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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA CENTRO DE FORMAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS EM TRANSPORTES CRITÉRIOS PARA PREPARAÇÃO DE AEROPORTOS PARA OPERAR COMO HUB MILTON CAMPOS SIQUEIRA ORIENTADOR: JOSÉ AUGUSTO ABREU SÁ FORTES MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA AVIAÇÃO CIVIL PUBLICAÇÃO: E-TA-003A/2008 BRASÍLIA/DF: JUNHO/2008

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  • UNIVERSIDADE DE BRASLIA

    CENTRO DE FORMAO EM RECURSOS HUMANOS EM TRANSPORTES

    CRITRIOS PARA PREPARAO DE AEROPORTOS PARA

    OPERAR COMO HUB

    MILTON CAMPOS SIQUEIRA

    ORIENTADOR: JOS AUGUSTO ABREU S FORTES

    MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAO EM GESTO DA AVIAO CIVIL

    PUBLICAO: E-TA-003A/2008

    BRASLIA/DF: JUNHO/2008

  • UNIVERSIDADE DE BRASLIA CENTRO DE FORMAO EM RECURSOS HUMANOS EM TRANSPORTES

    CRITRIOS PARA PREPARAO DE AEROPORTOS PARA OPERAR COMO HUB

    MILTON CAMPOS SIQUEIRA

    MONOGRAFIA DO CURSO DE ESPECIALIZAO SUBMETIDA AO CENTRO DE FORMAO DE RECURSOS HUMANOS EM TRANSPORTES DA UNIVERSIDADE DE BRASLIA, COMO PARTE DOS REQUESITOS NECESSRIOS PARA A OBTENO DO GRAU DE ESPECIALISTA EM GESTO DA AVIAO CIVIL. APROVADA POR: ______________________________________________ JOS AUGUSTO ABREU S FORTES, PhD (UnB) (Orientador) ______________________________________________ ADYR DA SILVA, PhD (UnB) (Examinador) ______________________________________________ JOAQUIM JOS GUILHERME DE ARAGO, PHD (UnB) (Examinador) BRASLIA/DF, 20 DE JUNHO DE 2008.

    ii

  • FICHA CATALOGRFICA

    SIQUEIRA, MILTON CAMPOS

    Critrios para Preparao de Aeroportos para operar como Hub xv, 114p., 210x297mm (CEFTRU/UnB, Especialista, Gesto da Aviao Civil, 2008). Monografia de Especializao Universidade de Braslia, Centro e Formao de

    Recursos Humanos em Transportes

    1 Transporte Areo 2 Aeroportos 3 Redes Areas 4 Desregulao I CEFTRU/UnB II Ttulo (srie)

    REFERNCIA BIBLIOGRFICA SIQUEIRA, M. C. (2008). Critrios para Preparao de Aeroportos para Operar como Hub. Monografia de Especializao, Centro de Formao de Recursos Humanos em Transportes, Universidade de Braslia, DF, 114p. CESSO DE DIREITOS NOME DO AUTOR: Milton Campos Siqueira TTULO DA MONOGRAFIA: Critrios para Preparao de Aeroportos para Operar como Hub GRAU/ANO: Especialista/2008 concedida Universidade de Braslia permisso para reproduzir cpias desta monografia de especializao e para emprestar ou vender tais cpias somente para propsitos acadmicos e cientficos. O autor reserva outros direitos de publicao e nenhuma parte desta monografia de especializao pode ser reproduzida sem a autorizao por escrito do autor.

    _____________________________________

    Milton Campos Siqueira

    iii

    mailto:[email protected]

  • AGRADECIMENTO

    A Deus, em primeiro lugar.

    minha esposa, e aos meus filhos Willian e Isabella, que no mediram esforos para suprir

    minhas ausncias no dia a dia, e me deu foras para seguir em frente. E minha saudosa sogra

    pelo incentivo.

    Ao Ex Superintendente do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, Sr Wilson Massa de

    Souza Bastos, que confiou em meu trabalho que com sua indicao.

    Ao Coordenador, Professor Adyr da Silva e ao Orientador, Professor Jos Augusto pelos

    preciosos esclarecimentos, contribuindo para o correto direcionamento de todo o Curso e

    deste trabalho.

    Ao amigo, Marcos Willian, pela ajuda nos momentos difceis.

    Por fim, a nossa querida INFRAERO, porque sem ela nada disso seria possvel.

    iv

  • RESUMO

    Neste trabalho, uma pesquisa sobre infra-estrutura aeroporturia com foco em sistema hub foi

    realizada. Foram apresentadas as caractersticas e particularidades dos principais aeroportos

    existentes em diversos pases do mundo, em relao sua infra-estrutura. Alm dos

    aeroportos estrangeiros, foram analisados os principais aeroportos do Brasil, no qual foram

    apresentadas as principais caractersticas de sua infra-estrutura. As principais companhias

    areas e condies de trfego areo no Brasil foram avaliadas. A definio de hub-and-spoke

    e os principais parmetros que caracterizam esse tipo de aeroporto foram estudados. Foram

    avaliadas todas as vantagens e desvantagens dos aeroportos que utilizam o sistema hub-and-

    spoke. Foi elaborado portanto, a lista de critrios essenciais respeitados para escolha de

    determinado aeroporto para atuar como hub. Por fim, aps anlise dos aeroportos brasileiros

    caracterizados como hub, foi sugerido quais outros aeroportos no Brasil tm potencial para

    operar no sistema hub and spoke.

    Palavras-chave Hub-and-spoke, infra-estrutura aeroporturia, aeroportos.

    v

  • ABSTRACT

    In this Paper a survey about airport infrastructure in hub and spoke technique was basically

    prepared. The characteristics and peculiarities of the main airports all over the world were

    introduced. Together with foreign units, major airports in Brazil were also analyzed and the

    main characteristics of the infrastructure were presented using same goal. The most important

    airlines and air traffic in Brazil were evaluated. The definition of hub-andspoke and also the

    main standard measures which describe this type of airport operation were studied. The

    benefits and the disadvantages in airports where the hub-and-spoke system is adopted were

    evaluated. So, it was developed one list with the criterions to be observed and taken in order

    to choose the airport which is going to act as a hub one. Finally, after the analysis of the

    Brazilian airports classified as hub, other ones were indicated since they are also potentially

    able to work in the hub-and-spoke system.

    Key-words: hub-and-spoke, airport infrastructure, airports.

