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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA O SISTEMA LAGUNAR DE JACAREPAGUÁ Por: Felipe Santos Reneault Orientador Prof. Francisco Carrera Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O SISTEMA LAGUNAR DE JACAREPAGUÁ

Por: Felipe Santos Reneault

Orientador

Prof. Francisco Carrera

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O SISTEMA LAGUNAR DE JACAREPAGUÁ

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialidade em Gestão

Ambiental.

Por: Felipe Santos Reneault

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AGRADECIMENTOS

A Deus todo poderoso, sem Ele nada

seria possível, em especial meus pais

Elisabeth e José Antônio, minha irmã

Nathália, enfim a todos que direta ou

indiretamente para que conseguisse

concluir este trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a : minha namorada

Loanes, meus tios Paulo e Angelina e

professor Marcelo Ramos pelo incentivo,

compreensão e dedicação ao longo

deste curso.

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METODOLOGIA

O atual estudo desenvolvido será caracterizado como uma pesquisa

bibliográfica. Após a seleção dos dados, será realizada uma leitura minuciosa

sobre as informações do sistema lagunar de Jacarepaguá, que é o tema do

trabalho. As fontes de pesquisa e analise serão primárias e secundárias, já que

serão utilizados livros, monografias, páginas da web dentre outros materiais.

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SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................... 07

INTRODUÇÃO ............................................................................................ 08

CAPÍTULO I - A HISTÓRIA E OS ASPECTOS DE JACAREPAGUÁ...............10

1.1 Conceito ................................................................................................ 10

1.2 Bioma .................................................................................................... 11

1.3 Fauna e Flora ........................................................................................ 12

1.4 Hidrografia ............................................................................................. 14

CAPÍTULO II - CONHECENDO O ESPAÇO................................................ 18

2.1. Área Geográfica ................................................................................... 18

2.3 Ocupação da área ................................................................................. 18

CAPÍTULO III – BUSCANDO SOLUÇÕES .................................................. 21

3.1 Degradação ........................................................................................... 21

3.2 Possíveis soluções para o Sistema Lagunar de Jacarepaguá ......... .22

CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 25

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .................................................................. 26

ÍNDICE ........................................................................................................ 27 FOLHA DE AVALIAÇÃO ............................................................................. 28

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RESUMO

O trabalho trata da baixada de Jacarepaguá, que possui um complexo lagunar

que cada dia vem sofrendo com intensa agressão ao seu ecossistema natural,

por causa da ocupação humana sem infra-estrutura urbana e com o despejo

de resíduos industriais e domésticos em seus corpos hídricos causando grande

impacto ambiental e possíveis problemas ao ambiente.

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INTRODUÇÃO

Situada na região litorânea oeste da cidade do Rio de Janeiro, a

Baixada de Jacarepaguá possui uma área de 160 km² – que compreende os

bairros do Itanhangá, da Barra da Tijuca, de Jacarepaguá, do Recreio dos

Bandeirantes, de Vargem Grande e de Vargem Pequena – e está situada

numa extensa planície sedimentar de depósitos recentes do período

quaternário. Essa planície, que forma um imenso triângulo, é circundada nas

laterais por dois maciços (Tijuca e Pedra Branca), e na sua base localiza-se a

faixa de praia do litoral atlântico. Trata-se, portanto, de uma região recente do

ponto de vista geológico.

A escolha do tema a ser desenvolvido deu-se a partir da observação da

degradação do ambiente lagunar que é situada em uma Área de Preservação

Ambiental. Que nos últimos anos vem sofrendo com um acelerado processo de

desenvolvimento das atividades urbanas em seu entorno e de expansão do

desgaste do ecossistema. O crescimento da malha urbana, o desmatamento e

a expansão das atividades em suas encostas imprimem hoje, na paisagem,

grandes modificações de seus elementos; e definem, assim, uma nova

paisagem.

O objetivo deste trabalho é fazer um estudo sobre o Sistema Lagunar de

Jacarepaguá para levantar os prejuízos ambientais que este rico complexo

natural vem recebendo ao longo dos anos de ascenção da população

emergente dos bairros de Jacarepaguá, Recreio e Barra da Tijuca e buscar

possíveis soluções para a preservação do sistema.

A pesquisa será organizada nos seguintes capítulos:

O primeiro capítulo trata sobre a História e os aspectos de Jacarepaguá,

destacando o Conceito, o Bioma, a Fauna e Flora e a Hidrografia.

