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Universidade Estadual de Londrina CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ANÁLISE DO IMPACTO NO DESEMPENHO TÉCNICO DE DIFERENTES MEDIDAS DE BOLAS SOBRE HABILIDADES ESPECÍFICAS DO FUTEBOL EM ATLETAS SUB-11 Roger Diogo Dias LONDRINA PARANÁ 2011

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Page 1: Universidade Estadual de Londrina · acordo com os resultados deste estudo, apesar de observadas algumas melhorias, porém, nenhuma significativa, tanto entre o grupo treinado com

Universidade

Estadual de Londrina

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE

CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ANÁLISE DO IMPACTO NO DESEMPENHO TÉCNICO DE DIFERENTES MEDIDAS DE BOLAS SOBRE HABILIDADES ESPECÍFICAS DO FUTEBOL EM

ATLETAS SUB-11

Roger Diogo Dias

LONDRINA – PARANÁ

2011

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ROGER DIOGO DIAS

ANÁLISE DO IMPACTO NO DESEMPENHO TÉCNICO DE DIFERENTES MEDIDAS DE BOLAS SOBRE HABILIDADES ESPECÍFICAS DO FUTEBOL EM

ATLETAS SUB-11

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca de Qualificação como requisito parcial para a realização do Trabalho de Conclusão do Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina.

COMISSÃO EXAMINADORA

______________________________________

Profª. Ms.Matheus Amarante– Orientadora Universidade Estadual de Londrina

______________________________________ Prof. Ms Marcio Teixeira.– Membro 1 Universidade Estadual de Londrina

______________________________________ Prof. Allan James de Castro Bussmann – Membro 2

Universidade Estadual de Londrina

Londrina, 24 de Novembro de 2011.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que iluminou meu caminho durante esta

caminhada.

Ao professor orientador Matheus Amarante e ao professor Márcio Gouveia

conselheiro e amigo de todas as etapas deste trabalho.

A minha família, pela confiança e motivação.

Aos meus amigos e colegas, principalmente o Bruno Cesar de Jesus pela força e

companheirismo durante esta jornada.

A minha namorada Eveling Pedroso pela confiança, motivação e força nos momentos mais difíceis.

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EPÍGRAFE

“E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar…

Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las.

Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.

Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.

Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.”

Walt Disney

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DIAS, Roger Diogo. Análise do Impacto do desempenho técnico de diferentes medidas de bolas sobre habilidades especificas do futebol de campo em atletas sub-11. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2011.

RESUMO

Nota-se um descuido refletido na ausência de diferenciação de pesos e circunferências para bolas de futebol de campo de diferentes categorias. Portando, com o intuito de verificar se diferentes bolas possam interferir no desempenho dos atletas o objetivo do estudo será de verificar e quantificar os possíveis efeitos no desempenho de atletas juvenis de futebol de campo, com testes específicos, realizados com bolas, de pesos e circunferências diferenciadas. Para a composição da amostra foi utilizado 10 atletas da categoria infantil, sendo todos do sexo masculino, a qual realizaram três testes, sendo eles: teste de controle de bola em 30 segundos; teste de chute e teste de drible, sendo que todos os testes (pré-treino e pós-treino ) foram realizados com todos os sujeitos por diferentes bolas. Após o pré-treino, a amostra foi segmentado em dois grupos, a qual 5 atletas treinaram com a bola infantil (G1) e 5 com a bola oficial (G2) durante 45 dias, em seguida foi realizado pós-treino. Para a observação da normalidade foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk, utilizou-se o teste ANOVA two-way para medidas repetidas a qual foi aplicado o teste post-hoc de Bon Ferroni, com nível de significância de p < 0,05. De acordo com os resultados deste estudo, apesar de observadas algumas melhorias, porém, nenhuma significativa, tanto entre o grupo treinado com as bolas especificas para a idade, quanto para o grupo que treinou com as bolas oficiais. Porém vale ressaltar que outros estudos sejam feitos para maximizar ou quebrar este paradigma referente à temática proposta.

