universidade de brasÍlia centro de formaÇÃo em...
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UNIVERSIDADE DE BRASLIA
CENTRO DE FORMAO EM RECURSOS HUMANOS EM TRANSPORTES
CRITRIOS PARA PREPARAO DE AEROPORTOS PARA
OPERAR COMO HUB
MILTON CAMPOS SIQUEIRA
ORIENTADOR: JOS AUGUSTO ABREU S FORTES
MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAO EM GESTO DA AVIAO CIVIL
PUBLICAO: E-TA-003A/2008
BRASLIA/DF: JUNHO/2008
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UNIVERSIDADE DE BRASLIA CENTRO DE FORMAO EM RECURSOS HUMANOS EM TRANSPORTES
CRITRIOS PARA PREPARAO DE AEROPORTOS PARA OPERAR COMO HUB
MILTON CAMPOS SIQUEIRA
MONOGRAFIA DO CURSO DE ESPECIALIZAO SUBMETIDA AO CENTRO DE FORMAO DE RECURSOS HUMANOS EM TRANSPORTES DA UNIVERSIDADE DE BRASLIA, COMO PARTE DOS REQUESITOS NECESSRIOS PARA A OBTENO DO GRAU DE ESPECIALISTA EM GESTO DA AVIAO CIVIL. APROVADA POR: ______________________________________________ JOS AUGUSTO ABREU S FORTES, PhD (UnB) (Orientador) ______________________________________________ ADYR DA SILVA, PhD (UnB) (Examinador) ______________________________________________ JOAQUIM JOS GUILHERME DE ARAGO, PHD (UnB) (Examinador) BRASLIA/DF, 20 DE JUNHO DE 2008.
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FICHA CATALOGRFICA
SIQUEIRA, MILTON CAMPOS
Critrios para Preparao de Aeroportos para operar como Hub xv, 114p., 210x297mm (CEFTRU/UnB, Especialista, Gesto da Aviao Civil, 2008). Monografia de Especializao Universidade de Braslia, Centro e Formao de
Recursos Humanos em Transportes
1 Transporte Areo 2 Aeroportos 3 Redes Areas 4 Desregulao I CEFTRU/UnB II Ttulo (srie)
REFERNCIA BIBLIOGRFICA SIQUEIRA, M. C. (2008). Critrios para Preparao de Aeroportos para Operar como Hub. Monografia de Especializao, Centro de Formao de Recursos Humanos em Transportes, Universidade de Braslia, DF, 114p. CESSO DE DIREITOS NOME DO AUTOR: Milton Campos Siqueira TTULO DA MONOGRAFIA: Critrios para Preparao de Aeroportos para Operar como Hub GRAU/ANO: Especialista/2008 concedida Universidade de Braslia permisso para reproduzir cpias desta monografia de especializao e para emprestar ou vender tais cpias somente para propsitos acadmicos e cientficos. O autor reserva outros direitos de publicao e nenhuma parte desta monografia de especializao pode ser reproduzida sem a autorizao por escrito do autor.
_____________________________________
Milton Campos Siqueira
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mailto:[email protected]
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AGRADECIMENTO
A Deus, em primeiro lugar.
minha esposa, e aos meus filhos Willian e Isabella, que no mediram esforos para suprir
minhas ausncias no dia a dia, e me deu foras para seguir em frente. E minha saudosa sogra
pelo incentivo.
Ao Ex Superintendente do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, Sr Wilson Massa de
Souza Bastos, que confiou em meu trabalho que com sua indicao.
Ao Coordenador, Professor Adyr da Silva e ao Orientador, Professor Jos Augusto pelos
preciosos esclarecimentos, contribuindo para o correto direcionamento de todo o Curso e
deste trabalho.
Ao amigo, Marcos Willian, pela ajuda nos momentos difceis.
Por fim, a nossa querida INFRAERO, porque sem ela nada disso seria possvel.
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RESUMO
Neste trabalho, uma pesquisa sobre infra-estrutura aeroporturia com foco em sistema hub foi
realizada. Foram apresentadas as caractersticas e particularidades dos principais aeroportos
existentes em diversos pases do mundo, em relao sua infra-estrutura. Alm dos
aeroportos estrangeiros, foram analisados os principais aeroportos do Brasil, no qual foram
apresentadas as principais caractersticas de sua infra-estrutura. As principais companhias
areas e condies de trfego areo no Brasil foram avaliadas. A definio de hub-and-spoke
e os principais parmetros que caracterizam esse tipo de aeroporto foram estudados. Foram
avaliadas todas as vantagens e desvantagens dos aeroportos que utilizam o sistema hub-and-
spoke. Foi elaborado portanto, a lista de critrios essenciais respeitados para escolha de
determinado aeroporto para atuar como hub. Por fim, aps anlise dos aeroportos brasileiros
caracterizados como hub, foi sugerido quais outros aeroportos no Brasil tm potencial para
operar no sistema hub and spoke.
Palavras-chave Hub-and-spoke, infra-estrutura aeroporturia, aeroportos.
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ABSTRACT
In this Paper a survey about airport infrastructure in hub and spoke technique was basically
prepared. The characteristics and peculiarities of the main airports all over the world were
introduced. Together with foreign units, major airports in Brazil were also analyzed and the
main characteristics of the infrastructure were presented using same goal. The most important
airlines and air traffic in Brazil were evaluated. The definition of hub-andspoke and also the
main standard measures which describe this type of airport operation were studied. The
benefits and the disadvantages in airports where the hub-and-spoke system is adopted were
evaluated. So, it was developed one list with the criterions to be observed and taken in order
to choose the airport which is going to act as a hub one. Finally, after the analysis of the
Brazilian airports classified as hub, other ones were indicated since they are also potentially
able to work in the hub-and-spoke system.
Key-words: hub-and-spoke, airport infrastructure, airports.
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SUMRIO
Captulo Pgina
1 INTRODUO 1
1.1 CONSIDERAES INICIAIS 1
1.2 PROBLEMA 2
1.3 HIPTESE 2
1.4 OBJETIVO 2
1.5 JUSTIFICATIVA 2
1.6 METODOLOGIA DA PESQUISA 3
1.7 ORGANIZAO DA MONOGRAFIA 3
2 REVISO BIBLIOGRAFICA 5
2.1 INTRODUO 5
2.2 BASE TERICA 8
2.3 TRANSPORTE AREO DE PASSAGEIROS 8
2.4 EMPRESAS AREAS 9
2.5 CLASSIFICAO DE EMPRESAS AREAS 9
2.6 REGULAMENTAO INTERNACIONAL 9
2.7 REGULAMENTAO BRASILEIRA 10
2.8 A AVIAO COMERCIAL 10
2.9 ESTIMULANDO O SISTEMA HUB AND SPOKE 10
2.10 CARACTERIZAO DE UM AEROPORTO HUB 11
2.10.1 Caractersticas Fundamentais do Hub Internacional 12
2.11 SISTEMATIZAO DO CONCEITO HUB AND SPOKE 13
2.12 LIGAES HUB 13
2.13 AUTO DEFINIO 13
2.14 O NASCIMENTO DE UM HUB 14
2.15 O HUB PERFEITO 15
2.16 CLASSIFICAO DE AEROPORTOS HUB 15
2.17 HUB AND SPOKE 16
2.17.1 Cobertura Geogrfica 20
2.17.2 Concentrao de Vos 22
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2.18 REDE OU MALHA AREA 24
2.19 REDES LINEAR 26
2.20 VANTAGENS DO SISTEMA HUB 27
2.21 DESVANTAGENS DO SISTEMA HUB 28
2.22 RESPONSABILIDADE CIVIL NO SISTEMA HUB AND
SPOKE
28
2.23 PRINCIPAIS HUBS PELO MUNDO 30
2.24 GRANDES AEROPORTOS CIVIL PARA OPERAR
COMO HUB
31
2.24.1 Terminais de Passageiros 31
2.24.2 Logstica de Transporte de Superfcie nos Ptios do Hub 32
2.24.3 Carga e Correio Areo 33
2.25 POLUIO DOS AEROPORTOS 33
2.26 AEROPORTOS HUB E SUAS ESTATSTICAS 33
3 AEROPORTO HUB AND SPOKE NO BRASIL 35
3.1 INTRODUO 35
3.2 AEROPORTOS OPERANDO COMO HUB AND SPOKE
NO BRASIL
35
3.2.1 O Aeroporto Internacional de Braslia 35
3.2.1.1 Empresas Areas que Operam no Aeroporto e Destinos a
Partir de Braslia
35
3.2.2 O Aeroporto Internacional de So Paulo (Guarulhos) 36
3.2.2.1 Empresas Areas que Operam no Aeroporto e Destinos a
Partir de Guarulhos
37
3.2.3 O Aeroporto internacional do Rio de Janeiro (Galeo) 40
3.2.3.1 Empresas Areas que Operam no Aeroporto e Destinos a
Partir do Galeo
40
3.2.4 O Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins) 42
3.2.4.1 Empresas Areas que Operam no Aeroporto e Destinos a
Partir de Confins
43
3.2.5 O Aeroporto de So Paulo (Congonhas) 44
3.2.5.1 Empresas Areas que Operam no Aeroporto e Destinos a 45
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Partir de Congonhas
3.3 MOVIMENTOS DE PASSAGEIROS DE CONEXO 46
4 OPERAO DE AEROPORTO HUB DO PONTO DE
VISTA ECONMICO
47
4.1 INTRODUO 47
4.2 AEROPORTOS COMO AGENTES DE COMPETIO
ENTRE EMPRESAS AREAS
47
4.3 AEROPORTOS COMO INDUTORES DO
CRESCIMENTO ECONMICO
48
4.4 DIVERSIDADE COMERCIAL NOS AEROPORTOS 49
4.5 A ECONOMIA AEROPORTURIA E O SISTEMA HUB 50
5 ATRATIVO DO SISTEMA HUB PARA AS EMPRESAS
AREAS
51
5.1 INTRODUO 51
5.2 ATIVIDADE E OBJETIVO DA PROGRAMAO DE
VOS DE UMA EMPRESA AREA
52
5.3 RESTRIES A PROGRAMAO DE VOS 54
5.3.1 Restries Externas: Problemas de Slot 54
5.3.2 Night Curfews 55
5.3.3 Regulamentao do Setor 55
5.3.4 Acordos de Pools/Joint-Ventures 55
5.3.5 Manuteno de Aeronaves 55
5.3.6 Restries Internas: Requisitos de Manuteno 55
5.3.7 Planos de Contingncia 56
5.4 REQUISITOS OPERACIONAIS GERAIS 56
5.4.1 Empresas Areas e Seus Principais Hubs pelo Mundo 56
5.5 IMPLICAES NEGATIVAS NO HUB 62
6 INFRA-ESTRUTURA DE SISTEMA HUB 65
6.1 INTRODUO 65
6.2 TRFEGO AREO 65
ix
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6.3 SATURAO DA INFRA-ESTRUTURA
AEROPORTURIA
66
6.4 SITUAO DOS AEROPORTOS PAULISTAS
PRINCIPAIS HUBS BRASILEIROS
69
6.5 PRINCIPAIS INFRA-ESTRUTURA DE UM AEROPORTO 74
6.5.1 Pistas e Ptios de Aeroportos 74
6.5.2 Pistas de Pouso e Decolagem 76
6.5.3 Auxlios Visuais Diurnos (Padro Anexo XIV da ICAO) 77
6.5.4 Auxlios Visuais Noturnos 80
6.5.5 Ptio de Estacionamento de Aeronaves 80
