universidade de mogi das cruzes renata cezÁrio … no tratamento da... · auriculoterapia,...

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

RENATA CEZAacuteRIO MENDES THAIS REGINA CELESTINO

UTILIZACcedilAtildeO DA ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA DISMENORREacuteIA

Mogi das Cruzes

2012

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Monografia apresentada ao Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Especialista em Acupuntura

Orientadores Profordm Luiz A Alfredo e

Profordf Bernadete Nunes Stolai

Mogi das Cruzes 2012

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Aprovado em

BANCA EXAMINADORA

Profa Bernadete Nunes Stolai UMC ndash UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

Profordm Luiz A Alfredo UMC ndash UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES

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DEDICATOacuteRIA

Dedico este trabalho a Deus pela daacutediva da vida aos meus queridos Pais

Esposo e Familiares por serem meu estiacutemulo Pacientes pela confianccedila meus

Orientadores Profdeg Luiz Alfredo e Profordf Bernadete pela ajuda e parceria neste

trabalho e Profordf Romana e Profdeg Luiz Leonelli pelos conhecimentos transmitidos e

dedicaccedilatildeo a todos noacutes alunos

Renata Cezaacuterio Mendes

Dedico este trabalho primeiramente a Deus a todos meus familiares amigos

pacientes aos meus orientadores (Profordm Luiz Alfredo e Profordf Bernadete) e a Profordf

Romana e Profordm Luiz Leonelli pela atenccedilatildeo dedicaccedilatildeo e conhecimento transmitido

nesses dois anos de curso

Thais Regina Celestino

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AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo a Deus o centro da minha vida por ter me abenccediloado e me

carregado em Suas matildeos para chegar ateacute aqui Aos meus Pais Milton e Liacutedia (in

memoriam) verdadeiramente os maiores Mestres que jaacute tive MAtildeE sei que mesmo

me olhando do ceacuteu a Sra esta vibrando por mais esta vitoacuteria consegui realizar o teu

e o meu sonho avancei mais um degrau PAI sou muito grata pela ajuda apoio

incentivo e por nesta etapa o Sr ter sido Pai e Matildee Ao meu Esposo Jesseacute AMOR

obrigada por estar sempre ao meu lado com sua imensa paciecircncia companheirismo

e estiacutemulo para eu seguir sempre em frente Aos meus queridos irmatildeos Glauber e

Lidiane que mesmo de longe sei que vocecircs sempre torceram por mim Aos meus

pacientes que depositaram sua confianccedila e contribuiacuteram para meu aprendizado

Aos meus Professores Profordf Romana Profordf Bernadete Profdeg Luiz Alfredo e Profdeg

Luiz Leonelli que aleacutem da relaccedilatildeo Professor ndash Aluno nos tornamos algo a mais

AMIGOS Agradeccedilo muito a minha Amiga Thais pela amizade paciecircncia nos meus

momentos de nervosismo pela imensa ajuda ao longo desta Especializaccedilatildeo e pela

concretizaccedilatildeo desta Monografia A todos minha gratidatildeo e carinho


Primeiramente gostaria de agradecer a Deus e a toda espiritualidade amiga

por mais esta oportunidade de estudo e de conhecimento adquirido aos meus pais

Paulo e Regina pela ajuda confianccedila e apoio constante porque sem eles natildeo teria

chegado ateacute aqui aos meus irmatildeos sobrinha e familiares que sempre me

incentivaram aos pacientes porque sem os mesmos natildeo teria concretizado mais

essa etapa de minha vida e a minha amiga e companheira desse estudo Renata

pela paciecircncia e pelos momentos bons e ruins que dividimos juntas Muito Obrigada


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ldquoA vida eacute uma peccedila de teatro que natildeo permite ensaios Por isso cante chore

dance ria e viva intensamente antes que a cortina se feche e a peccedila termine sem

aplausosrdquo

(Charles Chaplin)

ldquoEmbora ningueacutem possa voltar atraacutes e fazer um novo comeccedilo qualquer um

pode comeccedilar agora e fazer um novo fimrdquo

(Chico Xavier)

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RESUMO

A Dismenorreacuteia caracteriza-se por dor intensa sob forma de coacutelica durante a menstruaccedilatildeo manifestando-se habitualmente no baixo ventre ou regiatildeo lombar Eacute causa de substanciosos prejuiacutezos econocircmicos e diminuiccedilatildeo na produtividade das mulheres acometidas A Acupuntura tem demonstrado resposta favoraacutevel em alguns estudos jaacute realizados O tratamento da Dismenorreacuteia visa diminuir as dores da paciente melhorar seu estado emocional entre outros sintomas mas o seu principal objetivo eacute manter o equiliacutebrio do organismo para que assim o mesmo possa estar em harmonia trabalhando o paciente como um todo melhorando sua qualidade de vida e bem estar aleacutem disso natildeo apresenta nenhuma contra-indicaccedilatildeo apenas precauccedilotildees em certos casos e natildeo tem nenhum efeito colateral sendo uma vantagem para o tratamento da paciente Este estudo tem como objetivo geral verificar a eficaacutecia da Acupuntura no tratamento da Dismenorreacuteia e os especiacuteficos analisar quais satildeo as teacutecnicas e pontos mais utilizados Esta pesquisa foi realizada atraveacutes de revisatildeo da literatura cientiacutefica onde foram utilizados artigos cientiacuteficos nacionais e internacionais de grande importacircncia sobre o assunto sendo pesquisados em meios eletrocircnicos como Bireme Scielo PubMed Lilacs Medline e Perioacutedicos Capes A abordagem terapecircutica e o tratamento da Dismenorreacuteia podem ser efetuados em trecircs etapas os antiinflamatoacuterios natildeo hormonais hormocircnios ou calor local medicamentos que relaxam a musculatura uterina e drogas ou medidas que interferem na dor tais como analgeacutesicos Acupuntura psicotroacutepicos A Acupuntura eacute um antigo meacutetodo terapecircutico chinecircs que se baseia na estimulaccedilatildeo de determinados pontos do corpo com agulha ou com fogo a fim de restaurar e manter a sauacutede Os resultados mostraram que a Acupuntura apresentou-se eficaz em todos os estudos diminuindo a dor em grande parte dos casos a medicaccedilatildeo tornou-se desnecessaacuteria e os sintomas de dor natildeo ocorreram mais durante dois anos apoacutes o tratamento tambeacutem apresentou melhora na qualidade de vida das pacientes e na parte emocional houve melhora na depressatildeo ansiedade e irritabilidade Com relaccedilatildeo agraves teacutecnicas que podem ser utilizadas observamos que a Acupuntura Sistecircmica eacute de uso primordial e essencial destacando-se entre as outras teacutecnicas como Auriculoterapia Moxaterapia Laserpuntura Acupressatildeo Eletroacupuntura tratamentos com pontos Fonte que tambeacutem podem ser utilizados com sucesso nesse distuacuterbio ginecoloacutegico tatildeo frequumlente Palavras Chave Dismenorreacuteia tratamentos para Dismenorreacuteia e Acupuntura na Dismenorreacuteia

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LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1- Sistema Reprodutor Feminino 13

Figura 2- Fisiopatologia da Dismenorreacuteia Primaacuteria

Figura 3- As Quatro Fases do Ciclo Menstrual

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Figura 4- Oacutergatildeos Internos e a Menstruaccedilatildeo

Figura 5- Trajeto Interno e Externo do Canal de Energia Ren Mai

Figura 6- Trajeto Interno e Externo do Canal de Energia Du Mai

Figura 7- Chong Mai (Vaso Penetrador)

Figura 8- Inter-relaccedilatildeo de Oacutergatildeos Internos Substacircncias Vitais Uacutetero e Canais

Extraordinaacuterios

Quadro 1- Qualificaccedilatildeo multidimensional para classificar a intensidade da dor na

Dismenorreacuteia

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Diagnoacutestico diferencial entre Dismenorreacuteia primaacuteria e secundaacuteria

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SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 10

2 METODOLOGIA 12

3 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

31 GENITAacuteLIA INTERNA

311 Ovaacuterios

312 Tubas Uterinas

313 Uacutetero

314 Vagina

32 GENITAIS EXTERNOS

4 FISIOLOGIA DA MENSTRUACcedilAtildeO SEGUNDO A MEDICINA OCIDENTAL

5 DISMENORREacuteIA SEGUNDO A MEDICINA OCIDENTAL

51 CONCEITO

52 PREVALEcircNCIA

53 CLASSIFICACcedilAtildeO

54 ETIOLOGIA

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14

14

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15 15

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17

17

17

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6 TRATAMENTOS DA DISMENORREacuteIA

61 MEDICAMENTOSO

611 Analgeacutesicos e AINEs (Antiinflamatoacuterio natildeo esteroidal)

612 Contraceptivos Hormonais

613 DIU com levonorgestrel (Mirena)

62 FISIOTERAPIA

63 ESTIMULACcedilAtildeO TRANSCUTAcircNEA ELEacuteTRICA (TENS)

64 ATIVIDADE FIacuteSICA

65 DANCcedilA DO VENTRE

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22

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23

23

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7 ACUPUNTURA

71 DISMENORREacuteIA SEGUNDO A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

72 FISIOLOGIA FEMININA SEGUNDO A MEDICINA TRADICIONAL

CHINESA

73 FISIOLOGIA DA MENSTRUACcedilAtildeO SEGUNDO A MEDICINA

TRADICIONAL CHINESA

74 OacuteRGAtildeOS VISCERAS E A MENSTRUACcedilAtildeO

75 VASOS MARAVILHOSOS E A MENSTRUACcedilAtildeO

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31

35

20

8 DIFERENCIACcedilAtildeO SINDROcircMICA

81 PADRAtildeO DE EXCESSO PLENITUDE

811 Estagnaccedilatildeo de QI e Sangue

812 Estagnaccedilatildeo de Frio

813 Umidade Calor

82 PADROtildeES DE DEFICIEcircNCIA VAZIO

821 Deficiecircncia de QI e Sangue

822 Deficiecircncia de Yin do Fiacutegado e Rim

823 Deficiecircncia do Yang e Sangue

9 TRATAMENTOS COM ACUPUNTURA

10 CONCLUSAtildeO

REFEREcircNCIAS

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42

42

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52

54

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1 INTRODUCcedilAtildeO A Dismenorreacuteia conhecida popularmente como coacutelica menstrual eacute um

problema que atinge a maioria das mulheres nos dias de hoje gerando vaacuterios

transtornos e limitaccedilotildees desde dores sendo o principal agravante perda do dia de

trabalho em alguns casos afastamento piora na qualidade de vida e distuacuterbios

emocionais (BORGES et al 2007)

Refere Ribeiro (2005) que o termo Dismenorreacuteia deriva do grego e significa

menstruaccedilatildeo difiacutecil ou desconfortaacutevel que gera dor uterina provocando vaacuterios

sintomas como palidez sudorese cefaleacuteia naacuteuseas vocircmitos aumento do nuacutemero

de evacuaccedilotildees dor lombar e nos membros inferiores

Segundo Borges et al (2007) a Dismenorreacuteia caracteriza-se por dor intensa

sob forma de coacutelica durante a menstruaccedilatildeo manifestando-se habitualmente no

baixo ventre ou regiatildeo lombar Eacute causa de substanciosos prejuiacutezos econocircmicos e

diminuiccedilatildeo na produtividade das mulheres acometidas

Seu estudo tem adquirido maior importacircncia nas uacuteltimas deacutecadas devido agraves

consequumlecircncias socioeconocircmicas que acarreta Eacute uma dor peacutelvica que ocorre antes

ou durante o periacuteodo menstrual que afeta cerca de 60 a 80 das mulheres em

diferentes graus de intensidade sendo que em 8 a 18 o desconforto menstrual eacute

de tal intensidade que impede as atividades habituais obrigando a paciente a

procurar o pronto-socorro (DIEGOLI e DIEGOLI 2007)

De acordo com Giraldo Eleuteacuterio e Linhares (2008) cerca de 90 das

mulheres experimentam este quadro em alguma fase da vida contudo a grande

maioria natildeo procura assistecircncia meacutedica pois os sintomas satildeo suportaacuteveis A

prevalecircncia da Dismenorreacuteia embora de difiacutecil estimativa por falta de definiccedilatildeo

precisa eacute uma das queixas mais frequumlentes em consultoacuterios de ginecologia e parece

variar de 45 a 95 Em 10 a 15 das vezes o quadro sintomatoloacutegico eacute intenso

interferindo com a vida social e produtiva da mulher a ponto de causar grande

iacutendice de absenteiacutesmo no trabalho

Hoje podemos encontrar vaacuterias formas de tratamento como medicamentoso

(o mais utilizado) a fisioterapia a massagem e a Acupuntura que ainda muitas

pessoas desconhecem

22

Praacutetica milenar faz parte da chamada Medicina Tradicional Chinesa a

Acupuntura tem experimentado um aumento expressivo de adeptos tanto em

nuacutemero dos que praticam como em nuacutemero dos que se submetem ao seu

tratamento (LIN HSING e PAI 2008)

Segundo Witt et al (2008) a Acupuntura tem demonstrado resposta favoraacutevel

em alguns estudos jaacute realizados

A Medicina natildeo convencional tem se tornado muito popular nos paiacuteses

ocidentais nos uacuteltimos anos A Acupuntura um procedimento da Medicina

Tradicional Chinesa vem sendo bem aceita livre de efeitos colaterais relevantes

sendo comumente usada no tratamento da dor peacutelvica crocircnica e seu uso tem sido

recentemente recomendado pelo Instituto Nacional de Sauacutede para o tratamento de

diversas doenccedilas incluindo Dismenorreacuteia (IORNO et al 2007)

Uma revisatildeo citando quatro estudos sendo dois duplo-cegos mostrou a

Acupuntura como sendo bastante efetiva para a Dismenorreacuteia (WHITE 2003)

A Acupuntura no tratamento da Dismenorreacuteia visa diminuir as dores da

paciente melhorar seu estado emocional entre outros sintomas mas o seu principal

objetivo eacute manter o equiliacutebrio do organismo para que assim o mesmo possa estar

em harmonia trabalhando o paciente como um todo melhorando sua qualidade de

vida e bem estar

Podem ser utilizadas varias teacutecnicas como a Acupuntura Sistecircmica

Auriculoterapia Moxaterapia Laserterapia entre outras de forma que o paciente

fique confortaacutevel e seguro Aleacutem disso natildeo apresenta nenhuma contra-indicaccedilatildeo

apenas precauccedilotildees em certos casos e natildeo tem nenhum efeito colateral sendo uma

vantagem para o tratamento do paciente

Com base nesses dados este estudo tem como objetivo geral verificar a

eficaacutecia da Acupuntura no tratamento da Dismenorreacuteia e os especiacuteficos analisar

quais satildeo as teacutecnicas e pontos mais utilizados

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2 METODOLOGIA Foi realizado um levantamento bibliograacutefico para a composiccedilatildeo do trabalho

sendo pesquisados livros de Ginecologia e Obstetriacutecia e Acupuntura estando estes

no acervo da Biblioteca da Universidade de Mogi das Cruzes assim como de uso

pessoal das pesquisadoras aleacutem de artigos cientiacuteficos nacionais e internacionais de

grande importacircncia que abranjam o assunto sendo os mesmos pesquisados em

meios eletrocircnicos como Bireme Scielo Pubmed Lilacs Medline e Perioacutedicos

Capes na busca em bases de dados tendo como palavras-chave Dismenorreacuteia

tratamentos para Dismenorreacuteia e Acupuntura na Dismenorreacuteia

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3 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR

FEMININO

O aparelho genital feminino eacute constituiacutedo em sua essecircncia por um tubo oco

no seu interior nas partes baixas e meacutedia constituindo a vagina e o uacutetero e se

bifurcando mais acima onde se situam duas trompas e dois ovaacuterios O sistema

genital feminino eacute o conjunto de oacutergatildeos encarregados da reproduccedilatildeo na mulher

(Figura 1) sendo que a funccedilatildeo reprodutora feminina pode ser dividida em duas

fases principais primeira a preparaccedilatildeo do corpo feminino para a concepccedilatildeo e

gestaccedilatildeo segunda o periacuteodo da proacutepria gestaccedilatildeo (RIBEIRO 2005)

Figura 1 Sistema Reprodutor Feminino

Fonte Netter (2000)

Referindo a parte externa o aparelho genital se completa com distintas

formaccedilotildees que constituem a vulva e o monte de Vecircnus Deste modo pode-se dividir

o aparelho genital feminino em oacutergatildeos genitais internos e externos (RIBEIRO 2005)

25


311 Ovaacuterios

Os ovaacuterios ou gocircnadas femininas satildeo um par de oacutergatildeos soacutelidos achatados

ovoacuteides esbranquiccedilados com dimensotildees de 15 x 30 x 35cm encontrados no

interior da pelve Produzem os gametas femininos ou oacutevulos ao final da puberdade

Aleacutem da funccedilatildeo gametogecircnica produzem tambeacutem hormocircnios os quais controlam os

desenvolvimentos dos caracteres sexuais secundaacuterios e atuam sobre o uacutetero nos

mecanismos de implantaccedilatildeo do oacutevulo e iniacutecio do desenvolvimento do embriatildeo Satildeo

fixados pelo ligamento largo do uacutetero mas natildeo revestidos de peritocircnio Antes da

primeira ovulaccedilatildeo o ovaacuterio eacute liso e rosado depois eacute branco-acinzentado e rugoso

No final do desenvolvimento embrionaacuterio de uma menina ela jaacute tem todas as ceacutelulas

que iratildeo transformar-se em gametas nos seus dois ovaacuterios Estas ceacutelulas - os

ovoacutecitos primaacuterios - encontram-se dentro de estruturas denominadas foliacuteculos de

Graaf ou foliacuteculos ovarianos A partir da adolescecircncia sob accedilatildeo hormonal os

foliacuteculos ovarianos comeccedilam a crescer e a desenvolver-se Os foliacuteculos em

desenvolvimento secretam o hormocircnio estroacutegeno Mensalmente apenas um foliacuteculo

geralmente completa o desenvolvimento e a maturaccedilatildeo rompendo-se e liberando o

ovoacutecito secundaacuterio (gameta feminino) fenocircmeno conhecido como ovulaccedilatildeo Apoacutes

seu rompimento a massa celular resultante transforma-se em corpo luacuteteo ou

amarelo que passa a secretar os hormocircnios progesterona e estroacutegeno Com o

tempo o corpo luacuteteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco

(RIBEIRO 2005)

312 Tubas Uterinas

As Tubas uterinas transportam os oacutevulos que romperam a superfiacutecie do ovaacuterio

para a cavidade uterina Estaacute incluiacuteda na borda superior do ligamento largo do uacutetero

Possui duas extremidades uma se comunica com o uacutetero e a outra com a cavidade

abdominal A tuba eacute subdividida em quatro partes porccedilatildeo intersticial ou intramural ndash

eacute a parte estreita que eacute situada na parede muscular uterina e que vai ateacute a cavidade

uterina porccedilatildeo iacutestma ou istmo ndash parte estreita da tuba proacutexima agrave inserccedilatildeo desta no

corno uterino porccedilatildeo ampular ou ampola ndash eacute a parte mais larga mais flaacutecida e

mediana da tuba terccedilo distal ou infundiacutebulo ndash eacute a parte mais proacutexima do ovaacuterio e eacute

composta pelas fimbrias (RIBEIRO 2005)

26

313 Uacutetero

O uacutetero eacute um oacutergatildeo oco com paredes musculares espessas revestido por

uma tuacutenica mucosa (endomeacutetrio) e destinado a receber o oacutevulo fecundado a abrigar

o feto durante a gestaccedilatildeo e a expulsaacute-lo no momento do parto Estaacute posicionado no

centro da pelve entre a bexiga e o reto Possui paredes musculares grossas e

contraacuteteis tendo forma de uma pecircra de dimensotildees variaacuteveis entre 65 a 75 cm de

comprimento e 3 a 4 cm de largura Eacute normalmente dividido em fundo o corpo

istmo e ceacutervix O corpo comunica-se de cada lado com as tubas uterinas e a porccedilatildeo

que fica acima delas eacute o fundo A comunicaccedilatildeo uacutetero vaginal daacute-se atraveacutes do oacutestio

do uacutetero localizado na ceacutervix (colo) sendo uma rica fonte de prostaglandinas jaacute a

irrigaccedilatildeo do uacutetero origina-se principalmente da arteacuteria uterina um ramo de arteacuteria

iliacuteaca interna que terminando por anastomosar-se com a arteacuteria ovaacuterica que

tambeacutem participa do suprimento sanguumliacuteneo do uacutetero (RIBEIRO 2005)

314 Vagina

A vagina eacute um canal altamente elaacutestico capaz de consideraacutevel distensatildeo

Possui em suas paredes uma camada de muacutesculo liso cujas fibras estatildeo dispostas

longitudinal e circularmente sendo revestido por epiteacutelio escamoso estratificado A

vagina liga o uacutetero aos oacutergatildeos genitais externos (RIBEIRO 2005)


Os oacutergatildeos genitais femininos externos satildeo os laacutebios maiores do pudendo

laacutebios menores do pudendo o vestiacutebulo o clitoacuteris e o monte puacutebico que no conjunto

formam a vulva (RIBEIRO 2005)

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OCIDENTAL

Para Osoacuterio (2007) a menstruaccedilatildeo eacute um sangramento genital devido a

descamaccedilatildeo da parede funcional do uacutetero (endomeacutetrio) onde a primeira

menstruaccedilatildeo eacute classificada como menarca e a uacuteltima menstruaccedilatildeo menopausa A

menstruaccedilatildeo representa o epiacutelogo dos eventos neuroendoacutecrinos que determinam as

modificaccedilotildees fisioloacutegicas no organismo O conjunto dessas modificaccedilotildees que se

repetem periodicamente e temporariamente chama-se ciclo menstrual

O ciclo menstrual pode ser estudado em bases cliacutenicas e neuronais O

conhecimento da sua fisiologia eacute jaacute bastante assentado sabendo-se que ele

depende de uma interaccedilatildeo entre ceacuterebro glacircndula pituitaacuteria ovaacuterios e endomeacutetrio

estiacutemulos ambientais (nutriccedilatildeo estresse emoccedilatildeo luz odor som) satildeo transformados

pelo hipotaacutelamo em neuropeptiacutedeos isto leva a glacircndula pituitaacuteria a secretar

gonadotrofinas as quais estimularatildeo o ovaacuterio os ovaacuterios secretam estradiol e

progesterona que por sua vez estimulam o endomeacutetrio a se preparar para uma

gravidez e mantecircm a estimulaccedilatildeo do hipotaacutelamo e da glacircndula pituitaacuteria Se a

gravidez natildeo ocorre o endomeacutetrio degenera (haacute o sangramento) e o ciclo se repete

A duraccedilatildeo meacutedia do ciclo menstrual eacute de 28 dias mas pode variar de 20 a 45

dias Didaticamente e de acordo com as flutuaccedilotildees hormonais o ciclo eacute dividido em

fases Uma divisatildeo simplificada adotada por considerar duas fases a folicular

compreendendo o periacuteodo do sangramento ateacute a ovulaccedilatildeo (inclusive) e a luacutetea que

se inicia logo apoacutes estendendo-se ateacute o iniacutecio do sangramento Em relaccedilatildeo aos

niacuteveis hormonais a fase folicular caracteriza-se pela presenccedila de hormocircnio foliacuteculo-

estimulante (FSH) hormocircnio luteinizante (LH) e estroacutegeno os quais levam ao

crescimento do foliacuteculo ovariano e agrave ovulaccedilatildeo A fase luacutetea eacute caracterizada pela

presenccedila aumentada de estroacutegeno e progesterona O decreacutescimo destes dois

hormocircnios ocorre com a regressatildeo do corpo luacuteteo (quando natildeo ocorreu fertilizaccedilatildeo)

gerando a degeneraccedilatildeo do endomeacutetrio ndash sangramento e agrave ovulaccedilatildeo (SAMPAIO

2002)

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51 CONCEITO

Dismenorreacuteia deriva do grego e significa menstruaccedilatildeo difiacutecil ou

desconfortaacutevel que se caracteriza por dor intensa sob forma de coacutelica

manifestando-se habitualmente no baixo ventre que ocorre antes ou durante o

periacuteodo menstrual de modo ciacuteclico (BORGES et al 2007)

52 PREVALEcircNCIA

As taxas de prevalecircncia de Dismenorreacuteia referidas na literatura satildeo muito

desiguais embora de difiacutecil estimativa por falta de definiccedilatildeo precisa eacute uma das

queixas mais frequentes em consultoacuterios de ginecologia podendo variar de 45 a

95 (GIRALDO ELEUTEacuteRIO e LINHARES 2008)


Pode ser classificada quanto agrave sua intensidade e agrave sua etiologia Quanto agrave

sua intensidade existem formas leves moderadas e graves As duas uacuteltimas podem

ateacute mesmo interferir no bem estar das pacientes chegando a ser uma das mais

importantes causas de ausecircncia no trabalho e na escola (Quadro 1) Quanto agrave sua

etiologia a Dismenorreacuteia pode ser classificada como primaacuteria ou funcional e em

secundaacuteria ou orgacircnica (SCHMIDT e HERTER 2002)

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Quadro 1 ndash Qualificaccedilatildeo multidimensional para classificar a intensidade da dor na Dismenorreacuteia

Grau Atividade diaacuteria Sintomas Analgeacutesicos

Grau 0 fluxo menstrual sem dores e atividades diaacuterias natildeo afetadas

Natildeo afetadas Nenhum Natildeo necessaacuterios

Grau 1 menstruaccedilatildeo com dores poreacutem raramente inibe as atividades diaacuterias ou necessitam de analgeacutesicos Pouca dor

Raramente afetadas

Nenhum Raramente necessaacuterios

Grau 2 incapacitaccedilatildeo para praacutetica de atividades habituais analgeacutesicos satildeo utilizados faltas agraves atividades natildeo satildeo usuais Dor moderada

Moderadamente afetadas

Poucos Necessaacuterios

Grau 3 atividades habituais claramente afetadas Baixa eficaacutecia dos analgeacutesicos presenccedila de todos os sintomas sistecircmicos relacionados Dor intensa

Claramente afetadas

Aparentes Baixa eficaacutecia

Fonte Leite et al (2009)

54 ETIOLOGIA

A Dismenorreacuteia primaacuteria eacute aquela que ocorre sem que haja lesotildees nos

oacutergatildeos peacutelvicos geralmente ocorre nos ciclos menstruais normais e logo apoacutes as

primeiras menstruaccedilotildees na adolescecircncia podendo cessar ou reduzir

significativamente quando a mulher atinge a faixa dos 20 anos Quanto a sua

etiopatogenia existem muitas teorias para explicar As principais satildeo 1)espasmo

vascular- onde ocorre uma vasoconstriccedilatildeo exagerada das arteriacuteolas endometriais

produzindo isquemia e consequumlentemente dor 2)espasmo muscular - devido a

contraccedilatildeo uterina exagerada e incordenada ou ainda uma hipersensibilidade agrave

contraccedilatildeo normal 3)espasmos musculares e vasculares - as contraccedilotildees

incordenadas agravam a dor 4)psicogecircnica - o emocional atuando atraveacutes do

sistema liacutembico sobre o organismo 5)endoacutecrina- a Dismenorreacuteia ocorre em ciclos

ovulatoacuterios quando haacute atuaccedilatildeo da progesterona 6)prostaglandina ndash teoria de maior

conotaccedilatildeo terapecircutica Eacute uma substacircncia que estimula a contraccedilatildeo dos muacutesculos

lisos levando a uma hipercontratilidade do miomeacutetrio (RIBEIRO 2005)

Segundo Diegoli e Diegoli (2007) as prostaglandinas (Pg) satildeo aacutecidos graxos

constituiacutedos por 20 aacutetomos de carbono derivados do aacutecido aracdocircnico e satildeo

produzidos em diversos oacutergatildeos (uacutetero estocircmago rim etc) Sob a accedilatildeo das

fosfolipases A2 os fosfolipiacutedeos da membrana celular liberam o aacutecido araquidocircnico

30

que eacute convertido em endoperoacutexidos ou prostaglandinas G2 isoprostanos e

leucotrienos A accedilatildeo da isomerase redutase nos endoperoacutexidos produz as

prostaglandinas (Pg F2a Pg E2 e Pg D2)

Figura 2 - Fisiopatologia da Dismenorreacuteia primaacuteria

Fonte Giraldo Eleuteacuterio e Linhares 2008

A liberaccedilatildeo das prostaglandinas F2a pelo endomeacutetrio provoca contraccedilatildeo da

musculatura uterina com consequumlente aumento do tocircnus uterino e da pressatildeo

intramiometrial O aumento da pressatildeo acarreta compressatildeo do plexo vascular e

nervoso do uacutetero e consequumlentemente dor Quanto menor for o volume uterino eou

maior for a produccedilatildeo de prostaglandina maior seraacute concentraccedilatildeo de Pg F2a intra-

uterino e mais intensa seraacute a dor isso explica porque a Dismenorreacuteia eacute mais comum

e frequente nas adolescentes possuem menor volume uterino Com o crescimento

amadurecimento e gestaccedilatildeo o uacutetero e o colo uterino se distendem diminuindo

definitivamente a concentraccedilatildeo de prostaglandinas e a dismenorreacuteia (DIEGOLI e

DIEGOLI 2007)

Para Giraldo Eleuteacuterio e Linhares (2008) um aumento anormal na

contratilidade miometrial eacute observado em mulheres com Dismenorreacuteia Isso ocorre

31

porque apoacutes a queda de progesterona no fim do ciclo ovulatoacuterio antes da

menstruaccedilatildeo aacutecidos gordurosos ocircmega-6 particularmente acido aracdocircnico satildeo

liberados e uma cascata de prostaglandinas e leucotrienos eacute iniciada ocasionando

uma elevada produccedilatildeo de prostaglandinas E2 e F2-a no uacutetero que por sua vez

causaram vasoconstriccedilatildeo e contraccedilatildeo muscular (Figura 2) O aumento de

leucotrienos determina os sintomas sistecircmicos da Dismenorreacuteia O aacutecido aracdocircnico

eacute transformado em prostaglandinas atraveacutes de sistema de enzimas denominado de

ldquovia das cicloxigenasesrdquo Quadros de Dismenorreacuteia mais severos tecircm sido

associados a maior quantidade de niacuteveis de prostaglandinas principalmente nos

primeiros dois dias da menstruaccedilatildeo

A Dismenorreacuteia secundaacuteria compreende 5 onde haacute uma causa orgacircnica que

explique sua origem ou seja existe uma alteraccedilatildeo anatocircmica no sistema

reprodutivo Nestes casos a dor pode se apresentar de modo atiacutepico imediatamente

a partir da menarca ou numa idade mais avanccedilada (Tabela 1) A dor associada

depende da causa baacutesica dentre as causas de Dismenorreacuteia secundaacuteria com

origem ginecoloacutegica as mais comuns satildeo inflamaccedilotildees peacutelvicas varizes peacutelvicas

tumores peacutelvicos adenomiose endometriose poacutelipos miomas uso de DIU cistos

ovarianos estenose cervical malformaccedilotildees congecircnitas do trato urinaacuterio (SCHMIDT

e HERTER 2002)


