universidade candido mendes pÓs …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que...

58
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O PAPEL DO PLANEJAMENTO NA GERÊNCIA DE PROJETOS Por: Vera Lucia Pereira de Moraes Orientador Prof. Nelsom Magalhães Niterói 2012

Upload: others

Post on 15-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O PAPEL DO PLANEJAMENTO NA GERÊNCIA DE PROJETOS

Por: Vera Lucia Pereira de Moraes

Orientador

Prof. Nelsom Magalhães

Niterói

2012

Page 2: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O PAPEL DO PLANEJAMENTO NA GERÊNCIA DE PROJETOS

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão de Projetos

Por: Vera Lucia Pereira de Moraes

Page 3: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por mais uma oportunidade de

concluir este curso. Aos professores que com

dedicação e competência contribuíram para a

realização deste curso. Aos colegas da turma. Ao

professor orientador Nelsom Magalhães. A colega

de trabalho Márcia do Carmo Miranda Machado que

me incentivou muito a realizar este curso.

Page 4: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus queridos e amados

sobrinhos, Bianca e Leonardo pela incentiva e

constante presença em minha vida.

Page 5: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

5

RESUMO

Este trabalho aborda análises de diversos autores que definem como

alcançar as metas do planejamento estratégico nos projetos em

desenvolvimentos nas organizações.

O estudo relata a evolução do gerenciamento de projetos até os dias

atuais com apresentação de conceitos essenciais nesses gerenciamentos e o

parecer de alguns profissionais da área. Descreve um breve histórico sobre o

seu surgimento, sua evolução e identifica diversos comentários de

especialistas sobre a importância e a evolução do gerenciamento de projeto

até a atualidade.

Page 6: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

6

METODOLOGIA

O presente trabalho possui o caráter de análise teórica, onde serão

usados como fonte de pesquisa bibliográfica, pertinente ao tema, utilizando

livros, internet, sites. Neste estudo tomou-se como base a metodologia de

gerenciamento de projetos da organização mundial denominada Project

Management Institute (PMI®), que apresenta conceitos e metodologias como

um sistema estruturado na aplicação de conhecimentos habilidades,

ferramentas e técnicas nos processos do projeto.

Na pesquisa de campo foram entrevistados gerentes em

gerenciamento de projetos com a certificação do PMP (Project Management

Professional) do PMI®, através de questionários/entrevista com a visão desses

profissionais sobre o tema em questão e a importância do planejamento em

suas organizações.

Page 7: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Origem e Evolução do Gerenciamento de Projetos 10

CAPÍTULO II - Conceituação e alinhamento 15

CAPÍTULO III – Processos de Planejamento 23

CONCLUSÃO 48

ANEXOS 49

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 53

ÍNDICE 56

FOLHA DE AVALIAÇÃO 58

Page 8: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

8

INTRODUÇÃO

O gerenciamento de projetos é um ramo da Ciência da Administração

que se trata do planejamento, execução e controle de projetos. Pode-se definir

como um conjunto de técnicas e práticas para administrar atividades não

rotineiras, com objetivos bem estabelecidos, tendo como o inicio, meio e fim.

O cenário globalizado atual, cada vez mais competitivo, exige que as

empresas se reorganizem estrategicamente, desenvolvendo novos projetos

que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser

flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

sustentabilidade.

O gerenciamento de projetos auxilia fortemente na implementação das

ações estratégicas de maneira estruturada e controlada nos níveis de negócio

e funcional. Deste modo, a execução da estratégia pode ser baseada no

(PMBOK®) como maneira de buscar melhores práticas e mais eficiência.

O planejamento é considerado a atividade de função principal dentro

dos grupos de processos de gerenciamento de projetos. O desenvolvimento

eficaz de um plano é fator crítico de sucesso para os projetos, buscando

melhores resultado pela excelência na eficácia, efetividade e eficiência.

Será abordada no estudo a importância do planejamento efetivo no

gerenciamento de projetos, como fator crítico para o sucesso dos projetos e

destacando a utilização do PMI® no contexto de gerenciamento de projetos e a

sua contribuição para essa disciplina.

No capítulo I serão abordados um pouco da história do gerenciamento

de projetos desde os primórdios da civilização da construção das Pirâmides do

Egito até os dias atuais com novas técnicas e ferramentas estratégicas para

crescimento e o dinamismo das mudanças em um mundo competitivo.

No capítulo II serão abordados alguns conceitos essenciais para o

desenvolvimento e entendimento deste estudo, criando alinhamento conceitual

para entendimentos.

Page 9: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

9

No capítulo III serão apresentados grupos de processos de

planejamento, organizados em 21 processos que compõem num projeto, com

seus devidos comentários e observações.

O estudo pretende mostrar a importância efetiva de um planejamento

no gerenciamento de projetos, como sendo um fator crítico para o sucesso dos

projetos nas organizações. Destacando assim a abordagem do PMI® no

contexto de gerenciamento de projetos e suas contribuições para aplicação e

técnicas desses processos.

Page 10: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

10

CAPÍTULO I

ORIGEM E EVOLUÇÃO DO GERENCIAMENTO DE

PROJETOS

1.1 Abordagem Conceitual

A gestão de projetos, Administração de projetos ou Gerência de

projetos é um desafio que exige habilidades técnicas para alcançar um

aglomerado de objetivos pré-concebidos. Os recursos e a prática podem ser

entendidos com mais clareza através de seus processos e componentes.

Como disciplina, a administração de projetos surgiu em alguns segmentos com

aplicações diferentes.

1.2 O que são “Projetos”

A palavra “Projetos” em si possui a seguinte origem conforme o

Dicionário Aurelio: Do latim, projectu, “lançado para diante”. “1. Idéia que se

forma de executar ou realizar algo, no futuro; plano, intento, desígnio; 2.

Empreendimento a ser realizado dentro de determinado esquema; 3. Redação

ou esboço preparatório ou provisório de um texto; 4. Esboço ou risco de obra a

se realizar; plano; 5. Plano geral de edificação.” O próprio autor exemplifica:

“Projeto de Lei; Projeto de resolução; Projeto gráfico; Projeto Paisagístico...”

(Eric Verzuh, MBA Compacto – Gestão de Projetos, 2000 p. 29) afirma que: “Todo projeto tem um começo e um fim. Todo projeto gera um produto singular. Os resultados dos projetos podem ser tangíveis ou intangíveis; e que se diferenciam das operações permanentes. Os projetos são todo trabalho que fazemos de uma vez” O autor esclarece com isso que: “as operações permanentes são o propósito primário de uma empresa ou departamento.”

(Microsoft Press, 1998 p. 4) define: “Um projeto é uma sequência bem

definida de eventos, com um inicio e um final identificáveis. O foco de um

projeto é obter uma meta identificada.”

Page 11: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

11

A partir desse ponto, pode-se construir uma definição abrangente sob

a visão de administração e gerenciamento. Ou seja:

(Projeto é uma atividade organizada, com um começo e fim, ser um

problema, gerar um produto ou serviço singular, do qual os resultados podem

ser tangíveis ou intangíveis)

1.3 Evolução do Gerenciamento de Projetos

Projetos vêm sendo realizados desde os primórdios da civilização. A

construção das Pirâmides do Egito, depois de 2780 a.C. (Vicentino, 1997), por

exemplo, foi um grande projeto. Projetos têm sido planejados e executados

pelas organizações para criar novos produtos/serviços e introduzir mudanças e

inovações em seus processos.

No entanto, para que um projeto seja realizado de forma eficaz, é

necessária a organização do trabalho demandado (Martins, 2003).

Voltando no tempo temos, na última metade do século XIX, um recente

aumento na complexidade dos novos negócios em escala mundial surgindo

assim os princípios da gerência de projetos.

A Revolução Industrial alterou profundamente a estrutura econômica

do mundo ocidental e teve como uma das suas principais consequências o

desenvolvimento do capitalismo industrial.

As relações de produção foram drasticamente modificadas e iniciou-se

assim, uma cadeia de transformações, que tornou cada vez mais exigente a

tarefa de gerir as novas organizações econômicas (Sisk, 1998).

Consequentemente, a partir daí surgiu uma grande necessidade de

sistematizar e orientar a forma de gerir estas organizações (Martins, 2003). Os

projetos, em grande escala do governo, era o ímpeto para tomar as decisões

importantes que se transformaram em decisões de gerenciamento (Sisk,

1998).

Nos EUA, a primeira grande organização a praticar tais conceitos foi a

Central Pacific Railroad1, que começou suas atividades no início da década de

1 Central Pacific Railroad na Web: cprr.org.

Page 12: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

12

1870, com a construção da estrada de ferro transcontinental. De repente, os

líderes do negócio se depararam com a perigosa tarefa de organizar as

atividades de milhares de trabalhadores, a manufatura e a montagem de

quantidades não previstas de matéria-prima (Sisk, 1998).

Frederick Taylor (1856 -1915), no início do século XX, iniciou seus

estudos de forma detalhada sobre trabalho. Ele aplicou raciocínio científico

para mostrar que o trabalho pode ser analisado e melhorado focando em suas

partes elementares. Ele aplicou sua teoria às atividades encontradas na

indústria de aço (por exemplo, carregar areia, levantar areia) (Sisk, 1998).

Antes de Taylor, a única maneira de melhorar a produtividade era

exigir dos trabalhadores mais horas de dedicação ao trabalho. Taylor ocupa

um lugar importante na história da gerência de projetos e de acordo com a

escritura em seu túmulo ele é "o pai do gerenciamento científico" (Sisk, 1998).

O sócio de Taylor, Henry Gantt (1861-1919), estudou detalhadamente

a ordem de operações no trabalho. Seus estudos de gerenciamento focaram

na construção de um navio durante a II Guerra Mundial. Gantt construiu

diagramas com barras de tarefas e marcos, que esboçam a sequência e a

duração de todas as tarefas em um processo (Sisk, 1998).

Os diagramas de Gantt provaram ser uma ferramenta analítica tão

poderosa para gerentes que se mantiveram virtualmente inalterados por quase

cem anos. Não foi realizada alteração até antes dos anos 90, onde linhas de

ligação foram adicionadas às barras de tarefa que descrevem dependências

mais precisas entre as tarefas.

Taylor e Gantt, e outros estudiosos ajudaram a desenvolver o processo

de gerência como uma função distinta de negócio que requer estudo e

disciplina (Sisk, 1998).