6.5.6 Pontes de Embarque 81
6.5.7 Terminais de Passageiros 83
6.5.7.1 Linear 84
6.5.7.2 Conceitos, Vantagens e Desvantagens em Relao ao HUB 86
6.5.8 Nvel de Servio e o Hub 87
6.5.9 Modelos Analticos de Teoria de Filas e o Hub 93
6.5.9.1 Empricos 94
6.5.9.2 Simulao 97
6.5.9.3 Outros 97
6.6 MANUTENO DO COMPLEXO AEROPORTURIO E
O HUB
98
6.7 SEGURANA AEROPORTURIA E AS EXIGNCIAS
DO HUB
99
6.7.1 Controle da Segurana da Aviao Civil no Brasil 99
6.8 ACESSIBILIDADE AEROPORTURIA 102
6.8.1 Conceito de Acessibilidade 102
6.9 INFRA-ESTRUTURA AERONUTICA E O HUB 103
6.9.1 Constituem a Infra-Estrutura Aeronutica Brasileira de
Interesse Para o Hub, os Seguintes Sistemas Segundo o CBA
103
6.9.2 Controle de Trfego Areo - TWR 104
6.9.3 Navegao Area -CSN/ATM Benefcios ao Hub 105
7 CONCLUSO 108
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8 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 112
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LISTA DE TABELAS
Tabela Pgina
Tabela 2.1 Definio de Hub And Spoke de Vrios Autores 7
Tabela 2.2 Impacto do Hub no N de Pares de Cidades Servidas 23
Tabela 2.3 Principais Hubs pelo Mundo 30
Tabela 3.1 Movimentos de Passageiros de Conexo 46
Tabela 6.1 Vantagens e Desvantagens dos Conceitos de TPS 86
Tabela 6.2 Saguo de Embarque (a) 88
Tabela 6.3 Saguo de Embarque (b) 88
Tabela 6.4 Sala de Pr-Embarque (a) 88
Tabela 6.5 Sala de Pr-Embarque (b) 89
Tabela 6.6 Triagem e Despacho de Bagagens 89
Tabela 6.7 Vistoria de Segurana 89
Tabela 6.8 Vistoria de Passaporte 90
Tabela 6.9 Balces de Vistoria de Passaporte 90
Tabela 6.10 Saguo de Desembarque (a) 90
Tabela 6.11 Saguo de Desembarque (b) 91
Tabela 6.12 Restituio de Bagagens (a) 91
Tabela 6.13 Restituio de Bagagens (b) 91
Tabela 6.14 Alfndega 92
Tabela 6.15 Balco de Alfndega 92
Tabela 6.16 Sanitrios Masculinos 92
Tabela 6.17 Sanitrios Femininos 92
Tabela 6.18 Porcentagem do Fluxo de Passageiros 95
Tabela 6.19 Taxa de Atendimento Modelo Emprico 96
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LISTA DE FIGURAS
Figura Pgina
Figura 2.1 Ligaes Ponto a Ponto 11
Figura 2.2 Ligaes Hub and Spoke 11
Figura 2.3 Esquemas de Redes de Hub and Spoke 17
Figura 2.4 Sistemas Hipotticos de Rotas 19
Figura 2.5 Conceito Esquemtico da Rede Hub and Spoke 22
Figura 2.6 Esquema de Rede Linear 27
Figura 2.7 Aeroporto Internacional de Frankfurt, Alemanha 31
Figura 2.8 Avio da EasyJet no Aeroporto Internacional de Amsterd, Holanda
32
Figura 3.1 Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro 40
Figura 3.2 Aeroporto Internacional Tancredo Neves 42
Figura 3.3 Planta Baixa do Aeroporto Internacional Tancredo Neves 43
Figura 5.1 Punies por Atraso das Cias Areas 64
Figura 5.2 Aeroporto de Congonhas 64
Figura 6.1 Vista a partir da Torre de Controle do Aeroporto SBGR 69
Figura 6.2 Vista de Satlite do Aeroporto 77
Figura 6.3 Modelo de Percurso Crtico dos Componentes de Um TPS 98
Figura 6.4 rea de Revista de Bagagem (Denver-EUA) 101
Figura 6.5 Torre de Controle do Aeroporto de Bristol, Inglaterra 105
Figura 6.6 CNS ATM 106
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LISTA DE SIGLAS E ABREVIAES
AC Advisory Circular
ACARS Airborne Communication Adressing and Reporting System
AGENDE Agncia de Desenvolvimento de Guarulhos
AITN Aeroporto Internacional Tancredo Neves
ANAC Agncia Nacional de Aviao Civil
ARS rea Restrita de Segurana
BDISEG Banco de Dados e Indicadores Socioeconmicos de Guarulhos
CBA Cdigo Brasileiro de Aeronutica
CNF Cdigo IATA do Aeroporto de Confins
CNS/ATM Sistema de Comunicao, Navegao, Vigilncia e Gerenciamento de Trfego Areo
CONAC Conferncia Nacional de Aviao Comercial
CPI Comisso Parlamentar de Inqurito
COE Centro de Operaes de Emergncia
COM Critical Path Model
CPTM Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
CSA Comisso de Segurana Aeroporturia
DAC Departamento de Aviao Civil
DC Douglas Company
DECEA Departamento de Controle do Espao Areo
ESATA Empresa de Servio Auxiliar de Transporte Areo
FAA Federal Aviation Authority
FedEx Federal Express Corporation
GIG Cdigo IATA do Aeroporto do Galeo
GNSS Global Navigation Satellite System
GPS Global Positioning System
GRU Cdigo IATA do Aeroporto de Guarulhos
HAM Cdigo IATA do Aeroporto de Hamburgo
HPP Hora Prevista de Partida
IATA International Aviation Transportation Association
IAD Cdigo IATA do Aeroporto de Dulles
ICAO International Civil Aviation Organization
IFALPA
Federao Internacional de Pilotos de Companhias Areas
xiv
http://pt.wikipedia.org/wiki/CPTM
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IFR Instrument Flight Rules
ILS Instrument Landing System
ITA Instituto Tecnolgico de Aeronutica
LHR Cdigo IATA do Aeroporto de Londres
MCT Minnimum Connecting Time
MMS Momento de Maior Solicitao
NDB Non-Directional Beacons
PAC Programa de Acelerao do Crescimento
PAN Plano Aerovirio Nacional
PAPI Precision Approach Path Indicator
PSA Programa de Segurana Aeroporturia
PSEA Programa de Segurana de Empresa Area
OACI Organizao da Aviao Civil Internacional
ORD Cdigo IATA do Aeroporto de Chicago
PF Polcia Federal
PIB Produto Interno Bruto
PPP Parceria Pblico Privada
RAB Sistema de Registro Aeronutico Brasileiro
REIL Runway End Identificator Light
RNP Required Navigation Performance
RVSM Separao Vertical Mnima Reduzida
SDU Cdigo IATA do Aeroporto Santos Dumont
STBA Service Technique des Bases Ariennes
TPHP Typical Peak Hour Passenger
TPS Terminal de Passageiros
TWR Torre de Controle Areo
VASIS Visual Approach Slope Indicator System
UNB Universidade de Braslia
VOR VHF Omnidirectional Range Radio
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1 INTRODUO
1.1 CONSIDERAES INICIAIS
A desregulamentao dos servios areos no Brasil promovido pelo Departamento de Aviao
Civil - DAC e Agncia Nacional de Aviao Civil ANAC, tem mostrado repercusses sobre
as decises estratgicas das empresas areas, em relao participao no mercado,
quantidade e qualidade de servios oferecidos e aos preos das tarifas areas. Essas
modificaes estruturais tm conduzido a um enfrentamento de novos desafios, como a
liberdade de operao em qualquer ponto do territrio, o surgimento de novas companhias
areas e a extino da maior parte do subsdio para apoiar o transporte areo em reas
geogrficas regionais (Oliveira, 2007).
As mudanas vivenciadas pelo mercado brasileiro guardam certas semelhanas com fatos
ocorridos, nas dcadas de 80 e 90, aps a liberao das empresas areas americanas. No
perodo que sucederam a desregulamentao nos Estados Unidos, novas empresas entraram
na indstria do transporte areo, as companhias existentes expandiram suas operaes, o nvel
de competio cresceu e houve reduo das tarifas. Porm, ao final dos anos 80, ocorreram
vrias fuses e falncias, havendo indicao de problemas e efeitos decorrentes da
desregulamentao (Oliveira, 2007).
Com isso consolidou-se aps a desregulamentao o Sistema hub and spoke nos Estados
Unidos. Ele constituiu-se em funo dos efeitos provocados pela liberao das operaes das
empresas areas, sendo entendido como estratgia das transportadoras para obter vantagens
competitivas dentro do mercado que deixou de ser protegido pela regulao. A implantao
das operaes hub and spoke pelas companhias americanas seguida pelas europias,
possibilitou benefcios para os usurios do transporte areo. Essa nova situao torna a
abordagem sobre o tema visando analisar a aplicabilidade no sistema de transporte areo. Essa
nova situao torna a brasileiro, especificamente nos critrios de preparao de aeroporto para
operar no sistema hub and spoke (Pansin, 2003).
A implantao e preparao de aeroporto para operar no sistema hub and spoke, requer o
conhecimento de todos os intervenientes e componentes do sistema de transporte areo, de
modo a estabelecer requisitos necessrios para sua operao, visando gerar os benefcios que
1
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o hub pode oferecer para todos os usurios, passageiros, cargas, empresas areas e instituies
envolvidas no referido sistema de transporte (Pansin, 2003).
1.2 PROBLEMA
Identificar quais os critrios fundamentais de infra-estrutura aeroporturia para adequao de
um aeroporto ao modelo hub and spoke.
1.3 HIPTESE
A anlise da operao nos aeroportos hub and spoke existentes permite identificar requisitos
fundamentais de infra-estrutura necessria para se planejar a adequao dos aeroportos para
essa natureza.
1.4 OBJETIVO
Este trabalho tem como escopo principal identificao de elementos fundamentais de infra-
estrutura aeroporturia e econmica para adequao de aeroporto para operar no sistema hub
and spoke atendendo malha area brasileira.
1.5 JUSTIFICATIVA
A estratgia para promover a utilizao de aeroporto hub uma forma de maximizar a
eficincia do trfego existente. Hub conceito de desenvolvimento aeroporturio que
estabelece estrutura bem definida de rotas onde o aeroporto hub ou eixo serve como ponto de
transferncia, para passageiros e carga, que se transportam de diferentes aeroportos,
convergindo para depois convergir. Os movimentos nesses aeroportos tipo hub so planejados
de forma a fazer coincidir chegadas e partidas em faixas horrias coincidentes, aumentando-se
o nmero de par origem-destino com ligao ao aeroporto base.