Palavras-chave: Futebol; bola; infantil.

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ABSTRACT

Note that a neglect reflected in the absence of differentiation of weights and circumferences for foot balls of field from different categories. And therefore, in order to verify that different balls may interfere with the performance of the athletes, the goal of this study is to verify and quantify the possible impact on youth athletes performance from soccer field, with specific tests, performed with balls, weights and circumferences differentiated. For the sample composition was used 10 athletes from the infantile category, all of them male, who underwent three tests, which are: ball control test in 30 seconds; kicking test and dribbling test, and all tests (pre-training and post-training) were performed with all subjects with the different balls. After pre-training, the sample was segmented into two groups, which five athletes trained with the child ball (G1) and five with the official ball (G2) for 45 days, then was carried out after training. To observe the normality test was applied the Shapiro-Wilk test, we used the two-way ANOVA for repeated measures that was applied to post-hoc Bon Ferroni test, with a significance level of p <0.05. According to the results of this study, despite some improvements observed, however, no significant both among the group trained with the balls for the specific age, and for the group who trained with the official balls. But it is noteworthy that other studies must be done to maximize or break this paradigm regarding the proposed theme.

Key Words: Football; ball; child.

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SUMÁRIO

RESUMO iii

ABSTRACT iv

LISTA DE ANEXOS 15

1.INTRODUÇÃO............................................................................................. 01

2.REVISÃO DE LITERATURA....................................................................... 03

2.1 Futebol...................................................................................................... 03

2.2 Regra oficial da bola................................................................................ 03

2.3 Crescimento e Maturação ....................................................................... 04

2.4 Coordenação motora................................................................................ 05

2.5 Velocidade e precisão .............................................................................. 05

3. MATERIAIS e MÉTODOS ......................................................................... 06

3.1 Amostra .................................................................................................... 06

3.2 Bolas para os testes ............................................................................... 06

3.3 Procedimentos.......................................................................................... 06

3.4 Local ........................................................................................................ 07

3.5 Testes ...................................................................................................... 07

3.6 Equipamentos e instalações .................................................................... 08

3.7 Tratamento estatística ............................................................................. 08

4. RESULTADOS .......................................................................................... 09

5. DISCUSSÃO............................................................................................... 10

6. CONCLUSÃO............................................................................................. 11

7. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 12

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1 INTRODUÇÃO

Dentre os esportes realizados com bola, o futebol é o mais popular no mundo.

Por conseguinte, a bola, principal instrumento da modalidade, ao longo da evolução,

adotou diferentes formas, materiais e circunferências nos diversos locais onde o

futebol era praticado. No Brasil, por exemplo, no fim do século XIX, Charles Miller

desembarcou com duas bolas, as quais ficaram conhecidas na época como “bolas

de capotão”, que por sua vez apresentavam uma forma pneumática, cobertura de

couro e uma abertura por onde eram infladas (WIKIPÉDIA, 2011).

Com o passar dos anos, especificamente em 1891, estabeleceu-se o

tamanho, circunferência, peso e material das bolas para todos os jogadores oficiais a

serem realizados e, desde então, a regra não se alterou. Contudo, alterações fazem-

se necessárias, pois, conforme as atuais regras oficiais do futebol verifica-se um

descuido no que se refere ao item II, A BOLA, de onde foi retirada a seguinte

citação: “desde que sejam respeitados os seus princípios, estas regras poderão ser

modificadas para a realização de partidas entre: Jogadores em idade escolar: na

circunferência, peso e material da bola para ambos os sexos”. (ABRAHÃO, 2005)

O que não se encontra em outras modalidades como futsal e basquetebol, a

qual o peso e diâmetro da bola se aproximam da realidade morfofisiológica de seus

participantes, procurando compatibilizá-la as diferenças oriundas dos processos de

crescimento e desenvolvimento (ARENA, 2004).

