universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo “lato … · expressar, usando suas próprias...

40
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O DESAFIO DA LIDERANÇA NO SÉCULO XXI Por: Tatiane Pallot Ranquine Orientador Prof. Carlos Cereja Rio de Janeiro 2010

Upload: others

Post on 01-Dec-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O DESAFIO DA LIDERANÇA NO SÉCULO XXI

Por: Tatiane Pallot Ranquine

Orientador

Prof. Carlos Cereja

Rio de Janeiro

2010

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O DESAFIO DA LIDERANÇA NO SÉCULO XXI

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão

Empresarial.

3

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por estar

sempre ao meu lado, me ajudando a

caminhar. A meu marido pela

compreensão, carinho e ajuda na

obtenção de meus objetivos e aos

meus funcionários, que contribuíram

direta e indiretamente para meu

aprendizado profissional,

especialmente no que diz respeito ao

assunto desta monografia.

4

DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia a meus pais, por

contribuírem em minha formação pessoal

e profissional, sem eles esse trabalho não

poderia ser concluído.

5

RESUMO

Liderar pessoas é hoje a chave de sucesso para as organizações e até

mesmo para melhorar os problemas do mundo. O atual mundo globalizado em

que vivemos, de rapidez e tratamento das informações, a necessidade de

inovação e criatividade faz com que as empresas percebam seus ativos

intangíveis, as pessoas, estão atentos a importância dos mesmos para o

sucesso da empresa, tornando -se fator crítico de sucesso contra a

concorrência. As empresas compreenderam que o antigo estilo de liderança já

não funcionava nos tempos atuais, o autoritarismo foi substituído pela

inspiração, e que a liderança não se faz apenas dentro de sua própria equipe,

para liderar competentemente é preciso fazer parcerias com fornecedores,

clientes, acionistas, chefias etc.

6

METODOLOGIA

Este trabalho baseia-se em pesquisas bibliográficas. Como pesquisa

bibliográfica, foram utilizados livros, revistas, fóruns e matérias na internet que

abordam o assunto, destacam-se os autores: Kouzes, Posner, Sônia Brandão,

César Souza.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Liderança - O Conceito 10

CAPÍTULO II - Porque se adequar ao novo modelo de liderança 21

CAPÍTULO III – O líder, principal chave para o desenvolvimento da

organização 30

CONCLUSÃO 37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40

8

INTRODUÇÃO

O presente trabalho traz um tema milenar: liderança; tal estudo foi

baseado em pesquisas bibliográficas tendo como delimitação empresas de

grande porte, porém tratando assuntos atuais como: O desafio da liderança no

século XXI. A questão central desta monografia é: Porque se adequar ao novo

modelo de liderança?

O assunto sugerido é de extrema importância pois os desafios do

século XXI no mundo dos negócios tem migrado bruscamente o conceito de

liderança autoritária para liderança inspiradora.

Comprova-se a escassez de líderes em todo o mundo, na política, nas

empresas, comunidades, famílias e escolas, se dá por vandalismo, brigas,

corrupções, desrespeito ao próximo e demais situações encontradas a

qualquer momento em um caderno de noticiário.

A concorrência, as mudanças tecnológicas e sobretudo a busca

incessante por clientes tem feito as empresas observarem mais seus ativos

intangíveis, analisando assim por outras perspectivas seus colaboradores,

incentivando inovação, criatividade e dando oportunidade de exposição;

Nesse momento o papel do líder é fundamental, funcionando como

uma alavanca, principalmente para a nova geração de profissionais chamada

geração Y, cujo perfil é dotado de pressa, ansiedade, criatividade e

informalidade.

Para a geração Y, o antigo perfil de liderança autoritária não funciona

mais.

Entende-se que não basta melhorar o que está pronto, é preciso ter

habilidade de enxergar o novo, reinventar, descobrir novos talentos, estar

9

preocupado com a saúde física e psico-social de sua equipe, servir de

exemplo, prezar por valores como ética, transparência e respeito ao próximo,

construir inteligência emocional e um código de conduta com os membros da

equipe, características que o modelo antigo não se preocupava, pois sua

atenção primária era voltada a resultados, seguindo procedimentos

engessados, cumprindo metas e delegando tarefas.

Por mais que saibamos que as leis da gestão não são

predeterminadas e sequer eternas, ainda encontramos líderes vivenciando o

século passado.

São portanto, objetivos desta monografia mostrar o modelo de

liderança nesse mundo globalizado e como a geração Y impacta nesse novo

modelo.

No primeiro capítulo será abordado o conceito da liderança, assim

como os modelos dos séculos XX e XXI.

O segundo capítulo descreve porque se adequar ao novo modelo de

liderança, como liderar a geração Y e equipes virtuais, enfatizando também a

importância de formar Líderes e como formar uma equipe de sucesso.

O terceiro capítulo trata o líder como principal chave para o

desenvolvimento da organização, falando também como o mesmo pode se

desenvolver.

10

CAPÍTULO I

Liderança - O Conceito

O processo dinâmico de liderança é algo milenar, em qualquer lugar do

mundo haverá líderes, sejam religiosos, voluntariados, jovens, assalariados,

idosos, homens e mulheres, de diferentes raças e classes sociais.

É o simples ato de mobilizar outras pessoas a realizarem coisas

extraordinárias, e desafiadoras.

