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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
ALINE MARIA DOS SANTOS
TCE – TRABALHO CONCLUSÃO DE ESTÁGIO
PROPOSTA DE MELHORIAS NO PROCESSO DO CONTROLE DE ESTOQUES
DA EMPRESA AÇOINOX
Biguaçu
2010
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ALINE MARIA DOS SANTOS
TCE – TRABALHO CONCLUSÃO DE ESTÁGIO
PROPOSTA DE MELHORIAS NO PROCESSO DO CONTROLE DE ESTOQUES
DA EMPRESA AÇOINOX
Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso
de Administração do Centro de Educação da UNIVALI –
Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de
Bacharel em Administração.
Professor (a) Orientador(a): Rosalbo Ferreira
Biguaçu
2010
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ALINE MARIA DOS SANTOS
TCE – TRABALHO CONCLUSÃO DE ESTÁGIO
PROPOSTA DE MELHORIAS NO PROCESSO DO CONTROLE DE ESTOQUES
DA EMPRESA AÇOINOX
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do título
de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da Universidade do
Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.
Biguaçu, 21 de Junho de 2010.
Prof. Dr. Rosalbo Ferreira UNIVALI - CE de Biguaçu
Orientador
Profª. Msc. Engª Ely Teresinha Dionísio UNIVALI - CE de Biguaçu
Prof. Msc Eng. João Carlos Domingues Carneiro UNIVALI - CE de Biguaçu
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Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio a minha mãe, a
meu pai (in memoriam),a meu irmão, meu namorado e
familiares.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado a vida, e forças para chegar
até aqui.
Agradeço aos gestores da empresa AçoInox pela atenção, compreensão e
disponibilidade.
Ao orientador Profº. Rosalbo Ferreira, pela sua paciência e competência ao
qual não mediu esforços para a conclusão deste trabalho.
A professora Simone que esteve ao meu lado e me acompanhou em uma
grande parte desse trabalho.
Ao Professor João Carlos, grande amigo e companheiro durante esse período
de estágio.
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“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por
isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a
cortina se feche e a peça termine sem aplausos”.
Charles Chaplin.
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RESUMO
SANTOS, Aline Maria dos. Proposta de Melhorias no Processo do Controle de Estoques da Empresa Açoinox. 2010. 71 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2010.
O presente trabalho tem a finalidade de demonstrar a importância da administração de materiais dentro da empresa, e o quanto é essencial para o seu desenvolvimento. Assim, o principal objetivo desse trabalho foi detectar alguns pontos que precisam ser revistos na gestão de estoques e propor as devidas melhorias para a empresa AçoInox Indústria e Comércio Ltda. Foi efetuado um levantamento de dados primários junto ao colaboradores e os Diretores da empresa, diante desse dados foram efetuadas as pesquisas documentais e bibliográficas, com o intuito de encontrar soluções para os problemas detectados no setor de estoque. Logo o controle de estoque deve ser feito de forma criteriosa, codificando e classificando os materiais, tentando-se aproximar de um nível de estoque o mais ideal possível, evitando recurso financeiro parado.
Palavras-Chave: Controle, Organização, Classificação e Codificação.
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ABSTRACT
SANTOS, Aline Maria dos. Proposta de Melhorias no Processo do Controle de Estoques da Empresa Açoinox. 2010. 71 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2010.
This paper aims to demonstrate the importance of materials management within the company, and how essential it is for their development. Thus, the main objective of this study was to identify some points that need to be reviewed in inventory management and propose appropriate improvements to the company AçoInox Industria e Comercio Ltda. We performed a survey of primary data with the employees and directors of the company, before this data was made the documentary and bibliographic searches, with the aim of finding solutions to problems encountered in the stock area. Soon, the inventory control must be done judiciously, coding and sorting the materials, trying to approach a level of inventory as possible, avoiding financial resource stopped.
Keywords: Control, Organization, Classification and Coding.
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Seleção para a classificação de importância operacional............ 32
Tabela 2: Tabela Análise da Curva ABC.......................................................... 54
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Comportamento dinâmico do processo de previsão..................... 26
Figura 2: Características do sistema de controle de estoque máximo-
mínimo................................................................................................................ 27
Figura 3: Dente de serra com tempo de reposição x ponto de pedido......... 29
Figura 4: Classificação por tipo de demanda.................................................. 31
Figura 5: Modelo................................................................................................. 33
Figura 6: Sistema americano federal de codificação...................................... 34
Figura 7: Gráfico da curva ABC........................................................................ 37
Figura 8: Interpretação e resumo do gráfico da curva ABC.......................... 37
Figura 9: Relação anual de materiais utilizados pela empresa..................... 38
Figura 10: Tabela mestra para a construção da Curva ABC.......................... 38
Figura 11: Determinação das áreas A, B e C................................................... 39
Figura 12: Empresa Spaço Inox....................................................................... 43
Figura 13: Organograma.................................................................................... 43
Figura 14: Fluxograma de Produção................................................................ 45
Figura 15: Fotos do Processo de Produção.................................................... 46
Figura 16: Fotos do estoque............................................................................. 49
Figura 17: Armazenagem de Matéria-Prima..................................................... 50
Figura 18: Gráfico da classificação dos itens em estoque............................ 53
Figura 19: Gráfico de investimentos em estoque........................................... 54
Figura 20: Curva ABC........................................................................................ 55
Figura 21: Modelo Balcão Gavetas................................................................... 57
Figura 22: Modelo Quadro de Ferramentas..................................................... 57
Figura 23: Modelo para a armazenagem da matéria-prima............................ 58
Figura 24: Modelo Solicitação de Compras..................................................... 59
Figura 25: Modelo Ordem de Compra.............................................................. 60
Quadro 1: Modelo para a Confecção da Curva ABC....................................... 36
Quadro 2: Controle de Estoque Mensal........................................................... 51
Quadro 3: Modelo de Classificação e Codificação dos Produtos................. 53
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 13
1.1 OBJETIVOS................................................................................................... 14
1.1.1 Objetivo geral............................................................................................ 14
1.1.2 Objetivos específicos............................................................................... 14
1.2 JUSTIFICATIVA............................................................................................. 14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................ 16
2.1 ESTOQUES................................................................................................... 16
2.2 TIPOS DE ESTOQUE.................................................................................... 18
2.2.1 Objetivos dos estoques............................................................................ 20
2.2.2 Politicas de estoques................................................................................ 23
2.3 PREVISÃO PARA OS ESTOQUES............................................................... 25
2.3.1 Níveis de estoques.................................................................................... 27
2.4 PONTO DE PEDIDO...................................................................................... 28
2.5 CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS............................................................. 30
2.5.1 Identificação ou especificação................................................................ 32
2.5.2 Codificação............................................................................................... 33
2.5.3 Classificação ABC de materiais.............................................................. 35
2.6 COMPRAS..................................................................................................... 39
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO/METODOLOGIA.................................. 41
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS.......................................................... 42
4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA........................................................................... 42
4.1.1 Organograma da empresa........................................................................ 43
4.1.2 Atividades desenvolvidas........................................................................ 44
4.1.3 Processo de produção.............................................................................. 44
4.1.4 Principais clientes..................................................................................... 47
4.1.5 Principais fornecedores........................................................................... 47
4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS...................................................................... 48
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4.2.1 Atual sistema de controle de estoque..................................................... 48
4.2.2 Classificação e codificação de materiais................................................ 49
4.2.3 Classificação ABC..................................................................................... 49
4.2.4 Tipos de estoque....................................................................................... 50
4.2.5 Níveis de reposição de estoque............................................................... 51
5 PROPOSTA PARA ORGANIZAÇÃO............................................................... 51
5.1 SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE.................................................... 51
5.1.1 Classificação e Codificação dos Materiais............................................. 52
5.1.2 Classificação ABC de materiais............................................................... 53
5.1.3 Estabelecer os níveis de estoques.......................................................... 55
5.1.4 Armazenagem............................................................................................ 56
5.1.5 Compras..................................................................................................... 58
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 61
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 62
ANEXO A............................................................................................................. 64
ANEXO B............................................................................................................. 70
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1 INTRODUÇÃO
À medida que a organização vem buscando no mercado a posição de
liderança, ela precisa que suas operações sejam confiáveis e eficientes, com isso a
administração da produção e operações se tornam mais importantes do que nunca
neste processo.
O presente projeto de estágio pretende desenvolver uma proposta de
melhoria na área de administração de materiais e estoques para a Empresa Açoinox,
a partir dos conceitos estudados sobre os temas, bem como em suas diversas áreas
pertinentes ao funcionamento do planejamento e controle dos estoques da empresa.
As mudanças dentro da organização nem sempre são bem vindas, mas
precisam ser executadas. Para que haja sucesso, é importante planejar. As pessoas
precisam estar envolvidas e engajadas para o novo rumo que se pretende direcionar
à organização.
A empresa Açoinox está atuando há 10 anos no mercado no ramo de aço e
inox. Hoje, se encontra em processo de reestruturação, devido ao problema
financeiro causado por um dos sócios. A empresa conta como uma estrutura de 30
funcionários, estando divididos em administração, comercial, área técnica,
almoxarifado e produção.
A empresa fabrica toda a linha de produto desenvolvida em aço e inox, desde
guarda-corpo, corrimão, puxadores, pias etc. Sua área produtiva é praticamente
manual, por se tratar de peças únicas. Isso a empresa considera como um ponto
forte: produzir especificamente um único produto de exclusividade de cada cliente.