Considerando o atual estgio de desregulao do transporte areo brasileiro, conhecer os
critrios de preparao de um aeroporto para operar no sistema hub and spoke trar subsdios
com o objetivo de sugerir para os planejadores e executores a aplicabilidade desses requisitos
de preparao, visando minimizar os efeitos negativos que podero ocorrer no
2
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desenvolvimento da aviao civil brasileira, tanto para empresas areas na reformulao de
suas estratgias operacionais, quanto para a administrao aeroporturia, onde se prepararem
para oferecer as condies necessrias a esse tipo de operao.
1.6 METODOLOGIA DE PESQUISA
Ser utilizado para realizao da pesquisa o mtodo de abordagem comparativa das condies
econmicas dos aeroportos que operam como centralizados e analisar com base nessas
caractersticas levantadas quais os aeroportos brasileiros podero assumir a categoria de
aeroporto hub. Assim sendo, o estudo dividido em sete etapas apresentadas a seguir:
1.7 ORGANIZAO DA MONOGRAFIA
A diviso do trabalho foi planejada da seguinte forma:
Captulo 2 Reviso Bibliogrfica
O segundo captulo aborda os assuntos que sero tratados na primeira etapa que o estudo
da arte fundamentao terica, a desregulao nos estados unidos, descrevendo como a
liberao do mercado do transporte areo influenciou a implantao do sistema hub and
spoke no territrio americano, assim como na comunidade europia. abrangem tambm
alguns conceitos de aeroportos que podero aps melhoria da infra-estrutura passar a
operar no sistema hub no brasil (pansin, 2003).
Captulo 3 Aeroporto Hub and Spoke no Brasil
O terceiro captulo apresenta a caracterizao do aeroporto funcionando como hub,
enfocando os principais eventos que conduziram poltica de flexibilizao brasileira, que
hoje em dia encontram-se caractersticas semelhantes americana quando surgiu o
sistema hub na sua forma plena. uma comparao foi realizada com o funcionamento de
grandes hubs internacionais.
Captulo 4 Condies Econmicas para Sistema Hub
No quinto captulo, elabora-se uma anlise genrica do mercado de transporte areo,
buscando reconhecer as operaes do tipo hub existentes no pas, identificando as
3
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potencialidades do transporte areo nacional em relao aos atributos do sistema. neste
capitulo ser realizado um estudo de caso em aeroporto que tenha suas operaes baseadas
no sistema hub mostrando as divergncias em funo da falta de infra-estrutura necessria
para eficincia do sistema.
Captulo 5 Atrativo do Sistema Hub para Empresas Areas
Os atrativos obtidos pelas companhias areas operadoras do modelo hub so inmeras. a
empresa area ganha maior poder de barganha em relao concorrncia. atualmente, o
sistema hub and spoke apontado como o caminho das pedras para as empresas low
fare/low cost (pansin, 2003).
Captulo 6 Infra-Estrutura de Sistema Hub
Ao captulo 4, foi reservado o espao para a identificao da infra-estrutura necessria ao
sistema hub and spoke, tratando dos diversos componentes que atuam no sistema, tanto
em relao s redes areas quanto s operaes aeroporturias. foram tambm analisados
os fatores econmicos do transporte areo vinculados aos hubs.
como resultado desse trabalho ser possvel estabelecer a identificao dos requisitos de
infra-estrutura necessria operao hub and spoke no sistema de transporte areo
brasileiro.
Alm do alto poder de barganha mediante a concorrncia, o hub proporciona outras
vantagens como: maior nmero de ligaes; facilidade de transferncia de vos; curto
tempo de conexo para vos de pequenas distncias; maximizao das rotas de maior
distncia. para a economia local, o hub significa a criao de novos postos trabalho, pois
ele gera demanda de servios que vo desde bancos e lojas at supermercados e salas de
descanso (soutelino, 2006).
Captulo 7 Concluses
Foram relatadas as concluses obtidas a respeito dos objetivos propostos, apresentando os
elementos fundamentais de infra-estrutura aeroporturia e relacioandos os critrios que
devem ser observados para que um aeroporto passe a operar como hub, podendo portanto,
sugerir a aplicao desses conceitos nos aeroportos que tem potencial para operar como
hub no transporte areo brasileiro.
4
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2 REVISO BIBLIOGRAFICA
2.1 INTRODUO
Logo aps a desregulamentao americana, novas empresas se integraram ao servio de
transporte areo e as companhias existentes expandiram suas operaes, aumentando a oferta
e o nvel da competio. Como resultado as tarifas foram reduzidas. Porm, a partir de 1985 a
indstria comeou a se reconcentrar como resultado de diversas fuses e falncias, dando
inicio a vrios problemas de gerenciamento dos impactos provocados pela liberao
reguladora.
Outro fator decorrente da desregulamentao do transporte areo americano foi a criao do
sistema hub and spoke, que tem como concepo bsica concentrao de vos em horrios
coordenados em um determinado aeroporto, trazendo benefcios operacionais para as
empresas areas, conseqentemente criando algum desconforto para os passageiros, porm
muitas vantagens (Pansin, 2003).
Algum pas da Europa, como a Alemanha, tem localizaes geogrficas privilegiada,
permitindo que o aeroporto local seja porto de entrada da Europa, recebendo vos dos
demais continentes, alm de receber grande parte do trfego dos pequenos pases fronteirios.
O perfeito sistema de rotas composto pela integrao entre os vos long haul (vo de longa
distncia) e short haul (vo de pequena distncia), permitindo que os vos short haul sirvam
de alimentadores para os vos long haul e vice-versa..
De acordo com as recomendaes estabelecidas na V CONAC, realizada em novembro de
1991, definiu diretrizes para orientar a ao do seu ento rgo executivo, o DAC, sucedido
pela (reguladora) ANAC, no sentido de proceder a uma reduo progressiva da
regulamentao existente, denominada de poltica de flexibilizao do transporte areo
brasileiro (Grossi, 2000).
Em razo dessa poltica de flexibilizao, foi adotado o sistema de liberao monitorada das
tarifas areas nacionais; foi aberto o mercado domstico para a entrada de novas empresas
tendo aumento de 25% do nmero de empresas areas.
5
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A flexibilizao do transporte areo brasileiro inspirou-se mas no copiou a Lei de
Desregulamentao das Companhias Areas em outubro de 1978 nos Estados Unidos. O
mercado de transporte areo norte-americano objetivou a retirada de toda a regulamentao
econmica, representando reflexo no setor areo do todo o mundo. Observou-se naquele
perodo de que a regulamentao econmica existente estava impedindo a competio no
mercado (Pansin, 2003).
A indstria brasileira de transporte areo vem passando por grandes mudanas estruturais
desde a dcada de 90. A eliminao das barreiras entrada de novas companhias e a
desregulamentao teve um novo impulso em 1997, criaram uma nova perspectiva de
competio para as empresas existentes, obrigando-as a uma grande mudana em sua forma
de posicionamento nesse tipo de mercado. O mercado competitivo induziu que a gesto das
empresas passasse de uma viso puramente operacional para uma viso de negcios. Nessa
nova viso definem-se as rotas com base na demanda por vos, e s ento se verifica o
impacto operacional dessa definio, de forma a definir-se a malha efetiva da empresa. A
grande desvalorizao cambial ocorrida em 1999 revelou a ineficincia de algumas
companhias em operar em mercado livre, haja vista os resultados financeiros apresentados
naquela ocasio (Coelho, 2001).
At o incio da desregulamentao, o mercado areo brasileiro era claramente dividido em
companhias internacionais, nacionais e regionais, estas com rea geogrfica de atuao bem
definida, limitando muito a concorrncia entre elas. Atualmente, foram eliminadas vrias das
barreiras concorrncia e a diviso desses grupos no bem definida.
Em funo dessas mudanas, houve grande reflexo na infra-estrutura aeroporturia e no
sistema de gerenciamento do espao areo. Com aplicao de hubs em determinados
aeroportos em funo da demanda de passageiros e interesses das empresas areas em operar
em determinados aeroportos, caracterizando assim o sistema hub.
6
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Tabela 2.1 Definio de Hub andSspoke de Vrios Autores
7
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2.2 BASE TERICA
Na bibliografia brasileira existe obra especfica sobre o sistema hub and spoke. Entretanto foi
possvel pesquisar o tema, via meio eletrnico, nas universidades americanas e europias,
organizaes internacionais especializadas e governamentais, associaes de empresas areas
e de aeroportos. A investigao estendeu-se tambm a autores nacionais e estrangeiros
reconhecidos no campo do transporte areo, mencionados nas referncias bibliogrficas do
estudo, que de algum modo abordavam o assunto.
O material encontrado possibilitou construir uma base conceitual do sistema, englobando os
aspectos: operacionais, tcnicos e econmicos, bem como incluir suas causas e efeitos. O
exame do sistema hub j amadurecido depois de alguns anos de funcionamento nos pases
desenvolvidos ofereceu tambm uma viso mais realista das operaes associadas ao tema
(Lelles, 2001).
A difuso dos conhecimentos ocorrer considerando a natureza especfica desse tema,
tratando-se de uma evoluo recente dos conceitos, portanto, a base terica dele pode ser
encontrada no escopo desse trabalho. A sistematizao a seguir apresenta conhecimentos do
estado da arte deste assunto. De acordo com assuntos e objeto de pesquisa, foi apresentada
tabela com definies do sistema hub and spoke de vrios autores (Lelles, 2001).
2.3 TRANSPORTE AREO DE PASSAGEIROS
O transporte de passageiros, atingiu nveis de segurana e regularidade que tornaram
importante fator de integrao intra pases e entre pases. Com o evento da globalizao das
atividades comerciais, industriais e tursticas, o avio tornou-se um meio de transporte rpido
e seguro, correspondendo aos anseios das atividades dos dias atuais. O crescimento desse tipo
de segmento de mercado (transporte areo de passageiros) foi duramente atingido durante os
ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos, entrando em fase de prejuzos que se mantm
at a presente data em algumas empresas. Entretanto nos dias atuais de 2005/2006, pode-se
antever um crescimento sustentado na quantidade de passageiros para os prximos dez anos.
As vendas de passagens e o movimento de passageiros diretamente proporcional ao aumento
do PIB dos pases. Conforme previses dos organismos internacionais, os pases de um modo
geral, devem apresentar PIB em crescimento da ordem de (3%) ao ano nos prximos anos,
8
-
portanto, seguramente haver aumento significativo da frota mundial de avies para
transporte de passageiros (Manores, 2004).
No Brasil este crescimento fica bem acima do PIB. Atualmente existe uma polmica entre os
grandes fabricantes sobre a convenincia de se construir enormes aeronaves com capacidade
elevada de transporte de passageiros.
