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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA FRANCINE DA SILVA VANESSA RAUP PORFIRIO CONSULTA ODONTOLÓGICA: ANÁLISE DA ROTINA DOS CD´S EM ATUAÇÃO NA CIDADE DE ITAJAÍ. (SC) Itajaí, (SC) 2007

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA

FRANCINE DA SILVA

VANESSA RAUP PORFIRIO

CONSULTA ODONTOLÓGICA: ANÁLISE DA ROTINA DOS CD´S

EM ATUAÇÃO NA CIDADE DE ITAJAÍ. (SC)

Itajaí, (SC) 2007

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FRANCINE DA SILVA

VANESSA RAUP PORFIRIO

CONSULTA ODONTOLÓGICA: ANÁLISE DA ROTINA DOS CD´S

EM ATUAÇÃO NA CIDADE DE ITAJAÍ. (SC) Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de cirurgião-dentista do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí.

Orientadora: Profª. Maria Regina Orofino Kreuger

Itajaí SC, 2007

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus pelo dom da vida.

Agradecemos a nossos pais por todo carinho, dedicação e compreensão,

sem os quais não teríamos alcançado esta vitória.

Agradecemos aos nossos colegas cuja participação em nossa formação foi

fundamental.

Agradecemos à nossa orientadora, Profª. Maria Regina Orofino Kreuger,

por toda paciência, pela sabedoria em orientar e por todos conhecimentos

transmitidos.

Agradecemos a todos os profissionais que aceitaram participar de nossa

pesquisa.

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CONSULTA ODONTOLÓGICA: ANÁLISE DA ROTINA DOS CD´S E M ATUAÇÃO NA CIDADE DE ITAJAÍ Francine da SILVA e Vanessa Raup PORFÍRIO Orientadora: Prof. Maria Regina Orofino KREUGER Data de Defesa: Abril de 2007 RESUMO: A anamnese é feita no primeiro contato entre o Cirurgião-Dentista (CD) e o paciente; as informações obtidas durante a mesma devem ser anotadas em uma ficha clínica. Devido ao aumento no número de pacientes em diferentes faixas etárias necessitando de tratamentos diferenciados, observa-se a necessidade de padronização das fichas clínicas. Considerando-se a importância desta etapa do atendimento odontológico, desenvolveu-se uma pesquisa com o objetivo de verificar a freqüência e a qualidade da anamnese praticada pelos CD´s em atuação em Itajaí. Foi aplicado um questionário, com 8 perguntas abertas e fechadas. Os resultados foram analisados segundo as categorias tempo de formação e especialidade. Foram entrevistados 20,40% dos CDs cadastrados no CROSC. Verificou-se que a maioria dos entrevistados faz a anamnese já no primeiro contato com o paciente. Concluiu-se que os CD’s entrevistados valorizam a realização da anamnese criteriosa. Palavras-chave: anamnese, ficha clínica, patologias de órgão e sistemas.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 – Distribuição da freqüência absoluta (n) para as respostas emitidas

pelos pesquisados sobre a realização de anamnese na primeira consulta

odontológica............................................................................................................22

Gráfico 2 – Distribuição da freqüência relativa das patologias crônicas sistêmicas

mais encontradas nos pacientes, segundo o tempo de formado do

CD...........................................................................................................................24

Gráfico 3 – Relação de emergências ocorridas nos consultórios odontológicos....25

Gráfico 4 – Representação gráfica da visão dos CDs em relação à situação de

saúde dos pacientes e o tratamento odontológico.................................................26

Gráfico 5 – Gráfico representativo dos procedimentos adotados pelo CD para

evitar o agravamento do quadro clínico do paciente..............................................28

Gráfico 6 – Gráfico representando a freqüência de atendimento de pacientes

acima de 60 anos em relação ao tempo de formação do CD.................................29

Gráfico 7 – Gráfico representando a freqüência de atendimento de pacientes

acima de 60 anos em relação às especialidades odontológicas............................30

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................07

2 REVISÃO DE LITERATURA................................................................................09

3 MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................................20

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...................................21

5 CONCLUSÃO......................................................................................................32

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente, os cursos de graduação na área de odontologia estão

enfatizando a aplicação de uma anamnese completa, utilização correta de fichas

clínicas, bem como o seu adequado arquivamento, porque estes registros,

conforme Carvalho et al. (2002), constituem um instrumento fundamental na

avaliação do padrão de qualidade do atendimento e na defesa nos casos judiciais.

A anamnese é feita no primeiro contato entre o cirurgião-dentista e o

paciente, onde este relata com suas palavras a sua história e o profissional deve

extrair o máximo de informações relevantes. Essas informações devem ser

cuidadosamente transferidas pelo profissional para uma ficha clínica e se

necessário realizar perguntas adicionais. (BELTRÁN, 2005).

Para Vanrell, (2002 apud MACIEL et al., 2003), o prontuário odontológico é

um documento singular para o conhecimento, a qualquer tempo, do diagnóstico e

tratamento realizados, assim como do prognóstico e eventuais intercorrências,

além de ser o mais perfeito instrumento de defesa.

A cada dia é visível a necessidade de se padronizar as fichas clínicas, uma

vez que o número de pacientes necessitando de tratamentos especiais vêm

crescendo em indivíduos de diferentes faixas etárias. Aumentou o número de

pacientes com doenças sistêmicas, medicação, idosos com dentes etc.

