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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS – GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
FINANÇAS PESSOAIS
Por: Luciana Silva Ramos de Oliveira
Orientadora Professora Ana Claudia Morrissy
Rio de Janeiro 2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS – GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
FINANÇAS PESSOAIS Apresentação de Monografia á universidade Candido Mendes como requisito parcial para a Conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Finanças e Gestão Corporativa. Por: Luciana Silva Ramos de Oliveira
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente á Deus pela
oportunidade e por me conceder forças para essa realização. Aos meus familiares, professores e amigos do curso pelo o apoio para que eu pudesse realizar esse projeto.
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DEDICATÓRIA
Aos familiares e amigos que estivem
presentes nos momentos que mais precisamos de
força para continuar. Dedicamos em
reconhecimento do amor, da amizade e apoio,
saibam que vocês foram decisivos para a
existência desta dissertação.
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RESUMO
Este trabalho apresenta as vantagens e os benefícios de um bom planejamento das finanças pessoais,pois, com o aumento do crédito, o descontrole orçamentário e os impulsos são fatores preocupantes para a economia no Brasil. Tem como objetivo principal demonstrar numa linguagem clara e de fácil compreensão, que qualquer pessoa pode e deve manter um controle pessoal para não sofrer impactos nem surpresas em seu orçamento familiar. A pesquisa de orçamentos domésticos visa aprimorar e estimular o controle das despesas e receitas familiares estimulando o ato de poupar para alcançar o equilíbrio financeiro.A educação financeira é fundamental para a criação de uma mentalidade adequada em relação ao dinheiro.
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METODOLOGIA
Os métodos utilizados na confecção deste trabalho foram à pesquisa
bibliográfica de livros, revistas especializadas no assunto, visitas em sites da internet
que exploram o tema que ajudaram a enriquecer os dados para a estruturação deste
trabalho.
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SUMARIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................7
CAPITULO I
A IMPORTÂNCIA DE UM PLANEJAMENTO FINANCEIRO...................8
CAPITULO II
A CRISE FINANCEIRA ..........................................................................16
CAPITULO III
PERFIL FINANCEIRO DO CASAL ........................................................22
CAPITULO IV
A EDUCAÇÃO FINANCEIRA DOS BRASILEIROS...............................29
CONCLUSÃO.........................................................................................34
BIBLIOGRAFIA......................................................................................35
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INTRODUÇÃO
Finanças pessoais é um tema de interesse de todos e fundamental para
estudar os processos socioeconômicos das famílias em qualquer parte do mundo. O
objetivo deste estudo é demonstrar que, para um equilíbrio da economia domestica
é necessário saber distingui as necessidades dos desejos.
Aqui irei apresentar as vantagens e benefícios que poderá ser alcançados
com um bom planejamento das finanças pessoas, determinando de formas claras e
adequadas a real necessidade de saber diferenciar a realidade do mundo
fantasioso, já que o principal motivo para o descontrole das finanças pessoais e do
orçamento familiar é gastar mais do que se ganha. Este projeto visa auxiliar a família
do ponto de vista financeiro, levando em conta conhecimentos matemático –
financeiro, fatores pedagógicos e psico-sociais relacionados à família, onde são
possíveis ao se considerar alguns elementos fornecidos.
Segundo (Ewald 2004), se refere ao controle do orçamento familiar e
pessoal da seguinte forma: Colocar lado a lado “O que você ganha e o quanto você
ganha para ver no fim o que sobre”. E ele ainda completa dizendo que um controle
financeiro semanal através de anotações pode da muitos bons resultados em termos
de economia.
Neste tema também serão abordados os comportamentos necessários para
que um consumidor possa fazer um controle financeiro, pois sem o controle, sem um
bom planejamento nada adiantará.
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CAPITULO I: A IMPORTÂNCIA DE UM PLANEJA-MENTO FINANCEIRO.
O planejamento financeiro é um processo fundamental para o controle das
receitas, despesas, investimentos, e de seus patrimônios determinando as
atividades e recursos necessários à sua execução. Um bom planejamento financeiro
pessoal e familiar auxilia ao individuo que visa o aumento de qualidade de vida
através do conhecimento de suas finanças, é preciso plantar hoje para colher bons
frutos no futuro.
A maioria das pessoas trata de suas finanças apenas com o pensamento de
gastar menos do que se ganha mais esse é apenas um dos motivos do
planejamento. Planejamento é saber com antecedência quanto será a sua renda,
quanto poderá gastar e quanto sobrará ao final de cada mês.
É importante ter em mente que não há propósito em guardar dinheiro tão
somente pelo ato de guardar em si, é preciso definir como gastar esse dinheiro
fazendo com que você e sua família possam alcançar seus objetivos a curto, médio
e em longo prazo. Portanto conhecer sobre o produto chamado dinheiro é
fundamental para uma vida financeira mais própria e tranqüila, sem esquecer os
aspectos importantes que influenciam a economia do País. O planejamento das
finanças visa apenas o sucesso financeiro ele é uma seqüência para o seu sucesso
pessoal e profissional.
Os maiores benefícios dessa atividade serão notados alguns anos depois,
quando a família estiver usufruindo a tranqüilidade de poder garantir a faculdade dos
filhos ou a moradia dos seus sonhos.
Livrar-se das dividas é outro sonho que muitos querem conquistar, mais por
falta de um bom acompanhamento e orientação adequada transformam as mesmas
em uma gigantesca bola de neve originada do consumo desenfreado, do crédito
facilitado e não planejado comprometendo significativamente a renda das famílias
que deixam de lado projetos importantes e se dedicam somente a pagar as contas.
Com isso muitos sonhos são engavetados, deixados para “talvez um dia” devido à
falta de Planejamento Financeiro e por não possuir um Orçamento Doméstico
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alinhado ao Plano de Vida acabam não atingindo seus objetivos, pois como dizia o
filósofo John L. Beckley: “As pessoas não planejam fracassar, mas fracassam por
não planejar” e, portanto podemos concluir que a nossa tranqüilidade financeira não
depende da sorte e sim de um bom Planejamento Financeiro.
No desenvolvimento do planejamento financeiro doméstico é de fundamental
importância considerar o perfil familiar, afinal essa instituição (a família) sustenta e
ajuda a conquistar a felicidade pessoal. Não é uma das tarefas mais divertidas,
elaborarem um planejamento sendo ele pessoal, familiar ou profissional mais é
preciso dedicação na preparação. Os objetivos a serem traçados a partir do
planejamento podem ser flexíveis ou realistas. Aceitar a flexibilidade é importante,
pois, uma decisão tomada pode ser alterada na ocorrência de mudanças
imponderáveis nos planos.