    vi

  • SUMRIO

    Captulo Pgina

    1 INTRODUO 1

    1.1 CONSIDERAES INICIAIS 1

    1.2 PROBLEMA 2

    1.3 HIPTESE 2

    1.4 OBJETIVO 2

    1.5 JUSTIFICATIVA 2

    1.6 METODOLOGIA DA PESQUISA 3

    1.7 ORGANIZAO DA MONOGRAFIA 3

    2 REVISO BIBLIOGRAFICA 5

    2.1 INTRODUO 5

    2.2 BASE TERICA 8

    2.3 TRANSPORTE AREO DE PASSAGEIROS 8

    2.4 EMPRESAS AREAS 9

    2.5 CLASSIFICAO DE EMPRESAS AREAS 9

    2.6 REGULAMENTAO INTERNACIONAL 9

    2.7 REGULAMENTAO BRASILEIRA 10

    2.8 A AVIAO COMERCIAL 10

    2.9 ESTIMULANDO O SISTEMA HUB AND SPOKE 10

    2.10 CARACTERIZAO DE UM AEROPORTO HUB 11

    2.10.1 Caractersticas Fundamentais do Hub Internacional 12

    2.11 SISTEMATIZAO DO CONCEITO HUB AND SPOKE 13

    2.12 LIGAES HUB 13

    2.13 AUTO DEFINIO 13

    2.14 O NASCIMENTO DE UM HUB 14

    2.15 O HUB PERFEITO 15

    2.16 CLASSIFICAO DE AEROPORTOS HUB 15

    2.17 HUB AND SPOKE 16

    2.17.1 Cobertura Geogrfica 20

    2.17.2 Concentrao de Vos 22

    vii

  • 2.18 REDE OU MALHA AREA 24

    2.19 REDES LINEAR 26

    2.20 VANTAGENS DO SISTEMA HUB 27

    2.21 DESVANTAGENS DO SISTEMA HUB 28

    2.22 RESPONSABILIDADE CIVIL NO SISTEMA HUB AND

    SPOKE

    28

    2.23 PRINCIPAIS HUBS PELO MUNDO 30

    2.24 GRANDES AEROPORTOS CIVIL PARA OPERAR

    COMO HUB

    31

    2.24.1 Terminais de Passageiros 31

    2.24.2 Logstica de Transporte de Superfcie nos Ptios do Hub 32

    2.24.3 Carga e Correio Areo 33

    2.25 POLUIO DOS AEROPORTOS 33

    2.26 AEROPORTOS HUB E SUAS ESTATSTICAS 33

    3 AEROPORTO HUB AND SPOKE NO BRASIL 35

    3.1 INTRODUO 35

    3.2 AEROPORTOS OPERANDO COMO HUB AND SPOKE

    NO BRASIL

    35

    3.2.1 O Aeroporto Internacional de Braslia 35

    3.2.1.1 Empresas Areas que Operam no Aeroporto e Destinos a

    Partir de Braslia

    35

    3.2.2 O Aeroporto Internacional de So Paulo (Guarulhos) 36

    3.2.2.1 Empresas Areas que Operam no Aeroporto e Destinos a

    Partir de Guarulhos

    37

    3.2.3 O Aeroporto internacional do Rio de Janeiro (Galeo) 40

    3.2.3.1 Empresas Areas que Operam no Aeroporto e Destinos a

    Partir do Galeo

    40

    3.2.4 O Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins) 42

    3.2.4.1 Empresas Areas que Operam no Aeroporto e Destinos a

    Partir de Confins

    43

    3.2.5 O Aeroporto de So Paulo (Congonhas) 44

    3.2.5.1 Empresas Areas que Operam no Aeroporto e Destinos a 45

    viii

  • Partir de Congonhas

    3.3 MOVIMENTOS DE PASSAGEIROS DE CONEXO 46

    4 OPERAO DE AEROPORTO HUB DO PONTO DE

    VISTA ECONMICO

    47

    4.1 INTRODUO 47

    4.2 AEROPORTOS COMO AGENTES DE COMPETIO

    ENTRE EMPRESAS AREAS

    47

    4.3 AEROPORTOS COMO INDUTORES DO

    CRESCIMENTO ECONMICO

    48

    4.4 DIVERSIDADE COMERCIAL NOS AEROPORTOS 49

    4.5 A ECONOMIA AEROPORTURIA E O SISTEMA HUB 50

    5 ATRATIVO DO SISTEMA HUB PARA AS EMPRESAS

    AREAS

    51

    5.1 INTRODUO 51

    5.2 ATIVIDADE E OBJETIVO DA PROGRAMAO DE

    VOS DE UMA EMPRESA AREA

    52

    5.3 RESTRIES A PROGRAMAO DE VOS 54

    5.3.1 Restries Externas: Problemas de Slot 54

    5.3.2 Night Curfews 55

    5.3.3 Regulamentao do Setor 55

    5.3.4 Acordos de Pools/Joint-Ventures 55

    5.3.5 Manuteno de Aeronaves 55

    5.3.6 Restries Internas: Requisitos de Manuteno 55

    5.3.7 Planos de Contingncia 56

    5.4 REQUISITOS OPERACIONAIS GERAIS 56

    5.4.1 Empresas Areas e Seus Principais Hubs pelo Mundo 56

    5.5 IMPLICAES NEGATIVAS NO HUB 62

    6 INFRA-ESTRUTURA DE SISTEMA HUB 65

    6.1 INTRODUO 65

    6.2 TRFEGO AREO 65

    ix

  • 6.3 SATURAO DA INFRA-ESTRUTURA

    AEROPORTURIA

    66

    6.4 SITUAO DOS AEROPORTOS PAULISTAS

    PRINCIPAIS HUBS BRASILEIROS

    69

    6.5 PRINCIPAIS INFRA-ESTRUTURA DE UM AEROPORTO 74

    6.5.1 Pistas e Ptios de Aeroportos 74

    6.5.2 Pistas de Pouso e Decolagem 76

    6.5.3 Auxlios Visuais Diurnos (Padro Anexo XIV da ICAO) 77

    6.5.4 Auxlios Visuais Noturnos 80

    6.5.5 Ptio de Estacionamento de Aeronaves 80

    6.5.6 Pontes de Embarque 81

    6.5.7 Terminais de Passageiros 83

    6.5.7.1 Linear 84

    6.5.7.2 Conceitos, Vantagens e Desvantagens em Relao ao HUB 86

    6.5.8 Nvel de Servio e o Hub 87

    6.5.9 Modelos Analticos de Teoria de Filas e o Hub 93

    6.5.9.1 Empricos 94

    6.5.9.2 Simulao 97

    6.5.9.3 Outros 97

    6.6 MANUTENO DO COMPLEXO AEROPORTURIO E

    O HUB

    98

    6.7 SEGURANA AEROPORTURIA E AS EXIGNCIAS

    DO HUB

    99

    6.7.1 Controle da Segurana da Aviao Civil no Brasil 99

    6.8 ACESSIBILIDADE AEROPORTURIA 102

    6.8.1 Conceito de Acessibilidade 102

    6.9 INFRA-ESTRUTURA AERONUTICA E O HUB 103

    6.9.1 Constituem a Infra-Estrutura Aeronutica Brasileira de

    Interesse Para o Hub, os Seguintes Sistemas Segundo o CBA

    103

    6.9.2 Controle de Trfego Areo - TWR 104

    6.9.3 Navegao Area -CSN/ATM Benefcios ao Hub 105

    7 CONCLUSO 108

    x

  • 8 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 112

    xi

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela Pgina

    Tabela 2.1 Definio de Hub And Spoke de Vrios Autores 7

    Tabela 2.2 Impacto do Hub no N de Pares de Cidades Servidas 23

    Tabela 2.3 Principais Hubs pelo Mundo 30

    Tabela 3.1 Movimentos de Passageiros de Conexo 46

    Tabela 6.1 Vantagens e Desvantagens dos Conceitos de TPS 86

    Tabela 6.2 Saguo de Embarque (a) 88

    Tabela 6.3 Saguo de Embarque (b) 88

    Tabela 6.4 Sala de Pr-Embarque (a) 88

    Tabela 6.5 Sala de Pr-Embarque (b) 89

    Tabela 6.6 Triagem e Despacho de Bagagens 89

    Tabela 6.7 Vistoria de Segurana 89

    Tabela 6.8 Vistoria de Passaporte 90

    Tabela 6.9 Balces de Vistoria de Passaporte 90

    Tabela 6.10 Saguo de Desembarque (a) 90

    Tabela 6.11 Saguo de Desembarque (b) 91

    Tabela 6.12 Restituio de Bagagens (a) 91

    Tabela 6.13 Restituio de Bagagens (b) 91

    Tabela 6.14 Alfndega 92

    Tabela 6.15 Balco de Alfndega 92

    Tabela 6.16 Sanitrios Masculinos 92

    Tabela 6.17 Sanitrios Femininos 92

    Tabela 6.18 Porcentagem do Fluxo de Passageiros 95

    Tabela 6.19 Taxa de Atendimento Modelo Emprico 96

    xii

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura Pgina

    Figura 2.1 Ligaes Ponto a Ponto 11

    Figura 2.2 Ligaes Hub and Spoke 11

    Figura 2.3 Esquemas de Redes de Hub and Spoke 17

    Figura 2.4 Sistemas Hipotticos de Rotas 19

    Figura 2.5 Conceito Esquemtico da Rede Hub and Spoke 22

    Figura 2.6 Esquema de Rede Linear 27

    Figura 2.7 Aeroporto Internacional de Frankfurt, Alemanha 31

    Figura 2.8 Avio da EasyJet no Aeroporto Internacional de Amsterd, Holanda

    32

    Figura 3.1 Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro 40

    Figura 3.2 Aeroporto Internacional Tancredo Neves 42

    Figura 3.3 Planta Baixa do Aeroporto Internacional Tancredo Neves 43

    Figura 5.1 Punies por Atraso das Cias Areas 64

    Figura 5.2 Aeroporto de Congonhas 64

    Figura 6.1 Vista a partir da Torre de Controle do Aeroporto SBGR 69

    Figura 6.2 Vista de Satlite do Aeroporto 77

    Figura 6.3 Modelo de Percurso Crtico dos Componentes de Um TPS 98

    Figura 6.4 rea de Revista de Bagagem (Denver-EUA) 101

    Figura 6.5 Torre de Controle do Aeroporto de Bristol, Inglaterra 105

    Figura 6.6 CNS ATM 106

    xiii

  • LISTA DE SIGLAS E ABREVIAES

    AC Advisory Circular

    ACARS Airborne Communication Adressing and Reporting System

    AGENDE Agncia de Desenvolvimento de Guarulhos

    AITN Aeroporto Internacional Tancredo Neves

    ANAC Agncia Nacional de Aviao Civil

    ARS rea Restrita de Segurana

    BDISEG Banco de Dados e Indicadores Socioeconmicos de Guarulhos

    CBA Cdigo Brasileiro de Aeronutica

    CNF Cdigo IATA do Aeroporto de Confins

    CNS/ATM Sistema de Comunicao, Navegao, Vigilncia e Gerenciamento de Trfego Areo

    CONAC Conferncia Nacional de Aviao Comercial

    CPI Comisso Parlamentar de Inqurito

    COE Centro de Operaes de Emergncia

    COM Critical Path Model

    CPTM Companhia Paulista de Trens Metropolitanos

    CSA Comisso de Segurana Aeroporturia

    DAC Departamento de Aviao Civil

    DC Douglas Company

    DECEA Departamento de Controle do Espao Areo

    ESATA Empresa de Servio Auxiliar de Transporte Areo

    FAA Federal Aviation Authority

    FedEx Federal Express Corporation

    GIG Cdigo IATA do Aeroporto do Galeo

    GNSS Global Navigation Satellite System

    GPS Global Positioning System

    GRU Cdigo IATA do Aeroporto de Guarulhos

    HAM Cdigo IATA do Aeroporto de Hamburgo

    HPP Hora Prevista de Partida

    IATA International Aviation Transportation Association

    IAD Cdigo IATA do Aeroporto de Dulles

    ICAO International Civil Aviation Organization

    IFALPA

    Federao Internacional de Pilotos de Companhias Areas

    xiv

    http://pt.wikipedia.org/wiki/CPTM

  • IFR Instrument Flight Rules

    ILS Instrument Landing System

    ITA Instituto Tecnolgico de Aeronutica

    LHR Cdigo IATA do Aeroporto de Londres

    MCT Minnimum Connecting Time

    MMS Momento de Maior Solicitao

    NDB Non-Directional Beacons

    PAC Programa de Acelerao do Crescimento

    PAN Plano Aerovirio Nacional

    PAPI Precision Approach Path Indicator

    PSA Programa de Segurana Aeroporturia

    PSEA Programa de Segurana de Empresa Area

    OACI Organizao da Aviao Civil Internacional

    ORD Cdigo IATA do Aeroporto de Chicago

    PF Polcia Federal

    PIB Produto Interno Bruto

    PPP Parceria Pblico Privada

    RAB Sistema de Registro Aeronutico Brasileiro

    REIL Runway End Identificator Light

    RNP Required Navigation Performance

    RVSM Separao Vertical Mnima Reduzida

    SDU Cdigo IATA do Aeroporto Santos Dumont

    STBA Service Technique des Bases Ariennes

    TPHP Typical Peak Hour Passenger

    TPS Terminal de Passageiros

    TWR Torre de Controle Areo

    VASIS Visual Approach Slope Indicator System

    UNB Universidade de Braslia

    VOR VHF Omnidirectional Range Radio

    xv

  • 1 INTRODUO

    1.1 CONSIDERAES INICIAIS

    A desregulamentao dos servios areos no Brasil promovido pelo Departamento de Aviao

    Civil - DAC e Agncia Nacional de Aviao Civil ANAC, tem mostrado repercusses sobre

    as decises estratgicas das empresas areas, em relao participao no mercado,

    quantidade e qualidade de servios oferecidos e aos preos das tarifas areas. Essas

    modificaes estruturais tm conduzido a um enfrentamento de novos desafios, como a

    liberdade de operao em qualquer ponto do territrio, o surgimento de novas companhias

    areas e a extino da maior parte do subsdio para apoiar o transporte areo em reas

    geogrficas regionais (Oliveira, 2007).

    As mudanas vivenciadas pelo mercado brasileiro guardam certas semelhanas com fatos

    ocorridos, nas dcadas de 80 e 90, aps a liberao das empresas areas americanas. No

    perodo que sucederam a desregulamentao nos Estados Unidos, novas empresas entraram

    na indstria do transporte areo, as companhias existentes expandiram suas operaes, o nvel

    de competio cresceu e houve reduo das tarifas. Porm, ao final dos anos 80, ocorreram

    vrias fuses e falncias, havendo indicao de problemas e efeitos decorrentes da

    desregulamentao (Oliveira, 2007).

    Com isso consolidou-se aps a desregulamentao o Sistema hub and spoke nos Estados

    Unidos. Ele constituiu-se em funo dos efeitos provocados pela liberao das operaes das

    empresas areas, sendo entendido como estratgia das transportadoras para obter vantagens

    competitivas dentro do mercado que deixou de ser protegido pela regulao. A implantao

    das operaes hub and spoke pelas companhias americanas seguida pelas europias,

    possibilitou benefcios para os usurios do transporte areo. Essa nova situao torna a

    abordagem sobre o tema visando analisar a aplicabilidade no sistema de transporte areo. Essa

    nova situao torna a brasileiro, especificamente nos critrios de preparao de aeroporto para

    operar no sistema hub and spoke (Pansin, 2003).

    A implantao e preparao de aeroporto para operar no sistema hub and spoke, requer o

    conhecimento de todos os intervenientes e componentes do sistema de transporte areo, de

    modo a estabelecer requisitos necessrios para sua operao, visando gerar os benefcios que

    1

  • o hub pode oferecer para todos os usurios, passageiros, cargas, empresas areas e instituies

    envolvidas no referido sistema de transporte (Pansin, 2003).

    1.2 PROBLEMA

    Identificar quais os critrios fundamentais de infra-estrutura aeroporturia para adequao de

    um aeroporto ao modelo hub and spoke.

    1.3 HIPTESE

    A anlise da operao nos aeroportos hub and spoke existentes permite identificar requisitos

    fundamentais de infra-estrutura necessria para se planejar a adequao dos aeroportos para

    essa natureza.