Seu maior mercado hoje é o ramo da construção civil por utilizar várias peças de aço
e inox em seus acabamentos.
A empresa Açoinox encontra dificuldades em controlar sua área de estoque,
no que diz respeito aos processos de entrada e saída de material.
Desse modo, este estudo pretende responder a seguinte questão: Quais
medidas deverão ser tomadas para melhorar o processo do controle de estoque da
empresa Açoinox?
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1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo geral
Propor melhorias no processo de controle de estoques da empresa Açoinox,
localizada em São José – SC, no período de março a julho de 2010.
1.1.2 Objetivos específicos
• Avaliar o processo de controle de estoques da empresa Açoinox;
• Identificar o sistema de classificação de materiais;
• Avaliar e implementar a classificação ABC de materiais;
• Avaliar os métodos de controle de estoque;
• Identificar níveis de reposição que atenda as necessidades atuais da
empresa;
• Diagnosticar dificuldades.
1.2 JUSTIFICATIVA
A administração de materiais, hoje, é vista como um conjunto de informações
necessárias para o bom desenvolvimento da organização. Este conjunto é formado
por recursos físicos capazes de transformar bens e serviços. É importante
administrar bem seus estoques de forma a utilizá-los com eficiência e eficácia.
O sucesso de uma empresa depende da qualidade e produtividade de seus
processos, com a crescente concorrência no mercado consumidor, as empresas
buscam identificar formas de melhorar seus desempenhos, encontrando maneiras
diferentes de obterem vantagens competitivas.
Logo, a administração de matérias engloba a seqüência de operações,
iniciando na identificação do fornecedor, a compra do bem ou serviço, o recebimento
da mercadoria, o transporte e a armazenagem.
A empresa utiliza recursos que devem ser bem aproveitados, por isso há
necessidade de se ter uma área de estoque bem estruturada.
O trabalho é viável, e bem aceito pelos diretores da empresa, por reconhecer
esta deficiência na organização. O desenvolvimento do trabalho é bem complexo
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por se tratar de uma área bem específica da administração, mas será possível
executá-lo dentro de um ano.
Assim este trabalho é de total importância para a empresa por se tratar de
melhorias em sua área de estoques.
O acesso à informação é bastante facilitado, pois a acadêmica trabalha na
empresa, permitindo assim obter todas as informações para o desenvolvimento do
trabalho.
Caso a proposta seja aprovada, acredita-se que a empresa poderá reduzir
seus custos de compra e aproveitar melhor os materiais disponíveis em estoque.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A administração de estoques é parte fundamental do ciclo de vida de uma
empresa, é nela que conseguimos controlar as entradas e saídas de materiais, bem
como identificar a demanda de compras.
Antigamente a grande preocupação das empresas eram vender, produzir e
faturar. Depois surgiram preocupações com outras áreas, ficando a área de
materiais totalmente esquecida.
Com o passar do tempo a administração de materiais foi ganhando espaço e
hoje é uma área de extrema importância dentro de qualquer organização, pois se
tem a ciência que a maior parte do capital investido esta no estoque.
A administração de materiais foi evoluindo ao ponto de que as empresas
otimizam os investimentos em estoques, aumentando os controles e minimizando o
capital investido.
A administração de estoques bem executada é de extrema importância para
evitar perdas de investimentos e desperdício de materiais.
Este trabalho tem por objetivo apresentar uma visão mais abrangente do
processo de administração de estoques, o conceito, tipo de estoques, classificação
de materiais, compras e objetivos da função de compras.
2.1 ESTOQUES
Segundo Moreira (1998, p. 317), “entende-se por estoque quaisquer
quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por
algum intervalo de tempo [...]”.
Quando falamos em estoques, é importante ressaltar que são investimentos
que envolvem vários tipos de itens dos mais diversificados. Porém, há possibilidade
de classificar tais itens em determinados grupos, podendo então o estoque da
empresa ser formado da combinação desses itens básicos (MOREIRA, 1998, p.
317).
Nesse sentido, Viana (2000, p. 144) sustenta que “os estoques são recursos
ociosos que possuem valor econômico, os quais representam um investimento
destinado a incrementar as atividades de produção e servir os clientes”.
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Assim, como menciona Moreira, os estoques são investimentos, e Viana
(2000, p. 144) afirma, em outras palavras, que:
A formação de estoques consome capital de giro, que pode não estar tendo nenhum retorno do investimento efetuado e, por outro lado, pode ser necessitado com urgência em outro segmento da empresa, motivo pelo qual o gerenciamento deve projetar níveis adequados, objetivando manter o equilíbrio entre estoque e consumo.
Nesta mesma linha de pensamento, Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 469)
afirmam que o “estoque pode ser definido como a quantificação de qualquer item ou
recurso usado em uma organização”.
Antigamente, víamos os estoques como um ativo da empresa, hoje esta visão
está mudando, ou seja, não é mais aceita, devido ao fato de que o ciclo de vida dos
produtos estarem se tornando cada vez menor, pois manter estoques está se
tornando cada vez mais caro (DAVIS, AQUILANO e CHASE 2001, p. 468).
Ou seja, Ritzman e Krajewsk, ( 2004, p. 316) sustentam que os estoques são
importantes tanto para os funcionários quanto para organização, e que toda
organização, por menor que seja, deve ter o sistema de estoques implantado. Os
estoques estão envolvidos em todas as operações diárias da empresa, por isso o
mesmo deve ser utilizado tanto para controle gerencial como melhor atendimento ao
cliente. Não sendo diferentes das demais organizações os estoques requerem
investimentos, sejam eles de produtos ou maquinários, porém representam uma
saída de fluxo de caixa com retorno futuro.
Dessa forma, Martins e Alt, (2000, p. 133) destacam que os estoques nas
organizações são mais antigos que o próprio estudo da administração. Por se tratar
do controlador das empresas, tanto nas áreas de produção, vendas, fluxo de caixa e
investimentos os estoques são ferramentas importante para o gerente ao qual
auxiliam nas tomadas de decisões.
Os mesmos autores salientam ainda que as empresas, hoje em dia devem
procurar uma vantagem competitiva frente aos seus concorrentes, e uma grande
oportunidade de atendê-los com agilidade na hora certa e quantidade desejada. Este
é um grande desafio da administração de estoques eficaz.
Nesse sentido, Arnold (1999, p. 265) diz que “os estoques são materiais e
suprimentos que uma empresa ou instituição mantém, seja para vender ou para
fornecer insumos ou suprimentos para o processo de produção”.
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Arnold (1999, p. 265) salienta ainda que, administração de estoques é
responsável pelo controle e planejamento dos estoques, desde a compra da
matéria-prima até o produto final entregue aos clientes.
A função de estoques é importante para os gerentes em todos os tipos de
organização, pois auxilia no desafio de controlar para não diminuir os estoques para
redução dos custos e ter estoques suficientes para atender as demandas, ou seja, a
arte de administrar estoques está em administrar bem o capital de giro e ter estoque
suficiente para atender as prioridades competitivas da empresa (RITZMAN e
KRAJEWSKI, 2004, p. 294).
Nesse mesmo sentido, salientam Martins e Alt (2000 p. 138) que os gerentes
quando administram os estoques, estão cuidando de uma parcela do ativo da
empresa, por a importância de se obter um setor de estoques, para cuidar e gerir
melhor o controle dos produtos e materiais.
Em outras palavras, Pozo (2002 p. 33), complementa que a “função da
administração de estoques é maximizar o uso dos recursos envolvidos na área
logística da empresa, e com grande efeito dentro dos estoques”.
Além disso, Slack, Chambers, Harland, Harrison e Johnston (1997 p. 381)
destacam que os estoques são definidos através de um acumulo e armazenagem de
materiais prontos para a transformação.
2.2 TIPOS DE ESTOQUES
Os estoques têm a função de controlar e regulamentar o fluxo de entrada e
saída de mercadorias das empresas, mantendo o processo de produção ou
suprimentos funcionando sem interrupções, envolvendo não só os estoques de
matérias-primas e auxiliares, como também os intermediários e os de produtos
acabados (POZO, 2002, p. 36).
De forma mais abrangente Slack, Chambers, Harland, Harrison e Johnston
(1997, p. 383), comentam que “não importa o que está sendo armazenado como
estoque, ou onde ele está posicionado na operação; ele existirá porque existe uma
diferença de ritmo entre fornecimento e demanda”.
Para Pozo (2002, p.36), existem vários tipos ou nomes de estoques, podendo
ou não ser “mantidos em um ou diversos almoxarifados”. Com isso ele destaca que
há cinco tipos de almoxarifados dentro das empresas, sendo: almoxarifado de
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matéria-prima; almoxarifado de materiais auxiliares; almoxarifado de manutenção;
almoxarifado intermediário e almoxarifado de acabados.
Assim, Pozo (2002, p. 36), destaca que se entende por matéria-prima o
material básico que irá sofrer transformação dentro da produção.
Segundo Viana (2000, p. 53), estoques de matérias-primas são “materiais
básicos e insumos que constituem os itens iniciais e fazem parte do processo
produtivo da empresa”.
Na mesma perspectiva Martins e Alt (2000, p. 136), comentam que são todos
os insumos transformados em produtos acabados.
