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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM OLHAR DO GESTOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL < Por: Maria MarluceHonorato Brito Orientador Prof. Mary Sue Rio de Janeiro 2011

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1

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

OLHAR DO GESTOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL

<

Por: Maria MarluceHonorato Brito

Orientador

Prof. Mary Sue

Rio de Janeiro

2011

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

<>

<>

<>

<>

<>

O OLHAR DO GESTOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL

<>

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<>

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<>

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Supervisão e

Administração Escolar.

Por: Maria Marluce Honorato Brito

3

AGRADECIMENTOS

....Agradeço a DEUS que sem ele eu

não existiria, com ele encontro forças

para vencer as batalhas da vida,

agradeço a minha família que sempre

me apoiaram, e hoje estou vencendo

mais uma fase da minha vida.

4

DEDICATÓRIA

.....dedica-se a minha família que sempre

me apoiaram, aos meus familiares e

amigos que acreditaram em mim.

5

RESUMO

A pesquisa realizada foi baseada através da experiência da

pesquisadora em observar todo o desenvolvimento, organização e mudanças

que estão acontecendo na Educação Infantil; sabe-se que está havendo muitas

discussões neste assunto, para que seja melhorado em todos os sentidos,

tanto na parte pedagógica como na parte do profissional. A educação

continuada de todos os profissionais de educação de todos os segmentos

também é um assunto de discussão, mas o profissional da Educação Infantil é

no momento aquele que precisa de orientações, e apoio dentro das instituições

de Educação Infantil, pois sabemos que trabalhar com a criança pequena, é

muito delicado, porque precisamos de profissionais comprometidos e com

garra de buscar o melhor, em relação a educação ,e suas administrações,

buscar novas parcerias, para que o trabalho seja realizando com novos

horizontes e novas possibilidades, ajuda do governo que vem investindo

financeiramente, humanamente para chegarmos a uma educação de

qualidade. A pesquisa aborda a importância de resgatar o ser humano como

um todo a escola não deve esquecer-se do afeto, do olhar para o outro com

carinho um educador transformador. O gestor precisa ter o olhar diferenciado,

pois ele esta a frente da sua equipe ele busca o conhecimento cientifico, mas

não pode esquecer-se do humano que existe conscientizando a todos,

ajudando a resgatar valores, conquista da cidadania e a Educação Infantil é a

primeira etapa desse desenvolvimento. Para que haja uma conscientização

deste s profissionais da Educação Infantil é preciso lembrar que ele é uma

referência para o seu aluno e mudar seu comportamento buscando o educar e

cuidar co afetividade e compromisso para que essa criança desenvolva com

segurança e se transformar em seres humanos mais comprometidos e felizes.

6

METODOLOGIA

A pesquisa se realizou através de leituras de livros que abordou o

assunto, revistas, artigos, notícias na mídia em relação a essas mudanças, e

observações, seminários de Educação infantil, realizado pela Secretaria de

Educação, reuniões dentro da creche nos momentos de centros de estudos;

com isso observou-se as dificuldades de alguns gestores tem em relação às

mudanças e por outro lado também observou-se que o pensamento não é mais

o mesmo de décadas. As mudanças vão continuar acontecendo, mas que seja

sempre para melhor. Foram utilizadas as revistas da nova escola que em suas

reportagens vieram abordando sobre os nossos gestores um olhar renovado

entro das instituições, os documentos que a secretaria pesquisou e elaborou,

As Orientações Curriculares de Educação Infantil, Os indicadores de

qualidades, O Referencial de Educação Infantil, o livro Como se tornar um líder

servidor são materiais científicos ajudam para orientar, dar um norte sobre

essas situações.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - Educação infantil 10

A história

CAPÍTULO II - A Gestão 20

CAPÍTULO III – A Prática 30

CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41

BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional)

ANEXOS

ÍNDICE 42

FOLHA DE AVALIAÇÃO

8

INTRODUÇÃO O tema que será desenvolvido é muito preocupante, porque se trata da base

da nossa Educação, o inicio de uma trajetória da vida de uma criança, onde ela

desenvolverá suas habilidades e sua formação. Observam-se grandes

discussões neste assunto, mas ainda não se chega a um acordo, entre

gestores e educadores. Grandes descobertas estão sendo feitas sobre esta

faixa etária de crianças de zero a seis anos, nossa primeira infância, mas é

preciso avançar cada vez mais, para que possamos realizar um trabalho de

boa qualidade.

A Educação Infantil não era tão vista como hoje, as crianças não tinham

voz nem vez para se expressar. Um novo momento surge na sociedade, as

mulheres passam a ser responsáveis por seus lares e sustento de sua família a

uma revolução que atinge a todos e um olhar diferente passa a surgir com a

educação dos pequenos, foi preciso reformular alguns conceitos em relação a

criança, para que essa mentalidade de educar fosse diferente não mais aquela

de que criança não pensa, não é capaz de aprender; pelas pesquisas

desenvolvidas nesses longos anos observaram o quanto a criança é capaz. A

questão é querer fazer um trabalho que possam Identificar seus interesses,

Interagir com elas através de metodologias para melhor compreensão,

Pesquisar através daqueles que já tinham sinalizado a importância dessa

educação voltada para as crianças pequenas.

Utilizar teorias e metodologias que contribuem para essa nova visão de Educar

da Educação Infantil. Orientar com clareza nossos educadores, motivar

crianças e profissionais da educação, pesquisar através de nossos

pensadores.

A educação está passando por vários processos, mudanças que devem

ser ajustadas com a nova visão de educar, de orientar nossas crianças, pois

elas serão o futuro.

É preciso que todos façam parte dessa mudança governo, educadores.

Administrativos, profissionais da educação que pesquisam para cada vez

melhorar nossa educação.

9

Haverá ainda muito trabalho, mas é preciso conscientizar que todos deverão

contribuir para alcançarmos sempre o melhor para a formação de uma

sociedade justa e igualitária.

A contribuição de todos nesta etapa da criança é muito importante, para o

seu desenvolvimento , sua aprendizagem onde elas estão descobrindo o

mundo e se descobrindo como um ser que pensa, age e sente.

A importância desse olhar focado no cuidar e educar dessa criança com

respeito e qualidade profissional. Esta faixa etária de zero a seis anos da

Educação Infantil nos espaços de creche faz com que devemos buscar uma

gestão participativa com apoio de todos.

O trabalho será desenvolvido através de livros referenciais a gestão,

revistas, artigos específicos ao tema, pesquisas de campo, pesquisas

realizadas pela internet.

O referido tema será pesquisado em livros como: James C. Hunter, traduzido

por A. B. Pinheiro de Lemos, revista Nova Escola, PNE, o Referencial de

Educação Infantil, LDB, Orientações Curriculares de educação Infantil,

pesquisas de campo, creches da rede Municipal do Estado de Rio de Janeiro,

da 9º CRE, creches comunitárias.

A pesquisa abordara em capítulos visando com mais cuidado no olhar desse

gestor, com seus desafios e estratégias para um melhor atendimento as

crianças, sua família e comunidade.

O primeiro capítulo será sobre A Educação Infantil, sua historia, relatando o

começo e observando os dois aspectos, o assistencialismo, e o educacional

como está essa mudança e o olhar do gestor. O segundo capítulo abordará

sobre a ação de sua gestão, estão sendo de qualidade, seus desafios

enquanto gestor desse segmento. O terceiro capítulo será sobre ação

pedagógica junto aos educadores, relação família, comunidade.

10

CAPÍTULO I

EDUCAÇÃO INFANTIL UMA GESTÃO PROMISSORA

Observando todo processo das creches, desde sua evolução e seus objetivos,

hoje podemos dizer que houve uma necessidade de mudanças para que o

atendimento possa ser melhor para as crianças. Toda parte pedagógica

também teve mudanças, há uma preocupação da parte dos nossos gestores

em atender com qualidade, e buscar parcerias para que todo o

desenvolvimento da criança seja realizado em todos os aspectos.

A educação infantil no Brasil registrou muitos avanços nos últimos vinte anos. A

Constituição federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional de 1996 a definiram como a primeira etapa da educação básica,

antecedendo o ensino fundamental de caráter obrigatório e o ensino médio.

Essa ampliação do direito à educação a todas as crianças pequenas desde seu

nascimento representa uma conquista importante para a sociedade brasileira.