Necessitando de uma odontologia adequada a estes pacientes. Além do aumento

das técnicas invasivas na odontologia, que demandam um aumento do estresse

no paciente e podem agravar uma patologia sistêmica préexistente. Devido a esta

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preocupação propôs-se uma pesquisa com cirurgiões-dentistas da cidade de

Itajaí, com intuito de verificar se a anamnese integra a rotina destes profissionais.

Posteriormente, pretende-se, com base nos resultados da pesquisa, desenvolver

um ciclo de palestras, através da ABO/Itajaí, enfatizando a importância da

anamnese nas consultas.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

Dentistas e médicos nos dias de hoje precisam saber mais sobre as

condições médicas pregressas e atuais, devido ao número crescente de pacientes

geriátricos que necessitam de cuidados dentários. A avaliação prévia ao

tratamento auxilia o profissional no controle de emergência no consultório

odontológico. A história médica fornecerá ao dentista informações sobre qualquer

condição preexistente e permitirá que ele modifique o tratamento de modo a evitar

complicações. O conhecimento da história pregressa do paciente economizará

tempo precioso no diagnóstico da emergência e alertará o clínico para ter em

mãos os medicamentos necessários. Muitas das emergências ocorridas nos

consultórios são exarcebações agudas de doenças crônicas ou de longa duração.

Os métodos usados na rotina do consultório durante a avaliação física do

paciente, como aferir a pressão arterial, podem durante uma emergência, ser

transformados com eficiência em medidas terapêuticas para controlar sinais vitais

e administrar medicamentos decisivos. Também há a importância de documentar

e destacar na ficha clínica manifestações alérgicas, principalmente quando essas

são causadas por medicamentos. Após a comprovação da mesma, os alérgenos

devem ser identificados juntamente com os tipos de reação encontrados. O

dentista deve se preocupar também em estabelecer o histórico de medicamentos

usados pelo paciente. A medicação pode ser responsável por lesões bucais

presente no paciente, ou mesmo indicar uma condição subjacente capaz de

alterar muito o plano de tratamento. Quando se obtém a história de uso rotineiro

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de um medicamento devem ficar anotados o nome do medicamento, a posologia e

a via de administração. (SONIS et al., 1985)

Segundo Moraes et al. (1993), deve ser dada importância à avaliação inicial

de pacientes; cabe ao CD a responsabilidade de fazer uma anamnese no exame

inicial, com perguntas relacionadas à saúde do paciente como um todo. Essa

atitude evita riscos de emergências médicas durante um procedimento

odontológico. Alguns autores acreditam que a anamnese do paciente deve estar

direcionada à pesquisa de medicamentos utilizados por ele. Outros defendem a

história clínica através de um diálogo e, ainda, tem os que preferem fazer a

análise através de questionários com perguntas relacionadas à saúde geral do

paciente e consideram fundamental no diagnóstico. Com base na pesquisa da

anamnese verbal, em 2000 pacientes de ambos os sexos do Serviço de

Emergência Odontológica do Hospital Universitário Antonio Pedro, foi constatado

que 211 apresentaram condições especiais ou patologias sistêmicas e que a

maioria das complicações ocorreu neste grupo. Foi concluído que a possibilidade

de intercorrências no atendimento odontológico é maior no grupo considerado de

risco. Um exame mais detalhado do paciente odontológico representa um

importante fator permitindo assim a intervenção mais segura mesmo em pacientes

considerados de risco.

De acordo com Douglas (1994), no século XXI, a prática odontológica se

aproximou e se aliou muito mais à prática da medicina porque o número de

pacientes idosos que apresentam condições crônicas sistêmicas ou que estão

tomando um ou mais medicamentos que podem afetar a saúde oral tem

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aumentado muito. E também existe uma grande quantidade de pacientes com

infecções sistêmicas no consultório, como HIV e hepatite. Por conta disso, a

medicação em uso, pressões por parte da medicina legal, paradigmas de

prevenção e diagnóstico então sendo mais enfatizados no currículo odontológico.

Atualmente o serviço odontológico também está integrado nos programas de

saúde domiciliar e ambulatorial, estreitando o cuidado odontológico e médico com

financiamento de órgãos governamentais. Os conceitos de cuidado médico são

também aplicados aos planos de serviços odontológicos. Na prática os dentistas

estão se mostrando mais adaptados cientificamente para trabalhar com pacientes

comprometidos sistemicamente.

Em relação ao tratamento odontológico de pacientes idosos, Manetta et al.

(1998) defendem que, inicialmente, uma longa e detalhada história médica deve

ser analisada. Os cirurgiões-dentistas devem manter diálogos com os médicos de

seus pacientes e fazer sempre análises de relatórios, para saber se os

procedimentos planejados oferecem riscos aos pacientes. Esses diálogos devem

ser constantes para uma melhor conduta durante o tratamento. Pacientes

portadores de diabetes e hipertensão arterial devem estar sempre compensados

durante todo o tratamento odontológico.

