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Normas da ABNT 2014
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PERNAMBUCO
MESTRADO EM HEBIATRIA
ALINE CAVALCANTI DA COSTA
SENSO DE COERÊNCIA E SUA ASSOCIAÇÃO COM A AUTOPERCEPÇÃO DA ESTÉTICA DENTAL EM ADOLESCENTES DA CIDADE DO RECIFE-PE
CAMARAGIBE-PE 2015
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Normas da ABNT 2014
ALINE CAVALCANTI DA COSTA
SENSO DE COERÊNCIA E SUA ASSOCIAÇÃO COM A AUTOPERCEPÇÃO
DA ESTÉTICA DENTAL EM ADOLESCENTES DA CIDADE DO RECIFE-PE
Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Hebiatria da Faculdade de
Odontologia da Universidade de Pernambuco, como requisito para obtenção
do título de mestre em Hebiatria.
Orientadora: Profa. Dra. Mônica Vilela Heimer
CAMARAGIBE-PE
2015
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Normas da ABNT 2014
ALINE CAVALCANTI DA COSTA
SENSO DE COERÊNCIA E SUA ASSOCIAÇÃO COM A AUTOPERCEPÇÃO DA ESTÉTICA DENTAL EM ADOLESCENTES DA CIDADE DO RECIFE-PE
Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Hebiatria da Faculdade de
Odontologia da Universidade de Pernambuco, como requisito para obtenção
do título de mestre em Hebiatria.
Data de aprovação:____/____/________
Nota obtida:______________________
BANCA EXAMINADORA:
Profa. Dra. Mônica Vilela Heimer (Orientadora)
(FOP/UPE)
Profa. Dra Maria José Rodrigues (Membro Titular Interno)
(FOP/UPE)
Profa. Dra Niedje Siqueira de Lima (Membro Titular Externo)
(UFPE)
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Normas da ABNT 2014
A toda minha família, em especial a Júlia e Mariana, minhas fontes de energia.
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Normas da ABNT 2014
AGRADECIMENTOS
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Normas da ABNT 2014
AGRADECIMENTOS
A Deus que, sempre guiou meus passos e me permitiu mais esta
conquista.
Aos meus Pais Pedro e Clélia, por todo exemplo de retidão e garra para
conseguir os objetivos da vida.
Aos meus irmãos Helena, Costinha e Andrea pelo companheirismo e
amizade.
Ao meu marido Gustavo, pelo amor e compreensão da importância de
realização de um sonho.
As minhas filhas Júlia e Mariana, pela doçura e compreensão da minha
ausência.
Aos meus sogros Hélio e Isabel, pelo incentivo e apoio.
A minha orientadora Profa. Dra. Mônica Heimer, pela dedicação a nossa
pesquisa, sempre solícita e feliz com os resultados, demostrando amor ao que
realiza. Obrigada pela paciência, profissionalismo e empenho, foram 2 anos de
grande aprendizado.
A Profa Priscila Prosini que esteve disponível para ajudar.
A colega de orientação Fabrícia Soares, que foi muito generosa,
compartilhado seus conhecimento e ajudando em todas as horas.
Ao diretor Prof. Emanuel Sávio, por ter sido muito atencioso no meu
regresso à vida acadêmica.
A todos os professores e demais profissionais do Programa de Mestrado
em Hebiatria da FOP/UPE que contribuíram para o meu crescimento pessoal e
intelectual durante o mestrado.
Aos professores da clínica atenção básica infantil da FOP-UPE pela
agradável convivência e aprendizado.
Aos colegas de mestrado pela convivência, troca de conhecimentos,
amizade e momentos descontração.
Aos amigos e familiares que ajudaram com palavras de incentivo, torcida
e pensamentos positivos, em especial Ludmila Gallindo, Marluce Moreira e
Patrícia Lubambo por torcerem por meu regresso a vida acadêmica.
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Normas da ABNT 2014
A todos os adolescentes que participaram da pesquisa e tornaram
possível a realização dessa pesquisa.
Aos Coordenadores e professores das escolas municipais da cidade do
Recife, por nos receberem bem e disponibilizarem o espaço para realização da
pesquisa.
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Normas da ABNT 2014
“Não existe falta de tempo, existe falta de interesse, porque quando a gente deseja mesmo, a madrugada vira dia. Quarta-feira vira sábado e um momento
vira oportunidade”
(Pedro Bial)
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Normas da ABNT 2014
RESUMO
Esta dissertação é apresentada no formato de um conjunto de três artigos. O primeiro artigo foi uma revisão integrativa da literatura sobre a autopercepção da maloclusão pelo adolescente Foi possível verificar que as maloclusões apresentam uma alta prevalência nesta população e que a autopercepção das maloclusões leva a insatisfação com a aparência, menor qualidade de vida e menor autoestima, impactando o bem estar emocional. Neste período de intensas transformações físicas, psicológicas e sociais, a maneira como estes adolescentes percebem a própria imagem pode trazer repercussões nas relações pessoais, por isso estes fatores devem ser considerados como um critério importante no diagnóstico e planejamento ortodôntico. O segundo artigo foi um estudo piloto com 103 estudantes, com idades entre 12 e 15 anos, cujo objetivo foi avaliar a necessidade de tratamento ortodôntico normativo e sua associação com o senso de coerência e a autopercepção da estética dental em adolescentes. A maioria dos adolescentes apresentou necessidade de tratamento ortodôntico e foi observada uma associação significativa entre a necessidade de tratamento ortodôntico e a autopercepção da estética dental, porém não foi observada associação com senso de coerência. O Terceiro artigo teve como objetivo investigar a influência do Senso de Coerência na autopercepção da estética dental. Foi realizado um estudo com 625 adolescentes, com idades entre 12 e 15 anos. As informações coletadas abrangeram dados sociodemográficos, classificação econômica da ABEP, avaliação do autopercepção da estética dental através do OASIS e do IOTN, senso de coerência e necessidade de tratamento ortodôntico através do DAI. A prevalência de necessidade de tratamento ortodôntico foi de 48,8% e 52,7 dos adolescentes apresentaram uma autopercepção negativa da estética dental. Houve associação entre o Senso de Coerência e a autopercepção da estética dental (p= 0,045) e na correlação foi encontrada uma relação inversa, ou seja, quanto mais alto o senso de coerência, menor os valores numéricos do OASIS, o que indica uma autopercepção positiva. Não houve associação do Senso de Coerência com o gênero, idade e nível socioeconômico. Na regressão linear múltipla verificou-se que as varáveis autopercepção (OASIS) e idade foram associadas com o SOC (p= 0,001 e p=0,007). Conclui-se que o SOC influencia a autopercepção da estética dental.
Palavras-chave: Autopercepção; senso de coerência; estética dentária; adolescente; maloclusão.
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Normas da ABNT 2014
ABSTRACT
This dissertation is presented as a set of three articles. The first article was an integrative review of the literature on self-concept of malocclusion by adolescent. The study showed that there is a high prevalence of malocclusions in the Brazilian population and that self-concept of malocclusions leads to dissatisfaction with appearance, lower quality of life and lower self-esteem; and that this affects emotional well-being. During this period of life of intense physical, psychological and social changes, the way adolescents perceive their self-image can bring repercussions in personal relationships. Because of this, these factors must be considered as important criteria in the diagnosis and orthodontic planning. The second article was a pilot study carried out with 103 students, aged between 12 and 15 years, whose objective was to assess the need for normative orthodontic treatment and its association with the sense of coherence and self-concept of dental aesthetics in adolescents. Most of the adolescent presented a need for orthodontic treatment. A significant association was observed between the need for orthodontic treatment and self-perception of dental aesthetics by adolescent, however, no association was observed with a sense of coherence. The third study investigated the influence of Sense of Coherence on self-concept of dental aesthetics. A study was conducted with 625 adolescents, aged between 12 and 15 years. The information collected covered socio-demographic data, economic classification of ABEP, evaluation of self-concept of dental aesthetics through the OASIS and IOTN, sense of coherence and the need for orthodontic treatment using the DAI. The prevalence for the necessity of orthodontic treatment was 48.8%, and 52.7 adolescents showed negative self-concept of dental aesthetics. There was association between the Sense of Coherence and self-concept of dental aesthetics (p = 0.045), and in this correlation an inverse relationship was found, that is, the higher the sense of coherence, the lower the numerical values of OASIS, which indicates a positive self-concept. There was no association of Sense of Coherence with gender, age and socioeconomic status. The multiple linear regression, found that the variables of self-concept (OASIS) and age were associated with SOC (p = 0.001 and p = 0.007). The study concluded that SOC influenced self-concept of dental aesthetics. Keywords: Self-concept; Sense of Coherence; dental aesthetics; adolescent; malocclusion.
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Normas da ABNT 2014
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Medição do diastema incisal em milímetros.
56
Figura 2 - Medição do desalinhamento anterior com a sonda CPI.
56
Figura 3 - Medição do overjet maxilar e mandibular anterior com a sonda CPI.
57
Figura 4 - Medição da mordida aberta vertical anterior com a sonda CPI.
58
Figura 5 - Avaliação da relação de molar Antero-posterior.
58
Figura 6 - Componente Estético (AC) do Índice de Necessidade de Tratamento Ortodôntico (IOTN).
60
ARTIGO 1
Imagem 1 - Artigos selecionados segundo critérios de exclusão.
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Normas da ABNT 2014
LISTA DE QUADROS E TABELAS
Quadro 1 -
Variáveis do estudo. 52
Quadro 2 –
Divisão dos dez componentes do DAI em três grupos: dentição, espaço e oclusão.
53
Quadro 3 –
Equação do DAI com os dez componentes e seus respectivos pesos somados à constante com igual a 13.
54
Quadro 4 –
Escores do DAI distribuídos de acordo com a necessidade de tratamento ortodôntico.
54
ARTIGO 1
Tabela 1 Base de dados e os respectivos números de artigos encontrados.
29
Tabela 2 - Artigos de autopercepção e maloclusão em adolescentes.
31
ARTIGO 2
Tabela 1 –
Distribuição dos adolescentes analisados segundo os dados de caracterização.
71
Tabela 2 –
Distribuição dos adolescentes analisados segundo os dados relacionados com o DAI.
72
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Normas da ABNT 2014
Tabela 3 –
Avaliação do escore total do SOC segundo os dados de caracterização.
73
Tabela 4 –
Tabela 5 –
Avaliação do IOTN segundo o DAI.
Avaliação do SOC segundo a combinação do DAI e IOTN.
74
74
ARTIGO 3
Tabela 1 –
Necessidade de tratamento (DAI), autopercepção (IOTN e OASIS) e senso de coerência (SOC).
93
Tabela 2 –
Distribuição dos adolescentes analisados segundo as combinações da necessidade de tratamento pelo DAI com autopercepção da necessidade de tratamento pelo IOTN e necessidade de tratamento ortodôntico pelo DAI com autopercepção da estética dental pelo OASIS.
94
Tabela 3 –
Avaliação do senso de coerência (SOC) segundo os dados sócio demográficos.
94
Tabela 4 –
Avaliação do senso de coerência (SOC) segundo autopercepção IOTN e OASIS, e combinações DAI/IOTN e DAI/OASIS.
95
Tabela 5 –
Estatísticas da escala do senso de coerência SOC segundo as combinações DAI + IOTN e DAI + OASIS
96
Tabela 6 –
Correção de Spearman entre o senso de coerência (SOC) e as escala de autopercepção IOTN e OASIS.
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Normas da ABNT 2014
Tabela 7 –
Resultados da regressão linear do valor do SOC em função das variáveis: idade, sexo, IOTN e OASIS.
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Normas da ABNT 2014
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
18
2 REVISTA DA LITERATURA
22
2.1 ARTIGO I: A AUTOPERCEPÇÃO DA ESTÉTICA DENTAL E SEU IMPACTO NA VIDA DO ADOLESCCENTE.
23
3 OBJETIVOS
46
3.1 OBJETIVO GERAL 47
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
47
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
48
4.1 DESENHO DO ESTUDO 49
4.2 LOCAL DO ESTUDO 49
4.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO 49
4.4 CÁLCULO E SELEÇÃO DA AMOSTRA 49
4.5 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 50
4.5.1 Critérios de Inclusão 50
4.5.2 Critérios de Exclusão 50
4.6 TREINAMENTO E CALIBRAÇÃO 50
4.7 ESTUDO PILOTO 51
4.8 ELENCO DE VARIÁVEIS 52
4.9 COLETA DE DADOS
53
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Normas da ABNT 2014
4.9.1 Dados Clínicos 53
4.9.1.1 Princípios de Biossegurança 59
4.9.2 Dados Sociodemográficos 59
4.9.3 Dados Psicossociais (autopercepção e senso de coerência) 59
4.9.3.1 Dados da Autopercepção da Estética Dental 59
4.9.3.2 Dados do Senso de Coerência 61
4.10 PROCESSAMENTO DOS DADOS E ANÁLISES ESTATÍSTICAS 62
5 ASPECTOS ÉTICOS
62
5.1 ANÁLISE DE RISCOS E BENEFÍCIOS PARA O SUJEITO DA PESQUISA
63
5.2 ANÁLISE DE RISCOS E BENEFÍCIOS PARA A COMUNIDADE
63
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
64
6.1 ARTIGO 2: NECESSIDADE DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO E SUA ASSOCIAÇÃO COM O SENSO DE COERÊNCIA E AUTOPERCEPÇÃO DA ESTÉTICA DENTAL: UM ESTUDO.
65
6.2 ARTIGO 3: O IMPACTO DO SENSO DE COERÊNCIA NA AUTOPERCEPÇÃO DA ESTÉTICA DENTAL DO ADOLESCENTE.
85
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
111
REFERÊNCIAS
113
APÊNDICES
116
APENDICE A – Ficha Clínica (DAI). 117
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Normas da ABNT 2014
APENDICE B - Dados Sociodemográficos. 119
APENDICE C - Termo de Assentimento. 120
APENDICE D - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE.
121
ANEXOS
123
ANEXO 1 - Normas da Revista de Enfermagem da UFPE. 124
ANEXO 2 - Critério de Classificação socioeconômica – ABEP. 128
ANEXO 3 - Oral Aesthetic Subjective Impact Score (OASIS).
ANEXO 4 – SOC 13 de Freire
ANEXO 5 – Aprovação do Comitê de Ética
129
ANEXO 6 – Carta de Anuência da Prefeitura do Recife-PE. 134
ANEXO 7– Normas da Revista Estudos de psicologia (Campinas). 135
ANEXO 8 – Normas da Revista BMC Public Health
ANEXO 9 – Comprovante de submissão da Revista de Enfermagem
ANEXO 10 – Comprovante de submissão da Revista de Psicologia
ANEXO 11 – Componente Estético (AC) do Índice de Necessidade de
Tratamento Ortodôntico ( IOTN)
142
151
152
153
130
132
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Normas da ABNT 2014
INTRODUÇÃO
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Normas da ABNT 2014
1 INTRODUÇÃO
As maloclusões têm ocupado o terceiro lugar dentre os problemas
bucais na população brasileira, no entanto, a inclusão destas alterações como
um problema de saúde pública se deve não apenas a sua alta prevalência, mas
também ao impacto sobre a qualidade de vida das pessoas (SOARES, 2012).
Muitos são os fatores que levam uma pessoa a buscar um tratamento
ortodôntico, tais como as disfunções articulares, melhora da saúde dentária e
também os fatores mais subjetivos, como a estética e a busca por uma melhora
na sua autopercepção (KHAN; HORROCKS, 1991).
Esta questão se torna ainda mais importante quando se trata de
adolescentes, uma vez que estes estão vivendo um período de intensas
transformações biológicas, físicas, psicológicas e sociais (CAMPAGNA;
SOUZA, 2006). Ressalta-se ainda que a forma como ele percebe a própria
imagem traz consequências para a sua saúde física e mental, com possíveis
repercussões em suas relações pessoais (DUMITH et al., 2012). Porém, no
Brasil, a maioria das pesquisas científicas desenvolvidas sobre maloclusão em
crianças e adolescentes têm se limitado a abordar o diagnóstico e os aspectos
biomecânicos (MARQUES et al., 2009).
O diagnóstico correto e preciso de uma maloclusão é muito importante,
uma vez que a mesma não é uma doença no sentido estrito do termo, mas
uma anomalia de desenvolvimento. Sendo assim, determinar com precisão em
que ponto uma maloclusão é susceptível de ser tratada é um problema
pendente e há grande debate na literatura científica, devido à dificuldade de
estabelecer um consenso universal (BELLOT-ARCÍS, 2011).
Para obter este diagnóstico e avaliar a necessidade de tratamento de
uma forma objetiva, uma série de índices reconhecidos e validados por
associações internacionais estão disponíveis. Entre estes se encontra o Índice
de Estética Dental (DAI) (BELLOT-ARCÍS et al., 2012), que foi criado nos
Estados Unidos, em 1986,na Universidade de Iowa (CONS, JENNY, KOHOUT;
1986) e possui componentes relacionados à estética e à função mastigatória
(SANTOS et al, 2008). A partir de 1997 passou a ser o índice recomendado
pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para determinação da necessidade
de tratamento ortodôntico (WHO, 1997). É considerado transcultural (WHO,
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Normas da ABNT 2014
1997), altamente reprodutível (LIMA et al., 2010), simples e possui alta validade
e precisão (JÄRVINEN; VÄÄTÄJÄ;,1987). Foi validado para uso no Brasil em
2011 por Costa et al.
Como referido anteriormente, além de um diagnóstico clínico, também é
necessário considerar os fatores mais subjetivos, pois a doença não implica
somente na ausência de um bem estar físico. É importante destacar que
mesmo quando este bem estar físico não está presente, o seu impacto irá
depender, em grande parte, do estado psicológico, de princípios e de valores
pessoais e culturais do indivíduo (BELLOT-ARCÍS, 2011).
Atualmente, para avaliar qualquer intervenção na área de saúde,
incluindo serviços de atenção à saúde bucal, como a ortodontia, são
necessárias medidas de importância para o paciente, que reflitam as
autopercepções, sem deixar de lado as medidas informativas para o clínico.
Portanto, os indicadores subjetivos vêm se tornando importantes ferramentas
para conseguir captar também a percepção que o paciente tem sobre seu
sorriso (SOUZA, 2009).
Antonovsky (1987), um sociólogo de origem norte-americana, propôs a
teoria salutogênica, que ajuda a repensar a saúde e o estresse fora do
determinismo biomédico. O modelo salutogênico é apresentado como um
contraponto ao modelo patogênico e relaciona-se diretamente com a promoção
de saúde. Os princípios da salutogênese têm sido aplicados no
desenvolvimento de ações educativas voltadas para a promoção da saúde e na
formulação de modelo teórico para a construção de políticas públicas
saudáveis (ERIKSSON, LINDSTRÖEM, 2008).
Entre os fatores psicossociais, destaca-se o senso de coerência (SOC),
o constructo central da teoria salutogênica. É um recurso que permite uma
melhor capacidade de gestão da vida, como também de suas adversidades e a
identificação e mobilização de recursos para a resolução eficaz dos problemas
com o fim de promoção de saúde e qualidade de vida (ERIKSSON;
LINDSTRÖN, 2007).
A literatura tem evidenciado que pessoas com um forte SOC apresentam
uma boa percepção de sua saúde e melhor qualidade de vida, como também
apresentam menos fadiga, depressão, solidão e ansiedade comparadas
àquelas com um fraco SOC (KARLSSON et. al. 2000). Portanto, investigar o
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Normas da ABNT 2014
SOC nas várias situações de vida do adolescente se torna importante por ele
ser um recurso individual de enfrentamento de eventos estressantes da vida
diária e de promoção à saúde, como também para a criação de estratégias
preventivas neste grupo etário. O senso de coerência pode ser considerado um
preditor positivo da saúde bucal, principalmente através da adoção de
comportamentos saudáveis (ERIKSSON et. al. 2006).
Uma vez que o tratamento ortodôntico está sendo incorporado aos
Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) pela Prefeitura da cidade do
Recife, torna-se de grande relevância conhecer o impacto que estas alterações
oclusais estão causando aos adolescentes, como forma de subsidiar políticas
públicas para nortear ações de promoção de saúde e atuar na prevenção e
tratamento das maloclusões. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar a
influência do senso de coerência sobre a autopercepção da estética dental por
um grupo de adolescentes da cidade de Recife-PE e assim criar critérios
subjetivos que ajudem a selecionar os mais necessitados do ponto de vista
biopsicossocial.
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Normas da ABNT 2014
Revista DA LITERATURA
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Normas da ABNT 2014
2 REVISTA DA LITERATURA
2.1 ARTIGO 1:
A autopercepção da estética dental e seu impacto na vida do
adolescente
Self concept of dental aesthetics and its impact
on the life of adolescents
Autoconciencia de la estética dental y su impacto
en la vida del adolescente
Aline Cavalcanti da Costa. Odontóloga, Especialista em Ortodontia pela
Academia Brasileira de Odontologia Militar. Mestranda Pós-graduação em
Hebiatria Universidade de Pernambuco (UPE), Recife (PE), Brasil. E-mail:
Fabrícia Soares Rodrigues. Odontóloga, mestre em Hebiatria pela
Universidade de Pernambuco (UPE), Recife (PE), Brasil. E-mail:
Mônica Vilela Heimer. Odontóloga, Doutora em Odontopedriatria pela
Universidade de Pernambuco (UPE). Recife Pernambuco Brasil. Docente da
Universidade de Pernambuco, Recife (PE), Brasil. E-mail:
*Autor responsável pela troca de correspondência
Aline Cavalcanti da Costa
Programa de Pós-Graduação em Hebiatria
Centro de Ciências da Saúde
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Normas da ABNT 2014
Universidade de Pernambuco
Rua Afonso de Albuquerque Melo nº 60 Apto: 502. Santana. Recife
Pernambuco.
CEP: 52060-450 – Recife (PE), Brasil Telefone: 081- 9987-7380.
Resumo
Objetivo: analisar a produção científica nacional e internacional sobre a
autopercepção das maloclusões pelos adolescentes e sua repercussão na
qualidade de vida, autoestima e satisfação com a aparência. Método: revisão
integrativa da literatura de artigos indexados nas bases de dados da Pubmed,
da Lilacs e da Medline , seguindo como perguntas norteadoras ”a
autopercepção da estética dental dos adolescentes corresponde a maloclusão
observada por profissionais da área?”, “Existe associação entre tratamento
ortodôntico e a melhora da autoestima?” e “A presença de maloclusão
impacta na qualidade de vida dos adolescentes ou na satisfação com
aparência?”. Resultados: os adolescentes percebem as maloclusões, as quais
impactam no bem estar emocional e o tratamento ortodôntico melhora a
autoestima e satisfação com a aparência. Conclusão: a autopercepção das
maloclusões leva a insatisfação com aparência, menor qualidade de vida e
menor autoestima e deve ser considerado um critério importante no
diagnostico dos tratamentos ortodônticos. Descritores: Maloclusão; Estética
Dentária; Autopercepção.
