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Brincar em casa Volume Especial Universidade do Estado do Amapá Colegiado de Licenciatura em Pedagogia Brinquedoteca UEAP/ Tenda Educativa de Jogos Grupo de Pesquisa Ludicidade, Inclusão e Saúde (LIS) Coletânea Infância, Cultura e Diversidade EDUCATIVA DE JOGOS A “Coletânea Infância, Cultura e Diversidade” é uma produção do Grupo de pesquisa Ludicidade, Inclusão e Saúde (LIS) da UEAP, que tem como objetivo divulgar materiais para a infância direcionados à formação do adulto (professores, coordenadores pedagógicos, terapeutas, psicólogos, babás, pais e demais profissionais da infância) que cuida e educa a criança nos diversos ambientes. O Volume Especial “Brincar em Casa” selecionou brincadeiras que podemos realizar nesse momento de isolamento social devido à pandemia do Covid-19. Vamos brincar! <a href="https://www.freepik.com/free-photos-vectors/people">People vector created by freepik - www.freepik.com</a>

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Brincar em casaVolume Especial

Universidade do Estado do AmapáColegiado de Licenciatura em Pedagogia

Brinquedoteca UEAP/ Tenda Educativa de Jogos

Grupo de Pesquisa Ludicidade, Inclusão e Saúde (LIS)Coletânea Infância, Cultura e Diversidade

EDUCATIVA DE JOGOS

A “Coletânea Infância, Cultura e Diversidade” é uma produção do Grupo de pesquisa Ludicidade, Inclusão e Saúde (LIS) da UEAP, que tem como objetivo divulgar materiais para a infância direcionados à formação do adulto (professores, coordenadores pedagógicos, terapeutas, psicólogos, babás, pais e demais profissionais da infância) que cuida e educa a criança nos diversos ambientes.

O Volume Especial “Brincar em Casa” selecionou brincadeiras que podemos realizar nesse momento de isolamento social devido à pandemia do Covid-19. Vamos brincar!

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Apresentação

A criança, quando organiza sua brincadeira, está em um trabalho educativo, pois o “trabalho é centrado em torno dos interesses naturais das crianças” (DEWEY1, 1973, P. 116). Ela, ao fazer os acessórios para o

O grupo de pesquisa Ludicidade, Inclusão e Saúde (LIS) da UEAP apresenta uma coletânea de sugestões de atividades para a criança brincar em seu ambiente doméstico. A brincadeira representa possibilidade de aprendizagem, a qual emerge da participação da criança, por meio de suas decisões e de suas escolhas, sendo um processo de interação social e cultural. O adulto pode criar um espaço que estimule a brincadeira tendo em vista os resultados pretendidos (BROUGÈRE, 2010; BRITO, 2015). A brincadeira possibilita que o adulto aprenda sobre as crianças e suas necessidades, compreendendo suas ações e atitudes, principalmente quando se envolve no brincar com as crianças (MOYLES, 2002,).

A “Coletânea Infância, Cultura e Diversidade” preparou o Volume Especial “Brincar em casa” para o tempo difícil que vivemos, pois, enquanto aguardamos a ciência encontrar um “antídoto” que neutralize o Covid-19, nossas crianças precisam ficar um período mais longo em casa. Proteção e cuidado são essenciais neste momento de “Pandêmia”. Então, vamos brincar?

O brincar e a criança

OrganizaçãoÂngela do Céu Ubaiara Brito

AutoresÂngela do Céu Ubaiara BritoAngela Maria Oliveira de CarvalhoAlex Nery MoraisAlinne Márcia CostaBreno Santos PachecoClaudionor de Oliveira PastanaDaniel Marques CostaDaniela Fagundes PortelaFabiana Pereira dos Reis Klewerson Régys da Silva Rodrigues Nelilsa Rabelo de OliveiraNildo da Silva PereiraPriscilla Pantoja do Nascimento BrandãoRoseane Serrão dos santos

Crianças das imagensAnna Carolina Costa GomesEitor Rabelo de Oliveira Júlio Guilherme Costa GomesSelena Ubaiara Macedo

Design e Editoração GráficaKlewerson Régys da Silva Rodrigues

Revisão de TextoAlex Nery Morais

3 1. Brincar 2. Brincadeiras 3. Infância

Brito, Angela do Céu Ubaiara Brito (organizadora)

Coletânea Infância, Cultura e Diversidade. Volume Especial - Brincar em casa/Angela do Céu Ubaiara Brito. Macapá: LIS, 2020

32 p

ISBN: 978-65-00-02192-9.