Em contraponto, definir objetivos impossíveis de serem alcançados
caracteriza esforços inúteis podendo causar desmotivação, portanto, para prevenir
ou sair de uma situação de desequilíbrios financeiro o rumo certo é: Planejar e
Controlar.
Com a facilidade de créditos nos dias de hoje e com a evolução dos
instrumentos financeiros o consumidor se torna cada vez mais endividado e para
administrar as finanças pessoais é necessário um bom planejamento reduzindo as
despesas e conseguir gerar um equilíbrio das contas.
1.1 Controle do Orçamento Doméstico
A montagem de um orçamento domestico é uma tarefa que exige muito
planejamento e traz a necessidade de prever o futuro a fim de evitar problemas
financeiros.Reduzir os gastos requer mudanças de hábitos de consumo e muita
força de vontade, sendo necessário perseverança e obstinação o que se obtêm
quando se tem objetivos bem específicos.É preciso considerar eventos que surjam
repentinamente no decorrer da meta almejada.
O Orçamento doméstico é o principal instrumento para se fazer um
planejamento financeiro para o presente e para o futuro, é utilizado como ferramenta
para se planejar um equilíbrio entre receitas e as despesas.Muitas famílias
desconhecem ou ignoram e o resultado são despesas fora do controle, e é ai que
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vem a falta de dinheiro antes do fim do mês gerando a entrada no cheque especial,
pagamentos de juros e outros. Assim o dinheiro que entra não dá para pagar todos
os compromissos assumidos e cria-se um ciclo viciosos onde as despesas serão
sempre maiores que as receitas.
A persistência para manter um orçamento equilibrado determinará o sucesso
no longo prazo, onde a principal sugestão é a redução das despesas, e após esse
equilíbrio o consumidor poderá planejar meios de garantir uma maior rentabilidade
futura no mercado financeiro.
O processo de definir metas envolve a transformação de suas necessidades
em metas, uma meta é um resultado muito específico que você pretende alcançar.
Podem-se ter metas de longo prazo e de curto prazo e podem-se ter metas para o
dia, a semana, o ano e para a vida toda.
A seguir veremos as dez principais razões para obter um bom orçamento
financeiro, segundo o site (www.comoinvestir.com.br).
• Saber qual o real alcance de sua renda.;
• Evitar assumir dívidas que não poderá pagar.
• Conseguir identificar e cortar desperdícios.
• Possibilidade de construir um patrimônio.
• Não precisar contar os dias para chegar o fim do mês.
• A família enxergará para onde vai o seu salário.
• A família saberá quais as demandas que cabem no orçamento.
• Os filhos aprenderão a serem adultos financeiramente responsáveis.
• A produtividade no trabalho tende a aumentar sem aflições financeiras.
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• Possibilidade de criar um plano de investimento para manter seu
padrão de vida durante sua aposentadoria.
1.2 Identificando as despesas
Não basta equilibrar as receitas e as despesas, é preciso também garantir
uma sobra para as emergências, reservar cerca de 10% da receitas.Para um
controle eficiente dos gastos projete uma planilha com duas colunas onde uma é
para o orçamento previsto e outra para os orçamentos executados.Há despesas que
podem ser comprimidas e outras que não há como fazer com diminuam e elas são
relacionadas com os gastos possíveis e divididas por categorias Apesar de parecer
complexo, adotar esta classificação é imprescindível, para que possamos ter uma
visão clara de como gastamos nossos recursos, vejamos a seguir:
• Habilitação – financiamento do imóvel ou aluguel, IPTU, seguro
residencial, condomínio, água, energia elétrica, gás ,telefone fixo, manutenção da
casa e seguro.
• Saúde – assistência medica e odontológica, farmácia, fisioterapia,
academia de ginástica.
• Alimentação – alimentação em restaurantes durante trabalho e
despesas em supermercados, feiras e padarias (inclusive produtos de limpezas e de
higiene pessoal).
• Educação – mensalidade da escola e compra de material didático,
jornais , revistas , participação em cursos, seminários e congressos.
• Transporte – financiamento do carro, IPVA, seguro obrigatório ,
combustível, multas, transporte coletivo, estacionamento, manutenção.
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• Lazer – Cinema, teatro, shows, alimentação em restaurantes fora do
horário de trabalho, assinatura de revistas, TV a cabo, provedor de acesso a internet
, viagens e outros.
• Despesas Financeiras – tarifas bancarias, juros de cheque especial e
empréstimos, juros embutidos em financiamentos e em cartões de créditos, imposto
de renda, anuidades de cartões de créditos.
• Diversos – telefone celular, vestuário e acessórios, empregada
domestica, previdência privada.
É importante lembrar que podemos encontrar diversas variações no plano de
contas proposto. Lembramos que o importante é classificar as despesas de uma
forma lógica, de forma a permitir que seja respondido, como, onde e quando
gastamos nossos recursos. Segundo a Fundação Getulio Vargas a família padrão
brasileira gasta 32% em habilitação e moradia, 28% em alimentação, 10% em saúde
e cuidados pessoais, 9% em educação e cultura, 12% em transporte, 5$ vestuário e
4% em diversos. No dia a dia notamos que os consumidores de maneira geral
adotam condutas de consumos que não levam em conta prioridades de gastos. Isto
não é uma realidade apenas brasileira, mais também de vários países. Por exemplo,
na Grécia onde se pedem dinheiro aos bancos emprestados para se comprar um
carro de luxo mais ao mesmo tempo mora em casa alugada de baixo padrão.
As despesas representam todos os pagamentos que acorrem durante o
mês, que abrange desde a compra de uma bala até a prestação da casa própria e
essas despesas possuem características diferentes uma das outras com sua
periodicidade e grau de importâncias como podemos definir abaixo:
Despesas Fixas - são aquelas que possuem o mesmo montante
mensalmente tais como o aluguel, ou prestação da casa própria, condomínio,
mensalidade escolar, planos de saúde e etc. Sem esquecer que esses valores
sofrem reajuste anual.
Despesas Variáveis – Como diz o próprio nome, são aquelas pagas todos os
meses mais seus valores variam a cada mês. Exemplos: alimentação, conta de
água, luz, telefone e gás, a fatura do cartão de crédito, transporte etc.
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Despesas Arbitrárias – são aquelas que não se repetem todo mês ou não há
necessidade de fazê-las como a compra de roupas novas, viagens, cinemas,
restaurantes, festas, teatro e outros.
Na maioria das vezes as despesas arbitrárias são em parte as
responsabilidades pelo desequilíbrio no planejamento financeiro, quando as
despesas superam as receitas, uma vez que os outros são essências e não podem
ser cortados. E quando se consegue uma despesa inferior as suas receitas se têm
um bom equilíbrio nas contas mensalmente. Não podemos esquecer de driblar os
artifícios de marketing e de novos produtos que surgem cada dia no mercado,
sabendo conter esses impulsos e um ponto positivo para o controle financeiro.