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Normas da ABNT 2014
Abstract
Objective: analyze the national and international scientific literature on the
self-perception of dental aesthetics by adolescents and its impact on their
quality of life, self-esteem and satisfaction with appearance. Method:
integrative literature review of articles indexed in PubMed, Lilacs and Medline
and the guiding questions: "does self-perceived dental aesthetics of
adolescents correspond to malocclusion observed by professionals in the
field?", "Is there an association between orthodontic treatment and the
improvement of self-esteem?", and "does the presence of malocclusion have
an impact on the quality of life of adolescents or in satisfaction with
appearance?". Results: adolescents do perceive malocclusion which impacts
their emotional well-being, and orthodontic treatment does improve self-
esteem and satisfaction with appearance. Conclusion: The perception of
malocclusion leads to dissatisfaction with appearance, lower quality of life
and lower self-esteem and it should be considered as an important criterion in
the diagnosis of orthodontic treatment. Descriptors: Malocclusion; Esthetics,
Dental; Self Concept.
Resumen
Objetivo: analizar la literatura sobre la autopercepción de la estética dental
de los adolescentes y su impacto en la calidad de vida, la autoestima y la
satisfacción con la apariencia. Método: revisión integradora de artículos
indexados en PubMed, Lilacs y Medline, y las preguntas orientadoras: "¿la
auto-percepción de la estética dental de los adolescentes corresponde a la
maloclusión observada por profesionales en este campo de estudio?", "¿Hay
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Normas da ABNT 2014
una asociación entre el tratamiento de ortodoncia y la mejora de la
autoestima?", y "¿la presencia de una maloclusión impacta la calidad de vida
de los adolescentes o la satisfacción con la apariencia?". Resultados: los
adolescentes de hecho perciben la maloclusión, la cual repercute en el
bienestar emocional, y el tratamiento de ortodoncia mejora la autoestima y
la satisfacción con la apariencia. Conclusión: la autopercepción de la
maloclusión conduce a la insatisfacción con la apariencia. Descriptores:
Maloclusión; Estética Dental; Auto-percepción.
Introdução
De acordo com o levantamento nacional de saúde bucal1, 38,8% dos
adolescentes do país apresentam problemas de oclusão aos 12 anos de idade.
Em 19,9% desses adolescentes, os problemas se expressam na forma mais
branda, no entanto, 19,0% tem maloclusão severa ou muito severa, sendo
estas as condições que requerem tratamento mais imediato, constituindo-se
uma prioridade em termos de Saúde Pública.1
As maloclusões tem ocupado o terceiro lugar dentre os problemas
bucais na população brasileira, porém, a inclusão destas alterações como um
problema de saúde pública se deve não apenas a sua alta prevalência, mas
também ao impacto sobre a qualidade de vida das pessoas.2
Além de um diagnóstico clínico, também é necessário considerar os
fatores mais subjetivos, pois a doença não implica somente na ausência de um
bem estar físico. É importante destacar que mesmo quando este bem estar
físico não está presente, o seu impacto irá depender, em grande parte, do
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Normas da ABNT 2014
estado psicológico, de princípios e de valores pessoais e culturais do
indivíduo.3
No período da adolescênca, a aparência física assume uma importância
sigificativa na contrução da identidade pessoal, incluindo a relação com o
próprio corpo. Uma variedade de fatores sociais, psicológicos, culturais e
pessoais influencia a autopercepção da aparência dental e a procura por
tratamento ortodôntico.4
O conceito atual de saúde, não nos permite pensar no processo
saúde/doença, sem considerar os aspectos psicossociais. Desta forma, dentro
de uma concepção salutogênica da teroria de Antonovsky, procura-se explicar
porque pessoas em condições adversas semelhantes apresentam resultados
diferentes em termos de saúde. Não se trata de selecionar os indivíduos mais
fortes dos mais fracos e sim identificar os que possuem menos recursos
psicológicos e que não acreditam em suas próprias possibilidades e
capacidades de influenciar a sua vida e a sua saúde.5
O modelo salutogênico é apresentado como um contraponto ao modelo
patogênico e relaciona-se diretamente com a promoção de saúde. Os
princípios da salutogênese têm sido aplicados no desenvolvimento de ações
educativas voltadas para a promoção da saúde e na formulação de modelo
teórico para a construção de políticas públicas saudáveis.6
Atualmente, para avaliar qualquer intervenção na área de saúde,
incluindo serviços de atenção à saúde bucal, como a ortodontia, são
necessárias medidas de importância para o paciente, que reflitam suas
percepções, sem deixar de lado as medidas informativas para o clínico.
Portanto, os indicadores subjetivos vêm se tornando importantes ferramentas
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Normas da ABNT 2014
para conseguir captar também a percepção que o paciente tem sobre seu
sorriso7, podendo servir de critério na seleção de pacientes com maior
necessidade de tratamento no serviço público.8
Sendo a autoimagem a descrição que o indivíduo faz de si, torna-se
importante observar dois aspectos distintos, o descritivo, chamado de
autoimagem ou autopercepção e o valorativo, chamado autoestima.9 Quando
há a percepção de um desvio estético na aparência física, dentro dessa
descrição, o impacto de tal desvio na autoestima é uma questão importante
para determinar os benefícios de um tratamento ortodôntico corretivo.10 A
insatisfação com a aparência estética tem sido associada a uma discrepância
entre a percepção de sua aparência e o desejo relativo a um padrão.11
Objetivo
Realizar uma revisão integrativa da literatura sobre a autopercepção da
estética dental pelos adolescentes e sua repercussão na qualidade de vida,
autoestima e satisfação com a aparência.
Método
Este estudo de revisão integrativa da literatura foi conduzido pelas
seguintes perguntas norteadoras: “a autopercepção da estética dental dos
adolescentes corresponde a maloclusão observada por profissionais da área
(normativa)?” “Existe associação entre tratamento ortodôntico e a melhora da
autoestima?”, “A presença de maloclusão impacta na qualidade de vida dos
adolescentes ou na satisfação com aparência?”.
Esta revisão foi realizada através da analise de artigos publicados em
bases de dados com grande quantidade de pesquisa de impacto para a saúde.
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Normas da ABNT 2014
O estudo incluiu os artigos sobre o tema autopercepção, maloclusão e
necessidade de tratamento ortodôntico disponíveis na literatura internacional
e nacional indexados na National Library of Medicine (Pubmed), Literatura
Latino-Americana de Ciências da Saúde (Lilacs) e na Medical Literature
Analysis and Retrieval System Online (Medline).
Para o refinamento da pesquisa foram definidos como critérios de
inclusão os artigos nos idioma inglês, português e espanhol, com os resumos
disponíveis nas bases de dados supracitadas, no período de 2004 a 2015 e na
faixa etária de 10 a 19 anos. Excluiu-se desta seleção os estudos que se
encontravam repetidos nas bases de dados, os estudos que se classificassem
como artigo de revisão de literatura e os que não se apresentavam em
formato de artigo, como guidelines, cartas, editoriais, teses e dissertações.
Como estratégia foi realizada a busca empregando-se o formulário de
pesquisa avançada, utilizando-se os seguintes descritores de assunto e
operadores lógicos: “Self concept” AND “malocclusion“ OR “orthodontic
treatment” reconhecidos pelo vocabulário MESCH e DESC. Na tabela 1, é
possível visualizar a quantidade de artigos encontrados em cada base de
dados.
Tabela 1 – Base de dados e os respectivos números de artigos encontrados.
Pubmed Medline Lilacs TOTAL
Autopercepção e maloclusão
ou tratamento ortodôntico
80 179 4 262
30
Normas da ABNT 2014
Primeiramente foram lidos todos os títulos, em seguida os artigos que
tiveram seus resumos selecionados (de acordo com os critérios supracitados)
foram lidos na integra e analisados, levando-se em consideração a população-
alvo, o desenho do estudo, o plano amostral, a metodologia utilizada e os
resultados encontrados nas associações entre a autopercepção do adolescente
e a maloclusão ou tratamento ortodôntico. O fluxograma abaixo mostra como
foi o processo de seleção dos artigos (Figura 1).
Imagem 1 – Fluxograma de seleção de artigo.
Os artigos excluídos apresentaram faixa etária diferente do objetivo do
presente estudo, abordaram autopercepção de outras partes do corpo, não
utilizaram nenhum instrumento validado de autopercepção ou abordavam o
Maloclusão e autopercepção
262 artigos encontrados Leitura de títulos
31 artigos Leitura na íntegra
51 artigos Leitura dos resumos
211 excluídos
51 selecionados
20 excluídos
31 selecionados
12 excluídos
19 selecionados
31
Normas da ABNT 2014
tema de interesse, mas o objetivo da pesquisa não era a autopercepção da
estética dental pelo adolescente.
Resultados
Com a finalidade propiciar uma visualização panorâmica dos estudos
sobre maloclusão e autopercepção em adolescentes segue a tabela 2.
Tabela 2 - Artigos de autopercepção e maloclusão em adolescentes
Autores / Anos Países Amostras Faixas etárias
Resultados
Onyeaso et al. 2005.12
Nigeria 614 12-18 Maloclusões, especialmente desalinhamentos na maxila e espaços entre os dentes, podem afetar negativamente a imagem corporal e autopercepção de adolescentes nigerianos.
Agou et al.
2008.13 Canadá 191 11 a 14 O impacto da maloclusão
na qualidade de vida é substancial nas crianças com baixa autoestima (parte valorativa da autopercepção).
Peres et al. 2008.14
Brasil 328 15 A prevalência da maloclusão moderada e severa foi de 30,6% para meninos e 32,8% para meninas, sedo elas mais insatisfeitas com aparência do sorriso (46,5%) e eles (29,8%).
Marques et al. 2009.4
Brasil 403 14-18 Desalinhamento dos dentes ântero-superiores é o aspecto oclusal mais autopercebido pelos adolescentes.
32
Normas da ABNT 2014
Phillips, Beal 2009. 15
Estados Unidos
69 10-15 A idade foi inversamente proporcional a autopercepção (P <0,01), indivíduos mais jovens tendem a avaliar a aparência dos dentes de forma mais positiva.
Peres et al. 2010.10
Brasil 717 12-15 O tratamento ortodôntico é uma parte importante do serviço de saúde, especialmente pelo impacto da maloclusão na autoestima.
Badran 2010.16
Jordânia 410 14 a 16 Alunos que receberam tratamento ortodôntico apresentaram uma autoestima mais elevada do que os que não receberam.
Jung 2010.17 Korea 5343 12-15 A relação entre autoestima e maloclusão apresentou um resultado significante quanto ao sexo, com maiores efeitos na vida das meninas.
Momeni Salehi 2010.18
Iran 900 12-15 Correlação significativa entre a maloclusão normativa e autopercebida, não havendo diferença entre os gêneros.
Spalj et al. 2010.19
Croácia 3196 10-19 A maloclusão tem mais impacto no bem estar emocional do que funcional ou social.
Nagarajan, Pushpanjali
2010.20
India 1618 14-15 Não houve diferenças estatísticas na percepção das maloclusões entre os gêneros e houve correlação fraca entre maloclusão normativa e autopercebida.
33
Normas da ABNT 2014
Ajayi 2011.21 Nigéria 91 12 76% dos adolescentes nigerianos da amostra estavam satisfeitos com aparência dos seus dentes.
Paula et al.2011. 22
Brasil 301 14-18 A satisfação com a aparência dental e a necessidade de tratamento ortodôntico normativo foram positivamente associadas com o impacto psicossocial.
Tessarollo et al. 2011.23
Brasil 704 12 a 13 Cada aumento no índice normativo de maloclusão repercutiu em um aumento significativo da probabilidade de insatisfação com a aparência dental.
De Baets et al. 2012.24
Bélgica 223 11 a 16 Não houve evidência de que a autoestima modera a relação entre qualidade de vida e necessidade de tratamento ortodôntico.
Feu et al.2012.25
Brasil 284 12-15 Tratamento ortodôntico fixo em adolescentes de 12 a 15 anos melhora significativamente a autopercepção da estética dental.
Hirvinen et al.
2012.26
Filândia 61 16-18 Adolescentes tratados ortodonticamente são significantemente mais satisfeitos com a aparência dos seus dentes que os não tratados (P=0,034)
Moura et al. 2013.27
Brasil 1290 12-16 Entre os adolescentes insatisfeitos com seu sorriso, 69,2% é devido a alguma característica oclusal e 30,8% por outros motivos.
34
Normas da ABNT 2014
Nammontri et al. 2013.28
Tailândia 257 10-12 É possível melhorar percepções sobre a saúde bucal através de intervenções escolares.
Quanto à distribuição temporal, os estudos foram divididos em três
períodos da seguinte forma: 5% de 2004 até 2006; 52% de 2007 a 2010 e 43 %
de 2011 até a presente data. Quanto à distribuição geográfica, 10% das
pesquisas localizaram-se no continente africano; 20% no continente europeu;
25% no continente asiático e 45% foram realizadas no continente americano.
Dentro do continente americano, a maioria das pesquisas foi realizada no
Brasil (78%).
Discussão
Alguns estudos demonstraram correlação entre a necessidade de
tratamento normativo e a percebida pelo adolescente, porém, esta correlação
foi fraca, pois os adolescentes foram menos críticos em relação a sua
aparência estética do que os profissionais.16,19,26
A literatura sugere que o tratamento ortodôntico pode trazer alguns
benefícios psicossociais, como melhora da percepção estética e redução da
ansiedade social.4,29 Os achados de Feu e et al. (2012)25 corraboram com este
pensamento pois, ao compararem 3 grupos: adolescentes sem tratamento, a
espera de tratamento ortodôntico e no início de um tratamento ortodôntico
verificaram que, no início, o grupo em tratamento ortodôntico teve uma
pontuação de autopercepção estética 96% maior que o grupo sem tratamento,
principalmente na primeira semana de tratamento. Esse resultado
provavelmente ocorreu porque no início do tratamento as maloclusões
35
Normas da ABNT 2014
tornam-se mais evidentes, as dores e o desconforto com o aparelho são
maiores, influenciam na elevação da insatisfação do adolescente, porém, na
entrevista final, as queixas do grupo em tratamento foram 20% inferiores aos
outros grupos.
Corroborando com os estudos supracitados, Hirvinen et al. (2012) 26
compararam adolescentes tratados ortodonticamente e não tratados, sendo os
primeiros significatemente mais satisfeitos com sua aparência dental (P=
0,034).
Os relatos dos impactos psicossociais das maloclusão na satisfação da
aparência dos adolscentes são semelhantes aos encontrados em pacientes
nigerianos em tratamento ortodônticos, enfatizando as consequências
negativas da maloclusão.12
Por outro lado, De Baets et al. (2012)24 encontrou uma significativa
associação entre necessidade de tratameto ortodôntico e qualidade de vida
relacionada à saúde bucal e entre autoestima e qualidade de vida, porém,
nenhuma evidência de que a autoestima influencia a relação entre qualidade
de vida e necessidade de tratamento ortodôntico foi encontrada.
Nammontri et al. (2013)28 conduziram uma intervenção de base escolar
para melhorar fatores psicossociais relacionados à saúde bucal ( 7 sessões,
sendo 4 sessões de atividades de classe para o empoderamento e 3 sessões
para o desenvolvimento de um projeto de saúde) e os resultados
demonstraram que houve no grupo de intervenção uma melhora na percepção
da estética dental e na qualidade de vida relacionada à saúde bucal, sendo
necessários outros estudos para acompanhar a estabildade dos resultados
obtidos.
36
Normas da ABNT 2014
A análise de regressão do estudo com adolescentes canadenses de Agou
et al. (2008)13 demostrou que a autoestima contribuiu significantemente com
variações de escores de autopercepção, entretanto, a quantidade de variância
explicada pelas medidas normativas das maloclusões é relativamente
pequena.
Quanto ao papel do gênero na autopercepção da maloclusão, Peres et
al. (2008)14 realizaram em seu estudo uma análise de regressão de Poisson
com variância robusta, a fim de identificar os fatores de risco para a
insatisfação com aparência do sorriso e ajuste de variáveis de confusão como
presença de cárie e nível sócioeconômico, assim obtiveram uma associação
positiva entre maloclusão e insatisfação com o sorriso apenas em meninas.
Corroborando com o estudo supracitado, Jung et al. (2010)17
observaram que dentes anteriores apinhados causam baixa autoestima em
meninas adolescentes e após a correção com tratamento ortodôntico fixo
melhora significativamente, apresentando níveis semelhantes a adolescentes
com oclusão normal, já nos meninos o tratamento ortodôntico não repercute
em diferença significativa na autoestima.
Spaljet et al. (2010)19 também detectaram que adolescentes meninas e
mais joves pontuam mais alto na necessidade de tratamento ortodôntico
autopercebida. Entretanto, Momeni e Salehi (2010)18, Nagarajan e
Pushpanjali (2010)20 e Peres (2010)14 encontraram correlação significativa
entre maloclusão normativa e autopercebida da mesma forma em ambos os
sexos. Já Ajayi (2011)21, obteve maior número de insatisfação com aparência
dos dentes e maior desejo de tratamento ortodôntico entre os meninos (P <
0,05). Esse resultado diverge dos demais, entretanto, a amostra era de apenas
37
Normas da ABNT 2014
91 estudantes, o que provalvemente retrate uma característica local que não
possa ser generalizada para população.
Quanto aos tipos de maloclusão e a autopercepção dos adolescentes, o
apihnamento dos dentes anteriores e superiores foi a característica oclusal
que mais influenciou os adolescentes a procurarem um tratamento
ortodôntico.12 Os resultados das análises de regressão logística dos estudos de
Marques et al. (2009)4 e de Moura et al. (2013)27, com adolescentes
brasileiros, indicaram que o fator diretamente envolvido no desejo por um
tratamento ortodôntico e insatisfação com o sorriso é o desalinhamento de
mais de 2mm nos incisivos superiores, seguido pelos espaço entre os incisivos
e mordida aberta anterior de mais de 2mm. O estudo de Tessarollo e
colaboradores23 (2012) também encontrou que o desalinhamento maxilar
(P=0.010) e mandibular (P=0,008) são os principais motivos para insatisfação
com a aparência, mas a perda dental foi outra característica com forte
impacto (P=0,010).
Adolescentes que pontuam alto na necessidade de tratamento
ortodôntico normativo, e possuem uma elevada autopercepção, são
insatisfeitos com a aparência dos seus dentes e evitam sorrir.16
Considerando o grau de severidade da maloclusão e o nível de
insatisfação com o sorriso, Tessarollo et al. (2012)23 e Nagarajan e Pushpanjali
(2010)20 verificaram que a insatisfação com a aparência dos dentes aumenta
com o aumento da severidade da maloclusão. No entanto, o mesmo não
ocorre com a função de fala e da mastigação. A cada aumento de unidade de
medida normativa de maloclusão, de acordo com o Dental Aesthetic Indice
38
Normas da ABNT 2014
(DAI), ocorreu um aumento de 5% na probabilidade de insatisfação com a
aparência dental.
Paula et al (2011)22 verificaram que insatisfação com a aparência,
níveis mais elevados de maloclusão e sorriso gengival são associados com
maiores impactos psicossociais, sendo a satisfação com a aparência o maior
coeficiente de regressão e o P valor mais significativo (P 0,001). Resultados
semelhantes foram encontrados por Onyeaso e colaboradores12 (2005) que
obtiveram diferenças altamente significativas de implicações psicossomáticas,
devido à maloclusões, entre indivíduos com maloclusão normal ou leve e
aqueles com maloclusão acentuada (P <0,001), indicando a consciência da
maloclusão, a insatisfação com a aparência dos dentes e o impacto da
aparência desfavorável dos dentes em comparação com as de seus pares.
Já Phillips e Beal (2009)15 afirmaram que o nível de satisfação
(sentimentos positivos) está mais fortemente relacionado com a
autopercepção do que com a severidade da maloclusão.
Levando em consideração a prevalência das maloclusões e a grande
demanda por um tratamento ortodôntico nos serviços públicos, a avaliação da
autopercepção dos adolescentes torna-se uma ferramenta importante que
pode subsidiar o planejamento deste serviço. Possibilitando a seleção dos
pacientes mais necessitados e a criação de políticas públicas levando em
consideração o princípio da equidade30, onde os menos favorecidos
psicologicamente, que possuem uma maior necessidade de apoio e incentivo
possam ser favorecidos em comparação com seus homólogos que possuem uma
autoestima mais elevada.
39
Normas da ABNT 2014
Conclusão
A literatura demostrou que a autopercepção das maloclusões pelos
adolescentes impacta na qualidade de vida, autoestima e satisfação pessoal e,
portanto seria importante a inclusão desse critério subjetivo nas avaliações
ortodônticas para que se possam priorizar indivíduos mais necessitados,
considerando o adolescente como um ser biopsicossocial.
Quanto à autopercepção das maloclusões pelos adolescentes foi
possível concluir que quanto mais severa a maloclusão, maior a
autopercepção, todavia indivíduos com baixa autoestima tendem a perceber
mais as imperfeiçoes mesmo em casos de maloclusão leve. A maioria dos
estudos observou uma associação entre a insatisfação com a aparência dos
dentes e meninas. O apinhamento da região anterior da maxila e o espaço
entre os dentes foram as características da maloclusão mais percebidas
subjetivamente.
Agradecimentos
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –
CAPES.
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46
Normas da ABNT 2014
PROPOSIÇÃO
47
Normas da ABNT 2014
3 PROPOSIÇÃO
3.1 OBJETIVO GERAL
Avaliar a influência do senso de coerência sobre a autopercepção da
estética dental pelos adolescentes da cidade de Recife-PE.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Estabelecer o perfil sócio-demográfico;
Determinar a prevalência da necessidade de tratamento ortodôntico;
Avaliar a autopercepção do adolescente;
Avaliar o senso de coerência;
Avaliar a relação do senso de coerência com o gênero, idade e perfil
sócio-demográfico;
Avaliar a relação entre senso de coerência e a autopercepção da
estética dental
Avaliar a relação entre senso de coerência, autopercepcão da estética
dental de acordo com a necessidade de tratamento ortodôntico.
48
Normas da ABNT 2014
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
49
Normas da ABNT 2014
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4.1 DESENHO DO ESTUDO
Estudo epidemiológico, observacional, de corte transversal e de caráter
descritivo e analítico.
4.2 LOCAL DO ESTUDO
Foi realizado na rede municipal de ensino da cidade do Recife-PE. A
cidade de Recife, capital pernambucana, está localizada no litoral. Possui uma
população de 1.537.704 habitantes, distribuídos numa área de 218,435 Km2
(IBGE, 2010). Possui 94 bairros que, para efeito de planejamento e gestão,
estão aglutinados em 6 Regiões Político-Administrativas (RPA) (RECIFE,2010).
4.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO
Adolescentes matriculados no ensino fundamental II da rede pública
municipal de ensino da cidade do Recife-PE.