Sendo assim, Dias (1993, p. 28), comenta dizendo que “são os materiais
básicos e necessários para a produção do produto acabado”.
Quando falam de materiais auxiliares, Pozo (2002, p.36), afirma que são os
materiais que fazem parte do processo de transformação da matéria-prima dentro da
fábrica.
Na mesma linha, Viana (2000, p. 53), quer dizer que os materiais encontra-
sem em processamento de transformação, ou seja, não é mais matéria-prima, porém
ainda não é um produto acabado, está no meio destes dois processos.
Assim Martins e Alt (2000, p. 136), complementam que os estoques de
materiais auxiliares “são os materiais que começaram a sofrer alterações, sem,
contudo, estar finalizados”.
Dias (1993, p.29), destaca que os materiais auxiliares são todos aqueles que
estão em processo de fabricação, ou seja, estão passando por um processo de
transformação dentro da sua área fabril.
Para o conceito de estoques de materiais de manutenção Pozo (2002, p.36),
destaca que são as peças que servem para a manutenção dos equipamentos
utilizados para a fabricação dos materiais.
Dias (1993, p. 30), destaca que para este tipo de estoque deve manter a
“mesma importância dada à matéria-prima deverá ser dada a peças de
manutenção”. Pois uma máquina quebrada e sem peça para reposição, acresce a
perda de rendimento da produção e atrasos nas entregas dos produtos fabricados.
No que diz respeito ao estoque de material intermediário, Pozo (2002, p.37),
destaca como sendo os materiais que se encontram em processo de transformação,
ou seja, estão estocados para ser alocados e compor o produto final.
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Em outras palavras, Dias (1993, p. 29), afirma que são os estoques que estão
em processo de transformação, porém “eles são, em geral, produtos parcialmente
acabados que estão em algum estágio intermediário de produção”.
E por fim os estoques de produtos acabados, Pozo (2002, p. 37) conceitua
que os estoques de produtos acabados, nada mais do que os materiais que estão
prontos, e a disposição para ser entregue ao cliente final, acrescenta ainda que, “o
resultado do volume desse estoque é função da credibilidade de atendimento da
empresa e do planejamento dos estoques de matéria prima e em processos.”
Assim, nessa mesma linha, tanto Viana (2000, p. 53), como Martins e Alt
(2000, p. 136), afirmam que são os itens acabados, prontos para ser entregues aos
clientes.
Além disso, Dias (1993, p. 29), complementa que os estoques de produtos
acabados “consiste em itens que já foram produzidos, mas ainda não foram
vendidos”.
2.2.1 Objetivos dos estoques
Hoje as organizações matem estoques por diversas razões, os quais podem
incluir segundo Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 470), para se protegerem da
incerteza, para dar suporte a um plano estratégico e obter vantagens da economia
de escala.
Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 470), afirmam que as empresas para se
protegerem da incerteza, administram os estoques examinando a incerteza em três
níveis:
A primeira é com relação à matéria-prima que gera a necessidade do
estoque, neste caso a incerteza é sobre o tempo de entrega, que varia entre os
atrasos ocorridos e a quantidade da matéria-prima recebida;
A incerteza também ocorre no processo de transformação da matéria-prima,
nesta fase os estoques sofrem alteração existente no processo, ao qual fornecem
autonomias entre as operações e com isso aprimorando a eficiência;
E finalmente a incerteza quanto à demanda pelos produtos, pois se a
demanda fosse conhecida antes, seria possível produzir de acordo com a
necessidade e demanda. Porém é normal que a demanda não seja conhecida antes,
por isso à necessidade da empresa possuir um estoque de segurança dos produtos.
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Dessa forma, Moreira (1998, p. 319), conta como sendo incerteza a falta de
matéria-prima e a dificuldade de negociação e de compras das mesmas, e a
variação em relação da demanda do produto acabado. Vale ressaltar também, que
existem certos prazos entre a negociação do pedido até a entrega da matéria-prima,
ao qual é chamado de tempo de espera, ou seja, a mercadoria não chegou à data
certa acaba gerando atraso na entrega do produto final. Por isso, levando em
considerações todos estes pontos, é destacada a importância e a necessidade de se
manter o estoque de segurança, ao qual sua principal função e atender a empresa
nestes imprevistos citados acima.
Assim, Arnold (1999, p.271) complementa que:
Os estoques ajudam a maximizar o atendimento aos clientes, protegendo a empresa da incerteza. Se fosse possível prever exatamente o que os clientes querem e quando um plano seria feito para satisfazer à demanda sem incertezas. Entretanto, a demanda e o lead time necessários para produzir um item são sempre incertos, possivelmente resultando em esvaziamentos de estoque e na insatisfação dos clientes. Por esses motivos, pode ser necessário manter estoques extras para proteger a organização das incertezas. Esse tipo de estoque chama-se estoque de segurança.
Na mesma concepção, Ritzman e Krajewski (2004, p. 307) dizem que a
demanda e o tempo de espera às vezes pode não contar com os imprevistos tanto
na compra da matéria-prima como nos prazos de entrega, muito menos com a
demanda dos produtos, por isso a necessidade do estoque de segurança.
Complementando, Viana (2000, p.148) afirma que o processo de compras vai
desde a obtenção do pedido até a data efetiva do recebimento, porém gera duas
variáveis, para alguns itens esse tempo é constante, para outros existe uma variação
que pode ser aleatória ou regular dependendo da demanda. Sendo assim ele
destaca também a importância do estoque de segurança.
Dessa forma, Martins e Alt (2000, p.137) entendem que o estoque de
segurança se faz necessários, para atender a demanda dos clientes juntamente com
possíveis atrasos dos fornecedores.
Outro objetivo do estoque é dar suporte a um plano estratégico Davis,
Aquilano e Chase (2001, p.470) destacam a importância do planejamento agregado
e uma estratégia de estoque para atender a capacidade constante a demanda dos
produtos acabados. Sendo assim quando a demanda excede a produção, os itens
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faltantes para cobrir são retirados do estoque e quando ela for menor que a
produção é recolocada no estoque.
Na mesma linha de pensamento, Ritzman e Krajewski (2004, p. 304)
concordam com os autores Davis, Aquilano e Chase, porém acrescenta que para dar
suporte a um plano estratégico de estoque há também a necessidade de um sistema
de revisão continua dos produtos acabados, pois acompanha o estoque
remanescente dos produtos e a item retirado é efetuada uma nova requisição a fim
de determinar a necessidade de compras e reposição.
Assim, Moreira (1998, p. 319) acrescenta que os estoques cobrem as
mudanças previstas no suprimento e na demanda dos produtos, sendo que as vezes
o estoque é alto esperando os frutos de uma campanha promocional, ou as vezes
por ter dificuldades de abastecimento do estoque.
Já para Arnold (1999, p. 271) diz que para traçar um bom planejamento
estratégico o principal é pensar no atendimento ao cliente, ou seja, satisfazer suas
necessidades. Nessa linha, alguns controles de estoque podem se basear na
porcentagem de pedidos ou por pedidos que saem do estoque por dia, porém
acrescenta que sobrando material o mesmo retorna ao estoque.
Quanto ao que diz respeito obter vantagens da economia de escala, Moreira
(1998, p. 319) afirma que para a empresa torna-se mais barato comprar e produzir
em certas quantidades, que são excessivos para a necessidade do momento no que
levará a manutenção dos estoques. Acrescenta a vantagem da produção em lote, de
poder utilizar as mesmas máquinas para produzirem vários produtos. Sendo que “a
cada novo produto ou item produzido numa dada máquina pode exigir um tempo de
preparação ponderável; produzindo-se em lotes, o custo dessa preparação é
dividido por muitas unidades de mercadoria”. E no caso de materiais comprados pela
empresa, à compra feita em lotes a oportunidade de negociação é mais fácil e
melhor de conseguir descontos, pois a quantidade comprada é significativa.
Assim, Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 470) acrescentam que “cada vez
que liberamos uma ordem ou fazemos uma preparação (setup) para executar uma
operação, incorremos num custo fixo, independente da quantidade envolvida”.
Sendo assim, quanto maior for à quantidade, menor será o custo. Além do que as
empresas oferecem maiores descontos para quantidades compradas em lotes,
sendo um incentivo para que os clientes automaticamente convencidos pela oferta
de uma boa negociação comprem mais.
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Dessa forma, Davis, Aquilano e Chase (2001, p.470) chamam a atenção
também para a área produtiva interna, incentivando a produção em lotes, reduzindo
os custos, pois não há necessidade de parar para a cada instante, para
reprogramação das máquinas para produção de determinados produtos, assim
afirma que a empresa economizará em mão de obra e tempo ocioso.
Em poucas palavras, Martins e Alt (2000, p.137) afirmam que “os custos são
tipicamente menores quando o produto é fabricado continuamente e em quantidades
constantes”.
Nesse sentido, Arnold (1999, p. 273) acrescenta que o custo de preparar um
produto é fixo, ou seja, é o mesmo custo que terá em grande quantidade, porém
diante destes fatos, quanto mais quantidades forem produzidas a cada vez, o custo
médio por unidade será mais baixo. Dessa forma “os estoques permitem que a
produção compre em quantidades maiores, o que resulta na redução de custos de
pedidos por unidade e em descontos sobre a quantidade”.