    1.4 OBJETIVO

    Este trabalho tem como escopo principal identificao de elementos fundamentais de infra-

    estrutura aeroporturia e econmica para adequao de aeroporto para operar no sistema hub

    and spoke atendendo malha area brasileira.

    1.5 JUSTIFICATIVA

    A estratgia para promover a utilizao de aeroporto hub uma forma de maximizar a

    eficincia do trfego existente. Hub conceito de desenvolvimento aeroporturio que

    estabelece estrutura bem definida de rotas onde o aeroporto hub ou eixo serve como ponto de

    transferncia, para passageiros e carga, que se transportam de diferentes aeroportos,

    convergindo para depois convergir. Os movimentos nesses aeroportos tipo hub so planejados

    de forma a fazer coincidir chegadas e partidas em faixas horrias coincidentes, aumentando-se

    o nmero de par origem-destino com ligao ao aeroporto base.

    Considerando o atual estgio de desregulao do transporte areo brasileiro, conhecer os

    critrios de preparao de um aeroporto para operar no sistema hub and spoke trar subsdios

    com o objetivo de sugerir para os planejadores e executores a aplicabilidade desses requisitos

    de preparao, visando minimizar os efeitos negativos que podero ocorrer no

    2

  • desenvolvimento da aviao civil brasileira, tanto para empresas areas na reformulao de

    suas estratgias operacionais, quanto para a administrao aeroporturia, onde se prepararem

    para oferecer as condies necessrias a esse tipo de operao.

    1.6 METODOLOGIA DE PESQUISA

    Ser utilizado para realizao da pesquisa o mtodo de abordagem comparativa das condies

    econmicas dos aeroportos que operam como centralizados e analisar com base nessas

    caractersticas levantadas quais os aeroportos brasileiros podero assumir a categoria de

    aeroporto hub. Assim sendo, o estudo dividido em sete etapas apresentadas a seguir:

    1.7 ORGANIZAO DA MONOGRAFIA

    A diviso do trabalho foi planejada da seguinte forma:

    Captulo 2 Reviso Bibliogrfica

    O segundo captulo aborda os assuntos que sero tratados na primeira etapa que o estudo

    da arte fundamentao terica, a desregulao nos estados unidos, descrevendo como a

    liberao do mercado do transporte areo influenciou a implantao do sistema hub and

    spoke no territrio americano, assim como na comunidade europia. abrangem tambm

    alguns conceitos de aeroportos que podero aps melhoria da infra-estrutura passar a

    operar no sistema hub no brasil (pansin, 2003).

    Captulo 3 Aeroporto Hub and Spoke no Brasil

    O terceiro captulo apresenta a caracterizao do aeroporto funcionando como hub,

    enfocando os principais eventos que conduziram poltica de flexibilizao brasileira, que

    hoje em dia encontram-se caractersticas semelhantes americana quando surgiu o

    sistema hub na sua forma plena. uma comparao foi realizada com o funcionamento de

    grandes hubs internacionais.

    Captulo 4 Condies Econmicas para Sistema Hub

    No quinto captulo, elabora-se uma anlise genrica do mercado de transporte areo,

    buscando reconhecer as operaes do tipo hub existentes no pas, identificando as

    3

  • potencialidades do transporte areo nacional em relao aos atributos do sistema. neste

    capitulo ser realizado um estudo de caso em aeroporto que tenha suas operaes baseadas

    no sistema hub mostrando as divergncias em funo da falta de infra-estrutura necessria

    para eficincia do sistema.

    Captulo 5 Atrativo do Sistema Hub para Empresas Areas

    Os atrativos obtidos pelas companhias areas operadoras do modelo hub so inmeras. a

    empresa area ganha maior poder de barganha em relao concorrncia. atualmente, o

    sistema hub and spoke apontado como o caminho das pedras para as empresas low

    fare/low cost (pansin, 2003).

    Captulo 6 Infra-Estrutura de Sistema Hub

    Ao captulo 4, foi reservado o espao para a identificao da infra-estrutura necessria ao

    sistema hub and spoke, tratando dos diversos componentes que atuam no sistema, tanto

    em relao s redes areas quanto s operaes aeroporturias. foram tambm analisados

    os fatores econmicos do transporte areo vinculados aos hubs.

    como resultado desse trabalho ser possvel estabelecer a identificao dos requisitos de

    infra-estrutura necessria operao hub and spoke no sistema de transporte areo

    brasileiro.

    Alm do alto poder de barganha mediante a concorrncia, o hub proporciona outras

    vantagens como: maior nmero de ligaes; facilidade de transferncia de vos; curto

    tempo de conexo para vos de pequenas distncias; maximizao das rotas de maior

    distncia. para a economia local, o hub significa a criao de novos postos trabalho, pois

    ele gera demanda de servios que vo desde bancos e lojas at supermercados e salas de

    descanso (soutelino, 2006).

    Captulo 7 Concluses

    Foram relatadas as concluses obtidas a respeito dos objetivos propostos, apresentando os

    elementos fundamentais de infra-estrutura aeroporturia e relacioandos os critrios que

    devem ser observados para que um aeroporto passe a operar como hub, podendo portanto,

    sugerir a aplicao desses conceitos nos aeroportos que tem potencial para operar como

    hub no transporte areo brasileiro.

    4

  • 2 REVISO BIBLIOGRAFICA

    2.1 INTRODUO

    Logo aps a desregulamentao americana, novas empresas se integraram ao servio de

    transporte areo e as companhias existentes expandiram suas operaes, aumentando a oferta

    e o nvel da competio. Como resultado as tarifas foram reduzidas. Porm, a partir de 1985 a

    indstria comeou a se reconcentrar como resultado de diversas fuses e falncias, dando

    inicio a vrios problemas de gerenciamento dos impactos provocados pela liberao

    reguladora.

    Outro fator decorrente da desregulamentao do transporte areo americano foi a criao do

    sistema hub and spoke, que tem como concepo bsica concentrao de vos em horrios

    coordenados em um determinado aeroporto, trazendo benefcios operacionais para as

    empresas areas, conseqentemente criando algum desconforto para os passageiros, porm

    muitas vantagens (Pansin, 2003).

    Algum pas da Europa, como a Alemanha, tem localizaes geogrficas privilegiada,

    permitindo que o aeroporto local seja porto de entrada da Europa, recebendo vos dos

    demais continentes, alm de receber grande parte do trfego dos pequenos pases fronteirios.

    O perfeito sistema de rotas composto pela integrao entre os vos long haul (vo de longa

    distncia) e short haul (vo de pequena distncia), permitindo que os vos short haul sirvam

    de alimentadores para os vos long haul e vice-versa..

    De acordo com as recomendaes estabelecidas na V CONAC, realizada em novembro de

    1991, definiu diretrizes para orientar a ao do seu ento rgo executivo, o DAC, sucedido

    pela (reguladora) ANAC, no sentido de proceder a uma reduo progressiva da

    regulamentao existente, denominada de poltica de flexibilizao do transporte areo

    brasileiro (Grossi, 2000).

    Em razo dessa poltica de flexibilizao, foi adotado o sistema de liberao monitorada das

    tarifas areas nacionais; foi aberto o mercado domstico para a entrada de novas empresas

    tendo aumento de 25% do nmero de empresas areas.

    5

  • A flexibilizao do transporte areo brasileiro inspirou-se mas no copiou a Lei de

    Desregulamentao das Companhias Areas em outubro de 1978 nos Estados Unidos. O

    mercado de transporte areo norte-americano objetivou a retirada de toda a regulamentao

    econmica, representando reflexo no setor areo do todo o mundo. Observou-se naquele

    perodo de que a regulamentao econmica existente estava impedindo a competio no

    mercado (Pansin, 2003).

    A indstria brasileira de transporte areo vem passando por grandes mudanas estruturais

    desde a dcada de 90. A eliminao das barreiras entrada de novas companhias e a

    desregulamentao teve um novo impulso em 1997, criaram uma nova perspectiva de

    competio para as empresas existentes, obrigando-as a uma grande mudana em sua forma

    de posicionamento nesse tipo de mercado. O mercado competitivo induziu que a gesto das

    empresas passasse de uma viso puramente operacional para uma viso de negcios. Nessa

    nova viso definem-se as rotas com base na demanda por vos, e s ento se verifica o

    impacto operacional dessa definio, de forma a definir-se a malha efetiva da empresa. A

    grande desvalorizao cambial ocorrida em 1999 revelou a ineficincia de algumas

    companhias em operar em mercado livre, haja vista os resultados financeiros apresentados

    naquela ocasio (Coelho, 2001).

    At o incio da desregulamentao, o mercado areo brasileiro era claramente dividido em

    companhias internacionais, nacionais e regionais, estas com rea geogrfica de atuao bem

    definida, limitando muito a concorrncia entre elas. Atualmente, foram eliminadas vrias das

    barreiras concorrncia e a diviso desses grupos no bem definida.

    Em funo dessas mudanas, houve grande reflexo na infra-estrutura aeroporturia e no

    sistema de gerenciamento do espao areo. Com aplicao de hubs em determinados

    aeroportos em funo da demanda de passageiros e interesses das empresas areas em operar

    em determinados aeroportos, caracterizando assim o sistema hub.

    6

  • Tabela 2.1 Definio de Hub andSspoke de Vrios Autores

    7

  • 2.2 BASE TERICA

    Na bibliografia brasileira existe obra especfica sobre o sistema hub and spoke. Entretanto foi

    possvel pesquisar o tema, via meio eletrnico, nas universidades americanas e europias,

    organizaes internacionais especializadas e governamentais, associaes de empresas areas

    e de aeroportos. A investigao estendeu-se tambm a autores nacionais e estrangeiros

    reconhecidos no campo do transporte areo, mencionados nas referncias bibliogrficas do

    estudo, que de algum modo abordavam o assunto.

    O material encontrado possibilitou construir uma base conceitual do sistema, englobando os

    aspectos: operacionais, tcnicos e econmicos, bem como incluir suas causas e efeitos. O

    exame do sistema hub j amadurecido depois de alguns anos de funcionamento nos pases

    desenvolvidos ofereceu tambm uma viso mais realista das operaes associadas ao tema

    (Lelles, 2001).

    A difuso dos conhecimentos ocorrer considerando a natureza especfica desse tema,

    tratando-se de uma evoluo recente dos conceitos, portanto, a base terica dele pode ser

    encontrada no escopo desse trabalho. A sistematizao a seguir apresenta conhecimentos do

    estado da arte deste assunto. De acordo com assuntos e objeto de pesquisa, foi apresentada

    tabela com definies do sistema hub and spoke de vrios autores (Lelles, 2001).

    2.3 TRANSPORTE AREO DE PASSAGEIROS

    O transporte de passageiros, atingiu nveis de segurana e regularidade que tornaram

    importante fator de integrao intra pases e entre pases. Com o evento da globalizao das

    atividades comerciais, industriais e tursticas, o avio tornou-se um meio de transporte rpido

    e seguro, correspondendo aos anseios das atividades dos dias atuais. O crescimento desse tipo

    de segmento de mercado (transporte areo de passageiros) foi duramente atingido durante os

    ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos, entrando em fase de prejuzos que se mantm

    at a presente data em algumas empresas. Entretanto nos dias atuais de 2005/2006, pode-se

    antever um crescimento sustentado na quantidade de passageiros para os prximos dez anos.