4.4 CÁLCULO E SELEÇÃO DA AMOSTRA
Para assegurar a representatividade da amostra, foi realizada a
distribuição de modo proporcional à real distribuição das escolas pela cidade,
obedecendo-se os seguintes passos: inicialmente, com base na consulta das
listas fornecidas pela Secretaria Municipal de Educação da cidade do Recife-
PE, foi observada a distribuição das escolas pertencentes a cada RPA da
cidade, bem como a quantidade de alunos de cada escola. Como não houve
grandes diferenças em relação à quantidade de alunos por escolas, a
distribuição da amostra foi realizada pela quantidade proporcional de escolas
por RPA.
Para o cálculo amostral utilizou-se uma prevalência de 41,5% de
maloclusão observada na região Nordeste, segundo o levantamento
50
Normas da ABNT 2014
epidemiológico de saúde bucal (SB Brasil, 2010). Este cálculo foi realizado com
a calculadora Open Epi para estudos transversais, onde baseou-se em um
universo de 13.750 escolares, um intervalo de confiança de 95%, foi admitido
um erro de 5% e um efeito de desenho (DEFF) DE 1.5.
Desta forma, a amostra mínima necessária foi de 543 estudantes, porém
para compensar possíveis perdas foi acrescido 20%, resultando numa amostra
final de 652 adolescentes. Para que pesquisa fosse realizada em todas as seis
Regioões político-administrativas de Recife (6 RPAs), as escolas foram
sorteadas pelo site Randomizer, de forma proporcional a quantidade de
escolas existentes em cada RPA e, em cada região, a pesquisa utilizou no
mínimo 2 escolas por cada RPA.
4.5 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE
4.5.1 Critérios de Inclusão
Foram incluídos estudantes de 12 a 15 anos, de ambos os sexos,
matriculados no ensino fundamental II da rede pública municipal de ensino da
cidade do Recife-PE. A faixa etária em questão foi escolhida por se esperar
que na mesma os adolescentes já possuam dentição permanente, uma vez
que o índice escolhido para determinar a necessidade de tratamento
ortodôntico não é adequado ás dentições decídua ou mista.
4.5.2 Critérios de Exclusão
Foram excluídos os adolescentes que estavam sob tratamento
ortodôntico, adolescentes com dentição mista e os que apresentaram
deficiências neuropsicomotoras (referenciado pelos professores) que
pudessem comprometer a aplicação dos instrumentos.
4.6 TREINAMENTO E CALIBRAÇÃO
51
Normas da ABNT 2014
O exame clínico foi realizado por um único avaliador, especialista em
Ortodontia, devidamente treinado e calibrado por um padrão ouro para
definição dos padrões estabelecidos do Índice da Estética Dental (DAI) e
preenchimento dos questionários sob a supervisão de uma professora de
Ortodontia da FOP/UPE (padrão ouro).
O exercício de calibração foi realizado em duas etapas: a etapa teórica,
que envolveu a discussão dos critérios para o diagnóstico do agravo
pesquisado, com análise de fotografias dessas condições; e a etapa clínica
(segundo passo), que foi realizada durante o estudo piloto, na qual a avaliadora
(também especialista em Ortodontia) examinou 17 adolescentes, em dois
momentos diferentes, com intervalo de uma semana. A análise de
concordância intra-examinador foi testada e apresentou um Kappa satisfatório
(0,74).
4.7 ESTUDO PILOTO
Foi realizado um estudo piloto em três escolas municipais, sorteadas
entre as escolas que não participariam do estudo principal, onde os estudantes
possuíam as mesmas características da população de estudo, e o objetivo foi
testar os instrumentos e procedimentos para a realização do estudo principal.
4.8 ELENCO DE VARIÁVEIS
52
Normas da ABNT 2014
Quadro 1: Variáveis do estudo VARIÁVEL CATEGORIZAÇÃO
Variá
veis
Inde
pend
ente
s Faixa etária (Anos completos no momento do exame)
1. 12 anos; 2. 13 anos
3. 14 anos; 4. 15 anos
Escolaridade 1. 6º ano; 2. 7º ano
3. 8º ano; 4. 9º ano
Sexo 1. Masculino
2. Feminino
Classificação socioeconômica 1. A1;
2. A2;
3. B1
4. B2
5. C1
6. C2
7. D
8. E
Necessidade de tratamento ortodôntico 1. Nenhuma ou pouca necessidade (grau1)
2. Eletivo (grau 2)
3. Altamente desejável (grau 3)
4. Obrigatória (grau 4)
Autopercepção em relação à estética dental
Escores que variam de 5 a 35 (OASIS)
Escala de atratividade dental que possui 10 fotografias (AC- IOTN)
Senso de Coerência Escores que variam de 13 a 91 (SOC).
53
Normas da ABNT 2014
4.9 COLETA DE DADOS
A coleta de dados foi realizada no período de agosto a novembro de
2014, foram coletados dados clínicos (maloclusão), sociodemográficos e
psicossociais (autopercepção e senso de coerência).
4.9.1 Dados clínicos
Foi avaliada a necessidade de tratamento ortodôntico por meio do Índice
de Estética Dental (DAI). A coleta foi realizada com o escolar sentado em uma
cadeira em frente à examinadora. Foram utilizadas sondas periodontais do tipo
CPI (Community Periodontal Index) para aferição dos critérios de diagnóstico
do índice DAI, e abaixadores de língua de madeira para afastamento das
bochechas, sob fonte de luz natural. As informações coletadas foram
registradas numa ficha (APÊNDECE A) por uma anotadora devidamente
treinada.
O DAI possui dez componentes os quais estão divididos em três grupos
conforme o quadro 2 (SANTOS et al., 2008).
Quadro 2: Divisão dos dez componentes do DAI em três grupos: dentição,
espaço e oclusão
GRUPO COMPONENTES
Dentição Dentição
Condições de espaço Apinhamento no segmento incisal (API)
Espaçamento no segmento incisal (ESP)
Presença de diastema incisal (DI)
Desalinhamento maxilar anterior (DMXA)
Desalinhamento mandibular anterior (DMDA)
Condição de oclusão Overjet maxilar anterior (OMXA)
Overjet mandibular anterior (OMDA)
Mordida aberta vertical anterior (MAA)
Relação molar ântero-posterior (RMAP)
54
Normas da ABNT 2014
Depois de atribuídas as pontuações de cada um dos dez componentes,
aplica-se a equação contida no quadro 3, por meio da qual se obterá um
escore (SANTOS et al., 2008).
Quadro 3: Equação do DAI com os dez componentes e seus respectivos pesos
somados à constante com valor igual a 13.
DAI = (dentição x 6) + (API) + (ESP) + (DI x 3) + (DMXA) + (DMDA) +
(OMXA x 3) + (OMDA x 4) + (MAA x 4) + (RMAP x 3) + 13
Este escore, dependendo do valor pode se enquadrar em quatro
situações diferentes quanto a necessidade de tratamento ortodôntico (quadro
4) (SANTOS et al., 2008).
Quadro 4: Escores do DAI distribuídos de acordo com a necessidade de tratamento ortodôntico
Escores do DAÍ - níveis de necessidade do tratamento ortodôntico
< 25 (grau 1) - nenhuma ou pequena necessidade de
tratamento
26-30 (grau 2) - necessidade eletiva de tratamento
31-35 (grau 3) - necessidade altamente desejável de
tratamento
≥ 36 (grau 4) - necessidade obrigatória de tratamento
A pontuação de cada componente, segundo o manual do examinador do
Projeto SB Brasil (BRASIL, 2001), é obtida avaliando-se as seguintes
dimensões:
A-Dentição
55
Normas da ABNT 2014
As condições da dentição são expressas pelo número de incisivos,
caninos e pré-molares permanentes, no arco superior e no arco inferior. O valor
a ser registrado corresponde ao número de dentes perdidos. Dentes perdidos
não devem ser considerados quando o seu respectivo espaço estiver fechado,
o decíduo correspondente ainda estiver em posição, ou se prótese(s) estiver
(em) instalada(s).
B-Condições de espaço
Apinhamento no Segmento Incisal
O segmento incisal é definido de canino a canino. Considera-se
apinhamento quando há dentes com giroversão ou mal posicionados no arco.
Não se considera apinhamento quando os 4 incisivos estão adequadamente
alinhados e um ou ambos os caninos estão deslocados. Considera-se a
seguinte pontuação: 0 - sem apinhamento; 1 - apinhamento em um segmento;
2 - apinhamento em dois segmentos.
Espaçamento no Segmento Incisal
São examinados os arcos superior e inferior. Há espaçamento quando a
distância intercaninos é suficiente para o adequado posicionamento de todos
os incisivos e ainda sobra espaço e/ou um ou mais incisivos têm uma ou mais
superfícies proximais sem estabelecimento de contato interdental. Considera-
se a seguinte pontuação: 0 - sem espaçamento; 1 - espaçamento em um
segmento; 2 - espaçamento em dois segmentos.
Diastema Incisal
É definido como o espaço, em milímetros, entre os dois incisivos centrais
superiores permanentes, quando estes perdem o ponto de contato. O valor a
ser registrado corresponde ao tamanho em mm medido com a sonda CPI,
sempre considerar o número inteiro mais próximo (figura 1).
56
Normas da ABNT 2014
Figura 1: Medição do diastema incisal em milímetros.
Desalinhamento Maxilar Anterior
Podem ser giroversões ou deslocamentos em relação ao alinhamento
normal. Os 4 incisivos superiores são examinados, registrando-se a maior
irregularidade entre dentes adjacentes. A medida é feita, em mm, com a sonda
CPI, cuja ponta é posicionada sobre a superfície vestibular do dente
posicionado mais para lingual, num plano paralelo ao plano oclusal e formando
um ângulo reto com a linha do arco. Desalinhamento pode ocorrer com ou sem
apinhamento (Figura 2).
Figura 2: Medição do desalinhamento anterior com a sonda CPI.
Desalinhamento Mandibular Anterior
O conceito de desalinhamento e os procedimentos são semelhantes ao
arco superior (Figura 2).
C-Condição de oclusão
Overjet Maxilar Anterior
57
Normas da ABNT 2014
A relação horizontal entre os incisivos é medida com os dentes em
oclusão cêntrica, utilizando-se a sonda CPI, posicionada em plano paralelo ao
plano oclusal. O overjet é a distância, em mm, entre as superfícies vestibulares
do incisivo superior mais proeminente e do incisivo inferior correspondente. O
overjet maxilar não é registrado se todos os incisivos (superiores) foram
perdidos ou se apresentam mordida cruzada lingual. Quando a mordida é do
tipo “topo-a-topo” o valor é zero (figura 3).
Figura 3. Medição do overjet maxilar e mandibular anterior com a sonda CPI.
Overjet Mandibular Anterior
O overjet mandibular é caracterizado quando algum incisivo inferior se
posiciona anteriormente ou por vestibular em relação ao seu correspondente
superior. A protrusão mandibular, ou mordida cruzada, é medida com a sonda
CPI e registrada em milímetros. Os procedimentos para mensuração são os
mesmos descritos para o overjet maxilar. São desconsideradas as situações
em que há giroversão de incisivo inferior, com apenas parte do bordo incisal
em cruzamento (figura 3).
Mordida Aberta Vertical Anterior
É falta de ultrapassagem vertical entre incisivos opostos. O tamanho da
distância entre os bordos incisais é medido com a sonda CPI e o valor, em mm,
registrado (figura 4).
58
Normas da ABNT 2014
Figura 4: Medição da mordida aberta vertical anterior com a sonda CPI.
Relação Molar Ântero-Posterior
A avaliação é feita com base na relação entre os primeiros molares
permanentes, superiores e inferiores. Se isso não é possível porque um ou
ambos estão ausentes, não completamente erupcionados, ou alterados em
virtude de cárie ou restaurações, então os caninos e pré-molares são
utilizados. Os lados direito e esquerdo são avaliados com os dentes em
oclusão e apenas o maior desvio da relação molar normal é registrado. Os
seguintes códigos são empregados (figura 5): 0 – Normal; 1 – Meia Cúspide. O
primeiro molar inferior está deslocado meia cúspide para mesial ou distal, em
relação à posição normal. 2 – Cúspide Inteira. O primeiro molar inferior está
deslocado uma cúspide para mesial ou distal, em relação à posição normal.
Figura 5: Avaliação da relação molar ântero-posterior.
59
Normas da ABNT 2014
4.9.1.1 Princípios de Biossegurança
Os dados clínicos foram coletados respeitando os princípios de
biossegurança. As sondas CPI eram esterilizadas no centro de esterilização da
Faculdade de Odontologia de Pernambuco-FOP/UPE, os abaixadores de
língua de madeira eram descartáveis e a examinadora utilizou gorro, luvas e
máscaras descartáveis, óculos de proteção e jaleco.
4.9.2 Dados sociodemográficos
Foram incluídas questões sobre idade, gênero, raça e escolaridade
(APÊNDICE B). Foi aplicado o Questionário de Classificação socioeconômica
(ANEXO 2 ), segundo critério ABEP, desenvolvido pela Associação Brasileira
de Empresas e Pesquisas, com a finalidade de dividir a população em
categorias, de acordo com os padrões ou potenciais de consumo. Este
questionário apresenta uma escala ou classificação socioeconômica por
intermédio da atribuição de pesos a um conjunto de itens de conforto
doméstico, além do nível de escolaridade do chefe de família. A classificação
socioeconômica da população é apresentada por meio de cinco classes,
denominadas A1, A2, B1, B2, C1, C2, D e E. Optou-se por tal instrumento por
levar em consideração itens de conforto familiar; utilizar indicadores simples,
passíveis de serem informados por crianças, adolescentes e adultos através de
questionários auto-administrados.
4.9.3 Dados psicossociais
4.9.3.1 Dados da autopercepção da estética dental
Oral Aesthetic Subjective Impact Score (OASIS)
A avaliação da autopercepção de estética dental foi realizada por meio
da aplicação da versão validada para o Brasil do questionário Oral Aesthetic
Subjective Impact Score (OASIS) (ANEXO 3 ) (PIMENTA; TRAEBERTA, 2010).
Este é composto por 5 perguntas, tendo como resposta uma escala tipo Likert.
60
Normas da ABNT 2014
Cada reposta equivale a uma pontuação que varia de 1 a 7, a qual no final são
somadas podendo ser alcançado um escore mínimo de 5 e máximo de 35
pontos e, quanto maior o valor final, mais provável que o indivíduo possua uma
maior percepção negativa da estética bucal.
Componente Estético do Índice de necessidade de Tratamento
Ortodôntico (IOTN-AC)
O adolescente foi solicitado a identificar no Componente Estético do
Índice de necessidade de Tratamento Ortodôntico (IOTN-AC) (figura 6) a
fotografia que melhor retratasse a sua condição bucal.
Figura 6:Componente Estético (AC) do IOTN (EVANS; SHAW, 1987).
61
Normas da ABNT 2014
4.9.3.2 Dados do senso de coerência
Senso de coerência (SOC-13)
A avaliação do Senso de Coerência foi realizada através da versão do
questionário Antonovsky’s SOC Scale (SOC). A escala do SOC foi escrita
originalmente em hebraico e em inglês para ser usada em várias culturas,
porém na busca por propriedades psicométricas satisfatórias, face às
diferenças sociais, econômicas e culturais da população brasileira, a versão
mais curta (Sense of Coherence 13 ou SOC-13) foi testada e validada no Brasil
em adolescentes com média de idade de 15 anos e apresentou consistência
interna medida pelo coeficiente alfa de Cronbach de 0,81 (FREIRE et. al.,
2001).
A versão curta do SOC -13 é auto administrada, contém 13 perguntas, uma
escala tipo likert de 1 a 7 com 2 respostas âncoras e opostas, sendo o 1 e o 7
as respostas extremas. O escore total é a soma das pontuações obtidas em
cada pergunta, podendo variar de 13 a 91, quanto maior o escore final, mais
alto o senso de coerência do adolescente. As perguntas 1, 2, 3, 7, 10, são
respondidos em uma escala reversa de valores, ou seja, valores maiores
indicam menor SOC e precisam ter seus valores revertidos no momento em
que for calculado o valor total do SOC, ou seja, o valor 7 será transformado em
1, o 6 em 2, o 5 em 3 e assim sucessivamente.
As questões sobre idade, gênero, raça, escolaridade, os questionários
do ABEP, OASIS e SOC são do tipo auto-administrados e foram respondidos
em sala de aula coletivamente, após esclarecimentos sobre a pesquisa e
orientações a respeito do preenchimento dos mesmos. Em seguida cada aluno
foi conduzido a uma sala reservada da própria escola, onde foi realizado o
exame clínico para determinação do índice DAI e aplicação do componente
estético do IOTN-AC.
62
Normas da ABNT 2014
4.10 PROCESSAMENTO DOS DADOS E ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os dados foram tabulados em um banco de dados do programa Excel e
o programa StatisticalPackage for Social Science (SPSS), versão 21, foi
utilizado para os cálculos estatísticos, admitindo-se uma margem de erro de
5%. Foram utilizadas técnicas de estatística descritiva e inferencial. Os
resultados foram expressos através de percentuais e das medidas estatísticas:
média, desvio padrão e mediana. Para verificar a presença de associação
significativa entre variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-quadrado de
Pearson ou o teste Exato de Fisher, quando a condição para utilização do teste
Qui-quadrado não foi verificada, e para avaliar a força da associação foi obtido
o Odds Ratio (OR) ou Razão entre Chances (RC) com respectivo intervalo de
confiança. Para a comparação entre as categorias em relação á variável
numérica foi utilizado o teste estatístico de Kruskal-Wallis e no caso de
diferença significativa foram utilizados testes de comparações múltiplas do
referido teste. A avaliação do grau da correlação entre variáveis numéricas foi
realizada através do coeficiente de correlação de Spearman e o teste t-Student
específico para a hipótese de correlação nula.
Ressalta-se que a escolha do teste de Kruskal-Wallis foi devido a não
verificação da hipótese de normalidade dos dados e a hipótese de normalidade
foi realizada através do teste de Shapiro-Wilk.
Para verificar a influência no escore SOC em relação às variáveis
independentes: idade, sexo, IOTN e escore OASIS foi ajustado um modelo de
regressão linear múltiplo.
5 ASPECTOS ÉTICOS
Obedecendo a Resolução n.º 466/2012 da Comissão Nacional de Ética
em Pesquisa, o projeto desta pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade de Pernambuco – UPE (ANEXO 5), sob o número
do parecer 705.682, após solicitação da autorização institucional da Secretaria
63
Normas da ABNT 2014
Municipal de Educação de Recife-PE (ANEXO 6), responsável pelo local onde
foi realizada a pesquisa.
Somente foram coletados os dados dos indivíduos que autorizaram sua
participação por meio do termo de assentimento (APÊNDICE C), e também
apresentaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE)
(APÊNDICE D) assinado por seu responsável.
Os dados serão utilizados exclusivamente para produção de
conhecimento científico, com o compromisso de manutenção de sigilo sobre as
informações da população em estudo.
5.1 ANÁLISE DE RISCOS E BENEFÍCIOS PARA O SUJEITO DA PESQUISA
Este trabalho implicou em risco mínimo para os participantes, uma vez
que não houve procedimentos invasivos, mas o participante esteve sujeito a se
sentir constrangido durante a coleta dos dados. Para minimizar este possível
incômodo, o exame clínico e os questionários aplicados em forma de entrevista
foram realizados em uma sala reservada na própria escola. Teve como
benefício o conhecimento da presença de maloclusão e os estudantes que
apresentaram necessidade tratamento ortodôntico foram orientados e
receberam encaminhamento para os seguintes cursos de especialização em
Ortodontia na região metropolitana da cidade do Recife: Faculdade de
Odontologia de Pernambuco – FOP/UPE, Sindicato dos Odontologistas no
Estado de Pernambuco - SOEPE, Associação Brasileira de Odontologia –
ABO-PE.
5.2 ANÁLISE DE RISCOS E BENEFÍCIOS PARA A COMUNIDADE
Este trabalho implicou em risco mínimo para a comunidade pesquisada
e trará como benefício informações que poderão ser utilizadas em políticas
públicas de prevenção e tratamento das maloclusões.
64
Normas da ABNT 2014
RESULTADOS E DISCUSSÃO
65
Normas da ABNT 2014
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1 ARTIGO 2
Necessidade de tratamento ortodôntico e sua associação senso de coerência e a autopercepção da estética dental em adolescentes: Um estudo preliminar. Orthodontic treatment need and a sense of coherence association and self-perception of dental aesthetics in adolescents: a preliminary study.
Aline Cavalcanti da Costa (Especialista em Ortodontia pela Academia Brasileira
de Odontologia Militar. Recife Pernambuco Brasil).
Fabrícia Soares Rodrigues (Odontóloga, mestre em Hebiatria pela
Universidade de Pernambuco)
Erisson Santana dos Santos (Graduando em Odontologia pela Universidade de
Pernambuco)
Mônica Vilela Heimer (Doutora em Odontopedriatria pela Universidade de
Pernambuco. Recife Pernambuco Brasil).
Autor correspondente: Aline Cavalcanti da Costa. Endereço: Rua Afonso de
Albuquerque Melo nº 60 Apto: 502. Santana. Recife Pernambuco. CEP: 52060-
450. Telefone: 081- 9987-7380. Endereço eletrônico: [email protected].
Instituição: Universidade de Pernambuco
Declaração de conflito de interesse: nada a declarar.
Fonte financiadora do projeto: CAPES
Número total de palavras:
Número total de tabelas: 5
Número total de figuras:
Número total de referências:
66
Normas da ABNT 2014
RESUMO:
Objetivo: Determinar a necessidade de tratamento ortodôntico em adolescentes e sua associação com o senso de coerência e a autopercepção da estética dental. Método: Realizou-se um estudo transversal com 103 adolescentes, de ambos os sexos, na faixa etária de 12 a 15, matriculados no ensino fundamental II da rede pública de ensino da cidade do Recife-PE. Foram excluídos os adolescentes que já haviam realizado tratamento ortodôntico, com dentição mista e perda dentária anterior. A coleta de dados incluiu a avaliação sociodemográfica, análise do senso de coerência, autopercepção da estética dental e a avaliação da necessidade de tratamento ortodôntico. Os dados foram analisados através do teste Qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher, com margem de erro de 5%. Resultados: A maioria da população foi composta por adolescentes do sexo masculino (57,3%) com 12 anos de idade (43,7%), que cursavam o 6 ano (30,1%,) e com classe socioeconômica “C” (64,1%). A necessidade de tratamento ortodôntico foi encontrada em 53,4% da amostra e houve associação entre a necessidade de tratamento normativa (DAI) e o Índice de Estética Dental (IOTN) (p= 0,046). Conclusões: a maioria dos adolescentes apresentou necessidade de tratamento ortodôntico, o apinhamento dos dentes anteriores foi a alteração oclusal mais observada, verificou-se uma associação significativa entre a necessidade de tratamento ortodôntico e a autopercepção da estética dental pelos adolescentes, entre o senso de coerência e a autopercepção. Não foi observada associação entre senso de coerência, faixa etária, gênero e classe socioeconômica, nem com a necessidade de tratamento ortodôntico. Descritores: Adolescente, autopercepção, senso de coerência, maloclusão.