Pozo (2002, p.34), complementa que os objetivos dos estoques está ligado a
uma boa administração de materiais, ou seja a importância de planejar o consumo
de materiais atendendo a necessidade da produção, aplicando a melhor forma de
custos dos estoques.
2.2.2 Políticas de estoque
A função de planejar e controlar os estoques visa estabelecer certos padrões
que sirvam de guias aos programadores e controladores e também de critérios para
medir a desempenho do departamento de gestão de estoques.
Para Pozo (2002, p.35), cabem ao setor de estoques os controles das
necessidades e demanda do processo produtivo, dando o suporte e evitando a falta
de materiais, sendo que “nosso objetivo é demonstrar quão importante é o
planejamento de estoque para o resultado final financeiro de uma empresa, e
visualizar seu alto impacto no custo do produto”.
Segundo Viana (2000, p.169) a decisão de manter estoques nas empresas
passa por uma série de variáveis, sendo que o ideal é o “estoque zero”, passando
para o fornecedor todos os custos de manutenção, armazenagem e capital
imobilizado.
-
24
Assim Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 470), falam que, com “relação aos
estoques, os seguintes custos devem ser levados em consideração: custo de
manutenção, custo de preparação ou pedido e custo de falta de estoques”.
Nessa linha os autores Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 470) falam que os
estoques de manutenção são divididos em três segmentos: “custo de armazenagem,
custo de capital e custos de obsolescência/redução”.
Dessa forma para Moreira (1998, p.321) quanto ao custo de armazenagem o
mesmo inclui todos os custos referentes ao espaço ocupado pelo estoque, ou seja,
este custo existe apenas porque o material foi estocado. Já para o custo de capital o
autor afirma que é o investimento em estoque, a soma de qualquer do dinheiro
indisponível para qualquer atividade fora da produção. Sendo que o custo do capital
é diretamente proporcional ao investimento no estoque. Para o custo de
obsolescência o autor comenta que o material tende a perder seu valor.
No que diz respeito ao custo de armazenagem, Davis, Aquilano e Chase
(2001, p.470) falam que os mesmo estão incluso o custo das instalações onde fica
armazenado os estoques na forma de aluguel ou depreciação, os seguros, as taxas
e o pessoal de apoio. Quanto ao custo de capital, os mesmo podem variar levando
em consideração as condições financeiras da empresa, ou seja, “se a empresa tem
que fazer empréstimos para manter o estoque, então o custo de capital é o juro pago
nestes empréstimos”. Já para o custo de obsolescência os produtos tende a
depreciar seus valores com o passar dos anos.
Seguindo o mesmo pensamento, Arnold (1999, p.274) acrescenta que o
“armazenamento do estoque requer espaço, funcionários e equipamentos. À medida
que aumenta o estoque, aumentam também esses custos”. Quanto ao custo de
capital, este se encontra aplicado nos estoques, não estando disponível para utilizar
em outras áreas, isso ele considera como um custo de oportunidade perdida. No que
diz respeito ao custo de obsolescência, o autor comenta sobre “a perda do valor do
produto resultante de uma mudança no modelo no estilo, ou do desenvolvimento
tecnológico”.
Para Pozo (2002, p.38), devido às dificuldades que as empresas passam nos
dias de hoje para manter o capital de giro, logo preferem manter o mínimo possível
de estoques, até mesmo porque o custo para armazenagem é muito alto.
No que diz respeito ao custo de preparação ou de pedido, Davis, Aquilano e
Chase (2001, p.471) salientam que estes custos são fixos, estando ligados a
-
25
produção interna ou liberação do pedido “para fabricação externa para um
fornecedor”. Estes custos são independentes das quantidades que são requisitadas.
Para Moreira (1998, p. 320), o custo por pedido nada mais é do que a soma
de todos os custos incorridos, desde o momento em que o pedido é efetuado até o
momento em que é estocado.
Segundo Pozo (2002, p. 37), o custo de pedido é gerado a cada requisição de
material ou um pedido emitido, sendo que nesse processo estão inclusos os custos
fixos e variáveis. Os custos fixos ficam ligados diretamente a emissão dos pedidos e
as pessoas envolvidas a ele, já nos custos variáveis “consistem nas fichas de
pedidos e nos processos de enviar esses pedidos as fornecedores, bem como, todos
os recursos necessários para tal procedimento”.
Nesse sentido para Arnold (1999, p. 275), os custos de pedidos estão ligados
à emissão de um pedido, seja ele para fábrica ou para o fornecedor, ele não
depende da emissão do pedido ou da quantidade pedida.
Quanto ao custo da falta de estoques, Moreira (1998, p.321), comenta que
estes custos refletem as conseqüências econômicas, pois são vendas que deixam
de ser efetuadas, bem como a demora da entrega dos pedidos aos clientes.
Para Davis, Aquilano e Chase (2001, p.471):
Quando um estoque de um determinado item é exaurido, e um cliente pede aquele produto, então incorre um custo de escassez. Este custo normalmente e a soma do lucro perdido e de qualquer má vontade gerada. Existe uma compensação entre manter um estoque para satisfazer a demanda e os custos resultantes de falta de estoques. Algumas vezes, é difícil de obter este balanço, uma vez que pode não ser possível estimar com precisão os lucros perdidos, os efeitos dos clientes perdidos, ou as penalidades posteriores.
Assim, Pozo (2002, p. 38), complementa que quanto ao custo da falta de
estoques, pode ser tão alto quanto manter um elevado estoque armazenado, pois o
atraso na entrega do material ao cliente pode gerar multas por atraso e afetar a
imagem da empresa junto ao mercado consumidor.
2.3 PREVISÃO PARA OS ESTOQUES
No que diz respeito à previsão de estoques, Pozo (2002, p. 46) afirma que
normalmente as informações das quantidades a serem mantida em estoques são
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26
HISTÓRICO DO CONSUMO
ANÁLISE DO HISTÓRICO DO CONSUMO
CORREÇÃO DA PREVISÃO
FORMULAÇÃO DO MODELO
AVALIAÇÃO DO MODELO GERAÇÃO DE PREVISÃO
PREVISTO COMPRADO COM REALIZADO
OUTROS FATORES INFORMAÇÕES DIVERSAS
CONTINUAMOS COM A PREVISÃO INICIAL
obtidas através do departamento de vendas, onde os mesmos coletam sobre a
demanda de mercado das vendas.
Para Dias (1990, p. 31), o estudo de estoques está baseado em previsões de
consumo de material. Esta previsão de demanda estabelece estimativas futuras dos
produtos acabados e que serão comercializados pela empresa. “Assim devemos
considerar duas categorias de informações a serem utilizadas; quantitativas e
qualitativas”.
Segundo Pozo (2002, p.46), as informações quantitativas se referem às
quantidades ou volumes decorrentes de situações que podem afetar a demanda:
Influencia da propaganda; Evolução das vendas no tempo; Variações decorrentes de modismos; Variações decorrentes da situação econômica; Crescimento populacional.
Para as informações qualitativas Pozo (2002, p.46), destaca que são as
informações obtidas através de pessoas confiáveis e com alto grau de conhecimento
do assunto, esses valores confiáveis das variáveis, podem afetar a demanda:
Opinião de gerentes; Opinião de vendedores; Opinião de compradores; Pesquisa de mercado.
Dias (1990, p. 32), demonstra a seguir uma forma esquemática de
representação do comportamento dinâmico do processo de previsão:
Decorrido um período Modelo ainda valido
Modelo não valido
= Previsão confirmada
-
27
Figura 1: “Comportamento dinâmico do processo de previsão”. Fonte: Dias (1990, p. 32).
Pozo (2002, p.47), conclui que diante do exposto anteriormente, as
informações qualitativas e quantitativas, não são suficientes, sendo necessária a
utilização, em conjunto, de modelos matemáticos que nos levará a uma melhor
precisão dos dados desejados, na busca de minimizar os custos envolvidos e
otimizar os resultados pretendidos.
2.3.1 Níveis de estoques
Para Pozo (2002, p. 58), é de extrema importância a determinação do nível de
estoque para a empresa, pois os custos de estoques são compostos por diversos
fatores, como a movimentação e a utilização dos recursos financeiros. Assim sendo,
para uma boa manutenção dos níveis de estoque denominamos de “sistema
máximo-minimo”.
Na mesma concepção Dias (1995, p. 128), confirma que para obter uma boa
manutenção dos níveis de estoques é necessário usar o sistema de máximo e
mínimo.
Sendo assim para melhor entendimento do sistema máximo-minímo Pozo
(2002, p. 58), demonstra através da figura abaixo:
Figura 2: “Características do sistema de controle de estoque máximo-mínimo” Fonte: Pozo (2002, p. 58).
Onde: TR = Tempo de Reposição da peça
-
28
PP = Ponto de colocação de um Pedido de Compra LC = Quantidade a ser comprada para repor estoque Emax = Volume máximo de peças de estoque Emax = Volume máximo de peças em estoque Emin = Volume mínimo de peças em estoque.
No que diz respeito ao estoque máximo, Viana (2000, p. 149) destaca como
sendo a quantidade máxima permitida para um item de estoque, sendo que seu
principal objetivo é identificar a quantidade de reposição através do estoque virtual.
Pozo (2002, p. 60), destaca que o estoque máximo, é calculado a partir de
dados encontrados no estoque de segurança e no lote de compra, é utilizado para
informar sobre as diminuições de consumo e a antecipação de entregas, deve ser
assegurado que a cada novo lote, o nível de estoque não cresça, elevando os
custos de manutenção de estoques, sendo utilizado a seguinte fómula: EMAX = ES
+ LC.