A liderança não é genética nem atávica, é um conjunto identificável de

talentos e capacidades disponíveis a cada um, como já diziam Kouzes &

Posner (2008).

Liderança independe de sexo, posição hierárquica, crença religiosa,

ideologia, idade e profissão, qualquer pessoa pode se tornar um líder em

algum momento da vida, não é uma habilidade para poucos privilegiados,

confirma Souza (2010).

Outra definição mais diretamente relacionada com a liderança na

organização, conforme Jordão, diz que:

“Líder é aquele que mantém pessoas que nele acreditam,

que possui seguidores. Agora quando o foco é a

organização, podemos dizer que líderes são aqueles que

conseguem os resultados esperados através de outras

pessoas. Hoje em dia o que diferencia uma organização

de outra são as pessoas e, principalmente, a forma de

gestão existente... Liderar é fazer com que os outros

11

façam voluntariamente o que precisa ser realizado. É

conduzir as pessoas em direção a um propósito, as vezes

influenciando seus comportamentos.” (JORDÃO, 2004,

p.19).

Liderar é relacionar-se com pessoas, de forma respeitosa e mútua, e

acima de tudo com confiança e compromisso, demonstrando seus objetivos e

incentivando sua equipe a transformar seus ideais em algo concreto, porém de

sua própria vontade, impulsionados pela motivação e não oprimidos pelo medo

e pela desconfiança.

Um competente líder impulsiona sua equipe a desempenhar tarefas que

a primeira vista seriam impossíveis de se resolver, pois acreditam que o

mesmo os guiará e demonstrará o caminho certo, estando a seu lado a todo

momento, tornando assim a tarefa menos dolorosa, já afirmava Kouzes &

Posner (2008);

Abaixo também demonstram como as pessoas constatam a

credibilidade de seus líderes.

“Quando se trata de decidir se um líder é confiável, em

primeiro lugar as pessoas escutam o que ele diz, depois

observam como ele age. Ouvem a conversa, depois

olham para as ações... O veredicto “confiável” é dado

quando as ações correspondem as palavras. Se as

pessoas não vêem coerência, chegam a conclusão, na

melhor das hipóteses, de que o líder não é realmente

sério, e na pior das hipóteses, que não passa de um

refinado hipócrita.“ (Kouzes & Posner (2004, p. 38);

12

Liderar é algo próprio de cada indivíduo, um líder deve ser capaz de se

expressar, usando suas próprias experiências, sua própria voz, não deve

contar com experiências alheias nem usar estilos de quem quer que seja, sua

equipe deve saber reconhecer suas falas e atitudes, segundo Kouzes &

Posner (2008);

Segundo Souza (2010), liderança não é posição social nem exercício de

cargo, o líder não se serve da causa e sim serve a causa, um cargo fornece

poder para uma pessoa comandar, sendo chefe, mas não necessariamente

para liderar.

1.1 Modelos de Liderança do século XXI

Não existe um modelo pré definido de liderança a ser seguido, para

cada situação, cada pessoa ou cada organização um líder deve estar apto a

agir da maneira correta para enfrentar os problemas, e muitas vezes essa

maneira depende muito mais da situação que da personalidade do líder

principalmente por conta das mudanças repentinas a que nosso mundo

globalizado nos submete, a propósito, como já dizia JORDÃO (2004), a

liderança é uma característica a ser desenvolvida, podendo ser aperfeiçoada

desde que se tenha como premissa básica foco nos objetivos e vontade de

ajudar o outro.

No século XX não havia preocupação com qualidade de vida, a vida

profissional era considerada a parte da vida social.

Por mais que não haja um modelo pré-definido, algumas considerações

básicas devem ser de praxe, conforme Kouzes & Posner:

“Por exemplo, os líderes não podem traçar o caminho

sem serem honestos. A prática de liderança de inspirar

uma visão compartilhada implica ser também proativo e

13

inspirador. Quando os líderes desafiam o processo, eles

também se mostram dinâmicos. A probidade, que muitas

vezes é sinônimo de honestidade, desempenha um papel

fundamental na forma como os líderes capacitam outros a

agir, tal como ocorre com a própria competência do líder.

Da mesma forma, os líderes que reconhecem e

comemoram as conquistas significativas – que encorajam

o coração – demonstram inspiração e energia positiva,

que ampliam a compreensão e o comprometimento de

seus subordinados em relação à visão e aos valores.”

(KOUZES & POSNER, 2008, p. 29)

Os líderes devem engajar as pessoas em uma visão compartilhada,

devem conhecer sua equipe e falar sua língua, conhecendo de cor seus

interesses e compreendendo suas necessidades, sonhos, esperanças, visões,

valores e aspirações, segundo Kouzes & Posner (2008).

As mudanças e diversas crises que o mundo tem passado em todos os

estágios, seja ela pessoal ou profissional, leva as organizações a delegarem

indiretamente responsabilidades a todos, independente do nível hierárquico,

muitas vezes a velocidade de uma mudança é tão abrupta que os liderados

precisam tomar decisões, por isso uma das maiores tarefas dos líderes do

século XXI é simples e difícil ao mesmo tempo, precisam encontrar as

melhores pessoas que puderem, motivá-las para que façam o trabalho da

melhor forma possível e à maneira delas próprias, afirma JORDÃO (2004).

14

1.1.1 Liderança Competente

Segundo Souza (2010), os líderes competentes se posicionam, fazem

acontecer, produzem algo que o assimilam, não apenas absorvem.

