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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ KARINA LINO MOLIN COLEÇÃO MODA PRAIA PARA MULHERES MADURAS Balneário Camboriú 2006-I

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

KARINA LINO MOLIN

COLEÇÃO MODA PRAIA PARA MULHERES MADURAS

Balneário Camboriú

2006-I

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KARINA LINO MOLIN

COLEÇÃO MODA PRAIA PARA MULHERES MADURAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso Design de Moda, Centro de Educação Superior de Balneário Camboriú, Universidade do Vale do Itajaí.

Orientadora: Profª. MSc. Eng. Jacqueline Keller

Balneário Camboriú

2006-I

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DEDICATÓRIA

À minha mãe Suênia cujo imenso

talento e dedicação tem sido para mim

exemplo e estímulo

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RESUMO

O público formado pelas pessoas que já passaram dos 50 anos está crescendo muito no Brasil, e nos próximos anos provavelmente será um forte mercado consumidor. Pesquisas comprovam que a grande maioria das pessoas que se encontram nesta faixa etária, buscam as cidades litorâneas para desfrutar de sua aposentadoria ou férias. No entanto, as indústrias de moda praia ainda não se preocupam efetivamente com esta realidade e prova disto, são os reduzidos números de marcas, direcionadas especificamente para as mulheres maduras, assim como a insatisfação destas perante os produtos disponíveis no mercado, conforme verificado nas pesquisas de campo. Este projeto pretende identificar as preferências, os desejos e a realidade do público em questão, assim como a situação atual do produto no mercado através de pesquisas bibliográficas e de campo, com o intuito de vislumbrar a projeção de uma coleção de moda praia e uma marca, destinadas às mulheres maduras; que possua um composto mercadológico coerente com o perfil e estilo de vida deste público.

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ABSTRACT

The third age is a public that is growing a lot in Brazil, and in the next years it will probably became a strong consuming market. The greatest majority of the people who are in this age search for the beach cities to enjoy its retirement. However the fashion industry for beach wear is not yet effectively worried with this reality, to prove that, there are a small brand number that directed specifically to the woman with this age, as much as the no satisfaction from them in front of the available products on the market. This project intend, beyond this context, to identify the preferences, the desires and the reality of this consumer, as well as the current situation of the product in the market through bibliographical and field research, intending to glimpse the projection of a brand for a beach wear collection destined to the women with ages above 50 years possessing a coherent marketing composition with the profile and life style of this public.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01. Terceira idade..................................................................................................... 17

Figura 02. Idosa atual .......................................................................................................... 20

Figura 03. Idosas tradicionais.............................................................................................. 20

Figura 04 Fluxograma do Planejamento de Coleção........................................................... 20

Figura 05. Poltrona Lago, da Driade, design do francês Philippe Starck............................ 29

Figura 06. Vestuário da marca Rosa Chá. ........................................................................... 29

Figura 07 Jovens anos 60 .................................................................................................... 32

Figura 08 Idosas na passarela ............................................................................................. 34

Figura 09 Encontro do poder grisalho ................................................................................. 35

Figura 10 Mosaico da antiguidade....................................................................................... 36

Figura 11 Primeiras roupas de banho .................................................................................. 37

Figura 12 Micheline Bernardini dentro do primeiro biquíni, em 1946 ............................... 37

Figura 13 Biquínis década de 50 ......................................................................................... 38

Figura 14 Maiô Catalina 2005/06........................................................................................ 40

Figura 15 Maiô engana mamãe ........................................................................................... 40

Figura 16 Brigitte Bardot aos 20 anos ................................................................................. 42

Figura 17 Brigitte Bardot aos 70 anos ................................................................................. 42

Figura 18 A nova terceira idade .......................................................................................... 44

Figura 19 Nilse Soares Leal pintando ................................................................................. 72

Figuras 20 Primeiras obra de Nilse .................................................................................... 73

Figura 21Nilse com pássaro ................................................................................................ 73

Figura 22 Tecidos pintados à mão com a técnica marmorização com gel .......................... 74

Figura 23 Tecidos pintados à mão com a técnica Tye-dye.................................................. 74

Figura 24 Tecidos pintados à mão com a técnica guta ........................................................ 75

Figura 25 Pescadores no amanhecer.................................................................................... 75

Figura 26 Os pescadores e a ilha de Balneário Camboriú .................................................. 75

Figura 27 Os braços de Balneário Camboriú ..................................................................... 75

Figura 28 Avenida Atlântica de Balneário Camboriú ......................................................... 76

Figura 29 Fundo do mar de Balneário Camboriú ............................................................... 76

Figura 30 Navio pirata ........................................................................................................ 76

Figura 31 O barqueiro ........................................................................................................ 76

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Figura 32 Ilha de Balneário Camboriú ................................................................................ 76

Figura 33 Painel semântico da Temática............................................................................. 77

Figura 34 Biquíni floral ...................................................................................................... 78

Figura 35 Maiô de ondas .................................................................................................... 78

Figura 36 Maiô tigrado ....................................................................................................... 78

Figura 37 Maiô floral .......................................................................................................... 79

Figura 38 Maiô náutico ...................................................................................................... 79

Figura 39 Maiô liso ............................................................................................................ 79

Figura 40 Maiô floral........................................................................................................... 79

Figura 41 Maiô de nervuras ................................................................................................ 79

Figura 42 Maiô de listras .................................................................................................... 79

Figura 43 Biquíni floral com saída ..................................................................................... 80

Figura 44 Maiô azul ............................................................................................................ 80

Figura 45 Biquíni floral azul ............................................................................................... 80

Figura 46 Maiô com canga .................................................................................................. 80

Figura 47 Maiô preto e branco ........................................................................................... 80

Figura 48 Biquíni com blusa ............................................................................................... 80

Figura 49 Maiô Lenny verão 2006 corrente ........................................................................ 81

Figura 50Maiô Lenny verão 2006 bolas.............................................................................. 81

Figura 51 Maiô Lenny verão 2006 floral............................................................................. 81

Figura 52 Biquíni da marca Água de coco. Verão 2005/06 ................................................ 83

Figura 53 Biquíni da marca Água Doce. Verão 2005/06 .................................................... 84

Figura 54 Biquíni da marca Rosa Chá. Verão 2005/06....................................................... 84

Figura 55 Biquíni da marca Movimento. Verão 2005/06.................................................... 85

Figura 56 Cartela de cor verão 2007 Clariant...................................................................... 86

Figura 57 Painel Semântico tendências .............................................................................. 87

Figura 58 Painel semântico Público Alvo ........................................................................... 89

Figura 59 Painel semântico conceito ................................................................................... 90

Figura 60 Cartela de tecido.................................................................................................. 96

Figura 61 Cartela de aviamentos ......................................................................................... 97

Figura 62 Cartela de cores ................................................................................................... 98

Figura 63 Cartela de estampas............................................................................................. 99

Figura 64 Cartela de estampas........................................................................................... 100

Figura 65 Alternativa 01.................................................................................................... 106

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Figura 66 Alternativa 01.1................................................................................................. 106

Figura 67 Alternativa 02.................................................................................................... 106

Figura 68 Alternativa 03.................................................................................................... 107

Figura 69 Alternativa 03.1................................................................................................. 107

Figura 70 Alternativa 04.................................................................................................... 107

Figura 71 Alternativa 04.1................................................................................................. 107

Figura 72 Alternativa 05.................................................................................................... 108

Figura 73 Alternativa 06.................................................................................................... 108

Figura 74 Alternativa 06.1................................................................................................. 108

Figura 75 Alternativa 07.................................................................................................... 109

Figura 76 Alternativa 07.1................................................................................................. 109

Figura 77 Alternativa 08.................................................................................................... 109

Figura 78 Alternativa 08.1................................................................................................. 109

Figura 79 Alternativa 09.1................................................................................................. 110

Figura 80 Alternativa 09.................................................................................................... 110

Figura 81 Alternativa 10.................................................................................................... 110

Figura 82 Alternativa 11.................................................................................................... 110

Figura 83 Alternativa 12.1................................................................................................. 111

Figura 84 Alternativa 12.................................................................................................... 111

Figura 85 Alternativa 13.................................................................................................... 111

Figura 86 Alternativa 14.................................................................................................... 112

Figura 87 Alternativa 14.1................................................................................................. 112

Figura 88 Alternativa 15.................................................................................................... 113

Figura 89 Alternativa 16.................................................................................................... 113

Figura 90 Alternativa 17.1................................................................................................. 113

Figura 91 Alternativa 17.................................................................................................... 113

Figura 92 Alternativa 18.................................................................................................... 114

Figura 93 Alternativa 19.................................................................................................... 114

Figura 94 Alternativa 20.................................................................................................... 114

Figura 95 Alternativa 20.1................................................................................................. 114

Figura 96 Alternativa 21.1................................................................................................. 115

Figura 97 Alternativa 21.................................................................................................... 115

Figura 98 Alternativa 22.................................................................................................... 115

Figura 99 Alternativa 22.1................................................................................................. 115

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Figura 100 Alternativa 23.................................................................................................. 116

Figura 101 Alternativa 24.................................................................................................. 116

Figura 102 Alternativa 25.................................................................................................. 116

Figura 103 Alternativa escolhida 1.................................................................................... 116

Figura 104 Alternativa escolhida 2.................................................................................... 118

Figura 105 Alternativa escolhida 3.................................................................................... 118

Figura 106 Alternativa escolhida de saída de banho 1 ...................................................... 118

Figura 107 Alternativa escolhida de saída de banho 2 ...................................................... 118

Figura 108 Alternativa escolhida de saída de banho 3 ...................................................... 118

Figura 109 Modelagem maiô barcos ................................................................................ 120

Figura 110 Modelagem busto maiô barcos........................................................................ 120

Figura 111 Modelagem costas maiô barcos ...................................................................... 120

Figura 112 Modelagem biquíni fundo do mar frente ....................................................... 120

Figura 113 Modelagem maiô barcos e biquíni fundo do mar superior ............................ 120

Figura 114 Modelagem Biquíni fundo do mar e maiô ilha lateral ................................... 120

Figura 115 Modelagem maiô ilha frente .......................................................................... 120

Figura 116 Modelagem maiô ilha costas .......................................................................... 120

Figura 117 Modelagem maiô ilha parte superior .............................................................. 120

Figura 118 Modelagem vestido ........................................................................................ 121

Figura 119 Modelagem camisa.......................................................................................... 121

Figura 120 Corte dos tecidos modelos volumétricos......................................................... 121

Figura 121 Costura modelos volumétricos........................................................................ 121

Figura 122 Modelo volumétrico vestido com projeto da pintura ..................................... 121

Figura 123 Modelo volumétrico da camisa ...................................................................... 121

Figura 124 Modelo volumétrico maiô barcos frente ........................................................ 122

Figura 125 Modelo volumétrico maiô braços costas ........................................................ 122

Figura 126 Modelo volumétrico maiô ilha frente ............................................................. 122

Figura 127 Modelo volumétrico maiô ilha costas ............................................................ 122

Figura 128 Modelo volumétrico biquíni frente ................................................................ 122

Figura 129 Modelo volumétrico biquíni costas ................................................................ 122

Figura 130 Encaixe e risco das peças ............................................................................... 123

Figura 131 Riscos ............................................................................................................. 123

Figura 132 Riscos da parte superior biquíni fundo do mar .............................................. 123

Figura 133 Corte lycra....................................................................................................... 123

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Figura 134 Corte lycra....................................................................................................... 124

Figura 135 Corte lycra....................................................................................................... 124

Figura 136 Corte da saída musseline a tesoura ................................................................. 124

Figura 137 Testes das tintas na lycra ................................................................................ 125

Figura 138 Tintas aquarela Seda Collor ........................................................................... 125

Figura 139 Recipiente com tinta aquarela e gel com 4 tons de verdes para pintura maiô 125

Figura 140 Tintas aquarela marca Prince ......................................................................... 125

Figura 141 Busto do maiô Ilha preso no bastidor com taxas parar esticar a peça com intuito

que a tinta penetre no tecido ............................................................................................. 125

Figura 142 Bustos desenhando ......................................................................................... 125

Figura 143 Maiô preso com alça ...................................................................................... 126

Figura 144 Busto pronto ................................................................................................... 126

Figura 145 Aplicação produto guta .................................................................................. 126

Figura 146 secagem da guta ............................................................................................. 126

Figura 147 Maiô barco sendo pintado .............................................................................. 126

Figura 148 Secagem do Maiô............................................................................................ 126

Figura 149 Nós no tecido ................................................................................................. 127

Figura 150 Aplicação da tinta com contas gotas nos nós ................................................. 127

Figura 151 Espalhamento da tinta com auxilio de plástico .............................................. 127

Figura 152 Tecido pintado ................................................................................................ 127

Figura 153 Tecido pintado secagem ................................................................................. 127

Figura 154 Tecido pronto ................................................................................................. 127

Figura 155 Canga presa no bastidor ................................................................................. 128

Figura 156 Desenho peixe ................................................................................................ 128

Figura 157 Pintura do peixe com pincel fino ................................................................... 128

Figura 158 Peixes pintados com guta colorida ................................................................. 128

Figura 159 Aplicação das tintas azuis com tecido umedecido ......................................... 128

Figura 160 Aplicação do sal ............................................................................................. 128

Figura 161 Secagem ......................................................................................................... 128

Figura 162 Canga pronta ................................................................................................... 128

Figura 163 Croqui maiô ilha ............................................................................................. 130

Figura 164 Croqui maiô barco........................................................................................... 134

Figura 165 Croqui biquíni fundo do mar .......................................................................... 137

Figura 166 Croqui vestido ................................................................................................ 140

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Figura 167 Croqui camisa faixa ........................................................................................ 143

Figura 168 Croqui canga .................................................................................................. 146

Figura 169 Foto modelo final maiô ilha com camisa ....................................................... 149

Figura 170 Foto modelo final maiô ilha com camisa fechada........................................... 150

Figura 171 Foto modelo final maiô ilha com camisa aberta ............................................. 150

Figura 172 Foto modelo final maiô ilha ........................................................................... 150

Figura 173 Foto modelo final maiô ilha 2 ......................................................................... 151

Figura 174 Foto modelo final maiô barco com camisa .................................................... 151

Figura 175 Foto modelo final maiô barco com bolsa........................................................ 152

Figura 176 Foto modelo final maiô barco costas ............................................................. 153

Figura 177 Foto modelo final maiô barco com flor .......................................................... 153

Figura 178 Foto modelo final maiô barco com colar ........................................................ 154

Figura 179 Foto modelo final biquíni fundo do mar ........................................................ 155

Figura 180 Foto modelo final biquíni fundo do mar com canga....................................... 156

Figura 181 Foto modelo final biquíni fundo do mar com flor ......................................... 156

Figura 182 Foto modelo final biquíni fundo do mar com canga presa no busto .............. 157

Figura 183 Foto modelo final biquíni fundo do mar e maiô ilha ..................................... 157

Figura 184 Pesquisa inpi ................................................................................................... 160

Figura 185 Tag costas........................................................................................................ 162

Figura 186 Tag frente ....................................................................................................... 162

Figura 187 Embalagem frente ........................................................................................... 163

Figura 188 Embalagem constas......................................................................................... 163

Figura 189 Sacola retangular de papel .............................................................................. 164

Figura 190 Sacola quadrada de plástico ............................................................................ 164

Figura 191 Etiqueta frente ................................................................................................. 165

Figura 192 Etiqueta de composição................................................................................... 165

Figura 193 Etiqueta de cuidados com o produto ............................................................... 165

Figura 194 Outdoor primeira opção .................................................................................. 166

Figura 195 Outdoor segunda opção................................................................................... 166

Figura 196 Envelope timbrado .......................................................................................... 167

Figura 197 Impressos ........................................................................................................ 167

Figura 198 Cartão de visita................................................................................................ 167

Figura 199 chaveiro........................................................................................................... 168

Figura 200 Guarda sol ....................................................................................................... 168

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Média de idade .................................................................................................. 57

Gráfico 2: Escolaridade ....................................................................................................... 58

Gráfico 3: Sobre a moda...................................................................................................... 58

Gráfico 4: Oferta de produtos.............................................................................................. 59

Gráfico 5: Produtos de moda............................................................................................... 60

Gráfico 6: Lojas de varejo ................................................................................................... 60

Gráfico 7: Lojas que compravam com freqüência moda praia , na região do Vale do Itajaí61

Gráfico 8: Sobre a mídia...................................................................................................... 63

Gráfico 9: Em relação à freqüência de compra ................................................................... 63

Gráfico 10: Preferência por peça de roupa para ir a praia ................................................... 64

Gráfico 11: Dificuldades encontradas nos maiôs e biquínis existentes hoje no mercado. .. 64

Gráfico 12: Preferência por tonalidade de cores ................................................................. 65

Gráfico 13: Preferência por estilo de estampa..................................................................... 65

Gráfico 14: Diversos usos de maiôs e biquínis.................................................................... 66

Gráfico 15: Incômodos encontrados nos maiôs e biquínis disponíveis no mercado ........... 66

Gráfico 16: Satisfação em relação aos biquínis e maiôs encontrados no mercado ............. 67

Gráfico 17: Preferência por modelagem de biquíni............................................................. 67

Gráfico 18: Preferência por modelagem de biquíni parte de cima ...................................... 68

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Planejamento da coleta de dados primários primeiro e segundo questionários .. 23

Quadro 2 Planejamento da coleta de dados visita técnica comercial .................................. 24

Quadro 3 Planejamento da coleta de dados, entrevista a artista. ......................................... 24

Quadro 4 Cronograma geral ................................................................................................ 27

Quadro 5 Planejamento da coleta de dados primários primeiro e segundo questionários . 57

Quadro 6 Planejamento da coleta de dados primários primeiro e segundo questionários .. 62

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Diagnóstico ergonômico.................................................................................... 102

Tabela 2: Análise das características físicas e a roupa de banho....................................... 103

Tabela 3: Tabela de medidas industriais femininas........................................................... 104

Tabela 4: Tabela de medidas industriais femininas, busto, decotes e pence ..................... 105

Tabela 5: Tabela de medidas adaptado da Empresa Areia Pura........................................ 119

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SUMÁRIO

RESUMO............................................................................................................................ 02

ABSTRACT ....................................................................................................................... 03

LISTA DE FIGURAS........................................................................................................ 10

LISTA DE GRÁFICOS .................................................................................................... 11

LISTA DE QUADROS...................................................................................................... 12

LISTA DE TABELAS....................................................................................................... 13

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 17

1.1 Delimitação do tema .................................................................................................... 21

1.2 Problema ...................................................................................................................... 21

1.3 Justificativa .................................................................................................................. 21

1.4 Objetivo geral............................................................................................................... 22

1.4.1 Objetivos específicos.................................................................................................. 22

2 METODOLOGIA .......................................................................................................... 23

2.1 Cronograma ................................................................................................................ 27

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................. 28

3.1 Design ........................................................................................................................... 28

3.2 Moda ............................................................................................................................. 30

3.3 Vestuário ..................................................................................................................... 31

3.4 Linha do tempo: Segmento de moda praia .............................................................. 35

3.5 Público Alvo: Mulheres maduras............................................................................... 40

3.5.1 Estética, a aparência das pessoas com mais idade...................................................... 42

3.5.2 Ter mais idade Atualmente ........................................................................................ 43

3.5.3 A imagem das pessoas com mais idade nas sociedades modernas e a mídia............. 44

3.5.4 O mercado consumidor .............................................................................................. 46

3.6 Materiais para moda praia ........................................................................................ 49

3.7 Coleção de moda ......................................................................................................... 51

3.8 Tendências.................................................................................................................... 53

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4 PESQUISA DE CAMPO .............................................................................................. 57

4.1 Análise geral dos questionários .................................................................................. 68

4.2 Visitas às lojas de Balneário Camboriú..................................................................... 69

4.2.1 Análise geral das visitas às lojas de Balneário Camboriú ......................................... 71

5 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO...................................................................... 71

5.1 Temática ....................................................................................................................... 71

5.1.1 A arte da artista plástica Nilse Soares Leal ................................................................ 76

5.2 Estado do design .......................................................................................................... 78

5.2.1 Análise das imagens .................................................................................................. 81

5.3 Concorrência e oportunidades de mercado............................................................... 82

5.4. Tendências segmento de moda praia no verão 2006/2007 ...................................... 83

5.4.1 Tendências utilizadas pelas principais marcas brasileiras para o verão 2006 ............ 85

5.4.2 Apostas para verão 2006/07 ....................................................................................... 88

5.5 Perfil do consumidor ................................................................................................... 90

5.6 Portifólio ...................................................................................................................... 90

5.6.1 Conceito da coleção.................................................................................................... 90

5.6.2 Release da coleção...................................................................................................... 90

5.6.3 Briefing ....................................................................................................................... 92

5.6.4 Cartela de tecidos, cores, estampas, aviamentos. ....................................................... 94

5.6.5 Ergonomia ................................................................................................................ 101

5.6.6 Geração de alternativas............................................................................................. 105

5.6.6.1 Alternativas escolhidas .......................................................................................... 117

6 DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO................................................................... 119

6.1 Modelagem ................................................................................................................. 119

6.2 Modelo volumétrico................................................................................................... 121

6.2.1Testes e adequações................................................................................................... 122

6.3Risco e corte ................................................................................................................ 123

6.4 Beneficiamento (pintura a mão)............................................................................... 124

6.5Fichas técnicas ............................................................................................................ 130

6.6 Modelos finais ............................................................................................................ 149

7 COMPOSTO MERCADOLÓGICO .......................................................................... 158

7.1 Marketing................................................................................................................... 158

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16

7.2 Identidade visual da marca....................................................................................... 159

7.2.1 Divulgação do produto ............................................................................................. 161

7.3 Mercado de atuação .................................................................................................. 168

7.3.1 Sistema de distribuição, preços e ponto de venda. ................................................... 168

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 170

REFERENCIAS .............................................................................................................. 173

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1 INTRODUÇÃO

O público formado pelas pessoas que possuem mais de 50 anos ou está crescendo a

cada dia. Lage (2004) afirma que será a faixa etária que mais irá crescer nos próximos anos,

esta realidade está gradativamente se refletindo no cenário de consumo da população

brasileira em particular, pois este público possui um poder de compra maior, com uma

expectativa de vida mais longa e ainda ativa na sociedade. Com isso, surgem novos clientes

com diferentes necessidades (figura 1).

Os produtos de moda direcionados para o público formado por pessoas com mais de

50 anos no Brasil não são muito explorados, existem poucas lojas ou marcas que realmente

trabalham direcionados para este segmento.

Uma hipótese para essa reduzida oferta tem sua base de acordo com Gibra (1994, p.

32) quando afirma que a sociedade acredita que o potencial de consumo da terceira idade é

pequeno e são menos consumistas mais acomodados e retraídos na sua libido.

No entanto, outra hipótese contraditória à afirmação anteriores conforme Lage (2004)

seria que de três em cada dez idosos praticamente sustentam toda a sua família. De acordo

com o autor, dados da Pesquisa de "Indicadores Sociais Municipais", realizada pelo IBGE

(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) afirma que, a partir dos dados do Censo 2000,

revela que 27% dos idosos são responsáveis por até 90% do rendimento de suas famílias.

Afirma Parodi (2004) que segundo dados do IBGE, o rendimento mensal dos idosos

brasileiros gira em torno de R% 657,00. A média da região Sul é de R$ 661,00 e de Santa

Figura 1: Terceira idade Fonte: site bradescocapitalizacao.com.br

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Catarina, R$ 631,00. Um outro dado muito significativo que contesta o fato deste público

possuir pouco poder de compra é de acordo com Braga (2006) os consumidores com mais de

60 anos gastaram de modo geral 13,6 bilhões de Reais em compras com cartão de créditos em

2005 ou 10,7% do total movimentado pela indústria de cartão de crédito de todo o país de

127,6 bilhões de Reais, um dado relevante segundo o autor é o fato de que o rendimento

médio de aposentados e pensionistas que fazem uso de cartão de créditos no Brasil , ser de

780,20, 11,2% maior que a renda da população com menos de 59 anos.

As estatísticas ainda revelam que o Brasil é um país que envelhece rapidamente. De

acordo com Veras (2003) o número de idosos passou de 2 milhões em 1950, para 6 milhões

em 1975, para 15,4 milhões em 2002, significando um aumento de 700% e estima-se ainda

que em 2020 a população idosa alcance os 32 milhões. Estes números são muito significativos

e fazem uma grande diferença no mercado consumidor.

De acordo com Parodi (2004) a região sul é a terceira em número de idosos. São 2,3

milhões de habitante na região Sul, são 2.305.348 habitantes acima dos 60 anos, sendo 55,3%

de mulheres.

Estes dados revelam o grande potencial na região sul especialmente o estado de Santa

Catarina em relação a estes novos consumidores, sendo assim é possível verificar algumas

iniciativas positivas no Estado comoa existência de duas universidades que de acordo com

Parodi (2004) já tem cursos voltados exclusivamente para esse público, assim como na cidade

de Balneário Camboriú onde foram criados os meses da Melhor Idade que é entre março e

maio.Os equipamentos turísticos e as atrações promovem atividades direcionadas para este

público.

Dentro deste contexto, a Cidade de Balneário Camboriú em particular exerce uma

forte influência no estado em relação ao público formado por pessoas de mais idade. Roggia

(2004) afirma que hoje, cerca de 150 mil idosos passam anualmente pela cidade, sem contar

aqueles que acabam por ficar definitivamente na cidade. Esse público aquece a economia,

movimenta o comércio, hotéis, restaurantes, bares e o setor imobiliário. Movimentam

aproximadamente US$ 3 milhões por ano em Balneário Camboriú e uma boa fatia desse

montante vai para o setor hoteleiro, no entanto, percebe-se o baixo incentivo de compra de

produtos de moda direcionados a este significativo público.

Afirma Schmid (2004) que o aumento da população idosa no Brasil abrirá brechas

para um novo nicho de mercado principalmente para as empresas de varejo de

moda.Rodrigues (2001) confirma este fato ao dizer que moda, vestuário, além de decoração e

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meio ambiente compõem a lista de interesses especiais das pessoas com mais de 50 anos no

Brasil.

Mesmo sendo promissor o segmento da terceira idade, a sociedade moderna ocidental

de modo geral possui uma visão ainda preconceituosa em relação aos consumidores desta

faixa etária. Afirma Gibra (1994, p. 32) que são os ímpetos de mudanças e de valorização da

juventude, conceitos fundamentados na esteira da Revolução industrial, que acabam por

desvalorizar a velhice, pois não contribuem ativamente no mercado de trabalho e possuem

certas limitações.

Sena (2003, p. 47) afirma que a valorização do novo e a associação do jovem ao belo,

fazem com que caracterizem o velho como fora de uso.