Vejamos um modelo da Tabela de Orçamentos Pessoais:
ORÇAMENTO PESSOAL
Receitas Salários R$ 0,00 Poupança R$ 0,00
Aplicação em Fundos R$ 0,00 Seguro R$ 0,00
Plano de Aposentadoria R$ 0,00 Total das Receitas R$ 0,00
Despesas Fixas R$ 0,00 Aluguel/Financiamento Imobiliário R$ 0,00
Telefone R$ 0,00 Luz / Água R$ 0,00
Convenio Médico R$ 0,00 Combustível / Transporte R$ 0,00
TV a Cabo R$ 0,00 Total das Despesas Fixas R$ 0,00
Despesas Alimentação e Manutenção R$ 0,00 Supermercado R$ 0,00 Feira / Padaria R$ 0,00
Outros R$ 0,00 Total Despesa Alimentos e Manutenção R$ 0,00
Pagamentos Diversos R$ 0,00 Roupa R$ 0,00 Lazer R$ 0,00
Restaurante R$ 0,00 Total de Pagamentos Diversos R$ 0,00
R$ 0,00 Total das Despesas R$ 0,00 Total das Receitas: R$ 0,00
(Receitas – Despesas): R$ 0,00 Fonte: Montagem baseada nos sites www.comoinvestir.com.br e www.economiadomestica.com.br
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1.3 Cumprindo o Orçamento.
Divulgada pelo IBGE a Pesquisa de Orçamentos Familiares (2004-2005)
visa estudar as estruturas de consumo, dos gastos e dos rendimentos das
famílias.Nesta pesquisa foi identificado que cerca de 85,3% das famílias não
conseguem pagar todas as despesas mensais com o que recebem e isso abrange
mais de 40 milhões de famílias, que gastam mais do que ganham.Esse desequilíbrio
demonstra a falta de controle dos gastos o que depende exclusivamente de ações
dos membros da própria família.
É preciso que alguém da família assuma a liderança, coordene os planos,
aloque as responsabilidades e cobre os resultados, e isso exige força de vontade,
determinação e principalmente coordenação, esse ajuste orçamentário irá propiciar
a materialização de sonhos e a obtenção de uma vida melhor no futuro. Visando o
seu bem estar, e o de sua família, não tenha medo de cortar pra valer algumas
despesas. Existem muitos itens em nosso dia-a-dia que podem ser dispensados
numa situação como essa. Você sentirá uma queda em seu padrão de vida, mas por
outro lado poderá pagar suas contas e isso é o principal.Evite cair na tentação de
contrair empréstimos para quitar dívidas. Opte por este caminho somente se não
houver qualquer alternativa. Lembre-se: uma dívida leva à outra. O mais seguro,
neste caso, é que você negocie suas pendências e corte o máximo possível de
custos.
O seu orçamento estará definido depois de determinar as prioridades das
suas despesas, assim como quais as reduções que poderá aplicar nas suas dívidas.
O passo seguinte e talvez mais difícil seja então cumprir o orçamento definido, pois
se revela de extrema importância no que toca ao controle das suas finanças
pessoais. Manter-se fiel ao orçamento nem sempre é fácil, apesar de ter sido
estabelecido por si. Contudo, é muito importante que tente segui-lo rigorosamente,
caso contrário será inútil fazê-lo. Sempre que tome alguma decisão que implique
gastar dinheiro tenha consciência dos objetivos que definiu no início do mês.
Lembre-se sempre das suas prioridades, nomeadamente a redução das suas
dívidas, alcançarem os objetivos estabelecidos e evitar o stress financeiro. Anote
todas as despesas e receitas ao longo do mês, mesmo que estas lhe pareçam
insignificantes, pois é necessário efetuar um controle exato do dinheiro que gasta
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mensalmente. Quando levantar dinheiro numa caixa multibanco registre o que vai
fazer com ele. Se, eventualmente, gastar mais dinheiro do que era suposto numa
determinada área, tente compensar poupando noutra. É fundamental que não fique
em débito no fim do mês. Para que tal aconteça, sempre que sentir um impulso
consumista recorde-se que o seu objetivo prioritário é eliminar as dívidas e talvez no
mês seguinte, se estiver mais desafogado, poderá então comprar alguma coisa para
si. Caso contrário, arrastar as suas dívidas poderá ficar-lhe mais caro,
principalmente se o pagamento destas em atraso implicar a cobrança de multas ou
tiver juros associados.
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CAPITULO II - A CRISE FINANCEIRA
Uma crise financeira pessoal é um sério problema para qualquer pessoa.
Depressão, ansiedade, baixa auto-estima, enfraquecimento da saúde são alguns
dos efeitos de uma crise financeira pessoal. O quadro fica agravado porque a
pessoa se defronta com uma situação onde precisa dar o máximo de si para resolver
o problema justamente no momento em que seu estado psicológico está debilitado.
Também nesse momento a pessoa freqüentemente precisa tomar decisões difíceis e
fazer sacrifícios dolorosos que podem acarretar mudanças importantes em sua vida.
Por tudo isso, é relevante lembrar dois aspectos importantes:- A prevenção ainda é
a melhor arma contra a crise financeira pessoal, uma vez instalada a crise financeira
ou aos seus primeiros sinais, deve-se buscar uma solução o mais rapidamente
possível.
Crise Financeira é a ciência que estuda a aplicação de conceitos financeiros
nas decisões financeiras de uma pessoa ou família. Em finanças pessoais são
considerados os eventos financeiros de cada indivíduo, bem como sua fase de vida
para auxiliar no planejamento financeiro. “Estudos de opções de financiamento,
orçamento doméstico, cálculos de investimentos, gerenciamento de conta-corrente,
planos de aposentadoria, acompanhamento de patrimônio e acompanhamento de
gastos são todos os exemplos de tarefas associadas a finanças pessoais".
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2.1 Prevenções de crise financeira
A adoção de medidas preventivas para lidar com as crises financeiras tem
dois objetivos básicos:
• Evitar que a pessoa seja surpreendida por fatos apenas
aparentemente imprevisíveis.
• Criar um plano de contingência para lidar com situações
realmente imprevisíveis.
As recomendações seguintes sugeridas pelo site (www.ief.com.br) ajudarão
a prevenir as crises financeiras pessoais:
• Ter e respeitar um orçamento de renda e gastos.
• Não se endividar até o limite do orçamento.
• Cortar o endividamento crescente.
• Não se financiar a juros altos.