Nas décadas seguintes à II Guerra Mundial, as estratégias de

marketing, a psicologia industrial, e as relações humanas começaram a ser

partes integrantes do gerenciamento do negócio, da administração das

empresas. Desta forma, a complexidade dos projetos demandou novas

estruturas organizacionais. Complexos Diagramas de Rede, chamados de

Gráficos de PERT (Program Evaluation and Review Technique) e o método de

Page 13: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

13

Caminho Crítico (Critical Path Method - CPM) foram introduzidos, oferecendo

aos gerentes maior controle sobre os projetos. Rapidamente, essas técnicas

foram difundidas entre gerentes que procuravam novas estratégias e

ferramentas de gerenciamento, que permitissem o desenvolvimento de

projetos em um mundo competitivo e de mudanças rápidas (Sisk, 1998).

Em pouco tempo, essas técnicas espalharam-se para todos os tipos de

indústria. Logo, líderes de projeto procuraram novas estratégias e ferramentas

para gerenciar seu crescimento e o dinamismo das mudanças em um mundo

competitivo. As teorias gerais do sistema da ciência então começaram a serem

aplicadas às interações do negócio (Sisk, 1998).

Os negócios começaram a serem vistos como um organismo humano,

com esqueleto, sistema muscular, circulatório, nervoso e por aí em diante. Esta

visão de organismo humano implica que para um negócio sobreviver e

prosperar todas as suas partes funcionais precisa trabalhar junto visando

metas específicas, ou projetos (Sisk, 1998).

No início dos anos 60, o gerenciamento de projetos foi formalizado

como ciência (Prado, 2000). Os negócios e outras organizações começaram a

enxergar o benefício do trabalho organizado em torno dos projetos e a

entender a necessidade crítica para comunicar e integrar o trabalho através de

múltiplos departamentos e profissões (Sisk, 1998).

Em 1969, no auge dos projetos espaciais da NASA, um grupo de cinco

profissionais de gestão de projetos, da Philadelphia, Pensilvania, nos EUA, se

reuniu para discutir as melhores práticas e Jim Snyder fundou o Project

Management Institute - PMI® (EUA). O PMI® é a maior instituição internacional

dedicada à disseminação do conhecimento e ao aprimoramento das atividades

de gestão profissional de projetos atualmente (PMI® 2004, Sisk 1998).

Nas décadas seguintes, o gerenciamento de projetos, começou a

tomar sua forma moderna nas décadas seguintes. Enquanto vários modelos de

negócio desenvolveram-se neste período, todos eles compartilharam uma

estrutura de suporte comum: projetos são liderados por um gerente de

projetos, que põe pessoas juntas em um time e assegura a integração e

Page 14: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

14

comunicação de fluxos de trabalho através de diferentes departamentos (Sisk,

1998).

Hoje, o gerenciamento de projetos vem se fortalecendo cada vez mais.

As organizações sabem que precisam gerenciar projetos para obterem

sucesso. O PMI® estima que aproximadamente 25% do PIB mundial são

gastos em projetos e que cerca de 16,5 milhões de profissionais estão

envolvidos diretamente com gerência de projetos no mundo. Este volume de

projetos e as mudanças no cenário mundial, cada vez mais competitivo, geram

a necessidade de resultados mais rápidos, com qualidade maior e custo

menor. (Dinsmore e Cavalieri 2003).

Page 15: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

15

CAPÍTULO II

CONCEITO E ALINHAMENTO

A apresentação deste capítulo será abordada os conceitos e definições

relativas ao tema, com o objetivo de demonstrar um alinhamento técnico para

o desenvolvimento, conceitual e entendimento.

2.1 O que é Planejamento

Segundo o Dicionário Aurélio, planejamento é o ato ou efeito de

planejar (fazer o plano ou planta de traçar); Trabalho de preparação para

qualquer empreendimento, segundo roteiro e métodos determinados;

Elaboração por etapas, com bases técnicas, de planos e programas com

objetivo definidos.

Planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins,

entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas,

instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades

humanas.

O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações (PADILHA, 2001, p. 30).

O planejamento organiza e coordena ações a serem tomadas para a

realização de uma atividade visando solucionar problemas ou alcançar

objetivos. Para que se cheque aos objetivos torna-se necessário a elaboração

de um plano que é o sistematizador das ações, o resultado do planejamento,

por meio dele é possível registrar as ações que serão realizadas, cronograma,

lista de atividades e tarefas, estratégias, metodologias, propostas, programas,

recursos utilizados e avaliação. Essas ações devem ser identificadas de modo

a permitir que elas sejam executadas de forma adequada e considerando

Page 16: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

16

aspectos como o prazo, custos, qualidade, segurança, desempenho e outras

condicionantes. Um planejamento bem realizado oferece inúmeras vantagens

à equipe de projetos. Tais como:

a) Permite controle apropriado;

b) Produtos e serviços entregues conforme requisitos exigidos pelo cliente;

c) Melhor coordenação das interfaces do projeto;

d) Possibilita resolução antecipada de problemas e conflitos;

e) Propicia um grau mais elevado de assertividade nas tomadas de decisão.

2.2 Os Fatores Críticos de Sucesso

Pode-se chamar de bem-sucedido aquele projeto que foi desenvolvido

dentro das expectativas de tempo, custo e qualidade, além de o cliente ter

ficado satisfeito e o moral da equipe ter se mantido alto. Durante o ciclo de vida

de um projeto o gerente e seus assessores se envolvem com a confecção e

execução de planos, com o gerenciamento de pessoas e com o gerenciamento

da qualidade do produto e do serviço em desenvolvimento. Os principais

fatores que são de grande importância e que levam um projeto ao sucesso

compõem os itens abaixo com frequência:

• Gerência competente;

• Equipe competente;

• Planejamento e controle adequados;

• Inexistência ou neutralização antecipada de itens de alto risco;

• Atenção especial às ferramentas gerenciais mais estratégicas.

Uma linha de pesquisa na área de gestão dos projetos de desenvolvimento

de produto (PDP) é a identificação de fatores de sucesso, ou seja, a

discriminação de práticas (Best Practices) associadas ao desenvolvimento de

produto que, quando bem executadas, contribuem para reduzir as incertezas

Page 17: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

17

inerentes ao lançamento de novos produtos. Por essas práticas representarem

táticas ou métodos que provaram contribuir para o sucesso no

desenvolvimento de novos produtos, muitas empresas e acadêmicos vêm

conduzindo estudos para entender a relação causal entre ação e sucesso e

como adaptar tais práticas a setores e organizações específicas (KAHN, 2006,

et al.,).

2.3 O que é Projeto

Segundo o Dicionário Aurélio comenta que projeto vem do latin

projectu (lançado para diante), idéia que se forma de executar ou realizar algo,

no futuro; plano, intento, desígnio. Empreendimento a ser realizado dentro de

determinado esquema.

Projeto é um empreendimento único, com inicio e fim definidos, que utiliza

recursos limitados e é conduzido por pessoas, visando atingir metas e

objetivos pré-definidos estabelecidos dentro de parâmetros de prazo, custo e

qualidade (PMI® 2000).

O projeto pode ser definido por características distintas como

temporário único e progressivo. A característica de ser temporário é muito

importante, pois todo projeto tem um inicio e um fim definidos. O projeto

termina quando os objetivos para o qual foi criado são atingidos ou quando se

torna claro que os objetivos do projeto não serão ou não poderão mais ser

atingidos ou a necessidades do projeto não exista mais (PMI® 2000).

Ser único significa que todo produto ou serviço gerado por um projeto é

diferente de outros produtos e serviços. Os projetos envolvem a realização de

algo jamais realizado anteriormente e logo é único. Um projeto é progressivo

porque à medida que é mais bem compreendido, ele é progressivamente

elaborado, ou seja, maior é o detalhamento das características peculiares que

o distinguem como único (Dinsmore e Cavalieri 2003; PMI® 2000).

Segundo o PMI®, (Project Management Institute) o gerenciamento de

projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas

para projetar atividades que visem atingir os requisitos do projeto. Para facilitar

Page 18: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

18

o gerenciamento do projeto ele deve ser dividido em fases que constituem seu

ciclo de vida serve para definir o inicio e o fim do projeto (Dinsmore e Cavalieri

2003).

2.4 O Gerenciamento de Projeto

O gerente do projeto, ou equivalente, é o principal responsável pelo

projeto. Esta responsabilidade não deve ser repartida com nenhum outro

profissional e o gerente do projeto deve ter a competência, habilidade para

“tocar” projetos, experiência, treinamento e tempo disponível. Geralmente este

item é considerado o mais importante, tendo os restantes o mesmo nível de

importância, mas em um patamar inferior.

Uma equipe competente, experiente, treinada e com tempo disponível

dará ao gerente do projeto a segurança de que o produto / serviço será

desenvolvido dentro dos parâmetros da qualidade e ele não necessitará

dedicar muito do seu precioso tempo à gerência do produto e, sim, à gerência

do trabalho. Particularmente em grandes projetos, este aspecto é crucial, visto

existir aqui uma maior necessidade de o gerente consumir o seu tempo com

aspectos de gerência do trabalho (prazos, custos, compras, recebimento de

material e problemas relacionados com pessoal).

2.5 As Fases e o Ciclo de Vida do Projeto

O conjunto das fases de um projeto constitui o que chamamos Ciclo de

Vida do Projeto. A identificação do Ciclo de Vida de um projeto (fases e etapas,

se for o caso) é tarefa fundamental na sua formatação. O Ciclo de Vida auxilia

no acompanhamento do projeto (monitoramento e controle) e é muitas vezes

referência para a definição de uma série de ações gerenciais importantes

como movimentação financeira, entregas de resultados intermediários,

montagens de equipes, emissão de documentos, etc.

Identificar o Ciclo de Vida de um projeto não significa apenas separar

as fases ou etapas, mas também bem caracterizá-las. Ou seja, devem-se

Page 19: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

19

explicar objetivamente as características de cada fase destacando o que a

diferença das demais. Deve-se também, dentro de cada fase, definir os

eventos que limitam cada uma das etapas, quando for o caso de subdivisão.

É comum que o Ciclo de Vida do Projeto seja apresentado

esquematicamente em gráficos que tendem a demonstrar uma escala de

tempo. Essa forma de apresentação costuma facilitar o entendimento e a

memorização (importante quando o ciclo é uma referência fundamental do

gerenciamento de um projeto, o que é caso comum).

