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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE UERJ INOVAÇĂO / EVOLUÇĂO REAL Por: Jacqueline Costa Moraes Pereira Orientador Prof. Ana Paula Ribeiro Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

UERJ

INOVAÇĂO / EVOLUÇĂO REAL

Por: Jacqueline Costa Moraes Pereira

Orientador

Prof. Ana Paula Ribeiro

Rio de Janeiro

2010

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

UERJ

INOVAÇĂO / EVOLUÇĂO REAL

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão

Pública.

Por: Jacqueline Costa Moraes Pereira

3

AGRADECIMENTOS

A Deus em primeiro lugar, a minha

filha, aos meus pais, aos amigos, em

especial a alguns da Pós-Graduação

que acolheram a mim e minha filha,

com carinho.

4

DEDICATÓRIA

Dedico mais esta conquista, a grande

amiga e nesta encarnação minha amada

filha, que se dedicou e abdicou de várias

quintas-feiras para me acompanhar e me

dar à força necessária para continuar indo

em frente.

RESUMO

5

O objetivo deste trabalho é resumir a importância da UERJ como

principal Instituição Pública de Ensino Superior, sendo o desenvolvimento

organizacional fundamental como ponto de partida em um momento crítico, no

qual as Instituições Públicas vem sendo desprezadas e desrespeitadas pelas

políticas desenfreadas.

A heterogeneidade é real. Além de ser histórica, acentua-se em função

das políticas diferenciadas de cada governo.

Assim fica um pouco mais claro o porquê do caminho progressivo que

os diversos governos utilizaram, nas últimas décadas, para o incentivo ao

ensino privado e o bloqueio e “sucateamento” do ensino público.

6

METODOLOGIA

Para realizar esta pesquisa optamos por fazer um levantamento

bibliográfico agregando a um estudo de caso sobre a Universidade do Estado

do Rio de Janeiro.

Vencida a pauta da necessidade, tornou-se importante e urgente

avançar na teoria e na prática da avaliação institucional. Em outras palavras,

teremos que enfrentar as questões da definição dos objetivos e alguns

princípios, das escolhas metodológicas, do funcionamento e das funções

públicas, mas muito particularmente das formas e reformas políticas que

movimentam as ações e os processos concretos.

As mudanças dependem das pessoas que crescem com elas. Por

isso, é fundamental educar e investir nestas pessoas, como também mantê-

las na organização, oferecendo-lhes as condições essenciais para uma

atuação produtiva e integrada.

O desenvolvimento organizacional depende da capacidade das

organizações de funcionarem como entidades estruturadas nas quais seus

elementos constitutivos atuem de maneira integrada e harmônica. Para que

isso ocorra é preciso que todos os seus agentes – servidores e dirigentes –

estejam envolvidos e comprometidos com a obtenção dos resultados

institucionais e com a implantação de ações contínuas de melhoria.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Desdobramento da Situação Problema entre os

Setores Público e Privado 10

CAPÍTULO II – As Diferentes Mudanças que ocorrem na Cultura

e no Profissionalismo dentro das Organizações 19

CAPÍTULO III – As Diferentes Visões em busca de Objetivos 24

CONCLUSÃO 29

BIBLIOGRAFIA 31

ÍNDICE 33

FOLHA DE AVALIAÇÃO 34

8

INTRODUÇÃO

Ao tomar as pessoas como ponto de partida do sucesso de toda e

quaisquer Instituição Pública, torna-se fundamental mostrar como as pessoas

e as Instituições se desenvolvem através da aprendizagem contínua e da

mudança de comportamento.

O desenvolvimento organizacional abrange vários processos, dentre

eles o de desenvolver pessoas dando ênfase à necessidade da sua

potencialidade interior, ou seja, este desenvolvimento está intimamente

relacionado com a educação e suas habilidades, sejam elas inatas ou

adquiridas.

O processo de desenvolvimento agrega três fases: treinamento,

desenvolvimento de pessoas e desenvolvimento organizacional.

O treinamento e desenvolvimento tratam da aprendizagem no nível

individual e de como as pessoas aprendem e se desenvolvem.

O desenvolvimento organizacional trata de como as organizações

aprendem e desenvolvem através da mudança e inovação.

Portanto, a aprendizagem constitui o fundamento básico seja no nível

individual ou organizacional, sendo tradicional ou moderna.

As organizações estão migrando rapidamente da abordagem tradicional

para a moderna.

Infelizmente, o processo é complicado. O problema da cultura, estrutura

e da priorização do treinamento na Instituição Superior de Ensino Público é

algo arrebatador tanto no ponto de vista relativo à carência de verba, quanto no

contexto em que se verifica a falta de motivação e conscientização dos seus

servidores.

O conhecimento está se tornando recurso indispensável e fundamental,

a chave do desenvolvimento que servirá de oxigênio para um mergulho interior

e para uma aprendizagem desafiadora, tão necessária para nos tornarmos

melhores como ser humano e/ou profissional.