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O segundo capítulo terá ênfase no espaço, destacando o Ambiente, a

Área Geográfica e a Ocupação da área.

O terceiro capítulo tem como foco a Degradação do Sistema Lagunar de

Jacarepaguá e analise de Possíveis Soluções para o complexo, seguindo com

as Considerações Finais e Bibliografia Consultada.

CAPÍTULO I

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A HISTÓRIA E OS ASPECTOS DE JACAREPAGUÁ

1.1 O Conceito

A palavra Jacarepaguá deriva-se da língua Tupi-Guarani: YACARE

(jacaré), UPA (lagoa) e GUÁ (baixa), portanto, “baixa lagoa de jacarés”. As

lagoas da baixada de Jacarepaguá, na época da colonização eram repletas de

jacarés, daí o nome.

Apesar da existência de uma rica diversidade de seres vivos, a imensa

região não possuía dono antes da presença dos europeus.

Somente em 1567, após dois anos a fundação da cidade do Rio de

Janeiro, é que a História de Jacarepaguá começou acontecer. Foi quando

Salvador Correia de Sá, assumiu como primeiro governador da nova cidade e

nomeou dois auxiliares as terras de Jacarepaguá, Jerônimo Fernandes e Julião

Rangel. Os mesmos nunca tomaram posse das Sesmarias concedidas. Porém,

em 1594, o governador Salvador Correia de Sá resolveu revogar o ato anterior

e doar as Sesmarias para seus dois filhos Gonçalo e Martim em 09 de

setembro do mesmo ano.

Nas primeiras décadas do século XVII, Jacarepaguá já possuía razoável

povoamento, em virtude dos diversos arrendamentos feitos pelos Correia de

Sá.

Nos séculos XVII e XVIII, períodos mais ricos do Brasil - colônia, foi a

ocupação dos portugueses com a criação de muitos engenhos de açúcar e ao

mesmo tempo edificando capelas e igrejas, em comum acordo com o poder

eclesiástico, que a população de Jacarepaguá tinha cerca de 1.905 habitantes,

sendo 437 homens, 562 mulheres e 906 escravos.

Jacarepaguá era a região da cidade com mais engenhos de açúcar da

época colonial.Os principais eram o Engenho da Taquara, o Engenho Novo,

Engenho do Camorim, Engenho D’Água, Engenho da Serra e Engenho de

Fora. Sem perder o seu aspecto rural, o progresso chegou a Jacarepaguá,

após a segunda metade do século XIX.

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No período imperial os habitantes de Jacarepaguá tinham que enfrentar

a poeirenta Estrada Real de Santa Cruz, para alcançar a cidade. Em 1858,o

trem chegou à Cascadura, depois em 1875, Bonde puxado a burro ligava

Cascadura, Freguesia e Taquara. Foi a maior revolução para o povo de

Jacarepaguá.

No século XX, quando a República Jacarepaguá continuava agrícola,

porém acolhia as novidades do progresso. A transformação do bairro,

mudando completamente a fisionomia agrícola começou a partir da década de

1970, com a formação de grandes industrias. Surgiram grandes conjuntos

residenciais e os loteamentos legais e clandestinos. A população cresceu

demasiadamente, fazendo de Jacarepaguá uma cidade grande dentro de

outra cidade.

1.2 Bioma

Apesar da poluição, complexo Lagunar da Barra da Tijuca e de

Jacarepaguá abriga um impressionante corredor biológico.

O embarque na pequena chalana é em frente à Ilha Primeira, umas das

dezenas que fazem parte do complexo lagunar da Barra da Tijuca e de

Jacarepaguá, Zona Oeste. Logo, o corredor biológico impressiona os

visitantes: várias espécies de aves, mamíferos, peixes e crustáceos estão

abrigadas num imenso manguezal. Mas o ecossistema é ameaçado por

problemas ambientais como a poluição, o crescimento habitacional vertiginoso,

a caça e captura de animais silvestres.

1.3 Fauna e Flora

Apesar das alterações antrópicas, o Bosque da Barra ainda mantém

suas características ecológicas naturais. A vegetação encontrada na área

pertence às Formações Pioneiras de influência marinha (Mata de Restinga), de

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acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Embora esteja isolado e alterado pelo homem, o ecossistema existente

no Parque Arruda Câmara é bem similar àquele que, originalmente,

encontrava-se em toda a Baixada de Jacarepaguá, formado por biótopos

típicos como os brejos, várzeas turfosas alagadiças e planícies arenosas. As

espécies botânicas encontradas são conspícuas das restingas cariocas.