Em suma, a definição do ciclo de vida de um projeto pode guardar

relação tal com o gerenciamento do mesmo que deve ser feita de forma

extremamente criteriosa, analisando cada diferença entre as fases, suas

demandas e as soluções gerenciais que serão dadas a cada uma.

A definição equivocada de um ciclo de vida pode acabar criando

expectativas de mudanças que ocorrem de fato ou tornando mais complexas

algumas oportunidades de programar mudanças no desenvolvimento do

projeto comuns nas passagens de fase. Toda passagem de fase é por

natureza, um período de mudanças (pela própria definição de fase). Assim,

forçar a existência de uma fase no projeto pode dar a falsa impressão de um

processo de mudança e não encontrar as condições favoráveis para a

implantação de novos mecanismos gerenciais.

Algumas práticas de criação de etapas ou fases para controle gerencial

podem ser usadas desde que a equipe de gestão tenha a consciência e a

condição de separar as divisões meramente de controle daquelas que são de

fato metamorfoses no projeto.

Garantir esse entendimento do ciclo de vida e otimizar sua relação com

a gestão do projeto impõe a necessidade de distinguir etapas de fases

buscando tirar o melhor proveito de cada uma das duas passagens existentes

no desenvolvimento de praticamente todo projeto.

Page 20: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

20

2.6 Grupos de Processos do Gerenciamento de Projetos e Áreas

de Conhecimento segundo o PMI®

O gerenciamento de projetos consiste na aplicação de conhecimentos,

habilidades, ferramentas e técnicas adequadas às atividades do projeto, a fim

de atender aos seus requisitos. Os processos gerenciais definem como

gerenciar o projeto; as áreas do conhecimento são o conteúdo do projeto, ou o

que deve ser administrado. Este conjunto de conhecimento é utilizado para

orientar o gerenciamento de 44 processos em cinco grupos: iniciação;

planejamento; execução; monitoramento; encerramento. O guia do PMBOK®

(Guide to the Project Management Body Of Knowledge) identifica nove áreas

principais de concentração dos conhecimentos de um projeto.

A administração do conhecimento é uma área adicional, que emergiu

da prática das organizações. A administração do conhecimento trata do

planejamento e implementação de atividades para copilar, organizar e guardar

o conhecimento gerado pelos projetos, bem como para proteger o sigilo e a

propriedade intelectual contida nesses conhecimentos. (Maximiano, 2010,

p.33).

Aqui vamos abordar, detalhadamente, as nove áreas do conhecimento

que caracterizam os principais aspectos envolvidos em um projeto e no seu

gerenciamento.

• Integração - “O gerenciamento da integração do projeto inclui os

processos e as atividades necessárias para identificar, definir,

combinar, unificar e coordenar os vários processos e atividades dos

grupos de processos de gerenciamento.” (PMBOK®, 2008, 4ª Ed.).

Em suma, podemos dizer que à área de integração cabe a tarefa de

articular as partes interessadas para que objetivos do projeto sejam

atingidos.

• Escopo - Esse gerenciamento está relacionado principalmente com

a definição e controle do que está e do que não está incluso no

Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

21

projeto. Consiste em definir o que será feito e o que não será feito

no projeto, monitorar e controlar possíveis mudanças.

• Tempo – “O gerenciamento do tempo do projeto inclui os processos

necessários para gerenciar o término pontual do projeto.”

(PMBOK®, 2008, 4ª Ed.). Consiste de definição das atividades,

sequenciamento de atividades, estimativas de duração de

atividades, criação do cronograma e controle do cronograma.

• Custos – “O gerenciamento dos custos do projeto inclui os

processos envolvidos em estimativas, orçamentos e controle dos

custos, de modo que o projeto possa ser terminado dentro do

orçamento aprovado.” (PMBOK®, 2008, 4ª Ed).

• Qualidade – O gerenciamento é responsável por monitorar se os

resultados do projeto estão às necessidades que originam o projeto.

Na etapa do planejamento são estabelecidos padrões de qualidade,

que permitem aferir o desempenho do projeto no quesito qualidade.

• Recursos Humanos – Projetos sempre envolvem pessoas. É preciso

montar uma equipe, selecionar, organizar e definir papéis e

estabelecer prazos. Estes são assuntos que dizem respeito ao

gerenciamento de recursos humanos.

• Comunicação – “O gerenciamento das comunicações do projeto

inclui os processos necessários para assegurar que as informações

do projeto sejam geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas,

recuperadas e organizadas de maneira oportuna e apropriadas.”

(PMBOK®, 2008, 4ª Ed.). Comunicação é, sem dúvida, uma das

áreas mais importantes na gestão de projetos. Gerentes passam

boa parte do tempo recebendo informações dos interessados no

projeto e transferindo estas informações para a equipe executora.

Esse processo contínuo de comunicação garante que uma idéia seja

transformada em projeto e posteriormente executada na prática.

• Riscos – Trata da identificação, análise e reposta a riscos do

projeto. É composta pelo plano de gerência, identificação, análise

qualitativa, análise quantitativa, plano de respostas, e

Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

22

monitoramento e controle dos riscos. Segundo o (PMBOK®, 2008,

4ª Ed.) o gerenciamento de riscos visa reduzir a probabilidade e o

impacto de eventos negativos, aumentando a probabilidade de

eventos positivos.

• Aquisições – Descreve os processos que compram ou adquirem

produtos, serviços ou resultados, além dos processos de

gerenciamento de contratos. Consiste nos processos: Planejar

compras e aquisições, planejar contratações, solicitar respostas de

fornecedores, selecionar fornecedores, administração de contrato e

encerramento do contrato.

(Vargas, 2003) comenta que o PMBOK®, 2000 aborda as áreas do

gerenciamento de projetos, descrevendo a gerência em função dos seus

processos componentes. (Vargas, 2003) ainda conclui que, esses processos

têm um detalhamento específico e uma abrangência própria, podendo, no

entanto, se integrar com os demais, formando um todo único e organizado.

Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

23

CAPÍTULO III

PROCESSOS DE PLANEJAMENTO

A apresentação neste capítulo será mostrada os processos contidos no

grupo de processos de planejamento e suas particularidades e importância na

concepção do plano de projeto, independente de sua natureza ou área de

aplicação.

Com 21 dos 44 processos definidos no (PMBOK, 2008, 4ª Ed.) o grupo

de processos de planejamento é o responsável por definir e amadurecer o

escopo e o custo do projeto, agendar as atividades a serem realizadas no

decorrer do mesmo e desenvolver o plano de gerenciamento do projeto. Entre

esses grupos de processos o planejamento envolve o maior numero de

processos e que abrange todas as áreas de conhecimento.

Os processos que compreendem a esses grupos são:

● Desenvolver o plano de projeto;

● Planejamento do Escopo;

● Definição do Escopo;

● Criação da estrutura analítica do projeto (EAP);

● Definição das Atividades;

● Sequência das atividades;

● Estimativas de recursos das atividades;

● Estimativa de duração das atividades;

● Desenvolvimento do cronograma;

● Estimativa de custos;

● Orçamento;

● Planejamento da qualidade;

● Planejamento de recursos humanos;

● Planejamento de comunicação;

Page 24: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

24

● Planejamento do gerenciamento;

● Identificação dos riscos;

● Análise qualitativa de riscos;

● Análise quantitativa dos riscos;

● Planejamento de resposta a riscos;

● Planejar compras e aquisições;

● Planejar contratações.

3.1 Construções do Plano de Projeto

3.1.1. Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto

Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto é o processo de

documentação das ações necessárias para definir, preparar, integrar e

coordenar todos os planos auxiliares. O plano de gerenciamento do projeto

define como o mesmo é executado, monitorado e controlado e encerrado. O

conteúdo do plano de gerenciamento do projeto variará dependendo da área

de aplicação e complexidade do mesmo. O plano de gerenciamento é

desenvolvido através de uma série de processos integrados até o

encerramento do projeto. Esse processo resulta num plano de gerenciamento

do projeto que é progressivamente elaborado através de atualizações,

controladas e aprovadas pelo processo realizar o controle integrado de

mudanças.

O gerenciamento de projeto descreve os processos e as atividades

que integram os diversos elementos do gerenciamento de projetos, que são

identificados, definidos, combinados, unificados e coordenados dentro dos

grupos de processos do projeto. Consiste nos processos de gerenciamento:

Desenvolver o termo de abertura, a declaração do escopo do projeto, o plano

do projeto, orientar e gerenciar a execução, monitorar e controlar o trabalho até

a fase final do projeto.

3.1.2 Planejamento do escopo

Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

25

O planejamento do escopo é o processo de elaborar e documentar

progressivamente o trabalho do projeto (escopo do projeto) produzindo o

produto do projeto. O planejamento do escopo começa com as entradas

iniciais da descrição do produto, project charter, e a definição inicial das

restrições e premissas. Note que a descrição do produto incorpora requisitos

do produto que refletem as necessidades dos clientes e o desenho do produto

que suporta os seus requisitos. As saídas do planejamento do escopo são a

declaração do escopo e o plano de gerenciamento do escopo. As equipes do

projeto desenvolvem múltiplas declarações de escopo que deverão ser

apropriadas para o seu nível de decomposição do trabalho do projeto.

Gerenciamento do escopo: DINSMORE et al (2006) afirmam que o

escopo refere-se à definição das fronteiras entre determinadas tarefas, ou

seja, onde termina um trabalho e começa outro.

“O gerenciamento do escopo do projeto inclui os processos

necessários para garantir que o projeto inclua todo o trabalho necessário, e

somente ele, para terminar o projeto com sucesso. O gerenciamento do

escopo do projeto trata principalmente da definição e controle do que está e do

que não está incluído no projeto” (PMI, 2004).

3.1.3. Definição do escopo

De acordo com o Guia PMBOK de Gerenciamento de Projetos (2004,

p.109), durante o planejamento, o escopo do projeto é definido e descrito mais

especificamente porque se conhecem mais informações sobre o projeto.

A definição do escopo de um projeto é desenvolvida a partir das

principais entregas, premissas e restrições. As necessidades, desejos e

expectativas das partes interessadas são analisados e convertidos em

requisitos. As premissas e restrições são analisadas para garantir que estejam

completas, adicionando mais premissas e restrições conforme necessário.

A fase de definição do escopo é um processo do planejamento, em que

é necessário considerar que as idéias tendem a ser alinhadas, então muitas

Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

26

alterações ocorrerão, afinal esse é o momento de criação de um caminho que

permita atingir um objetivo.