    As vendas de passagens e o movimento de passageiros diretamente proporcional ao aumento

    do PIB dos pases. Conforme previses dos organismos internacionais, os pases de um modo

    geral, devem apresentar PIB em crescimento da ordem de (3%) ao ano nos prximos anos,

    8

  • portanto, seguramente haver aumento significativo da frota mundial de avies para

    transporte de passageiros (Manores, 2004).

    No Brasil este crescimento fica bem acima do PIB. Atualmente existe uma polmica entre os

    grandes fabricantes sobre a convenincia de se construir enormes aeronaves com capacidade

    elevada de transporte de passageiros.

    2.4 EMPRESAS AREAS

    Uma linha area, companhia area ou empresa area, uma empresa que presta servios de

    transporte areo de passageiros, mercadorias ou mala postal, de carter regular ou no. As

    aeronaves utilizadas para esse fim so comumente conhecidas como aeronaves de carreira.

    Vrias empresas se unem em alianas areas para aumentar sua competitividade com a

    reduo de custos e compartilhamento de vos.

    Estas empresas necessitam da concesso de rotas ou linhas areas por parte dos governos dos

    pases nos quais suas aeronaves operam ou sobrevoem.

    2.5 CLASSIFICAO DE EMPRESAS AREAS

    As empresas areas podem ser classificadas como internacionais, nacionais, regionais,

    domsticas, de baixo custo (low cost), de vos regulares ou vos fretados (vos charter),

    dependendo da metodologia escolhida.

    2.6 REGULAMENTAO INTERNACIONAL

    No plano internacional, o transporte areo conduzido por normas e procedimentos

    estabelecidos pela ICAO quando relacionados s aes dos estados e pela IATA quando

    referidos as empresas a ela associadas.

    9

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Alian%C3%A7a_a%C3%A9reahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADs

  • 2.7 REGULAMENTAO BRASILEIRA

    No Brasil a lei n 7.565, de 19 de dezembro de 1986 criou o Cdigo Brasileiro de Aeronutica

    que substituiu o Cdigo Brasileiro do Ar. Hoje est em vigor a Conveno de Montreal,

    promulgada pelo Decreto N 5.910, de 27 de setembro de 2006; celebrada em Montreal, em

    28 de maio de 1999; aprovada pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo n

    59, de 18 de abril de 2006; entrou em vigor internacional em 4 de novembro de 2003, e para o

    Brasil, em 18 de julho de 2006, nos termos de seu Artigo 53. Segundo a melhor doutrina, o

    Cdigo de Defesa do Consumidor, por sua natureza de ordem pblica, fulcrada em expressa

    previso constitucional, prevalece sobre as Convenes, principalmente no que tange a

    indenizaes por falha na prestao de servios (Fares, 2007).

    2.8 A AVIAO COMERCIAL

    um conjunto de meios areos que inclui as tcnicas e as cincias necessrias para a

    fabricao, manuteno e operao segura de aeronaves destinadas ao transporte de carga e/ou

    passageiros.

    Os primeiros vos comerciais foram feitos no comeo da primeira guerra mundial, nos

    Estados Unidos da Amrica, e expandiram-se rapidamente aps o fim da guerra. Atualmente,

    existem centenas de linhas areas que transportam passageiros e carga em todos os 05 (cinco)

    continentes.

    2. 9 ESTIMULANDO O SISTEMA HUB AND SPOKE

    A iniciativa do governo americano de estimular a concorrncia e expandir o transporte areo

    nos EUA em 1978, atravs do ato de desregulamentao das empresas areas (The Airline

    Deregulation Act), revolucionou logstica do transporte areo americano e

    conseqentemente o mundial (Pansin, 2003).

    Um dos efeitos dessa medida foi o aumento das rotas hub and spoke e a diminuio das

    ligaes ponto a ponto (point to point). Nas rotas hub and spoke, as empresas areas escolhem

    uma determinada cidade para ser o centro de distribuio dos seus vos, fazendo com que os

    10

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Avia%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rciohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aeronavehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_guerra_mundialhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos_da_Am%C3%A9ricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Linhas_a%C3%A9reas

  • passageiros mudem de avio no aeroporto selecionado como hub no caminho de seus destinos

    finais (Lelles, 2001).

    Nas figuras abaixo, perceberemos a diferena entre as ligaes hub and spoke e ponto a ponto.

    Nas rotas ponto a ponto, as ligaes ocorrem somente entre dois pontos, no havendo uma

    integrao entre os demais pontos. J nas rotas hub and spoke, todos os pontos esto

    integrados por um ponto central, no caso da figura, o ponto G. Na prtica, a rota hub and

    spoke significa um aumento da malha de destinos de uma companhia area (Lelles, 2001).

    Figura 2.1 Ligaes Ponto a Ponto

    Figura 2.2 Ligaes Hub and Spoke

    2.10 CARACTERIZAO DE UM AEROPORTO HUB

    Um dos principais efeitos da desregulamentao do mercado do transporte areo americano,

    em 1978, foi o aparecimento do sistema hub and spoke, que surgiu como um novo elemento

    em funo do aumento da competitividade entre as empresas areas.

    11

  • No Brasil isso no foi diferente em razo da flexibilizao dada ao sistema de transporte

    areo. Neste segmento, ser observados o processo de implantao das operaes hubs, com o

    objetivo de estabelecer a relao de causa e efeito entre ambos, permitindo ao mesmo tempo a

    caracterizao de aeroporto hub e definir a base do conceito do sistema.

    A observao do atual estgio da poltica de flexibilizao do mercado brasileiro permitir

    correlacionar a realidade brasileira, em especial a identificao da infra-estrutura

    aeroporturia que apresentam suas operaes baseadas no referido sistema (Palhares, 2001).

    2.10.1 Caractersticas Fundamentais do Hub Internacional

    Alm da posio geogrfica e da demanda econmica da regio, o hub possui outras

    caractersticas: alto nmero de freqncias entre os aeroportos aros (spokes), e as companhias

    principais que operam no hub com vos long haul (longa distncia). Logo, esta companhia

    absorver a maior parte dos passageiros provenientes dos vos long haul de outras empresas

    areas para os vos domsticos no hub. Evidentemente que possuem trfego de passageiros

    provenientes de outras companhias de vos domsticos. Levar a maior fatia desse trfego,

    aquela empresa que tiver associada a uma aliana ou possuir um nmero maior de code share

    ou acordos com outras congneres. Como exemplo de empresas que operam no sistema hub

    and spoke no mesmo aeroporto, exemplificou os aeroportos de Chicago (ORD) e o de

    Londres (LHR). Em ambos os aeroportos, o trfego de passageiros nos vos nacionais

    dividido entre as companhias filiadas s alianas Star Alliance e One World. Em Chicago, h

    uma diviso entre American Airlines (One World) e United Airlines (Star Alliance), enquanto

    em Londres, o trfego dividido entre British Airways (One World) e British Midland (Star

    Alliance) (Almeida, 2006).

    Outra caracterstica importante a otimizao, pela companhia area operadora do hub, das

    rotas das cidades prximas ou de baixa demanda para o hub, logo, todo o trfego de

    passageiros dessas cidades ficar concentrado no hub para que possa ser distribudo para os

    demais da companhia area.

    12

  • 2.11 SISTEMATIZAO DO CONCEITO HUB AND SPOKE

    A iniciativa do governo americano ao estimular a concorrncia e expandir o transporte areo

    nos EUA em 1978, atravs do ato de desregulamentao das empresas areas, revolucionou

    logstica do transporte areo americano e conseqentemente o mundial. Um dos efeitos dessa

    medida foi o aumento das rotas hub and spoke e a diminuio das ligaes ponto a ponto. Nas

    rotas hub and spoke, as empresas areas escolhem uma determinada cidade para ser o centro

    de distribuio dos seus vos, fazendo com que os passageiros mudem de avio no aeroporto

    selecionado como hub no caminho de seus destinos finais.

    Nas Fig. 2.1 e 2.2, percebemos a diferena entre as ligaes hub and spoke e ponto a ponto.

    Nas rotas ponto a ponto, as ligaes ocorrem somente entre dois pontos, no havendo uma

    integrao entre os demais pontos. J nas rotas hub and spoke, todos os pontos esto

    integrados por um ponto central, no caso da figura, o ponto G.

    Na prtica, a rota hub and spoke significa um aumento da malha de destinos de uma

    companhia area.

    2. 12 LIGAES HUB

    Alm do aumento da malha area, as rotas hub and spoke possibilitaram as companhias areas

    manterem o nmero de freqncias para o mesmo destino, pois as suas aeronaves passaram a

    permanecer mais tempo no ar. Um exemplo foi o aumento dos vos non-stops de Nova Iorque

    para West Palm Beach, Flrida que passou de cinco para 23 vos dirios depois da

    desregulamentao, caracterizando assim o sistema hub. O nome hub and spoke pode ser

    representado como uma roda de bicicleta, no qual os raios formam as rotas spoke, que em

    direo ao eixo central, formam o hub. Ato que liberou as barreiras governamentais, como

    desregular as empresas de transporte areo, permitindo assim uma maior flexibilidade de

    rotas; preos; horrios, e principalmente a concorrncia entre as empresas areas. Entrou em

    vigor em 24 de outubro de 1978 (Oliveira, 2007).

    2.13 AUTO DEFINIO

    O sistema hub and spoke tem a maioria dos vos indo para um aeroporto hub proveniente de

    um aeroporto aro, concentrando assim as atividades de uma empresa area em poucos lugares.

    13

  • Viagens entre dois aeroportos aros, o primeiro vo sempre em direo ao hub e ento de l

    para o destino final o hub and spoke. No sistema hub and spoke, os passageiros mudam de

    avio no aeroporto hub no caminho para destino final. No sistema hub and spoke, a rede

    desenhada de uma forma em que as rotas so concentradas em um nmero de facilidades nas

    conexes, chamadas hub. Destinos at o hub so chamados aros. Visando maximizar, as

    possveis conexes, a companhia area operadora do hub, usualmente elabora os horrios

    dentro de um determinado tempo. Maior centro de conexes de uma companhia area. O

    sistema hub and spoke uma combinao das ligaes que podem ser ponto a ponto com

    transferncia de trfego em um hub central.

    O sistema low fare no inibe o Hub. Pode no adens-lo em certas situaes. Os hubs no

    Brasil no foram planejados, mas sim aparecem ao natural. A GOL possui hubs em So

    Paulo, Gurulhos, Galeo e Braslia (Adir,2008).

    2.14 O NASCIMENTO DE UM HUB

    A escolha de um hub por uma companhia area engloba uma srie de fatores, entre os quais a

    combinao da demanda econmica e geogrfica de uma determinada regio com a

    viabilidade do aumento de suas operaes e disponibilizao de mais assentos. Segundo a

    ICAO, atravs da circular n 269-AT/110, codesharing uma forma de cooperao entre as

    empresas area, adotada principalmente no plano internacional, com objetivo de se adaptarem

    s novas tendncias de negcios, como globalizao, alm de aumentar o prprio poder de

    competio. Na prtica, uma permisso que uma determinada companhia area concede a

    uma segunda companhia para usar sua designao de vo (seu code, seu vo, ou o nome da

    companhia) em um vo, ou em que duas companhias dividam o mesmo code em um vo.

    importante ressaltar que, o Hub pode nascer sem codesharing, pois, este apenas o cristaliza

    como sendo acessrio e no essencial como regra. Ento, no podemos afirmar que toda

    companhia area possui um hub, mesmo aquelas que operam no sistema ponto a ponto (Adir,

    2008).

