (Secretaria Municipal de Saúde 226
de Mossoró) for assistance in sandfly field collections, Dr. Rui Sales Júnior and Dr. Celicina 227
M. S. B. Azevedo (UFERSA) for their help and the administrative staff of the UFERSA for 228
logistic support. We also thank Msc Lorena M. B. Oliveira for reviewing the manuscript. In 229
addition, we are grateful to the inhabitants of the studied areas for their patience and kindness. 230
231
103
REFERENCES 232
Amóra SSA, Santos MJP, Alves ND, Gonçalves da Costa SC, Calabrese KS, Monteiro AJ, 233
Rocha MFG 2006. Fatores relacionados com a positividade de cães para leishmaniose visceral 234
em área endêmica do Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Cienc Rural 36: 1854-1859. 235
Aransay AM, Scoulica E, Tselentis Y 2000. Detection and identification of Leishmania DNA 236
within naturally infected sand flies by seminested PCR on minicircle kinetoplastic DNA. Appl 237
Environ Microbiol 66: 1933-1938. 238
Aransay AM, Testa EJM, Morillas-Marquez F, Lucientes EJ, Ready PD 2004. Distribution of 239
sandfly species in relation to canine leishmaniasis from the Ebro Valley to Valencia, 240
northeastern Spain. Parasitol Res 94: 416-420. 241
Barata RA, França-Silva JC, Mayrink W, Silva JC, Prata A, Lorosa ES, Fiúza JA, Gonçalves 242
CM, Paula KM, Dias ES 2005. Aspectos da ecologia e do comportamento de flebotomíneos 243
em área endêmica de leishmaniose visceral, Minas Gerais. Rev Soc Bras Med Trop 38: 421-244
425. 245
Barata RA, Antonini Y, Gonçalves CM, Costa DC, Dias ES 2008. Flebotomíneos do Parque 246
Nacional Cavernas do Peruaçu, MG. Neotrop Entomol 37: 226-228. 247
Bongiorno G, Habluetzel A, Khoury C, Maroli M 2003. Host preferences of phlebotomine 248
sand flies at a hypoendemic focus of canine leishmaniasis in central Italy. Acta Trop 88: 109-249
116. 250
Boussaa S, Guernaoui S, Pesson B, Boumezzough A 2005. Seasonal fluctuations of 251
phlebotomine sand fly populations (Diptera: Psychodidae) in the urban area of Marrakech, 252
Morocco. Acta Trop 95: 86-91. 253
Chaniotis BN, Neely JM, Correa MA, Tesh RB, Johnson KM 1971. Natural population 254
dynamics of phlebotomine sandflies in Panama. J Med Entomol 8: 339-352. 255
Cortez AM, Silva VP, Queiroz PV, Andrade HT, Loiola MI, Ximenes MF 2007. Vertical 256
stratification and development aspects of phlebotomine sand flies (Diptera: Psychodidae) in 257
an area of Atlantic Forest tree species in a metropolitan region in northeastern Brazil. J Vector 258
Ecol 32: 336-341. 259
Deane LM, Deane MP 1955. Leishmaniose visceral urbana (no cão e no homem) em Sobral, 260
Ceará. O Hospital 47: 75-87. 261
Dias ES, França-Silva JC, Silva JC, Monteiro EM, Paula KM, Gonçalves CM, Barata RA 262
2007. Flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) de um foco de leishmaniose tegumentar no 263
Estado de Minas Gerais. Rev Soc Bras Med Trop 40: 49-52. 264
104
Feliciangeli MD, Delgado O, Suarez B, Bravo A 2006. Leishmania and sand flies: proximity 265
to woodland as a risk factor for infection in a rural focus of visceral leishmaniasis in west 266
central Venezuela. Trop Med Int Health 11: 1785-1791. 267
Galati EAB 2003. Morfologia e Taxonomia. Morfologia, terminologia de adultos e 268
identificação dos táxons da América. In Rangel EF, Lainson R, Flebotomíneos do Brasil, 269
Fiocruz, Rio de Janeiro, p. 53-175. 270
Galati EAB, Nunes VLB, Boggiani PC, Dorval MEC, Cristaldo G, Rocha HC, Oshiro ET, 271
Andrade RMG, Naufel G 2003. Phlebotomines (Diptera, Psychodidae) in caves of the Serra 272
da Bodoquena, Mato Grosso do Sul State, Brazil. Rev Bras Entomol 47: 283-296. 273
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2007. População recenseada e 274
estimada, Segundo os municípios, Rio Grande do Norte, [cited 2008 Aug 30]. Avaliable from: 275
http://www.ibge.gov.br. 276
IDEMA – Instituto de Defesa do Meio Ambiente. Governo do Rio Grande do Norte. Perfil do 277
seu Município, [cited 2008 Aug 30]. Avaliable from: http://www.rn.gov.br. 278
Lainson R, Rangel EF 2005. Lutzomyia longipalpis and the eco-epidemiology of American 279
visceral leishmaniasis, with particular reference to Brazil - A Review. Mem Inst Oswaldo 280
Cruz 100: 811-827. 281
Macedo ITF, Bevilaqua CML, Morais NB, Sousa LC, Linhares FE, Amóra SSA, Oliveira 282
LMB 2008. Sazonalidade de flebotomíneos em área endêmica de leishmaniose visceral no 283
município de Sobral, Ceará, Brasil. Cienc Anim 18: 67-74. 284
Maroli M, Krasnonos L, Gafurov I 2001. Epidemiological and entomological survey in a 285
focus of visceral leishmaniasis in Pap district (Fergana Valley) of Namangan region, 286
Uzbekistan. Acta Trop 80: 223-228. 287
Matos MM, Filgueira KD, Amóra SSA, Suassuna ACD, Alves ND 2006. Ocorrência da 288
leishmaniose visceral em cães em Mossoró, Rio Grande do Norte. Cienc Anim 16: 51-54. 289
Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância 290
Epidemiológica. 2006. Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral. Brasília: 291
Ministério da Saúde, 122 pp. [cited 2008 Aug 30]. Avaliable from: 292
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_leish_visceral2006.pdf. 293
Michalsky EM, França-Silva JC, Barata RA, Silva FOL, Loureiro AMF, Fortes-Dias CL, Dias 294
ES 2009. Phlebotominae distribution in Janaúba, an area of transmission for visceral 295
leishmaniasis in Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz 104: 56-61. 296
105
Missawa NA, Dias ES 2007. Phlebotomine sand flies (Diptera: Psychodidae) in the 297
municipality of Várzea Grande: an area of transmission of visceral leishmaniasis in the state 298
of Mato Grosso, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz 102: 913-918. 299
Monteiro EM, França-Silva JC, Costa RT, Costa DC, Barata RA, Paula EV, Machado-Coelho 300
GLL, Rocha MF, Fortes-Dias CL, Dias ES 2005. Leishmaniose visceral: estudo de 301
flebotomíneos e infecção canina em Montes Claros, Minas Gerais. Rev Soc Bras Med Trop 302
38: 147-152. 303
Oliveira AG, Galati EAB, Fernandes CE, Dorval MEC, Brazil RP 2008. Seasonal variation of 304
Lutzomyia longipalpis (Lutz and Neiva, 1912) (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) in 305
endemic area of visceral leishmaniasis, Campo Grande, state of Mato Grosso do Sul, Brazil. 306
Acta Trop 105: 55-61. 307
Paula CC, Figueiredo FB, Menezes RC, Mouta-Confort E, Bogio A, Madeira MF 2009. 308
Leishmaniose visceral canina em Maricá, Estado do Rio de Janeiro: relato do primeiro caso 309
autóctone. Rev Soc Bras Med Trop 42: 77-78. 310
Queiroz PVS, Monteiro GRG, Macedo VPS, Rocha MAC, Batista LMM, Queiroz JW, 311
Jerônimo SMB, Ximenes MFFM 2009. Canine visceral leishmaniasis in urban and rural areas 312
of Northeast Brazil. Res Vet Sci 86: 267-273. 313
Rebêlo JMM 2001. Freqüência horária e sazonalidade de Lutzomyia longipalpis (Diptera: 314
Psychodidae: Phlebotominae) na Ilha de São Luís, Maranhão, Brasil. Cad Saude Publica 17: 315
221-227. 316
Scorza JV, Ortiz I, Gómez I 1968. Observaciones biologicas sobre algunos flebótomos de 317
Rancho Grande (Venezuela). Sobre los factores microclimáticos que determinan la 318
endemicidad de la flebotomofauna de “Rancho Grande”. Acta Biol Venezuelica 6: 76-83. 319
Ximenes MFFM, Souza MF, Castellón EG 1999. Density of Sand Flies (Diptera: 320
Psychodidae) in Domestic and Wild Animal Shelters in an Area of Visceral Leishmaniasis in 321
the State of Rio Grande do Norte, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz 94: 427-432. 322
Ximenes MFFM, Souza MF, Castellón EG, Souza MF, Freitas RA, Pearson RD, Wilson ME, 323
Jeronimio SMB 2000. Distribution of Phlebotomine Sand Flies (Diptera: Psychodidae) in the 324
State of Rio Grande do Norte, Brazil. J Med Entomol 37: 162-169. 325
Ximenes MFFM, Castellón EG, Souza MF, Menezes AAL, Queiroz JW, Silva VPM, 326
Jeronimio SMB 2006. Effect of Abiotic Factors on Seasonal Population Dynamics of 327
Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae) in Northeastern Brazil. J Med Entomol 43: 990-328
995. 329
106
Ximenes MFFM, Silva VPM, Queiroz PVS, Rego MM, Cortez AM, Batista LMM, Madeiros 330
AS, Jeronimio SMB 2007. Flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) e leishmanioses no Rio 331
Grande do Norte, Nordeste do Brasil - Reflexos do Ambiente Antrópico. Neotrop Entomol 36: 332
128-137. 333
334
335
336
337
338
339
340
341
342
343
344
345
346
347
348
349
350
351
352
353
354
355
356
357
358
359
360
361
362
363
107
TABLE I 364
Distribution of Lutzomyia spp. according to species, sex and place of capture during the 2007 365
phlebotomine sandfly survey in Mossoró, Rio Grande do Norte State, Brazil. 366
Sex Place of capture Sandfly
Female Male Total Intradomicile Peridomicile Total
Lu. longipalpis 3,435Aa 3,460Aa 6,895a 2,071Aa 4,824Ba 6,895a