O pesquisador brasileiro Moysés kuhlmann Jr. relata que a primeira creche do

país. Surgiu ao lado da Fábrica de Tecidos Corcovado, em 1899, no Rio de

Janeiro. Naquele mesmo ano, o Instituto de Proteção e Assistência à Infância

do Rio de Janeiro deu início a uma rede assistencial que se espalhou por

muitos lugares do Brasil. Vistam por este ângulo, as instituições de educação

infantil surgiram com caráter puramente assistencial. O processo foi longo, as

mudanças, as leis que foram dando outra visão de infância, e outros

documentos foram surgindo através de pesquisas, e mais um documento para

dar um suporte foi construído com o objetivo de auxiliar as equipes que

atuariam na Educação Infantil, pensando num todo desde as dependências

externas, do espaço onde iria receber essas crianças, as duas famílias e a

comunidade, assim passou a ver a Educação Infantil como um espaço de

aprendizagem não só para desenvolver a criança no todo, mas um trabalho

que desenvolva todos os aspectos, físico, cultural, cognitivo, social e

emocional. Este documento tem processos de auto-avaliação com a

participação da família a pessoa da comunidade sua qualidade com potencial

transformador, pretende-se assim ser um instrumento que ajude os coletivos

11

equipes e comunidade, assim relata: “Das instituições de educação infantil a

encontrar seu próprio caminho na direção de práticas educativas que respeitem

os direitos fundamentais das crianças e ajudem a construir uma sociedade

mais democrática” (2009, p.12).

E assim este documento como outros, faz a sociedade acreditar numa nova

proposta de trabalho e de desenvolvimento. O diretor deveria ter uma visão

integradora, por mais mudanças que já tivemos; dizem em algumas pesquisa

que os diretores brasileiros estão longe de ter uma visão global da escola, pois

o espaço da agenda ainda e destinado à gestão administrativa que ainda é

bem maior do que o reservado aos outros campos como 45% afirmam lidar

com questões burocráticas todos os dias; e as reuniões com os coordenadores

são realizadas com menor freqüência é 40% é feito uma vez por semana, e

uma única vez por mês de 30%. O tempo do diretor acaba ainda sendo gasto

com as questões burocráticas e o seu trabalho pedagógico dentro da instituição

acaba ficando nas mãos de outros; e às vezes o diretor nem sabe o que

acontece ao seu redor, sabemos que o diretor deve estar atento com a

instituição em todos os sentidos, o conhecimento sobre a comunidade, básica

para enxergar a escola como parte de um sistema, é citado por apenas 6% ,

esta pesquisa consta que é as atribuições do diretor competente. Para integrar

as diversas áreas é preciso conhecer, mas somente 13% afirmam que

observar todos os ambientes escolares é uma característica de um bom gestor,

e 4% mencionam que compartilhar a administração com outros atores é uma

boa prática. O diretor precisa ter uma visão integradora, portanto exige procurar

uma formação teórica sólida, que propicie mais conhecimento sobre as várias

áreas da gestão e dominar os instrumentos que permitam analisar a realidade

escolar dentro e fora dos muros, pois precisa ser como uma águia, ver longe

para prevenir. Para o diretor enxergar a escola em sua totalidade, é preciso

procurar:

- Observar o movimento da escola no dia a dia para analisar o clima entre

alunos, professores e funcionários e estar sempre atento aos sinais que

mostrem que algo não ocorre bem;

- Montar um quadro com as oito áreas da gestão, prevendo rotinas e anotando

os principais processos relacionados a cada uma delas e os profissionais

envolvidos na realização das tarefas.

12

- Questionar as ações, os procedimentos e as novas propostas para se

certificar da relação de cada projeto com os propósitos maiores da escola;

-Construir e avaliar com a equipe, ao longo da cada ano, o projeto pedagógico

da escola. Ele deve conter as metas da instituição e projetar ações e caminhos

para atingi-las. Dentro da cada área da gestão, é essencial prever as atividades

necessárias, as condições e o tempo para executá-las.

-Solicitar que todos os funcionários façam uma lista das atividades cotidianas

para poder discutir com eles os desvios de função e sugerir novos formas de

organização do trabalho em função das reais necessidades da comunidade

escolar. Essas questões são muito importante para que sejam realizadas um

trabalho de integração.

1.1- A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL, PRIMEIRA

INFÂNCIA, ESPAÇO CRECHE.

Sabe-se que as creches foram desenvolvidas para crianças pequenas

vinculado a um serviço oferecido à população de baixa renda. A creche surge

na Europa nos Estados Unidos, surgiram em vários nomes, até definirem

realmente os seus objetivos, que ainda existem várias pesquisas e discussões.

No início foram fundadas com outros nomes e outros objetivos como a Escola

de Tricô- em 1767 pelo padre Oberlim, na França. Escola Infantil- criada em

1816 por Robert Owen, na Escócia. Fundou o INSTITUTO PARA FORMAÇÃO

E CARÀTER que era organizado em três níveis: o 1º era a escola infantil para

crianças de 3 a 6 anos; o 2º atendia crianças de 6 a 10 anos e o 3º era

oferecido durante a noite e atendia alunos dos 10 aos 20 anos.

Jardim de Infância- criado por Froebel em 1873, na Alemanha.

Casa de Bambini ( casa das crianças)- no início do sec. XX, na Inglaterra,

Maria Montessori trabalhou com crianças pobres de um bairro operário.

O Infantário- no início do sec.XX, na Inglaterra, Margaret Mcmillan em parceria

com sua irmã Raquel criaram esta instituição.

Observa-se que todas essas instituições foram criadas para melhorar o

atendimento as crianças pobres, pois as mães precisavam trabalhar, a

13

sociedade estava vivendo um momento capitalista industrialização, e precisava

de algo para que as mães operárias pudessem trabalhar sem levar seus filhos

e ai cria-se esses locais assistencialistas, que acabava ocupando o lugar das

famílias.

Um dos locais que mais esteve perto das necessidades das crianças foi o

Jardim de Infância criado por Froebel.

A palavra creche tem origem Francesa, que significa Manjedoura.

As instituições educacionais destinadas as crianças de 0 a 6 anos de idade (

Educação Infantil), surgiram na primeira metade do séc. XIX, em vários países,

No Brasil, ela só se difundiu no ano de 1870. Seu aparecimento se deve à

grande industrialização da época e conseqüentemente a urbanização, devido à

lei do ventre livre, sendo suas propostas pedagógicas profundamente

influenciadas pelas culturas anteriores a este período.

Surge a creche no Brasil acompanhando a estruturação do capitalismo, onde

há uma crescente urbanização e necessidade da reprodução da força de

trabalho, que a mulher mãe saia de suas casas deixando seus filhos nesses

locais dito creche. Existiu institucionalmente a casa dos Expostos, conhecido

como Roda, onde as crianças que não eram desejadas pela família, a

sociedade da época achava que o grande número de mortes era por causa dos

nascimentos ilegítimos, fruto da união de escravos ou entre escravos e

senhores, á falta de educação intelectual também era levada em conta, mas

não se admitia que as condições econômicas, sociais e ausência de estruturas

de saúde pública não era o agravante das mortes, a culpa também era dos

escravos que tinham doenças.

Em 1900 a 1930 os operários do Brasil começaram a se organizar e

protestaram pelas condições de vida e de trabalho. Em, 1922, o Estado

organizou o 1º Congresso Brasileiro de Proteção à infância. As conclusões

foram as de que a creche como finalidade:

- Combater a pobreza e a mortalidade infantil;

-Atender os filhos de trabalhadora, mas com uma prática que reforçava o lugar

da mulher no lar e com os filhos:

- Promover a ideologia da família;

14

Na década de 1980 pode-se dizer que houve um avanço considerável com

relação à Educação Infantil.

A Educação Infantil tem sido analisada e discutida nas duas últimas décadas;

muitos movimentos foram feitos, tanto por parte da sociedade quanto pelo

governo; as discussões foram muitas até chegarem a um acordo, é importante

este momento porque foi dado o primeiro passo, e hoje se pode observar que

tantos debates foram válidos para melhor compreensão da importância com as

crianças de zero a seis anos, e que elas precisam do seu espaço e cuidados

dentro da educação, espera-se que a qualidade na educação seja

universalizada, a começar pela educação infantil onde possa encontrar sua

necessidade e sua importância por parte das autoridades e da comunidade. A

Educação Infantil seria uma prevenção para os problemas vividos dentro da

educação.

A Constituição Federal de 1988 definiu a creche e a pré- escola como direito de

família e dever do estado em oferecer esse serviço. Todo o avanço é histórico

e político, portanto precisa ser conquistado o tempo todo, foram produzidos

estudos e pesquisas de relevante interesse, inclusive discutindo e

Buscando a função de creche e pré-escola. No título III, do Direito à Educação

e do dever de Educar, art, 4, IV, se afirma que: “ O dever do Estado com

educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de (...)

atendimento gratuito em creches e pré –escolas às crianças de zero a seis

anos de idade”. (Referencial Curricular nacional para Educação Infantil, 2001)

Observa-se que a dedicação de todos para o trabalho com as nossas crianças

faça a diferença no futuro: e quando se fala em educação infantil devemos ser

críticos, observadores, afetivos, comprometidos, responsáveis e reflexivos para

caminhar em busca de uma formação de cidadãos humanos. São vários

passos ainda a serem estudados em relação a esta fase da educação, assim

relata na Multieducação “Hoje deixamos para traz as visões assistencialista,

compensatória e preparatória da educação Infantil e a concebemos como um

tempo/ espaço de atendimento pedagógico, de contribuição para a formação

da cidadania, em que se reconhece o direito de toda criança à infância”

(2005,p.8). Para que haja a mudança é preciso acreditar nela.

15

1.2- O OLHAR ASSISTENCIAL

Algumas cidades não tinham uma infra- estrutura urbana suficiente, em termos

de saneamento básico moradias, existiam grandes epidemias, com isso a

creche passou a ser defendida por sanitaristas preocupadas com as condições

de vida da população operária.

Grupos de mulheres das classes sociais mais abastadas se organizaram em

associações religiosas e filantrópicas, e criaram várias creches, e observaram a

necessidade de instruírem as mulheres das classes populares a cuidarem

melhor de seus filhos, e a ser uma boa dona de casa.

Houve um concurso de Robustez pêra escolher o bebê mais saudável. A mãe

do bebê vencedor ganhava um premio em dinheiro, mas tinha que comprovar

sua pobreza. As mulheres das classes mais favorecidas tinham a convicção de

que o cuidado materno era o melhor para a criança e que o cuidado em grupo

(creche) era certamente um substitutivo inadequado.

Em 1922, o estado organizou o 1º Congresso Brasileiro de Proteção à

Infância. As conclusões foram as de que a creche tinha como finalidade:

- combater a pobreza e a mortalidade infantil;

- Atender os filhos da trabalhadora, mas com uma prática que reforçava o lugar

da mulher no lar e com os filhos;

- promover a ideologia da família;

O pesquisador brasileiro Moysés kuhlmann Jr. relata que a primeira creche do

país. surgiu ao lado da Fábrica de Tecidos Corcovado, em 1899, no Rio de

Janeiro. Naquele mesmo ano, o Instituto de Proteção e Assistência à Infância

do Rio de Janeiro deu início a uma rede assistencial que se espalhou por

muitos lugares do Brasil. Vista por este ângulo, as instituições de educação

infantil surgiram com caráter puramente assistencial.

1.3- O OLHAR EDUCACIONAL

16

Em 1930 a 1980, Mario de Andrade é nomeado diretor do departamento de

cultura e inicia uma nova estrutura o “Parque Infantil”. A proposta era dar

atendimento às crianças de 3 a 6 anos e também de 7 a 12 anos fora do

horário escolar. O parque tinha a intenção de proporcionar à criança de família

operária o direito à infância e brincar e ao não trabalho. A ênfase era de caráter

lúdico e artístico.

Logo depois foi criado o Departamento nacional da criança no ministério da

educação e saúde. Em 1950 observou-se que a intenção era de domesticar as

classes populares, tirando-as da desordem das suas tradições e incutindo os

valores das classes médias, os discursos pedagógicos nas creches era que se

acriança ficasse afastadas de suas mães elas poderiam produzir

personalidades delinqüentes e psicopatas.

Sabe-se que esses pensamentos ainda estão em estudos, pois a criança é o

fruto do seu meio seja ele cultural e social de acordo com a época em que a

sociedade passa seus conceitos culturais e sociais seus, valores e sempre um

será desfavorecido que o outro e a classe inferior sempre será o a população

de baixa renda que são privados de uma educação que os leve a um patamar

de igual ao da elite.

Na década de 1970, ocorre profusão de movimentos sociais e com eles surge,

dentre outras uma nova proposta de creche mais afirmativa para a criança, a

família e a sociedade. Em 1975, o Ministério de Educação e Cultura instituiu a

coordenação de Educação Pré-Escola e, em 1977, foi criado o Projeto Casulo,

vinculado à Legião Brasileira de Assistência (LBA) que atendia criança de 0 a

6 anos de idade e tinha a intenção de proporcionar às mães tempo livre para

poder ingressar no mercado de trabalho e, assim, elevar a renda familiar.

A Educação Infantil passou por várias mudanças, seja o pensamento

assistencialista, como o pensamento só de cuidar, prestar assistência as

famílias de baixa renda, cuidar da saúde, mas o educar ainda não tinha a visão

principal, pois se sabe que as crianças não tinham vez nem voz para os adultos

eram apenas crianças que não eram consideradas inteligentes para aprender

de forma pedagógica, Depois de muitos estudos baseados por educadores,

como Piaget, vigostky, wallon, Montessori, e outros que começaram a abrir os

olhos e reconhecerem que as crianças pensam e tem muito que ensinar e

aprender, só através de muitas pesquisas e estudos que estamos caminhando

17

para uma educação de qualidade. Através desses estudos a educação Infantil

passou a dar um avanço grande e a visão de creche passa de não só cuidar,

mas educar e brincar faz parte do aprendizado e do desenvolvimento da

criança.

A gestão das instituições de Educação Infantil é de responsabilidade de

profissionais que exercem os cargos de direção, administração, coordenação

pedagógica ou coordenação-geral e que têm, no mínimo, o diploma de nível

médio modalidade Normal e, preferencialmente, de nível superior (pedagogia);

são selecionados e avaliados a partir do conhecimento de seus direitos e

deveres, do seu compromisso com a ética profissional e da dedicação

permanente ao seu aperfeiçoamento pessoal e profissional;

Quando se pensou na criança a estrutura organizacional deve ter outro olhar,

como desde essa administração ate os seus profissionais, são colocações do

própria parâmetro curricular para Educação Infantil.

Cabe aos gestores fazer que todos colaborem para que haja o

desenvolvimento das atividades. Quanto às interações de professoras,

professores, gestores, gestoras e demais profissionais das instituições de

Educação Infantil, gestoras, gestores, professoras e professores, profissionais

de apoio e especialistas das instituições de Educação Infantil estabelecem

entre si uma relação de confiança e colaboração recíproca.

Elaboram e/ou recebem informações sobre a proposta pedagógica da

instituição de Educação Infantil antes de nela começar a trabalhar.

1.4- O CUIDAR, EDUCAR E BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O cuidado é um ato de amor para com o outro, seja ele com as crianças ou

com os adultos, todos nós gostamos de atenção, de carinho de afeto,

precisamos do olhar do outro para sentirmos amados queridos, as crianças

mais ainda, pois ela precisa saber que é amada e acolhida, principalmente

quando chega em um ambiente que ela não conhece ninguém, não tem

nenhuma referência.

18

O cuidado é um ato em relação ao outro e a si mesmo que possui uma

dimensão expressiva e implica em procedimentos específicos. Onde devemos

nos preocupar com o desenvolvimento num todo físico, mentais e educacionais

da pessoa humana, precisamos buscar sempre dentro do nosso trabalho esta

visão humana.

Educar significa, portanto propiciar situações de cuidados, brincadeiras e

aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o

desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e

estar com o outro em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e

o acesso pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e

cultural. Educar não é simples como muitos pensam principalmente na primeira

infância, pois precisamos entender que são os primeiros passos da vida dessa

criança, onde estão iniciando a vida no mundo, registrando tudo que há em sua

volta, coisas boas e ruins, é preciso estar atentos ao seu mundo para trazê-los

ao nosso com o olhar de transformação e mudança positivamente.

Brincar faz parte do mundo da criança, a brincadeira favorece a auto-

estima das crianças auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições

de forma criativa. Através das brincadeiras as crianças expressam seus

sentimentos e tudo que está a sua volta, a criança transfere para as

brincadeiras o mundo que ela vê, no qual se encontra inserida, a partir desse

momento que nós educadores precisamos observar e diagnosticar o tempo

todo onde é preciso melhorar.

A brincadeira faz com que a criança aprenda a organizar seus pensamentos

trabalhar suas emoções, sua capacidade criativa, Assim cabe a esse espaço

de Educação Infantil do brincar é assegurar uma educação numa perspectiva

criadora e que respeite a criança e seus modos de estar no mundo.

A brincadeira cria, então, novidades, e permite à criança vivenciar

concretamente a elaboração e negociação de regras de convivência e

expressar uma visão própria do real, embora por ele marcado, Elas ainda

elaboram sentimentos e emoções, ao mesmo tempo em que desenvolvem

importantes habilidades trabalham alguns valores de suas comunidades,

examinam práticas do seu dia- a- dia, vivenciam outras formas de ser e pensar,

são capturadas por representações sociais sobre determinados eventos.

19

Para que o desenvolvimento da criança aconteça precisa-se realmente ter esse

olhar da criança do todo, ela é um ser como todos nós que precisa de atenção,

carinho, respeito e sobre tudo que apolítica seja fita para o seu

desenvolvimento de fato, Passou-se alguns anos muitas mudanças foram

realizadas para o bem estar dos poderosos, não para as crianças as para uma

sociedade que precisava crescer em questões econômicas, e assim

observamos essas mudanças principalmente no campo da educação, hoje se

observa que demos grandes passos, ainda falta muito, mas podemos continuar

esperançosos, pois já podemos ver a criança de outro contexto, não mais como

antes. A criança constrói o seu amadurecimento até o momento em que ela

estará pronta para ser e deixando conhecer, esta troca é importante para o

aluno e para o professor, quando esses dois seres humanos passam a se

conhecerem como , pessoas os sentimentos mudam; e a modo de educar para

Piaget:

As crianças pensam de maneira diferente e não meramente menos que os adultos. A mente da

criança costumava a ser descrita como similar à do adulto. Segundo uma visão antiga as

crianças apenas sabem menos; as novas experiências vão agregando novas informações

Piaget adotaram a chamada perspectiva construtivista. Conforme as crianças crescem Piaget

observou, suas capacidades de interpretar, ou construir a realidade progridem por estágios até

que suas capacidades mentais assemelhem-se às dos adultos. (2001.p,436).

Ao observar as crianças na sua totalidade os professores deve planejar através

dessa observação e à partir daí identificar as diferentes oportunidades

apresentadas de maneira equilibrada em relação às áreas do conhecimento e

linguagens, para que as crianças explorem prazerosamente a rotina diária.

O documento das Orientações Curriculares de Educação Infantil relata as

Áreas de conhecimento e Linguagens, onde explica que os objetivos gerais da

ação intencional do adulto educador, e por outro lado, a ação da criança ao

interagir com as propostas planejadas para ela, as habilidades. O documento

ressalta que “ É importante ressaltar que a meta é garantir a presença de

experiências que sejam importantes para a alegria, o desenvolvimento e

crescimento das fortalecendo assim a possibilidade de sucesso escolar na sua

trajetória educacional”(2009,p.31).

20

CAPÍTULO II

A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA GESTÃO NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

O gestor ele é um líder, através de seus atos poderemos ter uma administração

positiva ou negativa, quando observamos um trabalho bem organizado e bem

elaborado, sabe-se que bons frutos teremos, pois toda uma boa estrutura tem

um bom gestor, aquele que sabe valorizar todos os seus funcionários, ou seja,

sua equipe. Um líder precisa tratar todas as pessoas com a devida importância.

Eis a maior definição para respeito.

Para que as turmas de creche e pré-escolas se desenvolvam plenamente, é

preciso planejar de acordo com as características de cada faixa etária,

descobrindo suas necessidades essenciais para que no momento de

planejar seja importante e decisivo na vida da criança.

O gestor da Educação Infantil ainda esta um pouco perdido em relação a

própria estrutura das creches, antes se indicava uma pessoa para estar à

frente da instituição, mas não para realizar um trabalho pedagógico como se

vê hoje mais para tomar conta da instituição e olhar a criança em suas

necessidades do cuidar, e o gestor não tinha porém essa autonomia que

hoje eles tem em relação ao pedagógico. A discussão toda em cima da

educação infantil é olhar a criança num todo desde as suas necessidades na

higiene, alimentação, mas também no educar formar cidadãos respeitando

as diversidades de cada um para uma formação social e cultural, pois a

criança é um ser social e cultural.

Esse olhar do gestor dentro da educação é importante para o

desenvolvimento da instituição, porque ele precisa acreditar em uma

educação transformadora, e que a criança aprende quando tem um

ambiente que as motivas e as incentivam para tal desenvolvimento, e um

olhar motivador faz com que sua equipe também seja motivada e acredite

nessa transformação, e veja esta faixa etária como a base ou o desabrochar

da criança para o mundo.

21

1.1 – A AÇÃO ADMINISTRADORA

Observa-se no decorrer da história da educação brasileira que ainda

não chegamos com gostaríamos, à estrada é longa, mas não devemos desistir,

é preciso continuar a luta e acreditar na educação. Tivemos mudanças

significativas dentro da educação básica, há um novo olhar diferenciado aos

nossos gestores, para melhor atender as escolas e as nossas creches

observou-se a importância de organizar toda estrutura educacional, iniciando

pela formação profissional e a própria lei de educação básica, como

financeiramente, o fundo para a educação infantil, e o olhar de instituição

educacional, como Educar e Cuidar na educação infantil nos espaços de

creches e a importância do supervisor, de um coordenador pedagógico, para

dividir as ações, e os diretos não ficarem sozinhos, fazendo todas as funções.

Sabe-se que ainda não é a realidade de todo o trabalho conjunto entre o

diretor, o coordenador pedagógico e o supervisor de ensino garantem o bom

andamento da escola e a aprendizagem. Porém, para que esse direito se

traduza realmente em melhores oportunidades educacionais para todos,

principalmente as creches e a pré – escolas, que agora fazem parte integrante

dos sistemas educacionais garantam uma educação de boa qualidade. “Essa

ampliação do direito à educação a todas as crianças pequenas, desde seu

nascimento, representa uma conquista importante para a sociedade

brasileira”.(2009, p.11).

Para que o trabalho seja bem desenvolvido é preciso que tenha a cola

boração de todos, e as ações sejam de acordo com as diretrizes que nos

aponta, um norte, uma orientação do trabalho a vir ser realizado como:

Desenvolvem atitudes mútuas de compreensão e respeito a solicitações,

sugestões e reclamações. Promovem e/ou participam de encontros coletivos

periódicos. Têm a responsabilidade de respeitar as regras estabelecidas nas

instituições às quais estão vinculados. Participam ativamente da

implementação e da avaliação da proposta pedagógica e da gestão da

instituição. Os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil -

Volumes 214.6 Garantem as condições de trabalho necessárias ao

22

desempenho de suas funções: tempo, espaço, equipamentos e materiais.

Desenvolvem atitudes mútuas de compreensão e respeito

As solicitações, sugestões e reclamações. Promovem e/ou participam de

encontros coletivos periódicos.Têm a responsabilidade de respeitar as regras

estabelecidas nas instituições às quais estão vinculados.

Participam ativamente da implementação e da avaliação da proposta

pedagógica e da gestão da instituição.

2.2- OS DESAFIOS DE UMA GESTÃO

Nos dias de hoje onde a sociedade esta voltada para si mesmo, não

respeitando o outro, é preciso ter equilíbrio para não cair também nos mesmos

erros e pensamentos que as pessoas têm oferecido umas as outras, pois

somos uma sociedade capitalista cada um quer cuidar dos seus interesses

próprios e tentar se da bem em cima dos outros. É preciso ter cuidado aos

expressarmos principalmente quando se fala de educação, o gestor é aquele

que estar à frente é o líder. Todo líder deve delegar as responsabilidades para

a sua equipe de trabalho é uma modo de demonstrar confiança, pois é uma via

de mão dupla, quando ele respeita o outro demonstra interesse pelo trabalho

desenvolvido, ele deve ser um motivador e incentivador e suas ações estarão

sempre em evidência, mas quando ele se torna um ditador todo o seu trabalho

é visto com desprezo e as suas ações serão sempre questionadas. Administrar

não é uma tarefa fácil, quando se lida com o outro se deve estar sempre em

reflexão de suas ações para que não haja tantas divergências com o

profissional o (ser), e o administrativo como, toda a parte de documentos,

relatórios, e verbas, onde qualquer falha pode acabar gerando vários

problemas, tanto administrativos ou pessoais.

Assim diz Hunter”’A estrada para a liderança servidora não será

percorrida na tentativa de mudar ou melhorar os outros, mas no empenho em

mudar e melhorar a nós mesmos.”” (2006,p. 57) O gestor ele é um líder, seja

dentro de uma instituição escolar, como o diretor, um empresário, um

professor, um chefe de família, seja onde for que estiver á frente, é preciso

23

estar sempre atento para poder enxergar o que estar em sua volta, assim

poder saber tomar as decisões certas na hora certa e saber ouvir. Cabe ao

gestor oferecer as condições adequada conforme a realidade em sua volta,

temos crianças com necessidades especiais sendo incluídas nas escolas e nas

creches,para melhor recebê-las é preciso buscar parcerias , materiais

adequados de acordo com a necessidade deste aluno , e o gestor deve

administrar essa situação com muita sensibilidade tanto para os pais como os

demais da instituição pois sabemos que o governo oferece ajuda, mas nem

sempre estão disponível quando assim precisa e com isso o gestor tem que

estar atento para qualquer eventualidade, o gestor precisa administrar as

verbas de material, que chega, e outras onde mesmo ele delegando alguém

para ajudá-lo no momento de responder por qualquer situação ele que será

chamado para responder dentro da sua gestão. Antes de sermos qualquer

coisa , somos seres humanos, criatura de Deus, depois chamados filhos de

Deus, nós somos diferentes dos animais, que agem por instinto, mesmo que

sejam treinados eles não superará os homens, nós somos seres inteligentes

que precisa estar com outro para cada vez mais desenvolver suas capacidades

e habilidades, e saber reconhecer no outro um ser igual a ele com a mesma

inteligência e capaz de aprender, basta apenas a vontade e fazer acontecer de

forma clara, objetiva e que corresponda dentro de cada realidade. Hunter nos

diz que;”O que nos diferencia dos animais são nossas habilidades

excepcionais, como a imaginação, o livre-arbítrio, a consciência e a

autopercepção possuirmos a capacidade única de “refletir sobre a vida” e até

de efetuar mudanças no qual é considerado” nossa natureza

humana”(2006,p.76). Observando a nossa sociedade de hoje percebemos que

tudo está andando rápido demais, as nossas crianças estão vivenciando muitas

situações de violência, pedofilia e outras, as informações acontecendo toda

hora na mídia, e a escola está perdendo seu papel de educar mostrando que

os valores ainda não foram esquecidos ao contrario fazendo com que eles

sejam bem lembrados a todo momento através do lúdico de ações e atitudes

que façam a criança reconhecer, perceber, refletir entre o que é bom para ela e

o que não vai ser ajudá-las a compreender essa novo olhar de mundo e onde

elas estão inserida , e qual o caminho melhor a seguir, aquele que as levará

24

para o sub mundo das drogas onde muitas convivem, da violência, dos

trambique ou para o caminho que as levem a vida, a esperança de uma futuro.

2.3- UMA GESTÂO DE QUALIDADE

A escola tem o seu papel de colaboradora para uma atuação rumo a

cidadania, responsável e consciente, juntos com os profissionais da educação

trazendo para a escola o incentivo, dinamismo, compromisso com o seu

trabalho, e principalmente formando uma equipe que se comprometa co a

educação e acredite que é através dela que podemos chegar a construção de

uma sociedade digna e onde possa ter uma renda bem distribuída e o cidadão

seja respeitado e ter um salário digno com o seu próprio trabalho; parece uma

utopia, mas se a educação for prioridade, todos ganham, porque o país estará

seguindo para um caminho de crescimento e da valorização do ser humano.

Educar não é uma tarefa fácil, seja para os pais quanto para os professores,

ela só acontecerá com qualidade se houver o apoio de todos principalmente a

participação de toda equipe pedagógica junto do professor buscando soluções

que contribuem para uma educação de qualidade.

Estamos vivendo um momento de transição na Educação Infantil, no

nesta área. É importante mencionar que hoje o respeito e a valorização deste

profissional, e com as crianças desta faixa etária já estão bem avançados do

que alguns anos atrás, mas sabemos que precisa de muitas mudanças, está só

no começo. As mudanças alcançadas na própria legislação educacional é um

grande passo para uma sociedade consciente dos seus deveres e direitos

enquanto cidadão, mas não suficiente ainda. A Educação Infantil é o alicerce

de uma sociedade transformadora, diz Oliveira que.” Nas múltiplas situações

criadas em creches e pré- escolas, a criança tem no professor alguém

qualificado para mediar seu desenvolvimento”. (2003, p.7). O gestor deve ficar

sempre atento com o trabalho desenvolvido, mesmo que ela tenha a sua

equipe pedagógica que atue sempre com ele PE preciso também que ele como

gestor esteja próximo dessa equipe, não para expecionar mais para observar e

ajudar nos momentos de dificuldades, pois o gestor é visto muitas das vezes

25

como o carrasco, mas ele deve ser visto como aquele que estar para ajudar a

sua equipe.

Em busca de uma mudança na Educação Infantil houve uma

capacitação para os diretores de creches, assim que as creches passaram de

assistencialismo para educação houve essa preocupação de também estarem

nos cargos os profissionais de educação, a principio foram chamados aqueles

que atuavam como supervisores, ou professores da rede com experiências,

mas logo eles capacitaram e ofereceram os cursos para esses profissionais e

observando todas essas mudanças os trabalhos desenvolvidos dentro das

creches estão caminhando para que seja de boa qualidade, claro que ainda

estamos gatinhando, a casa ainda está sendo arrumada, organizada, mas

acreditamos que chegaremos aonde devemos chegar, formar cidadãos

conscientes, justos.

Sabe-se que a Educação Infantil tem sua organização e práticas

fundamentadas em dois pilares que é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Brasileira e as Diretrizes elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação que

se trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, e é

sobre ela que é edificado ou deveria ser o projeto político pedagógico. Para se

construir esse projeto é preciso que todos participem da proposta, os

professores, a família, a comunidade, para que todos possam ter o

conhecimento de como esta sendo realizado o trabalho pedagógico e social,

onde todos têm o direito de contribuir com suas opiniões e juntos transformar

este encontro em um documento que todos ajudaram a acontecer e assim ser

realizado o trabalho com as crianças e a comunidade em que estão inseridas,

assim “As crianças têm o direito de se desenvolver integralmente com

oportunidades apropriadas à sua faixa etária. Hoje, as creches, pré-escolas e

EDIs são, cada vez mais, espaços de ações pedagógicas intencionais e

sistemáticas que, por isso, têm impacto na Educação Básica”. (2009,p.9).Cabe

ao gestor, proporcionar a sua equipe pedagógicas momentos de reunir para

estudos desses documentos que são atuais e ao mesmo tempo são tão

antigos, pois sabemos que os nossos pensadores já discutiam essas questões,

como organização dos espaços, os móveis adequados, enfim toda uma

estrutura própria para a faixa etária. Sabemos que o desenvolvimento físico,

pessoal, cognitivo e social ocorre com maior velocidade na criança de 0 aos 6

26

anos de idade. É uma idade que adquire importantes habilidades físicas,

emocionais e cognitivas, onde estarão sendo desenvolvidas e que serão úteis

pelo resto da vida. A organização cuidadosa do espaço deve ser seguida da

observação do seu efeito sobre as interações e o brincar.

O gestor tem o papel importante fazendo com que sua equipe tenha

uma relação cotidiana com as crianças e saiba identificar as formas de

sentimentos que acontecem no cotidiano da instituição, pela sua sensibilidade,

identificarem as necessidades, desejos, fortalecer as relações, promover

atividades significativas de aprendizagens e administrar o planejamento, o uso

pedagógico de diferentes recursos: materiais, brinquedos, jogos, livros,

aparelhos tecnológicos, espaços físicos e horários, numa relação que as

vivências de aprendizagem são uma via de mão dupla. A liderança deve não

como uma ditadura, mas uma relação de respeito e companherismo, onde

todos tem o direito de expressar suas opiniões e cumprir com seus deveres

tendo responsabilidade e comprometimento, o líder deve transmitir esse

respeito e segurança para que sua equipe também saiba construir com os

pequenos sua autonomia e os seus limites de forma lúdica e prazerosa, por

isso temos as orientações curriculares que nos ajuda. A melhor compreender o

trabalho com os pequenos

“ É necessário o comprometimento de todos que atuam

na instituição para torná-lo um instrumento vivo e auxiliar

a ação educativa. Este documento, em especial, foi feito

para auxiliar as práticas diárias na Creche, Pré-Escola e

EDIs ressaltando sempre a importância da ação

participativa do adulto nas experiências das

crianças.”(2009, p.15).

È preciso buscar uma conscientização desse segmento tão importante

e necessário onde estão sendo preparadas para o momento de alfabetizar,

porque as primeiras barreiras da primeira infância estão sendo vencidas, e ao

chegar na outra fase estarão bem preparadas o Plano Nacional de Educação

diz que:” Se a inteligência se forma a partir do nascimento e se há” janelas de

oportunidade” na infância quando um determinado estimulo ou experiência

exerce maior influência sobre a inteligência do que em qualquer outra época da

27

vida, descuidar desse período significa desperdiçar um imenso potencial

humano.” (2002, p.92). Para que esses objetivos possam ser realizados é

preciso que haja realmente desempenho de todos os lados, precisamos estar

dispostos para que a nossa educação atinja um grau de superioridade no

sentido de transformar a nossa sociedade, formando cidadãos dignos e mais

humanos tendo consciência do seu papel, assim também nos assegura o Plano

Nacional de Educação na formação de Educação Infantil.

“Estabelecer em todos os Municípios, no prazo

de três anos, sempre que possível em articulação com

as instituições de ensino superior que tenham

experiência na área um sistema de acompanhamentos

públicos, controle“ e supervisão da Educação Infantil,

nos estabelecimentos públicos e privados, visando ao

apoio técnico- pedagógico para a melhoria da qualidade

e à garantia do cumprimento dos padrões mínimos

estabelecidos pelas diretrizes nacionais e

estaduais”2001,p 8).

Sabe-se que não é fácil o cuidar na Educação Infantil, é preciso que

todos que estão envolvidos se organizem e procurem fazer sua parte, e

principalmente com amor, porque tudo que será realizado é para as crianças, e

serão elas que mudarão a nossa sociedade. A mudança não é fácil, muitas das

vezes encontram-se obstáculos, mas é preciso ter determinação para que

ocorra as mudanças e pensando sempre positivamente para que as coisas de

certo, claro que nem tudo que planejamos saíra como desejamos, mas não

podemos desistir de lutar para uma educação de qualidade, e para todos, onde

reafirmando estas mudanças a LDB, lei 9.394/96, promulgada em dezembro de

1996, estabelece de forma incisiva o vinculo entre o atendimento às crianças

de zero a seis anos e a educação, e o Estatuto da Criança e do

Adolescente,de1990 destaca também o direito da criança a este atendimento,

podemos observar o quanto precisamos de melhorar nossos atendimentos as

nossas crianças, e protegê-las e assegurar um futuro para elas de qualidade.

Para que nossa educação possa continuar buscando um caminho de qualidade

não podemos esquecer como relata o documento dos indicadores de qualidade

28

que “É preciso fundamentar a cooperação de qualidade na educação em

valores sociais mais amplos, como o respeito ao meio ambiente, o

desenvolvimento de uma cultura de paz e a busca por relações humanas mais

solidárias”. Precisamos compreender que educar não está só em conteúdos e

projetos que não faça a criança desenvolver sua autonomia, mas pensar que

educar é um todo, é um universo que devemos ajudar as nossas crianças a

percorrer trazendo possibilidades de descobertas fundamentadas para a

construção de uma base com segurança formando um cidadão que pensa e

age, são crianças ativas, por isso devemos projetar para crianças ativas que

participem juntos,e não só um espectador, mas um colaborador.

Para que o diretor desempenhe sua função é preciso que ele atenda as oito

áreas de educação:

- Gestão pedagógica;

- Gestão administrativa;

- Gestão financeira;

- Gestão de infra-estruturar;

-Gestão de comunidade;

-Gestão de relações pessoais;

-Gestão resultados escolares e

-Gestão de relacionamento com a rede.

Construir essa visão integradora significa entender que cada uma das áreas

não é um fim em si mesmo, mas um meio de fazer a escola cumprir seus

objetivos. È importante compreender que para desenvolver a visão integradora

é que a escola pública faz parte de um sistema maior, ela pertence a uma rede

que exige que se adaptem as políticas públicas. Existe uma comunidade dentro

e ao redor dela, onde deve estar comprometida com o trabalho pedagógico, e

todos devem estar inseridos nesta proposta para que haja uma gestão reflexiva

e não uma gestão só burocrática, mas que represente as necessidades dos

alunos.

O diretor desse espaço de educação infantil deve garantir que a criança seja

respeitada e que ela tenha proteção à saúde e segurança, construções de

relações positivas, criação de oportunidades para aprendizagem, essas

questões são muito importantes para que a criança se desenvolva

saudavelmente e cresça confiante de suas atitudes onde ela tenha liberdade de

29

expressar seus sentimentos. Quando há um diálogo aberto e contínuo com os

responsáveis isso ajuda a instituição a responder às necessidades individuais

da criança. O documento de Indicadores de Qualidade relata que

“A creche, a pré-escola e os centros de educação infantil são instituições educativas

destinadas a promover o desenvolvimento integral das crianças até seis anos de idade.São

espaços de formação também para os integrantes da equipe responsável e para as famílias.

Para que o trabalho realizado tenha condições de obter bons resultados, é muito importante

que todos tenham clareza e respeito dos objetivos da instituição e atuem conjuntamente de

forma construtiva. Para orientar as atividades desenvolvidas, a equipe da instituição de

educação infantil deve contar com uma proposta pedagógica em forma de documento,

discutida e elaborada por todos, a partir do conhecimento da realidade daquela comunidade,

mencionando os objetivos que se quer atingir com as crianças e os principais meios para

alcançá-los”. (2009,p.35).

Esses documentos são referências para melhor planejarmos o trabalho junto a

comunidade que ela está inserida.

30

CAPÍTULO III

COMO DIRECIONAR ESTA PRÁTICA PEDAGÓGICA

AOS EDUCADORES

Hoje a educação Infantil deu um grande passo, mas não o suficiente para o

caminho de qualidade, falta muitas questões para serem resolvidas e

colocadas em prática. Os órgãos responsáveis não estão comprometidos o

suficiente para a estimulação deste profissional dentro de sua prática,

principalmente nas creches públicas e escolas da rede pública. Vivemos no

momento de precisamos fazer, mas não acontece como se deve, o

investimento chega pelo governo federal, e as repassas são demoradas

quando a verba chega para o uso do material as aulas do ano letivo já

começou, não iniciamos com o material adequado, sempre falta alguma coisa,

mas a questão não é essa, porque o profissional da educação ele é muito

criativo, e não é por falta de material que o trabalho não e desenvolve, ao

contrário o trabalho esta sendo bem desenvolvido, devido os esforços de

muitos gestores comprometido com a educação , os projetos de trabalho estão

sendo bem realizados, inclusive tivemos premiações que foram muito bem

realizadas em algumas creches e pré- escolas, desde que as creches foram

inseridas na educação que o trabalho pedagógico é realizado com êxito.

A estrada é longa o assunto é abordado nos livros, revistas, documentos, enfim

existe muita teoria, há vários estudos de que a criança é um ser histórico é

precisa de respeito e estar incluído como um ser que pensa e precisa de suas

necessidades de brincar, expressar-se livremente, mas para que tudo isso seja

colocado em prática precisamos olhar com mais carinho aos nossos profissionais

da educação infantil principalmente os profissionais que trabalham nas creches

como diz Tardelli:

A relação professor- aluno como o ponto mais delicado do processo de

aprendizagem, pois serão implicadas ai não só questões racionais, como

também afetivas.Verifica-se que a maneira como o professor conduz sua aula,

como lida com a motivação dos seus alunos e como se compromete com o

projeto padagógico são fundamentais para organizar a vida escolar do aluno.

(2004, p. 6).

31

Todos unidos como o, governo, profissionais da educação para que seja de

qualidade, e sim qualificar os professores de todos os segmentos, seus

gestores, orientadores supervisores, enfim todos que lidam com a educação

para que estejam aptos de verdade para educar e ajudar seus alunos a serem

respeitados e valorizados, capazes de enfrentar qualquer situação e posição

com seus méritos.

Há muitas escolas e creches que fazem trabalhos muito bons com as crianças

no seu desenvolvimento , reconhecendo seu potencial, respeitando seu tempo

de aprendizagem, estimulando a criança no seu desenvolvimento motor,

cognitivo e principalmente como um ser humano incentivando seus valores e

atitudes para a formação da cidadania, observamos alguns pontos

fundamentais par que o trabalho se realize bem por exemplo:

• Criar, um ambiente estimulante e educativo para os educadores;

• Construir, uma visão compartilhada sobre o futuro de uma instituição;

• Definir, em conjunto, uma missão para a instituição e divulgá-la na

comunidade;

• Chegar, a um acordo quanto aos valores essenciais a instituição;

• Refletir, sobre os pontos fortes da instituição e como usá-los para

superar seus pontos mais frágeis.

Muitas instituições apresentam seu plano político pedagógico interessante,

mas que na realidade não vive a prática, é preciso sair do papel e fazer

valer seus objetivos traçados e realizados. Uma instituição que valoriza

realmente a sua teoria faz o possível para colocá-la em prática com êxito,

afirma, Aldê.” Você pode dizer que, em muitas escolas e centros ou

instituições de Educação Infantil, todo mundo também conhece existe um

Projeto político Pedagógico, mas, na prática, no dia- a –dia, as intenções

não se transformam em realidade.” (1999,p.14).

Por isso a participação do supervisor dentro de uma instituição escolar é

importante para contribuir com a organização do trabalho, principalmente

em relação aos professores estarem colocando em prática o seu

planejamento, motivando o professor para que se sinta seguro e confiante

32

para colocar em prática as suas tarefas, e inserindo a aluno com ao que for

melhor para a sua aprendizagem.

3.1- A AÇÃO PEDAGÓGICA

O professor ao dedicar-se ele se prepara para melhorar as suas atividades,

ele busca nos estudos para melhorar no seu atendimento aos alunos para

que ele tome consciência do seu papel de professor transformador,

segundo Rangel:

Assim, a atitude de estudo é freqüente e essencial pela importância de atualizar o

conhecimento (re) elaborado e (re) construído no processo ensino- aprendizagem,

que é foco da ação supervisora, relacionada à formação permanente dos

professores: uma formação em serviço, que não se realiza sem que sejam

garantidas e esses professores oportunidades de estudar ( ler, debater, avaliar,

reelaborar conceitos e práticas) coletivamente. “Nesse caso, o cotidiano do

processo de ensinar e aprender oferece a “matéria” a ser estudada e o supervisor

“coordena” as oportunidades coletivas nesse sentido (2002, p.67).

A equipe pedagógica trabalha em prol de um objetivo, que é, levar essas crianças

para um futuro educativo transformador e de boa qualidade. O gestor ele quando

organiza com a sua equipe pedagógica seu centro de estudos, ele já vem com o

pensamento de transformar este momento em orientações, e norte para a sua

equipe, ele traz os materiais necessários para uma reunião participativa, onde,

todos também têm o direito de contribuir com suas opiniões e juntos ver o melhor

para aquela instituição escolar, seja creche ou pré-escola.

Toda ação pedagógica, como diz o nome ação, é para que possamos agir dentro

dos nossos objetivos, traçar metas para alcançarmos com nossos alunos, sair do

nosso lugar e ir ao encontro daquele que queremos ensinar, respeitando suas

diferenças, sua cultura, seu momento de aprender, é fazer nossas ações sair do

papel, é estar de verdade junto com seus alunos, fazendo a diferença. Sabemos

que temos pontos fracos e fortes dentro de uma instituição e principalmente de

educação infantil, pois, estamos caminhando para uma estrutura de qualidade

temos um documento que pode intervir para melhorar suas condições, definindo

suas prioridades e traçando um caminho na construção de um trabalho

pedagógico e social significativo. Esse documento resultou de um trabalho

33

colaborativo envolvendo vários grupos de todo o país, para que venha fazer a

diferença e dar um norte para as instituições de educação infantil, e seus

profissionais, esse documento se chama ‘Os indicadores de qualidade na

Educação Infantil” onde indica sinais que revelam aspectos de determinada

realidade e que podem qualificar algo” Aqui os indicadores apresentam a

qualidade da instituição de Educação Infantil em relação a importantes elementos

de sua realidade, as dimensões”(2009,p.13). este documento das orientações

para os gestores da educação infantil, fazendo com que eles possam estar

orientados de acordo com a secretaria de educação, buscando ajudá-los nesse

novo olhar da educação infantil e como eles devem seguir, e muitos outros

documentos e livros estão ajudando os nossos gestores, para que eles também

possam ajudar a sua equipe pedagógica, Várias mudanças tivemos, como na

administração de uma creche, já compõem de uma professora articuladora, é

aquela que orienta toda parte pedagógica, uma diretora adjunta para parte

administrativa junto com a diretora, ou gestor, hoje os auxiliares de creches, as

professoras de educação infantil um cargo novo entro da secretaria de educação,

e assim a equipe está sendo formada para melhor atender o desenvolvimento da

criança.

3.2- RELAÇÃO PROFESSOR, GESTOR E ALUNO.

Um líder, através de seus atos poderá ter uma administração positiva ou negativa,

quando observamos um trabalho bem organizado e bem elaborado, sabe-se que

bons frutos terão, pois toda uma boa estrutura tem um bom gestor, aquele que

sabe valorizar todos os seus funcionários, ou seja, sua equipe. Um líder precisa

tratar todas as pessoas com a devida importância.

Eis a maior definição para respeito.

Para que as turmas de creche e pré-escolas se desenvolvam plenamente, é

preciso planejar de acordo com as características de cada faixa etária,

34

descobrindo suas necessidades essenciais para que no momento de

planejar seja importante e decisivo na vida da criança.

O gestor da Educação Infantil ainda esta um pouco perdido em relação a

própria estrutura das creches, antes se indicava uma pessoa para estar à

frente da instituição, mas não para realizar um trabalho pedagógico como se

vê hoje mais para tomar conta da instituição e olhar a criança em suas

necessidades do cuidar, e o gestor não tinha porém essa autonomia que

hoje eles tem em relação ao pedagógico. A discussão toda em cima da

educação infantil é olhar a criança num todo desde as suas necessidades na

higiene, alimentação, mas também no educar formar cidadãos respeitando

as diversidades de cada um para uma formação social e cultural, pois a

criança é um ser social e cultural.

Esse olhar do gestor dentro da educação é importante para o

desenvolvimento da instituição, porque ele precisa acreditar em uma

educação transformadora, e que a criança aprende quando tem um

ambiente que as motivas e as incentivam para tal desenvolvimento, e um

olhar motivador faz com que sua equipe também seja motivada e acredite

nessa transformação, e veja esta faixa etária como a base ou o desabrochar

da criança para o mundo. O gestor ele esta na liderança e todos vai até ele

quando precisa de ajuda e para isso ele também deve estar preparado para

receber essa pessoa assim diz Hunter “A maior oportunidade que temos

todos os dias de sermos atenciosos com os outros é a maneira como

decidimos escutá-los”. (2006,p.65).Escutar o outro é importante, pois

dependendo de como o outro esta naquele momento afetará o seu

desenvolvimento isto acontece com o adulto e com as crianças também, há

momentos que acordamos não muito bem e precisamos de afeto, de uma

palavra acolhedora e essa relação com os alunos, com os professores é

fundamental par desenvolvimento do trabalho e da própria aprendizagem

como afirma Hunter” Há um velho ditado qual tudo que o líder faz sinaliza

uma “mensagem” para os outros. Pense na qualidade de oportunidades que

temos todos os dias de enviar” recados” gentis às pessoas pelo simples ato

de nos oferecermos para escutá-las.”(2006,p.65) e assim precisamos pensar

como esta os relacionamentos dentro das instituições escolares, porque

transmitimos para o outro principalmente as crianças o que queremos deixar

35

para elas, amizade, companheirismo, afeto, esses sentimentos fazem parte

do nosso desenvolvimento para podermos enfrentar as batalhas da vida co

segurança.

3.3 – COMUNIDADE E EDUCAÇÃO

A criança é um ser muito sensível e delicado precisa ser tratado com,

carinho e respeito para que não venha acontecer toda essa situação que vem

sendo observado na educação, e para que não ocorra basta haver uma

educação comprometida e responsável, a violência esta se espalhando dentro

das nossas instituições escolares, e é preciso estar atentos aos

acontecimentos segundo Cury “ Bons professores corrigem os comportamentos

agressivos dos alunos professores fascinantes resolvem conflitos em sala de

aula. Entre corrigir comportamentos resolver conflitos em sala de aula há uma

distância maior do que imagina a nossa nobre educação”.(2003,p.75).

Família é a base da criança e de todo o ser humano, como se diz a

educação vem primeiro de casa, a escola é só um complemento, mas estão

fazendo com que a escola resolva todos os problemas, da criança, Há muitas

escolas e creches em comunidades carentes, e podemos observar os índices

de criminalidades em volta da escola ou da creche, e por tantas situações é

preciso planejar de forma que atenda a essa comunidade e seus alunos, assim

facilitará um trabalho em conjunto, mas claro que nem sempre é possível viver

esta situação existem comunidades que aceitam bem a educação, mas há

outras que são avesso a essa realidade. Hoje podemos observar que a

educação num toda esta se misturando, os pais querem que a escola faça o

papel deles, a escola tem que educar no sentido dos conteúdos e educar no

sentido de base familiar, muitos pais frustrados pela sua educação com os

filhos estão jogando essa responsabilidade para a escola. É preciso

desenvolver o projeto pedagógico de forma clara e objetiva junto com a

comunidade e fazer essa comunidade compreender que o trabalho

desenvolvido será para todos, planejarem projetos que envolva toda a

comunidade, dar oportunidade para a comunidade estar inserida no trabalho

36

desenvolvido isto facilita a aceitação do ambiente escolar naquele local e faz as

pessoas se sentirem vistas, valorizadas. Quando a instituição consegue

parcerias como, o posto de saúde, trazendo palestras e que interessem aquela

comunidade, eles começam a ter outro olhar para a educação, claro que deve

ter o cuidado de associar os assuntos com a cultura local sem invadir a

privacidade e também sem deixar de se posicionar com a educação. Sabemos

que é um trabalho de formiguinha,pois muitos pais não comparece as reuniões,

para conseguir a presença deles é preciso elaborar estratégias como oferecer

um café da manhã ou um brinde, porque se depender deles é difícil precisa ser

feito um trabalho de conscientização com os responsáveis do papel deles junto

á educação de seus filhos afirma Cury “Pais e professores são parceiros na

fantástica empreitada da educação”. (2003.p.54)

Sabemos que esta situação não ocorre só nas comunidades

carentes,mas em todo local de acordo com a mudança em nossa sociedade as

famílias estão se estruturando diferente do tempo da vovó, as mulheres estão

ficando cada vez mais independente e ficam sem tempo de educar seus filhos

os pais a mesma coisa e no final fica para a escola educar, as crianças chegam

sem limites, cheias de vontades e os pais acreditam que é dever da escola

fazer essas vontades de seus filhos passando por cima das regras. A criança

precisa se sentir segura em casa e na escola, por isso precisa da parceria com

a família e a comunidade, A participação do responsável nas reuniões e nas

atividades escolares faz com que a criança se sinta amada e desenvolve a

construção de seu pensamento responsável e no futuro perceberá que a escola

e sua família andam juntas.

Os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil - Volumes

210.12 Têm uma atenção especial com as famílias e/ou responsáveis durante

o período de acolhimento inicial (“adaptação”) das crianças, possibilitando, até

mesmo, a presença de um representante destas nas dependências da

instituição. Orientam mães e pais e/ou responsáveis para dar às professoras e

aos professores informações que julguem relevantes e fidedignas sobre a

criança. Criam as condições necessárias para obter as informações

sobre a criança no período de matrícula. Realizam encontros periódicos entre

mães, pais, familiares e/ou responsáveis e profissionais da instituição de

Educação Infantil, visando à qualidade da educação das crianças.

37

Asseguram que as crianças de 0 até 6 anos sob sua responsabilidade sejam o

principal foco das ações e das decisões tomadas. Encaminham aos serviços

específicos os casos de crianças vítimas de violência ou maus-tratos.

Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil - Volumes 210.3

Organizam e participam do processo de elaboração, registro em documento

escrito, implementação e avaliação das propostas pedagógicas, com o

envolvimento de todos os profissionais da escola, das crianças, de suas

famílias e/ou responsáveis e da comunidade local. Divulgam sistematicamente,

com clareza e transparência, critérios, normas e regras tanto para as famílias

e/ou responsáveis pelas crianças matriculadas quanto para a equipe de

profissionais que atuam nas instituições de Educação Infantil. Utilizam-se da

supervisão externa como instrumento para o aprimoramento do trabalho da

equipe como um todo. Formalizam canais de participação de profissionais sob

sua responsabilidade e das famílias e/ou responsáveis na elaboração,

na implementação e na avaliação das propostas pedagógicas. Preocupam-se

em cultivar um clima de cordialidade, cooperação e profissionalismo entre

membros da equipe de profissionais que atuam nas instituições de Educação

Infantil e as famílias e/ou responsáveis pelas crianças. Desenvolvem

programas de incentivo à educação e à formação regular e continuada dos

membros da equipe de profissionais que atuam nas instituições de Educação

Infantil. Respeitam os direitos e asseguram o cumprimento dos deveres

das professoras, dos professores e dos demais profissionais sob sua

responsabilidade Respeitam e implementam decisões coletivas. Possibilitam

que mães, pais e familiares e/ou responsáveis tenham a oportunidade de visitar

as instalações das instituições de Educação Infantil e de conhecer os

profissionais que lá trabalham antes de matricular a criança. O trabalho

realizado dentro dos espaços de educação infantil precisa conter com todos

que estão integrados, temos que te estratégias que envolvam toda a

comunidade, a família, e para que isso aconteça, a instituição também deve dar

meio que façam a comunicação entre os interessados, como:

- Entrevista individual no início do ano e em outros períodos, quando

necessário, para conhecer o contexto de vida das crianças, suas atividades

fora da instituição e sua situação socioeconômica;

- Uma comunicação diária por meio da agenda da criança;

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-Participação da família em festividades e visitas à instituição;

- Encontros periódicos para avaliação do desenvolvimento da criança que pode

ser individual ou em pequenos grupos ou com a turma toda, desde que se

informe e também ouça os responsáveis, com relação ao trabalho desenvolvido

e às conquistas das crianças;

-Reunião com a equipe da instituição na qual a proposta pedagógica vai sendo

apresentada e discutida. Esse é um momento para os responsáveis

conhecerem e refletirem sobre o que as crianças fazem e aprendem, como

também para os profissionais ouvirem e responderem às dúvidas e críticas da

família;

- Um Conselho Escola- Comunidade (CEC) atuante, fortalecendo relações

democráticas;

- Partilha com a família a responsabilidade de um espaço educativo que

respeite a criança nas suas necessidades.

Essas são estratégias que são elaboradas para melhor atender as crianças e

as famílias dentro de uma instituição de educação infantil, onde todos devemos

nos unir e buscar caminhos que levam para construirmos uma sociedade

organizada e justa.

Educar é um ato de amor, pois nós temos o dever de ajudar o nosso próximo a

ter esperança de viver feliz, respeitando o outro, vivendo bons sentimentos,

repassando coisas boas para alguém, fazer com que o outro veja que ele é

igual a mim e que pode ter suas conquistas como qualquer pessoa e ter uma

consciência que todos somos iguais, não existem ninguém melhor nem pior, e

sim seres humanos em busca da felicidade.

A sociedade esta sempre em movimento como nós estamos também nos

movimentando o tempo todo sempre em busca de coisas novas diferentes, e

iniciamos essas mudanças na infância e não paramos mais, a palavra

movimento é uma que melhor define a explosão de descobertas que acontece

no mundo, em nós adultos e principalmente a criança; onde acontece as

primeiras comunicação e relação com o mundo. Cada novidade é um desafio

explorado, sem receios, sem medos, mas a criança precisa de segurança e

proteção em todos os momentos do dia, são atitudes que requer de nós

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incentivo e atenção no contato com a criança, o educador precisa estar sempre

vigilante.

3.4- A PESQUISA REALIZADA

A pesquisa foi realizada através de observações em uma instituição da rede

pública, uma creche, onde tivemos várias mudanças em relação às dificuldades

que foram encontradas e as soluções que foram resolvidas, as mudanças e

toda equipe pedagógica, o novo gestor o seu novo olhar para esse segmento

as propostas governamentais, os projetos, leituras que nos levem a novos

caminhos a seguir, as participações dessas discussões através de seminários,

a jornada pedagógica, documentos elaborados pelo MEC, pela Secretária de

Educação. A intenção foi de informar às mudanças que estão sendo realizadas

neste segmento mostrando a importância de uma unidade escolar e de um

olhar para o futuro mais não se esquecendo de viver o presente

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CONCLUSÃO

Conclui-se que precisa de muitas mudanças, principalmente dos

órgãos públicos, toda discussão que esta acontecendo é importante, mas

precisa de muito incentivo e motivação para se de resultado. Foi dado um

grande passo em relação à preparação desse gestor e de toda a equipe

pedagógica, através de seminários que a Secretaria de Educação junto com as

CRES oferece com o MEC é importante como apoio e incentivo. A pesquisa

realizada contribuiu para o crescimento a respeito de esse novo olhar dentro da

educação infantil de seu desenvolvimento e de suas capacitações. Quando se

fala de educação é muito difícil não falar dos pensadores, porque eles lutaram

muito para que a educação tivesse um melhor patamar, ainda não está como

eles idealizaram, mas não podemos desistir de continuar buscando o sonho e

lutando para que se transforme em realidade, uma escola para todos e de

todos desde os pequenos até os adultos e principalmente os excluídos, além

dos pensadores nós temos também muitos autores que nos apresentam

através de seus livros caminhos para uma boa educação, não receita, mas de

seus relatos de experiências com educadores ou suas próprias vivências.

Existe documentos e leis que indicam como se deve trabalhar a educação num

todo, mas não é colocado muitas vezes na prática, é só teoria e muito bem

preparado, não adianta estar no papel, e não colocar a mão na massa. É

preciso uma conscientização de todos desde o governo,os educadores de

todos os segmentos a equipe pedagógica, enfim todos aqueles que acreditam

na mudança na transformação de uma sociedade justa, solidária e

comprometida; se todos nós fizermos a nossa parte no espaço que temos, seja

no, trabalho ou em casa realmente fazer a diferença teremos uma melhor

qualidade de vida e de educação, A sociedade esta precisando resgatar seus

valores e sua auto-estima para que possa viver satisfeito e feliz.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CURY, Augusto. Pais Brilhantes professores Fascinantes. Rio de Janeiro;

Editora Sextante, 2003.

BRASIL. Ministério da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional

para a Educação Infantil/ ministério da Educação fundamental. Brasília:

MEC/SEF, 2001.

TARDELI, Denise. O respeito na sala de aula. Petrópolis: editora Vozes, 2004,

3º edição.

CARDOSO, Fernando Henrique Cardoso, Paulo Renato Souza. Plano Nacional

de educação. Brasília. 09 de janeiro de 2001.

HUNTER. C, James, tradução de A. B. Pinheiro de Lemos. Como se tornar um

Líder Servidor. Rio de Janeiro; Editora Sextante, 5º edição.

ALDÉ, Lorenzo. O CEI criança Feliz Trocando em miúdos as Diretrizes

Curriculares Nacionais de Educação Infantil. CECIP. UNICEF.

RANGEL Mary. O Estudo como prática de supervisão. ALARCÃO. Isabel.

FERREIRA. Naura. Supervisão educacional: Novas exigências, novos

conceitos, novos significados (Org). supervisão pedagógica. Princípios e

Práticas, Campinas, SP: Papirus. 2001.

CURRICULARES, Orientações para Educação Infantil, Março de 2009.

INDICADORES de Qualidade na educação infantil/Ministério de educação/

Secretaria de educação Básica- MEC/SEB, 2009.

REVISTA, nova escola Editora Abril. São Paulo.Novembro , 2009.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I- EDUCAÇÃO INFANTIL, UMA GESTÃO PROMISSORA. -10 1.1- A história da Educação Infantil, primeira infância, espaço creche. 1.2- O olhar assistencial 1.3- O olhar educacional 1.4- O cuidar, educar, e brincar na Educação Infantil CAPÍTULO II- A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA GESTÃO NA EDUCAÇÃO -20 INFANTIL. 2.1- A ação administrativa 2.2- Os desafios de uma Gestão 2.3- Uma gestão de qualidade CAPÍTULO III- COMO DIRECIONAR ESTA PRÁTICA PEDAGÓGICA AOS -30 EDUCADORES. 3.1- A ação pedagógica 3.2- Relação Professor, Gestor e Aluno. 3.3- Comunidade e Educação 3.4- A pesquisa realizada CONCLUSÃO 40

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41