Para o estoque mínimo também conhecido como estoque de segurança,
Viana (2000, p. 150), afirma que é o estoque de produto para suprir determinado
período, alem do prazo de entrega para consumo ou vendas, prevenindo possíveis
atrasos na entrega por parte do fornecedor e garantindo o andamento do processo
produtivo caso ocorra um aumento na demanda do item.
Dias (1990, p. 64), acrescenta que o estoque mínimo, é a quantidade
necessária para estar em estoque, evitando atrasos e faltas no processo produtivo
bem como na entrega do produto junto aos clientes.
Na mesma concepção, Martins e Alt (2000, p. 201), afirma que é importante
obter o estoque mínimo, essa quantidade mínima se destina a cobrir os atrasos de
reposição por parte do fornecedor, e tem a finalidade de garantir que o produto não
irá faltar.
Concluindo Pozo (2007, p.66), nos diz que o estoque mínimo ou estoque de
segurança realmente se destina a suprir um atraso do fornecedor na entrega do
material, evitando assim problemas no processo produtivo e na entrega do produto
ao cliente.
2.4 PONTO DE PEDIDO
Na concepção de Dias (1990, p. 61) os pedidos de compra devem ser
emitidos quando as quantidades estocadas atingirem níveis suficientes apenas para
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29
EM
TR
E.Mx
PP
1 2 3
1. Emissão do pedido
2. Preparação do pedido
3. Transporte
cobrir o estoque de segurança à quantidade mínima que deve existir em estoque,
destinada a cobrir eventuais atrasos no ressuprimento, mantendo o fluxo regular de
produção e os de consumo previstos para o período correspondente ao prazo de
entrega dos fornecedores.
Sendo que o saldo do estoque é suficiente até o tempo de reposição,
destacado pela seguinte fórmula: PP= CxTR+E.Mn onde:
PP Ponto de Pedido C Consumo Médio Mensal TR Tempo de Reposição E.Mn Estoque Mínimo O gráfico a seguir representa o tempo de reposição.
Figura 3: “Dente de serra com tempo de reposição x ponto de pedido”. Fonte: Dias (1990, p. 61).
Segundo Pozo (2002, p.59), ponto de pedido é o estoque que temos de uma
determinada peça, e que nos da à confiança de não atrasarmos o processo
produtivo até a efetiva entrega do novo lote de compra. Em resumo quando o
material atinge o ponto de pedido “deveremos fazer o ressuprimento de seu estoque,
colocando-se um pedido de compra”. Para o calculo de pedido deve-se utilizar a
seguinte fórmula: PP= (CXTR)+ ES, onde:
PP Ponto de Pedido C Consumo normal da peça TR Tempo de reposição ES Estoque de segurança
Martins e Alt (2000, p. 101), complementam que “é o mais popular método
utilizado nas fabricas e consiste em disparar o processo de compra quando o
estoque de um certo item atinge um nível previamente determinado”. Destaca o
-
30
calculo da seguinte formula: Ponto de pedido = consumo médio X tempo de
atendimento.
Na mesma concepção Slack, Chambers, Harland, Harrison e Johnston (1997,
p. 399), destacam a importância do tempo de reabastecimento do material ser eficaz
juntamente com o estoque de segurança, evitando qualquer ocorrência de falta de
material no processo produtivo, logo atraso nas entregas aos clientes.
Assim, Bertaglia (2003, p. 334), destaca que o sistema do ponto de pedido é
conhecido como pedido com quantidade fixa, ou seja, quando acontecer um
processo de retirada do estoque ele vai avaliar se é necessário fazer a reposição
daquele determinado item no momento.
2.5 CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
Segundo Viana (2000, p. 51), a classificação de materiais é um processo de
aglutinação de materiais por características semelhantes. O sucesso no
gerenciamento de estoques depende, em grande parte, de classificar os materiais
da empresa. Dependendo da situação, serve também de processo de seleção para
identificar e decidir prioridades. Para se obter uma boa classificação de materiais
demos considerar alguns atributos básicos, como a abrangência, flexibilidade e a
praticidade.
Dias (1995, p. 177), complementa que a classificação de materiais deve ser
feita de forma clara e fácil de identificar não havendo possibilidades de confundir
com outro material de forma semelhante.
Assim Gonçalves (2004, p.258), afirma que a classificação de materiais tem
por finalidade agrupar os produtos por grupo, facilitando a organização e a
padronização da estocagem dos mesmos.
Viana (2000, p.52), destaca os tipos de classificação de materiais, “para
atender as necessidades de cada empresa, é necessária uma divisão que norteie as
várias formas de classificação”, destaca como sendo a principal por tipo de demanda
subdividida em Materiais de estoques e Materiais não de estoque.
-
31
Figura 4: “Classificação por tipo de demanda”. Fonte: Viana (2000, p.52).
Para os materiais de estoques Viana (2000, p. 52), comenta que deve ser
mantido com base na demanda prevista e de importância para a empresa.
O mesmo autor (2000, P. 52), fala que os materiais mantidos em estoques
são classificados em:
a Quanto a aplicação e b quanto ao valor de consumo anual e c quanto a importância operacional; a1 materiais produtivos; a2 matérias-primas; a3 produtos em fabricação; a4 produtos acabados; a5 materiais de manutenção; a6 materiais improdutivos; a7 materiais de consumo geral. b 1 materiais A, grande valor de consumo; b2 materiais B, médio valor de consumo; b3 materiais C, baixo valor de consumo; c1 materiais X, aplicação não importante; c2 materiais Y, importância média; c3 materiais Z, importância vital.
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32
Indagações Classificação
Material é imprescindível
ao equipamento?
Equipamento é da
linha de produção?
Material possui
similar? X Y Z
Sim Sim Sim Y
Sim Sim Não Z
Sim Não Sim X
Sim Não Não X
Não Não Não X
Não Não Sim X
Não Sim Não X
Não Sim Sim X
Tabela 1: “Seleção para a classificação de importância operacional” Fonte: Viana (2000, p. 52).
Para os materiais não de estoque Viana (2000, p. 55), destaca como sendo
materiais de ressuprimento automático, ou seja, devem ser comprados para
utilização imediata, “poderão ser comprados para utilização posterior, em período
determinado pelo usuário, ficando, nesses casos, estocados temporariamente no
almoxarifado”.
Para Dias (1990, p.161), “o objetivo da classificação de materiais é definir
uma catalogação, simplificação, especificação, normalização, padronização e
codificação de todos os materiais componentes do estoque da empresa”.
2.5.1 Identificação ou Especificação
Viana (2000, p.74), define identificação como sendo a “descrição das
características de um material, com a finalidade de identificá-lo e distingui-lo de seus
similares”. Complementa ainda que o sucesso do processo depende das seguintes
condições:
Existência de catalogação de nomes, que deve ser padronizada; Estabelecimento de padrões de descrição; Existência de programa de normalização de materiais.
Gonçalves (2004, p.258), destaca como sendo a identificação, dos registros
dos principais dados para caracterizar cada item.
O mesmo autor (2004.p.260), comenta que a identificação do cadastro
significa o registro do item em um sistema em banco de dados com toda sua
-
33
característica. Assim faz a inclusão do item no cadastrado de materiais, se houver
necessidade ou o item sofrer qualquer modificação deverá ser alterado no cadastro,
e se a empresa e não trabalhar com aquele determinado item o mesmo deverá ser
excluído da base de dados, ficando assim um sistema sempre atualizado e enxuto.
2.5.2 Codificação
Viana (2000, p.93) comenta que as empresas de um modo geral se
preocupam em identificar os materiais de forma a facilitar a localização, bem como
os controles. Sendo assim o mesmo destaca abaixo o objetivo de ter uma boa
codificação e classificação dos materiais sendo suas vantagens:
• Facilitar a comunicação interna na empresa no que se refere a materiais e compras;
• Evitar a duplicidade de itens no estoque; • Permitir a padronização de materiais; • Facilitar o controle contábil dos estoques;
Assim para Martins e Alt (2000, p. 220), a codificação na maioria da empresas
é conhecida com o nome de controle do ativo fixo imobilizado, sendo sua principal
função controlar, registrar, codificar todos os bens, destacados como bens
imobilizados passíveis de depreciação conforme mostra figura 3
Figura 5: “Modelo”. Fonte: Martins e Alt (2000, p. 221).
Sendo assim Dias (1995, p.179) comenta que esta classificação é chamada
“definidora”, quando tornar necessário qualquer material, ou seja, “basta que
informemos os números das três classificações que obedecem à seguinte ordem”:
• Número da classificação geral 05
• Número da classificação individualizadora 02
-
34
• Número da classificação definidora 03
O mesmo autor (1995, p.179), destaca ainda que o sistema numérico pode ter
uma extensão enorme e com variações muito grande, segue o exemplo na figura 2,
do sistema americano Federal Supply classification
Figura 6: “Sistema americano federal de codificação”
Fonte: Dias (1995, p.179).
Pozo (2007, p.198), destaca que “na codificação dos materiais e bens,
poderemos usar dois sistemas; um o alfanumérico e o outro o numérico”. Assim
observa que o sistema numérico também é chamado decimal, é o melhor e mais
utilizado método de codificar os materiais e bens patrimoniais, em razão de sua
simplicidade e de sua infinita possibilidade de informações.