Lu. evandroi 205Ab 247Bb 452b 98Ab 354Bb 452b
Total 3,640A 3,707A 7,347 2169ª 5,178B 7,347
Capital letters compare the columns and small letters the lines. Different letters indicate 367
significantly different values by the chi-square test (p < 0.05). 368
369
370
TABLE II 371
Prevalence of Lutzomyia longipalpis and mean environmental variables, including 372
temperature (°C), relative humidity (%) and rainfall (mm), during the 2007 phlebotomine 373
sandfly survey conducted in Mossoró, Rio Grande do Norte State, Brazil. 374
Lutzomyia longipalpis Environmental variables Months
Female Male Total Temperature Rainfall Humidity
January 63A 92B 155a 29.20a 9.70b 72.41ab
February 110A 142B 252b 27.96a 212.20e 77.29ab
March 157A 172B 329c 27.01a 389.30f 80.98b
April 351B 214A 565e 27.43a 141.20d 78.41ab
May 527A 469A 996h 27.07a 110.20d 74.85ab
June 366A 455B 821g 26.71a 42.40c 72.65ab
July 1,080B 791A 1871i 27.65a 5.00b 63.11ab
August 264A 395B 659f 27.65a 0.00a 55.76a
September 190A 238B 428d 28.46a 0.00a 57.00a
October 112A 154B 266b 28.73a 0.00a 58.47ab
November 133A 182B 315c 28.82a 0.00a 62.94ab
December 82A 156B 238b 28.80a 33.20c 66.63ab
Capital letters compare the columns and small letters the lines. Different letters indicate 375
significantly different values by the Chi-square test (p < 0.05). 376
377
108
TABLE III 378
Analysis of the influence of environmental variables, including temperature, relative humidity 379
and rainfall, on the population density of Lutzomyia longipalpis during the 2007 380
phlebotomine sandfly survey in Mossoró, Rio Grande do Norte State, Brazil. 381
Pearson coefficient (analysis) Environmental Variables
R r2 df F p
Temperature -0.680 0.462 1 8.592 0.015*
Temperature + Humidity -0.816 0.666 2 8.980 0.007**
Temperature + Rainfall -0.819 0.670 2 9.154 0.007**
Humidity -0.178 0.032 1 0.329 0.579
Rainfall -0.098 0.009 1 0.096 0.762
Humidity + Rainfall -0.189 0.036 2 0.166 0.850
Asterisks indicate significantly different values by the Linear Regression (p < 0.05*; p < 382
0.01**). 383
384
385
TABLE IV 386
Distribution of Lutzomyia longipalpis in accordance with the location of capture 387
(intra/peridomicile) during the dry period (July-Nov) and the rainy period (Dec-Jun) during 388
the 2007 phlebotomine sandfly survey in Mossoró, Rio Grande do Norte State, Brazil. 389
Intradomicile Peridomicile Rainfall
Female Male total Female Male total Overall
Rainy period 639a 607a 1246a 1017a 1093a 2110a 3356a
Dry period 361b 464b 825b 1364b 1296b 2660b 3485a
Total 1000A 1071A 2071 2381A 2389A 4770 6841
Capital letters compare the columns and small letters the lines. Different letters indicate 390
significantly different values by the Chi-square test (p < 0.05). 391
392
393
394
109
395
396 Fig. 1: Mossoró, Rio Grande do Norte State, Brazil and the neighborhoods, Aeroporto, Abolição and 397
Rincão where the phlebotomine sandfly survey was conducted from January to December 2007. 398
399
400
401 Fig. 2: Temperature, relative humidity, rainfall and prevalence of sandfly Lutzomyia longipalpis and 402
Lutzomyia evandroi captured during the 2007 phlebotomine sandfly survey in Mossoró, Rio Grande 403
do Norte State, Brazil. 404
110
7 CONCLUSÕES GERAIS
Em Mossoró, Rio Grande do Norte, a leishmaniose visceral pode ser transmitida
durante todo o ano e a temperatura influencia negativamente a densidade populacional de Lu.
longipalpis.
Os fungos B. bassiana e M. anisopliae var. acridum foram patogênicos principalmente
contra larvas e adultos de Lu. longipalpis e quando comparados entre si B. bassiana foi mais
patogênico do que M. anisopliae var. acridum. Além disso, a passagem pelo inseto aumentou
os parâmetros de desenvolvimento dos fungos, demonstrando sua viabilidade como agentes
de biocontrole.
Desta forma, foi demonstrado que o principal vetor da leishmaniose visceral é
susceptível à infecção com fungos entomopatogênicos. Consequentemente, o uso desses
fungos nos programas de controle de flebotomíneos poderá reduzir o uso de inseticidas
químicos, resultando em benefícios para os seres humanos e o ambiente.
111
8 PERSPECTIVAS
O conhecimento da dinâmica populacional de flebotomíneos somado ao uso de
técnicas moleculares para determinar a taxa de infecção desses vetores serão úteis para o
controle mais eficiente da leishmaniose visceral.
Para implantar o controle biológico do vetor é necessário outros experimentos relativos
à produção em massa de fungos, fatores ambientais e modo de exposição no campo para
determinar o momento, a frequência de aplicação e melhorar a formulações. Além disso, uma
análise dos efeitos que os flebotomíneos podem ter sobre a viabilidade e infectividade dos
fungos também precisa ser realizada.
112
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALENCAR, J. E.; HOLANDA, D.; CAVALCANTE, J. D. N. Leishmaniose visceral no Vale
do Jaguaribe, Ceará, 1955. Revista Brasileira Malariologia e Doenças Tropicais, v. 8, n. 1, p.
33-48, 1956.
ALENCAR, J. E. Profilaxia do calazar no Ceará, Brasil. Revista do Instituto de Medicina
Tropical de São Paulo. v. 3, n. 4, p. 175-180, 1961.
ALEXANDER, B. Sampling methods for phlebotomine sandflies. Medical and Veterinary
Entomology, v. 14, n. 2, p. 109-122, 2000.
ALEXANDER, B.; MAROLI, M. Control of Phlebotomine sandflies. Medical and Veterinary
Entomology. v. 17, n. 1, p. 1–18, 2003.
ALMEIDA, J. C.; ALBUQUERQUE, A. C.; LUNA-ALVES LIMA, E. A. Viabilidade de
Beauveria bassiana (bals.) Vuill. reisolado de ovos, larvas e adultos de Anthonomus grandis
(Boheman) (Coleoptera: Curculionidae) artificialmente infectado. Arquivos do Insituto
Biológico de São Paulo v. 72, n. 4, p. 473-480, 2005.
ALTSCHUL, S. F.; GISH, W.; MILLER, W.; MYERS, E. W.; LIPMAN, D. J. Basic local
Alignment search tool. Journal of Molecular Biology, v. 215, n. 3, p. 403-410, 1990.
ALVES, L. F. A.; GASSEN, M. H.; PINTO, F. G. S.; NEVES, P. M. O. J.; ALVES, S. B.
Ocorrência Natural de Beauveria bassiana (Bals.)Vuilleman (Moniliales, Moniliaceae) sobre
o Cascudinho, Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera, Tenebrionidae), em Aviário
Comercial de Cascavel, PR. Neotropical Entomology, v. 34, n. 3, p. 507-510, 2005.
ALVES, S. B.; LECUONA, R. E. Epizootiologia aplicada ao controle microbiano de insetos.
In: ALVES, S. B. (Ed.), Controle microbiano de insetos. 1163p. 2 ed. São Paulo: FEALQ,
1998, p. 97-170.
ALVES, S. B.; MORAES, S. A. Quantificação de inóculo de patógenos de insetos. In:
ALVES, S. B. (Ed.), Controle microbiano de insetos. 1163p. 2 ed. São Paulo: FEALQ, 1998,
p. 765-777.
ALVES, S.B. Controle Microbiano de Insetos. 2 ed. São Paulo: FEALQ, 1998. 1163p.
ALVES, W. A.; BEVILACQUA, P. D. Reflexões sobre a qualidade do diagnóstico da
leishmaniose visceral canina em inquéritos epidemiológicos: o caso da epidemia de Belo
Horizonte, Minas Gerais, Brasil, 1993-1997. Cadernos de Saúde Pública, v. 20, n. 1, p. 259-
265, 2004.
AMÓRA, S. S. A.; SANTOS, M. J. P.; ALVES, N. D.; GONÇALVES DA COSTA, S. C.;
CALABRESE, K. S.; MONTEIRO, A. J.; ROCHA, M. F. G. Fatores relacionados com a
113
positividade de cães para leishmaniose visceral em área endêmica do Estado do Rio Grande
do Norte, Brasil. Ciência Rural, v. 36, n. 6, p. 1854-1859, 2006.
ANGEL-SAHAGÚN, C. A.; LEZAMA-GUTIÉRREZ, R.; MOLINA-OCHOA, J.;
GALINDO-VELASCO, E.; LÓPEZ-EDWARDS, M.; REBOLLEDO-DOMÍNGUEZ, O.;
CRUZ-VÁZQUEZ, C.; REYES-VELÁZQUEZ, W. P.; SKODA, S. R.; FOSTER, J. E.
Susceptibility of biological stages of the horn fly, Haematobia irritans, to entomopathogenic
fungi (Hyphomycetes). Journal of Insect Science, v. 5, n. 1, p. 1-8, 2005.
AQUINO DE MURO, M.; MEHTA, S.; MOORE, D. The use of amplified fragment length
polymorphism for molecular analysis of Beauveria bassiana isolates from Kenya and other
countries, and their correlation with host and geographical origin. FEMS Microbiology
Letters, v. 229, n. 2, p. 249-257, 2003.
ARANSAY, A. M.; SCOULICA, E.; TSELENTIS, Y. Detection and identification of
Leishmania DNA within naturally infected sand flies by seminested PCR on minicircle
kinetoplastic DNA. Applied and Environmental Microbiology, v. 66, n. 5, p. 1933-1938,
2000.
ARANSAY, A. M.; TESTA, E. J. M.; MORILLAS-MARQUEZ, F.; LUCIENTES, J.;
READY, P. D. Distribution of sandfly species in relation to canine leishmaniasis from the
Ebro Valley to Valencia, northeastern Spain. Parasitology Research, v. 94, n. 6, p. 416-420,
2004.
AZEVEDO, J. L. Genética de Microorganismos em Biotecnologia e Engenharia Genética.
Piracicaba: FEALQ, 1985, 173p.
BAHIENSE, T. C.; FERNANDES, E. K. K.; BITTENCOURT, V. R. E. P. Compatibility of
the fungus Metarhizium anisopliae and deltamethrin to control a resistant strain of Boophilus
microplus tick. Veterinary Parasitology, v. 141, n. 3-4, p. 319-324, 2006.