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Então observe seu espaço e possibilite o brincar com as crianças de forma que possam utilizar os objetos de sua casa como suportes para as brincadeiras: mesas, lenços, panelas, tampas, caixas vazias, cadeiras e outros objetos.

Angela do Céu Ubaiara Brito

para o brincar, está trabalhando, brincando e aprendendo. A experiência de fazer, pensar e organizar o brincar leva ao interesse e ao esforço, ou seja, à aprendizagem (DEWEY, 1960).

A criança tem a possibilidade de aprendizagem quando os materiais são diversificados em seu cotidiano, promovendo situações em que possa viver a experiência, criando e recriando nas suas ações. Malaguzzi (1999) considera o ambiente como o segundo educador para a aprendizagem da criança, no sentido de enriquecer suas experiências. Uma criança que brinca com uma boneca ou com um carrinho terá a criatividade mais enriquecida, caso tenha à sua disposição acessórios que favoreçam a brincadeira. O adulto que observa o brincar das crianças pode proporcionar novas experiências, que partam de interesses despertados pela brincadeira e, a partir dessa observação, pode construir, pela interação, situações que desencadeiem estudos mais contínuos que se organizarão aos simples atos do brincar. Essa é uma forma de ampliar a experiência da criança, partindo de seus interesses, e de construir com elas, em uma interação que leva à participação e a definições de ações, nas quais os envolvidos fazem parte de todo o processo.

Líder do Grupo de Pesquisa Ludicidade, Inclusão e Saúde

Brincar com as panelasAngela do Céu Ubaiara Brito

Site: http://massacuca.com/batuque-de-panelas

A criança gosta de brincar com panelas ou latas diversas. Então você pode propor um batuque ou deixá-las como acessórios para a criatividade da criançada.

Lençol como brincarAngela do Céu Ubaiara Brito

O lençol pode se tornar um brincar para a criança. Em alguns momentos, pode estar na cabeça e, em outros, cobrindo a boneca, tornando-a uma princesa ou uma viajante.

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Brincar e encorajarFabiana Pereira dos Reis

Para Chapman e Campbell (2017), as palavras são um poderoso meio de expressão de amor e, mesmo que sejam ditas rapidamente, não são esquecidas com facilidade pelas crianças.

Para educar crianças emocionalmente saudáveis, é necessário promover atividades que valorizem a sua individualidade. Para se sentirem amadas e respeitadas, as crianças precisam ouvir palavras de encorajamento, carinho e elogios que possam construir sua autoestima.

Vamos brincar de encorajar?

Coloque uma cadeira no meio da sala ou de um ambiente que seja agradável para toda a família. Um membro da família vai sentar na cadeira e, enquanto estiver ali, os outros membros devem falar, um de cada vez, alguma coisa de que a pessoa que está sentada gosta. O legal é que todos da família experimentem a sensação de estar na cadeira e escutar coisas positivas e encorajadoras.

Angela do Céu Ubaiara Brito

A criança precisa de alguns momentos calmos. Assim, essa brincadeira consiste em fazer a criança pensar em objetos, frutas ou animais, e o adulto tentar adivinhar a partir de algumas pistas dadas pela criança.

Pista 4: Foi feito de papel.

Pista 2: É um animal que a gente come;

Resposta: Caranguejo

Pista 3: Morde o dedo e dói;

Pista 1: É uma coisa bem pequena que tem aqui na sala;

Exemplo:

Brincar de pensar

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Encontro com “Angelita”Angela Carvalho

Ouvir histórias com a criança é um momento de cultura e interação. Procure um lugar entre as almofadas e vamos ouvir com Angelita a história "Hortência Das Tranças", do autor Marcelo Lelis.

Narrada em versos, a história seduz o leitor pela singeleza e determinação da personagem Hortência. Com sua mala carregada de livros, ela viaja por lugares distantes e perdidos no tempo, mostrando o fascínio exercido pela literatura. Em cada lugar aonde chega, ela chama os ouvintes para conhecerem a palavra fantástica de Guimarães Rosa, Cervantes, Lobato e de outros escritores. O livro convida o leitor a entrar na história e a descobrir, como Hortência, um modo encantado de distribuir sonhos e fantasias.

Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=XNMKZDVPSC4

Que tal ficar De Bubuia na Leitura?Roseane Serrão

Poemas do tempo, de Ninfa Parreiras. Ilustrações de Mariana Massarani: https://www.instagram.com/p/B9T1kzgpq3s/

A leitura em família pode ser um forte caminho para estreitar e fortalecer os laços afetivos durante o isolamento social. E por que não brincar com as palavras lendo poemas, como nos convida Elias José? Os textos escritos em versos ritmados soam agradáveis aos ouvidos dos pequenos e grandes leitores. Você pode dividir a leitura dos poemas em estrofes, contemplando cada integrante da família. Quem sabe fazer um sarau familiar? Imagine as belas lembranças que esses momentos proporcionarão! Outra dica é gravar os poemas em áudio e enviar para os familiares e amigos. Poesia faz bem para a vida, para a alma e muitas delas carregam a leveza que precisamos neste momento.

Seguem os links de algumas resenhas dos livros de poemas sugeridos no blog dedicado à Literatura Infantil “De Bubuia na Leitura”.

Língua de sobra e outras brincadeiras poéticas, de Leo Cunha. Ilustrações de Suppa: https://www.instagram.com/p/BpDrtcrBIXN/

Balada da Estrela e outros poemas, de Gabriela Mistral. Ilustrações de Leonor Pérez: https://www.instagram.com/p/B6gt9pSJk-X/

A pescaria do Curumim e outros poemas indígenas, de Tiago Hakiy: https://www.instagram.com/p/Bx-Mzstje-9/

Ou isto, ou Aquilo, de Cecília Meireles. Ilustrações de Odilon Moraes: https://www.instagram.com/p/BkjbFiihFOy/

Cantigamente, de Leo Cunha. Ilustrado por Nelson Cruz e Marilda Castanha: https://www.instagram.com/p/Bi7Z7IsHfti/

No meu jardim, de Marcos Bagno. Ilustrado por Lúcia Hiratsuka: https://www.instagram.com/p/BeWEtwEnHzh/

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Vamos brincar de ler poesia?Breno Pacheco

No meu coraçãozinho

Que me olha da janela

Todos cabem no meu coraçãozinho

Cabe o primo, o amigo e o irmão

Cabe gente de montão

Cabe a mãe, o pai, a tia,

Cabe o avô, avó e o gato

E fica em cima do muro

Breno Pacheco

O meu coraçãozinho

Só precisa me escutar

E para sempre vou te amar

E assim como eu te amo

Essa brincadeira, por envolver a leitura de um poema por uma criança, estimula a sua capacidade de interpretação textual e de dicção.

Com todo o amor que puder me dar!

Parecendo pintura na tela

É cheio de amor pra dar

Peço, por favor, me ame

Quem quiser um pouquinho

Considerações e Orientações

Então chamem as pessoas que vocês amam e leiam o poema! Com certeza que eles gostarão. Vamos lá?

O conteúdo do texto também é importante. Pode ser educativo, mas pode, em vez de “dar lições”, estimular a criatividade da criança.

Depois, a criança irá ensaiar. Irá ler até ficar bem bonito.

A leitura de um poema permite à criança entrar em contato com sonoridade, ritmo e com a própria estrutura do poema: versos, estrofes e rimas.

O adulto lerá a poesia para a criança, bem devagar, para que ela perceba os momentos de parar e de continuar.

Vamos começar a diversão?

Além de que a literatura infantil é “um instrumento de emoções, diversão ou prazer” (Coelho, 1991, p. 5).

Observação: o eu lírico do texto é uma criança, o que tem um aspecto positivo e outro nem tanto: o positivo é que pode ser que a criança se sinta mais à vontade ao fazer a leitura do texto, identificando-se com o eu lírico (a voz que fala no poema). O que pode não ser tão bom é que, mesmo o eu lírico sendo criança, as palavras foram escolhidas por um adulto. Pode ser que a criança queira fazer a sua própria poesia, com as suas próprias palavras, e não goste de apenas ler, ser porta-voz das palavras de outra pessoa. Se for esse o caso, estimule-a a escrever! Pode ser o início do despertar para a vontade dessa prática.

Divirtam-se!

