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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
ELISA VIANA GIACOBBO
TRÂMITES DA REGULARIZAÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO COMERCIAL PARA
OBTENÇÃO DO “HABITE-SE” JUNTO AO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
DE SANTA CATARINA
Tubarão
2018
ELISA VIANA GIACOBBO
TRÂMITES DA REGULARIZAÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO COMERCIAL PARA
OBTENÇÃO DO “HABITE-SE” JUNTO AO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
DE SANTA CATARINA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Curso de Engenharia Civil da Universidade
do Sul de Santa Catarina como requisito
parcial à obtenção do título de Engenheiro
Civil.
Orientador: Profª. Engª. Daniela Milanez Zarbato, Esp.
Tubarão
2018
ELISA VIANA GIACOBBO
TRÂMITES DA REGULARIZAÇÃO DE UMA EDIFICAÇÃO COMERCIAL PARA
OBTENÇÃO HO “HABITE-SE” JUNTO AO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
DE SANTA CATARINA
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi
julgado adequado à obtenção do título de
Engenheiro Civil e aprovado em sua forma
final pelo Curso de Engenharia Civil da
Universidade do Sul de Santa Catarina.
Aos meus pais, Rosimarie e Eloi, que nunca
mediram esforços para que esse sonho se
tornasse realidade. Ao meu irmão Eloi, que
sempre foi uma inspiração em dedicação. E ao
meu namorado, Victor, por todo apoio e
carinho nesses anos.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiro a Deus, pela vida que ele me proporciona, pela oportunidade
de estudar, pela saúde para ter condições de seguir esse sonho e por colocar pessoas nesse
caminho para agregarem na minha vida profissional.
Gratidão pelos pais que eu tenho, Rosimarie e Eloi, em toda a minha vida nunca
mediram esforços para que eu tivesse o melhor possível, e me verem feliz e realizada.
Meu irmão, Eloi Filho, por sempre servir de inspiração com sua dedicação e
inteligência, e ser uma engenheira como ele.
Meu namorado, Victor, que sempre esteve ao meu lado, dando carinho e me
motivando para que eu não desanimasse.
Grata, pela orientadora e engenheira inspiração Daniela, que nesses anos juntas
agregou muito na minha vida acadêmica e profissional.
A toda a minha família e amigos, que de uma forma ou de outra ajudaram,
estiveram juntos nessa caminhada, e agregaram para conquistar esse objetivo.
RESUMO
Nesse trabalho, objetiva-se avaliar a flexibilização das instruções normativas do Corpo de
Bombeiro Militar de Santa Catarina, quando não há possibilidade de atende-las integralmente.
Para alcançar o objetivo, foram analisadas as instruções normativas do Corpo de Bombeiros
Militar de Santa Catarina e o projeto preventivo de incêndio aprovado da edificação, onde
também, foi realizada visitas identificando as adaptações. A amostra utilizada foi uma
edificação comercial localizada no centro de Tubarão/SC. O resultado é que a edificação
apresentava algumas irregularidades, muitas delas, que ainda não estavam adaptadas
conforme o projeto aprovado, e outras já contemplavam o proposto em projeto aprovado.
Alguns sistemas não foram possíveis de ajustes, assim seguiu-se o que é previsto na Instrução
Normativa 05, que permite reduções, substituições ou compensações. Com esse estudo,
obteve-se a conclusão, que é a regularização de uma edificação existente, sendo que cada
edificação possui suas particularidades e devem ser analisadas individualmente. Desta forma,
é necessário haver flexibilidades nas exigências das instruções normativas, quando trata-se de
edificações existentes.
Palavras-chave: Projeto preventivo contra incêndio e pânico. Edificações existentes.
Flexibilização das exigências das instruções normativas.
ABSTRACT
In this work, the objective is to evaluate the flexibility of the normative instructions of the
Military Fire Brigade of Santa Catarina, when there is no possibility of attending them
integrally.In order to reach the objective, the normative instructions of the Santa Catarina’s
Military Fire Brigade and the fire prevention project approved of the building were analyzed,
where visits were also done to identify the adaptations. The sample used was a commercial
building located in the center of Tubarão / SC. The result is that the building had some
irregularities, which many of them were not yet adapted according to the approved project,
and others already contemplated what was proposed in the approved project. Some systems
were not possible to adjust, so it was followed what is provided in Normative Instruction 05,
which allows reductions, substitutions or compensations. With this study, we obtained the
conclusion which is the regularization of an existing building, and each building has its own
particularities and should be analyzed individually. In this way, it is necessary to have
flexibilities in the requirements of the normative instructions, when it comes to existing
buildings.
Keywords: Preventive project against fire and panic. Existing buildings. Flexibility of the
requirements of normative instructions.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Localização do edificação comercial. ..................................................................... 30
Figura 2 – Edifício Comercial. ................................................................................................. 30
Figura 3– Hidrante obstruído com painel. ................................................................................ 36
Figura 4– Tubulações para os dois novos hidrantes. a) Hidrante primeiro pavimento; b)
Tubulação saindo do hidrante do primeiro pavimento e indo em direção a fachada da
edificação; c) Chegando na fachada da edificação a tubulação desce até ficar a cima da
marquise e é dividida em três partes: uma desce direto para o hidrante de recalque, outra vai
para o lado esquerdo e outra para o lado direito da edificação; d) A tubulação desce
novamente, chegando em um dos novos hidrantes; e) Da mesma forma que acontece de um
lado, acontece do outro, a tubulação segue horizontalmente até descer para o hidrante. ......... 37
Figura 5– Hidrantes adicionados entre as salas comerciais do térreo. a) Hidrante adicionado
entre as salas comerciais 3 e 4; b) Hidrante adicionado entre as salas comerciais 1 e 2. ......... 38
Figura 6 – Saídas de emergência obstruídas que ainda não foram adaptadas conforme o
projeto aprovado a) fachada loja 1 b) fachada loja 2. ............................................................... 39
Figura 7 – Duto de extração de fumaça no pavimento térreo que ainda não foi adaptado
conforme o projeto aprovado. ................................................................................................... 40
Figura 8 – Escada em leque no primeiro pavimento que ainda não foi adaptado conforme o
projeto aprovado. ...................................................................................................................... 40
Figura 9 – Degraus isolados nos patamares e ainda não foi adaptado. .................................... 41
Figura 10 – Ambientes que eram garagens, e foram adaptadas como salas comerciais após a
sua construção original. a) fachadas lojas b) fachada loja. ....................................................... 42
Figura 11 – Placas de SAL que foram adicionadas conforme o projeto aprovado. ................. 42
Figura 12 – Central de Alarme. ................................................................................................ 43
LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
BI - Brigada de incêndio
CBMSC – Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina
CI – Carga de incêndio
DAT – Diretoria de Atividades Técnicas do CBMSC
IE – Iluminação de emergência
IN – Instrução Normativa
NSCI – Normas de segurança contra incêndio e pânico
PE - Plano de emergência
PPCI – Projeto preventivo contra incêndio e pânico
PRE – Plano de regularização de edificação
SAD – Sistema de alarme e detecção de incêndio
SAL – Sinalização de abandono de local
SE – Sistema de emergência
SHP – Sistema hidráulico preventivo
SPDA – Sistema de proteção contra descarga atmosférica
SPE – Sistema preventivo por extintores
TE - São todos os sistemas e medidas de segurança contra incêndio e pânico previstos na
NSCI, excerto aqueles considerados vitais ou plenos
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12
1.1. JUSTIFICATIVA E PROBLEMA .................................................................................. 12
1.2. OBJETIVO ...................................................................................................................... 13
1.1.1. Objetivo geral ................................................................................................................ 13
1.1.2. Objetivos específicos ..................................................................................................... 13
2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................ 14
2.1. CONCEITOS BÁSICOS ................................................................................................. 14
2.2. PROJETO DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO ................................ 15
2.3. LEGISLAÇÕES VIGENTES NO BRASIL PARA EDIFICAÇÕES EXISTENTES ..... 16
2.3.1. Instrução Normativa 05 – Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina ......... 16
2.3.2. Lei Nº 16.157, de 7 de Novembro de 2013 ................................................................. 21
2.3.3. Instrução Técnica nº 43 – Polícia Militar do Estado de São Paulo, Corpo de
Bombeiros ................................................................................................................................ 22
2.3.4. Norma de Procedimento Técnico 002 – Corpo de Bombeiros da Policia Militar do
Paraná ...................................................................................................................................... 24
3. METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................................... 30
3.1. LOCAL DO ESTUDO ..................................................................................................... 30
3.2. O PROCESSO ................................................................................................................. 31
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................... 32
4.1. ANÁLISE DA NORMA VIGENTE PARA EDIFICAÇÕES EXISTENTES, A
INSTRUÇÃO NORMATIVA 05 ............................................................................................. 32
4.1.1. Sistema Hidráulico Preventivo ................................................................................... 32
4.1.2. Sistema de Saída de Emergência................................................................................ 33
4.1.3. Sistema de proteção contra descargas atmosféricas ................................................ 33
4.1.4. Outros sistemas e medidas de segurança .................................................................. 33
4.2. DESCRIÇÃO DA TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS PARA REGULARIZAR
EDIFICAÇÃO EXISTENTES NO CBMSC ............................................................................ 34
4.3. SOLUÇÕES ADOTADAS NO PROJETO APROVADO ............................................... 36
4.3.1. Sistema Hidráulico Preventivo ................................................................................... 36
4.3.2. Saídas de Emergência ................................................................................................. 38
4.3.2.1. Saídas de Emergência obstruídas nas salas comerciais do térreo Av. Marcolino
Martins Cabral .......................................................................................................................... 38
4.3.2.2. Escada Enclausurada .................................................................................................. 39
4.3.2.2.1. Antecâmara térreo ................................................................................................... 39
4.3.2.2.2. Degraus irregulares ................................................................................................. 40
4.3.2.3. Rotas de fuga .............................................................................................................. 41
4.3.2.4. Guarda - Corpo ........................................................................................................... 41
4.3.4. Pavimento usado para finalidade diferente da aprovada – acesso Rua Coronel
Cabral ...................................................................................................................................... 41
4.3.5. Sistema de Abandono de Local ................................................................................... 42
4.3.6. Sistema de Alarme e Detecção de Incêndio ................................................................ 42
4.3.7. Plano de Emergência .................................................................................................... 43
4.3.8. Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas ............................................... 44
5. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 45
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 46
ANEXOS ................................................................................................................................. 48
ANEXO A – SISTEMAS E MEDIDAS CONSIDERADOS VITAIS, PLENOS OU
EXEQUÍVEIS (ANEXO E IN 05). ........................................................................................ 49
ANEXO B – TIPO E NÚMERO DE ESCADAS. ................................................................ 51
ANEXO B - TIPO E NÚMERO DE ESCADAS (CONTINUAÇÃO). .............................. 53
ANEXO C – PROJETO PREVENTIVO DE INCÊNDIO E PÂNICO ............................. 55
12
1. INTRODUÇÃO
A história do Brasil, é marcada por grandes incêndios. Um grande incêndio, citado
pelo portal Previdelli (2013), como um dos responsáveis por retomarem as discussões, à
época, sobre segurança e preparo na prevenção e combate a incêndios, foi o curto-circuito que
deixou 180 pessoas mortas em 1974, no Edifício Joelma em São Paulo.
O maior dos últimos 50 anos e que causou a morte de 241 pessoas, foi o incêndio
na Boate Kiss, em janeiro de 2013, no estado do Rio Grande do Sul. Segundo o portal de
notícias Luiz (2013), a boate, recebeu o alvará dos bombeiros sem ter um Plano de Prevenção
e Proteção contra Incêndio e pânico (PPCI) assinado por um responsável técnico, e ainda, os
extintores e equipamento de controle de incêndio não funcionaram no momento do sinistro.