Ao observar os veículos de comunicação de massa, não é difícil perceber o estereótipo

associado ao idoso que são manifestados através de caricaturas pretensiosamente engraçadas,

chatas, doentes, ranzinzas entre outras interpretações negativas. SegundoGibra (1994, p. 32)

seguramente o marketing e a propaganda, no Brasil, desconhece o consumidor que se

encontra com mais idade. Em outros países como nos Estados Unidos está realidade está

mudando rapidamente, pois foi percebido o potencial consumidor desta faixa etária, e de

acordo com oautoreste país já atingiu em cheio este mercado consumidor. Sendo este um

mercado muito bem desenvolvido em relação a produtos de consumo em massa, é

significativa a importância que direcionam ao mercado consumidor formado pelos idosos.

Dentro deste contexto Ferla (2001, p. 2) afirma que as mulheres americanas com mais

de 65 anos gastaram 14,7 bilhões de dólares em roupas em 1999, quase o quanto foi gasto

pelas consumidoras de 25 a 34 anos fato este que confirma o potencial consumidor

especificamente no mercado de moda.

No campo da moda a consumidora com mais idade está começando em passos lentos a

conquistar o seu espaço, pois nos últimos anos foi possível visualizar vários estilistas

mundialmente conhecidos como Helmut Lang e Issey Miyake utilizarem em seus desfiles,

modelos mais velhas.

Observando as mulheres com mais idade atualmente, conforme figura número 2 não é

difícil perceber que elas não são mais aquelas senhoras tradicionais (figura 3), que gostam de

ficar em casa somente se preocupando com a família, que fazem trabalhos manuais, vestem-se

de maneira muito simples e discreta.

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Hoje elas são mais vaidosas, ativas e consumistas, e estes fatores refletem na forma

como se expressam esteticamente; almejam por produtos que estejam adequados com suas

necessidades e seus desejos. Sendo a moda um incitador de sonhos é mais do que urgente que

se direcione a este nicho de consumidor para que as empresas não percam consumidores que

daqui a algum tempo serão a maioria. É de grande importância desenvolver produtos onde a

mulher com mais idadeexpresse uma imagem positiva, saudável e sensual, pois o mundo está

se encaminhando para este novo universo.

A respeito destas novas mulheres, Veras (2003, p. 13) afirma que a maior

concentração deste público ocorre, nas áreas litorâneas.

Estas informações são de muita importância principalmente na área de produtos de

moda praia. Tal segmento especificamente para o público formado pelas mulheres com mais

idade é pouco explorado, com poucas marcas especializadas. Não há dúvidas que existe uma

consumidora que anseia em ser atendida nas suas necessidades, porém de uma maneira mais

sensível e criativa do que as praticadas hoje.

Devido a estes fatores, este projeto destina-se ao desenvolvimento de uma coleção de

moda praia com modelos adequados as novas necessidades e anseios desta consumidora,

através de pesquisas e estudo sobre o público. Para que seja atingido este segmento de

mercado de uma forma mais consistente, foi verificada a necessidade de projeção de uma

marca específica juntamente com toda a identidade visual e comunicação destinada a este

público, com um slogan que reflita aspectos positivos de possuir mais idade, com o intuito de

incitar o desejo de consumo e colaborar positivamente para melhor aceitação e qualidade de

vida destas mulheres contribuindo assim coma sociedade como um todo.

Figura 3: Idosas tradicionais Fonte: site edubarcellos.com.br Figura 2: Idosa atual

Fonte: Site corpoperfeito.com. Br

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1.1 Delimitação do tema

A coleção desenvolvida no projeto destina-se ao segmento de moda praia

primavera/verão 2006/07, direcionado a mulheres com idade entre 40 a 70 anos que

residam no litoral e costumam freqüentar praias, piscinas e clubes.

1.2 Problema

A mudança do estilo de vida frente à falta de produtos de moda praia adequados às

novas necessidades das mulheres maduras.

1.3 Justificativa

É inegável que existe atualmente um acanhado apelo por consumo de produtos de

moda praia, destinados ao público formado pelas mulheres que já passaram dos 50 anos ou já

estão na terceira idade, fato este se confirma pela escassez de oferta de produtos destinados

especificamente a este segmento de modo geral. Os empresários e a mídia brasileira não se

preocupam efetivamente com este mercado consumidor que cresce cada vez mais no país.

Há poucos indícios de estudos sobre o segmento de moda praia destinada a este nicho

de mercado, que é atualmente uma grande tendência de consumo. Um dos motivos que

afirmam esta tendência é por que a expectativa de vida aumentou consideravelmente nos

últimos anos, devido aos avanços da medicina e das tecnologias que proporcionaram uma

melhor qualidade de vida, uma nova aparência e conseqüentemente proporcionam a aparição

de novas necessidades de consumo.Outros aspectos relevantes para o desenvolvimento do

projeto são: primeiramente, o fato de o Brasil possuir um grande conhecimento em criação de

produtos de moda praia; em seguida, o sucesso que as marcas nacionais possuem a nível

mundial assim como o fato da moda praia brasileira ser lançadora de tendências, assim como

possuir a rua que mais possui lojas de biquínis no mundo a rua Cabo Frio localizada do estado

do Rio de Janeiro e em terceiro, o fato deste mercado está em franco desenvolvimento. No

entanto para o público em questão, encontra-se em defasagem, pois não possui

disponibilidade de produtos adequados ao atual perfil e estilo de vida do consumidor, o que

confirmam assim uma oportunidade de mercado para o profissional de design de moda.

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1.4 Objetivo geral

Desenvolver uma coleção de moda praia para mulheres maduras, de estilo coerente

com as necessidades do público em questão, que possua as tendências de moda, ergonomia e

estética em seus modelos, e que possua uma linguagem adequada ao mercado consumidor.

1.4.1 Objetivos específicos

• Pesquisar bibliografias, em livros, revistas e diversos materiais interessantes aos assuntos

abordados no projeto, como design, moda, segmento de moda praia, pessoas com mais

idade, e para levantamento de dados que forneça informações plausíveis para o

desenvolvimento do projeto e justifique sua necessidade para o mercado.

• Pesquisar em diversos meios a vida das pessoas com mais idade atualmente, com o intuito

de identificar suas particularidades, preferências de consumo em relação à moda, formas

de lazer e de compra entre outros aspectos relevantes para o desenvolvimento do presente

projeto.

• Definir as cores, de acordo com a temática proposta e para que a mini coleção esteja

adequada com as necessidades vigentes do público.

• Desenvolver uma coleção de moda praia que esteja de acordo com o corpo e preferências

estéticas das mulheres maduras, para que as mesmas sintam-se mais felizes, incluídas na

sociedade de consumo e possuam mais opções de compra.

• Promover a valorização de uma imagem positiva da mulher madura na mídia, no mercado

consumidor e na sociedade. Para que este nicho de consumidor sinta-se incluído na

realidade de mercado e satisfeito com produtos destinados a ele e por conseqüência sinta

prazer em comprar produtos de moda praia. Através de um composto mercadológico

adequado às mulheres da terceira idade, que estimule a compra dos produtos.

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2 METODOLOGIA

A metodologia científica utilizada para orientar a fundamentação teórica do projeto foi

a de Lakatos (2001). Foram utilizadas pesquisas bibliográficas e históricas em fontes

impressas como livros e catálogos, em meios audiovisuais através de sites e programas de

televisão e publicações em revistas.

Para orientar as tarefas de projeto e organizar o fluxo das atividades foi confeccionado

um cronograma, de acordo com a metodologia científica definida anteriormente.

As pesquisas de campo e de mercado possuirão um processo que consiste de acordo

com Kotler e Armstrong (1993) em: definição do problema e dos objetivos da pesquisa,

desenvolvimento do plano de pesquisa para coleta de dados de informação, implementação do

plano de pesquisa, coleta e análise dos dados e interpretação e apresentação dos resultados.

A pesquisa se deu através da aplicação de dois questionários, sendo que o primeiro

possuirá perguntas abertas, dicotômicas, de múltipla escolha. Foram compostas também, de

questões fechadas, não-estruturadas, e as perguntas serão destinadas ao público a fim de

detectar as primeiras informações relevantes ao problema do projeto. Para auxiliar na coleta,

foi utilizado o planejamento da coleta de dados primários de Kotler e Armstrong (1993).

Metodologia de

pesquisa

Formas de contato

Plano de

amostragem

Instrumentos de

pesquisa

Observação Entrega pessoal Gráficos estatísticos

Percentuais

E interpretações de

cada resposta e geral

Questionário

Quadro 1: Planejamento da coleta de dados primários primeiro e segundo questionários Fonte: Kotler e Armstrong (1993).

O segundo questionário foi aplicado especificamente às mulheres com idade acima de

50 anos, com o intuito de verificar as necessidades específicas sobre o segmento de moda

praia. A estrutura do questionário foi a mesma do anterior.

Foram realizadas visitas programadas comerciais a 04 lojas localizadas no Centro de

Balneário Camboriú, todas do segmento de moda praia, que comercializam produtos para

mulheres com mais idade, objetivando: a verificação da oferta de produtos neste setor, as

marcas que estão disponíveis no mercado, informações a respeito dos modelos que mais

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vendem as cores e estampas e, quais as exigências deste tipo de cliente e outras informações

plausíveis para o projeto.

O roteiro aplicado para a realização da pesquisa foi auxiliado pela tabela de Kotler e

Armstrong (1993).

Metodologia de pesquisa

Formas de contato

Plano de amostragem

Instrumentos de pesquisa

Visitas às lojas que comercializam produtos de moda praia para mulheres maduras. Dados que serão observados: - oferta de produtos neste setor, -as marcas que estão disponíveis no mercado. -informações a respeito dos modelos que mais vendem as cores e estampas.

Pessoal

Análises gerais das respostas através de texto.

Entrevista não estruturada

Quadro 2: Planejamento da coleta de dados visita técnica comercial Fonte: Kotler e Armstrong (1993).

Para desenvolverem-se os produtos, foi utilizada a metodologia de planejamento de

coleção de Keller (2004), que se divide em:

1- Temática

Será realizada uma entrevista com a artista plástica Nilse Soares Leal. Para obtenção

de informações plausíveis para o desenvolvimento da temática de inspiração da coleção.

Metodologia de pesquisa Formas de

contato

Plano de amostragem

Instrumentos de pesquisa

Visitas à casa da entrevistada Dados que serão observados: - estilo artístico - inspirações e temas

utilizados nas obras - peculiaridades pessoais

Pessoal

- Análise da

visita - Registro

fotográfico

Entrevista não estruturada

Quadro 3: Planejamento da coleta de dados: entrevista a artista Fonte: Kotler e Armstrong (1991).

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25

Depois de realizada a análise, foi desenvolvida um relatório em forma de texto com o

resultado das entrevistas, onde foram extraídas informações utilizadas para o desenvolvimento

da temática e realização de um painel semântico de inspiração.

2- Pesquisas bibliografias

Foram utilizadas algumas fontes já referenciadas da fundamentação teórica, incluindo

o estado do design, para verificação dos produtos existentes no mercado que atendem este

mesmo público; as análises da concorrência para detectar as oportunidades de mercado; as

tendências do segmento de moda praia no verão 2006/2007 e as tendências utilizadas pelas

principais marcas brasileiras para o verão 2006 para a verificação dasapostas para o verão

2007.

3- O portifólio de Coleção

Nesta etapa foi definido o conceito dos produtos, onde serão determinadas as diretrizes

da coleção. Posteriormente, foi desenvolvido o release da coleção onde serão expostos,

através de texto os detalhes que envolvem a coleção, descrevendo as informações sobre os

materiais e acabamentos que foram utilizados, assim como formas das peças, temática,

tendências e cores que serão utilizadas. Através dobriefing foi definido opúblico-alvo e

delimitado o segmento. Nesta etapa foram desenvolvidas cartelas de cores, de aviamentos,

estampas e de tecidos. Na seqüência foram abordados questões ergonômicas para

posteriormente executar as gerações de alternativas através de desenhos livres de croquis, com

base na temática e nos painéis semânticos.

4- Desenvolvimento do produto

Foram realizadas as definições dos modelos e as modelagens que fizeram parte da

coleção. Foram desenvolvidos modelos volumétricos e na seqüência,realizados testes e

adequações antropométricas através de provas dos modelos que depois de finalizados, passam

para a ficha técnica do produto.

5- Composto Mercadológico (4p’s)

Nesta etapa foram definidos os atributos do Produto (embalagem, etiqueta, etc) e

também as estratégias de promoção (estratégias de vendas) e definidos os pontos de venda

(distribuição).

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• Metodologia para design de vestuário planejamento de coleção

Figura 4: Fluxograma do Planejamento de Coleção Fonte: Keller, 2004

1 - TEMÁTICA

2 - PESQUISAS - bibliográfica -histórica- Campo - público-alvo - Tendências -segmentos- mercado- materiais

3 - PORTFÓLIO COLEÇÃO

- Release - Público-Alvo - Segmento - Cartela de Cores - Cartela de Aviamentos- Cartela de Tecidos -Aspectos ergonomia - Geração de Alternativas (croquis)

4 - DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO

- Modelagem - Modelo Volumétrico (protótipo) - Testes e Adequações - Ficha Técnica - Modelo final

5 -COMPOSTO MERCADOLÓGICO – 4 P´s

- Atributos do Produto (embalagem, etiqueta, etc) - Promoção (estratégias de vendas) - Ponto (Distribuição)

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2.1 Cronograma TCC Karina Molin 2005/06

Atividades Ago. Set. Out. Nov. Mar. Abr. Maio Jun. 1-Preparação do projeto de pesquisa

-----

2-Definição de tema e objetivos da pesquisa

-----

3-Pesquisas bibliográficas, histórica, tendências, segmentos, mercado. Em livros, revistas, sites, outros TCC.

----- ----

4-Escolha de metodologias, técnicas e ferramentas de projetos.

----- ----

5-Escolha temática ---- 6-Pesquisa de campo ---- ---- 6.1-Aplicação do primeiro questionário público em geral

----

6.2-Análise do questionário ---- 6.3-Aplicação de entrevista ---- 6.4-Observações assimétricas (informal) da vida real no local de uso do produto

----

6.5-Visitas a lojas do segmento de moda praia na cidade de Balneário Camboriú

----

6.5- Análise do questionário 6.6- Aplicação do segundo questionário

----

7-Portifólio da coleção ---- 7.1-Release da coleção ---- ----- 7.2-Cartela de cores aviamentos e tecidos.

-----

7.3-Definição de público-alvo segmento e conceito

-----

8-Entrega do projeto para orientadora

------

Apresentação ------ 9-Geração de alternativas ------ 10-Escolha das alternativas ------ 11-Modelagem /Modelo volumétrico

------

12-Testes e adequações/ modelo final

------

13-Ficha técnica/ modelo final e Composto mercadológico

------

14-Entrega Final ----- Quadro 4: Cronograma geral Fonte: Molin, 2006

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Design

“O design é tudo aquilo que torna uma coisa cotidiana mais usável ou desejável”,

afirma Carelli (2004, p. 84). Definir design é algo muito complexo e até mesmo contraditório,

pois sua importância evoluiu no decorrer dos anos e dos surgimentos de novas necessidades.

No princípio, o design era sinônimo de transformação de produtos recém lançados em

artefatos agradáveis, ou seja, maquiagens dos produtos, somente eram responsáveis pela

estética. E seu surgimento deu-se pela necessidade de diferenciar produtos dos concorrentes

quando começou a produção em escala industrial.

Santos (2000, p. 12) afirma que:

O papel do design comumente atribuído ao processo de design o de “maquiador de produtos” -mais uma vez se mostra completamente ineficiente, fazendo com que as organizações passem a repensar o design de produtos como um processo fundamentalmente importante e um fator crítico para o seu sucesso, dentro de uma abordagem que poderíamos definir como gestão estratégica do design.

Atualmente o design possui uma definição muito mais ampla e significa um domínio

que se manifesta em diversas áreas do conhecimento e está presente no cotidiano das pessoas,

ele visa inventar algo novo com uso da criatividade para suprir as vontades das pessoas, é

voltado para o futuro para prever o que as pessoas vão querer comprar e como vão querer, ou

seja, o que elas vão desejar e sonhar. Necessita ser inovador para poder suprir as necessidades

das pessoas. O design está direcionado a estética e para a beleza, a formas harmônicas e

desarmônicas que atraiam os olhares e aguce os sentidos, que cause um sentimento uma

reação, pois deve refletir emoções.

Está presente em todo o desenvolvimento do produto, e não somente em sua estética.

Afirma Vieira (2004) que:

O design se destaca como um dos principais fatores para o sucesso de uma empresa, desde o desenvolvimento de produtos e serviços até sua comercialização, por meio da otimização de custos, embalagens, material promocional, padrões estéticos, identidade visual, adequação de materiais, fabricação e ergonomia. Além disso, também é um fator essencial de estratégia de planejamento, produção e marketing.

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Diante desta afirmação é possível verificar o amplo e importante papel que o designer

possui dentro de uma organização, pois além dos fatores acima mencionados é possível dizer

que o design é uma ação que desenvolve produto com o objetivo de torná-lo mais competitivo

no mercado, atraente aos clientes através de sua função e estética, integrada com as

necessidades e desejo dos mesmos, e viáveis a empresa.

Dentro deste contexto Santos (2000) diz que:

O processo de design tem se transformado, cada vez mais, em um dos principais diferenciais de qualidade que um produto ou empresa podem ter, gerando vantagens competitivas, valores agregados e melhor posicionamento de produtos e marcas com relação aos seus competidores no mercado.

Estas afirmações relatam a atividade de design estando ligado diretamente com a

qualidade final do produto, fator este muito importante dentro de uma economia globalizada.

Observando as informações até então mencionadas, é possível fazer uma conexão do

design com a moda, pois já que esta última encontra-se no mesmo patamar do design, uma

vez que ela é uma expressão estética e está presente em diversas manifestações, seja no

mobiliário ou no vestuário, ou como afirma Lipovestsky (1989, p. 24) nos gostos e nas idéias.

Possui também, como uma de suas finalidades desenvolverem produtos atraentes para atender

as atuais e futuras necessidades específicas de clientes potenciais, sendo elas funcionais e

emocionais.

De acordo com Jobs (2004, apud CARELLI, p. 86) o design é a alma das criações

humanas. Este autor afirma então que o design é o principal responsável pela criação de

produtos consumidos pelo homem, de modo geral seja ela uma cadeira como ilustra a figura

05, ou um vestuário como ilustra a figura 06.

Figura 5: Poltrona Lago, da Driade, design do francês Philippe Starck Fonte: site revistacasaejardim.globo.com

Figura 6: Vestuário da marca Rosa Chá. Fonte: site modaeconsultoria.com.br

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3.2 Moda

Ferreira (1989, p. 368) afirma que “moda é o uso, hábito ou estilo geralmente

aceitável, variável no tempo, e resultante de determinado gosto, meio social, região entre

outros”. Esta afirmação define a moda de uma maneira ampla e com uma sistemática

renovação.

Joffily (1997, p. 27), no entanto defende que “moda é o fenômeno social ou cultural,

de caráter mais ou menos coercitivo, que consiste na mudança periódica de estilo, e cuja

vitalidade provém da necessidade de conquistar ou manter uma determinada posição social”.

Esta autora, porém define a moda como sendo um reflexo social e histórica das civilizações, a

maneira de se expor ao mundo com uma nova pele. Transmite uma informação sobre a pessoa

individualmente e sobre a cultura, estando ligada principalmente à distinção de classes

sociais, hierarquias, status e comportamento.

É possível afirmar através das observações sobre a moda atual que ela é um desejo

massificado, lúdico e efêmero, que possui um pequeno período de duração, pois está ligado

com a mudança e renovação. É arte, ou seja, uma forma de expressão de sentimentos e estado

de espírito desempenha a função de provedora de prazer estético e afeta em diversas áreas.

Dentro deste contexto Lipovestsky (1989, p. 24) diz que a moda está presente no mobiliário e

nos objetos decorativos, na linguagem e nas maneiras, nos gostos e nas idéias dos artistas e

nas obras culturais.O autor afirma ainda que “Moda é um dispositivo social caracterizado por

uma temporalidade particularmente breve, por reviravoltas mais ou menos fantasiosas,

podendo por isso, afetar esferas muito diversas da vida coletiva e é o vestuário por excelência

a esfera apropriada para desfazer o mais exatamente possível a meada do sistema da moda”

conclui o autor.

Com base nestes posicionamentos é possível dizer que a moda é mutável e está

presente em todas as manifestações humanas, pois está diretamente ligado a comportamento,

atitude, contexto histórico e social; encontrada nos produtos como aviamentos, vestuário,

acessórios, calçados e jóias.

Sendo a moda responsável por desenvolver produtos atraentes para determinados

públicos, que possuam formas, funções e linguagens adequadas às desejadas pelos mesmos.A

moda encontra no design o processo mais eficaz de desenvolvê-los.

É possível alegar que moda e o design caminham juntos com mesmos propósitos, pois

suas funções pretendem atender as necessidades humanas com graus de importância às vezes

distintos. De acordo com afirmações de Baudot (2000) a moda está fortemente ligado a

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expressão estética e a conceitos multiformes de um produto Carelli (2004) alega que o design

está associado à excelência da função ou seja a usabilidade,que atenda a uma necessidade de

mercado.

A atual realidade do mercado é globalizada como afirma De Masi (2000) ao dizer que

a vida inteira é globalizada, pois o mundo inteiro escuta as mesmas canções, assiste aos

mesmos filmes e tende aos mesmos consumos.

Diante destas afirmações é possível dizer que com um mercado composto por diversos

concorrentes mundiais, com uma infinidade de produtos, somente a excelência da função, da

qualidade, dos processos produtivos ou a estética não são elementos suficientes para se

manter ou conquistar novos mercados. E necessário que haja uma união destas vertentes e é

neste contexto que o design e a moda unem-se fortemente podendo então ser escrito através

da expressão design de moda.

O profissional que atua na área de design de moda possui além da função segundo

Vieira (2004) de tornar o produto mais atraente para o cliente através de seus formas, e apelos

de marketing, mais usáveis através da ergonomia, e mais rentáveis para empresa devido à

metodologia de projeto, técnicas e ferramentas que diminuem a margem de erro e direcionam

a criação de uma forma organizada facilitando o cumprimento de prazos, possui a missão de

associar a vontade de criar com a necessidade de produzir.

3.3 Vestuário

Soares (1944) define vestuário, como sendo um conjunto das peças de roupa que se

veste: traje, ou seja, um vestuário habitual.

O vestuário evoluiu com o tempo e decorrer da historia, e segundo Lipovestsky (1989,

p. 24) é o vestuário por excelência a esfera apropriada para desfazer o mais exatamente

possível a meada do sistema da moda. É possível através de observações dos vestuários das

pessoas, coligar a época, contexto histórico, sociológico e sentimentos das pessoas que os

vestiam, assim como também identificar a mudança das linguagens dos vestuários. Motta

(1998) diz que a roupa não revela tão somente um saber coletivo social, tradicional, numa

sociedade complexa marcadamente individual, a roupa é capaz de revelar algo a respeito da

subjetividade do individuo que o usa.

De acordo com Embacher (1999, p. 27) a história da vestimenta pode nos fornecer

uma visão panorâmica da importância que o vestuário assumiu ao longo do tempo e de como

a cultura predominante em cada momento o influenciou.

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A respeito da vestimenta dos idosos, ou seja das pessoas com mais idade no decorrer

dos tempos, é possível detectar de acordo com Gonçalves (2002, p. 157) que foi somente a

partir da década de 60 que começou a existir tendências de roupas direcionadas para o público

jovem e outra para o público de meia – idade, e afirma ainda que, quem ousasse desrespeitar

essa regra acabava sendo mal visto na sociedade, pois até então as roupas usadas pelos jovens

e pessoas de mais idade não possuíam bruscas diferenças.A figura 07 representa a roupas

utilizadas pelas jovens na década de 60.

Fazendo uma viagem no tempo, até o inicio dos povos antigos, a vestimentas eram

usadas de modo geral para três finalidades principais como relata Embacher (1999, p. 28) ao

dizer que eram usadas para proteção,pudor e enfeite.

No entanto, com o desenvolvimento das civilizações, as vestimentas passaram a

possuir significados muito mais profundos, pois na antiguidade clássica os gregos e romanos,

de acordo com Embacher (1999, p. 29) suas vestimentas procuravam realçar a beleza das

formas humanas, com pequenas distinções sociais, já na Idade Média, com sua estrutura

feudal fechada e hierárquica, as vestimentas já representavam a mentalidade da época

caracterizada pelo estilo gótico, e foi justamente nesta época, na segunda metade do século

XIV com a ascensão da burguesia, que as roupas masculinas e femininas adquiriram novas

formas, e surge o que se pode chamar de “moda”. Dentro deste contexto afirma ainda

Embacher (1999, p. 35) que se no início do século as roupas pareciam expressar a

personalidade do homem e até suas fantasias, agora na Idade Média dão as pessoas à

aparência de membros de uma casta aristocrática, tornando assim a vestimenta elemento de

extrema importância para a distinção social, constituindo de um sinal de privilégio. A tradição

até então é elemento de extrema importância, sendo as pessoas de mais idade possuidoras de

Figura 7: Jovens anos 60 Fonte: site folha.uol.com.br

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valorização e idolatria pelos seus conhecimentos e experiências, responsáveis por passar a

diante a cultura já pré-estabelecida.

No entanto, o autor diz que foi entre os séculos XVIII-XIX, com a revolução

industrial, movimento que representou a vitória do capitalismo como força de produção

econômica, que ocorreram várias rupturas a respeito do vestuário. É neste momento que se

desencadeia uma ruptura com o passado, o “velho” desmorona e “novo” ganha espaço. Neste

momento os trajes femininos, em particular, sofreram com maior nitidez rompimentos com o

passado, pois com o novo estilo de vida não podiam mais vestir trajes tão elegantes e pouco

práticos. Assegura o autor que foi neste momento que o esporte tem forte influência sobre o

vestuário, devido à tendência do uso de trajes informais. É possível perceber que neste

momento histórico a cultura jovem começa a plantar suas sementes, e inicia a desvalorização

da imagem do idoso.

Entre os anos 1900 a 1914, segundo Baudot (2002) as pessoas começaram a entrar em

automóveis e entregar-se ás delícias da vida ao ar livre. E foi partir deste momento que a

moda começa a mudar constantemente. E se as mudanças representam a própria moda como

afirma Palomino (2003), é neste momento no século 20 que a dinâmica da moda muda com

inúmeras diferenças, é possível dizer que os avanços tecnológicos nas áreas da comunicação

contribuiram imensamente para esta nova realidade.

Foi no final dos anos 50 e inicio dos anos 60, como dito no início do texto, que as

vestimentas dos jovens realmente se distanciaram drasticamente das utilizados pelos mais

velhos, segundo Embacher (1999) que foi nesta ocasião que as moças já demonstravam uma

tendência para a moda própria fugindo dos modismos de suas mães. De acordo com Palomino

(2003) a entrada do elemento jovem no mercado, com a independência sexual obtidas com o

advento da pílula anti-concepcional, mudam a estrutura da moda.