2.4 EMPRESAS AREAS
Uma linha area, companhia area ou empresa area, uma empresa que presta servios de
transporte areo de passageiros, mercadorias ou mala postal, de carter regular ou no. As
aeronaves utilizadas para esse fim so comumente conhecidas como aeronaves de carreira.
Vrias empresas se unem em alianas areas para aumentar sua competitividade com a
reduo de custos e compartilhamento de vos.
Estas empresas necessitam da concesso de rotas ou linhas areas por parte dos governos dos
pases nos quais suas aeronaves operam ou sobrevoem.
2.5 CLASSIFICAO DE EMPRESAS AREAS
As empresas areas podem ser classificadas como internacionais, nacionais, regionais,
domsticas, de baixo custo (low cost), de vos regulares ou vos fretados (vos charter),
dependendo da metodologia escolhida.
2.6 REGULAMENTAO INTERNACIONAL
No plano internacional, o transporte areo conduzido por normas e procedimentos
estabelecidos pela ICAO quando relacionados s aes dos estados e pela IATA quando
referidos as empresas a ela associadas.
9
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alian%C3%A7a_a%C3%A9reahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADs
-
2.7 REGULAMENTAO BRASILEIRA
No Brasil a lei n 7.565, de 19 de dezembro de 1986 criou o Cdigo Brasileiro de Aeronutica
que substituiu o Cdigo Brasileiro do Ar. Hoje est em vigor a Conveno de Montreal,
promulgada pelo Decreto N 5.910, de 27 de setembro de 2006; celebrada em Montreal, em
28 de maio de 1999; aprovada pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo n
59, de 18 de abril de 2006; entrou em vigor internacional em 4 de novembro de 2003, e para o
Brasil, em 18 de julho de 2006, nos termos de seu Artigo 53. Segundo a melhor doutrina, o
Cdigo de Defesa do Consumidor, por sua natureza de ordem pblica, fulcrada em expressa
previso constitucional, prevalece sobre as Convenes, principalmente no que tange a
indenizaes por falha na prestao de servios (Fares, 2007).
2.8 A AVIAO COMERCIAL
um conjunto de meios areos que inclui as tcnicas e as cincias necessrias para a
fabricao, manuteno e operao segura de aeronaves destinadas ao transporte de carga e/ou
passageiros.
Os primeiros vos comerciais foram feitos no comeo da primeira guerra mundial, nos
Estados Unidos da Amrica, e expandiram-se rapidamente aps o fim da guerra. Atualmente,
existem centenas de linhas areas que transportam passageiros e carga em todos os 05 (cinco)
continentes.
2. 9 ESTIMULANDO O SISTEMA HUB AND SPOKE
A iniciativa do governo americano de estimular a concorrncia e expandir o transporte areo
nos EUA em 1978, atravs do ato de desregulamentao das empresas areas (The Airline
Deregulation Act), revolucionou logstica do transporte areo americano e
conseqentemente o mundial (Pansin, 2003).
Um dos efeitos dessa medida foi o aumento das rotas hub and spoke e a diminuio das
ligaes ponto a ponto (point to point). Nas rotas hub and spoke, as empresas areas escolhem
uma determinada cidade para ser o centro de distribuio dos seus vos, fazendo com que os
10
http://pt.wikipedia.org/wiki/Avia%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rciohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aeronavehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_guerra_mundialhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos_da_Am%C3%A9ricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Linhas_a%C3%A9reas
-
passageiros mudem de avio no aeroporto selecionado como hub no caminho de seus destinos
finais (Lelles, 2001).
Nas figuras abaixo, perceberemos a diferena entre as ligaes hub and spoke e ponto a ponto.
Nas rotas ponto a ponto, as ligaes ocorrem somente entre dois pontos, no havendo uma
integrao entre os demais pontos. J nas rotas hub and spoke, todos os pontos esto
integrados por um ponto central, no caso da figura, o ponto G. Na prtica, a rota hub and
spoke significa um aumento da malha de destinos de uma companhia area (Lelles, 2001).
Figura 2.1 Ligaes Ponto a Ponto
Figura 2.2 Ligaes Hub and Spoke
2.10 CARACTERIZAO DE UM AEROPORTO HUB
Um dos principais efeitos da desregulamentao do mercado do transporte areo americano,
em 1978, foi o aparecimento do sistema hub and spoke, que surgiu como um novo elemento
em funo do aumento da competitividade entre as empresas areas.
11
-
No Brasil isso no foi diferente em razo da flexibilizao dada ao sistema de transporte
areo. Neste segmento, ser observados o processo de implantao das operaes hubs, com o
objetivo de estabelecer a relao de causa e efeito entre ambos, permitindo ao mesmo tempo a
caracterizao de aeroporto hub e definir a base do conceito do sistema.
A observao do atual estgio da poltica de flexibilizao do mercado brasileiro permitir
correlacionar a realidade brasileira, em especial a identificao da infra-estrutura
aeroporturia que apresentam suas operaes baseadas no referido sistema (Palhares, 2001).
2.10.1 Caractersticas Fundamentais do Hub Internacional
Alm da posio geogrfica e da demanda econmica da regio, o hub possui outras
caractersticas: alto nmero de freqncias entre os aeroportos aros (spokes), e as companhias
principais que operam no hub com vos long haul (longa distncia). Logo, esta companhia
absorver a maior parte dos passageiros provenientes dos vos long haul de outras empresas
areas para os vos domsticos no hub. Evidentemente que possuem trfego de passageiros
provenientes de outras companhias de vos domsticos. Levar a maior fatia desse trfego,
aquela empresa que tiver associada a uma aliana ou possuir um nmero maior de code share
ou acordos com outras congneres. Como exemplo de empresas que operam no sistema hub
and spoke no mesmo aeroporto, exemplificou os aeroportos de Chicago (ORD) e o de
Londres (LHR). Em ambos os aeroportos, o trfego de passageiros nos vos nacionais
dividido entre as companhias filiadas s alianas Star Alliance e One World. Em Chicago, h
uma diviso entre American Airlines (One World) e United Airlines (Star Alliance), enquanto
em Londres, o trfego dividido entre British Airways (One World) e British Midland (Star
Alliance) (Almeida, 2006).
Outra caracterstica importante a otimizao, pela companhia area operadora do hub, das
rotas das cidades prximas ou de baixa demanda para o hub, logo, todo o trfego de
passageiros dessas cidades ficar concentrado no hub para que possa ser distribudo para os
demais da companhia area.
12
-
2.11 SISTEMATIZAO DO CONCEITO HUB AND SPOKE
A iniciativa do governo americano ao estimular a concorrncia e expandir o transporte areo
nos EUA em 1978, atravs do ato de desregulamentao das empresas areas, revolucionou
logstica do transporte areo americano e conseqentemente o mundial. Um dos efeitos dessa
medida foi o aumento das rotas hub and spoke e a diminuio das ligaes ponto a ponto. Nas
rotas hub and spoke, as empresas areas escolhem uma determinada cidade para ser o centro
de distribuio dos seus vos, fazendo com que os passageiros mudem de avio no aeroporto
selecionado como hub no caminho de seus destinos finais.
Nas Fig. 2.1 e 2.2, percebemos a diferena entre as ligaes hub and spoke e ponto a ponto.
Nas rotas ponto a ponto, as ligaes ocorrem somente entre dois pontos, no havendo uma
integrao entre os demais pontos. J nas rotas hub and spoke, todos os pontos esto
integrados por um ponto central, no caso da figura, o ponto G.
Na prtica, a rota hub and spoke significa um aumento da malha de destinos de uma
companhia area.
2. 12 LIGAES HUB
Alm do aumento da malha area, as rotas hub and spoke possibilitaram as companhias areas
manterem o nmero de freqncias para o mesmo destino, pois as suas aeronaves passaram a
permanecer mais tempo no ar. Um exemplo foi o aumento dos vos non-stops de Nova Iorque
para West Palm Beach, Flrida que passou de cinco para 23 vos dirios depois da
desregulamentao, caracterizando assim o sistema hub. O nome hub and spoke pode ser
representado como uma roda de bicicleta, no qual os raios formam as rotas spoke, que em
direo ao eixo central, formam o hub. Ato que liberou as barreiras governamentais, como
desregular as empresas de transporte areo, permitindo assim uma maior flexibilidade de
rotas; preos; horrios, e principalmente a concorrncia entre as empresas areas. Entrou em
vigor em 24 de outubro de 1978 (Oliveira, 2007).
2.13 AUTO DEFINIO
O sistema hub and spoke tem a maioria dos vos indo para um aeroporto hub proveniente de
um aeroporto aro, concentrando assim as atividades de uma empresa area em poucos lugares.
13
-
Viagens entre dois aeroportos aros, o primeiro vo sempre em direo ao hub e ento de l
para o destino final o hub and spoke. No sistema hub and spoke, os passageiros mudam de
avio no aeroporto hub no caminho para destino final. No sistema hub and spoke, a rede
desenhada de uma forma em que as rotas so concentradas em um nmero de facilidades nas
conexes, chamadas hub. Destinos at o hub so chamados aros. Visando maximizar, as
possveis conexes, a companhia area operadora do hub, usualmente elabora os horrios
dentro de um determinado tempo. Maior centro de conexes de uma companhia area. O
sistema hub and spoke uma combinao das ligaes que podem ser ponto a ponto com
transferncia de trfego em um hub central.
O sistema low fare no inibe o Hub. Pode no adens-lo em certas situaes. Os hubs no
Brasil no foram planejados, mas sim aparecem ao natural. A GOL possui hubs em So
Paulo, Gurulhos, Galeo e Braslia (Adir,2008).
2.14 O NASCIMENTO DE UM HUB
A escolha de um hub por uma companhia area engloba uma srie de fatores, entre os quais a
combinao da demanda econmica e geogrfica de uma determinada regio com a
viabilidade do aumento de suas operaes e disponibilizao de mais assentos. Segundo a
ICAO, atravs da circular n 269-AT/110, codesharing uma forma de cooperao entre as
empresas area, adotada principalmente no plano internacional, com objetivo de se adaptarem
s novas tendncias de negcios, como globalizao, alm de aumentar o prprio poder de
competio. Na prtica, uma permisso que uma determinada companhia area concede a
uma segunda companhia para usar sua designao de vo (seu code, seu vo, ou o nome da
companhia) em um vo, ou em que duas companhias dividam o mesmo code em um vo.
importante ressaltar que, o Hub pode nascer sem codesharing, pois, este apenas o cristaliza
como sendo acessrio e no essencial como regra. Ento, no podemos afirmar que toda
companhia area possui um hub, mesmo aquelas que operam no sistema ponto a ponto (Adir,
2008).
14
-
2.15 O HUB PERFEITO
Considerando que no h conceituao de hub perfeito, provavelmente o que apresenta
caracterstica mais prxima o Hub do aeroporto de Frankfurt (Alemanha). Este aeroporto o
que melhor traduz o sistema devido combinao da localizao geogrfica; o perfeito
sistema de rotas e o alto preo na tarifas. O trfego adicional de passageiros em rotas hub and
spoke.