De acordo com Diegoli e Diegoli (2007) em relaccedilatildeo agrave etiopatologia da

Dismenorreacuteia secundaacuteria as prostaglandinas tambeacutem estatildeo presentes mas o fator

32

desencadeante eacute anatocircmico (causado por mioma congestatildeo peacutelvica malformaccedilatildeo

uterina etc) e portanto a dor provocada pela liberaccedilatildeo das prostaglandinas se

associa a outros sintomas da doenccedila de base A obstruccedilatildeo agrave eliminaccedilatildeo das

prostaglandinas associada aos fenocircmenos inflamatoacuterios da doenccedila de base mais o

fator psicoloacutegico do sofrimento repetitivo acabam potencializando os sintomas

tornando a dor mais prolongada e mais intensa

Para Giraldo Eleuteacuterio e Linhares (2008) eacute um quadro que apesar de ser

muito frequumlente natildeo tem um diagnoacutestico preciso dificultando conhecer sua real

prevalecircncia entre as mulheres O seu diagnoacutestico diferencial se baseia na anamnese

e no exame fiacutesico podendo haver necessidade de meacutetodos auxiliares como ultra-

sonografia transvaginal histeroscopia e laparoscopia Aleacutem da dor peacutelvica ciacuteclica

outros sintomas podem associar-se com a Dismenorreacuteia primaacuteria resultando

frequumlentemente em alteraccedilotildees psicoloacutegicas Este quadro aacutelgico associa-se agrave accedilatildeo

de prostaglandinas decorrentes da queda preacutevia dos niacuteveis de progesterona na fase

de preacute-menstruaccedilatildeo Os antiinflamatoacuterios natildeo hormonais seguidos pelos

contraceptivos orais satildeo a forma mais comum de tratamento embora existam

alternativas

33


Segundo Diegoli e Diegoli (2007) a Dismenorreacuteia eacute uma das principais causas

de abstinecircncia ao trabalho Durante seacuteculos foi considerada como um problema

psicoloacutegico relacionado agrave negaccedilatildeo da feminilidade e que melhorava com o

casamento Somente apoacutes a descoberta das prostaglandinas a sua fisiopatologia foi

esclarecida e novos tratamentos puderam ser utilizados A abordagem terapecircutica e

o tratamento da Dismenorreacuteia podem ser efetuadas em trecircs etapas 1) drogas ou

medidas que atuam diretamente nas prostaglandinas como os antiinflamatoacuterios natildeo

hormonais hormocircnios ou calor local 2) medicamentos que relaxam a musculatura

uterina como os antiespasmoacutedicos 3) drogas ou medidas que interferem com a dor

tanto em niacutevel perifeacuterico como central tais como analgeacutesicos Acupuntura

psicotroacutepicos

61 MEDICAMENTOSO

De acordo com Giraldo Eleuteacuterio e Linhares (2008) o tratamento

medicamentoso eacute direcionado ao aliacutevio dos sintomas e podem ser utilizados


Eacute a primeira linha no manejo da Dismenorreacuteia primaacuteria Agem pela reduccedilatildeo

da atividade da via da cicloxigenase inibindo a siacutentese de prostaglandinas Dentre

os AINEs haacute relatos de melhora entre 17 e 95 das mulheres nos mais diferentes

estudos Inibidores especiacuteficos de COX-2 tecircm sido bastante efetivos contra

dismenorreia


Agem por inibiccedilatildeo da ovulaccedilatildeo e reduzem a proliferaccedilatildeo endometrial

limitando a produccedilatildeo de prostaglandinas Embora ainda natildeo existam estudos

robustos para evidecircncia de eficaacutecia deles no tratamento da Dismenorreacuteia acredita-

se que haja benefiacutecio em torno de 65 das mulheres que utilizam esta forma

terapecircutica

34

613 DIU com Levonorgestrel (MIRENA)

Ateacute 50 das mulheres se tornam amenorreacuteicas apoacutes 12 meses e reduccedilatildeo da

Dismenorreacuteia tem sido relatada O dispositivo demonstrou ser efetivo contra

Dismenorreacuteia secundaacuteria associada agrave endometriose apoacutes um ano Benefiacutecios deste

dispositivo efetiva contracepccedilatildeo e em muitos casos elimina o sangramento

menstrual funccedilatildeo ovariana eacute mantida para mulheres climateacutericas que necessitam

tratamento hormonal a terapia pode ser soacute com estroacutegeno (GIRALDO ELEUTEacuteRIO

e LINHARES 2008)

62 FISIOTERAPIA

De acordo com Costa e Braz (2005) existem inuacutemeros recursos

Fisioterapecircuticos para diminuir a severidade dos sintomas da Dismenorreacuteia ou ateacute

mesmo para eliminar a dor promovendo assim a analgesia Entre eles destacam-

se a Termoterapia e a Crioterapia A Termoterapia consiste em aplicaccedilotildees de calor

e a Crioterapia em aplicaccedilatildeo de gelo ou outros elementos frios Esses tratamentos

fisioteraacutepicos satildeo utilizados como recursos terapecircuticos

63 ESTIMULACcedilAtildeO ELEacuteTRICA TRANSCUTAcircNEA (TENS)

A estimulaccedilatildeo eleacutetrica transcutacircnea (TENS) vem sendo muito utilizada como

recurso natildeo farmacoloacutegico no aliacutevio da dor nas mais diversas doenccedilas Suas

aplicaccedilotildees variam conforme a intensidade a frequumlecircncia a largura do pulso na

estimulaccedilatildeo e a colocaccedilatildeo dos eletrodos sobre a pele Observa-se que seu uso vem

sendo cada vez mais frequumlente nas doenccedilas ginecoloacutegicas que cursam com dor

principalmente em poacutes-operatoacuterio de laparotomias Dismenorreacuteias primaacuterias

vulvodinias cefaleacuteias preacute-menstruais distuacuterbios dolorosos da tensatildeo preacute-menstrual

(TELLES e AMARAL 2007)


Outra provaacutevel forma de tratamento da Dismenorreacuteia envolve a praacutetica de

atividades fiacutesicas Acredita-se que a atividade fiacutesica promova melhor funcionamento

dos oacutergatildeos peacutelvicos e extrapeacutelvicos por adequar o metabolismo o equiliacutebrio

hidroeletroliacutetico as condiccedilotildees hemodinacircmicas e o fluxo sanguiacuteneo principalmente

na regiatildeo peacutelvica o que contribui para significativa reduccedilatildeo da Dismenorreacuteia Aleacutem

35

dos benefiacutecios citados a atividade fiacutesica tambeacutem pode promover um fenocircmeno

chamado de analgesia pelo exerciacutecio fiacutesico por meio de mecanismos endoacutegenos e

de liberaccedilatildeo de opioacuteides que agiriam aumentando o limiar de dor (QUINTANA et al

2010)


De acordo com Cardoso e Leme (2003) a danccedila do ventre no tratamento da

Dismenorreacuteia mostrou que a grande maioria das praticantes apresentou um aliacutevio

natildeo apenas quanto aacute dor peacutelvica mas tambeacutem nos inuacutemeros sintomas incocircmodos

associados ao periacuteodo menstrual Relacionado agrave contribuiccedilatildeo desta danccedila de

origem oriental para a reduccedilatildeo da Dismenorreacuteia e a semelhanccedila entre os seus

principais movimentos e os utilizados na fisioterapia demonstra-se a possibilidade

de contribuiccedilatildeo da cinesioterapia para o aliacutevio do desconforto menstrual

36

7 ACUPUNTURA

A teoria da Medicina Tradicional Chinesa eacute extremamente complexa e

originou haacute milhares de anos atraveacutes da observaccedilatildeo meticulosa da natureza o

cosmos e o corpo humano As principais Teorias da MTC incluem o Yin-Yang

os Cinco Elementos Qi e Sangue e Zang-Fu (Teorias dos Oacutergatildeos e Viacutesceras) Na

MTC o entendimento do corpo humano estaacute baseada na compreensatildeo holiacutestica do

universo conforme descrito no taoiacutesmo e no tratamento da doenccedila baseia-se

principalmente no diagnoacutestico e na diferenciaccedilatildeo de siacutendromes (ZHOU E QU 2009)

Segundo Yamamura (2009 pLVI) a Acupuntura eacute um antigo meacutetodo

terapecircutico chinecircs que se baseia na estimulaccedilatildeo de determinados pontos do corpo

com agulha ou com fogo a fim de restaurar e manter a sauacutede A Acupuntura foi

idealizada dentro do contexto global da filosofia do Tao e das concepccedilotildees filosoacuteficas

e fisioloacutegicas que norteiam a Medicina Tradicional Chinesa A concepccedilatildeo dos Canais

de Energia e dos pontos de Acupuntura o diagnoacutestico energeacutetico e o tratamento

baseiam-se nos preceitos do Yang e do Yin dos Cinco Movimentos da Energia QI e

do Xue (Sangue)

As Teorias Yin e Yang e dos Cincos Elementos satildeo dois aspectos do

materialismo simples e da dialeacutetica que datam da China antiga A Medicina

Tradicional Chinesa emprega estas teorias para explicar as funccedilotildees fisioloacutegicas do

organismo as mudanccedilas patoloacutegicas e as relaccedilotildees internas dos oacutergatildeos e tambeacutem

para explicar as leis gerais do diagnoacutestico e tratamento ( TIAN 1993 p03)

O mesmo autor afirma que o conceito Yin e Yang sintetiza as duas partes

contraditoacuterias e complementares dos fenocircmenos da natureza que se relacionam

mutuamente Podem representar dois fatores opostos assim como duas partes que

compotildeem a essecircncia de um aspecto A natureza de Yin ou Yang natildeo eacute absoluta

mas relativa jaacute que a existecircncia eacute determinada pelas condiccedilotildees interiores

Yin e Yang tambeacutem servem de base para diagnoacutestico e determinam os

princiacutepios de tratamento Todas as siacutendromes podem ser classificadas em

siacutendromes Yin ou siacutendromes Yang sendo que na praacutetica clinica usa-se mais a

diferenciaccedilatildeo segundo os Oito Princiacutepios sendo siacutendromes Yin (Interior Frio e

Deficiecircncia) jaacute as siacutendromes Yang (Exterior Calor e Excesso) Para tratarmos a

37

doenccedila seja ela de caracteriacutestica Yin ou Yang devemos tonificar ou sedar de acordo

com cada caso (TIAN 1993 p07)

A Teoria dos Cinco Elementos sustenta que a natureza estaacute constituiacuteda por

cinco substacircncias Madeira Fogo Terra Metal e Aacutegua O desenvolvimento e as

mudanccedilas de todas as coisas e de todos os fenocircmenos satildeo resultados do

movimento contiacutenuo da intergeraccedilatildeo da dominacircncia entre os Cinco Elementos Na

Medicina Tradicional Chinesa esta teoria aplica-se principalmente para explicar as

caracteriacutesticas fisiopatoloacutegicas dos oacutergatildeos internos e dos tecidos do corpo as

relaccedilotildees fisiopatoloacutegicas entre eles e as relaccedilotildees entre o corpo e o meio ambiente

que eacute sempre mutante assim essa teoria pode servir de guia para o diagnoacutestico e

para o tratamento (TIAN 1993 p07 e 08)

A diferenciaccedilatildeo segundo os Oito Princiacutepios eacute o diagnoacutestico sindrocircmico mais

baacutesico na Medicina Tradicional Chinesa e vai servir para orientar os diagnoacutesticos

mais complexos Por isto eacute o primeiro passo que deve ser tomado na anaacutelise dos

sinais e sintomas do paciente A precisatildeo do diagnoacutestico sindrocircmico do paciente eacute

fundamental para que o tratamento seja acertado pois apenas com a compreensatildeo

do desequiliacutebrio apresentado pelo paciente eacute que eacute possiacutevel corrigi-lo O diagnoacutestico

segundo os Oito Princiacutepios eacute que vai iniciar o processo de compreensatildeo da natureza

da desarmonia apresentado pelo paciente sendo assim considerado quatro criteacuterios

baacutesicos que admitem dois opostos que satildeo os Oito Princiacutepios onde estaacute a doenccedila

(profundidade se estaacute no Exterior ou Interior) quais as caracteriacutesticas da

manifestaccedilatildeo da doenccedila (Calor ou Frio) qual a intensidade da doenccedila (Excesso ou

Deficiecircncia) e qual eacute a natureza (Yang ou Yin) (ANTUNES et al 1993)

71 DISMENORREacuteIA SEGUNDO A MEDICINA TRADICIONAL

CHINESA

Para a Medicina Chinesa a etiologia da Dismenorreacuteia eacute caracterizada por

tensatildeo emocional atividade sexual excessiva e partos fator patogecircnico Frio-

Umidade esforccedilo excessivo e doenccedila crocircnica Quando as emoccedilotildees ficam

reprimidas impedem a circulaccedilatildeo de Qi gerando Estagnaccedilatildeo de Xue (Sangue) na

matriz (uacutetero e anexos) a presenccedila de Frio Perverso (bebidas frias durante a

menstruaccedilatildeo) que impede a circulaccedilatildeo do Qi obstruindo os canais de energia

relacionados a matriz ou por uma doenccedila grave ou crocircnica onde a energia do Xue

38

(Sangue) fica insuficiente e os vasos satildeo mal nutridos impedindo o fluxo da

menstruaccedilatildeo (TIAN 1993 p589)

As etiologias nos periacuteodos menstruais dolorosos satildeo estresse emocional

como raiva frustraccedilatildeo oacutedio e ressentimento que satildeo fatores muito importantes que

podem levar a Estagnaccedilatildeo de Qi do Fiacutegado e essa Estagnaccedilatildeo faz com que o

Sangue do Uacutetero se estagne gerando dor em alguns casos o Qi estagnado do

Fiacutegado pode se converter-se em Fogo e este por sua vez leva o Calor no Sangue

que combina com Umidade Calor no Uacutetero (MACIOCIA 2000 p209)

A exposiccedilatildeo excessiva ao Frio e a Umidade tambeacutem geram periacuteodos

dolorosos na menstruaccedilatildeo especialmente na puberdade onde o Frio pode invadir o

Uacutetero com o Frio o Uacutetero se contrai e gera a Estase de Sangue As mulheres satildeo

mais propensas a invasatildeo do Frio no Uacutetero durante e logo apoacutes a menstruaccedilatildeo

quando o Uacutetero e o Sangue estatildeo em relativo estado de fraqueza e tambeacutem quando

apresentam uma condiccedilatildeo preacute existente de Deficiecircncia de Yang Outra causa seria o

excesso de trabalho fiacutesico e doenccedila crocircnica que levam a Deficiecircncia do Qi e do