    14

  • 2.15 O HUB PERFEITO

    Considerando que no h conceituao de hub perfeito, provavelmente o que apresenta

    caracterstica mais prxima o Hub do aeroporto de Frankfurt (Alemanha). Este aeroporto o

    que melhor traduz o sistema devido combinao da localizao geogrfica; o perfeito

    sistema de rotas e o alto preo na tarifas. O trfego adicional de passageiros em rotas hub and

    spoke.

    A localizao geogrfica de Frankfurt em relao Europa, permite que o aeroporto local seja

    uns dos portes de entrada da Europa, recebendo vos dos demais continentes, alm de

    receber grande parte do trfego dos pequenos pases fronteirios com a Alemanha, permitindo

    o perfeito sistema de rotas composto pela integrao entre os vos long haul (vo de longa

    distncia) e short haul (vo de pequena distncia), permitindo que os vos short haul sirvam

    de alimentadores para os vos long haul e vice-versa.

    Outros fatores essenciais do sucesso do sistema hub and spoke em Frankfurt o predomnio

    de uma companhia area nacional (Lufthansa); permitir o uso de pequenos avies

    provenientes dos vos regionais e reas disponveis para uma eventual expanso. Todo hub

    tem uma empresa. Pode haver mais de um hub em um mesmo aeroporto e isto fato at no

    Brasil (Adir,2008).

    2.16 CLASSIFICAO DE AEROPORTOS HUB

    Segundo a FAA, os hubs esto classificados da seguinte forma:

    Tipo De Hub N de Passageiros em Conexes

    Grande: mais do que 7.102.993 passageiros por ano;

    Mdio: de 1.775.748 a 7.102.992 passageiros por ano;

    Pequeno: de 355.150 a 1.775.747 passageiros por ano;

    Non-Hub: com menos de 355.149 passageiros por ano.

    15

  • 2.17 HUB AND SPOKE

    O sistema hub and spoke estrutura-se em duas vertentes principais, a rede de ligaes areas

    com os procedimentos associados das transportadoras e as operaes aeroporturias, sendo

    necessrio o entrosamento de ambas as partes para viabilizar o sistema hub. No entanto, com

    a finalidade de facilitar o entendimento do conceito hub and spoke, optou-se por dividir os

    componentes que sero tratados em dois itens separados. A primeira parte do captulo ir

    focalizar a contribuio das empresas areas nas operaes do sistema e a segunda definir o

    denominado aeroporto hub.

    O hub and spoke, consiste em um conjunto de vos (banco ou onda de vos) que pousam

    durante um intervalo de tempo preciso, para oferecer uma transferncia posterior a outro

    banco de vos de partidas, maximizando o nmero de conexes possveis, mantendo o tempo

    de em solo dentro de limites curtos e bem definidos. Doganis e Dennis (1989) identificaram

    dois modelos de sistemas de hub and spoke: as redes ampulheta e hinterlndia. Atravs de

    um hub ampulheta, representado a esquerda da Fig. 2.3, os vos so originados de uma regio

    distante, consolidados no hub e diversificados em direo oposta. Este modelo de

    configurao est mais adequado para operao de vos intercontinentais ou transocenicos,

    bem como para o trfego domstico em pases de grandes dimenses territoriais, onde existe a

    presena de fluxos densos de norte para sul ou de leste para oeste e vice-versa. As linhas

    alimentadoras de longo curso tambm se adaptam melhor ao hub tipo ampulheta.

    No hub hinterlndia, mostrado a direita da figura, so operados os vos de curta distncia,

    utilizando os aeroportos denominados de spokes, localizados em sua rea de influncia, que

    serviro de alimentadores do hub que, por sua vez, ir oferecer conexes para novas rotas de

    mdio ou longo cursos. Nesse caso, enquadra-se o trfego regional ou nacional, dependendo

    do tamanho do pas.

    16

  • Ampulheta Hinterlndia

    Figura 2.3 Esquemas de Redes de Hub and Spoke

    A operao da rede modelo ampulheta tende a utilizar aeronaves de capacidades similares, na

    medida em que existe densidade equivalente de trfego em ambas as direes. Enquanto na

    hinterlndia, normalmente, so usados equipamentos de portes diferentes: aeronaves menores

    operando nas ligaes entre os aeroportos spokes e o hub e equipamentos de maior porte para

    transportar o trfego consolidado partindo do hub para outros destinos distantes ou para outro

    hub.

    Os vos so afunilados em grupos para o hub de grande porte, onde uma quantidade

    substancial de passageiros que trocam de aeronaves para completar a sua viagem. A mudana

    de aeronaves implica uma coordenao de chegadas de um grande nmero de vos, em curto

    espao de tempo, e posteriores partidas igualmente coordenadas dentro de um intervalo

    estreito de tempo. Hubs de grande porte podem acomodar mais de sete bancos de vos por

    dia, permitindo uma combinao de vos disponveis para um determinado destino expandir-

    se consideravelmente.

    Neil Bania et al. (1997), elaborando uma classificao das companhias areas americanas,

    descreveu outros tipos de estrutura de rotas, consistindo de quatro sistemas hipotticos de

    malha area, cada uma servindo a seis aeroportos, denominadas de mono hub, dual hub e dois

    sistemas difusos, que esto ilustrados na Fig. 2.4 abaixo. Na verdade, as hipteses so

    variaes das ligaes ponto a ponto e hub and spoke.

    Na rede mono hub, todos os vos de uma empresa area tm origem ou se destinam a uma

    nica localidade central. Os passageiros com origem no hub C podem chegar, por ligao

    direta, a 100% dos outros aeroportos, enquanto os usurios partindo dos aeroportos A, B, D, E

    ou F alcanam diretamente apenas 20% das outras cidades.

    17

  • Uma rede dual hub possui ligaes de modo similar, porm existem dois ou mais aeroportos

    nos quais as operaes esto concentradas. Nesse caso, C e D possuem 100% de linhas diretas

    para toda a rede e os outros apenas alcanam 40% da malha, sem escalas.

    Segundo os autores, existem diversos tipos possveis de redes difusas de rotas, variando desde

    um tipo onde cada aeroporto oferece servios sem escalas para as unidades aeroporturias

    restantes, at um sistema onde o nvel de servios oferecidos vai diminuindo gradativamente

    de acordo com a possibilidade de conexo do aeroporto. Portanto quanto maior o nmero de

    conexes disponveis, o nvel de servio do aeroporto mais elevado.

    No Sistema Difuso 1, verifica-se que todas as cidades ligam-se entre si, por meio de linhas

    diretas (100% de acesso), com um nvel de servio idntico em qualquer dos mercados,

    pressupondo a existncia de disponibilidade equivalente de conexes em cada aeroporto.

    A segunda hiptese de rede difusa comparada com a de mono hub exibe a diferena entre os

    dois conceitos, linear e hub and spoke, uma vez que na malha hub h uma otimizao das

    ligaes, que permite as seis localidades se conectarem por intermdio de um aeroporto

    central, apesar da oferta menor de servios. Enquanto o Sistema Difuso 2, com

    disponibilidade de dois servios a mais, no atende a todos os aeroportos igualmente.

    18

  • A B A B

    Figura 2.4 Sistemas Hipotticos de Rotas

    Abstraindo a varivel de demanda, o sistema dual hub, operando 60% dos vos existentes na

    rede difusa 1, produz um nvel de servio equivalente, se for levada em conta a possibilidade

    de maior oferta do nmero de frequncias.

    H disponibilidade na literatura de muitas definies atribudas ao fenmeno da rede hub,

    hubbing ou hub and spoke, todas mais ou menos contendo um sentido comum, embora com

    abordagens ligeiramente diferentes. As definies abaixo indicadas foram selecionadas para

    esclarecer melhor o conceito:

    Hubbing implica em vos que saem de diferentes aeroportos que so os spokes da rede e

    chegam ao hub aproximadamente ao mesmo tempo. as aeronaves esto simultaneamente no

    solo, facilitando desse modo o intercmbio de passageiros e bagagens durante um perodo

    curto de tempo, depois decolam em sucesso rpida de volta em direo dos spokes (Doganis,

    1991).

    C

    ED

    F

    C

    D

    Mono-hub 10 servios

    E FDual-hub

    18 servios

    Sistema Difuso 1 30 servios

    Sistema Difuso 2 12 servios

    C

    BA

    ED

    F

    C

    B A

    ED

    F

    19

  • Uma rede hub and spoke possui a maioria dos vos chegando ao aeroporto hub, originados

    dos aeroportos "rim, concentrando as atividades das companhias areas em poucas

    localidades (Cranston, 1996).

    Os aeroportos denominados de rim so os aeroportos menores que esto localizados a curta

    distncia, na rea de influncia do aeroporto principal, desempenhando a funo de alimentar

    o hub. Outra nomenclatura utilizada para definir a funo do spoke.

    As redes hub and spoke tornaram-se uma ferramenta estratgica muito importante para o

    negcio das ligaes areas, assim como para o transporte de passageiros e de carga,

    conforme atestado pelas declaraes do Sr. Althen, presidente executivo da Lufthansa Cargo:

    Uma rede hub o nico meio para uma operao de frete carregar completamente a aeronave

    e estabelecer uma rede global ao mesmo tempo. para nossos clientes, que so globais, temos

    que ir para todo o globo e para atend-los com uma rede global ser necessrio hubs e

    parceiros (Noble, 1995).

    Hubs so cruciais para o desenvolvimento da carga porque o fretamento no se origina

    necessariamente dos aeroportos tradicionalmente orientados para passageiros (Gallacher,

    1996)

    Embora o transporte de carga area no seja o objeto central de considerao no presente

    trabalho, segundo Hamoen (1998), a empresa cargueira pioneira na utilizao da rede hub and

    spoke foi a FedEx, sendo seguidamente adotada por outras empresas cargueiras. Somente

    mais tarde o sistema hub foi acolhido pelas companhias areas no transporte de passageiros.

    Aps a definio acima da configurao das estruturas de rotas, no item seguinte ser

    focalizado um fator importante, intrnseco da rede hub and spoke, que consiste na utilizao

    do sistema em funo das reas geogrficas a serem atendidas.

    2.17.1 Cobertura Geogrfica

    Entende-se por cobertura geogrfica de uma rede hub a poro territorial onde se localizam as

    cidades atendidas por uma companhia area, por meio de ligaes que so conectadas em um

    determinado aeroporto.

    20

  • A partir do conceito do sistema hub and spoke, considera-se a existncia de dois tipos de

    mercado domstico no transporte areo: a rede regional que capta o trfego local da rea de

    influncia de um hub regional, para posteriormente conduz-lo para outros destinos e a rede

    nacional com hubs localizados em grandes centros.

    Na teoria, para determinar a cobertura geogrfica de uma rede hub que opera o trfego

    regional, a primeira etapa consiste no estabelecimento de uma rea territorial onde se

    localizam os pontos que constituem os mercados atendidos. A regio pode ser delimitada com

    base na rea de influncia econmica polarizada por uma cidade importante como centro de

    negcios. Pode-se adotar uma diviso geogrfica j estabelecida por um rgo governamental

    como, por exemplo, as regies ou mesorregies geogrficas brasileiras, desde que haja uma

    certa coincidncia territorial entre a regio oficial adotada e a demanda do trfego areo.

    Enfim, ser necessrio estabelecer uma regio demarcada e consistente com o mercado.