Baudot (2002) diz que é neste momento que a juventude é vivida como uma entidade,

dotada de poder de compra e de um mercado que lhe é próprio, é necessário ser e parecer

jovem. É, no entanto como atesta Embacher (1999) nos anos 90 que as pessoas começaram a

sofrer fortemente com a idéia que um dia irão envelhecer.

Se observar o sistema de moda vigente atualmente é possível perceber que estas

correntes ainda possuem uma grande influência na maneira de se pensar sobre a moda. Motta

(1998) diz que as idades da vida estão representadas nas roupas, e parecem marcar

todas as passagens em nossa sociedade. E afirma a autora que:

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A roupa de pessoas mais velhas é uma roupa discreta, neutra, não há exageros estilísticos, não há fofos e babados e modismo. O corte e a padronagem dos tecidos são discretos e tradicionais, nada de transparência e decotes e nada que adere ao corpo.É uma roupa embora feminina , onde a sedução e a tensão erótica ,estão ausentes, é uma roupa neutra, linha vertical, saias retas.Nada pretende a acentuação das curvas femininas antes disfarçam.

A autora conclui ainda que a roupa, como o resto de toda a aparência das mulheres

idosas, está absolutamente fora de moda. Não é questão de estar fora de moda, é como se

estivessem à parte da moda.

No entanto, afirma Gonçalves (2002) que na moda atual, felizmente, não existe mais

preconceitos com a idade, o que define o que pode ou não pode ser ideal para cada faixa etária

é o tipo de corpo e as atividades sociais e profissionais.

O site Webfashion diz que a moda tem mostrado no decorrer da historia sua vocação

para a mudança e para quebra de paradigmas. Certamente a moda para a terceira idade ou seja

mulheres com mais idadeé um paradigma que precisa ser quebrado como ilustra a figura

número 08 que exemplifica um estilo de roupa adotado por algumas mulheres destepúblico

em um desfile de moda.

Uma iniciativa sobre a questão de produtos e serviços destinados ao público em

questão, segundo o site Webfashion, é o “Encontro do poder grisalho”, como ilustra a figura

numero 09 este evento está no seu 5º ano e no ano de 2005 abriu pela primeira vez espaço

para a moda com este foco, este evento ocorreu nos dia 19 a 22 de maio de 2005 em São

Paulo, com o objetivo principal de mudar o padrão estético da moda para mulheres mais

velhas, pois de acordo com o site Webfashion, há bem pouco tempo se acreditava que

Figura 8: Idosas na passarela Fonte: uol.com. br

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principalmente para os idosos, a moda era assunto para gente jovem, porém atualmente

constitui-se em um nicho interessante e que deve ser bem aproveitado.

Estas visões a respeito da moda para mulheres mais velhas, incitam a pensar sobre a

atual realidade dos produtos destinados a idosos, e conseqüentemente a maneira como estão

atualmente consumindo, e principalmente como daqui para frente vão se comportar.

3.4 Linha do tempo: Segmento de moda praia

Como abordado anteriormente o segmento de vestuário destinado às mulheres com

mais idade já está despertando para este novo nicho de consumidora. Neste contexto a de

moda praia, é um dos mais importantes do Brasil; muito promissor em um contexto nacional e

internacionalmente.

De acordo com Feghali e Dywer (2001) a moda praia tornou-se um dos segmentos

mais admirados e explorado pelo mundo. Afirmam ainda que se há uma roupa nacional

reconhecida lá fora, como sinônimo de beleza qualidade e originalidade, essa roupa é o

biquíni. “A cultura da praia nos dá a dianteira em relação a outros países”.

Para que se possa compreender melhor este segmento, atualmente, torna-se necessário

que se observe sua evolução do decorrer dos tempos.

De acordo com a Revista Textília (2005), as informações que se tem, sobre o motivo

pelo qual as pessoas começaram a tomar banho de mar, está relacionado com a saúde.Na

Figura 9: Encontro do poder grisalhoFonte: site webfashion

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segunda metade do século 19, as mulheres da alta sociedade banhavam-se no mar como se

fosse extensão dos tratamentos de spa.

Sobre o aparecimento das primeiras roupas de banho Gonçalves (2002), diz que os

romanos já usavam duas peças para praticar esportes conforme figura 10, porém, só se têm

relatos sobre o surgimento do maiô de duas peças em 1946.

Figura 10: Mosaico da antiguidade Fonte: informefashionbrasil.terra.com.b

Dentro deste contexto Preitas (2005) diz que, somente no início do século XIX quando

os esportes começaram a ganhar popularidade, especialmente a natação, as pessoas

começaram ir à praia. Surgiu então, a necessidade de se criar um traje para as mulheres se

banharem em piscinas e praias. Esses trajes eram compostos por um "calção" até o joelho,

uma túnica, uma capa longa amarrada nos ombros, meia e sapatos como ilustra figura 11.

Na década de 20 o estilista francês Jean Patou, de acordo com Garcia (2005) se

destacou na linha "sportswear" e revolucionou os trajes de banho e da moda praia. O site

informefashionbrasil diz que ele renovou a malharia da época, assim como a roupa de praia, e

levou manequins norte-americanas bem altas para desfilar suas coleções, o que não era hábito

Figura 11: Primeiras roupas de banho Fonte: informefashionbrasil.terra.com.br

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comum na época. Garcia (2005) afirma ainda, que Patou teve a sensibilidade de perceber que

seu trabalho se beneficiaria se ele se preocupasse em usar tecidos cada vez mais adaptáveis

aos modelos que queria criar.

Gonçalves (2002) complementa que Jean Patou foi o primeiro costureiro a abrir uma

loja especializada em roupas de banho em 1924, na cidade de Deauville, um elegante

balneário Francês.

Neste momento histórico na década de 20, de acordo com Gonçalves (2002), estar

bronzeada já era moda, e surge a primeira loção para peles delicadas se exporem ao sol.O

“Huille de Chaldée” ,criação de Patou. Nos anos 30 surgiu o maiô de duas peças, conhecido

por “maillot de bain”, pouco recomendado para mocinhas de boa família.

O biquíni como se conhece hoje afirma Preitas (2005) só foi apresentado ao público

em 1946, por Louis Réard, em Paris. O parisiense Jacques Heim reclama a autoria. Não se

sabe ao certo a legitimidade da invenção. Sobre o assunto Beltrão (2004, p.8) diz que:

O biquíni foi inventado pelo Francês Luis Reard, um engenheiro mecânico desempregado que cuidava do ateliê da mãe, o traje dividido em duas peças, que revelam mais do que cobrem o corpo, caiu como uma bomba para a sociedade do pós-guerra. Por volta dos anos de 1946, e como não poderia de ser diferente, foi batizado de biquíni, nome da ilha que os EUA estavam utilizando para testar suas devastadoras bombas atômicas.

Preitas (2005) diz ainda que a precursora desta nova invenção foi à dançarina de

Cassinos, Micheline Bernerdini, nas piscinas públicas de Paris como mostra a figura número

12, a qual ganhou fama pelo feito e as fotos da controvertida invenção ganharam as primeiras

páginas dos jornais.

De acordo com Preitas (2005) o novo traje era muito devastador e fez com que poucas

mulheres tivessem a coragem de exibir-se usando o biquíni. No início somente Micheline

Benardini, conforme figura 12, que se apresentava nua em espetáculos musicais noturnos,

teve coragem de exibí-lo.

Figura 12: Micheline Bernardini dentro do primeirobiquíni, em 1946 Fonte: Folha.uol.com.br

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A arrebatadora invenção, de acordo com Beltrão (2004, p. 9) pode ser considerado

despudorada e ofensiva à moral e aos bons costumes, foi proibida em vários países da Europa;

a até o Vaticano divulgou um comunicado condenando a invenção. Nos EUA correntes de

decências pressionaram os estúdios de cinema a evitar aparição nas telas, de atrizes utilizando

traje tão indecente.

Na década de 50, de acordo com o site cena urbana, eram os concursos de Miss que

apresentavam as tendências do verão. Segundo o site informe fashion brasil, foi nesta década

que os biquínis passaram a entusiasmar as francesas e uma delas em especial seria a

responsável por esse entusiasmo - a atriz Brigitte Bardot, cujo corpo escultural era ainda mais

valorizado com o novo modelo. Mas, seria preciso mais uma década para que o biquíni

realmente decolasse.

No Brasil, segundo Beltrão (2004) as vedetes Carmem Verônica e Norma Tamar

foram às precursoras no fim da década de 50, exibindo-se na praia de Copacabana. Na figura

13 é possível visualizar os modelos de biquínis utilizados nos grandes centros nesta década.

No entanto esta ousada invenção de acordo com Preitas (2005) só se popularizou na

década de sessenta devido à revolução sócio-cultural que acontecia no mundo, entre elas o

surgimento da pílula anticoncepcional e a eclosão da liberação feminina. Com as mulheres

buscando sua independência, o biquíni era uma forma de expressar a liberdade

Foi no Brasil, país de mulheres portadoras de curvas estonteantes, com vastos

quilômetros de praias, com clima tropical e povo caloroso, que a ousada invenção encontrou a

total harmonia para sua aparição. Coube a brasileira Elvira Pagã, segundo Galvão, (2003),

Figura 13: Biquínis década de 50 Fonte: cenaurbana.com.br

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vedete paulista radicada no Rio de Janeiro, a qual possuía inigualável beleza, as primeiras

aparições do traje na praia de Copacabana, o que atraia muitos olhares, tanto da platéia

masculina como de crianças curiosas que gostavam de observá-la.

Galvão, (2003) afirma ainda que em meio à ditadura militar instaurada em 1964, o

biquíni já tinha conquistado várias adeptas, chegou a ser proibido no país por decreto do então

presidente Jânio Quadros. Porém, tal repressão não vingaria muito tempo e no final da década

de sessenta a ousada Leila Diniz ( atriz), grávida, foi à praia de Ipanema, usando biquíni, feito

este de grande controvérsia. Foi o primeiro registro de uma mulher grávida que expunha sua

barriga usando biquíni.Os biquínis foram gradualmente tornando-se uma prática popular no

país. Segundo Beltrão, (2004) o famoso traje de banho brasileiro foi alvo de inspirações de

músicas como: “Garota de Ipanema” - homenagem às moças de corpo dourado através da

musa da época,Helô Pinheiro, que encantou o poeta Vinicius de Morais ao desfilar, ‘cheia de

graça”, a caminho do mar .

Sobre o assunto, Galvão (2003) nos diz que:

Vinte e seis anos depois do Francês Luois Reard o inventor dos biquínis a partir dos anos setenta, a modelo Rose Di Primo, considerada o maior símbolo sexual brasileiro da época, reinventou o biquíni em Ipanema. Base da improvisação, em meio sem querer, ela cortou aqui a cola, criando a “tanga”, uma estreitíssima faixa de pano abaixo da cintura, em forma de V. A tanga, a versão mais sumaria do biquíni, foi vista pela primeira vez na Europa durante a década de cinqüenta.A tanga evadiu as praias do Rio para seguida conquistar praias brasileiras e depois o planeta.

De acordo com Galvão (2003), após o surgimento da tanga no Brasil foi que o país

começou efetivamente a ser considerado o maior representante do biquíni mundialmente e,

sua imagem começa a ser exportada em catálogos turísticos.

É preciso ressaltar ainda, de acordo com Galvão (2003) que várias formas de roupas

de banho conviviam nas areias cariocas na década de sessenta - o "duas peças", modelo para

as mais senhoras e o chamado "engana mamãe”, como ilustra a figura 15 tendo na frente à

modelagem de um maiô sendo as costas reveladas como um biquíni. E também o famoso

maiô americano Catalina, como mostra a figura 14, o "maiô das misses", representado até

hoje no Brasil com exclusividade pelo Grupo Águia, fundado em 1937.

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Foi através da beleza da mulher brasileira que se fez a passagem da moda para a mídia

e do Brasil para o mundo. A mulher brasileira se torna um dos maiores trunfos do país, depois

do samba e do futebol, como celebra o clichê turístico, afirma Palomino (2003).

Porém, segundo Galvão (2003) em meio a este jogo de esconder e revelar começa a se

proliferar as confecções de beachwear no Rio de Janeiro e algumas cidades do Nordeste.

A partir dos anos noventa, os tecidos com inovações têxteis começaram a aparecer

cada vez mais rápido.Várias empresas começaram a despertar para a real importância deste

mercado nacional e mundial e marcas importantes começam a surgir, no entanto, ao procurar

atualmente empresas que destinam maiôs e biquínis para mulheres com mais idade é possível

encontrar uma lacuna com uma grande oportunidade de mercado.

3.5 Público alvo: mulheres maduras

Nos últimos anos começou a se ouvir falar mais freqüentemente sobre o fato das

pessoas ficarem mais velhas, ou seja, sobre o aumento do considerável número de pessoas

com idades superiores há 50 anos. São reportagens de televisão, diversas revistas, jornais e

sites que discutem e refletem sobre a atual imagem, e importância social das pessoas que

estão passando a viver cada vez mais e melhor.

A respeito da denominação, ou seja, aos termos com os quais se podem designar as

pessoas que já passaram da fase da juventude e antes mencionada como somente “velhas”, é

plausível dizer que se encontra em ampliação, pois é possível verificar a presença de diversas

denominações como afirma Néri (2000, p. 7) ao dizer que entre as denominações mais

Figura 14: Maiô Catalina 2005/06 Fonte: Catalina.com.br

Figura 15: Maiô engana mamãe Fonte: Folha.uol.com.br

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comuns podemos lembrar: adulto maduro, idoso, pessoa de meia idade, maturidade, idade

madura, maior idade, melhor idade, idade “legal”, de mais idade e o mais comum terceira

idade, (termo estabelecido pela ONU, que aos 60 anos de idade demarca o início da velhice

nos países em desenvolvimento e 65 anos nos países desenvolvidos, o Brasil adota esta

denominação), porém as pessoas têm pavor de ser chamadas de velhas ou idosas. O

aparecimento da expressão Terceira Idade deu margem a ações de marketing que consideram

o surgimento de um novo mercado para os produtos do mundo capitalista pós-industrial. No

entanto para o projeto foi escolhida a denominação “madura”, pois possibilita uma maior

abrangência de faixa etária e representa de uma maneira positiva, o fato de ser mais velhas.

A grande parte das pessoas atualmente ainda referem-se à velhice como algo que está

longe delas que preferem evitar ou desconhecem, pois estes termos remetem preconceitos em

relação à velhice que se expressão por reações de afastamento, desgosto, ridicularização e

negação, além disto, a velhice está vinculada à idéia de incapacidade.

No entanto, é perceptível que estão surgindo modificações de pensamentos, atitudes e

importâncias sociais em relação às pessoas que estão ficando mais velhas. Afirma Néri (2000,

p. 8) que a respeito deste tema é possível dizer que é muito comum, hoje em dia as pessoas

dizerem que “velhice não existe” e que “velhice é um estado de espírito” ou que a vida

começa aos 40 anos.

Observa-se que a passos lentos esta realidade vem se modificando, pois com as

mudanças de hábito de vida desta faixa etária proporcionaram o surgimento de novos

conceitos.

O idoso atualmente vive em uma sociedade menos preconceituosa do que a tempos a

trás e este fenômeno proporciona uma mudança de hábito de vida. Eles estão ficando mais

saudáveis, com uma vida sexual mais ativa e satisfatória, fato este impulsionado com os

avanços da medicina com os compridos contra a impotência sexual, dos cosméticos que

proporciona uma aparência jovem torna-os mais atraentes e desejáveis por mais tempo, e

afirma Pinheiro (2005) que a internet também ajudou imensamente, pois proporcionou mais

opções de relacionamento das pessoas divorciadas, solteiras ou viúvas, pois são diversos sites

de procura de pares.

Os que possuem mais tempo livres estão viajando, participando de bingos e programas

direcionados a eles.

Mediante estas informações é possível verificar que estas ações estão proporcionadas à

mudança do perfil das mulheres maduras. Outro aspecto que se observa hoje é que as pessoas

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cada vez mais aparentam ter menos idade, do que se via antigamente, ou seja, a estética e

aparência das pessoas com mais idade está se modificando.

3.5.1 Estética, a aparência das pessoas com mais idade

Estética segundo Sacconi (2001) significa beleza das formas, harmonia.Com o avanço

da idade várias modificações físicas ocorrem, a aparência e estética se modificam.

De acordo com Santos (2000) biologicamente o envelhecimento caracteriza-se por ser

um processo natural, dinâmico e progressivo.

As mudanças ocorridas com o envelhecimento de acordo com Cardoso (2002) são:

perda da elasticidade da pele devido à perda de suporte subcutâneo, aparecimento de rugas,

diminuição da força de 25% a 30% diminuição da massa muscular, cabelos brancos,

diminuição da acuidade visual. Há uma diminuição da mobilidade das diversas articulações,

redução da estrutura, redução da caixa torácica e diminuição do funcionamento do aparelho

locomotor e do equilíbrio. Os sistemas internos funcionam de maneira menos eficientes com

alterações metabólicas, diminuição da capacidade pulmonar, da produção hormonal,

enrijecimento de cartilagens e artérias, diminuição das funções hepáticas entre outras

modificações, no entanto é importante ressaltar que as mudanças físicas vindas com o

envelhecimento, afirma Cardoso (2002) é um processo individual e se desenrola durante a

vida, com aprendizagem e mudanças sucessivas e cumulativas.

Através da figura 16, que ilustra a atriz Brigitte Bardot aos 20 anos e na figura 17 com

70 anos, é possível verificar as mudanças físicas ocorridas com o envelhecimento.

Figura 16: Brigitte Bardot aos 20 anos Fonte:site bbc.co.uk

Figura 17: Brigitte Bardot aos 70 anosFonte:site bbc.co.uk

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E são essas mudanças físicas ocorridas com o envelhecimento que levam as pessoas a

rejeitá-la, pois afirma Cardoso (2002) que “a exagerada valorização do corpo jovem resulta do

apreço pela eficiência na produção e pela força física”, assim como o corpo do velho, não se

insere no padrão de beleza vigente.

Atualmente o que se percebe é a aparência estética e a saúde das pessoas com mais

idade estão modificando-se. Este fenômeno é devido a um momento da história em que as

preocupações com a estética corporal são intensas e permeiam fortemente o imaginário e o

cotidiano de todas as pessoas, e em especial esta faixa etária.

Novas tecnologias possibilitam alterações no formato do corpo, pois tem-se

atualmente um cenário diferente de anos atrás. O que possibilitou esta mudança foi o

desenvolvimento da medicina em especialidades como a geriatria e, os avassaladores métodos

de rejuvenescimentos que incluem cirurgias plásticas.Os tratamentos estéticos como afirma

Pinheiro (2005), estão sendo mais utilizados, pois evitam as cirurgias plásticas e auxiliam com

eficiência as rugas e á flacidez facial em um curto período de tempo. Tratamentos estes como

peeling a laser, injeção de colágeno entre outros e cremes que prometem a eterna juventude.

O corpo das pessoas com mais de 50 anos estão se modificando, pois estão praticando

mais ginásticas, esportes e cuidando com a alimentação.

Asseguram Popcorn e Marigold (1997, p. 297) que há anos, as pessoas pareciam

velhas, elas usavam ternos, chapéus e luvas até mesmo no verão. Hoje em dia se vivencia a

presença de pessoas com idades superiores á 60 anos e que são considerados símbolos de

sensualidade como Sean Connery, Paul Newman, Antônio Fagundes, Raul Cortez (todos

atores) entre outros que fazem sucesso com as mulheres de várias idades

3.5.2 Ter mais idade atualmente

O que se observa atualmente é que as pessoas que se encontram com idades superiores

a 50 anos querem se afastar da imagem construída a anos pela sociedade ocidental moderna

de que a velhice é sinônimo de incapacidade, tristeza, solidão e feiúra.Eles almejam pelo seu

espaço na sociedade, alguns optam por esconder a idade através da utilização de roupas

utilizadas por jovens como afirma Popcorn e Marigold (1997, p. 290) ao dizer que agora

estamos vendo uma série de anúncios de moda para mulheres maduras que mostram

minissaias xadrezes pregueadas ou tênis com ponta de borracha, outros não escondem a idade

assumem que não são mais jovens porém pessoas maduras experientes que possuem

qualidades que só o tempo pode trazer Néri (2000, p. 10) diz que estas qualidades são frutos

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da experiência que tornam as pessoas mais prudente, pacientes,tolerantes e bons ouvintes,

assim como o gosto por ensinar o que aprendeu ao longo da vida e a preocupação com o bem

estar dos outros. São aquelas pessoas que assumem seus cabelos brancos com muito orgulho

como mostra a figura 18.

Figura 18: O novo estilo de vida da terceira idade Fonte: Site zipsaude.com.br

Verifica-se que são duas vertentes até certo ponto opostas, porém com um mesmo

propósito “uma nova imagem do idoso na sociedade”. Estas pessoas não aceitam mais serem

desvalorizados ou serem denominados de maneiras pejorativas, querem e estão exigindo uma

maior valorização. Estas mudanças de pensamentos garante Cardoso (2002, p. 78) estão

influenciando a maneira com que conduzem as modificações da imagem que as pessoas com

mais idade tem de si mesmas diferindo de um indivíduo para outro.

Ser uma pessoa com mais idade, madura, entre outras denominações, atualmente é

fazer parte da sociedade, é cuidar da saúde e do bem estar físico, estético e mental. Em alguns

casos principalmente em países mais desenvolvido, é possível dizer ainda que éter uma vida

sexual ativa e uma ocupação profissional.

No entanto, é importante ressaltar que esta realidade é percebida com maior facilidade

pelas pessoas de classe social um pouco mais elevada, pois está ligada com as influências do

meio ambiente. Em se tratando de Brasil, é observado que ainda não se adaptou as essas

grandes mudanças ocorridas e o idoso está longe de sentir-se efetivamente integrado a tais

mudanças. Cardoso (2002, p. 82) conclui que não restam dúvidas de que a sociedade deve se

preparar para modificar seu comportamento em relação ao idoso, respeitando-os e procurando

soluções objetivas para seus problemas, pois a imagem e estilo de vida deste público

atualmente e daqui a alguns anos possivelmente irá se modificar.

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3.5.3 A imagem das pessoas maduras nas sociedades modernas e a mídia

A sociedade moderna se caracteriza pela valorização da juventude com a associação

do belo, busca incessantemente pelo novo, conceitos de acordo com Almeida (1998, p. 39)

fundamentadas nas esteiras da revolução Industrial onde a velhice passou a ser marginalizada

e significar degeneração, decadência, não apresentando certos atributos típicos das idades

mais jovens, menos agilidade, destreza, força, vigor, equilíbrio, tônus muscular caracterizando

sem serventia, já que não podem mais efetivamente contribuir na rotina de trabalho.

Estes conceitos perduram até hoje e prejudicam a imagem dos idosos em nossa

sociedade. Acarretando muitos atributos simbólicos que fazem parte do imaginário social, que

reforçam a idéia de discriminação dos indivíduos envelhecidos.

De acordo com Sena (2003, p. 46) ao analisar-se a imagem do idoso nas sociedades

capitalistas,veremos que a mesma é marcada, sobretudo por significações pouco aprazíveis.

Este tipo de ação infelizmente ainda existe na sociedade atual e é o que faz com que estes

clientes sejam esquecidos no mercado consumidor de modo geral, medidas inteiramente não

condizentes com as estatísticas que apontam o crescente envelhecimento da população.

Assegura Leite (1993) que a imagem do idoso começou a ser retratada na televisão nos

anos 70 de forma negativa. Esta prática era uma constante na época onde eles representavam

menor importância e visibilidade, culminado nos anos 80 onde eram retratados na mídia de

forma desagradável e negativa.

Devido a atuações preconceituosas, as pessoas que se encontram fazendo parte da

terceira idade acabam sendo em muitas ocasiões, indesejadas, agredindo o padrão de beleza e

produção estabelecida pela sociedade, incorporando-se, dessa forma negativamente ao

imaginário social.

Ações praticadas pela mídia atualmente vigoram, propositais ou não, a imagem dos

idosos, pois fazendo uma análise nos conteúdos das propagandas e dos comerciais veiculados

em emissoras de televisão, em que, na maioria, o idoso é retratado como uma pessoa chata,

senil, ranzinza e um transtorno familiar onde se evidencia o reforço de uma imagem

profundamente negativa da velhice e, conseqüentemente, a disseminação de estigmas e

preconceitos ao envelhecimento e as pessoas que o vivem (SENA, 2003, p. 47).

Estes fatos afetam em muito, a perpetuação desta imagem negativa, pois é o marketing

comercial, uma forte ferramenta da visão que a sociedade possui hoje do universo da velhice.

Assim como a mídia, o marketing, principalmente o brasileiro, seguramente de acordo

com Gibra (1994, p. 32) desconhecem o consumidor da terceira idade e o trata através de

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esteriótipos que desatendem importantes necessidades de consumo dos segmentos de pessoas

de mais idade muitas vezes até agindo de forma que não existissem.O autor ainda observa que

os preconceitos e estereótipos associados ao idoso ainda manifesta na propaganda, através de

caricaturas pretensiosas e engraçadas.Estas associações não vão de encontro às necessidades e

realidades atuais dos consumidores com mais idade .

3.5.4 O mercado consumidor

“O mercado consumidor é constituído por todos os indivíduos e famílias que compram

ou adquirem produtos e serviços para consumo pessoa”, afirma Kotler e Armstrong (1993).

Vários meios de comunicação apontam o promissor mercado formado pelas pessoas

que se encontram com mais idade. A grande maioria dos autores argumenta que a

considerável elevação dos índices demográficos desta população está gerando um novo nicho

de mercado com um grande potencial de consumo em grande parte dos países e especialmente

no Brasil.

Afirma Veras (2003, p.6) que o Brasil é um país que envelhece a passos largos, e diz

que no início do século XX, um brasileiro vivia em média 33 anos e hoje a expectativa de

vida ao nascer dos brasileiros atinge os 68 anos. Estas informações reafirmam o significativo

mercado que está se formando, pois se as pessoas estão vivendo mais tempo, elas vão

continuar consumindo produtos e necessitaram que os mesmos sejam adequados às suas

necessidades específicas.

Dentro deste contexto, diz Parente (2000, p.90) que entre os diferentes segmentos, o

maismarcante é o formado por pessoas com mais de 60, pois,chegou a quase triplicar nas

últimas décadas e alcançado um índice bem acima da taxa de crescimento brasileira.O autor

afirma ainda que as regiões mais desenvolvidas apresentam maior percentual dos segmentos

mais velhos do que as regiões pobres. Em números seriam ,de acordo com o site Nutrinews

(2005) que existem atualmente no Brasil, 8,9 milhões de pessoas com mais de 60 anos de

idade, representando 5,2% da população total.