BARATA, R. A.; FRANÇA-SILVA, J. C.; MAYRINK, W.; SILVA, J. C.; PRATA, A.;
LOROSA, E. S.; FIÚZA, J. A.; GONÇALVES, C. M.; PAULA, K. M.; DIAS, E. S. Aspectos
da ecologia e do comportamento de flebotomíneos em área endêmica de leishmaniose
visceral, Minas Gerais. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 38, n. 5, p.
421-425, 2005.
BARATA, R. A.; ANTONINI, Y.; GONÇALVES, C. M.; COSTA, D. C.; DIAS, E. S.
Flebotomíneos do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, MG. Neotropical Entomology, v.
37, n. 2, p. 226-228, 2008.
114
BERRETTA, M. F.; LECUONA, R. E.; ZANDOMENI, R. O.; GRAU, O. Genotyping
Isolates of the Entomopathogenic Fungus Beauveria bassiana by RAPD with Fluorescent
Labels. Journal of Invertebrate Pathology, v. 71, n. 2, p. 145-150, 1998.
BARRETO, R. S.; MARQUES, E. J.; GONDIM Jr., M. G. C.; OLIVEIRA, J. V. Seleção de
Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. e Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorok. para controle do
ácaro Mononychellus tanajoa (Bondar). Scientia Agricola, v. 61, n. 6, p. 659-664, 2004.
BEAUMONT, F.; KAUFFMAN, H. F.; VAN DER MARK, T. H.; SLUITER, H. J.; DE
VRIES, K. Volumetric aerobiological survey of conidial fungi in the North-East Netherlands.
I. Seasonal patterns and the influence of metereological variables. Allergy, v. 40, n. 3, p. 173-
180, 1985.
BLANFORD, S.; THOMAS, M. B. Adult Survival, Maturation, and Reproduction of the
Desert Locust Schistocerca gregaria Infected with the Fungus Metarhizium anisopliae var
acridum. Journal of Invertebrate Pathology, v. 78, n. 1, p. 1-8, 2001.
BONGIORNO, G.; HABLUETZEL, A.; KHOURY, C.; MAROLI, M. Host preferences of
phlebotomine sand flies at a hypoendemic focus of canine leishmaniasis in central Italy. Acta
Tropica, v. 88, n. 2, p. 109-116, 2003.
BORGES, B. K. A.; SILVA, J. A.; HADDAD, J. P. A.; MOREIRA, E. C.; MAGALHÃES,
D. F.; RIBEIRO, L. M. L.; FIÚZA, V. O. P. Avaliação do nível de conhecimento e de atitudes
preventivas da população sobre a leishmaniose visceral em Belo Horizonte, Minas Gerais,
Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 24, n. 4, p. 777-784, 2008.
BORJA-CABRERA, G. P.; CORREIA PONTES, N. N.; DA SILVA, V. O.; PARAGUAI DE
SOUZA, E.; SANTOS, W. R.; GOMES, E. M. Long lasting protection against canine kala-
azar using the FML-QuilA saponin vaccine in an endemic area of Brazil (São Gonçalo do
Amarante). Vaccine, v. 20, n. 27-28, p. 3277-3284, 2002.
BOUSSAA, S.; GUERNAOUI, S. ; PESSON, B. ; BOUMEZZOUGH, A. Seasonal
fluctuations of phlebotomine sand fly populations (Diptera: Psychodidae) in the urban area of
Marrakech, Morocco. Acta Tropica, v. 95, n. 2, p. 86-91, 2005.
BRAZIL, R. P.; BRAZIL, B. G. Bionomia. In: RANGEL, E. F.; LAINSON, R.
Flebotomíneos do Brasil. 367p. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. p. 257-274.
BROOME, J. R; SIKOROWWSKI, R. P.; NORMENT, B. R.. A mechanism of pathogeniticy
of Beauveria bassiana on the larvae of the importanted fere ant, Solenopis richteri. Journal of
Invertebrate Pathology, v. 28, n. 1, p. 87-91, 1976.
BURGER, G.; GRAY, M. W.; LANG, B. F. Mitochondrial genomes, anything goes. Trends
in Genetics, v. 19, n. 12, p. 709-716, 2003.
115
CABRAL, D. D.; SILVA, D. A. O.; MIRANDA, E. O.; CUNHA L.; FUKUSSIMA, A. C.;
STUTZ W.; BASTOS, J. E. D.; FERREIRA, F. A detecção de anticorpos anti-Leishmania
(Viannia) braziliensis e L. donovani, anti-Trypanosoma cruzi e anti-Toxoplasma gondii em
cães da área rural do Município de Uberlândia, MG, Brasil. Veterinária Notícias. v. 4, n. 1, p.
15-19, 1998.
CAMARGO-NEVES, V. L. F.; RODAS, L. A. C.; POLETTO, D. W.; LAGE, L. C.;
SPINOLA, R. M. F.; CRUZ, O. G. Utilização de ferramentas de análise espacial na vigilância
epidemiológica de leishmaniose visceral americana-Araçatuba, São Paulo, Brasil. Cadernos
de Saúde Pública, v. 17, n. 5, p. 1263-1267, 2001.
CAMPOS, R. A.; ARRUDA, W.; BOLDO, J. T.; DA SILVA, M. V.; DE BARROS, N. M.;
DE AZEVEDO, J. L.; SCHRANK, A.; VAINSTEIN, M. H. Boophilus microplus infection by
Beauveria amorpha and Beauveria bassiana: SEM analysis and regulation of subtilisin-like
proteases and chitinases. Current Microbiology, v. 50, n. 4, p. 257-261, 2005.
CARMELIET, P. Blood vessels and nerves: common signals, pathways and diseases. Nature
Reviews Genetics, v. 4, n. 9, p. 710-720, 2003.
CASANOVA, C. A soil emergence trap for collections of phlebotomine sand flies. Memórias
do Instituto Oswaldo Cruz, v. 96, n. 2, p. 273-275, 2001.
CASTRILLO, L. A.; VANDENBERG, J. D.; WRAIGHT, S. P. Strain-specific detection of
introduced Beauveria bassiana in agricultural fields by use of sequence-characterized
amplified region markers. Journal of Invertebrate Pathology, v. 82, n. 2, p. 75-83, 2003.
CASTRILLO, L. A.; UGINE, T. A.; FILOTAS, M. J.; SANDERSON, J. P.;
VANDENBERG, J. D.; WRAIGHT, S. P. Molecular characterization and comparative
virulence of Beauveria bassiana isolates (Ascomycota, Hypocreales) associated with the
greenhouse shore fly, Scatella tenuicosta (Diptera, Ephydridae). Biological Control, v. 45, n.
1, p. 154-162, 2008.
CHANIOTIS, B. N.; NEELY, J. M.; CORREA, M. A.; TESH, R. B.; JOHNSON, K. M.
Natural population dynamics of phlebotomine sandflies in Panama. Journal of Medical
Entomology, v. 8, n. 4, p. 339-352, 1971.
CHAPPUIS, F.; SUNDAR, S.; HAILU, A.; GHALIB, H.; RIJAL, S.; PEELING, R. W.;
ALVAR J. J.; BOELAERT, M. Visceral leishmaniasis: what are the needs for diagnosis,
treatment and control? Nature Reviews Microbiology, v. 5, n. 11, p. 873-882, 2007.
COELHO, C. A. A.; SOUZA, N. A.; FEDER, M. D.; SILVA, C. E.; GARCIA, E. S.;
AZAMBUJA, P.; GONZALEZ, M. S.; RANGEL, E. F. Effects of Azadirachtin on the
116
development and mortality of Lutzomyia longipalpis larvae (Diptera: Psychodidae:
Phlebotominae). Journal of Medical Entomology, v. 43, n. 2, p. 262-266, 2006.
COMER, J. A.; TESH, R. B. Phlebotomine sand flies as vectors of vesiculoviruses: a review.
Parassitologia, v. 33, p. 143-150, 1991.
CONNOLE, M. D. Effect of fungal extrats on the cattle tick, Boophilus micropolis.
Australian Veterinary Journal, v. 45, n. 4, p. 207. 1969.
CORTEZ, A. M.; SILVA, V. P.; QUEIROZ, P. V.; ANDRADE, H. T.; LOIOLA, M. I.;
XIMENES, M. F. Vertical stratification and development aspects of phlebotomine sand flies
(Diptera: Psychodidae) in an area of Atlantic Forest tree species in a metropolitan region in
northeastern Brazil. Journal of Vector Ecology, v. 32, n. 2, p. 336-341, 2007.
COSTA, C. H. N.; TAPETY, C. M. M.; WERNECK, G. L. Controle da leishmaniose visceral
em meio urbano: estudo de intervenção randomizado fatorial. Revista da Sociedade Brasileira
de Medicina Tropical. v. 40, n. 4, p. 415-419, 2007.
CRAVANZOLA, F; PIATTI, P; BRIDGE, P. D.; OZINO, O. I. Detection of genetic
polymorphism by RAPD-PCR in strains of the entomopathogenic fungus Beauveria
brongniartii isolated from the european cockchafer (Melolontha spp). Letters in Applied
Microbiology, v. 25, n. 4, p. 289-294, 1997.
D'AMATO, C.; TORRES, J. P. M.; MALM, O. DDT (dicloro difenil tricloroetano):
toxicidade e contaminação ambiental - uma revisão. Química Nova. v. 25, p. 995-1002, 2002.
DANTAS-TORRES, F. Leishmuneâ vaccine: The newest tool for prevention and control of
canine visceral leishmaniasis and its potential as a transmission-blocking vaccine. Veterinary
Parasitology, v. 141, n. 1, p. 1-8, 2006.
DANTAS-TORRES, F.; BRANDÃO-FILHO, S. P. Expansão geográfica da leishmaniose
visceral no Estado de Pernambuco. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v.
39, n. 4, p. 352-356, 2006.
DAVID, J. R.; STAMM, L. M.; BEZERRA, H. S.; SOUZA, R. N.; KILLICK-KENDRICK,
R.; OLIVEIRA LIMA, J. W. Deltamethrin-impregnated dog collars have a potent ant feeding
and insecticidal effect on Lutzomyia longipalpis and Lutzomyia migonei. Memórias do
Instituto Oswaldo Cruz. v. 96, n. 6, p. 839-847, 2001.
DE BARJAC, H.; LARGET, I.; KILLICK-KENDRICK, R. Toxicity of Bacillus thuringiensis
var. israelensis, serotype H14, to the larvae of phlebotomine flies 1981. Bulletin de la Société
de Pathologie Exotique, v. 74, p. 485-489, 1981.
DE HOOG, G. S. The Genera Beauveria, Isaria, Tritirachium and Acrodontium. Studies in
Mycology, v. 1, n. 1, p. 1-41, 1972.
117
DEANE, L. M.; DEANE, M. P. Leishmaniose Visceral urbana (no cão e no homem) em
Sobral, Ceará. O Hospital. v. 47, n. 1, p. 76-87, 1955.