Já nas categorias infantil e juvenil de futebol de campo pode existir a

possibilidade de haver 36 meses de diferença entre indivíduos da categoria infantil e

24 meses para a categoria juvenil, se atentarmos para o caso, atletas que nasceram

no primeiro mês do primeiro ano da categoria, comparando aos que nasceram no

último ano da mesma categoria. E, o mais agravante, podemos nos deparar com

uma diferença de até 60 meses, se analisarmos um atleta do primeiro ano da

categoria infantil em relação a um outro do segundo ano da categoria juvenil

(ABRAHÃO, 2005). Por conseguinte, será que a bola que os atletas da categoria

infantil utilizam, que é a mesma da categoria juvenil, pode interferir no desempenho

de algumas habilidades especificas no futebol.

Nota-se então, um descuido refletido na ausência de diferenciação de pesos e

circunferências para bolas de diferentes categorias. Esse descaso pode estar

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fazendo com que um adolescente se depare com uma bola cujas medidas estão

além da sua individualidade, principalmente no componente físico „força‟. Como

agravante, nas idades cronológicas em que as categorias estão definidas ocorrem

diversas transformações corporais próprias do processo de crescimento e

desenvolvimento (ABRAHÃO, 2005).

Devido a uma carência de estudos que comparem diferentes tipos de bolas

em diferentes aptidões físicas. Este estudo tem como objetivo analisar se o efeito do

treinamento com bolas de futebol com diâmetro e pesos diferenciados, junto com

testes de habilidades específicas do futebol de campo, possam trazer algum impacto

no desempenho em 10 atletas, sub-11 da escolinha terra vermelha futebol clube que

tem como sede a cidade de Londrina, Paraná.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Futebol

O futebol é um dos esportes mais populares no mundo. Praticado em centenas

de países, este esporte desperta tanto interesse em função de sua forma de disputa

atraente, (BRASILESCOLA, 2011)

Porém dentro de sua historia podemos encontrar várias origens como, na

China antiga, Japão antigo, Grécia, Roma e Idade Média. Mas, o futebol moderno

chega na Inglaterra por um italiano Gioco de Cálcio. Por conseguinte no ano de

1904, é criada a FIFA ( Federação Internacional de Futebol Association )

Charles Miller, um brasileiro, viajou para Inglaterra aos nove anos de idade

para estudar. Lá tomou contato com o futebol e, ao retornar ao Brasil em 1894,

trouxe na bagagem a primeira bola de futebol e um conjunto de regras,

(WIKIPÉDIA, 2011).

As primeiras bolas eram da marca Shoot, vieram da Inglaterra, trazidos

pelo brasileiro Charles Miller, no ano de 1894. E só na Copa de 62, a bola passou a

ser fabricada com dezoito gomos, ganhando uma forma mais perfeita e estável. A

cor branca que sempre foi usada nos jogos noturnos se tornou também a preferida

nos diurnos depois da Copa de 70. Hoje as bolas são filhas da tecnologia. Como

referência, o modelo da bola utilizada na Copa de 94, a qual foi desenvolvida com

diversas camadas de material sintético que potencializa os chutes e apresenta alta

durabilidade e resistência, (SUA PESQUISA, 2011).

2.2 Regra oficial da bola

A bola deverá ser esférica, de couro ou outro material adequado, Sua

circunferência será de no máximo 70cm e mínimo de 68cm, Seu peso será de no

máximo 450g e no mínimo 410g no início da partida e a sua pressão será

equivalente a 0,6 - 1,1 atmosferas (600 - 1100 g/cm²) ou 8,5 - 15,6 libras ao nível do

mar. (REGRAS OFICIAIS DE FUTEBOL, SPRINT, 1999)

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As regras oficiais de futebol, no que concerne ao item II – “A bola”, de onde se

retirou a citação: “desde que sejam respeitados os seus princípios, estas regras

poderão ser modificadas para a realização de partidas entre: Jogadores em idade

escolar”. Isso está correlacionado com a dimensão do campo de jogo; na

circunferência, peso e material da bola; na distância entre as balizas do gol; na

altura das barras transversais do gol e na duração do tempo de jogo.