A localizao geogrfica de Frankfurt em relao Europa, permite que o aeroporto local seja
uns dos portes de entrada da Europa, recebendo vos dos demais continentes, alm de
receber grande parte do trfego dos pequenos pases fronteirios com a Alemanha, permitindo
o perfeito sistema de rotas composto pela integrao entre os vos long haul (vo de longa
distncia) e short haul (vo de pequena distncia), permitindo que os vos short haul sirvam
de alimentadores para os vos long haul e vice-versa.
Outros fatores essenciais do sucesso do sistema hub and spoke em Frankfurt o predomnio
de uma companhia area nacional (Lufthansa); permitir o uso de pequenos avies
provenientes dos vos regionais e reas disponveis para uma eventual expanso. Todo hub
tem uma empresa. Pode haver mais de um hub em um mesmo aeroporto e isto fato at no
Brasil (Adir,2008).
2.16 CLASSIFICAO DE AEROPORTOS HUB
Segundo a FAA, os hubs esto classificados da seguinte forma:
Tipo De Hub N de Passageiros em Conexes
Grande: mais do que 7.102.993 passageiros por ano;
Mdio: de 1.775.748 a 7.102.992 passageiros por ano;
Pequeno: de 355.150 a 1.775.747 passageiros por ano;
Non-Hub: com menos de 355.149 passageiros por ano.
15
-
2.17 HUB AND SPOKE
O sistema hub and spoke estrutura-se em duas vertentes principais, a rede de ligaes areas
com os procedimentos associados das transportadoras e as operaes aeroporturias, sendo
necessrio o entrosamento de ambas as partes para viabilizar o sistema hub. No entanto, com
a finalidade de facilitar o entendimento do conceito hub and spoke, optou-se por dividir os
componentes que sero tratados em dois itens separados. A primeira parte do captulo ir
focalizar a contribuio das empresas areas nas operaes do sistema e a segunda definir o
denominado aeroporto hub.
O hub and spoke, consiste em um conjunto de vos (banco ou onda de vos) que pousam
durante um intervalo de tempo preciso, para oferecer uma transferncia posterior a outro
banco de vos de partidas, maximizando o nmero de conexes possveis, mantendo o tempo
de em solo dentro de limites curtos e bem definidos. Doganis e Dennis (1989) identificaram
dois modelos de sistemas de hub and spoke: as redes ampulheta e hinterlndia. Atravs de
um hub ampulheta, representado a esquerda da Fig. 2.3, os vos so originados de uma regio
distante, consolidados no hub e diversificados em direo oposta. Este modelo de
configurao est mais adequado para operao de vos intercontinentais ou transocenicos,
bem como para o trfego domstico em pases de grandes dimenses territoriais, onde existe a
presena de fluxos densos de norte para sul ou de leste para oeste e vice-versa. As linhas
alimentadoras de longo curso tambm se adaptam melhor ao hub tipo ampulheta.
No hub hinterlndia, mostrado a direita da figura, so operados os vos de curta distncia,
utilizando os aeroportos denominados de spokes, localizados em sua rea de influncia, que
serviro de alimentadores do hub que, por sua vez, ir oferecer conexes para novas rotas de
mdio ou longo cursos. Nesse caso, enquadra-se o trfego regional ou nacional, dependendo
do tamanho do pas.
16
-
Ampulheta Hinterlndia
Figura 2.3 Esquemas de Redes de Hub and Spoke
A operao da rede modelo ampulheta tende a utilizar aeronaves de capacidades similares, na
medida em que existe densidade equivalente de trfego em ambas as direes. Enquanto na
hinterlndia, normalmente, so usados equipamentos de portes diferentes: aeronaves menores
operando nas ligaes entre os aeroportos spokes e o hub e equipamentos de maior porte para
transportar o trfego consolidado partindo do hub para outros destinos distantes ou para outro
hub.
Os vos so afunilados em grupos para o hub de grande porte, onde uma quantidade
substancial de passageiros que trocam de aeronaves para completar a sua viagem. A mudana
de aeronaves implica uma coordenao de chegadas de um grande nmero de vos, em curto
espao de tempo, e posteriores partidas igualmente coordenadas dentro de um intervalo
estreito de tempo. Hubs de grande porte podem acomodar mais de sete bancos de vos por
dia, permitindo uma combinao de vos disponveis para um determinado destino expandir-
se consideravelmente.
Neil Bania et al. (1997), elaborando uma classificao das companhias areas americanas,
descreveu outros tipos de estrutura de rotas, consistindo de quatro sistemas hipotticos de
malha area, cada uma servindo a seis aeroportos, denominadas de mono hub, dual hub e dois
sistemas difusos, que esto ilustrados na Fig. 2.4 abaixo. Na verdade, as hipteses so
variaes das ligaes ponto a ponto e hub and spoke.
Na rede mono hub, todos os vos de uma empresa area tm origem ou se destinam a uma
nica localidade central. Os passageiros com origem no hub C podem chegar, por ligao
direta, a 100% dos outros aeroportos, enquanto os usurios partindo dos aeroportos A, B, D, E
ou F alcanam diretamente apenas 20% das outras cidades.
17
-
Uma rede dual hub possui ligaes de modo similar, porm existem dois ou mais aeroportos
nos quais as operaes esto concentradas. Nesse caso, C e D possuem 100% de linhas diretas
para toda a rede e os outros apenas alcanam 40% da malha, sem escalas.
Segundo os autores, existem diversos tipos possveis de redes difusas de rotas, variando desde
um tipo onde cada aeroporto oferece servios sem escalas para as unidades aeroporturias
restantes, at um sistema onde o nvel de servios oferecidos vai diminuindo gradativamente
de acordo com a possibilidade de conexo do aeroporto. Portanto quanto maior o nmero de
conexes disponveis, o nvel de servio do aeroporto mais elevado.
No Sistema Difuso 1, verifica-se que todas as cidades ligam-se entre si, por meio de linhas
diretas (100% de acesso), com um nvel de servio idntico em qualquer dos mercados,
pressupondo a existncia de disponibilidade equivalente de conexes em cada aeroporto.
A segunda hiptese de rede difusa comparada com a de mono hub exibe a diferena entre os
dois conceitos, linear e hub and spoke, uma vez que na malha hub h uma otimizao das
ligaes, que permite as seis localidades se conectarem por intermdio de um aeroporto
central, apesar da oferta menor de servios. Enquanto o Sistema Difuso 2, com
disponibilidade de dois servios a mais, no atende a todos os aeroportos igualmente.
18
-
A B A B
Figura 2.4 Sistemas Hipotticos de Rotas
Abstraindo a varivel de demanda, o sistema dual hub, operando 60% dos vos existentes na
rede difusa 1, produz um nvel de servio equivalente, se for levada em conta a possibilidade
de maior oferta do nmero de frequncias.
H disponibilidade na literatura de muitas definies atribudas ao fenmeno da rede hub,
hubbing ou hub and spoke, todas mais ou menos contendo um sentido comum, embora com
abordagens ligeiramente diferentes. As definies abaixo indicadas foram selecionadas para
esclarecer melhor o conceito:
Hubbing implica em vos que saem de diferentes aeroportos que so os spokes da rede e
chegam ao hub aproximadamente ao mesmo tempo. as aeronaves esto simultaneamente no
solo, facilitando desse modo o intercmbio de passageiros e bagagens durante um perodo
curto de tempo, depois decolam em sucesso rpida de volta em direo dos spokes (Doganis,
1991).
C
ED
F
C
D
Mono-hub 10 servios
E FDual-hub
18 servios
Sistema Difuso 1 30 servios
Sistema Difuso 2 12 servios
C
BA
ED
F
C
B A
ED
F
19
-
Uma rede hub and spoke possui a maioria dos vos chegando ao aeroporto hub, originados
dos aeroportos "rim, concentrando as atividades das companhias areas em poucas
localidades (Cranston, 1996).
Os aeroportos denominados de rim so os aeroportos menores que esto localizados a curta
distncia, na rea de influncia do aeroporto principal, desempenhando a funo de alimentar
o hub. Outra nomenclatura utilizada para definir a funo do spoke.
As redes hub and spoke tornaram-se uma ferramenta estratgica muito importante para o
negcio das ligaes areas, assim como para o transporte de passageiros e de carga,
conforme atestado pelas declaraes do Sr. Althen, presidente executivo da Lufthansa Cargo:
Uma rede hub o nico meio para uma operao de frete carregar completamente a aeronave
e estabelecer uma rede global ao mesmo tempo. para nossos clientes, que so globais, temos
que ir para todo o globo e para atend-los com uma rede global ser necessrio hubs e
parceiros (Noble, 1995).
Hubs so cruciais para o desenvolvimento da carga porque o fretamento no se origina
necessariamente dos aeroportos tradicionalmente orientados para passageiros (Gallacher,
1996)
Embora o transporte de carga area no seja o objeto central de considerao no presente
trabalho, segundo Hamoen (1998), a empresa cargueira pioneira na utilizao da rede hub and
spoke foi a FedEx, sendo seguidamente adotada por outras empresas cargueiras. Somente
mais tarde o sistema hub foi acolhido pelas companhias areas no transporte de passageiros.
Aps a definio acima da configurao das estruturas de rotas, no item seguinte ser
focalizado um fator importante, intrnseco da rede hub and spoke, que consiste na utilizao
do sistema em funo das reas geogrficas a serem atendidas.
2.17.1 Cobertura Geogrfica
Entende-se por cobertura geogrfica de uma rede hub a poro territorial onde se localizam as
cidades atendidas por uma companhia area, por meio de ligaes que so conectadas em um
determinado aeroporto.
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-
A partir do conceito do sistema hub and spoke, considera-se a existncia de dois tipos de
mercado domstico no transporte areo: a rede regional que capta o trfego local da rea de
influncia de um hub regional, para posteriormente conduz-lo para outros destinos e a rede
nacional com hubs localizados em grandes centros.
Na teoria, para determinar a cobertura geogrfica de uma rede hub que opera o trfego
regional, a primeira etapa consiste no estabelecimento de uma rea territorial onde se
localizam os pontos que constituem os mercados atendidos. A regio pode ser delimitada com
base na rea de influncia econmica polarizada por uma cidade importante como centro de
negcios. Pode-se adotar uma diviso geogrfica j estabelecida por um rgo governamental
como, por exemplo, as regies ou mesorregies geogrficas brasileiras, desde que haja uma
certa coincidncia territorial entre a regio oficial adotada e a demanda do trfego areo.
Enfim, ser necessrio estabelecer uma regio demarcada e consistente com o mercado.
A segunda etapa constitui o estabelecimento das possveis ligaes entre as cidades
abrangidas pela diviso territorial escolhida. Finalmente, calcular a porcentagem de vos
realizados em relao ao total das linhas possveis, que se conectasse por intermdio de um
aeroporto especfico. O mesmo processo serve para a rede nacional, com a diferena de tratar-
se de uma rea de superfcie mais ampla.