Sangue especialmente do Estocircmago e Baccedilo A Deficiecircncia do Sangue leva agrave maacute

nutriccedilatildeo dos Canais Chong Mai e Ren Mai de modo que o Sangue natildeo tem forccedila

para mover-se adequadamente gerando Estagnaccedilatildeo e dor A atividade sexual

excessiva e nuacutemero de partos enfraquecem os Rins e o Fiacutegado induzindo a um

Vazio nos Canais Chong Mai e Ren Mai de modo que eles natildeo podem mover

adequadamente o Qi e o Sangue causando dor (MACIOCIA 2000 p210)

De acordo com a Medicina Tradicional Chinesa existem duas formas de

Dismenorreacuteia a de Plenitude (Excesso) e a de Vazio (Deficiecircncia) A de Plenitude

caracteriza-se pela antecipaccedilatildeo do fluxo menstrual em torno de cinco dias ou mais

associados a aumento de fluxo sanguiacuteneo que apresenta cor vermelho-vivo

tendendo a vermelho-escuro e acompanha sintomas como nervosismo

irritabilidade cefaleacuteia enxaqueca vertigens naacuteusea e vocircmitos Pode ser

ocasionada por emoccedilotildees reprimidas que aumentam o Yang do Fiacutegado Entretanto a

de Padratildeo Vazio caracteriza-se pelo atraso menstrual em torno de cinco dias ou

mais e se instala apoacutes o iniacutecio da menstruaccedilatildeo associando-se a diminuiccedilatildeo do fluxo

sanguiacuteneo e com cor paacutelida Manifestaccedilotildees de astenia psicomotora fadiga

palpitaccedilotildees desacircnimo lombalgia distuacuterbios digestivos satildeo frequumlentes nessas

pacientes Deve-se a Deficiecircncia da Energia do Shen (Rins) que leva a insuficiecircncia

energeacutetica e desnutriccedilatildeo do uacutetero Pode tambeacutem ser consequumlecircncia agrave penetraccedilatildeo de

39

Frio Perverso frente ao Vazio do Shen (Rins) promovendo a Estagnaccedilatildeo de Xue

(Sangue) na matriz (YAMAMURA 2009 p886)

O diagnoacutestico na Medicina Tradicional Chinesa envolve dois processos

diferentes o diagnoacutestico etioloacutegico e o sindrocircmico O diagnoacutestico etioloacutegico visa

levantar quais as causas da doenccedila para afastar possiacuteveis agentes que estejam

prejudicando o paciente e dificultando o tratamento jaacute o diagnoacutestico sindrocircmico tem

como objetivo identificar a natureza do desequiliacutebrio orgacircnico representado pela

doenccedila onde se encontra a quem afeta O diagnoacutestico sindrocircmico na Medicina

Tradicional Chinesa chama-se Diferenciaccedilatildeo dos Sinais e Sintomas e consiste em

agrupar os sinais e sintomas segundo seus significados Para tanto utiliza-se um

sistema referencial para orientar a linha de raciociacutenio Por isto existem vaacuterias

diferenciaccedilotildees (Padrotildees Sindrocircmicos) na Medicina Chinesa de acordo com o que

estaacute ocorrendo e qual o sistema que estaacute sendo mais afetado (ANTUNES et al

1993)

Para Maciocia (2000 p211) o diagnoacutestico eacute realizado atraveacutes da eacutepoca de

instalaccedilatildeo da dor se ocorre dor antes e durante o periacuteodo menstrual eacute caracterizado

por um Padratildeo de Plenitude enquanto que a dor apoacutes o mesmo eacute um Padratildeo de

Vazio se melhora com a pressatildeo e com Calor apresenta um quadro de Vazio e Frio

entretanto se piora com a pressatildeo e melhora com o Frio temos em quadro de

Plenitude e Calor Com relaccedilatildeo a caracteriacutestica da dor as dores que melhoram apoacutes

eliminaccedilatildeo de coaacutegulos indica Estase de Sangue a dor com distensatildeo indica

Estagnaccedilatildeo de Qi em queimaccedilatildeo Calor no Sangue tipo coacutelica Frio no Uacutetero em

pontada Estase de Sangue dor em repuxamento para baixo antes do periacuteodo

menstrual indica Estase de Sangue e em repuxamento apoacutes o periacuteodo menstrual

Deficiecircncia dos Rins Perguntas sobre o ciclo tambeacutem satildeo importantes para o

diagnoacutestico como se o ciclo eacute prolongado (periacuteodos menstruais atrasados) e o

sangue menstrual eacute escuro e coagulado indica Estase de Sangue se o Sangue

menstrual eacute vermelho com pequenos coaacutegulos escuros indica Frio no Uacutetero agora

se o ciclo eacute curto e o periacuteodo menstrual abundante e o Sangue eacute vermelho-brilhante

indica Calor no Sangue

40

72 FISIOLOGIA FEMININA SEGUNDO A MEDICINA TRADICINAL

CHINESA

De acordo com Maciocia (2000 p07) a fisiologia feminina eacute dominada pelo

Sangue uma vez que o Aquecedor Inferior abriga o Uacutetero que supre o Sangue Nas

mulheres o Sangue natildeo eacute apenas a origem de ciclos menstruais mas tambeacutem de

fertilidade concepccedilatildeo gravidez e parto

Na concepccedilatildeo da Medicina Tradicional Chinesa a mulher eacute tida como Yin e o

homem como Yang Sua fisiologia deve ser vista atraveacutes de seu ciclo menstrual

suas secreccedilotildees a gravidez o parto e a lactaccedilatildeo Apesar da mulher ser Yin

apresenta aspectos em sua fisiologia Yang assim o mesmo acontecendo com o

homem A fisiologia feminina estaacute baseada no Sangue e a masculina no Qi

(MASTROROCCO 2007)

Para uma mulher a energia dos Rins se torna ativa quando ela faz sete anos

Seu Tian Gui (substacircncia necessaacuteria agrave promoccedilatildeo do crescimento desenvolvimento

e funccedilatildeo reprodutora do corpo humano) surge na idade de quatorze anos Por esta

eacutepoca seu canal Ren Mai comeccedila a ser posto a prova e seu canal Chong Mai se

torna proacutespero e sua menstruaccedilatildeo comeccedila a aparecer Jaacute que todas as condiccedilotildees

fisioloacutegicas estatildeo maduras ela pode engravidar O crescimento da energia dos Rins

atinge o status normal de um adulto por volta da idade de vinte e um anos Por volta

da idade de vinte e oito anos o desenvolvimento dos tecidos e dos pecirclos de todo o

corpo eacute florescente sendo que neste estaacutegio seu corpo atravessa a condiccedilatildeo mais

forte O fiacutesico da mulher muda da prosperidade para o decliacutenio gradativamente apoacutes

a idade de trinta e cinco anos assim nessa eacutepoca seu canal Yangming comeccedila a

ficar debilitado sua face enfraquece e seus cabelos comeccedilam a cair Por volta da

idade de quarenta e dois anos seus canais Yang (Taiyang Yangming e Shaoyang)

comeccedilam a declinar Apoacutes a idade de quarenta e nove anos seus canais Ren Mai e

Chong Mai declinam sua menstruaccedilatildeo some (MASTROROCCO 2007)

41


TRADICIONAL CHINESA

De acordo com Maciocia (2000 p9) o ciclo menstrual esta dividido em quatro

fases Fase Menstrual ndash dura em meacutedia cinco dias eacute a fase onde o Sangue se

movimenta e depende do livre fluxo de Qi e do Sangue do Fiacutegado Fase poacutes-

menstrual ndash dura em meacutedia sete dias durante esta fase o Sangue e o Yin estatildeo

relativamente vazios e os Canais Chong Mai e Ren Mai estatildeo exauridos Fase do

meio do ciclo ndash dura em meacutedia sete dias eacute a fase onde o Sangue e o Yin enchem

os Canais Chong Mai e Ren Mai gradualmente e Fase preacute-menstrual ndash dura em

meacutedia sete dias o Qi Yang sobe e o Qi do Fiacutegado se movimenta para preparar o

ciclo a mobilizaccedilatildeo do Qi do Fiacutegado eacute essencial para mover o Sangue durante o

ciclo menstrual

Eacute necessaacuterio distinguir estas quatro fases dentro do ciclo menstrual (Figura

3) pois o principal tratamento e estrateacutegia podem frequentemente ser decididos

baseando-se nelas Podem ser identificados quatro diferentes tipos de tratamentos

em cada fase na Fase menstrual - movimentar o Sangue se o ciclo eacute escasso parar

a hemorragia se esta eacute intensa na Fase poacutes-menstrual - nutrir o Sangue e o Yin

(Fiacutegado e Rins) entretanto na Fase do meio do ciclo - promover a ovulaccedilatildeo nutrindo

a Essecircncia (Rins) e na Fase preacute-menstrual - tonificar o Yang se este estaacute deficiente

movimentar o Qi do Fiacutegado se este estaacute estagnado Essas fases tambeacutem podem ser

usadas para adaptar a estrateacutegia de tratamento ao tempo do ciclo se queremos

nutrir o Sangue a segunda fase seria mais indicada se queremos tonificar o Fiacutegado

os Rins e especialmente a Essecircncia a segunda e terceira fases seriam mais

apropriadas e para movimentar o Qi do Fiacutegado a quarta fase seria a mais adequada

(MACIOCIA 2000 p9)

Na Medicina Tradicional Chinesa os detalhes especiacuteficos do ciclo menstrual

(volume duraccedilatildeo aparecircncia de fluxo) satildeo apenas os fenocircmenos de superfiacutecie As

causas dos distuacuterbios menstruais satildeo as disfunccedilotildees dos oacutergatildeos internos

Desarmonia do Qi Sangue e Fluidos Corporais Desequiliacutebrio dos Meridianos Ren

Mai e Du Mai e a irregularidade do Rim Em qualquer tipo de distuacuterbio menstrual o

Sangue eacute fundamental para a regulaccedilatildeo do ciclo menstrual sendo que a regulaccedilatildeo

de Sangue eacute sempre necessaacuteria (ZHOU E QU 2009)

42

Figura 3 ndash As quatro fases do ciclo menstrual

Fonte Maciocia (2000 p10)


Os cinco Zang (oacutergatildeos) satildeo os responsaacuteveis pela criaccedilatildeo e fluxo do Qi e do

Xue sendo o Xin (Coraccedilatildeo) que impulsiona o Xue (Sangue) o Fei (Pulmatildeo) que

rege o Qi o Gan (Fiacutegado) que armazena o Xue (Sangue) o Pi (BaccediloPacircncreas) que

produz o Xue (Sangue) e o Shen (Rins) que conserva o Jing (Essecircncia)

Considerando que a fisiologia feminina estaacute baseada no Xue (Sangue) estatildeo

43

diretamente envolvidos neste processo o Shen (Rins) o Gan (Fiacutegado) o Coraccedilatildeo

(Xin) o Pi (BaccediloPacircncreas) o Wei (Estocircmago) e o Uacutetero Tambeacutem estatildeo

diretamente envolvidos os meridianos extraordinaacuterios Chong Mai Ren Mai e Du Mai

(MASTROROCCO 2007)

Os Rins satildeo a raiz da Essecircncia Preacute-Natal e de Qi Original armazenam a

Essecircncia que eacute a base para formaccedilatildeo do Sangue menstrual Sua Essecircncia origina a

formaccedilatildeo de Tian Gui (Gui Celestial) substacircncia material do Sangue menstrual e eacute

na puberdade que o Gui Ceslestial eacute cristalizado originando os ciclos Os Rins

tambeacutem influenciam os sistemas reprodutivos das mulheres atraveacutes dos Canais

Curiosos Du Mai Ren Mai e Chong Mai (MACIOCIA 2000 p10-11)

O Fiacutegado eacute um oacutergatildeo importantiacutessimo na menstruaccedilatildeo entre outras funccedilotildees

eacute o responsaacutevel pelo armazenamento e a regulaccedilatildeo do volume do Sangue pelo

corpo aleacutem de ser responsaacutevel pelo fluxo suave de Qi portanto este oacutergatildeo eacute muito

importante na fisiologia feminina especialmente quanto ao fluxo menstrual pois eacute o

Uacutetero quem armazena o Sangue oriundo do Fiacutegado e estando este deficiente iraacute

provocar mudanccedilas no padratildeo menstrual (amenorreacuteia oligomenorreacuteia) como

tambeacutem se estiver em excesso iraacute provocar menorragia ou metrorragia Pelo fato de

ser o Qi o responsaacutevel pelo fluxo de Xue (Sangue) sua estagnaccedilatildeo pode provocar o

surgimento de Dismenorreacuteia alteraccedilotildees no ciclo menstrual e tensatildeo preacute-menstrual

(MASTROROCCO 2007)

O Baccedilo (PI) eacute o responsaacutevel pela produccedilatildeo de Sangue (Xue) e Qi a partir da

transformaccedilatildeo dos nutrientes e fluidos (Qi dos alimentos) vindos do Estocircmago

(Wei) e de seu transporte Esta associaccedilatildeo (PiWei) tambeacutem eacute chamada de Raiz do

Qi Poacutes Celestial pois a partir dos alimentos e fluidos ingeridos o Baccedilo (Pi) extrai o

Qi dos alimentos (Gu Qi - base para a formaccedilatildeo do Qi e Xue) e no Pulmatildeo (Fei) se

combina com o ar formando o Qi Toraacutexico que eacute a base para o Qi Verdadeiro (Zhen

Qi) O Qi dos Alimentos (Gu Qi) tambeacutem eacute a base para a formaccedilatildeo do Sangue (Xue)

que acontece no Coraccedilatildeo (Xin) que o controla Frente ao exposto entende-se que o

Baccedilo desempenha papel fundamental na fisiologia feminina jaacute que sua Deficiecircncia

se manifesta por alteraccedilotildees do fluxo menstrual (MASTROROCCO 2007)

O Qi do Baccedilo tambeacutem tem a importante funccedilatildeo de manter o Uacutetero no lugar

atraveacutes de seu movimento ascendente sendo que se houver desmoronamento do

Qi pode causar prolapso uterino ou da bexiga o Qi do Baccedilo tambeacutem aglomera

44

Sangue e se ocorrer a sua Deficiecircncia o Sangue pode tornar-se aguado causando

menorragia (MACIOCIA 2000 p13)

O Coraccedilatildeo entre suas inuacutemeras funccedilotildees governa o Sangue atraveacutes da

transformaccedilatildeo do Qi dos Alimentos em Sangue (Xue) como tambeacutem por sua

circulaccedilatildeo o que por si soacute tem enorme influecircncia sobre a menstruaccedilatildeo (Figura 4)

Aleacutem da conecccedilatildeo existente com o Uacutetero pelo Canal do Uacutetero (Bao Mai) outra

influecircncia do Coraccedilatildeo (Xin) sobre a fisiologia feminina eacute que a Essecircncia do Rim

forma o Gui Celestial (Sangue menstrual) com a ajuda do Yang do Coraccedilatildeo

(MACIOCIA 2000 p13)