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Brincar de SlimesPriscilla Pantoja do Nascimento Brandão

- Bicarbonato de sódio;

Misture a cola com meia colher de sopa de bicarbonato de sódio, adicione uma pequena quantidade de tinta ou corante até que fique com o tom desejado. Caso queira, acrescente os itens opcionais (a espuma de barbear, o glitter, as bolinhas de isopor etc.). Vá acrescentando a água boricada aos pouquinhos e mexa com a colher, com paciência, até criar consistência. Quando começar a soltar da vasilha, a criança poderá pegar

- Pelo menos um adulto e uma criança;

- Uma vasilha de plástico (com fundo largo e paredes baixas para facilitar o movimento da mãozinha da criança);

Modo de preparo:

- Cola branca ou cola transparente (cola transparente não é cola de isopor);

- 1 colher;

- Água boricada;

- Corante ou tinta;

O momento atual demanda que pais e familiares de crianças se reinventem a cada dia para a manutenção do bem-estar e da saúde mental de todos. Uma boa estratégia para utilizarmos nas horas de tédio é lançar mão de atividades educativas para entretenimento e interação com as crianças. E que tal utilizar os sentidos para essa interação? A construção de slimes se adequa bem a esse nicho de atividades. Para essa construção, você vai precisar de:

- Espuma de barbear (opcional) (Não pode ser creme, tem que ser a espuma);

- Glitter em pó, estrelinhas, bolinhas de isopor (opcional);

com a mão. Sua slime estará pronta quando soltar totalmente do recipiente. E... voilà! Agora é só brincar de esticar, fazer clique, fazer bolhas, fazer barulho de pum no potinho e tudo mais que sua imaginação permitir.

Observação: cuidado com a água boricada. No início parece que não está fazendo efeito, e as crianças tendem a colocar muito mais. Peça para que a criança mexa bem e aguarde um pouco. Muita água boricada faz a slime ficar dura e “quebrar” em vez de esticar.

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Brincar com pregador de roupaNelilsa Rabelo de Oliveira

Com o isolamento social, surge a necessidade de diversificar atividades para as crianças. A interação familiar, por meio de ações domésticas, é capaz de construir um ambiente favorável à aprendizagem e ao desenvolvimento dos pequenos.

O brincar com pregadores exercita a coordenação motora com o movimento de “pinça”, além de proporcionar à criança a construção de seu próprio brincar.

Nas ilustrações, a criança brinca de construir naves e cerca para animais.

Brincar com grãosNelilsa Rabelo de Oliveira

O brincar com grãos (arroz, farinha, milho, aveia, trigo etc.) é uma versão adaptada de atividades sensoriais para casa. Além do brincar, é um recurso benéfico para iniciação à escrita.

Pode ser o brincar livre, a criança e sua imaginação, ou ainda pode ser utilizado para explorar vogais, números...

Com uma bandeja e um quilo de grão, um responsável orienta a criança a utilizar o dedo para fazer traços nos grãos contidos na bandeja.

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Brincar com matemáticaClaudionor de Oliveira Pastana

O emprego da ludologia no âmbito educacional não é algo recente, bem como é habitual a sua potencialidade para o ensino e aprendizagem em diversos ramos do conhecimento. Assim sendo, aptidões como criatividade, observação, propor hipóteses, criar testes são mais aperfeiçoados à medida que são introduzidos no contexto da ludicidade, pois diante de situações problemas os discentes podem aprofundar e encontrar ligações entre o conteúdo e o jogo (GIGLIO; VEIGA; DE MOURA, 2018).

O universo da matemática e do brincar: encontros nas concepções de conhecimento.

A aplicação de recursos lúdicos no processo de ensino e aprendizagem de matemática tem crescido significativamente na educação infantil. Essa abordagem metodológica foge da habitual aula clássica expositiva, trazendo particularidades lúdicas para o ensino de matemática, contribuindo com uma interação social ativa e aumentando a possibilidade de aprendizagem dos discentes (GIGLIO; VEIGA; DE MOURA, 2018).

Muitos docentes sabem os diversos benefícios que os jogos proporcionam ao aprendizado, porém ainda há um obstáculo para incorporação deles na alfabetização matemática, tornando-se desafiadora a proposta de jogos de tabuleiros, trilhas, batalhas numéricas, por exemplo, ou jogos digitais nessa etapa do ensino (DE OLIVEIRA; MARTINS; O DE SOUZA, 2020). Os autores ressaltam que a inovação no processo de alfabetização matemática por meio dos jogos poderia ser um valioso recurso pedagógico para motivar e facilitar o processo de ensino e aprendizagem dos discentes.