• Manter um fundo de reserva para cobrir despesas
extraordinárias.
• Criar um plano de contingência para lidá-la com a crise.
2.2 ENFRENTANDO E ANALISANDO A CRISE FINANCEIRA
Os caminhos para solucionar uma crise financeira pessoal não são muito
diferentes daqueles utilizados pelos governos e pelas empresas. Eles se
fundamentam em duas medidas básicas: aumento da renda e redução dos gastos.
Apesar de simples em seu enunciado, a implantação dessas medidas requer firmeza
de decisão, ação e criatividade.
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O aumento da renda geralmente significa trabalho extra. Não é fácil
conseguir esse trabalho e quando obtido exige sacrifício do tempo dedicado à
família ou ao lazer.
A redução dos gastos também é difícil por dois motivos principais. Em
primeiro lugar exige algum trabalho de análise e controle. Segundo, reduzir gastos
significa fazer sacrifícios, o que contraria a essência da natureza humana. Como as
medidas para aumento de renda ou redução de gastos exigem sacrifícios, as
soluções são proteladas e a crise tende a se agravar. O ponto fundamental para se
obter o saneamento financeiro das contas pessoais é tomar as decisões certas e
sem demora. Quanto mais demoradas as soluções, menores serão as chances de
sucesso. Um programa de saneamento financeiro pessoal começa com a análise da
situação financeira atual da pessoa e suas perspectivas num futuro próximo. Esta
análise tem como objetivo fazer um diagnóstico preciso do problema, identificando
suas causas principais e secundárias. A partir daí serão buscadas as soluções.
Portanto, não basta examinar como as contas pessoais estão hoje. Também é
preciso saber como elas ficarão mais à frente. O ideal é que a análise projete a
situação financeira para um período de doze meses, caso não seja possível fazer
uma analise que cubra esse período, poderá adotar um prazo menor que não deve
ser inferior a três meses. Vejamos o roteiro sugerido para analisar a crise financeira
é o seguinte:
1- Qual é o problema financeiro e quais serão seus desdobramentos?
2- Se tudo correr bem como ficarão as finanças pessoais?
3- Se acontecer o pior como ficarão as finanças pessoais?
4- Qual é a renda efetiva?
5- Como deverá se comportar a renda num futuro próximo, desconsiderando-se
ocorrências imprevisíveis?
6- Qual é o orçamento de gastos?
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7- Como deverão se comportar os gastos num futuro próximo, desconsiderando-
se ocorrências imprevisíveis?
8- Existem gastos exagerados, desproporcionais?
9- Qual o peso dos juros no total dos gastos?
A resposta a estas perguntas facilitará a busca de solução para o problema.
Uma vez obtida às respostas para as questões mencionadas, além de outras
que a situação possa exigir, a pessoa deverá fazer uma projeção de entrada e saída
de dinheiro - seu orçamento pessoal de caixa . Essa projeção é necessária porque o
orçamento pode estar equilibrado em termos anuais, mas pode apresentar algum
déficit ou sobra de caixa durante determinados períodos. Para o mês em curso, essa
projeção deverá ser efetuada em base semanal (talvez diária se a situação
financeira estiver muito difícil), dando assim um maior detalhamento para as
informações sobre a situação financeira imediata. Para os onze meses seguintes,
as projeções serão efetuadas em base mensal.
2.3 AUMENTO DA RENDA E REDUÇÃO DE GASTOS
A solução ideal para os problemas financeiros seria um aumento de renda.
Assim, não seriam necessários os sacrifícios impostos pelo corte dos gastos. No
passado, a saída clássica para os problemas financeiros era pedir um aumento de
salário. Entretanto, esta é uma situação passada. A realidade da economia nos dias
de hoje obriga as pessoas a lutarem pelo seu emprego, não havendo espaço para
reivindicações adicionais.
Em face desse quadro, o aumento de renda só poderá obtido com trabalho
adicional à noite ou nos fins de semana. A experiência tem demonstrado que a
melhor alternativa de trabalho extra é aquele que pode ser efetuado em casa isto
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poupa tempo e custo com deslocamento e também reduz a despesa com
alimentação.
Algumas atividades são especialmente indicadas para a geração de renda
extra. Elas não devem exigir investimento nem horários rígidos de trabalho. Alguns
exemplos: a intermediação de serviços, telemarketing, marketing de rede, vendas,
trabalhos em feiras e eventos, digitação, aulas particulares, consultoria, redação de
textos etc. A opção deve ser por soluções que propiciem entrada rápida de dinheiro
e que combinem com as características da pessoa.
Além disso, é preciso ter o cuidado para que a atividade extra não
prejudique o desempenho da pessoa em seu trabalho. Caso contrário à solução
poderia se converter em um novo problema com a perda do emprego.
A redução dos gastos é uma das soluções mais utilizadas no processo de
saneamento financeiro. Diferentemente de geração de renda extra que pode
depender de fatores externos, a redução de gastos é uma decisão pessoal. Para a
maioria das pessoas existe algum espaço para redução de seus gastos. O primeiro
passo consiste em cortar os gastos supérfluos ou combater os desperdícios. Se
ainda assim, as reduções se mostrarem insuficientes, será preciso tentar reduzir os
gastos com mudanças estruturais no padrão de vida.
As medidas estruturais para redução de gastos implicam em dois tipos de
mudanças nas despesas: adjetivas e substantivas. Quando uma pessoa troca um
carro caro por outro mais barato, para reduzir seu custo de transporte está fazendo
uma mudança adjetiva. Por outro lado, se troca o carro por ônibus está
implementando uma mudança substantiva.
Reduções de custos não lineares geralmente dão os melhores resultados.
Quando alguém estabelece uma meta de cortar 10% em todos os gastos, isto pode
ser muito para alguns itens e pouco para outros. O resultado pode não ser
satisfatório. Um princípio importante a ser observado em todo esforço de redução de
gastos é o da materialidade. Este princípio significa que os esforços devem ser
dirigidos para aqueles itens de custo realmente significativos. Evidentemente não faz
sentido desenvolverem-se esforços para obter reduções de custos insignificantes.
Não podemos esquecer da redução de pagamento de juros onde as altas
taxas de juros vigentes na economia brasileira estimulam a oferta de crédito. Para
muitas lojas, a maior parte do lucro é gerada pelas vendas financiadas. Este fato
estimula a expansão das vendas a crédito nas diversas modalidades.
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As instituições financeiras já adotam um sistema de custos financeiros
diferenciados, cobrando taxas menores para os clientes preferenciais ou bons
pagadores ou naquelas operações de crédito onde exista maior nível de garantia.