67
Normas da ABNT 2014
Introdução
A indicação para o tratamento da oclusão é baseado
tradicionalmente em percepções profissionais em relação aos aspectos
normativos do diagnóstico ortodôntico (TESSAROLLO et. al., 2012), porém, ao
longo da última década, vários índices de necessidade de tratamento
ortodôntico foram criados para definir prioridades para realizar um tratamento
ortodôntico, a fim de evitar um tratamento desnecessário, e para fornecer uma
base de discussão entre profissionais de saúde, pais, e adolescentes (Spalj et.
al., 2010)
A adolescência é uma fase de transição física e psíquica,
onde há uma intensa interação social e afetiva, quando alguns aspectos da
aparência facial e estética dentária têm grande importância para a autoimagem
do adolescente e, consequentemente, para sua autoestima (Paula Jrª et al.,
2011). O fator mais importante que determina a necessidade de tratamento
ortodôntico é a autopercepção de uma beleza própria (Momeni, 2010). Essa
percepção também pode ser influenciada por características étnicas e culturais,
bem como pelas normas da estética dental. Os autores afirmam também que
aqueles quem têm baixa necessidade de tratamento ortodôntico são felizes
com a estética dos seus dentes e aqueles com alta necessidade de tratamento
são infelizes (Danaei e Salehl, 2010).
Alguns fatores psicossociais podem influenciar a autopercepção da
imagem, como por exemplo, o senso de coerência (SOC). Karlsson (2000) e
Baker (2010) relataram que pessoas com um forte senso de coerência
apresentam uma boa percepção de sua saúde e melhor qualidade de vida,
como também apresentam menos fadiga, depressão, solidão e ansiedade,
comparadas àquelas com um fraco senso de coerência.
O desenvolvimento do SOC começa na infância, quando a criança inicia
sua interação com o ambiente, e a partir das percepções e estímulos a mesma,
começa a formular seus comportamentos. O nível seguinte de desenvolvimento
ocorre na adolescência, onde fatores de ordem social, cultural, histórica e as
próprias experiências de vida fornecem subsídios para a construção do SOC,
podendo reforça-lo ou enfraquecê-lo e o processo termina aos 30 anos de
68
Normas da ABNT 2014
idade (ANTONOVISKY, 1993; VOLANEN, 2011). Honkinen e colaboradores
(2009) corroboram desses pressupostos e destacam que o SOC parece estar
razoavelmente estabilizado pela idade de 15 anos.
Dessa forma, investigar detalhadamente a influência do senso de
coerência na autopercepção da estética dental é de grande importância na
Odontologia, como uma forma de promoção de saúde no seu mais amplo
conceito, visto que abrange aspectos sociais, psicológicos e biológicos e,
salienta-se ainda, a escassez de estudos avaliando esta temática. Assim, o
objetivo desta pesquisa foi avaliar a necessidade de tratamento ortodôntico
normativo e sua associação com o senso de coerência e a autopercepção da
estética dental em adolescentes.
Método
Estudo transversal, onde foram incluídos 103 adolescentes, na faixa
etária de 12 a 15, matriculados entre o 6º ao 9º ano do ensino fundamental II
da rede pública de ensino da cidade do Recife-PE.
Foram excluídos os adolescentes que estavam em tratamento
ortodôntico ou que já haviam realizado o mesmo, adolescentes com dentição
mista, perda dentária anterior que dificultasse a avaliação da maloclusão e com
deficiências neuropsicomotoras (referenciado pelos professores) que
comprometesse aplicação dos instrumentos.
A coleta de dados foi dividida em duas etapas. Na primeira etapa foram
coletados dados sociodemográficos, através de instrumento previamente
elaborado; a classificação sócio-econômica, através do Critério de
Classificação Econômica do Brasil (ABEP, 2013); o senso de coerência, por
meio da versão curta do questionário do Senso de Coerência (SOC 13)
(FREIRE, 2001); e a autopercepção da estética dental, através do Componente
Estético do índice de Necessidade de Tratamento Ortodôntico (AC-IOTN)
(EVANS, SHAW, 1987).
Destaca-se que o SOC13 foi validado no Brasil em adolescentes por
Freire e colaboradores (2001), e corresponde a um questionário auto
administrado com 13 perguntas, respondidas em uma escala tipo Likert de 1 a
7 pontos, na qual o número 1 correspondia ao extremo negativo, e o número 7
ao extremo positivo. Porém, em 5 questões esses valores são invertidos
69
Normas da ABNT 2014
(questões 1, 2, 3, 7 e 10) sendo necessário corrigir os valores antes de somar
todas as questões e obter o escore total que pode variar de 13 a 91 pontos.
Quanto maior o score, maior o senso de coerência.
Não existe um ponto de corte a partir no qual se considere um alto ou
baixo senso de coerência, desse modo foi considerada a mediana e os valores
acima ou abaixo da mediana foram considerados como alto ou baixo senso de
coerência, respectivamente.
O Componente Estético do Índice de necessidade de Tratamento
Ortodôntico (AC- IOTN) corresponde a uma escala de avaliação da estética
dental ilustrada por 10 fotografias coloridas numeradas. Esta escala apresenta
um grau de estética decrescente e contínuo, onde a foto 1 representa o arranjo
dentário mais estético e a foto 10, o menos estético. O adolescente deve
escolher a fotografia que mais se aproxima da sua dentição (EVANS, SHAW,
1987). Para o presente estudo, a escala foi dividida em 3 categorias: 1 (escores
de 1 a 4), o adolescente se considera com nenhuma ou pequena necessidade
de tratamento; 2 (escores 5 a 7), o adolescente se considera com uma
moderada necessidade de tratamento e 3 (escores de 8 a 10), o adolescente
se considera com grande necessidade de tratamento (LUNN et. al., 1993).
Deste modo, quando foi necessário dicotomizar a autopercepção do
adolescente, os da categoria 1 foram considerados com autopercepção positiva
e os da categoria 2 e 3 foram considerados com autopercepção negativa
(Tabela 4).
Na segunda etapa foi avaliada a necessidade de tratamento ortodôntico
por meio do Índice de Estética Dental (DAI). O exame foi realizado em sala
reservada, disponibilizada pela escola, por uma única avaliadora, especialista
em ortodontia, devidamente treinada e calibrada (kappa 0,737). O DAI possui
10 componentes, aos quais são atribuídas as pontuações e em seguida os
valores são aplicados a uma equação com pesos. O resultado da equação é o
escore total do DAI.
Diante do escore total do DAI, enquadrou-se em 4 graus diferentes:
escores menores que 25 (grau 1), adolescentes com nenhuma ou pequena
necessidade de tratamento; escores entre 26 e 30 (grau 2), adolescentes com
necessidade eletiva de tratamento ortodôntico; escores entre 31 e 35 (grau 3),
adolescentes com necessidade altamente desejável e escores maiores que 36
70
Normas da ABNT 2014
(grau 4), adolescentes com necessidade obrigatória de tratamento. No
presente estudo, foram agrupados o grau 3 e 4 (TABELA 2).
Com o objetivo de dicotomizar a necessidade de tratamento ortodôntico
do adolescente em ausente e presente, os de grau 1 foram considerados sem
necessidade de tratamento ortodôntico normativo e os de grau 2, 3 e 4 foram
considerados com necessidade de tratamento ortodôntico normativo (Tabela
4).
O DAI também foi utilizado para avaliar a presença de maloclusão, onde
os 10 itens do DAI foram dicotomizados em presente e ausente, objetivando
estabelecer a prevalência dos tipos de maloclusão na população estudada
(Tabela 2).
Com a intenção de investigar a influência do SOC na autopercepção da
estética dental em adolescentes com e sem necessidade de tratamento
ortodôntico, foram criados quatro grupos: 1- adolescentes sem necessidade de
tratamento ortodôntica normativa e autopercepção positiva, 2- adolescentes
sem necessidade de tratamento normativa e autopercepção negativa, 3
adolescentes com necessidade de tratamento normativa e autopercepção
positiva e 4 adolescentes com necessidade de tratamento normativa e
autopercepção negativa (Tabela 5).
Durante a avaliação o adolescente permaneceu sentado em frente à
examinadora, devidamente paramentada com equipamentos de proteção
individual. Foram utilizadas sondas periodontais do tipo CPI (Community
Periodontal Index) esterilizadas para aferição dos critérios de diagnóstico do
índice DAI, e abaixadores de língua de madeira para afastamento das
bochechas, sendo a fonte de luz natural (GABIN et al., 2010).
O projeto foi aprovado pelo ao Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade de Pernambuco – UPE (parecer 705.682) e conduzido de acordo
com a Resolução n.º 466/2012 da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.
Todos os adolescentes participantes entregaram os termos de consentimento e
assentimento assinados.
A análise dos dados foi realizada utilizando o programa SPSS (Statistical
Package for the Social Sciences) na versão 21 e submetidos à analise
estatística por meio do teste Qui-quadrado de Pearson ou o teste Exato de
Fisher, com margem de erro de 5%.
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Normas da ABNT 2014
Resultados
Na Tabela 1 são descritos os resultados relativos aos dados de
caracterização. Destaca-se que a maioria da população (57,3%) foi composta
por adolescentes do gênero masculino, com 12 anos de idade (43,7%), que
cursavam o 6 ano do ensino fundamental II (30,1%) e de classe
socioeconômica “C” (64,1%).
Tabela 1 – Distribuição dos adolescentes analisados segundo os dados de caracterização
Variável n % TOTAL 103 100,0
Série
6 31 30,1 7 30 29,1 8 20 19,4 9 22 21,4
Idade 12 45 43,7 13 30 29,1 14 19 18,4 15 9 8,7
Sexo Masculino 59 57,3 Feminino 44 42,7
Nível socioeconômico A e B 25 24,3 C 66 64,1 D e E 12 11,7
Na tabela 2 verifica-se que 35% dos adolescentes apresentaram
necessidade de tratamento altamente desejável ou obrigatória, a prevalência
de necessidade de tratamento ortodôntico foi de 53,4% (grau 2, 3 e 4 do DAI),
sendo o apinhamento dental a alteração mais observada (68,9%), 66,0%
apresentaram relação de meia classe II ou meia classe III, e a perda dentária
esteve presente em 6,8% da amostra. Com relação à autopercepção da
estética dental (IOTN), 89,3% da amostra relatou nenhuma ou pouca
necessidade de tratamento ortodôntico.
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Normas da ABNT 2014
Tabela 2 – Distribuição dos adolescentes analisados segundo os dados relacionados com o DAI
Variável N % TOTAL 103 100,0
DAÍ
Grau 1 - Não há necessidade de tratamento 48 46,6 Grau 2 - Há necessidade eletiva de tratamento 19 18,4 Grau 3 e 4 - Há necessidade altamente desejável ou obrigatória de tratamento 36 35,0
Perda dentária Sim 7 6,8
Não 96 93,2
Presença de apinhamento Sim 71 68,9 Não 32 31,1
Presença de espaços entre os dentes anteriores Sim 46 44,7 Não 57 55,3
Diastema, espaço entre os dois incisivos centrais superiores Sim 27 26,2 Não 76 73,8
Desalinhamento dos dentes na maxila Sim (> 1 mm) 41 39,8 Não (Até 1 mm) 62 60,2
Desalinhamento dos dentes na mandíbula Sim (> 1 mm) 18 17,5 Não (Até 1 mm) 85 82,5
Overjet maxilar Sim 54 52,4 Não 49 47,6
Overjet mandibular Sim 6 5,8 Não 97 94,2
Mordida aberta anterior Sim 14 13,6 Não 89 86,4
Relação de molares no sentido ântero-posterior Classe II e III (Má oclusão) 68 66,0 Classe I (Oclusão normal) 35 34,0
Escala de autopercepção da estética dental categorizada (IOTN)
Nenhuma ou pequena necessidade 92 89,3 Moderada necessidade 6 5,8 Grande necessidade 5 4,9
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Normas da ABNT 2014
Na Tabela 3 são apresentadas as associações entre os dados
sociodemográfico, o senso de coerência (SOC) e o DAÍ. Não foram verificadas
associações entre o SOC e as variáveis analisadas (p > 0,05).
Tabela 3 – Avaliação do escore total do SOC segundo os dados de caracterização
Escore total do SOC Variável SOC baixo SOC alto TOTAL Valor de p n % n % n %
Grupo Total 56 54,4 47 45,6 103 100,0
Idade (em anos) p(1) = 0,730 12 a 13 40 53,3 35 46,7 75 100,0 14 a 15 16 57,1 12 42,9 28 100,0
Sexo p(1) = 0,975 Masculino 32 54,2 27 45,8 59 100,0 Feminino 24 54,5 20 45,5 44 100,0
Nível socioeconômico p(1) = 0,238 A e B 17 68,0 8 32,0 25 100,0 C 34 51,5 32 48,5 66 100,0 D e E 5 41,7 7 56,3 12 100,0
Escala de autopercepção da estética dental categorizada p(2) = 1,000
Nenhuma ou pequena necessidade 50 54,3 42 45,7 92 100,0
Moderada necessidade
3 50,0 3 50,0 6 100,0
Grande necessidade 3 60,0 2 40,0 5 100,0
(1): Através do teste Qui-quadrado de Pearson. (2): Através do teste Exato de Fisher.
Ao se avaliar a associação entre DAI e o IOTN, observou-se que o
percentual com autopercepção negativa da estética dental foi mais elevado
entre os adolescentes classificados com necessidade de tratamento do que
entre os classificados sem necessidade de tratamento ortodôntico (16,4% x
4,2%), constatando-se associação significativa entre as duas variáveis
analisadas (p < 0,05) (TABELA 4).
74
Normas da ABNT 2014
Tabela 4 – Avaliação do IOTN segundo o DAI
Autopercepção do paciente (IOTN) Dentista considera paciente (DAÍ) Positiva Negativa TOTAL Valor de p N % N % n %
Sem necessidade tratamento 46 95,8 2 4,2 48 100,0 p (1) = 0,046* Com necessidade de tratamento 46 83,6 9 16,4 55 100,0 Grupo total 92 89,3 11 10,7 (*): Associação significativa a 5%. (1): Através do teste Qui-quadrado de Pearson.
Na Tabela 5 são apresentados os resultados da avaliação do SOC seguindo a
combinação de DAI/IOTN, onde não foi observada associação (p > 0,05).
Tabela 5 – Avaliação do SOC segundo a combinação do DAI e IOTN
SOC DAÍ/IOTN SOC Baixo SOC Alto TOTAL Valor de p n % N % n %
1-Adolescentes sem necessidade de tratamento ortodôntica normativa e autopercepção positiva 28 60,9 18 39,1 46 100,0 p (1) = 0,694
2-Adolescentes sem necessidade de tratamento normativa e autopercepção negativa 1 50,0 1 50,0 2 100,0
3-Adolescentes com necessidade de tratamento ortodôntica normativa e autopercepção positiva 22 47,8 24 52,2 46 100,0
4-Adolescentes com necessidade de tratamento ortodôntica normativa e autopercepção negativa 5 55,6 4 44,4 9 100,0
Grupo total 56 55,4 47 45,6 103 100,0 (1): Através do teste Exato de Fisher.
Discussão
A prevalência de necessidade de tratamento ortodôntico encontrada
nesta pesquisa foi maior que a verificada no último levantamento nacional de
saúde bucal, tanto em nível nacional, quanto para a região nordeste, sendo,
respectivamente, 53,4% x 38,8% x 41,3% (SB BRASIL, 2010). Salienta-se que,
no presente estudo, a necessidade de tratamento altamente desejável ou
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Normas da ABNT 2014
obrigatória também foi maior do que a observada no levantamento nacional,
35% e 22,4%, respectivamente, sugerindo que estas condições as quais
requerem tratamento imediato deveriam ser uma prioridade em termos de
Saúde Pública.
Dados semelhantes de necessidade de tratamento ortodôntico para as
mesmas faixas etárias foram encontrados em outros estudos brasileiros
(CLAUDINO, TRAEBERT, 2013; Paula Jrª et al., 2011), bem como em outros
países, no Iran (Danaei, Salehi, 2010), na Africa do Sul (Maumela, Hlongwa,
2012) e na Espanha (Almerich-Silla et. al., 2014). Percentuais tão altos de necessidade de tratamento ortodôntico, tanto no
Brasil, como em outros países corroboram para o entendimento de que esta
necessidade além de afetar grande parte da população mundial, onde os
percentuais são próximos da metade dos adolescentes, constituem, também,
um sério problema de saúde pública (FREITAS, 2014).
Em relação à caracterização das maloclusões, observou-se poucos
casos de perda dentária de pré-molares, caninos e incisivos entre a população
do estudo, assim como verificado em outros estudos brasileiros (Moura et al.,
2013; Claudino, Traebert, 2013; SB Brasil, 2010). Vale salientar, no entanto,
que o DAI só considera esses elementos anteriores como perdas dentárias, o
que pode ser considerado como uma limitação deste instrumento de coleta,
pois foram encontrados adolescentes com perdas de primeiros molares
permanentes que não puderam ser consideradas.
A alteração oclusal mais observada na população estudada foi o
apinhamento dos dentes anteriores em um ou em ambos os arcos. Estes
dados corroboram com os achados de Vellappally et. al. (2014) e Claudino,
Traebert (2013). A alteração oclusal menos encontrada foi o overjet
mandibular, fato que também foi observado por Vellappally et. al. (2014).
Quanto a autopercepção, a maioria dos adolescentes pesquisados
(89,3%) considerou que não necessitavam de tratamento ortodôntico ou havia
uma pequena necessidade. Este resultado demostrou um alto grau de
satisfaçao com a estética do sorriso entre os adolescentes, assim como o
encontrado por Puertes-Fernández et al. (2010), Gururatana et al. (2011) e
Almerich-Silla et. al.(2014).
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Normas da ABNT 2014
Diversas publicações (AGOU et al. 2008, BADRAN 2010, De BAETS et
al. 2011, FEU et al. 2012, JUNG et al.2010, DANAEI, SALEHI, 2010, JR et al.
2011, PERES et al. 2008, TESSAROLLO et al. (2011), NAGARAJAN,
PUSHPANJALI, 2010), já investigaram a associação entre a necessidade de
tratamento ortodôntico normativa e a autopercepção da estética bucal pelos
adolescentes. Algumas pesquisas demonstraram que adolescentes tem a
tendência natural de serem menos críticos em relação às maloclusões quando
comparados aos aspectos normativos de diagnóstico (AJAYI, 2011; BADRAN
et al., 2010 e SPALJ et al. 2010). Tais achados corroboram com resultados
desta pesquisa, pois entre os adolescentes que tinha uma necessidade
normativa de tratamento, 83,6% apresentaram uma autopercepção positiva do
sorriso. Salienta-se que a diferença entre os grupos foi significativa e que,
apesar dos adolescentes perceberem a necessidade de tratamento ortodôntico,
estes são pouco críticos em relação a sua estética dental quando comparados
com os critérios normativos.
Freitas (2014) também encontrou resultados semelhantes. Pois, apesar
de o índice de necessidade de tratamento ter sido em torno de 53,2%, a
autopercepção positiva da necessidade de tratamento foi de 77,1%, apesar
disso, Danaei, Salehi, (2010) encontraram uma correlação positiva entre a
necessidade de tratamento ortodôntico normativa e autopercebida, entre
adolescentes de 12 -15 anos e que os escores do DAI podem prever a
autopercepção de necessidade de tratamento do adolescente.
Quanto ao senso de coerência, apesar de a literatura referir que o
mesmo é fortemente relacionado à saúde percebida, que quanto mais forte o
SOC melhor a saúde geral percebida e que esta relação pode ser observada
em diferentes desenhos de estudo, independe de variáveis como idade, gênero
e etnia (Eriksson e Lindström, 2006). Na presente pesquisa não foram
encontradas associações significativas entre a autopercepção da estética
dental e o senso de coerência. Esperava-se um baixo SOC nos adolescentes
sem necessidade de tratamento normativa e autopercepção negativa e um alto
SOC nos adolescentes com necessidade de tratamento normativa e
autopercepção positiva.
É importante enfatizar que alguns autores têm afirmado que a
adolescência é o período mais adequado para o estudo dos fatores contextuais
77
Normas da ABNT 2014
que internferem no SOC (Evans et al., 2010; Marsh et al., 2007; Honkinen et
al., 2009) e, segundo Antonovsky (1987,1996), aqueles com forte SOC
tendem a adotar uma visão mais positiva e otimista na vida, apresentando uma
maior auto-estima. Esta correlação positiva foi observada no estudo de Babran
(2010), onde os indivíduos que se perceberam tendo um grande necessidade
de tratamento ortodôntico foram aqueles que tinham uma baixa auto-percepção
de estética bucal e baixa auto-estima.
O presente estudo também não encontrou associação entre o SOC e a
faixa etária e o gênero. No entanto, MOKSNES et al., 2012 e NIO, 2010
afirmam que as meninas tendem a apresentar respostas emocionais mais
negativas, como ansiedade e depressão, quando comparadas aos meninos e
esta explicação é refletida nos escores significativamente mais baixos de
meninas em vários domínios de percepção de saúde e do senso de coerência.
Esta divergência pode ser explicada pelo fato desta pesquisa ser um estudo
preliminar, com uma amostra reduzida e que, apesar de ter o objetivo de testar
a metodologia e os critérios de análise de dados, demonstra uma limitação
para a avaliação de alguns resultados.
Não foi observada associação significativa entre o SOC e o nível
socioeconômico, o que corrobora com os achados de Bernabé et al. (2009) que
avaliaram a influência do senso de coerência e do nível sócioeconômico na
infância e na vida adulta em comportamentos relacionados à saúde bucal.
Esses comportamentos foram mediados principalmente pelo nível
socioeconômico do adulto e menos pelo SOC. Por outro lado, o SOC mais forte
foi significativamente associado a melhores comportamentos relacionados à
saúde bucal de adultos, depois de controlar estatisticamente o efeito do nível
socioeconômico do adulto e características demográficas dos participantes.
A literatura demonstra que o senso de coerência já foi investigado
avaliando-se a sua associação com a saúde bucal (Baker et al., 2010;
Lindmark et al., 2011; Bernabe et al., 2012; Nammontri et al..2013 ) e com a
autopercepção de problemas de saúde geral (Gauffin et al.,2010 e Riad et al.,
2013, ). Porém não há estudos sobre o senso de coerência e a autoperceção
da estética dental e necessidade de tratamento ortodôntico. Como visto, a
prevalência de necessidade de tratamento ortodôntico é alta na adolescência e
a estética assume grande importância nesta fase de busca de identidade e
78
Normas da ABNT 2014
autoafirmação. Assim, investigar o quanto esses adolescentes percebem essa
necessidade e quais deles apresentam menos recusos psicossocias (baixo
SOC) para enfrentar os agentes estressores é de fundamental importância para
nortear os gestores e desenvolver critérios subjetivos, que juntamente com os
critérios normativos, possam eleger os adolescentes com maior prioridade de
tratamento.