O processo de definição do escopo de um projeto tem como objetivo

elaborar e documentar as estratégias para o desenvolvimento do trabalho

(escopo) que ira gerar o produto do projeto. Consiste em desenvolver uma

declaração escrita do escopo que será entregue ao cliente com o objetivo de

atingir o objetivo final do projeto. (XAVIER, 2008, p.88)

Para isso, é importante a elaboração de um escopo detalhado que fornecerá a

base para a definição do projeto, o que precisa ser realizado. O escopo irá

abordar e documentar as características e limites do projeto e seus produtos e

serviços. De acordo com o Guia PMBOK de Gerenciamento de Projetos, um

escopo deve incluir alguns aspectos principais, não se limitando a eles:

● objetivos do projeto – incluem critérios mensuráveis do sucesso,

podem possuir variedade de objetivos técnicos, de negócios, custos,

cronograma e qualidade;

● descrição do escopo do produto – descreve as características do

produto para cuja criação do projeto foi realizada. A descrição do escopo do

produto deve sempre fornecer detalhes suficientes para dar suporte ao

planejamento posterior do escopo do projeto;

● requisitos do projeto – descreve as condições que devem ser

atendidas de forma prioritária para satisfazer as necessidades das partes

interessadas;

● limites do projeto – identifica o que está incluído e declara de forma

explícita o que está excluído do projeto;

● entrega do projeto – os resultados do projeto;

● critérios de aceitação do produto – define os critérios e o processo

para aceitar os produtos terminados;

● restrições do projeto – lista e descrevem as restrições específicas do

projeto, como orçamentos predefinidos ou datas impostas (marcos do

cronograma);

Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

27

● premissas do projeto – lista e descrevem as premissas específicas

do projeto, frequentemente, as premissas são validadas e documentadas pelos

condutores do projeto como parte do processo de planejamento;

● organização inicial do projeto;

● riscos iniciais definidos – identifica os riscos conhecidos;

● marcos do cronograma – as partes envolvidas colocam marcos e

datas impostas para as entregas do projeto;

● limitação de fundos – descreve as limitações dos recursos financeiros

do projeto imposta em prazos específicos;

● estimativa aproximada de custos – indica o custo total do projeto e é

normalmente precedida de um modificador que fornece alguma indicação de

exatidão como, por exemplo, conceitual ou definitiva;

● requisitos de gerenciamento de configuração do projeto – descreve o

nível de gerenciamento e controle de mudanças a ser implementado no

projeto;

● especificações do projeto – identifica os documentos de

especificações com os quais o projeto deve estar de acordo;

● requisitos de aprovação – identifica os requisitos de aprovação que

podem ser aplicados ao projeto;

A complexidade para definição do escopo preliminar de um projeto

varia de caso para caso. Um projeto de pequeno porte não precisa

necessariamente elaborar todas as etapas citadas acima, por exemplo, para

definir o escopo definitivo de trabalho.

É importante ressaltar que a intenção da elaboração de um escopo

preliminar é justamente minimizar as alterações no escopo definitivo do

projeto, uma vez aprovado e definido deve evitar toda e qualquer alteração,

pois o impacto de uma alteração no escopo de um projeto pode, dependendo

da fase em que ocorra inviabilizar todo o projeto.

Cada projeto é um caso específico e deve ser analisado como tal, o

grau e nível de detalhamento do escopo do projeto são dependentes de cada

objetivo.

Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

28

3.1.4. Criar EAP

A Estrutura Analítica de Projeto (EAP) ou no inglês Work Breakdown

Structure (WBS), é uma ferramenta visual que permite a estruturação de um

projeto de forma simples e contém todo o trabalho necessário para conclusão

do projeto. Ela se parece com um “organograma empresarial”, mas seu

objetivo é identificar que partes compõem um projeto.

A EAP é uma decomposição hierárquica orientada à entrega do

trabalho a ser executado pela equipe do projeto, para atingir os objetivos do

projeto e criar as entregas necessárias. A EAP organiza e define o escopo total

do projeto. A EAP subdivide o trabalho do projeto em partes menores e mais

facilmente gerenciáveis, em que cada nível descendente da EAP representa

uma definição cada vez mais detalhada do trabalho do projeto. É possível

agendar, estimar custos, monitorar e controlar o trabalho planejado contido nos

componentes de nível mais baixo da EAP, denominados pacotes de trabalho.

De acordo com o (PMBOK, 2008, 4ª Ed) criar a Estrutura Analítica do Projeto é o processo de subdividir ou decompor hierarquicamente (subdivisão) as entregas e o trabalho do projeto em componentes menores e mais fáceis de serem gerenciais. E estes componentes menores chamaram de pacote de trabalho.

A EAP normalmente é concebida após o Termo de Abertura do projeto,

na fase de Planejamento. Pode se incluída na Declaração do Escopo. Suas

principais utilidades são:

● Delinear e elicitar o escopo do projeto;

● Facilitar a identificação das fases do projeto;

● Facilitar a identificação dos responsáveis;

● Orientar a identificação e descrição detalhada das entregas do

projeto;

● Identificar as atividades do projeto;

● Facilitar a estimativa de esforço, duração e custo;

● Facilitar a identificação de riscos;

Em resumo, com a EAP temos uma forma clara de organizar e

representar todo o trabalho contido na Declaração de Escopo quando

Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

29

aprovada, com os requisitos coletados das partes interessadas. Lembrando-se:

trabalho que não está contido na EAP não faz parte do escopo do projeto. Isto

significa dizer que a EAP deve cobrir 100% do escopo do projeto e capturar

todos os entregáveis necessários.

3.1.5. Definição da atividade

Segundo o Guia (PMBOK, 2006, 3ª Ed.) o processo definir as

Atividades “é o processo de identificação das ações específicas a serem

realizadas para produzir as entregas do projeto”.

A lista de atividades deve incluir todas as atividades que serão

realizadas no projeto. Deve ser organizada como uma extensão da EAP para

assegurar que está completa e que não inclui qualquer atividade que não seja

requerida como parte do escopo do projeto. Assim como na EAP, a lista de

atividades deve incluir descrições de cada atividade para garantir que os

membros da equipe do projeto entenderão como o trabalho será feito.

Entradas para a Definição das Atividades:

● Estrutura analítica do projeto – A EAP é a principal entrada para a

definição da atividade;

● Declaração do escopo - A justificativa e os objetivos do projeto

contidos na declaração do escopo devem ser considerados, explicitamente,

durante a definição das atividades;

● Informações históricas - As informações históricas (que atividades

foram realmente requeridas em projetos anteriores semelhantes) devem ser

consideradas na definição das atividades do projeto;

● Restrições - As restrições são fatores que limitarão as opções da

equipe de gerência do projeto; um exemplo disso é o desejo de usar o máximo

da duração de uma atividade;

● Premissas - Premissas ou suposições são fatores que, para os

propósitos do planejamento, são consideradas verdadeiras, reais, ou certas.

As premissas afetam todos os aspectos do planejamento do projeto e é parte

da elaboração progressiva do projeto. As equipes de projetos frequentemente

identificam, documentam e validam premissas como parte de seu processo de

Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

30

planejamento. Por exemplo, se a data na qual uma pessoa chave estará

disponível para o projeto é incerta, a equipe pode assumir uma data de início

específica. As premissas geralmente envolvem certo grau de risco;

● Avaliação especializada - Uma avaliação especializada é

frequentemente, requerida para avaliar as entradas desse processo. Tal

habilidade pode ser provida por um grupo ou indivíduo com conhecimento

especializado ou treinamento, e está disponível em várias fontes, por exemplo:

outras unidades dentro da organização, consultores, partes envolvidas,

incluindo clientes, associações profissionais e técnicas grupos industriais.

Técnicas e Ferramentas para a Definição das Atividades:

● Decomposição - Dentro do contexto do processo da Definição de

Atividade a decomposição envolve subdividir os pacotes de trabalho do projeto

em componentes menores e mais manejáveis para fornecer melhor controle do

gerenciamento. A principal diferença entre a decomposição e a do

Detalhamento do Escopo é que nesta as saídas são descritas como atividades

(ações) em vez de subprodutos (itens tangíveis). A estrutura analítica do

projeto (WBS) e a lista de atividades são normalmente desenvolvidas

sequencialmente, com a WBS começando as bases para o desenvolvimento

da lista de atividades final. Em algumas áreas de aplicação, a EAP e a lista de

atividades são desenvolvidas paralelamente;

● Modelos (Templates) - Uma lista de atividades, ou uma parte de uma

lista de atividades de projetos anteriores, é freqüentemente útil como modelo

ou referência para um novo projeto. As atividades no modelo também podem

conter uma lista dos perfis de recursos e suas respectivas horas de esforço,

identificação dos riscos, produtos esperados e outras informações.

Saídas da Definição das Atividades:

● Lista de atividades - A lista de atividades deve incluir todas as

atividades que serão realizadas no projeto. Deve ser organizada como uma

extensão da EAP para assegurar que esta está completa e que não inclui

qualquer atividade que não seja requerida como parte do escopo do projeto.

Assim como na EAP, a lista de atividades deve incluir descrições de cada

Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

31

atividade para garantir que os membros da equipe do projeto entenderão como

o trabalho será feito;

● Detalhamento do suporte - Os detalhes de suporte referentes à lista

de atividades devem ser documentados e organizados de forma a facilitar seu

uso por outros processos da gerência do projeto. Os detalhes de suporte

devem sempre incluir a documentação de todas as premissas e restrições

identificadas. A quantidade de detalhes adicionais varia de acordo com a área

de aplicação;

● Atualizações na EAP - Ao utilizar a EAP para identificá-la quais

atividades são necessárias, a equipe do projeto pode identificar a falta de

algum subproduto ou pode ainda determinar que a descrição dos subprodutos

precisa ser clareada ou corrigida. Qualquer uma destas atualizações deve ser

refletida na EAP e na respectiva documentação, como por exemplo, a

estimativa dos custos. Estas atualizações são muitas vezes chamadas de

refinamentos (refinements) e ocorrem mais frequentemente quando o projeto

envolve uma tecnologia nova ou em desenvolvimento.