2.2 Crescimento e Maturação

As crianças e adolescentes estão envolvidos, segundo Malina (2004), em três

processos que interagem entre si: crescimento, maturação e desenvolvimento.

Apesar de, aparentemente, estes termos parecerem semelhantes, eles são fatores

diferentes que estão presentes nas vidas das crianças e jovens, aproximadamente

nas duas primeiras décadas de vida.

O futebol geralmente é interpretado como tendo uma influência favorável no

crescimento, na maturação e na aptidão física da criança e do jovem (Malina 1994).

No entanto, a performance motora dos adolescentes do sexo masculino está

significativamente relacionada com o seu estado maturacional, (seabra 2001).

O conceito de desenvolvimento está relacionado à aquisição de competências

qualitativas (Stratton, et al., 2004) e comportamentais, isto é, a aprendizagem de

comportamentos apropriados que são esperados pela sociedade. À medida que a

criança se envolve na vida em casa, na escola, no desporto, ela desenvolve-se em

termos cognitivos, sociais, emocionais e morais, aprendendo a comportar-se de uma

forma culturalmente apropriada (Malina, 2004).

O primeiro fator que as escolinhas de base devem levar em consideração,

está correlacionado com as fases do desenvolvimento físico das crianças, e que os

profissionais responsáveis, tenham o conhecimento dos três processos, sendo eles

crescimento, maturação e desenvolvimento que segundo (Malina, 2004), ocorrem ao

mesmo tempo e interagem entre si.

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2.3 Coordenação motora

Coordenação motora pode ser definida como sendo a capacidade de realizar

movimentos com o máximo de eficiência e economia de esforços (BARROS, 2004).

No futebol, especificamente, a coordenação também está relacionada à

técnica, portanto, o atleta que possui uma boa capacidade coordenativa geralmente

possui uma técnica de jogo bastante apurada (AOKI, 2002).

As capacidades motoras são consideradas a base de um bom rendimento

esportivo, sendo que o aperfeiçoamento do gesto coordenativo melhora a parte

física do atleta, intensificando o desenvolvimento da força e velocidade (MARQUES,

2001).

Para Gomes (2008), o nível de manifestação das capacidades motoras pode

ser determinado por sistemas sensoriais e motores, que possuem os índices mais

altos de evolução entre os 4 e 5 anos de idade, sendo que dos 7 aos 12 anos,

encerra-se a formação dos sistemas funcionais que determinam a coordenação dos

movimentos. Sendo assim, a idade infantil provavelmente seja a mais favorável para

o treinamento das capacidades coordenativas.

2.4 Velocidade x Precisão

Teixeira (1999) demonstrou que o menor tamanho da bola não modificaria a

velocidade linear do pé no chute do futebol. Apenas quando o tamanho do gol foi

diminuído houve redução na velocidade do chute. Contudo, Teixeira (1999) não

procurou analisar as estratégias do controle e da coordenação adotadas no

desempenho do chute, em função da manipulação da precisão (tamanho da bola e

do gol).

Desta forma, a escassez de informações e de estudos, com tarefas motoras

complexas, torna ainda pouco compreendido o efeito das restrições impostas pela

precisão sobre as estratégias de controle na geração de velocidade e na

manutenção da precisão do movimento, (OKAZAKI, 2009).

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3. MATERIAIS e MÉTODOS

3.1 Amostra

Para a composição da amostra foi utilizado 10 atletas da categoria infantil

(sub-11), estando na faixa etária entre 9 a 11 anos. Da escolinha de futebol Terra

vermelha, sendo eles todos do sexo masculino.

3.2 Bolas para os testes

Para a realização dos testes foram utilizadas duas bolas, uma bola oficial e

uma bola juvenil. A bola oficial (nº5) com um peso de aproximadamente entre 410 a

450 gramas com uma circunferência entre 68 a 70 centímetros. Já a bola juvenil

(nº4) com um peso de aproximadamente 380 gramas com uma circunferência de 63

centímetros.