O Pulmatildeo eacute o oacutergatildeo que apresenta menor influecircncia sobre a menstruaccedilatildeo

podendo atraveacutes de sua Deficiecircncia nos casos em que a tristeza e a maacutegoa

induzem a diminuiccedilatildeo do Qi ocasionar amenorreacuteia (MASTROROCCO 2007)

O Estocircmago eacute importante na fisiologia feminina devido a sua ligaccedilatildeo com o

Baccedilo na origem do Qi e Xue sendo tambeacutem conhecido junto com o Baccedilo como a

ldquoRaiz do Qi Poacutes Celestialrdquo O Estocircmago estaacute conectado ao Uacutetero pelo Canal Chong

Mai que causa enjocirco matinal durante a fase inicial da gravidez Quando o Estocircmago

esta deficiente afeta o Coraccedilatildeo e o Baccedilo podendo causar amenorreacuteia e escassez

dos periacuteodos menstruais Outro aspecto que deve ser comentado eacute o trajeto do

meridiano que passa pelas mamas influenciando assim a lactaccedilatildeo como tambeacutem o

fato do leite materno ser na concepccedilatildeo da MTC uma transformaccedilatildeo do Sangue

menstrual no canal Chong Mai e este eacute suplementado pelo Qi Poacutes Natal extraiacutedo do

alimento que por sua vez depende do Estocircmago (MASTROROCCO 2007)

O Uacutetero (Zi Gong) eacute um oacutergatildeo classificado como Extraordinaacuterio pois

apresenta forma de um oacutergatildeo Yang e funccedilatildeo de um oacutergatildeo Yin isto eacute sua cavidade

tem a funccedilatildeo de drenagem (Yang) ao mesmo tempo em que armazena o Xue e

nutre o feto (Yin) Estaacute conectado aos Rins atraveacutes de um meridiano chamado

ldquoMeridiano do Uacuteterordquo (Bao Luo) e ao Coraccedilatildeo (Xin) pelo meridiano ldquoCanal do Uacuteterordquo

(Bao Mai) o que nos permite dizer que tanto o fluxo menstrual como a fertilidade

dependem do estado da Essecircncia do Rim e do Sangue do Coraccedilatildeo portanto a

Deficiecircncia do Rim como do Coraccedilatildeo podem provocar infertilidade ou amenorreacuteia

Na concepccedilatildeo da MTC o Uacutetero natildeo corresponde uacutenica e exclusivamente a um oacutergatildeo

uacutenico e sim ao conjunto formado pelo uacutetero trompas e ovaacuterios o que nos permite

entender que o Uacutetero e os Rins respondem pelas funccedilotildees do sistema reprodutivo e

em especial do eixo hipotaacutelamo-hipoacutefise-ovariano (MACIOCIA 2000 p08)

45

O Uacutetero tem as seguintes funccedilotildees receber a essecircncia do Rim e promover a

fertilidade receber o Sangue do Fiacutegado e promover os ciclos menstruais proteger o

feto e promover o nascimento e tecircm relaccedilatildeo com os canais extraordinaacuterios Chong

Mai e Ren Mai (ANTUNES et al 1993)

Figura 4 ndash Oacutergatildeos Internos e a Menstruaccedilatildeo


46


Segundo Maciocia (2000 p14) a funccedilatildeo menstrual depende de trecircs Vasos

Maravilhosos Du Mai Ren Mai e Chong Mai mais particularmente do segundo e

terceiro Todos os trecircs canais surgem do espaccedilo entre Rins onde pulsa a Forccedila

Motriz e assim fluem atraveacutes do Uacutetero nas mulheres e da ldquoSala do Espermardquo nos

Homens

Dentre os Vasos Maravilhosos destacam-se os meridianos Ren Mai Du Mai

e Chong Mai no que se refere a fisiologia feminina e em especial a funccedilatildeo

menstrual Estes meridianos se originam entre os Rins (Forccedila Motriz - Don Qi)

descendem para o periacuteneo quando se dividem em trecircs ramos o Chong Mai

considerado como ldquoMar de Sanguerdquo o Du Mai que eacute governador dos meridianos

Yang e o Ren Mai governador dos meridianos Yin (MASTROROCCO 2007)

Segundo Yamamura (2009 p440) o canal Ren Mai (Figura 5) nasce no Shen

(Rins) e vai para os oacutergatildeos geniturinaacuterios inserido-se no periacuteneo sobe para o puacutebis

e vai ateacute a face pela linha mediana anterior do corpo quando chega aos laacutebios

contorna-os e penetra as gengivas unindo-se ao Canal do Du Mai no ponto VG28

Divide-se em dois ramos cada um indo pela face ateacute o ponto E1 do Canal de

Energia do Wei (Estocircmago) penetra nos olhos

Este meridiano estaacute conectado ao Yin a Essecircncia e Fluidos (oposto do

Chong Mai que estaacute na sua grande maioria relacionado com Sangue e Qi) e se

conecta aos trecircs meridianos Yin o que o torna o ldquoMar de Meridianos Yinrdquo Devido a

esta caracteriacutestica o Ren Mai fornece as substacircncias Yin (Yin Qi Essecircncia Sangue

fluidos) para todos os processos fisioloacutegicos da mulher e em especial aos

relacionados a processos hormonais (puberdade concepccedilatildeo gravidez parto

menopausa) ao contraacuterio do Chong Mai que estaacute mais relacionado com o Sangue e

a menstruaccedilatildeo e a maioria de suas irregularidades (MACIOCIA 2000 p16)

47

Figura 5 Trajeto interno e externo do Canal de Energia Ren Mai (Vaso Concepccedilatildeo)

Fonte Yamamura (2009 p441)

De acordo com Yamamura (2009 p406) os Canais de Energia Du Mai e Ren

Mai tecircm origem no Shen (Rins) e nas glacircndulas supra-renais comunicando-se

igualmente com o Yin e o Yang do universo O Canal Du Mai (Figura 6) vai do Shen

(Rins) para os oacutergatildeos urogenitais depois para o periacuteneo inserindo-se no ponto VC1

que significa ldquoreuniatildeo dos Yinrdquo Desse ponto vai para o VG1 seguindo pela coluna

48

vertebral ateacute a regiatildeo da nuca onde no ponto VG16 penetra no enceacutefalo

reaparecendo no topo do cracircnio no ponto VG20 que significa ldquocem reuniotildeesrdquo

Desse ponto segue para a fronte para o nariz e o laacutebio superior ateacute a mucosa

gengival no ponto VG28 onde se une ao Canal de Energia Tendinomuscular do

Wei (Estocircmago) e ao Canal de Energia Ren Mai (Vaso Concepccedilatildeo)

Este meridiano eacute de origem Yang e se conecta com todos os meridianos

Yang o que lhe daacute o status de governador do Yang Do ponto de vista da MTC o Du

Mai (Yang) e o Ren Mai (Yin) se completam promovendo o equiliacutebrio energeacutetico do

organismo e especificamente na fisiologia feminina o Du Mai e o Ren Mai devido a

mesma origem passando pelo Uacutetero emergindo no periacuteneo ascendendo pelo dorso

e pela frente respectivamente conectando-se com o Coraccedilatildeo e atingindo a cabeccedila

e o ceacuterebro caracterizando um circuito energeacutetico contiacutenuo Este circuito devido a

estas caracteriacutesticas conecta o Uacutetero aos Rins e o Coraccedilatildeo ao Ceacuterebro o que

explica a influecircncia dos problemas emocionais e mentais sobre a menstruaccedilatildeo

funccedilatildeo ovariana e vice versa Por outro lado este circuito conecta-se agrave Essecircncia

(Rins) ao Sangue (Uacutetero e Coraccedilatildeo) a Medula (espinha e Rins) e Mar de Medula

(Ceacuterebro) o que na visatildeo da medicina ocidental representa o eixo hipotaacutelamo-

hipoacutefise-ovariano responsavel pela ovulaccedilatildeo (MACIOCIA 2000 p18)

Com relaccedilatildeo a menstruaccedilatildeo o Canal Du Mai tem a funccedilatildeo de manter um bom

equiliacutebrio entre Yin e Yang ou seja surge a partir do Uacutetero como os Canais Chong

Mai e Ren Mai mas representa aspecto Yang No entanto a implicaccedilatildeo importante

do trajeto em ginecologia eacute o fato de estender um ramo para frente do corpo

envolvendo a vagina onde muitas vezes pode ser escolhido para tratamento de

problemas na genitaacutelia (MACIOCIA 2000 p18)

49

Figura 6 Trajeto interno e externo do Canal de Energia Du Mai (Vaso Governador)


O Canal de Energia Chong Mai (Figura 7) eacute um Canal profundo proveniente

do Shen (Rins) que comporta trecircs zonas importantes de ramificaccedilatildeo toacuterax abdome

e membros inferiores Ele transporta a Energia Ancestral do Shen (Rins) como as

Energias Yong e Wei A Energia Ancestral tem por funccedilatildeo regularizar a temperatura

do corpo e transportar os Liacutequidos Orgacircnicos aos tecidos e as articulaccedilotildees

(YAMAMURA 2009 p473)

O Canal de Energia Chong Mai origina-se do Shen Qi (Rins) e vai para os

genitais unindo-se ao VC1 onde se divide em dois ramos um ramo posterior que

vai para a face anterior da coluna vertebral chamado Canal Interno do Chong Mai

um ramo anterior que segue o trajeto do Canal de Energia Ren Mai ateacute o VC4 apoacutes

50

o qual passa a percorrer o Canal de Energia Principal do Rim ateacute o ponto R11 indo

pela parede anterior do abdome ateacute o ponto R21 O Canal de Energia Chong Mai

possui numerosa ramificaccedilotildees que se comunicam com o Canal de Energia

Tendinomuscular do Wei (Estocircmago) O Chong Mai utilizando-se do Canal de

Energia Principal do Rim vai para o toacuterax ateacute o ponto R27 e nesse trajeto toraacutecico

emite ramificaccedilotildees para os espaccedilos intercostais Do ponto R27 o mesmo Canal vai

ateacute a garganta unindo-se ao Canal de Energia Ren Mai no ponto VC23 seguindo

depois para a face onde contorna os laacutebios indo ateacute os olhos (YAMAMURA 2009

p474)

Do ponto R11 do Canal de Energia do Rim parte para o Canal de Energia

Secundaacuterio que desce pela face medial da coxa onde se integra ao Canal do Rim

indo para o tornozelo maleacuteolo medial da tiacutebia e margem medial do peacute Nesse trajeto

emite numerosas ramificaccedilotildees para diferentes regiotildees do membro inferior Do ponto

R11 parte para outro Canal de Energia Secundaacuterio que passa para o E30 descendo

obliquamente ao tornozelo indo para o maleacuteolo medial da tiacutebia e para o haacutelux

contornando-o e retornando ao maleacuteolo medial da tiacutebia (YAMAMURA 2009 p474)

O Canal Chong Mai eacute provavelmente o mais importante dos Canais e pode

ser considerado a origem de todos eles Tem uma profunda influecircncia na

menstruaccedilatildeo na medida em que eacute o Mar de Sangue Este Canal influencia o

suprimento e movimento proacuteprio do Sangue no Uacutetero e controla a menstruaccedilatildeo em

todos os aspectos (Figura 8) As alteraccedilotildees que ocorrem nos Canais Chong Mai e

Ren Mai determinam as alteraccedilotildees hormonais nas mulheres em intervalos de

aproximadamente 7 anos aleacutem disso os mesmos regulam o Uacutetero a menstruaccedilatildeo

nutrem e movimentam o Sangue podem ser utilizados em casos de Dismenorreacuteia

periacuteodos menstruais irregulares tensatildeo preacute-menstrual e menorragia Se o Canal

Chong Mai estaacute Vazio pode haver periacuteodos menstruais escassos ou atrasados e em

caso de Estagnaccedilatildeo de Qi ou Sangue pode causar Dismenorreacuteia (MACIOCIA 2000

p14-15)

51

Figura 7 Chong Mai (Vaso Penetrador)

Origina-se do Qi dos Rins e vai para os genitais unindo-se ao VC1


52

Figura 8 - Inter-relaccedilotildees de Oacutergatildeos Internos Substacircncias Vitais Uacutetero e Canais



53


Do ponto de vista de manifestaccedilatildeo a patologia central dos periacuteodos

menstruais dolorosos ou seja as Dismenorreacuteias eacute a desarmonia do Canal Chong

Mai (Mar de Sangue) consequentemente o princiacutepio de tratamento eacute regular o Qi e

o Sangue do mesmo Para tratar a raiz dos periacuteodos menstruais dolorosos deve-se

fazer uma diferenciaccedilatildeo clara entre Calor Frio Deficiecircncia e Excesso primeiro

identificar o Padratildeo que estaacute prevalecendo depois trata-lo a fim de tratar a raiz

(MACIOCIA 2000 p212)

Segundo Smith et al (2009) os padrotildees de diagnoacutesticos mais comuns

decorrentes da Dismenorreacuteia satildeo Estagnaccedilatildeo do Qi e do Sangue a Estagnaccedilatildeo de

Calor Frio e Umidade atacando o Aquecedor Inferior Deficiecircncia de Qi e Sangue e

Deficiecircncia de Rim e Fiacutegado

81 PADROtildeES DE EXCESSO PLENITUDE

811 Estagnaccedilatildeo de Qi e Sangue

Manifestaccedilotildees cliacutenicas Dor no abdome inferior antes eou durante a menstruaccedilatildeo

Distensatildeo abdominal e mamaacuteria sangue menstrual escuro presenccedila de coaacutegulos

com aliacutevio atraveacutes da eliminaccedilatildeo dos mesmos Tensatildeo e irritabilidade preacute-

menstruais Liacutengua Em casos leves a liacutengua pode natildeo apresentar alteraccedilotildees em

casos crocircnicos coloraccedilatildeo puacuterpura laterais avermelhadas Pulso Corda ou instaacutevel

Princiacutepio de Tratamento Mover o Qi e o Sangue eliminar a Estase cessar a dor

Meacutetodo e Protocolo de Pontos Sedaccedilatildeo ou Neutro P7 R6 BP4 CS6 VC6 E29

VB34 BP6 BP8 BP10 F3 (MACIOCIA 2000 p213-214)


Manifestaccedilotildees Dor central no abdome inferior antesposterior ao periacuteodo menstrual

Aliacutevio da dor mediante aplicaccedilatildeo de calor sangue menstrual escasso e de coloraccedilatildeo

vermelho-brilhante com coaacutegulos sensaccedilatildeo de frio e dor nas costas Liacutengua Paacutelido-

azulada ou azulado-puacuterpura Pulso Profundo e instaacutevel ou profundo e em corda

lento Princiacutepio de Tratamento Aquecer o uacutetero expelir o Frio e mover o Sangue

54

MeacutetodoProtocolo Sedaccedilatildeo VC4 VC6 (com moxa) E29 BP6 Tonificaccedilatildeo E36


813 Umidade-Calor

Manifestaccedilotildees Dor hipogaacutestrica precedendo o periacuteodo menstrual e algumas vezes

no meio do ciclo Sensaccedilatildeo de queimaccedilatildeo estendendo-se agrave regiatildeo do sacro sangue

menstrual vermelho com pequenos coaacutegulos secreccedilatildeo vaginal urina escassa

escura e sensaccedilatildeo de calor generalizado Liacutengua Vermelha com revestimento

amarelo e pegajoso Pulso Escorregadio e Raacutepido Princiacutepio de Tratamento Clarear

o Calor resolver a Umidade eliminar a Estase MeacutetodoProtocolo Sedaccedilatildeo B22