9

As diferentes análises podem ser atribuídas aos pressupostos

subjacentes que os pesquisadores têm a respeito do que é "organização",

"cultura" e "natureza humana".

Nesse contexto assume-se que a educação, de um modo geral, seja a

mola propulsora do desenvolvimento econômico e social e que contribua para

a reprodução de classes sociais por meio do ensino compartimentalizado e da

educação para a elite e para as massas.

10

CAPÍTULO I

DESDOBRAMENTO DA SITUAÇÃO PROBLEMA ENTRE

OS SETORES PÚBLICO E PRIVADO

Analisando inicialmente o contexto do Serviço Público, percebe-se que

esse não acompanha a globalização, a velocidade das mudanças, e o

acirramento da competição entre o ensino público e privado. Isso evidencia

uma necessidade de capacitação rápida e eficiente, principalmente na área de

Recursos Humanos, por onde se deve iniciar a adequação do treinamento e

desenvolvimento, porque esse departamento é estratégico e referencial para

as outras áreas.

É imperativo, no entanto, que a adoção da filosofia, dos métodos e

das ferramentas utilizadas como instrumentos de transformação gerencial da

Administração Pública levem em conta as especificidades decorrentes da

natureza da atividade pública, que desaconselha a mera reprodução dos

conceitos e princípios que são aplicados no setor privado.

1.1 – Diferenças entre os Setores Público e Privado

Há algumas diferenças entre os setores público e privado que

merecem ser citadas:

- a finalidade principal das atividades de caráter privado é o lucro,

que lhe dá a capacidade de sobrevivência em um ambiente de

alta competitividade; por sua vez, a principal finalidade das

atividades públicas é prestar serviços à sociedade;

- no setor privado, a preocupação em satisfazer o cliente é

baseada no interesse, enquanto no setor público essa

preocupação tem que ser alicerçada no dever;

- no setor privado, o cliente atendido remunera diretamente a

organização, pagando pelo serviço recebido ou pelo produto

11

adquirido; no setor público, o cliente atendido paga indiretamente,

por via do imposto, sem qualquer simetria entre a quantidade e a

qualidade do serviço recebido e o valor do tributo que recolhe;

- as diferentes contingências a que estão submetidos os dois

setores, como os limites de autonomia estabelecidos pela

legislação e o perfil da clientela.

O novo modelo de organização criou: as faculdades cujo objetivo é o

ensino, que fatalmente recairá no reprodutivismo, tão criticado nas décadas

de setenta e oitenta; os centros universitários que gozam de maior

autonomia que as faculdades, objetivam a “excelência do ensino” e devem

apresentar alguns programas de pesquisa; e as universidades, que têm

autonomia para o ensino e a pesquisa, mas, concretamente, não dispõem

de verbas para o desenvolvimento científico.

Este é o panorama geral e dentro dele encontra-se um pequeno número

de instituições públicas de ensino e pesquisa, que na sua história conseguiram

montar uma razoável infra-estrutura, manter professores titulados e produzir

qualidade. Elas têm lutado por financiamentos externos e parcerias para

sobreviver, e assim evitar cair no mesmo padrão das demais que têm se

ajustado à reforma.

Assim, a universidade deixa de ser centro de formação, reflexão,

criação e crítica e passa a ser operacional, produtiva e flexível, para atender

aos mercados. Mesmo sendo identificadas como prestadoras de serviço, as

instituições de ensino não têm atingido o “padrão de qualidade” desejado

pelo MEC. Neste contexto, o instrumento de avaliação, que é o exame

nacional, torna-se importante, pois de alguma maneira têm apontado que a

melhor qualidade encontra-se no ensino público. No ensino particular, as

confessionais se destacam e a grande maioria das particulares caminha do

regular para o nível fraco. Com isso ocorre uma inversão social perversa. As

escolas públicas de ensino superior recebem para ali estudar os alunos que

tiveram melhor desempenho e foram preparados no ensino fundamental e

12

médio, mormente vindos de escolas particulares. De outra parte, o ensino

superior privado atende aos alunos que fizeram o ensino fundamental e

médio em escolas públicas estaduais, que apresentam baixa qualificação.

Assim vive-se um paradoxo que pode se tornar regra no ensino superior:

“quem é pobre paga para estudar”.

Outro aspecto importante, conseqüência dessa política educacional, é

o fato de pessoas com altas habilidades, talentos e competências, formadas

nas melhores instituições de ensino superior do país, que por sinal são

públicas, portanto gratuitas, não encontrarem condições estimulantes em

termos de envolvimento e desenvolvimento pessoal e científico e deixarem o

Brasil sendo bem recebidas em países onde a ciência e a tecnologia são

avançadas.

Como se vê, o impasse está colocado. A estrutura pública é de pequena

oferta e ainda de qualidade razoável no ensino e na pesquisa. O ensino

privado, em expansão pela oferta de vagas, demonstra, em sentido geral,

inexistentes ou precárias estruturas para pesquisa e limitada qualidade de

ensino.