Atualmente liderança competente não se avalia pelo conhecimento

técnico, pois as empresas são muito complexas e multifuncionais, com

processos e características próprias de suas atividades, um líder não teria

tempo de liderar sua equipe e ser tecnicamente responsável por um referido

processo;

A liderança competente refere-se à capacidade do líder em atingir

metas, conduzir pessoas, administrar conflitos e propor soluções criativas,

principalmente no que tange a planejamento estratégico, acompanhando/

monitorando cada ciclo ou processo de cima.

As decisões devem ser cabíveis a cada situação e/ ou momentos

oportunos; além de precisarem ter notável capacidade de julgamento e

experiência, segundo Kouzes & Posner (2008);

Foco não pode faltar num líder competente, porém se o cenário mudar

será preciso adaptar a nova estratégia; até mesmo em situações adversas, o

líder competente sabe colher bons resultados, podendo até mesmo despertar

forças então desconhecidas, como afirma Souza (2010).

Para JORDÃO (2004), um líder só pode ser considerado competente se

tiver 3 características principais: Habilidade, atitude e conhecimento.

“O líder competente é aglutinador, sinérgico, um

verdadeiro “construtor de pontes” e de convergências

entre posições divergentes: um articulador.” (SOUZA,

2010, p.60)

15

Para aderirem as causas de um líder, seus liderados tem que acreditar

que o mesmo tem competência para guiá-los, caso não tenham certeza quanto

a sua capacidade, provavelmente não aceitarão fazer parte da equipe ou de

um determinado projeto, comprometendo assim o resultado do mesmo e

conseqüentemente afetando a posição de liderança do líder, como afirma

Kouzes & Posner (2008).

1.1.2 Liderança Inspiradora

Liderança inspiradora é baseada em entusiasmo, otimismo, esperança e

emoção.

Pessoas de um modo geral precisam se sentir seguras, motivadas,

impulsionadas a darem o melhor de si, desafiando seu potencial, o papel do

líder é exatamente esse, impulsionar sua equipe, mostrar e dizer que ela é

capaz, trazendo também alegria para o ambiente ao qual se encontram, pois

as emoções são contagiantes, devem ser enérgicos, positivos e entusiásticos

em relação ao futuro.

O líder inspirador consegue de pessoas comuns resultados incomuns,

incentivando-as a fazer além do planejado e quase sempre excedê-lo; em vez

de apenas cobrar as tarefas, incentivam cada um a fazer o melhor, segundo

Souza (2010).

O líder deve ser capaz de avaliar os membros improdutivos da equipe,

através de avaliação de desempenho, para não acumular pendências nem

viver cercado de pessoas pessimistas e acomodadas;

Para Souza (2010) o líder inspirador deve priorizar as necessidades da

equipe e não o desejo dos integrantes; consegue compromisso e disciplina

para cumprimento das metas, não apenas satisfação imediatista.

16

“A palavra entusiasmo nasceu na Grécia antiga e significa

“ter Deus dentro de si”; ser entusiasmado é como ser

inspirado por Deus. Os gregos eram politeístas. Assim a

pessoa que era possuída por um dos deuses era

entusiasmada e, em função disto, poderia transformar a

natureza e fazer as coisas acontecerem... Os Gregos

acreditavam que somente as pessoas entusiasmadas

seriam capazes de vencer os desafios do dia a dia.”

(JORDÃO, 2008, p. 148).

O líder deve ser o primeiro a mostrar-se apaixonado por uma causa,

consequentemente sua equipe também se apaixonará pelos seus ideais;

embora o entusiasmo possa não modificar o conteúdo do trabalho, o líder

certamente tornará o contexto mais significativo; não basta somente terem um

sonho é preciso compartilhar com seu grupo, de forma que se sintam atraídas

e que se mantenham entusiasmadas, são as visões apresentadas diante de

alguns relatos de líderes por Kouzes & Posner (2008);

Além de ter habilidade de conciliar as necessidades de longo prazo com

as pressões de curto prazo, garante o presente enquanto cria o futuro, assim

afirma Souza (2010).

O líder precisa a todo tempo reforçar inspiração, fé, esperança e

otimismo aos membros da equipe, é um trabalho constante e que tem efeito,

pois as organizações passam por muitas mudanças considerando também as

mudanças dos seus ativos intangíveis, as pessoas, sejam elas clientes,

membros da equipe ou de um determinado projeto, superiores diretos ou

indiretos.

“O líder inspirador cria um clima de ética, integridade,

confiança, respeito pelo outro, transparência,

17

aprendizado contínuo, inovação, proatividade, paixão,

humildade e inteligência emocional. Cultiva no liderado

a capacidade de servir clientes, fornecedores,

comunidades e parceiros. Coerente o líder serve de

modelo sobretudo por sua conduta. Pratica os valores

que defende, e não apenas quando está no exercício

do seu papel formal de líder.”

SOUZA (2010, P. 110).

Empolgação e motivação mostram o comprometimento pessoal do líder

na luta pelo cumprimento das metas e dos resultados estabelecidos.

1.1.3 Liderança por honestidade

De acordo com Kouzes & Posner (2008), diante de algumas pesquisas

realizadas pelos mesmos, a honestidade é uma qualidade considerada em

primeiro lugar no que tange as características de liderança.