Viana (2000) afirma que, “da combinação codificação e especificação obtém-
se o catálogo de materiais da empresa”, sendo assim, os planos de codificação
dividem os materiais em grupos e classes, ou seja:
a. grupo: designa a família, o agrupamento de materiais, com numeração de 01 a 99; b. classe: identifica os materiais pertencentes à família do grupo, numerando-os de 01 a 99; c. número identificador: qualquer que seja o sistema, há necessidade de individualizar o material, o que é feito a partir da faixa de 001 a 999, reservada para numeração correspondente de identificação; d. dígito de controle: para os sistemas mecanizados, é necessário a criação de um dígito de controle para assegurar confiabilidade de identificação pelo programa.
O sistema de codificação selecionado deve possuir as seguintes
características (VIANA, 2000):
a. expansivo: o sistema deve possuir espaço para a inserção de novos itens e para a ampliação de determinada classificação; b. preciso: o sistema deve permitir somente um código para cada material; c. conciso: o sistema deve possuir o número possível de dígitos para definição dos códigos;
-
35
d. conveniente: o sistema deve ser facilmente compreendido e de fácil aplicação; e. simples: o sistema deve ser de fácil utilização.
2.5.3 Classificação ABC de materiais
Arnold (1999, p. 284), afirma que a classificação ABC permite identificar os
itens de estoque que necessitam de atenção maior em razão da representatividade
de cada um em relação aos seus investimentos feitos em estoques.
A curva ABC é um instrumento de grande valia para os administradores, pois
consegue identificar os itens que necessitam de atenção e melhor tratamento
adequado. Obtemos a curva ABC através da ordem dos itens descrito a sua
importância relativa (DIAS, 1990, p. 86).
Nesse sentido, Pozo (2002, p.85), acrescenta que a Curva ABC, é de
importante utilidade nos mais diversos setores da administração e principalmente
para as tomadas de decisões “envolvendo grande volume de dados e a ação torna-
se urgente”, sendo seu grande mérito a classificação dos itens de estoques em
critérios ou classes.
Slack, Chambers, Harland, Harrison e Johnston (1997, p. 401), destacam que
em qualquer empresa que possua mais de um item em estoques, sempre vai haver
um que é mais importante que o outro ou tem maior valor, logo a necessidade de
usar a curva ABC, onde apontará estes tipos de materiais.
Para Ballou (1995, p.97), “o conceito de curva ABC deriva da observação dos
perfis de produtos em muitas empresas – que a maior parte das vendas é gerada
por relativamente poucos produtos da linha comercializada”.
Assim, Dias (1995, p.87), comenta que a após a ordenação dos itens pela sua
importância relativa, “as classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes
maneiras”:
• Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção especial pela administração. • Classe B: Grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C. • Classe C: Grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por parte da administração.
-
36
QUADRO. Modelo para a confecção da curva ABC.
Quadro 1: “Modelo para a confecção da curva ABC”.
Fonte: Dias (1995, p.87).
Martins e Alt (2000, p. 162), comentam que é de extrema valia o uso da
classificação ABC de materiais, pois consiste verificar a movimentação do estoque
em certo período, tanto no consumo como na parte financeira, podendo os itens ser
classificados em ordem de importância.
Viana (2000, p.64) destaca que de uma forma mais abrangente a metodologia
de cálculo da curva ABC, é essencial aplicar de acordo com o nível de prioridade
que venha apresentar dentro do processo. Conforme a curva ABC, as tarefas devem
ser separadas em três níveis distintos, ressaltando a sua importância.
Martins e Alt (2000, p.164) demonstram “pela curva ABC, 20% dos itens
(classe A) representam 60% dos gastos, 26,67% dos itens (classe B) correspondem
a 25% dos gastos, e 53,33% dos itens (classe C) resultam em apenas 15% dos
gastos”. Os autores complementam ainda, que a curva ABC é uma das ferramentas
mais simples de enxergar o desenvolvimento dos estoques, sendo os itens
classificados em ordem decrescente da sua importância.
O gráfico a seguir, apresenta um exemplo de curva ABC.
1
Necessidade da Curva ABC Discussão Preliminar Definição dos Objetivos
2
Verificação das Técnicas para Análise Tratamento de Dados Cálculo Manual, Mecanizado ou Eletrônico
3
Obtenção da Classificação: Classe A Classe B e Classe C sobre a Ordenação Efetuada Tabelas Explicativas e Traçado do Gráfico ABC
4
Análise e Conclusões 5
Providências e Decisões
-
37
Figura 7: “Gráfico da curva ABC”. Fonte: Viana (2009, p. 65).
Para Viana (2009, p.65), a interpretação do gráfico da figura acima, conduz-
nos ao resumo abaixo:
CLASSE % QUANTIDADE DE ITENS % DE VALOR
A 5 75
B 20 50
C 75 5
Figura 8: “Interpretação e resumo do gráfico da curva ABC” Fonte: Viana (2009, p. 65).
Interpretando os resultados obtidos, pode afirmar que:
a. a classe A representa o grupo de maior valor de consumo
e menor quantidade de itens, que devem ser gerenciados com
especial atenção;
b. a classe B representa o grupo de situação intermediária
entre as classes A e B;
c. a classe C representa o grupo de menor valor de
consumo e maior quantidade de itens, portanto financeiramente
menos importantes, que justificam menor atenção no
gerenciamento.
O mesmo autor (2009, p.66), comenta que para a construção da curva ABC
com base em quaisquer dados sempre será utilizado a mesma forma da figura
acima. Ressalta que para a construção da curva ABC é importante elaborar a tabela,
após construir o gráfico e interpretar o gráfico.
-
38
Para melhor entendimento, Viana (2009, p.66), apresenta a elaboração da
tabela conforme abaixo:
MATERIAL R$ PREÇO UNITÁRIO CONSUMO ANUAL -
UNIDADES
VALOR DO CONSUMO
ANUAL EM R$
X-01 25,00 200 5.000,00
X-02 16,00 5.000 80.000,00
X-03 50,00 10 500,00
X-04 100,00 100 10.000,00
X-05 0,15 200.000 30.000,00
X-06 0,01 100.000 1.000,00
X-07 8,00 1.000 8.000,00
X-08 2,00 20.000 40.000,00
X-09 70,00 10 700,00
X-10 5,00 60 300,00
Figura 9: “Relação anual de materiais utilizados pela empresa” Fonte: Viana (2009, p.66)
Assim o mesmo autor (2009, p.67) destaca que após observar a tabela
anterior, os materiais estão apresentados por código, pois não é interessante, pois
temos que avaliar o valor, por isso a necessidade de transformar, ficando da
seguinte forma conforme figura abaixo:
MATERIAL R$ PREÇO UNITÁRIO CONSUMO ANUAL -
UNIDADES
VALOR DO CONSUMO
ANUAL EM R$
X-01 80.000,00 80.000,00 45,58
X-02 40.000,00 120.000,00 68,37
X-03 30.000,00 150.000,00 85,47
X-04 10.000,00 160.000,00 91,16
X-05 8.000,00 168.000,00 95,72
X-06 5.000,00 173.000,00 98,57
X-07 1.000,00 174.000,00 99,14
X-08 700,00 174.700,00 99,54
X-09 500,00 175.200,00 99,82
X-10 300,00 175.500,00 100,00
Figura 10: “Tabela mestra para a construção da Curva ABC”. Fonte: Viana (2009, p.67)
-
39
Após essas etapas temos a construção do gráfico, Viana (2009, p.68), diz que
o gráfico tem que obedecer “as seguintes etapas, com base na tabela mestra,
demonstrada na figura 10:
1. ordenadas e abscissas – formação do quadro;
2. marcação de pontos;
3. traçado da curva;
4. traçado da diagonal do quadrado e da tangente paralela a
diagonal no ponto extremo da curva;
5. identificação dos ângulos, traçado das bissetrizes dos
ângulos e determinação de pontos na curva;
6. determinação das áreas A,B e C
Ficando assim conforme abaixo:
Figura 11: “Determinação das áreas A, B e C”. Fonte: Viana (2009, p.69)
2.6 COMPRAS
A função de compras é essencial para o Departamento de suprimentos ou
materiais, e a finalidade de suprir a necessidade de materiais e serviços da empresa.
O setor de compras ou suprimentos necessita ter comunicação direta entre todos os
setores da empresa, para assim poder controlar sua demanda de pedidos e
solicitações internas (DIAS, 1993, p. 221).
-
40
Assim, entende Viana (2000, p.43) que a “atividade de compras tem por
finalidade suprir as necessidades da empresa mediante aquisição de materiais,
emanadas das solicitações dos usuários, objetivando identificar no mercado as
melhores condições comerciais e técnicas”.
O autor (VIANA, 2000, p. 172) complementa que o ato de comprar é cotidiano
em nossas atividades diárias, porém a mesma inclui várias etapas como, avaliar a
necessidade de compras, os produtos e materiais a serem comprados, os preços,
avaliar e negociar com os fornecedores e acompanhar os pedidos até a entrega.