3.1.6. Sequenciamento das atividades

O sequenciamento da atividade envolve identificar e documentar os

relacionamentos lógicos entre as atividades. As atividades devem ser

sequenciadas corretamente para suportar o desenvolvimento de um

cronograma realístico e alcançável. O sequenciamento pode ser feito com o

auxílio de um computador (por exemplo, utilizando softwares de gerência de

projeto) ou com técnicas manuais. As técnicas manuais são, geralmente, mais

efetivas em projetos menores e em fases iniciais de projetos maiores quando

poucos detalhes estão disponíveis. As técnicas manuais e automatizadas

podem, também, ser utilizadas em conjunto.

3.1.7. Estimativa de recursos da atividade

Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

32

A estimativa de recursos da atividade do cronograma envolve

determinar os recursos (pessoas, equipamentos ou material) e as quantidades

de cada recurso que serão usados e quando cada recurso estará disponível

para realizar as atividades do projeto. O processo estimativa de recursos da

atividade é estreitamente coordenado com o processo estimativa de custos.

Por exemplo:

● A equipe de um projeto de construção precisa estar familiarizada

com os códigos de construção locais. Esse conhecimento é muitas vezes

facilmente obtido dos fornecedores locais. No entanto, se o "pool" de mão-de-

obra local não possuir experiência em técnicas de construção especializadas

ou pouco usuais, a maneira mais eficaz para obter esse conhecimento dos

códigos de construção locais pode ser incluir um consultor, com custo

adicional;

● Uma equipe de design automotivo precisará estar familiarizada com

as técnicas mais recentes de montagem automatizada. O conhecimento

necessário pode ser obtido contratando um consultor, enviando um projetista a

um seminário sobre robótica ou colocando alguém da produção como membro

da equipe do projeto.

3.1.8. Estimativa de duração da atividade

O processo de estimativa de durações das atividades do cronograma

usa as informações sobre: escopo de trabalho da atividade do cronograma,

tipos de recursos necessários, estimativas das quantidades de recursos e

calendários de recursos com as disponibilidades de recursos. As entradas das

estimativas de duração da atividade do cronograma se originam da pessoa ou

do grupo da equipe do projeto que está mais familiarizado com a natureza do

conteúdo do trabalho na atividade do cronograma específica. A estimativa de

duração é progressivamente elaborada e o processo considera a qualidade e

disponibilidade dos dados de entrada. Por exemplo, conforme a engenharia do

projeto e o trabalho de design se desenvolvem dados mais precisos e

detalhados ficam disponíveis e a exatidão das estimativas de duração

Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

33

aumenta. Dessa forma, a estimativa de duração pode se tornar cada vez mais

exata e de melhor qualidade.

O processo estimativo de duração da atividade exige que a quantidade

de esforço de trabalho necessária para terminar a atividade do cronograma

seja estimada, que a quantidade prevista de recursos a ser aplicada para

terminar a atividade do cronograma seja estimada e que o número de períodos

de trabalho necessário para terminar a atividade do cronograma seja

determinado. Todos os dados e premissas que dão suporte à estimativa de

duração são documentados para cada estimativa de duração da atividade.

A estimativa do número de períodos de trabalho necessário para

terminar a atividade do cronograma pode exigir que se considere o tempo

decorrido como um requisito relacionado ao tipo específico de trabalho. A

maioria dos softwares de gerenciamento de projetos para elaboração de

cronogramas lidará com essa questão usando um calendário de projeto e

calendários de recursos de período de trabalho alternativos que geralmente

são identificados pelos recursos que exigem períodos de trabalho específicos.

As atividades do cronograma serão trabalhadas de acordo com o

calendário de projeto e as atividades do cronograma para as quais os recursos

estão atribuídos também serão trabalhadas de acordo com os calendários de

recursos adequados.

3.1.9. Desenvolvimento do cronograma

O desenvolvimento do cronograma do projeto, um processo iterativo,

determina as datas de início e término planejadas das atividades do projeto. O

desenvolvimento do cronograma pode exigir que as estimativas de duração e

as estimativas de recursos sejam reexaminadas e revisadas para criar um

cronograma do projeto aprovado, que possa servir como uma linha de base em

relação a qual o progresso pode ser acompanhado. O desenvolvimento do

cronograma continua durante todo o projeto conforme o trabalho se

desenvolve, o plano de gerenciamento do projeto se modifica e os eventos de

Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

34

risco esperados ocorrem ou desaparecem à medida que novos riscos são

identificados.

3.1.10. Estimativa de custos

A estimativa de custos da atividade do cronograma envolve o

desenvolvimento de uma aproximação dos custos dos recursos necessários

para terminar cada atividade do cronograma. Na aproximação dos custos, o

avaliador considera as possíveis causas de variação das estimativas de

custos, inclusive os riscos.

A estimativa de custos inclui a identificação e a consideração de

diversas alternativas de custos. Por exemplo, na maior parte das áreas de

aplicação, aceita-se amplamente o fato de que o trabalho adicional durante

uma fase de projeto tem o potencial de reduzir o custo da fase de execução e

das operações de produtos. O processo estimativa de custos considera se a

economia esperada pode compensar o custo do trabalho de design adicional.

Em geral, as estimativas de custos são expressas em unidades de

moeda (dólares, euro, iene, etc.) para facilitar as comparações dentro de

projetos e entre eles. Em alguns casos, o avaliador pode utilizar unidades de

medida para estimar os custos, como equipe-horas ou equipe-dias, juntamente

com suas estimativas de custos, para facilitar o controle gerencial adequado.

As estimativas de custos podem se beneficiar do refinamento durante

o andamento do projeto para refletir os detalhes adicionais disponíveis. A

exatidão de uma estimativa de projeto irá aumentar conforme o projeto se

desenvolve através do ciclo de vida do projeto.

Os custos das atividades do cronograma são estimados para todos os

recursos cujos custos serão lançados no projeto. Isso inclui, mas não se limita

a mão-de-obra, materiais, equipamentos, serviços e instalações, além de

categorias especiais como uma provisão para inflação ou um custo de

contingência.

Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

35

A estimativa de custos de uma atividade do cronograma é uma

avaliação quantitativa dos custos prováveis dos recursos necessários para

terminar a atividade do cronograma.

Se a organização executora não possuir avaliadores de custos de

projetos formalmente treinados, a equipe do projeto precisará fornecer os

recursos e a especialização para realizar as atividades de estimativa de custos

do projeto.

3.1.11. Orçamentação

A orçamentação envolve a agregação dos custos estimados de

atividades individuais ou pacotes de trabalho do cronograma para estabelecer

uma linha de base dos custos totais para a medição do desempenho do

projeto (PMBOK®, 2006, 3ª Ed.). A declaração do escopo do projeto fornece o

orçamento sumarizado. No entanto, as estimativas de custos da atividade do

cronograma ou do pacote de trabalho são preparadas antes das solicitações

de orçamento detalhado e da autorização do trabalho.

3.1.12. Planejamento da qualidade

Gerenciamento da qualidade do projeto descreve os processos

envolvidos na garantia de que o projeto irá satisfazer os objetivos para os quais

foi realizado. Ele consiste nos processos de gerenciamento de projetos:

● Planejamento da qualidade envolve a identificação dos padrões de

qualidade relevantes para o projeto e a determinação de como satisfazê-los.

Ele é um dos principais processos durante a execução do grupo de processos

de planejamento e o desenvolvimento do plano de gerenciamento do projeto e

deve ser realizado em paralelo com outros processos de planejamento do

projeto;

● Realizar a garantia da qualidade envolve a aplicação das atividades

de qualidade planejadas e sistemáticas para garantir que o projeto emprega

todos os processos necessários para atender aos requisitos;

Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

36

● Realizar o controle da qualidade no monitoramento de resultados

específicos do projeto a fim de determinar se eles estão de acordo com os

padrões relevantes de qualidade e identificação de maneiras de eliminar as

causas de um desempenho insatisfatório.

Por exemplo, as mudanças necessárias no produto para atender aos

padrões de qualidade identificados podem exigir ajustes nos custos ou no

cronograma ou a qualidade desejada do produto pode exigir uma análise de

risco detalhada de um problema identificado (PMBOK®, 2006, 3 Ed.).

3.1.13. Planejamento de recursos humanos

O gerenciamento de recursos humanos do projeto inclui os processos

que organizam e gerenciam a equipe do projeto. Os processos de

gerenciamento de recursos humanos do projeto incluem (HELDMAN, 2006

p,56):

● Planejamento de recursos humanos Identificação e documentação

de funções, responsabilidades e relações hierárquicas do projeto, além da

criação do plano de gerenciamento de pessoal;

● Contratar ou mobilizar a equipe do projeto - Obtenção dos recursos

humanos necessários para terminar o projeto;

● Desenvolver a equipe do projeto - Melhoria de competências e

interação de membros da equipe para aprimorar o desempenho do projeto;

● Gerenciar a equipe do projeto - Acompanhamento do desempenho

de membros da equipe, fornecimento de feedback, resolução de problemas e

coordenação de mudanças para melhorar o desempenho do projeto.

A equipe de gerenciamento de projetos é um subconjunto da equipe do

projeto e é responsável pelas atividades de gerenciamento de projetos, como

planejamento, controle e encerramento. Esse grupo de pessoas pode ser

chamado de equipe principal, executiva ou líder. Em projetos menores, as

responsabilidades de gerenciamento de projetos podem ser compartilhadas

por toda a equipe ou administradas unicamente pelo gerente de projetos.

O patrocinador do projeto trabalha junto com a equipe de

gerenciamento de projetos, normalmente auxiliando com questões como

Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

37

recursos financeiros do projeto, esclarecendo dúvidas sobre o escopo e

exercendo influência sobre outras pessoas para beneficiar o projeto.

3.1.14. Planejamento das comunicações

O gerenciamento das comunicações do projeto é a área de

conhecimento que emprega os processos necessários para garantir a geração,

coleta, distribuição, armazenamento, recuperação e destinação final das

informações sobre o projeto de forma oportuna e adequada. Os processos de

gerenciamento das comunicações do projeto fornecem as ligações críticas

entre pessoas e informações que são necessárias para comunicações bem-

sucedidas. Os gerentes de projetos podem gastar um tempo excessivo na

comunicação com a equipe do projeto, partes interessadas, cliente e

patrocinador. Todos os envolvidos no projeto devem entender como as

comunicações afetam o projeto como um todo. Os processos de

gerenciamento das comunicações do projeto incluem os seguintes:

● Planejamento das comunicações determinação das necessidades de

informações e comunicações das partes interessadas no projeto;

● Distribuição das informações colocação das informações necessárias

à disposição das partes interessadas no projeto no momento adequado;

● Relatório de desempenho coleta e distribuição das informações

sobre o desempenho. Isso inclui o relatório de andamento, medição do

progresso e previsão;

● Gerenciar as partes interessadas gerenciamento das comunicações

para satisfazer os requisitos das partes interessadas no projeto e resolver

problemas com elas.