A vegetação é caracterizada por um estrato arbóreo-arbustivo pouco

diferenciado, com indivíduos jovens e ervas reptantes e altas. Nas espécies

xerófitas é comum a presença de folhas coriáceas ou carnosas, espinhos e

acúleos. Estas no período de maior estiagem - normalmente no inverno,

apresentam a caducifolia (perda de folhas) para aumentar a economia de

água, através da redução da evapotranspiração.

O Bosque da Barra, além de um centro de lazer integrado à natureza,

também é um local para trabalhos educacionais e científicos, bem como para a

produção de mudas de espécies nativas das restingas cariocas. Este último

trabalho é desenvolvido no Horto Carlos Tolledo Rizzini, que comercializa parte

da produção.

Muitas espécies encontradas no Parque são raras e ameaçadas de extinção.

Pode-se citar: a quaresminha (Marcetia taxifolia - Melastomataceae), a Croton

migrans -

Euphorbiaceae, o murtilo (Myrrhinium atropurpureum - Myrtaceae), o cacto-

coroa-de-frade (Melocactus violaceus - Cactaceae), o bacopari (Rheedia

brasiliensis - Guttiferae), o araçá-da-praia (Tocoyena bullata - Rubiaceae), a

jarrinha (Aristolochia macroura - Aristolochiaceae), único alimento da

ameaçada borboleta-de-praia, entre outras também ameaçadas de extinção.

Para recompor a paisagem, foram introduzidas algumas espécies

exóticas como o abricoteiro (Mimusops cariacea - Sapotaceae), a amendoeira

(Terminalia catappa - Combretaceae), o jameloeiro (Syzygium jambolanum -

Myrtaceae), o algodoeiro-da-praia (Hibiscus tiliaceus - Malvaceae), entre

outras.

Das nativas reintroduzidas observam-se a saboneteira (Sapindus saponaria -

Sapindaceae), a munguba (Pachira aquatica - Bombaceae), a goiabeira

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(Psidium gayava - Myrtaceae), o cajueiro (Anacardium occidentale -

Anacardiaceae), entre outras.

Nas áreas brejosas e alagadiças, a mata paludosa é formada por

espécies de porte arbóreo-arbustivo como o pau-de-tamanco (Tabebuia

cassinoides - Bignoniaceae) e o ingá-do-brejo (Inga uruguensis - Leguminosae)

e herbáceas como a samambaia-do-brejo (Acrostichum aureum -

Polypodiaceae), a taboa (Typha domingensis - Typhaceae), as cruzes-de-malta

(Ludwigia spp), o cairuçu (Hydrocotyle bonariensis - Umbelliferae),entre outras.

Das orquídeas, há destaque para o sumaré-da-restinga (Cyrtopodium

paranaënsis - Orchidaceae), também ameaçada de extinção.A biodiversidade

botânica do Parque Arruda Câmara é relativamente grande, devido à proteção

e vigilância local, bem como aos trabalhos de reintrodução e multiplicação de

espécies nativas.

O pequeno diâmetro à altura do peito - DAP, registrado para os

exemplares observados, corrobora a afirmação da pouca idade da mata local.

O estado fitossanitário geral é classificado como bom, com a maioria dos

espécimes produzindo floradas e sementes nos seus respectivos períodos

reprodutivos.

Os diversos biótopos são bem representados.

O muro que cerca todo o Bosque da Barra, a presença de espécies exóticas e

a urbanização da Baixada de Jacarepaguá, a longo prazo, podem criar

problemas para a biota local, tais como a interferência no sistema hídrico e o

isolamento de certas espécies.

A fauna encontrada no Bosque da Barra ainda é bem representativa,

sendo uma boa amostra da riqueza zoológica que existia em toda a Baixada de

Jacarepaguá.

Tem-se como representantes da mastofauna : o mão-pelada (Procyon

cancrivorus) e o furão (Galictis vittata), entre os visitantes locais; as cuícas

(Philander opussum e Marmosa incana), o gambá (Didelphis marsupialis) e os

ratos-do-mato (Oryzomys nigripes, Akodon arviculoides e Nectomys sp), o

introduzido mico-estrela (Callithrix jacchus), entre outros, formando o

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contigente residente e visitante da fauna.