Diante deste rico cenário é possível verificar a imensidão de pessoas que fazem parte

da considerada terceira idade no Brasil. Os ventos soam a favor para este segmento há

expectativa de um acelerado aumento nas próximas décadas; pois as novas descobertas da

medicina e o avanço da tecnologia farão com que as pessoas adoeçam menos e contribuirão

para uma melhor qualidade de vida. As expectativas é que em um período de apenas 70 anos

(1950 a 2020), a população brasileira estará crescendo 5 vezes, enquanto o grupo etário dos

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maiores de 60 anos estará se ampliando em 16 vezes (Veras 2005).Outras pesquisas apontam

que em 2025 a população brasileira com idade acima de 65 anos representará 19%

(Nutrinews, 2005), representando de acordo com Veras (2003,p.9) 1.900 milhões de pessoas,

montante equivalente á faixa da população infantil de 0 a 14 anos.

Mediante as afirmações acima citadas não há dúvidas sobre o verdadeiro universo a

ser explorado, porém algumas questões dentro desta realidade são muito importantes, pois

como será que este novo consumidor vai ser? O quê e como ele vai querer comprar? Quais as

características que desejarão nos produtos? Entre outras diversas indagações que deverão ser

levadas em consideração, se a há o interesse de atingir este consumidor.

O site Nutrinews (2005) descreve que o idoso do novo século será um dos pivôs da

organização das sociedades e dos mercados, exigirá mais autonomia, assistências

especializadas. Exigirá ser tratado como cliente e não como doente, não aceitará viver no

ostracismo ou ser objeto de rejeição ou desprezo e não abrirá o direito de se sentir atraente e

sedutor.

Outra previsão positiva que pode ser citado sobre este assunto é de que terão muito

mais dinheiro nas próximas décadas e disposição para gastar, e vão se transformar na maior

força econômica do mercado consumidor, chegando até mesmo a tomar o lugar dos jovens

como centro das atenções nos campos político, social e econômico adverte o site Nutrinews

(2005).

Ações muito diferentes necessitarão serem efetuadas pelos empresários que atuam

neste setor, pois atualmente existe uma enorme defasagem de produtos e serviços

especializados que atendam efetivamente este consumidor, que possui características

específicas. Raramente encontra-se lojas especializadas destinadas a este público específico

assim como apelo de consumo, principalmente no campo da moda. Este setor no Brasil ainda

é muito defasado, não existe uma real e efetiva preocupação com este nicho.

Na presente realidade de mercado onde as mudanças são tantas e estão presentes em

todos os setores e esta realidade é muito contraditória, sobre este contexto afirma Néri (2000,

p.125) que mesmo nos eventos e atividades mais comuns de nossas vidas como fazer

compras, temos opções como escolher entre ir a loja mais próxima de nossas casas, fazer a

compra pela internet ou pelo telefone, ou ir diretamente a um supermercado que funcionem 24

horas todos os dias da semana.

As opções são tantas, a concorrência está extremamente acirrada e os empresários

ainda não se ativeram ao imenso mercado disponível e ávido por consumir. Porém, no mundo

globalizado onde as informações são em tempo real e vem de diferentes lugares dando

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condições de produtos oriundos de outros países chegarem e serem facilmente utilizados pelos

clientes. É necessário agir rápido e de uma forma coerente para não perder mercado para estes

concorrentes que são mundiais.

Se não forem desenvolvidos produtos para atender os nossos clientes internos

provavelmente eles irão consumir produtos estrangeiros e será perdido um significativo

mercado consumidor. Ressalta Cardoso (2002) que as empresas devem criar produtos

pensando nessa faixa etária para que não percam os consumidores que daqui a algum tempo

serão a maioria.

Nos Estados Unidos o consumidor da terceira idade já possui seu lugar estabelecido,

os empresários possuem estratégias específicas para atender estes clientes que são mais

amadurecidos, mais racionais, menos impulsivos, exigentes, criteriosos, experientes conclui

Gibra (1994, p. 32). Especialmente possuem uma característica específica que o diferencia

dos demais, eles são geralmente mais fiéis que os jovens. De acordo com Parente (2000, p.

91) o consumidor da terceira idade necessita de um atendimento mais cordial e atencioso,

maior participação do vendedor na seleção de produtos, sinalização de produtos com letras

maiores, e serviços mais personalizados.

Na moda, as idosas americanas também saem na frente, pois já existe um apelo

comercial para elas, reflexo disto foi a edição de uma das revistas mais conceituadas no

universo: a Vogue norte-americana que dedicou sua publicação de agosto de 2001 ao público

das mulheres maduras, com o tema “a edição da idade” como confirma o Ferla (2001).Diz

ainda que a decisão de Wintour, a editora-chefa da revista, foi movida menos por pesquisas de

mercado do que por instinto editorial e pelas insistências não exatamente sutil de leitoras. As

mulheres de mais de 65 anos gastaram uss$ 14,7 bilhões em roupas em 1999, quase tanto

quanto o que foi gasto pelas consumidoras de 25 a 34 anos que constituem o público alvo da

Vogue norte americana e a editora está pensando em transformar essa iniciativa numa edição

anual destaca Ferla (2001).

Dentro desta conjuntura, o profissional que atua na área de design de moda possui

como uma de suas competências a responsabilidade de detectar as necessidades dos clientes

as brechas de mercado a fim de atendê-los de forma satisfatória. O designer está diretamente

ligado com as tendências comportamentais e de consumo deve assim como os empresários,

como dito anteriormente, ater-se a esta realidade e a partir daí, desenvolver produtos para o

público mais velho que sejam mais usáveis e desejáveis, a fim de estimular o consumo.

Os produtos, especialmente os de moda, necessitam ser democráticos para atender os

diversos segmentos, pois este setor não está restrito somente a uma elite social, econômica,

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etária ou limitada a alguns segmentos da indústria. Deve atingir a todos de modo geral com a

mesma preocupação e dedicação com um conhecimento bem fundamentado que não ceda

lugar a atitudes preconceituosas e nem subestimem ao potencial de consumo de alguns

segmentos.

É importante levar em consideração as mudanças do comportamento do consumidor

com mais idade para que seja possível desenvolver produtos e serviços adequados as suas

necessidades. Afirmam Kotler e Armstrong (1993) que é imprescindível verificar os vários

fatores que influenciam o comportamento do consumidor, tais como características culturais,

sociais, pessoais e psicológicas. Os autores afirmam ainda que os consumidores maduros mais

ativos e saudáveis possuem muitas necessidades e desejos parecidos com os dos jovens. Eles

desejam parecer tão jovens como se sentem. Com este novo perfil o consumidor idoso sofre

atualmente diferentes influências que impulsionam o seu comportamento.

3.6 Materiais para moda praia

Verificado o segmento e o público alvo que se destina este projeto, e levantadas

informações que segundo Kotler e Armstrong (1993) comprovam que os consumidores

maduros estão mais atualizados de modo geral, passa-se agora a identificar os diversos

materiais, evoluções no setor e novas tecnologias para a confecção de produtos,

especificamente para moda praia, destinados a este público.

Os materiais usados para confeccionar artigos de moda praia sofreram grandes

evoluções no decorrer das décadas e do progresso da tecnologia.

De acordo com O’Hara (1989) o estilista Jean Patou, responsável pela revolução das

roupas de banho, foi um dos pioneiros a realizar pesquisas junto a indústria francesa têxtil

Bianchini-Ferier e Rodiner sobre tecidos que se adaptam a trajes de esporte e banho.

Afirma O’Hara (1989) que no final do século XIX os maiôs de natação eram

confeccionados de lã (massa de fibras fortes e flexíveis que forma o pelo de certos animais,

como o carneiro).

A partir da década de 40 segundo Leão (2003) “os maiôs começaram a ter os seus

tamanhos reduzidos. As praias deixaram de ser locais somente de diversão e campo de

atletismo, para se tornarem um local de conquistas”. Os trajes reduzidos antecipavam a

disponibilidade, como uma vitrine.

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Com a Segunda Guerra Mundial, surgiram novos materiais, e um especialmente traria

uma evolução para os maiôs da época, era a invenção do fio de “Náilon”. Assegura O’Hara

(1989) que o náilon foi o resultado de um programa de pesquisas iniciado em 1927 pelo

Wallace H. Carothes na Du Pont Compnay, no Delaware. Segundo o site cenaurbana que o

maiô de náilon afinava a cintura, realçava os quadris e ajustava-se melhor ao corpo, devido a

um franzido interno. Garante Leão (2003) que entre os tecidos sintéticos, o náilon era

preferido pela resistência, elasticidade e facilidade de tingimento.

Na década de 50 de acordo com o site cenaurbana, os maiôs de banho utilizados pelas

beldades (cujas medidas eram 90-60-90 e tornozelo 21) eram escuros e feitos de Helanca.

Conforme Galvão (2005) Helanca é a marca de fantasia de um fio enrugado e elástico da

Heberleim Patent Corporation, utilizado desde meados do século XX em tecidos que

precisam de elasticidade.

Diz Leão (2003) que foi nas Olimpíadas de Melbourne em 1956 que os maiôs de seda

com algodão estiveram bastante em evidência, conforme o autor na década de 70 que os jogos

Olímpicos de Munique em 1972 foram o trampolim para que a Lycra se tornasse um tecido

muito utilizado em roupas de natação e de banho.Galvão (2005) assegura que a Lycra é uma

fibra sintética lançada em 1958 pela indústria DU Pont de Delaware, Estados Unidos, sendo

elástica, resistente à abrasão e ao ser esticado volta à forma original.

A autora afirma ainda que:

Atualmente a Lycra é adicionada em pequenas quantidades sobe os variados tecidos de biquínis e peças de beachwear: algodão, tricô, náilon, acrílico entre outros. Lycraé o fio inteligente porque pode ser misturado a qualquer fibra natural, artificial ou sintética, adicionando os benefícios de conforto, caimento, liberdade de movimento e uma maior durabilidade. A sua importância é tamanha que não se pensa mais em Moda Praia sem pensar em Lycra. De fato Lycra faz a diferença! Devido as suas potencialidades tecnológicas, sempre aceleradas, é exigido alto nível de qualidade para os produtos que desejam ser homologados com a fibra.

Atualmente é perceptível que o segmento de moda praia possui muita tecnologia

empregada em tecidos e acabamentos como, por exemplo, biquíni que quando molhado - pela

água do mar, da piscina ou da ducha – surge uma estampa, tecidos bacteriostáticos com

propriedades UVA/AVB, corte a layser com silicone fundido, elástico líquido, isolamento

térmico entre outros. (Glavão 2005). Segundo a revista Costura Perfeita (2004) que a empresa

Rosset possui a linha F-action que possui uma composição muito tecnológica que lhe confere

maior durabilidade e capacidade de retorno, respirabilidade, transpirabilidade, proteção UV e

secagem rápida.

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São várias as pesquisas realizadas neste setor, pois algumas empresas buscam agregar

valor na confecção de seus produtos através do desenvolvimento de novas fibras pode-se citar

a Dupont (EUA) que irá produzir comercialmente, em menos de um ano, a primeira biofibra

de milho com características semelhantes à lycra, afirma o site jorplast (2005). Sobre esta

pesquisa é importante destacar as questões ambientais que envolvem a produção de tecidos

sintéticos já que a fibra mais usada para desenvolver produtos destinados à moda praia faz

parte desta classificação é importante que se atenha a este detalhe, principalmente se há o

interesse de exportação.

Segundo a revista ITT1 (2005) os tecidos que farão parte do book de tecidos para verão

2007 são:

• Jérsei opaco nos temas Folk, crochê e jeans.

• Lenatex Praia estampado.

• Miame.

• Lycra opaca.

• Light.

• Lycra Praia.

• Fandi crochê de micro Amni.

• Jacquard com fundo colorido.

• Lycra Matt.

• Lycra Quite.

No entanto é necessário definir os rumos de cada coleção de moda, seus recursos e

objetivos pra uma melhor escolha de matérias prima.

3.7 Coleção de moda

O conceito de coleção de moda a qual conhecemos hoje sofreu várias modificações no

decorrer do tempo.

Segundo Treptow (2003) até a metade do século XIX não existia a profissão do

criador. As roupas eram confeccionadas por artesões que seguiam as instruções de quem

encomendava. Era uma relação de cliente e executador. Foi na década de 1850 com o

surgimento do estilista Charles Worth que se começou a criar o conceito de coleção de moda, 1ITT International Textiles Textília.Moda praia –Book de tecidos 2006.ano IX, 57,ago./set. 2005.

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em que havia cliente e criador. Afirma Vincent-Ricahd (1989, P.56) que foi a partir da

chegada de Worth e o seu conceito de criador, o qual permitiu que as linhas da moda se

tornassem bem mais rigorosas e evoluírem com rapidez, ao ritmo das mudanças de estação.

No entanto, o primeiro registro sobre lançamentos de coleção de moda está ligado

segundo Treptow (2003, p. 41) aos eventos organizados pelas maisons (dentre outras a de

Worth) em que as clientes eram convidadas assistir o desfile das criações.A autora afirma

ainda que neste primeiro momento não existia um estilo comum nas peças apresentadas assim

como o estilo pessoal do criador e os padrões de moda vigentes não possuíam uma linguagem

padronizada. Foi na década de 1930 assegura a autora, que a estilista Elsa Schiaparelli

começou a propor coleções com temas específicos.

Surge então a “coleção de moda” como conhecemos atualmente sendo por definição

segundo Rech (2002, p. 68) “um conjunto de produtos, com harmonia do ponto de vista

estético ou comercial, cuja fabricação e entrega são previstos para determinada época do ano”

No entanto, afirma Treptow (2003, p. 43) que “muitas empresas ainda não possuem

esses conceitos e seus estilistas desenvolvem produtos a partir da cópia ou adaptação de

tendências internacionais, sem qualquer ocorrência.” Afirma ainda a autora que uma coleção

deve ser coerente e deve contemplar o perfil do consumidor, a identificação ou imagem da

marca, temas de coleção e propostas de cores e materiais e principalmente necessita de uma

metodologia para o processo de criação.

Treptow (2003) Sugere que inicialmente inicie definindo o perfil do consumidor, em

qual segmento ele se enquadra, nichos e hábitos de consumo. Depois de determinado, sugere

que se desenvolva uma marca para dar alma ao produto e estudar o marketing, criar uma

identificação e imagem da marca, possuindo partes abstratas e tangíveis. Após estas etapas

realizadas passe-se então para a gestão do design através da determinação dos aspectos

produtivos, mercadológicos e financeiros.

É necessário fazer conforme a autora uma análise sobre a capacidade produtiva, das

coleções anteriores, e do calendário de vendas. Na seqüência parte-se para as pesquisas de

moda que incluem pesquisa de tendências, de concorrentes, pesquisas tecnológicas, de

vocações regionais, pesquisas de tema de coleção. Sobre este último aspecto a autora afirma

que o tema de uma coleção é a historia, o argumento, a inspiração dela. E a escolha do tema

pode surgir a partir de pesquisas junto a escritórios de estilo, porém assegura a autora, não

deve se limitar a reproduzir as tendências pesquisadas no exterior e sim apresentar uma

proposta que esteja de acordo com o estilo do seu criador.

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A partir daí, parte-se para o planejamento da coleção que deve possuir: cronogramas,

parâmetros, dimensão, métodos da unidade de estoque e do faturamento médio ideal,

pesquisas de tendências vigentes para a estação, briefing, inspirações,execução da cartela de

cores,tecidos e aviamentos que serão utilizadas,

Estas etapas são designadas por Rigueral (2003), como sendo a “estruturação da

coleção” que são ações que levarão ao êxito da coordenação. Sendo a coordenação uma

relação com o conceito do belo, ou harmonia e equilíbrio Rigueral (2003), afirma que para se

realizar uma boa coordenação de moda é preciso basear a informação do momento, ou seja, as

tendências que permeiam o momento, porém, sem perder o bom senso de levar em conta o

perfil do consumidor específico.

3.8 Tendências

Sacconi (2001) define tendências como sendo um movimento que prevalece numa

determinada direção; evolução natural; probabilidade, características; predisposição,

propensão ou inclinação à determinada coisa.

As tendências são perceptíveis em vários lugares, e influenciam qualquer

desenvolvimento de serviços e produtos, pois estão diretamente ligadas ao comportamento

das pessoas, ou seja, o que elas vão querer possuir e consumir.

Segundo Sodré (2004) as tendências de comportamento mundiais estão cada vez mais

velozes e difíceis de serem acompanhadas. O autor diz que as tendências comportamentais

que irão guiar os mercados consumidores nos próximos anos são:

• Nostalgia: Pessoas que buscam no seu passado a segurança e o equilíbrio para

enfrentar o futuro.

• Saúde holística: Cada vez mais as pessoas buscam o bem estar de corpo, mente e

alma e espírito. Exemplo desta tendência é o crescente interesse por técnicas

orientais.

• Idade de espírito: Essa tendência anula o tradicional conceito de idade. Propõe que

ela hoje seja determinada por gostos e atitudes, e não por quantos anos viveu.

• Alívio: A ascensão de esportes de impacto como o boxe

• Comunidades urbanas: As pessoas residem mais próximas umas das outras, porém

também ficam distantes.

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Asseguram Popcorn e Marigold (1997) que as tendências servem como indicadores

prévios de como as pessoas estão se sentindo que novos produtos serão procurados, porém, é

importante ressaltar dizem as autoras, que tendência é diferente de modismo, pois modismo é

um sucesso de curta duração e as tendências são amplas.

Sobre o comportamento dos modismos, Salomom (2002) afirma que os modismos

verdadeiros duram um ano ou menos e as principais fontes são brinquedos, novidades,

televisão, dança e música. Eles não são utilitários, não desempenham nenhuma função

significativa, são freqüentemente adotados de impulso; as pessoas não passam por tomada de

decisão racional antes de adotá-los e eles difundem-se rapidamente, obtém rápida aceitação e

duram pouco. Asseguram o autor que algumas orientações ajudam a prever se as inovações

perdurarão como tendências longo prazo ou serão apenas modismos. É necessário observar se

a inovação proposta se enquadra em mudanças básicas no estilo de vida, verificar quais são os

reais benefícios e se possui a disponibilidade de ser personalizada.

Na esfera da moda, é inegável observar através de sua desenvoltura histórica que as

tendências possuem grande importância para o desenvolvimento de coleção, pois sendo a

moda hoje mais do que nunca, um desejo que de certo modo torna-se massificado, devido ao

crescimento da comunicação e informação frutos da globalização, as tendências possuem o

objetivo de satisfazê-los de modo a influenciar todos os gostos.

A respeito do surgimento das tendências de moda, Treptow (2003) afirma que:

A tendência surgiu com o próprio fenômeno de moda, a partir do renascimento. Nessa época, a adoção de novos padrões visuais ainda não era uma constante e a quebra de tradição era vista com reservas. Todavia alguns grupos vanguardistas enxergavam na adoção de novos valores não uma ruptura com o passado, mas um processo de evolução.

Atualmente usar as tendências funcionam como um filtro que pode fazer com que o

negócio evite maus, inícios certificam Popcorn e Marigold (1997). Todos os anos são

lançadas tendências de moda para direcionar as empresas no desenvolvimento de seus

produtos.

As tendências na esfera da moda segundo Rigueral (2003), diz que a partir dos anos 80

as releituras de moda começaram a nortear as coleções de moda; como também é possível

observara forte presença nos últimos anos e utilizações de temas como:

• Retrô: Retorno ao passado, sendo a década de 70 a mais utilizada.

• Romântico: Motivos delicados, camponeses entre outros.

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• Cultura: A forte utilização de culturas de países e folclores é o que podemos

chamar de volta as raízes.

• Ambiente: Motivos como náuticos, carnavalesco entre outros.

• Funcionalidade: Através da presença de uniformes de trabalho, de esportes etc.

• Ideologia: Como os movimentos sociais dos hippies, punks, dândis,budistas entre

outros.

Através de tantas informações e influências vindas de diversos meios e locais é

possível perceber que ao contrário de épocas passadas onde era necessário combinar peças

que compunham um mesmo estilo; hoje é a mistura de estilos e de elementos, até mesmo

contraditórios, que possuem a tradução da modernidade. Fato este confirmado como assegura

Rigueral (2003), ao expor que mais de um estilista acreditaram num mesmo caminho e

começaram a surgir repetições e certos padrões, que são misturas de estações, décadas e

conceitos numa mesma coleção ou única peça, situação esta que justifica o autor, ser o reflexo

da globalização.

Por estes motivos é importante que as indústrias estejam atentas às tendências que

estão norteando a moda, para desenvolverem produtos que estejam de acordo com as

necessidades e expectativas do público alvo, ou até mesmo surpreendê-los com inovações.

Analisando as últimas tendências, verificou-se que as mesmas apresentaram uma linha

seqüencial de representações, crescentes utilizações de temas étnicos e de décadas. Segundo

Rigueral (2003), o estilista da Maison Dior utilizou em sua coleção de verão 2002/03 a

releitura dos nos 70, onde trouxe toda e irreverência da época. Boriello (2004) diz que a

marca Dolce & Gabanna no verão 2004/05 utilizou também referências fortes vindas dos anos

70. Com a grande utilização de diversas referências étnicas verificou-se a crescente

valorização da utilização cultura brasileira no âmbito nacional e internacional.

É a tendência do chamado “tropicalismo” de acordo com a revista Vogue (2005) é o

que está ocorrendo atualmente um resgate da cultura brasileira e do orgulho brasileiro. As

leituras são diversas, como a utilização da flora de fauna brasileira e até mesmo regional,

como assegura a revista Vogue ao dizer que as grifes apostam em estampas que enaltecem o

Brasil tropical como foi a caso na marca Osklen ao utilizar imagens do Rio de janeiro, querem

e tem a fauna e á flora cariocas.

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As cores das bandeiras nacionais também estão presentes em diversas coleções Vogue

(2005):

As cores que dominaram o verão 2006 são as da bandeira nacional. A tessuti, por exemplo, fez uma coleção toda em amarelo-ouro, azul, branco e um pouco de verde. Desfilada na historia Ilha Fiscal no Rio, a coleção é inspirada nos desenhos dos pintores que retratam a natureza e o povo brasileiro no século 17.

Percebe-se, no entanto que as tendências que estão guiando as coleções brasileiras nos

últimos anos oferecem um retorno às raízes e a valorização de toda a riqueza da cultura de

vários povos e em especialmente do Brasil.

Entretanto, de acordo com site Guiajeanswear as mulheres com mais idade em especial

não seguem rigorosamente uma determinada tendência de moda, mas procuram vestuários

que reflitam uma tendência atual e que esteja de acordo com seu estilo. Para identificar e

conhecer melhor este público torna-se necessário a realização de pesquisas de campo

direcionadas.

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57

4 PESQUISA DE CAMPO

Após coleta de informações em revistas, livros, e sites torna-se indispensável a coleta

de dados direcionados ao público em questão, para que se possa levantar informações

específicas para o problema do projeto

O desenvolvimento do plano de pesquisa de campo para coleta de dados se fez através

da aplicação de dois questionários para o público alvo do projeto

A primeira pesquisa de campo foi realizada com 30 mulheres com o intuito de coletar

informações a respeito do mercado, para verificar a necessidade da realização deste trabalho,

e auxiliar a definição do problema de projeto.

Os questionários foram aplicados no período do dia 1º ao dia 15 de setembro de 2005

em diversos locais como a ‘Casa da Sogra” na cidade em Balneário Camboriú SC.

Distribuídos porta em porta, diretamente ao público de interesse.A metodologia aplicada para

a realização da pesquisa foi auxiliada pelo quadro de Kotler e Amstrong (1991).

Metodologia de pesquisa

Formas de contato

Plano de amostragem

Instrumentos de pesquisa

Observação Entrega pessoal Gráficos estatísticos Percentuais E interpretações de cada resposta e geral

Questionário

Quadro 5: Planejamento da coleta de dados primários primeiroe segundo questionários 2 Fonte: Kotler e Armstrong (1991).

Pergunta 1: Os questionários foram aplicados em mulheres com idades superiores há

quarenta anos sendo a média:

40%

30%

30%

De a 40 a 55 anos De 55 a 65 anos Acima de 65 anos

Gráfico 1: Idade

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Interpretação das respostas:

A maioria das mulheres que responderam o questionário encontra-se com idade de 40

a 55 anos. Porém houve um equilíbrio de idade o que proporcionou respostas coerentes e com

riquezas de informações. Foi percebido no decorrer das análises dos questionários que a idade

interferia nas respostas.

Pergunta 2: Outro fator que foi abordado no questionário foi sobre a escolaridade:

40%

30%

23%

7%

Ensino Fundamental Ensino Médio Superior Outros

Gráfico 2: Escolaridade

Interpretação das respostas:

Foi percebido que a escolaridade, é um fator que também está relacionado com as

respostas, pois quanto maior o nível de instrução da pessoa, mais detalha são as respostas e

mais elas se preocupam com a moda.

Pergunta 3: Entrando no universo da moda

43%

37%

20%

Muito importante Importante Pouco importante

Gráfico 3: Importância, em sua opinião, de estar de acordo com as tendências de moda

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Interpretação das respostas:

Vários aspectos foram abordados, porém a grande maioria das mulheres justificou-se

que estar na moda faz com elas sintam-se bem, felizes, fazendo parte do grupo, que eleva a

auto-estima, tornam-se mais jovens, porque se cuidam e se valorizam.

Um aspecto interessante citado na justificativa foi o fato de que na idade em que se

encontram é necessário estarem bem vestidas, se cuidarem para ficarem mais bonitas, pois

quando se é jovem, tudo fica bom, porém, quando se tem certa idade é necessário se cuidar

mais. Outra questão abordada foi que a moda é muito importante sim, porém os modismos

não, e o conforto é algo fundamental.

Em um dos questionários foi abordado que as roupas que o mercado oferece para

mulheres com idade superior a 50 anos são “cafonas”, e na terceira idade é necessário estar

“chick”.

Um fator que foi observado foi que as mulheres que encontravam com idade entre 40 a

55 anos todas responderam que a moda era algo muito importante para se sentirem bem. E

quanto maior o grau de escolaridade maior a importância de estar na moda.

Pergunta 4-A respeito da oferta de produtos

70%

30%

Sim Não

Gráfico 4: Em sua opinião, existe uma boa oferta de produtos na área de moda, como sapatos, roupas e acessórios, para mulheres de sua idade? Interpretação das respostas:

Ao contrário das expectativas, a grande maioria das mulheres aponta que atualmente

existe uma boa oferta de produtos, no entanto, afirmam que somente nos últimos anos que

começaram a surgir produtos mais adequados às necessidades delas.

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Pergunta 5-Sobre os produtos de moda:

30%

10%60%

Roupas para festa Roupas para ginástica Roupa para a praia, biquinis, maiôs, etc.