DEANE, L. M.; DEANE, M. P. Observações preliminares sobre a importância comparativa
do homem, do cão e da raposa (Lycalopex vetulus) como reservatórios da Leishmania
donovani, em área endêmica de leishmaniose visceral, no Ceará. O Hospital, v. 48, n. 1, p. 79-
96, 1955.
DEPIERI, R. A.; MARTINEZ, S. S.; MENEZES Jr, A. O. Compatibility of the Fungus
Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. (Deuteromycetes) with Extracts of Neem Seeds and Leaves
and the Emulsible Oil. Neotropical Entomology, v. 34, n. 4, p. 601-606, 2005.
DIAS, F. O. P.; LOROSA, E. S.; REBÊLO, J. M. M. Fonte alimentar sangüínea e a
peridomiciliação de Lutzomyia longipalpis Lutz & Neiva, 1912 (Psychodidae,
Phlebotominae). Cadernos de Saúde Pública, v. 19, n. 5, p. 1373-1380, 2003.
DIAS, E. S.; FRANÇA-SILVA, J. C.; SILVA, J. C.; MONTEIRO, E. M.; PAULA, K. M.;
GONÇALVES, C. M.; BARATA, R. A. Flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) de um foco de
leishmaniose tegumentar no Estado de Minas Gerais. Revista da Sociedade Brasileira de
Medicina Tropical, v. 40, n. 1, p. 49-52, 2007.
DOUGHERTY, M. J.; WARD, R. D. Methods of reducing Ascogregarina chagasi
parasitaemia in laboratory colonies of Lutzomyia longipalpis. Parassitologia, v. 33, p. 185-
191, 1991.
DRIVER, F.; MILNER, R. F.; TRUEMAN, W. H. A taxonomic revision of Metarhizium
based on a phylogenetic analysis of ribosomal DNA sequence data. Mycological Research, v.
104, n. 2, p. 134-150, 2000.
DUBOIS, T.; HAJEK, A. E.; JIAFUL, H.; LI, Z. Evaluating the efficacy of entomopathogenic
fungi against the Asian longhorned beetle, Anoplophora glabripennis (Coleoptera,
Cerambycidae), by using cages in the field. Environmental Entomology, v. 33, n. 1, p. 62-74,
2004.
EKESI, S.; ADAMU, R. S.; MANIANIA, N. K. Ovicidal activity of entomopathogenic
hyphomycetes to the legume pod borer, Maruca vitrata and the pod sucking bug, Clavigralla
tomentosicollis. Crop Protection, v. 21, n. 7, p. 589-595, 2002.
ENTZ, S. C.; JOHNSON, D. L.; KAWCHUK, L. M. Development of a PCR-based diagnostic
assay for the specific detection of the entomopathogenic fungus Metarhizium anisopliae var.
acridum. Mycological Research, v. 109, n. 11, p. 1302-312, 2005.
118
FALCÃO, A. L.; FALCÃO, A. R.; PINTO, C. T.; GONTIJO, C. M.; FALQUETO, A. Effect
of deltamethrin spraying on the sandfly populations in a focus of American cutaneous
leishmaniasis. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. v. 86, n. 4, p. 399-404, 1991.
FARIA, M. R.; MAGALHÃES, B. P. O uso de fungos entomopatogênicos no Brasil.
Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento, v. 22, p. 18-21, 2001.
FEGAN, M.; MANNERS, J. M.; MACLEAN, D. J.; IRWIN, J. A. G.; SAMUELS, K. D. Z.;
HOLDOM, D. G.; LI, D. P. Random amplified polymorphic DNA markers reveal a high
degree of genetic diversity in the entomopathogenic fungus Metarhizium anisopliae var.
anisopliae. Microbiology, v. 139, n. 9, p. 2075-2081, 1993.
FEIJÓ, F. M. C.; LIMA, P. M.; ALVES, N. D.; LUNA-ALVES LIMA, E. A. Comportamento
e aspectos citológicos de Beauveria basssiana após passagem em ovo, larva e adulto de
Chrysomya albiceps. Arquivos do Instituto Biológico de São Paulo, v. 74, n. 4, p. 349-355,
2007.
FEIJÓ, F. M. C.; LIMA, P. M.; MELO, E. H. M.; MACIEL, V. M.; ATHAYDE, A. C. R.;
ALVES, N. D.; LUNA-ALVES LIMA, E. A. Susceptibilidade de Chrysomya albiceps a
Beauveria bassiana em condições de laboratório. Ciência Animal Brasileira, v. 9, n. 3, p.
771-777, 2008.
FELICIANGELI, M. D. Natural breeding places of phlebotomine sandflies. Medical and
Veterinary Entomology. v. 18, n. 1, p. 71-80, 2004.
FELICIANGELI, M. D.; DELGADO, O.; SUAREZ, B.; BRAVO, A. Leishmania and sand
flies: proximity to woodland as a risk factor for infection in a rural focus of visceral
leishmaniasis in west central Venezuela. Tropical Medicine & International Health, v. 11, n.
12, p. 1785-1791, 2006.
FERNANDES, E. K. K.; COSTA, G. L.; SOUZA, E. J.; MORAES, A. M. L.;
BITTENCOURT, V. R. E. P. Beauveria bassiana isolated from engorged females and tested
against eggs and larvae of Boophilus microplus (Acari, Ixodidae). Journal of Basic
Microbiology, v. 43, n. 4, p. 393-398, 2003.
FERNANDES, E. K. K.; COSTA, G. L.; MORAES, A. M. L.; ZAHNER V.;
BITTENCOURT, V. R. E. P. Study on morphology, pathogenicity, and genetic variability of
Beauveria bassiana isolates obtained from Boophilus microplus tick. Parasitology Research,
v. 98, n. 4, p. 324-332, 2006.
FERNANDES, A. P.; COSTA, M. M. S.; COELHO, E. A. F.; MICHALICK, M. S. M.;
FREITAS, E.; MELO, M. N.; TAFURI, W. L.; RESENDE, D. M.; HERMONT, V.;
ABRANTES, C. F.; GAZZINELLI, R. T. Protective immunity against challenge with
119
Leishmania (Leishmania) chagasi in beagle dogs vaccinated with recombinant A2 protein.
Vaccine, v. 26, n. 46, p. 5888-5895, 2008.
FERNANDEZ, S.; GRODEN, E.; VANDENBERG, J. D.; FURLONG, M. J. The effect of
mode of exposure to Beauveria bassiana on conidia acquisition and host mortality of colorado
potato beetle, Leptinotarsa decemlineata. Journal of Invertebrate Pathology, v. 77, n. 3, p.
217-226, 2001.
FERRON, P. Biological control of insect pests by entomogenous fungi. Annual Review
Entomology, v. 23, p. 409-442, 1978.
FERRON, P. Control by the fungi Beauveria and Metarhizium. In: BURGES, H. D.
Microbial Control of Pests and Plant Diseases. 1970-1980. London: Academic Press, 1981,
p. 465-482.
FRANÇA-SILVA, J. C.; BARATA, R. A.; COSTA, R. T.; MONTEIRO, E. R. M.;
MACHADO-COELHO, G. L. L.; VIEIRA, E. P. Importance of Lutzomyia longipalpis in the
dynamics of transmission of canine visceral leishmaniasis in the endemic area of Porteirinha
Municipality, Minas Gerais, Brazil. Veterinary Parasitology, v. 131, n. 3-4, p. 213–220, 2005.
GALATI, E. A. B. Morfologia e Taxonomia. Morfologia, terminologia de adultos e
identificação dos táxons da América. In: RANGEL, E. F.; LAINSON, R. Flebotomíneos do
Brasil. 367p. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. p. 53-175.
GALATI, E. A. B.; NUNES, V. L. B.; BOGGIANI, P. C.; DORVAL, M. E. C.;
CRISTALDO, G.; ROCHA, H. C.; OSHIRO, E. T.; GONÇALVES-DE-ANDRADE, R. M.;
NAUFEL, G. Phlebotomines (Diptera, Psychodidae) in caves of the Serra da Bodoquena,
Mato Grosso do Sul State, Brazil. Revista Brasileira de Entomologia, v. 47, n. 2, p. 283-296,
2003.
GAMS, W.; ROZSYPAL, J. Metarhizium flavoviride n. sp. isolated from insects and soil.
Acta Botanica Neerlandica, v. 22, p. 518-521, 1973.
GHIKAS, D. V.; KOUVELIS, V. N.; TYPAS, M. A. The complete mitochondrial genome of
the entomopathogenic fungus Metarhizium anisopliae var. anisopliae, gene order and trn gene
clusters reveal a common evolutionary course for all Sordariomycetes. Archives of
Microbiology, v. 185, n. 5, p. 393-401, 2006.
GLARE, T. R.; MILNER, R. J.; BEATON, C. D. Variation in Metarhizium, a genus of fungal
pathogens attacking Orthoptera: is phialide morphology a useful criterion? Journal of
Orthoptera Research, v. 5, n. 1, p. 19-27, 1996.
GOETTEL, M. S.; JONSHON, D. L.; INGLIS, G. D. The role of fungi in the control of
grasshoppers. Canadian Journal of Botany, v. 73, n. S1, p. S71-S75, 1995.
120
GONTIJO, C. M. F.; MELO, M. N. Leishmaniose Visceral no Brasil: Quadro Atual, Desafios
e Perspectivas. Revista Brasileira de Epidemiologia. v. 7, n. 3, p. 338-349, 2004.
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL. Leishmaniose Visceral – DF. Boletim
Epidemiológico n. 01/2009. 7p. Disponível em: http://www.saude.rs.gov.br/dados/123982539
3188SITUA%C7%C3O%20NO%20RS.pdf. Acesso em: 05 agos. 2009.
GOVERNO DO ESTADO RIO GRANDE DO SUL. Situação da leishmaniose visceral no
RS. São Borja, 17/03/09. 20p. Disponível em: http://www.saude.df.gov.br/sites/100/163/0000
7604.pdf. Acesso em: 05 agos. 2009.
GUGLIELMONE, A. A.; CASTELLI, M. E.; VOLPOGNI, M. M.; MEDUS, P. D.;
MARTINS, J. R.; SUAREZ, V. H.; ANZIANI, O. S.; MANGOLD, A. J. Toxicity of
cypermethrin and diazinon to Haematobia irritans (Diptera, Muscidae) in its American
Southern range. Veterinary Parasitology, v. 101, n. 1, p. 67-73, 2001.
HALL, T. BioEdit version 5.0.6. North Carolina State University, Departament of
Microbiology, North Carolina: Raleigh, 1999, 192p.