Esses processos interagem entre si e também com processos de

outras áreas de conhecimento. Cada processo pode envolver o esforço de

uma ou mais pessoas ou grupos de pessoas, com base nas necessidades do

projeto. Cada processo ocorre pelo menos uma vez em todos os projetos e

também em uma ou mais fases do projeto, se ele estiver dividido em fases.

Page 38: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

38

O planejamento das comunicações está, muitas vezes, estreitamente

ligado aos fatores ambientais da empresa e às influências organizacionais,

pois a estrutura organizacional do projeto terá um efeito importante nos

requisitos de comunicações do projeto.

3.1.15. Planejamento do gerenciamento de riscos

O planejamento de riscos descreve como o gerenciamento de riscos

será estruturado e executado no projeto (PMBOK®, 2006, 3ª Ed.).

O gerenciamento de riscos do projeto inclui os processos que tratam

da realização de identificação, análise, respostas, monitoramento e controle e

planejamento do gerenciamento de riscos em um projeto; a maioria desses

processos é atualizada durante todo o projeto. Os objetivos do gerenciamento

de riscos do projeto são aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos

positivos e diminuir a probabilidade e o impacto dos eventos adversos ao

projeto.

Os processos de gerenciamento de riscos do projeto incluem os

seguintes:

● Planejamento do gerenciamento de riscos – decisão de como

abordar, planejar e executar as atividades de gerenciamento de riscos de um

projeto;

● Identificação de riscos – determinação dos riscos que podem afetar o

projeto e documentação de suas características;

● Análise qualitativa de riscos – priorização dos riscos para análise ou

ação adicional subseqüente através de avaliação e combinação de sua

probabilidade de ocorrência e impacto;

● Análise quantitativa de riscos – análise numérica do efeito dos riscos

identificados nos objetivos gerais do projeto;

● Planejamento de respostas a riscos – desenvolvimento de opções e

ações para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do

projeto.

Page 39: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

39

3.1.16. Identificação de riscos

A identificação de riscos determina os riscos que podem afetar o

projeto e documenta suas características. Os participantes das atividades de

identificação e riscos podem incluir os seguintes, quando adequado: gerente

de projetos, membros da equipe do projeto, equipe de gerenciamento de riscos

(se designada), especialistas no assunto de fora da equipe do projeto, clientes,

usuários finais, outros gerentes de projetos, partes interessadas e especialistas

em gerenciamento de riscos.

Embora esse pessoal seja muitas vezes constituído pelos principais

participantes da identificação de riscos, todo o pessoal do projeto deve ser

incentivado a identificar riscos.

A identificação de riscos é um processo iterativo porque novos riscos

podem ser conhecidos conforme o projeto se desenvolve durante todo o seu

ciclo de vida.

A frequência de iteração e quem participam de cada ciclo irão variar de

caso para caso. A equipe do projeto deve ser envolvida no processo de forma

que possa desenvolver e manter um sentimento de propriedade e de

responsabilidade em relação aos riscos e às ações de respostas a riscos

associadas. As partes interessadas fora da equipe do projeto podem fornecer

informações adicionais sobre objetivo.

O processo identificação de riscos normalmente conduz ao processo

análise qualitativa de riscos. Alternativamente, também pode conduzir

diretamente ao processo análise quantitativa de riscos quando realizado por

um gerente de riscos experiente.

Em alguns casos, a simples identificação de um risco pode sugerir sua

resposta e esses casos devem ser registrados para análise e implementação

adicionais no processo planejamento de respostas a riscos.

3.1.17. Análise qualitativa de riscos

Page 40: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

40

A análise qualitativa de riscos inclui métodos de priorização dos riscos

identificados para ação adicional, como análise quantitativa de riscos ou

planejamento de respostas a riscos (PMBOK®, 2004, 3ª Ed.). As organizações

podem melhorar o desempenho do projeto de modo eficaz se concentrando

nos riscos de alta prioridade.

A análise qualitativa de riscos avalia a prioridade dos riscos

identificados usando a probabilidade deles ocorrerem, o impacto

correspondente nos objetivos do projeto se os riscos realmente ocorrerem,

além de outros fatores, como o prazo e tolerância a risco das restrições de

custo, cronograma, escopo e qualidade do projeto.

As definições dos níveis de probabilidade e impacto, e as entrevistas

com especialistas, podem ajudar a corrigir desvios sistemáticos

frequentemente presentes nos dados usados neste processo. O caráter crítico

do prazo nas ações relacionadas ao risco pode aumentar a importância de um

risco. Uma avaliação da qualidade das informações disponíveis sobre riscos do

projeto também ajuda a entender a avaliação da importância do risco para o

projeto.

A análise qualitativa de riscos é normalmente uma maneira rápida e

econômica de estabelecer prioridades para o planejamento de respostas a

riscos, e estabelece a base para a análise quantitativa de riscos, se esta for

necessária.

A análise qualitativa de riscos deve ser reexaminada durante o ciclo

de vida do projeto para acompanhar as mudanças nos riscos do projeto. A

análise qualitativa de riscos exige saídas dos processos de planejamento do

gerenciamento de riscos e identificação de riscos. Este processo pode levar à

análise quantitativa de riscos ou diretamente ao planejamento de respostas a

riscos.

3.1.18. Análise quantitativa de riscos

A análise quantitativa de riscos é realizada nos riscos que foram

priorizados pelo processo análise qualitativa de riscos por afetarem potencial e

Page 41: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

41

significativamente as demandas conflitantes do projeto. O processo análise

quantitativa de riscos analisa o efeito desses eventos de risco e atribui uma

classificação numérica a esses riscos. Ela também apresenta uma abordagem

quantitativa para a tomada de decisões na presença da incerteza. Este

processo usa técnicas como a simulação de Monte Carlo e a análise da árvore

de decisão para:

● Quantificar os possíveis resultados do projeto e suas probabilidades;

● Avaliar a probabilidade de atingir objetivos específicos do projeto;

● Identificar os riscos que exigem mais atenção quantificando sua

contribuição relativa para o risco total do projeto;

● Identificar metas realistas e alcançáveis de custo, cronograma ou

escopo, quando fornecidos os riscos do projeto;

● Determinar a melhor decisão de gerenciamento de projetos quando

algumas condições ou resultados forem incertos.

Em geral, a análise quantitativa de riscos segue o processo análise

qualitativa de riscos, embora gerentes de riscos experientes algumas vezes

realizem essa análise diretamente após a identificação de riscos. Em alguns

casos, a análise quantitativa de riscos pode não ser necessária para

desenvolver respostas a riscos eficazes.

A disponibilidade de tempo e orçamento e também a necessidade de

declarações qualitativas ou quantitativas sobre risco e impactos determinarão o

método que será usado em um projeto específico.

A análise quantitativa de riscos deve ser repetida após o planejamento

de respostas a riscos, e também como parte do monitoramento e controle de

riscos, para determinar se o risco total do projeto diminuiu de forma

satisfatória. As tendências podem indicar uma necessidade de aumento ou

diminuição das ações de gerenciamento de riscos. São entradas do processo

planejamento de respostas a riscos.

3.1.19. Planejamento de respostas a riscos

Page 42: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

42

O planejamento de respostas a riscos é o processo de desenvolver

opções e determinar ações para aumentar as oportunidades e reduzir as

ameaças aos objetivos do projeto (PMBOK®, 2004, 3ª Ed.).

Ele vem após os processos análise qualitativa de riscos e análise

quantitativa de riscos. (Inclui a identificação e designação de uma ou mais

pessoa “proprietário das respostas a riscos”) que irão assumir a

responsabilidade sobre cada resposta a riscos acordada e financiada. O

planejamento de respostas a riscos aborda os riscos de acordo com a sua

prioridade, inserindo recursos e atividades no orçamento, cronograma e plano

de gerenciamento do projeto, conforme necessário.

As respostas a riscos planejadas precisam ser adequadas à

importância do risco, econômicas ao enfrentar o desafio, rápidas, realistas

dentro do contexto do projeto, acordadas por todas as partes envolvidas, e ser

de propriedade de uma pessoa específica. É frequentemente necessário

selecionar a melhor resposta a riscos a partir de diversas opções.

A seção planejamento de respostas a riscos apresenta abordagens

comumente usadas para planejar respostas aos riscos. Os riscos incluem as

ameaças e oportunidades que podem afetar o sucesso do projeto e são

discutidas respostas para cada uma delas.

3.1.20. Planejar compras e aquisições

O processo planejar compras e aquisições identifica quais

necessidades do projeto podem ser mais bem atendidas pela compra ou

aquisição de produtos, serviços ou resultados fora da organização do projeto e

quais necessidades do projeto podem ser realizadas pela equipe do projeto

durante a execução do projeto. Esse processo envolve a consideração de

como, o que, quanto, se e quando adquirir.

Quando o projeto obtém produtos, serviços e resultados exigidos para

o desempenho do projeto de fora da organização executora, os processos de

planejar compras e aquisições até encerramento do contrato são executados

para cada item a ser comprado ou adquirido.

Page 43: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

43

O processo planejar compras e aquisições também inclui a

consideração de possíveis fornecedores, especialmente se o comprador

desejar exercer algum grau de influência ou controle sobre as decisões de

contratação. É necessário considerar também quem é responsável por obter

ou manter autorizações e licenças profissionais relevantes que podem ser

exigidas pela legislação, regulamentos ou política organizacional na execução

do projeto.

O cronograma do projeto pode influenciar significativamente o

processo planejar compras e aquisições. As decisões tomadas no

desenvolvimento do plano de gerenciamento de aquisições também podem

influenciar o cronograma do projeto e estão integradas ao desenvolvimento do

cronograma à estimativa de recursos da atividade e às decisões de fazer ou

comprar.

O processo planejar compras e aquisições inclui a análise dos riscos

envolvidos em cada decisão de fazer ou comprar ele também inclui a análise

do tipo de contrato planejado para ser usado em relação à mitigação de riscos

e à transferência de riscos para o fornecedor (PMBOK®, 2004, 3ª Ed.).