Em maio de 2018, o edifício de 24 andares em São Paulo, desabou após um
incêndio, segundo o portal Tavares (2018), seu uso era irregular. O mais recente com grande
repercussão, foi o que causou a destruição do Museu Nacional no Rio de Janeiro, felizmente
não houve vítimas, porém suas perdas históricas são irrecuperáveis.
Essas tragédias causadas pelo fogo, mostra como a prevenção contra incêndio e
pânico é importante, mais ainda em edificações antigas. Elas evitam mortes e danos materiais,
tendo como propósito, fazer com que as pessoas evacuem as edificações com segurança e o
fogo seja apagado o mais rápido possível.
Considerando a grande relevância do tema, e com o foco em edificações já
existentes, na presente pesquisa serão apresentadas formas de adequação de seu PPCI perante
as normas no Corpo de Bombeiro Militar de Santa Catarina (CBMSC). Além de não perder o
foco principal, que trata-se da segurança dos usuários, podendo, ainda, ser usada como base
para outras edificações existentes que apresentam dificuldade em regularização.
1.1.JUSTIFICATIVA E PROBLEMA
O PPCI é importante para que seja planejado da melhor forma a segurança contra
incêndio de cada edificação com suas particularidades, principalmente quando há grande
fluxo de pessoas e/ou alta carga de fogo.
Conforme os anos vão passando, cada vez mais as edificações estão sendo
devidamente regularizadas conforme as instruções normativas CBM de cada estado em que
ela se encontra. Entretanto, muitas das edificações existentes, por uma multiplicidade de
fatores, tem dificuldade em atender à estas normas. Por isso, faz-se necessário adapta-las para
a garantia da segurança dos seus usuários.
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Assim, pergunta-se: como atender as especificidades das instruções
normativas do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) para as
adaptações necessárias em edificações existentes, perante as instruções normativas em
vigor, tendo como um estudo de caso, uma edificação comercial na cidade de Tubarão,
realizado em 2018.
1.2.OBJETIVO
Nesse tópico será apresentado o objetivo geral e específicos da pesquisa.
1.1.1. Objetivo geral
Avaliar a possibilidade de flexibilização dos sistemas de segurança contra
incêndio contidas nas instruções normativas do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina
para adaptações em edificações existentes, quando da impossibilidade de atendê-las
parcialmente ou integralmente, visando manter a segurança da edificação.
1.1.2. Objetivos específicos
a) Analisar a instrução normativa 05 do CBMSC;
b) Descrever a tramitação dos processos para regularizar edificações existentes no
CBMSC; e
Citar e verificar as soluções adotadas no projeto preventivo aprovado.
14
2. REVISÃO DE LITERATURA
A presente revisão bibliográfica apresenta fundamentação teórica a partir,
principalmente, da Instrução Normativa do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina e
de demais autores especializados na área de prevenção de incêndio.
2.1. CONCEITOS BÁSICOS
Para falar sobre prevenção contra incêndio é importante primeiro entender que o
fogo é uma reação química exotérmica, a combustão. Nessa reação, acontece a oxidação de
material combustível, podendo ser no estado líquido ou gasoso, juntamente com oxigênio
presente no ar (comburente), e uma fonte de calor. Esses são os três elementos essenciais e
que formam o triângulo do fogo. E, quando o fogo continua, significa que está acontecendo a
reação química em cadeira, que então é conhecido como: tetraedro do fogo. O termo incêndio
é usado quando todos os três elementos estão juntos e essa reação química acaba ficando
descontrolada (BRENTANO, 2015). Com base no mesmo autor, pode-se descrever as
características desses elementos:
a) Combustível: ele serve de campo para a propagação do fogo, são os materiais
que entram em combustão;
b) Comburente: geralmente o oxigênio, ele intensifica a combustão;
c) Calor: é ele que inicia o incêndio e incentiva a sua propagação; e
d) Reação química em cadeira: é o que acontece entre os elementos citados a
cima, e que afeta outras moléculas, sucessivamente.
Depois que o fogo inicia, para que essa reação química não continue, é preciso
conhecer alguns métodos básicos para a interrompe-la:
a) Retirar ou controlar o material combustível, com isso pode diminuir ou
interromper a propagação do fogo;
b) Controlar o Comburente ou abafamento, quando o fogo está em pequenas
proporções, é um método simples, mas, quando já está em estágio avançado, é necessário
equipamentos específicos para diminuir o oxigênio do local;
c) Resfriamento, é o método mais usado, e significa diminuir o calor do material
até o ponto que pare de queimar. O agente mais usado para isso é a água (SECCO, 1982); e
d) Introduzir determinadas substâncias na continuação da combustão, com isso
cria uma condição em que o combustível e o comburente não conseguem manter a reação
química acontecendo (OLIVEIRA, 2005).
15
Esses são os métodos e alguns conceitos envolvendo a ciência do fogo. Portanto, é
possível compreender a importância destes, para prevenir, controlar e apagar incêndios.
Além disso, é imprescindível entender os conceitos que envolvem os Projetos
preventivos contra incêndio e pânico (PPCI), segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Santa
Catarina (CBMSC) (2015):
a) Edificação: é qualquer tipo de construção, que seja permanente ou provisória,
sem material construtivo específico, mas que tenha teto, parede e piso, ou também ambientes
externos que armazenem produtos que haja possibilidade da ocorrência de um sinistro;
b) Instrução normativa (IN): norma técnica editada pelo CBMSC, que determina
as exigências e dimensionamentos para execução dos sistemas e medidas de segurança contra
incêndio e pânico;
c) Edificação existente: segundo a lei nº 16.157 de 07/11/2013, é considerada
aquela que já se encontra edificada, acabada ou concluída; e
d) Sistemas e medidas de segurança contra incêndio e pânico: é a soma de táticas,
atividades e dispositivos na edificação que previne, restringe os efeitos, e extingue o fogo. Faz
com que as pessoas abandonem com segurança o local e os bombeiros possam agir em
combate ao incêndio.
Foram apresentados então, alguns conceitos relevantes que envolvem os PPCI.
2.2.PROJETO DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO
O projeto preventivo contra incêndio e pânico tem suas particularidades, e uma
delas é mostrar da forma mais correta as características da edificação, indicando a disposição
das construções, os móveis e qual o tipo da ocupação. Com isso, cada sistema pode ser
projetado analisando as melhores soluções perante as normas, para manter as edificações mais
seguranças visando a funcionalidades destes. Segundo Brentano (2015), os níveis de risco no
momento da elaboração do projeto, estão concretados em três principais, a proteção da vida
humana é a mais importante envolvida, em segundo a proteção ao patrimônio e por último a
continuação do processo produtivo.
Para que a proteção mínima seja alcançada, podemos falar que três medidas de
proteção são indispensáveis, que são essas: um bom projeto arquitetônico, equipamentos de
combate a incêndios e uma brigada de incêndio treinada e que atue constantemente (id ibid).
Medidas de proteção são adotadas nos projetos, e segundo Falcão (1995), são
divididas entre:
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a) Estrutural: tem por objetivo diminuir, ou até eliminar, as chances de o fogo
iniciar, sendo pensado desde a escolha do material que usará na construção;
b) Preventivas: são medidas projetadas nas edificações, e que auxiliam para que o
incêndio não aconteça, ou diminua sua proporção; e
c) Combate: equipamentos, aparelhos, usados para controlar ou acabar o incêndio.
As proteções contra incêndio nas edificações são medidas que não estão a muito
tempo sendo executadas e fiscalizadas, antigamente não era construído pensando na proteção
dos usuários em relação ao fogo. As normas e legislações no Brasil, não eram claras e muitas
vezes conflitantes entre si (BRENTANO, 2015).
Um bom projeto preventivo contra incêndio e pânico vem sendo um grande aliado
no combate e prevenção contra incêndio. Para os bombeiros, os equipamentos de segurança
são necessários que estejam em quantidades adequadas e suficientes, dispostos em áreas de
uso comum, tendo sempre como premissa inicial o fácil acesso. Aos usuários, indica qual o
caminho mais rápido para evacuar a edificação, em caso de sinistro.
2.3.LEGISLAÇÕES VIGENTES NO BRASIL PARA EDIFICAÇÕES EXISTENTES
Nesse item irá ser apresentado as legislações estaduais de prevenção contra
incêndio para edificações existentes, das corporações do Corpo de Bombeiros Militar dos
estados de Santa Catarina, São Paulo e do Paraná.
2.3.1. Instrução Normativa 05 – Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina
O objetivo da Instrução Normativa 05, é mostrar quais os procedimentos que
devem ser feitos para regularizar uma edificação já existente (CBMSC, 2015).
No capítulo III, os sistemas de segurança contra incêndio e pânico das edificações
existentes são classificados em: vital, pleno ou exequível.
Os sistemas e medidas (ANEXO A) de segurança considerados vitais, são aqueles
sem flexibilidade, devem ser seguidos exatamente como descrito na norma
Art. 6º Quando forem considerados vitais, os sistemas e medidas de segurança
contra incêndio e pânico: I - devem ser previstos e executados conforme as NSCI em
vigor; II - não cabe dispensa, redução, substituição ou compensação; III - não cabe a
concessão de atestado de edificação em regularização, antes da total execução ou
instalação do sistema e da medida de segurança. (id ibid., p. 4).
Os sistemas e medidas de segurança considerados plenos, da mesma forma que os
sistemas vitais, não são flexíveis.
17
Art. 8º Quando forem considerados plenos, os sistemas e medidas de segurança
contra incêndio e pânico: I - devem ser previstos e executados conforme as NSCI em
vigor; II - não cabe dispensa, redução, substituição ou compensação; III - cabe a
concessão de atestado de edificação em regularização, durante o prazo concedido
para a execução ou instalação do sistema e da medida de segurança. (id ibid., p. 4).
Já com os sistemas e medidas de segurança considerados exequíveis, a norma já
apresenta maior maleabilidade e nas edificações que não pode ser executadas conforme a
mesma, pode ser feito substituições, reduções ou compensações, seguindo a IN 05.
Art. 10. Quando forem considerados exequíveis, os sistemas e medidas de segurança
contra incêndio e pânico, admitem: I – conceder dispensa sumária, redução,
substituição ou compensação, conforme o caso, previstas nesta IN; II - a concessão
de atestado de edificação em regularização. (id ibid., p. 5).
O processo inicia-se, quando as edificações que não estão regularizadas, são
notificadas.
Capítulo IV Processo para Regularização de Edificação Existente Art. 12. Nas
edificações existentes, constatado o descumprimento das normas de segurança
contra incêndio e pânico (NSCI), deve ser lavrado o termo de notificação, para
regularização do imóvel (ver modelo do Anexo F), determinando a correção das
irregularidades observadas e o prazo para sua regularização. (id ibid., p. 5).
Os imóveis que são considerados de alta complexidade é solicitado o PPCI (id
ibid., p. 5).
Muitas edificações notificadas, já contém Projeto Preventivo Contra Incêndio de
Pânico regularizado no CMBSC, mas posteriormente algumas apresentam mudanças, como
ampliações ou reformas. Então, nos casos onde as modificações prejudiquem os sistemas
projetados, é necessário que estes sejam adaptados, e não havendo prejuízo nos sistemas
previstos, faz-se apenas a regularização das mudanças previstas.
Art. 18. Admite-se a regularização de edificação existente de forma parcial, nas
seguintes situações: I - por bloco; ou II - por área (setor ou parte da edificação). (id
ibid., p. 6).
Nessa Instrução Normativa, apresenta um capítulo somente para indicar o que
pode ser dispensado, reduzido, substituído para cada sistema de segurança em particular. É a
parte da norma que mais apresenta flexibilidade para casos em que não é possível seguir a
norma rigorosamente.
Para o sistema hidráulico preventivo, admite-se redução, substituição e
compensação. Quando já estiver instalado, aceita-se pressão mínima menor do que o a norma
exige, comprimento maior de 30 metros da mangueira, etc.