HAMILL, R. L.; HIGGENS, C. E..; BOAZ, M. E.; GORMAN, M. The structure of
beauvericin, a new depsipeptide antibiotic toxic to Artemia salina. Tetrahedron Letters, v. 10,
n. 49, p. 4255-4258, 1969.
HAMILL, T. M. Conidiogenesis. In: TURAN, G.; HOLH, T. R. The Fungal Spore:
morphogenetic controls. London: Academic Press, 1981. p. 151-171.
HEGEDUS, D. D.; KHACHATOURIANS, G. G. Identification of molecular variants in
mitochondrial DNAs of members of the genera Beauveria, Verticillium, Paecilomyces,
Tolypocladium and Metarhizium. Applied and Environmental Microbiology, v. 59, n. 12, p.
4283-4288, 1993.
HENKE, M. O.; DE HOOG, G. S.; GROSS, U.; ZIMMERMANN, G.; KRAEMER, D.;
WEIG, M. Human deep tissue infection with an entomopathogenic Beauveria species.
Journal of Clinical Microbiology, v. 40, n. 7, p. 2698-2702, 2002.
HERMONT, V. J. Manual Técnico da Leish-TecÒ, vacina recombinante contra leishmaniose
visceral canina. 1a ed. Minas Gerais: Hertap Calier Saúde Animal S. A., 2008, 78p.
Disponível em: http://www.hertapecalier.com.br/images/arqConteudo/4900aabb8f1dc.pdf.
HERTIG, M.; FAIRCHILD, G. B. The control of Phlebotomus in Peru with DDT. American
Journal of Tropical Medicine and Hygiene, v. 28, n. 2, p.207-230, 1948.
HIROSE, E.; NEVES, P. M. O. J.; ZEQUI, J. A. C.; MARTINS, L. H.; PERALTA, C. H.;
MOINO Jr., A. Effect of biofertilizers and Neem Oil on the Entomopatogenic fungi
121
Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. and Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorok. Brazilian
Archives of Biology and Technology, v. 44, n. 4, p. 419-423, 2001.
HYNES, R. K.; BOYETCHKO, S. M. Research initiatives in the art and science of
biopesticide formulations. Soil Biology & Biochemistry, v. 38, n. 4, p. 845-849, 2006.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. População recenseada e estimada,
Segundo os municípios, Rio Grande do Norte, 2007. Disponível em: http://www.ibge.gov.br.
Acesso em: 30 agos. 2008.
ICMR BULLETIN. Prospects of using products in the control of mosquito vectors, Indian
Council of Medical Research, v. 33, n. 1, p. 1-12, 2003. Disponível em:
http://icmr.nic.in/bujanuary03.pdf. Acesso em: 12 jun. 2008.
IDEMA – Instituto de Defesa do Meio Ambiente. Governo do Rio Grande do Norte. Perfil do
seu Município. Disponível em: http://www.rn.gov.br. Acesso em: 30 agos. 2008.
JAMES, R. R.; BUCKNER, J. S.; FREEMAN, T. P. Cuticular lipids and silverleaf whitefly
stage affect conidia germination of Beauveria bassiana and Paecilomyces fumosoroseus.
Journal of Invertebrate Pathology, v. 84, n. 1, p. 67-74, 2003.
JIRAKKAKUL, J.; PUNYA, J.; PONGPATTANAKITSHOTE, S.; PAUNGMOUNG, P.;
VORAPREEDA, N.; TACHALEAT, A.; KLOMNARA, C.; TANTICHAROEN, M.;
CHEEVADHANARAK, S. Identification of the nonribosomal peptide synthetase gene
responsible for bassianolide synthesis in wood-decaying fungus Xylaria sp. BCC1067.
Microbiology, v. 154, n. 4, p. 995-1006, 2008.
KALSBEEK, V.; PELL, J. K.; STEEMBERG, T. Sporulation by Entomophthora
schizophorae (Zygomycetes, Entomophthorales) from housefly cadavers and the persistence
of primary conidia at constant temperatures and relative humidities. Journal of Invertebrate
Pathology, v. 77, n. 3, p. 149-157, 2001.
KAUFMAN, P. E.; REASOR, C.; RUTZ, D. A.; KETZIS, J. K.; ARENDS, J. J. Evaluation of
Beauveria bassiana applications against adult house fly, Musca domestica, in commercial
caged-layer poultry facilities in New York State. Biological Control, v. 33, n. 3, p. 360-367,
2005.
KELLER, N. P.; TURNER, G.; BENNETT, J. W. Fungal secondary metabolism – from
biochemistry to genomics. Nature Reviews Microbiology, v. 3, n. 12, p. 937-947, 2005.
KILLICK-KENDRICK, R. The Biology and Control of Phlebotomine Sand Flies. Clinics in
Dermatology, v. 17, n. 3, p. 279-289, 1999.
122
KISHORE, K.; KUMAR, V.; KESARI, S.; DINESH, D. S.; KUMAR, A. J.; DAS, P.;
BHATTACHARYA, S. K. Vector control in leishmaniasis. The Indian Journal of Medical
Research, v. 123, n. 3, p. 467-472, 2006.
KISLA, T. A.; CU-UNJIENG, A.; SIGLER, L.; SUGAR, J. Medical management of
Beauveria bassiana keratitis. Cornea, v. 19, n. 3, p. 405-406, 2000.
KOLACZINSKI, J. H.; HOPE, A.; RUIZ, J. A.; RUMUNU, J.; RICHER, M.; SEAMAN, J.
Kala-azar. Epidemiology and Control, Southern Sudan. Emerging Infectious Diseases. v. 14,
n. 4, p. 664-666, 2008.
KOUVELIS, V. N.; GHIKAS, D. V.; TYPAS, M. A. The analysis of the complete
mitochondrial genome of Lecanicillium muscarium (synonym Verticillium lecanii) suggests a
minimum common gene organization in mtDNAs of Sordariomycetes: phylogenetic
implications. Fungal Genetics and Biology, v. 41, n. 10, p. 930-940, 2004.
KOUVELIS, V. N.; GHIKAS, D. V.; EDGINGTON, S.; TYPAS, M. A.; MOORE, D.
Molecular characterization of isolates of Beauveria bassiana obtained from overwintering and
summer populations of Sunn Pest (Eurygaster integriceps). Letters in Applied Microbiology,
v. 46, n. 3, p. 414-420, 2008.
KUKLINSKY-SOBRAL, J.; LUNA-ALVES-LIMA, E. Á.; ARAUJO, J. M.; AZEVEDO, J.
L. Genetic variability in regenerated Metarhizium flavoviride protoplasts. Brazilian Archives
of Biology and Technology, v. 47, n. 1, p. 1-6, 2004.
LAINSON, R.; RANGEL, E.F. Lutzomyia longipalpis and the eco-epidemiology of American
visceral leishmaniasis, with particular reference to Brazil - A Review. Memória do Instituto
Oswaldo Cruz, v. 100, n. 8, p. 811-827, 2005.
LEAL, S. C. M.; BERTIOLI, D. J.; BUTT, T. M.; PEBERDY, J. F. Characterization of
isolates of the entomopathogenic fungus Metarhizium anisopliae by RAPD-PCR.
Mycological Research, v. 98, n. 9, p. 1077-1081, 1994.
LEKIMME, M.; MIGNON, B.; TOMBEUX, S.; FOCANT, C.; MARÉCHAL, F.; LOSSON,
B. In vitro entomopathogenic activity of Beauveria bassiana against Psoroptes spp. (Acari,
Psoroptidae). Veterinary Parasitology, v. 139, n. 1-3, p. 196-202, 2006.
LEWIS, D. J.; LAINSON, R.; SHAW, J. J. Determination of porous rates in phlebotomine
sandflies, with special reference to Amazon species. Bulletin of Entomological Research. v.
60, p. 209-219, 1970.
LIU, H.; SKINNER, M.; BROWNBRIGDE, M.; PARKER, B. L. Characterization of
Beauveria bassiana and Metarhizium anisopliae isolates for management of tarnished plant
123
bug, Lygus lineolaris (Himeptera, Miridae). Journal of Invertebrate Pathology, v. 82, n. 3, p.
139-147, 2003.
LIU, H.; BAUER, L. S. Microbial control of emerald ash borer, Agrilus planipennis
(Coleoptera, Buprestidae) with Beauveria bassiana strain GHA, Greenhouse and field trials.
Biological Control, v. 45, n. 1, p. 124-132, 2008.
LOMER, C. J.; BATEMAN, R. P.; JOHNSON, D. L.; LANGEWALD, J.; THOMAS, M.
Biological control of locusts and grasshoppers. Annual Review of Entomology, v. 46, p. 667-
702, 2001.
LUITGARDS-MOURA, J. F.; CASTELLON BERMUDEZ, E. G.; ROCHA, A. F.;
TSOURIS, P.; ROSA-FREITAS, M. G. Preliminary assays indicate that Antonia ovata
(Loganiaceae) and Derris amazonica (Papilionaceae), ichthyotoxic plants used for fishing in
Roraima, Brazil, have an insecticide effect on Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae:
Phlebotominae). Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. v. 97, n. 5, p. 737-742, 2002.
LUKEŠ, J.; MAURICIO, I. L.; SCHÖNIAN, G.; DUJARDIN, J. C.; SOTERIADOU, K.;
DEDET, J. P.; KUHLS, K.; TINTAYA, K. W. Q.; JIRKŮ, M.; CHOCHOLOVÁ, E.;
HARALAMBOUS, C.; PRATLONG, F.; OBORNÍK, M.; HORÁK, A.; AYALA, F. J.;
MILES, M. A. Evolutionary and geographical history of the Leishmania donovani complex
with a revision of current taxonomy. Proceedings of the National Academy of Sciences, v.
104, n. 22, p. 9375-9380, 2007.
LUNA-ALVES LIMA, E. A.; TIGANO, M. S. Cytology of the yeastlike structures of
Beauveria bassiana in liquid media and in the hemolynph of Spodoptera frugiperda. Revista
de Microbiologia, v. 20, n. 1, p. 85-94, 1989.
LUZ, Z. M. P.; PIMENTA, D. N.; SCHALL, V. T.; RABELLO, A. Evaluation of informative
materials on leishmaniasis distributed in Brazil: criteria and basis for the production and
improvement of health education materials. Cadernos de Saúde Pública. v. 19, n. 2, p. 561-
569, 2003.
MACEDO, I. T. F.; BEVILAQUA, C. M. L.; MORAIS, N. B.; SOUSA, L. C.; LINHARES,
F. E.; AMÓRA, S. S. A.; OLIVEIRA, L. M. B. Sazonalidade de flebotomíneos em área
endêmica de leishmaniose visceral no município de Sobral, Ceará, Brasil. Ciência Animal, v.