Para atingir ou superar as metas não se pode agir de qualquer maneira,

a forma com que os resultados são obtidos também devem ser valorizados,

pois em hipótese alguma podemos descartar a ética e integridade, já afirmava

Souza (2010).

Liderar com honestidade é garantia de sucesso e lealdade dos

subordinados.

Em qual for a situação os liderados querem confiar em seus líderes,

tendo certeza de suas características pessoais como: ética e integridade, pois

não há motivação em fazer parte de um equipe com pessoas que trapaceiam,

que não possuem integridade.

18

Os lideres devem conciliar integridade e flexibilidade podendo atingir

grandes resultados. A honestidade manterá o líder em paz consigo mesmo e

fará com que a equipe confie nele. O ato de expressar esse valor nas

interações com seus subordinados e colegas de trabalho irá motivá-los a

trabalhar mais e com mais inteligência.

Ser honesto reúne alguns comportamentos éticos e alguns princípios,

um comportamento íntegro e de caráter dos líderes é o mais cobiçado pelos

liderados, segundo Kouzes & Posner (2008), como o líder reflete sua equipe,

se o mesmo for desonesto, sua equipe também será tachada como tal, e

nunca ficarão realmente certos do cumprimento de metas, suas palavras, a

equipe ficará desfalcada, ou lançada em inverdades.

Como já dizia Souza (2010), a integridade é um dos maiores atrativos de

que o líder precisa dispor para ter legitimidade. Não abra mão dela.

1.2– A Liderança e os liderados do século XX nas

organizações

Após as grandes vitórias do início do século vinte, as pessoas voltavam

para casa acreditando que esse estilo de poder de cima para baixo, de

obedecer ordens sem questionar, fosse o melhor para conseguir o que se

queria.

Muitas pessoas provavelmente voltaram para casa elegendo essa

maneira como a melhor e talvez a única de conduzir seus negócios, seus lares,

os times esportivos, as igrejas e as organizações não-militares.

A necessidade de integração no século XX não era cogitada, cada

pessoa desempenhava suas tarefas individualmente.

19

O líder tinha o nome de “chefe”, controlava, comandava e dava as

ordens prontamente elaboradas para seus subordinados somente executarem,

o que o chefe pensava e dizia determinava o desempenho, como já dizia

JORDÃO (2004).

A informação, algo tão precioso nos dias atuais, não era algo disponível

aos integrantes da equipe; o trabalho era organizado em torno de

departamentos e funções;

Vários níveis de gerentes haviam nas empresas, tomando pra si todas

as decisões- chave;

No século XX, cada pessoa tinha responsabilidades limitadas e a maior

parte de suas atividades não eram controladas, com pouco processo e método

de trabalho.

A equipe em sua maioria, não desenvolvia um bom serviço, pois não

sabiam as metas a serem atingidas assim como não recebia explicações sobre

suas atividades, como por exemplo, o “por que” estariam desempenhando-as,

não tinham pretensão de crescer, pois a mudança de cargo era algo pouco

comentado, não usavam sua criatividade pois sabiam que suas idéias não

seriam ouvidas, tinham medo de compartilhar suas atividades com outros

novos integrantes pois tinham receio de ficar sem emprego.

O mal desempenho de grandes organizações que mesmo nos dias

atuais ainda tem seu modelo baseado no século XX, é pela falta de

interatividade entre os setores e entre as atividades de trabalho, as mesmas

ainda não se deram conta que o mercado mudou, que vivemos num mundo

globalizado onde cada atividade é inteiramente ligada a tantas outras, que os

processos não podem depender única e exclusivamente de uma ou de outra

pessoa, é necessário compartilhar o conhecimento, JORDÃO (2004).

20

21

CAPÍTULO II

Porque se adequar ao novo modelo de liderança

O avanço tecnológico, a globalização e a geração Y levaram às

organizações e às pessoas de um modo geral a mudarem seus estilos de

gestão, porque hoje a mesma ocorre desde o âmbito empresarial ao doméstico

e às associações diversas com ou sem fins lucrativos, tais mudanças trazem

novos conceitos a área de liderança, antes baseados em regras militares,

como comando e controle.

Hoje os pilares básicos para gerenciar pessoas são valores como auto

estima e responsabilidade individual, as ordens não são mais obedecidas sem

que haja razão, é preciso ter um objetivo, compartilhar com os membros da

equipe, solicitando seu apoio e deixando-os a vontade a discutirem suas

dúvidas, anseios e objetivos, é preciso estabelecer metas e acompanhar o time

de perto em cada processo; segundo JORDÃO (2004); a mesma também

afirma que:

“Os líderes de hoje terão de destruir as barreiras erguidas

pelas lideranças passadas e construir pontes. Devem

implantar um novo estilo de gestão, voltado para ajudar

os colaboradores a realizarem o que são capazes de

fazer, criando um ambiente propício à discussão,

assegurando a liberação da capacidade criativa,

formulando uma visão para o futuro, encorajando,

ensinando, cultuando o desprendimento e a diversidade,

respeitando as diferenças e aproveitando as

peculiaridades para obter as melhores ações, intenções e

soluções. É que passam de seus papéis de “apagadores

de incêndio” para papéis mais ativos: eles olham para

22

frente em busca de novas oportunidades de negócios... O

novo trabalho do líder é o de ser um consultor interno,

para ajudar a promover a mudança e oferecer apoio

constante para o esforço de mudança da organização

onde trabalha.” (JORDÃO, 2004, p.41).