B23 VC3 BP6 BP9 E28 Abrir P7(D) e R6(E) (MACIOCIA 2000 p223)

82 - PADROtildeES DE DEFICIEcircNCIA VAZIO

821 Deficiecircncia de Qi e Sangue

Manifestaccedilotildees Dor hipogaacutestrica surda no final ou posterior ao periacuteodo menstrual

aliacutevio da dor mediante pressatildeo e massagem sangramento escasso tez paacutelida

tontura moderada visatildeo turva memoacuteria fraca e fezes soltas Liacutengua Paacutelida saburra

branca e fina Pulso Fino Vazio Profundo e Flutuante Princiacutepio de Tratamento

Tonificar o Qi fortalecer o Baccedilo-Pacircncreas e nutrir o Sangue Protocolo Tonificar

com aplicaccedilatildeo de moxa VC4 VC6 E36 BP6 BP8 B20 (MACIOCIA 2000 p226)

822 Deficiecircncias do Yin do Fiacutegado e Rim


dor nas costas tontura sangramento escasso aliacutevio da dor mediante a pressatildeo e

massagem zumbido visatildeo borrada e fadiga Liacutengua Vermelha e sem revestimento

Pulso Flutuante e Vazio Princiacutepio de Tratamento Tonificar o Yin beneficiar o Rim e

nutrir o Fiacutegado Protocolo Tonificaccedilatildeo VC4 B23 B18 E36 R3 BP6 (MACIOCIA

2000 p229)

55

823 Deficiecircncia do Yang e do Sangue

Manifestaccedilotildees Dor abdominal imprecisa apoacutes os periacuteodos menstruais sangue

escasso e paacutelido sem coaacutegulos dor abdominal aliviada pela pressatildeo e aplicaccedilatildeo de

calor cefaleacuteia imprecisa visatildeo borrada sensaccedilatildeo de frio depressatildeo tontura

Liacutengua Paacutelida e Inchada Pulso Fino e profundo Esta condiccedilatildeo eacute provocada pela

Deficiecircncia do Baccedilo e do Sangue do Fiacutegado Princiacutepio de Tratamento esquentar o

Yang nutrir o Sangue fortalecer o centro e parar a dor Protocolo B20 VC12 E36 e

BP6 com moxa nutrem o Sangue tonificam o Baccedilo e aquecem o Yang VC4 e F8

nutrem o Sangue P7 e R6 regulam o Canal Ren Mai e fortalecem o Uacutetero B54 e

B32 revigoram o Sangue e afetam o genital inferior satildeo indicados em caso de dor

sacral (MACIOCIA 2000 p 227-228)

Na praacutetica cliacutenica de Acupuntura vaacuterios pontos satildeo usados para a

Dismenorreacuteia O ponto Sanyinjiao BP6 eacute encontrado para ser um dos pontos mais

usados quando procurados nos livros antigos claacutessicos Chineses e em recente

estudos Segundo a teoria dos antigos Chineses a fertilidade feminina depende

principalmente da homeostase de Qi e Sangue que estatildeo intimamente relacionados

com os oacutergatildeos Fiacutegado Rim e Baccedilo O Sanyinjiao BP6 eacute a junccedilatildeo dos Meridianos do

Baccedilo Fiacutegado Rins e eacute considerado para fortalecer o Baccedilo o Fiacutegado nutrir o Rim e

regular e harmonizar o Qi e Sangue portanto eacute comumente usado para indicaccedilotildees

ginecoloacutegicas (YU et al 2010)

Tanto a Acupuntura como a Fitoterapia separadamente ou em combinaccedilatildeo

proporcionam resultados excelentes na Dismenorreacuteia e a grande maioria dos casos

pode ser curada Os tipos Deficientes satildeo mais faacuteceis de tratar que os tipos

Plenitude Em vaacuterias pacientes haacute um quadro misto de Deficiecircncia e Excesso nos

quais deve-se tratar a Estagnaccedilatildeo nas duas semanas anteriores ao periacuteodos

menstruais e a Deficiecircncia nas duas semanas posteriores Caso a Dismenorreacuteia seja

proveniente de endometriose o tratamento seraacute consideravelmente mais longo em

relaccedilatildeo agrave Dismenorreacuteia funcional (MACIOCIA 2000 p 231)

56


Na Medicina Chinesa os sintomas menstruais satildeo causadas porque a

ausecircncia de Sangue no corpo ou Qi e Sangue estagnados Os princiacutepios gerais de

tratamento da Medicina Chinesa para Dismenorreacuteia satildeo para Tonificar a Deficiecircncia

do Rim Sedar a acumulaccedilatildeo de Fogo do Fiacutegado Dissipar o Frio Expulsar Vento e

Mover Qi e Sangue (WANG et al 2009)

Segundo Kempf Berger e Ausfeld (2009) a Dismenorreacuteia eacute uma desordem

ginecoloacutegica comum que eacute tratada sintomaticamente se natildeo for causado por

qualquer doenccedila subjacente A Acupuntura eacute utilizada com sucesso para desordens

menstruais e o Laser utilizado na Acupuntura a Laserpuntura eacute um procedimento

novo natildeo-invasivo que pode substituir as agulhas assim sendo um tratamento

indolor Em seu estudo participaram 48 mulheres com idade entre 18-50 anos com

quadro de Dismenorreacuteia sendo que 30 pertenciam ao grupo placebo e 18 ao grupo

de tratamento real com Laserpuntura Cada mulher foi tratada com os mesmos 8

pontos de Acupuntura BP6 F3 e IG4 bilateral VC3 e E36 agrave direita sendo realizados

em 8 sessotildees de 20 minutos cada durante um periacuteodo de trecircs ciclos menstruais O

objetivo desse estudo foi comparar se a Laserpuntura real tem efeito superior a

Laserpuntura placebo (sem atividade do laser) No grupo da Laserpuntura real a

taxa de sucesso foi de 167 e no grupo placebo 20 Natildeo foi possiacutevel encontrar

uma vantagem significativa de Laserpuntura real em comparaccedilatildeo com ao grupo

placebo Novas investigaccedilotildees satildeo recomendadas porque o tratamento com

Laseracupuntura eacute uma teacutecnica natildeo-invasiva e permite estudos de Acupuntura

duplo-cego

Para Chen e Chen (2004) na Medicina Tradicional Chinesa a eficaacutecia da

Acupuntura na Dismenorreacuteia eacute atribuiacuteda ao fortalecimento da circulaccedilatildeo do Sangue

e da Energia Vital que alivia as dores no uacutetero Aplicando pressatildeo no Acuponto BP6

(Sanyinjiao) pode-se revigorar o fornecimento de Sangue e reduzir a dor Neste

estudo o objetivo foi analisar os efeitos da Acupressatildeo no ponto BP6 (Sanyinjiao) em

adolescentes na percepccedilatildeo da dor ansiedade e siacutendromes menstruais durante a

Dismenorreacuteia Participaram do estudo 69 adolescentes sendo 35 do grupo

experimental e 34 do grupo controle sendo que o grupo experimental recebeu

Acupressatildeo alternando entre cada perna no Acuponto BP6 (Sanyinjiao) entre dois

57

conjuntos completos de 5 minutos de pressatildeo em cada perna para um total de 20

minutos entretanto o grupo controle apenas descansou por 20 minutos no centro de

sauacutede escolar Ambos os grupos foram acompanhados durante 4-6 semanas da

sessatildeo Sendo assim foi comprovado que a Acupressatildeo no ponto BP6 (Sanyinjiao)

eacute uma forma eficaz e segura para reduzir a dor menstrual e a ansiedade em

adolescentes com Dismenorreacuteia primaacuteria

Estudo realizado no sul da Austraacutelia teve como objetivo examinar a eficaacutecia

da Acupuntura Sistecircmica em mulheres com Dismenorreacuteia primaacuteria Todas as

mulheres receberam o tratamento administrado por 30 a 40 minutos semanalmente

durante trecircs semanas seguido de uma semana sem tratamento durante a semana

da menstruaccedilatildeo esperada por trecircs ciclos menstruais No final da fase de tratamento

todas as mulheres foram acompanhadas ao longo de um adicional de 3 e 12 meses

durante a qual nenhum tratamento foi administrado

Os Pontos de Acupuntura primaacuterios utilizados foram BP4 E29 VC3 B32

BP8 BP6 e pontos adicionais utilizados de acordo com os diagnoacutesticos individuais

sendo no miacutenimo de sete pontos utilizados em cada tratamento Para a Estagnaccedilatildeo

de Qi e Sangue F3 BP6 IG4 VC3 B32 BP10 VC6 BP8 BP4 na Deficiecircncia de

Qi e Sangue E36 BP6 VC4 VC6 B17 BP8 B20 B32 na Estagnaccedilatildeo de Frio

B23 VC3 VC6 BP6 VC4 VG4 P7 R6 E36 no Acuacutemulo de Calor Umidade

VB34 IG11 F2 E29 B32 E40 BP9 E28 BP6 B22 e na Deficiecircncia de Rim e

Fiacutegado E36 BP6 VC4 VC6 B17 B18 B23 R3 Nesse estudo conclui-se que a

Acupuntura Sistecircmica foi eficaz no tratamento da Dismenorreacuteia com relaccedilatildeo a

diminuiccedilatildeo da dor aleacutem da melhora no humor e menor necessidade de analgesia

adicional (SMITH et al 2009)

No estudo de Wang et al (2009) sobre os efeitos da Acupuntura Auricular nos

sintomas menstruais para mulheres com Dismenorreacuteia primaacuteria participaram da

pesquisa dois grupos sendo 36 mulheres do grupo randomizado e 35 do grupo

controle utilizando esta teacutecnica com sementes seguindo de Acupressatildeo nos

Acupontos Auriculares da regiatildeo de Fiacutegado Rim e Endoacutecrino massageando 15

vezes em cada Acuponto trecircs vezes ao dia totalizando 20 dias Os resultados

mostraram que a Acupuntura Auricular com a utilizaccedilatildeo de sementes e sua

Acupressatildeo foi eficaz para as mulheres na melhora dos sintomas menstruais como

dor irritabilidade depressatildeo e na sua qualidade de vida

58

Em outra pesquisa cliacutenica para observar os efeitos terapecircuticos da

Acupuntura no tratamento da Dismenorreacuteia primaacuteria combinada com Tui Na

Espinhal participaram da pesquisa 60 casos de Dismenorreacuteia primaacuteria e de acordo

com a Diferenciaccedilatildeo Sindrocircmica na Medicina Tradicional Chinesa 27 casos

pertenciam ao tipo de Estagnaccedilatildeo do Qi com a Estagnaccedilatildeo do Sangue 14 casos

pertenciam ao tipo de Estagnaccedilatildeo de Frio Patogecircnico e 19 casos por Deficiecircncia do

Fiacutegado e dos Rins Os 60 casos foram divididos aleatoriamente em dois grupos um

grupo de tratamento de 30 casos tratados por Acupuntura Sistecircmica combinado com

Tui Na Espinhal e um grupo controle de 30 casos por Acupuntura Sistecircmica e

Moxaterapia

Para o grupo que recebeu Acupuntura Sistecircmica com Tui Na Espinhal os

principais pontos de Acupuntura utilizados foram VG26 B40 e VG3 Foram incluiacutedos

pontos de acordo com o Padratildeo Sindrocircmico como VC3 VC6 F2 e BP10 para a

padratildeo de Estagnaccedilatildeo do Qi com a Estagnaccedilatildeo do Sangue VC4 B20 e B23 para o

padratildeo de Estagnaccedilatildeo de Frio Patogecircnico VG4 VC4 B23 R12 e E36 para o

padratildeo de Deficiecircncia de Rim e Fiacutegado Na teacutecnica de Tui Na Espinhal o terapeuta

aplicou manipulaccedilatildeo de rolamento na regiatildeo das costas para relaxar a musculatura

paravertebral por 3 minutos depois realizou movimentos de rolamento na primeira

linha do canal da Bexiga 3 vezes de cima para baixo para tonificar o canal Em

seguida os pontos na altura de T3 T5 T7 T9 e L1 foram pressionados cerca de 30

pressotildees repetida duas vezes tambeacutem foram realizadas vibraccedilotildees e manipulaccedilotildees

na regiatildeo lombar de acordo com a condiccedilatildeo individual do paciente

Para o grupo controle os principais pontos de Acupuntura foram VC6 BP8 e

BP6 aleacutem dos mesmos pontos utilizados de acordo com o Padratildeo no grupo de

tratamento e Moxaterapia nos pontos VC4 E36 B20 e B23 Para ambos os grupos

o tratamento foi realizado a cada ciclo com duraccedilatildeo de 3 meses Dos 30 casos no

grupo de tratamento 17 casos foram curados 11 casos obtiveram melhora e 2

casos natildeo apresentaram melhora com uma taxa efetiva total de 933 Dos 30

casos no grupo controle 9 casos foram curados 13 casos melhoraram e 8 casos

natildeo apresentaram melhora com uma taxa efetiva total de 733 A taxa efetiva total

entre os dois grupos mostrou uma diferenccedila significativa entre os dois grupos

indicando que a Acupuntura Sistecircmica combinada com Tui Na Espinhal tem boas

perspectivas para o tratamento da Dismenorreacuteia primaacuteria (GUO E MENG 2008)

59

No estudo de Li Wang e Guo (2008) o objetivo foi observar o efeito

terapecircutico da Acupuntura em pontos Fonte na Dismenorreacuteia primaacuteria e para estudar

o mecanismo Participaram da pesquisa 180 mulheres com Dismenorreacuteia sendo

divididas em grupo A grupo B e grupo C 60 casos em cada grupo No Grupo A

foram tratados pela Acupuntura utilizando pontos Fonte em IG4 e F3 no grupo B

foram tratados pela Acupuntura Sistecircmica com BP6 B32 selecionadas como pontos

principais e grupo C foram tratados por administraccedilatildeo oral de Decocccedilatildeo Yueyueshu

Apoacutes o tratamento de 3 meses os efeitos terapecircuticos foram analisados Os

resultados mostraram que a taxa de cura e a taxa efetiva total foram 750 e

1000 no grupo A 600 e 950 no grupo B e 250 e 900 no grupo C

respectivamente o grupo A e B sendo significativamente melhor do que grupo C e o

efeito analgeacutesico dentro de 30 minutos de tratamento em ambos os grupo A e grupo

B foram significativamente melhores do que no grupo C e que no grupo A foi

significativamente melhor do que no grupo B A Acupuntura em pontos Siguan

(Fonte) tem um efeito terapecircutico significativo na Dismenorreacuteia primaacuteria o

mecanismo possiacutevel eacute para aliviar a dor melhorando a circulaccedilatildeo sanguiacutenea e

agindo na inibiccedilatildeo da produccedilatildeo de prostaglandina

Em uma pesquisa cliacutenica para observar a eficaacutecia da Moxaterapia no ponto

VC8 na Dismenorreacuteia primaacuteria participaram 102 casos de Dismenorreacuteia sendo um

grupo tratado com Moxaterapia no ponto VC8 e o outro tratado com Medicamento

analgeacutesico Os resultados mostraram que no grupo tratado com Moxaterapia 17

casos foram curados 21 casos eficaz 9 casos efetivos e 4 casos natildeo apresentaram

melhora A taxa-total efetiva foi de 922 No do grupo de medicamento 7 casos

foram curados 11 casos eficaz 21 casos efetivos e 12 natildeo apresentaram melhora

sendo a taxa total efetivada de 765 A comparaccedilatildeo das taxas efetiva total entre

dois grupos indicaram diferenccedila significativa nas estatiacutesticas no qual o resultado do

grupo com Moxaterapia foi superior ao do grupo de medicamentos ocidentais A

conclusatildeo foi que a Moxaterapia utilizada no ponto VC8 eacute superior agrave medicaccedilatildeo oral

de analgeacutesico para a Dismenorreacuteia primaacuteria e sua vantagem de natildeo ter efeito

colateral (ZHU et al 2010)

Um estudo cliacutenico foi realizado em Jinan (China) para comparar os efeitos da

Eletroacupuntura no ponto BP6 VB39 e em um ponto adjacente (natildeo sendo de

meridiano) sobre os sintomas menstruais e o fluxo sanguiacuteneo uterino arterial na

Dismenorreacuteia primaacuteria Participaram do estudo mulheres com idade entre 15-30

60

anos sendo divididas em grupos o grupo de tratamento utilizando o ponto BP6 o

grupo controle utilizando o ponto VB39 e o grupo utilizando um ponto adjacente

localizado no ponto meacutedio entre os Meridianos do Estocircmago e da Vesiacutecula Biliar no

mesmo niacutevel de BP6 e VB39 Apoacutes dois periacuteodos de observaccedilatildeo do ciclo menstrual

elas foram tratadas com Eletroacupuntura por trecircs sessotildees durante o terceiro

periacuteodo menstrual com 10 minutos na primeira sessatildeo depois 30 minutos na

segunda e terceira sessatildeo Primeiramente foram inseridos os pontos BP6 VB39 e

o ponto adjacente (ou natildeo-meridiano) bilateralmente depois foi realizada a teacutecnica

de agulhamento por cerca de 1 minuto em todos os trecircs grupos de tratamento para

induzir a sensaccedilatildeo de alfinetadas (Te Qi) embora nenhuma tentativa foi feita para

evocar Te Qi no grupo (ponto adjacente) depois foram colocados os eletrodos e a

frequecircncia utilizada na Eletroacupuntura foi de 100 Hz Os resultado mostraram que

a Eletroacupuntura no ponto BP6 teve efeito imediato significativo sobre a dor

menstrual em comparaccedilatildeo com VB39 e o ponto adjacente (natildeo meridiano) que natildeo

tiveram resultados evidentes (YU et al 2010)

De acordo com Eunsook et al (2011) a Dismenorreacuteia primaacuteria eacute uma queixa

comum entre as mulheres e estaacute relacionada a um distuacuterbio no Sistema Nervoso

Autocircnomo (SNA) A Acupuntura eacute uma das vaacuterias abordagens terapecircuticas para a

Dismenorreacuteia primaacuteria uma vez que pode modular a funccedilatildeo do Sistema Nervoso

Autocircnomo A variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca tais como alta frequumlecircncia baixa

frequumlecircncia satildeo geralmente aceitas para avaliar a atividade do Sistema Nervoso

Autocircnomo O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da Acupuntura aplicada

nos pontos IG4 e BP6 na variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca das mulheres com

Dismenorreacuteia primaacuteria Todos os indiviacuteduos participaram da Acupuntura Sham

(ponto que natildeo eacute de Acupuntura) e Acupuntura real Entre os participantes estavam

38 mulheres com idade de 18-30 anos e a verificaccedilatildeo da variabilidade da frequumlecircncia

cardiacuteaca foi de 15 minutos antes e 15 minutos depois de cada sessatildeo e o tempo de

inserccedilatildeo 15 minutos O procedimento de Acupuntura real foi realizada em dois

pontos IG4 e BP6 bilateral e na Acupuntura Sham as agulhas foram inseridas

superficialmente A Acupuntura real induziu uma diminuiccedilatildeo significativa em relaccedilatildeo

a alta e baixa frequecircncia e um aumento significativo na alta frequecircncia enquanto

Acupuntura Sham causou um aumento significativo apenas no poder da alta

frequecircncia Estes resultados podem ser explicados pelo papel de IG4 que eacute

conhecido por diminuir o Simpaacutetico e aumentar as atividades do Parassimpaacutetico

61

apoacutes a Acupuntura Uma atividade maior no Sistema Parassimpaacutetico durante o

periacuteodo poacutes-estimulaccedilatildeo explica o relaxamento calma e sentimentos de anguacutestia

reduzida comumente vivenciadas pelas pacientes com Dismenorreia aleacutem disso

ambos procedimentos causaram uma diminuiccedilatildeo significativa da dor menstrual apoacutes

a intervenccedilatildeo Na Acupuntura Sham como a teacutecnica de inserccedilatildeo eacute superficial os

sinais nociceptivos provenientes de estimulaccedilatildeo poderiam ter desempenhado um

papel importante estimulando os nociceptores aferentes diminuindo a dor

No estudo de Miyabara e Colombo (2010) o objetivo foi analisar a teacutecnica de

Acupuntura Sistecircmica na melhora dos sintomas da Dismenorreacuteia com relaccedilatildeo a

diminuiccedilatildeo da dor e diminuiccedilatildeo ou cessaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo de medicamentos

alopaacuteticos Participaram da pesquisa sete mulheres com quadro de Dismenorreacuteia o

tratamento foi realizado durante trecircs ciclos menstruais consecutivos e as sessotildees

foram realizadas uma vez por semana Foi utilizado o Vaso Maravilhoso Chong Mai

associado aos pontos da teacutecnica da Accedilatildeo Energeacutetica dos Pontos e Moxa Os pontos

foram escolhidos de acordo com o diagnoacutestico energeacutetico e a fase do ciclo menstrual

de cada paciente As participantes passaram por uma avaliaccedilatildeo e obtiveram o

diagnoacutestico energeacutetico tambeacutem foram sujeitadas a responder um questionaacuterio sobre

a presenccedila ou ausecircncia de certos sintomas no periacuteodo que antecede a

menstruaccedilatildeo Aleacutem desses questionaacuterios as participantes utilizaram-se da escala

visual analoacutegica para aferir a intensidade da dor Na semana que antecedia cada

menstruaccedilatildeo era utilizado o Vaso Maravilhoso Chong Mai com abertura no ponto

BP4 do lado direito adicionando os pontos de Accedilatildeo Energeacutetica dos Pontos F3

VB34 B17 VC4 BP6 e E36 todos bilateralmente e o fechamento com o Vaso

Maravilhoso Chong Mai atraveacutes do ponto CS6 do lado esquerdo Durante o periacuteodo

menstrual foram utilizados somente os pontos de Accedilatildeo Energeacutetica dos pontos IG4 e

o F3 pontos que ligam o alto e baixo e satildeo eficazes nesse periacuteodo em que o corpo

jaacute estaacute passando por muitas informaccedilotildees Apoacutes o periacuteodo menstrual era utilizado o

Vaso Maravilhoso Chong Mai com abertura no ponto BP4 do lado direito

adicionando os pontos de Accedilatildeo Energeacutetica dos Pontos BP6 BP10 B17 B23 B20

F8 e R7 todos bilateralmente e o fechamento com o Vaso Maravilhoso Chong Mai

atraveacutes do ponto CS6 do lado esquerdo da paciente Foi utilizado moxa no ponto

local E25 em todas as pacientes nas semanas que antecediam a menstruaccedilatildeo Os

resultados mostraram que dentre as participantes da pesquisa seis delas tiveram

uma reduccedilatildeo da dor menstrual de 50 ou mais comparando-se com a dor que

62

tinham antes do tratamento com Acupuntura aleacutem dessas melhoras tambeacutem foi

observado a diminuiccedilatildeo ou cessaccedilatildeo da utilizaccedilatildeo de remeacutedios alopaacuteticos

No estudo de Habek et al (2003) o objetivo foi avaliar o efeito da Acupuntura

Sistecircmica no tratamento da Dismenorreacuteia Participaram da pesquisa 57 mulheres

com Dismenorreacuteia sendo divididas em dois grupos um grupo cliacutenico prospectivo e

um grupo controlado por placebo No grupo cliacutenico 30 mulheres foram tratadas com

pontos manuais de Acupuntura sendo VG20 VC3 VC4 VC6 e IG4 VB34 B23

BP6 bilaterais e pontos de auriculoacupuntura (Shenmen) jaacute no grupo controle 27

mulheres foram tratadas com Acupuntura placebo Os resultados mostraram que o

tratamento com Acupuntura foram considerados bem sucedidos com relaccedilatildeo na

diminuiccedilatildeo da dor a medicaccedilatildeo tornou-se desnecessaacuteria e os sintomas de dor natildeo

ocorreu mais durante dois anos apoacutes o tratamento

Entre Dezembro de 2004 e Marccedilo de 2005 foi realizado um estudo em Milatildeo

tendo como objetivo analisar a eficaacutecia da Acupuntura em mulheres com quadro de

Dismenorreacuteia primaacuteria ou secundaacuteria As mulheres deveriam apresentar esse quadro

haacute pelo menos 1 ano e apresentassem uma maacute resposta ao tratamento

medicamentoso aos AINE (antiinflamatoacuterio natildeo esteroidal) e recusa a terapia com

contraceptivo oral que eacute empregado atualmente como uma primeira linha

tratamento da Dismenorreacuteia Todas as pacientes foram submetidos a anamnese

avaliaccedilatildeo da dor realizaram ultra-som transvaginal e CA125 dosagem na segunda

parte do ciclo menstrualTodas as pacientes receberam oito sessotildees de Acupuntura

uma por semana durante dois meses Os pontos utizados foram R3 F3 BP4 E36

E25 E29 E30 VC4 VC6 B62 C7 IG4 CS6 e Zigong (ponto extra) por 30

minutos Houve uma reduccedilatildeo substancial da dor em 13 das 15 pacientes (87)

sendo que a maior reduccedilatildeo da dor foi observada para a primaacuteria em comparaccedilatildeo

com a Dismenorreacuteia secundaacuteria O uso de AINE (antiinflamatoacuterio natildeo esteroidal) foi

significativamente reduzido 58 e cessou totalmente em 7 pacientes Os resultados

sugerem que a Acupuntura pode ser indicada para tratar a dor nos quadros de

Dismenorreacuteia relacionados em particular nos assuntos em que os contraceptivos

orais ou AINE satildeo contra-indicados ou onde haacute recusa do tratamento (IORNO et al

2007)

63

10 CONCLUSAtildeO

Pode-se concluir que de acordo com a revisatildeo bibliograacutefica levantada a

Acupuntura apresentou-se eficaz em todos os tratamentos de Dismenorreacuteia O

Tratamento com Acupuntura Sistecircmica foi o mais observado nesse estudo sendo

que os resultados mostraram vaacuterios benefiacutecios como reduccedilatildeo substancial na dor em

87 das pacientes devido ao efeito gerado atraveacutes do mecanismo fisioloacutegico

energeacutetico da Acupuntura onde ocorre um fortalecimento da circulaccedilatildeo do Sangue e

da Energia Vital agindo na inibiccedilatildeo da produccedilatildeo de prostaglandina que eacute um fator

primordial para desencadear as contraccedilotildees uterinas que levam a dor ou seja aos

quadros de Dismenorreacuteia Outros efeitos observados satildeo relaxamento calma e

sentimentos de anguacutestia reduzidos devido a accedilatildeo do ponto IG4 em diminuir o

Sistema Nervoso Simpaacutetico e aumentar o Sistema Nervoso Parassimpaacutetico apoacutes a

sessatildeo trabalhando o aspecto emocional como melhora no humor ansiedade e

irritabilidade nessas pacientes A medicaccedilatildeo tornou-se desnecessaacuteria e os sintomas

de dor natildeo ocorreram mais durante dois anos apoacutes o tratamento em grande parte

dos casos houve menor necessidade do uso de AINE (antiinflamatoacuterio natildeo

esteroidal) e outro benefiacutecio muito importante eacute que a Acupuntura pode ser indicada

para tratar dor nos quadros de Dismenorreacuteia relacionados em particular nos

assuntos em que os contraceptivos orais e AINEs satildeo contra-indicados ou onde haacute

recusa no tratamento

Aleacutem da Acupuntura Sistecircmica outras teacutecnicas foram observadas como a

Acupuntura Auricular que se mostrou eficaz para as mulheres na melhora dos

sintomas menstruais como dor irritabilidade depressatildeo e na melhora da qualidade

de vida a Eletroacupuntura que foi utilizada no ponto BP6 obtendo um efeito

imediato e significativo na dor menstrual a Moxaterapia utilizada no ponto VC8

sendo superior a medicaccedilatildeo oral de analgeacutesico nos quadros de Dismenorreacuteia e sua

principal vantagem eacute de natildeo apresentar nenhum efeito colateral Outras teacutecnicas

como Laserpuntura Acupressatildeo e teacutecnicas com pontos Fonte apresentaram

resposta favoraacutevel e podem ser utilizadas com sucesso nesse distuacuterbio ginecoloacutegico

tatildeo frequumlente que atinge a maioria das mulheres nos dias de hoje

Os pontos primaacuterios mais citados nos estudos foram BP6 VC3 IG4 e F3

aleacutem dos pontos de acordo com o Padratildeo de Desarmonia de cada paciente sendo

64

VC4 VC6 VG4 BP4 BP8 BP10 E36 E29 F2 B17 B18 B20 e B23 os mais

utilizados Em todos os estudos pesquisados o ponto BP6 esteve presente segundo

a teoria dos antigos Chineses a fertilidade feminina depende principalmente da

homeostase de Qi e Sangue que estatildeo intimamente relacionados com os oacutergatildeos

Fiacutegado Rim e Baccedilo O BP6 eacute a junccedilatildeo dos Meridianos do Baccedilo Fiacutegado Rins e eacute

considerado para fortalecer o Baccedilo o Fiacutegado nutrir o Rim e regular e harmonizar o

Qi e Sangue portanto mostrando que comumente eacute usado para os quadros de

Dismenorreacuteia

A Acupuntura eacute um meacutetodo de tratamento que vem crescendo sendo bem

aceito e conhecido pela sociedade com altas taxas de efetividade e melhora dos

quadros de Dismenorreacuteia

65

REFEREcircNCIAS

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66

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11





Orientadores Profordm Luiz A Alfredo e

Profordf Bernadete Nunes Stolai

Mogi das Cruzes 2012

12




Aprovado em

BANCA EXAMINADORA



13

DEDICATOacuteRIA












14

AGRADECIMENTOS

























15



aplausosrdquo

(Charles Chaplin)



(Chico Xavier)

16

RESUMO


17





19

31








Dismenorreacuteia

34

36

38

40

41

18

18

LISTA DE TABELAS


20

19

SUMAacuteRIO


2 METODOLOGIA 12



311 Ovaacuterios

312 Tubas Uterinas

313 Uacutetero

314 Vagina




51 CONCEITO

52 PREVALEcircNCIA


54 ETIOLOGIA

13

14

14

14

15

15 15

16

17

17

17

17

18


61 MEDICAMENTOSO




62 FISIOTERAPIA




22

22

22

22

23

23

23

23

24

7 ACUPUNTURA



CHINESA


TRADICIONAL CHINESA



25

26

29

30

31

35

20





813 Umidade Calor






10 CONCLUSAtildeO

REFEREcircNCIAS

42

42

42

42

43

43

43

43

44

45

52

54

21






























pessoas desconhecem

22



















vida e bem estar









23









24


FEMININO









Fonte Netter (2000)