18, n. 2, p. 67-74, 2008.
MACIEL, M. V.; LUNA-ALVES LIMA, E. A.; ALVES, N. D.; FEIJÓ, F. M. C. Action of
Beauveria bassiana on the post-embryonyc development of Cochliomyia macellaria (Diptera,
Calliphoridae) in laboratory. Caatinga, v. 18, n. 1, p. 1-5, 2005.
124
MADEIRA, M. F.; UCHOA, C. M. A.; LEAL, C. A.; SILVA, R. M. M.; DUARTE, R.;
MAGALHÃES, C. M.; SERRA, C. M. B. Leishmania (Viannia) braziliensis em cães
naturalmente infectados. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. v. 36, n. 5, p.
551-555, 2003.
MAGALHÃES, B. P.; DE FARIA, M. R.; LECOQ, M.; SCHMIDT, F. G. V.; SILVA, J. B.
T.; FRAZÃO, H. S.; BALANÇA, G.; FOUCART, A. The use of Metarhizium anisopliae var.
acridum against the grasshopper Rhammatocerus schistocercoides in Brazil. Journal of
Orthoptera Research, v. 10, n. 2, p. 199-202, 2001.
MAIA-ELKHOURY, A. N. S.; ALVES, W. A.; SOUSA-GOMES, M. L.; SENA, J. M.;
LUNA, E. A. Visceral leishmaniasis in Brazil: trends and challenges. Cadernos de Saúde
Pública, v. 24, n. 12, p. 2941-2947, 2008.
MARCONDES, C. B. Entomologia Médica e Veterinária. São Paulo: Editora Atheneu, 2001,
432p.
MARESCA, C.; SCOCCIA, E.; BARIZZONE, F.; CATALANO, A.; MANCINI, S.;
PAGLIACCI, T.; PORRINI, M.; PRINCIPATO, M.; VENDITTI, G.; GRELLONI, V. A
survey on canine leishmaniasis and phlebotomine sand flies in central Italy. Research in
Veterinary Science, 2009, doi:10.1016/j.rvsc.2008.11.009.
MAROLI, M.; KRASNONOS, L.; GAFUROV, I. Epidemiological and entomological survey
in a focus of visceral leishmaniasis in Pap district (Fergana Valley) of Namangan region,
Uzbekistan. Acta Tropica, v. 80, n. 3, p. 223-228, 2001.
MAROLI, M.; MIZZON, V.; SIRAGUSA, C.; D’OORAZI, A.; GRADONI, L. Evidence for
an impact on the incidence of canine leishmaniasis by the mass use of deltamethrin-
impregnated dog collars in southern Italy. Medical and Veterinary Entomology. v. 15, n. 4, p.
358-363, 2001.
MAROLI, M.; KHOURY, C. Prevention and control of leishmaniasis vectors: current
approaches. Parassitologia, v. 46, n. 3, p. 211-215, 2004.
MATOS, M. M.; FILGUEIRA, K. D.; AMÓRA, S. S. A.; SUASSUNA, A. C. D.; ALVES, N.
D. Ocorrência da leishmaniose visceral em cães em Mossoró, Rio Grande do Norte. Ciência
Animal, v. 16, n. 1, p. 51-54, 2006.
MAZLOUMI GAVGANI, A. S.; HODJATI, H.; MOHITE, H.; DAVIES, C. R. Impact of
insecticide impregnated dog collars on rate of zoonotic visceral leishmaniasis infection in
children: matched community-based trial in Iran. The Lancet, v. 360, n. 9330, p. 374-379,
2002.
125
MESTRE, G. L. C.; FONTES, C. J. F. A expansão da epidemia da leishmaniose visceral no
Estado de Mato Grosso, 1998-2005. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v.
40, n. 1, p. 42-48, 2007.
MEYLING, N. V.; EILENBERG, J. Isolation and characterisation of Beauveria bassiana
isolates from phylloplanes of hedgerow vegetation. Mycological Research, v. 110, n. 2, p.
188-195, 2006.
MICHALSKY, E. M.; FRANÇA-SILVA, J. C.; BARATA, R. A.; SILVA, F. O. L.;
LOUREIRO, A. M. F.; FORTES-DIAS, C. L.; DIAS, E. S. Phlebotominae distribution in
Janaúba, an area of transmission for visceral leishmaniasis in Brazil. Memórias do Instituto
Oswaldo Cruz, v. 104, n. 1, p. 56-61, 2009.
MILNER, R. J.; LOZANO, L. B.; DRIVER, F.; HUNTER, D. A comparative study of two
Mexican isolates with an Australian isolate of Metarhizium anisopliae var. acridum – strain
characterisation, temperature profile and virulence for wingless grasshopper, Phaulacridium
vittatum. BioControl, v. 48, n. 3, p. 335-348, 2003.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica, 2006. Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral. Brasília:
Ministério da Saúde. 122 p. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/man
ual_leish_visceral2006.pdf. Acesso em: 30 agos. 2008.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica. Manual de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar Americana. 2a ed.
Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 184p. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/ar
quivos/pdf/manual_lta_2ed.pdf
MISSAWA, N. A.; DIAS, E. S. Phlebotomine sand flies (Diptera: Psychodidae) in the
municipality of Várzea Grande: an area of transmission of visceral leishmaniasis in the state
of Mato Grosso, Brazil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 102, n. 8, p. 913-918, 2007.
MITCHELL, J. K. Development of a submerged liquid sporulation medium for the potential
smart weed bioherbicide Septaria polyganorum. Biological Control, v. 27, n. 3, p. 293-299,
2003.
MONTEIRO, E. M.; FRANÇA-SILVA, J. C.; COSTA, R. T.; COSTA, D. C.; BARATA, R.
A.; PAULA, E. V.; MACHADO-COELHO, G. L. L.; ROCHA, M. F.; FORTES-DIAS, C. L.;
DIAS, E. S. Leishmaniose visceral: estudo de flebotomíneos e infecção canina em Montes
Claros, Minas Gerais. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 38, n. 2, p.
147-152, 2005.
126
MWANGALA, F. S.; GALLOWAY, T. D. Susceptibility of horn flies, Haematobia irritans
L. (Diptera, Muscidae), to pyrethroids in Manitoba. The Canadian Entomologist, v. 125, n. 1,
p. 47-53, 1993.
NERY-GUIMARÃES, F.; BUSTAMANTE, F. M. Aplicação domiciliada de DDT como base
da profilaxia das leishmanioses – Estudo de um foco de leishmaniose muco-cutânea cinco
anos depois da aspersão periódica com aquele inseticida. Revista Brasileira de Malariologia e
Doenças Tropicais, v. 6, p. 127-130, 1954.
NEVES, P. M. O. J.; HIROSE, E.; TCHUJO, P. T.; MOINO Jr., A. Compatibility of
Entomopathogenic Fungi with Neonicotinoid Insecticides. Neotropical Entomology, v. 30, n.
2, p. 263-268, 2001.
NEVES, P. M. O. J.; HIROSE, E. Seleção de isolados de Beauveria bassiana para o controle
biológico da broca-do-café, Hypothenemus hampei (Ferrari) (Coleoptera: Scolytidae).
Neotropical Entomology, v. 34, n. 1, p. 77-82, 2005.
NOGUEIRA, M. A. S.; PALMÉRIO, M. Practice oriented results on use and production of
plant extracts and pheromones in integrated and biological pest control. In: 1 WORKSHOP
“NEEM AND PHEROMONES” da Universidade de Uberaba, 2001, Uberaba, 46p.
Disponível em: http://www.trifolio-.de/info_service/workshops/Brasil_Workshop_1_Abstract
s.pdf. Acesso em: 27 abr. 2009.
ODORIZZI, R. N. F. M.; GALATI, E. A. B. Flebotomíneos de várzea do rio Aguapeí, região
noroeste do Estado de São Paulo, Brasil. Revista de Saúde Pública, v. 41, n. 4, p. 645-52,
2007.
OLIVEIRA, C. N.; NEVES, P. M. O. J.; KAWAZOE, L. S. Compatibility between the
entomopathogenic fungus Beauveria bassiana and insecticides used in coffee plantations.
Scientia Agricola, v. 60, n. 4, p. 663-667, 2003.
OLIVEIRA, S. S.; ARAÚJO, T. M. Avaliação das ações de controle da leishmaniose visceral
(calazar) em uma área endêmica do Estado da Bahia, Brasil (1995-2000). Cadernos de Saúde
Pública, v. 19, n. 6, p. 1681-1690, 2003.
OLIVEIRA, A. G.; GALATI, E. A. B.; FERNANDES, C. E.; DORVAL, M. E. C.; BRAZIL,
R. P. Seasonal variation of Lutzomyia longipalpis (Lutz and Neiva, 1912) (Diptera:
Psychodidae: Phlebotominae) in endemic area of visceral leishmaniasis, Campo Grande, state
of Mato Grosso do Sul, Brazil. Acta Tropica, v. 105, n. 1, p. 55-61, 2008.
PACCOLA-MEIRELLES, L. D.; AZEVEDO, J. L. Parasexuality in Beauveria bassiana.
Journal of Invertebrate Pathology, v. 57, n. 2, p. 172-176, 1991.
127
PANTOU, M. P.; MAVRIDOU, A.; TYPAS, M. A. IGS sequence variation, group-I introns
and the complete nuclear ribosomal DNA of the entomopathogenic fungus Metarhizium,
excellent tools for isolate detection and phylogenetic analysis. Fungal Genetics and Biology,
v. 38, n. 2, p. 159-174, 2003.
PATHAN, A. A. K.; DEVI, K. U.; VOGEL, H.; REINEKE, A. Analysis of differential gene
expression in the generalist entomopathogenic fungus Beauveria bassiana (Bals.) Vuillemin
grown on different insect cuticular extracts and synthetic medium through cDNA-AFLPs.
Fungal Genetics and Biology, v. 44, n. 12, p. 1231-1241, 2007.
PAULA, C. C.; FIGUEIREDO, F. B.; MENEZES, R. C.; MOUTA-CONFORT, E.; BOGIO,
A.; MADEIRA, M. F. Leishmaniose visceral canina em Maricá, Estado do Rio de Janeiro:
relato do primeiro caso autóctone. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v.
42, n. 1, p. 77-78, 2009.
PESSOA, F. A. C.; MEDEIROS, J. F.; BARRETT, T. V. Effects of timber harvest on
phlebotomine sand flies (Diptera: Psychodidae) in a production forest: abundance of species
on tree trunks and prevalence of trypanosomatids. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. v.
102, n. 5, p. 593-599, 2007.
PIMENTA, D. N.; LEANDRO, A.; SCHALL, V. T. A estética do grotesco e a produção
audiovisual para a educação em saúde: segregação ou empatia? O caso das leishmanioses no
Brasil. Cadernos de Saúde Pública. v. 23, n. 5, p. 1161-1171, 2007.
QUEIROZ, P. V. S.; MONTEIRO, G. R. G.; MACEDO, V. P. S.; ROCHA, M. A. C.;
BATISTA, L. M. M.; QUEIROZ, J. W.; JERÔNIMO, S. M. B.; XIMENES, M. F. F. M.
Canine visceral leishmaniasis in urban and rural areas of Northeast Brazil. Research in
Veterinary Science, v. 86, n. 2, p. 267-273, 2009.
RANGEL, E. F.; SOUZA, N. A.; WERMELINGER, E. D.; BARBOSA, A. F.
Estabelecimento de colônia, em laboratório, de Lutzomyia intermedia Lutz & Neiva, 1912
(Diptera, Psychodidae, Phlebotominae). Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 80, n. 2, p.
219-226, 1985.
REBÊLO, J. M. M. Freqüência horária e sazonalidade de Lutzomyia longipalpis (Diptera:
Psychodidae: Phlebotominae) na Ilha de São Luís, Maranhão, Brasil. Cadernos de Saúde
Publica, v. 17, n. 1, p. 221-227, 2001.
REIJANS, M; LASCARIS, R.; GROENEGER, A. O.; WITTENBERG, A.; WESSELINK, E.;
OEVEREN, J. V.; WIT, E.; BOORSMA, A.; VOETDIJK, B.; SPEK,H. V.; GRIVELL, L. A.
SIMONS, G. Quantitative comparison of cDNA-AFLP, microarrays, and GeneChip
expression data in Saccharomyces cerevisiae. Genomics, v. 82, n. 6, p. 606-618, 2003.
128
REITHINGER, R.; DAVIES, C. R.; CADENA, H.; ALEXANDER, B. Evaluation of the
fungus Beauveria bassiana as a potential biological control agent against phlebotomine sand
flies in Colombian coffee plantations. Journal of Invertebrate Pathology, v. 70, n. 2, p. 131-
135, 1997.
REITHINGER, R.; COLEMAN, P. G.; ALEXANDER, B.; VIEIRA, E. P.; ASSIS, G.;
DAVIES, C. R. Are insecticide-impregnated dog collars a feasible alternative to dog culling
as a strategy for controlling canine visceral leishmaniasis in Brazil? International Journal for
Parasitology, v. 34, n. 1, p. 55-62, 2004.
RIBEIRO S. M. A.; LUNA-ALVES LIMA, E. A.; ASSUNCÃO, W. T. G.; LIMA, D. M. M.
Behavior and characteristics of a wild strain of Metarhizium anisopliae. Revista de
Microbiologia, v. 23, n. 1, p. 97-100, 1992.
ROBERT, L. L.; PERICH, M. J.; SCHLEIN, Y.; JACOBSON, J. L. ; WIRTZ, R. A.;
LAWYER, P. G.; GITHURE, J. I. Phlebotomine sand fly control using bait-fed adults to carry
the larvicide’s Bacillus sphaericus to the larval habitat. Journal of the American Mosquito
Control Association, v. 13, n. 2, p. 140-144, 1997.
ROBERT, L. L.; PERICH, M. J.; SCHLEIN, Y.; JACOBSON, R. L. Bacillus sphaericus
inhibits hatching of phlebotomine sand fly eggs. Journal of the American Mosquito Control
Association, v. 14, n. 3, p. 351-352, 1998.
ROBINSON, R. K. Studies on penetration of insect integument by fungi. Best Article News
Summary Section B, v. 12, p. 131-142, 1966.
RONDON, F. C. M.; BEVILAQUA, C. M. L.; FRANKE, C. R.; BARROS, R. S.;
OLIVEIRA, F. R.; ALCÂNTARA, A. C.; DINIZ, A.T. Cross-sectional serological study of
canine Leishmania infection in Fortaleza, Ceará state, Brazil. Veterinary Parasitology, v. 155,
n. 1, p. 24-31, 2008.
ROSSI, E.; BONGIORNO, G.; CIOLLI, E.; DI MUCCIO, T.; SCALONE, A.; GRAMICCIA,
M.; GRADONI, L.; MAROLI, M. Phenology, feeding habit and natural Leishmania infection
of Phlebotomus perniciosus (Diptera, Psychodidae) in a high-endemic focus of canine
leishmaniasis in Rome province, Italy. Acta Tropica, v. 105, n. 2, p. 158-165, 2008.
SARAIVA, E. M.; BARBOSA, A. F.; SANTOS, F. N.; BORJA-CABRERA, G. P.; NICO,
D.; SOUZA, L. O.; MENDES-AGUIAR, C. O.; SOUZA E. P.; FAMPA, P.; PARRA, L. E.;
MENZ, I.; DIAS, J. G. J.; OLIVEIRA, S. M.; PALATNIK-DE-SOUSA, C. B. The FML-
vaccine (Leishmune®) against canine visceral leishmaniasis: A transmission blocking
vaccine. Vaccine, v. 24, n. 13, p. 2423-2431, 2006.
129
SCHOLTE, E-J.; TAKKEN, W.; KNOLS, B. G. J. Infection of adult Aedes aegypti and Ae.
albopictus mosquitoes with the entomopathogenic fungus Metarhizium anisopliae. Acta
Tropica, v. 102, n. 3, p. 151-158, 2007.
SCORZA, J. V.; ORTIZ, I.; GÓMEZ, I. Observaciones biologicas sobre algunos flebótomos
de Rancho Grande (Venezuela). Sobre los factores microclimáticos que determinan la
endemicidad de la flebotomofauna de “Rancho Grande”. Acta Biol. Venezuelica, v. 6, n. 1, p.
76-83, 1968.
SECUNDINO, N. F. C.; ARAÚJO, M. S. S.; OLIVEIRA, G. H. B.; MASSARA, C. L.;
CARVALHO, O. S.; LANFREDI, R. M.; PIMENTA, P. F. P. Preliminary description of a
new entomoparasitic nematode infecting Lutzomyia longipalpis sand fly, the vector of visceral
leishmaniasis in the New World. Journal of Invertebrate Pathology, v. 80, n. 1, p. 35-40,
2002.
SHAALAN, E. A. S.; CANYON, D.; YOUNES, M. W. F.; ABDEL-WAHAB, H;
MANSOUR, A. H. A review of botanical phytochemicals with mosquitocidal potential.
Environment International, v. 31, n. 8, p. 1149-1166, 2005.
SHARMA U.; SINGH S. Insect vectors of Leishmania: distribution, physiology and their
control. Journal of Vector Borne Diseases, v. 45, n. 1, p. 255-272, 2008.
SHAW, J.; ROSA, A. T.; SOUZA, A.; CRUZ, A. C. Transmissão de Outros Agentes. In:
RANGEL, E. F.; LAINSON, R. Flebotomíneos do Brasil. 367p. Rio de Janeiro: Fiocruz,
2003. p. 337-351.
SHERLOCK, I. A.; SHERLOCK, V. A. Criação e biologia, em laboratório, do “Phlebotomus
longipalpis” Lutz & Neiva, 1912 (Díptera, Psychodidae). Revista Brasileira de Biologia, v.
19, n. 3, p. 229-250, 1959.
SHERLOCK, I. A. Ecological interactions of visceral leishmaniasis in the State of Bahia.
Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 91, n. 6, p. 671-683, 1996.
SIERRA, D.; ARANGO, S.; VALDERRAMA, R.; URIBE, S. Ensayo preliminar de
susceptibilidad de Culex pipiens y Aedes aegypti al Hongo Beauveria bassiana. In:
SOCOLEN, XXII CONGRESO, 1995, Santafé de Bogotá. Anais… Santafé de Bogotá,
Colombia, 1995.
SILVA, A. M.; CAMARGO, N. J.; SANTOS, D. R.; MASSAFERA, R.; FERREIRA, A. C.;
POSTAI, C.; CRISTÓVÃO, E. C.; KONOLSAISEN, J. F.; BISETTO Jr., A.; PERINAZO,
R.; TEODORO, U.; GALATI, E. A. B. Diversidade, Distribuição e Abundância de
Flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) no Paraná. Neotropical Entomology, v. 37, n. 2, p.
209-225, 2008.
130
SINGH, S. New developments in diagnosis of leishmaniasis. Indian Journal of Medical
Research, v. 123, n. 3, p. 311-330, 2006.
SOARES, R. P. P.; TURCO, S. J. Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae:
Phlebotominae): a review. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 75, n. 3, p. 301-330,
2003.
SRINIVASAN, R.; KALYANASUNDARAM, M. Relative efficacy of DEPA and neem oil
for repellent activity against Phlebotomus papatasi, the vector of leishmaniasis. The Journal
of Communicable Diseases, v. 33, n. 3, p. 180-184, 2001.
STEENBERG, T.; JESPERSEN, J. B.; JENSEN, K. -M. V.; NIELSEN, B. O.; HUMBER, R.
A. Entomopathogenic fungi in flies associated with pastured cattle in Denmark. Journal of
Invertebrate Pathology, v. 77, n. 3, p. 186-197, 2001.
ST. LEGER, R. J. S.; BUTT, T. M.; GOETTEL, M. S.; STAPLES, R. S.; ROBERTS, D. W.
Production in vitro of appressoria by the entomopathogenic fungus Metarhizium anisopliae.
Experimental Mycology, v. 13, n. 3, p. 274-288, 1989.
ST. LEGER, R. J. JOSHI, L.; BIDOCHKA, M. J.; RIZZO, N. W.; ROBERTS, D. W.
Biochemical characterization and ultrastructural localization of two extracelular trypsin
produced by Metarhizium anisopliae in infected insect cuticles. Applied and Environmental
Microbiology, v. 62, n. 4, p. 1257-1264, 1996.
TEFERA, T.; PRINGLE, K. L. Effect of exposure method to Beauveria bassiana and conidia
concentration on mortality, mycosys, and sporulation in cadavers of Chilo partellus
(Lepidoptera: Pyralidae). Journal of Invertebrate Pathology, v. 84, n. 1, p. 90-95, 2003.
TEODORO, U.; SILVEIRA, T. G. V.; SANTOS, D. R.; SANTOS, E. S.; SANTOS, A. R.;
OLIVEIRA, O.; KÜHL, J. B. Freqüência da fauna de flebotomíneos no domicílio e em
abrigos de animais domésticos no peridomicílio, nos municípios de Cianorte e Doutor
Camargo – Estado do Paraná – Brasil. Revista de Patologia Tropical, v. 30, n. 2, p. 209-233,
2001.
TEODORO, U.; THOMAZ-SOCCOL, V.; KÜHL, J. B.; SANTOS, D. R.; SANTOS, E. S.;
SANTOS, A. R.; ABBAS, M.; DIAS, A. C. Reorganization and cleaness of peridomiciliar
area to control sand flies (Diptera, Pschodidae, Phlebotominae) in South Brazil. Brazilian
Archives of Biology and Technology, v. 47, n. 2, p. 205-212, 2004.
TEODORO, U.; SANTOS, D. R.; SANTOS, A. R.; OLIVEIRA, O.; POIANI, L. P.; KÜHL,
J. P.; LONARDONI, M. V. C.; SILVEIRA, T. G. V.; MONTEIRO, W. M.; NEITZKE, H. C.
Avaliação de medidas de controle de flebotomíneos no norte do Estado do Paraná, Brasil.
Cadernos de Saúde Pública. v. 23, n. 11, p. 2597-2604, 2007.
131
LUZ, C.; TIGANO, M. S.; SILVA, I. G.; CORDEIRO, C. M. T.; ALJANABI, S. M.
Selection of Beauveria bassiana and Metarhizium anisopliae isolates to control Triatoma
infestans. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 93, n. 6, p. 839-846, 1998.
TRAORÉ-LAMIZANA, M.; FONTENILLE, D.; DIALLO, M.; BA, Y.; ZELLER, H. G.;
MONDO, M.; ADAM, F.; THONON, J.; MAIGA, A. Arbovirus surveillance from 1990 to
1995 in the Barkedji area (Ferlo) of Senegal, a possible natural focus of Rift Valley fever
virus. Journal of Medical Entomology, v. 38, n. 4, p. 480-492, 2001.
TUCKER, D. L.; BERESFORD, C. H.; SIGLER, L.; ROGERS, K. Disseminated Beauveria
bassiana Infection in a Patient with Acute Lymphoblastic Leukemia. Journal of Clinical
Microbiology, v. 42, n. 11, p. 5412-5414, 2004.
VALERIO, L.; MAROLI, M. Valutazione dell’effetto repellente ed anti-feeding dell’olio
d’aglio (Allium sativum) nei confronti dei flebotomi (Diptera: Psychodidae). Annali
dell'Istituto Superiore di Sanità, v. 41, n. 2, p. 253-256, 2005.
VIEIRA, P. D. S.; SILVA, W. M. T.; PAIVA, L. M.; LUNA-ALVES LIMA, E. A.;
CAVALCANTI, V. L. B. Estudo da caracterização morfológica, esporulação e germinação
dos conídios de Metarhizium Anisopliae var. acridum em diferentes temperaturas. Biológico,
v. 69, n. 1, p. 17-21, 2007.
WAHBA, M. M.; LABIB, I. M.; EL HAMSHARY, E. M. Bacillus thuringiensis var.
israelensis as a microbial control agent against adult and immature stages of the sandfly,
Phlebotomus papatasi under laboratory conditions. Journal of the Egyptian Society of
Parasitology, v. 29, n. 2, p. 587-597, 1999.
WAHBA, M. M. The influence of Bacillus sphaericus on the biology and histology of
Phlebotomus papatasi. Journal of the Egyptian Society of Parasitology. v. 30, n. 1, p. 315-
323, 2000.
WANG, C.; SHAH, F. A.; PATEL, N.; LI, Z.; BUTT, T. M. Molecular investigation on strain
genetic relatedness and population structure of Beauveria bassiana. Environmental
Microbiology, v. 5, n. 10, p. 908-915, 2003.
WANG, C.; ST. LEGER, R. J. Developmental and Transcriptional Responses to Host and
Nonhost Cuticles by the Specific Locust Pathogen Metarhizium anisopliae var. acridum.
Eukaryotic Cell, v. 4, n. 5, p. 937-947, 2005.
WARBURG, A. Entomopathogens of phlebotomine sand flies: Laboratory experiments and
natural infections. Journal of Invertebrate Pathology, v. 58, n. 2, p. 189-202, 1991.
WARD, M. D. W.; SELGRADE, M.; HUTCHINSON, O. C.; CUNNINGHAM, A. A.;
THOMAS, M. B.; BLANFORD, S.; JENKINS, N. E.; KILLEEN, G. F.; KNOLS, B. G. J.;
132
READ, A. F.; SCHOLTE, E-J.; TAKKEN, W. Benefits and risks in malaria control. Science,
v. 310, n. 1, p. 49-51, 2005.
WEKESA, V. W.; MANIANIA, N. K.; KNAPP, M.; BOGA, H. I. Pathogenicity of Beauveria
bassiana and Metarhizium anisopliae to the tobacco spider mite Tetranychus evansi.
Experimental and Applied Acarology, v. 36, n. 1, p. 41-50, 2005.
WERKHAUSER, M. Prevenção. Clínica Veterinária, v. 49, p. 21, 2004.
WERNECK, G. L.; RODRIGUES Jr., L.; SANTOS, M. V.; ARAUJO, I. B.; MOURA, L. S.;
LIMA, S. S.; GOMES, R. B. B.; MAGUIRE, J. H.; COSTA, C. H. N. The burden of
Leishmania chagasi infection during an urban outbreak of visceral leishmaniasis in Brazil.
Acta Tropica. v. 83, n. 1, p. 13-18, 2002.
WESTWOOD, G. S.; HUANG, S. W.; KEYHANI, N. O. Allergens of the entomopathogenic
fungus Beauveria bassiana. Clinical and Molecular Allergy, v. 3, n. 1, p. 1-8, 2005.
WILLIAMS, J. G.; KUBELIK, A. R.; LIVAK, K. J.; RAFALSKI, J. A.; TINGEY, S. V.
DNA polymorphisms amplified by arbitrary primers are useful as genetic markers. Nucleic
Acids Research, v. 18, n. 22, p. 6531-6535, 1990.
XIMENES, M. F. F. M.; SOUZA, M. F.; CASTELLÓN, E. G. Density of Sand Flies
(Diptera: Psychodidae) in Domestic and Wild Animal Shelters in an Area of Visceral
Leishmaniasis in the State of Rio Grande do Norte, Brazil. Memórias do Instituto Oswaldo
Cruz, v. 94, n. 4, p. 427-432, 1999.
XIMENES, M. F. F. M.; SOUZA, M. F.; CASTELLÓN, E. G.; SOUZA, M. F.; FREITAS, R.
A.; PEARSON, R. D.; WILSON, M. E.; JERONIMIO, S. M. B. Distribution of Phlebotomine
Sand Flies (Diptera: Psychodidae) in the State of Rio Grande do Norte, Brazil. Journal of
Medical Entomology, v. 37, n. 1, p. 162-169, 2000.
XIMENES, M. F. F. M.; CASTELLÓN, E. G.; SOUZA, M. F.; MENEZES, A. A. L.;
QUEIROZ, J. W.; SILVA, V. P. M.; JERÔNIMO, S. M. B. Effect of Abiotic Factors on
Seasonal Population dynamics of Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae) in
Northeastern Brazil. Journal of Medical Entomology, v. 43, n. 5, p. 990-995, 2006.
XIMENES, M. F. F. M.; SILVA, V. P. M.; QUEIROZ, P. V. S.; REGO, M. M.; CORTEZ, A.
M.; BATISTA, L. M. M.; MADEIROS, A. S.; JERONIMIO, S. M. B. Flebotomíneos
(Diptera: Psychodidae) e leishmanioses no Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil -
Reflexos do Ambiente Antrópico. Neotropical Entomology, v. 36, n. 1, p. 128-137, 2007.
XU, F.; CHEN, H.; TRAVASSOS DA ROSA, A. P.; TESH, R. B.; XIAO, S. Y. Phylogenetic
relationships among sandfly fever group viruses (Phlebovirus: Bunyaviridae) based on the
small genome segment. Journal of General Virology, v. 88, n. 8, p. 2312-2319, 2007.
133
XU, Y.; OROZCO, R.; WIJERATNE, E. M. K.; GUNATILAKA, A. A. L.; STOCK, S. P.;
MOLNÁR, I. Biosynthesis of the cyclooligomer depsipeptide beauvericin, a virulence factor
of the entomopathogenic fungus Beauveria bassiana. Chemical & Biology, v. 15, n. 9, p. 898-
907, 2008.
XU, Y.; OROZCO, R.; WIJERATNE, E. M. K.; ESPINOSA-ARTILES, P.; LESLIE
GUNATILAKA, A. A.; STOCK, S. P.; MOLNÁR, I. Biosynthesis of the cyclooligomer
depsipeptide bassianolide, an insecticidal virulence factor of Beauveria bassiana. Fungal
Genetics and Biology, v. 146, n. 5, p. 353-364, 2009.
ZACHARUK, R. Y. Fine struture of the fungus Metarhizium anisopliae infecting three
species of larvae elateridae (coleptera). IV. Development Within the Host. Canada Journal
Microbiology, v. 17, n. 4, p. 525-529, 1971.
ZHANG, L.; YAN, K.; ZHANG, Y.; HUANG, R.; BIAN, J.; ZHENG, C.; SUN, H.; CHEN,
Z.; SUN, N.; AN, R.; MIN, F.; ZHAO, W.; ZHUO, Y.; YOU, J.; SONG, Y.; YU, Z.; LIU, Z.;
YANG, K.; GAO, H.; DAI, H.; ZHANG, X.; WANG, J.; FU, C.; PEI, G.; LIU, J.; ZHANG,
S.; GOODFELLOW, M.; JIANG, Y.; KUAI, J.; ZHOU, G.; CHEN, X. High-throughput
synergy screening identifies microbial metabolites as combination agents for the treatment of
fungal infections. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 104, n. 11, p. 4606-
4611, 2007.
ZIMMERMAN, G. The entomopathogenic fungus Metarhizium anisopliae and its potential as
a biocontrol agent. Pesticide Science, v. 37, p. 375-379, 1993.
134
A524v Amóra, Sthenia Santos Albano
Vigilância entomológica e controle biológico de Lutzomyia
longipalpis na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte / Sthenia
Santos Albano Amóra.__ Fortaleza, 2009.
133p.; il.
Orientadora: Profa Dra. Claudia Maria Leal Bevilaqua
Tese (Doutorado em Ciências Veterinárias) - Universidade
Estadual do Ceará, Faculdade de Veterinária.
1. Leishmaniose visceral. 2. Lutzomyia longipalpis. 3.
Sazonalidade do vetor. 4. Controle biológico. 5. Fungos
entomopatogênicos. I. Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de
Veterinária.