A velocidade de reação das organizações frente às mudanças, sejam

elas econômicas, sociais e tecnológicas, depende única e exclusivamente do

líder que precisa montar estratégias com precisão e agilidade para competir e

ganhar de seus concorrentes, afirma JORDÃO (2004).

As empresas se deparam com a falta de sucessores preparados em

todos os níveis, além de não conseguirem o tão sonhado equilibro entre as

diferentes facetas da vida – familiar, profissional, pessoal, espiritual, financeira,

além de cidadania e saúde, segundo Souza (2010)

2.1 Liderando a Geração Y

Geração nascida nas décadas de 80 e 90, é a geração da informação,

habituados com computadores e internet onde tem uma resposta rápida a

quaisquer dúvidas, segundo SOUZA (2010), são dotados de muita pressa e

ansiedade.

É uma geração de resultados e não de processos, vivem tranquilamente

com as diferenças, sejam elas culturais ou sociais, esse é um ponto positivo

para as organizações visto que estão em constantes mudanças e ter pessoas

que tratem com habilidade e simplicidade tais mudanças só ajuda a se

desenvolverem, aprendem rápido e transmitem/ ensinam de forma veloz

também, vão em busca de seus objetivos, não sentem receio e se não sabem

algum assunto, rapidamente procuram as respostas.

23

Essa geração que “corre contra o tempo” fez o estilo de liderança mudar

significativamente, a forma autoritária e controladora antes erguida com muita

honra pelos chefes está fora das organizações, seja ela atual ou não, liderada

por jovens ou não, buscam carreiras brilhantes.

Contam também com um estilo de vida, não são atraídos somente pelo

alto salário, tem de haver qualidade de vida, não vivem para trabalhar,

trabalham para viver.

Hoje em dia é papel do líder Y motivar a sua equipe, dando-lhes tarefas

ousadas e acreditando na solução das mesmas por parte dos membros, é

preciso treinar bem a equipe para que a mesma esteja apta a enfrentar os

desafios mesmo sem a presença de seu líder, isso mostra maturidade na

equipe, e é também uma característica dessa geração, que toma decisões a

todo momento sem medo, principalmente por seu alto nível de formação, é o

que conta SOUZA (2010).

O Líder deve prover uma visão compartilhada, onde todos da equipe

saibam seus objetivos, o objetivo da organização, somente assim poderão

ajudar seus líderes a encontrar soluções criativas e atingir suas metas, para

isso é sempre necessário informar o motivo de cada objetivo, claramente, pois

a geração Y é motivada sempre que entende e concorda com o porquê de

cada tarefa, para isso as decisões não cabem só ao líder, é preciso

compartilhar com todos os integrantes a melhor solução, ouvir cada um, filtrar

o que for pertinente, mas nunca deixar de escutá-los.

É necessário valorizar o que cada um tem de melhor, não criticando

seus defeitos, apenas exaltando suas características e competências.

24

“Na Era do Conhecimento o maior diferencial competitivo

é o Capital Intelectual. Precisamos aprender a trabalhar

em equipe, fazer desabrochar o potencial de cada

pessoa, aprender a viver com diferenças e extrair o

melhor da diversidade que existe dentro de cada

organização. É preciso entender que, trabalhando em

equipe, temos mais chances reais de superar nossos

limites.” (JORDÃO, 2004, p.122).

Com todas essas características as organizações podem extrair ao

máximo o potencial dessa geração, porém não podem deixá-la de lado, pois

precisam de feedback e reconhecimento, precisam de uma causa nobre para

lutarem, já que também se interessam pelo lado social.

2.1.1- Liderança virtual

No mundo atual, com a globalização, resultando em fusões entre

organizações e a velocidade de se obter informações cada vez mais rápidas

fez com que um novo estilo de equipe surgisse: a virtual, seu propósito

principal é redução de custo além de agilidade na comunicação.

As organizações tendem a utilizar todos os tipos de tecnologia

disponíveis para alcançar seus objetivos propostos e necessários, através da

internet, unindo grupos localizados em várias partes do mundo, considera-se

hoje a melhor oportunidade de compartilhar conhecimentos, tornando também

a tomada de decisão mais rápida.

Porém, os líderes com esse tipo de equipe devem ficar atentos com

algumas características de seus liderados, já que não possuem uma figura ao

lado fisicamente, podem tender a protelar suas tarefas, é preciso avaliar a

25

equipe que deve ter algumas características como: pró atividade,

responsabilidade, capacidade de decisão e auto motivação.

O líder virtual deve divulgar a sua equipe metas claras e bem definidas,

detalhando cada atividade, planejando-as, delegando autoridade e controlando

o resultado das mesmas, além de fazer avaliação de cada integrante e dar

feedback aos mesmos. O mesmo deve checar sempre as informações

disponíveis e informar as novas a toda a equipe, com o intuito de se fazer

presente mesmo virtualmente.

“Deve-se procurar mostrar para os colaboradores a

importância de se usar ferramentas de comunicação de

menor custo, tais como internet. Todos precisam sentir

que se a organização não for lucrativa, todos sairão

perdendo e não apenas uma parte dos colaboradores. As

pessoas precisam também se acostumar a esperar por

uma resposta em um tempo, às vezes, maior que o

habitual. A tendência inicial é acreditar que um e-mail

não respondido em 30 minutos, por exemplo, ao tenha

sido compreendido e então o impulso de pegar o telefone

e questionar é grande”. (JORDÃO, 2004, p.125).