25


311 Ovaacuterios




















(RIBEIRO 2005)

312 Tubas Uterinas










26

313 Uacutetero













314 Vagina









27


OCIDENTAL



























2002)

28


51 CONCEITO





52 PREVALEcircNCIA












29






Raramente afetadas






Claramente afetadas



54 ETIOLOGIA



















30















DIEGOLI 2007)



31



















e HERTER 2002)




32

















alternativas

33












psicotroacutepicos

61 MEDICAMENTOSO








dismenorreia






terapecircutica

34








e LINHARES 2008)

62 FISIOTERAPIA






















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2010)









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7 ACUPUNTURA















do Xue (Sangue)
















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CHINESA








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1993)

















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CHINESA










(MASTROROCCO 2007)
















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TRADICIONAL CHINESA










ciclo menstrual













(MACIOCIA 2000 p9)








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(MASTROROCCO 2007)
















(MASTROROCCO 2007)














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(MACIOCIA 2000 p13)


























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Homens





















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p474)



















p14-15)

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813 Umidade-Calor






















2000 p229)

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duplo-cego










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Moxaterapia
























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2007)

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10 CONCLUSAtildeO
































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Dismenorreacuteia




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REFEREcircNCIAS






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Aprovado em

BANCA EXAMINADORA



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DEDICATOacuteRIA












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AGRADECIMENTOS

























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aplausosrdquo

(Charles Chaplin)



(Chico Xavier)

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RESUMO


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Dismenorreacuteia

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LISTA DE TABELAS


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SUMAacuteRIO


2 METODOLOGIA 12



311 Ovaacuterios

312 Tubas Uterinas

313 Uacutetero

314 Vagina




51 CONCEITO

52 PREVALEcircNCIA


54 ETIOLOGIA

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61 MEDICAMENTOSO




62 FISIOTERAPIA




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7 ACUPUNTURA



CHINESA


TRADICIONAL CHINESA



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813 Umidade Calor






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REFEREcircNCIAS

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pessoas desconhecem

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vida e bem estar









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FEMININO









Fonte Netter (2000)




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311 Ovaacuterios




















(RIBEIRO 2005)

312 Tubas Uterinas










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313 Uacutetero













314 Vagina









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OCIDENTAL



























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51 CONCEITO





52 PREVALEcircNCIA












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Raramente afetadas






Claramente afetadas



54 ETIOLOGIA



















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DIEGOLI 2007)



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e HERTER 2002)




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alternativas

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psicotroacutepicos

61 MEDICAMENTOSO








dismenorreia






terapecircutica

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e LINHARES 2008)

62 FISIOTERAPIA






















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7 ACUPUNTURA















do Xue (Sangue)
















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CHINESA








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CHINESA










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TRADICIONAL CHINESA










ciclo menstrual













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(MASTROROCCO 2007)














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(MACIOCIA 2000 p13)


























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Homens





















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p474)



















p14-15)

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813 Umidade-Calor






















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Moxaterapia
























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Dismenorreacuteia




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Dismenorreacuteia

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SUMAacuteRIO


2 METODOLOGIA 12



311 Ovaacuterios

312 Tubas Uterinas

313 Uacutetero

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51 CONCEITO

52 PREVALEcircNCIA


54 ETIOLOGIA

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7 ACUPUNTURA



CHINESA


TRADICIONAL CHINESA



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813 Umidade Calor






10 CONCLUSAtildeO

REFEREcircNCIAS

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FEMININO









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311 Ovaacuterios




















(RIBEIRO 2005)

312 Tubas Uterinas










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314 Vagina









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OCIDENTAL



























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51 CONCEITO





52 PREVALEcircNCIA












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Raramente afetadas






Claramente afetadas



54 ETIOLOGIA



















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DIEGOLI 2007)



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e HERTER 2002)




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alternativas

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psicotroacutepicos

61 MEDICAMENTOSO








dismenorreia






terapecircutica

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e LINHARES 2008)

62 FISIOTERAPIA






















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2010)









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7 ACUPUNTURA















do Xue (Sangue)
















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CHINESA








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1993)

















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CHINESA










(MASTROROCCO 2007)
















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TRADICIONAL CHINESA










ciclo menstrual













(MACIOCIA 2000 p9)








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(MASTROROCCO 2007)














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(MACIOCIA 2000 p13)


























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Homens





















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p474)



















p14-15)

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813 Umidade-Calor






















2000 p229)

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duplo-cego










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Moxaterapia
























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Dismenorreacuteia




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REFEREcircNCIAS






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AGRADECIMENTOS

























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aplausosrdquo

(Charles Chaplin)



(Chico Xavier)

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RESUMO


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Dismenorreacuteia

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LISTA DE TABELAS


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SUMAacuteRIO


2 METODOLOGIA 12



311 Ovaacuterios

312 Tubas Uterinas

313 Uacutetero

314 Vagina




51 CONCEITO

52 PREVALEcircNCIA


54 ETIOLOGIA

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61 MEDICAMENTOSO




62 FISIOTERAPIA




22

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22

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23

23

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24

7 ACUPUNTURA



CHINESA


TRADICIONAL CHINESA



25

26

29

30

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35

20





813 Umidade Calor






10 CONCLUSAtildeO

REFEREcircNCIAS

42

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43

43

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21






























pessoas desconhecem

22



















vida e bem estar









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FEMININO









Fonte Netter (2000)




25


311 Ovaacuterios




















(RIBEIRO 2005)

312 Tubas Uterinas










26

313 Uacutetero













314 Vagina









27


OCIDENTAL



























2002)

28


51 CONCEITO





52 PREVALEcircNCIA












29






Raramente afetadas






Claramente afetadas



54 ETIOLOGIA



















30















DIEGOLI 2007)



31



















e HERTER 2002)




32

















alternativas

33












psicotroacutepicos

61 MEDICAMENTOSO








dismenorreia






terapecircutica

34








e LINHARES 2008)

62 FISIOTERAPIA






















35




2010)









36

7 ACUPUNTURA















do Xue (Sangue)
















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CHINESA








38



































39














1993)

















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CHINESA










(MASTROROCCO 2007)
















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TRADICIONAL CHINESA










ciclo menstrual













(MACIOCIA 2000 p9)








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(MASTROROCCO 2007)
















(MASTROROCCO 2007)














44









(MACIOCIA 2000 p13)


























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Homens





















47








48

























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p474)



















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813 Umidade-Calor






















2000 p229)

55





























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duplo-cego










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Moxaterapia
























59



































60



































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2007)

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10 CONCLUSAtildeO
































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Dismenorreacuteia




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REFEREcircNCIAS






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aplausosrdquo

(Charles Chaplin)



(Chico Xavier)

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RESUMO


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Dismenorreacuteia

34

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LISTA DE TABELAS


20

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SUMAacuteRIO


2 METODOLOGIA 12



311 Ovaacuterios

312 Tubas Uterinas

313 Uacutetero

314 Vagina




51 CONCEITO

52 PREVALEcircNCIA


54 ETIOLOGIA

13

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14

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15 15

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61 MEDICAMENTOSO




62 FISIOTERAPIA




22

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23

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24

7 ACUPUNTURA



CHINESA


TRADICIONAL CHINESA



25

26

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30

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35

20





813 Umidade Calor






10 CONCLUSAtildeO

REFEREcircNCIAS

42

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43

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pessoas desconhecem

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vida e bem estar









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FEMININO









Fonte Netter (2000)




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311 Ovaacuterios




















(RIBEIRO 2005)

312 Tubas Uterinas










26

313 Uacutetero













314 Vagina









27


OCIDENTAL



























2002)

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51 CONCEITO





52 PREVALEcircNCIA












29






Raramente afetadas






Claramente afetadas



54 ETIOLOGIA



















30















DIEGOLI 2007)



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e HERTER 2002)




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alternativas

33












psicotroacutepicos

61 MEDICAMENTOSO








dismenorreia






terapecircutica

34








e LINHARES 2008)

62 FISIOTERAPIA






















35




2010)









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7 ACUPUNTURA















do Xue (Sangue)
















37

























CHINESA








38



































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1993)

















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CHINESA










(MASTROROCCO 2007)
















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TRADICIONAL CHINESA










ciclo menstrual













(MACIOCIA 2000 p9)








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(MASTROROCCO 2007)
















(MASTROROCCO 2007)














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(MACIOCIA 2000 p13)


























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Homens





















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p474)



















p14-15)

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813 Umidade-Calor






















2000 p229)

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duplo-cego










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Moxaterapia
























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61



































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2007)

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10 CONCLUSAtildeO
































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Dismenorreacuteia




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REFEREcircNCIAS






66







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RESUMO


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Dismenorreacuteia

34

36

38

40

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LISTA DE TABELAS


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SUMAacuteRIO


2 METODOLOGIA 12



311 Ovaacuterios

312 Tubas Uterinas

313 Uacutetero

314 Vagina




51 CONCEITO

52 PREVALEcircNCIA


54 ETIOLOGIA

13

14

14

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61 MEDICAMENTOSO




62 FISIOTERAPIA




22

22

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23

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24

7 ACUPUNTURA



CHINESA


TRADICIONAL CHINESA



25

26

29

30

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35

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813 Umidade Calor






10 CONCLUSAtildeO

REFEREcircNCIAS

42

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pessoas desconhecem

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vida e bem estar









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FEMININO









Fonte Netter (2000)




25


311 Ovaacuterios




















(RIBEIRO 2005)

312 Tubas Uterinas










26

313 Uacutetero













314 Vagina









27


OCIDENTAL



























2002)

28


51 CONCEITO





52 PREVALEcircNCIA












29






Raramente afetadas






Claramente afetadas



54 ETIOLOGIA



















30















DIEGOLI 2007)



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e HERTER 2002)




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alternativas

33












psicotroacutepicos

61 MEDICAMENTOSO








dismenorreia






terapecircutica

34








e LINHARES 2008)

62 FISIOTERAPIA






















35




2010)









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7 ACUPUNTURA















do Xue (Sangue)
















37

























CHINESA








38



































39














1993)

















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CHINESA










(MASTROROCCO 2007)
















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TRADICIONAL CHINESA










ciclo menstrual













(MACIOCIA 2000 p9)








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(MASTROROCCO 2007)
















(MASTROROCCO 2007)














44









(MACIOCIA 2000 p13)


























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Homens





















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p474)



















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813 Umidade-Calor






















2000 p229)

55





























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duplo-cego










57


































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Moxaterapia
























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2007)

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10 CONCLUSAtildeO
































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Dismenorreacuteia




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REFEREcircNCIAS






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Dismenorreacuteia

34

36

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LISTA DE TABELAS


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SUMAacuteRIO


2 METODOLOGIA 12



311 Ovaacuterios

312 Tubas Uterinas

313 Uacutetero

314 Vagina




51 CONCEITO

52 PREVALEcircNCIA


54 ETIOLOGIA

13

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61 MEDICAMENTOSO




62 FISIOTERAPIA




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7 ACUPUNTURA



CHINESA


TRADICIONAL CHINESA



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813 Umidade Calor






10 CONCLUSAtildeO

REFEREcircNCIAS

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pessoas desconhecem

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311 Ovaacuterios




















(RIBEIRO 2005)

312 Tubas Uterinas










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314 Vagina









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51 CONCEITO





52 PREVALEcircNCIA












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Raramente afetadas






Claramente afetadas



54 ETIOLOGIA



















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DIEGOLI 2007)



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e HERTER 2002)




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alternativas

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psicotroacutepicos

61 MEDICAMENTOSO








dismenorreia






terapecircutica

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62 FISIOTERAPIA






















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2010)









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7 ACUPUNTURA















do Xue (Sangue)
















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CHINESA








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1993)

















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CHINESA










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(MACIOCIA 2000 p9)








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Homens





















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813 Umidade-Calor






















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duplo-cego










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Moxaterapia
























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Dismenorreacuteia




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REFEREcircNCIAS






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SUMAacuteRIO


2 METODOLOGIA 12



311 Ovaacuterios

312 Tubas Uterinas

313 Uacutetero

314 Vagina




51 CONCEITO

52 PREVALEcircNCIA


54 ETIOLOGIA

13

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7 ACUPUNTURA



CHINESA


TRADICIONAL CHINESA



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813 Umidade Calor






10 CONCLUSAtildeO

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51 CONCEITO





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Raramente afetadas






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54 ETIOLOGIA



















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alternativas

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psicotroacutepicos

61 MEDICAMENTOSO








dismenorreia






terapecircutica

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e LINHARES 2008)

62 FISIOTERAPIA






















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7 ACUPUNTURA















do Xue (Sangue)
















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CHINESA








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CHINESA










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TRADICIONAL CHINESA










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(MACIOCIA 2000 p9)








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(MASTROROCCO 2007)














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Homens





















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duplo-cego










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Moxaterapia
























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Dismenorreacuteia




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REFEREcircNCIAS






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SUMAacuteRIO


2 METODOLOGIA 12



311 Ovaacuterios

312 Tubas Uterinas

313 Uacutetero

314 Vagina




51 CONCEITO

52 PREVALEcircNCIA


54 ETIOLOGIA

13

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62 FISIOTERAPIA




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7 ACUPUNTURA



CHINESA


TRADICIONAL CHINESA



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813 Umidade Calor






10 CONCLUSAtildeO

REFEREcircNCIAS

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311 Ovaacuterios




















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51 CONCEITO





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Raramente afetadas






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54 ETIOLOGIA



















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psicotroacutepicos

61 MEDICAMENTOSO








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terapecircutica

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e LINHARES 2008)

62 FISIOTERAPIA






















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2010)









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7 ACUPUNTURA















do Xue (Sangue)
















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CHINESA








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1993)

















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CHINESA










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TRADICIONAL CHINESA










ciclo menstrual













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(MASTROROCCO 2007)














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813 Umidade-Calor






















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duplo-cego










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Dismenorreacuteia




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813 Umidade Calor






10 CONCLUSAtildeO

REFEREcircNCIAS

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54 ETIOLOGIA



















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Dismenorreacuteia




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FEMININO









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Raramente afetadas






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do Xue (Sangue)
















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CHINESA








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CHINESA










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(MACIOCIA 2000 p9)








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813 Umidade-Calor






















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Moxaterapia
























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FEMININO









Fonte Netter (2000)




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311 Ovaacuterios




















(RIBEIRO 2005)

312 Tubas Uterinas










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313 Uacutetero













314 Vagina









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OCIDENTAL



























2002)

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51 CONCEITO





52 PREVALEcircNCIA












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Raramente afetadas






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54 ETIOLOGIA



















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DIEGOLI 2007)



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alternativas

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psicotroacutepicos

61 MEDICAMENTOSO








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62 FISIOTERAPIA






















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54 ETIOLOGIA



















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813 Umidade-Calor






















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duplo-cego










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Dismenorreacuteia




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REFEREcircNCIAS






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TRADICIONAL CHINESA










ciclo menstrual













(MACIOCIA 2000 p9)








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(MASTROROCCO 2007)
















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(MACIOCIA 2000 p13)


























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Homens





















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Homens





















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