Dessa forma, o presente estudo foi relevante, visto que proporcionou
uma abordagem inédita relacionando o senso de coerência e a autopercepção
da estética dental, colhendo os primeiros resultados para subsidiar a realização
de um estudo maior.
Conclusões
Os resultados deste estudo demonstraram que a maioria dos
adolescentes necessita de tratamento ortodôntico, que o apinhamento dos
dentes anteriores é a alteração oclusal mais frequente e que existe uma
associação significativa entre a necessidade de tratamento ortodôntico e a
autopercepção da estética dental pelos adolescentes. Quanto ao senso de
coerência, não foi observada associação com a faixa etária, gênero, classe
socioeconômica
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Orthodontics. 2010;32:638–44.
85
Normas da ABNT 2014
6.2 ARTIGO 3
Senso de Coerência e sua influência sobre a autopercepção da estética
dental pelo adolescente.
Aline Cavalcanti da Costa1- Universidade de Pernambuco (UPE), Recife,
Pernambuco (PE) Brasil. E-mail: [email protected].
Fabrícia Soares Rodrigues - Universidade de Pernambuco (UPE), Recife,
Pernambuco (PE) Brasil. E-mail: [email protected].
Priscila prosini da Fonte3- Universidade de Pernambuco, Recife, Pernambuco
(PE) Brasil. E-mail: [email protected]
Valdeci Elisa dos Santos Júnior4- Universidade de Pernambuco, Recife,
Pernambuco (PE) Brasil. E-mail: [email protected]
Aronita Rosenblatt5- Universidade de Pernambuco, Recife, Pernambuco (PE)
Brasil. E-mail : [email protected]
Mônica Vilela Heimer6- Universidade de Pernambuco, Recife, Pernambuco
(PE) Brasil. E-mail: [email protected].
1Autor correspondente
Resumo
Introdução: O senso de coerência (SOC) é o constructo central da teoria
salutogênica, sendo considerado um fator psicossocial capaz de influenciar a
percepção da saúde, melhorar a capacidade de gestão da vida e a
identificação e mobilização de recursos para a resolução eficaz dos problemas,
proporcionando a promoção de saúde e a qualidade de vida. O estudo foi
conduzido com o objetivo de investigar a influência do senso de coerência
sobre a autopercepção da estética dental pelos adolescentes Métodos: Foi
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Normas da ABNT 2014
realizado um estudo epidemiológico transversal com 625 adolescentes, de
ambos os sexos, com idades entre 12 e 15 anos. As informações coletadas
abrangeram dados sociodemográficos, classificação econômica, avaliação do
autopercepção da estética dental, do senso de coerência e da necessidade de
tratamento ortodôntico. A análise estatística envolveu técnicas descritivas e
inferêncial como teste Qui-quadrado de Pearson ou o Exato de Fisher, o teste
de Kruskal-Wallis e a regressão linear múltipla. A avaliação do grau da
correlação entre variáveis numéricas foi realizada através do coeficiente de
correlação de Spearman e do teste t-Student, todos com um nível de
significância de 5%. Resultados: Os adolescentes sem necessidade de
tratamento ortodôntico e autopercepção negativa apresentaram um percentual
menor de senso de coerência alto (40%) e OR 1,41 (1,11 a 1,80). Já o SOC
elevado apresentou um maior percentual entre os adolescentes sem
necessidade de tratamento ortodôntico e autopercepção positiva (56,5%)
(p=0,033). A regressão linear múltipla do SOC, em função das variáveis
independentes idade, sexo e autopercepção, demonstraram que as variáveis
idade (p=0,007) e autopercepção (p= 0,001), se relacionam com o SOC de
forma inversa ou seja, um maior SOC está relacionado a um menor idade e a
um menor valor numérico de autopercepção (autopercepção positiva)
Conclusões: O SOC tem influência sobre a autopercepção da estética dental,
adolescentes com um alto senso de coerência possuem uma percepção
positiva da estética dental, mesmo na presença de maloclusões.
Descritores: Senso de coerência; autopercepção; estética dentária;
adolescente.
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Normas da ABNT 2014
Introdução
A maioria dos adolescentes possui uma percepção boa ou ótima tanto
sobre saúde geral como saúde bucal, porém tornam–se mais rigorosos quanto
à percepção da saúde bucal, pois estão envolvidos aspectos afetivos, estéticos
e sociais[1].
A aparência dental pode ter um impacto social negativo em um
indivíduo. Estudantes adolescentes com uma alta necessidade de tratamento
ortodôntico e que percebem essa necessidade sofrem de baixa autoestima,
evitam sorrir para esconder os seus dentes, relatam sofrer bulling sobre a
aparência de seus dentes e acreditam que ter dentes retos melhora a
popularidade e sucesso na vida [2].
O fator mais importante que determina a necessidade de tratamento
ortodôntico é a autopercepção de uma beleza própria. Essa percepção pode
ser influenciada pelas características culturais e étnicas, bem como pelas
normas de atratividade dental. Indivíduos não atraentes podem ver a si
mesmos como menos eficazes em situações sociais do que os seus
homólogos atraentes[3].
De acordo com Baker et. al. [4], o senso de coerência (SOC) destaca-se
entre os fatores psicossociais que ajudam a explicar como a saúde bucal
impacta o bem estar. O indivíduo com um Senso de Coerência forte percebe o
mundo como mais compreensível, significativo e gerenciável, prevê menos
sintomas, impactos funcionais, possui melhores percepções de saúde e
qualidade de vida. Tais resultados suportam teoria salutogênica de Antonovsky
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Normas da ABNT 2014
(1979), na qual o senso de coerência influência a saúde, através de mudanças
comportamentos.
Segundo Antonovsky [5], o SOC é uma orientação global e os indivíduos
com um forte SOC tendem a ser mais saudáveis, relatam um equilíbrio
favorável, tendem a sentir mais o controle de suas vidas, desfrutam de mais e
melhores relações sociais, adotam uma perspectiva mais positiva e otimista,
têm maior autoestima e lidam com sucesso com os estressores da vida.
Sendo o SOC um fator psicossocial capaz de influenciar a percepção da
saúde e que a autopercepção negativa da estética dental pode interferir nas
relações sociais dos adolescentes e na sua autoestima, o presente estudo teve
por objetivo investigar o senso de coerência e sua influencia sobre a
autopercepção da estética dental pelos adolescentes.
Método
Trata-se de um estudo transversal, onde foram incluídos 625
adolescentes, na faixa etária de 12 a 15 anos, matriculados entre o 6º ao 9º
ano do ensino fundamental II da rede pública de ensino da cidade do Recife-
PE.
Para o cálculo amostral utilizou-se a prevalência de maloclusão para a
região Nordeste (41,5%) [6]. Baseou-se em um universo de 13.750 escolares,
de acordo com a lista fornecida pela Secretaria Municipal de Educação, um
intervalo de confiança de 95%, um erro de 5% e um efeito de desenho (DEFF)
de 1.5. Desta forma, a amostra mínima necessária foi de 543 estudantes,
porém, para compensar possíveis perdas, foi acrescido 20%, resultando numa
amostra final de 652 adolescentes
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Normas da ABNT 2014
Foram excluídos os adolescentes que estavam em tratamento
ortodôntico ou que já haviam realizado, com dentição mista, perda dentária
anterior que dificultassem a avaliação da maloclusão e com deficiências
neuropsicomotoras (referenciado pelos professores) que comprometesse
aplicação dos instrumentos.
A coleta de dados foi realizada no mês de Julho a Novembro de 2014.
Foram coletados dados sociodemográficos, através de instrumento
previamente elaborado; a classificação sócio-econômica, através do Critério de
Classificação Econômica do Brasil[7]; o senso de coerência, por meio da
versão curta do questionário do Senso de Coerência (SOC 13) [8]; e a
autopercepção da estética dental, através do Componente Estético do índice
de Necessidade de Tratamento Ortodôntico (AC-IOTN) [9] e do questionário
“Oral Aesthetic Subjective Impact Scale” (OASIS) [10].
O SOC13 foi validado no Brasil em adolescentes por Freire e
colaboradores [8] e corresponde a um questionário auto administrado com 13
perguntas, respondidas em uma escala tipo Likert de 1 a 7 pontos, na qual o
número 1 correspondia ao extremo negativo, e o número 7 ao extremo positivo,
porém, em 5 questões esses valores são invertidos (questões 1, 2, 3, 7 e 10)
sendo necessário corrigir os valores antes de somar todas as questões e obter
o escore total, que pode variar de 13 a 91 pontos. Quanto maior o score, maior
o senso de coerência. Não existe um ponto de corte a partir do qual se
considere um alto ou baixo senso de coerência, deste modo, valores acima ou
abaixo da mediana foram considerados, respectivamente, como alto ou baixo
senso de coerência.
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Normas da ABNT 2014
O Componente Estético do Índice de necessidade de Tratamento
Ortodôntico (AC- IOTN) corresponde a uma escala de avaliação da estética
dental ilustrada por 10 fotografias coloridas numeradas. Esta escala apresenta
um grau de estética decrescente e contínuo, onde a foto 1 representa o arranjo
dentário mais estético e a foto 10, o menos estético. O adolescente deve
escolher a fotografia que mais se aproxima da sua dentição [9]. Para o
presente estudo, a escala foi dividida em 3 categorias: 1 (escores de 1 a 4), o
adolescente se considera com nenhuma ou pequena necessidade de
tratamento; 2 (escores 5 a 7), o adolescente se considera com uma moderada
necessidade de tratamento e 3 (escores de 8 a 10), o adolescente se considera
com grande necessidade de tratamento [11].Deste modo, quando foi
necessário dicotomizar a autopercepção do adolescente, os da categoria 1
foram considerados com autopercepção positiva e os da categoria 2 e 3 foram
considerados com autopercepção negativa.
O questionário Aesthetic Subjective Impact Score (OASIS) é composto
por 5 perguntas sobre preocupações e autopercepção da aparência dental e
cada reposta equivale a uma determinada pontuação através de uma escala
tipo Likert. Esta pontuação pode alcançar um escore máximo de 35 pontos e
quanto maior o valor final, mais negativa a percepção da estética dental o
indivíduo possui.
A necessidade de tratamento ortodôntico foi avaliada por meio do Índice
de Estética Dental (DAI) [12] de acordo com os critérios da OMS [13]. O exame
clínico foi realizado em sala reservada, disponibilizada pela escola, por uma
única avaliadora, especialista em ortodontia, devidamente treinada e calibrada
(kappa 0,737). Durante a avaliação o adolescente permaneceu sentado em
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Normas da ABNT 2014
frente à examinadora, devidamente paramentada. Foram utilizadas sondas
periodontais do tipo CPI (Community Periodontal Index) para aferição dos
critérios de diagnóstico do índice DAI e abaixadores de língua de madeira para
afastamento das bochechas, sendo a fonte de luz natural [14]. O DAI possui 10
componentes, aos quais são atribuídas as pontuações e em seguida os valores
são aplicados a uma equação com pesos. O resultado da equação é o escore
total do DAI que pode se enquadrar em 4 graus diferentes: escores menores
que 25 (grau 1), adolescentes com nenhuma ou pequena necessidade de
tratamento; escores entre 26 e 30 (grau 2), adolescentes com necessidade
eletiva de tratamento ortodôntico; escores entre 31 e 35 (grau 3),
adolescentes com necessidade altamente desejável e escores maiores que 36
(grau 4), adolescentes com necessidade obrigatória de tratamento. Com o
objetivo de dicotomizar a necessidade de tratamento ortodôntico do
adolescente em ausente e presente, os de grau 1 foram considerados sem
necessidade de tratamento ortodôntico normativo e os de grau 2, 3 e 4 foram
considerados com necessidade de tratamento ortodôntico normativo.
A análise dos dados foi realizada utilizando o programa SPSS
(Statistical Package for the Social Sciences) na versão 21, com margem de
erro de 5%. Para verificar a presença de associação entre variáveis
categóricas foi utilizado os testes Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher.
Para avaliar a força da associação foi obtido o Odds Ratio (OR) ou Razão entre
Chances (RC), com respectivo intervalo de confiança. Para a comparação
entre as categorias, em relação á variável numérica, foi utilizado o teste
estatístico de Kruskal-Wallis e no caso de diferença significativa foram
utilizados testes de comparações múltiplas do referido teste. A avaliação do
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Normas da ABNT 2014
grau da correlação entre variáveis numéricas foi realizada através do
coeficiente de correlação de Spearman e o teste t-Student específico para a
hipótese de correlação nula. Para verificar a influência do SOC em relação às
variáveis independentes idade, sexo, IOTN e escore OASIS foi ajustado um
modelo regressão linear múltipla.
O projeto foi aprovado pelo ao Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade de Pernambuco-UPE (CAAE 27434914300005207). Todos os
participantes expressaram seu consentimento mediante leitura e assinatura dos
termos consentimento e assentimento livre e esclarecido.
Resultados
Quanto à caracterização da amostra verificou-se que a maioria dos
adolescentes tinha entre 12 (34,3%) e 13 anos (33,5%), era do sexo feminino
(62,4%), pertencia a classe “C” (71,2%) e o grau de escolaridade do chefe da
família se concentrou entre o fundamental I incompleto (22,8%) e o fundamental
II incompleto (27,6%).
Na Tabela 1 verifica-se que, de acordo com o DAI, 48,8% dos
adolescentes apresentaram necessidade de tratamento ortodôntico; a maioria
(87,0%) se considerou com nenhuma ou pequena necessidade de tratamento,
segundo a autopercepção pelo IOTN; e 52,7% relataram uma autopercepção
negativa da estética dental través do OASIS. Subdividindo-se os que tinham
SOC baixo e SOC alto, os percentuais das referidas categorias foram 49,9% e
50,1% respectivamente.
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Normas da ABNT 2014
Tabela 1 – Necessidade de tratamento (DAI), autopercepção (IOTN e OASIS) e
senso de coerência (SOC)
Variável N % TOTAL 615 100,0
Necessidade de tratamento normativo (DAI em 4 categorias) Nenhuma ou pequena necessidade de tratamento 315 51,2 Necessidade eletiva de tratamento 146 23,7 Necessidade altamente desejável de tratamento 85 13,8 Necessidade obrigatória de tratamento 69 11,2
Necessidade de tratamento ortodôntico (DAI dicotomizado) Sem necessidade de tratamento ortodôntico 315 51,2 Com necessidade de tratamento ortodôntico 300 48,8
Autopercepção da necessidade de tratamento (IOTN) 1 a 4 (Nenhuma ou pequena necessidade) 535 87,0 5 a 7 (Moderada necessidade) 46 7,5 8 a 10 (Grande necessidade) 34 5,5
Escala de autopercepção da estética dental (OASIS) Negativa 324 52,7 Positiva 291 47,3
Senso de coerência (SOC) Baixo 307 49,9 Alto 308 50,1
Através da avaliação do DAI com IOTN foi possível verificar que quase
40% dos adolescentes com necessidade de tratamento ortodôntico
apresentavam uma autopercepção positiva da estética dental. Através da
avaliação do DAI + OASIS verificou-se que mais de 20% dos adolescentes sem
necessidade de tratamento ortodôntico apresentaram uma autopercepção
negativa da estética dental (TABELA 2).
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Normas da ABNT 2014
Tabela 2 –DAI com IOTN e necessidade de tratamento ortodôntico pelo DAI com
autopercepção pelo OASIS.
Variável n % TOTAL 625 100,0
Combinação DAI + IOTN
Sem necessidade de tratamento ortodôntico + Autopercepção positiva 291 47,3 Com necessidade de tratamento ortodôntico + Autopercepção negativa 56 9,1 Sem necessidade de tratamento ortodôntico+ Autopercepção negativa 24 3,9 Com necessidade de tratamento ortodôntico + Autopercepção positiva 244 39,7
Combinação DAI + OASIS Sem necessidade de tratamento ortodôntico + Autopercepção positiva 175 28,5 Com necessidade de tratamento ortodôntico + Autopercepção negativa 184 29,9 Com necessidade de tratamento ortodôntico + Autopercepção positiva 116 18,9 Sem necessidade de tratamento ortodôntico + Autopercepção negativa 140 22,8
Não foi observada associação entre o SOC e as variáveis
sociodemográficas (TABELA 3)
Tabela 3 – Avaliação do senso de coerência (SOC) segundo os dados sócio
demográficos
Senso de coerência Variável Alto Baixo TOTAL Valor de p OR (IC à 95%) n % n % n %
Grupo Total 308 50,1 307 49,9 615 100,0
Idade (em anos)
12 115 54,5 96 45,5 211 100,0 p(1) = 0,333 1,17 (0,89 a 1,54) 13 103 50,0 103 50,0 206 100,0 1,07 (0,81 a 1,42) 14 56 44,8 69 55,2 125 100,0 0,96 (0,70 a 1,32) 15 34 46,6 39 53,4 73 100,0 1,00
Sexo Masculino 127 55,0 104 45,0 231 100,0 p(1) = 0,060 1,17 (1,00 a 1,37) Feminino 181 47,1 203 52,9 384 100,0 1,00
Escolaridade do chefe da família
Até fundamental I incompleto 68 48,6 72 51,4 140 100,0 p(1) = 0,892 1,00 Fundamental II incompleto 83 48,8 87 51,2 170 100,0 1,01 (0,80 a 1,26) Fundamental completo 74 50,3 73 49,7 147 100,0 1,04 (0,82 a 1,31) Médio/ Superior 83 52,5 75 47,5 158 100,0 1,08 (0,86 a 1,36)
Nível socioeconômico A e B 59 54,1 50 45,9 109 100,0 p(1) = 0,527 1,19 (0,87 a 1,62) C 218 49,8 220 50,2 438 100,0 1,09 (0,83 a 1,44) D e E 31 45,6 37 54,4 68 100,0 1,00
(1): Através do teste Qui-quadrado de Pearson.
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Normas da ABNT 2014
Observou-se uma associação significativa entre o SOC com OASIS e entre o
SOC e a combinação do DAI + OASIS. Para as referidas variáveis se destaca
que o percentual com SOC alto foi maior entre os pesquisados que tinham
OASIS positivo em relação aos que tinham OASIS negativo (54,3% x 46,3%).
Os adolescentes sem necessidade de tratamento ortodôntico e autopercepção
negativa apresentaram um percentual menor de senso de coerência alto (40%).
Já o SOC alto apresentou um maior percentual entre os adolescentes sem
necessidade de tratamento ortodôntico e autopercepção positiva (56,5%). Na
avaliação da força de associação, as chances de ter um senso de coerência
alto são maiores no referido grupo: OR 1.41 (1,11 a 1,80).
Tabela 4 – Avaliação do senso de coerência (SOC) autopercepção IOTN e OASIS, e combinações DAI/IOTN e DAI/OASIS Senso de coerência Variável Alto Baixo TOTAL Valor de p OR (IC à 95%) n % n % N %
Grupo Total 308 50,1 307 49,9 615 100,0
IOTN (3 categorias)
Nenhuma/ Pequena 271 50,7 264 49,3 535 100,0 p(1) = 0,723 1,15 (0,78 a 1,69) Moderada 22 47,8 24 52,2 46 100,0 1,08 (0,67 a 1,76) Grande 15 44,1 19 55,9 34 100,0 1,00
IOTN (dicotomizado) Autopercepção positiva 271 50,7 264 49,3 535 100,0 p(1) = 0,462 1,10 (0,85 a 1,41) Autopercepção negativa 37 46,3 43 53,8 80 100,0 1,00
DAI + IOTN Sem necessidade de tratamento+ Autopercepção positiva 148 50,9 143 49,1 291 100,0 p(1) = 0,208 1,00
Sem necessidade de tratamento + Autopercepção negativa 7 29,2 17 70,8 24 100,0 0,57 (0,30 a 1,08)
Com necessidade de tratamento+ Autopercepção positiva 123 50,4 121 49,6 244 100,0 0,99 (0,84 a 1,17)
Com necessidade de tratamento + Autopercepção negativa 30 53,6 26 46,4 56 100,0 1,05 (0,81 a 1,38)
OASIS
Negativo (>= mediana) 150 46,3 174 53,7 324 100,0 p(1) = 0,048* 1,00 Positivo (< mediana) 158 54,3 133 45,7 291 100,0 1,17 (1,00 a 1,37)
DAI + OASIS Sem necessidade de trat. (DAI) + Autopercepção negativa 56 40,0 84 60,0 140 100,0 p(1) = 0,033* 1,00
Sem necessidade de trat. (DAI) + Autopercepção positiva
99 56,6 76 43,4 175 100,0 1,41 (1,11 a 1,80)
Com Necessidade de trat. (DAI)+ Autopercepção negativa
94 51,1 90 48,9 184 100,0 1,28 (1,00 a 1,64)
Com Necessidade de trat. (DAI)+ Autopercepção positiva
59 50,9 57 49,1 116 100,0 1,27 (0,97 a 1,67)
(*): Associação significativa ao nível de 5,0%. (1): Através do teste Qui-quadrado de Pearson.
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Normas da ABNT 2014
Na Tabela 5 é possível observar a associação entre o SOC e a variável DAI
+ OASIS e para a referida situação se verifica, na comparação múltipla entre os
pares, uma diferença significativa entre os grupos “sem necessidade de
tratamento + autopercepção negativa” e “sem necessidade de tratamento e
autopercepção positiva”, demonstrando que a média do SOC foi menor no
primeiro grupo. Os testes de comparações múltiplas mostraram diferenças
significativas da idade 12 anos com 14 e com 15 anos; a média do SOC foi
menos elevada no sexo feminino do que masculino, entretanto sem diferença
significativa.
Tabela 5 –SOC segundo as combinações DAI + IOTN, DAI + OASIS, idade e sexo. Média ± DP (Mediana) DAI + IOTN Sem necessidade de trat. (DAI) + Autopercepção positiva 54,71 ± 9,94 (54,00) Sem necessidade de trat. (DAI) + Autopercepção negativa 50,08 ± 8,80 (48,00) Com necessidade de trat. (DAI) + Autopercepção positiva 53,82 ± 10,09 (54,00) Com necessidade de trat. (DAI) + Autopercepção negativa 54,70 ± 12,79 (56,00) Valor de p p(1) = 0,121 DAI + OASIS Sem necessidade de trat. (DAI) + Autopercepção negativa 52,55 ± 9,28 (52,00) (A)
Sem necessidade de trat. (DAI) + Autopercepção positiva 55,81 ± 10,20 (54,00) (B) Com necessidade de trat. (DAI) + Autopercepção negativa 53,54 ± 10,80 (54,00) (AB) Com necessidade de trat. (DAI)+ Autopercepção positiva 54,68 ± 10,36 (54,00) (AB) p(1) = 0,045* Idade 12 55,50 ± 10,41 (55,00) (A) 13 54,62 ± 10,89 (53,50) (AB) 14 52,22 ± 9,62 (52,00) (B) 15 52,45 ± 8,40 (53,00) (B) Valor de p p (1) = 0,025* Sexo Masculino 54,80 ± 10,23 (54,00)
Feminino 53,80 ± 10,28 (53,00) Valor de p p (1) = 0,104 (*): Diferença significativa ao nível de 5,0%. (1): Através do teste Kruskal Wallis com comparações do referido teste.
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Normas da ABNT 2014
A tabela 6 demonstra que a correlação entre a escala de senso de
coerência com a idade, o IOTN e o OASIS foi negativa, indicando uma relação
inversa, ou seja, quanto mais alto o senso de coerência, menor a idade do
adolescente e menor os valores numéricos do OASIS e do IOTN
(autopercepção positiva). Observou-se associação com a idade e com o OASIS.
Tabela 6 – Correção entre o SOC com idade e escalas de autopercepção IOTN
e OASIS
Variável Correlação de Spearman r (s) Idade - 0,120 (0,003*)
Autopercepção IOTN -0,039 (0,333) Autopercepção OASIS -0,130 (0,001)* (*): Estatisticamente diferente de zero.
A Tabela 7 apresenta os resultados da regressão linear múltipla do SOC em
função das variáveis independentes idade, sexo, IOTN e OASIS, demonstrando
que as variáveis idade e OASIS se relacionam com o SOC de forma inversa
(significativas a 5%), ou seja, um maior senso de coerência está relacionado a
um menor idade e a um menor valor de OASIS (autopercepção positiva). A
variável sexo, se relaciona ao SOC positivamente. Salienta-se que o
coeficiente da variável sexo foi obtido do masculino (1) em relação ao feminino
(0), ou seja valores maiores de SOC estão relacionados ao sexo masculino.
98
Normas da ABNT 2014
Tabela 7 –Regressão do SOC em função das variáveis: idade, sexo, IOTN e
OASIS
Modelo Coeficiente Valor de p
Bruto Padronizado
Constante 73,300 < 0,001*
Idade - 1,103 - 0,108 0,007*
Sexo 0,903 0,043 0,284
IOTN - 0,134 - 0,024 0,552
OASIS - 0,203 - 0,141 0,001*
Valor do R2 0,039
(*): Significativa a 5,0%.
Discussão
No presente estudo quase metade dos adolescentes apresentaram
necessidade de tratamento ortodôntico, estando a necessidade de tratamento
obrigatória presente em 11,2% da amostra. Resultados semelhantes foram
encontrados em outros estudos nacionais como o de Paula [15] que observou
necessidade de tratamento em 50,2% da amostra e destes, 10,3% fazia parte
da necessidade obrigatória. No estudo de Claudin, Traeber [16] 45,6% dos
pesquisados apresentaram necessidade de tratamento ortodôntico e 9,4%
99
Normas da ABNT 2014
destes demostraram necessidade obrigatória. Esta alta prevalência indica a
necessidade de investimentos nesta área, sendo urgente a disponibilidade de
tratamento para os casos de necessidade obrigatória.
O Art. 11. do Estatuto da criança e do adolescente (ECA), desde 1990,
assegura o atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por
intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e
igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da
saúde. Da mesma forma, a política nacional de Saúde Bucal, intitulada Brasil
Sorridente, propiciou a ampliação e a qualificação da Atenção Especializada
em Saúde Bucal, com a implantação dos Centros de Especialidades
Odontológicas (CEO) que inclui o atendimento em Ortodontia. No entanto, o
acesso a estes serviços ainda não é uma realidade, apesar da alta prevalência
das maloclusões.
Esta realidade também é observada em nível mundial. No Saara
ocidental a prevalência de necessidade de tratamento ortodôntico, de acordo
com o DAI, foi de 38,2%, sendo 4% obrigatória [17]. No Iran foi de 29,7% e
4,2% [18]e na Espanha 42,1% e 6,2%, respectivamente [15].
O presente estudo avaliou a autopercepção da estética dental dos
adolescentes por meio de dois instrumentos validados (OASIS e AC- IOTN).
De acordo com o OASIS, 47,3 % dos adolescentes apresentaram uma
percepção negativa do sorriso, um dado justificado pela alta prevalência de
necessidade de tratamento ortodôntico identificada pelo DAI. A concordância
entre o OASIS e o DAI já havia sido ratificada pelo estudo de Claudino e
Traeberrt [16].Porém, através do IOTN, apenas 13% dos adolescentes
100
Normas da ABNT 2014
apresentaram insatisfação com a estética bucal, assim como em investigações
que utilizaram o DAI e o IOTN e obtiveram uma concordância diagnóstica baixa
[18,19].
No IOTN, 10 imagens com escala decrescente de estética bucal são
apresentadas ao pesquisado e ele procura identificar qual imagem é
semelhante a sua dentição, provavelmente eles não conseguiram identificar
seus problemas bucais nas fotos apresentadas. Já o OASIS, como são
perguntas, talvez tenha sido mais fácil para o adolescente expressar sua
insatisfação com a estética dental.
Um pouco mais da metade da população estudada apresentou um
senso de coerência elevado, estando em consonância com outros estudos na
mesma faixa etária [20,21]. Algumas pesquisas têm indicado que o SOC é
estável a partir de meados da adolescência, podendo sofrer ainda algumas
flutuações até a vida adulta e, durante a adolescência, ele pode contribuir para
moderar as experiências de estresse de forma semelhante aos adultos [22,23].
A adolescência é considerada um período crucial na formação do SOC porque
os adolescentes enfrentam muitas escolhas de identidade, mudanças
biopsicossociais e desafios no seu desenvolvimento [24].
Comparando a necessidade de tratamento ortodôntico normativo (DAI) e
a autopercepção (OASIS), mais da metade dos adolescentes perceberam a
necessidade de tratamento semelhante ao DAI, demostrando que são
observadores, preocupam-se com a estética bucal e comparam com seus
pares para criar um padrão do que é aceitável para o sorriso. Outros estudos
também compararam a necessidade de tratamento normativo e subjetivo e
101
Normas da ABNT 2014
encontraram uma associação entre as percepções do pesquisador e a
autopercepção do adolescente[3,25,26]. Em algumas investigações a relação
foi encontrada, porém foi fraca, pois os adolescentes se mostraram menos
críticos[27,28].
Variações na autopercepção dos adolescentes entre os estudos podem
ser atribuídas às diferenças na idade dos sujeitos, bem como às diferenças
culturais. Um estudo realizado com uma amostra de jordanianos verificou que a
correlação entre a classificação do examinador e a auto-percepção dos alunos
foi maior nas faixas etárias mais velhas [29].
A relação entre a idade e o senso de coerência não apresentou
associação significativa na análise bivariada (Tabela 3), porém nas análises
multivariadas (tabela 5, 6 e 7) as médias de alto senso de coerência foram
associadas a adolescentes mais jovens, dentro da faixa etária estudada. De
acordo com Antonovsky [5], fatores de ordem social, cultural, histórica e as
próprias experiências de vida fornecem subsídios para a construção do SOC
durante a adolescência, podendo reforça-lo ou enfraquecê-lo e o processo
termina aos 30 anos de idade
Quanto ao senso de coerência, as meninas apresentaram um menor
SOC que os meninos, mas a diferença não foi estatisticamente significante,
como no estudo de Apers et. al. [30] realizado com adolescentes portadores de
doenças crônicas. No referido estudo as meninas apresentaram um SOC
significativamente menor do que os meninos. Provalvelmente, elas tendem a
usar mecanismos de enfrentamento menos favoráveis, o que poderia afetar
negativamente SOC. Além disso, as adolescentes experimentam níveis mais
102
Normas da ABNT 2014
elevados de estresse interpessoal e também são mais sensíveis ao estresse do
que os meninos, estudos adicionais corroboram com esses resultados
[31,32,33].
De acordo com uma revisão sistemática realizada por Hoff, Laursen,
Tardif [34], pais com melhor nível socioeconômico tendem a favorecer o
desenvolvimento de iniciativa em seus filhos, enfatizar a negociação de regras,
e são menos propensos a usar práticas paternais punitivas e crueis. De acordo
com Antonovsky [5] todas estas atitudes são fundamentais para o
desenvolvimento SOC. No entanto, as evidências sobre a relação
entre de nível socioeconômico dos pais e o desenvolvimento de um alto SOC
na vida dos filhos permanecem escassas.
Em um estudo longitudinal de quase 30 anos de acompanhamento foi
comprovado que o nível socioeconômico dos pais não se correlacionou com
SOC, tanto no sexo masculino como no feminino [35]. O nível socioeconômico
só influencia o SOC indiretamente através do nível de educação. Para Bernabé
et al. [36], o nível sócioeconômico durante a adolescência pode ter um efeito
significativo, porém pequeno no SOC adulto. Eles sugerem que pode haver
vários outros fatores determinantes para o desenvolvimento do SOC, tais como
apoio social e participação, cultura e tradições. Experências de vida durante o
desenvolvimento podem ser marcantes no SOC. No presente estudo, o nível
socioeconômico e escolaridade do chefe da família também não foram
associados ao senso de coerência, provavelmente por se tratar de um grupo
homogêneo, todos eram estudantes de escolas públicas e com pais de nível
socioeconômico semelhante.
103
Normas da ABNT 2014
Enfatiza-se que o principal objetivo desta pesquisa foi avaliar as relações
do senso de coerência com a autopercepção da estética bucal. No entanto, até
o presente momento a literatura dispoem apenas de estudos que investigaram
o SOC com a autopercepção de problemas relacionados a saúde geral, como o
estudo com pacientes epiléticos [37] e paralíticos cerebrais unilaterais [38],
não há estudos investigando senso de coerência e suas influências nas
percepções da estética bucal.
Os resultados do presente estudo demostraram que o percentual de
senso de coerência alto foi maior no grupo com autopercepção positiva da
estética dental, considerando não só a percepção do adolescente, como
também a avaliação normativa da necesidade de tratamento (DAI). O
percentual de SOC elevado, também foi maior entre os adolescentes sem
necessidade de tratamento ortodôntico e autopercepção positiva. Esses
resultados, apesar de pioneiros, são embasados pelos princípios de
Antonovsky [5]que afirmam ser o senso de coerência uma orientação global do
individuo, que expressa um forte sentimento de confiança de uma pessoa em
relação aos ambientes internos e externos e por estudos como o de Baker et.
al. [4] que afirmaram que entre os fatores psicossociais, o senso de coerência
forte previu menos sintomas de problemas bucais, melhor percepção da saúde
geral, uma melhor qualidade de vida, além do fato de ter uma maior
autoestima.
O SOC apresentou associação significativa com o OASIS e com a
combinação do DAI + OASIS. Os adolescentes que não tinham necessidade de
tratamento ortodôntico e mesmo assim apresentavam uma autopercepção
negativa da estética bucal possuíam um senso de coerência mais baixo. Esse
104
Normas da ABNT 2014
resultado demostra a influência do senso de coerência nas percepções de
saúde. Da mesma forma, alguns estudos encontraram uma associação
significativa entre autoestima e a percepção da estética dental [2,4], indivíduos
que se viam como menos estéticos tinha uma autoestima mais baixa do que
aqueles que se viam como mais estéticos. Assim, pode-se acrescentar que a
autoestima também influencia a estética autopercebida [4].
Os testes de comparações múltiplas também comprovaram diferenças
significativas nas médias do SOC entre os grupos, onde as médias do SOC
foram mais baixas no grupo sem necessidade de tratamento e autopercepção
negativa da estética bucal. Esse dados ratificam
a importância desse importante fator psicossocial como preditor de
saúde, corroborando com o estudo de Baker 2010 [4], que evidenciou que
pessoas com um forte senso de coerência apresentam uma boa percepção de
sua saúde e melhor qualidade de vida, como também apresentam menos
fadiga, depressão, solidão e ansiedade, comparadas àquelas com um fraco
senso de coerência.
A associação entre o senso de coerência com a autopercepção da
estética dental apresentou uma correlação negativa, ou seja, inversa, quanto
mais alto o senso de coerência, menor os valores numéricos do OASIS que, de
acordo com a interpretação deste instrumento, indica uma percepção positiva
da estética dental. Todos esses resultados confirmam o senso de coerência
como um critério subjetivo válido para priorizar adolescentes com maior
necessidade de tratamento. Como já demostrado, a prevalência de
necessidade de tratamento ortodôntico é alta e o serviço público brasileiro não
105
Normas da ABNT 2014
tem como atender essa demanda de imediato. Marques et al. [39] verificaram
em seu estudo com adolescentes brasileiros que 78% desejavam realizar
tratamento ortodôntico e 69% dos pais relataram que seus filhos não estavam
em tratamento ortodôntico devido aos elevados custos envolvidos no
tratamento particular. Assim, utilizar critérios subjetivos para complementar o
diagnóstico normativo, como o senso de coerência e a sua influência na
autopercepção da estética dental pelos adolescentes, possibilita eleger as
prioridades, considerando o indivíduo como um todo, um ser biopsicossocial.
Conclusões
Adolescentes com um alto senso de coerência possuem uma percepção
positiva da estética dental, mesmo na presença de maloclusões.
Adolescentes mais novos, dentro da faixa etária dos 12 aos 15 anos,
apresentam um senso de coerência mais alto.
Adolescentes do sexo masculino apresentaram um senso de coerência
mais alto, porem a diferença não foi significante.
O nível socioeconômico da família e a escolaridade dos pais não se
relacionam com o senso de coerência.
Lista de abreviaturas
Senso de coerência (SOC)
Componente Estético do índice de Necessidade de Tratamento Ortodôntico
(AC-IOTN)
Oral Aesthetic Subjective Impact Scale” (OASIS)
106
Normas da ABNT 2014
Componente Estético do Índice de necessidade de Tratamento Ortodôntico
(AC- IOTN)
Índice de Estética Dental (DAI)
Community Periodontal Index (CPI)
Odds Ratio (OR)
Razão entre Chances (RC)
Conflito de interesses
Os autores declaram não existir conflitos de interesse
Contribuição dos autores
ACC, FSR, VESJ, AR e MVH contribuíram na concepção do estudo, proposta e
desenvolvimento da pesquisa e interpretação dos resultados. Todos autores
também aprovaram a versão final do artigo.
Agradecimentos Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Referências
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Normas da ABNT 2014
112
Normas da ABNT 2014
CONSIDERAÇÕES FINAIS
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em busca de investigar os fatores psicossociais e suas associações com
a necessidade de tratamento ortodôntico entre os adolescentes, a pesquisa
iniciou a investigação sobre a autopercepção da estética dental e constatou
que muitas afirmações já podem ser inferidas. Os adolescentes tem uma
autopercepção da necessidade de tratamento ortodôntico equivalente à
necessidade normativa avaliada por um especialista; a autopercepção dessa
necessidade leva a insatisfação com aparência, menor qualidade de vida e
menor autoestima.
O outro fator psicossocial, foco principal dessa dissertação, foi o senso
de coerência, um recurso individual capaz de influenciar a percepção da saúde,
melhorar capacidade de gestão da vida, com o fim de promoção de saúde e
qualidade de vida. Foi verificado que a literatura atual já investigou o senso de
coerência e suas influencias em hábitos e comportamentos relacionados à
saúde bucal, todavia não há estudos investigando o senso de coerência e
autopercepção da estética dental.
De forma pioneira, pode-se afirmar que há uma correlação entre senso
de coerência e autopercepção da estética dental, quanto mais alto o senso de
coerência, melhor a autopercepção da estética dental, mesmo na presença da
necessidade normativa de tratamento ortodôntico e que adolescentes mais
jovens e do sexo masculino apresentaram um senso de coerência mais alto.
Vale ressaltar que por ser um estudo transversal, não é possível
estabelecer uma relação causa e efeito entre as variáveis estudadas, mas
113
Normas da ABNT 2014
permite constatar associações inéditas que comprovam a importância do senso
de coerência como grande preditor de saúde, devendo ser mais utilizado no
diagnóstico subjetivo da necessidade de tratamento ortodôntico, no
planejamento de ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde do
adolescente.
114
Normas da ABNT 2014
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
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117
Normas da ABNT 2014
APÊNDICES
118
Normas da ABNT 2014
APÊNDICES
APÊNDICE A
FICHA CLÍNICA (ÍNDICE DAI)
Questionário nº:__________
Nome________________________________________
Escola:__________________________________Turma:___________Turno_____
COMPONENTES
VALOR
OBTIDO PESO TOTAL
DENTIÇÃO Ausência de I, C e PMs . sup e inf . nº de dentes. 6
ESPAÇO
Apinhamento na região de incisivos 1
Espaçamento na região de
incisivos
1
Diastemas em mm 3
Desalinhamento maxilar anterior
em mm
1
Desalinhamento mandibular
anterior em mm
1
OCLUSÃO
Overjet maxilar anterior em mm 2
Overjet mandibular anterior em mm 4
Mordida aberta vertical anterior em
mm
4
119
Normas da ABNT 2014
Relação molar 3
Constante - - 13
Total (ESCORE DAI) - -
120
Normas da ABNT 2014
APÊNDICE B
Dados Sociodemográficos
Questionário nº:__________
Nome________________________________________
Escola:__________________________________Turma:___________Turno_____
Ano (série): 1 ( ) 6o ano 2 ( ) 7o ano 3 ( ) 8o ano 4 ( ) 9o ano
Idade: 1 ( ) 12 anos 2 ( ) 13 anos 3 ( ) 14 anos 4 ( ) 15 anos
Sexo: 1 ( ) Masculino 2 ( ) Feminino
Raça (cor da
pela): 1 ( ) Branca 2 ( ) Preta 3 ( ) Parda 4 ( ) Amarela 5 ( ) Indígena
121
Normas da ABNT 2014
APÊNCICE C
TERMO DE ASSENTIMENTO
Você está sendo convidado a participar da pesquisa intitulada PREVALÊNCIA DE NECESSIDADE DE TRATAMENTO ORTDÔNTICO E FATORES PSICOSSOCIAIS sob a responsabilidade da Professora Mônica Vilela Heimer e das alunas Fabrícia Soares Rodrigues e Aline Cavalcanti da Costa, cujo objetivo é determinar quantos adolescentes na cidade de Recife – PE precisam usar aparelho nos dentes, como eles percebem esta necessidade, como isso se relaciona com sua qualidade de vida e com o seu senso de coerência.
Para realização deste trabalho usaremos os seguintes métodos: será realizado um exame na boca, também serão feitas algumas perguntas (ex: nos últimos três meses você sentiu dor de dente, achou seu dente mais amarelado ou escuro, percebeu mau hálito, você tem a impressão de que tem sido tratado com injustiça, etc.)
Seu nome assim como todos os dados que lhe identifiquem serão mantidos sob sigilo absoluto, antes, durante e após o término do estudo. Quanto aos riscos e desconfortos, estes serão mínimos, pois não haverá nenhum procedimento invasivo.
Os benefícios esperados com o resultado desta pesquisa são a obtenção de informações sobre a necessidade do uso de aparelho nos dentes e assim planejar ações para melhorar a abordagem desta alteração, uma vez que o município pretende implantar esta especialidade nos Centros de Especialidades Odontológicas.
No curso da pesquisa você tem os seguintes direitos: a) garantia de esclarecimento e resposta a qualquer pergunta; b) liberdade de abandonar a pesquisa a qualquer momento, mesmo que seu pai ou responsável tenha consentido sua participação, sem prejuízo para si; c) garantia de que caso haja algum dano a sua pessoa, os prejuízos serão assumidos pelos pesquisadores ou pela instituição responsável. Caso haja gastos adicionais, os mesmos serão absorvidos pelo pesquisador.
Nos casos de dúvidas você deverá falar com seu responsável, para que ele procure os pesquisadores, a fim de resolver seu problema (Mônica Vilela Heimer, endereço: Av. Gal. Newton Cavalcanti, 1650, Camaragibe-PE, telefone: (81) 31847600 e Fabrícia Soares Rodrigues, endereço: Av. Gal. Newton Cavalcanti, 1650, Camaragibe-PE, telefone: (81) 81022110).
Assentimento Livre e Esclarecido Eu ______________________________________________________, após ter recebido todos os esclarecimentos e assinado o TCLE, confirmo que o (a) menor _____________________________________________, recebeu todos os esclarecimentos necessários, e concorda em participar desta pesquisa. Desta forma, assino este termo, juntamente com o pesquisador, em duas vias de igual teor, ficando uma via sob meu poder e outra em poder do pesquisador.
Recife,___/___/___ _____________________________ __________________________
Assinatura do responsável Assinatura do pesquisador
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Normas da ABNT 2014
APÊNDICE D
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (Elaborado de acordo com a Resolução 466/2012-CNS/CONEP)
Convidamos V.Sa. a participar da pesquisa NECESSIDADE DE TRATAMENTO
ORTODÔNTICO E FATORES PSICOSSOCIAIS), sob responsabilidade da pesquisadora Mônica Vilela Heimer e sua equipe Fabrícia Soares Rodrigues e Aline Cavalcanti da Costa, tendo por objetivo determinar quantos adolescentes na cidade de Recife – PE precisam usar aparelho nos dentes, como eles percebem esta necessidade, como isso se relaciona com sua qualidade de vida. vida e com o seu senso de coerência.
Para realização deste trabalho usaremos o(s) seguinte(s) método(s): será realizado um exame na boca do adolescente, serão feitas algumas perguntas (ex: nos últimos três meses você sentiu dor de dente, achou seu dente mais amarelado ou escuro, percebeu mau hálito, você tem a impressão de que tem sido tratado com injustiça, etc.).
Esclarecemos que manteremos em anonimato, sob sigilo absoluto, durante e após o término do estudo, todos os dados que identifiquem o sujeito da pesquisa usando apenas, para divulgação, os dados inerentes ao desenvolvimento do estudo. Informamos também que após o término da pesquisa, serão destruídos de todo e qualquer tipo de mídia que possa vir a identificá-lo tais como filmagens, fotos, gravações, etc., não restando nada que venha a comprometer o anonimato de sua participação agora ou futuramente.
Quanto aos riscos e desconfortos, estes serão mínimos, pois não haverá nenhum procedimento invasivo.
Os benefícios esperados com o resultado desta pesquisa são a obtenção de informações sobre a necessidade do uso de aparelho nos dentes e assim planejar ações para melhorar a abordagem desta alteração, uma vez que o município pretende implantar esta especialidade nos Centros de Especialidades Odontológicas.
O (A) senhor (a) terá os seguintes direitos: a garantia de esclarecimento e resposta a qualquer pergunta; a liberdade de abandonar a pesquisa a qualquer momento sem prejuízo para si; a garantia de que em caso haja algum dano a sua pessoa (ou o dependente), os prejuízos serão assumidos pelos pesquisadores ou pela instituição responsável. Caso haja gastos adicionais, os mesmos serão absorvidos pelo pesquisador.
Nos casos de duvidas e esclarecimentos o (a) senhor (a) deve procurar os pesquisadores Mônica Vilela Heimer, endereço: Av. Gal. Newton Cavalcanti, 1650, Camaragibe-PE, telefone: (81) 31847600 e Fabrícia Soares Rodrigues, endereço: Av. Gal. Newton Cavalcanti, 1650, Camaragibe-PE, telefone: (81) 81022110.
Caso suas duvidas não sejam resolvidas pelos pesquisadores ou seus direitos sejam negados, favor recorrer ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco, localizado à Av. Agamenon Magalhães, S/N, Santo Amaro, Recife-PE, telefone 81-3183-3775 ou ainda através do e-mail [email protected].
Consentimento Livre e Esclarecido Eu ________________________________________________________, responsável pelo (a) menor ___________________________________________________________, após ter recebido todos os esclarecimentos e ciente dos meus direitos, concordo em participar desta
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Normas da ABNT 2014
pesquisa, bem como autorizo a divulgação e a publicação de toda informação por mim transmitida, exceto dados pessoais, em publicações e eventos de caráter científico. Desta forma, assino este termo, juntamente com o pesquisador, em duas vias de igual teor, ficando uma via sob meu poder e outra em poder do(s) pesquisador (es).
Recife, ___/___/___ _________________________________ __________________________________ Assinatura do Sujeito (ou responsável) Assinatura do pesquisador
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Normas da ABNT 2014
ANEXOS
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Normas da ABNT 2014
ANEXOS
ANEXO 1
Normas da Revista de Enfermagem da UFPE
PREPARO PARA SUBMISSÃO DO ARTIGO
♦ LAYOUT DA PÁGINA:
1) PAPEL OFÍCIO (21,59 x 35,56 cm)
2) MARGENS DA PÁGINA: de 2,0 cm em cada um dos lados
♦ LETRA: Trebuchet MS de 12-pontos
♦ NÃO USAR rodapé/notas/espaçamento entre parágrafos/não separar as seções do artigo
♦ ESPAÇAMENTO DUPLO ENTRE LINHAS em todo o ARTIGO
♦ IDIOMAS: Português e/ou Inglês e/ou Espanhol. Em se tratando de tradução* o artigo o ORIGINAL
deve ser encaminhado também como documento suplementar ou em arquivo único (ORIGINAL +
TRADUÇÃO). *A Reuol indica por meio de LISTA REVISORES/TRADUTORES BI e TRILÍNGUES. Consulta
ao Editor deve ser feita antes da TRADUÇÃO.
♦ TEXTO: sequencial e justificado sem separar as seções (página inicial e as que se seguem).
♦ NÚMERO DE PÁGINAS:
1) 20 PÁGINAS (excluindo-se página inicial, agradecimentos e referências);
2) PÁGINAS NUMERADAS no ângulo superior direito a partir da página de identificação;
3) MARGENS LATERAIS DO TEXTO: 1,25 cm.
♦ NÚMERO DE REFERÊNCIAS: 30 no máximo (atualizadas nos últimos 5 anos, quando convier)
♦ NÃO APRESENTAR, de preferência, referências de monografias, dissertações e teses (exceto quando
a pesquisa incluir Banco de dissertações/teses em pesquisas de Revisões), APRESENTAR os ARTIGOS
ORIUNDOS.
♦ TÍTULOS: Português/Inglês/Espanhol, com 10 a 15 palavras; NÃO EMPREGAR: siglas e elementos institucional, do universo geográfico, de dimensão regional, nacional ou internacional.
Apresentar apenas os elementos do OBJETO DE ESTUDO ou dos DESCRITORES DeCS: http://decs.bvs.br
♦ AUTORES: 06 (seis) no máximo.
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Normas da ABNT 2014
Abaixo dos títulos (NÃO USAR rodapé), texto sequencial e justificado após o/s nome/s completo/s do/s
autor/es:
1) Formação, maior titulação, principal instituição a que pertence, cidade, estado (sigla), país e E-mail.
2) Para o autor responsável para troca de correspondência: endereço completo (Rua; Av.; Bairro;
Cidade; Estado; CEP, telefone e fax).
♦ RESUMOS: Português/Inglês/Espanhol, NÃO MAIS que 150 palavras. Deve-se iniciar e sequenciar o
texto com letra minúscula após os seguintes termos: Objetivo: Método:
Resultados: Conclusão: **Descritores/Descriptors/Descriptores:
*Devem ser extraídos do vocabulário "Descritores em Ciências da Saúde" (DeCS: http://decs.bvs.br), quando acompanharem os resumos em português, e do Medical Subject Headings (MeSH), para os resumos em inglês. Se não forem encontrados descritores disponíveis para cobrirem a temática do manuscrito, poderão ser indicados termos ou expressões de uso conhecido.
♦ TEXTO: os textos de manuscritos originais, estudos de casos clínicos, de revisões de literatura
sistemática e integrativa devem apresentar: 1) Introdução; 2) Objetivo/s; 3) Método; 4) Resultados;
5) Discussão; 6) Conclusão; 7) Agradecimentos (opcional); 8) Referências (Estilo Vancouver:
http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html). As demais categorias terão estrutura textual
livre, porém as REFERÊNCIAS são obrigatórias.
♦ TABELAS (conjunto TABELAS + FIGURAS = 05): devem ser elaboradas para reprodução direta pelo
Editor de Layout, sem cores, inseridas no texto, com a primeira letra da legenda em maiúscula descrita
na parte superior, numeradas consecutivamente com algarismos arábicos na ordem em que foram
citadas no texto, conteúdo em fonte 12 com a primeira letra em maiúscula, apresentadas em tamanho
máximo de 14 x 21 cm (padrão da revista) e comprimento não deve exceder 55 linhas, incluindo título. Se usar dados de outra fonte, publicada ou não, obter permissão e indicar a fonte por completo. Não
usar linhas horizontais ou verticais internas. Empregar em cada coluna um título curto ou abreviado.
Colocar material explicativo em notas abaixo da tabela, não no título. Explicar em notas todas as
abreviaturas não padronizadas usadas em cada tabela. ♦ ILUSTRAÇÕES (conjunto FIGURAS + TABELAS = 05): fotografias, desenhos, gráficos e quadros são
considerados Figuras, as quais devem ser elaboradas para reprodução pelo editor de layout de acordo
com o formato da REUOL, sem cores, inseridos no texto, com a primeira letra da legenda em maiúscula
descrita na parte inferior, numeradas consecutivamente com algarismos arábicos na ordem em que
foram citadas no texto. As figuras devem ser elaboradas no programa Word ou Excel permitindo acesso
ao conteúdo e não serem convertidas em figura do tipo JPEG, BMP, GIF, etc. Os dados devem estar
explícitos (n e %). Enviar as planilhas do Excel. ♦ CITAÇÕES: as citações serão identificadas no texto por suas respectivas numerações
sobrescritas, sem a identificação do autor e ano, sem uso do parênteses e colocado após o ponto final,
quando convier (vide exemplo)*. Números sequenciais devem ser separados por hífen; números
aleatórios, por vírgula.
*Ex: (1). deixá-lo sem o parêntese, sobrescrito e colocado após o ponto final. .1
Nas citações diretas até três linhas incluí-las no texto, entre aspas (sem itálico) e referência
correspondente conforme exemplo: 13:4 (autor e página); com mais de três linhas, usar o recuo de 4
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Normas da ABNT 2014
cm, letra tamanho 12 e parágrafo 2,0 linhas (sem aspas e sem itálico), seguindo a indicação de autor e
data.
Depoimentos: na transliteração de comentários ou de respostas, seguir as mesmas regras das citações,
porém em itálico, com o código que representar cada depoente entre parênteses.
♦ REFERÊNCIAS: de acordo com o Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas ― Estilo
Vancouver: http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html
• Os títulos de periódicos devem ser referidos abreviados, de acordo com o Index
Medicus: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?db=journals.
• Para abreviatura dos títulos de periódicos nacionais e latino-americanos, consultar o
site: http://portal.revistas.bvs.br eliminando os pontos da abreviatura, com exceção do último ponto
para separar do ano.
• Na lista de referências, as referências devem ser numeradas consecutivamente, conforme a ordem que
forem mencionadas pela primeira vez no texto.
• Referenciar o(s) autor(e)s pelo sobrenome, apenas a letra inicial é em maiúscula, seguida do(s)
nome(s) abreviado(s) e sem o ponto.
• Quando o documento possui de um até seis autores, citar todos os autores, separados por vírgula;
quando possui mais de seis autores, citar todos os seis primeiros autores seguidos da expressão latina
“et al”.
• Com relação a abreviatura dos meses dos periódicos consultar: http://www.revisoeserevisoes.pro.br/gramatica/abreviaturas-dos-meses/ (não considerar o ponto, conforme o Estilo Vancouver recomenda: Jan Feb Mar Apr May June July Aug Sept Oct Nov Dec
EXEMPLOS:
1. Castro SS, Pelicioni AF, Cesar CLG, Carandina L, Barros MBA, Alves MCGP et al. Uso de medicamentos
por pessoas com deficiências em áreas do estado de São Paulo. Rev saúde pública [Internet]. 2010
[cited 2012 June 10];44(4):601-10. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v44n4/03.pdf
2. Rozenfeld M. Prevalência, fatores associados e mau uso de medicamentos entre os idosos: uma revisão. Cad saúde pública [Internet]. 2003 [cited 2012 May 10];19(3):717-24. Available from:
http://www.scielosp.org/pdf/csp/v19n3/15875.pdf
3. Loyola Filho AI, Uchoa E, Guerra HL, Firmo JOA, Lima-Costa MF. Prevalências e fatores associados à
automedicação : resultados do projeto Bambuí. Rev saúde pública [Internet]. 2002 [cited 2011 Nov
12];36(1):55-62. Available from: http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v36n1/8116.pdf
4. Mendes Z, Martins AP, Miranda AC, Soares MA, Ferreira AP, Nogueira A. Prevalência da
automedicação na população urbana portuguesa. Rev bras ciênc farm [Internet]. 2004 [cited 2011 Jun
15];40(1):21-5. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v40n1/05.pdf
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Normas da ABNT 2014
5. Vilarino JF, Soares IC, Silveira CM, Rodel APP, Bortoli R, Lemos RR. Perfil da automedicação em
município do Sul do Brasil. Rev saúde pública [Internet]. 1998 [cited 2011 Dec 13];32(1):43-9.
Available from: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v32n1/2390.pdf
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Normas da ABNT 2014
ANEXO 2
Critério de Classificação socioeconômica – ABEP
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Normas da ABNT 2014
ANEXO 3
Oral Aesthetic Subjective Impact Score - OASIS
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Normas da ABNT 2014
ANEXO 4
SENSO DE COÊRENCIA
SOC 13 DE FREIRE (Versão curta) QUESTIONÁRIO Nº:______________ Aqui estão 13 perguntas sobre vários aspectos da sua vida. Cada pergunta tem sete respostas possíveis. Marque, por favor, o número que expresse a sua Resposta, sendo o 1 e o 7 as respostas extremas. Se para você a resposta for a 1, faça um círculo em 1, se for a 7, faça um círculo em 7. Se nenhuma destas respostas for a sua, faça um círculo no número que melhor expresse a sua maneira de pensar e sentir em relação à pergunta. Dê apenas uma única resposta em cada pergunta, por favor. 01- Você tem a sensação de que você NÃO se interessa realmente pelo que se passa ao seu redor? Muito raramente 1 2 3 4 5 6 7 Muito freqüentemente 02- Já lhe aconteceu no passado você ter ficado surpreendida pelo comportamento de pessoas que você achava que conhecia bem? Nunca aconteceu 1 2 3 4 5 6 7 Sempre aconteceu 03- Já lhe aconteceu ter ficado desapontada com pessoas em quem você confiava? Nunca aconteceu 1 2 3 4 5 6 7 Sempre aconteceu 04- Até hoje a sua vida tem sido: Sem nenhum objetivo 1 2 3 4 5 6 7 Com objetivos muito Claros 05- Você tem a impressão de que você tem sido tratada com injustiça? Muito freqüentemente 1 2 3 4 5 6 7 Muito raramente ou nunca 06- Você tem a sensação de que está numa situação pouco comum, e sem saber o que fazer? Muito freqüentemente 1 2 3 4 5 6 7 Muito raramente ou nunca
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Normas da ABNT 2014
07- Aquilo que você faz diariamente é: Uma fonte de profundo 1 2 3 4 5 6 7 Uma fonte de prazer sofrimento e aborrecimento e satisfação 08- Você tem idéias e sentimentos muito confusos? Muito frequentemente 1 2 3 4 5 6 7 Muito raramente ou nunca 09- Você costuma ter sentimentos que gostaria de não ter? Muito frequentemente 1 2 3 4 5 6 7 Muito raramente ou nunca 10- Muitas pessoas (mesmo a que têm caráter forte) algumas vezes sentem-se fracassadas em certas situações. Com que freqüência você já se sentiu Fracassada no passado? Nunca 1 2 3 4 5 6 7 Muito freqüentemente 11- Quando alguma coisa acontece na sua vida, você geralmente acaba achando que: 1 2 3 4 5 6 7
12- Com que freqüência você tem a impressão de que existe pouco sentido nas coisas que você faz na sua vida diária? Muito frequentemente 1 2 3 4 5 6 7 Muito raramente ou nunca 13- Com que freqüência você tem sentimentos que você não tem certeza que pode controlar? Muito frequentemente 1 2 3 4 5 6 7 Muito raramente ou nunca
Você deu maior ou menor importância ao que aconteceu do que deveria ter dado
Você avaliou corretamente a importância do que aconteceu
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Normas da ABNT 2014
ANEXO 5
APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA
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Normas da ABNT 2014
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Normas da ABNT 2014
ANEXO 6
CARTA DE ANUÊNCIA DA PREFEITURA DO RECIPE-PE
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Normas da ABNT 2014
ANEXO 7
NORMAS DA REVISTA ESTUDOS DE PSICOLOGIA CAMPINAS
Forma de apresentação dos originais
Estudos de Psicologia adota as normas de publicação da American Psychological Association - APA (6ª edição, 2010 ).
Os originais deverão ser redigidos em português, inglês, francês ou espanhol. Todos os originais deverão incluir título e resumo em inglês.
Para submeter o artigo para avaliação pelo Conselho Editorial da Revista Estudos de Psicologia os manuscritos deverão ser enviados via eletrônica e inserido no site: <http://mc04.manuscriptcentral.com/estpsi-scielo>. Manuscritos recebidos por correio convencional, fax, e-mail ou qualquer outra forma de envio não serão apreciados pelos editores.
O texto deve ser preparado em: (i) espaço duplo; (ii) com fonte Arial 12; (iii) deverá ter entre 15-25 laudas; (iv) o arquivo deverá ser gravado em editor de texto similar à versão 97-2003 do Word; (v) o papel deverá ser de tamanho A4; (vi) com formatação de margens superior e inferior (2,5 cm), esquerda e direita (3 cm); (vii) numeração das páginas canto inferior direito e (viii) todos os endereços com links para Internet (URL) nas referências deverão estar ativos e levar diretamente ao documento citado.
Importante: a avaliação dos manuscritos é feita às cegas quanto à identidade dos autores. É responsabilidade dos autores garantirem que não haja elementos capazes de identificá-los em qualquer parte do texto. Não serão aceitos anexos, tampouco notas de rodapé no corpo do texto.
Publicação em inglês: em caso de aprovação, os artigos indicados pelo Conselho Editorial serão publicados na versão em inglês. Nestes casos para que o manuscrito seja publicado, os autores deverão providenciar sua versão completa (tal como aprovado) para o inglês, arcando com os custos de sua tradução. Para assegurar a qualidade e uniformidade dos textos traduzidos para a Língua Inglesa, esse trabalho deverá ser realizado, necessariamente, por um tradutor altamente capacitado e com experiência comprovada na versão de textos científicos, indicados e credenciados junto à Revista.
Versão reformulada A versão reformulada deverá ser encaminhada via site <http://mc04.manuscriptcentral.com/estpsi-scielo>. Os autor(es) deverá(ão) enviar apenas a última versão do trabalho. As modificações deverão ser destacadas em fonte
137
Normas da ABNT 2014
na cor azul, sendo anexada a uma carta ao editor, reiterando o interesse em publicar nesta Revista e informando quais alterações foram processadas no manuscrito. Se houver discordância quanto às recomendações da consultoria, o(s) autor(es) deverão apresentar os argumentos que justificam sua posição. Caso os autores não encaminhem o manuscrito revisado e a carta-resposta no prazo estipulado, o processo editorial será encerrado, em qualquer etapa da submissão.
Os trabalhos deverão apresentar os seguintes elementos, respeitando-se a ordem aqui sugerida:
1) Folha de rosto com identificação dos autores, contendo: Título completo em português: deverá ser conciso e evitar palavras desnecessárias e/ou redundantes, como "avaliação do...", "considerações acerca de ...", "Um estudo exploratório sobre...".
Sugestão de título abreviado para cabeçalho, não excedendo cinco palavras.
Título completo em inglês, compatível com o título em português.
Nome de cada autor, por extenso, seguido por afiliação institucional. Não abreviar os prenomes.
Todos os dados da titulação e filiação deverão ser apresentados por extenso, sem nenhuma sigla.
Os autores devem declarar de forma explícita, individualmente, qualquer potencial conflito de interesse financeiro, direto e/ou indireto, e não financeiro etc.
Indicação dos endereços completos de todas as universidades às quais estão vinculados todos os autores.
Indicação de endereço para correspondência com o editor para a tramitação do original, incluindo fax, telefone e endereço eletrônico.
Poderá ser incluída nota de rodapé contendo apoio financeiro, agradecimentos pela colaboração de colegas e técnicos, em parágrafo não superior a três linhas. Este parágrafo deverá informar, também, a origem do trabalho e outras informações que forem consideradas relevantes.
Caso haja utilização de figuras ou tabelas publicadas em outras fontes bibliográficas, deve-se anexar documento que ateste a permissão para seu uso.
2) Folha de rosto à parte Deverá conter somente o nome do artigo e sua tradução em inglês, sem identificação dos autores.
3) Folha à parte contendo resumo em português O resumo deverá conter, no mínimo, 100 e, no máximo, 150 palavras. Não é permitido o uso de siglas ou citações. Deverá conter, ao final, de 3-5 palavras-chave que descrevam exatamente o conteúdo do trabalho. As palavras-chave ou
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Normas da ABNT 2014
descritores deverão ser obtidos na Terminologia Psi <http://www.bvs-psi.org.br> ou na Terminologia em Ciências da Saúde (DeCS) <http://decs.br>. As palavras-chave ou descritores deverão estar escritos em letras minúsculas, separadas por ponto e vírgula.
O resumo deverá incluir breve referência ao problema investigado, características da amostra, método usado para a coleta de dados, resultados e conclusões. Apenas a resenha dispensa o resumo. O resumo segue a numeração da capa com identificação dos autores, e da folha sem identificação dos autores, devendo ser numerado como página 3.
4) Folha à parte contendo abstract em inglês O abstract deverá ser compatível com o texto do resumo. Deverá seguir as mesmas normas, e vir acompanhado de key words também obtidas nos sites da BVS <http://www.bvs-psi.org.br> e <http://decs.br>. Esta página será numerada como página 4.
5) Organização do trabalho O texto de todo trabalho submetido à publicação deverá ter uma organização clara e títulos e subtítulos que facilitem a leitura. Para artigos quantitativos, o texto deverá, obrigatoriamente, apresentar: introdução; método com informações consistentes sobre os participantes, instrumentos e procedimentos utilizados. Ao final da seção Método, deverá constar uma clara afirmação quanto ao atendimento sobre os procedimentos éticos adotados. Resultados: relato dos mais importantes, que respondem aos objetivos da pesquisa. Discussão que deverá explorar, adequada e objetivamente, os resultados discutidos à luz de outras observações já registradas na literatura. As limitações do estudo assim como assim como sugestões para futuras pesquisas devem ser apontadas.
Para artigos qualitativos, as seções podem variar de acordo com a ordem do seu conteúdo.
6) Ilustrações Tabelas e figuras deverão ser limitados ao total de 5, sendo numerados consecutiva e independentemente, com algarismos arábicos, de acordo com a ordem de menção dos dados. Deverão ser apresentados em folhas individuais e separadas, com indicação de sua localização no texto. A cada um se deverá atribuir um título breve.
O autor se responsabiliza pela qualidade das figuras (desenhos, ilustrações e gráficos), que deverão permitir redução sem perda de definição, para os tamanhos de uma ou duas colunas (7 cm e 15cm, respectivamente), pois, não é permitido o formato paisagem. Figuras digitalizadas deverão ter extensão JPEG e resolução mínima de 600 Dpi.
As palavras Figura, Tabela e Anexo, que aparecerem no texto, deverão ser escritas com a primeira letra maiúscula e
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Normas da ABNT 2014
acompanhadas do número (Figuras, Tabelas e Anexos) a que se referirem. Os locais sugeridos para inserção de figuras e tabelas deverão ser indicados no texto. Os títulos deverão ser concisos. Imagens coloridas não serão aceitas.
7) Citações Não serão aceitas referências secundárias, ou seja, a citação de citação do autor original. As citações de artigos de autoria múltipla deverão ser feitas da seguinte forma: - Artigo com dois autores: citar os dois autores sempre que o artigo for referido. - Artigo com três a cinco autores: citar todos os autores na primeira aparição no texto; da segunda aparição em diante, utilizar sobrenome do primeiro autor seguido de et al. e a data. - Artigos com seis autores ou mais: citar o sobrenome do primeiro autor seguido de et al. e do ano, desde a primeira aparição no texto.
No caso de citação literal, com até 40 palavras, devem vir no corpo do texto entre aspas, com indicação do sobrenome do autor, a data e a página.
As citações com mais de 40 palavras devem vir em um novo parágrafo, com espaçamento simples, fonte tamanho 11 e com recuo de 4cm da margem esquerda.
Obras antigas e reeditadas Em caso de citações antigas, com novas edições da obra, a citação deverá incluir as duas datas, a original e a data da edição lida pelo autor. Por exemplo: Freud (1912/1969, p.154). Caso haja outras citações ou referências de outros textos da mesma publicação consultada, diferencie com letras minúsculas. Por exemplo, Freud (1939/1969a) e assim sucessivamente. A Revista não adota as expressões latinas, a saber: idem (id), ibidem (ibid), opus citatum (op. cit.)
8) Referências Trabalhos com um único autor deverão vir antes dos trabalhos de autoria múltipla, quando o sobrenome é o mesmo.
Em caso de trabalhos em que o primeiro autor seja o mesmo, mas os coautores sejam diferentes, deverá ser assumida como critério a ordem alfabética dos sobrenomes dos coautores.
Trabalhos com os mesmos autores deverão ser ordenados por data, vindo em primeiro lugar o mais antigo. Trabalhos com a mesma autoria e a mesma data. Deverão ser diferenciados em "a" e "b". Artigo no prelo deverá ser evitado.
Incluir o Identificador de Objeto Digital (DOI) nas referências
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Normas da ABNT 2014
caso ele tenha sido informado na publicação.
A formatação das referências deverá facilitar a tarefa de revisão e de editoração; para tal, entrelinhas de 1,5 e tamanho de fonte 12. Sugere-se a inclusão de referências de artigos já publicados na revista Estudos de Psicologia como forma de aumentar o seu fator de impacto.
A exatidão e a adequação das referências a trabalhos que tenham sido consultados e mencionados no texto do artigo são de responsabilidade do autor, do mesmo modo que o conteúdo dos trabalhos é de sua exclusiva responsabilidade. Todos os autores, cujos trabalhos forem citados no texto, deverão ser seguidos da data de publicação e listados na seção de Referências. As citações e referências deverão ser feitas de acordo com as normas da APA (6. ed., 2010).
Exemplos Artigo com dois autores Garcia del Castillo, J. A., Dias, P. C., & Castelar-Perim, P. (2012). Autor-regulação e consumo de substâncias na adolescência. Psicologia: Reflexão e Crítica, 25(2), 238-247.
Artigo com mais de sete autores Kumpulainen, K., Räsänen, E., Henttonen, I., Almqvist, F., Kresanov, K., Linna, S. L., ... Tamminen, T. (1998). Bullying and psychiatric symptoms among elementary school-age children. Child Abuse & Neglect, 22(7), 705–717.
Livros Fernandes, J. M. G. A., & Gutierres Filho, P. J. B. (2012). Psicomotricidade: abordagens emergentes. Barueri: Manole.
Capítulos de livros Böhm, G., & Tanner, C. (2012). Environmental risk perception. In L. Steg, A. E. van den Berg & J. I. M. Groot (Eds.), Environmental psychology: An introduction. Oxford: BPS Blackwell.
Obra antiga e reeditada em data muito posterior Sartre, J-P. (2012). The imagination. New York: Routledge. (Original work published 1936).
Teses ou dissertações não-publicadas Vasconcellos, T. B. (2012). Um diálogo sobre a noção de autenticidade (Dissertação de mestrado não-publicada). Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade de São Paulo.
Autoria institucional World Health Organization. (2012). Safe abortion: Technical and policy guidance for health systems evidence summaries and grade tables. Washington, DC: The Author.
141
Normas da ABNT 2014
Trabalho apresentado em congressos publicado em anais Malabris, L. E. (2006). A terapia cognitivo-comportamental frente ao stress ocupacional e a síndrome de Burnout. Anais do VI Congresso Latinoamericano de Psicoterapias Cognitivas (Vol. 1). Buenos Aires.
Material eletrônico Artigos de periódicos Romanini, M., & Roso, A. (2012). Psicanálise, instituição e laço social: o grupo como dispositivo.Psicologia USP, 23(2), 343-365. Recuperado em outubro 8, 2012, disponível em <http://www.scielo.br>. doi: 10.1590/S0103-65642012005000002.
Teses ou dissertações não publicadas Bruckman, A. (1997). MOOSE crossing: Construction, community, and learning in a networked virtual world for kids (Doctoral dissertation, Massachusetts Institute of Technology). Retrieved from <http://www.static.cc.gatech.edu/ãsb/thesis/>.
Autoria institucional Instituto Nacional de Câncer. (2012). Estimativa 2012: incidência de câncer no Brasil. Recuperado em outubro 8, 2012, disponível em <http://www.inca.gov.br/estimativa/2012/>.
Trabalho apresentado em congresso publicado em anais Herculano-Houzel, S., Collins, C. E., Wong P., Kaas, J. H., & Lent, R. (2008). The basic nonuniformity of the cerebral cortex. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, Washington, DC. Retrieved December 13, 2012, from <http://www.pnas.org/content/105/34/12593.full.pdf+html>.
9) Anexos
Evite. Só poderão ser introduzidos se for indispensável para a compreensão dos textos.
Lista de Verificação
1. Declarações de responsabilidade e de transferência de direitos autorais assinadas por cada autor.
2. Página de rosto com a identificação dos autores e suas instituições.
3. Incluir título do original, em português e inglês. 4. Incluir agradecimentos com os nomes de agências
financiadoras, caso necessário. 5. Incluir título abreviado, não excedendo cinco (5) palavras,
para fins de legenda em todas as páginas impressas.
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6. Página de rosto sem identificação de autores, contendo apenas o título em português e inglês.
7. Resumo em folha à parte, no máximo 150 palavras, contendo, ao final, com 3-5 palavras-chave.
8. Abstract em folha a parte, máximo 150 palavras , contendo ao final 3-5 key words.
9. Verificar se o texto, incluindo resumos, tabelas e referências, está reproduzido com letra Arial, tamanho 12 e espaço duplo, e com formatação de margens superior e inferior (no mínimo, 2,5cm), esquerda e direita (no mínimo, 3cm).
10. Verificar se as referências estão normalizadas segundo o estilo da APA - 6a. ed. (2010).
11. Incluir permissão de editores para reprodução de figuras ou tabelas reproduzidas de outras fontes
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ANEXO 8
NORMAS DA REVISTA BMC Public Health
Preparing main manuscript text
General guidelines of the journal's style and language are given below.
Overview of manuscript sections for Research articles
Manuscripts for Research articles submitted to BMC Public Health should be divided into the following sections (in this order):
Title page Abstract
Keywords Background
Methods Results and discussion
Conclusions List of abbreviations used (if any) Competing interests Authors' contributions Authors' information Acknowledgements Endnotes
References Illustrations and figures (if any) Tables and captions Preparing additional files
The Accession Numbers of any nucleic acid sequences, protein sequences or atomic coordinates cited in the manuscript should be provided, in square brackets and include the corresponding database name; for example, [EMBL:AB026295, EMBL:AC137000, DDBJ:AE000812, GenBank:U49845, PDB:1BFM, Swiss-Prot:Q96KQ7, PIR:S66116].
The databases for which we can provide direct links are: EMBL Nucleotide Sequence Database (EMBL), DNA Data Bank of Japan (DDBJ), GenBank at the NCBI (GenBank), Protein Data Bank (PDB), Protein Information Resource (PIR) and the Swiss-Prot Protein Database (Swiss-Prot).
For reporting standards please see the information in the About section.
Title page
The title page should:
provide the title of the article list the full names, institutional addresses and email addresses for all authors
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Normas da ABNT 2014
indicate the corresponding author Please note:
the title should include the study design, for example "A versus B in the treatment of C: a randomized controlled trial X is a risk factor for Y: a case control study"
abbreviations within the title should be avoided if a collaboration group should be listed as an author, please list the Group name
as an author. If you would like the names of the individual members of the Group to be searchable through their individual PubMed records, please include this information in the “acknowledgements” section in accordance with the instructions below. Please note that the individual names may not be included in the PubMed record at the time a published article is initially included in PubMed as it takes PubMed additional time to code this information.
Abstract
The Abstract of the manuscript should not exceed 350 words and must be structured into separate sections: Background, the context and purpose of the study; Methods, how the study was performed and statistical tests used; Results, the main findings; Conclusions, brief summary and potential implications. Please minimize the use of abbreviations and do not cite references in the abstract. Trial registration, if your research article reports the results of a controlled health care intervention, please list your trial registry, along with the unique identifying number (e.g. Trial registration: Current Controlled Trials ISRCTN73824458). Please note that there should be no space between the letters and numbers of your trial registration number. We recommend manuscripts that report randomized controlled trials follow the CONSORT extension for abstracts.
Keywords
Three to ten keywords representing the main content of the article.
Background
The Background section should be written in a way that is accessible to researchers without specialist knowledge in that area and must clearly state - and, if helpful, illustrate - the background to the research and its aims. Reports of clinical research should, where appropriate, include a summary of a search of the literature to indicate why this study was necessary and what it aimed to contribute to the field. The section should end with a brief statement of what is being reported in the article.
Methods
The methods section should include the design of the study, the setting, the type of participants or materials involved, a clear description of all interventions and comparisons, and the type of analysis used, including a power calculation if appropriate. Generic drug names should generally be used. When proprietary brands are used in research, include the brand names in parentheses in the Methods section.
For studies involving human participants a statement detailing ethical approval and consent should be included in the methods section. For further details of the journal's editorial policies and ethical guidelines see 'About this journal'.
For further details of the journal's data-release policy, see the policy section in 'About this journal'.
Results and discussion
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The Results and discussion may be combined into a single section or presented separately. Results of statistical analysis should include, where appropriate, relative and absolute risks or risk reductions, and confidence intervals. The Results and discussion sections may also be broken into subsections with short, informative headings.
Conclusions
This should state clearly the main conclusions of the research and give a clear explanation of their importance and relevance. Summary illustrations may be included.
List of abbreviations
If abbreviations are used in the text they should be defined in the text at first use, and a list of abbreviations can be provided, which should precede the competing interests and authors' contributions.
Competing interests
A competing interest exists when your interpretation of data or presentation of information may be influenced by your personal or financial relationship with other people or organizations. Authors must disclose any financial competing interests; they should also reveal any non-financial competing interests that may cause them embarrassment were they to become public after the publication of the manuscript.
Authors are required to complete a declaration of competing interests. All competing interests that are declared will be listed at the end of published articles. Where an author gives no competing interests, the listing will read 'The author(s) declare that they have no competing interests'.
When completing your declaration, please consider the following questions:
Financial competing interests
In the past three years have you received reimbursements, fees, funding, or salary from an organization that may in any way gain or lose financially from the publication of this manuscript, either now or in the future? Is such an organization financing this manuscript (including the article-processing charge)? If so, please specify.
Do you hold any stocks or shares in an organization that may in any way gain or lose financially from the publication of this manuscript, either now or in the future? If so, please specify.
Do you hold or are you currently applying for any patents relating to the content of the manuscript? Have you received reimbursements, fees, funding, or salary from an organization that holds or has applied for patents relating to the content of the manuscript? If so, please specify.
Do you have any other financial competing interests? If so, please specify.
Non-financial competing interests
Are there any non-financial competing interests (political, personal, religious, ideological, academic, intellectual, commercial or any other) to declare in relation to this manuscript? If so, please specify.
If you are unsure as to whether you, or one your co-authors, has a competing interest please discuss it with the editorial office.
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Authors' contributions
In order to give appropriate credit to each author of a paper, the individual contributions of authors to the manuscript should be specified in this section.
According to ICMJE guidelines, An 'author' is generally considered to be someone who has made substantive intellectual contributions to a published study. To qualify as an author one should 1) have made substantial contributions to conception and design, or acquisition of data, or analysis and interpretation of data; 2) have been involved in drafting the manuscript or revising it critically for important intellectual content; 3) have given final approval of the version to be published; and 4) agree to be accountable for all aspects of the work in ensuring that questions related to the accuracy or integrity of any part of the work are appropriately investigated and resolved. Each author should have participated sufficiently in the work to take public responsibility for appropriate portions of the content. Acquisition of funding, collection of data, or general supervision of the research group, alone, does not justify authorship.
We suggest the following kind of format (please use initials to refer to each author's contribution): AB carried out the molecular genetic studies, participated in the sequence alignment and drafted the manuscript. JY carried out the immunoassays. MT participated in the sequence alignment. ES participated in the design of the study and performed the statistical analysis. FG conceived of the study, and participated in its design and coordination and helped to draft the manuscript. All authors read and approved the final manuscript.
All contributors who do not meet the criteria for authorship should be listed in an acknowledgements section. Examples of those who might be acknowledged include a person who provided purely technical help, writing assistance, a department chair who provided only general support, or those who contributed as part of a large collaboration group.
Authors' information
You may choose to use this section to include any relevant information about the author(s) that may aid the reader's interpretation of the article, and understand the standpoint of the author(s). This may include details about the authors' qualifications, current positions they hold at institutions or societies, or any other relevant background information. Please refer to authors using their initials. Note this section should not be used to describe any competing interests.
Acknowledgements
Please acknowledge anyone who contributed towards the article by making substantial contributions to conception, design, acquisition of data, or analysis and interpretation of data, or who was involved in drafting the manuscript or revising it critically for important intellectual content, but who does not meet the criteria for authorship. Please also include the source(s) of funding for each author, and for the manuscript preparation. Authors must describe the role of the funding body, if any, in design, in the collection, analysis, and interpretation of data; in the writing of the manuscript; and in the decision to submit the manuscript for publication. Please also acknowledge anyone who contributed materials essential for the study. If a language editor has made significant revision of the manuscript, we recommend that you acknowledge the editor by name, where possible.
The role of a scientific (medical) writer must be included in the acknowledgements section, including their source(s) of funding. We suggest wording such as 'We thank Jane Doe who provided medical writing services on behalf of XYZ Pharmaceuticals Ltd.'
If you would like the names of the individual members of a collaboration Group to be searchable through their individual PubMed records, please ensure that the title of the collaboration Group is included on the title page and in the submission system and also include collaborating author names as the last paragraph of the “acknowledgements” section. Please add authors in the format
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Normas da ABNT 2014
First Name, Middle initial(s) (optional), Last Name. You can add institution or country information for each author if you wish, but this should be consistent across all authors.
Please note that individual names may not be present in the PubMed record at the time a published article is initially included in PubMed as it takes PubMed additional time to code this information.
Authors should obtain permission to acknowledge from all those mentioned in the Acknowledgements section.
Endnotes
Endnotes should be designated within the text using a superscript lowercase letter and all notes (along with their corresponding letter) should be included in the Endnotes section. Please format this section in a paragraph rather than a list.
References
All references, including URLs, must be numbered consecutively, in square brackets, in the order in which they are cited in the text, followed by any in tables or legends. Each reference must have an individual reference number. Please avoid excessive referencing. If automatic numbering systems are used, the reference numbers must be finalized and the bibliography must be fully formatted before submission.
Only articles, clinical trial registration records and abstracts that have been published or are in press, or are available through public e-print/preprint servers, may be cited; unpublished abstracts, unpublished data and personal communications should not be included in the reference list, but may be included in the text and referred to as "unpublished observations" or "personal communications" giving the names of the involved researchers. Obtaining permission to quote personal communications and unpublished data from the cited colleagues is the responsibility of the author. Footnotes are not allowed, but endnotes are permitted. Journal abbreviations follow Index Medicus/MEDLINE. Citations in the reference list should include all named authors, up to the first six before adding 'et al.'..
Any in press articles cited within the references and necessary for the reviewers' assessment of the manuscript should be made available if requested by the editorial office.
An Endnote style file is available.
Examples of the BMC Public Health reference style are shown below. Please ensure that the reference style is followed precisely; if the references are not in the correct style they may have to be retyped and carefully proofread.
All web links and URLs, including links to the authors' own websites, should be given a reference number and included in the reference list rather than within the text of the manuscript. They should be provided in full, including both the title of the site and the URL, as well as the date the site was accessed, in the following format: The Mouse Tumor Biology Database. http://tumor.informatics.jax.org/mtbwi/index.do. Accessed 20 May 2013. If an author or group of authors can clearly be associated with a web link, such as for weblogs, then they should be included in the reference.
Authors may wish to make use of reference management software to ensure that reference lists are correctly formatted. An example of such software is Papers, which is part of Springer Science+Business Media.
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Normas da ABNT 2014
Examples of the BMC Public Health reference style Article within a journal Smith JJ. The world of science. Am J Sci. 1999;36:234-5.
Article within a journal (no page numbers) Rohrmann S, Overvad K, Bueno-de-Mesquita HB, Jakobsen MU, Egeberg R, Tjønneland A, et al. Meat consumption and mortality - results from the European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition. BMC Medicine. 2013;11:63.
Article within a journal by DOI Slifka MK, Whitton JL. Clinical implications of dysregulated cytokine production. Dig J Mol Med. 2000; doi:10.1007/s801090000086.
Article within a journal supplement Frumin AM, Nussbaum J, Esposito M. Functional asplenia: demonstration of splenic activity by bone marrow scan. Blood 1979;59 Suppl 1:26-32.
Book chapter, or an article within a book Wyllie AH, Kerr JFR, Currie AR. Cell death: the significance of apoptosis. In: Bourne GH, Danielli JF, Jeon KW, editors. International review of cytology. London: Academic; 1980. p. 251-306.
OnlineFirst chapter in a series (without a volume designation but with a DOI) Saito Y, Hyuga H. Rate equation approaches to amplification of enantiomeric excess and chiral symmetry breaking. Top Curr Chem. 2007. doi:10.1007/128_2006_108.
Complete book, authored Blenkinsopp A, Paxton P. Symptoms in the pharmacy: a guide to the management of common illness. 3rd ed. Oxford: Blackwell Science; 1998.
Online document Doe J. Title of subordinate document. In: The dictionary of substances and their effects. Royal Society of Chemistry. 1999. http://www.rsc.org/dose/title of subordinate document. Accessed 15 Jan 1999.
Online database Healthwise Knowledgebase. US Pharmacopeia, Rockville. 1998. http://www.healthwise.org. Accessed 21 Sept 1998.
Supplementary material/private homepage Doe J. Title of supplementary material. 2000. http://www.privatehomepage.com. Accessed 22 Feb 2000.
University site Doe, J: Title of preprint. http://www.uni-heidelberg.de/mydata.html (1999). Accessed 25 Dec 1999.
FTP site Doe, J: Trivial HTTP, RFC2169. ftp://ftp.isi.edu/in-notes/rfc2169.txt (1999). Accessed 12 Nov 1999.
Organization site ISSN International Centre: The ISSN register. http://www.issn.org (2006). Accessed 20 Feb 2007.
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Dataset with persistent identifier Zheng L-Y, Guo X-S, He B, Sun L-J, Peng Y, Dong S-S, et al. Genome data from sweet and grain sorghum (Sorghum bicolor). GigaScience Database. 2011. http://dx.doi.org/10.5524/100012.
Preparing illustrations and figures
Illustrations should be provided as separate files, not embedded in the text file. Each figure should include a single illustration and should fit on a single page in portrait format. If a figure consists of separate parts, it is important that a single composite illustration file be submitted which contains all parts of the figure. There is no charge for the use of color figures.
Please read our figure preparation guidelines for detailed instructions on maximising the quality of your figures.
Formats
The following file formats can be accepted:
PDF (preferred format for diagrams) DOCX/DOC (single page only) PPTX/PPT (single slide only) EPS PNG (preferred format for photos or images) TIFF JPEG BMP
Figure legends
The legends should be included in the main manuscript text file at the end of the document, rather than being a part of the figure file. For each figure, the following information should be provided: Figure number (in sequence, using Arabic numerals - i.e. Figure 1, 2, 3 etc); short title of figure (maximum 15 words); detailed legend, up to 300 words.
Please note that it is the responsibility of the author(s) to obtain permission from the copyright holder to reproduce figures or tables that have previously been published elsewhere.
Preparing tables
Each table should be numbered and cited in sequence using Arabic numerals (i.e. Table 1, 2, 3 etc.). Tables should also have a title (above the table) that summarizes the whole table; it should be no longer than 15 words. Detailed legends may then follow, but they should be concise. Tables should always be cited in text in consecutive numerical order.
Smaller tables considered to be integral to the manuscript can be pasted into the end of the document text file, in A4 portrait or landscape format. These will be typeset and displayed in the final published form of the article. Such tables should be formatted using the 'Table object' in a word processing program to ensure that columns of data are kept aligned when the file is sent electronically for review; this will not always be the case if columns are generated by simply using tabs to separate text. Columns and rows of data should be made visibly distinct by ensuring that the borders of each cell display as black lines. Commas should not be used to indicate numerical values. Color and shading may not be used; parts of the table can be highlighted using symbols or
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bold text, the meaning of which should be explained in a table legend. Tables should not be embedded as figures or spreadsheet files.
Larger datasets or tables too wide for a portrait page can be uploaded separately as additional files. Additional files will not be displayed in the final, laid-out PDF of the article, but a link will be provided to the files as supplied by the author.
Tabular data provided as additional files can be uploaded as an Excel spreadsheet (.xls ) or comma separated values (.csv). As with all files, please use the standard file extensions.
Preparing additional files
Although BMC Public Health does not restrict the length and quantity of data included in an article, we encourage authors to provide datasets, tables, movies, or other information as additional files.
Please note: All Additional files will be published along with the article. Do not include files such as patient consent forms, certificates of language editing, or revised versions of the main manuscript document with tracked changes. Such files should be sent by email to [email protected], quoting the Manuscript ID number.
Results that would otherwise be indicated as "data not shown" can and should be included as additional files. Since many weblinks and URLs rapidly become broken, BMC Public Health requires that supporting data are included as additional files, or deposited in a recognized repository. Please do not link to data on a personal/departmental website. The maximum file size for additional files is 20 MB each, and files will be virus-scanned on submission.
Additional files can be in any format, and will be downloadable from the final published article as supplied by the author. We recommend CSV rather than PDF for tabular data.
Certain supported files formats are recognized and can be displayed to the user in the browser. These include most movie formats (for users with the Quicktime plugin), mini-websites prepared according to our guidelines, chemical structure files (MOL, PDB), geographic data files (KML).
If additional material is provided, please list the following information in a separate section of the manuscript text:
File name (e.g. Additional file 1) File format including the correct file extension for example .pdf, .xls, .txt, .pptx
(including name and a URL of an appropriate viewer if format is unusual) Title of data Description of data
Additional files should be named "Additional file 1" and so on and should be referenced explicitly by file name within the body of the article, e.g. 'An additional movie file shows this in more detail [see Additional file 1]'.
Additional file formats
Ideally, file formats for additional files should not be platform-specific, and should be viewable using free or widely available tools. The following are examples of suitable formats.
Additional documentation
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o PDF (Adode Acrobat)
nimations o SWF (Shockwave Flash)
Movies o MP4 (MPEG 4) o MOV (Quicktime)
Tabular data o XLS, XLSX (Excel Spreadsheet) o CSV (Comma separated values)
As with figure files, files should be given the standard file extensions.
Mini-websites
Small self-contained websites can be submitted as additional files, in such a way that they will be browsable from within the full text HTML version of the article. In order to do this, please follow these instructions:
1. Create a folder containing a starting file called index.html (or index.htm) in the root.
2. Put all files necessary for viewing the mini-website within the folder, or sub-folders. 3. Ensure that all links are relative (ie "images/picture.jpg" rather than
"/images/picture.jpg" or "http://yourdomain.net/images/picture.jpg" or "C:\Documents and Settings\username\My Documents\mini-website\images\picture.jpg") and no link is longer than 255 characters.
4. Access the index.html file and browse around the mini-website, to ensure that the most commonly used browsers (Internet Explorer and Firefox) are able to view all parts of the mini-website without problems, it is ideal to check this on a different machine.
5. Compress the folder into a ZIP, check the file size is under 20 MB, ensure that index.html is in the root of the ZIP, and that the file has .zip extension, then submit as an additional file with your article.
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Normas da ABNT 2014
ANEXO 9
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Normas da ABNT 2014
ANEXO 10
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Normas da ABNT 2014
ANEXO 11
Componente Estético (AC) do Índice de Necessidade de tratamento Ortodôntico (IOTN).