3.3 Procedimento

No primeiro momento os 10 atletas foram avaliados pelos seguintes testes:

teste de controle de bola em 30 segundos; teste de chute e teste de drible. Vale

ressaltar que todos os teste (pré pós e de retenção) foram realizados com todos os

sujeitos por diferentes bolas.

Após os testes passaram por um processo de treinamento especifico onde 5

atletas treinaram com a bola juvenil (G1) e 5 com a bola oficial (G2) durante 45 dias

a qual eles realizaram 12 sessões de treinamento específico ao testes ( 2 vezes por

semana ). Após 45 dias foram submetidos ao mesmo teste para as possíveis

melhoras.

Os testes foram feitos de maneira randomizada para que nenhum tipo de

interferência entre um teste e outro.

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3.4 Local

O primeiro teste foi realizado antes dos 45 dias predeterminados para o

treinamento dos atletas, após os 45 dias de treinamento foi realizado novamente os

mesmo testes.

Os treinamentos serão todos realizados no campo de futebol, localizados na

Universidade Estadual de Londrina.

3.5 Testes

Foi realizado dois testes para a avaliação de habilidades e destrezas gerais

no futebol. Estes testes fazem parte da Bateria de Teste de Mor-Christian, sendo

que tal bateria tem o objetivo de avaliar as destrezas globais do jogo de futebol.

Os Testes utilizados foram de drible e chute. Para o teste de drible o campo

foi marcada um percurso circular com um diâmetro de 18,5 m no campo de futebol.

A linha de início é uma linha de 91,5 cm traçada de forma perpendicular ao círculo.

São colocados cones de 46 cm de altura com intervalos de 4,5 m ao redor do

círculo, (ANEXO 1).

Os procedimentos adotados foram; Uma bola de futebol é colocada na linha

de início. No sinal ´´Pronto, vá``, o examinado dribla a bola ao redor do percurso,

correndo sinuosamente pelos cones até voltar para a linha de início, tentando

completar o percurso o mais rápido possível. Foram dadas três tentativas,

registradas para o 0,1 s mais próximo. A primeira tentativa foi realizada no sentido

horário, a segunda no sentido anti-horário e a terceira, na direção da escolha do

examinado.

O resultado do teste de drible foi a combinação das duas melhores tentativas

das três cronometradas, (ANEXO 2).

As marcações no campo no teste de chute foram: Um gol regulamentar de

futebol a qual foi dividido em áreas de resultados por duas cordas suspensas na

trave, a 1,22 m de cada poste do gol. Além disso, cada área de resultado foi dividida

em áreas de alvo superior e inferior, perdurando-se arcos de bambolê. Foi marcada

uma linha de chute a 14,5 m do gol. (ANEXO 3).

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Os procedimentos foram: O examinado chutava uma bola estacionária com o

pé preferido, em qualquer ponto ao longo da linha de chute de 14,5 m. Foram dadas

quatro tentativas para a prática, e então foram tentados quatro chutes consecutivos

em cada um dos arcos de bambolê. Isso dava um total de 16 tentativas.

Se a bola fosse chutada para dentro ou rebate de algum alvo pretendido,

foram concedidos oito pontos; são marcados quatro pontos se a bola for chutada

para dentro ou rebate de algum alvo adjacente àquele pretendido. Não foram dados

pontos para chutes entre as áreas de alvo ou para bolas que rolem ou saltem pelas

áreas de alvo. Sendo o resultado máximo de 128 pontos, (ANEXO 4).

Outro teste que será realizado é o de controle de bola, o qual será estipulado

um tempo especifico, no qual cada atleta alternará o controle de bola, podendo

utilizar o pé e a coxa, cada atleta terá 3 tentativas e será considerada como score o

maior valos de toques realizado em uma das 3 tentativas, que será de 30 segundos

em que os 10 atletas deveram bater o máximo de “balãozinho”.

3.6 Equipamentos e instalações

Os equipamentos utilizados foram de quatro arcos de bambolê, quatro cordas

e treze cones, planilhas para os resultados, lápis e as bolas de futebol ( uma juvenil

e uma profissional ). As instalações para esses testes foram de campo gramado com

um gol regulamentar de futebol.