Da forma mais abrangente, (MARTINS e ALT, 2000, p.63) afirma que a
função de compras destaca-se hoje, pelo papel importante e estratégico que
desenvolve nos negócios, devido ao volume de recursos financeiros ao qual é
envolvido. Assim, vai ficando para traz o conceito de que a função de compras é
repetitiva e burocrática, que sua principal atividade era gastar e não um retorno de
lucros. Com o avanço da tecnologia e a reestruturação que vem passando o setor de
compras, o mesmo vem crescendo cada vez mais, e a importância das pessoas que
trabalham nesta área, por ser consideradas estratégicas.
Para Arnold (1999, p. 207), a função de compras “é muito mais ampla e, se
realizada com eficiência, envolve todos os departamentos da Empresa. Obter o
material certo, nas quantidades certas [...] e no preço certo, são todas as funções de
compras”.
Sendo assim, o autor continua dizendo que o setor de compras tem a função
de suprir as necessidades da empresa, bem como negociar os preços. As
solicitações vindas de outros departamentos são necessárias para a busca, e melhor
avaliação de suprimento, auxiliando também o setor de compras numa melhor
negociação levando em consideração qualidade do produto, preço e prazo de
entrega.
Seguindo a mesma linha de pensamento quanto à função de compras, Baily e
Famer (1979, p. 14), destacam que compras é uma arte, pois as pessoas precisam
saber comprar e negociar, e principalmente comprar na hora certa, preço certo,
quantidade certa.
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3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO/METODOLOGIA
Considerando-se o objetivo do presente trabalho, caracteriza-se como
proposição de planos, o mais indicado para o estudo da empresa AçoInox.
Roesch (1996, p. 68) salienta que na prática, “há vários exemplos de projetos,
em que o propósito é apresentar propostas de planos ou sistemas para solucionar
problemas organizacionais”. Ou seja, implantar procedimentos para melhor controle
e flexibilidade nos processos.
O estudo foi desenvolvido na área de estoques e almoxarifado da Empresa
AçoInox Indústria e Comércio Ltda., localizada na cidade de São José, na Rua
Possibio Silva do Valle, 71 - Área Industrial de São José, no período de Março a
Novembro de 2009, onde foi sugerido a implantação do controle de estoques,
destacando sua importância para a organização.
Os dados primários foram coletados através da pesquisa bibliográfica, de
entrevistas informais e da observação.
A pesquisa bibliográfica foi desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos. Neste sentido, elas não só
podem melhorar o nível de leitura e redação, bem como acelerar tais processos
(ROESCH, 1996, p. 99).
A entrevista foi utilizada para obtenção das informações sobre o que as
pessoas sabem, sentem, esperam, desejam ou pretende fazer para melhorar o
processo de trabalho, sendo que as mesmas apresentam as vantagens e
desvantagens em relação a um questionamento em aberto (ROESCH, 1996, p. 132).
A observação torna-se relevante a partir do momento em que o pesquisador
começa a verificar a realidade com mais cuidado, ou seja, observar os dados e as
informações coletadas descrevendo a realidade da empresa.
Sendo assim, para o presente trabalho, a participação real do observador na
organização é importantíssima, para entender melhor como as pessoas utilizam seu
tempo desenvolvendo as suas atividades diárias (ROESCH, 1996, p. 140).
Foi desenvolvido para a empresa Açoinox um planejamento do controle de
estoques, a partir da organização do estoque, catalogação dos itens, classificação
ABC e a estruturação de compras de materiais.
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4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
4.1 HISTORICO DA EMPRESA
A empresa Açoinox Indústria e Comércio, situada na Rua Possíbio Silva do
Valle, 71, Bairro Fazenda Santo Antônio, na cidade de São José - SC.
A empresa existe a dez anos, sendo fundada por dois amigos, um que era o
sócio administrador e o outro sócio da área comercial com conhecimento no ramo de
aço e inox adquirido por trabalhar a mais de dez anos na empresa Alcoa. Ao longo
de sete anos da empresa a sociedade é desfeita por motivos financeiros e o Sócio
Edgar Martins assume toda a empresa e passa a administrá-la com seus dois filhos.
No inicio da nova administração, Edgar Martins era o Diretor geral, o filho o
Diretor Comercial e a filha responsável pela área de projetos da empresa. Depois de
passado dois anos Edgar Martins inverte os papeis, passando a Administração Geral
da Empresa para seu filho Edgar Martins Junior, que é administrador formado e ele
assume a área comercial.
A empresa vem crescendo a cada ano e conquistando seu espaço através da
venda de um produto de qualidade e um atendimento diferenciado aos seus clientes.
Hoje seus principais concorrentes que já estão a mais de 20 anos no mercado
são: Metalúrgica Acácio, Metalurgica Trentini
Atualmente, a empresa possui aproximadamente uma carteira com 500
clientes, sendo 60% pessoa física e 40% pessoa jurídica. A empresa fabrica toda a
linha de aço e inox, e destacam-se como principais produtos: corrimão, coifas,
guarda-corpo, pias e outros, sendo que seus produtos são peças únicas e exclusivas
fabricadas de acordo com a solicitação de cada cliente.
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Figura 12: “Empresa Spaço Inox” Fonte: Primária
4.1.1 Organograma da Empresa
Figura 13: “Organograma” Fonte: Primária
Podemos observar que se trata de uma empresa de pequeno porte, e com
uma estrutura bastante flexível, por possuir poucos departamentos e níveis
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hierárquicos, facilitando o fluxo de informações e automaticamente as tomadas de
decisões.
Porém, percebe-se que a empresa não possui um responsável pelo
departamento de Almoxarifado que envolve as compras e estoques. Assim, este
pode ser o principal passo para reestruturar a empresa, onde ela terá plena
consciência da necessidade de estudar os processos para controle desta área.
4.1.2 Atividades Desenvolvidas
A empresa AçoInox é uma empresa de pequeno porte que atua no ramo de
aço e inox, especializada na fabricação de cozinhas industriais, corrimão, guarda-
corpo puxadores e outros.
Atualmente, conta com 30 (trinta) funcionários em seu quadro os quais estão
separados por setor administrativo/financeiro, produção, área de projetos e
comercial.
Destacando como principais clientes as áreas de construção civil, cozinhas
industriais e supermercados.
A empresa atende clientes em todo os estado Catarinense, bem como o
estado do Paraná e Rio Grande do Sul, mais o seu principal foco está direcionado
para região da grande Florianópolis.
4.1.3 Processo de Produção
Atualmente o processo de produção da empresa é de forma totalmente
artesanal, iniciado depois da retirada dos pedidos de vendas.
A empresa é especializada na produção de corrimão onde é utilizados tubos
de inox AISI 304, o mesmo inicia seu processo através do desenho e modelo
conforme solicitação do cliente, depois entra no processo de produção ao qual é
soldado, moldado e polido, tudo isso manual sem utilização de máquinas industriais
até o processo final que é a instalação para o cliente.
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Figura 14: “Fluxograma de Produção” Fonte: Primária
Assim sendo o processo segue para os demais produtos, como coifas,
guarda-corpo, corrimão, puxadores, fogão, bancadas, mesas e outros.
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Figura 15: “Fotos do Processo de Produção” Fonte: Primária
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4.1.4 Principais Clientes
Pelo seu segmento de mercado a empresa destaca como seus principais
clientes:
• Rede de Supermercados Angeloni.
• Bistek Supermercados.
• Giassi Supermercados.
• Baden Baden Empreendimentos.
• Mundo Car Mais Shopping.
• Construtora Becker .
• Tha Engenharia e Construção Civil.
• Cassol Materiais de Construção.
• Hospital de Caridade
• Baia Sul Hospital
• SOS Cardio
4.1.5 Principais Fornecedores
Os fornecedores da empresa são responsáveis pelo abastecimento de
ferramentas e matéria prima para o processo de produção, entre os principais estão:
• Aço Cearense.
• Arcelomittal.
• Ferramentas Gerais.
• Forminox Ind Com de Inox.
• Casa Inox Ltda.
• Orion Comercial.
• Dominik
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4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS
4.2.1 Atual Sistema de Controle de Estoque
Atualmente a empresa AçoInox Indústria e Comércio Ltda. não dispõe de um
controle de estoque adequado para atender suas necessidades. O controle atual é
feito de forma inadequada, retiram material sem requisição, sem autorização, não é
dada entrada de materiais nem saída. O estoque fica com um controle obsoleto, por
não haver uma pessoa responsável pela área. Quanto às compras de materiais é
feita de forma visual, sem histórico algum, compra de forma visual ou conforme a
entrada de pedidos na empresa.
A empresa AçoInox tem suas vendas oscilada em determinado período do
ano, aumentando em até 30% a média do período mensal. Devido a este motivo de
a empresa não ter um estoque adequado e controlado para atender essa demanda
oscilada, acaba gerando gastos elevados e desnecessários, como compras sem
programação e quantidade menores, pagamento de horas extras e às vezes
dispensando pedido de clientes por não conseguir atender no prazo.
Dessa forma, a empresa AçoInox tem a necessidade de melhorar o processo
do controle de estoques, visando eliminar o desperdício de material, e o melhor
aproveitamento do tempo de produção e retorno financeiro para empresa.
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Figura 16: “Fotos do estoque” Fonte: Primária
4.2.2 Classificação e Codificação dos Materiais
A empresa Açoinox não possui classificação e código de identificação. A
matéria-prima é armazenada de forma precária, visto não possuir sequer uma
numeração.
Ademais, a empresa não disponibiliza de pessoa responsável pelo setor,
dificultando uma “padronização” no armazenamento, gerando uma perca
considerável de tempo na localização da matéria-prima e insumos.