Gráfico 5:: Quais os produtos de maior dificuldade no mercado na área de moda?

Interpretação das respostas:

Esta questão confirmou que existe uma grande necessidade de produtos destinados ao

segmento de moda praia, o quem vem de encontro a necessidade de se realizar produtos nesta

área. Mesmo sendo o Vale do Itajaí um local de inúmeras praias e lojas, foi detectado que

existe aí uma necessidade de mercado, já que foi apontado nas pesquisas que a maior

dificuldade de encontrar produtos na área de moda, foi neste segmento moda praia, o qual é

bastante visado nesta região.

Pergunta 6 -A respeito de lojas de varejo:

17%

73%

10%

Sim muitas, há uma boa oferta Não, poucas, somente em alguns segmentos Não nenhuma

Gráfico 6: Você conhece lojas especializadas com produtos direcionados para mulheres da sua idade?

Interpretação das respostas:

A grande maioria das mulheres apontou a falta de lojas que ofereçam produtos

direcionados a elas. Abordaram o fato de que as lojas que são direcionadas para mulheres de

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suas idades não possuem produtos que elas gostem. As lojas direcionadas a jovens possuem

produtos bonitos, porém que não estão de acordo com suas numerações.

Pergunta 7 - Pergunta aberta o qual solicitava que citasse 3 lojas que compravam com

freqüência moda praia , na região do Vale do Itajaí.

Interpretação das repostas:

Muitas mulheres se abstiveram nesta questão,sendo que os motivos foram diversos

como, por não conhecerem nenhuma loja específica ou por justificarem que compravam onde

na vitrine estivessem expostos produtos dos quais gostassem.

No entanto as lojas mais citadas nas repostas foram:

• Dom João (Balneário Camboriú)

• Sibara (Balneário Camboriú)

• Giorama (Itajaí)

• FIP (Blumenau)

• Pé no chão (Balneário Camboriú)

Pergunta 9: Sobre a mídia:

10%

63%

27%

Muito Raramente Nunca

Gráfico 7: Em sua opinião os meios de comunicação como televisão, revistas, catálogos, preocupam-se como consumidor de sua idade?

Interpretação das respostas:

A maioria das respostas apontou que a mídia não se preocupa com as consumidoras de

idade acima de 40 anos, porém foi abordado que atualmente a sociedade está mudando e já se

percebe um tímido estímulo ao consumo de produtos de moda.

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• Interpretação geral das respostas do primeiro questionário.

O primeiro questionário trouxe respostas a várias questões que auxiliaram a

formulação do problema de projeto e aos objetivos do mesmo.

O fato dos produtos de moda praia serem os possuidores de maior dificuldade no

mercado vem de encontro à definição do segmento a ser explorado, assim como a falta de

interesse da mídia, e das lojas de varejo em relação e estas promissoras consumidoras.

Os consumidores estão muito interessadas em moda e que se preocupam cada vez

mais em estarem de acordo com as tendências de moda vigentes.

• Segundo questionário:

O segundo questionário foi aplicado com 30 mulheres, com o intuito de gerar

informações para auxiliar o desenvolvimento da coleção. O objetivo da pesquisa foi coletar

dados a respeito dos maiôs e biquínis disponíveis do mercado, a freqüência de compra, a

preferência por peça, “as dificuldades percebidas nos modelos existentes”, as preferências por

tonalidade de cores e estampas, “sobre os diversos usos dos maiôs e biquínis”, a satisfação em

relação a essas peças e, preferências de modelagens.

A metodologia aplicada para a realização da pesquisa foi auxiliada pelo quadro de

Kotler e Armstrong (1991).

Metodologia de pesquisa

Formas de contato

Plano de amostragem

Instrumentos de pesquisa

Observação Entrega pessoal Gráficos estatísticos Percentuais E interpretações de cada resposta e geral

Questionário

Quadro 6: Planejamento da coleta de dados primários primeiro e segundo questionários Fonte: Kotler e Armstrong (1991).

Os questionários foram aplicados no período do dia 20 ao dia 30 de setembro 2005 em

diversos locais como ‘Casa da Sogra” na cidade de Balneário Camboriú SC. Distribuídos de

porta em porta, diretamente ao público de interesse.

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Pergunta numero 1: Em relação à freqüência de compra

46%

16%

6%

32%

1vez por ano 2 vezes por ano Mais de 2 vezes Raramente

Gráfico 8: Com que freqüência você costuma comprar maiôs e biquínis?

Interpretação das respostas:

Observou-se que as maiorias das mulheres compram uma vez por ano ou raramente,

biquíni e maiôs, este fato pode ser considerado uma baixa procura por produtos e pode estar

ligado com a falta de apelo de consumo para estimular a compra, ou a falta de oferta de

produtos que atraiam este tipo de consumidora.

Pergunta número 2: Preferência por peça de roupa para ir a praia.

70%

30%

Maiôs Biquinis

Gráfico 9: O que você prefere vestir para ir à praia?

Interpretação das respostas:

A maioria das mulheres optou por maiôs e citaram que utilizam com freqüência devido

às imperfeições do corpo, porque disfarçam, é mais confortável e sentem-se melhor. Uma das

entrevistadas citou que gosta de usar maiôs no final da tarde para passear na praia.

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Pergunta 3: Sobre as dificuldades encontradas nos maiôs e biquínis existentes hoje no

mercado.

25%

35%

36%

4%

Tamanhos inadequados Estilo não agradável Poucas opção de modelos Poucas opções de cores

Gráfico 10: Quais as maiores dificuldades que você encontra na hora de comprar biquínis e maiôs?

Interpretação das respostas:

As respostas a esta questão foram equilibradas, significando que há uma considerável

dificuldade nos 3 primeiro itens. No entanto a falta de opções por cor cores épouco

considerável, significando uma boa oferta.A maior dificuldade está relacionada ao estilo que

não está de acordo com suas preferências.

Pergunta 4: Preferência por tonalidade de cores

27%

41%

32%

Cores neutras Cores fortes e vibrantes Cores sóbrias

Gráfico 11: Quais as cores que você prefere para biquínis e maiôs?

Interpretação das respostas:

Nesta questão também se percebe um equilíbrio de respostas, variando de acordo com

o gosto específico das pessoas. Porém as cores fortes e vibrantes então em alta para esta

consumidora.

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Pergunta 5: Preferência por estilo de estampa

21%

14%

37%

21%

7%

Florais e bem coloridas Estampas discretas com cores neutrasEstampas com motivos diversos coloridos Preferem lisos sem estampasA que tiver na moda

Gráfico 12: Você prefere que tipos de estampas?

Interpretação das respostas:

As estampas com motivos diversos estão sendo as preferências destas consumidoras

vindo logo atrás os tecidos lisos e florais. Percebe-se que esta consumidora possui um gosto

eclético e aceita vários tipos de motivos de estampas.

Pergunta 6: Sobre os diversos usos de maiôs e biquínis

52%

48%

Sim Não

Gráfico 13: Você costuma praticar algum tipo de exercício utilizando roupas de banho como biquínis ou maiôs?

Interpretação das respostas

Percebe-se que houve praticamente um empate de respostas nesta questão, no entanto

a maioria das mulheres pratica esportes utilizando maiôs e biquínis.

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Pergunta 7:Sobre os diversos usos de maiôs e biquínis

53%

27%

10%

10%

Abstiveram-se Caminhadas Natação Ginástica

Gráfico 14: Se sua resposta foi sim, responda qual tipo de exercício costuma praticar com este vestuário? Interpretação das respostas

O exercício mais realizado pelas consumidoras é a caminhada. Foram também citados

a hidroginástica e a musculação.

Pergunta 8: Sobre os incômodos encontrados nos maiôs e biquínis disponíveis no mercado.

57%19%

12%

12%

As alças são impróprias caem ou machucam As cavas apertamOs elásticos apertam Dificuldade de colocar sozinha

Gráfico 15:O que lhe incomoda em relação a maiôs e biquínis?

Interpretação das respostas

A grande maioria das consumidoras reclama a respeito das alças que caem ou

machucam. Citaram também as costuras fracas, “a falta de oferta de sutiãs de bojo que são

difíceis de encontrar”, o fato de não gostarem de costas muito cavadas, “a modelagem muito

pequena”, falta de bojo forrado, e uma pessoa citou que gosta de alças que cruzem atrás, pois

assim não caem com facilidade.

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Pergunta 9: Sobre a satisfação em relação aos biquínis e maiôs encontrados no mercado

8%

27%

65%

Muito satisfeita Satisfeita Pouco satisfeita

Gráfico 16: Vocês está satisfeita com os biquínis e maiôs que o mercado oferece para sua idade?

Interpretação das respostas

É notório que a grande maioria das mulheres não está satisfeitas com os produtos

disponíveis.

Pergunta 10: Preferência por modelagem de biquíni parte de baixo.

58%

8%

19%

15%

Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4

Gráfico 17: Qual modelo de parte de baixo de biquíni que você prefere?

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Interpretação das respostas

Foi perceptível que as maiorias das mulheres optam por modelos de parte de baixo de

biquínis mais altas e com cavas discretas

Pergunta 11: Preferência por modelagem de biquíni parte de cima.

12%

61%

15%

12%

Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4

Gráfico 18: Qual modelo de parte de cima de biquíni que você prefere?

Interpretação das respostas

A parte de cima mais estruturada e de alças levemente largasfoi a opção que mais

agradou as mulheres.

4.1 Análise geral dos questionários

Os resultados desta pesquisa trouxeram informações específicas sobre a atual situação

do produto no mercado através da visão dos clientes potenciais das preferências de consumo.

Percebeu-se que existe um grande público para este segmento, no entanto a freqüência de

compra ainda encontra-se baixa. Este dado pode estar relacionado com o perfil de compra

deste tipo de consumidor, ou seja, ele não compra com tanta freqüência, devido ao fato de eles

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utilizarem por mais tempo o produto, o qual então necessita ser durável, com estilo definido e

que não seja modismo.

A falta de estímulo de marketing focalizando esta consumidora pode ser um dos

fatores da baixa procura, pois dificilmente encontram-se imagens de mulheres mais velhas

usando biquínis ou maiôs, ou seja, as mulheres não possuem referência e nem se identificam

nas propagandas, revistas etc.

Em relação ao produto em si, optaram por maiôs, pelo fato de proporcionar melhor

estética ao corpo, no entanto alegam que os estilos apresentados no mercado não estão

coerente com os desejados, isto reflete a carência de produtos focalizados para esta

consumidora.

O fato de o maiô ser a peça preferida não significa que ele deve esconder todo o corpo

ou ser feio e sem graça ou de cores escuras. Ele deve sim proporcionar mais beleza e

elegância ao corpo, valorizar a feminilidade da mulher, e disfarçar as imperfeições trazidas

com o tempo e também proporcionar conforto.

4.2 Visitas às lojas de Balneário Camboriú

Para verificar a oferta de biquínis para mulheres com mais idade, foram visitadas lojas

do centro da cidade de Balneário Camboriú.

Foram realizadas as entrevistas no dia dois setembro de 2005, não estruturadas com

vendedoras a fim de obter informações a respeito das marcas que estão disponíveis no

mercado, sobre os modelos que mais vendem as cores e estampas. Quais as exigências deste

tipo de cliente e outras informações plausíveis para o projeto. O roteiro aplicado para a

realização da pesquisa foi auxiliado pela tabela de Kotler e Armstrong (1991).

Foram visitadas no dia 07 de setembro de 2005, as lojas Thaiamar, Pé no Chão, Manga

Rosa, Casa dos biquínis. Estas lojas foram escolhidas, pois ofertarem produtos direcionados a

mulheres de mais idade e produtos.

A primeira loja visitada foi a Thaiamar, localizada na Avenida Atlântica. Nesta loja de

acordo com a vendedora Joeli, as mulheres com idade superior a 60 anos preferem maiôs,

pouco cavados, de cores escuras e estampas discretas, predominando o floral, porém, as

mulheres mais “modernas” optam por cores mais vibrantes e florais mais coloridos. Preferem

maiôs e biquínis bem forrados e com alças largas.

Não há uma boa saída de modelos tomara que caia, devido à insegurança e

desconforto. Um fato relatado pela vendedora é o de que as clientes gostam de combinar

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maiôs ou biquínis com cangas de tecido leve (poliamida) ou camisões de crepe, geralmente da

mesma cor do biquíni ou estampa.

As peças mais vendidas para mulheres com idade acima de 60 anos são os da marca

Catalina, porém, a loja também oferece outras marcas como: Único, Mel Caju, e RioMar

todas destinadas a mulheres clássicas e maduras.

A segunda loja visitada foi a de nome Pé no Chão, localizada no Calçadão da Avenida

Central, nesta loja a vendedora Luciane falou sobre as preferências dos modelos de maiôs e

biquínis que estão diretamente relacionados ao tipo físico da pessoa. Também afirmou que os

maiôs são os mais vendidos para senhoras e que estas optam por modelos mais fechados na

parte de trás e pouco cavados na parte da frente. Com relação às cores, as que mais tem saída

são as discretas como azul escuro, verde e lisas, assim como estampas florais, as mais

“ousadas” optam por estampas que possuem peles de animais. Quanto aos biquínis, elas

preferem à parte de baixo mais alta com cavas amenas, e parte de cima bem estruturada se

retas (com alça removível), porém com uma modelagem maior.

Um detalhe destacado pela vendedora foi que nos maiôs da marca Lenny, existe um

elástico de sustentação do busto na parte interna que ajuda na estruturação dos seios, o que

agrada as consumidoras.

A marca mais vendida para senhoras na loja é a Lenny devido sua modelagem maior e

modelos mais clássicos.

A terceira loja foi a Manga Rosa, localizada na Avenida Atlântica, nesta loja não havia

muitas opções para senhoras, somente alguns maiôs básicos, a vendedora falou que as

estampas mais vendidas eram as florais e as de cores preto e branco.

A ultima loja foi à Casa do Biquíni localizada do Shopping Atlântico, na Avenida

Brasil, nesta loja havia maiôs e biquínis com poucos detalhes, cores neutras e a marca vendida

na loja é Água Mundi.

4.2.1 Análise geral das visitas às lojas de Balneário Camboriú

Nas visitas realizadas às lojas foram percebidas que os produtos destinados às

senhoras com idade acima de 50 anos, não possuem muitas inovações, sejam de materiais ou

detalhes como bordados, pedrarias ou aplicações, por exemplo, restringindo-se às estampas

florais e pequenas variações de modelos na parte superior. Em todas as lojas visitadas foi

ressaltada a preferência por maiôs e cavas discretas, assim como saídas de banho combinando

com o biquíni ou maiôs.

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5 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

5.1 Temática

As tendências de moda estão voltadas para a valorização da cultura, etnias, o que

pode-se chamar de tendência Folk e também para a valorização da natureza a fim de regatar

suas riquezas, formas e expressões, como abordado no capítulo sobre tendências. O Brasil e

sua tropicalidade neste contexto possui destaque especial, pois foi verificado através das

pesquisas bibliográficas que várias marcas apostaram nela como tema em suas criações nos

últimos anos.

Sendo o Brasil um país de várias praias e localidades com peculiaridades distintas de

uma exuberante natureza, de um povo miscigenado e alegre, inspirações não faltam.

Embalado nesta tendência a temática que irá conduzir a coleção foi resgatar em uma

localidade do sul do país a representação do Brasil e suas mais belas praias.

A cidade escolhida para representar o clima praiano e com espírito de eternas férias foi

Balneário Camboriú, com todo seu charme, alegria e belíssimas paisagens naturais,

possuidora de uma grande orla marítima e roteiro de viagens de muitas mulheres maduras ,

que optam vir veranear em Balneário Camboriú, que é uma das principais praias do sul do

país, especialmente no mês de março, muitas até mesmo optam por vir desfrutar sua

aposentadoria nesta cidade.

Em busca de referências para melhor representar o tema, foram realizadas várias

visitas ao arquivo histórico de Balneário Camboriú, e no meio de fotos, livros e mapas

encontro-se o catálogo do grupo de artista plástico de Balneário Camboriú (GAP). E foi

através deste acontecimento que chegou-se a definição da escolha da representação da cidade

Balneário Camboriú desejada, pois uma das obra, “O navio Pirata” da artista Nilse Soares

Leal, se destacou em meio a tantas riquezas artistas presentes neste catálogo, pois

representava exatamente a chave que despertaria a criatividade para o desenvolvimento da

coleção.

Foi através das obras de Nilse, residente da cidade de Balneário Camboriú, que esta

historia foi contada. A artista que pinta Balneário de uma maneira clássica e romântica,

destacando suas paisagens naturais com toda sua luminosidade, cores e charme.

Foi através de releitura das obras desta artista que a cidade de Balneário Camboriú foi

referenciada.

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Para coletar informações sobre a vida e a arte da artista escolhida para ser foco da

temática da coleção, foi necessário realizar uma entrevista informal na residência da mesma.

5.1.1 A arte da artista plástica Nilse Soares Leal

A entrevista foi realizada no dia 01 de outubro de 2005 na casa da artista, com o

intuito de sua aprovação para a utilização de obras para o trabalho acadêmico, assim como

proporcionar um melhor conhecimento sobre sua vida e arte.

A artista tem 58 anos, nasceu em Indaial no estado de Santa Catarina, porém passou

sua infância na cidade de Camboriú, local onde obteve as maiores referencias e se apaixonou

pelo mar e seus encantos. No entanto, sua família mudou-se para Blumenau onde viveu até

seus 29 anos quando casou e foi morar na cidade de São Paulo. Lá ela trabalhava como

contadora até seus 40 anos.Sempre gostou de arte, porém devido às circunstâncias da vida só

pôde buscar sua verdadeira vocação após se aposentar.A figura 19 apresenta a artista em seu

estúdio atual pintado.

Figura 19: Nilse Soares Leal pintando Fonte: Molin, 2006

Começou a fazer cursos de desenho, de pintura em tecido em tela, artesanato e todas as

maneiras possíveis de extravasar seus sentimentos e criatividade. O seu primeiro quadro foi à

ilha da Cidade de Balneário Camboriú, que pintou através da referência de um cartão postal

que havia guardado, conforme figura 20.

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Figura 20: Primeira obra de Nilse Fonte: Molin,2006

Após a realização de seu primeiro trabalho, logo se destacou perante os outros alunos

que freqüentavam os cursos e verificou-se que se tratava de uma artista. Ela própria descobriu

que seu sonho, não era só um sonho, ela possuía o “dom” e consciente disto começou a trilhar

sua história, agora não na contabilidade e sim no mundo da arte.

Além de seu “dom” artístico, possui valores especiais que a torna mais singular, pois

sempre viveu em harmonia com a natureza, cuidando de animais adoentados. Sempre

valorizando e zelando por tudo que é da natureza, como mostra a figura 21, o cuidado com os

animais.

Figura 21: Nilse com pássaro Fonte: Molin, 2006

Os seus primeiros trabalhos comercializados foram os realizados em seda, pois fez um

curso na cidade de São Paulo.

Só com a aposentadoria de seu marido, o seu outro sonho poderia ser realizado, ou

seja voltar para a cidade de Balneário Camboriú; a qual identifica como sendo um local com

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boa qualidade de vida e uma grande fonte de inspiração. Destaca a grande rotatividade de

pessoas e de culturas que sempre renova a alma da cidade, o que para a artista significa “volta

para casa”.

Foi a cidade de Balneário Camboriú sua fonte de inspiração, que a artista começou a

explorar realmente toda sua potencialidade, começou a dar aula para passar para outras

pessoas a alegria de pintar. Para incrementar sua renda, realizava pinturas em lenços e cangas

para clientes que a procuravam e trabalhou para uma indústria na cidade de Brusque onde

fazia estamparia através de pinturas manuais. Utilizava várias técnicas de pintura em seda

como:

• Batik (parafina); de acordo com o site gemart, esta técnica consiste no tingimento após a

impermeabilização de certas partes da tela (seda pura, algodão e couro). As áreas

recobertas com cera (cera quente de abelha+parafina) ficam impermeabilizadas e não

retém o tingimento. Com a ajuda da cera e banhos sucessivos de tinta, os tons são

sobrepostos.

• Marmorização (Gel), técnica que trabalhada com gel e aquarela.

• Tie-dye (Amarrações), estas palavras significam "amarrar e tingir" em inglês. De acordo

com o site arte educação é um método antiqüíssimo, e também muito simples, de tingir os

tecidos em manchas de tintas. Diferentemente dos outros métodos para tingir tecidos, com

esse sistema você não pode obter desenhos com contornos preciosos, mas apenas

desenhos simples e irregulares.

• Estamparia com Guta (Formas definidas); de acordo com o site prince esta é uma Técnica

tradicional e básica da pintura em seda onde os motivos e desenhos são bem definidos

através de contornos feitos com gutta incolor, ouro, prata, cobre e etc.

Figura 22: Tecidos pintados a mão com a técnica Marmorização com gel Fonte: Molin,2006

Figura 23: Tecidos pintados a mão com a técnica Tye-dye Fonte: Molin,2006

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Figura 24: Tecidos pintados à mão com a técnica guta Fonte: Molin,2006

No entanto, sua maior identificação de manifestação artística foi através da pintura em

tela. Ciente disto se associou ao GAP (Grupo de Artistas Plásticos de Balneário Camboriú).

Sua primeira exposição como participante do GAP, foi no dia 9 de julho de 2003 para a

comemoração de 39 anos da cidade de Balneário Camboriú onde apresentou a obra

“pescadores no amanhecer”, figura 25.

Figura 25: Pescadores no amanhecer Fonte: Nilse Soares Leal

Após sua primeira exposição, suas obras foram muito requisitadas e se destacou na

exposição. E no mês de abril de 2004 realizou sua primeira exposição sozinha, no espaço

cultural do Marambaia Cassino Hotel, possuindo como tema “Balneário Camboriú uma

história de amor”. Expões as obras conforme ilustram as figuras de 26 a 32.

Figura 26: Os pescadores e a ilha de Balneário Camboriú Figura 27: Os braços de Balneário Camboriú Fonte: Nilse Soares Lea Fonte: Nilse Soares Leal

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Figura 28: Avenida Atlântica de Figura 29: Fundo do mar de Balneário Camboriú Balneário Camboriú Fonte: Nilse Soares Lea Fonte: Nilse Soares Leal

Figura 30: Navio pirata Figura 31: O barqueiro Fonte: Nilse Soares Leal Fonte: Nilse Soares Lea

Figura 32: A ilha de Balneário Camboriú Fonte: Nilse Soares Leal

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Segundo a artista, a arte surge através da cor e de uma forma, utilizando e explorando

bases diferentes. Assim a artista define a arte e justifica que não é somente através de uma tela

que se expõe uma idéia, ela pode ser realizada em diversas bases, ou seja, superfícies

diferentes.

A artista para realizar suas obras estuda o que deseja retratar, vai até os locais várias

vezes, em diversas horas do dia para verificar a luminosidade, e detalhes e peculiares. Faz

esboços de vários ângulos para começar efetivamente sua obra. A luz e a sombra lhe fascinam

muito e dentro deste contexto o estilo impressionismo é o seu preferido. No entanto a artista

pinta seus quadros de forma clássica e acadêmica. Suas maiores fontes de inspiração são as

marinas, as praias, os pescadores e seus barcos e a natureza de Balneário Camboriú.

Muitas de suas obras já estão presentes em outros países como Itália e França, e o seu

próximo passo será participar em uma exposição nacional em São Paulo.

A artista conclui que, a estética está relacionada indiscutivelmente com a beleza e

harmonia das formas.

Após a realização da entrevista e fazendo um contexto geral da temática e inspiração

do projeto, foi desenvolvido um painel semântico, para auxiliar na identificação de

referenciais para o desenvolvimento da coleção.

Figura 33: Painel semântico temática. Fonte: Molin, 2006

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5.2 Estado do design

Com a temática já escolhida o próximo passo é verificar como as marcas de moda

praias brasileiras estão atuando no mercado.

Para a verificação dos produtos de moda praia que estão disponíveis no mercado

atualmente direcionados a mulheres com mais idade, foram realizadas pesquisas para

identificar quais marcas de moda praia que estão atuando neste segmento de mercado.

No entanto, não foi detectada uma marca que utilizasse este público alvo especificamente,

prova disto que em nenhum dos catálogos, sites visitados, páginas editoriais possuíam

imagens de mulheres mais velhas utilizando o produto. Foram detectadas com o auxílio das

visitas técnicas que algumas marcas também atendem ao público formado por estas mulheres.

Foi verificado que o grupo Águia (empresa Americana com sede no Rio de Janeiro) possue

várias marcas que atendem a este público, tais como: Catalina, Manvar, Praia Brasil, Águia,

Praia do sol e Club del sol. Outra marca que também atende este público, citada na pesquisa

de campo foi a Lenny (marca do Rio de Janeiro)

• Catalina

A linha mais comercial da empresa e por isso mesmo, líder do segmento Clássico,

apresentando produtos com qualidade, conforto e boas modelagens a preços competitivos. O

tradicional "Maiô das Misses" tornou-se conhecido nos concursos das décadas de 50 e 60 é o

destaque esta marca. Sua coleção renova o conceito da marca pois utiliza modelos

diferenciados, em tecidos e estampas exclusivas, voltadas para a mulher clássica e elegante

conforme ilustra as figuras de 34 a 36.

Figura 34: Biquíni floral Figura 35: Maiô de ondas Figura 36: Maiô tigrado Fonte: Site aguia.com.Br Fonte: Site aguia.com.Br Fonte: Site aguia.com.br

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• Manvar

Possui fabrica em Petrópolis, pelo grupo Águia; apresenta modelos para sua clientela

tradicional. As figuras de 37 a 42 apresentam a coleção 2005/2006

Figura 37: Maiô floral Figura 38: Maiô náutico Figura 39: Maiô liso Fonte: Site aguia.com.br Fonte: Site aguia.com.br Fonte: Site aguia.com.br

Figura 40: Maiô floral Figura 41: Maiô de nervuras Figura 42: Maiô de listras Fonte: Site aguia.com.br Fonte: Site aguia.com.br Fonte: Site aguia.com.br

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• Praia Brasil

Principal produto de exportação da empresa; a linha oferece criatividade brasileira,

apresentando um padrão de design jovem e arrojado como ilustra as figuras de 43 a 45.

Disponível unicamente nas lojas franqueadas.

Figura 43: Biquíni floral com saída Figura 44: Maiô azul Figura 45: Biquíni floral azul Fonte: Site agui.com.br Fonte: Site agui.com.br Fonte: Site agui.com.br

• Club del Sol

Distribuído com exclusividade no Brasil pelo Grupo Águia, dirigida ao público classe

A, a Linha apresenta estampas exclusivas e acabamentos sofisticados. Conforme figuras 46 a

48.