As aves observadas são as garças-brancas (Casmerodius albus e

Egretta thula), o biguá (Phalacrocorax olivaceus), as marrecas (Dendrocygna

viduata, Amazonetta brasiliensis e Anas bahamensis), os gaviões (Rupornis

magnirostris e Buteogallus meridionalis), a saracura-três-potes (Aramides

cajanea), o jaçanã (Jacana jacana), a rolinha (Columbina minuta), o tiziu

Volatinia jacarina), a lavadeira-mascarada (Fluvicola nengeta), o garibaldi

(Agelaius ruficapillus), entre outras.

Entre os répteis que ainda ocorrem na área do Parque, tem-se o jacaré-

do-papo-amarelo (Caiman latirostris) - sem confirmação recente, o ameaçado

calango-de-cauda-verde (Cnemidophorus ocellifer), além de serpentes como a

parelheira (Philodryas patagoniensis) e a jibóia (Boa constrictor).

Dos artrópodos o destaque fica por conta das borboletas, merecendo

destaque a borboleta-da-praia (Parides ascanius), quase extinta de seu habitat

natural - as restingas brejosas.

A fauna que vive na área do Parque Arruda Câmara é diversificada,

porém, com populações escassas. O isolamento gradativo que o Bosque da

Barra vem sofrendo, seja pelo seu cercamento ou pela perda de áreas

similares contíguas, está condenando as populações animais ao extermínio por

falta de fluxo gênico.

Embora não mais existam os animais de maior porte, ainda há registros

de espécies de pequeno porte. Devido às condições ecossistêmicas, já bem

alteradas pelo homem, a área do Parque não pode oferecer abrigo aos

predadores mais ativos e exigentes quanto ao habitat.

1.4 Hidrografia

A bacia da Baixada de Jacarepaguá encontra-se integralmente situada

no município do Rio de Janeiro. Com cerca de 300 km2 de superfície, abrange

os bairros de Jacarepaguá,Anil, Gardênia Azul, Cidade de Deus, Curicica,

Freguesia, Pechincha, Taquara, Praça Seca e Tanque, todos integrantes da

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Região Administrativa de Jacarepaguá, e os bairros do Joá,Barra da Tijuca,

Itanhangá, Camorim, Vargem Grande, Vargem Pequena, Recreio e Grumari,da

Região Administrativa da Barra da Tijuca.

Os divisores de águas da bacia são constituídos pelas cristas da Pedra

da Gávea, Mesa do Imperador, Maciço da Tijuca (Serra dos Pretos Forros,

São Francisco, Três Rios, Mattheus,Carioca e elevações do Alto da Boa Vista),

Serra do Engenho Velho e Morros do Catonho, do Monte Alto, São José e

Covanca, prosseguindo pelo Maciço da Pedra Branca (Serras de Santa

Bárbara, Sacarrão, Nogueira e Quilombo Grumari e Geral de Guaratiba).

A bacia é formada pelos rios que descem das vertentes dos Maciços da

Tijuca e da Pedra Branca e do escudo rochoso situado ao norte da baixada, e

pelas lagoas da Tijuca, Camorim, Jacarepaguá, Marapendi e Lagoinha. A

drenagem tem como destino às lagoas, em primeira instância, e em seguida o

mar. Da área total da bacia, cerca de 176 km2 referem-se as superfícies

drenadas pelos rios.

O sistema formado pelas lagoas de Jacarepaguá, Camorim e Tijuca

apresenta um espelho d’água de cerca de 9,3 km2 . Juntas possuem uma

extensão de aproximadamente 13 km.

Na prática, a Lagoa de Camorim se comporta mais como um canal de

ligação entre as lagoas de Jacarepaguá, a oeste, e a da Tijuca, à leste. A

Lagoa da Tijuca, por sua vez, recebe as águas da Lagoa de Marapendi pelo

canal de mesmo nome, que tem cerca de 4 km de comprimento. As águas

então se dirigem em conjunto para a sua barra através do Canal da Joatinga.

Este sistema hidrográfico possui duas ligações com o mar, uma ao

leste, no Canal da Joatinga, e outra a oeste, no Canal de Sernambetiba. Pelo

primeiro se dá a entrada de água do mar, mais salgada, na Lagoa da Tijuca e

desta para a Lagoa de Marapendi, pelo Canal de Marapendi. No caso da

Lagoa da Tijuca, a penetração da maré é atenuada,atingindo valores

desprezíveis na altura da Lagoa de Camorim.