Neil Bania et al (1997) elaboraram uma classificao de empresas areas americanas em
funo do escopo geogrfico, escala de operaes e tipos de estrutura de rotas. Para
determinar o escopo geogrfico das companhias, calcularam a percentagem dos vos, de cada
uma, que chegam ou partem dentro de uma mesma ou adjacente diviso do censo americano.
Os resultados permitiram apontar as operadoras regionais (Southwest e Alaska Airlines),
enquanto que as restantes foram classificadas como nacionais, no por servirem o pas inteiro,
mas porque atendiam uma poro maior do territrio americano do que as regionais, ou seja,
serviam a mais de uma diviso.
A cobertura geogrfica constitui o ponto de partida para a escolha do aeroporto para
desempenhar a funo de hub na rede. Preferencialmente, a localizao desse aeroporto deve
ser o mais centralizada possvel em relao ao seu mercado, de maneira a encurtar ao mximo
21
-
as distncias entre os spokes e o hub, ressalvado aqueles que atendam aos requisitos de infra-
estrutura para apenas operarem como tal.
2.17.2 Concentrao de Vos
Para melhor ilustrar o conceito de uma rede hub, a Fig. 2.5 abaixo representa
esquematicamente trs vos diretos servindo trs pares de cidades (A-B, C-D, E-F), que
podem ser combinados para oferecer uma rede tipo hub and spoke, com as ligaes operadas
atravs de um hub com a localizao central X.
B A
D C
F E
X A
C
E
B
D
F
Figura 2.5 Conceito Esquemtico da Rede Hub and Spoke
Se as trs ligaes entre as cidades forem substitudas por seis servios diretos de cada um dos
seis aeroportos para o hub X, o nmero de mercados de pares de cidades servidas salta de trs
para 21. Essa vantagem aumenta em proporo ao quadrado do nmero de rotas ou spokes
operados a partir do hub. Ento, se um hub possuir n spokes, o nmero de linhas diretas
igual a n, ao qual podero ser adicionadas n (n-1) / 2 de conexes. Um progressivo impacto da
introduo de mais ligaes por meio de um hub pode ser visto na Tab. 2.2 abaixo.
22
-
Tabela 2.2 Impacto do Hub no N de Pares de Cidades Servidas
Aeroportos
Spokes
Mercados
Ligados Via
Hub
Ligaes
Terminando no
Hub
Pares de
Cidades
Servidas
n n(n-1)/2 + n = n(n+1)/2
2 1 + 2 = 3
6 15 + 6 = 21
10 45 + 10 = 55
50 1.225 + 50 = 1.275
Canalizando as ligaes que seriam um amplo nmero de fluxos entre pares de cidades
separadas e esparsas para um servio convergente via hub, a densidade do trfego em um
spoke particular poderia estabelecer operaes com um maior nmero de freqncias. Em
outras palavras, o trfego adicional gerado pelas conexes poderia permitir empresa area
operar um maior nmero de vos.
Assim, as freqncias de servios possveis conectada via hub unindo dois spokes distantes,
que possussem um trfego rarefeito entre eles, podero aumentar significativamente as
ligaes areas entre as duas cidades. Apesar da maior durao dos tempos de vos, tais
localidades teriam maiores opes em termos de freqncias e conseqentemente de horrios
de partidas.
Para avaliar a coordenao entre a programao de vos de chegadas e de partidas das
principais companhias areas europias em seus aeroportos hubs, o Grupo de Estudos de
Transporte, da Universidade de Westminster, no Reino Unido, criou uma medida denominada
de taxa de conectividade, que mede a concentrao de vos operada no hub.
A taxa de conectividade prov uma estimativa da extenso pela qual a programao de
horrios configurada com o propsito de oferecer conexes em vez de ser apenas o resultado
de ligaes ao acaso entre os vos. Inicialmente, calcula-se o nmero total de conexes
oferecidas pela companhia area hub, em um intervalo de 90 min em determinado dia. Este
valor ento comparado com o nmero que poderia resultar se os horrios de chegadas e
partidas fossem aleatrios ao longo de 15 horas do dia, de 07:00h s 22:00h na maioria dos
23
-
aeroportos. Assim, a taxa de conectividade o nmero resultante das conexes realizadas
dividido pelo nmero das conexes possveis naquele aeroporto pela companhia area hub.
Com o valor igual a 1, a taxa de conectividade equivale a um padro de movimento aleatrio
ou uniforme ao longo do dia, sem criar mais conexes do que seria esperado por casualidade.
A taxa de 1,8 implica que 80% mais ligaes, durante uma determinada hora da programao
de horrios, acima de um perodo de tempo de 90 minutos, estariam disponveis do que seria
esperado eventualmente. Em outras palavras, uma taxa de 2,0 indica que houve duas vezes
mais conexes realizadas do que ocorreria em bases normais do trfego de transferncia.
2.18 REDE OU MALHA AREA
Rede ou malha area consiste no conjunto de linhas do trfego regular operadas por uma
empresa transportadora para atender s necessidades de movimentao de bens e pessoas, de
acordo com a demanda do mercado. A rede de ligaes constitui-se no principal produto
oferecido pelas companhias areas aos seus usurios.
Programar vos um processo complexo, envolvendo a previso de decolagens de aeronaves
para cidades e em horrios (oferta) que os consumidores desejam voar (demanda), com
objetivo de convencer os passageiros a trocarem seus recursos econmicos (renda) pelos
benefcios oferecidos (servio) (Dempsey, 1997).
A escolha dos destinos para onde as aeronaves poderiam voar, e a que horas do dia, exige um
pensamento em vrias dimenses, guardando uma analogia onde as peas movem-se
continuamente. As rotas devem analisar o padro do trfego de passageiros, tendncias
econmicas, programas de manuteno, necessidade de abastecimento de combustvel,
horrios de vos, intervalos de carregamento e descarregamento, regras de rudo aeronutico,
disponibilidade de slots, proibio de operaes noturnas (curfew), custos de pessoal, preo de
combustvel e nveis de tarifas, entre uma dzia de outros fatores, em cada mercado operado
pela empresa.
A partir dessas variveis, o programador elabora o planejamento dos vos que serve de base
para a companhia estabelecer a necessidade de recursos financeiros, quantificao de pessoal,
estratgia de vendas e planos de contingncia para condies meteorolgicas adversas, falhas
24
-
mecnicas, bem como outros obstculos que podem aparecer nos servios areos. A
combinao desses fatores cresce aritmeticamente em funo do nmero de aeronaves em
operao e geometricamente em relao quantidade de tipos de avies que compem uma
frota (Dempsey, 1997).
O objetivo maior do planejamento de vos servir s cidades por intermdio de um sistema
de rotas de modo a atender demanda dos viajantes e obter um adequado retorno de lucro
para a empresa area.
Do ponto de vista do consumidor o fator mais importante na escolha do servio areo de uma
empresa est ligado programao de linhas compreendendo a disponibilidade e as
frequncias dos vos, o horrio de chegadas e partidas e as rotas operadas. Segmentos
diferentes do mercado tero exigncias diversas em relao oferta dos servios. As ligaes
de curta distncia por motivo de negcio, em geral, requerem no mnimo uma decolagem pela
manh e um vo no final do dia, em cada direo, durante os dias teis da semana, de modo a
permitir a realizao de uma viagem a negcios completa no mesmo dia. Enquanto os vos
nos finais de semana so fundamentais para atender o desejo de passageiros que viajam por
motivo de lazer. Ento as frequncias e horrios de chegada e partida devem ser estabelecidos
de acordo com o tipo de mercado.
Outra varivel a ser considerada, na programao de linhas, liga-se distncia do percurso e
ao nvel de competio. Por exemplo, oferecer um vo dirio em um mercado onde as
transportadoras concorrentes j possuam 10 vos por dia, certamente no ser obtido quase
nenhum impacto. As linhas de longa distncia, com muitas horas de vo, so naturalmente
realizadas durante a noite, quando os passageiros dormem. Assim, uma empresa area ter
que combinar esses fatores de modo a oferecer um produto que supra as necessidades dos seus
passageiros potenciais.
A programao da estrutura da malha de rotas um processo complexo que envolve no
somente s exigncias de segmentos do mercado, mas tambm podem ser alteradas em funo
das reas geogrficas a serem atendidas e dos preos das tarifas praticados. A combinao
desses variveis em determinado mercado ser de importncia fundamental para corresponder
com sucesso s expectativas dos consumidores.
25
-
Ao contrrio do mito popular, as transportadoras no cancelam vos porque esto com os
respectivos ndices de aproveitamento muito baixos. A natureza dos servios areos pressupe
uma programao pr-determinada ao longo de cada dia percorrendo o trajeto de cada rota da
companhia. O cancelamento de um vo em um aeroporto significa que aquela aeronave no
chegar em algum lugar mais tarde no mesmo dia, sendo portanto necessrio cancelar outro
vo.
A importncia da malha area, juntamente com a tarifa, na composio do produto a ser
oferecido por uma operadora enfatizada pelo fato de que o consumidor pode estabelecer
comparaes objetivas e precisas entre as alternativas disponveis no mercado, tanto em
relao aos vos, quanto na escolha da empresa area. Assim, possvel confrontar um
horrio de decolagem com outro, os tempos de durao da viagem, se os vos so diretos ou
com escalas, bem como os valores das tarifas.
No perodo anterior a desregulao, a elaborao da rede de linhas enfocava principalmente
os nveis de demanda de passageiros, o motivo da viagem e a capacidade instalada dos
aeroportos. A malha area era composta das chamadas linhas tronco, de alta densidade,
servindo aos grandes centros econmicos do territrio, normalmente operadas por vos
diretos sem escalas. As demais ligaes atendiam outras regies secundrias, carreando
trfego para os pontos principais, que eram denominadas de linhas alimentadoras. Na
configurao da rede havia predominncia das linhas ponto a ponto, caracterizadas por uma
programao de rotas de origem e destino atravs de diversas localidades com idntico
percurso de retorno (Dempsey, 1997).
2.19 REDES LINEAR
Nesse item so mostrados os diversos aspectos que envolvem a estrutura de malhas areas,
reunindo os conceitos correspondentes encontrados na bibliografia pesquisada e observados
nas operaes de empresas areas. Basicamente, foi possvel identificar dois tipos de redes: a
linear e a hub and spoke.
A rede linear caracterizada pelo transporte do trfego de origem e destino, em rotas diretas
sem escalas, bem como as denominadas de ponto-a-ponto, que se constituem de uma
seqncia de ligaes diretas (mltiplas escalas). Esses tipos de rede constituem-se num
26
-
mtodo tradicional de programao de linhas, na qual a aeronave, aps chegar ao destino
final, retorna pela mesma rota at o ponto inicial de origem.
Figura 2.6 Esquema de Rede Linear
2.20 VANTAGENS DO SISTEMA HUB
As vantagens obtidas pelas companhias areas que se utilizam do conceito hub em suas
malhas inmeras em relao s congneres que operam predominantemente no sistema ponto
a ponto. A empresa area dispondo de hub ganha maior poder de barganha em relao
concorrncia, pois nele dispe de facilidades e servios em um nico terminal.