Figura 46: Maiô com canga Figura 47: Maiô preto e branco Figura 48: Biquíni com blusa Fonte: Site aguia.com.br Fonte: Site aguia.com.br Fonte: Site aguia.com.br

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• Lenny

É um marca de moda praia brasileira do Rio de Janeiro com estilo sofisticado e

Glamourosa. A coleção de verão 2005/07 estão ilustradas nas figuras de 49 a 51.

Figura 49: Maiô Lenny verão Figura 50: Maiô Lenny verão 2006 bola Figura 51: Maiô Lenny verão 2006 floral 2006 corrente Fonte:site estadao.com.br Fonte:site estadao.com.br Fonte:site estadao.com.br

5.2.1 Análise das imagens

Percebeu-se que as marcas anteriormente mencionadas utilizam muito, o maiô como

prioridade, em todas as coleções.

Em relação a formas, os decotes são discretos e as cavas mais amenas. Nos biquínis

estão presentes, as cinturas altas e estruturadas assim como as partes de cima com alças

largas; prevalecem assim como maiôs inteiros, sem muitas fendas e aberturas.

Possuem muita estamparia prevalecendo os motivos florais e paradisíacos, porém,

percebe-se que não existem muitos detalhes artesanais e aplicação de aviamentos. As saídas

de banho combinados com o maiô ou biquíni fazem-se presente praticante de todas as marcas

do Grupo Águia.

5.3 Concorrência e oportunidades de mercado

Verifica-se através das pesquisas do estado do design, da visita técnica às lojas que

comercializam produtos de moda para mulheres maduras e da pesquisa em sites e revistas de

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moda que, este segmento em particular possui uma grande deficiência no mercado, o qual se

faz presente na linguagem e no posicionamento que o produto apresenta e não

necessariamente com a disponibilidade do produto em si. Existem diversas empresas no

Brasil que fabricam maiôs e biquínis e muitas delas desenvolvem modelos destinados a

mulheres mais velhas, porém, não com um direcionamento específico. Este fato seria uma

oportunidade de inovação a ser explorada no mercado, ou seja, desenvolver uma coleção

destinada a este público com uma linguagem definida e coerente com as expectativas, focado

no novo estilo de vida presente hoje no mercado.

Um aspecto observado foi que os modelos mais incrementados, com detalhes

diferenciados são direcionados às mulheres mais jovens e os modelos clássicos, sem muitos

enfeites e detalhes, são para mulheres maduras. No entanto, através da aplicação dos

questionários verificou-se que as mulheres maduras da atualidade estão cada vez mais atentas

para a moda e para a estética.O prazer de estar bonita e atualizada está relacionado com a

qualidade de vida e bem estar desta nova geração. Sendo assim, avalia-se que é necessário

desenvolver uma coleção com diferencial e detalhes que agregam valor ao produto e estimule

a compra.

Um fator curioso levantado no estado do design é que a marca que mais se aproxima

do perfil do segmento em questão, possui maior identificação com o público, não é de origem

brasileira, é americana (EUA), pertencente ao Grupo Águia. Fato este, muito contraditório,

pois se o Brasil lança tendências de moda praia como se explica que para as mulheres

maduras são os americanos que estão dominando o mercado?

Esta pergunta pode ser respondida pelo fato dos americanos estarem mais atentos a este nicho

de mercado e os brasileiros muito focados para os jovens.

5.4 Tendências do segmento de moda praia no verão 2006/2007

Como relatado nas pesquisas, a nova geração das mulheres com mais idade estão

buscando produtos que estejam de acordo com as tendências e linguagens de moda atuais,

devido a este fato as tendências de moda foram levadas em considerações na hora do

desenvolvimento da coleção.

Para identificar as tendências que irão influenciar o segmento de moda praia no verão

2006/2007 torna-se necessário observar as tendências que foram utilizadas no verão anterior

Sobre as tendências de moda praia de verão 2005/06 afirma a revista ITT Textiles

(2005) que as cores vibrantes foram as preferidas da estação, o azul cobalto, com padronagens

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aleatórias estiveram em alta, assim como as combinações geométricas, grafismos de folha,

animais, motivos de pena e silhuetas de borboleta, as formas estiveram assimétricas com a

presença de frentes únicas, com referências de técnicas artesanais e étnicas.

Afirma ainda a revista que as coleções nacionais apresentaram-se muito variadas e as

inspirações dos trópicos estiveram produzidas em estampas de coqueiro, paisagens tropicais

oceanos e a vida que neles existem. As padronagens florais e de folhagens estiveram muito

presentes, como de hibiscos no estilo havaiano e rosas. Houve espaço ainda para as imitações

de peles de animais como o de tigre. Nas cores, os tons primários como amarelo azul e verde,

vermelhos e os mais fortes como o pink.

Depois de analisados as tendências previstas pela Revista ITT tornou-se necessário

verificar quais foram as apostas realmente utilizadas pelas principais marcas brasileiras para o

verão 2006.

5.4.1 Tendências utilizadas pelas principais marcas brasileiras para o verão 2006

Os maiores representantes do segmento de moda praia brasileiro apresentaram suas

coleções nas passarelas e suas apostas na estação.

De acordo com a revista ITT Textilia (2005), as marcas e suas respectivas apostas são:

• Água de Coco

Esta marca propôs um passeio por várias ilhas, à coleção é requintado tanto nas formas

como em materiais, foram dois os temas. Pop Artificial e Natural Chic.

Figura 52: Biquíni da marca Água de coco. Verão 2005/06 Fonte: site modaeconsultoria

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• Água Doce

Apostou no clima romântico e na alegria de ir à praia e de poder exibir o corpo, elege

as flores para enfeitar biquínis, maiôs e saídas.

A pós-praia com vestidos e batas foi o destaque da grife junto a biquínis com estampas

florais, de joaninha e enfeites de coração. As cores vibrantes surgiram em biquínis mais

abusados. Presença do jeans na moda praia de acordo com Magalhães (2005).

Figura 53: Biquíni da marca Água Doce. Verão 2005/06 Fonte: site modaeconsultoria

• Rosa Chá

Inspirou-se nas raízes do Brasil, levando o Sertão a sua passarela com muitos volumes

e apelo artesanal. Mostraram, em tecidos de algodão e Lycra, estampas e artesanatos em

temas brasileiros. Os sutiãs com bojos estruturados e muitos detalhes de babados, renda e

macramé, fizeram parte da coleção com modelagem mais ampla, com calcinhas de laterais

largas e cós acinturados.

Figura 54: Biquíni da marca Rosa Chá. Verão 2005/06 Fonte: site modaeconsultoria

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• Movimento

Buscaram inspirações no calmo e azul mar de Fernando de Noronha, numa coleção

marcada pelas cores fortes e pelas estampas de paisagens, ondas flores tropicais e listras.

Destaque ainda para os bordados à mão, crochê e estampas em silk. Misturou modelos dos

anos 60 em estampas atuais, muito coloridas. Além das batinhas, as

calcinhas têm laterais mais largas e os sutiãs surgem em vários modelos. Destaque

para os maiôs tipo engana-mamãe com recortes assimétricos.

Figura 55: Biquíni da marca Movimento. Verão 2005/06 Fonte: site modaeconsultoria

5.4.2 Apostas para verão 2006/07

Depois de verificados as diretrizes que estão guiando a moda e os acontecimentos de

modo geral, tudo indica que a utilização de temas étnicos e da valorização da cultura

brasileira e de suas regiões assim como a fauna e a flora irão continuar com força total para o

verão 2007. Com esta corrente vêm o detalhe artesanal e a utilização de diversos materiais

inusitados como mistura de texturas e utilização de pedras brasileiras, entre outros. Aspectos

que identifiquem toda a magia do Brasil com sua exuberante fauna e flora dos trópicos, pois

com a violência, as corrupções políticas proporcionaram um escapismo da realidade e as

pessoas vão querer usar algo que as deixem felizes e que as façam sentir-se no paraíso. O

colorido a festa das flores provavelmente também se farão presente no próximo verão, pois os

maiores representantes da época e as misturas de estampas e de estilos também marcarão

presença, assim como a mistura de detalhes rústicos com tecidos tecnológicos.

De acordo com Palomino (2006) no evento Fashion Business verão 2007 o holandês

Gert Van de Keulen, diretor criativo do Studio Leu Edelkoort, explanou em sua palestra sobre

tendências de verão de 2006/07/08 afirmando que a natureza e o bem estar são temas em alta

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no verão que vem. Afirma ainda que o naturalismo vem inspirando a moda, o design e o

comportamento mundiaL, pois a mesma oferece o melhor design do mundo.Um dos conceitos

apresentados foram, as formas orgânicas como corais, cristais e esponjas, tons naturais de azul

e verde e tons inspirados em flores, frutas, minerais e peles de animais.

Os desfiles de Nova York e Londres antecipam as vertentes do vestuário do verão

2007. Foram vistos nas passarelas do Olympus Fashion Week e na London Fashion Week de

acordo com Giuriatti (2006) muita cautela e sobriedade, o tailleur está de volta assim como os

suéteres de gola em “v”, saias na altura dos joelhos, cintura imperial e um pouco mais alta e

boleros.Foi evidente a utilização da inspiração vinda dos anos 50 em quase todas as coleções,

com a presença das cinturas bem marcadas como apresentou as marcas: Betsey Johnson,

Carlos Miele, Bill Blass, Diane Von Furstenberg, Donna Karan entre outros. Os tecidos mais

presentes foram à seda e cetim sendo que os materiais naturais também marcaram presença.

As cores mais presentes ficaram na gama dos cremes, ocres, beges, dourados, palha, e

perolados.

Com relação as cores que serão apostas para o verão 2007 o site guiajeanswear

antecipou esta informação conforme ilustra cartela a seguir.

Figura 56: Cartela de cor verão 2007 Clariant Fonte:site guiajeanswear.

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É importante levar em consideração a tendência comportamental do público alvo do

presente projeto, que são mulheres com mais idade, que possuem valores específicos, sendo o

conforto a principal responsável e a estética a segunda, na hora da decisão de compra. Neste

segmento observou-se através das análises dos questionários que as mulheres desta faixa

etária gostam de estar de acordo com as tendências de moda vigentes, no entanto necessitam

que se utilize uma linguagem que elas identifiquem esteticamente, e principalmente valorizem

as formas do corpo em um jogo de esconder e revelar.

Com base nas pesquisas foi desenvolvido um painel semântico que representa as

principais tendências que foram utilizadas na coleção.

Figura 57: Painel semântico tendências Fonte: Desenvolvido pela aluna

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5.5 Perfil do consumidor

Para definir o perfil de um grupo de consumidor é necessário analisar fatores culturais,

sociais e pessoais.

• Aspectos culturais e sociais

Os avanços tecnológicos e o desenvolvimento da medicina geriátrica esta

prolongamento a expectativa de vida e em breve as pessoas com idades acima de 50 anos,

serão em maior quantidade e estarão mais presentes no mercado de trabalho até mesmo na

política e principalmente no mercado consumidor, pois estão mais ativos e independentes,

participam com freqüência de eventos e viagens.

• Aspectos pessoais

Em relação aos aspectos pessoais as pessoas com mais idade estão se exercitando

mais, cuidando com a saúde, beleza e estética, estão sofrendo transformações na vida

amorosa.Possuem mais dinheiro para gastar consigo mesmos, desejam produtos e serviços

que atendam suas necessidades particulares.São mais fiéis, menos impulsivos, mais exigentes,

possuem muito tempo para efetuar compras, são mais criteriosos e desejam sentirem-se mais

sedutores.

Analisando os textos anteriores percebe-se que as pessoas de mais idade atualmente,

devido às mudanças de comportamento, estão conseqüentemente possuindo necessidades

específicas em relação a produtos e em especialmente de moda, sendo este o reflexo do estilo

de vida.

Estas consumidoras tem vidas mais ativas na área social, são exigentes e se preocupam

com o corpo, com a mente, com a saúde; estão modificando sua aparência tornando-se menos

frágeis, mais bonitas e charmosas.

Com relação a maneira de se vestirem um estudo realizado pelo Instituto de

Investigação de Mercado de Frankfurt HML-modemarketing de acordo com o site

Guiajeanswear afirma que as mulheres que estão com idade entre 40 a 64 anos podem ser

divididas em 3 grupos, de acordo com o estilo de preferências no vestuário.Segundo o site

uma em cada cinco dos onze milhões referidos pertence ao grupo das mais discretas e muitas

delas tem o nível de formação baixa, utilizam na sua grande parte tamanhos grandes e suas

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compras de vestuário estão mais ligadas na funcionalidade e não tanto na moda, o site afirma

ainda segundo o estudo da HML que as mulheres que gostam de estar na moda é estimado em

2,8 milhões e para estas terem um aspecto exterior cuidado é importante.No entanto não

seguem rigorosamente uma determinada tendência de moda, mas procuram vestuários que

reflitam uma tendência atual e que esteja de acordo com seu estilo. Para este grupo, as marcas

de referências são importantes na oferta, no entanto, no momento da compra, as mulheres já

não consideram tanto a marca.O terceiro grupo, das mulheres entre 40 a 64 anos de idade,para

a metade do grupo estudado, segundo o site, a moda e o vestuário já não desempenham o

papel principal nas suas vidas, para elas os fatores relevantes são o preço e o aspecto prático.

A seguir painel semântico com imagens que representam o estilo de vida atual das

mulheres maduras.

Figura 58: Painel semântico Publico Alvo Fontes: Desenvolvido pela acadêmica

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5.6 Portifólio

5.6.1 Conceito da coleção

Estar atualizado e de bem com a vida, são formas de manter as pessoas felizes. As

mulheres que já passaram dos 50 anos estão cada vez mais ativas, atuais, vivendo mais e

melhor e ainda, mais femininas e sensuais. A coleção de moda praia destinada ao verão de

2006/07 é direcionada a esta nova mulher, que com o passar do tempo ficou mais madura e

consciente em relação ao seu bem estar. Esta mulher é feliz com sua idade e com o seu corpo,

porém, os traços trazidos com o passar do tempo necessitam de cuidados e pequenos

“disfarces” especiais.

O bem feito e durável são qualidades muito consideradas por esta consumidora, que

desejam possuir produtos que as acompanhe, que as deixem seguras e confortáveis em

qualquer situação. Querem ainda produtos que facilitem o seu dia-a-dia com a manutenção e,

diminuindo as exigências dos cuidados com as peças.A beleza se faz presente nos detalhes

que se encarregam por chamar a atenção a certos locais e disfarçar outros, assim como

agregar valor e incitar o desejo, sendo este o principal conceito a ser utilizado.

O painel a seguir faz referência aos principais conceitos utilizados e definidos para a

coleção.

Figura 59: Painel semântico conceito Fonte: : Desenvolvido pela acadêmica

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5.6.2 Release da coleção

A coleção de moda praia 2006/07 traz para a estação, referências de uma das mais

belas praias do estado de Santa Catarina. As férias da estação de calor serão nas areias da

cidade de Balneário Camboriú e suas belas paisagens. Esta história será contada através das

obras da artista Nilse Soares Leal, a qual representa a cidade de Balneário Camboriú através

de telas, com charme, beleza e de uma forma clássica e romântica.

A ilha, o fundo do mar, as praias, os barcos, os peixes, e toda a natureza de Balneário

Camboriú foram resgatados das pinturas da artista e aparecerão referenciadas nas estampas e

formas, nas cartelas de cores e nos detalhes da coleção. As obras escolhidas para serem

ilustradas na coleções foram: Os barcos, Fundo do mar e a Ilha deste balneário.

A coleção possui maiôs, biquínis e saídas de banhos modernos, adequados para

satisfazer os gostos e especialmente respeitando as diferenças do corpo da mulher madura, a

qual se considera sensual e consciente de seu corpo, feliz com sua idade e que preza pelo bem

estar.

Para reforçar a sensualidade e o romantismo desta mulher, foram resgatados o

encantamento e feminilidade dos anos 50, onde foi trazido todo o glamour da década que se

fará presente na coleção através da utilização de listras, das formas que evidenciam a cintura,

os decotes bem marcados e as amarrações. Os franzidos e sobreposições de transparências

foram resgatados dos gregos e romanos, pois proporcionam leveza e feminilidade para a

estação de calor.

Assimetrias e o jogo de revelar e esconder fará com que as formas do corpo da mulher

se tornem mais exuberantes, proporcionando mais confiança e personalidade a elas.

Para os materiais foi reservada a grande novidade da estação, a utilização de seda

pintada à mão, que será utilizado em detalhes das saídas de banho, com o intuito de acariciar a

pele, além de proporcionar conforto e bem estar às mulheres maduras. A lycra Praia (86% PA

E 14% PUE) será o tecido dos maiôs e biquínis, (pois possui boa durabilidade).

As argolas, miçangas, canutilhos e pedras brasileiras também marcarão presença em

detalhes que enriquecerão a coleção e proporcionarão todo o charme.

As cores serão resgatadas dos quadros pintados pela artista Nilsa Soares Leal, que

passeia entre : vermelho, azul mar e amarelo por do sol. As cores sóbrias como o azul náutico

e preta noite, também estarão presentes. A cor que remete a natureza não poderia estar de fora

desta paisagem, o verde musgo e verde claro com um toque de amarelo.

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5.6.3 Briefing

Segmento: Moda praia

Forma de uso: Vestuário para ir à praia, piscina ou usar para caminhadas no final do dia.

Produto: Moda praia feminina, confeccionada com matéria prima e acabamento de qualidade

que segue tendências de moda e possui um diferencial estético em suas propostas.

Conceito: Atual, moderno, ergonômico, durável, belo e adequado com a necessidade e que

proporcione bem estar. Valoriza o corpo das mulheres normais.

Público-alvo:

Idade: 40 a 70 anos

Sexo: Feminino

Classe social: Média/alta

Características culturais:

Mulheres maduras, que cuidam do corpo e da mente, que valorizam produtos de qualidade

tanto funcional como emocional.

Escolaridade: Não exigida

Ocupação profissional: Aposentados, e pessoas que possuam renda ou trabalham em

negócios próprios.

Como fala o consumidor?

O cliente é exigente, bem informado procura produtos para satisfazer seus desejos e

necessidades, busca o diferente, a novidade, porém, prioriza o conforto , praticidade e estética.

São mais amadurecidos, mais racionais, menos impulsivos, criteriosos, experientes e

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exigentes. Procuram estar na moda, porém, seus gostos particulares são prioridade, pois são

menos influenciáveis.

Principais valores morais:

Atitude, personalidade e experiência acima de tudo.

Pontos positivos:

Este mercado ainda é muito pouco explorado

Pontos negativos:

Não há ainda uma cultura de consumo de produtos de moda por estes clientes.

Locais de circulação dos produtos:

Lojas da marca ou especializadas no setor. Localizadas na cidade de Balneário Camboriú e

diversas cidades litorâneas do estado de Santa Catarina e do País.

Qual o problema a ser resolvido?

Desenvolver uma coleção de moda praia para mulheres com mais idade com estilo, tendências

de moda, ergonomia, que possua uma linguagem adequada para este público

Problemas atuais dos produtos no mercado

Este segmento especificamente está praticamente estagnado e é muito difícil encontrar marcas

especializadas com direcionamento para este tipo de público. Estes produtos são geralmente

encontrados em marcas que desenvolvem produtos para jovens e confeccionam em tamanhos

maiores para atender esta secundária consumidora.

Há poucas opções de modelos e os estilos não agradam as consumidoras.

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Concorrentes:

Catalina,Manvar, Águia e Club del Sol e Lenny

Parâmetros da coleção:

10- Biquínis

15- Maiôs

Total de 25 peças

Mix de produto

A coleção possuirá saídas de banho que complementara os looks como:

1-calça

8-vestidos

2-cangas

1-camisão

1-saia

Total de 13 peças

5.6.4 Cartela de tecidos, cores, estampas, aviamentos

Foram desenvolvidas, cartelas com o intuito de orientar e definir os rumos da coleção.

Como também, pelo fato de ser um instrumento do planejamento de coleção.

Os tecidos escolhidos foram:

• Para os biquínis e maiôs Lycra praia (86% poliamida e 14% elastano) por ser um

tecido que possui muita resistência à abrasão, rápida secagem, alta elasticidade e

durabilidade em contato com cloro e água do mar, é o tecido mais utilizado no

mercado para a fabricação de moda praia.

• Para os forros do biquíni, o tecido 100% poliamida, por ser o mais utilizado na

indústria, e possuir alta resistência a rotura e desgaste, reduzida absorção de

umidade, rápida secagem, grande poder de resistência contra insetos nocivos e

apodrecimento e altíssima elasticidade.

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• Para as saídas de banho foi escolhida a seda pura por ser um tecido nobre, muito

macio, leve, que não provoca irritação a pele e aceita muito bem a pintura manual,

porém, é um tecido que exige mais cuidado em sua manutenção, mas sendo ele

empregado nas saídas de banho as quais não necessitaram de lavagens constantes

não comprometerá a peça.

Os aviamentos escolhidos foram:

• Pedras brasileiras,miçangas e canutilhos , pois são tendência detectada nas

pesquisas e valorizam as peças.

• Flor artesanal feita de tecido musseline para enfeitar as peças.

• Bojo, (poliéster+poliuretano) para dar uma maior sustentação ao busto.

• Elástico especial para praia 8cm de largura e elástico com acabamento

• Linhas (100% poliéster)

• Argolas, para enfeitar as peças, feitas de inox.

• Barbatana de plástico para dar mais sustentação ao busto

• Espuma de poliuretano para ser colocado no busto.

• Ferro para sutiã, para firmar o busto.

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• Painéis

Figura 60: Cartela de tecido Fonte: Molin, 2006

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Figura 61: Cartela de aviamentos Fonte: Molin, 2006

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Figura 62: Cartela de cores Fonte: Molin, 2006

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Figura 63: Cartela de Estampas Fonte: Molin, 2006

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Figura 64: Cartela de Estampas Fonte: Molin, 2006

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5.6.5 Ergonomia

Depois de realizado o briefing e determinados às diretrizes da coleção, é necessário

avaliar as questões ergonômicas para que assim se possa desenvolver as alternativas de forma

mais adequada para o público.

De acordo com Iida (1990) ergonomia significa o estudo do trabalho ao homem. O

presente projeto tem uma acepção bastante abrangente,pois ocorre entre o homem e seu

trabalho de uma forma geral.O autor afirma que a ergonomia estuda o homem, suas

características físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais, influência de sexo, idade,

treinamento e motivação, estuda as máquinas e os produtos, ou seja, todos os materiais que o

homem utiliza, as características do ambiente físico, e as informações e comunicações

existentes entre os elementos de um sistema.

Segundo o site da ABERGO (2006) a palavra ergonomia deriva do grego (trabalho) e

nomos (normas, regra, leis), e esta disciplina explora os domínios da ergonomia física que

este relacionado às características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e

biomecânica, ergonomia cognitiva que se refere aos processos mentais e a ergonomia

organizacional que concerne à otimização dos sistemas sócio-técnicos, incluindo suas

estruturas organizacionais, políticas e de processos.

Para o referido trabalho será utilizada a ergonomia física, pois seus conhecimentos

estarão presentes nas análises antropométricas, e de biomecânicas das peças .

De acordo com Iida (1990, p. 89) a antropometria trata das medidas físicas do corpo

humano. O autor explana que foi a partir da década de 40 que iniciou a necessidade de

medidas antropométricas cada vez mais detalhada e confiável, e este fato foi provocado pela

necessidade da produção em massa.

Conforme as afirmações anteriores, as roupas assim como todos os produtos que são

fabricados em massa necessitam possuir medidas padrões para que possam ser facilmente

aceitos pelos consumidores. Este elemento é mais problemático dentro do campo da moda,

pois existe, especialmente em nosso país, uma grande mistura de raças as quais possuem

características físicas bem distintas e isso dificulta uma padronização única confiável.

Particularmente o público em questão, mulheres com mais idade, possuem medidas e

características físicas distintas das mulheres jovens, e estes aspectos necessitam possuir um

destaque especial para que o produto satisfaça suas clientes.

A idade é um dos fatores que influenciam as medidas do corpo, pois de acordo com

Iida (1990, p. 102) durante as diversas fases da vida o corpo das pessoas sofrem mudanças de

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forma e proporção. Segundo o autor, o processo de envelhecimento inicia-se de forma

pronunciada após os 30 anos, quando o organismo vai perdendo gradativamente sua

capacidade funcional, e depois do 50 anos começa gradativamente a diminuir, as mulheres

afirma o autor diminuem 2,5 cm até os 80 anos.

Nas pesquisas de campo realizada com 30 mulheres residentes da cidade de Balneário

Camboriú, (presentes no capitulo 4 deste projeto) foi possível verificar alguns aspectos

particulares em relação a modelagens preferidas e problemas verificados nos maiôs e biquínis

disponíveis atualmente no mercado, assim como nas visitas feitas às lojas.

Através das repostas das pesquisas de campo foi possível realizar um diagnóstico

ergonômico: Tabela 1: Diagnóstico ergonômico PROBLEMAS REQUISITOS CUSTOS

HUMANOS HIPÓTESES

Cavas muito apertadas nas coxas

Cavas maiores Causa dores nas partes comprimidas

Má circulação sangüínea

Fissuras na pele

Fazer uma modelagem mais anatômica que acompanhe as curvas das coxas

Alças que machucam ombros e caem na execução dos movimentos

Alças que não machuquem, e de segurança nos movimentos.

Deformação nos ombros,

Dores nos ombros costas

Alças mais largas Com modelagem

adequada

Costuras grossas Costuras que não incomodem.

Irritação na pele desconforto

Costuras finas Linhas especiais Costuras pelo lado

de fora Sem costura

Cavas muito altas

Cavas mais rasas Desconforto estético

Modelagem mais rasa que acompanhe a curva da perna

Partes de cima dos biquínis e maiôs que causam insegurança

Reforçar parte de cima Desconforto na execução dos movimentos

Desconforto estético

Utilização de bojo Utilização de

forros reforçados Aros de metal

Materiais que se desgastam rapidamente perdendo sua eficiência

Materiais que durem mais

Perdendo sua eficiência, pode não sustentar adequadamente, causado desconforto.

Utilizar materiais que durem mais como: tecido de Lycra praia

Parte inferior da calcinha muito baixa

Aumentar calcinha Desconforto estético

Fazer modelagem com calcinha mais alta

Fonte: Molin, 2006.

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Mediante o resultado da pesquisa verifica-se que as modelagens dos biquínis e maiôs

disponíveis no mercado estão com alguns problemas. No entanto, é necessário levar em

consideração alguns aspectos como a faixa de idade de cada cliente, estilo de vida, valores

pessoais e tipo de corpo de cada um, pois estes aspectos influenciam diretamente no gosto e

escolha de modelos. Foi verificado que as mulheres com idade superior a 60 anos preferem

maiôs, pouco cavados, as mulheres mais “modernas” (ou seja, senhoras também de 60 anos)

optam por cores mais vibrantes e florais mais coloridos.

Devido a estes fatores o planejamento de coleção deste projeto possuirá um mix de

modelos direcionados a mulheres modernas, para segmentar o mercado e atingi-lo de forma

mais acertado. A diferença do tipo físico de cada cliente é um aspecto que deve ser levado em

consideração em qualquer segmento, e devido a isto a coleção possuirá modelos diferentes

para atingir cada tipo físico, levando em consideração que o Brasil é um país formado por

povos diferentes, o que ocasionou uma grande miscigenação, conseqüentemente diferentes

tipos e características físicas.

Para auxiliar a definição dos modelos mais apropriados para cada tipo físico, foi

realizada uma tabela com as análises das características físicas e a roupa de banho mais

adequada de acordo com os princípios dos autores Rigueral (2005) e Gonçalves (2002).

Tabela 2: Análise das características físicas e a roupa de banho Características do corpo Objetivo Proposta Tronco curto alongar Tops com detalhes em “v” calcinhas de

cavas discretas, listras e recortes nas verticais, e cintura baixa no biquíni, estampas pequenas e parte inferior escuras.

Tronco longo Evidenciar tronco e rosto Modelos de 2 peças, com cavas altas que alongam as pernas, a parte superior deve ser discreta e as listras sempre na vertical.Decotes canoas, quadrados e redondos.

Tronco grande Diminuir Alças cruzadas centralizadas reduzem costas largas, criando uma área de interesse no centro.Cavas pequenas na parte superior e detalhes que não chamem atenção.Já na parte inferior listras horizontais, cores claras, cós baixo.

Quadris largos diminuir Recortes, listras e motivos horizontais na área do busto e verticais nos quadris.Decote frente única e alça fina.

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Características do corpo Objetivo Proposta Seios grandes Diminuir Peças mais largas no busto, recortes

segurando-o, cor superior menos importante, decotes “v”, calças médias, alças Largas e bojo modelador.

Corpo volumoso Diminuir Modelos com recortes anatômicos e forros para manter o corpo firme. Maiôs com laterais fechadas ou recortes laterais em cores escuras.

Corpo magro Aumentar Franzidos, drapeados e cores claras, listras horizontais, estampas vistosas, xadrezes, pois e florais

Fonte: Adaptado de Rigueral 2005.

Em posse destas informações é possível traçar e selecionar a variedade de modelagens

as quais farão parte da coleção, pois assim como nas pesquisas bibliográficas, nos

questionários e nas visitas comerciais foi verificado que as preferências dos modelos de maiôs

e biquínis estão diretamente relacionados ao tipo físico da pessoa.

Dentro deste contexto, nas pesquisas de campo foram detectados também que quanto

aos biquínis, elas preferem a parte de baixo mais alta com cavas amenas e partes de cima bem

estruturadas, porém com uma modelagem maior.Pois 61% optaram pela parte de cima mais

estruturada e de alças levemente largas e 35% optaram por modelos de parte de baixo de

biquínis mais altas e com cavas discretas.

Levando em consideração todas as informações levantas sobre ergonomia e

modelagem e pelo fato desta coleção ser direcionada a produção industrial, torna-se

imprescindível a definição da tabela de medidas que foi utilizada como padrão na confecção

da peças.

Tabela 3: Medidas industriais femininas

Tamanhos PP (40) P(42) M (44) G (46) GG (48) Perímetro do busto 88 92 96 100 106 Perímetro da Cintura 68 72 76 82 88 Perímetro do Quadril 94 98 102 106 112 Comprimento do Corpo 40 42 44 46 48 Comprimento das Costas 37 38 39 40 41 Comprimento do Seio 24 24,5 25 25,5 26 Comprimento da Manga 56 57 58 59 60 Comprimento da Manga Curta 23 24 25 26 27 Comprimento da Manga ¾ 41 42 43 44 45 Perímetro do Braço 33 34 35 36 38 Perímetro do Punho 20.5 21 21,5 22 22,5 Altura da Calça 108 110 112 113 114

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Tamanhos PP (40) P(42) M (44) G (46) GG (48) Perímetro da Boca 27/36 28/38 29/40 30/42 31/44 Comprimento da Saia 55 56 58 60 62 Comprimento do Ombro 12 12 12,5 13 13,5 Comprimento da Pence 5 6 6 7 7 Degolo 6.6 6.8 7.0 7.1 7.3 Caída do ombro 4.8 4.9 5.0 5.05 5.15 Tamanho retângulo 95 x 54 98 x 56 102 x 58 106 x60 110 x 63 Comp. gancho 25 26 27 28 29 Perímetro Joelho 40 42 44 46 48

Fonte: Silveira, 2006.

Tabela 4: Medidas industriais femininas, busto , decotes e pence Tamanho Do Busto Profundidade Pence-Frente Decote Costas

70 a 80 cm 4 cm 1 cm

80 a 90 cm 5 cm 1,5 cm

90 a 100 cm 6 cm 2 cm

100 a 110 cm 7 cm 2.5 cm

110 a 120 cm 8 cm 3 cm Fonte: Silveira, 2006.

5.6.6 Geração de alternativas

Através das observações das cartelas de cores, do release, das questões ergonômicas e

da temática foram desenvolvidas as peças que farão parte a coleção. As preferências do

publico alvo, levantadas através dos questionários e das pesquisas bibliográficas foram de

extrema importância para a decisão das peças da coleção.

A coleção foi desenvolvida visando atender os diferentes gostos e físicos das mulheres

maduras brasileiras. Possuindo assim biquínis com alças largas para mulheres que possuem

seios maiores e necessitam de uma maior sustentação, para não prejudicar a coluna e distribuir

melhor o peso, alças finas se o desejo for uma menor marca no bronzeamento indicado para

mulheres de busto pequeno.

Para compor os conjuntos com harmonia os detalhes também foram pensados, para

destacar ou o busto ou a parte inferior de acordo com o corpo e gosto de cada cliente.

Serão utilizados três quadros como tema de inspiração para as formas e estampas da

coleção, “Os barcos de Balneário Camboriú, Fundo do mar de Balneário Camboriú e a ilha de

Balneário Camboriú” Pois possuem elementos de referencias distintos entre si assim como

boa gama de cores, no entanto possuem uma ligação entre si que é o fato de remeterem idéia

de praia.

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5.6.6.1 Alternativas escolhidas

Destas alternativas selecionadas para fazer parte da coleção três peças e seus

complementos foram escolhidas para serem confeccionadas, pois apresentaram uma melhor

expressão do conceito, tema, e também foi levado em consideração, a opinião de algumas

mulheres deste público para as escolhas da alternativas a serem confeccionadas.

Sendo a proposta deste projeto, o desenvolvimento de coleção de moda praia para

mulheres maduras com a inserção de uma marca específica para este público e este sendo a

primeira apresentação ao mercado, foram selecionados peças com uma linguagem comercial.

A utilização de modelagens que ao mesmo tempo em que revelam o corpo o cobrem

com charme, elegância, conferem a usuária destas peças, sensualidade, mas com discrição, as

cores ora fortes e contrastantes e ora pastéis e escuras atendem a diversos gostos e tons de

peles do publico alvo.

As peças escolhidas remetem de uma maneira sutil, mas com notória identificação a

ligação das pinturas da Artista Nilse Soares Leal com as estampas presentes nos modelos.

Após esta seleção, as peças foram revisadas e modificadas alguns aspectos, modeladas

e produzidas.

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6 DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO

6.1 Modelagem

Com base nas tabelas de medidas já pré-definidas no capitulo da ergonomia e

juntamente com a tabela de medidas disponibilizada pela empresa Areia Pura de Balneário

Camboriú, a qual trabalha com biquínis e maiôs e possui uma modelagem específica para as

mulheres com mais idade, foi realizada a tabela de medidas para o projeto, o qual sofreu

algumas modificações após a prova dos modelos.

Esta tabela foi escolhida par auxiliar, devido à diversidade existente no mercado e pela

disponibilidade da empresa em ceder sua tabela, a qual utiliza no mercado, para ser utilizada

no projeto. Tabela 5: Medidas adaptado da Empresa Areia Pura

Tamanhos PP P M G GG

Busto 68 69 70 71 72

Quadril 69 70 71 72 73

Entrepernas 8 8 8 8 8

Altura sunquini frente 25,50 26,50 27,50 28,50 29,50

Altura sunquini costas 27 28 29 30 31

Altura corpo do maio tomara que caia frente 49 50 51 52 53

Altura corpo do maio tomara que caia costas 43 44 45 46 47

Altura corpo do maiô taça frente 50 51 52 53 54

Altura corpo do maiô taça costas 48 49 50 51 52

Comprimento busto maiô taça e sutiã taça 12 13 14 15 16

Largura busto maiô taça e sutiã taça 14 15 16 17 18

Comprimento alças 27 28 29 30 31 Fonte:Molin 2006

Com as medidas definidas passa-se para a elaboração da modelagem, das peças dos

biquínis, maiôs e saídas de banho. O tamanho escolhido para serem confeccionados foi o

tamanho pequeno (ver ficha técnica) devido o fato de possivelmente serem desfilados por

modelos na apresentação do trabalho.

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Figura 109: Modelagem maiô barcos Figura 110: Modelagem busto maiô barcos Figura 111: Modelagem costa maiô barcos Fonte:Molin,2006. Fonte: Molin,2006. Fonte: Molin,2006.

Figura 112: modelagem biquíni fundo Figura 113: Modelagem maiô barcos, Figura 114: Modelagem Biquíni do mar frente e biquíni superior fundo do mar maiô ilha lateral Fonte:Molin,2006. Fonte: Molin,2006 al busto Fonte: Molin,2006.

Figura 115: Modelagem maiô Ilha frente Fonte: Molin,2006.

Figura 116: modelagem maiô Ilha costas Fonte:Molin,2006.

Figura 117: modelagem maiô Ilha parte superior Fonte: Molin,2006.

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6.2 Modelo volumétrico

Figura 118: Modelagem vestido Fonte:Molin,2006.

Figura 122: Modelo volumétrico do vestido com projeto da pintura Fonte:Molin,2006.

Figura 123: Modelo volumétrico da camisa Fonte:Molin,2006.

Figura 119: Modelagem camisa Fonte:Molin,2006.

Figura 120: Corte dos tecidos modelos volumétricos Fonte:Leal,2006.

Figura 121: Costura dos modelos volumétricos Fonte:Leal,2006.

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6.2.1Testes e adequações

No estudo dos modelos volumétricos foi verificada a necessidade de realizar algumas

alterações nas peças para melhorar sua estética e função, tais como:

• Aumentar o decote do vestido 3cm e inserção de amarração para que o vestido

fique preso ao corpo e melhor colocação abaixo da cintura.

• Diminuição de 2cm da cava da manga da camisa.

• Diminuição da largura das alças do maiô com a Ilha de Balneário Camboriú,

devido a limitação do maquinário.

Figura 124: Modelo volumétrico maiô barco frente Fonte:Molin,2006.

Figura 125: Modelo volumétrico maiô barco Costas Fonte:Molin,2006.

Figura 126: Modelo volumétrico maiô Ilha frente Fonte:Molin,2006.

Figura 127: Modelo volumétrico maiô Ilha Costas Fonte:Molin,2006.

Figura 128: Modelo volumétrico biquíni frente Fonte:Molin,2006.

Figura 129: Modelo volumétrico Biquíni Costas Fonte:Molin,2006.

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• Diminuição da medida do entre pernas dos dois maiôs e do biquíni.

• Diminuição da alça da parte de cima do biquíni.

• Aumentar a cava do maio com a ilha de Balneário Camboriú.

• Aumentar a cava do vestido para uma melhor movimentação dos braços.

• A opção por colocar espuma na parte de cima do maiô com a ilha de Balneário

Camboriú, do maiô barço e biquíni fundo do mar, para melhorar sua estética.

• Afastar alça do biquíni nas costas.

• Colocar fechos atrás do maiô ilha e biquíni.

6.3 Risco e corte

Após a realização dos ajustes nas peças passou para o risco e corte da lycra e

musseline. O tecido musseline (substituindo a seda por ser um material semelhante e de valor

mais acessível) por se um tecido plano foi cortado com tesoura, mas o biquíni e os maiôs

foram cortados com faca devido o fato de escorregarem ao serem cortados. As peças que

foram pintadas,foram cortados primeiro, pois é necessário pintar antes de fechar as peças para

dar um bom acabamento.

Figura 130: Encaixe e risco das peças Fonte:Molin,2006.

Figura 131: Risco Fonte: Molin,2006.

Figura 132: Risco da parte superior biquíni fundo do mar Fonte:Molin, 2006.

Figura 133: Corte da lycra Fonte: Molin, 2006.

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6.4 Beneficiamento (pintura a mão)

As partes que serão pintadas cortadas, fazem parte da próxima etapa, a pintura das

peças.As peças foram pintadas na casa da artista Nilse Soares Leal a qual auxiliou todo o

processo de pintura manual.

Inicialmente foram realizados testes com as tintas nos tecidos para verificar qual seria

a tinta mais adequada para ser utilizada.Foi feito teste com a tinta de tecido a qual não teve

resultado positivo na lycra, pois após 72 horas foi lavado e a tinta escorreu.A tinta aquarela

foi a que melhor fixou-se na lycra, já para as saídas de banho a tinta para seda foi a que teve

melhor resultado.

Figura 134: Corte da lycra Fonte:Molin,2006

Figura 135: Corte da lycra Fonte:Molin,2006

Figura 136: Corte da saída musseline a tesoura Fonte: Molin,2006.

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Após decididos às tintas e cores que serão utilizadas, as peças foram presas e esticadas

em bastidores para serem então pintadas.Foram colocados nos recipientes vários tons de tintas

para fazer misturas na hora da pintura, assim como um gel específico para misturar com a

tinta aquarela para dar mais consistência na hora da pintura e a tinta não escorrer.

Figura 139: Recipiente com tintas aquarela e gel com 4 tons de verdes para a pintura do busto do maiô inspirado na ilha .Fonte Molin, 2006.

Figura 138:Tintas aquarela seda Color Fonte: Molin,2006.

Figura 140: Tintas aquarela da marca Prince Fonte:Molin,2006.

Figura 141: Busto do maiô ilha preso no bastidor com taxas para esticar a peça com o intuito que a tinta penetre no tecido.Fonte:Molin,2006.

Figura 142: Busto desenhado: Após preso foi desenhado a lápis as folhas para guiar a pintura Fonte: Molin,2006

Figura 137: Testes das tintas na lycra Fonte: Molin, 2006

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Para a parte da frente do maiô inspirado nos barcos e a parte inferior frontal do biquíni

no fundo do mar, conforme ilustram as figuras acima foi utilizado o produto Guta, pois este

produto delimita o local onde a tinta será atingida.Como estas estampas são localizadas e

definidas, a melhor maneira, segundo a artista Nilse, é a utilização da guta.Este produto deve

ser aplicado sobre a peça em quantidade generosa para que passe para a parte de trás no

tecido, isolando de maneira segura o local.Após pintando o tecido deve-se lavar a peça para

retirar o produto e secagem.

Figura 145: Aplicação do produto guta: na parte inferior do biquíni Fonte: Molin, 2006

Figura 143: Maio preso com alças. Fonte: Molin, 2006

Figura 146: Secagem da guta Fonte: Molin, 2006

Figura 147: O maiô barco sendo pintada Fonte: Leal, 2006 Figura 148: Secagem do Maiô

Fonte: Molin, 2006

Figura 144: Busto pronto Fonte: Molin,2006

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127

Para a saída de banho do maiô inspirado nos barcos, foi realizada a técnica tie-dye.

Esta técnica consiste em fazer nós no tecido e tingí-los para obter manchas os tecidos de

forma irregular, as figuras a seguir ilustram a técnica.

Figura 149: Nós no tecido Fonte: Molin, 2006

Figura 150: Aplicação da tinta com contas gotas nos nós Fonte: Molin, 2006

Figura 151: Espalhamento da tinta com auxilio de plástico Fonte: Leal, 2006

Figura 152:Tecido pintado Fonte: Molin, 2006

Figura 153: Tecido pintado secando: para poderser desfeito o nó e verificar o resultado Fonte: Molin, 2006

Figura 154: Tecido pronto Fonte: Molin, 2006

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128

Para a canga foi realizada a técnica úmido sobre úmido, esta técnica consiste na

pintura com tinta aquarela com o tecido molhado, foi aplicado sal de cozinha para

proporcionar um efeito diferenciado de pingos.

Figura 162:Canga pronto Fonte: Molin, 2006 Figura 161: Secagem

Fonte: Molin, 2006

Figura 158: Peixes pintados com guta colorida Fonte: Molin, 2006

Figura 159: Aplicação das tintas azuis com o tecido umedecido Fonte: Molin, 2006

Figura 160: Aplicação do sal Fonte: Molin, 2006

Figura 155: Canga presa no bastidor Fonte: Molin, 2006

Figura 156: Desenho dos peixes Fonte: Molin, 2006

Figura 157: Pintura do peixe com pincel fino Fonte: Molin, 2006

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129

Depois de realizados as pinturas nas peças foi verificado que é necessário empregar

muito tempo para a realização das peças o que em escala industrial inviabilizaria este

processo devido o alto custo e baixa produtividade, principalmente as pinturas nas peças de

lycra, e nestas peças a tinta aquarela não apresentou um bom desempenho em grandes

extensões de pintura como por exemplo no maiô barco, no entanto, em pequenos desenhos

como no maiô ilha a tinta apresentou um bom comportamento após a secagem.Devido a este

fator é sugerido que nas peças de lycra sejam utilizados processos industriais, como a técnica

de quadros automáticos, pois agilizaria a fabricação.Esta técnica é uma evolução da

estamparia a quadro manual, nele, o tecido é colocado sobre um tapete (manta), que se

movimenta na medida do encaixe do desenho, enquanto os quadros permanecem no lugar.

No entanto, nas saídas de banho podem ser mantidas as técnicas manuais, pois

agregariam valores às peças além do fato do tecido plano, a seda, aceitar melhor a tinta

agilizando assim sua pintura.

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6.5 Ficha técnica

Figura 163: Croqui maiô ilha Fonte: Molin, 2006

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131FICHA TÉCNICA DE PRODUTO MAIÔ ILHA

DESCRIÇÃO: Maiô ilha Código do Produto: 1222 PP P M G GG Código do Molde: 05 Data:07/05/06 40 42 44 46 48

Grade

X Tecido Composição Fornecedor Código -

Cores Largura Rendimento

ou Gramatura

Preço em R$

ICMS Prazo Consumo

lycra 86% poliamida 14% elastano

Rossete 01 branco 06 verde amarelado.

1,40 15,00 ------ ---------- 0,90

Forro 100% poliamida

Rossete 01 branco 1,40

5,00 0,95

Observação: Opção 1:Pintura manual no busto tinta aquarela Opção 2: Estampa com quadro automáticos, estampa a gel (3 quadros) Depois de estampado, vai para ser bordado as folhas e galhos com canutilho verde a miçanga marrom Escala de 1/10

Desenho Técnico

Frente

Costas

Aviamentos Composição Código Fornecedor R$/Unidade Consumo R$/Peça Costura/Acabamento Argola Inox 05 Nomeia

aviamentos1,50 1 1,50

Barbatana Plástico 10 Nomeia aviamentos

0,05 2 0,10

( X ) Reta ( X )Elastiqueira ( ) 2 Agulhas ( ) ( ) 3 Agulhas ( ) ( X ) Overloque ( )

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132Elástico especial para praia 8cm

12 Nomeia aviamentos

0,20 0,70cm 0,20

Canutilho verde 29 Nomeia aviamentos

0,50 10 gramas

0,50

Miçanga marrom

96 Nomeia aviamentos

0,50 0,50 gramas

0,25

( ) Interloque ( ) ( X) Galoneira ( ) ( ) Trançadeira ( ) ( ) Caseadeira ( ) ( ) Botoneira

OBSERVAÇÃO Custos com mão-de-obra R$/Peça

Corte 10reais Costura 20 reais

Acabamento 10 reais Bordado -------------Estampa 10 reais Lavação

Estilo: Moda praia

Produto: Maiô tomara que caia

Financeiro: ------------------------------

Produção: -------------------------

Outros

PLANO DE CORTE

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133

SEQÜÊNCIA OPERACIONAL

Código da Operação

DESCRIÇÃO OPERACIONAL

TP (Tempo Padrão)

Máquina

APARELHO/DISPOSITIVO/ ACESSÓRIOS

Unir forro com costa

1mt Overloque

Unir costas com forro da frente 2mt Overloque Fechar lateral 2mt Overloque Pregar barbatana 6mt Reta Unir busto com frente 4mt Overloque Fechar costas 7 mt Overloque Colocar elástico costas parte inferior 4mt Elastiqueira Fechar lateral 5mt Overloque Elástico na cava 2mt Elastiqueira Acabamento arrebatar o elástico 3 mt Galoneira Colocar elástico das costas parte superior 3mt Elastiqueira Rebater elástico 3mt Galoneira Colocar elástico na faixa das costas com o

busto 5mt Elastiqueira

Rebater elástico pregando com o viés junto com a argola frente

5mt galoneira

Colocar fecho costas e viés para alças 4mt Reta Colocar alças na argola 3mt Reta

TOTAL 1 hora

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134

Figura 164: Croqui maiô barco Fonte: Molin, 2006

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135FICHA TÉCNICA DE PRODUTO MAIÔ BARCO

DESCRIÇÃO: Maiô Barco Código do Produto: 1225 PP P M G GG Código do Molde: 30 Data:07/05/06 40 42 44 46 48

Grade

X Tecido Composição Fornecedor Código -

Cores Largura Rendimento

ou Gramatura

Preço em R$

ICMS Prazo Consumo

lycra 86% poliamida 14% elastano

Rossete 01 branco 10 azul 09 vermelho

1,40 15,00 ------ ---------- 0,90

Forro 100% poliamida Rossete 01 branco

1,40

5,00 0,90

Observação: Opção 1:Pintura manual tinta aquarela core azul e vermelho Opção 2: Estampa com quadro automáticos, a gel (2 quadros) Depois de estampado vai para a bordadeira para colocar canutilhos nas listras vermelhas e azuis Escala 1/10

Desenho Técnico

Frente

Costas

Aviamentos Composição Código Fornecedor R$/Unidade Consumo R$/Peça Costura/Acabamento Ferrinhos para sutiã

Metal 19 Nomeia aviamentos

0,05 2 0,10

Elástico especial para praia 8cm

12 Nomeia aviamentos

0,20 0,70cm 0,20

Viés para taça 100% pomiamida

20 Rosset 0,03 0,40cm 0,30

( x ) Reta ( x)Elastiqueira ( ) 2 Agulhas ( ) ( ) 3 Agulhas ( ) ( x ) Overloque ( ) ( ) Interloque ( ) ( x ) Galoneira ( ) ( ) Trançadeira ( )

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136Viés 70%

poliamida 30% elastano

Nomeia aviamentos

0,50 0,60cm 0,50

Canutilho vermelho e azul

50 Nomeia aviamentos

0,50 10 gramas

0,50

Argola Inox 05 Nomeia aviamentos

1,50 1 1,50

( ) Caseadeira ( ) ( ) Botoneira

OBSERVAÇÃO Custos com mão-de-obra R$/Peça

Corte 10reais Costura 20 reais

Acabamento 10 reais Bordado 3,00 Estampa 25 reais Lavação

Estilo: Moda praia

Produto: Maiô taça

Financeiro: ------------------------------

Produção: -------------------------

Outros PLANO DE CORTE

SEQÜÊNCIA OPERACIONAL

Código da Operação

DESCRIÇÃO OPERACIONAL

TP (Tempo Padrão)

Máquina

APARELHO/DISPOSITIVO/ ACESSÓRIOS

Unir frente e costas com forro 10mt Overloque Limpar peças 10mt Overloque Fechar lateral 3mt Overloque Limpar busto pregando no maio 4mt Overloque Colocar viés para o ferrinho e colocar alças

Juntamente com a argola 3mt Reta

Costurar elástico nas costas e cavas 7 mt Elastiqueira Acabamento arrebatar o elástico 3 mt Galoneira Colocar viés no busto junto com alça 4mt Galoneira para viés TOTAL 44 minutos

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137

Figura 165: Croqui biquíni fundo do mar Fonte: Molin, 2006

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138FICHA TÉCNICA DE PRODUTO BIQUINI FUNDO DO MAR

DESCRIÇÃO: Biquíni fundo do mar Código do Produto: 1229 PP P M G GG Código do Molde: 19 Data:07/05/06 40 42 44 46 48

Grade

X Tecido Composição Fornecedor Código -

Cores Largura Rendimento

ou Gramatura

Preço em R$

ICMS Prazo Consumo

lycra 86% poliamida 14% elastano

Rossete 01 branco 21 azul 02 preto

1,40 15,00 ------ ---------- 0,90

Forro 100% poliamida Rossete 01 branco

1,40

5,00 0,90

Observação: Opção 1:Pintura manual na parte inferior tinta aquarela azul turquesa e guta incolor Opção 2: Estampa com quadro automáticos, a gel (1 quadros) Após a estampa realizada a peça inferior frontal vai para bordadeira Escala 1/10 Desenho Técnico

Frente

Costas

Aviamentos Composição Código Fornecedor R$/Unidade Consumo R$/Peça Costura/Acabamento Espuma 100%

poliuretana 10 Nomeia

aviamentos0,05 2 0,10

Elástico especial para praia 8cm

80% elastano 20% algodão

12 Nomeia aviamentos

0,20 0,70cm 0,20

Elástico c/ acabamento

80% elastano 20% algodão

21 Nomeia aviamentos

1,0 0,50cm 0,50

Flor artesanal Musseline 40 4,00 1 4,00

( X ) Reta ( X )Elastiqueira ( ) 2 Agulhas ( ) ( ) 3 Agulhas ( ) ( X ) Overloque ( ) ( ) Interloque ( ) ( X) Galoneira ( ) ( ) Trançadeira ( ) ( ) Caseadeira ( )

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139Canutilho azul 52 Nomeia

aviamentos0,50 0,50

gramas 0,25 ( ) Botoneira

OBSERVAÇÃO Custos com mão-de-obra R$/Peça

Corte 10reais Costura 20 reais

Acabamento 10 reais Bordado 5 reais Estampa 10 reais Lavação

Estilo: Moda praia

Produto: Biquíni

Financeiro: ------------------------------

Produção: -------------------------

Outros PLANO DE CORTE

SEQÜÊNCIA OPERACIONAL

Código da Operação

DESCRIÇÃO OPERACIONAL

TP (Tempo Padrão)

Máquina

APARELHO/DISPOSITIVO/ ACESSÓRIOS

Unir forro com costa calcinha

1mt Overloque

Unir costas com forro da frente calcinha 2mt Overloque Fechar lateral calcinha 2mt Overloque Colocar elástico nas cavas 3mt Elastiqueira Unir busto com frente 4mt Galoneira Rebater costura 7 mt Overloque Unir bustos com forro 4mt Overloque Unir meio com busto 3mt Overloque Pregar elástico nas costas 5mt Elastiqueira Pregar elástico c/ acabamento no busto e alça 3mt Reta Acabamento arrebatar o elástico 3 mt Galoneira Pregar viés no busto 5mt Reta Colocar ferrinho 3mt Galoneira

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140

Figura 166: Croqui vestido Fonte: Molin, 2006

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141

FICHA TÉCNICA DE PRODUTO VESTIDO

DESCRIÇÃO: vestido Código do Produto: 1221 PP P M G GG Código do Molde: 02 Data: 07/05/06 40 42 44 46 48

Grade

x Tecido Composição Fornecedor Código -

Cores Largura Rendimento

ou Gramatura

Preço em R$

ICMS Prazo Consumo

Musseline 50% seda 50%poliéster

Revolução tecidos

01 branco

1,40 19,16 ------ ---------- 1,80

Observação: Pintura manual na faixa frontal, tinta aquarela verde a ocre Escala 1/10

Desenho Técnico

Frente

Costas

Aviamentos Composição Código Fornecedor R$/Unidade Consumo R$/Peça Costura/Acabamento

( x ) Reta ( )Elastiqueira ( ) 2 Agulhas ( ) ( ) 3 Agulhas ( ) ( x ) Overloque ( ) ( ) Interloque ( ) ( ) Galoneira ( ) ( ) Trançadeira ( ) ( ) Caseadeira ( ) ( ) Botoneira

OBSERVAÇÃO Custos com mão-de-obra R$/Peça

Corte 5 reais Costura 5 reais

Acabamento 10 reais

Estilo: Moda praia

Produto: vestido

Financeiro: ------------------------------

Produção: -------------------------

Bordado 10

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142

PLANO DE CORTE

SEQÜÊNCIA OPERACIONAL

Código da Operação

DESCRIÇÃO OPERACIONAL

TP (Tempo Padrão)

Máquina

APARELHO/DISPOSITIVO/ ACESSÓRIOS

Unir ombros 3 mt Reta Unir laterais 5mt Reta Acabamento na barra 3mt Overlock Virar a barra do vestido 4mt Reta Cortar faixa para acabamento interno de 2cm

de largura 2mt Tesoura

Unir faixa de acabamento na parte frontal do vestido

10 mt Reta

Virar tira de acabamento e costurar na barra da peça

30mt Reta

Fazer abertura na lateral 6 mt Reta acabamentos 10 mt Reta Passadoria 3mt ferro TOTAL 1:30 minutos

Frente Costas

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143

Figura 167: Croqui camisa faixa Fonte: Molin, 2006

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144FICHA TÉCNICA DE PRODUTO CAMISA

DESCRIÇÃO: Camisa com faixa Código do Produto: 1221 PP P M G GG Código do Molde: 02 Data:07/05/06 40 42 44 46 48

Grade

x Tecido Composição Fornecedor Código -

Cores Largura Rendimento

ou Gramatura

Preço em R$

ICMS Prazo Consumo

Musseline 50% seda 50%poliéster

Revolução tecidos

01 branco

1,40 19,16 ------ ---------- 1,60

Observação: Pintura manual na faixa técnica tye-dye nas cores azul turquesa e vermelho púrpura. Escala 1/10 Desenho Técnico

Frente

Costas

Aviamentos Composição Código Fornecedor R$/Unidade Consumo R$/Peça Costura/Acabamento Botões forrados Com musseline

03 Nomeia aviamentos

0,40 4 1,60

( x ) Reta ( )Elastiqueira ( ) 2 Agulhas ( ) ( ) 3 Agulhas ( ) ( x ) Overloque ( ) ( ) Interloque ( ) ( ) Galoneira ( ) ( ) Trançadeira ( ) ( ) Caseadeira ( ) ( ) Botoneira

OBSERVAÇÃO Custos com mão-de-obraEstilo: Produto: Financeiro: Produção: R$/Peça

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145Corte 5 reais

Costura 5 reais Acabamento 10 reais

Bordado -------------Estampa 5 reais Lavação

Moda praia Camisa ------------------------------

-------------------------

Outros PLANO DE CORTE

SEQÜÊNCIA OPERACIONAL

Código da Operação

DESCRIÇÃO OPERACIONAL

TP (Tempo Padrão)

Máquina

APARELHO/DISPOSITIVO/ ACESSÓRIOS

Fechar laterais 4 mt Reta Acabamento na barra das magas 3mt Overloque Acabamento na barra 3mt Overloque Virar a barra da camisa 4mt Reta Cortar faixa para acabamento interno de 2cm

de largura 2mt Tesoura

Unir faixa de acabamento na parte frontal da camisa

10 mt Reta

Virar tira de acabamento e costurar na barra da peça

30mt Reta

Fazer caseado 6 mt Reta Fechar lateral da faixa 3 mt Reta TOTAL 1 hora

Frente Costas

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146

Figura 168: Croqui canga Fonte: Molin, 2006

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147FICHA TÉCNICA DE PRODUTO CANGA

DESCRIÇÃO: canga Código do Produto:1222 PP P M G GG Código do Molde: 03 Data:07-05-06 40 42 44 46 48

Grade

x Tecido Composição Fornecedor Código -

Cores Largura Rendimento

ou Gramatura

Preço em R$

ICMS Prazo Consumo

Musseline 50% seda 50%poliéster

Revolução tecidos

01 branco

1,40 17,85 ------ ---------- 1,50

Observação: Pintura a mão técnica úmido sobre úmido com 2 peixes pintados com guta branca e azul turquesa, fundo tinta aquarela azul turquesa e azul petróleo. Depois de pintado vai para bordadeira para ser bordado os 2 rabos dos peixes com canutilho amarelo Escala 1/10

Desenho Técnico

Frente/costas

Aviamentos Composição Código Fornecedor R$/Unidade Consumo R$/Peça Costura/Acabamento Canutilho amarelo 05 Noemia

aviamentos 0,50 10

gramas 0,50

( x ) Reta ( )Elastiqueira( ) 2 Agulhas ( ) ( ) 3 Agulhas ( ) ( x ) Overloque ( ) ( ) Interloque ( ) ( ) Galoneira ( ) ( ) Trançadeira ( ) ( ) Caseadeira ( ) ( ) Botoneira

OBSERVAÇÃO Custos com mão-de-obra R$/Peça

Corte 5 reais Costura 5 reais

Acabamento Bordado 2,50 Estampa 15 reais

Estilo: Moda praia

Produto: Canga simples

Financeiro: ------------------------------

Produção: -------------------------

Lavação

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148

PLANO DE CORTE

SEQÜÊNCIA OPERACIONAL

Código da Operação

DESCRIÇÃO OPERACIONAL

TP (Tempo Padrão)

Máquina

APARELHO/DISPOSITIVO/ ACESSÓRIOS

Fazer acabamento nas bordas 7 mt Reta /overlock Passadoria 3mt ferro

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6.6 Modelos finais

Figura 169: Foto modelo final maiô ilha com camisa Fonte: Molin, 2006

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150

Figura 170: Foto modelo final maiô ilha com camisa fechada Fonte: Molin, 2006

Figura 171: Foto modelo final maiô ilha com camisa aberta Fonte: Molin, 2006

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151

Figura 172: Foto modelo final maiô ilha Fonte: Molin, 2006

Figura 173: Foto modelo final maiô ilha 2Fonte: Molin, 2006

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152

Figura 174: Foto modelo final maiô barco com camisa Fonte: Molin, 2006

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153

Figura 176: Foto modelo final maiô barco costas Fonte: Molin, 2006

Figura 175: Foto modelo final maiô barco com bolsa Fonte: Molin, 2006

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154

Figura 178: Foto modelo final maiô barco com colar Fonte: Molin, 2006

Figura 177: Foto modelo final maiô barco com flor Fonte: Molin, 2006

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155

Figura 179: Foto modelo final Biquíni fundo do mar Fonte: Molin, 2006

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156

Figura 180: Foto modelo final Biquíni fundo do mar com canga Fonte: Molin, 2006

Figura 181: Foto modelo final Biquíni fundo do mar com flor Fonte: Molin, 2006

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157

Figura 182: Foto modelo final Biquíni fundo do mar com canga presa no busto Fonte: Molin, 2006

Figura 183: Foto modelo final Biquíni fundo do mar e maiô ilha Fonte: Molin, 2006

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158

7 COMPOSTO MERCADOLÓGICO

7.1 Marketing

De acordo com Treptow (2003) a palavra marketing vem do inglês.Sua origem é

“Market”, mercado.A autora afirma que não existe uma tradução direta para o português, no

entanto o que mais se aproxima seria “comercialização”.

Marketing vai além da simples compra e venda de produtos.Trata-se de um conjunto

de técnicas utilizadas para melhor aproveitar as oportunidades surgidas no mercado diz

Treptow (2003), pois visa atender às necessidades e desejos, gerando satisfação aos

compradores e lucro para os vendedores.

Segundo De Carli (2002) o marketing estuda a complexa relação entre o projeto de um

produto, seu preço, sua comunicação, sua disponibilidade no mercado e a satisfação do cliente

depois de efetuada a compra. O marketing instaura o diálogo entre a produção e o uso, é

mediador na economia do mercado, complementa a autora.

Sendo o marketing uma forte arma de diferenciação, é capaz de medir a satisfação dos

clientes, é indispensável a utilização de suas técnicas para inserir e manter um produto no

mercado.Diante desta realidade foi verificado que existe pouca exploração desta ferramenta

nos produtos destinados a mulheres maduras.O que se observa é a inexpressividade de um

marketing direcionado e focado diretamente a este público, o qual possa se identificar com o

produto e sentir-se encantado pelo mesmo.

Diante de tantas informações que bombardeiam as pessoas todos os dias, conseguir o

olhar preferencial é uma tarefa árdua e dificultosa, no entanto é necessário se sentir atraídos

de alguma forma para escolher por um produto, e o marketing direcionado neste momento,

apresenta-se como um fator de decisão.

A coleção desenvolvida neste projeto atinge mulheres que se encontram com mais

idade, no entanto que ainda são bonitas e charmosas e que os traços trazidos pelo tempo

somente contribuem para que elas sejam mulheres de verdade.

Através dos dados detectados nas pesquisas bibliográficas e de campo, é possível

afirmar a inexpressível existência de marcas de produtos moda que sejam direcionados para

esta consumidora. Devido a este fator foi desenvolvida uma marca e identidade visual

direcionada.

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7.2 Identidade visual da marca

De acordo com Strunck (2001) identidade visual acontece quando um nome ou idéia é

representada visualmente sob determinada forma, ou seja, é um conjunto de elementos

gráficos que irão formalizar a personalidade visual de um nome, idéia, produto ou serviço.

Atualmente para que uma empresa alcance o sucesso é indispensável que possua uma boa

imagem que cause uma boa impressão à primeira vista. Isto porque conforme Strunck (2001)

desde que nascemos começamos a nos acostumar com um mundo de símbolos e logotipos, os

quais são úteis a quem produz, vende e consome, porque distinguem e identificam a marca

num contexto complexo global.

Segundo Tavares (1998) marca é:

Um nome, termo signo, símbolo ou design, distinto ou combinado coma função de identificar a promessa de benefícios, associada a bens ou serviços que aumenta o valor de um produto, além de seu propósito fundamental, tendo uma vantagem diferencial sustentável simbólica.A marca é um dos ingredientes que as empresas utilizam em suas estratégias para diferenciar sua oferta. As empresas procuram ser as únicas a atenderem expectativas de grupos de consumidores específicos.

A partir destes princípios, foi idealizada uma marca com intuito de diferenciar o

produto no mercado, agregar valor e fornecer uma série de atributos aos consumidores.A

marca foi desenvolvida associada ao perfil do público alvo da coleção.

O objetivo da marca é inicialmente atingir o mercado da região do Vale do Itajaí, pois

através de pesquisas, comprovou-se que há carência de produtos de moda praia adequada para

mulheres com mais idade.Após a inserção e possível aceitação dos produtos, os investimentos

serão feitos em diversas regiões litorâneas brasileiras.

Para a escolha da marca foi levado em consideração o sobre nome da autora da

coleção Lino Molin. Segundo Rigueiral (2005) a decisão escolher nomes de famílias tem a

vantagem de demandar custos menores de desenvolvimento de marca e de promoção para

fixação de marca.

Devido as estes fatores o nome da marca é:

Logotipo:

A nome da marca foi abreviado para melhor fixação e sonoridade, assim como ter

fácil leitura a qualquer idioma.A utilização da palavra “Beach” foi escolhida, pois faz

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referência ao segmento o qual o produto faz parte. É de origem inglesa, pois é uma língua

universal e uma das mais aceitas do mundo, assim como é de fácil pronúncia.

O alfabeto padrão escolhido para a marca foi de acordo com Strunck (2001) o

grupo das letras decorativas a Bradley Hang ITC , pois apresentam variações de desenhos,

sem perda de qualidade em suas características formais, e são as mais adequadas para

serem eleitos como padrão, pois se prestam melhor a classificar hierarquicamente e

ordenar as informações, além de conferir ritmo às diagramações.

As palavras inicias ‘LM’ fazem referência a uma marca que poderá estar vinculada

a outros segmentos do mercado, somente mudando a palavra que acompanha o

logotipo.Isto facilitará a extensão de linhas sem confundir os clientes.

A cor padrão escolhida para o logotipo é vermelha e foi escolhida para representar

o símbolo por ser quente, pois ela representa energia, sugere motivação, atividade e

vontade. Ele atrai vida nova e pontos de partida inéditos. O vermelho está associado ao

calor e à excitação, com a iniciativa e a disposição para agir, com o espírito de

pioneirismo que nos eleva.

De posse destas informações e definições foi realizada uma pesquisa no Instituo

Nacional da Propriedade Industrial, para verificar se já existe no mercado essa marca no

segmento de vestuário, para que a mesma posso ser patenteada, conforme mostra a figura

a seguir.

Figura 184: Pesquisa inpi Fonte:site inpi

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7.2.1 Divulgação do produto

De acordo com Martins (2005) percebe-se atualmente a inserção de uma tendência

de marketing até então não praticada, é a publicidade direcionada ao enorme grupo de

pessoas que podem estar longe de figurar em editais de moda.A autora afirma que ser bela

reza um novo mandamento em propaganda, é uma questão de ponto de vista.Algumas

empresas já começaram a praticar este novo tipo de mídia, pois perceberam que está na

hora de adotar um perfil de comunicação que adapte os produtos aos anseios da maioria

das mulheres.

Destaca Martins (2005) que a marca “Dove” adotou esta nova estratégia inclusiva

da beleza que visa estimular as mulheres a valorizar suas características físicas e criar sua

própria imagem, em vez do que é ditado pela sociedade, sendo que com esta estratégia, a

marca já contabiliza lucros, pois ocorreu um aumento de vendas de 30%, conclui a

autora.

Aproveitando desta nova tendência o slogan da primeira campanha da marca será

“Beleza, para mulheres de verdade”. Foi escolhido este tema para explorar toda beleza

das mulheres maduras que foi representado por “mulheres de verdade”.

As mulheres independentes de idade necessitam sentirem-se bonitas e atraentes e

vincular uma imagem positiva, o que desperta nas consumidoras vontades de superação

de uma forma tangível que certamente estimulará o consumo dos produtos fornecidos pela

marca e facilitará a identificação pelas consumidoras. A ligação com o tema de

divulgação da primeira campanha estará presente em todo o material da empresa como

tag,embalagens, sacolas, etiqueta, outdoor, impressos e brindes

A utilização da temática da primeira coleção da marca também estará presente na campanha e

nos diversos materiais através do complemento “A arte de ser eternamente bonita” fazendo

ligação com a utilização da arte.

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• Tag

De acordo com Rigueral (2005) os tags valorizam a coleção assim como é um recurso

que serve para evidenciar a marca, a tematização ou segmentar produto, é uma sinalização

que valoriza e destaca. Afirma ainda a autora que a utilização de recursos e materiais

relacionados ao segmento podem proporcionar a criação do clima ou da ambientação que se

associará com o produto.

Devido a estes fatores, a marca LM beach possuirá um tag o qual possuirá o slogan e a

imagem da campanha e da coleção, assim como dicas na hora de escolher o biquíni ou maiô

ideal.Seu material será de papelão e alça de plástico.

Figura 186: Tag frente Fonte: Molin, 2006.

Figura 185: Tag costas Fonte: Molin, 2006.

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• Embalagem

As embalagens do produto é uma forma de comunicação direta com o mercado

consumidor, além de proteger e transportar o produto.A embalagem para os produtos será de

plástico azul transparente contendo a imagem da campanha publicitária de lançamento da

marca. Em seu verso possuirá instruções para cuidados com o do produto.

Será em forma de sacola desta forma a consumidora pode levar e guardar seu produto

adequadamente.

Figura 187: Embalagem frente Fonte: Molin, 2006.

Figura 188: Embalagem constas Fonte: Molin, 2006.

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• Sacola

A sacola também é um forte apelo de marketing e estimula o consumo, além de

valorizar o produto. A marca possuirá dois tipos de sacolas, uma retangular feita de papel com

alça de mão de poliéster, contendo somente a marca e imagem da campanha e a outra em

plástico de formato quadrado.

Figura 189: Sacola retangular de papel Fonte: Molin, 2006.

Figura 190: Sacola quadrada de plástico Fonte: Molin, 2006.

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• Etiquetas

O uso interno de etiquetas é obrigatório, pois nelas devem contar todas as informações

exigidas pela legislação em vigor, e também são usadas para reforçar a identidade do produto

e são geralmente afixas nas peças por costuras. Foram desenvolvidos duas etiquetas uma

contendo as informações sobre a composição do material , origem e CNPJ do fabricante e

outra, contendo informações sobre o tamanho e cuidados com o produto.

Figura 191: Etiqueta frente Fonte: Molin, 2006.

Figura 193: Etiqueta de composição Fonte: Molin, 2006.

Figura 192: Etiqueta de cuidados com o produto Fonte: Molin, 2006.

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• Outdoor

O outdoor é um bom instrumento de divulgação, e devido a este fator a marca possuirá

distribuída em locais estratégicos como, clubes e nas estradas onde levam às praias

freqüentadas pelas consumidoras como, por exemplo, a praia central de Balneário Camboriú.

Nela conterá o slogan da campanha o telefone e endereço da loja.

Figura 194: Outdoor primeira opção Fonte: Molin, 2006.

Figura 195: Outdoor segunda opção Fonte: Molin, 2006.

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• Impressos e cartões de visita

Todos os impressos que circularão com o nome da marca possuirão uma padronização

para manter a identidade, proporcionado assim uma melhor associação do cliente com a

marca.Afirma Strunck (2001) que desde o mais simples cartão de visitas até o mais complexo

catálogo, devem apresentar uma relação entre si.

Figura 196: Envelope timbrado Fonte: Molin, 2006.

Figura 197: Impressos Fonte: Molin, 2006.

Figura 198: Cartão de visita Fonte: Molin, 2006.

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• Brindes

Para agraciar as clientes que efetuarem compras nas lojas serão distribuídos chaveiros

contendo o nome da marca e a imagem da campanha.Para estimular as compras será feita uma

promoção na qual a cliente que ao comprar indicar três amigas (às quais também efetuarem

compras de qualquer valor) ganharão um guarda sol personalizado.

7.3 Mercado de atuação

O produto será direcionado para o mercado nacional, em cidades litorâneas, sendo que

é evidente que o mercado consumidor de produtos de moda direcionados a pessoas de mais

idade está em grande crescimento.

Um diferencial no mercado será o apelo estético das peças que possuem o objetivo de

valorizar o corpo da mulher madura de forma elegante, sensual e atual. Através da mídia

pretende-se valorizar e divulgar o prazer e a beleza de ser uma mulher com mais idade.

7.3.1 Sistema de distribuição, preços e ponto de venda.

Os produtos serão distribuídos de forma direta através de lojas exclusivas da

marca para atingir o mercado com maior cobertura controlada, maior rapidez, efetuar uma

Figura 199: chaveiro Fonte: Molin, 2006.

Figura 200: Guarda sol Fonte: Molin, 2006.

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venda mais especializada principalmente se tratando do público de mulheres com mais

idade o qual preferem um atendimento mais direcionado e exclusivo, devido ao fato de

possuir mais tempo para comprar e serem mais exigentes. As lojas exclusivas também

auxiliam a empresa a conhecer melhor seus clientes e provocar maior aceitação dos

produtos.

Os pontos de vendas da marca estarão adequados ao público. Estes devem remeter

boas imagens associadas ao envelhecimento saudável, conceito que permeará todo o

desenvolvimento da marca e da coleção. O ponto de venda como uma forte arma na hora

da decisão de compra, deve estar totalmente imerso neste conceito.

Os sistemas de preços dos maiôs e biquínis irão acompanhar os praticados pela

concorrência, e ficarão em torno de R$ 70,00 a R$ 250,00 reais, porém as saídas de banho

que serão feitas de seda pura pintadas a mão e bordadas serão um diferencial da marca e

produto de maior valor agregado, girando em torno de R$ 100,00 a R$ 500,00 reais,

dependendo do detalhamento da pintura, a quantidade de bordados e seda utilizada na

peça.

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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final deste projeto de graduação, com a realização de várias pesquisas e análises foi

possível comprovar a deficiência de produtos de moda praia adequados às novas necessidades

e desejos das mulheres que passaram dos 50 anos, mesmo existindo produtos para este

público, fato verificado nas pesquisas de campo, que também mostraram que as mulheres não

estão satisfeitas com os modelos disponíveis, devido ao fraco apelo estético.

O objetivo geral do projeto foi alcançado pelo fato das peças desenvolvidas possuírem

estética adequada às preferências do público, (o qual solicitou mais detalhes dos produtos

existentes no mercado), respeitando as diferenças do corpo sem, no entanto, deixar de

ressaltar sua beleza.

As pesquisas bibliográficas comprovam o crescimento do público ao qual se destina

este projeto e o grande nicho de mercado que está se abrindo, assim como as mudanças de

necessidades, devido ao novo estilo de vida de uma grande parcela destas mulheres.

Mudanças devido à evolução da medicina geriátrica, que está prolongando os anos de vida,

tornando-os de melhor qualidade. Os avanços tecnológicos da estética estão proporcionando

um aspecto mais jovial; e a elevação do poder de consumo, que permite uma maior

participação na vida social de modo geral, são características marcantes deste início do

terceiro milênio.

As pesquisas de campo os questionários, as visitas comerciais e observação do

público, identificaram necessidades e desejos particulares,tais como: preferência pelo

consumo de produtos mais duráveis e confortáveis, preferência por um atendimento mais

personalizado e o fato de optarem por produtos que estão em sintonia com a moda vigente,

porém que não sejam provenientes de modismos.

A inovação proposta focou uma nova estética aos produtos de moda praia destinado as

mulheres maduras; através da utilização de estampas diferenciadas, do emprego de cores mais

vibrantes e modelagens mais ousadas, sem deixar de respeitar as limitação do corpo. O

produto foi concebido com uma proposta focalizada ao público; estimulando o desejo de

compra e valorizando a imagem da mulher, através do slogan da campanha, que faz um apelo

positivo. Esta nova linha tem o intuito de proporcionar uma diferenciação do produto e

satisfazer o cliente, elevando conseqüentemente a freqüência de venda dos mesmos.

A escolha da temática “A arte de Nilse Soares Leal” objetivou transferir a tendência de

moda utilizada, que valoriza a cultura e as riquezas do Brasil. A opção pela região de

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Balneário Camboriú, sua atmosfera praiana e o espírito de eternas férias, recaiu em de três

obras da artista Nilse, as quais representam a ilha, os barcos e o fundo do mar de deste

balneário.

Devido a qualidade da pintura, riqueza de detalhes, o estilo acadêmico e clássico da

artista e o fato destes requisitos estarem expostos nestas obras proporcionaram entusiasmo a

inspiração para a criação das estampas.

A transferência de informações das obras para gerar as formas e estampas das peças,

referenciam de forma sutil as obras da mesma, através da utilização de elementos de seus

quadros, porém sem ser uma mera passagem de sua pintura. A escolha pela artista Nilse

Soares Leal foi um acontecimento muito feliz no projeto, pois além de possuir um grande

talento artístico, Nilse é detentora de valores pessoais extremamente positivos, sempre muito

prestativa e amável. Foi nesta etapa do projeto que ocorreu uma profunda sinergia entre a obra

de arte e a arte da moda. Ao transferir para o tecido os elementos das telas descobriu-se que as

percepções estéticas necessárias é pintura de um quadro encontra relação com a produção de

uma peça de vestuário, uma vez que ambas incitam o despertar de sentimentos.

As limitações encontradas no decorrer do projeto se fizeram presentes nas questões

ergonômicas; devido à escassa bibliografia sobre o segmento em questão, nas tabelas de

medidas devido à falta da padronização de medidas. Especialmente para o público do projeto

surgiu a necessidade de optar-se por uma tabela (empresa Areia Pura) já existente no

mercado, porém introduzindo-se algumas modificações para uma melhor adequação.

Outra limitação foi o fato da identificação da inviabilidade econômica encontrada na

pintura manual das peças de lycra em escala industrial, pois devido o grau de detalhamento

necessário, ocasiona baixa produtividade e principalmente o fato da dificuldade de encontrar

tintas adequadas para este tecido que possa ser pintado em grandes extensões. A alternativa

encontrada para a solução desta limitação foi à utilização de estamparia industrial. No

entanto, para as saídas de banho de seda, foi possível utilizar a pintura manual, pois este

tecido aceita melhor a tinta, tornado o processo de pintura mais rápido além do fato da pintura

manual tornar a peça única, agregando valor.

A sugestão para dar continuidade a este projeto é destiná-lo a exportação, de biquínis e

maiôs com estampas inspirados em artistas regionais e saídas de banho pintado à mão e

bordadas. A sazonalidade deste segmento, fato do Brasil ser um grande lançador de

tendências neste setor e a grande aceitação e valorização de produtos com detalhes artesanais

e personalizados, contribuem para o consumo do produto nos mercados exteriores. Com o

intuito de agregar valor às peças pintadas à mão, bordadas e destinadas à exportação seria

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muito interessante à utilização da mão de obra de senhoras de grupos de terceira idade, pois

desta forma além de estar contribuindo para a sociedade, estará adicionando valor social à

marca e proporcionado uma melhor aceitação e incentivo no mercado exterior.

Dentro da idéia de realizar coleções de moda praia destinada a mulheres maduras com

temática voltada à valorização de artistas regionais, é válido a criação de outras coleções que

explorem diversos tipos de arte da região de Balneário Camboriú, passiveis de serem

aplicadas em um grande número de segmentos da moda, pois o entusiasmo e a energia dos

jovens associados ao conhecimento dos mais experientes pode resultar excelente processo de

produção criativa.

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