A Lagoa de Jacarepaguá possui a maior área drenante da região (102,8

km2). A Lagoa da Tijuca possui o maior espelho d’água (4,8 km2), mas uma

pequena área drenante com cerca de 26 km2. Já a Lagoa de Camorim tem

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uma característica inversa à da Tijuca, possuindo um pequeno espelho d’água

com cerca de 0,8 km2 que normalmente é repartida14 entre as áreas das

lagoas da Tijuca e Jacarepaguá, mas uma grande área drenante com cerca de

91,7 km2.

A Lagoa de Marapendi situa-se entre uma estreita faixa de praia e as

lagoas mais interiores (Tijuca, Camorim e Jacarepaguá). Possui cerca de 10

km de comprimento e 350 m de largura média. Tem, portanto o formato

alongado, dividida em 7 compartimentos semelhantes a bolsões que reduzem

a sua capacidade de renovação. Está ligada à Lagoinha pelo Canal das Taxas,

o qual encontra-se assoreado em alguns trechos e totalmente coberto por

macrófitas, o que causa uma troca precária entre as duas lagoas por esta

ligação.

Juntas possuem um espelho d’água de aproximadamente 3,5 km2. Na

extremidade oposta ao Canal das Taxas, a Lagoinha liga-se ao Canal das

Taxas, através do qual recebe uma pequena contribuição hídrica devido ao

avançado processo de assoreamento desta ligação.

Tanto a Lagoa de Marapendi quanto a Lagoinha estão associadas a

parques ecológicos municipais. A primeira está, a partir do segundo bolsão,

dentro da reserva biológica de Marapendi e na sua parte final, já no Recreio,

dentro da área do Parque Zoo-Botânico. A Lagoinha, por sua vez situa-se no

Parque Chico Mendes. A interação do sistema lagunar com o mar adjacente se

faz através dos canais de ligação já citados, o da Joatinga e o de

Sernambetiba. As trocas de água entre os dois sistemas, mediante a ação do

regime de marés, não é suficiente para renovar grande parte das águas das

lagoas.

O Canal de Sernambetiba atualmente fechado por enrocamento, atenua

a ação da maré, praticamente impedindo a sua penetração, não renovando as

suas águas. Este canal temum papel fundamental no escoamento das águas

provenientes do Maciço da Pedra Branca.

O Canal da Joatinga tem um papel fundamental nas trocas entre as

lagoas da Tijuca e Marapendi e o mar. Devido ao grande volume de água que

passa pelo canal a cada ciclo de maré, é certo que a água proveniente das

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lagoas atinja a região litorânea adjacente, alterando as condições naturais e

prejudicando a balneabilidade das mesmas. Em função disto, a praia da Barra

da Tijuca é a mais prejudicada.

CAPÍTULO II

CONHECENDO O ESPAÇO

2.1 Área Geográfica

Jacarepaguá é um bairro de classe média da Zona Oeste do Rio de

Janeiro, no Brasil. Localiza-se na Baixada de Jacarepaguá, entre o Maciço da

Tijuca e a Serra da Pedra Branca.

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No entanto, é um bairro em processo de desmembramento, pois

importantes áreas do que sempre se entendeu historicamente como a parte

principal de Jacarepaguá, com o tempo foram se desmembrando e tornando-

se bairros próprios, como é o caso dos bairros Anil, Curicica, Cidade de Deus,

Freguesia, Gardênia Azul, Pechincha, Praça Seca, Tanque e Taquara, que

junto com Vila Valqueire e o próprio Jacarepaguá, fazem parte da XVI Região

Administrativa (R.A.) - Jacarepaguá - do município do Rio de Janeiro.

O que restou do antigo bairro de Jacarepaguá hoje são inúmeras

localidades com nomenclaturas próprias, em geral loteamentos ainda recentes

e que não foram ainda oficializados como bairros pela prefeitura, além da área

onde está o Autódromo e o Riocentro.

2.3 Ocupação da Área

O maciço da Pedra Branca vive atualmente um acelerado processo de

desenvolvimento das atividades urbanas em seu entorno e de expansão da

degradação do ecossistema florestal. O recém aprovado PEU das Vargens

constitui apenas mais um vetor de alteração radical das condições ambientais.