O momento requer o repensar no ensino de maneira global. Como, por

exemplo, encontrar soluções para problemas comuns ao ensino privado: a

relação entre baixos investimentos e altos lucros; a relação entre baixo

investimento e baixa qualidade de ensino; o trabalho docente por hora aula; a

inexistência de laboratórios; bibliotecas precárias; o baixo investimento em

pesquisa e na formação científica; a situação atual da política educacional

que não inclui a participação de docentes e discentes; a inexistência da

representação sindical docente no corpo funcional da instituição; a ausência

de controle externo sobre a avaliação do ensino, entre outros aspectos. Pelo

caminho governamental, a curto ou médio prazo não haverá mudanças

relevantes, e sim o aprofundamento da universidade operacional. Vê-se

então a necessidade de um redirecionamento na participação dos docentes,

através de suas associações e sindicatos, nos destinos das instituições de

ensino.

13

O que se têm visto com frequência nas lutas políticas são temáticas que

ficam no plano abstrato ou que tratam de forma genérica a busca por

autonomia, a busca por maiores investimentos no ensino público.

Objetivamente o que se tem é a campanha salarial, que quase sempre acaba

em greve, com desgaste enorme aos corpos docente e discente, com

reposição de aulas com baixa qualidade e que, atualmente, não mais

sensibiliza grande parcela da comunidade acadêmica. Além disso, nos

movimentos docentes nas universidades públicas há uma certa rejeição à

escola privada, o que divide a causa maior da educação.

Sem dúvida, o ato pedagógico deve estar amparado na rede ampla

das relações que envolvem sindicatos e associações docentes e discentes.

A transformação poderá se processar quando houver a participação

representativa dessas entidades nos órgãos decisórios, formuladores e

gestores da política educacional, na agilização da comunicação entre

representantes e representados e no processo avaliativo rigoroso e

independente.

A rejeição ou separação entre a escola pública e a privada, nas lutas

por uma política educacional de qualidade, se revela frustrante. Pela ótica

docente, o antagonismo entre o público e o privado é falso. É falso na

medida em que todos os formandos estando no mercado de trabalho tendem

a exercer funções de responsabilidade social na construção da cidadania, e

pelas possibilidades intelectuais construídas tornam-se formadores de

opinião. Porém, em instituições com visão utilitarista diplomam-se indivíduos

com precária formação ética e instrumental.

Esse falso antagonismo poderá ser superado pela tomada de

consciência das representações docentes quando estiverem atuando

concretamente na busca da qualificação, não simplesmente na defesa de

uma bandeira: “escola pública gratuita e de qualidade”.

O momento atual requer a necessidade de transformação mais interna

do que externa em cada instituição. É evidente que a universidade e o ensino

estão enfraquecidos e esse enfraquecimento vem de décadas. Quando o

investimento por parte do Estado na educação começou a ser interpretado

14

como despesa, construíram-se mecanismos para incentivar a educação

privada e desqualificar a pública.

1.2 – Consequências que abrangem o Setor Público

Considerando a existência da conseqüência parcialmente identificada,

pode-se abordar a falta de atitudes e habilidades para o trabalho tanto por

parte dos governantes quanto por servidores, o que ocorre em determinadas

situações no serviço público.

Poderia-se imaginar que outro motivo para a já citada deficiência

evolutiva é a falta de incentivos e de recursos nas universidades públicas e a

consequente desmotivação dos servidores.

O setor público, de um modo geral, caracteriza-se por valorizar a

estabilidade e pela sua tendência de considerar a mudança como uma ameaça

à sua identidade e sobrevivência. Em função disso, adota posições defensivas

em face das mudanças, incorporando somente as transformações estritamente

indispensáveis. É o caso, por exemplo, da extinção de entidades públicas

decorrentes de mudanças políticas.

Além disso, a ação gerencial no serviço público parece limitar-se à

função de conservação dos valores organizacionais reinantes, transitando da

área administrativa para a área política.

É nesse quadro esboçado acima, que se define a idéia de educação que

permeia o trabalho aqui proposto, a educação superior propriamente dita e

especificamente o objeto de estudo, a avaliação institucional do ensino

superior hoje no Rio de Janeiro.

A Educação Superior por sua vez compreende “todo tipo de estudos,

treinamento ou formação para pesquisa em nível superior, oferecido por

universidades ou outros estabelecimentos educacionais, aprovados como

instituições de educação superior pelas autoridades competentes do Estado”.

UNESCO (1998). No contexto mundial hoje, a Educação Superior defronta-se

com grandes desafios e dificuldades relacionadas muitas vezes à sua própria

sobrevivência, no que diz respeito ao seu financiamento, à igualdade de

15

condições no ingresso e no decorrer do curso de estudos, à melhoria relativa à

situação de seus recursos humanos, ao treinamento com bases em

habilidades, ao desenvolvimento e manutenção da qualidade de ensino

através dos programas de avaliação institucional, pesquisa e serviços de

extensão, à relevância dos programas oferecidos, a empregabilidade de

formandos e egressos e acesso equitativo aos benefícios.