18
Art. 39. Admitem-se as seguintes reduções, substituições e compensações para o
Sistema Hidráulico Preventivo: I - quando já instalado: a) pressão residual mínima
inferior a prevista em norma; b) linha de mangueira com comprimento superior a
30m; c) redução de RTI (Reserva Técnica de Incêndio) até o limite do volume
disponível para consumo (não sendo possível a construção de reservatório para
RTI), verificando-se ainda as possibilidades de instalação de mais reservatórios,
tantos quanto possíveis ou necessários, interligando-os de modo a assegurar a RTI
possível; d) reservatório constituído de qualquer material diverso do exigido pelas
normas vigentes, desde que protegido contra os efeitos de um incêndio, por anteparo
de alvenaria ou concreto, resistente ao fogo por duas horas; e) instalação de
hidrantes de paredes nos patamares das escadas, desde que não seja possível a
instalação nos locais prescritos pelas normas; f) dispensa de hidrante de recalque,
desde que exista outro hidrante convencional que possa ser acessado e utilizado para
o recalque no pavimento de descarga. (id ibid., p. 10).
Quando a instalação ainda não tiver sido feita, alguns itens são admitidos pela
norma, mesmo que irregulares se fossem aplicados a uma edificação nova. Podemos citar
como exemplo, instalar o hidrante externo no pavimento térreo.
II - quando a instalar: a) todas as previstas no inciso anterior, porém mediante
argumentação formal e técnica; b) adoção de RTI, por reservatório inferior ou
castelo d’água; c) interposição ou instalação de bomba à combustão ou elétrica
alimentada por energia convencional, comercial, através de rede própria e
independente, com disjuntor próprio, devidamente identificado como sendo das
bombas do Sistema Hidráulico Preventivo, com a inscrição “Não Desligue, Bomba
de Incêndio”; d) rede de hidrantes interligada ao reservatório de consumo, quando o
volume do reservatório de consumo for de pelo menos 2 m3 ; e) instalação de
hidrantes externos em pavimento térreo; f) dispensa sumária do sistema hidráulico
preventivo: (1) quando a carga de incêndio da edificação for considerada
desprezível; ou (2) para as áreas ou edificações específicas de estabelecimentos
agropecuários, cuja finalidade predominante seja a criação de animais. (id ibid., p.
10).
Nesse mesmo capítulo, é indicado quais compensações que podem ser feitas para
não afetar a segurança. Aumentar o número de extintores no pavimento afetado, é umas delas
e bem simples de ser executado.
III - compensações: a) aumentar o número de capacidades extintoras no pavimento
ou setor afetado; b) compartimentar ou isolar as áreas ou riscos, interpondo-se portas
e paredes corta fogo ou platibandas como forma de confinar e controlar a
propagação do incêndio; c) instalação de hidrante urbano. (id ibid., p. 11).
Ainda nesse mesmo capítulo, apresenta um parágrafo abrindo espaço ao
julgamento do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina quando a rede hidráulica
preventiva tenha sido usada para o consumo, deixando a critério deles para a compensação
deste caso exatamente.
Parágrafo único. Em edificações cujo sistema hidráulico preventivo tenha sido
dispensado ou substituído por canalização adaptada a rede de consumo, deve haver a
compensação pela instalação de maior número de capacidades extintoras, ou ainda
outros sistemas que o CBMSC julgar mais pertinente para o caso específico. (id
ibid., p. 11).
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Quanto a instalação de gás combustível, é aceito reduções e substituições. Quando
já instalados, é aceito uma série de elementos.
Art. 40. Admitem-se as seguintes reduções e substituições para as instalações de gás
combustível: I - quando já instalado: a) com recipientes instalados no interior da
edificação (pavimento térreo): atender as especificações para o abrigo ou central de
gás da IN 008/DAT/CBMSC; b) com recipientes instalados em pavimentos
superiores: à critério do chefe da SAT, quando a situação seja melhor do que a
indicada na alínea “a” deste item e que o acesso seja suficientemente adequado e
seguro; c) com redução de afastamento: quando não houver espaço disponível para
atender o afastamento necessário; d) com redução do diâmetro das canalizações e do
número de recipientes: se restar comprovado pela empresa fornecedora do gás e
pelos usuários, que a quantidade instalada existe a mais de dois anos, e que atende a
demanda de consumo (declaração dos usuários), desde que observada a pressão
máxima da rede de 1,5 kgf/cm2 ; e) sem adequação de ambientes para áreas somente
com fogões e fornos; f) com instalação de abrigo de medidores em locais diferentes
do previsto nas normas, ou até mesmo sem a sua instalação desde que mantida a
exigência de instalação de registro de corte por pavimento e os reguladores de 2º
estágio para cada ambiente com consumo ou aparelho a gás; g) com toda a
instalação de gás combustível do prédio (somente se residencial privativa
multifamiliar) abastecido por P-13, instalados nas cozinhas: admite-se aprovar e
regularizar conforme se encontrem executados (no que se refere às possibilidades de
instalação de sistema centralizado), desde que esgotadas todas as possíveis
adequações, justificadas por meio de argumentação técnica; h) sem a conferência do
dimensionamento das baterias e das canalizações já instaladas, exceto se o fato
gerador da intervenção do CBMSC na edificação tenha sido um registro de
ocorrência de mau funcionamento do sistema no que se refere ao funcionamento
normal dos equipamentos de queima; nestes casos, é necessário resgatar o projeto
integral do sistema, colocando-se tal condição como exigência, para merecer
aprovação do CBMSC; i) com a admissão de mais de uma central ou abrigo de gás
para uma mesma edificação; j) a adequação de ambientes, para locais com
aquecedores já instalados, é considerada obrigatória, não podendo ser dispensada em
hipótese alguma. (id ibid., p. 11).
Para a instalação de gás combustível, são tolerados itens que não seriam em
edificações novas, como instalar registros de cortes de fecho rápido nos pavimentos.
II - quando a instalar: a) todas as previstas no inciso anterior; b) com recipientes
instalados no interior da edificação, observando-se ainda as seguintes restrições: (1)
somente para abrigos com carga máxima de 90 kg; (2) somente em pavimento
térreo; (3) somente quando não houver espaço disponível para instalação externa,
ainda que na parte de trás e ou lateral da edificação; (4) somente se protegidos por
abrigo que não tenha qualquer tipo de comunicação com o interior da mesma e que
possua os acessos e ventilações dando diretamente para o exterior; c) adequação de
ambiente nos locais onde houver aquecedores instalados, inclusive com a instalação
ou redimensionamento de chaminés: esta exigência se aplica inclusive às edificações
que façam uso de P-13 de forma individual e que assim permaneçam conforme
autorizado pelo disposto nesta IN; d) instalação de registros de cortes de fecho
rápido nos pontos de consumo; e) instalação de registros de cortes de fecho rápido
nos pavimentos; f) instalação do conjunto de controle e manobra junto à central de
gás; g) realocação de recipientes para local externo e ventilado se houver; h)
sinalização das instalações; i) proteção da central ou abrigo de gás com construção
de paredes em alvenaria; j) instalação de portas ventiladas; k) instalação de abertura
para ventilação permanente na central ou abrigo de gás; l) construção de parede
resistente ao fogo, entre a central de gás e edificações vizinhas que pertençam ou
não ao mesmo complexo, para compensar a falta de afastamento; m) controle de
20
vazamentos de gás, com eliminação de ralos ou construção de muretas. (id ibid., p.
12).
Seguindo o capitulo, é indicado quais reduções, substituições e compensações
podem ser feitas para o sistema de saída de emergência.
Art. 42. Admitem-se as seguintes reduções, substituições e compensações para as
saídas de emergência: I - quando já estiver instalados: a) tipo de escada: admite-se
aprovar com tipo diverso do exigido na IN 009/DAT/CBMSC, à critério do chefe da
SAT; b) patamares e degraus: admite-se aprovar com o dimensionamento existente;
c) piso: admite-se aprovar como já está instalado, com: (1) instalação de fitas
antiderrapantes em degraus; (2) aplicação de Edificações Existentes e Recentes (3)
inserção de frisos nas bordas dos degraus (no mínimo 03 frisos) ou tratamentos
químicos que assegurem maior coeficiente de atrito; (4) substituição de piso, quando
constituído por material combustível; d) corrimãos: admite-se aprovar como já está
instalado: (1) em apenas um dos lados, quando a escada possuir largura inferior a
1,10m; (2) como se encontram, desde que sejam funcionais (propiciem apoio,
deslizamento confortável e seguro, além de possuir continuidade sem “efeito
gancho”). e) guarda corpo: admite-se aprovar como instalado sem elevação de altura
e ou redução de espaçamentos quando: (1) o acesso for considerado de uso restrito
aos funcionários; (2) em patamares e mezaninos onde a circulação de pessoas seja
pequena; f) largura mínima: admite-se aprovar saídas com largura mínima inferior
ao previsto em normas desde que: (1) existam impedimentos de ordem estrutural,
devidamente fundamentados; (2) a relação entre população e unidades de passagens,
seja compatível com os preceitos previstos na IN 009/DAT/CBMSC; (3) a lotação
máxima de cada ambiente seja expressa em placa em acrílico branco, afixada junto
ao acesso do mesmo, com letras e números vermelhos nas seguintes dimensões
mínimas: altura=5cm, largura=5cm e traço=1cm; g) com ausência de uma segunda
saída equidistante: admite-se somente quando cumulativamente ocorrer às seguintes
situações: (1) edificação térrea; (2) com área inferior a 750 m2 ; (3) em locais que
não possuam características de concentração de público; (4) quando não houver
espaço, devido a taxa de ocupação do terreno; h) com abertura da porta no sentido
anti-fluxo: apenas quando no pavimento de descarga a projeção da abertura da porta
ocupe o espaço destinado ao passeio público, e exceto para ocupação escolar ou com
reunião de público; i) com portas tipo “de correr”: admitem-se desde que sinalizado
o sentido da abertura, exceto para ocupação escolar ou com reunião de público. (id
ibid., p. 13 e 14).
Quando ainda não foram instaladas as saídas de emergência, admite-se muitos
itens, um deles é as emendas no corrimão, para eliminar pontas viva (efeito gancho).
II - quando a instalar: a) tipo de escada: admite-se aprovar com tipo diverso do
exigido, à critério do chefe da SAT, desde que existam impedimentos de ordem
estrutural, devidamente argumentados e fundamentados; b) degraus: em
conformidade com IN 009/DAT/CBMSC; c) piso: em conformidade com IN
009/DAT/CBMSC (inclusive quando houver a substituição do piso); d) guarda
corpo e corrimão: em conformidade com IN 009/DAT/CBMSC; e) largura mínima:
nas mesmas condições previstas no inciso anterior, desde que existam impedimentos
de ordem estrutural, devidamente argumentados e fundamentados; f) instalação de
corrimãos, com a instalação de emendas para continuidades interrompidas e
eliminação de pontas vivas (efeito gancho); g) compartimentação dos acessos às
saídas de emergência (escadas, rampas, passarelas, corredores, etc). (id ibid., p. 14).
Para facilitar ainda mais, eles aceitam algumas compensações nas edificações
existentes que não conseguem seguir a norma na íntegra das saídas de emergência.
III - compensações: a) para tipo de escada: sempre que o sistema apresentar
deficiências com relação à largura, tipo e quantidade de escada devem ser previsto
21
em substituição, a instalação dos sistemas de iluminação de emergência, alarme,
detecção e sinalização para abandono de local, conforme o caso; 14/32 IN
005/DAT/CBMSC – Edificações Existentes e Recentes b) mesmo com a instalação
de sistemas previstos como substituição, devem ser mantidas as exigências de
limitação de público, conforme a largura disponível nas saídas de emergência; c)
para patamares e degraus: discrepâncias relevantes, à critério do chefe da SAT,
devem ser devidamente sinalizadas com placas de advertência “CUIDADO,
DEGRAUS IRREGULARES”, em acrílico branco com letras vermelhas e, com as
seguintes dimensões mínimas: largura=5cm, altura=5cm e traço=1cm; d) para piso:
(1) instalação de fitas antiderrapantes em degraus; (2) aplicação de tinta
antiderrapante em pisos da rota de fuga; (3) inserção de frisos nas bordas dos
degraus (no mínimo 03 frisos com espaçamento máximo de 2 cm entre frisos e a
borda do degrau). (id ibid., p. 14 e 15).