3.7 Tratamento Estatístico

Para a observação da normalidade e esfericidade foi aplicado o teste de

Shapiro-Wilk, respectivamente, foi confirmado à normalidade e esfericidade, os

dados foram descritos em média e desvio padrão. Foi aplicado o teste ANOVA two-

way para medidas repetidas, foi aplicado o teste post-hoc de Bon Ferroni. Adotado

como nível de significância de p < 0,05. A qual se utilizou o programa estatístico

SPSS 17.0 para a análise dos dados.

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4. RESULTADOS

Os dados apresentados na tabela 1 demonstram os desempenhos nos testes

de chute, drible e controle de bola realizada com a bola grande (oficial), o qual foi

adotado um nível de significância de P < 0,05. Onde, observou-se nenhuma

diferença significativa tanto para o grupo que treinou com a bola pequena (infantil)

(G1), quanto para o grupo que treino com a bola grande (oficial)(G2), nos momentos

pré-treino (M1) e pós-treino (M2).

Os dados apresentados na tabela 2 demonstram os desempenhos nos testes

de chute, drible e controle de bola realizada com a bola pequena (infantil), o qual foi

adotado um nível de significância de P < 0,05. Onde observou-se nenhuma

diferença significativa tanto para o grupo que treinou com a bola pequena (infantil)

(G1), quanto para o grupo que treino com a bola grande (oficial)(G2) nos momentos

pré-treino (M1) e pós-treino (M2).

Observa-se, tanto na tabela 1 quanto na tabela 2, o grupo (G1) que treino

com a bola infantil obteve uma melhora na variável controle de bola, de (10,40 para

15,60) e (10,20 para 16,00), respectivamente. E considerando que as habilidades

necessárias para o controle de bola seja força e coordenação, esse fundamento já

se esperava uma melhora, comparado aos outros dois testes.

Tabela 1. Dados dos grupos referentes à bola grande.

p= pontos; s= segundos; q= quantidade; *P < 0,05.

Variáveis G1 (n = 5) G2 (n = 5)

M1 M2 M1 M2

Chute (p) 20,80 ± 8,67 20,80 ± 6,57 19,20 ± 9,54 18,40 ± 7,26

Drible (s) 16,00 ± 2,60 17,00 ± 2,00 20,20 ± 2,16 19,40 ± 2,07

Controle (q) 10,40 ± 9,37 15,60 ± 10,40 8,20 ± 3,42 8,60 ± 2,50

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Tabela 2. Dados dos grupos referentes à bola pequena.

p= pontos; s= segundos; q= quantidade; *P < 0,05.

5. Discussão

Tratando-se de crianças no processo de aquisição, a qual sabemos que estas

trazem consigo experiências motoras, quanto melhor for o repertório motor, maiores

serão as possibilidades de desenvolvimento e aperfeiçoamento motor, (VIEIRA

2004). As hipóteses da pesquisa em que houve nenhuma melhora significativa, pode

se dar pelo pouco tempo de intervenção e pela quantidade pequenas de atletas.

Visto que outro estudo como o de (NETO, 2010), onde utilizou-se de 8 atletas e

realizou 10 sessões de treinamento, não encontrou nenhuma diferença significativa

na habilidade, drible.

Devido ao mau tempo o pós-teste foi realizado uma semana após a data

prevista, o que pode ter interferido nos dados. Outro fator que pode ter acarretado

um menor desempenho de modo geral (pré-teste e pós-teste), está correlacionado a

precariedade e a falta de recurso financeiro por parte dos atletas, sendo que a

alguns dos atletas não tinham tênis adequados para a dada modalidade ou estavam

em péssimo estado.

Devemos levar em considerações outros fatores que aproximem a criança de

sua realidade morfofisiológica, como na dimensão no campo de jogo; na distância

entre as balizas do gol e na altura da barra transversal; na duração do tempo de jogo

e na circunferência, peso e material da bola, sempre procurando compatibilizá-la, as

diferenças oriundas dos processos de crescimento e desenvolvimento.