Considera-se a qualidade em educação na sua dimensão política,

existindo em função de objetivos definidos, no espaço mais amplo da

instituição, resultante do esforço conjunto de professores, alunos e servidores.

É a qualidade referenciada por um projeto institucional claro, consciente e

preocupado em formar o indivíduo para desenvolver o seu projeto de vida,

como cidadão e como profissional. É o entendimento de que o

desenvolvimento da pessoa, através da educação, é uma prioridade humana,

pois é ela que, potencialmente, possibilita o crescimento social, econômico e

político do país.

A partir daí, define-se a avaliação institucional como sendo um processo

de gestão do Ensino Superior, que tenta direcionar e nortear as ações com

base em resultados, voltados para a melhoria contínua da qualidade.

Provavelmente, grande parte desse interesse se deve as precárias condições

de compreensão dessa área emergente, num período de crise das

universidades públicas, em razão da persistente diminuição das políticas

sociais.

Na opinião de MATTOS (1985, p.109-110), a descontinuidade

administrativa é um fator de antidesenvolvimento muito significativo. Alguns de

seus efeitos são: o repertório de obras inacabadas, a síndrome de demolição

das obras dos governos passados e a pressa associada à superficialidade dos

programas e obras públicas.

A troca dos governos pode resultar em uma paralisia das atividades

por um longo período, com mobilização e desmobilização dos recursos

humanos em larga escala.

Esta paralisação e movimentação de pessoal são uma verdadeira

"pedra no sapato" para quem pretende ou está implantando mudanças no

16

setor público. Isto porque todo processo de inovação requer um longo período

de tempo para sua efetivação, como também que as pessoas nele envolvidas

sejam uma constante e não uma variável no ambiente turbulento.

Contudo, deve-se considerar que esse fenômeno existe e é

"incombatível". É necessário, portanto, que o agente de mudanças tenha, em

seu plano de desenvolvimento, soluções que possibilitem – não importando

qual seja o estágio de desenvolvimento que a organização tenha alcançado até

o momento da transição – a integração dos novos elementos ao grupo e vice-

versa. Para tanto, o aprendizado, por parte dos novos elementos, tem um

papel importante para o desenvolvimento da organização. No entanto, na

administração pública também poderá ser considerado como outro fator

antidesenvolvimento.

1.3 – Delimitação do Problema

Infelizmente, o processo é complicado. O problema da cultura, estrutura

e da priorização do treinamento na Instituição Superior de Ensino Público é

algo arrebatador tanto no ponto de vista relativo à carência de verba, quanto no

contexto em que se verifica a falta de motivação e conscientização dos seus

servidores.

Seria isto parte da tão temida privatização definitiva do ensino público?

A história recente da universidade brasileira traz a marca de um

paradoxo: a despeito da intervenção violenta, da destituição de professores e

da expulsão de estudantes; a despeito, também, de ter promovido e subsidiado

o crescimento vertiginoso das instituições privadas de ensino superior.

Com efeito, foi nos anos 70, justamente na implantação da Lei nº

5.540/68 – a da reforma universitária – que as universidades construíram seus

campi, ampliaram seu quadro docente e instituíram o regime de tempo integral

e dedicação exclusiva. No entanto, a transição e a consolidação da

democracia presenciaram a continuação dos benefícios ao setor privado, ao

mesmo tempo em que as universidades passaram a ser tratadas com

17

restrições financeiras e cobranças de aumento do atendimento à crescente

demanda de vagas.

Conforme MATTOS (1985, p.115),

“o despreparo gerencial constitui um fator altamente restritivo a qualquer organização. Na administração pública é notória a ausência de programas especificamente formulados para o preparo de gerentes. As premissas de que qualquer um sabe chefiar, e de que dirigir é uma arte que se aprende com prática e malícia, encontram-se embutidas no esquema de valores e concepções do administrador público”.

Possivelmente, tal pensamento decorre do fato de que, durante muito

tempo, perdurou a crença de que os governos podiam fazer tudo ou quase tudo,

resultando, assim, em que os quadros humanos governamentais acalentaram a

ilusão de que eram capazes de planejar, gerenciar e executar tudo ou quase tudo

o que a sociedade demandava, sem ser necessário um constante aprimoramento

de suas habilidades.

Um outro fator antidesenvolvimento que parece afetar a

administração pública é o conformismo exagerado de seus funcionários para

com as determinações formais da máquina administrativa. Conformismo este

que MATTOS (1985, p.111) exemplifica com os seguintes tipos de declaração:

"Tenho que cumprir o que determina a lei (decreto, portaria, ordem de serviço,

etc.), pois se está errado não é problema meu"; "Tenho que registrar; se não

for útil depois, não me diz respeito"; "Fechamos, não há ninguém aqui".

Tal comportamento parece ser decorrente de uma espécie de

resistência passiva, ou seja, em um ambiente caracterizado por uma

centralização excessiva, acrescida de autoritarismo por parte dos dirigentes,

pode ocorrer que os subordinados atuem como "vaquinhas de presépio", com

o objetivo de fugir às restrições impostas pela dependência completa.