3.1.21. Planejar contratações

O processo de planejamento das contratações elabora a

documentação que contém a descrição dos requisitos ou produto, assim como

as estratégias estabelecidas no plano de gerenciamento das contratações,

(PMI, 2004).

Planejar contratações prepara os documentos necessários para dar

suporte ao processo solicitar respostas de fornecedores e ao processo

selecionar fornecedores.

O processo solicitar respostas de fornecedores obtém respostas, como

cotações e propostas, de possíveis fornecedores sobre como os requisitos do

projeto podem ser alcançados. Os possíveis fornecedores, normalmente sem

custos diretos para o projeto ou o comprador, gastam a maior parte do esforço

real nesse processo.

Page 44: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

44

O processo selecionar fornecedores recebe cotações ou propostas e

aplica critérios de avaliação, conforme aplicável, para selecionar um ou mais

fornecedores que sejam qualificados e aceitáveis como um fornecedor. Muitos

fatores como os seguintes podem ser avaliados no processo de decisão de

seleção de fornecedores:

● Preço ou custo podem ser os principais determinantes para um item

comercial padrão, mas o menor preço proposto talvez não seja o menor custo

se o fornecedor se mostrar incapaz de fornecer os produtos, serviços ou

resultados no momento oportuno;

● As propostas muitas vezes são separadas em seções técnicas

(abordagem) e comerciais (preço), sendo que cada uma delas é avaliada

separadamente. Às vezes, as seções de gerenciamento são exigidas como

parte da proposta e também precisam ser avaliadas;

● Várias fontes poderiam ser exigidas para produtos, serviços e

resultados críticos para mitigar riscos que podem ser associados a problemas,

como cronogramas de entrega e requisitos de qualidade. Os custos

potencialmente mais altos associados a esses vários fornecedores, inclusive

alguma perda de possíveis descontos de quantidade e problemas de

substituição e manutenção, são considerados.

As ferramentas e técnicas descritas aqui podem ser usadas sozinhas

ou combinadas ao processo selecionar fornecedores. Por exemplo, um

sistema de ponderação pode ser usado para:

● Selecionar um único fornecedor que será solicitado a assinar um

contrato padrão;

● Estabelecer uma sequência de negociação classificando todas as

propostas pela média ponderada atribuída a cada proposta.

Nos principais itens de aquisição, é possível repetir o processo total de

solicitação de respostas de fornecedores e de avaliação de respostas de

fornecedores.

Uma pequena lista de fornecedores qualificados pode ser estabelecida

com base em uma proposta preliminar. Uma avaliação mais detalhada poderá

Page 45: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

45

então ser conduzida com base em uma proposta mais detalhada e abrangente

solicitada dos fornecedores presentes na lista pequena.

O comprador e o fornecedor administram o contrato com objetivos

semelhantes. Cada uma das partes garante que tanto ela quanto a outra parte

atendem às suas obrigações contratuais e que seus próprios direitos legais

estão protegidos. O processo administração de contrato garante que o

desempenho do fornecedor atende aos requisitos contratuais e que o

comprador atua de acordo com os termos do contrato.

Em projetos maiores com vários fornecedores de produtos, serviços e

resultados, um aspecto importante da administração de contrato é o

gerenciamento de interfaces entre os diversos fornecedores.

A natureza legal da relação contratual torna imperativo que a equipe de

gerenciamento de projetos esteja profundamente a par das implicações legais

das ações tomadas durante a administração de qualquer contrato. Devido às

considerações legais, muitas organizações tratam a administração de contrato

como uma função administrativa separada da organização do projeto. Embora

um administrador de contratos possa estar na equipe do projeto, essa pessoa

normalmente se reporta para um supervisor de um departamento diferente.

Isso geralmente será verdadeiro se a organização executora for também o

fornecedor do projeto para um cliente externo.

A administração de contrato inclui a aplicação dos processos de

gerenciamento de projetos adequados à relação contratual e a integração das

saídas desses processos ao gerenciamento geral do projeto. Essa integração

ocorrerá com frequência em vários níveis quando existirem diversos

fornecedores e muitos produtos, serviços ou resultados envolvidos. Os

processos de gerenciamento de projetos aplicados incluem, mas não se

limitam a:

● Orientar e gerenciar a execução do projeto para autorizar o trabalho

da contratada no tempo adequado;

● Relatório de desempenho para monitorar os custos, o cronograma e

o desempenho técnico da contratada;

Page 46: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

46

● Realizar o controle da qualidade para inspecionar e verificar a

adequação do produto da contratada;

● Controle integrado de mudanças para garantir que as mudanças

sejam aprovadas corretamente e que todas as pessoas que precisam

conhecê-las estão cientes dessas mudanças;

● Monitoramento e controle de riscos para garantir que os riscos sejam

mitigados.

A administração de contrato também possui um componente de

gerenciamento financeiro que envolve o monitoramento de pagamentos ao

fornecedor. Isso garante que as condições de pagamento definidas no contrato

sejam atendidas e que a compensação ao fornecedor esteja ligada ao seu

progresso, conforme definido no contrato.

O processo administração de contrato analisa e documenta a

qualidade do desempenho atual ou passado de um fornecedor com base no

contrato e nas ações corretivas estabelecidas. Além disso, o desempenho é

documentado como base para futuras relações com o fornecedor. A avaliação

do desempenho do fornecedor pelo comprador é executada principalmente

para confirmar a competência ou a falta de competência do fornecedor em

relação à realização de trabalhos semelhantes no projeto ou em outros

projetos.

Avaliações semelhantes também são executadas quando necessário

para confirmar que um fornecedor não está atendendo às suas obrigações

contratuais e quando o comprador considera a realização de ações corretivas.

A administração do contrato inclui o gerenciamento de uma rescisão do

trabalho contratado (por algum motivo, por conveniência ou por

descumprimento das obrigações) de acordo com a cláusula de término de

vigência do contrato.

Os contratos podem ser aditados a qualquer momento antes do seu

encerramento por acordo mútuo, em conformidade com os termos de controle

de mudanças do contrato. Talvez esses aditamentos não beneficiem sempre

da mesma forma o fornecedor e o comprador. O processo encerramento do

contrato dá suporte ao processo encerrar o projeto, pois envolve a confirmação

Page 47: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

47

de que todo o trabalho e as entregas foram aceitáveis. O processo

encerramento do contrato também envolve atividades administrativas, como a

atualização de registros para refletir resultados finais e o arquivamento dessas

informações para uso futuro. O encerramento do contrato aborda cada

contrato aplicável ao projeto ou a uma de suas fases. Em projetos com várias

fases, o prazo contratual pode aplicar-se somente a uma determinada fase do

contrato.

Nesses casos, o processo encerramento do contrato encerra o

contrato aplicável a essa fase do projeto. Reclamações não resolvidas podem

estar sujeitas a processo judicial após o encerramento do contrato. Os termos

e condições do contrato podem recomendar procedimentos específicos para o

encerramento do contrato.

A rescisão de um contrato é um caso especial de encerramento do

contrato e pode resultar de um acordo mútuo entre as partes ou de

descumprimento das obrigações de uma das partes. Os direitos e

responsabilidades das partes no caso de uma rescisão estão incluídos em uma

cláusula de término de vigência do contrato.

Com base nesses termos e condições do contrato, o comprador pode

ter o direito de finalizar o contrato inteiro ou uma parte do projeto, por qualquer

motivo ou conveniência, a qualquer momento. No entanto, com base nesses

termos e condições do contrato, talvez o comprador precise compensar o

fornecedor pelos seus preparativos e por qualquer trabalho terminado e aceito

relacionado à parte finalizada do contrato.

Page 48: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

48

CONCLUSÃO

Conforme foi exposto, para a organização sobreviver e se tornar

competitiva no cenário globalizado atual, sua estratégia e objetivos devem ser

claros para todos os seus níveis, incluindo os gerentes de projetos, pois, com o

bom conhecimento do caminho que a empresa pretende percorrer, eles

poderão ser mais criteriosos na seleção de projetos estratégicos que estejam

diretamente relacionados com a visão da empresa, criando critérios de

priorização e alocação de recursos.

No entanto, deve-se lembrar que a execução desses projetos possuirá

maiores chances de sucesso com um gerenciamento adequado, por essa

razão, não se devem negligenciar as melhores práticas de gerenciamento de

projetos, com o PMBOK®.

Para o sucesso da organização, os dois processos de elaboração da

estratégia e gerenciamento de projetos devem ter igual importância e sinergia.

Por outro lado, uma vez que projetos que não estão relacionados à estratégia

podem levar ao insucesso, diminuição de recursos disponíveis e não

atingimento de meta, por outro, projetos mal gerenciados, sem critérios de

seleção e metodologia podem alcançar os mesmos resultados ruins.

O uso de técnicas de gerenciamento de projeto em geral cresceu

nitidamente durante as últimas décadas. As organizações que lideram seus

segmentos estão usando com sucesso o gerenciamento de projeto, seja para

aprimorar seus produtos, capacitar suas equipes, melhorar os resultados

financeiros e melhorar o atendimento ao cliente.

Page 49: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

49

ANEXOS

Entrevista/Questionário

1 - ENTREVISTADO: JULIO CESAR PEREIRA - PMP

1- Como fazer um planejamento de um projeto? Cite suas etapas?

R= Para se ter um bom planejamento para um projeto, alguns passos são

fundamentais:

1º: Identifique qual o objetivo / propósito para o projeto. É indicado que sejam

dadas justificativas para o projeto, dado que haverá recursos financeiros ou de

pessoal empreendidos neste esforço temporário e em alguns casos o projeto

não deve ser empreendido por não ser viável (ex. quando o montante a ser

investido supera o retorno objetivado pelo projeto).

2º Identifique quem são as partes interessadas no projeto. Em linhas gerais,

quem patrocina (financia o projeto), quem será impactado pela entrega e quais

clientes envolvidos.

3º Nem sempre, se inicia um projeto com a clareza de seu escopo (o trabalho

que será empreendido), o tempo necessário para se executar, o montante a

ser despendido e os recursos financeiros e os critérios de qualidade do projeto

/ do produto. Porém é notório que se deve, o quanto antes, eliminar as

incertezas com certezas (ex. contratação de uma empreiteira ao valor x e com

y empregados para a construção de um prédio). Isso trará maior segurança em

relação ao tempo, custo, critérios de qualidade e recursos envolvidos na

construção do projeto, além de tratar riscos e até identificar novos (ex. risco da

empreiteira falir, para o exemplo acima). Essas informações devem estar da

maneira mais estruturada possível de modo a favorecer tomadas de decisão

em relação ao projeto.