Nessa Instrução Normativa, apresenta ainda alguns que indica quais reduções e
substituições são admitidas para o sistema de proteção contra descargas atmosféricas. Quando
já está instalado, o responsável técnico pode apresentar uma ART ou RRT, comprovando que
existe a manutenção necessário e o sistema está em plenas condições de funcionalidade e
proteção. (id ibid.).
Quando o sistema de proteção contra descargas atmosféricas ainda não está
instalado, também há uma certa flexibilidade.
II - quando a instalar: a) admite-se aprovar com sistema de aterramento executado
dentro da projeção da edificação, quando não for possível aterramento externo; b)
instalação de captores e terminais aéreos; c) instalação de anéis intermediários; d)
instalação de descidas adicionais; e) instalação de hastes adicionais de aterramento e
interligação de anel de terra (exceto quando exigir remoção de piso cerâmico ou laje
de concreto). (id ibid., p. 15).
Segundo o Corpo de Bombeiros militar, sistema de chuveiros automáticos, se já
tiverem sido instalados, da forma que esteja terá que ser aceito. Mas, se ainda não há
instalação, com uma dispensa por meio de um requerimento sustentando em impedimentos de
ordem estrutural, é admitido. Compensação também poder ser feitas, como aumentar a
quantidade extintores, isolar as áreas de riscos ou até instalar hidrantes urbanos.
Além desses sistemas e medidas de segurança, existem outros. E alguns desses,
são considerados exequíveis, e não foram citado. Esses, a critério do chefe da Seção de
Atividades Técnicas, pode admitir dispensa sumária, redução, substituição ou compensações.
Havendo relação com as Normas de segurança contra incêndio e pânico em vigor. (id ibid.).
2.3.2. Lei Nº 16.157, de 7 de Novembro de 2013
A lei nº 16.157, decretada e sancionada pela Assembleia Legislativa, a todos os
habitantes do Estado de Santa Catarina, estabelece as normas e todos os requisitos mínimos
22
para a prevenção e segurança de incêndio e pânico em imóveis localizados no Estado, e tem
como objetivo proteger as pessoas, o meio ambiente e o patrimônio, nos casos de:
a) Regularização das edificações, estruturas e áreas de risco;
b) Construção;
c) Mudanças da ocupação ou do uso;
d) Reforma e/ou alteração de área e de edificação; e
e) Promoção de eventos.
Um das importantes funções dessa lei, foi no capítulo IV - art. 10º, atribuir o
poder ao CBMSC o exercício do poder de polícia administrativa, com objetivo de que eles
garantam o cumprimento das normas de prevenção e combate a incêndio. Eles devem ser por
meio de:
a) Ações de vistoria, de requisição e análise de documentos;
b) Interdição preventivo, parcial ou total, de imóvel; e
c) Comunicação ao Município acerca das desconformidades constatadas e das
infrações apuradas.
Essa lei, ainda regulamento os alvarás e as responsabilidades envolvendo a
prevenção contra incêndio no estado.
2.3.3. Instrução Técnica nº 43 – Polícia Militar do Estado de São Paulo, Corpo de
Bombeiros
Como no estado de Santa Catarina, outros estados também apresentam normas
específicas para edificações existentes. Nesse tópica a presente pesquisa terá como foco a
legislação do Corpo de Bombeiros do estado de São Paulo, que é como base para vários
outros estados que não apresentam a suas próprias normas.
Esta Instrução Técnica tem como objetivo adequar a edificação existente, e que o
bombeiro tenha o acesso imediato caso haja a necessidade.
Estabelecer medidas para as edificações existentes a serem adaptadas visando
atender às condições necessárias de segurança contra incêndio, bem como, permitir
condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros. (PMESPCB, 2018,
p.2).
Para poder seguir essa Instrução Técnica (IT), a edificação deve ter sido
construída antes dessa norma estar vigente.
23
Esta Instrução Técnica (IT) se aplica às edificações comprovadamente regularizadas
ou construídas anteriormente à vigência do Regulamento em vigor, conforme a
Disposição Transitória do Regulamento de Segurança contra Incêndio das
Edificações e Áreas de Risco do Estado de São Paulo. (id ibid., p. 2).
No estado de São Paulo, as edificações para ser regularizadas no Corpo de
Bombeiros devem atender as exigências mínimas.
As edificações e áreas de risco existentes devem atender às exigências da legislação
vigente à época da construção ou regularização e, no mínimo, possuírem as medidas
de segurança contra incêndio consideradas básicas. (id ibid., p. 3).
As essas exigências básicas, variam de acordo com a área ou altura da edificação.
Para as edificações com área superior a 750 m2 ou altura maior que 12 metros, os
sistemas de segurança que são considerados básicas, são por exemplo, extintor de incêndio,
iluminação de emergência e o alarme de incêndio.
As medidas de segurança contra incêndio consideradas como exigências básicas nas
edificações com área superior a 750 m² ou altura superior a 12 m, independente da
data de construção e da regularização, são: extintores de incêndio; iluminação de
emergência; sinalização de emergência; alarme de incêndio; instalações elétricas em
conformidade com as normas técnicas; brigada de incêndio; hidrantes; saída de
emergência; selagem de shafts e dutos de instalações, para edificações com altura
superior a 12 m; controle de material de acabamento e revestimento (CMAR), para
as edificações regularizadas anteriormente ao Decreto Estadual nº 46.076/01, no
caso das ocupações do Grupo B e Divisões F-1, F-5, F-6, F-10 e H-2. (id ibid., p. 3).
Já para edificações com altura menor que 12 metros, ou área menos a 750m2, por
serem edificações menores, os sistemas de segurança mínimos são mais selecionados. Por
exemplo, não há necessidade de hidrantes.
As medidas de segurança contra incêndio consideradas como exigências básicas nas
edificações com área menor de 750 m² e altura inferior a 12 m, independente da data
de construção e da regularização, são: extintores de incêndio; iluminação de
emergência, para as edificações acima de dois pavimentos ou locais de reunião de
público com mais de 50 pessoas; sinalização de emergência; instalações elétricas em
conformidade com as normas técnicas; e. saídas de emergência; brigada de incêndio;
controle de material de acabamento e revestimento (CMAR), para as edificações
regularizadas anteriormente ao Decreto Estadual nº 46.076/01, no caso das
ocupações do Grupo B e Divisões F-1, F-5, F-6 e H-2. (id ibid., p. 3).
As exigências que não possíveis de serem cumpridas, a presente Instrução
Técnica, aceita adaptações para cada sistema de segurança contra incêndio.
A escada de segurança, é um dos sistemas que apresenta mais detalhes, como o
tipo que é a escada, altura dos degraus e a largura mínima exigida. E há situações, como o
24
degrau em leque, e que não é aceito, deve então haver adaptações, umas delas é fita
antiderrapante.
Escada com degraus em leque: caso a escada possua degraus em leque, devem ser
adotadas as seguintes exigências: capacidade da unidade de passagem (C) deve ser
reduzida em 30% do valor previsto na IT 11 vigente; previsão de piso ou fita
antiderrapante; previsão de faixas de sinalização refletivas no rodapé das paredes do
hall e junto às laterais dos degraus. (id ibid., p. 3).
O hidrante é outro sistema de segurança bem importante. Dependendo do ano em
que essa edificação foi construída, ela deve seguir alguns quesitos para regulariza-la,
mencionado as construções que foram anteriormente a março de 1983, os hidrantes externos
podem dar cobertura a 60 metros de mangueiras e são aceitos reservatórios subterrâneos e
elevado.
Para as edificações construídas anteriormente a março de 1983, adotam-se os
seguintes parâmetros para o sistema de hidrantes: Pressão mínima no hidrante mais
desfavorável de 6 mca para edifícios residenciais com reservatório elevado, e 15
mca para os demais, considerando o cálculo de 2 hidrantes simultâneos; Admite-se
que as mangueiras possuam até 45 m de comprimento, com diâmetro mínimo DN40
(38 mm) e esguicho de 13 mm para risco de classe “A” e 16 mm para os riscos de
classes “B” e “C”, conforme classificação de risco à época (tarifa de seguro incêndio
do Instituto de Resseguros do Brasil); Os hidrantes externos podem dar cobertura
com 60 m de mangueiras; A prumada de incêndio pode ser mantida no interior das
escadas existentes, desde que seja prevista uma tomada de água para cada pavimento
e que os abrigos de mangueiras sejam dispostos em cada pavimento a uma distância
máxima de 5 m dos acessos às caixas de escada; Podem ser aceitos 50 % do volume
dos reservatórios de água de consumo no cômputo do volume da reserva técnica de
incêndio; Podem ser aceitos reservatórios conjugados (subterrâneo e elevado); No
caso de haver hidrante público a uma distância máxima de 150 m de qualquer acesso
da edificação, o volume de reserva de incêndio pode ser reduzido em 25%; Os
requisitos de instalação das bombas de incêndio e os não abordados nesta IT devem
atender aos crité- rios estabelecidos na IT 22. (id ibid., p. 5).
Alguns dos sistemas de segurança contra incêndio mais importantes, foram
citados a cima, e o que é aceito em edificações existentes no estado de São Paulo, de acordo
com o Corpo de Bombeiros Militar.
2.3.4. Norma de Procedimento Técnico 002 – Corpo de Bombeiros da Policia Militar do
Paraná
O Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Paraná tem sua própria legislação
quanto a prevenção contra incêndio. E a norma de procedimento técnica 002, tem o objetivo
de determinar quais as adaptações aceitas para regularizar uma edificação existe e antiga, sem
perder a segurança contra incêndio.
25
OBJETIVO Estabelecer medidas para as edificações antigas e existentes a serem
adaptadas visando atender às condições mínimas de segurança contra incêndio, bem
como permitir condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros,
atendendo aos objetivos do Código de Segurança Contra Incêndios do Corpo de
Bombeiros da Polícia Militar do Paraná. (CBPMP, 2014, p. 1).
Mas, alguns sistemas de segurança são considerados fundamentais para todas as
edificações, e independente de antiga ou nova, é exigido conter iluminação de emergência,
sinalização de emergência, brigada de incêndio e controle de material de acabamento e
revestimento.
Todas as edificações antigas e existentes, independente da data de construção e da
regularização, deverão adotar as seguintes medidas de segurança consideradas como
exigências básicas, de acordo com as tabelas 5 e 6 do CSCIP: a) iluminação de
emergência, conforme NPT-018; b) sinalização de emergência, conforme NPT-020;
c) brigada de incêndio, conforme NPT-017. d) controle de material de acabamento e
revestimento, conforme NPT-010, para a divisão F-6. (id ibid., p. 2).
Para os outros sistemas, que não considerados primordiais, são avaliados e
classificados de forma diferente, de acordo com o ano na qual foram construídos ou se
possuem Laudo de Vistoria em Estabelecimentos (LVE) ou Certificado de Vistoria em
Estabelecimentos (CVE).