Conforme MATTOS (1985, p.113),

"a divisão do trabalho por níveis de complexidade é claramente

desvirtuada pela verdadeira estratificação política, administrativa e

social dos participantes organizacionais, criando-se, ao invés da

18

necessária complementaridade funcional, uma desintegração entre os

ocupantes de níveis, classes e categorias funcionais distintas”.

Parece que os princípios da divisão de responsabilidade e da

especialização funcional (provavelmente em função desta divisão é

que se estabelece à diferença salarial entre os dois regimes de

trabalho) têm sido aplicados, privilegiando-se o fator de diferenciação

em detrimento do fator integração”.

19

CAPÍTULO II

AS DIFERENTES MUDANÇAS QUE OCORREM NA

CULTURA E NO PROFISSIONALISMO DENTRO DAS

ORGANIZAÇÕES

O motivo de estudo deste projeto tem como tema a abordagem para

melhorias no que diz respeito à falta de profissionalismo que se desdobra em

carência na competência técnica, indisciplina pessoal, impontualidade e

impessoalidade no serviço público. Essas melhorias tratam de qualidade na

formação de um profissional mais competente, não necessariamente para o

trabalho que desenvolve no momento, mas especificamente para potencializar

o exercício de outras atividades no futuro e para sua própria vida, o que se

encaixa no projeto de aperfeiçoamento e investimento humano com resultados

duradouros, mas não instantâneos.

As diferentes análises podem ser atribuídas aos pressupostos

subjacentes que os pesquisadores têm a respeito do que é "organização",

"cultura" e "natureza humana".

Com base na combinação dessas hipóteses, os estudos sobre cultura

organizacional tenderiam a enxergá-la de duas formas:

- como uma metáfora, considerando cultura algo que a

organização é;

- como uma variável, considerando cultura algo que a organização

tem.

Conforme TAVARES (1993),

"Uma empresa ou uma organização não nasce sendo uma cultura,

ela se transforma ao longo do tempo numa cultura, da mesma forma

que nossa história evolutiva nos cunhou como espécie biológica

culturalmente adaptativa".

20

Pode-se definir a organização como conjunto de relações entre pessoas

que lhes permitam operar de forma coesa e harmônica.

A identidade da organização é formada pelas relações entre suas

partes, é através das relações com as pessoas que se definem os propósitos

da organização, a maneira com a qual ela trabalha e outros diversos fatores

que caracterizam essa organização.

As mudanças ocorridas na organização sob lógica do capital estariam

sendo utilizadas como justificativas para um possível esgotamento ou crise

cultural, na qual a instituição pública sofre abandono do governo e de

investimentos e não cumpre sua função de aproveitar com qualidade a

tamanha diversidade cultural composta pelas minorias.

No contexto das organizações publicas, a luta de forças se manifesta

entre o “novo e o velho”, isto é, as transformações e inovações das

organizações no mundo contemporâneo ante uma dinâmica e uma burocracia

arraigadas.

As organizações públicas se deparam com a necessidade do novo tanto

em aspectos administrativos quanto culturais. Essa busca de forças torna-se

necessária para se conduzir a uma reflexão, onde se possa obter melhores

estratégias para descrever organizações públicas capazes de atingir seus

objetivos, que consistem em serviços eficientes à sociedade.

Segundo Stephen P. (2005, p.17),

“O conhecimento do comportamento organizacional pode oferecer

uma orientação significativa para a criação de tais culturas – aquelas

nas quais os funcionários são amáveis e gentis, acessíveis, bem

informados, prontos para atender às necessidades dos clientes e

dispostos a fazer o que for possível para agradá-los”.

A cultura é um dos pontos-chave na compreensão das ações humanas,

funcionando como um padrão coletivo que identifica os grupos, suas maneiras

de perceber, pensar, sentir e agir. Assim, mais do que um conjunto de regras,

21

de hábitos e de artefatos, cultura significa construção de significados

partilhados pelo conjunto de pessoas pertencentes a um mesmo grupo social.

O conceito de cultura é necessário e muito utilizado porque atende a

várias necessidades e vários interesses da sociedade e dos próprios

pesquisadores. A cultura implica estabilidade, enfatiza demonstrações

conceituais, serve como fator aglutinador para levar os membros do grupo em

direção ao consenso implica dinâmica e padronização.

Em 1962 foram identificadas 164 definições diferentes do conceito de

cultura. O termo cultura é muito utilizado. Essa palavra possui inúmeros

significados, todos derivados de sua raiz latina, que se refere à plantação no

solo. Em muitas línguas ocidentais, cultura significa civilização ou refinamento

da mente e, em particular, os resultados desse refinamento, como educação,

arte e literatura.

À medida que um grupo de pessoas se reúne para desenvolver uma

determinada atividade, esse grupo inicia também a construção de seus

hábitos, sua linguagem e sua cultura.

Falar em cultura implica falar sobre a capacidade de adaptação do

indivíduo à realidade do grupo no qual está inserido. A cultura, com a

construção do significado social e normativo, possibilita que um grupo se

fortaleça ou se desintegre.