Nas empresas comerciais a taxa de juros cobrada normalmente é única. Esse fato
significa que o crédito bancário, por ter custos mais elásticos, oferece mais
possibilidades de redução do pagamento de juros.
O crescimento do crédito caro tem contribuído para que o pagamento de
juros ocupe um lugar de destaque nas crises financeiras que atingem a maioria das
pessoas.Deve ser lembrado que uma dívida de R$ 1.000,00 (um mil reais) sujeita a
uma taxa de juros de 10% ao mês, depois de três anos se transforma em quase R$
31.000,00 (trinta e um mil reais), sem incluir nesse valor eventuais multas.
Quando o devedor ainda não teve seu nome incluído em cadastro negativo,
deve buscar alongar o prazo de pagamento, reduzindo o valor do desembolso com
juros de modo a manter seu crédito. Se já teve seu nome incluído em um cadastro
negativo, deve buscar por meio de negociação a redução do valor do débito e a
adoção de um cronograma de pagamento que possa ser cumprido.
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CAPITULO III - PERFIL FINANCEIRO DO CASAL
Os casais geralmente costumam discutir bastante por causa do dinheiro,o
motivo pode ser a diferença no perfil financeiro que há entre marido e mulher e, se
não houver cooperação de ambos para o orçamento, o resultado pode ser dívidas e
mais dívidas. De acordo com o consultor financeiro e diretor presidente da ONG
ABC, Marcelo Fernando Segredo, as pessoas podem ser divididas em cinco perfis
financeiros, sendo eles: desligadas, gastadoras, descontroladas, poupadoras e
solidárias. A diferença de perfis pode colocar o orçamento do casal por água abaixo
se não houver planejamento. Veja o exemplo (Imagina que você está noiva e que vai
se casar. Para isso, tem de montar a casa. Você é descontrolada e o seu parceiro,
um controlador. Você recebe o salário e faz o que quer. Ele projeta o dinheiro para o
casal. Desta forma, o planejamento financeiro vai por água abaixo). E mesmo que o
noivo tenha um bom salário, chega uma hora que o descontrolado gasta tudo e
ainda entra em dívidas vai precisar do dinheiro do outro, completou.
Independentemente do perfil financeiro do casal, o ideal é chegar ao final do
mês e juntar os salários. Paga as dívidas e as despesas. Poupa 10% todo o mês.
Existe a necessidade de ter reserva financeira de pelo menos um ano de salário.
Afinal, com exceção de poucos casos, ninguém perde emprego hoje e consegue
outro amanhã.Depois disso, é que se deve consumir. Mesmo assim que tem de
existir uma conversa entre o casal, para ver o benefício compra. O casal tem de
saber se controlar, sem se transformar em um avarento.
Grande parte dos problemas entre casais é decorrente do dinheiro, seja pelo
excesso ou pela falta dele. Quando a renda do casal torna-se insuficiente para cobrir
as despesas mensais, os primeiros itens a serem cortados são passeios e jantares.
Esse já é motivo mais do que suficiente para que um casal entre em crise, a falta de
planejamento e de diálogo sobre finanças entre o casal é até mesmo com os filhos é
fundamental, e pode evitar que uma verdadeira catástrofe ocorra em família.
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Muitos casais possuem o hábito de individualizar contas e salários; cada um
toma conta do seu dinheiro e de seus compromissos, o que também não é uma
medida inteligente quando existem dívidas pendentes.
3.1 Os perfis
Desligado: ao receber correspondências bancárias, as deixa na gaveta, sem sequer
abrir. Raramente se endivida, costuma guardar um pouco de dinheiro, porém não é
capaz de traçar objetivos financeiros. Tem aversão a métodos que exijam uma
disciplina financeira maior;
Pontos fortes: folgas financeiras, espaço para reduzir gastos, se
necessário.
Pontos fracos: incapacidade de estipular e atingir objetivos, resistência a
planos que exijam disciplina.
Gastador: para esses, não existe o amanhã, o importante é viver o dia de
hoje com intensidade e desfrutar do melhor que o dinheiro pode oferecer. Gasta tudo
o que ganha e um pouco mais e, se bobear, ainda pega emprestado com algum
parente ou amigo. Apavora-se ao perceber que está sendo vigiado;
Pontos fortes: hábitos pouco rotineiros aberturam a novas tendências,
muitos hobbies.
Pontos fracos: insegurança em relação ao futuro, dependência extrema da
estabilidade no emprego, aversão a controles, orçamentos e contas.
Descontrolado: não sabe quanto dinheiro ganha, tão pouco quanto gasta, e
vive dizendo que a cada mês seu salário está diminuindo. Considerada os limites do
cheque especial e do cartão de crédito como parte do salário e adora empréstimos
consignados. Está habituado a pegar empréstimo em um banco para cobrir a dívida
de outro e paga juros e mais juros desnecessariamente;
Pontos fortes: é possível identificar algum?
Pontos fracos: indisciplina, propensão a conflitos, pagamento
desnecessário de juros, desorientação.
Poupador: mais conhecido como avarento, é extremamente disciplinado,
está habituado a restringir despesas pessoais para poupar o máximo, e assim
procurar conquistar sua independência financeira o mais rápido possível. Não quer
de forma alguma depender de aposentaria e, para isso, não mede esforços para
economizar. Não se arrisca em nenhum negócio sem ter certeza de que terá lucro;
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Pontos fortes: disciplina e capacidade de economizar.
Pontos fracos: conformismo com um padrão de vida simples, restrições a
novas experiências.
Financistas: são rigorosos com o controle de gastos, com o propósito de
economizar. Nem sempre o objetivo é poupar; às vezes pretendem acumular para
poder comprar mais pagando menos. Elaboram planilhas, andam com calculadora e
lista de compras nos supermercados e shoppings, fazem estatísticas e projeções
com quantidades e freqüência impressionantes. Entendem de investimentos, juros e
inflação e são procurados por amigos e parentes para orientações.
Não posso esquecer de citar os Solidários: é aquele tipo de pessoa que se
endividam ajudando os outros. Costuma emprestar dinheiro, cheque e cartão de
crédito para amigos fazerem compras. Nunca se preocupa consigo mesmo e é
capaz até de pegar empréstimos em seu nome para ajudar alguém. Reluta em dizer
que a dívida não é sua e desdobra-se para tentar receber o dinheiro para quem
emprestou.
Pontos fortes: Ser solidários para ajudar todos.
Pontos fracos: facilidade de se envolver com os problemas dos outros e
querer sempre ajudar independente de colocar ou não seu nome em jogo (podendo
ter se nome no SERASA). Agora que você já conseguiu definir qual é o seu perfil, assim como os
demais perfis, está na hora de mudar o que está errado e procurar melhorar sua vida
financeira mesclando o que há de melhor de cada um deles.
. Por outro lado, quando a renda do casal é maior, raramente marido e mulher
chegam a um acordo sobre seus hábitos de consumo e sobre a melhor maneira de
administrar as finanças, o que também origina conflitos. Um reclama dos hábitos
perdulários do outro, que, por sua vez, acha que muitas conquistas familiares estão
sendo adiadas em razão dos desperdícios do parceiro. E os motivos para confrontos e
discussões explosivas vão se acumulando.
O problema é que não se conversa a dois sobre dinheiro de forma preventiva,
mas só quando a bomba já estourou e a briga se torna inevitável. Em questões de
dinheiro, as pessoas procuram ajuda quando custará muito mais caro buscar a
solução. E aí pode ser tarde demais para salvar o relacionamento. Os homens em
geral discordam das decisões de compra das mulheres, enquanto elas questionam as
opções deles de aplicação do dinheiro. Afinal, hoje, a mulher não só conquistou uma
posição social e profissional equiparada à do homem como passou a discutir e dividir
25
o controle do planejamento e das finanças da família e dos negócios familiares. Essa
nova realidade também gerou a necessidade de chegar a um acordo sobre a
administração da renda familiar em parceria.
Administrar bem o relacionamento conjugal requer certa habilidade e
paciência. O que muitos apaixonados às vezes demoram a perceber é que gerenciar
as finanças do casal também requer essas e outras virtudes. Administrar bem tanto o
dinheiro quanto o amor, então, pode ser um verdadeiro desafio. Por isso há meios
para cuidar bem das finanças do relacionamento, tratando dos aspectos mais
racionais da vida a dois. A pesquisa em finanças pessoais tem como foco a idéia de
que uma vida planejada e com objetivos é mais feliz, os individuo conseguiram
gerenciar bem suas finanças ao longo dos anos e hoje desfrutam uma vida sem
privações e foi constatado que as pessoas com certa idade confessarem que, se
tivessem aprendido no passado algumas simples lições sobre a administração de seu
patrimônio, hoje teriam uma vida mais folgada.
3.2 Horóscopos financeiros dos casais
Vejam o que esperar de seu futuro financeiro, de acordo com a combinação desses perfis:
POUPADOR * GASTADOR: os números estarão sempre contra seu
relacionamento. Se nada for feito, a união de vocês será repleta de crises e brigas. A sugestão é que ambos se inscrevam juntos em um curso de planejamento financeiro pessoal, para que o poupador da dupla encontre os verdadeiros porquês de guardar dinheiro e para que o gastador aprenda a refrear seus impulsos. Perfil de casais desse tipo: um tropeçando no outro.
POUPADOR * DESCONTROLADO: o esforço do poupador permitirá um
futuro seguro que o descontrolado jamais conquistaria, porém ele vai re-mar sozinho para realizar os sonhos comuns. Tudo indica que o poupador não terá sucesso em acumular mais do que o necessário, pois sempre terá o descontrolado ao seu lado para frustrar grande parte de seus objetivos. Esse relacionamento tende a um equilíbrio, mesmo que ambos não saibam exatamente para onde estão indo ou por que acumulam recursos. Perfil de casais desse tipo: um puxando o outro.
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POUPADOR * DESLIGADO: discussões relacionadas a dinheiro, jamais! Os
desligados tendem a concordar com a necessidade de poupança para o futuro e são excelentes colaboradores desse objetivo. É importante que o poupador busque aprender mais sobre planejamento pessoal, pois esse modelo de casal chega à velhice com duas coisas acumuladas: dinheiro e frustração. Mando e a mulher nunca saberá ao certo quando é à hora de gastar um pouco. Perfil de casais desse tipo: um puxando o outro, porém com o risco de envelhecerem com a sensação de que um tropeçou no outro.
POUPADOR * FINANCISTA: se o financista souber controlar os impulsos
conservadores do poupador, será a união do sucesso financeiro. O financista tem os argumentos de que o poupador precisa para se "desligar" um pouco. Já o poupador terá a missão de tirar seu parceiro dos detalhes e pôr o foco no principal, o longo prazo. Perfil de casais desse tipo: tendência de começar com "um puxando o outro" e evoluir para "a todo o vapor".
GASTADOR * DESCONTROLADO: esse é o tipo de relacionamento que
não vai durar muito para contar a história. O gastador tende a usufruir sem formar reservas, mas o descontrolado faz mais que isso, gastando além da conta. Com o tempo, o gastador perceberá que não consegue mais atingir seus desejos materiais de consumo porque o parceiro não colabora. E essa dificuldade de colaboração muitas vezes é entendida como abuso ou individualismo. Não há amor que sustente tal situação. Perfil de casais desse tipo: a todo o vapor para a separação.
GASTADOR * DESLIGADO: a tranqüilidade reinará ao longo do
relacionamento. Como o gastador se apega ao consumo e o desligado não, ambos se orgulharão do espaço concedido ao outro. Se essa harmonia for bem administrada e o gastador aprender a disciplinar seu consumo, ainda sobrarão recursos para construir, ao longo dos anos, uma aposentadoria com razoável padrão de vida. Provavelmente, eles precisarão de um consultor financeiro ou de um plano de previdência privada para conquistar seus sonhos. Perfil de casais desse tipo: um puxando o outro.
GASTADOR * FINANCISTA: como na união do poupador com o financista,
é o casamento da razão com a emoção. Tudo depende da capacidade do financista de provar que eles podem juntos garantir muito mais conquistas se agirem de forma planejada. 0 equilíbrio deve ser buscado permanente e conscientemente; quando obtido, será a base de um casal que saberá curtir a vida com segurança. Perfil de casais desse tipo: um puxando o outro.
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DESCONTROLADO * DESLIGADO: o relacionamento será uma navegação
rumo ao infinito, sem nunca saber onde aportar. Tempestades e problemas chegarão de surpresa, como o iceberg que afundou o Titanic. O descontrolado estará sempre levando o extrato bancário para o vermelho, mas terá o desligado ao seu lado para culpar a todo mundo menos eles próprios: bancos, inflação, juros, governo, financeiros etc. Nunca conseguirão acumular riqueza, pois acreditam que isso não depende deles. Perfil de casais desse tipo: a todo o vapor, mas no caminho contrário ao dos sonhos.
DESCONTROLADO * FINANCISTA: tempestades à vista! Um financista até
conseguirá convencer seu parceiro descontrolado da importância da organização, mas, por mais que tente, jamais conseguirá persuadi-lo de praticá-la. O sucesso do relacionamento dependerá de o financista assumir as rédeas das finanças e ser criativo na hora de limitar gastos. Perfil de casais desse tipo: um tropeçando no outro.
DESLIGADO * FINANCISTA: se não houver muita conversa em relações
desse tipo, o financista tende a assumir o controle das finanças sem a colaboração do desligado, que achará o excesso de controles um verdadeiro exagero. Porém, se ambos souberem lidar com o comportamento do parceiro, esse relacionamento tenderá a resultar em um verdadeiro sucesso financeiro, pois o desligado não criará empecilhos à construção de planos e saberá desfrutar cada conquista há seu tempo. Perfil de casais desse tipo: um puxando o outro.
Todo relacionamento entre pessoas de mesmo perfil é do tipo "a todo o
vapor". Dificilmente surgirão conflitos ligados ao dinheiro, pois os dois pensam da mesma forma. É preciso, porém, evitar os riscos típicos de cada perfil.
POUPADOR * POUPADOR: terão sucesso se esforçar no sentido de
encontrar um sentido para o dinheiro e desenvolverem metas de poupança. Se não mudarem, o perfil do casal se encaminhará a todo o vapor para um futuro cheio de dinheiro, mas pobre de sentimentos.
GASTADOR * GASTADOR: o cuidado a tomar é evitar consumir 100% da
renda. Gastadores sabem viver muito bem, mas exageram na dose. Se conseguirem conciliar os hábitos de bon-vivants com investimentos no futuro, deixarão de ter um perfil de casal que se dirige a todo o vapor para problemas financeiros na velhice.
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DESCONTROLADO * DESCONTROLADO: diferentemente do casal de gastadores, os descontrolados não esperarão a velhice para se atolar em problemas. É o tipo de relacionamento que, se sobreviver, será a custo de muito sofrimento e privação. Não se trata de caso perdido, desde que com acompanhamento de uma boa terapia de casal. Na maioria dos casos, os parceiros estarão a todo o vapor ao encontro de eternos problemas, não só financeiros.
DESLIGADO * DESLIGADO: esse casal pode ou não atingir suas metas. A
questão é que não sabe como fazê-lo - e talvez nem identifique os objetivos. Como suas preocupações não estão centradas no dinheiro nem no consumo, será muito fácil construir riqueza com a orientação de um especialista ou a aquisição de planos de previdência. Com tal conduta, eles estariam a todo vapor direcionados para uma vida sem problemas financeiros.
FINANCISTA * FINANCISTA: o que falta para a maioria, esse casal tem
demais. Organização financeira é boa, mas não pode ser o assunto de todas as conversas, da pizza com os amigos ao momento a dois na cama. O planejamento financeiro bem-feito requer a criação de limites aproximados de gastos. Se os parceiros saírem do limite, pequenos ajustes em seguida resolvem a questão. Aproveitar resultados e não bitolar é fundamental; caso contrário estará a todo o vapor rumo a uma vida de números, e não de sentimentos.
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CAPITULO IV - A EDUCAÇÃO FINANCEIRA DOS BRASILEIROS
A situação financeira do Brasil mudou muito nos últimos anos. Éramos um
país com histórico de superinflação e sem critérios econômicos estabelecidos.
Nossa taxa básica de juros era gigantesca e o mercado de capitais praticamente não
existia. A estabilização da nossa economia colocou diante de seus cidadãos um
novo horizonte financeiro, cheio de oportunidades e desafios para quem aproveitar e
entender tais mudanças. A rentabilidade que a renda fixa garantia era um dos
maiores reflexos de que nosso cenário financeiro precisava se modernizar. O tempo
(sempre ele) se encarregou de mudar as peças do tabuleiro e hoje quem busca
realizar os objetivos financeiros só com renda fixa precisará de um período muito
maior para chegar lá.
Educar não é tarefa fácil. Sobretudo quando se trata de educar num cenário em que a ética do consumo, as rápidas transformações dos vínculos familiares e a novidade de viver num ambiente da economia estável se juntam para nos confundir (D’AQUINO, 2088, p.10).
A Educação Financeira nos países desenvolvidos tradicionalmente cabe às
famílias. Às escolas fica reservada a função de reforçar a formação que o aluno
adquire em casa.
No Brasil, infelizmente, a Educação Financeira não é parte do universo
educacional familiar. Tampouco escolar, assim, a criança não aprende a lidar com
dinheiro nem em casa, nem na escola. As conseqüências deste fato são
determinantes para uma vida de oscilações econômicas, com graves repercussões
tanto na vida do cidadão, quanto na do país. Educação Financeira não deve ser
confundida com o ensino de técnicas ou macetes de bem administrar dinheiro e nem
deve funcionar como um manual de regrinhas moralistas fáceis - longe disso, aliás, o
objetivo da Educação Financeira deve ser o de criar uma mentalidade adequada e
saudável em relação ao dinheiro e exige uma perspectiva de longo prazo, muito
treino e persistência.
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Em linhas gerais, uma Educação Financeira apropriada deve abarcar 4
pontos:
• Como ganhar dinheiro - O grande desafio da educação não é educar
para hoje, mas educar para que os resultados possam florescer em 15, 20, 30 anos.
Nos dias atuais, em que ocorrem transformações tão abruptas e complexas, é
preciso um grande esforço para educar as crianças não para este mercado de
trabalho, tal como conhecemos e fomos educados para ele, mas para um mercado
que mal podemos imaginar como será. Desenvolver o espírito empreendedor e
estimular modos inovadores de raciocínio, por exemplo, são ferramentas essenciais
à preparação de nossas crianças e jovens para o futuro.
• Como usar o dinheiro - Muito da habilidade em lidar com finanças,
tanto na infância quanto na vida adulta, depende de sermos capazes de diferenciar o
"eu quero" do "eu preciso". Gastar em coisas que queremos é ótimo, divertido,
saudável e é importante. Mas parte de nossas responsabilidades, como pais e
educadores, são ensinar que, na vida, as necessidades vêem em primeiro lugar.
• Como poupar - Existem várias razões para se aprender a poupar. A
idéia mais imediata que ocorre é a da segurança. Embora seja uma idéia correta, é
preciso levar em consideração algumas outras. Ter uma poupança - ou ser educado
para isso- cria disciplina, dá limite e ensina auto-respeito.
• Como doar tempo, talento e dinheiro - O ato de doar deve ser
ensinado como parcela da responsabilidade social que cabe a cada um de nós. É
urgente que eduquemos futuros cidadãos para que compreendam que a solução de
seus próprios problemas, ou para os problemas do país, não depende
exclusivamente do governo. Acima de tudo, a Educação Financeira deve ensinar
que a responsabilidade social e a ética precisam estar sempre presentes no ganho e
no uso do dinheiro.
