universidade estadual de londrina · avaliação em meio liquido, o objetivo foi verificar a...

31
Universidade Estadual de Londrina CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR AQUÁTICO EM CRIANÇAS Andreia Cristina Palatim Semencio LONDRINA – PARANÁ 2008

Upload: phamkhanh

Post on 09-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Universidade Estadual de Londrina

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR AQUÁTICO EM

CRIANÇAS

Andreia Cristina Palatim Semencio

LONDRINA – PARANÁ

2008

ANDREIA CRISTINA PALATIM SEMENCIO

VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR AQUÁTICO EM

CRIANÇAS

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Bacharelado em

Educação Física do Centro de Educação

Física e Esporte da Universidade

Estadual de Londrina, como requisito

parcial para sua conclusão

Orientador: Prof.Dr. Ernani Xavier Filho

Londrina

2008

ANDREIA CRISTINA PALATIM SEMENCIO

VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR AQUÁTICO EM

CRIANÇAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial para sua conclusão

COMISSÃO EXAMINADORA

______________________________________

Prof. Dr. Ernani Xavier Filho Universidade Estadual de Londrina

______________________________________

Profa. Dra. Inara Marques Universidade Estadual de Londrina

______________________________________

Profa. Ms. Josiane Medina Papst Universidade Estadual de Londrina

Londrina, ____ de____________ de 2008

A Deus e aos meus pais... Por proporcionarem essa oportunidade...

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais e irmãos pela motivação durante todo o curso e elaboração desse

trabalho.

Ao Prof. Dr. Ernani Xavier Filho pela orientação e paciência.

À Piraju Escola de Natação e avaliadoras que participaram diretamente nesse

trabalho.

Aos amigos do curso, Ana Carolina, Franciele, Alessandra, Daniela e Erick que

durante os quatro anos foram muito presentes.

Aos amigos do condomínio, em especial Edilaine, Marina, Lara e Taís, que foram

amigas – irmãs, participando como uma segunda família aqui em Londrina.

A todos que participaram de alguma forma e não impediram a conclusão desse

trabalho.

SEMENCIO, Andreia Cristina Palatim. Validação de um instrumento de avalição de desenvolvimento motor aquático em crianças. Trabalho de Conclusão de

Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e

Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2008.

RESUMO

A avaliação na área do comportamento motor tem sido entendida como uma forma de se observar mudanças que ocorrem em uma determinada população em certo lapso de tempo. Dentre os variados testes utilizados para medir as habilidades motoras, esses devem conter confiabilidade, validade, reprodutibilidade e objetividade. Em meio liquido percebe-se a necessidade de um protocolo de avaliação compatível com os objetivos específicos de cada nível de desenvolvimento. Com isso, o presente estudo teve o objetivo de analisar a validade do instrumento usado numa escola de natação de Londrina – PR. Para isso participaram do estudo três professoras da escola que avaliaram 30 crianças, sendo 16 meninos e 14 meninas, com idade entre 3 e 7 anos de idade. As avaliações foram realizadas em duas semanas e aplicadas nas mesmas crianças. As avaliadoras permaneciam fora da água enquanto realizavam a avaliação, apenas observando sem intervir no desenvolvimento da aula. A partir da aplicação dos testes procurou-se inferir a objetividade através do grau de consistência, a fidedignidade pela aplicação da avaliação em dois momentos e a validade pela análise da consistência interna por componentes. Os resultados mostraram que o instrumento apresenta altos graus de consistência para fidedignidade e objetividade. E quanto a validade, a análise por componentes mostrou que os aspectos motores é que apresenta maior correlação com o total do instrumento Conclui-se que o instrumento apresenta bons graus para fidedignidade e objetividade e graus não consistentes quando analisado o do total dos componentes do instrumento, que diz respeito a validade.

Palavra chave: Avaliação motora, comportamento motor e meio líquido.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Modelo de desenvolvimento do comportamento motor aquático (XAVIER

FILHO e MANOEL, 2002) ............................................................................................. 11

Figura 2 Demandas motoras afetivo-sociais e cognitivas necessárias ao

desenvolvimento do nadar e suas interações ............................................................... 12

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Descrição das características da amostra - Meninas ........................... 16

Tabela 2 - Descrição das características da amostra - Meninos ............................ 16

Tabela 3 - Grau de consistência (Alpha de Cronbach) e limite inferior de

confiabilidade (CCI) ............................................................................... 17

Tabela 4 - Estimativa de p (coeficiente de correlação intraclasse) para a

determinação do grau de fidedignidade do teste ................................... 18

Tabela 5 - Descrição do componente Saltos e Mergulhos ..................................... 19