Variáveis G1 (n = 5) G2 (n = 5)

M1 M2 M1 M2

Chute (p) 27,20 ± 7,15 24,80 ± 7,69 29,60 ± 9,63 20,00 ± 4,00

Drible (s) 19,20 ± 1,92 17,00 ± 1,22 20,60 ± 1,51 18,40 ± 2,07

Controle (q) 10,20 ± 3,96 16,00 ± 9,13 7,60 ± 3,43 8,20 ± 3,70

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Por conseguinte, sugere-se que mais pesquisas sejam realizadas pelas

entidades que regem o futebol, ou mesmo por interessados por esse apaixonante

assunto, com um número de atletas e uma duração maior, à realizada neste estudo,

para que assim possamos verificar e quantificar a incidência dos possíveis efeitos

adversos que a bola pode vir a exercer sobre as estruturas morfofuncionais dos

atletas de categoria infantil.

6. Conclusão

De acordo com os resultados deste estudo, apesar de observada alguma

melhoria, no teste de controle de bola, que já era esperado, porque o controle de

bola necessita muito da força muscular, quando a bola é mais leve proporciona uma

"limpeza", minimizando o efeito da força no teste, ou seja, maximizando o real

objeto de averiguação, o controle de bola.

Mesmo não havendo nenhuma significativa, tanto entre o grupo treinado

com as bolas especificas para a idade, quanto para o grupo que treinou com as

bolas oficiais. É necessário que outros estudos sejam feitos com um tempo maior de

intervenção e com um número maior de atletas para maximizar ou quebrar este

paradigma referente à temática proposta.

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5 REFERÊNCIAS

ABRAHÃO, B. O. L; AMORIM, P. R. S. Análise Critica sobre a bola de futebol nas

categorias de base. R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 13, n. 2, p. 61-69, 2005

AOKI, M.S. Fisiologia, treinamento e nutrição aplicada ao futebol. São Paulo.

Foutoura. 2002.

ARENA, S.S., BÖHME, M.T.S. Federações esportivas e organização de

competições para jovens. R. bras. Ci.e Mov. 2004; 12(4): 45-50

BARROS, T. Ciência do Futebol. São Paulo. Manole. 2004.

BRASILESCOLA. História do futebol

<http://www.brasilescola.com/educacaofisica/historia-do-futebol.htm>. Acessado 23

de maio 2011

GOMES, A.C.; SOUZA, J. Futebol: treinamento desportivo de alto rendimento.

Porto Alegre. Artmed. 2008.

MALINA R (1994). Physical Activity: Relationship to Growth, Maturation, and

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6 ANEXOS

6.1 Anexo1

Figura 1. Esquema do campo para o teste de Drible de Mor-Christian.

6.2 Anexo 2

TESTE DE DRIBLE

TENTATIVA TEMPO marcar o tempo em minutos e

segundos

Tentativa 1: sentido horário

Tentativa 2: sentido anti-horário

Tentativa 3: sentido

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6.3 Anexo

Figura 2. Esquema do campo e alvos para o Teste de Chute de Mor-Christian.

6.4 Anexo 4

TESTE DE CHUTE

TENTATIVA PONTUAÇÃO

08 pontos para bolas chutadas para dentro do alvo pretendido

(dos aros), mesmo que rebatam nos

arcos. 4 pontos se a bola chutada acertar ou rebater em algum

alvo adjacente àquele pretendido.

0 (zero) pontos para as bolas que passassem entre as áreas de alvo ou fora do gol.

chute 1

chute 2

chute 3

chute 4

chute 5

chute 6

chute 7

chute 8

chute 9

chute 10

chute 11

chute 12

chute 13

chute 14

chute 15

chute 16

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6.5 Anexo 5

Por falta de colaboração de um dos membros da banca, o Professor Ariobaldo

Frisselli (Dedê), em não assinar a solicitação de agendamento de defesa, o mesmo

foi trocado pelo professor Allan James de Castro Bussmann.

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