2.2 - A importância de formar Líderes

Os vários problemas hoje enfrentados pelo mundo, seja em escolas,

empresas, famílias, bairros, igrejas, na política e etc, deve-se a um fato: grande

parte desses líderes tem posições questionáveis, não agem com honestidade

e não tem valor; segundo Souza (2010), as várias crises que o mundo tem

enfrentado não está relacionado a finanças, social ou climática e sim à

liderança.

26

“A sobrevivência – ou, se preferir, a longevidade, a

perpetuidade, a sustentabilidade a longo prazo – das

empresas será diretamente proporcional à sua

capacidade de desenvolver líderes de qualidade. Não

basta ser capaz de oferecer produtos ou serviços de

qualidade. Líderes eficazes, repito, não apenas gerentes

eficientes.” Souza (2010, p. 10).

A falta de sucessores preparados impede o crescimento de empresas

sólidas quando o fundador se aposenta ou até mesmo quando morre, segundo

pesquisas, mais da metade dos executivos informam que não possui líderes

necessários para executar estratégias empresariais, superar desafios e

aproveitar as diversas oportunidades econômicas, segundo Souza (2010).

Portanto, os líderes precisam desenvolver em seus liderados

capacidade de liderança, deixando-os responsáveis em determinadas tarefas,

transferindo conhecimento, e mais que ser um treinador deve ser um “coach”,

acompanhando o desenvolvimento de seu liderado, porém nunca tomando

para si as tarefas uma vez delegadas, é preciso deixar que ajam com suas

próprias competências, mas sempre deixando claro que caso precisem o líder

estará ali para ajudá-lo.

O líder precisa transmitir confiança e deixar os liderados motivados a

desempenharem suas atividades, desta forma os líderes partilham seu poder

demonstrando confiança e respeito pela capacidade alheia, segundo Kouzes &

Posner (2008).

Os líderes do século XXI sentem a necessidade de formar sucessores

tanto para darem continuidade as suas aspirações quanto para se

desenvolverem em outras áreas, ampliando seus conhecimentos e poder de

influência, muitos líderes ou até mesmo muitos profissionais não se

desenvolvem em outra função superior a sua pois não conseguem formar um

27

bom legado que seja capaz de seguir com suas atividades, não encontram

alguém com confiança, capacidade e pró atividade.

“Os líderes devem levantar seguidores dispostos a aderir

à causa e a andar decidida e corajosamente para frente.

Para isso, é preciso apelar para seus ideais.” (KOUZES &

POSNER, 2008, p.131).

Segundo Souza (2010), o despreparo de alguns líderes fica mais

evidente quando se leva em consideração um conjunto de circunstâncias que

impactam o dia a dia:

“ ... estamos em plena transição de um mundo

industrial para a era dos serviços; do foco no produto para

o foco no cliente; da padronização para a customização;

da padronização para a diversidade, do fixo para o móvel;

do previsível para o volátil; do analógico para o digital; da

indiferença, quando empresas andavam de costas para a

comunidade, para a exigência da responsabilidade social

e ambiental; de um mundo de potências ocidentais para

uma globalização multipolar.” SOUZA ( 2010, p. 8).

2.3 - Como formar uma equipe de sucesso

O primeiro papel do líder é selecionar sua equipe de forma que encontre

pessoas comprometidas, honestas, sinceras, diversificadas e com

competências complementares.

O líder deve prover uma atmosfera informal e confortável, zelando pela

integração e comprometimento coletivo, conduzindo- os a inovação e a

criatividade.

28

Uma equipe mostra-se madura quando mesmo sem consenso, visto que

cada um tem direito a mostrar suas idéias e decisões, a equipe trabalhe e

desenvolva o projeto combinado, ou seja, atinja e até mesmo exceda o

combinado, afirma Souza (2010).

Infelizmente hoje predomina em nossa sociedade a cultura do medo,

impedindo o surgimento de uma equipe de alta performance.

Um ambiente de respeito, liberdade para criar, confiança de poder correr

riscos e direito de expressar- se são as matérias- prima para o líder ser aceito

e criar uma equipe integrada, comprometida e vencedora, pois as causas de

uma equipe desmotivada e insatisfeita reside justamente na falta de integração

da equipe e das pessoas, como já dizia Souza (2010), a inteligência

integradora é o diferencial decisivo dos líderes inspiradores.

2.3.1 – Dê o exemplo

O líder serve de modelo sobretudo por sua conduta, não bastando ter

um belo discurso, é preciso ser exemplo nos valores, nas atitudes e postura,

precisando ter consciência do que é preciso adquirir e o que é preciso eliminar.

“Coerente, o líder serve de modelo sobretudo por

sua conduta. Pratica os valores que defende, e não

apenas quando está no exercício do seu papel

formal de líder. Assim, ele o faz 24 horas por dia: em

casa, no clube, na rua, na fila do cinema, no check-

in do aeroporto, ao procurar uma vaga para

estacionar o carro em um shopping center...” Souza

(2010, p. 110).