Segundo definio da FAA, conexo o passageiro que desembarca e embarca, no mesmo
aeroporto, em uma aeronave diferente daquela que ele embarcou no primeiro trecho da
viagem. Entretanto, esta definio no precisa, pois o passageiro pode desembarcar e
embarcar para o seu destino final na mesma aeronave basta que o nmero do vo seja
diferente. A definio mais correta seria: o passageiro que desembarca e embarca, no mesmo
aeroporto, cujo do destino seja diferente da sua origem e diferentes nmeros de vos,
independendo se a aeronave a mesma ou no, pois a mesma pode oferecer preos mais
baixos e, ainda, suprir os assentos disponveis para os usurios de programa de milhagem.
Se houver concorrncia no hub, os preos para os passageiros locais sero reduzidos.
Caso contrrio, o preo ser aumentado, garantindo assim uma maior lucratividade. Esse
poder de barganha da companhia area que ir desencorajar a entrada da concorrncia no
aeroporto operado pela companhia operadora do sistema hub and spoke.
27
-
Alm do alto poder de barganha diante da concorrncia, o hub proporciona outras vantagens
como: maior nmero de ligaes diretas; facilidade de transferncia de vos; curto tempo de
conexo para vos de pequenas distncias; maximizar as rotas para a economia local.
2.21 DESVANTAGENS DO SISTEMA HUB
Apesar de ser economicamente vivel tanto para companhias areas quanto passageiros, o
sistema hub and spoke apresenta algumas desvantagens para as ambas as partes. No lado da
companhia area, as desvantagens ocorrem nos seguintes aspectos: Os atrasos em cadeia,
congestionamentos da infra-estrutura aeroporturia, custo adicionais com handling e de
combustvel, grandes hubs, como exemplo, Chicago; Atlanta, Londres; Los Angeles, Frank e
trfego areo.
O movimento simultneo de vrias aeronaves gera uma sobrecarga na infra-estrutura do
aeroporto, na movimentao de passageiros, carga, bagagem e no servio s aeronaves.
Qualquer atraso em uma das vagas ou ondas poder acarretar a perda da conexo no sistema
hub and spoke e/ou em outros aeroportos spoke.
Em relao aos passageiros, as desvantagens, ocorrem na durao da viagem e no desconforto
que ela gera. Ao optar por prazo a mais demorada do que a viagem ponto a ponto porque
haver uma espera no aeroporto hub at uma hora atrasado
Alm da demora em chegar ao seu destino final e o risco de perder a conexo, a viagem
atravs do sistema hub and spoke gera o desconforto de ter assentos diferentes em conexo.
2.22 RESPONSABILIDADE CIVIL NO SISTEMA HUB AND SPOKE
Basicamente sujeito a dois casos:
a) Perda de conexo
b) Extravio de bagagens.
No que tange a responsabilidade civil, o sistema hub and spoke est:
28
-
A perda de conexo e/ou extravio de bagagem esto associados ao atraso no vo com destino
ao hub e o curto MCT.
Focus city o aeroporto que no considerado um hub, mas possui vrios destinos diferentes
dos que h no hub. Geralmente, nos aeroportos focus city h apenas um vo dirio ou at
mesmo semanal para determinado destino. Exemplos de companhias areas que utilizam o
sistema focus city: Dulles (IAD) Jet Blue e Hamburgo (HAM) Lufthansa.
Na matria realizada pelo jornal on line The Financial Express, no dia 08/12/05, constatou o
aumento adicional dos custos dos combustveis nas contas das companhias areas pela
demora, em mdia de 25 minutos, nas autorizaes das decolagens ou aterrissagens.
Em relao s condies meteorolgicas, o sistema sofrer um efeito domin durante todo o
dia ou, mesmo aps a normalizao dos pousos e decolagens. A demora na normalizao dos
horrios do operador do hub proporcional ao somatrio do nmero de vos que foram
alternados para outros destinos; cancelados; e atrasados pelo fechamento ou restrio de
pousos e decolagens, ou seja, quanto mais vos alternados; cancelados e atrasados, maior ser
a demora em normalizar todo o sistema. Neste caso, h excludente e a companhia area no
poder ser responsabilizada.
29
-
2.23 PRINCIPAIS HUBS PELO MUNDO
Tabela 2.3 Principais Hubs pelo Mundo
30
-
2.24 GRANDES AEROPORTOS CIVIS PARA OPERAR COMO HUB
2.24.1 Terminais de Passageiros
Figura 2.7 Aeroporto Internacional de Frankfurt, Alemanha
Aeroportos que atuam como hub geralmente so dotados de centro aeroporturio de grande
porte e so bem equipados para o atendimento de aeronaves de grande porte, bem como para
o grande trfego de passageiros pelo saguo do aeroporto. Existem reas destinadas ao check-
in, terminais separados para embarque (onde o passageiro espera o seu vo) e desembarque
(esteiras de restituio de bagagem, por exemplo), comerciais (lojas, bancos, casas de cmbio,
etc), e estacionamento de carros. Possuem mquinas de raios-X, para a deteco de materiais
perigosos na bagagem de passageiros.
Aeroportos internacionais (destinados ao atendimento de vos procedentes ou com destino a
outros pases) possuem tambm uma alfndega, onde passageiros que saem ou entram do pas
so controlados pelos servios aduaneiros. Grandes hubs areos oferecem ao passageiro uma
grande variedade de servios, como salas VIP, centro comercial de grande porte, playgrounds,
lugar de culto religioso, museu, restaurantes, lanchonetes, etc.
Grandes terminais aeroporturios objetivando operar como hub, precisam ser planejados e
construdos de forma a poder cobrir o maior nmero de passageiros possvel, na mesma
medida em que os espaos destinados ao estacionamento das aeronaves so maximizados.
31
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Frankfurt-SkyLine-737.jpghttp://pt.wikipedia.org/wiki/Check-inhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Check-inhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rciohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Raios-Xhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Alf%C3%A2ndegahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aduanahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hub_%28avia%C3%A7%C3%A3o_comercial%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Playground
-
2.24.2 Logstica de Transporte de Superfcie nos Ptios do Hub
Quando os terminais de passageiros esto afastados uns dos outros e/ou distantes do terminal
principal, linhas de nibus, trens especiais e esteiras rolantes conectam um terminal ao outro,
de modo a facilitar o movimento de passageiros e funcionrios entre todos os terminais,
principalmente aqueles que tero embarque de passageiros em conexo e iro operar como
hub. Na figura 2.9 tambm apresenta a circulao de vrios veculos que devero estar
totalmente controlados.
Figura 2.8 Avio da EasyJet no Aeroporto Internacional de Amsterd, Holanda
Observe os vrios veculos presentes em torno da aeronave. Os avies no so os nicos
meios de transporte presente numa rea aeroporturia: uma variedade de veculos diferentes
atua dentro do aeroporto, com uma gama variada de servios, como o transporte de
passageiros, transporte de carga, bagagem, comida e limpeza das aeronaves, guia de r em
aeronaves e escadas mveis.
Veculos aeroporturios deslocam-se no aeroporto atravs de faixas a eles destinadas. Outras
faixas existem, dedicadas orientao das aeronaves, no ptio de estacionamento e nas
taxiways.
32
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Easyjet_B737.jpghttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Easyjet_B737.jpghttp://pt.wikipedia.org/wiki/Taxiway
-
2.24.3 Carga e Correio Areo
Os aeroportos possuem geralmente uma rea designada especialmente para o manejamento de
carga, com hangares destinados ao estoque da carga a ser transportada e equipamentos
necessrios para o seu manejamento, bem como pessoal especializado. Em especial as
aeronaves geralmente transportam grande quantidade de cargas em seus pores, sendo assim o
aeroporto hub apresenta mais esta caracterstica que poder ser explorada pelas empresas
areas e seus clientes.
2.25 POLUIO DOS AEROPORTOS
Poluio atmosfrica, criada pelos motores de veculos e aeronaves. O maior problema
neste caso mesmo a poluio atmosfrica gerada pelo trfego de veculos que vm e
vo do aeroporto.
Poluio sonora, criada pelo barulho do trfego de veculos e pelas aeronaves,
principalmente em operaes de pouso e decolagem. Isto problemtico
principalmente em grandes aeroportos internacionais, onde as horas da noite so as
mais movimentadas quanto ao nmero de operaes de pouso e decolagem.
Tais problemas podem causar danos sade dos habitantes que moram na sua proximidade,
como problemas de sono ou respiratrios. A construo de um novo aeroporto no ,
geralmente, bem recebida pelos habitantes que moram perto da rea escolhida (at tanto pela
possibilidade da necessidade de deslocamento de vrios desses habitantes para outros lugares
da cidade).
2.26 AEROPORTOS HUB E SUAS ESTATSTICAS
O maior aeroporto em movimento de passageiros o Aeroporto Internacional
Hartsfield, em Atlanta, nos Estados Unidos da Amrica com movimento de 88,4
milhes de passageiros por ano, seguido por perto pelo Aeroporto Internacional
O'Hare, em Chicago, Illinois, tambm nos Estados Unidos, que movimentou 77
milhes de passageiros em 2004.
33
http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o_atmosf%C3%A9ricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o_sonorahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAdehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Atlantahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos_da_Am%C3%A9ricahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_Internacional_O%27Harehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_Internacional_O%27Harehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Chicagohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Illinoishttp://pt.wikipedia.org/wiki/2004
-
O maior aeroporto de trfego internacional do mundo o Aeroporto Internacional
Heathrow, em Londres, Inglaterra, com uma mdia de 460 mil pousos e decolagens
por ano. 80% do seu movimento anual de 67 milhes de passageiros atravs de vos
internacionais.
O maior aeroporto de trfego local do mundo o Aeroporto Internacional de Los
Angeles. Cerca de 60% do seu movimento anual de 60 milhes de passageiros possui
como destino ou ponto de partida a regio metropolitana de Los Angeles.
O aeroporto de carga area mais movimentado do mundo o Aeroporto Internacional
de Memphis, Tennessee, nos Estados Unidos. Ali, est localizado o centro operacional
da FedEx.
Aeroporto de maior altitude e pista mais longa: Bangda, no Tibete, situado a 4 334
metros de altitude, cuja pista principal possui 5.500 metros.
A maior pista de pouso do mundo est localizada na base area de Edwards,
California, coordenadas 3449'27.92"N 11751'37.11"W. de terra e tem
aproximadamente 12.000.
34
http://pt.wikipedia.org/wiki/Londreshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterrahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Los_Angeleshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Los_Angeleshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Memphishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tennesseehttp://pt.wikipedia.org/wiki/FedExhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bangdahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tibetehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Altitude
-
3 AEROPORTO HUB AND SPOKE NO BRASIL
3.1 INTRODUO
No Brasil, o processo de flexibilizao da regulamentao comea no incio dos anos 1990. A
poltica de competio controlada, que se caracteriza por uma forte interveno estatal no
controle de rotas e tarifas, vigente desde os anos 1960 gradativamente abandonada. Ao
longo dos anos 1990 assistimos abertura do mercado e ao abandono do controle tarifrio.