Outro aspecto que deve ser salientado é o uso do termo “organizações

públicas”, que é no sentido lato, referindo-se ao seu caráter de organização

gerida pelo poder público, devendo ser resguardadas as especificidades

regionais, e cuidando para que as características apresentadas sejam

consideradas dentro do contexto maior, visando não incorrer em

generalizações inadequadas.

As organizações públicas mantêm as mesmas características básicas

das demais organizações, acrescidas, entretanto, de algumas especificidades

como: apego às regras e rotinas, supervalorização da hierarquia, paternalismo

nas relações, apego ao poder, entre outras. Tais diferenças são significantes

na definição dos processos internos, na relação com inovações e mudança, na

22

formação dos valores e crenças organizacionais e políticas de recursos

humanos.

O conflito entre eles é acentuado pela substituição dos trabalhadores

não-permanentes, que mudam a cada novo mandato. Essa descontinuidade

administrativa é um dos pontos que mais diferenciam a organização pública da

privada, conferindo às organizações públicas características específicas que

também podem ser aplicadas à realidade brasileira, como:

- projetos de curto prazo — cada governo só privilegia projetos que

possa concluir em seu mandato, para ter retorno político;

- duplicação de projetos — cada novo governo inicia novos projetos,

muitas vezes quase idênticos, reivindicando a autoria para si;

- conflitos de objetivos — conflito entre os objetivos do corpo

permanente e do não-permanente (contratados), o que pode gerar pouco

empenho em relação aos procedimentos que vão contra interesses

corporativos — ciência de que a chefia logo será substituída;

- administração amadora — administração feita por indivíduos com

pouco conhecimento da história e da cultura da organização e, muitas vezes,

sem o preparo técnico necessário — predomínio de critérios políticos em

detrimento da capacidade técnica ou administrativa dos nomeados.

Outro ponto fundamental gerado pela estabilidade é o aumento dos

custos públicos, que impede a adequação dos quadros de trabalhadores às

reais necessidades do serviço, tanto em termos de quantidade quanto de

especialização técnica, inviabilizando, ao mesmo tempo, a implantação de um

sistema de administração eficiente, baseado em incentivos e punições e

promovendo a contratação de mão de obra mais desqualificada e menos

onerosa.

Enquanto representação social, a estabilidade já não tem significado

positivo entre os trabalhadores, como de costume em épocas antigas. Pode-se

dizer mesmo que inexiste uma defesa da estabilidade como um princípio

ideativo, pelo contrário, nas várias categorias profissionais há uma noção

23

associada à falta de compromisso, falta de motivação e mau desempenho,

ainda que grande maioria dos servidores não queira abdicar dessa condição de

estabilidade financeira que causa esses problemas citados. Isto se explica não

apenas pelo próprio fato de consistir em direito adquirido, mas também pela

desconfiança que predomina entre os trabalhadores em relação à manutenção

e/ou cumprimento das regras do jogo e ao efetivo exercício da meritocracia no

setor público, o que costuma ser atribuído de forma generalizada à “política”,

ou seja, o servidor não é promovido e nem recebe gratificações pela qualidade

de seu serviço, pelo seu profissionalismo e sim pelos contatos que possui,

pelos amigos influentes que possui. Dessa forma, é complicado incentivar o

trabalho correto, a qualificação e todo e qualquer tipo de profissionalismo, se

esse não é valorizado e se torna inútil.

Na UERJ, outro fator de grande importância além da falta de incentivo e

aumento salarial, é o subemprego estabelecido pela maioria dos servidores em

outro horário para complementar a renda familiar. A dedicação exclusiva não

existe mais nem por parte dos docentes que ganham uma gratificação para

esse fim.

Segundo Stephen P. (2005, p.189),

“Infelizmente, temos de desempenhar vários papéis diversos, tanto no

trabalho como fora dele. Como veremos, um dos aspectos da

compreensão do comportamento é perceber qual é o papel que uma

pessoa está desempenhando naquele dado momento”.

24

CAPÍTULO III

AS DIFERENTES VISÕES EM BUSCA DE OBJETIVOS

Para lidar com qualquer situação é necessário que ela seja bem

visualizada e entendida sob diversos ângulos. Isso significa que para obter-se

inovações e para adaptar-se uma verdadeira evolução ao que quer seja é

indispensável que tudo seja minuciosamente estudado. Fica fácil perceber que

o primeiro passo do trabalho aqui realizado consiste no aprofundamento do

estado atual no qual se encontram as universidades, baseando-se

especificamente na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Após a análise

consciente do problema, o passo que se segue é a busca das melhorias, ou

seja, as soluções. A criatividade, a pesquisa, as diferentes visões e

investigações tornam-se mais concretas e propiciam uma busca por atitudes

que possam ser tomadas na realidade e não dentro de uma utopia

inconsistente. A partir daí diversos processos podem ser bem compreendidos e

as medidas a serem tomadas vão clareando. Não cabe culpar as partes

específicas, como governo ou mão de obra, dado que o serviço público

consiste na capacitação humana, base da proposta aqui apresentada. O

objetivo, então, torna-se simples e claro: consiste na análise da situação na

atualidade, tanto de forma específica como generalizada, e das propostas de

inovação e evolução que são viáveis, além do modo como devem ser

apresentadas e regidas diante da população e do governo, estabelecendo-se

na sociedade o funcionamento dos órgãos públicos e das universidades como

as bases de capacitação humana.