29

30

CAPÍTULO III

O líder, principal chave para o desenvolvimento da

organização

Para uma organização ser bem sucedida, precisa dispor de líderes

competentes em todos os níveis com uma visão 360°, não se limitando apenas

a liderar um determinado grupo de pessoas as quais lhe foram submetidas,

precisam ser líderes de parceiros, fornecedores e clientes, pois muitas vezes

precisam intervir em operações distintas destes para garantir a qualidade e o

custo requerido, alcançando assim, ou até ultrapassando as metas da

organização.

Uma organização precisa de líderes que liderem de baixo para cima,

influenciando chefias, diretorias, acionistas, todos que ocupam uma posição

superior na escala de poder.

Liderar para cima requer criatividade, coragem, ousadia e iniciativa para

levar propostas de decisões aos mesmos, não esperando as ordens para

começar seus projetos/ tarefas, é preciso iniciá-las, identificando-as, antes

mesmo de serem solicitadas, já dizia Souza (2010).

“Precisamos entender, de uma vez por todas que os

resultados das empresas residem mais no “lado de fora”

do que no seu “lado de dentro”. A competitividade

também se encontra na conectividade com clientes,

distribuidores, fornecedores, parceiros, formadores de

opinião, investidores, legisladores, comunidade – todos

os agentes da rede de criação de valor da empresa”.

SOUZA (2010, p. 90).

31

3.1 – Como se desenvolver enquanto líder

Por mais que haja treinamentos diversos para formação de líderes, o

caminho da liderança deverá ser encontrado pelo mesmo, e este caminho não

é fácil.

O grande diferencial além do autoconhecimento é saber buscar por

conta própria sua inteligência emocional, é preciso conviver com variadas

emoções, sejam suas ou da equipe.

É preciso experimentar cada uma emoção, não deixando que as

negativas o destruam, pois é preciso enfrentar problemas, solucionando-os da

melhor forma possível, comunicando e relacionando-se com os demais,

principalmente em períodos de conflito, permanecendo também motivado, isso

sim é ter inteligência emocional.

“Ao conquistar cada uma das habilidades

emocionais você adquire o poder de transformar seus

negócios e sua vida. Essas habilidades são: identifique

suas emoções, gerencie suas emoções, motive-se para a

ação, identifique as emoções dos outros e gerencie seus

relacionamentos”. (SOUKI, 2001, apud JORDÃO, 2004,

p.152).

Os líderes devem entender o conceito de inteligências múltiplas, são

capacidades, talentos e habilidades mentais relacionadas com a inteligência,

são elas:

32

- Inteligência Lógico- Matemática

- Inteligência Lingüística

- Inteligência Musical

- Inteligência Espacial

- Inteligência Sinestésica

- Inteligência Interpessoal

- Inteligência Intrapessoal

Todas as inteligências são importantes para a vida, mas para o líder as

inteligências fundamentais são: Interpessoal e Intrapessoal, segundo Jordão

(2004).

Para ser um grande líder é preciso também estar preparado para

enfrentar desafios, assumir responsabilidades, ter disponibilidade, ser proativo,

ser flexível e aberto a novas idéias.

O líder precisa ser confiante em suas tarefas, precisa transmitir

confiança às pessoas no que faz, assim será olhado como tal, pois numa

organização ou em qualquer área da vida, as pessoas precisam se sentir

confiantes no que o outro está dizendo, se essas não acreditarem no que

ouvem não darão importância ao projeto em questão, podendo impactar no

resultado final.

A liderança deve começar com uma busca interior, descobrindo quem

somos e promovendo um auto-desenvolvimento, administrando também o

tempo, fator crítico de sucesso de qualquer líder.

33

O líder deve procurar um lugar de destaque no mercado e na sua

empresa , para isso é preciso ser:

- Criativo

- Ousado

E acima de tudo ter a sabedoria de reconhecer a capacidade dos que estão ao

seu redor, seja a própria equipe ou não, trabalhando na mesma empresa ou

não, e também não burocratizar os processos, pensando em cada tópico

abaixo:

• Valorize o capital humano

• Crie um projeto claro, simples e realista.

• Tenha paixão pela excelência, odeie a burocracia e todas as bobagens

que a acompanham.

• Tenha a autoconfiança de investir os outros de empowerment.

• Incentive e aprecie a mudança.

• Veja na mudança uma oportunidade de crescimento.

• Tenha energia e contagie os outros.

• Busque sempre o conhecimento, seu maior capital.

• Não hesite.

34

O capital humano é com certeza o maior patrimônio de uma empresa,

valorizar o ser humano, ouvir e aceitar as idéias dos funcionários, respeitar os

valores da empresa, investir no aprendizado constante, fazer da qualidade uma

obsessão, tendo em mente que apenas uma coisa é certa , sempre haverá

mudanças.

3.2 - Não há mudança sem liderança

A velocidade das mudanças tem trazido grande impacto tanto no mundo

corporativo quanto no pessoal.

O valor, o poder e o conhecimento se expandem com cada mudança, e

atualmente cada mudança está relacionada com a velocidade das

informações, nossa economia também mudou, baseava-se na indústria, hoje

se baseia na informação, segundo Jordão (2004).

O conhecimento tem prazo de validade cada vez menor, é preciso saber

identificar as prioridades e tratar as informações com base nas mesmas, já

afirmava Jordão (2004).

As mudanças nos tempos atuais são as mais variadas possíveis, segue

abaixo:

- No Campo Social

- No Campo Político

- No Campo Organizacional

- No Campo Econômico

- No Campo Tecnológico

- No Campo Comportamental

35

- No Campo Ecológico

- No Campo Gerencial

Por conta de tais mudanças não somente os líderes, mas também todos

os profissionais precisam saber tomar decisões.