    A segunda etapa constitui o estabelecimento das possveis ligaes entre as cidades

    abrangidas pela diviso territorial escolhida. Finalmente, calcular a porcentagem de vos

    realizados em relao ao total das linhas possveis, que se conectasse por intermdio de um

    aeroporto especfico. O mesmo processo serve para a rede nacional, com a diferena de tratar-

    se de uma rea de superfcie mais ampla.

    Neil Bania et al (1997) elaboraram uma classificao de empresas areas americanas em

    funo do escopo geogrfico, escala de operaes e tipos de estrutura de rotas. Para

    determinar o escopo geogrfico das companhias, calcularam a percentagem dos vos, de cada

    uma, que chegam ou partem dentro de uma mesma ou adjacente diviso do censo americano.

    Os resultados permitiram apontar as operadoras regionais (Southwest e Alaska Airlines),

    enquanto que as restantes foram classificadas como nacionais, no por servirem o pas inteiro,

    mas porque atendiam uma poro maior do territrio americano do que as regionais, ou seja,

    serviam a mais de uma diviso.

    A cobertura geogrfica constitui o ponto de partida para a escolha do aeroporto para

    desempenhar a funo de hub na rede. Preferencialmente, a localizao desse aeroporto deve

    ser o mais centralizada possvel em relao ao seu mercado, de maneira a encurtar ao mximo

    21

  • as distncias entre os spokes e o hub, ressalvado aqueles que atendam aos requisitos de infra-

    estrutura para apenas operarem como tal.

    2.17.2 Concentrao de Vos

    Para melhor ilustrar o conceito de uma rede hub, a Fig. 2.5 abaixo representa

    esquematicamente trs vos diretos servindo trs pares de cidades (A-B, C-D, E-F), que

    podem ser combinados para oferecer uma rede tipo hub and spoke, com as ligaes operadas

    atravs de um hub com a localizao central X.

    B A

    D C

    F E

    X A

    C

    E

    B

    D

    F

    Figura 2.5 Conceito Esquemtico da Rede Hub and Spoke

    Se as trs ligaes entre as cidades forem substitudas por seis servios diretos de cada um dos

    seis aeroportos para o hub X, o nmero de mercados de pares de cidades servidas salta de trs

    para 21. Essa vantagem aumenta em proporo ao quadrado do nmero de rotas ou spokes

    operados a partir do hub. Ento, se um hub possuir n spokes, o nmero de linhas diretas

    igual a n, ao qual podero ser adicionadas n (n-1) / 2 de conexes. Um progressivo impacto da

    introduo de mais ligaes por meio de um hub pode ser visto na Tab. 2.2 abaixo.

    22

  • Tabela 2.2 Impacto do Hub no N de Pares de Cidades Servidas

    Aeroportos

    Spokes

    Mercados

    Ligados Via

    Hub

    Ligaes

    Terminando no

    Hub

    Pares de

    Cidades

    Servidas

    n n(n-1)/2 + n = n(n+1)/2

    2 1 + 2 = 3

    6 15 + 6 = 21

    10 45 + 10 = 55

    50 1.225 + 50 = 1.275

    Canalizando as ligaes que seriam um amplo nmero de fluxos entre pares de cidades

    separadas e esparsas para um servio convergente via hub, a densidade do trfego em um

    spoke particular poderia estabelecer operaes com um maior nmero de freqncias. Em

    outras palavras, o trfego adicional gerado pelas conexes poderia permitir empresa area

    operar um maior nmero de vos.

    Assim, as freqncias de servios possveis conectada via hub unindo dois spokes distantes,

    que possussem um trfego rarefeito entre eles, podero aumentar significativamente as

    ligaes areas entre as duas cidades. Apesar da maior durao dos tempos de vos, tais

    localidades teriam maiores opes em termos de freqncias e conseqentemente de horrios

    de partidas.

    Para avaliar a coordenao entre a programao de vos de chegadas e de partidas das

    principais companhias areas europias em seus aeroportos hubs, o Grupo de Estudos de

    Transporte, da Universidade de Westminster, no Reino Unido, criou uma medida denominada

    de taxa de conectividade, que mede a concentrao de vos operada no hub.

    A taxa de conectividade prov uma estimativa da extenso pela qual a programao de

    horrios configurada com o propsito de oferecer conexes em vez de ser apenas o resultado

    de ligaes ao acaso entre os vos. Inicialmente, calcula-se o nmero total de conexes

    oferecidas pela companhia area hub, em um intervalo de 90 min em determinado dia. Este

    valor ento comparado com o nmero que poderia resultar se os horrios de chegadas e

    partidas fossem aleatrios ao longo de 15 horas do dia, de 07:00h s 22:00h na maioria dos

    23

  • aeroportos. Assim, a taxa de conectividade o nmero resultante das conexes realizadas

    dividido pelo nmero das conexes possveis naquele aeroporto pela companhia area hub.

    Com o valor igual a 1, a taxa de conectividade equivale a um padro de movimento aleatrio

    ou uniforme ao longo do dia, sem criar mais conexes do que seria esperado por casualidade.

    A taxa de 1,8 implica que 80% mais ligaes, durante uma determinada hora da programao

    de horrios, acima de um perodo de tempo de 90 minutos, estariam disponveis do que seria

    esperado eventualmente. Em outras palavras, uma taxa de 2,0 indica que houve duas vezes

    mais conexes realizadas do que ocorreria em bases normais do trfego de transferncia.

    2.18 REDE OU MALHA AREA

    Rede ou malha area consiste no conjunto de linhas do trfego regular operadas por uma

    empresa transportadora para atender s necessidades de movimentao de bens e pessoas, de

    acordo com a demanda do mercado. A rede de ligaes constitui-se no principal produto

    oferecido pelas companhias areas aos seus usurios.

    Programar vos um processo complexo, envolvendo a previso de decolagens de aeronaves

    para cidades e em horrios (oferta) que os consumidores desejam voar (demanda), com

    objetivo de convencer os passageiros a trocarem seus recursos econmicos (renda) pelos

    benefcios oferecidos (servio) (Dempsey, 1997).

    A escolha dos destinos para onde as aeronaves poderiam voar, e a que horas do dia, exige um

    pensamento em vrias dimenses, guardando uma analogia onde as peas movem-se

    continuamente. As rotas devem analisar o padro do trfego de passageiros, tendncias

    econmicas, programas de manuteno, necessidade de abastecimento de combustvel,

    horrios de vos, intervalos de carregamento e descarregamento, regras de rudo aeronutico,

    disponibilidade de slots, proibio de operaes noturnas (curfew), custos de pessoal, preo de

    combustvel e nveis de tarifas, entre uma dzia de outros fatores, em cada mercado operado

    pela empresa.

    A partir dessas variveis, o programador elabora o planejamento dos vos que serve de base

    para a companhia estabelecer a necessidade de recursos financeiros, quantificao de pessoal,

    estratgia de vendas e planos de contingncia para condies meteorolgicas adversas, falhas

    24

  • mecnicas, bem como outros obstculos que podem aparecer nos servios areos. A

    combinao desses fatores cresce aritmeticamente em funo do nmero de aeronaves em

    operao e geometricamente em relao quantidade de tipos de avies que compem uma

    frota (Dempsey, 1997).

    O objetivo maior do planejamento de vos servir s cidades por intermdio de um sistema

    de rotas de modo a atender demanda dos viajantes e obter um adequado retorno de lucro

    para a empresa area.

    Do ponto de vista do consumidor o fator mais importante na escolha do servio areo de uma

    empresa est ligado programao de linhas compreendendo a disponibilidade e as

    frequncias dos vos, o horrio de chegadas e partidas e as rotas operadas. Segmentos

    diferentes do mercado tero exigncias diversas em relao oferta dos servios. As ligaes

    de curta distncia por motivo de negcio, em geral, requerem no mnimo uma decolagem pela

    manh e um vo no final do dia, em cada direo, durante os dias teis da semana, de modo a

    permitir a realizao de uma viagem a negcios completa no mesmo dia. Enquanto os vos

    nos finais de semana so fundamentais para atender o desejo de passageiros que viajam por

    motivo de lazer. Ento as frequncias e horrios de chegada e partida devem ser estabelecidos

    de acordo com o tipo de mercado.

    Outra varivel a ser considerada, na programao de linhas, liga-se distncia do percurso e

    ao nvel de competio. Por exemplo, oferecer um vo dirio em um mercado onde as

    transportadoras concorrentes j possuam 10 vos por dia, certamente no ser obtido quase

    nenhum impacto. As linhas de longa distncia, com muitas horas de vo, so naturalmente

    realizadas durante a noite, quando os passageiros dormem. Assim, uma empresa area ter

    que combinar esses fatores de modo a oferecer um produto que supra as necessidades dos seus

    passageiros potenciais.

    A programao da estrutura da malha de rotas um processo complexo que envolve no

    somente s exigncias de segmentos do mercado, mas tambm podem ser alteradas em funo

    das reas geogrficas a serem atendidas e dos preos das tarifas praticados. A combinao

    desses variveis em determinado mercado ser de importncia fundamental para corresponder

    com sucesso s expectativas dos consumidores.

    25

  • Ao contrrio do mito popular, as transportadoras no cancelam vos porque esto com os

    respectivos ndices de aproveitamento muito baixos. A natureza dos servios areos pressupe

    uma programao pr-determinada ao longo de cada dia percorrendo o trajeto de cada rota da

    companhia. O cancelamento de um vo em um aeroporto significa que aquela aeronave no

    chegar em algum lugar mais tarde no mesmo dia, sendo portanto necessrio cancelar outro

    vo.

    A importncia da malha area, juntamente com a tarifa, na composio do produto a ser

    oferecido por uma operadora enfatizada pelo fato de que o consumidor pode estabelecer

    comparaes objetivas e precisas entre as alternativas disponveis no mercado, tanto em

    relao aos vos, quanto na escolha da empresa area. Assim, possvel confrontar um

    horrio de decolagem com outro, os tempos de durao da viagem, se os vos so diretos ou

    com escalas, bem como os valores das tarifas.

    No perodo anterior a desregulao, a elaborao da rede de linhas enfocava principalmente

    os nveis de demanda de passageiros, o motivo da viagem e a capacidade instalada dos

    aeroportos. A malha area era composta das chamadas linhas tronco, de alta densidade,

    servindo aos grandes centros econmicos do territrio, normalmente operadas por vos

    diretos sem escalas. As demais ligaes atendiam outras regies secundrias, carreando

    trfego para os pontos principais, que eram denominadas de linhas alimentadoras. Na

    configurao da rede havia predominncia das linhas ponto a ponto, caracterizadas por uma

    programao de rotas de origem e destino atravs de diversas localidades com idntico

    percurso de retorno (Dempsey, 1997).

    2.19 REDES LINEAR

    Nesse item so mostrados os diversos aspectos que envolvem a estrutura de malhas areas,

    reunindo os conceitos correspondentes encontrados na bibliografia pesquisada e observados

    nas operaes de empresas areas. Basicamente, foi possvel identificar dois tipos de redes: a

    linear e a hub and spoke.

    A rede linear caracterizada pelo transporte do trfego de origem e destino, em rotas diretas

    sem escalas, bem como as denominadas de ponto-a-ponto, que se constituem de uma

    seqncia de ligaes diretas (mltiplas escalas). Esses tipos de rede constituem-se num

    26

  • mtodo tradicional de programao de linhas, na qual a aeronave, aps chegar ao destino

    final, retorna pela mesma rota at o ponto inicial de origem.

    Figura 2.6 Esquema de Rede Linear

    2.20 VANTAGENS DO SISTEMA HUB

    As vantagens obtidas pelas companhias areas que se utilizam do conceito hub em suas

    malhas inmeras em relao s congneres que operam predominantemente no sistema ponto

    a ponto. A empresa area dispondo de hub ganha maior poder de barganha em relao

    concorrncia, pois nele dispe de facilidades e servios em um nico terminal.

    Segundo definio da FAA, conexo o passageiro que desembarca e embarca, no mesmo

    aeroporto, em uma aeronave diferente daquela que ele embarcou no primeiro trecho da

    viagem. Entretanto, esta definio no precisa, pois o passageiro pode desembarcar e

    embarcar para o seu destino final na mesma aeronave basta que o nmero do vo seja

    diferente. A definio mais correta seria: o passageiro que desembarca e embarca, no mesmo

    aeroporto, cujo do destino seja diferente da sua origem e diferentes nmeros de vos,

    independendo se a aeronave a mesma ou no, pois a mesma pode oferecer preos mais

    baixos e, ainda, suprir os assentos disponveis para os usurios de programa de milhagem.

    Se houver concorrncia no hub, os preos para os passageiros locais sero reduzidos.

    Caso contrrio, o preo ser aumentado, garantindo assim uma maior lucratividade. Esse

    poder de barganha da companhia area que ir desencorajar a entrada da concorrncia no

    aeroporto operado pela companhia operadora do sistema hub and spoke.

    27

  • Alm do alto poder de barganha diante da concorrncia, o hub proporciona outras vantagens

    como: maior nmero de ligaes diretas; facilidade de transferncia de vos; curto tempo de

    conexo para vos de pequenas distncias; maximizar as rotas para a economia local.

    2.21 DESVANTAGENS DO SISTEMA HUB

    Apesar de ser economicamente vivel tanto para companhias areas quanto passageiros, o

    sistema hub and spoke apresenta algumas desvantagens para as ambas as partes. No lado da

    companhia area, as desvantagens ocorrem nos seguintes aspectos: Os atrasos em cadeia,

    congestionamentos da infra-estrutura aeroporturia, custo adicionais com handling e de

    combustvel, grandes hubs, como exemplo, Chicago; Atlanta, Londres; Los Angeles, Frank e

    trfego areo.

    O movimento simultneo de vrias aeronaves gera uma sobrecarga na infra-estrutura do

    aeroporto, na movimentao de passageiros, carga, bagagem e no servio s aeronaves.

    Qualquer atraso em uma das vagas ou ondas poder acarretar a perda da conexo no sistema

    hub and spoke e/ou em outros aeroportos spoke.

    Em relao aos passageiros, as desvantagens, ocorrem na durao da viagem e no desconforto

    que ela gera. Ao optar por prazo a mais demorada do que a viagem ponto a ponto porque

    haver uma espera no aeroporto hub at uma hora atrasado

    Alm da demora em chegar ao seu destino final e o risco de perder a conexo, a viagem

    atravs do sistema hub and spoke gera o desconforto de ter assentos diferentes em conexo.

    2.22 RESPONSABILIDADE CIVIL NO SISTEMA HUB AND SPOKE

    Basicamente sujeito a dois casos:

    a) Perda de conexo

    b) Extravio de bagagens.

    No que tange a responsabilidade civil, o sistema hub and spoke est:

    28

  • A perda de conexo e/ou extravio de bagagem esto associados ao atraso no vo com destino

    ao hub e o curto MCT.

    Focus city o aeroporto que no considerado um hub, mas possui vrios destinos diferentes

    dos que h no hub. Geralmente, nos aeroportos focus city h apenas um vo dirio ou at

    mesmo semanal para determinado destino. Exemplos de companhias areas que utilizam o

    sistema focus city: Dulles (IAD) Jet Blue e Hamburgo (HAM) Lufthansa.

    Na matria realizada pelo jornal on line The Financial Express, no dia 08/12/05, constatou o

    aumento adicional dos custos dos combustveis nas contas das companhias areas pela

    demora, em mdia de 25 minutos, nas autorizaes das decolagens ou aterrissagens.

    Em relao s condies meteorolgicas, o sistema sofrer um efeito domin durante todo o

    dia ou, mesmo aps a normalizao dos pousos e decolagens. A demora na normalizao dos

    horrios do operador do hub proporcional ao somatrio do nmero de vos que foram

    alternados para outros destinos; cancelados; e atrasados pelo fechamento ou restrio de

    pousos e decolagens, ou seja, quanto mais vos alternados; cancelados e atrasados, maior ser

    a demora em normalizar todo o sistema. Neste caso, h excludente e a companhia area no

    poder ser responsabilizada.

    29

  • 2.23 PRINCIPAIS HUBS PELO MUNDO

    Tabela 2.3 Principais Hubs pelo Mundo

    30

  • 2.24 GRANDES AEROPORTOS CIVIS PARA OPERAR COMO HUB

    2.24.1 Terminais de Passageiros

    Figura 2.7 Aeroporto Internacional de Frankfurt, Alemanha

    Aeroportos que atuam como hub geralmente so dotados de centro aeroporturio de grande

    porte e so bem equipados para o atendimento de aeronaves de grande porte, bem como para

    o grande trfego de passageiros pelo saguo do aeroporto. Existem reas destinadas ao check-

    in, terminais separados para embarque (onde o passageiro espera o seu vo) e desembarque

    (esteiras de restituio de bagagem, por exemplo), comerciais (lojas, bancos, casas de cmbio,

    etc), e estacionamento de carros. Possuem mquinas de raios-X, para a deteco de materiais

    perigosos na bagagem de passageiros.

    Aeroportos internacionais (destinados ao atendimento de vos procedentes ou com destino a

    outros pases) possuem tambm uma alfndega, onde passageiros que saem ou entram do pas

    so controlados pelos servios aduaneiros. Grandes hubs areos oferecem ao passageiro uma

    grande variedade de servios, como salas VIP, centro comercial de grande porte, playgrounds,

    lugar de culto religioso, museu, restaurantes, lanchonetes, etc.

    Grandes terminais aeroporturios objetivando operar como hub, precisam ser planejados e

    construdos de forma a poder cobrir o maior nmero de passageiros possvel, na mesma

    medida em que os espaos destinados ao estacionamento das aeronaves so maximizados.

    31

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Frankfurt-SkyLine-737.jpghttp://pt.wikipedia.org/wiki/Check-inhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Check-inhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rciohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Raios-Xhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alf%C3%A2ndegahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aduanahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hub_%28avia%C3%A7%C3%A3o_comercial%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Playground

  • 2.24.2 Logstica de Transporte de Superfcie nos Ptios do Hub

    Quando os terminais de passageiros esto afastados uns dos outros e/ou distantes do terminal

    principal, linhas de nibus, trens especiais e esteiras rolantes conectam um terminal ao outro,

    de modo a facilitar o movimento de passageiros e funcionrios entre todos os terminais,

    principalmente aqueles que tero embarque de passageiros em conexo e iro operar como

    hub. Na figura 2.9 tambm apresenta a circulao de vrios veculos que devero estar

    totalmente controlados.

    Figura 2.8 Avio da EasyJet no Aeroporto Internacional de Amsterd, Holanda

    Observe os vrios veculos presentes em torno da aeronave. Os avies no so os nicos

    meios de transporte presente numa rea aeroporturia: uma variedade de veculos diferentes

    atua dentro do aeroporto, com uma gama variada de servios, como o transporte de

    passageiros, transporte de carga, bagagem, comida e limpeza das aeronaves, guia de r em

    aeronaves e escadas mveis.

    Veculos aeroporturios deslocam-se no aeroporto atravs de faixas a eles destinadas. Outras

    faixas existem, dedicadas orientao das aeronaves, no ptio de estacionamento e nas

    taxiways.

    32

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Easyjet_B737.jpghttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Easyjet_B737.jpghttp://pt.wikipedia.org/wiki/Taxiway

  • 2.24.3 Carga e Correio Areo

    Os aeroportos possuem geralmente uma rea designada especialmente para o manejamento de

    carga, com hangares destinados ao estoque da carga a ser transportada e equipamentos

    necessrios para o seu manejamento, bem como pessoal especializado. Em especial as

    aeronaves geralmente transportam grande quantidade de cargas em seus pores, sendo assim o

    aeroporto hub apresenta mais esta caracterstica que poder ser explorada pelas empresas

    areas e seus clientes.

    2.25 POLUIO DOS AEROPORTOS

    Poluio atmosfrica, criada pelos motores de veculos e aeronaves. O maior problema

    neste caso mesmo a poluio atmosfrica gerada pelo trfego de veculos que vm e

    vo do aeroporto.

    Poluio sonora, criada pelo barulho do trfego de veculos e pelas aeronaves,

    principalmente em operaes de pouso e decolagem. Isto problemtico

    principalmente em grandes aeroportos internacionais, onde as horas da noite so as

    mais movimentadas quanto ao nmero de operaes de pouso e decolagem.

    Tais problemas podem causar danos sade dos habitantes que moram na sua proximidade,

    como problemas de sono ou respiratrios. A construo de um novo aeroporto no ,

    geralmente, bem recebida pelos habitantes que moram perto da rea escolhida (at tanto pela

    possibilidade da necessidade de deslocamento de vrios desses habitantes para outros lugares

    da cidade).

    2.26 AEROPORTOS HUB E SUAS ESTATSTICAS

    O maior aeroporto em movimento de passageiros o Aeroporto Internacional

    Hartsfield, em Atlanta, nos Estados Unidos da Amrica com movimento de 88,4

    milhes de passageiros por ano, seguido por perto pelo Aeroporto Internacional

    O'Hare, em Chicago, Illinois, tambm nos Estados Unidos, que movimentou 77

    milhes de passageiros em 2004.

    33

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o_atmosf%C3%A9ricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o_sonorahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAdehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Atlantahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos_da_Am%C3%A9ricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_Internacional_O%27Harehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_Internacional_O%27Harehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Chicagohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Illinoishttp://pt.wikipedia.org/wiki/2004

  • O maior aeroporto de trfego internacional do mundo o Aeroporto Internacional

    Heathrow, em Londres, Inglaterra, com uma mdia de 460 mil pousos e decolagens

    por ano. 80% do seu movimento anual de 67 milhes de passageiros atravs de vos

    internacionais.

    O maior aeroporto de trfego local do mundo o Aeroporto Internacional de Los

    Angeles. Cerca de 60% do seu movimento anual de 60 milhes de passageiros possui

    como destino ou ponto de partida a regio metropolitana de Los Angeles.

    O aeroporto de carga area mais movimentado do mundo o Aeroporto Internacional

    de Memphis, Tennessee, nos Estados Unidos. Ali, est localizado o centro operacional

    da FedEx.

    Aeroporto de maior altitude e pista mais longa: Bangda, no Tibete, situado a 4 334

    metros de altitude, cuja pista principal possui 5.500 metros.

    A maior pista de pouso do mundo est localizada na base area de Edwards,

    California, coordenadas 3449'27.92"N 11751'37.11"W. de terra e tem

    aproximadamente 12.000.