As demais medidas de segurança a serem exigidas para as edificações antigas e
existentes devem ser analisadas, adaptadas e dimensionadas atendendo as
classificações abaixo: 5.4.1 Para as edificações que possuam LVE ou CVE e não
sofreram ampliação de área ou mudança de ocupação, adota-se a legislação vigente a
época. 5.4.2 Para as edificações que possuam LVE ou CVE submetidas a mudança
de ocupação que não se enquadram no item 5.1.1.1 alínea “g” da NPT-001 parte 2,
adota-se a legislação vigente a época. 5.4.3 Para as edificações que possuam LVE ou
CVE submetidas a mudança de ocupação enquadradas no item 5.1.1.1 alínea “g” da
NPT-001 parte 2, deverá ser adotado o CSCIP e NPT's para a(s) nova(s) medida(s)
de segurança e para as medidas de segurança existentes adota-se a legislação vigente
à época. 5.4.4 Para as edificações que possuam LVE ou CVE e ampliaram a área
construída com compartimentação entre as áreas existentes e ampliadas, pode-se
adotar o Código de Prevenção de Incêndios 2001 para a área existente e o CSCIP
2011 para a área ampliada. Neste caso será exigido PSCIP de toda a edificação,
devendo constar as medidas de segurança consideradas como exigências básicas em
toda a edificação. 5.4.5 Para as edificações que possuam LVE ou CVE e ampliaram
a área construída sem compartimentação, adota-se integralmente o CSCIP 2011. Na
área existente ou anteriormente construída, as medidas de segurança contra incêndio
podem ser adaptadas conforme estabelecido nesta Norma de Procedimento Técnico
e, quando não contempladas, devem atender às respectivas NPT's do CSCIP vigente.
5.4.6 Se as ampliações referidas nos itens 5.4.4 e 5.4.5 não ultrapassarem a 10% da
área aprovada (limitada a 1.000m² e sem aumento de altura) pode-se adotar a
legislação vigente à época para a referida ampliação. 5.4.7 Para as edificações não
regularizadas perante o CB/PMPR, independente de ampliação, adota-se
integralmente o CSCIP 2011. Na área anteriormente construída, as medidas de
segurança contra incêndio podem ser adaptadas conforme estabelecido nesta Norma
de Procedimento Técnico e, quando não contempladas, devem atender às respectivas
NPT's do CSCIP vigente. (id ibid., p. 2 e 3).
26
Para os sistemas que não é possível seguir as normas, é permitido adaptações. As
escadas de seguranças, caso a largura não atenda a norma, são aderidos algumas adequações,
por exemplo, instalação de fita antiderrapante nas escadas.
Adaptação das dimensões da escada: Caso a largura da escada não atenda à NPT-
011, devem ser adotadas as seguintes exigências: a) a lotação a ser considerada no
pavimento limita-se ao resultado do cálculo em função da largura da escada; b)
previsão de piso ou fita antiderrapante, nas escadas; c) previsão de faixas de
sinalização refletivas no rodapé das paredes do hall e junto às laterais dos degraus.
(id ibid., p. 3).
Degraus em leque, são impossíveis de eliminar, por isso é preciso adequar para
que a segurança não fique comprometida, umas dessas adequações é prever faixas de
sinalização no rodapés do hall.
Adaptação de escada com degraus em leque: Caso a escada possua degraus em
leque, devem ser adotadas as seguintes exigências: a) capacidade da unidade de
passagem (C) deve ser reduzida em 30% do valor previsto na NPT-011; b) previsão
de piso ou fita antiderrapante; c) previsão de faixas de sinalização refletivas no
rodapé das paredes do hall e junto às laterais dos degraus. (id ibid., p. 3).
As escadas possui diversos tipos, escada protegida, prova de fumaça, etc. Cada
edificação, conforme suas características a norma exige algum desses. Na ocorrência de não
ser o tipo em que a norma impõe, deve ser feito algumas adequações.
Para escadas não enclausuradas, e que deveriam ser enclausurada protegida, há
duas opções a serem feitas, na qual devem ser escolhida a que consiga ser executada na
edificação.
6.1.3 Adaptação de escada não enclausurada (NE) para escada enclausurada
protegida (EP): Para o enclausuramento da escada pode ser adotada uma das
seguintes opções: 6.1.3.1 Primeira opção: a) enclausurar com portas corta-fogo o
hall de acesso à escada em relação aos demais ambientes; b) prever sistema de
detecção de fumaça em todo o hall (exceto residencial); c) prever anualmente
treinamento dos ocupantes para o abandono da edificação; d) prever faixas de
sinalização refletivas no rodapé das paredes do hall e junto às laterais dos degraus;
e) prever exaustão no topo da escada, com área mínima de 1,00 m², podendo ser:
cruzada, por exaustores eólicos ou mecânicos. 6.1.3.2 Segunda opção: a) enclausurar
com portas resistente ao fogo PRF 30 as portas das unidades autônomas que tem
acesso ao hall ou corredor de circulação, que por sua vez, acessa a escada; b) prever
sistema de detectores de fumaça em toda a edificação (exceto residencial); c) prever
anualmente, treinamento dos ocupantes para o abandono da edificação; d) prever
faixas de sinalização refletivas no rodapé das paredes do hall e junto às laterais dos
degraus; e) prever exaustão no topo da escada, com área mínima de 1,00 m²,
podendo ser: cruzada, por exaustores eólicos ou mecânicos. Nota: caso haja
ventilação (janela) na escada, em todos os pavimentos, não é necessária a exaustão
no topo da escada. Neste caso, a área efetiva mínima de ventilação pode ser de
0,50m². (id ibid., p. 3 e 4).
27
Escadas que não são enclausuradas e deveriam ser à prova de fumaça, com
antecâmara e dutos de ventilação ou pressurização da escada, podem ser feitas adaptações.
6.1.4 Adaptação de escada não enclausurada (NE) para escada à prova de fumaça
(PF): quando não for possível prever escada à prova de fumaça (PF), com
antecâmara e dutos de ventilação conforme a NPT-011 ou pressurização da escada
conforme a NPT-013, devem ser previstas as seguintes regras de adaptação: a)
enclausurar com portas corta-fogo o hall de acesso à escada em relação aos demais
ambientes; b) prever sistema de detecção de fumaça em toda a edificação; c) prever
anualmente, treinamento dos ocupantes para o abandono da edificação; d) prever
faixas de sinalização refletivas no rodapé das paredes do hall e junto às laterais dos
degraus; e) prever ventilação na escada, em todos os pavimentos, com área efetiva
mínima de 0,50m². ². (id ibid., p. 3).
Escadas protegidas e a norma indica que deveria ser à prova de fumaça, podem ser
feitas três adequações aceitas e que não deixam a segurança contra incêndio menor.
6.1.5 Adaptação de escada enclausurada protegida (EP) para Escada à prova de
fumaça (PF): quando não for possível prever escada à prova de fumaça (PF), com
antecâmara e dutos de ventilação conforme a NPT-011 ou escada pressurizada,
conforme a NPT-013, devem ser previstas as seguintes regras de adaptação: a)
prever sistema de detecção de incêndio em toda a edificação; b) prever anualmente,
treinamento dos ocupantes para o abandono da edificação; c) prever faixas de
sinalização refletivas no rodapé das paredes do hall e junto às laterais dos degraus.
(id ibid., p. 3 e 4).
Rotas de fuga, que não seguem a distâncias máximas que pode ser percorrido,
devem seguir NPT 010 e 021.
Rota de fuga – distâncias máximas a serem percorridas 6.2.1 Para as áreas existentes
adotarem as distâncias máximas estabelecidas na NPT-011, deverão adequar-se às
medidas de segurança consideradas básicas e às Normas de Procedimento Técnico
010 e 021. (id ibid., p. 5).
Os hidrantes, há uma série de adaptações aceitas, e devem ser seguidas de acordo
com o que a edificação existe apresenta.
Sistema de hidrantes 6.4.1 As edificações existentes devem possuir o sistema de
hidrantes em conformidade com a legislação vigente à época de construção. 6.4.2
Para as edificações construídas anteriormente a 1976 (edificações antigas) definidas
na NPT-003 adotam-se os seguintes parâmetros para o sistema de hidrantes: 6.4.2.1
Será permitida a instalação de sistema adaptado de proteção contra incêndios por
hidrantes nas edificações antigas definidas na NPT-003, de uso não industrial, nos
seguintes casos, se de “Risco Leve” ou “Risco Moderado”, com 04 (quatro) ou mais
pavimentos. 6.4.2.2 Este sistema deverá possuir hidrante de recalque que poderá ser
de passeio ou de fachada. 6.4.2.3 A rede do sistema adaptado de proteção contra
incêndios por hidrantes será executada desde o hidrante de recalque até o
reservatório superior; devendo ser executada em tubo resistente ao fogo, de diâmetro
28
65 mm. 6.4.2.4 O sistema adaptado de proteção contra incêndios por hidrantes
deverá ser dimensionado em função do risco. Deverá ainda atender os requisitos da
NPT-022 no tocante a mangueiras, esguichos, abrigos e demais componentes do
sistema. 6.4.2.5 Este sistema estará dispensado de comprovação de volume e vazões
mínimas, devendo, contudo, apresentar os cálculos do sistema, quaisquer que sejam
os resultados obtidos. 6.4.2.6 A prumada de incêndio pode ser mantida no interior
das escadas existentes, desde que seja prevista uma tomada de água para cada
pavimento e que os abrigos de mangueiras sejam dispostos em cada pavimento a
uma distância máxima de 5 m dos acessos às caixas de escada; 6.4.2.7
Complementando o sistema, deverão ser instalados no mínimo 02 (dois) extintores
por pavimento, de forma que atendam as 3 classes de incêndio (A, B e C). (id ibid.,
p. 5 e 6).
O sistema de detector de incêndio, também apresenta uma série de adequações,
umas delas é que em comércios que a altura é até 30 metros, não há necessidade de ser
previsto detector em depósitos com área menor a 1000m2, por exemplo.
Sistema de detecção de incêndio 6.6.1 Nas edificações existentes sem aumento de
altura ou sem mudança de ocupação, adota-se a legislação vigente à época. 6.6.2 Nas
edificações existentes com aumento de altura ou com mudança de ocupação, caso
haja compartimentação entre a área ampliada e a área existente, o sistema deve ser
instalado na área ampliada, conforme parâmetros da NPT-019. Na área existente,
adota-se a legislação vigente à época. 6.6.3 Nas edificações existentes com aumento
de altura ou com mudança de ocupação, se não houver compartimentação entre a
área ampliada e a área existente, o sistema deve ser instalado, para as seguintes
divisões/ocupações: 6.6.3.1 Hotéis e similares, em todos os quartos e áreas técnicas,
sendo isentos os motéis que não possuam corredores internos de serviço; 6.6.3.2
Comerciais com altura até 30 metros, somente para as áreas de depósitos superiores
a 1000 m². Para edificações com altura superior a 30 m, nas lojas, depósitos e áreas
técnicas; 6.6.3.3 Escritórios com altura superior a 30 m, nas salas e áreas técnicas;
6.6.3.4 Industriais e depósitos com altura superior a 30m e/ou área igual ou superior
a 1000 m² destinados a depósitos; 6.6.3.5 As demais ocupações devem atender à
NPT 019 - Sistemas de detecção e alarme de incêndio. (id ibid., p. 6 e 7).
Outro sistema de segurança previsto nessa norma é o sistema de controle de
fumaça, e como os outros, apresenta adaptações conforme a particularidade de cada
edificação existente.
Sistema de controle de fumaça 6.7.1 As regras de controle de fumaça podem ser
aplicadas quando da exigência desta medida, ou em substituição à compartimentação
vertical, nos casos permitidos pelo CSCIP-CB/PMPR. 6.7.2 Nas edificações
existentes com ampliação de área, caso haja compartimentação entre a área ampliada
e a área existente, o sistema deve ser instalado apenas na área ampliada, conforme
parâmetros da NPT 015. 6.7.3 Nas edificações existentes com ampliação de área,
caso não haja compartimentação entre a área ampliada e a área existente: 6.7.3.1 O
sistema deve ser instalado na área ampliada, conforme parâmetros da NPT 015/14;
6.7.3.2 Devem ser instaladas barreiras de fumaça em todas as interligações da área
ampliada com a área existente; 6.7.3.3 Deve haver insuflamento de ar nas áreas
existentes, próximo às interligações, de forma a se colocar estes ambientes em
pressão positiva, a fim de evitar a migração de fumaça. 6.7.4 As edificações
existentes com mudança de ocupação que acarrete a exigência de sistema de
controle de fumaça, devem prever o sistema conforme os parâmetros da NPT 015 –
29
Controle de fumaça. 6.7.4.1 Caso não seja possível, por razões arquitetônicas, a
distribuição de dutos e grelhas conforme parâmetros da NPT-015, deve-se apresentar
proposta alternativa com aumento da capacidade de vazão e pressão do exaustor,
podendo a velocidade máxima nos dutos de exaustão ser de 20 m/s. (id ibid., p. 7).
Na presente Norma de Procedimento Técnico, apresente outros sistemas de
segurança contra incêndio que aceitam adequações, e devem ser seguidos de acordo com a
necessidade em que a norma exige de cada edificação existente
30
3. METODOLOGIA DA PESQUISA
O presente capítulo contempla os métodos empregados para o desenvolvimento
desta pesquisa.
3.1. LOCAL DO ESTUDO
O estudo de caso será em uma edificação comercial com 13.428,48m2 e 15
pavimentos. Sendo esses: térreo contendo salas comerciais e hall com acesso pela Avenida
Marcolino Martins Cabral, o primeiro pavimento é composto por garagens, o segundo
pavimento contém salas comerciais com acesso pela Rua Coronel Cabral, e os demais
pavimentos são todos salas comerciais. Essa edificação fica localizada no bairro centro, na
cidade de Tubarão, no estado de Santa Catarina. A Figura 1, mostra a localização do edifício.
Figura 1 – Localização do edificação comercial.
Fonte: Adaptado pela Autora de Portal Google Earth, 2018.
A Figura 2 apresenta a fachada do edifício objeto de estudo desta pesquisa.
Figura 2 – Edifício Comercial.
Fonte: Adaptado pela Autora de Portal Google Earth, 2018.
31
3.2. O PROCESSO
A escolha da edificação para este estudo, teve como base a necessidade de
compreender, a dificuldade em regularizar uma edificação existente junto ao Corpo de
Bombeiros Militar de Santa Catarina, frente as normas de segurança em vigor, sendo que
muitas não podem ser alteradas integralmente como exige a norma. Pode ser citado também,
sua importância para a cidade de Tubarão, pois é do tipo comercial e apresenta um grande
fluxo de pessoas todos os dias.
Para alcançar os objetivos específicos deste trabalho, foram analisadas as
instruções normativas do estado de Santa Catarina, e o Projeto Preventivo Contra Incêndio e
Pânico aprovado da edificação.
A fim de compreender melhor, foi necessário conhecer a edificação e suas
particularidades, para identificar e apontar o que foi já foi adequado e o que ainda falta
ajustar, conforme o projeto aprovado.
32
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Todos os resultados e discussões da pesquisa será apresentada nesse item.
4.1. ANÁLISE DA NORMA VIGENTE PARA EDIFICAÇÕES EXISTENTES, A
INSTRUÇÃO NORMATIVA 05
Esta IN apresenta os procedimentos para regularização de edificações existentes.
Em seu terceiro capítulo, é enfatizada a classificação dos três tipos de sistema de segurança e
medidas para regularizar uma edificação, que são considerados como vitais, plenos ou
exequíveis. Essa classificação leva em consideração o tipo da ocupação da edificação, além da
carga de incêndio nela presente. Os critérios de classificação são apresentados no anexo A.
Particularmente, a edificação em estudo é classificada como comercial, carga de incêndio
menor que 120 kg/m², logo, seus sistemas vitais são: sistema de iluminação de emergência
(IE), sistema preventivo por extintores (SPE) e sinalização para abandono de local (SAL);
plenos: plano de emergência (PE), brigada de incêndio (BI) e sistema de alarme e detecção de
incêndio (SAD); exequíveis: são todos os sistemas e medidas de segurança contra incêndio e
pânico previstos na NSCI, exceto aqueles considerados vitais ou plenos (TE).
O capítulo VI, é dividido em seções, e cada uma delas apresenta um sistema de
segurança diferente e quais dispensas, reduções, substituições ou compensações são
admitidos.
Na instrução normativa está previsto também que toda solução pode ser
apresentada por responsável técnico, através de requerimento ao chefe da seção de atividade
técnica, podendo ser aceito ou não a compensação sugerida para atender a deficiência de um
sistema de segurança já instalado ou a instalar.
A edificação em estudo, apresentou alguns sistemas que não estavam de acordo
com as normas. A seguir, será apresentada uma análise dos sistemas de segurança e medidas
necessários para regularizar esta edificação.
4.1.1. Sistema Hidráulico Preventivo
O Sistema Hidráulico Preventivo, é um sistema considerado eficaz e necessário
para as edificações, e para as que já possuem o sistema instalado, se faz necessário analisar
todo o conjunto, entre eles, a reserva de incêndio, canalizações e locais dos hidrantes com
seus acessórios. Como a instrução normativa permite ajustes necessários para o sistema, como
33
por exemplo, aumentar um lance de mangueiras superior a 30m em hidrantes quando não é
possível o acréscimo de outros pontos.
Da mesma forma, quando é necessário a instalação de um sistema, podendo
utilizar o volume do reservatório de consumo com no mínimo 2.000 litros existente da
edificação como reserva de incêndio, atendendo aos hidrantes com uma bomba em falta de
pressão residual mínima, ou ainda propor carga de extintores para compensar a sua ausência.
4.1.2. Sistema de Saída de Emergência
O Sistema de Saída de Emergência, para cada edificação, compreende: escadas,
rampas, portas, local de resgate aéreo, e outras. E cada uma dessas, tem que satisfazer no
mínimo algumas exigências, dando acesso fácil aos ocupantes do pavimento, ou estar sempre
desobstruídas.
A IN 05 aceita algumas substituições, reduções e compensações, de acordo com
cada situação. Para as escadas, é comum ter patamares e degraus irregulares. Desta forma
algumas compensações ou adequações são necessárias, dependendo de cada caso, como por
exemplo a colocação de fitas antiderrapantes nos degraus, ou ainda aplicação de tintas
refletivas. Estas devem minimizar os impactos por quem utiliza como saída de emergência da
edificação.
4.1.3. Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
Esse sistema, é considerado exequível e é possível fazer reduções e substituições
quando não instalado na edificação.
Quando já está instalado, pode ser aprovado como está, mas é necessário que se
apresente um laudo por profissional habilitado de engenharia, comprovando a sua proteção e
funcionalidade. Também é admitido a instalações de captores, terminais aéreos, anéis
intermediários, descidas adicionais entre outros.
4.1.4. Outros sistemas e medidas de segurança
Os outros sistemas de segurança considerados exequíveis, podem apresentar
soluções de acordo com o critério do chefe da SAT. Mas, deve seguir a IN em vigor.
O sistema de alarme de incêndio e detecção de fumaça não pode ser dispensado,
reduzido, substituído ou compensado, salvo uma argumentação técnica emitida pelo
responsável do projeto. Sendo negado pelo chefe da atividade técnica, deve ser previsto na
34
sua integralidade, conforme a instrução normativa 12. Mesmo para edificações existentes,
uma vez que, é possível de ser adequado, ou seja, exequível.
Outro sistema, é o plano de emergência, por ser um critério que não exige
execução civil, serve apenas como orientação aos usuários, este ser atendido na sua
integralidade conforme determina a IN 01. Este não cabe dispensa favorável nem mesmo
compensação e deve ser implantado conforme a IN 31.
4.2. DESCRIÇÃO DA TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS PARA REGULARIZAR
EDIFICAÇÃO EXISTENTES NO CBMSC
Essa edificação em estudo, foi construída em 1989, antes do primeiro decreto de
N° 4909 que trata de Segurança Contra Incêndio, do estado de Santa Catarina publicado em
19 de outubro de 1994, no diário oficial N° 15.042. Como o decreto não tinha força de lei, as
edificações eram construídas baseando-se em normas brasileiras para cada sistema preventivo.
Posterior ao incêndio da Boate Kiss em 27 de janeiro de 2013 na cidade de Santa Maria, no
Rio Grande do Sul, iniciou-se o processo da obrigatoriedade dos estados brasileiros criarem
suas próprias normas.Com isso a Lei 16.157/2013 e o Decreto 1.957/2013, deu atribuição
legal ao Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, em cobrar as necessidades de
adequação e atualização de edificações prescritas em normas vigentes, com face a evoluções
tecnológicas e científicas.
Desta forma, as edificações construídas anterior a lei 16.157/2013, devem seguir a
instrução normativa 05 editada em 28/03/2014 com sua última revisão em 24/10/2018.
Sendo assim, a instrução normativa que trata da atividade técnica e têm por
finalidade padronizar os procedimentos e requisitos mínimos de segurança contra incêndio e
pânico para os imóveis fiscalizados pelo CBMSC, determina em seu capítulo IV, a tramitação
de expediente e análise de projeto.
O processo para edificações existentes, inicia-se quando o Corpo de Bombeiros
notifica o proprietário de uma edificação à apresentar um projeto preventivo contra incêndio,
dentro do requisitos estabelecidos na instrução normativa 05, determinando que o responsável
pelo imóvel compareça em um determinado prazo máximo, estipulado pelo vistoriador, ao
Corpo de Bombeiros de sua cidade para então realizar uma Programa de Regularização de
Edificação (PRE). Neste termo, o proprietário ou responsável pelo imóvel, se compromete em
realizar etapas para deixar a sua edificação apta para uso ou moradia, ou seja, para obter o
habite-se da edificação.
35
O responsável pelo imóvel, deverá contratar um profissional habilitado de
Engenharia ou Arquitetura, para desenvolver um projeto preventivo contra incêndio e
posteriormente aprová-lo, sendo que os prazos são estipulados inicialmente entre o vistoriador
e o proprietário do imóvel, podendo este prazo ser prorrogado apenas uma única vez.
Para que a edificação possa manter uma segurança mínima, o vistoriador realiza
uma vistoria inicial na edificação, determinando a instalação dos sistemas mínimos de
segurança, tratados como sistemas vitais, sendo eles, extintores, saídas de emergência,
iluminação de emergência e sinalização para abandono do local, todos também com uma
prazo máximo, sendo que este não cabe prorrogação, pois como já mencionado anteriormente,
são sistemas vitais.
Caso a edificação tenha a necessidade de outros sistemas de segurança, além dos
anteriormente citados como vitais, será necessário que o processo de análise de projeto esteja
concluído como aprovado, para assim estipular novos prazos para execução das soluções
propostas pelo responsável técnico contratado. Cada edificação possui complexidades
diferenciadas, por isso se faz necessário aguardar a conclusão desta etapa. Os sistemas que
não são vitais, é dado ao proprietário um prazo maior para conclusão, podendo haver
prorrogação de prazos maior, pois geralmente são sistemas que demandam recursos e mão de
obra especializada para tal.
O processo finaliza, quando todos os sistemas de segurança estiverem instalados
conforme previsto em projeto aprovado e estes são atestados pelo vistoriador do Corpo de
Bombeiro, denominada vistoria de habite-se. Cabe afirmar que todo sistema preventivo
executado, deve ser acompanhado por profissional habilitado de Engenharia ou Arquitetura,
no qual afirma que os sistemas estão em condições de uso, tendo a reponsabilidade de
execução ao que foi projetado.
Caso os prazos estipulados na PRE não sejam cumpridos mesmo depois de
prorrogados, o responsável pelo imóvel comete uma infração administrativa, podendo receber
uma multa, tendo estes valores estipulados no artigo 17 lei 16.157/2013, dependendo de cada
infração.
Por fim, a edificação regularizada é o ato de garantir segurança a todos que
utilizam, e tendo qualquer modificação de ocupação, área construída ou alteração de layouts,
se faz necessário que o responsável pelo imóvel, proceda uma nova avaliação junto ao corpo
de bombeiros, iniciando assim outro processo, não tendo mais validade o habite-se emitido
anteriormente pelo órgão fiscalizador.
36
4.3. SOLUÇÕES ADOTADAS NO PROJETO APROVADO
Nesse tópico será apresentado quais foram as soluções adotadas em projeto
aprovado, para atender a instrução normativa 05 do CBMSC, bem como garantir a segurança
da edificação e a melhoria dos sistemas já instalados.
Será relatado também se as adaptações dos sistemas foram realizadas na
edificação até a data da conclusão deste trabalho. É necessário que a adaptação seja feita, pois
a edificação encontra-se em fase de regularização, possuindo um prazo para ser executado
todos os sistemas previsto em projeto aprovado.
4.3.1. Sistema Hidráulico Preventivo
Os hidrantes que estavam instalados em todas as quatro salas comerciais do
pavimento térreo voltado para a Avenida Marcolino Martins Cabral, foram adaptados e outros
relocados, pois estavam obstruídos ou desativados, devido também a um vazamento de água
encontrado na rede.
Em caso de um sinistro, não seria possível a utilização destes, podendo dificultar a
extinção de um incêndio, caso ocorresse, pois no local existe uma certa quantidade de
material combustível armazenado, onde corrobora para um alastre mais rápido de incêndio,
sendo um risco para toda a edificação, principalmente para o ambiente, podendo acarretar não
só em perdas materiais, mas também afetar a própria estrutura (Figura 3).
Figura 3– Hidrante obstruído com painel.
Fonte: Acervo da Autora, 2018.
37
O que foi projetado e já encontra-se executado para atender as salas do pavimento
térreo, foi a instalação de dois hidrantes substituindo os quatro anteriores. Esses, ficam
instalados um entre as duas primeiras salas, e outro entre as duas últimas salas. As
mangueiras, ficam armazenadas no interior de cada loja para não haver extravio ou furtos.
Para a instalação desses novos hidrantes, foi instalada uma nova tubulação cuja alimentação
acontece no hidrante do primeiro pavimento e segue pelo teto da garagem até a marquise e
depois desce direto para alimentar cada hidrante novo, como mostra na Figura 4 e Figura 5.
Figura 4– Tubulações para os dois novos hidrantes. a) Hidrante primeiro pavimento; b)
Tubulação saindo do hidrante do primeiro pavimento e indo em direção a fachada da
edificação; c) Chegando na fachada da edificação a tubulação desce até ficar a cima da
marquise e é dividida em três partes: uma desce direto para o hidrante de recalque, outra vai
para o lado esquerdo e outra para o lado direito da edificação; d) A tubulação desce
novamente, chegando em um dos novos hidrantes; e) Da mesma forma que acontece de um
lado, acontece do outro, a tubulação segue horizontalmente até descer para o hidrante.
Fonte: Da Autora, 2018.
a)
b)
c)
d)
e)
38
Figura 5 – Hidrantes adicionados entre as salas comerciais do térreo. a) Hidrante adicionado
entre as salas comerciais 3 e 4; b) Hidrante adicionado entre as salas comerciais 1 e 2.
Fonte: Da Autora, 2018.
4.3.2. Saídas de Emergência
As saídas de emergência irregulares foram encontradas nas salas comerciais no
térreo da Avenida Marcolino Martins Cabral, onde as saídas estavam em partes obstruídas por
vidro fixo, e nas salas do segundo pavimento, haviam portas nas rotas de fuga que não abriam
a favor do fluxo de saída, bem como na escada, que apresenta degraus irregulares.
4.3.2.1.Saídas de Emergência obstruídas nas salas comerciais do térreo Av. Marcolino
Martins Cabral
Parte das saídas de emergência estavam obstruídas por vidros fixos e usada como
vitrines das lojas. Logo, causando uma diminuição da largura das rotas de fuga. O projeto
original, a largura dessas saídas são dimensionadas de acordo com a necessidade, então a
melhor solução é fazer com que seja retirado esses vidros fixos e a porta fique da maneira
anteriormente aprovada (Figura 6).
b) a)
)
c)
39
Figura 6 – Saídas de emergência obstruídas que ainda não foram adaptadas conforme o
projeto aprovado a) fachada loja 1 b) fachada loja 2.
Fonte: Da Autora, 2018.
4.3.2.2.Escada Enclausurada
Segundo a Instrução normativa 09, a edificação necessita de uma escada
enclausurada a prova de fumaça, conforme apresentado no anexo B, devido à altura da
edificação. Porém como esta foi construída em 1989, ano em que não havia normas no Estado
de Santa Catarina, o projeto seguiu apenas o disposto em normas brasileiras, no caso a
NBR9077 de saídas de emergência em edifícios.
4.3.2.2.1. Antecâmara térreo
A antecâmara no pavimento térreo, não existe, podendo ter sido suprimida já
durante a construção da edificação, pois é visível a diferença do pé direito no pavimento
imediatamente acima, que existem degraus isolados na escada.
Desta forma, o duto de extração de fumaça, foi mantido a nível de teto, porém
comunicado para o interior de uma copa e depósito, que encontra-se no mesmo alinhamento
do duto da antecâmara dos pavimentos acima, ficando assim a escada neste pavimento apenas
com uma única porta corta fogo, que isola o hall e o interior da escada.
Como a estrutura da escada não permitiu que a antecâmara fosse adaptada, esta
abertura junto ao teto foi sugerido um isolamento, evitando que em caso de incêndio em
ambiente confinado, invadisse os pavimentos superiores, já que esta solução foi aceita pelo
CBMSC com requerimento emitido pela responsável técnica do novo projeto (Figura 7).
a) b)
40
Figura 7 – Duto de extração de fumaça no pavimento térreo que ainda não foi adaptado
conforme o projeto aprovado.
Fonte: Da Autora, 2018.
4.3.2.2.2. Degraus irregulares
A escada da edificação, em todos os pavimentos possui irregularidades entre
patamares, com exceção do térreo. No primeiro pavimento, os leques foram executados, bem
provável, para atender a necessidade de um pé direito diferenciado dos demais, e nos outros
existem dois degraus isolados entre patamares. As condições de normas, não prevê que entre
patamares possam existir menos que três degraus, nem mesmo leques. Como é fato que não
há neste caso o que possa ser feito, a adaptação sugerida foi prever nestes pontos fitas
refletivas no piso e nas paredes junto aos degraus, bem como também, fitas antiderrapantes, já
que o piso da escada não atende também este requisito de norma (Figura 8 e Figura 9).
Figura 8 – Escada em leque no primeiro pavimento que ainda não foi adaptado conforme o
projeto aprovado.
Fonte: Da Autora, 2018.
41
Figura 9 – Degraus isolados nos patamares e ainda não foi adaptado.
Fonte: Da Autora, 2018.
4.3.2.3. Rotas de fuga
Algumas portas que estavam na rota de fuga não abriam no sentido do fluxo, mas
a melhor solução é inverter para o sentido correto, pois é relativamente simples e garante
maior segurança no momento da evacuação.
4.3.2.4.Guarda - Corpo
No segundo pavimento, o guarda-corpo que fica na parte da frente da edificação,
apresenta altura menor que 110 centímetros e o acesso livre, por isso não é seguro que seja
mantido dessa forma. A melhor solução então é que a sua altura chegue ao que norma indica,
podendo então ser acrescentado ao guarda-corpo existente ou trocando para um novo e que
siga as exigências da norma.
4.3.4. Pavimento usado para finalidade diferente da aprovada – acesso Rua Coronel
Cabral
O segundo pavimento foi inicialmente aprovado como apenas garagens, sem
fechamento de paredes e portas, depois de uns anos foram adaptadas para salas comerciais. A
maneira mais correta de manter esse pavimento seguro, em relação a prevenção de incêndio, é
seguir o PPCI, em que ele foi atualizado e a apresentado as salas como encontram-se na
edificação e então, foi previsto todos os sistemas necessários em cada uma delas (Figura 10).
42
Figura 10 – Ambientes que eram garagens, e foram adaptadas como salas comerciais após a
sua construção original. a) fachadas lojas b) fachada loja.
Fonte: Acervo da engenheira autora do projeto, 2017.
4.3.5. Sistema de Abandono de Local
As áreas de uso comum nos pavimentos, são as que devem manter todos os
sistemas de segurança de fácil visualização e acesso, ao usuários e também ao Corpo de
Bombeiros. Nas circulação horizontal do terceiro ao décimo quarto pavimento já apresentam
o sistema, porém houve necessidade de acrescentar placas indicativas de saída em frente a
escada e estas já foram instaladas na edificação, em todos os pavimentos, pois são
considerados sistemas vitais e necessário para a edificação manter o alvará de funcionamento
em dia (Figura 11).
Figura 11 – Placas de SAL que foram adicionadas conforme o projeto aprovado.
Fonte: Da Autora, 2018.
4.3.6. Sistema de Alarme e Detecção de Incêndio
Esse sistema estava faltando em alguns pavimentos, como acionadores manuais
no segundo pavimento, detector de fumaça nas salas comerciais.
a) b)
43
No pavimento de acesso ao telhado, falta o detector de fumaça, pois o ambiente
possui baterias que alimentam o sistema de iluminação de emergência da edificação, onde
também está a casa de máquinas dos elevadores da edificação.
Mas, como são sistemas que podem ser instalados edificações já existentes sem
muitos transtornos, a melhor solução é atender integralmente a norma e instalar como previsto
no projeto aprovado (Figura 12).
Figura 12 – Central de Alarme.
Fonte: Da Autora, 2018.
4.3.7. Plano de Emergência
O plano de emergência foi projetado conforme a IN 31, e aprovado junto ao PPCI.
O sistema é de extrema importância para uma edificação comercial como esta, uma vez que,
há uma grande movimentação de pessoas diferentes todos os dias, que não conhecem a
edificação e a localização dos seus sistemas. Quanto a sua adequação, é feita de forma
simples, mesmo a edificação sendo existente. Na visita foi observado que as plantas de
emergência ainda não foram locadas.
O plano elaborado também orienta que o responsáveis pela administração devem
realizar frequentemente treinamentos com toda a população fixa da edificação, para que estes
possam compreender e conhecer os equipamentos disponíveis na edificação em caso
necessário e estes podem tomar ações iniciais antes da chegada do Corpo de Bombeiros na
edificação em caso de sinistro, evitando maiores tumultos.
44
4.3.8. Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
O sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA), não foi projetado,
pois este encontrava-se instalado na edificação quando da realização do projeto de
regularização. Contudo foi apenas realizado vistoria com emissão de laudo técnico por
profissional habilitado e entregue ao Corpo de Bombeiros juntamente ao processo da
edificação.
45
5. CONCLUSÃO
A prevenção contra incêndio compreende uma unificação de ações, normas,
projetos, execução e manutenção de todos os sistemas necessários. Estas ferramentas em
conjunto auxiliam para evitar tragédias.
Nas edificações existentes, é importante compreender a necessidade destas
estarem sempre atualizada frente a todas as legislações em vigor, e mantê-las em segurança
para quem as utiliza.
A edificação comercial, que foi o objeto de estudo, foi possível observar as
diferenças que existem entre as normas atuais e as da falta delas, quando da sua construção.
Alguns dos sistemas que já encontravam-se instalados foi possível adequá-los
integralmente, pois são considerados sistemas exequíveis que não afetaram em nada a
estrutura da edificação.
Outros sistemas necessitaram de alguns ajustes e as soluções adotadas foram as
que obtiveram um menor impacto na estrutura, citando por exemplo o sistema hidráulico
preventivo, que ao invés de ter sido substituído por extintores, já que caberia esta condição
pela IN 05, este foi adaptado externamente para que o sistema não deixa de existir nos locais
onde existe uma quantidade de material combustível.
Outro fato importante, foi o isolamento do duto de extração de fumaça no
pavimento térreo, que impedirá em caso de incêndio, uma formação de gases quentes em
pavimentos superiores, garantindo assim a compartimentação vertical entre pavimentos que
não contém ambientes com as mesmas características de uso.