Está claro que no mundo atual os líderes devam ser inovadores

deslocando, assim, sua organização juntamente com a economia global, ao

longo da mesma.

É preciso manter-se receptivo às mudanças, se a equipe estiver

envolvida na mudança encarará como oportunidade, como um desafio que

pode ser vencido como muito trabalho e dedicação.

A mudança deve ser uma motivação para os líderes, mudar por exemplo

algo que está pronto e funcionando, tornar um processo melhor que antes,

usando a criatividade.

O trabalho do líder não é só criar, mas principalmente mudar, crescendo

e inovando, na busca por oportunidades para realizar tarefas extraordinárias, o

principal é olhar para frente e tomar iniciativa.

O líder também precisa incentivar seu time à mudança, mostrando os

pontos positivos e se houver também os negativos, quando as pessoas

aceitam as mudanças, conseqüentemente também trabalham melhor, segundo

Kouzes & Posner (2008).

“É natural que a mudança ocorra continuamente,

sendo ou não esperada. Ela só poderá surpreendê-

lo se não a esperar e procurar.” (SPENSER

JOHNSON, M.D., apud JORDÃO, 2004, p.152).

36

O gerenciamento da mudança resume-se em descobrir e encarar a

realidade no que diz respeito a projetos, pessoas, situações e produtos, para

depois agir decisiva e rapidamente sobre essa realidade.

37

CONCLUSÃO

O presente estudo ratifica que o ato de liderar é bem mais amplo

do que realizar o que foi planejado, é o ato de mobilizar pessoas, não como

seguidores, mas como defensores da mesma causa, não precisam

necessariamente compartilhar das mesmas idéias, mas o líder deve prover

argumentos para mostrar a razão de seus objetivos, só assim a equipe,

comunidade, fornecedores, acionistas, investidores, ou melhor resumindo:

parceiros, estarão empenhados em prol de uma única causa.

Inúmeras bibliografias comprovam que a liderança pode ser

aprendida, aperfeiçoada e adaptada às situações sejam elas econômicas,

sociais e/ou comportamentais, pois não é uma habilidade nata nem pré

determinada a um grupo seleto de pessoas que estejam no poder.

Compreende-se então, que liderar é motivar, dar exemplo,

acompanhar, inspirar, servir, ensinar, ter inteligência emocional para lidar com

pessoas e situações diversas. É preciso selecionar os parceiros, identificando

e analisando cada característica e posteriormente extraindo o que cada um

tem de melhor nos quesitos identificados, pois as pessoas são únicas,

devendo ser exploradas no que apresentam maior aptidão e treinadas onde

precisam ser melhoradas, juntar-se-ão então, todas essas características em

um time, construindo uma força maior, por uma única causa.

É relevante lembrar também que esses novos “conceitos”

impostos a essa “nova” realidade da liderança no século XXI veio

acompanhado da globalização, das muitas mudanças repentinas e por vezes

até devastadoras, a que esse processo vem realizando em todo o mundo,

transformando a mentalidade, economia, tecnologia e condição social dos

indivíduos. A geração Y nascida em meio a essa globalização também é parte

integrante do processo de mudança das características da liderança,

38

introduziram também alguns desafios a seus líderes, fazendo-os perceberem

que uma causa precisa ter razões claras e definidas, pois os mesmos se

prendem a desafios e não a processos.

A prática do dia a dia nos ensina que ser um líder hoje, nesse

mundo globalizado, é um grande desafio, encontrar pessoas com

características e aptidões natas para desempenhar esse novo papel de nada

adianta, uma vez comprovado que a liderança pode ser aprendida e

aperfeiçoada sempre, basta ter coerência, ética, responsabilidade, honestidade

e saber trabalhar em time.

O grande desafio deste século XXI está em encontrar um líder

que faça a diferença, seja em organizações, comunidades, famílias, política,

etc.

39

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HUNTER, James C. O Monge e o Executivo – Uma história sobre a essência

da liderança. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Cultura, 2004.

JORDÃO, Sônia. A Arte de Liderar – Vivenciando mudanças num mundo

globalizado. 3ª Ed. Belo Horizonte: Tecer, 2006.

KOUZES, James M. POSNER, Barry Z.. O novo desafio da liderança: a fonte

mais confiável para quem deseja aperfeiçoar sua capacidade de liderança. 4ª

Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

SOUZA, César. Cartas a um jovem líder. Descubra o líder que existe em você.

Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

40

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

Liderança - O Conceito 10

1.1 - Modelos de Liderança do século XXI 12

1.1.1 Liderança Competente 14

1.1.2 Liderança Inspiradora 15

1.1.3 Liderança por honestidade 17

1.2 – A Liderança e os liderados do século XX nas organizações 18

CAPÍTULO II

Porque se adequar ao novo modelo de liderança 21

2.1 Liderando a Geração Y 22

2.1.1- Liderança virtual 24

2.2 - A importância de formar Líderes 25

2.3. Como formar uma equipe de sucesso 27

2.3.1 – Dê o exemplo 28

CAPÍTULO III

O líder, principal chave para o desenvolvimento da organização 30

3.1 – Como se desenvolver enquanto líder 31

3.2 - Não há mudança sem liderança 34

CONCLUSÃO 37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 39

ÍNDICE 40