O princípio lúdico, quando inserido no processo de alfabetização, pode ser um instrumento que possibilite ao discente a inserção em um universo onde a representação da realidade por meio matemática possa provocar uma aprendizagem com mais sentido aos discentes (DE OLIVEIRA; MARTINS; O DE SOUZA, 2020). O ensino e a aprendizagem de matemática poderiam ter melhorias por meio da aplicação de materiais lúdicos em sala de aula, tornando as aulas mais dinâmicas e atraentes (LEITE; LACERDA, 2013).

Assim sendo, as atividades de alfabetização matemática devem procurar diferentes formas de abordagem, pois os jogos e brincadeiras representam uma atividade social e cognitiva que pode contribuir com o desenvolvimento físico, intelectual e social do discente.

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Brincar com Tangram Nildo da Silva Pereira

Através do uso do Tangram, pode-se explorar conceitos matemáticos, entre os quais Ochana (2010) aponta: identificação, descrição, classificação, desenho de formas geométricas planas, visualização e representação dessas figuras, compreensão das propriedades de figuras planas, representação e resolução de problemas usando modelos geométricos, noções de áreas e frações.

O Tangram é um quebra-cabeça chinês, de origem milenar. Ao contrário de outros quebra-cabeças, ele é formado por apenas sete peças com as quais é possível criar várias figuras, entre animais, plantas, pessoas, objetos, letras, números, figuras geométricas e outros. As regras desse jogo consistem em usar as sete peças em qualquer montagem, colocando-as lado a lado sem sobreposição.

O brincar não é apenas uma forma de entretenimento, mas também uma maneira de contribuir e enriquecer o desenvolvimento intelectual da criança (PIAGET, 1971). Quando se pensa em brincar matemático, a primeira coisa que vem à mente são os números, entretanto o brincar vai muito além disso. Desse modo, uma atividade que pode ser trabalhada com as crianças em casa de forma divertida é o Tangram.

Sobre o Tangram

BARCO CASA

CISNE GATO

PASSO A PASSO

1º PASSO: Desenhe em uma folha (pode ser papelão, EVA, cartolina, etc) um quadrado de 18x18 e recorte-o.

2º PASSO: Trace a diagonal do quadrado

5º PASSO: Prolongue a diagonal do quadrado e junte estas marcas. Peça 3.

4º PASSO: Na a outra metade do quadrado, marque os pontos médios de cada lado do quadrado até chegar à peça 3.

6º PASSO: Trace uma paralela ao prolongamento da diagonal (5º passo) formando um quadrado e um triângulo. Peça 4 e 5. Em seguida, trace uma linha vertical: parta, da extremidade do prolongamento diagonal (5º passo) até a peça 2. Peça 6 e 7.

3º PASSO: Trace a metade da outra diagonal. Peça 1 e 2.

CURIOSIDADES

Lenda 2: um imperador deixou um espelho quadrado cair, e este desfez-se em 7 pedaços que poderiam ser usados para formar várias figuras.

Lenda 1: uma pedra preciosa desfez-se em 7 pedaços, e com eles era possível criar várias formas, tais como animais , plantas e pessoas.

Agora você já tem o seu Tangram pronto para brincar!

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Brincar com Origami Klewerson Rodrigues

Os pequenos se envolvem bastante com as dobraduras, principalmente se tiverem exemplos prontos para visualizarem como ficará o resultado final. Para realizar esta atividade com as crianças, é muito importante ter cuidado na hora de escolher o papel, pois os mais grossos são difíceis de dobrar e os mais finos são frágeis e rasgam com facilidade. É possível utilizar papel sulfite, que é barato e fácil de manusear. A utilização de papéis coloridos pode deixar a brincadeira mais interessante. Confira o passo a passo de algumas dobraduras simples para trabalhar com as crianças:

A arte de dobrar pode ajudar a criança a: desenvolver coordenação motora, estimular a concentração e a paciência, ativar a memória, ajudar na satisfação emocional, estimular o esforço e o trabalho, além promover o aprendizado.

O origami (dobradura) é um excelente método educativo para trabalhar com as crianças em qualquer lugar, seja na escola ou em casa, pois, além de produtivo, é muito divertido.

O significado de Origami vem da junção de duas palavras em japonês: “oru”, que significa "dobrar"; e kami, que significa "papel". Essa arte tradicional do Japão consiste em criar representações de seres ou objetos utilizando dobras geométricas em um pedaço de papel sem utilização de tesoura e/ou cola.

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Brincar com Jogo de DamasAlinne Márcia Costa

Criança gosta muito de brincar com jogos, e construir seu próprio joguinho é diversão garantida. Jogar desenvolve habilidades como pensamento lógico, concentração e aprimora sua coordenação motora.

VAMOS CONSTRUIR UM JOGO DE DAMAS?

Material:

- Lápis preto;

- 40 cm de Papelão;

1. Corte o papelão em um formato de quadrado com 32cm de cada lado;

- 24 tampinhas de refrigerante (12 brancas e 12 de outra cor);

- Giz de cera;

- Tesoura sem ponta;

- Régua.

Construção:

3. Pinte com giz de cera da cor de sua preferência os quadradinhos, intercalando um pintado, outro não;

2. Em seguida, com o auxílio de uma régua e lápis, desenhe os quadradinhos, que serão as casinhas das damas. Cada quadrado com 4 cm de tamanho, 8 casas na vertical e 8 casas na horizontal, totalizando 64 casas;

4. Depois distribua as tampinhas no tabuleiro nas casinhas pintadas, 12 para cada jogador;

5. Agora é só seguir as regras e jogar.

ORIENTAÇÕES E REGRAS

O jogo de damas pratica-se entre dois jogadores, num tabuleiro quadrado, de 64 casas alternadamente claras e escuras, dispondo de 12 peças. A grande diagonal escura fica à esquerda do jogador, (a primeira “casinha do lado esquerdo é escura)”. As peças são colocadas nas casas escuras. O lance inicial é sempre das pedras brancas. A pedra só anda para frente, uma casa de cada vez. A peça que

b) Ocorrerem vinte lances sucessivos de damas, sem tomada ou movimento de pedra.

a) Os parceiros concordarem com o empate;

Atenção: O jogo de damas é praticado em um tabuleiro de 64 casas, claras e escuras. A grande diagonal (escura) deve ficar sempre à esquerda de cada jogador. O objetivo do jogo é imobilizar ou capturar todas as peças do adversário.

Bom jogo e divirtam-se!!!

A partida será empatada quando:

atingir a oitava casa adversária, parando ali, será promovida a "dama", peça de movimentos mais amplos que as simples peças. Assinala-se a dama sobrepondo, à pedra promovida, outra da mesma cor. A pedra e a dama tomam tanto para frente como para trás. A dama e a pedra têm o mesmo valor, tanto para tomar quanto para ser tomada. A tomada é obrigatória e não existe sopro. Peça tocada é peça jogada. A dama anda para frente e para trás quantas casas puder. Se no mesmo lance se apresentar mais de um modo de tomar, é obrigatório tomar o maior número de pedras. Durante uma tomada, a peça que apenas passar pela casa de coroação não será promovida à dama. Ganha a partida o jogador que tomar todas as peças do adversário ou deixá-las sem movimento possível.

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A Brincadeira enquanto vivência culturalDaniela Fagundes Portela

Uma dessas versões é a “Amarelinha Africana”, que carrega muitas características culturais do modo de brincar das sociedades africanas, pois a grande maioria das brincadeiras exigem poucos recursos materiais, valorizam a linguagem corporal e a musical, assim como sempre priorizam o brincar coletivo, já que muitas brincadeiras

Através do brincar as crianças podem entrar em contato com a diversidade cultural presente em diferentes sociedades. Sendo assim, quando as crianças se apropriam de variações de uma mesma brincadeira, seja ela local, regional, ou de outros países, meninos e meninas ampliam o seu repertório cultural sobre o modo de viver, de ser e de brincar de outras crianças, possibilitando a eles que aprendam sobre si, sua cultura e sobre os outros em diferentes contextos sociais.

Nesse sentido, vamos conhecer uma variação de uma brincadeira tradicional: “Amarelinha” que surgiu na época do Império Romano e era utilizada como tática de treinamento militar, os soldados corriam pelas longas extensões da amarelinha, com o intuito de aprimorar a sua habilidade motora, em especial com os pés. Ao longo dos anos, a brincadeira ganhou diferentes versões ao redor do mundo.

necessitam do outro para sua realização. Em tempos de isolamento social, a brincadeira da “Amarelinha Africana” é uma ótima opção que permite a participação de toda a família.

Para iniciar a brincadeira você deve desenhar um quadrado grande com 16 quadrados menores, ele deve ser feito assim.

Vamos Brincar ?

Para começar a brincadeira, cada participante deve se posicionar em lados opostos do quadrado com cada pé em um quadrado menor. Eles devem pular para os quadrados à direita ao mesmo tempo. Depois de pular para os dois quadrados ao lado, eles pulam de volta, passando para a próxima linha, continue assim até os quadrados terminarem. Para deixar a brincadeira mais divertida, enquanto os participantes pulam a amarelinha, juntos podem cantar a música: “Minuê, minuê, me gusta la dancê, me gusta la dancê, la dança minuê, ”, ou uma música da sua preferência.

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Incluir brincandoDaniel Marques Costa

Assim sendo, propomos, nesta coletânea, a brincadeira “Caixa de surpresa”.

Para tornar as brincadeiras inclusivas e envolver, assim, as crianças com deficiência física, visual, auditiva ou com transtornos globais do desenvolvimento, bastam, às vezes, algumas adaptações nas regras ou nos objetos utilizados.

Além da exploração tátil e motora, os objetos da caixinha podem ser utilizados para estimular a contação de histórias e a formação de outras brincadeiras. Soltem a imaginação e divirtam-se!

Na hipótese de uma criança com perda total dos membros superiores, os pés poderão ser utilizados durante a brincadeira. Para isso, serão necessárias adaptações na caixinha ou mesmo a sua dispensa. Acessórios como um tapete ou um colchonete podem facilitar que uma criança com deficiência física brinque de forma mais harmônica e proveitosa.

Coloque diversos objetos dentro da caixa, preferencialmente com pesos, tamanhos e texturas distintas. Peça para a criança colocar a mão dentro da caixa, tatear um objeto, descrevê-lo e, antes de tirá-lo da caixa, adivinhá-lo. A brincadeira segue até que todos os objetos sejam retirados da caixa.

Nesta brincadeira, tanto a criança com deficiência quanto a sem podem participar. No caso de uma criança com deficiência auditiva, por exemplo, a representação do objeto encontrado na caixinha poderá ocorrer por meio do uso da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) ou de outra comunicação alternativa, como figuras, imagens ou letras.

Algumas sugestões e considerações

Como brincar?

Como fazer a caixa?

Para confeccioná-la, você precisará de uma caixa de sapato, EVA, papel A-4 colorido, cola, tesoura e, certamente, criatividade. Na tampa da caixa, faça um corte circular. Em seguida, decore a caixa com papel A-4 colorido. Por fim, recorte o EVA no formato do círculo anteriormente feito, realizando cortes, de acordo com a imagem acima. Tente envolver a criança nessa construção, considerando suas habilidades e limitações.

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Jogos digitais educacionaisAlex Nery Morais

Nesse sentido, sugerimos a utilização do blogue “Alfabetização – Iara Medeiros”. Ele foi criado no ano de 2008 e disponibiliza, atualmente, dezenas de jogos on-line de alfabetização. Para acessar o blogue, utilize o seguinte link: https://matosmedeiros.blogspot.com/2011/12/jogos-para-alfabetizacao-online.html#.XrBunm5Fzui

Um outro espaço que pode ser explorado para o brincar é o espaço virtual, por meio do uso de jogos digitais. Para além da distração, com eles as crianças podem aprender, desenvolver a coordenação motora, aprimorar a concentração, a atenção e a capacidade de tomada de decisão, por exemplo.

Entre as atividades disponíveis, detalharemos abaixo o uso de duas, o “Encaixe alfabeto x figuras” e o “quebra-cabeça: adição até 10”.

Nesse jogo, a criança deverá arrastar com o cursor as figuras (coisas, animais e objetos), encaixando-as na letra inicial de seu nome. Exemplo: a figura da bota deve ser encaixada na letra B.

Encaixe alfabeto x figuras

Quebra-cabeça: adição até 10

Nesse jogo, a criança deverá, primeiramente, realizar o cálculo de adição proposto e, em seguida, arrastar a figura e encaixá-la no número correspondente ao resultado da operação matemática. À medida que as figuras vão sendo arrastadas para os resultados, o quebra-cabeça vai sendo montado.

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