Abraham-Inpijn (2000) afirmou que o cirurgião-dentista deve ter maior

responsabilidade durante o tratamento de um paciente com problemas médicos. E

para isso um bom profissional deve estar capacitado para efetuar uma boa

anamnese, incluindo anamnese médica, deve saber as implicações de doenças

sistêmicas com tratamentos dentários, ter sabedoria para fazer prevenções de

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complicações médicas e ter a capacidade de estabelecer vínculos entre estado

geral e patologias bucais as quais não se limitam à cavidade bucal.

Segundo Neves (2001), para realização de um tratamento e para um

melhor relacionamento entre paciente/profissional, o exame clínico é o passo

inicial, com objetivo fundamental de elaborar o diagnóstico, o prognóstico e o

planejamento terapêutico correto. Para obter êxito em um tratamento, é preciso

conhecer os problemas que afligem o paciente. Alguns profissionais se

preocupam, apenas, em resolver o motivo que levou o paciente a procurá-lo e,

assim, descuidam-se da anamnese, as vezes, por achar que toma muito tempo e

que poderia estar utilizando esse tempo em algo que lhe traria lucro em dinheiro.

Entretanto, não percebem que, com a anamnese, lucrariam em tempo e confiança,

pois ela pode evitar intercorrências e favorecer o êxito no tratamento. Não é

admissível que um odontólogo tenha a visão voltada somente para os dentes, sem

a preocupação com a saúde geral do paciente. Muitas vezes, são encontradas

lesões na cavidade bucal que são manifestações de doenças degenerativas,

infecciosas, metabólicas, endócrinas e psíquicas. Daí a necessidade de uma

anamnese bem detalhada para que erros sejam evitados. Conhecendo-se o

paciente, suas histórias odontológicas, médicas e familiares e associando suas

histórias ao exame físico e exames complementares, pode-se elaborar um

diagnóstico e um prognóstico, o qual determinará a oportunidade do tratamento.

Carvalho et al. (2002) afirmaram que o prontuário odontológico é um

componente essencial para o cirurgião-dentista. O prontuário mínimo

recomendado pelo Conselho Federal de Odontologia deve conter: a identificação

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do paciente, sua história clínica e doença atual, histórico médico, seguido do

exame clínico, odontograma, plano e evolução do tratamento, e exames

complementares. Esses registros constituem um instrumento fundamental na

avaliação do padrão de qualidade do atendimento realizado e, também, para uma

defesa nos casos judiciais. Um prontuário odontológico deve retratar com o

máximo de semelhança o atendimento prestado. A elaboração de fichas clínicas e

sua conservação em arquivo próprio são deveres dos profissionais conforme

artigo do Código de Ética Odontológica. O prontuário odontológico é utilizado na

elucidação de questões referentes ao tratamento proposto e executado, nos

âmbitos legais, civis ou criminais e na identificação cadavérica. É de extrema

importância o correto preenchimento e arquivamento dos prontuários

odontológicos, possibilitando a sua utilização frente a possíveis problemas legais e

suas conseqüências.

Maciel et al. (2003) explicaram que, para fins legais administrativos e

clínicos, a documentação odontológica deverá conter todos os atos realizados no

atendimento do paciente, planos de tratamento e outras informações necessárias

ao bom andamento do tratamento. É esta que comprova a relação cirurgião-

dentista e paciente e os atos éticos praticados pelo CD. A documentação

odontológica é uma fonte de informações para os pacientes e serve de prova para

os odontólogos, em questões jurídicas, além de auxiliar nos processos de

identificação humana, teste de paternidade e estimativa de idade. O CD tem um

trabalho de grande responsabilidade na sociedade, pois a ele cabe cuidar da

saúde de seus semelhantes, por isso há necessidade de se adotar um cuidado

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especial com a documentação em um tríplice aspecto: clínico, administrativo e

legal. O prontuário odontológico elaborado pelo CD constitui elemento de prova

nos processos judiciais movidos contra este. Em uma pesquisa, envolvendo 80

CDs do município de Campina Grande – PB, foi identificado que 100% dos

profissionais elaboravam e guardavam as fichas clínicas de seus pacientes,

embora apenas 44,4% sabiam elaborar a documentação corretamente de acordo

com o Código de Defesa do Consumidor. A documentação odontológica possui

finalidade clínica e administrativa, pois facilita o tratamento a ser realizado e a

organização do consultório, portanto, se o cirurgião-dentista desconhece as

finalidades da documentação, ele, também, desconhece a sua importância. Nesta

pesquisa apenas 38,9% dos entrevistados sabiam as finalidades da

documentação, sendo que as finalidades clínicas e administrativas se

sobressaíram sobre a finalidade legal. O profissional deve arquivar uma cópia de

toda a documentação caso o paciente decida abandonar o tratamento e/ou

continuar em outro profissional, pois este tem o direito a toda a sua

documentação. Esse arquivamento deixa o CD livre de queixas, quanto a um

tratamento que não tenha sido realizado por ele. Entre os pesquisados, apenas,

5,5% elaboram e guardam corretamente a documentação odontológica.

Segundo OMS (2003), as patologias que mais levam á óbito no mundo

inteiro são as doenças cardiovasculares, e se devem, em grande parte, às dietas

desbalanceadas e à ausência de atividade física. A hipertensão é uma das

principais causas das doenças cardiovasculares e o diabetes resulta em um risco

maior de cardiopatia, doenças renais, acidente vascular cerebral e infecções.

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De acordo com Silva (2003), a anamnese deve ser realizada sempre,

mesmo em um consultório em que o movimento de pacientes seja considerável.