Também foi verificado que o plano de emergência previsto na edificação, atende
aquelas pessoas que utilizam eventualmente a edificação, pois trata-se de um prédio comercial
que oferece diversas prestações de serviços, e não conhecem tão bem quanto as que utilizam
diariamente.
O estudo serviu para compreender o processo de regularizar e adequar uma
edificação já construída, devendo ser adotadas soluções criteriosas que atendam as normas,
não havendo como premissa inicial o custo e sim a segurança da edificação e das pessoas.
Por fim, cabe ao CBMSC estar permanentemente vigilante em suas ações,
fiscalizando e autuando quando necessário, para que evitar danos e perdas.
46
REFERÊNCIAS
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Edifícios. Rio de Janeiro. 2001, 36 p. Disponível em:< http://www.cnmp.mp.br>. Acesso em:
04. set. 2018.
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Alegre, RS: Editado pelo autor, 3ª edição, 2015.
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segurança contra incêndio – edificações existentes e antigas, 2015.
ESTADO DE SANTA CATARINA POLÍCIA MILITAR CORPO DE BOMBEIROS
CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. IN 001/DAT/CBMSC: Da Atividade técnica. 1
ed. Florianópolis: Pm Bm, 2015.
ESTADO DE SANTA CATARINA POLÍCIA MILITAR CORPO DE BOMBEIROS
CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. IN 005/DAT/CBMSC: Edificações Existentes. 1
ed. Florianópolis: Pm Bm, 2015.
ESTADO DE SANTA CATARINA POLÍCIA MILITAR CORPO DE BOMBEIROS
CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. IN 006/DAT/CBMSC: Sistema preventivo por
extintores. 1 ed. Florianópolis: Pm Bm, 2017.
ESTADO DE SANTA CATARINA POLÍCIA MILITAR CORPO DE BOMBEIROS
CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. IN 007/DAT/CBMSC: Sistema hidráulico
preventivo. 1 ed. Florianópolis: Pm Bm, 2017.
ESTADO DE SANTA CATARINA POLÍCIA MILITAR CORPO DE BOMBEIROS
CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. IN 009/DAT/CBMSC: Sistema de saída de
emergência. 1 ed. Florianópolis: Pm Bm, 2014.
ESTADO DE SANTA CATARINA POLÍCIA MILITAR CORPO DE BOMBEIROS
CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. IN 0012/DAT/CBMSC: Sistema de alarme e
detecção de incêndio. 1 ed. Florianópolis: Pm Bm, 2018.
FALCÃO, Engenheiro Roberto José Kassab. Tecnologia de Proteção Contra Incêndio. Rio
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LUIZ, Márcio. G1 RIO (Brasil) (Ed.). Incêndio de grandes proporções destrói o Museu
Nacional, na Quinta da Boa Vista: Moradores de ocupação dizem que fogo começou por
volta da 1h30 desta terça-feira (1º). Imagens mostram edifício desabando quando homem era
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OLIVEIRA, Marcos de. Manual de Estratégias, Táticas e Técnicas de Combate a
Incêndio Estrutural - Comando e Controle em Operações de Incêndio. Florianópolis, SC:
Editora Editograf, 2005.
47
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Santa Maria. 2013. Disponível em:< https://exame.abril.com.br/brasil/os-maiores-incendios-
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PMESPCB/ Instrução Técnica 2018 - Nº 43 Adaptação às normas de segurança contra
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TAVARES, Bruno, G1 (Brasil) (Ed.). Prédio de 24 andares desaba após incêndio no
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terça-feira (1º). Imagens mostram edifício desabando quando homem era resgatado pelos
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atinge-predio-no-centro-de-sp.ghtml>. Acesso em: 05 set. 2018.
49
ANEXO A – Sistemas e medidas considerados vitais, plenos ou exequíveis (ANEXO E IN
05).
Classe de Ocupação
Sistemas e medidas de
segurança contra incêndio
Vital Pleno Exequível
- Atividades agropastoris, silos e olarias;
- Escolar diferenciada;
- Escolar geral;
- Garagens;
- Hospitalar com internação ou com restrição de mobilidade;
- Hospitalar sem internação e sem restrição de mobilidade;
- Locais com restrição de liberdade;
- Matas nativas e reflorestamento;
- Postos para reabastecimento de combustíveis;
- Pública;
- Residencial coletiva;
- Residencial privativa multifamiliar;
- Residencial transitória;
- Reunião de público sem concentração;
- Riscos diferenciados;
- Túneis, galerias e minas.
- IE
- SPE
- SAL
- PE
- BI
- SAD
TE
- Parque aquático
- IE
- SPE
- SAL
-GP
- Comercial
- Industrial;
- Mista;
- Depósitos.
Carga de incêndio ≤ 120 kg/m²
- IE
- SPE
- SAL
Carga de incêndio > 120 kg/m²
- IE
- SPE
- SAL
- SAD
- SHP
- PE
- BI
- Shopping center - IE - PE
50
- Reunião de
Público com concentração
Auditórios ou salas de reunião com mais de
100m², teatros, cinemas, óperas, templos
religiosos sem assentos (cadeira, banco ou
poltrona), estádios, ginásios e piscinas
cobertas com arquibancadas, arenas em
geral.
- SAL
- SPE
-BI
- SAD
Boates, clubes noturnos em geral, salões de
baile, restaurantes dançantes, bares
dançantes, clubes sociais e assemelhados,
circos.
- IE
- SAL
- SPE
- SAD
- PE
- BI
- SE
- IN
018
- Edificações especiais
- Oficinas de conserto de veículos
automotores;
- Caldeiras e vasos de pressão.
- PE
- BI
- SAD
- Depósito de combustíveis ou inflamáveis;
- Depósito de explosivos ou munições. TODOS - -
- Postos de revenda de GLP (PRGLP) TODOS - -
Legenda:
SE – Saídas de emergência;
IE – Iluminação de emergência;
GP – Guardião de piscina;
PE – Plano de emergência;
BI – Brigada de incêndio;
SHP – Sistema hidráulico preventivo;
SAL – Sinalização de abandono do local;
IN 018 – Materiais de revestimento e acabamento;
SPE – Sistema preventivo por extintores;
SAD – Sistema de alarme e detecção de incêndio;
TODOS – Todos os sistemas e medidas de segurança
previstos nas NSCI são considerados vitais;
TE – São todos os sistemas e medidas de segurança
contra incêndio e pânico previstos nas NSCI, exceto
aqueles considerados vitais ou plenos, na tabela.
51
ANEXO B – Tipo e Número de Escadas.
CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES Altura
(m)
Quantidade mínima e
tipo de Escadas
Quantidade Tipo
Residencial Privativa Multifamiliar
Residencial Coletiva
(pensionatos, asilos, conventos, internatos e congêneres)
H≤12 1 I
H≤21 1 II
H≤30 1 III
H>30 1 IV
Residencial Transitória
(hotéis, apart-hotéis, albergues, motéis e congêneres)
H ≤ 6 1 I
H≤12 1 II
H≤21 1 III
H≤30 2 III
H >30 2 IV
Comercial (mercantil, comercial em geral, lojas, mercados, escritórios,
galerias comerciais, supermercados e congêneres)
Depósitos (galpões, centros de distribuição, centro atacadista)
H≤12 1 I
H≤21 1 II
H≤30 1 III
H>30 1 IV
Industrial
Shopping Center
H ≤ 6 1 I
H≤12 2 I
H≤21 2 II
H≤30 2 III
H>30 2 III, IV
Mista: Edificação mista é aquela com duas ou mais ocupações diferentes, logo, o tipo e a quantidade de
escadas deverá ser conforme a ocupação que apresentar o maior risco. Porém, quando as ocupações
possuírem saídas de emergência independentes e forem compartimentadas entre si, poderão ser tratadas
como se edificações independentes fossem.
Pública
(quartéis, secretarias, tribunais, delegacias, consulados e outros)
H ≤ 6 1 I
H≤21 1 II
H≤30 1 III
H>30 1 IV
52
Escolar Geral
(escolas de ensino fundamental, médio ou superior, creches, jardins de
infância, maternal, cursos supletivo, cursos pré-vestibulares e
congêneres)
H ≤ 6 1 I
H≤12 2 II
H≤21 2 II, III
H≤30 2 III,IV
H>30 2 IV
Escolar diferenciada
(escolas de artes, artesanatos, profissionalizantes, academias de
ginásticas, escolas de idiomas, escolas de músicas e outros)
H≤12 1 I
H≤21 1 II
H≤30 1 III
H>30 1 IV
Hospitalar com internação ou com restrição de mobilidade
(hospital, laboratório, unidades de pronto atendimento e clinica
médica)
H ≤ 6 1 II
H≤12 2 II
H≤21 2 III
H>21 2 IV
Tipos de Escadas: I – Escada Comum – (EC)
II – Escada Protegida – (EP)
III – Escada Enclausurada – (EE)
IV – Escada à prova de fumaça – (EPF)
53
ANEXO B - Tipo e Número de Escadas (continuação).
CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES Altura
(m)
Quantidade mínima e
tipo de Escadas
Quantidade Tipo
Hospitalar sem internação e sem restrição de mobilidade
(hospital, laboratório, unidades de pronto atendimento, clínica médica
e Consultórios em geral)
H12 1 I
H≤21 1 II
H≤30 1 III
H>30 1 IV
Garagens
(edifício garagem, garagens em geral, hangares, marinas e congêneres)
H≤12 1 I
H≤21 1 II
H≤30 1 III
H>30 1 IV
Reunião de Público com concentração de público
(auditórios ou salas de reunião com mais de 100m², boates, clubes
noturnos em geral, salões de baile, restaurantes dançantes, bares
dançantes, clubes sociais, circos, teatros, cinemas, óperas, templos
religiosos sem assentos (cadeira, banco ou poltrona), estádios, ginásios
e piscinas cobertas com arquibancadas, arenas em geral)
H ≤ 6 2 I
H≤12 2 II
H≤21 2 III
H>21 2 IV
Reunião de Público sem concentração de público (auditórios ou salas
de reunião com até 100m², restaurantes, lanchonetes, bares, cafés,
refeitórios, cantinas, templos religiosos com assentos (cadeiras, bancos
ou poltrona), museus, piscinas cobertas sem arquibancadas, galerias de
arte, bibliotecas, rodoviárias, parques de diversão, aeroportos e
aeroclubes).
Parques aquáticos
H ≤ 6 1 I
H≤12 1 II
H≤21 1 III
H≤30 1 IV
H>30 2 IV
Especiais
(oficinas de consertos de veículos automotores, depósito de
combustíveis e/ou inflamáveis, depósito de explosivos e munições,
caldeiras ou vasos sob pressão).
H≤ 6 1 I
H≤12 1 II
H≤21 1 III
H≤30 1 IV
H>30 2 IV
Postos para reabastecimentos de combustíveis
(comercial ou privativo)
H≤ 6 1 I
H 12 1 II
54
Postos de revenda de GLP (PRGLP)
H≤21 1 III
H≤30 1 IV
H>30 2 IV
Locais com restrição de liberdade
(penitenciarias, presídios, centro de internação de menor infrator,
manicômio, congêneres)
H≤12 1 I
H≤21 1 II
H≤30 1 III
H>30 1 IV
Riscos diferenciados (estação de rádio ou TV, centro de computação,
subestação elétrica, hidroelétrica, termoelétrica ou usina eólica,
centrais telefônicas ou de telecomunicações, portos, estações de
serviço (torre de transmissão de rádio, TV ou telefonia).
H≤12 1 I
H≤21 1 II
H≤30 1 III
H>30 1 IV
Tipos de Escadas: I – Escada Comum – (EC)
II – Escada Protegida – (EP)
III – Escada Enclausurada – (EE)
IV – Escada à prova de fumaça – (EPF)