    34

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Londreshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterrahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Los_Angeleshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Los_Angeleshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Memphishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tennesseehttp://pt.wikipedia.org/wiki/FedExhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bangdahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tibetehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Altitude

  • 3 AEROPORTO HUB AND SPOKE NO BRASIL

    3.1 INTRODUO

    No Brasil, o processo de flexibilizao da regulamentao comea no incio dos anos 1990. A

    poltica de competio controlada, que se caracteriza por uma forte interveno estatal no

    controle de rotas e tarifas, vigente desde os anos 1960 gradativamente abandonada. Ao

    longo dos anos 1990 assistimos abertura do mercado e ao abandono do controle tarifrio.

    Como conseqncia observamos um intenso movimento de entrada e sada de companhias

    areas resultando na concentrao do setor. No perodo estudado ocorreu uma grande

    elevao das atividades do setor concomitante a reduo do emprego, dos salrios e do tempo

    de servio, indicando uma maior instabilidade no mercado de trabalho da aviao comercial

    brasileira. Observamos ainda uma significativa reduo de custos com pessoal por parte das

    companhias areas.

    A desregulao do sistema de aviao civil brasileiro, proporcionou condies de

    flexibilizao, que hoje em dia encontram-se semelhantes americana. O forte aumento do

    trfego criou condies para o surgimento do sistema hub na sua forma plena em alguns

    aeroportos principais.

    3.2 AEROPORTOS OPERANDO COMO HUB AND SPOKE NO BRASIL

    3.2.1 O Aeroporto Internacional de Braslia

    o aeroporto que serve a capital do Brasil, Braslia. Seu nome em homenagem ao ex-

    presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek. o terceiro mais movimentado do pas, aps

    Congonhas e Cumbica, somente aps o desenvolvimento do hub fomentou o trfego. O

    aeroporto possui duas pistas, com o movimento de passageiros em 2007 de 11.119.872.

    3.2.1.1 - Empresas Areas que Operam no Aeroporto e Destinos a Partir de Braslia

    TAP Portugal (Lisboa e Porto);

    GOL Transportes Areos (Aracaj, Belm, Belo Horizonte, Boa Vista,

    Campinas, Cuiab, Curitiba, Fortaleza, Foz do Iguau, Goinia, Imperatriz,

    35

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%ADliahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Juscelino_Kubitschekhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_Internacional_de_Congonhashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_Internacional_de_S%C3%A3o_Paulo_-_Governador_Andr%C3%A9_Franco_Montorohttp://pt.wikipedia.org/wiki/TAP_Portugalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/GOL_Transportes_A%C3%A9reos

  • Macap, Manaus, Marab, Natal, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife,

    Rio Branco, Rio de Janeiro, Rosrio (ARG), Salvador, So Lus, So Paulo,

    Teresina, Vitria);

    TAM (Aracaj, Belm, Belo Horizonte, Boa Vista, Buenos Aires, Campinas,

    Campo Grande, Corumb, Cricima, Cuiab, Curitiba, Florianpolis,

    Fortaleza, Foz do Iguau, Goinia, Imperatriz, Ji-Paran, Joo Pessoa, Macap,

    Macei, Manaus, Marab, Natal, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife,

    Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, So Jos do Rio Preto, So Lus, So

    Paulo, Teresina, Vitria);

    Varig (Buenos Aires, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro - Galeo e

    So Paulo - Congonhas) OceanAir (Belo Horizonte, Campo Grande, Chapec,

    Goinia, Florianpolis, Ilhus, Macei, Petrolina, Porto Alegre, Recife, Rio de

    Janeiro, Salvador, So Luiz, So Paulo (Congonhas), So Paulo (Guarulhos),

    Teresina, Belo Horizonte (Confins), Belo Horizonte (Pampulha), Montes

    Claros, Ipatinga);

    Total Linhas Areas (Altamira, Araguana, Belm, Belo Horizonte

    (Pampulha), Carajs, Manaus, Parintins, Santarm, Trombetas, Tucuru,

    Uberaba, Uberlndia);

    Abaet (Barreiras, Salvador, Guanambi, Bom Jesus da Lapa);

    SETE (Confresa, Goinia, Gurupi, Minau, So Flix do Araguaia);

    TRIP (Campo Grande, Cascavel, Curitiba, Goinia, Londrina, Maring, Belo

    Horizonte (Pampulha), Governador Valadares).

    3.2.2 O Aeroporto Internacional de So Paulo (Guarulhos)

    o principal e o segundo mais movimentado aeroporto do Brasil, localizado na cidade de

    Guarulhos, no bairro de Cumbica, distante 25 quilmetros do centro de So Paulo, principal

    metrpole que o aeroporto serve. Movimento de passageiros em 2007, 18.795.596.

    Sendo um hub na Amrica do Sul, Guarulhos o aeroporto com maior movimento

    internacional do Brasil e o segundo em trfego total de passageiros, somente ficando atrs do

    Aeroporto de Congonhas. No transporte de carga, o maior da Amrica Latina e ocupa a 37

    posio entre os mais movimentados do mundo.

    36

    http://pt.wikipedia.org/wiki/TAM_Linhas_A%C3%A9reashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Varighttp://pt.wikipedia.org/wiki/OceanAirhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Total_Linhas_A%C3%A9reashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Abaet%C3%A9http://pt.wikipedia.org/wiki/SETEhttp://pt.wikipedia.org/wiki/TRIPhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroportohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Guarulhoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cumbicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_%28cidade%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Hub_%28avia%C3%A7%C3%A3o_comercial%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sulhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_de_Congonhashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_Latina

  • Com uma rea de 14 km, dos quais 5 km rea urbanizada, o complexo aeroporturio conta

    com um sistema de acesso virio prprio. A Rodovia Helio Smidt se estende por parte do

    permetro do aeroporto, tendo ligao com as rodovias Presidente Dutra e Ayrton Senna.

    Toda estrutura para passageiros dividida em dois terminais (TPS1 e TPS2) com 260 balces

    de check-in, onde as atividades operacionais funcionam 24 horas por dia. Operam 37

    companhias areas nacionais e internacionais, voando para 23 pases em mais de 100 cidades

    do Brasil e do mundo.

    A Emirates a mais nova empresa a iniciar atividades no aeroporto, em 1 de outubro de 2007,

    com freqncias para Dubai. A Qatar Airways do Catar adiou a estria de sua rota para So

    Paulo do primeiro semestre de 2007, para o primeiro semestre de 2008.

    No Plano Diretor do aeroporto est prevista a construo de mais dois terminais de

    passageiros (TPS 3, TPS 4) e uma terceira pista adicional s duas j existes, atingindo a

    capacidade mxima de expanso para processamento de vos, passageiros e carga.

    Em 28 de novembro de 2001 uma lei federal alterou a denominao do aeroporto em

    homenagem ao ex-governador do estado de So Paulo, Andr Franco Montoro, falecido em

    1999, o qual, como governador prejudicou muito o aeroporto. No entanto, o nome oficial no

    habitualmente usado pela populao, que resiste e prefere se referir a ele como Aeroporto de

    Guarulhos ou simplesmente Cumbica.

    3.2.2.1 Empresas Areas que Operam no Aeroporto e Destinos a Partir de Guarulhos

    Air Minas (Bauru-Arealva, Belo Horizonte-Pampulha, Divinpolis, Varginha)

    Air China (Pequim, Madri)

    Air France (Paris-Charles de Gaulle)

    Aerolneas Argentinas (Buenos Aires-Ezeiza, Miami)

    Austral Lneas Areas (Buenos Aires-Aeroparque)

    Aeromxico (Cidade do Mxico)

    Aelitalia (Milo-Malpensa)

    37

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro_quadradohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia_Helio_Smidthttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia_Presidente_Dutrahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia_Ayrton_Sennahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Terminal_de_aeroportohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Check-inhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_a%C3%A9reahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Emirateshttp://pt.wikipedia.org/wiki/1_de_outubrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/2007http://pt.wikipedia.org/wiki/Dubaihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Qatar_Airwayshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Catarhttp://pt.wikipedia.org/wiki/2008http://pt.wikipedia.org/wiki/Planejamento_urbano#Plano_diretorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pista_de_pouso_e_decolagemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/28_de_novembrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/2001http://pt.wikipedia.org/wiki/Andr%C3%A9_Franco_Montorohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1999

  • Avianca (Bogot)

    Oceanair (Aracaju, Braslia, Campina Grande, Caruaru, Cascavel, Cidade do Mxico,

    Curitiba, Florianpolis, Fortaleza, Ilhus, Juazeiro do Norte, Luanda, Macei, Montes

    Claros, Natal, Paulo Afonso, Petrolina, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro-Galeo,

    Salvador, Vitoria da Conquista)

    British Airways (Buenos Aires-Ezeiza, Londres-Heathrow, Rio de Janeiro-Galeo)

    Delta Air Lines (Atlanta, Nova Iorque-JFK)

    Ibria (Madri)

    Japan Airlines (Nova Iorque-JFK, Tquio-Narita)

    KLM (Amsterd)

    United Airlines (Chicago-O'Hare, Rio de Janeiro-Galeo, Washington-Dulles)

    GOL (Aracaju, Assuno, Belm, Belo Horizonte-Confins, Belm, Boa Vista,

    Braslia, Buenos Aires-Ezeiza, Campina Grande, Campo Grande, Chapec, Cuiab,

    Curitiba, Crdoba, Florianpolis, Fortaleza, Foz do Iguau, Goinia, Ilhus,

    Imperatriz, Joo Pessoa, Juazeiro do Norte, Lima, Londrina, Macap, Macei,

    Manaus, Maring, Montevido, Natal, Palmas, Petrolina, Porto Alegre, Porto Seguro,

    Porto Velho, Rio de Janeiro-Galeo, Recife, Rio Branco, Rosrio, Salvador, Santa

    Cruz de la Sierra, Santarm, Santiago, So Lus, Teresina, Vitria)

    TAM (Aracaju, Belm, Belo Horizonte-Confins, Boa Vista, Braslia, Buenos Aires-

    Ezeiza, Campinas, Caracas, Campo Grande, Caxias do Sul, Comandatuba, Corumb,

    Cuiab, Curitiba, Florianpolis, Fortaleza, Foz do Iguau, Frankfurt, Goinia,

    Imperatriz, Joo Pessoa, Joinville, Londres-Heathrow, Londrina, Macap, Madri

    [Inicia em 21 de dezembro de 2007], Macei, Manaus, Marab, Maring, Miami,

    Milo-Malpensa, Montevidu, Natal, Nova Iorque-JFK, Palmas, Paris-Charles de

    Gaulle, Porto Alegre, Porto Seguro, Porto Velho, Recife, Rio de Janeiro-Galeo,

    Salvador, Assuno, Buenos Aires-Ezeiza, Ciudad del Este, Cochabamba, Curitiba,

    Montevidu, Santa Cruz de la Sierra, Santiago, So Luiz Teresina Vitria )

    America Air (Alfenas, Belo Horizonte Pampulha, Juiz de Fora, Lins, Ourinhos, So

    Jos dos Campos)

    Pluna (Buenos Aires Aeroparque, Madri, Montevidu, Punta del Este)

    Varig (Bogot, Buenos Aires, Caracas, Cidade do Mxico , Fernando de Noronha,

    Fortaleza, Frankfurt-Main, Londres-Heathrow, Madri , Manaus, Montevidu, Paris-

    38

    http://pt.wikipedia.org/wiki/GOL_Transportes_A%C3%A9reoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/TAM_Linhas_A%C3%A9reashttp://pt.wikipedia.org/wiki/America_Airhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Plunahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Varig

  • Charles de Gau