Sugere-se o uso de questionários com questões fechadas para serem

respondidas e preenchidas diretamente pelo paciente, enfocando questões sobre

doenças, sintomas, tratamentos anteriores e atuais, além das condições gerais de

saúde. Após o preenchimento, já em contato direto, o cirurgião-dentista poderá

aprofundar as perguntas se for observada alguma resposta que tenha deixado

dúvidas.

Arita et al. (2005) explicaram que algumas condições patológicas de caráter

infeccioso podem ocorrer na boca, portanto, o CD deve estar atento para

possíveis manifestações bucais dessas doenças. O diagnóstico requer exame

clínico (anamnese, exame físico geral e loco-regional) e exames laboratoriais. As

neoplasias malignas podem ser causadas por fatores emocionais, havendo

possibilidade de desencadear a patologia, que tem localização preferencial nos

lábios, língua, assoalho da boca, palato, gengiva, bochecha ou orofaringe. O

diabetes mellitus pode apresentar manifestações bucais múltiplas, tais como:

xerostomia, candidose, glossodinia e doenças periodontais avançadas. Pacientes

com alto ou moderado risco para o desenvolvimento da endocardite bacteriana

devem ser orientados a manter a melhor qualidade de saúde bucal possível, além

de indicar uma profilaxia antibiótica antes de procedimentos odontológicos

associados a sangramento significativo ou a intervenções impostas, como risco

pelo julgamento clínico. Em algumas condições médicas são aconselháveis as

realizações de profilaxia antibiótica pelo cirurgião-dentista, tais como doenças nas

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válvulas cardíacas, endocardite prévia, cirurgias pulmonares com shunts e

cardiomiopatia hipertrófica. Há, também, os problemas de articulação e disfunção

temporomandibular, que são problemas de origem multifatorial e apresentam

como principais sintomas: dor de cabeça crônica, sensação de cansaço no rosto,

mudanças de humor. No atendimento de pacientes idosos, o uso de

medicamentos é um dos maiores problemas.

De acordo com Beltrán (2005), a história clínica, na prática geral da

profissão, se reduz a uma ficha onde se anotam achados e propostas de

tratamento. O interrogatório do paciente se faz junto à cadeira odontológica, que

não é o melhor lugar para realizar uma anamnese suficiente que mostre ao

paciente a impressão de estar sendo tratado como pessoa. Esta conduta

inadequada que é freqüentemente observada na prática privada, na consulta

pública chega a extremos de desinteresse pelo paciente em necessidade. Se o

interrogatório é resumido, o exame clínico não é muito mais detalhado, este se

reduz a contar os dentes com lesões cariosas e a determinar as necessidades de

Dentística ou Prótese. Os tecidos moles recebem pouca atenção, apenas as

gengivas são motivo de interesse, quando apresentam sinais de enfermidade ou

são as causas da consulta. Para uma correta atuação o reconhecimento do

paciente deve ser o mais completo. O interrogatório sobre antecedentes e estado

de saúde geral pode ser feito em parte por meio de um questionário escrito que o

paciente responde enquanto espera ser atendido, que deverá ser revisado pelo

odontólogo antes da entrada do paciente e por sua vez interrogá-lo com perguntas

adicionais para melhor conhecimento pessoal do paciente. Desta parte da história

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clínica deverá surgir uma primeira impressão diagnóstica sobre a condição de

saúde geral e bucal. O exame deve ser o mais detalhado possível principalmente

quando se tratar de uma primeira consulta; se o paciente for conhecido e

freqüenta o consultório regulamente, esse processo pode ser abreviado, porém,

não deve evitar passos indispensáveis, pois é importante manter-se o alerta de

uma primeira consulta. Examinemos bem nossos pacientes e teremos trabalhado

em benefício do paciente e do nosso próprio prestígio profissional. Após completar

o interrogatório e o exame clínico, será determinada a conveniência de solicitar

exames auxiliares, como hemograma e radiografias. Em uma primeira consulta

convém contar com uma radiografia panorâmica ou com uma série radiográfica

periapical completa. A partir do trabalho que realiza o odontólogo geral, pode

surgir a necessidade de interconsultas com médicos ou colegas dentistas

especializados. Não esquecendo que um diagnóstico eficiente garante um bom

resultado no tratamento e contribui para construir o prestígio pessoal do

odontólogo e social da profissão.

Nunes (2006) argumentou que o cirurgião-dentista precisa conhecer o

paciente como um todo, fazendo a anamnese e investigando, indo em busca de

detalhes sobre sua patologia, para então saber dos riscos e propor um

atendimento seguro e adequado a este paciente. Deve haver uma interação do

cirurgião-dentista com o médico para uma avaliação do paciente, saber se ele está

apto para o tratamento odontológico, que medicamentos pode tomar etc.

Araújo (2007), afirmou que com o aumento da longevidade da população,

as doenças sistêmicas e crônicas e o uso de múltiplos medicamentos devem

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aumentar. Pacientes com dificuldades de audição, visão e locomoção e com

deficiências cognitivas deverão mais comumente integrar a clientela do cirurgião-

dentista. O profissional deverá ter a mentalidade de começar na promoção e

prevenção infantil, pois as crianças de hoje se tornarão os idosos de amanhã.

Para isto, políticas que fomentem este binômio - promoção e prevenção – devem

ser efetuadas tanto pelos profissionais quanto pelos governantes que acreditam

ser a saúde bucal um meio de oferecer boa qualidade de vida para as pessoas

que conseguem atingir a terceira idade.

De acordo com Haidámus (2007), para o cirurgião-dentista evitar

iatrogenias e situações de emergência no consultório, ele deve conhecer o

paciente de forma geral, o que se torna um desafio para estes profissionais sendo

que a grande maioria dos pacientes não se conhece. Assim esse profissional tem

uma grande responsabilidade, pois além de problemas inerentes ao sistema

estomatognático tem que saber lidar com situações desconhecidas que o tornam

vulnerável a acontecimentos muitas vezes irreversíveis até porque o cirurgião-

dentista não pode deixar de dar assistência a pacientes com doenças sistêmicas,

portanto, ele deverá conhecer suas manifestações, medicamentos e sempre

observando os horários de atendimento e suas limitações.

Segundo Loeppky e Signal (2007), um estudo feito com dentistas

canadenses mostrou que mais de 80% dos dentistas entrevistados atendem

pacientes portadores de alguma patologia sistêmica. As mais freqüentes foram

arritmias, diabete melito, cardiopatias incluindo hipertensão arterial, além de

deficiências mentais como síndrome de Down e paralisia cerebral. Este estudo

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mostrou que a maioria dos dentistas recebeu instrução para o tratamento destes

pacientes já na graduação enquanto que aproximadamente 40% destes continuam

em atualização nesta área; entretanto, os resultados deste estudo não são

precisos, porque em torno de 52% dos dentistas abordados retornaram o

questionário sem resposta. Os avanços tecnológicos de imagem têm habilitados

os cirurgiões-dentistas a detectar pequenas cáries. Os avanços em bacteriologia e

imunologia têm possibilitado o desenvolvimento de novos testes e diagnósticos

que podem detectar doenças periodontais instaladas antes de ocorrer a destruição

avançada do periodonto. Este conhecimento possibilita ao CD intervir

precocemente antes do processo instalar.

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

A população-alvo foram os 245 cirurgiões-dentistas de Itajaí cadastrados no

Conselho Regional de Odontologia de Santa Catarina. (CROSC, 2007). Desta

população, foi constituída uma amostra não probabilística, obtida por

conveniência, com um total de 50 sujeitos, ou seja, 20,40% da população alvo.

Para estes cirurgiões-dentistas, foram explicitados os objetivos da pesquisa e

apresentado o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (Apêndice A). Em caso

de recusa um novo profissional era procurado.

O instrumento de coleta de dados foi um questionário composto por oito

questões, dos tipos aberta e fechada, aplicado diretamente pelas pesquisadoras.

A partir das respostas foram estruturadas as categorias de análise. Para a

testagem do instrumento, foi realizado um piloto utilizando 20 (vinte) integrantes

da população-alvo, os quais foram excluídos da amostra para a pesquisa.

A análise foi realizada mediante tabulação dos dados e cálculos de

estatística descritiva (distribuição de freqüência relativa e absoluta), levando-se

em conta o tempo de formado e a especialidade. Para o tempo de formado, foram

constituídas três classes, a saber: formados até cinco (5) anos, formados entre

cinco anos e um mês (5a 1m) até quinze (15) anos e formados há mais de quinze

(15) anos. Para a categoria especialidade, foram consideradas as seguintes

classes: clínico geral, ortodontia, prótese, periodontia, endodontia, cirurgia e

implantes, dentistica restauradora, odontopediatria e outras especialidades.

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4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A caracterização da amostra se encontra na Tabela 1.

Tabela 1 – Profissionais entrevistados divididos por categorias

CATEGORIAS Nº DE CDs % Tempo de formação 0 a 5 anos 16 32% 5 a 15 anos 21 42% acima de 15 anos 13 26% Local de formação UNIVALI 29 58% Outros 21 42% Sexo

Masculino 29 58% Feminino 21 42% Especialidades Clínico geral 22 44% Ortodontia 9 18% Prótese dentária 5 10% Cirurgia/implante 4 8% Endodontia 3 6% Periodontia 2 4% Dentística restauradora 2 4% Odontopediatria 2 4% Pacientes especiais 1 2%

A orientação sobre as doenças que ocorrem nos órgãos e sistemas do

corpo humano devem ser passadas ao CD durante o seu período de graduação,

se isso não ocorrer, ele pode se sentir inseguro ao responder sobre o estado de

saúde geral do seu paciente. Aproximadamente 1/3 dos entrevistados não

responderam ao questionário, podendo indicar desconhecimento ou descaso por

parte deles, ou ainda, medo de se comprometer com sua participação. No estudo

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de Loeppky e Signal, em 2007, do total dos CDs abordados, 52% não

responderam ao questionário, mostrando assim que nossa população foi mais

receptiva ao nosso questionário do que a do estudo em questão.

Para critério de comparação das respostas foi utilizada a categoria tempo

de formação dos profissionais. Quando questionados se possuíam fichas com

identificação de seus pacientes obtivemos um total de 100% de respostas

afirmativas em todos os grupos.

Da mesma forma quando questionados sobre a realização da anamnese na

primeira consulta apenas no grupo com tempo de formação de 5 a 15 anos houve

uma resposta negativa, nos demais grupo todas as respostas foram afirmativas.

16

20

13

0 1 00

5

10

15

20

25

0 a 5 anos 5 a 15 anos acima de 5 anos

Tempo de formado

nº d

e pr

ofis

sion

ais

sim

não

Gráfico 1 – Distribuição da freqüência absoluta (n) para as respostas emitidas pelos pesquisados sobre a realização de anamnese na primeira consulta odontológica.

O prontuário ou ficha clínica deve conter as respostas obtidas pelo CD

durante a anamnese, além do planejamento e todos os procedimentos já

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realizados no paciente. Todos os nossos entrevistados afirmaram possuir fichas

clínicas de seus pacientes.

Neves, em 2001, afirmou que alguns profissionais se preocupam, apenas

em resolver o motivo que levou o paciente a procurá-lo e, assim, descuidam-se da

anamnese, por achar que é muito tempo perdido, e que poderia estar utilizando

esse tempo em algo que resultaria lucro em dinheiro. A elaboração de fichas

clínicas e sua conservação em arquivo próprio são deveres dos profissionais

conforme o artigo do Código de Ética Odontológica. (CARVALHO et al., 2002)

Em uma pesquisa realizada em Campina Grande – PB, foi identificado que

100% dos profissionais elaboravam e guardavam fichas cínicas de seus pacientes,

embora apenas 44% sabiam elaborar corretamente a documentação. Esta

pesquisa mostrou também que apenas 38,9% sabiam as finalidades da

documentação, sendo que as finalidades clínicas e administrativas se

sobressaíram sobre a finalidade legal. A documentação odontológica é uma fonte

de informações para os pacientes e serve de prova para os odontólogos, quando

corretamente preenchidas e armazenadas, em questões jurídicas. (MACIEL et al.,

2003)

Apenas um de nossos entrevistados não realiza a anamnese na primeira

consulta, sendo um resultado não significante para ser discutido. Porém, conforme

Silva (2003), a anamnese deve ser realizada sempre, mesmo em um consultório

onde o movimento de pacientes seja considerável.

As patologias crônicas sistêmicas apresentadas pelos pacientes dos CDs

entrevistados encontram-se no gráfico a seguir.

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0%5%

10%15%20%25%30%35%40%45%50%55%60%65%70%75%80%85%90%95%

0 a 5 anos 5 a 15 anos acima de 15 anos

Tempo de formado

Per

cent

ual d

as p

ato

logi

as c

rôni

cas

enco

ntr

adas

Diabetes

Hipertensão

Cardiopatias

Anemia

Febre reumática

Alergia

Distúrbios datireóideDPOC

Artrite

Depressão

Mal de Parkinsson

Osteoporose

Tuberculose

Problemas renais

HIV

Não opinaram

Gráfico 2 – Distribuição da freqüência relativa das patologias crônicas sistêmicas mais encontradas nos pacientes, segundo o tempo de formado do CD.

Nossos resultados mostraram que as patologias crônicas sistêmicas mais

encontradas nos pacientes dos CD’s entrevistados são diabetes, cardiopatias e

hipertensão. Segundo OMS (2003), as patologias que mais levam á óbito no

mundo inteiro são as doenças cardiovasculares. Pacientes portadores de diabetes

e hipertensão arterial devem estar sempre compensados durante todo o

tratamento odontológico. (MANETTA et al., 1998)

A abordagem da saúde geral do paciente, na prática odontológica, vem

sendo enfatizada desde a década de 1990. Em 1994, Douglas já relatava que, a

partir do século 21, os dentistas viriam a se tornar mais próximos dos médicos e

das ciências biológicas, devido aos avanços nas técnicas diagnósticas de biologia

molecular na prevenção, diagnóstico e terapêutica das patologias.

Segundo Loeppky e Signal (2007), um estudo realizado com dentistas

canadenses mostrou que mais de 80% dos dentistas entrevistados atendem

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pacientes portadores de alguma patologia sistêmica. As mais freqüentes foram

arritmias, diabete melito, cardiopatia e hipertensão arterial, além de deficiências

mentais como síndrome de Down e paralisia cerebral.

Quando se tratou de emergências ocorridas nos consultórios odontológicos

devido às patologias presentes nos pacientes, o número de ocorrência no grupo

formado até 5 anos foi de 3 casos, já no grupo que vai de 5 a 15 anos foram de 9

casos relatados, enquanto que para o grupo com maior tempo de formação foi de

2 casos. As emergências ocorridas estão no gráfico abaixo.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

0 a 5 anos 5 a 15 anos acima de 15 anos

Tempo de formado

Per

cent

ual d

as o

corr

ênci

as

Lipotimia

Crise hipertensiva

Epilesia

Dist. Gastro-intestinais

Alergia

Gráfico 3 – Relação de emergências ocorridas nos consultórios odontológicos.

De acordo com Haidámus (2007), para o cirurgião dentista evitar situações

de emergência no consultório, ele deve conhecer o paciente de forma geral, o que

se torna um desafio para estes profissionais sendo que a grande maioria dos

pacientes não conhece a si mesmo.

Sonis et al., em 1985, afirmaram que a avaliação antes do tratamento ajuda

o profissional no controle de emergência no consultório odontológico. Por

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exemplo, um diabético pode necessitar de modificações da dieta, da medicação e

da duração da consulta.

Nossos resultados demonstraram que as emergências mais freqüentes são

relacionadas a distúrbios cardiovasculares. Tal fato reforça a idéia de que o uso de

anamnese aumenta a confiança do paciente no cirurgião-dentista, diminuindo sua

ansiedade e contribuindo para o decréscimo de casos de emergências no

consultório odontológico.

Quando os profissionais foram questionados se o estado de saúde de seus

pacientes pode interferir no plano de tratamento odontológico de rotina, todos os

profissionais formados até 5 anos responderam afirmativamente à pergunta,

enquanto que nos grupos de 5 a 15 anos de formados e acima de 15 anos, foi

obtida uma resposta negativa. As justificativas estão no gráfico a seguir.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

0 a 5 anos 5 a 15 anos acima de 15 anos

Tempo de formado

Per

cent

ual d

as ju

stifi

cativ

as Problemas sistêmicos prejudica osucesso do tratamento

O estado de saúde define o planode tratamento

Problemas sistêmicos geramalterações bucais

Não justificaram a resposta

Gráfico 4 – Representação gráfica da visão dos CDs em relação à situação de saúde dos pacientes e o tratamento odontológico.

Quando questionados sobre a interferência do estado geral do paciente em

relação à execução do plano de tratamento odontológico, os CDs responderam na

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sua maioria que o estado de saúde de seus pacientes, define o plano de

tratamento, seguido de que problemas sistêmicos podem gerar alterações na

cavidade bucal. Muitas vezes, são encontradas lesões na cavidade bucal que são

manifestações de doenças degenerativas, infecciosas, metabólicas, endócrinas e

psíquicas. (NEVES, 2001; ARITA et al., 2005)

Em relação ao questionamento se o tratamento odontológico poderia

agravar uma condição patológica préexistente em seu paciente, obtivemos apenas

uma resposta negativa, no grupo com menos tempo de formação e duas

respostas negativas nos grupos com maior tempo de formação (5 à 15 anos e

acima de 15 anos). Da mesma forma quando questionados sobre quais os

procedimentos seriam adotados para evitar o agravamento da doença as

respostas se encontram no gráfico a seguir.

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28

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

55%

60%

65%

0 à 5 anos 5 à 15 anos acima de 15 anos

Tempo de formado

Per

cent

ual d

os p

roce

dim

ento

s

Verificação de sinais vitaispreviamente à consulta

Pedir por examescomplementares

Utilização de ansiolíticos

Profilaxia antibiótica

Utilização de anestésicos deacordo com a necessida decada pacienteFazer uso de uma anamnesecriteriosa

Evitar interaçãomedicamentosa

Entrar e manter contato com omédico do paciente

Marcar consultas curtas

Realizar o tratamento deacordo com as necessidadesde cada pacienteFazer a desinfecção eesterilização do local einstrumentosPedir por umaavaliação/acompanhamentomédicoOrientar uma boa higiene oral

Gráfico 5 – Gráfico representativo dos procedimentos adotados pelo CD para evitar o agravamento do quadro clínico do paciente.

Já, quando questionados que procedimentos são adotados na rotina do

tratamento odontológico, a anamnese criteriosa do paciente foi a atitude mais

tomada seguido pela profilaxia antibiótica.

Abraham-Inpijn, em 2000, afirmou que o cirurgião-dentista deve ter maior

responsabilidade durante o tratamento de um paciente com problemas médicos. E

para isso um bom profissional deve estar capacitado para efetuar uma boa

anamnese, incluindo anamnese médica.

Em algumas condições médicas é aconselhável a realização de profilaxia

antibiótica, tais como doença nas válvulas cardíacas, endocardites prévias,

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cirurgias pulmonares com shunts e cardiomiopatias hipertróficas. (ARITA et al.

2005)

O número de pacientes acima de 60 anos atendidos nos consultórios

odontológicos está representado no gráfico a seguir.

0%5%

10%15%20%25%30%35%40%45%50%55%60%65%

0 a 5 anos 5 a 15 anos acima de 15 anos

Tempo de formado

Per

cent

ual d

e pa

cien

tes

Até 10%

Até 30%

Até 60%

Acima de 60%

Gráfico 6 – Gráfico representando a freqüência de atendimento de pacientes acima de 60 anos em relação ao tempo de formação do CD.

Uma diferença significativa pode ser vista na freqüência de pacientes acima

de 60 anos atendidos nos consultórios odontológicos quando os profissionais

foram divididos de acordo com às suas especialidades. .

Pacientes atendidos ao ano

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30

0%5%

10%15%20%25%30%35%40%45%50%55%60%65%70%75%80%85%90%95%

100%105%

Clínico

ger

al (n

=22)

Ortodo

ntia

(n=9

)

Próte

se d

entár

ia (n

=5)

Cirurg

ia/Im

plant

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=4)

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ontia

(n=3)

Period

ontia

(n=2)

Dentís

tica r

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=2)

Odonto

pedia

tria

(n=2

)

Pacien

tes e

spec

iais (

n=1)

Especialidades odontológicas

Per

cent

ual d

e P

acie

ntes

Até 10%

Até 30%

Até 60%

Acima de 60%

Gráfico 7 – Gráfico representando a freqüência de atendimento de pacientes acima de 60 anos em relação às especialidades odontológicas.

Os resultados apresentados no gráfico 6, mostram que a freqüência dos

pacientes acima de 60 anos, atendidos no consultório odontológico, ainda é baixa,

aproximadamente 10% dos pacientes atendidos ao ano, independente do tempo

de formação do odontólogo. Quando foram classificados de acordo com as

especialidades odontológicas (gráfico 7), verificamos que as especializações em

prótese dentária, cirurgia e implante, endodontia foram as que apresentaram maior

freqüência de pacientes nessa faixa etária.

Pacientes atendidos ao ano

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Atualmente os dentistas estão tratando um maior número de pacientes

idosos portadores de doenças sistêmicas crônicas que tomam um ou mais

medicamentos que podem afetar a saúde bucal. A maioria desses idosos

preservam ainda dentição com necessidades crescentes de trabalhos periodontais

e restauradores. (DOUGLAS, 1994) Além do número crescente de implantes nos

pacientes dessa faixa etária.

Nos últimos anos, o número de atendimentos odontológicos a pacientes

com idade superior a sessenta anos tem aumentado. Como destacou Araújo

(2007), com o aumento da longevidade da população, as doenças sistêmicas e

crônicas e o uso de múltiplos medicamentos devem aumentar. Estes dados

indicam a necessidade de o CD estar melhor preparado para o atendimento desta

população. Bem como estar atento a um detalhado procedimento de anamnese.

O CD deve possuir uma maior responsabilidade durante a realização do

tratamento de um paciente com problemas sistêmicos. Para isso, o bom

profissional deve ser capaz de realizar uma boa anamnese, incluindo anamnese

médica. Deve também conhecer as implicações das doenças sistêmicas nos

tratamentos dentários, ter sabedoria para prevenir complicações médicas e ser a

capaz de estabelecer vínculos entre estado geral e patologias bucais das quais

não se limitam à cavidade bucal. (ABRAHAM-INPIJN , 2000)

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5 CONCLUSÃO

• Os cirurgiões-dentistas entrevistados mostraram possuir um prontuário

clinico e realizar a anamnese.

• As patologias crônicas sistêmicas mais encontradas pelos profissionais

entrevistados foram: hipertensão, diabetes e cardiopatias.

• Os tipos de emergências mais encontradas estão relacionados com

alterações cardiovasculares.

• A maioria dos dentistas entrevistados concordou que o estado de saúde

geral afeta o plano e tratamento odontológico.

• Dentre os procedimentos adotados para evitar o agravamento do quadro

clinico dos pacientes o mais citados entre os CD´s foi o uso de uma

anamnese criteriosa.

• Ocorreu aumento na freqüência de pacientes acima de 60 anos nos

consultórios odontológicos desses profissionais nos últimos anos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MANETTA,E.C. at al. Odontogeriatria: uma nova perspectiva de trabalho. Jornal Brasileiro de Odontologia Clínica , v.2, n.10, p.85-87, ago. 1998. Disponível em: < http://www.odontologia.com.br/artigos.asp?id=481&idesp=19&ler=s >. Acesso em:24 mar. 2007.

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APÊNDICE A

Dados de identificação:

Tempo de profissão:

Especialidade:

Dados Complementares:

1. Possui ficha com dados de identificação do paciente? ( )sim ( )não

2. É realizada anamnese do paciente na primeira consulta? ( )sim ( )não

3. Quais as patologias crônicas sistêmicas mais freqüentes entre seus

pacientes?

4. Já atendeu alguma situação de emergência em seu consultório

odontológico, devido a alguma outra patologia presente em seu paciente?

( )sim ( )não

Qual (is) ?_______________________________________________________

5. Acha que o estado de saúde do seu paciente pode interferir no plano

odontológico de rotina? ( )sim ( ) não

Por que?_______________________________________________________

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6. Acha que o tratamento odontológico pode agravar uma condição patológica

sistêmica pré-existente no seu paciente? ( ) sim ( ) não

Quais procedimentos são adotados para evitar o agravamento da doença? __

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

7. Qual a freqüência de pacientes acima de 60 anos atendidos em seu

consultório por ano?____________________________________________

8. Considera que aumentou o número de pacientes de terceira idade nos

últimos anos em seu consultório? ( ) sim ( ) não

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APÊNDICE B

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI

CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu, ___________________________________________________ cédula de identidade

número ______________________declaro que concordo plenamente com os termos

da pesquisa: “Consulta Odontológica: análise da rotina dos CD’s em atuação na

cidade de Itaja. (SC), da qual serei voluntário, conforme explicações que me foram

fornecidas pelos pesquisadores. Informo, outrossim, que estou ciente dos

procedimentos, eventuais incômodos e benefícios decorrentes da pesquisa, bem

como da necessidade de responder a um questionário. Fui informado de que

posso abandonar por livre e espontânea vontade a referida pesquisa a

qualquer momento mas que, nesta condição, torno-me responsável por possíveis

prejuízos e/ou riscos. Estou ciente, também que sem que haja identificação, os

dados coletados poderão ser usados no Trabalho de Conclusão de Curso,

apresentados em plenário e, eventualmente, publicados em periódicos da área.

E, para tornar válido o presente instrumento, assino-o.