2- Quais são as maiores dificuldades na montagem de um projeto?

Page 50: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

50

R= Muitas vezes o projeto não possui um objetivo claro, como a definição do

produto esperado. Além disso, a não transparência desse objetivo causa

problemas de interpretação na equipe executora do projeto (inclusive do GP) e

isso faz com que a equipe empreenda esforço onde não é necessário.

3- Quando é preciso replanejar um projeto? Em que momento?

R= Essa pergunta eu pulo. Ligue-me para que eu te explique.

4- Em sua opinião qual a perspectiva sobre o atual estágio da gestão de

projeto no Brasil hoje?

R= Cada vez mais as empresas estão se conscientizando que a gestão de

projetos suporta o empreendimento de ações de modo a favorecer a entrega

de um novo produto, serviço ou resultado exclusivo em menor prazo, a um

menor custo, com maior qualidade e com gestão de incertezas de modo a

impulsionar o retorno sobre o investimento. Isso faz com que profissionais com

formação em Gerenciamento de Projetos estejam dentre as mais requisitadas

no ambiente de projetos, dado que “fazer mais com menos” pode determinar o

êxito de uma organização, inclusive como diferencial competitivo.

5- Finalizando esta entrevista, em sua opinião o planejamento efetivo no

gerenciamento de projetos é um fator crítico para o sucesso dos projetos? E

quais as estratégias que tem a sugerir para que hoje as organizações

implementem e garantam a competitividade e sustentabilidade em seus

projetos?

R= O planejamento é fundamental para que sejam estabelecidas “fronteiras”

para o projeto. Reforço sobre a importância na definição do que se deve fazer,

ou seja, coletar os requisitos é o primeiro passo para que seja definido o que é

e o que não é escopo do projeto. Após isso, todo o esforço de

dimensionamento de tempo, custo, critérios de qualidade, recursos humanos,

Page 51: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

51

contratações, métodos de comunicação e planejamento de riscos deve ser

ações integradas de modo a favorecer a entrega do projeto.

Em minha opinião, a estratégia das empresas no que tange a gestão de

projetos é sempre começar qualquer iniciativa com o resultado final em mente.

A partir deste momento a empresa pode definir como ela deve se preparar,

identificando o que é necessário em termos financeiros, pessoais, tecnológicos

para que este objetivo seja alcançado.

Obs: Não entendi o significado do termo “Sustentabilidade” nesta pergunta.

Page 52: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

52

Entrevista/Questionário

2 - ENTREVISTADO: MARCELO VIOLA - PMP

1- Como fazer um planejamento de um projeto? Cite suas etapas?

R- Em ondas sucessivas. Absorção de Conhecimento, Análise e Definição das

Ações, e Descrição do plano do projeto.

2- Quais são as maiores dificuldades na montagem de um projeto?

R- Alinhar as partes interessadas.

3- Quando é preciso replanejar um projeto? Em que momento?

R- Quando o realizado desvia do planejado. Em qualquer momento.

4- Em sua opinião qual a perspectiva sobre o atual estágio da gestão de

projeto no Brasil hoje?

R-Ainda é um bom discurso, mas não se implementa como deveria. O

planejamento ainda é desprezado e os gestores são imaturos.

5- Finalizando esta entrevista, em sua opinião o planejamento efetivo no

gerenciamento de projetos é um fator crítico para o sucesso dos projetos? E

quais as estratégias que tem a sugerir para que hoje as organizações

implementem e garantam a competitividade e sustentabilidade em seus

projetos?

R- Sim, pois embora não garanta o sucesso, aumentará sua probabilidade de

ocorrer.

Capacitem os gestores e os membros de projetos, invistam em uma

ferramenta de suporte adequada e criem metodologias de gerenciamento de

projetos flexíveis, mas que orientem a condução dos projetos.

Page 53: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

53

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

HELDMAN, K. Gerenciamento de Projetos – Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

MAXIMINIANO, A.C.A. 2010. Administração de Projetos – São Paulo:

Editora Atlas, 4ª Edição.

PADILHA, R.P – Planejamento dialógico: como construir o projeto político-

pedagógico da escola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.

XAVIER, C. M. 2008. Gerenciamento de Projetos – Como definir e controlar o

escopo do projeto. São Paulo: Editora Saraiva 2ª Edição.

WEBGRAFIAS

DINSMORE, C. e CAVALIERE, A, 2003. Como se transformar um Profissional

em Gerenciamento de Projetos: Livro-Base “Preparação para Certificação

PMP® - Project Management Professional”. Rio de Janeiro. Quality Mark.

<http://www.pmisp.org.br/exe/pmi/institute.asp> - acessado em 30/03/12.

DINSMORE, P. C., NETO, F. H. S., Gerenciamento de projetos: como

gerenciar seu projeto com qualidade, dentro do prazo e custos previsíveis. 1ª

ed. Rio de Janeiro: Quality Mark, 2006.

<http://www. pmisp.org.br/exe/pmi/institute.asp > - acessado em 30/03/12.

ERIC VERZUH, MBA Compacto – Gestão de Projetos, 2000 – Disponível

<http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/gestao-de-projetos-abordagem-

conceitual/22772/> - acessado em 27/03/12.

KAHN, K.B; BARCZAK, G.; MOSS, R. Perspective: Establishing an NPD best

practices Framework. Journal of Product Innovation Management, USA, 2006.

Page 54: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

54

Disponível em <www.oficinadanet.com.br › Artigos › Gerência. acessado em

28/04/12

MARTINS, l, 2003. Gestão Profissional de Projetos. Disponível em

<http://www.ietec.com.br/ietec/techoje/gestãodepojetos/2003/10/10/0003.2xt/-

template.> acessado em 27/03/12.

Microsoft Press, 1998 p. 4 – Gestão de Projetos – disponível

<http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/gestao-de-projetos-

abordagem-conceitual/22772/> - acessado em 27/03/12.

PRADO , D, 2000. Gerenciamento de Projetos nas Organizações, Vol-I, Belo

Horizonte, FDG. disponivel

<http://www.ietec.com.br/ietec/techoje/gestãodepojetos/2003/10/10/0003.2xt/-

template.> acessado em 30/03/12.

PMBOK®: Um guia do conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de

Projetos, PMI® - 2000. Project Management Institute: Pensilvania, 2000.

Disponível <http://www.mhavila.com.br/topicos/gestao/pmbok.html> acessado

em 30/03/12.

PMBOK®: Um guia do conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de

Projetos, PMI® - 2004. Project Management Institute: Pensilvania, 2004. 3ª

Edição. Disponivel em

<http://www.wikidot.com.br/conceito> acessado em 12/05/12.

PMBOK®: Um guia do conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de

Projetos, PMI® - 2006. Project Management Institute: Pensilvania, 2006, 3ª

Edição. disponivel <http://www.mhavila.com.br/topicos/gestao/pmbok.html>

acessado em 12/05/12.

Page 55: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

55

PMBOK®: Um guia do conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de

Projetos, PMI® - 2008. Project Management Institute: Pensilvania, 2008 – 4ª

Edição. Disponivel em

<http://www.mhavila.com.br/topicos/gestao/pmbok.html> acessado em

25/05/12.

SISK, T. (1998) Project Document: History of Project Management Microsoft.

Download Center. Disponível em:

<http://ofice.microsoft.com/downloads/9798/projhistory.aspx. acessado em

27-03-12.

VARGAS, R. V. Gerenciamento de Projetos: Estabelecendo Diferenciais

Competitivos. 5ª Edição. Rio de Janeiro – Brasport, 2003.Disponível

http://wpm.wikidot.com/conceito:as-areas-de-conhecimento-em-gerenciamento-de-

projeto acessado em 29/04/12

VERZUH, E, 2000. Gestão de Projetos. Disponível em:

http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/gestao-de-projetos-

abordagem-conceitual/22772/. acessado em 27-03-12.

VICENTINO, C, 1997. Historia Geral. São Paulo: Editora Scipione. Disponível

<http://www.pmforum.org/library/papers/Prince2003/10/10/0003.2xt/-template.>

acessado em 30/03/12.

Page 56: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

56

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

Origem e Evolução do Gerenciamento de projetos 10

1.1 – Abordagem Conceitual 10

1.2 – O que são “projetos” 10

1.3 – Evolução do Gerenciamento do Projeto 11

CAPÍTULO II

Conceituação e Alinhamento 15

2.1 – O que é planejamento 15

2.2 – Os fatores críticos de sucesso 16

2.3 – O que é projeto 17

2.4 – O gerenciamento de projeto 18

2.5 – As fases e o ciclo de vida do projeto 18

2.6 – Grupos de processos do gerenciamento de projetos

e Áreas de conhecimento segundo o PMI® 20

CAPÍTULO III

3.1 – Construção do Plano do Projeto 23

3.1.1 – Desenvolver o plano de gerenciamento do

Projeto 24

3.1.2 – Planejamento do escopo 24

3.1.3 – Definição do escopo 25

3.1.4 – Criar EAP 28

3.1.5 – Definição da atividade 29

3.1.6 – Sequenciamento das atividades 31

Page 57: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

57

3.1.7 – Estimativa de recursos da atividade 31

3.1.8 – Estimativa de duração da atividade 32

3.1.9 - Desenvolvimento do cronograma 33

3.1.10 – Estimativa de custos 34

3.1.11 – Orçamentação 35

3.1.12 – Planejamento da qualidade 35

3.1.13 – Planejamento de recursos humanos 36

3.1.14 – Planejamento das comunicações 37

3.1.15 - Planejamento do gerenciamento de riscos 38

3.1.16 – Identificação de riscos 39

3.1.17 – Análise qualitativa de riscos 39

3.1.18 – Análise quantitativa de riscos 40

3.1.19 – Planejamento de respostas a riscos 41

3.1.20 – Planejar compras e aquisições 42

3.1.21 – Planejar contratações 43

CONCLUSÃO 48

ANEXOS 49

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 53

ÍNDICE 56

Page 58: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS …que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéque para a competividade e

58

FOLHA DE AVALIAÇÃO

NOME DA INSTITUIÇÃO:

TÍTULO DA MONOGRAFIA:

AUTOR:

DATA DA ENTREGA:

AVALIADO POR: CONCEITO: