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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
ESTRATÉGIAS DE MARKETING NA HOTELARIA
Por: Mariana Ribeiro Finatti
Orientador
Prof. Fernando Alves
Rio de Janeiro
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
ESTRATÉGIAS DE MARKETING NA HOTELARIA
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Comunicação
Empresarial.
Por: Mariana Ribeiro Finatti
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AGRADECIMENTOS
Ao professor Fernando Alves pela e
ajuda. Aos meus amigos da faculdade,
Arthur, Francisco e Viviane por sempre
estarem incentivando. A todas as
pessoas que contribuíram para a
realização deste trabalho.
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DEDICATÓRIA
Aos meus pais, pelo apoio oferecido
durante toda a minha caminhada. Ao meu
namorado, por toda compreensão.
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RESUMO
Este trabalho é uma abordagem sobre as estratégias de marketing na
hotelaria. Possibilita uma melhor compreensão do que é marketing hoteleiro,
quais variáveis devem ser estudadas para confecção de um plano de
marketing e como os resultados dos hotéis podem influenciar.
No cenário atual é imprescindível que os gestores hoteleiros pratiquem
ações de marketing voltadas aos meios de hospedagem, através das
tendências do mercado, identificação do perfil dos consumidores, análise da
concorrência e busca de estratégias para atrair e fidelizar o cliente. É
importante planejar ações, fazer pesquisas de mercado e definir objetivos.
Enfim, a pesquisa realizada tem o intuito de responder a pergunta:
Quais as estratégias de marketing utilizadas pelos hotéis?
Palavras – chaves: hotelaria; marketing; endomarketing, cliente interno /
externo.
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METODOLOGIA
Para realização desse trabalho foram utilizadas pesquisas bibliográficas,
porque o estudo foi desenvolvido com materiais publicados em livros, revistas,
jornais e redes eletrônicas, ou seja, material acessível ao público e pesquisa
de campo, através de questionário em dois hotéis na Zona Sul do Rio de
Janeiro. Ambos os estabelecimentos pediram para não serem identificados.
A metodologia escolhida teve limitações: os entrevistados não se
aprofundando nas respostas, além do pouco tempo disponível para a
entrevista.
Porém, conclui – se que as empresas reconhecem a importância de
estabelecer estratégias claras e definidas de marketing para se manterem
competitiva ao mercado.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - Conceito de Marketing 9
CAPÍTULO II - A história da Hotelaria no Brasil 11
CAPÍTULO III – Marketing na Hotelaria 13
CAPÍTULO IV – Endomarketing na Hotelaria 15
CONCLUSÃO 17
ANEXOS 18
BIBLIOGRAFIA 23
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INTRODUÇÃO
Cada vez mais as empresas hoteleiras se preocupam com seus públicos
alvos que não são só compostos por clientes, mas também funcionários,
parceiros de negócios e imprensa.
Muitos já sabem que a percepção desses públicos ajuda na conquista
da credibilidade, reputação e lucratividade da organização.
O marketing é fundamental para construção da imagem, conceito e
posicionamento no mercado em que atua.
Para Guardani (2006) é imprescindível que os hotéis pratiquem as
ações de marketing voltadas aos meios de hospedagem, através da
compreensão das características e tendências do mercado hoteleiro,
identificação do perfil dos consumidores, análise da forma de atuação da
concorrência e busca de estratégias.
O marketing hoteleiro é responsável pela potencialização das vendas,
melhoria no atendimento ao hóspede e divulgação do hotel" (CASTELLI 2001,
p. 121). Neste sentido, uma boa administração do marketing hoteleiro torna-se
uma ferramenta indispensável para todos os empreendimentos hoteleiros.
1 Kampion, D. Brown. Stoked: A History of Surf Culture. Los Angeles, 1997.
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.
CAPÍTULO I
CONCEITO DE MARKETING
A expressão angla – saxônico marketing vem do inglês e deriva do latim
mercátus. Em português significa mercadologia, comercialização ou ação de
mercado. A palavra marketing é hoje uma constante na linguagem empresarial.
O Marketing consiste em estratégias e táticas usadas para identificar,
criar e manter relacionamentos satisfatórios com os clientes que resultem em
valor para o cliente e comerciante.
O ponto de partida de um plano de marketing é a prévia definição dos
objetivos, estudos e diagnósticos da situação na qual se analisa o produto,
neste caso hotel, seu mercado (oferta e demanda) assim como sua
comercialização (preço, distribuição e comunicação)
O marketing é hoje o processo inevitável que a empresa do século XXI
vai ter que se adaptar e usar. Segundo Kotler, o marketing necessitava
embarcar em um horizonte mais amplo, que não fizesse presumir que sua
única tarefa fosse aumentar a demanda. Isso quer dizer que, hoje o marketing
não apenas obedece a premissa de “vender mais”. Marketing é mercado em
ação, portanto é usado para satisfazer o cliente de modo que ele volte e
“venda para outros clientes.”
.Atualmente, o marketing deve se preocupar em atingir muito mais
qualidade do que quantidade. Conhecer, encantar, servir e corresponder aos
anseios dos clientes é fundamental para o sucesso do empreendimento e
exige uma gestão sistemática desse relacionamento.
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Então, ao pensar em marketing, não vale usar somente conceitos,
planos, ferramentas e sim ter um sentimento do que o ser humano necessita.
Pensando nisso, o plano de marketing será uma “obra – prima”.
Para Kotler (1996) o processo de marketing consiste em (1) analisar as
oportunidades de marketing, (2) Selecionar consumidores - alvo, (3)
desenvolver o mix de marketing e (4) Administrar o esforço marketing. Os
autores ainda conceituam o sistema de marketing como um processo que
atuam no nível estratégico corporativo e no nível operacional dando
contribuições na área de análise ambiental (marketing mix no contexto de
competitividade).
Atualmente existem oito processos globais de marketing:
1. Busca e análise ambiental;
2. Pesquisa e análise de marketing;
3. Segmentação, seleção de mercado – alvo e posicionamento;
4. Desenvolvimento de produtos;
5. Determinação de valor e de preço;
6. Gerenciamento de canais e de cadeia de valor;
7. Promoção: comunicação integrada de marketing;
8. Construção de relacionamento.
• A pesquisa e análise de marketing identificam os mercados
potenciais.
• Segmentação, seleção de mercado – alvo e posicionamento:
segmentação é o agrupamento de pessoas ou organizações cujo
objetivo é identificar grupos de clientes e clientes potenciais. A
seleção é essencial para focar os esforços e o posicionamento é
como os consumidores enxergam o produto.
• O desenvolvimento de produtos é o que melhor se encaixa para
atender as necessidades do cliente.
• Determinação de valor e preço é o processo usado por compradores
e vendedores para determinar se uma troca de marketing é benéfica
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• Gerenciamento de canais e cadeia de valor é a maneira de obter os
produtos de uma forma conveniente.
• Promoção é a comunicação integrada do marketing; estabelece e
fornece relações lucrativas com consumidores e outros grupos de
interesse.
• Construção de relacionamento basicamente o processo de atrair e
manter clientes ao longo do tempo.
CAPÍTULO II
HISTÓRIA DA HOTELARIA NO BRASIL
Definição de hotelaria: sistema comercial de bens materiais e
inatingíveis dispostos a satisfazer as necessidades básicas de descanso e
alimentação dos usuários, fora de seu domicílio.
As hospedarias surgiram quando as rotas comerciais na Ásia, Europa e
África, antigamente atraiam os viajantes. Essas rotas geraram muitos centros
urbanos e centros de hospedagem.
Acredita – se que os primeiros meios de hospedagem foram os colégios
e mosteiros do período colonial que atendiam estudantes e viajantes. O colégio
de Jesus, em Salvador e o colégio São Bento, no Rio de Janeiro são exemplos
das primeiras hospedarias. Porém, segundo o site Raios-X da hotelaria, São
Paulo foi a principal precursora do desenvolvimento do setor hoteleiro no
Brasil.
Marco significativo da hotelaria paulista ocorreu com a inauguração do
Hotel Términus, com 200 quartos, onde hoje encontra – se o prédio da Receita
Federal. Sem deixar de mencionar o moderno Hotel Esplanada.
No Rio de Janeiro, seu marco hoteleiro foi o famoso Copacabana
Palace, cuja construção contribuiu de forma decisiva para transformar o Rio de
Janeiro em pólo de turismo e lazer.
Para Octávio Guinle, que era um empresário brasileiro, Fundador do Copacabana Palace, o hotel não era apenas uma casa de hospedagem, mas um ambiente sofisticado de lazer e diversão. Assim trouxe da Europa algum
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dos melhores profissionais, entre eles quase toda equipe do chefe Auguste Escoffier (BOECHAT,2004. P.35)
Em Agosto de 1922, foi a vez do Hotel Glória com 700 apartamentos
(hoje fechado para reforma).
Já na década de 40, com ajuda do governo foram construídos outros
grandes hotéis como, por exemplo, a rede Othon e antiga rede Luxor,
atualmente Golden Tulip.
Com a criação da EMBRATUR, década de 70, houve um rápido
crescimento. Esta época foi marcada pelo surgimento de grandes hotéis
devido aos investimentos de redes internacionais, como por exemplo, a
chegada da rede Hilton em São Paulo, Sheraton, Accor.
Na década de 80, com a crise econômica, propiciou o surgimento de
apart e flats que favoreceu os pequenos e médios empreendedores. Que
representam hoje 80% dos meios de hospedagem do Brasil, segundo dados
Jornal DF notícias. Já em 1998, a indústria hoteleira já estava em pleno
desenvolvimento, atraindo não apenas capital interno como cada vez mais
estrangeiro.
A hotelaria nacional, atualmente, cresce cada dia mais, gerando mais
emprego para muitas pessoas. Os hotéis cada vez mais se preocupam com
conforto, comodidade e satisfação dos seus hóspedes. As perspectivas de
crescimento são promissoras, em função da relativa estabilização da economia
do país e aumento das viagens turísticas.
Outro fator importante da hotelaria atual é que nos últimos anos, cadeias
internacionais estão investindo também em segmentos de mercado menos
atendidos (hotéis econômicos).
Resumindo, a hotelaria sempre esteve presente no percurso da história
humana e participou ativamente no desenvolvimento econômico brasileiro, da
era antiga aos dias atuais.
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CAPÍTULO III
MARKETING NA HOTELARIA
A hotelaria assim como qualquer outra atividade econômica, depende
de ações de marketing para atingir seus objetivos de mercado. As ações de
marketing externo dependem basicamente das ações de marketing interno.
Qualquer ação desenvolvida pelo hotel tem como ponto de partida o contato
cliente interno e externo.
Segundo Guardani (2006), o marketing na hotelaria está relacionado
com a criação e adaptação realizada no sentido de se adequar os meios de
hospedagem às necessidades e desejos dos clientes. Ou seja, a gestão do
marketing na hotelaria envolve a definição do meio de hospedagem levando –
se em consideração decisões relacionadas à localização, infra – estrutura,
serviços, formas de pagamento, estratégia que será utilizada para divulgar o
hotel; a forma mais apropriada de vender o produto.
Fernando Feijó (2002), afirma que no setor hoteleiro o planejamento
pode ser dividido em duas áreas – planejamento de marketing e o
planejamento interno. O primeiro relacionado com as decisões de produto, sua
comercialização, divulgação e comunicação, o chamado mix de marketing. Já
o planejamento interno, é o funcionamento do hotel, cuida de sua eficácia. O
marketing interno também envolve contratação, planejamento e motivação dos
funcionários.
A estrutura de um hotel é dividida em hospedagem, alimentação e
administração. Alguns ainda contam com áreas de lazer (piscina, academia,
eventos). A perfeita sintonia das atividades faz com que os hóspedes se
sintam em “casa”, satisfeitos.
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Segundo Cobra, para minimizar os erros que possam acabar com essa
sintonia, é fundamental conhecer suas limitações e necessidades. Castelli
(2001) diz que o marketing tem três pilares: orientação para o cliente,
satisfação do cliente e ação integrada.
• Orientação para o cliente: deve satisfazer os desejos e
necessidades.
• Satisfação do cliente: que é o principal objetivo do hotel,
mostrando seus diferenciais, ótimas instalações.
• Ação integrada: todos os departamentos integrados, com boa
comunicação.
Segundo Feijó (2001, no setor hoteleiro o que determina a expansão, lucro e
sucesso do hotel é o cliente que pode ser dividido em cliente final, cliente
interno e cliente intermediário.
• Final: são os usuários do hotel.
• Interno: são os próprios funcionários.
• Intermediário: são os distribuidores ou revendedores que vão
tornar o produto disponível ao consumidor final.
O marketing na hotelaria está relacionado com a análise da localidade
onde se encontra o hotel, público – alvo e um estudo do ambiente
(demográfico, cultural, político, econômico), segundo Fátima Guardani (2006).
Assim, podemos concluir que o marketing hoje não é responsabilidade
exclusiva do diretor e gerente de marketing ou das pessoas que atuam nessa
área. O seu conceito é difundido em todos os níveis organizacionais.
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CAPÍTULO IV
ENDOMARKETING NA HOTELARIA
O endomarketing é um fator importante na hotelaria, pois a prestação de
serviço requer um grande envolvimento dos funcionários com os clientes e
suas atuações causam fortes impactos no grau de satisfação dos clientes.
A crescente sofisticação das exigências do cliente e o aumento da
competição geram novos desafios para os gestores hoteleiros, levando – os a
programar estratégias para garantir a fidelização dos clientes e a busca por
clientes futuros.
Os hotéis hoje buscam também a crescente satisfação dos funcionários
e a personalização do atendimento. Para alcançar esses objetivos é
necessário: conhecer o perfil dos funcionários, conhecerem a imagem que
possuem da organização, a opinião em relação aos benefícios recebidos, o
grau de satisfação com o ambiente de trabalho, o que pode ser feito para
motivar e levar um maior envolvimento nas atividades e no processo de
atendimento aos hóspedes.
Para aplicação do endomarketing são importantes dois tipos de ação:
atitude e comunicação. Atitude para transmitir ao funcionário a importância de
prestar um bom serviço e comunicação para que o funcionário saiba realizar as
tarefas com eficácia. Para isso, é fundamental o hotel planejar e realizar
diversos treinamentos, programa de estágio e ambientação, promover
comunicação direta com gestor, realizar reuniões gerais, palestras sobre
prevenção de acidentes entre outros.
Segundo Cerqueira, o endomarketing visa à prática dos valores
estabelecidos como base da nova cultura; manutenção de um clima ideal de
valorização e reconhecimento de pessoas.
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Hoje ainda é pequeno o número de empresas que contam com um
sistema de comunicação interna e estratégias de endomarketing, mesmo que
os empresários achem uma ferramenta de grande importância.
Ou seja, endomarketing se traduz em comprometimento e satisfação
dos funcionários. Com isso, acredita – se que o endomarketing reduz os
custos, pois diminui as demissões. O custo para contratar e treinar depois é
muito alto quando esse funcionário fica menos que o esperado.
Por isso, marketing e RH devem desenvolver projetos organizacionais
em conjunto ou pelo menos se comunicarem.
Atualmente, o que se usa muito nos hotéis é intranet que nada mais é
do que uma rede particular usada internamente não só em hotéis, mas
também em empresas e / ou instituições, utilizando o mesmo conceito de
internet. É uma poderosa ferramenta de armazenamento e distribuição de
informações corporativas.
A intranet deu uma nova dimensão ao processo de comunicação com o
público interno, pois é dinâmico, atraente, com efeitos visuais, cores e
atualizável a qualquer minuto. Permite que uma grande variedade de notícias e
informações seja vinculada entre colaboradores de forma eficiente.
Outra ferramenta que facilita e muito a comunicação interna é o Skype,
com tecnologia extremamente avançada, mas muito simples de usar.
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CONCLUSÃO
As constantes mudanças no mercado de prestação de serviços e
contínuo crescimento do mercado de turismo, principalmente que teremos a
Copa em 2014 e Olimpíadas em 2016, exigem que as empresas que
abrangem esse mercado estejam sempre investindo em estratégias que visem
divulgar seus serviços e conseqüentemente atrair um maior número de turistas,
cliente fidelizados.
Através da elaboração dessa pesquisa foi possível perceber que as
empresas hoteleiras estão aprimorando cada vez mais a qualidade dos seus
serviços, buscando diferenciais que as possibilitem sobreviver diante de tantas
mudanças e desenvolvimento organizacional.
As empresas questionadas demonstraram reconhecer a importância das
estratégias de marketing para a constante melhoria de suas atividades.
É importante ressaltar que as organizações hoteleiras adotam como
principais estratégias a propaganda direta com o cliente, visitando indústrias,
empresas da região, de outros estados que de alguma forma possam vir a
utilizar os serviços.
Conclui – se que as empresas de hotelaria estão aprimorando cada vez
mais a qualidade de seus serviços, buscando diferenciais que as possibilitem
sobreviver diante de tantas mudanças e desenvolvimento.
Alguns dos empreendimentos hoteleiros também prezam por divulgar a
imagem condizente com os serviços ofertados, além de transparecer como
uma empresa séria, profissional e de boa qualidade. Toda essa preocupação é
a demonstração do quão importante são os clientes e faz com que os hotéis
consigam manter – los satisfeitos, fiéis e em constante divulgação da
qualidade e do bom atendimento recebido.
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Questionário – Estratégias de Marketing na Hotelaria
1) É realizado algum tipo de pesquisa para identificar as necessidades dos
hóspedes, relacionado a serviços e instalações físicas?
2) De que forma o hotel acompanha as novidades e tendências do setor?
3) Existe algum indicador para mensurar o desempenho?
4) Quais são as variáveis utilizadas para segmentar os hóspedes e
identificar o público alvo?
5) Quais são os principais empreendimentos concorrentes?
6) Qual período ocorre maior sazonalidade?
7) Quais são os fatores utilizados para formulação da taxa de ocupação?
8) Qual imagem o hotel passa para o mercado?
9) Quais variáveis ou fatores considerados para estabelecer os objetivos
de marketing e quais pessoas são envolvidas?
10) Como é feito o treinamento dos empregados?
11) Existe avaliação de desempenho?
12) Existe um sistema de avaliação da satisfação dos clientes?
13) Existe uma política de incentivo ao pessoal?
14) Quais são os projetos do hotel para os próximos anos?
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As informações que serão apresentadas foram respondidas durante
uma pesquisa feita a dois hotéis na zona Sul do Rio de Janeiro.
Hotel “A”
A empresa “A” é uma organização familiar e iniciou suas atividades em
1986 em Ipanema. As principais características do hotel são sua ótima
localização (no quadrilátero do charme de Ipanema), um meio de hospedagem
moderno, decorados com temas da cidade além de um excelente restaurante
com inovações da alta gastronomia.
O hotel conta com 86 apartamentos, um número reduzido de
funcionários (60), devido à redução de custos.
Visando o lucro e seu principal objetivo, que é sempre manter a
ocupação alta, o hotel direciona seu marketing para diversos públicos,
dependendo da tendência e necessidade. O hotel possui um diferencial que é
a qualidade e atendimento personalizado para seus hóspedes. Todos os
funcionários são orientados a sempre demonstrar pró – atividade e
entusiasmo, além de tratar seus hóspedes de forma singular. Ou seja, a
empresa busca mostrar uma imagem com alto padrão de qualidade nos seus
serviços.
Para identificar o grau de satisfação, a empresa utiliza um formulário
chamado: “Could you give me a minute?” em português: Poderia nos dar um
minuto? que fica nos apartamentos e também na recepção. Esse formulário é
analisado pelo gerente geral e os principais pontos (negativos e positivos) são
passados para a chefia dos setores que repassam aos seus funcionários.
Os principais concorrentes são: Sol Ipanema, Praia Ipanema e Everest.
Por isso, o hotel sempre investe em acompanhar as tendências e novidades do
mercado.
O hotel “A”, como a maioria dos meios de hospedagem, apresenta
períodos de alta e baixa temporada. Os meses de alta são: Dezembro, Janeiro,
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Fevereiro e Março e baixa temporada entre Maio a Julho. Entre esses períodos
a demanda é equilibrada e o gerente geral acompanha diariamente o relatório
da taxa de ocupação para verificar quantos apartamentos ocupados e o perfil
dos hóspedes. Além de realizar todos os dias uma pesquisa do valor médio
das diárias de seus concorrentes diretos e hotéis próximos.
Em relação aos funcionários não existe nada específico, os
treinamentos acontecem quando há necessidade. E toda vez que é criado
algum cargo ou existe promoção, a procura ocorre primeira em alguém que já
faça parte do quadro.
Hotel “B”
A empresa “B” é uma organização familiar, iniciou suas atividades em
1986, em Copacabana. E conta com outro hotel localizado em Macaé.
Com um total de 88 apartamentos, área de eventos com capacidade
para até 50 pessoas, business Center e restaurante seu principal objetivo é
disponibilizar o melhor atendimento da região.
O principal público alvo é os turistas tanto estrangeiros como os vindo
de outras cidades e estados do Brasil. Mas vale ressaltar que a empresa ‘B’
acompanha as tendências e não exclui outro tipo de público, como os que vem
a cidade somente para eventos e grandes eventos, para prestar vestibular,
concursos etc.
O hotel valoriza a opinião de seus hóspedes e disponibiliza um
formulário nos quartos, no qual os mesmos analisam diversos aspectos como:
gastronomia, atendimento, acomodação, instalações, além de sugestões e
reclamações. A qualidade dos funcionários é avaliada conforme a opinião dos
hóspedes. No entanto, não existe uma política de incentivo, para possibilitar a
ascensão do funcionário, por exemplo.
Os principais concorrentes são: Martinique, Copacabana Praia e Debret.
Como no hotel “A”, os meses de alta e baixa são os mesmos e o valor das
diárias é determinada pela média do mês anterior, taxa de ocupação e varia de
acordo com a época do ano.
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Análise comparativa das estratégias
As duas empresas atuam há mais de 20 anos, em bairros famosos do
Rio de Janeiro, são empresas familiares e desde que entraram no mercado,
ambas estão modernizando seus negócios.
Tanto hotel “A” como o hotel “B” não possuem departamento específico
para a área de marketing. Os setores responsáveis pelas atividades atribuídas
a essa área são vendas e reservas. Ambas querem conquistar os clientes
através da qualidade dos serviços prestados. Reconhecem a importância de
um atendimento personalizado.
As duas empresas são orientadas para o marketing de relacionamentos,
no entanto a empresa “A” demonstrou possuir um serviço com uma postura
mais dinâmica. Ambas possuem formulário de avaliação de satisfação por
parte dos hóspedes, com questões objetivas e subjetivas.
Com relação ao valor das diárias, os hotéis adotam políticas diferentes:
hotel “A” adota a pesquisa diária do valor cobrado pelas concorrentes e o “B”
do mês anterior e sua taxa de ocupação.
Foi possível detectar também que não existem indicadores específicos
para desempenho de marketing, ambas avaliam observando dois fatores:
lucratividade e quantidade de quartos ocupados. Porém, conhecem bem seus
concorrentes, sabem seus preços, pontos fortes e fracos.
O hotel “A” divulga sua marca em sites como: Booking.com, Expedia,
Orbitz, Utell e Trend, agências, revista TAM. Já o hotel ‘B” utiliza agências,
revistas especializadas.
Nenhum dos hotéis possui avaliação de desempenho para seus
funcionários, apenas informalmente analisando formulários preenchidos pelos
hóspedes e não possuem verdadeiras políticas de incentivo.
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Em relação a projetos futuros, ambas não entraram em detalhe com
relação a seus projetos, mas tem objetivo de ampliar e buscar cada vez mais a
satisfação dos seus clientes e fidelização.
Considerações:
As organizações estão cada vez mais aprimorando suas qualidades
para se adaptarem as tantas mudanças. Por isso as estratégias de marketing
para hotelaria passou a ser formulada de acordo com fatores que influenciam
os resultados e satisfação dos clientes. Ou seja, marketing de relacionamento
e marketing interno.
O primeiro direcionado a oferecer um serviço personalizado para
conquistar e fidelizar clientes já o marketing interno voltado para os
funcionários.
As duas empresas pesquisadas demonstraram reconhecer a
importância dessas duas práticas e mesmo sem ter departamento de
marketing, ambas tem uma ampla visão das variáveis, além de estarem
atentas as tendências e mudanças do mercado.
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Referências Bibliográficas
BICALHO, Angela – Marketing de relacionamento em organizações hoteleiras.
BOGMANN, Itzhak Meir – Marketing de Relacionamento – Estratégias de
fidelização e suas implicações financeiras. SP: Nobel 2000.
FEIJO, Fernando – Marketing Hoteleiro. 2002
GUARDANI, Fátima – Gestão de Marketing Hoteleiro. Ed. Atlas. 2006
KOTLER, Philip. Administração de Marketing – 12º edição. SP: Atlas. 2006
OMT – Introdução ao Turismo