O crescimento da malha urbana, o desmatamento e a expansão das atividades

agrícolas em suas encostas imprimem hoje, na paisagem, grandes

modificações no arranjo espacial de seus elementos; e definem, assim, sua

nova paisagem. Por ser área de expansão urbana, ou seja, onde o

crescimento dos núcleos de ocupação estão ainda se processando, o maciço

da Pedra Branca guarda, no seu espaço, traços de um conflito rural-urbano.

Dados do Instituto Municipal de Planejamento (IPLAN) dão, para os

bairros localizados em seu sopé, elevadas taxas de crescimento populacional

ao longo das décadas de 1990 e 2000. Estas se deram pelo crescimento da

chamada cidade informal, com a proliferação de favelas e loteamentos

irregulares, avançando pela mata atlântica do Parque Estadual da Pedra

Branca. Como resultante deste processo, cresceram exponencialmente

problemas ligados ao saneamento básico. A presença do Parque Estadual da

Pedra Branca não é suficiente para impedir o avanço – seja por favelas ou

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residências de luxo – sobre as encostas da mata atlântica do maciço da Pedra

Branca.

São consideravelmente numerosos os casos de invasão da área do

Parque Estadual da Pedra Branca tanto por favelas quanto por condomínios de

classe média e alta. Enquanto as primeiras caracterizam-se por um

adensamento espacial e uma alta densidade de população, os segundos

espraiam-se pelas encostas em vastas áreas. O resultado deste desencontro

de políticas públicas de planejamento do crescimento é urbanização informal

das encostas do Maciço da Pedra Branca, seja acima ou abaixo da cota de

100 metros – o limite do Parque Estadual da Pedra Branca.

Com a ocupação de São Conrado pela classe alta nos anos 70 e com a

Zona Sul demonstrando claros sinais de saturação em termos populacionais, a

indústria da construção civil voltou-se para o bairro da Barra da Tijuca,

seguindo o caminho da orla marítima. Essa ocupação introduziu uma inovação

no produto imobiliário da cidade, que modificou os padrões de habitabilidade

das classes mais favorecidas da população em relação ao estoque residencial

da cidade. Começam a surgir os grandes condomínios fechados, horizontais e

verticais, definindo uma nova forma de consumo do espaço urbano. A

proximidade com a orla, o grande espaço ainda não edificado e a elaboração

de um plano diretor para a ocupação da região foram fundamentais para

impulsionar o “boom” imobiliário que se iniciou na Barra da Tijuca em meados

dos anos 70.

O tipo de ocupação desse espaço urbano acarretou um problema que

fica cada dia mais evidente na área: o aparecimento de bolsões de pobreza.

As diversas construções que surgiram no bairro atraíram um sem-número de

operários em busca de trabalho, que, com o passar do tempo, foram trazendo

suas famílias, e, devido às dificuldades de transporte existentes na época,

acabaram por se fixar nas proximidades das obras; foi assim que surgiu, por

exemplo, a favela do Rio das Pedras, próxima ao Itanhangá. Alguns desses

trabalhadores foram morar no interior da Baixada de Jacarepaguá, mais

especificadamente na Cidade de Deus, para onde foram transferidos os

desabrigados da enchente de 1966 que assolou a cidade.

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Os condomínios fechados que surgem na Barra da Tijuca nos anos 70

inauguraram uma nova concepção de moradia e, como já foi mencionado

anteriormente, criaram uma forma inovadora de consumo do espaço urbano:

possuindo uma vida social centralizada pelos clubes, saunas e piscinas,

construídos em seus interiores, esses condomínios fortemente vigiados são

verdadeiras ilhas, onde o espaço exterior é visto com certa hostilidade por seus

moradores.

Em linhas muito gerais, este é o quadro de ocupação da área da

baixada de Jacarepaguá, onde se soma à ocupação pela elite o crescimento

das populações precariamente incluídas. Na vida da cidade pode-se ver que

historicamente segue-se à cidade formal (onde minimamente foram instalados

equipamentos urbanos como ruas, saneamento, regras construtivas, etc) o

crescimento lateral da cidade informal (representada pelas favelas, invasões e

construções precárias em áreas de risco). Praticamente todas as favelas

existentes no Maciço da Pedra Branca acompanharam os movimentos de

crescimento da cidade formal. A necessidade de serviços desta, aliada à

precária rede de transporte público leva forçosamente à geração de novas

ocupações irregulares.