Os produtos são apresentados aos clientes através de projetos e fotos, sendo
que os mesmos também não dispõem de codificação especifica, uma vez que são
fabricados conforme pedido de cada cliente, ou seja, a empresa não dispõe de
estoque de produtos e sim de matéria-prima.
4.2.3 Classificação ABC
Durante a pesquisa no estoque da empresa AçoInox, pude observar à falta de
uma classificação ABC de materiais.
A classificação ABC é de extrema importância para a empresa, pois a mesma
evita perdas, desperdício e melhor aproveitamento dos recursos financeiros
destinados ao setor de estoque.
Por não haver uma pessoa responsável pelo setor de estoques, a
classificação ABC é feita de forma visual, sendo identificada apenas na falta do
material, ou seja, não existe uma classificação fundamentada em informações
proveniente do armazenamento dos produtos.
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Assim, a matéria-prima de maior importância para a fabricação dos produtos
passa despercebida, gerando prejuízo.
4.2.4 Tipos de Estoques
Com base na pesquisa, observou-se que a empresa AçoInox identifica alguns
itens de estoques armazenados.
Neste caso, a empresa identifica como matéria-prima as chapas, tubos e
cubas de inox. Como estoque de materiais auxiliares destaca o argônio utilizado na
solda das peças.
Por não possuir um setor de manutenção, e por conseqüência utilizar de
serviços de terceiros, a empresa não disponibiliza de estoque de manutenção.
Quanto ao estoque de produtos acabados, a empresa não conta com
armazenagem, uma vez que os mesmos são fabricados e entregues conforme a
demanda.
Figura 17: “Armazenagem de Matéria-Prima” Fonte: Primária
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Esse é a ilustração do controle de estoque atual
Controle Estoque Mensal MÊS
MEDIDA Descrição dos produtos Estoque Inicial Entrada Saida
Estoque Final
Unidade Arrebite 5mm 0 0 0 0 Unidade Arrebite 4mm 0 0 0 0 Unidade Arrebite 3mm 0 0 0 0 Unidade Arrebite 0 0 0 0 Unidade Arrebite 0 0 0 0 Quadro 2: “Controle de Estoque Mensal” Fonte Primária
4.2.5 Níveis de Reposição de Estoques
Na atual situação, a empresa AçoInox não dispõe de procedimento, nem
mesmo um software de controle de estoque.
A reposição da matéria-prima e insumos é feita de forma precária, ou seja,
somente é reposta quando finalizada no almoxarifado, inexistindo assim um “estoque
de segurança”.
Ainda, por não contar com uma pessoa responsável pelo setor, e não haver
controle de saída da matéria-prima, isso faz com que, além dos prejuízos por deixar
a produção parada, a empresa deixa de faturar devido à entrega do produto final.
5 PROPOSTA PARA A ORGANIZAÇÃO
5.1 SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE
A gestão de estoque é de extrema importância para qualquer empresa, ali
está um acumulo de dinheiro considerável e um alto capital investido. Por este
motivo é que proponho para a empresa AçoInox, uma reformulação em seu controle
de estoque. Sugiro alguns métodos de controles como: classificação e codificação,
classificação ABC e o controle de níveis de estoques e armazenagem.
No primeiro momento foram relacionados os materiais existentes no estoque,
na seqüência a separação por grupo para depois facilitar a codificação.
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Para a classificação dos materiais foi dada a sugestão de utilizar a técnica
ABC, que é a separação dos materiais em três classes devido a sua importância.
Classe A, é o grupo que representa os materiais de maior valor e menor
número, sendo que deve ser cuidado com o máximo de atenção.
Classe B são os materiais intermediários entre as classes A e B.
Classe C, este grupo tem o maior número de itens e menor valor de consumo,
sendo assim itens de menos importância.
No que diz respeito ao controle de níveis de estoque o importante seria a
implantação de um software adequado, tendo em vista que hoje é trabalhado em
planilha do Excel, onde na verdade não se tem uma precisão segura do estoque, e o
controle dos máximo e mínimo.
Sendo assim, a sugestão de um novo modelo de gestão de estoque, facilitará
a empresa no que diz respeito às informações necessárias para uma boa a
administração e o auxilio nas tomadas de decisões.
5.1.1 Classificação e Codificação dos Materiais
Quanto à nova classificação de materiais, fiz a proposta de realizar um
levantamento dos produtos em estoque, para separá-los de acordo com suas
características e grupos, facilitando para a codificação.
Para a codificação foi tomado como base o sistema numérico, onde cada item
recebeu dez dígitos, sendo que os dois primeiros representaram o grupo de
materiais, na seqüência a classe e os dois últimos o código de identificação,
podendo variar de 01 a 99.
Com isso a codificação que hoje não existia, facilitara na organização e
agilidade para a localização dos materiais.
Os materiais foram classificados em cinco grupos:
01 - Matéria- prima
02 - Material de consumo
03 – Ferramentas
Ficando assim:
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codigo grupo produto
01.01.0.00001 MATERIA PRIMA CHAPA INOX AISI 304 #18
02.02.0.00001 MATERIAL CONS RODA MINI PG 220
03.03.0.00001 FERRAMENTAS FURADEIRA
Quadro 3: “Modelo Classificação e Codificação dos Produtos” Fonte: Primária
Para os materiais fabricados não foi codificado, pois os mesmo não ficam na
expedição são fabricados de acordo com os pedidos próprios para cada cliente, ou
seja, não existe estocagem para esse produto.
5.1.2 Classificação ABC de Materiais
Para a Classificação dos materiais, sugiro o método ABC em ordem
decrescente, visando melhorar o aproveitamento dos recursos financeiros
disponíveis, eliminando assim gastos desnecessários com materiais de custo
elevados e pouca movimentação.
Por base, os dados foram levantados pelo período de 12 meses, verificando a
rotatividade dos itens em estoque e assim chegando ao valor agregado a cada item.
Foram avaliados 235 itens em estoques, sendo classificados em: 44 classe A,
75 classe B e 116 classe C.
Com base nestas informações foi possível desenhar a curva ABC, conforme
ilustração abaixo:
Figura 18. “Gráfico da classificação dos itens em estoque”. Fonte: Dados Primários
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Figura 19: “Gráfico de investimentos em estoque”. Fonte: Dados Primários
Conforme os gráficos acima, conclui-se que:
Item % Itens Catalogados % Investimento Financeiro
A 19% 74%
B 32% 20%
C 49% 6%
Tabela 2: “Tabela Análise da Curva ABC” Fonte: Primária
- Os itens de maior valor obtiveram representatividade significante junto a gestão de
estoque, ou seja, 19% dos itens catalogados, representando cerca de 74% do
investimento financeiro, classificando-os assim como Classe A. Foram classificados
como itens da Classe A: Chapas, Tubos e Barra Maciça.
- Os itens de médio valor representam 32% dos itens catalogados, alcançando 20%
do investimento financeiro, sendo estes classificados como Classe B. Foram
classificados como itens da Classe B: Roda PG, Roda Mini PG, Disco de Corte,
entre outros (intermediários).
- Já os itens de baixo valor representam cerca de 49% dos itens catalogados,
gerando assim um investimento financeiro de 6%, sendo estes classificados como
Classe C. Foram Classificados como itens da Classe C: Silicone, Pincel, Papelão,
entre outros.
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100 94,43
74,04
A B C
0 18,72% 31,91% 49,37% Quantidade de itens (%) Figura 20: “Curva ABC”. Fonte: Dados primários. 5.1.3 Estabelecer os Níveis de Estoques
Os níveis de estoque são aqueles que determinam as ações de reposição ou
de cautelas a serem tomadas quanto às quantidades de materiais armazenados.
È de extrema importância a gestão de estoque determinar um nível
adequado, pois assim é possível evitar a falta de materiais, bem como o excesso
dentro da empresa.
Para a empresa AçoInox que trabalha com uma demanda de material
irregular, foi necessário estudar cada item individual, para assim precisar um nível de
estoque mais adequado. De acordo com os conceitos estudados, a proposta para
estabelecer os níveis de estoque é a utilização do sistema de máximos e mínimos ou
estoque de segurança como também é conhecido.
Bem, como a empresa não tem uma demanda de vendas de produtos
definida por trabalhar com os pedidos e solicitações de cada cliente, pude analisar
que o material de maior consumo, e o que tem um prazo maior de entrega são as
chapas e os tubos, tendo uma média de consumo mensal de 100 unidades, estoque
máximo de 200 unidades e o mínimo de 30 unidades. Levando em consideração que
o tempo de reposição é de 15 dias, cheguei ao ponto de pedido é de 80 unidades
definido da seguinte formula conforme abaixo:
Inve
stim
ento
em
est
oque
(%
)
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PP= CXTR=E.Mn
Onde: PP = Ponto de Pedido
C= Consumo médio mensal
TR= Tempo de Reposição
E.Mn= Estoque mínimo
PP = 100 x 15 + 30 = 80 unidades
30
Dessa forma o ponto de pedido é de 80 unidades.
Para obter melhor resultado no que diz respeito à reposição do estoque,
sugere-se a implantação do sistema de planejamento de material como o MRP
(Material Requirements Planning), que permite o calculo mais preciso de quanto
determinar para manter em estoque, bem como o momento necessário de repor,