3.1 - Objetivo Geral

25

⇒ Realizar levantamento das necessidades reais sobre a dinâmica dos

processos de treinamentos organizacionais;

⇒ Descrever e analisar criticamente os processos de treinamentos

desenvolvidos no serviço público à luz da abordagem sistêmica;

⇒ Detectar fatores que dificultam a otimização de programas de

capacitação no Serviço Público;

⇒ Apresentar sugestões que favoreçam o desenvolvimento de políticas

públicas voltadas para a gestão de resultados.

3.2 – Objetivo Específico

A nova sociedade globalizada, que prioriza o econômico e os interesses

comerciais, contribui para o estreitamento da esfera pública e coloca em crise

o tradicional papel do Estado. A esfera pública, ao se privatizar, coloca em

evidência um novo "modelo de cidadania" que não se nutre mais dos valores

coletivos e, consequentemente, constata-se a emergência de uma nova ética,

na qual se valoriza, não mais o humano, mas o que atende aos interesses do

mundo econômico.

Neste novo cenário, a produção globalizada de bens, justificada pela

incessante competição que associa qualidade e lucro, convive com a brutal

exclusão social e desemprego especialmente no nosso país, rotulado como

emergente dentro desse processo, caracterizando-se pela rapidez, ou seja, por

investimentos de lucros imediatos e não por investimentos longos e de retorno

demorado e menos específico.

Apesar de sua pretensa hegemonia, a globalização da sociedade não

consegue eliminar a "cultura regional", as minorias que cultivam identidades

26

próprias, as realidades que se alimentam do "local" e do diferente, destoando

do todo, já que não podem ser padronizadas ou melhor utilizadas sem

aplicações que visem sua capacitação intelectual e pessoal. Pode a história ser

concebida como um decurso unitário? Esta noção pode ser vista como

resultado da ação de grupos e classes sociais dominantes, com vistas à

supremacia tanto financeira como econômica, com a exclusão das

determinadas classes menores já citadas. De qualquer forma, abolida a idéia

de uma racionalidade central da história, as minorias podem tomar a palavra,

de modo a instituir-se um mundo da diferença e de pluralidade de cultura. Esta

análise salienta a necessidade dos múltiplos olhares sobre a realidade social

contemporânea, o que deveria ser obrigação da universidade para a

construção da identidade nacional e a utilização dessa diversidade para um

horizonte mais amplo de talentos que deveriam ser utilizados de maneira a

contribuir intensamente com o crescimento total da mão-de-obra e do próprio

país.

Retomando o que foi escrito sobre o tema, chega-se a um conjunto

de conclusões sobre o processo de mudança organizacional. Algumas delas

são de cunho mais conceitual, outras são mais lógicas ou confirmáveis pelo

bom-senso, mas todas são centradas em cinco pontos básicos: processo de

mudança organizacional, processo político, processo educacional, processo

permanente e uma atividade sistêmica.

Ao se instituir um processo de mudança planejada, cria-se condição

para uma maior articulação do desempenho organizacional e para seu

contínuo aprimoramento conforme as respostas organizacionais às demandas

do ambiente interno e externo. Como cita TAVARES (1993):

"Uma organização, ao se transformar numa cultura, cria um conjunto

de ações relativas a seu posicionamento externo, e à sua

coordenação interna, de caráter ideológico, comportamental e

material, que proporciona sua sobrevivência, manutenção e

crescimento".

Para que todo o processo de mudança obtenha resultados positivos e

efetivos, é necessário que a organização seja um sistema integrado e aberto, em

27

que todas as partes componentes atuem em conjunto, visando, com isso, atingir

objetivos comuns: o desenvolvimento pessoal, organizacional e da comunidade

em geral. Esses objetivos se relacionam num universo abstrato, se completando.

Sem um efetivo desenvolvimento organizacional não se pode perceber a

importância do desenvolvimento pessoal e sem que os dois últimos sejam

colocados em prática de uma forma tanto simultânea quanto paralela, é fatídico o

não desenvolvimento da comunidade em geral.

É possível que o principal desafio para a educação superior no Brasil,

nesse século, esteja relacionado com a necessidade de colocar a formação de

profissionais, a produção do conhecimento e o desenvolvimento tecnológico a

serviço do compromisso inadiável a ser assumido por toda a sociedade para a

efetiva construção da equidade social, entretanto esse processo inclui diversos

fatores muito complicados, como a política, os investimentos públicos em

contrapasso com o capitalismo. Para que esse desafio obtenha sucesso é

necessária uma grande conscientização da importância dessas bases de

qualificação da mão-de-obra por parte da população e de seus governantes. Esse

investimento é de retorno lento e muito generalizado, seus resultados reais só se

tornam visíveis diante de uma análise global sobre o crescimento do país, sobre

seu nível intelectual e a qualidade do trabalho apresentado. Logo, é preciso que

não haja pressa no retorno, com a ciência de que é algo que será essencial para a

coletividade e o total crescimento do país e/ou da região específica na qual se

investe.