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4.1 O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO
No Brasil, as ações por parte do governo, com a educação financeira ainda
são incipientes. (Em 2007, o governo brasileiro constituiu um grupo de trabalho com
representantes do Banco Central do Brasil,), para desenvolver uma proposição de
Estratégia Nacional de Educação Financeira, prevendo a promoção de um inventário
nacional de ações e de projetos de Educação Financeira no país, além de uma
pesquisa que mapeie o grau de conhecimento financeiro da população brasileira. Foi
desenvolvido um site para divulgar as ações sobre educação financeira no Brasil, é
o <www.vidaedinheiro.gov.br>, e é nesta página da web que está disponível o
formulário para a realização deste inventário, onde as instituições que já realizam
alguma atividade ligada à educação financeira, sem ônus para o consumidor, irão se
cadastrar e informar o governo sobre suas ações.
De uma parceria entre governo e entidades privadas surgiu a Estratégia
Nacional de Educação Financeira – ENEF. Através da iniciativa das entidades e
órgãos integrantes do Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados
Financeiros, de Capitais, de Seguros, de Previdência e Capitalização – COREMEC é
desenvolvido o Projeto Nacional de Educação Financeira. A ENEF ainda conta com
a colaboração do Ministério da Educação, Ministério da Justiça e diversas entidades
não governamentais como a BM&FBOVESPA, Fox Consulting, Instituto Unibanco,
Anbid , dentre outras.
Educação financeira sempre foi importante aos consumidores, para auxiliá-los a orçar e gerir a sua renda, a poupar e investir, e a evitar que se tornem vítimas de fraudes. No entanto, sua crescente relevância nos últimos anos vem ocorrendo em decorrência do desenvolvimento dos mercados financeiros, e das mudanças demográficas, econômicas e políticas. (OCDE, 2004:223)
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Os principais objetivos são:
• Promover e fomentar a cultura de Educação Financeira no país;
• Ampliar o nível de compreensão do cidadão para efetuar
escolhas conscientes relativas à administração de seus recursos;
• Contribuir para a eficiência e solidez dos mercados financeiros,
de capitais, de seguros, de previdência e de capitalização.
As diretrizes para as ações da Estratégia são:
• Programa de Estado, de caráter permanente;
• Ações de interesse público;
• Âmbito nacional;
• Gestão centralizada e execução descentralizada;
• 3 níveis de atuação (informação, educação e aconselhamento );
• Avaliação e revisão permanentes e periódicas.
Apesar da existência destes projetos e de outros não citados e de menor
alcance, percebe-se que ainda não são suficientes para atender à demanda interna.
O aumento da complexidade das operações e serviços financeiros, a globalização,
os avanços tecnológicos, os novos canais de distribuição eletrônica e a integração
dos mercados exigem dos cidadãos uma cultura financeira mais aprimorada e
consciente, afim de, conseguir se integrar a tais transformações e fazer com que o
resultado delas seja uma melhor qualidade de vida particular e para toda a
sociedade.
Mudanças tecnológicas, regulatórias e econômicas elevaram a complexidade dos serviços financeiros. Mas a insuficiência de conhecimento sobre o assunto, por parte da população, compromete as decisões financeiras cotidianas dos indivíduos e das famílias, produzindo resultados inferiores ao desejado. Na visão de Braunstein e Welch (2002:1):
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Participantes informados ajudam a criar um mercado mais competitivo e
eficiente. Consumidores conscientes demandam por produtos condizentes com suas
necessidades financeiras de curto e longo prazo, exigindo que os provedores
financeiros criem produtos com características que melhor correspondam a essas
demandas. A educação financeira tornou-se uma preocupação crescente em
diversos países, gerando um aprofundamento nos estudos sobre o tema. Embora
haja críticas quanto à abrangência dos programas e seus resultados, principalmente
entre a população adulta, é inegável a importância do desenvolvimento de ações
planejadas de habilitação da população. Nas últimas duas décadas, três forças
produziram mudanças fundamentais nas relações econômicas e sociopolíticas
mundiais: a globalização, o desenvolvimento tecnológico e alterações regulatórias e
institucionais de caráter neoliberal. Isso levou os países desenvolvidos a reduzirem o
escopo e o dispêndio de seus programas de seguridade social, ou seja, houve o
rompimento do paradigma paternalista do Estado.
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CONCLUSÃO
Observamos que o planejamento de finanças pessoais melhora a relação do
individuo com outras pessoas, onde devemos mudar a nossa concepção de
administrar o nosso dinheiro, sabemos que é difícil e complicado mais para isso é
preciso nos organizar, planejar, ter objetivos bem claros de curto, médio e longo
prazo.Pensando sempre na própria tranqüilidade e no futuro,é importante seguir o
exemplo como citado neste trabalho de aderir o uso da planilha com todas as
receitas e despesas realizadas dentro de cada mês.
O controle das finanças pessoais deverá envolver todas as pessoas da sua
família, uma vez que todas serão beneficiadas pelos resultados.Poucas são as
pessoas que conseguem manter suas receitas maiores que suas despesas por um
período razoável, e é neste processo que surge os endividamentos com os
empréstimos bancários, compras a créditos usando serviços como cheque especial
e cartões de créditos.
A atual situação econômica da população brasileira é a melhor em muitas
décadas e para solidificar o crescimento do país é preciso consciência financeira
para que o consumo esteja equilibrado com a formação de uma poupança. A criação
de um fundo de reservas deve ser uma entre as tantas atribuições do orçamento,
pois, a incerteza de determinados acontecimentos presentes na vida cotidiana de
todas as pessoas afetam diretamente o planejamento financeiro. Por tanto, o
Planejamento e a reorganização financeira pessoal é antes de tudo uma mudança
de comportamentos e atitudes diante da vida pessoal, familiar e profissional.
O principal objetivo deste trabalho é equilibrar as contas e "fazer sobrar
dinheiro", mostrando argumentos e procedimentos de execução viável com o
objetivo de levar os individuam a trabalhar para evitar desperdícios e compulsões de
consumo desnecessário.
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BIBLIOGRAFIA
CERBASI, Gustavo. Dinheiro: O segredo de quem tem. São Paulo: Editora Gente,
2005.
CERBASI, Gustavo. Casais Inteligentes Enriquecem Juntos. Finanças para
Casais. São Paulo: Editora Gente, 2004.
FRANKENBERG, Louis. Seu futuro Financeiro. 9ª ed. Rio de Janeiro: Editora
Campus, 1999.
http://www.comoinvestir.com.br
http://www.economiadomestica.com.br
http:/ www.educfinanceira.com.br
http://www.ief.com.br
LUQUET, Mara. Guia valor econômico de finanças pessoais. São Paulo: Editora
Globo, 2000.