CAPÍTULO III

BUSCANDO SOLUÇÕES

3.1 Degradação

O conjunto de resultados obtidos ao longo de 30 anos revela, em

síntese, que o Complexo Lagunar de Jacarepaguá, bem como os rios e canais

de sua bacia hidrográfica, encontram-se sob intensa influência de águas

residuárias, ricas em matéria orgânica, oriundas de fontes urbanas e/ou

industriais. No sistema lagunar de Jacarepaguá, o impacto antropogênico pode

ser observado, principalmente, a partir dos parâmetros de natureza orgânica –

OD, DBO, Nitrogênio e Fósforo, indicadores típicos do grau de degradação

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e/ou eutrofização do ambiente. Além disso, destaca-se a redução do espelho

d’água, devido aos aterros clandestinos, à ocupação inadequada da faixa

marginal de proteção, e à formação de ilhas por assoreamento.

O transporte de sedimentos, através da bacia hidrográfica, é

intensificado em função da degradação da mata ciliar e da erosão nas

vertentes dos vales. Além da sedimentação, as condições do complexo lagunar

são agravadas por uma intensa ação antrópica local, que contribui para a

entrada de resíduos sólidos e líquidos nesse ambiente.

O Complexo Lagunar de Jacarepaguá é um sistema sob impacto

antrópico, cuja viabilidade depende hoje, paradoxalmente, de processos de

intervenção humana que visem eliminar os aportes externos, de modo a

proporcionar a recuperação desse sistema.

O processo de eutrofização artificial já era apontado em 1986 como de

séria gravidade (Saieg-Filho, 1986) e vem gerando eventos de florações,

principalmente de cianobactérias, muitas vezes tóxicas. O primeiro registro de

florações de cianobactérias na lagoa de Jacarepaguá data de 1970, num

estudo de Semeraro e Costa (1972) que não citaram os organismos

formadores dessa floração.

Atualmente as florações de cianobactérias são causadas principalmente

por Microcystis aeruginosa e vêm provocando intensa coloração verde às

águas da lagoa, além de apresentarem toxidez.

A permanência de cepas tóxicas de M. aeruginosa na Lagoa de

Jacarepaguá alerta para o risco potencial de contaminação humana através do

consumo do pescado ou do contato primário. O problema é agravado por

serem os ecossistemas costeiros berçário de várias espécies da biota aquática

marinha, muitas de interesse comercial. Nesse sentido, é recomendável que a

população observe sempre a coloração das águas do complexo lagunar, sendo

esta um alerta para os riscos decorrentes do consumo do pescado local.

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3.2 Possíveis soluções para o Sistema Lagunar de

Jacarepaguá

Nos últimos 30 anos, as lagunas da Tijuca, Camorim e Jacarepaguá,

que ocupam quase 7% de toda área da Baixada de Jacarepaguá (140 Km2),

sofreram um processo crescente de degradação causada pelo homem.

Aterros ilegais, lançamento indiscriminado de lixo e esgoto, dragagens

mal conduzidas, além da ocupação ilegal de suas margens produziram uma

deformação na natureza.

Esta deformação das condições naturais das lagunas de Jacarepaguá é

indesejável à boa qualidade de vida do carioca e deve ser revertida. Ainda

temos tempo para recuperar uma das mais belas paisagens do Rio de Janeiro.

Basta que a sociedade organizada tome para si a fiscalização e a condução

das cobranças.

Com o início das obras do saneamento básico da região torna-se

sensato programar as ações de revitalização do complexo lagunar.

Prioritariamente duas são as iniciativas emergenciais que indicam ser as mais

eficazes para interromper a progressão da degradação.

Uma delas é a dragagem de desobstrução da garganta lagunar na altura

do arquipélago da Ilhas da Gigóia entre outras, ou seja, atrás do Shopping

Barra Point. Esta desobstrução aumentaria a capacidade das trocas de água

entre o mar e as lagoas, renovando as suas águas. Outra vantagem seria a

resalinização das águas da Lagoa de Camorim e Jacarepaguá o que

minimizaria os riscos da proliferação dos mosquitos da febre amarela e do

dengue.

Outra ação emergencial seria a demarcação da faixa de proteção

lagunar. Ao longo dos últimos a ocupação ilegal e a falta de manutenção das

margens propiciaram a perda de área do espelho d’água além do aporte de

grande quantidade de lixo e sedimento, assoreando (perda de profundidade)

as lagoas.

Com base nos levantamentos aerofotogramétricos dos anos de 75, 84,

90 e 99 foi possível definir o percentual ocupado e não ocupado da faixa

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marginal da Lagoa de Marapendi. Considerou-se uma faixa de influência com

100 metros de largura a partir da linha d’água da laguna. Percebe-se que

atualmente mais da metade de sua faixa marginal já se encontra ocupada. A

situação das lagoas de Jacarepaguá e Tijuca seguem a mesma tendência. O

gráfico a seguir mostra a tendência de evolução da ocupação da faixa marginal

da Lagoa de Marapendi; a continuar o mesmo ritmo de ocupação observado

entre 1975 a 1999.

Obviamente que a dragagem não pode e nem deve ser realizada sem

critérios e técnicas adequadas. Deve, sim, ser realizada de maneira

ambientalmente sustentável onde os benefícios e os ônus sejam divididos com

todos os atores da sociedade, direta e/ou indiretamente, interessados.

A priori governo, comunidade organizada, empresários, universidades, e

ambientalistas seriam os personagens destacados para conduzir o processo.

Tem-se aí uma grande oportunidade de realizar um programa de

recuperação lagunar com a participação de vários segmentos da sociedade

visando o bem comum e a transparência do processo.

A nível operacional sugere-se a formação de um conselho técnico

composto por representantes técnicos do governo, empresários, comunidade,

e universidade para conduzir as decisões operacionais de campo. Além disso

estes representantes ficariam incumbidos de informar, discutir, e levar as

impressões dos diversos setores da sociedade que representam para este

conselho.

Trata-se de uma oportunidade impar e quem sabe possa ser modelo

para futuras ações visando o desenvolvimento sustentável da Baixada de

Jacarepaguá.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desrespeito à natureza, algo tão comum no mundo em que vivemos,

é a causa da degradação do Sistema Lagunar de Jacarepaguá. A presença

das gigócas e das cianobactérias nas águas dos canais, lagoas e até mesmo

das praias da Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Recreio.

Este trabalho conclui-se com o intuito de poder ajudar a reverter este

quadro. Á conscientização da população e dos governantes é de fundamental

importância. Mas de nada adiantará se os empresários do local não tiverem

práticas de preservação da área também.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BONACELLA, Paulo Henrique. A poluição das águas. Editora Moderna, 1990.

(Coleção Desafios), São Paulo.

CIDADE, Coleção estudos da (2002) – Dados sobre a Região da Barra da

Tijuca – encontrado no site: www.portalgeo.rio.rj.gov.br

PAULINO, Wilson Roberto. - Ecologia atual. Editora Ática, São Paulo,1991.

http://www.feema.rj.gov.br/complexo-lagunar-jpa.asp?cat=75&subcat=80:

acessado em 12 de dezembro.

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http://www.oceanica.ufrj.br/costeira/images/PCCR_SisBAHIA/Jacarepagua-

Trocadagua.gif: acessado em 07 de janeiro de 2012.

http://www.serla.rj.gov.br/leis/leis.asp : acessado em 28 de janeiro de 2012.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO .......................................................................................... 2

AGRADECIMENTO .......................................................................................... 3

DEDICATÓRIA ................................................................................................. 4

METODOLOGIA............................................................................................... 5

SUMÁRIO ........................................................................................................ 6

RESUMO ......................................................................................................... 7

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 8

CAPÍTULO I

A HISTÓRIA E OS ASPECTOS DE JACAREPAGUÁ ................................. 10

1.1 – O conceito ............................................................................................. 10

1.2 – Bioma .................................................................................................... 11

1.3 – Fauna e Flora ........................................................................................ 12

1.4 – Hidrografia ............................................................................................. 14

CAPÍTULO II

CONHECENDO O ESPAÇO ........................................................................ 18

2.1 – Área Geográfica .................................................................................... 18

2.3 – Ocupação da área ................................................................................. 18

CAPÍTULO III

BUSCANDO SOLUÇÕES .............................................................................. 21

3.1 – Degradação .......................................................................................... 21

3.2 – Possíveis soluções para o Sistema Lagunar de Jacarepaguá .......... 22

CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 25

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................... 26

ÍNDICE ......................................................................................................... 27

FOLHA DE ROSTO ..................................................................................... 28

FOLHA DE AVALIAÇÃO

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NOME DA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES TÍTULO DA MONOGRAFIA: O SISTEMA LAGUNAR DE JACAREPAGUÁ AUTOR: FELIPE SANTOS RENEAULT DATA DE ENTREGA: / / AVALIADO POR: CONCEITO :