Para concluir, o pensamento de TAVARES (1993) em relação à

preocupação com as pessoas no desenvolvimento de uma mudança cultural:

“O envolvimento necessário do trabalhador para atender às novas

exigências dos processos produtivos precisa ser criado. Isto pode ser

feito quando a cultura da organização passa a considerar que, ao

transpor os portões da empresa, o homem que ali adentra (para

ocupar qualquer posição hierárquica) é um ser completo, carregando

consigo sua memória, seus sentimentos, seu corpo e não somente

aquele fragmento que o capacita a acionar a máquina, a obedecer ou

definir regulamentos e normas”.

28

29

CONCLUSÃO

A articulação entre trabalho e educação deve ser colocada em

questão, principalmente no que se refere à preparação para o trabalho, visto

que este é alvo da cultura organizacional no modelo educacional atual.

No entanto, é preciso redefinir o papel de trabalho na Universidade do

Estado do Rio de Janeiro e assumir para si uma definição do conteúdo e da

estratégia educacional, fazendo com que a educação, de uma maneira geral,

seja o foco da nova política institucional. Para isso é preciso repensar a

qualificação dos servidores, proporcionando um programa de treinamento da

força de trabalho, envolvendo os servidores em uma nova visão.

O desenvolvimento organizacional é um problema complexo, dinâmico,

mutável e fluido. Modifica no tempo e no espaço, de acordo com a situação e o

indivíduo. Varia no mesmo indivíduo em épocas e situações diferentes. Seus

fatores ou razões, ou seja, os motivos humanos, exibem forças diversas, tanto

em pessoas e situações diferentes, quanto na mesma pessoa em situação e

época distintas. O que é bom hoje, poderá ter efeito oposto amanhã,

dependendo da personalidade do indivíduo: sua inteligência, caráter, valores,

atitudes, expectativas, percepções e da situação que tem seus inúmeros

aspectos e influências ambientais, pessoais, financeiros, políticos, econômicos,

religiosos, sociais, psicológicos, culturais, educacionais, científicos, técnicos,

tecnológicos, gerenciais e administrativos.

A motivação constitui o fator principal e decisivo no êxito da ação de

todo e qualquer indivíduo ou empreendimento coletivo. Com este trabalho,

visa-se identificar e explicar as mais importantes teorias e abordagens

disponíveis, com as respectivas críticas, ligações e inter-relacionamentos. Com

isso, tentar-se-á propiciar uma visão geral e abrangente dos aspectos

positivos, negativos, conjunturais e diferenciais destas teorias e abordagens,

bem como a importância do Ensino Superior Público no país.

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Nesse contexto assume-se que a educação, de um modo geral, seja a

mola propulsora do desenvolvimento econômico e social e que contribua para

a reprodução de classes sociais por meio do ensino compartimentalizado e da

educação para a elite e para as massas.

31

BIBLIOGRAFIA

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos

humanos nas organizações. Rio de janeiro, Campus, 1999.

CHIAVENATTO, Idalberto. Administração de Recursos Humanos. São

Paulo: Editora Atlas, 1997.

BATEMAN, S. Thomas & SNELL A. Scott. Administração: Construindo

Vantagem Competitiva. São Paulo, Editora Atlas, 1998.

GIL, Antonio Carlos. Administração de recursos humanos: um enfoque

profissional. São Paulo: Editora Atlas, 1994.

CUNHA, Luiz Antonio. Reforma Universitária em Crise: Gestão, Estrutura e

Território. Campinas, 1998.

SOBRINHO, José Dias, RISTOFF, Dilvo. Universidade Desconstruída:

avaliação institucional e resistência. Florianópolis, Insular, 2000.

TAVARES, Maria das Graças de Pinho. Cultura organizacional: uma

abordagem antropológica da mudança. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1993.

MATTOS, R.A. Desenvolvimento de recursos humanos e mudança

organizacional. Rio de Janeiro: LTC, 1985.

32

STEPHEN P. ROBBINS, Comportamento Organizacional, Rio de Janeiro,

2005.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Desdobramento da Situação Problema entre os

Setores Público e Privado 10

1.1 – Diferenças entre o setor Público e Privado 10

1.2 – Conseqüências que abrangem o Setor Público 14

1.3 – Delimitação do Problema 16

CAPÍTULO II

As Diferentes Mudanças que ocorrem na Cultura

e no Profissionalismo dentro das Organizações 19

CAPÍTULO III

As Diferentes Visões em busca de Objetivos 24

3.1 – Objetivo Geral 25

3.2 – Objetivo Específico 25

CONCLUSÃO 29

BIBLIOGRAFIA 31

ÍNDICE 33

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

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