Tabela 6 - Descrição do componente Imersões ..................................................... 19

Tabela 7 – Descrição do componente Flutuação .................................................... 20

Tabela 8 - Descrição do componente Deslocamentos: deslize e propulsão ........... 20

Tabela 9 - Descrição para o componente Respiração ............................................ 21

Tabela 10 - Descrição para a componente de Iniciativa ......................................... 21

Tabela 11 - Descrição do componente Confiança ................................................... 22

Tabela 12 - Descrição do componente Aspectos Cognitivos .................................. 23

Tabela 13 - Descrição dos valores totais das componentes ................................... 23

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................. Erro! Indicador não definido. 2 MATERIAL E MÉTODOS ............................................. Erro! Indicador não definido. 2.1 SUJEITOS ..................................................................... Erro! Indicador não definido. 2.2 DESCRIÇÃO DO INSTRUMENTO ....................................... Erro! Indicador não definido. 2.3 PROCEDIMENTOS .......................................................... Erro! Indicador não definido. 2.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA ................................................... Erro! Indicador não definido. 3 RESULTADOS .............................................................. Erro! Indicador não definido. 3.1 OBJETIVIDADE DO INSTRUMENTO ................................... Erro! Indicador não definido. 3.2 FIDEDIGNIDADE DO INSTRUMENTO ................................. Erro! Indicador não definido. 3.3 ANÁLISE DA CONSISTÊNCIA INTERNA POR COMPONENTES ............ Erro! Indicador não definido. 4 DISCUSSÃO ................................................................. Erro! Indicador não definido. 5 CONCLUSÃO ............................................................... Erro! Indicador não definido. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................ Erro! Indicador não definido. ANEXO I........................................................................... Erro! Indicador não definido.

1 INTRODUÇÃO

A avaliação na área do comportamento motor tem sido entendida

como uma forma de se observar mudanças que ocorrem em uma determinada

população em certo lapso de tempo. Através de diferentes testes motores, a maioria

deles baseados em fases do desenvolvimento motor, tem-se procurado descrever

mudanças de padrões em certas habilidades. Para cada situação, amostra ou faixa

etária procura-se um teste específico relacionado ao objetivo proposto.

Dentre os variados testes utilizados para medir as habilidades

motoras, esses devem conter confiabilidade, validade, reprodutibilidade e

objetividade. Um teste válido é o que mensura o que afirma mensurar (THOMAS,

NELSON & SILVERMAN, 2007), a validade pode ser subdividida em validade

relacionada ao conteúdo, validade relacionada ao critério e validade relacionada à

construção. Autores como Kiss (1987) descrevem em seus estudos critérios de

seleção dos testes que a avaliação deve conter como validade, mostra quanto o

instrumento mede o que se pretende medir, fidedignidade, a consistência ou

reprodutibilidade dos instrumentos e, objetividade, a consistência nos resultados.

Pode-se dizer que um teste pode ser fidedigno-reprodutível, mas não

ser válido, do mesmo modo que pode ser objetivo e não ser válido, entretanto, para

ser considerado válido um bom instrumento deve apresentar bom nível de

reprodutibilidade e objetividade (BARROS E NAHAS, 2003).

Na natação percebe-se a necessidade de um protocolo de avaliação

compatível com os objetivos específicos de cada nível de desenvolvimento e que

considere desde a adaptação, passando pelo aprendizado, até chegar ao

aperfeiçoamento da modalidade, seria conveniente devido à escassez de estudos

desse tipo.

Em relação à habilidade nadar, autores como XAVIER FILHO e

MANOEL (2002), apresentam em seu estudo uma seqüência de num processo

desenvolvimentista, citando desde a transição do reflexo nadar para os movimentos

voluntários passando pelos níveis que correspondem as mudanças graduais até

atingir um nível que corresponderia a otimização da habilidade podendo ser utilizada

11

para diversos fins. Os autores propõe, então, um modelo (Figura 1), que descreve os

sete níveis proposto para uma seqüência de ensino da habilidade nadar.

Figura 1 Modelo de desenvolvimento do comportamento motor aquático (XAVIER FILHO e MANOEL, 2002)

Para Zullietti e Souza (2002), a natação age como um pré-estímulo

motor, pois, antes mesmo de a criança tentar deslocar-se fora da água, já o

consegue dentro da água, porque ela fica muito leve, conseguindo, assim, executar

movimentos que muitas vezes não consegue fora da água.

A habilidade nadar apresenta problemas ao ser humano, ou seja,

uma diferenciação do meio natural, pois o ponto de equilíbrio em meio líquido muda

à medida que é adotada a posição horizontal. Com relação à respiração, com a

posição ventral adotada a inspiração só é possível com emergência dos orifícios

respiratórios, já a expiração pode ser feita qualquer que seja a posição do rosto.

Sobre a propulsão, a partir da adaptação do equilíbrio e da respiração pode-se

deslizar sobre a superfície líquida. São as primeiras adaptações que devem ser

feitas para o desenvolvimento motor em meio líquido (CATTEAU e GAROFF, 1990).

No estudo de Rosa, Zani, Carlos, Zanqueta e Couri (2006), o

objetivo foi investigar uma nova metodologia da natação capaz de enfatizar o

desenvolvimento natural dos movimentos. O estudo foi realizado com 40 crianças,

nesse estudo, elas foram submetidas a aulas de natação e também a duas

avaliações, os testes de laboratórios com objetivo de obter dados da composição

12

corporal e os testes de campo para avaliar as capacidades físicas e habilidades

motoras. Ao final ficou concluído que as crianças que realizaram o programa de

natação obtiveram resultados que possibilitarão um melhor desenvolvimento motor.

Nota-se que neste estudo, as aulas eram de natação, mas a avaliação realizada foi

uma avaliação terrestre para aproximar de uma avaliação com capacidades

relacionadas com a prática da natação.

Freudenheim, Gama e Carracedo (2003), formularam alguns

princípios teóricos para a elaboração de programas de ensino do nadar para

crianças. Nesse sentido, o nadar não é composto apenas de aspectos motores e sim

uma interação de outros aspectos (Figura 2).

Figura 2 Demandas motoras afetivo-sociais e cognitivas necessárias ao desenvolvimento do nadar e suas interações (Freudenheim et. al 2003)

No presente estudo, a questão abordada será em relação à

avaliação e a habilidade nadar. Quando relacionamos a aquisição da habilidade

nadar e avaliação motora em meio líquido podemos citar o estudo de Corazza et al.

(2006), em que o objetivo foi criar e validar um teste para medir desempenho do

nado crawl, para assim, classificar os estágios de aprendizagem. Esse estudo foi

dividido em etapas, desde a elaboração da avaliação com base em estudos da

pedagogia e treinamento da natação, passando por fases para definir como seria

13

medida a fidedignidade, a objetividade e validade, concluiu-se que o teste pode ser

usado para fins pedagógicos e também para pesquisas científicas.

No estudo de Barbosa (2006), também analisando a questão da

avaliação em meio liquido, o objetivo foi verificar a modificação da tarefa na braçada

do crawl em indivíduos com níveis de habilidades diferentes, as crianças tinham que

nadar uma distância de 30 metros para que se fosse analisada a ação dos braços

com fase aérea e fase aquática, isso tudo foi registrada por uma câmera para ser

posteriormente analisado. Concluiu-se que a aquisição da habilidade por um

processo contínuo envolve estruturas mentais e que a complexidade está associada

ao nível de habilidade dos nadadores.

Devido aos poucos estudos encontrados no assunto permanece

assim uma lacuna, quando se quer avaliar o desenvolvimento motor,

especificamente no meio líquido, é a ausência de protocolos já validados que sirvam

para esse fim. Diante dessa situação, encontra-se o objetivo para o presente estudo

de analisar a validade do instrumento usado numa escola de natação de Londrina –

PR.

14

2 MATERIAL E MÉTODOS 2.1 SUJEITOS

Participaram do estudo três professoras da escola e que tinham em

média 5 anos de experiência profissional em natação e 30 crianças, sendo 16

meninos e 14 meninas, com idade entre 3 e 7 anos. Para a participação nas

avaliações foi solicitado que os pais dos alunos assinassem um Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido autorizando a participação das crianças no

experimento.

2.2 DESCRIÇÃO DO INSTRUMENTO O instrumento tem o objetivo de avaliar crianças com idade entre

três e sete anos que estejam no nível 1 (inicial), e serve para avaliar a passagem

das crianças para o nível seguinte. O critério de promoção utilizado pela escola

aponta que é necessário que o aluno obtenha 75% do total da pontuação nos três

aspectos para ser promovido. No caso desse estudo, o instrumento não foi utilizado

para promoção de nível das crianças, apenas com intuito de observar a sua

fidedignidade, objetividade e reprodutibilidade.

O protocolo de avaliação é dividido em três partes, e contempla

aspectos motores – saltos e mergulhos, imersões, flutuação, deslocamento e

respiração – aspectos afetivos – confiança e iniciativa – e aspectos cognitivos –

identificação de objetos na água – como pode ser visto no Anexo I.

2.3 PROCEDIMENTOS As avaliações foram realizadas em duas semanas, aplicadas nas

mesmas crianças. Foi adotada uma semana de intervalo para evitar que houvesse

aprendizado por parte das crianças em relação aos itens no instrumento (CORAZZA

et al 2006). As avaliações ocorreram durante o horário de aulas, que aconteceram

normalmente sem nenhuma alteração.

As avaliadoras permaneciam fora da água enquanto realizavam a

avaliação, apenas observando sem intervir no desenvolvimento da aula. Para fins

15

dessa avaliação foram adotados os valores de 0 e 1, sendo 0 para quando o aluno

não realizava e 1 para realização da atividade proposta em cada subitem.

A partir da aplicação do instrumento, procurou-se inferir a

objetividade através do grau de consistência, que pôde ser verificado aplicando-se o

teste nos mesmos sujeitos simultaneamente por diferentes avaliadores (GIANNICHI,

1984; KISS, 1987). ). Para esse estudo os três avaliadores foram solicitados a

aplicar o protocolo de avaliação simultaneamente sem que houvesse comunicação

entre eles. A fidedignidade será analisada pela correlação intraclasse, aplicando o

teste duas vezes nas mesmas crianças com um intervalo de uma semana. Para a

validade foi analisado o grau de consistência interna através da análise dos

componentes, para isso foram usadas as avaliações de apenas uma das

professoras, que foi sorteada aleatoriamente.

2.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA Análise descritiva

Para análise das características da amostra foram utilizadas

medidas de tendência central média, e as medidas de dispersão mínimo e máximo.

Análise Inferencial

Para medir a fidedignidade, objetividade e validade foram feitas

análises utilizando o teste Alpha de Cronbach, demonstrando também o limite

inferior de confiabilidade (CCI).

Com base nos resultados de uma avaliadora que foi sorteado

aleatoriamente, foi conduzida uma análise para se obter a correlação para confirmar

a relação entre os itens avaliados e o total do item. Como a natureza das variáveis é

ordinal foi utilizado o teste de correlação de SPEARMAN. Para todos os resultados

foi utilizado nível de significância de p<0,05.

16

3 RESULTADOS

Os resultados deste estudo serão apresentados com base nas

ponderações metodológicas apresentadas.

Na Tabela 01 e 02 verificamos uma representação das

características da amostra, respectivamente meninas e meninos.

Tabela 1 Descrição das características da amostra - Meninas

IDADE EXPERIÊNCIA N 14 - Média 4,21 9,36 Mínimo 3 1 Máximo 6 28

Tabela 2 Descrição das características da amostra - Meninos

IDADE EXPERIÊNCIA N 16 - Média 4,44 8,75 Mínimo 3 1 Máximo 7 32

3.1 OBJETIVIDADE DO INSTRUMENTO A objetividade, obtida pelo grau de consistência intra avaliadores,

pode ser verificado aplicando-se o protocolo-teste nos mesmos sujeitos

simultaneamente por diferentes avaliadores (GIANNICHI, 1984; KISS, 1987). Os

resultados são apresentados na Tabela 03 abaixo, é apresentado também o limite

inferior de confiabilidade.

17

Tabela - 3 Objetividade intra-avaliadores e limite inferior de confiabilidade (CCI) para os itens do protocolo

Componentes do teste Alpha de Cronbach CCI

Saltos e mergulhos 0,9739 0,8580 Imersão 0,8926 0,8844 Flutuação 0,8564 0,7229 Deslocamento e deslize 0,9202 0,8516 Propulsão 0,9202 0,8516 Respiração 0,7810 0,5543 Aspectos afetivos – confiança 0,9142 0,8422 Iniciativa 0,8131 0,5770 Aspectos motores 0,9464 0,8832 Aspectos afetivos 0,9350 0,8719 Aspectos cognitivos 0,8087 ,06055 Total da avaliação 0,9702 0,9262

3.2 FIDEDIGNIDADE DO INSTRUMENTO Nesse estudo a fidedignidade foi determinada através da aplicação

do teste duas vezes nos mesmos sujeitos com um intervalo de uma semana entre as

medições. Através das estimativas do p (coeficiente de correlação intra-classe), foi

obtida a correlação entre as medidas em diferentes dias para cada teste,

apresentados na Tabela 04.

18

Tabela 4 Estimativa e coeficiente de correlação intra-classe para a determinação do grau de fidedignidade do teste

Componentes do teste Alpha de Cronbach

CCI

Saltos e mergulhos 1,0 0,9459 Imersão 0,9416 0,8862 Flutuação 0,9327 0,8572 Deslocamento e deslize 0,9268 0,9302 Respiração 0,8438 0,9302 Aspectos afetivos – confiança 0,9745 0,9432 Iniciativa 0,9513 0,8075 Aspectos motores 0,9250 0,8237 Aspectos afetivos 0,9807 0,9090 Aspectos cognitivos 0,9822 0,9541 Total da avaliação 0,9676 0,9676

3.3 ANÁLISE DA CONSISTÊNCIA INTERNA POR COMPONENTES Cada componente estudado em relação ao total do item mostra qual

a consistência interna em relação a cada subitem e os construtos, quer seja, nos

aspectos motores, afetivos e cognitivos, procurou-se verificar o “peso” de cada

subitem na avaliação do total de cada componente.

SALTOS E MERGULHOS

Para saltos e mergulhos, saltar em pé da borda é o que mais está

fortemente relacionado com a habilidade. A análise da entrada na água segundo

Reid e Bruya (1983) apud Xavier Filho (2001), pode ser uma forma eficaz de se

avaliar o nível de desenvolvimento das crianças no ambiente aquático.

De acordo com a Tabela 05, para verificar o componente salto e

mergulhos foram usados os itens para entrada na água, salto agachado e salto em

pé da borda.

19

Tabela 5 Análise do componente salto e mergulho

SALTOS E MERGULHOS Rho de Spearman -Entra na água pela escada 0,436 -Salta da borda agachado 0,732 -Salta da borda em pé 0,869

IMERSÕES As imersões na vertical não mostram ser significantes para o

constructo de imersões, assim, o fato de o aluno estar realizando apenas imersões

na vertical não significa uma boa adaptação, já que uma das dificuldades em meio

liquido é a mudança de posição em relação ao meio terrestre.

Na Tabela 06, relacionando imersões com os itens selecionados,

nota-se que imersões em diferentes posições é o que mais se relaciona com a

otimização de imersões.

Tabela 6 Análise do componente imersão

IMERSÕES Rho de Spearman -Realiza imersões na vertical * - -Imersão com o corpo em diferentes posições 0,845 -Pega objetos em diferentes profundidades 0,620

*: não foi possível realizar o cálculo de R para o item desliza na superfície em decúbito lateral, pois o valor do quadrado médio do resíduo, neste caso, é zero.

FLUTUAÇÃO A flutuação em decúbito dorsal é a que mais se aproxima da

otimização da flutuação, o que também indica a volta à posição vertical como

importante item, identificando assim, no aluno, controle, sendo que a alteração de

decúbito não é apresentada como item essencial, representado na Tabela 07.

20

Tabela 7 Análise do componente flutuação

FLUTUAÇÃO Rho de Spearman -Flutua em decúbito ventral e volta com facilidade a posição em pé 0,618 -Flutua em decúbito dorsal e volta com facilidade a posição em pé 0,908 -Diferencia e tem controle de flutuação e imersão 0,518 -Flutua com alteração de decúbito * - *: não foi possível realizar o cálculo de R para o item Flutua com alteração de decúbito, pois o valor do quadrado médio do resíduo, neste caso, é zero.

DESLOCAMENTOS: DESLIZE E PROPULSÃO

Em relação aos deslocamentos, existe maior facilidade para essa

faixa etária no movimento em decúbito dorsal, visto que em decúbito ventral seria

necessário maior controle respiratório que nessa fase de desenvolvimento ainda é

insuficiente. Os deslocamentos em decúbito lateral não são trabalhados nesse nível

de aprendizagem.

Na Tabela 08, em que está descrito deslocamento (pernas/braços),

os itens que apresentam maior relação com o componente total, são deslize em

decúbito ventral e dorsal, deslize trocando de posição (parafuso), com uma pequena

diferença para mais em deslize em decúbito dorsal.

Tabela 8 Análise do componente deslocamento: deslize e propulsão

DESLOCAMENTOS: DESLIZE E PROPULSÃO (pernas / braços) Rho de Spearman

-Desliza na superfície em decúbito ventral e dorsal 0,701 -Desliza na superfície em decúbito lateral* -- -Propulsiona-se em decúbito ventral 0,670 -Propulsiona-se em decúbito dorsal 0,795 -Propulsiona-se em decúbito lateral - -Propulsiona-se na superfície trocando de posição (parafuso) 0,713 -Cachorrinho 0,473 *: não foi possível realizar o cálculo de R para o item desliza na superfície em decúbito lateral, pois o valor do quadrado médio do resíduo, neste caso, é zero.

21

RESPIRAÇÃO

A respiração é um dos componentes mais importantes, que a partir

do controle possibilitará a otimização de outras habilidades, como os

deslocamentos. Na Tabela 9, os itens de expiração submersa e inspiração

representam relação igual, considerando a componente respiração, mas o item que

mais se relaciona é verificado na inspiração e expiração em deslocamento, quando a

correlação se aproxima muito de valor de 1.

Tabela 9 Análise do componente respiração

RESPIRAÇÃO Rho de Spearman

-Domina apnéia 0,563 -Domina expiração submersa 0,699 -Domina inspiração 0,699 -Domina inspiração e expiração em deslocamento 0,929

ASPECTOS AFETIVOS - INICIATIVA

Quanto à iniciativa, foram dois itens que não se mostraram muito

diferentes no estudo, apresentando uma pequena diferença entre eles, no entanto, o

item propor atividades é o que mais se destaca, aproximando mais de 1, valor ótimo

para a correlação de SPEARMAN (Tabela 10).

Tabela 10 Análise do componente de Iniciativa

DEMONSTRA INICIATIVA PARA: Rho de Spearman -Enfrentar desafios 0,619 -Propor atividades (brincadeiras) 0,740

CONFIANÇA

Na Tabela 11 estão apresentados itens que mostram os aspectos

afetivos, quanto à confiança das crianças, o que mostrou que o deslocamento e

flutuação em piscina funda é que mais está relacionado com a confiança em respeito

à locomoção no meio líquido. Os itens de relação com o professor e relação com o

grupo não apresentaram resultado significante, mesmo assim são itens de

22

importância para adaptação do aluno ao meio líquido. Em relação aos itens de

relacionamento com o grupo e professor, interesse pela aula e entusiasmo com as

atividades, não mostraram resultados significantes, visto que não houve diferença

para todas as crianças avaliadas.

Tabela 11 Descrição do componente confiança

DEMONSTRA CONFIANÇA PARA: (Aspectos afetivos) Rho de Spearman

-Afundar a cabeça 0,577 -Saltar em pé da borda 0,577 -Deslocar-se e flutuar em piscina rasa 0,577 -Deslocar-se e flutuar em piscina funda 0,962 -Demonstra interesse pela aula* - -Relaciona-se bem com grupo* - -Relaciona-se bem com o professor* - -Participa com entusiasmo das atividades* -

*: não foi possível realizar o cálculo de R para os itens marcados, pois o valor do quadrado médio do resíduo, neste caso, é zero.

ASPECTOS COGNITIVOS

Quanto aos aspectos cognitivos, mostrados na Tabela 12, com

exceção do item de segurança, todos outros apresentam grande relação com o

componente total, chegando o item de identificação de objetos e números ao valor 1,

considerado nível ótimo em correlação. Demonstrando que ao identificar objetos na

água, existe bastante relação do aluno com o meio o que mostra ser um importante

fator para que haja a mudança de nível.

23

Tabela 12 Análise dos aspectos cognitivos

ASPECTOS COGNITIVOS Rho de Spearman

-Identifica objetos números na água 0,997 -Identifica sons dentro da água 0,869 -Identifica cores na água 0,869 -Conhece as regras de segurança - -Identifica objetos e número na água 1 *: não foi possível realizar o cálculo de R para o item marcado, pois o valor do quadrado médio do resíduo, neste caso, é zero.

Para a análise do total da avaliação, torna-se interessante relacionar

com o estudo de Freudenhein et al. (2003), que elabora um programa para ensino

de natação compreendendo os três domínios de comportamento. Nesse estudo, a

partir das fases de movimentos fundamentais foram elaboradas algumas questões e

concluiu-se que além da elaboração de um programa de ensino, a fase de

implantação e avaliação também é muito importante. Na Tabela 13, é demonstrado

que nesse estudo os aspectos motores é que mostram maior correlação em respeito

ao instrumento, os aspectos cognitivos embora, também importantes foram menos

representativos para o componente total de avaliação.

Tabela 13 Análise dos valores totais das componentes

TOTAL AVALIAÇÃO Rho de Spearman -ASPECTOS MOTORES 0,940 -ASPECTOS AFETIVOS 0,793 -ASPECTOS COGNITIVOS 0,592

24

4 DISCUSSÃO

O estudo teve o objetivo analisar e validar o instrumento

considerando o seu grau de fidedignidade, objetividade e validade.

Segundo Freudenhein et al. (2003), o ser humano não pode ser

dividido para aprendizagem de habilidades, para isso a elaboração de um

instrumento relacionado a aquisição da habilidade nadar, deve embasar-se em três

domínios do comportamento, motor, afetivo e cognitivo. Nesse estudo, para medida

da validade as três avaliadoras analisaram cada item e a totalidade deles. Assim, os

aspectos cognitivos, obtiveram correlação fraca na totalidade de seus itens,

destacando o aspecto motor para o componente mais pertinente, obtendo correlação

mais forte entre os itens do componente.

De acordo com a literatura, podem-se adotar diversas estratégias

para garantir objetividade e reprodutibilidade, mas todos os procedimentos estão

relacionados com níveis de correlação variando de -1 até +1. De acordo com Barros

e Nahas, 2003, devem-se observar a magnitude do índice, em que um coeficiente de

correlação superior a 0,8 sugere que as medidas são razoavelmente consistentes.

Para a determinação do grau de fidedignidade, de acordo com

Giannichi (1984), uma correlação entre 0 e 0,59 é considerada fraca; 0,60 e 0,79

regular; 0,80 e 0,89 boa; 0,90 e 1 excelente. Os resultados apresentados pela

avaliação das três professoras mostraram que os componentes analisados no

instrumento, apresentam valores maiores que 0,9 até 1 para Saltos e Mergulhos, o

que garante grande confiabilidade dos itens.

Para estudos com teste-reteste o grau de fidedignidade é obtido pela

correlação entre os dois grupos de dados obtidos. Ou seja, neste estudo foi feita

uma comparação das duas semanas em que houve avaliação, no estudo de Barros

e Nahas, 2000 também foi feita avaliação com teste-reteste para determinar a

fidedignidade do instrumento Questionário internacional de atividade física (QIAF-

Versão 6).

Andreotti e Okuma (1999) analisaram a objetividade através das

estimativas de p (coeficiente de correlação intraclasse), e pôde-se obter, para cada

teste, a correlação entre as aplicações simultâneas dos dois avaliadores.

25

No estudo de Gorgatti e Bhome, 2003, para encontrar a

fidedignidade foi feita uma análise de variância entre os resultados das medições

obtidas por três cronometristas diferentes para o mesmo teste. No caso deste

estudo, as aplicações foram feitas por três avaliadores simultaneamente, e os

resultados mostraram através da correlação o grau de consistência intra avaliadores,

que para aspectos motores e afetivos encontramos valores 0,9464 e 0,9350 o que

determina grau de objetividade bom, quanto aos aspectos cognitivos o valor 0,8087,

representa grau regular para este aspecto, esses valores foram estabelecidos

segundo Giannichi (1984), que diz que para a determinação do grau de objetividade

de um teste, pode-se considerar uma correlação entre 0 e 0,69 fraca; 0,70 e 0,84

regular; 0,85 e 0,94 boa; 0,95 e 1 excelente.

Pode-se, então concluir que o instrumento apresenta bom grau para

objetividade, já que a maioria dos itens apresenta valores acima de 0,85.

26

5 CONCLUSÃO

Para encerramento desse estudo pode-se concluir que o instrumento

apresenta bons graus para fidedignidade e objetividade e graus não consistentes

quando analisado o do total dos componentes do instrumento, que diz respeito a

validade, de acordo com a literatura encontrada.

Restam lacunas sobre estudos sobre avaliação em meio líquido, por

isso cabe aqui, mais estudos sobre o assunto, relacionados a este instrumento.

27

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDREOTTI, R.A., OKUMA, S.S. Validação de Baterias de Testes de Atividades da

Vida Diária para idosos Fisicamente Independentes. Revista Paulista de Educação Física 1999;(13):44-66.

BARBOSA, F.M. Efeito da modificação da tarefa na braçada do nado crawl em

indivíduos com níveis de habilidades distintos. Dissertação de mestrado USP 2006

BARROS, M.V.G.; NAHAS, M.V. Medidas da atividade física: teoria e aplicação em diversos grupos populacinais. Londrina: Midiograf, 2003.

BARROS MVG, NAHAS MV. Reprodutibilidade (testereteste) do questionário

internacional de atividade física (QIAF – Versão 6): um estudo piloto com adultos no

Brasil. Revista Brasileira de Ciêcia e Movimento 2000;8(1):23-26.

CATTEAU, R.; GAROFF, G. O ensino da natação. 3ed. São Paulo: Manole, 1990.

CORAZZA, S.T., PEREIRA, E.F., VILLIS, J.M.C., KATZER, J.I. Criação e validação

de um teste para medir o desempenho motor do nado crawl. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v.8 n.3 p73-78 2006.

FREUDENHEIN, A.M.; GAMA, R.I.R.B.; CARRACEDO, V.A. Fundamentos para a

elaboração de programas de ensino do nadar para crianças. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, 2(2):61-69 – 2003.

GIANNICHI, R.S. Medidas e avaliação em educação física. Viçosa, Imprensa

Universitária, 1984

GORGATTI MG, BHOME MTS. Autenticidade de um Teste de Agilidade para

Indivíduos em Cadeira de Rodas. Revista Paulista de Educação Física

2003;17(1):41-50.

28

KISS, M.A.P.D. Avaliação em Educação Física: aspectos biológicos e educacionais. São Paulo: Manole, 1987.

THOMAS, J.R., NELSON, J.K., SILVERMAN, S.J. Métodos de pesquisa em atividade física. Porto Alegre Ed. ARTMED, 2007.

XAVIER FILHO, E. O Efeito das Restrições da Tarefa e do Ambiente no Comportamento de Locomoção no Meio Aquático. Dissertação (mestrado) EEFE

USP 2001.

XAVIER FILHO, E., MANOEL, E.J. Desenvolvimento do comportamento motor

aquático: implicações para a pedagogia da Natação. Revista Brasileira de Ciência e Movimento Brasília v. 10 n. 2 p.85 - 94 Abril 2002

ZULLIETTI, L.; SOUZA, I.L.R. A Aprendizagem da Natação do Nascimento aos 6

anos - Fases de Desenvolvimento. Revista UniVap, v. 9, n 17, 9-14 [São Jose dos

Campos], 2002. Disponível em http://www.univap.br/cultura/Univap17.pdf . Acesso

em 18 de setembro de 2008.

29

ANEXOS

30

Anexo I Fitness School '98 - Avaliação Técnica PIRAJU ESCOLA DE NATAÇÃO PRIMEIRA AVALIAÇÃO TÉCNICA ALUNO: IDADE: AVALIADOR: TEMPO DE EXPERIÊNCIA LEGENDA N= NÃO TRABALHADO OU NÃO EXECUTA 0 A= EXECUTA COM AUXÍLIO DO PROFESSOR 0 D= EXECUTA SEM AUXÍLIO DO PROFESSOR COM ALGUMA DIFICULDADE 1 E= EXECUTA COM FACILIDADE 1 ASPECTOS MOTORES SALTOS E MERGULHOS - Entra na água pela escada 1 - Salta da borda agachado 1 - Salta da borda em pé 1 SALTOS E MERGULHOS TOTAL 3 IMERSÕES - Realiza imersões na vertical 1 - Imersão com o corpo em diferentes posições 1 - Pega objetos em diferentes profundidades 1 IMERSÕES TOTAL 3 FLUTUAÇÃO - Flutua em decúbito ventral e volta com facilidade a posição em pé 1 - Flutua em decúbito dorsal e volta com facilidade a posição em pé 1 - Diferencia e tem controle de flutuação e imersão 1 - Flutua com alteração de decúbito 1 FLUTUAÇÃO 4 DESLOCAMENTOS: DESLIZE E PROPULSÃO (pernas / braços) - Desliza na superfície em decúbito ventral e dorsal 1 - Desliza na superfície em decúbito lateral 1 - Propulsiona-se em decúbito ventral 1 - Propulsiona-se em decúbito dorsal 1 - Propulsiona-se em decúbito lateral 1 - Propulsiona-se na superfície trocando de posição (parafuso) 1 - Cachorrinho 1 DESLOCAMENTOS: DESLIZE E PROPULSÃO (pernas / braços) 7

31

RESPIRAÇÃO - Domina apnéia 1 - Domina expiração submersa 1 - Domina inspiração 1 - Domina inspiração e expiração em deslocamento 1 RESPIRAÇÃO TOTAL 4 DEMONSTRA CONFIANÇA PARA: (Aspectos afetivos) - Afundar a cabeça 1 - Saltar em pé da borda 1 - Deslocar-se e flutuar em piscina rasa 1 - Deslocar-se e flutuar em piscina funda 1 - Demonstra interesse pela aula 1 - Relaciona-se bem com grupo 1 - Relaciona-se bem com o professor 1 - Participa com entusiasmo das atividades 1 DEMONSTRA CONFIANÇA PARA: (Aspectos afetivos) TOTAL 8 DEMONSTRA INICIATIVA PARA: - Enfrentar desafios 1 - Propor atividades (brincadeiras) 1 INICIATIVA (Aspectos afetivos) TOTAL 2 ASPECTOS COGNITIVOS - Identifica objetos números na água 1 - Identifica sons dentro da água 1 Identifica cores na água 1 - Conhece as regras de segurança 1 - Identifica objetos e número na água 1 ASPECTOS COGNITIVOS total 5 ASPECTOS MOTORES 21 ASPECTOS AFETIVOS 10 ASPECTOS COGNITIVOS 5 TOTAL AVALIAÇÃO 36