Como conseqncia observamos um intenso movimento de entrada e sada de companhias
areas resultando na concentrao do setor. No perodo estudado ocorreu uma grande
elevao das atividades do setor concomitante a reduo do emprego, dos salrios e do tempo
de servio, indicando uma maior instabilidade no mercado de trabalho da aviao comercial
brasileira. Observamos ainda uma significativa reduo de custos com pessoal por parte das
companhias areas.
A desregulao do sistema de aviao civil brasileiro, proporcionou condies de
flexibilizao, que hoje em dia encontram-se semelhantes americana. O forte aumento do
trfego criou condies para o surgimento do sistema hub na sua forma plena em alguns
aeroportos principais.
3.2 AEROPORTOS OPERANDO COMO HUB AND SPOKE NO BRASIL
3.2.1 O Aeroporto Internacional de Braslia
o aeroporto que serve a capital do Brasil, Braslia. Seu nome em homenagem ao ex-
presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek. o terceiro mais movimentado do pas, aps
Congonhas e Cumbica, somente aps o desenvolvimento do hub fomentou o trfego. O
aeroporto possui duas pistas, com o movimento de passageiros em 2007 de 11.119.872.
3.2.1.1 - Empresas Areas que Operam no Aeroporto e Destinos a Partir de Braslia
TAP Portugal (Lisboa e Porto);
GOL Transportes Areos (Aracaj, Belm, Belo Horizonte, Boa Vista,
Campinas, Cuiab, Curitiba, Fortaleza, Foz do Iguau, Goinia, Imperatriz,
35
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%ADliahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Juscelino_Kubitschekhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_Internacional_de_Congonhashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_Internacional_de_S%C3%A3o_Paulo_-_Governador_Andr%C3%A9_Franco_Montorohttp://pt.wikipedia.org/wiki/TAP_Portugalhttp://pt.wikipedia.org/wiki/GOL_Transportes_A%C3%A9reos
-
Macap, Manaus, Marab, Natal, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife,
Rio Branco, Rio de Janeiro, Rosrio (ARG), Salvador, So Lus, So Paulo,
Teresina, Vitria);
TAM (Aracaj, Belm, Belo Horizonte, Boa Vista, Buenos Aires, Campinas,
Campo Grande, Corumb, Cricima, Cuiab, Curitiba, Florianpolis,
Fortaleza, Foz do Iguau, Goinia, Imperatriz, Ji-Paran, Joo Pessoa, Macap,
Macei, Manaus, Marab, Natal, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife,
Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, So Jos do Rio Preto, So Lus, So
Paulo, Teresina, Vitria);
Varig (Buenos Aires, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro - Galeo e
So Paulo - Congonhas) OceanAir (Belo Horizonte, Campo Grande, Chapec,
Goinia, Florianpolis, Ilhus, Macei, Petrolina, Porto Alegre, Recife, Rio de
Janeiro, Salvador, So Luiz, So Paulo (Congonhas), So Paulo (Guarulhos),
Teresina, Belo Horizonte (Confins), Belo Horizonte (Pampulha), Montes
Claros, Ipatinga);
Total Linhas Areas (Altamira, Araguana, Belm, Belo Horizonte
(Pampulha), Carajs, Manaus, Parintins, Santarm, Trombetas, Tucuru,
Uberaba, Uberlndia);
Abaet (Barreiras, Salvador, Guanambi, Bom Jesus da Lapa);
SETE (Confresa, Goinia, Gurupi, Minau, So Flix do Araguaia);
TRIP (Campo Grande, Cascavel, Curitiba, Goinia, Londrina, Maring, Belo
Horizonte (Pampulha), Governador Valadares).
3.2.2 O Aeroporto Internacional de So Paulo (Guarulhos)
o principal e o segundo mais movimentado aeroporto do Brasil, localizado na cidade de
Guarulhos, no bairro de Cumbica, distante 25 quilmetros do centro de So Paulo, principal
metrpole que o aeroporto serve. Movimento de passageiros em 2007, 18.795.596.
Sendo um hub na Amrica do Sul, Guarulhos o aeroporto com maior movimento
internacional do Brasil e o segundo em trfego total de passageiros, somente ficando atrs do
Aeroporto de Congonhas. No transporte de carga, o maior da Amrica Latina e ocupa a 37
posio entre os mais movimentados do mundo.
36
http://pt.wikipedia.org/wiki/TAM_Linhas_A%C3%A9reashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Varighttp://pt.wikipedia.org/wiki/OceanAirhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Total_Linhas_A%C3%A9reashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Abaet%C3%A9http://pt.wikipedia.org/wiki/SETEhttp://pt.wikipedia.org/wiki/TRIPhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroportohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Brasilhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Guarulhoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cumbicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_%28cidade%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Hub_%28avia%C3%A7%C3%A3o_comercial%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sulhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_de_Congonhashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_Latina
-
Com uma rea de 14 km, dos quais 5 km rea urbanizada, o complexo aeroporturio conta
com um sistema de acesso virio prprio. A Rodovia Helio Smidt se estende por parte do
permetro do aeroporto, tendo ligao com as rodovias Presidente Dutra e Ayrton Senna.
Toda estrutura para passageiros dividida em dois terminais (TPS1 e TPS2) com 260 balces
de check-in, onde as atividades operacionais funcionam 24 horas por dia. Operam 37
companhias areas nacionais e internacionais, voando para 23 pases em mais de 100 cidades
do Brasil e do mundo.
A Emirates a mais nova empresa a iniciar atividades no aeroporto, em 1 de outubro de 2007,
com freqncias para Dubai. A Qatar Airways do Catar adiou a estria de sua rota para So
Paulo do primeiro semestre de 2007, para o primeiro semestre de 2008.
No Plano Diretor do aeroporto est prevista a construo de mais dois terminais de
passageiros (TPS 3, TPS 4) e uma terceira pista adicional s duas j existes, atingindo a
capacidade mxima de expanso para processamento de vos, passageiros e carga.
Em 28 de novembro de 2001 uma lei federal alterou a denominao do aeroporto em
homenagem ao ex-governador do estado de So Paulo, Andr Franco Montoro, falecido em
1999, o qual, como governador prejudicou muito o aeroporto. No entanto, o nome oficial no
habitualmente usado pela populao, que resiste e prefere se referir a ele como Aeroporto de
Guarulhos ou simplesmente Cumbica.
3.2.2.1 Empresas Areas que Operam no Aeroporto e Destinos a Partir de Guarulhos
Air Minas (Bauru-Arealva, Belo Horizonte-Pampulha, Divinpolis, Varginha)
Air China (Pequim, Madri)
Air France (Paris-Charles de Gaulle)
Aerolneas Argentinas (Buenos Aires-Ezeiza, Miami)
Austral Lneas Areas (Buenos Aires-Aeroparque)
Aeromxico (Cidade do Mxico)
Aelitalia (Milo-Malpensa)
37
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro_quadradohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia_Helio_Smidthttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia_Presidente_Dutrahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia_Ayrton_Sennahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Terminal_de_aeroportohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Check-inhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_a%C3%A9reahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Emirateshttp://pt.wikipedia.org/wiki/1_de_outubrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/2007http://pt.wikipedia.org/wiki/Dubaihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Qatar_Airwayshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Catarhttp://pt.wikipedia.org/wiki/2008http://pt.wikipedia.org/wiki/Planejamento_urbano#Plano_diretorhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pista_de_pouso_e_decolagemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/28_de_novembrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/2001http://pt.wikipedia.org/wiki/Andr%C3%A9_Franco_Montorohttp://pt.wikipedia.org/wiki/1999
-
Avianca (Bogot)
Oceanair (Aracaju, Braslia, Campina Grande, Caruaru, Cascavel, Cidade do Mxico,
Curitiba, Florianpolis, Fortaleza, Ilhus, Juazeiro do Norte, Luanda, Macei, Montes
Claros, Natal, Paulo Afonso, Petrolina, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro-Galeo,
Salvador, Vitoria da Conquista)
British Airways (Buenos Aires-Ezeiza, Londres-Heathrow, Rio de Janeiro-Galeo)
Delta Air Lines (Atlanta, Nova Iorque-JFK)
Ibria (Madri)
Japan Airlines (Nova Iorque-JFK, Tquio-Narita)
KLM (Amsterd)
United Airlines (Chicago-O'Hare, Rio de Janeiro-Galeo, Washington-Dulles)
GOL (Aracaju, Assuno, Belm, Belo Horizonte-Confins, Belm, Boa Vista,
Braslia, Buenos Aires-Ezeiza, Campina Grande, Campo Grande, Chapec, Cuiab,
Curitiba, Crdoba, Florianpolis, Fortaleza, Foz do Iguau, Goinia, Ilhus,
Imperatriz, Joo Pessoa, Juazeiro do Norte, Lima, Londrina, Macap, Macei,
Manaus, Maring, Montevido, Natal, Palmas, Petrolina, Porto Alegre, Porto Seguro,
Porto Velho, Rio de Janeiro-Galeo, Recife, Rio Branco, Rosrio, Salvador, Santa
Cruz de la Sierra, Santarm, Santiago, So Lus, Teresina, Vitria)
TAM (Aracaju, Belm, Belo Horizonte-Confins, Boa Vista, Braslia, Buenos Aires-
Ezeiza, Campinas, Caracas, Campo Grande, Caxias do Sul, Comandatuba, Corumb,
Cuiab, Curitiba, Florianpolis, Fortaleza, Foz do Iguau, Frankfurt, Goinia,
Imperatriz, Joo Pessoa, Joinville, Londres-Heathrow, Londrina, Macap, Madri
[Inicia em 21 de dezembro de 2007], Macei, Manaus, Marab, Maring, Miami,
Milo-Malpensa, Montevidu, Natal, Nova Iorque-JFK, Palmas, Paris-Charles de
Gaulle, Porto Alegre, Porto Seguro, Porto Velho, Recife, Rio de Janeiro-Galeo,
Salvador, Assuno, Buenos Aires-Ezeiza, Ciudad del Este, Cochabamba, Curitiba,
Montevidu, Santa Cruz de la Sierra, Santiago, So Luiz Teresina Vitria )
America Air (Alfenas, Belo Horizonte Pampulha, Juiz de Fora, Lins, Ourinhos, So
Jos dos Campos)
Pluna (Buenos Aires Aeroparque, Madri, Montevidu, Punta del Este)
Varig (Bogot, Buenos Aires, Caracas, Cidade do Mxico , Fernando de Noronha,
Fortaleza, Frankfurt-Main, Londres-Heathrow, Madri , Manaus, Montevidu, Paris-
38
http://pt.wikipedia.org/wiki/GOL_Transportes_A%C3%A9reoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/TAM_Linhas_A%C3%A9reashttp://pt.wikipedia.org/wiki/America_Airhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Plunahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Varig
-
Charles de Gau